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ANEXOS PROJETO INCRA – PRESERVA Adequação a Legislação e Educação Ambiental para o desenvolvimento da sustentabilidade em assentamentos de reforma agrária.

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ANEXOS

PROJETO INCRA – PRESERVA

Adequação a Legislação e Educação Ambiental para o desenvolvimento da sustentabilidade em assentamentos

de reforma agrária.

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APRESENTAÇÃO

A Associação de Proprietários de Reservas Particulares da Bahia –PRESERVA, foi fundada em Agosto de 2000, durante o II encontro das RPPN da Bahia. De agosto de 2002 a maio de 2003, executamos em parceria com o Instituto de Estudos Sócio – Ambientais do Sul da Bahia – IESB, o Projeto de Mobilização e Capacitação de RPPN do Nordeste, contratado junto ao Fundo Nacional do Meio Ambiente. Mais de 140 pessoas participaram de pelo menos um dos quatro eventos que foram realizados: “Terceiro Encontro das RPPN da Bahia”, em Feira de Santana, em setembro de 2002; “Encontro das RPPN da Caatinga”, em Crateús-CE, em novembro de 2002; “Encontro das RPPN dos Ecossistemas Litorâneos do Nordeste”, em Ipojuca - PE, em dezembro de 2002. Em Abril de 2003, organizamos em Maceió, em parceria com o IESB, o Instituto para a Preservação da Mata Atlântica - IPMA e a Associação Caatinga, e com apoio do Fundo Nacional do Meio Ambiente, o Congresso Nordestino de Reservas Naturais Privadas, com a presença de mais de 80 proprietários de RPPN de todo o nordeste. Foi o maior evento de RPPN já realizado no país até essa data. A PRESERVA foi fundamental também para articular, durante o mesmo congresso, a realização da reunião que deslanchou o processo de reestruturação da Confederação Nacional de RPPN, com a presença de 10 associações de todo o país. Atualmente a PRESERVA, na pessoa do seu Presidente, ocupa a Secretaria Geral da Confederação Nacional de Proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural - CNRPPN. O Projeto “Reconhecimento de novas RPPN na porção baiana do Corredor Central da Mata Atlântica” contratado em agosto de 2003 e concluído em maio de 2005 teve como objetivo contribuir para a conservação dos recursos hídricos e proteção da biodiversidade brasileira. A estratégia deste projeto foi o incentivo ao reconhecimento de novas RPPN na porção baiana do Corredor Central da Mata Atlântica, visando restabelecer e proteger a conectividade ecológica entre os principais fragmentos florestais remanescentes na região. Este Projeto teve como proponente a PRESERVA e como parceiros a Flora Brasil e o IESB e apoio da Aliança para Conservação da Mata Atlântica e contou com recursos da ordem de R$ 56.000,00 (cinqüenta e seis mil reais). O principal resultado deste projeto foi, o encaminhamento de 12 novos processos de RPPN, visando proteger uma área total de mais de 500 hectares. Das novas reservas encaminhadas, 6 se encontram no entorno do Parque Nacional do Pau Brasil e da Estação Veracruz; 5 RPPN se encontram localizadas no entorno da REBIO de Una e 1 no interior da APA de Pratigí. A Preserva propôs e executa atualmente o projeto “Fortalecimento do Programa de Conservação em Terras Privadas através do incentivo a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural –RPPN em duas áreas foco no sul da Bahia”. Este projeto tem o apoio da The Naturem Conservancy e conta com recursos da ordem de R$ 139.000,00 e incentiva a criação de RPPN em duas áreas focos no Sul da Bahia, no entorno da Reserva Biológica de Una e no Extremo Sul nas áreas de entorno dos Parques Pau-Brasil e Descobrimento em Parceria com a Equipe Técnica Científica que desenvolve estudos para ampliação destas Unidades. Até o momento já foram protocolados vinte processos e já reconhecida uma RPPN a Nova Angélica no entorno da REBIO de Una e mais oito processos estão sendo preparados. Também neste projeto a Preserva apóia a políticas públicas que incentivem a conservação em terras privadas, apoiando a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia a implementar o programa estadual de RPPN e buscando mecanismos de apoio aos proprietários.

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O Instituto de Estudos Sócio-Ambientais do Sul da Bahia em parceria com a Preserva executa o projeto de “PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO EM RPPN NO CORREDOR CENTRAL DA MATA ATLÂNTICA” este projeto tem o apoio do FNMA e conta com recursos da ordem de R$ 250.000,00. A Preserva é responsável pela realização de uma metodologia participativa, onde as comunidades de entorno auxiliarão nos diagnósticos e oficinas participativas para subsidiar a elaboração dos Planos de Manejo das RPPN Ecoparque de Una, no município de Una; Salto Apepiqui, no município de Ilhéus; e Água Branca, no município de Valença. Estas reservas possuem relevantes atrativos naturais, como florestas, cachoeiras, além de estarem próximas ao litoral, o que faz com que atraiam muitos visitantes regionais, nacionais e até mesmos de outros países. Atualmente a Preserva conta com 46 associados, que formam sua Assembléia Geral, uma diretoria eleita que conta com Presidente, Diretor Técnico, Secretário e Diretor financeiro. Esta sediada em imóvel alugado, conta com 5 profissionais de nível superior, Agrônomo Msc, Agrônomo especialista em meio ambiente, Geógrafo especialista em SIG, Biólogo Msc, Economista, dois estagiários e Três voluntários. Conta com Veículo, para utilização nos programas da Bahia, 4 computadores, impressora, laboratório de SIG e móveis. Neste projeto a Preserva vai disponibilizar o laboratório de SIG, e o apoio da sua sede para administração financeira e Coordenação do Projeto. O orçamento médio mensal da instituição é de R$ 22.280,00.

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INTRODUÇÃO A Reserva Legal, exigência da Lei 4.771, que, no caso da região nordeste deve ser mantida no mínimo 20% da área total da propriedade para este fim, é uma área necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo da fauna e flora nativas. As áreas de preservação permanente – APP – áreas também exigidas por lei, são ecossistemas que possuem relevante interesse para o equilíbrio do meio ambiente. Devido ao fato de que estas áreas possuem uma função ambiental muito importante na preservação dos recursos hídricos, da paisagem, da estabilidade geológica, da biodiversidade, do fluxo de genes da fauna e flora, além da proteção do solo e o bem-estar da população humana, torna-se de suma importância a existência do desenvolvimento de uma consciência ambiental por parte dos assentados de reforma agrária para que possam ser exercidas ações que almejem a conservação e em muitos casos a recuperação destas áreas. A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais. Visando esse entendimento a PRESERVA, juntamente com os assentados dos Projetos de Assentamento Terra Vista e Rio Aliança, ambos localizados no Município de Arataca, vem com essa iniciativa representada através desta proposta, implantar um processo de regularização ambiental, a fim de facilitar o processo de licenciamento, construção dessa consciência ambiental, no qual, através de ações claras e concretas de averbação e recuperação da Reserva Legal e das APP, representadas em boa parte pelo Rio Aliança, aliado a um programa de Educação Ambiental, visando atingir principalmente assentados, jovens e mulheres e de forma complementar professores, alunos, e produtores do entorno, demonstrará os benefícios ambientais que podem ser alcançados e a melhoria na qualidade de vida das pessoas residentes nos Assentamentos. CARACTERIZAÇÃO DOS PROJETOS DE ASSENTAMENTO

