anexo 16 tabagismo manual comisso executiva programa pr

99
Programa Prevenção Sempre Programa Prevenção Sempre Módulo Módulo Tabagismo Tabagismo Manual da Comissão Executiva para implantação do Programa em AMBIENTES DE TRABALHO

Upload: joao-de-oliveira

Post on 15-Jan-2016

219 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

manual tabagismo

TRANSCRIPT

Page 1: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Programa Prevenção SemprePrograma Prevenção Sempre

MóduloMódulo

TabagismoTabagismoManual da Comissão

Executiva para implantação

do Programa emAMBIENTES DE

TRABALHO

Page 2: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

APRESENTAÇÃO

Os ambientes de trabalho, dentro do contexto nacional, funcionam como importante canal para difundir informações e ações para promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida. Para tanto, é necessário que a estrutura física e organizacional transmitam mensagens sobre qualidade de vida à seus profissionais, clientes e visitantes através de sinalizações e divulgações.

Com a finalidade de apoiar as diferentes instituições nesta ação, o INCA desenvolveu o Programa Prevenção Sempre - Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer em Ambientes de Trabalho. Esse programa tem como objetivo geral, contribuir para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, eliminando a poluição tabagística ambiental destes ambientes e reduzindo a prevalência de fumantes.

Os objetivos específicos deste programa incluem:- Disseminar entre funcionários, informações sobre os malefícios do

tabagismo, tabagismo passivo, dependência de nicotina e cessação de fumar;

- Criar uma política de restrição (normativa/organizacional), ao consumo de derivados do tabaco na instituição;

- Sensibilizar e engajar fumantes para que respeitem as normas de restrição ao consumo de derivados de tabaco na instituição;

- Sensibilizar e engajar não fumantes para que respeitem e apoiem os fumantes para que deixem de fumar;

- Sensibilizar os profissionais de saúde dos ambulatórios e serviços de saúde da instituição, quando houver, para oferecerem apoio formal e tratamento aos funcionários que queiram deixar de fumar.

O Programa Ambientes de Trabalho Livres do Cigarro sistematiza ações e envolve o desenvolvimento de estratégias para tornar o comportamento de fumar da instituição, socialmente indesejado e despertar o espírito de colaboração entre os trabalhadores fumantes e não fumantes num clima de respeito e compreensão para com os fumantes, visto que fumar não é apenas uma opção comportamental e sim uma dependência à uma droga, a nicotina.

Page 3: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

O presente manual visa oferecer subsídios para o desenvolvimento das etapas da implantação do programa, pelas comissões executivas designadas pela direção das instituições interessadas. Nele estão incluídas estratégias de avaliação através de metodologias para levantamento situacional (questionários testados), metodologias de treinamento e de desenvolvimento de ações educativas, normativas e organizacionais, assim como materiais de apoio, para estimular trabalhadores a adotarem hábitos saudáveis e estimulá-los à sensibilizar outras pessoas em seus meios sociais.

Esperamos que através do Programa Prevenção Sempre, possamos contar com a parceria de todos os profissionais de diferentes instituições públicas e privadas em todo o país nesta difícil tarefa que é a redução do número de adoecimentos e mortes devido ao tabagismo.

Page 4: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

O Tabagismo

O tabagismo representa o principal fator de risco evitável não só do câncer como também de doenças cardiovasculares e respiratórias. Atualmente se sabe que 25 doenças diferentes estão relacionadas ao tabagismo, sendo por isso, considerado pela Organização Mundial de Saúde, como um dos mais graves problemas de saúde pública no mundo.

Ao consumo dos derivados do tabaco são atribuídas, entre outras:

. 30% das mortes por câncer;

. 45% das mortes por doença coronariana;

. 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica;. 25% das mortes por doença cérebro- vascular

(Ministério da Saúde, 1998)

Os tipos de câncer que incidem com maior freqüência em fumantes são os de pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero, estômago e fígado. Vale ressaltar que o câncer de pulmão, em 90% dos casos provocado pelo tabagismo, ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer no sexo masculino, na maioria dos países desenvolvidos, e no Brasil. Além disso, apesar dos avanços terapêuticos, este tipo de câncer apresenta uma alta letalidade (Samet, 1995).

Na fumaça dos produtos podem ser detectadas cerca de 4700 substâncias tóxicas diferentes, dentre elas o alcatrão, a nicotina, o monóxido de carbono, resíduos de fertilizantes e pesticidas, metais pesados, e até substâncias radioativas ( IARC, 1986; Rosemberg 1987; Ministério da Saúde, 1998).

O alcatrão é reconhecido como um carcinógeno potente, capaz de atuar nas três fases da carcinogênese: indução, promoção e progressão (Ministério da Saúde, 1998; IARC, 1986).

A nicotina é uma droga psicoativa capaz de causar dependência, pelos mesmos mecanismos da cocaína, maconha, heroína e álcool (Henningfield, 1993; Ministério da Saúde, 1997). Além disso, devido a seus efeitos vasoconstrictores e de provocar aumento das lipoproteínas de baixa densidade e adesividade plaquetária, contribui para a formação de trombos, aterosclerose e infarto do agudo do miocárdio (Rosemberg, 1996; Henningfield, 1993).

Page 5: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

O monóxido de carbono, o mesmo gás tóxico exalado do cano de descarga de automóveis, é gerado em grandes quantidades pelo processo de queima do tabaco. No sangue, o monóxido de carbono, que possui 250 vezes mais afinidade para a hemoglobina que o oxigênio, forma a carboxihemoglobina, e contribui para a diminuição da oxigenação dos tecidos, potencializando a ação cardiovascular da nicotina ( Ministério da Saúde, 1998; Rosemberg, 1987).Os danos provocados pela poluição tabagística ambiental ampliam mais ainda, a dimensão do problema. A maior parte do tempo total de queima de um cigarro (96%), corresponde à fumaça que sai silenciosamente da ponta acesa do mesmo. Esta fumaça se difunde pelo ambiente homogeneamente, fazendo com que, mesmo as pessoas que estão mais distantes dos fumantes, inalem quantidades de poluentes iguais às que estão mais próximas. A fumaça que sai da ponta do cigarro contém cerca de 400 substâncias em quantidades comparáveis a que o fumante inala, e algumas em concentrações mais elevadas. Em média, nessa fumaça podem ser encontrados três vezes mais monóxido de carbono e nicotina e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas, do que na fumaça tragada pelo fumante. Desta forma, os fumantes passivos sofrem os efeitos imediatos da poluição ambiental tais como irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia e aumento dos problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias. Quando comparados com não fumantes não expostos a poluição tabagística ambiental os fumantes passivos tem um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% para doença cardíaca, a longo prazo ( IARC, 1987).

As crianças, ao terem que conviver com a poluição tabagística desde a vida intra- uterina até a adolescência, são particularmente afetadas. A mãe que fuma durante a gestação aumenta os riscos de aborto espontâneo em 70%, nascimentos prematuros em 40%, recém-nascidos de baixo peso em 100% e morte perinatal em 30% (Ministério da Saúde, 1998). Além disso, o risco de morte súbita infantil é cerca de 150% maior para os bebês, filhos de mães fumantes e que continuam sendo expostos a fumaça do cigarro após o nascimento (Blair et al, 1996, WHO, 1999). Inúmeras pesquisas mostram que quanto maior o número de fumantes no domicílio, maior o percentual de infecções respiratórias entre crianças, chegando a ser 50% maior entre crianças que convivem com mais de dois fumantes em casa do que aquelas que não convivem com fumantes (Ministério da Saúde, 1998).

Como resultado, as estatísticas de mortalidade pelo tabagismo são alarmantes: a cada ano, o uso dos derivados do tabaco mata cerca de 5 milhões de pessoas em todo o mundo e este número tende a ser crescente. Atualmente, vem causando mais mortes prematuras no mundo do que a soma de mortes provocadas por AIDS, consumo de cocaína, heroína, álcool, acidentes de trânsito, incêndios e suicídios juntos. E se a tendência de consumo não for revertida, nos próximos

Page 6: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

30 a 40 anos (quando os fumantes jovens de hoje atingirem a meia idade), a epidemia tabagística será responsável por 10 milhões de mortes por ano, sendo que 70% delas ocorrerão em países em desenvolvimento (WHO, 1996).

No Brasil, que possui um contigente de 30,6 milhões de fumantes, estima-se que a cada ano, morrem precocemente, cerca de 200.000 pessoas, ou seja, cerca de 20 brasileiros morrem a cada hora vítimas de doenças relacionadas ao tabagismo (Ministério da Saúde, 1998).

O CONTROLE DO TABAGISMO E O PAPEL DOS AMBIENTES DE TRABALHO

Para o controle do tabagismo são necessárias várias estratégias simultâneas tais como campanhas de informação pública, implementação de leis para proteger os não fumantes da exposição

Page 7: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

passiva, aumento dos preços dos cigarros, restrição à publicidade do tabaco, proibição de venda a menores, programas educativos em escolas, ambientes de trabalho, e unidades de saúde, dentre outros. Essas estratégias envolvem não só esforços de profissionais de saúde, mas também de outros grupos sociais como educadores, legisladores, advogados, economistas, profissionais de comunicação social, governantes, gestores, etc.

No entanto, as estratégias voltadas para apoiar os atuais fumantes no processo de cessação de fumar, dependem mais da estrutura da saúde e de seus profissionais do que de qualquer outro segmento social.

Grande parte dos fumantes procura assistência médica por um ou outro motivo relacionado às conseqüências do consumo de tabaco. A maioria dos ex-fumantes afirma que deixaram de fumar por razões de saúde, e dizem que o aconselhamento de seus médicos foi fundamental (Orleans at al, 1993). No entanto, apesar das evidências científicas sobre a relação causal entre tabaco e doenças graves como bronquite crônica, enfisema, infarto do miocárdio e câncer, o sistema de saúde tem dado mais ênfase ao tratamento dessas doenças, que envolve recursos bastante onerosos e não valoriza a atuação sobre seu principal agente etiológico que é o tabagismo, através da implementação de programas para cessação do mesmo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o tratamento do fumante é uma das intervenções médicas que apresentam a melhor relação custo-benefício. As estimativas de custo-benefício do tratamento do tabagismo através de uma abordagem mínima pelo médico, na rotina de atendimento ambulatorial, mostra que se apenas 2,7% a 3,7% dos fumantes deixassem de fumar através dessa abordagem, o custo estimado por ano de vidas salvas seria de U$748,00 - U$ 2.020,00, bastante inferior a mesma avaliação feita para o tratamento de hipertensão arterial leve a moderada (U$ 11.300,00 - U$ 24.408,00), para o tratamento da hipercolesterolemia (U$ 65.511,00 - U$ 108.189,00) e para o tratamento do infarto com estreptoquinase (U$ 55.000,00). Mesmo utilizando-se a reposição de nicotina como coadjuvante esse custo da ordem de U$ 4.113- 9.473, ainda seria inferior aos demais tratamentos acima relacionados. (Orleans, 1993; Croghan e col, 1997). No Brasil, temos cerca de 30 milhões de fumantes, e segundo dados do Conselho Federal de Medicina, tínhamos em 1996, cerca de 200.000 médicos. Se 30% desses médicos (+-60.000) fizessem uma breve abordagem a 50 fumantes ao ano, e obtivessem uma taxa subestimada de sucesso de 1 para cada 10 fumantes aconselhados, teríamos cerca de 300.000 ex-fumantes ao ano. Além disso, o médico não seria o único profissional de saúde com um importante papel. Motivar e ajudar os fumantes a deixarem de fumar envolve toda a equipe da instituição.

Page 8: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Com esta finalidade, o Ministério da Saúde-INCA está buscando na rede de saúde, parcerias para implantação de ações de controle do tabagismo.O Programa Prevenção Sempre - Controle do Tabagismo em Ambientes de Trabalho tem como alvo, tanto instituições públicas como privadas, seus profissionais e clientes.

Para esse fim, foi dividido em duas grandes etapas que se sucedem:

Primeira etapa - Programa Ambientes de Trabalho Livres do Cigarro

Esta etapa tem como objetivo chamar a atenção dos profissionais para o assunto tabagismo, mudando o clima de sua aceitação social, nos ambientes de trabalho.

A implantação desta etapa, estimula alguns fumantes a pensarem em deixar de fumar, outros a deixarem de fumar.

Segunda etapa - Abordagem e Tratamento do Fumante

Nesta etapa, todos os profissionais de saúde, que atendem pacientes, serão instrumentalizados com estratégias que permitam uma abordagem mínima e eficaz, na rotina do atendimento ambulatorial. Serão estimulados os profissionais de saúde, para que criem centros de tratamento intensivo do fumante, nas instituições.

Essa etapa atinge o grupo de fumantes que ainda não pensou em deixar de fumar e o grupo que pensa em deixar de fumar, mas que necessita de uma orientação mais específica de como enfrentar determinadas situações.

I. O Programa Ambientes de Trabalho Livres do Tabaco

Este programa foi desenvolvido a partir do projeto piloto “INCA Livre do Cigarro”. Este Projeto envolveu uma intervenção contínua na instituição através da racionalização de etapas e estratégias, que tinham como objetivo básico, provocar uma mudança cultural coletiva e auto sustentável, onde o fumar nas dependências da

Page 9: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

instituição deixasse de ser um comportamento natural, para se tornar um comportamento indesejado e incoerente com o compromisso da instituição na preservação da saúde de seus funcionários e da comunidade que assiste. A avaliação dos resultados desse programa após o primeiro ano de intervenção, mostrou uma importante redução na prevalência de tabagismo entre os profissionais de saúde da instituição. A prevalência que era de 29,7% antes da intervenção (fevereiro de 1997) caiu para 20 % em maio de 1998, mesmo antes do início do tratamento dos funcionários que se inscreveram para deixar de fumar, mostrando o efeito da restrição do tabagismo em ambientes de trabalho sobre a cessação de fumar.

Levando em conta o vasto universo de especificidades das inúmeras instituições do país, não existe uma receita de como torná-las livres da poluição tabagística ambiental. No entanto, a partir da experiência obtida com a implantação do Programa INCA Livre do Cigarro, traçamos algumas linhas gerais de atuação, devendo o bom senso e a criatividade, orientarem este processo.

A Filosofia do Programa não é contra o fumante

Antes do desenvolvimento de qualquer ação é preciso que os responsáveis pela implantação do programa em ambientes de trabalho (comissões executivas) procurem se livrar de qualquer preconceito para com os fumantes. É preciso entender que o Programa não tem como objetivo perseguir ou marginalizar fumantes e sim apoiá-los no processo de cessação de fumar e conseqüentemente, na preservação da saúde destes.

O programa deve procurar envolver fumantes nas comissões, para que conjuntamente sejam obtidas soluções não conflitantes, onde predominem o bom-senso e a preocupação com o bem estar comum.

