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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo – SSE Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD ANEXO IV ANÁLISE AMBIENTAL DAS AÇÕES DA SABESP – CIA. DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO PROGRAMA MANANCIAIS E1684 V.4

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Page 1: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo – SSE

Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD

ANEXO IV

ANÁLISE AMBIENTAL DAS AÇÕES DA SABESP – CIA. DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

NO PROGRAMA MANANCIAIS

Junho de 2007

(Revisado em 15 deJunho de 2009)

E1684V.4

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ANEXO IVANÁLISE AMBIENTAL DAS AÇÕES DA SABESP – CIA DE SANEAMENTO BÁSICO

DO ESTADO DE SÃO PAULO NO PROGRAMA MANANCIAIS

1. INTRODUÇÃOEm atenção às diretrizes e políticas de salvaguarda do Banco Mundial, em especial a OP 4.01, é apontada no presente Anexo a análise dos impactos sócio-ambientais, medidas mitigadoras e compensatórias e o Plano de Gestão Ambiental – PGA pertinentes à implantação dos componentes e ações sob responsabilidade da SABESP – Cia. de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, no âmbito do Programa Mananciais.

2. AÇÕES E IMPACTOS SÓCIO-AMBIENTAIS, MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIASDos quatro componentes do Programa Mananciais, já apontados, a SABESP realizará ações em três deles, quais sejam:

a) Instrumentos de Sustentação, Acompanhamento, Controle e Viabilização do Programa (Gestão).

b) Ações de Preservação e Recuperação Ambiental; e

c) Ações de Saneamento Ambiental, compreendendo intervenções relacionadas a abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e resíduos sólidos.

No primeiro componente, relativo aos instrumentos de sustentação e gestão, a Sabesp realizará um conjunto de ações com o objetivo de ampliar e melhorar a sua capacidade operacional e de gestão para o controle da qualidade da água, das condições hidrodinâmicas dos reservatórios e para a operação dos diversos sistemas (Estações Elevatórias de Água Bruta, etc.). Nesse sentido, inclui ações de monitoramento hidroambiental dos tributários e reservatórios (monitoramento automático pluviométrico, fluviométrico, nível, vazões e meteorológico; aquisição de equipamentos como GPS, máquinas digitais, equipamentos de hidrometria e topografia; controle da qualidade da água através de imagens de satélite; instrumentação de laboratórios de limnologia e estudos especiais; implantação de rede sedimentométrica do Guarapiranga, Rio Grande, Taquacetuba, Paiva Castro, Jaguari, Jacareí, Cachoeirinha); modelos hidrodinâmicos1

dos reservatórios Guarapiranga, Rio Grande, Taiaçupeba, Jundiaí, Biritiba, Paiva Castro, Atibainha (a fim de prever o potencial de florescimento algal e possibilitar a tomada de ações preventivas e corretivas na operação desses reservatórios); implantação de Centros de Controle Operacional (Guarapiranga, Billings, Rio Grande, Alto e Baixo Cotia), com vistas à promoção do controle quali/quantitativo dos mananciais operados pela Divisão de Recursos Hídricos Metropolitanos Sudoeste; Plano de Contingências; implantação de automação, supervisão e controle das elevatórias de água (Capivari e taquacetuba; Biritiba e Guaratuba); implantação do Sistema NETCONTROL (software para gestão dos laboratórios de análises e dos resultados analíticos de monitoramento da qualidade da água).

1 Conhecendo-se as características morfológicas das represas e os aspectos de quantidade e qualidade da água, pretende-se o desenvolvimento de ferramentas que possibilitem predizer eventos que alterem a característica da água bruta, tais como bloom algais, bem como permitam um adequado manejo dos corpos d’água visando a preservação de sua qualidade. Das ferramentas operacionais hoje existentes, os modelos hidrodinâmicos têm se mostrado bastante adequado aos propósitos citados.

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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A este componente, também estão associados estudos para ampliar o conhecimento da Sabesp acerca do comportamento limnológico dos reservatórios (caracterização do fitoplancton, zooplancton e sedimento) e das condições hidrológicas e de sedimentos (prevendo-se estudos para o desassoreamento dos reservatórios Guarapiranga e Rio Grande), contribuindo para a melhoria e aperfeiçoamento dos procedimentos e rotinas operacionais.

Com relação aos outros dois componentes (recuperação ambiental e ações de saneamento), apresenta-se abaixo a descrição das obras sob responsabilidade da Sabesp, seguida de uma análise dos principais impactos negativos e positivos e das medidas recomendadas para a atenuação, mitigação e compensação dos efeitos negativos, assim como sugestões para a potencialização dos efeitos positivos. Na seqüência, é apresentado o respectivo PGA.

2.1. Obras Previstas pela SabespPonderando-se o fato de que ações semelhantes da Sabesp serão desenvolvidas nas várias sub-bacias abrangidas pelo Programa, as obras foram agrupadas e organizadas da seguinte forma:

2.1.1. Implantação de Estações de Remoção de Nutrientes (Guarapiranga, Billings, Alto Tietê, Juqueri Cantareira e Alto e Baixo Cotia)- Descrição da Intervenção

As obras de implantação de sistemas de tratamento direto dos corpos d'água correspondem a estruturas civis que possibilitam o abatimento de nutrientes oriundos de contribuição pontual e/ou difusa aos tributários e afluentes das represas do Guarapiranga (sub-bacia do Guarapiranga), Rio Grande (sub-bacia Billings), Taiaçupeba (sub-bacia Alto Tietê Cabeceiras), Paiva Castro e Jacareí (sub-bacia Juqueri-Cantareira) e Isolina (sub-bacia Baixo Cotia), promovendo a melhoria da qualidade das águas nestas localidades.

Ao todo, serão implantadas 12 estações de remoção de nutrientes, de forma que os tributários que contarão com essas obras são: Embu-Mirim; Bonito-Pedras; Córrego São José e Itupu, na sub-bacia do Guarapiranga; Ribeirão Fazenda, Ribeirão Pedroso e Ribeirão Olaria, na sub-bacia Billings; Rio Taiaçupeba-Mirim e Jundiaí, na sub-bacia do Alto Tietê-Cabeceiras; Rio Jacareí e Itaim, na sub-bacia do Juqueri-Cantareira; e rio Cotia, na sub-bacia do Baixo Cotia.

A micro-bacia hidrográfica destes córregos são as que apresentam os maiores índices de carga poluidora concentrada ou condições mais críticas de poluição nas respectivas sub-bacias, as quais justificam a adoção deste tipo de intervenção. Em simulações realizadas pelo Modelo de Correlação Uso do Solo-Qualidade da Água - MQUAL, amplamente empregado no âmbito do Projeto Guarapiranga e atualmente figurando como referência para a implementação da lei específica correspondente, é possível atestar tal criticidade.

Conforme já comentado, as alternativas propostas – de intervenções diretas em corpos hídricos afluentes a reservatórios – não devem ser vistas como excludentes frente ao Programa Mananciais, mas como ações complementares, desenhadas em função das características de cada sub-bacia de manancial e dos comportamentos limnológicos de cada reservatório envolvido. Em outras palavras, as ações de redução do aporte de carga poluidora em mananciais incluem a implantação e a melhoria da infra-estrutura de saneamento, inclusive a urbanização de favelas, devendo ser complementadas por intervenções diretas nos corpos d’água afluentes aos mananciais, com vistas à melhoria da água bruta, que pode ser comprometida, tanto por cargas de origem difusa, quanto pela eficácia dos sistemas de esgotamento sanitário. As intervenções nos corpos d’água não visam substituir a coleta e o afastamento de esgotos que, dentre outras funções,

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buscam a melhoria da qualidade de vida e da saúde pública da população. O que se procura, mediante alternativas tecnológicas complementares, é assegurar a melhoria da qualidade dos corpos hídricos através da remoção de nutrientes expressos, principalmente, pelo fósforo e pela carga orgânica em geral.

Essas obras – também conhecidas como sistemas de pré-tratamento nos córregos – admitem o emprego de diversas tecnologias, devendo ser definidas de acordo com as características das cargas poluidoras afluentes a cada um dos córregos, com os custos envolvidos, com os impactos ambientais (como a geração de lodo, por exemplo) e com as condições de operação e manutenção exigíveis, considerando a sua localização em áreas de difícil acesso e controle.

A remoção de nutrientes nos tributários também pode ser obtida com a sua inativação por sedimentação ou flotação. Experiências de inativação de nutrientes com flotação têm alcançado resultados positivos na RMSP, onde diversas instalações encontram-se em operação. Esta técnica visa reduzir a carga poluidora (sugestão: o aporte de nutrientes) do tributário de um reservatório por intermédio do processo de coagulação/floculação e flotação com ar insuflado, sendo o lodo gerado encaminhado para tratamento e disposição final em aterros. Nos ensaios de floculação seguidos por flotação realizados em amostras de água coletadas nos rios Tietê e Pinheiros foram observadas reduções de até 75% da DBO e até 92% de fosfato total.

No Programa Guarapiranga, foi instalada uma estação de remoção de nutrientes no Córrego Guaravirutuba, um dos mais poluídos e que, à época, concentrava – juntamente com a bacia do Córrego São José e Itupu – quase 50% da carga de

fósforo da bacia do Guarapiranga. A capacidade da estação do Guavirutuba é de 200l/s e foi implantada no próprio leito do rio. O modelo dessa estação (fotos), que emprega o processo de aplicação de produtos químicos para coagulação e floculação seguido de flotação por ar dissolvido, deverá ser replicado – senão em todos os casos – em parte das 12 estações propostas no Programa Mananciais.

As obras civis correspondem à construção de canais ao longo do leito do curso da água, possibilitando a redução da velocidade de fluxo superficial, de modo a aumentar o tempo de contato das águas com os produtos químicos, promovendo-se, em seguida, a retirada do lodo por flotação. Essa retirada é feita por captadores superficiais e o lodo concentrado é removido para posterior envio aos aterros sanitários municipais.

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Foto - Estação de Remoção de Nutrientes do Córrego Guavirutuba, durante a construção – Programa Guarapiranga

A Sabesp deverá, no âmbito do Programa, contratar os projetos e obras dos 12 empreendimentos aqui mencionados, os quais deverão ser detalhados com a finalidade de atender os requisitos de licenciamento ambiental e de analise pelo Banco Mundial.

- Impactos Negativos

Os principais impactos negativos referem-se à fase das obras civis, com reflexos sobre o córrego, sobre a qualidade ambiental e com possíveis transtornos à população do entorno imediato. Assim, entre os impactos, podem ser apontados:

Meio Físico-Biótico:

o Acúmulo de resíduos sólidos e efluentes do canteiro de obras, caso não sejam adequadamente coletados, com prejuízo à qualidade das águas e à paisagem;

o Assoreamento das porções de jusante, com o carreamento de sólidos durante as obras devido à movimentação de terra e solo;

o Poluição sonora e atmosférica (poeiras e particulados), em função da movimentação de terra, caminhões, máquinas e equipamentos pesados;

o Supressão de vegetação nas margens dos córregos e mudança da paisagem, para a implantação das estruturas civis;

o Durante a operação, risco de carreamento do lodo para os córregos, caso não sejam adequadamente acondicionados e transportados para os aterros ou locais de disposição final.

Meio Socioeconômico:

o Incômodo à população residente no entorno das obras, incluindo transtornos quanto à acessibilidade, conforto e convívio social;

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o Durante a operação, riscos de odor provocado pelo acúmulo e má disposição temporária do lodo gerado, caso este não seja adequadamente acondicionado;

o Aumento dos custos operacionais, devido à necessidade de aplicação de produtos químicos, transporte do lodo, energia elétrica, etc.

- Impactos Positivos

Os impactos positivos correspondem, em grande medida, à fase de operação das estruturas, quando, de fato, deverá ocorrer a retirada de cargas poluidoras dos córregos que contam com as intervenções. Incluem-se, entre os principais benefícios:

Meio Físico-Biótico:

o Redução significativa das cargas poluidoras dos córregos, diminuindo, com efeito, as cargas afluentes aos reservatórios, com reflexos e melhorias substantivas sobre a qualidade da água captada para fins de abastecimento público;

o Melhoria da qualidade ambiental e social das áreas situadas a jusante das estações de remoção de nutrientes;

o Redução da poluição visual, do odor e dos demais fatores degradadores dos recursos hídricos dessas áreas.

Meio Socioeconômico:

o Redução dos custos operacionais e com produtos químicos de controle de florações algais (algicidas – nos reservatórios - e demais produtos relacionados ao pré-tratamento das águas brutas, como a pré-cloração, carvão ativado em pó, permanganato de potássio, etc.);

o Geração de renda e empregos diretos e indiretos durante as obras, podendo estender os benefícios às pessoas das comunidades do entorno das obras;

o Melhoria das condições de salubridade humana e ambiental;

o Criação de alternativas para destinação adequada e controlada do lodo.

- Medidas Mitigadoras, Compensatórias ou de Potencialização

Entre as medidas mitigadoras propostas, incluem-se:

o Elaboração de estudos ambientais para o licenciamento das obras, incluindo programa ambiental da construção o qual disponha de procedimentos, normas e condições para a capacitação dos funcionários e empreiteiras;

o Elaboração de plano de destinação e gestão de resíduos sólidos gerados (lodo);

o Elaboração e aplicação de Manual Ambiental de Construção;

o Uso de equipamentos de proteção individual e demais procedimentos para garantia da segurança das obras e do manuseio dos produtos químicos e do lodo durante a operação das estações;

o Compensação das áreas sujeitas à supressão da vegetação, através de replantio e/ou recomposição paisagística;

o Elaboração de plano de atendimento a emergências e acidentes, durante as obras e para a operação das estações.;

o Monitoramento e fiscalização do andamento das obras e dos resultados da remoção dos nutrientes.

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Para a potencialização dos impactos positivos, recomenda-se a contratação – caso seja possível – de pessoal da própria comunidade, a fim de auferir benefícios à população local. Também deve fazer parte das estratégias da Sabesp, um programa de comunicação social e de orientação à comunidade, a fim de orientá-los sobre os benefícios das obras.

2.1.2. Implantação de Wetlands na Várzea do Rio Parelheiros / Itaim – Reversão do Taquacetuba, Sub-Bacia do Guarapiranga- Descrição da Intervenção

As wetlands são áreas úmidas, naturais ou artificialmente construídas, nas quais é desenvolvida uma intensa inter-relação entre solo, água, flora e fauna, constituindo um ecossistema capaz de modificar e controlar a qualidade da água. As wetlands construídas utilizam os princípios básicos das naturais, sendo projetadas para atingir as mesmas funções no ecossistema, podendo ser constituídas de vegetação emergente e flutuante, além de sistemas com processo de filtração ascendente ou descendente, através de camadas de solo. As wetlands podem ser utilizadas na redução das cargas afluentes aos reservatórios utilizados para o abastecimento público, controlando a poluição difusa, especialmente nos períodos chuvosos, e como tratamento terciário na remoção de nutrientes dos efluentes das estações de tratamento de esgotos.

Alguns impactos ambientais dessas obras são de difícil quantificação, tais como a alteração da comunidade bentônica do ambiente lótico para semi-lêntico, as quais, em princípio, podem sugerir ambiência favorável à retirada de cargas, mas, do ponto de vista ecológico, carecem de um estudo mais profundo, a ser veiculado quando da realização dos respectivos projetos.

A presente intervenção da Sabesp considera a implantação de uma dessas unidades na várzea natural do rio Parelheiros, com a finalidade de estudar a remoção e/ou abatimento de nutrientes proveniente dos rios Parelheiros, Itaim e da transposição do Braço Taquacetuba, através da operação de uma wetland piloto e, com isso, orientando a manutenção e/ou recomposição da várzea natural existente.

- Impactos Negativos

Os impactos negativos da implantação das wetlands, a exemplo da implantação das estações de remoção de nutrientes, serão decorrentes, em sua maioria, pela execução das obras, destacando-se:

Meio Físico-Biótico:

o Acúmulo de resíduos sólidos e efluentes do canteiro de obras, caso não sejam adequadamente coletados, com prejuízo à qualidade das águas e à paisagem;

o Assoreamento das porções de jusante, com o carreamento de sólidos durante as obras devido à movimentação de terra e solo;

o Poluição sonora e atmosférica (poeiras e particulados), em função da movimentação de terra, caminhões, máquinas e equipamentos pesados;

o Supressão de vegetação nas margens dos córregos Parelheiros e Itaim e mudança da paisagem.

Meio Socioeconômico:

o Incômodo à população residente no entorno das obras, incluindo transtornos quanto à acessibilidade, conforto e convívio social.

- Impactos Positivos

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Entre os principais benefícios da implantação dessa intervenção incluem-se:

Meio Físico-Biótico:

o Redução significativa das cargas poluidoras afluentes ao reservatório Guarapiranga, por conta da ação biológica e bioquímica da wetland implantada, com efeitos sobre a qualidade da água captada para fins de abastecimento público;

o Recuperação e restauração das funções ecológicas das áreas de várzeas, protegendo e assegurando a melhoria da qualidade ambiental;

o Criação de ambientes favoráveis para a manutenção da biodiversidade e das condições de sustentabilidade ambiental das várzeas, compatível com as condições de preservação das áreas de mananciais;

o Aumento do conhecimento técnico e científico acerca do papel das wetlands na melhoria da qualidade da água do Guarapiranga, em situações como as que ora se apresentam (reversão do Taquacetuba e urbanização da bacia).

Meio Socioeconômico:

o Redução dos custos operacionais e com produtos químicos de controle de florações algais (algicidas – nos reservatórios - e demais produtos relacionados ao pré-tratamento das águas brutas, como a pré-cloração, carvão ativado em pó, permanganato de potássio, etc.);

o Modificação dos usos atuais nas margens do reservatório, nas áreas das várzeas do Parelheiros/Itaim;

o Geração de renda e empregos diretos e indiretos durante as obras, podendo estender os benefícios às pessoas das comunidades do entorno das obras;

o Melhoria das condições de salubridade humana e ambiental.

