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ANEXOS

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ANEXOS

ii

Sumário dos Anexos

Anexo 1: Literacias de sobrevivência de acordo com a UNESCO

Anexo 2: Literacia da informação em portugal de acordo com a bibliografia consultada

Anexo 3: Proposta de modelo de análise

Anexo 4: Seriação do caso de acordo com os critérios definidos previamente

Anexo 5: Transcrição das entrevistas realizadas

Anexo 6: Notícia sobre o Tutorial e o Espaço Criança na página web da Biblioteca Municipal

António Botto

Anexo 7: Estrutura do Tutorial e Espaço Criança

Anexo 8: Formação do utilizador entre 2003 e 2013 na Biblioteca Municipal António Botto

Anexo 9: Texto introdutório da Biblioteca Virtual

iii

ANEXO 1

Literacias de Sobrevivência de Acordo com a UNESCO

(1) as Competências Básicas ou Funcionais Trata-se de ter competências de leitura, escrita,

oralidade e cálculo. Espera-se que o ensino formal

as forneça.

(2) Literacia Computacional A UNESCO define-a como a capacidade de operar

computadores, sendo metade direccionada para a

relação com a tecnologia (Literacia das

Tecnologias de Informação) e outra metade para

o uso dos media (Literacia Mediática).

(3) Literacia Mediática O acesso, a compreensão e a criação através dos

meios de comunicação. Aplica-se tanto aos media

tradicionais como aos novos media, o que

significa ter uma ligação à sociedade digital.

(4) Educação à Distância e E-Learning Refere-se ao uso de telecomunicações para o

ensino à distância. Para o conseguir é

fundamental dominar as literacias anteriores.

(5) Literacia Cultural É definida como o entendimento dos factores

culturais que têm impacto na criação,

armazenamento, manuseio, comunicação,

preservação e arquivamento de dados,

informações e conhecimento e utilização das

tecnologias. De acordo com esta organização, esta

literacia é importante para o entendimento da

literacia da informação.

(6) Literacia da Informação

Fonte: UNESCO, 2007

iv

ANEXO 2

Literacia da Informação em Portugal de Acordo com a Bibliografia Consultada

MUNICÍPIOS / BIBLIOTECAS PROJETOS E ATIVIDADES DE

FORMAÇÃO DE UTILIZADORES /

LITERACIA DA INFORMAÇÃO

OBSERVAÇÕES

Alcochete

Rede de Bibliotecas Municipais

de Alcochete

“Visita Guiada à Descoberta das

Casas dos Sonhos”

Público-Alvo: Pré-Escolar e

Ensino Básico

Nota: Pertence à AML

Fonte de Informação: Amândio,

2010

Almada

Rede de Bibliotecas Municipais

de Almada

Aprendizagem individual em

TIC: sessões “Pesquisa na

Internet”, “Pesquisa no

Catálogo”, “Internet Divertida”,

“Internet para Saber Mais”

Público-Alvo: Público Infanto-

juvenil

Nota: Pertence à AML

Fonte de Informação: Amândio,

2010

Amadora

Rede de Bibliotecas Municipais

da Amadora

Autoformação e Processamento

de Texto (não especifica)

Nota: Pertence à AML

Fonte de Informação: Amândio,

2010

Cascais

Rede de Bibliotecas Municipais

de Cascais

Sector de Autoformação Nota: Pertence à AML

Fonte de Informação: Amândio,

2010

Évora

Biblioteca Pública de Évora

Tutorial Português em Linha

Para Formação em Literacia da

Informação na Página Web

Públicos-Alvo: Não Especificados

Fonte de Informação: Whitfield,

2010

Lisboa

Rede de Bibliotecas Municipais

Programa Ulisses: “Iniciação às

TIC 1”, “Iniciação ás TIC 2”,

Públicos-Alvo: Não Especificados

v

de Lisboa “Viajar pela Web”, “Como Criar

uma Conta de E-mail”, “Internet

Segura”, “Explorar Fontes de

Informação da RMBL”,

“Pesquisar no Catálogo”, “Como

Fazer um Blogue”, entre outras

Notas:

- Pertence à AML

- Programa Descontinuado

Fonte de Informação: Amândio,

2010; Whitfield, 2010

Loures

Rede de Bibliotecas Municipais

de Loures

Visitas Guiadas “Abre-te Livro” Públicos-Alvo: Não Especificados

Nota: Pertence à AML

Fonte de Informação: Amândio,

2010

Mafra

Rede de Bibliotecas Municipais

de Mafra

“Bibliopaper” Público-Alvo: 1º Ciclo do Ensino

Básico

Nota: Pertence à AML

Fonte de Informação: Amândio,

2010

Odivelas

Rede de Bibliotecas Municipais

de Odivelas

Formação de Utilizadores para

Pesquisa e Recuperação da

Informação, “Biblioteca de

Sites”, SATE – Serviço de Apoio

aos Trabalhos Escolares” e

“Ateliers de Informática”

Público-Alvo: 1º e 2º Ciclos do

Ensino Básico (colaboração com

as escolas)

Nota: Pertence à AML

Fonte de Informação: Amândio,

2010

Oeiras

Rede de Bibliotecas Municipais

de Oeiras

Programa Copérnico: “Iniciação

à Informática”, “Criação de E-

mail”, “Pesquisa na Web”,

“Blog@tardinha”, “Procura

[email protected]”, “Literatura

na Web”, “Serviços Públicos

Online”, entre outros

Públicos-Alvo: Não Especificados

Notas:

- Arrancou numa fase

experimental, em 2006 e ainda

se encontra em funcionamento.

- Pertence à AML

Fontes de Informação: Amândio,

2007; Amândio, 2010;

Raminhos, 2010; Pinto e Tirado,

2012

vi

Palmela

Rede de Bibliotecas Municipais

de Palmela

Formação “Novos Públicos e

Serviços para as Bibliotecas: A

Revolução Web 2.0”

Público-Alvo: Profissionais de

Biblioteca

Nota: Pertence à AML

Fonte de Informação: Amândio,

2010

Porto

Biblioteca Municipal Almeida

Garrett

“Visita Virtual” à Biblioteca na

Página da Mesma

Público-Alvo: Não Especificado

Fonte de Informação: Ramos,

2012

Seixal

Rede de Bibliotecas Municipais

do Seixal

“AMRS.SEIXALQU@LIFICA”

(certificação de competências),

Formação “Aprender numa

Tarde”, Ações de Formação em

Informática

Públicos-Alvo: Não Especificado

Nota: Pertence à AML

Fonte de Informação: Amândio,

2010

Sesimbra

Rede de Bibliotecas Municipais

de Sesimbra

Programa Informática Sénior:

“Iniciação à Informática”,

“Pesquisa no Catálogo”,

“Internet e E-mail”

Público Alvo: Público Sénior

Nota: Pertence à AML

Fonte de Informação: Amândio,

2010

Viana do Castelo

Biblioteca Municipal de Viana do

Castelo

Programa Internet Sénior e

Atividade “Leitura para todos”,

para além própria página da

internet da biblioteca, o seu

blogue, o Twitter e o Facebook,

Projecto Viana Digital e

Laboratório de Auto-formação

Públicos Alvos: Público Sénior,

Cidadãos com Necessidades

Especiais e Todos os Públicos da

Biblioteca

Fonte de Informação: Mesquita,

2012

Vila Franca de Xira

Rede de Bibliotecas Municipais

de Vila Franca de Xira

Formação em “Iniciação à

Informática e “Iniciação à

Internet”

