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ANDRÉIA BORGES DA SILVA Curso de Ciências Biológicas – Licenciatura Trabalho de Conclusão CONTROLE SANITÁRIO DE AVES MIGRATÓRIAS: CONTROLE SANITÁRIO DE AVES MIGRATÓRIAS: CONTEXTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O ENSINO MÉDIO CONTEXTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O ENSINO MÉDIO CANOAS, 2009.

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ANDRÉIA BORGES DA SILVA

Curso de Ciências Biológicas – LicenciaturaTrabalho de Conclusão

CONTROLE SANITÁRIO DE AVES MIGRATÓRIAS:CONTROLE SANITÁRIO DE AVES MIGRATÓRIAS: CONTEXTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O ENSINO MÉDIOCONTEXTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O ENSINO MÉDIO

CANOAS, 2009.

ANDRÉIA BORGES DA SILVA

CONTROLE SANITÁRIO DE AVES MIGRATÓRIAS:CONTROLE SANITÁRIO DE AVES MIGRATÓRIAS: CONTEXTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O ENSINO MÉDIOCONTEXTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O ENSINO MÉDIO

Trabalho de conclusão apresentado à banca examinadora do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário La Salle – Unilasalle, como exigência parcial para obtenção do grau de Licenciado em Ciências Biológicas sob orientação do Professor Ms. Giovani André Piva.

Canoas, 2009.

TERMO DE APROVAÇÃO

ANDRÉIA BORGES DA SILVA

CONTROLE SANITÁRIO DE AVES MIGRATÓRIAS:CONTROLE SANITÁRIO DE AVES MIGRATÓRIAS: CONTEXTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O ENSINO MÉDIOCONTEXTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O ENSINO MÉDIO

Trabalho de conclusão aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciado em Ciências Biológicas do Centro Universitário La Salle – Unilasalle, pelo avaliador:

Profº. Ms. Giovani André Piva

Canoas, 2009.

Dedicatória

Os esforços de conservação não serão bem sucedidos se lhes faltar o conhecimento acerca do caráter e localização da biodiversidade que buscam proteger. Este trabalho de conclusão é dedicado àqueles que se empenham na luta pela proteção da biodiversidade por meio da ciência da conservação e da educação sanitária em especial a todos os professores que fazem a diferença em sala de aula na busca da formação de alunos conscientes da sua realidade.

Agradecimentos

Agradeço a todos que contribuíram para a realização deste momento.

Epígrafe

O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente.(Mohandas Karamchand Gandhi 1869 – 1948).

RESUMORESUMO

O presente trabalho destaca o grande valor da biologia contemporânea, através do trabalhar em sala de aula com a contextualização de temas atuais para o ensino médio. Será que o professor da atualidade está a par da importância da contextualização de temas divulgados nos meios de comunicação? Como trazer essas temáticas para a sala de aula de tal forma que representem conjuntos de situações que podem ser vivenciadas, analisadas, reinventadas, problematizadas e interpretadas? Estas e outras perguntas tangem ou deveria tanger nas mentes dos mediadores. Como lidar com a Biologia contemporânea na escola de maneira que esse conhecimento faça diferença na vida de todos os estudantes, independentemente do caminho profissional que vão seguir, de suas aptidões ou preferências intelectuais. Temas como Influenza Aviária, devem ser contextualizados em sala de aula, incentivando e instigando o estudante à pesquisa sobre este assunto, já que se trata de doença de importância mundial que é transmissível ao homem e que já matou milhares de animais e centenas de homens. Através de pesquisas em sites de buscas na internet; análise de livros didáticos de biologia para o ensino médio e questionário investigativo destinados a professores e alunos do ensino médio. Este tema infelizmente não é trabalhado em sala de aula..Palavras-chave: Virologia. Contextualização. Educação Sanitária. Influenza Aviária.

ABSTRACTABSTRACT

The present work detaches the great value of biology contemporary, through working in classroom with the contextualização of current subjects for average education. He will be that the professor of the present time is along with the importance of the contextualização of subjects divulged in the medias? How to bring these thematic ones for the classroom in such a way that they represent sets of situations that can be lived deeply, be analyzed, reinventadas, problematizadas and interpreted? These and other questions refer to or would have to refer to in the minds of the mediators. As to deal with Biology contemporary in the school thus this knowledge makes difference in the life of all the students, indepen-dently of the professional way who go to follow, of its aptitudes or intellectual preferences. Subjects as Influenza Aviária, must be contextualizados in classroom, stimulating and in-stigating the student to the research on this subject, since it is about illness of world-wide importance that is transmissible to the man and that already it killed thousand of animals and hundreds of men. Through research in sites of searches in the Internet; didactic book analysis of biology for average education and investigativo questionnaire destined the pro-fessors and pupils of average education. This subject is unhappyly not worked in class-room. Key words: Contextualização. Sanitary education. Influenza Aviária.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 – Países com Influenza Aviária segundo o ano de ocorrência. .............. 20

Quadro 2 – Algumas notícias da mídia sobre influenza aviária desde. 2004 a 2009.

................... 21

Quadro 3 – Lista de sites de buscas utilizados para pesquisa na internet.

................... 51

Quadro 4 – Lista de livros didáticos de Biologia do ensino médio analisados.

................... 53

Figura 1 – Mapa de surtos da Influenza Aviária no mundo. ................................ 20

Figura 2 – Acampamento sendo montado no monitoramento de 2007.

................... 24

Figura 3 – Rede de neblina, método de captura utilizada em aves migratória.

................... 24

Figura 4 – Aves migratória, sendo anilhada, pelo CEMAVE. ................................ 25

Figura 5 – Coleta de amostra de suabe de cloaca de ave migratória, pelo SFA-RS.

................... 25

Figura 6 – Momento da soltura das aves migratórias, pelo SFA-RS. ................... 25

Figura 7 – Rotas das aves migratórias. ................................................................... 30

Figura 8 – Rotas das aves migratórias do Hemisfério Norte. .................................. 31

Figura 9 – Áreas protegidas pelo ICMBIO. .............................................................. 34

Figura 10 – RAMSAR (Zonas úmidas de importância internacional). ................... 35

Figura 11 – Gifs da Influenza Aviária x Educação Sanitária. ................................... 38

Figura 12 - Desenvolvimento sustentável: o conceito e a realidade. ....................... 41

Figura 13 - Grandes eventos - avanços institucionais e políticos. ....................... 41

Figura 14 - Grandes eventos - avanços institucionais e políticos (mundo e Brasil).

....................... 42

Figura 15 – Organograma da estrutura elaboração do questionário investigativo.

....................... 48

Figura 16 – Análise de sites de buscar por palavras chaves. ................................. 51

Figura 17 – Gráfico dos dados costumes de leitura dos entrevistados.

....................... 55

Figura 18 – Gráfico dos dados importância da contextualização de temas atuais.

....................... 56

Figura 19 –Gráfico dos dados trabalhando com o tema em sala de aula.

....................... 57

Figura 20 – Gráfico dos dados interesse pelo assunto. ........................................... 58

Figura 21 – Gráfico dos dados oportunidade de trabalhar com o assunto.

....................... 59

Figura 22 – Gráfico dos dados das disciplinas para trabalhar o assunto.

....................... 60

Figura 23 – Gráfico dos dados maneira de trabalhar o assunto. ............................ 61

Figura 24 – Gráfico dos dados dos professores que biologia trabalhando com o assunto.

....................... 62

Figura 25 – Gráfico dos dados pergunta o que é influenza aviária. ...................... 63

Figura 26 – Gráfico dos dados da transmissão entre as espécies. ...................... 64

Figura 27 – Gráfico dos dados da espécie reservatório natural do vírus.

....................... 65

Figura 28 – Gráfico dos dados do consumo de carne e transmissão do vírus.

....................... 66

Figura 29 – Gráfico dos dados “casos diagnosticados” no Brasil. ....................... 67

Figura 30 – Gráfico dos dados do recebimento de informações sobre o assunto.

....................... 68

Figura 31 – Gráfico dos dados do(s) órgão(s) responsáveis pela informação do assunto.

....................... 69

Figura 32 – Gráfico dos dados da importância de medidas de controle sanitário.

....................... 70

Figura 33 – Foto da aplicação do questionário em turma do 3ª ano do ensino médio.

....................... 83

Figura 34 – Foto da aplicação do questionário em turma do 3ª ano do ensino médio.

....................... 83

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 3. .............................. 55

Tabela 2 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 4. .............................. 56

Tabela 3 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 5. .............................. 57

Tabela 4 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 6. .............................. 58

Tabela 5 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 7. .............................. 59

Tabela 6 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 8. .............................. 60

Tabela 7 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 9. .............................. 61

Tabela 8 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 10. ............................ 62

Tabela 9 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 11. ............................ 63

Tabela 10 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 12. .......................... 64

Tabela 11 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 13. .......................... 65

Tabela 12 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 14. .......................... 66

Tabela 13 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 15. .......................... 67

Tabela 14 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 16. .......................... 68

Tabela 15 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 17. .......................... 69

Tabela 16 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 18. .......................... 70

SUMÁRIOSUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13

2. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DE ENSINO MÉDIO – PCNEM

.............. 15

3. O VÍRUS DA INFLUENZA AVIÁRIA .................................................................... 18

3.13.1 Noticias da mídia sobre influenza aviária das açõesNoticias da mídia sobre influenza aviária das ações realizadas no Mundo e no Estado do Rio Grande do Sulrealizadas no Mundo e no Estado do Rio Grande do Sul

.................................. 21

3.23.2 Monitoramento de aves migratórias e do vírus daMonitoramento de aves migratórias e do vírus da influenza aviária no Rio Grande do Sulinfluenza aviária no Rio Grande do Sul

.................................. 23

4. AS AVES E SUA IMPORTÂNCIA NA NATUREZA ............................................ 26

4.1 As aves migratórias ......................................................................................... 28

4.2 As rotas das aves migratórias ........................................................................ 29

5. UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL ............................. 32

5.1 Iniciativas para a conservação e pesquisa no ensino .................................. 35

5.2 Educação sanitária enfoque ambiental ......................................................... 36

5.3 Como trabalhar o assunto em sala de aula .................................................... 42

6. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA ...................................................................... 46

6.1 Levantamento bibliográfico do tema ................................................................ 46

6.1.1 Pesquisas em sites de buscas na internet ....................................................... 46

6.1.2 Análise de livros didáticos de biologia para o Ensino Médio ............................ 46

6.1.3 Aplicação do questionário investigativo. ........................................................... 46

7. RESULTADOS .................................................................................................... 49

7.1 Resultado em sites de busca na internet ....................................................... 50

7.2 Resultado da análise de livros didáticos ....................................................... 52

7.3 Resultado da aplicação do questionário investigativo ................................ 54

7.4 Considerações Finais ....................................................................................... 72

REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 74

APÊNDICE A – Questionário investigativo professor ............................................ 79

APÊNDICE B – Questionário investigativo aluno ................................................... 81

APÊNDICE C – Fotos da aplicação do questionário investigativo ......................... 83

ANEXO 1 – Lista das Espécies de Aves Migratórias Ocorrentes no Brasil ............ 84

1. INTRODUÇÃO1. INTRODUÇÃO

Será que o professor da atualidade está a par da importância da contextualização

de temas divulgados nos meios de comunicação? Como trazer essas temáticas para a

sala de aula de tal forma que representem conjuntos de situações que podem ser

vivenciadas, analisadas, reinventadas, problematizadas e interpretadas? Estas e outras

perguntas tangem ou deveria tanger nas mentes dos mediadores. Como lidar com a

Biologia contemporânea na escola de maneira que esse conhecimento faça diferença na

vida de todos os estudantes, independentemente do caminho profissional que vão seguir,

de suas aptidões ou preferências intelectuais.

O interesse e a curiosidade dos estudantes pelos animais, natureza e pela ciência

pela tecnologia e pela realidade local e universal, conhecimentos também pelos meios de

comunicação, favorecem o envolvimento e o clima de interação e relações entre homem e

animais.

Acredita-se que as alterações ambientais e a degradação dos habitats naturais

dos animais vêm sofrendo várias mudanças ao longo do tempo, tais fatores podem estar

alterando a distribuição geográfica das espécies. Sendo algumas espécies vetores na

transmissão de doenças ao homem. Condições estas que requerem um monitoramento

de doenças de importância pública e econômica entre os países.

Diariamente grande quantidade de informações transmitidas pelos meios de

comunicação se referem a fatos cujo completo entendimento depende do domínio de

conhecimentos científicos. Nesses últimos anos, em especial, os conhecimentos

biológicos têm, por essa via, estado presentes em nossa vida com uma freqüência

incomum, dado o avanço dessa ciência em alguns de seus domínios. É importante,

contextualizar o conhecimento do educar pela pesquisa (BRASIL, 2003, p. 31).

14

Após uma breve pesquisa, de como este assunto é destacado pelos meios de

comunicação (jornais, revistas, internet, etc), pode-se constar que a melhor maneira de se

trabalhar o assunto seria através de reportagens em jornais e revistas.

Temas como Influenza Aviária, devem ser contextualizados em sala de aula,

incentivando e instigando o estudante à pesquisa sobre o assunto, já que se trata de uma

doença de importância mundial que é transmissível ao homem e que já matou milhares de

animais e centenas de homens.

