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EDITAL DE LEILÃO N O 05/2012-ANEEL ANEXO 6 F LOTE F LT ITABIRITO 2 VESPASIANO 2 EM 500 KV VOL. IV - Fl. 438 de 543 ANEXO 6 F LOTE F LT ITABIRITO 2 – VESPASIANO 2 - 500 KV CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS TÉCNICOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO

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EDITAL DE LEILÃO NO 05/2012-ANEEL ANEXO 6 F – LOTE F LT ITABIRITO 2 – VESPASIANO 2 EM 500 KV

VOL. IV - Fl. 438 de 543

ANEXO 6 F LOTE F

LT ITABIRITO 2 – VESPASIANO 2 - 500 KV

CARACTERÍSTICAS E

REQUISITOS TÉCNICOS BÁSICOS DAS

INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO

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ÍNDICE

1. REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES ............................................................. 442

1.1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................442 1.1.1. DESCRIÇÃO GERAL .......................................................................................................................442 1.1.2. CONFIGURAÇÃO BÁSICA ................................................................................................................443 1.1.3. DADOS DE SISTEMA UTILIZADOS .....................................................................................................444 1.1.4. REQUISITOS GERAIS .....................................................................................................................444

1.1.5. REQUISITOS TÉCNICOS NO CASO DE SECCIONAMENTO DE LINHA DE TRANSMISSÃO .............................445

1.2. LINHA DE TRANSMISSÃO AÉREA – LTA ..................................................................................446 1.2.1. REQUISITOS GERAIS .....................................................................................................................446 1.2.2. CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS ........................................................................................446 1.2.3. REQUISITOS ELÉTRICOS ................................................................................................................446 1.2.4. REQUISITOS MECÂNICOS ..............................................................................................................451 1.2.5. REQUISITOS ELETROMECÂNICOS ...................................................................................................454

1.3. LINHA DE TRANSMISSÃO COMPOSTA POR PARTE AÉREA E PARTE SUBTERRÂNEA – LTAS 454

1.4. LINHA DE TRANSMISSÃO SUBTERRÂNEA – LTS ...................................................................454

1.5. SUBESTAÇÕES ...........................................................................................................................455 1.5.1. INFORMAÇÕES BÁSICAS ................................................................................................................455

1.5.2. ARRANJO DE BARRAMENTOS .........................................................................................................456

1.5.3. CAPACIDADE DE CORRENTE ..........................................................................................................458 1.5.4. SUPORTABILIDADE .......................................................................................................................459 1.5.5. EFEITOS DE CAMPOS ....................................................................................................................459

1.5.6. INSTALAÇÕES ABRIGADAS .............................................................................................................460

1.6. REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS ..........................................................................................460 1.6.1. DISJUNTORES ..............................................................................................................................460 1.6.2. SECCIONADORAS, LÂMINAS DE TERRA E CHAVES DE ATERRAMENTO ..................................................462

1.6.3. PARA-RAIOS .................................................................................................................................462 1.6.4. TRANSFORMADORES DE CORRENTE E POTENCIAL ...........................................................................462 1.6.5. UNIDADES TRANSFORMADORAS DE POTÊNCIA .................................................................................463 1.6.6. TRANSFORMADOR DEFASADOR .....................................................................................................463 1.6.7. REATORES EM DERIVAÇÃO ...........................................................................................................463

1.6.8. TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO .............................................................................................463 1.6.9. BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE ..................................................................................................463 1.6.10. BANCO DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO ......................................................................................463 1.6.11. COMPENSADORES ESTÁTICOS DE REATIVOS - CER ..........................................................................463

1.6.12. COMPENSADOR SÍNCRONO ...........................................................................................................463

1.7. REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO ......................................................464 1.7.1. DEFINIÇÕES BÁSICAS ...................................................................................................................464 1.7.2. REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E TELECOMUNICAÇÕES 465 1.7.3. REQUISITOS GERAIS DE PROTEÇÃO ..............................................................................................465

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1.7.4. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO .......................................................................466 1.7.5. REQUISITOS PARA VERIFICAÇÃO DE SINCRONISMO MANUAL. .............................................................470 1.7.6. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES OU AUTOTRANSFORMADORES ................................471

1.7.7. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES DE ATERRAMENTO ..........................471 1.7.8. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE REATORES EM DERIVAÇÃO ...................................................................471 1.7.9. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO ..............................................471 1.7.10. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE ............................................................471 1.7.11. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BANCOS DE FILTROS .............................................................................471 1.7.12. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE COMPENSADOR ESTÁTICO ...................................................471

1.7.13. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE COMPENSADORES SÍNCRONOS ..........................................471 1.7.14. SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS COM TENSÃO IGUAL OU SUPERIOR A 138 KV ..................471 1.7.15. SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR COM TENSÃO IGUAL OU SUPERIOR A 138 KV ......472

1.7.16. SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO .............................................................................................473

1.8. SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ..............................................................................476 1.8.1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................476 1.8.2. REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES .................476

1.8.3. REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À

REDE DE OPERAÇÃO ...........................................................................................................................479 1.8.4. REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS ....................................................484

1.8.5. ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS ................................................................488 1.8.6. ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO DAS EXTREMIDADES DE UMA LINHA DE TRANSMISSÃO. 491 1.8.7. REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DA(S) INSTALAÇÃO(ÕES) (SUBESTAÇÃO(ÕES)) COMPARTILHADA(S) DA REDE DE OPERAÇÃO. ...........................................491

1.8.8. AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E

CONTROLE ...........................................................................................................................................492 1.8.9. REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE

SUPERVISÃO E CONTROLE ................................................................................................................493

1.9. REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES ...................496 1.9.1. REQUISITOS GERAIS ..............................................................................................................496 1.9.2. REQUISITOS FUNCIONAIS .....................................................................................................496 1.9.3. REQUISITOS DA REDE DE COLETA DE REGISTROS DE PERTURBAÇÕES PELOS

AGENTES ..............................................................................................................................................497 1.9.4. REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES ...............................................497

1.10. REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES ........................................502

1.10.1. REQUISITOS GERAIS ....................................................................................................................502

1.10.2. REQUISITOS TÉCNICOS DOS CANAIS PARA TELEPROTEÇÃO .............................................................504

1.10.3. TELEPROTEÇÃO PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 345

KV 505

1.10.4. TELEPROTEÇÃO PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO DE 230 E 138 KV .......................505 1.10.5. REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ .................................................................505 1.10.6. REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS ............................................................507

1.11. DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS EQUIPAMENTOS AOS REQUISITOS DESTE ANEXO TÉCNICO ......................................................................................................................................509

1.11.1. TENSÃO OPERATIVA .....................................................................................................................509

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1.11.2. SOBRETENSÃO ADMISSÍVEL PARA ESTUDOS A 60 HZ .......................................................510 1.11.3. CRITERIOS E DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS A 60 HZ.......................511 1.11.4. CRITÉRIOS E DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS DE TRANSITÓRIOS DE

MANOBRA .............................................................................................................................................513 1.11.5. OUTROS ESTUDOS .....................................................................................................................519

1.12. REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO .......................523 1.12.1. ASPECTOS GERAIS .................................................................................................................523 1.12.2. ASPECTOS ESPECÍFICOS ..............................................................................................................524 1.12.3. REQUISITOS PARA APROVAÇÃO DOS PROJETOS DE SMF ................................................527

1.12.4. COMUNICAÇÃO DE DADOS ............................................................................................................528 1.12.5. RECURSOS DE PROGRAMAÇÃO .....................................................................................................528

1.12.6. MEDIÇÃO DE RETAGUARDA ..................................................................................................529

1.12.7. LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIÇÃO ..........................................................................529 1.12.8. ARQUITETURA BÁSICA DO SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO .......................531

2. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO ........................... 534

2.1. RELATÓRIOS DE ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO ......................................534

2.1.1. ESTUDOS (RELATÓRIOS R1 E R2) ...................................................................................................534 2.1.2. MEIO AMBIENTE E LICENCIAMENTO (RELATÓRIOS R3) .......................................................................534

2.1.3. CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES (RELATÓRIO-R4 E DOCUMENTOS

COMPLEMENTARES DAS SUBESTAÇÕES) .....................................................................................................534 SUBESTAÇÃO ITABIRITO 2 ..........................................................................................................................535

SUBESTAÇÃO VESPASIANO 2 .....................................................................................................................535

3. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS .................................................. 536

3.1. ESTUDOS DE SISTEMA E ENGENHARIA ..................................................................................536

3.2. PROJETO BÁSICO DAS SUBESTAÇÕES ..................................................................................537

3.3. PROJETO BÁSICO DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO ...............................................................538

3.4. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES: .................................................539

3.5. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO E CONTROLE .........................................539

3.6. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO ....................................................................539

3.7. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE OSCILOGRAFIA DIGITAL ..............................................540

3.8. PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO: .....................................................................................540

4. CRONOGRAMA ............................................................................................................ 541

4.1. CRONOGRAMA FÍSICO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO (TABEL A) .......................................542

4.2. CRONOGRAMA FÍSICO DE SUBESTAÇÕES (TABELA B)........................................................543

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1. REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES

1.1. INTRODUÇÃO

1.1.1. DESCRIÇÃO GERAL

Este anexo apresenta as características e os requisitos técnicos básicos da linha de transmissão Itabirito 2 – Vespasiano 2, em 500 kV, integrante do LOTE F deste Leilão nº05/2012, que atenderá à expansão do sistema de transmissão doravante denominada LT 500 kV Itabirito 2 – Vespasiano 2, que integrará à Rede Básica do Sistema Interligado Nacional - SIN. A Figura 1.1.1 apresenta o Mapa eletrogeográfico da região onde deverá ser implementada a Linha de Transmissão Itabirito 2 – Vespasiano 2, em 500 kV.

Figura 1.1.1 – Mapa Eletrogeográfico da LT Itabirito 2-Vespasiano 2 500 Kv

MASCARENHAS

TAQUARIL

O.PRETO 2

NEVES 1

SÃOGOTARDO 2

EMBORCAÇÃO

ITUMBIARA

SÃO SIMÃO

BARBACENA 2

JUIZ DE FORA 1

LAFAIETE

ÁGUA

VERMELHA

PORTO

COLÔMBIAPIMENTA

FURNAS

MARIMBONDO

V. GRANDE

MONTES

CLAROS 2

VÁRZEA DA PALMA 1

TRÊS MARIAS

M.MORAES

IPATINGA 1

MESQUITA

ITABIRA 2

G. VALADARES 2

NOVA

PONTE

ITUTINGA

P.CALDAS

C.PAULISTA

SGPARÁ

C.PENA

VITORIA

ADRIANOPOLISITAJUBA 3

GUILMAN

P.ESTRELA

UH IRAPÉ

VESP. 2

B.DESP

AIMORÉS

PIRAPORA 2

PARACATU 4

ARAÇUAI 2LUZIÂNIA

ESTREITO

R. PRETO

JAGUARA

L.C.BARRETO

VERONA

SAMAMBAIA

SISTEMA DE TRANSMISSÃO DA ÁREA MINAS GERAIS

BAGUARI

BARREIRO

UHE CEMIG

UHE TERCEIROS

SE

LT 500 kV

LT 345 kV

LT 230 kV

LEGENDA

S.DUMONT 2

JEC

VALE

SE ITABIRITO 2

ITABIRITO 2

SAMARCO

P. FIALHO

SE VESPASIANO 2

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1.1.2. CONFIGURAÇÃO BÁSICA

A configuração básica é caracterizada pelas instalações listadas nas Tabelas 1.1.1 e 1.1.2 a seguir.

Tabela 1.1.1 – Obras de linhas de transmissão

Origem Destino Circuito Extensão (km) Tensão (kV)

Itabirito 2 Vespasiano 2 CS 78(1) 500

(1) OBS.: EXTENSÃO DA LINHA DE TRANSMISSÃO DE ACORDO COM O RELATÓRIO R3

Tabela 1.1.2 – Obras de subestações

Subestação Tensão (kV) Empreendimentos principais

Itabirito 2 500 1 Entrada de Linha – DJM

1 Interligação de Barras – DJM (2)

Vespasiano 2 500 1 Entrada de Linha – DJM

1 Interligação de Barras – DJM (2) Obs.: Interligação de Barras definida de acordo com o Relatório R4

Legenda: - DJM – Disjuntor e Meio.

A configuração básica supracitada constitui-se na alternativa de referência. Os requisitos técnicos deste ANEXO 6F caracterizam o padrão de desempenho mínimo a ser atingido por qualquer solução proposta. Este desempenho deverá ser demonstrado mediante justificativa técnica comprobatória.

A utilização pelo empreendedor de outras soluções, que não a de referência, fica condicionada à demonstração de que a mesma apresente desempenho elétrico equivalente ou superior àquele proporcionado pela alternativa de referência.

Em caso de proposição de configuração alternativa, o projeto das compensações reativas série e derivação das linhas de transmissão deve ser definido de forma que o conjunto formado pelas linhas e suas compensações atendam aos requisitos constantes do item 2 e demais critérios constantes deste Anexo.

No entanto, nesta proposta de configuração alternativa, a TRANSMISSORA NÃO tem liberdade para modificar:

Níveis de tensão (somente CA);

Distribuição de fluxo de potência em regime permanente;

O empreendimento objeto do Leilão compreende a implementação das instalações detalhadas nas Tabelas 1.1.1 e 1.1.2. Estão ainda incluídos no empreendimento os equipamentos terminais de manobra, proteção, supervisão e controle, telecomunicações e todos os demais equipamentos,

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serviços e facilidades necessários à prestação do SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSMISSÃO, ainda que não expressamente indicados neste ANEXO 6F.

Figura 1.1.2 – Diagrama unifilar do empreendimento deste Lote F, incorporada ao SIN

1.1.3. DADOS DE SISTEMA UTILIZADOS

Os dados de sistema utilizados nos estudos em regime permanente e transitório, efetuados para a definição da configuração básica estão disponibilizados, conforme documentação relacionada no item 2.1 deste ANEXO 6 F.

Os dados relativos aos estudos de regime permanente estão disponíveis nos formatos dos programas do CEPEL de simulação de rede, ANAREDE, ANATEM/ANAT0 no site da Empresa de Pesquisa Energética – EPE (www.epe.gov.br).

Os dados relativos aos estudos de transitórios eletromagnéticos estão disponibilizados, conforme documentação relacionada no item 2.1 deste ANEXO 6 F.

1.1.4. REQUISITOS GERAIS

O projeto e a construção da linha de transmissão e demais equipamentos das subestações terminais devem estar em conformidade com as últimas revisões das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, no que for aplicável. Na falta destas, com as últimas

500 kV

345 kV

138 kV

230 kV

TAQUARIL

OURO PRETO 2

NEVES 1

BARBACENA 2

JUIZ DE FORA 1

JECEABA

PIMENTA

FURNAS

BARREIRO

M.MORAES

MESQUITA

ITUTINGA

VITÓRIA

ADRIANOPOLIS

VESPASIANO 2

JAGUARA

L.C.BARRETO ESTREITO

S.G.PARÁ

S.DUMONT2

ITABIRITO 2

C. LAFAIETE 1

R. PRETO

NOVA PONTE

S.GOTARDO 2

EMBORCAÇÃO

P. FIALHO

N.LIMA 6

VIANA 2

B. BRANCO

370 km

90 km

ITABIRA 2

SISTEMA DE TRANSMISSÃO EXISTENTE E PLANEJADOREGIÃO SUDESTE DE MINAS GERAIS

BOMDESPACHO 3

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revisões das normas da International Electrotechnical Commission - IEC, American National Standards Institute - ANSI ou National Electrical Safety Code - NESC, nesta ordem de preferência, salvo onde expressamente indicado.

Os requisitos aqui estabelecidos aplicam-se ao pré-projeto, aos projetos básico e executivo bem como às fases de construção, manutenção e operação do empreendimento. Aplicam-se ainda ao projeto, fabricação, inspeção, ensaios e montagem de materiais, componentes e equipamentos utilizados no empreendimento.

É de responsabilidade da TRANSMISSORA obter os dados, inclusive os descritivos das condições ambientais e geomorfológicas da região de implantação, a serem adotados na elaboração do projeto básico, bem como nas fases de construção, manutenção e operação das instalações.

É de responsabilidade e prerrogativa da TRANSMISSORA o dimensionamento e especificação dos equipamentos e instalações de transmissão que compõem o Serviço Público de Transmissão, objeto desta licitação, de forma a atender este ANEXO 6F e as práticas da boa engenharia, bem como a política de reservas.

1.1.5. REQUISITOS TÉCNICOS NO CASO DE SECCIONAMENTO DE LINHA DE TRANSMISSÃO

Não se aplica.

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1.2. LINHA DE TRANSMISSÃO AÉREA – LTA

Não se aplica.

1.2.1. REQUISITOS GERAIS

Não se aplica.

1.2.2. CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS

1.2.2.1. PARÂMETROS ELÉTRICOS

O desempenho sistêmico do conjunto formado pela linha de transmissão e sua compensação reativa série e/ou paralela deve ser similar ao do conjunto considerado na configuração básica. Esse desempenho é caracterizado pelo resultado obtido em termos de fluxo de potência e resposta dinâmica em regime normal e nas situações de contingência apresentadas nos estudos documentados nos relatórios listados no item 2.1.

1.2.2.2. CAPACIDADE DE CORRENTE

A(s) linha(s) ou trecho(s) de linha de transmissão deve(m) ter capacidades operativas de longa e de curta duração não inferiores aos valores indicados na Tabela 1.2.1.

TABELA 1.2.1 - CAPACIDADES OPERATIVAS DE LONGA E DE CURTA DURAÇÃO

Linha de Transmissão Longa Duração (A) Curta Duração (A)

LT 500 kV Itabirito 2 – Vespasiano 2 2825(1) 33601)

(1) OBS.: CAPACIDADE OPERATIVA DE ACORDO COM O RELATÓRIO R4

A capacidade de corrente de longa duração corresponde ao valor de corrente da linha de transmissão em condição normal de operação e deve atender às diretrizes fixadas pela norma técnica NBR 5422 da ABNT. A capacidade de corrente de curta duração refere-se à condição de emergência estabelecida na norma técnica NBR 5422 da ABNT.

1.2.3. REQUISITOS ELÉTRICOS

1.2.3.1. DEFINIÇÃO DA FLECHA MÁXIMA DOS CONDUTORES

As linhas de transmissão devem ser projetadas de acordo com as prescrições da Norma Técnica NBR 5422, da ABNT, de forma a preservar, em sua operação, as distâncias de segurança nela estabelecidas. Devem ser previstas a circulação das capacidades de longa e de curta duração na linha de transmissão e a ocorrência simultânea das seguintes condições climáticas:

(a) Temperatura máxima média da região.

(b) Radiação solar máxima da região.

(c) Brisa mínima prevista para a região, desde que não superior a um metro por segundo.

Na operação em regime de longa duração, as distâncias do condutor ao solo ou aos obstáculos devem ser iguais ou superiores às distâncias de segurança (mínimas) em condições normais de operação estabelecidas na Norma Técnica NBR 5422 da ABNT ou sua sucessora.

Na operação em regime de curta duração, as distâncias do condutor ao solo ou aos obstáculos devem ser iguais ou superiores às distâncias de segurança (mínimas) em condições de

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emergência estabelecidas na Norma Técnica NBR 5422 da ABNT ou sua sucessora. As linhas de transmissão para cuja classe de tensão essa norma não estabeleça valores de distâncias de segurança devem ser projetadas segundo as prescrições contidas no NESC, em sua edição de 2002.

Em condições climáticas comprovadamente mais favoráveis do que as estabelecidas acima, a linha de transmissão pode ser solicitada a operar com carregamento superior à capacidade de longa ou curta duração, desde que as distâncias de segurança, conforme definidas nos itens acima, sejam respeitadas.

As linhas de transmissão devem ser projetadas de sorte a não apresentar óbices técnicos à instalação de monitoramento de distâncias de segurança, uma vez que, a qualquer tempo, pode vir a ser solicitada pela ANEEL a sua implantação.

1.2.3.2. DEFINIÇÃO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE DOS ACESSÓRIOS, CONEXÕES E DEMAIS COMPONENTES

Os acessórios, conexões e demais componentes que conduzem corrente devem ser dimensionados de forma a não criar restrição à operação da linha, incluindo as condições climáticas comprovadamente mais favoráveis referidas no item 1.2.3.1. Deverão ser atendidas, também, as prescrições das normas de dimensionamento e ensaios de ferragens eletrotécnicas de linhas de transmissão, em especial à norma NBR 7095 da ABNT, ou sua sucessora.

1.2.3.3. CAPACIDADE DE CORRENTE DOS CABOS PARA-RAIOS

Nas condições climáticas estabelecidas no item 1.2.3.1, os cabos para-raios – conectados ou não à malha de aterramento das subestações terminais e ao sistema de aterramento das estruturas da linha – devem ser capazes de suportar, sem dano, durante o período de concessão da linha de transmissão, a circulação da corrente associada à ocorrência de curto-circuito monofásico franco em qualquer estrutura por duração correspondente ao tempo de atuação da proteção de retaguarda. No dimensionamento dos cabos para-raios, deve ser adotada a corrente de curto-circuito indicada na tabela 1.2.2 apresentada a seguir:

Tabela 1.2.2 – Corrente(s) de curto-circuito na(s) SE(s) terminal(is) para o dimensionamento dos cabos para-raios de nova LTA ou novo(s) trecho(s) de LTA em projeto

Linha ou trecho(s) de linha de transmissão

Subestação(ões) terminal(is)

Nível de tensão do barramento de referência

Valor de corrente de curto-circuito fase-terra (kA)

LT Itabirito 2 – Vespasiano 2 Itabirito 2 e Vespasiano 2

500 kV 40 KA

1.2.3.4. APLICAÇÃO DE CABOS PARA-RAIOS COM FIBRA ÓTICA – OPGW

A aplicação de cabos para-raios com fibra ótica em linhas de transmissão deve ser feita com base nas seguintes regras:

(a) No caso de nova linha de transmissão

As novas linhas de transmissão devem ser projetadas com pelo menos um cabo para-raios do tipo Optical Ground Wire – OPGW.

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(b) No caso de linha de transmissão existente, a ser seccionada, que já possuir OPGW

Se a linha de transmissão a ser seccionada já possuir OPGW, o(s) novo(s) trecho(s) de linha de transmissão, originado(s) a partir do seccionamento da linha existente, deve(m) ter, também, cabo para-raios com fibra ótica com confiabilidade e capacidade de transmissão de dados iguais ou superiores a do cabo existente.

(c) No caso de linha de transmissão existente, a ser seccionada, que não possuir OPGW

Se a linha de transmissão a ser seccionada não possuir OPGW, a TRANSMISSORA deve dimensionar um cabo para-raios com fibra ótica para o menor trecho de linha, entre subestações terminais, que surge pós-seccionamento. Esse cabo deve ter confiabilidade e capacidade de transmissão para suprir, ao menos, as necessidades operativas de comunicação, supervisão e proteção desse trecho entre subestações terminais. O(s) novo(s) trecho(s) de linha de transmissão, entre o ponto de seccionamento da linha existente e a nova subestação terminal, já deve(m) ser projetado(s) com OPGW.

1.2.3.5. PERDA JOULE NOS CABOS CONDUTORES E PARA-RAIOS

A resistência de sequencia positiva por unidade de comprimento da linha ou trechos de linha de transmissão deve ser igual ou inferior a da configuração básica, conforme indicado na Tabela 1.2.4:

Tabela 1.2.4 – Resistência de sequência positiva da linha por unidade de comprimento (Ω/km)

Linha ou trecho(s) de linha de transmissão

Temperatura de referência (°C)

Resistência de sequência positiva da linha por unidade

de comprimento (Ω/km)

LT Itabirito 2 – Vespasiano 2 50º C 0,258

A perda Joule nos cabos para-raios deve ser inferior a 5% das perdas no cabo condutor para qualquer condição de operação.

1.2.3.6. DESEQUILÍBRIO

As linhas de transmissão de comprimento superior a 100 km devem ser transpostas com um ciclo completo de transposição, de preferência com trechos de 1/6, 1/3, 1/3 e 1/6 do comprimento total.

Caso a linha não seja transposta, o desequilíbrio de tensão de sequencia negativa e zero deve estar limitado a 1,5% em vazio e a plena carga.

Linhas de transmissão em paralelo na mesma faixa ou em faixas contíguas ou linhas de circuito duplo, que necessitem ser transpostas, devem ter os ciclos de transposição com sentidos opostos.

1.2.3.7. TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA

A tensão máxima operativa da linha de transmissão para a classe de tensão correspondente está indicada na Tabela 1.2.5.

Tabela 1.2.5 – Tensão máxima operativa

Classe de tensão [kV] Tensão máxima operativa [kV]

69 72,5

88 92,4

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Classe de tensão [kV] Tensão máxima operativa [kV]

138 145

230 242

345 362

440 460

500 550

525 550

765 800

1.2.3.8. COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO

A TRANSMISSORA deverá comprovar por cálculo ou simulação que o dimensionamento dos espaçamentos elétricos das estruturas da família de estruturas da linha de transmissão foi feito de forma a assegurar o atendimento dos requisitos abaixo.

(a) Isolamento à tensão máxima operativa

Para dimensionar o isolamento da linha de transmissão para tensão máxima operativa deve ser considerado o balanço da cadeia de isoladores sob ação de vento com período de retorno de, no mínimo, 30 (trinta) anos.

A distância de escoamento mínima da cadeia de isoladores deve ser determinada conforme a norma IEC 60815, considerando o nível de poluição da região de implantação da LTA. Caso o nível de poluição da região seja classificado como inferior ao nível I – leve, a distância específica de escoamento deverá ser igual ou superior a 14 mm/kV eficaz fase-fase.

Deve ser garantida a distância de segurança entre qualquer condutor da linha e objetos situados na faixa de segurança, tanto para a condição sem vento quanto para a condição de balanço dos cabos e cadeias de isoladores devido à ação de vento com período de retorno de, no mínimo, 50 (cinquenta) anos. Na condição de balanço dos cabos e cadeias de isoladores devido à ação de vento, essa distância de segurança deve ser também garantida:

Ao longo de toda a LTA, independentemente do comprimento do vão, mesmo que para tanto a largura da faixa de segurança seja variável ao longo da LTA, em função do comprimento do vão.

Para qualquer topologia de terreno na faixa de segurança, especificamente quando há perfil lateral inclinado (em aclive).

(b) Isolamento para manobras

A sobretensão adotada no dimensionamento dos espaçamentos elétricos das estruturas deverá ser, no mínimo, igual à maior das sobretensões indicadas nos estudos de transitórios eletromagnéticos.

Os riscos de falha (fase-terra e fase-fase) em manobras de energização e religamento devem ser limitados aos valores constantes da Tabela 1.2.6.

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Tabela 1.2.6 – Risco máximo de falha por circuito em manobras de energização e religamento

Manobra Risco de falha (adimensional)

Fase-terra Fase-fase

Energização 10 – 3 10 – 4

Religamento 10 – 2 10 – 3

(c) Desempenho a descargas atmosféricas

O número total de desligamentos por descargas atmosféricas da linha de transmissão, para a configuração de cabos para-raios adotada, deve ser inferior ou, no máximo, igual àqueles indicados na Tabela 1.2.7:

Tabela 1.2.7 – Número mínimo de cabos para-raios por estrutura e desempenho da LTA frente a descargas atmosféricas

Classe de tensão [kV]

Número mínimo de cabos para-raios por estrutura

Desligamentos de um circuito por 100 km por ano

Devido a falha de blindagem

Total

≥ 345 2 10-2 ≤1

230 2 10-2 ≤2

As estruturas deverão ser dimensionadas com pelo menos dois cabos para-raios, dispostos sobre os cabos condutores de forma que, para o terreno predominante da região, a probabilidade de desligamento de um circuito, causado por descargas diretas nos cabos condutores, seja inferior a 0,01 desligamentos por 100 km por ano.

1.2.3.9. EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA

Os efeitos tratados nas alíneas (a) a (c) devem ser verificados à tensão máxima operativa da linha indicada na Tabela 1.2.5.

(a) Corona visual

A linha de transmissão, com seus cabos e acessórios, bem como as ferragens das cadeias de isoladores, não deve apresentar corona visual em 90% do tempo para as condições atmosféricas predominantes na região atravessada pela linha de transmissão.

(b) Rádio-interferência

A relação sinal/ruído no limite da faixa de segurança deve ser, no mínimo, igual a 24 dB, para 50% do período de um ano. O sinal adotado para o cálculo deve ser o nível mínimo de sinal na região atravessada pela linha de transmissão, conforme norma DENTEL ou sua sucessora.

