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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ANÁLISE E PERSPECTIVAS DO FUNDO MUNICIPAL DE CULTURA DE JOÃO PESSOA Lucinéia Maia de Souza Bezerra Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB Rejane Gomes Carvalho Professora do Departamento de Economia - UFPB RESUMO Trata-se de um estudo sobre a aplicação de uma política pública de incentivo à cultura na capital paraibana, o Fundo Municipal de Cultura (FMC), pela Fundação Cultural de João Pessoa. O FMC é uma política pública criada para incentivar, facilitar, potencializar, instrumentalizar e fomentar a produção cultural, de modo a dar vazão à produção e divulgação de bens culturais de João Pessoa. O FMC tem como principal objetivo financiar projetos artísticos, selecionados através de Edital. A pesquisa concentrou-se em analisar os dados no período de 2006, 2008, 2009 e 2010, com base em informações secundárias de documentos e relatórios oficiais. Buscou-se questionar a distribuição dos investimentos por categorias e segmentos culturais, no sentido de observar a abrangência da política pública sobre a classe dos artistas. Com os resultados alcançados foi possível identificar aspectos do FMC que necessitam de otimização. Isto nos permitiu sugerir melhorias de modo que a classe artística possa verdadeiramente sentir-se contemplada com esta política pública para a cultura desenvolvida na cidade de João Pessoa. Palavras-chave: Fundo Municipal de Cultura. Cultura. Política Pública Cultural.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ANÁLISE E PERSPECTIVAS DO

FUNDO MUNICIPAL DE CULTURA DE JOÃO PESSOA

Lucinéia Maia de Souza Bezerra Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB

Rejane Gomes Carvalho

Professora do Departamento de Economia - UFPB

RESUMO Trata-se de um estudo sobre a aplicação de uma política pública de incentivo à cultura na capital paraibana, o Fundo Municipal de Cultura (FMC), pela Fundação Cultural de João Pessoa. O FMC é uma política pública criada para incentivar, facilitar, potencializar, instrumentalizar e fomentar a produção cultural, de modo a dar vazão à produção e divulgação de bens culturais de João Pessoa. O FMC tem como principal objetivo financiar projetos artísticos, selecionados através de Edital. A pesquisa concentrou-se em analisar os dados no período de 2006, 2008, 2009 e 2010, com base em informações secundárias de documentos e relatórios oficiais. Buscou-se questionar a distribuição dos investimentos por categorias e segmentos culturais, no sentido de observar a abrangência da política pública sobre a classe dos artistas. Com os resultados alcançados foi possível identificar aspectos do FMC que necessitam de otimização. Isto nos permitiu sugerir melhorias de modo que a classe artística possa verdadeiramente sentir-se contemplada com esta política pública para a cultura desenvolvida na cidade de João Pessoa.

Palavras-chave: Fundo Municipal de Cultura. Cultura. Política Pública Cultural.

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1 INTRODUÇÃO

Os municípios vêm, ultimamente, desenvolvendo e incentivando a aplicação de

instrumentos, como parte da política pública no setor cultural, que permitam que o artista

possa expressar e dar fruição à sua arte. O Fundo Municipal de Cultura da cidade de João

Pessoa (FMC) é um dos instrumentos de contínuo incentivo financeiro à cultura de maior

expressão no município. Porém, percebemos que são necessárias avaliações sobre os

resultados práticos deste instrumento de política pública para os artistas e, consequentemente,

para a população em geral. Deste modo, acreditamos que este tipo de estudo pode contribuir

para o redirecionamento dos investimentos no sentido de abranger um maior número de

categorias artísticas e de projetos, resultando na oferta de obras de qualidade para a cidade.

O FMC tem como principal objetivo garantir o financiamento a projetos culturais

aprovados em Edital de chamada, selecionados pela sua comissão deliberativa. Este

instrumento de incentivo à cultura, desenvolvido pela Fundação Cultural de João Pessoa

(FUNJOPE), é voltado para os artistas, produtores e empreendedores culturais da cidade,

servindo como um canal de diálogo com a sociedade civil. Sendo assim, analisamos os

relatórios anuais do FMC, disponibilizados pela FUNJOPE, consolidamos os dados de

distribuição do investimento por área ou segmento cultural (música, audiovisual, literatura,

cultura popular, artes cênicas etc.) para conhecer os investimentos na política pública cultural

de João Pessoa, durante o período de 2006, 2008, 2009 e 2010, buscando compreender como

o FMC tem contribuído para o desenvolvimento da cultura local. Os dados de 2007 não

puderam ser analisados, devido a não publicação de Edital do FMC neste ano.

Este trabalho é baseado em um levantamento de dados junto à secretaria do FMC. Para

verificação, utilizamos os editais publicados e os relatórios anuais dos quatro últimos anos:

2006 (anexos 3), 2008 (anexo 4), 2009 (anexos 5) e 2010 (anexo 6). Apresentamos dados

quantitativos que nos levam à reflexão sobre a realidade da política de incentivo financeiro à

cultura da cidade. Isto se justifica porque a análise dos dados pode redirecionar os

investimentos do FMC de forma que estes possam ser otimizados. Embora exista tal

possibilidade, isto nunca havia sido realizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: DISCUSSÃO E EVOLUÇÃO DA PO LÍTICA

CULTURAL

A partir de 2005, o governo municipal da capital paraibana passou a se autodefinir

com uma identidade que parecia se aproximar mais de um regime democrático e participativo,

buscando legitimar-se pelas respostas que dava à sociedade, pois possuía critérios de

governabilidade que possibilitavam identificar as necessidades da população, neste caso, no

âmbito sócio-cultural.

De acordo com uma pesquisa nacional recém-concluída pelo DataSenado (BRASIL,

2011), realizada durante a primeira quinzena de novembro de 2011, revelou-se que a maioria

dos brasileiros quer mais que a tradicional prioridade para as questões de saúde, educação e

segurança. Dados da pesquisa mostraram que 91% dos entrevistados atribuíram importância

máxima às áreas de saúde e educação (nota 10, em uma escala de 1 a 10), e que nada menos

que 56% deram essa mesma nota à cultura. Ou seja, saúde, educação e segurança são

prioridades, na avaliação da esmagadora maioria dos brasileiros, porém o investimento em

cultura deve ser colocado à frente de gastos com esporte e turismo.

O FMC é uma política pública criada para incentivar, facilitar, potencializar,

instrumentalizar e fomentar a produção cultural, de modo a dar vazão à produção e divulgação

de bens culturais de João Pessoa, que é celeiro de artistas dos vários segmentos culturais.

Segundo Silva, “A participação mais efetiva do Estado na Cultura é uma necessidade, por

tratar-se de instrumento regulador de produção dos segmentos menos almejados pelo

mercado, porém essenciais para as referências culturais das comunidades” (SILVA, 2007, p.

139).

As políticas públicas devem representar um compromisso dos governantes, de modo

que as mesmas possam garantir direitos sociais através do desenvolvimento de mecanismos

transparentes e igualitários e que apóiam a produção e a fruição cultural. De acordo com

Coelho:

Em todos os regimes, democráticos ou não, a força do governo dependerá também da sua capacidade de identificar necessidades e anseios sociais e transformá-los em políticas públicas que produzam resultados na sociedade, dando respostas efetivas aos problemas que pretende enfrentar. Para isso, o governo depende também de um aparato administrativo capaz de transformar as suas diretrizes em atos e da capacidade de alocar recursos sociais para realizá-los. Todo

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esse complexo conjunto de exigências foi denominado de requisitos, ou elementos, da governabilidade (COELHO, 2010, p. 21).

O FMC nasceu do reconhecimento do poder público, quanto às necessidades dos

cidadãos pertencentes a uma classe de profissionais, que encontra problemas para o

desenvolvimento e o escoamento da sua produção (CD, vídeo, livro, escultura, pintura,

música, desenho espetáculo etc.). Este Fundo vem atender parcialmente essa demanda,

proporcionando a concessão de incentivos financeiros a pessoas físicas ou jurídicas,

domiciliadas no município de João Pessoa, para a realização de projetos culturais. Trata-se,

portanto, de um direito social, conforme declarou Marshall.

[...] implica num sentimento de pertencimento e lealdade a uma civilização, que se constitui em patrimônio comum de uma dada coletividade. Tal pertencimento, por sua vez, se estabelece a partir dos deveres de cada indivíduo para com o Estado, mas também – e sobretudo – pelos direitos que este Estado lhe garante: direitos civis [...], direitos políticos e direitos sociais, que dizem respeito a um conjunto de garantias legais que assegurem bem-estar econômico [...] e acesso a bens e serviços essenciais à sobrevivência (MARSHALL apud SANTOS, 2010, p. 24 e 25).

Este importante instrumento público de fomento aos empreendedores sócio-culturais

utiliza-se de um fundo financeiro especialmente formado para apoiar as produções artísticas e

culturais da cidade, servindo, fundamentalmente, para incentivar a produção de arte e cultura.

A política cultural ocupa-se da ação cultural com um sentido contínuo – por toda a

vida, e em todos os espaços sociais. De acordo com García Canclini (1987, p 25), “o papel da

política cultural não se limita a ações pontuais”. Ainda, conforme este autor, o papel da

política cultural estimula a ação coletiva, por meio de uma ação organizada, autogestora,

reunindo as iniciativas mais diversas de todos os grupos – no plano político, no social e no

recreativo.

O FMC é um exemplo de uma política cultural que pode ocupar uma posição

estratégica no desenvolvimento integral do município. Conforme declarou Lima:

[...] no campo da gestão cultural encontramos muitos casos de sucesso tanto na esfera pública como privada, destacando-se os aspectos do desenvolvimento cultural, político, econômico, administrativo e turístico, reduzindo a poucos os relatos de experiências que destacam os aspectos de desenvolvimento integral que a gestão cultural pode

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promover. É lógico que ressaltamos a importância dos êxitos nas áreas acima descritas, mas observamos que muito poucos gestores públicos de municípios brasileiros vêem a posição estratégica que uma política cultural pode ocupar visando ao pleno desenvolvimento do município, principalmente em cidades pequenas e de baixo índice de desenvolvimento social [...]. (LIMA, 2009, p. 2).

Os segmentos abrangidos pelo FMC em João Pessoa, no quadriênio estudado, são os

seguintes: música, dança, artes cênicas, audiovisual, literatura, artes visuais, cultura popular,

multiáreas, promoção cultural, mídia eletrônica e biblioteca.

Nos anos de 1990, um período de ostracismo dominou as políticas culturais em todo o

país, pois a gestão de características neoliberais adotou políticas de financiamento através de

leis de incentivo e captação de recursos por parte dos produtores. Rubim (2007) descreveu da

seguinte maneira a política cultural nos anos do neoliberalismo no âmbito nacional:

A combinação entre escassez de recursos estatais e a afinidade desta lógica de financiamento com os imaginários neoliberais então vividos no mundo e no país, fez que boa parte dos criadores e produtores culturais passasse a identificar a política de financiamento e, pior, as políticas culturais somente como as leis de incentivo. Outra vez mais a articulação entre democracia e políticas culturais mostrava-se problemática. O Estado parecia persistir em sua ausência no campo cultural em tempos de democracia (RUBIM, 2007, p. 25).

Hoje, o Brasil vive um momento histórico nas políticas públicas culturais.

Consideramos que novos paradigmas estão sendo criados no âmbito das decisões do poder

público. Com o governo federal, a partir de 2002 e, através da gestão do Ministro Gilberto

Gil, uma nova ação procurou implantar políticas culturais, através do Sistema Nacional de

Cultura, que trabalharam as três esferas de poder, os governos federal, estadual e municipal.

