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ANJO DA TENTAÇÃO

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ANJO DA TENTAÇÃO

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Anjo da Tentação

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Copyright © 2007 Flávia Cunha Santos.

Todos os direitos reservados. Proibidos a reprodução, o

armazenamento ou a transmissão total ou parcial, sob qualquer forma.

Todos os personagens desta obra são fictícios. Qualquer semelhança

com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência.

Capa: Renee Jansoa - Fotolia.com

Revisão: Fabíola Valladão Attademo

Contato:

http://ladygraciosa.com/

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Lady Graciosa

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Trilogia Irmãos Angelis

Livro III

Anjo da Tentação

Lady Graciosa

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Anjo da Tentação

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Agradecimentos

Agradeço a Deus por me fazer acreditar;

À minha família por me apoiar em todas as minhas aventuras;

Às comunidades do Orkut que abriram as portas para que eu contasse

as minhas histórias, em especial a Adoro Romances, onde estreei e a

Oficina Romântica, minha casa atual;

À todas as leitoras que pacientemente (ou não) acompanham e

incentivam para que eu escreva cada vez mais;

À Caroline, que divide comigo o blog Mulheres Românticas;

À Carla, Marcy e Fabi pelo apoio e pelos papos das madrugadas;

Ao Bruno, que me presenteou com esse pseudônimo;

Aos meus sobrinhos, Perola e Pablo, amores da dindinha;

E a você, que está comprando este livro, prestigiando o trabalho de

uma autora brasileira.

Muito Obrigada.

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Lady Graciosa

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PRÓLOGO

Boca: nunca te beijarei. Boca de outro que ris de mim,

no milímetro que nos separa, cabem todos os abismos.

(Carlos Drumonnd de Andrade)

A festa foi um sucesso. Era a última antes de viajarem para o exterior em

busca de suas realizações profissionais. Eram jovens, recém formados e cheios

de coragem para enfrentar o mundo lá fora. Estavam eufóricos e em sua

euforia, a ansiedade pelo desconhecido transformou-se em um pacto.

Os trigêmeos Angelis conseguiram transformar a festa de despedida em um

evento repleto de alegria. Os inteligentes rapazes, formados em carreiras

distintas com altíssimas médias, agora curtiam a promessa de aventuras que

viveriam. Gabriel formou-se em engenharia, Micael formou-se em medicina e

Natanael formou-se em direito.

Na festa, promovida por seus pais Rafael e Serena Angelis todos pareciam

felizes, principalmente os festejados trigêmeos. Conversaram como nunca,

dançaram como nunca, beberam como nunca... A jovem ruiva que pertencia à

família havia se recusado a participar da festa. Seus três irmãos iriam para

longe... Não que fossem realmente irmãos. Não eram. Mas gostava de pensar

neles como tal. Não em todos eles realmente... Mas, os sentimentos estavam

guardados em seu peito... Como um segredo.

Os trigêmeos em um momento de consciência, antes que a bebida prejudicasse

seus pensamentos, também partilharam um segredo. Eles voltariam. Antes de

cada um seguir seu rumo haviam feito a promessa de que, ao completarem

trinta anos, voltariam para casa. Muitos brindes celebrariam aquele acordo.

– Hei, Nate! – Micael gritou, meio cambaleante. – Estou indo para casa

de Lucia...Vamos nos despedir!

– Eu vou dormir... – Nate resmungou, quando sentiu o mundo girar a

sua volta. – Gabe?

– Gabe foi dar uma volta... Com a Leila. – Mica respondeu, e sorriu ao

ouvir a morena chamada Lúcia lhe acenando. – Já vou indo...

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Saiu ao encontro da moça, mas no meio do caminho parou.

– Ah, Nate! – disse rapidamente. – Deixei um presente pra você em

meu quarto!

Micael sorriu satisfeito ao sair de braços dados com Lúcia. Há muito

seu irmão desejava um livro de um famoso escritor brasileiro, ícone

na área do direito. O livro, com a dedicatória fora difícil de

conseguir... e não custara pouco. Mas valeria a pena ver o discreto

Natanael perder o controle! Pena que não estaria por perto para ver...

