annie besant e c.w.leadbeater - formas de pensamento (rev)

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    FORMAS

    DE PENSAMENTO

    Annie Besant e

    C. W. Leadbeater

    Hoje em dia se encontramuito generalizada a idia do poder einfluncia do pensamento. Essainfluncia no atinge somente o

    pensador, mas tambm ao meio ondeele vive e atua. muito antigo oconhecimento desse fato, pois umavelha escritura hindu vinha dizendo hmilnios: "o homem se converte naquiloque ele pensa", e todos os grandesinstrutores religiosos e filsofosinsistiram sobre a necessidade da boatica na aplicao do pensamento e asresponsabilidades que implica.

    Por isso, educar e disciplinaro pensamento tem constitudo oprimeiro passo na via doaperfeioamento individual e noaprimoramento da inteligncia e docarter.

    O que nem todos sabem,porm, que os pensamentos so"coisas" no mundo oculto; isto , alm

    de ser uma fora, produzem definidasformas mentais, com cores prprias,segundo a natureza do pensamento, ecom uma durao proporcional intensidade da energia que oengendrou.

    Essas formas mentais,conscientemente feitas e bemempregadas, podem produzir resultados surpreendentes enquantosubsistirem, por tempo varivel deminutos a sculos.

    Graas s superioresfaculdades psiquicomentais, de queeram dotados, os autores desta obrapuderam estudar minuciosamenteessas e outras peculiaridades dospensamentos. E procuraram exp-las

    aqui clara e metodicamente, de sorte atransmitir a outros os resultados desuas experincias e mostrar-lhes comodisciplinar a sua mente e aproveitar demaneira inteligente os seus prpriosrecursos internos, que so enormes,variados e muito ignorados.

    Acrescentaram tambm umcaptulo muito instrutivo sobre osignificado das cores dospensamentos. Por ali se pode saberque as cores que nos rodeiam podemfortalecer ou enfraquecer nosso nimo,irritar-nos ou acalmar-nos,entusiasmar-nos ou deprimir-nos, ser-nos saudveis ou doentias.

    Trata-se, pois, de uma obravaliosa e muito til para todos.

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    A. BESANT E C. W. LEADBEATER

    FORMASDE PENSAMENTO

    Traduo deJOAQUIM GERVSIO DE FIGUEIREDO

    EDITORA PENSAMENTO

    SAO PAULO

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    Ttulo do original:THOUGHT-FORMS

    Edio original deThe Theosophical Publishing House

    Adyar, Madras ndia

    Ano

    88-89-90-91-92-93-94-95

    Direitos reservados

    EDITORA PENSAMENTO ITDA.

    Rua Dr. Mrio Vicente, 374 - 04270 So Paulo, SP - Fone: 63 3141

    Impresso em nossas oficinas grficas.

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    NDICE

    PRLOGO ...................................................................................................................10

    INTRODUO PRIMEIRA EDIO DE 1901 ........................................................ 12CAPITULO I: AS DIFICULDADES DE REPRESENTAO DAS FORMAS DEPENSAMENTO ........................................................................................................... 21CAPITULO II: DUPLO EFEITO DOS PENSAMENTOS ............................................. 26CAPITULO III: COMO SE PRODUZEM AS VIBRAES ..........................................28CAPITULO IV: AS FORMAS DE PENSAMENTO E OS SEUS EFEITOS .................30CAPITULO V: O SIGNIFICADO DAS CORES ........................................................... 47CAPITULO VI: AS TRS CLASSES DE FORMAS DE PENSAMENTO ....................51

    1 AS FORMAS QUE PRODUZEM A IMAGEM DO PENSADOR ......................512 AS FORMAS QUE PRODUZEM A IMAGEM DE ALGUM OBJETO MATERIAL................................................................................................................................. 513 AS FORMAS COM FEIO INTEIRAMENTE PRPRIA, EXPRESSANDOAS SUAS INERENTES QUALIDADES NA MATRIA QUE ATRAEM AO SEUREDOR ....................................................................................................................54

    CAPITULO VII: FORMAS DE PENSAMENTO ILUSTRATIVAS ................................ 581 AFEIO ..........................................................................................................582 DEVOO ....................................................................................................... 623 INTELECTO .....................................................................................................694 CLERA ...........................................................................................................725 SIMPATIA .........................................................................................................806 MEDO ...............................................................................................................80

    7 COBIA ............................................................................................................818 EMOES DIVERSAS ....................................................................................839 FORMAS DE PENSAMENTO OBSERVADAS EM PESSOAS MEDITANDO 9210 PENSAMENTOS DE AUXLIO ....................................................................10111 FORMAS MENTAIS CRIADAS PELA MSICA ..........................................102

    ndice de Figuras

    Figura 1: Lmina sonora de Chladni...........................................................................36

    Figura 2: Formas de som............................................................................................37Figura 3: Formas da voz.............................................................................................38Figura 4: Aparato de Bigh Bond..................................................................................39

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    PRLOGO

    O texto deste livro produto de minha colaborao como o Sr. C. W.

    Leadbeater. Alguns de seus tpicos j haviam sido publicados num artigo da revista

    Lcifer (posteriormente Theosophical Review), mas a maior parte completamente

    nova.

    Os desenhos e a pintura das formas de pensamento observadas pelo Sr.

    Leadbeater ou por mim, ou em comum, foram elaborados por trs de nossos

    amigos: Sr. John Carley, Sr. Prince e Sta. Macfarlane, aos quais expressamos

    nosso mais cordial agradecimento.

    Pintar com as opacas cores terrenas as formas da luz vivente dos

    mundos superiores em verdade uma tarefa muito rdua e ingrata; e esta uma

    razo a mais para sermos gratos queles que tentaram a sua realizao. Pararepresentar com um pouco de exatido estas imagens, teria sido necessrio servir-

    se do fogo multicor, e no da gama limitada de nossas cores terrenas.

    Igualmente estamos gratos ao Sr. M. P. Bligh Bond por haver-nos

    permitido socorrer-nos de seu ensaio sobre Figuras Produzidas pelas Vibraes,

    bem como de seus delicados desenhos. Outro amigo, que nos enviou notas e

    alguns croquis, deseja permanecer annimo, e respeitando-lhe o desejo,

    expressamos-lhe nossa gratido.

    Acalentamos a esperana e mesmo a certeza de que este pequeno

    livro sirva como que de uma surpreendente lio moral a todos os seus leitores,

    fazendo-os compreender o poder do pensamento e a sua natureza, e atuando como

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    um estimulante de tudo que seja nobre. com esta confiante esperana que o

    legamos ao mundo.

    Annie Besant

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    INTRODUO PRIMEIRA EDIO DE 1901

    proporo que aumenta o conhecimento, a atitude da Cincia a respeito

    do mundo invisvel vai sofrendo notveis modificaes. A Terra, com todo o seu

    contedo, ou os mundos fsicos que a rodeiam, no so os nicos que atraem a

    ateno dos sbios. Estes se vem obrigados a ir ainda mais alm em suas

    investigaes, e a recorrer s hipteses acerca da natureza da matria, assim como

    das foras que se encontram nas regies superiores, onde no penetram os

    instrumentos de que dispem. No presente, o ter faz parte integrante do domnio da

    Cincia, no sendo mais uma simples hiptese. O mesmerismo, sob o seu novo

    nome de hipnotismo, no mais desdenhado pela Cincia oficial. Desconfia-se das

    experincias de Reichenbach, mas ningum as condena de todo. Os raios de

    Roentgen transformaram algumas das antigas idias referentes matria, enquanto

    que o rdio as revolucionou e est conduzindo a verdadeira Cincia para alm das

    fronteiras do ter, at o limiar do mundo astral.

    Ruram os muros que existiam entre a matria animada e a inanimada.

    Descobriu-se que os ms possuam poderes quase perigosos, capazes de

    transmitir certa espcie de enfermidades de um modo ainda insatisfatoriamente

    explicado. A telepatia, a clarividncia e a transmisso da energia sem contato, nofazem parte ainda da Cincia, atualmente, mas no tardaro em ocupar o seu lugar

    nela.

    A Cincia tem levado suas investigaes to longe, tem demonstrado um

    engenho to agudo em sua penetrao na natureza, tem manifestado uma pacincia

    to incansvel em todas as suas investigaes, que por ltimo obteve a recompensa

    dada a todos aqueles que buscam f. As foras e os seres do plano da natureza

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    mais imediato ao nosso, comeam a manifestar-se no extremo limite de nosso

    horizonte fsico. "A natureza no d saltos", e medida que o sbio se aproxima dos

    confins de seu reino, sente-se deslumbrado pelas luzes que lhe chegam de um novo

    reino, intimamente unido ao seu.

    O sbio v-se obrigado a especular acerca das entidades invisveis para

    encontrar uma explicao racional dos fenmenos fsicos que no pode negar;

    pouco a pouco levado muito mais alm, e mesmo sem perceb-lo est j em

    contato com o plano astral.

    O estudo do pensamento uma das vias mais interessantes entre o

    mundo fsico e o mundo astral. Nossos sbios entregam-se de preferncia ao estudo

    da anatomia e fisiologia do crebro procurando estabelecer a base de uma

    psicologia s. Depois passam regio dos sonhos, das iluses e das alucinaes;

    desde o momento em que tratam de criar uma cincia experimental com o objetivo

    de estabelecer classificaes e leis, penetram imediatamente no plano astral. O Dr.

    Baraduc, de Paris, esteve na iminncia de transpor esses limites, e tambm est

    prestes de fotografar imagens astro-mentais, para obter imagens do que, do ponto

    de vista materialista, seria resultado de vibraes na matria cinzenta do crebro.

    Todos os que tm estudado seriamente este problema, sabem que as

    impresses fotogrficas de que falamos so produzidas pelos raios ultravioletas

    provenientes dos objetos, e que os raios do espectro solar no permitem distinguir.

    J se puderam comprovar as afirmaes de certos clarividentes, pela apario em

    sensveis placas fotogrficas de figuras e objetos, invisveis aos olhos fsicos, porm

    visveis aos clarividentes, que os descreveram.