Público Alvo: Não Especificado

Nota: Pertence à AML

Fonte de Informação: Amândio,

2010; Canário, 2011

Nota: Elaboração Própria

vii

ANEXO 3

Proposta de Modelo de Análise

Fonte: Elaboração Própria

viii

ANEXO 4

Seriação do Caso de Acordo com os Critérios Definidos Previamente

Caracterização das Bibliotecas dos Municípios Pertencentes à Região Centro (NUTS II de

Acordo com o Decreto-Lei nº 244/2002, de 5 de novembro) de Acordo com os Critérios

Estabelecidos para a Escolha do Caso

Nota: Recolha de dados entre 14/07/2013 e 14/09/2013

CATEGORIAS ENCONTRADAS CONCELHOS

Tutorial na Página da Biblioteca Municipal,

criado pela própria biblioteca

- Abrantes

- Proença-a-Nova (1)

Tutoriais no Portal da Rede de Bibliotecas,

feitos por escolas e direcionados para as

bibliotecas escolares

- Carregal do Sal (1)

- Murtuosa

- Soure

- Vouzela

Formação em Literacia da Informação - Mêda (2)

- Sever do Vouga (2)

- Vila Velha de Ródão

Visitas Guiadas - Alcobaça

- Castelo Branco

- Constância

- Covilhã

- Estarreja

- Figueira da Foz

- Figueiró dos Vinhos

- Guarda

- Leiria

- Lousã

- Marinha Grande

ix

- Montemor-o-Velho

- Mortágua

- Nazaré

- Óbidos

- Oliveira do Bairro

- Penamacor

- Penela

- Peniche

- Sobral de Monte Agraço

- Tomar

- Torres Novas

- Trancoso

Nada - Águeda

- Aguiar da Beira

- Albergaria-a-Velha

- Alcanena

- Alenquer

- Almeida

- Alvaiázere

- Anadia

- Ansião

- Arganil

- Arruda dos Vinhos (3)

- Aveiro

- Batalha

- Belmonte

- Bombarral

- Cadaval

- Caldas da Rainha

- Cantanhede

- Castanheira de Pêra

x

- Castelo Branco

- Castro Daire

- Celorico da Beira

- Coimbra

- Condeixa-a-Nova

- Entroncamento

- Ferreira do Zêzere

- Figueira de Castelo Rodrigo

- Fornos de Algodres

- Fundão

- Góis

- Gouveia

- Idanha-a-Nova

- Ílhavo

- Lourinhã

- Mação

- Mangualde

- Manteigas

- Mealhada

- Mira

- Miranda do Corvo

- Nelas

- Oleiros

- Oliveira de Frades

- Oliveira do Hospital

- Ourém

- Ovar

- Pampilhosa da Serra

- Pedrógão Grande

- Penacova

- Penalva do Castelo

xi

- Pinhel

- Pombal

- Porto de Mós

- Sabugal

- Santa Comba Dão

- São Pedro do Sul

- Sardoal

- Sátão

- Seia

- Sertã

- Tábua

- Tondela

- Torres Vedras

- Vagos

- Vila de Rei

- Vila Nova da Barquinha

- Vila Nova de Paiva

- Vila Nova de Poiares

- Viseu

(1) Para além do tutorial na página da internet, a biblioteca faz também Visitas Guiadas.

(2) Para além de ações de formação em literacia da informação, a biblioteca faz também

Visitas Guiadas.

(3) Possui um Serviço de Autoformação e Aprendizagem ao Longo da Vida, cujos objetivos

não estão especificados.

Fonte: Elaboração própria.

xii

ANEXO 5

Transcrição das Entrevistas Realizadas

1. Entrevista ao Dr. Francisco Lopes

Entrevista realizada no dia 12 de novembro de 2013, no Gabinete do

Bibliotecário, na Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes.

Fátima: O que é para si a literacia da informação? Qual é a sua..

Dr. Francisco Lopes: Qual é o meu conceito de literacia da informação? Bom… É o no

fim de contas o conjunto de competências que as pessoas têm... Não é o conjunto, é o

grau de competências ... Porque literacia é isso mesmo, literacia implica grau. E não

existe, ao contrário do que foi assimilado para o português, não existe no original

britânico ao contrário do que foi assimilado para o português a ideia de iliteracia. Ela

não existe. Ela é uma palavra que existe por si só: literacy. E tem diferentes graus. Ou

maior ou menor. No fim de contas literacia de informação é o grau de competências

que as pessoas têm em relação ao uso da informação. E uso implica interpretação,

processamento, produção de nova informação, tudo isso.

Fátima: Porque a biblioteca decidiu criar o tutorial na sua página, quando esta é uma

valência mais ligada às bibliotecas escolares?

Dr. Francisco Lopes: Eu não me parece. Eu acho que uma das constatações que

fazemos com facilidade na nossa sociedade é de facto o baixo grau da literacia da

informação que as pessoas têm. Porque repare, a generalidade das pessoas não sabe

minimamente como se organiza uma biblioteca... Não sabe do ponto de vista do

utilizador, que é isso que elas precisam de saber! E em função disso tem muita

dificuldade de encontrar a informação. Não tem noção de como se organiza um

catálogo de bibliotecas. Não tem noções básicas de alfabetação… E eu acho que estas

xiii

coisas deviam... Não tem noções básicas de catalogação... Eu acho que estas deviam

ser competências ensinadas curricularmente, na escola, não é? Porque isso limita-nos,

na nossa capacidade de recuperar informação pertinente para resolver os nossos

problemas em cada momento que temos, agora… Eu acho que é um problema da

biblioteca pública, não só das bibliotecas escolares. Com a diferença que na escola ela

devia ser ensinada curricularmente.

E já agora deixe-me acrescentar outra coisa, se me permite.... E acho que a

internet não veio ajudar nada neste problema, antes pelo contrário, veio complicar.

Porque como nós fazemos pesquisas nos browsers aparentemente com a maior das

facilidades, que nos dão sempre respostas, como introduzimos expressões de pesquisa

e recebemos respostas que nos devolvem sempre resultados, nós ficamos com a ilusão

de que sabemos pesquisar e não precisamos destas competências. Quando a realidade

é que se fizéssemos uma avaliação da performance e da qualidade dessas respostas

veríamos que havia baixas taxas de pertinência, e inversamente altas taxas de ruido. E

isso porquê? E tudo isto...

Tudo isto, porquê? Porque vamos a um brownser e introduzimos expressões

descontextualizadas... Introduzimos expressões mas de forma descontextualizada…

Introduzimos expressões mas sem contexto semântico. É pesquisa livre. Não é isso que

se passa ou deve passar-se num sistema devidamente organizado. Ele precisa de

intervenção humana que analise o conteúdo e que depois o faça corresponder a

descritores, que sejam descritores válidos. E isso não se passa ali.

Fátima: Como nasceu a ideia da criação do tutorial na página?

Dr. Francisco Lopes: Nasceu disto tudo. Quer dizer, de facto… Nasceu desta

constatação. Nós achamos que as pessoas são pouco mais que analfabetas em termos

de literacia da informação. E por outro lado achamos que não há razões para isso.

Porque no fim de contas aquilo que precisamos de adquirir enquanto utilizadores são

competências básicas. E portanto foi assim que nasceu de facto… Pensámos que era

necessário criar um instrumento que permitisse fazer essa aprendizagem a todos os

xiv

tipos de públicos… Quer a crianças, quer a adultos… Que permitisse fazer de facto um

treino.