(c) Ruído audível

O ruído audível no limite da faixa de segurança deve ser, no máximo, igual a 58 dBA em qualquer uma das seguintes condições não simultâneas: durante chuva fina (0,00148 mm/min); durante névoa de 4 (quatro) horas de duração; ou durante os primeiros 15 (quinze) minutos após a ocorrência de chuva.

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(d) Campo elétrico

Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398, de 23 de março de 2010.

(e) Campo magnético

Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398, de 23 de março de 2010.

1.2.3.10. TRAVESSIA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO EXISTENTES

A TRANSMISORA deve evitar ao máximo o cruzamento sobre linhas de transmissão existentes. Caso o cruzamento seja inevitável, a TRANSMISSORA deve identificar esses casos, tanto nas entradas/saídas das subestações quanto ao longo do traçado das LTA, e informar no projeto básico as providências que serão tomadas no sentido de minimizar os riscos inerentes a esses cruzamentos, ficando a critério da ANEEL a aprovação dessas providências.

A TRANSMISSORA deverá relacionar no projeto básico os cruzamentos da LTA em projeto com outra(s) LTA existente(s) da Rede Básica. Seguem, abaixo, as informações mínimas da(s) LTA em cruzamento a serem prestadas pelo agente:

(a) Identificação com as SEs terminais do trecho em questão.

(b) Tensão nominal.

(c) Número de circuitos.

(d) Disposição das fases (horizontal, vertical, triangular etc).

Nos casos relacionados a seguir, de cruzamento da LTA em projeto com outra(s) LTA da Rede Básica, a LTA em projeto deverá cruzar necessariamente sob a(s) existente(s):

(a) Quando um circuito simples (em projeto) cruzar, num mesmo vão de travessia, mais de um circuito de LTA existente com tensão igual ou superior à de projeto.

(b) Quando a tensão nominal da LTA em projeto for menor que a da LTA existente.

1.2.4. REQUISITOS MECÂNICOS

1.2.4.1. CONFIABILIDADE

O projeto mecânico da linha de transmissão deve ser desenvolvido segundo a IEC 60.826 – International Electrotechnical Commission: Loading and Strength of Overhead Transmission Lines.

O nível de confiabilidade do projeto eletromecânico, expresso pelo período de retorno do vento extremo, deve ser compatível com um nível intermediário entre os níveis 2 e 3 preconizados na IEC 60826. Deve ser adotado período de retorno do vento igual ou superior a 250 anos para linha de transmissão de tensão nominal superior a 230 kV. Deve ser adotado período de retorno do vento igual ou superior a 150 anos para linha de transmissão de tensão nominal igual ou inferior a 230 kV

1.2.4.2. PARÂMETROS DE VENTO

Para o projeto mecânico de uma linha de transmissão, os carregamentos oriundos da ação do vento nos componentes físicos da linha de transmissão devem ser estabelecidos a partir da caracterização probabilística das velocidades de vento da região, com tratamento para fenômenos meteorológicos severos, tais como, sistemas frontais, tempestades, tornados, furacões etc.

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Os parâmetros explicitados a seguir devem ser obtidos a partir de dados fornecidos por estações anemométricas selecionadas adequadamente para caracterizar a região atravessada pela linha de transmissão:

(a) Média e coeficiente de variação (em porcentagem) das séries de velocidades máximas anuais de vento a 10 m de altura, com tempos de integração da média de 3 (três) segundos (rajada) 10 (dez) minutos (vento médio).

(b) Velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno correspondente ao vento extremo, como definido no item 1.2.4.1, e tempos de integração para o cálculo da média de 3 (três) segundos e 10 (dez) minutos. Se o número de anos da série de dados de velocidade for pequeno, na estimativa da velocidade máxima anual deve ser adotado, no mínimo, um coeficiente de variação compatível com as séries mais longas de dados de velocidades de ventos medidas na região.

(c) Coeficiente de rajada para a velocidade do vento a 10 m de altura, referenciado ao tempo de integração da média de 10 (dez) minutos.

(d) Categoria do terreno adotada para o local das medições.

No tratamento das velocidades de vento, para fins de dimensionamento, deve ser considerada a categoria de terreno definida na IEC 60826 que melhor se ajuste à topologia do corredor da LTA.

1.2.4.3. CARGAS MECÂNICAS SOBRE OS CABOS.

O cabo deve ser dimensionado para suportar três estados de tracionamento – básico, de tração normal e de referência – definidos a partir da combinação de condições climáticas e de envelhecimento do cabo como se segue.

(a) Estado básico

Para condições de temperatura mínima, a tração axial máxima deve ser limitada a 33% da tração de ruptura do cabo.

Para condições de vento com período de retorno de 50 anos, a tração axial máxima deve ser limitada a 50% da tração de ruptura do cabo.

Para condições de vento extremo, como definido no item 1.2.4.1, a tração axial máxima deve ser limitada a 70% da tração de ruptura do cabo.

(b) Estado de tração normal (EDS everyday stress)

No assentamento final, à temperatura média, sem vento, o nível de tracionamento médio dos cabos deve atender ao indicado na norma NBR 5422. Além disso, o tracionamento médio dos cabos deve ser compatível com o desempenho mecânico no que diz respeito à fadiga ao longo da vida útil da linha de transmissão conforme será abordado no item 1.2.4.4.

(c) Estado de referência

A distância mínima ao solo do condutor (clearance) deve ser verificada sem considerar a pressão de vento atuante.

1.2.4.4. FADIGA MECÂNICA DOS CABOS

Os dispositivos propostos para amortecer as vibrações eólicas devem ter sua eficiência e durabilidade avaliadas por ensaios que demonstrem sua capacidade de amortecer os diferentes tipos de vibrações eólicas e sua resistência à fadiga, sem perda de suas características de amortecimento e sem causar danos aos cabos.

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É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estudos, o desenvolvimento e a aplicação de sistema de amortecimento para prevenção de vibrações eólicas e efeitos relacionados com a fadiga dos cabos, de forma a garantir que estes não estejam sujeitos a danos ao longo da vida útil da linha de transmissão.

A solicitação aos cabos deve ser dimensionada de forma compatível com seu tipo e sua formação.

1.2.4.5. CARGAS MECÂNICAS SOBRE AS ESTRUTURAS

O projeto mecânico de uma linha de transmissão deve ser desenvolvido segundo a IEC 60826. Além das hipóteses previstas na IEC, é obrigatória a introdução de hipóteses de carregamento que reflitam tormentas elétricas. Devem ser previstas necessariamente as cargas a que as estruturas estarão submetidas nas condições mais desfavoráveis de montagem e manutenção, inclusive em linha viva.

Para o caso de uma linha de transmissão construída com estruturas metálicas em treliça, as cantoneiras de aço-carbono ou microligas laminadas a quente devem obedecer aos requisitos de segurança estabelecidos na Portaria nº 178 do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, de 18 de julho de 2006.

1.2.4.6. FUNDAÇÕES

No projeto das fundações, para atender o critério de coordenação de falha, as solicitações transmitidas pela estrutura às fundações devem ser majoradas pelo fator mínimo 1,10. Essas solicitações, calculadas a partir das cargas de projeto da estrutura, considerando suas condições particulares de aplicação – vão gravante, vão de vento, ângulo de deflexão, fim de linha e altura da estrutura – passam a ser consideradas cargas de projeto das fundações.

As fundações de cada estrutura devem ser projetadas estrutural e geotecnicamente de forma a adequar todos os esforços resultantes de cada estrutura às condições específicas do solo.

As propriedades físicas e mecânicas do solo devem ser determinadas de forma científica, de modo a retratar, com precisão, os parâmetros geomecânicos do solo. Tal determinação deve ser realizada a partir das seguintes etapas:

Estudo e análise fisiográfica preliminar do traçado da linha com a consequente elaboração do plano de investigação geotécnica.

Estabelecimento dos parâmetros geomecânicos a partir do reconhecimento do subsolo com a caracterização geológica e geotécnica do terreno, qualitativa e quantitativamente.

Parecer geotécnico com a elaboração de diretrizes técnicas e recomendações para o projeto.

No cálculo das fundações, devem ser considerados os aspectos regionais geomorfológicos que influenciem o estado do solo, seja no aspecto de sensibilidade, de expansibilidade e colapsividade, levando-se em conta a sazonalidade.

A definição do tipo de fundação, bem como o seu dimensionamento estrutural e geotécnico, deve considerar os limites de ruptura e deformabilidade para a capacidade de suporte do solo à compressão, ao arrancamento e aos esforços horizontais, valendo-se de métodos racionais de cálculo, incontestáveis e consagrados na engenharia geotécnica.

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1.2.5. REQUISITOS ELETROMECÂNICOS

1.2.5.1. DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Os cabos para-raios de qualquer tipo e formação devem ter desempenho mecânico frente a descargas atmosféricas igual ou superior ao do cabo de aço galvanizado EAR de diâmetro 3/8″.

Todos os elementos sujeitos a descargas atmosféricas diretas da superestrutura de suporte dos cabos condutores e cabos para-raios, incluindo as armações flexíveis de estruturas tipo “Cross-Rope”, Trapézio ou Chainette, não devem sofrer redução da suportabilidade mecânica original após a ocorrência de descarga atmosférica. As cordoalhas de estruturas estaiadas mono-mastro ou V protegidas por cabos para-raios estão isentas deste requisito.

1.2.5.2. CORROSÃO ELETROLÍTICA

É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estudos para prevenção dos efeitos relacionados à corrosão em elementos da linha de transmissão em contato com o solo, de forma a garantir a estabilidade estrutural dos suportes da linha de transmissão e o bom funcionamento do sistema de aterramento ao longo da vida útil da mesma.

1.2.5.3. CORROSÃO AMBIENTAL

Todos os componentes da linha de transmissão devem ter sua classe de galvanização compatível com a agressividade do meio ambiente, particularmente em zonas litorâneas e industriais.

1.2.5.4. SINALIZAÇÃO AÉREA DE GRANDES TRAVESSIAS DE RIO

Não se aplica.

1.3. LINHA DE TRANSMISSÃO COMPOSTA POR PARTE AÉREA E PARTE SUBTERRÂNEA – LTAS

Não se aplica.

1.4. LINHA DE TRANSMISSÃO SUBTERRÂNEA – LTS

Não se aplica.

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1.5. SUBESTAÇÕES

1.5.1. INFORMAÇÕES BÁSICAS

A TRANSMISSORA deve desenvolver e apresentar os estudos necessários à definição das características e dos níveis de desempenho de todos os equipamentos, considerando que os mesmos serão conectados ao sistema existente.

Todos os equipamentos devem ser especificados de forma a não comprometer ou limitar a operação das subestações, nem impor restrições operativas às demais instalações do sistema interligado.

Nas subestações, a configuração básica deve contemplar equipamentos com características elétricas básicas similares ou superiores às dos existentes, as quais estão apresentadas nos documentos listados no item 2. O dimensionamento dos novos equipamentos deve considerar as atuais e futuras condições a serem impostas pela configuração prevista pelo planejamento da expansão do Sistema Interligado Nacional - SIN.

A TRANSMISSORA acessante às subestações em 500 kV Itabirito 2 e Vespasiano 2 deverá observar os critérios e requisitos básicos da subestação, bem como providenciar as obras de infra-estrutura incluídas no Módulo Geral – Resolução ANEEL nº 191, de 12 de dezembro de 2005, necessárias para a instalação, manutenção e operação do módulo de Entrada de Linha. Entre as possíveis obras necessárias encontram-se, dentre outros: a extensão de barramentos, compra de terreno, serviços auxiliares, cabos, tubos, estruturas, suportes, pórticos, cercas divisórias de seus ativos, conexões de terra entre seus equipamentos e a malha de terra da subestação, canaletas secundárias e recomposição da infra-estrutura construída como, por exemplo, reposição de britas.

Na ampliação da Subestação Vespasiano 2 está prevista a instalação de uma entrada de linha (EL) para a SE Itabirito 2, em arranjo disjuntor e meio, e uma interligação de barra (IB). O desenho nº 02.111-EP/ET-572 – Estudo de Viabilidade – Arranjo – Planta apresenta as instalações existentes e a ampliação a ser efetuada, proposta para os disjuntores 11 e 12. Salienta-se que, da mesma forma, é possível a instalação da ampliação nos disjuntores 12 e 13, com a saída da LT para Itabirito 2 no lado oposto ao apresentado na planta.

Cabe informar que na expansão futura da SE Itabirito 2 foi prevista a instalação de vão de conexão de transformador (CT) para conexão do 2º banco de autotransformadores 500/345 kV, junto ao bay de saída da LT 500 kV para a SE São Gonçalo do Pará. Em função disso, foi prevista a instalação de um novo vão para conexão da LT 500 kV para a SE Vespasiano 2, conforme detalhado no Diagrama Unifilar Básico da SE, desenho nº 26003/PO/PL-VO. Salienta-se que a saída da LT pode ser feita para o lado oposto, como outra opção àquela apresentada neste Diagrama.

É importante ressaltar também que a implantação deste empreendimento não deverá comprometer as ampliações futuras previstas para a SE’s Itabirito 2 e Vespasiano 2.

Deverá ser previsto espaço adicional, externo e contíguo à casa de comando da TRANSMISSORA, com área no mínimo igual à utilizada para a construção desta. Este espaço ficará reservado para expansões futuras da casa de comando da TRANSMISSORA ou alternativamente para eventuais novas casas de comando de outras transmissoras, quando da implantação de novas instalações de transmissão.Devem ser observados os critérios e requisitos básicos das instalações da subestação de NOME SE, conforme especificados nos documentos listados no item 2.

O Módulo Geral é composto pelos custos diretos de: terreno, cercas, terraplenagem, drenagem, grama, embritamento, arruamento, iluminação do pátio, proteção incêndio, sistema abastecimento

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de água, sistema de esgoto, malha de terra, canaletas principais, acessos, edificações, serviço auxiliar, área industrial, sistema de ventilação e ar condicionado, sistema de comunicação, sistema de ar comprimido e canteiro de obras.

Os Serviços auxiliares, sistema de água, sistema de incêndio, edificações da subestação (casa de comando, casa de relés, guaritas), acesso, área industrial, sistema de ventilação e ar condicionado, sistema de comunicação, e canteiro de obras podem ser compartilhados com outra(s) transmissora(s), não havendo impedimento que a transmissora atenda as suas necessidades de forma autônoma, observando sempre a adequada prestação do serviço público de transmissão de energia elétrica, Cláusula Terceira do Contrato de Concessão.

1.5.2. ARRANJO DE BARRAMENTOS

O arranjo de barramentos das subestações Itabirito 2 e Vespasiano 2 é do tipo disjuntor e meio – DJM em 500 kV. As novas conexões a essas subestações devem também atender a esse requisito no setor de 500 kV.

Figura 1.5.1 – Diagrama unifilar da SE Itabirirto 2

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Figura 1.5.2 – Diagrama unifilar da SE Vespasiano 2

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1.5.3. CAPACIDADE DE CORRENTE

(a) Corrente em regime Permanente

Os barramentos da subestação devem ser dimensionados considerando a situação mais severa de circulação de corrente, levando em conta a possibilidade de indisponibilidade de elementos da subestação e ocorrência de emergência no Sistema Interligado Nacional – SIN, no horizonte de planejamento, conforme estudo definido no item 1.11.

No caso de subestação existente, se a máxima corrente verificada for inferior à capacidade do barramento, o trecho de barramento associado a esse empreendimento deve ser compatível com o existente.

A TRANSMISSORA deve informar a capacidade de corrente dos barramentos, para todos os níveis, rígidos ou flexíveis, para a temperatura de projeto.

Para o dimensionamento da corrente nominal dos equipamentos (disjuntores, seccionadoras, TCs e bobina de bloqueio) a TRANSMISSORA deve identificar as correntes máximas a que poderão ser submetidos, desde a data de entrada em operação até o ano horizonte de planejamento, por meio dos estudos de fluxo de potência descritos no item 1.11 deste anexo técnico.

A corrente nominal dos equipamentos de vãos de linha deve ser no mínimo igual a corrente de curta duração da respectiva linha.

A corrente nominal dos equipamentos de vãos de transformadores, reatores etc., deve ser no mínimo igual a máxima corrente de sobrecarga admissível nestes equipamentos.

A corrente nominal dos equipamentos do vão interligador de barras (disjuntor, seccionadoras e TCs, nos arranjos de barramentos BD4 ou 5 chaves e BPT) deve ser, no mínimo, igual ao maior valor dentre as correntes determinadas para os demais vãos.

Para os equipamentos utilizados nos arranjos de barramento DJM, Anel e BD duplo disjuntor a determinação da corrente nominal de seus equipamentos deve também considerar as indisponibilidades de equipamentos, pertencentes ou não a este empreendimento, pois estas podem submeter os equipamentos remanescentes a valores de correntes ainda mais elevados que os determinados para a linha, transformador, reator, etc.

(b) Capacidade de curto-circuito

Os equipamentos e demais instalações das subestações Itabirito 2 e Vespasiano 2 devem suportar, no mínimo, as correntes de curto-circuito simétrica e assimétrica relacionadas a seguir:

Corrente de curto-circuito nominal: 40 kA

Valor de crista da corrente suportável nominal: 104 kA (fator de assimetria de 2,6)

Ressalta-se que o atendimento a fatores de assimetria superiores àqueles acima definidos pode ser necessário em função dos resultados dos estudos, considerando inclusive o ano horizonte de planejamento, a serem realizados pela TRANSMISSORA, conforme descrito no item 1.11 desse anexo técnico.

(c) Sistema de Aterramento

O projeto das subestações deve atender ao critério de um sistema solidamente aterrado.

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1.5.4. SUPORTABILIDADE

Tensão em regime permanente

O dimensionamento dos barramentos e dos equipamentos para a condição de operação em regime permanente deve considerar os valores de tensão da tabela a seguir.

TABELA 1.5.1 – CONDIÇÃO DE OPERAÇÃO EM REGIME PERMANENTE

TENSÃO NOMINAL DO SISTEMA (kV)

TENSÃO NOMINAL DOS EQUIPAMENTOS (kV)

13,8 15

34,5 38

69 72,5

88 (*) 92,4

138 145

230 245

345 362

440 (*) 460

500 ou 525 550

765 800

(*) valores não padronizados pela ABNT

O dimensionamento dos equipamentos conectados às extremidades das linhas de transmissão deve observar o disposto no item 1.6.13.

Isolamento sob poluição

As instalações devem ser isoladas de forma a atender, sobretensão operativa máxima, às características de poluição da região, conforme classificação contida na Publicação IEC 815 – Guide for the Selection of Insulators in Respect of Polluted Conditions.

Proteção contra descargas atmosféricas

O sistema de proteção contra descargas atmosféricas das subestações deve ser dimensionado de forma a assegurar um risco de falha menor ou igual a uma descarga por 50 anos.

Além disso, deve-se assegurar que não haja falha de blindagem nas instalações para correntes superiores a 2 kA.

Caso existam edificações, as mesmas devem atender às prescrições da Norma Técnica NBR 5419.

1.5.5. EFEITOS DE CAMPOS

(a) Efeito corona

Os componentes das subestações, especialmente condutores e ferragens, não devem apresentar efeito corona visual em 90% do tempo para as condições atmosféricas predominantes na região da subestação. A tensão mínima fase-terra eficaz para início e extinção de corona visual a ser considerada no projeto para os pátios são as seguintes:

Tabela 1.5.2 – Tensão mínima para início e extinção de corona visual.

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Tensão nominal (kV) Tensão mínima (kV fase – terra

eficaz)

765 536

500 ou 525 350

440 308

345 242

230 161

(b) Rádio interferência

O valor da tensão de rádio interferência externa à subestação não deve exceder

2.500 V/m a 1.000 kHz, com 1,1 vezes a tensão nominal do sistema.

(c) Campo elétrico

Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398, de 23 de março de 2010.

(d) Campo magnético

Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398, de 23 de março de 2010.

1.5.6. INSTALAÇÕES ABRIGADAS

Todos os instrumentos, painéis e demais equipamentos dos sistemas de proteção, comando, supervisão e telecomunicação devem ser abrigados e projetados segundo as normas aplicáveis, de forma a garantir o perfeito desempenho destes sistemas e sua proteção contra desgastes prematuros.

Em caso de edificações, é de responsabilidade da TRANSMISSORA seguir as posturas municipais aplicáveis e as normas de segurança do trabalho.

1.6. REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS

1.6.1. DISJUNTORES

(a) O ciclo de operação dos disjuntores deve atender aos requisitos das normas aplicáveis.

(b) O tempo máximo de interrupção para disjuntores classe de tensão de 550 kV e 362 kV deve ser de 2 ciclos e, para os disjuntores classe de 245 kV, 145 kV e 72,5 kV deve ser de 3 ciclos para a frequência de 60 Hz.

(c) A corrente nominal do disjuntor deve ser compatível com a máxima corrente possível na indisponibilidade de um outro disjuntor, no mesmo bay ou em bay vizinho, pertencente ou não a este empreendimento, para os cenários previstos pelo planejamento e pela operação.

(d) Os disjuntores devem ser dimensionados respeitando os valores mínimos de corrente de curto- circuito nominal (corrente simétrica de curto-circuito) e valor de crista da corrente suportável nominal (corrente assimétrica de curto-circuito) dispostos no item 1.5.3 (b). Relações de assimetria superiores a indicada no item 1.5.3 (b) poderão ser necessárias, em

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função dos resultados dos estudos a serem realizados pela TRANSMISSORA, descritos no item 1.11 deste anexo técnico.

(e) Os disjuntores devem ter dois circuitos de disparo independentes, lógicas de detecção de discrepância de polos e acionamento monopolar. O ciclo de operação nominal deve ser compatível com a utilização de esquemas de religamento automático tripolar e monopolar. Para disjuntores em níveis de tensão iguais ou inferiores a 138 kV, não se aplicam acionamento e religamento automático monopolar, podendo o acionamento ser tripolar.

(f) Caberá à nova TRANSMISSORA fornecer disjuntores com resistores de pré-inserção ou com mecanismos de fechamento ou abertura controlados, quando necessário.

(g) Os disjuntores devem ser especificados para operar quando submetidos às solicitações de manobra determinadas nos estudos previstos no item 1.11.

(h) Os disjuntores que manobrarem linhas a vazio devem ser especificados como de “baixíssima probabilidade de reacendimento de arco”, classe C2, conforme norma IEC 62271-100.

(i) Os requisitos mínimos para o disjuntor na manobra de linha a vazio devem levar em conta o valor eficaz da tensão fase-fase da rede de 770 kV à frequência de 60 Hz, para os disjuntores dos pátios de 500 kV. Os correspondentes valores para os pátios de 345 kV é de 507 kV, 230 kV é de 339 kV, 138 kV é de 203 kV e 69 kV é de 102 kV à frequência de 60 Hz. Valores superiores a estes podem ser necessários, caso os estudos definidos no item 1.11 assim o determinem.

(j) Os disjuntores que manobrem banco de capacitores em derivação devem ser do tipo de “baixíssima probabilidade de reacendimento de arco”, classe C2 conforme norma IEC 62271-100. Caso os estudos de manobra especificados no item 1.11 indiquem a necessidade de adoção de chaveamento controlado ou resistores de pré-inserção, os disjuntores deverão ser equipados com estes dispositivos.

(k) Os disjuntores devem ser especificados para abertura de corrente de curto-circuito nas condições mais severas de X/R no ponto de conexão do disjuntor, condições estas que deverão ser identificadas pelo Agente. Em caso de disjuntores localizados nas proximidades de usinas geradoras, especial atenção deve ser dada à determinação da constante de tempo a ser especificada para o disjuntor. Isto se deve à possibilidade de elevada assimetria da corrente de curto-circuito suprida por geradores.

(l) Capacidade de manobrar outros equipamentos / linhas de transmissão existentes na subestação onde estão instalados, em caso de faltas nesses equipamentos seguidas de falha do referido disjuntor, considerando inclusive disjuntor em manutenção.

(m) Capacidade de manobrar a linha de transmissão licitada em conjunto com o(s) equipamento(s) / linha(s) de transmissão a elas conectadas em subestações adjacentes, em caso de falta no equipamento / linha de transmissão da subestação adjacente, seguido de falha do respectivo disjuntor.

(n) Os disjuntores utilizados na manobra de reatores em derivação devem ser capazes de abrir pequenas correntes indutivas e ser especificados com dispositivos de manobra controlada.

(o) Nos casos em que forem utilizados mecanismos de fechamento ou abertura controlados devem ser especificados a dispersão máxima dos tempos médios de fechamento ou de abertura, compatíveis com as necessidades de precisão da manobra controlada.

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1.6.2. SECCIONADORAS, LÂMINAS DE TERRA E CHAVES DE ATERRAMENTO

Estes equipamentos devem atender aos requisitos das normas IEC aplicáveis e serem capazes de efetuar as manobras listadas no item 1.11.3.

As seccionadoras devem ser especificadas com, pelo menos, a mesma corrente nominal utilizada pelos disjuntores deste empreendimento, aos quais estejam associadas.

A TRANSMISSORA deve especificar o valor de crista da corrente suportável nominal (corrente de curto-circuito assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta duração (corrente de curto simétrica) respeitando os valores mínimos dispostos no item 1.5.3 (b).

Fatores de assimetria superiores ao indicado em 1.5.3 (b) poderão ser necessários, em função dos resultados dos estudos a serem realizados pela TRANSMISSORA, descritos nos item 1.11 deste anexo técnico.

As lâminas de terra e chaves de aterramento das linhas de transmissão devem ser dotadas de capacidade de interrupção de correntes induzidas de acordo com a norma IEC 62271-102. Caso os estudos transitórios identifiquem valores superiores aos normalizados, as lâminas de aterramento deverão ser especificadas para atender a estas solicitações.

Esses equipamentos devem ser dimensionados considerando a relação X/R do ponto do sistema onde serão instalados.

1.6.3. PARA-RAIOS

Deverão ser instalados para-raios nas entradas de linhas de transmissão, nas conexões de unidades transformadoras de potência, de reatores em derivação e de bancos de capacitores não autoprotegidos. Os para-raios devem ser do tipo estação, de óxido de zinco (ZnO), adequados para instalação externa.

Os para-raios devem ser especificados com uma capacidade de dissipação de energia suficiente para fazer frente a todas as solicitações identificadas nos estudos descritos no item 1.11 deste anexo técnico.

A TRANSMISSORA deverá informar, ainda na fase de projeto básico, em caso de indisponibilidade dos dados finais do fornecimento, os valores de catálogo da família do para-raios escolhido para posterior utilização no empreendimento.

1.6.4. TRANSFORMADORES DE CORRENTE E POTENCIAL

As características dos transformadores de corrente e potencial, como: número de secundários, relações de transformação, carga, exatidão, etc., devem satisfazer as necessidades dos sistemas de proteção e de medição das grandezas elétricas e medição de faturamento, quando aplicável.

Os transformadores de corrente devem ter enrolamentos secundários em núcleos individuais e os de potencial devem ter enrolamentos secundários individuais e serem próprios para instalação externa.

Os núcleos de proteção dos transformadores de corrente devem possuir classe de desempenho TPY ou TPZ, conforme estabelecido na Norma IEC 60.044-6 1992 (Instrument transformers - part 6: Requirements for protective current transformers for transient performance), considerando a constante de tempo primária (relação X/R) do ponto de instalação e o ciclo de religamento previsto, para que esses núcleos não saturem durante curtos-circuitos e religamentos rápidos.

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A TRANSMISSORA deve especificar transformadores de corrente com o valor de crista da corrente suportável nominal (corrente de curto-circuito assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta duração (corrente de curto simétrica) que respeitem o disposto no item 1.5.3 (b).

Fatores de assimetria superiores ao indicado em 1.5.3 (b) poderão ser necessários, em função dos resultados dos estudos a serem realizados pela TRANSMISSORA, descritos no item 1.11 deste anexo técnico.

1.6.5. UNIDADES TRANSFORMADORAS DE POTÊNCIA

Não se aplica.

1.6.6. TRANSFORMADOR DEFASADOR

Não se aplica.

1.6.7. REATORES EM DERIVAÇÃO

Não se aplica.

1.6.8. TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO

Não se aplica.

1.6.9. BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE

Não se aplica.

1.6.10. BANCO DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO

Não se aplica.

1.6.11. COMPENSADORES ESTÁTICOS DE REATIVOS - CER

Não se aplica.

1.6.12. COMPENSADOR SÍNCRONO

Não se aplica.

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1.7. REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

1.7.1. DEFINIÇÕES BÁSICAS

Componente do sistema de potência ou componente: é todo equipamento ou instalação delimitado por disjuntores, elos fusíveis ou religadores automáticos. Uma exceção existe para reator shunt de linha de transmissão que também é classificado como componente, mesmo sem disjuntor próprio.