- Medidas Mitigadoras, Compensatórias ou de Potencialização

As medidas mitigadoras e compensatórias propostas referem-se, basicamente, aos impactos verificados durante as obras, destacando-se:

o Elaboração de estudos ambientais para o licenciamento das obras, incluindo programa ambiental da construção o qual disponha de procedimentos, normas e condições para a capacitação dos funcionários e empreiteiras;

o Elaboração e aplicação de Manual Ambiental de Construção;

o uso de equipamentos de proteção individual e demais procedimentos para garantia da segurança das obras e operação da wetland;

o Elaboração de plano de atendimento a emergências e acidentes, durante as obras e para a operação da wetland;

o Monitoramento e fiscalização do andamento das obras e dos resultados.

Assim como no caso das estações de remoção de nutrientes, impactos positivos podem ser potencializados efetuando-se, quando possível, a contratação de pessoal da própria comunidade, a fim de alocar os benefícios diretos das obras à população local, veiculando, ainda, programas de comunicação social e de orientação à comunidade.

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2.1.3. Sistema de Retenção de Detritos na Captação da ETA Alto da Boa Vista – Reservatório Guarapiranga- Descrição da Intervenção

A presente intervenção tem por objetivo impedir a obstrução das grades dos túneis de captação na ETA Alto da Boa Vista (captação da represa do Guarapiranga), minimizando as paradas do sistema para manutenção, mediante a implantação de dispositivo que detenha a chegada de detritos.

A partir de estudo de caracterização de qualidade da água e sedimentos e batimetria fina na zona de captação, elaborado em 2006 pela empresa TRASNRIO, a Sabesp concluiu pela necessidade de contratação de projetos e obras para a retenção dos detritos, evitando tais paralisações não programadas ou emergenciais do sistema, originados pela perda de carga proveniente da obstrução das grades de proteção dos túneis de captação.

Desse modo, a Sabesp deverá efetuar a contratação dos projetos executivos e obras desse sistema ao longo do Programa, devendo – os mesmos – serem detalhados para atendimento dos requisitos de licenciamento ambiental e, também, para análise e aprovação do Banco Mundial segundo as normas e políticas de salvaguarda correspondentes.

- Impactos Negativos

Os principais impactos negativos previstos incluem:

Meio Socioeconômico:

o Acúmulo de resíduos sólidos e detritos após a sua retirada do sistema implantado, durante a operação, provocando mal cheiro e atraindo insetos e vetores, caso não acondicionado e transportado de modo adequado;

o Riscos de acidentes durante a implantação e operação do sistema.

- Impactos Positivos

Meio Físico-Biótico:

o Atração de elementos da fauna nas formações pioneiras de várzea;

o Recomposição e/ou atração de espécies íctias devido a mudanças na dinâmica dos ecossistemas, pela formação das várzeas.

Meio Socioeconômico:

o Redução e/ou eliminação das paralisações não previstas ou emergenciais do sistema de captação da ETA Alto da Boa Vista, na sub-bacia do Guarapiranga, melhorando a regularidade do sistema e qualidade dos serviços da Sabesp à população;

o Melhoria das condições operacionais;

o Otimização dos processos subseqüentes à captação, tais como o pré-tratamento (pré-cloração, carvão ativado em pó, permanganato de potássio).

- Medidas Mitigadoras, Compensatórias ou de Potencialização

Para os impactos negativos verificados, são propostas as seguintes medidas mitigadoras:

o Elaboração de estudos ambientais para avaliação dos impactos das obras;

o Elaboração de plano de destinação e gestão dos detritos e resíduos sólidos retirados no sistema implantado;

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o Elaboração e aplicação de Manual Ambiental de Construção;

o Uso de equipamentos de proteção individual e demais procedimentos para garantia da segurança das instalações e para a operação dos sistema de remoção de detritos;

o Elaboração de plano de atendimento a emergências e acidentes, durante as obras e para a operação dos sistema;

o Monitoramento e fiscalização do andamento das obras e dos resultados.

Pode-se potencializar os efeitos positivos alcançados através da mensuração dos resultados operacionais no sentido de replicar tal experiência nas demais captações da Sabesp, observada a relação custo-benefício financeira e ambiental. Também seria desejável acompanhar e registrar o incremento da fauna, no sentido de auferir os benefícios de tal intervenção.

2.1.4. Desassoreamento da Isolina Superior (Cotia) e do Paiva Castro (Cantareira)- Descrição da Intervenção

As obras de desassoreamento serão realizadas em duas sub-bacias: nos reservatórios Isolina Superior e Inferior, na sub-bacia do rio Cotia; e no reservatório Paiva Castro, na sub-bacia Juqueri-Cantareira.

As obras de desassoreamento no rio Cotia, no Isolina Inferior e Superior, serão destinadas a assegurar melhorias operacionais na captação e, também, garantir a produção de 1,0 m3/s de água para abastecimento público de mais de 200.000 pessoas nesta sub-bacia. Essa obra é considerada fundamental pela Sabesp para a melhoria da qualidade e quantidade de água disponível para captação.

Da mesma forma, para o caso do reservatório Paiva Castro, as obras de desassoreamento devem melhorar as condições para o abastecimento público no sistema Cantareira, sendo, igualmente, essencial para a manutenção do sistema e da qualidade da produção de água.

A Sabesp prevê o monitoramento da qualidade das águas do Paiva Castro através de um índice – o IGQ: Índice Geral de Qualidade - aplicado no efluente da barragem e na entrada da ESI - Estação Elevatória Santa Inês, visando manter e possibilitar melhorias na qualidade dos 33 m3/s que passam pela ESI.

Para o desassoreamento de ambas as áreas ainda não se dispõe de estudos de concepção e viabilidade técnica ou de projetos de engenharia, de modo que a Sabesp deverá contratá-los no âmbito do Programa. O desenvolvimento destes estudos e projetos deverá subsidiar o processo de licenciamento ambiental e, também, as análises do Banco Mundial.

- Impactos Negativos

São impactos previstos nesta intervenção:

Meio Físico-Biótico:

o Interferência à fauna aquática (peixes e organismos bentônicos) pela retirada dos sedimentos de fundo dos reservatórios Isolina e Paiva Castro;

o Aumento temporário dos sólidos em suspensão e revolvimento da matéria orgânica, decorrente da movimentação dos sedimentos de fundo durante a realização do desassoreamento, com prejuízos à qualidade das águas;

o Geração e acúmulo de resíduos sólidos decorrentes da retirada dos sedimentos do fundo dos reservatórios, causando odor desagradável e atraindo insetos e vetores,

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caso não sejam adequadamente coletados e transportados (possibilitando, inclusive, carreamento e retorno aos reservatórios).

Meio Socioeconômico:

o Incômodo e/ou transtornos temporários às atividades de pesca, recreação e lazer e demais usos nas áreas do reservatório Paiva Castro e Isolina (este último, em menor intensidade);

o Incômodo à população residente no entorno das obras, incluindo transtornos quanto à acessibilidade, conforto e convívio social.

- Impactos Positivos

Figuram entre os principais impactos positivos os seguintes:

Meio Físico-Biótico:

o Melhoria das condições físicas, hidrológicas e hidrodinâmicas dos reservatórios, propiciando a melhoria das condições operacionais e ampliando a capacidade de produção de água nas sub-bacias do Cotia e do Juqueri-Cantareira;

o Retirada dos sedimentos inertes e/ou resíduos orgânicos prejudiciais à captação de água e ao equilíbrio ambiental nesses reservatórios.

Meio Socioeconômico:

o Garantia de produção de água para atendimento a 200.000 pessoas na sub-bacia do Cotia e 8,8 milhões de pessoas abastecidas pelas águas produzidas no sistema Cantareira, onde se encontra a represa do Paiva Castro;

o Melhoria das condições operacionais na produção de água;

o Geração de renda e empregos diretos e indiretos durante as obras e serviços de desassoreamento.

- Medidas Mitigadoras, Compensatórias ou de Potencialização

Propõem-se como medidas mitigadoras e compensatórias aos impactos verificados durante as obras de desassoreamento o seguinte:

o Intensificação da sistemática de monitoramento da qualidade das águas dos reservatórios, permitindo correção de problemas e/ou interferências na qualidade das águas captadas durante os serviços de desassoreamento;

o Estudo prévio das condições biológicas dessas áreas, mediante amostragem, para retirada de espécimes de relevância biológica, conforme o caso;

o Elaboração e implementação de plano de gestão de resíduos sólidos durante as obras;

o Elaboração de estudos ambientais para o licenciamento das obras, incluindo procedimentos, normas e condições para a capacitação dos funcionários e empreiteiras;

o Elaboração e aplicação de Manual Ambiental de Construção;

o Uso de equipamentos de proteção individual e demais procedimentos para garantia da segurança das obras e serviços de desassoreamento;

o Elaboração de plano de atendimento a emergências e acidentes, durante as obras e para a operação da wetland.;

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o Monitoramento e fiscalização do andamento das obras e dos resultados.

Sugere-se, para a potencialização dos efeitos positivos dos serviços de desassoreamento, quando possível, a contratação de pessoal das comunidades próximas às obras, a fim de alocar os benefícios diretos das obras à população local. Também pode ser viabilizada a exposição do material coletado durante as obras, como forma de conscientização e educação ambiental.

2.1.5. Implantação de Infra-estrutura para Aplicação de Algicidas no Reservatório Paiva Castro- Descrição da Intervenção

Esta intervenção tem como objetivo aparelhar o Sistema Cantareira, neste caso o reservatório Paiva Castro, com infra-estrutura apropriada para a atividade de aplicação de Algicidas. Desse modo, as obras contemplam a construção e implantação de instalações de manuseio de algicidas (recebimento, estoque e transferência) e atracamento de embarcação (rampa, ancoradouro), possibilitando o desenvolvimento adequado da atividade de aplicação de algicidas no Reservatório Paiva Castro.

A Sabesp deverá, no âmbito do Programa, contratar os projetos e obras aqui enunciados, os quais deverão ser detalhados com a finalidade de atender os requisitos de licenciamento ambiental e de analise pelo Banco Mundial.

- Impactos Negativos

Os impactos negativos, assim como as obras civis anteriormente mencionadas, referem-se principalmente à fase de construção das instalações, incluindo:

Meio Físico-Biótico:

o Acúmulo de resíduos sólidos e efluentes do canteiro de obras, caso não sejam adequadamente coletados, com prejuízo à qualidade das águas e à paisagem;

o Assoreamento das porções de jusante, com o carreamento de sólidos durante as obras devido à movimentação de terra e solo;

o Poluição sonora e atmosférica (poeiras e particulados), em função da movimentação de terra, caminhões, máquinas e equipamentos pesados.

Meio Socioeconômico:

o Incômodo à população residente no entorno das obras, incluindo transtornos quanto à acessibilidade, conforto e convívio social.

- Impactos Positivos

Os impactos positivos correspondem, em grande medida, à otimização operacional na aplicação de algicidas, incluindo:

Meio Físico-Biótico:

o Melhores condições de controle dos blooms algais, a partir da melhoria das condições de aplicação de algicidas.

Meio Socioeconômico:

o Otimização operacional na aplicação de algicidas no reservatório Paiva Castro, com melhorias nas condições de produção e captação de água;

o Redução dos riscos de acidentes e melhoria das condições de salubridade;

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o Geração de renda e empregos diretos e indiretos durante as obras, podendo estender os benefícios às pessoas das comunidades do entorno das obras.

- Medidas Mitigadoras, Compensatórias ou de Potencialização

Entre as medidas mitigadoras propostas, incluem-se:

o Elaboração de estudos ambientais para o licenciamento das obras, incluindo programa ambiental da construção o qual disponha de procedimentos, normas e condições para a capacitação dos funcionários e empreiteiras;

o Elaboração e aplicação de Manual Ambiental de Construção;

o Uso de equipamentos de proteção individual e demais procedimentos para garantia da segurança das obras;

o Elaboração de plano de atendimento a emergências e acidentes, durante as obras e para a operação do sistema de aplicação de algicidas;

o Monitoramento do andamento das obras e dos resultados da aplicação de algicidas.

Para a potencialização dos impactos positivos, recomenda-se a contratação – caso seja possível – de pessoal da própria comunidade, além de um programa de treinamento e capacitação de pessoal para uso das instalações, plano de emergências e orientação à comunidade.

2.1.6. Implantação de Parques no Entorno dos Reservatórios Paiva Castro (Sistema Cantareira) e Isolina (Sistema Cotia)- Descrição da Intervenção

A Sabesp pretende, com a implantação de dois parques (um na sub-bacia do Baixo Cotia – Isolina e outro na sub-bacia do Juqueri-Cantareira – Parque Linear do Paiva Castro), disciplinar o uso das áreas de propriedade da Sabesp no entorno dos reservatórios, visando a preservação quali/quantitativa dos mananciais e do patrimônio da empresa.

Ambas as obras já tem os respectivos Termos de Referência elaborados, com previsão de contratação do projeto em 2007, sendo que a intervenção no Paiva Castro já se encontra em fase de licitação.

Figura 2.01 – Reservatório Paiva Castro

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 14: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Paiva CastroPaiva Castro

- Impactos Negativos

São impactos negativos dessas obras:

Meio Físico-Biótico:

o Acúmulo de resíduos sólidos e efluentes do canteiro de obras, caso não sejam adequadamente coletados, com prejuízo à qualidade das águas e à paisagem;

o Assoreamento das porções de jusante, com o carreamento de sólidos durante as obras devido à movimentação de terra e solo;

o Poluição sonora e atmosférica (poeiras e particulados), em função da movimentação de terra, caminhões, máquinas e equipamentos pesados;

o Supressão de vegetação e mudança da paisagem, para a implantação das estruturas civis.

Meio Socioeconômico:

o Incômodo à população residente no entorno das obras, incluindo transtornos quanto à acessibilidade, conforto e convívio social.

- Impactos Positivos

Incluem-se entre os impactos positivos:

Meio Físico-Biótico:

o Melhoria das condições ambientais e estético-paisagísticas, contribuindo para a atração da fauna (sobretudo avifauna) e para o lazer contemplativo, compatível com a vocação das áreas de mananciais;

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Page 15: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

o Redução e/ou eliminação de processos de degradação ambiental (erosão, poluição, etc.).

Meio Socioeconômico:

o Melhoria do usos e ocupação do solo e das opções de recreação e convívio social, melhorando as condições de salubridade humana e ambiental;

o Geração de renda e empregos diretos e indiretos durante as obras, podendo estender os benefícios às pessoas das comunidades do entorno das obras.

- Medidas Mitigadoras, Compensatórias ou de Potencialização

Entre as medidas mitigadoras propostas, incluem-se:

o Elaboração de estudos ambientais para o licenciamento das obras, incluindo programa ambiental da construção o qual disponha de procedimentos, normas e condições para a capacitação dos funcionários e empreiteiras;

o Elaboração de plano de destinação e gestão de resíduos sólidos gerados durante as obras;

o Elaboração e aplicação de Manual Ambiental de Construção;

o Uso de equipamentos de proteção individual e demais procedimentos para garantia da segurança das obras;

o Compensação das áreas sujeitas à supressão da vegetação, através de replantio e/ou recomposição paisagística;

o Elaboração de plano de atendimento a emergências e acidentes, durante as obras e para a operação e sustentabilidade das unidades;

o Monitoramento e fiscalização do andamento das obras e dos resultados.

Os efeitos positivos das obras poderão ser potencializados caso haja a contratação – caso seja possível – de pessoal da própria comunidade, além da promoção de atividades de educação ambiental e conscientização, parcerias comunitárias e com ONGs capacitadas a ampliar e perenizar os benefícios dessas unidades.

2.1.7. Implantação de Módulos Tubulares nos Decantadores, Remoção de Lodo das ETAs; Estocagem de Cal e Sistemas de Recuperação de Águas de Lavagem- Descrição da Intervenção

As intervenções abaixo descritas referem-se a melhorias nas Estações de Tratamento de Água, com a finalidade de aperfeiçoar os processos de tratamento, evitar intermitências e interrupções no processo de distribuição e, com efeito, aumentar a qualidade dos serviços prestados pela Sabesp. Conforme já comentado, a sofisticação das tecnologias empregadas em estações de tratamento de água visa não apenas aprimorar o tratamento de água bruta de má qualidade, mas, acima de tudo, garantir o fornecimento contínuo de água de qualidade à população, tendo como referência padrões internacionais de potabilidade. A perspectiva sistêmica impressa no conjunto de ações da Sabesp, incluindo ações complementares na bacia, nos corpos d’água e nas ETAs, preconiza uma abordagem integrada do sistema, tendência esta observada em todo o mundo.

• Módulos Tubulares nos Decantadores

Implantação de módulos tubulares nos 8 decantadores da ETA Alto da Boa Vista - ABV, com a finalidade de absorver variações de vazão e qualidade de água bruta, melhorando o processo de sedimentação com a adequação de decantadores convencionais para

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Page 16: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

decantadores de alta taxa. Numa primeira etapa atuar-se-á nos decantadores 1 e 2; numa segunda etapa, os decantadores 3, 4 e 5; e, por fim, numa terceira etapa com os decantadores 6, 7 e 8. Esta ação visa manter os níveis de turbidez da água decantada menor ou igual a 0,8 NTU, para vazão de 16 m³/s.

Este empreendimento já possui projeto básico, de forma que a Sabesp está contratando o projeto executivo e as obras no âmbito do Programa Mananciais. Essas ações – e seus respectivos detalhamentos - integrarão os procedimentos de licenciamento ambiental e de análise do Banco Mundial, em fases posteriores.

• Remoção Contínua, Tratamento e Remoção Final de Lodos nos Decantadores (Guarapiranga, Alto Tietê e Baixo Cotia).

Estas obras têm como objetivo dotar os decantadores de sistema mecanizado de remoção contínua de lodo, com o objetivo de prolongar o tempo de operação dos decantadores e minimizar o volume de água gasto com lavagens. Está prevista pela Sabesp:

a) Instalação de removedores mecânicos de lodo nos 8 decantadores da ETA ABV, cujas obras estão associadas à implantação de módulos tubulares nos decantadores da mesma ETA, conforme descrição no item anterior. No caso da ETA-ABV, prevê-se reduzir a freqüência de lavagem de mensal para semestral, com redução do volume gasto com água de lavagem de 150.000 para 30.000 m³/mês. Esta ação, assim como no caso anterior, possui projeto básico, sendo contratados o projeto executivo e a obra no âmbito do Programa Mananciais;

b) Implantação de sistema para remoção, tratamento e destinação final de efluentes na ETA Casa Grande. Os decantadores da ETA não são dotados de removedores mecânicos obrigando a sobrecarga dos outros decantadores para lavagem manual de decantador, além do fato desses resíduos serem dispostos inadequadamente. A Sabesp estará contratando, no âmbito do Programa Mananciais, os estudos de concepção, projetos executivos e obras, devendo, estes, fazerem parte dos processos de licenciamento ambiental e análise do BIRD;

c) Implantação de sistema de remoção contínua de lodo para a ETA Baixo Cotia. A situação de contratação dos estudos de concepção, projetos e obras é idêntica ao caso anterior.

