análise da inter-relação entre estética

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Artigo Inédito 58 Rev Dental Press Estét. 2012 abr-jun;9(2):58-68 * Coordenador do mestrado em Prótese da Faculdade Ingá e da Especialização em Prótese. ** Aluna da Faculdade Ingá-Maringá. *** Professor Adjunto de Periodontia, UEM / Uningá. Professor do mestrado em Prótese da Faculdade Ingá. **** Professor do mestrado em Prótese da Faculdade Ingá.

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Artigo Inédito

58 Rev Dental Press Estét. 2012 abr-jun;9(2):58-68

* Coordenador do mestrado em Prótese da Faculdade Ingá e da Especialização em Prótese.

** Aluna da Faculdade Ingá-Maringá.

*** Professor Adjunto de Periodontia, UEM / Uningá. Professor do mestrado em Prótese da Faculdade Ingá.

**** Professor do mestrado em Prótese da Faculdade Ingá.

59Rev Dental Press Estét. 2012 abr-jun;9(2):58-68

Análise da inter-relação entre estética periodontal e dentáriaAnalysis of interrelation between periodontal and dental esthetics

Resumo

O objetivo do presente trabalho foi comparar a presença ou

ausência de harmonia do sorriso entre homens e mulheres,

tendo os parâmetros dentários e periodontais em conside-

ração. Para esse estudo, foram selecionados 42 voluntá-

rios, sendo 21 do sexo feminino e 21 do sexo masculino.

Após a realização de tomadas fotográficas do sorriso, den-

tes e gengiva, os pacientes foram avaliados de acordo com

os seguintes parâmetros: 1) biótipo periodontal; 2) altura

do sorriso; 3) abertura do sorriso; 4) espessura do lábio;

5) comprimento e largura da coroa dentária; 6) formato do

dente; 7) posição do zênite gengival; 8) posição do ponto

de contato; 9) altura da gengiva bilateral; 10) altura e largura

da papila interdentária; 11) presença ou ausência de propor-

ção áurea. Após análise estatística de cada parâmetro clínico

avaliado, com o teste t, e considerando p<0,05, foi possível

notar que a maioria das características analisadas nos pa-

cientes não apresentou diferença estatisticamente significati-

va entre os grupos feminino e masculino. Além disso, pôde-

-se concluir que para um resultado estético satisfatório, tanto

para o paciente quanto para o profissional, é indispensável a

harmonia entre os tecidos dentário e periodontal.

Abstract

This aim of this study was to clinically evaluate the pres-

ence or absence of smile harmony, considering dental

and periodontal parameters. For this study 42 patients

were selected, 21 females and 21 males. Photographs

were taken from the smile, teeth and gingiva of the pa-

tients. They were evaluated in accordance with the fol-

lowing parameters: 1) Periodontal biotype, 2) smile

height, 3) smile opening, 4) thickness of the lip, 5) length

and width of the tooth, 6) format of the tooth, 7) position

of the gingival zenith, 8) position of the contact point;

9) bilateral height of gingiva; 10) height and width of the

interdental papilla, 11) presence or absence of golden

proportion. After statistical analysis of each group, with

the t-test and considering the p-value <0.05, it was clear

that most of the variables analyzed in the patients did

not show a statistically significant difference between fe-

male and male groups. Furthermore, for a satisfactory fi-

nal result for both patient and professional, it is essential

the harmony between the dental and periodontal tissues.

Keywords: Esthetics. Dental esthetics. Tooth.

Palavras-chave: Estética. Estética dentária. Dente.

Fabiano Carlos Marson*, Fernanda Favarreto**, Cleverson de oliveira e silva***, silvia Masae de araujo MiChida****, luiz Fernando lolli****, Giovani Correa****

Como citar este artigo: Marson FC, Favarreto F, Oliveira e Silva C, Michida SMA, Lolli LF, Correa G. Análise da inter-relação entre estética periodontal e dentária. Rev Dental Press Estét. 2012 abr-jun;9(2):58-68.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias des-critos nesse artigo.

60 Rev Dental Press Estét. 2012 abr-jun;9(2):58-68

Análise da inter-relação entre estética periodontal e dentária

INTRODUÇÃO

Atualmente na Odontologia Restauradora, são de

suma importância o entendimento e o domínio dos pa-

râmetros estéticos faciais, gengivais e dentários, pois a

harmonia da aparência é dependente de todos esses

conceitos1. A busca pela estética do sorriso com den-

tes cada vez mais alinhados, clareados e com gengiva

saudável faz com que os pacientes procurem cada vez

mais consultórios odontológicos com a finalidade de

melhorar seu aspecto estético2.

