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RECON – AT Classe 138 kV REGULAMENTAÇÃO PARA O ACESSO DE CONSUMIDORES AO SISTEMA DE ALTA TENSÃO DA LIGHT CONSUMIDORES E AUTOPRODUTORES Gerência de Planejamento do Sistema de Alta Tensão Superintendência de Alta Tensão Diretoria de Engenharia

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RECON – AT Classe 138 kV

REGULAMENTAÇÃO PARA O ACESSO DE CONSUMIDORES

AO SISTEMA DE ALTA TENSÃO DA LIGHT

CONSUMIDORES E AUTOPRODUTORES

Gerência de Planejamento do Sistema de Alta Tensão

Superintendência de Alta Tensão

Diretoria de Engenharia

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2 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

DESENVOLVIMENTO E COLABORAÇÃO Rio de Janeiro, Maio de 2017.

DESENVOLVIMENTO

Participantes Gerência

Filipe Caixeiro Mattos Gerência Planejamento do Sistema AT

Rodrigo Moreira Romano Gerência Planejamento do Sistema AT

Hanna Barros Vieira Gerência Planejamento do Sistema AT

Débora Microni Soares Gerência Planejamento do Sistema AT

José Eduardo da Silva Carvalho Gerência Planejamento do Sistema AT

Paulo Ricardo Morais Shor Gerência Planejamento do Sistema AT

Rafael da Silva Souza Gerência Planejamento do Sistema AT

COLABORAÇÃO

Participantes Gerência

Fernando Martins Ferreira Gerência Planejamento do Sistema AT

Nelson Felipe da Costa Gerência Planejamento do Sistema AT

Juliana Pigeard Muratore Gerência Planejamento do Sistema AT

Patrick Ramos Soares Gerência Planejamento do Sistema AT

Mônica Andrade Portella de Araujo Gerência Planejamento do Sistema AT

Alan Ribeiro Gomes Goes Gerência Planejamento do Sistema AT

Layse de Vasconcellos Honorio Gerência Planejamento do Sistema AT

Gustavo Jose Fontes Pacheco Gerência Planejamento do Sistema AT

Evelyn Leite Goldner Gerência Planejamento do Sistema AT

Thiago Pires Viula Gerência de Projeto e Construção AT

Roberto Focetola Filho Gerência de Projeto e Construção AT

Talita Pereira Silva Gerência de Projeto e Construção AT

Felipe Ramos da Silva Gerência de Projeto e Construção AT

Rafael Silva dos Santos Gerência de Projeto e Construção AT

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3 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

COLABORAÇÃO (continuação)

Participantes Gerência

Gustavo Gonçalves Santos Caldeiras Gerência de Projeto e Construção AT

Paulo Cesar de Souza Gerência de Projeto e Construção AT

Rena Rosa da Silva Riquieri Gerência de Projeto e Construção AT

Filipe Marques Pereira Gerência de Projeto e Construção AT

João Paulo Carvalho Correa Gerência de Projeto e Construção AT

Julio Cesar da Costa Marins Gerência de Projeto e Construção AT

Fábio Junior Neves Gerência de Projeto e Construção AT

Joao Vicente Homsy Paim Costa Gerência de Operação do Sistema

Gabriela Prado da Silva Gerência de Operação do Sistema

Rodrigo Lopes de Moraes Gerência de Operação do Sistema

Thamiris de Franca Dias Monteiro Gerência de Operação do Sistema

Walter José Vieira de Mello Gerência de Operação do Sistema

Jose Carlos Nascimento Azevedo Gerência de Telecom

Carlos Eduardo Vasconcellos Cardoso Gerência de Telecom

Pablo Boeno Galhano Gerencia de Regulação do Serviço

Claudio Jose Barreiros de Moraes Carneiro Gerencia de Regulação do Serviço

Simone de Barros Fernandes do Vale Gerencia Grandes Clientes Privados e P. Publico

Washington Luiz dos Santos Gerencia Grandes Clientes Privados e P. Publico

Analice Basilio de Oliveira Gerência de Tecnologia Medição e Automação

Fernando Bruno Malveira Gerência de Tecnologia Medição e Automação

Jose Ricardo Wichan Gerência de Tecnologia Medição e Automação

Frederico Ferreira Guimaraes Gerência de Tecnologia Medição e Automação

Ivan Francisco de Mello Vasques Gerência de Tecnologia Medição e Automação

Rodrigo Norat Tavares Mol Monica Gerência de Tecnologia Medição e Automação

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4 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 10

2 OBJETIVO ............................................................................................................................... 10

3 ABRANGÊNCIA ....................................................................................................................... 10

4 DEFINIÇÕES ........................................................................................................................... 11

5 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................................... 15

5.1 LEGISLAÇÃO ................................................................................................................... 15

5.2 NORMAS TÉCNICAS ....................................................................................................... 15

5.2.1 NBR para linhas de distribuição de alta tensão ............................................................. 15

5.2.2 NBR para Subestações ................................................................................................ 16

5.2.3 Normas técnicas internacionais .................................................................................... 17

5.2.4 Normas técnicas Light para subestação ....................................................................... 18

5.2.5 Normas técnicas Light para linhas de distribuição de alta tensão ................................. 19

5.2.5.1 Aéreo ..................................................................................................................... 19

5.2.5.2 Subterrâneo ........................................................................................................... 20

5.2.6 Normas e procedimentos de segurança ....................................................................... 21

5.2.6.1 Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego ........................ 21

5.2.6.2 Procedimentos de segurança Light ........................................................................ 21

5.2.7 Procedimentos ambientais Light ................................................................................... 21

6 CONDIÇÕES GERAIS DESTE DOCUMENTO ........................................................................ 22

6.1 ACESSO ÀS DEMAIS INSTALAÇÕES DA TRANSMISSÃO............................................. 22

7 CONSUMIDOR ........................................................................................................................ 23

7.1 OBJETIVO ........................................................................................................................ 23

7.2 CONSULTA DE FORNECIMENTO EM TENSÃO DE 138 KV ........................................... 23

7.3 SOLICITAÇÃO DE ACESSO ............................................................................................ 23

7.3.1 Acesso de Consumidor Cativo ...................................................................................... 23

7.3.2 Acesso de Consumidor Livre ........................................................................................ 24

7.4 CARACTERÍSTICAS E CONDIÇÕES GERAIS DE FORNECIMENTO ............................. 24

7.4.1 Contrato de fornecimento de energia elétrica ............................................................... 24

7.4.1.1 Consumidor Regulado ........................................................................................... 25

7.4.1.2 Consumidor Livre ................................................................................................... 25

7.4.2 Condição de fornecimento ............................................................................................ 25

7.4.2.1 Conexão ao sistema de distribuição por meio de subestação de manobra ............ 25

7.4.2.2 Conexão de consumidores a subestação existente ................................................ 25

7.4.3 Tensão de fornecimento ............................................................................................... 26

7.4.4 Ponto de entrega .......................................................................................................... 26

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5 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

7.4.5 Compartilhamento de subestação de Consumidor ....................................................... 26

7.4.6 Custo para as obras de fornecimento ........................................................................... 26

7.4.7 Incorporação................................................................................................................. 27

7.4.8 Qualidade da energia elétrica ....................................................................................... 27

7.5 ESTRUTURA TARIFÁRIA ................................................................................................. 27

7.5.1 Esclarecimentos ........................................................................................................... 27

7.5.2 Classificação ................................................................................................................ 27

7.5.3 Fator de potência .......................................................................................................... 27

7.5.4 Capacitores de potência ............................................................................................... 27

7.6 ALTERAÇÃO NO PROGRAMA DE DEMANDAS .............................................................. 28

7.7 ACESSO ÀS INSTALAÇÕES DO CONSUMIDOR ............................................................ 28

7.8 APRESENTAÇÃO DO PROJETO DA SUBESTAÇÃO DO CONSUMIDOR ...................... 28

7.8.1 Projeto da subestação do Consumidor ......................................................................... 28

7.8.2 Licenciamento .............................................................................................................. 30

7.8.3 Responsabilidade técnica ............................................................................................. 30

7.8.4 Notas ............................................................................................................................ 30

7.8.5 Apresentação do projeto de ampliação ou substituição de equipamentos da subestação

do Consumidor ............................................................................................................. 30

7.8.6 Análises dos projetos pela Concessionária ................................................................... 31

7.9 EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA A INSTALAÇÃO DA SUBESTAÇÃO DO CONSUMIDOR 31

7.9.1 Estrutura da subestação do Consumidor ...................................................................... 31

7.9.2 Barramento da subestação do Consumidor .................................................................. 31

7.9.3 Proteção de entrada da subestação do Consumidor .................................................... 32

7.9.3.1 Nota ....................................................................................................................... 32

7.9.4 Recomendações de proteção para a subestação do Consumidor ................................ 32

7.9.5 Dispositivos da teleproteção das linhas de transmissão ............................................... 32

7.9.6 Intertravamento ............................................................................................................ 33

7.9.7 Transferências de alimentação da subestação do Consumidor .................................... 33

7.9.7.1 Transferência manual de alimentação com paralelismo momentâneo ................... 33

7.9.7.2 Transferência automática de alimentação .............................................................. 33

7.9.8 Malha de aterramento ................................................................................................... 34

7.9.9 Supervisão da subestação do Consumidor ................................................................... 34

7.9.10 Informações diversas para subestação do Consumidor ................................................ 35

7.9.11 Geradores próprios isolados do sistema da Light ......................................................... 35

7.9.12 Geradores próprios em paralelo com o sistema da Light .............................................. 35

7.9.13 Medição para faturamento ............................................................................................ 35

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6 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

7.9.13.1 Consumidores Cativos ........................................................................................ 35

7.9.13.2 Consumidores Livres .......................................................................................... 36

7.9.13.3 Migração de Consumidores cativos ao ambiente de contratação livre. ............... 36

7.9.14 Acesso e circulação de veículos para manutenção....................................................... 36

7.10 EXIGENCIAS BÁSICAS DOS EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO ............................... 36

7.10.1 Para-raios ..................................................................................................................... 36

7.10.2 Seccionadores de entrada ............................................................................................ 36

7.10.3 Disjuntores ................................................................................................................... 37

7.10.4 Transformadores de corrente da proteção de entrada .................................................. 37

7.10.5 Transformadores de potencial ...................................................................................... 37

7.10.6 Relés da proteção de entrada ....................................................................................... 37

7.10.7 Transformadores de potência ....................................................................................... 37

7.11 EXECUÇÃO DA INSTALAÇÃO ......................................................................................... 38

7.12 INSPEÇÃO E TESTES DE COMISSIONAMENTO ........................................................... 38

7.13 ENERGIZAÇÃO ................................................................................................................ 38

7.14 IDENTIFICAÇÃO DA SUBESTAÇÃO ............................................................................... 39

7.14.1 Identificação geral ........................................................................................................ 39

7.14.2 Faseamento dos circuitos ............................................................................................. 39

7.15 NORMAS GERAIS DE OPERAÇÃO ................................................................................. 39

7.16 MANUTENÇÃO PERIÓDICA DAS INSTALAÇÕES DO CONSUMIDOR........................... 40

8 AUTOPRODUTOR .................................................................................................................. 41

8.1 OBJETIVO ........................................................................................................................ 41

8.2 CARACTERÍTICAS E CONDIÇÕES GERAIS ................................................................... 41

8.2.1 Exportação de energia .................................................................................................. 41

8.2.2 Acordo Operativo .......................................................................................................... 41

8.2.3 Solicitação de paralelismo ............................................................................................ 41

8.2.4 Custo para as obras ..................................................................................................... 42

8.2.5 Condições básicas de paralelismo ................................................................................ 42

8.3 ESTUDOS NECESSÁRIOS PELO AUTOPRODUTOR ..................................................... 43

8.4 CONDIÇÕES DE PROTEÇÃO .......................................................................................... 43

8.4.1 Exigências básicas ....................................................................................................... 43

8.4.2 Requisitos mínimos de proteção ................................................................................... 45

8.4.2.1 Relés de sobrecorrente direcional de fases (função 67) ......................................... 46

8.4.2.2 Relé de sobretensão residual (função 59G) ........................................................... 46

8.4.2.3 Rele direcional de potência (função 32) ................................................................. 46

8.4.2.4 Relé de subtensão (função 27A) ............................................................................ 46

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7 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

8.4.2.5 Relé de subtensão (função 27B) ............................................................................ 46

8.4.2.6 Rele de verificação de sincronismo (função 25) ..................................................... 46

8.4.2.7 Relé de subfrequência (função 81U) ...................................................................... 46

8.4.2.8 Relé de sobrefrequência (função 81O) ................................................................... 46

8.4.3 Considerações gerais ................................................................................................... 46

8.5 MEDIÇÃO DE QUALIDADE .............................................................................................. 47

8.6 INSPEÇÃO E TESTES DE COMISSIONAMENTO ........................................................... 47

8.7 MANUTENÇÃO PERIÓDICA DAS INSTALAÇÕES .......................................................... 48

9 SUBESTAÇÃO DE MANOBRA ................................................................................................ 49

9.1 OBJETIVO ........................................................................................................................ 49

9.2 APRESENTAÇÃO DO PROJETO DA SUBESTAÇÃO DE MANOBRA ............................. 49

9.2.1 Projeto da subestação de Manobra .............................................................................. 49

9.2.2 Licenciamento .............................................................................................................. 51

9.2.3 Responsabilidade técnica ............................................................................................. 51

9.2.4 Notas ............................................................................................................................ 51

9.3 EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA A SUBESTAÇÃO DE MANOBRA .................................... 51

9.3.1 Estrutura da subestação de manobra ........................................................................... 51

9.3.2 Barramento da subestação de manobra ....................................................................... 52

9.3.3 Proteção da subestação de manobra ........................................................................... 52

9.3.4 Dispositivos da teleproteção das linhas de transmissão ............................................... 53

9.3.5 Intertravamento ............................................................................................................ 53

9.3.6 Malha de aterramento ................................................................................................... 53

9.4 EXIGENCIAS BASICAS QUANTO AOS EQUIPAMENTOS .............................................. 53

9.4.1 Para-raios ..................................................................................................................... 54

9.4.2 Seccionadores de entrada ............................................................................................ 54

9.4.3 Disjuntores ................................................................................................................... 54

9.4.4 Transformadores de corrente ....................................................................................... 54

9.4.5 Transformadores de potencial ...................................................................................... 54

9.5 CONDIÇÕES GERAIS DE PROTEÇÃO E AUTOMAÇÃO PARA A SUBESTAÇÃO DE

MANOBRA ........................................................................................................................ 55

9.5.1 Esquema de proteção para de subestação manobra .................................................... 55

9.5.2 Proteção diferencial de barras 138 kV .......................................................................... 55

9.5.3 Proteção de linhas de transmissão aérea 138 kV - Seccionamento .............................. 55

9.5.4 Proteção de linhas de transmissão subterrâneo 138 kV - Seccionamento .................... 56

9.5.5 Proteção de linha radial aérea 138 kV – Ramal Acessante........................................... 56

9.5.6 Proteção de linha radial subterrâneo138 kV – Ramal Acessante .................................. 57

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8 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

9.5.7 Requisitos mínimos dos relés de proteção ................................................................... 57

9.5.8 Oscilógrafia .................................................................................................................. 57

9.6 AUTOMAÇÃO DO PONTO DE CONEXÃO ....................................................................... 57

9.6.1 Automação da Subestação de manobra ....................................................................... 57

9.7 IDENTIFICAÇÃO DA SUBESTAÇÃO DE MANOBRA ....................................................... 58

9.7.1 Identificação geral ........................................................................................................ 58

9.7.2 Faseamento dos circuitos ............................................................................................. 58

9.8 EXECUÇÃO DA INSTALAÇÃO ......................................................................................... 59

9.9 PROCEDIMENTOS DE RECEPÇÃO DA SUBESTAÇÃO DE MANOBRA ........................ 59

10 LINHAS DE TRANSMISSÃO ................................................................................................... 61

10.1 OBJETIVO ........................................................................................................................ 61

10.2 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................ 61

10.3 LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA 138 KV ................................................................... 61

10.3.1 Apresentação do projeto da linha de distribuição aérea 138 kV .................................... 62

10.3.1.1 Faixa de servidão de passagem ......................................................................... 62

10.3.1.2 Travessias .......................................................................................................... 62

10.3.1.3 Projeto elétrico .................................................................................................... 62

10.3.1.4 Projeto de fundação ........................................................................................... 63

10.3.1.5 Projeto eletromecânico e sinalização .................................................................. 63

10.4 LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO SUBTERRÂNEA 138 KV ..................................................... 64

10.4.1 Apresentação do projeto da linha de distribuição subterrânea ...................................... 66

10.4.1.1 Projeto básico ..................................................................................................... 66

10.4.1.2 Projeto Executivo Civil ........................................................................................ 67

10.4.1.3 Projeto executivo eletromecânico ....................................................................... 68

10.4.1.4 Projeto elétrico .................................................................................................... 68

10.5 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................ 68

10.5.1 Responsabilidade técnica ............................................................................................. 69

10.5.2 Licenciamento .............................................................................................................. 69

10.6 Teste e COMISSIONAMENTO .......................................................................................... 69

10.7 construção do ramal do cliente .......................................................................................... 70

11 QUALIDADE ............................................................................................................................ 71

11.1 OBJETIVO ........................................................................................................................ 71

11.2 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................ 71

11.3 QUALIDADE DO PRODUTO ............................................................................................ 71

11.4 Tensão em regime permanente ........................................................................................ 71

11.4.1.1 Medição de tensão em regime permanente ........................................................ 73

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9 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

11.4.2 Fator de potência .......................................................................................................... 74

11.4.2.1 Medição de fator de potência .............................................................................. 74

11.4.3 Distorções harmônicas ................................................................................................. 74

11.4.3.1 Medição das distorções harmônicas ................................................................... 75

11.4.4 Desequilíbrio de tensão ................................................................................................ 76

11.4.4.1 Medição de desequilíbrio de tensão ................................................................... 77

11.4.4.2 Flutuação de tensão (Flicker) ............................................................................. 77

11.4.4.3 Medição de flutuação de tensão ......................................................................... 78

11.4.5 Variação de frequência ................................................................................................. 78

11.4.6 Variação de tensão de curta duração ........................................................................... 78

11.4.6.1 Medição de variação de tensão de curta duração ............................................... 79

11.4.7 Instrumentos de medição.............................................................................................. 80

11.5 QUALIDADE DO SERVIÇO .............................................................................................. 80

11.6 ESTUDOS ESPECÍFICOS DE QUALIDADE para ACESSO AOS SISTEMAS DE

DISTRIBUIÇÃO................................................................................................................. 80

12 SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO .......................................................................... 82

12.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................ 82

12.2 AUTORIZAÇÃO ................................................................................................................ 82

12.3 DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA ....................................................................................... 82

12.4 SERVIÇOS ESPECÍFICOS ............................................................................................... 83

12.5 SINALIZAÇÃO .................................................................................................................. 84

1. ANEXO: FORMULÁRIO: “CADASTRO DE INFORMAÇÕES TÉCNICAS ALTA TENSÃO – CTA”

85

2. ANEXO: SUGESTÃO DE SUBESTAÇÃO DO CONSUMIDOR ................................................ 88

3. ANEXO: SUBESTAÇÃO DE MANOBRA ................................................................................. 90

4. ANEXO: SUBESTAÇÃO DE TRANSIÇÃO ............................................................................... 96

5. ANEXO: DIAGRAMA UNIFILAR AUTOPRODUTOR ............................................................. 100

6. ANEXO: SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO ................................................... 102

7. ANEXO: MEDIÇÃO DE QUALIDADE .................................................................................... 113

8. ANEXO: COMUNICAÇÃO COM E-TERRACONTROL .......................................................... 125

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10 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

1 APRESENTAÇÃO

A presente Regulamentação fixa as condições mínimas exigidas para Acesso de Consumidores e Autoprodutores ao Sistema de Distribuição de Alta Tensão, ligadas as linhas de distribuição de 138 kV aéreas ou subterrâneas, na área de concessão da Light Serviços de Eletricidade S.A. Todos os requisitos contidos nesta Regulamentação são de caráter orientativo, não dispensando a necessidade de análises de profissionais devidamente habilitados, com conhecimento da Legislação vigente, das Normas Técnicas da ABNT, das Normas Técnicas da Light e outras específicas relacionadas a projeto e execução de instalações elétricas.

À Light é reservado o direito de, a qualquer tempo, alterar o seu conteúdo, em parte ou no todo, por motivo de ordem técnica ou legal, sendo nesses casos dada ampla divulgação a todos os interessados. Esta Regulamentação cancela e substitui todas as edições anteriores a data de sua publicação e está disponível na Internet no endereço www.light.com.br.

2 OBJETIVO

Estabelecer as condições mínimas para acesso ao sistema de distribuição da Light, compreendendo a conexão e o uso ao sistema de distribuição e definir os critérios técnicos e operacionais, os requisitos básicos de projeto, as informações, os dados e a implementação da conexão, aplicando-se aos novos Acessantes bem como aos existentes.

3 ABRANGÊNCIA

Devem ser observados pelos Acessantes cujas instalações são conectadas ao Sistema de Distribuição de Alta tensão da Light, a saber:

a) Consumidores - Unidades consumidoras de energia;

b) Autoprodutores - Unidades consumidoras de energia com geradores próprios em paralelo com a rede.

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11 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

4 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma e em conformidade com o Módulo 1 do Procedimento de Distribuição - PRODIST, aplicam-se os seguintes termos e definições:

Acessada: Distribuidora de energia elétrica em cujo sistema elétrico o Acessante conecta suas instalações.

Acessante: Consumidor, central geradora, distribuidora ou agente importador ou exportador de energia, com instalações que se conectam ao sistema elétrico de distribuição, individualmente ou associados.

Acesso: Disponibilização do sistema elétrico de distribuição para a conexão de instalações de unidade consumidora, central geradora, distribuidora, ou agente importador ou exportador de energia, individualmente ou associados, mediante o ressarcimento dos custos de uso e, quando aplicável conexão.

Autoprodutor: Pessoa física ou jurídica ou empresas reunidas em consórcio que recebam concessão ou autorização para produzir energia elétrica destinada ao seu uso exclusivo, podendo, mediante autorização da ANEEL, comercializar seus excedentes de energia.

Contratação Regulada: Condição em que o Consumidor faz a opção para que a unidade consumidora compre a energia elétrica junto a Light, mediante os pagamentos dos encargos de conexão, de uso e de energia elétrica.

Contratação Livre: Condição em que o Consumidor faz a opção de compra da energia elétrica, a ser utilizada pela unidade consumidora, junto a outro agente de mercado, utilizando a prerrogativa legal de livre acesso ao sistema de distribuição da a Light, mediante o pagamento dos encargos de conexão e de uso.

Acordo operativo: Acordo celebrado entre o Acessante e a acessada, que descreve e define as atribuições, responsabilidades e o relacionamento técnico-operacional do ponto de conexão e instalações de conexão, quando o caso, e estabelece os procedimentos necessários ao sistema de medição para faturamento - SMF.

Carga da central geradora: Carga constituída pelas parcelas referentes à demanda de potência interna à usina, incluindo serviços auxiliares e infraestrutura local, perdas elétricas em instalações de interesse restrito e eventual unidade consumidora diretamente conectada à central geradora, desde que pertencente à mesma pessoa jurídica e existente no mesmo local ou em área contígua à área da central geradora.

Central geradora: Agente concessionário, autorizado ou registrado de geração de energia elétrica.

CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica: Entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob a regulação e fiscalização da ANEEL, com a finalidade de viabilizar a comercialização de energia elétrica no sistema interligado nacional e de administrar os contratos de compra e venda de energia elétrica, sua contabilização e liquidação.

Cogerador: Planta industrial com base no processo de cogeração de energia. Constitui-se na forma de Autoprodutor ou de produtor independente de energia elétrica.

COI: Centro de Operação Integrado

Comissionamento: Ato de submeter equipamentos, instalações e sistemas a testes e ensaios especificados, antes de sua entrada em operação.

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Condições de acesso: Condições gerais de acesso que compreendem ampliações, reforços e/ou melhorias necessários às redes ou linhas de distribuição da acessada, bem como os requisitos técnicos e de projeto, procedimentos de solicitação e prazos, estabelecidos nos Procedimentos de Distribuição para que se possa efetivar o acesso.

Condições de conexão: Requisitos que o Acessante obriga-se a atender para que possa efetivar a conexão de suas Instalações ao sistema elétrico da acessada.

Consulta de Acesso: A Consulta de Acesso é a relação entre concessionária e os agentes com o objetivo de obter informações técnicas que subsidiem os estudos pertinentes ao acesso, sendo facultado ao Acessante a indicação de um ponto de conexão de interesse.

Contrato de Conexão às Instalações de Distribuição (CCD): Contrato celebrado entre o Acessante e a distribuidora acessada, que estabelece termos e condições para conexão de instalações do Acessante às instalações de distribuição, definindo, também, os direitos e obrigações das partes.

Contrato de Conexão às Instalações de Transmissão (CCT): Contrato que estabelece os termos e condições para a conexão das instalações do Acessante às instalações da concessionária de transmissão.

Contrato de fornecimento: Instrumento celebrado entre distribuidora e consumidor responsável por unidade consumidora do Grupo “A”, estabelecendo as características técnicas e as condições comerciais do fornecimento de energia elétrica.

Contrato de uso do sistema de distribuição (CUSD): Contrato celebrado entre o Acessante e a distribuidora, que estabelece os termos e condições para o uso do sistema de distribuição e os correspondentes direitos, obrigações e exigências operacionais das partes.

Contrato de uso do sistema de transmissão (CUST): Contrato celebrado entre um usuário da rede básica, o ONS e os agentes de transmissão, estes representados pelo ONS, no qual são estabelecidos os termos e condições para o uso da rede básica, aí incluídos os relativos à prestação dos serviços de transmissão pelos agentes de transmissão e os decorrentes da prestação, pelo ONS, dos serviços de coordenação e controle da operação do SIN.

Critério de mínimo custo global: Critério utilizado para avaliação de alternativas tecnicamente equivalentes para viabilização do acesso. Permite que seja escolhida a alternativa de menor custo global de investimentos, considerados os custos associados às instalações de responsabilidade do Acessante e da acessada, os custos associados a eventuais reforços e ampliações necessários aos sistemas de transmissão e de distribuição de terceiros e os custos decorrentes das perdas elétricas, observando-se o mesmo horizonte de tempo para todas as alternativas avaliadas.

Demais instalações de transmissão (DIT): Instalações integrantes de concessões de transmissão e não classificadas como rede básica.

Geração distribuída (GD): Centrais geradoras de energia elétrica, de qualquer potência, com instalações conectadas diretamente no sistema elétrico de distribuição ou através de instalações de consumidores, podendo operar em paralelo ou de forma isolada e despachadas – ou não – pelo ONS.

Informação de Acesso: A Informação de Acesso é a resposta formal e obrigatória da acessada à Consulta de Acesso, com o objetivo de fornecer informações preliminares sobre o acesso pretendido.

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Infraestrutura local de central geradora: Infraestrutura necessária à administração e operação da central geradora, tais como sistemas e edificações diversos (almoxarifado, oficinas, iluminação externa, etc.), não incluindo serviços auxiliares.

Instalações de conexão: Instalações e equipamentos com a finalidade de interligar as instalações próprias do Acessante ao sistema de distribuição, compreendendo o ponto de conexão e eventuais instalações de interesse restrito.

Instalações de interesse restrito: Instalações de interesse restrito (ou de uso exclusivo) são as de uso exclusivo do Acessante, construídas com a finalidade de interligar suas instalações ao ponto de conexão à rede da concessionária.

MUSD - Montante de uso do sistema de distribuição: O MUSD contratado por central geradora deve ser determinado por sua máxima potência injetável no sistema, calculada pela potência nominal instalada subtraída a carga própria mínima quando da geração com potência máxima, devendo constar do correspondente CUSD os referidos valores de potência instalada e de carga própria. A potência instalada referida no caput deve ser aquela definida no ato de outorga da central geradora.

ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico: Entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL, responsável pelas atividades de coordenação e controle da operação da geração e da transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Parecer de Acesso: O parecer de acesso é a resposta da Solicitação de Acesso, sendo o documento formal obrigatório apresentado pela acessada onde são informadas as condições de acesso (compreendendo a conexão e o uso) e os requisitos técnicos que permitam a conexão das instalações do Acessante.

Ponto de conexão: Conjunto de equipamentos que se destina a estabelecer a conexão na fronteira entre as instalações da acessada e do Acessante, comumente caracterizado por módulo de manobra necessário à conexão das instalações de propriedade do Acessante, não contemplando o seu SMF.

Produtor independente de energia (PIE): Pessoa jurídica ou consórcio de empresas que recebe concessão ou autorização para explorar aproveitamento hidroelétrico ou central geradora termoelétrica e respectivo sistema de transmissão associado e para comercializar, no todo ou em parte, a energia produzida por sua conta e risco.

Reserva de capacidade: MUSD contratado por central geradora para atendimento a unidade consumidora diretamente conectada à central quando da ocorrência de interrupções ou reduções temporárias de sua geração, de forma adicional ao MUSD eventualmente contratado em caráter permanente para atendimento à referida unidade consumidora.

Serviços auxiliares de central geradora: Sistemas projetados para atender, em regime normal de operação ou em regime de emergência, às necessidades funcionais de instalações de geração para garantir a continuidade operativa destas instalações.

Sistema de Medição para Faturamento (SMF): Sistema composto pelos medidores principal e retaguarda, pelos transformadores de instrumentos (TI), transformadores de potencial (TP) e transformadores de corrente (TC), pelos canais de comunicação entre os agentes e a CCEE, e pelos sistemas de coleta de dados de medição para faturamento.

Solicitação de Acesso: É o requerimento acompanhado de dados e informações necessárias a avaliação técnica de acesso, encaminhado à concessionária para que possa definir as condições de acesso. Esta etapa se dá após a validação do ponto de conexão informado pela concessionária ao Acessante.

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Subestação de Integração: Subestação sem transformadores ou autotransformadores, desenvolvida na tensão de 138 kV, com o objetivo de interligar novos Acessantes de geração às linhas de distribuição da Light.

Unidade consumidora: Conjunto de instalações e equipamentos elétricos caracterizados pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de conexão, com medição individualizada e correspondente a um único consumidor.

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5 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

5.1 LEGISLAÇÃO

Resolução Normativa da ANEEL nº 414, de 09 de setembro de 2010, estabelece as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica;

Resolução Normativa da ANEEL Nº 67 de 8 de junho de 2004, estabelece critérios para a composição da Rede Básica do Sistema Interligado Nacional, e dá outras providências;

Resolução Normativa da ANEEL n° 68 de 8 de junho de 2004, estabelece os procedimentos para acesso e implementação de reforços nas Demais Instalações de Transmissão, não integrantes da Rede Básica, e para a expansão das instalações de transmissão de âmbito próprio, de interesse sistêmico, das concessionárias ou permissionárias de distribuição, e dá outras providências;

Resolução Normativa da ANEEL n° 312 de 6 de maio de 2008, altera a Resolução Normativa nº 68, de 8 de junho de 2004, que estabelece os procedimentos para implementação de reforços nas Demais Instalações de Transmissão, e dá outras providências;

Resolução Normativa da ANEEL nº 714, de 10 de maio de 2016, Aprimora a regulamentação que trata dos contratos firmados pelas distribuidoras com os consumidores e dá outras providências;

Resolução Normativa n° 229 da ANEEL, de 08/08/2006, estabelece as condições gerais para incorporação de redes particulares;

Resolução Normativa n° 359 da ANEEL, de 14/04/2009, estabelece as condições gerais para incorporação de redes particulares;

Resolução Normativa n° 367, de 2 de junho de 2009, aprova o manual de controle patrimonial do setor elétrico (MCPSE);

Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional - PRODIST da Agência Nacional de Energia Elétrica- ANEEL;

Procedimentos de Comercialização – CCEE;

Procedimentos de Rede do Operador Nacional do Sistema- ONS.

5.2 NORMAS TÉCNICAS

5.2.1 NBR para linhas de distribuição de alta tensão

ABNT NBR 5422, Projeto de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica.

ABNT NBR 6118 – Projeto de Estruturas de Concreto;

ABNT NBR 6122 – Projetos e Execução de Fundações;

ABNT NBR 6535 - Sinalização de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica com vista à segurança da inspeção aérea – Procedimento.

ABNT NBR 7276 - Sinalização de advertência em linhas aéreas de transmissão de energia elétrica – Procedimento.

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ABNT NBR 8186 - Guia de aplicação de coordenação de isolamento.

ABNT NBR 8664 - Sinalização para identificação de linha aérea de transmissão de energia elétrica.

ABNT NBR 10298 - Cabos de alumínio-Liga para linhas aéreas.

ABNT NBR 15237 - Esfera de sinalização diurna para linhas aéreas de transmissão de energia elétrica – Especificação.

5.2.2 NBR para Subestações

ABNT NBR 5034 - Buchas para Tensões Alternadas Superiores a 1 kV – Especificação.

ABNT NBR 5356 - Transformador de Potência – Especificação.

ABNT NBR 5380 - Transformadores de Potência - Método de Ensaio.

ABNT NBR 5389 - Técnicas de Ensaios Elétricos de Alta Tensão Método de Ensaio.

ABNT NBR 5416 - Aplicação de Cargas em Transformadores de Potência – Procedimento.

ABNT NBR 6146 - Invólucros de equipamentos elétricos – Proteção.

ABNT NBR 6820 - Transformador de potencial indutivo - Método de ensaio.

ABNT NBR 6821 - Transformador de Corrente - Método de Ensaio.

ABNT NBR 6855 - Transformador de potencial indutivo – Especificação.

ABNT NBR 6856 - Transformador de Corrente – Especificação.

ABNT NBR 6936 - Técnicas de Ensaios Elétricos de Alta Tensão – Procedimento.

ABNT NBR 6940 - Técnicas de Ensaios Elétricos de Alta Tensão - Medição de descargas parciais.

ABNT NBR 7037 - Recebimento, Instalação e Manutenção de Transformadores de Potência, em Óleo Isolante Mineral – Procedimento.

ABNT NBR7571 - Seccionadores - Características técnicas e dimensionais.

ABNT NBR 7875 - Instrumentos de Medição de Rádiointerferência na Faixa de 0,15 a 30 MHz (Padrão CISPR) – Padronização.

ABNT NBR 7876 - Linhas e Equipamentos de Alta tensão. Medição de Rádiointerferência na faixa de 0,15 a 30 MHz - Método de Ensaio.

ABNT NBR 8125 - Transformadores para instrumentos - Descargas parciais – Especificação.

ABNT NBR 8755 - Sistema de revestimentos protetores para painéis elétricos – Procedimento.

ABNT NBR 9368 - Transformadores de potência de tensões máximas até 145 kV – Padronização.

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17 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

ABNT NBR 10022 - Transformador de potencial com tensão máxima igual ou superior a 72,5 kV - Características específicas – Padronização.

ABNT NBR 10023 - Transformador de Corrente com tensão máxima igual ou superior a 72,5 kV - Características Específicas – Padronização.

ABNT NBR 10299 - Análise estatística da rigidez dielétrica de cabos elétricos em corrente alternada e a impulso.

ABNT NBR 10300 - Cabos de instrumentação com isolação extrudada de PE ou PVC para tensões até 300 V.

ABNT NBR 10301 - Fios e cabos elétricos - Resistência ao fogo.

ABNT NBR 10478 - Cláusulas comuns a equipamentos elétricos de manobra de tensão nominal acima de 1 kV Especificação.

ABNT NBR 10495 - Fios e cabos elétricos - Determinação da quantidade de gás ácido halogenado emitida durante a combustão de materiais poliméricos.

ABNT NBR11388 - Sistema de pintura para equipamentos e instalações de subestações elétricas.

ABNT NBR 13231 – Proteção contra incêndio em subestações elétricas

ABNT NBR14221 - Isolador suporte cilíndrico de vidro ou porcelana - Unidades e colunas - Padronização de dimensões e características.

ABNT NBR 15749 - Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do solo em sistemas de aterramento.

ABNT NBR 15751 - Sistema de aterramento de subestações- Requisitos.

ABNT NBR 60694 - Especificações comuns para normas de equipamentos de manobra de alta-tensão e mecanismos de comando.

ABNT NBR IEC 62271-100 - Disjuntores de alta tensão de corrente alternada.

ABNT NBR IEC 62271-102 - Equipamentos de alta-tensão - Parte 102: Seccionadores e chaves de aterramento.

ABNT NBR IEC 60529 - Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código IP).

5.2.3 Normas técnicas internacionais

IEC 62271-203 High-voltage switchgear and controlgear – Part 203: Gas-insulated metal-enclosed switchgear for rated voltages above 52 kV.

IEC 60060 - High Voltage Test Techniques;

IEC 60228 - Conductors of Insulated Cables;

IEC 60229 - Tests on cables oversheaths which have a special protective function and are applied by extrusion;

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18 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

IEC 60230 - Impulse test on cables and their accessories;

IEC 60287 - Calculation of the continuous current rating of cables;

IEC 60502 - Extruded solid dielectric insulate power cables for rated voltages from 1 kV to 30 kV;

IEC 60811-1-1 - Common tests methods for insulating and sheathing material of electric cables. Part one: Methods for general application. Section one: Measurements of thickness and overall dimensions tests for determining the mechanical properties;

IEC 60811-1-2 - Section two: Thermal ageing methods;

IEC 60811-1-3 - Section three: Methods for determining the density water absorption tests - shrinkage tests;

IEC 60811-2-1 - Part two: Methods specific to elastomeric compounds section one: Ozone resistance test, Hot set test Mineral oil immersion test;

IEC 60811-3-1 - Part three: Methods specific to PVC compounds Section one: Pressure test at high temperature Tests for resistance to cracking;

IEC 60811-4-1 - Part four: Methods specific to polyethylene and polypropylene compound. Section one: Resistance to environmental stress cracking wrapping test after thermal ageing in air, measurement of the melt flow index-carbon black and/or mineral content measurement in PE;

IEC 61000-4-15 – Part four: Testing and measurement techniques - Flickermeter - Functional and design specifications;

IEC 61000-4-30 – Part four: Testing and measurement techniques - Power quality measurement methods;

IEC 60840 - Tests for power cable with extruded insulation for rated voltages above 30 kV (Um = 36 kV) up to 150 kV (Um = 170 kV);

IEC 60853 - Calculation of the cyclic and emergency current rating of cables;

Guia de Aplicação IEEE-80.

5.2.4 Normas técnicas Light para subestação

PTL0306SE – Execução de Projetos de Subestação em Computador.

NTL0112/16-R5 – Disjuntor com isolamento a gás SF6 para tensão nominal de 145kV.

NTL0079/16-R5 – Retificador para sistema de corrente contínua.

NTL0097/16-R4 – Painel de Comando e Proteção.

NTL0115/16-R5 – Capacitor de Potência.

NTL0053/16-R4 – Transformador de potencial para fins de proteção e medição.

NTL0121/16-R4 – Transformador de corrente para fins de proteção e medição.

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19 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

NTL0103/16-R2 – Transformador de corrente para fins de faturamento.

NTL0137/16-R1 – Subestação Blindada Isolada a Gás para Tensão Nominal de 145kV.

NTL0154/16-R1 – Painel Elétrico.

NTL0176/16-R2 – Seccionador para tensão nominal de 145kV.

NTL0159/16-R2 – Pára-raios a óxido metálico sem centelhadores para circuitos de potência de corrente alternada.

NTL0123/16-R1 – Conector de potência, para subestações, empregado em ligações bimetálicas.

NTL0119/16-R2 - Conector de potência, para subestações, empregado em ligações de condutores de cobre.

NTL0119/16-R2 - Conector de potência, para subestações, empregado em ligações de condutores de alumínio.

5.2.5 Normas técnicas Light para linhas de distribuição de alta tensão

5.2.5.1 Aéreo

NTL0027/92-R2 – Cabo de Alumínio com Alma de Aço;

NTL0028/17-R2 – Parafusos e Porcas de Aço Zincado para uso em Torres de Linhas de Transmissão e Estruturas de Aço Similares;

NTL0069/95-R1 – Óculos de Segurança Geral;

NTL0086/95-R2 – Isolador de Disco Geral;

NTL0089/97-R4 – Cabo Piloto Linha de Transmissão;

NTL0117/99-R2 – Conjunto de Aterramento Temporário para Linhas de Transmissão;

NTL0153/93-R1 – Corda para Trabalho em Instalação Energizada – Transmissão;

NTL0155/93-R0 – Bastão e Escada Isolante, Ferragem para Trabalho em Linha de Transmissão Energizada;

NTL0165/94-R0 – Calçado Condutivo para Trabalho em Instalação Energizada de Linha de Transmissão;

NTL0169/94-R0 – Roupa Condutiva para Trabalho em Instalação Energizada de Linha de Transmissão;

NTL0171/94-R0 – Isolador Pilar de Porcelana;

NTL0190/96-R0 – Isolador suspensão composto polimérico;

NTL0194/97-R0 – Esfera de Sinalização para Linhas de Transmissão;

NTL0198/00-R0 – Cabo Para-Raios com Fibras Ópticas para Linhas de Transmissão Aéreas (OPGW);

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20 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

PTL0120LT/93-R0 – Medição de Potencial de Corrosão em Fundações de Torres de Transmissão;

PTL0121LT/16-R2 – Aterramento Temporário nas Linhas Transmissão Aéreas de 138 kV e 230 kV;

PTL 0131LT/93-R0 – Instalação de cabos contrapesos em torres de linhas de transmissão aéreas;

PTL0132LT/16-R0 – Roçada de Mato e Vegetação Arbustiva, Poda de Árvores, Trilha e Desmatamento em Faixa de Segurança de Linhas de Transmissão;

PTL0178LT/94-R0 – Instalação de Cabo Piloto;

PTL0189LT/94-R0 – Proteção Anticorrosiva de Torres e Estruturas Metálicas;

PTL0224LT/95-R0 – Comissionamento de Linhas de Transmissão Aéreas;

PTL0273LT/16-R2 – Substituição de Cadeia Simples de Isoladores em Suspensão em Linhas de 138 kV desenergizadas;

PTL0274LT/16-R2 – Substituição de Cadeia Simples de Isoladores em Ancoragem em Linhas de 138 kV desenergizadas;

PTL0313LT/17-R1 – Comissionamento de Cabos Pára-raios com Fibra Óptica para Linhas Aéreas de Transmissão (OPGW);

PTL0357LT/16-R1 – Normas para Execução dos Documentos de Projetos de Linhas de Transmissão em Computadores;

5.2.5.2 Subterrâneo

NTL 0059 - Duto Espiralado Flexível e Acessórios em Polietileno para a Rede Subterrânea.

NTL 0152 - Cabo Flexível com Isolação de Borracha Etileno Propileno (EPR) ou Polietileno Reticulado (XLPE) para tensão até 138 kV.

NTL 0193 - Cabo isolado em papel impregnado em óleo (OF) para tensão de 138 kV.

PTL 0119LT Instalação de Cabo com Isolação de Borracha Etileno-Propileno (EPR) ou Polietileno Reticulado (XLPE) para Tensão de 138 kV Transmissão.

PTL 0292LT Construção Civil para Implantação de Linhas de Transmissão Subterrâneas;

PTL 0314LT Simbologia e Definição de Acessórios de Linhas de Transmissão Subterrâneas.

PTL 0328LT Comissionamento de Linhas de Transmissão Subterrâneas.

PTL 0354LT Tratamento de Dielétrico, Acessórios e Óleo Isolante de Cabos OF.

PTL 0357LT Normas para Execução dos Documentos de Projetos de Linhas de Transmissão em Computadores.

PTL 0196 Duto Corrugado (Rígido/Flexível) e Acessórios em Polietileno para a Rede Subterrânea.

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21 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

PTL0357LT Normas para Execução dos Documentos de Projetos de Linhas de Transmissão em Computadores.

5.2.6 Normas e procedimentos de segurança

5.2.6.1 Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego

NR 06 – Equipamento de Proteção Individual;

NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;

NR 35 – Trabalho em altura.

5.2.6.2 Procedimentos de segurança Light

PSL0001SE/16 – Aspectos de Segurança nos Serviços de Operação, Manutenção e Construção de Subestações de Alta Tensão;

PSL0005LT/97 – Segurança nos Serviços em Linhas de Transmissão Aéreas Desenergizadas;

PSL0005LT 16 – Aspectos de Segurança nos Serviços de Manutenção em Equipamentos Isolados a SF6;

PSL0013DT/15 – Inspeção Visual de Equipamentos, Materiais, Viaturas de Turmas de Atendimento de Emergência Aéreos e Subterrâneo;

PSL0024GE/99 – Segurança nos Serviços de Soldagem e corte;

PSL0026SE 16 – Aspectos de Segurança na Manutenção e Construção em Subestações Energizadas com Delimitação do Espaço de Segurança;

PSL0028LT/161 – Aspectos de Segurança nos Serviços de Manutenção e Construção de Linhas de Transmissão Subterrâneas;

PSL0030DT/96 – Segurança na Operação de Guindauto;

PSL0032GE/15 – Utilização e Conservação de Vestimenta Retardante a Chama.

5.2.7 Procedimentos ambientais Light

PAL 0007 - Plano de Gerenciamento de Resíduos;

PAL 0008 - Requisitos Mínimos Ambientais para Fornecedores.

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6 CONDIÇÕES GERAIS DESTE DOCUMENTO

A viabilidade da conexão dependerá da localização geográfica do acesso e da topologia do sistema de distribuição de alta tensão da região elétrica envolvida, sendo que os requisitos técnicos poderão variar em função das exigências em termos de proteção, operação e confiabilidade do sistema elétrico, sendo as soluções apresentadas distintas para cada análise.

A conexão de um novo Acessante não poderá de forma alguma acarretar em prejuízos ao desempenho da rede de distribuição de energia elétrica no fornecimento de energia a qualquer Consumidor conectado a esta rede.

O ponto de conexão do Acessante ao sistema de distribuição de alta tensão será determinado pela Light, segundo os critérios técnicos e de mínimo custo global.

Os requisitos técnicos da conexão também serão influenciados pela evolução e expansão do Sistema Elétrico, previstas conforme estudos de planejamento típicos de médio e longo prazo, tanto por demandas intrínsecas da Light quanto do ONS ou da ANEEL.

A Light poderá interromper o acesso ao seu sistema de distribuição de alta tensão de imediato, quando constatar a ocorrência de qualquer procedimento irregular ou deficiência técnica e/ou de segurança das instalações de conexão que ofereça risco iminente de danos a pessoas ou bens, inclusive quanto a qualquer aspecto que ela entenda estar interferindo no funcionamento adequado do seu sistema elétrico.

A Light disponibilizará suas normas e padrões técnicos e construtivos, analisará os projetos, orientará quanto ao cumprimento das exigências, realizará a vistoria com vistas ao recebimento definitivo da obra e efetuará a energização da linha e/ou subestação particular.

As tratativas para estabelecimento da conexão especificadas nesse documento seguirão os preceitos e prazos estabelecidos no Módulo 3 – Acesso ao Sistema de Distribuição, do Procedimento de Distribuição e as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica.

6.1 ACESSO ÀS DEMAIS INSTALAÇÕES DA TRANSMISSÃO

O acesso às demais instalações da transmissão (DIT) devem atender aos requisitos da Resolução Normativa nº 68 de 8 de junho de 2004 da Agência Nacional de Energia Elétrica- ANEEL, assim como aos Procedimentos de Rede do Operador Nacional do Sistema – ONS.

Para conexão em DIT, será providenciada pela Light a elaboração da solicitação de acesso para análise e aprovação do ONS (Operador Nacional do Sistema) conforme determina os Procedimentos de Rede, Módulo 3 – Acesso às instalações de transmissão, e os Submódulos 3 e 4.

Após a aprovação e emissão do Parecer de Acesso pelo ONS, a Light e a Transmissora providenciam a assinatura do CCT – Contrato de Conexão às instalações de Transmissão, onde são definidas as condições técnico operacional e comercial que irão regular a conexão do usuário (distribuidora).

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7 CONSUMIDOR

7.1 OBJETIVO

O objetivo desta seção é fornecer subsídios básicos aos Consumidores atendidos em 138 kV, quando das solicitações de ligações novas, ampliações e/ou modificações de suas instalações elétricas, sendo considerados somente os pontos que envolvam interesses comuns entre Acessante e Light.

7.2 CONSULTA DE FORNECIMENTO EM TENSÃO DE 138 KV

A Light, com sede na cidade do Rio de Janeiro, na Avenida Marechal Floriano, 168, centro, CEP 20080-002, mantém à disposição dos interessados a Área de Grandes Clientes Privados e Poder Público, telefones (0XX) 21 2211-8918 e (0XX) 21 2211- 2586, e-mail [email protected], para prestar esclarecimentos de ordem técnica e comercial, visando o fornecimento de energia elétrica em tensão de 138 kV, cujo relacionamento deve se desenvolver preferencialmente com o Consumidor ou seu preposto, devidamente autorizado.

Para solicitação de análise de viabilidade técnica, o interessado deverá encaminhar a esta Concessionária:

Formulário de informações devidamente preenchido com as informações nele solicitadas Cadastro de Informações Técnicas Alta Tensão – CTA (ver ANEXO 1);

Planta de situação, mostrando a posição provável do pórtico de entrada, devidamente amarrado com as vias oficiais existentes na região ou arquivo digital com marcação na extensão *.kmz;

Planta baixa do terreno indicando a localização da subestação;

Cronograma de demanda por ano, no horizonte de 10 anos, em MW;

Carga a ser contratada;

Potência instalada;

Data prevista para energização do empreendimento (mês e ano);

Cronograma de projetos e obras da subestação.

7.3 SOLICITAÇÃO DE ACESSO

A solicitação de acesso será realizada por requerimento formulado pelo Acessante, que uma vez entregue à Light, implica a prioridade de atendimento, de acordo com a ordem cronológica de protocolo de entrega e prazo dispostos na legislação vigente. Deverá ser informada a modalidade de contratação pretendida pelo Consumidor.

Além das informações, solicitadas no item 7.2, deverá ser fornecido a Light um descritivo detalhado de todas as cargas existentes na unidade consumidora, especificando aquelas potencialmente perturbadoras ao sistema elétrico (definidas no item 11.6), se houver.

7.3.1 Acesso de Consumidor Cativo

Em conformidade as Condições gerais de Fornecimento de Energia Elétrica, a Light tem o prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da solicitação, para elaborar os estudos, orçamentos, projetos e informar ao interessado por escrito.

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7.3.2 Acesso de Consumidor Livre

Em conformidade com o definido no Módulo 3 do Procedimento de Distribuição, são obrigatórias para acesso de consumidores livres os passos descritos no diagrama a seguir:

Solicitação de Acesso

Parecer de AcessoCelebração

dos Contratos

90 dias

Sem obras: 30 dias

Com obras: 120 dias

Figura 1. Etapas para acesso ao sistema de distribuição para clientes livres (fonte ANEEL).

Para Consumidores Livres cujo MUSD (Montante de Uso do Sistema de Distribuição) seja igual ou superior a 3 MW, a solicitação de acesso deve ser formalizada junto a Light com antecedência mínima de 12 (doze) meses da data de entrada em operação do empreendimento, conforme legislação vigente.

A Light emitirá o parecer de acesso, sem ônus para o Consumidor Livre, onde serão informadas as condições de acesso, compreendendo a conexão e o uso, e os requisitos técnicos que permitam a conexão das instalações do Consumidor, com os respectivos prazos.

A Light, em observância aos prazos definidos pela legislação vigente, emitirá o parecer de acesso conforme os seguintes prazos:

a) Até 30 (trinta) dias após o recebimento da solicitação de acesso, quando não houver necessidade de execução de obras no sistema de distribuição de alta tensão;

b) Até 120 (cento e vinte) dias após o recebimento da solicitação de acesso, quando houver necessidade de execução de obras de reforço ou de ampliação no sistema de distribuição de alta tensão da Light ou necessidade de elaboração de estudo ou informação adicional pelo Consumidor;

c) Quando o acesso ao sistema de distribuição exigir execução de obras de reforço ou ampliação nas DIT, devem ser observados os procedimentos e prazos definidos nos Procedimentos de Rede do ONS.

Destaca-se que os referidos prazos somente são relacionados à emissão do parecer de acesso. Demais processos, incluindo o de migração de clientes ao ACL, seguem legislação específica. Para os prazos do processo de migração ver documento “Manual Técnico do Processo de Migração ACL” da Light, em sua versão mais atualizada.

7.4 CARACTERÍSTICAS E CONDIÇÕES GERAIS DE FORNECIMENTO

7.4.1 Contrato de fornecimento de energia elétrica

Para o fornecimento de energia elétrica, o Consumidor deverá estar com o contrato formalizado com a Light, podendo ser renovado ou eventualmente ser elaborado termo de aditamento sempre que houver a necessidade de se alterar os dados contratuais vigentes, desde que atendam as condições pré-estabelecidas por esta Concessionária, as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica (Resolução Normativa ANEEL Nº414/2010) e demais legislações vigentes.

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25 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

7.4.1.1 Consumidor Regulado

Para a condição de Consumidor Regulado, deve ser firmado, pelo período mínimo de 12 (doze) meses, ou 24 (vinte e quatro) meses quando da necessidade de investimentos por parte da distribuidora, o seguinte contrato:

Contrato de Fornecimento de Energia Elétrica – CFEE.

7.4.1.2 Consumidor Livre

Para a condição de Consumidor Livre, devem ser formalizados dois contratos com a Light, pelo período mínimo de 12 (doze) meses, ou 24 (vinte e quatro) meses quando da necessidade de investimentos por parte da distribuidora, o seguinte contrato de:

Contrato de Uso do Sistema de Distribuição – CUSD, ajustando as condições de uso do Sistema de Distribuição da Light estando sujeito ao pagamento das tarifas homologadas pela ANEEL através de Resolução específica, para toda a Área de Concessão da Light.

7.4.2 Condição de fornecimento

O atendimento na tensão de fornecimento de 138 kV é destinado às unidades consumidoras cuja demanda contratada seja superior a 2.500 kW, conforme legislações vigentes. Entretanto, havendo conveniência técnica e econômica para o sistema elétrico da Light e desde que haja anuência do cliente, a Light pode estabelecer nível de tensão de fornecimento diferente do especificado acima.

O Consumidor deverá ser interligado ao Sistema de Alta Tensão da Light por uma das formas destacadas a seguir, definida em função dos critérios técnicos de conexão e da análise de mínimo custo global, conforme preconizado pela ANEEL.

Nenhuma alternativa proposta para a conexão poderá acarretar em redução da flexibilidade operativa da rede de distribuição 138 kV da Light.

7.4.2.1 Conexão ao sistema de distribuição por meio de subestação de manobra

A conexão do Consumidor deverá ser realizada através do seccionamento de um circuito de distribuição de 138 kV, por meio da construção de uma subestação de manobra, independente da subestação do Consumidor. A subestação de manobra deverá ser construída com arranjo de barramento duplo, disjuntor “TIE” e vãos de entrada de linha com disjuntores, de acordo com os padrões técnicos e construtivos da Light (ver item 9 e Anexo 3).

Caso a solicitação do Consumidor contemple dupla alimentação do tipo normal e reserva, a Light estudará a possibilidade de conexão em derivação mediante viabilidade técnica, desde que não haja prejuízos ao desempenho da rede de distribuição de energia elétrica no fornecimento de energia a qualquer outro Consumidor conectado a esta rede.

Em casos que houver a necessidade de conversão de circuitos aéreos 138 kV aéreos para circuitos subterrâneos, será necessária a construção de uma subestação de transição (ver anexo 4), independente da forma de conexão adotada.

