andre mendonÇa caron
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ANDRE MENDONÇA CARON
A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO EM ESCRITÓRIOS DE PROJETO - UM LEVANTAMENTO NA REGIÃO METROPOLITANA DA CIDADE
DE CURITIBA
Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre, pelo curso de Pós Graduação em Construção Civil, do Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná. Orientador: Prof. Dr. Sc. Sergio Scheer
CURITIBA 2007
ANDRE MENDONÇA CARON
A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO EM ESCRITÓRIOS DE PROJETO - UM LEVANTAMENTO NA REGIÃO METROPOLITANA DA CIDADE
DE CURITIBA
Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre, pelo curso de Pós Graduação em Construção Civil, do Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná. Orientador: Prof. Dr. Sc. Sergio Scheer
CURITIBA
2007
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TERMO DE APROVAÇÃO
ANDRE MENDONÇA CARON
A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO EM ESCRITÓRIOS DE
PROJETO - UM LEVANTAMENTO NA REGIÃO METROPOLITANA DA CIDADE DE
CURITIBA
Dissertação aprovada como requisito parcial para obtenção de grau de Mestre no Programa de Pós-Graduação em Construção Civil, pela seguinte banca examinadora:
Orientador: Prof. Dr. Sergio Scheer Programa de Pós-Graduação em Construção Civil - UFPR Banca Examinadora: Prof. Dr. Ricardo Mendes Jr Programa de Pós-Graduação em Construção Civil - UFPR Prof. Dr. Eduardo Toledo Santos PCC, USP.
Curitiba, 20 de março de 2007.
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AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal do Paraná.
Ao Programa de Pós Graduação em Construção Civil.
Ao Centro de Estudos de Engenharia Civil Professor Inaldo Aires Vieira (CESEC).
À CAPES.
Aos Professores do Programa de Pós Graduação de Construção Civil do Paraná, em especial ao Professor Sergio Scheer, pelo incentivo e dedicação.
À Maristela e à Ziza.
Aos colegas de turma que compartilharam momentos de aprendizado e crescimento, em especial ao amigo Armando L. Yoshio Ito.
Ao amigo Leonardo Emmendorfer pelas orientações e discussões a respeito das análises estatísticas.
Aos profissionais que responderam o questionário e dedicaram parte de seu tempo a esta pesquisa.
À USP, na pessoa do Prof. Eduardo Toledo Santos e da mestranda Rita Cristina Ferreira, pela divulgação da pesquisa e do questionário utilizado neste trabalho.
Ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná, CREA-PR, pelo apoio à pesquisa.
A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.
À minha família.
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SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ...............................................................................................................VII LISTA DE GRÁFICOS .....................................................................................................................VIII LISTA DE QUADROS........................................................................................................................ IX LISTA DE TABELAS ..........................................................................................................................X LISTA DE ABREVIAÇÕES................................................................................................................XI RESUMO...........................................................................................................................................XII ABSTRACT......................................................................................................................................XIII 1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. 1 1.1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................... 1 1.2 PROBLEMA DE PESQUISA.................................................................................................. 2 1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 3 1.3.1 Objetivo Principal ............................................................................................................... 3 1.3.2 Objetivos Secundários ....................................................................................................... 3 1.4 HIPÓTESES........................................................................................................................... 3 1.5 MÉTODO DE PESQUISA ...................................................................................................... 4 1.6 LIMITAÇÕES.......................................................................................................................... 4 1.7 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ........................................................................................ 5 1.8 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO ............................................................................................... 6 2 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO EM ESCRITÓRIOS DE PROJETOS................................... 7 2.1 CONTEXTO............................................................................................................................ 7 2.2 REFERENCIAL CONCEITUAL.............................................................................................. 7 2.2.1 Dado, Informação e Conhecimento ................................................................................... 7 2.2.2 Comunicação ..................................................................................................................... 8 2.2.3 Tecnologia da Informação (TI)........................................................................................... 8 2.2.4 Sistema de Informação(SI) ................................................................................................ 8 2.2.5 Hardware e software .......................................................................................................... 8 2.2.6 World Wide Web (www)..................................................................................................... 9 2.2.7 Rede e Wireless................................................................................................................. 9 2.2.8 Internet, Intranet e Extranet ............................................................................................... 9 2.2.9 Extranet de projeto........................................................................................................... 10 2.2.10 PDA e Web Cam.............................................................................................................. 11 2.2.11 Portal................................................................................................................................ 11 2.3 TI NA CONSTRUÇÃO CIVIL................................................................................................ 11 2.3.1 Contexto atual .................................................................................................................. 11 2.3.2 Recomendações para Implementação ............................................................................ 13 2.3.3 Barreiras para TI na Construção Civil.............................................................................. 15 2.4 TI EM ESCRITÓRIOS DE PROJETO.................................................................................. 16 2.5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL................................................. 17 2.6 EXTRANETS DE PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL .................................................. 20 2.7 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO ............................................................................................. 23 3 LEVANTAMENTOS SOBRE TI NA CONSTRUÇÃO CIVIL ...................................................... 25 3.1 CONTEXTO.......................................................................................................................... 25 3.2 REINO UNIDO ..................................................................................................................... 25
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3.3 NOVA ZELÂNDIA................................................................................................................. 26 3.4 HONG KONG ....................................................................................................................... 27 3.5 SUÉCIA, DINAMARCA E FINLÂNDIA ................................................................................. 28 3.6 RIO GRANDE DO SUL (BR) E REINO UNIDO ................................................................... 31 3.7 ARÁBIA SAUDITA................................................................................................................ 32 3.8 CANADÁ............................................................................................................................... 33 3.9 PROVÍNCIA DA CIDADE DO CABO (WCP) ....................................................................... 34 3.10 JUIZ DE FORA..................................................................................................................... 35 3.11 MALÁSIA.............................................................................................................................. 37 3.12 ESTADOS UNIDOS ............................................................................................................. 38 3.13 AUSTRÁLIA.......................................................................................................................... 39 3.14 SINGAPURA ........................................................................................................................ 40 3.15 SOROCABA – BRASIL ........................................................................................................ 42 3.16 CHINA .................................................................................................................................. 43 3.17 NIGÉRIA............................................................................................................................... 43 3.18 SÃO PAULO......................................................................................................................... 44 3.19 RESUMO DOS LEVANTAMENTOS.................................................................................... 45 3.20 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO ............................................................................................. 47 4 MÉTODO DE PESQUISA .......................................................................................................... 48 4.1 CONTEXTO.......................................................................................................................... 48 4.2 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA................................................................................. 48 4.3 ESTRUTURA GERAL DA PESQUISA E SEQUÊNCIA DAS ATIVIDADES........................ 49 4.4 A REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 51 4.5 O LEVANTAMENTO ............................................................................................................ 51 4.5.1 Definição .......................................................................................................................... 51 4.5.2 Estudo preliminar (teste piloto) ........................................................................................ 51 4.5.3 Programa de coleta de dados.......................................................................................... 53 4.5.4 Critério de seleção das empresas ................................................................................... 55 4.5.5 Determinação da população ............................................................................................ 55 4.5.6 Coleta de dados............................................................................................................... 56 4.5.7 Amostra............................................................................................................................ 56 4.6 A ESTRATÉGIA DE ANÁLISE............................................................................................. 58 4.7 UNIDADE DE ANÁLISE....................................................................................................... 59 4.8 VALIDAÇÃO......................................................................................................................... 59 4.9 DIFICULDADES NA COLETA DE DADOS.......................................................................... 60 4.10 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO ............................................................................................. 60 5 RESULTADOS E ANÁLISE....................................................................................................... 61 5.1 CONTEXTO.......................................................................................................................... 61 5.2 ANÁLISE DESCRITIVA........................................................................................................ 61 5.2.1 Caracterização da empresa e do projetista ..................................................................... 61 5.2.2 Utilização de TI ................................................................................................................ 65 5.2.3 Uso de CAD ..................................................................................................................... 72 5.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA – AGRUPAMENTOS ................................................................... 82 5.3.1 Índice de tecnologia ......................................................................................................... 82 5.3.2 Determinação do agrupamento (cluster) ......................................................................... 84 5.3.3 Características do agrupamento escolhido ..................................................................... 84