Durante os estágios supervisionados pode-se constatar que o tema em questão

não era trabalho em sala de aula. Dar-se então a idéia de contextualizar através do

conhecimento, como deveria ser trabalhado este assunto em sala de aula. Na perspectiva

da construção do conhecimento ao estudante, visando à importância da conservação do

habitat escolhido pelas aves e, o que isto representa para o controle sanitário relativo às

doenças causadas pelo vírus da influenza aviária.

Acredito na importância de se trabalhar este assunto, já que o risco continua

existindo, apesar de assunto não estar tão presente na mídia como deveria estar.

2.2. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DE ENSINO MÉDIO -PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DE ENSINO MÉDIO - PCNEMPCNEM

A biologia está inserida em Ciências da Natureza e Matemática. Os temas

estruturadores do ensino de biologia nos PCNEM contemplam as principais áreas de

interesse da Biologia contemporânea se voltam para a compreensão de como a vida (e

aqui se inclui a vida humana) se organiza, estabelece interações, se reproduz e evolui

desde sua origem e se transforma, não apenas em decorrência de processos naturais,

mas, também, devido à intervenção humana e ao emprego de tecnologias.

Como trazer essas temáticas para a sala de aula de tal forma que representem

conjuntos de situações que podem ser vivenciadas, analisadas, reinventadas,

problematizadas e interpretadas?

Como lidar com a Biologia contemporânea na escola de maneira que esse

conhecimento faça diferença na vida de todos os estudantes, independentemente do

caminho profissional que vão seguir, de suas aptidões ou preferências intelectuais?

Segundo os PCNEM (BRASIL, 2006, p. 21) o aluno deve dominar conhecimentos

biológicos para compreender os debates contemporâneos e deles participar, no entanto,

constitui apenas uma das finalidades, sintetizada em seis temas estruturadores:

1. Interação entre os seres vivos;

2. Qualidade de vida das populações humanas;

3. Identidade dos seres vivos;

4. Diversidade da vida;

5. Transmissão da vida, ética e manipulação gênica;

6. Origem e evolução da vida.

16

Estes seis temas não reinventam os campos conceituais da Biologia, mas

representam agrupamentos desses campos de modo a destacar os aspectos essenciais

sobre a vida e a vida humana que vão ser trabalhados por meio dos conhecimentos

científicos referenciados na prática.

Segundo os PCNEM (BRASIL, 2006), podemos abordar o tema “Aves” – Seres

Vivos, geralmente no 2 ano do Ensino Médio, destacando os principais desafios para a

conservação deste grupo de animais:

a. as perturbações na biosfera: perturbações naturais e produzidas por ação

humana (BRASIL, 2006, p. 105):

− buscar dados e informações sobre as perturbações naturais e

antrópicas pragas, desmatamento, uso de combustíveis fósseis,

ruptura das teias alimentares, indústrias e petroquímica a curto, médio

e longo prazo.

− compreender os impactos ambientais dentro da ótica do

desenvolvimento sustentável.

− avaliar as dimensões das perturbações na biosfera e propor ações

corretivas ou preventivas, individual ou coletivamente.

b. saúde ambiental: relacionar o reaparecimento de determinadas doenças

(como influenzas) com a ocupação desordenada dos espaços urbanos e a

degradação ambiental (BRASIL, 2006, p. 46).

c. a diversidade ameaçada (BRASIL, 2006, p. 48):

− identificar em um mapa as regiões onde se encontra a maior

diversidade de espécies do planeta, caracterizando suas condições

climáticas.

− reconhecer as principais características da fauna e da flora dos

grandes biomas terrestres, especialmente dos brasileiros.

− assinalar em um mapa a distribuição atual dos principais ecossistemas

brasileiros e compará-la com a distribuição deles há um século atrás.

− fazer um levantamento das espécies dos principais ecossistemas

brasileiros que se encontram ameaçadas.

17

− debater as principais medidas propostas por cientistas, ambientalistas

e administração pública para preservar o que resta dos nossos

ecossistemas ou para recuperá-los.

− relacionar as principais causas da destruição dos ecossistemas

brasileiros.

− comparar argumentos favoráveis ao uso sustentável da biodiversidade

e tomar posição a respeito do assunto.

Cabe ao professor mostrando-lhes uma nova maneira, lúdica e prazerosa e

participativa, de relacionar-se com o conteúdo escolar, levando a uma maior apropriação

dos conhecimentos envolvidos.

A escola deve estar convicta que os aspectos emocionais e sociais são

importantes na formação plena de nossos alunos, trabalhando na formação básica e

fundamental para agregar conhecimentos, valores e atitudes. Ajudando a prepará-los com

segurança e competência, para as etapas de aprendizagem que se sucedem ao ensino

médio e para a vida.

3.3. O VÍRUS DA INFLUENZA AVIÁRIAO VÍRUS DA INFLUENZA AVIÁRIA

A Influenza Aviária é uma doença infecto-contagiosa das aves causada pelo vírus

da Influenza A, membro da família Orthomyxoviridae, do gênero Influenzavirus, que

acomete aves silvestres (entre elas aves migratórias) e aves domésticas que podem

manifestar ou não sinais clínicos da doença.

Também chamada de peste aviária, foi descrita no ano de 1878 por Perroncito,

pesquisador italiano, que a diferenciou das doenças causadas por bactérias e foi

identificada como um agente filtrável (vírus) por Centanini e Savunozzi em 1901. Mas

somente em 1955, que a chamada peste aviária foi identificada como sendo causada por

um vírus da influenza, que hoje sabemos ser do tipo A (MORAES ; SALLE, 2000, p. 283).

Os vírus de Influenza Aviária tipo A, são divididos em 15 subtipos antígenos de

hemaglutinina (H) e 9 subtipos de neuraminidase (N). A maioria das cepas de vírus não é

virulenta em aves, apresentando poucos sinais clínicos de doenças ou somente

insuficiência respiratória nas mesmas. Essas cepas são classificadas como cepas de

baixa patogenicidade são comumente isoladas em aves migratórias.

Existem algumas formas do vírus que são conhecidas como de alta

patogenicidade, normalmente classificadas como os tipos H5 e H7, e geralmente causam

doenças e até mortandade em aves silvestres, sendo assim raros na natureza. Nas

últimas décadas, vários surtos e pandemias com amostras de alta patogenicidade do

vírus foram descritos em diversos lugares do mundo. O grande desafio para a ciência é o

fato do vírus do tipo A reunir características que torna um dos mais temíveis dentre os

conhecidos agentes de doenças devido à capacidade de mutação que lhe conferem

elevadas flexibilidade e infectividade para humanos, suínos, eqüinos, mamíferos marinhos

e aves (ISHIZUKA, 2008, p. 20).

19

Os pequenos erros que ocorrem no momento da duplicação tornam o vírus sem

correção para a formação de uma nova célula, este defeito não e detectável e sucedem

constantes alterações no perfil genético de novos subtipos virais. Embora sejam

mutações pequenas, são suficientes para escapar da resposta imunológica do hospedeiro

e está é a principal razão pelas quais vacinas não protegem contra novos vírus mutantes.

Segundo OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras agências estão

preocupadas em monitorar estirpes (mutações do vírus) prevalentes para detectar

eventual aumento da virulência ou transmissão ao homem para que possam assinalar

para uma pandemia (SAEED ; HUSSEN, 2008, p. 21).

Outro importante aspecto a ser considerado pelos países em rotas de aves

migratórias é sobre a potencialidade dessas espécies na introdução de doenças,

particularmente aquelas que possam gerar impactos na economia e trazer riscos à saúde

humana e animal, como é o caso da Influenza Aviária. Tem sido sugerido que a migração

de aves migratórias poderia estar contribuindo para a propagação do vírus. Uma grande

variedade de espécies de aves, em torno de 100, e mais de 8 ordens, tanto de aves

domésticas, perus e galinhas quanto aves silvestres, são susceptíveis ao vírus.

“O papel das aves migratórias na dispersão do Vírus da Influenza Aviaria H5N1

ainda não é totalmente conhecido”. Os registros de mortalidade de aves silvestres

migratórias o que sugere uma possível vulnerabilidade dessas aves ao realizarem longas

migrações quando infectadas por este vírus (CEMAVE, 2006, Informação nº 35).

O reservatório natural do vírus influenza A, são aves aquáticas, onde o mesmo

encontra-se altamente adaptado. Porém, influenza A é ocasionalmente transmitido do

principal reservatório (aves aquáticas) para outros animais, incluindo mamíferos e aves

domésticas, podendo provocar infecção passageira ou epidemias. Essas passagens em

diferentes espécies aumentam as chances de adaptação do vírus, facilitando o

surgimento de linhagens virais capazes de provocar epidemias em um novo hospedeiro.

O número de subtipos de influenza A que se adaptaram em mamíferos é limitado (JONG ;

HIEN, 2005, p. 27).

A transmissão dos vírus entre as aves se dá por contato direto com fezes, saliva e

secreções nasais e oculares de indivíduos contaminados.

20

Alguns estudos têm investigado a sobrevivência do vírus fora do hospedeiro, tem-

se verificado que o vírus é mais resistente em ambientes de água doce e com

temperaturas mais baixas (CEMAVE, 2006, Informação nº 35). Atualmente, o mundo

direciona sua atenção para a cepa altamente patogênica do vírus de Influenza Aviária

H5N1, pelos grandes impactos econômicos, sociais e na preocupação de uma possível

pandemia para os seres humanos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Sanidade Animal (OIE) o

vírus já foi isolado em 58 diferentes países, no sudeste da Ásia, Europa e África. As

estatísticas estimam que, até 26 de julho de 2006, este vírus já levou à morte de 134

pessoas e mais de 150 milhões de aves, em sua maioria aves domésticas, conforme

mostra (quadro 1).

Devido à grande variabilidade e capacidade e adaptação, o vírus influenza causa

epidemias recorrentes em seres humanos e menos freqüentemente pandemias.

Pandemias de influenza A ocorreram nos anos de 1918-1919 (gripe espanhola), 1957 e

1958 causadas pelos subtipos H1N1, H2N2 e H3N2, respectivamente (DE LA BARRERA ;

REYES-TERÁN, 2005, p. 3).

A mais devastadora das pandemias da história foi à ocorrida em 1918, causando

a morte de mais de 40 milhões de pessoas em menos de um ano (DE LA BARRERA ;

REYES-TERÁN, 2005, p. 3). Recentemente, casos fatais de influenza A altamente

patogênico (subtipo H5N1) em seres humanos e a disseminação por aves migratórias

colocam o mundo em alerta para os riscos de uma nova pandemia.

Quadro 1 – Países com Influenza Aviária segundo o ano de ocorrência.Influenza Aviária causada por vírus alta patogenicidade H5N1

2004 2005 2006 2007 (16.08)USA, Canadá, Coréia, Tailândia, Vietnam, Japão, China Popular, Malássia, Hong Kong, Indonésia, Laos, Cambodia, Taipie.

Pen. Malássia, Comboja, Hong Kong, Correia Rep, Correia Pop, Pakistão, Filipinas, Mongólia, Vietnam, Tailândia, China Pop, Indonésia, Zimbawe, África do Sul, Kazakistão, Rússia, România, Turquia, Croácia.

Japão, Vietnam, Malássia, Rep China, Myanmar, Cambodia, Tailândia, Índia, Iraque, Ucrânia, Turquia, Tailândia, Croácia, Rússia, România, Albânia, Egito, Cameron, Azerbadian, Montenegro, Israel, Palestina, Jordânia, Paquistão, Itália, França, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Dinamarca, Cote d’Ívore, Bulgária, Polônia, Slovenia , Sudão, Niger, Nigéria, Zimbawe, Djibout.

Afganistão, Bangladesh, Cambodia, Rep China, Cote d’ Ívore, Rep Checa, França, Alemanha, Gana, Hong Kong, Coréia, Kuwait, Laos, Malássia (penísula), Miammar, Paquistão, Rússia, Arábia Saudita, Tailândia, Togo, Turquia, Reino Unido, Vietman.

13 20 41 26Fonte: Organização Mundial de Saúde – WHO e da Sanidade Animal – OIE.

21

Segundo o MAPA, no Brasil não existe caso da doença e nem de presença do

vírus de alta patogenicidade, conforme o mapa de surtos da IA (figura 1).

Figura 1 – Mapa de surtos da Influenza Aviária no mundo.Fonte: OIE (Organização Mundial de Saúde). Organização Pan-Americana da Saúde. Representação no Brasil. Influenza Aviaria: Doença surto mapas. Informação Zoosanitária. Disponível em: <http://www.Oie.int>. Acesso em: 18. mai.2008.

3.13.1 Noticias da mídia sobre influenza aviária das ações realizadas no Mundo e noNoticias da mídia sobre influenza aviária das ações realizadas no Mundo e no Estado do Rio Grande do SulEstado do Rio Grande do Sul

Quadro 2 – Algumas notícias da mídia sobre influenza aviária desde 2004 a 2009.Meio de

ComunicaçãoNoticia Enfoque

JORNALNew York Post

FLU EYED IN LI BOY’S DEATH Kieran Crowley USA03/03/2009.

Gripe Mata menino de 9 anos.

TELEVISÃOTV Nacional

Veterinários do Ministério da Agricultura vão ao Rio Grande do Sul para orientar sobre gripe aviária.Eliane Wirthmann 06/04/2007.