Fátima: Foi em que ano que foi criado…?

Dr. Francisco Lopes: Agora é que me apanhou aqui… Já não me lembro bem... Mas eu

creio que terá sido aqui há… cinco ou seis anos atrás, portanto... Se for importante o

rigor da resposta, é daquelas coisas que lhe agradeço que me ponha num e-mail,

porque são factos objetivos e portanto… Agora seria um pouco demorado estar aqui à

procura… Mas com facilidade lhe respondo a seguir… Vou ver… e depois… Está bem...

Fátima: Eu volto-lhe a pedir depois…

Dr. Francisco Lopes: Esses factos acho que me pode pôr num e-mail e nós

respondemos-lhe…

Fátima: Lembra-se como foi feito o planeamento daquele tutorial?

Dr. Francisco Lopes: Perfeitamente. Aquilo foi feito praticamente tudo por mim. A

ideia foi fazer uma coisa que servisse para dois públicos... para todos os públicos, não

é? Numa linguagem acessível, universal, naturalmente também para crianças um

pouco mais pequenas, do primeiro ciclo, com ajuda de educadores, ou seja pais e

professores. E pensarmos a partir da lógica da organização das bibliotecas, não é? A

partir da lógica do livre acesso… Como está organizado, explicar às pessoas o que é isso

do livre acesso… Explicar os conceitos de uma maneira muito fácil, para que as pessoas

vão adquirindo de facto competências que começam pelo conhecimento dos

conceitos, não é? E depois a partir daí, ok, livre acesso, como está organizado? Olha,

está organizado pela CDU, explicar à pessoa o que é isto do sistema de classificação,

não é… Como aquilo funciona… Não é para ela se tornar especialista, mas é para ela

saber usar minimamente, não é? Esse é o primeiro critério. E então e a seguir? A seguir

entra a questão da alfabetação, e portanto explicar o que é isto da alfabetação…

xv

Porque se as pessoas não encontram um livro ou um documento aqui na estante da

biblioteca, obviamente…

(é interrompido pela chegada de um funcionário que vem trazer um papel)... Sim, ó

Luís, está bem, está bem… Obrigado. (o funcionário sai).

… Se as pessoas não encontram o documento na estante da biblioteca obviamente

também não encontram um conteúdo qualquer numa obra de referência, por

exemplo, não é? Não encontram um artigo sobre Camilo Castelo Branco num

dicionário de autores, porque ele também respeita as regras de alfabetação, portanto

não se vai pesquisar por Branco ou Camilo porque entra por Castelo Branco… Essa foi a

ideia base. É perceber o que as pessoas precisam de aprender.

Ok, sistemas de classificação, alfabetação… E a partir daí temos as bases para partir

para outras coisas. A própria alfabetação serve de base aos catálogos de autores, não

é? Aos catálogos de títulos, aos catálogos de assuntos… Não é? Serve de base a isso

tudo.

E portanto foi essa a ideia! A partir daí foi construir um conjunto… Um texto

minimamente teórico, pequenino, fácil de digerir e assimilar pelas pessoas.

E a partir daí foi construir perguntas, sobretudo para o público infantojuvenil, criar

uma bateria de perguntas para o público, sobretudo para a população infantojuvenil.

Construir uma bateria de perguntas que permitisse aprender de forma lúdica. E na

realidade aquilo depois tem uma capacidade infinita de se multiplicar, porque nós

podemos… Basta variar as perguntas, não é? As perguntas são diferentes mas contêm

o mesmo género de problemas, não é? E de pressupostos… E portanto foi isso que nós

fizemos, quer dizer… A partir daí foi também partir para o fornecimento de questões

que tinham a ver com a pesquisa externa às obras, externa aos conteúdos… E depois

questões que têm a ver já com a pesquisa interna, ou seja, saber utilizar um índice…

Saber no fim de contas partir daí para a página respetiva... E depois perceber que é

necessário analisar, é necessário ler, e assimilar… Portanto, basicamente foi isso…

Depois com questões que têm a ver já com a… que remetem já para uma intenção de

levar as pessoas a ler mesmo... Quando se faz perguntas, se apresenta um extrato de

um texto ou se apresenta uma ilustração e se diz, “pronto, conhece este autor ou esta

xvi

personagem, ou não sei quê”… “o que ele faz a seguir?”… Se se leu sabe-se, se não se

leu não se sabe, não é?

Fátima: Sim, sim…

Dr. Francisco Lopes: Pronto, se não se leu vai-se ler a seguir, para se passar a saber… E

portanto passa também por estratégias que levem as pessoas a ler, não é?

Basicamente foi isto. Foi isso que fizemos.

Conversámos aqui em equipa, com duas pessoas que já cá nem estão na biblioteca.

Neste momento, infelizmente, não é fácil falar com elas, porque já não estão cá… E

uma delas era uma assistente técnica de biblioteca que percebia destes problemas e

que ia fazendo, digamos assim, a redação e a montagem destes conteúdos. Isto era

normalmente escrito por mim e depois ela revia e ela montava tudo, não é… E depois

um informático que ia programar aquilo num aplicativozinho, não é... E foi assim que

foi feito.

E pronto. A partir daí é fácil atualizar e ir mudando os conteúdos. Neste momento…

está desatualizado nalguns aspetos, há links que já não estão com… Porque já não

atualizamos há muito tempo. Mas contamos rever isso em breve. Quando acabar este

mês de aniversário da biblioteca vamos rever…

Fátima: Que recursos financeiros foram necessário encontrar?

Dr. Francisco Lopes: Nenhuns. Aquilo não precisa de dinheiro. Este tipo de coisas só

precisa dos recursos necessários para pagar às pessoas que as fazem que já eram

pessoas de cá! Repare, nós aqui sempre tivemos uma filosofia que nos ajudou, acho

eu, que é adquirirmos nós o know-how em vez de fazemos aquisição externa de

serviços. Muitas vezes encomenda-se este tipo de produtos externamente, não é… A

empresas de informática ou a outras do género, ou de conteúdos multimédia… e por aí

fora. Nós achámos sempre que se pudéssemos fazer com os nossos era melhor,

porque passávamos a saber fazer. E passávamos a ser independentes, não é? E foi

nessa base que fizemos, na altura tínhamos aqui um programador informático, um

apoio informático com competências boas de programação. E fizemos nós!... Ok, se

xvii

nós fizermos passamos a saber como é que se faz! E pronto, e foi isso!... Portanto no

fim de contas os recursos envolvidos foram: um bibliotecário, uma assistente técnica e

um informático… Portanto no fim de contas é parte do nosso trabalho durante um

período de tempo que foi gasto a fazer aquilo. Se não fizéssemos aquilo, fazíamos

outra coisa.

Fátima: E lembra-se dos recursos informáticos usados na criação do tutorial... Quais

são os programas, o software...

Dr. Francisco Lopes: Não, não me lembro... Basicamente são coisas muito simples. Há

pouca programação... É programação básica de HTML. Trata-se de montar páginas com

uma determinada cor, fontes de determinado tamanho e cor, fazer links, não é?

Precisam só de ferramentas básicas em que o HTML é o essencial, não é? Mas hoje em

dia nem é preciso aprender HTML, como sabe com certeza, porque há aplicativos para

construir sites e coisas dessas que as permitem fazer com a maior das facilidades.