Madalena estava triste. Desde criança convivia com os irmãos Angelis

e a separação tão próxima, por tempo indeterminado, lhe causava um

aperto no peito. Gabriel sempre fora o seu protetor. Em todas as

brincadeiras, era ele quem cuidava para que ela não se machucasse e

também era a fonte dos valiosos conselhos quando algum problema

lhe parecia insolúvel.

Micael era seu parceiro para todas as horas. Imprevisível e animado,

parecia pouco se importar com a diferença de idade entre eles e por

vezes parecia até esquecer que era uma menina, quando juntos

inventavam as mais loucas aventuras e traquinagens. Era fácil explicar

seus sentimentos sobre Gabe e Mica. Em seu coração, eles eram

simplesmente seus irmãos queridos.

Já Nate... Não conseguia lembrar o que dera inicio aos confusos

sentimentos que nutria por Natanael Angelis. Mas entendia que algo

mudara. Não conseguia mais estar próxima a ele sem que uma

estranha energia a envolvesse. Passou a ter consciência das reações de

seu corpo quando ele estava presente e a irritar-se com seus

comentários e brincadeiras.

Gabe não dizia nada, mas parecia perceber o que acontecia. Madalena

não conseguia conversar com ele sobre esse assunto... Agradeceu-lhe

silenciosamente quando na adolescência, fazia alguns anos,

presenteou- a com um livro que explicava as mudanças em seu corpo

e as sensações desconhecidas. Agora eles deixariam o país e ela

cursaria uma faculdade. Havia decidido por enfermagem. Influência

de Micael talvez...

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Era por Micael que esperava agora. Mica lhe dissera que havia lhe

comprado um presente... Que antes de embarcar no dia seguinte lhe

entregaria. Mas, Madalena sempre fora curiosa demais para aguardar

pacientemente. Os presentes de Micael sempre eram diferentes,

inusitados... E Lena os adorava! Deitada na cama de Micael esperava

impacientemente que ele enfim retornasse da festa.

Natanael entrou no quarto irmão e parou um momento antes de

acender a luz. Havia alguém na cama. ”Deixei um presente pra você em

meu quarto.”... Lembrou, andando cambaleante, antes de sentar-se no

colchão macio. Seu irmão deixara uma mulher de presente pra ele?

Arrependeu-se de não ter apertado o interruptor para conferir as

aparentes curvas do corpo que se esboçava na cama.

Por um momento teve a impressão de que reconhecia aquele corpo...

O mesmo que há tempos lhe atormentava os sonhos. Balançou a

cabeça, tentando clarear os pensamentos, sentindo a mente embotada.

Aproximou-se e tocou-lhe o rosto, sentindo a textura da pele suave.

Debruçou-se sobre o seu corpo e por pouco não caiu quando a sentiu

mexer-se. Ouviu-a murmurar algo ininteligível e não reconheceu o

tom rouco e sensual.

Deveria ir embora... Isso seria o certo. Levantar e ir para o seu quarto,

pensou. Antes, porém, que o cérebro o guiasse sentiu suas mãos

moverem-se pelo corpo quente embaixo do seu e o gemido desejoso

que ouviu, o levou a cobrir-lhe os lábios com os seus em um beijo

quente e profundo. Nate apoiou-se em seus braços e se afastou para

recuperar o fôlego...

– Nate! – ouviu-a suspirar, antes de enlaçar os braços por seu pescoço.

– É você!

Talvez houvesse sido a maneira como ela o abraçou... Ou a forma

como falou o seu nome... Não sabia. Mas o fogo alastrou-se como em

palha seca. Em minutos estavam despidos, tocando-se, acariciando-se,

beijando-se. Os corpos se encontraram, uma pequena barreira

rapidamente vencida e uma explosão de prazer explodindo de seus

corpos. Em meio à sonolência, um murmúrio expressava as palavras

que alterariam seus destinos.

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– Este foi o melhor presente que Micael me deu. – Nate murmurou,

antes que um sono profundo o envolvesse.

Não ouviu o soluço sentido, não viu a mágoa que suas palavras

causaram e nem percebeu quão rápida e furtivamente recolheu suas

roupas e fugiu para fora do quarto. Mesmo assim, verdades não ficam

escondidas por muito tempo.