1- ASSENTAMENTO TERRA VISTA MUNICÍPIO: Arataca DATA DA POSSE: 14/11/1996 DISTÂNCIA DA SEDE MUNICIPAL: 5 KM ÁREA TOTAL: 904,0 ha ÁREA REQUERIDA DE RESERVA LEGAL: 180,8 ha ÁREA REQUERIDA PARA A PRESERVAÇÃO PERMANENTE: 30 ha ÁREA EFETIVA DA RESERVA LEGAL: não averbada ÁREA EFETIVA DA PRESERVAÇÃO PERMANENTE: não demarcadas CAPACIDADE DO IMÓVEL EM TERMOS DE FAMÍLIAS: 100 famílias NÚMERO ATUAL DE FAMÍLIAS: 83 famílias 2- ASSENTAMENTO RIO ALIANÇA MUNICÍPIO: Arataca DATA DA POSSE: 12/02/1998 DISTÂNCIA DA SEDE MUNICIPAL: 7 KM ÁREA TOTAL: 570,20 ha ÁREA REQUERIDA DE RESERVA LEGAL: 114,04 ha ÁREA REQUERIDA PARA A PRESERVAÇÃO PERMANENTE: 20 ha

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ÁREA EFETIVA DA RESERVA LEGAL: não averbada ÁREA EFETIVA DA PRESERVAÇÃO PERMANENTE: não demarcadas CAPACIDADE DO IMÓVEL EM TERMOS DE FAMÍLIAS: 50 famílias NÚMERO ATUAL DE FAMÍLIAS: 50 famílias

OBJETIVO GERAL Adequar os projetos de assentamentos a legislação ambiental vigente para apoiar o processo de licenciamento ambiental, desenvolver a conscientização dos assentados acerca das questões ambientais, relacionadas com a sua realidade, através da educação ambiental e promover ações claras e concretas de conservação e recuperação de áreas de preservação permanente, averbação de reserva legal e RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), caso seja este modelo de unidade de conservação, escolhido pela comunidade do assentamento. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Elaborar o levantamento cadastral topográfico georreferenciado dos Assentamentos para viabilizar a averbação da Reserva Legal e averbação de RPPN;

• Promover oficinas de capacitação em Educação ambiental para Implantação do Centro de Difusão Ambiental – CDA no P.A. Terra Vista e Adequação Ambiental de Propriedades Rurais, recuperação de áreas degradadas, restauração de matas ciliares e produção de mudas para agricultores, agricultoras, crianças e jovens;

• Fazer a recuperação de mata ciliar das margens do Rio Aliança, nos trechos onde ele corta os assentamentos promovendo a Identificação de espécies arbóreas nativas (estudo de biodiversidade), para coleta de sementes visando a produção coletiva de mudas, efetuando o cercamento de áreas de interesse nas APP e na Reserva legal, tais como, nascentes e margem de rios em alto estágio de degradação;

JUSTIFICATIVA DA PROPOSIÇÃO Os Projetos de Assentamento Terra Vista e Rio Aliança encontram-se inseridos no bioma da Mata Atlântica, dentro do Corredor de Biodiversidade onde se localiza o Conjunto da Serra do Baixão e Serra das Lontras, ambas áreas, propostas para criação de Unidades de Conservação Federais, são cortados por um corpo hídrico importante para a região, o Rio Aliança, possuem boas áreas de remanescentes florestais conservados, além de serem vizinhos. Possuem suas atividades econômicas pautadas na cultura do cacau, pupunha, cultivo da mandioca, fruticultura, algumas áreas de pasto, principalmente próximas a sede que vão até as margens do rio, tendo o uso do solo caracterizado por práticas agrícolas, tais como, corte e queima, limpeza total do solo, de baixa utilização de insumos sintéticos, dentre outros. Além disso, os assentamentos, apesar de possuírem em seus Planos de Desenvolvimento, indicadas suas áreas de reserva legal, estas não se encontram averbadas em cartório, fato o qual não, possui validade jurídica nenhuma. Por isso, partindo da necessidade de adequação ao código florestal brasileiro (LEI Nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE 1965), pois, ambos não possuem Reserva Legal averbada e da pulsante necessidade de recuperação demonstrada pela situação atual das matas ciliares, a desinformação acerca de questões relacionadas ao meio ambiente e do imenso interesse demonstrado pelos Assentados, notou-se a importância da implantação de projetos que visem apoiar ações de conservação e recuperação dos recursos naturais.

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PÚBLICO ALVO O projeto Adequação a Legislação e Educação Ambiental para o desenvolvimento da sustentabilidade em assentamentos de reforma agrária tem como público alvo as 113 famílias de assentados de reforma agrária residentes nos assentamentos Terra Vista e Rio Aliança. É importante salientar que na sua implantação o P.A. Terra Vista possuía 100 famílias, mas devido a evasão dos próprios assentados durante os anos, atualmente o P.A. Terra Vista possui 50 famílias residentes. Este fato continua a se propagar principalmente no grupo jovem que cursa o ensino médio.

METAS Fase 01 – Averbação de duas reservas legais nos Projetos de Assentamento Terra Vista e Rio Aliança e de RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) no Projeto de Assentamento Terra Vista. Fase 02 – Promover uma oficina de capacitação em Educação ambiental para Implantação do Centro de Difusão Ambiental – CDA e uma de Adequação Ambiental de Propriedades Rurais, Recuperação de Áreas Degradadas, Restauração de Matas Ciliares e Produção de mudas para agricultores agricultoras, crianças e jovens; Fase 03 – Produção e plantio de 5.000 (cinco mil) mudas de espécies nativas visando a recuperação de APP e áreas degradas de forma comunitária; Fase 04 – Implantação de dez Km de cercamento de áreas de interesse ecológico para conservação e recuperação ambiental. METODOLOGIAS A SEREM UTILIZADAS Todo o trabalho será feito com a utilização de metodologia participativa, estando esta já demonstrada através das duas oficinas de discussão acerca da implantação desse projeto. Nos dias 13/11 e 15/11 de 2006 foram realizadas duas oficinas nos assentamentos foco do projeto, onde participaram a grande maioria dos assentados. Lá foram feitas explanações sobre as linhas temáticas apoiadas, rodadas de perguntas por parte dos beneficiários, apresentação de outros projetos de recuperação de áreas degradadas e similares já executados pela PRESERVA e a assinatura do termo de compromisso por parte dos assentados.

Figura 01: Oficina participativa com assentados nos dois P.A.s.

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Fase 01 – Averbação de 2 (duas) reservas legais nos assentamentos propostos e de 01(uma) RPPN no Assentamento Terra Vista: A fim de fornecer subsídio para as atividades relacionadas à recuperação, conservação, averbação de reserva legal e de RPPN, será feito uma planta georreferenciada de toda a área dos assentamentos em questão, por empresa especializada, contratada através de carta-convite, com análise de no mínimo três propostas. Para isso será feito um levantamento cadastral, do perímetro dos Assentamentos, um cadastramento interno das áreas de APP, de mata, o rio, edificações e uso atual do solo. Esse levantamento será feito com a utilização de GPS PRO XR: TRIMBLE e DATUM: SAD 69.

Figura 03: Remanescente de Mata Atlântica no P.A. Terra Vista.

