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ANÁLISE DAS RECEITAS DE SÃO LUÍS (2005-2017 * ) ORGANIZADORES : VÂNIA CRISTINA O. COELHO LAURA REGINA CARNEIRO MARÍLIA DE MORAIS SILVA FELIPE ARAUJO DE MORAES JANEIRO DE 2018 – Nº01 SEPLAN NOTASTECNICAS ´

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ANÁLISE DAS

RECEITAS DE SÃO LUÍS

(2005-2017 * )

ORGANIZADORES : VÂNIA CRISTINA O. CO ELHO

LAURA REGINA CARNEIRO

MARÍLIA DE MORAIS SILVA

FELIPE ARAUJO DE MORAES

J A N E I R O D E 2 0 1 8 – N º 0 1

SEPLAN

NOTAS TECNICAS ´

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUÍS

EDIVALDO HOLANDA BRAGA JÚNIOR - PREFEITO

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO (SEPLAN)

JOSÉ CURSINO RAPOSO MOREIRA - SECRETÁRIO

DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE)

LAURA REGINA CARNEIRO – COORDENADORA-GERAL

VÂNIA CRISTINA OLIVEIRA COELHO – ASSISTENTE TÉCNICA

MARÍLIA DE MORAIS SILVA – ESTAGIÁRIA

FELIPE ARAUJO DE MORAES - ESTAGIÁRIO

DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE)

END.: SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO – SEPLAN

RUA DAS ANDIROBAS, Nº 26 – RENASCENÇA - SÃO LUÍS/MA - CEP.: 65.075-180

www.diie.com.br

[email protected]

Esta publicação tem por objetivo a divulgação de estudos desenvolvidos por pesquisadores do Departamento da Informação e Inteligência Econômica (DIIE), da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento (SEPLAN). Seu conteúdo é de inteira responsabilidade do(s) autor(es), não expressando, necessariamente, o posicionamento da Prefeitura Municipal de São Luís (PMSL).

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NOTA TÉCNICA Nº 01/ JANEIRO 2018’ - ANÁLISE DAS RECEITAS DE SÃO LUÍS (2005-2017*).

INTRODUÇÃO

A presente nota técnica visa, com base nos dados da gestão municipal de 2005 a 2017*1,

apresentar um panorama das receitas do município de São Luís.

Utilizando-se dos métodos de análise vertical e horizontal, é possível retratar, em variação

percentual, a evolução da receita, bem como sua composição ao longo do período de

estudo.

Também, serão comparadas as receitas estimadas na Lei Orçamentária Anual (LOA) às

receitas realizadas, em cada ano, aferindo assim, déficits ou superávits em relação ao

orçado.

Os dados da receita foram obtidos na seção “FINBRA”, da Secretaria do Tesouro Nacional

(STN), para os anos 2005-2012. Acesse a íntegra do referido documento e dados,0em:

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/contas-anuais.

Os demais dados da receita, para os anos 2013-2017*, foram retirados do Relatório

Resumido da Execução Orçamentária (RREO), 6º bimestre, Anexo III. Acesse a íntegra do

referido documento e dados,0no Portal da Transparência da Prefeitura, selecionando

Demonstrativos Ficais - LRF: http://www.lei131.com.br/apex/portal/f?p=661:1

Finalmente, os dados das receitas estimadas, foram retirados das LOAs de cada ano, do

quadro descritivo “Recursos de todas as fontes”.

1. RESULTADOS DE SÃO LUÍS

1.1 EVOLUÇÃO DA RECEITA (2005-2017*) O município de São Luís registrou, em 2015, mais de R$ 2,46 bilhões em receitas

correntes. Em 2016, a capital maranhense arrecadou um valor correspondente a R$

2.712.510.257,82, constituída pelas receitas tributária (R$ 619.509.393,13), de

contribuições (R$ 143.136.230,07), patrimonial (R$ 54.295.674,67), de serviços (R$

286.781,36) e outras receitas correntes (R$ 101.173.196,37) e, ainda, R$

1.794.108.982,22 em Transferências Correntes. Se comparadas ao ano de 2005, as

receitas correntes de São Luís, no ano de 2016, aumentaram cerca de 221,89%. Já a

variação na receita corrente de 2005 até outubro de 2017, é de 231,68%. A Tabela 1

sintetiza os dados relativos a evolução nominal da receita durante o período mencionado.

1 2017 não apresenta dados dos 12 meses, e sim, de 10 meses – até outubro, quando do lançamento do RREO – 5º bimestre. Dados do 6º bimestre serão lançados em 31 de janeiro de 2018.

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Tabela 1. Evolução Nominal da Receita de São Luís (2005-2017*), em R$.

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

ESPECIFICAÇÃO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

RECEITAS CORRENTES ( I ) = (2+8+...+22) 842.687.703,02 937.643.261,80 1.069.534.355,00 1.334.773.294,00 1.485.729.401,42 1.548.867.671,30 1.938.914.910,71

Receita Tributária = (3+4+5+6+7) 156.296.693,87 171.574.287,80 220.138.844,40 276.879.597,30 304.488.129,23 348.042.943,12 430.002.717,21

IPTU 21.591.243,23 23.738.819,76 24.150.876,17 27.258.336,42 33.603.874,31 39.655.111,75 31.125.066,48

ISS 113.414.657,05 128.866.099,60 168.542.098,00 209.930.826,90 228.764.304,91 249.944.464,89 333.860.114,26

ITBI 3.922.750,08 4.392.834,17 6.933.962,46 8.857.999,11 9.413.610,80 14.070.963,82 15.081.092,78

IRRF 8.234.394,46 9.352.533,12 14.268.387,47 21.901.578,61 23.784.957,54 31.589.354,71 36.545.855,06

Outras Receitas Tributárias 9.133.649,05 5.224.001,15 6.243.520,30 8.930.856,26 8.921.381,67 12.783.047,95 13.390.588,63

Receita de Contribuições 46.628.480,97 51.358.508,53 54.621.438,61 64.512.087,86 76.428.171,10 83.785.361,05 101.685.533,98

Receita Patrimonial 6.071.619,73 6.969.580,12 5.503.056,82 15.232.132,18 16.705.717,56 26.282.049,34 23.416.534,40

Receita de Serviços 290.544,04 990,69 646,35 1.086.340,68 75.433,58 229.576,44 210.124,52

Transferências Correntes = (14+...+21) 608.164.809,69 668.687.806,80 743.506.242,30 936.802.229,50 1.051.009.485,55 1.053.309.197,69 1.311.956.636,47

Cota-Parte do FPM 167.412.354,07 174.744.453,90 202.611.031,10 265.423.791,30 252.476.209,52 274.404.973,72 344.037.690,03

Cota-Parte do ICMS 186.269.439,83 213.238.104,90 217.194.544,90 244.585.006,40 254.284.330,13 282.025.909,25 336.171.800,79

Cota-Parte do IPVA 19.521.566,96 23.716.646,06 29.928.613,73 41.296.775,69 41.578.246,93 45.832.304,85 52.827.588,22

Cota-Parte do ITR 6.624,10 4.492,58 6.171,39 10.275,99 5.503,63 10.838,76 11.945,84

Transferências da LC 87/1996 7.315.761,84 3.968.475,28 3.765.148,53 3.552.489,82 3.491.584,56 3.307.899,12 3.393.878,28

Transferências da LC 61/1989 3.129.209,81 3.470.089,67 3.393.515,58 3.619.783,00 3.106.567,71 0,00 4.635.370,96

Transferências do FUNDEB 48.979.750,24 53.756.868,99 78.285.136,70 108.174.438,15 137.673.794,97 144.122.816,00 213.134.689,48

Outras Transferências Correntes 150.294.548,12 156.736.587,59 162.557.954,19 229.878.762,85 321.370.783,70 266.385.912,33 286.100.308,74

Outras Receitas Correntes 25.235.554,72 39.052.087,83 45.764.126,18 40.260.906,30 37.022.464,40 37.218.543,66 71.643.364,13

DEDUÇÕES ( II ) = (24+25+26) 76.376.921,16 84.950.545,46 97.994.830,57 127.616.735,39 145.203.841,39 156.901.586,37 195.386.453,56

Contrib. para o Plano de Previdência do Servidor 21.757.906,85 25.637.377,47 24.868.931,51 29.371.817,71 36.386.509,32 36.150.566,76 50.103.125,58

Compensação Financ. entre Regimes Previd. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Dedução de Receita para Formação do FUNDEB 54.619.014,31 59.313.167,99 73.125.899,06 98.244.917,68 108.817.332,07 120.751.019,61 145.283.327,98

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA = (I - II) 766.310.781,86 852.692.716,34 971.539.524,43 1.207.156.558,61 1.340.525.560,03 1.391.966.084,93 1.743.528.457,15

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Tabela 1. Evolução Nominal da Receita de São Luís (2005-2017*), em R$.

