animais peçonhentos
TRANSCRIPT
ANIMAIS VENENOSOS X PEÇONHENTOS
• Animais Venenosos – são aqueles que possuem veneno, mas são desprovidos de aparelho inoculador. Ex: sapos, algumas borboletas.
• Animais Peçonhentos – são aqueles que inoculam na vítima o veneno (peçonha produzida por glândulas especiais) por meio de dentes ocos, ferrões ou aguilhões.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Dentre os invertebrados peçonhentos, temos as aranhas, escorpiões. lacraias, e alguns outros de interesse por serem perigosos, como por exemplo:
• Celenterados (águas-vivas e medusas)
• Hymenopteras (vespas, abelhas e formigas)
• Lepidopteras (borboletas e mariposas)
• Coleopteras (besouros)
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ARANHASExistem aproximadamente cerca de 35.000
espécies, habitam praticamente todas as regiões, sendo somente uma aquática (Argyroneta). Todas são predadoras, alimentando-se de insetos, mas algumas podem alimentar-se de animais maiores como lagartixas, rãs, peixes e até filhotes de aves.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Phoneutria
- Aranha armadeira
- Rápidas e agressivas
- Não formam teias
- Hábitos noturnos
- Veneno de ação neurotóxica e cardiotóxica
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Loxoceles
- Aranha marrom
- Agressivas
- Teias irregulares em locais escuros
- Hábitos noturnos
- Veneno de ação necrosante e hemolítico
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Latrodectus
- Viúva-Negra
- Teias irregulares no meio da vegetação
- Hábitos noturnos
- Veneno de ação neurotóxica
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Lycosa
- Aranha de grama ou de jardim
- Não forma teias
- Hábitos noturnos e diurnos
- Veneno necrosante
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ESCORPIÕES
- São animais carnívoros de hábitos noturnos.
- Vivem sob pedras, troncos podres, em solo úmido das matas, em areia de regiões secas, podendo entrar em residências humanas, onde se escondem em fendas, entulhos, madeiras empilhadas e dentro de sapatos. É crença popular que os escorpiões se suicidam quando cercados pelo fogo. Na realidade, por ficarem assustados, elevam a cauda em posição de ataque, dando a falsa impressão de injetar seu próprio veneno na cabeça; geralmente são imunes ao próprio veneno.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ESCORPIÕES
Atualmente são conhecidas cerca de 1.400 espécies de escorpiões distribuídas pelo mundo, com exceção da Antártida, sendo que no Brasil há cerca de 75 espécies amplamente distribuídas pelo país. Esses animais podem ser encontrados tanto em áreas urbanas quanto rurais.No Brasil as espécies mais importantes em Saúde Pública pertencem ao gênero Tityus, destacando-se as espécies Tityus serrulatus (escorpião amarelo) e Tityus bahyensis (escorpião negro).
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Os acidentes por Tityus serrulatos são os mais graves, principalmente em crianças e idosos. A dor local, uma constante no escorpionismo, pode ser acompanhada por parestesias. Nos acidentes por Tytus serrulatus, após intervalo de minutos até duas horas, podem surgir as seguintes manifestações:
- náuseas, vômitos e diarréia.
- arritmias cardíacas, hipertensão ou hipotensão arterial.
- arritmias respiratórias e edema pulmonar agudo.
-agitação, sonolência, confusão mental, tremores e variação de temperatura.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
A gravidade depende de fatores como a espécie e o tamanho do escorpião, a quantidade de veneno inoculada, a massa corporal do acidentado e a sensibilidade ao veneno.
Tityus bahiensis
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
CARACTERÍSTICAS
• Corpo alongado coberto por escamas.
• Ausência de membros locomotores.
• Ausência de ouvido.
• Língua bífida que capta substâncias suspensas no ar
• Olhos sem pálpebras.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Diferenças entre serpentes peçonhentas e não peçonhentas: - Serpentes peçonhentas apresentam corpo coberto por escamas em forma de quilha
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Diferenças entre serpentes peçonhentas e não peçonhentas: - As Serpentes peçonhentas apresentam cabeça com escamas pequenas.
- As serpentes não peçonhentas apresentam, em geral, escamas maiores na cabeça
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Diferenças entre serpentes peçonhentas e não peçonhentas: - As Serpentes peçonhentas apresentam, em geral, pupila em fenda.
- As serpentes não peçonhentas apresentam pupila circular.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
No Brasil são conhecidas aproximadamente 300 espécies e subespécies de serpentes, das quais 70 variedades são peçonhentas e se distribuem em 4 gêneros:
1) Gênero Bothrops: 32 variedades encontradas em todo o território nacional. Responsável por mais de 90% dos acidentes. Veneno de efeito coagulante e necrosante (jararaca, jararacuçu, urutu, caiçara e outros).