Será feita a averbação da reserva legal, correspondente a no mínimo 20% da área total dos assentamentos e da RPPN. Para isso a supervisão do projeto, irá organizar todo o processo, atendendo as exigências dos órgãos responsáveis o qual deverá conter documentos, tais como, cópia autenticada ou acompanhada do original da escritura publica devidamente registrada no cartório de registro de imóveis, carta de anuência do INCRA (no caso de assentamentos não emancipados), original da Certidão de Inteiro Teor do imóvel expedida pelo cartório de registro de imóvel competente com data de validade de ate 30 dias anteriores ao protocolo do requerimento, cópia autenticada ou acompanhada do original do CCIR do (conforme modelo em processo de elaboração pela SFC), preenchido (INCRA), plantas, memoriais descritivos, estudos técnicos, dentre outros. Esses processos serão entregues nos cartórios e órgãos competentes e será feito o acompanhamento dos mesmos até a averbação definitiva. Para isso o projeto prevê a capacitação do técnico responsável em São Paulo, sendo feita pelo Instituo de pesquisas Ecológicas- IPÊ É importante salientar que apesar das restrições da RPPN impostas pela legislação esse tipo de unidade de conservação (UC) está sendo proposto para o P.A. Terra Vista por este ser alvo de implantação do Núcleo Avançado da UNEB, fato o qual, pode transformar esta Reserva Particular em uma grade unidade de pesquisa, além de poder oferecer aos assentados, outras fontes de renda proporcionadas por outras atividades, tais como,o ecoturismo, permitido por lei em RPPN, e acesso a outras fontes de recurso, específicas para este tipo de UC. Não obstante, devemos ressaltar que este processo está sendo discutido de forma participativa com os assentados de forma a não deixar dúvidas em relação às conseqüências da criação desta UC, e a decisão final será deles.

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Será apresentado relatório parcial de atividades até abril de 2007, com vistas a subsidiar o INCRA na elaboração Roteiro de Caracterização de Empreendimento – RCE, para licenciamento junto ao Centro de Recursos Ambientais - CRA Fase 02 Promoção de cursos para capacitação em:

• Educação Ambiental: No primeiro trimestre do projeto será realizada uma oficina para 20 jovens dos dois assentamentos, que serão selecionados como multiplicadores ambientais. Esta Oficina terá duração de 05 dias, carga horária de 40 horas, será realizada por profissional de empresa especializada, onde este profissional será responsável pela mediação dos trabalhos e passagem do conteúdo metodológico do curso. Nesta oficina eles serão formados para atuarem como reeditores difusores em educação e interpretação ambiental através da metodologia “Brincando e aprendendo com a mata”, desenvolvida e consolidada pelo projeto Doces Matas, do Instituto Estadual de florestas de Minas Gerais IBAMA/MG, Fundação Biodiversidade e pela Agência de Cooperação técnica Alemã/GTZ e aplicada pelos reeditores capacitados pelo projeto. Após essa oficina estes reeditores, realizarão a difusão dos conhecimentos adquiridos através de oficinas de capacitação para difusores entre as crianças, adolescentes, agricultores, agricultoras dos assentamentos. O Centro Difusão Ambiental - CDA deverá funcionar no Assentamento Terra Vista devido a sua infra-estrutura, possuindo salas de aula amplas, estrutura de refeitório, banheiros, alojamentos, dentre outras características. Este CDA deverá iniciar seu funcionamento após a capacitação dos assentados para reeditores da metodologia, passando assim a ter como meta principal à capacitação dos outros assentados residentes nos dois P.A.s e outros assentamentos e futuramente, a capacitação de pessoas residentes em áreas circunvizinhas, focando preferencialmente a agricultores familiares. A pretensão do projeto é que o CDA continue suas atividades, após o termino do projeto, com a gestão das organizações da própria comunidade e com apoio do Núcleo Operacional da Assessoria Técnica social e Ambiental (ATES). As oficinas a serem realizadas pelos reeditores terão o apoio da supervisão técnica do projeto atuando na articulação e logística. Esse fato será reforçado pela presença do Campus Avançado da UNEB no P.A. Terra Vista, já que, este possuirá graduações nas áreas de Eng° Agronômica, Ciências Biológicas e Eng° Florestal , dando ênfase na transformação do P.A. Terra vista em um local de difusão educacional, e pelas ações do Projeto Fasama, realizado hoje pela parceria entre a FUNDESF e o INCRA, no âmbito do Projeto Terra Sol, que vem trabalhando a mudança de matriz tecnológica dos assentamentos para a agroecologia.

Curso de capacitação para jovens assentados: Nos três primeiros dias serão capacitados com a metodologia do “Brincando e Aprendendo com a Mata”, esta foi desenvolvida pela GTZ e adaptada pelo Projeto Doces Matas para ser trabalha na Mata Atlântica. Para isso será adquirido um manual, a ser comprado na GTZ. Esta metodologia utiliza dinâmicas com os temas: água, solo, flora e fauna. Sensibilizando assim os alunos, preferencialmente nas escolas dos assentamentos, visando à mudança de atitudes dos mesmos em relação à percepção e conservação da biodiversidade da Mata Atlântica. No quarto dia os assentados participarão do planejamento de uma excursão guiada para os alunos dos assentamentos utilizando as dinâmicas aprendidas com a metodologia.

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No quinto dia receberão um grupo de aproximadamente vinte alunos,filhos de assentados, para execução e avaliação da aprendizagem da metodologia utilizada. Esta avaliação será necessária, pois, o CDA recebe os alunos mesmo sem a presença do coordenador local, sendo conduzido pelos multiplicadores capacitados. Esta visitação terá no mínimo 35 alunos no mês durante a vigência do projeto. É importante que alunos de escolas de outros PA sejam o público alvo principal, na região de abrangência do projeto, estão presentes os PA Viva Vida e Bem-te-vi (Cédula da Terra) Nova Ipiranga entre outros. Conteúdo do curso: 1. Conhecerem-se, apresentações, comunicados e acordos de convivência; 2. Atividades de Interpretação Ambiental para motivar o despertar de todos os sentidos do grupo, conectar-se com a natureza; 3. Apresentação da metodologia da “Pedagogia da Mata: Aprender Brincando com a natureza através do Manual, cartilhas e mochila”. 4. Introdução à elaboração de um roteiro ou programa de Interpretação Ambiental; 5. Participando de uma Excursão Guiada numa trilha: “A mata como espaço de vida”; 6. Introdução ao Monitoramento e avaliação de um roteiro ou programa de Interpretação Ambiental; 7. Planificando um roteiro e realizando uma excursão guiada; 8. Reflexões e análise sobre o conteúdo do curso; 9. Grupo Monta e aplica uma excursão guiada: “Um dia de aventura na mata” Todos os assentados capacitados receberão o material necessário para fazer a excursão guiada visando à sensibilização dos alunos (uma mochila, manual, espelhos, lupas, vendas, lápis cera e de cor, tinta, cartolina, tesoura e purpurina). Curso de capacitação recuperação de área degradada para agricultores: Serão capacitados 40 assentados dos P.A. Terra Vista e Rio Aliança no Curso de Recuperação Natural de Áreas Degradadas.

Os assentados que participarão do projeto responderão um questionário padronizado contendo informações básicas sobre os assentamentos uma forma para conhecer melhor o perfil dos assentamentos assim como a expectativa por parte do assentado em relação ao futuro do uso do solo na propriedade de forma sustentável. Nos dias de campo e no curso de formação serão momentos para difundir as RPPN. Programação do Curso: a) Parte teórica (um dia):

• Apresentação sobre: biodiversidade e corredores ecológicos;

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• Noções de regeneração natural; • Noções sobre legislação ambiental brasileira e crimes ambientais; • O que é Reserva Legal (RL), Áreas de Proteção Permanentes (APP) e RPPN; • Apresentação de experiência de um agropecuarista em regeneração natural.

b) Parte prática (dois dias): Dia de campo, visita a APP em regeneração natural em uma área desmatada, cultivada e depois abandonada pelo agricultor. Noções em campo de marcação de matrizes, coleta de sementes e produção de mudas. Todos os participantes do curso receberão uma apostila que foi elaborada pela equipe do laboratório de Ecologia Aplicada, coordenada pelo Professor Ricardo Rodrigues da Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz – ESALQ.