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    Ao homem de boa-f impossvel rejeitar in tot as afirmaes feitas por

    estudiosos srios, que puderam comprov-las muitas vezes. Temos investigadores

    que se tm dedicado a obter imagens de formas sutis, engenhando mtodos

    especiais para fazer reprodues exatas. Parece que o Dr. Baraduc foi um dos mais

    felizes em suas experimentaes; publicou um livro em que relata as suas

    investigaes e apresenta reprodues de fotografias por ele obtidas. Diz-nos ele

    que investiga as foras sutis por cujo intermdio a alma (para ele, alma a

    inteligncia atuando entre o corpo e o esprito) se manifesta, procurando registrar

    seus movimentos por meio de uma agulha e suas vibraes, "luminosas" mas

    invisveis, por meio de impresses sobre placas sensveis. A interceptao feita

    com no-condutores de eletricidade e calor.

    Podemos dispensar os estudos sobre a Biometria, ou medio da vida

    pelos movimentos, para deter-nos uns instantes em suas investigaesiconogrficas. Concernem ao registro de ondas invisveis que, segundo ele,

    participam da natureza da luz, e em que a alma projeta a sua prpria imagem.

    Algumas destas fotografias representam resultados etricos e magnticos de

    fenmenos fsicos, nos quais tambm no nos deteremos por no serem pertinentes

    ao nosso tema especfico, conquanto sejam tambm interessantes.

    Pensando energicamente num objeto, o Dr. Baraduc criou uma forma de

    pensamento e fixou-a numa placa sensvel. Deste modo tratou de reproduzir a

    imagem mental de uma senhora, j falecida, que h tempos conhecera. Obteve

    assim um clich que recordava um desenho seu, em que havia reproduzido os

    traos dessa mesma pessoa em seu leito de morte. Disse tambm, e com razo,

    que a criao de um objeto a cristalizao de uma imagem sada da mente; e

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    procura comprovar o efeito qumico produzido nos sais de prata pela imagem

    nascida do pensamento. Ilustrao surpreendente a de uma fora dirigida para o

    exterior (uma orao sincera, por exemplo). Outra orao se v produzindo formas

    semelhantes a folhas de um feto; outra poder assemelhar-se a um borrifo de gua

    para o alto. Trs pessoas pensando com carinho em sua unidade, projetaro um

    pensamento comparvel a uma massa ondulante, de forma alargada. Um rapaz que

    chorava diante do corpo de um pssaro morto, foi rodeado de uma corrente de

    emoo em forma de fios recurvos que se interpenetravam. Um sentimento de

    profunda tristeza assemelha-se a um forte torvelinho. Observando com ateno a

    srie destas reprodues to interessantes, compreende-se facilmente que o que se

    obtm no a imagem da forma de pensamento, mas o efeito causado na matria

    etrica pela vibrao que a acompanha; por conseguinte, necessrio conhecer

    perfeitamente o pensamento que se examina para compreender os resultados

    obtidos.

    Pode ser til apresentar aos estudantes, de um modo mais claro do que o

    tem sido at o presente, certos fatos que tornam mais inteligveis os resultados

    obtidos pelo Dr. Baraduc. So naturalmente imperfeitos, j que um aparato

    fotogrfico e as placas sensveis no so, de maneira alguma, instrumentos

    apropriados para investigaes no mundo astral. Contudo, como se poder ver,

    esses resultados so do mais alto interesse, porque servem de lao entre as

    investigaes puramente cientficas e as devidas aos clarividentes.

    Na mesma poca em que escrevemos, observadores alheios Sociedade

    Teosfica tratam de explicar como as emoes sucessivas fazem mudar as cores do

    oval nebuloso, que a aura que a todos nos rodeia. Sobre esse tema aparecem

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    artigos em revistas sem relao alguma com essa Sociedade. Um mdico, que se

    dedica especialmente a isto1, comprovou, graas a um grande nmero de

    observaes, a cor da aura de diferentes tipos e de temperamentos diversos. Os

    resultados de suas investigaes aproximam-se muito dos obtidos pelos tesofos

    clarividentes. Por certo, uma concordncia to completa entre ambos os mtodos

    a demonstrao suficiente de fatos cuja evidncia no pode ser posta em dvida.

    O livro O Homem Visvel e Invisvel2trata da aura sob um ponto de vista

    geral. O presente estudo, como o do livro acima, tem por mira levar essas pesquisas

    um pouco mais longe. Tem-se cogitado quo til seria fazer penetrar no

    entendimento do estudante a idia de que o pensamento e o desejo vivem e atuam,

    e de que a sua influncia afeta todo aquele com quem se ponham em relao.

    1 Dr. Hooker, Gloucester-Place, Londres, W.2 Por C. W. Leadbeater, Editora O Pensamento.

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    CAPITULO I: AS DIFICULDADES DE REPRESENTAO DASFORMAS DE PENSAMENTO

    Amide ter o leitor ouvido dizer que os pensamentos so coisas reais, e

    muitos dentre ns esto persuadidos da verdade desta assero. Contudo, poucos

    so os que concebem uma idia clara do que seja um pensamento; portanto, este

    pequeno livro tem por objetivo ajudar a elucidar este problema.

    Apresenta-se-nos uma srie de dificuldades que derivam da maneira

    como compreendemos o espao. Em realidade, apenas o vemos sob trs

    dimenses, que ainda limitamos a duas quando tratamos de o desenhar. Com efeito,

    a representao mesma dos objetos de trs dimenses forosamente inexata, pois

    dificilmente podemos reproduzir com exatido uma linha ou ngulo. Se nosso croqui

    representa a perspectiva de uma estrada, o primeiro termo deve ser muito mais

    largo do que comprido, ainda que em realidade a dimenso seja igual em todos os

    sentidos.

    Se o modelo que temos diante de ns uma casa, os ngulos retos que a

    limitam se convertem em ngulos agudos ou obtusos, segundo o ponto de vista do

    observador, e. no desenho se faz ainda mais marcada esta diferena. Em realidade,

    desenhamos as coisas, no como o so, mas conforme o aspecto que tm para ns:

    o artista se esfora, com efeito, em produzir a iluso das trs dimenses, dispondo

    habilmente as linhas numa superfcie plana, a qual no tem seno duas dimenses.

    Assim acontece porque aqueles que observam os quadros ou pinturas se

    encontram j familiarizados com objetos semelhantes aos ali representados, e esto

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    prontos a aceitar a idia que os sugerem. Uma pessoa que jamais houvesse visto

    uma rvore, no poderia formar uma idia da mesma, embora tivesse uma imagem

    perfeita diante de si. Se a esta dificuldade acrescentamos outra mais sria ainda,

    isto , a nossa conscincia limitada, e supondo que mostramos esta pintura a uma

    pessoa que apenas conhea duas dimenses do espao, constataremos a absoluta

    impossibilidade de faz-la compreender a paisagem que o nosso quadro representa.

    Tal o obstculo que deparamos no caminho, e que mais grave quando tentamos

    representar uma forma de pensamento. A grande maioria dos que observam a

    imagem no tem seno a noo de trs dimenses, e ainda mais, no tem a menor

    idia do mundo interno em que aparecem as formas de pensamento, com a

    esplndida luz e variedade de suas cores.

    O mais que podemos fazer representar uma srie de formas de

    pensamento, e mesmo aqueles cujas faculdades lhes permitem ver suas prpriasformas de pensamento, tero uma decepo, pois vero diante de si uma

    reproduo incompleta. Portanto, aqueles que atualmente se vem na

    impossibilidade de nada ver, tero deste modo uma idia aproximada do que so as

    formas de pensamento, e tiraro certo proveito real e positivo.

    Todos os estudantes sabem que o que se chama a aura do homem a

    parte externa da substncia que o interpenetra e que transcende em muito os limites

    de seu corpo fsico, o menor de todos. Tambm sabem que dois de nossos corpos

    o mental e o emocional so os que tm mais particularmente que ver com o

    que chamamos formas de pensamento. Mas para que este estudo seja fcil de

    compreender, mesmo para aqueles que no tm a prtica dos ensinamentos

    teosficos, necessrio que recapitulemos os elementos desta questo.

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    O homem verdadeiro, o Pensador, est envolto num corpo composto de

    inumerveis combinaes da matria sutil do plano mental. Esse corpo mais ou

    menos perfeito, mais ou menos organizado para as funes que tem de

    desempenhar, segundo o grau de desenvolvimento alcanado pelo homem. O corpo

    mental um organismo de maravilhosa beleza; a finura e plasticidade das partes

    que o constituem lhe do a aparncia de uma luz vivente, e quanto mais

    desenvolvida a inteligncia, num sentido puro e desinteressado, maior o seu

    esplendor e beleza.

    Todo pensamento d origem a uma srie de vibraes que no mesmo

    momento atuam na matria do corpo mental. Uma esplndida gama de cores o

    acompanha, comparvel s reverberaes do sol nas borbulhas formadas por uma

    queda de gua, porm com uma intensidade mil vezes maior. Sob este impulso, o

    corpo mental projeta para o exterior uma poro vibrante de si mesmo, que tomauma forma determinada pela prpria natureza destas vibraes. Do mesmo modo,

    num disco coberto de areia se formam certas figuras sob a influncia de uma nota

    de determinada msica. Nessa operao mental se produz uma espcie de atrao

    da matria elemental do mundo mental, cuja natureza particularmente sutil.

    Desta maneira, temos uma forma de pensamento pura e simples, uma

    entidade vivente, de uma atividade intensa, criada pela idia que lhe deu

    nascimento. Se esta forma constituda pela matria mais sutil, ser to poderosa

    quanto enrgica, e poder, sob a direo de uma vontade tranqila e firme,

    desempenhar um papel de alta transcendncia. Mais adiante daremos detalhes

    acerca desta ao determinada.

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    Quando a energia do homem dirigida para o exterior, para os objetos

    desejados por ele, ou empregada em atos de emoo ou paixo, esta energia tem

    ento por campo de ao uma espcie de matria muito menos sutil que a do plano

    mental: a matria do mundo astral.

