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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU SER EDUCACIONAL DEPARTAMENTO DE BIOMEDICINA ARIELLY SALDANHA BARBOSA DE SOUSA KAMILA KELLY OLEGARIO CARVALHO LEONARDO BARBOSA DA SILVA ITALO DE VAZ DE ANDRADE RENARA SANTOS DE ARAUJO ANEMIA APLASTICA Fortaleza 2015

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Page 1: Anemia

FACULDADE MAURICIO DE NASSAU

SER EDUCACIONAL

DEPARTAMENTO DE BIOMEDICINA

ARIELLY SALDANHA BARBOSA DE SOUSA

KAMILA KELLY OLEGARIO CARVALHO

LEONARDO BARBOSA DA SILVA

ITALO DE VAZ DE ANDRADE

RENARA SANTOS DE ARAUJO

ANEMIA APLASTICA

Fortaleza

2015

Page 2: Anemia

ARIELLY SALDANHA BARBOSA DE SOUSA

KAMILA KELLY OLEGARIO CARVALHO

LEONARDO BARBOSA DA SILVA

ITALO DE VAZ DE ANDRADERENARA SANTOS DE ARAUJO

ANEMIA APLASTICA

[Fichamento acadêmico] apresentado ao[Professor de Hematologia], como parte dosrequisitos necessários à obtenção de parteda nota da Av1

Fortaleza

2015

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Conteúdo

1 CONCEITO / DEFINIÇÃO / INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . 3

2 ASPECTOS METODOLOGICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

3 FISIOPATOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

4 MANIFESTAÇOES CLINICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

5 ALTERAÇÕES LABORATORIAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

6 DIAGNOSTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

7 TRATAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

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1 Conceito / Definição / Introdução

Por definição, o termo anemia se refere a diminuição da concentração de hemo-globina no sangue abaixo dos valores de referência para idade e sexo1. Mas na anemiaaplástica não é apenas a hemoglobina que está abaixo dos valores de referência.Nessa hemopatia ocorre uma diminuição do hemograma das três linhagens celulares(eritrócitos, leucócitos e plaquetas) devido a insuficiência da medula óssea. Essa in-suficiência, chamada aplasia medular, geralmente é causada por agentes externos(radiação, fármacos, vírus. . . ), mas também pode ter origem genética. Por esse motivoa anemia aplástica é classificada como adquirida ou congênita, respectivamente.

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2 ASPECTOS METODOLOGICOS

No Brasil, estima-se que a incidência de anemia aplástica seja de 1 2 casosnovos /1000000 de habitantes por ano, mas em países como Tailândia e China aincidência é cerca de três vezes maior2,3. A doença afeta igualmente homens emulheres e tem dois picos de incidência, o primeiro entre 15 e 25 anos, e o segundoapós os 60 anos de idade.

Nos casos onde a aplasia medular tem origem congênita geralmente existeassociação com a anemia de Fanconi (AF), disqueratose congênita (DC), síndrome deShwacnhan-Diamond (SSD) ou anemia de Diamond-Blackfan (ADB)2.

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3 FISIOPATOLOGIA

Nessa anemia ocorre uma diminuição drástica na população de células troncopluripotentes na medula óssea e intensa substituição da medula por tecido adiposo.As poucas células que restam têm muita dificuldade para se dividir e se diferenciarde maneira suficiente para suprir as necessidades do organismo. Isso acontece porconta de um processo imunológico que acontece na medula óssea, onde um infiltradode linfócitos T CD8+ libera interferon-γ e fator de necrose tumoral (TNF) no ambientemedular. Já foi descrito na literatura que essa resposta imunológica talvez aconteçadevido a alguma mutação no complexo de reparação dos telômeros nos leucócitos. Jáque em um terço dos casos a análise citogenética dessas células mostra a presençade telômeros curtos.

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4 MANIFESTAÇOES CLINICAS

As manifestações clínicas são secundárias à deficiência de células do sangue.A anemia (déficit de glóbulos vermelho) causa fraqueza, fadiga e angina de peito. Aleucopenia (déficit de glóbulos branco) origina infecções recorrentes, em regra bacteria-nas (e.g., infecções das vias respiratórias superiores, celulite, abcessos perirectais).Doentes hospitalizados tratados com antibióticos podem desenvolver infecções fúngi-cas. A trombocitopenia (déficit de plaquetas) predispõe para hemorragias, na forma deequimoses cutâneas, petéquias, epistáxis e outras hemorragias mais graves (trato gas-trointestinal, sistema nervoso central). As hemorragias são particularmente frequentescom contagens de plaquetas inferiores a 20.000. O exame físico, em regra, mostra assequelas infecciosas e hemorrágicas. Hepatomegalia (fígado dilatado), esplenomegalia(baço dilatado), e linfadenopatias são pouco frequentes. A sua presença obriga a excluiroutras doenças da medula óssea, como leucemias ou síndromas mielodisplásticos.

