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Edital do Leilão n o 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV VOL. III - Fl. 384 de 701 ANEXO 6F LOTE F SE LUCAS DO RIO VERDE 230/138 KV CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS TÉCNICOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO

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Page 1: ANEXO 6F LOTE F SE LUCAS DO RIO VERDE 230/138 KV · Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV VOL. III - Fl. 388 de 701 FIGURA 1 –

Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 384 de 701

ANEXO 6F LOTE F

SE LUCAS DO RIO VERDE 230/138 KV

CARACTERÍSTICAS E

REQUISITOS TÉCNICOS BÁSICOS DAS

INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO

Page 2: ANEXO 6F LOTE F SE LUCAS DO RIO VERDE 230/138 KV · Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV VOL. III - Fl. 388 de 701 FIGURA 1 –

Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 385 de 701

ÍNDICE

1 REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES ............................................................... 387

1.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 387 1.1.1 DESCRIÇÃO GERAL ........................................................................................................................... 387

1.1.2 CONFIGURAÇÃO BÁSICA.................................................................................................................... 388 1.1.3 DADOS DE SISTEMA UTILIZADOS ....................................................................................................... 389

1.1.4 REQUISITOS GERAIS ......................................................................................................................... 390

1.2 LINHAS DE TRANSMISSÃO - LT .................................................................................................... 391

1.3 SUBESTAÇÕES - SE ........................................................................................................................ 392

1.3.1 REQUISITOS GERAIS ......................................................................................................................... 392 1.3.2 REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS ..................................................................................................... 395

1.4 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO ........................................................ 401

1.4.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS ........................................................................................................................ 401 1.4.2 REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E TELECOMUNICAÇÕES 402

1.4.3 REQUISITOS GERAIS DE PROTEÇÃO .................................................................................................. 402 1.4.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO.......................................................................... 403 1.4.5 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES / AUTOTRANSFORMADORES .......... 407

1.4.6 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS ..................................................................................... 410 1.4.7 SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR ......................................................................... 411 1.4.8 SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO ................................................................................................. 412

1.5 SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ................................................................................. 415 1.5.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 415

1.5.2 REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES ................. 415 1.5.3 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À

REDE DE OPERAÇÃO ................................................................................................................................ 418

1.5.4 REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS ...................................................... 423 1.5.5 ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS ................................................................... 427 1.5.6 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E

CONTROLE ................................................................................................................................................. 430 1.5.7 REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE

SUPERVISÃO E CONTROLE ..................................................................................................................... 431

1.6 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES ................... 434 1.6.1 REQUISITOS GERAIS .................................................................................................................. 434

1.6.2 REQUISITOS FUNCIONAIS.......................................................................................................... 434 1.6.3 REQUISITOS DA REDE DE COLETA DE REGISTROS DE PERTURBAÇÕES PELOS

AGENTES .................................................................................................................................................... 435

1.6.4 REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES ................................................ 435

1.7 REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES.......................................... 437

1.7.1 REQUISITOS GERAIS .................................................................................................................. 437 1.7.2 REQUISITOS TÉCNICOS DOS CANAIS PARA TELEPROTEÇÃO ............................................ 439 1.7.3 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ ................................................. 440

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 386 de 701

1.7.4 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS ........................................... 442

1.8 DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS EQUIPAMENTOS AOS REQUISITOS DESSE ANEXO TÉCNICO ........................................................................................................................................... 444

1.8.1 TENSÃO OPERATIVA .......................................................................................................................... 444

1.8.2 CRITÉRIOS PARA AS CONDIÇÕES DE MANOBRA ASSOCIADOS ÀS LINHAS DE TRANSMISSÃO ................... 445 1.8.3 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE DISJUNTORES SOB CONDIÇÕES DE MANOBRA .......... 445 1.8.4 ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA NOS BARRAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES....................................... 446

1.8.5 CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS ................................................................................................. 446

2 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO ............................ 447

2.1 ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO ....................................................................... 447 2.1.1 RELATÓRIOS ..................................................................................................................................... 447

2.2 RELATÓRIOS DAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES ................................................................................................................................................... 448

2.3 DOCUMENTOS DE SUBESTAÇÕES .............................................................................................. 448 2.3.1 SUBESTAÇÃO LUCAS DO RIO VERDE ................................................................................................. 448

3 MEIO AMBIENTE E LICENCIAMENTO ........................................................................... 449

3.1 GERAL ................................................................................................................................................ 449

3.2 DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL ..................................................................................................... 449

4 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS .................................................... 450

4.1 ESTUDOS DE SISTEMA E ENGENHARIA ..................................................................................... 450

4.2 PROJETO BÁSICO DAS SUBESTAÇÕES ..................................................................................... 450

4.3 PROJETO BÁSICO DA LINHA DE TRANSMISSÃO ...................................................................... 450

4.4 PROJETO BÁSICO DE TELECOMUNICAÇÕES:........................................................................... 450

4.5 PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO: ........................................................................................ 451

5 CRONOGRAMA ................................................................................................................ 452

5.1 CRONOGRAMA FÍSICO DE SUBESTAÇÕES (TABELA B).......................................................... 453

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 387 de 701

1 REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES

1.1 INTRODUÇÃO

1.1.1 DESCRIÇÃO GERAL

Este anexo apresenta as características e os requisitos técnicos básicos do seguinte empreendimento:

Subestação Lucas do Rio Verde 230/138 kV.

A Figura 1 apresenta o mapa eletrogeográfico da região onde estará localizado o empreendimento supracitado.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 388 de 701

FIGURA 1 – MAPA ELETROGEOGRÁFICO DO ESTADO DO MATO GROSSO

A Figura 2 apresenta o diagrama unifilar simplificado da SE Lucas do Rio Verde.

FIGURA 2 – DIAGRAMA UNIFILAR SIMPLIFICADO DA SE LUCAS DO RIO VERDE

1.1.2 CONFIGURAÇÃO BÁSICA

A configuração básica é caracterizada pelas instalações listadas na Tabelas 1 a seguir:

TABELA 1 – SUBESTAÇÃO LUCAS DO RIO VERDE

SUBESTAÇÃO kV EQUIPAMENTO POTÊNCIA TOTAL

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 389 de 701

SUBESTAÇÃO kV EQUIPAMENTO POTÊNCIA TOTAL

Lucas do Rio Verde

230

Módulo Geral – em arranjo de barramento tipo barra

dupla a quatro chaves

1 Interligação de Barras – IB – em arranjo de barramento

tipo barra dupla a quatro chaves

4 Autotransformadores Monofásicos (3+1 Res) 230/√3-

138/√3 - 13,8 kV - 25 MVA cada

1 Conexão de transformador – CT – em arranjo de

barramento tipo barra dupla a quatro chaves 75 MVA

138

1 Interligação de Barras – IB – em arranjo de barramento

tipo barra dupla a quatro chaves

1 Conexão de transformador – CT – em arranjo de

barramento tipo barra dupla a quatro chaves

2 Entradas de Linha – EL – em arranjo de barramento

tipo barra dupla a quatro chaves

A configuração básica supracitada constitui-se na alternativa de referência. Os requisitos técnicos deste ANEXO 6F caracterizam o padrão de desempenho mínimo a ser atingido por qualquer solução proposta. Este desempenho deverá ser demonstrado mediante justificativa técnica comprobatória.

A utilização pelo empreendedor de outras soluções, que não a de referência, fica condicionada à demonstração de que a mesma apresente desempenho elétrico equivalente ou superior àquele proporcionado pela alternativa de referência.

O local destinado à instalação da Subestação Lucas do Rio Verde, em 230/138 kV, está indicado nos relatórios R3 e R4. A TRANSMISSORA poderá propor alterações dessa localização, mantendo proximidade ao ponto indicado, mediante justificativa técnica a ser submetida junto com o Projeto Básico para aprovação da ANEEL.

No entanto, nesta proposta de configuração alternativa, a TRANSMISSORA NÃO tem liberdade para modificar:

Níveis de tensão (somente CA);

Distribuição de fluxo de potência em regime permanente.

O empreendimento objeto do Leilão compreende a implementação das instalações detalhadas na Tabela 1. Estão incluídos no empreendimento os equipamentos terminais de manobra, proteção, supervisão e controle, telecomunicações e todos os demais equipamentos, serviços e facilidades necessários à prestação do SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSMISSÃO, ainda que não expressamente indicados neste ANEXO 6F.

1.1.3 DADOS DE SISTEMA UTILIZADOS

Os dados de sistema utilizados nos estudos em regime permanente e transitório, efetuados para a definição da configuração básica estão disponibilizados, conforme documentação relacionada no item 2.1 deste ANEXO 6F.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 390 de 701

Os dados relativos aos estudos de regime permanente estão disponíveis nos formatos dos programas do CEPEL de simulação de rede, ANAREDE, ANATEM/ANAT0 no site da Empresa de Pesquisa Energética – EPE (www.epe.gov.br).

Os dados relativos aos estudos de transitórios eletromagnéticos estão disponibilizados, conforme documentação relacionada no item 2.1 deste ANEXO 6F.

1.1.4 REQUISITOS GERAIS

O projeto e a construção da subestação devem estar em conformidade com as últimas revisões das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, no que for aplicável e, na falta destas, com as últimas revisões das normas da International Electrotechnical Commission - IEC, American National Standards Institute - ANSI ou National Electrical Safety Code - NESC, nesta ordem de preferência, salvo onde expressamente indicado.

Os requisitos aqui estabelecidos aplicam-se ao pré-projeto, aos projetos básico e executivo, bem como às fases de construção, manutenção e operação do empreendimento. Aplicam-se ainda ao projeto, fabricação, inspeção, ensaios e montagem de materiais, componentes e equipamentos utilizados no empreendimento.

É de responsabilidade da TRANSMISSORA obter os dados, inclusive os descritivos das condições ambientais e geomorfológicas da região de implantação, a serem adotados na elaboração do projeto básico, bem como nas fases de construção, manutenção e operação das instalações.

É de responsabilidade e prerrogativa da TRANSMISSORA o dimensionamento e especificação dos equipamentos e instalações de transmissão que compõem o Serviço Público de Transmissão, objeto desta licitação, de forma a atender este ANEXO 6F e as práticas da boa engenharia, bem como a política de reserva.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 391 de 701

1.2 LINHAS DE TRANSMISSÃO - LT

Não se aplica.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 392 de 701

1.3 SUBESTAÇÕES - SE

1.3.1 REQUISITOS GERAIS

1.3.1.1 Informações básicas

A TRANSMISSORA deve desenvolver e apresentar os estudos necessários à definição das características e dos níveis de desempenho de todos os equipamentos, considerando que os mesmos serão conectados ao sistema existente.

Todos os equipamentos devem ser especificados de forma a não comprometer ou limitar a operação das subestações, nem impor restrições operativas às demais instalações do sistema interligado.

Nas subestações, a configuração básica deve contemplar equipamentos com características elétricas básicas similares ou superiores às dos existentes, as quais estão apresentadas nos documentos listados no item 2. O dimensionamento dos novos equipamentos deve considerar as atuais e futuras condições a serem impostas pela configuração prevista pelo planejamento da expansão do Sistema do Estado do Mato Grosso.

Devem ser observados os critérios e requisitos básicos das instalações da subestação de Lucas do Rio Verde 230/138 kV.1

Na Subestação Lucas do Rio Verde 230/138 kV deverão ser realizadas todas as obras de infra-estrutura, descritas no módulo geral – Resolução ANEEL no 191, de 12 de dezembro de 2005, como terraplenagem, drenagem, malha de terra, serviço auxiliar, casa de comando, acesso, dentre outras, para a instalação, manutenção e operação dos módulos de entrada de linha, interligação de barras, unidades transformadoras de potência, indicada no item 1.3.2.5, e outros. Nesta subestação, deverão ser realizadas as extensões de barramento necessárias para conexão do novo empreendimento. Caso seja necessária alguma realocação de instalações existentes em função da ampliação da subestação, a sua execução será responsabilidade da TRANSMISSORA.

A área mínima a ser considerada para a subestação Lucas do Rio Verde é de 13.000 m² (treze mil metros quadrados).

O local destinado à instalação da Subestação Lucas do Rio Verde 230/138 kV, está indicado nos relatórios R3 e R4. A TRANSMISSORA poderá propor alterações dessa localização, mantendo proximidade ao ponto indicado, mediante justificativa técnica a ser submetida junto com o Projeto Básico para aprovação da ANEEL.

Deverá ser previsto espaço adicional, externo e contíguo às casas de comando da TRANSMISSORA na Subestação Lucas do Rio Verde 230/138 kV, com área no mínimo igual à utilizada para a construção desta. Este espaço ficará reservado para expansões futuras das casas de comando da TRANSMISSORA ou alternativamente para eventuais novas casas de comando de outras transmissoras, quando da implantação de novas instalações de transmissão.

1 A implantação do setor de 230kV da SE Lucas do Rio Verde está sendo realizada por um consumidor livre e, conforme regulamento vigente, após a conclusão da obra, as instalações serão cedidas à titular da linha de transmissão seccionada.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 393 de 701

1.3.1.2 Arranjo de barramentos

A configuração dos barramentos no setor de 230 kV e também no setor de 138 kV da subestação de Lucas do Rio Verde 230/138 kV deverá ser do tipo barra dupla a quatro chaves. Essa subestação encontra-se em fase de adequação na configuração do barramento de 230 kV. As novas conexões a essa subestação deverão ser na configuração barra dupla a quatro chaves, ainda que a adequação desse barramento não esteja concluída.

1.3.1.3 Capacidade de corrente

(a) Corrente em regime Permanente

Os barramentos da subestação devem ser dimensionados considerando a situação mais severa de circulação de corrente, levando em conta a possibilidade de indisponibilidade de elementos da subestação e ocorrência de emergência no Sistema Interligado Nacional – SIN, no horizonte de planejamento.

No caso de subestação existente, se a máxima corrente verificada for inferior à capacidade do barramento, o trecho de barramento associado a esse empreendimento deve ser compatível com o existente.

A TRANSMISSORA deve informar a capacidade de corrente dos barramentos, para todos os níveis, rígidos ou flexíveis, para a temperatura de projeto.

Para o dimensionamento da capacidade de corrente nominal dos equipamentos a serem implantados na subestação, tais como, disjuntores, chaves seccionadoras e transformadores de corrente, deve ser considerado que indisponibilidades de equipamentos, pertencentes ou não a este empreendimento, podem submeter os remanescentes a valores de correntes mais elevados, cabendo a TRANSMISSORA identificar as correntes máximas que poderão ocorrer nos seus equipamentos, desde a data de entrada em operação até o ano horizonte de planejamento, por meio de estudo específico descrito no item 1.8 deste anexo técnico.

(b) Capacidade de curto-circuito

Os equipamentos e demais instalações devem suportar, no mínimo, nos pátios de 230 kV, as correntes de curto-circuito simétrica e assimétrica relacionadas a seguir:

corrente de curto-circuito nominal: 40 kA

valor de crista da corrente suportável nominal: 104,0 kA (fator de assimetria de 2,6)

Os equipamentos e demais instalações devem suportar, no mínimo, no pátio de 138 kV, as correntes de curto-circuito simétrica e assimétrica relacionadas a seguir:

corrente de curto-circuito nominal: 31,5 kA

valor de crista da corrente suportável nominal: 81,9 kA (fator de assimetria de 2,6)

Ressalta-se que o atendimento a fatores de assimetria superiores àqueles acima definidos pode ser necessário em função dos resultados dos estudos, considerando inclusive o ano horizonte de planejamento, a serem realizados pela TRANSMISSORA, conforme descrito no item 1.8 desse anexo técnico.

(c) Sistema de Aterramento

O projeto das subestações deve atender ao critério de um sistema solidamente aterrado.

Page 11: ANEXO 6F LOTE F SE LUCAS DO RIO VERDE 230/138 KV · Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV VOL. III - Fl. 388 de 701 FIGURA 1 –

Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 394 de 701

1.3.1.4 Suportabilidade

Tensão em regime permanente

O dimensionamento dos barramentos e dos equipamentos para a condição de operação em regime permanente deve considerar os valores de tensão da tabela a seguir.

TABELA 2 – CONDIÇÃO DE OPERAÇÃO EM REGIME PERMANENTE

TENSÃO NOMINAL DO SISTEMA (kV)

TENSÃO NOMINAL DOS EQUIPAMENTOS (kV)

13,8 15

34,5 38

69 72,5

88 (*) 92,4

138 145

230 245

345 362

440 (*) 460

500 ou 525 550

765 800

(*) valores não padronizados pela ABNT

O dimensionamento dos equipamentos conectados às extremidades das linhas de transmissão deve observar o disposto no item 1.3.2.7.

Isolamento sob poluição

As instalações devem ser isoladas de forma a atender, sobretensão operativa máxima, às características de poluição da região, conforme classificação contida na Publicação IEC 815 – Guide for the Selection of Insulators in Respect of Polluted Conditions.

Proteção contra descargas atmosféricas

O sistema de proteção contra descargas atmosféricas das subestações deve ser dimensionado de forma a assegurar um risco de falha menor ou igual a uma descarga por 50 anos.

Além disso, deve-se assegurar que não haja falha de blindagem nas instalações para correntes superiores a 2 kA.

Caso existam edificações, as mesmas devem atender às prescrições da Norma Técnica NBR5419.

1.3.1.5 Efeitos de campos

(a) Efeito corona

Os componentes das subestações, especialmente condutores e ferragens, não devem apresentar efeito corona visual em 90 % do tempo para as condições atmosféricas predominantes na região da subestação. A tensão mínima fase-terra eficaz para início e extinção de corona visual a ser considerada no projeto para os pátios de 230 kV é de 161 kV.

(b) Rádio interferência

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 395 de 701

O valor da tensão de rádio interferência externa à subestação não deve exceder 2.500 V/m a 1.000 kHz, com 1,1 vezes a tensão nominal do sistema.