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Capítulo I

Gosto desse teu ar tristonho, desse olhar de melancolia,

mesmo nos momentos de prazer e de sonho,

ou nos instantes de amor e de alegria...

Uma chuva fina e intermitente caia na cidade do Rio de Janeiro. O

cemitério Jardim da Saudade estava praticamente vazio... As poucas

pessoas que por ali passavam, com enormes guarda chuvas coloridos,

não se demoravam muito tempo velando seus mortos. Apenas uma

mulher, permanecia parada ali há mais tempo.

Os cabelos ruivos molhados colavam-se a cabeça e escorriam por suas

costas. As roupas molhadas pesavam em seu corpo e seus sapatos

estavam encharcados. Gotas de chuva enfeitavam as pétalas das flores

que trouxera em um arranjo alegre e colorido e que estava sobre a

pequena lápide aos seus pés. Lágrimas enfeitavam o seu rosto repleto

de sofrimento e saudade...

Tão compenetrada estava em seus pensamentos que não notou o

homem que se aproximava em passos largos e silenciosos. Uma

sincera preocupação estampava-se em seu rosto, molhado de chuva.

Sabia das lembranças que lhe povoavam a cabeça. Conhecia a razão

de sua tristeza.

– Lena? – Uma mão forte segurou em seu ombro.

Madalena Soares olhou para trás e observou o homem que viera ao

seu encontro. Gabriel Angelis era um dos trigêmeos Angelis e parte de

sua vida desde que era criança. Seu amigo, confidente... Seu irmão.

– Gabe! – Disse encarando os olhos azuis perscrutadores. – O que faz

aqui?

Gabriel encarou a mulher a sua frente. Flashes de lembranças do

passado espocaram em sua mente nos segundos que seus olhos se

encontraram. Da menininha espevitada que protegia, da adolescente

confusa que aconselhara, da mulher sofrida que consolara.

Sua “irmãzinha” crescera e Gabe ainda se perguntava se não deveria

tê-la protegido mais. Madalena lhe dissera uma vez que ninguém

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podia fugir das decisões tomadas, das ações executadas, das

promessas feitas. Às palavras, embora verdadeiras, pesavam além da

conta.

– Imaginei que a encontraria aqui. – Gabe disse simplesmente.

– Não devia estar aqui. – Lena disse, dando-lhe as costas e fugindo de

seu olhar. – Carolina está grávida...

– Carolina está bem. – Gabe interrompeu-a. – Foi por isso que não me

ligou?

Madalena respirou fundo e passou a mão por seu rosto molhado antes

de responder. Não queria magoar Gabe. Durante anos ele a apoiara,

ajudando-a a sustentar o peso de seu sofrimento. Mesmo que

discordando de suas atitudes, cumprira a promessa que lhe fez e

guardara seus segredos.

Mas Gabe agora tinha uma esposa maravilhosa e bebês a caminho.

Não havia sentido em afastá-lo de sua casa, de sua vida... ser-lhe-ia

sempre grata por tudo que ele fizera, por tê-la ajudado quando não

podia contar, ou confiar, em ninguém.

– Você agora tem que cuidar de sua família. – Disse tentando sorrir. –

Eu posso seguir sozinha.

Gabe aproximou-se e a abraçou, tentando demonstrar todo o amor e

carinho que sentia, antes de explicar pacientemente.

– Nunca estará sozinha. – falou sincero. – Você pertence à família

Angelis querida... E nós nunca a abandonaríamos. Nenhum de nós.

Carolina sabia que ele se referia a Nate. E sabia que era verdade...

Mesmo depois do que acontecera entre eles... Das coisas horríveis que

lhe dissera... Sabia que ele a protegeria com sua vida se fosse

necessário. Natanael era intenso em todos os sentimentos que lhe

devotava. Se pudesse mudar o passado, talvez...

As lembranças do momento em que se encararam na manhã seguinte

à noite da festa, ainda a faziam estremecer. Nate aparecera em seu

quarto, confuso e ao mesmo tempo decidido a conversarem. Trazia

em suas mãos Um prendedor de cabelos, seu, que encontra entre os

lençóis. Uma prova de que fora “ela” sua companhia aquela noite.

