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ANEXO Elementos de referência para a elaboração dos projetos de especialidades (a articular com a legislação vigente) ESTRUTURAS 1. Generalidades A conceção estrutural deverá basear-se num princípio de simplicidade estrutural, caracterizada pela existência de trajetórias claras e diretas para a transmissão das forças, que permitam uma modelação, uma análise, um dimensionamento e uma construção de comportamento mais previsível e controlável. A estrutura poderá assim desempenhar a sua função durante um período de vida útil, com graus de segurança adequados, mantendo a racionalização económica do empreendimento e a compatibilização com o projeto de arquitetura. Nos edifícios, os pavimentos têm uma influência muito importante no comportamento sísmico geral da estrutura. Na realidade, atuam como diafragmas horizontais que não só recebem e transmitem as forças de inércia aos sistemas estruturais verticais, mas também garantem que esses sistemas atuam solidariamente para a resistência à ação horizontal. É, portanto, muito importante que os pavimentos sejam dotados da rigidez e da resistência no plano adequadas e de ligações eficazes aos sistemas estruturais verticais. 2. Enquadramento regulamentar Os estudos efetuados tiveram por base os Eurocódigos Estruturais Europeus na definição de ações e dimensionamento, modificados quando necessário pelos Documentos de Aplicação Nacional portugueses. Elencam-se as normas relevantes a utilizar: EN 1990 Eurocódigo – Bases para o projeto de estruturas; EN 1991 Eurocódigo 1 – Ações em estruturas; EN 1991-1-1 – Pesos volúmicos, pesos próprios, sobrecargas em edifícios; EN 1991-1-4 – Ações do vento; EN 1991-1-5 – Ações térmicas; EN 1992 Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão; EN 1992-1-1 – Regras gerais e regras para edifícios; EN 1997-1 – Projeto geotécnico; EN 1998-1 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos, regras gerais, ações sísmicas e regras para edifícios. A definição de ações terá sempre em consideração o DecretoLei n.º 235/83 “Regulamento de Segurança e Ações para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA)”.

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ANEXO

Elementos de referência para a elaboração dos proje tos de

especialidades (a articular com a legislação vigent e)

ESTRUTURAS

1. Generalidades

A conceção estrutural deverá basear-se num princípio de simplicidade estrutural, caracterizada

pela existência de trajetórias claras e diretas para a transmissão das forças, que permitam uma

modelação, uma análise, um dimensionamento e uma construção de comportamento mais

previsível e controlável. A estrutura poderá assim desempenhar a sua função durante um período

de vida útil, com graus de segurança adequados, mantendo a racionalização económica do

empreendimento e a compatibilização com o projeto de arquitetura.

Nos edifícios, os pavimentos têm uma influência muito importante no comportamento sísmico

geral da estrutura. Na realidade, atuam como diafragmas horizontais que não só recebem e

transmitem as forças de inércia aos sistemas estruturais verticais, mas também garantem que

esses sistemas atuam solidariamente para a resistência à ação horizontal. É, portanto, muito

importante que os pavimentos sejam dotados da rigidez e da resistência no plano adequadas e de

ligações eficazes aos sistemas estruturais verticais.

2. Enquadramento regulamentar

Os estudos efetuados tiveram por base os Eurocódigos Estruturais Europeus na definição de

ações e dimensionamento, modificados quando necessário pelos Documentos de Aplicação

Nacional portugueses.

Elencam-se as normas relevantes a utilizar:

• EN 1990 Eurocódigo – Bases para o projeto de estruturas;

• EN 1991 Eurocódigo 1 – Ações em estruturas;

• EN 1991-1-1 – Pesos volúmicos, pesos próprios, sobrecargas em edifícios;

• EN 1991-1-4 – Ações do vento;

• EN 1991-1-5 – Ações térmicas;

• EN 1992 Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão;

• EN 1992-1-1 – Regras gerais e regras para edifícios;

• EN 1997-1 – Projeto geotécnico;

• EN 1998-1 – Projeto de estruturas para resistência aos sismos, regras gerais, ações

sísmicas e regras para edifícios.

A definição de ações terá sempre em consideração o Decreto‐Lei n.º 235/83 “Regulamento de

Segurança e Ações para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA)”.

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O projeto de elementos de betão‐armado estará também de acordo com o Decreto‐Lei n.º

349‐C/83 – “Regulamento de Estruturas de Betão‐Armado e Pré‐Esforçado – REBAP”.

3. Vida útil e fiabilidade Considerando a utilização prevista para o edifício, as consequências em termos de perda de vidas

humanas, consequências económicas, sociais ou ambientais, será atribuída a Classe de

Consequência a que corresponderá uma Classe de Fiabilidade tal como a EN 1990 define, bem

como a Categoria de Vida Útil. Definir-se-á assim o coeficiente de multiplicação das ações kFI.

4. Classe de exposição das superfícies de betão As classes de exposição das superfícies de betão serão definidas em função dos seguintes

princípios:

• Os elementos em contacto com o solo, como é o caso das fundações, muros cave,

pilares, paredes e elementos enterrados estarão sempre sujeitos a um ambiente húmido;

• O betão no interior do edifício, ou seja, com uma humidade do ar ambiente baixa, serão

considerados num ambiente seco.

TABELA 1 - CLASSES DE EXPOSIÇÃO DAS SUPERFÍCIES DE BETÃO [EN 1992-1-1, QUADRO 4.1]

5. Coeficientes parciais de segurança relativos aos materiais Deverá ser aplicada a filosofia de dimensionamento descrita na EN 1990 fazendo uso da

metodologia dos Coeficientes Parciais de Segurança que reduzem as resistências

características dos materiais e majoram os efeitos das Ações atuantes, por forma a assegurar

os níveis de fiabilidade e segurança pretendidos.

Elementos em contacto com o solo

Corrosão por carbonatação XC3 - humidade moderada

Corrosão por cloretos NA - Não aplicável

Ataque gelo/degelo NA - Não aplicável

Elementos interiores

Corrosão por carbonatação XC1 - seco ou

permanentemente húmido

Corrosão por cloretos NA - Não aplicável

Ataque gelo/degelo NA - Não aplicável

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TABELA 2 – COEFICIENTES PARCIAIS DE SEGURANÇA RELATIVOS AOS MATERIAIS

Estados Limites Últimos (ELU) Estados Limites de Serviço

(ELS)

Betão Armadura

Passiva Betão

Armadura

Passiva

•c •c •c •c

1.5 1.15 1.0 1.0

EN 1992-1-1, 2.4.2.4 EN 1992-1-1, 2.4.2.4

6. Sobrecarga de exploração As sobrecargas de exploração corresponderão ao estipulado na norma NP EN1991, para os

pisos, acessos e escadas com a mesma categoria de exploração.

7. Ações térmicas ambientais Deverá ser considerada a ação da temperatura num dado elemento estrutural, de acordo com a

norma EN1991-1-5. 4.1 (1).

8. Ação sísmica A definição da ação sísmica será efetuada de acordo com a NP EN 1998-1 com as devidas

adaptações à realidade sísmica Portuguesa preconizadas no anexo Nacional.

9. Verificações de seguranças A verificação de segurança dos diferentes elementos estruturais será feita à luz da

regulamentação anteriormente descrita, recorrendo-se a programas de cálculo automático para

o cálculo das combinações mais desfavoráveis quer em termos de resistência (Estados Limites

Últimos de Resistência), quer em termos de deformação (Estados Limites de Utilização).

Deverá garantir-se que o comportamento estrutural global não é influenciado pelos efeitos de

segunda ordem, sendo a análise efetuada nos termos da norma EN 1992-1-1.

Além da garantia do cumprimento dos diversos critérios relativos aos estados limites

estipulados nos capítulos 6 e 7 da EN 1992-1-1, serão seguidas as disposições construtivas

presentes nos capítulos 8 e 9 da EN 1992-1-1.

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INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE AVAC

1. Enquadramento

Os sistemas a prever para equipar as referidas instalações devem ser concebidos de modo a

assegurar a obtenção das condições ambientais adequadas à imagem global do

empreendimento, à vocação dos diferentes espaços bem como garantir um elevado nível de

conforto térmico e acústico nos espaços ocupados.

As instalações de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado serão projetadas de modo a

criar as condições de conforto ambiente, a tratar o ar novo de renovação, a tratar de forma

independente zonas diferentes, a satisfazer as exigências fisiológicas em termos de Ventilação,

a controlar a velocidade do ar e a aplicar sistemas que permitam a recuperação de energia e o

arrefecimento gratuito dos locais, quando a entalpia do ar exterior assim o permitir.

Nos edifícios com requisitos de conforto mais elevados, nomeadamente no auditório e na

biblioteca, os sistemas deverão ser dimensionados de forma a garantir níveis de conforto

térmico e acústico acrescidos. No caso específico do auditório deverá ser considerado um

sistema de insuflação de ar do tipo “displacement” pelo pavimento.

Os sistemas a propor deverão ser centralizados, respeitando, no entanto, as especificidades de

funcionamento dos diferentes locais dos Edifícios.

Os equipamentos dos sistemas centralizados de produção de frio deverão funcionar com

refrigerantes de “baixo “potencial de diminuição da camada de ozono”.

As instalações deverão ser projetadas e incluir sistemas que minimizem os consumos de

energia, os custos e tempos de manutenção e minimizem o “tempo” entre avarias.

As instalações de AVAC deverão incluir um sistema d e Gestão Técnica Centralizada.

2. Instalações a Prever e Regulamentação

As instalações a prever para o Complexo Cultural são as seguintes:

• Ar Condicionado

• Aquecimento

• Ventilação

• Produção de Águas Quentes Sanitárias com Apoio Solar

• Controle de Fumos

• Redes de Gás

As condições de conforto ambiente e as bases de dimensionamento das instalações, estarão

de acordo com a seguinte regulamentação:

• Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços –

RECS

• Dados Climáticos do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica/Laboratório

Nacional de Engenharia Civil

• Regulamento Geral sobre o Ruído

• Regulamentação de Segurança Contra Incêndios

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• Regulamentação de Distribuição de Gás

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INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS ELÉCTRICOS

1. Enquadramento legislativo

O projeto das instalações e equipamentos elétricos deverá ser executado de acordo com a atual

legislação, nomeadamente:

• Regulamento de Segurança de Subestações, Postos de Transformação e de

Seccionamento;

• Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão;

• Dec. Lei nº 740/74 – Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia

Elétrica;

• Dec.Reg. nº 34/95 de 16/12 – Regulamentação das Condições Técnicas e de Segurança

dos Recintos de Espetáculos e Divertimentos Públicos;

• Dec. Lei nº 123/97 de 22/05 – Normas Técnicas Destinadas a Permitir a Acessibilidade

das Pessoas com Mobilidade Condicionada em Edifícios Públicos, Equipamentos

Coletivos e Via Pública;

• Normas Técnicas da Direção Geral de Energia e do Distribuidor de Energia;

• Normas Europeias, em caso de inexistência ou manifesta insuficiências de legislação ou

regulamentação nacional.