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5.4 ANÁLISE DESCRITIVA DOS AGRUPAMENTOS............................................................... 85 5.5 PROPOSTAS DE MELHORIA ............................................................................................. 92 5.6 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO ............................................................................................. 93 6 CONCLUSÃO............................................................................................................................. 94 6.1 VERIFICAÇÃO DA PROPOSTA.......................................................................................... 94 6.2 CARACTERIZAÇÃO DOS ESCRITÓRIOS DE PROJETO ................................................. 95 6.3 AGRUPAMENTOS E PROPOSTAS DE MELHORIA.......................................................... 99 6.4 CONCLUSÃO SOBRE O MÉTODO .................................................................................. 100 6.5 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS................................................................. 101 REFERÊNCIAS............................................................................................................................... 102 APÊNDICE 01 – CARTA DE APRESENTAÇÃO DA PESQUISA................................................. 110 APÊNDICE 02 – CARACTERÍSTICAS DOS AGRUPAMENTOS ................................................. 112 ANEXO 01 – QUESTIONÁRIO DA PESQUISA............................................................................. 114
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 01 – ESTRUTURA GERAL DA PESQUISA........................................................................... 50 FIGURA 02 – FLUXOGRAMA DO PROTOCOLO DE COLETA DE DADOS ...................................... 54
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LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 01 – FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS (Q-01)............................................................... 62 GRÁFICO 02 – CAMPO DE ATUAÇÃO (Q-02).................................................................................... 62 GRÁFICO 03 – TIPOS DE PROJETOS DA EMPRESA (Q-03) ........................................................... 63 GRÁFICO 04 – FORMA DE ATUAÇÃO DO PROJETISTA (Q-04) ...................................................... 64 GRÁFICO 05 – TAMANHO DA EQUIPE TÉCNICA (Q-05).................................................................. 64 GRÁFICO 06 – SOFTWARE UTILIZADOS (Q-07)............................................................................... 66 GRÁFICO 07 – PLATAFORMA UTILIZADA (Q-09).............................................................................. 67 GRÁFICO 08 – PROCESSADOR (Q-10) ............................................................................................. 67 GRÁFICO 09 – AQUISIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA (Q-11) .............................. 68 GRÁFICO 10 – FONTE PREDOMINANTE DE SUPORTE EM TI (Q-15) ............................................ 68 GRÁFICO 11 – MEIOS PARA TROCA DE INFORMAÇÃO (Q-17)...................................................... 69 GRÁFICO 12 – TEMPO DE USO DE COMPUTADORES (Q-18)........................................................ 70 GRÁFICO 13 – OPINIÃO SOBRE TI EM PROJETOS (Q-20).............................................................. 71 GRÁFICO 14 – DIFICULDADE NO USO DE TI (Q-21) ........................................................................ 72 GRÁFICO 15 – APRENDIZAGEM DE CAD (Q-24) .............................................................................. 73 GRÁFICO 16 – FORMA DE APRIMORAMENTO EM CAD (Q-25) ...................................................... 73 GRÁFICO 17 – CONHECIMENTOS EM CAD (Q-26) .......................................................................... 74 GRÁFICO 18 – POR QUE NÃO UTILIZA CAD 3D (Q-28) ................................................................... 75 GRÁFICO 19 – UTILIZAÇÃO DE REFERÊNCIAS EXTERNAS (Q-29) ............................................... 76 GRÁFICO 20 – FUNÇÃO DAS REFERÊNCIAS EXTERNAS (Q-30)................................................... 76 GRÁFICO 21 – USO DO ESPAÇO NO MODELO X ESPAÇO NO PAPEL (Q-31) ............................. 77 GRÁFICO 22 – COTAS NO ESPAÇO NO PAPEL (Q-32) ................................................................... 78 GRÁFICO 23 – UTILIZA COTAS ASSOCIADAS (Q-33) ...................................................................... 78 GRÁFICO 24 – UTILIZAÇÃO DE LAYERS PADRONIZADOS (Q-34) ................................................. 79 GRÁFICO 25 – CRIAÇÃO DE BLOCOS PARA BIBLIOTECA (Q-35).................................................. 80 GRÁFICO 26 – UTILIZAÇÃO DE BLOCOS COM ATRIBUTOS (Q-36) ............................................... 80 GRÁFICO 27 – FORNECIMENTO DE QUANTITATIVOS (Q-37) ........................................................ 81 GRÁFICO 28 –QUANTITATIVOS EXTRAÍDOS AUTOMATICAMENTE (Q-38) .................................. 81
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LISTA DE QUADROS
QUADRO 01 – CARACTERÍSTICAS DA INTERNET, INTRANET E EXTRANET............................... 10 QUADRO 02 – LEVANTAMENTO NO REINO UNIDO - 1995 ............................................................. 25 QUADRO 03 – LEVANTAMENTO NA NOVA ZELÂNDIA - 1997......................................................... 26 QUADRO 04 – LEVANTAMENTO EM HONG KONG - 1998............................................................... 27 QUADRO 05 – LEVANTAMENTO EM HONG KONG - 1999............................................................... 27 QUADRO 06 – LEVANTAMENTO NOS PAÍSES NÓRDICOS – 1998................................................. 28 QUADRO 07 – LEVANTAMENTO NOS PAÍSES NÓRDICOS – 2002(A)............................................ 29 QUADRO 08 – LEVANTAMENTO NOS PAÍSES NÓRDICOS – 2002(B)............................................ 30 QUADRO 09 – LEVANTAMENTO NO RS (BRASIL) E NO REINO UNIDO - 1998 ............................. 31 QUADRO 10 – LEVANTAMENTO NO RIO GRANDE DO SUL (BR) - 2002........................................ 32 QUADRO 11 – LEVANTAMENTO NA ARÁBIA SAUDITA – 1999 ....................................................... 32 QUADRO 12 – LEVANTAMENTO NO CANADÁ – 2000...................................................................... 33 QUADRO 13 – LEVANTAMENTO NO CANADÁ – 2005...................................................................... 34 QUADRO 14 – LEVANTAMENTO NA PROVÍCIA DA CIDADE DO CABO – 2001 ............................. 34 QUADRO 15 – LEVANTAMENTO EM JUIZ DE FORA - 2002............................................................. 35 QUADRO 16 – LEVANTAMENTO EM JUIZ DE FORA - 2002............................................................. 36 QUADRO 17 – LEVANTAMENTO EM JUIZ DE FORA - 2002............................................................. 37 QUADRO 18 – LEVANTAMENTO NA MALÁSIA – 2002 ..................................................................... 37 QUADRO 19 – LEVANTAMENTO NOS ESTADOS UNIDOS – 2003.................................................. 38 QUADRO 20 – LEVANTAMENTO NA AUSTRÁLIA – 2003................................................................. 39 QUADRO 21 – LEVANTAMENTO NA AUSTRÁLIA – 2004................................................................. 39 QUADRO 22 – LEVANTAMENTO NA AUSTRÁLIA – 2005................................................................. 40 QUADRO 23 – LEVANTAMENTO NA SINGAPURA – 2003................................................................ 41 QUADRO 24 – LEVANTAMENTO NA SINGAPURA – 2005................................................................ 41 QUADRO 25 – LEVANTAMENTO EM SOROCABA - 2003................................................................. 42 QUADRO 26 – LEVANTAMENTO NA CHINA - 2004........................................................................... 43 QUADRO 27 – LEVANTAMENTO NA NIGÉRIA – 2005 ...................................................................... 44 QUADRO 28 – LEVANTAMENTO EM SÃO PAULO (br) – 2006 ......................................................... 44 QUADRO 29 – PUBLICAÇÕES SOBRE LEVANTAMENTOS ............................................................. 46 QUADRO 30 – COLETA DE DADOS ................................................................................................... 56 QUADRO 31 – FORMAÇÃO DO ÍNDICE DE TI................................................................................... 83 QUADRO 32 – ANÁLISE DESCRITIVA DOS AGRUPAMENTOS....................................................... 90
x
LISTA DE TABELAS
TABELA 01 – QUANTIDADE DE EMPRESAS POR AGRUPAMENTO............................................... 84 TABELA 02 – CLASSIFICAÇÃO DOS GRUPOS DO AGRUPAMENTO ............................................. 85
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LISTA DE ABREVIAÇÕES
CAD – Computer Aided Dedign CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas CPU – Central Processing Unit CREA-PR – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado
do Paraná EDI – Electronic Data Interchange EDMS – Electronic Document Management System ENTAC – Encontro Nacional de Tecnologia no Ambiente Construído ERP – Enterprise Resource Planning PDA – Personal Digital Assistant PDM – Product Data Management RMC – Região Metropolitana de Curitiba TI – Tecnologia de Informação UFPR – Universidade Federal do Paraná WCP – Western Cape Province WF – Workflow WWW – World Wide Web
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RESUMO
A indústria da construção vem enfrentando a necessidade da informatização. Novas tecnologias de comunicação trazem para as empresas maior rapidez, qualidade e segurança na troca de informações, principalmente quando essas tecnologias estão interligadas à Internet. Os escritórios de projetos, responsáveis pela centralização de diferentes tipos de informações, muitas vezes apresentam-se como um elo de comunicação entre proprietários, incorporadores, projetistas e canteiros de obras. Levantamentos sobre a utilização destas tecnologias vêm sendo realizados em diversos países como Austrália, China, Estados Unidos, Canadá, Singapura, Hong Kong, Arábia Saudita e Países Nórdicos, entre outros. Partindo destes estudos, e de posse de um questionário sobre utilização de tecnologia de informação (TI) por projetistas, realizou-se um levantamento junto aos escritórios de projeto da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Esta pesquisa envolveu a coleta de informações junto a 86 escritórios de projetos de arquitetura e engenharia, objetivando a apresentação de um panorama de utilização de TI por estes profissionais. O levantamento identificou desde as características dos escritórios até os equipamentos de informática e os softwares utilizados pelos projetistas. O meio de coleta utilizado inicialmente foi o envio de e-mails e, na seqüência, a realização de contatos telefônicos para buscar um maior índice de retorno para a pesquisa. Os dados coletados foram tabulados e, além da análise descritiva, foi também realizada uma análise de agrupamentos (cluster analysis) que possibilitou a formação de três grupos heterogêneos, mas com características homogêneas entre si. O agrupamento formado foi baseado na utilização de um índice de uso de TI que possibilitou uma classificação das empresas. As extranets e o CAD 3D, utilizados por poucos escritórios, mostram a sub-utilização de recursos de TI por estas empresas. Entre as propostas de melhoria sugeridas neste trabalho ressalta-se o investimento no conhecimento de novas tecnologias e a criação de ações para combater a falta de cultura dos escritórios de projeto no uso de TI.
Palavras-Chave: Tecnologia da Informação, Escritórios de Projeto, Construção Civil, Levantamento.
xiii
ABSTRACT
The construction industry has been facing the necessity of computerization. New communication technologies bring to the companies agility, quality and security through the exchange of information, mainly when these technologies are linked to the Internet. The design offices, many times responsible for the centralization of different kinds of information, are presented as a communication bridge between owners, developers, designers (architects and engineers) and construction sites. Surveys on the use of these technologies have been carried through many countries as Australia, China, United States, Canada, Singapore, Hong Kong, Saudi Arabia and Nordic Countries, among others. With all these studies, and with a questionnaire based on the use of information technology (IT) for Architecture, Engineering and Construction (AEC) designers, a survey on Curitiba’s Metropolitan Region built environment design offices was conducted. This research involved the data collection from 86 AEC design offices, focusing on the presentation of an IT usage panorama for these professionals. The survey has identified many points, from the characteristics of the design offices up to the computer equipments and software used by designers. Initially the data collection was performed by e-mail. It was followed by phone calls, in order to increase the response rate. The collected data were tabulated and, beyond the descriptive analysis, the data were also carried through a cluster analysis. Using such analysis it was possible to create three heterogeneous groups, with similar characteristics among them. The formed groups were based on an IT usage index, which made possible to classify the offices. Extranets and the 3D CAD, used by few offices, show underutilization of these resources by the offices. The suggestions proposed for the IT usage improvement are: the investment in IT knowledge and the implementation of some actions to face the lack of IT culture in the project offices.
Key Words: Information Technology, Project Offices, Civil Construction, Survey.