• Recebimento, estocagem e extinção de cal (Alto Tietê)

A ETA Casa Grande possui um sistema de extinção de cal precário, e devido a sazonalidade da qualidade de água bruta, em períodos chuvosos há um aumento significativo da cor da água bruta demandando mais produtos químicos e, em conseqüência, mais cal, ocasionando sérios transtornos operacionais e reduzindo significativamente a confiabilidade operacional. O sistema atual também torna inviável a automação do processo.

Desse modo, prevê-se a implantação de sistema de recebimento, estocagem e extinção de cal na ETA Casa Grande, possibilitando melhorias no sistema e permitindo a automação. O projeto visa adequar o sistema de cal para proporcionar maior autonomia da ETA.

A Sabesp contratará o projeto executivo o qual deverá detalhar a instalação do sistema de recebimento, estocagem e extinção de cal, inclusive especificações técnicas, memoriais descritivos, listas de materiais, memórias de cálculo e pacote técnico para contratação da obra, devendo, estes, fazerem parte dos processos de licenciamento ambiental e análise do BIRD.

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Page 17: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

• Recuperação de água de lavagem (Sub-Bacias do Alto Tietê e Alto Cotia)

As ações incluem a implantação de Sistema de Recuperação de Água de Lavagem dos Filtros (SRAL) da ETA Casa Grande (sub-bacia do Alto Tietê-Cabeceiras) e da ETA Alto Cotia (Sub-Bacia do Cotia), fazendo com que a água utilizada para lavagem passe por parte do tratamento e por razões econômicas e ambientais retorne ao processo, reduzindo as perdas.

Os projetos executivos e as obras serão contratados no âmbito do Programa, tal qual os casos anteriores.

• Disposição de água de lavagem (ETA Baixo Cotia)

As ações prevêem a elaboração de projeto básico e executivo (especificações técnicas, memoriais descritivos, listas de materiais, memórias de cálculo e pacote técnico para contratação das obras) e a própria implantação das obras para a disposição do efluente gerado na ETA Baixo Cotia.

As obras incluem a implantação de sistema para disposição de água de lavagem dos filtros e lodo conforme projeto executivo e especificações técnicas, destinando a água de lavagem de filtros e o lodo dos decantadores para tratamento e disposição mais adequada, do ponto de vista técnico e econômico. A Sabesp organizou as obras em duas fases, a saber: (i) Fase 01 - sistema adequado para disposição da água de lavagem de filtros; (ii) Fase 02 - disposição do lodo da ETA Baixo Cotia.

- Impactos Negativos

Os principais impactos negativos das obras de melhorias nas ETAs da Sabesp incluem as seguintes:

Meio Físico-Biótico:

o Exposição e carreamento de solo, com assoreamento ou obstrução dos canais de drenagem natural, em decorrência das obras;

o Poeiras e particulados e piora da qualidade do ar local durante as obras (sobretudo nas obras de esticagem e manuseio da cal).

Meio Socioeconômico:

o Ocorrência de paralisações e intermitência no abastecimento durante a fase de obras nas ETAs;

o Ocorrência de acidentes;

o Aumento dos ruídos e/ou vibrações provocadas pelas máquinas e equipamentos durante as obras, com provável incômodo às propriedades vizinhas decorrente do acesso de veículos de serviço;

- Impactos Positivos

Meio Físico-Biótico:

o Melhoria da qualidade ambiental, pela redução do volume de lodo e efluentes destinados de forma inadequada;

o Otimização do processo de captação de água bruta, a partir da recirculação das águas de lavagem, propiciando melhor utilização dos recursos hídricos e assegurando maior controle da disponibilidade e da qualidade hídricas para fins de tratamento e abastecimento público.

Meio Socioeconômico:

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Page 18: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

o Melhoria das condições de oferta de água tratada para as regiões atendidas pelas ETAs ABV, Casa Grande, Alto e Baixo Cotia, com maior eficiência de operação e garantia de abastecimento;

o Destinação adequada dos efluentes, lodos e demais resíduos das ETAs;

o Geração de renda e novos postos de trabalho em função das obras;

o Melhoria do abastecimento e dos indicadores de saúde pública;

- Medidas Mitigadoras, Compensatórias ou de Potencialização

Sendo bastante relacionáveis às obras civis, as medidas mitigadoras propostas destacam:

o Informação aos consumidores quanto aos períodos de paralisação dos sistemas, em atenção aos procedimentos de comunicação social já praticados pela Sabesp;

o Elaboração de estudos ambientais para o licenciamento das obras, incluindo programa ambiental da construção o qual disponha de procedimentos, normas e condições para a capacitação dos funcionários e empreiteiras;

o Elaboração de plano de destinação e gestão de resíduos sólidos gerados (lodo) e disposição de efluentes das ETAs;

o Elaboração e aplicação de Manual Ambiental de Construção;

o Uso de equipamentos de proteção individual e demais procedimentos para garantia da segurança das obras e do manuseio da cal e do lodo durante a operação das estações;

o Elaboração de plano de atendimento a emergências e acidentes, durante as obras e para a operação das ETAs;

o Monitoramento e fiscalização do andamento das obras e dos resultados.

Para a potencialização dos impactos positivos, recomenda-se a contratação – caso seja possível – de pessoal da própria comunidade, e a execução de programas e ações de comunicação social e educação ambiental junto à comunidade usuária.

2.1.8. Expansão dos Sistemas de Esgoto (Redes, Coletores, etc.), Ampliação da ETE Mairiporã e Melhoria Operacional (Eliminação de Extravasamentos, etc)- Descrição da Intervenção

Foram analisados os sistemas existentes quanto à eficiência no afastamento de poluentes domésticos e industriais das águas dos mananciais, bem como identificadas e quantificadas as ações prioritárias a serem desenvolvidas para a ampliação e melhoria dos serviços de atendimento com sistemas de esgotos sanitários, considerando-se os seguintes aspectos: impacto na qualidade da água; prioridade para viabilizar a extensão de cobertura de rede; interferência ou articulação com as ações de estruturação e recuperação urbana; articulação com outros programas de sistemas de esgotos; otimização de investimentos já realizados e utilização de projetos existentes.

Foi considerada pela Sabesp a sistematização de uma estratégia para manter ou melhorar a eficiência operacional e comercial dos sistemas de esgotos na área de atuação do Programa, com o objetivo de garantir padrões ambientais adequados e assegurar uma receita compatível com a projetada, avaliando-se a eficiência dos sistemas de esgotos implantados e em operação nas áreas das sub-bacias constantes do Programa.

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Devido à grande concentração urbana e à qualidade de água dos corpos d’água das bacias Guarapiranga e Billings, foram priorizadas intervenções nessas áreas, visando promover o encaminhamento das redes coletoras, coletores-tronco e a implantação das estações elevatórias de esgotos necessárias para destinação final adequada dos esgotos dessas bacias. Através de projetos e obras de novos sistemas de esgotos, serão complementados os índices de atendimento, diminuindo assim o aporte de cargas em tais reservatórios. Tal estratégia também considerou a otimização das intervenções frente à integração com as obras já em processo de implantação no âmbito do Projeto de Despoluição do Rio Tietê, que está implantando uma série de ações (coletores tronco, interceptores, estações elevatórias de esgoto, etc.) ao longo, principalmente, das sub-bacias Guarapiranga e Billings. Também será feito o levantamento do sistema de esgoto existente, verificando capacidade e situação de cada componente, elencando as ações necessárias para o bom funcionamento deste sistema com as ampliações planejadas. Foram estudados diversos componentes do sistema de esgoto existente levantando suas capacidades nominais, as demandas das regiões atendidas e levantados os pontos onde serão necessárias intervenções.

As Figuras seguintes ilustram as ações de implantação de estações elevatórias de esgoto e ETEs, as quais foram executadas no âmbito do Programa Guarapiranga pela Sabesp.

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Figura 2.02 – Implantação de Estações Elevatórias e ETEs no Programa Guarapiranga

Tais intervenções acontecerão nos municípios de São Paulo, Embu, Embu Guaçu e Itapecerica da Serra, drenantes à represa Guarapiranga, e nos municípios de São Paulo, São Bernardo do Campo, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, contribuintes à represa Billings.

Este conjunto de obras prevê a expansão dos sistemas de esgotamento sanitário e a melhoria e otimização das estruturas existentes, incluindo intervenções de rede coletora; coletor tronco; emissário de recalque; estações elevatórias de esgotos; e ligações prediais.

No âmbito das melhorias operacionais, prevê-se o aumento do número de moto bombas e/ou sua substituição, otimização operacional do sistema, eliminação de pontos de extravasamentos, etc. conforme descrito nos itens seguintes.

Execução de Obras de Ampliação da Estação Elevatória de Esgoto EEE Guarapiranga, Coletor Tronco Robert Kennedy e Linha de Recalque - município de São Paulo: abrange a melhoria e a otimização das estruturas pré-existentes, através de obras para aumento da capacidade do sistema, incluindo: ampliação da estação elevatória de esgoto EEE Guarapiranga, o remanejamento e a ampliação do coletor tronco junto a avenida Robert Kennedy e a execução de projeto executivo para o novo trecho de linha de recalque. A estimativa de população atendida é de cerca de 336.600 habitantes, o que corresponde a uma carga estimada interceptada de cerca de 18.176 kgDBO/dia. Quanto ao volume físico das obras, estão previstas melhorias na EEE Guarapiranga com capacidade de vazão de 636 l/s; 6 km de extensão de coletor tronco e 640 m de extensão de linha de recalque.

Execução de obras de expansão dos sistemas de esgotamento (coletores, redes, ligações, EEE's e linhas de recalque) e melhorias e otimização de estruturas pré-existentes na bacia Guarapiranga - margem direita - município de São Paulo: Abrange a expansão dos sistemas de esgotamento sanitário e a melhoria e otimização das estruturas pré-existentes, incluindo: rede coletora; coletor tronco; emissário de recalque; estações elevatórias de esgotos; e ligações prediais. A população a ser atendida é de cerca de 134.164 habitantes, o que corresponde a uma carga estimada interceptada de cerca de 7.245 kgDBO/dia. Quanto a volume físico das obras, tem-se:

Jardim Progresso: 4,601 km de rede coletora em tubos cerâmicos, no diâmetro de 200 mm, servindo a 409 unidades de ligações domiciliares de esgotos de diâmetro de 100 m; estação elevatória de esgoto-Jardim Progresso com conjunto moto-bomba 1+1reserva e vazão de cada bomba

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de 8,00 l/s (28,80 m³/h), localizada na rua Sônia, a cerca de 70m da estrada Engenheiro Marcilac; emissário de recalque EMR-2 Jardim Progresso com extensão de 390 m, Ø 100 mm fofo dúctil e altura manométrica total de 47,13 m.c.a., tem início na elevatória, segue pela rua Sônia até a estrada Engenheiro Marsilac, continua pela rua marginal a esta estrada e termina no poço de visita da rede coletora do bairro Vila Rochel, localizado na esquina com a rua Catarina Andras.

Chácara São Silvestre: 2,226 km de rede coletora em tubos cerâmicos, no diâmetro de 200 mm, servindo a 137 unidades de ligações domiciliares de esgotos de diâmetro de 100 mm.

Jd. Aruã: 2,113 km de rede coletora em tubos cerâmicos, no diâmetro de 200 mm, servindo a 168 unidades de ligações domiciliares de esgotos de diâmetro de 100 mm.

Jd. Almeida: 4.074,48 m de rede coletora no diâmetro 200 mm; estação elevatória de esgoto-Jd.Almeida, com conjunto moto-bomba 1+1reserva e vazão desejada de cada bomba de 4,0 l/s (14,40 m³/h); emissário de recalque EMR-Jd.Almeida, com extensão de 275 m, Ø 100 mm fofo dúctil; e cerca de 327 unidades domiciliares. A Estação Elevatória de Esgotos do Jardim Almeida é ponto de esgotamento final da denominada “Sub-bacia B” do bairro. A elevatória será locada à rua Piraju.

Obras de Adequação de Elevatórias:

Implantação da nova EEE-Herplin (2+1) vazão de 105,6 l/s e altura de 61,3 mca e potencia de 100 hp, substituição do emissário de recalque EMR-Herplin existente para diâmetro da tubulação de 350 mm e extensão de 1.563,58 m em ferro dúctil, que conduzirá os efluentes sanitários da nova EEE - Herplin até a caixa receptora à montante do Emissário em Conduto Forçado Teotônio e implantação de rede coletora de esgotos e coletor tronco na sub-bacia E.

EEE - Teotônio I e execução da tubulação de recalque do EMR Teotônio I (Ø 350mm): substituição dos conjuntos moto-bomba e implantação do sistema de instrumentação e adequações nas instalações elétricas da EEE-Teotônio I existente e substituição do emissário de recalque EMR-Teotônio I com diâmetro da tubulação existente de 250 mm por outro de 350 mm e extensão de 574,56 m em ferro dúctil, que conduzirá os efluentes sanitários da EEE - Teotônio I até o PV inicial do novo coletor-tronco da bacia GP-02R. Na segunda etapa, a EEE Teotônio I deverá ser construída em outro terreno para abrigar conjunto moto-bomba (2+1) p/ 172,58 l/s, potencia 120 hp e altura de 41,7 mca.

EMR-SÃO RAFAEL: substituição do emissário de recalque São Rafael com diâmetro da tubulação existente de 100 mm por outro de 150 mm e extensão de 635,0 m em ferro dúctil, e a implantação do sistema de instrumentação e adequações nas instalações elétricas da Estação Elevatória de Esgotos EEE-São Rafael existente.

Ampliação da EEE-Teotônio II e substituição EMR Teotônio II: na primeira etapa, a substituição dos conjuntos moto-bombas e a implantação do sistema de instrumentação e adequações nas instalações elétricas da Estação Elevatória de Esgotos EEE-Teotônio II existente e implantação do novo EMR - Teotônio II com 350 mm de diâmetro e 715,5 m de extensão, que terá a função de conduzir os efluentes sanitários da EEE-Teotônio II

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até a caixa de transição do emissário em conduto forçado por gravidade. Na segunda etapa, será implantada nova EEE Teotônio II composta pelo conjunto moto-bomba (2+1) aproveitados da EEE existente.

EEE São José: Em primeira etapa será necessário somente a readequação do sistema de automação dos dois conjuntos elevatórios da estação elevatória de esgotos EEE São José para que o sistema atenda até o horizonte de 2015. Para a segunda etapa recomenda-se a substituição dos conjuntos moto-bomba existentes por outros com 22,22 l/s de vazão, potencia de 50 hp e altura de 48,4 mca.

Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) e Melhoria e Otimização das Estruturas Pré-Existentes na Bacia Guarapiranga - Margem Esquerda - município de São Paulo: Abrange, igualmente, a expansão dos sistemas de esgotamento sanitário e a melhoria e otimização das estruturas pré-existentes, incluindo: rede coletora; coletor tronco; emissário de recalque; estações elevatórias de esgotos; e ligações prediais. Estima-se a população atendida em de cerca de 153.616 habitantes, o que corresponde a uma carga estimada interceptada de 8.295 kgDBO/dia. Quanto a volume físico das obras, tem-se:

Loteamento Três Marias: 1.395,91 m de rede coletora no diâmetro 200 mm; e cerca de 151 unidades domiciliares.

Chácara Santa Maria: 7,41 km de rede coletora em tubos cerâmicos, nos diâmetros de 200 mm, a qual esgota para o Coletor Tronco Valo Velho; 1,95 km de coletor tronco (CT Valo Velho), 300 mm, o qual deverá transportar os esgotos de Chácara Santa Maria para o PV-7 do Coletor Tronco Embu Mirim V, cujo projeto executivo foi elaborado pela empresa AMS Savelli; e 881 unidades de ligações domiciliares de esgotos de diâmetro de 100 mm.

Obras de Adequação de Elevatórias:

Implantação da nova EEE-Riviera A e implantação do emissário de recalque de reforço EMR-Riviera A com diâmetro da tubulação de 800 mm e extensão de 454,96 m em ferro dúctil, que conduzirá os efluentes sanitários da EEE - Riviera A até PV de montante do Coletor Tronco do córrego Itupu. A nova EEE Riviera A será composta de um esquema de 4 conjuntos moto-bomba (3+1) com vazão de recalque de 300 l/s, altura manométrica de 36,20 mca e potência de cada motor de 270 HP. A EEE Riviera existente receberá mais um conjunto moto-bomba permitindo um esquema (2+1) onde o novo conjunto tem as mesmas características dos atuais, ou seja, vazão de recalque de 220 l/s, altura manométrica de 36,9 mca e potência da bomba de 180 HP, mantendo-se o mesmo EMR de 500 mm.

Implantação da nova EEE - Talamanca A e implantação do emissário de recalque de reforço EMR-Talamanca A com diâmetro da tubulação de 800 mm e extensão de 878,69 m em ferro dúctil, que conduzirá os efluentes sanitários da EEE - Talamanca A até o PV de montante do coletor-tronco da Bacia Ponte Baixa, localizado entre a Rua Hercília Gonçalves dos Santos e Estrada do Guarapiranga. A nova EEE Talamanca A será composta de um esquema de 3 conjuntos moto-bomba (2+1) com vazão de recalque de 360 l/s cada. A EEE Talamanca existente receberá mais um conjunto moto-bomba permitindo um esquema (3+1) onde o novo

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conjunto tem as mesmas características dos atuais, ou seja, vazão de recalque de 190 l/s, altura manométrica de 60 mca e potência da bomba de 250 HP, mantendo-se o mesmo EMR de 600 mm.