Fátima: Que obstáculos teve de superar?...

Dr. Francisco Lopes: Há componentes de Java, eu sei que o programador usou em

parte componentes de Java para coisas mais dinâmicas, mas pouco, muito poucas…

Basicamente é HTML.

Fátima: Houve obstáculos para superar para criar o tutorial?

Dr. Francisco Lopes: Eu acho que o maior obstáculo foi fazermo-nos ao trabalho,

metermo-nos ao caminho. Quer dizer: é fazer o trabalho! Porque isto não tem nada de

complexo, nem tecnicamente sequer. Não vejo que isto seja uma coisa que não se

possa fazer em praticamente todo o lado, não é?

Todos nós hoje fazemos em casa um pequeno site para nós não é, ou, quer dizer… Isto

é quase como fazer uma página Facebook, um bocadinho mais exigente. Não, pronto…

Na altura era mais exigente, parece que era mais exigente... Não havia tantos meios,

xviii

hoje tão intuitivos, para se fazer as coisas. Mas, quer dizer, não é nada transcendente,

quer dizer…

É simplesmente fazermo-nos ao trabalho… O trabalho sobretudo de redação… Fazer

coisas com perguntas que sejam inteligíveis, que sejam pertinentes, que sejam

estimulantes, escrever sem erros, não é?

Portanto… Depois tem um aspeto gráfico minimamente apresentável. Não tanto como

nós gostávamos. E aí estavam os tais meios de que a gente não dispunha, não é? Se

nós tivéssemos um designer gráfico, um designer multimédia ou web designer, havia

coisas que tinham outro aspeto. Mas nós não tínhamos um web designer! Não é? E

portanto tivemos de nos limitar a fazer com os meios, pronto… E talvez as dificuldades

que possam ser referenciadas sejam essas… Não tínhamos um web designer, fizemos

mais pobre, mas fizemos!

Fátima: Como foi feita a divulgação?

Dr. Francisco Lopes: A divulgação é assim… Há uma parte deste projeto que é uma

parte falhada, que é a falta de apropriação de uma das componentes do projeto, que é

o repositório que lá temos, não é?... Para as pessoas publicarem conteúdos. E que

realmente até ao momento não foi apropriada pelas pessoas, não é… Porque… Por

imensas razões, uma das quais é o facto de cada um gostar de ter a sua própria

ferramenta, quer dizer, e há 50 escolas, 50 escolas têm coisas daquelas. Quando a

nossa intenção era criar uma para ser partilhada por todos, não é? Porque, aí sim,

tratar-se-á do repositório de uma comunidade. Enquanto cada um tiver o seu nunca

será. É o seu umbigo, o seu quintal, não é?

Fátima: Sim…

Dr. Francisco Lopes: A sua quintinha particular… E essa era a nossa intenção. Portanto

esse falhanço é em boa parte por culpa nossa, porque não fizemos o investimento

suficiente na sensibilização das pessoas, uma parte também das próprias pessoas, que

tem a ver com questões de egoísmos pessoais, de… Cada um quer ter aquilo que é seu,

não é? E…

xix

De qualquer maneira é uma coisa que está feita e que em qualquer momento

podemos voltar a ela e voltar a fazer uma tentativa, não é? Às vezes há que esperar o

contexto, para as coisas serem apropriadas.

A outra questão da utilização por parte dos públicos, essa é mais fácil, porquê? Porque

nós fazíamo-lo no contexto das atividades desenvolvidas na biblioteca, não é? O que

nós fazíamos? Não era pôr publicidade, nem nada que se parecesse, sobre aquilo. Era,

simplesmente, vinham cá os grupos, durante um determinado período de tempo e

todos os miúdos que vinham semanalmente às atividades da biblioteca, era-lhes

divulgado que aquilo existia. E nalgumas dessas atividades, participavam. Não é,

faziam. E portanto a partir daí estava garantido o conhecimento da existência do

produto, não é? Portanto, foi essa a estratégia que utilizámos porque era a mais fácil,

pareceu-nos a nós. Não exigia meios publicitários, não é? Tínhamos cá as pessoas e

fazíamos a divulgação nesse contexto.

Fátima: Como foi feita a avaliação de impacto do tutorial? Foi feita alguma

avaliação…?

Dr. Francisco Lopes: Bem, se quer que lhe diga, devia ser. Em teoria, como tudo. E na

prática nós procuramos avaliar todas as nossas atividades. Mas aqui não, não… Foi um

projeto experimental, que nós lançámos e que não, não foi… Quer dizer, fizemos foi o

aproveitamento empírico, quer dizer: Olha, está a ser relativamente bem usado, sim

senhora, os miúdos estão a participar, temos mais livros para oferecer porque já não

temos (ri), e por aí fora, mas não se fez uma avaliação. Não fizemos grelhas de

avaliação, nada disso.

Fátima: Então os resultados alcançados não são facilmente…

Dr. Francisco Lopes: Quantificáveis…? Não. Eu não quero ser pretensioso, eu acho que

não, que realmente não são. E… agora, nós, há uma parte em que estamos satisfeitos.

Quer dizer… a parte em que estamos satisfeitos é que criámos uma ferramenta, que é

uma ferramenta que nós achamos que é útil e que é utilizada ao longo de vários anos,

continua a ser, temos noção que continua a ser muito consultada e utilizada, portanto

xx

está a desempenhar, em determinada medida, o seu papel, sobretudo o tutorial. A

parte dos jogos com as crianças, a parte do aprender a brincar… Não se esqueça que

há aqui duas componentes, não é? Uma é o tutorial, e nós quisemos de facto que o

tutorial, é aquela ferramenta que nós pensámos como ferramenta já para pessoas com

autonomia de aprendizagem, não é? Jovens e adultos. A outra é a do Espaço Criança,

que no fim de contas é pôr os conteúdos do tutorial, proporcionar aqueles conteúdos

e aquela aprendizagem de forma lúdica. Através de jogos, não é? Essa tem momentos.

Portanto, houve um momento em que nós fizemos um investimento grande nela. De

facto tínhamos semanalmente grupos a utilizá-la e depois houve um momento de

paragem. Nós depois vamos fazer outras coisas, vamos fazer uma paragem. Agora

vamos ver se eles fazem por si só. E a nossa perceção aí é que por si só são mínimos,

vai havendo um ou outro que vai fazendo mas a utilização é diminuta, não é? E daí que

nós pensemos voltar outra vez a fazer uma… Digamos, a centrar um conjunto de

atividades nisso. Estamos a planear isso. Mas de facto é assim, os públicos ou são

direcionados, (ri) ou quando não são direcionados, não é, de livre e espontânea

vontade não utilizam tanto. Essa é a parte negativa e em que nós nos sentimos um

bocadinho mais… Em que a nossa avaliação não é tão boa, não é? De facto as pessoas

não aderem espontaneamente tanto como nós desejávamos, à parte dos jogos. O

tutorial temos a noção de que é utilizado sim, mais regularmente e continuamente,

não é?... O resto… Os miúdos têm tantas solicitações, de jogos, e tantas outras coisas…

Têm nas escolas também várias atividades…

Fátima: Para além deste tutorial, que outras atividades a biblioteca tem desenvolvido

na parte da literacia da informação?

Dr. Francisco Lopes: A biblioteca tem desenvolvido regularmente atividades de

formação de utilizadores no uso da internet, do ponto de vista das bibliotecas. Está a

ver, do ponto de vista das bibliotecas!

