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Angeologia II
Dizer anjo quer dizer imagem.
A imaginação não deve entender-se aqui como a faculdade que produz o imaginário, o irreal, mas sim o ato pelo qual se faz
real o mundo das Formas e Figuras.
O mundus imaginalis se situa no tempo mítico da percepção visionária e revelação profética.
Como diz o poeta e pintor do século XVIII, William Blake, "quem não pode
imaginar de uma maneira mais real o que
seu olho mortal não pode ver, não imagina
nada do todo".
O criador de imagens (nome que se dá ao
devoto do islã), identifica-se com a luz interior dos
seres e das coisas do mundo Natural, e com as
idéias e arquétipos do mundo Ideal.
Esta imaginação ativa é uma faculdade do
Intelecto ou órgão do Conhecimento, e conduz
à Inteligência do Coração, objeto do
Conhecimento interno direto.
Os arcanjos, como faculdades cognitivas que são, associam-se a estas
funções.
A imaginação ativa ao arcanjo Gabriel, que no
cristianismo é o anunciador da encarnação
do Verbo; a inteligência do coração, ou intelecto puro, ao arcanjo Miguel (ou Christos-angelos),
cujo nome significa "igual a Deus".
Na Árvore Sefirótica da Cabala, segundo algumas
versões tradicionais, Miguel ocupa o centro (Tifereth); Gabriel o
Fundamento (Yesod) e Metatrón o pólo ou a
coroa (Kether).
Este último é denominado o “YHVH menor” e é o arcanjo que aparece a Moisés
no meio da sarça.
Metatrón é a mesma palavra "que abre o reino supra-celestial"; é o espírito da
visão que anuncia um Deus que virá; o que em termos gerais é válido para qualquer energia
imaterial e luminosa, quer dizer, Angélica.
Federico Gonzalez
(Continua)
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