Assim, a capacitação será desenvolvida abrangendo o público dos assentamentos, 30 participantes, e do entorno, 10 participantes, agricultores familiares, preferencialmente de outros assentamentos, através dos cursos e temas específicos, buscando fortalecer a consciência ambiental e os conhecimentos técnicos dos envolvidos. A turma será de 40 pessoas, utilizando metodologia participativa, contemplando o caráter teórico-prático, ou seja, parte das horas aulas será destinada aos trabalhos de grupo e de campo, quando for o caso. Serão realizadas também diversas dinâmicas de grupos compatíveis com o publico alvo, visando à motivação e estimulação de ações grupais ou coletivas. Ao final, será realizada avaliação do desempenho do processo de aprendizagem. Será fornecida alimentação (lanche e almoço) diariamente. Será disponibilizado um informativo semestral gratuito, com duas tiragens de 1000 cópias cada, para os assentados, destes e de outros PA, como forma de estímulo e divulgação, contendo todas as informações sobre o andamento das atividades desenvolvidas pelo projeto, a fim de propagar entre eles a idéia proposta por estas ações. Está prevista a utilização de recursos áudio visuais (data-show, vídeo cassete e DVD). Além disso, serão fornecidos aos participantes canetas, lápis, borracha, papel, pastas, apostilas, CDs e um informativo periódico gratuito sobre as atividades realizadas pelo projeto. Fase 03 – Produção e plantio de mudas de espécies nativas: Serão utilizados os viveiros já implantados nos assentamentos para a produção comunitária de mudas de espécies florestais, a fim de serem utilizadas na recomposição de áreas degradadas. Inicialmente serão adquiridas 1050 mudas de essências florestais, para que se inicie o trabalho de enriquecimento de áreas degradas logo após o término do trabalho topográfico. Após a capacitação, citada acima, os assentados também iniciarão um processo de reconhecimento de espécies nativas em suas áreas de mata, com o auxílio do técnico responsável, será feita a seleção de matrizes para coleta de sementes, dessas espécies, visando a produção de mudas de essências nativas. As ações de recuperação serão realizadas de forma a atentar para o potencial de auto-recuperação ainda existente nas próprias áreas degradadas, ou que possam ser fornecidas pelos ecossistemas do entorno, aspectos definidos pelo histórico de degradação da área. Assim em áreas onde exista um potencial relevante de auto-recuperação, não se fará inicialmente o plantio de mudas de espécies nativas, mas sim ações que induzam a expressão desse potencial de regeneração. Essas ações irão envolver a proteção, indução e condução da regeneração natural, e serão avaliadas e monitoradas ao longo do tempo, de maneira a sustentar as decisões posteriores que podem implicar na necessidade ou não de se fazerem ações de preenchimento (nos trechos que por algum

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motivo não se regeneram naturalmente) e enriquecimento (introdução de novas espécies visando o aumento da diversidade florística e genética) da área em processo de restauração, usando mudas, serrapilheira ou mesmo sementes. Outra preocupação é a de que as iniciativas de restauração resultem na reconstrução de uma floresta com elevada diversidade, garantindo assim a perpetuação dessas iniciativas e, portanto, a restauração da diversidade regional. Para isso, são usadas outras estratégias de restauração que não apenas o plantio de mudas, ações como o transplante de plântulas alóctone (oriundo de outras áreas), inclusive usando áreas de florestas comerciais (fora de APP e RL) como fonte de propágulos (plântulas e sementes) para restauração, o uso de serapilheira e banco de sementes alóctone, o uso de espécies atrativas da fauna (poleiros naturais), poleiros artificiais, a semeadura direta (plantio da semente em vez da muda) para ocupação e enriquecimento de áreas e outras, que pela imprevisibilidade das espécies envolvidas, garantam o resgate não só de espécies arbóreas, mas também de outras formas de vida. Todas as ações serão planejadas de forma a se constituir num programa ambiental do respectivo assentamento rural, incorporando o componente ambiental na estrutura de decisão dos assentados, inibindo assim que outras ações de degradação similares as já existentes venham a surgir, garantindo a efetivação das ações de restauração, além é claro da racionalização do uso dos recursos, como estratégia de estabelecimento de uma política pública de conservação e restauração florestal. Dentro dessa preocupação, atentaremos para a possibilidade de aproveitamento econômico momentâneo dessas áreas restauradas em APP, com o: a) plantio de espécies agrícolas nas entrelinhas do plantio de nativas, nos dois anos iniciais da restauração, como estratégia de manutenção dessas áreas restauradas e b) o favorecimento de espécies nativas de possível aproveitamento futuro nas linhas de plantio, como espécies frutíferas, medicinais e melíferas, em sistemas agroflorestais, apenas nas pequenas propriedades familiares. Sendo assim será feita a produção de mais 3950 mudas, pelos próprios assentados, de forma coletiva, contemplando o caráter participativo do projeto a partir do mês de abril de 2007 até o mês de dezembro de 2007, término do projeto e o plantio em áreas definidas pelo levantamento cadastral como prioritárias para recuperação florestal, tais como, matas ciliares, nascentes, topos de morro e áreas de reserva legal que se encontrem degradadas. È importante salientar que após esse processo de marcação de matrizes, nas áreas de remanescentes florestais e reserva legal, o assentamento irá possuir a capacidade de produzir mudas de essências florestais de forma sustentável, agregando mais uma fonte de renda, após o término das ações diretas do projeto. Fase 04 – Cercamento de áreas para conservação e recuperação ambiental: Serão feitos 10 Km de cerca em escolhidas áreas para recuperação onde será utilizada a técnica de sucessão natural sendo feito o cercamento das mesmas para evitar o acesso de animais e pessoas nos dois assentamentos. Entende-se como sucessão natural, o processo de desenvolvimento de uma comunidade (ecossistema) em função de modificações das composições no ambiente considerado, culminando no estágio clímax. O processo de colonização inicia-se com espécies pioneiras – espécies adaptadas às condições (limitações) apresentadas. Estas criam condições adequadas de microclima e solo para estabelecimento de outros grupos de plantas – secundarias – espécies que necessitam de menos luz e melhores condições de solo. Esta seqüência sucessional evolui ate um estágio final (clímax), representado por um grande número de espécies constituídas por poucos indivíduos, portanto, com maior diversidade. Cada fase de sucessão é caracterizada por composições florísticas e faunísticas típicas, associadas entre si. No processo de recuperação

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ambiental é imprescindível o conhecimento da auto-ecologia das espécies animais e vegetais envolvidos em cada estagio sucessional, visando copiar a natureza e acelerar o processo. Nestas áreas, portanto será de suma importância à ausência de atividades antrópicas durante o decorrer do tempo e por isso será feito o cercamento dessas áreas utilizando uma Cerca de 03 fios de arame liso, com estacas de eucalipto tratado dispostas a uma distância de 03 em 03 metros e mourões dispostos de 20 em 20m. Para a construção dessa cerca será contratada mão de obra de serviços de terceiros, pessoa física sendo esta composta pelos próprios assentados. Profissionais envolvidos: Para a garantia do cumprimento de toda a meta propostas será contratada consultoria de empresa especializada em capacitação no meio rural, a qual disponibilizará dois técnicos para execução das capacitações propostas. A preserva contratará via CIEE (Centro de Integração Empresa Escola) 01 estagiário, graduando em biologia, agronomia, engenharia florestal ou ambiental ou afins, que ficará responsável pelo transporte dos consultores, acompanhamento e apoio das atividades dos profissionais envolvidos, comunicação com os assentados, viabilização da documentação necessária para a averbação das reservas legais, realização de visitas periódicas aos assentamentos, elaboração de relatórios das atividades, dentre outras atividades e um Eng° Agrônomo para Supervisão técnica e responsabilidade técnica agronômica e ambiental, contratado, através de empresa especializada, responsável pela coordenação das atividades e da assistência técnica necessária a implementação do projeto, apoio logístico, que estará à disposição do projeto por um período de 20h semanais. Todas as empresas, exceto o CIEE, serão contratadas através de carta-convite, com análise de no mínimo três propostas.