Além disso, os não fumantes devem ser estimulados a entender que o tabagismo é uma doença crônica e que o fumante apresenta uma dependência a uma droga. Sendo assim, este precisa de todo estímulo e apoio necessário para que possa deixar de fumar. É preciso mudar entre os não fumantes, a visão de que o fumante é um sem vergonha, ou um mal caráter. Enfim é preciso que o programa seja desenvolvido num clima de cordialidade para com o fumante, onde a agregação e a harmonia sejam a tônica. Por outro lado, os fumantes devem ser sensibilizados a respeitarem os espaços compartilhados com outros, e os resistentes devem ser abordados com firmeza porém sem agressividade.

Objetivo Geral:

Eliminar a poluição tabagística ambiental em ambientes de trabalho;

Page 10: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Reduzir a prevalência de fumantes entre os funcionários dos ambientes de trabalho.

Objetivos Específicos:

Disseminar entre os funcionários dos ambientes de trabalho, informações sobre os malefícios do tabagismo, tabagismo passivo, dependência de nicotina e cessação de fumar;

Criar uma política de restrição (normativa/organizacional) ao consumo de derivados do tabaco na instituição;

Sensibilizar e engajar fumantes para que respeitem as normas de restrição ao consumo de derivados de tabaco na instituição;

Sensibilizar e engajar não fumantes para que respeitem e apoiem os fumantes para que deixem de fumar;

Oferecer apoio formal e tratamento aos fumantes que querem deixar de fumar.

A implantação do programa:

Para que o programa seja auto-sustentável e não dependa apenas de medidas normativas/punitivas, um dos mais importantes objetivos é o de mudar a cultura organizacional onde todos, fumantes e não fumantes, passem a se posicionar contrariamente à poluição tabagística ambiental. Considerando que mudar atitudes no nível coletivo é uma tarefa que requer tempo e continuidade, o programa tem como uma de suas características o desenvolvimento de ações sincronizadas e contínuas as quais passaremos a apresentar .

A intervenção é dividida em três níveis de ações que acontecerão de forma contínua e simultânea:

intervenção educativa e de comunicação; intervenção normativa/organizacional ; intervenção na estrutura física.

Todo o processo de intervenção é precedido de uma avaliação inicial para obtenção de indicadores, alguns dos quais, servirão de base para monitorá-lo e outros, para avaliar o seu desfecho (que serão discutidos mais a frente no tópico Avaliando o Programa).

A intervenção educativa busca uma mudança da consciência individual, procurando envolver e conscientizar todos os funcionários fumantes e não-fumantes, enfocando o não-fumar como um importante aspecto para a preservação da saúde de todos que convivem na instituição.

Page 11: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

A intervenção organizacional/normativa, deve contribuir para tornar o ato de fumar, um comportamento não esperado dentro da instituição. A intervenção na estrutura física deve criar condições para a operacionalização do programa. A seguir apresentamos um menu de estratégias para a implantação do Programa que não estão em ordem cronológica. O cronograma para execução do plano de ação que será seguido deverá ser elaborado pela comissão executiva. Vale salientar que esse menu não esgota as possibilidades de ações e estratégias que poderão ser instituídas em função da realidade de cada instituição. Portanto, não se trata de uma “receita de bolo” mas de um leque de possibilidades que poderão ser utilizadas ou não, conforme cada realidade.

Page 12: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

1. Intervenção educativa e de comunicação:

campanha de lançamento do programa comemorações de datas alusivas; debates; divulgação do resultado da pesquisa; distribuição de material educativo; inserção do tema em eventos científicos ou culturais internos inserção de ações educativas em programas de qualidade de

vida para os profissionais da instituição; divulgação de dados, pesquisas em murais, boletins e outros

meios de comunicação da instituição; ampla divulgação da proposta do programa e de sua filosofia

entre os funcionários; priorizar informações sobre tabagismo passivo, sobre

dependência de nicotina e sobre cessação de fumar; utilizar sistemas de auto falante para passar mensagens; utilizar salas de espera para apresentar vídeos, palestras etc. treinamentos específicos para:

- comissão executiva,- seguranças e recepcionistas,- profissionais de saúde, - funcionários administrativos.

2. Intervenção organizacional/normativa:

sensibilização de pessoas e grupos chave: a direção/presidência da instituição, chefias de serviços, comunicação social, centro de estudos, setor de saúde do trabalhador, associação de funcionários, dentre outros;

criação de uma comissão executiva; criação de Portaria Interna para normatização do consumo de

derivados de tabaco na instituição; divulgação da Portaria e das normas de restrição do consumo

de derivados de tabaco; proibição de venda de derivados do tabaco em cantina ou

lanchonete no interior da instituição; criação de programa de apoio aos funcionários fumantes que

desejam parar de fumar.

3. Intervenção na estrutura física:

delimitação de áreas para fumar; sinalização da instituição como livre de fumo; remoção de cinzeiros; mapeamento dos fumódromos; remoção de qualquer material promocional de derivados do

tabaco.

Page 13: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Agora detalharemos algumas estratégias que podem ser utilizadas para a implantação do Programa.

Sensibilizando a direção/presidência da instituição:

Em situações em que a iniciativa da implantação do programa não parte da direção/presidência, é importante que se inicie um processo de sensibilização da mesma, uma vez que o apoio desta direção/presidência da instituição é essencial para o sucesso da implantação do Programa. Esta sensibilização do diretor pode partir de funcionários sensibilizados com o tema, que desejam implantar o Programa. Assim, estes funcionários procurarão formar a comissão executiva.

Formando uma comissão executiva:

É fundamental a criação oficial de um grupo de funcionários responsáveis por este projeto em cada instituição, que poderão ser indicados pela direção/presidência ou identificados durante debates, seminários, reuniões, ou ainda entre os que se destacam e mostram interesse pelo assunto e capacidade de liderança dentro da própria instituição.

Um importante critério para a seleção destes indivíduos é que não tenham posições extremistas ou radicais, o que prejudicaria um aspecto bastante relevante para o sucesso do programa, que é o de evitar conflito entre fumantes e não fumantes, buscando um clima de respeito mútuo. Esta equipe deve ser a mais eclética possível, procurando captar pessoas de diferentes profissões e níveis hierárquicos (médicos, enfermeiros, psicólogos, profissionais de comunicação social, assistentes sociais, dentistas, auxiliares de enfermagem, técnicos em laboratório, administrativos etc), fumantes e não fumantes, para que a questão seja bem explorada, sob os diversos ângulos da sua problemática. É importante que os membros desta comissão se reunam semanalmente para discussão das etapas da implantação e até mesmo para elaborar um projeto com metas e estratégias, cronograma e distribuição de tarefas.

Envolvendo grupos chave:

Após a sensibilização da diretoria/presidência e da criação da comissão executiva, o próximo passo é procurar estender este envolvimento para os demais líderes da instituição.

Page 14: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Com o apoio da direção, pode-se procurar marcar uma reunião, ou pedir espaços em reuniões de rotina entre a direção e as chefias imediatamente subordinadas a ela. Este espaço deve ser bem aproveitado através da apresentação de dados impactantes sobre tabagismo, tabagismo passivo, propostas e filosofia do programa, pedindo colaboração de todos no sentido de divulgar e orientar os demais funcionários para a nova realidade da instituição. Esta ocasião pode ser aproveitada para solicitar um espaço (10 a 15 minutos) nas reuniões de setores e serviços, para que a comissão possa dar continuidade ao processo de sensibilização entre os demais funcionários. Nesta fase, é estratégica a sensibilização de chefias de setores tais como comunicação social, administração, recursos humanos, centro de estudos, associação de funcionários, saúde do trabalhador, comissões de prevenção de acidentes, dentre outras.

Esta estratégia é fundamental, uma vez que desperta o espírito de colaboração, principalmente se for colocada de forma a valorizar a participação de todos, solicitando e ouvindo sugestões. É importante também que seja feito um registro destas reuniões, pois muitas idéias, impressões e sugestões serão valiosas para o andamento do programa. No Anexo 1 encontram-se alguns tópicos que poderão nortear a apresentação neste tipo de sensibilização.

Criando e divulgando a Portaria Interna e a Normatização da abordagem dos fumantes:

A implantação do Programa tem como base, ações educativas. Porém, para que essas ações atinjam o objetivo de provocar uma mudança de comportamento condizente com a incoerência do ato de fumar em uma instituição, são necessários mecanismos legais que as reforcem.

Atualmente contamos com o apoio da Lei Federal nº 9.294 de 15 de julho de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso de produtos fumígenos em recintos coletivos privados ou públicos. No entanto, a instituição deve contar com uma portaria e normatização interna de conduta frente aos fumantes, a fim de dar consistência ao processo educativo, na medida em que respaldará o papel dos membros da comissão executiva, treinados para orientar os fumantes, o pessoal da segurança e recepcionistas.

Caberá ao diretor/presidente, elaborar uma portaria interna determinando a restrição do consumo dos derivados do tabaco aos fumódromos a partir da data escolhida, e criando a comissão executiva.

No Anexo 4, pode ser encontrado um modelo de portaria interna com normatização criada para apoiar o programa INCA Livre de Cigarro, e que poderá ser adaptada às características de cada instituição.

Page 15: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Lembramos que a normatização deve ser bastante divulgada entre os funcionários e visitantes e especialmente, entre aqueles que atuarão na linha de frente da instituição, ou seja, os seguranças e as recepcionistas.

Proibição de venda de derivados do tabaco em cantinas ou lanchonetes no interior da instituição:

Para que a implantação do Programa dê resultado, é fundamental que não seja permitida a venda de derivados do tabaco nas cantinas ou lanchonetes da instituição, como a retirada de qualquer tipo de material promocional de derivados de tabaco. A venda de cigarros, charutos, fumo para cachimbos, pode estimular aos fumantes que continuem fumando em locais não permitidos, fazendo com que o Programa não atinja seu objetivo.

Para isso, o responsável pela cantina deverá ser sensibilizado sobre o Programa, e entender que torna-se uma incoerência a venda de derivados do tabaco dentro de uma instituição livre do fumo.

Se houver dificuldade do responsável aceitar essa decisão, deve-se solicitar ao diretor/presidente que interceda, podendo até baixar uma resolução proibindo a venda de tais produtos na cantina.

Divulgação contínua do programa entre os funcionários:

Outra medida importante, como respaldo das ações educativas, é a divulgação do programa e de sua filosofia entre todos os funcionários.

É importante que sejam divulgadas a filosofia do programa, os locais reservados para fumar, a portaria interna e a normatização de informações gerais sobre tabagismo, com ênfase no tabagismo passivo, na cessação de fumar e na dependência de nicotina. Para manter o tema em contínua discussão é necessário que seja planejada uma forma de comunicação continuada. Para isso, é fundamental que a comissão executiva, respaldada pelo diretor/presidente, obtenha apoio da divisão de comunicação social, se houver, e/ou do departamento de recursos humanos, no sentido de divulgar a Portaria Interna e a Normatização, através de contra-cheques, boletins internos, avisos em murais, quadro de avisos e outras formas de comunicação, com o intuito de atingir a todos funcionários.

Page 16: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Criação de programa de apoio aos fumantes que desejem parar de fumar:

Para muitos fumantes, o fato de ter que recorrer aos fumódromos será um estímulo para iniciar o processo de cessação de fumar. Provavelmente alguns fumantes poderão deixar de fumar sozinhos, mas outros necessitarão de apoio. Para isto, a instituição deve estar preparada para fornecer este apoio ou encaminhar a demanda a locais para este fim. Cabe à direção/presidência, oficializar a ação de criação do local que serão os fumódromos, designando os profissionais de saúde que poderão ser capacitados para oferecer este tipo de atendimento, caso existam possibilidades.

Para esse fim o INCA em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, desenvolveu material e metodologia de treinamento para capacitar equipes para oferecer esse tipo de apoio.

Caso a instituição se interesse em organizar esse serviço de apoio aos seus funcionários deverá buscar os materiais e o treinamento com a Coordenação do Programa.

Delimitação de áreas para fumar:

Considerando que o fumante geralmente apresenta dependência à nicotina, necessitando muitas vezes interromper suas atividades para fumar, torna-se fundamental que em prédios cuja estrutura física dificulte a saída para fumar em áreas externas, sejam estabelecidas em um primeiro momento, áreas específicas para este fim, já que ao longo da implementação das ações educativas muitos deixarão de fumar.

Junto com a sinalização da instituição, a delimitação de áreas específicas para fumar ajuda a quebrar as associações automáticas entre o acender o cigarro e a rotina de trabalho dos funcionários. Muitos fumantes relatam que ter que ir ao fumódromo, tira o encanto do ato de fumar, além de contribuir para uma importante redução no consumo diário. Há também os que se surpreendem com a própria capacidade de passar várias horas sem fumar.

Estas áreas, denominadas de “fumódromos”, devem ser reservadas apenas para este fim, ou seja, não compartilhada por outros funcionários não fumantes ou visitantes, arejadas e isentas de risco de explosões ou incêndios. Deve-se dar preferência a locais abertos porém, pode-se utilizar salas desativadas que possuam janelas ou varandas. Não deve-se colocar os fumódromos em locais que fazem

Page 17: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

parte do sistema de ar condicionado central, pois as substâncias tóxicas da fumaça do cigarro se disseminam através das tubulações e exaustores, contaminando outros ambientes e atingindo pessoas que se encontram em outros setores da instituição.

Se possível, o fumódromo pode ser um local agradável, com bancos, vasos de plantas, etc., para que o fumante não se sinta discriminado e não se revolte com a situação, passando a não mais frequentá-lo, e a fumar escondido. Também, é importante que nos fumódromos sejam deixadas afixadas mensagens de estímulo para deixar de fumar.

A idéia é que com o decorrer do tempo, quando o programa de apoio aos fumantes para deixar de fumar já estiver funcionando, com bom resultados, os fumódromos possam vir a ser paulatinamente reduzidos, até o total banimento e o ato de fumar não mais permitido dentro das áreas da instituição.

A sinalização da instituição como livre de fumo:

A ampla sinalização do espaço físico contribui e estimula o respeito às normas de não fumar na instituição, e deve ser iniciada na data escolhida para a restrição ao consumo dos derivados

do tabaco.A sinalização envolve a colocação de placas “Ambientes Livres do Cigarro” nas áreas de maior circulação como entradas, hall de elevadores, corredores, cantinas, elevadores, banheiros, escadas, bibliotecas, salas de reuniões, e também das

placas indicativas de fumódromos, nos locais escolhidos.

Os fumódromos devem estar bem sinalizados, e orientações quanto às suas localizações no prédio, devem ser colocadas nos diversos setores da instituição. Volantes enfatizando essa nova realidade devem ser entregues a todos que ingressarem no espaço interno da instituição.

Nas áreas de atendimento ao público devem ser colocados cartazes e folhetos informativos, sobre as restrições ao consumo de derivados do tabaco. Remoção de cinzeiros:

A partir da data marcada como “dia D”, a partir da qual a instituição se tornará livre de fumo, os cinzeiros devem ser removidos, para que

Page 18: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

os fumantes não se sintam tentados a fumar em locais não permitidos, e colocados apenas nos fumódromos.