A busca pelos padrões de beleza e perfeição das

formas e dimensões dentárias tem proporcionado uma

supervalorização da aparência de cada indivíduo, isso

porque a mídia tem supervalorizado a busca não só

por um corpo perfeito, mas também por um sorriso

harmonioso. A face é como se fosse um quadro e o

sorriso, a moldura desse quadro3. A harmonia estética

é a relação entre várias partes distintas que, quando

unidas, formam um conjunto, sendo a beleza de um

sorriso muito importante para a boa convivência do in-

divíduo em sociedade, pois é ele quem determina uma

boa aparência facial4.

A presença de pequenas discrepâncias, sejam

dentárias e/ou gengivais, num determinado sorriso, se

não diagnosticada e tratada corretamente, comprome-

te a função e condena o equilíbrio de todo o conjun-

to, o que é essencial para a melhora da autoimagem

dos pacientes. Não se pode deixar de entender que

o sucesso de qualquer tratamento e/ou reabilitação

estética depende da existência da harmonia entre os

componentes das regiões facial e bucal. Além disso,

quando obtida a harmonia entre esses componentes,

é imprescindível buscar, ainda, relação ideal entre os

parâmetros dentários e periodontais1.

Com o aumento das exigências estéticas, torna-

-se imprescindível o melhoramento da cosmética

dentária. Busca-se uma proporção harmoniosa entre

a largura dos dentes, principalmente dos maxilares

anteriores, quando da necessidade de restaurá-los ou

substituí-los, sendo, portanto, merecida a devida aten-

ção em relação à cor, textura e à forma desses ele-

mentos dentários. Muitos autores se baseiam na teoria

da proporção áurea para esses tipos de trabalho1-5. O

presente trabalho avaliou a presença ou ausência de

harmonia do sorriso levando em conta os parâmetros

dentários e periodontais.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram selecionados 42 voluntários, sendo 21 do

sexo feminino e 21 do sexo masculino, com 20 a 30

anos de idade. Os voluntários foram selecionados de

acordo com os seguintes critérios de inclusão: 1) idade

entre 20 e 30 anos; 2) boas condições de higiene bu-

cal; 3) saúde sistêmica e bucal; 4) mínimo de 20 den-

tes e 5) possuírem todos os dentes anterossuperiores

íntegros. Os critérios de exclusão foram os seguintes:

1) pacientes fumantes; 2) presença de cárie nos den-

tes anterossuperiores; 3) presença de doença perio-

dontal (incluindo gengivite); 4) presença de recessão

ou hiperplasia gengival nos dentes anterossuperiores;

5) presença de restaurações ou próteses nos dentes

anterossuperiores; 6) desgastes causados por ero-

são, abfração ou abrasão nos dentes anterossuperio-

res; 7) presença de diastemas; 8) pacientes em tra-

tamento ortodôntico ou com dentes excessivamente

desalinhados e 9) pacientes utilizando medicamentos

que pudessem causar relevante influência sobre o pe-

riodonto (bloqueadores de canais de cálcio, ciclospo-

rina A e fenitoína).

Foi realizada uma tomada fotográfica, com máqui-

na fotográfica digital Nikon D60, com lente Medical

de 120mm, estando o voluntário sentado na cadeira

odontológica com o plano de Camper paralelo ao solo,

nas mesmas condições de luminosidade, exposição

e funcionamento para todos os pacientes, com vista

frontal do sorriso. Todas as fotografias foram realizadas

pela mesma pessoa, sendo uma fotografia do sorri-

so (Fig. 1), uma com abridor de boca com os dentes

61Rev Dental Press Estét. 2012 abr-jun;9(2):58-68

Marson FC, Favarreto F, Oliveira e Silva C, Michida SMA, Lolli LF, Correa G

Figura 1 - Fotografias para avaliação dos padrões periodontais e dentários.

intercuspidados e outra com os dentes em topo a

topo. Também outras duas fotografias com vistas la-

terais do sorriso de ambos os lados, e uma com os

lábios em repouso (Fig. 1).

As fotografias dos voluntários foram armazenadas

em computador portátil e avaliadas de acordo com

os parâmetros avaliados. Todavia, para que houves-

se comprovação da análise feita pelas fotografias, foi

realizada uma inspeção visual detalhada com ilumi-

nação artificial, espelho bucal plano, seringa ar-água,

compasso de ponta seca e régua milimetrada para

a mensuração, em milímetros, dos parâmetros clíni-

cos dentário e gengivais (Fig. 2). Qualquer sinal de

evento patológico presente foi investigado: trincas

na coroa, perda de estrutura dentária por fratura, cá-

rie, presença de restaurações anteriores, dentes em

hiperfunção, presença de biofilme microbiano visível,

fístulas, recessões gengivais, bolsas periodontais e

alterações nos tecidos moles. Em caso de presen-

ça de eventos patológicos, o paciente era imediata-

mente excluído do estudo.