7.4.2.2 Conexão de consumidores a subestação existente

O Consumidor será conectado a uma subestação existente da Light através de uma ou duas linhas de distribuição 138 kV desde que exista viabilidade técnica e não haja prejuízos ao desempenho da rede de distribuição de energia elétrica no fornecimento de energia a qualquer Consumidor conectado a esta rede. Neste caso, deverão ser seguidas as características de projeto, equipamentos

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e instalações da subestação na qual se der o acesso. Deverão ser construídos vãos de entrada de linha de alta tensão, com disjuntor, chaves seccionadoras, transformadores de instrumentos, para-raios, etc, para a conexão do ramal à subestação da distribuidora.

7.4.3 Tensão de fornecimento

A Light informará ao Consumidor o valor da tensão de fornecimento, em corrente alternada, na frequência de 60 Hz, no ponto de entrega de energia. A faixa de variação da tensão deverá estar de acordo com a legislação vigente.

Devem ser consideradas ainda as características operacionais de máquinas e equipamentos declarados para operar na unidade consumidora, bem como as condições técnicas do sistema elétrico da Light no ponto de entrega da energia elétrica.

7.4.4 Ponto de entrega

O ponto de entrega é a conexão do sistema elétrico da distribuidora com unidade consumidora e situa-se no limite da via pública com a propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora, caracterizando-se como o limite de responsabilidade do fornecimento da distribuidora, ressalvadas as exceções previstas na legislação.

7.4.5 Compartilhamento de subestação de Consumidor

O atendimento a mais de uma unidade consumidora, por meio de compartilhamento de uma subestação, será condicionada à observância de requisitos técnicos e de segurança previstos nas normas, resoluções ANEEL e dos padrões da Light.

Poderá ser efetuado fornecimento a mais de uma unidade consumidora em 138 kV por meio de subestação transformadora compartilhada, desde que pactuados e atendidos os requisitos técnicos da Light e dos Consumidores, e observadas às seguintes condições:

Somente poderá compartilhar estação transformadora, nos termos acima citados, uma unidade consumidora em 138 kV localizada em mesma propriedade e/ou cujas propriedades sejam contíguas, sendo vedada a utilização de propriedade de terceiros, não envolvidos no referido compartilhamento, para ligação de unidade consumidora que participe do mesmo.

Não será permitida a adesão de outras unidades consumidoras, além daquelas inicialmente pactuadas, salvo mediante acordo entre os Consumidores participantes do compartilhamento e a Light.

Deve haver Sistema de Medição individual para cada unidade consumidora, do lado de alta dos transformadores de potência.

Deve haver separação física e elétrica das cargas das diferentes unidades consumidoras que compartilham a subestação.

O compartilhamento, a que se referem os itens acima, poderá ser realizado entre a Light e o Consumidor mediante acordo entre as partes.

7.4.6 Custo para as obras de fornecimento

Para a conexão de unidades consumidoras no sistema de distribuição de 138 kV da Light, incluindo os aumentos de carga, a conexão ocorrerá com participação financeira do consumidor, a qual será a diferença entre o custo total da obra e o Encargo de Responsabilidade da Distribuidora - ERD,

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conforme regulamentação específica da ANEEL (Condições Gerais do Fornecimento de Energia Elétrica).

Após o recebimento do orçamento da Light, o Consumidor tem o prazo de 30 (trinta) dias para optar pela forma de execução das obras. Quando o consumidor optar por executar as obras de conexão com recursos próprios, a Light irá em relação ao menor valor verificado entre (i) o custo da obra comprovado pelo interessado, (ii) orçamento entregue pela distribuidora e (iii) encargo de responsabilidade da distribuidora – ERD, nos casos de obras com participação financeira, como parte do investimento realizado, conforme a regulamentação vigente.

7.4.7 Incorporação

Os bens e instalações oriundos das obras referentes a rede de operação do Sistema de Alta Tensão da Light, independentemente do responsável por sua execução, deverão ser cadastrados e incorporados ao Ativo Imobilizado em Serviço da Distribuidora, quando da conclusão da obra, contabilizando-se em contas especiais, os valores da correspondente participação financeira do consumidor, conforme prevê o artigo 42, inciso IV da REN 414/2010 e Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica.

A Light avaliará criteriosamente, a época da incorporação, eventuais passivos de natureza técnica, patrimonial, fundiária, sócio-ambiental, dívidas e/ou ônus de qualquer natureza que possam vir a onerar a empresa no futuro, sendo imprescindível ao processo de incorporação, a regularização dos mesmos.

7.4.8 Qualidade da energia elétrica

Caso seja verificado em estudos específicos que há problema de qualidade da energia elétrica devido a carga do Consumidor, deverá ser prevista a instalação de equipamentos de correção ou outras adequações que se façam necessárias, a serem providenciadas pelo Acessante.

7.5 ESTRUTURA TARIFÁRIA

7.5.1 Esclarecimentos

A Light fornecerá aos interessados os esclarecimentos necessários quanto às condições econômicas e tarifárias relativas ao fornecimento de energia elétrica.

7.5.2 Classificação

Iniciado o fornecimento de energia elétrica, a unidade consumidora será faturada pelas tarifas do subgrupo A2, na modalidade tarifária horo-sazonal azul, homologadas pela ANEEL através de Resolução específica, para toda a Área de Concessão da Light.

7.5.3 Fator de potência

Todos os Consumidores deverão manter o fator de potência médio horário de suas instalações o mais próximo possível da unidade, em cada segmento horo-sazonal. Quando este, verificado por medição apropriada, for inferior ao valor de referência 0,92, seja indutivo ou capacitivo, o faturamento da energia reativa excedente será efetuado conforme prevê a legislação.

7.5.4 Capacitores de potência

Sob o aspecto de utilização, instalação, operação e manutenção de capacitores de potência, devem ser atendidas as exigências estabelecidas pela ABNT nas normas:

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NBR 5282 – Capacitores de potência em derivação para sistema de tensão nominal acima de 1.000 V – Especificação.

NBR 10671 – Guia para instalação, operação e manutenção de capacitores de potência em derivação.

NBR 12479 – Capacitores de potência em derivação para sistema de tensão nominal acima de 1.000 V – Características elétricas e construtivas.

7.6 ALTERAÇÃO NO PROGRAMA DE DEMANDAS

Os eventuais pedidos de alteração das demandas contratadas deverão ser dirigidos à Light, por escrito, subordinando-se o seu atendimento às normas legais e regulamentares em vigor e àquelas dispostas nas condições contratuais.

O prazo de atendimento será definido em função da disponibilidade do sistema elétrico.

7.7 ACESSO ÀS INSTALAÇÕES DO CONSUMIDOR

Fica assegurado à Light, a qualquer tempo, o acesso às instalações elétricas de propriedade do Consumidor, através de seus representantes credenciados, para proceder às inspeções nos equipamentos de propriedade da Light, coletas de dados e/ou informações sobre os assuntos pertinentes ao funcionamento dos aparelhos e/ou das instalações diretamente ligadas ao sistema desta Concessionária.

A identificação dos funcionários é feita através de identidade funcional, conforme modelo que apresentamos a seguir:

Em caso de dúvidas e/ou mais esclarecimentos, a Light está à disposição através dos telefones número (0XX) 21 2211-8918 e (0XX) 21 2211- 2586, Área de Grandes Clientes Privados e Poder Público.

7.8 APRESENTAÇÃO DO PROJETO DA SUBESTAÇÃO DO CONSUMIDOR

Após definidas a forma e local de conexão, o Consumidor ou o seu representante legal deverá encaminhar os documentos abaixo relacionados, para a análise desta Concessionária:

7.8.1 Projeto da subestação do Consumidor

a) Diagrama unifilar básico em duas cópias impressas;

b) Lista completa dos equipamentos a serem instalados na subestação, contendo suas características básicas;

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c) Planta do arranjo físico dos equipamentos principais, incluindo, se houver, previsão para ampliação futura;

d) Memorial descritivo das instalações de alta tensão da subestação, contendo inclusive o esquema de operação;

e) Diagrama funcional do(s) disjuntor(es) de entrada, incluindo, se houver, a transferência automática e/ou com paralelismo momentâneo;

f) Esquema eletromecânico de operação do gerador próprio, se houver;

g) As características técnicas e o valor da resistência ôhmica dos condutores que interligam os TCs e os TPs aos relés da proteção de entrada;

h) Diagrama unifilar, trifilar e planta de localização cotada da subestação em formato digital (*.dwg).

A Light poderá a seu critério, solicitar durante a fase de análise, cópia dos seguintes documentos complementares:

i) Planta e cortes transversais e longitudinais (escala 1:50 ou 1:100) das estruturas, edifícios e equipamentos com a indicação das dimensões, distâncias e faseamento nas cores: azul, branca e vermelha e numeração do circuito.

j) Diagramas elétricos unifilar e trifilar (tamanho A1), indicando os equipamentos e circuitos de controle, proteção, medição e serviços auxiliares.

k) Catálogos contendo as características técnicas dos seguintes equipamentos:

Pára-raios de alta tensão;

Seccionadores de alta tensão;

Disjuntor(es) de entrada;

Relés da proteção de entrada com indicação do tipo e faixa de ajuste;

Transformadores de corrente e potencial da proteção de entrada;

Conjunto retificador-bateria, transformador de serviços auxiliares e grupo motor-gerador, se houver;

a) Desenho da placa do(s) transformador(es) de potência;

b) Planta da malha de aterramento e o seu memorial de cálculo;

c) Para subestação tipo compacta (blindada SF6), relatório contendo os seguintes ensaios:

TCs da proteção de entrada e da medição de faturamento:

- Isolação;

- Polaridade;

- Resistência elétrica dos enrolamentos;

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- Excitação;

- Relação de transformação;

- Exatidão;

TPs da proteção e medição de faturamento:

- Isolação;

- Relação de transformação;

- Exatidão.

Para subestação do tipo compacta (blindada SF6) os Transformadores para Instrumentos pertencentes à Medição de Faturamento devem ter instalação prevista externamente à subestação isolada, em arranjo conforme o padrão apresentado no Anexo 6 – “Sistema de Medição Para Faturamento – 138 kV”. Não serão aceitos Transformadores de Instrumentos internos à parte isolada à SF6 da subestação como componentes do Sistema de Medição para Faturamento.

7.8.2 Licenciamento

Apresentar licenças e autorizações pertinentes (licença prévia, licença de instalação, licença de operação, autorização para supressão de vegetação, termos de compensação e recuperação ambiental, termos de cumprimento de compensação, outorgas, etc.) emitidas por órgão público responsável (Prefeitura, Meio-Ambiente e outros).

7.8.3 Responsabilidade técnica

Das firmas e dos profissionais responsáveis pelo projeto e obras da subestação, apresentar cópia de:

Registro no CREA;

ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) relativa ao endereço objeto do projeto e/ou certificado de ligação.

7.8.4 Notas

Para a elaboração do projeto, deverão ser observadas a numeração e o faseamento de entrada da linha de transmissão definidos pela Light.

Os projetos deverão ser fornecidos em português, com simbologia e formato padronizados pela ABNT, no tamanho máximo A1.

A aceitação do projeto das instalações do Consumidor pela Light, não isenta o projetista de sua responsabilidade pela execução do projeto e pelo bom desempenho da operação.

Os projetos da subestação devem obedecer à legislação referente ao licenciamento ambiental, uso e ocupação do solo, regulação da ANEEL, ABNT, Corpo de Bombeiro e Ministério do Trabalho.

7.8.5 Apresentação do projeto de ampliação ou substituição de equipamentos da subestação do Consumidor

Para efetuar qualquer modificação nas instalações de sua subestação, o Consumidor ou o seu representante legal deverá fornecer o projeto com as alterações a serem realizadas, com indicação

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dos equipamentos que serão substituídos e/ou instalados no lado de alta tensão ou qualquer outro equipamento que possa vir a interferir no sistema da Light. Os dados a serem fornecidos deverão atender às solicitações constantes no item anterior.

Nesse projeto deverão ser indicadas as alterações a serem efetuadas, atendendo como segue:

a) A tinta vermelha, as partes a construir e/ou equipamentos a instalar.

b) A tinta amarela, as partes a demolir e/ou equipamentos a remover.

c) A tinta verde, os equipamentos a remanejar.

7.8.6 Análises dos projetos pela Concessionária

Conforme a regulamentação vigente, os prazos a serem observados pela Light são:

30 (trinta) dias, para informar ao interessado o resultado da análise ou reanálise do projeto após sua apresentação, com eventuais ressalvas e, ocorrendo reprovação, os respectivos motivos e as providências corretivas necessárias; e

10 (dez) dias, para informar ao interessado o resultado da reanálise do projeto quando ficar caracterizado que o interessado não tenha sido informado previamente dos motivos de reprovação existentes na análise anterior.

7.9 EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA A INSTALAÇÃO DA SUBESTAÇÃO DO CONSUMIDOR

7.9.1 Estrutura da subestação do Consumidor

Deve atender às seguintes características:

a) A ser construída de material incombustível (aço, concreto, etc.).

b) Ter as vigas de amarração dos cabos condutores dos circuitos e dos cabos pára-raios calculadas para resistir tração mínima por ponto de amarração, definida pela Light.

c) A altura das vigas de amarração da linha de transmissão acima do solo é estudada para cada caso pela Light.

d) O campo de proteção proporcionado por haste e/ou cabos pára-raios, contra descargas atmosféricas, deverá atender às informações constantes no desenho ou ser apresentado um projeto específico, que será submetido a esta Concessionária.

Nas vigas de amarração da linha de transmissão, deverão ser instaladas, pelo Consumidor, ferragens para o engate dos cabos condutores e cabos pára-raios.

Existindo pórticos de concreto, a descida dos cabos de aterramento das ferragens das cadeias de isoladores, cabos pára-raios, pára-raios, etc. deverá ser feita externamente aos pórticos e até a altura de 1,0 (um) metro do solo. A interligação destes com a malha de aterramento será feita através de conectores para permitir o desligamento por ocasião das medições da malha.

7.9.2 Barramento da subestação do Consumidor

Para barramentos convencionais, deve ter o nível de isolamento correspondente a valor eficaz de tensão suportável nominal a frequência industrial de 275 kV (media de tensão disruptiva frequência industrial sob chuva) e valor de crista de tensão suportável nominal de impulso atmosférico de 550 kV.

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a) Afastamentos mínimos entre fases no barramento:

Para barras rígidas: 2,60 m.

Para barras flexíveis: 3,00 m.

b) Afastamentos mínimos entre fase e terra no barramento:

Para barras rígidas: 1,30 m.

Para barras flexíveis: 1,60 m.

c) A altura mínima em relação ao solo das partes em tensão não isoladas e desprotegidas deve ser de 4,50 m.

d) A altura mínima em relação ao solo das partes em tensão reduzidas a zero, porcelanas, isoladores, etc., deve ser de 2,50 m metros do piso acabado com brita.

7.9.3 Proteção de entrada da subestação do Consumidor

Deverá ser utilizado um sistema independente de proteção e controle, para cada disjuntor de entrada de linha. As exigências básicas relativas aos equipamentos de proteção encontram-se destacadas, no item 7.10.6.

Para análise e aceitação do sistema de proteção é indispensável a apresentação da seguinte documentação:

Cadastro de Informações Técnicas Alta Tensão – CTA;

Diagrama unifilar completo, fazendo constar todos os equipamentos inerentes à proteção, apresentando, inclusive, a previsão para ampliação futura da instalação.

Diagrama trifilar de ligação da proteção de entrada.

Diagrama esquemático de controle dos disjuntores de entrada, incluindo o disparo dos relés e a ligação da fonte alimentadora de corrente contínua.

Especificação, características e catálogos dos fabricantes dos relés de proteção, transformadores de corrente e de potencial, utilizados no esquema de proteção.

7.9.3.1 Nota

As exigências de proteção constantes desta regulamentação aplicam-se exclusivamente à subestações do Consumidor. Para as subestações de manobra, a Light deverá ser consultada previamente para definição dos sistemas de proteção a serem adotados, sendo os requisitos técnicos mínimos estabelecidos no item 9. Para conexão no sistema subterrâneo, a Light informará na ocasião da solicitação da conexão as condições especificas para cada caso.

7.9.4 Recomendações de proteção para a subestação do Consumidor

A Light recomenda a instalação de proteção diferencial para todos os transformadores de potência.

7.9.5 Dispositivos da teleproteção das linhas de transmissão

Deverá ser previsto espaço na subestação para instalação de bobinas de bloqueio de sinal carrier em uma das fases, quando necessário.

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7.9.6 Intertravamento

Nas subestações, os seccionadores de 138 kV deverão ser dotados de sistema de intertravamento mecânico, de forma a não permitir manobras desses equipamentos em carga.

Caso o Consumidor também utilize intertravamento elétrico, é indispensável para análise e aceitação desse esquema a apresentação do diagrama esquemático de controle, acompanhado da respectiva descrição de funcionamento.

7.9.7 Transferências de alimentação da subestação do Consumidor

Para os casos em que o cliente solicite dupla alimentação do tipo normal e reserva, a Light aconselha para maior flexibilidade operativa a adoção do esquema de transferência de alimentação, conforme a seguir:

7.9.7.1 Transferência manual de alimentação com paralelismo momentâneo

A transferência manual de alimentação com paralelismo momentâneo só poderá ser realizada sem interrupção para serviços programados nos alimentadores da subestação ou quando da necessidade de isolamento do circuito interno para a manutenção dos equipamentos.

Para isto, o projeto do Consumidor deverá conter um sistema que possibilite o paralelismo momentâneo dos circuitos de alimentação através de dois disjuntores de entrada, atendendo às seguintes condições:

a) Ao ser fechado um dos disjuntores de entrada o outro deverá desligar-se automaticamente;

b) Deverá haver supervisão de tensão de forma que o paralelismo momentâneo, durante a manobra, somente seja permitido se existir tensão simultânea em ambos os circuitos de alimentação;

c) Os relés de tensão que supervisionam a tensão nos circuitos alimentadores deverão ser alimentados por transformadores de potencial, instalados em uma fase de cada circuito de alimentação. Estes TPs deverão ser posicionados entre o seccionador de entrada, e o disjunto;

d) Logo após o fechamento do segundo disjuntor, instantaneamente o primeiro disjuntor deverá abrir automaticamente;

e) Caso falte tensão no circuito alimentador principal, o disjuntor do circuito reserva somente poderá ser fechado, se houver tensão neste circuito e após a abertura do disjuntor do circuito principal e vice-versa;

f) Na falta de tensão em ambos os circuitos, o esquema de transferência automática deverá prever a abertura do disjuntor da linha que estava alimentando a subestação.

Para análise e aceitação deste esquema, é indispensável à apresentação do diagrama esquemático de controle, acompanhado da respectiva descrição de funcionamento.

7.9.7.2 Transferência automática de alimentação

Esta transferência permitirá, por ocasião da interrupção do fornecimento de energia elétrica pelo circuito principal, transferir automaticamente a alimentação para o circuito reserva, quando este estiver em tensão.

O esquema da citada transferência deverá atender às seguintes condições:

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a) Os relés de tensão utilizados para o esquema da transferência automática deverão ser alimentados por transformadores de potencial (TPs) instalados em uma das fases de cada circuito de alimentação, conforme mencionado em 7.9.7.1 – c).

b) Deverá ser previsto um dispositivo com temporização variável de 0,5 a 5,0 s, que comandará o início da transferência automática.

c) Deverá haver uma chave de controle para o bloqueio manual do esquema de transferência.

d) A operação de fechar um disjuntor somente deverá ser permitida, após a conclusão total da operação de abertura do outro disjuntor.

e) Na falta de tensão em ambos os circuitos, o esquema de transferência automática deverá prever a abertura do disjuntor da linha que estiver alimentado à subestação.

f) A transferência de alimentação não deverá ser permitida em caso de falta de tensão na linha reserva ou de operação da proteção de entrada do Consumidor.

g) O retorno às condições originais só poderá ser feito com a autorização desta Concessionária.

h) Em caso de falta de tensão nos dois circuitos alimentadores da subestação, os disjuntores de entrada deverão ser abertos automaticamente, e só poderão ser fechados através de comando manual.

Para análise e aceitação deste esquema, deverão ser encaminhados os seguintes desenhos:

Diagramas unifilares de 138 kV.

Diagramas de controle e proteção referentes ao 138 kV.

7.9.8 Malha de aterramento

Para o dimensionamento da malha de aterramento, deverão ser observados os critérios de segurança e os valores limites de elevação de potenciais de toque e de passo recomendados pela norma ABNT NBR 15751 e pelo Guia de Aplicação IEEE-80, ambos em sua última revisão.

Para o dimensionamento da malha-terra devem ser observados os seguintes elementos:

A corrente de curto-circuito fase terra no barramento de entrada da subestação, sendo este valor definido pela Light no transcorrer do estudo de fornecimento;

A resistência total da malha-terra deverá ser a menor possível tendo o limite máximo de 2 Ohms medidos sem qualquer conexão com os cabos para-raios e com o sistema de distribuição desligado. Para instalações que possuem malha de terra existente, a mesma deverá ser conectada a malha de terra nova;

7.9.9 Supervisão da subestação do Consumidor

Deverá ser previsto o monitoramento das medições das grandezas elétricas dos disjuntores e seccionadoras de 138 kV (medições de tensão, corrente e potencias ativa e reativa das alimentações, além de indicações de atuação das proteções principais) e comandos de abertura e fechamento exclusivamente para os disjuntores de entrada da subestação do Consumidor (monitoramento dos estados), devendo este ser transmitido ao COT (Centro de Operação da Transmissão) da Light através de um canal de comunicação a ser definido por esta Concessionária.

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7.9.10 Informações diversas para subestação do Consumidor

Recomenda-se que o Consumidor possua, no mínimo, duas alimentações 138 kV.

As linhas de alimentação da subestação do consumidor deverão ser dotadas de indicação de tensão.

Os equipamentos da subestação, tais como: filtro de onda, transformador de potencial, transformador de corrente etc., deverão ser posicionados após o seccionador de linha, no sentido linha-barramento.

Deverá ser disponibilizada linha telefônica em caráter de exclusividade, a ser instalada a expensas do Consumidor, destinada ao sistema de telemedição e para a verificação dos níveis de qualidade do fornecimento de energia. Além disto, deverão ser disponibilidades duas linhas telefônicas convencionais, a serem instaladas a expensas do Consumidor sendo uma na sala de controle da subestação e a outra no “local de trabalho” do responsável pela operação e manobra da subestação Consumidora.

Outras tecnologias para o meio de comunicação poderão ser utilizadas para a telemedição, como por exemplo, fibra ótica ou outras, desde que exista viabilidade técnica e sejam aprovadas previamente pela Light.

7.9.11 Geradores próprios isolados do sistema da Light

Deverá existir intertravamento mecânico entre a geração própria do Consumidor e a alimentação da Light, de forma a não permitir o paralelismo em qualquer hipótese de seus geradores próprios com o sistema de distribuição.

Caso o Consumidor também utilize intertravamento elétrico, é indispensável para análise e aceitação desse esquema à apresentação do diagrama esquemático de controle, acompanhado da respectiva descrição de funcionamento.

7.9.12 Geradores próprios em paralelo com o sistema da Light

As subestações consumidoras com unidades geradoras interligadas em paralelo com o sistema de distribuição Light de 138 kV deverão atender as exigências mínimas constates dos itens desta seção 7 (Consumidor) além dos itens específicos descritos na seção 8 (Autoprodutor).

7.9.13 Medição para faturamento

A medição deverá ser feita no lado de alta tensão, seguindo os critérios e especificações conforme apresentado nos itens a seguir.

Para subestação do tipo compacta (blindada SF6) os Transformadores para Instrumentos pertencentes à Medição de Faturamento devem ter instalação prevista externamente à subestação isolada, em arranjo conforme o padrão apresentado no Anexo 6 – Sistema de Medição Para Faturamento – 138 kV. Não serão aceitos Transformadores de Instrumentos internos à parte isolada à SF6 da subestação como componentes do Sistema de Medição para Faturamento.

7.9.13.1 Consumidores Cativos

Os requisitos e as atividades relativos à medição para faturamento estabelecidos neste item são necessários para garantir o controle dos processos de contabilização de energia e de apuração das demandas, no âmbito da Light.

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Os requisitos técnicos para o Sistema de Medição para Faturamento – SMF para os Consumidores Cativos estão apresentados no Anexo 6 - “Sistema de Medição para Faturamento – 138 kV, Especificação Básica” em sua última revisão.

7.9.13.2 Consumidores Livres

Os requisitos e as atividades relativos à medição para faturamento estabelecidos neste item são necessários para garantir o controle dos processos de contabilização de energia e demanda no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE e no âmbito da Light.

Os requisitos técnicos para o Sistema de Medição para Faturamento – SMF para os Consumidores Livres estão apresentados no Anexo 6 – Sistema de Medição Para Faturamento – 138 kV, Especificação Técnica e no documento DDM – 001/2016 (Manual Técnico do Processo de Migração de Clientes ao Ambiente de Contratação Livre – ACL), disponível no sítio da Light.

7.9.13.3 Migração de Consumidores cativos ao ambiente de contratação livre.

Para Consumidores Cativos que tenham o interesse de migrar ao ambiente de contratação livre deverão seguir o processo e os requisitos descritos no documento DDM – 001/2016 (Manual Técnico do Processo de Migração de Clientes ao Ambiente de Contratação Livre – ACL) em sua última revisão.

7.9.14 Acesso e circulação de veículos para manutenção

A subestação deverá estar prevista para permitir o acesso e circulação de veículos pesados, utilizados durante as manutenções nos equipamentos da Light.

7.10 EXIGENCIAS BÁSICAS DOS EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO

Os equipamentos da subestação deverão estar de acordo com as normas correspondentes listadas no item desse documento. Abaixo são descritas as características gerais para os equipamentos utilizados nos vãos de entrada de linha e transformação.

7.10.1 Para-raios

Deve ser empregado um conjunto de 3 (três) para-raios por vão de linha, localizados antes dos seccionadores de entrada e ligados diretamente aos condutores de entrada. Os terminais terra dos para-raios devem ser ligados entre si à malha-terra da subestação através de um cabo protegido por isolação.

Os para-raios deverão ser de tensão nominal 120 kV (rms) e corrente nominal de descarga 10 kA.

Quando a unidade consumidora for atendida por cabos subterrâneos, a Light deverá ser consultada quanto à necessidade da instalação de para-raios na subestação do Consumidor.

7.10.2 Seccionadores de entrada

Deverão ser seccionadores tripolares, com acionamento simultâneo manual e/ou elétrico, dotados de travamento por cadeado na posição aberta.

Como características, devem ser de tensão nominal de 145 kV, nível de isolamento para 275 kV de tensão suportável nominal à frequência industrial e 550 kV de tensão suportável nominal de impulso atmosférico. A corrente suportável nominal de curta duração deve ser de 40 kA (eficaz) durante 1 segundo.

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7.10.3 Disjuntores

Deverão ser de acionamento tripolar, tensão nominal de 145 kV, capacidade de interrupção nominal trifásica, simétrica de 40 kA, com tempo máximo de interrupção de 03 (três) ciclos, nível de isolamento para 275 kV suportável à frequência industrial e 550 kV de tensão suportável nominal de impulso atmosférico. Nos casos em que o nível de curto- circuito no barramento de entrada da subestação supere o valor estipulado de 40 kA, a Light especificará o valor a ser adotado para a capacidade de interrupção.

O disjuntor deve ser provido de dispositivos elétricos para fechamento e abertura tripolar, possuir desligamento livre elétrico e ser equipado com dispositivo antipumping.

A instalação dos disjuntores deverá ser entre o grupo de medição e os TCs da proteção de entrada de linha.

7.10.4 Transformadores de corrente da proteção de entrada

Deverão ser utilizados exclusivamente para a alimentação dos relés de proteção e medição do vão. Para qualquer outra finalidade, dependerá de aceitação prévia da Light.

Como características, devem atender à Norma ABNT NBR 6856 “Transformador de Corrente” quanto à exatidão para serviço de proteção, compatível com a fiação, com os relés adotados e de acordo com os valores de curto-circuito no ponto de conexão ao sistema da Light, sendo que o mínimo adotado pela Light de 40 kA para corrente térmica nominal. Devem ser para tensão máxima de 145 kV, possuir nível de isolamento para 275 kV de tensão suportável nominal à frequência industrial e 550 kV de tensão suportável nominal de impulso atmosférico.