    O que se chama corpo emocional1, ou de desejos, est composto desta

    matria mais densa, e ela que, no homem pouco desenvolvido ainda, constitui a

    maior parte de sua aura. Quando o homem de tipo grosseiro, seu corpo de desejos

    est formado da matria mais densa do mundo astral; opaco, as cores so

    escuras, e os diferentes tons do verde e do vermelho, empanados ou sujos,

    desempenham o papel mais importante. Segundo a espcie de paixo que se

    manifesta, a vontade faz brilhar sucessivamente as cores caractersticas. Um

    homem elevado, ao contrrio, tem um corpo de desejos composto das espcies

    mais sutis da matria astral, e suas cores so brilhantes e puras, tanto externa como

    internamente. Este corpo menos sutil, menos luminoso que o corpo mental; no

    entanto, seu conjunto c esplndido, e medida que se elimina o egosmo, todos os

    tons sombrios e obscuros desaparecem com ele.

    O corpo emocional ou de desejos d origem a uma segunda espcie de

    entidades, em sua constituio geral semelhantes s formas de pensamento que

    acabamos de descrever, mas limitadas ao mundo astral, e geradas pela mente

    dominada pela natureza animal. Estas formas so devidas atividade da mente

    inferior, ao exteriorizar-se atravs do corpo emocional; a atividade de Kama-Manas

    segundo a terminologia teosfica, ou a mente dominada pelo desejo. Neste caso, as

    vibraes se estabelecem no corpo de desejos ou emocional, e sob a sua influncia O corpo emocional tambm aparece sob o nome de veculo astral corpo de desejos. Sua matriacorresponde do mundo astral, tambm chamado plano astral ou emocional. N. do T.

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    este corpo projeta para o exterior uma poro vibratria de si mesmo, cuja forma

    determinada, como no caso precedente, pela prpria natureza das vibraes, a qual

    atrai para si algo da essncia elemental do mundo astral.

    Uma forma de pensamento desta espcie tem, pois, por envoltura, a

    essncia elemental atrada, e por centro, o desejo ou, paixo que a exterioriza. O

    poder da forma de pensamento depender da quantidade de energia mental

    combinada com este elemental de paixo ou desejo. Estas formas, tal qual as

    pertencentes ao mundo mental, so chamadas elementais artificiais, e geralmente

    so as mais comuns, pois no homem vulgar so muito poucos os pensamentos que

    no se encontrem manchados pelo desejo, paixo ou emoo.

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    CAPITULO II: DUPLO EFEITO DOS PENSAMENTOS

    Cada pensamento bem definido produz um duplo efeito: uma vibrante

    radiao e uma forma suscetvel .de flutuar pelo espao. Falando com propriedade,

    no princpio o pensamento parece ao clarividente como uma vibrao no corpo

    mental, que se pode manifestar sob uma forma complexa ou simples. Se o

    pensamento perfeitamente simples, no pe em atividade mais do que uma

    espcie de vibrao; portanto, apenas uma espcie de matria mental ser

    notavelmente modificada. O corpo mental est, com efeito, composto de matria de

    diferentes graus de densidade, que geralmente dividimos em "espcies"

    correspondentes aos diversos subplanos. Cada um destes subplanos se separa em

    muitas subdivises, e se representamos estas traando linhas horizontais para

    indicar os diferentes graus de densidade, h uma outra disposio que poderamos

    simbolizar traando linhas verticais cortando-as em ngulos retos, para denotar

    os diferentes tipos de qualidades de densidades. Existem, pois, numerosas

    variedades de matria mental, e tem se notado que cada uma delas tem seu modo

    especial e bem definido de vibrao, ao qual parece mais habituada. De sorte que

    cada variedade responde automaticamente e tende naturalmente a reproduzir as

    mesmas vibraes que tenham sido interrompidas por um pensamento ou uma

    sensao marcadamente forte em outro sentido.

    Vejamos um exemplo: quando um homem se v bruscamente sob a

    impresso de uma emoo, seu corpo astral violentamente agitado e as suas

    cores habituais se vem momentaneamente quase obscurecidas por uma onda

    carmesim, azul ou escarlate, correspondente ao grau vibratrio da emoo

    particular. Esta modificao momentnea, no dura mais que alguns segundos, e

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    rapidamente volta o corpo astral a tomar o seu aspecto comum. Portanto, cada

    emoo sbita produz um efeito permanente: acrescenta sempre algo de sua prpria

    cor ao matiz normal do corpo astral. De maneira que cada vez que o homem cede a

    uma emoo determinada, torna-se-lhe mais fcil ceder de novo, pois o seu corpo

    astral toma ento o costume de vibrar de maneira anloga.

    Contudo, a maior parte dos pensamentos humanos esto longe de ser

    simples. A afeio absolutamente pura existe em verdade, mas encontramo-la muito

    amide matizada de orgulho ou egosmo, de cimes ou paixo quase animal. Isto

    quer dizer que duas vibraes claramente separadas e algumas vezes mais de

    duas aparecem ao mesmo tempo no corpo mental e no corpo astral. A vibrao

    radiada ser, pois, complexa, e a forma de pensamento da resultante ser de

    muitas cores em vez de uma.

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    CAPITULO III: COMO SE PRODUZEM AS VIBRAESAs vibraes radiadas de que acabamos de falar, como as vibraes de

    toda a natureza, debilitam-se medida que se afastam do centro que as produziu.

    Portanto, provvel que este poder varie em razo mais do cubo do que do

    quadrado das distncias, por causa da interveno de uma nova dimenso. Estas

    vibraes tanto como as demais, tendem a reproduzir-se sempre que a ocasio seja

    favorvel, e quando atuam em outro corpo mental, tm uma tendncia imediata a

    sintoniz-lo com o seu prprio diapaso vibratrio. Isto significa que no homem cujo

    corpo mental seja afetado por estas ondas, as vibraes tendem a produzir em sua

    mente pensamentos do mesmo carter que os j formados anteriormente pela

    mente do pensador emissor da onda primitiva.

    distncia a que atuam as correntes de pensamento, a fora e o poder

    com que penetram na mente de outra pessoa, dependem da fora e da nitidez do

    pensamento original. Sendo assim, o pensador pode ser comparado a algum que

    esteja discursando. Sua voz pe em movimento ondas sonoras que, partindo dele

    em todas as direes, levam sua palavra aos que esto distantes. Se sua voz

    potente, e se a elocuo clara, a distncia percorrida por esta onda pode ser

    grande. O mesmo ocorre com um pensamento enrgico, o qual vai muito mais longe

    do que um pensamento dbil ou pouco definido; mas, neste caso, a fora menos

    importante do que a clareza e preciso. Por ltimo, do mesmo modo que a voz do

    orador chega amide a ouvidos desatentos, assim, tambm, quando os homens

    esto distrados em seus prazeres ou outras preocupaes, poder ro-los uma

    corrente de pensamento sem o perceberem.

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    A vibrao radiada leva consigo o carter do pensamento que a anima,

    mas no o assunto desse pensamento. Um hindu, em sua meditao, pensa em

    Krishna; a onda de pensamento dele emanada despertar pensamentos de devoo

    em todos aqueles que ela alcance, e conseqentemente, um maometano adorar

    Al; um zoroastriano, a Auramazda; um cristo, a Jesus. Um homem que pense

    fortemente em coisas elevadas, emitir vibraes que levantaro o pensamento dos

    demais ao mesmo nvel, porm sem que neles reproduza a mesma imagem que lhe

    ocupe a mente. Essas vibraes influem naturalmente com uma fora maior nas

    pessoas j habituadas a vibraes similares. No obstante, elas exercem tambm

    sua ao nos corpos mentais com que entram em contato, de sorte que a sua

    tendncia despertar o poder do pensamento superior naqueles em que ainda

    permanece passivo. , pois, evidente que todo homem que pensa em coisas

    elevadas faz um trabalho de propaganda sem o saber.

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    CAPITULO IV: AS FORMAS DE PENSAMENTO E OS SEUSEFEITOS

    Ocupemo-nos agora do segundo efeito do pensamento: a criao de uma

    forma definida. Todos os que tm estudado o assunto que nos ocupa, sabem o que

    a essncia elemental, essa estranha manifestao semi-inteligente que nos rodeia,

    vivificando ao mesmo tempo a matria do plano astral e do plano mental.

    Essa matria se amolda muito facilmente influncia do pensamento

    humano. Todo impulso que brote do corpo mental ou do corpo astral, cria

    imediatamente uma espcie de veculo temporrio, que se reveste dessa matria

    vitalizada. Assim, um pensamento ou um impulso se converte durante determinado

    tempo numa espcie de entidade vivente, cuja alma ser a forma de pensamento, e

    a matria vivificada, o corpo. Os escritores teosficos substituem a antiga definio

    da matria astral ou mental, animada pela essncia mondica num dos estados do

    reino elemental, pela simples denominao "essncia elemental", e quase sempre

    do s formas de pensamento o nome de "dementais".

    Pode haver uma variedade muito grande de cor e aspecto das formas

    produzidas pela mente, pois cada pensamento atrai ao seu redor a matria

    apropriada sua expresso e a pe no diapaso vibratrio da sua prpria. Portanto,

    o carter do pensamento determina a sua cor, e do mais alto interesse o estudo de

    suas variaes e combinaes.