1
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
Existe um grande potencial de utilização de Tecnologia de Informação (TI)
na Indústria da Construção (NASCIMENTO; SANTOS, 2002). Características como
um elevado número de empresas participantes de um projeto e grande parte do
esforço produtivo ser desenvolvido no canteiro de obras, geralmente longe do
escritório central, tornam a indústria da construção atrativa para implantação de
mecanismos de gerenciamento da informação (SOIBELMAN; CALDAS, 2000).
Da mesma forma, NASCIMENTO e SANTOS (2002) também destacam
outras características como baixa produtividade e deficiências na comunicação de
uma grande quantidade de informações como condições atrativas para a integração
da TI aos processos do setor da construção. Além da grande quantidade de
informações ainda existe uma variedade de participantes como desenhistas,
arquitetos, engenheiros de estruturas, engenheiros hidráulicos, dependendo da
característica de cada projeto (SANTACRUZ, 2002).
Segundo LAUDON e LAUDON (1999) os sistemas de informação podem
ser usados para diminuir custos operacionais, desenvolver novos nichos de mercado
ou diferenciar produtos e serviços. Desta maneira, o estudo de sistemas de
informação pode proporcionar a criação de produtos, neste caso imóveis, mais
acessíveis para a população de baixa renda, atendendo seus anseios e
necessidades.
Benefícios como economia de materiais e melhoria da produtividade são
buscados constantemente, e segundo CINTRA, OLIVEIRA E NAVEIRO (2002) isto
pode ser alcançado através da utilização de novas tecnologias de comunicação e
meios interativos, que podem levar a uma melhor gestão de projetos.
No que diz respeito à análise econômica, LAUDON e LAUDON (1999) citam
a diminuição de custos operacionais e a obtenção de vantagem estratégica
competitiva como possíveis ganhos através da utilização de sistemas de informação.
2
A performance econômico-financeira, tanto de um empreendimento como
das organizações envolvidas, pode ser melhorada através da implementação de um
eficiente gerenciamento de fluxos de informação (CALDAS; SOIBELMAN, 2001).
A economia de tempo também pode ser significativa para empreendimentos
de construção civil, LAUDON e LAUDON (1999) ressaltam a utilização de sistemas
de informação para gerar diminuição no tempo de desenvolvimento de produto,
melhorando a qualidade e a precisão tanto no projeto quanto na produção. Segundo
MAK (2001), a economia de força de trabalho nos escritórios e um melhor
gerenciamento de dados são os efeitos aparentes mais percebidos com a utilização
de tecnologias de informação.
Este trabalho busca estudar avanços tecnológicos no que diz respeito à
utilização de novas tecnologias. Segundo CINTRA, OLIVEIRA e NAVEIRO (2002) o
avanço da Tecnologia de Informação pode proporcionar a criação de novas
ferramentas facilitadoras para a realização de um projeto, seja na sua fase de
desenvolvimento ou gestão.
A adoção de tecnologias de informação ainda apresenta um processo lento
e complexo, de maneira que é de grande importância o aparecimento de estudos
sobre a administração destas tecnologias (IRANI; LOVE, 2001).
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA
Para GIL (1999) o problema, na acepção científica, pode ser definido como
uma questão ainda não solvida e que é objeto de discussão, qualquer que seja o
domínio do conhecimento. O problema que envolve esta pesquisa está na
necessidade de um maior conhecimento e compreensão sobre o uso de TI’s por
escritórios de projeto. Portanto, coloca-se a seguinte questão de pesquisa:
Qual é a utilização de tecnologias de informação por escritórios de projeto
da Região Metropolitana de Curitiba?
3
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Principal
Caracterizar qual a utilização de tecnologia de informação por escritórios de
projeto da Região Metropolitana de Curitiba, no estado do Paraná.
1.3.2 Objetivos Secundários
Os objetivos secundários são:
• Realizar uma revisão bibliográfica sobre utilização de TI’s na construção
civil e em escritórios de projeto;
• Fazer um levantamento sobre pesquisas de utilização de TI na
construção civil;
• Apresentar agrupamentos das empresas participantes quanto à
utilização de TI’s;
• Apresentar propostas de melhoria quanto à utilização de TI’s pelos
escritórios de projeto.
1.4 HIPÓTESES
A hipótese é uma suposta resposta ao problema de pesquisa proposto à
investigação, e que após testada, poderá ser aceita ou rejeitada (Gil, 1999).
Tem-se como hipóteses da pesquisa:
• Hipótese 01: as extranets de projeto ainda são pouco utilizadas pelos
escritórios de projeto;
• Hipótese 02: o CAD 3D já é utilizado na metodologia de trabalho dos
escritórios;
• Hipótese 03: os projetistas acreditam ser importante o uso de TI’s nos
escritórios de projeto;
4
1.5 MÉTODO DE PESQUISA
O principal método de pesquisa utilizado nesta dissertação foi o
levantamento (survey) que buscou identificar de que maneira os escritórios de
projeto da Região Metropolitana de Curitiba utilizam tecnologias de informação
durante suas atividades cotidianas. Em paralelo com o método de levantamento
também foi utilizado o método de revisão bibliográfica
A revisão bibliográfica abrangeu temas ligados à utilização de tecnologias
de informação na construção civil, mais especificamente em escritórios de projetos
de arquitetura e engenharia. Para a coleta de dados optou-se pela utilização de um
questionário já formatado, apresentado no ANEXO 1, que possuía grande
convergência com os objetivos desta dissertação e possibilitaria uma confrontação
dos resultados coletados nesta pesquisa com dados de outros pesquisadores e de
outras localidades.
Através de entrevistas por telefone foi realizado um teste piloto para verificar
a utilização do questionário, após isto, partiu-se para a coleta de dados através do
envio do questionário por correio eletrônico. Com o objetivo de identificar possíveis
correlações os dados obtidos no levantamento receberam tratamento estatístico
através da utilização de software específico.
Os resultados encontrados possibilitaram a comparação das empresas
participantes e o estabelecimento de propostas de melhoria. Foi também realizada a
determinação de um índice de utilização de tecnologia através do qual as empresas
foram agrupadas quanto à utilização te TI’s.
1.6 LIMITAÇÕES
As limitações da pesquisa são:
• Limitação geográfica: a pesquisa foi realizada junto a empresas da
Região Metropolitana de Curitiba;
• A população de empresas utilizada na pesquisa são escritórios de
projeto cadastrados no CREA-PR, que estavam ativos durante o ano de
2005;
• Utilização de um questionário já formatado;
5
• O caráter voluntário de participação das empresas respondentes
caracterizou-se como uma limitação para a pesquisa.
1.7 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
O presente trabalho foi estruturado nos seguintes capítulos: (1) Introdução,
(2) Tecnologia de Informação em escritórios de projeto, (3) Levantamentos sobre TI
na Construção Civil, (4) Método de Pesquisa, (5) Resultados e Análise e (6)
Conclusão.
O Capítulo 01 descreve a justificativa da dissertação, o problema, os
objetivos, as hipóteses, o método de pesquisa adotado, bem como as limitações
impostas e percebidas ao decorrer da pesquisa.
O Capítulo 02 apresenta a revisão bibliográfica sobre a utilização de
tecnologias de informação na construção civil. Esta revisão inicia com definições e
esclarecimentos a respeito de termos específicos e na seqüência descreve algumas
características das tecnologias de informação.
O Capítulo 03 apresenta um levantamento bibliográfico sobre pesquisas de
utilização de tecnologia de informação na construção civil, realizadas em diferentes
locais e datas.
O Capítulo 04 descreve o método de pesquisa adotado, o protocolo de
coleta de dados, o teste piloto e a estrutura geral da pesquisa. Para finalizar é
também descrita a estratégia de análise dos dados.
O Capítulo 05 trata da apresentação dos resultados do levantamento,
através de análise descritiva e estatística. É apresentada a formulação de um índice
de tecnologia e o referente agrupamento das empresas participantes, finalizando
com a apresentação de algumas propostas de melhoria.
O Capítulo 06 apresenta a verificação da proposta inicial da pesquisa, as
conclusões gerais, as conclusões sobre o método utilizado e as sugestões para
trabalhos futuros.
6
1.8 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO
Este capítulo apresentou a justificativa de realização deste trabalho e seu
respectivo problema de pesquisa. Com isto definido partiu-se para a apresentação
dos objetivos principal e específicos, as hipóteses, método de pesquisa, as
limitações e a estrutura da dissertação.
No próximo capítulo será apresentada a revisão bibliográfica sobre
utilização de tecnologias de informação em escritórios de projeto, iniciando com a
colocação de alguns conceitos e, na seqüência, apresentando algumas
fundamentações teóricas sobre escritórios de projeto e o mercado da construção
civil, contextualizando características, barreiras, vantagens e desvantagens da
implementação dessas tecnologias.
7
2 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO EM ESCRITÓRIOS DE PROJETOS
2.1 CONTEXTO
No capítulo anterior foi apresentada a introdução do trabalho, com sua
justificativa, problema de pesquisa, objetivos, hipóteses, método de pesquisa, e
algumas limitações. No final do capítulo foi apresentada a estrutura da dissertação.
Neste capítulo serão apresentadas definições sobre tecnologia de
informação para facilitar a compreensão de expressões técnicas específicas desta
área de conhecimento. Também serão apresentadas algumas fundamentações
teóricas sobre escritórios de projeto e o mercado da construção civil,
contextualizando características, barreiras, vantagens e desvantagens da
implementação dessas tecnologias.
2.2 REFERENCIAL CONCEITUAL
2.2.1 Dado, Informação e Conhecimento
Os dados podem ser definidos como uma série de palavras ou números
que estão agrupados e armazenados em algum meio, como um papel ou um arquivo
eletrônico (SOIBELMAN; CALDAS, 2000), ou, simplesmente, uma seqüência de
símbolos quantificados ou quantificáveis (SETZER, 1999).
Segundo LAUDON e LAUDON (1999) a informação pode ser definida
como um conjunto de dados aos quais seres humanos deram forma com o objetivo
de torná-los significativos e úteis. Já SETZER (1999) defende que não existe uma
definição para informação, mas ela pode ser caracterizada como uma abstração
informal, que representa algo significativo para alguém, através de textos, sons,
imagens ou animações.
O conhecimento pode ser definido como uma abstração interior, pessoal,
de alguma coisa que foi experimentada por alguém (SETZER, 1999). Para LAUDON
e LAUDON (1999) o conhecimento é o conjunto de ferramentas conceituais e
8
categorias usadas pelos seres humanos para criar, armazenar, colecionar e
compartilhar a informação.