Mostardas (RS) – Fiscais de saúde chegam à fazenda próxima à Lagoa do Peixe para prevenção de gripe aviária. Ação faz parte do Plano de Monitoramento de Influenza Aviária em Aves Migratórias e Silvestres do Brasil.

22

JORNALAvisite

Mapa encerra campanha de prevenção da Influenza Aviária no RS04/05/2007

Monitoramento de sítios de aves migratórias no RS.

SITEBBC Brasil

Suposto caso de gripe aviária fecha escola em Hong Kong12/03/2008.

Morte menino de 7 anos, fecha escola.

SITEUNICEF

Unicef lança campanha para evitar contágio de crianças com gripe aviária.29/11/2007

Campanha de Educação Sanitária ao todo, 50 mil escolas de todo o país participarão do programa.

JORNALZero Hora

A gripe que assusta o mercado mundial.13/02/2004.

À ocorrência de influenza aviária no território americano.

JORNALZero Hora

Brasil vai simular combate a foco da doença.27/10/2005

Um foco da influenza aviária seria o mesmo que um terremoto - diz Mendes.Depois que o plano.

JORNALZero Hora

Gripe do frango assusta Lula mais do que aftosa.17/10/2005

Por causa da influenza aviária que o Brasil atingiu recordes na exportação de frango e aumentou... (em combater).

JORNALZero Hora

Parentesco assustador.18/06/2006

As semelhanças entre o vírus H5N1, subtipo da influenza causador da gripe das aves, e o H1N1, da gripe espanhola, assustam.

JORNALZero Hora

Estado avança no plano contra gripe das aves.02/06/2007

O Rio Grande do Sul deu mais um passo ontem para adesão completa ao Plano de Prevenção à Influenza Aviária.

JORNALZero Hora

Um paraíso sob análise.02/11/2008

Que integra o Plano de Monitoramento da Influenza Aviária em Aves Migratórias e Silvestres.

REVISTASVeja

Brasileiros ignoram riscos de doenças em outros países.16/01/2009

Os meses de férias são, para muitos, a oportunidade de conhecer outros países ou mesmo revisitá-los.

REVISTASVeja

Aquecimento global ameaça aves migratórias.15/04/2009

PARIS, França (AFP) - O aquecimento global deve ampliar as distâncias percorridas pelas aves migratórias entre a África e o norte da Europa, com conseqüências devastadoras para estas espécies.

Fonte: Autoria própria, 2009.

23

3.23.2 Monitoramento de aves migratórias e do vírus da influenza aviária no RioMonitoramento de aves migratórias e do vírus da influenza aviária no Rio Grande do SulGrande do Sul

No Brasil as medidas de prevenção, controle e erradicação de doenças exóticas ou

emergenciais estão amparadas por legislações em vigor como o art. 63 do Regulamento

do SDSA (Decreto nº 24.548, de 3 de julho de 1934 e a Instrução Normativa nº 32, de 13

de maio de 2002, da Secretaria de Defesa). Estas legislações regulamentam o

monitoramento, notificação e controle de doenças emergentes como influenza aviária,

incluem as seguintes medidas:

a. notificação obrigatória, ao serviço veterinário oficial, da ocorrência de

sintomatologia sugestiva para a doença de Newcastle e influenza aviária, em

qualquer espécie de ave;

b. colheita de material procedente de atendimentos à suspeitas e seu envio ao

laboratório oficial;

Para atender estas questões o Estado do Rio Grande do Sul, juntamente com os

órgãos federais e estaduais, das instituições: DPA/SEAPA-RS (Departamento de

Produção Animal – Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul) e SFA-RS/

MAPA (Superintendência Federal de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul –

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), vêm realizando trabalhos de

monitoramentos, desde 2002, em sítios de aves migratórias e residentes.

Os dois principais sítios de maior concentração de aves migratórias no Estado é o

Parque Nacional da Lagoa do Peixe (PNLP) e a Estação Ecológica do Taim (TAIM),

ambas unidades de conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade (ICMBio).

Estes sítios foram selecionados por serem os de maior concentração de aves

silvestres, principalmente as aquáticas (pertencentes às Ordens Anseriformes – como

patos, gansos, marrecos, cisnes, e Charadriiformes – por exemplo, maçaricos, batuíras,

gaivotas) são reservatórios naturais do vírus da influenza aviária.

O trabalho de vigilância ativa em aves migratórias e residentes é constituído do da

estrutura de acampamento (figuras 2) montagem de barracas e preparação do trailer

laboratório, local onde é realizado o trabalho de colheita de material.

24

As aves são capturadas com redes especiais (rede de neblina ou rede de canhão)

(figuras 3) em seguida é coletado o material biológico das aves capturadas nas redes, o

material colhido é suabe traqueais e suabes cloacais (figura 5) para a pesquisa do vírus

da Influenza Aviária, em seguida, receberão uma anilha metálica do CEMAVE e uma

bandeirola colorida, que identifica o país onde foi realizado o anilhamento (figuras 4). O

Brasil utiliza a cor azul, para identificar as aves capturadas. Durante o anilhamento as

aves também são identificadas quanto à espécie e coletam-se dados biométricos-

biológicos, tais como peso, sexo, idade e, plumagem. Após o anilhamento, coleta de

material biológico e anotação dos dados coletados será feito à soltura das aves (figuras

6). As imagens a baixo mostram algumas estratégias de organização do trabalho de

monitoramento no PNLP.

Figura 2 – Acampamento sendo montado no monitoramento de 2007.Fonte: Superintendia Federal da Agricultura do RS. Monitoramento de Aves migratórias do Parque Nacional da Lagoa do Peixe.

Figura 3 – Rede de neblina, método de captura utilizada em aves migratória.Fonte: Superintendia Federal da Agricultura do RS. Monitoramento de Aves migratórias do Parque Nacional da Lagoa do Peixe.

25

Figura 4 – Aves migratória, sendo anilhada, pelo CEMAVE..Fonte: Superintendia Federal da Agricultura do RS. Monitoramento de Aves migratórias do Parque Nacional da Lagoa do Peixe.

Figura 5 – Coleta de amostra de suabe de cloaca de ave migratória, pelo SFA-RS.Fonte: Superintendia Federal da Agricultura do RS. Monitoramento de Aves migratórias do Parque Nacional da Lagoa do Peixe.

Figura 6 – Momento da soltura das aves migratórias, pelo SFA-RS.Fonte: Superintendia Federal da Agricultura do RS. Monitoramento de Aves migratórias do Parque Nacional da Lagoa do Peixe.

4. AS AVES E SUA IMPORTÂNCIA NA NATUREZA

As aves têm um importante papel no meio ambiente rural e urbano: ajudam no

controle de pragas, que atacam as plantações e as cidades; polinizam flores e espalham

sementes, auxiliando na reprodução das plantas; servem como ótimos indicadores da

qualidade dos ambientes, pois indicam rapidamente qualquer impacto ambiental; além de

nos encantar com sua beleza e seus sons.

São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo. O Brasil

abriga uma das mais diversas avifaunas do mundo, com o número de espécies estimado

em mais de 1.690 (CRBO, 2003; IUCN, 2004; NatureServe, 2004).

Isto equivale à aproximadamente 57% das espécies de aves registradas em toda

a América do Sul. Mas de 10% dessas espécies são endêmicas ao Brasil, fazendo deste

país um dos mais importantes para investimentos em conservação (SICK, 1993, p. 127).

Os dois biomas de maior distribuição das aves brasileiras são a Amazônia e a

Mata Atlântica. Estima-se que 92% das aves brasileiras são espécies residentes, sendo

apenas 8% espécies migrantes. As principais ameaças do presente e do futuro para “as

aves” é a perda e a fragmentação de habitats, seguida pela captura excessiva e ilegal. As

intervenções humanas afetaram, significativamente, as espécies de aves que habitam os

ecossistemas naturais brasileiros.

A resposta das aves à essas alterações varia desde aquelas que se beneficiam

com as alterações do habitat e aumentam suas populações (exemplo: bem-te-vi), até

aquelas que foram extintas da natureza (exemplo: arara-azul-pequena). Na região

neotropical, o Brasil é o país com o maior número de espécies de aves ameaçadas

(COLLAR, 1997, p. 138).

27

As aves silvestres, principalmente as aves aquáticas, são reservatórios naturais

do vírus da influenza aviária A, onde o mesmo encontra-se altamente adaptado. Porém,

influenza A é ocasionalmente transmitido do principal reservatório as aves migratórias

para aves domésticas para mamíferos, incluindo a espécie humana, podendo provocar

infecção passageira ou epidemias, as chamadas “zoonoses”.

Zoonoses, segundo Ministério da Saúde, (2006) são doenças de não humanos

para humanos, bem como aquelas transmitidas do homem para os animais. Os agentes

que desencadeiam essas afecções podem ser microorganismos diversos, como bactérias,

fungos, vírus.

A influenza aviária é considerada uma zoonose, o que representa preocupação

permanente aos agentes de saúde pública, uma vez que alguns subtipos, tais como

H5N1, H9N2, H7N7 e H7N2 já foram transmitidos diretamente de aves domésticas para

humanos

Este trabalho teve como objetivo geral formar multiplicadores do conhecimento

entre a relação “Aves e Influenza Aviaria” e, como objetivos específicos destacam-se:

a) avaliar o conhecimento dos professores e estudantes quanto aos

mecanismos de contágio da Influenza Aviaria, através da aplicação dos

questionários investigativos;

b) descrever a importância de se trabalhar através da contextualização de

temas divulgados nos meios de comunicação, em relação à divulgação

na mídia sobre assuntos como a Influenza Aviária.

c) instigar os estudantes do Ensino Médio a importância da conservação

do habitat escolhido pelas aves e, o que isto, representa para o controle

sanitário do vírus da Influenza Aviária;

d) discutir as ações preventivas quanto aos aspectos relacionados às

condições para ocorrência desta doença no Rio Grande do Sul

28

4.14.1 As aves migratóriasAs aves migratórias

Ao redor do mundo, diversos locais tornaram-se famosos pelas concentrações de

aves em migração atraindo a atenção, tanto de pessoas envolvidas no trabalho de

conservação e turistas interessados em ver de perto um fenômeno que encanta a espécie

humana há milênios (NASCIMENTO, 1995, p. 3).

A migração das aves é um mistério que sempre fascinou o homem, quer seja

pelas distâncias percorridas e capacidade de seguirem as mesmas rotas a cada estação

do ano. Segundo o CEMAVE, são consideradas migrações os deslocamentos realizados

anualmente, repetidamente, de forma estacional, por determinada população animal, que

se desloca de um ponto A (área de reprodução) para um ponto B (áreas de alimentação,

descanso, troca de penas etc.), em uma determinada época do ano, retornando

posteriormente ao ponto A, e assim, completando o ciclo biológico.

É comum confundir o termo migração com outros tipos de deslocamentos não

estacionais, associados à resposta rápida a alterações ambientais, como por exemplo,

chuvas ou secas prolongadas ocorrências de incêndios, redução ou aumento na

disponibilidade de alimento, dentre outros fenômenos. Há décadas, pesquisadores do

mundo inteiro estudam os mecanismos de orientação das aves migratórias, traçando as

rotas percorridas e avaliando as correntes de vento das quais elas se utilizam, bem como

examinando a anatomia, comportamento e ecologia de cada espécie, tudo isso para

ajudar a desvendar os segredos que cercam esses pequenos animais, que conseguem

realizar em poucos dias viagens tão longas, muitas das vezes tendo que enfrentar

condições bastante adversas, como a escassez de alimentos, tempestades, frio,

degradação dos ambientes, etc.

As migrações podem ser ainda restritas ao território nacional ou ter suas rotas

incluindo vários países. Os habitats selecionados ao longo de suas rotas são diversos e

estão relacionados aos hábitos alimentares, disponibilidade de recursos e táticas de

forrageamento, devido à distribuição não-contínua desses recursos, as espécies

migrantes se concentram em áreas especificas.

29

Esses locais têm importância fundamental para a conservação dessas espécies,

uma vez que, ao realizarem grandes migrações, elas necessitam de “áreas chave” para

trocarem as penas, se alimentarem e adquirir as reservas energéticas necessárias para a

continuação das longas viagens, retornando posteriormente as áreas de reprodução

(CEMAVE,. 2006. Informação n. 35).

Segundo dados do CEMAVE/IBAMA, são conhecidas 172 espécies de aves

migratórias no Brasil, das quais 102 são consideradas do Hemisfério Norte e 70, do

Hemisfério Sul, listadas no (anexo 1).

Algumas espécies realizam migrações de longa distância que chegam alcançar

aproximadamente, entre ida e volta de 16.000 a 22.000 Km de distância.

4.2 4.2 As rotas das aves migratóriasAs rotas das aves migratórias

O Brasil começa a receber aves migratórias, com a chegada da primavera que,

em seu ciclo anual e sazonal, migram para a região Neotropical (da qual o Brasil faz

parte), oriundas principalmente do Canadá e Estados Unidos.

Isto ocorre fundamentalmente porque, nos trópicos, há maior abundância de

alimentos, em contraste com o rigoroso outono e inverno dos países do hemisfério norte,

nos quais os territórios, em grande parte, ficam cobertos por gelo o ano inteiro.