O que quero mais ou menos dizer com isto? Isso começa logo pela própria

disponibilização dos materiais da internet à leitura. Porque nós entendemos que não

devemos disponibilizar a internet como faziam os cibercafés dantes, não é?

xxi

Daí em determinada altura nós termos criado uma ferramenta a que chamámos

Biblioteca Virtual, que era o quê? No fim de contas, e que ainda está disponível no

nosso site, não é, embora do meu ponto de vista já não tenha, neste momento, a

mesma relevância… Não tem praticamente nenhuma. Mas que no fim de contas, se for

lá ler o que lá está, não é, o que nós dizemos? E posso abrir e ler um bocadinho. Já

agora… Então deixa-me cá abrir para eu me situar… Obra bem, o que nós temos aqui?

Já agora para nos situarmos, temos aqui um texto introdutório, que é para nós

importante. Que diz assim:

(Lê) «As pessoas…». Isto tem a ver com todo o contexto que está por detrás da criação

disto… «As pessoas andam frequentemente perdidas de portal em portal para

encontrarem a informação de que precisam. Não usam as bibliotecas como serviço

preferencial. Nem estas existem ainda»… Ainda: há data, estou a dizer dantes… «e

grande número disponibilizando serviços de referência via internet. Ora uma biblioteca

virtual disponibiliza conteúdos em linha através de um sistema de pesquisa organizado

de acordo com regras biblioteconómicas. No nosso caso classificamos a nossa página

de internet de acordo com a tabela da CDU, Classificação Decimal Universal. O que

permite pesquisar qualquer assunto sem exceção, clicando na classe respetiva.

Devendo posteriormente escolher uma subclasse mais específica e incluindo o

cabeçalho de indexação mais próximo no assunto pretendo. As grandes diferenças em

relação à pesquisa num portal generalista são as seguintes: o número de ocorrências

muito menor»… O que vai provar que mais informação nem sempre é melhor

informação. Porque não tem ruído, não é? Mas em contrapartida uma taxa de

pertinência muito elevada. E taxa de ruido quase nula, porque não se trata de um

sistema automático de varrimento, browser. Todas as páginas foram analisadas por

intervenção humana. Porque com um browser o que é que você faz? Coloca uma

expressão e aquilo vai percorrer, vai certificar se está aquela palavra em diferentes

conteúdos, não é? Mas independentemente do contexto semântico. Ora na biblioteca

não é isso que é suposto, é suposto que haja uma análise, e se eu utilizo aquela

expressão ela corresponde efetivamente àquele assunto. Não a outro qualquer, não é?

Portanto… «não se trata de um sistema automático de varrimento, todas as páginas

foram analisadas por intervenção humana. Porque a tabela de classificação que

xxii

usamos não é construída aleatoriamente, segundo o que nos parece serem os centros

de interesse das pessoas. Porque a CDU é um verdadeiro sistema, provendo todos os

assuntos e estabelecendo relações hierárquicas entre eles, embora estes possam estar

classificados de forma mais genérica ou mais específica».

O que fazem os browsers, alguns browsers, neste caso não mesmo browsers mas

portais, diretórios, enfim… Às vezes fazem uma grelha de assuntos, mas essa grelha é

aleatoriamente contruída, não é sistemática. E portanto há coisas que estão fora. E se

eu as quiser não estão lá. E portanto o que nós fizemos com isto? Repare, podia fazer

aqui, nesta ferramenta, uma pesquisa por autor, título, por assunto, etc. E podia fazer

uma pesquisa não é, nestes campos, e depois punha aqui a expressão de pesquisa.

Mas esta é uma pesquisa pós-coordenada, não é? Portanto eu introduzo a expressão e

ele vai verificar a posteriori o contexto dessa expressão. Nós só colámos aqui esta

possibilidade depois de conseguirmos contextualizá-la no autor, no título ou no

assunto. Porque isso reduzia um pouco mais o ruido. Mas de início nós só tínhamos

pesquisas pré-coordenadas, ou seja, uma pessoa tinha de escolher estre as classes da

CDU. E chegava aqui… Imagine que a pessoa queria pesquisar sobre informática,

conteúdos de informática. Bom, diz-se assim, “Então uma pessoa comum sabe alguma

coisa da CDU?”. Não é assim tão difícil de aprender e basta olharmos para aqui.

Esquecendo as notações das tabelas auxiliares, nós temos 10 classes. E isto funciona

muito por exclusão de partes. E era essa a formação que nos dávamos às pessoas.

Fátima: Formação?

Dr. Francisco Lopes: As pessoas inscreviam-se, e de vez em quanto inscrevem-se, e

vamos lá… Porque o que a gente diz é assim: “Você pode utilizar os browsers, e deve,

não é, agora tenha a noção que eles servem para determinado tipo de necessidades.

Porque não usa a Internet para ir às páginas das bibliotecas? Há lá milhares de

bibliotecas, com conteúdos de enorme qualidade. Esses sim, validados pelo sistema

editorial e por uma variedade de perfis que lhes dão um mínimo de qualidade. Utilize a

internet e vá às páginas das bibliotecas!

xxiii

Embora as bibliotecas virtuais, portanto com conteúdos digitais mesmo, não apenas o

catálogo, mesmo hoje em dia não sejam assim tantas, já existem, imensas, na altura

não, e era isso que nós dizíamos, não é? E continuamos a dizer às pessoas. “Eh pá, não

se esqueçam que na internet também há bibliotecas! Não é so o Google! Há

bibliotecas, vão até às bibliotecas!”… E então aqui para pesquisar no resto da internet

a gente dizia assim: Ok, bem, o que nós vamos fazer Classificar os sítios da internet,

que diferentes autores e organizações lá colocam, e fazê-los relacionar com as tabelas

da CDU. Imagine a tal questão: Informática. “Ah, mas a pessoa não sabe em que classe

está a informática”. Bom, mas sabe que não há-de ser Filosofia, muito fácil. Nem

Religião, nem Sociedade, Matemática, Natureza… Engenharia e Técnica? Bom, talvez,

diríamos nós. Mas Artes, Linguística e Literatura também não. Geografia, Biografia e

História também não. No fim de contas, por exclusão de partes, ficaríamos com duas

classes. Aqui esta, onde diz Técnicas, e aqui esta onde diz Generalidades, não é? Se

você… Se formos abrir a das Técnicas percebemos que não está lá. Então abrimos a

outra. E quando abrimos a outra abre numa das subclasses, está a ver? Quando eu abri

as técnicas eu comecei a perceber que Ok, não está cá. Então fecho as Técnicas e vou

às Generalidades, e cá está a Informática. Mas é certo que está cá. Porque a CDU fez

uma opção, considerou que a informática é transversal, ou seja, como uma coisa que

se pode aplicar a todos os domínios.

Fátima: Acha que as pessoas, depois da formação, percebem isto?

Dr. Francisco Lopes: Ah, isso só não percebem se não quiserem. No fim de contas isto

é uma coisa… É uma aprendizagem mínima. Uma das coisas… A primeira coisa que nós

acreditamos que as pessoas têm de perceber é que têm de aprender, para tudo na

vida, alguma coisa. E aquilo que nós achamos que é preciso aprender para adquirir as

competências básicas de literacia da informação não é tão complexo quanto isso. São

coisas simples, são coisas básicas. Agora, é preciso aprender? É, é preciso aprender as

bases de tudo na vida, não é? Porque, pronto, sem aprendizagem nada se faz. E

portanto é isso que nós fazemos.