2.2.2 Comunicação
A comunicação pode ser definida como um processo de troca de informação
entre um componente chamado emissor e um receptor, que utilizam um meio de
transmissão para a realização do intercâmbio. (CINTRA; AMORIM, 2000).
2.2.3 Tecnologia da Informação (TI)
REZENDE e ABREU (2001) conceituam tecnologia da informação (TI) como recursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação.
Segundo NASCIMENTO, LAURINDO e SANTOS (2003) a TI compreende eletrônica,
automação, computação (hardware e software) e telecomunicações.
2.2.4 Sistema de Informação(SI)
Segundo CINTRA e AMORIN (2000) um sistema de informação (SI) pode
ser definido como um conjunto de dados, que através de recursos físicos, hardware
e software são transformados em informações para atender às necessidades da
organização. Para LAUDON e LAUDON (1999) um SI pode ser definido como um
conjunto de componentes inter-relacionados que trabalham juntos, coletando,
armazenando, recuperando, processando e distribuindo informações.
2.2.5 Hardware e software
Hardware são as partes materiais, físicas e tocáveis, de um computador ou
outro sistema. Os Hardware de computadores geralmente consistem em dispositivos
eletrônicos, como CPU’s e memórias, e partes eletro-mecânicas, como teclados e
impressoras (TFODC, 2006). Segundo LAUDON e LAUDON (1999) o hardware de
um computador é o equipamento físico usado para executar tarefas de entrada,
processamento ou saída de informações de um SI.
9
Software podem ser definidos como programas, rotinas ou linguagens
simbólicas que controlam o funcionamento e as operações de um hardware
(TAHDEL, 2004). Para LAUDON e LAUDON (1999) um software de computador
consiste em instruções pré-programadas que controlam o trabalho dos componentes
de hardware.
2.2.6 World Wide Web (www)
World Wide Web pode ser definido como uma rede de inúmeros
documentos eletrônicos armazenados em vários computadores conectados à
Internet, que disponibilizam o acesso a estes arquivos através de um protocolo
conhecido como HTTP (TAHDEL, 2004). LAUDON e LAUDON (1999) definem o
World Wide Web como um conjunto de padrões que utilizam interfaces gráficas e
vínculos dinâmicos para outros documentos com o objetivo de armazenar, recuperar,
organizar, formatar e exibir informações em um ambiente de rede.
2.2.7 Rede e Wireless
Uma rede liga dois ou mais computadores entre si com o objetivo de
compartilhar recursos, como uma impressora, por exemplo, ou para transmitir voz,
dados, imagens, sons e vídeos (LAUDON; LAUDON, 1999).
Wireless é um termo usado para descrever uma rede de computadores
conectados por rádio, sem conexão física entre emissores e receptores. Essa
conexão permite a transmissão de voz, vídeos, imagens ou dados, dependendo
apenas da capacidade dos equipamentos (TFODC, 2006).
2.2.8 Internet, Intranet e Extranet
A Internet pode ser definida como uma vasta rede de redes interligadas,
conectando tanto organizações, sejam empresariais, governamentais, científicas ou
educacionais, como indivíduos. (LAUDON; LAUDON, 1999)
Segundo MAK (2001) a intranet pode ser definida como uma rede
corporativa que utiliza tecnologia e aplicativos de Internet para interligar os
computadores entre si.
10
CALDAS e SOIBELMAN (2001) definem extranet como uma rede de
computadores que, através da tecnologia da Internet, conectam a empresa com
seus fornecedores, clientes e outras empresas que compartilhem objetivos comuns.
Segundo MAK (2001) a extranet forma um ambiente de rede corporativo para
realização de transações comerciais.
PAKSTAS (1999) apresenta um sumário comparativo das características da
Internet, intranet e extranet, conforme o QUADRO 01.
QUADRO 01 – CARACTERÍSTICAS DA INTERNET, INTRANET E EXTRANET
Internet Intranet Extranet
Usuários Todos Membros de uma empresa Grupo fechado de empresas
Informação Fragmentada Do proprietário Compartilhada em fechados grupos de confiança
Acesso Público Privativa Semi-privativa
Mecanismo de segurança Nenhum Firewall e
codificação de dados
Firewall inteligente, codificação de dados, vários padrões de segurança de documentos
FONTE: PAKSTAS, A. Towards electronic commerce via science park multi-Extranets. Computer Communications, v. 22, n. 14, p. 1351-1363, set. 1999.
Através deste comparativo apresentado por PAKSTAS (1999) pode-se
verificar as diferenças básicas entre as tecnologias de Internet, intranet e extranet.
2.2.9 Extranet de projeto
As chamadas extranets de projeto são sistemas baseados na em
tecnologia de Internet, que restringem o acesso a usuários autorizados de diferentes
organizações participantes num empreendimento de construção civil, permitindo o
armazenamento de toda a documentação da obra, facilitando a comunicação entre
os vários agentes envolvidos e o acesso à informação (SANTOS; NASCIMENTO,
2002).
11
2.2.10 PDA e Web Cam
O PDA é um computador de mão, que geralmente não possui teclado e
funciona com tecnologia touch-screen, utilizado para armazenar informações como
endereços e agenda. Muitos PDA’s possuem software de reconhecimento de texto
manuscrito, reconhecimento de voz, telefone celular e modem internos para se
comunicar com outro computador ou uma rede de computadores (TAHDEL, 2004).
WebCam, abreviação de Web Camera, é uma câmera digital com
capacidade para fazer transferência de imagens para um computador que pode
transmitir estes arquivos na Internet ou outra rede (TAHDEL, 2004).
2.2.11 Portal
Um portal pode ser definido como um aplicativo que possui uma interface
personalizada e adaptada para as pessoas descobrirem, usarem e intercambiarem
dados e informações relevantes, ordenadas de forma lógica, que podem ser
acessadas através da Internet (FREITAS; LIMA; CASTRO, 2001).
2.3 TI NA CONSTRUÇÃO CIVIL
2.3.1 Contexto atual
Considerado pela literatura como tradicional, o setor da construção civil
apresenta-se lento na adoção de inovações, apesar de que, muitas vezes, os
benefícios auferidos pela adoção de inovações acabam sendo determinantes para a
melhoria da qualidade e produtividade do processo de produção (AMORIM et al.,
2002).
A utilização de TI’s vem impondo às cadeias produtivas o estabelecimento
de processos mais integrados, racionais e flexíveis, conferindo eficiência ao uso do
capital, trabalho e recursos (SCHEER; et al. 2003). Essas TI’s abrangem o conjunto
dos conhecimentos que se aplicam na utilização da informática, envolvendo-a na
estratégia da empresa para obter vantagem competitiva (NASCIMENTO; SANTOS,
2001).
12
Na indústria da construção pode ser percebida a falta de integração entre os
profissionais envolvidos no desenvolvimento de um projeto e os que o executam
(CINTRA et al., 2002), o que torna este setor atrativo para a implementação de TI’s.
Enquanto através dos computadores as empresas alteraram a maneira de
gerar documentos, com a implementação de TI’s estas empresas enfrentam
mudanças na forma como as pessoas trocam informações e documentos (CINTRA
et al., 2002).
Segundo NASCIMENTO, LAURINDO e SANTOS (2003) as tecnologias
mais usadas no setor são aquelas mais específicas como CAD e sistemas para
cálculo de estruturas, já as tecnologias mais genéricas como EDI (Eletronic Data
Interchange), ERP (Entreprise Resource Planning), PDM (Product Data
Management), EDMS (Eletronic Document Management System), workflow e
aplicações de e-commerce ainda são usadas em pequena escala.
A aplicação dos recursos tecnológicos modifica o processo de produção de
conhecimento, fazendo com que informação flua mais rapidamente, aumentando
também o alcance de sua disseminação (CINTRA et al., 2002).
Segundo LUCIANO e LUCIANO (2002) a TI bem aplicada e administrada
pode:
• Proporcionar ganhos significativos de produtividade;
• Reinventar processos;
• Automatizar tarefas;
• Possibilitar redução de custos operacionais;
• Sustentar atividades impossíveis de serem realizadas sem ela;
• Incrementar rapidez e precisão às decisões.
Por outro lado, RIVARD (2000) cita a contínua necessidade de atualização
de software e hardware, a necessidade de possuir profissionais melhor capacitados
e a necessidade de altos investimentos iniciais como grandes obstáculos relativos
aos custos das novas tecnologias.
LUCIANO e LUCIANO (2002), após realizarem um levantamento junto a
empresas construtoras do Rio Grande do Sul, apresentam algumas ações que
podem ser realizadas para melhorar a informatização e a percepção estratégica da
TI:
13
• Utilização intensiva de software CAD e software de apoio ao
planejamento e controle de obras, em especial na etapa de projeto;
• Utilização de software para pesquisa de mercado, com o objetivo de
identificar diferentes padrões de comportamento nos clientes, anseios,
preferências ou grupos de consumidores;
• Viabilizar e difundir a utilização de e-mail entre os funcionários;
• Explorar o potencial da Internet, com a divulgação da empresa e seus
produtos, bem como a interação empresa-cliente e empresa-fornecedor;
• Motivar o comprometimento da alta administração, para incentivar a
adoção de novas TI’s.
Além disso, o setor da construção civil necessita de transformações para
tornar-se mais compatível com as características e exigências do mercado
consumidor e dos aspectos ambiental e competitivo, conforme a seguir (VIEIRA,
2005):
• introdução efetiva da tecnologia logística: conceitos, métodos, técnicas e
procedimentos;
• maior implementação de tecnologias de informação: tecnologias
operacionais;
• qualificação dos recursos humanos: qualificação da mão-de-obra em
relação à tecnologia;
• integração com agentes externos: sistemas de parcerias;
• cultura na qualidade: foco no cliente.
2.3.2 Recomendações para Implementação
Segundo STEPHEN e BETTS (1996) existem dois critérios básicos a serem
considerados para a escolha de uma tecnologia:
• Optar por tecnologias já conhecidas e com suas potencialidades para
construção civil identificadas;
• Optar por tecnologias ainda em estudo, com grandes potenciais de
utilização agora e no futuro.