Assim, as aves migratórias fazem do Brasil seu ponto de invernada, ou seja, ficam

no Brasil durante a nossa primavera e verão. Algumas espécies permanecem em nosso

País durante todo este período; outras têm no Brasil um ponto de parada e continuam

suas migrações até o extremo sul do continente sul-americano. Neste período

descansam, realizam a troca de penas e se alimentam, refazendo-se de um esforço de

migração que é extremamente desgastante.

Existem oito principais rotas mundiais de aves migratórias, sendo estudas por

pesquisadores do mundo, conforme ilustra a (figura 7).

1) Rota Americana do Mississipi;

2) Rota Americana do Pacífico;

3) Rota Americana do Atlântico;

30

4) Rota do Atlântico Oeste;

5) Rota do Mar Negro/Mediterrâneo;

6) Rota Leste-Africana/Oeste-Asiático;

7) Rota Asiática Central leste;

8) Rota Leste-Asiático/Australiana.

Figura 7 – Rotas das aves migratórias.Fonte: United Nations Food and Agriculture Organization 2005. Disponível em: <http://

www.portogente.com.br/.../influenzaaviaria.php>. Acesso em: 18. mai.2009.

O monitoramento das aves migratórias aquáticas na América no Norte indica que

60% das aves jovens estão infectadas com o vírus da Influenza Aviária. Essas aves ao

migrarem, podem excretar grandes quantidades de vírus através das fezes, o que resulta

em pesadas contaminações em lagos e bebedouros naturais, infectando outras espécies

de aves mantendo, assim, o ciclo do vírus (MORAES ; SALLE, 2000, p. 284).

As principais rotas utilizadas por aves migratórias que chegam no Brasil, são

provenientes do Hemisfério Norte, conforme mostra imagem a baixo (figura 8):

31

Figura 8 – Rotas das aves migratórias do Hemisfério Norte.Fonte: Fonte: CEMAVE – Centro Nacional de Pesquisa para a Conservacao das Aves Silvestres

5.5. UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL

No Brasil duas áreas destacam-se com mais importantes, como pontos de parada

e invernada para milhares de aves migratórias, correspondendo na parte norte, as regiões

do Salgado Paraense e Reentrâncias Maranhenses, e ao sul, as lagoas costeiras do Rio

Grande do Sul. Particularmente na região da costa gaúcha o Parque Nacional da Lagoa

do Peixe, a cerca de 240 Km de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul

(NASCIMENTO, 1995. p. 5).

Situado entre os paralelos 31.00’S 50.54W e 31.20S 51.10W. O Parque encontra-

se situado entre o Oceano Atlântico e a Lagoa dos Patos, com limites abrangendo os

municípios de Tavares, Mostardas e São José do Norte. Possui uma das poucas lagoas

de água salobra e salgada em todo litoral brasileiro (NASCIMENTO, 1995. p. 6).

O Parque Nacional da Lagoa do Peixe foi criado por sugestão do Instituto

Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), a partir de estudos realizados pelo

CEMAVE, para a proteção das aves migratórias e dos ecossistemas litorâneos

encontrados no parque. Em 06 de novembro de 1986, o Governo Federal reconheceu

pelo Decreto nº 93.546 como unidade de conservação e patrimônio nacional. Em abril de

1991, à Wetlands for the Américas – Rede Hemisférica de Reservas para Aves

Limínicolas, descreveu como “Reserva de Importância Internacional”. Em junho de 1993,

quando da adesão do Brasil como parte contratante à (Convenção de Ramsar), relativa à

conservação de ambientes aquáticos de importância internacional, (figura 9) o Parque foi

incluído como mais uma área sob os auspícios deste Tratado, ratificando uma vez mais

seu valor (NASCIMENTO, 1995, p. 17).

33

Alem da lagoa propriamente dita, outros habitats compõem o Parque, com

cordões de dunas de areia, fixas e móveis, além de banhados de água doce ou salobra,

mais ou menos dispersos nas áreas de campos, pequenas lagoas temporárias, e

formações florestais de restinga.

O que disponibiliza uma oferta rica e abundante o ano inteiro de invertebrados,

constituindo uma importante fonte de alimento para as espécies migratórias.

Segundo levantamento realizado em 1995 pelo CEMAVE/IBAMA foram catalogas

185 aves residentes e migratórias no sítio de migração do Parque Nacional da Lagoa do

Peixe, sendo descritas 48 espécies de aves migratórias visitantes do hemisfério norte e

do hemisfério sul. Conforme o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos o PNLP

apresenta a maior concentração de aves migratórias do país em quantidade de

biodiversidade.

Segundo Bernardes (1990, p. 89) existe três espécies ameaçadas de extinção.

Segundo lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, essas espécies necessitam de

maiores estudos para o estabelecimento de seu status populacional.

As maiorias das espécies visitantes do Parque são particularmente relacionadas a

um tipo especifico de ambiente, seja ele aquático ou de mata. As espécies de ambientes

aquáticos são: maçaricos, batuíras, trinta-réis, gaivotas, marecas, cisnes, flamingos; e as

ligadas à mata, tais como: João-tenen, curutiê, mariquita, pula-pula, entre outras.

As unidades de conservação de proteção integral fiscalizadas pelo ICMBio. São

aquelas que têm como objetivo básico preservar a natureza, livrando-a, o quanto possível,

da interferência humana; nelas, como regra, só se admite o uso indireto dos recursos

naturais, isto é, aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição, com

exceção dos casos previstos na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação

(SNUC). Conforme mostram os mapas nas (figura 9 e 10).

a) estações ecológicas;

b) reservas biológicas;

c) parques nacionais;

d) monumento nacional;

e) refúgio de vida silvestre.

34

Figura 9 – Áreas protegidas pelo ICMBIO.Fonte: ICMBIO, 2008.

35

Figura 10 – RAMSAR (Zonas úmidas de importância internacional)Fonte: CEMAVE – Centro Nacional de Pesquisa para a Conservacao das Aves Silvestres

5.15.1 Iniciativas para a conservação e pesquisa no ensinoIniciativas para a conservação e pesquisa no ensino

Finalmente, ressaltamos a necessidade de um programa integrado para a

pesquisa e conservação das espécies de aves ameaças no Brasil, principalmente às

espécies migrantes que necessitam do nosso país para completarem o seu ciclo

biológico.

A perda e a fragmentação do habitat é uma das principais ameaçadas, seguidas

pela captura excessiva, o tráfico internacional de aves e de animais silvestres, entre

outros fatores, ainda são atividades fortes no Brasil (LAÇAVA, 2000; RENCTAS, 2002).

36

A maioria dos espécimes capturados ilegalmente é liberada em locais impróprios

(fora de sua distribuição geográfica natural) e sem nenhuma avaliação do seu estado

sanitário. O problema do tráfico de animais silvestres requer o cumprimento das leis nos

países de origem e nos países de destino, principalmente nos Estados Unidos, Arábia

Saudita, Japão e Europa (MARINI ; GARCIA, 2005, p. 98).

O maior problema enfrentado pelos ornitólogos brasileiros é a carência de

informações sobre a biologia básica das espécies raras e o crescente número de

espécies ameaçadas.

Nossos conhecimentos sobre a biologia e ecologia das espécies de aves

brasileiras foram sintetizados por Sick (1985; versão em inglês, 1993; edição revisada e

ampliada em português, 1997), mas informações básicas sobre muitas espécies são

escassas ou inexistentes.

Grandes iniciativas de conservação dos ecossistemas já estão ocorrendo, através

de várias ações que visão a preservação da mata atlântica, entre outros programas e

projetos desenvolvidos, todos tende os mesmos objetivos (BRASIL, MMA, 2003):

1. Promover a biodiversidade na mata atlântica;

2. Promover o uso sustentável e justo de seus recursos naturais, e

3. Promover medidas para a restauração.

O Brasil necessita de um Plano Nacional para a Conservação das aves que

possibilite organizar e definir as prioridades; definir as necessidades para a pesquisa

futura e a capacitação de pessoal; estabelecer prioridades nacionais para a conservação

e manejo das espécies ameaçadas e áreas importantes para a conservação; e promover

políticas públicas para melhorar a proteção das aves (MARINI ; GARCIA, 2005, p. 100).

5.25.2 Educação sanitária enfoque ambientalEducação sanitária enfoque ambiental

A ação do homem sobre a natureza tem privilegiado o processo de produção e os

interesses econômicos há séculos, caracterizando-se assim por um modo de agir

destrutivo.

37

Hoje a humanidade desperta para novos paradigmas, onde não cabe a visão do

homem como dono da natureza, mas sim como parte dela, portanto, responsável pelo

cuidado e preservação do mundo que o sustém.

Só avivando este profundo vínculo com a Terra e todos os seres vivos é possível

promover saúde de forma permanente, pois os caminhos que levam à destruição da

natureza levarão também ao fim da espécie humana (COSTA, 2004, p. 115).

A sociedade vive um período marcado por evidencias de fatos e fenômenos

sociais que desnudam uma complexa e dinâmica realidade. O avanço cientifico e

tecnológico, inexplicável e de difícil compreensão, trouxe consigo novos e maiores

desafios para o homem.

Conforme Angnes e Bellini (2006, p. 89) a grande dificuldade tem sido manter-nos

atualizados e, ao mesmo tempo, desenvolver marcos conceituais e abordagens que nos

permitam compreender o mundo em que vivemos e situar, dentro deste.

Neste contexto, busca-se através deste trabalho investigar a realidade em estudo

para melhor agir os professores em sala de aula, numa tentativa religar conhecimentos

relevantes que convertam em benefícios à sociedade (ANGNES ; BELLINI, 2006. p.

31grifo do autor).

Hoje em dia, todo mundo aprende em casa e na escola que deve lavar as mãos

antes das refeições, escovar os dentes, tomar banho e se vacinar.

Sabemos que essas medidas de higiene e prevenção ajudam a manter as

doenças longes. Mas nem sempre foi assim !

No Brasil, foi durante as décadas de 1930 e 1940 que o Estado pôs em prática a

idéia de educar a população para a saúde. O governo passou a se preocupar com a

implementação de políticas públicas de educação sanitária (TEIXEIRA. 2006, p. 137).

A educação sanitária e ambiental tem um enfoque estratégico voltado para a

gestão pública regulatória do saneamento básico e prevenção de algumas doenças, de

maneira que o processo pedagógico deve ser pautado no ensino contextualizado,

abordando o tema da questão em questão, no olhar abrangente, que transcenda à

dimensão biologia do problema (NAIME ; GARCIA, 2004, p. 98).

"Denominação dada à prática educativa que objetiva a induzir a população a"Denominação dada à prática educativa que objetiva a induzir a população a

adquirir hábitos que promovam a saúde e evitem a doença" (FORATTINI, 1992, p. 64 grifoadquirir hábitos que promovam a saúde e evitem a doença" (FORATTINI, 1992, p. 64 grifo

do autor).do autor).

38

A problemática da Educação Ambiental (EA) não se constitui um tema recente

nas agendas públicas dos governos, no entanto pouco se tem realizado na

implementação concreta de programas, diretrizes e políticas com o propósito de incentivá-

la e promovê-la, tanto no âmbito da educação formal quanto no da educação informal,

conforme demonstra a gif (figura 11).

Figura 11 – Gifs da Influenza Aviária x Educação Sanitária.Fonte: Disponível em: http://www.viviansbrussi.blogspot.com/2007_06_24_archive.html. Acesso em: 24 mar.

2009.

O Brasil vem realizando esforços neste sentido desde a segunda metade dos

anos 90 e ganhando força na agenda pública no início da atual década; uma prova desta

afirmação é o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), lançado no início do

governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Analisando os dados para o Brasil como um todo, é possível identificar que a

ampla maioria das escolas brasileiras que oferecem EA apresenta como local de

funcionamento o prédio escolar, pesquisas revelam que tanto para o ano de 2001 quanto

para o ano de 2004 (90,3% e 92%, respectivamente). O fato de as escolas funcionarem

em local exclusivamente destinado para o uso escolar é muito significativo, pois relata

uma condição favorável para desenvolver atividades da escola. É importante mencionar

que esta prevalência do prédio escolar como local privilegiado de funcionamento é

verificada tanto no nível de escolas estaduais, municipais e federais.

39

Uma das funções mais importantes da escola é seu poder de influência e

transformação da comunidade em que está inserida. Por outro lado, é na temática

ambiental que a escola poderia apresentar um impacto significativo na sociedade,

mediante a criação de canais de comunicação com a população que possibilitem a

discussão e reflexão sobre o papel dos cidadãos quanto ao meio ambiente.

Três dimensões: a dos saberes, a do saber ser e a do saber fazer. A dimensão dos saberes está relacionada aos conhecimentos transmitidos e adquiridos na educação formal e informal e ao saber teórico-técnico (o que fazer) e metodológico (como fazer), formalizado e prático. O “saber ser” tem a ver com os valores e o perfil pessoal e cultural de cada indivíduo, com a capacidade de se comunicar e agir em grupo e de aprender e de “aprender a aprender”. O “saber fazer”, por sua vez estaria relacionado à habilidade de aplicar, na prática pessoal e profissional, os conhecimentos e outras competências adquiridas (BRASIL, 1996, p. 58).