• Cronograma físico-financeiro do projeto segue em Plano de trabalho - Anexo I

Figura 02: Rio Aliança, trecho no P.A. Terra Vista.

CONSIDERAÇÕES FINAIS É claramente perceptível a realidade de muitos Projetos de Assentamento na Região Sul da Bahia. Em relação a toda a parte ambiental destaca-se a necessidade de regularizações legais e de esclarecimento por parte dos assentados acerca de questões relacionadas com o tema acima citado. A própria cultura dos assentados favorece as ações de conservação da Mata Atlântica, pois, estes estão habituados a lidar com a cultura do cacau, que se traduz em um sistema

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agroflorestal, conhecido como cacau / cabruca, o qual proporcionou e ainda proporciona boa parte da conservação observada nesta região, funcionando como elo de ligação entre Unidades de conservação e outros fragmentos florestais, cumprindo a função de ligação dentro dos preceitos de implementação dos corredores de biodiversidade. Além disso, existem locais onde as atividades antrópicas exercidas no decorrer das décadas proporcionaram sérios processos de degradação que acabam por fechar esse ciclo de desencontros com a sustentabilidade. Nesse contexto não podemos deixar de citar o interesse por parte dos assentados em promover a conservação do meio ambiente e aprenderem a viver de forma sustentável. Um exemplo de sustentabilidade pode ser citado nos P.A. em questão prevendo-se que áreas naturais remanescentes destes, identificadas como de interesse ambiental e / ou de grande beleza cênica poderão vir a ser, com a averbação da RPPN, objetos da implantação de trilhas educativas, com conseqüente elaboração de material para uso em atividades de Educação Ambiental. Além disso, o P.A. Terra Vista atualmente está sendo contemplado com um Campus Avançado da UNEB (Universidade do Estado da Bahia), no qual serão ministrados os cursos de Eng° Agronômica, Eng° Ambiental e Ciências Biológicas. Acredita-se então que com esse tipo de iniciativa e com outras similares, desenvolvidos por órgão públicos, ou privados, seja possível agir de forma organizada e cientificamente fundamentada colaborando na gradual recuperação das áreas degradadas. Apontando assim para uma perspectiva de melhor integração entre as áreas de produção e as áreas destinadas à preservação da natureza e manutenção dos processos ecológicos básicos à sociedade, como a disponibilidade de água. Referencia orçamentária – memória de calculo em anexo Recursos totais INCRA 2006 e 2007: R$ 95.246,70 PRESERVA: R$ 15.240,00 TOTAL DO PROJETO: R$ 110.486,70 Descrição da Contrapartida A Preserva entrará com recursos em contrapartida no valor de R$ 15.240,00. Item 1: Administração financeira do projeto que constará dos seguintes serviços: elaboração de prestação de contas dos recursos utilizados, acompanhada de planilhas de consolidação financeira, copia de extratos bancários, elaboração de contratos, elaboração de relatórios de desembolso organização de todos os comprovantes de despesas a exemplo de notas fiscais, recibos etc. Valor total do serviço que a Preserva contratará através da prestação de serviços Pessoa Jurídica R$ R$ 7.200,00 reais por um ano Item 2: Pagamento de parte do Serviço topográfico especificado no projeto no valor de R$ 3.000,00 reais, através da prestação de serviços Pessoa Jurídica. Item 3: Custos referentes a utilização de veículo próprio da PRESERVA, FIAT – UNO FIRE 2001, que servirá a equipe técnica do projeto, comprovado através de uma planilha, mostrando os dias utilizados para o projeto, os percursos feitos e a KM efetivamente rodada no valor de R$ 5.040,00.

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RESPONSÁVEL LEGAL DA PRESERVA Henrique Fragoso Berbert de Carvalho Diretor Presidente RESPONSÁVEL TÉCNICO NOME: Cristiano de Souza Sant’Ana Eng. Agrônomo REGISTRO NO CONSELHO DE CLASSE: CREA 43.675/D IMPLEMENTATION OF CENTER OF AMBIENT DIFFUSION IN PARTICULAR RESERVES OF THE NATURAL PATRIMONY OF THE CENTRAL CORRIDOR OF THE RAIN FOREST

IMPLEMENTAÇÃO DE CENTRO DE DIFUSÃO AMBIENTAL EM RESERVAS PARTICULARES DO PATRIMÔNIO NATURAL DO CORREDOR CENTRAL DA MATA ATLÂNTICA

Lucélia de Melo Berbert1

Henrique Fragoso Berbert de Carvalho2 Oscar Artaza3 ABSTRACT

This work tells the experience of the implementation of two Centers of Ambient Diffusion - CDA, in Particular Reserve of the Natural Patrimony - RPPN, in the Central Corridor of Rain Forest. The project was focus on three different kind of public around of these Units of Conservation, in a ray up to 100 km: professors, students and agriculturists. The goal was to qualify professors of public schools and sensitization of the students and agriculturists. The sensitization of the agriculturists aimed at the fulfillment of the environment legislation. It had as result the qualification of 35 professors from four cities, 564 sensitized students, 25 agriculturists oriented and the creation of two groups of young workers who was settled in the area, it was focus in the natural recovery of two hectares of degraded ciliar forest.

RESUMO Este trabalho relata a experiência da implementação de dois Centros de Difusão Ambiental – CDA, em Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, no Corredor Central da Mata Atlântica. O projeto deu enfoque a três públicos alvos do entorno destas Unidades de Conservação, num raio de até 100 km: professores, alunos e agricultores. Com objetivo de capacitação de professores de escolas públicas, sensibilização dos alunos e agricultores. A sensibilização dos agricultores visou o cumprimento da legislação ambiental. Teve como

1 Eng. Agrônomo MSc, Coordenadora de Projetos da PRESERVA, Rua Inocêncio Correia, 122, Pontal, Ilhéus – Ba CEP: 45654-460. [email protected] 2 Eng Agrônomo MSc, Presidente da Preserva. 3 Biólogo MSc, Coordenador do Programa de Conservação em Terras Privadas da PRESERVA.