LOVE e IRANI (2003) identificaram três pontos importantes sobre a
implementação de TI por empresas da construção:
14
• Enquanto o tamanho da empresa não influencia neste nível de
investimento, tipos de organizações diferentes diferem na quantia
investida em TI;
• O processo de avaliação adotado pelas pequenas e médias empresas
da construção é usado tanto para controle como para aprendizagem;
• A maior barreira para justificar investimentos em TI é atribuída à falta de
visão estratégica.
Quanto a custos, LOVE, IRANI e EDWARDS (2004) afirmam que os custos
diretos são muitas vezes estimados de maneira imprecisa, sendo que eles vão muito
além de hardware, software e custos de instalação, devendo-se considerar o custo
de inesperados acessórios de hardware adicionais, por exemplo.
LOVE e IRANI (2004) também apresentam algumas recomendações para
empresas de construção civil, neste caso empresas de pequeno e médio porte, para
aumentar os benefícios da utilização de TI:
• realizar uma avaliação do que existe de TI para sua organização para
que se possa identificar algumas características e custos;
• desenvolver um plano de custos e benefícios esperados com a
implementação de tecnologias de informação, inclusive com custos
indiretos;
• verificar se a cultura da organização suporta a adoção de tecnologias de
informação e se os benefícios esperados com a utilização de TI são
realmente possíveis.
Como benefícios da utilização de tecnologias de informação e comunicação
na construção civil BOWDEN et al. (2006) apresentam um levantamento com os
seguintes resultados:
• Redução no tempo de construção;
• Redução no custo financeiro da construção;
• Redução de defeitos;
• Redução de acidentes;
• Aumento de previsibilidade;
• Redução de perdas;
• Aumento de produtividade;
15
• Redução nos custos de operação e manutenção.
2.3.3 Barreiras para TI na Construção Civil
NASCIMENTO e SANTOS (2002) citam algumas barreiras ligadas aos
profissionais com relação ao uso de TI na indústria da construção conforme abaixo:
• a forma de trabalhar dos profissionais nas várias empresas do setor
apresenta características intrínsecas, o que ocasiona divergências
quanto aos métodos de trabalho de cada profissional;
• os profissionais utilizam ferramentas diversificadas dificultando
padronizações e homogeneizações de linguagens e documentos;
• existe grande variedade de porte de empresas participantes de um
projeto, o que ocasiona em disparidades de estruturas, não permitindo
que todas as empresas tenham condições de implantar um processo de
colaboração, por exemplo;
• a possibilidade de aplicação de TI nos canteiros de obra é inviabilizada
pela mão-de-obra básica existente nestes locais, composta
predominantemente por analfabetos e semi-analfabetos.
Além destas, NASCIMENTO e SANTOS (2002) também apresentam como
barreiras ligadas à tecnologia as incertezas quanto à segurança dos dados,
principalmente com a utilização da Internet, a existência de custos de manutenção e
de aquisição de equipamentos.
Num estudo de caso apresentado em SCHEER et al. (2005b) os principais
impactos verificados após a utilização de novas tecnologias foram de ordem cultural,
ligados à falta de comunicação e dificuldades em perceber as vantagens da
interatividade.
CINTRA, OLIVEIRA E NAVEIRO (2002) ressaltam o problema da
identificação dos custos e dos benefícios da implantação da TI nas empresas,
característica que não é restrita setor de construção. Da mesma forma, LOVE, IRANI
e EDWARDS (2004) enfatizam a importância de se realizar uma estimativa de
custos iniciais para a determinação do nível de tecnologia de informação a implantar.
16
LOVE e IRANI (2003) apresentam alguns custos indiretos da adoção de
TI’s:
• Perda temporária de produtividade no período inicial de implementação;
• Tempo administrativo, liderando, planejando e organizando a transição
entre as novas tecnologias e as práticas de trabalho correntes;
• Investimento de recursos na investigação do potencial da TI, na
experiência de novos fluxos de informação e estruturas de relatórios
modificadas;
• Desenvolvimento de novas habilidades pelos funcionários, que pode
gerar necessidades de revisão de salários e perda de funcionários para
concorrentes.
RIVARD (2000) ressalta em sua pesquisa que a maioria dos profissionais,
apesar de utilizarem tecnologias de informação, ainda realizam trocas de
informações de projeto através de papéis e outros meios, como realizavam antes do
advento dos computadores.
2.4 TI EM ESCRITÓRIOS DE PROJETO
Para verificar a utilização de TI em escritórios de projeto faz-se necessário
definir o que é um projeto. Conforme a NBR 5674 (ABNT, 1999), projeto é definido
como a descrição gráfica e escrita das propriedades de um serviço ou obra de
Engenharia ou Arquitetura, que apresente seus atributos técnicos, financeiros,
econômicos e legais.
A complexidade do projeto propriamente dito não reside apenas na
complexidade do ato de projetar e produzir, mas sim, no conjunto de parcerias e
consórcios formados entre profissionais, clientes e fornecedores (CINTRA et al.,
2002). A vasta quantidade de informações torna necessária a coordenação das
contribuições de cada participante (SCHMITT, 1998).
BRITO (2001) constatou que a gestão do fluxo de informações pode ser
melhorada através de registros, documentações e da comunicação das trocas de
informações ocorridas ao longo do processo de projeto.
17
As TI’s podem ser utilizadas tanto no desenvolvimento de projetos quanto
no processo de comunicação entre os envolvidos. Uma melhor gestão de projetos
pode ser obtida através da utilização de meios interativos e novas tecnologias
comunicativas, o que também acarreta à empresa melhorias de produtividade e
competitividade (CINTRA et al., 2002).
Segundo BRITO (2001) a ineficiência do processo de projeto pode ser
associada à reunião de dois importantes fatores:
• O primeiro fator está associado a problemas gerenciais, tais como
comunicação deficiente entre os intervenientes, indefinição de
responsabilidades, entre outros;
• O segundo fator está associado a subutilização dos sistemas CAD e
tecnologias da informação existentes.
No mesmo trabalho, após um levantamento exploratório, BRITO (2001)
apresentou algumas conclusões sobre os escritórios de projeto:
• o processo de projeto adotado pelos projetistas de arquitetura, estrutura
e instalações é bastante diferenciado, refletindo-se também na maneira
como são produzidos e manipulados os arquivos de desenhos;
• algumas práticas do método tradicional ainda são utilizadas no processo
de projeto informatizado, destaca-se o uso de edição de cotas e
utilização da folha como referencial geométrico;
• 3D ainda é uma tecnologia pouco utilizada, embora sejam reconhecidos
seus benefícios, não existe uma tendência de mudança em curto prazo
devido à necessidade de investimentos em equipamentos e treinamento;
• existe um grande potencial em melhorar o uso dos sistemas CAD no que
diz respeito à produção de desenhos e gerência destes.
2.5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Segundo SCHMITT (1998) as micro e pequenas empresas do subsetor de
edificação da indústria da construção civil podem utilizar sistemas de informações
para auxiliar o fornecimento de soluções adequadas, completas e coerentes.
18
Conforme já definido, um sistema de informação é um conjunto de
componentes inter-relacionados, utilizados para coletar, processar, armazenar e
distribuir informações, com o objetivo de facilitar a coordenação, o controle, a
análise, a visualização e o processo decisório (LAUDON; LAUDON, 1999). Estes
autores apresentam algumas utilidades dos sistemas de informação:
• Podem ser usados para obter vantagem competitiva sobre empresas
rivais;
• Podem ser usados para desenvolver novos nichos de mercado, prender
clientes e fornecedores, diferenciar produtos e serviços e diminuir custos
operacionais;
• Podem ajudar empresas a operar internacionalmente, auxiliando na
comunicação com clientes e fornecedores distantes, além de fornecer
suporte à coordenação de unidades empresariais dispersas;
• Podem incrementar a qualidade simplificando um serviço ou produto,
reduzindo o tempo de desenvolvimento de produtos e as oportunidades
para falhas humanas;
Um sistema de informações da gerência de projetos deve conter as
informações essenciais ao planejamento e monitoramento de recursos de um
projeto, interligado às estratégias da organização (FAGUNDES; TRISKA; MENDES
JR, 2005).
DAWOOD, AKINSOLA e HOBBS (2002) apresentam dois pontos chave que
necessitam ser verificados para o sucesso de um sistema de informação de projeto:
• a compreensão dos processos envolvidos no projeto pelos participantes,
pois cada projeto possui características e complexidades inerentes às
organizações do processo de construção;
• a falta de formalismo para realizar a troca de informações e dados, que
geram problemas de comunicação, inconsistência e ambigüidade de
informações, tanto produzidas como trocadas.
Quanto à compreensão dos participantes envolvidos no processo de projeto
SCHEER et al. (2005a) apresenta o estabelecimento de um plano de ação, incluindo
capacitação dos agentes envolvidos, que refletiu resultados positivos no que diz
19
respeito à identificação, análise e planejamento das atividades do processo com
relação às inovações tecnológicas propostas.
O tempo para a gestão de novos sistemas de informação, o que inclui
planejamento e integração das práticas da empresa com este sistema, foi
identificado como o custo indireto de maior relevância em empresas de construção
civil (LOVE; IRANI; EDWARDS, 2004).
Segundo TAIT (2000) o uso e disseminação das informações vêm sendo
aperfeiçoado com a evolução dos sistemas de informação, mas não se pode negar a
existência de alguns problemas relativos à:
• segurança dos dados;
• integridade dos dados;
• resistência à mudanças por parte dos funcionários;
• redundância de informações.
Benefícios do gerenciamento da informação utilizando sistemas de
informação com tecnologias de intranet e extranet podem ser identificados em
diversas áreas, conforme abaixo:
• possibilidade de publicação de documentos comuns, como
especificações por exemplo, sem a necessidade de várias cópias em
locais diferentes, ou seja, todos os usuários têm acesso ao documento
digital. Em específico para construção civil, ocorre uma diminuição de
documentos e papéis no canteiro de obra (MAK, 2001).
• a eliminação da necessidade de se pagar para produzir cópias e
distribuí-las, podendo em alguns casos suprir a necessidade do
participante apenas com a visualização do arquivo digital (DAWOOD;
AKINSOLA; HOBBS, 2002);
• aumento da velocidade de trabalho (RIVARD, 2000);
• eliminação de erros devido à utilização de diferentes versões de
documentos, com a utilização de um repositório único as alterações
podem ser transmitidas imediatamente. Para a construção civil possibilita
manter um arquivo de projetos atualizado em todos os locais onde são
utilizados (MAK, 2001).