O parecer CNE/CES nº. 67/2003, que trata do Referencial para as Diretrizes

Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de graduação corrobora as orientações

propostas, afirmando que a formação em nível superior é um processo contínuo,

autônomo e permanente, realizado através de sólida formação básica e formação

profissional fundamentada na competência teórico-prática, de acordo com o perfil de um

formando adaptável às novas e emergentes demandas. (BRASIL, 2003).

Para tanto, torna-se necessário preparar o futuro graduado para enfrentar os

desafios das rápidas transformações da sociedade, do mercado de trabalho e das

condições de exercício profissional. Os cursos cada vez mais, procuram ter em vista a

formação de um profissional em permanente preparação, com progressiva autonomia

profissional e intelectual, apto a superar os desafios do exercício profissional, da produção

de conhecimento e do domínio de tecnologias. Mas para que tudo isto, possa se

concretizar-se torna-se preciso:

Uma espécie de ‘desregulamentação’, de flexibilização e de uma contextualização dos projetos políticos pedagógicos dos cursos de graduação, para que as instituições de ensino superior atendessem, mais rapidamente, e sem amarras anteriores, à sua dimensão política, isto é, pudessem essas instituições assumir a responsabilidade de se constituírem respostas às efetivas necessidades sociais – demanda social ou necessidade social -, expressões estas que soam com a mesma significação da sua correspondente ‘exigência do meio’, contida no art. 53, inciso IV, da atual LDB 9.394/96 (BRASIL, 2003, p. 7).

40

Portanto, faz-se necessária a compreensão do tema a definição de alguns

conceitos utilizados no decorrer da abordagem no tema “Aves e Influenza Aviária”,

acredito que a região deverá ter atenção especial no sentido de incrementar as ações de

educação sanitária informando a população local (principalmente no ambiente escolar) do

que vem a ser a influenza aviária, qual a importância da doença, a implicação na saúde

humana, desestimular a criação de aves nestes locais e incentivar a criação de outros

tipos de animais em substituição à criação de aves domésticas, para convivência

harmônica entre as espécies (figura 13).

Desta forma, está aí garantida a responsabilidade de, ao conhecer, não apenas

satisfazer desejos individuais, mas sim propor alternativas, novas práticas de ensino,

novos caminhos nas ações de educação sanitária e ambiental. (ANGNES, 2006, p. 19).

Conforme Camargo (2004, p. 428). Desenvolvimento sustentável é o

desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a habilidade

das gerações futuras às suas necessidades.

A expressão ecodesenvolvimento aos poucos foi sendo substituída por

desenvolvimento sustentável, embora ainda seja bastante utilizada em diversos países

europeus, asiáticos e latino-americanos, como informa Sachs (2003, p. 32).

Surge pela primeira vez em 1980 no documento denominado World Conservation

Strategy, produzido pela UICN e World Wildlife Fund (WWF) a idéia de desenvolvimento

sustentável, tendo como base a estratégia mundial para a conservação da natureza. O

objetivo da conservação é o de manter a capacidade do planeta para sustentar o

desenvolvimento, e esse deve, por sua vez, levar em consideração a capacidade dos

ecossistemas e as necessidades das futuras gerações (BARBIERI, 2005, p. 123).

A conservação estabelece, entre outros pontos, os seguintes compromissos para

os estados signatários: identificar e monitorar os componentes importantes da diversidade

biológica para conservação e o uso sustentável; promover a conservação in situ e ex sutu,

esta de preferência no próprio país de origem, adotando medidas para recuperar e

proteger as espécies ameaçadas, regulando e administrado coleções de recursos

biológicos, protegendo e encorajando o seu uso de acordo com as práticas culturais

tradicionais que se apresentem sustentáveis (MATTOS, 1991, p. 25).

Como Barbieri (1997, p. 59), discutindo a relação entre desenvolvimento

sustentável, pilares estruturais (figura 12).

41

Figura 12 - Desenvolvimento sustentável: o conceito e a realidade.Fonte: LEÃO, 1999, p. 14.

Figura 13 - Grandes eventos - avanços institucionais e políticos.Fonte: LEÃO, 1999, p. 19.

42

A biodiversidade é talvez a questão que mais coloca em evidencia o confronto de

interesses entre os países ricos do Norte e os demais ilustrados na (figura 14).

Figura 14 - Grandes eventos - avanços institucionais e políticos (mundo e Brasil).Fonte: LEÃO, 1999, p. 19.

5.35.3 Como trabalhar o assunto em sala de aulaComo trabalhar o assunto em sala de aula

Após uma breve pesquisa, de como este assunto é destacado pelos meios de

comunicação, pode-se constar que a melhor maneira de se trabalhar o assunto seria

através de reportagens em jornais e revistas.

Quando Paulo Freire diz que “o homem deve aprender a falar sua própria palavra

e não apenas repetir a do outro”, ele nos fala objetivamente de uma Escola preocupada

apenas em repassar o conhecimento, reprodutora de padrões ultrapassados, de

preconceitos, enfim pouco preocupada com a formação integral do indivíduo,

principalmente no que diz respeito à sua capacidade de crítica e reflexão (CAVALCANTE,

1999, p. 36).

Neste sentido tanto o jornal como o livro e revistas possibilitam uma leitura

transformadora, na qual o educando pode encontrar o sentido de sua subjetividade, de

sua capacidade de mudança e significado.

43

No momento em que o professor se propõe em trabalhar com o jornal, ele está

oferecendo-lhe a oportunidade de comunicar-se com a sua comunidade. A partir de uma

questão, outras vão surgindo e provocando o envolvimento com que é lido e visto que a

leitura produz também uma busca de identificação, porque realiza uma série de

projeções. Infelizmente, ainda nos deparamos com as velhas propostas pedagógicas que

entendem o estudante como um receptáculo de informações, que na realidade na maioria

das vezes nem sequer são arquivadas na memória, indo mesmo para o lixo porque não

têm utilidade e sentido.

Segundo Cavalcante (1999, p. 55) é preciso que se perceba que padrões rígidos

têm sido quebrados, ainda que com muita resistência, para que se conceba a Educação

como veículo dinâmico de transformação social.

Surgem no meio de muitas divergências, educadores que compreende o ato de

educar como um processo global. No enfoque de questões da atualidade através de

reportagens de jornais e outros meios de comunicação.

O jornal como veículo de informação e formação tem se preocupado com a

questão educacional com muita freqüência, inclusive sistematizando a utilização da

informação em sala de aula. Segundo pesquisas, a prática de trabalhar com o jornal na

escola já vêm sendo desenvolvidos desde o século passado nos Estados Unidos e em

vários países da Europa, gerando resultados muito positivos.

Segundo Jean Piaget, diz que um estudante que adquire certo conhecimento

através da livre investigação e do esforço espontâneo será capaz de retê-lo, no futuro ele

terá adquirido uma metodologia que pode ajudá-lo o resto da vida.

Quando aprendemos a fazer algo, estamos aptos a executar seqüências fáceis de

afetividade, reconhecimento, decisão e ajuste sem ter, como se diz, “que pensar a

respeito”. Nosso ato espontâneo de conhecer-na-ção geralmente nos permite dar conta

de nossas tarefas. No entanto nem sempre é bem assim. Uma rotina comum produz um

resultado inesperado, um erro teima em resistir à correção, ou, ainda que ações comuns

produzam resultados comuns, há algo nelas que nos parece estranho, porque passamos

a vê-las de outra maneira. Todas essas experiências, agradáveis e desagradáveis,

contém um elemento de surpresa (SCHON, 2000, p. 32 grifo do autor).

44

Para que possamos aceitar um ensino prático e reflexivo, teríamos que abrir

espaço para novos métodos de ensino-aprendizagem, não somente trabalhando com

livros didáticos, mas também com outros meios, por exemplo, o jornal e a revista.

Este tipo de metodologia de trabalho, ajuda a requalificar o professor como

profissional e como protagonista. Essa modificação nos métodos tradicionais de ensinar,

fortalece a autonomia e valoriza a prática do professor.

O jornal é, certamente, um veículo fundamental na escola por ser possibilitador de

muitos caminhos, além de ser sedutor porque representa a vida no seu cotidiano, dizendo

respeito à experiência real. Alguns objetivos de se trabalhar em sala de aula com jornais e

revistas:

a. desenvolver a capacidade dos alunos para observar lugares, ambientes,

pessoas, gestos característicos no ato da leitura;

b. aprender a organizar e fazer entrevistas;

c. transformar entrevistas num texto, como artigo, reportagem;

d. usar o trabalho para performances dramáticas, numa atividade lúdica e

criativa;

e. estabelecer um primeiro contato com a riqueza de assuntos dos jornais e

revistas;

f. despertar a curiosidade dos alunos por esses impressos;

g. etc.

Segundo Faria (2001, p. 106) os principais métodos de se trabalhar em sala de

aula, com jornais e revistas, são:

1.O professor prepara a classe para a pesquisa, explicando os objetivos e dá uma

idéia geral do assunto, a ser pesquisa;

2.A classe indica os lugares onde se lêem jornais e revistas e o professor

completa a lista, se for o caso. A lista é escrita no quadro negro e copiada no

caderno;

3.Organizam-se as equipes com as reportagens de jornais e revistas,

selecionando quais delas serão utilizadas na pesquisa;

4.Cada equipe começa uma pesquisa avançada do tema proposto, o grupo

procura classificar o conteúdo do jornal ou revista e destacar o que lhe interessa

ou não, justificando suas opiniões. Anotam as conclusões para apresentação oral;

45

5.Após uma análise sobre o tema, cada equipe expõe oralmente à classe seu

projeto. Neste momento os colegas e o professor intervêm completando o que for

necessário ou interessante fazer.

Segundo Gil (1987, p.19), ao perguntar “Por que se fazer pesquisa?”, informa que

são muitas as respostas, desde “por razoes de ordem intelectual e razoes de ordem

prática”, especificando que as primeiras estão ligadas ao desejo e à satisfação do

pesquisador em conhecer um fenômeno e as últimas, ao desejo de conhecer, de “fazer

algo de maneira mais eficiente ou eficaz”.

Amparados por este autor, é possível afirmarmos que a realização destas

pesquisas “no ambiente escolar” busca fortalecer a função das autoridades sanitárias a

fim de produzir e difundir conhecimento e instrumentos que conduzissem a melhores

políticas. Sobre o campo educativo, é importante ter, pelo menos, dois tipos de olhares.

Há um primeiro olhar imediato, próximo, de curto alcance e o segundo um olhar profundo

mais amplo. O olhar que nos ajuda a resolver esses problemas cotidianos que chegam a

nos obcecar e não nos permitem levantar os olhos para questões do presente visando o

futuro.

A velocidade da mudança cientifica e tecnológica e a enorme, quantidade de

informação que gera, que é preciso processar, questionam a ênfase que a escola da

modernidade dava aos processos de instrução e transmissão. Essa análise precisa ser

deslocada para os processos de produção de conhecimento como aprender e de

reconstrução de conhecimento reelaboração crítica (IMBERNÓN, 2000, p. 190).

Tendo a escola um papel relevante na formação de cidadãos, como sujeitos

políticos, para uma democracia substantiva que os exige protagonistas, ativos e

organizados: formar governados que possam ser governantes. A Escola tem que

significar o espaço de busca e de encontro, representando e refletindo a realidade da

maneira mais ampla possível.

Na Escola o educando passa metade do seu dia e esse período precisa gerar

interesse, provocação para o descobri e desvelar as coisas do mundo. O único sentido de

educar é, justamente, o de provocar e favorecer o conhecimento construído a partir das

expectativas e necessidades do indivíduo. Sabe-se que somente o conhecimento que é

construído a partir de uma necessidade e de uma demanda real pode dizer respeito à

experiência concreta de apreensão de mundo.

6.6. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMACONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

6.16.1 Levantamento bibliográfico do temaLevantamento bibliográfico do tema

Primeiramente foi feito um levantamento bibliográfico na biblioteca do Unilasalle,

internet e artigos científicos. A pesquisa serviu como base de levantamento de dados para

o conhecimento das zoonoses apresentadas no projeto e metodologias mais adequadas a

projetos de educação ambiental em saúde pública na escola. A medologia deste trabalho

basea-se em três etapas, contemplando a contextualização do tema “Influenza Aviária”:

1. Pesquisas em sites de buscas na internet;

2. Análise de livros didáticos de biologia para o ensino médio;

3. Questionário investigativo destinados a professores e alunos do ensino médio.

6.1.16.1.1 Pesquisas em sites de buscas na internet;Pesquisas em sites de buscas na internet;

A pesquisa em sites de busca na internet (Google, Yahoo, Alltheweb e Microsoft),

contendo palavras chaves: influenza aviária, H5N1, gripe do frango, reportagens de

influenza aviária, medidas de controle sanitário, Rio Grande do Sul e influenza aviária.

6.1.26.1.2 Análise de livros didáticos de biologia para o Ensino MédioAnálise de livros didáticos de biologia para o Ensino Médio;;

Em segundo momento, para o desenvolvimento deste trabalho, onde realizada

uma análise de livros didáticos de biologia, destinados ao ensino médio.

47

O conteúdo analisado foi “citologia, seres vivos (vírus e aves) e ecologia e meio

ambiente”, para verificar se algum destes tópicos de ensino contempla o conteúdo

“influenza aviária”.