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

ESPECIFICAÇÃO 2012 2013 2014 2015 2016 2017*

RECEITAS CORRENTES ( I ) = (2+8+...+22) 2.022.287.464,55 2.172.685.855,02 2.315.164.067,05 2.468.132.404,01 2.712.510.257,82 2.795.076.181,34

Receita Tributária = (3+4+5+6+7) 505.039.615,60 512.825.662,33 532.491.940,91 613.938.811,04 619.509.393,13 667.905.438,21

IPTU 38.762.074,66 43.887.467,46 45.739.646,81 67.740.361,14 71.728.370,16 104.498.214,88

ISS 395.280.567,77 388.884.672,64 403.763.828,78 443.273.201,56 435.069.898,47 450.841.453,73

ITBI 18.485.358,16 22.401.170,89 27.450.240,06 29.612.723,43 25.214.130,21 23.712.834,36

IRRF 39.558.636,26 43.271.505,79 41.250.721,11 58.592.487,85 70.194.260,64 72.508.890,44

Outras Receitas Tributárias 12.952.978,75 14.380.845,55 14.287.504,15 14.720.037,06 17.302.733,65 16.344.044,80

Receita de Contribuições 98.146.384,00 134.235.908,10 132.878.602,09 143.284.904,98 143.136.230,07 152.014.977,31

Receita Patrimonial 27.269.525,08 19.016.826,05 45.950.554,91 47.762.220,64 54.295.674,67 39.977.987,16

Receita de Serviços 153.815,56 71.051,08 275.229,54 362.055,44 286.781,36 209.030,36

Transferências Correntes = (14+...+21) 1.345.248.078,00 1.440.084.988,65 1.542.629.881,60 1.585.649.388,56 1.794.108.982,22 1.884.826.636,80

Cota-Parte do FPM 355.642.320,30 380.946.306,44 421.384.518,74 445.449.402,70 520.133.343,93 561.702.615,70

Cota-Parte do ICMS 371.601.019,80 395.860.803,03 408.326.880,03 394.600.280,60 447.241.180,02 473.590.657,29

Cota-Parte do IPVA 60.614.522,08 66.990.768,03 73.712.579,89 78.557.890,36 82.602.365,93 86.251.811,63

Cota-Parte do ITR 15.904,37 17.764,00 25.920,66 10.587,34 43.190,10 51.427,51

Transferências da LC 87/1996 3.327.139,56 3.120.738,62 2.980.434,12 2.712.943,50 2.597.554,56 2.576.660,56

Transferências da LC 61/1989 4.226.563,62 0,00 2.692.682,53 2.443.354,68 4.345.317,71 4.928.611,20

Transferências do FUNDEB 241.003.242,26 241.990.049,46 273.482.863,06 313.917.996,71 344.858.760,61 352.760.211,07

Outras Transferências Correntes 262.387.319,70 284.707.140,26 299.086.144,57 347.956.932,67 392.287.269,36 402.964.641,84

Outras Receitas Correntes 46.430.046,31 66.451.418,81 60.937.858,00 77.135.023,35 101.173.196,37 50.142.111,50

DEDUÇÕES ( II ) = (24+25+26) 203.172.735,94 231.439.166,10 244.148.084,79 252.839.387,49 273.679.971,23 290.513.539,29

Contrib. para o Plano de Previdência do Servidor 45.352.374,66 64.106.588,83 65.357.850,98 72.432.595,15 68.872.146,20 73.019.767,24

Compensação Financ. entre Regimes Previd. 0,00 329.865,42 0,00 0,00 0,00 0,00

Dedução de Receita para Formação do FUNDEB 157.820.361,28 167.002.711,85 178.790.233,81 180.406.792,34 204.807.825,03 217.493.772,05

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA = (I - II) 1.819.114.728,61 1.941.246.688,92 2.071.015.982,26 2.215.293.016,52 2.438.830.286,59 2.504.562.642,05

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1.2 ANÁLISE HORIZONTAL

Tabela 2. Análise Horizontal da Receita de São Luís (em %).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

A Análise Horizontal permite a comparação do valor de cada item do demonstrativo, com

o correspondente em um determinado período anterior, considerado como base. Essa

análise objetiva destacar a evolução de cada conta ou grupo de conta.

A Tabela 2 destaca as variações ocorridas no intervalo do primeiro ano de cada gestão e,

também, do acumulado do mandato de 4 anos, nos governos dos ex-prefeitos Tadeu

Palácio e João Castelo, bem como da 1ª. gestão do Prefeito Edivaldo Holanda.

Excepcionalmente no caso da gestão Edivaldo, por se tratar de reeleição, faz-se a

comparação da evolução no último ano de mandato (período 2016-2017*).

Fica demonstrado então uma variação nominal de 303,63% das receitas de serviços, na

primeira gestão Edivaldo Holanda (2013-2016), que supera os 103,91% da gestão João

Castelo (2009-2012) e também a de Tadeu Palácio (2005-2008) que foi de 273,90%.

2005-2006 (1o

ano)

2005-2008

(mandato)

2009-2010

(1o ano)

2009-2012

(mandato)

2013-2014

(1o ano)

2013-2016

(mandato)

2016-2017*

(4° ano)

RECEITAS CORRENTES 11,27 58,39 4,25 36,11 6,56 24,85 3,04

Receita Tributária 9,77 77,15 14,30 65,87 3,83 20,80 7,81

IPTU 9,95 26,25 18,01 15,35 4,22 63,44 45,69

ISS 13,62 85,10 9,26 72,79 3,83 11,88 3,63

ITBI 11,98 125,81 49,47 96,37 22,54 12,56 -5,95

IRRF 13,58 165,98 32,81 66,32 -4,67 62,22 3,30

Outras Receitas Tributárias -42,80 -2,22 43,29 45,19 -0,65 20,32 -5,54

Receita de Contribuições 10,14 38,35 9,63 28,42 -1,01 6,63 6,20

Receita Patrimonial 14,79 150,87 57,32 63,23 141,63 185,51 -26,37

Receita de Serviços -99,66 273,90 204,34 103,91 287,37 303,63 -27,11

Transferências Correntes 9,95 54,04 0,22 28,00 7,12 24,58 5,06

Cota-Parte do FPM 4,38 58,54 8,69 40,86 10,62 36,54 7,99

Cota-Parte do ICMS 14,48 31,31 10,91 46,14 3,15 12,98 5,89

Cota-Parte do IPVA 21,49 111,54 10,23 45,78 10,03 23,30 4,42

Cota-Parte do ITR -32,18 55,13 96,94 188,98 45,92 143,13 19,07

Transferências da LC 87/1996 -45,75 -51,44 -5,26 -4,71 -4,50 -16,76 -0,80

Transferências da LC 61/1989 10,89 15,68 -100,00 36,05 - - 13,42

Transferências do FUNDEB 9,75 120,86 4,68 75,05 13,01 42,51 2,29

Outras Transferências Correntes 4,29 52,95 -17,11 -18,35 5,05 37,79 2,72

O utras Receitas Correntes 54,75 59,54 0,53 25,41 -8,30 52,25 -50,44

DEDUÇÕ ES 11,23 67,09 8,06 39,92 5,49 18,25 6,15

Contrib. para o Plano de Previdência

do Servidor 17,83 34,99 -0,65 24,64 1,95 7,43 6,02

Compensação Financ. entre Regimes

Previd. - - - - - - -

Dedução de Receita para Formação

do FUNDEB 8,59 79,87 10,97 45,03 7,06 22,64 6,19

RECEITA CO RRENTE LÍQ UIDA 11,27 57,53 3,84 35,70 6,68 25,63 2,70

Gestão Edivaldo Holanda

Análise Horizontal (%)