Algumas instituições utilizam-se de caixas de areia, que tendo a função de coletores de lixo ou escarradeiras, podem ser confundidas com cinzeiros, devendo portanto, serem trocadas por outros tipos de coletores de lixo.

Retirada de qualquer material promocional de derivados do tabaco:

Com a instituição livre da poluição tabagística ambiental, qualquer material promocional de derivados de tabaco, como cartazes, propagandas, revistas, etc, deve ser retirado, para que haja coerência com o Programa.

A Campanha de lançamento do Programa:

Enquanto procede-se a sinalização da instituição, o dia estipulado para se tornar livre da poluição tabagística ambiental, também chamado de dia "D", deve ser divulgado com bastante antecedência, através de boletins internos, cartas aos funcionários, cartazes, folhetos, auto-falantes internos, ou qualquer outra forma efetiva de comunicação. Caso a instituição conte com apoio da comunicação social, a colaboração deste setor é de grande valia nesta fase. O início da fase de intervenção educativa deve ser bem marcado, podendo inclusive ser realizada uma campanha para divulgação da nova realidade da instituição.

Após a realização da avaliação inicial, o Programa INCA Livre do Cigarro contou com uma campanha de lançamento que foi adaptada para que possa ser utilizada em qualquer instituição que esteja interessada em implantar o Programa.

A referida campanha, envolve três fases que antecedem o dia "D", cujo objetivo é o de preparar todo o corpo funcional da instituição para as novas regras.

A primeira fase conta com um cartaz, afixado durante 2 semanas, nas entradas e em algumas áreas de circulação

Page 19: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

da instituição (cartaz 1), com o objetivo de trazer a discussão sobre o tema.

Na segunda fase, o cartaz 1 será substituído pelo cartaz 2, sendo acompanhado pela distribuição do folheto 1 nas entradas da instituição. Os folhetos contém dados impactantes sobre o tabagismo e estabelecem uma data (geralmente 2 semanas) a partir da qual só seria permitido fumar nas áreas indicadas como fumódromos.

Na terceira fase, ou dia "D", o cartaz 3 será afixado no lugar do cartaz 2, e haverá distribuição de folhetos informando que a partir daquela data não será mais permitido fumar fora dos fumódromos, esclarecendo as razões para não fumar naquela instituição e orientando os fumantes a procurarem apoio para deixar de fumar (inclusive distribuindo material de auto-ajuda). Paralelamente a esta fase, procede-se a sinalização da instituição, assim como a colocação de mapas com a localização dos fumódromos.

Folheto 1

Cartaz 2

Cartaz 1

Cartaz 3Folheto 2

Page 20: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Comemorações de datas alusivas:

É importante que o tema tabagismo seja mantido constantemente em evidência ao longo do ano, sem o qual o Programa se limitará ao impacto da campanha inicial. Por isso, paralelamente ao processo de sensibilização do corpo de funcionários, deve-se, aproveitar as comemorações internas das datas alusivas ao tema (31 de maio - Dia Mundial sem Tabaco; 29 de agosto - Dia Nacional de Combate ao Fumo), assim como outras datas (Dia Internacional da Saúde, o Dia Internacional da Mulher, Dia da Criança, Dia Nacional de Combate ao Câncer e outras datas), para abordar o tema tabagismo.

Para a comemoração das datas alusivas que, a cada ano envolvem um subtema relacionado ao tabagismo (por exemplo, tabagismo e artes, tabagismo e esportes, tabaco e economia, tabaco e mídia, tabaco e criança etc), a comissão executiva deverá procurar a coordenação do Programa para obter maiores informações e o material educativo de apoio.

Inserção do tema em debates, seminários e outros eventos realizados na instituição:

Como estratégia para manter o assunto em constante discussão, deve-se procurar inserir o tema em qualquer tipo de evento (seminários, simpósios, feiras de saúde, semana interna de prevenção de acidentes, etc), que venha a ser realizado na instituição, quer através de palestras, mesas redondas ou mesmo colocação de material educativo em stands, quer apenas na distribuição dos mesmos. Para obter material suficiente, recomendamos buscar apoio com a coordenação do Programa.

Divulgação do resultado da pesquisa:

É importante que antes da implantação do programa, seja realizada uma pesquisa de prevalência de tabagismo entre os funcionários da instituição, para sabermos quantos são os fumantes, quantos querem deixar de fumar e o que os funcionários pensam sobre a restrição do consumo de tabaco nas dependências da instituição (maiores detalhes mais adiante no tópico Avaliando o Programa). Estas informações são importantes para respaldar o processo de implantação do programa e permitirá que no futuro os resultados desta implantação sejam avaliados em termos de redução de número de funcionários fumantes na instituição.

Além disso, os resultados da pesquisa poderão ser um assunto para divulgação durante um evento para celebrar o dia “D”, com a

Page 21: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

presença do diretor/presidente, como parte das comemorações das datas alusivas (Dia Mundial sem Tabaco ou Dia Nacional de Combate ao Fumo), ou mesmo em evento isolado. O importante é que se faça uma intensa divulgação para que todos os funcionários tomem conhecimento dos resultados.

Distribuição de material educativo:

Com o objetivo de manter o tema em evidência e chamar a atenção da população leiga (visitantes), deve-se facilitar o acesso às informações sobre tabagismo. Isso pode ser feito, através de folhetos explicativos que podem ser distribuídos à entrada da instituição ou através de cartazes espalhados por toda a instituição.

Inserção do tema em eventos científicos ou culturais internos:

Como parte da sensibilização dos profissionais da instituição, a comissão executiva deve entrar em contato com as chefias de serviço ou comunicação social para que, durante as reuniões de serviço, eventos científicos ou culturais, seja apresentado um resumo do objetivo e das ações do Programa.

Também pode-se inserir palestras, conferências ou mesas-redondas sobre tabagismo em eventos em geral, mostrando a importância do tema em termos de saúde pública e conscientizando os profissionais para que valorizem o tema e passem a se engajar no Programa.

Treinando o pessoal de segurança, da recepção, da limpeza e da copa:

Embora o compromisso em manter a instituição livre de fumo seja de todos os funcionários, cabe aos seguranças e recepcionistas, nas suas atribuições diárias, zelar de maneira mais intensiva para que sejam respeitadas as regras de fumar apenas nos fumódromos. Além disso, outros grupos de profissionais que circulam amplamente na instituição como o pessoal da limpeza e da copa, podem colaborar desde que sensibilizados e envolvidos no processo.

Sem dúvida, o envolvimento e a motivação deste grupo de funcionários é fundamental para que o programa tenha sucesso. Para alcançar este objetivo, o treinamento apresenta três partes fundamentais: a primeira, mais informativa, procura explorar alguns dados sobre o impacto do tabagismo para a saúde do fumante e do

Page 22: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

não fumante e para o meio ambiente, associando-os à importância do programa na proteção da saúde de todos. A segunda procura valorizar o papel destes funcionários no andamento do programa e uma terceira, envolve uma dinâmica, na qual são realizadas provas situacionais baseadas na rotina destes funcionários e discutidas as formas mais adequadas para se abordar um indivíduo que é encontrado fumando em área não permitida.

Neste treinamento deve ser bem enfatizada a importância do respeito, da discrição e da educação na hora da abordagem. A apresentação da portaria interna e a normatização no treinamento é também de fundamental importância, uma vez que oferecem o respaldo da instituição, para a atuação deste grupo de funcionários. No Anexo 5, encontram-se as orientações para esta atividade.

Ações dirigidas aos profissionais de saúde:

Os profissionais de saúde devem ser sensibilizados sobre a influência que exercem na população assistida. Devem também, ser conscientizados do importante papel que representam dentro do Programa, estimulando-os a respeitarem a restrição de fumar na instituição, incluindo o ambulatório, e a adotarem hábitos saudáveis de vida. Também é importante que estes profissionais sejam estimulados a realizar um efetivo aconselhamento a seus pacientes, sobre adoção de hábitos alimentares saudáveis, práticas de exercícios físicos, comportamentos sexuais seguros além de apoiar seus pacientes fumantes no processo de cessação de fumar.

Um dos pontos mais importantes para o sucesso do Programa, é conseguir que o maior número de funcionários, fumantes e não fumantes entendam a filosofia do mesmo e o apoiem. Portanto, é fundamental que se forme uma massa crítica de funcionários conscientizados sobre a importância de um ambiente de trabalho livre da poluição tabagística ambiental, para que se atinja o objetivo de despertar o espírito de colaboração entre todos e mudar a cultura de aceitação do tabagismo como algo normal em um setor de saúde da instituição.

Todos os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, odontólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, etc.) devem ser esclarecidos sobre o Programa, através de treinamentos, palestras ou então de inserção de informações num espaço de 10 a 15 minutos sobre o tabagismo e a filosofia do Programa, antes de qualquer evento interno científico ou não.

Ações dirigidas aos funcionários:

Page 23: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Mantendo o objetivo de conscientizar o maior número possível de funcionários da instituição, sobre a filosofia do Programa, deve-se realizar treinamentos para a equipe administrativa. Da mesma forma que os anteriores, este treinamento deve constar de uma apresentação sobre o tabagismo e seu impacto sobre a saúde de fumantes e não fumantes e de outra apresentação, que explicará a filosofia e os objetivos do Programa.

Com estes funcionários, pode-se realizar dinâmica de crenças, para se saber o que eles entendem sobre tabagismo ativo e passivo, e também dinâmica de situações que podem ocorrer na instituição, após a restrição do fumo aos fumódromos e como eles se portarão diante dessas situações.

Avaliando e Monitorando o Programa:

Considerando os objetivos do programa foram selecionados alguns indicadores para avaliação do processo de sua implantação. A mensuração desses indicadores antes e durante a fase de intervenção, e depois de um e dois anos da intervenção educativa, permitirá avaliar o real impacto e a sustentabilidade do programa.

Cabe a cada instituição, definir que indicadores serão utilizados para avaliar a implantação do programa.

Indicadores sugeridos para avaliação do programa:

Foram escolhidos indicadores que pudessem mostrar o panorama do que se passa na instituição no que se refere ao respeito às normas de não fumar na instituição e de mudança na cultura organizacional, assim como de atitudes e de comportamento de fumantes:

Eliminação da poluição tabagística ambiental Número de pontas de cigarro fora dos fumódromos; Identificação de pessoas fumando fora dos fumódromos

(escondidas ou não).

Mudança na cultura organizacional Relato de resistências por parte de fumantes; Relato de profissionais fumando afrontosamente; Venda de derivados de cigarro na cantina da instituição; Participação de funcionários nas comemorações de datas

alusivas; Apoio aos fumantes que querem deixar de fumar; Inserções do tema em eventos da instituição.

Page 24: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Indicadores de mudanças de atitudes e comportamento dos fumantes Prevalência de fumantes; Proporção de fumantes motivados a deixar de fumar; Proporção de fumantes favoráveis à restrição do consumo de

derivados de tabaco na instituição.

Contagem de pontas de cigarros:

A contagem de guimbas ou pontas de cigarros funciona como indicador do respeito às normas de restrição ao consumo de derivados do tabaco na instituição. Esta contagem pode ser feita observando-se as caixas de areia/cinzeiros, que geralmente são distribuídas por toda a instituição. Caso não haja esse tipo de coletor, pode-se buscar apoio do pessoal da limpeza.

Essa avaliação deverá ser feita em dias diferentes (3 dias por semana), de preferência nos mesmos horários, durante pelo menos 3 semanas, para obtenção de uma média de guimbas por setor da instituição. Serão registrados os setores onde foram realizadas as mensurações iniciais, que deverão ser repetidas nos mesmos locais nas contagens subseqüentes. Para que se possa acompanhar a evolução da mudança no panorama de guimbas, esta contagem deverá ser feita imediatamente antes da intervenção, 1 mês, 3 meses, 6 meses e 1 ano após o início da intervenção. É interessante registrar os locais onde a concentração de guimbas é maior, pois durante a fase de monitoramento, estes locais poderão necessitar de uma maior atenção.

O esperado em uma instituição onde não existe nenhum tipo de restrição ao consumo dos derivados do tabaco é encontrar número elevado de guimbas tanto nas caixas de areia como jogadas pelo chão. Com a implantação do programa, espera-se uma gradual redução do número de guimbas nestes coletores assim como no chão, os quais deverão se concentrar apenas nos fumódromos. A construção de um gráfico evolutivo da mudança do perfil de concentração de guimbas na instituição ilustrará o trabalho e será um importante instrumento de divulgação do sucesso do programa.

Contagem de pessoas fumando na instituição:

Da mesma forma que se procede com a contagem de guimbas, recomenda-se também contar pessoas fumando nas diferentes áreas da instituição. Assim, se permitirá a obtenção de outro indicador, o de respeito às restrições ao consumo de derivados de tabaco. Também deve ser feita em dias diferentes (3 dias por semana), de preferência nos mesmos horários, durante pelo menos 3 semanas, para obtenção de uma média de pessoas fumando. Avaliar também

Page 25: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

imediatamente antes da intervenção, 1 mês, 3 meses, 6 meses e 1 ano após o início da intervenção, registrando os locais onde se concentrou o maior número de pessoas. Neste procedimento, procurar na medida do possível identificar os indivíduos por profissão e por setor. Aqui também podemos construir um gráfico ilustrativo da evolução deste panorama ao longo da implantação do programa.

É fundamental que estes dois tipos de avaliação precedam qualquer outro tipo de pesquisa ou intervenção e que seja executado da forma mais discreta possível e sem nenhuma conotação policialesca, para que não haja qualquer interferência no comportamento de alguns fumantes, que passarão a adotar o hábito de se esconder para fumar, bem como de esconder as guimbas.

Com estes dois tipos de avaliação, será possível obter um panorama da situação do consumo dos derivados do tabaco na instituição antes e depois da implantação do programa.

Identificação de venda de cigarros ou outro derivado do tabaco na cantina ou lanchonete localizada nas dependências da instituição:

Deve constar na avaliação inicial de qualquer programa. Pode ser verificado inclusive o número médio de pacotes de cigarros vendidos, presença de cigarros de Bali, venda de cigarros avulsos, e quem compra com mais freqüência (funcionários ou visitantes).

Pesquisa entre os funcionários da instituição:

Esta pesquisa tem por finalidade avaliar a prevalência de tabagismo na instituição, conhecer a opinião dos funcionários sobre a política de restrição ao consumo dos derivados do tabaco, suas crenças e conhecimentos sobre o tema.

Sua organização permitirá um diagnóstico do atual perfil do tabagismo entre os funcionários da instituição (o número de fumantes por idade, sexo, profissão, quantos fumantes querem deixar de fumar, opinião dos funcionários sobre as restrições ao consumo de tabaco nas dependências da instituição, etc). Esse diagnóstico no futuro servirá de parâmetro para a avaliação do desfecho do processo de implementação da política de restrição ao fumo. Além disso, a própria pesquisa funcionará como um processo de sensibilização inicial dos funcionários da instituição. Caso se pretenda trabalhar

Page 26: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

outras questões de saúde e estilo de vida, ao lado da questão tabagismo, pode-se obter outros dados como hábitos alimentares, hábitos de se protegerem do excesso de sol, de praticarem algum exercício físico, de valorizarem a própria saúde, etc. assim como o que pensam sobre a importância da prevenção.