Os elementos dentários do segmento anterossupe-

rior foram medidos mesiodistalmente com compasso

de ponta seca e régua milimetrada, com o objetivo de

se determinar a existência ou não de proporção áu-

rea nesses dentes. Para avaliação da presença ou au-

sência de proporção áurea na largura visível dos seis

dentes anteriores, foi adotado o conceito proposto por

Mondelli20, de que os dentes diminuem gradativamente

62% e sempre na mesma proporção em direção aos

dentes posteriores. Para tal análise, foi usada a grade

de Levin (Fig. 3). Assim, considerou-se, a partir da li-

nha média em cada segmento, a dominância do sorri-

so atribuída aos incisivos centrais superiores, com os

demais elementos dentários tornando-se, progressiva-

mente, menores numa proporção de 62% em relação

ao seu adjacente mesial.

Os parâmetros clínicos dentários e gengivais anali-

sados na região dos dentes anterossuperiores foram:

a) Biótipo periodontal: tendo-se como determi-

nação o biótipo periodontal plano e espesso

(dentes quadrados, gengiva larga e espessa),

o biótipo periodontal intermediário (dentes qua-

drados, gengiva estreita e fina) e o biótipo perio-

dontal fino e festonado (dentes longos, gengiva

estreita e fina).

62 Rev Dental Press Estét. 2012 abr-jun;9(2):58-68

Análise da inter-relação entre estética periodontal e dentária

b) Altura do sorriso: posição da borda inferior do

lábio superior e quantidade de exposição gen-

gival. Determinada como sorriso alto (faixa de

gengiva maior que 3mm aparecendo no sorriso),

sorriso médio (pontas das papilas aparentes ou

faixa de gengiva menor que 3mm aparecendo

no sorriso) e sorriso baixo (somente parte dos

dentes aparecendo no sorriso).

c) Abertura do sorriso: número de dentes aparen-

tes durante o sorriso espontâneo. Determinada

como sorriso largo (quando são visualizados até

os dentes molares), ou sorriso estreito (quando

os molares não são visíveis).

d) Espessura do lábio: espessura do lábio supe-

rior com relação ao lábio inferior. Pode ser sub-

jetivamente classificada em lábio grosso, lábio

médio e lábio fino.

e) Altura/comprimento da coroa dentária: a

distância entre o ponto mais apical da gengiva

marginal vestibular (zênite gengival) e a borda in-

cisal (paralela ao longo eixo dentário) dos dentes

anterossuperiores.

f) Largura da coroa dentária: a maior largura

da coroa na face vestibular, geralmente entre o

terço médio e o terço incisal (perpendicular ao

longo eixo dentário) dos dentes anterossupe-

riores.

g) Formato do dente: formato geométrico pre-

dominante nos incisivos centrais superiores,

podendo ser retangular, quadrangular, trian-

gular ou oval.

h) Posição do zênite gengival: distância entre

o ponto de maior curvatura da gengiva margi-

nal (ponto mais apical) na face vestibular dos

dentes anterossuperiores. Foi classificada em

posição mesial, central ou distal.

i) Posição do ponto de contato: a distância

entre o centro do ponto de contato e uma linha

imaginária traçada na altura do zênite gengival

dos dentes anterossuperiores. Foi classificada

em posição incisal, média ou cervical.

j) Altura da gengiva bilateral: a distância da

margem gengival até a linha mucogengival

dos dois lados.

l) Altura da papila interdentária: a distância

entre a ponta da papila e uma linha imaginá-

ria traçada pelos zênites gengivais dos dentes

anterossuperiores.

m) Largura da papila interdentária: distância en-

tre os dois cantos da base da papila.

Figura 2 - Mensuração com compasso de ponta seca dos padrões avaliados em milímetros.

Figura 3 - Grade de Levin em proporção para verificação da pro-porção áurea.

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Marson FC, Favarreto F, Oliveira e Silva C, Michida SMA, Lolli LF, Correa G

RESULTADOS

Os dados coletados foram tabulados em planilhas

eletrônicas no programa MS Excel versão 2003. Poste-

riormente, importados pelo programa SAS 8.0, de onde

foram extraídos os resultados das análises estatísticas

realizadas. O tratamento estatístico consistiu na obten-

ção da média e do desvio-padrão das variáveis qualitati-

vas e obtenção das frequências relativas e absolutas para

as variáveis categóricas. Realizaram-se análises gerais e

separadas por sexo. Para verificar diferenças segundo o

sexo, utilizou-se o teste t de Student, para as compara-

ções de médias; e o teste exato de Fisher, para as com-

parações de proporções. As análises foram individuali-

zadas para cada dente ou par de dentes abordados no

estudo. Admitiu-se um nível de significância de 0,05.