Gestão Tadeu Palácio Gestão João Castelo

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Em compensação, a variação nominal da receita tributária e das transferências correntes,

na gestão Edivaldo, são menores que nas gestões anteriores, 28,80% e 24,58%

respectivamente, contra 65,87% e 28% de João Castelo e 77,15% e 54,04% de Tadeu

Palácio. Pode-se atribuir o quadro de menor crescimento na receita tributária, pelo

menos em parte, à desaceleração do crescimento econômico, e posterior crise

experimentada pelo país após a primeira década do ano 2000. A redução no

crescimento da receita de transferência existe, mas é menor, além do que, sua tendência

de crescimento já demonstra estagnação desde a gestão João Castelo.

Outro dado que surpreende é o da receita tributária que cresceu 7,81%, no último ano

da primeira gestão Edivaldo (2016 em comparação a 2017*), uma evolução de cerca de

103,92% em relação ao primeiro ano do mandato 2013-2016.

1.3 ANÁLISE VERTICAL

Tabela 3. Análise Vertical da Receita de São Luís (em %).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

Análise Vertical (%) 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017*

RECEITAS CORRENTES 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Receita Tributária 18,55 18,30 20,58 20,74 20,49 22,47 22,18 24,97 23,60 23,00 24,87 22,84 23,90

IPTU 2,56 2,53 2,26 2,04 2,26 2,56 1,61 1,92 2,02 1,98 2,74 2,64 3,74

ISS 13,46 13,74 15,76 15,73 15,40 16,14 17,22 19,55 17,90 17,44 17,96 16,04 16,13

ITBI 0,47 0,47 0,65 0,66 0,63 0,91 0,78 0,91 1,03 1,19 1,20 0,93 0,85

IRRF 0,98 1,00 1,33 1,64 1,60 2,04 1,88 1,96 1,99 1,78 2,37 2,59 2,59

Outras Receitas Tributárias 1,08 0,56 0,58 0,67 0,60 0,83 0,69 0,64 0,66 0,62 0,60 0,64 0,58

Receita de Contribuições 5,53 5,48 5,11 4,83 5,14 5,41 5,24 4,85 6,18 5,74 5,81 5,28 5,44

Receita Patrimonial 0,72 0,74 0,51 1,14 1,12 1,70 1,21 1,35 0,88 1,98 1,94 2,00 1,43

Receita de Serviços 0,03 0,00 0,00 0,08 0,01 0,01 0,01 0,01 0,00 0,01 0,01 0,01 0,01

Transferências Correntes 72,17 71,32 69,52 70,18 70,74 68,01 67,66 66,52 66,28 66,63 64,24 66,14 67,43

Cota-Parte do FPM 19,87 18,64 18,94 19,89 16,99 17,72 17,74 17,59 17,53 18,20 18,05 19,18 20,10

Cota-Parte do ICMS 22,10 22,74 20,31 18,32 17,12 18,21 17,34 18,38 18,22 17,64 15,99 16,49 16,94

Cota-Parte do IPVA 2,32 2,53 2,80 3,09 2,80 2,96 2,72 3,00 3,08 3,18 3,18 3,05 3,09

Cota-Parte do ITR 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências da LC 87/1996 0,87 0,42 0,35 0,27 0,24 0,21 0,18 0,16 0,14 0,13 0,11 0,10 0,09

Transferências da LC 61/1989 0,37 0,37 0,32 0,27 0,21 0,00 0,24 0,21 0,00 0,12 0,10 0,16 0,18

Transferências do FUNDEB 5,81 5,73 7,32 8,10 9,27 9,31 10,99 11,92 11,14 11,81 12,72 12,71 12,62

Outras Transferências Correntes 17,84 16,72 15,20 17,22 21,63 17,20 14,76 12,97 13,10 12,92 14,10 14,46 14,42

O utras Receitas Correntes 2,99 4,16 4,28 3,02 2,49 2,40 3,70 2,30 3,06 2,63 3,13 3,73 1,79

DEDUÇÕ ES 9,06 9,06 9,16 9,56 9,77 10,13 10,08 10,05 10,65 10,55 10,24 10,09 10,39

Contrib. para o Plano de Previdência do Servidor 2,58 2,73 2,33 2,20 2,45 2,33 2,58 2,24 2,95 2,82 2,93 2,54 2,61

Compensação Financ. entre Regimes Previd. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00

Dedução de Receita para Formação do FUNDEB 6,48 6,33 6,84 7,36 7,32 7,80 7,49 7,80 7,69 7,72 7,31 7,55 7,78

RECEITA CO RRENTE LÍQ UIDA 90,94 90,94 90,84 90,44 90,23 89,87 89,92 89,95 89,35 89,45 89,76 89,91 89,61

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NOTA TÉCNICA Nº 01/ JANEIRO 2018’ - ANÁLISE DAS RECEITAS DE SÃO LUÍS (2005-2017*).

A análise vertical do demonstrativo da receita líquida consiste na determinação dos

percentuais de cada conta ou cada grupo de contas que compõem a receita, em relação ao

valor da receita corrente. Assim, comparando-se exercícios da série histórica 2005-2017*,

pode-se constatar a mudança do peso relativo de cada conta na formação da receita

corrente.

Dessa forma, faz-se uma avaliação estrutural das receitas da Prefeitura de São Luís, uma

vez que explicita sua composição. A Receita Tributária é constituída pela arrecadação de

impostos, taxas e contribuições de melhoria. Em 2016, os tributos recebidos da população

ludovicense somaram 22,84% da receita corrente. O ano de 2015 foi o que registrou os

maiores recebimentos em tributação, com um percentual 24,87%, para impostos sobre

serviços, a arrecadação foi de 17,96% da receita corrente. O segundo maior rendimento

provém do IPTU (variando de 1,61% em 2011 a 3,74% em 2017*).

Entre 2005-2017*, o ISS sempre logrou arrecadações muito superiores ao tributo

seguinte, o IPTU. Essa diferença, em média, foi de 6,2 vezes nos 13 anos.

Porém, em 2017*, essa proporção está em um dos menores patamares da série, 3,3 vezes.

A receita tributária apresenta uma leve tendência, ao longo do período 2005-2017*, de

crescimento de sua participação na composição das receitas correntes, em 2005 sua

participação relativa era de 18,55% ao passo que em 2017* sua relevância está em

23,90%. Já as transferências correntes apresentam a tendência oposta: reduzem sua

participação relativa ao longo do período 2005-2017*. Saindo, em 2005, de 72,17% de

relevância para a formação da receita corrente para 67,43% em 2017*.