A Light reserva para si o direito de escolha da relação em que os TCs deverão ser ligados e, de alterar tal relação sempre que necessário, para ajustar às condições do sistema elétrico.

Os TCs deverão ser instalados imediatamente antes dos correspondentes disjuntores de entrada, do lado da linha, a jusante dos seccionadores de entrada.

7.10.5 Transformadores de potencial

Para os sistemas de proteção e esquemas de transferência de alimentação, deverão ser utilizados transformadores de potencial com classe de exatidão compatível com a fiação e equipamentos aos quais serão ligados (relés de proteção, medidores, etc.).

Deverão ser para tensão máxima de 145 kV, nível de isolamento para 275 kV de tensão suportável nominal à frequência industrial e 550 kV de tensão suportável nominal de impulso atmosférico.

7.10.6 Relés da proteção de entrada

Deverão ser utilizados relés secundários de sobrecorrente dotados de elementos instantâneos e temporizado, com curva característica de tempo inverso ou muito inverso. Para cada circuito de entrada serão necessários relés com 3 (três) elementos de fase e 1 (um) elemento de neutro.

Será de atribuição desta Concessionária, a escolha das faixas de ajustes, bem como o cálculo de ajustes, cabendo ao Consumidor a calibração, a colocação em serviço e a manutenção desses relés.

7.10.7 Transformadores de potência

Os suprimentos a 138 kV serão trifásicos a 3 fios, devendo os enrolamentos primários dos transformadores de potência dos Consumidores serem ligados em delta.

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A tensão suportável nominal de impulso atmosférico dos enrolamentos de alta tensão deve ser de 550 kV para ligação em 138 kV.

7.11 EXECUÇÃO DA INSTALAÇÃO

A execução das instalações da subestação deverá atender às instruções apresentadas neste documento, na legislação vigente e ao projeto previamente analisado e aprovado por esta Concessionária.

A citada execução deverá ser de responsabilidade de uma firma ou profissional, atendendo às solicitações mencionadas no item 7.8.3.

7.12 INSPEÇÃO E TESTES DE COMISSIONAMENTO

Para realização da inspeção final na subestação, deverá ser comunicada a esta Concessionária com 15 (quinze) dias de antecedência, a data de conclusão das obras.

O Consumidor deverá apresentar uma declaração informando que todos os equipamentos instalados na subestação foram submetidos aos ensaios de recebimento em fábrica e/ou ensaios de campo, com resultados satisfatórios. Esta declaração também deverá ser assinada pelo responsável técnico do Consumidor, constando o número do seu registro no CREA.

A aprovação final do Consumidor para se interligar ao sistema elétrico da Light, dependerá da realização de inspeção e testes de comissionamento nos equipamentos da proteção de entrada com o acompanhamento da equipe da Light, mesmo estando toda a documentação, inicialmente apresentada para análise da Light, de acordo com as condições estabelecidas neste documento.

Para a realização dos testes o Consumidor deverá elaborar o caderno de testes com a proposta de sequenciamento e detalhamento dos testes de proteção. O caderno de testes deverá ser encaminhado com 7 dias de antecedência, a data de realização dos testes, cabendo a LIGHT a análise e aprovação do documento.

O Consumidor deverá providenciar todos os equipamentos necessários para a realização dos testes nos equipamentos de proteção (mala de testes, notebook, etc.), e deverão ser realizados por profissionais especializados em proteção.

Os testes deverão ser realizados em data anterior ao comissionamento final da subestação.

A execução física do sistema deverá obedecer fielmente ao projeto analisado, sendo a instalação recusada caso ocorra discrepância.

A Light tem o prazo máximo de 30 (trinta) dias para informar ao interessado o resultado do comissionamento das obras executadas após a solicitação do interessado, indicando as eventuais ressalvas e, ocorrendo reprovação, os respectivos motivos e as providências corretivas necessárias.

7.13 ENERGIZAÇÃO

Concluída a inspeção final às instalações da nova subestação, será programada a energização, em data a ser acordada entre o Consumidor, esta Concessionária e demais Consumidores ligados na mesma linha de alimentação.

No caso de ampliação ou substituição de equipamentos, concluída a inspeção final, as novas instalações estarão liberadas para a energização.

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7.14 IDENTIFICAÇÃO DA SUBESTAÇÃO

7.14.1 Identificação geral

Por razões de segurança, nos contratos operativos entre o Consumidor e a Concessionária, os equipamentos de 138 kV deverão ter uma única identificação que será a especificada pela Light.

Os equipamentos deverão ser identificados na estrutura e no diagrama elétrico representativo da subestação, montado no painel da sala de controle.

7.14.2 Faseamento dos circuitos

Até a energização da subestação, deverá ser instalado no pórtico de entrada da subestação, para cada fase do circuito alimentador, uma placa para a identificação do faseamento e do circuito, que será através da cor e da letra, conforme apresentado na tabela abaixo:

Tabela 1. Faseamento dos circuitos.

FASE

BRANCO VERMELHO AZUL

A B C

7.15 NORMAS GERAIS DE OPERAÇÃO

A Light fornecerá, até a data da energização, normas gerais de operação, as quais deverão ser rigorosamente obedecidas pelos operadores da subestação do Consumidor.

A Light mantém em funcionamento, durante as 24 (vinte e quatro) horas do dia, um Centro de Operação da Transmissão (COT), com a qual o pessoal autorizado das subestações dos Consumidores deverá comunicar-se para todo e qualquer entendimento relativo ao fornecimento de energia elétrica.

O Consumidor deverá manter em sua subestação, nas 24 (vinte e quatro) horas do dia, pessoal habilitado para efetuar quaisquer manobras que esta Concessionária possa vir a solicitar.

Caso o Consumidor solicite dupla alimentação do tipo normal e reserva, a transferência de alimentação nas subestações, de um ramal para outro, poderá ser realizada nos seguintes casos:

a) A pedido do COT, a qualquer instante, o mais rápido possível, em condições de emergência.

b) Por necessidade do Consumidor, com autorização do COT.

As manobras de transferência de alimentação na situação a e b poderão ser executadas sem interrupção, somente se a subestação do Consumidor for dotada de esquema de transferência com paralelismo momentâneo. Em hipótese alguma será permitida a transferência manual sem interrupção, ou seja, com paralelismo dos ramais.

Todos os serviços de manutenção, programados pelo Consumidor, que necessitem o desligamento de um ou mais ramais que alimentam a subestação, deverão ser solicitados ao COT com antecedência mínima de 16 (dezesseis) dias de antecedência do início dos serviços.

Os serviços nos seccionadores de entrada ou nos demais equipamentos, no lado dos ramais, somente poderão ser executados após o aterramento do ramal correspondente. O aterramento será

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executado ou consentido pela Light, na data programada, obedecendo à rotina anteriormente mencionada.

Deverá ser comunicada, com brevidade possível, ao COT:

Qualquer anormalidade que provoque o desligamento do disjuntor de entrada, na subestação.

Qualquer manobra de abertura no(s) disjuntor(es) de entrada;

O fechamento só deverá ser realizado com o consentido por parte da Light;

Qualquer anomalia no fornecimento de energia elétrica, por parte da Light.

As manobras nos equipamentos de 138 kV da subestação consumidora só poderão ser executadas após autorização da Concessionária, exceto nos casos previstos na Instrução de Operação fornecida pela Light.

7.16 MANUTENÇÃO PERIÓDICA DAS INSTALAÇÕES DO CONSUMIDOR

As boas condições de funcionamento dos equipamentos das subestações dos Consumidores contribuem para a continuidade no fornecimento de energia elétrica, não interferindo, dessa forma, no suprimento às demais subestações conectadas ao sistema de distribuição de alta tensão da Light.

Assim, para permitir maior confiabilidade no fornecimento, é necessário que o Consumidor cumpra o programa de manutenção preventiva recomendada pelo fabricante do equipamento, excetuando-se TP, TC e itens constantes da medição para fins de faturamento, que serão de responsabilidade desta Concessionária.

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8 AUTOPRODUTOR

8.1 OBJETIVO

Definir os critérios para o estabelecimento de paralelismo momentâneo ou permanente, entre o sistema de geração de Autoprodutores e o Sistema de Distribuição de Alta Tensão da Light, dentro de condições técnicas e de segurança mínimas aceitáveis.

8.2 CARACTERÍTICAS E CONDIÇÕES GERAIS

Além de todas das informações constates da seção 7 desse documento, o Autoprodutor deverá também atender a todas as condições descritas nesta seção.

8.2.1 Exportação de energia

Caso o Autoprodutor, mesmo já sendo Cliente da Light, manifeste a intenção de comercializar sua geração com o mercado, o mesmo deverá se tornar um Agente da CCEE e assinar com a Light, além do referido Acordo Operativo, também o Contrato de Conexão com a Distribuição (CCD) e o Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD), conforme determina o Módulo 3 do Procedimento de Distribuição da ANEEL.

8.2.2 Acordo Operativo

O relacionamento entre a Light e o Autoprodutor, para o tratamento das condições técnicas, de segurança e operacionais de interligação do paralelismo, deverá ocorrer através de um instrumento contratual com validade jurídica, denominado Acordo Operativo, nos formatos Anexo I do Procedimento de Distribuição que define as diretrizes para elaboração do acordo operativo.

Deverão estar definidos no Acordo Operativo os limites de potência, nos casos de venda de energia excedente, para a comercialização através do sistema da Light, nos horários de cargas leve e pesada, bem como os limites para os níveis de qualidade do fornecimento de energia (variação da tensão de fornecimento, desequilíbrio de tensão, distorção harmônica, número de interrupções programadas e respectivos tempos, número de interrupções não programadas aceitáveis e respectivos tempos, níveis de curtos-circuitos e variação da frequência - sub e sobrefrequência, com os respectivos tempos para ajustes de relés).

Deverão ser destacadas de forma contratual, as penalidades por interrupções no fornecimento de energia ou por perturbações provocadas pelo Autoprodutor, que venham promover prejuízos e/ou desconforto a outros Consumidores atendidos pela Light.

8.2.3 Solicitação de paralelismo

A Light se reserva no direito de fixar o prazo de até 30 dias, contados a partir da data de recebimento da solicitação de paralelismo com o seu sistema elétrico, para informar ao solicitante as condições contratuais, o prazo para o seu acoplamento e os respectivos encargos. Essa solicitação de paralelismo deverá contemplar todas as características do seu sistema de geração, incluindo os estudos de proteção, fluxo de potência e demais informações que possibilitem verificar a sua contribuição de curto-circuito para o sistema da Light, a estabilidade do sistema por conta da variação de carga provocada pelas condições de utilização do grupo gerador, o sistema de proteção pretendido incluindo diagramas unifilar e esquemático, com todos os relés, equipamentos, acessórios e descritivos dos intertravamentos utilizados.

O prazo de 30 dias referido neste item poderá ser dilatado para até 120 dias se houver necessidade de reforço ou instalação de equipamentos no sistema desta concessionária.

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Será considerada como data de recebimento da solicitação de paralelismo, aquela a partir da qual o solicitante já tenha atendido todas as eventuais pendências observadas na ocasião da entrega da documentação para a referida solicitação.

8.2.4 Custo para as obras

Todos os custos decorrentes das modificações ou adequações que se fizerem necessárias no sistema da Light, a fim de permitir o atendimento de um Consumidor interessado em se estabelecer como Autoprodutor de energia elétrica, serão de responsabilidade do Autoprodutor, conforme estabelecido na Resolução 312 de 2008 da ANEEL.

8.2.5 Condições básicas de paralelismo

A Light só permitirá o paralelismo do Autoprodutor com o seu sistema, caso a interligação não resulte em problemas técnicos ou de segurança para outros consumidores, para o próprio sistema em geral ou para o pessoal de operação e manutenção. Para isso, deverá ser avaliada a instalação do Autoprodutor e somente aprovada com base no cumprimento das condições mínimas estabelecidas neste documento e outras que se façam necessárias devido a características particulares.

Conforme estabelecido pelo Módulo 3 do Procedimento de Distribuição, a interligação de um Autoprodutor não deverá acarretar limitações ao sistema da Light, seja em termos de operação dos equipamentos de proteção e manobra existentes, seja em relação a flexibilidade de transferência automática de carga ou religamento automático de circuitos.

A conexão do paralelismo do grupo gerador do Autoprodutor com o sistema elétrico da Light, somente poderá ser realizada através do disjuntor de acoplamento, com verificação do sincronismo (função 25), bem como as demais funções de proteção inerentes a cada tipo de Autoprodutor.

É obrigatória a existência de disjuntores de acoplamento, responsáveis pelo paralelismo entre as gerações do Autoprodutor e a alimentação da Light, não sendo permitida a utilização do disjuntor de entrada como sendo o disjuntor de acoplamento.

O disjuntor de acoplamento deve ser acionado por relés secundários, inerentes a proteção de interligação, que promovam a sua abertura, sempre que ocorrer qualquer tipo de anomalia (curtos-circuitos monofásicos, bifásicos ou trifásicos, súbita variação de frequência e/ou tensão, falta de fase ou fases, etc.), tanto no sistema da Light quanto do Autoprodutor. Todas as funções de proteção relativas a interligação do Autoprodutor deverão atuar no disjuntor de acoplamento, de forma direta, através de alimentação auxiliar ininterrupta (corrente contínua).

Independentemente do tipo de paralelismo (se momentâneo ou permanente), bem como da potência envolvida, o acoplamento em paralelo do sistema de geração do Autoprodutor com o Sistema de Distribuição de Alta Tensão da Light requer o uso de um transformador de isolação estrela-triângulo, disponibilizado pelo Autoprodutor. O transformador deverá ser conectado em triângulo no lado da Light e em estrela aterrado no lado da geração do Autoprodutor, isolando assim o sistema de geração do Autoprodutor do sistema da Light, em termos de sequência zero, inclusive harmônicas de sequência zero.

A Light poderá suspender preventivamente, de imediato, o acesso do Autoprodutor sempre que for verificado o uso à revelia, pelo Acessante, de equipamento ou carga susceptível de provocar distúrbios ou danos no sistema de distribuição da Light ou nas instalações de outros Acessantes, bem como deficiência técnica ou de segurança de suas instalações internas, conforme estabelecido pelo Modulo 3 do Procedimento de Distribuição - ANEEL.

Não será permitido em hipótese alguma, ao Autoprodutor, energizar o circuito da Light que estiver desenergizado, cabendo ao Autoprodutor total responsabilidade legal caso este fato venha a

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acontecer, eximindo-se a Light de qualquer responsabilidade por eventuais danos materiais e humanos.

O Autoprodutor deverá disponibilizar as proteções necessárias que promovam o imediato desacoplamento do seu grupo gerador do sistema da Light, quando da desenergização ou qualquer anomalia no Sistema de Distribuição de Alta Tensão da Light, evitando a alimentação isolada de circuitos da Light por sua geração própria (“ilhamento”), de forma a permitir que a Light restabeleça, com segurança, a alimentação dos seus circuitos através de religamento manual ou automático, independentemente do Autoprodutor estar interligado em regime de paralelo momentâneo ou permanente.

8.3 ESTUDOS NECESSÁRIOS PELO AUTOPRODUTOR

Conforme estabelecido no Módulo 3 do Procedimento de Distribuição - ANEEL, os Autoprodutores deverão realizar estudos para avaliar possíveis impactos da geração no Sistema de Distribuição da Light, considerando tanto no ponto de conexão como na sua área de influência. As análises sobre os estudos realizados deverão ser baseadas nos seguintes aspectos:

Análise de fluxo de potência;

Análise de curto-circuito;

Análises das capacidades de disjuntores, barramentos, transformadores de instrumento e malhas de terra;

Adequação do sistema de proteção envolvido na integração das instalações do Autoprodutor e revisão dos ajustes associados, observando-se estudos de coordenação de proteção, quando aplicáveis;

Para Autoprodutor com exportação de energia deverá ser apresentado à Light os estudos de estabilidade eletromecânica, comportamento transitório e em regime permanente das máquinas e os impactos que podem ser provocados no Sistema de Distribuição de Alta Tensão devido a conexão da geração pretendida. Deverão ser realizados estudos de comportamento dinâmico das máquinas e de seus sistemas de controle. Os resultados decorrentes da realização dos estudos de integração do empreendimento ao Sistema de Distribuição da Light efetuados pelo Autoprodutor deverão ser entregues em relatórios, sendo também necessário o envio dos modelos das máquinas e de seus controles, em arquivos em formato digital do programa ANATEM, desenvolvido pelo CEPEL.

Os parâmetros dos geradores, transformadores de acoplamento, dados das turbinas, dos sistemas de controle e regulação da tensão, de velocidade e dos estabilizadores deverão ser encaminhados a Light.

8.4 CONDIÇÕES DE PROTEÇÃO

8.4.1 Exigências básicas

Caberá ao Autoprodutor disponibilizar, como recurso na interligação de seu sistema com o da Light, os equipamentos de manobra necessários (chaves, disjuntores etc.), a fim de proporcionar, em tempo hábil, a separação do acoplamento sistema-Autoprodutor e o sistema de distribuição de alta tensão da Light, quando da ocorrência de qualquer anomalia no sistema da Light ou do próprio Autoprodutor.

Os níveis de curto-circuito monofásico e trifásico no ponto de conexão (Light/Autoprodutor) não poderão ultrapassar a capacidade de suportabilidade dos cabos/condutores, equipamentos e

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acessórios já instalados no sistema elétrico da Light. Esses valores deverão constar do Acordo Operativo.

Ao Autoprodutor caberá a responsabilidade exclusiva pela proteção total do seu sistema elétrico, de tal maneira que falhas (curtos-circuitos), surtos atmosféricos ou outras perturbações no sistema da Light, como falta de fase, oscilações de tensão, manobras etc., não causem danos em suas instalações, equipamentos etc.

As especificações dos acessórios e de todos os equipamentos de proteção e manobra instalados no Autoprodutor, inerentes ao disjuntor de acoplamento, deverão ser submetidas a aprovação prévia da Light. Não serão aceitos acessórios e equipamentos que não disponham de qualidade reconhecida para a sua aplicação, ou seja, aqueles que não sejam classificados para uso em concessionárias de energia elétrica.

Todos os ajustes dos relés e dos equipamentos auxiliares necessários ao paralelismo deverão ser apresentados à Light pelo Autoprodutor para aprovação direta ou redefinição. Todo trabalho de aferição e parametrização deverá ser realizado pelo Autoprodutor, porém com o consentimento e fiscalização/comissionamento da Light.

Para análise e estudo dos esquemas de proteção o Autoprodutor deverá encaminhar para a Light as seguintes informações:

Diagrama unifilar completo, destacando a representação do disjuntor de acoplamento;

Tipo de paralelismo: se paralelo permanente (informando se com ou sem venda de excedente de energia) ou se paralelo momentâneo (informando a duração do paralelismo);

Diagramas funcionais (esquemáticos) indicando as ligações dos disparos das proteções sobre os disjuntores e os intertravamentos utilizados;

Diagrama trifilar da interligação, mostrando as ligações dos TCs e TPs aos terminais dos circuitos de corrente e potencial dos relés;

Descritivo dos intertravamentos;

Características funcionais dos relés utilizados na proteção de interligação;

Estudo de proteção comprovando que cada tipo de relé de proteção está adequado ao esquema utilizado;

Cópia dos manuais técnicos dos relés;

Estudo de seletividade das proteções com os respectivos ajustes de relés;

Características dos TCs, TPs e disjuntores que fazem parte do sistema de paralelismo;

Dados do(s) transformador(es) de força e acoplamento:

- Potência nominal;

- Relação de transformação disponíveis;

- Impedância de curto-circuito (%);

- Tipo de ligação e diagrama fasorial;

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- Tipo de aterramento (se por resistor, reator ou solidamente aterrado)

- Valor da resistência de aterramento em ohms.

Dados do(s) Gerador(es):

- Tensão nominal;

- Faixa operativa de tensão (máxima e mínima);

- Nº de unidades geradoras e tipo (se movidas a diesel, gás natural, etc.);

- Potência nominal em kVA;

- Potência ativa em kW;

- Fator de potência;

- Limite de geração de potência reativa (máx. e mín.);

- Tensão operativa (com limites percentuais de máx. e min.);

- Tipo de Ligação (se Estrela aterrada, Estrela não aterrada, Delta);

- Reatância transitória percentual, na base do gerador (X’d);

- Reatância subtransitória percentual, na base do gerador (X’’d);

- Tipo de aterramento (se por resistor, reator ou solidamente aterrado);

- Valor da resistência de aterramento em ohms;

Eventuais alterações no sistema de geração do Autoprodutor deverão ser informadas à Light para aprovação. Em caso de concordância, a Light deverá analisar a revisão do estudo de proteção efetuado pelo Autoprodutor e autorizar a implantação/alteração dos ajustes de relés que se façam necessários.

O Autoprodutor será o único responsável pela sincronização apropriada do seu sistema gerador com o sistema elétrico da Light, exclusivamente através do disjuntor de acoplamento. Não será permitido o religamento automático do disjuntor de acoplamento.

Estando o gerador em funcionamento, o fechamento do paralelismo somente poderá ser feito através do disjuntor de acoplamento e supervisionado pelo relé de verificação de sincronismo (função 25). O estabelecimento do paralelismo por qualquer outro disjuntor, inclusive o disjuntor de entrada, deve ser evitado através de dispositivo de intertravamento que evite o seu fechamento, estando os disjuntores de acoplamento e do gerador fechados. Este item deverá ser destacado no Acordo Operativo.

8.4.2 Requisitos mínimos de proteção

Para operar na condição de paralelismo, a subestação do Consumidor deverá ser dotada de um disjuntor de acoplamento do gerador, associado a um sistema de proteção, contendo no mínimo os seguintes relés:

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8.4.2.1 Relés de sobrecorrente direcional de fases (função 67)

Esta proteção deve atuar, abrindo o disjuntor de acoplamento, quando da ocorrência de defeitos, entre fases, no circuito alimentador da subestação.

8.4.2.2 Relé de sobretensão residual (função 59G)

Esta proteção deve atuar, abrindo o disjuntor de acoplamento, quando da ocorrência de defeitos entre fase e terra, no circuito alimentador da subestação. Os transformadores de potencial que suprem a função 59G deverão estar localizados obrigatoriamente do lado de 138 kV.

Nota: Deverão ser utilizados três transformadores de potencial monofásicos com classe de exatidão compatível com a fiação e equipamentos aos quais serão ligados.

8.4.2.3 Rele direcional de potência (função 32)

Esta proteção deve atuar, abrindo o disjuntor de acoplamento, quando ocorrer a desenergização do circuito alimentador da subestação, evitando que cargas externas ao Consumidor sejam alimentadas por sua geração.

8.4.2.4 Relé de subtensão (função 27A)

Esta proteção deve atuar, abrindo o disjuntor de acoplamento, quando houver quando houver subtensão em uma ou mais fases do sistema.

8.4.2.5 Relé de subtensão (função 27B)

Esta proteção deve atuar, abrindo o disjuntor de acoplamento, quando houver quando houver subtensão em uma ou mais fases do sistema.

8.4.2.6 Rele de verificação de sincronismo (função 25)

Este relé somente deve permitir o fechamento do disjuntor de acoplamento, quando as diferenças de módulo de tensão, ângulo de fase e frequência, entre a geração do Consumidor e o sistema da Light, encontrarem-se dentro de limites pré-estabelecidos.

8.4.2.7 Relé de subfrequência (função 81U)

Esta proteção deve atuar, abrindo o disjuntor de acoplamento, quando a frequência no sistema da Light estiver abaixo de seu valor nominal.

8.4.2.8 Relé de sobrefrequência (função 81O)

Esta proteção deve atuar, abrindo o disjuntor de acoplamento, quando a frequência no sistema da Light estiver acima de seu valor nominal.

8.4.3 Considerações gerais

Deverá também ser implementado um esquema de disparo do disjuntor de acoplamento, para atuar, quando os disjuntores de entrada e/ou o disjuntor geral do lado de baixa tensão do transformador de força forem abertos, a fim de evitar que tais disjuntores sejam fechados sem verificação de sincronismo.

Fica a cargo do Autoprodutor a escolha do fabricante e tipos de relés, bem como a responsabilidade pelos seus ajustes, calibração e manutenção do esquema em serviço.

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8.5 MEDIÇÃO DE QUALIDADE

Os requisitos e critérios para instalação de Medidores de Qualidade, bem como os tipos homologados pela Light constam no documento “Sistema de Medição para Qualidade 138 kV” (ver anexo 7), em sua última versão.

O sistema de medição destinado a verificação da qualidade, incluindo TPs e TCs, deverá ser fornecido e instalado pelo Autoprodutor, todavia, de acordo com as respectivas especificações técnicas estabelecidas pela Light.

A medição da qualidade deverá monitorar a tensão e a corrente nas três fases, no ponto de entrega do Autoprodutor, permitindo que as seguintes grandezas básicas sejam medidas: registro da tensão e da corrente (rms), desequilíbrio de tensão, distorção harmônica e suas componentes, frequência e variação de tensão de curta duração, bem como energia ativa, energia reativa e demanda, de forma bidirecional, com pelo menos 4 (quatro) registros independentes, 2 (dois) para cada sentido de fluxo (quatro quadrantes).

Este sistema de medição de qualidade deverá ser utilizado em todos os Autoprodutores interligados ao sistema da Light em regime de paralelo permanente e momentâneo.

8.6 INSPEÇÃO E TESTES DE COMISSIONAMENTO

Para realização da inspeção final na subestação, deverá ser comunicada a esta Concessionária com 15 (quinze) dias de antecedência, a data de conclusão das obras.

A aprovação final do Autoprodutor para se interligar ao sistema elétrico da Light dependerá da realização de inspeção e testes de comissionamento, mesmo estando toda a documentação, inicialmente apresentada para análise da Light, de acordo com as condições estabelecidas neste documento.

A execução física do sistema deverá obedecer fielmente ao projeto analisado, sendo a instalação recusada caso ocorra discrepância.

O Autoprodutor deverá apresentar os laudos de aferição, calibração e ensaios das proteções e demais comandos do sistema de paralelismo, antes da liberação do referido sistema, para comparar os resultados obtidos com os valores de ajustes aprovados.

Deverão ser verificados e testados os intertravamentos entre o disjuntor de acoplamento e os demais disjuntores envolvidos no sistema de paralelismo.

Deverão ser realizadas operações de entrada e saída do paralelismo para certificar-se do bom desempenho do sistema.

Deverão ser realizados testes de exportação de energia para verificar o valor de operação do relé de reversão de potência (função 32) para os casos de conexão sem exportação, bem como testes funcionais de atuação das proteções funções 67, 59G e 27, sobre o disjuntor de acoplamento, de forma a comprovar a efetividade da proteção.

Para a realização dos testes o Consumidor deverá elaborar o caderno de testes com a proposta de sequenciamento e detalhamento dos testes de proteção. O caderno de testes deverá ser encaminhado com 7 dias de antecedência, a data de realização dos testes, cabendo a Light a análise e aprovação do documento.

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O Consumidor deverá providenciar todos os equipamentos necessários para a realização dos testes nos equipamentos de proteção (mala de testes, notebook, etc.), e deverão ser realizados por profissionais especializados em proteção.

Os testes deverão ser realizados em data anterior ao comissionamento final da subestação.

Deverá ser avaliada a qualidade da energia produzida pelo Autoprodutor, a partir da análise dos resultados obtidos dos equipamentos de medição de qualidade com instalação fixa no local, conforme item 8.5 deste documento, bem como, se necessário, a partir de medições temporárias realizadas através de equipamentos móveis instalados pela Light.

A Light tem o prazo máximo de 30 (trinta) dias para informar ao interessado o resultado do comissionamento das obras executadas após a solicitação do interessado, indicando as eventuais ressalvas e, ocorrendo reprovação, os respectivos motivos e as providências corretivas necessárias.