(c) Campo elétrico

Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº398, de 23 de março de 2010.

(d) Campo magnético

Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº398, de 23 de março de 2010.

1.3.2 REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS

1.3.2.1 Disjuntores

(a) O ciclo de operação dos disjuntores deve atender aos requisitos das normas aplicáveis.

(b) O tempo máximo de interrupção para disjuntores de classe de tensão 245 kV e 145 kV deve ser de 3 ciclos.

(c) A corrente nominal do disjuntor deve ser compatível com a máxima corrente possível na indisponibilidade de um outro disjuntor, no mesmo bay ou em bay vizinho, pertencente ou não a este empreendimento, para os cenários previstos pelo planejamento e pela operação.

(d) Os disjuntores devem ser dimensionados respeitando os valores mínimos de corrente de curto circuito nominal (corrente simétrica de curto-circuito) e valor de crista da corrente suportável nominal (corrente assimétrica de curto-circuito) dispostos no item 1.3.1.3 (b). Fatores de assimetria superiores ao indicado em 1.3.1.3 (b) poderão ser necessários, em função dos resultados dos estudos a serem realizados pela própria TRANSMISSORA, descritos nos item 1.8 deste anexo técnico.

(e) Os disjuntores devem ter dois circuitos de disparo independentes, lógicas de detecção de discrepância de pólos e acionamento monopolar. O ciclo de operação nominal deve ser compatível com a utilização de esquemas de religamento automático tripolar e monopolar. Para disjuntores em níveis de tensão iguais ou inferiores a 138 kV, não se aplica o religamento automático monopolar, podendo o acionamento ser tripolar.

(f) Caberá à nova TRANSMISSORA fornecer disjuntores com resistores de pré-inserção ou com mecanismos de fechamento ou abertura controlados, quando necessário.

(g) Os disjuntores devem ser especificados para operar quando submetidos às solicitações de manobra determinadas nos estudos previstos no item 1.8.4.

(h) O disjuntor deve manobrar linhas a vazio sem reacendimento do arco.

(i) Os requisitos mínimos para o disjuntor na manobra de linha a vazio devem levar em conta o valor eficaz da tensão fase-fase da rede de 339 kV à freqüência de 60 Hz, para os disjuntores de 230 kV. O correspondente valor para o pátio de 138 kV é 203 kV à freqüência de 60 Hz. Valores superiores a estes podem ser necessários, caso os estudos definidos no item 1.8 assim o determinem.

Page 13: ANEXO 6F LOTE F SE LUCAS DO RIO VERDE 230/138 KV · Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV VOL. III - Fl. 388 de 701 FIGURA 1 –

Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 396 de 701

(j) Os disjuntores que manobrem banco de capacitores em derivação devem ser do tipo de “baixíssima probabilidade de reacendimento de arco”, classe C2 conforme norma IEC 62271-100.

(k) Os disjuntores devem ser especificados para abertura de corrente de curto-circuito nas condições mais severas de X/R no ponto de conexão do disjuntor, condições estas que deverão ser identificadas pelo Agente. Em caso de disjuntores localizados nas proximidades de usinas geradoras, especial atenção deve ser dada à determinação da constante de tempo a ser especificada para o disjuntor. Isto se deve à possibilidade de elevada assimetria da corrente de curto-circuito suprida por geradores.

(l) Capacidade de manobrar outros equipamentos / linhas de transmissão existentes na subestação onde estão instalados, em caso de faltas nesses equipamentos seguidas de falha do referido disjuntor, considerando inclusive disjuntor em manutenção.

(m) Capacidade de manobrar a linha de transmissão licitada em conjunto com o(s) equipamento(s) / linha(s) de transmissão a elas conectadas em subestações adjacentes, em caso de falta no equipamento / linha de transmissão da subestação adjacente, seguido de falha do respectivo disjuntor.

(n) Os disjuntores utilizados na manobra de reatores em derivação devem ser capazes de abrir pequenas correntes indutivas e ser especificados com dispositivos de manobra controlada.

(o) Nos casos em que forem utilizados mecanismos de fechamento ou abertura controlados devem ser especificados a dispersão máxima dos tempos médios de fechamento ou de abertura, compatíveis com as necessidades de precisão da manobra controlada.

1.3.2.2 Seccionadoras, lâminas de terra e chaves de aterramento

Estes equipamentos devem atender aos requisitos das normas IEC aplicáveis e serem capazes de efetuar as manobras listadas no item 1.8.3.

As seccionadoras devem ser especificadas com, pelo menos, a mesma corrente nominal utilizada pelos disjuntores deste empreendimento, aos quais estejam associadas.

A TRANSMISSORA deve especificar o valor de crista da corrente suportável nominal (corrente de curto circuito assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta duração (corrente de curto simétrica) respeitando os valores mínimos dispostos no item 1.3.1.3 (b).

Fatores de assimetria superiores ao indicado em 1.3.1.3 (b) poderão ser necessários, em função dos resultados dos estudos a serem realizados pela TRANSMISSORA, descritos no item 1.8 deste anexo técnico.

As lâminas de terra e chaves de aterramento das linhas de transmissão devem ser dotadas de capacidade de interrupção de correntes induzidas de acordo com a norma IEC 62271-102. Caso os estudos transitórios identifiquem valores superiores aos normalizados, as lâminas de aterramento deverão ser especificadas para atender a estas solicitações.

Esses equipamentos devem ser dimensionados considerando a relação X/R do ponto do sistema onde serão instalados.

1.3.2.3 Pára-raios

Deverão ser instalados pára-raios nas entradas de linhas de transmissão, nas conexões de unidades

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 397 de 701

transformadoras de potência, de reatores em derivação e de bancos de capacitores não autoprotegidos. Os pára-raios devem ser do tipo estação, de óxido de zinco (ZnO), adequados para instalação externa.

Os pára-raios devem ser especificados com uma capacidade de dissipação de energia suficiente para fazer frente a todas as solicitações identificadas nos estudos descritos no item 1.8 deste anexo técnico.

A TRANSMISSORA deverá informar, ainda na fase de projeto básico, em caso de indisponibilidade dos dados finais do fornecimento, os valores de catálogo da família do pára-raios escolhido para posterior utilização no empreendimento.

1.3.2.4 Transformadores de corrente e potencial

As características dos transformadores de corrente e potencial, como: número de secundários, relações de transformação, carga, exatidão, etc., devem satisfazer as necessidades dos sistemas de proteção e de medição das grandezas elétricas e medição de faturamento, quando aplicável.

Os transformadores de corrente devem ter enrolamentos secundários em núcleos individuais e os de potencial devem ter enrolamentos secundários individuais e serem próprios para instalação externa.

Os núcleos de proteção dos transformadores de corrente devem possuir classe de desempenho TPY ou TPZ, conforme estabelecido na Norma IEC 60.044-6 1992 (Instrument transformers - part 6: Requirements for protective current transformers for transient performance), considerando a constante de tempo primária (relação X/R) do ponto de instalação e o ciclo de religamento previsto, para que esses núcleos não saturem durante curto-circuitos e religamentos rápidos.

A TRANSMISSORA deve especificar transformadores de corrente com o valor de crista da corrente suportável nominal (corrente de curto-circuito assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta duração (corrente de curto simétrica) que respeitem o disposto no item 1.3.1.3 (b).

Fatores de assimetria superiores a indicada em 1.3.1.3 (b) poderão ser necessários, em função dos resultados dos estudos a serem realizados pela própria TRANSMISSORA, descritos no item 1.8 deste anexo técnico.

1.3.2.5 Unidades Transformadoras de Potência

Deve ser prevista a instalação de quatro autotransformadores monofásicos (3+1Res), de 230/√3 kV para 138/√3 kV e 13,8 kV, e potência de 25 MVA cada unidade, na Subestação Lucas do Rio Verde 230/138 kV.

As unidades devem possuir estágios de refrigeração capazes de atender os procedimentos para aplicação de cargas estabelecidos na norma ABNT NBR 5416.

(a) Potência Nominal

Considera-se como potência nominal para o autotransformador da Subestação Lucas do Rio Verde, a capacidade de 75 MVA nos enrolamentos primário e secundário, para a operação em qualquer tape especificado.

(b) Comutação

O comutador de derivação em carga deve ser projetado, fabricado e ensaiado de acordo com a publicação IEC-214 On Load Tap Changers.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 398 de 701

O autotransformador deve ser provido de comutadores de derivação em carga. A TRANSMISSORA definirá o enrolamento onde serão instalados os comutadores, cuja atuação deve ser no sentido de controlar a tensão no barramento 138 kV.

Deve ser especificada a faixa de derivações de tape de no mínimo ±10% da tensão nominal, com 21 ou mais posições de ajuste (tapes).

(c) Condições operativas

A unidade transformadora da Subestação de Lucas do Rio Verde deve ser especificada para operar desde sua entrada em operação com:

a. Carregamento não inferior a 120% da potência nominal definida no item 1.3.2.5 (a), por período de 4 horas do seu ciclo diário de carga, para a expectativa de perda de vida útil normal estabelecida nas normas técnicas de carregamento de transformadores. A referida sobrecarga de 20% deve ser alcançada para qualquer condição de carregamento do transformador no seu ciclo diário de carga, inclusive se esse carregamento for de 100% da sua potência nominal;

b. Carregamento não inferior a 140% da potência nominal definida no item 1.3.2.5 (a), por período de 30 minutos do seu ciclo diário de carga, para a expectativa de perda de vida útil normal estabelecida nas normas técnicas de carregamento de transformadores. A referida sobrecarga de 40% deve ser alcançada para qualquer condição de carregamento do transformador no seu ciclo diário de carga, inclusive se esse carregamento for de 100% da sua potência nominal.

O transformador deve ser capaz de operar nas condições estabelecidas na norma ABNT NBR 5416 e na Resolução Normativa ANEEL nº 191 de 12 de dezembro de 2005, resguardado o direito de adicional financeiro devido a sobrecargas que ocasionem perda adicional de sua vida útil, em conformidade com os procedimentos da Resolução Normativa ANEEL nº 513, de 16 de setembro de 2002.

Os transformadores devem ser capazes de operar com as suas potências nominais, em regime permanente, para toda a faixa operativa de tensão da rede básica, tanto no primário quanto no secundário, com ou sem comutadores de derivações, sejam eles em carga ou não. Caso o transformador possua comutadores de derivações, em carga ou não, eles devem poder operar para a referida faixa operativa, em todas as posições dos comutadores.

Deve ser possível energizar as unidades transformadoras sem restrições, tanto pelo enrolamento primário quanto pelo secundário, para toda a faixa de tensão operativa.

As unidades transformadoras devem ser adequadas para operação em paralelo nos terminais 230 kV e 138 kV.

A unidade transformadora de potência deve ser capaz de suportar o perfil de sobreexcitação em vazio a 60 Hz, de acordo com a Tabela 3, em qualquer derivação de operação.

TABELA 3 - SOBREEXCITAÇÃO EM VAZIO A 60 HZ EM QUALQUER DERIVAÇÃO

Período (segundos) Tensão de derivação (pu)

10 1,35

20 1,25

60 1,20

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 399 de 701

Período (segundos) Tensão de derivação (pu)

480 1,15

(d) Impedâncias

O valor da impedância entre o enrolamento primário e secundário deve ser compatível com o sugerido nos estudos de sistema, disponibilizados na documentação anexa a este Edital. Estes estudos devem ser detalhados pela TRANSMISSORA quando da execução do projeto básico, observando-se, no entanto, o valor de impedância máximo de 14% na base nominal das unidades transformadoras, salvo quando indicado pelos estudos de planejamento. Os valores de impedância devem estar referenciados à temperatura de 75 °C. Em caso de transformadores paralelos os valores de impedância dos mesmos devem ser compatibilizados de forma a atender as condições de paralelismo das unidades.

(e) Perdas

O valor das perdas máximas para autotransformadores monofásicos ou trifásicos de qualquer potência deve ser inferior ou igual a 0,3% da potência nominal na operação primário-secundário.

No caso de transformadores trifásicos ou monofásicos de potência trifásica nominal superior a 5 MVA e de tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior a 230 kV, as perdas máximas entre o primário e o secundário devem atender à Tabela 4 abaixo.

TABELA 4 – PERDAS PARA TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS

Perdas em porcentagem da potência nominal(1)

Potência Trifásica Nominal (Pn(2) ) Perdas Máximas

5 < Pn < 30 MVA 0,70 %

30 Pn < 50 MVA 0,60 %

50 Pn < 100 MVA 0,50 %

100 Pn < 200 MVA 0,40 %

Pn 200 MVA 0,30 %

Notas: 1) Perdas totais na tensão nominal e freqüência nominal para a operação primário-secundário.

2) Pn: potência nominal no último estágio de refrigeração.

(f) Nível de ruído

O máximo nível de ruído audível emitido pelas unidades transformadoras de potência deve estar em conformidade com a norma NBR 5356 da ABNT.

1.3.2.6 Instalações abrigadas

Todos os instrumentos, painéis e demais equipamentos dos sistemas de proteção, comando, supervisão e telecomunicação devem ser abrigados e projetados segundo as normas aplicáveis, de forma a garantir o perfeito desempenho destes sistemas e sua proteção contra desgastes prematuros.

Em caso de edificações, é de responsabilidade da TRANSMISSORA seguir as posturas municipais aplicáveis e as normas de segurança do trabalho.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 400 de 701

1.3.2.7 Equipamentos localizados em entradas de linhas

Equipamentos localizados nas extremidades de linha e que possam ficar energizados após a manobra da mesma no terminal em vazio, tais como reatores de linha, disjuntores, secionadores e transformadores de potencial, deverão ser dimensionados para suportar por uma hora as sobretensões à freqüência industrial de acordo com a Tabela 5:

TABELA 5 – TENSÃO EFICAZ ENTRE FASES ADMISSÍVEL NA EXTREMIDADE DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO 1HORA APÓS MANOBRA (KV)

Tensão nominal Tensão sustentada

138 152

230 253

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 401 de 701

1.4 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

1.4.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS

COMPONENTE DO SISTEMA DE POTÊNCIA ou COMPONENTE: é todo equipamento ou instalação delimitado por disjuntores, elos fusíveis ou religadores automáticos. Uma exceção existe para reator shunt de LINHA DE TRANSMISSÃO que também é classificado como COMPONENTE, mesmo sem disjuntor próprio.

SISTEMA: quando aplicado à proteção, à supervisão e controle ou a telecomunicações, significa o conjunto de equipamentos e funções requeridas e necessárias para seu desempenho adequado na operação da instalação e da REDE BÁSICA.

SISTEMA DE PROTEÇÃO: conjunto de equipamentos composto por relés de proteção, relés auxiliares, equipamentos de teleproteção e acessórios destinados a realizar a proteção em caso de falhas elétricas, tais como curtos-circuitos, e de outras condições anormais de operação dos COMPONENTES de um sistema elétrico (LINHAS DE TRANSMISSÃO, barramentos e equipamentos).

PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA: destina-se a detectar e eliminar, seletivamente e sem retardo de tempo intencional, falhas que ocorram apenas no COMPONENTE protegido. São exemplos os esquemas com comunicação direta relé a relé, os esquemas de teleproteção, as proteções diferenciais, os esquemas de comparação de fase etc.

PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA: destina-se a detectar e eliminar falhas que ocorram no COMPONENTE protegido e a fornecer proteção adicional para os COMPONENTES adjacentes. Em sua aplicação como PROTEÇÃO DE RETAGUARDA, sua atuação é coordenada com a atuação das proteções dos equipamentos adjacentes por meio de retardo de tempo intencional. São exemplos as proteções de sobrecorrente e as proteções de distância.

PROTEÇÃO DE RETAGUARDA: destina-se a atuar quando da eventual falha de outro SISTEMA DE PROTEÇÃO. Quando esse SISTEMA está instalado no mesmo local do SISTEMA DE PROTEÇÃO a ser coberto, trata-se de retaguarda local; quando está instalado em local diferente daquele onde está o SISTEMA DE PROTEÇÃO a ser coberto, trata-se de retaguarda remota.

PROTEÇÃO PRINCIPAL: esquema de proteção composto por um SISTEMA de PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA e um SISTEMA de PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA.

PROTEÇÃO ALTERNADA: esquema composto por um SISTEMA DE PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA e por um SISTEMA de PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA, funcionalmente idêntico à PROTEÇÃO PRINCIPAL e completamente independente desta.

PROTEÇÃO INTRÍNSECA: conjunto de dispositivos de proteção normalmente integrados aos equipamentos, tais como relés de gás, válvulas de alívio de pressão, sensores de temperatura, sensores de nível etc.

SIR: relação entre a impedância de fonte e a impedância da LINHA DE TRANSMISSÃO (SIR), é definida por meio da divisão da impedância da fonte atrás do ponto de aplicação de um relé pela impedância total da LINHA DE TRANSMISSÃO protegida:

SIR = ZS / ZL

Onde, ZS = Impedância da Fonte e ZL = Impedância da LINHA DE TRANSMISSÃO

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 402 de 701

COMPRIMENTO RELATIVO DE LINHA DE TRANSMISSÃO: determinado em função do SIR e utilizado para a seleção do tipo de proteção mais indicado. No âmbito do presente Anexo Técnico, as LINHAS DE TRANSMISSÃO classificam-se como:

LINHAS DE TRANSMISSÃO curtas, as que apresentam SIR > 4;

LINHAS DE TRANSMISSÃO longas, as que apresentam SIR ≤ 0,5.

1.4.2 REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E TELECOMUNICAÇÕES

Os requisitos técnicos e as características funcionais aqui apresentados referem-se aos seguintes SISTEMAS funcionalmente distintos:

a) SISTEMAS DE PROTEÇÃO (SP);

b) SISTEMAS de registro de perturbações (SRP); e

c) SISTEMAS de telecomunicação (ST).