Sistema: quando aplicado à proteção, à supervisão e controle ou a telecomunicações, significa o conjunto de equipamentos e funções requeridas e necessárias para seu desempenho adequado na operação da instalação e da rede básica.

Sistema de proteção: conjunto de equipamentos composto por relés de proteção, relés auxiliares, equipamentos de teleproteção e acessórios destinados a realizar a proteção em caso de falhas elétricas, tais como curtos-circuitos, e de outras condições anormais de operação dos componentes de um sistema elétrico (linhas de transmissão, barramentos e equipamentos).

Proteção unitária ou restrita: destina-se a detectar e eliminar, seletivamente e sem retardo de tempo intencional, falhas que ocorram apenas no componente protegido. São exemplos os esquemas com comunicação direta relé a relé, os esquemas de teleproteção, as proteções diferenciais, os esquemas de comparação de fase etc.

Proteção gradativa ou irrestrita: destina-se a detectar e eliminar falhas que ocorram no componente protegido e a fornecer proteção adicional para os componentes adjacentes. Em sua aplicação como proteção de retaguarda, sua atuação é coordenada com a atuação das proteções dos equipamentos adjacentes por meio de retardo de tempo intencional. São exemplos as proteções de sobrecorrente e as proteções de distância.

Proteção de retaguarda: destina-se a atuar quando da eventual falha de outro sistema de proteção. Quando esse sistema está instalado no mesmo local do sistema de proteção a ser coberto, trata-se de retaguarda local; quando está instalado em local diferente daquele onde está o sistema de proteção a ser coberto, trata-se de retaguarda remota.

Proteção principal: esquema de proteção composto por um sistema de proteção unitária ou restrita e um sistema de proteção gradativa ou irrestrita.

Proteção alternada: esquema composto por um sistema de proteção unitária ou restrita e por um sistema de proteção gradativa ou irrestrita, funcionalmente idêntico à proteção principal e completamente independente desta.

Proteção intrínseca: conjunto de dispositivos de proteção normalmente integrados aos equipamentos, tais como relés de gás, válvulas de alívio de pressão, sensores de temperatura, sensores de nível etc.

SIR: relação entre a impedância de fonte e a impedância da linha de transmissão (SIR), é definida por meio da divisão da impedância da fonte atrás do ponto de aplicação de um relé pela impedância total da linha de transmissão protegida:

SIR = ZS / ZL

Onde, ZS = Impedância da Fonte e ZL = Impedância da linha de transmissão

Comprimento relativo de linha de transmissão: determinado em função do SIR e utilizado para a seleção do tipo de proteção mais indicado. No âmbito do presente Anexo Técnico, as linhas de transmissão classificam-se como:

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Linhas de transmissão curtas, as que apresentam SIR > 4;

Linhas de transmissão longas, as que apresentam SIR ≤ 0,5.

1.7.2. REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E TELECOMUNICAÇÕES

Os requisitos técnicos e as características funcionais aqui apresentados referem-se aos seguintes sistemas funcionalmente distintos:

(a) Sistemas de proteção (SP);

(b) Sistemas de registro de perturbações (SRP); e

(c) Sistemas de telecomunicação (ST).

Cada sistema (proteção, registradores de perturbações e telecomunicações) deve ser integrado no nível da instalação para permitir o acesso local ou remoto de todos os seus dados, ajustes, registros de eventos, grandezas de entradas e outras informações. Essa integração não deve impor restrições à operação dos componentes primários da instalação.

No caso de implantação de um novo vão em instalações de transmissão, os sistemas devem ser compatibilizados com os já instalados.

Todos os equipamentos e sistemas devem ter automonitoramento e autodiagnóstico, com bloqueio automático da atuação quando houver defeito e com sinalização local e remota de falha e defeito.

Os sistemas devem ter arquitetura aberta e utilizar protocolos de comunicação descritos em norma, de forma a não impor restrições a ampliações futuras da rede básica e à integração com sistemas e equipamentos de outros fabricantes.

Os sistemas devem ter recursos que possibilitem a intervenção das equipes de manutenção sem desligamento de componentes primários.

Os materiais e equipamentos a serem utilizados devem ser projetados, fabricados, montados e ensaiados em conformidade com as últimas revisões das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT no que for aplicável, e, na falta destas, com as últimas revisões das normas da International Electrotechnical Commission – IEC ou da American National Standards Institute – ANSI, nessa ordem de preferência.

Todos os equipamentos e sistemas digitais devem atender aos requisitos das normas para compatibilidade eletromagnética aplicáveis, conforme as Normas citadas, nos graus de severidade adequados para instalação em subestações de extra-alta-tensão.

1.7.3. REQUISITOS GERAIS DE PROTEÇÃO

Todo componente, exceção feita aos barramentos, deve ser protegido localmente por dois sistemas de proteção completamente independentes.

Excetuando-se os barramentos, a proteção dos componentes deve ser concebida de maneira a não depender de proteção de retaguarda remota no sistema de transmissão. Para os barramentos deve ser prevista proteção de retaguarda remota para cobertura de eventual indisponibilidade de sua única proteção.

Devem ser previstos transformadores para instrumentos – transformadores de corrente e de potencial – para alimentação dos sistemas de proteção, supervisão e controle, em número adequado e com características nominais especificadas em função da aplicação (relações

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nominais, número de núcleos e enrolamentos secundários, exatidão, cargas nominais, desempenho transitório, etc.).

Os enrolamentos dos transformadores de corrente para alimentação dos sistemas de proteção devem ser dispostos na instalação de forma a permitir a superposição de zonas das proteções restritas de equipamentos primários adjacentes, evitando a existência de “pontos cegos”. O uso de proteções que tenham funcionalidades que possam detectar faltas em eventuais “zonas mortas” resultantes da aplicação de transformadores de corrente na instalação pode ser considerado.

As correntes e tensões para alimentação de cada sistema de proteção - principal e alternada - devem ser obtidas de núcleos independentes de transformadores de corrente e de secundários diferentes de transformadores de potencial. Quando não for utilizada redundância de proteção (proteção principal e alternada), a alimentação de correntes e tensões da proteção unitária ou restrita deve ser independente daquela utilizada pela proteção gradativa ou irrestrita.

As proteções que estão sujeitas à operação acidental por perda de potencial devem ter supervisão de tensão para bloqueio de operação e alarme.

Os conjuntos de proteção principal e alternada devem ser alimentados por bancos de baterias, retificadores e circuitos de corrente contínua independentes. Quando não for utilizada redundância de proteção, esse requisito deve ser atendido para a proteção unitária ou restrita e para a proteção gradativa ou irrestrita.

Os sistemas de proteção devem ser constituídos, obrigatoriamente, por equipamentos independentes e dedicados para cada componente da instalação, podendo esses equipamentos ser do tipo multifunção.

Os sistemas de proteção devem ter saídas para acionar disjuntores com dois circuitos de disparo independentes.

Deve ser prevista a supervisão dos circuitos de corrente contínua dos relés de proteção, equipamentos de telecomunicação utilizados para teleproteção, religamento automático e sincronismo, de forma a indicar qualquer anormalidade que possa implicar em perda da confiabilidade operacional do sistema de proteção.

Os sistemas de proteção devem ter, em condições normais ou durante perturbações, características de sensibilidade, seletividade, rapidez e confiabilidade operativa, a fim de que seu desempenho não comprometa a segurança do sistema elétrico.

O agente de transmissão deve realizar os estudos necessários para ajustes e coordenação do sistema de proteção. Para confirmar o atendimento aos requisitos descritos no item anterior, o agente de transmissão deve manter o registro dos ajustes implantados. Esses ajustes devem ser informados ao Operador Nacional de Sistema Elétrico - ONS, sempre que solicitado.

Os transformadores de corrente (TCs), nos arranjos de barramento tipo Barra Dupla 4 ou 5 chaves e Barra Principal com Barra de Transferência, devem ser locados fisicamente de modo que quando for utilizado o disjuntor interligador de barras (disjuntor de transferência) esses TCs continuem alimentando suas respectivas proteções.

1.7.4. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO

1.7.4.1. GERAL

O sistema de proteção de linha de transmissão compreende o conjunto de relés, equipamentos e acessórios instalados nos terminais de linha de transmissão, necessários e suficientes para a

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detecção e eliminação, de forma seletiva, de todos os tipos de faltas – com ou sem resistência de falta - e de outras condições anormais de operação.

No caso de utilização de compensação série, o sistema de proteção deve ser adequado para a manutenção dos requisitos exigidos no parágrafo anterior.

Os sistemas de proteção devem ser selecionados de acordo com as características da linha de transmissão a ser protegida. Linhas de transmissão curtas (SIR > 4) não devem utilizar esquemas de proteção com funções ajustadas em subalcance.

Sistemas de proteção compostos por relés de distância devem ter as seguintes funções:

(a) Funções de distância (21/21N)1 para detecção de faltas entre fases e entre fases e terra, com temporizadores independentes por zona;

(b) Função de sobrecorrente direcional de neutro (67N), com unidades instantâneas e temporizadas para complementação da proteção de distância para faltas a terra independentes das funções de medição de distância;

(c) Função para a detecção de faltas que ocorram durante a energização da linha de transmissão (50LP - switch onto fault); e

(d) Função para detecção de oscilações de potência e bloqueio das unidades de distância (68OSB).

Se a proteção unitária ou restrita for realizada por relés de distância, o esquema de teleproteção deve atender aos seguintes requisitos:

(a) A seleção da(s) lógica(s) de teleproteção a ser(em) adotada(s) em cada caso deve levar em conta o sistema de telecomunicação utilizado, os efeitos das variações das impedâncias das fontes, o comprimento relativo da linha de transmissão, acoplamentos magnéticos com outras linhas de transmissão e a existência de compensação série;

(b) A unidade instantânea da proteção de sobrecorrente direcional de neutro (67 N) deve atuar incorporada ao esquema de teleproteção selecionado, sempre que possível utilizando canal de teleproteção independente;

(c) Em esquemas de teleproteção por sobrealcance devem ser utilizadas lógicas de bloqueio temporário para evitar operação indevida durante a eliminação seqüencial de faltas em linha de transmissão paralelas (transient blocking);

(d) Os esquemas de teleproteção do tipo permissivo por sobrealcance devem ter lógicas para a devolução de sinal de disparo (echo) e para proteção de terminais com fraca alimentação (weak infeed).

As proteções unitárias ou restritas devem detectar faltas entre fases e entre fases e terra, para 100% da extensão da linha de transmissão protegida, sem retardo de tempo intencional.

As proteções gradativas ou irrestritas devem ser compostas por relés de distância (21/21N), para defeitos entre fases e fase-terra e por relé de sobrecorrente direcional de neutro (67N). Devem atender aos requisitos já mencionados e possibilitar efetiva proteção de retaguarda para a linha de transmissão protegida e para o barramento remoto, mantida a coordenação com a proteção dos componentes adjacentes.

Terminais de linha de transmissão conectados a barramentos com arranjos do tipo disjuntor e meio ou anel devem ter função para proteção do trecho de linha de transmissão que permanece

1 Numeração indicadora da função conforme Norma IEEE Standard Electrical Power System Device Function Numbers and Contact Designations, C37.2-1996.

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energizado quando a chave isoladora da linha de transmissão estiver aberta e seus disjuntores fechados (stub bus protection).

1.7.4.2. ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO DAS EXTREMIDADES DE UMA LINHA DE TRANSMISSÃO

Nos sistemas de proteção de linha de transmissão com recursos de telecomunicação – esquema com comunicação relé a relé, teleproteção, proteções diferenciais, etc. –, os relés e equipamentos instalados em ambos os terminais da linha de transmissão devem ser considerados para a operação como um conjunto único, devendo ser integrados e idênticos entre si quando comparadas as duas extremidades da linha de transmissão. Este requisito deve ser observado tanto para os equipamentos de telecomunicação quanto para os relés de proteção.

Em um terminal é admissível a utilização de equipamentos para a proteção principal diferentes dos, para a proteção alternada – ou para a proteção de retaguarda –, desde que se atenda ao requisito explicitado no parágrafo anterior.

Na implantação de nova subestação decorrente de seccionamento de linha de transmissão com a inclusão de novas entradas de linha devem-se adequar as proteções das entradas de linha existentes ao requisito especificado nos parágrafos anteriores, tanto pela aquisição e implantação de novos sistemas de proteções como pelo remanejamento das proteções existentes.

1.7.4.3. LINHA DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 345 KV

O sistema de proteção de linha de transmissão deve ser redundante: cada terminal de linha de transmissão deve ter proteção principal e proteção alternada, composta por conjuntos de proteção – relés, equipamentos de telecomunicações, relés auxiliares de demais acessórios – independentes.

O tempo total de eliminação de faltas, incluindo o tempo de abertura dos disjuntores de todos os terminais da linha de transmissão, não deve exceder a 100 ms.

Todo desligamento tripolar em um terminal de linha de transmissão ocasionado pela atuação de proteção deve gerar um comando a ser transferido para outro terminal, via esquema de transferência direta de disparo, para efetuar o desligamento do(s) disjuntor(es) do terminal remoto. A lógica de recepção deve discriminar os desligamentos para os quais é desejado o religamento da linha de transmissão daqueles para os quais o religamento deve ser bloqueado.

As proteções principal e alternada devem ter função para proteção por perda de sincronismo (78) baseada na taxa de variação no tempo da impedância medida, com as seguintes características:

(a) Ajustes das unidades de impedância e do temporizador independentes;

(b) Seleção do modo de disparo na entrada (trip on way in) ou na saída (trip on way out) da característica de medição; e

(c) Bloqueio do disparo para faltas assimétricas, preferencialmente por corrente de sequencia de fase negativa.

As proteções principal e alternada de todos os terminais de linha de transmissão devem ter proteção trifásica para sobretensões (59), com elementos instantâneo e temporizado independentes e faixa de ajustes de 1,1 a 1,6 vezes a tensão nominal. Os elementos instantâneos devem operar somente para sobretensões que ocorram simultaneamente nas três fases e os elementos temporizados devem operar para sobretensões sustentadas em qualquer uma das três fases.

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1.7.4.4. LINHA DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL DE 230 KV

Não se aplica.

1.7.4.5. LINHAS DE TRANSMISSÃO IGUAL OU INFERIOR A 138 KV

Não se aplica.

1.7.4.6. ESQUEMAS DE RELIGAMENTO AUTOMÁTICO

Todas as linhas de transmissão devem ser dotadas de esquemas para religamento automático tripolar.

Os esquemas de religamento automático devem atender à seguinte filosofia:

(a) Em subestações com arranjo em anel, barra dupla com disjuntor duplo ou disjuntor e meio deve-se prever a possibilidade de religamento em qualquer dos disjuntores adjacentes à linha de transmissão.

(b) O relé ou função de religamento deve ter temporizador para ajuste de tempo morto de religamento.

(c) Uma vez iniciado um determinado ciclo de religamento, somente deve ser permitido um novo ciclo depois de decorrido um tempo mínimo ajustável, que se iniciará com a abertura do disjuntor.

(d) O sistema de proteção deve ter meios para, opcionalmente, realizar o religamento automático apenas quando da ocorrência de curtos-circuitos internos fase-terra.

(e) Em subestações com arranjo do tipo anel ou disjuntor e meio devem ser previstas facilidades (chave seletora ou através do sistema de controle) para a colocação ou retirada de serviço do religamento e a seleção do disjuntor a religar.

(f) O ciclo de religamento deve ser iniciado exclusivamente após a eliminação de faltas internas por proteções de alta velocidade ou instantâneas, não devendo ser iniciados quando de aberturas manuais de disjuntores, operação de funções gradativas de proteção, faltas nos barramentos, atuações de proteções para falha de disjuntor, recepção constante de transferência de disparo do terminal remoto, atuações de proteção de sobretensão e proteções de disparo por perda de sincronismo. Quando for o caso, o ciclo iniciará a partir da eliminação de faltas por atuação das proteções dos reatores de linha ou transformadores/autotransformadores.

(g) Deve ser prevista a possibilidade de seleção de qualquer um dos terminais da linha de transmissão para religar primeiro (terminal líder). Esse religamento deve ocorrer depois de transcorrido o tempo morto ajustado. O outro terminal (terminal seguidor) deve religar com a verificação de sincronismo. Para permitir a seleção do terminal líder, ambos os terminais devem ser equipados com esquemas de religamento e relés de verificação de sincronismo. O terminal líder deve religar somente se não houver tensão na linha de transmissão. O terminal seguidor deve religar somente depois da verificação de sincronismo, se houver nível de tensão adequado do lado da linha de transmissão.

(h) Qualquer ordem de disparo iniciada por proteção deverá desligar os três polos do disjuntor e iniciar o ciclo de religamento.

(i) O comando de fechamento tripolar de disjuntores deve ser supervisionado por funções de verificação de sincronismo e de subtensão e sobretensão

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No caso de utilização de religamento automático monopolar devem ser atendidos, adicionalmente, as seguintes condições:

(i) O desligamento e o religamento dos dois terminais da linha de transmissão devem ser monopolares para faltas monofásicas e tripolares para os demais tipos de faltas. Caso não haja sucesso no ciclo de religamento o desligamento deve ser tripolar. Nesse esquema deve haver opção também para religamento apenas tripolar. Na opção tripolar, qualquer ordem de disparo iniciada por proteção deve desligar os três polos do disjuntor e iniciar o ciclo de religamento.

(ii) O esquema de religamento deve permitir ajustes independentes do tempo morto de religamento tanto para o religamento monopolar quanto para o tripolar.

(iii) Durante o período de operação com fase aberta imposto pelo tempo morto do religamento monopolar, qualquer ordem de disparo deve ser tripolar, cancelando o religamento da linha de transmissão.

(iv) No caso de utilização de esquemas de teleproteção em sobrealcance, com funções direcionais de sobrecorrente de neutro (sequencia zero e/ou negativa), deve ser previsto o bloqueio dessas funções durante o período de operação com fase aberta.

(v) Os sistemas de proteção devem permitir a correta seleção de fases defeituosas para comandar o desligamento do disjuntor de forma monopolar ou tripolar.

1.7.4.7. FUNÇÃO PARA VERIFICAÇÃO DE SINCRONISMO

A função para verificação de sincronismo deve permitir o ajuste do tempo total de religamento, considerando a contagem de tempo desde a abertura do disjuntor e incluindo os tempos mortos típicos para a respectiva classe de tensão. Além disso, deve possibilitar ajustes da diferença de tensão, defasagem angular, diferença de frequência e permitir a seleção das seguintes condições para fechamento do disjuntor:

Barra viva - linha morta.

Barra morta - linha viva.

Barra viva – linha viva.

Barra morta - linha morta.

1.7.5. REQUISITOS PARA VERIFICAÇÃO DE SINCRONISMO MANUAL.

As instalações devem ser providas de dispositivo para a verificação das condições de sincronismo para o fechamento manual de seu(s) disjuntor(es).

No caso de ampliação da rede básica ou modificação da instalação devem ser instalados os transformadores de instrumentos, eventualmente necessários para a realização da função de sincronização.

O dispositivo de sincronização deve atender aos seguintes requisitos:

Permitir o fechamento do disjuntor com temporização ajustável, após verificar que os seus terminais estão sincronizados (sistema em anel), e a diferença entre as tensões dos dois terminais (módulo e ângulo de fase) está dentro dos limites ajustados.

Permitir o fechamento instantâneo do disjuntor, após verificar que a diferença entre as tensões (módulo e ângulo de fase) e a diferença da frequência dos dois terminais, está dentro dos limites ajustados (sistema não sincronizado).

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Contar com diferentes grupos de ajustes, de modo a permitir o fechamento de sistemas em anel com diferenças de ângulo de fase das tensões distintas, dependendo do equipamento a ser conectado.

Permitir o fechamento nas condições em que um ou ambos os lados do disjuntor estejam sem tensão – “barra viva-linha morta”, “barra morta-linha viva” ou “barra morta-linha morta”.

Exteriorizar as grandezas de tensão e frequência de ambos os lados do disjuntor a sincronizar, a diferença de ângulo de fase e o desvio de frequência entre seus terminais. Deve ainda indicar as condições de sincronização, de forma a permitir a adoção de medidas operativas para atingir a condição de sincronização.

1.7.6. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES OU AUTOTRANSFORMADORES

Não se aplica.

1.7.6.1. TRANSFORMADORES CUJO MAIS ALTO NÍVEL DE TENSÃO NOMINAL É IGUAL OU SUPERIOR A 345 KV

Não se aplica.

1.7.6.2. TRANSFORMADORES OU AUTOTRANSFORMADORES CUJO MAIS ALTO NÍVEL DE TENSÃO NOMINAL É 230 KV

Não se aplica.

1.7.7. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES DE ATERRAMENTO

Não se aplica.

1.7.8. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE REATORES EM DERIVAÇÃO

Não se aplica .

1.7.9. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO

Não se aplica.

1.7.10. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE

Não se aplica.

1.7.11. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BANCOS DE FILTROS

Não se aplica.

1.7.12. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE COMPENSADOR ESTÁTICO

Não se aplica.

1.7.13. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE COMPENSADORES SÍNCRONOS

Não se aplica.

1.7.14. SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS COM TENSÃO IGUAL OU SUPERIOR A 138 KV

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O sistema de proteção de barramentos compreende o conjunto de relés e acessórios necessários e suficientes para detectar e eliminar todos os tipos de faltas nas barras, com ou sem resistência de falta.

Cada barramento da instalação – com exceção dos barramentos com arranjo em anel – deve ter pelo menos um conjunto independente de proteção unitária ou restrita.

Em subestação com arranjo do tipo disjuntor e meio ou disjuntor duplo é vedado o uso de proteções de barra do tipo adaptativo que englobem os dois barramentos da instalação.

Em subestação com arranjo do tipo barra dupla com disjuntor simples, a proteção deve ser global e adaptativa, desligando apenas os disjuntores conectados ao barramento defeituoso, para qualquer configuração operativa por manobra de secionadoras.

A proteção de retaguarda para faltas nos barramentos deve ser realizada pela proteção gradativa ou irrestrita dos terminais remotos das linhas de transmissão e equipamentos ligados ao barramento.

O tempo total de eliminação de faltas – incluindo o tempo de operação do sistema de proteção do barramento, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores - não deve ser superior a 100 ms, para barramentos de tensões nominais iguais ou superiores a 345 kV e a 150 ms para os níveis de tensão nominal inferiores.

No caso de falha da proteção unitária ou restrita do barramento, o tempo total para que as proteções de retaguarda eliminem faltas no barramento não deve ser superior a 500 ms, para barramentos de tensões nominais iguais ou superiores a 345 kV, e a 600 ms, para os níveis de tensão nominais inferiores.

O sistema de proteção unitária ou restrita deve ter as seguintes funções e características:

(a) Ter proteção com princípio diferencial, por sobrecorrente diferencial percentual ou alta impedância (87), ou comparação de fase, para cada uma das três fases.

(b) Ser alimentado por núcleos dos transformadores de corrente independentes das demais funções de proteção.

(c) Ter imunidade para os diferentes níveis de saturação dos transformadores de corrente, com estabilidade para faltas externas e sensibilidade para faltas internas.

(d) Ter supervisão para os enrolamentos secundários dos transformadores de corrente dentro de sua área de proteção, com bloqueio de atuação e alarme para o caso de abertura de circuito secundário.

(e) Ser seletivo, para desligar apenas os disjuntores conectados à seção defeituosa do barramento.

O sistema de proteção unitária ou restrita deve desligar e bloquear o fechamento de todos os disjuntores do barramento protegido.

Novos vãos em subestações existentes devem se adaptar à proteção de barra já instalado. Havendo impossibilidade, a proteção de barra deve ser substituída.

1.7.15. SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR COM TENSÃO IGUAL OU SUPERIOR A 138 KV

Todo disjuntor da subestação deve ser protegido por esquema para falha de disjuntor.

O esquema do sistema de proteção para falha de disjuntor pode ser integrado ao sistema de proteção de barramentos.

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O tempo total para a eliminação de faltas pelo esquema de falha de disjuntores, incluindo o tempo de operação do relé de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores, não deve exceder a 250 ms, para os níveis de tensão nominal igual ou superior a 345 kV, e a 300 ms para os níveis de tensão nominal inferiores a 345 kV.

O sistema de proteção para falha de disjuntores deve ter funções de detecção de corrente (50BF) e de temporização (62BF), que podem ser integradas aos sistemas de proteção das linhas de transmissão e demais equipamentos, além de função de bloqueio (86BF). Deve atender, ainda, à seguinte filosofia:

(a) Ser acionado por todas as proteções do disjuntor protegido.

(b) Promover novo comando de abertura no disjuntor protegido (retrip), antes da atuação no relé de bloqueio;

(c) Comandar, para a eliminação da falha, a abertura e o bloqueio do fechamento do número mínimo de disjuntores adjacentes ao disjuntor defeituoso, e promover, se necessário, a transferência direta de disparo para o(s) disjuntor(es) remoto(s).

Em transformadores, autotransformadores e reatores devem ser previstas lógicas de paralelismo entre os contatos representativos de estado dos disjuntores e os contatos das unidades de supervisão de corrente (50BF), de forma a viabilizar a atuação do esquema de falha de disjuntor para todos os tipos de defeitos nesses equipamentos, inclusive nos que não são capazes de sensibilizar os relés de supervisão de corrente do referido esquema.

O sistema de proteção para falha de disjuntores não deve ser acionado por comando manual do disjuntor nem por eventuais Sistemas Especiais de Proteção – SEP.

1.7.16. SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO

O Sistema Especial de Proteção - SEP, a ser definido nos estudos pré-operacionais do ONS, deve ser implementado por Unidades de Controle Digital (UCD), específico para processar emergências envolvendo o Sistema Interligado Nacional - SIN.

Deve existir um SEP para cada subestação.

As características descritas a seguir são específicas para o SEP e devem ser rigidamente observadas pela TRANSMISSORA:

As UCDs devem ser funcionalmente independentes das demais unidades do sistema de Proteção Controle e Supervisão (SPCS) no que diz respeito ao desempenho das suas funções. Estas unidades devem estar conectadas à Via de dados (VDD) somente para enviar e receber informações que devem ser exibidas nas Unidades de Supervisão e Operação (USO) das subestações e dos Centros de Operação.

Os SEPs das subestações devem estar diretamente conectados entre si e com os SEPs das demais subestações, incluindo as hoje existentes no sistema. Cada SEP deve ser dotado de um mínimo de cinco portas seriais padrão RS-232C com Protocolo de Comunicação IEC-870-5-101 encapsulado em TCP-IP;

Esta conexão deve ser dedicada à função (SEP) e deve atender aos seguintes requisitos de tempo de resposta:

O tempo máximo (total) estimado para tomada de decisão de um SEP de determinada Subestação, em função da alteração de entradas digitais e / ou violação dos limites estabelecidos para as funções supervisionadas ocorridos em outra subestação, incluídos os tempos de comunicação, deve ser menor ou igual a 200 ms.

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Dentro de uma mesma subestação o tempo de atuação deve ser menor ou igual a 20 ms.

Caso a UCD proposta para o SEP não consiga desempenhar as funções especificadas a seguir, a TRANSMISSORA deve instalar os relés de proteção em quantidade e tipo necessários e suficientes para cumprir estas funções. Estes relés devem, também, ser exclusivos para a função SEP, não podendo ser compartilhados com o SPCS.

As seguintes funções devem ser desempenhadas pelas UCDs:

Função Direcional de Potência (para as linhas de transmissão):

Atuação trifásica ou por fase.

Curva característica de tempo inversa.

Possibilidade de inversão da direcionalidade.

Facilidade de ajuste quanto ao ponto de atuação em termos de potência (W) ou corrente (A).

Dotado de saídas independentes para alarme e desligamento com reset local e remoto.

Interface com fibra óptica.

Função de Sub e Sobretensão (para as barras):

Atuação por fase.

Característica de tempo definido.

Ajuste contínuo da função 27 na faixa de 0,3 a 0,8 da tensão nominal e da função 59 de 1,1 a 1,6 da tensão nominal.

Exatidão melhor que 2%.

Interface com fibra óptica.

Função de Sub e Sobrefrequência:

Possuir 04 estágios de frequência independentes.

Faixa de ajuste mínima para cada estágio de operação: de 50 Hz a 70 Hz, ajustável em intervalos de 0,01 Hz.

Exatidão de ± 0,005 Hz do valor ajustado.

A operação da unidade deverá ser bloqueada por subtensão, ajustável de 40% a 80% da tensão nominal.

Cada unidade deve ser fornecida com funções para alarme e desligamento.