Os livros analisados seguiram alguns critérios como: apresentação de

experimentos, dinâmicas, contextualização de assuntos e interdisciplinaridade, atendendo

os requisitos dos PCNEM e ao PNLEM. Serão analisados os seguintes livros didáticos:

a) * Livro 1: LOPES, Sonia. Bio: volume único. São Paulo: Saraiva, 2004.

b) * Livro 2: LAURENCE, J. Biologia: ensino médio, volume único. São Paulo:

Nova Geração, 2005.

c) Livro 3: CHEIDA, Luiz Eduardo. Biologia integrada. São Paulo: FTD, 2002.

d) Livro 4: MACHADO, Sídio. Biologia: de olho no mundo do trabalho. São

Paulo: Scipione, 2003. * Livros de biologia recomendados pelo catálogo do Programa Nacional do Livro para Ensino Médio (PNLEM) de 2009. O catálogo traz 9 opções de obras didáticas de Biologia que foram recomendadas para aquisição pelo governo federal.

Em um terceiro momento, após a pesquisa em sites de buscas na internet e

análise dos livros didáticos, foi aplicado o questionário investigativo, para verificar se o

conteúdo é contextualizado em sala de aula. Após a aplicação dos questionários será

realizado um comparativo da compilação dos resultados, descrevendo como o assunto

era trabalho em sala de aula pelos professores, seguindo-se da avaliação do

conhecimento dos alunos quanto aos mecanismos de contágio da doença e por fim

contribuir para ações de educação ambiental e sanitária, na elaboração um guia didático

como tema transversal, em sala de aula.

6.1.36.1.3 Aplicação do questionário investigativoAplicação do questionário investigativo

Durante o período dos estágios supervisionados pude notar que o conteúdo “aves

e influenza aviária” não era trabalho nas escolas e que os próprios professores tinham

pouco conhecimento sobre o assunto, tema ao qual se faz de extrema importância, devido

à possibilidade desta doença se tornar novamente uma pandemia a nível mundial.

48

Mediante a estas constatações, dar-se a importância da aplicação do questionário

na tentativa de copilar os conhecimentos pré-estabelecimentos entre professores e

acadêmicos de Ciências Biológicas Licenciatura e estudantes do ensino médio. Modelo

de questionário (apêndices 1 e 2).

O questionário foi desenvolvido constando as principais duvidas sobre o assunto

como o seguinte organograma (figura 15):

Figura 15 – Organograma da estrutura elaboração do questionário investigativo.Fonte: Andréia Borges, 2009.

Neste trabalho de aplicação do questionário foi utilizado uma abordagem

qualitativa. Através da técnica de análise do conteúdo, que apresenta as características

de objetividade, sistematização e interferência, aplicadas à análise de materiais escritos

ou verbais, usada para mensurar as variáveis da pesquisa.

Essa técnica foi utilizada para o tratamento do material fornecido nas perguntas

que computam o questionário (ANGNES ; BELLINI, 2006, p. 125).

Os resultado obtidos nesta pesquisa, cuja amostra é altamente significativa,

revelam o perfil de alguns professores de Ciências Biológicas que encontramos em nossa

sociedade.

E o questionário foi aplicado em 5 escolas de Ensino Médio de Porto Alegre e

também para os alguns acadêmicos de Ciências Biológicas Licenciatura do Centro

Universitária Unilasalle, Canoas, RS.

7. 7. RESULTADOSRESULTADOS

7.1 7.1 Resultado em sites de busca na internetResultado em sites de busca na internet

Qualquer segmento do conhecimento humano hoje, não pode prescindir de uma

constante busca de informação. Ela, a informação, impulsiona o conhecimento científico.

A ciência é estabelecida a partir do desenvolvimento científico e tecnológico, beneficiando

a sociedade no seu cotidiano.

A informação científica e tecnológica se disseminava, até pouco tempo, apenas

em formatos impressos, disponíveis em unidades especializadas de informação.

Atualmente, a grande maioria das fontes está disponível em meios eletrônicos como a

Internet, porém o ambiente eletrônico não possui recursos que facilitem, de maneira

eficiente e eficaz o acesso à informação.

Hoje vivemos numa realidade de fragmentos de conhecimento. Onde os indivíduos

controlam as ações de partes e não mais do todo. Neste ponto de vista o conhecimento

pressupõe a preocupação com a eficiência financeira, melhor performance, o objetivo de

se tornar líder de mercado, o fazer mais com menos, e o ajuste a contingências

quaisquer. Conhecimento não é igual à informação. O conhecimento, e o valor construído

diariamente quando o focalizamos, é igual à análise e à ação em cima da informação.

Definitivamente, a Internet está na moda. No Brasil, há uns poucos anos, ela era

apenas um canal de comunicação a respeito do qual só uns poucos estudantes,

professores e pesquisadores tinham conhecimento. Hoje, é artigo de capa de revista e

uma multidão de brasileiros aguarda ansiosa pela abertura do chamado "acesso

comercial" à Rede. Mas o que se pode realmente esperar de uma conexão à Internet?

50

Através de páginas web classificadas como sites de busca da web, este sistema de

tecnologia permite a milhares de pessoas possuem acesso instantâneo a uma vasta

gama de informação online em hipermídia. Comparado às enciclopédias e bibliotecas

tradicionais, a WWW permitiu uma descentralização da informação e dos dados. Isso

inclui a criação ou popularização de tecnologias como páginas pessoais, weblogs e redes

sociais, no qual qualquer um com acesso a um navegador (um programa de computador

para acessar a WWW) pode disponibilizar conteúdo.

Tendo em vista que uma das características da Internet é possibilitar a qualquer

pessoa, teoricamente, ali disponibilizar informações, estas carecem de utilização

cuidadosa, principalmente as fontes que estão se tornando instrumento de uso constante

de estudantes e profissionais.

Após analisar o fluxo de informações que trafegam pela Internet, em sites de

busca com palavras chaves “influenza aviária, gripe do frango, H5N1, Rio Grande do Sul

e influenza aviária, aves migratórias, rotas de aves migratórias, monitoramento de aves

migratórias, educação sanitária e educação ambiental”. Pode-se constatar um mundo de

informações sobre o assunto pesquisado, em páginas da internet, como de jornais on-line,

revistas on-line, artigos científicos, entre outros, conforme mostra a (quadro 3).

Quadro 3 – Lista de sites de buscas utilizados para pesquisa na internet.

Site de busca

Endereço eletrônico Assunto pesquisado Nº de páginasdisponível

Google http://www.google.com.brinfluenza aviáriainfluenza aviária 261.000gripe do frangogripe do frango 136.000H5N1H5N1 6.210.000Rio Grande do Sul e influenza aviáriaRio Grande do Sul e influenza aviária 14.400aves migratóriasaves migratórias 400.000rotas de aves migratóriasrotas de aves migratórias 14.500monitoramento de aves migratóriasmonitoramento de aves migratórias 12.000educação sanitáriaeducação sanitária 1.450.000educação ambientaleducação ambiental 2.350.000

Total de pTotal de páginaságinas 10,847,900.00

Yahoo http://www.yahoo.com.brinfluenza aviáriainfluenza aviária 1.630.000gripe do frangogripe do frango 759.000H5N1H5N1 21.100.000Rio Grande do Sul e influenza aviáriaRio Grande do Sul e influenza aviária 47.100aves migratóriasaves migratórias 1.220.000rotas de aves migratóriasrotas de aves migratórias 19.200monitoramento de aves migratóriasmonitoramento de aves migratórias 25.600educação sanitáriaeducação sanitária 3.490.000educação ambientaleducação ambiental 18.400.00

Total de pTotal de páginaságinas 30,130,900.00

51

Alltheweb http://www.alltheweb.cominfluenza aviáriainfluenza aviária 188.000gripe do frangogripe do frango 732.000H5N1H5N1 8.320.000Rio Grande do Sul e influenza aviáriaRio Grande do Sul e influenza aviária 30.100aves migratóriasaves migratórias 149.000rotas de aves migratóriasrotas de aves migratórias 148.800monitoramento de aves migratóriasmonitoramento de aves migratórias 25.200educação sanitáriaeducação sanitária 3.320.000educação ambientaleducação ambiental 18.000.000

Total de páginasTotal de páginas 30,887,900Microsoft http://www.microsoft.com/pt/br influenza aviáriainfluenza aviária 212.000

gripe do frangogripe do frango 203.000H5N1H5N1 424.000Rio Grande do Sul e influenza aviáriaRio Grande do Sul e influenza aviária 41.100aves migratóriasaves migratórias 179.000rotas de aves migratóriasrotas de aves migratórias 5.400monitoramento de aves migratóriasmonitoramento de aves migratórias 4.310educação sanitáriaeducação sanitária 407.000educação ambientaleducação ambiental 66.900

Total de páginasTotal de páginas 1,094,610Fonte: Autoria própria, 2009.

Pode-se verificar através da pesquisa em sites de buscas que os maiores

números de páginas, por “palavras chaves”, foram 50% para H5N1, e 30% para educação

ambiental, fato que sugere que estes assuntos são os mais pesquisados e com maior

número de páginas por informação. Os dados podem visualizados na figura 16 abaixo:

Percentual de Páginas por assunto

3% 2%

50%

0%

3%

0%

0%

12%

30%

influenza aviáriagripe do frango

H5N1Rio Grande do Sul e influenza aviária

aves m igratóriasrotas de aves m igratórias

monitoramento de aves m igratórias

educação sanitáriaeducação ambiental

Figura 16 – Análise de sites de buscar por palavras chaves.Fonte: Andréia Borges, 2009.

5252

7.2 7.2 Resultado da análise de livros didáticosResultado da análise de livros didáticos

O livro 1 foi selecionado por apresentar experimentos e sugestões de dinâmicas e

mais utilizado na escola pública, adotado pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul,

conforme PNLEM.

O livro 2 foi escolhido, por trazer sugestões de dinâmicas, experimentos e estar

adequado ao PCNEM e mais utilizado na escola pública adotado e doado pelo governo do

Estado do Rio Grande do Sul, conforme PNLEM.

O livro 3 foi analisado, por apresentar experimentos, leituras complementares,

exercícios e desta forma estar adaptado ao PCNEM.

O livro 4 foi selecionado, por abordar experimentos e leituras complementares.

Após a seleção de livros, foi feita a análise de cada um deles visando encontrar

textos, dinâmicas, etc. que abordagem o tema influenza aviária. Sendo assim foram

observadas: a clareza, a praticidade dos experimentos e dinâmicas, a explicação dos

procedimentos, o custo benefício, objetivo e conclusões a respeito, conforme resultados

no (quadro 4).

Quadro 4 – Lista de livros didáticos de Biologia do ensino médio analisados.Livro Capítulo e/ou Unidade

Livro 1: LOPES, Sonia. Bio: volume único. São Paulo: Saraiva, 2004.

Capítulo 4: Introdução a Citologia e superfície das células;Capítulo 13: Vírus;Capítulo 25: Chordata II Aves.Capítulo 39: Relação entre seres vivos de uma comunidade e ecologia da população.

Livro 2: LAURENCE, J. Biologia: ensino médio, volume único. São Paulo:

Capítulo 7: Introdução à Citologia e membranas celulares;Capítulo 13: Os seres vivos e os vírus;Capítulo 29: Aves.Capítulo 4 e 5: Ecossistemas e populações e Relação entre os seres vivos.

Livro 3: CHEIDA, Luiz Eduardo. Biologia integrada. São Paulo: FTD, 2002.

Unidade 1: Citologia;Unidade 4: Biodiversidade e vírus;Unidade 5: Filo Chordata: avesUnidade 10: Ecologia.

Livro 4: MACHADO, Sídio. Biologia: de olho no mundo do trabalho. São Paulo: Scipione, 2003.

Capítulo 4: Introdução à citologia;Capítulo 13: Vírus;Capítulo 21: Os tetrápodos: avesUnidade 7: Ecologia e educação ambiental

Fonte: Autoria própria, 2009.

53

Em todos os capítulos analisados, não havia nenhuma informação sobre o

assunto pesquisado.

Nos capítulos de citologia os autores poderiam abordar o assunto quanto

descrevesse os ácidos nucléicos, proteínas, etc.

Nos capítulos de seres vivos, conteúdo de vírus e aves, os autores poderiam

abordar o assunto quanto descrevesse os tipos de vírus de DNA e em aves

exemplificando os tipos de zoonoses que estes animais podem transmitir a outros grupos

de animais.

Nos capítulos ecologia e meio ambiente os autores poderiam abordar o assunto

quando descrevesse saúde ambiental, relacionar o reaparecimento de determinadas

doenças (como influenzas) com a ocupação desordenada dos espaços urbanos e a

degradação ambiental. As perturbações na biosfera: perturbações naturais e produzidas

por ação humana. E diversidade ameaçada.

Diversos capítulos apresentaram, ao final, as leituras complementares, que criam

oportunidades de discussões produtivas para a inserção social do estudante, como

também propiciam uma análise crítica dos impactos sociais desencadeados pela

produção do conhecimento em Biologia. Essa característica vantajosa da obra pode

converter-se em resultados, se bem trabalhada pelos professores. Os textos também

estimulam o questionamento pelos estudantes, propõem atividades diversificadas e

convidam à análise, a partir do conhecimento biológico, de questões relevantes e com

forte inserção social. Os alunos são incentivados a escrever textos e a realizar pesquisas

em interação com colegas e professores de outras disciplinas.