Cada SISTEMA (proteção, registradores de perturbações e telecomunicações) deve ser integrado no nível da instalação para permitir o acesso local ou remoto de todos os seus dados, ajustes, registros de eventos, grandezas de entradas e outras informações. Essa integração não deve impor restrições à operação dos COMPONENTES primários da instalação.

No caso de implantação de um novo vão em INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO, os SISTEMAS devem ser compatibilizados com os já instalados.

Todos os equipamentos e SISTEMAS devem ter automonitoramento e autodiagnóstico, com bloqueio automático da atuação quando houver defeito e com sinalização local e remota de falha e defeito.

Os SISTEMAS devem ter arquitetura aberta e utilizar protocolos de comunicação descritos em norma, de forma a não impor restrições a AMPLIAÇÕES DA REDE BÁSICA futura e à integração com SISTEMAS e equipamentos de outros fabricantes.

Os SISTEMAS devem ter recursos que possibilitem a intervenção das equipes de manutenção sem desligamento de COMPONENTES primários.

Os materiais e equipamentos a serem utilizados devem ser projetados, fabricados, montados e ensaiados em conformidade com as últimas revisões das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT no que for aplicável, e, na falta destas, com as últimas revisões das normas da International Electrotechnical Commission – IEC ou da American National Standards Institute – ANSI, nessa ordem de preferência.

Todos os equipamentos e SISTEMAS digitais devem atender aos requisitos das normas para compatibilidade eletromagnética aplicáveis, conforme as Normas citadas, nos graus de severidade adequados para instalação em subestações de extra-alta-tensão.

1.4.3 REQUISITOS GERAIS DE PROTEÇÃO

Todo COMPONENTE, exceção feita aos barramentos, deve ser protegido localmente por dois SISTEMAS DE PROTEÇÃO completamente independentes.

Excetuando-se os barramentos, a proteção dos COMPONENTES deve ser concebida de maneira a não depender de PROTEÇÃO DE RETAGUARDA remota no SISTEMA DE TRANSMISSÃO. Para os barramentos deve ser prevista PROTEÇÃO DE RETAGUARDA remota para cobertura de eventual indisponibilidade de sua única proteção.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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Devem ser previstos transformadores para instrumentos – transformadores de corrente e de potencial – para alimentação dos SISTEMAS DE PROTEÇÃO, supervisão e controle, em número adequado e com características nominais especificadas em função da aplicação (relações nominais, número de núcleos e enrolamentos secundários, exatidão, cargas nominais, desempenho transitório, etc.).

Os enrolamentos dos transformadores de corrente para alimentação dos SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem ser dispostos na instalação de forma a permitir a superposição de zonas das PROTEÇÕES RESTRITAS de equipamentos primários adjacentes, evitando a existência de “pontos cegos”. O uso de proteções que tenham funcionalidades que possam detectar faltas em eventuais “zonas mortas” resultantes da aplicação de transformadores de corrente na instalação pode ser considerado.

As correntes e tensões para alimentação de cada SISTEMA DE PROTEÇÃO - PRINCIPAL E ALTERNADA - devem ser obtidas de núcleos independentes de transformadores de corrente e de secundários diferentes de transformadores de potencial. Quando não for utilizada redundância de proteção (PROTEÇÃO PRINCIPAL E ALTERNADA), a alimentação de correntes e tensões da PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA deve ser independente daquela utilizada pela PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA.

As proteções que estão sujeitas à operação acidental por perda de potencial devem ter supervisão de tensão para bloqueio de operação e alarme.

Os conjuntos de PROTEÇÃO PRINCIPAL E ALTERNADA devem ser alimentados por bancos de baterias, retificadores e circuitos de corrente contínua independentes. Quando não for utilizada redundância de proteção, esse requisito deve ser atendido para a PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA e para a PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA.

Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem ser constituídos, obrigatoriamente, por equipamentos independentes e dedicados para cada COMPONENTE da instalação, podendo esses equipamentos ser do tipo multifunção.

Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem ter saídas para acionar disjuntores com dois circuitos de disparo independentes.

Deve ser prevista a supervisão dos circuitos de corrente contínua dos relés de proteção, equipamentos de telecomunicação utilizados para teleproteção, religamento automático e sincronismo, de forma a indicar qualquer anormalidade que possa implicar em perda da confiabilidade operacional do SISTEMA DE PROTEÇÃO.

Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem ter, em condições normais ou durante perturbações, características de sensibilidade, seletividade, rapidez e confiabilidade operativa, a fim de que seu desempenho não comprometa a segurança do sistema elétrico.

O agente de transmissão deve realizar os estudos necessários para ajustes e coordenação do SISTEMA DE PROTEÇÃO. Para confirmar o atendimento aos requisitos descritos no item anterior, o agente de transmissão deve manter o registro dos ajustes implantados. Esses ajustes devem ser informados ao OPERADOR NACIONAL DE SISTEMA ELÉTRICO - ONS, sempre que solicitado.

1.4.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO

1.4.4.1 Geral

O SISTEMA DE PROTEÇÃO de LINHA DE TRANSMISSÃO compreende o conjunto de relés, equipamentos e acessórios instalados nos terminais de LINHA DE TRANSMISSÃO, necessários e

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 404 de 701

suficientes para a detecção e eliminação, de forma seletiva, de todos os tipos de faltas – com ou sem resistência de falta - e de outras condições anormais de operação.

No caso de utilização de compensação série, o SISTEMA DE PROTEÇÃO deve ser adequado para a manutenção dos requisitos exigidos no parágrafo anterior.

Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem ser selecionados de acordo com as características da LINHA DE TRANSMISSÃO a ser protegida. LINHAS DE TRANSMISSÃO curtas (SIR > 4) não devem utilizar esquemas de proteção com funções ajustadas em subalcance.

SISTEMAS DE PROTEÇÃO compostos por relés de distância devem ter as seguintes funções:

a) Funções de distância (21/21N) 2 para detecção de faltas entre fases e entre fases e terra, com temporizadores independentes por zona;

b) Função de sobrecorrente direcional de neutro (67N), com unidades instantâneas e temporizadas para complementação da proteção de distância para faltas a terra independentes das funções de medição de distância;

c) Função para a detecção de faltas que ocorram durante a energização da LINHA DE TRANSMISSÃO (50LP - switch onto fault); e

d) Função para detecção de oscilações de potência e bloqueio das unidades de distância (68OSB).

Se a PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA for realizada por relés de distância, o esquema de teleproteção deve atender aos seguintes requisitos:

a) A seleção da(s) lógica(s) de teleproteção a ser(em) adotada(s) em cada caso deve levar em conta o SISTEMA de telecomunicação utilizado, os efeitos das variações das impedâncias das fontes, o comprimento relativo da LINHA DE TRANSMISSÃO, acoplamentos magnéticos com outras LINHAS DE TRANSMISSÃO e a existência de compensação série;

b) A unidade instantânea da proteção de sobrecorrente direcional de neutro (67 N) deve atuar incorporada ao esquema de teleproteção selecionado sempre que possível utilizando canal de teleproteção independente;

c) Em esquemas de teleproteção por sobrealcance devem ser utilizadas lógicas de bloqueio temporário para evitar operação indevida durante a eliminação seqüencial de faltas em LINHA DE TRANSMISSÃO paralelas (transient blocking);

d) Os esquemas de teleproteção do tipo permissivo por sobrealcance devem ter lógicas para a devolução de sinal de disparo (echo) e para proteção de terminais com fraca alimentação (weak infeed).

As PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS devem detectar faltas entre fases e entre fases e terra, para 100% da extensão da LINHA DE TRANSMISSÃO protegida, sem retardo de tempo intencional.

As PROTEÇÕES GRADATIVAS OU IRRESTRITAS devem ser compostas por relés de distância (21/21N), para defeitos entre fases e fase-terra e por relé de sobrecorrente direcional de neutro (67N). Devem atender aos requisitos já mencionados e possibilitar efetiva PROTEÇÃO DE RETAGUARDA para a LINHA DE TRANSMISSÃO protegida e para o barramento remoto, mantida a coordenação com a proteção dos COMPONENTES adjacentes.

2 Numeração indicadora da função conforme Norma IEEE Standard Electrical Power System Device Function Numbers and Contact Designations, C37.2-1996.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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Terminais de LINHAS DE TRANSMISSÃO conectados a barramentos com arranjos do tipo disjuntor e meio ou anel devem ter função para proteção do trecho de LINHA DE TRANSMISSÃO que permanece energizado quando a chave isoladora da LINHA DE TRANSMISSÃO estiver aberta e seus disjuntores fechados (stub bus protection).

1.4.4.2 Adequação do SISTEMA DE PROTEÇÃO das extremidades de uma LINHA DE TRANSMISSÃO

Nos SISTEMAS DE PROTEÇÃO de LINHA DE TRANSMISSÃO com recursos de telecomunicação – esquema com comunicação relé a relé, teleproteção, proteções diferenciais, etc. –, os relés e equipamentos instalados em ambos os terminais da LINHA DE TRANSMISSÃO devem ser considerados para a operação como um conjunto único, devendo ser integrados e idênticos entre si quando comparadas as duas extremidades da LINHA DE TRANSMISSÃO. Este requisito deve ser observado tanto para os equipamentos de telecomunicação quanto para os relés de proteção.

Em um terminal é admissível a utilização de equipamentos para a PROTEÇÃO PRINCIPAL diferentes dos, para a PROTEÇÃO ALTERNADA – ou para a PROTEÇÃO DE RETAGUARDA –, desde que se atenda ao requisito explicitado no parágrafo anterior.

Na implantação de nova subestação decorrente de seccionamento de LINHA DE TRANSMISSÃO com a inclusão de novas ENTRADAS DE LINHA devem-se adequar as proteções das ENTRADAS DE LINHA existentes ao requisito especificado nos parágrafos anteriores, tanto pela aquisição e implantação de novos SISTEMAS DE PROTEÇÕES como pelo remanejamento das proteções existentes.

1.4.4.3 LINHAS DE TRANSMISSÃO em 138 kV

Para as entradas de linha em 138 kV, a TRANSMISSORA deve atender os requisitos de proteção da CONCESSIONÁRIA ao qual o circuito se conectará.

1.4.4.4 Esquemas de religamento automático

1.4.4.4.1 Requisitos gerais

Todas as LINHAS DE TRANSMISSÃO devem ser dotadas de esquemas para religamento automático tripolar.

Os esquemas de religamento automático devem atender à seguinte filosofia:

a. Em subestações com arranjo em anel, barra dupla com disjuntor duplo ou disjuntor e meio deve-se prever a possibilidade de religamento em qualquer dos disjuntores adjacentes à LINHA DE TRANSMISSÃO.

b. O relé ou função de religamento deve ter temporizador para ajuste de tempo morto de religamento.

c. Uma vez iniciado um determinado ciclo de religamento, somente deve ser permitido um novo ciclo depois de decorrido um tempo mínimo ajustável, que se iniciará com a abertura do disjuntor.

d. O SISTEMA DE PROTEÇÃO deve ter meios para, opcionalmente, realizar o religamento automático apenas quando da ocorrência de curtos-circuitos internos fase-terra.

e. Em subestações com arranjo do tipo anel ou disjuntor e meio devem ser previstas facilidades (chave seletora ou através do sistema de controle) para a colocação ou retirada de serviço do religamento e a seleção do disjuntor a religar.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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f. O ciclo de religamento automático deve ser iniciado exclusivamente após a eliminação de faltas internas por proteções de alta velocidade ou instantâneas, não devendo ser iniciados quando de aberturas manuais de disjuntores, operação de funções gradativas de proteção, faltas nos barramentos, atuações de proteções para falha de disjuntor, recepção constante de transferência de disparo do terminal remoto, atuações de proteção de sobretensão e proteções de disparo por perda de sincronismo. Quando for o caso, o ciclo iniciará a partir da eliminação de faltas por atuação das proteções dos reatores de linha ou transformadores/autotransformadores.

g. Deve ser prevista a possibilidade de seleção de qualquer um dos terminais da LINHA DE TRANSMISSÃO para religar primeiro (terminal líder). Esse religamento deve ocorrer depois de transcorrido o tempo morto ajustado. O outro terminal (terminal seguidor) deve religar com a verificação de sincronismo. Para permitir a seleção do terminal líder, ambos os terminais devem ser equipados com esquemas de religamento e relés de verificação de sincronismo. O terminal líder deve religar somente se não houver tensão na LINHA DE TRANSMISSÃO. O terminal seguidor deve religar somente depois da verificação de sincronismo, se houver nível de tensão adequado do lado da LINHA DE TRANSMISSÃO.

h. Qualquer ordem de disparo iniciada por proteção deverá desligar os três pólos do disjuntor e iniciar o ciclo de religamento.

i. O comando de fechamento tripolar de disjuntores deve ser supervisionado por funções de verificação de sincronismo e de subtensão e sobretensão.

No caso de utilização de religamento automático monopolar devem ser atendidos, adicionalmente, as seguintes condições:

a. O desligamento e o religamento dos dois terminais da LINHA DE TRANSMISSÃO devem ser monopolares para faltas monofásicas e tripolares para os demais tipos de faltas. Caso não haja sucesso no ciclo de religamento o desligamento deve ser tripolar. Nesse esquema deve haver opção também para religamento apenas tripolar. Na opção tripolar, qualquer ordem de disparo iniciada por proteção deve desligar os três pólos do disjuntor e iniciar o ciclo de religamento.

b. O esquema de religamento deve permitir ajustes independentes do tempo morto de religamento tanto para o religamento monopolar quanto para o tripolar;

c. Durante o período de operação com fase aberta imposto pelo tempo morto do religamento monopolar, qualquer ordem de disparo deve ser tripolar, cancelando o religamento da LINHA DE TRANSMISSÃO;

d. No caso de utilização de esquemas de teleproteção em sobrealcance, com funções direcionais de sobrecorrente de neutro (seqüência zero e/ou negativa), deve ser previsto o bloqueio dessas funções durante o período de operação com fase aberta;

e. Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem permitir a correta seleção de fases defeituosas para comandar o desligamento do disjuntor de forma monopolar ou tripolar.

1.4.4.4.2 Função para verificação de sincronismo

A função para verificação de sincronismo deve permitir o ajuste do tempo total de religamento, considerando a contagem de tempo desde a abertura do disjuntor e incluindo os tempos mortos típicos para a respectiva classe de tensão. Além disso, deve possibilitar ajustes da diferença de tensão, defasagem angular, diferença de freqüência e permitir a seleção das seguintes condições para fechamento do disjuntor:

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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Barra viva - linha morta.

Barra morta - linha viva.

Barra viva – linha viva.

Barra morta - linha morta.

1.4.4.4.3 Requisitos para verificação de sincronismo manual.

As instalações devem ser providas de dispositivo para a verificação das condições de sincronismo para o fechamento manual de seu(s) disjuntor(es).

No caso de AMPLIAÇÃO DA REDE BÁSICA ou modificação da instalação devem ser instalados os transformadores de instrumentos, eventualmente necessários para a realização da função de sincronização.

O dispositivo de sincronização deve atender aos seguintes requisitos:

Permitir o fechamento do disjuntor com temporização ajustável, após verificar que os seus terminais estão sincronizados (sistema em anel), e a diferença entre as tensões dos dois terminais (módulo e ângulo de fase) está dentro dos limites ajustados;

Permitir o fechamento instantâneo do disjuntor, após verificar que a diferença entre as tensões (módulo e ângulo de fase) e a diferença da freqüência dos dois terminais, está dentro dos limites ajustados (sistema não sincronizado);

Contar com diferentes grupos de ajustes, de modo a permitir o fechamento de sistemas em anel com diferenças de ângulo de fase das tensões distintas, dependendo do equipamento a ser conectado;

Permitir o fechamento nas condições em que um ou ambos os lados do disjuntor estejam sem tensão – “barra viva-linha morta”, “barra morta-linha viva” ou “barra morta-linha morta”; e

exteriorizar as grandezas de tensão e freqüência de ambos os lados do disjuntor a sincronizar, a diferença de ângulo de fase e o desvio de freqüência entre seus terminais, bem como a indicação das condições de sincronização, de forma a permitir a adoção de medidas operativas para atingir a condição de sincronização.

1.4.5 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES / AUTOTRANSFORMADORES

Compreende o conjunto de relés e acessórios necessários e suficientes para a eliminação de todos os tipos de faltas internas - para a terra, entre fases ou entre espiras - em transformadores de dois ou três enrolamentos ou em autotransformadores. Devem prover também PROTEÇÃO DE RETAGUARDA para falhas externas e internas à sua zona de proteção e dos dispositivos de supervisão próprios de temperatura de enrolamento e de óleo, válvulas de alívio de pressão e relé de gás.

1.4.5.1 Autotransformadores cujo mais alto nível de tensão nominal é igual ou superior a 345 kV

Todo transformador/autotransformador que tiver seu mais alto nível de tensão nominal igual ou superior a 345 kV deve dispor de três conjuntos de SISTEMA DE PROTEÇÃO:

a. PROTEÇÃO PRINCIPAL, que se compõe de PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA e de PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA;

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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b. PROTEÇÃO ALTERNADA, que se compõe de PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA e de PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA; e

c. PROTEÇÃO INTRÍNSECA.

O tempo total de eliminação de faltas - incluindo o tempo de operação do relé de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores do transformador/autotransformador, pelas PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS, não deve exceder a 120 ms.

As funções diferenciais (87) dos SISTEMAS DE PROTEÇÃO PRINCIPAL E ALTERNADA devem utilizar os enrolamentos dos transformadores de corrente localizados próximos aos disjuntores do transformador/autotransformador de potência. As zonas de proteção das funções diferenciais devem se superpor com as zonas de proteção dos barramentos adjacentes.

As PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS compostas por relés diferenciais devem ter as seguintes funções:

Função diferencial percentual (87) com atuação individual por fase com:

- Número de circuitos de restrição igual ao número de transformadores de corrente da malha diferencial; e

- Restrição da atuação para correntes de magnetização (corrente de magnetização transitória e sobreexcitação) e desempenhos transitórios desiguais de transformadores de corrente.

As PROTEÇÕES GRADATIVAS OU IRRESTRITAS devem ter as seguintes funções:

Funções de sobrecorrente temporizada de fase (51) e de neutro (51N) vinculadas a cada um dos enrolamentos do transformador/autotransformador;

Funções de sobrecorrente temporizada de terra (51G) vinculadas a cada ponto de aterramento do transformador/autotransformador; e

Funções de sobretensão de seqüência zero (59G) vinculada ao enrolamento terciário ligado em delta, para alarme de faltas à terra.

A PROTEÇÃO INTRÍNSECA deve possuir as seguintes funções e características:

Função para detecção de faltas internas que ocasionem formação de gás (63) ou aumento da pressão interna (20);

Função de sobretemperatura do óleo (26) com dois níveis de atuação (advertência e urgência); e

Função de sobretemperatura do enrolamento (49) com dois níveis de atuação (advertência e urgência).

A atuação dos SISTEMAS DE PROTEÇÃO deve atender à seguinte filosofia:

a. As PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS e as funções para detecção de faltas internas no transformador/autotransformador de potência integrantes da PROTEÇÃO INTRÍNSECA devem comandar a abertura e bloqueio de todos os disjuntores do transformador/autotransformador de potência;

b. As PROTEÇÕES GRADATIVAS OU IRRESTRITAS devem comandar a abertura apenas do(s) disjuntor(es) do respectivo enrolamento;

c. Os níveis de advertência e urgência das funções de sobretemperatura, integrantes da PROTEÇÃO INTRÍNSECA, devem ser utilizados para indicação e alarme; e

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d. Os níveis de urgência podem ser utilizados para comandar a abertura e bloqueio de todos os disjuntores do transformador/autotransformador de potência, por meio de temporizadores independentes.

1.4.5.2 Transformadores / autotransformadores cujo mais alto nível de tensão nominal é inferior a 345 kV

Os transformadores/autotransformadores devem dispor de três conjuntos independentes de SISTEMA DE PROTEÇÃO:

PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA;

PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA;

PROTEÇÃO INTRÍNSECA.

O tempo total de eliminação de faltas - incluindo o tempo de operação do relé de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores do transformador ou autotransformador pela PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA não deve exceder a 150 ms. A função diferencial (87) da PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA deve utilizar enrolamentos dos transformadores de corrente localizados próximos aos disjuntores do transformador ou autotransformador de potência de forma a incluir em sua zona de proteção as ligações entre os disjuntores e o transformador ou autotransformador de potência. A zona de proteção dessa função deve se superpor às zonas de proteção dos barramentos adjacentes. As PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS compostas por relés diferenciais devem ter as seguintes funções:

Função diferencial percentual (87) com atuação individual por fase com:

- Número de circuitos de restrição igual ao número de transformadores de corrente da malha diferencial; e

- Restrição da atuação para correntes de magnetização (corrente de mangnetização transitória e sobreexcitação) e desempenhos transitórios desiguais de transformadores de corrente.

As PROTEÇÕES GRADATIVAS OU IRRESTRITAS devem ter as seguintes funções:

Funções de sobrecorrente temporizada de fase (51) e de neutro (51N) vinculadas a cada um dos enrolamentos do transformador/autotransformador;

Funções de sobrecorrente temporizada de terra (51G) vinculadas a cada ponto de aterramento do transformador/autotransformador; e

Funções de sobretensão de seqüência zero (59G) vinculada ao enrolamento terciário ligado em delta, para alarme de faltas à terra;

A PROTEÇÃO INTRÍNSECA deve possuir as seguintes funções e características:

Função para detecção de faltas internas que ocasionem formação de gás (63) ou aumento de pressão interna (20);

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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Função de sobretemperatura do óleo (26) com dois níveis de atuação (advertência e urgência); e

Função de sobretemperatura do enrolamento (49) com dois níveis de atuação (advertência e urgência).

A atuação dos SISTEMAS DE PROTEÇÃO deve atender à seguinte filosofia: A PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA e as funções para detecção de faltas internas ao transformador/autotransformador de potência, integrantes da PROTEÇÃO INTRÍNSECA, devem comandar a abertura e bloqueio de todos os disjuntores do transformador/autotransformador de potência; A PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA deve comandar a abertura apenas do(s) disjuntor(es) do respectivo enrolamento; Os níveis de advertência e urgência das funções de sobretemperatura, integrantes da PROTEÇÃO INTRÍNSECA, devem ser utilizados para indicação e alarme; Os níveis de urgência podem ser utilizados para comandar a abertura e bloqueio de todos os disjuntores do transformador/autotransformador de potência, por meio de temporizadores independentes.

1.4.6 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS

O SISTEMA DE PROTEÇÃO de barramentos compreende o conjunto de relés e acessórios necessários e suficientes para detectar e eliminar todos os tipos de faltas nas barras, com ou sem resistência de falta.

Cada barramento da instalação – com exceção dos barramentos com arranjo em anel – deve ter pelo menos um conjunto independente de PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA.

Em subestação com arranjo do tipo barra dupla com disjuntor simples, a proteção deve ser global e adaptativa, desligando apenas os disjuntores conectados ao barramento defeituoso, para qualquer configuração operativa por manobra de secionadoras.

A PROTEÇÃO DE RETAGUARDA para faltas nos barramentos deve ser realizada pela PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA dos terminais remotos das LINHAS DE TRANSMISSÃO e equipamentos ligados ao barramento.

O tempo total de eliminação de faltas – incluindo o tempo de operação do SISTEMA DE PROTEÇÃO do barramento, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores - não deve ser superior a 100 ms, para barramentos de tensões nominais iguais ou superiores a 345 kV e a 150 ms para os níveis de tensão nominal inferiores.

No caso de falha da PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA do barramento, o tempo total para que as PROTEÇÕES DE RETAGUARDA eliminem faltas no barramento não deve ser superior a 500 ms, para barramentos de tensões nominais iguais ou superiores a 345 kV, e a 600 ms, para os níveis de tensão nominais inferiores.

O SISTEMA DE PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA deve ter as seguintes funções e características:

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a. Ter proteção com princípio diferencial, por sobrecorrente diferencial percentual ou alta impedância (87), ou comparação de fase, para cada uma das três fases;

b. Ser alimentado por núcleos dos transformadores de corrente independentes das demais funções de proteção;

c. Ter imunidade para os diferentes níveis de saturação dos transformadores de corrente, com estabilidade para faltas externas e sensibilidade para faltas internas;

d. Ter supervisão para os enrolamentos secundários dos transformadores de corrente dentro de sua área de proteção, com bloqueio de atuação e alarme para o caso de abertura de circuito secundário; e

e. Ser seletivo, para desligar apenas os disjuntores conectados à seção defeituosa do barramento.

O SISTEMA DE PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA deve desligar e bloquear o fechamento de todos os disjuntores do barramento protegido.

Novos vãos em subestações existentes devem se adequar ao sistema de proteção de barra já instalado. Havendo impossibilidade, o sistema de proteção de barra deve ser substituído.

1.4.7 SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR

Todo disjuntor da subestação deve ser protegido por esquema para falha de disjuntor.

O esquema do SISTEMA DE PROTEÇÃO para falha de disjuntor pode ser integrado ao SISTEMA DE PROTEÇÃO de barramentos.

O tempo total para a eliminação de faltas pelo esquema de falha de disjuntores, incluindo o tempo de operação do relé de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores, não deve exceder a 250 ms, para os níveis de tensão nominal igual ou superior a 345 kV, e a 300 ms para os níveis de tensão nominal inferiores a 345 kV.

O SISTEMA DE PROTEÇÃO para falha de disjuntores deve ter funções de detecção de corrente (50BF) e de temporização (62BF), que podem ser integradas aos SISTEMAS DE PROTEÇÃO das LINHAS DE TRANSMISSÃO e demais equipamentos, além de relé(s) de bloqueio (86BF). Deve atender, ainda, à seguinte filosofia:

a. Ser acionado por todas as proteções do disjuntor protegido;

b. Promover novo comando de abertura no disjuntor protegido (retrip), antes da atuação no relé de bloqueio;

c. Comandar, para a eliminação da falha, a abertura e o bloqueio do fechamento do número mínimo de disjuntores adjacentes ao disjuntor defeituoso, e promover, se necessário, a transferência direta de disparo para o(s) disjuntor(es) remoto(s).

Em transformadores/autotransformadores e reatores devem ser previstas lógicas de paralelismo entre os contatos representativos de estado dos disjuntores e os contatos das unidades de supervisão de corrente (50BF), de forma a viabilizar a atuação do esquema de falha de disjuntor para todos os tipos de defeitos nesses equipamentos, inclusive nos que não são capazes de sensibilizar os relés de supervisão de corrente do referido esquema.

O SISTEMA DE PROTEÇÃO para falha de disjuntores não deve ser acionado por comando manual do disjuntor nem por eventuais SISTEMAS Especiais de Proteção – SEP.

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1.4.8 SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO

O SISTEMA Especial de Proteção - SEP, a ser definido nos estudos pré-operacionais do ONS, deve ser implementado por Unidades de Controle Digital (UCD), específico para processar emergências envolvendo o SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL - SIN.

Deve existir um SEP para cada subestação.

As características descritas a seguir são específicas para o SEP e devem ser rigidamente observadas pela TRANSMISSORA:

As UCDs devem ser funcionalmente independentes das demais unidades do SISTEMA de Proteção Controle e Supervisão (SPCS) no que diz respeito ao desempenho das suas funções. Estas unidades devem estar conectadas à Via de dados (VDD) somente para enviar e receber informações que devem ser exibidas nas Unidades de Supervisão e Operação (USO) das subestações e dos Centros de Operação;

Os SEPs das subestações devem estar diretamente conectados entre si e com os SEPs das demais subestações, incluindo as hoje existentes no sistema. Cada SEP deve ser dotado de um mínimo de cinco portas seriais padrão RS-232C com Protocolo de Comunicação IEC-870-5-101 encapsulado em TCP-IP;

Esta conexão deve ser dedicada à função (SEP) e deve atender aos seguintes requisitos de tempo de resposta:

- O tempo máximo (total) estimado para tomada de decisão de um SEP de determinada Subestação, em função da alteração de entradas digitais e / ou violação dos limites estabelecidos para as funções supervisionadas ocorridos em outra subestação, incluídos os tempos de comunicação, deve ser menor ou igual a 200 ms;

- Dentro de uma mesma subestação o tempo de atuação deve ser menor ou igual a 20 ms.

Caso a UCD proposta para o SEP não consiga desempenhar as funções especificadas a seguir, a TRANSMISSORA deve instalar os relés de proteção em quantidade e tipo necessários e suficientes para cumprir estas funções. Estes relés devem, também, ser exclusivos para a função SEP, não podendo ser compartilhados com o SPCS.

As seguintes funções devem ser desempenhadas pelas UCDs:

Função Direcional de Potência (para as LINHAS DE TRANSMISSÃO):

- Atuação trifásica ou por fase;

- Curva característica de tempo inversa;

- Possibilidade de inversão da direcionalidade;

- Facilidade de ajuste quanto ao ponto de atuação em termos de potência (W) ou corrente (A);

- Dotado de saídas independentes para alarme e desligamento com reset local e remoto;

- Interface com fibra óptica.

Função de Sub e Sobretensão (para as barras):

- Atuação por fase;

- Característica de tempo definido;

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- Ajuste contínuo da função 27 na faixa de 0,3 a 0,8 da tensão nominal e da função 59 de 1,1 a 1,6 da tensão nominal;

- Exatidão melhor que 2%;

- Interface com fibra óptica.

Função de Sub e Sobrefreqüência:

- Possuir 04 estágios de freqüência independentes;

- Faixa de ajuste mínima para cada estágio de operação: de 50 Hz a 70 Hz, ajustável em intervalos de 0,01 Hz;

- Exatidão de ± 0,005 Hz do valor ajustado;

- A operação da unidade deverá ser bloqueada por subtensão, ajustável de 40 % a 80 % da tensão nominal;

- Cada unidade deve ser fornecida com funções para alarme e desligamento;

- A atuação dessa unidade só deve ser possível após um período de avaliação não inferior a 3 (três) ciclos, de forma a eliminar eventuais atuações indevidas provocadas por componente aperiódica ou outros transitórios na onda de tensão;

- O tempo máximo de rearme dessa unidade deve ser de 50 ms;

- O erro máximo admissível para cada temporizador deve ser de ± 5 %;

- Circuitos de medição e saída independentes por estágios de atuação;

- Interface com fibra óptica.

Devem ser disponibilizados os seguintes dados para ligação ao controlador lógico programável (CLP) do SISTEMA:

Entradas analógicas:

- Fluxo de potência ativa em todas as LINHAS DE TRANSMISSÃO, geradores e transformadores/autotransformadores;

- Tensão em todas as seções de barramento.

Entradas digitais:

- Indicação de estado (com dois contatos) de disjuntores, chaves seccionadoras, chaves de seleção de corte dos geradores (para usinas);

- Indicação da atuação da proteção.

Saídas de controle:

Dois contatos para comando de abertura por disjuntor.

Caso os estudos pré-operacionais desenvolvidos pelo ONS, por ocasião da entrada em operação do empreendimento, não indiquem a necessidade de instalação de SEP, a TRANSMISSORA fica liberada desse fornecimento imediato. Essa liberação fica condicionada ao seu fornecimento, durante todo o período de concessão do empreendimento, sem direito a receita adicional, se assim for recomendado pelo ONS, em função de necessidades sistêmicas.

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Se o empreendimento em questão estiver em área com SEP em operação, a TRANSMISSORA deverá verificar a necessidade de compatibilização do SEP a ser implantado com o existente.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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1.5 SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

1.5.1 INTRODUÇÃO

Este item descreve os requisitos de supervisão e controle que devem ser implantados para que seja assegurada a plena integração da supervisão e controle dos novos equipamentos à supervisão dos equipamentos existentes, garantindo-se, com isto, uma operação segura e com qualidade do sistema elétrico interligado. Assim, são de responsabilidade do agente a aquisição e instalação de todos os equipamentos, softwares e serviços necessários para a implementação dos requisitos especificados neste item e para a implementação dos recursos de telecomunicações, cujos requisitos são descritos em item à parte.

Os requisitos de supervisão e controle são divididos em:

Requisitos gerais de supervisão e controle dos agentes, detalhados em requisitos gerais, interligação de dados e, recursos de supervisão e controle dos agentes.

Requisitos para a supervisão e controle de equipamentos pertencentes à rede de operação, divididos em interligação de dados, informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico, informações e telecomandos requeridos para o Controle Automático de Geração (CAG), telecomandos requeridos para o Controle Automático de Tensão (CAT), requisitos de qualidade de informação e, parametrizações.

Requisitos para o sequenciamento de eventos (SOE), divididos em interligação de dados, informações requeridas para o sequenciamento de eventos e, requisitos de qualidade dos eventos.

Requisitos de supervisão do agente proprietário de instalações (subestações) compartilhadas da rede de operação.

Avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de supervisão e controle, divididos em item geral, conceito de indisponibilidade de recursos de supervisão e controle, conceito de qualidade dos recursos de supervisão e controle e, indicadores.

Requisitos de atualização das bases de dados dos SISTEMAS de supervisão e controle do ONS, divididos em requisitos para cadastramento dos equipamentos e, requisitos para teste de conectividade da(s) interconexão(ões) e testes ponto a ponto.

1.5.2 REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES

1.5.2.1 Requisitos Funcionais

Todas as informações transferidas pelos agentes para o ONS, exceto quando houver orientações explícitas do ONS em contrário, devem corresponder aos dados coletados nas INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO, que não devem passar por qualquer processamento prévio, como:

a. Cálculos a partir de outras informações, exceção feita para os cálculos de conversão para valores de engenharia;

b. Filtragens;

c. Substituições por resultados do estimador de estado;

d. Entradas manuais feitas pelo agente.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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Todas as telemedições e sinalizações de estado, especificadas posteriormente neste Anexo, devem ter indicadores de qualidade do dado relativos à coleta, descrevendo as condições de supervisão local (dado fora de varredura, dado inválido, dado sob entrada manual, etc.).

Cabe ao ONS definir o conjunto de protocolos de comunicação a ser adotado nas interligações de dados, e ao agente escolher um deles para suas interligações com ONS. Os seguintes protocolos deverão ser suportados pelos agentes, conforme apropriado:

a. Para comunicação com remotas: IEC 870-5-101/104 ou DNP V3.0;

b. Para interligação com outros centros de controle: ICCP.

Os CD (Concentradores de Dados), se utilizados, devem ser capazes de identificar o estado operacional de todos os SISTEMAS hierarquicamente a ele subordinados e de transferir essas informações para o ONS.

Os centros de operação do ONS identificam o estado operacional das UTR (Unidade Terminal Remota) e dos CD diretamente a eles conectados a partir das trocas de informações nas correspondentes interligações de dados. Esse estado é modelado como sinalização de estado nas bases de dados de seus SISTEMAS de supervisão e controle.

Ainda no caso de uso de CD para atendimento ao CAT e, quando acordado com o ONS, ao CAG, esses concentradores devem ser capazes de rotear automaticamente telecomandos emanados pelo ONS para as instalações, sem intervenções manuais.