2. Descrição das instalações a projetar

As instalações elétricas a projetar englobarão:

• Alimentação e distribuição de energia;

• Iluminação normal e de emergência;

• Instalação de tomadas de usos gerais;

• Alimentação de equipamentos;

• Caminhos de cabos, calhas de pavimento e calhas do tipo rodapé;

• Rede de terras;

• Proteção contra descargas atmosféricas.

2.1 Alimentação e distribuição de energia

Deverão ser contemplados os seguintes sistemas de alimentação e distribuição de energia:

• Alimentação normal a partir da rede de M.T. do distribuidor público;

• Alimentação de segurança a partir de um grupo gerador destinado a alimentar todos os

circuitos dos sistemas de segurança em caso de incêndio;

• Alimentação estabilizada a partir de uma UPS destinada a alimentar todos os

equipamentos informáticos.

2.2. Alimentação normal de energia

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A alimentação normal de energia deverá ser realizada a partir da rede de M.T. do distribuidor

público local.

Nesse sentido aquela entidade deverá ser contactada de modo a serem definidas as condições

de alimentação, nomeadamente:

• Acessibilidade ao local;

• Tensão de alimentação;

• Potência de curto-circuito da rede.

• Deverá ser considerada a instalação de um Posto de Seccionamento completamente

independente, com acesso direto da rua de acordo com as especificações a fornecer

pelo distribuidor público.

• Associado ao Posto de Seccionamento e fisicamente anexo deverá ser instalado um

Posto de Transformação de potência adequada para alimentação a todo o edifício.

• O equipamento a montar no Posto de Transformação deverá obedecer à

regulamentação, devendo ser do tipo monobloco, com tecnologia de corte em SF6 ou

no vácuo, e poder de corte adequado.

• O transformador deverá ser do tipo seco, de perdas extras reduzidas.

• Todo o equipamento será montado em celas metálicas.

• Deverá ser prevista ventilação natural do Posto de Transformação, devidamente

dimensionada para a potência térmica dissipada pelo equipamento.

2.3. Alimentação de segurança

Como fonte de abastecimento de energia de segurança para assegurar o funcionamento de

todos os elementos associados aos sistemas de segurança em caso de incêndio, por exemplo,

sistemas de desenfumagem, deverá ser considerado a instalação de um grupo gerador de

potência adequada.

O grupo gerador deverá ser montado em sala própria, devidamente isolado sob o ponto de

vista acústico, de modo a não perturbar as salas na sua periferia, e dotado de autonomia capaz

de garantir a alimentação de energia durante 2 horas.

A partir do grupo gerador deverão ser alimentadas, pelo menos, as seguintes instalações:

• Sistemas de rede de incêndios;

• Sistemas de segurança contra incêndio;

• Desenfumagem e pressurização dos caminhos de evacuação e salas

Deverá ser especialmente estudada a ventilação da sala do grupo gerador de modo a garantir o

funcionamento do mesmo nas condições mais adversas, e assegurando os caudais necessários

quer para a ventilação quer para a combustão do motor.

O tempo de arranque do grupo assegurando a toma de carga deverá ser inferior a 15 segundos.

2.4. Alimentação estabilizada

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Deverá ser considerada a alimentação estabilizada a todos os equipamentos informáticos ou cujo

funcionamento não permita a existência de falha de abastecimento de energia elétrica em caso de

falha da rede.

2.5. Distribuição de energia

A partir do Quadro Geral de Baixa Tensão, instalado em sala dedicada, será efetuada a

alimentação e distribuição de energia aos equipamentos que suportam a instalação elétrica do

Edifício.

Deverá ser assegurado o princípio da existência de quadro geral de piso para cada zona

administrativamente diferente.

A partir da Sala de Segurança deverá ser possível realizar o corte geral de energia ao edifício de

uma maneira seletiva e de acordo com as prioridades de funcionamento de cada instalação.

Todos os quadros elétricos deverão ser do tipo normalizado.

A aparelhagem a instalar nos quadros elétricos deverá ser dimensionada de acordo com a

canalização que protege atendendo às intensidades máximas admissíveis e deverá possuir poder

de corte adequado à intensidade de curto-circuito admissível no local.

2.6. Iluminação normal e de emergência

A iluminação normal de cada local deverá ser especialmente estudada de acordo com o nível

luminoso pretendido, com o tipo de função a realizar no mesmo, cor de luz adequada e

encandeamento reduzido.

O comando da iluminação das zonas de público e circulações deverá ser centralizado baseado em

sistema Dali e nas salas de espetáculo e polivalentes deverá permitira a interligação aos sistemas

de controlo da iluminação cénica.

Nos restantes circuitos, o comando deverá ser realizado localmente por meio de interruptores,

comutadores de lustre e/ou detetores de movimento e luminosidade, de modo a permitir reduzir,

caso seja necessário, o nível de iluminação.

A iluminação de emergência prevista deverá ser dos seguintes tipos:

• Iluminação de emergência do tipo ambiente em todos os locais em que seja de prever a

existência de público, constituída por kits com autonomia de 2 horas.

• Iluminação de emergência do tipo sinalização do sentido de saída, telecomandados e com

autonomia de 2 horas.

O comando da iluminação de segurança, centralizado no quadro geral respetivo, deverá ser feito

através de um cofret de telecomando, por forma a inibir o seu arranque nos períodos em que o

edifício está desocupado.

2.7. Instalação de tomadas

Deverá ser considerada a instalação de circuitos para alimentação de tomadas localizadas nos

diversos locais.

As tomadas de corrente a montar deverão ser dos seguintes tipos:

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• Tipo Schuko próprias para montagem embebida nas paredes e nas calhas de balcão e

nos locais em que a instalação seja embebida, de 16 A, (2P+T).

• Tipo Schuko próprias para montagem saliente, estanques, com tampa nas zonas técnicas,

armazéns e arrumos.

• Tipo industrial - P17, para montagem saliente com 3P+N+T de 16 A, nas zonas técnicas.

Nas zonas de público as tomadas de usos gerais deverão ser protegidas contra contactos diretos

por aparelhos de alta sensibilidade (30 mA) e permanecerão desligados durante os períodos em

que não sejam utilizados.

2.8. Alimentação de equipamentos

Deverão ser considerados circuitos independentes para alimentação de equipamentos cuja

potência a funcionamento preconizem uma alimentação independente.

2.8.1. Caminhos de cabos

Para instalação dos cabos elétricos deverá ser considerada a instalação de uma rede de caminho

de cabos em chapa perfurada.

Os caminhos de cabos deverão ser rigidamente ligados à terra junto a todos os quadros elétricos e

de 20 em 20 m em todo o seu percurso.

2.8.2. Calhas e caixas de pavimento

Deverá ser considerada uma malha de calhas e caixas de pavimento metálicas nas zonas

administrativas.

As calhas deverão ser em chapa metálica bi compartimentadas e as caixas serão para 6/9

módulos de aparelhagem.

2.8.3. Calhas de rodapé

Deverá ser considerada a instalação de calha de rodapé nos balcões de trabalho.

2.9. Rede de terras

O edifício deverá ser dotado de uma rede de terras constituída por um anel montado enterrado

nas fundações do edifício constituído por fita de aço galvanizado 30x3.5mm onde serão ligadas as

seguintes terras:

• Terra de serviço do transformador;

• Terra geral de proteção;

• Terra de serviço do grupo gerador;

• Terra de proteção da instalação de telecomunicações;

• Para-raios.

O anel de terra deverá ser rigidamente ligado à estrutura do edifício de modo a garantir a

equipotencialidade das instalações e será reforçado por varetas instaladas em locais estratégicos.

Em todos os locais em que seja necessário garantir o potencial zero será instalada uma barra

coletora de terras, diretamente ligada ao anel de terra, por condutor de secção adequada, onde as

instalações irão ser ligadas.

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2.10. Proteção contra descargas atmosféricas

Para proteção do edifício contra descargas atmosféricas deverá ser considerado a instalação de

um sistema de para raios do tipo ionizante, com raio de ação adequado, a montar na cobertura e

ligado ao anel de terra atrás referido.

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INSTALAÇÕES HIDRAULICAS

1. Princípios gerais de conceção

Para além dos princípios gerais abaixo explicitados, deverão ser respeitados as

recomendações e exigências da entidade exploradora das redes locais, bem como aplicarem-

se as melhores evoluções do estado da arte no que toca à eficiência energética e

sustentabilidade.

2. Rede de Abastecimento de Águas

Velocidades e Diâmetros

Os caudais de cálculo serão obtidos recorrendo aos coeficientes de simultaneidade

preconizados pelo Regulamento Português, para o nível elevado de conforto.

Os diâmetros das tubagens serão determinados de forma a assegurar o caudal e pressão

necessários nos dispositivos de utilização, mantendo as velocidades de escoamento dentro de

limites que não afetem o conforto dos utentes nem a durabilidade das tubagens.

� = � × �

0.5 ≤ �(� ) ≤ 2.0⁄

Em que:

- Q é o caudal de cálculo;

- V é a velocidade de escoamento;

- S é a área da secção transversal do tubo;

Perdas de Carga

Para a determinação das perdas de carga contínuas, será utilizada a equação de “Darcy-

Weisbach”:

� = 8���������

Em que:

- λ é o coeficiente de atrito;

- L é o comprimento do tubo;

- Q é o caudal de cálculo;

- g é aceleração da gravidade;

- D é o diâmetro;

Para a determinação do coeficiente de atrito, será utilizada a equação de “Haaland”:

1√� = −1.80log!" #

3.7�&'.'' + 6.9

+,-

Em que:

- λ é o coeficiente de atrito;

- k é a rugosidade do tubo;

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- D é o diâmetro;

- Re é o número de Reynolds;

As perdas de carga localizadas serão consideradas.

