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Análise Estratégica para o Desenvolvimentoda MPME em Iberoamérica

Relatório MPMEIberoamérica 2009FAEDPYME

Page 4: Análise Estratégica para o Desenvolvimento · Gregorio Sánchez Marin Argentina Universidad Nacional Liliana Galan (Diretora) de la Plata Eduardo De Giusti Gabriela Mollo Coordenação

Edita: Universidad Politécnica de Cartagena© FAEDPYME 2010© Domingo García Pérez de Lema© Francisco Javier Martínez García© Antonio Aragón Sánchezwww.faedpyme.upct.es <http://www.faedpyme.upct.es>[email protected]

Disenho e Maquetación: CREACTIVA publicidad&mkt - Tel. 968 52 04 87

Imprime: Trival

Dep.Legal:

IS.B.N.: 978-84-96997-35-6

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Direção:

Dr. Domingo García Pérez de Lema

Dr. Francisco Javier Martínez García

Dr. Antonio Aragón Sánchez

Equipe de pesquisa:

Dr. Marcos Antón Renart

Dr. Antonio Calvo-Flores Segura

Dr. Juan Patricio Castro Valdivia

Dr. Antonio Duréndez Gómez-Guillamón

Dra. Ana Fernández Laviada

Dra. Antonia Madrid Guijarro

Dr. Javier Montoya del Corte

Dra. Alicia Rubio Bañon

Dr. Gregorio Sánchez Marín

Dr. Francisco Manuel Somohano Rodríguez

Coordenador da tradução ao português:

Dr. Miguel Juan Bacic

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REDE INTERNACIONAL DE PESQUISADORES EM PMES

REDIPYMES

País Instituição EquipeEspanha Universidad Politécnica Domingo García Pérez de lema

de Cartagena (Diretor)Juan Patricio Castro Valdivia

Direção da Rede (Subdiretor)Coordenação Espanha Antonia Madrid Guijarro

Antonio DuréndezGinés Hernández CánovasAntonio Juan Briones Peñalver

Universidad de Francisco Javier Martínez GarcíaCantabria (Diretor)

Francisco M. Somohano RodríguezDireção da Rede (Subdiretor)Coordenação Espanha Ana Fernández Laviada

Javier Montoya del CorteJosé Manuel López FernándezMiriam Gandarillas Iglesias

Universidad de Murcia Antonio Calvo-Flores Segura(Diretor)

Direção da Rede Antonio Aragón SánchezCoordenação Espanha (Subdiretor)

Marcos Antón RenartEsther GrasAlicia Rubio BañonGregorio Sánchez Marin

Argentina Universidad Nacional Liliana Galan (Diretora)de la Plata Eduardo De Giusti

Gabriela MolloCoordenação Argentina

Brasil Universidade Estadual Miguel Juan Bacic (Diretor)de Campinas Maria Carolina de Azevedo Ferreira de

SouzaCoordenação Brasil Luiz Antônio Teixeira Vasconcelos

Ana Lucia Gonçalves da Silva Rodrigo Lanna Franco da Silveira

Colômbia Universidad del Valle Edgar Julián Gálvez A. (Diretor)Fabián Osorio Tínoco

Coordenação Colômbia Fernando Ortíz González.

Costa Rica Universidad Estatal Lizette Brenes Bonillaa Distancia (Diretora)

Coordenação Costa RicaUniversidad de Costa Minor Cordero JiménezRica (Diretor)

Coordenação Costa

Rica4

Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009 FAEDPYME

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FAEDPYME Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009

México Instituto Tecnológico y Norma A. Hernández (Diretora)

de Estudios Superiores Minet Mucka

de Monterrey – EGADE Mario Vázquez

Eduardo Gaona

Coordenação México René Hernández

Paulina Podmokly

Universidad Autónoma Víctor Gabriel Sánchez Trejo (Diretor)

de Hidalgo Roberto Estrada Bárcenas

Roberto Morales Estrella

Coordenação México Aubert Hernández Calzada Martín

Adriana Luz María Montiel Ávila

Blanca Cecilia Salazar Hernández

UNAM Francisco Ballina Ríos

México U. Veracruzana Clara Celina Medina Sagahón

U. A. de Aguascalientes María del Carmen Martínez Serna

Universidades Gonzalo Maldonado Guzmán

que U. A. de Coahuila Manuel Medina Elizondo

colaboraram Sandra López Chavarría

com a Rede U.A.E. de Colima Emeterio Franco Pérez

Sergio Iván Ramírez Cacho

U. J. E. de Durango Patricia Martínez Herrera

U. A. J. de Tabasco Juan José Chablé Sangeado

Panamá Universidad de Panamá Juan Ernesto Mojica P. (Diretor)

Elisa González De Mojica

Coordenação Panamá Esther Elisha

Evelyn Carter

Viodelda Martínez

María Lewis De Barrios

Peru Pontificia Universidad Miguel H. Mejía Puente (Diretor)

Católica del Perú S. Eduardo Rocca Espinoza (Subdiretor)

Miguel Domingo González Álvarez

Coordenação Peru María Isabel Quispe Trinidad

Christian Santos Cornejo Sánchez

Sergio Alberto Pavletich Silva

República Fondo para el Marina Ortiz (Diretora)

Dominicana Financiamiento de la

Microempresa

Coordenação República

Dominicana

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Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009 FAEDPYME

PROLOGO

As microempresas, e as empresas de pequeno e de médio porte (MPMEs) têm sido objetode atenção desde múltiplos âmbitos e enfoques devido, fundamentalmente, a seu papel pri-mordial como agentes criadoras de riqueza, a sua grande capacidade para a geração deemprego e a sua participação essencial em dar consistência à rede empresarial, econômicae social dos países e as regiões, colaborando decisivamente para o desenvolvimento sus-tentável e progresso das sociedades.

A Fundação para a Análise Estratégica e Desenvolvimento da Pequena e Média Empresa(FAEDPYME), impulsionada pelas Universidades de Cantabria, Murcia e Politécnica deCartagena, junto com o Instituto de Fomento da Região de Murcia, o Conselho de Economiae Fazenda de Cantabria, a Fundação UCEIF e Cajamurcia, proporciona um espaço de cola-boração, nas esferas econômica e social da MPME, para realizar atividades e trabalhos deestudo, docência e pesquisa; assim como para facilitar e promover o intercambio de infor-mação e do conhecimento, o assessoramento mutuo, e o desenvolvimento de projetos deinteresse comum que redundem e contribuam para o bem-estar dos povos. São, portanto,finalidades essenciais da Fundação: a formação, a pesquisa, o desenvolvimento, a inovação,a transferência e o assessoramento sobre aspectos próprios do âmbito das MPMEs, emâmbito nacional e internacional.

Para o cumprimento de suas finalidades a Fundação tem promovido a criação formal de umaRede de Universidades, sob a denominação Rede Internacional de Pesquisadores emMPMEs a -REDIPYMES-, de modo que seus grupos de pesquisa gerem, compartilhem edifundam o conhecimento sobre as mesmas, desenvolvendo projetos de pesquisa (a nívelIberoamérica, País e Estados), formação e transferência de conhecimento que constituamum referencial internacional pela qualidade e impacto das ações desenvolvidas.

Uma das atuações nucleares de REDIPYMES é levar a cabo um projeto de pesquisa quetenha como foco uma análise estratégica para o desenvolvimento das MPMEs englobandoiberoamérica, cada um dos países e suas comunidades, estados ou regiões, para proporcio-nar una visão sobre o tecido empresarial das MPMEs. Espera-se com isso, maior conheci-mento sobre suas características e suas relações com o ambiente econômico, sobre suasforças e fraquezas. O projeto deve elucidar os fundamentos operacionais revelando os pro-blemas das MPMEs e suas estratégias de forma a contribuir para a tomada de decisões,tanto do ponto de vista da política interna de gestão da empresa, quanto em termos da polí-tica regional ou estatal, visando definir e consolidar programas de atuação adequados e comsuficiente tempo de antecedência.

O Relatório MPME Iberoamérica aqui apresentado constitui o primeiro trabalho de pesquisarealizado pela Fundação. Seus objetivos básicos têm sido, por um lado, oferecer uma radio-grafia do tecido empresarial, analisando as estratégias e os principais fatores competitivosutilizados pela MPMEs ibero-americanas para concorrer nos mercados, identificando suasforças e fraquezas; e por outro lado, elaborar propostas de atuação para a melhoria da com-petitividade e sucesso das MPMEs.

Para levar a cabo este estudo foram realizadas 1970 entrevistas com gerentes de MPMEs.Os resultados obtidos evidenciam a importante atividade inovadora que realizam as MPMEse sua capacidade de gerar emprego e valor adicionado. Esta informação relevante pode ser-vir como meio de conexão entre as Administrações e o tecido empresarial de Iberoaméricapara explorar novas oportunidades de negocio. Espera-se que o conhecimento adquirido

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FAEDPYME Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009

dos setores estratégicos nos diferentes países analisados e das empresas mais competiti-vas possa contribuir para o estabelecimento de alianças de cooperação entre as empresasibero-americanas.

Agradecemos às equipes de pesquisa o trabalho realizado sob a direção dos responsáveisdas equipes das Universidades Politécnica de Cartagena, Cantabria e Murcia, assim como oesforço de todos para a conformação da Rede, que constitui um magnífico exemplo de coo-peração universitária internacional no âmbito da Comunidade Ibero-americana das Nações.

Reconhecendo a resposta e a colaboração prestada às universidades promotoras por partedas universidades que inicialmente formam parte da Rede, encorajamos instituições do restodos países para que solicitem sua incorporação e participação na Rede, completando assima representação universitária neste espaço de colaboração e pesquisa sobre a MPME emIberoamérica.

Finalmente, queremos também agradecer o apoio recebido da Associação UniversitáriaIbero-americana de Pós-Graduação (AUIP), que, no intuito de facilitar a criação de redes depesquisa, propiciou um adequado marco acadêmico a REDIPYMES, o apoio das firmas deMéxico, Espanha e Brasil de PricewarterhauseCoopers (PwC) para a publicação e difusãodeste relatório e a colaboração institucional da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) edo programa IBERPYME do Sistema Econômico Latino-americano e do Caribe (SELA).Desejamos agradecer a colaboração do professor Miguel Juan Bacic da UniversidadeEstadual de Campinas pela sua tarefa na coodenação da tradução do informe ao português.

Federico Gutiérrez SolanaReitor da Universidade de Cantabria

José Antonio Cobacho GómezReitor da Universidade de Murcia,

Félix Faura Mateu Reitor da Universidade Politécnica de Cartagena

Ángel Agudo San EmeterioConselheiro de Economia e Fazenda do Governo de Cantabria

Salvador Marín HernándezPresidente do Instituto de Fomento da Região de Murcia e Conselheiro de Universidades,

Empresa e Pesquisa da Região de MurciaFrancisco Javier Martínez García

Diretor Geral da Fundação da Universidade de Cantabria para o Estudo e a Pesquisa doSetor Financeiro (UCEIF)

Carlos Egea KrauellPresidente de Cajamurcia

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ÍNDICE

1. Introdução pág. 112. Marco teórico pág. 173. Metodologia da pesquisa pág. 274. Caracterização das empresas, expectativas e clima empresarial pág. 355. Estratégia e fatores competitivos pág. 476. Estrutura organizacional e recursos humanos pág. 557. Tecnologia, qualidade e inovação pág. 658. Tecnologias da informação e comunicação pág. 759. Aspectos contábeis e financeiros pág. 8110. Evolução de indicadores de desempenho pág. 8711. Fatores de sucesso da MPME pág. 9312. Conclusões pág. 10113. Principais linhas a seguir para o desenvolvimento e consolidação das MPMEs pág. 10714. Bibliografia pág. 123Anexo: O questionário pág. 135

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1Introdução

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As empresas de pequeno e médio porte e as microempresas (MPME) têm sido nos últimosanos o centro de atenção de numerosos trabalhos, devido fundamentalmente à grandecapacidade de geração de emprego, e ao papel primordial que desempenham como gera-doras de riqueza. Isso tem permitido um maior conhecimento sobre suas características esuas relações com o ambiente econômico. No entanto, as MPMEs ainda precisam de fun-damentos operacionais que, de forma contínua manifestem o conjunto de seus problemas esuas estratégias, com o objetivo de facilitar a tomada de decisões, de forma a contribuir paraa tomada de decisões, tanto do ponto de vista da política interna de gestão da empresa,quanto em termos da política regional ou estatal, visando definir e consolidar programas deatuação adequados e com suficiente tempo de antecedência.

As fraquezas de caráter estrutural que caracterizam as MPMEs afetam a sua sobrevivênciae diminuem sua competitividade. A globalização dos mercados, a aceleração das mudançastecnológicas e o desenvolvimento de novos sistemas de informação e comunicação, soma-dos à falta de hábito no que tange à gestão do conhecimento e do capital humano, à dificul-dade para a captação de capitais de terceiros no longo prazo, à menor qualificação deempresários e empregados, às dificuldades de localização e de infraestrutura, e à complexi-dade para incorporar as inovações tecnológicas são, entre outros, aspectos que dificultame limitam o desenvolvimento das MPMEs.Há que reconhecer o valor do esforço realizado pelas Administrações Públicas para favore-cer o entorno das MPMEs, concretizado em múltiplos programas de ajuda financeira.Entretanto, é necessário continuar com o desenvolvimento de ações que promovam melho-rias em termos de questões burocráticas, da organização interna e produtiva, o investimen-to em intangíveis e os acordos de cooperação que impulsionem a inovação, como elemen-tos imprescindíveis para responder aos três grandes desafios enfrentados atualmente pelasMPMEs: o desenvolvimento tecnológico, a globalização dos mercados e a incerteza econô-mica.

A competitividade, como referência da capacidade de antecipação e resposta aos desafiosdo ambiente, é vital para a sobrevivência das MPMEs. O aumento da competitividade porparte das MPMEs requer a adequação de suas estratégias e de estrutura organizacional aoambiente dinâmico da economia atual. Muitas empresas persistem em uma atitude conser-vadora, aguardando os resultados de determinadas estratégias para só então introduzirmudanças em suas estruturas. Ações relativas à inovação tecnológica, à certificação da qua-lidade ou à internacionalização dos mercados pressupõem aumento do investimento, razãopela qual há que associar a relação entre tais ações com sua rentabilidade para entender suaviabilidade. Nesse cenário, ao aconselhar às MPMEs linhas de atuação em diferentes áreasde sua gestão, há que mostrar os diferenciais de rentabilidade esperados entre as empresasque adotam uma atitude mais conservadora e aquelas com práticas de gestão mais moder-nas.

O Relatório Anual da MPME oferece informação da estrutura produtiva das MPMEs emIberoamérica e espera-se que seja útil às empresas e aos distintos agentes econômicos esociais. O objetivo principal é fornecer informação continuada sobre as estratégias e expec-tativas empresariais de forma a facilitar e apoiar a tomada de decisões, principalmente noâmbito econômico e no estratégico. Conhecer os problemas da empresa em seus múltiplosaspectos permite, sem dúvida, facilitar a conquista de maior competitividade. O conheci- 13

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mento dos principais fatores competitivos pode ajudar aos órgãos de decisão a estabeleceras políticas mais adequadas voltadas para a melhoria contínua das empresas. Para fortale-cer o ambiente empresarial é necessário um profundo conhecimento das organizações e dasvariáveis ou fatores cruciais para o sucesso competitivo. Atualmente a estratégia e a inova-ção tecnológica são elementos chave para a competitividade da empresa e representam umfator determinante do crescimento econômico. A inovação possibilita que a organizaçãopossa responder às mudanças do mercado e, dessa forma, obter vantagens competitivassustentáveis no tempo.

Os objetivos deste relatório são:

> Analisar a situação das MPMEs, considerando sua estratégia e principais fatores compe-titivos, sua estrutura organizacional e de recursos humanos, indicadores de tecnologia,qualidade e inovação, o grau de utilização das TIC, assim como diferentes aspectos con-tábeis e financeiros.

> Determinar as forças competitivas das MPMEs e conhecer as principais dificuldades paraseu desenvolvimento.

> Elaborar propostas de atuação para a melhoria da competitividade e sucesso das MPMEs.

Para levar a cabo este trabalho realizou-se um estudo empírico com informações provenien-tes de: (1) Pesquisas com 1.970 MPMEs Ibero-americanas direcionadas ao gerente daempresa; e (2) Pesquisas com 200 especialistas em MPMEs para reunir informações quali-tativas tendo com fonte base a opinião dos principais agentes econômicos e sociais, com afinalidade de elaborar propostas de atuação. Na amostra utilizada não se incluem empresasde 5 ou menos trabalhadores.

É importante apontar que não é função deste trabalho de pesquisa julgar a situação dasMPMEs, mas oferecer uma visão integral da empresa, que revele, virtudes ou desequilíbrios.O propósito é que sirva de referência para que, em seu caso, possam se adotar as medidasoportunas para potencializar as virtudes e ajustar os desequilíbrios. Ressalta-se , por outrolado, que no desenvolvimento das distintas fases desta pesquisa respeitou-se escrupulosa-mente o sigilo estatístico da informação utilizada, não mencionando nenhuma empresa emparticular.14

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2Marco teórico

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No ambiente econômico atual, caracterizado pela globalização, a maior concorrência, amudança contínua e a profunda crise econômica na que se encontra imersa a economiamundial, as empresas precisam encontrar processos e técnicas de direção que lhes permi-tam alcançar o êxito competitivo. Como consegui-lo e o que fazer para sustentar ou melho-rar a posição competitiva constitui um tema central da direção de empresas.

A literatura nessa matéria oferece duas perspectivas teóricas para explicar a consecução doêxito competitivo. A primeira delas consiste em aproveitar as oportunidades e evitar asameaças decorrentes da relação da empresa com seu ambiente. A outra se fundamenta emcoordenar e aproveitar de forma adequada e eficiente os recursos com os quais conta aempresa em relação a seus rivais. Dessa perspectiva, a chave do sucesso competitivo sesitua em elementos pertencentes à própria empresa, uma idéia que conceitualmente tempropiciado o desenvolvimento da Teoria de Recursos e Competências (Grant, 1991). Essaperspectiva, frente a outras, sugere que as diferenças existentes nos níveis de sucessoalcançados pelas empresas se explicam, mais que pelas características estruturais do setorem que atua, pelas diferentes dotações de recursos e competências das organizações(Barney, 1991).

Uma primeira aproximação aos fatores competitivos permite classificá-los em dois grandesgrupos: externos e internos.

Entre os primeiros (fatores externos), situam-se as variáveis que derivam do ambiente deatuação da empresa. Referimos-nos, por um lado, às variáveis sociais, econômicas, políti-cas e legais que afetam por igual o funcionamento das empresas situadas em um determi-nado lugar; e por outro, ao conjunto de características estruturais que moldam o ambientesetorial ou industrial sob o qual se desenvolve a concorrência entre empresas. Variáveiscomo número de concorrentes no mercado e sua distribuição por segmentos, grau de inte-gração vertical, número de compradores e sua distribuição, grau de intensidade das barrei-ras de entrada e saída do setor, nível de diferenciação do produto, existência de produtossubstitutos, nível de informação de cada empresa, etc., são os pilares sobre os quais seapóia esse efeito.