    Uma forma de pensamento pode ser comparada a uma verdadeira

    garrafa de Leyde; a envoltura de essncia vivente simboliza a garrafa, e a energia

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    do pensamento, a eletricidade que a carrega. Se o pensamento ou os sentimentos

    de um homem so projetados sobre uma pessoa determinada, a forma de

    pensamento ir diretamente a ela e lhe afetar os veculos astral e mental. Se o

    pensamento egosta, se o ser que o engendra no pensa seno em si mesmo

    (como sucede a maior parte das vezes), a forma vagar constantemente prximo ao

    seu criador, sempre pronta a atuar sobre ele prprio, tantas vezes quantas o

    encontre em estado passivo. Vejamos um exemplo: um homem que ceda

    freqentemente a pensamentos impuros, poder esquec-los enquanto permanea

    engolfado na corrente diria de seus negcios, e no obstante isso, as formas de

    pensamento flutuam sobre ele, qual uma espessa nuvem, pois toda a sua atividade

    mental est dirigida em outra direo e o seu corpo astral sensvel apenas a

    vibraes similares. Mas quando as atividades exteriores diminuem, quando o

    homem se entrega ao descanso depois do trabalho, e a sua mente est passiva,

    sentir a corrente insidiosa das vibraes impuras dirigir-se para si. Se a sua

    conscincia est desperta at certo grau, ele se aperceber do fato que acabamos

    de explicar, e dir que "esta tentao obra do diabo". Contudo, a verdade que

    este assalto do mal no vem do exterior, seno em aparncia, pois na realidade a

    reao de suas prprias formas de pensamento.

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    Cada homem se move num espao, encenado como que numa caixa

    fabricada por ele mesmo, rodeado de cardumes de formas de pensamento habituais.

    Nestas condies, ele s v o mundo atravs deste tabique, e naturalmente matiza

    todas as coisas com a sua prpria cor dominante, e toda a gama de vibraes que o

    afetam mais ou menos modificada pela sua prpria tinta pessoal. Assim que o

    homem no v nada com exatido at haver aprendido a dominar por completo os

    sentimentos e os pensamentos. Antes disso, todas as suas observaes tm de ser

    feitas atravs de seu meio prprio, o qual deforma e empana tudo quanto o afeta,

    semelhante a um espelho embaciado. Se o pensamento no se dirige

    especificamente para algum, se no se fixa no ser a quem enviado, flutua

    simplesmente na atmosfera, radiando sem cessar vibraes anlogas s que tm

    sido postas em movimento pelo seu criador. Se o pensamento no se pe em

    contacto com outros corpos mentais, esta vibrao diminui gradualmente em energia

    e termina com a dissoluo da forma de pensamento. Se, ao contrrio, esta vibrao

    consegue despertar num corpo mental prximo uma vibrao simptica, as duas

    vibraes se atraem e a forma de pensamento , geralmente, absorvida por este

    novo corpo mental.

    Assim vemos que a influncia da forma de pensamento no vai to longe

    como a da vibrao original, mas dentro do raio de sua ao atua com preciso

    muito maior. Sua influncia sobre o corpo mental no produz ao pensamento

    original, mas reproduz o mesmo pensamento.

    Milhares de seres poderiam ser afetados pela radiao de que acabamos

    de falar, a qual lhes produzir pensamentos da mesma categoria, e no entanto

    poder suceder que nenhum seja exatamente igual ao original. A forma de

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    pensamento poder no ser absorvida seno por algumas pessoas; neste caso,

    bastante raro, reproduzir a idia inicial.

    A criao de certas formas geomtricas por meio de vibraes

    conhecida por aqueles que tm estudado acstica e esto familiarizados com a

    produo das denominadas figuras de Chladni nos laboratrios de fsica. Aos

    leitores que no estejam ao corrente deste particular, damos a seguir uma breve

    explicao.

    De cobre ou de cristal se faz uma placa vibratria de Chladni (fig. 1), de

    bordos ligeiramente dobrados para cima, e na sua superfcie se estende uma

    camada de areia. Esta areia lanada ao ar pela vibrao produzida pelo arco de

    um violino, e ao cair sobre a placa, toma formas regulares como as representadas

    na figura 2. Tangendo o rebordo da placa em pontos diversos, obtm-se notas

    distintas, e por conseguinte, formas diferentes (fig. 3).

    Figura 1: Lmina sonora de Chladni

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    Figura 2: Formas de som

    Comparando-se as figuras aqui apresentadas com as que se obtm pela

    vibrao da voz humana, poder observar-se uma semelhana curiosa. Neste caso,

    "as formas devidas voz", que foram admiravelmente estudadas e reproduzidas

    pela Sra Watts Hughes1, so incontestveis testemunhos do fato acima citado. O

    estudo destas formas deveras interessante, e a obra que mencionamos deveria

    estar mo de todos aqueles que se interessam pelo assunto.

    The Eidophone. Vejam-se as figuras por Margaret Watts Hughes.

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    Figura 3: Formas da voz.

    Contudo, poucas pessoas se tm apercebido de que as formas descritas

    nessa obra se devem ao e reao das vibraes que as criaram. Tambm

    muitos ignoram que existe uma mquina por meio da qual possvel dar a um

    pndulo dois movimentos simultneos, os quais podem ser fielmente registrados por

    um aparato grfico adaptado a esse mecanismo. Se substituirmos o movimento do

    pndulo pelas vibraes produzidas pelo corpo astral ou mental, teremos ento o

    modus operandi da construo das formas por meio das vibraes astrais ou

    mentais2.

    As figuras adiante so tomadas de um estudo muitssimo interessante,As

    formas devidas a vibraes, de F. Bligh Bond, que por meio de pndulos conseguiu

    bom nmero de desenhos notveis.

    O pndulo suspenso de uma fita de ao, que no pode executar mais

    de dois movimentos em ngulo reto. Colocam-se quatro pndulos dois a dois,

    movendo-se em ngulos retos uns em relao aos outros e unidos por fios que

    juntam as fitas dos pndulos duas a duas. Seus movimentos reunidos se transmitem

    por meio de fios a uma tbua central donde a tenso das cordas elsticas vo aos

    pontos adiante para dar e receber a alternao dos movimentos. O quadro mvel

    sustenta a pena, que baixa ou se levanta mediante a suspenso elstica que tem

    uma corda de afrouxar, e quando se deseja obter uma figura, o pndulo movido

    pelo ajuste de seu peso mvel e se pe em movimento, e ento a pena pode incidir

    sobre a folha de papel.

    O Sr. Joseph Gould, Estratfort House, Nottingham, tem venda o pndulo, de movimentocombinados, para a produo destas admirveis figuras.

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    Figura 4: Aparato de Bigh Bond

    Teoricamente no existem limites ao nmero de pndulos que podem ser

    combinados deste modo. Os movimentos dos pndulos so retilneos, mas duas

    vibraes retilneas de igual amplitude, com um movimento em ngulo reto de um

    sobre o outro, do origem a um crculo se os movimentos so alternativamente

    regulares, e a uma elipse, se so menos regulares ou desiguais.

    Tambm se pode obter uma vibrao circular por meio de um pndulo

    que se mova livremente no centro de uma superfcie, desde que se lhe imprima um

    Este aparato e seu Memorial foram apresentados pelo seu autor num congresso anual da SociedadeTeosfica. (Reproduo da edio espanhola desta obra). N. do T.

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    movimento rotatrio. Ento se produz uma srie maravilhosa de desenhos, cuja

    semelhana com as formas de pensamento muito notvel.

    Isto basta para demonstrar que as vibraes podem ser facilmente

    transformadas em figuras geomtricas. Da lmina pgina..., comparemos a figura

    4 com a forma de pensamento criada pela "Orao de uma me(lmina 12); a figura

    5 com a "forma de pensamento dos jogadores" (lmina 32); a figura 6 com as formas

    serpentinas das Lminas 19 e 25. Acrescenta-se a figura 7 como uma ilustrao da

    complexidade a que pode atingir.

    maravilhoso observar que alguns dos desenhos feitos aparentemente

    ao acaso por meio da citada mquina, correspondem exatamente aos tipos mais

    elevados de forma de pensamento criados pela meditao. Estamos persuadidos da

    existncia de fontes de inesgotveis riquezas cientficas no fato que acabamos de

    citar, conquanto ainda se precisem desenvolver pacientes investigaes antes de

    se poder afirmar de maneira categrica o significado exato destes fenmenos.

    Evidentemente, isto demonstra que se, no plano fsico, duas foras

    guardando entre si certa proporo podem criar uma forma que corresponda

    exatamente produzida no plano mental por um pensamento complexo, podemos

    inferir que esse pensamento pe em movimento em seu prprio plano duas foras

    que guardam a mesma proporo entre si. S nos falta saber o que so estas forase como atuam. Se formos capazes de resolver este problema, provvel que se nos

    abrir um novo campo de profundos conhecimentos e teis ensinamentos.

    PRINCPIOS GERAIS

    Trs princpios gerais governam a produo de todas as formas de

    pensamento:

    1 A qualidade dos pensamentos determina a sua cor;

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    2 A natureza dos pensamentos determina a sua forma;

    3 A preciso dos pensamentos determina a nitidez dos seus contornos.

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    CAPITULO V: O SIGNIFICADO DAS CORES

    O significado da tbua de cores dada no frontispcio desta obra, idntico

    ao da tbua constante do livro O Homem Visvel e Invisvel. O que se disse ali com

    referncia s cores dos diferentes corpos do homem, pode se repetir quando se

    trata das formas de pensamento geradas nesses corpos. Aos leitores que no

    conheam o livro acima mencionado ou estejam esquecidos, lhes diremos que o

    preto significa dio e maldade; o vermelho em toda a sua escala, desde o vermelho

    de ladrilho at o escarlate brilhante, indica clera. A clera brutal manifesta-se por

    meio de relmpagos de um vermelho escuro, atravessando densas nuvens de cor

    parda, enquanto que a indignao nobre se manifestar por meio de uma cor

    escarlate muito viva que, embora longe de ser feia, desagradvel pelo seu brilho.

    Um vermelho escuro e repugnante, quase exatamente o que se chama "vermelho

    do sangue de drago", indcio das paixes animais e de todos os desejos

    sensuais.

    A cor moreno-clara (como de terra queimada) expressa avareza; o

    cinzento-escuro indica egosmo infelizmente esta cr se encontra com demasiada

    freqncia; o cinzento-escuro e sombrio sinal de depresso, enquanto que o

    cinzento claro e lvido indica medo; o verde-cinzento denota suspeio, ao passo

    que o verde-escuro salpicado de pontos e de relmpagos de cr escarlate manifesta

    cimes.