Repare, portanto, esta ferramenta da Biblioteca Virtual é mais um instrumento, não é,

relacionado com as nossas preocupações de dar contributos para a literacia da

xxiv

informação na nossa comunidade. E lá está, quando eu ia abrir aqui as Generalidades e

logo a seguir ia abrir Informática… Agora eu já tenho descritores de indexação, ou seja,

estou a aplicar às páginas da internet alguns princípios biblioteconómicos: um sistema

de classificação e uma linguagem de indexação, com um vocabulário controlado. E

agora tenho aqui descritores que fui buscar à lista de cabeçalhos para bibliotecas, não

é? Aquela listinha… Conhece?

Fátima: Sim…

Dr. Francisco Lopes: Informática – Comércio, Informática – História, Informática –

Imprensa, Obras de Referência de Informática, Organizações de Informática, Pirataria,

por aí fora, não é… Correio Eletrónico e etc… E pronto, eu ia a Informática – História e

tinha aí duas coisas: um museu virtual de informática e o The Computer Museum. E

tenho até uma pequena sinopse. Eu aqui não tenho depois… O resultado não é uma

ficha de catalogação. Nós não quisemos fazer isso, porquê? Podíamos fazer. Não

quisemos fazer isso porque nós não tínhamos maneira ainda, tecnicamente, de cruzar

isto com o Millenium, que era o software de catalogação. Não era possível. Portanto

não fizemos. Hoje em dia nós estamos a converter isto e a integrar isto no nosso

catálogo que nós criámos no nosso próprio software, nós temos um software chamado

ZARAH, que é o nosso software de gestão de bibliotecas. Que mais ninguém tem, é

nosso! E deitámos fora o Millenium que custou 20 mil contos… Mas criámos o ZARAH,

prontos. Não estávamos satisfeitos com a empresa e com uma série de coisas…

Fátima: Então, é software livre…

Dr. Francisco Lopes: É software livre! Quer dizer, e só nosso mas é livre. É baseado em

software livre e um dia colocamo-lo mesmo na internet para que se possa desenvolver

partilhadamente.

Fátima: Foi criado pela biblioteca...

xxv

Dr. Francisco Lopes: Foi criado por nós e tem um nível de profundidade já imenso.

Porque não há software nenhum no mercado, a nível mundial, que nós conheçamos,

que tenha registos bibliográficos, registos de exemplar e registos de autoridade em

formato UNIMARC. Software que isso esteja verdadeiramente implementado.

Fátima: Este ano já fizeram alguma ação de formação…?

Dr. Francisco Lopes: Nós este ano não. Foi um ano que nós… Nós fazemos pausas às

vezes, na nossa programação, de um ou dois anos, de interrupção, em determinadas

linhas de programação, não é? Já está no nosso programa de 2014 voltar a isto, voltar

a estas ações de formação. Mas depois fazemos umas pausas… No fim de contas nós

estamos num meio, que é um concelho e uma cidade pequenas, médias, e que de vez

em quanto achamos que não precisamos de estar a repetir aquilo que… Porque os

públicos potenciais disto são sobretudo professores… Outras pessoas também, mas os

professores têm aqui o peso dominante, um grande peso… E a rotação não é assim tão

grande. Nos fazemos um ou dois anos seguidos, depois paramos. Depois voltamos a

fazer, não é? Neste caso, neste tipo de produto, é assim que fazemos.

xxvi

2. Entrevista a Teresa Lopes

Teresa Lopes era assistente técnica na Biblioteca Municipal António Botto na

época em que foi criado o tutorial de literacia da informação e o Espaço Criança. Desde

há alguns anos trabalha na Divisão de Informática da Câmara Municipal de Abrantes,

onde foi realizada esta entrevista em 13 de novembro de 2013.

Fátima: Em primeiro lugar… Já não se lembra, estou a ver… Mas como foi feito o

planeamento do tutorial?

Teresa Lopes: O planeamento… O planeamento daquele tutorial… Já não tenho bem

presente. Primeiro foi elaborado o texto, o conteúdo do tutorial, e de seguida foi

colocado em HTML, depois, de forma a ser publicado. Mas não teve um planeamento

rígido, até porque é uma coisa extremamente simples de se fazer, não é? Que não

exigiu grandes planeamentos… Também como não exigiu a intervenção de pessoas

exteriores, eu não me lembro, se na altura esteve envolvido algum estagiário ou não,

não tenho bem presente isso. Mas como foi feito com pessoas da casa, fomos fazendo,

fomos desenvolvendo à medida de que íamos tendo disponibilidade, e possivelmente

intercalando com as nossas tarefas do dia a dia. Foi um trabalho que foi sendo feito.

Fátima: Não se lembra dos recursos financeiros envolvidos?

Teresa Lopes: Não existiram!... Propriamente… Porque o texto foi feito pelo Dr.

Francisco, na altura também pelos técnicos da casa. As ferramentas ou o software

utilizado era aquele que utilizávamos no nosso… Para desenvolvermos o nosso

trabalho quotidiano. Portanto não houve acréscimo de custos.

Fátima: E em relação aos programas informáticos usados? Os recursos informáticos…

quais foram?

Teresa Lopes: Tudo aquilo que tem imagem, deve ter sido usado, até porque na altura

usávamos software open source na biblioteca… As imagens possivelmente foram feitas

xxvii

com o Gimp, a tecnologia utilizada, depois se calhar o colega, o Paulo Rego, pode falar

mais em pormenor, com a integração depois na página…

Fátima: E lembra-se dos obstáculos que tiveram na criação do tutorial, ou não houve?

Teresa Lopes: Não houve grandes dificuldades… Há sempre a definição da estrutura,

da organização, o fazer links, porque se reparar há páginas em hipertexto, e portanto

com várias ligações… Quando falamos… Se no texto aparece a palavra Códice e existe

outro artigo que explica o que é a Cota, ele remete para o outro artigo. Portanto há ali

uma série de hiperligações que foi feita no texto. Eu acho que também não tem assim

uma complexidade extrema, portanto não houve grandes circunstâncias de

dificuldades. É uma coisa extremamente simples.

Fátima: E em relação à divulgação?

Teresa Lopes: Em relação à divulgação… Ao que me parece aquele tutorial foi usado

várias vezes em ações com crianças na biblioteca numa perspetiva de formação de

utilizador. E o objetivo daquele tutorial é esse mesmo. Julgo que até junto do público

escolar é importante utilizar-se, é um recurso que pode ser utilizado: como pesquisar

num catálogo, como interpretar um bocado a linguagem das bibliotecas, e a

organização das bibliotecas. Portanto, isso aplica-se àquela biblioteca como se pode

aplicar a uma biblioteca escolar. E a divulgação foi mais junto desse público. Até

propriamente nas atividades que a biblioteca dirige ao público infantil.

Fátima: E como foi feita a avaliação do impacto do tutorial?

Teresa Lopes: Não sei se foi feito. Pelo menos pelo aquilo que intervi não foi feito, não

sei se superiormente e logo verá, o Dr. Francisco não sei se lhe respondeu a essa

questão. Eu não tenho conhecimento de como isso foi feito.

Fátima: Então não ficou com alguma ideia acerca dos resultados alcançados…

xxviii

Teresa Lopes: Não. Escritos, concretos… Sei que aquela mensagem for passada às

crianças e se elas tiverem atentas e aprenderem, apreenderem o conteúdo, acho que é

extremamente importante e tem efeitos, depois, práticos. Mas não senti mais do que

isso.