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resultado a capacitação de 35 professores de quatro municípios, 564 alunos sensibilizados, 25 agricultores trabalhados e a criação de dois grupos de jovens assentados trabalhando na recuperação natural de dois hectares de mata ciliar degradada. INTRODUÇÃO A Associação de Proprietários de Reservas Particulares da Bahia e Sergipe – PRESERVA, criada durante o II Encontro de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) da Bahia, tendo na fundação a missão de mobilizar e representar os interesses dos proprietários conservacionistas destes dois estados (Berbert, 2004). Atualmente a missão da instituição é orientar e fortalecer os proprietários de reservas particulares da Bahia e Sergipe para a conservação da biodiversidade em suas terras. Tendo como objetivos: a) Promover o intercâmbio de informações entre sócios, poder público, ONG e sociedade; b) Promover a busca de recursos financeiros, econômicos, tecnológicos para o apoio á conservação e manejo das reservas privadas; c) Promover a divulgação das reservas privadas e suas atividades; d) Estimular a criação e a implementação de reservas privadas; e) Apoiar as instituições públicas ou privadas na implementação de políticas voltadas para a conservação de reservas privadas; f) Representar os interesses dos sócios na busca de incentivos fiscais e econômicos e na evolução dos instrumentos legais inerentes ás reservas privadas; g) Fomentar atividades de educação ambiental, pesquisa científica e capacitação nas reservas privadas. A PRESERVA desenvolve dois programas: a) Conservação em Terras Privadas; b) Educar para Conservar. A consolidação de parcerias e busca de novas, tem sido a principal estratégia da PRESERVA, como instrumento de ampliação e apoio à gestão na conservação em terras privadas. Atualmente 57 RPPN protegem aproximadamente 23.000 ha de diversas formações florestais, fauna, e recursos hídricos somente nos estados da Bahia e Sergipe. É com base na experiência acumulada pela PRESERVA nos últimos cinco anos, na sua capacidade de articulação para estabelecimento de parcerias e no conhecimento das oportunidades e fragilidades das UC tanto privadas quanto públicas, que em conjunto com seus parceiros propôs ao Critical Ecosystem Partnersnip Fund - CEPF o apoio à implementação do Programa “Educar para Conservar”. O Programa Educar para Conservar, busca difundir práticas e conceitos que promovam, especialmente entre os moradores e proprietários do entorno das RPPN, a adoção de modelos de uso da terra e dos recursos naturais compatíveis com a conservação da biodiversidade. Teve inicio em 2005, com uma proposta apresentada ao CEPF, que consistiu na implementação de Centros de Difusão Ambiental – CDA, na RPPN Reserva Natural Serra do Teimoso e RPPN Nova Angélica. A RPPN Serra do Teimoso esta localizada no município de Jussari – BA, situado no complexo de Serras parcialmente preservadas, conhecidas como Serra do Baixão. As Serras são de fundamental importância para a manutenção de refúgios para a vida silvestre, assim como para a manutenção da quantidade e a qualidade das águas que abastecem cidades a jusante, tais como, Jussari, Una, Camacan, Palmira (distrito de Itaju do Colônia) e Arataca. Nestas serras se formam

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os rios Piabanha, Água Preta, Aliança, e Panelão. Que faz parte das Bacias Cachoeira, Aliança e Pardo respectivamente. A RPPN Serra do Teimoso faz parte de um conjunto que mantêm aproximadamente 34.000 ha de florestas entremescladas com sistemas agroflorestais. Esta área esta sendo alvo de estudos, denominada “Equipe Técnica Cientifica” desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA, juntamente com algumas ONG como: Conservação Internacional, TNC, Instituto Dríades, Instituto de Estudos Sócioambientais do Sul da Bahia, Bird Life, Flora Brasil e PRESERVA, para se propor à criação de uma nova Unidade de Conservação – UC. A RPPN Nova Angélica, primeira RPPN reconhecida pelo Estado da Bahia, esta localizada no entorno da Reserva Biológica de Una. A importância da implementação do CDA nesta reserva. Aja visto que o principal alvo é a comunidade do entorno da RPPN e conseqüentemente da REBIO. O presente projeto se propôs a iniciar atividades de formação e sensibilização com aproximadamente 140 proprietários de terras e agricultores, moradores do entorno das duas RPPN, com a intenção de incentivá-los a recuperação natural das áreas degradadas e áreas de proteção permanentes (APP) e averbação de Reserva Legal. Teve ainda atividades de educação ambiental, através da formação de 20 professores da rede de ensino dos municípios de Jussari, Camacan, Buerarema e Una. Com auxilio destes reeditores pretendeu-se atingir através da sensibilização um universo de aproximadamente 500 alunos provenientes de escolas públicas desses municípios. Buscou-se com este projeto oferecer as comunidades do entorno das RPPN, oportunidades educativas e de formação que favoreçam mudanças de altitudes em relação ao meio ambiente em geral, e as UC em particular. Ainda a proposta buscou através da sensibilização e formação de agricultores, ser uma contribuição à formação de micro corredores ecológicos, que permitam a manutenção da biodiversidade (Berbert, 2001). Objetivo Geral: Implantar processos pilotos inovadores de educação ambiental e formação continuada nas RPPN Serra do Teimoso e Nova Angélica, de forma a difundir conhecimentos e experiências que favoreçam a proteção da biodiversidade, a diminuição das pressões sobre as UC e o uso adequado da zona de amortecimento, auxiliando assim na implementação do Corredor Central da Mata Atlântica. Objetivos específicos:

• Difundir informação qualificada, em linguagem adaptada ao local, sobre conceitos e estratégias de conservação da biodiversidade e uso sustentável dos recursos naturais;

• Promover oportunidades de treinamento para os moradores do seu entorno, especialmente

proprietários e trabalhadores rurais, em práticas agrícolas sustentáveis e de manejo do solo;

• Fomentar a restauração ecológica de Áreas de Preservação Permanente, e a recuperação e

proteção dos mananciais;

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• Formar multiplicadores ambientais entre professores das escolas localizadas na zona de amortecimento da unidade com a metodologia “Brincando e Aprendendo com a Mata”;

• Estimular a formação de conselhos gestores e comitês de bacia onde não os houver;

• Atrair novos parceiros para projetos e iniciativas que apóiem a gestão das unidades de

conservação e a formação do Corredor Central da Mata Atlântica;

• Integrar as ações de gestão e proteção das unidades de conservação localizadas em um raio de 100 quilômetros do CDA.

MÉTODOS Curso de capacitação para professores: Para a RPPN ser um CDA é necessário ter alojamento com a capacidade de no mínimo 30 pessoas e uma sala para servir como um auditório. Foram realizadas duas oficinas com duração de cinco dias nas duas RPPN. Nos três primeiros dias foram capacitados com a metodologia do “Brincando e Aprendendo com a Mata”, esta foi desenvolvida pela GTZ e adaptada pelo Projeto Doces Matas para ser trabalha na Mata Atlântica. Esta metodologia utiliza dinâmicas com os temas: água, solo, flora e fauna. Sensibilizando assim os alunos visando à mudança de atitudes dos mesmos em relação à percepção e conservação da biodiversidade da Mata Atlântica. No quarto dia os professores, aprenderam as técnicas e planejaram uma excursão guiada na trilha da RPPN para os alunos, utilizando as dinâmicas aprendidas com a metodologia. No quinto dia recebeu um grupo de 20 alunos do entorno, em cada CDA, para avaliação da aprendizagem da metodologia apresentada. Foi necessária esta avaliação, pois, o CDA recebe os alunos mesmo sem a presença do coordenador local, sendo conduzido pelos professores locais capacitados. Esta visitação teve no mínimo 35 alunos no mês de cada município durante a vigência do projeto. Conteúdo do curso:

1. Conhecerem-se, apresentações, comunicados e acordos de convivência; 2. Atividades de Interpretação Ambiental para motivar o despertar de todos os sentidos do

grupo, conectar-se com a natureza; 3. Apresentação da metodologia da “Pedagogia da Mata: Aprender Brincando com a

natureza através do Manual, cartilhas e mochila”. 4. Introdução à elaboração de um roteiro ou programa de Interpretação Ambiental;

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5. Participando de uma Excursão Guiada numa trilha: “A mata como espaço de vida”; 6. Introdução ao Monitoramento e avaliação de um roteiro ou programa de Interpretação

Ambiental; 7. Planificando um roteiro e realizando uma excursão guiada; 8. Reflexões e análise sobre o conteúdo do curso; 9. Grupo Monta e aplica uma excursão guiada: “Um dia de aventura na RPPN”