Mas, apesar destas influências, muito ainda deve ser mudado para que o Brasil seja um país

que reconheça realmente seu potencial cultural e o utilize para o desenvolvimento.

A cultura vem se tornando cada vez mais um bom negócio. Mas, se, por um lado, o

setor oferece oportunidades imensas, por outro, é regido pelas regras da economia de

mercado, numa luta acirrada pela sobrevivência.

Assim como Lima (2009) assinalou, também defendemos que a política cultural numa

gestão municipal, pode ir além do entretenimento, de desenvolvimento econômico ou

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estritamente cultural, podendo contemplar os âmbitos político e social de uma forma

integrada, como uma ampliação do entendimento do que venha significar a função da gestão

cultural numa sociedade, conforme a afirmação obtida em documento da UNESCO:

[...] a relação entre cultura e desenvolvimento vai bem mais além dos aspectos econômicos; o que significa um desafio ainda maior para a medição e monitoramento do impacto das ações concebidas. O Brasil é um campo fértil para o desenvolvimento de projetos em que a cultura tenha um papel central, devido a sua notável diversidade criativa. Áreas como o artesanato tradicional, pequenas manufaturas, moda e desenho são estratégicas para o país, em vista de sua potencialidade em termos da melhoria das condições de vida das populações mais pobres. (UNESCO apud LIMA, 2009, p.4).

A pesquisa sobre a literatura que trata da política pública no campo cultural pode

indicar que os gestores municipais têm feito muito pouco de ação cultural nos municípios

pequenos. Lima (2009, p. 3) ressalta que dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE) e do Ministério da Cultura (MinC), publicados em 2004, referentes aos

anos de 2002 e 2003, apontaram que 41% do consumo cultural no Brasil, incluindo desde os

produtos como artesanato, CDs, DVDs, livros, entradas de cinema e teatro, até a compra de

equipamentos de informática culturais, e telecomunicações, se realiza nas grandes cidades,

como São Paulo e Rio de Janeiro.

Em relação a este tema, Silva Barbosa (2007) destacou que:

Caracterizada por lacunas e ausências, a distribuição dessa oferta (cultural) revela as desigualdades em esforço e capacidade de destinação dos recursos financeiros municipais. A capacidade financeira desigual faz a oferta de bens culturais por meio de financiamento público acessível a poucos municípios, concentrando nas capitais e regiões metropolitanas mais pujantes economicamente (SILVA BARBOSA, 2007. p. 11).

Outros dados não estimuladores do fazer cultural, encontrados no documento

intitulado Perfil dos Municípios Brasileiros em Cultura (IBGE, 2006), indicam que pouco

mais de 4% dos municípios têm uma secretaria própria para a cultura e 42,1% dos municípios

brasileiros não tem uma política cultural definida. Desse modo, parece que a cultura não está

na agenda das políticas públicas de uma alta percentagem dos municípios brasileiros. Além do

descaso com as políticas culturais, os gestores municipais também não têm demonstrado

considerar a cultura como um tema transversal a diversos outros segmentos da vida cotidiana

do cidadão. Sobre este assunto, Botelho argumentou que:

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Não se pode esquecer que a área da cultura tende a ser vista como acessório no conjunto das políticas governamentais, qualquer que seja a instância administrativa. Quase sempre são os militantes da área cultural (criadores, produtores, gestores, etc.) os únicos a defender a idéia de que a cultura passa obrigatoriamente por todos os aspectos da vida da sociedade e de que, sem ela, os planos de desenvolvimento sempre serão incompletos e destinados ao fracasso (BOTELHO, 2001, p. 76).

De acordo com José Luiz Herencia, Secretário de Políticas Culturais do Ministério da

Cultura, na gestão do então ministro Juca Ferreira, período de 2005 a 2011, “uma política

cultural contemporânea no Brasil só é possível com o desenvolvimento de instrumentos de

planejamento eficazes” (HERENCIA, 2010, p. 26). Enquanto que Afonso Luz, Diretor de

Estudos e Monitoramento de Políticas Culturais, na gestão do ministro Juca Ferreira, no

período de 2005 2011, declara que “as políticas culturais são vetores essenciais à

consolidação dos ambientes profissionais da cultura” (LUZ, 2010, p. 27).

Desta forma, torna-se imprescindível estabelecer uma política cultural que, de fato,

venha modificar ou manter uma realidade e, assim, contribuir para o desenvolvimento

humano e, consequentemente, para o desenvolvimento do município, do estado e do país.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para a realização deste trabalho, utilizou-se principalmente de pesquisa bibliográfica e

documental, utilizando dados coletados a partir dos relatórios anuais do FMC disponibilizados

pela FUNJOPE, após autorização formal de acesso aos mesmos.

A pesquisa, feita na FUNJOPE, está baseada numa perspectiva crítica e envolve a

análise de documentos, relatórios e dados secundários. Os projetos dos artistas pessoenses que

receberam recursos de incentivo à produção cultural constituíram nosso objeto de pesquisa. A

pesquisa concentrou-se em analisar os dados no período de 2006, 2008, 2009 e 2010, por ser

este o período de atuação da gestão municipal que implantou o FMC em João Pessoa.

Com esta pesquisa, buscamos respostas para os seguintes questionamentos:

• Há necessidade da redistribuição dos investimentos no sentido de abranger um

maior número de categorias artísticas?

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• O total de recursos anuais investidos no FMC foi satisfatório em relação aos

recursos orçados para 2010?

3.1 Recursos necessários

Os recursos fundamentais para a execução do nosso trabalho foram os seguintes:

Materiais: laptop com acesso à Internet e pendrive para back-up de arquivos;

Financeiros: custeio para deslocamento até a FUNJOPE;

Pessoais: colaboração da equipe da secretaria do FMC.

4 FUNDO MUNICIPAL DE CULTURA EM JOÃO PESSOA: UMA AN ÁLISE DOS

DADOS A PARTIR DOS RELATÓRIOS ANUAIS

As políticas públicas de cultura no Brasil ganharam especial atenção quando, no

governo do Presidente José Sarney, os mecanismos de incentivos fiscais foram instituídos

como instrumentos de fomento à cultura em geral. Estes foram criados, inicialmente, na forma

de mecenato (renúncia fiscal) e mais recentemente na forma de fundos de incentivo, sem o

mecanismo de renúncia fiscal.

Em João Pessoa, uma lei municipal datada de 09 de setembro de 1993 (a de nº 7380),

instituía um mecanismo de renúncia fiscal que, utilizando-se dos procedimentos do mecenato,

passou a tratar as políticas públicas de incentivo à cultura.

A Fundação Cultural de João Pessoa (FUNJOPE) é uma entidade de direito público

subordinada à Secretaria de Educação e Cultura do Município de João Pessoa, Estado da

Paraíba, criada pela Lei Municipal nº. 7.852 de 24 de agosto de 1995 e regulamentada pelo

Decreto nº. 2.897 de 02 de outubro de 1995. A FUNJOPE é uma instituição da Administração

Fundacional do Município, com autonomia administrativa, financeira, técnica e funcional, que

tem como objetivos promover, incentivar, difundir e valorizar a cultura e as artes na cidade de

João Pessoa. Sua estrutura funcional é composta por um Diretor Executivo, um Diretor

Executivo Adjunto, uma Diretoria de Ação Cultural, uma Diretoria

Administrativa/Financeira, Divisões Culturais e Administrativa, Assessoria Jurídica,

Assessoria Pedagógica, Assessoria de Comunicação e Assessoria Técnica, assistentes e

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auxiliares. Também compõem o seu organograma as Unidades Culturais Casarão 34 e Casa

da Pólvora, a Banda 5 de Agosto e a Orquestra de Câmara da Cidade de João Pessoa.

A evolução do processo e a consolidação dessa modalidade de incentivo à cultura em

João Pessoa e uma análise baseada na carência de instrumentos de fortalecimento e

desenvolvimento sustentável e geração de trabalho e renda, fizeram com que a Prefeitura da

cidade instituísse, em 03 de dezembro de 2001, o FMC, através da Lei nº 9560. O FMC foi

regulamentado pelo Decreto nº 4469, assinado em 07 de dezembro de 2001, passando a ser

um fundo de incentivo financeiro, e não mais um mecenato (renúncia fiscal).

Em linhas gerais, os proponentes do FMC são pessoas físicas ou pessoas jurídicas.

Não há valor orçamentário mínimo nem máximo para os projetos submetidos, entretanto, é

necessária uma contrapartida de 20% do produto gerado pelo projeto aprovado. Por exemplo,

o Edital 01/2006 (anexo 1), no item 6.5 das Disposições Gerais, reza o seguinte: “Segundo o

art. 13-parágrafo único do Decreto 4469/01, o proponente obriga-se a indicar, no projeto, uma

contrapartida de 20% em relação ao seu produto. Quando se tratar de projeto de bolsa de

estudo, a contrapartida será dada na forma de cursos ou oficinas como forma de repasse do

conhecimento.” 1. O produto de que trata este parágrafo se refere a CD, DVD, livro, filme etc.

O gráfico 1 mostra os números de projetos aprovados no quadriênio (2006, 2008, 2009

e 2010). Em média foram submetidos 178,5 propostas por ano neste quadriênio e foram

aprovados 63 projetos por ano. O percentual de projetos aprovados neste período foi de

35,29%.

1 JOÃO PESSOA. Fundação Cultural de João Pessoa. Edital nº 01/2006 do Fundo Municipal de João Pessoa. João Pessoa. 2006. p. 8.

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Gráfico 1: FMC- João Pessoa - Projetos submetidos e aprovados entre 2006 e 2010

185

8263 60 77

714

228219 252

52

10

110

210

310

410

510

610

710

810

2006 2008 2009 2010 Totais

Núm

ero

Submetidos Aprovados

A diferença entre as submissões de 2009 (82 projetos) e de 2010 (228 projetos) é

considerável, porém não foi possível observar, nos documentos consultados, qual o motivo

principal para tal disparidade. Todavia, o percentual de projetos aprovados em 2009 foi o

maior (73,17%), em termos relativos, provavelmente em virtude deste baixo número de

submissões.

De acordo com os dados analisados na Tabela 1, concluímos que, dos 11 segmentos

artísticos, os três setores com maior número de projetos aprovados foram os seguintes:

Música (53 projetos), Cultura Popular (51 projetos) e Artes Cênicas (49 projetos). Isto

corresponde, respectivamente, a 21,03%, 20,23% e 19,44% do total de projetos aprovados no

quadriênio. Ao contrário, os três segmentos com menos projetos aprovados foram os

seguintes: Biblioteca (02 projetos), Promoção Cultural (01 projeto) e Mídia Eletrônica (01

projeto). Isto equivale, respectivamente, a 0,0079365%, 0,0039682% e 0,0039682% dos

projetos aprovados no quadriênio. Preliminarmente, podemos indagar se uma campanha de

divulgação do FMC, direcionada para estes segmentos, não poderia aumentar o número de

aprovações. A partir dessa análise, a título de sugestão, poderia ser elaborado um programa de

divulgação do conteúdo e dos critérios do edital, com palestras (nas associações de bairros,

nas universidades públicas e privadas, nas escolas do ensino fundamental etc.), panfletagem

em eventos públicos, assim como campanha publicitária em rádio e televisão.

Fonte: Elaboração própria a partir dos relatórios do FMC-JP. 2011

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2006 2008 2009 2010 TotalMulti áreas 3 1 2 3 9Audiovisual 6 4 5 6 21Artes visuais 10 9 9 8 36Literatura 6 3 3 5 17Artes cênicas 10 13 14 12 49Música 10 14 12 17 53Cultura popular 18 5 12 16 51Promoção cultural 0 1 0 0 1Midia eletrônica 0 1 0 0 1Dança 0 1 2 9 12Biblioteca 0 0 1 1 2Total 63 52 60 77 252

Fonte: Elaboração própria a partir dos relatórios do FMC-JP. 2011.