Após uma análise breve dos livros didáticos, pode-se constatar que o conteúdo

“influenza aviária”, não é abordado nestes livros didáticos. Nos aspectos pedagógico-

metodológicos, as obras normalmente contextualizaram os conhecimentos científicos,

trazendo-o para o cotidiano do aluno, a partir de exemplos de sua realidade, porém

infelizmente não contempla o assunto analisado.

5454

7.3 7.3 Resultado da aplicação do questionário investigativoResultado da aplicação do questionário investigativo

Através dos resultados do questionário pode-se notar que muitos professores,

sentem dificuldade em viabilizar para o seu educando um modo de apreender o

conhecimento mais equilibrado e sensível.

Desta maneira, torna-se necessário que haja uma verdadeira reformulação dos

padrões educativos, é preciso que se invista na formação de professores sensibilizados

para uma abertura permanente, capazes de introjetar na sua prática uma vivência mais

significativa do processo ensino-aprendizagem.

Os questionários foram respondidos por 30 professores de cinco escolas Estaduais

de Ensino Médio, do município de Porto Alegre - RS. Os professores que responderam o

questionário são de diversas áreas do conhecimento (biologia, geografia, história, física,

química, literatura, português, matemática, educação física, pedagogia, sociologia e filosofia).

E por de 233 alunos de turmas do 1, 2 e 3 anos do ensino médio.

Todos os resultados apresentados a seguir nas figuras, encontram-se copilados

em grupos 1 (professore) e grupo 2 (alunos). Desse modo, entendo estar prestando

atenção às respostas das perguntas dos questionários, além de contribuir para que o

conhecimento seja estabelecido com transparência e a partir dos resultados

apresentados.

Foram utilizados os seguintes fatores como parâmetros para a comparação das

respostas em relação às perguntas dos questionários, ilustrados nas tabelas (1 a 16) e

nas figuras (17 a 32).

55

A pergunta nº 3 dos itens citados abaixo qual deles você costume ler?

(questionário professor pergunta n. 6), através dos resultados obtidos, pretendesse

verificar quais os costumes de leitura utilizado por professores e alunos.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 1 e na figura 17.

Tabela 1 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 3.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

Jornal 25 53.2 183 69.8 208Revista 16 34 44 16.8 60Outro 6 12.8 35 13.4 41

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 17 – Gráfico dos dados costumes de leitura dos entrevistados. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

56

A pergunta nº 4, nesses últimos anos, em especial, os conhecimentos biológicos

têm, por essa via, estado presentes em nossa vida com uma freqüência incomum, dado o

avanço dessa ciência em alguns de seus domínios. Você acha importante contextualizar

temas atuais veiculados na mídia, trazendo-os para a sala de aula ? (questionário

professor pergunta n. 7), através dos resultados obtidos, pretendesse verificar qual a

importância da contextualização no ambiente escolar.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 2 e na figura 18.

Tabela 2 Análise comparativa dos resultados pergunta nº 4.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

Sim 29 96.7 199 85.4 228Não 1 3.3 20 8.6 21Em branco 0 0.0 14 6.0 14

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 18 – Gráfico dos dados da importância da contextualização de temas atuais. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

57

A pergunta nº 5, você já trabalhou alguma vez, com o tema “Influenza Aviária e/ou

Gripe do Frango”, em sala de aula? (questionário professor pergunta n. 8), través dos

resultados obtidos, pretendesse verificar se o assunto já havia sido trabalhado em sala de

aula pelo(s) professor(s).

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 3 e na figura 19.

Tabela 3 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 5.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

Sim 5 16.7 32 13.7 37Não 25 83.3 198 85.0 223Em branco 0 0.0 3 1.3 3

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 19 –Gráfico dos dados trabalhando com o tema em sala de aula. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

58

A pergunta nº 6, você acha interessante e importante este assunto? (questionário

professor pergunta n. 9), através dos resultados obtidos, pretendesse verificar o interesse

pelo assunto.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 4 e na figura 20.

Tabela 4 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 6.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

Sim 29 96.7 203 87.1 232Não 1 3.3 24 10.3 25Em branco 0 0.0 6 2.6 6

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 20 – Gráfico dos dados interesse pelo assunto. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

59

A pergunta nº 7, se você tivesse a oportunidade de trabalhar e/ou estudar com o

tema “Influenza Aviaria”. Você trabalharia? (questionário professor pergunta n. 10),

através dos resultados obtidos, pretendesse verificar o interesse em trabalhar o assunto.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 5 e na figura 21.

Tabela 5 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 7.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

Sim 30 100 197 85 227Não 0 0.0 34 15 34Em branco 0 0.0 2 1 2

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 21 – Gráfico dos dados oportunidade de trabalhar com o assunto. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

60

A pergunta nº 8, se você fosse trabalhar e/ou estudar o assunto, em qual fase do

currículo, você acha que deveria ser abordado? (questionário professor pergunta n. 11),

através dos resultados obtidos, pretendesse verificar em que fase do currículo escolar o

assunto poderia ser trabalhado pelo professor.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 6 e na figura 22.

Tabela 6 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 8.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

Citologia 6 5.1 21 8.6 27

Seres vivos (vírus, aves) 22 56.4 162 66.7 184

Ecologia e meio ambiente 8 20.5 53 21.8 61

Outro 3 7.7 7 2.9 10

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 22 – Gráfico dos dados das disciplinas para trabalhar o assunto. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

61

A pergunta nº 9, como você trabalharia e/ou estudaria o tema? (questionário

professor pergunta n. 12), através dos resultados obtidos, pretendesse verificar qual o

melhor método para trabalhar com o assunto.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 7 e na figura 23.

Tabela 7 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 9.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

Jornais 29 47.5 97 34.2 126

Revistas 15 24.6 28 9.9 43

Livro didático 9 14.8 75 26.4 84

Televisão 4 6.6 68 23.9 72

Outro 4 6.6 16 5.6 20

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 23 – Gráfico dos dados maneira de trabalhar o assunto. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

62

A pergunta nº 10, você acha que o professor de biologia, poderia trabalhar este

assunto, através da educação ambiental e sanitária? (questionário professor pergunta n.

14), através dos resultados obtidos, pretendesse verificar a importância do trabalho do

professor de biologia na contextualização deste assunto.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 8 e na figura 24.

Tabela 8 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 10.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

Sim 28 93.3 198 85.0 226

Não 2 6.7 35 15.0 37

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 24 – Gráfico dos dados dos professores que biologia trabalhando com o assunto. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

63

A pergunta nº 11, o que é a influenza aviária? (questionário professor pergunta n.

15), através dos resultados obtidos, pretendesse verificar qual o nível de conhecimento

dos professores e alunos sobre o que é a doença.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 9 e na figura 25.

Tabela 9 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 11.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

A 19 63.3 76 32.6 95

B 4 13.3 64 27.5 68

C 0 0.0 28 12.0 28

Em branco 7 23.3 65 27.9 72

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 25 – Gráfico dos dados pergunta o que é influenza aviária. Legenda 1: A: os vírus da influenza são agrupados em 3 tipos, designados A, B e C. Os vírus da Influenza B e C não são preocupantes para a saúde humana. Apenas os vírus da Influenza A podem causar pandemia. B: os vírus da influenza são agrupados em 2 tipos, designados A e B. O vírus da Influenza A não é preocupante para a saúde humana. Apenas o vírus da Influenza B pode causar pandemia. C: os vírus da influenza são agrupados em 2 tipos, designados A e C. O vírus da Influenza A não é preocupante para a saúde humana. Apenas o vírus da Influenza C pode causar pandemia. Em branco (resposta em branco). Legenda 2: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

64

A pergunta nº 12, como ocorre a transmissão entre as espécies? (questionário

professor pergunta n. 16), através dos resultados obtidos, pretendesse verificar o nível de

conhecimento dos professores e alunos de como a doença é transmitida.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 10 e na figura 26.

Tabela 10 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 12.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

A 2 6.7 29 12.4 31

B 21 70.0 147 63.1 168

C 2 6.7 34 14.6 36

Em branco 5 16.7 23 9.9 28

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 26 – Gráfico dos dados da transmissão entre as espécies. Legenda 1: A: mamíferos para aves. B: Aves para mamíferos. C: Mamíferos para mamíferos. Em branco (resposta em branco). Legenda 2: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

65

A pergunta nº 13, qual das espécies abaixo é considerada reservatório natural do

vírus da Influenza Aviária? (questionário professor pergunta n. 17), pretendesse verificar

qual o nível de conhecimento dos professores e alunos sobre a espécie reservatória da

doença.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 11 e na figura 27.

Tabela 11 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 13.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

Aves 26 86.7 168 72.1 194

Mamíferos (em geral) 0 0.0 28 12.0 28

Suínos (exclusivamente) 1 3.3 25 10.7 26

Em branco 3 10.0 12 5.2 15

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 27 – Gráfico dos dados da espécie reservatório natural do vírus. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

66

A pergunta nº 14, você acha que a doença pode ser transmitida através do

consumo de carne de aves e ovo? (questionário professor pergunta n. 18); pretendesse

verificar qual o nível de conhecimento dos professores e alunos a transmissão da doença

via alimentos de origem de aves.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 12 e na figura 28.

Tabela 12 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 14.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

Sim 4 13.3 83 35.6 87

Não 23 76.7 141 60.5 164

Em branco 3 10.0 9 3.9 12

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 28 – Gráfico dos dados do consumo de carne e transmissão do vírus. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

67

A pergunta nº 15, você acha que já foram diagnosticados casos de influenza

aviária no Brasil? (questionário professor pergunta n. 19), pretendesse verificar qual o

nível de conhecimento dos professores e alunos sobre notificações de caso(s) da doença

no país.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 13 e na figura 29.

Tabela 13 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 15.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

Sim 6 20.0 131 56.2 137

Não 19 63.3 79 33.9 98

Em branco 5 16.7 23 9.9 28

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 29 – Gráfico dos dados “casos diagnosticados” no Brasil. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

68

A pergunta nº 16, COMO VOCÊ GOSTARIA DE RECEBER, maiores

informações sobre este assunto? (questionário professor pergunta n. 20), pretendesse

verificar qual o nível de interesse dos professores e alunos em receber informações sobre

o assunto.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 14 e na figura 30.

Tabela 14 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 16.

Opções Professor AlunoTotal % Total %

TOTAL

Palestra 24 52.2 107 41.8 131

Folder 9 19.6 29 11.3 38

Livro 6 13.0 29 11.3 35

Vídeo 7 15.2 91 35.5 98

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 30 – Gráfico dos dados do recebimento de informações sobre o assunto. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

69

A pergunta nº 17, em sua opinião qual dos órgãos é ou seria responsável pela

veiculação destas informações? (questionário professor pergunta n. 21), pretendesse

verificar qual dos órgãos citados no questionário seria o provável responsável pela

informação do assunto.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 15 e na figura 31.

Tabela 15 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 17.

Opções Professor Aluno

Total % Total %

TOTAL

Secretaria da Saúde 12 35.3 114 45.2 126

Secretaria da Agricultura 2 5.9 10 4.0 12

Secretaria do Meio ambiente 5 14.7 34 13.5 39

Todas as opções acima 15 44.1 94 37.3 109

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 31 – Gráfico dos dados do(s) órgão(s) responsáveis pela informação do assunto. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

70

A pergunta nº 18, você acha importante que medidas de controle sanitário,

sejam tomadas pelos Órgãos competentes, quanto a este asssunto? (questionário

professor pergunta n. 22), pretendesse verificar se os professore e alunos acham que as

medidas preventivas sejam adotadas na prevenção desta doença no país.

Os resultados da análise comparativa, em percentual por respostas, estão

ilustrados na tabela 16 e na figura 32.

Tabela 16 – Análise comparativa dos resultados pergunta nº 18.

Opções Professor Aluno

Total % Total %

TOTAL

Sim 29 96.7 214 91.8 243

Não 0 0.0 17 7.3 17

Em branco 1 3.3 2 0.9 3

Fonte: Autoria própria, 2009.

Figura 32 – Gráfico dos dados da importância de medidas de controle sanitário. Legenda: 1 professores e 2 alunos.Fonte: Autoria própria, 2009.

71

Os resultados comprovam que o assunto “influenza aviária” não é trabalhado no

ambiente escolar. Apesar de 97% dos professores acharem o assunto interessante.

Talvez o assunto não seja trabalhado pela falta de conhecimento e/ou material didático

indisponível no sistema educacional brasileiro. O total de 100% dos professores

responderam que se tivessem a oportunidade de trabalhar com o assunto, eles

trabalhariam. Destes 47,5% trabalharia utilizando reportagens em jornais; 24,6%

reportagens em revistas; 14,8% reportagens na televisão; 6,6% livro didático e 6,6% outro

meio de comunicação.

Comparando as respostas dos professores “a maneira de trabalhar o assunto”

neste sentido tanto o jornal como a revistas, possibilitam uma leitura transformadora, na

qual o mediador e o educando, podem encontrar o sentido de sua subjetividade, de sua

capacidade de mudança e significado.

Na pergunta, você acha que o professor de biologia, poderia trabalhar este

assunto, através da educação ambiental e sanitária, 93,3% responderam que sim.

Resultados que comprovam e requerem que o professor de biologia, conheça o assunto,

e que seja capaz de transmitir este conhecimento a seus alunos.Para que conhecimentos

equivocados sobre o assunto, possam ser reconstruídos, a partir da contextualização no

ambiente escolar.