Os SSCL (Sistema de Supervisão e Controle Local) ou as UTR de cada instalação com equipamentos na rede de operação devem:

a. Ter seus relógios internos ajustados com exatidão melhor ou igual a 1 (um) ms, com sincronismo por GPS (Sistema de Posicionamento Global). Os SISTEMAS que atendam exclusivamente à supervisão de equipamentos da rede de supervisão não integrantes da rede de operação não precisam atender a esse requisito;

b. Ter tempo máximo de reinicialização de 5 (cinco) minutos;

c. Ser dimensionados para não perder eventos da SOE. Se ocorrer uma avalanche de eventos, todos os eventos devem ser transferidos para o ONS em até 5 (cinco) minutos.

1.5.2.2 Interligação de dados

Conceito

Considera-se como interligação de dados o conjunto de equipamentos e SISTEMAS que se interponham entre o ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo e cada um dos centros citados neste edital.

Este conjunto poderá abranger, entre outros, os seguintes equipamentos:

SISTEMAS de Supervisão e Controle Locais (SSCL) ou UTR em usinas e subestações;

CD que podem ser SISTEMAS de supervisão e controle de um agente;

Enlace de dados, ponto-a-ponto ou via redes tipo WAN (“Wide Área Network”), entre quaisquer destes SISTEMAS;

Equipamentos de interfaceamento com comunicações (modems, roteadores ou equivalentes) no centro de operação designado pelo ONS.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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Requisitos

É responsabilidade do agente prover todas as interligações de dados necessárias para atender aos requisitos de supervisão e controle especificados.

As interligações de dados entre o(s) centro(s) de operação do ONS e as diversas instalações a serem supervisionadas pelo ONS são definidas pelos agentes e apresentadas ao ONS, devendo estar em conformidade com os requisitos de supervisão e controle apresentados neste edital.

São exigidos requisitos diferentes para diferentes tipos de recursos de supervisão e controle, o que pode levar à necessidade de uso de interligações com características distintas, quais sejam:

a. Interligações para atender aos requisitos do CAG.

Estas interligações apresentam as seguintes peculiaridades:

Estão restritas às instalações necessárias à operação do CAG, normalmente usinas e subestações que interligam áreas de controle distintas;

Cada interligação transporta um conjunto de dados relativamente pequeno, com uma ordem de grandeza que varia de uma unidade a algumas dezenas;

Devem ser configuradas como uma ligação direta entre o(s) centro(s) de operação do ONS e as instalações, não sendo aceitável o uso de CD, exceto quando acordado com o ONS;

Exigem taxas de transferências de dados relativamente altas, com períodos de aquisição de no máximo 2 (dois) segundos;

Em virtude de suas características, podem requerer equipamentos especiais nas instalações para a recepção de telecomandos e a aquisição e transferência das informações para o ONS;

Excepcionalmente, mediante acordo firmado caso a caso com o ONS, essas interligações poderão ser compartilhadas com as interligações utilizadas para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle, desde que atendidos todos os requisitos de CAG.

b. Interligações para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle.

São as interligações comumente utilizadas para a aquisição de dados eletro-energéticos pelos SISTEMAS de supervisão e controle, que se caracterizem por:

Cobrirem todas as instalações (usinas e subestações) sob responsabilidade de um determinado centro de operação do ONS;

Transportarem informações com períodos de aquisição que variam de poucos segundos a vários minutos e, em alguns casos, ações de controle;

Abrangem um grande volume de dados;

Conectam as instalações, CD ou centros de operação do agente aos centros de operação do ONS.

c. As interligações para atender à SOE, caracterizam-se por transportar as informações de seqüência de eventos coletadas nas instalações quando da ocorrência de perturbações e devem ser transferidas aos centros de operação do ONS, em tempo real, pela mesma interligação de dados utilizada para atender aos requisitos de supervisão e controle. Para as informações

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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definidas para trafegarem neste tipo de interligação (SOE), é vetada a passagem por qualquer tipo de processamento, como filtragem ou cálculos.

d. Além dessas interligações, existem interligações que trafegam informações com alta taxa de aquisição utilizada pelo ONS para a detecção de ilhamento. As informações transferidas se constituem em medições de freqüência em Hz em barramentos selecionados da REDE BÁSICA. Para essas interligações, o agente se responsabiliza pela disponibilidade da medição na instalação. Um acordo entre o agente e o ONS, estabelecido caso a caso, define a forma e os recursos que serão utilizados para a transferência das informações ao ONS.

1.5.2.3 Recursos de supervisão e controle dos agentes

Entenda-se como recurso de supervisão e controle dos agentes o conjunto formado por:

Ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo, ou seja, transdutores, relés de interposição, reguladores de velocidade / potência e outros equipamentos;

Interligação de dados, ou seja, o conjunto de equipamentos e SISTEMAS que se interponham entre o ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo e os computadores de comunicação do centro de operação do ONS.

Os agentes proprietários de equipamentos enquadrados em algum item deste edital devem fornecer os recursos necessários para atender os requisitos de supervisão e controle exigidos pelo ONS, incluindo as interligações de dados.

Para a entrada em operação de novos empreendimentos, é necessário que sejam atendidos todos os requisitos definidos neste edital e os recursos devem estar completamente testados e prontos para operar junto com os demais equipamentos do empreendimento.

Os SSCL ou UTR devem atender aos requisitos de supervisão e controle exigidos pelo ONS, apresentados neste edital.

Os SISTEMAS de transmissão de dados utilizados nas interligações de dados devem atender aos requisitos descritos neste anexo técnico, no item “Requisitos técnicos do SISTEMA de telecomunicações”.

1.5.3 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À

REDE DE OPERAÇÃO

Este item define os requisitos de supervisão e controle necessários às funções de supervisão e controle do ONS, aplicáveis aos equipamentos pertencentes à rede de operação. Os requisitos necessários à função de seqüenciamento de eventos são objetos de um item à parte.

1.5.3.1 Interligação de dados

Os recursos especificados neste subitem devem ser disponibilizados, através das seguintes interligações de dados, conceituadas anteriormente:

a. Interligações para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle;

b. Interligações para atender aos requisitos do CAG.

1.5.3.2 Informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico

Os requisitos necessários ao sequenciamento de eventos são tratados em um item a parte.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 419 de 701

Para cada equipamento da rede de operação, as seguintes informações de grandezas analógicas e de sinalizações de estado devem ser transferidas para o SISTEMA de supervisão e controle do centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação desse centro, conforme especificado a seguir:

Medições analógicas

Todas as medições deverão ser feitas de forma individualizada e transferidas periodicamente aos centros de operação.

O período de transferência deve ser parametrizável por centro, devendo os SISTEMAS ser projetados para suportar períodos de aquisição de pelo menos 4 segundos e, em alguns casos, de 6 (seis) segundos, períodos esses definidos em comum acordo entre o agente e o ONS.

As seguintes medições devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação:

1 (uma) medição do módulo de tensão fase-fase em kV de cada secção de barramento que possa formar um nó elétrico ou, caso seja adotado o arranjo em anel, uma medição do módulo de tensão fase-fase em kV nos terminais de cada equipamento que a ele se conectem (LINHAS DE TRANSMISSÃO, transformadores/autotransformadores, etc.);

A medição de tensão deve ser reportada ao ONS como sendo fase-fase, no entanto, este valor pode ser obtido por cálculo a partir de uma medição fase-neutro;

1 (uma) medição do módulo de tensão fase-fase em kV no ponto de conexão entre a LINHA DE TRANSMISSÃO e a(s) compensação(ões) série, caso a instalação contemple compensação série na(s) LINHA(S) DE TRANSMISSÃO;

Potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar em todas as LINHAS DE TRANSMISSÃO;

Corrente em uma das fases em ampere nos terminais de todas as LINHAS DE TRANSMISSÃO;

1 (uma) medição do módulo de tensão fase-fase em kV de cada terminal de LINHA DE TRANSMISSÃO;

Potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar e corrente em uma das fases em ampéres de todos os enrolamentos de transformadores/autotransformadores;

Potência trifásica reativa em Mvar de todos os equipamentos de compensação reativa dinâmicos, tais como compensadores síncronos e compensadores estáticos controláveis;

Posição de tape de transformadores/autotransformadores equipados com comutadores sob carga. Casos excepcionais de não disponibilização desta informação poderão ser admitidos apenas mediante inviabilidade técnica comprovada;

1 (uma) medição do módulo de tensão fase-fase em kV para transformadores/autotransformadores, excetuando-se aquele na fronteira da rede de operação. Esta medição deve ser no lado ligado à barra de menor potência de curto-circuito, geralmente o de menor tensão, caso o ONS não explicite que seja no outro lado do transformador/autotransformador.

Sinalização de estado

Devem ser considerados os estados referentes:

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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a. A todos os disjuntores e chaves utilizados nos barramentos e nas conexões de equipamentos da rede de operação, aí incluídas as chaves de by pass. Esse requisito é aplicável tanto a sistemas de geração e transmissão em corrente alternada quanto a sistemas de transmissão em corrente contínua (incluindo filtros), sendo que, para os disjuntores, é necessário que a sinalização seja acompanhada do selo de tempo;

b. Aos estados operacionais e alarmes dos equipamentos utilizados nos SISTEMAS especiais de proteção. Se esses SISTEMAS tiverem atuações em instalações fora da rede de operação, devem ser buscadas alternativas de monitoração, definidas em comum acordo entre o ONS e o agente;

c. Aos relés de bloqueio, com selo de tempo;

d. Ao estado operacional de dispositivos de controle de FACTS, tais como os power oscillation dampers das compensações série de LINHAS DE TRANSMISSÃO;

e. Ao estado dos comutadores sob carga (em automático/manual/remoto);

f. Aos alarmes de temperatura de rotor e estator de compensadores síncronos;

g. Aos alarmes de temperatura de enrolamento e óleo de transformadores/autotransformadores e reatores;

h. Ao estado operacional de UTR e SSCL diretamente subordinados a CD.

Ainda com relação à sinalização de estado, devem-se observar os seguintes requisitos:

a. O SISTEMA de supervisão e controle da instalação ou a UTR ou o CD, se utilizado, deve estar apto a responder a varreduras de integridade feitas pelo ONS, que podem ser periódicas, com período parametrizável, tipicamente a cada 1 (uma) hora, sob demanda ou por evento, como por exemplo, uma reinicialização dos recursos de supervisão e controle do ONS.

b. Os SSCL ou as UTR de cada instalação com equipamentos na rede de operação devem ser capazes de armazenar o selo de tempo das sinalizações com uma exatidão melhor ou igual a 1 (um) ms, utilizando o relógio interno do SISTEMA que deve ter a exatidão especificada no item “Requisitos gerais dos SISTEMAS de supervisão dos agentes”.

c. Todas as sinalizações devem ser reportadas por exceção.

d. Visando contornar as dificuldades oriundas da abrangência continental do SIN (vários fusos horários) e oriundas da adoção do horário de verão, o selo de tempo informado deve ser no padrão UTC (Universal Time Coordinate).

e. Excepcionalmente, a critério do ONS, podem ser reduzidos os requisitos de abrangência da supervisão de barramentos na fronteira da rede de operação e dos equipamentos a eles conectados, tais como aqueles aplicáveis a barramentos de terciário de transformadores/autotransformadores e a barramentos do lado de baixa de transformadores/autotransformadores na fronteira da rede de operação.

1.5.3.3 Informações e telecomandos requeridos para o Controle Automático de Geração (CAG)

Caracterização dos centros de operação que recebem as informações

O SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN) está dividido em áreas de controle de freqüência e intercâmbio. Essas áreas são as redes de atuação dos centros de operação do ONS.

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As informações de tempo real necessárias ao CAG devem ser enviadas, dependendo de sua utilização, para um ou mais centros de operação do ONS, conforme abaixo descrito:

a. Centro de operação do ONS que controla o CAG da área a que pertence a instalação, normalmente o centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da instalação;

b. Centros de operação do ONS responsáveis pelo controle do CAG das áreas adjacentes à área do centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da instalação;

c. Centros de operação do ONS passíveis de assumir o CAG da área sob responsabilidade do centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da instalação.

Informações requeridas pelo centro de operação que controla o CAG

As seguintes informações utilizadas pelo CAG devem ser coletadas e transmitidas para este centro de operação:

a. Freqüência em Hz em barramentos designados pelo ONS em rotina específica;

b. Potência ativa trifásica em MW em todos os pontos de interligação com outras áreas de controle, que pode ser totalizada por instalação e por área;

c. Outras de geração e usinas, que não se referem ao presente Anexo Técnico.

Informações requeridas pelo centro de operação controlador das áreas adjacentes

As informações de potência ativa trifásica em MW em todos os pontos de interligação com outras áreas de controle, que pode ser totalizada por instalação e por área, devem ser coletadas nas instalações de interligação e transmitidas para os centros de operação controladores das áreas adjacentes.

Informações requeridas pelos centros de operação do ONS passíveis de assumir o CAG de uma ou mais áreas que se interligam

Para viabilizar as transferências de área de controle do CAG, o ONS identifica em rotina específica, instalações em que as informações de potência ativa trifásica em MW nos pontos de interligação indicados pelo ONS, que pode ser totalizada por instalação e por área, devem ser coletadas e transmitidas para um ou mais centros de operação passíveis de assumir uma determinada área de controle.

1.5.3.4 Telecomandos requeridos para o Controle Automático de Tensão

Pode ocorrer que, por razões sistêmicas, seja necessário o uso de CAT (Controle Automático de Tensão pelo ONS). Os CAT são instalados em seus centros de operação, atuando via telecomando em equipamentos tais como comutadores sob carga de transformadores/autotransformadores, compensadores síncronos e compensadores estáticos controláveis, resguardado suas limitações operativas declaradas pelos agentes.

Excluem-se das ações do CAT a energização e desenergização de equipamentos.

1.5.3.5 Requisitos de qualidade da informação

Exatidão da medição

Todas as medições de tensão devem ser efetuadas por equipamentos cuja classe de precisão garanta uma exatidão mínima de 1% e as demais de 2%. Tal exatidão deve englobar toda a cadeia

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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de equipamentos utilizados, tais como transformadores de corrente, de tensão, transdutores, conversores analógico/digital, etc.

Idade do dado

Define-se como idade máxima do dado o intervalo de tempo máximo entre o instante de ocorrência de seu valor na instalação (processo) e sua recepção no(s) centro(s) designado(s) pelo ONS.

O tempo necessário para a chegada de um dado ao centro designado pelo ONS inclui o tempo de aquisição do dado na instalação, processamento da grandeza e transmissão desse dado através dos enlaces de comunicação até o centro.

A idade máxima de um dado analógico coletado para o CAG deve ser inferior à soma do tempo de varredura adicionado de:

2 (dois) segundos em média;

5 (cinco) segundos no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média de 2(dois) segundos.

A idade máxima para os demais dados analógicos deve ser inferior à soma do tempo de varredura adicionado de:

4 (quatro) segundos em média;

10 (dez) segundos no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média de 4 (quatro) segundos.

A idade máxima de um dado coletado por exceção deve ser inferior a 8 (oito) segundos.

Estes requisitos não se aplicam à transmissão das informações de seqüência de eventos.

Banda morta e varredura de integridade

Os protocolos que transmitem medições analógicas por exceção devem ter uma banda morta e varredura de integridade definidas em comum acordo entre o ONS e o agente. As definições obtidas nestes acordos não devem prejudicar a exatidão das medidas, conforme definido acima.

Enquanto um acordo formal não for firmado entre o ONS e o agente, a UTR e/ou SSCL devem ser configurados com um valor inicial de banda morta de 0,1% do fundo de escala, ou do último valor lido e deve suportar varreduras de integridade com períodos menores ou iguais a 30 (trinta) minutos.

Demais requisitos de qualidade para informações necessárias ao CAG

O período de aquisição dessas grandezas pelos centros de operação do ONS deve estar de acordo com os padrões exigidos pelos SISTEMAS de CAG dos centros de operação designados pelo ONS e deve ser menor ou igual a 2 (dois) segundos.

Todas as medições devem ser obtidas da mesma fonte, de tal forma que se garanta que todos os SISTEMAS as recebam exatamente iguais, mesmo que transmitidas para diferentes centros de operação e em diferentes enlaces e protocolos.

1.5.3.6 Parametrizações

Todos os períodos de aquisição acima especificados devem ser parametrizáveis, e os valores apresentados se constituem em níveis mínimos.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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1.5.4 REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS

1.5.4.1 Informações requeridas para o sequenciamento de eventos

Sempre que o equipamento dispuser das proteções abaixo citadas, as seguintes informações devem ser coletadas pelo agente proprietário do equipamento e transferidas para o ONS conforme a classificação do evento nos grupos:

(a) Grupo “A”: compreende os eventos que devem ser enviados diretamente para o ONS, em tempo real, através das mesmas interligações de dados utilizadas para atender aos requisitos de supervisão e controle, conforme conceituação feita no item 1.5.3.1“Interligação de dados”;

(b) Grupo “B”: compreende os eventos que devem ser enviados de forma agrupada para o ONS, em tempo real, através das mesmas interligações de dados utilizadas para atender aos requisitos de supervisão e controle, conforme conceituação feita no item 1.5.3.1 “Interligação de dados”. Os eventos disponíveis na instalação do agente na forma individualizada devem ser enviados para o ONS, quando solicitados por este, através de meio eletrônico, em até 24 (vinte e quatro) horas;

(c) Grupo “C”: compreende os eventos que devem estar disponíveis na instalação do agente e ser enviados para o ONS, quando solicitados por este, através de meio eletrônico, em até 24 (vinte e quatro) horas.

1.5.4.2 Transformadores e autotransformadores:

(a) Grupo “A”:

Disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem:

(1) “Atuação da proteção do transformador - Função sobrecorrente”

(i) atuação da proteção de sobrecorrente do comutador sob carga;

(ii) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro (por enrolamento).

(2) “Atuação da proteção do transformador - Função sobretemperatura”

(i) disparo por sobretemperatura do óleo;

(ii) disparo por sobretemperatura do enrolamento.