Os fatores internos referem-se às variáveis próprias de cada empresa. Referimos-nos aosrecursos físicos, técnicos, financeiros, etc., e às habilidades e conhecimentos tecnológicos,organizacionais, diretivos, etc.. Para que uma organização possa obter vantagens competi-tivas deve realizar não só análise dos recursos, habilidades e conhecimentos, avaliando quepossui, mas também levar em conta os concorrentes. Os recursos ou habilidades que mos-trem maior potencial competitivo serão considerados como críticos ou estratégicos e asempresas deverão realizar os investimentos necessários para mantê-los e desenvolvê-los nomédio e longo prazo.

Os recursos por si só não geram renda; é necessária sua adequada coordenação para con-seguir vantagens sobre os concorrentes (Grant, 1991; Amit e Schoemaker 1993). As compe-tências são precisamente isso, isto é, a faculdade de administrar adequadamente os recur-sos para realizar uma determinada tarefa dentro da empresa (Grant, 1991). Definitivamente,as competências são a forma em que a empresa combina seus recursos (Amit eSchoemaker, 1993) e permitem incrementar o estoque de recursos intangíveis, desenvolver 19

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as atividades básicas mais eficientemente que seus concorrentes e, por último, adaptar-seàs mudanças implantando estratégias de forma antecipada (Collis, 1994).

O conhecimento dos recursos estratégicos contribuirá para aprofundar no conhecimentodas MPMEs, ao mesmo tempo em que será de utilidade para a gestão prática desse tipo deempresas. Para que cada MPME melhore sua posição relativa em comparativamente à deseus concorrentes é necessário que os diretores sejam capazes de identificar as áreas chavede gestão, ou seja, aqueles elementos que a empresa deve dominar para ser competitiva (Pile Holwelg, 2003).

Tendo em conta estas premissas, o presente trabalho englobará na análise, por um lado, apercepção do ambiente empresarial e, por outro, os fatores relacionados com a estratégiaorganizacional e com os recursos internos que a literatura tem identificado como necessá-rios para o sucesso. Concretamente, analisa-se o papel desempenhado pela cooperaçãoentre empresas, os recursos humanos, a inovação e a tecnologia, a qualidade, as tecnolo-gias da informação e comunicação, e os recursos financeiros.

Ambiente competitivo

A base da economia industrial se fundamenta no conhecido paradigma estrutura-conduta-

desempenho segundo o qual o tipo de estrutura dos mercados determina o comportamen-to das empresas que os compõem, o que em último caso determina seus resultados.Também é relevante considerar que o caráter circular desse paradigma pode pressupor queo comportamento altere a estrutura e, portanto os resultados. A empresa, nessa perspecti-va, deve se adaptar às condições estruturais que imperam na indústria ou implementar com-portamentos estratégicos caso pretenda ser competitiva.

A análise do ambiente competitivo, seguindo o modelo estabelecido por Porter (1985), reve-la que a empresa ganhará em competitividade se for capaz de enfrentar as conhecidas cincoforças competitivas: 1) a ameaça de produtos substitutos, 2) a ameaça dos concorrentespotenciais, 3) o poder de negociação dos fornecedores, 4) o poder de negociação dos clien-tes e 5) a rivalidade entre os concorrentes.

Esse modelo parte de duas premissas fundamentais: a estrutura da indústria determina anatureza da concorrência e esta é o principal determinante dos lucros das empresas (Hill yDeeds, 1996).

A empresa escolherá o perfil competitivo que melhor se adapte às características estruturaisda indústria, ou seja, estabelecerá sua estratégia de negocio sobre a base da situação estru-tural de seus mercados.

Planejamento estratégico e estratégia

O planejamento estratégico tem por objetivo fixar um curso concreto de ação, estabelecen-do os princípios que deverão orientá-lo, a seqüência de operações e a determinação dotempo e os recursos necessários para sua realização, pelo que é desejável que toda empre-sa, independentemente de suas características particulares, elabore planos estratégicos. O

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processo de planejamento estratégico implica a realização de uma serie de atividades for-malizadas por parte das empresas, orientadas a identificar objetivos e metas, e a analisar ocontexto externo e os recursos internos, para assim conseguir identificar oportunidades eameaças do ambiente e forças e fraquezas da organização. Esse processo permitirá àempresa formular estratégias adequadas aos seus objetivos, considerando a situação inter-na e externa.

A relação entre o planejamento estratégico formal e o desempenho tem sido examinada pordiversos autores. A maioria das pesquisas realizadas confirma uma relação positiva entreambas, tanto nas grandes empresas (Robinson, 1982; Bracker, Keats e Pearson, 1988; Hahne Powers; 1999) como nas MPMEs (Bracker e Pearson, 1986).

Por outro lado, a estratégia é a fórmula que define a forma como a empresa vai concorrer,ou seja, como vai decidir as políticas necessárias para alcançar os objetivos. A estratégiaposiciona a empresa em seu ambiente competitivo de forma a obter vantagens sobre seusconcorrentes. Sem concorrência, a estratégia, interessada principalmente em estabelecerobjetivos, prever o ambiente e planejar o emprego dos recursos, tem pouca importância(Grant, 1996). Nessa linha, a formulação da estratégia competitiva implica uma análise inter-na que configure os pontos fortes e fracos que compõem seu perfil de ativos e habilidadese que determine sua posição em relação a seus concorrentes. Por outro lado, também énecessária uma análise externa do setor industrial e do entorno da empresa (Porter, 1980).

É notável o interesse em conhecer quais são as estratégias que melhoram a competitivida-de da empresa, permitindo assim alcançar melhores resultados. Não obstante, enquantoalguns pesquisadores mostram que não existe uma relação direta entre a estratégia seguidapela empresa e o sucesso competitivo alcançado (Miles e Snow, 1978; Wright et al., 1991),outros acreditam que os lucros obtidos pelas empresas dependem da orientação estratégi-ca que adotada (Spanos et al., 2004; Aragón e Sánchez, 2005; Rubio e Aragón, 2009).Uma das tipologias mais utilizadas sobre estratégias é a proposta por Miles e Snow (1978).Essa classificação é uma das mais utilizadas e aceitas na literatura pela visão da organiza-ção que oferece (McDaniel e Kolari, 1987) e pelo fato de centrar-se no processo de intera-ção dinâmica da empresa com o entorno, o que faz com que se leve em consideração a rela-ção entre recursos externos e internos (O´Regan e Ghobadian, 2005).

Miles e Snow se baseiam em 3 premissas: 1ª.: as empresas de sucesso desenvolvem umenfoque sistemático e identificável de adaptação a seu ambiente; 2ª.: são identificáveis qua-tro orientações estratégicas em cada setor, assim as empresas são classificadas em explo-radoras, analisadoras, defensivas e reativas; e 3ª.:qualquer orientação, exploradora, analisa-dora ou defensiva, pode conduzir a um bom resultado empresarial. A reativa, em virtude dafalta de consistência, tenderá a levar a um desempenho inferior ao desempenho que seespera da adoção de uma das outras três estratégias.

A orientação estratégica defensiva corresponde a empresas que se concentram em umestreito e limitado âmbito do produto-mercado. São especialistas em uma área determina-da, não buscam novas oportunidades fora de seu negocio e tratam de proteger sua parcelade mercado. Necessitam poucos ajustes em tecnologia, estrutura ou processos. Estão orien-tadas internamente e enfatizam a redução de custos e o incremento da eficiência.O padrão estratégico dos exploradores é o oposto do padrão dos defensivos. Buscam con- 21

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tinuamente novas oportunidades de mercado por meio de processos de inovação e desen-volvimento de produtos. Atuam rapidamente tendo em vista as tendências emergentes doambiente e costumam propiciar mudanças no setor. Dispõem de tecnologias muito flexíveis,razão pela qual podem ver afetada sua eficiência interna.

As organizações analisadoras são uma simbiose das duas anteriores, ao atuar de um mododefensivo ou explorador dependendo do ambiente em que se encontrem e do equilíbrio efi-ciência-inovação que requeiram. Em ambientes estáveis, as organizações operam rotineira,formal e eficientemente por meio de estruturas e processos formalizados; em ambientes tur-bulentos são seguidoras dos concorrentes mais inovadores tratando de adotar com rapidezas idéias que pareçam mais prometedoras.

As organizações reativas se caracterizam pela instabilidade e inconsistência devido à inca-pacidade para responder às mudanças do ambiente. Dado que carecem de uma estratégiaconsistente e clara, são escassos os argumentos teóricos (Slater e Narver, 1993) e empíricos(Wright et al., 1991; García Pérez de Lema e Gallego, 2006) que indiquem a necessidade deconsiderá-las, razão pela qual não são incluídas neste estudo.

Cooperação

A cooperação ou parceria entre empresas pressupõe um procedimento mediante o qual seestabelecem vínculos e relações entre empresas, por meio de fórmulas jurídicas bem comocom acordos explícitos ou tácitos que, unindo ou compartilhando parte de suas competên-cias e/ou recursos, sem chegar a uma fusão, instauram certo grau de inter-relação com oobjetivo de incrementar suas vantagens competitivas.

A cooperação representa uma opção estratégica que permite alcançar o tamanho competi-tivo em determinadas atividades, sem necessidade de fusionar-se e, portanto, mantendo aindependência jurídica e patrimonial (Aragón e Rubio, 2005).

Apesar da importância teórica e prática da cooperação e do apoio institucional que existeem diversos países para essas práticas entre MPMEs (financiando os gastos do processo emmuitos casos), as MPMEs ainda têm receio de utilizar essa arma estratégica. Isso se deve àresistência em compartilhar as decisões com outras empresas, ao excessivo individualismode seus proprietários, à desconfiança nos parceiros ou, ainda, por se sentirem incapacitadaspara desenvolver o acordo (Montes e Sabater, 2002).

Recursos humanos

Entendemos por gestão de recursos humanos os mecanismos que permitem atrair candida-tos qualificados, reter e motivar aos atuais empregados e estabelecer fórmulas que os aju-dem a crescer e desenvolver-se dentro da empresa (McEvoy, 1984). Os conhecimentos,habilidades e atitudes dos trabalhadores e a forma como trabalham são aspectos cada vezmais importantes para as empresas, uma vez que, atualmente, as fontes tradicionais deganhos: tecnologia e produtos, mercado, recursos financeiros, e economias de escala, sãomenos poderosas (Pfeffer 1994).No que tange à importância desse recurso para a competitividade, alguns autores afirmam22

Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009 FAEDPYME

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que não existe um claro consenso sobre o papel desempenhado pelos recursos humanos(Deshpande e Golhar, 1994). No entanto, são numerosos os trabalhos empíricos que apon-tam para uma relação positiva (Huck e McEwen, 1991; Warren e Hutchinson, 2000) e inclu-sive o qualificam como o recurso chave para concorrer (Hornsby e Kuratko, 2003). Por outrolado, não dar o requerido valor à gestão dos recursos humanos constitui na principal causade fracasso de muitas MPMEs (McEvoy, 1984).

As MPMEs têm vantagens no que se refere à administração de pessoas devido ao bom climaorganizacional existente, motivado pelos excelentes canais de comunicação, maior grau deflexibilidade, motivação laboral, maior clareza organizativa e maior proximidade da direçãocom aos postos de trabalho, o que permite uma melhor adaptação da direção e gestão dodiretor aos trabalhadores (Bernabeu, 2001).

Por outro lado, as desvantagens de ser pequeno aparecem quando o bom clima e, portan-to o menor nível de conflitos vem acompanhado da impossibilidade de ter representação sin-dical ou de práticas diretivas autoritárias. O mesmo ocorre se a falta de profissionalização dodepartamento de recursos humanos o leve a assumir questões puramente administrativas,deixando de lado outros processos de gestão (Wilkinson, 1999).

Inovação e tecnologia

A inovação e a tecnologia permitem às empresas conseguir vantagens competitivas susten-táveis no tempo (Vermeulen, 2004) e representam um elemento determinante do crescimen-to econômico, constituindo os pilares básicos da competitividade da empresa (Álvarez eGarcía, 1996; Camelo et al., 1999; Molina e Conca, 2000; Van Auken et al., 2008).

No conjunto de recursos tecnológicos se incluem o estoque de tecnologias, a experiência eos meios humanos, científicos e técnicos para seu desenvolvimento (Grant, 1996). Portanto,a tecnologia pode ser entendida como o conjunto de conhecimentos, formas, métodos, ins-trumentos e procedimentos que permitem combinar os diferentes recursos e capacidadesnos processos produtivos e organizacionais para conseguir que estes sejam eficientes(Donovan, 1996).

Embora a tecnologia, no âmbito acadêmico, tradicionalmente tenha sido considerada umavantagem ligada à grande empresa, a literatura tem relacionado essa variável também como sucesso competitivo das MPMEs (Donovan, 1996; Rubio e Aragón, 2009).

Por inovação se considera a mudança e melhoria nos produtos e processos, os novos enfo-ques de marketing ou as novas formas de distribuição (North et al., 2001). Essas novas idéiaspodem melhorar a forma como as coisas são realizadas, bem como mudá-las radicalmente.A inovação pode se produzir graças à pesquisa da própria empresa, bem como pela aquisi-ção de novas tecnologias ou licenças. Na prática, a inovação nas MPMEs que tem muitomais um caráter básico e incremental, do que um caráter radical (Donovan, 1996).

A menor complexidade organizacional e os baixos níveis burocráticos, a comunicação maisfluida e direta entre os diversos departamentos e entre a gerência e o pessoal e, acima detudo, o contato mais próximo com o mercado transforma a inovação em um fator chave dosucesso nas MPMEs (Lloyd-Reason, et al., 2002).

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Qualidade

A qualidade do produto ou serviço consiste em conseguir a conformidade ou adequação doconjunto das características e atributos de um produto ou serviço com as necessidades eexpectativas do comprador (Price Waterhouse, 1995). Essa adequação é favorecida pelaimplantação de sistemas de gestão da qualidade total que, embora a curto prazo, podemsignificar fortes investimentos, a médio e longo prazo, reduzem custos, originam clientes eempregados satisfeitos e melhoram a produtividade e os resultados da empresa (Lee, 2004).

São muitos os trabalhos que apontar que as habilidades relacionadas com a qualidade sãofundamentais para a competitividade e o sucesso das empresas (Viedma, 1990; Luck, 1996).Nesse mesmo sentido, Camelo et al.(1999) identificaram que a qualidade é o fator mais valo-rado, tanto no passado recente das empresas como com relação ao futuro para a melhoriada competitividade.

Nesta linha, a relação entre qualidade e rentabilidade tem sido examinada em diversos estu-dos. Capon et al. (1990) em uma revisão de trabalhos sobre a repercussão de distintas variá-veis nos resultados da empresa, encontraram 22 nos quais se observa uma relação positivaentre qualidade e rentabilidade. A qualidade é rentável, pois está associada, por um lado, aaumentos na produtividade e redução dos custos de produção e vendas (Garvin, 1984), e,por outro, a incrementos da parcela de mercado (Buzzell e Wiersema, 1982). Em outro sen-tido, Lima e Resende (2000) examinaram a relação entre certificação da qualidade e odesempenho em uma amostra de empresas brasileiras. Ao comparar os resultados de umgrupo de empresas que certificam a qualidade e de outro grupo sem certificação, não con-seguiram discernir diferentes níveis de desempenho entre os grupos.

Tecnologias da informação e comunicação

Os recursos tecnológicos incluem o estoque de tecnologias, a experiência em sua aplicação(know how) e os meios humanos, científicos e técnicos para seu desenvolvimento (Grant,1996).

As MPMEs, para enfrentar os vários desafios do entorno e poder se adaptar às exigênciasdos clientes, devem examinar cuidadosamente as melhorias que podem introduzir tanto emnos produtos e serviços quanto nos processos. Para isso, deverão incorporar ou desenvol-ver ativos tecnológicos que lhes permitam se posicionar na frente de seus concorrentes(Álvarez e García, 1996; Donrrosoro et al., 2001).

As empresas que realizarem novos investimentos apenas quando constatarem que os con-correntes obtiveram bons resultados, ou não possuam informação confiável da posição tec-nológica das empresas rivais estarão destinadas ao fracasso.

Do mesmo modo, a incorporação de novos sistemas e tecnologias da informação facilita oplanejamento, impulsiona o desenvolvimento e execução dos programas de produção e esti-mula o controle dos processos e produtos (Huerta et al., 2003). Portanto, fomentar o uso dasnovas tecnologias da informação e comunicação para a gestão da empresa facilita o suces-so competitivo (Viedma, 1992; Llopis, 2000; Donrrosoro et al., 2001).24

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Recursos Financeiros

A capacidade de endividamento da empresa e a geração de recursos internos determinamsua capacidade de investimento e sua capacidade de resistência aos ciclos econômicos(Grant, 1996). A manutenção de bons padrões financeiros, por meio de uma adequada ges-tão financeira, é um dos fatores ressaltados como necessários para alcançar o sucesso com-petitivo nas organizações (Huck e McEwen, 1991; Acar, 1993; Warren e Hutchinson, 2000).De fato, o principal problema percebido pelas empresas de Iberoamérica para seu desenvol-vimento é a situação financeira da empresa, dada a insuficiência de um sistema bancário quelhes permita desenvolver com normalidade sua gestão financeira (Gómez et al. 2008).

Para aumentar as possibilidades de realizar os investimentos necessários para o desenvol-vimento da organização e criar uma base financeira mais sólida é vital constituir reservas oufundos que permitam uma diminuição de custos financeiros. Também se faz necessário umalto conhecimento da oferta financeira e saber aproveitar as ajudas oficiais existentes (sub-venções à exploração, subvenções de capital, isenções fiscais, subvenções na taxa de juros,etc.) –Rubio e Aragón, 2008-.

A fragilidade da situação financeira torna necessário realizar com especial cautela o planeja-mento a curto prazo, implantar e controlar sistemas de contabilidade de custos, prestar umaespecial atenção às entidades de crédito, estabelecer orçamentos anuais, realizar análisesda situação econômico-financeira e tentar, na medida do possível, utilizar fontes de financia-mento próprias (Birley e Westhead, 1990).

Por outro lado, existe evidência empírica da relação do grau de utilização dos sistemas decontrole de gestão (SCG) com o desempenho das MPMEs (García Pérez de Lema et al.,2006). Porém, apesar das vantagens que se apontam na literatura, existem numerosos estu-dos que revelam que a utilização dos SCG não está suficientemente difundida nesse tipo deempresas (Chenhall e Langfield-Smith, 1998; Adler et al., 2000).

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3Metodologia da Pesquisa

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Nesta seção expõem-se as bases e a metodologia do trabalho empírico realizado. Uma vezestabelecidos os objetivos da pesquisa, apresentamos a estrutura da amostra, realizamos oprocesso de seleção das variáveis para obter a informação sobre os distintos aspectos dadireção e gestão da empresa, explicando, por último, as técnicas estatísticas a utilizadas noprocesso de análise da informação disponível.

3.1. Estrutura da amostra

O desenho geral da amostra se fundamenta nos princípios da amostragem estratificada.Para isso, é necessário definir os critérios de estratificação que serão função dos objetivosdo estudo, da informação disponível, da estrutura da população e dos recursos disponíveispara a realização do trabalho de campo. Os critérios utilizados para a estratificação devemestar correlacionados com as variáveis objeto de estudo considerando que o ganho em pre-cisão é, geralmente, decrescente ao aumentar o número de estratos. Por isso, o número decritérios e estratos deve ser moderado e congruente com o máximo tamanho da amostracom o que possamos trabalhar. Neste trabalho foram fixados os seguintes estratos: setor(Indústria, Construção, Comércio e Serviços), tamanhos (5 a 10 trabalhadores, 11 a 50 tra-balhadores, e 51 a 250 trabalhadores) e País (20 países ibero-americanos). Dentro de cadaestrato a seleção foi realizada mediante uma amostragem aleatória simples. Dado que como procedimento efetuado a representação final não é proporcional, será necessária a utiliza-ção dos fatores de elevação correspondentes para a obtenção de resultados agregados.