    O verde parece demonstrar sempre a faculdade de adaptao; no caso

    mais nfimo, quando se aplica ao egosmo, esta faculdade se converte amide em

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    falsidade. Mais tarde, quando a evoluo progrediu, esta cor se torna mais limpa,

    mais pura, denotando que o ser que a possui deseja dar-se todo aos demais,

    embora entrem ainda em seus projetos muitos sentimentos interesseiros, como o

    desejo de popularidade ou boa reputao. Em seu aspecto mais elevado, o verde

    brilhante expressa o divino poder da simpatia.

    A afeio se manifesta por meio de toda a gama, desde o carmesim at o

    rosa; uma cor acarminada clara e limpa significa afeio normal, forte e s. Se a cor

    rosa se obscurece com um moreno cinzento opaco, indica um sentimento

    manifestamente egosta, enquanto que o rosa plido e puro corresponde quele

    amor absolutamente desinteressado de que esto dotadas as naturezas elevadas.

    Semelhante aos primeiros albores da aurora, o amor passa de igual maneira do

    carmesim escuro dos sentimentos grosseiros aos matizes delicados do rosa mais

    suave, medida que se purifica a afeio de todo o egosmo, e cresce cada vezmais abrangendo em sua grande e terna compaixo todos os seres necessitados.

    Esta cor admirvel, ligeiramente mesclada com o azul da devoo, pode expressar o

    sentimento amplamente realizado da fraternidade universal de todos os homens.

    O alaranjado escuro implica orgulho ou ambio, e toda a gama do

    amarelo pertence intelectualidade; o amarelo de ocre escuro demonstrar

    inteligncia aplicada a satisfazer o egosmo, enquanto que o amarelo claro indicar

    uma personalidade intelectual elevada. O amarelo flrido, plido e luminoso,

    indcio da inteligncia mais elevada; a razo pura dirigida para fins espirituais.

    As diferentes tonalidades do azul indicam todas o sentimento religioso,

    escalonando-se desde o azul escuro da devoo egosta ou do azul cinzento do

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    fetichismo matizado pelo medo, at a cor intensa e brilhante que representa o ato de

    adorao de um corao amante, e o esplndido azul plido, exaltao da cor

    precedente, que implica a renncia do eu pessoal e a unio com o Divino.

    Um pensamento cheio de amor produzido por um corao piedoso d

    origem a uma srie de tonalidades maravilhosas, semelhantes ao azul profundo de

    um cu de estio. Algumas vezes, atravs destas nuvens de um azul esplndido,

    resplandecem em todo o conjunto deslumbradoras estrelas de ouro de chispeante

    chuva.

    Um sentimento composto ao mesmo tempo de afeio e de adorao,

    manifesta-se por meio de um tinto violeta, cujos delicadssimos matizes expressam

    com exatido as diversas capacidades que tm as almas para responder

    concepo de um ideal elevado.

    O brilho e a intensidade das cores denotam, geralmente, a medida da

    fora e a atividade do sentimento que lhes deu nascimento.

    preciso no esquecer a espcie de matria de que so constitudas as

    formas de pensamento. Se um pensamento puramente intelectual e pessoal; se o

    pensador, por exemplo, trata de resolver um problema de lgebra ou geometria, a

    forma de pensamento, assim como a sua onda vibratria, pertencero unicamente

    ao plano mental.

    Suponhamos um pensamento de ordem espiritual, que esteja matizado de

    amor e aspiraes elevadas, ou de um esquecimento completo de si mesmo.

    Semelhante forma mental se elevar alm do plano mental e participar em.grande

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    parte do esplendor e da glria do plano bdico. Neste caso, a sua influncia ser

    muito poderosa. Um pensamento semelhante ser sempre uma fora considervel,

    que no pode produzir seno um efeito benfeitor na mente daqueles que alcance,

    com a condio de que eles possuam o poder de senti-la e de lhe responder.

    Por outro lado, se um pensamento contm em si algo de egosmo, algum

    desejo pessoal, suas vibraes descero e se rodearo de matria astral, que

    formar uma espcie de envoltura da matria mental de que todo pensamento est

    possudo.

    Um pensamento desta espcie atuar sobre o corpo astral dos homens,

    assim como sobre a sua inteligncia, e desta maneira no somente despertar os

    seus pensamentos, mas tambm os seus sentimentos.

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    CAPITULO VI: AS TRS CLASSES DE FORMAS DE

    PENSAMENTO

    Do ponto de vista das formas que os pensamentos criam, podemos

    agrup-los em trs classes:

    1 AS FORMAS QUE PRODUZEM A IMAGEM DO PENSADOR

    Quando um homem se imagina num lugar distante, ou deseja

    ardentemente estar nesse lugar, ele cria uma forma de pensamento com a sua

    prpria imagem, que aparece ali. Uma forma semelhante pode ser freqentemente

    vista por outras pessoas, que amide a tomam como o corpo astral ou a apario do

    prprio homem. Em tal caso, ou o vidente tem suficiente clarividncia para ver a

    imagem astral, ou a forma de pensamento tem suficiente energia para materializar-

    se, isto , para atrair ao seu redor, temporariamente, certa quantidade de matria

    fsica.

    Um pensamento capaz de gerar uma forma desta classe, deve ser

    necessariamente poderoso e emprega tambm certa quantidade de matria do

    corpo mental. Por pequena e restrita que seja a forma de pensamento, quando elasai do pensador, envolve-se de uma considervel quantidade de matria astral e

    cresce at adquirir as dimenses de um ser vivente, antes de chegar ao seu destino.

    2 AS FORMAS QUE PRODUZEM A IMAGEM DE ALGUM OBJETOMATERIAL

    Quando um homem pensa num amigo, ele forma dentro do seu corpo

    mental uma imagem diminuta desse amigo, que freqentemente se exterioriza e

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    comum ente flutua no espao, diante dele. Do mesmo modo, se um homem pensa

    num cmodo, numa casa, ou numa paisagem, dentro de seu corpo mental se

    formam imagens diminutas desses objetos, que logo se exteriorizam. O mesmo

    sucede quando a imaginao est em atividade. O pintor, ao conceber o quadro que

    se prope executar, o constri primeiramente com a matria do seu corpo mental;

    mais tarde o projeta no espao diante de si, observando-o mentalmente e copiando-

    o. De igual maneira constri o novelista as imagens de seus personagens na matria

    mental, e depois, por um esforo de vontade, faz seus bonecos se moverem de um

    lado para outro, separando-os ou agrupando-os, e deste modo se desenvolve o

    verdadeiro enredo diante dele. Por causa de nossa estranha e falsa concepo da

    realidade, -nos difcil compreender como podem existir atualmente estas imagens

    mentais, e to perfeitamente objetivas, que um vidente pode facilmente perceb-las,

    e estas podem ainda ser transformadas por outrem que no seja o seu criador.

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    Alguns novelistas tm observado este fato, e tm assegurado que os

    personagens, uma vez criados em sua imaginao, atuam com vontade prpria e

    fazem que o enredo mude de direo, e s vezes em sentido oposto ao plano

    original do autor. O que sucede nestes casos, que, s vezes, as formas de

    pensamento so vivificadas por elementos da natureza, ou, mais freqentemente,pela ao de algum novelista morto que vigia do plano astral o trabalho de seu

    colega e cr que pode melhor-lo escolhendo este mtodo para expressar os seus

    conselhos.

    3 AS FORMAS COM FEIO INTEIRAMENTE PRPRIA,EXPRESSANDO AS SUAS INERENTES QUALIDADES NA

    MATRIA QUE ATRAEM AO SEU REDOR

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    To s as formas de pensamento desta classe podem ser, em realidade,

    representadas por meio de lminas, pois as das duas primeiras classes no seriam,

    afinal, mais do que paisagem ou retratos. Nesta classe de pensamentos veremos

    cpias de formas de pensamento pertencentes ao plano fsico, mas modeladas com

    matria astral; no terceiro grupo temos, pelo contrrio, um vislumbre das formas cuja

    natureza corresponde aos planos astral e mental. Isto faz que tais formas sejam

    verdadeiramente interessantes, apesar mesmo da dificuldade insupervel de

    reproduzi-las de um modo exato.

    As formas de pensamento desta categoria se manifestam quase sempre

    no plano astral, pois que, em sua maioria, so a expresso dos sentimentos e

    pensamentos. As que aqui expomos pertencem quase todas a esta classe, com

    exceo do pequeno nmero que nos oferecem as maravilhosas formas de

    pensamento que se originam na meditao bem definida daqueles que chegaram,graas a uma longa prtica, a saber pensar.

    As formas de pensamento dirigidas para um indivduo determinado,

    produzem efeitos bem definidos; estes efeitos so em parte reproduzidos na aura de

    quem recebe os pensamentos, e neste caso fortalecem o seu conjunto ou so

    repelidos.

    Um pensamento cheio de amor e de desejo de proteger, dirigido com

    energia a um ser querido, cria uma forma que vai para esta pessoa e permanece em

    sua aura como um guardio, ou um escudo, Esta forma de pensamento buscar

    todas as ocasies de ser til, todas as oportunidades de proteger e defender a

    pessoa para quem foi enviada, mas no por um ato consciente e voluntrio, e sim,

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    por uma obedincia cega ao impulso que a criou. O resultado ser fortalecer as

    correntes benficas que esto na aura, e debilitar as correntes perniciosas que

    poderiam achar--se nela. Deste modo criamos e mantemos guardies, e mais de

    uma me, ao orar por seu filho ausente, tm construdo barreiras protetoras ao seu

    redor, embora hajam ignorado como puderam suas oraes produzir tal efeito.

    No caso em que pensamentos maus ou bons so projetados para

    determinadas pessoas, com o fim de levarem a cabo alguma misso, devem

    encontrar na aura de quem os recebe materiais capazes de responder s suas

    vibraes. Nenhuma combinao de matria pode vibrar fora de certos limites, e se

    a forma de pensamento est alm dos limites em que a aura capaz de vibrar, no

    pode afet-la de nenhuma maneira.