O comportamento dessas duas variáveis foi colocado à parte, no Gráfico 1 e no Gráfico 2,

para melhor visualização. As linhas verticais nos gráficos indicam as durações das gestões

municipais, assim percebemos o quanto cada gestão contribuiu para a significativa

melhora estrutural das contas do Município de São Luís, no que tange a composição da

receita corrente.

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Gráfico 1. Evolução da Receita Tributária na formação da Receita Corrente de São Luís: 2005-2017* (em %).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

Gráfico 2. Evolução das Transferências Correntes na formação da Receita Corrente de São Luís: 2005-2017* (em %).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

O Gráfico 3, a seguir, possibilita uma avaliação sobre a importância de cada tributo

municipal na composição da “Receita Tributária”, ao longo do período de estudo.

A maior variação foi vista no Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF, onde ocorre uma

elevação nominal de 780,56%, quando 2017* é comparado com 2005. Logo em seguida

temos o ITBI com a variação nominal de cerca de 504,50% ao longo do período, em

terceiro lugar tem-se o IPTU com 383,98% de variação.

Em termos de valores, o ISS se mantém no primeiro lugar, com um crescimento de R$

337,42 milhões, sem descontar a inflação, no período 2005-2017*. Em seguida temos o

IPTU com um crescimento de R$ 82,90 milhões, e em terceiro lugar o IRRF com elevação

de R$ 64,27 milhões.

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NOTA TÉCNICA Nº 01/ JANEIRO 2018’ - ANÁLISE DAS RECEITAS DE SÃO LUÍS (2005-2017*).

A comparação entre 2017* e 2016 demonstra que: o ITBI caiu R$ 1,50 milhões e a rubrica

“outras receitas tributárias” caiu R$ 958,68 mil. Já o IPTU cresce R$ 32,76 milhões, e o ISS

se eleva na quantia nominal de R$ 15,71 milhões.

Gráfico 3. Composição da Receita Tributária de São Luís, 2005-2017* (em R$ milhões).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

21,59

23,74

24,15

27,26

33,60

39,66

31,13

38,76

43,89

45,74

67,74

71,73

104,50

113,41

128,87

168,54

209,93

228,76

249,94

333,86

395,28

388,88

403,76

443,27

435,07

450,84

3,92

4,39

6,93

8,86

9,41

14,07

15,08

18,49

22,40

27,45

29,61

25,21

23,71

8,23

9,35

14,27

21,90

23,78

31,59

36,55

39,56

43,27

41,25

58,59

70,19

72,51

9,13

5,22

6,24

8,93

8,92

12,78

13,39

12,95

14,38

14,29

14,72

17,30

16,34

0,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017*

Milhões

Outras Receitas Tributárias IRRF ITBI ISS IPTU

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1.4 COMPARATIVO ORÇADO X REALIZADO

Tabela 4. Comparativo Orçado x Realizado, 2005-2017* (em R$ milhões).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*) Tabela 4. Comparativo Orçado x Realizado, 2005-2017* (em R$ milhões).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

2005 2005 2006 2006 2007 2007ORÇADO

(LOA)REALIZADO

ORÇADO

(LOA)REALIZADO

ORÇADO

(LOA)REALIZADO

RECEITAS CORRENTES 735.708.688,00 842.687.703,02 106.979.015,02 919.494.913,00 937.643.261,80 18.148.348,80 1.086.195.248,00 1.069.534.355,00 -16.660.893,00

Receita Tributária 134.017.327,00 156.296.693,87 22.279.366,87 183.416.150,00 171.574.287,80 -11.841.862,20 205.102.959,00 220.138.844,40 15.035.885,40

Receita de Contribuições 17.662.884,00 46.628.480,97 28.965.596,97 24.720.000,00 51.358.508,53 26.638.508,53 88.918.974,00 54.621.438,61 -34.297.535,39

Receita Patrimonial 2.602.970,00 6.071.619,73 3.468.649,73 2.720.105,00 6.969.580,12 4.249.475,12 7.651.884,00 5.503.056,82 -2.148.827,18

Receita de Serviços 150.398,00 290.544,04 140.146,04 241.458,00 990,69 -240.467,31 127.694,00 646,35 -127.047,65

Transferências Correntes 565.729.778,00 608.164.809,69 42.435.031,69 681.574.580,00 668.687.806,80 -12.886.773,20 748.756.426,00 743.506.242,30 -5.250.183,70

Outras Receitas Correntes 15.545.331,00 25.235.554,72 9.690.223,72 26.822.620,00 39.052.087,83 12.229.467,83 35.637.311,00 45.764.126,18 10.126.815,18

DEDUÇÕES - 76.376.921,16 - 54.821.253,00 84.950.545,46 30.129.292,46 64.041.148,00 97.994.830,57 33.953.682,57

RECEITA CORRENTE

LÍQUIDA - 766.310.781,86 - 864.673.660,00 852.692.716,34 -11.980.943,66 1.022.154.100,00 971.539.524,43 -50.614.575,57

ESPECIFICAÇÃODiferença entre

REALIZADO e

LOA - 2005

Diferença entre

REALIZADO e

LOA - 2006

Diferença entre

REALIZADO e

LOA - 2007

2008 2008 2009 2009 2010 2010ORÇADO

(LOA)REALIZADO

ORÇADO

(LOA)REALIZADO

ORÇADO

(LOA)REALIZADO

RECEITAS CORRENTES 1.277.162.225,00 1.334.773.294,00 57.611.069,00 1.400.821.201,00 1.485.729.401,42 84.908.200,42 2.026.398.583,00 1.548.867.671,30 -477.530.911,70

Receita Tributária 240.422.301,00 276.879.597,30 36.457.296,30 284.563.583,00 304.488.129,23 19.924.546,23 481.856.112,00 348.042.943,12 -133.813.168,88

Receita de Contribuições 65.027.990,00 64.512.087,86 -515.902,14 83.240.831,00 76.428.171,10 -6.812.659,90 95.078.632,00 83.785.361,05 -11.293.270,95

Receita Patrimonial 5.701.944,00 15.232.132,18 9.530.188,18 11.177.941,00 16.705.717,56 5.527.776,56 15.167.623,00 26.282.049,34 11.114.426,34

Receita de Serviços 1.130,00 1.086.340,68 1.085.210,68 69.979,00 75.433,58 5.454,58 2.077.102,00 229.576,44 -1.847.525,56

Transferências Correntes 914.927.993,00 936.802.229,50 21.874.236,50 978.417.622,00 1.051.009.485,55 72.591.863,55 1.377.459.030,00 1.053.309.197,69 -324.149.832,31

Outras Receitas Correntes 51.080.867,00 40.260.906,30 -10.819.960,70 43.351.245,00 37.022.464,40 -6.328.780,60 54.760.084,00 37.218.543,66 -17.541.540,34

DEDUÇÕES 94.673.021,00 127.616.735,39 32.943.714,39 119.921.608,00 145.203.841,39 25.282.233,39 189.003.479,00 156.901.586,37 -32.101.892,63

RECEITA CORRENTE

LÍQUIDA 1.182.489.204,00 1.207.156.558,61 24.667.354,61 1.280.899.593,00 1.340.525.560,03 59.625.967,03 1.837.395.104,00 1.391.966.084,93 -445.429.019,07

ESPECIFICAÇÃODiferença entre

REALIZADO e

LOA - 2008

Diferença entre

REALIZADO e

LOA - 2009

Diferença entre

REALIZADO e

LOA - 2010

Page 12: ANÁLISE DAS RECEITAS DE SÃO LUÍS (2005-2017€¦ · 286.781,36) e outras receitas correntes (R$ 101.173.196,37) e, ainda, R$ 1.794.108.982,22 em Transferências Correntes. Se comparadas

Tabela 4. Comparativo Orçado x Realizado, 2005-2017* (em R$ milhões).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