Como o questionário inclui uma gama muito variada de questões, tanto quantitativas quan-to qualitativas, o tamanho da amostra foi definido tomando como critério de qualidade,geralmente aceito, o controle sobre o erro máximo a priori na estimativa da proporção de res-posta a uma pergunta dicotômica (freqüência relativa de resposta para um item de umaquestão com duas possíveis respostas). Concretamente, fixou-se como objetivo inicial queo erro máximo de estimativa não superasse os 3 pontos percentuais com um nível de con-fiança de 95% para o total da amostra.

A amostra finalmente obtida foi de 1.970 MPMEs ibero-americanas (o quadro 3.1 apresentaa distribuição por país) determinando um erro amostral de 2.2 pontos com um nível de con-fiança de 95%. No quadro 3.2 pode-se observar o erro amostral para os distintos segmen-tos analisados neste relatório. Para determinar o erro amostral e dada a dificuldade de obtera população total de MPMEs a nível ibero-americano, por diversas razões (falta de estatísti-cas de vários países, estatísticas desatualizadas, etc.) optamos por nos situar no cenário depopulações infinitas, critério mais exigente na hora de fixar o erro amostral.

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Quadro 3.1Distribuição da Amostra por País

Número de empresas

Argentina 100

Bolívia 100

Brasil 104

Colômbia 104

Costa Rica 99

Chile 96

Equador 100

El Salvador 100

Guatemala 100

Honduras 98

México 92

Nicarágua 97

Panamá 99

Paraguai 100

Peru 94

República Dominicana 97

Uruguai 97

Venezuela 97

Portugal 96

Espanha 100

Total 1970

Quadro 3.2Erros de estimativa da Amostra

Amostra Erro (%)

Setor

Indústria 1.070 3.0

Construção 60 12.7

Comércio 317 5.5

Serviços 523 4.3

Tamanho

5 a 10 trabalhadores 529 4.3

11 a 50 trabalhadores 1.028 3.1

51 a 250 trabalhadores 413 4.8

Total 1.970 2.230

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3.2. Seleção das variáveis e desenho do questionário

A seleção das variáveis é fundamental para configurar a análise empírica e permitirá abordaradequadamente o estudo do comportamento das MPMEs. Para obter a informação dasvariáveis foi elaborado um questionário direcionado ao diretor, dono ou gerente da empresa.Com essa ferramenta buscou-se obter, de forma clara e concisa, a informação fundamentalque constitui o objetivo desta pesquisa. Em sua elaboração cuidou-se especialmente de suaestruturação, da redação adequada e simples e, acima de tudo, um conteúdo breve.

Para a elaboração do questionário final trabalharam, coordenadamente, a equipe de pesqui-sa das Universidades Espanholas – Cantabria, Politécnica de Cartagena e Murcia - com pes-quisadores dos países participantes no estudo; dita tarefa coordenada tem resultado muitoútil para a adaptação do questionário à realidade ibero-americana. Para isso, uma vez fina-lizado e antes de sua aplicação, foram realizadas várias reuniões com diretores de empresasda amostra para testar sua aplicabilidade. O objetivo foi obter um questionário final precisoe capaz de atender as necessidades de informação. Ao mesmo tempo, procurou-se minimi-zar os possíveis problemas de interpretação e obtenção de dados na hora de aplicar defini-tivamente o questionário. A técnica de captação de informação foi uma enquete telefônica,utilizando, como apoio, um questionário fechado direcionado ao gerente ou diretor daempresa. No anexo I mostra-se o conteúdo do questionário utilizado para a captação deinformação.

Sua elaboração foi efetuada a partir da revisão de trabalhos empíricos, assim como doconhecimento prévio da realidade das MPMEs, tentando incorporar as variáveis mais rele-vantes para alcançar os objetivos pré-estabelecidos. O questionário definitivo consta de 24perguntas, estruturadas em cinco blocos tal como se apresenta no quadro 3.3.

Quadro 3.3 Informação obtida no questionário

BLOCO TEMA Nº de pergunta

1 Dados gerais da empresa 1, 2,3,4,5,6,7,8,

2 Percepção do clima e ambiente empresarial 9,10,11

3 Estratégia e inovação 11, 12, 13, 14, 15, 16

4 Tecnologia, qualidade, inovação e TIC 17, 18, 19, 20

5 Aspectos contábeis, financeiros e de desempenho 21,22,23,24

Fonte: elaboração própria.

No primeiro são solicitados da empresa dados relativos à sua antiguidade, caso se trate deuma empresa familiar, a forma de constituição, a idade e o nível de estudos do gerente oudiretor, o número de empregados e as tendências das vendas, assim como os mercados dedestino. 31

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No segundo bloco se enquadram as variáveis relacionadas com a percepção do climaempresarial, medindo a confiança e expectativas do empresário em seu âmbito de atuação,assim como uma comparação com o ano anterior.

Para medir o ambiente competitivo foi utilizado o modelo das cinco forças competitivas dePorter (1985). Esse modelo é uma ferramenta de gestão que permite estudar a análise exter-na ou do setor industrial da empresa. Concretamente considera a existência de cinco forçasdentro de uma indústria: 1) a rivalidade entre concorrentes, 2) a ameaça da entrada de novosconcorrentes, 3) a ameaça do ingresso de produtos substitutos, 4) o poder de negociaçãodos fornecedores e 5) o poder de negociação dos consumidores.

Classificar as cinco forças desta forma permite obter uma melhor análise do ambiente daempresa ou da indústria à que pertence e, desse modo, poder planejar estratégias que per-mitam aproveitar as oportunidades e fazer frente às ameaças.

A terceira parte é centrada em aspectos de estratégia e estrutura organizacional. Foramintroduzidas questões relativas às alianças ou acordos de cooperação com outras empresas,à existência ou não de um plano estratégico e à estratégia da empresa. Essa última foi medi-da utilizando-se a tipologia de estratégias competitivas proposta por Miles e Snow (1978), naqual o critério para classificar as empresas é o comportamento com relação ao grau de ino-vação (de produto, serviço ou mercado) que apresentam. Essa classificação distingue qua-tro tipos de empresas:

> As exploradoras: são aquelas que realizam mudanças e melhorias nos produtos e merca-dos com relativa freqüência, tentando serem as primeiras a desenvolverem novos produ-tos, ainda que com o risco de que estas inovações não tenham sucesso.

> As analisadoras: mantêm uma base relativamente estável de produtos e mercados,enquanto ao mesmo tempo desenvolvem de forma seletiva novos produtos e mercados,tentando imitar as empresas que já os desenvolveram e tiveram sucesso.

> As defensivas: oferecem um conjunto relativamente estável de produtos para um mercadorelativamente estável. Não estão interessadas nas modificações senão que se concentramna melhoria contínua do trabalho dentro do seu campo de atuação.

> Sem estratégia definida: não contam com uma área de produto-mercado duradoura eestável. Normalmente atuam forçadas pelas pressões do ambiente e da concorrência.

A respeito das variáveis ligadas à organização da empresa, foram inseridas duas questões.A primeira relativa à existência ou não de determinados departamentos e a segunda sobre ograu de utilização dos principais processos de gestão de recursos humanos.

Na quarta parte do questionário foram inseridas questões relativas à tecnologia, inovação,qualidade, equipamento de comunicações e de meios de informática.

Em relação à medição da tecnologia (que costuma ser uma das bases fundamentais da efi-ciência e crescimento das empresas, dado que reduzir custos, diferenciar-se e alcançar onível de qualidade que exige o mercado são alguns dos principais objetivos que podem seralcançados por meio da tecnologia) distinguem-se as seguintes posições:

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> Forte: a empresa realiza um desenvolvimento interno da tecnologia que utiliza com a fina-lidade de obter melhores resultados que os da concorrência.

> Boa: a tecnologia adquirida pela empresa, ou o uso que faz dela, a posiciona diante daconcorrência.

> Sustentável: a tecnologia que utiliza é a mesma utilizada na maioria das empresas do setore só realiza novos investimentos quando comprova que a concorrência obtém bons resul-tados.

> Débil: a empresa considera que seus principais concorrentes têm uma tecnologia mais efi-ciente ou moderna do que a sua.

A respeito da qualidade, perguntou-se se a empresa possuía uma certificação ISO 9000 ouequivalente.

Para medir o nível de inovação existente na empresa se indagou sobre as mudanças oumelhorias realizadas nos produtos, processos ou sistemas de gestão nos últimos dois anos,assim como sobre a importância dessas mudanças para a empresa.

Com relação às TICs, tentou-se analisar tanto sua existência quanto o grau de utilização.

Finalmente, no quinto bloco do questionário solicitou-se ao diretor ou gerente da empresasua opinião sobre a posição da empresa com relação à concorrência e sobre a utilização dediferentes técnicas econômico-financeiras e sobre o uso de diferentes fontes de financia-mento para a realização de investimentos.

3.3. Análise Estatística dos dados

Para analisar estatisticamente as diferenças de comportamento nas variáveis objeto de estu-do, e considerando os fatores tamanho, antiguidade e setor, foram utilizadas as seguintesprovas estatísticas:

> Quanto às diferenças percentuais foi usada a análise de tabelas de contingência aplican-do o teste da χ2 de Pearson com a finalidade de avaliar se duas variáveis estão relaciona-das. Sempre que os dados o permitiram, foram utilizadas tabelas 2 X 2, com o qual osresultados são mais potentes, realizando neste caso a correção por continuidade de Yatessobre a formula da χ2 de Pearson.

> No caso de variáveis nas quais se apliquem diferenças de médias foi utilizada a análise devariância (ANOVA) como contraste, exceto nos casos em que as amostras são emparelha-das ou relacionadas caso no qual se fez uso da T de Student ou do teste de Wilcoxon,quando o anterior não foi apropriado.

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4Caracterização das empresas,expectativas e clima empresarial

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As características gerais das empresas ibero-americanas pesquisadas são apresentadas nosgráficos 4.1 a 4.5. A idade média das empresas é de 16 anos e são administradas por geren-tes com uma idade média de 47 anos. Do total, 73.6% das empresas são familiares e 70.2%são constituídas sob forma societária; 69.2% são dirigidas por gerentes com estudos univer-sitários. A respeito do grau de internacionalização, 26.5% das empresas pesquisadas expor-taram ao longo de 2009, e destas 28.0% de seu volume de faturamento foi destinado a mer-cados internacionais.

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As expectativas para 2009 quanto às cifras de emprego e vendas não foram favoráveis (grá-ficos 4.6 e 4.7). Das MPMEs pesquisadas, 29.0% informaram que reduzirão o emprego e40.7% que verão cair suas vendas ao longo de 2009. Se analisarmos o tamanho das MPMEspode-se apreciar como as microempresas se vêem menos afetadas na queda do empregodo que as pequenas e médias. Assim, 21.1% das microempresas estimam que reduzirão oemprego, enquanto nas pequenas e médias a estimativa é 31.8% (quadro 4.1). O contrárioocorre com as vendas da empresa. As microempresas se vêem mais afetadas: 44.3% con-sideram que diminuirão suas vendas, enquanto nas pequenas empresas o percentual foi de40.7%, de 36.1% nas médias empresas.

Quanto à idade da empresa os dados mostram que as empresas mais maduras têm expec-tativas mais negativas (quadro 4.2). Para o emprego 30.9% das empresas maduras estimamque será reduzido, frente a 25.9% das empresas jovens, e para a cifra de vendas, 44.8% dasempresas maduras diminuirão, frente a 32.5% das empresas jovens. Para o fator setor nãoforam observadas diferenças estatisticamente significativas (quadro 4.3).

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Quadro 4.1Expectativas de emprego e vendas para 2009

Tamanho

Micro Pequenas Médias Sig.

Expectativas de emprego para 2009

Aumento (%) 24.7 19.6 23.8

Igual (%) 54.2 48.6 44.4 ***

Diminuição (%) 21.1 31.8 31.8

Expectativas de vendas para 2009

Aumento (%) 31.2 29.3 33.4

Igual (%) 24.5 30.0 30.4 **

Diminuição (%) 44.3 40.7 36.1

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0,1; (**): p<0,05; (***): p<0,01. 39

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Quadro 4.2Expectativas de emprego e vendas para 2009

Idade

Jovens Maduras Sig.

Expectativas de emprego para 2009

Aumento (%) 29.7 17.9

Igual (%) 45.2 51.2 ***

Diminuição (%) 25.1 30.9

Expectativas de vendas para 2009

Aumento (%) 38.4 26.8

Igual (%) 29.1 28.4 ***

Diminuição (%) 32.5 44.8

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quadro 4.3Expectativas de emprego e vendas para 2009

Setor

Indústria Constr. Comerc. Serv. Sig.

Expectativas de emprego para 2009

Aumento (%) 20.2 25.0 23.1 24.0

Igual (%) 48.8 46.7 51.6 48.9

Diminuição (%) 31.0 28.3 25.3 27.1

Expectativas de vendas para 2009

Aumento (%) 28.5 31.7 29.3 35.7

Igual (%) 28.8 28.3 29.3 27.8

Diminuição (%) 42.6 40.0 41.5 36.5

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Das empresas, 26.8% consideram que o clima empresarial no qual se desenvolve sua ativi-dade, comparado a 2008 melhorou; 38.5% opinam que é igual e 34.7% que é pior (gráfico4.8). As empresas com uma percepção mais favorável do seu ambiente são as de maiortamanho (quadro 4.4), as mais antigas (quadro 4.5) e as do setor de serviços (quadro 4.6).

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Quadro 4.4Clima empresarial para 2009

Tamanho

Micro Pequenas Médias Sig.

Melhor clima empresarial (%) 25.7 26.2 29.6

Igual clima empresarial (%) 39.1 39.1 35.9

Pior clima empresarial (%) 35.2 34.6 34.5

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.41

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Quadro 4.5Expectativas de emprego e vendas para 2009

Idade

Jovens Maduras Sig.

Melhor clima empresarial (%) 30.7 24.8

Igual clima empresarial (%) 39.7 37.9 ***

Pior clima empresarial (%) 29.6 37.3

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quadro 4.6Expectativas de emprego e vendas para 2009

Setor

Indústria Constr. Comerc. Serv. Sig.

Melhor clima empresarial (%) 26.3 25.0 26.8 28.0

Igual clima empresarial (%) 37.6 35.0 45.4 36.4 *

Pior clima empresarial (%) 36.1 40.0 27.8 35.6

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

O modelo das cinco forças competitivas de Porter (1980) constitui uma valiosa metodologiade análise que permite identificar as principais características do ambiente competitivo noqual as MPMEs desenvolvem suas atividades. Com esse modelo são analisadas as caracte-rísticas do setor ou da indústria, mensuradas por cinco fatores: a rivalidade entre os concor-rentes existentes, a possibilidade de entrada de novos concorrentes, a ameaça de produtossubstitutos, o poder de negociação dos compradores e o poder de negociação dos forne-cedores.

O modelo de Porter permite pesquisar sobre a estrutura da indústria, apontando as oportu-nidades e ameaças que as MPMEs quando se trata de competir em seu ambiente específi-co. Solicitou-se às MPMEs que avaliassem, em uma escala de 1 (totalmente em desacordo)a 5 (totalmente de acordo), a incidência das cinco forças competitivas no desenvolvimentode suas atividades. Os resultados são apresentados no gráfico 4.9.

Como se observa, as empresas consideram que o fator de maior impacto nos padrões decompetitividade da indústria é o relativo à rivalidade entre concorrentes existentes (3.87),seguido do poder de negociação dos clientes (3.53). O fator competitivo menos importantesegundo as empresas se refere à ameaça dos produtos substitutos (2.92), seguido da amea-ça da entrada de novos concorrentes (3.05) e do poder de negociação dos fornecedores(3.13).

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As diferenças a respeito da valoração destes fatores considerando o tamanho, a idade e osetor das empresas podem ser observadas nos quadros 4.7 a 4.9.

Com relação ao fator facilidade de entrada de novas empresas é valorado como mais impor-tante pelas microempresas, empresas maduras e do setor de serviços. O fator elevada con-

corrência no setor é percebido de forma mais acentuada pelas empresas médias e do setorde serviços. O poder de negociação dos clientes está mais presente nas empresas médias,maduras e do setor da construção. O poder de negociação dos fornecedores é maior nasmicroempresas, nas empresas jovens e do setor de comercio. Finalmente, a ameaça dosprodutos substitutos é mais percebida nas microempresas, nas empresas jovens e nasempresas do setor da construção.

Quadro 4.7Forças competitivas de Porter

Tamanho (escala 1-5)

Micro Pequenas Médias Sig.

É fácil que entrem novas empresas 3.11 3.03 3.00

Existe uma elevada concorrência no setor 3.76 3.89 3.95 **

Os clientes têm maior poder de negociação 3.47 3.55 3.58

Os fornecedores têm maior poder de negociação 3.21 3.18 2.91 ***

Existe facilidade para criar produtos

substitutos aos fabricados pelo seu sector 3.02 2.88 2.88

Em uma escala de 1 = total desacordo a 5 = total acordo

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quadro 4.8Forças competitivas de Porter

Idade (escala 1-5)

Jovens Maduras Sig.

É fácil que entrem novas empresas 3.14 3.00 **

Existe uma elevada concorrência no setor 3.87 3.87

Os clientes têm maior poder de negociação 3.48 3.56

Os fornecedores têm maior poder de negociação 3.18 3.11

Existe facilidade para criar produtos substitutos aos fabricados pelo seu sector 3.03 2.86 **

Em uma escala de 1 = total desacordo a 5 = total acordo

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.43

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Quadro 4.9Forças competitivas de Porter

Setor (escala 1-5)

Indústria Constr. Comerc. Serv. Sig.

É fácil que entrem novas empresas 3.03 2.90 3.06 3.10

Existe uma elevada concorrência no setor 3.84 3.83 3.89 3.93

Os clientes têm maior poder de negociação 3.55 3.83 3.39 3.54 **

Os fornecedores têm maior poder de negociação 3.22 3.03 3.27 2.88 ***

Existe facilidade para criar produtos

substitutos aos fabricados pelo seu sector 3.05 3.12 2.90 2.64 ***

Em uma escala de 1 = total desacordo a 5 = total acordo

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

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5Estratégia e fatores competitivos

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5.1. Planejamento estratégico

Com o objetivo de verificar se a empresa realiza ou não atividades formalizadas para identi-ficar objetivos e metas, e no caso, com qual prazo o faziam, perguntou-se às MPMEs ibero-americanas se realizavam o processo formal de planejamento estratégico e, em caso afirma-tivo, se esse se efetuava em um horizonte de um ano ou de prazo maior. Os dados do qua-dro 5.1 mostram que 61.4% das empresas realizam planejamento formal; de ditas empresas,3 de cada 4 (79.4%) realizam o planejamento formal para um ano, quer dizer, a curto prazo.

Quadro 5.1Planejamento estratégico formal (%) e horizonte temporal (%)

Não realiza 38.6

Sim realiza 61.4

Total 100

Realiza para 1 ano 79.4

Realiza para mais de 1 ano 20.6

Total 100

No que tange às diferenças entre empresas segundo o tamanho em relação ao planejamen-to estratégico formal e ao horizonte temporal, foram encontrados resultados significativospara ambas as variáveis (quadro 5.2).