Para que possamos garantir uma comparabilidade desses dados, com outras pesquisas, desenhamos um modelo para realização desse estudo. No Anexo 6, Conhecendo o Perfil do Tabagismo dos Funcionários da Instituição são oferecidas orientações sobre como proceder para obtenção de uma amostra de funcionários, representativa do total de funcionários da instituição, assim como bases para aplicação e resgate do maior número de respostas aos questionários. Em outro anexo, fornecemos o questionário já testado para essa pesquisa.

Avaliação qualitativa:

É comum que no decorrer das políticas de restrição ao consumo de derivados do tabaco, alguns fumantes deixem de fumar e outros reduzam o número de cigarros fumados. Pesquisas mostram que políticas de restrição ao consumo de derivados do tabaco em ambientes de trabalho, vêm resultando em taxas de cessação de fumar da ordem de 10 a 20% em um ano (Repace, 1993).

Com o objetivo de monitorar e reforçar estes resultados positivos, de avaliar como os funcionários estão vendo o programa e de envolver mais os funcionários através da solicitação de sugestões e opiniões, busca-se a realização de avaliação qualitativa. Nesse caso, através de entrevistas curtas, pode-se obter informações sobre mudanças no comportamento de fumar, informações e opiniões sobre as mudanças ambientais resultantes da intervenção e principalmente, sugestões. Através da obtenção de opiniões e de sugestões, podem ser obtidas idéias interessantes para melhoria dos resultados do programa, além de se criar mais uma forma de evidenciar o interesse da instituição no programa.

Neste tipo de avaliação não há necessidade de fazer amostragem. Escolhe-se para serem entrevistadas pessoas chaves ou seja, as que exercem cargos de chefia, algum tipo de liderança e principalmente, pessoas que devido ao tipo de ocupação, circulam mais nas dependências da instituição. Desta forma é importante entrevistar chefias, vigilantes, recepcionistas, faxineiros e pessoal da área da saúde. Também é interessante que entre os entrevistados tenhamos representantes das categorias fumantes, ex-fumantes e nunca fumantes com intuito de ouvir a opinião principalmente dos fumantes e avaliar o quanto o programa está influenciando o seu

Page 27: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

comportamento de fumar, no sentido de fazê-los deixar de fumar ou reduzir o consumo.

No Anexo 7, fornecemos os modelos de questionários que foram utilizados para a pesquisa de opinião (qualitativa) entre funcionários do INCA. São três os roteiros para os entrevistadores. Um para fumantes (F), outro para não fumantes(NF) e o último para ex-fumantes (EX). Além desses roteiros, fornecemos também um roteiro de apresentação do entrevistador ao entrevistado.

Supervisionando e monitorando o processo

É crucial que pelo menos durante os primeiros 18 meses, o programa seja supervisionando e monitorado de perto pelo coordenador e a equipe executiva da instituição. Através de reuniões mensais, os principais obstáculos podem ser identificados e possíveis soluções podem ser encontradas. É um exercício bastante interessante, onde surgem muitas idéias criativas, que podem inclusive ser repassadas, como experiências positivas, para outras instituições. O importante é que todos da comissão sejam envolvidos e ouvidos em cada reunião, devendo-se fazer anotações sob a forma de ata. A partir desta pode-se obter um relatório do andamento do processo de implantação, além de se armazenar "idéias". A cada 3 meses a comissão deve reunir-se com a direção da instituição e o coordenador estadual ou municipal, devendo nesta ocasião serem repassados, dados relevantes para o coordenador municipal ou estadual.

A supervisão e o monitoramento envolvem a realização de algumas tarefas por parte desta comissão, listadas abaixo:1. percorrer a instituição semanalmente para: avaliar a manutenção da sinalização e providenciar sua imediata

reposição quando necessária; contar as guimbas em todos os setores da instituição e nos

fumódromos (pode-se também envolver o pessoal da limpeza para rastrear a presença de guimbas por setor, repassando para os integrantes da comissão)

avaliar abordagem dos vigilantes e recepcionistas, reunindo-se periodicamente com eles, e treinando os novos funcionários dessa categoria;

fazer cumprir a portaria e normatização, notificando os infratores e sua chefia imediata e na possibilidade de identificá-los, notificar a chefia do setor onde forem encontradas guimbas ou pessoas fumando( obs : essa notificação deve contar com a assinatura da direção no anexo 5 fornecemos uma sugestão para notificação por escrito)

manter fumódromos arrumados.

Page 28: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

2. divulgar na instituição materiais e informações relacionadas ao Programa;

3. organizar a distribuição de material educativo aos funcionários, bem como a exposição de vídeos em ocasiões propícias a este fim;

4. organizar e coordenar os treinamentos para os funcionários da instituição;

5. estimular os funcionários fumantes que desejem parar de fumar, oferecendo-lhes material de auto-ajuda, e se for o caso encaminhando-os para tratamento de apoio;

6. coordenar comemorações de datas alusivas ao tabagismo, dentro da instituição;

7. realizar reunião mensal de monitoramento do Programa;8. fazer relatório trimestral do Programa para a direção da instituição

e para a coordenação central;9. realizar reunião mensal com a direção da instituição para repassar

o andamento do programa;10. reunir-se a cada 3 meses com o coordenação central para

balanço do andamento do programa, e repasse dos dados da avaliação mensal na instituição (nº de treinamentos, por essa atividade, contagem de guimbas, sinalização, etc). No Anexo 9, temos uma ficha com os principais dados que deverão ser avaliados no monitoramento.

11. reunir-se com profissionais de saúde de nível superior . A partir do momento em que a instituição tenha

disponibilizado um local específico para oferecer atendimento aos funcionários fumantes que desejem parar de fumar, a comissão executiva deve buscar, através de treinamento, profissionais de saúde de nível superior, que mostrem interesse, para que passem a oferecer esse atendimento.

No tópico de número 2, falaremos da estratégia de implantação de um Programa de Abordagem do Fumante, mostrando como a comissão executiva pode implantar este programa no ambulatório da instituição.

Avaliando o programa:

É fundamental para a sustentabilidade do Programa, que as comissões designadas pelas direções de unidades de saúde para executarem as ações do programa sejam estimuladas a realizarem reuniões de monitoramento, onde todos os passos alcançados, suas barreiras e possíveis soluções, sejam bastante discutidos.

De maneira sintética, podemos dizer que o Programa envolve uma avaliação que antecede o processo de intervenção propriamente dito, o monitoramento desse processo, e uma avaliação final.

Page 29: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

2. O Programa Ajudando Seu Paciente a Deixar de Fumar

A segunda estratégia do Programa de Controle do Tabagismo em Unidade de Saúde ou em ambulatórios de serviços de saúde, em Ambientes de Trabalho, envolve a sensibilização e instrumentalização dos profissionais de saúde para que passem a valorizar o tratamento do tabagismo da mesma forma que valorizam o tratamento de qualquer patologia.

As ações educativas, amparadas por ações legislativas e econômicas, com vistas a informar e conscientizar a população sobre os malefícios do tabagismo, desestimular seu início entre os jovens, tornar os ambientes livres da poluição tabagística ambiental, reduzir seu consumo através do aumento de preço do maço de cigarros, dificultar o acesso aos derivados de tabaco, proibir suas propagandas, entre outras, geram uma diminuição da aceitação social do tabagismo, fazendo com que um número cada vez maior de fumantes deseje parar de fumar.

Internamente, durante a implantação do Programa Ambientes de Trabalho Livres do Cigarro, as ações educativas realizadas pela comissão executiva, apoiadas pelo diretor da instituição, regulamentando o consumo de derivados do tabaco, criam um ambiente favorável a que funcionários e pacientes se conscientizem sobre a necessidade de parar de fumar.

Alguns desses fumantes conseguirão se tornar ex-fumantes apenas com esses estímulos externos, porém a grande maioria precisará de apoio para deixar de fumar. Estudos mostram que 80% dos fumantes

Page 30: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

desejam parar de fumar, porém, apenas 3% conseguem parar sozinhos a cada ano.

A conscientização do profissional de saúde sobre a importância de valorizar o tratamento do fumante, deve ser priorizada como uma estratégia fundamental no controle do tabagismo, sendo por isto, uma importante ação de saúde pública.

Hoje sabe-se que ex-fumantes vivem mais do que os que continuam a fumar, e que os benefícios ao deixar de fumar se estendem às faixas etárias mais avançadas. Os indivíduos que deixam de fumar antes dos 50 anos de idade, apresentam após 16 anos sem fumar, uma redução de 50% no risco de morte por todas as doenças tabaco-relacionadas, em relação aos que continuam fumando.Por volta de 64 anos, o risco de mortalidade é similar aos dos nunca fumantes, da mesma idade. Portanto, sabe-se hoje que os esforços para cessação de fumar, reduzem a mortalidade pelo tabagismo em um prazo mais curto do que a prevenção da iniciação no comportamento de fumar.(OMS, 1998)

Um outro aspecto bastante relevante para a valorização do tratamento do fumante, é em relação às estimativas de seu custo-benefício. Se apenas 2,7% a 3,7% dos fumantes deixassem de fumar através de uma abordagem comportamental, o custo estimado por ano de vidas salvas seria da ordem de U$ 748,00 a U$ 2.020,00, bastante inferior a mesma avaliação feita para o tratamento de hipertensão arterial de leve a moderada (U$ 11.300 a U$ 24.408), de hipercolesterolemia (U$ 65.511,00 – U$ 108189,00) e para o tratamento do infarto agudo do miocárdio, com estreptoquinase (U$ 55.000,00), todas doenças tabaco-relacionadas. Mesmo utilizando-se a reposição de nicotina como coadjuvante da abordagem comportamental, este custo seria da ordem de U$ 4.113,00 a U$ 9.473,00, ainda inferior aos demais tratamentos, acima mencionados (Crogham e col, 1997, Orleans 1993).

Portanto, o Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer (INCA), e sob a orientação técnica da Diretoria de Prevenção e Vigilância (DPV), desenvolveu e está implementando o Programa de Abordagem do Fumante.

Esse Programa apresenta dois enfoques: “abordagem mínima” e “abordagem intensiva”, cujo fluxo de atendimento está exemplificado no Anexo10.

2.1 Abordagem Mínima do fumante:

Temos no país um contingente de 30,6 milhões de fumante (Ministério da Saúde, 1996). Para mudar esse quadro, com a

Page 31: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

conseqüente redução da prevalência de fumante no país, o Ministério da Saúde através do INCA vem buscando estimular os profissionais de saúde para que realizem uma abordagem mínima do fumante.

Essa abordagem deve ser priorizada em termos de saúde pública, pois pode ser realizada por qualquer profissional de saúde de nível superior que atenda paciente, durante sua consulta de rotina em ambulatórios de serviços de saúde, não tomando mais que 5 minutos de conversa, requerendo assim, poucos investimentos em termos de recursos humanos e financeiros. Ela consiste no método pergunte /aconselhe /prepare/ acompanhe.

A Comissão Executiva deverá sensibilizar a direção da instituição e os profissionais de saúde de nível superior para a realização da capacitação dos mesmos na Abordagem Mínima ao Fumante. Depois da sensibilização e listagem dos funcionários interessados, entrar em contato com a Coordenação Municipal/Estadual de Saúde de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer para agendar a capacitação da equipe multidisciplinar.

2.2 Abordagem Intensiva do Fumante:

A instituição que identificar uma grande demanda de fumantes interessados em deixar de fumar, pode implementar um centro de tratamento do fumante, num local apropriado somente para esse fim. Os fumantes passarão a receber uma abordagem intensiva, ou seja, com profissionais de saúde capacitados e que seriam responsáveis por esse trabalho.

O tratamento terá como eixo central, a abordagem comportamental, podendo ser em grupo ou individual, e o apoio medicamentoso ficará restrito aos casos em que houver indicação. A demanda de pacientes pode ser espontânea, ou através da política do ambiente de trabalho, de restringir o fumo aos fumódromos, ou então, através de encaminhamento pelos profissionais de saúde que realizaram a abordagem mínima, e não obtiveram êxitoO Programa Prevenção Sempre gera uma demanda de fumantes que deixarão de fumar sozinhos e outros que precisarão de ajuda. Alguns fumantes mesmo com a abordagem mínima terão dificuldades e necessitarão de um acompanhamento mais intensivo. A Comissão Executiva deverá sensibilizar direção, chefias de serviços e demais profissionais de saúde do nível superior, para que se implantem um ambulatório para tratamento de fumantes, para os funcionários. O passo seguinte será entrar em contato com a Coordenação Estadual, para que os profissionais de saúde, interessados em desenvolver o trabalho na instituição, sejam capacitados.

Page 32: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

AnexosAnexos

Page 33: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Anexo 1 Anexo 1

Roteiro para sensibilização da direção eRoteiro para sensibilização da direção e chefias chefias

Roteiro para sucinta apresentação do programa em reuniões internas da instituição (pontos a serem abordados), com vistas à sensibilização da diretoria e chefias intermediárias.

Page 34: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

- O tabagismo é importante fator de risco para as duas primeiras causas de mortalidade por doença :

. doenças cardiovasculares : 45% (abaixo de 65 anos )

. câncer : 30% de todos os tipos de câncer 90 % dos casos de câncer de pulmão

- O número de mortes causadas pelo tabagismo supera o total de mortes causadas por AIDS, álcool, cocaína, heroína, acidentes de trânsito, incêndios e suicídios.

- Atualmente, o cigarro mata cerca de 5 milhões de pessoas por ano em todo o mundo, e no Brasil são cerca de 200 mil mortes por ano.

- Estima-se que até o ano 2020, o tabagismo estará matando cerca de 10 milhões de pessoas por ano no mundo, sendo que 70% destas mortes ocorrerão em países em desenvolvimento( OMS).

- É fato comprovado que a exposição passiva a fumaça dos derivados do tabaco é fator de risco para adoecimento e mortes entre não fumantes.

- 95% dos ex-fumantes que abandonaram o tabagismo, o fizeram amparados por campanhas educativas e/ou aconselhamento e intervenções motivacionais por profissionais de saúde;

- Políticas de restrição de consumo em ambientes de trabalho, vem resultando em taxas de cessação de fumar da ordem de 10 a 20% em um ano;

- Qualquer instituição coerente com o seu papel de restaurar e preservar a saúde deve:

buscar eliminar este importante fator de risco de suas dependências;

estimular seus funcionários fumantes a deixarem de fumar;

estimular seus profissionais de saúde a considerarem o tabagismo uma doença e aconselharem seus pacientes a deixarem de fumar.