8.7 MANUTENÇÃO PERIÓDICA DAS INSTALAÇÕES

Além do disposto no item 7.16, é de responsabilidade exclusiva do Autoprodutor a instalação, operação e manutenção dos equipamentos destinados ao estabelecimento das condições de proteção e sincronismo, por ocasião de cada manobra de execução do paralelismo de seu sistema de geração com o sistema da Light.

Caberá ao Autoprodutor elaborar relatórios de operação e manutenção para o seu sistema (equipamentos e sistemas de proteção). Esses relatórios, individualmente, deverão registrar todos os eventos de operação ou de manutenção.

A periodicidade e os critérios de manutenção, de acordo com a complexidade de cada Autoprodutor, deverão estar contemplados no Acordo Operativo.

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9 SUBESTAÇÃO DE MANOBRA

9.1 OBJETIVO

Esta seção tem como objetivo orientar ao Consumidor/Autoprodutor quanto a desenvolvimento e apresentação do projeto da subestação de manobra 138 kV, quando esta for a solução para acesso e o Acessante optar por executar as obras de conexão com recursos próprios.

9.2 APRESENTAÇÃO DO PROJETO DA SUBESTAÇÃO DE MANOBRA

Após definidas a forma e local de conexão, o Consumidor/Autoprodutor deverá encaminhar os documentos, conforme especificados no Procedimento Técnico Light (PTL 0306SE), execução de projetos de subestação em computador, para a análise desta Concessionária. Segue lista de projetos básicos que deverão ser desenvolvidos:

9.2.1 Projeto da subestação de Manobra

a) Diagrama unifilar básico em duas cópias impressas;

b) Lista completa dos equipamentos a serem instalados na subestação, contendo suas características básicas;

c) Planta do arranjo físico dos equipamentos principais, dutos e valas, incluindo, se houver, previsão para ampliação futura;

d) Memorial descritivo das instalações de alta tensão da subestação, contendo inclusive o esquema de operação;

e) Planta de estrutura ao tempo, contendo todas as bases de equipamentos, edículas, casas, cisterna, área britada, área de arruamento, dentre outras informações importantes, listando e locando todas as estruturas da subestação;

f) Projeto de arquitetura, estrutura e memória de cálculo para todas as estruturas que deverão ser construídas na subestação;

g) Demais projetos da especialidade de civil, necessários para a perfeita execução e funcionamento da subestação, conforme procedimento técnico Light;

h) Diagrama funcional do(s) disjuntor(es) de entrada;

i) As características técnicas e o valor da resistência ôhmica dos condutores que interligam os TCs e os TPs aos relés da proteção de entrada;

j) Memória de cálculo e projeto para malha de aterramento, projeto de ligações elétricas, iluminação e sala de controle;

k) Diagramas Trifilares e Esquemáticos sequenciais dos painéis de proteção 138 kV e serviços auxiliares, bem como os projetos dimensionais dos equipamentos, topográficos de fiação, lista de materiais, lista de placas e plaquetas;

l) Diagramas de interligações de todos os equipamentos da Subestação (ligação de cabo de controle), mostrando a identificação do cabo, quantidade de fios, marca dos fios, endereçamento do desenho de destino;

m) Lista de documentos e lista de cabos de controle e de fibra óptica (nestes documentos deverão constar o nº do: cabo, procedência, destino e utilização dos cabos, nº e bitola dos

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fios, identificação dos fios e comprimento dos cabos);

n) Disposição dos cabos de controle mostrando todo o encaminhamento dos cabos dentro da sala de controle e no pátio.

o) Arquitetura do sistema digital;

A Light poderá a seu critério, solicitar durante a fase de análise, cópia dos seguintes documentos complementares:

a) Planta e cortes transversais e longitudinais (escala 1:50 ou 1:100) das estruturas, edifícios e equipamentos com a indicação das dimensões, distâncias e faseamento nas cores: azul, branca e vermelha e numeração do circuito.

b) Diagramas elétricos unifilar e trifilar (tamanho A1), indicando os equipamentos e circuitos de controle, proteção, medição e serviços auxiliares.

c) Catálogos contendo as características técnicas dos seguintes equipamentos:

Para-raios de alta tensão;

Seccionadores de alta tensão;

Disjuntores;

Relés da proteção de entrada com indicação do tipo e faixa de ajuste;

Transformadores de corrente e potencial da proteção de entrada;

Conjunto retificador-bateria, transformador de serviços auxiliares e grupo motor-gerador, se houver;

d) Planta da malha de aterramento e o seu memorial de cálculo;

e) Para subestação tipo compacta (blindada SF6), relatório contendo os seguintes ensaios:

TCs da proteção de entrada e da medição de faturamento:

- Isolação;

- Polaridade;

- Resistência elétrica dos enrolamentos;

- Excitação;

- Relação de transformação;

- Exatidão;

TPs da proteção e medição de faturamento:

- Isolação;

- Relação de transformação;

- Exatidão;

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9.2.2 Licenciamento

Apresentar licenças e autorizações pertinentes (licença prévia, licença de instalação, licença de operação, autorização para supressão de vegetação, termos de compensação e recuperação ambiental, termos de cumprimento de compensação, outorgas, etc.) emitidas por órgão público responsável (Prefeitura, Meio-Ambiente e outros).

9.2.3 Responsabilidade técnica

Das firmas e dos profissionais responsáveis pelo projeto e obras da subestação, apresentar cópia de:

Registro no CREA;

ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) relativa ao endereço objeto do projeto e/ou certificado de ligação.

9.2.4 Notas

Para a elaboração do projeto, deverão ser observadas a numeração e o faseamento de entrada da linha de transmissão definidos pela Light.

Os projetos deverão ser fornecidos em português, com simbologia e formato padronizados pela ABNT, no tamanho máximo A1.

Os projetos da subestação devem obedecer à legislação referente ao licenciamento ambiental, uso e ocupação do solo, regulação da ANEEL, ABNT, Corpo de Bombeiro e Ministério do Trabalho.

9.3 EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA A SUBESTAÇÃO DE MANOBRA

9.3.1 Estrutura da subestação de manobra

Deve atender às seguintes características:

a) Estrutura de concreto armado ou de aço protegido com alvenaria ou materiais refratários;

b) Teto e piso em laje de concreto maciço ou pré-fabricado;

c) Paredes em alvenaria ou em concreto armado com acabamento em material incombustível;

d) Cobertura, forro de teto e pisos falsos e respectivas estruturas em material incombustível;

e) Acabamentos internos devem ser previstos de materiais classe B, definidos na ABNT NBR 9442;

f) As edificações construídas com materiais diferentes dos indicados devem cumprir com uma taxa mínima de resistência ao fogo de 2 horas;

g) Deve ser prevista a separação física entre equipamentos e edificações e entre equipamentos que apresentem considerável risco de incêndio e explosão;

h) Devem ser previstas vias livres para acesso de equipamentos e viaturas para combate a incêndio;

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i) Ter as vigas de amarração dos cabos condutores dos circuitos e dos cabos para-raios calculadas para resistir tração mínima por ponto de amarração, definida pela Light;

j) A altura das vigas de amarração da linha de transmissão acima do solo é estudada para cada caso pela Light;

k) O campo de proteção proporcionado por haste e/ou cabos para-raios, contra descargas atmosféricas, deverá atender às informações constantes no desenho ou ser apresentado um projeto específico, que será submetido a esta Concessionária.

Nas vigas de amarração da linha de transmissão, deverão ser instaladas, pelo Acessante, ferragens para o engate dos cabos condutores e cabos para-raios.

Existindo pórticos de concreto, a descida dos cabos de aterramento das ferragens das cadeias de isoladores, cabos para-raios, para-raios, etc. deverá ser feita externamente aos pórticos e até a altura de 1,0 (um) metro do solo. A interligação destes com a malha de aterramento será feita através de conectores para permitir o desligamento por ocasião das medições da malha.

9.3.2 Barramento da subestação de manobra

Para barramentos convencionais, deve ter o nível de isolamento correspondente a valor eficaz de tensão suportável nominal a frequência industrial de 275 kV (media de tensão disruptiva frequência industrial sob chuva) e valor de crista de tensão suportável nominal de impulso atmosférico de 550 kV.

a) Afastamentos mínimos entre fases no barramento:

Para barras rígidas: 2,60 m.

Para barras flexíveis: 3,00 m.

b) Afastamentos mínimos entre fase e terra no barramento:

Para barras rígidas: 1,30 m.

Para barras flexíveis: 1,60 m.

c) A altura mínima em relação ao solo das partes em tensão não isoladas e desprotegidas deve ser de 4,50 m.

d) A altura mínima em relação ao solo das partes em tensão reduzidas a zero, porcelanas, isoladores, etc., deve ser de 2,50 m metros do piso acabado com brita.

9.3.3 Proteção da subestação de manobra

Deverá ser utilizado um sistema independente de proteção e controle, para cada disjuntor de entrada de linha. As exigências básicas relativas aos equipamentos de proteção estão listadas no item 9.5 e serão detalhadas pela Light na ocasião da realização dos projetos.

Para análise e aceitação do sistema de proteção é indispensável a apresentação da seguinte documentação:

Diagrama unifilar completo, fazendo constar todos os equipamentos inerentes à proteção;

Diagrama trifilar de ligação das proteções da subestação;

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Diagrama esquemático de controle dos disjuntores de entrada, incluindo o disparo dos relés e a ligação da fonte alimentadora de corrente contínua;

Desenho de vistas e cortes;

Desenho de arquitetura se for o caso, mostrando a rede elétrica e/ou ótica, endereços e etc;

Desenho esquemático sequencial mostrando a ligação dos canais digitais, alimentação de CC e CA auxiliar;

Lista de material completa;

Especificação, características e catálogos dos fabricantes dos relés de proteção, transformadores de corrente e de potencial, utilizados no esquema de proteção.

9.3.4 Dispositivos da teleproteção das linhas de transmissão

Deverá ser previsto espaço na subestação para instalação de bobinas de bloqueio, capacitores de acoplamento, caixas de sintonia, transmissores e relés de proteção com respectivos cubículos, para utilização no esquema de bloqueio da teleproteção das linhas de transmissão, quando necessário.

9.3.5 Intertravamento

Nas subestações, os seccionadores de 138 kV deverão ser dotados de sistema de intertravamento mecânico, de forma a não permitir manobras desses equipamentos em carga.

Caso o Consumidor também utilize intertravamento elétrico, é indispensável para análise e aceitação desse esquema a apresentação do diagrama esquemático de controle, acompanhado da respectiva descrição de funcionamento.

9.3.6 Malha de aterramento

Para o dimensionamento da malha de aterramento, deverão ser observados os critérios de segurança e os valores limites de elevação de potenciais de toque e de passo recomendados pela norma ABNT NBR 15751 e pelo Guia de Aplicação IEEE-80, ambos em sua última revisão.

Para o dimensionamento da malha-terra devem ser observados os seguintes elementos:

A corrente de curto-circuito fase terra no barramento de entrada da subestação, sendo este valor definido pela Light no transcorrer do estudo de fornecimento;

A resistência total da malha-terra deverá ser a menor possível tendo o limite máximo de 2 Ohms medidos sem qualquer conexão com os cabos para-raios e com o sistema de distribuição desligado. Para instalações que possuem malha de terra existente, a mesma deverá ser conectada a malha de terra nova.

9.4 EXIGENCIAS BASICAS QUANTO AOS EQUIPAMENTOS

Os equipamentos da subestação de manobra deverão estar de acordo com as normas correspondentes listadas no item desse documento. Como padrão, a Light solicita um treinamento para até 10 participantes, com o tema técnicas de operação e manutenção dos equipamentos adquiridos para a subestação de manobra.

Abaixo são descritas as características gerais para os principais equipamentos utilizados na subestação de integração ou subestação existente na qual se der a conexão.

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9.4.1 Para-raios

Deve ser empregado um conjunto de 3 (três) para-raios por vão de linha, localizados antes dos seccionadores de entrada e ligados diretamente aos condutores de entrada. Os terminais terra dos para-raios devem ser ligados entre si à malha-terra da subestação através de um cabo protegido por isolação.

Os para-raios deverão ser de tensão nominal 120 kV (rms) e corrente nominal de descarga 10 kA, atendendo a NTL-0159-10 em sua última revisão.

9.4.2 Seccionadores de entrada

Deverão ser seccionadores tripolares, com acionamento simultâneo manual e/ou elétrico, dotados de travamento por cadeado na posição aberta.

Como características, devem ser de tensão nominal de 145 kV, nível de isolamento de 275 kV de tensão suportável nominal à frequência industrial e 550 kV de tensão suportável nominal de impulso atmosférico. A corrente suportável nominal de curta duração deve ser de 40 kA (eficaz) durante 1 segundo, atendendo a NTL-0176-11 em sua última revisão.

9.4.3 Disjuntores

Deverão ser de acionamento tripolar, tensão nominal de 145 kV, capacidade de interrupção nominal trifásica, simétrica de 40 kA, com tempo máximo de interrupção de 03 (três) ciclos, nível de isolamento de 275 kV suportável à frequência industrial e 550 kV de tensão suportável nominal de impulso atmosférico, atendendo a NTL-0112-12 em sua última revisão. Nos casos em que o nível de curto- circuito no barramento de entrada da subestação supere o valor estipulado de 40 kA, a Light especificará o valor a ser adotado para a capacidade de interrupção.

O disjuntor deve ser provido de dispositivos elétricos para fechamento e abertura tripolar, possuir desligamento livre elétrico e ser equipado com dispositivo antipumping.

9.4.4 Transformadores de corrente

Deverão ser utilizados exclusivamente para a alimentação dos relés de proteção e medição do vão. Para qualquer outra finalidade, dependerá de aceitação prévia da Light.

Como características, devem atender à Norma ABNT NBR 6856 “Transformador de Corrente” quanto à exatidão para serviço de proteção, compatível com a fiação, com os relés adotados e de acordo com os valores de curto-circuito no ponto de conexão ao sistema da Light, sendo que o mínimo adotado pela Light de 40 kA para corrente térmica nominal. Devem ser para tensão máxima de 145 kV, possuir nível de isolamento de 275 kV de tensão suportável nominal à frequência industrial e 550 kV de tensão suportável nominal de impulso atmosférico, atendendo a NTL-0121-12 em sua última revisão.

A Light reserva para si o direito de escolha da relação em que os TCs deverão ser ligados e, de alterar tal relação sempre que necessário, para ajustar às condições do sistema elétrico.

Os TCs deverão ser instalados imediatamente antes dos correspondentes disjuntores de entrada, do lado da linha, a jusante dos seccionadores de entrada.

9.4.5 Transformadores de potencial

Deverão ser para tensão máxima de 145 kV, nível de isolamento de 275 kV de tensão suportável nominal à frequência industrial, 550 kV de tensão suportável nominal de impulso atmosférico, grupo

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55 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

de ligação 2, relações 138000÷√3-115/115÷√3-115/115÷√3 V, classe de exatidão 0,3P200, operação à prova de explosão, com caixas terminais de saídas para proteção e medição independentes e com lacre, atendendo a NTL-0053-99 em sua última revisão.

9.5 CONDIÇÕES GERAIS DE PROTEÇÃO E AUTOMAÇÃO PARA A SUBESTAÇÃO DE MANOBRA

9.5.1 Esquema de proteção para de subestação manobra

A conexão realizada mediante a construção de uma subestação de manobra deverá prever o esquema de proteção com no mínimo proteção diferencial de barras e falha de disjuntor 138 kV e proteções de linhas 138 kV. Quanto a detalhes básicos dos esquemas adotados por esta concessionária, estes são apresentados sucintamente nos itens a seguir.

9.5.2 Proteção diferencial de barras 138 kV

A subestação manobra deverá prever um painel de proteção diferencial de barras e falha de Disjuntor de 138 kV, atendendo a NTL - 0097/95 em sua última revisão.

Deverá conter, no mínimo, os equipamentos de proteção conforme a seguinte descrição:

Uma unidade de supervisão, controle para o disjuntor “TIE” que possibilite o completo controle do vão através de display gráfico configurado com todos os equipamentos primários pertinentes;

Um relé diferencial de barras e proteção de falha de disjuntor numérico para detecção de faltas entre fases e fase-terra, trifásicas, função 87B e 87BF. A proteção de barras deverá ser do tipo seletiva, isolando somente a seção com defeito, e adaptativa, permitindo a configuração da quantidade de seções, barras, seccionamento de barras e interligação de barras.

Dois relés de bloqueio (86BF e 86BF) para bloquear o fechamento dos disjuntores e/ou religamentos automático;

Relés auxiliares de disparo (Função 94).

9.5.3 Proteção de linhas de transmissão aérea 138 kV - Seccionamento

A subestação manobra deverá prever um painel de proteção e controle de linha de transmissão aérea de 138 kV, atendendo a NTL - 0097/95 em sua última revisão.

Deverá conter, no mínimo, os equipamentos de proteção conforme a seguinte descrição:

Conjunto unidade de controle e medição:

Uma unidade de supervisão, controle e medição do vão que possibilite o completo controle do vão através de display gráfico configurado com todos os equipamentos primários pertinentes ao vão, a medição e função de cheque de sincronismo (Função 25) para fechamento manual.

Conjunto de Proteção Principal:

1 (um) relé numérico para proteção principal de linha de transmissão com as funções abaixo:

- Proteção principal de distância para fase e neutro (Função 21)

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56 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

- Proteção principal de sobrecorrente direcional de neutro (Função 67N)

- Bloqueio da proteção principal por oscilação de potência (Função 68)

- Verificação de sincronismo e tensão (Função 25)

- Religamento automático (Função 79)

Relé auxiliar de disparo (Função 94P);

2 (dois) relés auxiliares de envio e recebimento do sinal de teleproteção (Funções 85CR e 85CS), com características de alta velocidade, com tempo de atuação menor que 6 ms, rearme automático; dotado de seis contatos tipo “NA”, eletricamente separados, com capacidade de condução de 10A;

Chave de controle para bloqueio do esquema de teleproteção com três posições: "NORMAL", "BLOQUEIO" e “TESTE” (Função 85CO).

Conjunto de Proteção Secundária:

Um relé numérico para proteção principal de linha de transmissão com as funções abaixo:

- Proteção principal de distância para fase e neutro (Função 21)

- Proteção principal de sobrecorrente direcional de neutro (Função 67N)

- Bloqueio da proteção principal por oscilação de potência (Função 68)

- Verificação de sincronismo e tensão (Função 25)

- Religamento automático (Função 79)

- Proteção para falha de disjuntor (Função 50/62BF).

Relé auxiliar de disparo (Função 94S).

9.5.4 Proteção de linhas de transmissão subterrâneo 138 kV - Seccionamento

Para conexão no sistema subterrâneo, a Light informará na ocasião da solicitação da conexão as condições especificas para cada caso.

9.5.5 Proteção de linha radial aérea 138 kV – Ramal Acessante

A subestação manobra deverá prever um painel de proteção e controle de linha de transmissão aérea radial de 138 kV, atendendo a NTL - 0097/95 em sua última revisão.

Conjunto unidade de controle e medição:

1 (uma) unidade de supervisão, controle e medição de vão que possibilite o completo controle do vão através de display gráfico configurado com todos os equipamentos primários pertinentes ao vão, a medição e função de cheque de sincronismo (Função 25) para fechamento manual.

Dois relés numéricos, idênticos com as funções abaixo (principal e secundária):

Proteção de Sobrecorrente / Direcionais: 50-51; 50-51N, 67 e 67N

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Religamento automático com verificação de sincronismo e tensão (Funções 79/25)

Relés auxiliares de disparo e fechamento do disjuntor (Funções 94AX e 94FX).

9.5.6 Proteção de linha radial subterrâneo138 kV – Ramal Acessante

Para conexão no sistema subterrâneo, a Light informará na ocasião da solicitação da conexão as condições especificas para cada caso.

9.5.7 Requisitos mínimos dos relés de proteção

Os relés deverão ser aderentes à norma IEC61850 com duas portas de comunicação traseiras com interfaces óticas.

Os relés digitais deverão atender ao nível de capacidade de processamento requisitos de lógicas associadas à manipulação das mensagens “GOOSE” de forma a manter a confiabilidade no tratamento destas mensagens no que se refere a decodificação de valor e qualidade da mensagem ou mesmo outro parâmetro que possa vir a ser utilizado, com o objetivo de tornar mais robusto o tratamento das mensagens “GOOSE”. Os relés deverão possuir rotina de monitoramento e diagnóstico para detectar falhas a nível de hardware e de software. Deverão possuir também detector de perda de corrente contínua, com indicação local e remota.

9.5.8 Oscilógrafia

A subestação manobra deverá prever um Registrador Digital de Perturbação, multiprocessado, baseado em arquitetura industrial, para monitoração de grandezas elétricas, desde faltas de curta duração até fenômenos de longa duração.

9.6 AUTOMAÇÃO DO PONTO DE CONEXÃO

9.6.1 Automação da Subestação de manobra

A subestação de integração deverá prever um Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD), com todos seus equipamentos de interface, um Sistema de Proteção Digital (SPD) que, em síntese, são listados por:

Equipamentos de Interface e do Sistema de Proteção Digital (SPD);

Relógio de hora padrão (GPS) para sincronização de todo o sistema;

Equipamentos e softwares do SDCD, atendendo, no mínimo:

- Interface homem-máquina (IHM) Local;

- Redes de comunicação de dados;

- Interface para comunicação com o Centro de Operação;

- Medições de Qualidade de Energia.

Integração ao Sistema de Medição de Qualidade (CAQ) remoto, incluindo todas as alterações necessárias nas bases de dados dos Centros e da subestação de integração;

Equipamentos do Sistema de Proteção Digital (SPD), atendendo, no mínimo:

- Interface homem-máquina (IHM) Local;

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- Computador para a função de CAP (Central de Análise da Proteção);

- Relés Digitais;

- Softwares;

- Rede de comunicação entre os relés digitais;

- Interface para comunicação com a Central de Análise da Proteção através de Rede Interna de Comunicação da Light (RIC).

Integração da Subestação ao Centro de Operação Integrado (COI) com a utilização do protocolo ISD (Inter Site Data), proprietário da Alstom Grid.

Para comunicação com as redes dos relés de proteção, medidores e qualquer equipamento que seja necessário para aquisição das informações deverão ser utilizadas duas máquinas industriais tipo fanless e diskless para suprir as funções, de IHM e gateway com SCADA local “e-terracontrol”.

Os relés deverão possuir capacidade de se comunicarem através do protocolo IEC61850 para troca de mensagens “goose” entre eles e através do protocolo DNP 3.0/TCP/IP para comunicação com e-terra control. No Anexo 8 segue a relação dos relés homologados que possui simultaneidade de protocolos descritos acima.

Os switches deverão possuir capacidade de gerenciamento do protocolo IEC 61850 e projetados para operar em ambiente de subestação. Deverá ser considerada na arquitetura do sistema digital redundância de rede.

Deverão ser realizados testes ponto a ponto para verificação de todos os pontos configurados no Sistema Digital.

A solução proposta pelo Acessante para automação da subestação de integração deve ser avaliada e aprovada pela Light. Deve ser previsto treinamento nos equipamentos e sistemas instalados pelo Acessante, seguindo as diretrizes estabelecidas nas especificações técnicas que serão fornecidas na ocasião de Informação de Acesso.

9.7 IDENTIFICAÇÃO DA SUBESTAÇÃO DE MANOBRA

9.7.1 Identificação geral

Por razões de segurança, nos contratos operativos entre o Acessante e esta Concessionária, os equipamentos de 138 kV deverão ter uma única identificação que será a especificada pela Light.

Os equipamentos deverão ser identificados na estrutura e no diagrama elétrico representativo da subestação, montado no painel da sala de controle.

9.7.2 Faseamento dos circuitos

Até a energização da subestação, deverá ser instalado no pórtico de entrada da subestação, para cada fase do circuito alimentador, uma placa para a identificação do faseamento e do circuito, que será através da cor e da letra, conforme apresentado na tabela abaixo:

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Tabela 2. Faseamento dos circuitos.

FASE

BRANCO VERMELHO AZUL

A B C

9.8 EXECUÇÃO DA INSTALAÇÃO

A execução das instalações da subestação deverá atender às instruções apresentadas neste documento, na legislação vigente e ao projeto previamente analisado e aprovado por esta Concessionária.

A citada execução deverá ser de responsabilidade de uma firma ou profissional, atendendo às solicitações mencionadas no item 9.2.3.

9.9 PROCEDIMENTOS DE RECEPÇÃO DA SUBESTAÇÃO DE MANOBRA

Conforme disposto no Módulo 3 do Procedimento de Distribuição, são necessários para a recepção da Subestação de Manobra, ensaio dos equipamentos, vistoria e aprovação da concessionária.

A Light realizará inspeção da obra visando verificar as informações anteriormente informadas pelo Acessante, sendo que a execução física das instalações da subestação deverão obedecer fielmente ao projeto analisado e aprovado por esta concessionária.

O Acessante deverá apresentar uma declaração informando que todos os equipamentos instalados na subestação foram submetidos aos ensaios de recebimento em fábrica e/ou ensaios de campo, com resultados satisfatórios. Esta declaração também deverá ser assinada pelo responsável técnico do Acessante, constando o número do seu registro no CREA.

Os ensaios a serem realizados deverão ser os descritos em sua respectiva norma vigente, acrescidos dos citados na Norma Interna Light. A Light solicita acompanhar os ensaios em fábrica, e deverá receber a convocação para inspeção em no mínimo 15 dias uteis. Os custos de translado, alimentação e hospedagem de até 2 profissionais serão de responsabilidade da Acessante

O responsável pela realização dos ensaios deve solicitá-los formalmente à Light, conforme previsto no Módulo 4 do Procedimento distribuição, devendo a solicitação dispor sobre, no mínimo a natureza dos ensaios propostos, o período proposto para os ensaios, a identificação dos equipamentos a serem ensaiados, as condições de sistema necessárias à condução dos ensaios propostos, os detalhes de potenciais consequências adversas sobre os equipamentos a serem ensaiados e os detalhes de potenciais consequências adversas dos ensaios propostos sobre o sistema elétrico da Light.

A Light realizará vistorias, sendo nessas realizadas os ensaios e testes dos equipamentos e sistemas das instalações de conexão, conforme Módulo 4 – Procedimentos Operativos. A Light informará em relatório os resultados dos ensaios e testes realizados nas instalações de conexão e em suas instalações internas, os resultados dos ensaios e testes realizados nos equipamentos corretivos, se eventualmente empregados para atenuar distúrbios, a relação de eventuais pendências.

Para a realização dos testes o Acessante deverá elaborar o caderno de testes com a proposta de sequenciamento e detalhamento dos testes de proteção. O caderno de testes deverá ser encaminhado com 7 dias de antecedência, a data de realização dos testes, cabendo a Light a análise e aprovação do documento.

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O Acessante deverá providenciar todos os equipamentos necessários para a realização dos testes nos equipamentos de proteção (mala de testes, notebook, etc.), e deverão ser realizados por profissionais especializados em proteção.

Os testes deverão ser realizados em data anterior ao comissionamento final da subestação.

A aprovação do da subestação de manobra está condicionada à regularização de quaisquer pendências apontadas na vistoria e que impeçam a sua entrada em operação.

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10 LINHAS DE TRANSMISSÃO

10.1 OBJETIVO

Definir os padrões técnicos e construtivos utilizados para as linhas e ramais no Sistema de Distribuição de Alta Tensão da Light, dentro de condições técnicas e de segurança mínimas aceitáveis.

Esta seção tem como objetivo orientar ao Consumidor/Autoprodutor quanto a desenvolvimento e apresentação do projeto de linhas/ramal de distribuição de 138 kV quando este optar por executar as obras de conexão com recursos próprios.

10.2 CONSIDERAÇÕES GERAIS

O projeto dos ramais aéreos e subterrâneos de consumidor deve atender à Norma ABNT NBR 5422 “Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica” e a Lei Federal no 11.934/2009, que dispõe sobre limites à exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos.

10.3 LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA 138 KV

O projeto dos ramais aéreos de consumidor deve atender à Norma ABNT NBR 5422 “Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica” e a Lei Federal no 11.934/2009, que dispõe sobre limites à exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos.