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– Temos que conversar...

Aquelas três palavras carregavam tantos significados... Tantas

intenções. Parecia que estava vendo a mente equilibrada de Nate

traçando os planos para resolver aquela situação. Ele mudaria o rumo

de sua vida... Provavelmente lhe diria que precisavam fazer a coisa

certa. Uma dor enorme atravessou o seu corpo. Não deixaria que

aquilo acontecesse...

– Não vejo motivos para conversas. – Lena disse, dando-lhe as costas e

voltando a arrumar as malas, tarefa que interrompera ao vê-lo entrar

em seu quarto.

– Olhe Lena, apesar de não estar sóbrio, e não saber exatamente o que

aconteceu naquele quarto... – Nate disse em tom sério, antes de

perguntar baixinho. – Sei que nós... Por que não me impediu?

Como lhe dizer que não resistira em tornar seus sonhos realidade?

Que resolvera aproveitar o momento e sua aparente confusão para ter

algo que ele jamais lhe daria se fosse dono de todo o seu autocontrole?

Quisera-o. As palavras que ele murmura antes de cair no sono a

magoaram... Porque era uma tola romântica. Não importa que ele não

se lembrasse de nada no dia seguinte... Aliás, contara com isso... Mas

ao mesmo tempo...

Iludir-se de que era algo mais do que uma eventual noite de sexo,

traria sofrimentos demais... Aos dois. Nate a odiaria, mas, tinha que

dar um jeito de fazê-lo desistir de suas “boas intenções”. Não

suportaria vê-lo desistir de seus sonhos... Ver a tristeza no rosto de

seus pais e irmãos por um futuro perdido... Havia apenas uma

maneira de mantê-lo afastado de si.

– Eu esperava por Micael. – disse e viu a confusão toldar os olhos

azuis. Fez uma prece silenciosa para que ele realmente não lembrasse

exatamente o que acontecera, antes de concluir. – Pensei que era ele

quando me entreguei.

Tantos sentimentos passaram por seu rosto... Rapidamente se

descortinou diante dos seus olhos o choque, a raiva, a dor... Mas

apenas a última emoção figurou ao final. Desprezo. O rosto de

Natanael transformou-se de maneira que fez Madalena recuar. Um

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poderoso arrependimento a envolveu, mas era tarde. As palavras de

Nate marcaram o final daquela história.

– Bem... Isso não deveria me surpreender. – Nate disse frio. – Você

tem razão. – Disse depois de alguns segundos. – Não há motivos para

conversas.

O som da porta fechando-se após sua saída doeu em seus ouvidos.

Uma dor sem tamanho tomou conta de seu ser, levando-a a abraçar a

si própria em meio a um pranto convulsivo diante do fim... Não havia

como voltar atrás. Não havia como fugir da decisão que tomara. Não

havia como apagar a mentira que contara.

Não fora o fim. Madalena aprendeu que havia sofrimento maior do

que perder um sonho... Um amor. Havia passado pelo inferno e

sobrevivido, mas jamais se livrara do remorso e da culpa. Depois

desse dia o relacionamento entre eles jamais foi o mesmo. Nate não

havia esquecido suas palavras e lhe feria constantemente com seus

comentários e sua rejeição.

Estremeceu novamente, a chuva fria trazendo seus pensamentos para

o presente. Estavam ali parados. Gabe depositou as flores que

trouxera ao lado das que ali se encontravam e por um bom tempo,

ficaram olhando as flores até que a chuva tornou-se mais forte.

– Vamos! – Gabe tomou-lhe a mão. – Carolina pediu para que fosse

até nossa casa.

– Acho melhor não, Gabe... – Lena tentou se esquivar. – Hoje não sou

uma boa companhia.

– Minha esposa me mata se não levá-la comigo! – Gabe brincou. – Eu a

deixei preparando um bolo...

– Ai, que droga! – Madalena, riu entre as lágrimas. – Vamos ter que

comê-lo?

– Duvido muito... – Gabe também sorriu. – Carolina é atrapalhada

demais para que a receita de certo.

– Melhor passarmos em uma padaria então...