Implantação da nova EEE - Solange A e implantação do emissário de recalque de reforço EMR-Solange A com diâmetro da tubulação de 700 mm e extensão de 926,40 m em ferro dúctil, que conduzirá os efluentes sanitários da EEE - Solange A até PV de montante do Coletor Tronco do córrego Itupu. A nova EEE Solange A será composta de um esquema de 4 conjuntos moto-bomba (3+1) com vazão de recalque de 166,67 l/s, altura manométrica de 47,70 mca e potência de cada motor de 200 HP. A EEE Solange existente receberá mais um conjunto moto-bomba permitindo um esquema (2+1) onde o novo conjunto tem as mesmas características dos atuais, ou seja, vazão de recalque de 145 l/s, altura manométrica de 45,4 mca e potência da bomba de 160 HP, mantendo-se o mesmo EMR de 400 mm.

Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) na Bacia do Guarapiranga - municípios de Itapecerica da Serra e Embu das Artes: abrange a expansão dos sistemas de esgotamento sanitário, com: rede coletora; coletor tronco; emissário de recalque; estações elevatórias de esgotos; e ligações prediais. Pretende-se atender cerca de 3.064 habitantes, o que corresponde a uma carga estimada interceptada de 165 kgDBO/dia. Quanto a volume físico das obras, tem-se: 10.058 m de rede coletora, 4.030 m de coletor tronco, 870 m de linha de recalque, 766 ligações domiciliares.

Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque ) na Bacia do Guarapiranga ( Mombaça e Crispim ) - municípios de Itapecerica da Serra e Embu Guaçu : abrange a expansão dos sistemas de esgotamento sanitário, com: rede coletora; coletor tronco; emissário de recalque; estações elevatórias de esgotos; e ligações prediais. Estimativa de população atendida (início de plano) de cerca de 45.528 habitantes, o que corresponde a uma carga estimada interceptada de 2.459 kgDBO/dia. Quanto ao volume físico das obras, tem-se:

Mombaça: 13.776 m de rede coletora, Ø 200 mm em tubo MBV; 2.572,35 m de coletor tronco Mombaça I, de Ø 200 e 300 mm em PVC e correspondente Ramal do CT o qual apresenta 271,50 m de extensão e Ø de 200 mm em PVC; 1.225,50 m de Coletor Tronco Itararé, de Ø 200 mm em PVC; 2.607,02 m de Coletor Tronco Vale da União, de Ø 200 e 300 mm em PVC; 609,01 m de Coletor Tronco Mombaça II, de Ø 200 e 300 mm em PVC; Estação Elevatória de Esgoto-EEE12 (Mombaça) com conjunto moto-bomba 1+1reserva (motores: 4 pólos; Freqüência de 60 Hz; Potência nominal: 35 kw), vazão de primeira etapa (2005) de 24,70 l/s e AMT de 43,75 m e vazão de segunda etapa (2015) de 37,30 l/s e AMT = 47,75 m; linha de recalque com extensão de cerca de 620 metros, em fofo dúctil e Ø de 200mm; Estação Elevatória de Esgotos Analândia, com bombas submersíveis (1 + 1 de reserva), e emissário composto por Linha de Recalque de ferro fundido e um pequeno trecho por gravidade, formado por tubos de PVC; e 1.085 ligações domiciliares.

A estação elevatória de esgoto sanitário EEE-12 se encontra no Município de Itapecerica da Serra. Da mesma forma, a EEE Analândia encontra-se situada na rua Juscelino Kubitschek, entre os números 100 e 118, no

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Município de Itapecerica da Serra, na bacia do córrego de Mombaça. O sistema Analândia apresenta uma particularidade: a vazão final a ser recalcada é pequena (7,04 l/s), sendo que, no entanto, o desnível geométrico a ser vencido é grande (55 metros), condição esta que limitou as possibilidades de equipamentos disponíveis no mercado. Após uma análise conjunta com a Sabesp, entre as alternativas possíveis, se optou pela utilização de apenas uma elevatória, com bombas submersíveis, sistema que mostrou um rendimento melhor do conjunto elevatório. Face à pequena vazão a ser recalcada, o diâmetro da linha de recalque será o mínimo admitido, de 100 mm.

Jardim Jacira: a contribuição da EE Jardim Jacira encaminhando os efluentes até um coletor do Guarapiranga (traçado se dá pela Estrada do Embu Guaçu (continuação da Estrada do M'Boi Mirim), já dentro do Município de São Paulo e sob jurisdição Municipal, seguindo depois por uma faixa entre terrenos até a conexão com o coletor-tronco da Margem Esquerda do Guarapiranga. O PV-25, onde se inicia o CT-8F, é um poço de visita especial para recebimento da Linha de recalque); Estação Elevatória de Esgoto-Jardim Jacira com conjunto moto-bomba 2+1reserva e vazão de 110 l/s (1 bomba com tubo sujo) e 169 l/s (2 bombas com tubo sujo), localizada no único terreno vazio nas redondezas, situado entre os Córregos Crispim e Santa Júlia, do lado direito da Estrada do Embu Guaçu, a cerca de 50 m desta, no sentido São Paulo Itapecerica da Serra; e Emissário de Recalque EMR-Jd.Jacira com extensão de 1.728 m e Ø 400 mm fofo dúctil, que tem início na elevatória EE Jardim Jacira, cruza sob o córrego, paralelamente a travessia do CT Jacira, e segue depois pela margem esquerda deste, junto ao coletor tronco, na mesma faixa, tendo sido locada mais próxima do leito do córrego. Esse caminhamento comum, fora da Estrada do Embu, segue até o cruzamento dessa com uma viela. A partir desse local não havia alternativa, ficando do lado direito, sob o asfalto, no sentido de quem vai de Itapecerica para São Paulo, a LR e lado esquerdo o CT Jacira. Não há condições de uso dos acostamentos, pela presença de interferências. O traçado paralelo das duas linhas segue por mais ~250m, quando então o CT Jacira segue para o interior da sub-bacia 8.3b e, a LR, pela ruas Palino Correia Silva e Manoel Marques da Silveira, ambas praticamente paralelas a estrada do Embú-Guaçu, por cerca de 500 m. Saindo dessas ruas, a LR volta para a estrada e vai até o ponto alto, divisa de Itapecerica com São Paulo, terminado o recalque junto a um PV especial com dissipador (PV-25 do CT-8F projetado).

Santa Júlia: 6.393 metros de extensão de Rede Coletora – Horizonte Azul, em manilha de grês cerâmico e Ø de 200 mm; 853 unidades de Ligações domiciliares, totalizando comprimento de 4.825 metros em Manilha de grês cerâmico, e Ø 100 mm; 16.233 metros de extensão de Rede Coletora – Jardim Santa Júlia, em Manilha de grês cerâmico, Ø 200 mm; 1.704 unidades de Ligações domiciliares, totalizando comprimento de 8.935 metros em Manilha de grês cerâmico, e Ø 100 mm; 1.926 metros de extensão de Rede Coletora – Jardim Éden, em manilha de grês cerâmico e Ø de 200 mm; 234 unidades de Ligações domiciliares, totalizando comprimento de 1.352 metros em Manilha de grês cerâmico, e Ø 100 mm; 3.531 metros de extensão de Rede Coletora – Jardim Horacina e Jardim Analândia, em manilha de grês cerâmico e Ø de 200 mm; 350 unidades de Ligações domiciliares, totalizando comprimento de 1.830 metros em

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Manilha de grês cerâmico, e Ø 100 mm; 2.243 metros de extensão de Coletor Tronco – Jardim Santa Júlia, em PVC sendo 584 metros de diâmetro de 250 mm e 1.659 metros de diâmetro de 300 mm; 1.062 metros de extensão de Coletor Tronco – Horizonte Azul- CTI, dos quais 1.030,00 metros são em PVC e 32,00 metros em Fero Fundido e Ø de 200 mm; 370 metros de extensão de Coletor Tronco – Horizonte Azul-CTII, em PVC e Ø de 200 mm; Estação Elevatória de Esgoto EEE-13 (padrão SABESP Tipo A1), que será implantada na Sub-Bacia SB-8.4. no bairro Sapato Branco (a direita da rua Marginal, altura da rua Silvestre), sendo previsto número de conjuntos motor-bomba de 02 unidades, tipo submersível, com vazão de 19,40 l/s, altura manométrica de 8,50 mca e Potência de 2,90 Kw; e 1.079 metros de extensão de Emissário de Recalque, de ferro fundido série K-7 e Ø 200 mm.

A Estação Elevatória de Esgoto EEE-13 recalcará a vazão total dos esgotos da Sub-bacia 8.4. para a estação elevatória de esgotos EEEL, localizada á margem da estrada Embu-Guaçu. A tubulação de recalque conduzirá os esgotos da estação elevatória EEE-13, para o PV da estação elevatória EEL.

Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) na Bacia Billings - município de São Paulo: abrange a expansão dos sistemas de esgotamento sanitário, com: rede coletora; coletor tronco; emissário de recalque; estações elevatórias de esgotos; e ligações prediais, nas áreas do Cocaia e Lagoinha, margem esquerda da Billings, região de extrema pobreza e carência de infra-estrutura. A estimativa de população atendida é de cerca de 12.000 habitantes, o que corresponde a uma carga estimada interceptada de 648 kgDBO/dia. Quanto ao volume físico das obras, tem-se: implantação de 24.335,89 m de Rede Coletora no diâmetro 200 mm; e 5.231 Pontos de Ligações, sendo 3.965 atendidas, 538 atendidas parcialmente e 728 não atendidas; total de 2.304,48 m de Coletores Tronco, Ø 200 mm em PVC, sendo RD 10.1.1 com 1.078,11 m de extensão; RD 10.2.1com 358,14 m de extensão; RD 10.2.2 com 663,48 m de extensão; e RD 10.3.1com 204,75 m de extensão; e 03 Elevatórias de Esgoto.

Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) na Bacia Billings - município de São Bernardo do Campo: abrange a expansão dos sistemas de esgotamento sanitário, com: rede coletora; coletor tronco; emissário de recalque; estações elevatórias de esgotos; e ligações prediais, na área do Grande Alvarenga e PAT-PROSANEAR. Estima-se o atendimento de cerca de 136.778 habitantes, o que corresponde a uma carga estimada interceptada de 7.386 kgDBO/dia. Volume físico das obras estimado em 84 km de extensão de rede coletora, 16 km de extensão de coletor tronco, 26 km de extensão de linha de recalque; 32 estações elevatórias de esgoto; e 8.135 ligações prediais.

Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) na Bacia Billings - município de Rio Grande da Serra: abarcando a expansão dos sistemas de esgotamento sanitário, com intervenções de redes coletoras e ligações prediais. A Sabesp estimou, para este município, o atendimento de cerca de 400 habitantes, o que corresponde a uma carga estimada interceptada de 22 kgDBO/dia. Quanto ao volume físico das obras, prevê-se a implantação de 11 km de rede coletora e 110 ligações prediais.

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Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) na Bacia Billings - município de Ribeirão Pires: abrange a expansão dos sistemas de esgotamento sanitário, com rede coletora; coletor tronco; linha de recalque e ligações prediais. Estima-se o atendimento de cerca de 9.000 habitantes, o que corresponde a uma carga estimada interceptada de 486 kgDBO/dia. Quanto ao volume físico das obras, estima-se: implantação de 14 km de rede coletora; 2 km de coletor tronco; 3 km de linha de recalque e 3.100 ligações prediais.

Implantação de obras de Redes Coletoras de Esgoto e Estações Elevatórias de Esgoto no município de Suzano: o objetivo é enviar para o tratamento os esgotos gerados pelos bairros localizados em áreas frágeis das APRMs, que drenam para a represa Taiaçupeba em Suzano. Está prevista a execução de 15.216m de redes coletoras; 1.263m de linha de recalque, 2 estações elevatórias de esgotos e 745 ligações domiciliares.

Projetos e Obras de Ampliação da ETE Mairiporã: O projeto visa a ampliação e a adequação do sistema para atendimento da demanda existente com atendimento às exigências legais pertinentes, tendo em vista que a ETE já se encontra próxima de sua capacidade máxima, contando, ainda, com deficiências operacionais. Pretende-se elevar a eficiência de tratamento e atender as demandas emergentes. As estimativas dão conta do atendimento a 11.500 famílias com as obras de ampliação, havendo necessidade de implantação de tratamento terciário, prevendo-se a capacidade estimada em 120 l/s (para final de plano). Esse projeto é de suma importância quando se considera que o município de Mairiporã é contribuinte da bacia do reservatório Paiva Castro, alimentador do Sistema Cantareira que abastece cerca de 9 milhões de pessoas na RMSP. Devem ser contratados o projeto e as obras.

O sistema atual é do tipo australiano com vazão de 35 L/s e a proposta de adequação e ampliação abrange tratamento anaeróbio seguido de aeróbio, decantação, adensamento e tratamento terciário. A Figura seguinte ilustra a implantação desta intervenção.

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Figura 2.03 – Esquema de Implantação da Ampliação da ETE Mairiporã

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Obras de coletores tronco e redes coletoras de esgoto nos bairros de Capuavinha, Odorico Pereira, Santana, Jardim Celeste e Jardim Spada, no Município de Mairiporã: O objetivo da obra é o de complementar o sistema de esgotamento sanitário de Mairiporã (sede) com a implantação de redes e coletores tronco. Estão previstas obras de 2.520m de coletores tronco e 16.793 m. de redes coletoras de esgoto [Redes: Jd. Capuavinha (2642 m), Jd. Celeste (3084 m), Jardim Spada (4710 m), Jd Odorico Pereira ( 2918 m) e Jd. Santana (3.439,88 m); Coletores tronco: Jd. Odorico Pereira-Jd. Spada (1520 m) e Jd Capuavinha- Santana (1000 m)]. O projeto foi executado em 1999 para os bairros de Jd Capuavinha, Jd.Celeste, Jd Santana e Jd Odorico Pereira. O projeto do bairro Jd Spada foi revisado em 2004 (Estima-se que a execução das obras de implantação dos coletores tronco seja de 12 meses tendo sua finalização coincidindo com o término das obras de ampliação da ETE). Portanto, haverá que se contratar as obras e ajustar o licenciamento ambiental nos termos da legislação vigente.

Projetos e Obras das estações elevatórias de esgoto dos Jardins: Capuavinha, Odorico Pereira e Santana, no Município de Mairiporã: O objetivo da obra é o de complementar o sistema de esgotamento sanitário de Mairiporã (sede) com a implantação das EEE e linhas de recalque. A ampliação do sistema será composta de 2,5 km de coletores-tronco, 16,8 km de redes coletoras nos bairros de Jd Capuavinha, Jd. Odorico Pereira e Jd. Santana, Jd.Spada e Jd.Celeste, 3 estações elevatórias e 3.065 m. de linhas de recalque. Serão contratados os projetos e as obras no âmbito do Programa Mananciais.

Obras do Sistema de Esgotamento Sanitário no município de Bragança Paulista (bacia do Lavapés): está prevista a contratação das obras. Já existem estudos de concepção (de junho de 2006), sendo necessário a contratação e elaboração de projeto executivo, a qual já está sendo providenciada pela Sabesp com recursos próprios. O licenciamento ambiental foi previsto pela Sabesp para o 2º semestre de 2006 a dez/2007. As obras contemplam: 7.5 km de interceptores; 4 estações elevatórias de esgoto; 6,2 km de linhas de recalque e interligações; duas Estações Elevatórias Esgoto do Interceptor com capacidade total de 253 L/s, duas Estações Elevatórias Esgoto finais com capacidade de 447 L/s, implantação de Estação de Tratamento de Esgoto principal, dotada de lagoa aerada seguida de lagoa de decantação cuja vazão média será de 124,11 L/s. Este sistema visa ao atendimento de 90% da população local com tratamento e a recuperação ambiental dos recursos hídricos do município, atendendo o cronograma de implementação firmado com o Ministério Público. A Sabesp estima o atendimento de 44.000 famílias. A Figura seguinte ilustra o sistema de esgotamento previsto para a região de Bragança Paulista.

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Figura 2.04 – Desenho do SES de Bragança Paulista (Sabesp)

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Obras de implantação de redes coletoras de esgoto, coletores troncos, ligações domiciliares e interligações na Bacia TO-13 / Sabesp (Baixo Cotia): está prevista a execução de 5.652m de redes, 8.580m de coletor tronco, 99 ligações domiciliares e 59 interligações, com a finalidade de eliminar lançamentos de esgotos da Bacia do Rio Cotia que drenam para a represa Isolina, manancial da ETA-Baixo Cotia. Pretende-se eliminar 59 lançamentos irregulares de esgotos e reduzir o custo de tratamento na ETA Baixo Cotia, elevando o índice de tratamento dos esgotos coletados no município de Cotia. Já existe projeto executivo restando a contratação das obras.

Execução de Serviços de Televisionamento e Varredura em Redes de Esgotos - Bacias Guarapiranga e Billings: A presente obra contempla a execução de intervenções para eliminação de pontos de extravasão, por meio de limpeza, desobstrução, varredura e filmagem dos sistemas de esgotamento sanitário. A presente intervenção tem por meta a otimização de sistemas de esgotamento sanitário existente e o aumento de sua vida útil.

- Impactos Negativos

Os impactos negativos das obras de esgotamento sanitário abrangem questões importantes desde a execução das obras até a operação e manutenção das instalações, tratando-se – os esgotos – da principal fonte de cargas poluidoras a serem controladas pelo Projeto Mananciais. Dessa forma, incluem-se no rol dos efeitos negativos das obras:

Meio Físico-Biótico:

o Acúmulo de resíduos sólidos e efluentes do canteiro de obras, caso não sejam adequadamente coletados, com prejuízo à qualidade das águas e à paisagem;

o Poluição sonora e atmosférica (poeiras e particulados), em função da movimentação de terra, caminhões, máquinas e equipamentos pesados;

o Supressão de vegetação nas margens dos córregos e mudança da paisagem, para a implantação das estruturas civis e assentamento dos condutos de esgoto (redes, coletores, etc);

o Durante a operação, risco de carreamento do lodo para os córregos, caso não sejam adequadamente acondicionados e transportados para os aterros ou locais de disposição final (no caso da ETE Mairiporã);

o Erosão de solo e carreamento aos corpos d’água e sistemas de drenagem, durante as obras, provocando a sua degradação (assoreamento dos canais urbanos e alteração do sistema de drenagem das águas superficiais);

Meio Socioeconômico:

o Incômodo à população residente no entorno das obras, incluindo transtornos quanto à acessibilidade, conforto e convívio social;

o Durante a operação, riscos de odor provocado pelo acúmulo e má disposição temporária do lodo gerado, caso este não seja adequadamente acondicionado (no caso da ETE Mairiporã);

o Ocorrência de acidentes de trabalho.