Os requisitos técnicos para execução de projetos, montagem e instalação de linhas de distribuição aéreas de 138 kV devem possuir:

Preferencialmente, 2 circuitos aéreos para atendimento a subestação do Consumidor/Autoprodutor;

Cabo condutor de alumínio com alma de aço nas seguintes bitolas:

- CAA 266,8 MCM;

- CAA 556,5 MCM;

- CAA 795,0 MCM;

- CAA 1113,0 MCM;

Cabo para-raios, bitola mínima, aço 3/8” EHS, sendo necessário a avaliação da contribuição de curto circuito;

Isoladores de vidro temperado ou polimérico com carga de ruptura mínima de 120 kN, sendo necessário prévia liberação da Light em caso de áreas com alta poluição e/ou salinidade;

Estruturas de circuito simples ou duplo, autoportante, em treliças metálicas de aço galvanizado a quente ou poste tubular de aço;

Disposição vertical dos circuitos, exceto estruturas de derivação a qual será aceito disposição vertical;

Ferragens para a linha de 138 kV devem ser, preferencialmente a compressão, sendo vedado a Light liberar a utilização de ferragens aparafusadas;

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Cadeias de isoladores de ancoragem devem ser à compreensão e os grampos das cadeias de suspensão devem ser articuladas, sendo necessário a prévia liberação da Light;

Resistencia de pé de aterramento máxima de 10 Ω, utilizando contrapeso de aço 3/8” SM ou hastes de cobre;

Sinalização aeronáutica realizada por pinturas e placas, seguindo normas ABNT;

Demarcação da faixa com marcos de concreto de limite de faixa e de eixo.

10.3.1 Apresentação do projeto da linha de distribuição aérea 138 kV

Sendo definidas a forma e local de conexão, o Consumidor/Autoprodutor ou o seu representante legal deverá providenciar a elaboração dos projetos de fundação, elétrico, eletromecânico e sinalização da linha.

O projeto eletromecânico deve ser executado de acordo com as orientações e disposições constantes da norma ABNT NBR 5422 e procedimentos e normas da Light em sua última revisão.

O projeto de sinalização do ramal de linha de distribuição deve seguir os critérios e orientações das normas ABNT NBR 6535, ABNT NBR 7276 e ABNT NBR 8664.

Deverão ser encaminhados os projetos e documentos conforme relacionado nos itens a seguir para a análise desta Concessionária

10.3.1.1 Faixa de servidão de passagem

A largura da faixa de servidão de passagem (faixa de segurança) para o ramal de linha de transmissão deve ser calculada de acordo com a formulação e a metodologia descrita na norma ABNT NBR 5422. Na extensão da faixa de segurança deve ser observada a necessidade de erradicação de cultura de cana, mato alto ou qualquer vegetação de fácil combustão, e também, a ausência de edificações.

O memorial descritivo de cálculo deve ser elaborado de modo didático, utilizando-se a mesma simbologia e legenda utilizadas na ABNT NBR 5422.

O Consumidor/Autoprodutor deve apresentar a memória de cálculo da largura de faixa de servidão considerando os aspectos mecânicos (balanço de cabo), eletromagnéticos e de ruído audível, conforme norma.

10.3.1.2 Travessias

Em relação aos projetos de travessias, devem ser apresentados os termos de responsabilidade da projetista assumindo o cumprimento das normas técnicas dos órgãos públicos e/ou privados cujas instalações de infraestrutura são atravessadas (rodovias, gasodutos, etc.), isto inclui a devida outorga ou aceitação deste órgãos.

Devem também ser verificadas as interferências do traçado do ramal de linha de transmissão projetado com relação ao espaço aéreo de aeroportos e de aeródromos próximos. Os projetos de travessia devem ser elaborados conforme as recomendações da ABNT NBR 5422.

10.3.1.3 Projeto elétrico

Deverá ser apresentado projeto elétrico contendo:

Capacidade em MVA, fator de potência e perdas para a condição normal e de emergência.

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Valores das constantes elétricas da linha de transmissão (impedância de sequência positiva, impedância de sequência zero, o circuito equivalente PI da linha, indicando-se os valores da resistência e das reatâncias indutiva e capacitiva envolvidas.

O número estimado de desligamentos por descarga atmosférica bem como o valor do nível isoceraúnico da região.

10.3.1.4 Projeto de fundação

Deverá ser apresentado projeto de fundação contendo:

Programa de sondagem com respectivos boletins de sondagem;

Memória de cálculo das fundações;

Projeto de detalhamento das fundações.

10.3.1.5 Projeto eletromecânico e sinalização

Deverá ser apresentado projeto eletromecânico e sinalização contendo no mínimo os documentos listados a seguir:

Memorial descritivo da linha, incluindo os dados climatológicos e de ventos, distâncias de segurança para locação de estruturas, características elétrica dos cabos condutores e para-raios, cálculo de largura de faixa e hipóteses de carregamentos;

Projeto da estrutura suporte, com esquema de carregamento da estrutura, silhueta e memória de cálculo;

Planta geral da faixa ou do traçado, contendo os vértices com as respectivas coordenadas georeferenciadas, identificação dos lotes ou glebas referenciando os respectivos proprietário e locação dos marcos de concreto de faixa e eixo;

Planta e perfil topográfico com a locação das estruturas nas escalas horizontal 1:5000 e vertical 1:1000, representando os tipos de estruturas, tensionamento na condição EDS, características da vegetação, angulações, distâncias progressivas e demais dados necessários;

Desenho de detalhamento do arranjo de derivação, contendo o esquema de conexões, faseamento, e lista de material referente à derivação;

Desenho de detalhamento do arranjo de entrada à subestação, contendo o esquema de conexões, faseamento;

Projeto de travessia, detalhando as alturas necessárias ao ponto de travessia, sinalização da travessia e recomendações para instalação;

Projeto de aterramento, com memória de cálculo de dimensionamento, incluindo o relatório de medição de resistência de terra, detalhamento da instalação para diversas situações (próximo a cercas, muros, limites de faixa e outras) e por fim apresentar medição de resistência de pé de estrutura;

Tabela de esticamento e grampeamento dos cabos condutores e para-raios, apresentando a memória de cálculo e diferença de flecha entre condutores e para-raios;

Projeto de amortecimento da linha, com tabela de instalação dos amortecedores;

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Projeto de interferências aeronáuticas (interferência com aeroportos e aeródromos);

Projeto de sinalização aérea da linha;

Arranjos de ancoragem, suspensão e jumper da linha;

Lista de material e lista de construção da linha.

Obs.: Deverão ser estudadas as alterações necessária as estruturas de suportes da Light, durante a etapa de projeto, para verificar violações de carregamento mecânico.

10.4 LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO SUBTERRÂNEA 138 KV

O projeto de linhas de distribuição subterrâneas de alta tensão deve obedecer as características e configurações para tensão de 138 kV utilizadas pela Light, sendo, preferencialmente de circuito duplo, composto de cabos isolados a XLPE, disposto de forma plana, vertical ou trifólio. Na Tabela 3. Requisitos técnicos a serem informados para os cabos 138 kV.

Para circuitos de distribuição de alta tensão, a Light adota como padrão as bitolas de 400, 500, 1000, 1200, 1400, 1600 e 2000 mm².

Na elaboração do projeto da linha de distribuição subterrânea, deverão ser considerados que os limites efetivos de condução dos cabos subterrâneos a 138 kV variam para cada bitola, em função do tipo de instalação, arranjo das fases, proximidades de outros circuitos, fator de carga, tipo de solo, etc.

Tabela 3. Requisitos técnicos a serem informados para os cabos 138 kV.

DESCRIÇÃO ESPECIFICAÇÃO

Tensão nominal 138 kV

Tensão máxima 145 kV

Frequência 60 Hz

Nível básico de impulso 650 kV-pico

Sistema de aterramento Definição do tipo de aterramento conforme o comprimento da linha

Neutro do sistema Efetivamente aterrado

Corrente de curto circuito monofásico Informar a maior corrente de curto circuito monofásico no barramento das subestações de origem e fim do circuito

Corrente de curto circuito trifásico Informar a maior corrente de curto circuito trifásico no barramento das subestações de origem e fim do circuito

Fator de carga 100 %

Temperatura média ambiente 30 °C

Temperatura do solo Min. 10 °C – máx. 25 °C

Temperatura do ar Min. 15°C – máx. 40 °C

Tempo de atuação da proteção 500 mseg

Condição de operação dos dois ramais Informar se os ramais funcionarão ambos em carga ou um em carga e o outro em tensão

Capacidade em regime normal Informar a capacidade esperada em MVA no mínimo com horizonte de 30 anos

Capacidade em regime de emergência Informar a capacidade esperada em MVA no mínimo com horizonte de 30 anos

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DESCRIÇÃO (continuação) ESPECIFICAÇÃO (continuação)

Terminais cabos 138kV na subestação de origem Informar o tipo dos terminais e o tipo do respectivo isolador

Terminais cabos 138kV na subestação final Informar o tipo dos terminais e o tipo do respectivo isolador

Para elaboração do projeto dos circuitos subterrâneos 138 kV deverão ser atendidas as seguintes normas e procedimentos em sua versão mais atual:

Normas Light:

- NTL 0059 - Duto Espiralado Flexível e Acessórios em Polietileno para a Rede Subterrânea;

- NTL 0152 - Cabo Flexível com Isolação de Borracha Etileno Propileno (EPR) ou Polietileno Reticulado (XLPE) para tensão até 138 kV;

- NTL 0193 - Cabo isolado em papel impregnado em óleo (OF) para tensão de 138 kV;

Procedimentos Técnicos Light:

- PTL 0119LT Instalação de Cabo com Isolação de Borracha Etileno-Propileno (EPR) ou Polietileno Reticulado (XLPE) para Tensão de 138 kV Transmissão;

- PTL 0292LT Construção Civil para Implantação de Linhas de Transmissão Subterrâneas;

- PTL 0314LT Simbologia e Definição de Acessórios de Linhas de Transmissão Subterrâneas;

- PTL 0328LT Comissionamento de Linhas de Transmissão Subterrâneas;

- PTL 0354LT Tratamento de Dielétrico, Acessórios e Óleo Isolante de Cabos OF;

- PTL 0357LT Normas para Execução dos Documentos de Projetos de Linhas de Transmissão em Computadores;

- PTL 0196 Duto Corrugado (Rígido/Flexível) e Acessórios em Polietileno para a Rede Subterrânea;

- PTL0357LT Normas para Execução dos Documentos de Projetos de Linhas de Transmissão em Computadores;

Normas e Procedimentos Técnicos Internacionais:

- IEC 60060 - High Voltage Test Techniques;

- IEC 60228 - Conductors of Insulated Cables;

- IEC 60229 - Tests on cables oversheaths which have a special protective function and are applied by extrusion;

- IEC 60230 - Impulse test on cables and their accessories;

- IEC 60287 - Calculation of the continuous current rating of cables;

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- IEC 60502 - Extruded solid dielectric insulate power cables for rated voltages from 1 kV to 30 kV;

- IEC 60811-1-1 - Common tests methods for insulating and sheathing material of electric cables. Part one: Methods for general application. Section one: Measurements of thickness and overall dimensions tests for determining the mechanical properties;

- IEC 60811-1-2 - Section two: Thermal ageing methods;

- IEC 60811-1-3 - Section three: Methods for determining the density water absorption tests - shrinkage tests;

- IEC 60811-2-1 - Part two: Methods specific to elastomeric compounds section one: Ozone resistance test, Hot set test Mineral oil immersion test;

- IEC 60811-3-1 - Part three: Methods specific to PVC compounds Section one: Pressure test at high temperature Tests for resistance to cracking;

- IEC 60811-4-1 - Part four: Methods specific to polyethylene and polypropylene compound. Section one: Resistance to environmental stress cracking wrapping test after thermal ageing in air, measurement of the melt flow index-carbon black and/or mineral content measurement in PE;

- IEC 60840 - Tests for power cable with extruded insulation for rated voltages above 30 kV (Um = 36 kV) up to 150 kV (Um = 170 kV);

- IEC 60853 - Calculation of the cyclic and emergency current rating of cables.

10.4.1 Apresentação do projeto da linha de distribuição subterrânea

Sendo definidas as condições de fornecimento, forma e local de conexão e formalizado o contrato, deverão ser encaminhados para a Light o projeto da linha de distribuição subterrânea de alta tensão para a aprovação com os seguintes elementos:

Projeto Básico;

Projeto Executivo Civil;

Projeto Executivo Eletromecânico;

Licenciamento.

10.4.1.1 Projeto básico

Deverá ser apresentado projeto básico da rota do circuito subterrâneo, definido em função de menor distância e de menor impacto aos trânsito e população local. Para elaboração do projeto básico, deverão ser consultadas as bases de cadastro físicos da Light (Atlantis) e da Prefeitura do RJ (Geovias).

Deverá ser indicada a quantidade e o posicionamento das caixas de emendas necessárias para a construção do circuito subterrâneo e locação dos terminais.

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10.4.1.2 Projeto Executivo Civil

Deverá ser apresentado projeto civil, satisfazendo as condições exigidas nos Procedimentos Técnicos Light (PTLs) abaixo citados e nas normas técnicas brasileiras.

PTL 0292LT - Construção Civil para Implantação de Linhas de Transmissão Subterrâneas;

PTL 0196 - Duto Corrugado (Rígido/Flexível) e Acessórios em Polietileno para a Rede Subterrânea.

Deverá ser apresentado projeto executivo e civil contendo no mínimo os aspectos listados a seguir:

a) Levantamento topográfico e perfil altimétrico, características geológicas e cadastro do subsolo, incluindo a indicação das interferências com as redes e galerias de outros concessionários de serviços públicos e consulta aos mesmos em situações específicas;

b) Sondagens para caracterização do terreno com posicionamento da rota e das interferências subterrâneas, incluindo as medições da resistividade térmica do solo;

c) Locação efetiva da rota da linha subterrânea e respectivos banco de dutos e caixas de emendas e passagens, preferencialmente na rua junto ao meio fio e/ou calçada, evitando a remoção de árvores, com o auxílio da equipe de topografia. A profundidade do recobrimento do banco de dutos irá depender do levantamento cadastral das interferências das tubulações de outros concessionários, sendo no mínimo de 1,5 m no trecho convencional e 3,5 m nos trechos em método não destrutivo. Nos casos das interferências com essas redes e/ou galerias, o banco de dutos para os cabos 138 kV deverá passar por baixo destes obstáculos com afastamento em torno de 40 cm. Proceder da mesma forma com relação às interferências com os bancos de dutos de média e baixa tensão existentes da Light, à exceção do afastamento, o qual deverá ser calculado e definido de modo a não introduzir nova fonte de calor junto ao novo banco de dutos para os cabos de 138 kV e, consequentemente, aumentar seu nível de perdas;

d) Projeto, detalhamento e especificação/quantificação/fornecimento dos materiais referentes às caixas de emendas e/ou passagem em concreto armado diretamente enterradas para os cabos 138 kV, caixas em concreto armado com 2 (dois) poços de visita e impermeável para caixas de emendas e com 1 (um) poço de visita e impermeável para as caixas de lubrificação/passagem, e caixas em concreto armado com tampão articulado e dois pontos com trancas para o abrigo das caixas de conexão/desconexão de terra e fibra óptica. Observar que a especificação dos tampões a serem instalados para as caixas devem ser de ferro fundido pesado para uso em ruas – 300 e 250 guias – mesmo que sua instalação venha a ser nas calçadas;

e) Adaptação do projeto da malha de terra a ser embutida na laje de piso das caixas de emendas e passagem, com adequação das dimensões destas caixas, conforme o desenho padrão Light número LS_PD00410001 - Aterramento de Caixas de Emendas ou Passagem para Cabos 138 kV;

f) Projeto, detalhamento e especificação/quantificação/fornecimento dos materiais referentes ao banco de dutos, empregando dutos corrugados flexíveis de polietileno de alta densidade, diâmetro de 6”, preferencialmente na formação 3Vx3H, envoltos em concreto, para instalação de dois circuitos 138 kV no trecho de escavação convencional, com previsão de no mínimo três dutos de reserva, sendo um deles para o cabo óptico empregando dutos corrugados flexíveis de polietileno de alta densidade, diâmetro de 4” travados com espaçadores de concreto armado nas dimensões do projeto do banco de dutos, separados entre si de 1 a 2m;

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g) Projeto, detalhamento e especificação/quantificação/fornecimento dos materiais referentes ao banco de dutos 3x3 para instalação do circuito 138 kV, no trecho de escavação em método não destrutivo, com a definição não só do perfil altimétrico adequado às características do terreno, interferências e das travessias de tráfego intenso da rota preliminar básica, empregando dutos lisos de polietileno de alta densidade com SDR 11, diâmetro de 6” com previsão de no mínimo três dutos de reserva, sendo um deles para o cabo óptico, diâmetro de 4”, como também, da escavação dos poços de ataque e das concordâncias com os trechos dos bancos de dutos corrugados flexíveis pertencentes ao trecho de escavação pelo método convencional.

10.4.1.3 Projeto executivo eletromecânico

Deverá ser apresentado projeto eletromecânico satisfazendo as condições exigidas nas normas listadas a seguir:

IEC nº 60853-2 edição 1.0 de 30/09/1989 - Calculation of the cyclic and emergency current rating of cables – Part 2 – Cyclic rating of cables greater than 18/30kV(36kV) and emergency rating for cables of all voltages;

IEC nº 60840 edição 3.0 de 07/04/2004 – Power cables with extruded insulation and their accessories for rated voltages above 30kV (Um=36kV) up to 150kV (Um=170kV) – Test methods and requirements;

NTL 0152 - Cabo Flexível com Isolação de Borracha Etileno Propileno (EPR) ou Polietileno Reticulado (XLPE) para tensão até 138kV.

Deverão ser apresentados:

Projeto, detalhamento e quantificação do circuitos subterrâneos de transmissão 138 kV em atendimento aos parâmetros elétricos definidos da tabela 1;

Projeto, detalhamento e quantificação das estruturas torres metálicas de fixação e suporte para os cabos 138kV e seus acessórios nas subestações e caixas de emendas;

Projeto, detalhamento e quantificação do sistema de aterramento para os cabos 138 kV.

10.4.1.4 Projeto elétrico

Deverá ser apresentado projeto elétrico contendo:

Capacidade em MVA, fator de potência e perdas para a condição normal e de emergência.

Valores das constantes elétricas da linha de transmissão (impedância de sequência positiva, impedância de sequência zero, o circuito equivalente PI da linha, indicando-se os valores da resistência e das reatâncias indutiva e capacitiva envolvidas.

10.5 CONSIDERAÇÕES GERAIS

Para a elaboração do projeto, deverão ser observadas a numeração e o faseamento da linha de distribuição de alta tensão definidos pela Light.

Os projetos deverão ser fornecidos em português, 2 vias, satisfazendo as condições exigidas nos procedimentos Técnicos Light (PTLs) e das normas técnicas brasileiras:

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PTL0357LT – Normas para Execução dos Documentos de Projetos de Linhas de Transmissão em Computadores.

PTL 0314LT - Simbologia e Definição de Acessórios de Linhas de Transmissão Subterrâneas.

10.5.1 Responsabilidade técnica

Das firmas e dos profissionais responsáveis pelo projeto e obras da linha, apresentar cópia de:

Registro no CREA;

ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) relativa ao endereço objeto do projeto e/ou certificado de ligação.

10.5.2 Licenciamento

Deverão ser apresentados os estudo da exposição do público geral ao campo elétrico e magnético, conforme a Lei Federal no 11.934/2009, que dispõe sobre limites à exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos, licenças e autorizações pertinentes (licença prévia, licença de instalação, licença de operação, autorização para supressão de vegetação, termos de compensação e recuperação ambiental, termos de cumprimento de compensação, outorgas, etc.) emitidas por órgão público responsável (Prefeitura, Meio-Ambiente e outros).

10.6 TESTE E COMISSIONAMENTO

Após a conclusão dos trabalhos, são realizados os seguintes testes de acordo condições exigidas nas normas e procedimentos técnicos Light, baseadas em normas internacionais e brasileiras:

Linhas Aéreas:

PTL 0224LT – Comissionamento de Linhas de Transmissão Aéreas;

PTL 0313LT – Comissionamento de Cabo Para-raios com Fibra Óptica para Linhas Aéreas de Transmissão (OPGW)

Linhas Subterrâneas:

PTL 0328LT - Comissionamento de Linhas de Transmissão Subterrâneas;

PTL 0119LT – Instalação de Cabo com Isolação em Borracha Etileno Propileno (EPR) ou Polietileno Reticulado (XLPE) para Tensão de 138kV.

Inspeção geral da rota e dos acessórios;

Teste elétrico da resistência de isolamento da capa metálica do cabo;

Teste elétrico de alta tensão para aceitação final da linha. Ressalta-se que este teste realizado em cada fase do circuito, deve ser com fonte independente em AC;

Teste do sistema de monitoramento de temperatura.

Os ensaios a serem realizados deverão ser os descritos em sua respectiva norma vigente, acrescidos dos citados na Norma interna light. A Light detém o direito de optar por acompanhar os ensaios em fábrica, e deverá receber a convocação para inspeção em no mínimo 15 dias uteis. Os

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70 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

custos de translado, alimentação e hospedagem até 2 profissionais serão de responsabilidade da Consumidor/Autoprodutor.

A Light, para equipamentos não convencionais de linhas em 138 kV, detém o direito de requerer que o Consumidor/Autoprodutor contrate um treinamento para até 10 participantes, com o tema técnicas de operação e manutenção do equipamento.

10.7 CONSTRUÇÃO DO RAMAL DO CLIENTE

A execução das instalações da linha de distribuição de alta tensão deverá atender às instruções apresentadas neste documento, na legislação vigente e ao projeto previamente analisado e aprovado por esta Concessionária.

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71 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

11 QUALIDADE

11.1 OBJETIVO

Apresentar os procedimentos que dizem respeito a Qualidade da Energia Elétrica – QEE relativos a qualidade do produto como indicadores e limites ou valores de referência e quanto a qualidade do fornecimento de energia elétrica. Também são apresentados os estudos específicos de qualidade para acesso aos sistemas de distribuição para carga potencialmente perturbadoras.

11.2 CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nesse item, são apresentados os padrões de qualidade de fornecimento da rede elétrica e os limites a serem observados pelos Acessantes conectados ao Sistema de Distribuição em Alta Tensão (SDAT).

Todos os procedimentos, indicadores e limites ou valores de referência, assim como a metodologia de apuração desses indicadores são definidos pela ANEEL e estão disponíveis no Módulo 8 – Qualidade da Energia Elétrica, do PRODIST – Procedimento de Distribuição e na legislação vigente.

11.3 QUALIDADE DO PRODUTO

Esse documento toma como base os critérios de qualidade do produto estabelecidos no Módulo 8 dos Procedimento de Distribuição (PRODIST) instituídos pela ANEEL e tratar os seguintes fenômenos da qualidade do produto em regime permanente ou transitório:

A. Permanente:

a. Tensão em regime permanente;

b. Fator de potência;

c. Distorções harmônicas;

d. Desequilíbrio de tensão;

e. Flutuação de tensão;

f. Variação de frequência.

B. Transitório:

a. Variações de tensão de curta duração – VTCD;

11.4 TENSÃO EM REGIME PERMANENTE

A concessionária deve manter os níveis de tensão em seu sistema elétrico em conformidade com os limites estabelecidos pela ANEEL, nos termos estabelecidos no Módulo 8 do Procedimento de Distribuição.

A tensão de atendimento (TA) deverá ser avaliada como adequada, precária e crítica, conforme mostrado na tabela seguinte. Os parâmetros utilizados são a tensão de referência (TR) e a tensão de leitura (TL). A metodologia de avaliação é descrita de forma pormenorizada no Módulo 8 do Procedimento de Distribuição.

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Tabela 4. Faixa de Classificação de Tensões.

Faixa de Classificação de Tensões Valores em pu

Tensão de Atendimento (TA)

Faixa de variação da tensão de leitura (TL) em relação à tensão de atendimento (TA)

Adequada 0,95 TR ≤ TL ≤ TR

Precária 0,90 TR ≤ TL < 0,95 TR ou 1,05 TR ≤ TL < 1,07 TR

Crítica TL < 0,90 TR ou TL > 1,07 TR

A partir dos valores obtidos para a tensão de Atendimento (TA), e da comparação destes com os valores da Tensão de referência (TR), são calculados os indicadores DRP – índice de duração relativa da transgressão para tensão precária, e DRC – índice de duração relativa da tensão crítica, calculados conforme as seguintes expressões:

𝐷𝑅𝑃 =𝑛𝑙𝑝

1008. 100[%]

𝐷𝑅𝐶 =𝑛𝑙𝑐

1008. 100[%]

Os termos nlp e nlc são, respectivamente, o número de vezes nas quais a tensão de atendimento medida esteve na faixa precária, e o número de vezes nas quais esteve na faixa crítica.

Para os Acessantes com medição permanente, será observado o seguinte procedimento:

Cada conjunto de 1008 leituras válidas compõe um indicador DRP e um DRC;

São considerados todos os conjuntos de 1008 leituras válidas cujo período de apuração tenha sido encerrado no respectivo mês civil;

Os valores de DRP e DRC a serem considerados para o mês civil correspondem à média dos valores calculados dentre todos os conjuntos de 1008 leituras válidas.

Os limites para os indicadores, DRP e DRC são definidos pela ANEEL, onde:

O limite do indicador DRP é de 3% (três por cento).

O limite do indicador DRC é de 0,5% (cinco décimos por cento).

Os indicadores coletivos são obtidos com base nas medições amostrais efetuadas. Para o calculado o Índice de Unidades Consumidoras com Tensão Crítica (ICC), utiliza-se a seguinte fórmula:

𝐼𝐶𝐶 =𝑁𝑐

𝑁𝑙. 100[%]

Onde:

𝑁𝑐= total de unidades consumidoras com DRC, não nulo

𝑁𝑙= total de unidades consumidoras objeto de medição.

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Para a determinação de Índices Equivalentes por Consumidor, devem ser calculados o índice de duração relativa da transgressão para tensão precária equivalente (DRPE) e o índice de duração relativa da transgressão para tensão crítica equivalente (DRCE), de acordo com as seguintes expressões:

𝐷𝑅𝑃𝐸 = ∑𝐷𝑅𝑃𝑖

𝑁𝑙[%]

𝐷𝑅𝐶𝐸 = ∑𝐷𝑅𝐶𝑖

𝑁𝑙[%]

Onde:

𝐷𝑅𝑃𝑖 = duração relativa de transgressão de tensão precária individual da unidade consumidora (i);

𝐷𝑅𝐶𝑖= duração relativa de transgressão de tensão crítica individual da unidade consumidora (i);

DRPE = duração relativa de transgressão de tensão precária equivalente;

DRCE = duração relativa de transgressão de tensão crítica equivalente;

Nl = total de unidades consumidoras objeto de medição.

Nos casos em que os indicadores DRP ou DRC forem violados, a distribuidora deverá compensar os consumidores conforme metodologia definida no Módulo 8 do Procedimento de Distribuição. O ressarcimento deverá ser realizado através de crédito em fatura, no prazo de até 2 (dois) meses subsequentes ao mês civil da última violação constatada e deverá ser mantido até normalização do fornecimento. Para os casos em que o valor do crédito for maior do que o valor da fatura, esse crédito poderá ser parcelado em até duas faturas ou ser pago em moeda corrente. O crédito poderá ser utilizado para quitar débitos existentes do consumidor desde que haja consenso entre as partes.

11.4.1.1 Medição de tensão em regime permanente

A avaliação da tensão em regime permanente é realizada através de equipamento específico no ponto de conexão do cliente com a distribuidora que permite avaliar a tensão entregue e determinar a faixa que esta tensão se encontra tendo como referência a tensão nominal ou contratada.

Os indicadores individuais são obtidos através da medição no ponto de conexão a partir do registro de 1008 (mil e oito) leituras válidas e consecutivas, sendo essas leituras integralizadas em 10 minutos cada. Sendo necessário, afim de obter as 1008 (mil e oito) leituras válidas, poderá ser adicionado intervalos adicionais, os mesmos devem ser consecutivos. Os casos de expurgos de medições estão previstos e discriminados no Módulo 8 do Procedimento de Distribuição.