9.1.2. Rede de Drenagem de Águas pluviais

Critérios de Dimensionamento

Os critérios de dimensionamento da drenagem de águas pluviais a adotar na conceção de

sistemas de águas pluviais serão os seguintes:

Determinação do Caudal de Cálculo:

�./01 = 2 × 3 × 4 O caudal de cálculo para o dimensionamento dos órgãos de drenagem de águas pluviais é

função da intensidade de precipitação (I), da área a drenar e da capacidade de absorção do

material que compõe a área a drenar.

O coeficiente de escoamento, será avaliado de acordo com a bibliografia da especialidade,

indicando valores diferentes em função do material das áreas a drenar.

Será utilizada a metodologia das curvas I-D-F para a determinação da intensidade de

precipitação. A intensidade de precipitação (I) é obtida através da seguinte equação 3 =567(�� ℎ⁄ ), em que a e b são parâmetros dependentes do período de retorno (9:) e da região

pluviométrica. O parâmetro t representa o período de chuvada.

O escoamento deste tipo de sistema caracteriza-se por ser em superfície livre, pelo que o

caudal de escoamento das caleiras e dos coletores suspensos será determinado com recurso à

equação de “Manning-Strickler”.

� = ;< × 4 × +�/> × ?'/�

Em que:

;< - Rugosidade do material (�'/>/ );

;< = 100 - Chapa metálica;

;< = 120 - Tubagem em PVC;

4 - Área da secção ocupada pelo fluido (m2);

+ - Raio hidráulico (m);

? - Inclinação (m/m);

Os tubos de queda serão dimensionados com as indicações sugeridas no ANEXO XIX do

regulamento português para tubos de queda de águas pluviais:

� = @A + BC �D E��CF2�C

Em que:

A- Parâmetro de cálculo:

A = 0.453 – Entrada de tubo de queda com aresta viva;

A = 0.578 – Entrada cónica de tubo de queda;

� – Caudal de cálculo (m3/s);

C – Carga no tubo de queda (m);

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� – Diâmetro de tubo de queda (m);

� – Aceleração da gravidade (m/s2);

9.1.3. Rede de Drenagem de Águas Residuais

A rede de drenagem de águas residuais será dimensionada de modo a garantir as

necessidades de escoamento.

Os ramais de descarga individuais serão dimensionados para secção cheia, quando

respeitadas as distâncias máximas entre o sifão e a secção ventilada. Quando excedidas estas

distâncias, e nos ramais de descarga de grupos de aparelhos, deverá considerar-se o

dimensionamento a meia secção.

O dimensionamento dos tubos de queda, será feito na consideração de que a taxa de

ocupação não deve exceder o valor de 1/3 em sistemas com ventilação secundária, podendo

descer até 1/7 em sistemas sem ventilação secundária.

No dimensionamento dos órgãos de drenagem das redes, deverá procurar-se utilizar declives e

diâmetros que conduzam, dentro de uma conceção económica, a velocidades máximas

aceitáveis, isto é, sem pôr em risco a estrutura do material constituinte da tubagem e

cumprindo todas as indicações regulamentares em termos de traçado.

A velocidade de escoamento em superfície livre, será determinada a partir da expressão de

Manning Strickler.

H = ;< × +�/> × ?'/�

- U velocidade de escoamento (m/s);

- Ks coeficiente de rugosidade (m1/3 s);

- Rh raio hidráulico (m);

- i inclinação da linha de carga ou do fundo do coletor (m/m);

Adotam-se ramais de ventilação nos seguintes casos:

No início de todos os coletores prediais suspensos, salvo quando estes têm o seu início nos

tubos de queda;

A rede horizontal tem como base a expressão de Manning Strickler e alguns parâmetros de

dimensionamento a cumprir, tais como:

Velocidade mínima: 0.3 m/s;

Velocidade máxima: 3.0 m/s;

% de ocupação da secção: 50% do diâmetro;

Inclinação mínima: 1.0 %;

Inclinação máxima: 4.0 %;

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INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

1. Generalidades

Refere-se o presente capítulo à descrição dos requisitos mínimos a considerar nas várias fases do

projeto das Instalações de Segurança Integrada inseridas no projeto global de conceção

construção do edifício.

As várias fases do projeto das Instalações de Segurança Integrada deverão ser realizadas de

acordo com a atual regulamentação nomeadamente:

• Regulamento de Segurança de Subestações, Postos de Transformação e de

Seccionamento;

• Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão;

• Dec. Lei nº 740/74 - Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia

Elétrica;

• Dec. Reg. Nº 34/95 de 16.12 – Regulamento das Condições Técnicas e de Segurança

dos recintos de Espetáculos e Divertimentos Públicos;

• Dec. Lei nº 410/98 de 23/12 – Regulamento de Segurança Contra Incêndio em Edifícios

do Tipo Administrativo;

• Portaria nº 1063/97 de 21.10 – Medidas de Segurança Contra Incêndio aplicáveis na

construção, instalação e funcionamento dos empreendimentos turísticos e

estabelecimentos de restauração e de bebidas.

• Regras Técnicas publicadas pelo Instituto de Seguros de Portugal (I.S.P.),

nomeadamente: RT0 – classificação de Materiais e Mercadorias; RT2 – Extintores

Portáteis e Móveis; RT3 – R.I.A. – Rede de Incêndio Armada e RT4 – Sistema Automático

de Deteção de Incêndio;

• Normas Técnicas da Direção Geral de Energia e do Distribuidor de Energia.

• Normas Europeias, em caso de inexistência ou manifesta insuficiência de legislação ou

regulamentação nacional.

• Normas de Instalação dos fabricantes dos materiais e equipamentos.

O projeto das Instalações de Segurança Integrada deverá focar dois aspetos distintos de

Segurança:

• Segurança de pessoas contra riscos de incêndio.

• Segurança de pessoas e bens contra riscos de roubo e intrusão.

• No respeitante à Segurança contra Incêndios deverão ser consideradas dois tipos de

medidas; de prevenção e atuação que incluirão:

• Instalações elétricas projetadas e realizadas de acordo com a regulamentação em vigor,

nomeadamente com as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão;

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• Adoção de meios de deteção de qualquer foco de incêndio através de um sistema de

deteção automática de incêndio com transmissão aos bombeiros;

2. Descrição das medidas e sistemas a instalar

2.1 Instalações elétricas

As instalações elétricas do edifício deverão ser projetadas e dimensionadas de acordo com as

Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão, e em termos de segurança

englobarão:

• Instalação de iluminação de emergência do tipo sinalização do sentido de saída realizada

por armaduras do tipo bloco autónomo, que possuirão kit de emergência com autonomia

de 2 horas.

• Instalação de iluminação de emergência do tipo ambiente realizada por armaduras de

iluminação normal equipadas com kits de emergência constituídas por baterias e

carregador com uma autonomia de 2 horas de modo a assegurar a sua alimentação em

caso de falha de abastecimento de energia elétrica.

2.2. Sistema automático de deteção de incêndio

2.2.1. Generalidades

Deverá ser considerada a instalação de um sistema automático de deteção de incêndio destinado

a detetar e localizar qualquer princípio de incêndio e comandar uma série de procedimentos que

deverão ocorrer em caso de incêndio.

O sistema a prever deverá ser do tipo analógico endereçável ou algorítmico e constituído pelo

seguinte equipamento:

• Central para comando e controlo do sistema;

• Detetores adequados ao local e tipo de risco respetivo;

• Botões de alarme manual;

• Avisadores acústicos para indicação da situação de alarme.

A central de deteção de incêndio deverá ficar localizada na zona de entrada em armário técnico.

A central deverá ser ligada ao quartel dos bombeiros mais próximo através de linha telefónica

dedicada, sendo montado recetor no quartel dos bombeiros sinalizando a existência de alarme de

fogo.

O sistema de deteção deverá cobrir todas as zonas dos edifícios, sem exceção.

Cada loop comportará no máximo 250 endereços.

Todo o equipamento a propor deverá ser homologado por, pelo menos, uma das seguintes

entidades:

UL - Underwriters Laboratories - USA, CAN;

FM - Factory Mutual – USA;

AFNOR - Associaction Française de Normalisation – França ;

BS - British Standard – GB;

FOC - Fire Office Committee – GB;

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V. dS - Verband der Sachversicherer – RFA.

2.2.2. Central de deteção

A central de deteção e alarme de incêndios a propor deverá ser do tipo algorítmico ou analógico,

endereçável, com funcionamento por microprocessador, e deverá a assegurar com o máximo de

fiabilidade e segurança as seguintes funções:

• Alimentação dos circuitos de deteção e de alarme;

• Receção e tratamento dos sinais provenientes dos equipamentos de deteção;

• Atuação dos circuitos de alarme locais e remotos;

• Possibilidade de transmissão dos sinais de alarme ao sistema de gestão centralizado de

segurança;

• Vigilância das fontes de alimentação;

• Vigilância dos circuitos de deteção e alarme;

• Vigilância do microprocessador e memórias;

• Atuação das ordens de atuação através de contactos secos montados no loop;

• A topologia da rede de deteção a implantar deverá ser em anel com vigilância nos 2

sentidos.

• Organização dos alarmes

A operação de um detetor ou botão de alarme manual desencadeará o processo de transmissão

de alarme.

A central, após a receção dos sinais provenientes dos detetores automáticos e botões manuais,

deverá transmitir uma informação contendo o número do loop e o número e local de identificação

do detetor no botão operado.

2.2.3. Conceção da central

A central a propor deverá assegurar as seguintes funções:

• Alimentação individual do sistema, através de duas fontes de energia: rede - 220 V/50 Hz

e baterias internas com autonomia para alimentação de todo o sistema durante pelo

menos, 72 horas. O módulo de carga das baterias controlará a carga das mesmas em

tensão da rede, de modo a que as variações na tensão da rede superiores ao admissível

pelo sistema façam a passagem às alimentações pelas baterias automaticamente;

• Receção e tratamento dos sinais de alarme provenientes dos detetores automáticos e dos

botões de alarme manual;

• Possibilidade de programação de mecanismos complementares de confirmação de

alarmes:

• Vigilância das fontes de alimentação (principal e recurso) e sinalização de eventuais

falhas e defeitos;

• Vigilância dos circuitos de deteção ("loops") e sinalização de eventuais defeitos (curtos-

circuitos, interrupções de circuitos, retirada de equipamentos);

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• Vigilância dos circuitos locais de alarme e sinalização de eventuais defeitos (curto-

circuitos, interrupção de circuitos, retirada de equipamento);

• Vigilância contínua, através de dispositivos de autoteste, do microprocessador, da

memória ROM ("Read Only Memory") e da memória RAM ("Read Write Memory"),

sinalizando acústica e visualmente qualquer eventual avaria;

• Possibilidade de ligação a impressora e a computador por meio de saída do tipo V23 RS

232C - tipo de comunicação assíncrona série.