Tabela 4. Comparativo Orçado x Realizado, 2005-2017* (em R$ milhões).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

2011 2011 2012 2012 2013 2013ORÇADO

(LOA)REALIZADO

ORÇADO

(LOA)REALIZADO

ORÇADO

(LOA)REALIZADO

RECEITAS CORRENTES 2.146.065.933,00 1.938.914.910,71 -207.151.022,29 2.546.183.578,00 2.022.287.464,55 -523.896.113,45 2.320.257.543,00 2.172.685.855,02 -147.571.687,98

Receita Tributária 516.343.453,00 430.002.717,21 -86.340.735,79 689.797.115,00 505.039.615,60 -184.757.499,40 624.611.422,00 512.825.662,33 -111.785.759,67

Receita de Contribuições 117.125.948,00 101.685.533,98 -15.440.414,02 125.947.957,00 98.146.384,00 -27.801.573,00 125.582.331,00 134.235.908,10 8.653.577,10

Receita Patrimonial 22.305.124,00 23.416.534,40 1.111.410,40 21.783.759,00 27.269.525,08 5.485.766,08 33.543.290,00 19.016.826,05 -14.526.463,95

Receita de Serviços 305.294,00 210.124,52 -95.169,48 227.179,00 153.815,56 -73.363,44 186.633,00 71.051,08 -115.581,92

Transferências Correntes 1.413.167.054,00 1.311.956.636,47 -101.210.417,53 1.653.654.681,00 1.345.248.078,00 -308.406.603,00 1.455.012.887,00 1.440.084.988,65 -14.927.898,35

Outras Receitas Correntes 76.819.060,00 71.643.364,13 -5.175.695,87 54.772.887,00 46.430.046,31 -8.342.840,69 81.419.980,00 66.451.418,81 -14.968.561,19

DEDUÇÕES 189.217.236,00 195.386.453,56 6.169.217,56 215.802.658,00 203.172.735,94 -12.629.922,06 181.011.630,00 231.439.166,10 50.427.536,10

RECEITA CORRENTE

LÍQUIDA 1.956.848.697,00 1.743.528.457,15 -213.320.239,85 2.330.380.920,00 1.819.114.728,61 -511.266.191,39 2.139.245.913,00 1.941.246.688,92 -197.999.224,08

Diferença entre

REALIZADO

e LOA - 2012

ESPECIFICAÇÃODiferença entre

REALIZADO e

LOA - 2011

Diferença entre

REALIZADO

e LOA - 2013

2014 2014 2015 2015 2016 2016ORÇADO

(LOA)REALIZADO

ORÇADO

(LOA)REALIZADO

ORÇADO

(LOA)REALIZADO

RECEITAS CORRENTES 2.559.915.741,00 2.315.164.067,05 -244.751.673,95 2.678.425.425,00 2.468.132.404,01 -210.293.020,99 2.739.424.595,36 2.712.510.257,82 -26.914.337,54

Receita Tributária 653.441.115,00 532.491.940,91 -120.949.174,09 652.506.865,00 613.938.811,04 -38.568.053,96 732.625.234,00 619.509.393,13 -113.115.840,87

Receita de Contribuições 144.260.833,00 132.878.602,09 -11.382.230,91 137.827.629,00 143.284.904,98 5.457.275,98 149.028.000,00 143.136.230,07 -5.891.769,93

Receita Patrimonial 25.957.642,00 45.950.554,91 19.992.912,91 39.189.925,00 47.762.220,64 8.572.295,64 38.676.269,00 54.295.674,67 15.619.405,67

Receita de Serviços 106.002,00 275.229,54 169.227,54 150.102,00 362.055,44 211.953,44 220.013,00 286.781,36 66.768,36

Transferências Correntes 1.665.343.837,00 1.542.629.881,60 -122.713.955,40 1.785.293.225,00 1.585.649.388,56 -199.643.836,44 1.748.138.807,36 1.794.108.982,22 45.970.174,86

Outras Receitas Correntes 70.806.312,00 60.937.858,00 -9.868.454,00 63.457.679,00 77.135.023,35 13.677.344,35 70.736.272,00 101.173.196,37 30.436.924,37

DEDUÇÕES 195.394.334,00 244.148.084,79 48.753.750,79 221.883.709,00 252.839.387,49 30.955.678,49 216.687.453,00 273.679.971,23 56.992.518,23

RECEITA CORRENTE

LÍQUIDA 2.364.521.407,00 2.071.015.982,26 -293.505.424,74 2.456.541.716,00 2.215.293.016,52 -241.248.699,48 2.522.737.142,36 2.438.830.286,59 -83.906.855,77

ESPECIFICAÇÃODiferença entre

REALIZADO

e LOA - 2014

Diferença entre

REALIZADO

e LOA - 2015

Diferença entre

REALIZADO

e LOA - 2016

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NOTA TÉCNICA Nº 01/ JANEIRO 2018’ - ANÁLISE DAS RECEITAS DE SÃO LUÍS (2005-2017*).

Tabela 4. Comparativo Orçado x Realizado, 2005-2017* (em R$ milhões).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

2017 2017ORÇADO

(LOA)REALIZADO

RECEITAS CORRENTES 2.760.233.547,79 2.795.076.181,34 34.842.633,55

Receita Tributária 707.884.741,87 667.905.438,21 -39.979.303,66

Receita de Contribuições 163.067.232,33 152.014.977,31 -11.052.255,02

Receita Patrimonial 48.568.007,19 39.977.987,16 -8.590.020,03

Receita de Serviços 432.492,03 209.030,36 -223.461,67

Transferências Correntes 1.752.406.369,00 1.884.826.636,80 132.420.267,80

Outras Receitas Correntes 87.874.705,37 50.142.111,50 -37.732.593,87

DEDUÇÕES 179.838.061,56 290.513.539,29 110.675.477,73

RECEITA CORRENTE

LÍQUIDA 2.580.395.486,23 2.504.562.642,05 -75.832.844,18

ESPECIFICAÇÃODiferença entre

REALIZADO

e LOA - 2017

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1.4 RESUMO DO COMPARATIVO: DÉFICITs e SUPERÁVITs do REALIZADO em relação ao ORÇADO

Tabela 5. Resumo Comparativo Orçado x Realizado, 2005-2017* (em R$ milhões).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

RECEITAS

CORRENTES Receita Tributária

Receita de

Contribuições

Receita

Patrimonial

Receita de

Serviços

Transferências

Correntes

Outras Receitas

CorrentesDEDUÇÕES

RECEITA

CORRENTE

LÍQUIDA

106.979.015,02 22.279.366,87 28.965.596,97 3.468.649,73 140.146,04 42.435.031,69 9.690.223,72 - -

18.148.348,80 -11.841.862,20 26.638.508,53 4.249.475,12 -240.467,31 -12.886.773,20 12.229.467,83 30.129.292,46 -11.980.943,66

-16.660.893,00 15.035.885,40 -34.297.535,39 -2.148.827,18 -127.047,65 -5.250.183,70 10.126.815,18 33.953.682,57 -50.614.575,57

57.611.069,00 36.457.296,30 -515.902,14 9.530.188,18 1.085.210,68 21.874.236,50 -10.819.960,70 32.943.714,39 24.667.354,61

84.908.200,42 19.924.546,23 -6.812.659,90 5.527.776,56 5.454,58 72.591.863,55 -6.328.780,60 25.282.233,39 59.625.967,03

-477.530.911,70 -133.813.168,88 -11.293.270,95 11.114.426,34 -1.847.525,56 -324.149.832,31 -17.541.540,34 -32.101.892,63 -445.429.019,07

-207.151.022,29 -86.340.735,79 -15.440.414,02 1.111.410,40 -95.169,48 -101.210.417,53 -5.175.695,87 6.169.217,56 -213.320.239,85