- Impactos Positivos

Meio Físico-Biótico:

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o Redução das cargas poluidoras afluentes aos tributários e reservatórios, com efeito direto sobre a melhoria da qualidade das águas brutas e, por conseguinte, das águas tratadas e distribuídas para a população;

o Melhoria das condições de salubridade ambiental, limpeza e assepsia dos ambientes locais (redução da poluição visual em córregos, fundos de vale, etc., com redução do odor e aspectos de degradação ambiental);

o Ampliação das possibilidades de restauração da vida aquática nos corpos d’água e melhoria das condições ecológicas para a manutenção da biodiversidade nos reservatórios, contribuindo para o equilíbrio ambiental;

o Diminuição do potencial de proliferação das plantas aquáticas e macrófitas e dos riscos de insetos, vetores e doenças a elas associadas, como por exemplo, esquistossomose.

o Melhoria das condições hidrodinâmicas das represas, em função do controle do aporte de sedimentos e esgotos.

Meio Socioeconômico:

o Melhoria do convívio social e da qualidade de vida em função das melhorias sanitárias obtidas com a coleta, afastamento e tratamento dos esgotos sanitários;

o Ampliação e melhoria das condições de prestação de serviços públicos de saneamento, particularmente nas áreas de baixa renda (favelas e loteamentos das sub-bacias Guarapiranga e Billings, principalmente);

o Diminuição dos coeficientes de morbidade e mortalidade infantil e redução das despesas públicas com serviços médicos e de saúde;

o Redução dos riscos de contaminação dos peixes consumidos pela população, pescados na região;

o Redução dos riscos de contaminação e doenças junto aos pescadores e demais usuários (crianças, recreacionistas, esportistas, etc.) que se utilizam das águas dos reservatórios, das várzeas a ele associadas e demais rios;

o Atração de investimentos e investidores para a região e expansão das ofertas de serviços;

o Geração de Empregos diretos e indiretos;

o Valorização dos terrenos urbanos nas áreas dotadas de infra-estrutura de saneamento.

- Medidas Mitigadoras, Compensatórias ou de Potencialização

Entre as medidas mitigadoras propostas, incluem-se:

o Elaboração de estudos ambientais para o licenciamento das obras, incluindo programa ambiental da construção o qual disponha de procedimentos, normas e condições para a capacitação dos funcionários e empreiteiras;

o Elaboração de plano de destinação e gestão de resíduos sólidos gerados e efluentes gerados nas obras;

o Elaboração e aplicação de Manual Ambiental de Construção;

o Uso de equipamentos de proteção individual e demais procedimentos para garantia da segurança das obras;

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o Compensação das áreas sujeitas à supressão da vegetação, através de replantio e/ou recomposição paisagística;

o Elaboração de plano de atendimento a emergências e acidentes, durante as obras;

o Monitoramento e fiscalização do andamento das obras e dos resultados.

Para a potencialização dos impactos positivos, recomenda-se o monitoramento da hidroambiental dos córregos e represas, como já é efetuado pela Sabesp e a promoção de ações de educação sanitária e ambiental.

2.1.9. Expansão e Melhorias dos Sistemas de Abastecimento de Água (Reservação, Redes, etc.) - Setores Grajaú e PAT Prosanear- Descrição da Intervenção

O objetivo desta ação é a implantação de obras que tem como objetivo principal a melhoria do abastecimento de diversos núcleos habitacionais que receberam obras de redes e ligações de água recentemente, após o Decreto do Plano Emergencial. Devido à grande concentração urbana e à deficiência no sistema de adução e reservação existentes nesses setores de abastecimento, tal abastecimento tem se mostrado deficiente e foram realizados projetos das intervenções necessárias para sanar tal deficiência. Serão beneficiados núcleos situados na região sul do município de São Paulo, no setor Grajaú, como também no município de São Bernardo do Campo, na região do Alvarenga (área do PAT-PROSANEAR), ambos na sub-bacia Billings.

A área do PAT-PROSANEAR situa-se na região do Grande Alvarenga, margem direita da Billings, coincidente com uma das áreas mais críticas do ponto de vista socioambiental e de pobreza no município de São Bernardo. As obras, nessa área, prevêem o atendimento a cerca de 4.070 habitantes, mediante a implantação de 10 km de extensão de rede coletora e 1.800 ligações prediais. No âmbito do Programa Mananciais, serão contratadas somente as obras.

No caso do setor Grajaú, também na Billings, está prevista a construção do novo Reservatório Grajaú (uma unidade com 15.000m³; Construção da nova Estação Elevatória Jardim Icaraí (nº de conjuntos moto-bomba:02+01; capacidade nominal: 725L/s; altura manométrica: 101mca; potência por grupo: 600CV), interligações diversas (entre esta EEA com o(s) reservatório(s) Grajaú atual e projetado); Adutora Grajaú/Parelheiros: (extensão/diâmetro/material: 13.308m; 31m; 61m / 700mm; 700mm; 800mm / aço;aço;aço), sendo que estas obras servirão para o abastecimento do futuro reservatório Parelheiros. Nesta área, devem ser beneficiados 28.791 ha e 92.000 habitantes, cuja condição atual predomina a ocupação profissional nos setores industrial e de serviços e rendimentos mensais entre 1/2 e 5 salários mínimos.

- Impactos Negativos

Com respeito aos fenômenos (impactos) associados à fase de construção das estações elevatórias de água (EEAB, EEAT, Boosters), reservatórios e redes adutoras, destacam-se entre os efeitos adversos mais proeminentes aqueles decorrentes das obras civis, incluindo a movimentação de terra (escavação e/ou terraplenagem), de máquinas, equipamentos e veículos pesados, etc, resultando:

Meio Físico-Biótico:

o Acúmulo de resíduos sólidos e efluentes do canteiro de obras, caso não sejam adequadamente coletados, com prejuízo à qualidade das águas e à paisagem;

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Page 33: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

o Possibilidade de erosão do solo e o assoreamento dos canais urbanos, com a conseqüente alteração do sistema de drenagem das águas superficiais, em função das obras (abertura de valas para assentamento dos condutos, etc.);

o Alteração da qualidade do ar através de poeiras e particulados, e emissão de ruídos e vibrações;

o Supressão da vegetação local, através da retirada da vegetação e mudança das condições estético-paisagísticas;

Meio Socioeconômico:

o Incômodos aos transeuntes e tráfego local de veículos e pedestres, também associados às mudanças nos corredores de acesso, em função das obras;

o Possibilidade de ocorrência de acidentes de trabalho;

o Necessidade de áreas de bota-fora e atividades de transporte de material excedente

o Especulação imobiliária e a sobre-valorização dos terrenos urbanos que serão atendidos com sistema de abastecimento;

o Tensões sociais quanto às modificações nos usos da água e do solo, provocadas, mesmo que em pequena escala, nas regiões adjacentes à intervenção, em decorrência das obras;

o Aumento da expectativa da melhoria do abastecimento e dos indicadores de saúde pública;

o Na fase de operação e de manutenção dos componentes e dos demais dispositivos, aumento do consumo de energia elétrica, com elevação dos custos operacionais e de controle;

- Impactos Positivos

Meio Físico-Biótico:

o Melhoria das condições ambientais e de salubridade do meio, em função da ampliação e melhoria das condições de abastecimento (distribuição, reservação, etc.);

Meio Socioeconômico:

o Melhoria das condições de oferta de água tratada e atendimento das demandas, sob maior eficiência de operação, manutenção e garantia de abastecimento (redução de reclamações, intermitências, etc.), o que deve se relacionar, seguramente, com a melhoria do abastecimento e dos indicadores de saúde pública e com o aumento de arrecadação com o atendimento a um maior número de economias.

o Melhoria da qualidade de vida da população e dinamização das atividades econômicas que dependem, em grande medida, de fornecimento de água tratada;

o Alocação de mão-de-obra, redundando na geração de emprego e renda, com a conseqüente melhoria das condições sociais e do incremento dos níveis socioeconômicos;

- Medidas Mitigadoras, Compensatórias ou de Potencialização

Assim como previsto para as intervenções de esgotamento sanitário, as medidas mitigadoras propostas correspondem à fase de obras, abrangendo:

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 34: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

o Elaboração de estudos ambientais para o licenciamento das obras, incluindo programa ambiental da construção o qual disponha de procedimentos, normas e condições para a capacitação dos funcionários e empreiteiras;

o Elaboração de plano de destinação e gestão de resíduos sólidos gerados e efluentes gerados nas obras;

o Elaboração e aplicação de Manual Ambiental de Construção;

o Uso de equipamentos de proteção individual e demais procedimentos para garantia da segurança das obras;

o Compensação das áreas sujeitas à supressão da vegetação, através de replantio e/ou recomposição paisagística;

o Elaboração de plano de atendimento a emergências e acidentes, durante as obras;

o Monitoramento e fiscalização do andamento das obras e dos resultados.

Os impactos positivos, a seu tempo, podem ser potencializados com ações de monitoramento da água distribuída (já efetuado nas demais áreas pela Sabesp), e a avaliação do nível de satisfação dos usuários. Também é recomendável veicular programa de racionalização no consumo e uso da água, mediante campanhas e ações de educação ambiental.

3. PLANO DE GESTÃO AMBIENTALO Plano de Gestão Ambiental - PGA é um elemento norteador das ações de atenuação e prevenção dos efeitos ambientais adversos gerados pela implementação das ações no Programa Mananciais. O PGA reúne - na forma de programas, planos e ações integradas - as estratégias de recuperação e proteção ambiental, melhorias urbanas, desenvolvimento socioeconômico, etc., associadas à sustentabilidade ambiental das áreas de mananciais.

Uma vez que o Programa Mananciais possui um caráter eminentemente de recuperação ambiental e de melhoria da qualidade de vida da população, os próprios componentes e sub-componentes previstos podem ser assumidos como os programas do PGA, à medida que as atividades previstas possuem elevada importância na mudança e melhoria dos padrões urbanos e de qualidade ambiental das APRMs.

Desse modo, o presente PGA focaliza-se na descrição e na caracterização dos programas ambientais com base nos componentes sob responsabilidade da SABESP no Programa, organizando-se a partir da apresentação de objetivos gerais e específicos de cada qual para, na seqüência, tratar dos projetos, atividades e ações circunscritas a cada componente, dos resultados esperados a partir de sua implementação e, por fim, do cronograma de execução e do orçamento, atrelados à responsabilidade institucional da Companhia e de seus órgãos e sub-divisões.

O Quadro seguinte apresenta os programas (componentes) e demais ações e projetos (sub-componentes, etc.) previstos no presente PGA.

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 35: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Quadro 3.01. Descrição sintética da composição dos programas e ações que compõem o Plano de Gestão Ambiental

Programas Ações Valores(US$ milhões)

Instrumentos de Sustentação, Acompanhamento, Controle, e Viabilização do Programa (Gestão)

Desenvolvimento de Instrumentos Técnicos para Gestão; Modelos Hidrodinâmicos dos reservatórios Guarapiranga, Rio Grande, Taiaçupeba, Jundiaí, Biritiba, Paiva Castro, Atibainha; Sistema de Suporte à Decisão e Controle para Operação Integrada dos Mananciais do Sistema Adutor Metropolitano; Educação Ambiental e Monitoramento (incluído pós-obra)

7.215,49

Ações de Preservação e Recuperação Ambiental

Estações de Remoção de Carga Poluidora; Wetland Parelheiros; Retenção de detritos na captação do Guarapiranga; Planos de Manejo (Capivari, Rio Claro, Morro Grande); Remoção de Macrófitas; Dessassoreamento de reservatórios (Paiva Castro e Isolina); Infra-Estrutura para aplicação de algicidas; Implantação de Parques (Paiva Castro, Atibainha, Cachoeirinha e Isolina); Melhorias ESI – Elevatória Santa Inês

10.889,31

Ações de Saneamento Ambiental

Melhoria dos Processos de Tratamento de Água (automação da ETA ABV, ETA Rio Grande, ETA Rio Claro, ETA Guaraú, ETAs Alto e Baixo Cotia, melhorias e adequação dos processos, filtração, etc.); Implantação de sistemas de remoção de lodo das ETAs; Sistemas de Recuperação de Águas de Lavagem; Implantação de sistemas de abastecimento de água (PAT PROSANEAR e Shangri-la); Execução e/ou ampliação de Estações Elevatórias de Esgoto; Extensão da rede coletora de esgotos (redes, coletores, linhas de recalque, etc.); Ampliação da ETE Mairiporã; Aperfeiçoamento Tecnológico; Otimização e Melhorias Operacionais (Controle); Eliminação de Extravasamentos

97.586,66

TOTAL* 115.089,87

(*) Total a Preços Correntes

De forma a garantir um bom desempenho na execução do Programa, em conformidade com as diretrizes do Governo Brasileiro e do Banco Mundial, será instituída para a SABESP uma UGL – Unidade de Gerenciamento Local, de acordo com o sistema idealizado para o gerenciamento das ações do Programa Mananciais.

O Programa também contará com uma UGP – Unidade de Gerenciamento do Programa, vinculada à Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, com atribuições gerais para o Programa como um todo relativas à orientação, planejamento, coordenação, aprovação técnica, supervisão e fiscalização da implementação do Programa, de forma a acompanhar os trabalhos da UGL/SABESP e das demais UGLs implementadas.

Na constituição da UGL/SABESP serão consideradas as estruturas, departamentos, divisões, etc. da SABESP responsáveis pela gestão ambiental de empreendimentos e projetos, sendo adequadas, adaptadas ou aproveitadas segundo os procedimentos e estratégias a serem definidas pela companhia.

Idealmente, essa UGL deverá contar com uma Coordenadoria Técnico-Ambiental responsável pelo acompanhamento e gerenciamento das ações da SABESP no Programa Mananciais.

Portanto, todos os componentes do PGA terão a supervisão direta desta Coordenadoria Técnico-Ambiental. Essa coordenadoria também terá como função promover a

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 36: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

interlocução entre as unidades técnicas e de negócios da SABESP envolvidas no Programa Mananciais (Unidades de Negócio Leste - ML, Norte – MN, Sul - MS, Oeste - MO e Produção de Água – MA) e a própria UGP, Prefeituras Municipais, órgãos do Governo Estadual, Federal, BIRD e demais instituições e stakeholders envolvidos com o Programa. Entre as demais atribuições dessa coordenadoria ambiental, pode-se destacar:

Representar a SABESP nas questões relacionadas às ações técnicas e ambientais resultantes do Programa, atuando como unidade de interface com a UGP;

Consolidar, técnica e ambientalmente, as análises efetuadas pelas demais coordenações;

Realizar a gestão e a coordenação técnica e ambiental das ações da SABESP no Programa, bem como a supervisão da sua implementação;

Fazer com que sejam cumpridas as cláusulas e obrigações estabelecidas no Acordo de Empréstimo e demais documentos e políticas, entre elas as políticas ambientais de salvaguarda do BIRD (OP 4.01);

Assegurar o cumprimento das diretrizes e das metas técnicas e ambientais fixadas para a consecução dos objetivos do Programa de forma articulada com os demais intervenientes envolvidos;

Implementar as políticas e procedimentos técnicos e ambientais adequados, que possibilitem o monitoramento e a avaliação da execução das ações da SABESP no Programa, com vistas ao alcance dos objetivos ambientais propostos;

Participar das reuniões periódicas com o Banco Mundial sobre a execução do Programa, com o objetivo de avaliar o progresso técnico e ambiental alcançado na implementação das atividades;

Coordenar a elaboração dos Relatórios e Pareceres Técnicos e Ambientais a constarem dos Relatórios de Execução do Programa;

Acompanhar, supervisionar e avaliar a execução físico-financeira, técnica e ambiental e os resultados do Programa;

Obter e guardar os registros históricos, relativos às questões ambientais, que preservem a memória da implementação do Programa;

Acompanhar, monitorar e apresentar resultados dos indicadores técnicos e ambientais que possam ser utilizados como orientação para implantação de novos projetos;

Elaborar instrumentos e procedimentos para acompanhamento e controle da execução das obras e estudos;

Coordenar a manutenção e atualização do Sistema de Informações Gerenciais – SIG do Programa;

Coordenar e acompanhar, do ponto de vista técnico e das diretrizes ambientais, a contratação de empresas para elaboração de projetos e estudos;

Dar suporte técnico ao longo da execução das obras e serviços, fornecimentos e estudos;

Mobilizar, sempre que necessário, com quantidade e perfil adequado, um corpo de especialistas para avaliar os impactos de fatos imprevistos sobre o andamento do Programa, ou realização de obras e serviços especiais e atividades afins;

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 37: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Avaliar, mediante visitas periódicas aos canteiros de obras, o andamento das obras e sua compatibilidade com o planejamento técnico e ambiental geral do Programa.

A seguir é apresentado o arranjo para a Implementação do Programa, com os organogramas da UGP e das UGL.

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 38: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Figura 3.01 – Arranjo Institucional para a Implementação do Programa

Acordo deEmpréstimo

Convênio

PMG PMSBC SABESP

GESP

BIRDUNIÃO

UGL PMG

UGL PMSBC

UGL SABESP

UGP SSE

CAT CDC

UGL SMA

UGL CDHU

SES

Acordo deEmpréstimo

Convênio

PMG PMSBC SABESP

GESP

BIRDUNIÃO

UGL PMG

UGL PMSBC

UGL SABESP

UGP SSE

CAT CDC

UGL SMA

UGL CDHU

SES

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 39: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

3.1. Programa de Instrumentalização, Sustentação, Acompanhamento, Controle e Viabilização do Programa Mananciais (Gestão)3.1.1. Objetivos GeraisO programa visa prover e ampliar as condições técnicas e instrumentais para a gestão e sustentabilidade das intervenções do Programa, na busca pela preservação e recuperação dos mananciais.