Page 35: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Anexo 2Anexo 2

Cronograma do Plano de AçãoCronograma do Plano de Ação

Page 36: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

PROGRAMA “AMBIENTES DE TRABALHO LIVRES DO CIGARRO” Plano de ação

Estratégias AçõesMês

1 2 3 4 5 6 7 8 910

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

1. Intervenção na estrutura organizacional

2. Intervenção na estrutura física

1.a. Apoio as ações educativas

- criação de Portaria Interna e normatização- treinamento de seguranças e recepcionistas

1.b. Programa de apoio aos funcionários fumantes que desejam parar de fumar

- Sensibilização dos fumantes

- Cadastramento de apoio aos fumantes

- Tratamento de apoio aos fumantes

2.a. Identificação e organização dos fumódromos

2.b. sinalização da instituição como livre de fumo

2.c. remoção de cinzeiros

2.d. início da redução do número de fumódromos

72

Page 37: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

PROGRAMA “AMBIENTES DE TRABALHO LIVRES DO CIGARRO”Plano de ação

Estratégias AçõesMês

1 2 3 4 5 6 7 8 910

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

3. Intervenção educativa

3.a. Divulgações e campanhas educativas

- Campanha para lançamento do programa

- campanha do dia 31 de maio

- comemoração do dia 29 de agosto

- inserção do tema em eventos internos

- distribuição de materiais educativos

- divulgação através de Boletim Interno

- divulgação de mensagens através de contracheques

- divulgação através dos painéis da comunicação social

- divulgação através da distribuição de folhetos- divulgação de mensagens por sistema interno

de som

73

Page 38: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

PROGRAMA “AMBIENTES DE TRABALHO LIVRES DO CIGARRO”

Plano de ação

Estratégias AçõesMês

1 2 3 4 5 6 7 8 910

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

3. Intervenção educativa (Cont

3.b. Treinamentos

- falando sobre tabagismo (todos os profissionais)

- ajudando seu paciente a deixar de fumar (médicos enfermeiros e psicólogos)

- formação de multiplicadores

74

Page 39: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Anexo 3Anexo 3

Cadastro da InstituiçãoCadastro da Instituição

Ministério da Saúde - Instituto Nacional de Câncer - INCACoordenação de Prevenção e Vigilância - ConprevPrograma Nacional de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer

Page 40: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

INSTRUMENTO DE CADASTRO DAS INSTITUIÇÕES NO PROGRAMA

O Programa Nacional de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer requer um monitoramento efetivo. Para tal, contamos com seu apoio. Por favor preencha todas as informações solicitadas sem utilizar abreviaturas. Desde já agradecemos sua atenção.

DATA: ___/___/______

Assinale o canal de atuação (tipo de instituição): |__| Unidade de Saúde |__| Ambiente de Trabalho

Qual a sua área de interesse no momento?

|__| Tabagismo |__| Alimentação/Atividade Física |__| Exposição solar

Nome Completo da Instituição:

CNPJ (antigo CGC): |__|__| |__|__|__| |__|__|__| / |__|__|__|__| - |__|__|

Endereço (rua/av.):

Número/Complemento: Bairro: CEP:

Município: Código do Município (IBGE): |__|__|__|__|__| UF:

Telefone: (| 0 | x | x |__|__|) |__|__|__|__| - |__|__|__|__|

Fax:

http:// e-mail:

Quanto à prestação de serviços, esta Instituição é:(a) |__| filantrópica(b) |__| privada(c) |__| pública(d) |__| militar(e) |__| outros. Especifique: ________________________________________________________________

Sendo uma Instituição pública, está vinculada ao nível:(a) |__| federal (b) |__| estadual (c) |__| municipal

Relacione o número de funcionários desta instituição:Se for uma Unidade de Saúde: |__|__|__|__| profissionais de saúde|__|__|__|__| profissionais da administração|__|__|__|__| profissionais dos serviços de apoio (copa, limpeza, vigilantes, etc.)Se for um Ambiente de Trabalho (empresa):|__|__|__|__| funcionários (todos os cargos e funções)

(SOMENTE PARA UNIDADES DE SAÚDE) Quantos atendimentos são realizados em média, por mês, nesta Unidade (caso não realize um destes

atendimentos marque 000000)?(a) |__|__|__|__|__|__| consultas(b) |__|__|__|__|__|__| emergências(c) |__|__|__|__|__|__| internações

(SOMENTE PARA UNIDADES DE SAÚDE) Esta é uma Unidade de Saúde da Família? (a) |__| sim (b) |__| não

Page 41: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Quantas áreas com ventilação externa que possam servir de fumódromo esta instituição possui (caso não tenha, marque 00)?|__|__| áreas

Indique quantos deste itens esta instituição possui(caso não tenha, marque 00):|__|__| andares |__|__| entradas |__|__| salas de reunião |__|__| salas de espera|__|__| bibliotecas/centros de estudo |__|__| auditórios

Através de que mecanismo esta Instituição obteve conhecimento do Programa Nacional de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer (se necessário, marque mais de uma opção)?(a) |__| através do INCA(b) |__| através da Secretaria Estadual de Saúde(c) |__| através da Secretaria Municipal de Saúde(d) |__| através de congressos, seminários ou eventos afins(e) |__| através da mídia(f) |__| através de comemorações dos dias 31 de maio, 29 de agosto e 27 de novembro(g) |__| outros, especifique: _______________________________________________________________

Responsável pelo preenchimentoNome:

Assinatura:

Setor de trabalho do responsável pelo preenchimento:

Carimbo da Instituição (se houver):

Anexo 4Anexo 4

Page 42: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Modelo da portaria e norma interna paraModelo da portaria e norma interna para o controle da poluição tabagísticao controle da poluição tabagística

ambiental ambiental na instituiçãona instituição

Page 43: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

PROPONDO PORTARIA E NORMAS INTERNAS PARA O CONTROLE DA POLUIÇÃO TABAGÍSTICA AMBIENTAL

Transcrevemos a seguir modelo de Portaria elaborada para o Programa de Controle do Tabagismo em uma unidade de saúde que poderá ser adaptada à qualquer Instituição, já com algumas sugestões incluídas.

Portaria nº ../ ..., de ... de ... de 20...

Data....

O Diretor ................, no uso de suas atribuições legais,

Considerando que o Art. 2º da Lei Federal nº 9.294, publicada em DOU de 16.07.96, dispõe sobre as restrições ao uso de produtos fumígeros em recinto coletivo privado ou público, salvo em áreas destinadas exclusivamente para esse fim, incluindo nestes, hospitais e postos de saúde..

Considerando que as instituições de saúde e seus profissionais são modelos de comportamento social no que tange a preservação da saúde;

RESOLVE, que o consumo de derivados do tabaco produtores de fumaça na instituição, seja restringido às áreas sinalizadas para esse fim - “FUMÓDROMOS”.

A fim de manter o programa ......., fica criada Comissão composta pelos seguintes membros:

---

Ordem de Serviço ato nº .../... O Diretor ............. no uso de suas atribuições legais,

Considerando que o Programa ..........., visa conscientizar todos os funcionários do ......... sobre os malefícios decorrentes do ato de fumar e a fim de que medidas educativas alcancem resultados efetivos são necessários mecanismos legais que as reforcem.

Considerando que dentro do contexto do Programa, está previsto o treinamento de pessoal de portaria (segurança e recepcionista) e

Page 44: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

demais funcionários......, buscando sensibilizá-los sobre o assunto, bem como motivá-los a desempenhar uma importante função nesse processo tais como, abordagem e orientação dos fumantes sobre as regras de fumar nas áreas designadas para tal.

Considerando que a normatização desse processo tem como objetivo dar seqüência e consistência ao processo educativo que ora vem acontecendo na instituição, na medida em que respaldará o papel dos profissionais treinados para o cumprimento da Portaria nº ..............

Considerando que para a elaboração destas normas, foram consultados o Regime Disciplinar ....... e CLT,

DETERMINA a Normatização da abordagem de fumantes no Programa ......... conforme segue:

Normas - para funcionários

1. Quando qualquer profissional do ..... for visto fumando em áreas diferentes das permitidas (fumódromos), deverá ser abordado de forma discreta e polida pelos profissionais treinados para esse fim, além das chefias , que o orientarão sobre as localizações dos locais reservados para fumar (fumódromos), solicitando que apague o cigarro ou qualquer outro derivado de tabaco produtor de fumaça naquele local.

2. Caso o indivíduo reincida ou se recuse a acatar a orientação recebida deverá ser encaminhada uma notificação sobre a ocorrência à sua chefia imediata, que por sua vez encaminhará uma cópia para o representante do Programa ...... de cada setor. Na oportunidade, o funcionário deverá ser esclarecido sobre os objetivos do Programa .... e, se for seu desejo, será oferecido um encaminhamento para tratamento (se houver esse tipo de apoio na instituição).

3. Para os casos de funcionários notificados duas vezes quanto ao cumprimento da Portaria nº... /03, o representante do Programa ...., elaborará estratégias educativas voltadas para o funcionário e seu ambiente de trabalho.4. Em caso de três notificações, o funcionário deverá ser advertido com base no Artigo ... do Regime ....., devendo os responsáveis pelos setores de cada unidade solicitar abertura de processo administrativo disciplinar, com vista a aplicação de advertência por escrito (para casos de servidores públicos). Em caso de funcionários regidos pela CLT, os responsáveis pelo setores poderão adverti-lo por escrito, encaminhando a advertência ao Departamento de Pessoal, com base no Artigo 482 da CLT.

Page 45: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

5. Com base no artigo 130 do RJU , caso o infrator venha a reincidir na violação da resolução da Portaria nº .../03 o mesmo estará sujeito a abertura de novo processo administrativo com vistas à penalidade de suspensão (não podendo o prazo da suspensão exceder um máximo de 90 dias), ou quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração, ficando o funcionário obrigado a permanecer em serviço (Para os servidores públicos ). Em caso de funcionário regido pela CLT com base no Artigo 482 da CLT, a suspensão se dará imediatamente após a reincidência.

6. Com base no artigo 132 do RJU será aberto processo administrativo com a aplicação das penalidades previstas que poderão implicar até em demissão se houver insubordinação grave em serviço ou ofensa física em serviço, o servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem (Para os servidores públicos ). Em caso de funcionário regido pela CLT, o funcionário poderá receber a penalidade de demissão sumária pela direção, conforme o Artigo 482 da CLT.

NORMAS para pacientes internados e ambulatoriais

1. Quando qualquer paciente do....... for visto fumando em áreas diferentes das permitidas (fumódromos), os profissionais treinados para esse fim, deverão abordá-lo de forma discreta e polida, orientando sobre as localizações dos fumódromos e solicitando que apague o cigarro ou qualquer outro derivado de tabaco produtor de fumaça, e que se dirija ao fumódromo mais próximo.

2. Caso o paciente se recuse a acatar a orientação recebida, os profissionais treinados para esse fim, deverão encaminhar uma notificação sobre a ocorrência à chefia do ambulatório bem como ao seu supervisor, que por sua vez deverá encaminhá-la ao representante do Programa Ambiente Livre do Cigarro na Unidade (instituição).

3. Caberá a supervisão de enfermagem (chefia do ambulatório) encaminhar ao paciente notificado uma advertência por escrito sobre o ocorrido e das conseqüências que poderão advir da reincidência.

4. Em caso de reincidência de qualquer paciente, o caso deverá ser discutido com as chefias de enfermagem e médicas, responsáveis pela enfermaria ou ambulatório, no qual o paciente se encontra , em conjunto com o representante do Programa INCA (nome da

Page 46: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

instituição) Livre do Cigarro, quanto à aplicação de penalidade de alta administrativa.

6. Em caso de paciente terminal preso ao leito, deverão ser discutidas entre os componentes da equipe de saúde que o acompanham, estratégias que permitam este tipo de paciente fumar sem prejuízo para os demais indivíduos, devendo estes casos serem notificados ao representante do programa INCA livre na unidade.

NORMAS - para visitas e acompanhantes

1. Quando qualquer visitante .... for visto fumando em áreas diferentes das permitidas (fumódromos), os profissionais treinados para esse fim (segurança e recepção), deverão abordá-lo de forma discreta e polida, orientando sobre as localizações dos fumódromos e solicitando que apague o cigarro ou qualquer outro derivado de tabaco produtor de fumaça, e que se dirija ao fumódromo mais próximo.

2. Caso o indivíduo se recuse a acatar a orientação recebida, os profissionais treinados para esse fim, deverão convidá-lo a retirar-se do local, com o apoio da segurança, se for necessário.

PAPEL DA COMISSÂO DO PROGRAMA ......... LIVRE DE TABACO

Cabe a cada participante da comissão do Programa ...... Livre do Cigarro acompanhar o andamento de todas as ocorrências relativas a infrações da Portaria X e, através de reuniões mensais de monitoramento, elaborar estratégias educativas voltadas para o funcionário e seu ambiente de trabalho, assim como para os visitantes da instituição.

Page 47: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Anexo 5Anexo 5

Treinamento de pessoal da copa,Treinamento de pessoal da copa, seguranças e recepcionistasseguranças e recepcionistas

Programa de Treinamento – Pessoal de Segurança, Recepção, Limpeza e Copa:

GRUPO ALVO - seguranças e recepcionistas;NÚMERO DE PARTICIPANTES: 15 a 30DURAÇÃO - 2 horas1. Introdução - 20 minutosObjetivos: apresentar os responsáveis pelo curso, situando-se como representantes do Programa (nome da

instituição) Livre do Cigarro apresentar o Programa ( nome da instituição) Livre do Cigarro informar:

Page 48: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

que o programa não é contra o fumante, enfatizando a idéia de ver no fumante um indivíduo que apresenta um problema, necessitando de apoio e respeito para superá-lo;

sobre o exemplo da instituição e de seus profissionais perante a comunidade que assiste sobre a necessidade da instituição em ser exemplo, tornando-se livre do cigarro ( se for o caso)que a instituição: oferecerá apoio para os funcionários que queiram deixar de

fumar sobre o papel do profissional que está sendo treinado, como educador, modelo de

comportamento, agente de mudança de comportamento dentro da instituição, procurando valorizar a colaboração deste para o sucesso do programa.

2. Dinâmica de grupo para apresentação dos participantes: 30 minutos.Objetivos começar a integração do grupo, partindo de algo fundamental como conhecer-se mutuamente,

estabelecendo uma relação interpessoal; romper o gelo para desfazer tensões; demonstrar que nenhum membro do grupo passará despercebido; estimular a participação de todos. Processo:O coordenador inicia, explicando que o exercício a ser realizado precisa que todos se sintam à vontade. Isto requer que todos saibam quem é quem, para que se conheça um pouco mais o grupo, através de seus componentes, facilitando a integração para os trabalhos. São várias as maneiras de tornar isto possível. Uma delas é esta que será feita neste momento. O que se pretende com este exercício é a apresentação a dois. Para isso, o coordenador solicita que: os membros participantes formem subgrupos a dois, preferencialmente com parceiros

desconhecidos; os subgrupos formados se entrevistem mutuamente durante 5 (cinco) minutos, procurando obter

dados de identificação; após expirado o tempo de entrevista a dois, seja formado um grupo único, onde cada membro fará a

apresentação do colega entrevistado, durante 01 (um) minuto; ninguém fará sua própria apresentação;

cada membro participante permaneça atento e que verifique se sua apresentação, feita pelo colega, está correta e corresponde aos dados fornecidos.