Tabela 1: FMC - Número de projetos aprovados por segmento

Percebemos que, o segmento no qual houve uma alta variação de projetos aprovados

foi o de Cultura Popular, com os seguintes totais: 18 (2006), 5 (2008), 12 (2009) e 16 (2010).

De modo inverso, o segmento no qual houve uma baixa variação de projetos aprovados foi o

de Artes Visuais, com os seguintes totais: 10 (2006), 09 (2008), 09 (2009) e 08 (2010). Nestes

casos, caberia uma análise mais apurada, para se tentar descobrir os motivos de tais variações,

tendo em vista que os relatórios do FMC apenas apresentam os elementos técnicos e objetivos

para a seleção de projetos.

A Tabela 2 mostra os valores investidos por segmento no quadriênio (2006, 2008,

2009 e 2010). A média de investimentos neste período foi de R$ 900 mil por ano.

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Segmento 2006 2008 2009 2010 TotalMulti áreas 37.988 23.719 74.259 38.868 174.834 Audiovisual 122.185 66.455 114.896 196.814 500.350 Artes visuais 141.733 107.173 217.947 95.920 562.773 Literatura 33.551 38.494 32.029 46.000 150.074 Artes Cênicas 122.702 180.727 200.000 276.000 779.429 Música 122.298 172.854 190.877 242.000 728.029 Cultura Popular 119.539 78.596 119.716 190.144 507.995 Promoção - 24.537 - - 24.537 Midia eletrônica - 3.445 - - 3.445 Dança - 4.000 29.320 103.437 136.757 Biblioteca - 20.954 10.514 31.468 Totais 702.002 702.008 1.002.007 1.201.707 3.599.691

Fonte: Elaboração própria a partir dos relatórios do FMC-JP. 2011.

Tabela 2: FMC - Valores investidos no quadriênio (em R$)

De acordo com os dados da Tabela 2, observamos que, dos 11 grupos artísticos, os três

segmentos com mais recursos aprovados foram os seguintes: Artes Cênicas (R$ 779.429,00),

Música (R$ 728.029,00) e Artes Visuais (R$ 562.773,00). Ao contrário, os três segmentos

com menos investimentos foram os seguintes: Mídia Eletrônica (R$ 3.445,00), Promoção

Cultural (R$ 24.537,00) e Biblioteca (R$ 31.468,00). Deste modo, torna-se imperativo

questionar: por que há uma grande disparidade de um segmento para o outro? Será que não é

do interesse do artista submeter projetos? Será que uma campanha publicitária ajudaria?

Percebemos, ainda, que o segmento no qual houve uma alta variação de valores

aprovados foi o de Artes Visuais, com os seguintes valores totais: R$ 141.733,00 (2006), R$

107.173,00 (2008), R$ 217.937,00 (2009) e R$ 95.920,00 (2010). De modo inverso, o

segmento no qual houve uma baixa variação de valores aprovados foi o de Literatura, com os

seguintes valores totais: R$ 33.551,00 (2006), R$ 38.494,00 (2008), R$ 32.029,00 (2009) e

R$ 46.000,00 (2010). Nestes casos, caberia também uma análise mais apurada para se tentar

descobrir os motivos de tais variações.

Mesmo que para o segmento “Promoção” tenha sido aprovado somente um projeto no

período, percebemos que foi o setor que teve o maior valor investido, ou seja, enquanto que

no segmento “Música” um artista recebeu, em média R$ 13.736,00, somente um projeto de

“Promoção” recebeu R$ 24.537,00

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Os critérios para a análise dos projetos estão delineados em cada Edital. O Edital

número 01/20062, Anexo 1, estabeleceu, em sua subseção 5.2.1, que os projetos “habilitados

jurídica, técnica e administrativamente” pela Secretaria do Fundo Municipal de Cultura,

procederá à análise do mérito, tendo como referência os seguintes critérios:

I – méritos relativos à qualidade da proposta e abrangência sócio-cultural dos projetos, bem como sua relevância para o município de João Pessoa; II – ações de caráter permanente que contribuam para o desenvolvimento cultural sustentável em João Pessoa, tendo como prioridades às áreas de formação, capacitação, circulação de bens culturais e melhoria da estrutura física e aquisição de equipamentos de apoio à cultura; III – pertinência dos custos em relação aos preços praticados em João Pessoa, a projetos semelhantes e a edições anteriores da proposta; IV – compatibilidade com as diretrizes da política cultural do Município, definidas pela Funjope e nas Conferências Municipais de Cultura; V – viabilidade econômica, quando for o caso; VI – eqüidade na distribuição dos recursos, de forma a descentralizar a sua aplicação; VII - detalhamento e valores dos itens constantes na planilha coerentes com o projeto e a sua proposta; VIII – áreas e segmentos culturais, evitando privilegiar um em detrimento de outro. (JOÃO PESSOA, 2006. p. 7).

Ainda em relação ao Edital 01/2006, a subseção 5.2.2, p. 8, aborda sobre cortes nos

orçamentos dos projetos submetidos: “A Comissão Deliberativa poderá efetuar cortes em

determinados itens da planilha orçamentária apresentada, caso os entenda majorados,

classifique-os como não essenciais à execução do projeto ou não objetivo de financiamento

via recursos públicos.”. As atas referentes aos resultados de cada Edital, na sua maioria, não

delineiam os motivos para a não aprovação dos projetos, exceto na Ata3, sem número, de 05

de dezembro de 2006, p. 1 (Anexo 2), da Comissão deliberativa do FMC, que aponta três

justificativas: a “insuficiência de recursos”, a “possibilidade de financiamento pelo mercado”

e de haver “programa específico na Prefeitura”. A parte desta Ata que se refere à

desaprovação é a seguinte: “Dando continuidade ao julgamento dos projetos, os conselheiros

desaprovaram por insuficiência de recursos os seguintes projetos: 011/2006, 074/2006,

116/2006, 056/2006, 058/2006, 090/206, 031/2006, 143/2006, 216/2006, 003/2006, 134/2006,

071/2006, 039/2006, 079/2006, 028/2006, 161/2006, 076/2006, 195/2006, 062/2006,

063/2006 e 060/2006. O projeto 110/2006 foi desaprovado por insuficiência de recursos e em

2 JOÃO PESSOA. Fundação Cultural de João Pessoa. Edital nº 01/2006 do Fundo Municipal de João Pessoa. João

Pessoa. 2006. p. 7 . 3 JOÃO PESSOA. Fundação Cultural de João Pessoa Ata da reunião da comissão deliberativa do Fundo Municipal

de Cultura. João Pessoa. 2006. p. 1.

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razão da proposta ter possibilidade de financiamento pelo mercado. Segundo esta mesma Ata,

p. 1, “O projeto 020/2006 foi desaprovado em razão de programa específico nessa área por

parte da Prefeitura”.

Torna-se importante destacar, ainda, que o valor executado em 2010 pelo FMC não

esteve de acordo com o previsto no Plano Plurianual (PPA)4, 2010 a 2013. Em 2010, por

exemplo, o valor executado foi de R$ 1.200.000,00, ou seja, 28% do previsto no PPA (R$

4.310.000,00) para este ano.

Apesar dessas dificuldades encontradas na execução da política, o FMC efetivou-se na

cidade de João Pessoa, sendo atualmente o principal instrumento de política pública sócio-

cultural. Este instrumento é uma forma de seleção pública de escolha de projetos e iniciativas

para promover o desenvolvimento econômico, social e cultural de uma população específica.

Ele possui as características de um processo democrático, ou seja, comunicação por Edital

público. Também possui objeto específico, inscrição aberta a todos, critérios de avaliação

divulgados previamente e presença de uma comissão de seleção.

A seleção pública na área da cultura apresenta várias vantagens em relação a outras

formas de estímulo à produção e ao acesso às expressões culturais. Este instrumento serve

como um canal de diálogo permanente com a sociedade civil, pelo qual se toma conhecimento

das iniciativas e ações culturais que existem, além de oferecer espaço para novas ideias e

propostas, estimulando assim a criatividade, a diversidade e o protagonismo dos agentes

culturais. A seleção pública também tende a ter grande repercussão na sociedade, e o grande

número de inscrições pode possibilitar a descentralização dos investimentos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise dos documentos e relatórios referentes ao FMC em João Pessoa,

concluímos que a verba destinada a este projeto não é distribuída por segmento, como

resultado de um planejamento estratégico pela FUNJOPE sobre as diversas áreas culturais. Os

artistas não sabem previamente o valor para cada segmento; eles só conhecem o valor total da

verba destinada ao FMC no momento do lançamento do Edital.

4 JOÃO PESSOA, 2011.

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Cada artista elabora o seu projeto com a esperança de que o mesmo seja aprovado em

sua totalidade. Porém, no momento da seleção são feitos cortes, diminuindo o valor do projeto

submetido. A nossa sugestão é que se destine uma cota por projeto. Por exemplo, do total de

um milhão de reais, sejam destinados cem mil reais para dez projetos do segmento fotografia,

ou seja, dez mil reais por projeto. Assim, o proponente teria seu projeto aprovado, não por

causa do valor que foi submetido, mas por causa da relevância cultural do projeto. Uma vez

estipulado em Edital o valor por segmento, o artista poderia adequar a verba existente e assim

o valor planejado não sofreria cortes.

Outro fator que mereceria ser reavaliado pela FUNJOPE era especificar quais áreas

culturais poderiam ser inscritas. Por exemplo, as artes visuais envolvem as seguintes

modalidades: pintura, desenho, fotografia, xilogravura, colagem, arte digital, instalação,

escultura etc. As artes cênicas envolvem teatro e circo. A música envolve a música clássica e

música popular. A literatura abrange as seguintes categorias: romance, poesia, contos,

crônicas, infantil etc. Logo, sugerimos que os projetos possam ser submetidos para cada uma

destas modalidades. Isto poderia democratizar mais o acesso dos artistas, cujas aptidões sejam

mais específicas, facilitar a distribuição do valor existente, flexibilizar a seleção e,

principalmente, conscientizar o proponente sobre o limite financeiro que o mesmo pode

assumir em seu projeto.

Observamos, também, que a FUNJOPE desenvolve anualmente ações culturais onde a

música está presente. Os seguintes exemplos de ações públicas contemplam a música em

eventos sazonais como: Réveillon, Carnaval, Paixão de Cristo, São João, Festa das Neves e

Estação Nordeste. Assim, fica evidente uma maior oportunidade de participação de artistas

nessa área e um maior investimento aplicado nesta categoria. Além disso, demonstramos que

o segmento musical sempre foi um dos mais agraciados pelo FMC no período estudado.

Logo, percebemos a necessidade de uma distribuição equânime dos recursos entre os

segmentos culturais.

Outro fator que pode dificultar a aprovação de projetos é a complexidade dos textos

dos Editais, pois apresentam uma linguagem bastante técnica e específica. Lidar com a

formalidade, interpretar Editais e escrever projetos para a captação de recursos ainda é uma

barreira para os nossos artistas. Por isso, deficiências ainda são encontradas como, por

exemplo, a falta de qualidade na elaboração do projeto.

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De acordo com conversa informal com alguns artistas da cultura popular – que em sua

maioria são pessoas autodidatas, que trazem em sua história de vida a herança cultural

deixada por seus pais, avós - percebemos reclamações acerca deste aspecto. Há casos em que,

mesmo que o projeto tenha sido aprovado, o artista não se encontra habilitado para executá-lo,

pois não administra bem o dinheiro recebido e, consequentemente, não sabe prestar contas ao

município, tornando-se, assim, inadimplente. Portanto, acreditamos que, além da FUNJOPE

proporcionar uma política pública para incentivo aos artistas, torna-se imprescindível que o

instrumento utilizado tenha o seu texto mais acessível, com fácil entendimento. A

capacitação, através da formação de equipes de apoio à elaboração de projetos e à sua

prestação de contas, pode contribuir para o aumento da aceitação e da qualidade destes.