3.1.2. Objetivos Específicos Apoiar, ampliar e melhorar o desempenho dos sistemas operacionais, elevando os

padrões de qualidade e de eficiência dos sistemas de abastecimento e tratamento de água, coleta, exportação e tratamento de esgotos sanitários, propiciando o controle, a manutenção e a sustentabilidade dos processos, operações e instalações da SABESP;

Desenvolvimento tecnológico dos sistemas de água (corpos d´água naturais e sistemas de abastecimento) e esgotos e melhorias dos processos de monitoramento, controle e manutenção das instalações;

Melhoria dos processos de monitoramento e controle da qualidade da água;

Promover a conscientização da comunidade e dos usuários dos sistemas de água e esgotos, através da educação sanitária e ambiental;

Melhoria dos processos de acompanhamento, gerenciamento, controle e avaliação dos resultados do Programa.

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 40: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

3.1.3. Projetos, Atividades e Resultados Esperados

Componente Sub-Componentes e Ações Previstas Resultados Esperados (Benefícios e Beneficiários)

Educação Ambiental e Monitoramento Pós-Obra Educação Ambiental e Monitoramento Pós-Obra

O Plano de Ações Sócio Educativas da MS prevê o atendimento a 50.000 pessoas; conscientização da comunidade quanto às ligações e à operação dos sistemas de abastecimento de água e esgotos

Desenvolvimento de Instrumentos Técnicos para Gestão

Modelos Hidrodinâmicos dos reservatórios Guarapiranga, Rio Grande, Taiaçupeba, Jundiaí, Biritiba, Paiva Castro, Atibainha; e Plano de Contingências

Melhoria dos processos de monitoramento e controle operacional dos reservatórios; benefício a 18 milhões de pessoas abastecidas pelo sistema integrado na RMSP

Sistemas de suporte à Decisão para Operação Integrada dos Mananciais do Sistema Adutor Metropolitano

Projeto e Execução de Obras de Centros de Controle Operacional de Mananciais, incluindo-se a Divisão Sudoeste (Guarapiranga, Billings, Rio Grande, Alto e Baixo Cotia)

Implantação de monitoramento automático pluviométrico, fluviométrico, nível, vazões e meteorológico

Aperfeiçoamento tecnológico; Integração de procedimentos e processos de controle operacional, com melhoria do desempenho e performance do sistema; maior eficiência, agilidade e ampliação do sistema de monitoramento; benefício a 18 milhões de pessoas abastecidas pelo sistema integrado na RMSP

Monitoramento, controle e avaliação dos resultados do Programa

Aquisição de equipamentos (GPS, máquinas digitais, equipamentos de hidrometria e topografia) - Divisões Sudoeste, Leste, Norte)

Desenvolvimento e implantação de controle da qualidade da água através de imagens de satélite

Instrumentação dos laboratórios de limnologia Instrumentação do laboratório de análises especiais Implantação de automação, supervisão e controle das elevatórias de água

(Capivari e taquacetuba; Biritiba e Guaratuba) Implantação do Sistema NETCONTROL Estudo Limnológico (caracterização do fitoplancton, zooplancton e sedimento) Estudo para Desassoreamento dos reservatórios Guarapiranga e Rio Grande Rede Sedimentométrica do Guarapiranga; do Rio Grande; do Taquacetuba; do

Paiva Castro, Jaguari, Jacareí, Cachoeira Projeto para Implentação da Automação, Supervisão e Controle das Elevatórias

de Transferência de Água Bruta (Capivari e Taquacetuba; Biritiba e Guaratuba)

Melhoria dos padrões de qualidade dos sistemas de controle e monitoramento da qualidade da água, permitindo maior agilidade na tomada de decisões associadas ao planejamento e à gestão nas sub-bacias operadas pela SABESP; aprimoramento tecnológico e instrumental de laboratórios; melhoria dos processos de controle operacional dos reservatórios; melhoria da eficiência do monitoramento sedimentométrico e limnológico das represas; sistematização dos procedimentos de controle e avaliação dos resultados do Programa; benefício a 18 milhões de pessoas abastecidas pelo sistema integrado na RMSP

Gerenciamento do Projeto Publicações Auditoria do Programa Avaliação Final do Programa Gerenciamento do Programa

Melhoria dos sistemas de planejamento, coordenação, gerenciamento, aprovação técnica, supervisão e fiscalização da ações do Programa, permitindo maior eficiência no cumprimento de prazos e atendimento às demandas verificadas

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 41: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

3.1.4. CronogramaA implantação e a execução das intervenções da SABESP ocorrerá durante os 06 (seis) anos de implantação do Programa.

3.1.5. Responsabilidade InstitucionalPara o conjunto de ações sob responsabilidade da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP, serão envolvidas, diretamente, duas Unidades de Negócios, a saber:

Unidade de Negócio Sul: ações de educação ambiental e plano de ações sócio educativas;

Unidade de Produção de Água: ações de aperfeiçoamento tecnológico, melhorias operacionais, modelagem, estudos e apoio ao desenvolvimento de instrumentos técnicos de gestão.

3.1.6. Orçamento

Para a implementação do conjunto de ações deste programa, prevê-se o orçamento de US$ 7.215.490,00, conforme planilha demonstrativa abaixo.

DESCRIÇÃO

CA

TEG

.

TOTAL (US$ mil)

1       Programa de Sustentação da Qualidade Ambiental da Bacia do Guarapiranga  

1 1     Instrumentos de Sustentação, Acompanhamento, Controle, e Viabilização do Programa (Gestão).   163,60

1 1 3   Desenvolvimento de Instrumentos Técnicos para Gestão   81,001 1 3 1 Modelo Hidrodinâmico do reservatório Guarapiranga 3 81,00

1 1 4   Sistema de Suporte à Decisão para Operação Integrada dos Mananciais do Sistema Adutor Metropolitano   82,60

1 1 4 1 Elaboração de Projeto para centro de controle operacional dos mananciais da região sudoeste 3 13,32

1 1 4 2 Execução de Obras do Centro de Controle Operacional de Mananciais da região sudoeste 1 69,28

2       Programa de Recuperação Ambiental da Bacia Billings  

2 1     Instrumentos de Sustentação, Acompanhamento, Controle, e Viabilização do Programa (Gestão).   79,30

2 1 3   Desenvolvimento de Instrumentos Técnicos para Gestão   79,302 1 3 1 Modelo Hidrodinâmico do reservatório Rio Grande 3 79,30 3       Programa de Implantação da Gestão Integrada da Bacia do Alto Tietê  

3 1     Instrumentos de Sustentação, Acompanhamento, Controle, e Viabilização do Programa (Gestão).   243,00

3 1 3   Desenvolvimento de Instrumentos Técnicos para Gestão   243,003 1 3 1 Modelo Hidrodinâmico dos reservatórios Taiaçupeba, Jundiai e Biritiba 3 243,00 4       Implantação da Gestão Integrada da Bacia do Juqueri-Cantareira  

4 1     Instrumentos de Sustentação, Acompanhamento, Controle, e Viabilização do Programa (Gestão).   158,60

4 1 3   Desenvolvimento de Instrumentos Técnicos para Gestão   158,604 1 3 1 Modelo Hidrodinâmico do reservatório Paiva Castro 3 79,30 4 1 3 2 Modelo Hidrodinâmico do reservatório Atibainha 3 79,30

Categorias: 1: Obras e Serviços ; 2: Aquisições; 3 – Consultoria / Estudos

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 42: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Orçamento (continuação)

DESCRIÇÃO

CA

TEG

.

TOTAL (US$ mil)

6       Programa Integrado de Promoção da Qualidade Ambiental  

6 1     Instrumentos de Sustentação, Acompanhamento, Controle e Viabilização do Programa (Gestão)   6.570,99

6 1 1   Educação Ambiental e Monitoramento Pós-Obra   440,00 6 1 1 1 Educação Ambiental e Monitoramento Pós-Obra 3 440,00 6 1 2   Programa de Monitoramento   2.600,47

6 1 2 1 Aquisição de equipamentos para sistemas de recursos hídricos 2 226,08

6 1 2 2 Desenvolvimento e implantação de controle da qualidade da água através de imagens de satélite 3 63,44

6 1 2 3 Instrumentação dos laboratórios de limnologia 2 475,72 6 1 2 4 Instrumentação do laboratório de análises especiais 2 327,14

6 1 2 5 Projeto para Implantação da Automação, Supervisão e Controle das Elevatórias de Transferência de Água Bruta Capivari, Taquacetuba e Guaratuba 3 207,84

6 1 2 6 Implantação da Automação, Supervisão e Controle das Elevatórias de Transferência de Água Bruta Capivari, Taquacetuba e Guaratuba 3 850,56

6 1 2 7 Implantação do NETCONTROL 1 75,35 6 1 2 8 Estudo Limnológico (caracterização do fitoplancton, zooplancton e sedimento) 3 207,84 6 1 2 9 Estudo para Desassoreamento dos reservatórios Guarapiranga e Rio Grande 3 58,74

6 1 2 10

Implantação de Rede Sedimentométrica dos Reservatórios dos Sistemas Guarapiranga, Rio Grande, Alto Tietê e Cantareira 1 107,76

6 1 3   Desenvolvimento de Instrumentos Técnicos para Gestão   31,72 6 1 3 1 Plano de Contingências Qualitativo para os mananciais da RMSP 3 31,72

6 1 4   Sistema de Suporte à Decisão para Operação Integrada dos Mananciais do Sistema Adutor Metropolitano   385,56

6 1 4 1 Melhoria e modernização do Sistema de monitoramento automático pluviométrico, fluviométrico, nível, vazões e meteorológico 3 385,56

6 1 16   Gerenciamento do Programa   3.113,24

6 1 16   Gerenciamento do Programa   3.113,24

6 1 16 1 Publicações 1 80,00

6 1 16 2 Auditoria do Programa 3 180,00

6 1 16 3 Avaliação Final do Programa 3 50,00

6 1 16 4 Gerenciamento do Programa 3 2.803,24

TOTAL A PREÇOS CORRENTES   7.215,49

Categorias: 1: Obras e Serviços ; 2: Aquisições; 3 – Consultoria / Estudos

3.2. Programa de Ações de Proteção e Recuperação Ambiental3.2.1. Objetivos GeraisEste programa tem por objetivo proteger os recursos naturais e as áreas ambientalmente sensíveis – particularmente nas áreas dos mananciais de captação de água – nas cinco sub-bacias abrangidas pelo Programa Mananciais e, também, recuperar as áreas degradadas, com a finalidade de melhorar a qualidade ambiental e propiciar condições mais sustentáveis para as áreas de mananciais.

3.2.2. Objetivos Específicos

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 43: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Proteção de áreas patrimoniais da SABESP e demais regiões ambientalmente sensíveis, visando a melhoria das condições operacionais e de sustentabilidade das áreas de captação da SABESP nas APRMs;

Redução das cargas poluidoras e da degradação ambiental nos afluentes e reservatórios responsáveis pelo abastecimento de água;

Ampliação das áreas verdes, cuidando de proteger os remanescentes vegetais e áreas de relevância ambiental para a proteção dos mananciais de abastecimento público;

Recuperação de áreas degradadas e/ou sob intensa pressão urbana, propiciando a reversão dos quadros de deterioração dos recursos naturais e promovendo a melhoria dos padrões de qualidade ambiental;

Melhoria das condições de monitoramento e controle da qualidade ambiental.

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 44: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

3.2.3. Projetos, Atividades e Resultados Esperados

Componente Sub-Componentes e Ações Previstas Resultados Esperados (Benefícios e Beneficiários)

Reabilitação e Proteção dos Mananciais e Sistemas Produtores

Projetos e Obras de Estações de Remoção de Cargas Poluidoras Implantação de Wetland do Parelheiros Projeto e Obra para Sistema de retenção de detritos na captação do

Guarapiranga Planos de Manejo (Capivari, Rio Claro e Morro Grande) Equipamentos para Remoção de Macrófitas Desassoreamento do Reservatório Paiva Castro e Isolina Superior Projeto e Obra para Implantação de infra-estrutura para aplicação de algicidas

no reservatório Paiva Castro Implantação de Parques no entorno dos reservatórios Paiva Castro, Atibainha,

Cachoeirinha e Parque Isolina Melhoria e modernização da ESI – Elevatória Santa Inês Projeto do Novo Túnel 6

Melhoria dos padrões de qualidade ambiental e das águas dos tributários e reservatórios, por meio da implantação de sistemas de remoção de cargas; aprimoramento da gestão e proteção de áreas ambientalmente sensíveis, pela implantação de parques e áreas verdes; recuperação de áreas degradadas e situações críticas (desassoreamento, remoção de macrófitas, etc.); otimização na aplicação de produtos químicos e melhoria da qualidade da água de abastecimento, quanto ao controle ecológico de florações algais nos reservatórios; melhorias para 7 milhões de pessoas abastecidas pelos sistemas Guarapiranga, Rio Grande, Alto Tietê, Cantareira, Alto e Baixo Cotia

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 45: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

3.2.4. CronogramaA implantação e a execução das intervenções se dará durante os 06 (seis) anos do Programa.

3.2.5. Responsabilidade InstitucionalPara o conjunto de ações sob responsabilidade da SABESP neste programa, serão envolvidas, diretamente, duas Unidades de Negócios, a saber:

• Unidade de Negócio Sul: implementação de estações de remoção de carga poluidora;

• Unidade de Produção de Água: todas as ações associadas ao programa.

3.2.6. Orçamento

Para o conjunto das intervenções deste programa, o montante previsto é de US$ 10.889.310,00, conforme orçamento adiante.

DESCRIÇÃO

CA

TEG

.

TOTAL (US$ mil)

1       Programa de Sustentação da Qualidade Ambiental da Bacia do Guarapiranga    

1 3     Ações de Preservação e Recuperação Ambiental.   3.656,82

1 3 7   Reabilitação e Proteção dos Mananciais e Sistemas Produtores    3.656,82

1 3 7 1 Elaboração de estudo de concepção, projetos básicos e executivos da Estação de Remoção de nutrientes do Rio Embu-Mirim 3 40,50

1 3 7 2 Elaboração de estudo de concepção, projetos básicos e executivos da Estação de Remoção de nutrientes do Córrego Bonito/Pedras 3 40,50

1 3 7 3 Elaboração de estudo de concepção, projetos básicos e executivos da Estação de Remoção de nutrientes do Córrego São José 3 40,50

1 3 7 4 Elaboração de estudo de concepção, projetos básicos e executivos da Estação de Remoção de nutrientes do Córrego Parelheiros 3 40,50

1 3 7 5 Execução da Obra da Estação de Remoção de Nutrientes do Rio Embu-Mirim 1 515,42

1 3 7 6 Execução da Obra da Estação de Remoção de Nutrientes do Córrego Bonito/Pedras 1 473,86

1 3 7 7 Execução da Obra da Estação de Remoção de Nutrientes do Córrego São José 1 473,86

1 3 7 8 Execução da Obra da Estação de Remoção de Nutrientes do Córrego Parelheiros 1 473,86

1 3 7 9 Execução da obra para Implantação da wetland piloto da várzea Parelheiros 1 376,76

1 3 7 10 Elaboração de Projeto para Sistema de retenção de detritos na captação do Guarapiranga 3 64,80

1 3 7 11 Execução de Obra do Sistema de retenção de detritos na captação do Guarapiranga 1 699,86

1 3 7 12 Elaboração do Plano de Manejo do Capivari 3 39,64

1 3 7 13 Equipamentos para Remoção de Macrófitas 2 376,76

2       Programa de Recuperação Ambiental da Bacia Billings    

2 3     Ações de Preservação e Recuperação Ambiental.   1.540,56

2 3 7   Reabilitação e Proteção dos Mananciais e Sistemas Produtores    1.540,56

2 3 7 1 Elaboração de estudos de concepção, projetos básico e executivo da Estação de Remoção de Nutrientes do Ribeirão Fazenda 3 39,66

2 3 7 2 Elaboração de estudos de concepção, projetos básico e executivo da Estação de Remoção de Nutrientes do Ribeirão Pedroso 3 39,66

2 3 7 3 Elaboração de estudos de concepção, projetos básico e executivo da Estação de Remoção de Nutrientes do Ribeirão Olaria 3 39,66

2 3 7 4 Execução de Obra da Estação de Remoção de Nutrientes do Ribeirão fazenda 1 473,86

2 3 7 5 Execução de Obra da Estação de Remoção de Nutrientes do Ribeirão Pedroso 1 473,86

2 3 7 6 Execução de Obra da Estação de Remoção de Nutrientes do Ribeirão Olaria 1 473,86

Categorias: 1: Obras e Serviços ; 2: Aquisições; 3 – Consultoria / Estudos

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 46: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Orçamento (continuação)

DESCRIÇÃO

CA

TEG

.