ANIMAIS PEÇONHENTOS
2) Gênero Crotalus: 6 variedades, comuns em regiões secas e campos. Veneno de efeito neurotóxico (cascavel).
ANIMAIS PEÇONHENTOS
3) Gênero Lachesis: 2 variedades, existentes na Mata Atlântica e na Floresta Amazônica (surucucu). São causa pouco freqüente de acidente peçonhento.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
4) Gênero Micrurus: 31 variedades em todo o país. Provocam os acidentes mais graves, embora raros. Veneno de efeito curarizante (cobra coral).
Micrurus frontalis Micrurus corallinus
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Envenenamento Botrópico – Jararacas ( 90% dos acidentes)
Manifestações locais:
• precoce (até 3 horas após o acidente) :
- dor imediata, inchaço (edema), calor no local da picada e hemorragia no local da picada ou distante dele.
• Complicações :
- bolhas, gangrena abcesso e insuficiência renal aguda.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Envenenamento Botrópico – Jararacas
Veneno de ação necrosante e hemorrágica
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Envenenamento Crotálico – Cascavéis ( 8,2% dos acidentes)Sinais e sintomas do envenenamento:
• Precoce (até 3 horas após o acidente)
- dificuldade de abrir os olhos, “visão dupla”, “cara
de bêbado”, visão turva, dor muscular e urina avermelhada.
• Após 6 a 12 horas:
- escurecimento da urina.
• Complicações
- insuficiência respiratória e renal aguda
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Envenenamento Crotálico – Cascavéis ( 8,2% dos acidentes)
Veneno de ação neurotóxica e coagulante.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Envenenamento Laquético – Surucucus ( 2,9% dos acidentes)Envenenamento com reações semelhantes ao de Bothrops.
- inchaço no local da picada, diarréia e hemorragia.
-Veneno de ação necorsante, neurotóxica e hemorrágica.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Envenenamento Elapídico – Corais ( 0,7% dos acidentes)
Principais sintomas :
-dificuldade de abrir os olhos, cara de bêbado, falta de ar, dificuldade em engolir e insuficiência respiratória aguda.
Veneno de ação neurotóxica.
* Ação rápida, grande potência e mortal se não houver tratamento a tempo.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Cuidados de Enfermagem
Imediatos nos Acidentes Ofídicos:
1) Sempre que houver certeza de picada de serpentes venenosas há necessidade de hospitalização e soroterapia.
2) Toda vez que houver evolução clínica sugestiva, identificado o agressor, a vítima deve ser hospitalizada e receber soroterapia.
3) Na dúvida se houve ou não a picada, a vítima deve permanecer em observação, pelo menos 24 horas.
4) Paciente deve ser mantido em repouso.
5) Não usar garrote, nem torniquete.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Cuidados Imediatos nos Acidentes Ofídicos:
6) Não cortar, não furar, não queimar.
7) Membro afetado posicionado para cima.
8) Analgésicos, limpar cuidadosamente o local da picada.
9) Controlar sinais vitais e volume urinário.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
COMO PREVINIR ACIDENTES COM OFÍDIOS
• Nunca andar descalço, principalmente em mata. (Dependendo da altura do calçado, os acidentes podem ser evitados na ordem de 50 a 72 %);• Usar luvas de couro em atividades rurais e de jardinagem;• Nunca colocar as mãos em tocas (para pegar pelo rabo do tatu que é visto ao entrar) ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, montes de pedras ou sob pedras grandes;
ANIMAIS PEÇONHENTOS
OUTROS ANIMAIS PEÇONHENTOS
Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATs)
Existem 37 Centros de Informação e Assistência Toxicológica em todo o território brasileiro.
• Centro de Informação Anti-Veneno de Cuiabá • Coordenador: Enfermeira Márcia Regina Pereira • Diretor clínico: José Antonio Figueiredo • Endereço: Hospital Municipal e Pronto Socorro de
Cuiabá Telefone: (65) 3051-9454 / 3051-9450 / 3617-
1374 / 0800- 722-6001
Bibliografia• AZEVEDO-MARQUES M.M.; CUPO, P. & HERING,S.E. Acidentes por animais
peçonhentos: Serpentes peçonhentas. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 480-489, 2003.
• CARDOSO, J.C.L. & BRANDO, R.B. Acidentes por animais peçonhentos. São Paulo, Santos, 1982, p. 165-176.
• CUPO, P. et al. Acidentes ofídicos: análise de 102 casos. In: XXI Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical; 21., 1985, São Paulo, Resumo p.23-24.
• ROSENFIELD, G. Moléstias por venenos animais. Pinheiro Ter., 17:3-15, 1965.