• aumento da qualidade dos documentos (RIVARD, 2000);
20
• arquivamento de registros em formato multimídia, como fotos e vídeos,
podendo vir a servir como material de marketing para a indústria da
construção civil (MAK, 2001).
• os registros podem ser mantidos em um único local, garantindo maior
segurança e controle. No caso da construção civil os computadores nos
canteiros de obras tornam-se apenas terminais, que caso sofram algum
dano não afetam o banco de dados do sistema de informações (MAK,
2001).
• economia de tempo e custos pela eliminação de informações duplicadas,
diminuindo também as possibilidades de erros (DAWOOD; AKINSOLA;
HOBBS, 2002);
• melhor controle financeiro (RIVARD, 2000);
BOWDEN e THORPE (2002) também identificaram alguns benefícios em
relação à validade de se possuir acesso imediato à informação nos canteiros de obra
das empresas de construção civil:
• quando a informação é colocada para a equipe de projeto através de
uma ferramenta de colaboração é possível fornecer mais tempo para se
trabalhar com esta informação;
• pode-se evitar perda de mão-de-obra, desgaste de equipamentos e
perda de produtividade evitando que os profissionais dos canteiros
tenham que se locomover até os escritórios para obter as informações
corretas e atualizadas;
• possuindo acesso às informações atualizadas pode-se eliminar o re-
trabalho gerado pelo uso de informações insuficientes, inapropriadas ou
conflitantes.
2.6 EXTRANETS DE PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
A extranet é utilizada para atuar sobre a forma de comunicação entre os
membros de um projeto. Esta tecnologia favorece ações que possibilitam o
atingimento dos objetivos aos quais o projeto se propõe (ISATTO; FORMOSO,
2004).
21
Com grande potencial para a implementação de sistemas de informação
inter-organizacionais, as extranets podem proporcionar um crescimento significativo
na capacidade de comunicação entre os membros de um empreendimento
(SOIBELMAN; CALDAS, 2000).
Desta forma, a extranet também deve ser vista como um instrumento que
proporciona a coordenação das ações entre os membros de um projeto, reunindo
características que favoreçam o trabalho colaborativo e forneçam apoio à gestão de
processos interorganizacionais (ISATTO; FORMOSO, 2004).
O trabalho colaborativo não é alcançado simplesmente pelo fato dos
profissionais estarem trabalhando em rede, é necessário um sistema de
comunicação que promova a integração entre os profissionais (CINTRA et al., 2002).
Segundo CALDAS e SOIBELMAN (2001) a extranet deve ser utilizada para
desenvolver toda a comunicação a ser realizada dentro de um projeto, comunicação
esta que pode ser realizada através de e-mails e transferência de arquivos. Segundo
estes autores cada usuário deve possuir seu acesso controlado individualmente.
As organizações apresentam-se interligadas com seus clientes ou parceiros
comerciais através das extranets, que podem ser utilizadas para fornecer dados de
disponibilidade de produtos, de preço e de expedição (LAUDON; LAUDON, 1999).
Conectado à extranet de projeto existe também um sistema gerenciador de banco de
dados, que armazena e gerencia essas informações durante a execução do
empreendimento (CALDAS; SOIBELMAN, 2001).
Para SOIBELMAN e CALDAS (2000) ao se realizar uma análise das
características técnicas e operacionais das extranets de projeto existem alguns
fatores a serem considerados conforme abaixo:
• sistemas operacionais com suporte pleno;
• sistemas gerenciadores de banco de dados utilizados para armazenar e
gerenciar os dados do projeto;
• browser plug-ins necessários para acessar dados;
• possibilidade de trabalho off-line;
• processo de distribuição de arquivos;
• local de conversão e acesso de arquivos;
• forma de controle do fluxo de operações;
22
• monitoramento de versões de documento;
• possibilidade de criação de mensagens via Internet, mas fora da
extranet;
• custo;
• instalação, treinamento, suporte e manutenção.
Segundo ISATTO e FORMOSO (2004) a extranet deve ser capaz de se
adequar às alterações que ocorrem nos projetos de construção, que assim como
organizações múltiplas, apresentam-se extremamente dinâmicos.
Tanto ISATTO e FORMOSO (2004), como PAKSTAS (1999), ressaltam a
segurança de acesso às extranets como um de seus benefícios, com a possibilidade
de utilização de um controle de acesso, através da aplicação de filtros diferenciados
de acordo com o perfil de cada usuário do sistema.
O funcionamento da extranet de projeto está baseado na existência de um
ambiente na web exclusivo para determinado projeto, onde tanto o gerenciador
quanto outros intervenientes multidisciplinares (arquitetos, engenheiros,
fornecedores, construtores e proprietários) podem armazenar, visualizar e alterar
arquivos relacionados ao projeto, de forma controlada e auditável (SANTOS;
NASCIMENTO, 2002).
As contribuições da utilização de extranets não ocorrem somente sobre o
fluxo de informações do projeto, mas principalmente no âmbito da comunicação,
envolvendo aspectos como a forma com que as informações são interpretadas e o
efeito que pode ser esperado a partir da sua interpretação (ISATTO; FORMOSO,
2004).
Como as extranets possuem características tanto de apoio à gestão de
processos, como de trabalho colaborativo, cria-se uma dificuldade no seu projeto,
implantação e controle, pelo fato de que cada uma dessas características objetiva
solucionar um problema de natureza diferente (ISATTO; FORMOSO, 2004).
Quanto às dificuldades percebidas, SOIBELMAN e CALDAS (2000)
identificaram algumas queixas de usuários de extranets de projeto, em empresas
construtoras, quanto a sua utilização:
• a falta de adequação do fluxo de informação ao fluxo do processo
organizacional, o que cria gargalos nestes processos;
23
• acúmulo excessivo de informação desnecessária pela falta de
conhecimento e adoção de critérios para se avaliar a qualidade da
informação;
• dificuldade de acesso à informação devido à grande variedade de tipos
de dados existentes;
• dificuldade de entender certas informações gerando a necessidade de
esclarecimentos adicionais, o que provoca novos pedidos de informação,
gerando novos fluxos de informação que congestionam o sistema;
Segundo TAIT (2000) algumas ações tomadas com base na aplicação dos
conhecimentos sobre os dados, e não baseadas na integração entre conhecimento e
informação, são responsáveis por fracassos de sistemas como as extranets. Para
SANTOS e NASCIMENTO (2002) as extranets de projeto só se tornarão um recurso
realmente eficaz para o melhor gerenciamento de projetos se os usuários puderem
obter informações de forma rápida e confiável.
Num estudo dos sistemas comerciais utilizados pela indústria da construção
civil brasileira e os protótipos de novos sistemas, apresentado por MENDES JR. et
al. (2005), foi constatado que ainda não existe um sistema de colaboração com
todas as funcionalidades esperadas para estes sistemas, dentre os estudados, o
sistema mais completo é internacional e possui a inconveniência de não ser em
português.
2.7 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO
Neste capítulo foi apresentada uma revisão bibliográfica sobre utilização de
TI na construção civil e em escritórios de projeto. Procurou-se apresentar temas
amplos, sem a descrição específica de temas como gestão eletrônica de
documentos (GIANDON, 2002), projeto simultâneo (FABRICIO, 2002), processo de
projeto (BRITO, 2001; CODINHOTO, 2003; MIKALDO, 2006), IFC e XML (JACOSKI,
2003; HALFAWY; FROESE, 2006), integração de projetos (USUDA, 2003;
MIKALDO, 2006) e padronização (FROSH, 2004), entre outros, como sistemas CAD
e as variações CAD 3D, 4D, nD e realidade virtual.
24
Ao invés disto, optou-se pela apresentação da identificação de
levantamentos sobre TI na Construção Civil, realizados em diversos países e
continentes. A análise destes levantamentos quanto ao número de participantes,
forma de coleta de dados, data de realização e foco da pesquisa é apresentada no
capítulo a seguir.
25
3 LEVANTAMENTOS SOBRE TI NA CONSTRUÇÃO CIVIL
3.1 CONTEXTO
No capítulo anterior foram apresentadas algumas definições sobre
tecnologia de informação para facilitar a compreensão de expressões técnicas
específicas desta área de conhecimento. Também foram apresentadas algumas
fundamentações teóricas sobre escritórios de projeto e o mercado da construção
civil, contextualizando características, barreiras, vantagens e desvantagens da
implementação de tecnologias.
Neste capítulo serão apresentados alguns levantamentos (surveys) de
utilização de tecnologia de informação na construção civil realizados em diferentes
localidades.
3.2 REINO UNIDO
LAPTALI e BOUCHLAGHEM (1995) realizaram um levantamento sobre
sistemas de informação, seus benefícios e dificuldade de aceitação pelas empresas
da construção do Reino Unido. Apesar do reduzido número de empresas às quais o
questionário foi enviado, o alto índice de retorno de 88,7% fornece um bom relato da
situação das empresas participantes. O Quadro 02 a seguir apresenta alguns dados
deste levantamento.
QUADRO 02 – LEVANTAMENTO NO REINO UNIDO - 1995 Local Reino Unido Data do levantamento - Ano de Publicação 1995 Publicação Automation in Construction Título Expert systems within the construction industry in the UK Autores E. Laptali e N.M. Bouchlaghem Público Alvo Empresas da indústria da construção do Reino Unido Nº de Participantes 47 Amostra Enviada 53 Retorno 88,7%
26
QUADRO 02 – LEVANTAMENTO NO REINO UNIDO - 1995 (continuação)
Meio de Coleta correio (36) e em mãos (17)
Questões abordadas sistemas de informação utilizados benefícios do uso de sistemas de informação motivos que dificultam a aceitação dos SI
3.3 NOVA ZELÂNDIA
DOHERTY (1997) apresentou um levantamento realizado na Nova Zelândia
sobre a utilização de computadores pela indústria da construção.Os questionários
foram enviados por correio a 150 empresas e obteve-se um retorno de 47
questionários, 31%. O Quadro 03 a seguir apresenta alguns dados deste
levantamento.