O teste t significativo (p<0,05) evidencia diferenças

entre médias dos grupos. O teste exato de Fisher veri-

fica se há associação entre duas variáveis categóricas,

ou seja, se uma influência na outra.

Altura da gengiva bilateral

Não foi observada diferença estatisticamente signi-

ficativa nas variáveis entre os grupos analisados.

Largura do dente

Observa-se que o p<0,05.

Altura do dente

Foram encontradas diferenças significativas de

médias entre os grupos no que se refere às alturas

dos dentes 13 e 23, pois seus p-valores foram de

0,008 e 0,015, respectivamente. Nesse caso, a média

da altura foi de 10,21mm no dente 13 e 10,37mm no

dente 23. As demais médias não apresentaram dife-

renças estatisticamente significativas entre os grupos.

Posição do zênite gengival

No dente 11, a posição distal do zênite gengival

foi a mais observada, sendo encontrada em 27 dos

42 indivíduos avaliados (64,29%), sendo esses 14 do

sexo feminino e 13 do sexo masculino. No dente 12

e no dente 13, a posição mais observada foi a cen-

tral, sendo observada em 23 e em 22 dos 42 pacien-

tes avaliados, respectivamente, onde, no elemento

dentário anterior 12, 13 eram do sexo feminino e 10

do sexo masculino; e no 13, 10 eram mulheres e 12

eram homens. No dente 21, como no 11, a posição

distal do zênite gengival foi a mais encontrada, sendo

verificada em 31 dos pacientes. Desses, 14 eram do

sexo feminino e 17 do sexo masculino. No elemento

22, a posição central e a posição distal ocorreram na

mesma proporção no número de pacientes avaliados,

ou seja, foram observadas em 19 dos 42 indivíduos

participantes da pesquisa (45,24%). No que se refe-

re à posição central, dos 19 pacientes, 9 eram do

sexo feminino e 10 do sexo masculino; já no caso da

posição distal, dos 19 pacientes, a maior prevalência

foi no sexo feminino (11 pacientes). No dente 23, a

posição do zênite gengival mais observada foi a dis-

tal, encontrada em 21 pacientes. Nesse caso, a maior

prevalência foi no sexo masculino, onde 12 pacientes

apresentaram essa posição.

Não foram observadas diferenças estatisticamente

significativas entre os grupos no que se refere às por-

centagens relacionadas à posição do zênite gengival

dos elementos dentários anterossuperiores.

Altura da papila interdentária

Observa-se que essa variável só apresentou variân-

cia estatisticamente significativa entre os grupos quan-

do sua localização foi entre os dentes 13 e 12. Isso

ocorreu por conta do p-valor ser 0,028. Nesse caso, a

média da altura papilar foi de 4,25mm. Para as alturas

das papilas dos demais dentes não foram observadas

diferenças significativas entre os sexos (grupos); po-

rém, foi possível notar que homens possuem papilas

interdentárias com altura maior que as papilas inter-

dentárias das mulheres.

64 Rev Dental Press Estét. 2012 abr-jun;9(2):58-68

Análise da inter-relação entre estética periodontal e dentária

Largura da papila interdentária

Para essa variável, não foram constatadas diferen-

ças significativas estatisticamente entre os grupos ana-

lisados, pois nenhum p-valor foi inferior a 0,05; porém,

observou-se que pessoas do sexo masculino possuem

papilas mais largas que as do sexo feminino.

Posição do ponto de contato

Com relação à posição do ponto de contato exis-

tente entre os dentes 13 e 12, observou-se maior pre-

valência da posição cervical, observada em 31 dos 42

pacientes avaliados (73,81%). Desses, 13 eram do sexo

feminino e 18 do sexo masculino. Entre os dentes 12 e

11, a posição do ponto de contato mais encontrada foi

a posição média, sendo essa observada em 32 pacien-

tes (76,19%). Desses 32 pacientes, o maior número de

pessoas com essa posição foi do sexo feminino (17 mu-

lheres). A posição do ponto de contato mais encontra-

da entre os dentes 11/21 e 21/22 foi a posição média,

verificada em 25 (59,52%) e em 33 (78,57%) pacientes,

respectivamente. Nos dentes 11/21, a posição média

foi mais encontrada nas mulheres (61,90%) do que nos

homens (57,14%). Entre os dentes 21/22 observou-se

maior prevalência da posição média no sexo masculino

(85,71%) do que no sexo feminino (71,43%). Com rela-

ção à posição do ponto de contato existente entre os

elementos 22/23, a posição mais encontrada foi a cervi-

cal, sendo observada em 31 dos 42 pacientes (73,81%).