2.2.4. Detetores automáticos

2.2.4.1. Generalidades

Os detetores a instalar deverão ser para montagem saliente, com entrada de cabos pela lateral ou

pelo fundo.

Deverão ser instalados em base universal, de forma que, quando for eventualmente necessário

alterar o tipo de detetor, apenas se tenha de retirar uma cabeça a enfichar outra, sem quaisquer

alterações de instalação.

As bases a utilizar deverão ser do tipo "endereçável", incorporando o circuito identificador do

detetor e o dispositivo de codificação respetivo.

Cada tipo de detetor terá de ser facilmente identificável quando instalado e diferenciável dos outros

tipos e incorporarão sinalização luminosa de funcionamento, cuja presença ou ausência deverá

ser claramente visível a uma distância de, pelo menos 5 m.

2.2.4.2. Detetores térmicos

Os detetores térmicos deverão ser do tipo "termovelocimétrico".

Os detetores termovelocimétricos deverão atuar por gradiente de temperatura, isto é, quando a

elevação de temperatura superior a 10°C/minuto. Atuarão também obrigatoriamente por máximo

de temperatura (independentemente do gradiente) a 50°C.

2.2.4.3. Detetores de gases e fumos de combustão

Os detetores de gases e fumos de combustão deverão ser do tipo “ótico de fumos” e atuarão por

modificação das condições de difusão de luz provenientes de fonte luminosa e recolhidas em

espelho foto sensível, provocada pela passagem dos produtos de combustão.

2.2.4.4. Sistema de deteção por aspiração de fumos

Deverá ser prevista a possibilidade de utilização de deteção por aspiração de fumos, em zonas

onde, por razões de arquitetura ou técnicas não seja possível ou aconselhado a deteção por

detetores pontuais.

Cada sistema deverá ser individualmente constituído por um bloco de aspiração e deteção e a

respetiva tubagem em PVC que terá as furações e será fornecida com os acessórios apropriados

e considerados necessários a uma perfeita instalação.

2.2.4.5. Detetores de fumos lineares por infraverme lhos

Os detetores lineares de fumos deverão ser para aplicação em zonas de pé-direito muito elevado •

20 m e deverão ser capazes de detetar quaisquer tipo de fumos até 100 m.

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Cada detetor será constituído por um conjunto emissor/recetor de raios infravermelhos e respetivo

refletor.

2.2.4.6. Botões de alarme manual

Os botões de alarme deverão ser endereçáveis e destinam-se a desencadear manualmente um

processo de alarme e serão instalados nos acessos de fuga para o exterior das zonas protegidas

e junto aos equipamentos de maior risco, em locais totalmente desobstruídos e bem visíveis, a

uma altura de 1,5 m do pavimento. Terão atuação por quebra de vidro frontal.

2.2.4.7. Sinalizadores

a) Sirenes

As sirenes deverão ser exclusivas do sistema de incêndios, de som distinto de todas as outras

eventualmente existentes, com as seguintes características principais:

• Funcionamento eletrónico;

• Baixo consumo;

• Mínimo 90 dB (A) a 1m;

• Frequência compreendida entre 500 a 1000 Hz;

• Mínimo de 2 tons.

O número de sirenes previsto deverá ser confirmado por ensaios a realizar nos locais protegidos,

de modo a assegurar-se que o nível sonoro é, em qualquer local, superior a 65 dB (A) ou 5 dB (A)

acima do ruído ambiente normal.

b) Rota-flash

Nas zonas técnicas com elevado ruído ambiente, as sirenes deverão ser associadas a avisadores

luminosos do tipo rota-flash.

c) Interfaces de comando

c1) Interfaces de saída

• Os interfaces de saída (output modules) destinam-se a comandar uma série de

equipamentos associados à deteção de incêndio, tais como:

• Ventosas das portas e portões corta-fogo;

• Quadros elétricos;

• Registo corta-fogo do sistema de ventilação;

• Etc.

Os interfaces serão para integração nos vários loops existentes.

c2) Interfaces de entrada

As interfaces de entrada destinam-se a receber indicações do tipo isentos de tensão provenientes

de outros sistemas:

• Fluxostatos da rede de 1ª intervenção (carreteis);

• Sinais de alarme das centrais de deteção de gases explosivos.

Deverão permitir tratar os sinais recebidos através do software da central, no sentido que os

procedimentos de atuação sejam iniciados e o sistema realize as atuações de alarme e proteção

programadas.

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2.3. Segurança contra Intrusão

2.3.1. Generalidades

Em termos da Segurança Contra Intrusão deverão ser considerados os seguintes sistemas:

• Deteção automática de roubo e intrusão – destinado a detetar qualquer tentativa de

intrusão no edifício a partir do exterior ou em áreas do edifício consideradas de maior

segurança, etc.

• Sistema de Controlo de Acessos – destinado a restringir o acesso de pessoas não

autorizadas a determinadas salas ou zonas do edifício.

• Circuito Fechado de Televisão (CCTV) – destinado a monitorizar os acessos principais ao

edifício, zonas de permanência de público e circulação de serviço.

As características mínimas de cada sistema são as indicadas nos pontos seguintes.

2.3.2. Deteção automática de intrusão

O sistema deverá ser constituído por uma central de comando com software dedicado, destinado

ao controlo e exploração do sistema na sua globalidade.

Será complementado por interfaces de endereçamento, onde serão ligados e identificados

individualmente os detetores de movimento, contactos magnéticos, pedais e botões de alarme,

etc.

2.3.3. Software de controlo

O software deverá possibilitar, no mínimo:

• Existência de 5 operadores do sistema, com identificação individualizada por código de

acesso próprio;

• Identificação do ponto em alarme ou operador indicando; nome da zona de intrusão, nome

da porta, estatuto, estado, etc;

• Definição de zonas horárias e adaptação a vários horários de trabalho;

• Função de calendário programáveis (férias, dias feriados, etc).

2.3.4. Módulos de Interface

Deverá permitir a ligação de até 8 endereços diferentes.

Elementos detetores

a) Contactos de abertura de porta

a1) Montagem saliente

Contacto magnético de alta segurança com elevada tolerância do afastamento entre o elemento

magnético e o detetor, e serão para montagem em portas de vidro ou metálicas onde não seja

possível o encastramento.

a2) Montagem embebida

Contacto magnético para instalação embebida em portas e padieiras de metal e madeira, que

permitam o encastramento.

b) Detetores de movimento

Detetores de movimento de dupla tecnologia (infravermelhos passivos + microondas) para

montagem saliente em tetos e paredes proteção de “tamper”.

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c) Botão de alarme manual

Botão de operação manual de cor vermelha instalado em caixa em alumínio e poliestireno, tipo de

contacto NF e vidro de quebra fácil.

Serão para instalação com secretária ou móvel.

2.3.5. Sub-Sistema de controlo de acessos

2.3.5.1. Interface de controlo de acessos

O controlo deverá ser efetuado através da utilização de módulos concentradores, aos quais serão

ligados os leitores adequados.

Os módulos concentradores deverão permitir o funcionamento integrado com gestão centralizada

ou em “stand-alone”.

As funções mínimas a disponibilizar pelo sistema geral deverá englobar:

• Gestão em função de calendário e horário;

• Gestão de período de férias por utilizador;

• Gestão de autorização em função de portas e cartões;

• Gestão de histórico;

• 5 Níveis de hierarquização para acesso à programação.

Os módulos deverão ter as seguintes capacidades de gestão:

• 500 Cartões extensíveis a 4000 (funcionamento integrado);

• 2 Leitores de cartões/módulo;

• 2 Saídas de relé para comando de testa elétrica ou outro dispositivo de porta;

• 1 Contacto de alarme por porta;

• Memória programável por instalação (cartões, histórico e grupos);

• Interbloqueamento possível entre dois leitores;

• “Anti-pass back”;

• Comando de uma porta por outros módulos;

• Transferência automática dos grupos de utilizadores;

• Vigilância de zonas, no que diz respeito ao número de pessoas presentes;

• Vigilância de alarme em tempo real através da rede.

Os módulos deverão ser equipados com uma fonte de alimentação equipada com baterias

adequadas à alimentação dos leitores que lhe estão associados.

2.3.5.2. Leitores de proximidade

Leitor de proximidade para interior que deverá ser compatível com cartões Duo Prox de formato

ISO com uma capacidade de leitura de 5 a 10 cm.

2.3.5.3. Cartões de acesso

Os cartões de acesso deverão ter as seguintes características:

• Dupla tecnologia de leitura (aproximação e faixa magnética);

• Identificação por gravação / impressão do nome e fotografia do utilizador;

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• Dimensões: formato ISSO.

2.3.5.4. Testas elétricas e botões de saída

As testas a prever deverão ter muita boa qualidade e os botões de saída deverão ser de tipo

equivalente aos que venham a ser utilizados na restante aparelhagem elétrica.

2.4. Circuito fechado de televisão (CCTV)

Deverá ser considerada a instalação de um sistema de circuito fechado de televisão, destinado a

monitorizar os acessos exteriores e áreas públicas e corredores de serviço.

O sistema deverá ser constituído por uma estação central de comando e controlo, a implementar

na receção ou na sala de segurança. Será complementado com as câmaras dos vários tipos

adequados aos locais de montagem.

O sistema deverá ainda permitir o tratamento de imagem de modo totalmente digital e será

equipado com software de gestão proprietário que, para além de permitir o controlo fácil e simples

de todos os componentes, permitirá ainda e por técnicas de compressão digitais adequadas, o

armazenamento otimizado de informação em unidades de disco rígido. Esta funcionalidade

permite ainda uma pesquisa de dados armazenados fácil e intuitiva para qualquer operador.

As câmaras de vídeo a prever, deverão ser do tipo dome, policromáticas e monocromáticas, fixas

ou móveis, para montagem interior em tetos falsos, à vista suspensas em tetos e para montagem

exterior suspensa.

As câmaras deverão ser fornecidas com todos os acessórios necessários à sua montagem nos

locais definitivos e com transformadores adequados às suas tensões e correntes de

funcionamento.