Para finalizar, sugerimos que o governo municipal execute o que foi previsto para o

FMC no seu PPA e, assim, possibilite maiores oportunidades a todos os segmentos da cultura

e que, verdadeiramente, proporcione uma melhor redistribuição, de modo a contemplar um

número maior de projetos e, consequentemente, de artistas e de ações culturais na cidade.

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TÍTULO REVIEW AND PROSPECTS OF MUNICIPAL FUND FOR CULTURE OF JOHN PERSON

ABSTRACT

It is a study on the implementation of a public policy to encourage culture in the capital of Paraiba, the Municipal Culture Fund (MCF), developed of the Cultural Foundation of Joao Pessoa. The FMC is a public policy designed to encourage, facilitate, enhance, potentiate, instrumentalize and promote the cultural production in order to give vent to the production and dissemination of cultural goods of Joao Pessoa. The MCF's main objective is to fund art projects, selected through Public Call. The research focused on analyzing the data from 2006, 2008, 2009 and 2010, based on secondary information from official instruments and reports. We tried to question the distribution of investments by categories and cultural segments, in order to observe the scope of public policy on the class of artists. With the results achieved was possible to identify stages of MCF that need optimization. This allowed us to suggest improvements so that the artistic community can truly feel included with this public policy for the culture developed in the city of João Pessoa. in order to give vent to the production and dissemination of cultural goods Keywords: Municipal Fund for Culture. Culture. Public Cultural Policy.

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REFERÊNCIAS

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BREVES CURRÍCULOS

REJANE GOMES CARVALHO - Orientadora Graduação e mestrado em Economia pela Universidade Federal da Paraíba. Doutora em Sociologia do Trabalho pela Universidade Federal da Paraíba (2011). Professora adjunta DE/UFPB. LUCINÉIA MAIA DE SOUZA BEZERRA (Lu Maia).– Autora Graduação em Biblioteconomia pela Universidade Federal da Paraíba, fotógrafa e produtora cultural. Gestora pública estadual, atualmente preside a Fundação Espaço Cultural da Paraíba, localizado na cidade de João Pessoa.

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A N E X O S

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ANEXO 1

Prefeitura Municipal de João Pessoa Fundação Cultural de João Pessoa - FUNJOPE

FUNDO MUNICIPAL DE CULTURA EDITAL n. º 01/2006.

A Comissão Deliberativa do Fundo Municipal de Cultura, tendo em vista o disposto na

Lei n.º 9.560, de 3 de dezembro de 2001, regulamentada pelo Decreto nº 4.469, de 07 de dezembro de 2001, comunica que estará aberto, no período de 07 de agosto a 22 de setembro de 2006, o prazo para inscrição de projetos culturais a serem beneficiados pelo Fundo Municipal de Cultura, cuja publicação do resultado será em até 60 (sessenta) dias após as inscrições, de acordo com as disposições que seguem.

1 – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 – Com vista à obtenção do incentivo previsto na Lei n.º 9560/01 e no Decreto n.º 4469/01 o proponente, pessoa física ou jurídica, poderá inscrever apenas 01 (um) projeto artístico-cultural.

1.1.1 – Para este fim, denomina-se proponente:

a) A pessoa física domiciliada no Município de João Pessoa, com objetivo e atuação prioritariamente cultural, responsável, de forma direta, pela promoção e execução de projeto artístico-cultural a ser beneficiado pelo incentivo a que se refere este Edital, com atuação comprovada através de currículo;

b) A pessoa jurídica, com ou sem fins lucrativos, de natureza cultural, estabelecida no Município de João Pessoa, com objetivo e atuação prioritariamente cultural, comprovada através de currículo, responsável, de forma direta, pela promoção e execução de projeto artístico-cultural a ser beneficiado pelo incentivo a que se refere este Edital;

c) Não poderão ser inscritos como proponentes de projetos culturais, membros da Comissão Deliberativa do Fundo Municipal de Cultura, gestores e funcionários da fundação.

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1.1.2 – Serão disponibilizados, para este edital, em 2006, o valor de R$ 700.000,00 (setecentos mil reais).

1.1.3 – Os tetos financeiros para obtenção dos incentivos culturais serão assim distribuídos:

a) Projetos de pequeno porte, até o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);

b) Projetos de médio porte, até o limite de R$ 30.000,00 (trinta mil reais);

c) Projetos de grande porte, até o limite de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).

2 – DA INSCRIÇÃO DE PROJETOS

2.1- Local de inscrição: Fundação Cultural de João Pessoa, Praça Antenor Navarro, Varadouro, nº6, centro, João Pessoa, Paraíba, cep 58.010-480.

2.2- Período de inscrições: 07 de agosto a 22 de setembro de 2006.

- Horário de inscrição: de segunda-feira à sexta-feira, das 9:00h às 11h:30h e das 14:00h às 17:30h.

2.3 – A inscrição de projetos será processada mediante protocolo do formulário-padrão juntamente com a documentação exigida neste Edital. Nas inscrições realizadas na sede da fundação, serão aceitas cópias sem autenticação em cartório, desde que o proponente leve os originais para conferência do funcionário que fizer a recepção da inscrição.

2.4- Em caso de remessa via postal, o Projeto deverá ser postado individualmente, com Aviso de Recebimento (AR), que servirá como prova de remessa do projeto, em envelope lacrado e endereçado a FUNJOPE, na data limite da inscrição. Nessa modalidade de inscrição as cópias devem ser autenticadas em cartório.

2.5 – O Formulário padrão e anexos serão obtidos na Fundação Cultural de João Pessoa mediante entrega de disquete virgem e também estarão disponíveis no site www.joaopessoa.pb.gov.br, link FUNJOPE- Fundo Municipal de Cultura.

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2.6 – O formulário-padrão deverá ser apresentado em uma via e ser inserido em um envelope opaco, contendo externamente o nome do projeto e a área artístico-cultural, acompanhado com todos os documentos, textos e informes exigidos neste Edital, devidamente preenchido, digitado ou datilografado, com todas as folhas numeradas seqüencialmente. O material não pode ser encadernado ou colocado em qualquer outra forma que impeça o manuseio.

2.7 – É facultado anexar ao Formulário-padrão de inscrição, além dos documentos exigidos, textos contendo dados adicionais sobre o projeto, bem como outros documentos elucidativos, de modo a permitir a mais exata avaliação de seu objeto e de seus fins.

3 – DOCUMENTAÇÃO BÁSICA A SER APRESENTADA

3.1 – Documentos relativos ao proponente:

3.1.1 – Pessoa Física:

- cópia do RG;

– cópia do CPF/MF;

– currículo do proponente;

–comprovação de atuação na área cultural através de reportagens, publicações e outros materiais impressos, e/ou declarações de instituições e organizações culturais oficiais ou não goverrnamentais em que figure o nome do proponente;

– comprovante de domicílio na cidade de João Pessoa;

–caso o proponente não seja paraibano, 02 (dois) comprovantes de domicílio em João Pessoa, em seu nome, sendo 01 (um) comprovante datado há mais de um (01) ano e 01 (um) comprovante com endereço e datas atuais;

-anexar declaração do contador ou técnico em contabilidade, ambos com registro no CRC (Conselho Regional de Contabilidade) confirmando participação no projeto e com o registro do valor pecuniário que perceberá pelos serviços contábeis.

Exigência processual: Quando da aprovação o proponente aceita e se obriga a apresentar as certidões negativas de débitos com as Fazendas Federal, Estadual, Municipal e com a Seguridade Social.

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A não apresentação desses documentos no prazo de até trinta dias corridos após a publicação do resultado do edital no semanário oficial do município, implicará no cancelamento imediato da aprovação.

3.1.2 – Pessoa Jurídica de Direito Privado, com ou sem fins lucrativos:

– cópia dos atos constitutivos e respectivas alterações (estatutos);

– cópia do Registro Comercial, na Junta Comercial do Estado, ou de Sociedade Civil, no Livro de Pessoas Jurídicas com registro em Cartório, dos atos constitutivos e respectivas alterações;

– cópia da ata de eleição e de posse da diretoria em exercício e do respectivo registro, conforme o caso;

– cópias do RG e CPF/MF do(s) representante(s) legal (is);

- cópia do Cartão de Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) dentro da validade;

- comprovação de atuação na área cultural através de currículo detalhado e de clippings, reportagens, publicações e outros materiais impressos em que figure o nome da pessoa jurídica;

- anexar declaração do contador ou técnico em contabilidade, ambos com registro no CRC (Conselho Regional de Contabilidade) confirmando participação no projeto e com o registro do valor pecuniário que perceberá pelos serviços contábeis.

Exigência processual:

Quando da aprovação o proponente aceita e se obriga a apresentar certidões negativas de débitos com as Fazendas Federal, Estadual e Municipal, bem como com a Seguridade Social e a certidão negativa de protesto de títulos e documentos.

A não apresentação desses documentos no prazo de até trinta dias corridos após a publicação do resultado do edital no semanário oficial do município implicará no cancelamento imediato da aprovação.

3.2 – Outros documentos a serem apresentados:

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3.2.1 – No caso de o projeto implicar cessão de Direitos Autorais, deverá ser apresentada a respectiva declaração por parte do (s) autor (es) envolvido (s) ou de quem detenha tais direitos, constando, no orçamento, previsão para seu pagamento, quando for o caso.

3.2.2 – No caso de serem previstos registros ou difusão do produto cultural por meios que impliquem o pagamento de direitos – como, por exemplo, direito de imagem, gravação fonográfica, videográfica e/ou de Cd-rom, transmissão pelo rádio e televisão –, deverão ser apresentados termo de autorização e demais documentos que provem a concordância dos implicados em tais registros ou constar, no orçamento, previsão para seu pagamento, quando for o caso.

3.2.3 – No caso de intervenção em prédio, monumento, logradouro, sítio e demais bens tombados pelo Poder Público, deverá ser apresentada autorização dos órgãos competentes em âmbito federal, estadual e municipal, conforme o caso.

3.2.4 – No caso exclusivo de publicação de livro, deverá ser apresentado o texto completo da obra a ser editada.

3.2.5 – No caso de produção de vídeo, longa-metragem e curta-metragem, deverão ser apresentados o roteiro, a sinopse e o argumento.

3.2.6 – No caso de gravação de CD ou realização de espetáculo/ show, o repertório, o roteiro e o argumento deverá ser previamente definido no projeto.

3.2.7 – No caso de circulação, deverão constar os locais previamente definidos no projeto. O proponente aceita e se obriga, no prazo de até trinta dias corridos, em caso de aprovação, a apresentar declaração de aceite dos responsáveis pelos locais a serem utilizados no ato de assinatura do contrato entre a Funjope e o proponente.

3.2.8- Projetos que visem a manutenção, preservação, conservação, compra de acervo e de material permanente, só poderão ser apresentados por pessoa jurídica sem fins lucrativos e de natureza cultural, devendo ser apresentado o plano anual das atividades artístico-culturais previstas.

3.2.9- Projetos de entidades de natureza cultural sem fins lucrativos que visem a manutenção da entidade devem estar inseridos num plano anual de atividades (que deve ser anexado ao formulário padrão de inscrição do projeto cultural) e os custos administrativos, tais como, folha de pagamento, encargos sociais e despesas com materiais de consumo e expediente, comprovados documentalmente.