    Por conseguinte, o pensamento retrocede para quem o gerou com uma

    fora proporcional energia empregada para projet-lo. Por isto se tem dito que um

    corao puro e um esprito elevado so os melhores protetores contra o assalto dos

    pensamentos de dio, pois o corao e o esprito puro construiro um corpo astral e

    um corpo mental com a matria mais densa e grosseira. Um pensamento invejoso

    ou de dio, posto em movimento com fins perversos, ao encontrar e tocar um corpo

    puro como o exemplificado, repelido e retrocede com toda a sua energia, seguindo

    at o seu progenitor pela linha de menor resistncia antes percorrida, e ferindo-o.

    Como na matria de que se compem os seus corpos astral e mental, o

    progenitor possui elementos semelhantes que constituem esta forma de

    pensamento; s vibraes desta se somam as outras correspondentes, e finalmente

    o criador do mau pensamento sofre justamente o mal que quis fazer a outrem.

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    Assim, pois, as maldies e as bnos so comparveis a pssaros que

    instintivamente voltam ao seu ninho. Compreender-se-o, assim, os perigos que h

    em dirigir pensamentos de dio a um homem muito evoludo: as formas de

    pensamento enviadas contra ele so impotentes para alcan-lo; mas, pelo

    contrrio, retrocedem aos seus criadores e os ferem mental, moral e fisicamente.

    Casos semelhantes tm sido muitas vezes observados por membros da

    Sociedade Teosfica, e lhes so bem conhecidos. Enquanto permanecer algo

    grosseiro e baixo nos veculos de um ser, qualquer coisa que propenda para o mal e

    o egosmo, alvo dos ataques daqueles que desejam prejudic-lo. Mas quando

    eliminou todo vestgio de mal por meio da purificao de si mesmo, seus inimigos

    no podero nada contra ele, que poder permanecer tranqilo e pacfico em meio

    dos perigos que o ameaam. No sucede o mesmo aos que criam pensamentos de

    dio!

    Outra coisa que preciso mencionar tambm, antes de iniciarmos o

    estudo de nossas lminas: cada um dos pensamentos representados nas lminas foi

    observado na vida real. No so o resultado da imaginao de um sonhador, mas a

    imagem de formas atuantes, observadas e projetadas por homens ou mulheres em

    estado normal. Foram reproduzidas com o mximo cuidado e a mais escrupulosa

    exatido, ou pelos mesmos que as observaram, ou com o auxlio de artistas aos

    quais foram descritas.

    Para maior facilidade, foram reunidas num mesmo grupo as formas de

    pensamento do mesmo carter.

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    CAPITULO VII: FORMAS DE PENSAMENTO ILUSTRATIVAS

    1 AFEIO

    Vaga Afeio Pura. A lmina 8 a de uma revolvente nuvem de afeio

    pura, e a no ser a sua forma vaga, ela representa um sentimento muito bom. A

    pessoa que a produziu era feliz e estava em paz com todo o mundo; pensava

    sonhadoramente, num amigo cuja simples presena lhe causa prazer. Neste

    sentimento no h nenhum impulso ardente nem enrgico, e contudo de suave

    bem-estar e de desprendido deleite na presena dos seus amados. O sentimento

    que origina uma nuvem semelhante puro, mas no possui em si fora alguma

    capaz de produzir resultados definidos. Um vidente poderia distinguir tambm uma

    forma anloga a esta ao redor de um gato que rosna ao ser acariciado por seu dono.

    Esta nuvem rodeia ento docemente o bichano, numa srie de ondulaes

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    concntricas de cor de rosa, que se alargam gradualmente at se desvanecerem a

    curta distncia de seu criador, satisfeito e pronto para dormir.

    Vaga Afeio Egosta. A lmina 9 nos mostra igualmente uma nuvem de

    afeio, mas desta feita profundamente matizada de um sentimento muito pouco

    desejvel. O triste e duro pardo cinzento do egosmo se mostra bem claramente em

    meio do carmesim do amor. Notaremos que a afeio que se encontra neste

    pensamento est intimamente unida recordao de favores no passado, e

    esperana de receber outros no futuro. Embora fosse vaga a nuvem da figura 8, ela

    estava desprovida da tinta egosta, e portanto mostrava certa nobreza em quem a

    produziu. A lmina 9 representa o que ocorre nesta condio mental, num nvel

    inferior da evoluo. muito raro que estas duas formas possam emanar da mesma

    pessoa durante a mesma encarnao. No obstante existir algo de bom no indivduo

    que gera esta segunda cor, ele ainda de pouca evoluo. Grande parte dossentimentos intermedirios esparzidos pelo mundo pertence a esta ltima classe, e

    somente de um modo lento e gradual eles se transformam e convertem no tipo mais

    elevado que acabamos de descrever.

    Afeio Definida. Mesmo o primeiro relance na figura 10 nos mostra que

    ali temos algo de natureza inteiramente diferente, algo efetivo e capaz de produzir

    um resultado. Em brilho e intensidade, a cr se assemelha da figura 8, mas nesta

    no havia seno um sentimento, ao passo que a que agora nos preocupa est

    animada de uma inteno cheia de fora e por uma ao deliberada. Recordar-se-o

    os que leram O Homem Visvel e Invisvelque a lmina XI dessa obra representa os

    efeitos de um impulso sbito de afeio pura e desinteressada, tal como se mostra

    no corpo astral de uma me quando abraa seu filho e o cobre de carcias.

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    Diversas mudanas se podem produzir pelas bruscas exploses

    emotivas; uma dentre muitas que poderamos enumerar a formao no corpo

    astral de relmpagos de cr carmesim, ou de torvelinhos orlados de luz viva; Cada

    uma destas figuras uma forma de pensamento de profunda afeio, criada do

    modo como acabamos de indicar, a qual se dirige imediatamente para o ser que

    inspirou a afeio. A lmina 10 uma forma de pensamento desta classe, que

    acaba de emanar do corpo astral que a criou e se dirige para o seu objeto.

    interessante observar que a forma de pensamento quase semicircular se

    transformou, de sorte que se parece com um projtil ou a cabea de um cometa.

    fcil compreender que esta mudana devida ao rpido movimento desta projeo.

    A transparncia dessa cor denota a pureza da emoo que deu origem a

    esta forma, enquanto que a preciso de seus contornos uma prova inegvel do

    poder e da energia da inteno. A alma capaz de criar uma forma de pensamentosemelhante, alcanou j, em verdade, um considervel grau de desenvolvimento.

    Afeio irradiante. A lmina 11 nos proporciona o primeiro exemplo de

    uma forma de pensamento intencional criada, pois seu autor est fazendo um

    esforo para extravasar seu amor a todos os seres. mister recordar que todas

    estas formas esto em incessante movimento. A que focalizamos, por exemplo,

    chega vigorosamente longa distncia, semelhante a um manancial inesgotvel,

    que surge do centro e cujas dimenses nos impossvel reproduzir.

    Um pensamento desta classe produz efeitos to grandes que difcil

    descrev-los com clareza e preciso, a no ser por quem seja bem destro neste

    gnero de estudos. A forma de pensamento que tentamos representar de grande

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    exatido, e pode-se observar, com efeito, que os numerosos raios que brotam da

    estrela so absolutamente precisos e bem definidos.

    Paz e proteo. Poucas formas de pensamento existem mais belas e

    expressivas do que a que observamos na lmina 12. uma forma de pensamento

    de amor e paz, de proteo e bno, emitida por algum que tem o poder e o

    direito de abenoar.

    No provvel que na mente do seu criador houvesse qualquer

    pensamento sobre sua bela forma alada, embora seja possvel que a reminiscncia

    de remotas narraes de sua infncia acerca de anjos custdios pudesse haver

    exercido alguma influncia sobre ele naquele momento. Seja como for, a sinceridade

    do desejo de ajudar se manifestou nesta forma to graciosa quo atraente, e a

    afeio que a determinou lhe deu a bela cor-de-rosa, iluminada como por um sol

    radiante pela inteligncia que a dirigiu. Deste modo criamos verdadeiros anjos

    guardies, que velam e protegem nossos entes queridos. Mais de um desejo

    carinhoso, desprovido de egosmo, tomou esta forma, sem que seu autor o tivesse

    percebido.

    Afeio animal agarradia. A lmina 13 nos d um exemplo de afeioanimal agarradia, se que um tal sentimento possa realmente merecer o augusto

    nome de afeio. Este matiz lvido e desagradvel se compe de diversas cores,

    tinto como est pelo lbrico brilho da sensualidade, bem como amortecido pela

    carregada tintura indicativa de egosmo. A forma deste pensamento bem

    caracterstica, pois s onde h concupiscncia se encontram semelhantes ganchos.

    evidente, e lamentvel, que o autor dessa forma de pensamento no tenha

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    nenhuma idia do que possa ser o sacrifcio por amor. Este ser no somente nada

    sabe sobre a agradvel renncia, porm jamais se perguntou a si mesmo: " Que

    que posso dar?" Ao contrrio, no cessou de dizer a si mesmo: "Que posso obter?"

    Tal o que revelam essas curvas aduncas. Em pensamentos deste tipo no h a

    expanso arrojada de tantos outros, mas projeta-se frouxamente do corpo astral,

    que se tem de supor achar-se esquerda da pintura. uma triste caricatura do

    divino sentimento do amor; no obstante, esta etapa da evoluo implica um

    progresso real sobre as etapas anteriores, como logo adiante veremos.

    2 DEVOO

    Vago Sentimento Religioso. A lmina 14 nos mostra outra nuvem rotativa,

    mas desta vez azul em vez de carmesim. Representa a devoo vaga e agradvel

    que mais uma sensao beata do que um autntico impulso espiritual.