A atuação dessa unidade só deve ser possível após um período de avaliação não inferior a 3 (três) ciclos, de forma a eliminar eventuais atuações indevidas provocadas por componente aperiódica ou outros transitórios na onda de tensão.

O tempo máximo de rearme dessa unidade deve ser de 50 ms.

O erro máximo admissível para cada temporizador deve ser de ± 5%.

Circuitos de medição e saída independentes por estágios de atuação.

Interface com fibra óptica.

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Devem ser disponibilizados os seguintes dados para ligação ao controlador lógico programável (CLP) do sistema:

Entradas analógicas:

Fluxo de potência ativa em todas as linhas de transmissão, geradores e transformadores/autotransformadores.

Tensão em todas as seções de barramento.

Entradas digitais:

Indicação de estado (com dois contatos) de disjuntores, chaves seccionadoras, chaves de seleção de corte dos geradores (para usinas).

Indicação da atuação da proteção.

Saídas de controle:

Dois contatos para comando de abertura por disjuntor.

Caso os estudos pré-operacionais desenvolvidos pelo ONS, por ocasião da entrada em operação do empreendimento, não indicar a necessidade de instalação de SEP, a TRANSMISSORA fica liberada desse fornecimento imediato. Essa liberação fica condicionada ao seu fornecimento, durante todo o período de concessão do empreendimento, sem direito a receita adicional, se assim for recomendado pelo ONS, em função de necessidades sistêmicas.

Se o empreendimento em questão estiver em área com SEP em operação, a TRANSMISSORA deverá verificar a necessidade de compatibilização de SEP a ser implantado com o existente.

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1.8. SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

1.8.1. INTRODUÇÃO

Este item descreve os requisitos de supervisão e controle que devem ser implantados para que seja assegurada a plena integração da supervisão e controle dos novos equipamentos à supervisão dos equipamentos existentes, garantindo-se, com isto, uma operação segura e com qualidade do sistema elétrico interligado. Assim, são de responsabilidade do agente a aquisição e instalação de todos os equipamentos, softwares e serviços necessários para a implementação dos requisitos especificados neste item e para a implementação dos recursos de telecomunicações, cujos requisitos são descritos em item à parte.

Os requisitos de supervisão e controle são divididos em:

Requisitos gerais de supervisão e controle dos agentes, detalhados em requisitos gerais, interligação de dados e, recursos de supervisão e controle dos agentes.

Requisitos para a supervisão e controle de equipamentos pertencentes à rede de operação, divididos em interligação de dados, informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico, informações e telecomandos requeridos para o Controle Automático de Geração (CAG), telecomandos requeridos para o Controle Automático de Tensão (CAT), requisitos de qualidade de informação e, parametrizações.

Requisitos para o sequenciamento de eventos (SOE), divididos em interligação de dados, informações requeridas para o sequenciamento de eventos e, requisitos de qualidade dos eventos.

Requisitos de supervisão do agente proprietário de instalações (subestações) compartilhadas da rede de operação.

Avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de supervisão e controle, divididos em item geral, conceito de indisponibilidade de recursos de supervisão e controle, conceito de qualidade dos recursos de supervisão e controle e, indicadores.

Requisitos de atualização das bases de dados dos sistemas de supervisão e controle do ONS, divididos em requisitos para cadastramento dos equipamentos e, requisitos para teste de conectividade da(s) interconexão(ões) e testes ponto a ponto.

1.8.2. REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES

1.8.2.1. REQUISITOS GERAIS

Todas as informações transferidas pelos agentes para o ONS, exceto quando houver orientações explícitas do ONS em contrário, devem corresponder aos dados coletados nas instalações de transmissão, que não devem passar por qualquer processamento prévio, como:

(a) Cálculos a partir de outras informações, exceção feita para os cálculos de conversão para valores de engenharia;

(b) Filtragens;

(c) Substituições por resultados do estimador de estado;

(d) Entradas manuais feitas pelo agente.

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Todas as telemedições e sinalizações de estado, especificadas posteriormente neste Anexo, devem ter indicadores de qualidade do dado relativos à coleta, descrevendo as condições de supervisão local (dado fora de varredura, dado inválido, dado sob entrada manual, etc.).

Cabe ao ONS definir o conjunto de protocolos de comunicação a ser adotado nas interligações de dados, e ao agente escolher um deles para suas interligações com ONS. Os seguintes protocolos deverão ser suportados pelos agentes, conforme apropriado:

(a) Para comunicação com remotas: IEC 870-5-101/104 ou DNP V3.0;

(b) Para interligação com outros centros de controle: ICCP.

Os CD (Concentradores de Dados), se utilizados, devem ser capazes de identificar o estado operacional de todos os sistemas hierarquicamente a ele subordinados e de transferir essas informações para o ONS.

Os centros de operação do ONS identificam o estado operacional das UTR (Unidade Terminal Remota) e dos CD diretamente a eles conectados a partir das trocas de informações nas correspondentes interligações de dados. Esse estado é modelado como sinalização de estado nas bases de dados de seus sistemas de supervisão e controle.

Ainda no caso de uso de CD para atendimento ao CAT e, quando acordado com o ONS, ao CAG, esses concentradores devem ser capazes de rotear automaticamente telecomandos emanados pelo ONS para as instalações, sem intervenções manuais.

Os SSCL (Sistema de Supervisão e Controle Local) ou as UTR de cada instalação com equipamentos na rede de operação devem:

(a) Ter seus relógios internos ajustados com exatidão melhor ou igual a 1 (um) ms, com sincronismo por GPS (Sistema de Posicionamento Global). Os sistemas que atendam exclusivamente à supervisão de equipamentos da rede de supervisão não integrantes da rede de operação não precisam atender a esse requisito.

(b) Ter tempo máximo de reinicialização de 5 (cinco) minutos.

(c) Ser dimensionados para não perder eventos da SOE. Se ocorrer uma avalanche de eventos, todos os eventos devem ser transferidos para o ONS em até 5 (cinco) minutos.

1.8.2.2. INTERLIGAÇÃO DE DADOS

Conceito

Considera-se como interligação de dados o conjunto de equipamentos e sistemas que se interponham entre o ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo e cada um dos centros citados neste edital.

Este conjunto poderá abranger, entre outros, os seguintes equipamentos:

Sistemas de Supervisão e Controle Locais (SSCL) ou UTR em usinas e subestações;

CD que podem ser sistemas de supervisão e controle de um agente;

Enlace de dados, ponto-a-ponto ou via redes tipo WAN (“Wide Área Network”), entre quaisquer destes sistemas;

Equipamentos de interfaceamento com comunicações (modems, roteadores ou equivalentes) no centro de operação designado pelo ONS.

Requisitos

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É responsabilidade do agente prover todas as interligações de dados necessárias para atender aos requisitos de supervisão e controle especificados.

As interligações de dados entre o(s) centro(s) de operação do ONS e as diversas instalações a serem supervisionadas pelo ONS são definidas pelos agentes e apresentadas ao ONS, devendo estar em conformidade com os requisitos de supervisão e controle apresentados neste edital.

São exigidos requisitos diferentes para diferentes tipos de recursos de supervisão e controle, o que pode levar à necessidade de uso de interligações com características distintas, quais sejam:

(a) Interligações para atender aos requisitos do CAG.

Estas interligações apresentam as seguintes peculiaridades:

Estão restritas às instalações necessárias à operação do CAG, normalmente usinas e subestações que interligam áreas de controle distintas.

Cada interligação transporta um conjunto de dados relativamente pequeno, com uma ordem de grandeza que varia de uma unidade a algumas dezenas.

Devem ser configuradas como uma ligação direta entre o(s) centro(s) de operação do ONS e as instalações, não sendo aceitável o uso de CD, exceto quando acordado com o ONS.

Exigem taxas de transferências de dados relativamente altas, com períodos de aquisição de no máximo 2 (dois) segundos.

Em virtude de suas características, podem requerer equipamentos especiais nas instalações para a recepção de telecomandos e a aquisição e transferência das informações para o ONS.

Excepcionalmente, mediante acordo firmado caso a caso com o ONS, essas interligações poderão ser compartilhadas com as interligações utilizadas para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle, desde que atendidos todos os requisitos de CAG.

(b) Interligações para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle.

São as interligações comumente utilizadas para a aquisição de dados eletro-energéticos pelos sistemas de supervisão e controle, que se caracterizem por:

Cobrirem todas as instalações (usinas e subestações) sob responsabilidade de um determinado centro de operação do ONS.

Transportarem informações com períodos de aquisição que variam de poucos segundos a vários minutos e, em alguns casos, ações de controle.

Abrangem um grande volume de dados.

Conectam as instalações, CD ou centros de operação do agente aos centros de operação do ONS.

(c) As interligações para atender à SOE, caracterizam-se por transportar as informações de sequencia de eventos coletadas nas instalações quando da ocorrência de perturbações e devem ser transferidas aos centros de operação do ONS, em tempo real, pela mesma interligação de dados utilizada para atender aos requisitos de supervisão e controle. Para as informações definidas para trafegarem neste tipo de interligação (SOE), é vetada a

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passagem por qualquer tipo de processamento, como filtragem ou cálculos, que não preserve o selo de tempo original.

(d) Além dessas interligações, existem interligações que trafegam informações com alta taxa de aquisição utilizada pelo ONS para a detecção de ilhamento. As informações transferidas se constituem em medições de frequência em Hz em barramentos selecionados da REDE BÁSICA. Para essas interligações, o agente se responsabiliza pela disponibilidade da medição na instalação. Um acordo entre o agente e o ONS, estabelecido caso a caso, define a forma e os recursos que serão utilizados para a transferência das informações ao ONS.

1.8.2.3. RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES

Entenda-se como recurso de supervisão e controle dos agentes o conjunto formado por:

Ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo, ou seja, transdutores, relés de interposição, reguladores de velocidade / potência e outros equipamentos;

Interligação de dados, ou seja, o conjunto de equipamentos e sistemas que se interponham entre o ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo e os computadores de comunicação do centro de operação do ONS.

Os agentes proprietários de equipamentos enquadrados em algum item deste edital devem fornecer os recursos necessários para atender os requisitos de supervisão e controle exigidos pelo ONS, incluindo as interligações de dados.

Para a entrada em operação de novos empreendimentos, é necessário que sejam atendidos todos os requisitos definidos neste edital e os recursos devem estar completamente testados e prontos para operar junto com os demais equipamentos do empreendimento.

Os SSCL ou UTR devem atender aos requisitos de supervisão e controle exigidos pelo ONS, apresentados neste edital.

Os sistemas de transmissão de dados utilizados nas interligações de dados devem atender aos requisitos descritos neste anexo técnico, no item “Requisitos técnicos do sistema de telecomunicações”.

1.8.3. REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À REDE DE OPERAÇÃO

Este item define os requisitos de supervisão e controle necessários às funções de supervisão e controle do ONS, aplicáveis aos equipamentos pertencentes à rede de operação.

Os requisitos necessários à função de sequenciamento de eventos são objetos de um item à parte.

1.8.3.1. INTERLIGAÇÃO DE DADOS

Os recursos especificados neste subitem devem ser disponibilizados, através das seguintes interligações de dados, conceituadas anteriormente:

(a) Interligações para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle;

(b) Interligações para atender aos requisitos do CAG.

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1.8.3.2. INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA A SUPERVISÃO DO SISTEMA ELÉTRICO

Os requisitos necessários ao sequenciamento de eventos são tratados em um item à parte.

Para cada equipamento da rede de operação, as seguintes informações de grandezas analógicas e de sinalizações de estado devem ser transferidas para o sistema de supervisão e controle do centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação desse centro, conforme especificado a seguir:

[A]. Medições analógicas

Todas as medições deverão ser feitas de forma individualizada e transferidas periodicamente aos centros de operação.

O período de transferência deve ser parametrizável por centro, devendo os sistemas ser projetados para suportar períodos de aquisição de pelo menos 4 segundos e, em alguns casos, de 6(seis) segundos, períodos esses definidos em comum acordo entre o agente e o ONS.

As seguintes medições devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação:

1 (uma) medição do módulo de tensão fase-fase em kV de cada secção de barramento que possa formar um nó elétrico ou, caso seja adotado o arranjo em anel, uma medição do módulo de tensão fase-fase em kV nos terminais de cada equipamento que a ele se conectem (linhas de transmissão, transformadores/autotransformadores, etc.).

A medição de tensão deve ser reportada ao ONS como sendo fase-fase, no entanto, este valor pode ser obtido por cálculo a partir de uma medição fase-neutro.

1 (uma) medição do módulo de tensão fase-fase em kV no ponto de conexão entre a linha de transmissão e a(s) compensação(ões) série, caso a instalação contemple compensação série na(s) linha(s) de transmissão.

Potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar em todas as linhas de transmissão.

Corrente em uma das fases em ampere nos terminais de todas as linhas de transmissão.

1 (uma) medição do módulo de tensão fase-fase em kV de cada terminal de linha de transmissão.

Potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar e corrente em uma das fases em ampéres de todos os enrolamentos de transformadores/autotransformadores.

Potência trifásica reativa em Mvar de todos os equipamentos de compensação reativa dinâmicos, tais como compensadores síncronos e compensadores estáticos controláveis.

Posição de tape de transformadores/autotransformadores equipados com comutadores sob carga. Casos excepcionais de não disponibilização desta informação poderão ser admitidos apenas mediante inviabilidade técnica comprovada.

1 (uma) medição do módulo de tensão fase-fase em kV para transformadores / autotransformadores, excetuando-se aquele na fronteira da rede de operação. Esta medição deve ser no lado ligado à barra de menor potência de curto-circuito, geralmente o de menor tensão, caso o ONS não explicite que seja no outro lado do transformador / autotransformador.

[B]. Sinalização de estado

Devem ser considerados os estados referentes:

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EDITAL DE LEILÃO NO 05/2012-ANEEL ANEXO 6 F – LOTE F LT ITABIRITO 2 – VESPASIANO 2 EM 500 KV

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(a) A todos os disjuntores e chaves utilizados nos barramentos e nas conexões de equipamentos da rede de operação, aí incluídas as chaves de by pass. Esse requisito é aplicável tanto a sistemas de geração e transmissão em corrente alternada quanto a sistemas de transmissão em corrente contínua (incluindo filtros), sendo que, para os disjuntores, é necessário que a sinalização seja acompanhada do selo de tempo.

(b) Aos estados operacionais e alarmes dos equipamentos utilizados nos sistemas especiais de proteção. Se esses sistemas tiverem atuações em instalações fora da rede de operação, devem ser buscadas alternativas de monitoração, definidas em comum acordo entre o ONS e o agente.

(c) Aos relés de bloqueio, com selo de tempo.

(d) Ao estado operacional de dispositivos de controle de FACTS, tais como os power oscillation dampers das compensações série de linhas de transmissão.

(e) Ao estado dos comutadores sob carga (em automático/manual/remoto).

(f) Aos alarmes de temperatura de rotor e estator de compensadores síncronos.

(g) Aos alarmes de temperatura de enrolamento e óleo de transformadores / autotransformadores e reatores.

(h) Ao estado operacional de UTR e SSCL diretamente subordinados a CD.

Ainda com relação à sinalização de estado, devem-se observar os seguintes requisitos:

(i) O sistema de supervisão e controle da instalação ou a UTR ou o CD, se utilizado, deve estar apto a responder a varreduras de integridade feitas pelo ONS, que podem ser periódicas, com período parametrizável, tipicamente a cada 1 (uma) hora, sob demanda ou por evento, como por exemplo, uma reinicialização dos recursos de supervisão e controle do ONS.

(j) Os SSCL ou as UTR de cada instalação com equipamentos na rede de operação devem ser capazes de armazenar o selo de tempo das sinalizações com uma exatidão melhor ou igual a 1 (um) ms, utilizando o relógio interno do sistema que deve ter a exatidão especificada no item “Requisitos gerais dos sistemas de supervisão dos agentes”.

(k) Todas as sinalizações devem ser reportadas por exceção.

(l) Visando contornar as dificuldades oriundas da abrangência continental do SIN (vários fusos horários) e oriundas da adoção do horário de verão, o selo de tempo informado deve ser no padrão UTC (Universal Time Coordinate).

(m) Excepcionalmente, a critério do ONS, podem ser reduzidos os requisitos de abrangência da supervisão de barramentos na fronteira da rede de operação e dos equipamentos a eles conectados, tais como aqueles aplicáveis a barramentos de terciário de transformadores / autotransformadores e a barramentos do lado de baixa de transformadores / autotransformadores na fronteira da rede de operação.

1.8.3.3. INFORMAÇÕES E TELECOMANDOS REQUERIDOS PARA O CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)

[A]. Caracterização dos centros de operação que recebem as informações

O SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN) está dividido em áreas de controle de frequência e intercâmbio. Essas áreas são as redes de atuação dos centros de operação do ONS.

As informações de tempo real necessárias ao CAG devem ser enviadas, dependendo de sua utilização, para um ou mais centros de operação do ONS, conforme abaixo descrito:

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(a) Centro de operação do ONS que controla o CAG da área a que pertence a instalação, normalmente o centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da instalação;

(b) Centros de operação do ONS responsáveis pelo controle do CAG das áreas adjacentes à área do centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da instalação;

(c) Centros de operação do ONS passíveis de assumir o CAG da área sob responsabilidade do centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da instalação.

[B]. Informações requeridas pelo centro de operação que controla o CAG

As seguintes informações utilizadas pelo CAG devem ser coletadas e transmitidas para este centro de operação:

(a) Frequência em Hz em barramentos designados pelo ONS em rotina específica.

(b) Potência ativa trifásica em MW em todos os pontos de interligação com outras áreas de controle, que pode ser totalizada por instalação e por área.

(c) Outras de geração e usinas, que não se referem ao presente Anexo Técnico.

[C]. Informações requeridas pelo centro de operação controlador das áreas adjacentes

As informações de potência ativa trifásica em MW em todos os pontos de interligação com outras áreas de controle, que pode ser totalizada por instalação e por área, devem ser coletadas nas instalações de interligação e transmitidas para os centros de operação controladores das áreas adjacentes.

[D]. Informações requeridas pelos centros de operação do ONS passíveis de assumir o CAG de uma ou mais áreas que se interligam

Para viabilizar as transferências de área de controle do CAG, o ONS identifica em rotina específica, instalações em que as informações de potência ativa trifásica em MW nos pontos de interligação indicados pelo ONS, que pode ser totalizada por instalação e por área, devem ser coletadas e transmitidas para um ou mais centros de operação passíveis de assumir uma determinada área de controle.

1.8.3.4. TELECOMANDOS REQUERIDOS PARA O CONTROLE AUTOMÁTICO DE TENSÃO

Pode ocorrer que, por razões sistêmicas, seja necessário o uso de CAT (Controle Automático de Tensão pelo ONS). Os CAT são instalados em seus centros de operação, atuando via telecomando em equipamentos tais como comutadores sob carga de transformadores / autotransformadores, compensadores síncronos e compensadores estáticos controláveis, resguardado suas limitações operativas declaradas pelos agentes.

Excluem-se das ações do CAT a energização e desenergização de equipamentos.

1.8.3.5. REQUISITOS DE QUALIDADE DA INFORMAÇÃO

[A]. Exatidão da medição

Todas as medições de tensão devem ser efetuadas por equipamentos cuja classe de precisão garanta uma exatidão mínima de 1% e as demais de 2%. Tal exatidão deve englobar toda a cadeia de equipamentos utilizados, tais como transformadores de corrente, de tensão, transdutores, conversores analógico/digital, etc.

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[B]. Idade do dado

Define-se como idade máxima do dado o intervalo de tempo máximo entre o instante de ocorrência de seu valor na instalação (processo) e sua recepção no(s) centro(s) designado(s) pelo ONS.

O tempo necessário para a chegada de um dado ao centro designado pelo ONS inclui o tempo de aquisição do dado na instalação, processamento da grandeza e transmissão desse dado através dos enlaces de comunicação até o centro.

A idade máxima de um dado analógico coletado para o CAG deve ser inferior à soma do tempo de varredura adicionado de:

2 (dois) segundos em média.

5 (cinco) segundos no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média de 2(dois) segundos.

A idade máxima para os demais dados analógicos deve ser inferior à soma do tempo de varredura adicionado de:

4 (quatro) segundos em média.

10 (dez) segundos no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média de 4(quatro) segundos.

A idade máxima de um dado coletado por exceção deve ser inferior a 8(oito) segundos.

Estes requisitos não se aplicam à transmissão das informações de sequencia de eventos.

[C]. Banda morta e varredura de integridade

Os protocolos que transmitem medições analógicas por exceção devem ter uma banda morta e varredura de integridade definidas em comum acordo entre o ONS e o agente. As definições obtidas nestes acordos não devem prejudicar a exatidão das medidas, conforme definido acima.

Enquanto um acordo formal não for firmado entre o ONS e o agente, a UTR e/ou SSCL devem ser configurados com um valor inicial de banda morta de 0,1% do fundo de escala, ou do último valor lido e deve suportar varreduras de integridade com períodos menores ou iguais a 30 (trinta) minutos.

[D]. Demais requisitos de qualidade para informações necessárias ao CAG

O período de aquisição dessas grandezas pelos centros de operação do ONS deve estar de acordo com os padrões exigidos pelos sistemas de CAG dos centros de operação designados pelo ONS e deve ser menor ou igual a 2 (dois) segundos.

Todas as medições devem ser obtidas da mesma fonte, de tal forma que se garanta que todos os sistemas as recebam exatamente iguais, mesmo que transmitidas para diferentes centros de operação e em diferentes enlaces e protocolos.

[E]. Parametrizações

Todos os períodos de aquisição acima especificados devem ser parametrizáveis, e os valores apresentados se constituem em níveis mínimos.

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1.8.4. REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS

1.8.4.1. INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS

Sempre que o equipamento dispuser das proteções abaixo citadas, as seguintes informações devem ser coletadas pelo agente proprietário do equipamento e transferidas para o ONS conforme a classificação do evento nos grupos:

(a) Grupo “A”: compreende os eventos que devem ser enviados diretamente para o ONS, em tempo real, através das mesmas interligações de dados utilizadas para atender aos requisitos de supervisão e controle, conforme conceituação feita no item 1.8.3.1 “Interligação de dados”.

(b) Grupo “B”: compreende os eventos que devem ser enviados de forma agrupada para o ONS, em tempo real, através das mesmas interligações de dados utilizadas para atender aos requisitos de supervisão e controle, conforme conceituação feita no item 1.8.3.1 “Interligação de dados”. Os eventos disponíveis na instalação do agente na forma individualizada devem ser enviados para o ONS, quando solicitados por este, através de meio eletrônico, em até 24 (vinte e quatro) horas;

(c) Grupo “C”: compreende os eventos que devem estar disponíveis na instalação do agente e ser enviados para o ONS, quando solicitados por este, através de meio eletrônico, em até 24 (vinte e quatro) horas.

1.8.4.2. TRANSFORMADORES E AUTOTRANSFORMADORES:

(a) Grupo “A”:

Disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem:

(1) “Atuação da proteção do transformador - Função sobrecorrente”

(i) atuação da proteção de sobrecorrente do comutador sob carga;

(ii) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro (por enrolamento).

(2) “Atuação da proteção do transformador - Função sobretemperatura”

(i) disparo por sobretemperatura do óleo;

(ii) disparo por sobretemperatura do enrolamento.

(3) “Atuação da proteção do transformador – Outras funções”

(i) disparo da proteção de gás;

(ii) disparo da proteção de sobretensão de sequencia zero para o enrolamento terciário em ligação delta;

(iii) disparo da válvula de alívio de pressão;

(iv) disparo da proteção de gás do comutador de derivações;

(v) disparo da proteção diferencial (por fase).

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1.8.4.3. REATORES EM DERIVAÇÃO:

(a) Grupo “A”: Disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem:

[A]. “Atuação da proteção do reator – Função sobretemperatura”

(i) disparo da proteção de sobretemperatura do óleo;

(ii) disparo da proteção de sobretemperatura do enrolamento.

[B]. “Atuação da proteção do reator – Outras funções”

(i) disparo da proteção de gás;

(ii) disparo da válvula de alívio de pressão;

(iii) disparo da proteção diferencial (por fase);

(iv) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro.

1.8.4.4. BANCOS DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO:

(a) Grupo “A”:

(i) disparo da proteção de sobretensão;

(ii) disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem “Atuação da proteção dos bancos de capacitores – Outras funções”

(i) disparo da proteção de desequilíbrio de neutro;

(ii) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro.

1.8.4.5. LINHAS DE TRANSMISSÃO:

(a) Grupo “A”:

(i) disparo por sobretensão;

(ii) atuação da lógica de bloqueio por oscilação de potência;

(iii) disparo da proteção para perda de sincronismo;

(iv) atuação do relé de bloqueio de recepção permanente de transferência de disparo;

(v) disparo do relé de bloqueio de linha subterrânea.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem “Atuação da proteção da linha de transmissão – Outras funções”

(i) disparo da proteção principal de fase;

(ii) disparo da proteção alternada de fase;

(iii) disparo da proteção principal de neutro;

(iv) disparo da proteção alternada de neutro;

(v) transmissão de sinal de desbloqueio/bloqueio ou sinal permissivo da teleproteção;

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(vi) transmissão de sinal de transferência de disparo da teleproteção;

(vii) recepção de sinal de desbloqueio/bloqueio ou sinal permissivo da teleproteção;

(viii) disparo por recepção de sinal de transferência de disparo da teleproteção;

(ix) atuação da lógica de bloqueio por perda de potencial;

(x) disparo da 2ª zona da proteção de distância;

(xi) disparo da 3ª zona da proteção de distância;

(xii) disparo da 4ª zona da proteção de distancia;

(xiii) disparo da proteção de sobrecorrente direcional de neutro temporizada;

(xiv) disparo da proteção de sobrecorrente direcional de neutro instantânea.

(c) Grupo “C”:

(i) partida da proteção principal de fase (por fase), nos casos em que o disparo da proteção de fase não indique a(s) fase(s) defeituosas;

(ii) partida da proteção alternada de fase (por fase), nos casos em que o disparo da proteção de fase não indique a(s) fase(s) defeituosas;

(iii) partida da proteção principal de neutro (por fase), nos casos em que o disparo da proteção não indique a fase defeituosa;

(iv) partida da proteção alternada de neutro (por fase), nos casos em que o disparo da proteção não indique a fase defeituosa;

(v) partida do religamento automático.

1.8.4.6. BARRAMENTOS:

(a) Grupo “A”:

(i) disparo da proteção de sobretensão;

(ii) disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem “Atuação da proteção diferencial do barramento”

Atuação da proteção diferencial (por fase).

1.8.4.7. COMPENSADORES SÍNCRONOS:

(a) Grupo “A”:

(i) disparo da proteção de sobretensão;

(ii) disparo da proteção de subfreqüência;

(iii) disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem “Atuação da proteção do compensador síncrono – Outras funções”

(i) atuação da proteção diferencial;

(ii) disparo da proteção de desequilíbrio de corrente do estator;

(iii) disparo da proteção de perda de excitação (perda de campo);

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(iv) disparo da proteção de falta à terra no estator;

(v) disparo da proteção de falta à terra no rotor;

(vi) disparo da proteção de sobretemperatura do estator e rotor;

(vii) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro.

1.8.4.8. COMPENSADORES ESTÁTICOS:

(a) Grupo “A”:

Disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem “Atuação da proteção do compensador estático – Outras funções”

[A]. Para os equipamentos componentes do compensador, incluindo o transformador abaixador, reatores e capacitores:

Disparo das proteções intrínsecas dos equipamentos, conforme especificado para o respectivo equipamento.

[B]. Para os equipamentos controlados por tiristor:

(i) disparo da proteção de faltas à terra no compensador;

(ii) disparo da proteção para faltas no módulo capacitor;

(iii) disparo da proteção para faltas no módulo reator;

(iv) disparo da proteção para desequilíbrio de corrente ou tensão para cada módulo de filtro;

(v) disparo da proteção de sequencia negativa dos tiristores – 2º estágio.

1.8.4.9. DISJUNTORES:

(a) Grupo “A”:

(i) mudança de posição;

(ii) disparo da proteção de falha do disjuntor;

(iii) disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “C”:

(i) disparo da proteção de discordância de pólos;

(ii) alarme de fechamento bloqueado;

(iii) alarme de abertura bloqueada;

(iv) alarme de sobrecarga do disjuntor central.

1.8.4.10. SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO – SEP (ECS, ECE E ERAC):

(a) Grupo “A”:

Todos os disparos e alarmes.

1.8.4.11. BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE:

(a) Grupo “A”:

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(i) disparo da proteção de sobrecarga;

(ii) disparo dos relés de bloqueio.