A tensão em regime permanente deve ser avaliada por meio de um conjunto de leituras obtidas por medição apropriada, de acordo com a metodologia descrita para os indicadores individuais e coletivos, nas seguintes modalidades:

a) Eventual, por reclamação do consumidor ou por determinação da ANEEL;

b) Amostral, por determinação da ANEEL, de acordo com sorteio realizado para cada trimestre; e

c) Permanente, por meio do sistema de medição de que trata a Resolução Normativa n° 502/2012 ou para os casos em que o Acessante conectado ao SDMT ou ao SDAT optar por medidor de qualidade da energia elétrica, conforme critérios e procedimentos estabelecidos no Módulo 8 do Procedimento de Distribuição.

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11.4.2 Fator de potência

Um baixo fator de potência indica baixo aproveitamento da energia elétrica, pode ser causado entre outros fatores por transformadores operando a vazio ou com carga bem abaixo da sua capacidade nominal e motores operando em regime de baixo carregamento, como consequência tem-se um aumento das perdas técnicas e queda de tensão.

Para unidade consumidora ou conexão entre distribuidoras com tensão inferior a 230 kV, o fator de potência no ponto de conexão deve estar compreendido entre 0,92 (noventa e dois centésimos) e 1,00 (um) indutivo ou 1,00 (um) e 0,92 (noventa e dois centésimos) capacitivo, de acordo com regulamentação vigente.

O fator de potência no ponto de conexão é calculado a partir dos valores de energia ativa e reativa medidos através equipamento de medição permanente, para esse cálculo é utilizada a equação abaixo:

𝑓𝑝 =𝐸𝐴

√𝐸𝐴2 + 𝐸𝑅²

Onde:

EA = Energia Ativa;

ER = Energia Reativa.

O excedente reativo deve ser calculado com o auxílio de equações definidas em regulamento especifico da ANEEL.

11.4.2.1 Medição de fator de potência

O controle do fator de potência deve ser efetuado por medição permanente e obrigatória no caso de unidades consumidoras atendidas pelo SDAT e nas conexões entre distribuidoras e o histórico do medidor deve ser arquivo pelo período mínimo de 05 (cinco) anos pela distribuidora.

11.4.3 Distorções harmônicas

As distorções harmônicas são fenômenos que ocorrem devido a circulação de corrente não senoidal na rede elétrica. Essas correntes se somam as correntes fundamentais e geram distorções na forma de onda original. Como consequência tem-se a perda de potência da rede assim como o aumento do nível de corrente, reduzindo a vida útil de equipamentos.

Tabela 5. Principais grandezas para avaliação de distorções harmônicas.

Principais grandezas para avaliação de distorções harmônicas

Parâmetro Símbolo

Distorção harmônica individual de tensão de ordem h 𝐷𝐼𝑇ℎ%

Distorção harmônica total de tensão DTT%

Tensão harmônica de ordem h 𝑉ℎ

Ordem harmônica h

Tensão fundamental medida 𝑉1

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Conforme definido pelo Módulo 8 do Procedimento de Distribuição, o cálculo das grandezas 𝐷𝐼𝑇ℎ% e DTT% devem ser realizados utilizando as expressões abaixo:

𝐷𝐼𝑇ℎ % = 𝑉ℎ

𝑉1. 100

Onde:

h = ordem harmônica individual;

𝐷𝑇𝑇 % = √∑ 𝑉ℎ

²ℎ𝑚á𝑥ℎ=2

𝑉1

Onde:

h = todas as ordens harmônicas de 2 até hmáx;

hmáx = conforme a classe A ou S.

A tabela abaixo apresenta os limites globais definidos pela ANEEL, para as distorções harmônicas no sistema de distribuição.

Tabela 6. Limites globais definidos pela ANEEL, para as distorções harmônicas.

Indicador Tensão Nominal

𝑽𝒏 ≤ 1,0 kV 1,0 kV < 𝑽𝒏 < 69 kV 69 kV ≤ 𝑽𝒏 < 230 kV

DTT95% 10,0% 8,0% 5,0%

𝐷𝑇𝑇𝑃95% 2,5% 2,0% 1,0%

𝐷𝑇𝑇𝐼95% 7,5% 6,0% 4,0%

𝐷𝑇𝑇395% 6,5% 5,0% 3,0%

Os limites correspondem ao máximo valor desejável a ser observado no sistema de distribuição. No caso de medições realizadas utilizando-se TPs com conexão do tipo V ou delta aberto, os limites permitidos para o indicador 𝐷𝑇𝑇3 95% deverão corresponder a 50% dos respectivos valores indicados na tabela acima.

11.4.3.1 Medição das distorções harmônicas

As leituras devem ser obtidas por meio de equipamentos que operem segundo o princípio da amostragem digital. Um único instrumento de medição poderá ser utilizado para medir todos os fenômenos da qualidade do produto.

O espectro harmônico a ser considerado para fins do cálculo das expressões relacionadas com a distorção harmônica total de tensão deve compreender uma faixa de frequências que considere desde a componente fundamental até pelo menos a 40ª ordem harmônica.

O conjunto de leituras para gerar os indicadores deve compreender o registro de 1008 (mil e oito) leituras válidas obtidas em intervalos consecutivos (período de agregação) de 10 minutos cada, salvo as que eventualmente sejam expurgadas conforme definido no Módulo 8 do Procedimento de

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Distribuição. No intuito de se obter 1008 (mil e oito) leituras válidas, intervalos adicionais devem ser agregados, sempre consecutivamente.

Após a aquisição de 1008 registros válidos de medição, deve ser obtido um conjunto de valores para DTT%, 𝐷𝑇𝑇𝑃 %, 𝐷𝑇𝑇𝐼 % e 𝐷𝑇𝑇3 % que, devidamente tratados, conduzirá aos valores dos indicadores

estatísticos DTT95%, 𝐷𝑇𝑇𝑃 95%, 𝐷𝑇𝑇𝐼 95% e 𝐷𝑇𝑇3 95%.

Os indicadores DTT95%, 𝐷𝑇𝑇𝑃 95%, 𝐷𝑇𝑇𝐼 95% e 𝐷𝑇𝑇3 95% serão associados a um mês civil cuja referência será aquele no qual se deu o término da medição de 1008 leituras válidas.

11.4.4 Desequilíbrio de tensão

O desequilíbrio de tensão em um sistema trifásico é caracterizado pela diferença nos valores de tensão em módulo ou defasagem angular entre as três fases. Como consequência deste fenômeno tem-se o mau funcionamento de máquinas elétricas com aumento da temperatura, aumento nas perdas, redução da eficiência e redução da vida útil.

Para o cálculo do desequilíbrio de tensão utilizam-se os valores medidos no ponto de conexão da tensão de sequência positiva (V+) e sequência negativa (V-), opcionalmente podem ser utilizados os valores das tensões de linha Vab, Vbc, Vca conforme equações definidas no Módulo 8 do Procedimento de Distribuição apresentadas abaixo:

𝐹𝐷% =𝑉−

𝑉+. 100

Onde:

FD = Fator de Desequilíbrio

V- = Tensão de sequência negativa

V+ = Tensão de sequência positiva

Como alternativa, a equação abaixo também pode ser utilizada:

𝐹𝐷% = 100. √1 − √3 − 6. 𝛽

1 + √3 − 6. 𝛽

Para o cálculo do parâmetro β, tem-se:

𝛽 =𝑉𝑎𝑏

4 + 𝑉𝑏𝑐4 + 𝑉𝑐𝑎

4

(𝑉𝑎𝑏2 + 𝑉𝑏𝑐

2 + 𝑉𝑐𝑎2 )²

O valor de referência para o sistema de 138 kV é de 2%, devendo este valor ser adotado para fins de especificação de equipamentos e para ajustes de proteção.

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11.4.4.1 Medição de desequilíbrio de tensão

A medição dos desequilíbrios de tensão deverá ser realizada através de equipamento de medição a ser conectado no ponto de medição ou através do medidor de faturamento do cliente caso esse possua as funcionalidades e capacidade de armazenamento necessárias. São utilizados valores integralizados em intervalos consecutivos de 10 minutos durante 7 dias também consecutivos.

A análise dos dados obtidos dos equipamentos de medição e medidores de faturamento será realizada através de sistema computacional conveniente, podendo ser inclusive aquele indicado pelo fabricante dos equipamentos utilizados. Esse sistema deverá efetuar os cálculos dos índices e de expurgos assim como tabelas e gráficos conforme definido no Procedimento de Distribuição.

11.4.4.2 Flutuação de tensão (Flicker)

A flutuação de tensão se dá quando o valor eficaz da tensão sofre variações, essas variações são classificadas como esporádica, repetitiva ou aleatória.

Quando a flutuação ocorre em casos específicos como em partidas de motores, é classificada como esporádica, quando ocorre devido algum processo frequente, é denominada repetitiva e quando o padrão é aleatório e continuado no tempo, denomina-se aleatória, são casos como operação de fornos a arco.

A flutuação de tensão causa oscilação de potência influenciando diretamente no torque de máquinas elétricas, reduz o rendimento de equipamentos e causam cintilação luminosa.

A análise da flutuação de tensão no sistema de distribuição avalia o incomodo provocado pelo efeito

da cintilação luminosa através de fatores de severidade probabilísticos, denominados 𝑃𝑠𝑡 (Fator de severidade short-time) e 𝑃𝑙𝑡 (Fator de severidade long-time).

Para o cálculo do fator 𝑃𝑠𝑡 utiliza-se a seguinte equação:

𝑃𝑠𝑡 = √0,0314𝑃0,1 + 0,0525𝑃1 + 0,0657𝑃3 + 0,28𝑃10 + 0,08𝑃50

Onde:

P são valores medidos a partir de instrumento adequado, com acordo com o procedimento estabelecido nas Normas IEC (International Electrotechnical Commission): IEC 61000-4-15. Flickermeter – Functional and Design Specifications.

O fator 𝑃𝑙𝑡, é calculado a partir de doze amostras consecutivas do fator 𝑃𝑠𝑡, conforme equação abaixo:

𝑃𝑙𝑡 = √1

12∑(𝑃𝑠𝑡𝑖)³

12

𝑖=1

3

O fator de severidade 𝑃𝑠𝑡 representa o comportamento da carga num período contínuo de 10 minutos, já o fator 𝑃𝑙𝑡 o período continuo é de 2 horas sendo 12 valores consecutivos em intervalos de 10 minutos.

Os valores desejáveis a serem observados no sistema de distribuição quanto à flutuação de tensão

no sistema de 138 kV é de 𝑃𝑠𝑡95% = 2,0 pu, onde 𝑃𝑠𝑡95% é o valor referente ao 𝑃𝑠𝑡 que foi superado em apenas 5% das 1008 leituras válidas.

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11.4.4.3 Medição de flutuação de tensão

O processo de medição dos indicadores de flutuação de tensão deve ser realizado com o medidor ajustado para o nível de tensão correspondente, à tensão secundária dos sistemas de medição de baixa tensão.

O conjunto de leituras deve compreender o registro de 1008 (mil e oito) leituras válidas obtidas em intervalos consecutivos (período de agregação) de 10 minutos cada, salvo as que eventualmente sejam expurgadas conforme definido no Módulo 8 do Procedimento de Distribuição. No intuito de se obter 1008 (mil e oito) leituras válidas, intervalos adicionais devem ser agregados, sempre consecutivamente.

Após a aquisição de 1008 registros válidos de medição, deve ser obtido um conjunto de valores para 𝑃𝑠𝑡 que, devidamente tratado, conduzirá ao valor do indicador estatístico 𝑃𝑠𝑡95%. Este indicador é associado a um mês civil cuja referência será aquele no qual se deu o término da medição de 1008 leituras válidas.

11.4.5 Variação de frequência

Conforme definido no módulo 8 do PRODIST, o sistema de distribuição e as instalações de geração a eles conectadas devem operar dentro dos limites de frequência entre 59,9 Hz e 60,1 Hz em condições normais e em regime permanente.

Em caso de distúrbios no sistema deve ser garantido pela geração que a frequência retorne, em até 30 segundos após o distúrbio, para a faixa de 59,5 Hz a 60,5 Hz, permitindo a recuperação do equilíbrio do sistema.

Nos casos de necessidade, para o equilíbrio do sistema, de corte de carga ou geração, a frequência deverá respeitar aos seguintes critérios:

Não exceder 66 Hz ou ser inferior a 56,5 Hz em condições de emergência;

Poderá permanecer acima de 62 Hz por no máximo 30 (trinta) segundos e acima de 63,5 Hz por no máximo 10 (dez) segundos;

Poderá permanecer abaixo de 58,5 Hz por no máximo 10 (dez) segundos e abaixo de 57,5 Hz por no máximo 05 (cinco) segundos.

11.4.6 Variação de tensão de curta duração

A variação de tensão de curta duração – VTCD é caracterizada pelo desvio significativo na amplitude do valor eficaz da tensão desde que ocorra em um intervalo de tempo inferior a 03 (três) minutos. As VTCDs podemos ser consideradas um dos piores distúrbios da qualidade de energia, visto que um grande número de equipamentos são sensíveis a essas variações.

É um fenômeno inerente ao sistema elétrico, podendo ocorrer devido a descargas atmosféricas, chaveamentos de cargas pesadas, partidas de motores e curtos-circuitos em qualquer ponto de fornecimento de energia.

A seguir, a tabela de classificação das variações de curta duração conforme Módulo 8 do Procedimento de Distribuição.

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79 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

Tabela 7. Classificação das variações de curta duração

Classificação Denominação Duração da Variação Amplitude da tensão (valor eficaz) em relação à tensão

de referência

Variação Momentânea de

Tensão

Interrupção Momentânea de Tensão – IMT

Inferior ou igual a três segundos

Inferior a 0,1 p.u

Afundamento Momentâneo de Tensão – AMT

Superior ou igual a um ciclo e inferior ou igual a três

segundos

Superior ou igual a 0,1 e inferior a 0,9 p.u

Elevação Momentânea de Tensão – EMT

Superior ou igual a um ciclo e inferior ou igual a três

segundos Superior a 1,1 p.u

Variação Temporária de

Tensão

Interrupção Temporária de Tensão – ITT

Superior a três segundos e inferior a três minutos

Inferior a 0,1 p.u

Afundamento Temporário de Tensão – ATT

Superior a três segundos e inferior a três minutos

Superior ou igual a 0,1 e inferior a 0,9 p.u

Elevação Temporária de Tensão – ETT

Superior a três segundos e inferior a três minutos

Superior a 1,1 p.u

11.4.6.1 Medição de variação de tensão de curta duração

Para se obter o indicador que representa o desempenho de um determinado barramento do sistema de distribuição em relação a VTCD, utiliza-se instrumento de medição onde os eventos são agrupados por faixa de amplitude e de duração, conforme critérios estabelecidos no Procedimento de Distribuição, Módulo 8.

Uma VTCD é caracterizada, num determinado ponto de monitoração, a partir da agregação dos parâmetros amplitude e duração de cada evento, dessa forma, primeiramente agrupa-se eventos fase-neutro simultâneos formando um evento no ponto de monitoração – agregação de fases.

Eventos consecutivos são agregados e formam um evento quando ocorrem em um período de três minutos – agregação temporal. Nesse caso o afundamento ou elevação da tensão que representa o evento agrupado é o de menor ou de maior amplitude, respectivamente. Afundamentos e elevações de tensão devem ser tratados separadamente.

A agregação de fases deve ser feita pelo critério da união de fases, ou seja, a duração do evento (agrupado) tem início no instante em que primeiro evento fase-neutro viola o limite estabelecidos e o término no instante em que o último evento fase-neutro retorna ao limite.

As seguintes formas alternativas de agregação de fases podem ser utilizadas:

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80 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

Agregação por parâmetros críticos – a duração do evento é definida como a máxima duração entre os três eventos fase-neutro e o valor de magnitude que mais se distanciou da tensão de referência;

Agregação pela fase crítica – a duração do evento é definida como a duração do evento fase-neutro de amplitude crítica, ou seja, amplitude mínima para afundamento e máxima para elevação.

11.4.7 Instrumentos de medição

Conforme Módulo 8 do Procedimento de Distribuição, as leituras devem ser obtidas por meio de equipamentos que operem segundo o princípio da amostragem digital.

Um único instrumento de medição poderá ser utilizado para medir todos os fenômenos da qualidade do produto.

Os instrumentos de medição devem atender os seguintes requisitos mínimos:

a) Protocolos estabelecidos pelas normas vigentes da International Electrotechnical Commission (IEC) 61000 série 4 ou normas técnicas brasileiras;

b) Método de medição Classe A ou S, conforme norma vigente da IEC 61000-4-30.

Os instrumentos de medição Classe S poderão ser utilizados em quaisquer aplicações, excetuando-se as situações contratuais envolvendo a solução de disputas específicas ou as questões judiciais em que deverão ser utilizados os instrumentos Classe A.

11.5 QUALIDADE DO SERVIÇO

A qualidade do serviço tem como objetivo estabelecer procedimentos relativos ao serviço prestado pelas distribuidoras aos consumidores e às distribuidoras Acessantes.

A concessionária deverá garantir ao Acessante os padrões de qualidade de fornecimento conforme determinado pela ANEEL para o conjunto de consumidores atendidos pela subestação à qual o Acessante está conectado. Os indicadores de continuidade individuais utilizados para avaliar a qualidade do serviço são:

DIC – Duração de interrupção individual por unidade consumidora.

FIC – Frequência de interrupção individual por unidade consumidora.

DMIC – Duração de Máxima interrupção individual por unidade consumidora.

11.6 ESTUDOS ESPECÍFICOS DE QUALIDADE PARA ACESSO AOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

Em conformidade com disposto no Módulo 8 do Procedimento de Distribuição, deverão ser apresentados pelos Acessantes estudos específicos de qualidade da energia elétrica com propósito de avaliar o potencial impacto da conexão e operação da carga e/ou geração.

É obrigatória a realização dos estudos no caso de Acessante potencialmente perturbador ao Sistema de Distribuição de Alta Tensão, as conclusões e recomendações, caso haja, desses estudos deverão ser incluídas no parecer de acesso.

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81 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

Caso seja verificado, através dos estudos específicos, que a qualidade da energia elétrica será comprometida, o acessante deverá providenciar a instalação de equipamentos de correção e/ou outras adequações que se façam necessárias.

Abaixo são listadas os tipos de cargas típicas potencialmente perturbadoras ao Sistema de Distribuição de energia elétrica.

Forno a arco voltaico;

Forno de indução;

Motor de corrente contínua com controle de velocidade;

Motor de corrente contínua para tração elétrica;

Motor de laminador de indústria siderúrgica;

Motor de indução de média e alta potência;

Retificador de corrente alternada para corrente contínua não controlado (utiliza diodos);

Retificador de corrente alternada para corrente contínua controlado (utiliza tiristores);

Retificador de corrente alternada para corrente contínua semi-controlado (utiliza diodos e tiristores);

Inversor de corrente contínua para corrente alternada;

Clicoconversores;

Conversor eletrônico estático;

Conversor eletrônico ativo (transistorizado ou tiristorizado);

Compensador eletrônico estático;

Compensador eletrônico ativo (transistorizado ou tiristorizado);

Máquina de soldar;

Aparelho de raios X;

Transformador e reator com núcleo saturado;

Etc.

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82 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

12 SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

12.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

Deverão ser cumpridas as exigências explicitadas nas normas regulamentadoras brasileiras e nas normas internas da empresa para a execução de serviços em instalações elétricas de propriedade da distribuidora Light.

É necessário a realização da Análise Preliminar de Risco (APR) e adoção de medidas de controle, conforme visto na NR-10 e PSL 0001SE/16-R3, para todos os serviços de intervenção no SEP.

12.2 AUTORIZAÇÃO

A execução de serviços em instalações da distribuidora Light somente poderá ser desempenhada por profissionais capacitados ou habilitados e autorizados.

São considerados profissionais capacitados, aqueles que comprovem, perante o empregador, uma das seguintes condições:

Receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

Trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

Estar apto física e psicologicamente através de Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) vigente e compatível com a atividade que desenvolve e risco exposto.

12.3 DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA

Entende-se por distância de segurança para trabalho, o raio mínimo necessário para que o empregado possa efetuar todos os movimentos previstos no desempenho da atividade, inclusive manipulando equipamentos ou ferramentas, de modo a não se expor a risco de acidentes por choque elétrico devido a contato acidental ou abertura de arco elétrico.

Quando os trabalhos necessitem ser efetuados em distâncias inferiores às indicadas na Tabela 1, que exija o ingresso do trabalhador na zona controlada, devem ser adotadas medidas complementares que garantam sua realização com segurança, tais como, a instalação de anteparos isolantes e a vigilância permanente pelo Responsável de Trabalho, assim como, constar na autorização concedida pelo empregador referência à capacitação do profissional.

As definições das zonas de trabalho envolvendo eletricidade, podem ser vistas na Figura 2.

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83 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

Tabela 8. Raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre.

Faixa de Tensão Nominal da instalação elétrica [kV]

Rr - Raio de delimitação entre zona de risco e

controlada [m]

Rc - Raio de delimitação entre zona controlada e

livre [m]

<1 0,20 0,70

≥1 e <3 0,22 1,22

≥3 e <6 0,25 1,25

≥6 e <10 0,35 1,35

≥10 e <15 0,38 1,38

≥15 e <20 0,40 1,40

≥20 e <30 0,56 1,56

≥30 e <36 0,58 1,58

≥36 e <45 0,63 1,63

≥45 e <60 0,83 1,83

≥60 e <70 0,90 1,90

≥70 e <110 1,00 2,00

≥110 e <132 1,10 3,10

≥132 e <150 1,20 3,20

≥150 e <220 1,60 3,60

≥220 e <275 1,80 3,80

≥275 e <380 2,50 4,50

≥380 e <480 3,20 5,20

≥480 e <700 5,20 7,20

Figura 2. Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre, com interposição de superfície de separação física adequada.

12.4 SERVIÇOS ESPECÍFICOS

Todo profissional que exerça e/ou acompanhe atividades de risco em subestações deve conhecer o conjunto de procedimentos necessários para retirar de serviço uma instalação e/ou equipamento sobre o qual se pretende intervir. Nenhum serviço deve ser executado sem que tais condições sejam totalmente atendidas. Seguem abaixo as regras de segurança Light que devem ser cumpridas:

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84 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

Separar uma instalação ou um equipamento de todas possíveis fontes de alimentação por meio de seccionadores ou por qualquer outro método equivalente de abertura com a garantia de separação permanente.

Aplicação de travamentos mecânicos, por meio de fechaduras, cadeados e dispositivos auxiliares de travamento ou da utilização de sistemas informatizados equivalentes para impedimento de Reenergização.

Verificação de Ausência de tensão.

Ligação à terra e em curto-circuito a fim de evitar manobras indevidas que possam submeter a instalação à possíveis tensões induzidas, de retorno, residuais e capacitivas, bem como descargas atmosféricas e abalroamento por veículos em vias públicas contra as instalações elétricas.

Instalação de barreiras ou protetores isolantes nos pontos que, devido à separação do circuito para execução da desenergização, por estarem no limite da zona controlada, possam estar sujeitos à energização. Instalação de sinalização de impedimento de reenergização.

Instalação de sinalização de impedimento de reenergização.

Deve-se observar que as recomendações aqui contidas aplicam-se, exclusivamente, a trabalhos com equipamentos desenergizados. Qualquer método de trabalho alternativo deve ser previamente estruturado e submetido às áreas fins e de Segurança do Trabalho.

12.5 SINALIZAÇÃO

Os equipamentos de sinalização devem ser utilizados para delimitar a área de trabalho e/ou diferenciar os equipamentos energizados e desenergizados e/ou canteiros de obras e/ou o transito de veículos e pedestres. Deverão ser cumpridas as recomendações vistas na PSL 0001SE/16-R3.

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85 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

1. ANEXO: FORMULÁRIO: “CADASTRO DE INFORMAÇÕES TÉCNICAS ALTA TENSÃO – CTA”

É apresentado nesse anexo:

Formulário “Cadastro De Informações Técnicas Alta Tensão – CTA”.

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86 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

CTA

A – Identificação do Cliente Nome do Cliente:

CNPJ/CPF:

Endereço da Instalação (Rua/Av, nº, complemento, bairro e município):

CEP:

Endereço de cobrança (Rua/Av, nº, complemento, bairro e município): CEP:

Atividade Principal:

Telefone(s):

E-mail: B – Informações para Estudo

1. Serviço Solicitado: 2. Instalação: (*) Para os casos de ligação provisória de obra informar:

Ligação Nova

Alteração de Carga

Relocação de subestação

Permanente Destinação futura:

Dupla alimentação

Outros: Provisória (*) Prazo de conclusão de obra:

3. Ramal de entrada: 4. Alimentação: 5. Existe ligação em BT no endereço?

Aéreo Normal Sim Nº medidor/referência:

Subterrâneo Normal e reserva Não

Misto

6. Potência total do transformador (kVA): 7. Tensão de fornecimento (kV)

DE: PARA:

8. Demanda Atual (kW): 9. Demanda Solicitada (kW): Convencional

PS

PU

FPS

FPU

Convencional

PS

PU

FPS FPU

C – Informações para Proteção

1. Tipo de intertravamento entre os disjuntores de entrada

2. Geração Própria: 3. Tipo de intertravamento entre Light e geração própria

Mecânico Não Mecânico

Elétrico (enviar descritivo com diagrama esquemático)

Sim Elétrico (enviar descritivo com diagrama esquemático)

4. Proteção de entrada relés primários:

Tipo:

Fabricante:

Corrente Nominal (A):

Escala do elemento temporizado:

Escala do elemento temporizador (s):

Escala do elemento instantâneo:

5. Proteção de fases – relés secundários:

Tipo:

Fabricante:

Corrente Nominal (A):

Escala do elemento temporizado:

Curva característica Tipo:

Escala do elemento instantâneo:

6. Proteção de neutro:

Tipo:

Fabricante:

Corrente Nominal (A):

Escala do elemento temporizado:

Curva característica Tipo:

Escala do elemento instantâneo:

7. TC´s de entrada:

Tipo:

Fabricante:

Relação:

Fator térmico:

Classe de exatidão para proteção:

Corrente térmica nominal:

Corrente dinâmica nominal:

CADASTRO DE INFORMAÇÕES TÉCNICAS

ALTA TENSÃO

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87 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

CTA

D AED

8. Alimentação de controle para proteção: 9. Tensão do grupo 10. Transformadores de força:

Baterias

Quantidade

Operação dos transformadores

Sim (utilizando carregador flutuador)

Independente

Não (especificar):

Paralelo

Quais?

11. Características nominais:

Quantidade Capacidade nominal (kVA)

Tipo de ligação primária/secundária

Impedância Características construtivas

% 75ºC Relação Primária/secundária

A seco Convencional Corrente de Inrush

D – Responsável Técnico

Nome do Responsável Técnico:

Nº CREA/RJ:

ART nº:

Telefone(s) para contato:

E-mail:

Assinatura: Data:

E – Informações para preenchimento da Light

Linha alimentadora/subestação: Níveis de curto-circuito (A):

Normal: Normal Máximo

Entrada da SIE Reserva Máximo

Entrada da SIE

Reserva: 1

3

1

3

Anexar a este formulário os seguintes documentos:

Quadro descritivo de cargas (2 vias); Planta de Situação/Localização (4 vias) cotada; Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, devidamente quitada (1 via); Procuração, em papel timbrado e com reconhecimento de firma, conforme modelo anexo (1 via); Carta de Solicitação do Serviço (2 vias); Diagrama unifilar da subestação contemplando todos os equipamentos da subestação (4 vias); Diagrama esquemático de controle da proteção de entrada (2 vias); Diagrama esquemático do intertravamento elétrico Light e geração própria (2 vias); Descritivo operacional do sistema de transferência automático (2 vias). Planta baixa da subestação com corte transversal e longitudinal (4 vias) Relação de materiais da subestação (2 vias) Declaração de conformidade da subestação blindada (2 vias) Carta de não paralelismo entre a geração própria e a rede da LIGHT (2 vias)

Cópia da licença de obras, no caso de ligação provisória (2 vias)

Preenchimento da Light

Código do Cliente:

Nota de Serviço:

Solicitação:

Estação Consumidora:

CADASTRO DE INFORMAÇÕES TÉCNICAS

ALTA TENSÃO

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2. ANEXO: SUGESTÃO DE SUBESTAÇÃO DO CONSUMIDOR É apresentado nesse anexo:

Diagrama unifilar com sugestão de arranjo para subestação do consumidor 138 kV, com

dupla alimentação e transferência automática.