Quadro 5.2Planejamento estratégico formal (%) e horizonte temporal (%)

Tamanho

Micro Pequenas Médias Sig.

Não realiza 46.2% 38.9% 27.9% ***

Sim realiza 53.8% 61.1% 72.1% ***

Horizonte temporal do planejamento

Realiza para 1 ano 82.8% 80.1% 74.6% **

Realiza para mais de 1 ano 17.2% 19.9% 25.4% **

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Observa-se que são MPMEs de maior tamanho (médias) as que realizam planejamento for-mal em porcentagens superiores à média; as pequenas o fazem em uma porcentagem simi-lar à média e as microempresas garantem que realizam planejamento estratégico formal emuma porcentagem claramente inferior à média do conjunto de empresas. 49

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Quanto ao horizonte temporal do planejamento, o quadro 5.2 mostra que as empresasmédias são as que realizam planejamento estratégico formal para mais de um ano em por-centagens significativamente superiores ao comportamento do conjunto das empresas eque as microempresas o fazem majoritariamente para somente um ano.

Com relação à idade (quadro 5.3), destaca-se que as empresas que fazem planejamentoestratégico em maior medida são as mais jovens – acima da média de empresas-. Ao con-trário, as empresas maduras situam-se nesta variável em porcentagens significativamenteinferiores à média, ou o que é o mesmo, afirmam não realizar este tipo de planejamento. Noque se refere ao horizonte temporal do planejamento estratégico não se encontram diferen-ças estatisticamente significativas.

Quadro 5.3Planejamento estratégico formal (%) e horizonte temporal (%)

Idade

Jovens Maduras Sig.

Não realiza 34.1% 40.8% ***

Sim realiza 65.9% 59.2% ***

Horizonte temporal do planejamento

Realiza para 1 ano 80.0% 79.1%

Realiza para mais de 1 ano 20.0% 20.9%

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Tampouco resultam significativas as diferenças segundo o setor da atividade nem para a rea-lização do planejamento estratégico nem para seu horizonte temporal (quadro 5.4).

Quadro 5.4Situação média da empresa com relação à concorrência

Setor

Indústria Constr. Comerc. Serv. Sig.

Não realiza 40.3% 43.3% 36.6% 35.5%

Sim realiza 59.7% 56.7% 63.4% 64.5%

Horizonte temporal do planejamento

Realiza para 1 ano 81.2% 81.1% 78.2% 76.5%

Realiza para mais de 1 ano 18.8% 18.9% 21.8% 23.5%

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

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5.2. Parcerias e acordos de cooperação

Para conhecer o grau em que as empresas ibero-americanas estabelecem vínculos e rela-ções com outras empresas, perguntou-se se nos dois últimos anos haviam estabelecido par-cerias ou acordos de cooperação com outras empresas para atividades comerciais, de com-pras e fornecimento, de logística (transporte, armazéns, etc.) e de pesquisa e desenvolvi-mento (P+D).

Com relação a tipos de acordos ou parcerias concretas, observa-se, no gráfico 5.1, que asatividades de compras e fornecimento (42.4%) e as comerciais (39.0%) destacam-se porserem as áreas nas quais as empresas mais se prestam ao estabelecimento de parcerias ouacordos. Ao contrário, somente 32.9% e 25.9% das MPMEs cooperam em atividades delogística e de P&D, respectivamente.

Os resultados relativos aos do tipo de acordo/ parceria estabelecido em função do tamanhoda empresa são apresentados no quadro 5.6. Os acordos para atividades de logística e depesquisa e desenvolvimento são realizados acima da média nas médias e nas pequenasempresas. As microempresas, quando realizam este tipo de cooperação/ parceria, o fazemem porcentagens inferiores à média do conjunto de empresas.

Quadro 5.6Sua empresa nos dois últimos anos tem estabelecido parcerias ou acordos

de cooperação (% Sim) segundo o tamanho

Micro Pequenas Médias Sig.

Comercializar produtos 36.1% 39.7% 41.0%

Compras e fornecimento 39.5% 43.2% 44.3%

Logística (transporte, armazéns, ...) 27.7% 33.8% 37.3% ***

Atividades de pesquisa e desenvolvimento 22.5% 26.2% 29.4% **

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01. 51

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Com relação aos acordos de cooperação realizados e a idade da empresa, os dados do qua-dro 5.7 mostram que os acordos/parcerias em logística e em atividades de pesquisa edesenvolvimento são realizados em porcentagens superiores à média pelas empresas maisjovens. Não foram observadas diferenças significativas entre as empresas segundo idade noreferente a realização de acordos para comercializar produtos nem para a realização de com-pras e abastecimentos.

Quadro 5.7Sua empresa nos dois últimos anos tem estabelecido parcerias ou

acordos de cooperação (% Sim) segundo a idade

Jovens Maduras Sig.

Comercializar produtos 39.1% 39.0%

Compras e abastecimentos 44.4% 41.5%

Logística (transporte, armazéns, ...) 37.1% 30.9% ***

Atividades de pesquisa e desenvolvimento 29.2% 24.2% **

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

As diferenças por setores e tipos de acordos (quadro 5.8) mostram que os acordos paracomercializar produtos são utilizados, significativamente acima da média do conjunto, pelasempresas do setor de comercio e serviços; os acordos para compras e fornecimento são uti-lizados em maior medida pelos setores de construção e comercio.

Os acordos para logística são mais aplicados pelas empresas de construção e comercio; porultimo, os acordos para atividades de pesquisa e desenvolvimento se encontram acima de25.9% (média do total de empresas), nos setores de construção, serviços e comercio (qua-dro 5.8).

Quadro 5.8Sua empresa nos dois últimos anos tem estabelecido parcerias ou acordos

de cooperação (% Sim) segundo o setor

Indústria Constr. Comerc. Serv. Sig.

Comercializar produtos 33.9% 41.7% 43.5% 46.4% ***

Compras e abastecimentos 40.2% 47.5% 52.1% 40.6% ***

Logística (transporte, armazéns, ...) 30.1% 48.3% 37.2% 34.3% ***

Atividades de pesquisa e desenvolvimento 22.7% 35.0% 27.1% 30.7% ***

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.52

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5.3. Comportamento estratégico

Com relação do comportamento estratégico das empresas pesquisadas, seguindo a classi-ficação de Miles e Snow (1978), foram obtidos os resultados apresentados no gráfico 5.2. Dototal de empresas, 41.1% adotaram uma estratégia analisadora, 27.5% uma estratégiadefensiva, 24.3% das empresas seguem uma estratégia exploradora e os 7.1% restantesafirmaram não seguir nenhum tipo de estratégia.

O quadro 5.10 mostra a existência de diferenças significativas para o tipo de estratégiaseguida pela empresa, segundo o tamanho. A estratégia exploradora é seguida em porcen-tagens superiores à média pelas empresas pequenas e médias. A estratégia defensiva éseguida, em porcentagens superiores as da média do conjunto de empresas da amostra,pelas microempresas. As analises não indicam diferenças estatisticamente significativaspara a estratégia segundo as variáveis idade e setor.

Quadro 5.10Sua empresa segue a estratégia que se indica, segundo o tamanho

Micro Pequenas Médias Sig.

Exploradora 19.1% 25.9% 27.2% **

Analisadora 42.9% 39.0% 43.7% **

Defensiva 30.1% 27.8% 23.5% **

Sem estratégia 7.9% 7.3% 5.6% **

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01. 53

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6Estrutura organizacional e recursos humanos

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6.1. Departamentos

Os departamentos que estão diferenciados nas MPMEs ibero-americanas numa porcenta-gem maior são os de “administração/contabilidade” (90.1%), “comercialização/vendas”(74.4%) e de “operações/compras” (74.2%) – gráfico 6.1-. O departamento de P&D só estádiferenciado na estrutura de um 31.5% das empresas e os de qualidade e recursos huma-nos em 57.3% e 55.9% respectivamente.

Quadro 6.1Na sua empresa existem os seguintes departamentos (% Sim)

Segundo o tamanho

Micro Pequenas Médias Sig.

Comercialização / vendas 62.5% 76.2% 85.2% ***

Recursos humanos 34.4% 55.0% 85.2% ***

Pesquisa + Desenvolvimento 23.0% 30.7% 44.5% ***

Operações / compras 62.3% 74.3% 88.9% ***

Administração / contabilidade 81.9% 91.6% 96.9% ***

Qualidade 47.9% 54.7% 75.7% ***

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

A departamentalização aumenta á medida que aumenta o tamanho das empresas.Observou-se (quadro 6.1) que nas empresas de médio porte, 85.2% têm diferenciado odepartamento de recursos humanos enquanto que este departamento só se encontra em 57

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34.4% das microempresas. Análoga situação ocorre com os departamentos de P&D (estádiferenciado em 44.5% das empresas médias e só em 23.0% das microempresas, sendodiferenças estatisticamente significativas com relação ao total de empresas). Ainda que commenores diferenças, análoga situação se observa para o departamento de qualidade (qua-dro 6.1). Pelas análises efetuadas constatou-se que à medida que é maior o tamanho dasempresas, também é maior o número médio de departamentos que estão diferenciados naestrutura da organização. As empresas de médio porte têm uma média de 4.76 departamen-tos em sua estrutura, as pequenas contam com 3.81 departamentos e as microempresascom uma média de 3.09 departamentos.

Não se observaram diferenças relevantes e estatisticamente significativas quando a variávelque se utiliza para segmentar a amostra é a idade das empresas; somente existe uma maiorpresença dos departamentos de recursos humanos e de qualidade nas empresas madurascom relação às jovens (quadro 6.2). Também se constatou que, empresas mais antigas têmum maior número de departamentos em sua estrutura organizacional: 3.89 nas maduras fren-te a 3.66 nas jovens.

Quadro 6.2Na sua empresa existem os seguintes departamentos (% Sim)

Segundo a antiguidade

Jovens Maduras Sig.

Comercialização / vendas 72.9% 75.2%

Recursos humanos 50.9% 58.4% ***

Pesquisa + Desenvolvimento 30.5% 32.1%

Operações / compras 72.2% 75.2% *

Administração / contabilidade 88.8% 90.8% *

Qualidade 53.8% 59.1% **

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quadro 6.3Na sua empresa existem os seguintes departamentos (% Sim)

Segundo o Setor

Indústria Constr. Comerc. Serv. Sig.

Comercialização / vendas 76.4% 76.7% 79.7% 66.9% ***

Recursos humanos 57.7% 70.0% 53.6% 51.9% **

Pesquisa + Desenvolvimento 33.5% 38.3% 24.7% 30.9% **

Operações / compras 76.0% 83.3% 78.5% 66.7% ***

Administração / contabilidade 90.2% 93.3% 91.5% 88.9%

Qualidade 68.3% 51.7% 42.0% 44.9% ***

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.58

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O departamento de comercialização e vendas aparece em percentual acima da média nasempresas do setor de comércio (79.7%) e nas do setor de construção (76.7%). O departa-mento de recursos humanos está acima da média nas empresas de construção (70.0%) e daindústria (57.7%). Análoga situação se observa para o departamento de pesquisa e desen-volvimento (quadro 6.3). O departamento de operações integra a estrutura organizacional,em percentual acima da média do conjunto de empresas, nas de construção e nas decomércio. Por último, o departamento de qualidade está significativamente acima da médiado conjunto de empresas nas do setor industrial (68.3% dos casos).

Observa-se que as empresas do setor industrial e do setor de construção têm, como média,um número de departamentos de 4, pouco superior ao que tem a média do conjunto deempresas da amostra (3.8 departamentos); as empresas de comercio e as de serviços têmpor volta de 3.5 departamentos cada uma.

6.2. Processos de recursos humanos.

Os processos de recursos humanos mais aplicados pelas empresas ibero-americanas sãoos de “gestão de prevenção de riscos laborais”, “administração de pessoal” e “recrutamen-to e seleção” (gráfico 6.3). Os menos utilizados são os de “relações de trabalho”, “desenvol-vimento de carreira profissional”, “política de remunerações” e o “organograma dos cargos”.

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Como pode se observar no quadro 6.4, as empresas médias aplicam em maior medida queas empresas pequenas e que as microempresas todos os processos de recursos humanosque se estudam; igualmente as empresas pequenas aplicam processos em maior medidaque as microempresas, e as diferenças que se observam em todos os casos são estatistica-mente significativas.

O comportamento anterior mantém-se com o conjunto das empresas da amostra, para osdiferentes tamanhos de empresas (micro, pequenas e médias), assim os processos que maisse aplicam são os de gestão de prevenção de riscos laborais, seguido da administração depessoal e do recrutamento e seleção.

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Quadro 6.4Grau no qual se utilizam cada uma das seguintes práticas de RH. Segundo o

Tamanho (escala 1-5)

Micro Pequenas Médias Sig.

Planejamento de pessoal 3.30 3.42 3.75 ***

Organograma dos cargos 3.15 3.24 3.46 ***

Recrutamento e seleção de pessoal 3.36 3.61 3.92 ***

Formação 3.47 3.54 3.75 ***

Desenvolvimento de carreira profissional 2.64 2.77 2.88 **

Avaliação de desempenho 3.48 3.57 3.66 *

Política de remuneração 3.16 3.23 3.46 ***

Administração de pessoal (contratos. …) 3.72 3.86 4.09 ***

Relações de trabalho (convênio coletivo. …) 2.45 2.62 3.20 ***

Gestão de prevenção de riscos laborais 3.90 4.06 4.24 ***

Numa escala de 1 = nunca a 5 = sempre

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Com relação à idade (quadro 6.5), observa-se que as empresas jovens aplicam significativa-mente mais que as empresas maduras o organograma dos cargos (3.36), o recrutamento eseleção de pessoal (3.67) e o desenvolvimento de carreira profissional (2.84).

Quadro 6.5Grau no qual se utilizam cada uma das seguintes práticas de RH. Segundo a

Idade (escala 1-5)

Jovens Maduras Sig.

Planejamento de pessoal 3,45 3,45

Organograma dos cargos 3,36 3,21 **

Recrutamento e seleção de pessoal 3,67 3,57 *

Formação 3.60 3.55

Desenvolvimento de carreira profissional 2.84 2.72 **

Avaliação de desempenho 3.63 3.53

Política de remuneração 3.32 3.23

Administração de pessoal (contratos. …) 3.93 3.84

Relações de trabalho (convênio coletivo. …) 2.65 2.72

Gestão de prevenção de riscos laborais 4.02 4.07

Numa escala de 1 = nunca a 5 = sempre

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

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Quanto à aplicação das práticas de recursos humanos por setores, não são observadas dife-renças estatisticamente significativas, com exceção da gestão de prevenção de riscos labo-rais, que se aplica mais na indústria e na construção que no comercio ou serviços (quadro6.6). Repete-se por setores a utilização que se observou no conjunto de empresas da amos-tra; assim para todos eles as práticas que mais aplicam às MPMEs são: gestão de preven-ção de riscos laborais, administração de pessoal, recrutamento e seleção, seguida pela for-mação.

Quadro 6.6Grau no qual se utilizam cada uma das seguintes práticas de RH. Segundo o

Setor (escala 1-5)

Indústria Constr. Comerc. Serv. Sig.

Planejamento de pessoal 3.47 3.50 3.43 3.43

Organograma dos cargos 3.29 3.40 3.09 3.30 *

Recrutamento e seleção de pessoal 3.58 3.78 3.59 3.65

Formação 3.59 3.55 3.54 3.54

Desenvolvimento de carreira profissional 2.75 3.07 2.78 2.73

Avaliação de desempenho 3.59 3.58 3.52 3.54

Política de remuneração 3.20 3.53 3.33 3.31

Administração de pessoal (contratos. …) 3.90 3.93 3.81 3.84

Relações de trabalho (convênio coletivo. …) 2.63 2.71 2.69 2.83

Gestão de prevenção de riscos laborais 4.12 4.27 3.94 3.95 ***

Numa escala de 1 = nunca a 5 = sempre

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

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7Tecnologia, qualidade e inovação

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O gráfico 7.1 mostra o desenvolvimento tecnológico das MPMEs em Iberoamérica. Do total,24.3% das empresas classificam sua posição tecnológica como forte (realizam um desen-volvimento interno da tecnologia que utilizam); 29.2% têm uma tecnologia boa (a tecnologiaé adquirida e seu uso as posiciona na frente da concorrência); 37.4% das empresas dispõemde uma tecnologia sustentável (utilizam tecnologias idênticas às da maioria das empresas dosetor e somente realizam novos investimentos quando observam que a concorrência obtémbons resultados), e 9.2% possui uma tecnologia frágil (os principais concorrentes têm umatecnologia mais eficiente ou moderna).

As diferenças na tecnologia foram pesquisadas considerando o tamanho, a idade e o setor.No concernente ao tamanho (quadro 7.1) observam-se diferenças estatisticamente significa-tivas em diferentes conceitos. As empresas médias apresentam uma evolução mais favorá-vel que as micro e pequenas empresas, quanto ao nível de tecnologia desenvolvida. De fato,25 e 26 % das empresas pequenas e médias, respectivamente, desenvolvem internamentesua própria tecnologia o que evidencia um nível tecnológico muito elevado. No entanto, nasempresas de menor tamanho somente 21% têm um desenvolvimento tecnológico elevado.Essa diferença fica mais evidente ao analisar a situação majoritária em cada um dos seg-mentos de tamanho. Percentualmente, na empresas médias 33.3% optam por uma tecnolo-gia boa, considerada fundamental para se posicionar à frente da concorrência. Por outrolado, as microempresas se concentram principalmente na categoria de fragilidade tecnoló-gica (39.6%), considerando que essa tecnologia não serve como diferencial frente à concor-rência.

Quanto à idade da empresa (quadro 7.2) e ao setor de atividade (quadro 7.3) os resultadosnão mostram diferenças estatisticamente significativas. A idade e o setor não determinam aescolha de tecnologia das empresas.

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Quadro 7.1Tipo de tecnologia da empresa

Tamanho

Micro Pequenas Médias Sig.

Forte 21.2% 25.1% 26% **

Boa 27.9% 28.3% 33.3% **

Sustentável 39.6% 38.2% 32.8% **

Frágil 11.3% 8.4% 8.0%

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quadro 7.2Tipo de tecnologia da empresa

Idade

Jovens Maduras Sig.

Forte 25.5% 23.7%

Boa 27.7% 30.0%

Sustentável 36.4% 37.9%

Frágil 10.5% 8.4%

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quadro 7.3Tipo de tecnologia da empresa

Setor

Indústria Constr. Comerc. Serv. Sig.

Forte 23.05% 16.95% 26.27% 26.40%

Boa 29.35% 38.98% 28.16% 28.52%

Sustentável 37.06% 37.29% 37.34% 38.15%

Frágil 10.54% 6.78% 8.23% 6.94%

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quanto à qualidade percebida pelos gerentes, perguntou-se a eles sobre a situação daempresa com relação às certificações de qualidade emitidas por empresas externas. Naamostra, 19.1% das empresas possuem uma certificação de qualidade, 20.9% não pos-suem, mas estão em processo de obtê-la e 60% não possuem nem estão em processo (grá-fico 7.2).