(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem “Atuação da proteção dos bancos de capacitores série– Outras funções”

(i) disparo da proteção de sub-harmônicas;

(ii) disparo da proteção do centelhador;

(iii) disparo da proteção de desbalanço de tensão;

(iv) disparo da proteção de fuga para a plataforma.

1.8.4.12. REQUISITOS DE QUALIDADE DOS EVENTOS

Resolução do selo de tempo

Entende-se como resolução a capacidade de discriminar eventos ocorridos em tempos distintos.

Exatidão do selo de tempo

Entende-se como exatidão o grau de aproximação do selo de tempo ao tempo absoluto de ocorrência do evento.

Requisitos

As UTR ou os sistemas de supervisão e controle das instalações devem ser capazes de armazenar informações para o seqüenciamento de eventos com uma resolução entre eventos menor ou igual a 5 (cinco) ms. A exatidão do selo de tempo associado a cada evento deve ser menor ou igual 1 (um) ms.

A base de tempo utilizada para o registro da seqüência de eventos deve ser o relógio de tempo da UTR/SSCL, cujas características são apresentadas no item 1.8.2.1-“Requisitos Gerais”.

A relação de eventos apresentada anteriormente deste documento está baseada numa filosofia de proteção padrão. Os agentes podem utilizar diferentes filosofias e tecnologias, desde que atendam ao disposto nos requisitos de proteção. Cabe ao agente mapear, sempre que aplicável, os eventos aqui apresentados com aqueles efetivamente implementados na instalação. Cabe também ao agente a implementação de processamentos e/ou combinação de sinais na instalação que venham a ser necessários para a disponibilidade dos sinais aqui requeridos.

1.8.5. ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS

A supervisão e controle é um dos pilares da operação em tempo real do sistema elétrico, estando hoje, na região das subestações Itabirito 2 e Vespasiano 2, estruturada em um sistema hierárquico com SISTEMAS de supervisão e controle instalados em 2 Centros de Operação do ONS, quais sejam:

Centro Regional de Operação Sudeste – COSR-SE;

Centro Nacional de Operação do Sistema Elétrico – CNOS.

Esta estrutura é apresentada de forma simplificada, para fins meramente ilustrativos, na figura a seguir, sendo que a TRANSMISSORA deverá prover as interconexões de dados entre o Centro de Operação do ONS (exceto o CNOS) e cada um dos sistemas de supervisão das subestações envolvidas, devidamente integrados aos existentes. A interconexão de dados com o Centro do ONS se dá através de dois sistemas de aquisição de dados, sendo um local (SAL) e outro remoto (SAR). SAL e SAR são sistemas de aquisição de dados (front-ends) do ONS que operam numa

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VOL. IV - Fl. 489 de 543

arquitetura de alta disponibilidade, sendo o (SAL) localizado no centro de operação de propriedade do ONS (COSR), e o outro (SAR), localizado em outra instalação designada pelo ONS.

ITB2 (4) VES2(4)

CNOS (1)

Recursos providos

pelos Agentes

Recursos do

ONS

Rede de Comunicação Operativa do ONS

SSC-SE (2)

COSR-SE (1)

Barramento Lógico de

suporte dos SSCs aos COSs

SA do SSC-SE (3)

SAL SAR

Legenda:

(1) Centros de Operação utilizados pelo ONS:

CNOS – Centro Nacional de Operação do Sistema

COSR-SE- Centro Regional de Operação Sudeste

(2) Sistema de Supervisão e Controle do COSR-SE

(3) Sistema de Aquisição de Dados (SA) compreendido por um SA local (SAL) e um SA remoto (SAR)

(4) Recursos de supervisão e controle nas subestações:

ITB2 - Subestação Itabirito II

VES2 - Subestação Vespasiano 2

Figura 1.8.1 – Arquitetura de interconexão com o ONS.

Observa-se na figura acima que a interconexão com o Centro do ONS se dá através das seguintes interligações de dados:

Interconexão com o Centro Regional de Operação Sudeste – COSR-SE, para o atendimento aos requisitos de supervisão e controle dos equipamentos da linha de transmissão Itabirito 2 – Vespasiano 2, através de dois sistemas de aquisição de dados, um local (SAL) e outro remoto (SAR).

Alternativamente, a critério da TRANSMISSORA, a interconexão com os Centros do ONS poderá se dar por meio de um centro de operação próprio da TRANSMISSORA ou contratado de terceiros, desde que sejam atendidos os requisitos descritos para supervisão e controle e

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VOL. IV - Fl. 490 de 543

telecomunicações. Neste edital, este centro é genericamente chamado de “Concentrador de Dados”. Neste caso, a estrutura dos centros apresentada na figura anterior seria alterada com a inserção do concentrador de dados num nível hierárquico situado entre as instalações e os COSR-SE do ONS e, portanto, incluído no objeto desta licitação.

A figura a seguir ilustra uma possível configuração.

ITB2 (4) VES2(4)

CNOS (1)

Recursos providos

pelos Agentes

Recursos do

ONS

Rede de Comunicação Operativa do ONS

SSC-SE (2)

COSR-SE (1)

Barramento Lógico de

suporte dos SSCs aos COSs

SA do SSC-SE (3)

SAL SAR

Legenda:

Em adição às siglas da figura anterior, utilizou-se:

(5) CD – Concentrador de dados, nome genérico dado para um sistema de supervisão e controle que se interponha entre as

instalações e os centros do ONS.

CD(5)

Figura 1.8.2 – Arquitetura alternativa de interconexão com o ONS.

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EDITAL DE LEILÃO NO 05/2012-ANEEL ANEXO 6 F – LOTE F LT ITABIRITO 2 – VESPASIANO 2 EM 500 KV

VOL. IV - Fl. 491 de 543

1.8.6. ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO DAS EXTREMIDADES DE UMA LINHA DE TRANSMISSÃO.

Na implantação de nova subestação decorrente de seccionamento de linha de transmissão com a inclusão de novas entradas de linha devem-se adequar os sistemas de supervisão das entradas de linha existentes nas subestações Itabirito 2 e Vespasiano 2, conforme requisitos apresentados no subitem “Requisitos para a Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação”. Todos os equipamentos a serem instalados devem ser supervisionados segundo a filosofia adotada pela CONCESSIONÁRIA DE TRANSMISSÃO de tais subestações, devendo esta supervisão ser devidamente integrada aos sistemas de supervisão e controle já instalados nestas subestações.

Adicionalmente, o agente de transmissão concessionário da nova instalação deve prover ao centro de operação da CONCESSIONÁRIA DE TRANSMISSÃO de tais subestações, responsável pela operação e manutenção da LT seccionada, a supervisão remota referente à entrada da LT na nova subestação, conforme requisitos apresentados no subitem “Requisitos para a Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação”.

1.8.7. REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DA(S) INSTALAÇÃO(ÕES) (SUBESTAÇÃO(ÕES)) COMPARTILHADA(S) DA REDE DE OPERAÇÃO.

Qualquer agente que compartilhe de uma instalação (subestação) existente deve fornecer os recursos adicionais mencionados a seguir, ao agente proprietário da subestação.

O agente de transmissão concessionário da(s) nova(s) instalação(ões) deve prover ao centro de operação do agente concessionário da(s) subestação(ões) existente(s) desse empreendimento, a supervisão remota dos equipamentos que venham a ser instalados, conforme requisitos apresentados no subitem “Requisitos para a Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação”, com exceção dos requisitos para CAG e controle de tensão. Em adição à supervisão remota, todos os equipamentos a serem instalados devem ser supervisionados em nível local segundo a filosofia adotada pela CONCESSIONÁRIA DE TRANSMISSÃO de tal(is) subestação(ões), devendo esta supervisão ser devidamente integrada aos sistemas de supervisão e controle já instalados nesta(s) subestação(ões).

A arquitetura e os requisitos básicos dos Sistemas Digitais de Supervisão e Controle (SDSCs) da(s) EMPRESA(S) CONCESSIONÁRIA(S) DE TRANSMISSÃO da(s) subestação(ões) são apresentados nos documentos “Características e Requisitos Básicos das Instalações”, referentes a esta(s) subestação(ões).

Na eventualidade do sistema da TRANSMISSORA entrar em operação antes da instalação dos SDSCs em implantação na(s) Subestação(ões) existente(s), o mesmo deverá ser projetado para operação independente e prevendo posterior integração aos referidos SDSCs.

O agente de transmissão é responsável pela instalação e operacionalização de todos os equipamentos e sistemas necessários para viabilizar estas interligações de dados.

O protocolo adotado para comunicação com o centro de operação do concessionário da subestação deve ser configurado conforme determinado pelo concessionário proprietário da subestação.

Alternativamente à instalação de novos recursos de supervisão e controle, o agente de transmissão, mediante prévio acordo com os agentes concessionários das instalações existentes, poderá optar pela expansão dos recursos de supervisão e controle disponíveis, desde que atendidos todos os requisitos de supervisão e controle.

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O agente de transmissão deve prever testes de conectividade entre o SSCL/UTR e o sistema de supervisão e controle do centro de operação do agente concessionário da subestação, de forma a garantir a coerência das bases de dados deste sistema e o perfeito funcionamento dos protocolos utilizados.

1.8.8. AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

1.8.8.1. GERAL

Os recursos de supervisão e controle fornecidos pelos agentes ao ONS, para atender aos requisitos apresentados neste edital, devem ter sua disponibilidade e qualidade medidas pelo ONS, na fase operacional, através dos conceitos e critérios estabelecidos a seguir.

A avaliação destes recursos será feita por UTR, SSCL, CD e agente, conforme estabelecido e com base na disponibilidade e a qualidade dos recursos de supervisão e controle por ele fornecidos, de acordo com o centro de operação designado pelo ONS, incluindo os equipamentos de interface com os sistemas de comunicação.

Esta avaliação será feita através de índices agregados por UTR, CD e por agente, de forma ponderada pelo número recursos implantados e liberados para a operação em relação ao número total que deveriam ser disponibilizados, se aplicados os critérios apresentados neste Edital.

Não serão computados nos índices os tempos de indisponibilidade causados por:

(a) Indisponibilidade de equipamentos nos centros de operação do ONS.

(b) Atividades de aprimoramento constantes do plano de adequação das instalações dos agentes apresentado ao ONS, plano este definido conforme estabelecido nas disposições transitórias.

(c) Atualizações e instalação de hardware ou software nas UTR ou nos CD dos agentes, desde que sejam programados e aprovados com antecedência junto ao ONS.

(d) Atualizações ou instalação de hardware e software para melhoria de segurança no enlace de comunicação entre UTR ou CD e o Centro designado pelo ONS, desde que sejam programadas e aprovadas com antecedência junto ao ONS.

(e) Manutenções autorizadas pelo ONS no equipamento elétrico associado ao recurso de supervisão e controle.

São mostrados a seguir os conceitos de indisponibilidade e qualidade que serão considerados na fase operacional de utilização dos recursos de supervisão e controle.

1.8.8.2. CONCEITO DE INDISPONIBILIDADE DE RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

Uma informação de quaisquer dos tipos especificados no subitem “Requisitos para a Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação” deste anexo, será considerada indisponível sempre que:

(a) O recurso não estiver instalado ou não estiver liberado para a operação.

(b) Uma UTR ou um SSCL estiver fora de serviço ou sem comunicação.

(c) Um CD, quando utilizado, estiver fora de serviço ou sem comunicação.

(d) Um ponto de controle qualquer é dito indisponível sempre que o ONS detectar falha de atuação do mesmo.

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(e) Todos os pontos subordinados a um SSCL ou a uma UTR de uma instalação são declarados indisponíveis sempre que ocorrer ausência de resposta de tal sistema às solicitações do(s) centro(s) de operação do ONS ou de um CD, se utilizado. Adicionalmente, no caso de utilização de CD, todos os pontos subordinados ao concentrador são declarados indisponíveis quando o CD deixar de responder às solicitações do ONS.

(f) O indicador de qualidade sinalizar informação sob entrada manual pelo agente.

(g) O indicador de qualidade sinalizar informação fora de varredura.

1.8.8.3. CONCEITO DE QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

Considera-se que uma informação de qualquer dos tipos especificados no subitem “Requisitos para a Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação”, deste anexo, viola critérios de qualidade quando:

Tratando-se de informações analógicas, a informação violar um dos seus limites de escala.

Uma informação estiver comprovadamente inconsistente.

A informação violar os requisitos de idade do dado.

1.8.9. REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

Os requisitos aqui apresentados se aplicam a todos os equipamentos cuja supervisão e telecontrole sejam objeto de telessupervisão pelo ONS.

1.8.9.1. REQUISITOS DE CADASTRAMENTO DE EQUIPAMENTOS

É de responsabilidade dos agentes com equipamentos na rede de supervisão fornecer as informações cadastrais descritivas para a configuração das bases de dados dos centros de operação do ONS, incluindo informações sobre:

Equipamentos e instalações do sistema eletro energético.

Equipamentos de supervisão e controle, tais como organização de pontos por remotas, configurações de protocolos de comunicação etc.

As informações apresentadas devem ter exatidão compatível com a requerida pelas aplicações dos sistemas de supervisão e controle, exatidão essa normalmente não requerida na fase de estudos do planejamento de ampliações da rede básica e reforços, daí a necessidade de os agentes as atualizarem em conformidade com o estabelecido, cujo escopo é a rede de supervisão e não apenas a rede básica.

Para novas instalações e ampliações da rede básica, as informações devem ser encaminhadas ao ONS com antecedência de até 30 (trinta) dias em relação à entrada em operação dos equipamentos, para que a(s) base(s) de dados do(s) sistema(s) de supervisão do(s) centro(s) de operação do ONS possa(m) ser atualizada(s) e testada(s) em tempo hábil.

Para as instalações existentes, sempre que sejam programadas alterações que modifiquem algum dos dados cadastrais aqui especificados – tais como alteração de relação de transformadores/autotransformadores, alteração de parâmetros de transformador de corrente (TC), etc., essas alterações devem ser informadas ao ONS com antecedência de pelo menos 5 (cinco) dias úteis.

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As informações cadastrais descritivas dos equipamentos são detalhadas em rotina específica, elaboradas em comum acordo com os agentes, que devem incluir:

(a) Parâmetros descritivos de linhas de transmissão, aí incluídas a impedância série e a

susceptância, segundo o modelo , bem como a corrente máxima em ampere e a potência máxima em MVA.

(b) No caso de ramais de linha de transmissão, além dos dados acima, a posição do ramal na linha de transmissão, expressa em quilômetros.

(c) Latitude e longitude de todas as instalações e torres de linhas de transmissão e de ramais de linha de transmissão, como forma de viabilizar a elaboração de diagramas geográficos do sistema elétrico.

(d) Capacidade nominal em Mvar e a tensão nominal, de todos os equipamentos estáticos de suporte de reativo que venham a ser utilizados, como capacitores, reatores, etc.

(e) Valor mínimo e máximo de suporte de reativo em Mvar, tensão nominal em kV para os geradores e compensadores síncronos.

(f) Curvas de capabilidade de geradores.

(g) Para cada um dos enrolamentos (primário, secundário e terciário) de cada transformador/autotransformador:

Corrente nominal.

Tensão nominal em kV.

Potência aparente nominal em MVA.

Reatância indutiva em porcentagem (primário-secundário, primário-terciário e secundário-terciário).

Tensão base (kV) e potência base (MVA), utilizadas para o cálculo das reatâncias indutivas em percentagem acima especificadas.

Adicionalmente, para cada transformador/autotransformador, deve ser informado o lado do transformador/autotransformador onde está instalado o comutador sob carga, se utilizado, e a respectiva tabela de derivação, informada em kV e em porcentagem, sendo que toda vez que for alterada a posição do tape fixo, deve ser fornecida relação das novas posições variáveis dos tapes do transformador/autotransformador.

(h) Impedância série de capacitores série, se utilizados.

(i) Relação, compatível com os requisitos de supervisão e controle aqui apresentados, dos pontos de medição, telessinalização, controle, SOE, e das informações para a supervisão hidrológica que trafegam na interconexão (ou interconexões) como o(s) sistema(s) de supervisão e controle do ONS num formato compatível com o protocolo adotado para a interconexão. Essa relação é organizada por SSCL ou UTR e CD, se utilizados.

(j) Quando apropriado, no caso de interligação de dados direta com UTR, parâmetros que permitam a conversão para valores de engenharia dos dados recebidos e enviados pelo centro de operação.

(k) Sempre que aplicáveis, limites de escala, superior e inferior, para todos os pontos analógicos supervisionados.

1.8.9.2. REQUISITOS PARA TESTE DE CONECTIVIDADE DA(S) INTERCONEXÃO(ÕES) E TESTES PONTO A PONTO

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Todos os agentes com equipamentos com telessupervisão pelo ONS devem prever testes de conectividade entre os seus SSCL, UTR e o(s) SSCL do(s) centro(s) de operação designado(s) pelo ONS.

Além do teste da conectividade, devem ser previstos testes ponto a ponto da nova instalação ou ampliação da rede básica com o(s) centro(s) do ONS, conforme programação a ser previamente acordada com o ONS, de forma a garantir a coerência das bases de dados desses sistemas e o perfeito funcionamento dos protocolos utilizados. Estes testes devem ser efetuados entre o SSCL/UTR, da instalação de origem dos dados, e o SSC do centro designado pelo ONS.

Os testes devem ser programados de comum acordo entre o agente e o ONS, observando-se que:

Para novas instalações ou ampliações da rede básica, devem estar concluídos pelo menos 5 (cinco) dias úteis antes da operacionalização da instalação/ampliação da rede básica.

Sempre que as alterações modificarem o conjunto de informações armazenadas na base de dados do ONS, esses testes devem ser programados em comum acordo entre o agente e o ONS, devendo estar concluídos pelo menos 2 (dois) dias úteis antes da operacionalização da alteração.

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1.9. REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES

1.9.1. REQUISITOS GERAIS

Para as novas instalações de transmissão, devem ser previstos Registradores Digitais de Perturbações – RDP com configuração de canais de entradas analógicas e entradas digitais suficientes para permitir o completo monitoramento e registro, de acordo com os requisitos mínimos descritos a seguir.

Em instalações de transmissão existentes, devem ser previstos RDP para monitoramento dos novos vãos instalados ou expansão dos RDP existentes, de acordo com os requisitos mínimos descritos a seguir.

1.9.2. REQUISITOS FUNCIONAIS

Os sistemas de registro de perturbações devem atender aos seguintes requisitos:

Ser implementado por equipamentos independentes dos demais sistemas de proteção ou supervisão (stand alone).

Amostrar continuamente as grandezas analógicas e digitais supervisionadas (dados da perturbação). As amostras mais antigas devem ser sucessivamente substituídas por amostras mais recentes, num buffer circular.

Disparar o registro da perturbação por variações das grandezas analógicas e digitais em qualquer dos canais supervisionados, de forma livremente configurável.

Transferir automaticamente os dados relativos à perturbação do buffer circular, quando houver disparo para registro de uma perturbação, e arquivá-los na memória do próprio registrador. Durante a fase de armazenamento dos dados da perturbação, o registrador deve permanecer amostrando as grandezas analógicas e digitais, de forma a não perder nenhum evento.

Interromper o registro de uma perturbação só depois de cessada a condição que ocasionou o disparo e transcorrido o tempo de pós-falta ajustado. Se, antes de encerrar o tempo de registro de uma perturbação, ocorrer nova perturbação, o registrador deve iniciar novo período de registro sem levar em conta o tempo já transcorrido da perturbação anterior.

Registrar, para cada perturbação, no mínimo 160 ms de dados de pré-falta e ter tempo de pós-falta ajustável entre 100 ms e 5000 ms.

Ter filtragem anti-aliasing e taxa de amostragem tal que permitam o registro nos canais analógicos de componentes harmônicas até a 15ª ordem (frequência nominal de 60 Hz).

Registrar dia, mês, ano, hora, minuto, segundo e milissegundo de cada operação de registro.

Ter relógio de tempo interno sincronizado por meio de receptor de sinal de tempo do GPS, de forma a manter o erro máximo da base de tempo inferior a 1 ms.

O erro de tempo entre a atuação de qualquer sinal numa entrada digital e o seu registro não pode ser superior a 2 ms.

O tempo de atraso da amostragem entre quaisquer canais analógicos não pode ser superior a 1 grau elétrico, referido à frequência de 60 Hz.

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Ter memória suficiente para armazenar dados referentes a, no mínimo, 30 perturbações com duração de 5 s cada, para o caso em que várias faltas consecutivas disparem o registrador.

Ter porta de comunicação para a transferência dos registros de perturbação do RDP.

Ser dotado de automonitoramento e autodiagnóstico contínuos.

1.9.3. REQUISITOS DA REDE DE COLETA DE REGISTROS DE PERTURBAÇÕES PELOS AGENTES

A arquitetura da rede de comunicação e o modo de transferência dos arquivos dos RDP para concentradores locais ou concentrador central devem ser definidos pelo agente proprietário da instalação.

Se o sistema de coleta realizar a transferência automática dos registros, deve ser prevista uma opção que permita a desativação do modo de transferência automática e a subsequente ativação de modo de transferência seletiva.

1.9.4. REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES

1.9.4.1. TERMINAIS DE LINHA DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 345 KV

As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:

Três correntes da linha de transmissão (três fases ou duas fases e corrente residual).

Três tensões da linha de transmissão (três fases ou duas fases e a tensão residual).

As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:

Desligamento pela proteção restrita principal de fases.

Desligamento pela proteção de retaguarda principal de fases.

Desligamento pela proteção restrita alternada de fases.

Desligamento pela proteção de retaguarda alternada de fases.

Desligamento pela proteção restrita principal de neutro;

Desligamento pela proteção de retaguarda principal de neutro;

Desligamento pela proteção restrita alternada de neutro.

Desligamento pela proteção de retaguarda alternada de neutro.

Desligamento pela proteção principal de sobretensão.

Desligamento pela proteção alternada de sobretensão.

Desligamento pela proteção de perda de sincronismo.

Recepção de sinais de teleproteção.

Transmissão de sinais de teleproteção.

Atuação de bloqueio por oscilação de potência.

Atuação de religamento automático.

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Atuação do esquema de falha de disjuntor.

Desligamento pela proteção de barras, quando houver.

Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:

(a) Alteração do estado dos canais digitais, originados pelas proteções supervisionadas.

(b) Sobrecorrente nas fases monitoradas.

(c) Sobrecorrente residual.

(d) Subtensão nas fases monitoradas.

(e) Sobretensão residual.

1.9.4.2. TERMINAIS DE LINHA DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL INFERIOR A 345 KV

As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:

Três correntes da linha de transmissão LT (três fases ou duas fases e corrente residual).

Três tensões da linha de transmissão (três fases ou duas fases e a tensão residual).

Para os sistemas de proteções de linha de transmissão cujas tensões são alimentadas por transformadores de potencial instalados em barras, as tensões de duas das três fases e a tensão residual do barramento devem ser supervisionadas, para cada barramento.

As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:

Desligamento pela proteção restrita de fases.

Desligamento pela proteção de retaguarda de fases.

Desligamento pela proteção restrita de neutro.

Desligamento pela proteção de retaguarda de neutro.

Desligamento pela proteção restrita de sobretensão.

Desligamento pela proteção de retaguarda de sobretensão.

Recepção de sinais de teleproteção.

Transmissão de sinais de teleproteção.

Atuação de bloqueio por oscilação de potência.

Atuação de religamento automático.

Atuação do esquema de falha de disjuntor.

Desligamento pela proteção de barras, quando houver.

Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:

(a) Alteração do estado dos canais digitais, originados pelas proteções supervisionadas.

(b) Sobrecorrente nas fases monitoradas.

(c) Sobrecorrente residual.

(d) Subtensão nas fases monitoradas.

(e) Sobretensão residual.

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1.9.4.3. BARRAMENTOS

Se o barramento tiver transformadores de potencial instalados nas barras e utilizados para alimentação de relés de proteção, as seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas, por barramento:

Três tensões do barramento (três fases ou duas fases e a tensão residual).

A seguinte grandeza digital deve ser supervisionada:

Desligamento pela proteção diferencial.

1.9.4.4. TRANSFORMADORES/AUTOTRANSFORMADORES CUJO NÍVEL MAIS ALTO DE TENSÃO NOMINAL É IGUAL OU SUPERIOR A 345 KV

As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:

Correntes das três fases do lado de AT.

Correntes de três fases para cada um dos demais enrolamentos, no caso de transformadores de três enrolamentos e transformadores ou autotransformadores de interligação.

Correntes de sequencia zero para cada ponto de aterramento.

As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:

Desligamento pela proteção restrita principal.

Desligamento pela proteção restrita alternada.

Desligamento pela proteção de retaguarda principal.

Desligamento pela proteção de retaguarda alternada.

Desligamento pelas proteções de neutro principal.

Desligamento pelas proteções de neutro alternada.

Desligamento pelas proteções intrínsecas.

1.9.4.5. TRANSFORMADORES/AUTOTRANSFORMADORES CUJO NÍVEL MAIS ALTO DE TENSÃO NOMINAL É INFERIOR A 345 KV

As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:

Correntes das três fases do lado de AT;

Correntes de três fases para cada um dos demais enrolamentos, no caso de transformadores de três enrolamentos e transformadores/autotransformadores de interligação.

Correntes de sequencia zero para cada ponto de aterramento.

As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:

Desligamento pela proteção restrita.

Desligamento pela proteção de retaguarda.

Desligamento pelas proteções de neutro, para cada ponto de aterramento.

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Desligamento pelas proteções intrínsecas.

1.9.4.6. REATORES EM DERIVAÇÃO.

As seguintes grandezas analógicas devem ser registradas:

Corrente das três fases.

Corrente de sequencia zero.

Reatores conectados aos terciários de transformadores devem ter as seguintes grandezas analógicas monitoradas:

Corrente das três fases.

Tensão de sequencia zero do barramento terciário.

As seguintes grandezas digitais devem ser registradas:

Desligamento pela proteção restrita.

Desligamento pela proteção de retaguarda de fases.

Desligamento pela proteção de retaguarda de neutro.

Desligamento pelas proteções intrínsecas.

1.9.4.7. BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE

As seguintes grandezas analógicas devem ser registradas:

Corrente das três fases do banco.

Corrente do “gap” ou do Metal Oxide Varistor (MOV).

Corrente de descarga para plataforma.

As seguintes grandezas digitais devem ser registradas:

Desligamento pela proteção de descarga para plataforma.

Desligamento pela proteção de sobrecarga.

Desligamento pela proteção de ressonância subsíncrona.

Atuação da proteção de sobrecorrente do gap ou MOV.

1.9.4.8. COMPENSADORES ESTÁTICOS DE REATIVOS (CER)

Deverão ser registradas as seguintes grandezas analógicas:

Todas as correntes de fase dos equipamentos componentes do compensador estático devem ser supervisionadas, inclusive as correntes residuais onde aplicáveis.

Todas as tensões do barramento a ser controlado pelo compensador estático devem ser supervisionadas.

Todas as tensões do barramento de conexão do elemento do compensador estático controlado a tiristor devem ser supervisionadas.

Deverão ser registradas as seguintes grandezas digitais:

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Todas as atuações de proteção de quaisquer dos equipamentos componentes do compensador estático.

Todas as atuações das funções de controle que comandam o desligamento de parte ou de todos os equipamentos componentes do compensador estático.

Todas as atuações das funções de controle necessárias para análise de seu desempenho.

1.9.4.9. BANCOS DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO

As seguintes grandezas analógicas devem ser registradas:

Corrente das três fases do banco.

Tensões fase-neutro das três fases do banco, caso não supervisionadas no barramento.

Corrente ou tensão de desequilíbrio do banco.

As seguintes grandezas digitais devem ser registradas:

Desligamento pela proteção de sobrecorrente instantânea.

Desligamento pela proteção de sobrecorrente temporizada.

Desligamento pela proteção de sobretensão.

Desligamento pela proteção de desequilíbrio de corrente ou tensão.

1.9.4.10. COMPENSADORES SÍNCRONOS

As seguintes grandezas analógicas devem ser registradas:

Corrente das três fases.

Tensões das três fases.

Corrente de neutro, no caso de síncrono aterrado por baixa impedância, ou tensão de neutro, no caso de síncrono aterrado por alta resistência.

Corrente de campo.

Sobretensão de campo.

As seguintes grandezas digitais devem ser registradas:

Todos os desligamentos do síncrono pelas suas proteções, inclusive pelos sistemas de refrigeração.