(3) “Atuação da proteção do transformador – Outras funções”

(i) disparo da proteção de gás;

(ii) disparo da proteção de sobretensão de seqüência zero para o enrolamento terciário em ligação delta;

(iii) disparo da válvula de alívio de pressão;

(iv) disparo da proteção de gás do comutador de derivações;

(v) disparo da proteção diferencial (por fase).

1.5.4.3 Reatores:

(a) Grupo “A”:

Disparo dos relés de bloqueio.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem:

(1) “Atuação da proteção do reator – Função sobretemperatura”

(i) disparo da proteção de sobretemperatura do óleo;

(ii) disparo da proteção de sobretemperatura do enrolamento.

(2) “Atuação da proteção do reator – Outras funções”

(i) disparo da proteção de gás;

(ii) disparo da válvula de alívio de pressão;

(iii) disparo da proteção diferencial (por fase);

(iv) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro.

1.5.4.4 Bancos de capacitores:

(a) Grupo “A”:

(1) disparo da proteção de sobretensão;

(2) disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem “Atuação da proteção dos bancos de capacitores – Outras funções”

(1) disparo da proteção de desequilíbrio de neutro;

(2) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro.

1.5.4.5 Linhas de transmissão:

(a) Grupo “A”:

(1) disparo por sobretensão;

(2) atuação da lógica de bloqueio por oscilação de potência;

(3) disparo da proteção para perda de sincronismo;

(4) atuação do relé de bloqueio de recepção permanente de transferência de disparo;

(5) disparo do relé de bloqueio de linha subterrânea.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem “Atuação da proteção da linha de transmissão – Outras funções”

(1) disparo da proteção principal de fase;

(2) disparo da proteção alternada de fase;

(3) disparo da proteção principal de neutro;

(4) disparo da proteção alternada de neutro;

(5) transmissão de sinal de desbloqueio/bloqueio ou sinal permissivo da teleproteção;

(6) transmissão de sinal de transferência de disparo da teleproteção;

(7) recepção de sinal de desbloqueio/bloqueio ou sinal permissivo da teleproteção;

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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(8) disparo por recepção de sinal de transferência de disparo da teleproteção;

(9) atuação da lógica de bloqueio por perda de potencial;

(10) disparo da 2ª zona da proteção de distância;

(11) disparo da 3ª zona da proteção de distância;

(12) disparo da 4ª zona da proteção de distancia;

(13) disparo da proteção de sobrecorrente direcional de neutro temporizada;

(14) disparo da proteção de sobrecorrente direcional de neutro instantânea.

(c) Grupo “C”:

(1) partida da proteção principal de fase (por fase), nos casos em que o disparo da proteção de fase não indique a(s) fase(s) defeituosas;

(2) partida da proteção alternada de fase (por fase), nos casos em que o disparo da proteção de fase não indique a(s) fase(s) defeituosas;

(3) partida da proteção principal de neutro (por fase), nos casos em que o disparo da proteção não indique a fase defeituosa;

(4) partida da proteção alternada de neutro (por fase), nos casos em que o disparo da proteção não indique a fase defeituosa;

(5) partida do religamento automático.

1.5.4.6 Barramentos:

(a) Grupo “A”:

(1) disparo da proteção de sobretensão;

(2) disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem “Atuação da proteção diferencial do barramento”

Atuação da proteção diferencial (por fase).

1.5.4.7 Compensadores síncronos:

(a) Grupo “A”:

(1) disparo da proteção de sobretensão;

(2) disparo da proteção de subfreqüência;

(3) disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem “Atuação da proteção do compensador síncrono – Outras funções”

(1) atuação da proteção diferencial;

(2) disparo da proteção de desequilíbrio de corrente do estator;

(3) disparo da proteção de perda de excitação (perda de campo);

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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(4) disparo da proteção de falta à terra no estator;

(5) disparo da proteção de falta à terra no rotor;

(6) disparo da proteção de sobretemperatura do estator e rotor;

(7) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro.

1.5.4.8 Compensadores estáticos:

(a) Grupo “A”:

Disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem “Atuação da proteção do compensador estático – Outras funções”

(1) Para os equipamentos componentes do compensador, incluindo o transformador abaixador, reatores e capacitores:

Disparo das proteções intrínsecas dos equipamentos, conforme especificado para o respectivo equipamento.

(2) Para os equipamentos controlados por tiristor:

(i) disparo da proteção de faltas à terra no compensador;

(ii) disparo da proteção para faltas no módulo capacitor;

(iii) disparo da proteção para faltas no módulo reator;

(iv) disparo da proteção para desequilíbrio de corrente ou tensão para cada módulo de filtro;

(v) disparo da proteção de seqüência negativa dos tiristores – 2º estágio.

1.5.4.9 Disjuntores:

(a) Grupo “A”:

(1) mudança de posição;

(2) disparo da proteção de falha do disjuntor;

(3) disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “C”:

(1) disparo da proteção de discordância de pólos;

(2) alarme de fechamento bloqueado;

(3) alarme de abertura bloqueada;

(4) alarme de sobrecarga do disjuntor central.

1.5.4.10 Sistemas Especiais de Proteção – SEP (ECS, ECE e ERAC):

(a) Grupo “A”:

Todos os disparos e alarmes.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

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1.5.4.11 Requisitos de qualidade dos eventos

Resolução do selo de tempo

Entende-se como resolução a capacidade de discriminar eventos ocorridos em tempos distintos.

Exatidão do selo de tempo

Entende-se como exatidão o grau de aproximação do selo de tempo ao tempo absoluto de ocorrência do evento.

Requisitos

As UTR ou os SISTEMAS de supervisão e controle das instalações devem ser capazes de armazenar informações para o seqüenciamento de eventos com uma resolução entre eventos menor ou igual a 5 (cinco) ms. A exatidão do selo de tempo associado a cada evento deve ser menor ou igual 1 (um) ms.

A base de tempo utilizada para o registro da seqüência de eventos deve ser o relógio de tempo da UTR/SSCL, cujas características são apresentadas no item 1.5.2.1 -“Requisitos Funcionais”.

A relação de eventos apresentada anteriormente deste documento está baseada numa filosofia de proteção padrão. Os agentes podem utilizar diferentes filosofias e tecnologias, desde que atendam ao disposto nos requisitos de proteção. Cabe ao agente mapear, sempre que aplicável, os eventos aqui apresentados com aqueles efetivamente implementados na instalação. Cabe também ao agente a implementação de processamentos e/ou combinação de sinais na instalação que venham a ser necessários para a disponibilidade dos sinais aqui requeridos.

1.5.5 ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS

A supervisão e controle é um dos pilares da operação em tempo real do sistema elétrico, estando hoje, na região da subestação Lucas do Rio Verde, estruturada em um sistema hierárquico com SISTEMAS de supervisão e controle instalados em dois Centros de Operação do ONS, quais sejam:

Centro Regional de Operação Norte/Centro-Oeste – COSR-NCO;

Centro Nacional de Operação do Sistema Elétrico - CNOS.

Esta estrutura é apresentada de forma simplificada, para fins meramente ilustrativos, na Figura 3, sendo que a TRANSMISSORA deverá prover as interconexões de dados entre o Centro de Operação do ONS (exceto o CNOS) e cada um dos SISTEMAS de supervisão das subestações envolvidas, devidamente integrados aos existentes.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 428 de 701

LRV(2)

COSR-

NCO(1)

CNOS(1)

Recursos existentes

Recursos a serem

instalados

Legenda:

(1) Centros de operação utilizados pelo ONS:

CNOS - Centro Nacional de Operação do Sistema Elétrico

COSR-NCO – Centro Regional de Operação Norte/Centro-Oeste

(2) Recursos de supervisão e controle em nova subestação

LRV - Subestação Lucas do Rio Verde

FIGURA 3 – ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS.

Observa-se na Figura 3 que a interconexão com o Centro do ONS se dá através das seguintes interligações de dados:

Para o atendimento aos requisitos de supervisão e controle dos equipamentos da Subestação Lucas do Rio Verde 230/138 kV:

Interconexão com o Centro Regional de Operação Norte/Centro-Oeste (COSR-NCO).

Alternativamente, a critério da TRANSMISSORA, a interconexão com os Centros do ONS poderá se dar por meio de um centro de operação próprio da TRANSMISSORA ou contratado de terceiros,

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 429 de 701

desde que sejam atendidos os requisitos descritos para supervisão e controle e telecomunicações. Neste edital, este centro é genericamente chamado de “Concentrador de Dados”. Neste caso, a estrutura dos centros apresentada na Figura 3 seria alterada com a inserção do concentrador de dados num nível hierárquico situado entre as instalações e os COSR-NCO do ONS e, portanto, incluído no objeto desta licitação. A Figura 4 ilustra uma possível configuração.

Legenda:

Em adição as siglas da figura anterior utilizou-se:

(1) CD – Concentrador de dados, nome genérico dado para um sistema de supervisão e controle

que se interponha entre as instalações e os centros do ONS.

COSR-

NCO

CNOS

LRV

Recursos existentes

Recursos a serem

instalados

CD(1)

FIGURA 4 – ARQUITETURA ALTERNATIVA DE INTERCONEXÃO COM O ONS.

Page 47: ANEXO 6F LOTE F SE LUCAS DO RIO VERDE 230/138 KV · Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV VOL. III - Fl. 388 de 701 FIGURA 1 –

Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 430 de 701

1.5.6 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E

CONTROLE

1.5.6.1 Geral

Os recursos de supervisão e controle fornecidos pelos agentes ao ONS, para atender aos requisitos apresentados neste edital, devem ter sua disponibilidade e qualidade medidas pelo ONS, na fase operacional, através dos conceitos e critérios estabelecidos a seguir.

A avaliação destes recursos será feita por UTR, SSCL, CD e agente, conforme estabelecido e com base na disponibilidade e a qualidade dos recursos de supervisão e controle por ele fornecidos, de acordo com o centro de operação designado pelo ONS, incluindo os equipamentos de interface com os SISTEMAS de comunicação.

Esta avaliação será feita através de índices agregados por UTR, CD e por agente, de forma ponderada pelo número recursos implantados e liberados para a operação em relação ao número total que deveriam ser disponibilizados, se aplicados os critérios apresentados neste Edital.

Não serão computados nos índices os tempos de indisponibilidade causados por:

a. Indisponibilidade de equipamentos nos centros de operação do ONS;

b. Atividades de aprimoramento constantes do plano de adequação das instalações dos agentes apresentado ao ONS, plano este definido conforme estabelecido nas disposições transitórias;

c. Atualizações e instalação de hardware ou software nas UTR ou nos CD dos agentes, desde que sejam programados e aprovados com antecedência junto ao ONS;

d. Atualizações ou instalação de hardware e software para melhoria de segurança no enlace de comunicação entre UTR ou CD e o Centro designado pelo ONS, desde que sejam programadas e aprovadas com antecedência junto ao ONS;

e. Manutenções autorizadas pelo ONS no equipamento elétrico associado ao recurso de supervisão e controle.

São mostrados a seguir os conceitos de indisponibilidade e qualidade que serão considerados na fase operacional de utilização dos recursos de supervisão e controle.

1.5.6.2 Conceito de indisponibilidade de recursos de supervisão e controle

Uma informação de quaisquer dos tipos especificados no subitem “Requisitos para a Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação” deste anexo, será considerada indisponível sempre que:

- O recurso não estiver instalado ou não estiver liberado para a operação;

- Uma UTR ou um SSCL estiver fora de serviço ou sem comunicação;

- Um CD, quando utilizado, estiver fora de serviço ou sem comunicação;

- Um ponto de controle qualquer é dito indisponível sempre que o ONS detectar falha de atuação do mesmo;

- Todos os pontos subordinados a um SSCL ou a uma UTR de uma instalação são declarados indisponíveis sempre que ocorrer ausência de resposta de tal SISTEMA às solicitações do(s)

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 431 de 701

centro(s) de operação do ONS ou de um CD, se utilizado. Adicionalmente, no caso de utilização de CD, todos os pontos subordinados ao concentrador são declarados indisponíveis quando o CD deixar de responder às solicitações do ONS;

- O indicador de qualidade sinalizar informação sob entrada manual pelo agente;

- O indicador de qualidade sinalizar informação fora de varredura.

1.5.6.3 Conceito de qualidade dos recursos de supervisão e controle

Considera-se que uma informação de qualquer dos tipos especificados no subitem “Requisitos para a Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação”, deste anexo, viola critérios de qualidade quando:

- Tratando-se de informações analógicas, a informação violar um dos seus limites de escala;

- Uma informação estiver comprovadamente inconsistente;

- A informação violar os requisitos de idade do dado.

1.5.7 REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E

CONTROLE

Os requisitos aqui apresentados se aplicam a todos os equipamentos cuja supervisão e telecontrole sejam objeto de telessupervisão pelo ONS.

1.5.7.1 Requisitos de cadastramento de equipamentos

É de responsabilidade dos agentes com equipamentos na rede de supervisão fornecer as informações cadastrais descritivas para a configuração das bases de dados dos centros de operação do ONS, incluindo informações sobre:

- Equipamentos e instalações do sistema eletro energético;

- Equipamentos de supervisão e controle, tais como organização de pontos por remotas, configurações de protocolos de comunicação etc.

As informações apresentadas devem ter exatidão compatível com a requerida pelas aplicações dos SISTEMAS de supervisão e controle, exatidão essa normalmente não requerida na fase de estudos do planejamento de AMPLIAÇÕES DA REDE BÁSICA e reforços, daí a necessidade de os agentes as atualizarem em conformidade com o estabelecido, cujo escopo é a rede de supervisão e não apenas a REDE BÁSICA.

Para novas instalações e AMPLIAÇÕES DA REDE BÁSICA, as informações devem ser encaminhadas ao ONS com antecedência de até 30 (trinta) dias em relação à entrada em operação dos equipamentos, para que a(s) base(s) de dados do(s) SISTEMA(S) de supervisão do(s) centro(s) de operação do ONS possa(m) ser atualizada(s) e testada(s) em tempo hábil.

Para as instalações existentes, sempre que sejam programadas alterações que modifiquem algum dos dados cadastrais aqui especificados – tais como alteração de relação de transformadores/autotransformadores, alteração de parâmetros de transformador de corrente (TC), etc., essas alterações devem ser informadas ao ONS com antecedência de pelo menos 5 (cinco) dias úteis.

As informações cadastrais descritivas dos equipamentos são detalhadas em rotina específica, elaboradas em comum acordo com os agentes, que devem incluir:

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 432 de 701

a. Parâmetros descritivos de LINHAS DE TRANSMISSÃO, aí incluídas a impedância série e a

susceptância, segundo o modelo , bem como a corrente máxima em ampere e a potência máxima em MVA;

b. No caso de ramais de LINHA DE TRANSMISSÃO, além dos dados acima, a posição do ramal na LINHA DE TRANSMISSÃO, expressa em quilômetros;

c. Latitude e longitude de todas as instalações e torres de LINHAS DE TRANSMISSÃO e de ramais de LINHA DE TRANSMISSÃO, como forma de viabilizar a elaboração de diagramas geográficos do sistema elétrico;

d. Capacidade nominal em Mvar e a tensão nominal, de todos os equipamentos estáticos de suporte de reativo que venham a ser utilizados, como capacitores, reatores, etc.;

e. Valor mínimo e máximo de suporte de reativo em Mvar, tensão nominal em kV para os geradores e compensadores síncronos;

f. Curvas de capabilidade de geradores;

g. Para cada um dos enrolamentos (primário, secundário e terciário) de cada transformador/autotransformador:

- Corrente nominal;

- Tensão nominal em kV;

- Potência aparente nominal em MVA;

- Reatância indutiva em porcentagem (primário-secundário, primário-terciário e secundário-terciário);

- Tensão base (KV) e potência base (MVA), utilizadas para o cálculo das reatâncias indutivas em percentagem acima especificadas;

- Adicionalmente, para cada transformador/autotransformador, deve ser informado o lado do transformador/autotransformador onde está instalado o comutador sob carga, se utilizado, e a respectiva tabela de derivação, informada em kV e em porcentagem, sendo que toda vez que for alterada a posição do tape fixo, deve ser fornecida relação das novas posições variáveis dos tapes do transformador/autotransformador.

h. Impedância série de capacitores série, se utilizados;

i. Relação, compatível com os requisitos de supervisão e controle aqui apresentados, dos pontos de medição, telessinalização, controle, SOE, e das informações para a supervisão hidrológica que trafegam na interconexão (ou interconexões) como o(s) SISTEMA(S) de supervisão e controle do ONS num formato compatível com o protocolo adotado para a interconexão. Essa relação é organizada por SSCL ou UTR e CD, se utilizados;

j. Quando apropriado, no caso de interligação de dados direta com UTR, parâmetros que permitam a conversão para valores de engenharia dos dados recebidos e enviados pelo centro de operação;

k. Sempre que aplicáveis, limites de escala, superior e inferior, para todos os pontos analógicos supervisionados.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 433 de 701

1.5.7.2 Requisitos para teste de conectividade da(s) interconexão(ões) e testes ponto a ponto

Todos os agentes com equipamentos com telessupervisão pelo ONS devem prever testes de conectividade entre os seus SSCL, UTR e o(s) SSCL do(s) centro(s) de operação designado(s) pelo ONS.

Além do teste da conectividade, devem ser previstos testes ponto a ponto da nova instalação ou AMPLIAÇÃO DA REDE BÁSICA com o(s) centro(s) do ONS, conforme programação a ser previamente acordada com o ONS, de forma a garantir a coerência das bases de dados desses SISTEMAS e o perfeito funcionamento dos protocolos utilizados. Estes testes devem ser efetuados entre o SSCL/UTR, da instalação de origem dos dados, e o SSC do centro designado pelo ONS.