OBS: dependendo do grupo, a apresentação poderá ser individual, levando no máximo 1 minuto por participante.

3. Falando sobre Tabagismo ( exposição dialogada) - 30 minutos.Objetivos : informar sobre o tabagismo e alguns de seus aspectos essenciais para motivar a atuação do grupo alvo deste treinamento. Nesta exposição deverão ser apresentados de forma simplificada, os seguintes aspectos do tabagismo: números impactantes sobre mortalidade por tabagismo; componentes da fumaça do cigarro; doenças causadas pelo tabagismo informações sobre tabagismo passivo; impacto ambiental ; estratégias da indústria para manter e captar novos consumidores e a importância do trabalho da

instituiçãopara se contrapor à estas estratégias.

Material didático: transparências ou slides.Material de apoio: Livro e transparências " Falando sobre tabagismo"

Processo: exposição com apoio de transparências e slides, durante a qual os participantes interrompem para esclarecer as dúvidas que vão surgindo. No entanto, o expositor deverá responder de forma objetiva, evitando divagações e desvios do tema, garantindo a continuidade da exposição. Procurar na medida do possível fazer uma exposição interativa, provocando os participantes a colocarem suas crenças e opiniões a respeito do tabagismo e dos diversos ângulos da sua problemática, relacionados acima. Para evitar que a exposição se torne enfadonha, procurar detalhar numericamente os gráficos, utilizando-os apenas para abordar o tema de forma simples e direta.

4. Prova situacional:

Tempo necessário: 45 minutos.

Page 49: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Objetivos:

Desenvolver uma interação do grupo, através de trocas de experiências comuns e pessoais à cerca dos temas: tabagismo como problema de saúde pública; controle do tabagismo e papel de cada um neste contexto.Além disso, espera-se: envolver os membros do grupo a cerca do tema ; exercitar os membros do grupo com situações do cotidiano; estimular a reflexão, a argumentação e a sedimentação de conceitos pré-

existentes ou adquiridos durante o treinamento. exercitar a capacidade de improvisação, tendo em vista os conhecimentos

adquiridos durante o treinamento. exercitar a abordagem de fumantes com empatia e sem agressividade.

Processo:O coordenador inicia, explicando que o exercício a ser realizado exige que todos se sintam à vontade. O que se pretende com este exercício é estimular a utilização dos conhecimentos adquiridos, através da improvisação. Deve-se nesse exercício procurar desmistificar visões preconceituosas que os não fumantes geralmente têm do fumante e principalmente, trabalhar a questão da abordagem do fumante sem agressividade, de forma discreta e polida. Para isso o coordenador solicita que: os membros participantes formem subgrupos de 4 (quatro) participantes num

total de 6 (seis) subgrupos; cada subgrupo retire um tema entre os que ele tem no fichário; os subgrupos iniciem uma conversa, com duração de 5 (cinco) minutos, visando

a articulação de uma dramatização sobre o tema escolhido; cada membro deverá ter uma pequena participação na

dramatização; após expirado o tempo para a conversa entre os subgrupos, seja formado um

grupo único, a fim de assistir as dramatizações de cada subgrupo, que transcorrerão cada uma delas, no prazo estipulado de 7 (sete) minutos. Nesta etapa, que durará aproximadamente 45 minutos, o coordenador fará breves ponderações nos intervalos, das exposições dos subgrupos.

FICHÁRIO DE SITUAÇÕES PARA SUBSIDIAR EXERCÍCIO DE PROVA SITUACIONAL

Num hall de recepção, duas pessoas esperam fumando... Vários funcionários estão na sala posterior à recepção preparando as atividades

que serão desempenhadas ao longo do dia, enquanto dois deles fumam... A supervisora, entra no elevador fumando ..... Na recepção, à entrada da instituição, um visitante aguarda para ser atendido e

enquanto espera para o atendimento.... Seu chefe imediato fuma e é preciso sensibilizá-lo a apoiar o programa (nome

da instituição) Livre do Cigarro.... No hall de entrada da instituição, um colega da segurança fuma enquanto

orienta a entrada das pessoas pela roleta... No corredor do ambulatório, o Dr Luís fuma enquanto caminha distraídamente,

em direção ao elevador. Sr João, o segurança nota o fato e aí ................ Marina, a recepcionista, é abordada por uma pessoa que pede algumas

informações enquanto fuma ................... No sanitário dos ambulatórios, duas faxineiras conversam e fumam

animadamente. Lúcia, a recepcionista, entra e....

Page 50: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Anexo 6Anexo 6

Page 51: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Conhecendo o perfil do tabagismoConhecendo o perfil do tabagismo dos funcionários da instituiçãodos funcionários da instituição

Page 52: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Divulgação da ocorrência da pesquisa entre funcionários

Comunicado 1

Ofício nº

Data:

Da: Direção/Presidência Para : Todos os funcionários

Prezado Sr. (a)

Dentro do contexto de gestão para qualidade, uma das preocupações do (nome da instituição) é o bem estar de seus funcionários. Buscando traçar um perfil do atual quadro de saúde e estilo de vida do seu corpo funcional, em breve a instituição fará um levantamento sobre estas questões. Com este objetivo, será realizada inicialmente uma pesquisa, para qual serão selecionados, aleatoriamente, alguns funcionários para a aplicação de um questionário por entrevistadores treinados.

Caso o sr.(a) venha a ser selecionado esperamos contar com a sua colaboração, para que juntos possamos buscar soluções visando uma melhor qualidade de vida para o funcionário da instituição.

Informamos também que o conteúdo da entrevista será inteiramente sigiloso, não havendo vinculação das respostas com a identificação do entrevistado.

Atenciosamente

Comunicado 2

Page 53: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Ofício nº /00

Data:

Da: Direção/Presidência (nome da instituição)Para :

Prezado Sr (a)

Informamos que V.Sª. foi um dos funcionários selecionados para participar da pesquisa sobre saúde e estilo de vida entre os funcionários da instituição, e que em breve será procurado por um entrevistador que lhe entregará um questionário. Este entrevistador ficará a disposição para qualquer dúvida sobre as perguntas do questionário.

Voltamos a lembrar que o conteúdo das informações são confidenciais, e que sua contribuição será importante para elaboração de novas estratégias para qualidade de vida e de trabalho dos funcionários da instituição.

Atenciosamente,

Page 54: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Conhecendo o perfil do tabagismo entre funcionários da instituição

A seguir serão apresentados os procedimentos necessários para a seleção da amostra.

1ª etapa

Obter um cadastro junto ao Departamento de Recursos Humanos.

Adotar os seguintes procedimentos:

1. verificar se todos os funcionários da empresa contam do cadastro, verificar inclusive os que se encontram de férias, licença etc.;

2. certificar-se que no cadastro não existem duplicidades e/ou omissões;

3. eliminar as duplicidades, caso as mesmas existam;

Atenção! Um funcionário, mesmo que tenha duas ou mais atividades na instituição, somente poderá figurar uma vez no cadastro.

4. acrescentar ao cadastro as omissões de funcionários, caso as mesmas sejam constatadas.

2ª etapa

Organizar o cadastro obtido junto ao Departamento de Recursos Humanos.

Essa organização será feita da seguinte maneira:1. separar os funcionários pela função ou atividade que exerçam;2. organizar, após a separação dentro da atividade ou função,

segundo o sexo;3. ordenar os funcionários, após a separação por atividade ou função

e sexo, em ordem crescente/decrescente de idade;

Atenção! Use como exemplo o Modelo de Organização do Cadastro, no final desta etapa.

4. numerar, concluído o item 3, os funcionários em ordem crescente/decrescente, com o número de dígitos correspondente ao total de funcionários.

Exemplos:

1. Se uma instituição tem 500 funcionários, o primeiro funcionário no cadastro receberá o número 001, o segundo o número 002, e assim sucessivamente, até atingir o número 500.

Page 55: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

2. Se a instituição tem 1.300 funcionários, o primeiro receberá o número 0001, o segundo 0002, e assim por diante até atingir o número 1.300.

Page 56: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Modelo de Organização de um Cadastro Fictício

1 30-39 M TEC 309842 JULIO CESAR PINTO BALIU MÉDICO2 30-39 M TEC 247219 ANDRE LUIZ DE AZEVEDO ORNELLAS MÉDICO3 30-39 M TEC 243329 MARCUS AUGUSTUS NEVES DE MELLO

MÉDICO4 30-39 M TEC 285323 HELIO DA SILVA BRAGA MÉDICO5 30-39 M TEC 285544 IRAN CELIO DA SILVA VIANNA MÉDICO6 30-39 M TEC 237752 PAULO REZENDE QUINTANILHA MÉDICO7 30-39 M TEC 246522 CIRO GRIPPI BARBOSA LIMA MÉDICO8 30-39 M TEC 291781 SILVIO FERREIRA MARQUES MÉDICO9 30-39 M TEC 291145 ENIO DOS SANTOS CARDOSO MÉDICO10 30-39 M TEC 272787 LUIS ANTONIO GOMES NAJAN MÉDICO11 40-49 M TEC 215902 WILSON CESAR TEIXEIRA RAMOS MÉDICO12 40-49 M TEC 241059 WILSON VIEIRA DE SOUZA MÉDICO13 40-49 M TEC 241075 JOAQUIM DIAS DA COSTA MÉDICO14 40-49 M TEC 264563 JOÃO BOLPETTI NETO MÉDICO15 40-49 M TEC 221058 HELIO DA SILVA PIRES MÉDICO16 40-49 M TEC 208469 CARLOS EDUARDO GAGLIANO MÉDICO17 30-39 F TEC 291633 JAQUELINE MARIA NAVEGA CRUZMÉDICA18 30-39 F TEC 276073 JANILSE DE NAZARE SEDOVIM MÉDICA19 30-39 M TEC 272337 MARCOS JOSE DA SILVA ENFERMEIRO20 30-39 M TEC 243612 MARCELO SALGADO SANTORO ENFERMEIRO21 30-39 M TEC 287369 NELSON LUIZ LEAL FERNANDES ENFERMEIRO22 30-39 M TEC 247332 MARCELO JOSE DA SILVA ENFERMEIRO23 30-39 M TEC 286222 SERGIO DE ARAUJO FERREIRA ENFERMEIRO24 30-39 M TEC 289850 GETULIO MAURO ALVES BARRETO ENFERMEIRO25 30-39 M TEC 285692 MARCOS MARQUES DE SOUZA ENFERMEIRO26 30-39 M TEC 222291 CARLOS ALBERTO ALONSO LOPES JUNIOR

ENFERMEIRO27 30-39 F TEC 247367 RITA DE CASSIA ANTUNES GUIMARÃES

ENFERMEIRA28 30-39 F TEC 291455 ISABEL MARIA DOS SANTOS OLIVEIRAENFERMEIRA29 30-39 M TEC 246409 FABIO CURY GABRIEL AUX. DE ENFERMAGEM30 30-39 M TEC 270466 MARCO OSWALDO DA COSTA FREITASAUX. DE ENFERMAGEM31 30-39 M TEC 241032 LUIZ CARLOS GOMES DO NASCIMENTO AUX. DE ENFERMAGEM32 30-39 M TEC 310590 GIAN PAOLO LA VALLE REALE AUX. DE ENFERMAGEM33 30-39 M TEC 292010 SERGIO HENRIQUE DA SILVA PORTUGAL AUX. DE ENFERMAGEM34 30-39 M TEC 234338 ROBERTO NEIJTS AUX. DE ENFERMAGEM35 30-39 M TEC 242179 NEI TEOBALDO GOMES AUX. DE ENFERMAGEM36 40-49 M TEC 241598 JOSE RENATO FALCAO CISNE AUX. DE ENFERMAGEM37 40-49 M TEC 263613 RICARDO OTO DE SOUZA LIEBERENA AUX. DE ENFERMAGEM38 40-49 M TEC 287342 MARCIO VIEIRA DE SOUZA AUX. DE ENFERMAGEM

Page 57: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

39 30-39 F TEC 247324 ANA LUCIA VICOSO DA CRUZ ALMEIDA AUX. DE ENFERMAGEM40 30-39 F TEC 291641 PATRICIA DE AQUINO MENDES AUX. DE ENFERMAGEM41 30-39 M TEC 247111 JAIR GABRIEL FILHO DENTISTA42 30-39 M TEC 270571 CARLOS HELENO GUILHON DENTISTA43 40-49 M TEC 275492 CESAR CASTELLO BRANCO ORLANDO DENTISTA44 30-39 M ADM 275727 MARIO SERGIO SOARES FRANCISCO ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO A45 30-39 F ADM 221732 ALDINEIA CORDEIRO PATE DOS SANTOS

ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO A46 40-49 F ADM 219207 LANA ALVES RANGEL ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO A47 40-49 F ADM 245470 ANA MARIA LEMOS DE OLIVEIRA ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO A48 30-39 F ADM 244368 ANA LUCIA BARBOSA VIEGAS ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO B49 20-29 F ADM 311723 VALERIA DUARTE DE MAGALHÃES ANALISTA DE COMUNICAÇÃO B50 50-59 F ADM 208132 MARIA GELZA MERIGUETTI PEREIRA ANALISTA DE DOCUMENTAÇÃO A51 30-39 F ADM 276316 RITA DE CASSIA SAO PAILO DE A. ESTEVES

ANALISTA DE DOCUMENTAÇÃO B

3ª etapa

Determinar o tamanho da amostra.

Inicialmente será importante transmitir alguns conceitos.1. Censo - quando todas as pessoas da população sobre a qual se

deseja falar, entram no estudo.2. Amostragem - apenas parte das pessoas da população sobre a

qual se deseja falar entram no estudo. 3. Amostra Aleatória - é quando todos os indivíduos têm uma

probabilidade conhecida e diferente de zero de serem selecionados.4. Amostra Aleatória Simples - é quando as pessoas têm igual

probabilidade de serem selecionadas para a amostra.

Page 58: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

5. Amostra Aleatória Estratificada - é quando se divide a população a ser estudada em subgrupos, atendendo a alguma característica importante, tal como idade ou estado sócio-econômico, e se seleciona uma amostra aleatória de cada subgrupo.

6. Amostra Sistemática - é um procedimento de seleção baseado em alguma regra sistemática simples como, por exemplo, selecionar indivíduos por idade. Para efetuar essa seleção, os indivíduos são colocados em uma determinada ordem, crescente ou decrescente.

Utilizaremos para a determinação de nossa amostra, uma amostra sistemática que neste caso apresenta maior eficiência do que uma seleção aleatória simples. Isto ocorre principalmente pelo fato da população objeto da pesquisa estar subdividida em grupos, tais como faixa etária, sexo, escolaridade etc.

Para saber o tamanho da amostra que será utilizada na empresa, consulte a tabela abaixo.