Todos os professores capacitados receberam o material necessário para fazer a excursão guiada visando à sensibilização dos alunos. O material é composto de: uma mochila, espelhos, lupas, vendas, lápis cera e de cor, tinta, cartolina, tesoura e purpurina. O projeto apoiou com a hospedagem e alimentação para os professores. As mochilas, os manuais, o enchimento da mochila, o transporte e alimentação dos agricultores tiveram apoio de outras instituições e empresas. A alimentação e transporte dos alunos tiveram o apoio das prefeituras envolvidas no projeto. O CDA da Serra do Teimoso teve a parceria com as prefeituras de: Jussari, Camacan, Buerarema e Itaju do Colônia. E o CDA Nova Angélica teve a parceria com a prefeitura de Una. Curso de capacitação recuperação de área degradada para agricultores: Foi enviada uma carta convite aos agricultores do entorno das RPPN, para participarem do Curso de Recuperação Natural de Áreas Degradadas. Participaram 25 agricultores. Os proprietários que participaram do projeto responderam um questionário padronizado, contendo informações básicas sobre as propriedades uma forma para conhecer melhor o perfil das propriedades assim como a expectativa por parte do proprietário em relação ao futuro do uso do solo na propriedade. Nos dias de campo e no curso de formação foram momentos para difundir os conceitos de Reserva Legal, Área de Preservação Permanente e RPPN. Programação do Curso: a) Parte teórica (dois dias):

• Apresentação sobre: biodiversidade e corredores ecológicos; • Noções de regeneração natural; • Noções sobre legislação ambiental brasileira e crimes ambientais; • O que é Reserva Legal (RL), Áreas de Proteção Permanentes (APP) e RPPN; • Apresentação da experiência de um pecuarista em regeneração natural de APP.

b) Parte prática (um dia):

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Dia de campo, visita a APP em regeneração natural em uma propriedade e regeneração natural em uma área desmatada, cultivada e depois abandonada pelo agricultor. Durante o período do projeto estes agricultores tiveram mais quatro dias de campo. Visitando outras propriedades que possuem RL, mata ciliar e também trabalham com agricultura orgânica. Todos os participantes do curso receberam uma apostila que foi elaborada pela equipe do Laboratório de Ecologia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz – ESALQ. RESLTADOS E DISCUSÃO A PRESERVA teve este projeto como um processo piloto inovador a ser desenvolvido gradualmente nas UC do Corredor Central da Mata Atlântica. Assumindo assim o compromisso de buscar novos recursos que permitam a sua replicabilidade em outras unidades. Foram capacitados 35 professores nos dois CDA com a metodologia “Brincando e Aprendendo com a Mata”. Sendo 22 no CDA Serra do Teimoso, pois envolveu um maior número de prefeituras. A diferença do número de professores capacitados, entre os dois CDA é devido ao número de prefeituras em parceria com os CDA. O da Serra do Teimoso tem parceria com quatro prefeituras e o da Nova Angélica com uma prefeitura. No CDA Nova Angélica foram capacitados 13 professores que trabalham em Escolas Rurais. Teve no total 509 alunos sensibilizados no CDA Serra do Teimoso e no CDA Nova Angélica, 55 alunos sensibilizados. O CDA da Serra do Teimoso participou desde o início do projeto, por isto, o número de alunos sensibilizados é maior. A RPPN Nova Angélica ingressou, na fase final, do projeto, precisamente no mês de junho de 2006. A equipe técnica do projeto auxiliou a Secretaria Municipal de Educação de Jussari na elaboração do Projeto Classe Verde que tem apoio do MMA. Este projeto foi aprovado e tem a parceria com CDA Serra do Teimoso e começará a ser executado em janeiro de 2007, dando continuidade a proposta. O curso com os agricultores foi realizado no CDA da Serra do Teimoso com a participação de 25 proprietários. Sendo doze de Jussari, sete de Buerarema, quatro de Camacan e dois de Itapé. No CDA Nova Angélica o IESB, já trabalha há bastante tempo com os agricultores do entorno da RPPN, que também fazem parte do entorno da Rebio de Una. Esta instituição já trabalha sobre RL, RPPN, agricultura orgânica e sistemas agroflorestal. Nos municípios de Camacan e Jussari nos Assentamentos Nova Ipiranga (Movimento Sem Terra – MST) e Viva a Vida (Cédula da Terra – CDA) foram criados dois grupos jovens para trabalhar na recuperação da mata ciliar dos rios Panelão e Piabanha respectivamente. Na recuperação natural de dois hectares de mata ciliar degradada. A prefeitura de Camacan apoiou o Assentamento Nova Ipiranga com camisas e arame para o cercamento da área a ser recuperada. A de Jussari com o arame ao Assentamento Nova Vida. O Ministério Público de Camacan doou as estacas apreendidas.

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LIÇÕES APRENDIDAS O Programa “Educar para Conservar” é uma estratégia da PRESERVA direcionada a promover a conservação da biodiversidade no Corredor Central da Mata Atlântica. Orienta-se a atender demandas das UC por estabelecer novas relações com as populações do entorno, para diminuir as pressões sobre elas e pela promoção do uso adequado da zona de amortecimento. Para atingir esses objetivos, o programa apostou na capacidade de administração e na capitação e sucesso de parcerias do CDA através do seu coordenador local, principalmente com as prefeituras do entorno. No inicio do projeto os CDA escolhidos foram dois que fazem parte do complexo da Serra do Baixão. O CDA Serra do Teimoso e outra reserva no município de Camacan. Entretanto problemas de relacionamento entre a Prefeitura de Camacan e a coordenação local do CDA de Camacan, a prefeitura retirou a parceria com o CDA, mas continuou com a parceria com a PRESERVA. Onde os alunos do município foram recebidos pelo CDA Serra do Teimoso, aja visto que, fica a 50 km de distância do CDA, dentro do seu raio de ação. Entendemos que nos próximos CDA a serem implantados será necessário a percepção do coordenador local, que a parceria do CDA é com a instituição Prefeitura e não com o Prefeito ou grupo político. As datas de visitação dos alunos na UC devem ser agendadas por semestre para evitar os períodos de provas e de férias. Vimos que após os recessos das férias as Secretarias municipais de Educação demoram ao retorno das visitações. Em relação à averbação das reservas legais das propriedades de participantes do projeto, processo este que, no Estado da Bahia, esta sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SEMARH, houve resistência por parte dos proprietários, em função do alto custo e burocracia do processo de averbação da RL. Devido o projeto não ter apoio para a medição topográfica da área e a região estar passando ao longo dos últimos 10 anos, por um período de queda na produção, preço e na qualidade do cacau, principal produto agrícola, justifica a falta de verba para a medição da área, segundo os proprietários. Como solução a PRESERVA esta em processo de discussão de parceria com o Ministério Público Estadual, onde este apóia a medição e a averbação da RL nos municípios que fazem parte do Complexo da Serra do Baixão. AGRADECIMENTOS Ao CEPF e a Aliança para Conservação da Mata Atlântica pelo o apoio ao Projeto. A PRESERVA, a GTZ, ao Ministério do Meio Ambiente, através do Projeto Corredores Ecológicos – UCE – BA, ao Instituto de Estudos Sócioambientais do Sul da Bahia (IESB), a Aracruz Celulose S/A, a Veracel Celulose S/A, as Prefeituras de Jussari, Camacan, Una, Buerarema, as RPPN Serra do Teimoso e Nova Angélica, a Dra. Suzete Wachtel (Consultora GTZ), Andréa Toth (Terravista Empreendimentos S/A) e o Dr. Ricardo Rodrigues(ESALQ).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Berbert, L. de M. 2001. Fenologia de espécies arbóreas da Mata Atlântica e educação ambiental

na RPPN Reserva Natural Serra do Teimoso – Sul da Bahia. Dissertação de Mestrado não publicado, Pp. 89 Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus – Bahia.