TOTAL (US$ mil)

3       Programa de Implantação da Gestão Integrada da Bacia do Alto Tietê    

3 3     Ações de Preservação e Recuperação Ambiental.   1.066,66

3 3 7   Reabilitação e Proteção dos Mananciais e Sistemas Produtores    1.066,66

3 3 7 1 Elaboração de estudo de concepção, projetos básico e executivo da Estação de Remoção de Nutrientes do Rio Jundiai 3 39,65

3 3 7 2 Elaboração de estudo de concepção, projetos básico e executivo da Estação de Remoção de Nutrientes do rio Taiaçupeba Mirim 1 39,65

3 3 7 3 Execução de Obra da Estação de Remoção de Nutrientes do Rio Jundiai 3 473,86

3 3 7 4 Execução de Obra da Estação de Remoção de Nutrientes do rio Taiaçupeba 3 473,86

3 3 7 5 Planos de Manejo do Sistema Rio Claro 3 39,64

4       Implantação da Gestão Integrada da Bacia do Juqueri-Cantareira    

4 3     Ações de Preservação e Recuperação Ambiental.   3.803,65

4 3 7   Reabilitação e Proteção dos Mananciais e Sistemas Produtores    3.803,65

4 3 7 1 Elaboração de estudo de concepção, projetos básico e executivo da Estação de Remoção de Nutrientes do Rio Itaim 3 39,65

4 3 7 2 Elaboração de estudo de concepção, projetos básico e executivo da Estação de Remoção de Nutrientes do Rio Jacarei 1 39,65

4 3 7 3 Execução de obra da Estação de Remoção de Nutrientes do Rio Itaim 3 473,86

4 3 7 4 Execução de obra da Estação de Remoção de de Nutrientes do Rio Jacarei 3 473,86

4 3 7 5 Projeto para dessassoreamento do Reservatório Paiva Castro 1 47,58

4 3 7 6 Elaboração de projetos básico e executivo para implantação de sistema de aplicação de algicídas no reservatório Paiva Castro 1 7,93

4 3 7 7 Execução de Obra de Implantação de sistema de aplicação de algicídas no reservatório Paiva Castro 3 39,64

4 3 7 8 Implantação de parques na represas Paiva Castro, Atibainha, Jacareí e Cachoeira 1 582,40

4 3 7 9 Elaboração de Projeto para Melhoria e modernização da ESI 3 158,60

4 3 7 10 Implantação de melhorias e modernização da ESI 1.676,74

4 3 7 11 Projeto da nova tomada d´água do Túnel 6 263,74

5       Programa de Implantação da Gestão Integrada da Bacia do Alto e Baixo Cotia    

5 3     Ações de Preservação e Recuperação Ambiental.   821,62

5 3 7   Reabilitação e Proteção dos Mananciais e Sistemas Produtores    821,62

5 3 7 1 Elaboração de estudo de concepção, projetos básico e executivo da Estação de Remoção de Nutrientes do Rio Cotia 3 39,66

5 3 7 2 Execução de Obra da Estação de Remoção de Nutrientes do Rio Cotia 1 473,86

5 3 7 3 Projeto para dessassoreamento da represa Isolina 1 20,00

5 3 7 4 Execução do dessassoreamento da Represa Isolina 1 109,68

5 3 7 5 Projeto do Parque Isolina 3 28,00

5 3 7 6 Execução do Parque Isolina 110,78

5 3 7 7 Elaboração do Plano de Manejo da reserva florestal do Morro Grande 39,64

TOTAL A PREÇOS CORRENTES   10.889,31

Categorias: 1: Obras e Serviços ; 2: Aquisições; 3 – Consultoria / Estudos

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 47: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

3.3. Programa de Ações de Saneamento Ambiental3.3.1. Objetivos GeraisO programa tem como principal objetivo melhorar a qualidade ambiental, corrigir os principais fatores de poluição dos corpos d’água naturais e elevar a qualidade de vida da população, mediante a retirada das cargas poluentes provocadas pelos esgotos, lixo, etc. e a melhoria dos serviços de saneamento, em especial, a coleta, o afastamento e o tratamento dos esgotos sanitários, destinando-os de forma adequada.

3.3.2. Objetivos Específicos Melhoria dos padrões de ocupação urbana, através da provisão de infra-estrutura de

saneamento em áreas pobres e degradadas (favelas, loteamentos irregulares, etc.);

Redução ou eliminação de situações de risco ambiental, provocadas pela má disposição de lixo, escoamento dos esgotos a céu aberto, etc;

Melhoria das condições operacionais dos serviços de infra-estrutura de saneamento, especialmente nas áreas de maior densidade urbana, elevando os padrões de qualidade e de eficiência;

Melhoria da qualidade das águas dos tributários e reservatórios e aprimoramento dos procedimentos e processos de monitoramento e controle ambiental;

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 48: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

3.3.3. Projetos, Atividades e Resultados Esperados

Componente Sub-Componentes e Ações Previstas Resultados Esperados (Benefícios e Beneficiários)

Melhoria dos Processos de Tratamento de Água e Disposição dos Efluentes e Lodo da ETA

ETA-ABV: Projeto executivo e implantação de módulos tubulares nos decantadores; Projeto para adequação e compartimentação dos floculadores; Projeto Executivo e implantação da automação

Projeto executivo e obra do sistema de remoção contínua de lodos dos decantadores

ETA Rio Grande: Projeto Executivo e Obras para Automação Estudo de viabilidade de utilização de tecnologias alternativas de tratamento de

água para redução da quantidade de produtos químicos e minimização da produção de lodo (ex.: filtração direta) (AT)

ETA Rio Claro: Estudo de viabilidade de utilização de tecnologias alternativas de tratamento de água para redução da quantidade de produtos químicos e minimização da produção de lodo; Projeto e implantação de sistema de recebimento, estocagem e extinção de cal; Estudo para maximização da remoção de compostos orgânicos naturais e minimização da formação de trihalometanos; Projeto e Obra para Automação da ETA Rio Claro; Elaboração de estudo de concepção e projeto do sistema de remoção contínua, tratamento e destinação final de efluentes; Execução do Sistema de Recuperação de Aguas de Lavagem; Implantação do sistema de remoção contínua, tratamento e destinação final do lodo; Licenciamento Ambiental

ETA Guaraú: Projeto Executivo e Obras para Automação da ETA Guaraú; Elaboração de estudo de concepção e projeto executivo para tratamento e disposição final do lodo

ETAs Alto e Baixo Cotia: Estudo de viabilidade de utilização de tecnologias alternativas de tratamento de água para redução da quantidade de produtos químicos e minimização da produção de lodo (AC); Estudos para Adequação da Estação de Tratamento de Água do Baixo Cotia visando Alternativas de Processos de Tratamento (BC); Projeto Executivo e Obras para Automação das ETAs Alto e Baixo Cotia; Elaboração de estudo de concepção e projeto executivo do sistema de remoção contínua de lodo (AC); Elaboração de estudo de concepção para tratamento e disposição do lodo (AC); Elaboração de projeto executivo e implantação de Sistema de Recuperação de água de lavagem de filtros e disposição do lodo (AC); Instalação do sistema de remoção contínua de lodo nos decantadores (BC); Elaboração do projeto executivo e implantação da disposição da água de lavagem de filtros e do lodo na ETE Barueri (BC); Licenciamento Ambiental (AC+BC)

Melhoria da qualidade da água tratada e distribuída à população;Otimização dos custos operacionais com produtos químicos e manutenção nas estações de tratamentoAumento da eficiência operacional das ETAs ABV, Rio Grande, Rio Claro, Guaraú, Alto e Baixo CotiaBenefício a mais de 15 milhões de pessoas abastecidas pelas águas dos sistemas produtores e mananciais abrangidos pelo ProgramaDestinação adequada dos efluentes e do lodo das ETAs, com a redução das cargas poluidoras e subseqüente melhoria da qualidade ambiental e das águas

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 49: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

3.3.3. Projetos, Atividades e Resultados Esperados (continuação)

Componente Sub-Componentes e Ações Previstas Resultados Esperados (Benefícios e Beneficiários)

Implantação de Sistema de Esgotos Sanitários

Projeto Executivo e Obras de Ampliação da Estação Elevatória de Esgoto EEE-Guarapiranga, Coletor Tronco Robert Kennedy e Linha de Recalque - Ações junto a Bacia de Contribuição do Reservatório Guarapiranga

Obras de Expansão dos Sistemas de Atendimento e Melhoria e Otimização das Estruturas Pré-Existentes (EEE, Redes – Guarapiranga Margens Direita e Esquerda, Embu, Itapecerica da Serra e Mombaça)

Projetos e Obras de Ampliação dos Sistemas de Esgotamento da Billings, em São Bernardo do Campo, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, São Paulo (Cocaia, Lagoinha e Gaivota)

Projeto e Implantação das Obras de RCE e EEE no município de Suzano (ML) Projeto e Obras de Ampliação da ETE Mairiporã Obras de Implantação de 2.250m Coletores Tronco (Odorico Pereira, Jardim

Spada e Capuavinha-Santana) e de 16.793m de Redes Coletoras de Esgoto (Capuavinha, Jd. Celeste, Jd. Spada, Odorico Pereira e Santana)

Projeto e Obras de Implantação de 3 EEE (Capuavinha, Odorico Pereira e Santana) e de 3.065m de Linhas de Recalque

Projeto e Obras de Implantação de ETE, 7,5km de Interceptor, 4 EEE, 3,8km de Linha de Recalque e Interligações

Implantação de rede coletora – MO

Coleta de esgotos e melhoria dos padrões de ocupação urbana, através da provisão de infra-estrutura de saneamento em áreas pobres e degradadas (favelas, loteamentos irregulares, etc.)Redução de cargas poluidoras sobre os tributários e reservatórios, revertendo ou atenuando os índices de poluição na baciaMelhoria da qualidade das águas brutas, ampliando a multiplicidade de usos na bacia

Implantação de Sistema de Abastecimento de Água

Área do PAT-PROSANEAR Distrito Grajaú

Melhoria do sistema de reservação e distribuição de água, elevando os índices de satisfação da população; aumento dos níveis de salubridade humana e ambiental; melhoria operacional nos sistemas de abastecimento de água

Melhorias Operacionais dos Sistemas de Saneamento

Obras de Implantação de Equipamentos Operacionais, Equipamentos de Monitoramento e Software: Otimização dos Sistemas Existentes – Centro de Controle Operacional - Controle Operacional junto as Bacias de Contribuição Integrantes das Áreas de Mananciais

Projeto Executivo e Obras para Eliminação de Extravasores - Ações junto às Bacias de Contribuição Integrantes das Áreas de Mananciais

Aquisição de Equipamentos Operacionais, Equipamentos de Monitoramento e Software: Otimização dos Sistemas Existentes – Centro de Controle Operacional (Controle Operacional junto as Bacias de Contribuição Integrantes das Áreas de Mananciais)

Aumento da eficiência operacional dos serviços de infra-estrutura de saneamento, elevando os padrões de qualidade, reduzindo o número de obstruções, paralisações/ interrupções e/ou problemas na operação das estruturas e dispositivos instalados e elevando o nível de satisfação e salubridadeMelhoria da qualidade ambiental e das águas, por meio da redução dos pontos de extravasamentoMelhoria dos padrões tecnológicos de operação

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 50: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

3.3.4. CronogramaA implantação e execução das intervenções transcorrerá durante os 06 (seis) anos do Programa.

3.3.5. Responsabilidade InstitucionalPara este Programa, serão envolvidas, diretamente, cinco Unidades de Negócios da SABESP, a saber:

• Unidade de Negócio Sul: implementação de ações de melhorias no tratamento, na operação dos sistemas e na implantação de sistemas de saneamento (água e esgoto);

• Unidade de Negócio Norte: implantação de sistemas de saneamento;

• Unidade de Negócio Leste: implantação de sistemas de saneamento;

• Unidade de Negócio Oeste: indiretamente, atuará na co-execução de ações coordenadas pela MA;

• Unidade de Produção de Água: todas as ações associadas ao programa.

3.3.6. Orçamento

O valor previsto para a implementação das ações deste programa soma US$ 97.586.660,00 conforme orçamento adiante.

DESCRIÇÃO

CA

TEG

.

TOTAL(US$ mil)

1       Programa de Sustentação da Qualidade Ambiental da Bacia do Guarapiranga    

1 4     Ações de Saneamento Ambiental   34.416,90

1 4 3   Melhoria dos Processos de Tratamento de Água da ETA ABV (Tratabilidade 1)   7.883,18

1 4 3 1Elaboração de projeto executivo para adequação e compartimentação dos floculadores, implantação de módulos tubulares e remoção contínua de lodo nos decantadores

3 216,00

1 4 3 2 Implantação de módulos tubulares e sistema de remoção contínua de lodo nos decantadores 1 5.894,62

1 4 3 3 Projeto Executivo para Adequação e Automação dos Filtros da ETA ABV 3 95,00

1 4 3 4 Obra de Adequação e Automação dos Filtros da ETA ABV 3 1.677,56

1 4 4   Implantação de Sistema de Esgotos Sanitários   26.533,72

1 4 4 1 Execução de Projeto Executivo da Ampliação da Estação Elevatória de Esgoto EEE 3 400,00

1 4 4 2 Execução de obras de Ampliação da Estação Elevatória de Esgoto EEE 1 5.200,00

1 4 4 3 Execução de obras de expansão dos sistemas de esgotamento (coletores, redes, ligações, EEE's e linhas de recalque) e melhorias e otimização de estruturas pré 1 4.000,00

1 4 4 4 Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) e Melhoria e Otimização das Estruturas Pré 1 4.509,71

1 4 4 5 Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) na Bacia do Guarapiranga 1 4.556,69

1 4 4 6Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento ( Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque ) na Bacia do Guarapiranga ( Mombaça e Crispim )

1 7.867,32

Categorias: 1: Obras e Serviços ; 2: Aquisições; 3 – Consultoria / Estudos

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 51: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Orçamento (continuação)

DESCRIÇÃO

CA

TEG

.

TOTAL(US$ mil)

2       Programa de Recuperação Ambiental da Bacia Billings    

2 4     Ações de Saneamento Ambiental   29.230,88

2 4 1   Implantação de Sistema de Abastecimento de Água   11.414,92

2 4 1 1Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Abastecimento (Redes e ligações) do Projeto PAT-PROSANEAR na Bacia Billings (Alvarenga/Lavras) - município de São Bernardo do Campo.

1 758,60

2 4 1 2 Execução de Obras no Sistema de Abastecimento dos setores Grajaú e Parelheiros (Grajaú) - município de São Paulo. 1 10.656,32

2 4 3   Melhoria dos Processos de Tratamento de Água da ETA Rio Grande (Tratabilidade 1)   861,46

2 4 3 1 Projeto Executivo para Automação da ETA Rio Grande 3 29,37

2 4 3 2 Automação da ETA Rio Grande 1 832,09

2 4 4   Implantação de Sistemas de Esgotos Sanitários   16.954,50

2 4 4 1 Execução de Projeto Executivo de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) na Bacia Billings 3 582,24

2 4 4 2 Execução de Projeto Executivo de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) na Bacia Billings 3 130,54

2 4 4 3 Execução de Projeto Executivo de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) na Bacia Billings 3 186,54

2 4 4 4 Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) na Bacia Billings 1 3.235,12

2 4 4 5 Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) na Bacia Billings 1 9.649,28

2 4 4 6 Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) na Bacia Billings 1 1.305,36

2 4 4 7 Execução de Obras de Expansão dos Sistemas de Esgotamento (Coletores, Redes, Ligações, EEE´s e Linhas de Recalque) na Bacia Billings 1 1.865,42

3       Programa de Implantação da Gestão Integrada da Bacia do Alto Tietê    

3 4     Ações de Saneamento Ambiental   5.976,32

3 4 3   Melhoria dos Processos de Tratamento de Água da ETA Taiaçupeba (AT) e ETA Rio Claro (RC) (Tratabilidade 1)   1.720,29

3 4 3 1Estudo de viabilidade de utilização de tecnologias alternativas de tratamento de água para redução da quantidade de produtos químicos e minimização da produção de lodo da ETA Taiaçupeba

3 60,00

3 4 3 2Estudo de viabilidade de utilização de tecnologias alternativas de tratamento de água para redução da quantidade de produtos químicos e minimização da produção de lodo da ETA Casa Grande

3 60,00

3 4 3 3 Projeto para implantação de sistema de recebimento, estocagem e extinção de cal da ETA Casa Grande 3 32,00

3 4 3 4 Implantação de sistema de recebimento, estocagem e extinção de cal da ETA Casa Grande 1 391,57

3 4 3 5 Estudo para maximização da remoção de compostos orgânicos naturais e minimização da formação de trihalometanos da ETA Casa Grande 3 19,58

3 4 3 6 Projeto Executivo para Automação da ETA Casa Grande 3 48,95

3 4 3 7 Automação da ETA Casa Grande 1 1.108,19

3 4 4   Implantação de Sistemas de Esgotos Sanitários   1.616,36

3 4 4 1 Elaboração de projeto executivo de sistemas de esgotamento (coletores, redes, ligações e EEE) no município de Suzano 3 80,82

3 4 4 2 Execução de obras de sistemas de esgotamento (coletores, redes, ligações e EEE) no município de Suzano 1 1.535,55

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 52: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Orçamento (continuação)

DESCRIÇÃO

CA

TEG

. TOTAL(US$ mil)

3 4 5   Adequação do Tratamento e Disposição dos Efluentes das ETA Taiaçupeba(AT) e ETA Rio Claro(RC) (Tratabilidade 2)   2.639,67

3 4 5 1 Elaboração de estudo de concepção e projeto básico do Sistema de Remoção Contínua, Tratamento e Destinação Final de Efluentes da ETA Casa Grande 3 123,84

3 4 5 2 Elaboração de projeto executivo do sistema de remoção contínua, tratamento e destinação final de efluentes da ETA Casa Grande 3 117,47

3 4 5 3 Execução do Sistema de Recuperação de Agua de Lavagem da ETA Casa Grande 1 587,35

3 4 5 4 Implantação do sistema de remoção contínua, tratamento e destinação final do lodo da ETA Casa Grande 1 1.811,01

4       Implantação da Gestão Integrada da Bacia do Juqueri-Cantareira    

4 4     Ações de Saneamento Ambiental   13.450,85

4 4 3   Melhoria dos Processos de Tratamento de Água da ETA Guaraú (Tratabilidade 1)   1.057,23

4 4 3 1 Projeto Executivo para Automação da ETA Guaraú 3 78,31

4 4 3 2 Automação da ETA Guaraú 1 978,92

4 4 4   Implantação de Sistemas de Esgotamento Sanitário   12.127,84

4 4 4 1 Projeto de Ampliação da ETE Mairiporã 3 240,00

4 4 4 2 Obra de Ampliação da ETE Mairiporã 1 2.800,00

4 4 4 3Obras de Implantação de 2.250m Coletores Tronco (Odorico Pereira, Jardim Spada e Capuavinha-Santana) e de 16.793m de Redes Coletoras de Esgoto (Capuavinha, Jd. Celeste, Jd. Spada, Odorico Pereira e Santana) no município de Mairiporã

1 1.098,86

4 4 4 4 Projeto de Implantação de 3 EEE (Capuavinha, Odorico Pereira e Santana) no município de Mairiporã 3 42,00

4 4 4 5 Obras de Implantação de 3 EEE (Capuavinha, Odorico Pereira e Santana) e de 3.065m de Linhas de Recalque no município de Mairiporã 1 499,38

4 4 4 6 Obras de Implantação de ETE, 7,5km de Interceptor, 4 EEE, 3,8km de Linha de Recalque e Interligações no município de Bragança Paulista 1 7.447,60

4 4 5   Adequação do Tratamento e Disposição dos Efluentes da ETA Guaraú (Tratabilidade 2)   265,78

4 4 5 1 Elaboração de estudo de concepção e projetos básico e executivo do Sistema de Encaminhamento do Lodo da ETA Guaraú à ETE Barueri 3 265,78

5       Programa de Implantação da Gestão Integrada da Bacia do Alto e Baixo Cotia    

5 4     Ações de Saneamento Ambiental   7.849,80

5 4 3   Melhoria dos Processos de Tratamento de Água da ETAs Alto Cotia(AC) e Baixo Cotia(BC) (Tratabilidade 1)   1.620,08

5 4 3 1Estudo de viabilidade de utilização de tecnologias alternativas de tratamento de água para redução da quantidade de produtos químicos e minimização da produção de lodo da ETA Alto Cotia

3 60,00

5 4 3 2 Estudo de alternativas de processos para a adequação da ETA Baixo Cotia 3 489,46

5 4 3 3 Projeto Executivo para Automação da ETA Baixo Cotia 3 55,00

5 4 3 4 Automação da ETA Baixo Cotia 1 440,00

5 4 3 5 Projeto Executivo para Automação da ETA Alto Cotia 3 47,00

5 4 3 6 Automação da ETA Alto Cotia 1 528,62

5 4 4   Implantação de Sistemas de Esgotos Sanitários (Rede Coletora de Esgoto)   4.804,40

5 4 4 1 Execução de obras de sistemas de esgotamento sanitário (coletores, redes, ligações, EEE) na Bacia TO-13, no município de Cotia 1 4.804,40

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

52

Page 53: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Orçamento (continuação)

DESCRIÇÃO

CA

TEG

.