Dentes Sexo n Altura da papila Largura da papilaPosição do ponto de contato n(%)

Cervical Média Incisal

13/12

Feminino 21 4,02±0,68 4,14±0,65 13(61,90) 8(38,10) 0(0,00)

Masculino 21 4,48±0,60 4,31±0,60 18(85,71) 3(14,29) 0(0,00)

Geral 42 4,25±0,67 4,23±0,63 31(73,81) 11(26,19) 0(0,00)

p-valor 0,028 0,395 0,159

12/11

Feminino 21 4,21±0,80 4,44±0,77 3(14,29) 17(80,95) 1(4,76)

Masculino 21 4,48±0,60 4,52±0,73 6(28,57) 15(71,43) 0(0,00)

Geral 42 4,35±0,71 4,48±0,74 9(21,43) 32(76,19) 1(2,38)

p-valor 0,237 0,728 0,453

11/21

Feminino 21 4,60±0,90 4,45±0,74 2(9,52) 13(61,90) 6(28,57)

Masculino 21 4,79±0,75 4,57±0,75 0(0,00) 12(57,14) 9(42,86)

Geral 42 4,69±0,83 4,51±0,74 2(4,76) 25(59,52) 15(35,71)

p-valor 0,462 0,607 0,355

21/22

Feminino 21 4,52±0,70 4,38±0,61 2(9,52) 15(71,43) 4(19,05)

Masculino 21 4,64±0,57 4,50±0,71 2(9,52) 18(85,71) 1(4,76)

Geral 42 4,58±0,63 4,44±0,66 4(9,52) 33(78,57) 5(11,90)

p-valor 0,549 0,563 0,412

22/23

Feminino 21 4,43±0,70 4,10±0,82 15(71,43) 6(28,57) 0(0,00)

Masculino 21 4,57±0,81 4,21±0,75 16(76,19) 5(23,81) 0(0,00)

Geral 42 4,50±0,75 4,15±0,78 31(73,81) 11(26,19) 0(0,00)

p-valor 0,558 0,625 1,000

Tabela 1 - Avaliação estética dos dentes anterossuperiores, analisando a altura da gengiva queratinizada bilateral, a largura do dente, a altura do dente e a posição do zênite gengival.

*p-valor se refere ao teste t não pareado para comparações de médias entre as categorias do sexo, e corresponde ao teste exato de Fisher para verificação de associação entre sexo e a posição do ponto de contato. Nível de significância = 0,05.

65Rev Dental Press Estét. 2012 abr-jun;9(2):58-68

Marson FC, Favarreto F, Oliveira e Silva C, Michida SMA, Lolli LF, Correa G

Dentes Sexo nAltura gengival

bilateralLargura do

denteAltura do dente

Posição zênite gengival n(%)

Central Distal Mesial

11

Feminino 21 4,52±1,17 9,12±0,59 10,52±0,75 05(23,81) 14(66,67) 2(9,52)

Masculino 21 5,24±1,18 9,33±0,58 10,79±0,68 06(28,57) 13(61,90) 2(9,52)

Geral 42 4,88±1,21 9,23±0,59 10,65±0,72 11(26,19) 27(64,29) 4(9,52)

p-valor 0,055 0,241 0,243 1,000

12

Feminino 21 5,57±1,40 7,05±0,74 8,95±1,06 13(61,90) 08(38,10) 0(0,00)

Masculino 21 5,86±1,11 7,57±0,60 9,38±0,80 10(47,62) 10(47,62) 1(4,76)

Geral 42 5,71±1,25 7,31±0,72 9,17±0,95 23(54,76) 18(42,86) 1(2,38)

p-valor 0,468 0,016 0,148 0,538

13

Feminino 21 4,76±0,94 8,17±0,48 9,81±1,12 10(47,62) 11(52,38) 0(0,00)

Masculino 21 4,76±1,18 8,32±0,50 10,62±0,67 12(57,14) 9(42,86) 0(0,00)

Geral 42 4,76±1,05 8,27±0,50 10,21±1,00 22(52,38) 20(47,62) 0(0,00)

p-valor 1,000 0,165 0,008 0,758

21

Feminino 21 4,48±0,98 9,02±0,68 10,45±0,84 5(23,81) 14(66,67) 2(9,52)