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As diferenças na qualidade foram analisadas considerando o tamanho, a idade e o setor.Com relação ao tamanho (quadro 7.4) foram observadas diferenças estatisticamente signifi-cativas em diferentes conceitos. As empresas médias são as de maior percentual no que serefere à certificação de qualidade: 31.5% dessas empresas. O percentual diminui para 17%e 12% nos casos das micro e pequenas empresas. Quanto ao inicio do processo de certifi-cação percebem-se evidências desfavoráveis às empresas de menor tamanho. Apenas 18%estão em processo de obter a certificação frente aos 23% das empresas médias.

Com relação à idade da empresa (quadro 7.5) só foram observadas diferenças significativasno grupo de empresas que possuem a certificação de qualidade. Das empresas maduras21.1% possuem certificação; 15% no caso das empresas jovens. Portanto, a idade é umfator que pode melhorar a posição quanto às certificações de qualidade da empresa. Osresultados obtidos a partir da segmentação da amostra segundo o setor de atividade (qua-dro 7.6) não apontam diferenças estatisticamente significativas.

Quadro 7.4Certificação de Qualidade ISO

Tamanho

Micro Pequenas Médias Sig.

Sim possui certificação de qualidade 12.7% 17.3% 31.5% ***

Não possui certificação de qualidade, mas está iniciado o

processo para obtê-la 18.3% 21.2% 23.5% ***

Não possui certificação nem está em processo de obtê-la 69% 61.4% 45% ***

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01. 69

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Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009 FAEDPYME

Quadro 7.5Certificação de Qualidade ISO

Idade

Jovens Maduras Sig.

Sim possui certificação de qualidade 15.0% 21.1% **

Não possui certificação de qualidade, mas está iniciado

o processo para obtê-la 21.2% 20.8%

Não possui certificação nem está em processo de obtê-la 63.8% 58.1%

Chi-Quadrado de Pearson. Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quadro 7.6Certificação de Qualidade ISO

Setor

Indústria Constr. Comerc. Serv. Sig.

Sim possui certificação de qualidade 19.8% 16.7% 21.1% 16.7%

Não possui certificação de qualidade, mas está iniciado

o processo para obtê-la 20.4% 28.3% 19.9% 21.7%

Não possui certificação nem está em processo de obtê-la 59.8% 55.0% 59.0% 61.6%

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quando se trata de inovação, nem todos têm o mesmo conceito em mente. Inovação podeser relacionada a mudanças, invenções, descobrimentos, progresso, etc. De qualquer forma,a inovação é necessária nas empresas, e se refere tanto a novos produtos e serviços, quan-to a novos métodos ou procedimentos, relacionados, com freqüência, ao avanço tecnológi-co. Pode-se afirmar que a inovação é um fato chave para a concorrência entre empresas, eé amplamente reconhecido que aquelas que não a adotam podem se transformar em empre-sas não competitivas, já que seus produtos e processos podem se tornar obsoletos.

Neste tópico mostra-se o grau de inovação das empresas (gráfico 7.3). Quanto aosProdutos/serviços, 70% das empresas realizaram mudanças ou melhorias nos produtos/ser-viços existentes e 65.4% inovaram na comercialização de novos produtos/serviços. Na ino-vação nos Processos, observam-se mudanças ou melhorias nos processos deprodução/serviços em 67.1% das empresas e na aquisição de novos bens de equipamentos63.7% usaram esse mecanismo para introduzir inovações. Com relação à inovação nos

Sistemas de gestão 50.8% inovaram na direção e gestão, 53.3% realizaram inovações nagestão de compras e abastecimento e finalmente um 56.7% das empresas apontaram ino-vações nos sistemas de gestão comercial/vendas.

Como se pode observar no quadro 7.7, o tamanho da empresa tem efeitos muito significati-

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vos no grau de inovação das mesmas. Assim, as empresas médias têm um maior grau deinovação em todos os itens utilizados para identificar a atividade inovadora da empresa.Mais de 78% das empresas médias efetuam melhorias em seus produtos ou serviços,enquanto que somente 63% das empresas de menor tamanho realizam essas atividades.Este resultado persiste no restante dos pontos.

Com relação à idade das empresas, os resultados apresentados no quadro 7.8 mostram queexistem diferenças quanto à inovação na gestão, nos itens de compras e comercial, emambos os casos a favor das empresas maduras.

No que diz respeito ao setor de atividade econômica, os resultados apresentados no quadro7.9 mostram diferenças significativas. Quanto às atividades de mudanças e melhorias deprodutos e serviços o destaque é para as empresas de serviços, com 75.8%. Nas atividadesde inovação na gestão nas áreas de direção e comercial, destacam-se as empresas da cons-trução, com 62.7% e 70.2% respectivamente, e na área de compras destacam-se as empre-sas de comercio, com 63%.

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Quadro 7.7Atividade Inovadora

Tamanho

Micro Pequenas Médias Sig.

Mudanças ou melhorias nos produtos/serviços existentes 62.9% 71.2% 78.6% ***

Comercialização novos produtos/serviços 56.3% 66.8% 73.8% ***

Mudanças ou melhorias nos processos de produção/serviço 59.8% 66% 79.1% ***

Aquisição de novos bens de capital 55.8% 63.5% 74.6% ***

Direção e gestão 42% 51.5% 60.3% ***

Compras e fornecimento 45.2% 54% 61.9% ***

Comercial/Vendas 49.3% 57.5% 64% ***

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quadro 7.8Atividade Inovadora

Idade

Jovens Maduras Sig.

Mudanças ou melhorias nos produtos/serviços existentes 68.5% 71.5%

Comercialização novos produtos/serviços 65.7% 65.3%

Mudanças ou melhorias nos processos de produção/serviço 64.8% 68.2%

Aquisição de novos bens de capital 62.0% 64.6%

Direção e gestão 47.0% 52.7% **

Compras e fornecimento 50.3% 54.7% *

Comercial/Vendas 54.6% 57.7%

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quadro 7.9Atividade Inovadora

Setor

Indústria Constr. Comerc. Serv. Sig.

Mudanças ou melhorias nos produtos/serviços existentes 68.1% 60.8% 71.0% 75.8% ***

Comercialização novos produtos/serviços 63.6% 68.6% 66.2% 68.2%

Mudanças ou melhorias nos processos de produção/serviço 69.1% 62.7% 62.1% 66.3%

Aquisição de novos bens de capital 62.7% 54.9% 62.1% 67.6%

Direção e gestão 49.7% 62.7% 58.1% 47.6% **

Compras e fornecimento 51.0% 54.9% 63.2% 52.1% **

Comercial/Vendas 54.0% 70.2% 65.6% 55.0% ***

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

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8Tecnologias da informação e comunicação

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Na atualidade, as tecnologias de informação têm um impacto relevante no desempenho dasorganizações (Gupta et al., 2008). Para cada elemento integrador que se desenvolve no inte-rior das empresas, é importante efetuar acordos em toda a organização. Cada área funcio-nal deve haver compromisso e comunicação de tal forma que sejam entendidos em todosos níveis (Esselaar et al., 2008). O objetivo é ter uma diretriz e um planejamento apontandonuma única direção. No período recente, as empresas de todo o mundo tiveram um desen-volvimento substancial em virtude dos avanços tecnológicos e do aproveitamento das tec-nologias de informação (Piscitello e Sgobbi, 2003). O uso das tecnologias de informação per-mite melhorar substancialmente a atividade administrativa com um todo nas empresas (Tunge Rieck, 2005).

Com relação às TICs (gráfico 8.1.), pode-se observar que 95.3% das empresas possuem e-

mail, 63.6% têm página web, 52% realizam vendas e compras pela internet, 69.4% utilizamos recursos do internet banking, 43% realizam ações de marketing via internet e 43% têmintranet corporativa. Além disso, aproximadamente 15% das empresas da amostra recorrema essas 6 tecnologias, mostrando um uso avançado das tecnologias da informação e comu-nicação.

A comparação realizada segundo o tamanho da empresa mostra diferenças estatisticamen-te significativas em todos os pontos questionados, e em todos os casos a favor das empre-sas de maior tamanho (quadro 8.1). Enquanto 79% das empresas médias têm página web,apenas 53% das empresas menores têm investido nesse tipo de tecnologia da informação.Nos demais itens constatou-se a superioridade da empresa de maior tamanho. No entanto,essa superioridade não foi constatada em termos de idade. De fato, não existem diferençasestatisticamente significativas entre as empresas jovens e maduras (quadro 8.2).

As diferenças setoriais se constatam em todos os pontos. Efetivamente, enquanto no setorda construção 100% das empresas pesquisadas possui e-mail, no setor de comércio estaporcentagem se reduz para 95.3%. Enquanto 75% das empresas da construção têm pági-na web, somente 57.7% das empresas da indústria criaram sua página web. O setor de ser-viços se destaca por efetuar compras ou vendas através da internet com 58.5% de suasempresas realizando estas atividades. Os recursos do internet banking são utilizados emmaior porcentagem pelo setor da construção. No referente ao marketing destacam de novoo setor da construção e o setor de serviços, assim como no caso da intranet corporativa.

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Quadro 8.1Tecnologia da Informação e Comunicação

Tamanho

Micro Pequenas Médias Sig.

Dispõe de e-mail 90.5% 96.5% 98.3% ***

Tem página web? 53.6% 62.4% 79.4% ***

Realiza compras e/ou vendas eletrônicas

usando Internet? 47.2% 52.5% 56.9% **

Utiliza Internet Banking? 58.8% 69.7% 82.3% ***

Realiza marketing usando Internet? 40.2% 42.5% 50.8% **

Tem Intranet corporativa? 30.1% 42.1% 63.3% ***

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

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Quadro 8.2Tecnologia da Informação e Comunicação

Idade

Jovens Maduras Sig.

Dispõe de e-mail 94.7% 95.6%

Tem página web? 62.7% 64.0%

Realiza compras e/ou vendas eletrônicas

usando Internet? 50.8% 52.6%

Utiliza Internet Banking? 67.9% 70.2%

Realiza marketing usando Internet? 42.9% 44.0%

Tem Intranet corporativa? 41.5% 44.3%

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quadro 8.3Tecnologia da Informação e Comunicação

Setor

Indústria Constr. Comérc. Serv. Sig.

Dispõe de e-mail 94.2% 100.0% 95.3% 96.9% **

Tem página web? 57.7% 75.0% 64.0% 74.1% ***

Realiza compras e/ou vendas eletrônicas

usando Internet? 49.3% 51.7% 50.5% 58.5% **

Utiliza Internet Banking? 65.7% 83.3% 73.5% 73.1% ***

Realiza marketing usando Internet? 41.5% 51.7% 38.9% 50.0% ***

Tem Intranet corporativa? 38.8% 50.0% 47.5% 49.5% ***

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

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9Aspectos contábeis e financeiros

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Para poder concorrer em um ambiente como o atual é necessário que as empresas utilizemtodos os instrumentos de geração de informação disponíveis. Do ponto de vista contábil, acontabilidade gera informação sobre a agregação de gastos e custos através da contabilida-de de gestão, assim como da posição econômica e financeira da mesma através da análisedos estados contábeis. Por outro lado, o acesso e uso das diferentes formas de financiamen-to podem limitar a competitividade da empresa. Nesta seção são abordados esses doisaspectos: 1) o uso que as empresas fazem de técnicas econômico-contábeis tais como, acontabilidade de custos, a realização de orçamentos anuais, e a análise econômica e finan-ceira; e 2) o uso que a empresa realiza das distintas fontes de financiamento: lucros retidos,financiamento externo, e aumento de capital.

Nessa análise foi utilizada uma escala Likert de 5 pontos, na qual 1 identifica um uso raro datécnica de informação, ou a fonte de financiamento, e 5 evidencia um uso freqüente. As aná-lises foram realizadas considerando o tamanho, a idade e o setor.

A técnica contábil mais desenvolvida nas MPMEs ibero-americanas é o diagnóstico econô-mico e financeiro da empresa, seguido do estabelecimento de orçamentos anuais de recei-tas e despesas. Os sistemas de contabilidade de custos são menos utilizados. A fonte de financiamento mais utilizada para realizar novos investimentos é o reinvestimen-to dos lucros (reservas), seguida pelo financiamento bancário, existindo uma menor prefe-rência pelas ampliações de capital.

A análise segundo o tamanho da empresa mostra diferenças estatisticamente significativasa favor das empresas médias (quadro 9.1). De fato, são estas empresas as que mais usamas técnicas contábeis consideradas. Considerando-se as fontes de financiamento utilizadastambém foram encontradas diferenças estatisticamente significativas, de novo a favor dasempresas de maior tamanho.

A análise segundo a idade da empresa mostra diferenças estatisticamente significativas afavor das empresas maduras (quadro 9.2). De fato, são estas empresas as que mais usam aanálise econômico-financeira e os orçamentos anuais. Em relação às fontes de financiamen-to utilizadas também encontramos diferenças estatisticamente significativas. Neste caso, asempresas jovens utilizam em maior medida o financiamento externo e as ampliações decapital.

A segmentação segundo o setor mostra a existência de diferenças de comportamento (qua-dro 9.3). O setor que faz maior uso da análise econômico-financeira é o setor da construção,enquanto o pior posicionado neste item é a indústria. No relativo às fontes de financiamen-to, mais uma vez o setor da construção quem faz maior uso dos lucros retidos, e o financia-mento externo, enquanto no outro extremo se encontra o setor de serviços.

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Quadro 9.1Utilização de ferramentas contábeis e fontes de financiamento

Tamanho (escala 1-5)

Micro Pequenas Médias Sig.

Implantação e controle de um sistema de contabilidade de custos 3.45 3.68 3.93 ***

Estabelecimento de orçamento anual de receitas e despesas 3.51 3.74 3.98 ***

Análise da situação econômico-financeira 3.55 3.87 4.10 ***

Lucros retidos (reservas) 2.93 3.02 3.13 *

Financiamento externo (empréstimos bancários. etc.) 2.47 2.69 2.85 ***

Aumento ou aportes de capital 2.52 2.55 2.85 ***

Em uma escala de 1 = Pouco uso a 5 = Muito uso

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

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Quadro 9.2Utilização de ferramentas contábeis e fontes de financiamento

Idade (escala 1-5)

Jovens Maduras Sig.

Implantação e controle de um sistema de contabilidade de custos 3.61 3.70

Estabelecimento de orçamento anual de receitas e despesas 3.65 3.77 **

Análise da situação econômico-financeira 3.76 3.87 *

Lucros retidos (reservas) 3.05 3.00

Financiamento externo (empréstimos bancários. etc.) 2.76 2.62 **

Aumento ou aportes de capital 2.77 2.52 ***

Em uma escala de 1 = Pouco uso a 5 = Muito uso

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quadro 9.3Utilização de ferramentas contábeis e fontes de financiamento

Setor (escala 1-5)

Indústria Constr. Comérc. Serv. Sig.

Implantação e controle de um sistema de contabilidade de custos 3.66 4.05 3.75 3.61 *

Estabelecimento de orçamento anual de receitas e despesas 3.68 4.02 3.77 3.78

Análise da situação econômico-financeira 3.75 4.13 3.93 3.91 **

Lucros retidos (reservas) 2.98 3.40 3.17 2.96 **

Financiamento externo (empréstimos bancários. etc.) 2.76 2.83 2.75 2.41 ***

Aumento ou aportes de capital 2.67 2.54 2.74 2.40 **

Em uma escala de 1 = Pouco uso a 5 = Muito uso

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

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10Evolução de indicadores de desempenho

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Para medir o desempenho foram utilizados indicadores construídos a partir da percepção dogerente da empresa a respeito de sua posição competitiva. Uma alternativa teria sido utilizarindicadores procedentes da informação contábil, porém optou-se pelo uso dos indicadoresde percepção pelas seguintes razões: a informação contábil pode se ver alterada pela nor-mativa contábil ou pelas decisões diretivas, ao mesmo tempo que os indicadores contábeistendem a ser mais uma medida do sucesso passado que do sucesso presente ou do suces-so futuro.

As 8 variáveis de desempenho utilizadas se baseiam em uma aproximação à classificaçãoproposta por Quinn e Rohrbaugh (1983). Para valorar as variáveis utiliza-se uma escala de 1a 5 onde 1 = “total desacordo” e 5 = “total acordo”. Adicionalmente, construímos uma variá-vel de desempenho global e se constrói a partir da média aritmética dos itens utilizados.

Quais são os fatores nos que as MPMEs opinam que estão melhor que seus concorrentes?No gráfico 10.1 se observa que os aspectos mais favoráveis têm sido: (i) a satisfação dosclientes, (ii) a qualidade do produto/serviço e (iii) a rapidez de adaptação às necessidadesdos mercados. Contrariamente opinam que estão pior posicionadas com relação a: (i) a ren-tabilidade, (ii) o crescimento das vendas e (iii) o absentismo laboral.

As diferenças de posição das empresas com relação à concorrência se analisam conside-rando o porte, a idade e o setor. Com respeito ao porte (quadro 10.1) se observam diferen-ças estatisticamente significativas em diferentes conceitos. As empresas médias apresentamuma evolução mais favorável que as pequenas e microempresas, no incremento da rentabi-lidade e o crescimento de seu nível de vendas. E as microempresas apresentam mais pro-blemas em absentismo laboral que as pequenas e médias empresas. Quanto à idade daempresa (quadro 10.2), os resultados mostram que as mais jovens têm uma melhor posiçãoem rentabilidade e crescimento das vendas.

O setor de atividade resulta um fator pouco significativo quando se compara o desempenhoda empresa. Somente encontramos diferenças quase significativas (com um nível de signifi-cação de 90%) em duas das variáveis analisadas (quadro 10.3). Na variável crescimento devendas o setor com melhor posição é o de Comércio e o de pior posição o da Construção.E na variável que analisa o absentismo laboral podemos observar que o setor com melhorposição é o da Construção e com pior posição o da Indústria.

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Quadro 10.1Situação média da empresa com relação à concorrência

Tamanho (escala 1-5)

Micro Pequenas Médias Sig.

Oferece produtos de maior qualidade 4.29 4.29 4.32

Dispõe de processos internos mais eficientes 3.95 3.99 3.95

Conta com clientes mais satisfeitos 4.36 4.34 4.29

Adapta-se de forma antecipada às mudanças no mercado 4.11 4.10 4.13

Está crescendo mais 3.68 3.73 3.88 **

É mais rentável 3.51 3.58 3.74 ***

Tem empregados mais satisfeitos/motivados 4.05 4.01 3.98

Tem menor absentismo laboral 3.68 3.83 3.81 *

Em uma escala de 1 = total desacordo a 5 = total acordo

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.90

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Quadro 10.2Situação média da empresa com relação à concorrência

Idade (escala 1-5)

Jovens Maduras Sig.

Oferece produtos de maior qualidade 4.27 4.31

Dispõe de processos internos mais eficientes 3.93 4.00

Conta com clientes mais satisfeitos 4.34 4.34

Adapta-se de forma antecipada às mudanças no mercado 4.09 4.12

Está crescendo mais 3.88 3.68 ***

É mais rentável 3.66 3.56 *

Tem empregados mais satisfeitos/motivados 4.06 3.99

Tem menor absentismo laboral 3.76 3.80

Em uma escala de 1 = total desacordo a 5 = total acordo

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

Quadro 10.3Situação média da empresa com relação à concorrência

Setor (escala 1-5)

Indústria Constr. Comérc. Serv. Sig.