TOTAL(US$ mil)

5 4 5   Adequação do Tratamento e Disposição dos Efluentes da ETAs Alto Cotia(AC) e Baixo Cotia(BC) (Tratabilidade 2)   1.425,32

5 4 5 1Elaboração de estudo de concepção e projetos básico e executivo do Sistema de Remoção Contínua, Tratamento e Disposição de Lodo dos Decantadores da ETA Alto Cotia

3 166,09

5 4 5 2 Elaboração de projeto executivo para Sistema de Recuperação de água de lavagem de filtros e disposição do lodo da ETA Alto Cotia 3 97,89

5 4 5 3 Implantação do Sistema de Recuperação de Água de Lavagem da ETA Alto Cotia 3 293,68

5 4 5 4 Instalação do sistema de remoção contínua de lodo nos decantadores da ETA Baixo Cotia 1 137,05

5 4 5 5 Elaboração do estudo de concepção e projetos básico e executivo para Disposição da Água de Lavagem de Filtros e Lodo na ETE Barueri da ETA Baixo Cotia 1 94,31

5 4 5 6 Implantação do sistema para a disposição da água de lavagem de filtros e do lodo da ETA Baixo Cotia para a ETE Barueri 3 636,30

6       Programa Integrado de Promoção da Qualidade Ambiental    

6 4     Ações de Saneamento Ambiental   6.661,91

6 4 4   Sistemas de Esgotamento Sanitário   6.661,91

6 4 4 1 Execução de serviços de televisionamento e varredura em redes de esgoto 1 800,00

6 4 4 2 Execução de Projeto Executivo para Obras de Eliminação de Extravasões 3 383,53

6 4 4 3 Execução de Obras de Eliminação de Extravasões 1 4.837,58

6 4 4 4Aquisição e Implantação de Equipamentos Operacionais, Equipamentos de Monitoramento e Software para Otimização dos Sistemas Existentes – Centro de Controle Operacional de Esgotos

2 640,80

TOTAL A PREÇOS CORRENTES   97.586,66

Categorias: 1: Obras e Serviços ; 2: Aquisições; 3 – Consultoria / Estudos

3.4. Manual Ambiental de ConstruçãoA maioria dos impactos promovidos pela implantação das ações sob coordenação da SABESP no âmbito do Programa Mananciais, corresponderá à fase de obras, podendo estes impactos serem manejados com critérios e métodos adequados de construção. O manual ambiental de construção, apresentado no Anexo VIII deste Relatório Ambiental, apresenta diretrizes e procedimentos referentes à implantação e gerenciamento das obras.

Com efeito, a SABESP deverá incluir nos editais de obras a obrigatoriedade de cumprimento destes procedimentos construtivos.

3.5. Sistema de Gestão Ambiental

Cada uma das UGLs e também a UGP – esta última na qualidade de coordenadora executiva das ações sob responsabilidade da SSE – terão um Sistema de Gestão Sócio-Ambiental – SGSA destinado a gerenciar todas as ações sócio-ambientais do Programa Mananciais, com vistas ao atendimento da legislação ambiental, das diretrizes e salvaguardas do Banco Mundial e, essencialmente, dos compromissos assumidos por cada executor no cumprimento e implementação das medidas mitigadoras e atenuadoras dos impactos ambientais identificados.

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

53

Page 54: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

O SGSA da UGL/SABESP estará integrado, a seu tempo, ao Sistema de Gestão do Programa, sendo configurado a partir da seguinte estrutura:

Coordenação Técnico-Sócio-Ambiental, cujas atribuições principais incluem a coordenação das ações técnicas e sócio-ambientais do Projeto, sob sua responsabilidade, além de supervisionar e acompanhar os processos de licenciamento ambiental, atendimento às diretrizes, critérios e políticas de salvaguarda do BIRD. Esta coordenação será responsável, em especial, pelas seguintes ações:

o Processos de Desapropriação, Remoção, Indenização e Reassentamento de Famílias, decorrentes das intervenções de recuperação urbana, que estejam relacionados ao conjunto de intervenções sob responsabilidade da UGL/SABESP;

o Plano de Destinação e Gestão de Resíduos Sólidos durante a implantação das intervenções;

o Coordenação da implantação e aplicação do Manual Ambiental de Construção – MAC;

o Plano de atendimento a emergências e acidentes, durante as obras;

o Monitoramento e fiscalização ambiental das respectivas ações no Programa Mananciais;

o Coordenação do Plano de Gestão Ambiental – PGA constante do presente Anexo;

o Revisão e aprovação dos projetos e obras civis e de infra-estrutura referentes à implementação de sistemas de saneamento (água e esgoto), estações de remoção de cargas em córregos e wetlands, ampliação e implantação de ETEs, cuidando: (i) da preservação, na medida do possível, dos cursos d’água e das áreas de preservação permanente; (ii) da utilização racional e sustentável dos territórios nas APRMs; (iii) da compatibilidade dos projetos às exigências legais para o licenciamento e para a execução de obra, especialmente relacionados às legislações específicas e demais normas aplicáveis.

o Garantir o cumprimento dos requisitos sócio-ambientais previstos nos contratos com as empresas construtoras; nos estudos de impacto ambiental; e na legislação aplicável, nas licenças ambientais, nas diretrizes, salvaguardas e regulamentos do BIRD e nas autorizações.

Unidades Executivas, compreendendo os órgãos, divisões, departamentos e demais entidades vinculadas a SABESP que será responsável pela implantação e realização dos estudos, projetos, obras, etc., a qual deverá atender todas as diretrizes, critérios e requisitos sócio-ambientais exigíveis, pondo em prática, igualmente, as medidas e normas ambientais aplicáveis;

PROGRAMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DOS MANANCIAIS DO ALTO TIETÊRELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL - ANEXO IV - SABESP

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Page 55: ANEXO I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Supervisão Ambiental de Obras responsável pela fiscalização, acompanhamento e orientação das ações ambientais relativas ao Manual Ambiental de Construção – MAC e às medidas mitigadoras referentes às obras indicadas nas licenças ambientais.

3.6. Supervisão Ambiental de Obras

De acordo com o arranjo institucional proposto para o gerenciamento e a execução do Programa, a função de supervisão das obras deverá ser realizada por entidade supervisora (empresa, etc.) contratada no âmbito da UGL/SABESP. À UGP, na condição de coordenadora geral, caberá acompanhar o processo de supervisão de obras, provendo o apoio necessário para contribuir no alcance das metas estabelecidas no Programa Mananciais e no atendimento às legislações e às salvaguardas e procedimentos do BIRD.

Entre as atividades da Supervisora de Obras deverá constar a atividade de supervisão ambiental de obras. Para tanto esta deverá disponibilizar um profissional que será responsável pelo acompanhamento do cumprimento dos requisitos ambientais que constam do contrato de execução das obras.

Esse profissional será responsável por verificar e atestar que todas as atividades relativas ao meio ambiente envolvidas na construção das obras estão sendo executadas dentro dos padrões de qualidade ambiental recomendados nas especificações de construção e montagem, nas licenças ambientais expedidas e o Manual Ambiental de Construção.

O Manual Ambiental de Construção – MAC apresenta um conjunto de atividades que incluem desde aspectos considerados nas diretrizes para localização e operação de canteiros até ações ao gerenciamento de resíduos, de saúde e segurança nas obras, articulando-se com outros programas como o de Comunicação Social.

A supervisão ambiental deve trabalhar em coordenação permanente com os demais integrantes da gestão ambiental do empreendimento, executando inspeções técnicas nas diferentes frentes de obra ou atividades correlatas em desenvolvimento. À Supervisão Ambiental cabe, especialmente:

Acordar e aprovar e revisar o planejamento ambiental de obras, por meio de reuniões periódicas com a coordenação ambiental do projeto e os responsáveis ambientais de cada construtora / lote de obras;

Implementar inspeções ambientais, para verificar o grau de adequação das atividades executadas, em relação aos requisitos ambientais estabelecidos para as obras e programas ambientais a elas ligados;

Verificar o atendimento às exigências dos órgãos ambientais relativas ao processo de licenciamento do empreendimento e às recomendações das entidades financiadoras internacionais;

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Inspecionar periodicamente, e sem aviso prévio, as distintas frentes de serviço no campo, para acompanhar a execução das obras e sua adequação ou não aos programas de gestão ambiental;

Avaliar as atividades das equipes ambientais das empresas construtoras;

Sugerir ações e procedimentos, de modo a evitar, minimizar, controlar ou mitigar impactos potenciais;

Propor, no caso de não atendimento dos requisitos ambientais, ou seja, na situação de configuração de não – conformidades significativas e não resolvidas no âmbito das reuniões quinzenais de planejamento, penalidades contra a empresa construtora.

Avaliar, no caso de ações que tragam impactos ambientais significativos ou de continuidade sistemática de não-conformidades significativas, a necessidade de paralisação das obras no trecho considerado de modo a possibilitar a adoção, a tempo, de medidas corretivas. Nesse caso, a supervisão deve preparar relatório sintético à coordenação de gestão sócio-ambiental, informando das questões envolvidas e da proposição de paralisação.

Avaliar periodicamente a eficiência dos programas ambientais relacionados às intervenções físicas previstas e propor os ajustes necessários;

Preparar e apresentar relatórios periódicos de supervisão ambiental ao empreendedor e às entidades financiadoras nacionais e internacionais. Os relatórios de supervisão devem ser, no mínimo, mensais.

O Plano Ambiental tem como característica relevante a análise prévia do dia-a-dia das obras. O planejamento ambiental deve ser elaborado quinzenalmente.

4. Capacidade Institucional para a Gestão SocioambientalPara os novos empreendimentos todo o processo de licenciamento será realizado pela Unidade de Empreendimentos da Diretoria responsável pela área em que se localiza o “objeto” do licenciamento. Caberá a Superintendência de Gestão Ambiental dar todo o apoio nas questões relacionadas à gestão ambiental, bem como em relação à documentação para o licenciamento, ficando sob a responsabilidade da Unidade de Negócio responsável pela operação do empreendimento, a provisão dos recursos e adequações necessários para atender as exigências legais e os compromissos ambientais assumidos na ocasião do licenciamento.

As atividades de monitoramento qualitativo e operacional das plantas são de responsabilidade da Unidade que opera os sistemas. As atividades de monitoramento e controle ambiental no aspecto institucional ficarão sob a responsabilidade da Superintendência de Gestão Ambiental – TA.

Uma vez que a Sabesp tem dentre as suas diretrizes ambientais a obtenção da Certificação ISO 14001, tornou-se necessário contemplar neste processo de Certificação Progressiva, a implantação também progressiva de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) nas unidades operacionais da Companhia, conforme a Norma ISO 14001. Nesse sentido,

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haverá uma concentração de esforços organizacionais voltados ao atendimento das demandas ambientais, que contemplem a alocação de recursos, a definição de responsabilidades, as avaliações correntes das práticas, procedimentos e processos, além de outras iniciativas visando a conformidade ambiental dos processos da empresa.

Do ponto de vista social, na Sabesp a responsabilidade social é tratada mais do que o somatório de ações sociais e ambientais. É um amplo conjunto de compromissos e práticas incorporados à sua cultura organizacional, às estratégias de seu negócio e ao modo ético de conduzir as suas operações, sempre com foco na sustentabilidade.

Para implantar a noção de sustentabilidade em todas as suas atividades, a Companhia conta com um Programa de Responsabilidade Social, ao qual cabe o papel de definir diretrizes institucionais e corporativas, visando contemplar a diversidade da empresa, fortalecer a confiança, garantir a transparência das ações, e, principalmente, cuidar para que a responsabilidade social integre, como eixo transversal, as diferentes etapas de sua cadeia de valor.

Como forma de inserir as questões de sustentabilidade e responsabilidade social em suas atividades, a Sabesp dispõe hoje de centenas de iniciativas que traduzem suas crenças e seus compromissos para com seus públicos de relacionamento.

As iniciativas da Sabesp no campo da Educação procuram transmitir conceitos ambientais de forma lúdica e interativa por meio de teatro, dança, música, mímica, oficinas de desenho e cartilhas. Atualmente, 45 projetos estão sendo desenvolvidos por equipes formadas por empregados da Companhia, através das Unidades de Negócio. Cada UN possui um Programa de Participação Comunitária e um grupo de técnicos direcionados para educação ambiental. A gestão é realizada pelo Programa de Responsabilidade Social Corporativa e as diretrizes de atuação são estabelecidas de acordo com a Missão e Visão da Sabesp.

Com o objetivo de participar da melhoria das condições sociais e políticas, a Sabesp procura estreitar relações éticas e responsáveis com os diferentes níveis de governo, obedecendo rigorosamente às leis que regem as suas atividades e estabelecendo interações produtivas. Nesse sentido, a Companhia tem atuado na construção de pontes entre as comunidades e os governos, de modo a envolver todas as instâncias representativas da sociedade civil na formulação de políticas públicas de saneamento, educação para o meio ambiente, preservação e proteção ambientais.

O Programa de Articulação e Representação Institucional conta com representantes nos comitês da Bacia Hidrográfica, que atuam em várias instâncias: plenário, câmaras técnicas e grupos de trabalho específicos. Seu objetivo é influenciar a elaboração da legislação e a formulação de políticas públicas e normas para a produção e captação de água e o saneamento básico, com vistas à conservação e recuperação das áreas de mananciais, responsáveis pela produção de água da RMSP. Essa ação identifica demandas e concilia interesses da empresa com os da sociedade, atendendo às legislações e promovendo o saneamento ambiental por meio da mobilização dos diversos segmentos sociais.

5. Fortalecimento e Capacitação InstitucionalAlém dos Programas acima enunciados, o Programa Mananciais prevê uma série de ações para o fortalecimento institucional, no sentido de amparar os executores na ampliação de sua capacidade técnica e operacional para implementar as ações previstas nos programas acima apresentados e, propriamente, na condução do respectivo PGA – Plano de Gestão Ambiental. Para isso, estão previstas as seguintes atividades:

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a) Implementação de um programa de capacitação continuada, destinado aos técnicos e profissionais das UGLs – em particular, à coordenação técnico-ambiental – e, também, às empresas sub-contratadas, gerenciadoras, etc. que se relacionarem à execução e ao acompanhamento e monitoramento ambiental das intervenções do Programa Mananciais e do PGA respectivo;

b) Definição de políticas, procedimentos técnicos, normas, processos e regras ambientais para a implementação das intervenções sob responsabilidade do executor. Preferencialmente, essas ações serão reunidas na forma de um Manual Ambiental específico para as intervenções;

c) Fortalecimento da capacidade institucional do executor quanto ao planejamento e gestão ambiental, propiciando, ainda, maior envolvimento nas discussões colegiadas, no relacionamento com a comunidade diretamente e com os órgãos ambientais, com vistas ao atendimento dos requisitos e padrões ambientais e às demais demandas verificadas;

d) Estabelecimento de procedimentos de acompanhamento, monitoramento e gestão de processos e indicadores sócio-ambientais, com integração de sistemas de informações (GIS, MQUAL, PDPA, etc.) e demais instrumentos de apoio à gestão ambiental. Esses procedimentos levarão em conta os espaços interinstitucionais de comunicação e integração de informações coordenados pela UGP, tais como intranet, website do Programa, etc.

Todas essas ações terão a responsabilidade institucional da SSE – Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, que promoverá tais ações junto a cada executor, mediante o desenvolvimento das seguintes atividades:

Ações de Educação Ambiental e Monitoramento Pós-Obra;

Apoio técnico e transferência de conhecimentos e tecnologias aos municípios e executores;

Ações de Mobilização e Apoio a Projetos de Entidades Civis;

Operação do Sistema de Gestão;

Concepção, estruturação e implantação da rede de informações de apoio à gestão e capacitação técnica para a utilização da rede de informações de apoio à gestão;

Divulgação do Sistema de Gestão;

Seminários Internacionais Anuais sobre Recursos Hídricos e Desenvolvimento Urbano;

Ações integradas de monitoramento, controle e avaliação dos resultados do Programa.

Essas ações concentrar-se-ão no primeiro ano de implementação do Programa (capacitação continuada e definição de procedimentos, normas e do Manual Ambiental), mas deverão se estender ao longo dos seis anos de execução das intervenções, por conta da necessidade de apoiar técnica e institucionalmente os executores no acompanhamento, monitoramento e avaliação dos indicadores ambientais e no relacionamento destes com os diversos agentes intervenientes e stakeholders.

Os custos previstos estão agregados, prevendo-se que os cursos, treinamentos, suporte técnico e operacional, etc. sejam viabilizados a todos os executores. Prevê-se, para isso, o valor de US$ 2.772.270,00.

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Mapa de Intervenções da Sabesp

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