QUADRO 03 – LEVANTAMENTO NA NOVA ZELÂNDIA - 1997 Local Nova Zelândia Data do levantamento - Ano de Publicação 1997 Publicação Journal of IT in Construction
Título A Survey of Computer Use in the New Zealand Building and Construction Industry
Autores J. M. Doherty Público Alvo Empresas da indústria da construção da Nova Zelândia Nº de Participantes 47 Amostra Enviada 150 Retorno 31% Meio de Coleta Correio
Questões abordadas
verificar a utilização de computadores detalhar o que é usado como este uso alterou-se nos últimos 5 anos verificar novas tendências frente à utilização de computadores
27
3.4 HONG KONG
FUTCHER e ROWLINSON (1998) realizaram um levantamento em Hong
Kong durante o ano de 1998 junto a empreiteiros de obras públicas da indústria da
construção. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o uso de TI no fluxo,
armazenamento e distribuição de informações, além de verificar também a utilização
de métodos de medição de desempenho e a importância do uso estratégico da TI.
O Quadro 04 a seguir apresenta alguns dados deste levantamento que contou com
a participação de 84 profissionais.
QUADRO 04 – LEVANTAMENTO EM HONG KONG - 1998 Local Hong Kong Data do levantamento 1998 Ano de Publicação 1998 Publicação CIB W78 conference 1998 Título Information Technology Used by Hong Kong Contractors Autores Keith Futcher e Steve Rowlinson Público Alvo Empreiteiros de obras públicas da indústria da construção Nº de Participantes 84 Amostra Enviada 316 Retorno 26,6% Meio de Coleta Correio
Questões abordadas a posição da TI junto à estratégia competitiva do negócio a relação da TI com a organização a atual estratégia de TI dentro da organização
Os dados deste levantamento também foram apresentados em FUTCHER e
ROWLINSON (1999), onde tanto informações sobre contratantes de obras como de
empresas de consultoria foram comparados. Nesta pesquisa via correio os autores
obtiveram uma de retorno de 61%, com um total de 320 participantes. O Quadro 05
a seguir apresenta os dados deste levantamento.
QUADRO 05 – LEVANTAMENTO EM HONG KONG - 1999 Local Hong Kong Data do levantamento 1998 Ano de Publicação 1999 Publicação CIB W78 conference 1999
28
QUADRO 05 – LEVANTAMENTO EM HONG KONG – 1999 (continuação)
Título IT Survey within the Construction Industry of Hong Kong Autores K. G. Futcher e S. Rowlinson
Público Alvo levantamento 01: empreiteiros levantamento 02: empresas de consultoria
Nº de Participantes levantamento 01: 194 levantamento 02: 126
Amostra Enviada levantamento 01: 316 levantamento 02: 207
Retorno levantamento 01: 61% levantamento 02: 61%
Meio de Coleta Correio
Questões abordadas a posição da TI junto à estratégia competitiva do negócio a relação da TI com a organização a atual estratégia de TI dentro da organização
3.5 SUÉCIA, DINAMARCA E FINLÂNDIA
HOWARD, KIVINIEMI e SAMUELSON (1998) apresentaram resultados da
aplicação do IT Barometer na Suécia, Dinamarca e Finlândia. O IT Barometer é um
levantamento que foi construído em 1997 por Olle Samuelson, um dos autores do
artigo, e apresentado em sua dissertação de mestrado. O Quadro 06 a seguir
contém alguns dados deste levantamento sobre TI nos países nórdicos.
QUADRO 06 – LEVANTAMENTO NOS PAÍSES NÓRDICOS – 1998 Local Suécia, Dinamarca e Finlândia Data do levantamento 1998 Ano de Publicação 1998 Publicação Journal of IT in Construction
Título Surveys of IT in the Construction Industry and Experience of the IT Barometer in Scandinavia
Autores Rob Howard, Arto Kiviniemi e Olle Samuelson Público Alvo Empresas da Indústria da Construção
Nº de Participantes Suécia = 636 Dinamarca = 103 Finlandia = 62
Amostra Enviada - Retorno -
29
QUADRO 06 – LEVANTAMENTO NOS PAÍSES NÓRDICOS – 1998 (continuação)
Meio de Coleta Correio e entrevistas
Questões abordadas
tipo de empresa, tipo e número de computadores CAD: nome dos software, nº de licenças Nível de TI da empresa Comunicação: rede, Internet, intranet, extranet Função da TI na empresa Questões adaptadas para cada país do levantamento
No ano de 2000, após dois anos do levantamento inicial foi realizado novo
levantamento nos países participantes para verificar a evolução das empresas
quanto à utilização de TI. Tanto o artigo de SAMUELSON (2002) quanto HOWARD,
KIVINIEMI e SAMUELSON (2002) apresentam a análise deste novo levantamento, e
sua comparação com o mesmo levantamento aplicado em 1998. Dentre os três
países foi na Suécia que a pesquisa obteve melhor retorno, tendo a participação de
636 empresas, contra 136 na Dinamarca e 93 na Finlândia. O QUADRO 07 e o
Quadro 08 a seguir apresentam as informações apresentadas nas duas publicações
deste levantamento.
QUADRO 07 – LEVANTAMENTO NOS PAÍSES NÓRDICOS – 2002(A) Local Suécia, Dinamarca e Finlândia
Data do levantamento Suécia: outono de 2000 Dinamarca e Finlândia: primavera de 2001
Ano de Publicação 2002 Journal Journal of IT in Construction
Título IT-Barometer 2000 - The use of IT in the nordic construction industry
Autores Olle Samuelson Público Alvo Indústria da construção
Nº de Participantes Suécia: 641 Dinamarca: 136 Finlândia: 93
Amostra Enviada Suécia: 1.316 de 81.825 canteiros de obra Dinamarca: 1.000 Finalandia: aprox. 900
Retorno Suécia: 49% Dinamarca: 14% Finalândia: aprox. 10%
30
QUADRO 07 – LEVANTAMENTO NOS PAÍSES NÓRDICOS – 2002(A) (continuação)
Meio de Coleta Correio – questionário
Questões abordadas
tamanho da empresa - nº de empregados acesso a equipamentos e comunicações uso de software - presente e futuro Intranets e Project Webs E-commerce Intenções futuras, benefícios e problemas
QUADRO 08 – LEVANTAMENTO NOS PAÍSES NÓRDICOS – 2002(B) Local Suécia, Dinamarca e Finlândia
Data do levantamento Suécia: outono de 2000 Dinamarca e Finlândia: primavera de 2001
Ano de Publicação 2002 Journal CIB W78 conference 2002
Título The latest developments in communications and e-commerce - IT barometer in 3 nordic countries
Autores Rob Howard, Arto Kiviniemi e Olle Samuelson Público Alvo Indústria da construção
Nº de Participantes Suécia: 636 Dinamarca: 136 Finlândia: 93
Amostra Enviada Suécia: 1.316 de 81.825 canteiros de obra Dinamarca: 1.000 Finalandia: aprox. 900
Retorno Suécia: 49% Dinamarca: 14% Finalândia: aprox. 10%
Meio de Coleta Correio – questionário
Questões abordadas
tamanho da empresa - nº de empregados acesso a equipamentos e comunicações uso de software - presente e futuro Intranets e Project Webs E-commerce Intenções futuras, benefícios e problemas
31
3.6 RIO GRANDE DO SUL (BR) E REINO UNIDO
SCHMITT e HINKS (1998) apresentaram a comparação entre um
levantamento realizado com empresas do Rio Grande do Sul e do Reino Unido. A
intenção inicial da pesquisa era aplicar o mesmo questionário nos dois locais, mas,
devido ao baixo número de participantes no Reino Unido, o questionário sofreu
algumas alterações para tentar aumentar seu índice de retorno. O Quadro 09 a
seguir apresenta alguns dados deste levantamento.
QUADRO 09 – LEVANTAMENTO NO RS (BRASIL) E NO REINO UNIDO - 1998 Local Rio Grande do Sul e Reino Unido Data do levantamento - Ano de Publicação 1998 Publicação VII ENTAC – 1998
Título Estudo comparativo sobre a organização e aplicação de sistemas computacionais no sub-setor de edificações da Construção Civil no Brasil e Reino Unido
Autores Carin Maria Schmitt e A. John Hinks Público Alvo Empresas do sub-setor de Edificações da Construção Civil
Nº de Participantes Rio Grande do Sul: 54 Reino Unido: 56
Amostra Enviada Rio Grande do Sul: 216 Reino Unido: 509
Retorno Rio Grande do Sul: 25% Reino Unido: 11%
Meio de Coleta -
Questões abordadas
caracterização das empresas uso de recursos computacionais desenvolvimento de projetos uso de CAD uso de TI
Ainda no Rio Grande do Sul, Brasil, LUCIANO e LUCIANO (2002)
realizaram um levantamento com grandes, médias e pequenas empresas da
Construção Civil, buscando identificar quais as TI’s utilizadas por estas empresas,
suas finalidades e importância para a competitividade. Este levantamento teve um
32
índice de retorno de 45%, contando com a participação de 37 empresas. O Quadro
10 a seguir apresenta alguns dados deste levantamento.
QUADRO 10 – LEVANTAMENTO NO RIO GRANDE DO SUL (BR) - 2002 Local Rio Grande do Sul Data do levantamento - Ano de Publicação 2002 Publicação ENTAC 2002
Título A importância da TI para a competitividade das empresas gaúchas da construção civil: a percepção dos seus gestores
Autores Evandro Lovane Luciano e Edimara Mezzomo Luciano
Público Alvo Grandes, médias e pequenas empresas da construção civil do Rio Grande do Sul
Nº de Participantes 37 Amostra Enviada 82 Retorno 45,1% Meio de Coleta Correio
Questões abordadas TI's utilizadas pela empresa e sua finalidade Percepção dos gestores quanto à importância da TI para a competitividade
3.7 ARÁBIA SAUDITA
No final de 1998 foi realizado um levantamento na Arábia Saudita junto a 46
empresas locais da indústria da construção. A pesquisa apresentada por O'BRIEN e
AL-BIQAMI (1999) foi feita através do envio de questionários por correio e obteve
uma taxa de retorno de 9,2%. O Quadro 11 a seguir apresenta alguns dados deste
levantamento.