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4 – DA NATUREZA DOS PROJETOS

4.1 – Os projetos, de acordo com o artigo 2º da Lei 9.560/01, podem enquadrar-se em uma ou mais áreas artistico-culturais, a saber:

I – música e dança;

II – teatro, circo e ópera;

III – cinema, fotografia e vídeo;

IV – literatura;

V – artes plásticas e artes gráficas;

VI – cultura popular e artesanato;

VII – acervo e patrimônio histórico;

VIII – museologia;

IX – bibliotecas.

4.2 – Projetos que visem à realização de pesquisas para elaboração de roteiros, redação de livros e atividades de pré-produção somente serão aceitos, se fizerem parte de projeto mais amplo, destinados à criação ou à materialização de produtos culturais que sejam colocados à disposição do público.

4.3 – O projeto cultural incentivado deverá utilizar, preferencialmente, recursos humanos, materiais e naturais disponíveis no Município de João Pessoa.

4.4 – O prazo máximo permitido para a execução do projeto cultural será de até 12 (doze) meses.Qualquer alteração nesse prazo, por mais excepcional que seja, deverá ser submetida à Comissão Deliberativa do FMC, que julgará e decidirá sobre pedidos de prorrogação.

4.5 – Projetos que visem a formação, a capacitação (bolsa de estudo) e que tenham custos de traslado, deverão apresentar carta de aceitação da entidade/instituição ou organização onde será desenvolvido o estudo.

5 – DO JULGAMENTO

5.1 – Pré-Análise

5.1.1 – Nesta etapa os projetos apresentados serão avaliados pela Secretaria do Fundo Municipal de Cultura em seus aspectos técnicos, jurídicos e administrativos. Serão inabilitados os projetos submetidos à sua apreciação, se ocorrer uma das seguintes hipóteses:

I – documentação em desacordo com as exigências legais e deste edital;

II – proponente considerado inadimplente em relação à prestação de contas de projetos culturais executados anteriormente com benefícios das Leis 7.380/93 e 9560/01.

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5.1.2 – No caso de inabilitação do projeto, na etapa de Pré-Análise, a Secretaria do FMC firmará os termos da sua decisão, por escrito, comunicando ao proponente para retirar o projeto não aprovado e seus anexos, no prazo de cinco dias úteis, a contar da data de recebimento da correspondência, cabendo recurso, nesse mesmo período.

5.2 – Análise: 5.2.1. – Habilitados jurídica, técnica e administrativamente pela Secretaria do Fundo Municipal de Cultura, a Comissão Deliberativa procederá à análise de mérito, tendo como referência os seguintes critérios: I – méritos relativos à qualidade da proposta e abrangência sócio-cultural dos projetos, bem como sua relevância para o município de João Pessoa;

II –ações de caráter permanente que contribuam para o desenvolvimento cultural sustentável em João Pessoa, tendo como prioridades às áreas de formação, capacitação, circulação de bens culturais e melhoria da estrutura física e aquisição de equipamentos de apoio à cultura;

III – pertinência dos custos em relação aos preços praticados em João Pessoa, a projetos semelhantes e a edições anteriores da proposta;

IV – compatibilidade com as diretrizes da política cultural do Município, definidas pela Funjope e nas Conferências Municipais de Cultura;

V – viabilidade econômica, quando for o caso;

VI – eqüidade na distribuição dos recursos, de forma a descentralizar a sua aplicação;

VII - detalhamento e valores dos itens constantes na planilha coerentes com o projeto e a sua proposta;

VIII – áreas e segmentos culturais, evitando privilegiar um em detrimento de outro.

5.2.2 – A Comissão Deliberativa poderá efetuar cortes em determinados itens da planilha orçamentária apresentada, caso os entenda majorados, classifique-os como não essenciais à execução do projeto ou não objetivo de financiamento via recursos públicos. Havendo cortes, os mesmos serão informados, por escrito, ao proponente, para que se pronuncie e se for o caso, para que apresente nova planilha à Comissão Deliberativa, no prazo de até 05 (cinco) dias úteis a partir do Aviso de Recebimento (AR) do comunicado. O proponente poderá apresentar recurso à Comissão, no mesmo prazo, caso não concorde com os cortes. 5.2.3 – Os projetos culturais não aprovados e seus anexos deverão ser retirados pelo proponente dez dias úteis após a publicação da relação dos aprovados no Semanário Oficial do Município. Depois desse prazo, os projetos e seus anexos serão arquivados ou incinerados.

5.3 – Aprovação dos Projetos

5.3.1 – Os projetos aprovados serão instruídos com parecer, por escrito, alicerçados nos critérios do item 5.2.1, aprovado pela Comissão Deliberativa que justifique sua viabilidade, emitido em reunião plenária e subscrito pelos membros presentes que assim decidiram.

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5.3.2 – Ficará a critério da Comissão Deliberativa o número de projetos a serem aprovados, desde que haja recursos, podendo não ser utilizado todo o montante destinado à área em análise, caso se entenda que os projetos não são merecedores do incentivo pleiteado.

5.3.3 – A Comissão Deliberativa do FMC emitirá Certificado de Aprovação de Projetos Culturais, conforme Art. 5o. da Lei 9560/01.

5.3.4 - À Assessoria Jurídica da FUNJOPE caberá providenciar, após receber solicitação da secretaria do FMC, junto a mesma, a elaboração e a assinatura de contrato junto ao proponente para a efetivação do incentivo cultural previsto neste edital.Caso o proponente, depois da divulgação do resultado do edital no Semanário Oficial do Município, não compareça a FUNJOPE, munido da documentação constante neste edital, conforme seu artigo 3º, para assinar o contrato em até 30 (trinta) dias corridos, perderá esse direito e a sua aprovação (do projeto) estará imediatamente cancelada.

6 – DISPOSIÇÕES GERAIS

6.1 – Qualquer alteração no projeto deverá ser previamente submetida à Comissão Deliberativa, instruída de justificativa devidamente fundamentada, incluída a adequação orçamentária, podendo ser efetivada apenas depois de aprovada pela comissão. Os pedidos de remanejamento de recursos financeiros na planilha de custos do projeto, serão julgados no limite de até 15% do valor total do projeto e uma única vez.

6.2 – A prestação de contas deverá ser feita de acordo com o Parágrafo 5o. do Art. 10. e o Art. 11. do Decreto nº 4.469/01.

6.3 – Os projetos beneficiados deverão divulgar, obrigatoriamente, em todos os produtos culturais, espetáculos, atividades, comunicações, releases, peças publicitárias audiovisuais e escritas, a marca da Prefeitura do Município de João Pessoa - FMC, na forma das instruções recebidas.

6.4- Ficará a critério da FUNJOPE - Secretaria do FMC, a forma de repasse do incentivo financeiro aprovado pela Comissão Deliberativa, podendo ser feito em uma ou mais parcelas, iguais ou proporcionais, levando em consideração a planilha de custos do projeto. O proponente somente receberá a parcela seguinte quando prestar contas da parcela recebida e gasta, com relatório das atividades realizadas e comprovação fiscal dos gastos realizados(cópia das notas fiscais, recibos e recolhimento de impostos). 6.5 – Segundo o art. 13-parágrafo único do Decreto 4469/01, o proponente, obriga-se a indicar, no projeto, uma contrapartida de 20% (vinte por cento) em relação ao seu produto. Quando se tratar de projeto de bolsa de estudo, a contrapartida será dada na forma de cursos ou oficinas como forma de repasse do conhecimento. 6.6 – Os valores recebidos pelo proponente pessoa física ou jurídica, deverão ser depositados em conta corrente bancária exclusiva para movimentação do projeto, que deverá ser feita exclusivamente por meio de cheque nominal.

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6.7 - Na planilha de custos, uma mesma pessoa somente poderá ser remunerada no máximo por dois serviços ou funções, em um mesmo projeto. 6.8 - Não serão remunerados os proponentes de projetos culturais. 6.9 – O Fundo Municipal de Cultura não financiará a elaboração de projetos conforme parágrafo único do Art. 5º do Decreto 4469/01 de 07/12/01. 6.10 – Segundo o art.10-parágrafo 3º do Decreto 4469/01, os empreendedores culturais somente poderão apresentar novos projetos após um intervalo de (02) dois anos da apresentação da prestação de contas dos projetos aprovados e executados anteriormente. 6.11 – Ficam excluídos do estabelecido no item anterior os projetos do calendário anual permanente e sem comercialização dos seus produtos e/ou serviços, conforme art.10.,parágrafo 4º do Decreto 4469/01. 6.12 – Havendo disponibilidade financeira, a Prefeitura Municipal de João Pessoa poderá suplementar os recursos destinados ao Fundo municipal de Cultura.

6.13 – Os casos omissos relativos ao presente Edital serão decididos pela Comissão Deliberativa na forma da Lei 9560/01 e do Decreto 4469/01.

6.14– Esclarecimentos aos interessados e orientação técnica para o preenchimento e fornecimento do Formulário-padrão serão prestados pela Fundação Cultural de João Pessoa, na Secretaria do Fundo Municipal de Cultura, em dias úteis, no horário das 9h às 12h ou das 14h às 18h, ou pelos telefones (83) 3218.9809, 3218.9811, 3218.9812; 3218. 9813.

João Pessoa, 07 de agosto de 2006

Luiz Carlos Vasco ncelos Costa

Presidente da Comissão Deliberativa do FMC

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ANEXO 2

Prefeitura Municipal de João Pessoa Fundação Cultural de João Pessoa

ATA DA REUNIÃO DA COMISSÃO DELIBERATIVA DO FUNDO MUNICIPAL DE

CULTURA

Aos cinco dias do mês de dezembro de dois mil e seis, das 8:30 até às 20:30

,realizou-se a reunião da Comissão Deliberativa do Fundo Municipal de Cultura,

na Fundação Cultural de João Pessoa – FUNJOPE, sito na Praça Antenor

Navarro, número seis, Varadouro. Presente os Conselheiros: Fernando Abath

Cananéa, Laurecí Siqueira dos Santos, Honório Patrício Neto, Diógenes Chaves,

Frederico Svendsen, Leonardo Oliveira Macedo, João Silva de Carvalho Filho e

Edson Pessoa dos Santos. Reunião presidida pelo Vice-presidente da Comissão

Edson Pessoa dos Santos. Dando continuidade ao julgamento dos projetos, os

conselheiros desaprovaram por insuficiência de recursos os seguintes projetos:

011/2006, 074/2006, 116/2006, 056/2006, 058/2006, 090/206, 031/2006,

143/2006, 216/2006, 003/2006, 134/2006, 071/2006, 039/2006, 079/2006,

028/2006, 161/2006, 076/2006, 195/2006, 062/2006, 063/2006 e 060/2006. O

projeto 110/2006 foi desaprovado por insuficiência de recursos e em razão do

projeto ter possibilidade de financiamento pelo mercado. O projeto 020/2006

foi desaprovado em razão de programa específico nessa área por parte da

Prefeitura. Foram aprovados os seguintes projetos: 050/2006 no valor de R$

9.712,25; 077/2006 no valor de R$ 19.860,61; 057/2006 no valor de R$

8.414,91; 106/2006 no valor de R$ 44.092,42; 111/2006 no valor de R$

21.152,07; 027/2006 no valor de 22.898,38; 165/2006 no valor de R$

10.228,72: 087/2006 no valor de 19.830,00; 192/2006 no valor de 3.983,08;

155/2006 no valor de R$ 3.648,51; 129/2006 no valor de R$ 7.845,70;

021/2006 no valor de R$ 21.953,32; 025/2006 no valor de R$ 23.072,34;

086/2006 no valor de R$ 9.841,25; 201/206 no valor de R$ 13.457,95;

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038/2006 no valor de R$ 13.733,08; 093/2006 no valor de R$ 4.781,10;