Fátima: Mais uma pergunta: saiu da biblioteca há quantos anos?

Teresa Lopes: Há sete… Por aí, julgo que sim.

Fátima: O que é para si a literacia da informação?

Teresa Lopes: Primeiro existe… a literacia que ainda está um pouco abaixo daquilo que

seria desejável. Entrar-se na biblioteca, de fato, e não se saber utilizar os recursos de

informação que estão disponíveis é grave. As pessoas veem muito, leem muitas coisas,

mas não sabem interpretar informação. Acho que passa por aí.

Fátima: Uma pergunta que é mais uma curiosidade minha. Começou a trabalhar numa

biblioteca. Agora está mais centrada na informática, se calhar a trabalhar com outros

departamento da mesma organização. Qual é a evolução? Podia partilhar um

bocadinho da experiência?

Teresa Lopes: A evolução foi feita da seguinte forma: começar a trabalhar na

biblioteca, é começar a trabalhar num sistema de gestão de biblioteca: de catalogação

e de gestão dos recursos da biblioteca. Classificação e catalogação. Isto é um sistema

de informação. E o que me trouxe precisamente para a Câmara foi vir atrás de um

projeto também de gestão de informação que é o sistema de gestão documental, o

sistema de gestão de processos. E portanto essa foi a ligação.

Fátima: Foi uma ligação mais do ponto de vista dos arquivos ou mesmo só mais…

Teresa Lopes: Também ligam ao arquivo mas não só. Liga a todos os serviços da

Câmara. O Arquivo é apenas mais um deles. Realmente há uma ligação com a

xxix

documentação que se produz, mas aqui é o mundo complexo da informação, a

biblioteca era apenas um serviço, o arquivo é outro e aqui há ligação a eles todos. E é

um pouco esse o papel deste serviço é ligar todos os serviços através de um sistema de

informação.

xxx

3. Entrevista a Paulo Rego

O Dr. Paulo Rego é engenheiro informático. Durante alguns anos trabalhou na

Biblioteca Municipal António Botto, concebendo a parte informática do tutorial e do

Espaço Criança.

Entrevista realizada em 13 de novembro de 2013 na Divisão de Informática,

onde atualmente trabalha. Como se trata de um espaço open space, a certa altura o

entrevistado entrou em diálogo com Teresa Lopes, que já havia sido entrevistada

anteriormente.

Fátima: Lembra-se como foi o planeamento do tutorial?

Dr. Paulo Rego: O planeamento... Sabe eu não estive diretamente envolvido na

produção daqueles conteúdos, porque aquele tutorial que lá está é essencialmente …

informação, não tem muita componente técnica. As pessoas, como é o caso da Teresa e

também da outra colega que também por lá passou e depois ajudou a fazer aquilo, mas

em particular a Teresa, foram elas praticamente que produziram tudo. Eu só depois

ajudei pontualmente a fazer a ligação ao projeto web da biblioteca... Ahhh, mas

portanto eu não fui incluído na componente de planeamento desse projeto.

Fátima: Em termos informáticos, quais foram os recursos informáticos em termos de

programas, software, hardware, que foram usados, lembra-se?

Dr. Paulo Rego: Posso-lhe dizer por exemplo que foi utilizada a linguagem HTML.

Penso que a Teresa também já lhe deve ter referido. Depois na altura penso... nós

talvez utilizássemos, isto já vai uns anos valentes atrás, o Frontpage...

(interrompe-se para perguntar a colega) Ó Teresa não era o Frontpage? Eu já não me

recordo sinceramente... mas acho que era o Frontpage, para ai assim, não era?

Naquela altura não me lembro... mas devia de ser aquele...era, era o Frontpage e

portanto era o sistema que nos utilizávamos, que foi utilizado naquela altura

xxxi

para...esse programa entretanto até foi descontinuado, já não existe...

Fátima: Sim, sim...

Dr. Paulo Rego: ... mas na foi utilizado para produzir aquele projeto.

Fátima: Lembra-se de obstáculos que teve que superar para criar aquele... ?

Dr. Paulo Rego: Não, não eram obstáculos, eram... do ponto de vista técnico era um

projeto muito simples... portanto não houve qualquer tipo de obstáculo na execução

dele.

Claro que falo sempre do ponto de vista técnico e não do ponto de vista funcional

porque não sou eu a pessoa indicada para responder...

Fátima: Então não participou na divulgação do...

Dr. Paulo Rego: Não, sabe nós, não diretamente mas na divulgação do projeto em si

não porque a minha competência era técnica, na área do desenvolvimento e na área

da informática. Agora claro que todos nós participamos ao publicitar na Internet, no

site e ao fazer essas ligações, também de alguma maneira também ajudávamos a

promover um pouco essa...

Fátima: E também não participou na avaliação e não desenvolveu nenhum instrumento

no sentido de avaliar?

Dr. Paulo Rego: Como lhe disse, só fui interveniente no processo na ligação com a parte

informática, depois a pagina da própria biblioteca. Toda a componente de avaliação

funcional, obviamente, pois não passou por mim, nem fazia sentido.

Fátima: Só vou fazer mais uma ultima pergunta, a seguinte... qual é na sua opinião o

papel da informática numa biblioteca publica?

xxxii

Dr. Paulo Rego: Aí sim, eu acho que tem um papel determinante, pode mudar por

completo, digamos, o funcionamento até de uma biblioteca.

Eu diria que, no futuro as bibliotecas terão que se adaptar a esta nova realidade que é

a tecnologia, e portanto não há duvida nenhuma que, do meu ponto de vista a

biblioteca tradicional tal como nós a conhecemos será uma biblioteca das gerações

anteriores.

É normal nós hoje vermos os miúdos todos a utilizarem outros recursos que não só o

próprio livro material.

E é esse o papel muito importante da biblioteca, que as bibliotecas tem; que é

voltarem-se para a informação digital e conseguirem efetivamente fazer aquilo que

fizeram com os livros, mas agora com a informação digital.

Isso é talvez o grande desafio que tem pela frente.

Portanto eu como informático e como alguém que gosta de bibliotecas, porque

trabalhei la muitos anos, estou convicto...

Fátima: Saiu de lá quando ?

Dr. Paulo Rego: Um pouco antes da Teresa, mas… também já não lhe sei precisar bem...

mas foi um pouco antes, sai um pouco antes, foi mais ou menos no mesmo ano, saímos

mais ou menos na mesma altura para depois virmos executar este projeto, mas

portanto penso que sim que tem um papel muito importante a informática na

bibliotecas e na sua própria transformação e na transformação dos profissionais e é

muito importante que eles reconsiderem a forma como veem a sua profissão e o que

podem fazer no seu dia a dia.

xxxiii

ANEXO 6

Notícia sobre o Tutorial e o Espaço Criança na página web da Biblioteca Municipal