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INSTALAÇÃO DE TELECOMUNICAÇÕES

1. Generalidades

Pelas características de utilização dos diversos espaços deste edifício, deverá ser projetada as

infraestruturas de telecomunicações para os compartimentos que o justificam, com a distribuição

de quatro pares de cobre, de um cabo coaxial e duas fibras óticas, a partir da rede pública dos

operadores.

Deverá ser considerada a instalação de:

• Instalação de infraestruturas para a TV Cabo;

• Instalação de comunicação de Voz e Dados;

• Instalação de rede de Fibra Ótica.

A empreitada deverá incluir, todos os trabalhos, fornecimentos e serviços que implicitamente

sejam considerados necessários para a execução da empreitada segundo as melhores regras da

arte e em perfeitas condições técnicas.

2. Normas e Regulamentos

O projeto deverá ser elaborado cumprindo o Decreto de Lei nº 123/2009 de 21 de maio, retificado

pelo Decreto de Lei nº 258/2009 de 25 de Setembro e alterado pela Lei n.º 47/2013, de 10 de

Julho, a 2ª edição do Manual de ITUR de Novembro de 2009 e aplicando as Prescrições e

Especificações Técnicas da ANACOM, integrantes da 3ª edição de Janeiro de 2015 do Manual

ITED.

Para além disto o estabelecimento das infraestruturas de telecomunicações deve obedecer à

demais legislação em vigor, nomeadamente as RTIEBT - Regras Técnicas de Instalações

Elétricas de Baixa Tensão, e as especificações técnicas estabelecidas e em vigor nas Normas

Portuguesas, ou outras emitidas por organismos internacionais reconhecidos.

Todos os trabalhos deverão realizados por técnicos qualificados, observando todos os

regulamentos técnicos aplicáveis, nomeadamente o ITED e o Decreto de Lei nº 555/99.

Todos os materiais usados terão que estar homologados e respeitar os níveis de qualidade a que

dizem respeito.

Toda a instalação, para além de satisfazer as disposições regulamentares em vigor, deve também

cumprir as boas regras de execução técnica e montagem.

A infraestrutura de telecomunicações deverá ser composta por:

• Rede de tubagens e respetivas caixas;

• Rede de cabos;

• Terras.

Este estudo pretende definir as soluções técnicas adotar para execução das Instalações de

comunicações de voz e dados, distribuição de sinais de TV e fibra ótica.

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Todos os equipamentos a instalar deverão estar homologados e certificados em Portugal ou em

países da U.E. e cumprirem todas as diretivas da U.E. e normas em vigor. Deverão ter certificado

de CE.

Deverá fazer parte da empreitada o fornecimento e montagem de rede de infraestruturas para

telecomunicações que compreendem:

• Tubos;

• Caixas;

• Cabos;

• Dispositivos de Derivação;

• Tomadas;

• Bastidores de Telecomunicações;

• Amplificadores.

Estas redes deverão ter início nos Bastidores de Telecomunicações, localizados em sala técnica

em sala técnica. Ao longo desta rede deverão ser instaladas caixas, tubos e caminho de cabos

destinados a garantir a passagem dos cabos de telecomunicações. Serão ainda instalados

dispositivos de derivação destinados a efetuar continuidade e ligação dos circuitos a instalar.

O sistema de cablagem de par de cobre deverá ser projetado, para a classe de ligação E com

equipamentos de categoria 6. A rede coaxial deverá ser projetada para a classe de ligação TCD-

C-H. A rede de fibra ótica deverá ser projetada para a classe de ligação OF-300.

3. Rede de Tubagem

3.1. Generalidades

O traçado das tubagens deverá ser predominantemente reto e os percursos efetuados,

preferencialmente, na horizontal e na vertical, evitando-se diagonais.

O comprimento máximo entre duas caixas num troço deverá ser no máximo de 15m.

Estes tubos devem assegurar a seguinte distância mínima às tubagens metálicas de água ou gás:

5cm nos cruzamentos e 20cm quando em troços paralelos.

Dependendo do tipo de cabos de Energia e Telecomunicações, com ou sem blindagem, assim

deve variar também a distância mínima entre essas canalizações, conforme estipulado na Tabela

4.4 do 3º Manual ITED, admitindo-se que nos últimos 15m até às tomadas possam estar juntos.

3.2. Ligação à rede pública de telecomunicações

Para a ligação futura aos operadores de telecomunicações, as entradas deverão ser subterrâneas,

com tubagens enterradas no solo à profundidade mínima de 0.80m, desde o Bastidor até à Caixa

de Visita Multi-operador.

Deverá existir tubos PEAD de diâmetro e quantidade a definir pelo regulamento ITED, para cada

entrada, para os cabos de Pares de cobre, para os cabos coaxiais e para a fibra ótica. Os tubos

deverão possuir paredes interiores lisas, terminando facejadas no interior das caixas, e acabadas

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sem rebordos que possam deteriorar o isolamento dos cabos. No seu traçado não se deve incluir

curvas com ângulo inferior a 120º.

Se houver a necessidade de instalar caixas antes do Bastidor/ATE, os tubos de interligação

devem ser em igual número e diâmetro aos da ligação à rede pública de telecomunicações.

A CVM deverá ser localizada no exterior junto ao edifício, para seu uso exclusivo e serve de

interface entre as redes de tubagens pública e privativa das ITED. Nela é possível instalar, retirar e

ligar cabos e proceder a trabalhos de manutenção, cujas dimensões são de 300x300x300mm

(lxcxa).

Recomenda-se o contacto prévio com os operadores, para determinar o local de entrada e o

método da sua ligação à rede pública, de acordo com o tipo de utilização do edifício e

características da rede.

O dimensionamento e instalação dos cabos de entrada, bem como o fornecimento de materiais ou

acessórios necessários à sua instalação, são da competência dos operadores.

3.3. Rede individual de tubagens

Inicia-se nos Bastidores de telecomunicações ou ATI – Armário de Telecomunicações Individual,

devendo ser considerada a existência das redes de cabos em par de cobre, de cabos coaxiais e

de fibra ótica, com distribuição em estrela e com a possibilidade de partilharem o mesmo tubo. A

tubagem a utilizar, deverá ter o diâmetro mínimo comercial de 20mm, pelo que se aplicam tubos

do tipo ERM20, VD20, ERFE20 ou de diâmetro superior.

Deverá haver uma ligação entre o Bastidor/ATI e o quadro de energia elétrica, recomendando-se

também a sua ligação à central de intercomunicação e à de CCTV – circuito fechado de TV,

quando aplicável.

É dos Bastidores que deverá partir todos os tubos, para as caixas de aparelhagem I1 das tomadas

de cliente, passando se necessário pelas caixas de passagem do tipo I3 ou C1.

As caixas para as tomadas terminais deverão ser instaladas a 25cm de altura do pavimento,

recomendando-se sempre que possível a utilização de tomadas mistas, ou seja, para terminais em

par de cobre e cabo coaxial.

Deverá ser ainda instalada a PAT – Passagem Aérea de Topo, que possibilitará a instalação das

antenas externas para receção dos sinais de tipo A, B ou FWA (acesso fixo por cabo), constituída

por tubos VD40, quantidade a definir segundo o regulamento, desde o bastidor/ATE do piso 0 à

cobertura, onde terminam tamponados para evitar a entrada de humidade e objetos estranhos.

3.3.1. Tubos

Os tubos a instalar deverão ser do tipo VD ou ERM, devendo ter-se em consideração as diretivas

do ITED no que diz respeito ao comprimento máximo de tubo entre caixas e ao número de curvas

admissíveis.

Os tubos classificam-se recorrendo a uma sequência numérica de 12 dígitos, conforme

especificado na EN50086.

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Os quatro primeiros dígitos desta classificação são obrigatórios para referenciar o tubo, e devem

constar da respetiva marcação, juntamente com a referência do fabricante.

Os tubos a utilizar nas redes individuais deverão satisfazer os seguintes requisitos mínimos:

• Material isolante rígido, com paredes interiores lisas;

• Material isolante maleável, com paredes interiores lisas ou enrugadas;

• Material isolante flexível ou maleável, tipo anelado, com paredes interiores enrugadas;

• Material isolante flexível, com paredes interiores lisas;

• Metálico rígido, com paredes interiores lisas e paredes exteriores lisas corrugadas.

3.3.2. Rede de cabos

A rede de cabos do edifício deve ter por base a localização dos equipamentos terminais de

assinante, a localização das canalizações elétricas das demais instalações elétricas, e as

particularidades arquitetónicas dos espaços.

Os cruzamentos com cabos de energia elétrica devem ser evitados e obedecer sempre às normas

de segurança. Todavia, no caso de isso não ser possível, os afastamentos entre cabos de

telecomunicações, que deverão ser entubados e os cabos de energia elétrica de baixa e alta

tensão, devem ser de, pelo menos, respetivamente de 1cm e 2cm.

3.3.2.1. Rede individual de pares de cobre

Deverá ser implementado um Sistema de Cablagem Estruturado em que tem como objetivo dotar

o edifício de uma infraestrutura que seja independente quer do equipamento de transmissão

utilizado, quer da própria aplicação ou protocolo de transmissão a utilizar e que sirva, não só as

necessidades atuais, como possibilite uma evolução para aplicações futuras, sem alterações

profundas no sistema de cablagem.

O Sistema de Cablagem a instalar deverá adotar uma topologia em estrela hierárquica, de modo a

trazer flexibilidade à rede, permitindo uma gestão ótima das instalações sem que para tal seja

necessária a intervenção de elementos especializados para executar alterações (p. ex. mudança

de local de trabalho de utilizador – realizado por simples alteração da posição de um chicote no

bastidor), facilitando também ampliações futuras e salvaguardando o investimento agora a realizar.

O Sistema de Cablagem deve respeitar os standards internacionais que definem a forma e as

características técnicas e funcionais do mesmo.

O Sistema de Cablagem deve permitir suportar aplicações de voz analógica e digital, dados, vídeo

e baixa tensão para a gestão do edifício, permitindo a sua coexistência no mesmo suporte físico.

O Sistema a instalar deverá garantir, como mínimo, prestações de acordo com os parâmetros da

Categoria 6 devendo estar de acordo com a ISO/IEC 11801:2002.

3.3.2.2. Cablagem

A Cablagem Horizontal é definida como a “parte da cablagem” que se estende desde o bastidor

até à tomada no posto de trabalho, compreendendo os painéis de distribuição, o cabo horizontal,

as tomadas e os chicotes.