Os testes devem ser programados de comum acordo entre o agente e o ONS, observando-se que:

a. Para novas instalações ou AMPLIAÇÕES DA REDE BÁSICA, devem estar concluídos pelo menos 5 (cinco) dias úteis antes da operacionalização da instalação/AMPLIAÇÃO DA REDE BÁSICA;

b. Sempre que as alterações modificarem o conjunto de informações armazenadas na base de dados do ONS, esses testes devem ser programados em comum acordo entre o agente e o ONS, devendo estar concluídos pelo menos 2 (dois) dias úteis antes da operacionalização da alteração.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 434 de 701

1.6 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES

1.6.1 REQUISITOS GERAIS

Para as novas INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO, devem ser previstos Registradores Digitais de Perturbações – RDP com configuração de canais de entradas analógicas e entradas digitais suficientes para permitir o completo monitoramento e registro, de acordo com os requisitos mínimos descritos a seguir.

Em INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO existentes, devem ser previstos RDP para monitoramento dos novos vãos instalados ou expansão dos RDP existentes, de acordo com os requisitos mínimos descritos a seguir.

1.6.2 REQUISITOS FUNCIONAIS

Os SISTEMAS de registro de perturbações devem atender aos seguintes requisitos:

- Ser implementado por equipamentos independentes dos demais SISTEMAS DE PROTEÇÃO ou supervisão (stand alone);

- Amostrar continuamente as grandezas analógicas e digitais supervisionadas (dados da perturbação). As amostras mais antigas devem ser sucessivamente substituídas por amostras mais recentes, num buffer circular;

- Disparar o registro da perturbação por variações das grandezas analógicas e digitais em qualquer dos canais supervisionados, de forma livremente configurável;

- Transferir automaticamente os dados relativos à perturbação do buffer circular, quando houver disparo para registro de uma perturbação, e arquivá-los na memória do próprio registrador. Durante a fase de armazenamento dos dados da perturbação, o registrador deve permanecer amostrando as grandezas analógicas e digitais, de forma a não perder nenhum evento;

- Interromper o registro de uma perturbação só depois de cessada a condição que ocasionou o disparo e transcorrido o tempo de pós-falta ajustado. Se, antes de encerrar o tempo de registro de uma perturbação, ocorrer nova perturbação, o registrador deve iniciar novo período de registro sem levar em conta o tempo já transcorrido da perturbação anterior;

- Registrar, para cada perturbação, no mínimo 160 ms de dados de pré-falta e ter tempo de pós-falta ajustável entre 100 e 5000 ms;

- Ter filtragem anti-aliasing e taxa de amostragem tal que permitam o registro nos canais analógicos de componentes harmônicas até a 15ª ordem (freqüência nominal de 60 Hz);

- Registrar dia, mês, ano, hora, minuto, segundo e milissegundo de cada operação de registro;

- Ter relógio de tempo interno sincronizado por meio de receptor de sinal de tempo do GPS, de forma a manter o erro máximo da base de tempo inferior a 1 ms;

- O erro de tempo entre a atuação de qualquer sinal numa entrada digital e o seu registro não pode ser superior a 2 ms;

- O tempo de atraso da amostragem entre quaisquer canais analógicos não pode ser superior a 1 grau elétrico, referido à freqüência de 60 Hz;

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 435 de 701

- Ter memória suficiente para armazenar dados referentes a, no mínimo, 30 perturbações com duração de 5 s cada, para o caso em que várias faltas consecutivas disparem o registrador;

- Ter porta de comunicação para a transferência dos registros de perturbação do RDP; e

- Ser dotado de automonitoramento e autodiagnóstico contínuos.

1.6.3 REQUISITOS DA REDE DE COLETA DE REGISTROS DE PERTURBAÇÕES PELOS AGENTES

A arquitetura da rede de comunicação e o modo de transferência dos arquivos dos RDP para concentradores locais ou concentrador central devem ser definidos pelo agente proprietário da instalação.

Se o SISTEMA de coleta realizar a transferência automática dos registros, deve ser prevista uma opção que permita a desativação do modo de transferência automática e a subseqüente ativação de modo de transferência seletiva.

1.6.4 REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES

1.6.4.1 Terminais de LINHA DE TRANSMISSÃO com tensão nominal inferior a 345 kV

As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:

- Três correntes da LINHA DE TRANSMISSÃO (três fases ou duas fases e corrente residual); e

- Três tensões da LINHA DE TRANSMISSÃO (três fases ou duas fases e a tensão residual).

Para os SISTEMAS DE PROTEÇÕES de LINHA DE TRANSMISSÃO cujas tensões são alimentadas por transformadores de potencial instalados em barras, as tensões de duas das três fases e a tensão residual do barramento devem ser supervisionadas, para cada barramento.

As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA de fases;

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA de fases;

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA de neutro;

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA de neutro;

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA de sobretensão;

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA de sobretensão;

- Recepção de sinais de teleproteção;

- Transmissão de sinais de teleproteção;

- Atuação de bloqueio por oscilação de potência;

- Atuação de religamento automático;

- Atuação do esquema de falha de disjuntor;

- Desligamento pela proteção de barras, quando houver.

Os registros devem ser realizados para as seguintes condições: a. Alteração do estado dos canais digitais, originados pelas proteções supervisionadas;

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 436 de 701

b. Sobrecorrente nas fases monitoradas;

c. Sobrecorrente residual;

d. Subtensão nas fases monitoradas; e

e. Sobretensão residual.

1.6.4.2 Barramentos

Se o barramento tiver transformadores de potencial instalados nas barras e utilizados para alimentação de relés de proteção, as seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas, por barramento:

- Três tensões do barramento (três fases ou duas fases e a tensão residual).

A seguinte grandeza digital deve ser supervisionada:

- Desligamento pela proteção diferencial.

1.6.4.3 Transformadores/autotransformadores cujo nível mais alto de tensão nominal é inferior a 345 kV

As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:

- Correntes das três fases do lado de AT;

- Correntes de três fases para cada um dos demais enrolamentos, no caso de transformadores de três enrolamentos e transformadores/autotransformadores de interligação;

- Correntes de seqüência zero para cada ponto de aterramento.

As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA;

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA;

- Desligamento pelas proteções de neutro, para cada ponto de aterramento;

- Desligamento pelas PROTEÇÕES INTRÍNSECAS.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 437 de 701

1.7 REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES

1.7.1 REQUISITOS GERAIS

Os sistemas de telecomunicações da Subestação Lucas do Rio Verde 230/138 kV devem atender aos sistemas de comunicação de voz operativa e administrativa, teleproteção, supervisão e controle elétrico, supervisão de telecomunicações, controle de emergência, medição, faturamento e manutenção entre as subestações de energia elétrica envolvidas e destas aos centros de operação do sistema elétrico envolvidos.

1.7.1.1 Disponibilidade

Serviço Classe A: disponibilidade igual ou superior a 99,98%, apurada mensalmente e tendo como valor a média aritmética dos últimos 12 meses;

Serviço Classe B: disponibilidade igual ou superior a 99,00%, apurada mensalmente e tendo como valor a média aritmética dos últimos 12 meses;

Serviço Classe C: disponibilidade igual ou superior a 95,00%, apurada mensalmente e tendo como valor a média aritmética dos últimos 12 meses.

1.7.1.2 Qualidade

a. SISTEMAS Analógicos ou Mistos

Todos os serviços realizados sobre SISTEMAS de transmissão analógicos ou mistos (estes com parte analógica e parte digital) devem obedecer aos valores dos parâmetros a seguir:

Níveis relativos nos pontos de entrada e saída analógicos, a 4 fios, em ambos os lados das conexões de voz:

- Lado de transmissão: -5,5 0,5 dBr;

- Lado de recepção: -2,0 0,5 dBr.

Nível máximo aceitável de ruído na recepção: -40 dBmO.

Relação sinal/ruído mínima: 40 dB.

Taxa de erro máxima: 50 bits/milhão, sem código de correção de erro (circuitos de dados).

b. SISTEMAS Digitais

Todos os serviços realizados sobre SISTEMAS de transmissão puramente digitais devem obedecer aos valores dos parâmetros a seguir:

Níveis relativos nos pontos de entrada e saída analógicos, a 4 fios, em ambos os lados das conexões de voz:

- Lado de transmissão: 0 0,5 dBr;

- Lado de recepção: 0 0,5 dBr.

Requisito qualitativo dos circuitos: taxa de erro de bit, medida durante 15 minutos, igual a 0 (zero), para qualquer taxa de transmissão igual ou superior a 64 Kbps, em, pelo menos, uma medida entre três realizadas.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 438 de 701

No caso de uso de canais de voz com compressão, serão admitidas as subtaxas de 8 Kbps (ITU-T G.729) e 16 Kbps (ITU-T G.728), desde que não sejam utilizadas mais do que três seções com compressão em cascata.

No caso de uso de redes para o provimento dos serviços:

- Latência (round trip): 140 ms;

- Variação estatística do retardo: 20 ms;

- Taxa de perda de pacotes: 1%.

c. SISTEMA de Teleproteção

Para o SISTEMA de teleproteção também devem ser seguidos os requisitos das normas IEC 834-1, IEC 870-5 e IEC 870-6 onde aplicável.

1.7.1.3 SISTEMA de energia

O SISTEMA de energia para todos os equipamentos de telecomunicações fornecidos deverá ter as seguintes características:

- Unidade de supervisão e, no mínimo, duas unidades de retificação;

- Dois bancos de baterias com autonomia total de no mínimo 12 horas, dimensionados para a carga total de todos os equipamentos de telecomunicações instalados;

- No caso de utilização de baterias do tipo chumbo-ácido, os bancos de baterias deverão estar acondicionados em ambiente especial, isolado das demais instalações e com sistema de exaustão de gases;

- As unidades de retificação deverão ter a capacidade de alimentar, simultaneamente, o banco de baterias em carga e todos os equipamentos de telecomunicações;

- O SISTEMA de energia deverá estar dimensionado para uma carga adicional de pelo menos 30%.

1.7.1.4 Supervisão

Os equipamentos de telecomunicações devem ser supervisionados local e remotamente. Os alarmes e eventuais medidas analógicas deverão ser apresentados nas instalações onde se encontram os equipamentos e também permitir a transmissão para um Centro de Supervisão remoto.

Os equipamentos digitais devem permitir remotamente o gerenciamento, diagnóstico e parametrização.

1.7.1.5 Infra-estrutura

A TRANSMISSORA será responsável pela total operacionalização dos SISTEMAS de comunicações devendo ser prevista toda a infra-estrutura necessária para implantação do SISTEMA de telecomunicações, tais como: edificações, alimentação de corrente contínua, aterramento, bem como qualquer outra infra-estrutura que se identificar necessária para o pleno funcionamento do SISTEMA de telecomunicações.

1.7.1.6 Índices de qualidade

A TRANSMISSORA será responsável pela manutenção dos índices de qualidade e de disponibilidade dos serviços de comunicação de dados e voz que se interligam com o ONS e os demais agentes

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 439 de 701

envolvidos, tais como, àquele(s) proprietário(s) de ativos de função transmissão localizados na(s) subestação(ões) deste lote e os demais que se interliguem, por meio de linha(s) de transmissão ou outro equipamento de função transmissão, com a(s) subestação(ões) deste lote.

Em caso de indisponibilidade programada de quaisquer serviços de comunicação de dados ou de voz de interesse do ONS e/ou dos demais agentes interligados, a TRANSMISSORA deve manter entendimentos com o ONS e/ou os Centros de Operação das demais concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote, a fim de obter a aprovação da solicitação de realização do serviço, para a data e horário convenientes.

1.7.1.7 Contato técnico

A TRANSMISSORA deverá indicar um contato técnico para tratar dos assuntos relacionados a telecomunicações com o ONS e os demais agentes interligados.

1.7.2 REQUISITOS TÉCNICOS DOS CANAIS PARA TELEPROTEÇÃO

A função teleproteção, que converte os sinais e mensagens das proteções em sinais e mensagens compatíveis com os canais dos sistemas de telecomunicações e vice versa, pode ser executada pelos próprios relés de proteção, pelos equipamentos dos sistemas de telecomunicações ou, ainda, por equipamentos dedicados, denominados equipamentos de teleproteção.

Os equipamentos de teleproteção devem atender às normas de compatibilidade eletromagnética aplicáveis, nos graus de severidade adequados para utilização em instalações de transmissão de sistemas elétricos de potência.

Funções de teleproteção integradas em equipamentos de telecomunicação devem ter interfaces dedicadas e independentes, e os equipamentos que têm tais funções integradas devem ser adequados para uso em instalações de transmissão de sistemas elétricos de potência, conforme o item 1.7.2.2.

Os canais para teleproteção devem:

(a) ser adequados ao esquema de teleproteção selecionado ou à quantidade de grandezas ou informações a serem transferidas, no que concerne a número de comandos, largura de banda, taxa de transmissão, tempo de propagação, simetria e variação de tempo de propagação e integridade das informações; e

(b) manter a confiabilidade e segurança de operação em situações de baixa relação sinal/ruído (canal analógico) ou erro na taxa de transmissão (BER) acima do especificado.

Os equipamentos de teleproteção devem:

(a) ter facilidades para a simulação do funcionamento dos esquemas de teleproteção, ponta a ponta, com o bloqueio simultâneo da saída de comando para a proteção, independente do meio de comunicação utilizado, para que seja possível realizar verificações dos enlaces sem ser necessário desligar a LT; e

(b) ter chaves de testes para permitir realizar intervenção nos equipamentos de proteção e de telecomunicações sem ser necessário desligar a LT.

Se o equipamento de teleproteção for instalado em edificação distinta dos equipamentos de telecomunicações, independente da distância envolvida, a interligação entre ambos deve ser efetuada de forma a não comprometer a confiabilidade e segurança da teleproteção.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 440 de 701

Os canais de telecomunicações providos por sistema de onda portadora sobre linha de transmissão (OPLAT) devem manter a confiabilidade e a segurança de operação em condições adversas de relação sinal/ruído, sobretudo na ruptura ou curto-circuito para terra de uma das fases da LT utilizadas pelo sistema OPLAT.

Esquemas de transferência de disparo devem utilizar dois canais de telecomunicações, de equipamentos de telecomunicação independentes. Sempre que possível, os equipamentos de telecomunicação devem utilizar meios físicos de comunicação independentes. Os equipamentos de teleproteção, caso utilizados, também deverão ser independentes.

Em condições normais, o disparo nos esquemas de transferência de disparo se dará pelo recebimento dos comandos de disparo em ambos os canais. No caso de falha de um dos canais de telecomunicação, o esquema deve permitir o disparo apenas com o recebimento do comando no canal íntegro (lógica monocanal).

1.7.2.1 Teleproteção para LINHAS DE TRANSMISSÃO com tensão nominal igual ou superior a 345 kV

Os canais para teleproteção devem ser dedicados, específicos para proteção e não compartilhados com outras aplicações.

Os esquemas de teleproteção devem ser independentes e redundantes para a proteção principal e alternada, sempre que possível utilizando meios físicos de transmissão independentes, de tal forma que a indisponibilidade de uma via de telecomunicação não comprometa a disponibilidade da outra via.

Os esquemas de transferência de disparo devem ser independentes e redundantes para a proteção principal e alternada.

1.7.2.2 Teleproteção para LINHAS DE TRANSMISSÃO com tensão de 230 e 138 kV

Os canais para teleproteção devem ser, preferencialmente, dedicados, específicos para proteção e não compartilhados com outras aplicações. Quando for justificável a utilização de compartilhamento, o atendimento à aplicação de proteção deve ser prioritário.

Os esquemas de teleproteção e de transferência de disparo são obrigatórios apenas para a proteção principal.

1.7.3 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ

A TRANSMISSORA deve prover serviços de telefonia para comunicação de voz, full duplex, com sinalização sonora e visual para comunicação operativa do sistema elétrico em tempo real.

1.7.3.1 Entre subestações adjacentes

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, classe B.

- Serviço de telefonia para comunicação de voz, podendo ser discado via SISTEMA de telefonia comutada e apresentando, no mínimo, classe C.

1.7.3.2 Com centro de operação local

Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado para atendimento às subestações envolvidas, deverão ser previstos:

a. Entre o Centro de Operação Local e as subestações envolvidas

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 441 de 701

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, classe B.

- Serviço de telefonia para comunicação de voz, podendo ser discado via SISTEMA de telefonia comutada e apresentando, no mínimo, classe C.

b. Entre o Centro de Operação Local e os Centros de Operação das demais concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote.

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

c. Entre o Centro de Operação Local e o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS responsável(is) pela operação da região de instalação do empreendimento:

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

1.7.3.3 Sem centro de operação local

Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado para atendimento às subestações envolvidas, deverão ser previstos:

a) Entre cada uma das subestações e os respectivos Centros de Operação das demais concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote:

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

b) Entre cada uma das subestações envolvidas e o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS responsável(is) pela operação da região de instalação do empreendimento:

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

1.7.3.4 Outros

Adicionalmente, deverá ser fornecido um SISTEMA de comunicação móvel (comunicação de voz) que possa cobrir toda a extensão das LINHAS DE TRANSMISSÃO e as subestações envolvidas, para apoio às equipes de manutenção em campo.

Para comunicação com o(s) centro(s) de operação do ONS, responsável(eis) pela operação da região de instalação do empreendimento, e centros de operação das demais concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote, a

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 442 de 701

TRANSMISSORA deve dispor de serviço de telefonia comutada classe C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contratado para suporte às atividades das áreas de normatização, pré-operação, pós-operação e apoio e coordenação dos serviços de telecomunicações.

Para comunicação com o escritório central do ONS, a TRANSMISSORA deve dispor de serviço de telefonia comutada classe C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contratado para suporte às atividades das áreas de planejamento e programação da operação.