Masculino 21 5,10±1,14 9,38±0,59 10,74±0,70 3(14,29) 17(80,95) 1(4,76)

Geral 42 4,79±1,09 9,20±0,65 10,60±0,77 8(19,05) 31(73,81) 3(7,14)

p-valor 0,066 0,076 0,237 0,578

22

Feminino 21 5,26±1,35 7,05±0,82 9,26±0,97 9(42,86) 11(52,38) 1(4,76)

Masculino 21 5,83±1,56 7,64±0,48 9,50±0,77 10(47,62) 8(38,10) 3(14,29)

Geral 42 5,55±1,47 7,35±0,73 9,38±0,88 19(45,24) 19(45,24) 4(9,52)

p-valor 0,211 0,007 0,385 0,556

23

Feminino 21 4,60±0,94 8,17±0,37 9,95±1,07 12(57,14) 9(42,86) 0(0,00)

Masculino 21 4,90±0,94 8,67±0,48 10,79±1,06 8(38,10) 12(57,14) 1(4,76)

Geral 42 4,75±0,95 8,42±0,49 10,37±1,13 20(47,62) 21(50,00) 1(2,38)

p-valor 0,294 <0,001 0,015 0,354

Tabela 2 - Avaliação estética dos dentes anterossuperiores, analisando a altura da papila, a largura da papila e a posição do ponto de contato.

*p-valor refere-se ao teste t não pareado para comparações de médias e ao teste exato de Fisher para verificação de associação entre sexo e a posição do zênite gengival. *A altura do dente 13 e a largura do dente 22 obtiveram variâncias diferentes. *Nível de significância = 0,05.

Desses, 15 eram do sexo feminino e 16 do sexo mas-

culino. A posição incisal do ponto de contato dos den-

tes anterossuperiores foi a menos observada. Não

foram observadas diferenças estatisticamente significa-

tivas entre os grupos no que se refere às porcentagens

relacionadas à posição do ponto de contato dos ele-

mentos dentários anterossuperiores.

Os demais dados avaliados não demonstraram

diferença significativa entre os grupos analisados na

pesquisa. As porcentagens relacionadas à altura do

sorriso, abertura do sorriso, espessura do lábio, biótipo

periodontal, formato do dente e presença ou ausência

de proporção áurea encontram-se na Tabela 3.

DISCUSSÃO

Os dentes devem possuir simetria, isto é, o incisivo

central superior direito deve ser do mesmo tamanho

do incisivo central superior esquerdo e, assim, respec-

tivamente para os incisivos laterais e caninos. Dessa

forma, os incisivos centrais devem ser os dentes do-

minantes e mais observados no sorriso. Considerando

a predominância dos incisivos centrais, é necessário

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Análise da inter-relação entre estética periodontal e dentária

entender que os incisivos laterais devem aparecer

em menor proporção (62%) em relação aos incisivos

centrais. Da mesma maneira, a proporção de apareci-

mento do canino deve ser 62% menor em relação ao

incisivo lateral, bem como do pré-molar em relação ao

canino, e assim sucessivamente, em uma proporção

regressiva de aparecimento dos dentes3.

A proporção áurea é de grande utilidade na seleção

e escolha de dentes artificiais em ocasiões de pacientes

totalmente desdentados, para planejamento estético

restaurador e também para a reabilitação em próteses

sobre implantes. O emprego da fórmula da proporção

divina é de grande importância na Odontologia, pois

auxilia o cirurgião-dentista a detectar o que pode estar

esteticamente errado na relação proporcional do seg-

mento anterior e serve como um meio auxiliar durante

as fases de planejamento, restauração, acabamento e

para apreciação visual do resultado final do tratamento3.