O comprimento máximo do troço, independentemente do meio de transmissão, entre o conector

no painel de distribuição e o conector na tomada é de 90m. Para estabelecer a distância máxima

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efetiva deverá ser considerado ainda os chicotes que ligam da tomada ao equipamento terminal e

os chicotes de interligação no bastidor cuja soma não deverá ultrapassar os 10m.

Na rede individual de pares de cobre deverão ser utilizados cabos e componentes adaptados à

Categoria 6, de forma a garantir Classe E de ligação, entre cada ponto de distribuição e as TT a

eles ligadas.

A rede deverá ser realizada segundo uma tipologia em estrela, que começa no RC-PC e termina

nos pontos de distribuição ou em cada uma das tomadas terminais, utilizando cabos com quatro

pares de condutores de cobre, com diâmetro maior ou igual a 0.5mm, do tipo U/UTP.

Todas as ligações de condutores devem ser feitas de forma a garantir um bom contacto.

O RC-PC estabelece a ligação do cabo de pares de cobre proveniente do exterior à restante rede

individual.

Os cabos a utilizar na rede individual têm obrigatoriamente de estar ligados a dispositivos de

ligação e distribuição ou terminais. Quando os cabos tiverem de descrever curvas, estas devem ter

um raio de curvatura igual ou superior a 6 vezes o diâmetro do cabo.

Todos os cabos deverão obedecer a norma EN 50173 e ter revestimento do tipo LSZH.

3.3.2.3. Rede individual de cabos coaxiais

O RC-CC estabelece a ligação do cabo coaxial proveniente do exterior no caso do CATV e do

headend no caso do MATV à restante rede individual. Os cabos a utilizar na rede individual têm

obrigatoriamente de estar ligados a dispositivos de ligação e distribuição ou terminais. Deverão ter

alma condutora em cobre e ser do tipo RG. Quando os cabos tiverem de descrever curvas, estas

devem ter um raio de curvatura igual ou superior a 6 vezes o diâmetro do cabo.

Todas as ligações de condutores devem ser feitas de modo a garantir um bom contacto.

O cabo coaxial deverá ser distribuído em estrela, por todas as tomadas de cliente e cada um deve

estar identificado de forma indelével para a correta identificação das tomadas de destino. As

saídas que não forem utilizadas serão terminadas com cargas coaxiais adequadas, do tipo F 75

Ohm.

Estes equipamentos deverão ser do tipo indutivo, de montagem interior, com compensação de

perdas com perda típica máxima de 2dB/n.º de saídas, funcionar na gama 5-2400MHz, com

ligações por abraçadeira, atenuações dos derivadores serão de modo a obter os valores indicados

nas condições técnicas gerais.

3.3.2.4. Cabo Coaxial

Os tubos a instalar deverão ser do tipo ERM, VD e PEAD, devendo ter-se em consideração as

diretivas do ITED.

O cabo coaxial deverá ser constituído por:

• Condutor central em cobre com Ø1,13mm.

• Classe de ligação TCD-C-H

• Frequência máxima: 3GHz

• Dieléctrico expandido a gás

• Tri-Shield: Al2 Aderido ao dieléctrico / Malha de alumínio >70% / Al3

• EMC Classe A: Atn. Blindagem (30•f>1000•85dB;1000•f>2000 •75dB;2000•f>3000 •65dB)

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• Velocidade de propagação> 82%

• Resistência do condutor central • 9•/100m

• Marcação metro a metro

• Atenuação [dB] 100m@ (5MHz=1,50; 60MHz=4,70; 90MHz=5,80; 750MHz=16,10;

862MHz=17.10; 950MHz=18,20; 2150MHz=28,20)

• Bainha em LSZH.

3.3.2.5. Conector “F”

A ligação a cabos coaxiais deverá ser feita por conectores tipo “F” reto através de compressão.

O conector deverá apresentar as seguintes características:

• Cumpre SCTE IPS TP 013 (moisture migration test)

• Ajuste perfeito ao cabo coaxial (360°)

• Excelente durabilidade

• O-ring de proteção

• Largura de banda: DC-3GHz

• Perdas por retorno: -30dB @ 1GHz

• Perdas de inserção: -0,1dB @ 1GHz

3.3.3. Rede individual de fibra ótica

A rede individual de fibra ótica inicia-se no RC-FO sendo a distribuição em estrela até aos pontos

de distribuição ou às tomadas de cliente.

Os cabos de fibra ótica deverão ser conectorizados localmente através de fusão com “pigtails” do

tipo SC/APC. Em alternativa a conectorização poderá ser do tipo mecânica.

3.3.3.1. Cabo de fibra Ótica

A ligação entre pontos de distribuição deverá ser realizada com cabos constituídos por duas fibras

monomodo 9/125•m ITU-T G657.B2 cada.

3.3.4. Bastidores de telecomunicações

Deverão ser instalados bastidores com capacidade e dimensões para albergar todos os

equipamentos necessários e com portas frontal e traseira microperfuradas. Neles deverá ser

instalado os primários e secundários do RC-CC, do RC-PC e do RC-FO.

Deverá possuir ainda os painéis de distribuição necessários à terminação dos troços de cabo

Cat.6 que servem as tomadas nos postos de trabalho localizados no edifício.

Deverá ainda albergar os passa-fios necessários à correta acomodação dos chicotes de

interligação, os painéis necessários para receber os circuitos dos diversos operadores

provenientes dos repartidores de cliente das 3 tecnologias (PC, FO, CC), bem como os painéis em

que são terminados os cabos multipar de cobre que levam as extensões até aos pontos de

distribuição (bastidores secundários) e às tomadas terminais.

O bastidor deverá ser constituído por chapa de aço, pintados no RAL 9005, com tratamento contra

a corrosão, equipado com perfis interiores normalizados de 19”, ajustáveis em profundidade,

painéis laterais e traseiro facilmente amovíveis para permitir fácil acesso ao seu interior e portas

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frontais e traseiras microperfuradas. O bastidor deverá integrar ventiladores e termóstato no seu

topo.

3.3.5. Tomadas e conetores

Cada posto de trabalho deverá ser constituído por dois ou três pontos de ligação. A cada ponto de

ligação corresponde um módulo RJ45. Estes deverão ser instalados em placas 45x45, duplas ou

simples, com proteção contra o pó e devem promover o cumprimento das normas no que diz

respeito ao raio mínimo de curvatura permitido para o cabo.

O módulo RJ45 categoria 6 deverá cumprir as seguintes normas:

• ISO/IEC 11801:2002

• ANSI/TIA/EIA-568-B.2.1.2002

• ANSI/EIA/TIA 568B.2-10

O módulo RJ45 deverá ser do tipo IDC, a forma de o terminar deverá facilitar o cumprimento das

normas no que respeita ao limite máximo do destrançado do cabo. Deverá cumprir também a

Diretiva RoHS.

O módulo RJ45 deverá:

• Ser terminado no cabo sem necessidade de utilização de qualquer ferramenta de impacto;

• Permitir a terminação de cabos de 4 pares de cobre de 22 – 26 AWG;

• Em caso de erro de ligações, deverá ser possível a sua desconexão e posterior conexão

sem degradação dos contactos e consequente alteração de prestações;

• Receber, sem que os contactos fiquem danificados, chicotes com fichas macho de 6 ou 8

contactos.

3.3.6. Painéis de distribuição

Os painéis de distribuição a instalar no bastidor deverão ser em número suficiente e necessário

para o funcionamento da instalação e serem dimensionados tendo em conta a cablagem

horizontal e vertical de dados e voz.

Com o fim de obter prestações mais elevadas, em simultâneo com a melhor otimização do

sistema, deverão ser instalados painéis modulares angulados em que serão instalados os módulos

RJ45 Cat.6.

3.3.7. Chicotes de ligação e sua organização

Para execução das interligações, tanto de patching no bastidor, como no posto de trabalho, devem

ser utilizados chicotes, com cobertura LS0H e com prestações de acordo com a Categoria 6.

Deverão ser disponibilizados em vários comprimentos. Poderão também ser utilizados chicotes de

cores diferentes de acordo com a sua utilização de modo a facilitar a organização das ligações nos

bastidores.

A organização dos cabos e chicotes no armário de distribuição deverá ser executada de forma a

manter a estética e evitar:

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• Raios de curvatura errados nos chicotes e cabos

• Danificar os chicotes em arestas

• Dificuldades causadas pela desorganização dos chicotes

• Para tal deverá ser aplicado após cada painel de distribuição, um guia cabos.

3.3.8. Caminhos de cabos e calhas técnicas

Todos os cabos que compõem o sistema de cablagem estruturado deverão ser instalados em

caminhos de fácil acesso e dimensionados para suportar eventuais ampliações. As canalizações

deverão usar acessórios (ângulos, entradas de cabo, T, etc.) fabricados com o objetivo de

assegurar o raio de curvatura definido nas normas. O caminho de cabos deve também obedecer

às normas UL, com capacidade para suportar até 600V. Os caminhos de cabos para

telecomunicações serão distintos dos caminhos de cabos para eletricidade e para segurança.

Os caminhos de cabos deverão ser dimensionados de modo a suportar as canalizações elétricas.

Serão de boa qualidade, com uma largura útil mínima de 100 mm e com os apoios distanciados

entre si no máximo 2 m.

Deve-se assegurar a continuidade elétrica do caminho de cabos metálico, ligando-o à rede de

massa equipotencial. A ligação do caminho de cabos ao condutor de proteção deve ser feita entre

cada 15 a 20m. Para um comprimento inferior, a ligação da terra de proteção deve ser executada

nas extremidades do caminho de cabos.

O ângulo de cruzamento entre o caminho de cabos para correntes fortes e correntes fracas deve

ser de 90º.

Os caminhos de cabos devem ter uma resistência máxima de 5m•/m e as uniões de 50m•, de

acordo com a norma IEC 61537.

A proteção contra propagação de incêndio ou fumo através das paredes deverá ser garantida

através do módulo corta-fogo, homologada para um grau corta-fogo 240 minutos, segundo a

norma EN 1366-3.

Caso seja necessário, deverá ser utilizada duas ou mais calhas instaladas lado a lado ou uma por

cima da outra, conforme o local. As uniões devem ser feitas a uma distância igual ou inferior a 1/5

do respetivo vão.

As prateleiras deverão ser fixas às paredes ou tetos, através de suportes do mesmo material, de

modo a permitir a fácil e expedita manutenção das canalizações.

Conforme com a diretiva BT/2006/95/CE de acordo com a norma NP EN 61537:2003.