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5 ALTERAÇÕES LABORATORIAIS

Os achados laboratoriais podem ser divididos em dois tipos:

Achados no sangue periférico:

* Anemia normocrômica, normocítica ou macrocítica;

* Reticulopenia;

* Leucopenia (principalmente em granulócitos);

* Trombocitopenia;

* Não há presença de células anormais no sangue periférico.

Achados na medula óssea:

* Hipoplasia medular com perda de tecido (substituição por gordura);

* Predominância de linfócitos e plasmócitos.

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6 DIAGNOSTICO

O principal método para o diagnóstico da aplasia medular é a biópsia de medula.

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7 TRATAMENTO

O único tratamento potencialmente curativo é o transplante alogeneico de me-dula óssea. É o tratamento de eleição em doentes com menos de 40 anos de idade,com um dador consanguíneo e com AA severa. Só cerca de1/3 dos doentes têm umdador deste tipo. A percentagem de cura em doentes previamente não transfundidoscom produtos sanguíneos é de 75-85%, mas baixa para 55-60% em doentes quereceberam múltiplas transfusões antes do transplante. Doentes que não preenchemos critérios de AA severa ou doentes acima dos 50 anos de idade não são candidatospara o transplante. A terapêutica imunosupressiva está indicada nestes doentes. Asdrogas mais usadas incluem a globulina antitimócito (ATG), e a ciclosporina (csA). ATGé um soro heterólogo equino administrado por via endovenosa durante 4 a 10 dias. Ataxa de resposta é de 50%.

Complicações incluem reações alérgicas (febre, arrepios), destruição exageradade plaquetas e a doença do soro, caracterizada por febre, rash cutâneo, artralgias eanafilaxia. O uso concomitante de corticosteroides minimiza estes efeitos colaterais.CsA é administrada oralmente (dose: 3-7 mg/Kg/dia) durante 6 a 8 meses, com a doseajustada em função dos níveis séricos. Cerca de 25% dos doentes respondem à csA. Éuma droga nefrotóxica. Combinações de ATG+csA podem melhorar a taxa de resposta,em especial com AA severas. Os androgénios não são eficazes na AA moderada ousevera, mas são úteis nas AA ligeiras.

Os fatores de crescimento hematopoiéticos (G-CSF, GM-CSF) têm sido usadosno tratamento das neutropenias, com melhoria temporária em alguns doentes. Ostratamentos de suporte são importantes:

Estudos de histocompatibilidade (HLA typing) do doente e familiares devemser efetuados imediatamente, na procura de eventuais dadores de medula óssea.Em potenciais recipientes de um transplante, as transfusões sanguíneas devem serreduzidas ao mínimo. Se as transfusões são necessárias, familiares do doente nãodevem ser usados como dadores de produtos sanguíneos.

Transfusões de plaquetas estão indicadas apenas em doentes com hemorragiasou em alto risco de hemorragia. Frequentes transfusões de plaquetas predispõem osdoentes para a sensibilização aos antígenos HLA e subsequente estado refratário àstransfusões. Se a hemoglobina é inferior a 7-8 g/dl, transfusões com concentrados deeritrócitos irradiados e pobres em glóbulos brancos estão indicadas.

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Capítulo 7. TRATAMENTO 10

Transfusões com glóbulos vermelhos irradiados devem ser usadas para prevenirinfecções por CMV e para minimizar o risco de GVHD (graft-versus-host disse-as)em doentes imunosuprimidos. Doentes hospitalizados com contagem de neutrófilosinferiores a 500 dvem ser objetivo de precauções neutropénicas, para minimizar orisco de infecções. Se desenvolvem febre (T acima de 38C), é imperativa a instituiçãoimediata de antibióticos endovenosos de largo espectro.

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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAICAS

1. Fundamentos em hematologia / A. V. Hoffbrand, P. A. H. Moss 6a ed Artmed,2013.

2. MANUAL DE HEMATOLOGIA / HAMERSCHLAK, Nelson 1a ed Manole LTDA,2010.

3. FONSECA, TERESA CRISTINA CARDOSO; PAQUINI, RICARDO. Anemiaaplástica severa: análise dos pacientes pediátricos atendidos pelo serviço de trans-plante de medula óssea do Hospital de Clínicas de Curitiba no período de 1979-1993.Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 48, n. 3, p. 263-267, Sept. 2002.

4. FONSECA, T., RAPOSO, J., GOMEZ, B., D’OLIVEIRA, J., DE LACERDA, J..Aplastic anemia. Alternative treatment by bone marrow transplantation.. Acta MédicaPortuguesa, North America, 10, Jan. 1997.