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1.10. REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES

1.10.1. REQUISITOS GERAIS

Os sistemas de telecomunicações das linhas de transmissão e subestações, integrantes deste lote, devem atender aos sistemas de comunicação de voz operativa e administrativa, teleproteção, supervisão e controle elétrico, supervisão de telecomunicações, controle de emergência, medição, faturamento e manutenção da linha de transmissão de energia elétrica, entre as subestações de energia elétrica envolvidas e destas aos centros de operação do sistema elétrico envolvidos.

1.10.1.1. DISPONIBILIDADE

Serviço Classe A: disponibilidade igual ou superior a 99,98%, apurada mensalmente e tendo como valor a média aritmética dos últimos 12 meses;

Serviço Classe B: disponibilidade igual ou superior a 99,00%, apurada mensalmente e tendo como valor a média aritmética dos últimos 12 meses;

Serviço Classe C: disponibilidade igual ou superior a 95,00%, apurada mensalmente e tendo como valor a média aritmética dos últimos 12 meses.

1.10.1.2. QUALIDADE

a. Sistemas Analógicos ou Mistos

Todos os serviços realizados sobre sistemas de transmissão analógicos ou mistos (estes com parte analógica e parte digital) devem obedecer aos valores dos parâmetros a seguir:

Níveis relativos nos pontos de entrada e saída analógicos, a 4 fios, em ambos os lados das conexões de voz:

Lado de transmissão: -5,5 0,5 dBr.

Lado de recepção: -2,0 0,5 dBr.

Nível máximo aceitável de ruído na recepção: -40 dBmO.

Relação sinal/ruído mínima: 40 dB.

Taxa de erro máxima: 50 bits/milhão, sem código de correção de erro (circuitos de dados).

b. Sistemas Digitais

Todos os serviços realizados sobre sistemas de transmissão puramente digitais devem obedecer aos valores dos parâmetros a seguir:

Níveis relativos nos pontos de entrada e saída analógicos, a 4 fios, em ambos os lados das conexões de voz:

Lado de transmissão: 0 0,5 dBr;

Lado de recepção: 0 0,5 dBr.

Requisito qualitativo dos circuitos: taxa de erro de bit, medida durante 15 minutos, igual a 0 (zero), para qualquer taxa de transmissão igual ou superior a 64 Kbps, em, pelo menos, uma medida entre três realizadas.

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No caso de uso de canais de voz com compressão, serão admitidas as subtaxas de 8 Kbps (ITU-T G.729) e 16 Kbps (ITU-T G.728), desde que não sejam utilizadas mais do que três seções com compressão em cascata.

No caso de uso de redes para o provimento dos serviços:

Latência (round trip): 140 ms;

Variação estatística do retardo: 20 ms;

Taxa de perda de pacotes: 1%.

c. Sistema de Teleproteção

Para o sistema de teleproteção também devem ser seguidos os requisitos das normas IEC 834-1, IEC 870-5 e IEC 870-6 onde aplicável.

1.10.1.3. SISTEMA DE ENERGIA

O sistema de energia para todos os equipamentos de telecomunicações fornecidos deverá ter as seguintes características:

Unidade de supervisão e, no mínimo, duas unidades de retificação.

Dois bancos de baterias. Em caso de falta de alimentação CA, cada banco de bateria deve ter autonomia de no mínimo 10 (dez) horas, para atender à carga total dos equipamentos de telecomunicação da subestação.

No caso de utilização de baterias do tipo chumbo-ácido, os bancos de baterias deverão estar acondicionados em ambiente especial, isolado das demais instalações e com sistema de exaustão de gases.

As unidades de retificação deverão ter a capacidade de alimentar, simultaneamente, o banco de baterias em carga e todos os equipamentos de telecomunicações.

O sistema de energia deverá estar dimensionado para uma carga adicional de pelo menos 30%.

1.10.1.4. SUPERVISÃO

Os equipamentos de telecomunicações devem ser supervisionados local e remotamente. Os alarmes e eventuais medidas analógicas deverão ser apresentados nas instalações onde se encontram os equipamentos e também permitir a transmissão para um Centro de Supervisão remoto.

Os equipamentos digitais devem permitir remotamente o gerenciamento, diagnóstico e parametrização.

1.10.1.5. INFRA-ESTRUTURA

A TRANSMISSORA será responsável pela total operacionalização dos sistemas de comunicações devendo ser prevista toda a infra-estrutura necessária para implantação do sistema de telecomunicações, tais como: edificações, alimentação de corrente contínua, aterramento, bem como qualquer outra infra-estrutura que se identificar necessária para o pleno funcionamento do sistema de telecomunicações.

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1.10.1.6. ÍNDICES DE QUALIDADE

A TRANSMISSORA será responsável pela manutenção dos índices de qualidade e de disponibilidade dos serviços de comunicação de dados e voz que se interligam com o ONS e os demais agentes envolvidos, tais como, àquele(s) proprietário(s) de ativos de função transmissão localizados na(s) subestação(ões) deste lote e os demais que se interliguem, por meio de linha(s) de transmissão ou outro equipamento de função transmissão, com a(s) subestação(ões) deste lote.

Em caso de indisponibilidade programada de quaisquer serviços de comunicação de dados ou de voz de interesse do ONS e/ou dos demais agentes interligados, a TRANSMISSORA deve manter entendimentos com o ONS e/ou os Centros de Operação das demais concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote, a fim de obter a aprovação da solicitação de realização do serviço, para a data e horário convenientes.

1.10.1.7. CONTATO TÉCNICO

A TRANSMISSORA deverá indicar um contato técnico para tratar dos assuntos relacionados a telecomunicações com o ONS e os demais agentes interligados.

1.10.2. REQUISITOS TÉCNICOS DOS CANAIS PARA TELEPROTEÇÃO

A função teleproteção, que converte os sinais e mensagens das proteções em sinais e mensagens compatíveis com os canais dos sistemas de telecomunicações e vice versa, pode ser executada pelos próprios relés de proteção, pelos equipamentos dos sistemas de telecomunicações ou, ainda, por equipamentos dedicados, denominados equipamentos de teleproteção.

Os equipamentos de teleproteção devem atender às normas de compatibilidade eletromagnética aplicáveis, nos graus de severidade adequados para utilização em instalações de transmissão de sistemas elétricos de potência.

Funções de teleproteção integradas em equipamentos de telecomunicação devem ter interfaces dedicadas e independentes, e os equipamentos que têm tais funções integradas devem ser adequados para uso em instalações de transmissão de sistemas elétricos de potência, conforme o parágrafo anterior.

Os canais para teleproteção devem:

(a) Ser adequados ao esquema de teleproteção selecionado ou à quantidade de grandezas ou informações a serem transferidas, no que concerne a número de comandos, largura de banda, taxa de transmissão, tempo de propagação, simetria e variação de tempo de propagação e integridade das informações.

(b) Manter a confiabilidade e segurança de operação em situações de baixa relação sinal/ruído (canal analógico) ou erro na taxa de transmissão (BER) acima do especificado.

Os equipamentos de teleproteção devem:

(a) Ter facilidades para a simulação do funcionamento dos esquemas de teleproteção, ponta a ponta, com o bloqueio simultâneo da saída de comando para a proteção, independente do meio de comunicação utilizado, para que seja possível realizar verificações dos enlaces sem ser necessário desligar a LT.

(b) Ter chaves de testes para permitir realizar intervenção nos equipamentos de proteção e de telecomunicações sem ser necessário desligar a LT.

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Se o equipamento de teleproteção for instalado em edificação distinta dos equipamentos de telecomunicações, independente da distância envolvida, a interligação entre ambos deve ser efetuada de forma a não comprometer a confiabilidade e segurança da teleproteção.

Os canais de telecomunicações providos por sistema de onda portadora sobre linha de transmissão (OPLAT) devem manter a confiabilidade e a segurança de operação em condições adversas de relação sinal/ruído, sobretudo na ruptura ou curto-circuito para terra de uma das fases da LT utilizadas pelo sistema OPLAT.

Esquemas de transferência de disparo devem utilizar dois canais de telecomunicações, de equipamentos de telecomunicação independentes. Sempre que possível, os equipamentos de telecomunicação devem utilizar meios físicos de comunicação independentes. Os equipamentos de teleproteção, caso utilizados, também deverão ser independentes.

Em condições normais, o disparo nos esquemas de transferência de disparo se dará pelo recebimento dos comandos de disparo em ambos os canais. No caso de falha de um dos canais de telecomunicação, o esquema deve permitir o disparo apenas com o recebimento do comando no canal íntegro (lógica monocanal).

1.10.3. TELEPROTEÇÃO PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 345 KV

Os canais para teleproteção devem ser dedicados, específicos para proteção e não compartilhados com outras aplicações.

Os esquemas de teleproteção devem ser independentes e redundantes para a proteção principal e alternada, sempre que possível utilizando meios físicos de transmissão independentes, de tal forma que a indisponibilidade de uma via de telecomunicação não comprometa a disponibilidade da outra via.

Os esquemas de transferência de disparo devem ser independentes e redundantes para a proteção principal e alternada.

1.10.4. TELEPROTEÇÃO PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO DE 230 E 138 KV

Os canais para teleproteção devem ser, preferencialmente, dedicados, específicos para proteção e não compartilhados com outras aplicações. Quando for justificável a utilização de compartilhamento, o atendimento à aplicação de proteção deve ser prioritário.

Os esquemas de teleproteção e de transferência de disparo são obrigatórios apenas para a proteção principal.

1.10.5. REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ

A TRANSMISSORA deve prover serviços de telefonia para comunicação de voz, full duplex, com sinalização sonora e visual para comunicação operativa do sistema elétrico em tempo real.

1.10.5.1. ENTRE SUBESTAÇÕES ADJACENTES

(a) Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, Classe B.

(b) Serviço de telefonia para comunicação de voz, podendo ser discado via sistema de telefonia comutada e apresentando, no mínimo, Classe C.

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1.10.5.2. COM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL

Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado para atendimento às subestações envolvidas, deverão ser previstos:

(a) Entre o Centro de Operação Local e as subestações envolvidas

Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, Classe B.

Serviço de telefonia para comunicação de voz, podendo ser discado via sistema de telefonia comutada e apresentando, no mínimo, Classe C.

(b) Entre o Centro de Operação Local e os Centros de Operação das demais concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote.

Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, Classe A. Em decorrência da alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

(c) Entre o Centro de Operação Local e o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS, responsável(is) pela operação da região de instalação do empreendimento:

Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, Classe A. O serviço Classe A, com o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS, deve ser prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

1.10.5.3. SEM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL

Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado para atendimento às subestações envolvidas, deverão ser previstos:

(a) Entre cada uma das subestações e os respectivos Centros de Operação das demais concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote:

Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, Classe A. Em decorrência da alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

(b) Entre cada uma das subestações envolvidas e o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS, responsável(is) pela operação da região de instalação do empreendimento:

Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, Classe A. O serviço Classe A, com o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS, deve ser prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

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1.10.5.4. OUTROS

Adicionalmente, deverá ser fornecido um sistema de comunicação móvel (comunicação de voz) que possa cobrir toda a extensão das linhas de transmissão e as subestações envolvidas, para apoio às equipes de manutenção em campo.

Para comunicação com o(s) centro(s) de operação do ONS, responsável(is) pela operação da região de instalação do empreendimento, e Centros de Operação das demais concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote, a TRANSMISSORA deve dispor de serviço de telefonia comutada Classe C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contratado para suporte às atividades das áreas de normatização, pré-operação, pós-operação e apoio e coordenação dos serviços de telecomunicações.

Para comunicação com o escritório central do ONS, a TRANSMISSORA deve dispor de serviço de telefonia comutada Classe C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contratado para suporte às atividades das áreas de planejamento e programação da operação.

1.10.6. REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS

Os serviços de comunicação de dados abaixo especificados devem ser dimensionados (quantidade de canais, velocidade, uso de rotas alternativas, etc.) de forma a suportar o carregamento imposto pela transferência das informações especificadas e apresentar a disponibilidade e qualidade conforme descrito neste edital. Cada circuito de comunicação de dados é formado pelo respectivo canal de dados e associado às interfaces necessárias para permitir a comunicação de dados entre dois pontos.

1.10.6.1. SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS PARA SUPERVISÃO E CONTROLE

Para a supervisão e controle pelo ONS e agentes interligados, deverão ser fornecidos os seguintes serviços de comunicação de dados e atendendo a Classe A. Em decorrência da alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

1.10.6.2. COM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL

Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado, devem ser previstos os seguintes serviços de comunicação de dados:

(a) Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e as subestações envolvidas.

(b) Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e os computadores de comunicação dos Centros de Operação dos agentes Interligados.

(c) Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e o computador de comunicação do(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS responsável(is) pela operação da região de instalação do empreendimento. O serviço Classe A com o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS deve ser prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

1.10.6.3. SEM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL

Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local, devem ser previstos os seguintes serviços de comunicação de dados:

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Entre cada subestação envolvida e o computador de comunicação do Centro de Operação do agente Interligado correspondente.

Entre cada subestação envolvida e o computador de comunicação do Centro Regional de Operação do ONS. O serviço Classe A com o Centro Regional de Operação do ONS deve ser prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

Os serviços acima deverão ser independentes de qualquer outro serviço de comunicação de dados.

1.10.6.4. RECURSOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS PARA A REDE DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES

Para a aquisição de dados de registro de perturbação devem ser previstos dois ramais telefônicos DDR (discagem direta ao ramal) e ligados a modem para conexão ao Concentrador Central de Dados de Registro de Perturbações da TRANSMISSORA ou diretamente aos RDP localizados nas subestações envolvidas, para acesso pelo ONS ou outros Agentes autorizados.

Soluções alternativas que permitam o acesso via rede de dados poderão ser admitidas, uma vez assegurado, no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuídos aos circuitos acima especificados.

1.10.6.5. OUTROS SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS

Para suporte às atividades de normatização, pré-operação, pós-operação, planejamento da operação, programação da operação, administração de serviços e encargos da transmissão e demais sistemas de apoio disponibilizados pelo ONS para os agentes, a TRANSMISSORA deve dispor de meio de acesso à Internet, dimensionado de forma a suportar o carregamento imposto pelo conjunto dessas atividades, através de serviço de comunicação de dados Classe B.

Soluções alternativas que permitam a comunicação via outros tipos de redes de dados poderão ser admitidas, uma vez assegurado, no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuídos aos serviços acima especificados.

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1.11. DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS EQUIPAMENTOS AOS REQUISITOS DESTE ANEXO TÉCNICO

Seja qual for a configuração proposta, básica ou alternativa, a TRANSMISSORA deve realizar, no mínimo, os seguintes estudos:

Fluxo de potência, rejeição de carga e energização na frequência fundamental.

Estudos de fluxo de potência nos barramentos das subestações.

Estudos de transitórios de religamento tripolar e rejeição de carga.

Estudos de religamento monopolar de linhas de transmissão e/ou de dimensionamento de reatores de neutro, considerando a faixa operativa de frequências de 56 a 66 Hz

Estudos de transitórios de energização de linhas de transmissão e de transformadores.

Estudos de tensão de restabelecimento transitória (TRT) dos disjuntores.

Estudo de coordenação de isolamento das subestações.

Estudos de manobra de bancos de capacitores shunt.

Estudos de ressonância subsíncrona.

Estudos de dimensionamento dos compensadores estáticos de reativos - CER.

Estudos de dimensionamento do circuito principal dos bancos de capacitores série.

Estudos de autoexcitação.

Esses estudos devem demonstrar o atendimento ao estabelecido no documento de critérios da EPE, nos relatórios de estudos indicados no subitem 2.1.1, e aos critérios e requisitos estabelecidos nesse item.

A TRANSMISSORA deve certificar-se de que os parâmetros das linhas a serem avaliados pelos estudos de transitórios eletromagnéticos são aqueles definidos pelos estudos de coordenação de isolamento das linhas elaborados pela TRANSMISSORA.

Ressalta-se que a TRANSMISSORA deve analisar o empreendimento para o ano de entrada em operação, utilizando a base de dados disponibilizada pelo ONS em sua página na internet, www.ons.org.br. Para estudos no horizonte do planejamento, a base de dados disponibilizada pela EPE em sua página na internet, www.epe.gov.br.

Os estudos de transitórios eletromagnéticos deverão ser desenvolvidos na ferramenta ATP (Alternative Transients Program). A TRANSMISSORA deverá disponibilizar à ANEEL os casos base de cada um desses estudos, no formato do programa ATP, em meio digital, para fins de registro na base de dados de estudos.

A especificação do conjunto das características elétricas básicas dos diversos equipamentos integrantes deste empreendimento deverá levar em conta os resultados dos estudos supra mencionados.

1.11.1. TENSÃO OPERATIVA

A tensão eficaz entre fases de todas as barras do sistema interligado, em todas as situações de intercâmbio e cenários avaliados, deve situar-se na faixa de valores listados na Tabela 1.11.1, que se refere às condições operativas normal (regime permanente) e de emergência (contingências

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simples em regime permanente nos estudos que definiram a configuração básica ou alternativa).

TABELA 1.11.1 – TENSÃO EFICAZ ENTRE FASES ADMISSÍVEL (KV)

Tensão nominal do sistema (kV)

Condição operativa normal (kV)

Condição operativa de emergência (kV)

69 66 a 72,5 62 a 72,5

230 218 a 242 207 a 242

345 328 a 362 311 a 362

500 ou 525 500 a 550 475 a 550

Notas: Na análise de contingências devem ser observados:

Os limites de tensão identificados como condição operativa normal na Tabela 1.11.1, nas barras de conexão à rede básica de agentes de distribuição e de consumidores livres ou potencialmente livres.

Os limites de tensão identificados como condição operativa de emergência na Tabela 1.11.1, nas demais barras da rede básica.

1.11.2. SOBRETENSÃO ADMISSÍVEL PARA ESTUDOS A 60 HZ

A máxima tensão em regimes permanente e dinâmico na extremidade das linhas de transmissão após manobra (energização, religamento tripolar e rejeição de carga) deve ser compatível com a suportabilidade dos equipamentos das subestações terminais, dos isolamentos das linhas e das torres de transmissão.

A tensão dinâmica (tensão eficaz entre fases no instante imediatamente posterior à manobra dos disjuntores) e a tensão sustentada (tensão eficaz entre fases nos instantes subsequentes) devem situar-se dentro dos limites constantes da Tabela 1.11.2 abaixo.

Tabela 1.11.2 – Sobretensões eficazes entre fases máximas admissíveis na extremidade das linhas de transmissão após manobra (kV)

Tensão nominal de operação

Tensão dinâmica máxima

sem elementos saturáveis

Tensão dinâmica máxima

com elementos saturáveis

Máxima tensão sustentada em vazio

(kV) (kV) (kV) (kV)

138 203 193 152

230 339 322 253

345 507 483 380(1) / 398 (2)

440 645 616 484(1) / 506 (2)

500 ou 525 770 735 575(1) / 600 (2)

765 1120 1070 800

(1) Tensão máxima em regime permanente contínuo

(2) Tensão máxima por 1 hora em terminal em vazio de linha de transmissão após manobra

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1.11.3. CRITERIOS E DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS A 60 HZ

1.11.3.1. ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA

De forma geral, avaliam se os níveis de tensão nos barramentos e os carregamentos nas linhas, transformadores e demais componentes da rede de transmissão, para múltiplas condições de carga (mínima, leve, média e máxima), de topologia e de despacho de geração.

Devem abranger, além da condição operativa normal, a análise de contingências de linhas, transformadores e outros equipamentos do sistema elétrico, com o objetivo de se definirem ações para que o SIN opere sem perda de carga e sem violações inadmissíveis dos limites de tensão e de carregamento.

Caso faça parte do empreendimento a inclusão de novos transformadores, deve ser demonstrado pela Transmissora que a faixa de tapes especificada é adequada para o controle de tensão da região em análise.

Estes estudos de fluxo de potência devem ser efetuados com a principal finalidade de comprovar que a entrada em operação das novas instalações de transmissão, na configuração efetivamente disponível em sua entrada em operação e durante o horizonte operativo (até o último ano do Plano de Ampliação e Reforços vigente), não importará em restrições a operação da rede. Os estudos deverão também identificar a eventual necessidade de compensação reativa adicional.

Por fim, tendo em vista a característica de dimensionamento de equipamentos dos estudos apresentados na fase do projeto básico, algumas investigações no horizonte do planejamento poderão vir a ser necessárias, como por exemplo, identificar as tensões máximas, em regime permanente, as quais ficarão sujeitos os equipamentos situados na conexão do banco de capacitores série a linha ou a subestação.

1.11.3.2. ENERGIZAÇÃO DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO

Os estudos de energização visam definir as estratégias a serem adotadas nas manobras programadas de forma a evitar a ocorrência de sobretensões acima da suportabilidade dos equipamentos associados à manobra programada. Devem também identificar se a compensação reativa fixa é adequada à manobra de energização da linha associada.

Devem ser consideradas as seguintes premissas:

Adotar configurações que resultem nas solicitações mais severas para o sistema analisado, com o menor número de unidades geradoras sincronizadas (menor potência de curto-circuito a montante da manobra).

Adotar o status “em operação” para toda a compensação reativa indutiva fixa em derivação, existente no trecho a ser analisado.

Adotar o status “fora de operação” para toda a compensação reativa indutiva manobrável em derivação, existente no trecho a ser analisado, verificando-se o efeito de ligar essa compensação, quando necessário.

Adotar o status “disponível” para qualquer fonte controlada de potência reativa, como compensadores estáticos e/ou síncronos, verificando-se as consequências da indisponibilidade desses equipamentos, com o objetivo de liberar o maior número possível de configurações para a operação.

As sobretensões no instante imediatamente após a manobra (t0+) não deverão ultrapassar os valores de Tensão Máxima com/sem elementos saturáveis da Tabela 1.11.2 (sobretensão

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dinâmica). A sobretensão sustentada não deverá ser superior ao limite máximo estabelecido na Tabela 1.11.1 (Tensão Eficaz entre fases Admissível), para a classe de tensão do empreendimento em análise.

Devem ser apresentados, para cada configuração analisada, os valores de tensão nas barras de interesse para os instantes T0-, T0+ e no regime permanente posterior a manobra.

1.11.3.3. REJEIÇÃO DE CARGA

Estes estudos de carga visam identificar a eventual existência de restrições à operação do sistema, de forma a não ocorrerem sobretensões acima da suportabilidade dos equipamentos como consequência da ocorrência de aberturas intempestivas em um dos terminais das linhas em análise.

Devem ser consideradas as seguintes premissas:

Adotar configurações que resultem nas solicitações mais severas para o sistema analisado, como, por exemplo, o maior fluxo possível na linha onde está sendo avaliada a rejeição associado a menor potência de curto-circuito a montante da abertura.

Adotar o status “em operação” para toda a compensação reativa indutiva fixa em derivação, existente no trecho a ser analisado.

Adotar o status “fora de operação” para toda a compensação reativa indutiva manobrável em derivação, existente no trecho a ser analisado, verificando-se o efeito de ligar essa compensação, quando necessário.

Adotar o status “disponível” para qualquer fonte controlada de potência reativa, como compensadores estáticos e/ou síncronos, verificando-se as consequências da indisponibilidade desses equipamentos, com o objetivo de liberar o maior número possível de configurações para a operação.

As sobretensões no instante imediatamente após a manobra (t0+) não deverão ultrapassar os valores de Tensão Máxima com/sem elementos saturáveis da Tabela 1.11.2 (sobretensão dinâmica). A sobretensão sustentada não deverá ser superior ao limite máximo estabelecido na Tabela 1.11.1 (Tensão Eficaz entre fases Admissível), para a classe de tensão do empreendimento em análise.

Devem ser apresentados, para cada configuração analisada, os valores de tensão nas barras de interesse para os instantes T0-, T0+ e no regime permanente posterior a manobra.

1.11.3.4. ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA NOS BARRAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES

Esses estudos têm por objetivo identificar as correntes máximas em regime permanente as quais estão sujeitos os barramentos (incluindo os vãos interligadores de barras) e os equipamentos das subestações, de forma a prover os susbsídios necessários à determinação da corrente nominal dos equipamentos e barramentos das subestações.

Os seguintes aspectos devem ser levados em conta nas avaliações:

Condições normal e emergência (n-1) de operação do sistema, com os valores máximos dos fluxos em linhas que se conectam às subestações em análise, tanto para o ano de entrada em operação como para o ano horizonte de planejamento.

Condição degradada das subestações em análise, com indisponibilidade de um equipamento ou mesmo de um trecho do barramento, para as condições normal e emergência (n-1) do sistema.

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Evolução prevista da topologia da subestação.

1.11.4. CRITÉRIOS E DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS DE TRANSITÓRIOS DE MANOBRA

1.11.4.1. ENERGIZAÇÃO DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO

A energização das linhas de transmissão deve ser viável em todos os cenários avaliados, atendido o critério de tensão em condições operativas normais definido na Tabela 1.11.1.

Em particular, deve ser prevista a possibilidade de energização nos dois sentidos, considerando, inclusive, o sistema degradado, por conta de possíveis manobras de recomposição.

Devem ser avaliadas energizações com e sem aplicação de defeito ao longo da linha, respeitando-se o tempo de eliminação de falta de 100 ms para a rede igual ou acima de 345 kV e de 150 ms para a rede abaixo de 345 kV.

Devem ser respeitadas as premissas, definidas nos estudos de coordenação de isolamento das linhas de transmissão, elaborados pela TRANSMISSORA, quanto às máximas tensões fase-terra e fase-fase admissíveis ao longo da LT.

Os para-raios de linha deverão ser dimensionados para dissipar sozinhos a energia advinda da manobra de energização.

Os documentos de especificação das características elétricas básicas dos equipamentos, elaborados pela TRANSMISSORA, devem levar em conta os resultados dos estudos em epigrafe, bem como as características dos equipamentos de controle de sobretensões considerados nestes estudos.

1.11.4.2. RELIGAMENTO TRIPOLAR DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO

Deve ser prevista a possibilidade de religamento tripolar, por ambos os terminais, em todas as linhas de transmissão.

Deve ser avaliado o religamento com aplicação de defeito ao longo da linha, respeitando-se o tempo de eliminação de falta de 100 ms para a rede igual ou acima de 345 kV e de 150 ms para a rede abaixo de 345 kV.

Devem ser respeitadas as premissas, definidas nos estudos de coordenação de isolamento das linhas de transmissão, elaborados pela TRANSMISSORA, quanto às máximas tensões fase-terra e fase-fase admissíveis ao longo da LT.

Os para-raios de linha deverão ser dimensionados para dissipar sozinhos a energia advinda da manobra de religamento tripolar.

Os documentos de especificação das características elétricas básicas dos equipamentos, elaborados pela TRANSMISSORA, devem levar em conta os resultados dos estudos em epigrafe, bem como as características dos equipamentos de controle de sobretensões considerados nestes estudos.

1.11.4.3. RELIGAMENTO MONOPOLAR

Deve ser prevista a possibilidade de religamento monopolar da linha de transmissão. Cabe à TRANSMISSORA a viabilização técnica do religamento monopolar, conforme o seguinte procedimento:

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Priorizar as soluções técnicas no sentido de garantir uma probabilidade adequada de sucesso na extinção do arco secundário em tempos inferiores a 500 ms, de acordo com o critério estabelecido no item 1.11.4.3 (a).

Somente nos casos em que for demonstrada, por meio da apresentação de resultados de estudos, a inviabilidade técnica de atender tal requisito, a TRANSMISSORA poderá optar pela utilização do critério definido no item 1.11.4.3 (b), para tempos de extinção superiores a 500 ms.

Quando só for possível a solução técnica para tempos mortos acima de 500 ms, devem ser avaliadas, pela TRANSMISSORA, as implicações de natureza dinâmica para a Rede Básica, advindas da necessidade de operar com tempos mortos mais elevados.

A TRANSMISSORA deve evitar soluções que possam colocar em risco a segurança do sistema elétrico, tais como a utilização de chaves de aterramento rápido em terminais de linha adjacentes a unidades geradoras, onde a ocorrência de curtos-circuitos devidos ao mau funcionamento de equipamentos e sistemas de proteção e controle possa causar severos impactos à rede.

Todos os equipamentos associados, tais como disjuntores, bem como a proteção, o controle e o nível de isolamento dos equipamentos, incluído o neutro de reatores em derivação, o espaço físico e demais facilidades necessárias ao religamento monopolar devem ser providos, de forma a permitir a sua implementação.

(a) Critério com Tempo Morto de 500 ms

A Figura 1.11.1 deve ser utilizada para a avaliação da probabilidade de sucesso da extinção do arco secundário. São considerados, como pontos de entrada, o valor eficaz do último pico da corrente de arco secundário (em Ampères) e o valor do primeiro pico da tensão de restabelecimento transitória (em kVp). Um religamento monopolar, para ser considerado como sendo de boa probabilidade de sucesso para faltas não mantidas, deve ser caracterizado pelo par de valores (V, I) localizado no interior da curva ilustrada na Figura 1.11.1.