Apenas 63,3% dos professores souberam responder o que é a influenza aviária;

70% como ocorre a transmissão; 86,7% reservatório natural do vírus; 76,7% que o

doença pode ser transmitida através do consumo de carne de frango e ovos e 20% haja

que o vírus já chegou no Brasil.

Após análise dos resultados pode-se constatar que o “assunto” em questão é de

interesse tanto por parte de professores quanto por parte dos alunos entrevistados.

Como já vimos, a proposta pedagógica deste trabalho é articulada de intenções

educativas onde se definem as competências, os conteúdos, os recursos e os meios. A

proposta da aplicação dos “questionários investigativos”, dar-se então, por meios de

intenções elucidativas, as competências a serem desenvolvidas nortearão a escolha,

tratamento, recorte, participação dos conteúdos que darão conta de tornar viável o que foi

anteriormente consensuado.

72

7.4 7.4 Considerações FinaisConsiderações Finais

O presente estudo levanta mais questões do que respostas e vai, eu espero,

fornecer base para novos trabalhos sobre os problemas ornitológicos de cujo sanitário do

Rio Grande do Sul.

A obtenção de informações mais acuradas sobre a situação atual de espécies em

perigo de extinção, por se tratar de uma questão prioritária, é necessário, porém, agir com

urgência para preservar e estabelecer outras reservas naturais, para conservação das

espécies e subespécies que migram em nosso Estado no monitoramento de controle

sanitário da influenza aviária.

As aves migratórias desconhecem as fronteiras políticas entre os países, viajam

em grandes bandos e param em poucos locais para descansar e se alimentar. Dessa

forma, é fundamental, que essas áreas mantenham sua capacidade original de suprir

alimentos em quantidades adequadas. A degradação desses ambientes ou da excessiva

exploração de seus recursos pelo homem pode comprometer a sobrevivência de bandos

inteiros, inclusive ameaçados de extinção algumas espécies.

Por esse motivo, é necessária uma política governamental integrada de

conservação, com muita cooperação e esforços conjunto entre países que também são

passagem ou áreas de origem-destino das aves, pois eventuais degradações em

qualquer ponto de sua rota, pode impedir que completem sua jornada, comprometendo

assim todas as estratégias de conservação. Vale destacar as medidas sanitárias no

controle de aves migratórias que o Estado do Rio Grande do Sul, vem desenvolvendo.

Trabalho pioneira no Brasil em monitoramento deste sítio de aves de importância mundial.

Espera-se que mais ações necessárias sejam empreendidas, pelos Órgãos

executores, no desenvolvimento de atividades especificas de manejo e conservação nas

áreas de risco definida, proteção da sanidade animal e proteção da saúde humana.

Prevendo estratégias de detecção precoce e atuações no sentido de minimizar a

possibilidade de disseminação do vírus da Influenza Aviária de alta patogenicidade no

território nacional.

73

Sendo assim, devem-se ponderar os benefícios oriundos de tais atitudes e

comportamentos, integrando o conhecimento sistematizado e a realidade dos atores

sociais envolvidos, levando a um processo de sensibilização, comprometimento e

consciência ambiental, com ênfase na aprendizagem sobre o tema tratado, permitindo o

desenvolvimento de competências: análise, decisão, planejamento e pesquisa, ou seja, o

que os atores sociais necessitam para o pleno exercício da cidadania.

Percebeu-se que o jornal pode ser um elo entre a realidade empírica e o ensino

formal, pois não apenas pode enriquecer a prática pedagógica, mas principalmente,

permite a contextualização do currículo escolar, inserindo o estudante na vida. Através da

leitura do jornal, não somente nos informamos das coisas que acontecem no mundo, mas

também vamos ampliando nossa capacidade de reflexão.

Vivemos um momento de anciã e desejo de que algo seja transformado nos

parâmetros educacionais. A escola conservadora sobrevive, mas tem a clareza de que, se

não mudar a sua conduta, dificilmente conseguirá manter-se no mercado. Partindo da

valorização dos conhecimentos pré-existentes através da interdisciplinaridade e

contextualização. A resposta pode estar na capacidade de ousar, temos que tentar a fim

de poder descobrir qual é melhor caminho para realizarmos satisfatoriamente aquilo em

que acreditamos.

A necessidade de ensinar o conhecimento leva à necessidade de modificá-lo e

essa modificação é chamada de transposição didática. Ao entrarem para a escola, os

objetivos de conhecimento – o saber científico ou as práticas sociais – convertem-se em

“objetivos de ensino”, isto é, em conteúdo curricular (MELLO, 2008, p.2 grifo do autor).

É preciso modificar o saber para que este se transforme em objetivo de ensino

ensinável, isto é, em condições de ser aprendido pelo aluno. Todo professor faz isso

permanentemente, embora sem sempre o faça de forma eficaz.

“O grande desafio do professor é possibilitar ao aluno desenvolver as habilidades

necessárias para a compreensão do papel do homem na natureza” (BRASIL, MEC, 2006,

p. 18).

REFERÊNCIASREFERÊNCIAS

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79

APÊNDICE A – Questionário investigativo professor

QUESTIONÁRIO INVESTIGATIVO PROFESSOR

DADOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS

1) Dados de Identificação:Sexo: Masculino Feminino Idade:____________________

2) Marque o seu nível de escolaridade: Ensino Superior completo. Ensino Superior incompleto. Especialização/Pós-graduação. Mestrado. Doutorado. Pós-doutorado.

3) Você é professor de qual disciplina ? Biologia Geografia História Física Química Literatura Português Matemática Educação Física Outro. Qual ?._________________

4) Quantos anos você é professor? 1 a 5 anos. 5 a 10 anos. Mais de 10 anos.

5) Pergunta destina-se a acadêmicos de Ciências Biológicas Licenciatura: Você já trabalha ou trabalhou como professor de biologia em alguma escola. Prática somente em estágios supervisionados.

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS E GERAIS

6) Dos itens citados abaixo qual deles você costume ler ? Jornal. Revista (Qual (is)._____________________________) Outro. Qual ?._________________

7) Nesses últimos anos, em especial, os conhecimentos biológicos têm, por essa via, estado presentes em nossa vida com uma freqüência incomum, dado o avanço dessa ciência em alguns de seus domínios. Você acha importante contextualizar temas atuais veiculados na mídia, trazendo-os para a sala de aula ? Sim. Não.

8) Você já trabalhou alguma vez, com o tema “Influenza Aviária e/ou Gripe do Frango”, em sala de aula: Sim. Não.

9) Você acha interessante e importante este assunto? Sim. Não.

10) Se você tivesse a oportunidade de trabalhar com o tema “Influenza Aviaria”. Você trabalharia? Sim. Não.

80

11) Se você fosse trabalhar com o tema, em qual fase do currículo, você abordaria o assunto. Citologia. Seres vivos (vírus, aves). Ecologia e meio ambiente. Outro. Qual ?._________________

12) Como você trabalharia o tema? Através de reportagens em jornais. Através de reportagens em revistas. Através de reportagens na televisão. Através de livro didático que contenha este assunto. Outro. Qual ?._________________

13) Você utiliza livro didático. Qual ?______________________________________________

14) Você acha que o professor de biologia, poderia trabalhar este assunto, através da educação ambiental e sanitária? Sim. Não.

15) O que é a influenza aviária? Os vírus da influenza são agrupados em 3 tipos, designados A, B e C. Os vírus da Influenza B e C não são preocupantes para a saúde humana. Apenas os vírus da Influenza A podem causar pandemia. Os vírus da influenza são agrupados em 2 tipos, designados A e B. O vírus da Influenza A não é preocupante para a saúde humana. Apenas o vírus da Influenza B pode causar pandemia. Os vírus da influenza são agrupados em 2 tipos, designados A e C. O vírus da Influenza A não é preocupante para a saúde humana. Apenas o vírus da Influenza C pode causar pandemia.

16) Como ocorre a transmissão entre as espécies? Mamíferos para aves. Aves para mamíferos. Mamíferos para mamíferos.

17) Qual das espécies abaixo é considerada reservatório natural do vírus da Influenza Aviária? Aves Mamíferos. Suínos

18) Você acha que a doença pode ser transmitida através do consumo de carne de aves e ovos? Sim. Não.

19) Você acha que já foram diagnosticados casos de influenza aviária no Brasil? Sim. Não.

20) COMO VOCÊ GOSTARIA DE RECEBER, maiores informações sobre este assunto? Palestra, destinada à educação sanitária e ambiental. Folder, destinado à educação sanitária e ambiental. Livro, destinado à educação sanitária e ambiental. Vídeo, destinado à educação sanitária e ambiental.

21) Em sua opinião qual dos Órgãos é ou seria responsável pela veiculação destas informações? Secretaria da Saúde. Secretaria da Agricultura. Secretaria do Meio Ambiente. Todas as opções acima.

22) Você acha importante que medidas de controle sanitário, sejam tomadas pelos Órgãos competentes, quanto a este asssunto? Sim. Não.

81

APÊNDICE B – Questionário investigativo aluno

QUESTIONÁRIO INVESTIGATIVO ALUNO

DADOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS

1) Dados de IdentificaçãoSexo: Masculino Feminino Idade:____________________

2) Marque o seu nível de escolaridade: Ensino Médio completo. Ensino Médio incompleto.

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS E GERAIS

3) Dos itens citados abaixo qual deles você costume ler ? Jornal. Revista (Qual (is)._____ _________________________) Outro. Qual ?._________________

4) Nesses últimos anos, em especial, os conhecimentos biológicos têm, por essa via, estado presentes em nossa vida com uma freqüência incomum, dado o avanço dessa ciência em alguns de seus domínios. Você acha importante contextualizar temas atuais veiculados na mídia, trazendo-os para a sala de aula ? Sim. Não.

5) Algum professor já trabalhou alguma vez, com o assunto “Influenza Aviária e/ou Gripe do Frango”, em sala de aula: Sim. Não.

5.1) Se você respondeu (sim) em qual disciplina?________________________________________

6) Você acha interessante e importante este assunto? Sim. Não.

7) Se você tivesse a oportunidade de estudar o assunto “Influenza Aviaria” você estudaria? Sim. Não.

8) Se você fosse estudar o assunto, em qual fase do currículo, você acha que deveria ser abordado? Citologia. Seres vivos (vírus, aves). Ecologia e meio ambiente. Outro. Qual ?._____________________________________

9) Como você acha que o assunto deveria ser trabalhado pelo professor ? Através de reportagens em jornais. Através de reportagens em revistas. Através de reportagens na televisão. Através de livro didático que contenha este assunto. Outro. Qual ?._____________________________________

10) Você acha que o professor de biologia, poderia trabalhar este assunto, através da educação ambiental e sanitária? Sim. Não.

11) O que é a influenza aviária? Os vírus da influenza são agrupados em 3 tipos, designados A, B e C. Os vírus da Influenza B e C não são preocupantes para a saúde humana. Apenas os vírus da Influenza A podem causar pandemia. Os vírus da influenza são agrupados em 2 tipos, designados A e B. O vírus da Influenza A não é preocupante para a saúde humana. Apenas o vírus da Influenza B pode causar pandemia. Os vírus da influenza são agrupados em 2 tipos, designados A e C. O vírus da Influenza A não é preocupante para a saúde humana. Apenas o vírus da Influenza C pode causar pandemia.

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12) Como ocorre a transmissão entre as espécies? Mamíferos para aves. Aves para mamíferos. Mamíferos para mamíferos.

13) Qual das espécies abaixo é considerada reservatório natural do vírus da Influenza Aviária? Aves Mamíferos. Suínos

14) Você acha que a doença pode ser transmitida através do consumo de carne de aves e ovos? Sim. Não.

15) Você acha que já foram diagnosticados casos de influenza aviária no Brasil? Sim. Não.

16) COMO VOCÊ GOSTARIA DE RECEBER, maiores informações sobre este assunto? Palestra, destinada à educação sanitária e ambiental. Folder, destinado à educação sanitária e ambiental. Livro, destinado à educação sanitária e ambiental. Vídeo, destinado à educação sanitária e ambiental.

17) Em sua opinião qual dos órgãos é ou seria responsável pela veiculação destas informações? Secretaria da Saúde. Secretaria da Agricultura. Secretaria do Meio Ambiente. Todas as opções acima.

18) Você acha importante que medidas de controle sanitário, sejam tomadas pelos Órgãos competentes, quanto a este asssunto? Sim. Não.

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APÊNDICE C – Fotos da aplicação do questionário investigativo

Figura 33 – Foto da aplicação do questionário em turma do 3ª ano do ensino médio.Fonte: Andréia Borges, 2009.

Figura 34 – Foto da aplicação do questionário em turma do 3ª ano do ensino médio.Fonte: Andréia Borges, 2009.

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ANEXO 1 – - Lista das Espécies de Aves Migratórias Ocorrentes no Brasil.

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Fonte: Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (2005). Lista das aves do Brasil. Versão 22/03/2005. Disponível em: <http://www.ib.uso.br/cbro. Acesso em: 13 jan. 2009.

Legenda: VN = Visitante do Hemisfério Norte,

VS = Visitante do Hemisfério Sul,

AM = ameaçada de extinção,

* = espécie referenciada na lista secundária do CBRO,

+ = espécie considerada extinta.