Medida/Categoria p-valor

Grupo

Masculino Feminino Geral

n % n % n %

Altura do sorriso 0,266

Alto 1 4,76 5 23,81 6 14,29

Médio 18 85,71 14 66,67 32 76,19

Baixo 2 9,52 2 9,52 4 9,52

Abertura do sorriso 0,093

Estreito 6 28,57 1 4,76 7 16,67

Largo 15 71,43 20 95,24 35 83,33

Espessura do lábio 0,025

Espesso 6 28,57 4 19,05 10 23,81

Fino 5 23,81 0 0,00 5 11,90

Médio 10 47,62 17 80,95 27 64,29

Biótipo periodontal 0,327

Fino e festonado 3 14,29 1 4,76 4 9,52

Intermediário 10 47,62 15 71,43 25 59,52

Plano e espesso 8 38,10 5 23,81 13 30,95

Formato dos dentes anterossuperiores 1,000

Oval 5 23,81 5 23,81 10 23,81

Quadrado 7 33,33 7 33,33 14 33,33

Retangular 3 14,29 6 14,29

Triangular 6 28,57 6 28,57 12 28,57

Proporção áurea 0,552

Ausente 14 66,66 15 71,42 29 69,04

Presente 7 33,33 6 28,57 13 30,95

Total 21 100,0 21 100,0 42 100,0

Tabela 3 - Análise subjetiva das categorias relacionadas à altura do sorriso, abertura do sorriso, espessura do lábio, biótipo periodontal, formato dos dentes anterossuperiores e presença ou ausência de proporção áurea.

*p-valor refere-se ao teste exato de Fisher para verificação de associação entre as características (da linha correspondente) e o grupo (sexo).

67Rev Dental Press Estét. 2012 abr-jun;9(2):58-68

Marson FC, Favarreto F, Oliveira e Silva C, Michida SMA, Lolli LF, Correa G

Porém, os valores predeterminados pela fórmula da

proporção áurea não devem ser sobrepostos aos pa-

drões de beleza individuais, como sexo do paciente,

posição e forma do rebordo, tipo físico e idade, que

são considerados padrões determinantes da forma

dos dentes. Muitas vezes, o conceito de proporção

áurea deixa de ser um fator primordial na determina-

ção de harmonia, pois em várias pessoas o sorriso

fora dos padrões de proporção pode ser considerado

harmonioso e esteticamente agradável aos olhos5,6.

Essa pesquisa mostrou que a proporção áurea ainda

não é encontrada na maioria dos sorrisos corrobora-

do por outros estudos1,4,6.

Contrariando os trabalhos de Costa et al.7 e de Mar-

son5, esse estudo mostra que a proporção áurea é mais

encontrada em indivíduos do sexo masculino, apesar

de a variação entre os sexos ser muito pequena, além

de não apresentar diferença estatística.

Quanto às medidas obtidas na avaliação da altu-

ra da gengiva bilateral, há concordância com Muller e

Eger8 no que se refere à constatação das maiores me-

didas ao nível dos incisivos laterais superiores, além de

que variações de grande amplitude podem ser obser-

vadas entre os indivíduos. A presente pesquisa tam-

bém demonstra paridade com o estudo de Borghetti

e Monnet-Corti2, referindo-se à altura máxima da gen-

giva inserida em torno de 4 a 6mm nas faces vesti-

bulares dos incisivos anterossuperiores. Concordando

com Sterrett et al.9, as medidas de altura e de largura

coronárias foram maiores nos homens do que nas mu-

lheres. Porém, o presente estudo demonstrou variação

estatisticamente significativa entre os grupos avaliados

somente no que diz respeito às larguras dos dentes

12, 22 e 23 e às alturas dos dentes 13 e 23.

Houve concordância, também, com o trabalho de

Chiche e Pinault10 quando se avaliou as medidas de al-

tura/largura dos incisivos centrais superiores, concluin-

do-se que a altura predomina sobre a largura. Concor-

da-se também com Greenberg e Bogert11 quando se

afirma que os incisivos centrais superiores são os mais

importantes na estética, devendo ser os dentes domi-

nantes no sorriso. As medidas de altura e largura dos

dentes anterossuperiores implicam ao profissional uma

maior preocupação quando for necessária uma recons-

trução dentária, considerando se o paciente é homem

ou mulher, já que as medidas de altura e largura co-

ronária apresentam-se diferenciadas com relação ao

sexo do paciente. Não se pode esquecer de considerar

também o formato dos dentes, pois pessoas do sexo

masculino possuem dentes quadrados e com ângulos

mais agudos, enquanto dentes mais arredondados e

delicados são encontrados em sorrisos femininos3,6.

A posição distal do zênite gengival deve ser a mais

observada nos incisivos centrais superiores. Nos inci-

sivos laterais superiores, a posição central deve ser a

mais prevalente2, assim como observado no presente

estudo. Porém, há contradição dessa pesquisa com

outros estudos2,12 no que diz respeito à posição do zê-

nite gengival dos caninos, pois outros autores afirmam

haver prevalência da posição distal para esses dentes.

No entanto, no presente estudo mostrou-se que, no

dente 13, a posição do zênite encontrada em maior

proporção foi a posição central.