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Primeiro Pico da TRV (kV)

0 10 20 30 40 50 60

0

50

100

150

200

Iarc(rms)

Zona de Provável

Extinção do Arco

Figura 1.11.1 – Curva de referência para análise da extinção da corrente de arco secundário, considerando-se tempo morto de 500 ms.

A TRANSMISSORA deve dimensionar os seus equipamentos de forma a tentar obter uma corrente máxima de arco secundário de 50 A e com TRV, dentro da “zona provável de extinção”, o que indica uma probabilidade razoável de sucesso na extinção do arco secundário.

A demonstração do atendimento deste critério deve ser oferecida pela TRANSMISSORA por meio de estudos de transitórios eletromagnéticos, considerando, inicialmente, a não utilização de quaisquer métodos de mitigação.

Caso estas simulações demonstrem a improbabilidade da extinção dos arcos secundários dentro do tempo de 500 ms, novas simulações devem ser efetuadas, considerando a utilização de métodos de mitigação. Apenas no caso dessas novas simulações demonstrarem não ser possível atender o requisito da Figura 1.11.1, poderá a TRANSMISSORA optar pela utilização do critério definido no item 1.11.4.3 (b).

(b) Critério com Tempo Morto superior a 500 ms

Para avaliação do sucesso do religamento monopolar com tempo morto superior a 500 ms, deve ser considerada a curva de referência da Figura 1.11.2, que relaciona o tempo morto necessário para a extinção do arco secundário com o valor eficaz do último pico da corrente de arco, da forma proposta a seguir:

A TRANSMISSORA deve refazer os estudos de transitórios de forma a viabilizar o menor valor possível de corrente de arco, utilizando, inicialmente, apenas os meios de mitigação convencionais. Caso estes não se mostrem suficientes, outros meios de mitigação poderão ser considerados. Em qualquer caso, os tempos mortos a serem

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considerados nos ajustes para definição do tempo para religamento do disjuntor devem ser aqueles definidos pela curva da Figura 1.11.2 para a corrente encontrada;

Nessa avaliação, devem ser consideradas, preferencialmente, soluções de engenharia que não demandem equipamentos que requeiram fabricação especial.

Nos casos em que os tempos mortos definidos de acordo com a alínea a acima forem iguais ou superiores a 1,75 segundos, a TRANSMISSORA deve avaliar a viabilidade técnica da adoção de medidas de mitigação não usuais, tais como chaves de aterramento rápido, entre outras, procurando o menor tempo morto possível, sem exceder 1,75 segundos.

Notas:

Quando da adoção de chaves de aterramento rápido a extinção do arco pode ocorrer mesmo com correntes mais elevadas que as indicadas nesse critério. Nesse caso, a TRANSMISSORA deve demonstrar a extinção do arco, de forma independente da Figura 1.11.2.

A adoção de solução que demande tempo morto superior a 500 ms fica condicionada à demonstração, pela TRANSMISSORA, por meio de estudos dinâmicos, que a mesma não compromete o desempenho do SIN.

Figura 1.11.2 – Curva de referência - Tempo Morto para Extinção do Arco Secundário X Valor eficaz da Corrente de Arco Secundário, para

tensões até 765 kV Os estudos de religamento monopolar têm por objetivo não apenas avaliar a extinção do arco secundário, mas também prover as informações necessárias ao correto dimensionamento do isolamento do neutro do reator de linha, nos casos em que for necessária a utilização de um reator de neutro.

Dessa forma, deve também ser apresentada pela TRANSMISSORA a simulação no tempo (com o programa ATP), considerando toda a sequencia de eventos, com o tempo de eliminação de falta de 100 ms para a rede igual ou acima de 345 kV e de 150 ms para a rede abaixo de 345 kV.

Para as linhas dotadas de reatores em derivação, incluindo-se eventuais reatores de neutro, deverá ser verificado o desempenho para a faixa de frequência dinâmica permissível para o

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sistema (56 Hz a 66 Hz) de forma a certificar que não haverá problemas de ressonância entre os reatores e a linha de transmissão durante o religamento monopolar.

As simulações devem identificar as solicitações de dissipação de energia nos para-raios de linha e nos para-raios do reator de neutro, quando for o caso.

Os documentos de especificação das características elétricas básicas dos equipamentos, elaborado pela TRANSMISSORA , deve levar em conta os resultados desses estudos.

1.11.4.4. REJEIÇÃO DE CARGA

Devem ser atendidas sem violação dos critérios de desempenho as situações de rejeição de carga avaliadas para a configuração básica ou alternativa.

Devem ser avaliadas rejeições com e sem aplicação de defeito monofásico ao longo da linha, respeitando-se o tempo de eliminação de falta de 100 ms para a rede igual ou acima de 345 kV e de 150 ms para a rede abaixo de 345 kV.

Deve ser avaliada também a rejeição sem aplicação de falta prévia, com a ocorrência de curto circuito posterior à rejeição, no instante de máxima tensão.

A TRANSMISSORA deverá avaliar a rejeição nos dois sentidos, com fluxos o mais próximo possível da capacidade da linha em análise, mesmo que os casos operativos indiquem fluxos mais baixos.

Em caso de circuitos duplos deverá ser considerada a possibilidade de rejeição dupla em condições de fluxo máximo nos dois sentidos.

Em todos os casos supra mencionados os para-raios de linha deverão ser dimensionados para dissipar sozinhos a energia resultante da rejeição de carga.

Devem ser atendidas sem violação dos critérios de desempenho as situações de rejeição de carga avaliadas para a configuração básica ou alternativa.

Devem ser avaliadas rejeições com e sem aplicação de defeito monofásico ao longo da linha, respeitando-se o tempo de eliminação de falta de 100 ms para a rede de 500 kV e de 150 ms para a rede de 230 kV.

Deve ser avaliada também a rejeição sem aplicação de falta prévia, com a ocorrência de curto-circuito posterior à rejeição, no instante de máxima tensão.

A TRANSMISSORA deverá avaliar a rejeição em ambos os sentidos, com fluxos o mais próximo possível da capacidade da linha em análise, mesmo que os casos operativos indiquem fluxos mais baixos.

Em caso de circuitos duplos deverá ser considerada a possibilidade de rejeição de ambos circuitos em condições de fluxo máximo nos dois sentidos.

Em todos os casos supra mencionados os para-raios de linha deverão ser dimensionados para dissipar sozinhos a energia resultante da rejeição de carga.

1.11.4.5. ESTUDOS DE TENSÃO DE RESTABELECIMENTO TRANSITÓRIA (TRT)

Esses estudos transitórios têm por objetivo quantificar as solicitações as quais estarão sujeitos os diversos disjuntores integrantes deste empreendimento. Compreendem as avaliações de TRT as seguintes condições de manobra:

Abertura de defeito terminal trifásico à terra e trifásico não aterrado, sendo o ponto de aplicação da falta no barramento ou saída de linha.

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Abertura de defeito terminal monofásico sendo o ponto de aplicação da falta no barramento ou saída de linha.

Abertura de defeito quilométrico.

Abertura em discordância de fases. Deverá ser identificada a condição mais crítica de solicitação de tensão através dos polos do disjuntor imposta pela rede para a abertura do disjuntor em discordância de fases.; Ressalta-se que a solicitação de abertura durante defasagens angulares “sistêmicas” inferiores a 180º podem, eventualmente, ocasionar solicitações superiores, em kV, aquelas definidas em norma para a condição de abertura em oposição de fases, para os disjuntores para aquela classe de tensão e com fator de 1º polo normalizado. Nestes casos pode ser necessário um maior refinamento da modelagem, o que pode em algumas situações levar a necessidade de investigações, de caráter dinâmico (ANATEM), do contexto (tensão e ângulo) no qual se dará a efetiva abertura do disjuntor.

Abertura de linha a vazio. Essa situação deve ser simulada no programa ATP, com as fontes ajustadas para na frequência fundamental (60 Hz) e com tensão de pré-manobra igual à máxima tensão operativa da rede (1,05 ou 1,10 dependendo do nível de tensão), com aplicação de falta monofásica e abertura das fases sãs. Os estudos de abertura de linha a vazio devem levar em conta a necessidade de atendimento ao requisito descrito no item 1.6.1 (i). Caso a região do sistema onde o disjuntor será instalado esteja sujeita a sobrefrequências em regime dinâmico a simulação de abertura de linha a vazio deverá levar em conta a máxima sobrefrequência identificada nos estudos.

1.11.4.6. ESTUDOS DE ENERGIZAÇÃO DE TRANSFORMADORES

Esses estudos têm por objetivo identificar as solicitações de corrente e tensão impostas à rede e aos equipamentos próximos pela manobra de energização dos transformadores. Devem ainda demonstrar que os transformadores podem ser energizados em situações de rede completa e degradada, pelos seus dois terminais e para toda a faixa de tensão operativa. Estão incluídas neste escopo as situações de recomposição de rede.

Os estudos compreendem avaliações de energização em vazio, com e sem falta aplicada, considerando os recursos de controle de sobretensões disponíveis, tais como, disjuntores com resistores de pré-inserção e/ou dispositivos de manobra controlada. Deve ser levado em conta o fluxo residual do transformador.

Devem ser avaliados também o montante de energia a ser absorvido pelos para-raios do transformador e a necessidade de utilização dos mecanismos de controle de sobretensões supramencionados, bem como as correntes inrush.

Para a realização desses estudos, os transformadores devem ser modelados considerando a sua curva de saturação e a impedância especificada no documento da TRANSMISSORA que define as características elétricas básicas dos equipamentos principais do empreendimento. No caso de indisponibilidade da curva de saturação real do equipamento, poderá ser utilizada curva típica, desde que sejam feitas parametrizações quanto ao joelho e à reatância de núcleo de ar, alterando-se esses valores no sentido de verificar os seus efeitos sobre os resultados dos estudos.

1.11.4.7. ESTUDOS DE MANOBRA DE BANCOS DE CAPACITORES

Esses estudos compreendem avaliações de energização e de aplicação e eliminação de defeito e têm por objetivo identificar a necessidade de especificação de reatores em série com o banco de capacitores, com a finalidade de minimizar os efeitos dos transitórios de tensão e de corrente aos

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níveis de suportabilidade da instalação, evitar atuações indevidas da proteção e evitar possíveis ressonâncias com a rede para harmônicas produzidas por elementos saturáveis.

Os estudos devem verificar as sobretensões e as consequentes solicitações de energia sobre os para-raios próximos, e a necessidade de utilização de disjuntores com dispositivos de manobra controlada.

1.11.4.8. MANOBRAS DE FECHAMENTO E ABERTURA DE SECCIONADORES E SECCIONADORES DE ATERRAMENTO

As manobras de fechamento e abertura de seccionadores e de seccionadores de aterramento devem considerar as condições mais severas de tensões induzidas de linhas de transmissão existentes em paralelo, incluindo carregamento máximo e situações de ressonância.

Deverão ser avaliadas, sem considerar a aplicação de medidas operativas, os efeitos de eventuais induções ressonantes provocadas pela linha de transmissão objeto dessa licitação sobre outras linhas de transmissão existentes.

1.11.5. OUTROS ESTUDOS

1.11.5.1. CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS

Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº398, de 23 de março de 2010.

1.11.5.2. ESTUDOS DE RESSONÂNCIA SUBSÍNCRONA

Esses estudos devem ser efetuados sempre que existam bancos de capacitores série eletricamente próximos a usinas térmicas, tendo por objetivo principal investigar os fenômenos de auto-excitação (efeito gerador de indução e interação torcional) e de torques transitórios nos eixos do conjunto turbina-gerador.

No caso de existência de equipamentos com controladores de ação rápida como CERs nas vizinhanças das usinas térmicas, deve também ser investigada a possibilidade da interação desse controle vir a amplificar os modos de oscilação do eixo do conjunto turbina-gerador.

Esses fenômenos devem ser investigados por meio de ferramentas de simulação de transitórios eletromagnéticos (ATP), considerando a representação completa da máquina, com o eixo do conjunto turbina-gerador representado por um sistema multi-massa mola. Deve também ser considerada, quando necessária, a análise no domínio da freqüência (modelo linearizado do eixo turbina gerador).

1.11.5.3. ESTUDOS DE DIMENSIONAMENTO DOS COMPENSADORES ESTÁTICOS

Esses estudos tem por finalidade demonstrar o atendimento aos requisitos estabelecidos no item 1.6.10 deste anexo técnico.

[A]. Cálculo de Perdas:

A TRANSMISSORA deverá apresentar, ainda na etapa de projeto básico, um estudo de cálculo das perdas, incluindo todos os elementos do CER, a saber:

• TCRs: Válvulas, reatores dosTCRs e “damping reactors”

• TSCs: Válvulas e capacitores

• Filtros (capacitores e reatores);

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• Transformador;

• Serviços auxiliares, ar condicionado etc

• Refrigeração das válvulas (bombas e motores de ventilação);

• Barras e condutores elétricos;

• Outros

Este estudo tem por finalidade demonstrar o atendimento ao requisito de perdas do CER especificado neste anexo técnico, devendo também fornecer como saída uma curva de perdas em kW x potência reativa injetada pelo CER no ponto de conexão em Mvar.

[B]. Estudos de dimensionamento, desempenho e rating dos filtros;

A TRANSMISSORA deverá apresentar, ainda na etapa de projeto básico, o projeto de dimensionamento dos filtros do CER, elaborado pelo fabricante do equipamento.

(a) Rating dos Filtros

É de total responsabilidade da TRANSMISSORA a determinação do rating necessário de seus equipamentos, para todo o período de concessão.

O estudo tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento do rating dos filtros CA, tanto em regime permanente quanto em regime transitório, atende ao disposto no item 1.6.10 [K] deste anexo técnico.

Devem ser informadas nos estudos, de regime permanente e transitório, as margens adotadas e os valores nominais do projeto para cada elemento que compõe o equipamento (ratings de corrente e tensão).

(b) Regime Permanente

Os estudos deverão demonstrar que os filtros não serão desligados pelas proteções de overrating (sobrecarga) durante condições operativas normais e de contingências simples (N-1) da rede externa, com um filtro, de cada tipo, fora de operação.

Nas avaliações das impedâncias dos filtros devem ser consideradas as dessintonías possíveis, incluindo tolerâncias de fabricação, variação de capacitância por temperatura, variações de freqüênciafrequência da rede, erros de ajuste de sintonia por discretização de elementos de ajuste e tolerâncias dos instrumentos de medição, etc.

(c) Regime Transitório

Os estudos devem justificar que os filtros e a compensação reativa devem suportar as sobretensões e sobrecorrentes de condições transitórias, incluindo entre outras: a) início e eliminação de curtos-circuitos, b) energização dos transformadores do CER e de transformadores de potência próximos, considerando fluxo residual.

(d) Desempenho dos Filtros

Tem por finalidade demonstrar que o desempenho dos filtros CA atende ao disposto no item 1.6.10 [H] deste anexo técnico.

O submódulo 2.8 dos Procedimentos de Rede conceitua os indicadores tanto das distorções harmônicas individuais, quanto a distorção de tensão harmônica total (DTHT), bem como estabelece os limites a serem respeitados.

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Ressalta-se que a TRANSMISSORA será responsável pelo desempenho dos filtros durante a vida útil do CER. Caso sejam utilizadas margens de segurança, em função das incertezas do planejamento futuro, as mesmas deverão ser explicitadas.

Desta forma cabe a TRANSMISSORA a determinação dos envelopes de impedância harmônica das redes CA:

(1) Na determinação dos lugares geométricos ou envelopes da impedância da rede externa, a TRANSMISSORA poderá agrupar harmônicos consecutivos em conjuntos. Neste caso, cada um destes conjuntos deverá incluir também o harmônico anterior e o posterior ao conjunto, de forma a garantir uma área de sobreposição, entre conjuntos consecutivos.

(2) Para a determinação dos lugares geométricos estarão disponíveis as configurações das redes inicial e futura (até o ano horizonte) sob a forma de arquivos de fluxo de potência, da base de dados da EPE ou do ONS.

(3) No cálculo das distorções harmônicas individuais devem ser determinados vetorialmente os pontos dos envelopes que maximizam as tensões harmônicas na barra de alta do transformador do CER.

(4) Nas avaliações das impedâncias dos filtros devem ser consideradas as máximas dessintonias possíveis, considerando tolerâncias de fabricação, variação de capacitância por temperatura, variações de frequência da rede, erros de ajuste de sintonia por discretização de elementos de ajuste e tolerâncias dos instrumentos de medição etc.

(5) Os valores máximos das tensões harmônicas na barra de alta do transformador do CER deverão ser calculados considerando os valores máximos das correntes harmônicas injetadas pelo CER.

No que se refere à Interferência Telefônica, a TRANSMISSORA deverá apresentar os estudos e as providências a serem tomadas no sentido de assegurar o atendimento às especificações deste Anexo Técnico.

1.11.5.4. ESTUDOS DE DIMENSIONAMENTO DA COMPENSAÇÃO SÉRIE

Dois tipos de relatórios são esperados sobre a compensação série:

Memória de cálculo do dimensionamento do banco série.

Demonstração de atendimento aos requisitos de faltas estabelecidos no item 1.6.8.

O primeiro deles tem foco no equipamento propriamente dito e deve definir as características técnicas e valores nominais de todos os elementos que fazem parte do banco série, incluindo circuitos de amortecimento, gaps, disjuntores de by-pass, resistores, indutores, capacitores, diagramas unifilares do banco, coordenação de isolamento, constantes de tempo de resfriamento e aquecimento, MOVs etc...

O segundo diz respeito ao dimensionamento dos MOVs. Por meio da simulação de faltas em diversos pontos da rede, as suportabilidades de tensão e de corrente para os varistores devem ser definidas. Tanto faltas monofásicas como trifásicas devem ser aplicadas e o sistema deve ser representado, até pelo menos duas barras de distância, antes que se aplique o equivalente da rede, seja a 60 Hz, seja um circuito síntese da rede CA. Devem ser consideradas situações de rede completa e rede (n-1) com foco especial para os casos nos quais o trecho em paralelo está fora de serviço.

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A metodologia prevê:

Avaliação de faltas externas.

Avaliação de faltas internas.

Estabelecimento dos níveis de ajuste do by-pass, tanto para corrente quanto para energia;

Os seguintes conceitos devem estar claros no documento:

Eext: Energia no pior caso de falta externa onde o by-pass não deve atuar.

Eint: Energia no pior caso de falta interna.

Iset – Máximo valor de ajuste de corrente, que dispara a atuação do by-pass.

Eset – Máximo valor de ajuste de energia, que dispara a atuação do by-pass.

Margem de Ajuste – Relação entre o valor de disparo do by-pass por energia e o valor de energia máximo calculado para falta externa (Eset / Eext).

Margem de segurança: Este valor (%) deve ser acrescido à energia total dos MOVS e deve ter sido definido pelo documento de aquisição do equipamento pela Transmissora.

Redundância de capacidade instalada de energia – Diferença entre o total de energia instalada dos MOVs e o valor máximo teórico de solicitação obtido por simulações.

Devem ser levados, na definição da energia final, a diferença de distribuição de corrente entre as colunas dos MOVs, overshoots, atrasos na atuação do gap, imprecisões e a modularização das pastilhas em série e em paralelo de acordo com os padrões adotados pelo fabricante.

Devem ser simulados tanto os cenários de entrada em operação quanto os de configuração final de planejamento, passando pelas etapas de implementação do empreendimento.

Os níveis protetivos dos MOVs devem levar em conta não só a experiência do fabricante mas também a corrente de swing efetivamente calculada, em programas de estabilidade, pela Transmissora para este tronco de transmissão.

Os níveis de compensação devem atender ao disposto neste anexo técnico e devem considerar os parâmetros por km reais da linha que está sendo concebida e implantada neste lote.

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1.12. REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO

1.12.1. ASPECTOS GERAIS

(a) A cada circuito definido como ponto de medição, deve corresponder um sistema de medição para faturamento – smf independente. entende-se como smf o sistema composto pelos medidores principal e retaguarda, pelos transformadores para instrumentos (ti) – transformador de potencial e de corrente, pelos canais de comunicação entre os agentes e câmara de comercialização de energia elétrica – ccee, e pelos sistemas de coleta de dados de medição para faturamento.

(b) Devem ser projetados e executados atendendo às normas da associação brasileira de normas técnicas – abnt e, nos casos omissos, às normas international electrotechnical commission – iec.

(c) Devem medir e registrar as energias e demandas envolvidas no ponto de conexão para os possíveis sentidos do fluxo de potência ativa e reativa.

(d) Devem ser instalados em painéis ou cubículos exclusivos, localizados nas salas de comando das subestações (se), ou em abrigos apropriados próximos aos transformadores para instrumentos (ti), nos quais devem ser instalados os medidores, inclusive o medidor de retaguarda, se for o caso.

(e) Devem ter os circuitos secundários de corrente e potencial aterrados em um único ponto por circuito, o qual deve estar o mais próximo possível do local de instalação dos ti. nesses circuitos os condutores de retorno devem ser independentes.

(f) Devem ter os painéis ou cubículos de medição aterrados diretamente na malha de terra da subestação.

(g) Os transformadores de corrente (tc) de uso exterior devem ter caixa de junção com dispositivo para lacrar os pontos de acesso aos circuitos da medição.

(h) Os transformadores de potencial (tp) de uso exterior devem ter caixa de junção com dispositivo para lacrar os pontos de acesso aos circuitos da medição.

(i) Devem possuir dispositivos (chaves de aferição e blocos com terminais apropriados), que possibilitem curto-circuitar e aterrar os secundários dos tc, possibilitem conectar instrumentos para ensaios individuais por circuito e permitam manutenção, calibração dos medidores, e ensaios na cabeação interna dos painéis, sem necessidade de desligamento dos circuitos.

(j) Devem ter garantia de inviolabilidade, através da colocação de selos, eletrônicos (senhas) e/ou mecânicos, pelas partes envolvidas.

(k) Devem ter facilidades de software e hardware que permitam operações de leitura, programação, armazenamento, carga e alterações de parâmetros, tanto na forma local quanto na forma remota.

(l) Devem utilizar medidores polifásicos, que atendam as medições a três ou quatro fios, conforme melhor adaptação ao sistema de potência trifásico considerado.

(m) Devem possibilitar os registros de demanda ativa e reativa, com a capacidade de armazenamento de dados.

(n) Devem permitir para os casos de medição em mais de um circuito elétrico sob níveis de tensão de mesma tarifa, que a demanda e energia sejam totalizadas, desde que devidamente autorizados pela câmara de comercialização de energia elétrica - ccee e operador nacional do sistema elétrico - ons.

(o) Os medidores ou ti podem ser substituídos por conjuntos de medição, desde que as implicações técnicas sejam equivalentes e as diferenças de custos aceitas pelos agentes envolvidos.

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1.12.2. ASPECTOS ESPECÍFICOS

1.12.2.1. MEDIDORES DE ENERGIA

[A]. Características Elétricas

Devem ser polifásicos, 2 elementos, 3 fios (para sistema a três fios) ou 3 elementos, 4 fios, (para sistemas a 4 fios), de freqüência nominal do sistema, corrente nominal de acordo com o secundário do TC, tensão nominal de acordo com o secundário do TP. Os medidores devem ter certificado de calibração comprovando que possuem independência de elementos e de seqüência de fases, garantindo o mesmo desempenho em ensaio monofásico ou trifásico.

[B]. Classe de exatidão

Devem atender a todos os requisitos metrológicos pertinentes a classe 0,2 prescritos no Regulamento Técnico Metrológico – RTM, aprovado pela Portaria INMETRO nº 431, de 4 de dezembro de 2007, ou aquela que vier substituí-la, para todos os sentidos de fluxo de energia.

Para os sistemas de medição de serviço auxiliar, nos pontos cuja potência não exceda a 10MW, podem ser aceitos medidores com classe 0,5, desde que possuam todos os outros requisitos exigidos nesta especificação e sejam aprovados pela CCEE e ONS.

[C]. Certificado

Os medidores devem ter certificado de conformidade de modelo aprovado, emitido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO.

[D]. Grandezas a Medir

Devem permitir a medição e o registro de pelo menos as seguintes grandezas elétricas: energia ativa e energia reativa com resolução de 3 casas decimais, tensão e corrente RMS por fase, com resolução de 2 casas decimais, demanda, de forma bidirecional, com pelo menos 4 registros independentes, 2 para cada sentido de fluxo (quatro quadrantes),com as unidades de medida programáveis (Wh, kWh, MWh, varh, kvarh, Mvarh, V, kV, A, kA, etc.). Podem possuir, adicionalmente, uma saída específica para as medições instantâneas (potências ativa e reativa, fator de potência, corrente, tensão, freqüência, etc.).

[E]. Memória de Massa

Devem possuir memória de massa com capacidade de armazenar os dados de energia ativa, reativa e demanda, de forma bidirecional, tensões e correntes RMS, em intervalos de integração programáveis de 5 (cinco) a 60 (sessenta) minutos durante o período mínimo de 32 (trinta e dois) dias.

[F]. Relógio/Calendário Interno

Devem possuir relógio/calendário interno com sincronismo externo via GPS local, de modo que o pulso de sincronismo não seja retido ou atrasado por algum equipamento de rede (roteador), evitando gerar problemas como falta ou repetição de registros de energia na memória de massa.

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[G]. Preservação dos Registros

Devem ser dotados de um sistema de preservação e salvamento dos registros durante as perdas de alimentação, armazenando os dados em memória não volátil por pelo menos 100 (cem) horas.

[H]. Leitura dos Registros

Devem possuir mostrador digital, para leitura local, com pelo menos 6 dígitos indicando de forma cíclica as grandezas programadas a serem medidas, associadas às suas respectivas unidades primárias, ou seja, levando em conta sua constante kh, e as relações de transformação dos TI.

Devem permitir, através de interface de comunicação, a leitura dos valores medidos e da memória de massa.

Devem possuir no mínimo duas portas de comunicação independentes com acesso simultâneo ou que permitam a priorização de uma delas. Uma será de uso exclusivo da CCEE e a outra de acesso aos agentes envolvidos na medição do ponto. A porta da CCEE deverá ser acoplada a um canal de Internet estável e de bom desempenho, sob o qual será estabelecido um túnel VPN (Virtual Private Network) entre o medidor e a CCEE. Os medidores deverão ter capacidade de gerenciar o acesso simultâneo às suas portas de comunicação de forma que a porta de acesso disponibilizada à CCEE permita o acesso aos registros de memória de massa do medidor em tempo integral.

Devem fornecer um registro com data e hora das últimas 15 ocorrências de falta de alimentação e 15 ocorrências de alterações realizadas na programação do medidor.

No caso de consumidores livres ou consumidores conectados diretamente à rede básica, os medidores poderão possuir saída de pulsos adequada para controlador de demanda.

[I]. Autodiagnose

Devem ser providos de rotinas de autodiagnose com alcance a todos os seus módulos funcionais internos com capacidade de localizar e registrar localmente (mostrador/alarme) e remotamente, qualquer anormalidade funcional.

[J]. Código de Identificação

Devem permitir a programação de um código de identificação alfanumérico com pelo menos 14 dígitos que possa ser lido remotamente através do protocolo do medidor.

[K]. Qualidade de Energia Elétrica

A avaliação dos aspectos de Qualidade de Energia Elétrica – QEE através do sistema de medição de faturamento deverá incluir a medição do valor da tensão eficaz em regime permanente e os valores de tensão resultantes de eventos do tipo variação de tensão de curta duração (VTCD). Por outro lado, a medição dos valores de outros indicadores tais como distorção harmônica, cintilação e desequilíbrio, ainda que desejável, não têm o mesmo caráter de obrigatoriedade mencionado anteriormente.

A apuração dos valores dos indicadores se faz através de procedimentos e métodos de medição que neste documento nomeia-se por "protocolos de medição". Dentre outros aspectos, os protocolos de medição incluem parâmetros tais como: taxa de amostragem do sinal medido e a

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resolução da conversão analógica/digital, tipo e intervalo de janela para cálculo de valores eficazes de tensão, critérios de detecção/disparo (trigger) e reset para registro de VTCD, etc.

Nesta especificação não será feita nenhuma exigência quanto aos protocolos de medição destes fenômenos. Por outro lado, os agentes deverão informar os protocolos utilizados pelos equipamentos de medição adotados.

Os arquivos de saída, da mesma forma como para o caso dos registros da medição de faturamento, deverão ser apresentados em formato ASCII.