    Corresponde ao estado em que to amide se encontram as pessoas dotadas mais

    de sentimentos piedosos do que de inteligncia. Em muitas igrejas se pode ver uma

    grande nuvem azul opaca flutuando sobre as cabeas dos fiis. Seus contornos so

    indefinidos, como indeterminados e pouco definidos so os pensamentos que

    produzem estas ondas. Nessa nuvem tambm se pode muitas vezes distinguir a cor

    lodosa e cinzenta, j que a devoo das pessoas ignorantes se assemelha, com

    deplorvel freqncia, ao egosmo ou ao medo. Contudo, este pensamento o

    esboo do que poder converter-se numa poderosa fora, revelando-nos o primeiro

    tbio adejar de pelo menos uma das duplas asas de devoo e sabedoria, por meio

    das quais a alma voa para Deus do qual emanou. curioso observar as

    circunstncias que acompanham a presena desta nuvem de um azul pouco

    definido, e amide, a sua ausncia diz ainda mais do que a sua presena. Em vo a

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    buscaramos numa igreja de culto elegante, onde, em seu lugar, veremos um

    conjunto confuso de formas de pensamento da segunda classe, que tomam a forma

    de objetos materiais.

    Em vez de smbolos de devoo, vemos ali flutuar por cima dos fiis

    formas astrais que representam chapus de homens e de senhoras, jias, suntuosos

    vestidos, carruagens e cavalos, garrafas de licor e abundantes manjares

    domingueiros. Tambm freqente verem-se ali formas que representam clculos

    complicados. Tudo isto demonstra que tanto os homens como as mulheres no

    pensaram, durante as horas consagradas devoo, seno em negcios e

    prazeres, e nada os afetou a no ser suas preocupaes habituais e interesses

    mundanos.

    Assim, pois, nos humildes santurios, em modestas igrejas, em salas de

    reunio onde se congregam almas piedosas e simples, que se vero flutuar

    constantemente acima do altar as nuvens de um azul escuro, demonstrando a

    seriedade e o respeito religioso das almas que lhes deram origem. Muito raramente

    se ver brilhar em meio destas nuvens azuis, maneira de uma lana projetada pela

    mo de um gigante, uma forma de pensamento do tipo representado na figura 15; ou

    uma flor de renncia, tal qual a que vemos na figura 16, pode flutuar diante de

    nossos arregalados olhos. Mas na maioria dos casos se tm de procurar em outros

    lugares sinais de um desenvolvimento superior.

    mpeto de devoo. A forma representada na figura 15 mantm para com

    a da gravura 14 a mesmssima relao que o nitidamente delineado projtil da

    lmina 10 guarda para com a nuvem indeterminada da figura 8. Dificilmente

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    poderamos deparar contraste mais marcante do que o constatado entre a nebulosa

    informe da figura 14 e a vigorosa virilidade do esplndido cone da devoo

    altamente desenvolvida que se nos exibe na lmina 15. Esta no a de um vago

    semi-formado sentimento; a da veemente manifestao de uma intensa emoo

    profundamente radicada no conhecimento do fato. Quem sente uma tal devoo,

    porque conhece aquele em que cr; quem produz uma tal forma de pensamento,

    porque aprendeu como produzi-la. A determinao do mpeto ascendente indica

    coragem e convico, ao passo que a nitidez de seus contornos estampa a clareza

    da concepo do seu criador, e a pureza cristalina de sua cr patenteia o seu agudo

    altrusmo.

    A resposta devoo. Na lmina 17 temos o resultado do elevado

    pensamento acima, isto , a resposta do LOGOS ao apelo feito a Ele. Essa a

    verdade em que se baseia a parte melhor e mais elevada da crena persistentenuma resposta orao. Isto exige algumas palavras elucidativas.

    Em cada plano do Seu sistema solar, o Logos derrama Sua luz, Sua vida

    e, naturalmente, nos planos mais elevados esta expanso de fora divina mais

    completa. A descida deste poder de um plano ao inferior imediato representa uma

    limitao, uma espcie de paralisia. Esta limitao quase incompreensvel, exceto

    para aqueles que por suas experincias conhecem as possibilidades mais elevadas

    da conscincia humana. Assim se difunde a vida divina com uma plenitude e uma

    fora muito maiores no plano mental do que no astral, e contudo a glria do plano

    mental inefavelmente transcendida pela do plano bdico. Normalmente, cada uma

    das poderosas vibraes se estende em seu prprio plano, horizontalmente, por

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    assim dizer; mas no penetra nas trevas de um plano inferior quele que

    originalmente visou.

    Todavia, h circunstncias em que a bno e a fora que pertencem a

    um plano mais elevado podem derramar-se num plano inferior e produzir um efeito

    benfeitor. Isto s possvel quando se abre um canal entre os dois planos, e este

    labor pode ser realizado no plano inferior pelo esforo do homem. Em pginas

    anteriores se disse que sempre que o pensamento ou os sentimentos de um homem

    sejam matizados pelo egosmo, as energias assim produzidas se movem em crculo

    fechado, e inevitavelmente esta fora reage em seu prprio plano. Quando o

    pensamento absolutamente desinteressado, estas energias brotam em forma de

    curva aberta, e por conseguinte no podem j voltar ao seu criador em certo sentido,

    mas penetram pelo plano superior, pois s ali, naquele estado mais elevado, que

    podem encontrar a possibilidade de uma completa expanso, graas a uma novadimenso do espao.

    Em tal estado de penetrao, o pensamento ou sentimento de que se

    trata mantm, por assim dizer, uma porta aberta de dimenso proporcional sua

    prpria. Esta energia abre o canal necessrio, por meio do qual a fora divina de um

    plano superior pode penetrar num plano inferior. Os resultados disto so

    maravilhosos, tanto para o que pensa como para todos os mais. Na lmina 17 se

    procura representar esta ocasio e tomar compreensvel deste modo a grande

    verdade de que uma onda infinita de fora superior est sempre pronta para

    precipitar-se pelo canal que se lhe oferea, tal qual a gua de uma cisterna que

    estivesse aguardando o primeiro tubo que aparecesse, para por ele fluir.

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    Assim se difundindo, a vida divina traz consigo um grande poder que faz

    crescer a alma que se preste a ser seu canal, e f-la aproveitar a melhor e mais

    poderosa influncia. Tem-se dito amide que um resultado semelhante a resposta

    orao, a qual a ignorncia tem crido ser "uma interveno direta da Providncia",

    ao invs da ao infalvel da imutvel lei divina.

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    Auto-renncia. Na lmina 16 temos outra belssima forma de devoo de

    um tipo completamente novo para ns, em que primeira vista se poderia supor

    haverem se imitado vrias formas graciosas pertencentes natureza animada.

    que a lmina 16 nos sugere um clice de flor parcialmente aberta, ao passo que

    outras formas se assemelham a conchas, folhas ou ai bustos. Contudo, no so

    nem poderiam de modo algum sei cpias de formas vegetais ou animais, e parece

    provvel que a explicao da similaridade tem razes muito mais profundas. Um fato

    anlogo e muito mais significativo que algumas formas de pensamento muito

    complexas podem ser imitadas pela ao de certas foras mecnicas, conforme j

    se disse acima.

    Se bem que no estado atual de nossos conhecimentos no prudente

    determo-nos para tentar explicar detalhadamente o interessante assunto destas

    semelhanas extraordinrias, parece, contudo, que estamos no limiar de um reinoinfinitamente misterioso. Com efeito, se por meio de certos pensamentos

    produzimos uma forma que j existia na natureza, podemos supor que as prprias

    foras naturais atuam de maneira anloga na atividade criadora de nosso

    pensamento.

    Sendo o Universo em si um pensamento de Deus, pode ser que as

    diferentes regies desse Universo estejam constitudas por entidades secundrias

    que trabalham com Ele. Deste modo podemos imaginar o que significam os 330

    milhes de Devas ou Anjos de que nos falam os livros hindus.

    Voltando figura 16, vemos que representa uma forma do mais delicado

    azul, circundada e penetrada de uma maravilhosa luz branca. Este precioso modelo

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    foi o tormento do artista que tratou de reproduzi-lo. em verdade o smbolo que um

    catlico chamaria "um verdadeiro ato de devoo", ou melhor, um ato de integral

    anulao do eu, de auto-submisso e renncia.

    3 INTELECTO

    Vago Prazer Intelectual. A lmina 18 representa uma vaga nuvem da

    mesma classe das mostradas nas lminas 8 e 14; mas neste caso a cr amarela,

    em vez de carmesim ou azul. O amarelo em qualquer dos veculos do homem indica

    sempre capacidade intelectual, mas as suas tonalidades variam muitssimo, e pode

    ser complicado pela mistura com outros matizes. Geralmente falando, o amarelo

    bao e carregado se o intelecto est dirigido principalmente para objetivos inferiores,

    mormente se so egostas. Se tomarmos para exemplo um homem de negcios de

    tipo mediano, tanto o seu corpo astral como o mental sero de uma cr amarela de

    ocre, enquanto que um intelecto consagrado ao estudo da Filosofia ou das

    Matemticas, ser de um amarelo de ouro, que variar em tonalidade cada vez mais

    brilhantes, semelhana do amarelo de limo, e a um amarelo muito claro, quando

    o intelecto est totalmente ocupada, e sem restrio egosta, no servio da

    Humanidade. A maioria das formas de pensamento amarelas tem contornos bem

    definidos, e relativamente raro encontrar uma nuvem vaga desta cor. Formas

    amarelas vagas indicam um prazer intelectual, como a apreciao do resultado de

    muita habilidade, ou a satisfao de executar com perfeio um trabalho

    determinado.

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    O prazer que um homem vulgar sente na contemplao de um quadro,

    depende quase sempre da emoo oriunda da admirao, da afeio ou da piedade

    que sinta. Amide, se esta imagem representa uma cena que lhe familiar, o seu

    encanto principal reside no poder que tenha de despertar a recordao de gozos

    passados. Assim, pois, no artista, o prazer ser de um carter diferente, mais

    baseado na maestria da execuo e na habilidade empregada para alcanar um

    determinado fim. O puro prazer intelectual se manifestar, pois, sob a forma de uma

    nuvem amarela. O mesmo acontecer ao manifestar-se a satisfao no momento de

    se recrear numa perfeita execuo musical ou nas sutilezas de um hbil discurso.