Oferece produtos de maior qualidade 4.31 4.36 4.33 4.24

Dispõe de processos internos mais eficientes 3.98 3.86 3.98 3.97

Conta com clientes mais satisfeitos 4.34 4.27 4.35 4.33

Adapta-se de forma antecipada às mudanças no mercado 4.07 4.08 4.17 4.15

Está crescendo mais 3.71 3.64 3.88 3.76 *

É mais rentável 3.59 3.57 3.72 3.53

Tem empregados mais satisfeitos/motivados 3.99 4.00 4.06 4.03

Tem menor absentismo laboral 3.72 3.92 3.90 3.84 *

Em uma escala de 1 = total desacordo a 5 = total acordo

Diferenças estatisticamente significativas: (*): p<0.1; (**): p<0.05; (***): p<0.01.

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11Fatores de sucesso das MPMEs

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O interesse em analisar quais são os fatores e variáveis que mais contribuem para que as

MPMEs sejam competitivas e tenham sucesso tem sido e continua sendo um dos aspectos

de maior atrativo tanto para acadêmicos quanto para diretores e profissionais do mundo

empresarial. Por isso, um dos objetivos deste trabalho de pesquisa é estudar os fatores

determinantes da rentabilidade das MPMEs no marco geográfico de Iberoamérica.

Interessa, portanto, conhecer quais são os principais determinantes do sucesso e da com-

petitividade destas empresas, verificando se algumas características das mesmas ou de sua

gestão explicam uma melhor ou pior situação que a de seus concorrentes.

Para medir a posição relativa das empresas da amostra com relação a seus concorrentes,

foram utilizados indicadores construídos a partir da percepção do gerente sobre qual é a

posição de sua empresa comparativamente a sua concorrência (pergunta 21 do questioná-

rio). Não foram utilizados indicadores contábeis pelas razões apresentadas no item anterior.

Para as 8 variáveis de desempenho utilizadas que se baseiam em uma aproximação à clas-

sificação proposta por Quinn e Rohrbaugh (1983), foi construído um indicador global do

sucesso calculado como a média das pontuações que as empresas pesquisadas atribuíram

a cada uma das variáveis. Em seguida, sobre a base dessa variável se dividiu a amostra em

dois subgrupos: as MPMEs que têm pontuações inferiores à média do indicador global de

sucesso (empresas que têm uma posição pior que a de seus concorrentes), e as que têm

pontuações maiores que a média, que serão as que se consideram em uma posição melhor

que a de seus concorrentes.

Esse procedimento permite identificar, agregadamente, as principais características ou fato-

res explicativos do sucesso competitivo das MPMEs ibero-americanas. Para isso, se proce-

de à análise das principais variáveis que foram examinadas ao longo deste relatório, utilizan-

do tabelas de contingência ou análise de variância em função do tipo de medida de cada

variável.

Verificou-se que as empresas que obtiveram uma posição competitiva melhor que a de seus

concorrentes se caracterizam por (quadro 11.1):

> Estarem no segmento das mais jovens.

> Serem empresas não familiares.

> Terem um gerente com estudo universitário.

> Perceberem o ambiente empresarial de 2009 melhor que o de 2008.

No que se refere às variáveis: plano estratégico, acordos de cooperação/parcerias,95

FAEDPYME Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009

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estratégia e fatores competitivos, as empresas com uma melhor posição competitiva sedestacam por (quadro 11.2):

> Realizarem um plano estratégico formal.

> Terem maiores porcentagens de acordos de cooperação / parcerias com outras empresas,

especialmente nas áreas de logística e de P+D.

> Seguirem uma estratégia exploradora.

Quanto às variáveis relacionadas com a estrutura organizacional e os processos de dire-ção de recursos humanos, observou-se que as firmas de melhor desempenho (quadro12.3):

> Têm em suas estruturas organizacionais os departamentos de P+D, Recursos Humanos e

Qualidade.

> Fazem uso de forma significativa, por cima do resto, todos os processos de recursos

humanos, destacando os de prevenção de riscos laborais, administração de pessoal, ava-

liação de desempenho, recrutamento e seleção e formação.

Por último, para as variáveis de tecnologia, qualidade, inovação e técnicas econômico-financeiras, as empresas que têm uma melhor posição relativa que seus concorrentes secaracterizam por (quadro 11.4):

> Terem uma posição tecnológica forte.

> Serem empresas com certificação de qualidade ou que estão em processo de certificação.

> Possuírem um maior número de áreas de inovação.

> Fazerem uso avançado das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).

> Terem implantado sistemas de contabilidade de custos.

> Utilizarem orçamentos de receitas e despesas anuais.

> Fazerem uma análise mais aprofundada da situação econômico e financeira.

> Utilizarem como recursos para financiarem as decisões de investimento os lucros retidos

e os aportes de capital.

96

Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009 FAEDPYME

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FAEDPYME Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009

Quadro 11.1Caracterização das empresas (%)

Pior que os Melhor que os concorrentes concorrentes

Microempresas 44.2 55.8

Pequenas 42.2 57.8

Médias 38.6 61.4

Jovens 39.7 60.3 *

Maduras 43.1 56.9 *

Indústria 43.0 57.0

Construção 45.1 54.9

Comércio 38.0 62.0

Serviços 41.9 58.1

Empresa familiar 44.0 56.0 ***

Empresa não familiar 36.6 63.4 ***

Não exportadora 41.8 58.2

Exportadora 42.6 57.4

Gerente com estudo básico 47.0 53.0 ***

Gerente com estudo universitário 39.6 60.4 ***

Clima empresarial 2009: Melhor que 2008 32.0 68.0 ***

Clima empresarial 2009: Igual que 2008 39.6 60.4 ***

Clima empresarial 2009: Pior que 2008 52.4 47.6 ***

TOTAL 42.0 58.0

Significância da χ2: (*): p < 0.1; (**): p < 0.05; (***): p < 0.01

Quadro 11.2Plano estratégico, acordos de cooperação / parcerias, estratégia e fatores competitivos

Pior que os Melhor que osconcorrentes concorrentes

Não realiza plano estratégico (%) 49.6 50.4 ***

Sim realiza plano estratégico (%) 37.2 62.8 ***

Acordos comercializar produtos (% Sim) 39.1 60.9 **

Acordos compras e fornecimento (% Sim) 38.2 61.8 ***

Acordos de logística (% Sim) 36.6 63.4 ***

Acordos para P+D (% Sim) 36.2 63.8 ***

Empresas com estratégia exploradora (%) 32.7 67.3 ***

Empresas com estratégia analisadora (%) 43.2 56.8

Empresas com estratégia defensiva (%) 45.4 54.6 **

Empresas sem estratégia (%) 54.0 46.0 ***

TOTAL 42.0 58.0

Significância da χ2: (*): p < 0.1; (**): p < 0.05; (***): p < 0.01

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Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009 FAEDPYME

Quadro 11.3Estrutura organizacional e processos de gestão de recursos humanos

Pior que os Melhor que os

concorrentes concorrentes

Departamento comercialização / vendas (% Sim) 38.9 61.1 ***

Departamento recursos humanos (% Sim) 37.7 62.3 ***

Departamento de P+D (% Sim) 34.2 65.8 ***

Departamento operações / compras (% Sim) 39.6 60.4 ***

Departamento administração / contabilidade (% Sim) 41.3 58.7 **

Departamento qualidade 38.7 61.3 ***

TOTAL 42.0 58.0

Planejamento de pessoal a 3.11 3.68 ***

Organograma dos cargos/postos de trabalho a 2.96 3.51 ***

Recrutamento e seleção de pessoal a 3.31 3.85 ***

Formação a 3.19 3.84 ***

Desenvolvimento de carreira profissional a 2.45 2.99 ***

Avaliação de desempenho a 3.15 3.91 ***

Política de remuneração a 2.81 3.62 ***

Administração de pessoal (contratos. …) a 3.58 4.11 ***

Relações de trabalho (convênio coletivo. …) a 2.31 3.02 ***

Gestão de prevenção de riscos laborais a 3.77 4.26 ***

Significância da χ2: (*): p < 0.1; (**): p < 0.05; (***): p < 0.01

a Escala 1 = Nunca a 5 = Sempre; Anova

Significação da Anova: (*): p < 0.1; (**): p < 0.05; (***): p < 0.01

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FAEDPYME Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009

Quadro 11.4Tecnologia, qualidade, inovação e técnicas econômico-financeiras

Pior que os Melhor que os

concorrentes concorrentes

Posição tecnológica forte 29.3 70.7 ***

Posição tecnológica boa 37.3 62.7 ***

Posição tecnológica sustentável 49.7 50.3 ***

Posição tecnológica fraca 56.6 43.4 ***

Empresas com certificação de qualidade ou em processo de certificação 36.1 63.9 ***

Empresas sem certificação de qualidade 45.9 54.1 ***

TOTAL 42.0 58.0

Número de áreas de inovação a 3.67 4.17 ***

Uso avançado de TIC b 3.47 3.83 ***

Tem implantada a contabilidade de custos c 3.17 3.93 ***

Tem orçamento anual de receitas e despesas c 3.16 4.03 ***

Analisa a situação econômico-financeira c 3.35 4.07 ***

Decisões de investimento com lucros retidos d 2.77 3.24 ***

Decisões de investimento com financiamento externo d 2.54 2.75 ***

Decisões de investimento com aportes de capital d 2.32 2.82 ***

Significância da χ2: (*): p < 0.1; (**): p < 0.05; (***): p < 0.01

a Varia de 0 a 7; Anova

b Varia de 0 a 6; Anova

c Varia de 1 = Mínimo a 5 = Máximo; Anova

d Varia de 1 = Pouco uso a 5 = Muito uso; Anova

Significação da Anova: (*): p < 0.1; (**): p < 0.05; (***): p < 0.01

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12Conclusões

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CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS, EXPECTATIVAS E CLIMA EMPRESARIAL

A idade média das empresas é de 16 anos e são administradas por gerentes com uma idademédia de 47 anos. Do total, 73.6% das empresas são familiares e 70.2% são constituídassob forma societária. Em 69.2% a direção fica a cargo de gerentes com estudos universitá-rios. A respeito do grau de internacionalização, 26.5% das empresas pesquisadas exporta-ram ao longo de 2009, e destas 28.0% de seu volume de faturamento foram destinados amercados internacionais.

As expectativas para 2009 (emprego e vendas) e clima empresarial não se mostraram posi-tivas no tecido empresarial ibero-americano. Das MPMEs pesquisadas, 29.0% informaramque reduzirão o emprego e 40.7% que esperavam queda nas vendas ao longo de 2009. Dototal, 6.8% das empresas consideraram que o clima empresarial no qual se desenvolve suaatividade havia melhorado relativamente a 2008, 38.5% opinaram que estava igual e 34.7%que havia piorado.

ESTRATEGIA E FATORES COMPETITIVOS

Das MPMEs, 61.4% realizam planejamento estratégico formal, porcentagem que cabe qua-lificar como elevado. Delas, praticamente 75% planejam no curto prazo. Geralmente, são asempresas de maior tamanho as que fazem maior uso do planejamento estratégico formal eas que o projetam para um prazo superior a um ano, superando o enfoque de corto prazo.As empresas jovens fazem planejamento estratégico formal em porcentagens significativa-mente superiores à média do conjunto de empresas.

Os acordos de cooperação ou parcerias das MPMEs ibero-americanas são, em sua maiorparte, relacionados com as compras e fornecimento (42.4% das MPMEs), e os orientados àcomercialização de produtos (39% de empresas). Os acordos/parcerias para logística(32.9% das MPMEs) e para atividades de P+D (25.9% das MPMEs) são os menos utilizadospelas MPMEs ibero-americanas. Em linhas gerais, são as empresas de maior tamanho e asmais jovens, as que têm maior número de acordos para atividades de logística e para ativi-dades de P&D.

A estratégia que mais seguem as MPMEs ibero-americanas é uma estratégia do tipo anali-sadora (41.1% de empresas), seguida da defensiva (27.5% de empresas), e de estratégiasdo tipo exploradora (24.3%). As empresas médias aplicam mais que as demais a estratégiaexploradora. As microempresas seguem em maior porcentagem uma estratégia defensiva ouanalisadora.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E RECURSOS HUMANOS

Os departamentos mais desenvolvidos nas MPMEs ibero-americanas são os de administra-ção e contabilidade (90.1%), comercialização e vendas (74.4%) e o departamento de opera-ções e compras (74.2%). Os departamentos de P+D+i (31.5%), recursos humanos (55.9%) equalidade (57.3%) são os menos desenvolvidos nas estruturas organizacionais das MPMEsibero-americanas. À medida aumenta o tamanho e idade das MPMEs, aumenta o número dedepartamentos diferenciados na sua estrutura organizacional. 103

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Os processos de recursos humanos que mais fazem uso as MPMEs pesquisadas são os de:gestão de prevenção de riscos laborais (4.05); administração de pessoal (3.87), recrutamen-to e seleção de pessoal (3.61) e formação (3.57). A utilização por parte das empresas dosdiferentes processos de recursos humanos cresce à medida que é maior o tamanho dasempresas. Os processos que as empresas menos usam, são os de relações de trabalho(2.70); desenvolvimento de carreira profissional (2.76); organograma dos cargos (3.26) e polí-tica de remuneração (3.26).

TECNOLOGÍA, QUALIDADE E INOVAÇÃO

Do total, 24.3% das empresas qualificam sua posição tecnológica como forte, 29.2% con-sideram ter uma tecnologia boa, 37.4% das empresas dispõem de uma tecnologia susten-tável e 9.2% tem uma tecnologia frágil. As empresas que têm uma melhor posição em ter-mos de tecnologia se caracterizam por terem um tamanho maior. Uma porcentagem maiordas empresas médias (33.3%) opta por uma tecnologia boa, situação na qual a tecnologia éconsiderada fundamental para se posicionar à frente da concorrência.;Por outro lado asmicroempresas concentram-se principalmente na categoria de tecnologia frágil (39.6%),situação na qual a tecnologia não serve como diferencial diante da concorrência.

O 19.1% das empresas possuem uma certificação de qualidade, 20.9% não a possui, masestá em processo de obtê-la e 60% não a possuem nem estão em processo. As empresasque têm uma melhor posição em termos de qualidade caracterizam-se como empresasmédias e maduras.

A maioria das empresas pesquisadas pode ser qualificada como inovadoras. Em 70% dasempresas foram realizadas mudanças ou melhorias nos produtos/serviços existentes e65.4% têm inovado na comercialização de novos produtos/serviços. Com relação à inova-

ção nos processos, observou-se que 67.1% das empresas têm realizado mudanças oumelhorias nos processos de produção/serviços e 63.7% adquiriram novos bens de equipa-mento. Com relação à inovação nos sistemas de gestão, 50.8% inovaram na direção ou nagestão, 53.3% realizaram inovações na gestão de compras e fornecimento, e 56.7% dasempresas informaram que haviam realizado inovações nos sistemas de gestãocomercial/vendas.

As empresas que têm uma melhor posição em termos de inovação caracterizam-se porserem de porte médio. Mais de 78% das empresas médias levaram a cabo melhorias emseus produtos ou serviços, enquanto que somente 63% das empresas de menor tamanhorealizaram estas atividades. E com relação às inovações na gestão são as empresas madu-ras as mais inovadoras.

TECNOLOGÍAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Com relação às TICs, os dados mostram que 95.3% das empresas possuem e-mail, 63.6%têm página web, 52% realizam vendas e compras pela internet, 69.4% utilizam os recursosdo internet banking, 43% realizam marketing via internet e 43% têm intranet corporativa.Além disso, aproximadamente 15% das empresas da amostra recorrem a essas 6 tecnolo-gias, mostrando um uso avançado das tecnologias da informação e comunicação.104

Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009 FAEDPYME

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ASPECTOS CONTÁBEIS E FINANCEIROS

A técnica contábil mais desenvolvida nas MPMEs ibero-americanas é o diagnóstico econô-mico e financeiro da empresa, seguido do estabelecimento de orçamentos anuais de recei-tas e despesas. Os sistemas de contabilidade de custos são menos utilizados. As empresasmédias e maduras são as que têm mais desenvolvidas estas técnicas no seio de suas orga-nizações.

A fonte de financiamento mais utilizada para realizar novos investimentos é o reinvestimen-to dos lucros (reservas), seguida a continuação do financiamento bancário, existindo umamenor preferência pelo aumento do capital. As empresas jovens utilizam em maior medidao financiamento externo e o aumento do capital.

SITUAÇÃO DA EMPRESA COM RELAÇÃO À CONCORRENCIA

Em quais fatores as MPMEs opinam que estão melhor que seus concorrentes? Os resulta-dos mostram que os aspectos mais favoráveis tem sido: (i) a satisfação dos clientes, (ii) aqualidade do produto/serviço e (iii) a rapidez de adaptação às necessidades dos mercados.Pelo contrario, opinam que estão pior posicionadas com relação a: (i) a rentabilidade, (ii) ocrescimento das vendas e (iii) o absenteísmo laboral.

FATORES DE SUCESSO DAS MPMEs

As empresas que têm uma posição competitiva melhor que seus concorrentes caracteri-zam-se por:

> Estarem no segmento das mais jovens.> Serem não familiares.> Terem um gerente com estudos universitários.> Valorarem o ambiente empresarial em 2009 melhor que em 2008.> Realizarem plano estratégico formal.> Terem maiores porcentagens de acordos de cooperação com outras empresas, especial-

mente nas áreas de logística e de P+D.> Seguirem uma estratégia exploradora.> Terem em suas estruturas organizacionais as áreas de P+D, Recursos Humanos e

Qualidade.> Aplicarem de forma significativa, por cima do resto, todos os processos de recursos huma-

nos, destacando os de prevenção de riscos laborais, administração de pessoal, avaliaçãode desempenho, recrutamento e seleção e formação.

> Terem uma posição tecnológica forte.> Serem empresas com certificação de qualidade ou que estão em processo de certificação.> Contarem com um maior número de áreas de inovação.> Fazerem uso avançado das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).> Terem implantada a contabilidade de custos.> Utilizarem orçamento anual de receitas e despesas.> Fazer uma maior análise da situação econômica e financeira.> Se apoiarem, para as decisões de investimento, mais nos lucros retidos e em aportes de

capital que no uso de financiamento externo. 105

FAEDPYME Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009

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13Principais linhas a seguir para o desenvolvimento e consolidação das MPMEs

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Nesta seção e após analisar os resultados do estudo empírico realizado a partir da opiniãode 1.971 gerentes de MPMEs ibero-americanas, delimitaremos as principais linhas de atua-ção ou recomendações para favorecer a melhoria competitiva das MPMEs. Para comple-mentar de forma qualitativa o desenvolvimento desta seção levou-se a cabo um painel deespecialistas constituído por 200 profissionais ibero-americanos na temática das MPMEs. Opainel foi constituído por empresários, especialistas de Associações empresariais, daAdministração, Local e Estatal, do sistema financeiro e por pesquisadores de centros univer-sitários. A partir dessa informação e a que provém da equipe de trabalho, foram desenvolvi-das propostas de atuação.

Inicialmente perguntou-se aos especialistas sobre uma série de problemas que podem limi-tar o desenvolvimento de sua empresa (quadro 13.1) e de propostas de atuação (quadro13.2).

Os problemas mais relevantes percebidos pelos especialistas para o desenvolvimento dasMPMEs são: a situação de instabilidade financeira das empresas e o difícil acesso aos recur-sos financeiros, dadas as limitações do sistema bancário no referente às suas necessidadespara poder gerenciar suas finanças em uma situação de normalidade. Em segundo lugar,consideram como relevantes os problemas relacionados com a situação atual do mercado eproblemas internos de organização e direção. Os especialistas apontaram que os problemasburocráticos com a Administração Pública, os custos salariais e problemas de localizaçãosão fatores que afetam em menor medida o desenvolvimento das MPMEs.