Tamanho da População(nº de funcionários)

Tamanho da Amostra (nº de funcionários)

até 500 entrevistar todos os funcionários - censo

de 501 a 999 500de 1.000 a 1.999 730de 2.000 a 4.999 750de 5.000 ou mais 800

A interpretação desta tabela é a seguinte:

1. se a empresa possui 570 funcionários, o tamanho da amostra será 500; no caso de 1.300 funcionários será 730 e caso existam 3.300 funcionários, a amostra será 750.

2. as empresas que possuírem 500 funcionários ou menos, todos serão entrevistados.

4ª etapa

Selecionar a amostra.Adotar os seguintes procedimentos:

1. dividir o número de funcionários pelo tamanho da amostra;Exemplo:

Número de funcionários na empresa - 824Tamanho da amostra - 500

824:500 = 1,648

Nota: a.) O valor passa a ser chamado intervalo de seleção.

Page 59: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Nota: b.) Considerar somente duas casas decimais. No exemplo acima, será considerado apenas 1,65 (arredondamento normal).

2. encontrar um número aleatório compreendido entre 1,00 e 1,65.

Para isso, utilize a Tabela de Números Aleatórios, no final desse anexo, adotando os procedimento a seguir:

Use uma régua, como marcador vertical, para demarcar o número de dígitos desejados (colunas). A primeira linha da tabela numerada como 01-04; 05-08 etc, refere-se ao número de dígitos contidos na coluna..

No exemplo proposto serão consideradas três colunas, visto que o tamanho da população é 824, que tem três dígitos. Neste caso o número aleatório encontrado na tabela é 117, que é o primeiro número encontrado menor que 165.

Poder-se-ia, também, ao invés de utilizar as colunas 2, 3 e 4, utilizar as colunas 5, 6 e 7. Neste caso, o primeiro número aleatório encontrado menor que 165, será 160.

Se o intervalo de seleção fosse 3,84, procura-se-ia um número aleatório compreendido entre 1,00 e 3,84. Utilizando as colunas 1, 2 e 3, o primeiro número menor ou igual a 384 será 231; caso utilize as colunas 5, 6 e 7, o primeiro número encontrado será 160. Como o intervalo de seleção é 3,84, será utilizado o número 2,31 para o primeiro caso, e 1,60 para o segundo caso.

Exemplo:O número aleatório encontrado foi 1,17.

3. arredondar para o inteiro mais próximo;Exemplo:

1,17 arredondado para o inteiro mais próximo será 1. 4. o primeiro funcionário selecionado será o de número de

ordem 001;

5. somar o intervalo de seleção ao número aleatório;Exemplo:1,65 + 1,17 = 2,82 6. arredondar o número encontrado no item 5 para o inteiro

mais próximo;Exemplo:2,82 arredondado para o inteiro mais próximo será 3. 7. o segundo funcionário selecionado será o de número de

ordem 003;

8. somar o intervalo de seleção ao valor encontrado no item 5;

Page 60: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Exemplo:1,65 + 2,82 = 4,47 9. arredondar o número encontrado no item 8 para o inteiro

mais próximo;Exemplo:4,47 arredondado para o inteiro mais próximo será 4.

10. o terceiro funcionário selecionado será o de número de ordem 004;

11. somar o intervalo de seleção ao valor encontrado no item 8;

Exemplo:1,65 + 4,4 7 = 6,12

12. arredondar o número encontrado no item 11 para o inteiro mais próximo;

Exemplo:6,12 arredondado para o inteiro mais próximo será 6

13. o quarto funcionário selecionado será o de número de ordem 006;

14. somar o intervalo de seleção ao número encontrado em 11;

Exemplo:1,65 + 6,12 = 7,77

15. arredondar o número encontrado no item 14 para o inteiro mais próximo;Exemplo:

7,77 arredondado para o inteiro mais próximo será 8

16. o quinto funcionário selecionado será o de número de ordem 008;

Continuar o processo até atingir um número que somado ao intervalo de seleção seja maior que 824.

Para facilitar a execução do trabalho de seleção, sugere-se a construção de uma tabela com o seguinte formato:

aleat = 1,17 int=1,65

soma arrendodamento nº de ordem selecionado

1,17 1,17 1 0011.65 + 1,17 2,82 3 0031.65 + 2,82 4,47 4 0041.65 + 4,47 6,12 6 0061.65 + 6,12 7,77 8 008

Page 61: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

1.65 + 7,77 9,42 9 0091.65 + 9,42 11,07 11 0111.65 + 11,07 12,72 13 013

Tabela de números aleatórios

01-0405-0809-12 13-16 17-20 21-24 25-28 29-32 33-36 37-4001 23 15 75 48 59 01 83 72 59 93 76 24 97 08 86 95 23-0367 4402 05 54 55 50 43 10 53 74 35 08 90 61 18 37 44 10 96 2213 4303 14 87 16 03 50 32 40 43 62 23 50 05 10 03 22 11 54 3808 3404 38 97 67 49 51 49 05 17 58 53 78 80 59 01 94 32 42 8716 9505 97 31 26 17 18 99 75 53 08 70 94 25 12 58 41 54 88 2105 1306 11 74 26 93 81 44 33 93 08 72 32 79 73 31 18 22 64 7068 5007 43 36 12 88 59 11 01 64 56 23 94 00 90 04 99 43 64 0740 3608 93 80 62 04 78 38 26 80 44 91 55 75 11 89 32 58 47 5525 7109 49 54 01 31 81 08 42 98 41 87 69 53 82 96 61 77 73 8095 2710 36 76 87 26 33 37 94 82 15 69 41 95 96 86 70 45 27 4838 8011 07 09 25 23 92 24 62 71 26 07 06 55 84 53 44 67 33 8453 2012 43 31 00 10 81 44 86 38 03 07 52 55 51 61 48 89 74 2946 4713 61 57 00 63 60 06 17 36 37 75 63 14 89 51 23 35 01 7469 9314 31 35 28 37 99 10 77 91 89 41 31 57 97 64 48 62 58 4869 1915 57 04 88 65 26 27 79 59 36 82 90 52 95 65 46 35 06 5322 5416 09 24 34 42 00 68 72 10 71 37 30 72 97 57 56 09 29 8276 5017 97 95 53 50 18 40 89 48 83 29 52 23 08 25 21 22 53 2615 8718 93 73 25 95 70 43 78 19 88 85 56 67 16 68 26 95 99 64 45 6919 72 62 11 12 25 00 92 26 82 64 35 66 65 94 34 71 68 75 18 67

Page 62: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

20 61 02 07 44 18 45 37 12 07 94 95 97 73 78 66 99 53 6193 7821 97 83 98 5474 33 05 59 17 18 75 47 35 41 44 22 03 4230 0022 89 16 09 71 92 22 23 29 06 37 35 05 54 54 89 88 43 8163 6123 25 96 68 82 20 62 87 17 92 65 02 82 35 28 62 84 91 9548 8324 81 44 33 17 19 05 04 95 48 06 74 69 00 75 67 65 01 7165 4525 11 32 25 49 31 42 36 23 43 86 08 62 49 76 67 42 24 5232

Data: ___/___/______

Estes campos devem ser preenchidos somente pela equipe da pesquisa

CGC: |__|__| |__|__|__| |__|__|__| / |__|__|__|__| - |__|__|

Número do questionário: |__|__|__|__|__|

Avaliação:(a) |__| pré teste (b) |__| 1º pós teste (c) |__| outros

Este questionário é parte de uma pesquisa sobre comportamentos que podem influenciar a saúde . Sua participação é muito importante para que possamos prevenir as doenças causadas pelos comportamentos nele abordados. Podemos garantir que as suas respostas serão mantidas confidenciais. Desde já agradecemos sua atenção.

A. IDENTIFICAÇÃOA. 1 Idade:|__|__| anos

A. 2 Sexo:(a) |__| masculino (b) |__| feminino

A.3 Qual foi o curso de grau mais elevado que você concluiu?(a) |__| foi alfabetizado (d) |__| completou 2º grau(b) |__| completou 4ª série do 1º grau (e) |__| completou 3º grau(c) |__| completou 8ª série do 1º grau (f)|__| não estudou

A. 4 Qual é a sua profissão?|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__||__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|

Código da profissão |__|__|(favor não preencher este campo)

A. 5 Você exerce alguma função de gerência/coordenação/chefia?(a) |__| sim (b) |__| não

A.6 Em termos de salário mínimo (SM), qual foi sua renda familiar bruta no último mês, (soma dos salários

Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer - INCACoordenação Nacional de Controle do Tabagismo, Prevenção e Vigilância do CâncerConprev

Page 63: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

brutos e/ou das quantias recebidas por todas as pessoas da família ou agregados que moram em sua casa)?(a) |__| até 2 SM; (b) |__| mais de 2 até 4 SM; (c) |__| mais de 4 até 7 SM; (d) |__| mais de 7 até 10 SM;(e) |__| mais de 10 até 20 SM; (f) |__| mais de 20 SM;(g) |__| não sei

Page 64: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

B. DIETA E ATIVIDADE FÍSICAB.1 Com que freqüência você:(a) come a pele da galinha? |__| sempre |__| às vezes |__| raramente/nunca(b) come a gordura da carne? |__| sempre |__| às vezes |__| raramente/nunca(c) coloca sal nos alimentos? |__| sempre |__| às vezes |__| raramente/nunca

B.2 Qual das duas afirmações você concorda MAIS:(a) |__| O que as pessoas comem ou bebem não tem nada a ver com as doenças que elas possam vir a ter.(b) |__| Comendo os alimentos certos, as pessoas podem diminuir a chance de virem a ter certas doenças.

B.3 Dos alimentos abaixo, assinale aqueles que contém fibras?(a) |__| macarrão;(b) |__| feijão;(c) |__| não sei, porque eu nunca ouvi falar que há

alimentos que contém fibras;

(d) |__| couve;(e) |__| carne;(f) |__| eu já ouvi falar que alguns alimentos contém

fibras, mas não sei quais são esses alimentos.

B.4 Dos alimentos abaixo, assinale aqueles que, quando consumidos em grande quantidade, podem aumentar a chance de uma pessoa vir a ter câncer.(a) |__| leite desnatado (d) |__| salame(b) |__| churrasco feito na brasa (e) |__| carne de sol/charque(c) |__| feijão

B.5 Quantas porções de frutas, legumes ou verduras, no mínimo, uma pessoa deve comer por dia, para ter boa saúde?(a) |__| 1 ou 2 porções (b) |__| 3 ou 4 porções (c) |__| 5 porções

B.6 Qual dos alimentos contém mais gordura:B.6.1 Frango ou carne de boi?

(a) |__| frango(b) |__| carne de boi

B.6.2 Leite integral ou suco de frutas?(a) |__| leite integral(b) |__| suco de frutas

B.7 Quanto você pesa aproximadamente?|__|__|__| kg e |__|__|__| gr |__| não sei

B.8 Qual é, aproximadamente, a sua altura?|__| m e |__|__| cm |__| não sei

B.9 Você pratica algum esporte ou faz atividade física regular?(a) |__| sim (b) |__| não (vá para pergunta B.12)

B.10 Quais são o primeiro e o segundo esportes ou tipo de atividade física (dança, ginástica, caminhada, etc.) que você pratica com maior freqüência?Esporte/atividade física que faz: |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|(mais freqüente) |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|

esporte/atividade física que faz: |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|(segundo mais freqüente) |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|

B.11 Em cada dia da semana, quanto tempo você ocupa com exercícios físicos, incluindo todos os que você faz (esporte, caminhada até a escola, ginástica, educação física, natação, dança, etc. Nos dias em que você não faz nenhum tipo de atividade física, marque 00)(a) domingo: |__|__| horas |__|__| minutos(b) segunda: |__|__| horas |__|__| minutos(c) terça: |__|__| horas |__|__| minutos

Page 65: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

(d) quarta: |__|__| horas |__|__| minutos(e) quinta: |__|__| horas |__|__| minutos(f) sexta: |__|__| horas |__|__| minutos(g) sábado: |__|__| horas |__|__| minutos

B.12 Marque V ao lado das afirmativas verdadeiras e F ao lado das afirmativas falsas:(a) |__| comer muita carne de boi, no lugar de galinha e peixe, pode ajudar a diminuir o peso das pessoas.(b) |__| caminhar mais, mesmo que seja indo para o trabalho, ajuda as pessoas a diminuírem de peso.(c) |__| há pouca coisa a fazer para não ser gordo porque obesidade é um problema que nasce com a pessoa

B.13 Das modalidades de atividade física apresentadas abaixo, qual é a melhor opção para ajudar a prevenir doenças do coração e câncer?(a) |__| caminhar durante 30 minutos, todos os dias.(b) |__| nadar ou andar de bicicleta durante 1 hora e meia, 3 vezes por semana.(c) |__| fazer musculação durante 2 horas 3 vezes por semana.

C. EXPOSIÇÃO SOLARC.1 Atualmente, você faz alguma atividade de trabalho ou diversão (como ir a piscina, praia, praticar esporte) em que fique exposto ao sol no período de 10:30 às 16:00?(a) |__| sim, |__| faço atividades de trabalho |__| faço atividades de lazer |__| faço atividades de trabalho e de lazer(b) |__| não (vá para pergunta D.1)

C.2 Quando se expõe ao sol por trabalho ou diversão, com que freqüência você utiliza os protetores solares listados abaixo?(a) chapéu/boné |__| sempre |__| freqüentemente |__| às vezes |__| raramente/nunca(b) camiseta |__| sempre |__| freqüentemente |__| às vezes |__| raramente/nunca(c) filtro solar |__| sempre |__| freqüentemente |__| às vezes |__| raramente/nunca(d) óculos escuros |__| sempre |__| freqüentemente |__| às vezes |__| raramente/nunca

D. TABAGISMOAs perguntas da seção D são sobre o comportamento de fumar. Todos devem responder a pergunta D.1 e seguir as orientações que se encontram ao lado das respostas para o preenchimento correto do questionário.D.1 Você alguma vez na vida fumou ou experimentou cigarros?(a) |__| sim (b) |__| não (ir para pergunta D.15. Não fumantes)

D.2 Somando todos os cigarros que você fumou na vida inteira, chega a somar 5 maços (100 cigarros)?(a) |__| sim (b) |__| não

D.3 Ao todo na vida você já chegou a fumar 50 charutos ou 50 cigarrilhas ou fumar cachimbo 50 vezes (por exemplo, uma pessoa que tivesse fumado 1 charuto/cachimbo por dia durante 2 meses ou 1 charuto/cachimbo por semana por 1 ano, ou 2 charutos/cachimbos por semana durante 6 meses deveria responder “sim”)?(a) |__| sim (b) |__| nãoD.4 Atualmente, você fuma regularmente (pelo menos 1 cigarro por semana)?(a) |__| sim |__| fumo todos os dias |__| mas não fumo todos os dias |__| não, atualmente não fumo nunca (vá para a pergunta D.13. Não fumantes atuais)

Page 66: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Fumantes AtuaisD.5 Na tabela abaixo, em cada linha, anote o número de unidades que você fuma por dia (se você for fumante diário do produto em questão) ou por semana (se você for fumante ocasional deste produto).