    Uma cr desta natureza jamais se mistura com uma tintura de emoo pessoal; se

    assim fosse, o amarelo seria no mesmo instante matizado da cr pessoal

    correspondente.

    A inteno de saber. A lmina 19 interessante por mostrar-nos algosobre o crescimento de uma forma de pensamento. A etapa inicial, indicada na parte

    superior da lmina, no fora do comum, e mostra a determinao de resolver

    algum problema, a inteno de saber e compreender. s vezes um conferencista

    teosfico v muitas destas serpentinas amarelas projetando-se do auditrio para ele,

    e as acolhe como sinal de que seus ouvintes esto seguindo inteligentemente a sua

    argumentao, animados do desejo de compreender e saber mais. Anlogas formas

    de pensamento se observam amide quando surge uma controvrsia, e se, como

    infelizmente acontece em muitos casos, tal controvrsia provm mais do desejo de

    auto-exibio de quem a provoca do que do desejo de saber, a forma de

    pensamento correspondente ser notavelmente matizada d cr alaranjada, que

    indcio de vaidade. Este fato se produziu numa pergunta que denotava grande

    agudeza intelectual. A resposta dada no satisfez no princpio ao indagador, ao qual

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    pareceu que o conferencista desejava desviar a questo. Sua determinao de obter

    uma resposta cabal e completa tornou-se mais firme que antes; a sua forma de

    pensamento se intensificou de cr e transformou-se na segunda forma, mais

    semelhante de um saca-rolhas. A curiosidade leve e frvola engendra

    continuamente formas parecidas com esta, mas como, neste caso, a inteligncia no

    desempenha nenhum papel, a cor no mais amarela, mas converte-se na cr de

    carne estragada, semelhante da lmina 29, forma produzida por um brio pedindo

    de novo a sua bebida predileta.

    Ambio elevada. A lmina 20 nos mostra outra manifestao de desejo:

    ambio de posio ou poder. A cor caracterstica da ambio o alaranjado de um

    matiz belo e profundo; a caracterstica do desejo consiste nos ganchos que

    precedem sempre forma em sua atividade. Os pensamentos desta espcie so

    bons e puros; se houvesse no desejo algo de baixo ou pessoal, manifestar-se-iacom a presena de uma tintura que empanaria a cor alaranjada e a obscureceria

    com raios vermelhos, pardos ou cinzentos. O homem cujo pensamento examinamos

    aqui, no ambiciona o poder para seu proveito prprio, e sim, com o objetivo de

    poder cumprir o seu dever e melhor trabalhar no interesse dos homens, seus irmos.

    Ambio egosta. A lmina 21 representa a ambio de tipo inferior. No

    s podemos observar nela a presena da cor cinzento-parda do egosmo, mas,

    tambm, uma diferena notvel na forma, embora seus contornos estejam

    regularmente definidos. A lmina 20 est alando em direo a um objeto

    determinado, e a sua parte central bem comparvel a um projtil, tal qual a lmina

    10. Por outro lado, a figura 21 uma forma flutuante, indicando fortemente o desejo

    aquisitivo comum, a ambio de agarrar para si tudo o que v.

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    4 CLERA

    dio mortal e clera persistente. Nas lminas 22 e 23 temos dois

    exemplos espantosos dos terrveis efeitos da clera. Os cintilantes relmpagos que

    na figura 22 brotam de uma nuvem parda, foram tomados do natural, num homem

    dos arrabaldes de Londres que, quase bbedo, acabava de agredir uma mulher. O

    relmpago se projetou sobre ela um momento antes de levantar ele a mo para

    bater-lhe, causando-lhe intensa impresso de horror, como se a pancada fosse

    mat-la. O dardo de aguada ponta, em forma de estilete lmina 23 uma

    forma de pensamento de clera sustida. Esta forma sinal de um intenso desejo de

    vingana, um pensamento assassino sustentado durante longos anos e dirigido a

    uma pessoa que causara uma grande humilhao ao produtor dessa forma. Se este

    ltimo possusse uma vontade enrgica e treinada, poderia ter matado seu

    adversrio com uma tal forma de pensamento, e seu autor teria corrido o risco de se

    tornar um assassino de fato numa futura encarnao, como o foi em pensamento.

    Notar-se- que ambos estas formas de pensamento tm o aspecto de um

    raio, embora uma seja irregular em sua forma e a outra represente uma intensidade

    sustida, muitssimo mais perigosa.

    A base de absoluto egosmo que caracteriza a figura de baixo muito

    surpreendente e instrutiva; observe-se tambm a diferena das cores. Na de baixo;

    a cor parda e opaca do egosmo to marcante, que obscurece a brutal exploso de

    clera; na de cima, embora o egosmo constitua tambm a sua base, esta idia

    desapareceu ante a violncia e persistncia de um dio sustido.

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    Se se estudar a lmina VIII no Homem Visvel e Invisvel, compreender-

    se- o estado de um corpo astral que d origem a formas semelhantes. O s

    aspecto destas formas ser, mesmo primeira vista, uma lio maravilhosa que

    ensina todo o perigo que se corre ao ceder terrvel paixo da clera.

    Acesso de clera. Na lmina 24 temos a manifestao de uma clera de

    carter totalmente diferente. No se trata do dio sustido, mas simplesmente de uma

    violenta exploso de irritao. Logo se v que enquanto os criadores das formas de

    pensamento representadas nas figuras 22 e 23 dirigem sua ira contra um indivduo,

    o responsvel pela exploso da figura 24 se achava em guerra contra tudo ao seu

    redor. Esta revela bem o sentimento de um velho colrico, que se sente insultado ou

    inconvenientemente tratado, pois os relmpagos de cor alaranjada combinados com

    o escarlate indicam que o seu orgulho foi seriamente ferido.

    curioso comparar o resplendor desta forma com a lmina 11. No

    primeiro caso vemos constantemente expressa uma verdadeira exploso brusca,

    mas irregular em seus feitos. O vazio do centro indica-nos que o sentimento que o

    produziu pertence j ao passado, e que nenhuma outra fora estava sendo gerada.

    Na lmina 11, ao contrario, o centro constitui a parte mais importante da forma de

    pensamento, e isto nos indica que a sua causa no foi uma ecloso de sentimento

    passageiro, mas houve uma constante atividade da vontade, enquanto que os raios

    demonstram perfeitamente por sua natureza, sua extenso e disposio uniforme, o

    esforo contnuo que os produziu.

    Cime vigilante e odiento. Na lmina 25 vemos uma forma de

    pensamento interessante, conquanto desagradvel. Sua cor verde terrosa indica ao

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    clarividente adestrado que este pensamento a expresso clara do cime, e que

    sua curiosa forma denota o ardor com que o seu criador vigia o seu objeto. Sua

    estranha semelhana com uma serpente de cabea levantada, demonstra a atitude

    estranhamente ansiosa do ciumento, atentamente alerta para descobrir indcios

    daquilo que sobretudo deseja ver.

    No momento em que v ou cr ver, a forma se transformar naquela

    muito mais popular, mostrada na figura 26, em que o cime j est misturado com

    clera. Pode-se notar que aqui o cime apenas uma nuvem indefinida, embora

    cortada de definidos raios de clera, prontos para ferir aqueles que o seu autor

    imagina injuri-lo. Na lmina 25, pelo contrrio, na qual no existe clera, o cime

    tm um aspecto muito definido e expressivo.

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    5 SIMPATIA

    Vaga simpatia. Na lmina 18 temos uma outra das nuvens vagas, mas

    desta vez a sua cr verde nos indica que uma manifestao do sentimento de

    simpatia. Do carter pouco definido dos seus contornos podemos deduzir que no

    se trata de uma simpatia ativa e bem definida, pronta a transformar-se de

    pensamento em ao. Denota, antes, um sentimento geral de comiserao, possvel

    de ser despertado em quem lesse a narrao de um infeliz acidente, ou

    permanecesse na porta de um hospital observando,os doentes.

    6 MEDO

    Pavor sbito. Uma das coisas mais penosas da natureza um homem ou

    animal colhido pelo pavor. Quando examinamos a lmina XIV do livro O Homem

    Visvel e Invisvel, vemos que em semelhante caso o corpo astral no apresenta

    melhor aspecto do que o do corpo fsico. Quando o corpo astral de um homem est

    num estado de vibrao desequilibrada, a sua tendncia natural o faz lanar longe

    de si partculas informes, maneira de pedras arrojadas com violncia em todas as

    direes, como se pode ver na lmina 30. Mas quando uma pessoa no est

    aterrorizada, e sim seriamente assustada, produz-se freqentemente um efeito

    semelhante ao mostrado na lmina 27.

    Numa das fotografias tiradas pelo Dr. Baraduc, de Paris, pde-se

    observar que ante uma contrariedade repentina, brota grande quantidade de semi-

    crculos, e esta emisso de formas maneira de meias luas (lmina 27) parece ser

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    da mesma natureza daquelas de que j falamos, embora, neste caso, as linhas que

    as acompanham dem ao conjunto um aspecto mais de exploso. Convm observar

    que todos os semicrculos ou meias luas do lado direito, que deveriam ser

    projetados no primeiro momento, s tm a tintura cinzenta do medo. Mas uma vez

    se haja a pessoa recuperado da primeira impresso, comea a contrariar-se por

    haver-se deixado surpreender pelo medo.

    Com efeito, pode-se observar que os semicrculos posteriores esto

    debruados pelo escarlate, ao passo que o ltimo de todos puro escarlate, o que

    indica que o susto j foi completamente dominado e s subsiste a contrariedade.

    7 COBIA

    Cobia egosta. Na lmina 28 temos um exemplo de cobia egosta, de

    tipo inferior ao da lmina 21. Deve-se ter presente que nos achamos diante de um

    sentimento que nem sequer contm o que de grande possa haver na ambio,

    porm que, graas tintura verde lodosa que se encontra nesse sentimento,

    obtemos a certeza de que a pessoa que projetou esta desagradvel forma de

    pensamento capaz de empregar a fraude para obter o que deseja.

    Enquanto a lmina 21 nos mostra a ambio em g