O contato interdentário dever ser mais alto (cervical)

entre caninos e incisivos laterais superiores, e mais baixo

(médio) entre incisivos laterais e incisivos centrais supe-

riores13. Isso está em concordância com a pesquisa reali-

zada nesse trabalho, onde nota-se que entre os caninos

e incisivos laterais (13/12 e 23/22) a posição do ponto

de contato é encontrada mais cervicalmente; bem como

o ponto de contato entre os incisivos laterais e incisivos

centrais (12/11 e 22/21) encontra-se situado a nível mé-

dio; e nos incisivos centrais (11/21), foi a posição média.

Em concordância com Rosetti, Sampaio e Zuza14,

no que se refere à altura do sorriso, o trabalho em ques-

tão mostra que a maioria dos indivíduos apresenta sor-

riso médio. Contraria, porém, Jensen et al.15, que afir-

maram que mais da metade da população não expõe

68 Rev Dental Press Estét. 2012 abr-jun;9(2):58-68

Análise da inter-relação entre estética periodontal e dentária

nem a gengiva marginal nem as papilas durante um

sorriso máximo. Além disso, em relação ao sexo, a linha

do sorriso alta foi predominante no feminino; e, para os

sorrisos baixos, nota-se que houve semelhança entre

as porcentagens de homens e mulheres, discordando

de Tjan e Miller16, que relatam que o sorriso baixo é mais

predominante em indivíduos do sexo masculino17.

Há certa contradição desse trabalho com estudos

de Borghetti e Monnet-Corti2, no que se refere à forma

dos dentes, linhas suaves e delicadas (ovoide) nas mu-

lheres; e dentes quadrados, angulosos e robustos nos

homens. Entretanto, pela presente pesquisa notou-

-se que não há diferença considerável quanto à forma

dos dentes entre os sexos. Por outro lado, observa-se

concordância com Fradeani18, quando se mostra que

pode existir relação positiva da forma dos dentes com

o formato do rosto do indivíduo, sem desconsiderar a

possibilidade de ocorrência de variações.

Quanto à avaliação dos biótipos periodontais, foi

notada concordância desse trabalho com o estudo de

Seibert e Lindhe19 quando se afi rma que o periodonto

fi no-festonado responderia com recessão gengival à

injúria. O periodonto plano-espesso apresentaria res-

posta à injúria pela formação de bolsa periodontal. As

implicações clínicas geradas pelo biótipo periodontal

incluem cuidados quando da realização de procedi-

mentos que causem injúrias gengivais, pelo fato de

que o biótipo periodontal plano e espesso responderia

com formação de bolsa periodontal, enquanto o bió-

tipo periodontal fi no e festonado responderia com re-

cessão da margem gengival2.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise do sorriso envolve diversos aspectos na

observação de sorrisos estéticos, sendo os parâmetros

gengivais e dentários importantes para a harmonia facial.

1. Costa CP, Pinho L, Arouca SE. Estética gengival e dentária: a busca do equilíbrio. R Dental Press Estét. 2005;2(2):21-36.

2. Borghetti A, Monnet-Corti,V. Cirurgia plástica periodontal. Porto Alegre: Artmed; 2011.

3. Francischone AC, Mondelli J. A ciência da beleza do sorriso. Rev Dental Press Estét. 2007;4(3):97-106.

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7. Costa CG, Ozelame ML, Silva Junior JCB, Tortamano IP, Marson FC. Análise subjetiva da estética do sorriso e a ocorrência da proporção áurea em dentes naturais. Rev Dental Press Estét. 2007;4(3):103-8.

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15. Jensen J, Joss A, Lang NP. The smile line of different ethnic groups in relation to age and gender. Acta Med Dent Helv. 1999;4:38-46.

16. Tjan AH, Miller GD, The JG. Some esthetic factors in a smile. J Prosthet Dent. 1984 Jan;51(1):24-8.

17. Al-Johany SS, Alqahtani AS, Alqahtani FY, Alzahrani AH. Evaluation of different esthetic smile criteria. Int J Prosthodont. 2011 Jan-Feb;24(1):64-70.

18. Fradeani M. Esthetic analysis: A systematic approach to prosthetic treatament. Chicago (IL): Quintessence Book; 2004. v. 1.

19. Seibert J, Lindhe J. Esthetics and periodontal therapy. Clinical Periodontology. In: Lindhe J, editors. Textbook of clinical periodontology. 2nd ed. Copenhagen: Munksgaard; 1989. p. 477-514.

20. Mondelli J. Estética e cosmética em clínica integrada restauradora. São Paulo: Quintessence; 2003.

Fabiano Carlos MarsonAv. São Paulo, nº 172 - Sala 721 – CentroCEP: 87.013-040 – Maringá/PRE-mail: [email protected]

Endereço para correspondência

Enviado em: 23/6/2011Revisado e aceito: 4/1/2012

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