158/2006 no valor de R$ 16.243,49; 152/206 no valor de R$ 14.894,38;

015/206 no valor de R$ 18.872,19; 135/2006 no valor de R$ 8.395,78;

149/2006 no valor de R$ 13.667,74; 008/2006 no valor de R$ 11.710,33;

078/2006 no valor de R$ 4.027,25; 002/206 no valor de R$ 15.972,46;

159/2006 no valor de R$ 5.417,91; 044/2006 no valor de R$ 952,61; 137/2006

no valor de R$ 7.552,59; 013/2006 no valor de R$ 5.235,82; 136/2006 no valor

de R$ 2.155,80; 064/2006 no valor de R$ 5.418,51; 029/2006 no valor de R$

5.426,79; 023/2006 no valor de R$ 4.167,17; 016/2006 no valor de R$ 5.864,09;

022/2006 no valor de R$ 18.148,70; 034/206 no valor de R$ 30.614,23;

167/2006 no valor de R$ 4.984,87; 213/2006 no valor de R$ 22.440,95;

169/2006 no valor de R$ 5.031,04; 130/206 no valor de R$ 3.993,25; 018/2006

no valor de R$ 6.956,48; 040/2006 no valor de R$ 2.668,10; 206/2006 no valor

de R$ 8.428,59; 032/2006 no valor de R$ 4.499,03; 102/206 no valor de R$

4.374,56; 131/206 no valor de R$ 6.624,08; 113/2006 no valor de R$ 3.589,59;

047/2006 no valor de R$ 4.208,87; 083/206 no valor de R$ 21.382,95;

072/2006 no valor de R$ 5.508,85; 085/2006 no valor de R$ 16.484,84;

182/2006 no valor de R$ 29.743,07; 012/2006 no valor de R$ 3.669,20;

068/2006 no valor de R$ 14.815,09; 004/2006 no valor de R$ 6.991,46;

103/2006 no valor de R$ 4.872,45; 005/2006 no valor de R$ 5.891,58;

006/2006 no valor de R$ 5.825,82; 104/2006 no valor de R$ 5.220,76;

151/2006 no valor de R$ 5.832,08; 026/2006 no valor de R$ 4.071,41;

166/2006 no valor de R$ 7.532,82 e o projeto 181/2006 no valor de R$

31.109,76. Do total de 219 projetos inscritos foram aprovados 63 projetos no

montante financeiro de R$ 699.995,08 ( seiscentos e noventa e nove mil,

novecentos e noventa e cinco reais e oito centavos). Não havendo mais nada a

tratar, foi dada por encerrada a reunião da qual para constar , lavrei a presente

ata que vai por Maria Dalva dos Santos assinada, e pelos demais Conselheiros.

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ANEXO 3

Prefeitura Municipal de João Pessoa

Fundação Cultural de João Pessoa

Fundo Municipal de Cultura

ATA DA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA COMISSÃO DELIBERATIVA DO FUNDO MUNICIPAL DE CULTURA

Aos cinco dias do mês de julho de dois mil e oito, das 16:30 até às 20:30, realizou-se a reunião extraordinária da Comissão Deliberativa do Fundo Municipal de Cultura, na Fundação Cultural de João Pessoa – FUNJOPE, sito na Praça Antenor Navarro, número seis, Varadouro. Presente os Conselheiros: Maria Déa Limeira Ferreira dos Santos, Rivaldo de Araújo Dias, Petra Ramalho Souto, Lúcia de Fátima França de Oliveira, Edson Pessoa dos Santos, Cardivando Cavalcante de Oliveira, Gilmar Sales Cordeiro, Ailza de Freitas Oliveira Barbosa, Maria Cristina Strapação Guedes Vianna e Edílson Alves da Silva. Reunião presidida pelo Vice-Presidente da Comissão, o Conselheiro Edson Pessoa dos Santos. Dando continuidade ao julgamento dos projetos foram aprovados os seguintes projetos: 003/2008 no valor de R$ 18.765,00; 004/2008 no valor R$ 16.134,50; 007/2008 no valor de R$ 17.432,44; 009/2008 no valor de R$ 3.057,00; 011/2008 no valor de R$ 16.332,00; 015/2008 no valor de R$ 12.721,22; 016/2008 no valor de R$ 10.132,50; 019/2008 no valor de R$ 3.445,00; 022/2008 no valor de R$ 6.032,00; 034/2008 no valor de R$ 10.393,10; 036/2008 no valor de R$ 22.677,53; 038/2008 no valor de R$ 6.547,00; 039/2008 no valor de R$ 3.850,00; 040/2008 no valor de R$ 11.002,00; 044/2008 no valor de R$ 9.704,00; 045/2008 no valor de R$ 14.712,00; 047/2008 no valor de R$ 24.537,00; 048/2008 no valor de R$ 14.410,00; 050/2008 no Valor de R$ 13.748,00; 054/2008 no valor de R$ 13.208,

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00; 055/2008 no valor de R$ 22.595,00; 056/2008 no valor de R$ 3.062,00; 062/2008 no valor de R$ 23.719,00; 064/2008 no valor de R$ 16.130,00; 065/2008 no valor de R$ 15.494,50; 066/2008 no valor de R$ 17.332,75; 068/2008 no valor de R$ 11.800,00; 072/2008 no valor de R$ 24.248,16; 073/2008 no valor de R$ 14.940,00; 087/2008 no valor de R$ 9.459,00; 088/2008 no valor de R$ 18.087,30; 091/2008 no valor de R$ 17.200,00; 097/2008 no valor de R$ 13.035,00; 100/2008 no valor de R$ 13.784,00; 104/2008 no valor de R$ 4.000,00; 109/2008 no valor de R$ 9.413,00; 120/2008 no valor de R$ 23.935,74; 123/2008 no valor de R$ 15.323,56; 126/2008 no valor de R$ 16.032,00; 129/2008 no valor de R$ 11.908,00; 130/2008 no valor de R$ 10.984,00; 132/2008 no valor de R$ 16.015,00; 136/2008 no valor de R$ 14.820,00; 138/2008 no valor de R$ 16.058,00; 139/2008 no valor de R$ 7.798,00; 152/2008 no valor de R$ 18.130,00; 162/2008 no valor de R$ 5.000,00; 166/2008 no valor de R$ 5.219,35; 169/2008 no valor de R$ 4.814,00; 170/2008 no valor de R$ 5.619,35; 171/2008 no valor de R$ 17.278,00; 182/2008 no valor de R$ 27.925,00. Do total de 185 projetos escritos foram aprovados 52 projetos no montante financeiro de R$ 700.000,00 (setecentos mil reais). Não havendo mais nada a tratar, foi dada por encerrada a reunião da qual para constar, lavrei a presente ata que vai por mim Maria Dalva dos Santos Ferreira assinada, e pelos demais conselheiros.

ANEXO 4

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FUNDO MUNICIPAL DE CULTURA

PROJETOS INSCRITOS EM 2009

Nº DO

PROCESSO

VALOR

SOLICITADO

R$

NOME DO

PROJETO

EMPREENDEDOR ÁREA DE

ATUAÇÃO

DATA DE

APROVAÇÃO

VALOR

APROVADO

OBS.

76/2009 29.740,00 Suellen

Araújo de

Brito

A Farsa vai a

Praça

Arte

Cênicas

Circulação

79/2009 42.626,00 Hercules

Pereira

Felix

Cambarte

(Cultura, Meio

Ambiente e

Arte)

Artes

Cênicas

Apresentações

nas Escolas

Municipais

74/2009 12.617,33 Liziane

Matias

Saraiva

II Orientação

teórico e

Pratico para

aderecista e

figurinista

Artes

Cênicas

Oficinas de

figurino e

adereços

58/2009 25.000,00 Jocenilda

Carvalho

da Silva

Quem quiser

que conte outra

Artes

Cênicas

Circulação

100/2009 15.850,00 Marcos

Fabio

Costa

Pinto

Nada, Nenhum

e Ninguém...

Um Teatro de

Celebração

Artes

Cênicas

Apresentações

e oficinas

111/2009 13.770,00 Fabíola

Morais

Agripino

A Farsa do

Poder nas

associações

comunitárias de

João Pessoa

Artes

Cênicas

Circulação da

peça teatral A

farsa do Poder

113/2009 18.440,00 Alan

Carlos

O entre do

Cavalo Marinho

Artes Montagem

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35

Monteiro

Junior

de Mestre

Zequinha ao

ator-bricante

Cênicas

117/2009 18.200,00 José

Jorcelan e

Silva

Resgatando os

contos

populares com

A Saga de

Sacarias

Artes

Cênicas

Circulação

120/2009 23.516,00 Valeska

Picado

Shulze

Zé Lins – O

pássaro Poeta

Artes

Cênicas

Circulação

122/2009 11.696,00 Itamira

Barbosa

Lima

Usina com Arte Artes

Cênicas

Curso de

teatro com

apresentação

do resultado

133/2009 55.836,00 José

Amâncio

Tonezzi

Rodrigues

Pereira

Conexão XXI

Festival Cênico

Artes

Cênicas

Promover um

Festival de

Artes Cênicas e

tecnologia

134/2009 22.247,75 Grupo

Graxa de

Teatro

Passando Graxa

na Cidade

Artes

Cênicas

Circulação

135/2009 30.034,00 Ana

Cristina

Marinho

Lucio

Contos do

ponto de Cem

Réis

Artes

Cênicas

Vistas

Renata

Montagem

Teatral

023/2009 37.940,00 Dicionário

Paraibano

de Artes

Plásticas

Diógenes

Chaves Gomes

Artes

Visuais

Catálogos

357.513,08 200.000,00

003/2009 29.555,00 Capital Iluminada Lis Cordeiro

Alves

Artes

Visuais

25.300,00 Publicação de um

Catalogo

012/2009 5.102,00 Marrocos: outro

lado do oceano

Carlos José

Cartaxo

Artes

Visuais

5.102,00 Fotografia

023/2009 37.940,00 Dicionário

Paraibano de Artes

Plásticas

Diógenes Chaves

Gomes

Artes

Visuais

37.940,00 Publicação de

Livro

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36

106/2009 28.000,00 Catalogo de

desenhos e pinturas

de José Pagano- 20

anos de Arte

José Orlando

Pagano

Artes

Visuais

28.000,00 Publicação de um

Catalogo

132/2009 11.605,00 Água de Poço Walter Wagner Artes

Visuais

11.605,00 Confecção de um

catalogo de artes

plásticas

236/2009 58.500,00 Se essa rua Francisco José de

Souto

Artes

Visuais

48.000,00 Grafite

55/2009 8.500,00 Jovens Talentos da

Paraíba 2009

Associação de C.