Conformidade com os requisitos aplicáveis das RTIEBT – Regras Técnicas de Instalações

Elétricas de Baixa Tensão (Portaria 946/A de 2006).

Deverá possuir as seguintes características:

• Matéria-prima base: aço.

• Propriedades elétricas: cumpre a norma IEC 61537 que impõe uma resistência máxima

do caminho de cabos de 5m•/m e 50m•/m nas uniões.

• Resistência ao fogo: certificação E30 - E90, de acordo com a norma alemã DIN 4102-12:

1998-11.

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• Os suportes do sistema de caminhos de cabos cumprem com a norma NP EN

61537:2003 e suportam uma carga admissível igual ou superior à carga admitida nos

caminhos de cabos correspondentes.

As calhas técnicas a instalar, deverão ser em PVC (PC+ABS), livre de halogéneos e ignífugas,

eletricamente isolantes sem necessidade de ligações equipotenciais, conforme a diretiva ROHS

2002/95/CEE de acordo com a norma EN50085 e com os requisitos aplicáveis das RTIEBT –

Regras Técnicas de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (Portaria 946/A de 2006).

Deverá possuir as seguintes principais características em conformidade com a diretiva

BT/2006/95/CE de acordo com a norma NP EN 50085-1:2000 e com os requisitos aplicáveis das

RTIEBT – Regras Técnicas de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (Portaria 946/A de 2006) e

com o Manual ITED (ANACOM, 2ª Ed. Novembro 2009).

• Matéria-prima base: PVC

• Propriedades elétricas: Isolante (sem necessidade de medidas de proteção contra

contactos indiretos)

• Reação ao fogo: M1 s/ UNE 23727:1990

• Não propagador de chama

• Fio incandescente 960°C (s/ EN 60695-2-1/1)

• Cumprimento com a Diretiva RoHS 2002/95/EC

• Temperatura de aplicação de -15ºC a +60ºC

• Abertura da tampa somente com ferramenta

• Proteção contra a penetração de corpos sólidos IP4X (s/ NP EN 60529) montada sobre

uma superfície

• Resistência a impactos fortes (6J) para a calha e médios (2J) para os elementos de

acabamento e funcionais (s/ NP EN 50085-1: 2000)

• Resistência a impactos igual a IK09 (s/ EN 50102) para a calha e IK08 para os elementos

de acabamento e funcionais

• Película para sua proteção durante a instalação

• Sistema de adaptadores de mecanismos compatível com os diferentes fabricantes de

mecanismos elétricos e de telecomunicações (universais, modulares e DIN) e com uma

resistência à força de extração superior a 81N, de acordo com as normas aplicáveis (NP

1260:1993 e NP EN 50085-1:2000)

As caixas de chão, caixas de passagem, deverão ser de embeber no pavimento, com base em

chapa galvanizada e corpo em alumínio fundido, serão do modelo ZES9 e com possibilidade de

regulação em altura de 56mm mínimo a máximo 100mm. As entradas de calhas e/ou tubos serão

realizadas através de malhas de aço existentes em cada aresta da caixa. Deverão ser equipadas

com os aros de redução respetivos para as caixas de encastramento GES9 DB e com patas de

fixação para chão falso.

Para futura manutenção todas as canalizações deverão ser sinalizadas de modo a ser facilmente

identificável o circuito a que pertencem.

3.3.9. Caixas

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As caixas a utilizar na rede de tubagens deverão obedecer ao estipulado nas especificações

técnicas dos operadores 236.00.002 e ter um índice de proteção IP31 de acordo com NP EN

60529.

A instalação deverá possuir caixas do tipo I3 para colocação dos ligadores amovíveis dos

elétrodos da terra de proteção e passagem de cabos.

As caixas do tipo I1, normalmente designadas por caixas de aparelhagem, deverão ter uma

profundidade mínima interior de 55mm, destinam-se à colocação das tomadas de 8 contactos

(RJ45) e devem ser ligadas a caixas do tipo I3, mediante tubo devidamente dimensionado. As

caixas de saída colocadas na parede devem estar localizadas a uma altura aproximada de 0,30m

ou 1.5m acima do pavimento, consoante o equipamento seja de mesa ou de parede.

Todas as caixas que sejam montadas salientes da parede, devem ser fixadas a esta de tal modo

que não seja possível a sua remoção.

3.3.10. Identificação das caixas

As caixas a utilizar deverão ser dimensionadas em função das instruções do ITED e conforme

abaixo indicado.

As caixas da rede de tubagem podem ser metálicas ou não, deverão satisfazer os seguintes

requisitos técnicos mínimos:

• Temperatura de instalação e serviço entre -15º e +55º C;

• Terem uma porta que dificulte a sua violação, de preferência com um dispositivo de fecho

com chave;

• Identificadas com a palavra "Telecomunicações", marcada de forma indelével na face

exterior da porta;

• Proteção contra impactos mecânicos, com uma energia de 5 joule;

• Proteção contra a penetração de corpos sólidos estranhos de diâmetro maior ou igual a

1mm, sendo esta proteção ajustada ao local onde vão ser instaladas;

• Protegidas contra a penetração da água, em conformidade com o local onde vão ser

instaladas;

• As caixas não metálicas devem ser constituídas por material isolante e não propagador de

chama;

• Deverá permitir a fixação dos dispositivos de ligação e distribuição.

As caixas de aparelhagem e de passagem e interligação deverão ser codificadas de acordo com a

tabela seguinte na qual também se indicam as suas dimensões interiores mínimas (em mm):

- Caixas de aparelhagem tipo I1 _________________________ 53x53x55 mm

- Caixas do tipo I3 ___________________________________ 160x80x55 mm

- Caixas do tipo C1___________________________________ 250x300x120 mm

- Caixas do tipo C2 ___________________________________ 400x420x150 mm

- Caixas do tipo C3 ___________________________________ 500x600x160 mm

- Caixas do tipo C4 ___________________________________ 700x900x160 mm

- Caixas do tipo C5 ___________________________________ 830x900x200 mm

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Também podem ser utilizadas, na rede coletiva de tubagem, caixas que estejam de acordo com as

especificações técnicas do ICP-ANACOM, 25.03.40 001 e 013, ou outras especificações desde

que satisfaçam os requisitos mínimos indicados.

As caixas de distribuição para a colocação das unidades modulares devem ter um terminal para a

ligação dos condutores de terra de proteção solidamente fixado, sendo cravado ou soldado à

chapa no caso de caixas metálicas e devidamente sinalizado.

As caixas devem ter um fundo interior forrado a madeira, com espessura não inferior a 20 mm, ou

calhas metálicas com cursor e parafuso, de modo a permitir a fixação da estrutura que suporta as

unidades modulares.

As caixas de entrada deverão ser identificadas pela indicação na porta: "Telecomunicações",

marcada de forma indestrutível. Nas tampas das referidas caixas da rede de pares de cobre

deverá ser marcado de modo durável a sigla "Telecomunicações - PC", nas de TV deverá ser

marcado do mesmo modo sigla "Telecomunicações - CF", e “Intercomunicação” nas caixas da

rede do sistema de intercomunicação.

Na rede individual de tubagens as caixas do tipo I1 deverão ser instaladas a 0,30 m do pavimento,

exceto onde forem instaladas caixas de pavimento.

Todas as caixas da rede individual deverão estar identificadas na face exterior da tampa com a

letra “T” ou “Telecomunicações”. Há que referir que a identificação não precisa de ser de cor

diferente da cor da própria tampa.

3.3.11. Tomadas da rede de comunicações

3.3.11.1. Tomadas pares de cobre

As tomadas devem ser da mesma marca da aparelhagem elétrica e cumprir a especificação

técnica ICPANACOM 25.03.40.012, edição 1, ou outras especificações desde que cumpram os

requisitos deste Manual.

3.3.11.2. Tomadas de TV

As tomadas deverão ser totalmente blindadas, construídas em liga “zámak”, com fixação a caixa

de aparelhagem por meio de aperto mecânico. Estas tomadas serão do tipo de terminal,

fornecidas com aro e espelho da mesma série da aparelhagem das instalações elétricas.

3.4. Instalação elétrica das ITED

O projeto das instalações elétricas para as ITED deverá integrar o projeto das restantes

instalações de utilização de energia elétrica do edifício.

Os Bastidores deverão possuir no seu interior um conjunto de tomadas monofásicas com terra de

16A do tipo “schuko”, protegidas por dispositivos diferenciais de alta sensibilidade (superior a

30mA), para a alimentação dos equipamentos de telecomunicações existentes ou futuros, ou

ainda para a realização de medidas e ensaios.

Deverá ser considerado um tubo de reserva, com o diâmetro de 25mm, entre o bastidor e o

quadro elétrico geral da instalação destinado ao eventual cabo de telecomando ou outro.

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3.5. Proteção da instalação

As ITED deverão ser protegidas contra perturbação provocadas pelas descargas atmosféricas,

assim como contra influência das linhas de transporte de energia de alta e baixa tensão que

poderão provocar nelas o aparecimento de potenciais estranhos, quer pelo contacto direto, quer

pela indução eletromagnética.

A proteção contra as descargas atmosféricas, assim como contra a influência das linhas de

transporte de energia, é conseguida pela colocação de órgãos de proteção que têm por objetivo

interromper o circuito ou escoar para a terra, as correntes por elas provocadas.

As ligações equipotenciais entre o terminal de Terra de Proteção da caixa, e os bornes de terra de

todos os dispositivos neles contidos, deverá ser realizada com condutores de secção igual a

1.5mm². Para a ligação equipotencial entre as diversas caixas, utiliza-se a secção de 2.5mm².

Sempre que existe uma blindagem nos cabos, esta deverá ser interligada à Terra de Proteção,

bem como o fio de continuidade desde que o exista. A ligação pode ser estabelecida por

soldadura, ou por contacto de blindagem.

3.5.1. Órgãos de proteção

Deverá ser instalado descarregadores de sobretensão no primário do RG-PC, ou seja, nas

unidades modulares DDS.

Caso se instalem antenas, deverá instalar-se intercalado um DST para cabo Coaxial.

Se existir um Para-raios na cobertura do edifício, deverá guardar-se a distância mínima de 3m às

antenas.

A estrutura metálica de suporte das antenas deverá ser ligada ao BGT, tendo intercalado um

disruptor bipolar, a fim de obviar a perturbação no sinal rececionado pelas antenas.