Tipo de produtoSe você fuma este produto

todo diaSe você fuma este produto algumas vezes por semana

Se você não fuma este produto

(a) Cigarros |__|__|Unidades por dia

|__|__|Unidades por semana

|__|Não fuma este produto

(b) Cigarrilhas |__|__|Unidades por dia

|__|__|Unidades por semana

|__|Não fuma este produto

(c) Charutos |__|__|Unidades por dia

|__|__|Unidades por semana

|__|Não fuma este produto

(d) Cachimbo |__|__|Unidades por dia

|__|__|Unidades por semana

|__|Não fuma este produto

D.6 Que tipos de cigarros você fuma, com maior freqüência?(a) |__| cigarros industrializados;(b) |__| cigarros de palha;(c) |__| cigarros de bali (cravo;)(d) |__| não fumo cigarros, só outros tipos de tabaco;

D.7 Há quanto tempo você fuma (cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbo)?|__|__| |__|__|meses anos

D.8 Comparando ao ano passado, quanto você fuma agora:(a) |__| fumo mais;(b) |__| fumo, em média, a mesma quantidade;(c) |__| fumo menos.

D.9 Quantas vezes na vida você tentou parar de fumar?(a) |__| uma vez(b) |__| duas vezes(c) |__| três vezes(d) |__| quatro vezes(e) |__| cinco vezes ou mais(f) |__| nenhuma (vá para a pergunta D.11)

D.10 Nos últimos 12 meses você parou de fumar por 1 dia ou mais porque estava tentando parar de fumar definitivamente?(a) |__| sim (b) |__| não

D.11 Quando você pretende parar de fumar?(a) |__| nos próximos 30 dias(b) |__| depois de 30 dias até 6 meses(c) |__| após 6 meses(d) |__| não sei(e) |__| não pretendo parar de fumar

D.12 Quando alguém diz que se sente incomodado pela fumaça do seu cigarro, você:(a) |__| apaga o cigarro;(b) |__| se afasta da pessoa, mas continua fumando;(c) |__| ignora, finge que não ouviu, não se afasta mas não reage com palavras ou gestos;(d) |__| reage verbalmente ou com gestos;(e) |__| outras, especificar: ________________________________________________________________

Page 67: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Ex -fumantesD.13 Quando você fumou seu último cigarro?(a) |__| há até 2 meses atrás(b) |__| há mais de 2 meses até 12 meses (1 ano)(c) |__| há mais de 12 meses (1 ano) até 24 meses (2 anos)(d) |__| há mais de 24 meses (2 anos) até 36 meses (3 anos)(e) |__| há mais de 3 anos(f) |__| não sei

D.14 Durante quanto tempo você fumou?|__|__| |__|__|meses anos

Não FumantesD.15 Qual seria sua atitude diante de alguém que está fumando, caso você estivesse em um local público fechado (cinema, teatro, bar, ônibus)?(a) |__| não se incomodaria(b) |__| se incomodaria mas não reagiria(c) |__| daria sinais de estar incomodado(d) |__| pediria que o fumante apagasse o cigarro(e) |__| pediria a alguma autoridade local que tomasse uma atitude para que a pessoa apagasse o cigarro(f) |__| não sabe(g) |__| outras, especificar: ________________________________________________________________

Todos os EntrevistadosD.16 Marque V ao lado das afirmativas verdadeiras e F ao lado das afirmativas falsas.(a) |__| a mulher grávida que fuma, para não prejudicar a saúde do seu bebê deve fumar, no máximo, 3 cigarros ao dia;(b) |__| pessoas que fumam mais de 20 cigarros ao dia e pessoas que fumam até 5 cigarros ao dia têm a mesma chance

de adoecerem de câncer;(c) |__| pessoas que fumam cigarros com baixos teores de alcatrão (os chamados cigarros ligth, suaves, leves) têm menos

doenças causadas pelo cigarro do que aquelas que fumam cigarros com altos teores de alcatrão;(d) |__| pessoas que nunca fumaram e que passam anos respirando a fumaça de cigarros de outras pessoas, podem

morrer de várias doenças, inclusive do coração;(e) |__| fumar charuto e cachimbo pode causar câncer;(f) |__| é difícil deixar de fumar porque a nicotina, presente no cigarro, causa dependência.

D.17 O que você prefere em áreas onde as pessoas trabalham juntas:(a) |__| fumar deve ser permitido;(b) |__| deve haver áreas delimitadas onde fumar é permitido (fumódromos);(c) |__| deve-se instituir áreas para fumantes separadas de áreas para não fumantes trabalharem;(d) |__| fumar não deve ser permitido em nenhum local.

D.18 O serviço de saúde do seu local de trabalho deve ajudar aos que desejam parar de fumar?(a) |__| sim (b) |__| não (c) |__| não sei

Page 68: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

E. CONSUMO DE BEBIDASA seção E contém perguntas sobre o consumo de bebidas alcoólicas. A finalidade deste grupo de

perguntas é saber quantas são as pessoas deste local de trabalho que consomem bebidas alcoólicas em quantidades que podem aumentar as chances das pessoas terem certos tipos de doença. Não se esqueça de

que, como já referido no início do questionário, todas as suas respostas serão mantidas em sigilo.E.1 Você já consumiu alguma bebida alcoólica (cerveja, chopp, sidra, vinho, batida, cachaça, vodka, uísque, aperitivos, etc.)?(a) |__| sim (b) |__| não (vá para a pergunta E.10)

E.2 Atualmente você consome bebidas alcoólicas?(a) |__| sim (b) |__| não (vá para a pergunta E.8)

E.3 Nas duas últimas semanas você tomou alguma bebida alcoólica (começando numa segunda e terminando no domingo)?(a) |__| sim (b) |__| não (vá para a pergunta E.8)

E.4 Quantos dias durante as duas últimas semanas (começando numa segunda e terminando no domingo) você tomou:(a) |__|__| cerveja ou chope(b) |__|__| vinho(c) |__|__| pinga/cachaça/caipirinha/uísque/vodka(d) |__|__| sidra/champanhe

(e) |__|__| outros, especificar: _________________(f) |__|__| outros, especificar: _________________(g) |__|__| outros, especificar: _________________

E.5 Nessas duas últimas semanas, nos dias em que você consumiu bebidas alcoólicas, quantos copos, em média, por dia, você bebeu de:(a) |__|__| cerveja ou chope |__|__| copos por dia(b) |__|__| vinho |__|__| copos por dia(c) |__|__| pinga/cachaça/caipirinha/uísque/vodka |__|__| copos por dia(d) |__|__| sidra/champanhe |__|__| copos por dia(e) |__|__| outros, especificar: __________________________________ |__|__| copos por dia(f) |__|__| outros, especificar: __________________________________ |__|__| copos por dia(g) |__|__| outros, especificar: __________________________________ |__|__| copos por dia

E.6 Durante as duas últimas semanas, quantos dias ao todo você tomou bebidas alcoólicas de qualquer tipo (cerveja, vinho, uísque, vodka, licor, etc)?|__|__| dias

E.7 A quantidade de bebidas alcoólicas que você tomou nessas duas últimas semanas é, em média, igual, maior ou menor do que a quantidade que você tem bebido durante os últimos 12 meses?(a) |__| igual (b) |__| maior (c) |__| menor

Vá para a pergunta E.9

A pergunta E.8 deve ser respondida somente por aqueles que não consumiram bebidas alcoólicas nas duas últimas semanas.

E.8 Quando você bebeu seu último “drink” de qualquer tipo de bebida alcoólica?(a) |__| até 2 meses atrás(b) |__| mais de 2 meses até 12 meses(c) |__| mais de 12 meses até 24 meses(d) |__| mais de 24 meses até 36 meses(e) |__| mais de 36 meses

E.9 Não contando as vezes que você apenas provou, que idade você tinha quando começou a tomar bebidas alcoólicas?|__|__| anos

Page 69: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

E.10 Das doenças listadas, assinale aquelas que podem ser causadas pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas:(a) |__| doença do coração (d) |__| cirrose(b) |__| bronquite (e) |__| alergia(c) |__| câncer (f) |__| nenhuma das anteriores

Pessoas do sexo feminino devem seguir para a seção F. Para pessoas do sexo masculino, o questionário está encerrado, muito obrigado por sua contribuição

F. INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE DA MULHERF.1 Você toma ou já tomou pílulas anticoncepcionais por 1 ano ou mais?(a) |__| sim (b) |__| não (vá para a pergunta F.3)

F.2 Por quantos anos você tomou pílulas anticoncepcionais?|__|__| anos

F.3 Você usa ou usou hormônios a base de estrogênio (adesivos que o ginecologista prescreve quando se entra na

menopausa, algum tratamento com pílulas que contém estrogênio)?(a) |__| sim;(b) |__| não (o questionário está encerrado;)(c) |__| não sei (o questionário está encerrado).

F.4 Por quantos anos/há quantos anos você usou/usa esses hormônios a base de estrogênio?|__|__| anos

O questionário está encerrado. Tenha certeza de que você contribuiu muito para que a saúde pública brasileira possa, não somente cuidar das pessoas que ficam doentes, mas, também, ajudá-las a

aproveitar suas vidas com mais saúde, e, portanto, mais alegria.Muito obrigado.

Page 70: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Anexo 7 Anexo 7

Pesquisa qualitativa entre funcionários Pesquisa qualitativa entre funcionários

Roteiros para entrevista de avaliação qualitativa do programa:

Page 71: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Consta de:

Um roteiro para apresentação do entrevistador.

Três roteiros de entrevista conforme o status de fumar do entrevistado :

- fumante - pesquisa qualitativa F

- não fumante - pesquisa qualitativa NF

- ex-fumante - pesquisa qualitativa EF

Page 72: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Anexo 8Anexo 8

Notificação de funcionários infratoresNotificação de funcionários infratores

Sugestão de texto para notificação de funcionários fumantes infratores:

Page 73: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Ofício nº

Data:

Da: Direção/Presidência ...Para :

Prezado ---------------

É uma honra para a (nome da instituição) contar com sua colaboração para o desenvolvimento de nossas atividades. No entanto, fomos informados que o Sr(a) foi abordado por um dos nossos funcionários por estar fumando em áreas não permitidas, se recusando a seguir a orientação dada.

Reconhecemos que o tabagismo é uma questão bastante complexa e que nosso trabalho, na maioria das vezes bastante estressante, nos faz recorrer a formas pouco saudáveis para aliviá-lo. Embora o fumar seja uma questão de opção, não podemos esquecer dos prejuízos que acarreta a todos os colegas, aqueles que respiram passivamente a sua fumaça. Considerando que a fumaça logo se difunde de um ambiente para outro através de sistema de ar central, reservamos áreas especiais para fumar, os fumódromos, localizados em ambientes arejados de forma a não permitir que a fumaça circule atingindo outras áreas.

Solicitamos especial atenção do colega para esse exercício de convivência, principalmente por estarmos em um ambiente que deve ter como princípio a promoção da saúde.

Certos de podermos contar com sua colaboração, antecipadamente agradecemos.

Atenciosamente,

________________________________ diretor/presidente

Page 74: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Anexo 9Anexo 9

Roteiro para monitoramento do programaRoteiro para monitoramento do programa na instituiçãona instituição

Roteiro para monitoramento do programa em Ambientes de Trabalho

Instituição......................................... MÊS ........./03

1. Problemas com as placas de sinalização? Especificar: ...................................................................................................................

....................

Page 75: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

.....................................................................................................................................

2. Dificuldades relacionadas à restrição ao uso de derivados do tabaco na instituição?

pessoas fumando fora dos fumódromos - visitantes...........................................................................................

.........................................

funcionários: procurar identificar a que categoria profissional pertence

....................................................................................................................................

....................................................................................................................................

3. Os vigilantes têm tido dificuldade na abordagem de fumantes?

sim não

especificar que tipo de dificuldade e com que tipo de indivíduo ( funcionário, visitante)

..........................................................................................................................

..........................................................................................................................

4. Tem sido encontradas guimbas fora dos fumódromos?

sim não

Quantas em média ? .........................(proceder contagem de guimbas pelo menos uma vez por mês)

Em que locais?......................

5. Outros problemas administrativos...................................................................................................................

....................................................................................................................................

.................

7. Quantos treinamentos foram realizados no mês?.........

8. Quantas pessoas foram treinadas ( separar pos categoria profissional)?..............

9. Quantos fumantes se inscreveram ( no setor responsável por essa atividade) para deixar de fumar?

10. Especificar o treinamento dado e o grupo de profissionais atingidos

Page 76: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Treinamento" Falando sobre tabagismo" Profissionais atingidos( quantificar por categoria profissional)

...............................................................................1. Sugestões:

Anexo 10Anexo 10

Page 77: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Cronograma do Plano de AçãoCronograma do Plano de Ação

Page 78: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

FUMANTE AMBULATÓRIO DAINSTITUIÇÃO

Não quer deixar de fumar

Quer deixar de fumar sem co-morbidade

Quer deixar de fumar tem co-morbidade

Nova abordagem no próximo

contato

Abordagem mínima durante a consulta -

PAPA

Abordagem intensiva UNIDADE REFERÊNCIA

Parou de fumar Não parou

Acompanhamento Recaiu

Nova tentativaPAPA

Page 79: Anexo 16 Tabagismo Manual Comisso Executiva Programa Pr

Créditos:Este manual foi adaptado à partir da experiência de implantação do projeto piloto “INCA LIVRE DO CIGARRO” implantado no Hospital do Câncer I em 1998 pela equipe técnica do DPV/INCA

Ministério da Saúde - Instituto Nacional do Câncer – INCAMinistério da Saúde / MSInstituto Nacional de Câncer - INCADiretoria de Prevenção e Vigilância – DPVDivisão de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer

Direção do Instituto Nacional de Câncer/INCA: Luiz Antônio Santini

Diretoria de Prevenção e Vigilância/DPV:Gulnar Mendonça

Divisão de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer:Tânia Maria Cavalcante – Chefia

Responsável pela elaboração de texto e adaptação do manual:Divisão de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco:Tânia Maria CavalcanteVera Lúcia Colombo

Colaboração da Divisão de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer: Apoio técnico: Aline Mesquita, Andréa Reis, Cleide Carvalho, Cristiane Vianna, Cristina Perez, Érica Cavalcanti, Felipe Mendes, Júlio Wong, Luísa da C. e Silva Goldfarb, Marcus Oliveira, Mariana Pinho, Maria Raquel Silva, Ricardo Henrique Meirelles, Sueli Couto, Valéria Oliveira e estagiários Raquel Silva e Thiago Devilart. Apoio administrativo: Rita de Cassia Martins, Luana Sales e estagiária Tamiris Lima de Morais

Edição e distribuição:Instituto Nacional de Câncer – INCADiretoria de Prevenção e Vigilância – DPVDivisão de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de RiscoRua dos Inválidos, 212 / 2º andar – CentroRio de Janeiro – RJ - Cep: 20231-020Tel : (21) 3970- 7414Fax : (21) 3970-7500e-mail: [email protected] – Diretoriae-mail: [email protected] - Divisão de Controle do Tabagismo e outros Fatores de Risco de Câncer