Com relação às propostas de atuação, os especialistas opinaram que o assessoramento e ageração de informação são os fatores mais relevantes para que as MPMEs obtenham maiorcompetitividade. Em segundo lugar apontaram a necessidade de um maior apoio financeiroao investimento através de ajudas ou subsídios. Como terceira linha de atuação, apontarama importância de propiciar um maior desenvolvimento de um sistema financeiro centrado nofinanciamento das MPMEs. Ações tais como a redução das contribuições empresariais parao seguro social, e a redução da complexidade do ordenamento jurídico, contábil e fiscal sãoconsideradas questões menos importantes para melhorar a competitividade das MPMEs.

109

FAEDPYME Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009

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Análise Estratégica para o desenvolvimento da MPME em Iberoamérica. Relatório MPME Iberoamérica 2009 FAEDPYME

QUADRO 13.1Principais dificuldades para o desenvolvimento das MPMEs

Total

Situação financeira da empresa 4.39

Difícil acesso aos recursos financeiros 4.19

Problemas de mercado 4.14

Problemas de organização e direção 4.10

Problemas de inovação 3.98

Problemas de qualidade 3.94

Problemas técnicos do sistema produtivo 3.89

Insuficiente qualificação de RH 3.89

Turbulência da atividade empresarial 3.80

Limitada profissionalização da direção 3.79

Gestão de cobrança e pagamentos 3.74

Insuficiência de recursos tecnológicos 3.69

Problemas burocráticos da Administração Pública 3.65

Custos salariais elevados 3.37

Problemas de localização 3.10

Em uma escala de 1 = Mínima a 5 = Máxima

QUADRO 13.2Grau de importância das ações para o desenvolvimento das MPMEs

Informação e assessoramento a empresas 4.17

Ajudas ao investimento 4.14

Sistema bancário centrado em financiamento às MPMEs 4.07

Incentivos para o acesso aos mercados internacionais 4.04

Formação e reciclagem do pessoal 3.95

Redução de trâmites para a criação de empresas 3.93

Redução de impostos 3.91

Flexibilidade laboral 3.65

Complexo ordenamento contábil e fiscal 3.59

Complexo ordenamento jurídico 3.52

Redução de contribuições da Empresa para o Seguro Social 3.26

Em uma escala de 1 = Nada importante a 5 = Totalmente importante

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Antes de enumerar e descrever as principais linhas a seguir para o desenvolvimento e con-solidação das MPMEs em Iberoamérica, na opinião dos especialistas, vale a pena efetuaruma breve sinopse com relação ao objetivo almejado. Estamos em uma economia global, osmercados tendem a ser cada vez mais exigentes e se pretende aumentar ou no mínimo man-ter, o peso relativo de Iberoamérica no contexto internacional, o que equivale a dizer de suasempresas e especialmente de suas MPMEs.

A melhoria da competitividade das MPMEs exige uma importante mudança de mentalidadequanto às variáveis a utilizar para concorrer; não é possível se apoiar somente nas vantagenscomparativas dos preços dos fatores produtivos. Ou seja, deve-se abandonar a concorrên-cia somente em custos caso se deseje superar às empresas que atuam em outros âmbitosgeográficos, ao tempo que se tem de incorporar novos fatores para competir relacionadoscom a diferenciação, a qualidade, o desenho, produtos de maior conteúdo tecnológico emais elaborados. Esse é, em nossa opinião, o principal desafio das MPMEs de Iberoaméricapara os próximos anos.

Do exposto, fica claro que há exigências para todos os agentes envolvidos no processo: pro-prietários e diretores, organizações e associações empresariais, trabalhadores, sindicatos,representantes dos trabalhadores e Administração Estatal e local em cada um dos países.De todos depende o futuro; cada um tem umas responsabilidades, umas exigências e umnível de contribuição importante ao objetivo de relançar a atividade econômica e o desen-volvimento das MPMEs no âmbito de Iberoamérica.

Para a análise da competitividade podem se diferenciar fatores de caráter macroeconômi-co (diferencial de inflação, tipo de câmbio, tipos de juros, taxa de poupança, déficit públi-co,...); fatores de caráter setorial ou industrial (intensidade da concorrência, variáveis com-petitivas como preço ou diferenciação,...), e fatores de caráter intraempresarial (organiza-ção e gestão interna, estrutura organizacional, sistemas de incentivos, gestão de recursoshumanos, conhecimentos e habilidades, inovação tecnológica, estratégias da empresa, etc.que, em geral, não são variáveis facilmente observáveis). O impacto sobre a competitivida-de será a soma dos efeitos dos diferentes tipos de fatores.

Por outro lado, queremos destacar que, ao longo do estudo, nos situamos no contexto dadimensão intraempresarial, ou seja, a perspectiva interna da empresa, embora, em algunscasos, também se tenha feito referência à dimensão setorial. Partindo da descrição, análisee estudo da situação das MPMEs em Iberoamérica, e como sua continuação, tentaremosindicar quais são, em nossa opinião, as propostas e grandes linhas de atuação e de debatenecessárias para que as MPMEs reúnam as condições para aplicar estratégias de sucesso.

1. ESTRATÉGIAS E FATORES COMPETITIVOS

Desde uma perspectiva global se faz imprescindível potencializar desde as AdministraçõesPúblicas os seguintes elementos:

> A capacidade de gerar informação comercial, financeira e tecnológica das MPMEs paramelhorar sua gestão e incorporar maior valor a suas produções. 111

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> A promoção de novas fontes de financiamento para as MPMEs dadas às dificuldades deobter recursos financeiros do sistema bancário formal em condições mais favoráveis(como conseqüência da prêmio de risco exigido pelo sistema creditício).

> A capacidade tecnológica das empresas através da criação de políticas de incentivos quepriorizem os projetos com alta implicação tecnológica.

> A cooperação interempresarial e a política de uniões, fusões ou formação de gruposempresariais que permitam definir dimensões ótimas das empresas para gerar economiasde escala.

> A difusão de todos os programas de ajuda existentes a nível nacional, estatal ou local pormeio de campanhas permanentes de promoção dos mesmos, ao mesmo tempo em quese procure facilitar o acesso das empresas e dos setores mais necessitados aos mesmos,aumentando para isso a coordenação entre os diferentes agentes envolvidos.

> A redução de trâmites burocráticos nos programas de apoio às MPMEs.> O desenvolvimento de ações por parte das Administrações Públicas para potencializar a

cultura empresarial, no sentido de preparar o empresário para que aumente a respostaprofissional aos seus problemas, ao mesmo tempo em que se lhe transmite a importânciade ter uma atitude estratégica diante das continuas mudanças do ambiente e do aumen-to da concorrência.

Da perspectiva dos agentes envolvidos diretamente em cada um dos setores produtivosdeverá ser feito um esforço voltado para a concretização das anteriores linhas prioritárias deatuação.

No que tange à Indústria, é necessário potencializar os subsetores endógenos que represen-tam o núcleo básico da indústria de Iberoamérica. Ao mesmo tempo, deve ser feito um esfor-ço orientado à diversificação produtiva nos subsetores de maior conteúdo tecnológico eforte demanda, por meio de incentivos à localização de investimentos estrangeiros ou nacio-nais.

Não há dúvida que o setor da construção civil, devido ao seu potencial de crescimento e ànecessidade de desenvolver importantes infraestruturas pode ser uma base importante nocrescimento de Iberoamérica. Assim, dever-se-ia atuar tanto no sentido de agilizar os trâmi-tes para a edificação e o desenvolvimento de infraestruturas, quanto a partir de uma pers-pectiva mais interna das empresas.

Do ponto de vista geral, cabe perguntar pelos recursos nos quais devem se concentrar asempresas. É pertinente sugerir alguns como: contar com um fator humano mais bem prepa-rado, aumentar a capacidade tecnológica e de inovação -concretamente em seu processoprodutivo-, introduzir mudanças organizacionais que possibilitem aproveitar as potencialida-des de seus recursos, e introduzir uma dinâmica de inovação. Aspectos condicionados a umapoio financeiro.

2. CRESCIMENTO E DIVERSIFICAÇÃO

As empresas devem entender o crescimento e a diversificação como um objetivo permanen-te. Assim, devem estar abertas a fusões e associações com a finalidade de favorecer as eco-nomias de escala e a diferenciação dos produtos, sem perder de vista que, conforme aumen-112

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ta o tamanho, maiores são as possibilidades de afrontar inovações, melhorar a rede comer-cial, obter financiamento, etc.

Neste sentido, as Administrações Públicas deveriam adotar as ações legislativas que facili-tem esse objetivo; igualmente, com vistas a um crescimento qualitativo, baseado na quali-dade e na tecnologia, terão que se apoiar todas aquelas atuações das empresas voltadas àmelhoria de seus produtos (desenho, qualidade, apresentação, incorporação de tecnologia,etc.) que favoreçam o aumento de valor adicionado aos mesmos.

Por outro lado, para alcançar o objetivo “crescimento”, é necessário estabelecer sistemas deinformação que vinculem as empresas de Iberoamérica com o entorno empresarial e institu-cional no qual majoritariamente têm de desenvolver sua atividade e no qual têm de concor-rer, de forma a que sejam informadas as oportunidades, o que supõe ter um mercado maiorque abranja todo o âmbito ibero-americano.

Quanto à informação para as empresas, e com a finalidade de facilitar o acesso a elas, é pre-ciso ressaltar alguns aspectos colaterais, mas muito importantes:

> Há que criar mecanismos, agências, unidades ou locais que concentrem a informação(“centrais de atendimento / guichês”, “promotor de negócios” ou semelhantes que inte-grem as diferentes administrações – Nacional, Estatal e Local dependendo de cada país),e que a forneçam às empresas que a demandem com altos níveis de qualidade, extensãoe rigor, fazendo-o além disso em um curto prazo de tempo.

> Seria conveniente estabelecer programas de melhoria da comunicação e coordenaçãoentre os diferentes países e entre os diferentes órgãos do governo dentro de cada um dospaíses.

> As Administrações Públicas têm que procurar eliminar de forma “drástica”, a “burocracia”dispendiosa e em muitos casos desnecessária que a faz ineficaz, de maneira que, desdeuma maior simplificação e agilidade, se facilite a iniciativa e a criatividade dos empresá-rios, acima de tudo se trata de “criar novas empresas”.

3. TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E QUALIDADE

Dada a importância da continua inovação e de contar com novas tecnologias para concor-rer, e para sair do uso de tecnologias obsoletas, pode-se sugerir diversas medidas queapóiem o desenvolvimento das empresas e do próprio Estado.

Assim, uma proposta interessante e de grande importância diante do desenvolvimento tec-nológico e para a inovação é a relativa à criação de centros ou parques tecnológicos emcada um dos países vinculados aos que possam ser seus setores-chave de atividade.Múltiplas experiências internacionais têm evidenciado a eficácia de um modelo de estraté-gia industrial baseado no estímulo ao nascimento e desenvolvimento de empresas de tecno-logia avançada (microeletrônica, informática, automação industrial, robótica, telecomunica-ção, novos materiais, biotecnologia, laser, energias alternativas, etc.), por meio da constitui-ção de estruturas inovadoras de organização industrial, a promoção de acordos de coope-ração e o fomento de sistemas produtivos locais. 113

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As funções que perante a inovação e à melhora tecnológica podem desempenhar os citadoscentros podem se concretizar nas seguintes áreas de trabalho:

> Informação/documentação específica do setor (sobre o mercado: oportunidades devenda, evolução e tendências; sobre novos produtos, processos e métodos de gestão queafetem às empresas do mesmo), sobre apoios dos diferentes âmbitos governamentais,Internet, legislação, base de dados, etc.

> Centros de formação técnica e empresarial (formação profissional não regulamentada,desenho, informática, gestão de qualidade, seminários empresariais, etc.)

> Assistência técnica em desenho e melhoria de produtos, processos e gestão. Tambémassessoria tecnológica, laboratórios de controle de qualidade, assessoramento sobrenovas equipes e ajuda a projetos.

> Assessoria e centro de qualidade divulgando normativas, regulamentos e planejamentosde qualidade. Também podem colaborar para assegurar a qualidade, na realização deensaios/testes para o cumprimento de normas e certificações realizadas em laboratório.Análise de matérias primas e de produtos terminados.

> Normalização, homologação e certificação de produtos e processos.> Pesquisa e Desenvolvimento (P+D) e inovação: realização de projetos de pesquisa aplica-

da, centro de enlace entre centros de pesquisa e entidades colaboradoras.> Detecção das necessidades tecnológicas do setor e proposta de projetos conjuntos de

pesquisa e/ou desenvolvimento tecnológico que, dado o volumem de investimento neces-sário, as MPMEs não podem realizar por si mesmas.

Com relação à pesquisa e desenvolvimento tecnológico e inovação, tanto as empresas,quanto as Administrações Públicas e as Instituições de Educação Superior, têm uma granderesponsabilidade. Ao respeito, costuma-se afirmar que há que potencializar a transferênciatecnológica, priorizando a difusão tecnológica para as empresas locais. Dentro desta função,os centros tecnológicos podem ter um papel fundamental em seus respectivos setores.

Parece-nos um fator chave insistir na importância da pesquisa, da tecnologia e da inovação.Por conseguinte, haverá que tomar medidas claras que se orientem nessa direção, como:

> Desde as universidades, dar atenção prioritária e promover todas aquelas pesquisas e for-mações que sejam de interesse preferencial para as empresas de Iberoamérica, especial-mente para as microempresas, e pequenas e médias empresas, com apoio em infraestru-tura tecnológica básica. Igualmente, é preciso articular mecanismos para a transferênciatecnológica desde os centros de P+D para o setor produtivo.

> Nas empresas, seus proprietários e diretores, têm que ser conscientes de que no futuro éessencial destinar recursos à pesquisa, inovação e tecnologia; as empresas no podemcontinuar sendo o último dos setores de execução quanto ao destino de recursos a P&D,embora os resultados se atinjam no médio prazo.

De modo geral, há que se realizar um esforço para que as empresas incorporem e se adap-tem às novas tecnologias da informação. Igualmente é necessário apoiar as infraestruturastelemáticas, informáticas e de telecomunicações.

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4. ACORDOS E PARCERIAS ENTRE EMPRESAS

Talvez o tema a tratar aqui seja uma das pedras angulares que podem possibilitar o propos-to em seções anteriores. Termos como individualismo, autosuficiência, medo, receio, ceticis-mo, disputas ou “idiossincrasia”... terão que dar passagem a outros como confiança, cola-boração, cooperação, coalizões, trabalho em grupo e projetos compartilhados, o que impli-ca provocar uma autêntica mudança cultural.

A cooperação entre empresas pode ser um aspecto-chave no que se refere ao futuro, dadoque as empresas para competir em mercados mais amplos, necessitam objetivamenteaumentar de tamanho para serem eficientes e aproveitarem assim as economias de escala.Isto sem perder de vista que esse pode ser um mecanismo que permita lidar com determi-nadas atividades de pesquisa e inovação não viáveis para uma única empresa.

Para favorecer os acordos e as parcerias em primeiro lugar, devemos estar cientes de queas MPMEs de Iberoamérica são majoritariamente empresas com único proprietário ou depropriedade familiar, e que manifestam não acreditar que a cooperação com outras empre-sas seja necessário para crescer.

Por isso é necessário começar a desenvolver atuações que tenham por objetivo uma mudan-ça na cultura das empresas visando o início ou o aumento das ações de colaboração comoutras empresas. No curto prazo a colaboração pode ser mais factível em temas relativos àinovação, tecnologia ou capacitação. Relativamente a essas ações, haveria que:

> Incentivar que as empresas se associem e potencializar as fusões, como política maisestrutural, mesmo que mais complexa, além disso, criar condições para acordos estáveisem temas como: comercializar produtos, compras e fornecimento, compartilhar maquina-ria, realizar pesquisa e introduzir tecnologia.

> Profissionalizar a direção das empresas. Dessa forma acreditamos que será mais fácil amudança de atitude necessária respeito à associação e que crescerá a disposição paraenfrentar o futuro com uso da colaboração e com a realização de acordos de diferentestipos. As empresas serão capazes de ter uma perspectiva temporal de maior prazo.

> Dado que as MPMEs podem ter dificuldades adicionais para serem líderes em custos ouem diferenciação, algumas linhas de atuação para superá-las podem ser:1. Realizar acordos com outras empresas do setor para redistribuir atividades conforme as

especialidades em que cada um é mais competitivo.2. Diminuir custos por meio do estabelecimento de uma rede de fornecedores para baixar

preços e para obter acesso ao mercado de forma mais competitiva.3. Desenvolver acordos com grandes empresas, integrando-se em sua rede de fornece-

dores, fornecendo-lhes produtos que cubram nichos de seu interesse ou simplesmen-te fabricando componentes para seu processo de fabricação.

Outro aspecto determinante com relação ao futuro é estimular a cooperação interna daempresa (direção/trabalhadores), administrando os conflitos capital/trabalho que obriga autilizar exclusivamente mecanismos hierárquicos para conseguir a cooperação, como tam-bém junto aos fornecedores e clientes. 115

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É preciso buscar fórmulas de cooperação que fomentem a responsabilidade, o compromis-so e a colaboração de todos os agentes com interesses na empresa.Es preciso buscar fór-mulas de cooperación que fomenten la responsabilidad, el compromiso y la colaboración detodos los agentes con intereses en la empresa.

5. ASPECTOS ORGANIZACIONAIS, ESTRUCTURA DE GESTÃO, PLANEJAMENTO; ATI-TUDE E POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO; COMERCIALIZAÇÃO

A respeito do planejamento e do plano estratégico, como se mostrou ao longo do relatório,são muitas as empresas que não têm plano estratégico (ou o realizam a muito curto prazo).Quanto à estratégia seguida pelas empresas de Iberoamérica e focando os resultados doestudo empírico efetuado, pode-se chegar a concluir que as empresas não formulam comclareza uma estratégia que inspire e oriente suas atuações desde uma linha de coerência.

Acreditamos que as ações devem concentrar-se na capacitação, tanto para os diretores(sobre como estudar o setor, formular uma estratégia e estabelecer o correspondente planoestratégico para sua implantação, ou seja sobre a metodologia da planejamento estratégico)quanto para os níveis gerenciais.

É necessário insistir novamente na necessidade da profissionalização da equipe diretiva. Háque reforçar a importância que as empresas tenham uma estrutura de gestão real com pos-tos diferenciados e profissionais, abandonando definitivamente as estruturas onde toda a ati-vidade da empresa se desenvolve ao redor do proprietário/empresário, o que em muitoscasos limita as possibilidades de introduzir técnicas e de utilizar critérios de direção “maisprofissionais”.

Do ponto de vista organizacional, deve-se destacar que os diferentes departamentos aindaestão pouco diferenciados, especialmente os vinculados a P+D, recursos humanos ou qua-lidade, áreas que são fundamentais considerando o panorama de desenvolvimento futuro noâmbito de Iberoamérica.