Berbert, L. de M., Mesquita, C. A. B., Carvalho, H. F. B. de, Leopoldino, F.S.2004. RPPN do

Nordeste Exemplos de Cidadania e Responsabilidade Sócioambiental. IV Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, Anais Vol I. Pp. 701-708. Curitiba. Fundação O Boticário de Proteção à Natureza: Rede Nacional Pró Unidades de Conservação.

Projeto Doces matas. 2002. Brincando e aprendendo com a mata: manual para excursões

guiadas. Pp. 407. Belo Horizonte. Fotos das ações do Projeto com legendas

1.0 – Oficinas de capacitação de Professores (Reeditores Ambientais)

Figura 1: Apresentação do projeto. Figura 2: Dinâmica de apresentação.

1.1– Oficina no CDA Serra Bonita (Reserva Serra Bonita) – 5 a 9 de setembro de 2005.

Figura 3: Almoço do grupo Figura 4: Passeio na trilha interpretativa

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Figura 5: Dinâmica do bastão Figura 6: Dinâmica confiando no parceiro

Figura 7: Grupo de profº e coordenação Figura 8: Professores na Gindiba 1.2 – Oficina no CDA Serra do Teimoso (RPPN Serra do Teimoso) – 12 a 16 de

setembro de 2005.

Figura 9:Grupo de profº capacitados Figura 10: Dinâmica de apresentação

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Figura 11: Dinâmica “sentindo o solo da mata” Figura 12: Dinâmica na mata

Figura 13: Planejamento da excursão guiada Figura 14: Almoço

Figura 15: Ninho da águia Figura 16: Dinâmica do espelho

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Figura 17: Dinâmica árvore amiga Figura 18: Dinâmica confiando no caminho 1.3 – Oficina no CDA Nova Angélica – (RPPN Nova Angélica) – 13 a 17 de junho de 2006.

Figura 19: Grupo de profº capacitados Figura 20: Dinâmica confiando no parceiro

Figura 21: Dinâmica árvore amiga Figura 22: Construção do ninho da águia

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Figura 23: Dinâmica do bastão Figura 24: Dinâmica da transformação Figura 25: Trabalho em grupo Figura 26: Dinâmica da transformação 2.0 – Oficina com agricultores – CDA Serra do Teimoso – RPPN Serra do Teimoso –dezembro de 2005. 2.1 – Parte teórica

Figura 27: Professor Ricardo Rodrigues (consultor) Figura 28: Participantes

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Figura 29: Participantes Figura 30: Participantes 2.2.1 – Parte pratica – RPPN Serra do Teimoso

Figura 31: Área de regeneração natural Figura 32: Área de regeneração natural

Figura 33: Área de regeneração natural Figura 34: Área de regeneração natural

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2.2.2 – Parte pratica – Fazenda Graciosa

Figura 35: Grupo de participantes Figura 36: Palestra do proprietário

Figura 37: Participantes Figura 38: Participantes

Figura 39: Mata ciliar regenerada natural Figura 40: Mata ciliar regenerada natural 3.0 – Grupo de jovens que trabalham na recuperação de APP

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3.1 – Assentamento Nova Ipiranga – Camacan

Figura 41: Grupo de jovens e Henrique Figura 42: Grupo de jovens e Oscar

Figuras 43 e 44: Entrega de camisas pelo Sec. de Agricultura de Camacan e o Presidente da PRESERVA

Figuras 45 e 46: Áreas a serem recuperadas

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Figura 47: Responsável pelo projeto Figura 48: Coleta de sementes pelo grupo Figuras 49 e 50: Área cercada em regeneração no assentamento

Figura 51: Muda de essência florestal

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3.2 – Assentamento Viva Vida – Jussari Figura 52: Técnico da PRESERVA e o responsável pelo projeto no assentamento

Figura 53: Área de APP a ser recuperada 4.0 – Visitas de alunos aos CDA 4.1 – CDA Serra do Teimoso – setembro / 2005 a dezembro / 2006 4.1.2 – Município de Jussari

• Colégio Municipal Plínio de Almeida (6ª e 7ª series)

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Figura 54: Dinâmica de apresentação Figura 55: Dinâmica Confiando no caminho

Figura 56: Percepção da mata Figura 57: Percepção da água

Figura 58: Percepção da água Figura 59: Caminhando pela mata

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Figura 60: Ninho da águia Figura 61: Almoço

• Colégio Felix Mendonça – Distrito de Areia Branca (7ª e 8ª series noturno)

Figura 62: Grupo de alunos Figura 63: Dinâmica do bastão

Figura 64: Caminhando pela mata Figura 65: Percepção da mata

• Colégio Plínio de Almeida (7ª e 8ª series)

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Figura 66: Dinâmica de apresentação Figura 67: Divisão em grupo

Figuras 68 e 69: Alunos assistindo DVD

• Colégio Plínio de Almeida (6ª e 7ª series)

Figura 70: Dinâmica de apresentação Figura 71: Percepção da mata

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Figura 72: Percepção da água Figura 73: Percepção do solo

Figuras 74 e 75: Laser dos alunos

Figuras 76 e 77: Almoço dos alunos

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• Adolescentes do Centro de Referencia em Assistência Social – CRAS (6ª a 8ª series)

Figura 78: Palestra sobre Mata Atlântica Figura 79:Percepção da fauna

Figuras 80 e 81: Percepção da água

Figura 82: Alunos na Figueira Figura 83: Laser 4.1.3 – Município de Camacan

• Colégio Municipal de Camacan (8ª serie)

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Figura 84: Dinâmica de apresentação Figura 85: Grupo de alunos

Figura 86: Caminhada na mata Figura 87: Dinâmica na Figueira

Figura 88: Almoço dos alunos Figura 89: Laser 4.1.4 – Município de Mascote

• Colégio Bráulio Xaxier – Distrito de Teixeira do Progresso (7ª e 8ª series)

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Figura 90: Palestra sobre UC e Mata Atlântica Figura 91: Apresentação

Figura 92: Dinâmica onça – capivara Figura 93: Percepção do solo

Figura 94: Percepção da mata Figura 95: Dinâmica no Jequitibá

Figura 96: Almoço Figura 97: Laser

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4.1.5 – Município de Itabuna

• Fundação Reconto

Figura 98: Grupo de alunos e professores Figura 99: Primeiros socorros

Figura 100: Camiseta dos alunos Figura 101: Noções de rapel

• Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC (Curso de Geografia)

Figura 102: Grupo de alunos Figura 103: Caminhando na trilha

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4.1.6 – Município de Itapetinga

• Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB Campus de Itapetinga - Cursos de Zootecnia e Engenharia Ambiental

Figura 104: Grupo de alunos Figura 105: Palestra

Figura 106: Caminhando na mata Figura 107: Assistindo DVD - Curso de Pedagogia

Figura 108: Palestra Figura 109: Dinâmica do bastão

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Figuras 110 e 111: caminhando na mata 4.2 – CDA Nova Angélica 4.2.1 – Município de Una

• Escola Rural Professora Maria da Paz (infantil a 4ª serie)

Figura 112: Dinâmica de apresentação Figura 113: Ninho da águia

Figura 114: Confiando no parceiro Figura 115: Percepção da mata

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Figura 116: Percepção do solo Figura 117: Atravessando a passarela

5.0 – Divulgação do Projeto 5.1 – V Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental – Joinvile – SC – Abril / 2006

Figura 118: Baner do trabalho apresentado

Figura 119: Mini curso de dinâmicas

5.2 – Seminário “Ser Humano & Planejamento da Paisagem” – SUPERECO

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• Município de Caraguatatuba – SP

Figura 120: Coordenadoras Figura 121: Trabalho em grupo

Figura 122: Trabalho em grupo Figura 123: Apresentação de trabalho

• Município de Ubatuba – SP

Figura 124: Trabalho em grupo Figura 125: Apresentação de trabalho

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