Franco-Brasileira

Artes

Visuais

8.500,00 Lançamento de

um catalogo

56/2009 38.615,00 Tito Lobo Obra e

Vida

Jacinto Diogo

Correia Neto

Artes

Visuais

34.057,00 Publicação de um

Catalogo

85/2009 19.442,50 II Mostre seu

Talento

O Sebo Cultural

(Heriberto

Coelho de

Almeida

Artes

Visuais

19.442,50 Realização de

concurso de

pintura em tela

277.121,94 217.946,5

89/2009 44.340,00 Mabel Ribeiro

Petrucci

Memórias da

Parahyba:

Das Neves á

João Pessoa

Audiovisual Documentário/

Curta Metragem

90/2009 13.545,00 Mislene Maia dos

Santos

Esplendor- A

Era de ouro

dos Cinemas

de João

Pessoa

Audiovisual Vídeo

documentário

137/2009 39.590,00 Associação

Brasileira de

Documentarista –

Seção Paraíba

Cinema

paraibano em

Jogo

Audiovisual Confecção de um

DVD com jogos

sobre o cinema e

seus gêneros

176/2009 66.686,11 6º Festival

Aruanda do

Audiovisual

Grupo

Artesanal

Audiovisual Festival de

audiovisual

241/2009 10.200,00 Feminino Plural Mércia Maria

Gonçalves

Chaves

Audiovisual Produção de um

Curta metragem

203.906,11 114.896,11

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37

208/2009 25.139,10 Biblioteca

digital

Associação Comunitária de Educação e cultura –

CACTOS

Biblioteca 20.954,10 Criação de uma biblioteca

25.139,10 20.954,10

37/2009 10.901,10 José Maciel de

Souza

Lapinha Jesus de

Nazaré de

Mandacaru

Cultura

Popular

7.110,00 Circulação e

Manutenção

38/2009 18.081,90 José Galdino da

Silva

Independente de

Mandacaru

Cultura

Popular

13.949,90 Manutenção para

o carnaval

40/2009 7.662,59 ONG/ Deculp das

Quadrilhas

Juninas de João

Pessoa

Oficinas para

Quadrilhas

Cultura

Popular

7.097,59 Oficinas de

capacitação

41/2009 17.421,50 Luziberto Costa

do Nascimento

Bandeirantes da

torre 59 anos de

tradição

Cultura

popular

12.546,50 Gerenciar o

desfile dos

Bandeirantes da

Torre

43/2009 11.210,00 Willismar

Luciano Pereira

Junina São Mateus Cultura

Popular

9.183,00 Resgate de

manifestação

folclore

59/2009 19.000,00 José Teixeira

Borges

Manutenção de

fantasias e outras

necessidade da

Tribo

Cultura

Popular

13.040,00 Material para

figurinos

91/2009 21.699,50 José Ferreira de

Araujo

Vivendo e

aprendendo- Tribo

Indígena

Tupinambás

Cultura

Popular

16.399,50 Aquisição de

Figurino e

instrumento

94/2009 10.457,20 Avanildo Damião

Pedro Filho

Artes sem

Barreiras-

Valorizando a

Cultura da Gente

Cultura

Popular

8.649,80 Montagem de

Quadrilha Junina

110/2009 13.163,78 Harrilson da Silva

Melo

Junina Linda Flor

do Sertão

Cultura

Popular

10.528,78 Compra de

figurino e

adereços

123/2009 13.857,00 Priscila Silva dos

Santos

Junina Carrapicho Cultura

Popular

10.262,50 Confecção de

figurino e

adereços

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38

131/2009 10.233,17 Emanuel Ferreira

Gonçalves

Coração Matuto Cultura

Popular

7.348,87 Confecção de

figurinos e

adereços

141/2009 5.130,00 Roberto Costa

Assunção

Agitada GANG na

Folia

Cultura

Popular

3.600,00 Viabilizar o Bloco

de Carnaval

Agitada Gang

170.236,94 119.716,44

68/2009 10.000,00 Lílian Maranhão leite

Ferreira de Melo

As três Irmãs Dança 10.000,00 Apresentação de

espetáculo

178/2009 19.320,00 Ponto de Vista Canízio Vitório

de Araújo

Dança 19.320,00 Montagem de

espetáculo

29.320,00 29.320,00

004/2009 13.065,00 Aguiar Mendes – 30

anos de Poesia

José Carlos de Aguiar

Mendes

Literatura 13.065,00 Publicação

de um Livro

64/2009 5.800,00 José Flavio da Silva Processo e

distribuição na

Parahyba cidade dos

jardins

Literatura 5.800,00 Lançamento

de livro

65/2009 14.764,00 Tereza correia

Nóbrega Queiroz

Da casa à praça. Um

estudo de impacto de

um programa de

revitalização de oito

praças em João

Pessoa

Literatura 13.164,00 Lançamento

de um livro

33.629,00 32.029,00

171/2009 36.865,92 RPB Festival

( Rap Popular Brasileiro Festival

)

Sandra Kalyne de Barros Multiarea 33.196,72 Musica, grafiiiti, dança de rua,

basquete, discursado política com

173/2009 45.262,33 V Encontro Cultural do Vale de

Gramame - Categoria Musica

Congregação holística da Paraíba -

Escola Viva Olho do tempo

Multiarea 41.062,33

82.128,25 74.259,05

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011/2009 13.301,00 Por Acaso Artur Raimundo Diniz de

Andrade

Musica 11.686,00

028/2009

22.639,39 José Siqueira – Musica de Câmara Josélia Ramalho Vieira Musica 17.439,39

50/2009 12.841,27 Marcílio Fagner Onofre Sopros da cidade Musica 12.110,27

61/2009 14.246,50 José Tiago M. Guimarães Seu Pereira e Coletivo 401 Musica 12.146,00

73/2009 16.993,00 Alberto Tavares de Souza Labirinto Musica 14.028,00

107/2009 26.939,60 Wênia Xavier de Medeiros 3º Dia Percussivo Musica 25.210,20

144/2009 22.969,00 Xisto Medeiros de Souza CD Xisto Medeiros

“PRANA“

Musica 17.625,00 Gravação do CD Xisto Medeiros

145/2009 18.480,00 Gilvando Pereira da Silva Azeitonizado Musica 17.480,00 Gravação do CD do Azeitonizado

147/2009 20.190,00 Givaldo Almeida Figueiredo Cantatorre 2010

(5º edição)

Musica 19.990,00

181/2009 17.574,50 Néctar do Groove Victor Manuel Alves

Ramalho

Musica 11.650,00

225/2009 27.373,00 Produção do CD Paulo e Babi “Nossa

História e Convidados

Paulo Cavalcanti de Paiva Musica 15.925,00

233/2009 18.412,21 Gravação do Cd Pétalas Vocais Maria Juliana Figueiredo

Linhares

Musica 15.587,21

265.209,47 190.877,07

ATUALIZADA EM 26 DE NOVEMBRO DE 2009.

Área Projetos

Potencializados

Percentual Aprovados Valor

Solicitado

Valor

Aprovado

Música 18 21,95 13 265.209,47 190.877,07

Artes Visuais 18 21,95 315.761,98 217.946,50

Artes Cênicas 14 17,07 357.513,08 200.000,00

Cultura

Popular

14 17,07 205.271,74 119.716,44

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Literatura 7 8,54 3 33.629,00 32.029,00

Audiovisual 6 7,32 5 203.906,11 114.896,11

Dança 2 2,44 2 29.320,00 29.320,00

Mult Área 2 2,44 2 82.128,25 74.259,05

Biblioteca 1 1,22 1 25.139,10 20.954,10

Total: 82 100 1.517.878,73 999.998,27

ANEXO 6

Prefeitura Municipal de João Pessoa Fundação Cultural de João Pessoa

ATA DA REUNIÃO DA COMISSÃO DELIBERATIVA DO FUNDO MUNICIPAL DE CULTURA

Aos nove dias do mês de fevereiro de dois mil e onze, das 14:30 até às 17:30 m . realizou-se a

reunião da Comissão Deliberativa do Fundo Municipal de Cultura, na Fundação Cultural de João

Pessoa – FUNJOPE, sito na Rua Duque de Caxias – 352, Centro, nesta capital, com fins de selecionar

os projetos aprovados oriundos do edital 001/2010 – FMC que oferece uma demanda de

R$1.200,000,00 (hum milhão e duzentos mil reais). Se fizeram presentes todos os membros titulares

da Comissão Deliberativa do FMC, Srs. Carlos Anísio de Oliveira e Silva, Pedro Osmar Gomes

Coutinho, Laureci Siqueira dos Santos, José do Nascimento Lira Neto, Mª Déa Limeira Ferreira dos

Santos, Márcio Luiz Marciano, André Antério de Lucena Santos, Nelson Alexandre da Silva, Renato

Alves do Nascimento e Edmilson Ezequiel Cantalice . Foram inscritos 228(duzentos e vinte e oito)

projetos concorrentes neste edital e foram aprovados 77 (setenta e sete) projetos. O montante de

R$1.200.000,00 (Hum milhão e duzentos mil reais) de incentivo foram distribuídos entre as

seguintes áreas. Literatura R$46.000,00(quarenta e seis mil reais), com 05(cinco) projetos

aprovados; nº3340/2010- Opus Diaboli -A Lagoa e Outras Tragédias de Gilvan Bezerra de Brito, no

valor de R$10.000,00(dez mil reais), nº3378/2010 – 02 Cordéis: Terra Paraíba e Botafogo de

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41

Jacquelino Souza do Nascimento, no valor deR$4.000,00 (quatro mil reais), nº3640- Ritmos de Vera

Cruz de Vilberto Soares da Silva, no valor de R$10.000,00 (Dez mil reais), nº3654/2010 – Livro:

Pifercussão – A Música de Pífanos e Percussão do Nordeste Brasileiro de Heráclito Dorneles Araújo

Coutinho de Melo, no valor de R$20.000,00 (Vinte mil reais), e nº3738/2010 – Almanidade, de

Clarissa Yemisi Laurindo Sokabi, no valor de R$2.000,00 (Dois mil Reais). Na área de Artes Cênicas, foi

distribuído R$276.000,00 (duzentos e setenta e seis mil reais), incluindo teatro e circo, foram

selecionados 12 (doze) projetos, nº3427/2010- Escola Piollin de Artes Cênicas do Centro Cultural

Piollin no valor de R$32.000,00 (trinta e dois mil reais), nº3580/2010- Séries Clownssicos “Macbelo”

de Erisvaldo Pedro no valor de R$20.000,00 (vinte mil reais), nº3592/2010 – Morfologia Teatral em

Simbiose de Ingrid Lima de Castro Moura, no valor de R$32.000,00 (trinta e dois mil reais),

nº3724/2010 – 3ª Mostra de Teatro de Grupo de Maísa Pedrosa Costa, no valor de R$30.000,00

(trinta mil reais), nº3728/2010 – Bruta Flor do Grupo de Teatro Lavoura, no valor de R$22.000,00

(vinte e dois mil reais), nº3737/2010 – Brinpalou-Nefamtepou, Brincantes, Palhaços e Loucos Nesta

Família Tem Um Pouco de Tarcísio Lopes de Araújo Júnior, no valor de R$16.500,00 (dezesseis mil e

quinhentos reais), nº3742/2010 – Usina Com Arte Módulo II de Cecília Lauritzen Jácome no valor de

R$19.000,00 (dezenove mil reais), nº3830/2010 – Através do Espelho de Lara Torrezan G. Ramalho

Nitão, no valor de R$20.000,00 (vinte mil reais), nº3841/2010 – Romina e Julião de Patrícia Carla

Vasconcelos de França, no valor de R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais), nº3851/2010 – A Saga de

Zacarias Parte II de Rosana Figueiredo Pinto, no valor de R$18.500,00 (dezoito mil e quinhentos

reais), nº3854/2010 – Osfodidário Encena Quincas de Daniel de Almeida Aires Porpino, no valor de

R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais), nº3865/2010 – Cabaret-Teatro 55 de Josefa Suzângela Lopes

Sobreira no valor de R$16.000,00 (dezesseis mil reais). Na área de Dança foram aprovados 09

projetos totalizando o valor de R$103.437,60 (cento e três mil, quatrocentos e trinta e sete reais e

sessenta centavos), sendo, 09(nove) projetos, nº 3139/2010 – Nova Vida Através da Dança de Diana

Nascimento Miguel, no valor de R$7.018,00(sete mil e dezoito reais), nº3884/2010 – Casulo das