Para concorrer com base em variáveis tais como a qualidade dos produtos, o serviço, a ima-gem da empresa e o conhecimento das necessidades do cliente, é necessário dar maiorimportância aos lucros de longo prazo. A excessiva preocupação pelos lucros de curto prazopode limitar o processo de acumulação de recursos intangíveis necessários para o desen-volvimento empresarial no âmbito ibero-americano. Para apoiar esse processo, como já seassinalou, é indispensável o financiamento externo, especificamente o bancário.

É necessário fazer uma menção especial sobre o papel da qualidade como fator-chave comrelação ao futuro. Parte-se da base de que a qualidade é rentável porque reduz os desper-dícios, os defeitos e as reclamações com a conseguinte diminuição de custos, ao mesmotempo em que aumenta a confiabilidade dos processos e a satisfação dos clientes e, emconseqüência as vendas.

Por isso, há que dar passos e se orientar com realismo em direção a paulatina adaptaçãoaos sistemas de qualidade, começando pelos conceitos básicos, continuando com o dese-nho e implantação de um sistema formal de qualidade, para, em uma última fase, introduzira qualidade total e a melhoria contínua. 116

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Com relação à comercialização e à internacionalização das empresas, cabe fazer as seguin-tes recomendações gerais:

> É necessário realizar um maior esforço para que as MPMEs conheçam os programas exis-tentes que auxiliam na prospecção de mercados, participação em feiras e outras açõesdirigidas aos mercados externos.

> Também seria desejável uma maior coordenação dos programas dos diferentes países, e,particularmente, dos órgãos que apóiam as MPMEs para o comércio exterior deIberoamérica. Isso possibilitará uma otimização dos recursos investidos, tanto pela defini-ção conjunta de objetivos, como por uma atitude positiva nas empresas.

> MPMEs que atuam em mercados maduros deverão buscar novos mercados para se ante-cipar ao previsível declínio daqueles. Neste sentido a prospecção de novos negócios deveconsiderar-se como um elemento fundamental para tomar decisões estratégicas e nãocomo uma via para encontrar soluções a curto prazo a situações de fato.

6. ESTRATÉGIAS PARA OS RECURSOS HUMANOS

No âmbito internacional, parece existir uma ampla concordância sobre a importância quetêm os conhecimentos e, portanto, as pessoas como elementos determinantes da capaci-dade da empresa para concorrer. É habitual ouvir que em uma sociedade moderna e acimade tudo visualizando o futuro o trabalho do conhecimento está substituindo cada vez mais otrabalho dos “músculos”.

Portanto, a maior competitividade à qual estão submetidas as empresas exige dar maiorimportância à gestão de recursos humanos. O ponto de vista tradicional de pessoal, enten-dido como um custo a minimizar, deve ser substituído paulatinamente por um cenário emque se reconheça o papel das pessoas como elementos que podem adicionar valor à empre-sa.

Partindo dessa orientação necessária na gestão de pessoal, se indicam a seguir algumaslinhas de atuação detectadas como mais importantes, em cada uma das áreas deste âmbi-to da empresa.

6.1. Aquisição de competências: recrutamento e seleção

A principal preocupação para a gestão de recursos humanos deve ser conseguir uma equi-pe humana que possa adicionar valor à empresa. Neste sentido, há que desenvolver umaserie de ações. Em primeiro lugar, o ponto de partida é a realização de uma análise dos pos-tos de trabalho da empresa (que inclua tanto a descrição das tarefas, como os requisitos quedeve possuir a pessoa que o desempenhe) e sua comparação com o quadro de pessoal dis-ponível na atualidade.

È necessária também maior profissionalização do processo de seleção. Mesmo sendo aexperiência um critério importante, é importante considerar mais a formação do individuo, jáque isso aporta maior polivalência e a possibilidade de adaptação diante de novas situações.

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No que se refere às formas de contratação, a orientação deve ser a longo prazo. Isto nãoquer dizer realizar contratos fixos em todos os casos, porem sim, dotar os contratos da pos-sibilidade de continuidade no futuro, segundo a contribuição do funcionário à empresa.

Para implantar as iniciativas anteriores, podem existir várias opções:

> Criar na própria empresa o cargo ou a figura do responsável de pessoal, e que comece atrabalhar nos aspectos enunciados anteriormente.

> No caso em que não possam atuar como se sugere no ponto anterior, as empresas nãotêm mais alternativa que contar com o assessoramento de profissionais ou especialistasem gestão de recursos humanos externos à mesma.

6.2. Estratégias de estímulo de competências: compensações

A cooperação e o trabalho em equipe, necessários para fomentar a melhoria da qualidade ea inovação na empresa, requerem envolvimento e compromisso das pessoas. Para conse-gui-los, o elemento mais utilizado e também altamente valorizado pelos trabalhadores é aremuneração. No entanto, os atuais sistemas de remuneração não consideram, na sua maio-ria, o esforço das pessoas.

Em nossa opinião é conveniente aumentar o peso da remuneração variável, seja relacionan-do-a com o resultado, com o alcance de objetivos, com a atuação do trabalhador ou comseu desempenho. Junto com os novos sistemas de remuneração, há que introduzir outras formas de motiva-ção, que consigam comprometer o trabalhador, mais que não suponham maior custo para aempresa, entre elas cabe apontar a possibilidade de promoção (o que, sem dúvida estarácondicionado pelo tamanho), o compartilhar com os empregados informação sobre a orga-nização, o desempenho e os objetivos assim como a possibilidade de receber capacitação.

6.3. Estratégias de desenvolvimento de competências: capacitação.

Sem dúvida uma das ações que requer maior atenção para melhorar a competitividade denossas empresas é a capacitação já que em quase todos os casos é um pré-requisito paraa inovação e a qualidade, fomentar a cooperação entre empresas, a participação dos empre-gados e melhorar os procedimentos de direção e gestão.

As ações de capacitação isoladas não têm grande utilidade. É preciso que se coordenem eintegrem um plano. Para isso, é necessário detectar previamente as deficiências formativasde cada subsetor de atividade empresarial para atingir seus objetivos.

É útil desenvolver ações de capacitação específicas, centradas em aspectos técnicos oumais diretamente relacionados com o posto de trabalho, de acordo com as necessidadesdetectadas em cada empresa ou setor. Mas, além dessas, há ações concretas de naturezageral, para todas as MPMEs que devem ser potencializadas. Atuações que devem orientar-

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se principalmente para:

> A qualidade.> As novas tecnologias: tecnologia da informação, tecnologia de materiais e biotecnologia.> A direção e gestão.> Capacitação na interpretação da informação financeira.> Criar e dinamizar nos distintos âmbitos educativos o espírito de colaboração que reforce

o entusiasmo pela criação de novas formas de associação e alianças interempresa.

Como pré-requisito para tudo isso, a capacitação dos diretores é determinante. É necessá-rio formar a pessoa que é responsável pela tomada de decisões, e envolvê-lo no processocomo protagonista destacado. É preciso efetuar um esforço para a modernização e aampliação da mentalidade dos empresários quanto ao associativismo e a formação de alian-ças.

O principal problema das MPMEs de Iberoamérica em face da necessidade de capacitaçãoé que contam com poucos recursos como conseqüência de seu reduzido tamanho. Duasopções para superar esse obstáculo seriam, por um lado, cooperar com outras empresaspara realizar ações formativas conjuntas ou ainda, que as diferentes Administrações Públicase os Governos apóiem as ações de formação.

Finalmente, sublinhamos uma vez mais, que a realização dessas ações de gestão de pes-soal não serão possíveis sem a incidência previa no próprio empresário, como pedra angu-lar da mudança na empresa e de uma nova cultura orientada à competitividade e ao com-promisso de todos.

7. ASPECTOS CONTÁBEIS E FINANCEIROS

O marco genérico no qual se desenvolvem as MPMEs gira em torno de duas premissas bási-cas: garantir seu funcionamento no futuro e conseguir que este se desenvolva nas melhorescondições de rentabilidade possíveis. Para que esses objetivos se cumpram, a empresadeve ter um desempenho satisfatório em todas as funções essenciais nas quais se estrutu-ra.

Falhas em qualquer uma das funções podem malograr os objetivos alcançados por outras.A gestão financeira e a organização administrativa geradora de informação da empresa setransformam em elementos básicos para a tomada de decisões e para alcançar um adequa-do equilíbrio.

Uma forma de tratar o problema da assimetria da informação no mercado de crédito deIberoamérica é promover programas de informação e assessoramento à empresa, porem deuma maneira diferente da que se tem seguido até o presente, porque a informação sobre osprogramas de apoio financeiro dos governos parece não ter chegado a seu destino, ou pelomenos não têm causado o efeito que se esperava se consideramos que a resposta ao itemde financiamento fora do sistema bancário foi baixa.

A contabilidade de gestão e a contabilidade de custos deverão constituir ferramentas 119

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comuns nos sistemas organizacionais das empresas, independentemente de seu volume defaturamento. É imperativo desenvolver um modelo e procedimentos de contabilidade de cus-tos e de gestão adequados, acessíveis, para as pequenas e microempresas, que permitamaos empresários gerar informação ágil e suficiente para a tomada de decisões.

Como conseqüência da utilização dessa informação as MPMEs deverão aplicar medidas queconduzam à redução de custos, sem que isso repercuta na qualidade dos produtos, apoian-do-se tanto no controle de sua qualidade, quanto em melhorias técnicas dos processos pro-dutivos.

As causas que têm provocado a atual estrutura do financiamento das MPMEs emIberoamérica evidentemente são diversas. Uma delas é o inadequado, ou inexistente, plane-jamento e gestão financeira da empresa, principalmente nas microempresas. Por isso, qual-quer tipo de estratégia externa às empresas que se adote não poderá colher todos seus fru-tos se não melhora a situação e capacidade da gestão financeira interna das empresas, pormeio da informação e capacitação adequadas.

No que se refere ao capital de giro, os programas de apoio financeiro, deveriam se concen-trar mais setores de atividade econômica que mostraram períodos de recebimento das ven-das maiores que os de pagamento das compras, pois isso provavelmente ocasiona proble-mas de liquidez nos ramos da Indústria da Construção e dos Serviços.

Há uma clara necessidade que os intermediários financeiros privados desenvolvam meca-nismos, procedimentos e políticas creditícias bancárias mais adequadas às característicasestruturais e de funcionamento das MPMEs.

Cabe propor o estímulo a programas de apoio de garantias colaterais às empresas que con-tribuiriam para diminuir a percepção do risco que têm os bancos sobre estas empresas e,em conseqüência, levariam a baixar as taxas de juros e aumentar a fluidez do crédito. Issopossibilitaria financiar projetos que requerem maiores volumes de investimento ou períodosde maturidade maiores o que possibilitaria a adoção de tecnologias modernas e, conseqüen-temente, melhorar a competitividade das MPMEs.

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Anexo: o questionário

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BLOCO I. DADOS GERAIS

1. Há quantos anos está funcionando sua empresa?................. anos

2. O controle majoritário de sua empresa é familiar? (Um grupo familiar tem mais de

50% do capital):

o SIM o NÃO

3. Sua empresa está constituída como sociedade?

o SIM o NÃO (É pessoa física)

4. Caso não se importe, favor indicar a idade do diretor geral / gerente: ________

5. Qual é o nível de formação (concluído) do diretor geral/gerente de sua empresa?

Ensino fundamental, ensino médio, técnico o Estudos universitários o

6. Indique a média de empregados (fixos e temporários) de sua empresa nos anos

indicados, assim como sua tendência para o ano de 2009:

Tendência 2009

2007 2008 Aumento Igual Diminuição

Nº médio de empregados o o o

7. Qual é a tendência das vendas de sua empresa para 2009?

Aumento Igual Diminuição

o o o

8. Que porcentagem de suas vendas é efetuada a nível internacional? ………%137

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BLOCO II. PERCEPÇÃO DO CLIMA E AMBIENTE EMPRESARIAL

9. Avalie de 0 a 10 a situação atual do CLIMA EMPRESARIAL:................

O clima empresarial mede a confiança e expectativas do empresário em seu ambiente

econômico.

10. A respeito do clima empresarial, e comparando com 2008, o ambiente geral em que

se desenvolve sua empresa em 2009 é:

Melhor o Igual o Pior o

11. Indique seu grau de acordo com as seguintes afirmações à respeito de seu setor:

Total Totaldesacordo acordo

É fácil que entrem novas empresas 1 2 3 4 5

Existe uma elevada concorrência entre as empresas do sector

em que opera 1 2 3 4 5

Os clientes têm maior poder de negociaçao que as empresas

de seu setor 1 2 3 4 5

Os fornecedores têm maior poder de negociaciação que as

empresas de seu setor 1 2 3 4 5

Existe facilidade para criar produtos substitutivos aos

fabricados por seu setor 1 2 3 4 5

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BLOCO III. ESTRATÉGIA E ORGANIZAÇÃO

12. Indique se sua empresa realiza habitualmente planejamento estratégico formal(por escrito) e, nesse caso, o período abrangido:

Período abrangido?

Realiza plano estratégico o SIM o NÃO 1 ano o Mais de 1 ano o

13. Indique se sua empresa, nos dois últimos anos, tem estabelecido parcerias ou acordosde cooperação com outras empresas para (ASSINALE AS QUE PROCEDEM):

1. Comercializar produtos o SIM o NÃO 3. Logística (transporte, o SIM o NÃO armazenamento, …)

2. Compras e o SIM o NÃO 4. Atividades de Pesquisa + o SIM o NÃOfornecimento Desenvolvimento

14. A seguir se apresentam quatro tipos de empresas. Por favor, indique com qualdelas a sua empresa se identifica, conforme a sua atuação nos dois últimos anos(MARQUE SÓ UMA RESPOSTA):

Tipo A.- Costuma realizar mudanças e melhorias nos produtos / serviços emercados com relativa freqüência, tentando ser a primeira em desenvolvernovos produtos / serviços, ainda com o risco de que estas inovações não ten-ham sucesso.

Tipo B.- Mantém uma base relativamente estável de produtos / serviços emercados, enquanto que ao mesmo tempo desenvolve de forma seletivanovos produtos / serviços e mercados, tentando imitar às empresas que já osdesenvolveram e tiveram sucesso.

Tipo C.- Oferece um conjunto relativamente estável de produtos / serviçospara um mercado relativamente estável. Não está interessada nas modificaçõ-es, mas se concentra na melhoria contínua do trabalho dentro de seu campode atuação.

Tipo D.- Não conta com uma área de produto-mercado duradoura e estável.Normalmente atua forçada pelas pressões do ambiente e da concorrência.

15. Indique se em sua empresa existem os seguintes departamentos - (ASSINALE OQUE PROCEDE):

1. Depto. de Comercialização o SIMo NÃO 4. Depto. de Operações o SIM o NÃO/Vendas / Compras

2. Depto. de Recursos o SIMo NÃO 5. Depto. Administração o SIM o NÃOHumanos /Contabilidade

3. Depto. Pesquisa o SIMo NÃO 6. Depto. de Qualidade o SIM o NÃO+ Desenvolvimento 139

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o

o

o

o

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16.-Indique o grau em que sua empresa utiliza cada uma das seguintes praticas derecursos humanos:

Nunca Sempre

1. Planejamento de pessoal. 1 2 3 4 5

2. Organograma dos cargos. 1 2 3 4 5

3. Recrutamento e seleção de pessoal. 1 2 3 4 5

4. Formação. 1 2 3 4 5

5. Desenvolvimento de carreira profissional. 1 2 3 4 5

6. Avaliação de desempenho 1 2 3 4 5

7. Política de remuneração. 1 2 3 4 5

8. Administração de pessoal (contratos, normas, …). 1 2 3 4 5

9. Relações de trabalho (negociação do convênio coletivo,

relações com os representantes sindicais). 1 2 3 4 5

10. Gestão de prevenção de riscos laborais, segurança e

saúde laboral, … 1 2 3 4 5

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BLOCO IV. TECNOLOGIA, QUALIDADE, INOVAÇÃO E TIC

17. A tecnologia de sua empresa pode ser classificada como (MARQUE SÓ UMA RES-POSTA):

o TIPO A Desenvolvemos internamente a tecnologia que utilizamos com a finalidade de obter melhores resultados que a concorrência.

o TIPO B A tecnologia adquirida pela empresa ou o uso que se faz da mesma nos posiciona à frente da concorrência.

o TIPO C A tecnologia que utilizamos é a mesma que é usada pela maioria das empresas do setor e só realizamos novos investimentos em tecnologia quando comprovamos que a concorrência obteve bons resultados.

o TIPO D Nossos principais concorrentes têm uma tecnologia mais eficiente ou moderna que a nossa.

18. A sua empresa possui uma certificação ISO da série 9000 ou equivalentes?

SIM o Indique a norma ou o organismo que o certificou………............................

NÃO o Mas estamos no processo prévio para a certificação da qualidade

NÃO o E não estamos no processo prévio para a certificação da qualidade

19. Tem realizado alguma mudança ou melhoria em seus produtos, processos ou sis-temas de gestão nos últimos 2 anos? Em caso afirmativo indique o grau de impor-tância destas mudanças para sua empresa:

Se tem realizado inovação/ Grau de importância

Pouco MuitoImportante Importante

Produtos / serviços

- Mudanças ou melhorias em produtos/serviços existentes Não o Sim o 1 2 3 4 5

- Comercialização de novos produtos/serviços Não o Sim o 1 2 3 4 5

Processos

- Mudanças ou melhorias nos processos de produção Não o Sim o 1 2 3 4 5

/serviços

- Aquisição de novos bens de capital Não o Sim o 1 2 3 4 5

Sistemas de gestão

- Direção e gestão Não o Sim o 1 2 3 4 5

- Compras e fornecimentos Não o Sim o 1 2 3 4 5

- Comercial/Vendas Não o Sim o 1 2 3 4 5141

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20. Indique se sua empresa dispõe da seguinte infra-estrutura:

SIM NÃO

1. Dispõe de e-mail ? o o

2. Tem página web? o o

3. Realiza compras e/ou vendas eletrônicas usando a Internet? o o

4. Utiliza internet banking? o o

5. Realiza marketing usando Internet? o o

6. Tem Intranet corporativa? o o

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BLOCO V. ASPECTOS CONTÁBEIS, FINANCEIROS E DE DESEMPENHO

21.- Em comparação com seus concorrentes chave, sua empresa:

Total Total

Desacordo Acordo

1. Oferece produtos de maior qualidade. 1 2 3 4 5

2. Dispõe de processos internos mais eficientes. 1 2 3 4 5

3. Conta com clientes mais satisfeitos.

4. Adapta-se antes às mudanças no mercado. 1 2 3 4 5

5. Está crescendo mais. 1 2 3 4 5

6. É mais rentável. 1 2 3 4 5

7. Tem empregados mais satisfeitos / motivados. 1 2 3 4 5

8. Tem menor absenteísmo no trabalho. 1 2 3 4 5

22. Indique que nível de utilização das seguintes técnicas econômico-financeiras seefetua em sua empresa:

Mínimo Máximo

1. Implantação e controle de um sistema de contabilidade de custos 1 2 3 4 5

2. Estabelecimento de orçamento anual de receitas e despesass 1 2 3 4 5

3. Análise da situação econômico-financeira 1 2 3 4 5

23. No caso das decisões de investimento, indique o grau de utilização das seguintesfontes financeiras:

Pouco uso Muito uso

Lucros retidos (reservas) 1 2 3 4 5

Financiamento externo (empréstimos / créditos bancários, etc.) 1 2 3 4 5

Aumento ou aportes de capital 1 2 3 4 5

24. Qual é o setor de atividade da empresa:…………………………………………………..

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