No que se refere aos resultados de medição dos valores eficazes da tensão, deverá ser disponibilizado um valor da tensão eficaz, fase-neutro, para cada fase, em intervalos de tempo parametrizáveis (por exemplo, 5 (cinco) ou 10 (dez) minutos). Este valor deverá resultar da média quadrática dos valores apurados a partir de janelas consecutivas ao longo de todo este intervalo.

No que se refere aos resultados de monitoração de VTCD, deverão ser disponibilizadas as seguintes informações: instante de ocorrência do fenômeno, amplitude da tensão correspondente ao máximo desvio de cada fase e valor instantâneo (forma de onda) das três tensões fase-neutro por um intervalo de tempo suficiente para permitir a determinação da duração do fenômeno. A lógica de disparo para detecção deverá ser baseada em limites configuráveis de amplitude de tensão (valor eficaz da tensão), em função de um valor de referência fixo.

Os medidores de QEE deverão ser localizados em cada ponto de fronteira da Rede Básica onde houver medição de faturamento, a partir do critério que estabelece como necessário apenas um medidor por nível de tensão. Caso o arranjo da SE seja tal que barramentos de mesmo nível de tensão possam operar, permanentemente, de forma independente, então deverá ser instalado um medidor de QEE em cada segmento de barramento correspondente.

A avaliação de alternativas ao estabelecido nesta especificação deve ser analisada e aprovada pelo ONS.

1.12.2.2. TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS

Não devem ser usados transformadores auxiliares nos secundários dos TI.

Os secundários exclusivos para medição de faturamento dos TI devem ter classe de exatidão 0,3 ou melhor, para todas as cargas, e para todas as relações, consideradas as condições de projeto, e para a freqüência nominal do sistema.

Para medição de serviço auxiliar, aceita-se a classe de exatidão 0,6.

Os TC devem ser especificados para uma corrente secundária nominal em conformidade com a corrente especificada pelo fabricante do medidor. O fator térmico deverá ser o previsto para requisito do sistema ou situação de contingência.

Os TI devem possuir enrolamentos secundários exclusivos para o sistema de medição de faturamento. As caixas de terminais devem ter dispositivos que permitam lacrar os pontos de acesso aos circuitos de medição. Exceções serão analisadas pela CCEE e ONS.

Os TC devem ter preferencialmente a mudança de relação no primário. No caso de mudança de relação no secundário, este deverá apresentar a mesma exatidão em todas as relações.

Não devem ser utilizados fusíveis nos secundários dos transformadores de potencial. Caso a proteção destes seja considerada imprescindível pelo agente responsável pelo SMF, admite-se o uso de micro-disjuntores de 1 A com supervisão de estado através de contato auxiliar.

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1.12.2.3. CABEAÇÃO SECUNDÁRIA

Os condutores utilizados para interligação dos secundários dos TC aos elementos de corrente dos medidores devem ser especificados de modo que a carga total imposta não seja superior a uma das cargas padronizadas dos mesmos.

Os condutores utilizados para interligação dos secundários dos TP indutivos e/ou capacitivos aos elementos de potencial dos medidores devem ser especificados de modo a não introduzir um erro na medição superior a 0,05% para Fator de Potência igual a 0,8.

O cabo utilizado deve ser multicondutor blindado e os condutores não utilizados e a blindagem devem ser aterrados juntos ao painel ou cubículo de medição.

1.12.3. REQUISITOS PARA APROVAÇÃO DOS PROJETOS DE SMF

Devem possuir os seguintes itens abaixo.

(a) Esquema unifilar da instalação, onde se localizará a medição, mostrando a posição dos TI, sua interligação aos instrumentos de medição, bem como suas características, tais como classe de exatidão e relação de transformação.

(b) Esquema trifilar dos circuitos de potencial e de corrente, mostrando as interligações entre os blocos de terminais dos TI e os painéis ou cubículos de medidores.

(c) Esquema dos painéis ou cubículos de medidores mostrando a interligação com os circuitos de corrente e de potencial, bem como as ligações dos instrumentos de medição, dispositivos auxiliares e alimentação dos medidores.

(d) Desenho dos painéis ou cubículos de medidores apresentando a localização dos instrumentos de medição.

(e) Relatório descritivo do sistema de medição, contendo as informações gerais do empreendimento e do acessante, critérios e premissas adotadas no projeto (localização da medição, alimentação do SMF, cabos de corrente e potencial utilizados, desenho de placa dos TI, aterramento, lacres, características dos medidores, painel/caixa e disposição física).

(f) Memorial de cálculo do dimensionamento da cabeação secundária de TP e TC, contendo as informações do acessante, características dos equipamentos, constantes envolvidas, bitola e comprimento dos condutores, carga dos circuitos de corrente, queda de tensão nos circuitos de potencial e resumo dos valores calculados.

(g) Apresentação do parecer de localização emitido pela CCEE.

(h) Carta de pré-aprovação do projeto de SMF pelo agente conectado no caso de medição líquida.

(i) Alimentação dos medidores e dispositivos de comunicação instalados no painel através da tensão secundária do circuito medido com dispositivo de transferência automática, no caso de falta, para uma alimentação CC da instalação (banco de baterias) ou CA ininterrupta (no-break). No caso de utilização de no-break a autonomia deste fica a critério do agente. Casos excepcionais, onde seja comprovada inviabilidade técnica, serão tratados pelo ONS e CCEE.

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1.12.4. COMUNICAÇÃO DE DADOS

1.12.4.1. AQUISIÇÃO DE LEITURAS

(a) O Sistema de Medição de faturamento deve possibilitar a comunicação remota direta com os medidores, com o objetivo de viabilizar os procedimentos de leitura, fazendo verificações contínuas dos valores registrados e memória de massa, para informações estratégicas do mercado, através da aquisição de leituras em tempo integral.

(b) A aquisição de leituras em tempo integral deve ser um processo que permita, por meio de um canal de comunicação, fazer leituras dos valores registrados e da memória de massa em intervalo de tempo programado.

(c) De forma alternativa, o agente responsável poderá possuir uma central de aquisição própria. Neste caso deverá ser instalado o software Client SCDE(responsável pela coleta dos arquivos XML de coleta) sendo o agente responsável pela geração dos arquivos XML requisitados pelo client nos intervalos de coleta definidos.

(d) Quando o sistema de medição da CCEE acessar diretamente os medidores, a estrutura de comunicação/medidores deverá permitir o acesso simultâneo da CCEE e dos agentes envolvidos, sem que um prejudique o acesso do outro. Da mesma forma, a topologia de comunicação dos medidores assim como a capacidade do link deverá ser implementada de modo a permitir o acesso simultâneo a todos os medidores da instalação. Medidores que não respeitarem o direito de acesso e todos e estiverem ligados em cascata, spliters ou configurações seriais que criem alguma situação onde a leitura dos demais medidores esteja sujeita a espera de liberação do canal de comunicação não serão aceitos.

1.12.4.2. PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO

Podem ser aceitos todos os protocolos de medidores, desde que seus fornecedores desenvolvam os mesmos nos padrões e para as aplicações definidas pela CCEE, e forneçam à esta toda a documentação detalhada do protocolo.

1.12.4.3. CANAL DE COMUNICAÇÃO

(a) Deve ser disponibilizado um canal de comunicação estável e de bom desempenho para permitir a aquisição de leituras a qualquer tempo, diretamente de cada ponto de medição, conforme disposto no Procedimento de Comercialização da CCEE.

(b) O canal de comunicação utilizado deve permitir a transferência dos dados numa taxa mínima compatível com a transmissão dos pacotes de dados de seu medidor, conforme detalhado no Procedimento de Comercialização da CCEE.

1.12.5. RECURSOS DE PROGRAMAÇÃO

O sistema de medição deve possuir software específico de programação, leitura, totalização dos dados e emissão de relatórios. Este software deve possibilitar:

1.12.5.1. A PROGRAMAÇÃO DO HORÁRIO DE VERÃO;

(a) A aquisição, de forma automática, dos valores de demanda da memória de massa, em datas e horários pré-programados;

(b) A criação de arquivos de saída no formato ASCII, permitindo que os dados sejam facilmente processados por outro software disponível no mercado;

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(c) A programação dos intervalos de integração de 5 (cinco) a 60 (sessenta) minutos para armazenamento na memória de massa;

(d) A programação da demanda em intervalos de 5 (cinco) a 60 (sessenta) minutos, em múltiplos de 5 (cinco) minutos;

(e) A programação dos multiplicadores das grandezas medidas;

(f) A programação da relação dos transformadores para instrumentos a fim de que os valores medidos sejam referidos aos valores primários;

(g) A aquisição parcial dos valores da memória de massa para viabilizar a leitura de cinco minutos, horária, diária ou semanal dos medidores, buscando apenas os dados referentes àquele período requisitado, e

(h) O sistema deverá possibilitar a aquisição dos dados, de forma que a CCEE acesse automaticamente os dados diretamente dos medidores ou, alternativamente, da Central de Aquisição do agente responsável.

1.12.6. MEDIÇÃO DE RETAGUARDA

(a) A medição de retaguarda é de caráter obrigatório e deve ser composta de um medidor igual ou equivalente ao medidor principal, instalado no mesmo painel, com as mesmas informações de corrente e tensão (mesmos enrolamentos secundários dos transformadores para instrumentos). Devem atender as características técnicas aqui especificadas, sobretudo, aquelas relativas à comunicação.

(b) Esta medição deve ser instalada e comissionada conforme os critérios que foram estabelecidos para a medição principal.

(c) A medição de retaguarda não é obrigatória nos pontos destinados a medição de geração bruta por unidade geradora.

1.12.7. LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIÇÃO

Para atender a contabilização da CCEE, dos Encargos de Uso do Sistema de Transmissão e dos Serviços Ancilares, para verificar as capacidades declaradas de geração e o cumprimento das instruções de despacho, as medições de faturamento devem ser instaladas nos seguintes pontos de conexão, conforme assinalado no exemplo da Figura 1.12.1:

com a rede básica;

com as Demais Instalações de Transmissão Compartilhadas – DITC;

com as instalações de transmissão de Interesse Exclusivo de Centrais de Geração para Conexão Compartilhada – ICG;

de consumidor livre ou especial;

nas unidades geradoras onde existe contabilização de serviços ancilares;

entre agentes que fazem parte da CCEE;

de agentes que não fazem parte da CCEE;

de interligação internacional (importação e exportação de energia);

de interligação entre submercados;

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de unidades geradoras de usinas, excetuando-se as centrais geradoras eólicas, classificadas na modalidade de operação como Tipo I – Programação e despacho centralizados, para medição de geração bruta das unidades geradoras;

das usinas classificadas nas modalidades de operação como Tipo I – Programação e despacho centralizados, ou Tipo II – Programação centralizada e despacho não centralizado ou Tipo III – Programação e despacho não centralizados, com a rede básica ou rede de distribuição, para a medição de geração líquida dessas usinas;

de unidades geradoras ou de grupo de unidades geradoras das usinas que participam do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – PROINFA, para medição de geração líquida das unidades geradoras ou de grupo de unidades geradoras;

de autoprodutor;

das unidades geradoras do autoprodutor, excetuando-se unidades geradoras eólicas, cuja central geradora tenha sido classificada na modalidade de operação como Tipo I – Programação e despacho centralizados para a medição de geração bruta;

de serviço auxiliar de subestações e de usinas. A necessidade ou não de medição do serviço auxiliar depende da configuração física das instalações e localizações das demais medições, devendo ser verificada caso a caso com o ONS e a CCEE.

E1

En

E2

Pontos de medição de faturamento

Rede Básica

Rede ICG

Redes Eólicas

Exemplo de localização dos pontos de

medição de faturamento Conjunto Eólicas 1

Conjunto Eólicas 2

Conjunto Eólicas n

FIGURA 1.12.1 – EXEMPLO DE LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIÇÃO DE FATURAMENTO

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1.12.8. ARQUITETURA BÁSICA DO SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO

FIGURA 1.12.2

SCDE

Switch

SwitchFirewall

Router

Medidores

Router SwitchVPN

(via Internet

broadband) ou

FRAME RELAY

Firewall

IP: 172.xxx.xxx.xxX

IP: 172.xxx.xxx.xxY

IP: 172.xxx.xxx.xxZ

Inspeção Lógica

Aquisição

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FIGURA 1.12.3

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FIGURA 1.12.4

FIGURA 1.12.5

SCDE

Switch

SwitchFirewall

Router

MedidoresVPN

(via Internet

broadband) ou

FRAME RELAYIP: 172.xxx.xxx.xxX

IP: 172.xxx.xxx.xxY

IP: 172.xxx.xxx.xxZ

UCM

Internet (broadband)

Router Switch

Firewall

Aquisição

Inspeção Lógica

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2. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO

Os relatórios de Estudos de Engenharia e Planejamento, elaborados pela EPE e CEMIG Geração e Transmissão S.A., estão relacionados a seguir.

Estes relatórios e documentos são partes integrantes do ANEXO 6 F devendo suas recomendações serem adotadas pela TRANSMISSORA no desenvolvimento dos seus projetos para implantação das instalações, ressalvado se forem conflitantes com o Edital, incluindo este Anexo Técnico.

2.1. RELATÓRIOS DE ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO

2.1.1. ESTUDOS (RELATÓRIOS R1 E R2)

Nº EMPRESA DOCUMENTO

EPE-DEE-RE-030-2011- r0

Avaliação de Reforço Estrutural para Atendimento a RMBH – Copa do Mundo de 2014

02.111 – PO/PL – 438b – CEMIG - GT

Empreendimento LT 500 kV Itabirito 2 – Vespasiano 2 – Relatório R2 – Detalhamento da Alternativa de Referência.- março de 2012

2.1.2. MEIO AMBIENTE E LICENCIAMENTO (RELATÓRIOS R3)

A TRANSMISSORA deve implantar as instalações de transmissão deste LOTE F, observando a legislação e os requisitos ambientais aplicáveis.

Nº EMPRESA DOCUMENTO

02.111-PO/PL-439b - CEMIG-GT

Empreendimento LT 500 kV Itabirito 2 – Vespasiano 2 – Relatório R3 – Caracterização e Análise Sócio Ambiental, março de 2012

2.1.3. CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES (RELATÓRIO-R4 E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES DAS SUBESTAÇÕES)

Nº EMPRESA DOCUMENTO

02.111-PO/PL-440b - CEMIG-GT

Empreendimento LT 500 kV Itabirito 2 – Vespasiano 2 – Relatório R4 – Caracterização da Rede Existente e Descritivo do Empreendimento, março de 2012

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SUBESTAÇÃO ITABIRITO 2

Nº EMPRESA – Linhas de Transmissão Montes

Claros S.A. DESCRIÇÃO

LTMC – ITD-M-430-rev.“1C”

SE Itabirito 500/345 kV – Equipamentos e Barramentos - Setores 500/345 kV – Planta Geral

LTMC – ITD-M-431-rev.“1B”

SE Itabirito 500/345 kV – Equipamentos e Barramentos - Setores 500/345 kV – Seções – Fl. 1

LTMC – ITD-M-432-rev.“1B”

SE Itabirito 500/345 kV – Equipamentos e Barramentos - Setores 500/345 kV – Seções – Fl. 2

LTMC – ITD-M-433-rev.“0”

SE Itabirito 500/345 kV – Equipamentos e Barramentos - Setores 500/345 kV – Seções – Fl. 3

LTMC – ITD-E-371-rev.“2”

Se Itabirito 2 – Diagrama Unifilar de Serviços Auxiliares – Corrente Alternada – Setor 13,8 kV

LTMC – ITD-E-372-rev.“1”

Se Itabirito 2 – Diagrama Unifilar de Serviços Auxiliares – Corrente Alternada – 380/220 Vca

LTMC – ITD-E-376-rev.“1”

Se Itabirito 2 – Diagrama Unifilar de Serviços Auxiliares – Corrente Contínua – 125 Vcc

26003-LTMC-ITD-M-428-rev. “a”

SE itabirito 2 – Setores 500/345 kV – Lista de Material

LTMC-ITD-M-436-rev. “1” SE itabirito 2 – Equipamentos e Barramentos - Setor 500 kV – Lista de Material

LTMC Mapa da Subestação 500/345 kV – Itabirito 2 (Reserva Legal)

LTMC Memorial Descritivo da Reserva Legal

Nº EMPRESA - GEMIG-GT

DESCRIÇÃO

26.003-PO/PL-V0 Diagrama Unifilar Básico - SE Itabirito 2 – Ampliação A – Saída para Vespasiano 2

SUBESTAÇÃO VESPASIANO 2

Nº EMPRESA - GEMIG-GT

DESCRIÇÃO

22611-LEME-001 Planta de Terraplenagem

02.111-EP/ET-572 Arranjo físico da Subestação

22.611PO/PL-VO Diagrama Unifilar Básico – SE Vespasiano 2 – Ampliação B –

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Nº EMPRESA - GEMIG-GT

DESCRIÇÃO

Instalação saída p/ Se Itabirito 2, 500 kV e banco de capacitores de 138 kV

22611-LEME-303 Diagrama Unifilar de Serviços Auxiliares – Corrente Alternada – 220 Vca

22611-LEME-306 Diagrama Unifilar de Serviços Auxiliares – Corrente Alternada – 125 Vcc

22611-LEME-252 Diagrama Unifilar Malha de Aterramento

22611-LEME-011 Planta de Drenagem

22611-PO/PL-V0 Estudo de Proteção

VEIT2-PO/PL-001 Especificação Básica de Linha de Transmissão

3. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Conforme previsto no Edital e para fins de verificação da conformidade com os requisitos técnicos exigidos, a TRANSMISSORA deve apresentar à ANEEL para liberação o Projeto Básico das instalações deste lote.

A TRANSMISSORA deve entregar 2 cópias de toda documentação do Projeto Básico em papel e em meio magnético ou ótico.

3.1. ESTUDOS DE SISTEMA E ENGENHARIA

A TRANSMISSORA deve apresentar os relatórios dos estudos apresentados no item 1.11.

Estudos de regime permanente

Estudo de fluxo de carga

Estudos de rejeição de carga

Estudos de energização de linhas

Estudos de curto-circuito

Estudos dinâmicos

Estudos de fluxo de potência em barramentos

Estudos de transitórios eletromagnéticos

Modelagem da rede

Energização de linhas de transmissão

Religamento monopolar

Energização de transformadores

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Rejeição de carga

Tensão de restabelecimento transitória

Curto-circuito terminal

Curto-circuito quilométrico

Abertura de linha de transmissão em vazio

Abertura em discordância de fases

Abertura de pequenas correntes indutivas

Tensões e correntes induzidas em lâminas de terra de seccionadoras

Coordenação de isolamento

Integração dos estudos de manobra e de coordenação de isolamento das estruturas da LT

Outros estudos

Campos elétricos magnéticos.

Estudo de ressonância subsíncrona.

Estudo de dimensionamento dos compensadores estáticos.

Estudo de dimensionamento da compensação série.

3.2. PROJETO BÁSICO DAS SUBESTAÇÕES

Os documentos de projeto básico da subestação devem incluir:

Relação de normas técnicas oficiais utilizadas.

Critérios de projeto para as obras civis, projeto eletromecânico, sistemas de proteção, comando, supervisão e telecomunicações, instalações de blindagem e aterramento, inclusive premissas adotadas.

Desenho de locação das instalações.

Diagrama unifilar simplificado.

Diagrama unifilar de proteção, medição e controle.

Desenho de arquitetura das construções: plantas, cortes e fachadas.

Arranjo geral dos pátios: planta e cortes típicos.

Arranjo dos sistemas de blindagem e aterramento.

Características técnicas dos equipamentos (reator, transformador, seccionadoras, TC, TP, banco de capacitores, unidades de compensação série, CE, para-raios, bobina de bloqueio etc.).

Descrição dos sistemas previstos para proteção, comando, supervisão e telecomunicações, inclusive diagramas esquemáticos.

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Descrição dos sistemas auxiliares, inclusive diagramas esquemáticos e folha de dados técnicos de equipamentos e materiais principais.

Capacidade de corrente dos barramentos.

Alimentação dos serviços auxiliares em corrente contínua 125 Vcc

Alimentação dos Serviços auxiliares em corrente alternada 13,8 kV

3.3. PROJETO BÁSICO DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO

Os documentos de projeto básico das linhas de transmissão devem apresentar:

Parâmetros elétricos da linha de transmissão

Capacidade de corrente dos cabos para-raios

Distâncias de segurança

Perdas Joule nos cabos

Desequilíbrio

Coordenação de isolamento

Isolamento à tensão máxima operativa Isolamento a manobras Desempenho a descargas atmosféricas

Emissão eletromagnética

Corona visual Rádio-interferência Ruído audível Campo elétrico Campo magnético

Cargas mecânicas sobre os cabos

Cargas mecânicas sobre as estruturas

Memória de cálculo dos suportes

Fadiga mecânica dos cabos

Requisitos para cantoneiras das torres de transmissão

Fundações

Série de estruturas

Planta do traçado das linhas

Informações sobre cruzamentos com outras LTs da Rede Básica

Informações sobre grandes travessias de rio

Projeto do seccionamento de LTs da Rede Básica

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EDITAL DE LEILÃO NO 05/2012-ANEEL ANEXO 6 F – LOTE F LT ITABIRITO 2 – VESPASIANO 2 EM 500 KV

VOL. IV - Fl. 539 de 543

3.4. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES:

Os documentos de projeto básico de telecomunicação devem apresentar:

Descrição sumária dos sistemas de telecomunicações.

Descrição sumária do sistema de energia (alimentação elétrica).

Diagramas de configuração dos sistemas de telecomunicações.

Diagramas de configuração do sistema de energia.

Diagramas de canalização.

Comentários sobre as alternativas de provedores de telecomunicações prováveis e sistemas propostos.

3.5. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO E CONTROLE

Os documentos de projeto básico de supervisão e controle devem apresentar:

Sistema de supervisão e controle das instalações

Requisitos gerais

Interligação de dados

Dimensionamento dos sistemas utilizados

Elenco de informações a serem supervisionadas

Sistema de supervisão pelos agentes proprietários das subestações

Sistema de supervisão pelo ONS

Requisitos básicos para a supervisão dos equipamentos

Arquitetura da interconexão com o ONS

Requisitos para o cadastramento dos equipamentos

Disponibilidade e avaliação de qualidade

Sistema para teste de conectividade da(s) interconexão(ões)

3.6. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Os documentos de projeto básico de proteção devem apresentar:

Sistema de proteção da linha de transmissão

Esquemas de proteção utilizados

Esquemas de religamento

Geral Religamento tripolar Religamento monopolar Relés verificadores de sincronismo

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EDITAL DE LEILÃO NO 05/2012-ANEEL ANEXO 6 F – LOTE F LT ITABIRITO 2 – VESPASIANO 2 EM 500 KV

VOL. IV - Fl. 540 de 543

Sistema de proteção de transformador

Esquemas de proteção utilizados

Sincronização manual

Lado de alta tensão Lado de baixa tensão

Sistema de proteção de barramentos

Sistema de proteção de reatores shunt

Sistema de proteção de bancos de capacitores em derivação

Sistema de proteção de bancos de capacitores série

Sistema de proteção para falha de disjuntor

Sistema de proteção de compensador estático

Sistemas Especiais de Proteção

3.7. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE OSCILOGRAFIA DIGITAL

Os documentos de projeto básico de oscilografia digital devem apresentar:

Descrição funcional

Disparo do registrador digital de perturbações

Sincronização de tempo

Requisitos de compatibilidade eletromagnética

Características dos sinais de entrada e saída

Capacidade de registro de ocorrências

Requisitos de comunicação

Requisitos mínimos de registro

3.8. PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO:

A TRANSMISSORA deverá fornecer na apresentação do Projeto as planilhas disponíveis no CD “Planilhas de Dados do Projeto” preenchidas com dados requeridos, no que couber, do empreendimento em licitação.

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EDITAL DE LEILÃO NO 05/2012-ANEEL ANEXO 6 F – LOTE F LT ITABIRITO 2 – VESPASIANO 2 EM 500 KV

VOL. IV - Fl. 541 de 543

4. CRONOGRAMA

A TRANSMISSORA deve apresentar cronograma de implantação das instalações de transmissão pertencentes a sua concessão, conforme modelos apresentados nas tabelas A e B deste ANEXO 6F, com a indicação de marcos intermediários para as seguintes atividades, não se restringindo a essas: licenciamento ambiental, projeto básico, topografia, instalações de canteiro, fundações, montagem de torres, lançamento dos cabos condutores e instalações de equipamentos, obras civis e montagens das instalações de Transmissão e das Subestações, e comissionamento, que permitam aferir, mensalmente, o progresso das obras e assegurar a entrada em OPERAÇÃO COMERCIAL no prazo máximo de 22 (vinte e dois) meses.

A ANEEL poderá solicitar a qualquer tempo a inclusão de outras atividades no cronograma.

A TRANSMISSORA deve apresentar mensalmente, à fiscalização da ANEEL, Relatório do andamento da implantação das instalações de transmissão, em meio ótico e papel.

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EDITAL DE LEILÃO NO 05/2012-ANEEL ANEXO 6 F – LOTE F LT ITABIRITO 2 – VESPASIANO 2 EM 500 KV

VOL. IV - Fl. 542 de 543

4.1. CRONOGRAMA FÍSICO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO (TABEL A)

NOME DA EMPRESA:

LINHA DE TRANSMISSÃO:

DATA: MESES

No DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO 1 2 3 20 21 22

1 PROJETO BÁSICO

2 ASSINATURA DE CONTRATOS

2.1 EPC – Estudos, projetos e construção

2.2 CCT – Acordo Operativo

2.3 CCI – Acordo Operativo

2.4 CPST

3 IMPLANTAÇÃO DO TRAÇADO

4 LOCAÇÃO DE TORRES

5 DECLARAÇÂO DE UTILIDADE PUBLICA

6 LICENCIAMENTO AMBIENTAL

6.1 Termo de Referência

6.2 Estudo de Impacto Ambiental

6.3 Licença Prévia

6.4 Licença de Instalação

6.5 Autorização de Supressão de Vegetação

6.6 Licença de Operação

7 PROJETO EXCUTIVO

8 AQUISIÇÕES

8.1 Pedido de Compra

8.2 Estruturas

8.3 Cabos e Condutores

9 OBRAS CIVIS

9.1 Canteiro de Obras

9.2 Fundações

10 MONTAGEM

10.1 Montagem de Torres

10.2 Lançamento de Cabos

11 ENSAIOS DE COMISSIONAMENTO

12 OPERAÇÃO COMERCIAL

OBSERVAÇÕES: DATA DE INÍCIO DURAÇÃO

DATA DE CONCLUSÃO

ASSINATURA CREA No

ENGENHEIRO REGIÃO

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EDITAL DE LEILÃO NO 05/2012-ANEEL ANEXO 6 F – LOTE F LT ITABIRITO 2 – VESPASIANO 2 EM 500 KV

VOL. IV - Fl. 543 de 543

4.2. CRONOGRAMA FÍSICO DE SUBESTAÇÕES (TABELA B)

NOME DA EMPRESA SUBESTAÇÂO

DATA

No

DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DA OBRA

Meses

1 2 3 4 20 21 22

1 PROJETO BÁSICO

2 ASSINATURA DE CONTRATOS

2.1 EPC – Estudos, projetos e construção

2.2 CCT – Acordo Operativo

2.3 CCI – Acordo Operativo

2.4 CPST

3 DECLARAÇÂO DE UTILIDADE PUBLICA

4 LICENCIAMENTO AMBIENTAL

4.1 Termo de Referência

4.2 Estudo de Impacto Ambiental

4.3 Licença Prévia

4.4 Licença de Instalação

4.5 Autorização de Supressão de Vegetação

4.6 Licença de Operação

5 PROJETO EXCUTIVO

6 AQUISIÇÔES

6.1 Pedido de Compra

6.2 Estruturas

6.3 Equipamentos Principais (Transformadores e Compensadores de Reativos)

6.4 Demais Equipamentos (Disj., Secc., TP, TC, PR e etc)

6.5 Painéis de Proteção, Controle e Automação

7 OBRAS CIVIS

7.1 Canteiro de Obras

7.2 Fundações

8 Montagem

8.1 Pedido de Compra

8.2 Estruturas

8.3 Equipamentos Principais (Transformadores e Compensadores de Reativos)

8.4 Demais Equipamentos (Disj., Secc., TP, TC, PR e etc)

8.5 Painéis de Proteção, Controle e Automação

9 ENSAIOS DE COMISSIONAMENTO

10 OPERAÇÃO COMERCIAL

DATA DE INÍCIO

OBSERVAÇÕES:

DATA DE CONCLUSÃO DURAÇÃO DA OBRA

ENGENHEIRO ASSINATURA

CREA No

REGIÃO