-523.896.113,45 -184.757.499,40 -27.801.573,00 5.485.766,08 -73.363,44 -308.406.603,00 -8.342.840,69 -12.629.922,06 -511.266.191,39

-147.571.687,98 -111.785.759,67 8.653.577,10 -14.526.463,95 -115.581,92 -14.927.898,35 -14.968.561,19 50.427.536,10 -197.999.224,08

-244.751.673,95 -120.949.174,09 -11.382.230,91 19.992.912,91 169.227,54 -122.713.955,40 -9.868.454,00 48.753.750,79 -293.505.424,74

-210.293.020,99 -38.568.053,96 5.457.275,98 8.572.295,64 211.953,44 -199.643.836,44 13.677.344,35 30.955.678,49 -241.248.699,48

-26.914.337,54 -113.115.840,87 -5.891.769,93 15.619.405,67 66.768,36 45.970.174,86 30.436.924,37 56.992.518,23 -83.906.855,77

34.842.633,55 -39.979.303,66 -11.052.255,02 -8.590.020,03 -223.461,67 132.420.267,80 -37.732.593,87 110.675.477,73 -75.832.844,18

2016

2017*

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2009

Diferença entre

REALIZADO e LOA

2005

2006

2007

2008

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Nesta seção buscamos o resumo dos déficits, ou superávits, obtidos na comparação da

receita realizada em relação a estimativa que foi definida no orçamento, ou seja,

realizamos uma comparação entre o que foi realmente obtido como receita corrente e o

que era planejado na Lei Orçamentaria Anual. Aqui procura-se o quanto a administração

foi realista em relação aos valores acordados no orçamento municipal, o que é de

fundamental importância para a gestão das contas do município. O exercício comparativo

possibilitou a elaboração da Tabela 5 “Resumo Comparativo Orçado x Realizado, 2005-

2017*”, em que são apresentados os superávits, ou déficits, das receitas realizadas em

relação ao estimado na LOA.

Na administração Tadeu Palácio (2005-2008), com exceção de 2007, todos os anos foram

de superávit, isto é, a receita realizada foi maior que a receita estimada na LOA. Apenas

em 2007 ocorreu um déficit de cerca de R$ 16,66 milhões.

Na administração João Castelo (2009-2012), com exceção de 2009, todos os demais anos

foram de déficit, sendo o maior deles em 2012, onde o orçamento foi superior em R$

523,89 milhões, em comparação a receita corrente obtida no ano. Ou seja, a administração

da época superestimava as receitas orçamentárias muito acima da realidade que poderia

ser alcançada.

A administração Edivaldo Holanda (2012-2016) apresenta uma progressiva redução dos

déficits, em seu primeiro ano o reduz bruscamente para R$ 147,57 milhões; em 2014, esse

valor cresce, e o déficit é de R$ 244,75 milhões, a partir desse ano a redução se torna

constante: déficits de R$ 210,29 milhões em 2015, e R$ 26,91 milhões em 2016.

Finalmente em 2017* a série de déficits constantes, e orçamentos superestimados, é

quebrada, mesmo com a receita apenas até o mês de outubro, já se supera o que foi orçado.

2017* apresenta um superávit (orçado x realizado) de R$ 34,82 milhões, algo que não

acontece desde 2009. O Gráfico 4, foi montado com base nos dados deste comparativo, e

reforça os apontamentos acima descritos.

Gráfico 4. Evolução da Receita Corrente de São Luís: Orçada x Realizada, 2005-2017* (em R$ Bilhões).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017*

BIL

ES

ORÇADA (LOA) REALIZADA

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Em relação ao Gráfico 5, que corresponde a Evolução das Transferências Corrente de São

Luís: Orçada x Realizada, 2005-2017*, notamos o mesmo ponto de partida para a

superestimação do orçamento, nota-se porem um ponto de inflexão em 2013, onde o

orçado apresenta maior proximidade do realizado, mas ainda restando a diferença de R$

14,92 milhões. As transferências correntes já se tornam superavitárias, na relação orçado

x realizado, em 2016.

Gráfico 5. Evolução das Transferências Corrente de São Luís: Orçada x Realizada, 2005-2017* (em R$ Bilhões).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

Com base no Gráfico 6, Evolução da Receita Tributária de São Luís: Orçada x Realizada,

2005-2017*, foi obtido nos primeiros anos 2005-2009, um valor com pouca variação

entre orçado e realizado. Para a tributação é a partir de 2010 que o orçamento começa a

a descolar, mantendo-se até 2017* com valores superestimados, apresar da leve

tendência para redução, que traz valores bem menores para o déficit de 2017*. No ano

de 2012, o déficit na receita tributária, em relação ao que é orçado, atingiu o valor máximo

da série, R$ 184,75 milhões. No ano corrente 2017*, considerando que o período é até o

5 º bimestre de 2017 temos um déficit de 39,97 milhões.

Gráfico 6. Evolução da Receita Tributária de São Luís: Orçada x Realizada, 2005-2017*

(em R$ Milhões).

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017*

BIL

ES

Orçada (LOA) Realizada

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NOTA TÉCNICA Nº 01/ JANEIRO 2018’ - ANÁLISE DAS RECEITAS DE SÃO LUÍS (2005-2017*).

Fonte: Dados da FINBRA-STN (2005-2012) e RREOs (2013-2017*)

O Gráfico 7 demonstra de forma sistemática a evolução nominal da Receita Corrente,

Receita Tributária e das Transferências Correntes do Município de São Luís no período de

2005-2017*, e como no decorrer desse período sucede uma crescente evolução.

Gráfico 7. Evolução Nominal da Receita Corrente, Receita Tributária e das Transferências Correntes de São Luís, 2005-2017* (R$ milhões).

Fonte: Dados da PMSL, RREO 2017

Pode-se verificar que as variáveis analisadas em todo o período sofreram evolução

crescente e que as mesmas atingiram variações positivas nos últimos períodos. Cabendo

apenas a ressalva de que esse estudo fez somente uso das variações nominais, portanto,

deixou-se a parte o impacto causado pela inflação nas receitas do município de São Luís.

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017*

ORÇADA (LOA) 134.01 183.41 205.10 240.42 284.56 481.85 516.34 689.79 624.61 653.44 652.50 732.62 707.88

REALIZADA 156.29 171.57 220.13 276.87 304.48 348.04 430.00 505.03 512.82 532.49 613.93 619.50 667.90

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

800,00

Mil

es

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017*

Receitas Correntes 842.68 937.64 1.069. 1.334. 1.485. 1.548. 1.938. 2.022. 2.172. 2.315. 2.468. 2.712. 2.795.

Transferências Correntes 608.16 668.68 743.50 936.80 1.051. 1.053. 1.311. 1.345. 1.440. 1.542. 1.585. 1.794. 1.884.

Receitas Tributárias 156.29 171.57 220.13 276.87 304.48 348.04 430.00 505.03 512.82 532.49 613.93 619.50 667.90

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

3.000,00

Mil

es

Receitas Correntes Transferências Correntes Receitas Tributárias

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2. RESULTADOS DOS MUNICÍPIOS DO BRASIL

2.1 MACRO VISÃO

Ainda sobre a situação fiscal municipal, o Departamento de Pesquisa Macroeconômica do

Banco Itaú Unibanco S.A. (“Itaú Unibanco”) lançou o relatório “Macro Visão”, em 20 de

fevereiro de 2017, em que fazia as seguintes considerações:

“O problema fiscal dos municípios existe, mas é menos grave se comparado ao do governo central e ao dos estados. Os municípios não convivem com grandes resultados deficitários e/ou com um endividamento elevado e crescente. A dívida dos municípios caiu no pós-crise. A queda nas suas receitas, embora disseminada, é menor, em comparação à queda nos estados e no governo central. Além disso, a maior parte dos municípios conseguiu realizar ajustes de despesa suficientes para manter suas contas relativamente equilibradas. A situação é pior nos municípios que dependem mais das transferências de receita dos estados e do governo central. Com uma queda maior nas receitas e poucos recursos em caixa, o ajuste nas despesas desses municípios é insuficiente, dada a elevada participação do gasto com pessoal. Nesses casos, as contas fecham por meio de atrasos de pagamentos e aumentos nos restos a pagar, o que demonstra a necessidade de ajuste estrutural também nos gastos dos municípios.”