3.5.2 Ligações à terra

A Terra de Proteção destina-se a evitar ou a desviar das instalações os potenciais e as correntes

perigosas, para a proteção de pessoas e bens.

A Terra de Proteção das ITED deverá ser comum à Terra de Proteção das instalações elétricas

usando para isso o mesmo elétrodo de terra ou conjunto de elétrodos. Os condutores da Terra de

Proteção das ITED deverão ter preferencialmente a cor verde/vermelho. Caso seja utilizada a

opção verde/amarelo deverão ser colocadas etiquetas de identificação para a pretendida distinção.

O condutor de Terra de Proteção para ligação ao elétrodo de terra deverá ser o mais retilíneo

possível. Quando houver necessidade de mudar de direção, o raio de curvatura deverá ser inferior

a 20cm. O condutor de Terra de Proteção deverá ser colocado a uma distância mínima de 1cm

dos cabos do condutor de terra de serviço das instalações elétricas.

3.5.3. Terra de proteção

Deverá ser considerado um elétrodo de terra, sendo constituído por uma ou mais varetas de aço

galvanizado revestido a cobre, com as dimensões mínimas 2000xØ15mm estabelecido conforme

as RTIEBT. As varetas deverão enterradas verticalmente no solo, e a uma profundidade tal que

entre a parte superior do elétrodo e a superfície do solo, haja uma distância mínima de 0.80m.

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A partir do Barramento Geral de Terras do Edifício deverá ser estabelecido o Barramento Geral de

Terras das ITED (BGT/ITED) sendo os dois interligados com um LA. Esta ligação, até ao LA, não

pode ser de secção inferior a 25mm².

É ao BGT/ITED que se ligam todos os condutores de Terra de Proteção que forem necessários

estabelecer para os diversos dispositivos das ITED, nomeadamente o Bastidor. A ligação entre

pontos de distribuição (bastidores) será efetuada com condutor do tipo H07V-R1G6 Todas as

ligações a partir do BGT/ITED deverão ter uma secção mínima de 2.5mm².

3.6. Ensaios e certificação

Após a conclusão da instalação das ITED, deverá ser realizada uma série de ensaios e

verificações, a levar a cabo pelo próprio instalador e pela entidade certificadora, cujos resultados

constam de um relatório final.

Deve ser ensaiada de forma a garantir as prestações inerentes à classe de ligação E, categoria

dos componentes 6 para os cabos de par de cobre, classe de ligação TCD-C-H para cabos

coaxiais e OF-300, categoria OS1 para fibra ótica. Para estes níveis de qualidade deverão ser

realizados os ensaios constantes no ponto 6 do manual ITED. Todos os resultados devem constar

de um “relatório de ensaios de funcionamento”. Faz ainda parte desta empreitada a certificação de

toda a rede.

Para além de comprovar o cumprimento do projeto aprovado, devem realizar-se: a inspeção visual

à generalidade das redes de tubagens e de cabos e dos dispositivos; medição de distâncias dos

comprimentos, espaçamentos, curvas, etc.; medição da resistência de terra e os ensaios para

cada tipo de cabo aplicado na instalação em análise.

Em resumo, adianta-se que nas redes de cabos de Pares de Cobre se devem realizar os ensaios

de: continuidade, atenuação, NEXT, ACR, perdas por retorno, resistência de lacete, atraso de

propagação, atraso diferencial, PSNEXT, PSACR, ELFEXT, atenuação coupling, TCL, ELTCTL e

desequilíbrio da resistência entre condutores dos pares.

Já para a rede de Cabos Coaxiais, deverá ser realizado os seguintes ensaios e medições:

Na rede de CATV deve ser cumprida a classe de ligação TCD-C-H para as frequências teste de 5

e 862MHz. Desta forma devem ser medidos os valores de atenuação total entre o secundário do

RG-CC e as tomadas de telecomunicações.

Deve igualmente ser realizada a medição do Tilt nas tomadas de telecomunicações.

Para ambas as redes coaxiais realiza-se ainda o ensaio para verificação dos valores CBER

(“Channel Bit Error Rate”)

Nas redes de fibra ótica é obrigatório a medição do parâmetro atenuação, para o qual é necessário

a realização dos ensaios de atenuação e de comprimento e atraso de propagação.

3.7. Ascensores e monta cargas

Para além da legislação anteriormente mencionada, os ascensores e monta-cargas serão

executados de acordo com as normas e regulamentos em vigor nomeadamente:

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• DIN NP EN 81-1 – Regras de segurança para a construção e instalação de ascensores e

monta-cargas. Parte 1: Ascensores Elétricos

• DIN NP EN 81-2 – Regras de segurança para a construção e instalação de ascensores e

monta-cargas. Parte 2: Ascensores Hidráulicos

• Decreto 513/ 70 – Regulamento de segurança de elevadores elétricos

• Norma Portuguesa NP 2059 – Elevadores, cargas e velocidades

• Norma Portuguesa NP 2060 – Elevadores – Dimensões para a instalação de ascensores

das classes I, II e III

• Norma Portuguesa NP 2061 – Elevadores – Dimensões para a instalação de ascensores

das classes IV

• Norma Portuguesa NP 2063 – Elevadores – Dispositivos de comando e sinalização

• DIN 18090 – Elevadores – Portas de Batente

• DIN 18091 – Elevadores – Portas de Patamar automáticas da classe de resistência ao

fogo F90

• Dec. Lei 123/97 – Normas Técnicas destinadas a permitir a acessibilidade das pessoas

com mobilidade condicionada nos edifícios públicos, equipamentos coletivos e via pública

• Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão

• Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Elétrica

• “Diretiva Ascensores” EC/95/16, transposta pelo Dec. Lei 295/98

São dimensionados de acordo com os efetivos e com os tipos e dimensões de cargas a

transportar.

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SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS EM EDIFICIOS DE SEGURANÇ A

INTEGRADA

1. Enquadramento

O projeto das instalações de segurança integrada visa estabelecer um conjunto de instalações

e medidas de carácter interdisciplinar no sentido de obtenção de um edifício dotado de meios

de segurança passiva e ativa que o tornem seguro do ponto de vista dos utilizadores e do

próprio edifício em si.

A solução a projetar deve ser adequada ao funcionamento seguro e fiável de todo o complexo

no decurso da exploração, pelo que deve ser incorporar medidas passivas e ser dotado dos

meios necessários, quer à proteção dos seus utilizadores, quer à proteção das instalações

contra riscos resultantes de um incêndio, considerando a legislação regulamentar aplicável.

Deste modo, na conceção do CECQ e das soluções a implementar deverão satisfazer as

exigências contidas designadamente nos seguintes diplomas:

• Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro – Regime Jurídico da Segurança Contra

Incêndios em Edifícios, na redação que lhe foi conferida pelo Dec. Lei n.º 224/2015, de 09

de outubro (RJ-SCIE);

• Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro – Regulamento técnico de Segurança Contra

Incêndio em Edifícios (RT-SCIE).

A consecução do desiderato anteriormente identificado pressupõe que sejam integralmente

aplicadas as medidas de segurança, entre outras, que a seguir se enunciam:

• Condições exteriores de segurança e acessibilidade;

• Limitações à propagação do incêndio pelo exterior;

• Abastecimento e prontidão dos meios de socorro;

• Resistência ao fogo dos elementos estruturais;

• Compartimentação corta-fogo;

• Isolamento e proteção de locais de risco, vias de evacuação e canalizações e condutas;

• Adequada reação ao fogo dos revestimentos a empregar;

• Condições de evacuação nos locais e nas vias;

• Equipar o complexo de instalações técnicas necessárias ao cabal funcionamento das

utilizações-tipo e de acordo com as respetivas categoria de risco, designadamente fontes

centrais de energia de emergência;

• Instalação de equipamentos e sistemas de segurança adequados, tendo em atenção as

utilizações-tipo e as respetivas categorias de risco, designadamente:

• Sinalética,

• Extintores,

• Sistema automático de deteção de incêndios,

• Controlo de fumo,

• Redes de incêndio e respetivo grupo de bombagem e reservatório de alimentação;

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• Fornecimento de informação técnica relevante para a elaboração das Medidas de

Autoproteção e manutenção das condições de segurança.

De um modo sintético deverá prever-se os seguintes sistemas:

Sistema ativo : Sistema de deteção e alarme contra Incêndios generalizados a todo o edifício;

rede de água de serviço de incêndio; equipamento de combate a incêndio: Extintores portáteis,

rede de incêndio armada, coluna seca, rede de extinção automática por sprinklers; Controlo de

fumos - desenfumagem manual e automática; cortina de segurança na caixa de palco de forma

a garantir uma resistência ao fogo CF 60 (Artigo 83 do Dec. Lei 34/95 – e respetivas

atualizações), Depósito de água e respetivo sistema de bombagem, caso se justifique (verificar

a pressão da água pública).

Sistemas passivos: Compartimentação corta-fogo e caminhos de evacuação com saídas de

emergência adequadas; portas (devidamente assinaladas), com barras antipânico, e registos

corta-fogo de modo a assegurar o isolamento do foco de incêndio a áreas restritas durante um

espaço de tempo adequado; especificação de materiais de revestimento, construção e

proteção; acessibilidade para o combate a incêndios a partir do exterior, etc.

2. Outras considerações a ter em conta

Todos os materiais utilizados no teatro, com predominância na área de palco deverão, por Lei,

ser ignífugos (bambolinas, pernas, ciclorama, chão do palco, perfis e vigas metálicas etc.)

A proteção de pessoas contra contactos diretos é assegurada quer pelo isolamento dos

condutores quer pela proteção mecânica destes, dos quadros, caixas e outra aparelhagem.

Instalação de meios que permitam a evacuação de pessoas em segurança, nomeadamente

através de um sistema de sinalização de saídas apropriado, de acordo com a NP-522 (verificar

atualização da norma).

2.1. Cortina Corta-Fogo

Equipamento de segurança que atua como separador entre a sala e o palco. Em caso de

incêndio poderá ser acionada a descida por ação mecânica através de comandos a situar no

palco e no exterior à caixa de palco – por norma: receção/entrada de artistas. Quando fechada

deverá obturar completamente a boca de cena, impedindo a passagem de fumos.

De uma forma geral devem ser observados os seguintes aspetos, consagrados no

Regulamento das Condições Técnicas e de Segurança dos Recintos de Espetáculos e

Divertimentos Públicos (Decreto Regulamentar n.º 34/95 – verificara atualização da norma

conforme o referido inicialmente):