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89 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

DESCRIÇÃO: SUGESTÃO DE DIAGRAMA UNIFILAR PARA SUBESTAÇÃO DO CONSUMIDOR 138 kV

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90 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

3. ANEXO: SUBESTAÇÃO DE MANOBRA São apresentados nesse anexo:

Diagrama unifilar modelo para subestação de manobra 138 kV;

Diagrama unifilar modelo de serviços auxiliares da subestação de manobra 138 kV;

Descrição básica dos principais equipamentos da subestação de manobra 138 kV;

Arranjo padrão para subestação de manobra.

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91 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

DESCRIÇÃO: UNIFILAR PADÃO PARA SUBESTAÇÃO DE MANOBRA 138 kV

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92 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

LDA 1

PAINEL DE DISTRIBUIÇÃO CA E CC

LDA 2

SERVIÇOS AUXILIARES DA SUBESTAÇÃO

V

SDCD

BARRA DE DISTRIBUIÇÃO

AO PAINEL DE SERVIÇOS CA

Simbologia

Seccionadora

Transformador de potencial

Disjuntor

Transformador de corrente

Bobina de bloqueio

Para-raio

V

Chave fusível

Transformador de serviço local

Retificador

Transdutor de tensão CC da SE

Banco de baterias

DESCRIÇÃO: SERVIÇOES AUXILIARES PADRÃO PARA SUBESTAÇÃO DE MANOBRA 138 kV

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93 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

DESCRIÇÃO EQUIPAMENTOS PRINCIPAIS

Disjuntor tripolar, uso exterior, tensão nominal 145 kV, NBI 550 kV, 60 Hz, corrente nominal 2000 A, capacidade de interrupção nominal em curto-circuito 40 kA, tensão de controle 125 Vcc. Ver NTL0112-12.

Secionador tripolar, uso exterior, montagem horizontal, dupla abertura lateral, tensão nominal 145 kV, 60 Hz, NBI 550 kV, corrente nominal 2000 A, corrente suportável nominal de curta duração 40 kA (ef.) durante 1s. Ver NTL0176-11.

Pára-raios, tensão nominal 120 kV (rms), corrente nominal de descarga 10 kA, tipo estação. Ver NTL0159-10.

Bobina de bloqueio.

Capacitor de acoplamento, com acessórios de OP, sem potencial, 138 kV Fase-Fase, 60 Hz.

Sistema de teleproteção, quando necessário

Transceptores de teleproteção OPLAT, tipo ON/OFF. Ou equivalentes ao sistema homologado previamente.

Barramento duplo aéreo 138 kV com capacidade para 2000 A.

Transformador de corrente, uso externo, tipo pedestal, 60 Hz, com 4 núcleos, sendo 3 núcleos para proteção, relação múltipla 2000-5 A, classe de exatidão 10B800 e 1 núcleo para medição, relação múltipla 2000-5 A, classe de exatidão 0,3C50, fator térmico 1,0, corrente térmica nominal 40 kA, tensão máxima 145 kV, nível de isolamento 230/550/-/ kV. Ver NTL0121-12.

Transformador de potencial, monofásico, uso externo, 60 Hz, grupo de ligação 2, relações 138.000÷√3-115/115÷√3-115/115÷√3 V, classe de exatidão 0,3P200, operação à prova de explosão, tensão máxima 145 kV, níveis de isolamento 230/550/-/ kV; com caixas terminais de saídas para proteção e medição independentes e com lacre. Ver NTL NTL0053-99.

Sistema digital de automação, controle e proteção.

Painel de Medição de Balanço.

Bastidor fechado, com painel de distribuição, protetores de surto, gerenciamento, exaustores, conversores, fontes, etc, equipado com todos os equipamentos da RIC.

DESCRIÇÃO EQUIPAMENTOS DE SERVIÇOS AUXILIARES CA E CC

Transformador para serviço local, uso exterior, trifásico, 60Hz, potência 75 kVA, primário ligação delta, secundário ligação estrela com neutro acessível. Relações de tensão 13800/220-127 V.

Chave fusível indicadora, unipolar, base tipo C, tensão nominal 15 kV, corrente nominal 100 A, NBI 110 kV, capacidade de interrupção simétrica de 10 kA (assimétrica 16 kA), operável em carga por câmara portátil de interrupção de arco, sem elo fusível, conforme ABNT NBR 7282:2011.

Elo fusível, tipo 5H – 16 KA, com cabeça removível. Ver NTL0131-99.

Quadro de distribuição CA e CC, tensão nominal do sistema CA, 220/127 V, 60 Hz, tensão nominal do sistema CC, 125 V, com centro de comutação de baixa tensão (CCBT) para subestações com 2 transformadores de serviço local de 75 kVA. Ver NTL0096-95.

Retificador elétrico, trifásico, tensão de entrada 220 Vca ±15%, 60 Hz, tensão de saída 125 Vcc, corrente nominal 50A, para carregamento de acumuladores elétricos chumbo-ácido, 60 elementos, 120 Vcc, 200 Ah.

Conjunto de acumuladores elétricos chumbo-ácido, tipo selada, composto de 60 elementos, tensão nominal 120 V, capacidade 200 Ah em regime de descarga de 10 h, até uma tensão final de 1,75 V por elemento.

DESCRIÇÃO: LISTA DOS PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PARA SUBESTAÇÃO DE MANOBRA 138 kV

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94 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

DESCRIÇÃO: ARRANJO PADÃO PARA SUBESTAÇÃO DE MANOBRA 138 kV

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95 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

DESCRIÇÃO: ARRANJO PADÃO PARA SUBESTAÇÃO DE MANOBRA 138 kV

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96 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

4. ANEXO: SUBESTAÇÃO DE TRANSIÇÃO Este anexo tem como objetivo orientar ao Acessante quanto a desenvolvimento e apresentação do projeto da subestação de transição de 138 kV quando este optar por executar as obras de conexão com recursos próprios. Quanto ao as exigência de apresentação do projeto da subestação e exigências básicas deverão ser seguidos os requisitos do item 9, quando aplicável. É apresentado nesse anexo:

Diagrama unifilar padrão para subestação de transição 138 kV, para dupla alimentação;

Descrição básica dos principais equipamentos da subestação de transição 138 kV;

Arranjo padrão para subestação de transição.

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97 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

DESCRIÇÃO EQUIPAMENTOS PRINCIPAIS

Pára-raios, tensão nominal 120 kV (rms), corrente nominal de descarga 10 kA, tipo estação.

Secionador, tripolar, uso exterior, tensão nominal 145 kV, 60 Hz, NBI 550 kV, corrente nominal 1250 A, corrente suportável nominal de curta duração 40 kA (ef.) durante 1 s., equipado com restritores de arco.

Disjuntor tripolar, uso exterior, tensão nominal 145 kV, NBI 550 kV, 60 Hz, corrente nominal de 1250 A, capacidade de interrupção em curto-circuito 40 kA, tensão de controle 125 Vcc. Os disjuntores deverão ter capacidade para interromper a corrente capacitiva dos respectivos aos cabos subterrâneos 138kV quando em vazio.

Transformador de corrente, uso exterior, tipo núcleo partido, 60 Hz, com um núcleo para proteção, relação múltipla 1200-5 A, classe de exatidão 10B200, fator térmico 1,2, corrente térmica nominal 40 kA, tensão máxima 0,6 kV, nível de isolamento 3/-/-/ kV.

Relé Digital de Sobrecorrente.de fases, para indicação de defeito nos cabos subterrâneos de 138 kV, alimentação auxiliar de 48/125 Vcc (função 50X).

Simbologia

Seccionadora

Disjuntor

Transformador de corrente

Para-raio

DESCRIÇÃO: UNIFILAR SIMPLIFICADO E LISTA DE EQUIPAMENTOS PARA SUBESTAÇÃO DE TRANSIÇÃO 138 kV

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98 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

DESCRIÇÃO: ARRANJO PADRÃO SUBESTAÇÃO DE TRANSIÇÃO 138 kV

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99 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

DESCRIÇÃO: ARRANJO PADRÃO SUBESTAÇÃO DE TRANSIÇÃO 138 kV

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100 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

5. ANEXO: DIAGRAMA UNIFILAR AUTOPRODUTOR É apresentado nesse anexo:

Diagrama unifilar com sugestão de arranjo para subestação do Autoprodutor 138 kV, com

dupla alimentação e transferência automática e detalhes para disjuntor de acoplamento da

geração interna.

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101 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

DESCRIÇÃO: SUGESTÃO DE DIAGRAMA UNIFILAR DE SUBESTAÇÃO COM GERAÇÃO PRÓPRIA EM PARALELO COM O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO

LTA 1 (Light)

BAR 1P – 138 kV

Painel de Medição para Faturamento

TransferênciaAutomática

50 27A

LTA 2 (Light)

27B51 51N

50N 505151N

50N

Proteção

Proteção Diferencial

Proteção do gerador

25

25

Cargas Essenciais

Cargas nãoEssenciais

Cargas não Essenciais

59G

67 32 27 5981

O/U

(3)

(3) (3) (3)Disjuntor de

Acoplamento

G

Simbologia

Seccionadora

Transformador de potencial

Disjuntor

Transformador de corrente

Bobina de bloqueio

Para-raio

Transformador

G Gerador

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102 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

6. ANEXO: SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO É apresentado nesse anexo:

Documento: Sistema de Medição para Faturamento – 138 kV

ESPECIFICAÇÕES BÁSICAS

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103 RECON – AT - Classe 138kV – Maio de 2017

SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO 138 KV ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

DIRETORIA DE ENGENHARIA SUPERINDENTENCIA DE DISTRIBUIÇÃO GERÊNCIA DE TECNOLOGIA, MEDIÇÃO E AUTOMAÇÃO COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA DA MEDIÇÃO

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1. OBJETIVO

Apresentar os critérios e requisitos técnicos dos Sistemas de Medição para Faturamento de clientes atendidos em 138KV.

2. SISTEMAS DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO

A responsabilidade técnica pelo Sistema de Medição para Faturamento é da Light.

Entende-se por Sistema de Medição para Faturamento o painel, medidores principal e retaguarda, os TP e TC (transformadores de potencial e de corrente) de medição, cabeamento e canal de comunicação.

O fornecimento a 138 KV é trifásico a três fios, devendo os enrolamentos primários dos transformadores de potência dos clientes serem ligados em delta. Os bancos de capacitores, caso instalados em nível de tensão de 138 KV, também deverão ser ligados em delta e posicionados a jusante dos TC da Medição de Faturamento desta concessionária (lado da carga).

Os painéis, caixas de junção, conduletes e todos os materiais empregados no Sistema de Medição para Faturamento deverão permitir a instalação de dispositivos de lacre.

Para subestação do tipo compacta (blindada SF6) os Transformadores para Instrumentos pertencentes à Medição de Faturamento devem ter instalação prevista externamente à subestação isolada, em arranjo conforme o padrão apresentado neste documento. Não serão aceitos Transformadores de Instrumentos internos à parte isolada à SF6 da subestação como componentes do Sistema de Medição para Faturamento.

2.1. Medidores

Os medidores para faturamento são fornecidos pela Light.

Deverão medir e registrar as energia e demandas envolvidas no ponto de conexão.

Os medidores principal e retaguarda deverão ser instalados em painéis exclusivos, com dispositivos de lacres e em abrigos apropriados.

2.2. Painéis de Medição

O painel de medição de faturamento será fornecido pela Light.

O painel de medição deve ser Instalado em local adequado, abrigado, com livre e fácil acesso aos funcionários da concessionária.

Deverá ficar disponibilizado no painel:

Ponto de alimentação Vcc (DC) – Oriundo do painel de serviço auxiliar/cargas essenciais da SE;

Ponto de Vca (AC) – Oriundo do painel de serviço auxiliar da SE.

O Painel de medição deverá ser aterrado diretamente na malha de terra da referida SE.

No Painel de medição deverá estar previsto módulo para instalação dos equipamentos do sistema de comunicação do SMF. Havendo indisponibilidade ou posição mais favorável à comunicação, poderá ser instalado Bastidor de Comunicação externo ao Painel de Medição.

2.3. Sistema de Alimentação Auxiliar

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O Cliente deverá disponibilizar uma fonte de alimentação Vcc (DC) - 125 Vcc, necessariamente ininterrupta, e uma fonte de alimentação Vca (AC) - 127 Vca oriundas do painel de serviço auxiliar da SE, com disjuntor exclusivo e identificado.

A fonte de alimentação Vcc (DC) deverá suprir a carga dos sistemas de medição e de comunicação por um período não inferior a 24 horas.

Deverá ser disponibilizado, continuamente, um ponto de alimentação proveniente de ambas as fontes, Vcc e Vca, na entrada do painel de medição.

2.4.Transformadores (TI’s)

Os transformadores de instrumentos (TCs e TPs) usados na medição para faturamento são de fornecimento da Light, sendo de seu uso exclusivo.

Os Transformadores de Potencial (TPs) e os Transformadores de Corrente (TCs), utilizados na medição para faturamento, devem ser instalados à jusante dos disjuntores de entrada e posicionados de modo que suas eventuais manutenções, sempre que possível, não provoquem impedimentos ou desligamentos desnecessários nos transformadores de potência dos clientes. Devem ser previstas facilidades de acesso aos transformadores de instrumentos por caminhões Munck ou lança telescópica.

O aterramento dos enrolamentos secundários deve ser em um único ponto e por circuito, localizado o mais próximo possível de onde os TCs ou TPs estiverem instalados.

Os condutores e conectores para ligação dos terminais primários dos transformadores de potencial e de corrente serão fornecidos e instalados pelo Cliente, respeitando as especificações adotadas por esta concessionária.

Os condutores de ligação entre os terminais secundários dos transformadores de potencial e de corrente ao painel de medição de faturamento serão fornecidos e instalados pelo Cliente, cabendo à concessionária a responsabilidade por efetuar as conexões nas extremidades. O dimensionamento do cabo será realizado pela Light a partir do envio das plantas baixas cotadas de pátio e da sala de controle pelo cliente.

2.5. Caixas de Junção e eletrodutos

Deverão ser instaladas caixas de junção para as ligações dos circuitos secundários dos TP e TC. A caixa deverá ser aterrada na malha de terra da SE e possuir as seguintes características (Anexo 6):

Possuir dimensões internas mínimas: 340 mm x 265 mm x 160 mm

Chassi removível (placa de montagem em chapa de aço);

Instaladas no mínimo, a 1200 mm de altura, no pilar de sustentação da fase B.

Tampa com previsão para selagem, fixada ao corpo através de parafusos com cabeça sextavada em aço inox;

Grau de proteção IP65;

Corpo e tampa em alumínio fundido;

Pintura eletrostática na cor cinza Munsell N6.5;

Possuir entradas rosqueadas:

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Lado maior superior: uma entrada para eletroduto de ¾”;

Lado maior inferior: duas entradas para eletroduto de ¾” e uma entrada para eletroduto de 2”.

Deverão ser independentes para os circuitos de tensão e corrente e por ponto de medição.

Devem ser interligadas às caixas secundárias dos TP e TC através de eletrodutos de aço galvanizado sem costura de ¾” de diâmetro (ou superior) e Sealtubo.

Devem ser interligadas ao painel de medição através de eletroduto de aço galvanizado sem costura de 2” (50,8mm) de diâmetro e sem curvas que possam dificultar a passagem do cabo de controle. Caso opte-se pelo encaminhamento através das canaletas, os cabos deverão seguir em seu interior por eletrodutos independentes, até a entrada do painel de medição. Para cada curva acentuada deverá ser instalado condulete com dispositivo de lacre para facilitar a instalação e a substituição dos cabos.

3. Condições Gerais

As bases destinadas à instalação dos Transformadores de Potencial deverão suportar o peso total de 600 kg. Deverão ser fixadas e montadas conforme o anexo 3.

As bases destinadas à instalação dos Transformadores de Corrente deverão suportar o peso total de 600 kg. Deverão ser fixadas e montadas conforme o anexo 4.

Caso o cliente deseje receber sinais de potência ativa, potência reativa, intervalo de integração e postos horários para sistemas de controle de demanda, deve ser consultada a recomendação específica sobre o assunto e o procedimento necessário para a sua instalação.

4. Condutores secundários do Sistema de Medição de Faturamento

Para ligação secundária desde a caixa de junção dos Transformadores de Potencial e dos Transformadores de Corrente ao painel de medição de Faturamento, deverão ser utilizados cabos multicondutores blindados através de fita de cobre, flexíveis, classe de encordoamento 5, tensão de isolação 1kV, constituídos de 4(quatro) veias identificadas nas cores vermelho, branco, azul (ou verde) e preto.

Obs.: A especificação técnica dos condutores secundários de Corrente e de Potencial do Sistema de Medição de Faturamento deverá será encaminhada previamente à Light para aprovação. O diâmetro da seção nominal será definido pela Light.

5. Anexos

1. Esquema de Suprimento Simples em 138 kV.

2. Esquema de suprimento Duplo, 2 seções de barra em 138 kV.

3. Montagem dos Transformadores de Potencial.

4. Montagem dos Transformadores de Corrente.

5. Padrão de furação da base de sustentação dos TIs

6. Caixa de junção.

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7. ANEXO: MEDIÇÃO DE QUALIDADE

É apresentado nesse anexo:

Documento: Sistema de Medição para Qualidade – 138 kV

ESPECIFICAÇÕES BÁSICAS

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SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO 138 KV ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

DIRETORIA DE DISTRIBUIÇÃO SUPERINDENTENCIA DE ALTA TENSÃO GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO DO SISTEMA AT

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1. Objetivo

Apresentar os critérios e especificações técnicas exigidas pela LIGHT para Sistemas de Medição e Qualidade em Acessantes atendidos em 138KV.

2. Diretrizes

2.1. Sistemas de Medição para Qualidade

A responsabilidade técnica pelo Sistema de Medição para Qualidade, a aquisição do medidor, TCs e TPs, a instalação e manutenção dos equipamentos que assegure perfeitas condições de funcionamento é do Acessante;

O cubículo de medição de qualidade deverá ser independente do cubículo de medição de faturamento. A utilização de dois cubículos independentes, um para faturamento e outro para qualidade, assim como os transdutores exclusivos para cada fim, é obrigatória.

A medição deverá ser Instalada em local apropriado, de livre e fácil acesso, com painéis destinados à instalação de medidores e equipamentos de comunicação e outros aparelhos necessários à medição das grandezas elétricas.

O fornecimento a 138 KV é trifásico a três fios, devendo os enrolamentos primários dos transformadores de potência dos clientes serem em delta. Os transdutores da Medição de Qualidade devem exclusivos. Devem ser posicionados imediatamente à jusante dos de faturamento.

O projeto será submetido à apreciação prévia pela Light. Uma vez aprovado será verificada sua conformidade em campo.

2.2. Medidores

Os medidores serão fornecidos pelo cliente e parametrizados pela Light.

O medidor de qualidade padrão utilizado nas instalações de 138kV da Light é o ION 7650 da Schneider, na sua configuração padrão. O cliente poderá propor outros modelos e fabricantes para avaliação da Light.

Os medidores deverão ser polifásicos, e instalados de modo a medir as grandezas das três fases.

Deverão ser instalados em painéis exclusivos, com dispositivos de lacres e em abrigos apropriados.

2.3. Painéis de Medição

Os painéis de medição de qualidade serão construídos pelo cliente.

Os painéis de medição devem ser instalados internamente em abrigos ou casas de comando de subestações, sendo acessíveis com facilidade pela Light.

Deverá ficar disponibilizado próximo ou interno ao painel um ponto de alimentação em AC.

O Painel de medição deverá ser aterrado diretamente na malha de terra da referida SE.

No Painel de medição deverá estar previsto módulo para instalação dos equipamentos de comunicação do Sistema de Medição de Qualidade.

Deverão possuir dimensões mínimas de 500x1000x300mm (l,h,p) por medidor.

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Deverão permitir a visualização do display do medidor através de tampa de acrílico e possuir dispositivo para lacre da tampa do display e do painel.

2.4. Sistema de Alimentação Auxiliar

O Cliente deverá disponibilizar uma fonte de alimentação Vcc (DC) - 125 Vcc, necessariamente ininterrupta, e uma fonte de alimentação Vca (AC) - 127 Vca oriundas do painel de serviço auxiliar da SE.

A fonte de alimentação Vcc (DC) deverá suprir a carga do sistema de medição e de comunicação por um período não inferior a 24 horas.

2.5 – Transformadores de Instrumentos (TI’s);

Os transformadores de instrumentos (TCs e TPs) usados nas medições de qualidade são de fornecimento do Acessante, devendo seu uso ser exclusivo para medição de qualidade.

Os transformadores de potencial (TPs) deverão ser instalados em cada fase, nos mesmos barramentos onde estão aqueles destinados à medição de faturamento. No caso dos TPs a ligação deverá ser Y/Y (aterrados).

O aterramento dos enrolamentos secundários que não estiverem sendo utilizados deve ser em um único ponto e por circuito, localizado o mais próximo possível de onde os TC ou TP forem instalados.

Os Transformadores de Potencial (TPs) e os Transformadores de Corrente (TCs), utilizados na medição de qualidade, devem ser instalados imediatamente à jusante dos TCs e TPs de faturamento, sendo posicionados de modo que suas eventuais manutenções, sempre que possível, não provoquem impedimentos ou desligamentos desnecessários nos transformadores de potência dos clientes. Devem ser previstas facilidades de acesso aos transformadores de instrumentos por caminhões Munck ou lança telescópica.

Os condutores e conectores de ligação dos terminais primários dos transformadores de potencial e de corrente serão fornecidos e instalados pelo Cliente, respeitando as especificações adotadas por esta concessionária.

Características Nominais do Transformador de Corrente

Classe de Tensão (kV) 138

Tensão máxima de Operação (kV) 145

Frequência (Hz) 60

Corrente Secundária (A) 5

Relação Nominal

60:1 120:1 160:1 240:1 320:1 400:1

Classe de Exatidão 0,3C50

Fator Térmico 1,0

Polaridade Subtrativa

Tipo de Isolamento Óleo

Uso Externo

Tipo Construtivo Pedestal

Tensão suportável nominal de impulso atmosférico (kV – crista) 550

Tensão suportável nominal à frequência nominal durante 1 minuto. (kV – crista) 230

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Características Nominais do Transformador de Potencial

Classe de Tensão (kV) 138

Tensão máxima de Operação (kV) 145

Frequência (Hz) 60

Tensão Primária Nominal (V) 138000/√3

Tensão Secundária Nominal (V) 115 - 115/√3

Relação Nominal 1200 - 700:1

Classe de Exatidão (não simultânea) 0,3P400

Grupo de Ligação 2

Tipo de Isolamento Óleo

Uso Externo

Potência Térmica Nominal (VA) 5000

Tensão suportável nominal de impulso atmosférico (kV – crista) 550

Tensão suportável nominal à frequência nominal durante 1 minuto. (kV – crista) 230

2.6. Condutores secundários do Sistema de Medição de Qualidade

Para ligação dos condutores secundários instalados na caixa de junção dos Transformadores de Potencial e de Corrente ao painel de Medição de Qualidade, deverão ser utilizados cabos multicondutores blindados, flexíveis, constituídos de 4 (quatro) condutores cada.

O enrolamento secundário do TP de medição pelo qual é aferida a tensão deve ser utilizado somente para este fim.

Os condutores de ligação entre os terminais secundários dos transformadores de potencial e de corrente ao painel de medição de qualidade serão fornecidos e instalados pelo Cliente.

O dimensionamento do cabo deverá ser encaminhado à Light através do memorial de cálculo, para pré-aprovação.

Obs. A especificação técnica dos condutores secundários de Corrente e de Potencial do Sistema de Medição de Qualidade deverá ser encaminhada previamente à Light para aprovação.

3. Sistema de Comunicação

A comunicação deverá ser feita através de porta ethernet, atendendo os requisitos de configuração e de securização preconizados pela Gerência de TI da Light.

Deverá existir infraestrutura de rede de dados no mesmo ambiente do painel de medição de qualidade, assim como um ponto de rede disponível dentro do painel.

Este ponto de rede deverá ser configurado conforme o padrão da porta Ethernet do medidor de qualidade (Ex.: Interface 10Mbps ou interface 100Mbps, Full Duplex ou Half Duplex, etc.)

O medidor de qualidade deverá receber um endereço de rede (IP) fixo da rede do Cliente, pois a configuração do sistema da Light obriga o acesso através de um UP e porta de comunicação conhecidos. A equipe técnica do cliente deverá conhecer e configurar os acessos via NAT (Network Address Translation)

Por questões relacionadas à segurança de ambas as empresas (Light e cliente), a rede de dados (ethernet) do cliente deverá ser interligada à rede de dados da Light através de uma VPN (Virtual

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Private Network). Assim, o cliente deverá possuir todos os equipamentos, softwares e profissionais de segurança da Informação para a configuração da rede VPN. O acesso da Light ao medidor deverá ser restritivo por protocolo de comunicação, IP e porta de acesso, conforme o padrão e modelo do Medidor.

Antes da aprovação do sistema de comunicação via porta Ethernet, deverão ser realizados testes de configuração e de segurança entre a Gerência de TI da Light e testes de comunicação pela Gerência de Planejamento da Expansão AT.

4. Infraestrutura

Deverão ser instaladas caixas de junção para as ligações dos circuitos secundários do TP’s e TC’s. A caixa deverá ser aterrada na malha de terra da SE e possuir as seguintes características (Anexo 6):

Possuir dimensões mínimas: 340 mm x 260 mm x 160 mm

Chassi removível;

Instaladas no mínimo, a 1500 mm de altura, num dos pilares de sustentação.

Deverão ser independentes para os circuitos de tensão e corrente e por ponto de medição. As caixas de junção (de potencial e corrente) deverão ser fixadas junto aos pilares da fase B.

Devem ser interligadas às caixas secundárias dos TPs e TCs através de eletrodutos de aço galvanizado sem costura de no mínimo ¾” de diâmetro e Sealtubo.

Devem ser interligadas ao painel de medição através de eletroduto de aço galvanizado sem costura de 2” (50,8mm) de diâmetro, envelopado, com previsão para drenagem e sem curvas que possam dificultar a passagem do cabo de controle. Caso opte-se pelo encaminhamento por canaletas, os cabos deverão seguir em seu interior por eletrodutos independentes, até a entrada do painel de medição. Para cada curva de 90º deverá ser instalado condulete para facilitar o lançamento e manutenções futuras nos cabos.

Os eletrodutos deverão ser independentes por circuito e por ponto de medição.

As bases destinadas à instalação dos Transformadores de Potencial deverão suportar o peso total de 900 kg. Deverão ser fixadas e montadas conforme o anexo 3.

4As bases destinadas à instalação dos Transformadores de Corrente deverão suportar o peso total de 900 kg. Deverão ser fixadas e montadas conforme o anexo 4.

5. Anexos

1. Esquema de Suprimento Simples em 138 kV.

2. Esquema de suprimento Duplo, 2 seções de barra em 138 kV.

3. Montagem dos Transformadores de Potencial.

4. Montagem dos Transformadores de Corrente.

5. Padrão de furação da base de sustentação dos TIs

6. Caixa de junção.

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8. ANEXO: COMUNICAÇÃO COM E-TERRACONTROL Relés homologados para comunicação com e-terracontrol:

Linha Siprotec 5 – Fabricante Siemens;

Linha 670- Fabricante ABB.