O relatório pautou-se em levantamento de amostra de municípios com mais de 200 mil

habitantes. Para os 135 municípios (de um total de 148 nessa faixa de população) com

dados disponibilizados pelo Tesouro entre 2014 e 2015, foram analisados 6 indicadores,

separados em 2 grupos: dentre os indicadores conjunturais o resultado orçamentário em

milhões de reais e o crescimento real da receita e da despesa; dentre os indicadores

estruturais: gasto com pessoal como percentual do gasto total, a receita de transferência

como percentual da receita total e a dívida como percentual da receita total. Enquanto os

conjunturais buscam descrever a situação atual do município, os estruturais demonstram

a dificuldade de um ajuste.

Abaixo, os resultados obtidos:

Figura 1. Situação Fiscal dos Municípios Brasileiros por Região

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NOTA TÉCNICA Nº 01/ JANEIRO 2018’ - ANÁLISE DAS RECEITAS DE SÃO LUÍS (2005-2017*).

Fonte: Itaú; Tesouro Nacional; 2017

Ainda de acordo com o relatório MACRO VISÃO do Itaú (2017), o elevado peso das

despesas com pessoal dificulta o ajuste estrutural dos municípios. Abaixo, o gráfico das

capitais brasileiras nas faixas de limite de alerta e limite máximo da LRF.

Gráfico 8. Proporção das Despesas com Pessoal na RCL das Capitais do Brasil

Fonte: Itaú; Secretarias Municipais da Fazenda; 2017

Segundo o relatório do Itaú, as capitais do Norte e Nordeste, especificamente, além de

casos isolados do Sul, como Florianópolis, mostraram-se, de forma geral, em pior situação

fiscal. Nesses municípios, dado maiores gastos com pessoal, a queda de receita foi maior

e o ajuste de despesa foi menor. Por sua vez, as capitais do Centro-Oeste convieram com

um menor aperto fiscal, pois tiveram um melhor desempenho nas receitas.

Tabela 6. Situação Fiscal das Capitais Brasileiras

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Fonte: Itaú, 2017

REFERÊNCIAS

ITAÚ. Relatório 2017. MACRO VISÃO: “Como está a situação fiscal dos municípios?”. Disponível em: https://www.itau.com.br/itaubba-pt/analises-economicas/publicacoes/macro-visao/como-esta-a-situacao-fiscal-dos-municipios. Acesso: Dez. 2017 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUÍS (PMSL), Demonstrativos Fiscais – LRF (RREO) e Leis Orçamentárias (LOA). Disponível em: http://www.lei131.com.br/ords/portal/f?p=661:1#. Acesso em: Dez. 2017 SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL (STN). Finanças do Brasil (FINBRA) e Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI). Disponível em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/contas-anuais (para os anos de 2005 a 2012) e siconfi.tesouro.gov.br/siconfi/pages/public/consulta_finbra/finbra_list.jsf (de 2013 em diante). Acesso em: Dez. 2017

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NOTA TÉCNICA Nº 01/ JANEIRO 2018’ - ANÁLISE DAS RECEITAS DE SÃO LUÍS (2005-2017*).

A N E XO RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

1) RECEITAS CORRENTE: constituída pelas receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. 1.1) Receita Tributária: são os ingressos provenientes da arrecadação de

impostos, taxas e contribuições de melhoria. É receita privativa das entidades investidas do poder de tributar: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 1.1.1) Impostos: é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma

situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural) é de apuração anual, e tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano.

IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) é um imposto que incide diretamente sobre a propriedade imobiliária, incluindo todos os tipos de imóveis como apartamentos, casas, lojas, terrenos, prédios comerciais e industriais. Este imposto é de responsabilidade dos municípios, ou seja, pertence à esfera municipal, e tem seus recursos utilizados no financiamento da cidade: calçamento, limpeza, postos de saúde, escolas municipais, saneamento básico, programas de mordia popular, parques, praças etc.

ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) é de

competência dos Municípios e do Distrito Federal, e tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa à Lei Complementar 116/2003, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.

ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter-

Vivos) é previsto na Constituição Federal/1988, no artigo 156, inciso II. O fato gerador é a transmissão, por ato oneroso, de bens imóveis, excluindo-se a sucessão (causa mortis). Em termos de legislação ordinária, o ITBI, sendo da competência dos Municípios, tem legislação própria para cada um deles.

IR (Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer

natureza) é de competência da União e tem como fato

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gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.

1.1.2) Taxas: têm como fato gerador o exercício regular do poder de

polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Taxa em razão do Poder de Polícia: consiste numa atividade da administração pública que limita ou disciplina direitos, interesses ou a liberdade e, também, regula a prática de ato ou a abstenção de fato do sujeito passivo, nos termos do art. 78, do CTN.

Taxa pela Prestação de Serviços Públicos: têm como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição: de coleta de lixo; de iluminação pública; de conservação de vias e logradouros públicos; de expediente; de serviços diversos.

1.1.3) Contribuições de Melhoria: é instituída para fazer face ao custo de

obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

1.2) Receita de Contribuições: é o ingresso proveniente de contribuições

sociais. 1.2.1) Contribuições Sociais: destinadas ao custeio da seguridade social,

que compreende a previdência social, a saúde e a assistência social.

Contribuições para o Regime Próprio de Previdência do Servidor Público

Outras Contribuições

1.2.2) Contribuições Econômicas: deriva da contraprestação à atuação estatal exercida em favor de determinado grupo ou coletividade.

CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico): são contribuições regulatórias, utilizadas como instrumento de política econômica para enfrentar determinadas situações que exijam a intervenção da União na economia do país. São enfocadas a CIDE sobre Royalties e a CIDE sobre Combustíveis, esta com maior ênfase pela sua importância no contexto atual, enfocando as

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NOTA TÉCNICA Nº 01/ JANEIRO 2018’ - ANÁLISE DAS RECEITAS DE SÃO LUÍS (2005-2017*).

alterações provenientes da Emenda Constitucional n° 33/2001 e Emenda Constitucional n° 42/2003.

1.2.3) Contribuição com Iluminação Pública:

CIP (Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública): espécie de tributo que incidirá sobre a prestação do serviço de iluminação pública, efetuada pelo Município, no âmbito do seu território, referido no art. 149-A, da CF.

1.3) Receita Patrimonial: é o ingresso proveniente da fruição do patrimônio,

seja decorrente de bens imobiliários ou mobiliários, ou seja, de participação societária. 1.3.1) Receitas Imobiliárias: são provenientes da utilização, por

terceiros, de bens imóveis pertencentes ao setor público.

Aluguéis: Verba proveniente da locação de um imóvel de poder público através de um contrato, pelo qual o locador obriga-se a ceder o uso e o gozo do imóvel ao locatário.

Foros: Recebimento de pensão que o enfiteuta de um prédio paga anualmente ao senhorio direto (neste caso, ao município).

Laudêmios: Taxas recebidas quando de uma transação

com escritura definitiva de compra e venda, em terrenos ou áreas de marinha.

1.3.2) Receitas de Valores Mobiliários: registra o valor da arrecadação de

receitas decorrentes de valores mobiliários.