António Botto

A brincar também se aprende BMAB | 11/02/2005 No âmbito da formação de técnicos de biblioteca e d ocumentação, a Biblioteca Municipal António Botto tem vindo a ac olher estagiários que encontram aqui apoio técnico para d esenvolverem os seus projectos. Um dos últimos, intitulado Apren der a brincar veio enriquecer a página da biblioteca na Internet. Deste trabalho faz parte um tutorial onde se pode aprender, de forma fácil, como a biblioteca está organizada, de modo a facilitar a sua utilização. A Biblioteca Municipal António Botto implementa alguns princípios básicos de organização, comuns à maioria das bibliotecas públicas. Este tutorial inicia os utilizadores nas formas de encontrar uma obra – a pesquisa no catálogo e o livre acesso às estantes – competências essenciais na recuperação da informação. A outra parte do trabalho tem uma componente mais lúdica. São passatempos, distribuidos por três secções: Caça ao tesouro, Oficinas de expressão e Inventário de tradições. A caça ao tesouro é um jogo de formação de utilizadores de bibliotecas, em que se têm de aplicar estratégias de pesquisa de informação. O tesouro é a informação que se obtém e que eleva o conhecimento e as capacidades criativas, incrementando os hábitos de leitura e aumentando os níveis de cultura geral dos participantes. As Oficinas de expressão destinam-se aos mais criativos, aos que gostam de escrever, pintar, desenhar, fazer fotografias ou trabalhos manuais e ver os seus trabalhos publicados na Internet. Por último, o Inventário de tradições pretende tornar-se num repositório da memória local, no que se refere a alguns dos mais importantes aspectos da cultura tradicional da nossa região, contribuindo para a descoberta das nossas raízes e para o reforço da nossa identidade. Para se participar é necessário investigar e recolher junto dos mais velhos esse vasto património de literatura de raiz tradicional, de transmissão oral e que se traduz de muitas formas: na arquitectura popular, no artesanato, no folclore, na literatura de expressão oral, na gastronomia, nas mézinhas, etc. Criamos aqui um espaço dedicado especialmente à literatura de expressão oral e ao receituário tradicional de culinária e mézinhas, aberto à participação individual ou em grupo. Estes conteúdos estão integrados no Espaço criança da nossa página e - no caso do tutorial - encontram-se também como uma parte do Guia do utilizador da biblioteca. 11-02-2005 Fonte: http://www.bmab.cm-abrantes.pt/default.asp?arquivo#naq

xxxiv

ANEXO 7

Estrutura do Tutorial e Espaço Criança

1. Tutorial

A. Consultando o Catálogo

A.1. Como Aceder ao Catálogo

A.2. Outros Serviços

A.2.1. Possibilidade de elaborar bibliografias

A.2.2. Possibilidade de elaborar reservas

B. Pesquisando em Livre Acesso

B.1. Organização temática segundo a CDU

B.1.1. Cota

B.1.2. Estrutura da CDU

B.2. Regras de Alfabetação

B.2.1. Como aplicar as regras de alfabetação?

B.2.1.1. Algumas regras básicas que todos devem conhecer

B.2.1.2. Particularidades da Alfabetação de Autores

B.2.1.2.1. Regra Geral

B.2.1.2. Excepções à Regra

• Apelido geográfico

• Nome de religião

• Nome composto estrangeiro

• Nome espanhol

• Nome oriental

• Mais que três autores

• Dois ou três autores

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• Colectividade-autor

• Obra anónima

B.2.2. Como estão aplicadas nesta biblioteca?

• Sector infanto-juvenil

• Sala de leitura de adultos

• Multimédia e audiovisuais

• Periódicos e fundo local

2. Espaço Criança

A. A Biblioteca

A.1. Onde é a Biblioteca

A.2. Como é a Biblioteca

A.3. Como ser Utilizador

A.4. O que Acontece na Biblioteca

A.5. O que Há na Biblioteca

B. Aprender a Brincar

B.1. Caça ao Tesouro

B.1.1. Colecções juvenis

B.1.2. Na selva das bibliotecas

B.1.3. Obras de referência

B.1.4. Autores portugueses

B.1.5. Assuntos diversos

B.2. Oficinas de Expressão

B.2.1. Oficina de escrita

B.2.2. Oficina de fotografia

B.2.3. Oficina de trabalhos manuais

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B.2.4. Oficina de desenho e pintura

B.3. Inventário de Tradições [Repositório]

B.3.1. Literatura Tradicional

B.3.1.1. Lengalengas

B.3.1.2. Adivinhas

B.3.1.3. Anedotas

B.3.1.4. Trava-línguas

B.3.1.5. Histórias populares

B.3.1.6. Orações

B.3.2. Receituário

B.3.2.1. Gastronomia

B.3.2.2. Mezinhas

C. O Nosso Concelho

C.1. História

C.2. Cultura, Desporto e Lazer

C.3. Património

D. Biblioteca Virtual

E. As Nossas Visitas [Repositório]

Fonte: Elaboração Própria

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ANEXO 8

Formação do Utilizador entre 2003 e 2013 na Biblioteca Municipal António Botto

Data Atividade Observações

07/03/2003 Iniciação à Internet e

Biblioteca Virtual

Ateliês para crianças e

adultos de para o uso da

Internet na perspectiva das

bibliotecas.

13/01/2005 Atelier de formação “Ser

utilizador de uma biblioteca”

Ateliê destinado a alunos do

1º e 2º ciclos do ensino

básico

01/04/2005 Caça ao tesouro “Vamos

descobrir a biblioteca”

Atividade baseada nas obras

do escritor dinamarquês

Hans Christian Andersen,

consistindo num peddy-

paper pela biblioteca central

10 e 17/07/2007 Caça ao tesouro virtual Ateliê destinado a alunos do

1º e 2º ciclos do ensino

básico, recorrendo às

ferramentas do Espaço

Criança

05/08/2008 Caça ao tesouro “Vamos

descobrir a biblioteca”

Formação de utilizadores

para as crianças dos 6 aos 14

anos, recorrendo às

ferramentas do Espaço

Criança

Fonte: BMAB, 2013b

Elaboração própria.

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ANEXO 9

Texto Introdutório da Biblioteca Virtual

NÃO ANDE PERDIDO NA INTERNET!

As pessoas andam frequentemente perdidas de portal em portal porque, para encontrarem a informação de que precisam, não usam as bibliotecas como serviço preferencial, nem estas existem ainda em grande número disponibilizando serviços de referência via Internet. Uma biblioteca virtual disponibiliza-lhe conteúdos em linha, através de um instrumento de pesquisa organizado de acordo com regras biblioteconómicas. No nosso caso, classificamos as páginas da internet através da tabela da CDU (Classificação Decimal Universal), o que lhe permite pesquisar qualquer assunto – sem excepção – clicando na classe respectiva, devendo posteriormente escolher a sub-classe mais específica e ainda o cabeçalho de indexação mais próximo do assunto pretendido. As grandes diferenças, em relação à pesquisa num portal generalista são as seguintes: - número de ocorrências muito menor; - mas em contrapartida, taxa de pertinência muito elevada e; - taxa de ruído quase nula, porque: - não se trata de um sistema automático de varrimento (browser), todas as páginas foram analizadas por intervenção humana; - porque a tabela de classificação que usamos não é construída aleatóriamente segundo o que nos parece serem os centros de interesse das pessoas; - porque a CDU é um verdadeiro sistema, prevendo todos os assuntos e estabelecendo relacões hierárquicas entre eles, embora estes possam estar classificados de forma mais genérica ou mais específica.

PESQUISA pós -coordenada

Todos Chave de

pesquisa: Pesquisar

A sua expressão será pesquisada apenas na Biblioteca Virtual. Obterá uma informação de todas as ocorrências e respectivos contextos.

Fonte: http://www.bmab.cm-

abrantes.pt/Biblioteca%20Virtual/Biblioteca%20Virtual.asp?Simples