1.7.4 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS

Os serviços de comunicação de dados abaixo especificados devem ser dimensionados (quantidade de canais, velocidade, uso de rotas alternativas, etc.) de forma a suportar o carregamento imposto pela transferência das informações especificadas e apresentar a disponibilidade e qualidade conforme descrito neste edital. Cada circuito de comunicação de dados é formado pelo respectivo canal de dados e associado às interfaces necessárias para permitir a comunicação de dados entre dois pontos.

1.7.4.1 Serviços de comunicação de dados para supervisão e controle

Para a supervisão e controle pelo ONS e agentes interligados, deverão ser fornecidos os seguintes serviços de comunicação de dados e atendendo a classe A. Em decorrência da alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

1.7.4.2 Com centro de operação local

Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado, devem ser previstos os seguintes serviços de comunicação de dados:

- Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e as subestações envolvidas;

- Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e os computadores de comunicação dos Centros de Operação dos agentes Interligados;

- Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e o computador de comunicação do(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS responsável(is) pela operação da região de instalação do empreendimento.

1.7.4.3 Sem centro de operação local

Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local, devem ser previstos os seguintes serviços de comunicação de dados:

- Entre cada subestação envolvida e o computador de comunicação do Centro de Operação do agente Interligado correspondente;

- Entre cada subestação envolvida e o computador de comunicação do Centro Regional de Operação Sudeste do ONS.

Os serviços acima deverão ser independentes de qualquer outro serviço de comunicação de dados.

1.7.4.4 Recursos de comunicação de dados para a Rede de Registro de Perturbações

Para a aquisição de dados de registro de perturbação devem ser previstos dois ramais telefônicos DDR (discagem direta ao ramal) e ligados a modem para conexão ao Concentrador Central de Dados

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 443 de 701

de Registro de Perturbações da TRANSMISSORA ou diretamente aos RDP localizados nas subestações envolvidas, para acesso pelo ONS ou outros Agentes autorizados.

Soluções alternativas que permitam o acesso via rede de dados poderão ser admitidas, uma vez assegurado, no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuídos aos circuitos acima especificados.

1.7.4.5 Outros serviços de comunicação de dados

Para suporte às atividades de normatização, pré-operação, pós-operação, planejamento da operação, programação da operação, administração de serviços e encargos da transmissão e demais sistemas de apoio disponibilizados pelo ONS para os agentes, a TRANSMISSORA deve dispor de meio de acesso à Internet, dimensionado de forma a suportar o carregamento imposto pelo conjunto dessas atividades, através de serviço de comunicação de dados classe B.

Soluções alternativas que permitam a comunicação via outros tipos de redes de dados poderão ser admitidas, uma vez assegurado, no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuídos aos serviços acima especificados.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 444 de 701

1.8 DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS EQUIPAMENTOS AOS REQUISITOS DESSE ANEXO TÉCNICO

Seja qual for a configuração proposta, básica ou alternativa, a TRANSMISSORA deve realizar, no mínimo, os seguintes estudos:

Fluxo de potência;

Estudos de fluxo de potência nos barramentos das subestações;

Estudos de transitórios de energização de transformadores;

Estudos de tensão transitória de restabelecimento;

Estudo de coordenação de isolamento das subestações.

Esses estudos devem demonstrar o atendimento ao estabelecido no documento de critérios da EPE, nos relatórios de estudos indicados no subitem 2.1.1, e aos critérios e requisitos estabelecidos nesse item.

A TRANSMISSORA deve certificar-se de que os parâmetros das linhas a serem avaliadas pelos estudos de transitórios eletromagnéticos são aqueles definidos pelos estudos de coordenação de isolamento das linhas elaborados pela TRANSMISSORA.

Ressalta-se que a TRANSMISSORA deve analisar o empreendimento para o ano de entrada em operação, utilizando a base de dados disponibilizada pelo ONS em sua página na Internet, www.ons.org.br. Para estudos no horizonte do planejamento, a base de dados disponibilizada pela EPE em sua página na Internet, www.epe.gov.br.

Todos os estudos de transitórios eletromagnéticos deverão ser desenvolvidos na ferramenta ATP (Alternative Transients Program). A TRANSMISSORA deverá disponibilizar à ANEEL os casos base de cada um desses estudos, no formato do programa ATP, em meio digital, para fins de registro na base de dados de estudos.

A especificação do conjunto das características elétricas básicas dos diversos equipamentos integrantes deste empreendimento deverá levar em conta os resultados dos estudos supra mencionados.

1.8.1 TENSÃO OPERATIVA

A tensão eficaz entre fases de todas as barras do sistema interligado, em todas as situações de intercâmbio e cenários avaliados, deve situar-se na faixa de valores listados na

Tabela 6, que se refere às condições operativas normal (regime permanente) e de emergência (contingências simples em regime permanente nos estudos que definiram a configuração básica ou alternativa).

Tabela 6 - Tensão eficaz entre fases admissível (kV)

Tensão nominal do

sistema

Condição operativa normal

Condição operativa de emergência

Barras com carga Demais barras

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 445 de 701

Tensão nominal do

sistema

Condição operativa normal

Condição operativa de emergência

Barras com carga Demais barras

138 131 a 145 131 a 145 124 a 145

230 218 a 242 218 a 242 207 a 242

1.8.2 CRITÉRIOS PARA AS CONDIÇÕES DE MANOBRA ASSOCIADOS ÀS LINHAS DE TRANSMISSÃO

Nos estudos de manobra associados a linhas de transmissão deve-se observar os limites de suportabilidade de sobretensão dos equipamentos associados e a capacidade de absorção de energia dos pára-raios envolvidos.

1.8.2.1 Sobretensão admissível para estudos a 60 Hz

A máxima tensão em regimes permanente e dinâmico na extremidade das linhas de transmissão após manobra (energização, religamento tripolar e rejeição de carga) deve ser compatível com a suportabilidade dos equipamentos das subestações terminais, dos isolamentos das linhas e das torres de transmissão.

A tensão dinâmica (tensão eficaz entre fases no instante imediatamente posterior à manobra dos disjuntores) e a tensão sustentada (tensão eficaz entre fases nos instantes subseqüentes) devem situar-se na faixa de valores constantes da Tabela 7 abaixo.

TABELA 7 – TENSÃO EFICAZ ENTRE FASES ADMISSÍVEL NA EXTREMIDADE DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO APÓS MANOBRA (KV)

Tensão nominal do sistema

Tensão dinâmica Tensão sustentada

138 131 a 193 131 a 152

230 218 a 322 218 a 253

1.8.3 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE DISJUNTORES SOB CONDIÇÕES DE MANOBRA

Os estudos para determinação das solicitações impostas a disjuntores sob condições de manobra deverão considerar a representação da rede levando-se em conta o maior nível de curto-circuito previsto entre a data de entrada em operação e o horizonte de planejamento. A TRANSMISSORA deverá levar em conta as informações disponibilizadas pela EPE e pelo ONS.

1.8.3.1 Estudos de Tensão de Restabelecimento Transitória (TRT)

Esses estudos transitórios têm por objetivo quantificar as solicitações as quais estarão sujeitos os diversos disjuntores integrantes deste empreendimento. Compreendem as avaliações de TRT as seguintes condições de manobra:

Abertura de defeito terminal trifásico à terra e trifásico não aterrado, sendo o ponto de aplicação da falta no barramento ou saída de linha; e

Abertura de defeito terminal monofásico sendo o ponto de aplicação da falta no barramento ou saída de linha.

1.8.3.2 Estudos de energização de transformadores

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 446 de 701

Esses estudos têm por objetivo identificar as solicitações de corrente e tensão impostas à rede e aos equipamentos próximos pela manobra de energização dos transformadores. Devem ainda demonstrar que os transformadores podem ser energizados em situações de rede completa e degradada, pelos seus dois terminais e para toda a faixa de tensão operativa. Estão incluídas neste escopo as situações de recomposição de rede.

Os estudos compreendem avaliações de energização em vazio, com e sem falta aplicada, considerando os recursos de controle de sobretensões disponíveis, tais como, disjuntores com resistores de pré-inserção e/ou dispositivos de manobra controlada. Deve ser levado em conta o fluxo residual do transformador.

Devem ser avaliados também o montante de energia a ser absorvido pelos pára-raios do transformador e a necessidade de utilização dos mecanismos de controle de sobretensões supramencionados, bem como as correntes inrush.

Para a realização desses estudos, os transformadores devem ser modelados considerando a sua curva de saturação e a impedância especificada no documento da TRANSMISSORA que define as características elétricas básicas dos equipamentos principais do empreendimento. No caso de indisponibilidade da curva de saturação real do equipamento, poderá ser utilizada curva típica, desde que sejam feitas parametrizações quanto ao joelho e à reatância de núcleo de ar, alterando-se esses valores no sentido de verificar os seus efeitos sobre os resultados dos estudos.

1.8.4 ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA NOS BARRAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES

Esses estudos têm por objetivo identificar as correntes máximas em regime permanente as quais estão sujeitos os barramentos (incluindo os vãos interligadores de barras) e os equipamentos das subestações, de forma a prover os susbsídios necessários à determinação da corrente nominal dos equipamentos e barramentos das subestações.

Os seguintes aspectos devem ser levados em conta nas avaliações:

- Condições normal e emergência (n-1) de operação do sistema, com os valores máximos dos fluxos em linhas que se conectam às subestações em análise, tanto para o ano de entrada em operação como para o ano horizonte de planejamento;

- Condição degradada das subestações em análise, com indisponibilidade de um equipamento ou mesmo de um trecho do barramento, para as condições normal e emergência (n-1) do sistema;

- Evolução prevista da topologia da subestação.

1.8.5 CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS

Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº398, de 23 de março de 2010.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 447 de 701

2 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO

Os relatórios de Estudos de Engenharia e Planejamento, elaborados pela EPE, e os documentos elaborados pela ELETRONORTE – Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A., estão relacionados a seguir.

Estes relatórios e documentos são partes integrantes do ANEXO 6F devendo suas recomendações serem adotadas pela TRANSMISSORA no desenvolvimento dos seus projetos para implantação das instalações, ressalvado se forem conflitantes com este ANEXO 6F, que prevalece sobre relatórios e documentos referidos nos itens 2 e 3.

2.1 ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO

2.1.1 RELATÓRIOS

Nº EMPRESA DOCUMENTO

RE-EPPT-3.010/10 Relatório R2: Detalhamento de Alternativa de Referência – Seccionamento da LT Nova Mutum – Sorriso 230 kV em Lucas do Rio Verde – agosto de 2010.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 448 de 701

2.2 RELATÓRIOS DAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES

Nº EMPRESA DOCUMENTO

EET_MT_002/2010 Relatório R4: Subestação Lucas do Rio Verde 230/138/13,8 kV – Caracterização da Rede Existente – agosto de 2010.

2.3 DOCUMENTOS DE SUBESTAÇÕES

2.3.1 SUBESTAÇÃO LUCAS DO RIO VERDE

Nº EMPRESA DESCRIÇÃO

CMG-107-56000-PB - R00 Diagrama Unifilar Simplificado

CMG-107-92001-PB - R00 Diagrama Unifilar Simplificado de Serviços Auxiliares de CA e CC

CMG-107-02000-PB - R00 Localização - Planta

CMG-107-02001-PB - R00 Arranjo Físico - Planta

ANEXO A - Fl. 1/3 Diagrama Unifilar 230 kV, Vãos BX,C e D

ANEXO A - Fl. 2/3 Diagrama Unifilar 230 kV, Vãos AY e BY

ANEXO A - Fl. 3/3 Diagrama Unifilar 138 kV

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 449 de 701

3 MEIO AMBIENTE E LICENCIAMENTO

3.1 GERAL

A TRANSMISSORA deve implantar as INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO do LOTE F, observando a legislação e os requisitos ambientais aplicáveis.

3.2 DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL

Nº EMPRESA DOCUMENTO

EEMT_RE_002/2010 Relatório R3: Caracterização e Análise Socioambiental – Subestação 230/138 kV Lucas do Rio Verde – agosto de 2010.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 450 de 701

4 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Conforme previsto no Edital, Volume I - item 4.7, e para fins de verificação da conformidade com os requisitos técnicos exigidos, a TRANSMISSORA deve apresentar à ANEEL para liberação o Projeto Básico das instalações, de acordo com o Relatório Diretrizes para Projeto Básico de Sistemas de Transmissão - DNAEE-ELETROBRAS e a itemização a seguir.

A TRANSMISSORA deve entregar 2 cópias de toda documentação do Projeto Básico em papel e em meio magnético ou ótico.

4.1 ESTUDOS DE SISTEMA E ENGENHARIA

A TRANSMISSORA deve apresentar os relatórios dos estudos definidos no item 1.8.

Sempre que solicitado, a TRANSMISSORA deve comprovar mediante estudo que as soluções adotadas nas especificações e projetos das instalações de transmissão objeto deste anexo são adequadas.

4.2 PROJETO BÁSICO DAS SUBESTAÇÕES

Os documentos de projeto básico da subestação devem incluir:

Relação de normas técnicas oficiais utilizadas.

Critérios de projeto para as obras civis, projeto eletromecânico, sistemas de proteção, comando, supervisão e telecomunicações, instalações de blindagem e aterramento, inclusive premissas adotadas.

Desenho de locação das instalações.

Diagrama unifilar.

Desenho de arquitetura das construções: plantas, cortes e fachadas.

Arranjo geral dos pátios: planta e cortes típicos.

Arranjo dos sistemas de blindagem e aterramento.

Características técnicas dos equipamentos e dos materiais principais.

Descrição dos sistemas previstos para proteção, comando, supervisão e telecomunicações, inclusive diagramas esquemáticos.

Descrição dos sistemas auxiliares, inclusive diagramas esquemáticos e folha de dados técnicos de equipamentos e materiais principais.

4.3 PROJETO BÁSICO DA LINHA DE TRANSMISSÃO

Não se aplica.

4.4 PROJETO BÁSICO DE TELECOMUNICAÇÕES:

Descrição sumária dos sistemas de telecomunicações.

Descrição sumária do sistema de energia (alimentação elétrica).

Diagramas de configuração dos sistemas de telecomunicações.

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Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 451 de 701

Diagramas de configuração do sistema de energia.

Diagramas de canalização.

Comentários sobre as alternativas de provedores de telecomunicações prováveis e sistemas propostos.

4.5 PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO:

A TRANSMISSORA deverá fornecer na apresentação do Projeto Básico as planilhas disponíveis no CD “Planilhas de Dados do Projeto” preenchidas com dados requeridos, no que couber, do empreendimento em licitação.

Page 69: ANEXO 6F LOTE F SE LUCAS DO RIO VERDE 230/138 KV · Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV VOL. III - Fl. 388 de 701 FIGURA 1 –

Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 452 de 701

5 CRONOGRAMA

A TRANSMISSORA deve apresentar cronograma de implantação das INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO pertencentes a sua concessão, conforme modelos apresentados nas tabelas A e B deste ANEXO 6F, com a indicação de marcos intermediários, para as seguintes atividades não se restringindo a essas: licenciamento ambiental, projeto básico, topografia, instalações de canteiro, fundações, montagem de torres, lançamento dos cabos condutores e instalações de equipamentos, obras civis e montagens das instalações de Transmissão e das Subestações, e comissionamento, que permitam aferir, mensalmente, o progresso das obras e assegurar a entrada em OPERAÇÃO COMERCIAL no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses.

A ANEEL poderá solicitar a qualquer tempo a inclusão de outras atividades no cronograma.

A TRANSMISSORA deve apresentar mensalmente, à fiscalização da ANEEL, Relatório do andamento da implantação das INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO, em meio ótico e papel.

Page 70: ANEXO 6F LOTE F SE LUCAS DO RIO VERDE 230/138 KV · Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV VOL. III - Fl. 388 de 701 FIGURA 1 –

Edital do Leilão no 008/2010-ANEEL ANEXO 6F - LOTE F – SE Lucas do Rio Verde 230/138 kV

VOL. III - Fl. 453 de 701

5.1 CRONOGRAMA FÍSICO DE SUBESTAÇÕES (TABELA B)

NOME DA EMPRESA SUBESTAÇÂO

DATA

No

DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DA OBRA

Meses

1 2 3 4 22 23 24

1 PROJETO BÁSICO

2 ASSINATURA DE CONTRATOS

2.1 EPC – Estudos, projetos e construção

2.2 CCT – Acordo Operativo

2.3 CCI – Acordo Operativo

2.4 CPST

3 DECLARAÇÂO DE UTILIDADE PUBLICA

4 LICENCIAMENTO AMBIENTAL

4.1 Termo de Referência

4.2 Estudo de Impacto Ambiental

4.3 Licença Prévia

4.4 Licença de Instalação

4.5 Autorização de Supressão de Vegetação

4.6 Licença de Operação

5 PROJETO EXCUTIVO

6 AQUISIÇÔES

6.1 Pedido de Compra

6.2 Estruturas

3.3 Equipamentos Principais (Transformadores e Compensadores de Reativos)

6.4 Demais Equipamentos (Disj., Secc., TP, TC, PR e etc)

6.5 Painéis de Proteção, Controle e Automação

7 OBRAS CIVIS

7.1 Canteiro de Obras

7.2 Fundações

8 Montagem

8.1 Pedido de Compra

8.2 Estruturas

8.3 Equipamentos Principais (Transformadores e Compensadores de Reativos)

8.4 Demais Equipamentos (Disj., Secc., TP, TC, PR e etc)

8.5 Painéis de Proteção, Controle e Automação

9 ENSAIOS DE COMISSIONAMENTO

10 OPERAÇÃO COMERCIAL

DATA DE INÍCIO

OBSERVAÇÕES:

DATA DE CONCLUSÃO DURAÇÃO DA OBRA

ENGENHEIRO ASSINATURA

CREA No

REGIÃO