Remuneração de Depósitos Bancários: Registra o valor da arrecadação de receita de remuneração de depósitos bancários de Recursos Vinculados, tais como: Royalties, FUNDEB, Fundo de Saúde, Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores, Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS), FUNDETUR, etc.

Remuneração dos Investimentos do Regime Próprio de Previdência do Servidor: Registra o valor da arrecadação de receitas auferidas pelo Regime Próprio de Previdência do Servidor – RPPS em sua carteira de investimentos.

1.3.3) Receitas de Concessões e Permissões: registra o valor da

arrecadação de receitas originadas da concessão ou permissão ao particular do direito de exploração de serviços públicos, os quais estão sujeitos ao controle, fiscalização e regulação do poder público.

1.3.4) Outras Receitas Patrimoniais: registra o valor da arrecadação com outras receitas patrimoniais não classificadas nos itens anteriores.

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1.4) Receita Agropecuária: é o ingresso proveniente da atividade ou da

exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. 1.4.1) Receita da Produção Vegetal: registra o valor das receitas

decorrentes de lavouras permanentes, temporárias e espontâneas (ou nativas), silvicultura e extração de produtos vegetais, venda de sementes, mudas ou assemelhados, desde que realizados diretamente pelo produtor.

1.4.2) Receita da Produção Animal e Derivados: registra o valor das receitas de produção animal e derivados, decorrentes de atividades de exploração econômica de pecuária, caça e pesca e seus derivados (mel, leite, ovos etc.).

1.4.3) Outras Receitas Agropecuárias: registra o valor da arrecadação

com outras receitas agropecuárias não classificadas os itens anteriores.

1.5) Receita Industrial: é o ingresso proveniente da atividade industrial de

extração mineral, de transformação, de construção e outras, provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 1.5.1) Receitas da Indústria de Transformação: registra o valor da

arrecadação das receitas das atividades ligadas a indústria de transformação.

1.6) Receita de Serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços de atividades comerciais, financeiras, de transporte, de saúde, de comunicação, de armazenagem, e serviços científicos e tecnológicos de metrologia e outros serviços.

1.7) Transferências Correntes: são recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, independentemente de contraprestação direta de bens e serviços, desde que o objeto seja a aplicação em despesas correntes.

1.7.1) Transferências Intergovernamentais: registra o valor das receitas

recebidas através de transferências ocorridas entre diferentes esferas de governo.

Transferências da União: Cota FPM, Cota Petróleo, SUS União, FNAS, FNDE, LC 87_96 ICMS, e outras.

Transferências do Estado: Cota-Parte do ICMS, Cota-Parte do IPVA, Cota-Parte do IPI Exportação e Cota CIDE.

Transferências Intergovernamentais: FUNDEB e Complementação ao FUNDEB.

1.7.2) Transferências de Instituições Privadas: englobam contribuições e doações a governos realizados por instituições privadas.

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NOTA TÉCNICA Nº 01/ JANEIRO 2018’ - ANÁLISE DAS RECEITAS DE SÃO LUÍS (2005-2017*).

1.7.3) Transferências do Exterior: registra o valor das receitas recebidas através de transferências do exterior.

1.7.4) Transferências de Pessoas: registra o valor das receitas recebidas

através de contribuições e doações, realizadas por pessoas físicas.

1.7.5) Transferências de Convênios: registra o valor das receitas recebidas através de transferências de convênios firmados com o sem contraprestação de serviços.

1.8) Outras Receitas Correntes: são os ingressos correntes provenientes de

outras origens, não classificáveis nas anteriores. 1.8.1) Multa e Juros de Mora: registra o valor da receita arrecadada com

penalidades pecuniárias decorrentes da inobservância de normas. São cobrados sobre os tributos e contribuições, e da dívida ativa dos mesmos.

1.8.2) Indenizações e Restituições: registra o valor da arrecadação da receita com indenizações e restituições.

1.8.3) Receita de Dívida Ativa: registra o valor da arrecadação da receita

da dívida ativa constituídas de créditos da fazenda pública de natureza tributária e não tributária.

1.8.4) Receitas Diversas: registra o valor da arrecadação de receitas que

não se identifiquem com as especificações anteriores.

2) RECEITAS DE CAPITAL: são as receitas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em despesas de capital. 2.1) Operações de Crédito: são os ingressos provenientes da contratação de

empréstimos e financiamentos obtidos junto a entidades estatais ou privadas, internas ou externas. 2.1.1) Operações de Crédito Internas: registra o valor da arrecadação

decorrente de empréstimos internos obtidos junto a entidades estatais ou particulares.

2.1.2) Operações de Crédito Externas: registra o valor da arrecadação da receita decorrente de empréstimos obtidos junto a organizações sediadas no exterior.

2.2) Alienação de Bens: é o ingresso proveniente da alienação de componentes

do ativo permanente. 2.2.1) Alienação de Bens Móveis: registra o valor da arrecadação da

receita de alienação de bens móveis tais como: títulos, mercadorias, bens inservíveis ou desnecessários e outros.

2.2.2) Alienação de Bens Imóveis: registra o valor da arrecadação da receita de alienação de bens imóveis, de propriedade do Estado.

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2.3) Amortização de Empréstimos: é o ingresso proveniente da amortização,

ou seja, parcela referente ao recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos.

2.4) Transferências de Capital: são recursos recebidos de outras pessoas de

direito público ou privado, independentemente de contraprestação direta de bens e serviços, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. 2.3.1) Transferências Intergovenamentais: registra o valor das receitas

recebidas através de transferências ocorridas entre diferentes esferas de governo.

2.3.2) Transferências do Exterior: registra o valor das receitas recebidas por meio de transferências do exterior.

2.3.3) Transferências de Convênios: registra o valor dos recursos

oriundos de convênios firmados, com ou sem contraprestações de serviços, por entidades públicas de qualquer espécie, ou entre estas e organizações particulares, para a realização de objetivos de interesse comum dos partícipes, destinados a custear despesas de capital.

2.5) Outras Receitas de Capital: são os ingressos de capital provenientes de

outras origens, não classificáveis nas anteriores. 2.4.1) Outras Receitas: registra o valor da arrecadação de outras receitas,

de natureza eventual, não contempladas no plano de contas. Neste título são classificadas as receitas de capital que não atendam às especificações anteriores.

3) RECEITAS CORRENTES – INTRA-ORÇAMENTÁRIAS: são receitas correntes de órgãos, autarquias, fundações, empresas dependentes e de outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social, quando o fato que originar a receita decorrer de despesa de órgão, autarquia, fundação, empresa dependente ou de outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo. 3.1) Receitas de Contribuições – Intra-Orçamentárias: registra o valor da arrecadação das receitas de contribuições sociais relativas ao custeio do regime próprio de previdência. 3.2) Receitas Intra-Orçamentárias com Receitas de Serviços: é a receita proveniente da taxa de administração da entidade gestora única da previdência. 3.3) Receitas Intra-Orçamentárias com Outras Receitas Correntes: são os ingressos correntes provenientes de outras origens, não classificáveis nas anteriores.

4) RECEITAS DE CAPITAL – INTRA-ORÇAMENTÁRIAS: são receitas de capital de

empresas estatais dependentes integrantes do orçamento fiscal, quando o fato que originar a receita decorrer de despesa de órgão constante desse orçamento, no âmbito da mesma esfera de governo.

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NOTA TÉCNICA Nº 01/ JANEIRO 2018’ - ANÁLISE DAS RECEITAS DE SÃO LUÍS (2005-2017*).

4.1) Outras Receitas de Capital: registra o valor arrecadado com outras

receitas vinculadas ao acréscimo patrimonial da unidade. 852 - Integralização do Capital Social: registra o valor dos recursos recebidos pelas empresas estatais dependentes, como integralização do seu capital social.