Loucas de Marcos José Brandão, no valor de R$11.247,50 (onze mil, duzentos e quarenta e sete reais

e cinquenta centavos), nº3643/2010 – II Mostra de Talentos em Danças de Kalline Pereira de Brito,

no valor de R$18.322,50 (dezoito mil trezentos e vinte e dois reais e cinquenta centavos),

nº3668/2010 – Caravana Tribal Nordeste de Kilma Farias Bezerra no valor de R$6.478,00(seis mil

quatrocentos e setenta e oito reais), nº3710/2010 – Morada de Sabrina Siqueira Casado, no valor de

R$11.571,50 (onze mil quinhentos e setentea e um reais e cinquenta centavos), nº 3730/2010 –

Dança, Corpo e Educação de Alex Oliveira dos Santos(, no valor de R$4.470,00 (quatro mil,

quatrocentos e setenta reais), nº3752/2010 – Vozes da Dança de Rafaella Lira Amorim, no valor de

R$12.030,00 (doze mil e trinta reais e dez centavos), nº3858/2010 – Bolsa de Estudo na Escola do

Teatro Bolshoi no Brasil de Rosenilda de Souza Pirtes, no valor de R$19.500,00 (dezenove mil e

quinhentos reais), nº3861/2010 – É Tempo de Dançar de Denilce Regina Félix de Freitas no valor de

R$12.800,00 (doze mil e oitocentos reais). Em Multiárea foram distribuídos para 03 (três) projetos,

totalizando o valor de R$38.868,00 (trinta e oito mil, oitocentos e sessenta e oito reais) sendo os

nº3372/2010 – Multimídia Cultural “Centro Histórico de João Pessoa” de Márcio de Miranda Gago

no valor de R$8,100,00(oito mil e cem reais), nº3587/2010 – VII Valentina com Arte de Carlos

Cavalcante de Oliveira, no valor de R$11.072,50 (onze mil setenta e dois reais e cinquenta centavos)

e nº3842/2010 – II Encontro de Mestres e Aprendizes da Cultura Popular da Associação Imburana de

Cultura Popular no valor de R$19.695,50 (dezenove mil, seiscentos e noventa e cinco reais e

cinquenta centavos). Na área de Biblioteca foi selecionado apenas 01(um) projeto no valor de

R$10.514,56 (dez mil, quinhentos e quatorze reais e cinqüenta e seis centavos) nº3679/2010 –

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Biblioteca Comunitária do SINDLIM-PB, - Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Limpeza

Urbana de João Pessoa. Na área de Cultura Popular foram selecionados 16(dezesseis) projetos no

valor de R$190.444,40 (cento e noventa mil, quatrocentos e quarenta e quatro reais e quarenta

centavos), distribuidos entre os números, nº3574/2010 – Projeto “Agitando a Folia” de Sumpimpa

Produções Artísticas, no valor de R$6.024,60 (seis mil e vinte e quatro reais e sessenta centavos),

3597/2010 – Junina Cangaceiros do Sertão, no valor de Ednilton Tranquilino da Silva, no valor de

R$8.958,50 (oito mil, novecentos e cinquenta e oito reais e cinquenta centavos), nº3599/2010 –

Sanfona Branca Debate Quadrilha Junina de José Pedro Filho, no valor de R$7.572,50 (sete mil

quinhentos e setenta e dois reais e cinquenta centavos), nº3600/2010 – Mapeamento das Casas de

Terreiros do Município de João Pessoa- Paraíba, da Casa de Cultura Ole Asé D'Osoguiã -IAO no valor

de R$27.775,00 (vinte e sete mil setecentos e setenta e cinco reais), nº3604/2010 – Bandeirantes da

Torre Carnaval 2011 de Luziberto Costa do Nascimento, no valor de R$15.066,00(quinze mil e

sessenta e seis reais), nº3613/2010 – Escola de Samba Pavão de Ouro de Allan Amâncio da Silva, no

valor deR$11.856,98 (onze mil, oitocentos e cinquenta e seis reais e noventa eoito

centavos),nº3623/10 - “Semeando Cordel na Escola e na Sociedade” de Manoel Messias Bilisário

Neto no valor de R$6.632,50(seis mil seiscentos e trinta e dois reais e cinquenta centavos),

nº3638/2010 - Arriba a Saia de Alarico Domingos da Silva , no valor de R$9.175,50 (nove mil, cento e

setenta e cinco reais e cinquenta centavos), nº3655/2010 – Xiado do Xinelo de Alexsandro Queioróz

de Oliveira no valor de R$8.912,90 (oito mil, novecentos e doze reais e noventa centavos),

nº3669/2010 – Projeto Dó Maior da Associação Balaio Nordeste - ABN, no valor de R$22.395,00

(vinte e dois mil, trezentos e noventa cinco centavos), nº3676/2010 – Coração Matuto de Emanuel

Ferreira Gonçalves, no valor de R$8.050,50 (oito mil, cinquenta reais e cinquenta centavos),

nº3721/2010 – Partibe em Ação da Associação da Cominidade Negra de Paratibe, no valor de

R$10.112,50 (dez mil, cento e doze reais e cinquenta centavos), nº3733/2010 – Clube Carnavalesco

Os 25 Bichos de Flávio José de Lima, no valor de R$13.772,50 (treze mil, setecentos e setenta e dois

reais e cinquenta centavos),nº3743/2010 – Arraiá do Coroné Laurtentino do Instituto dos Cegos

Adalgisa Cunha, no valor de R$8.834,92 (oito mil, oitocentos e trinta e quatro reais e noventa e dois

centavos), nº3746 – Paraíba de Cabo a Rabo de Yoriga Romana Alves da Silva,no valor de

R$15.851,84 (quinze mil, oitocentos e cinquenta e um reais e oitenta e quatro centavos e nº3749 –

Clube de Orquestra Ciganos do Esplanada de Marcos Antônio dos Santos, no valor de R$9.452,70

(nove mil, quatrocentos e cinquenta e dois reais e setenta centavos). Na área de Artes Visuais foram

contemplados 08(oito) projetos no valor de R$95.920,50 (noventa e cinco mil, novecentos e vinte

reais e cinqüenta centavos) sendo o nº3382/2010 – Digitalização do Acervo Fotográfico de Machado

Bitencourt, de Alessandra Alves de Fontes Rodrigues, no valor de R$23.703,00 (vinte e três mil

setecentos e três reais), nº3629/2010 – Arte e Sociedade na Parahyba (1915-1930) de Gabriel

Bechara Filho, no valor de R$8.067,50 (oito mil, sessenta e sete reais e cinqüenta centavos),

nº3637/2010 – Jovens Talentos da Paraíba 2010 da Associação Cultura Franco-Brasileira (Aliança

Francesa de João Pessoa), no valor de R$8.050,00 (oito mil e cinqüenta reais), nº3678/2010 – Tecelã

de Cristina Carvalho, no valor de R$15.550,00 (quinze mil, quinhentos e cinquenta reais),

nº3754/2010- Dicionário das Artes Visuais na Paraíba – WEB SITE de Sílvio Aurélio de Sá, no valor de

R$3.072,00 (três mil setenta e dois reais), nº3853/2010 – Construção e Vivência Marcando Livros de

Margarete Aurélio Colaço Agra, no valor de R$9.950,00 (nove mil, novecentos e noventa e cinco

reais), nº3503/2010 – Entre o Céu e a Terra de Maria Cristina Strapação, no valor de R$17.000,00

(dezessete mil reais) e nº3716/2010 – Transgressões Capitais de Eulâmpio José da Silva Neto, no

valor de R$10.528,00 (dez mil, quinhentos e vinte e oito reais). Foram destinados a área de Audio

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Visual, o valor de R$196.814,90 (cento e noventa e seis mil, oitocentos e quatorze reais e noventa

centavos) distribuídos para seis projetos; projeto nº3581/2010 – Escravos de Jó de Daniel Araújo

Rodrigues no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), nº3586/2010 – Grecy & Aurélia da Minerva Filmes,

no valor de R436.990,90 (novecentos e noventa reais e noventa centavos), nº3647/2010- A Poeira

dos Pequenos Segredos de Heleno Bernardo Campelo Neto, no valor de R$50.000,00 (cinqüenta mil

reais), nº3648/2010 – De Lua de Marcélia de Souza Cartaxo, no valor de R$44.824,00 (quarenta e

quatro mil, oitocentos e vinte e quatro reais). Nº3671/2010 - Três de Thomas Gustavo de Feitas

Florêncio , no valor de R$20.000,00 (vinte mil reais) e nº3883/2010 – 7º Festival Aruanda do

Audiovisual Brasileiro do Grupo Artesanal no valor de R435.000,00 (trinta e cinco mil reais) e para

área de Música, foram seloecionados 17(dezessete) projetos, totalizando o valor de R$ 242.000,00

(Duzentos e quarenta e dois mil reais), sendo o projeto nº3880/2010 – Paraybanidade-Banda

Arupemba de Petrônio Freire da Silva Filho, no valor de R$9.000,00 (nove mil reais), nº 3547/2010 –

O Rock Como Possibilidade de Resgate Sócio-Cultural de Emanuel Américo Pinto no valor de

R$10.000,00 (dez mil reais), nº3639/2010 – Cantatorre 2011 (6º Cantatorre) de Fernando Antônio

Fernandes de Albuquerque, no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais) nº 3641/2010 – Gravação do

CD Vol. I da Banda Caronas do Opala Sérgio Ricardo Mota de Melo, no valor de R$12.000,00 (doze mil

reais), nº3644/2010 – Produção do Disco “Hazamat” da Banda Hazamat de Pedro Dantas Palmeira

Guimarães, no valor de R$9.000,00 (nove mil reais), nº3649/2010 – Clã Brasil Canta Rosi de Lucyane

Pereira Alves no valor de R$l0.000,00 (dez mil reais), nº3653/2010 – 4º Dia Percussivo de Wênia

Xavier de Medeiros, no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais), nº3665/2010 – Quinteto Itacoatiara-

Do Sertão ao Cariri, de Eduardo Nóbrega, no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), nº3672/2010 -

Pirralhim- Música Para Crianças Pequenas de Caroline Brendel Pacheco, no valor de R$25.000,00

(vinte e cinco mil reais), nº3707/2010 - Marco Zero – Anne Raelly (Finalização do CD) de Anne Raelly

Pereira de Figueirêdo, no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), nº3722/2010 – Bombinha Expressa a

Arte de Sua Composição, de João Gomes de Araújo, no valor de R$12.000,00 (doze mil reais),

nº3735/2010 – Festival Mundo de Rayan Lins Cordeiro, no valor de R$25.000,00 (vinte e cinco mil

reais), nº3740/2010 - Terraamérica – Diversidade Musical e Suas Interações de Ademar José

Fernandes da Cunha, no valor de R$19.000,00 (dezenove mil reais), nº3835/2010 – “Disco 1 da

Ubella Preta” de Felipe Tavares da Silva, no valor de R$ 9.000,00 (nove mil reais), nº3838 – 2010 –

Obras Para Piano de Eli-Eri Luiz Moura, no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais), nº3850 – 2010 O

Vale Vai a Praça de Maria dos Anjos Mendes Gomes, no valor de R$25.000,00 (vinte e cinco mil

reais) e nº3862/2010 – CD “Zé Lins – O Pássaro Poeta” de David Muniz de Lima, no valor de

R$12.000,00 (doze mil reais.

Nada mais havendo a tratar, foi dada por encerrada a referida reunião, que foi por mim, Eliane

Aparecida do Egito Secretaria do FMC assinada e pelos dez Conselheiros titulares presentes a

mesma.

Carlos Anísio de Oliveira e Silva Laureci Siqueira dos Aantos

Déa Limeira Ferreira dos Santos Pedro Osmar Gomes Coutinho

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José do Nascimento Lira Neto Nelson Alexandre da Silva

André Antério de Lucena Santos Márcio Luiz Marciano

Renato Alves do Nascimento Edmilson Ezequiel Cantalice