QUADRO 11 – LEVANTAMENTO NA ARÁBIA SAUDITA – 1999 Local Arábia Saudita Data do levantamento outubro de 1998 Ano de Publicação 1999 Publicação CIB W78 conference 1999
Título Survey of Information Technology and the Structure of the Saudi Arabian Construction Industry
Autores M. J. O’Brien e N. M. Al-Biqami Público Alvo Empresas da indústria da construção
33
QUADRO 11 – LEVANTAMENTO NA ARÁBIA SAUDITA – 1999 (continuação)
Nº de Participantes 46 Amostra Enviada 500 Retorno 9,2% Meio de Coleta Correio
Questões abordadas
características da empresa software e hardware tecnologia de comunicação aplicativos computacionais motivos do uso de computadores
3.8 CANADÁ
Durante o ano de 1998 e 1999 foi realizado no Canadá um levantamento
sobre o impacto das TI’s na Indústria Canadense de Arquitetura, Engenharia e
Construção. RIVARD (2000) apresenta os resultados deste levantamento que foi
realizado através de envio de questionários por correio e recebeu cerca de 220
respostas. O Quadro 12 a seguir apresenta alguns dados deste levantamento.
QUADRO 12 – LEVANTAMENTO NO CANADÁ – 2000 Local Canadá Data do levantamento 1998-1999 Ano de Publicação 2000 Publicação Journal of IT in Construction
Título A Survey on the Impact of Information Technology in the Canadian Architecture, Engineering and Construction Industry
Autores Huges Rivard Público Alvo Empresas de AEC Nº de Participantes 220 Amostra Enviada 1000 Retorno 22% Meio de Coleta Correio
Questões abordadas
caracterização das empresas e dos profissionais disponibilidade de computadores utilização de computadores uso de CAD trabalho em rede e formas de comunicação tecnologia de informação
34
Durante o ano de 2003 e 2004 um outro levantamento, também no setor da
AEC, foi desenvolvido no Canadá. Desta vez FROESE e HAN (2005) buscaram
identificar informações sobre empresas que desenvolvem TI’s para a construção
civil. Este levantamento contou com a participação de 33 empresas e é apresentado
no Quadro 13 a seguir.
QUADRO 13 – LEVANTAMENTO NO CANADÁ – 2005 Local Canadá Data do levantamento 2003-2004 Ano de Publicação 2005 Publicação CIB W78 conference 2005
Título State of the Construction Information Technology Development Industry in Canada
Autores T.M. Froese e Z. Han
Público Alvo Empresas Canadenses envolvidas no desenvolvimento de produtos de tecnologia de informação para a indústria da Construção
Nº de Participantes 33 Amostra Enviada 86 Retorno 38,4% Meio de Coleta Correio
Questões abordadas Caracterização das empresas Informações do mercado e produtos Opinião sobre TI na Construção
3.9 PROVÍNCIA DA CIDADE DO CABO (WCP)
Em Março de 2001 foi realizado um levantamento na Cidade do Cabo sobre
atividades e uso de TI’s por empresas da indústria da Arquitetura. ARIF e KARAM
(2001) apresentam os resultados deste levantamento que obteve a participação de
108 empresas, conforme o Quadro 14 a seguir.
QUADRO 14 – LEVANTAMENTO NA PROVÍCIA DA CIDADE DO CABO – 2001 Local Província da Cidade do Cabo – África do Sul Data do levantamento Março de 2000 Ano de Publicação 2001 Publicação Journal of IT in Construction
35
QUADRO 14 – LEVANTAMENTO NA PROVÍCIA DA CIDADE DO CABO – 2001 (continuação)
Título Architectural Practices and Their Use of IT in the Western Cape Province, South Africa
Autores Azza A. Arif e Aly H. Karam Público Alvo Empresas da indústria da Arquitetura da WCP Nº de Participantes 108 Amostra Enviada 316
Retorno 108 = 34,2% 6 empresas com cadastro desatualizado 4 empresas fecharam
Meio de Coleta Correio
Questões abordadas
Informações gerais Educação Organização da empresa Computadores
3.10 JUIZ DE FORA
Em Juiz de Fora, Minas Gerais, um levantamento junto a pequenas e
médias empresas gerou dados importantes sobre aspectos organizacionais destas
empresas, formas de gestão de projetos e TI’s adotadas. As vinte empresas
participantes, representando 22,2% da amostra, responderam ao questionário
enviado por correio e os resultados foram apresentados por CINTRA, OLIVEIRA e
NAVEIRO (2002) com o Quadro 15 a seguir.
QUADRO 15 – LEVANTAMENTO EM JUIZ DE FORA - 2002 Local Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil Data do levantamento 2º semestre de 2000 Ano de Publicação 2002 Publicação V Congresso de Engenharia Civil - MG - BR
Título A gestão de projetos e as TI's nas pequenas e médias empresas construtoras de edificações
Autores Maria Aparecida Hippert Cintra, Vanderlí Fava de Oliveira e Ricardo Manfredi Naveiro
Público Alvo Pequenas e médias empresas construtoras de edificações Nº de Participantes 20 Amostra Enviada 90 Retorno 22,2%
36
QUADRO 15 – LEVANTAMENTO EM JUIZ DE FORA - 2002 (continuação)
Meio de Coleta Correio
Questões abordadas Aspectos organizacionais da empresa Formas de gestão de projetos Tecnologias de Informação adotadas
Com outros enfoques, AMORIM, CINTRA e PESSANHA (2002) e AMORIM,
CINTRA e HELENO (2002) também apresentaram alguns resultados deste
levantamento. O primeiro apresenta diferentes materiais, equipamentos e processos
utilizados em cada canteiro de obras relativos a aplicação de inovações, e o
segundo, benefícios do uso de TI’s, além de transformações organizacionais e
obstáculos para implementação de TI's. O Quadro 16 e o Quadro 17 a seguir
apresentam algumas informações destas publicações.
QUADRO 16 – LEVANTAMENTO EM JUIZ DE FORA - 2002 Local Juiz de Fora - Minas Gerais – Brasil Data do levantamento - Ano de Publicação Setembro de 2002 Publicação ENTAC 2002
Título Inovações e o desenvolvimento tecnológico: um estudo em pequenas e médias empresas construtoras de edificações
Autores Sérgio R. Leusin de Amorim, Maria Aparecida Hippert Cintra e Cris Anderson Pessanha
Público Alvo Pequenas e médias empresas construtoras de edificações Nº de Participantes 15 Amostra Enviada 90 Retorno 16,7% Meio de Coleta Questionários, observações e entrevistas
Questões abordadas
Identificar e listar os diferentes materiais, equipamentos e processos utilizados em cada canteiro de obras caracterizar a inovação, identificar as etapas em que ela ocorre, bem como as conseqüências trazidas por ela à obra avaliar os impactos decorrentes da aplicação das inovações para as empresas
37
QUADRO 17 – LEVANTAMENTO EM JUIZ DE FORA - 2002 Local Juiz de Fora - Minas Gerais – Brasil Data do levantamento - Ano de Publicação setembro de 2002 Publicação ENTAC 2002
Título O papel da TI no desenvolvimento tecnológico das empresas construtoras de edificações
Autores Sérgio R. Leusin de Amorim, Maria Aparecida Hippert Cintra e Vinício de Barros Heleno
Público Alvo Pequenas e médias empresas construtoras de edificações
Nº de Participantes 16
Amostra Enviada 90
Retorno 17,8%
Meio de Coleta Questionários, observações e entrevistas
Questões abordadas benefícios da utilização de TI's; transformações organizacionais e obstáculos para implementação de TI's.
3.11 MALÁSIA
No final do ano 2000 e início de 2001 foi realizado na Malásia um
levantamento junto a empresas da indústria da construção abordando o nível de
utilização da Internet, seus benefícios e desvantagens. MUI et al (2002)
apresentaram os resultados deste levantamento realizado via correio e e-mail junto a
70 empresas. O Quadro 18 a seguir apresenta algumas informações sobre esta
publicação e sobre o levantamento.
QUADRO 18 – LEVANTAMENTO NA MALÁSIA – 2002 Local Malásia Data do levantamento novembro de 2000 a janeiro de 2001 Ano de Publicação 2002 Publicação Journal of IT in Construction
Título A survey of Internet usage in the Malaysian construction industry
38
QUADRO 18 – LEVANTAMENTO NA MALÁSIA – 2002 (continuação)
Autores Lim Yoke Mui, Abdul Rashid Abdul Aziz, Ang Cheng Ni, Wong Chee Yee e Wong Shiau Lay
Público Alvo Empreiteiros, empresas de desenvolvimento e firmas de profissionais
Nº de Participantes 70 Amostra Enviada 200 Retorno 35,0% Meio de Coleta Correio e e-mail
Questões abordadas Nível de utilização da Internet por empresas da industria da construção Benefícios e desvantagens da utilização da Internet
3.12 ESTADOS UNIDOS
ISSA, FLOOD e CAGLASIN (2003) apresentam um levantamento sobre a
implementação de e-business em empresas de serviços de construção e project
management dos Estados Unidos. Das 91 empresas contatadas 20 responderam ao
levantamento através de correio ou diretamente na web, forncendo informações
sobre ferramentas de comunicação, adoção, iniciatvas e metas de e-business. O
Quadro 19 a seguir apresenta alguns deste levantamento.
QUADRO 19 – LEVANTAMENTO NOS ESTADOS UNIDOS – 2003 Local Estados Unidos Data do levantamento 2003 Ano de Publicação 2003 Publicação Journal of IT in Construction
Título A survey of e-business implementation in the US construction industry
Autores R. R. A. Issa, I. Flood e G. Caglasin Público Alvo Empresas de serviços de construção e project management Nº de Participantes 20 Amostra Enviada 91 Retorno 22,0% Meio de Coleta Correio e web
Questões abordadas
Adoção de e-business ferramentas de comunicação iniciatvas de e-business metas para e-business
39
3.13 AUSTRÁLIA
Pequenas e médias empresas da Austrália participaram de um
levantamento sobre TI’s na indústria da construção. Através do envio do questionário
por correio os pesquisadores obtiveram um retorno de 42% das empresas,
totalizando 126 questionários para analisar. LOVE e IRANI (2003) apresentam
resultados deste levantamento relativo a avaliação de investimentos em TI, seus
benefícios e custos de implementação, conforme Quadro 20 a seguir.
QUADRO 20 – LEVANTAMENTO NA AUSTRÁLIA – 2003 Local Austrália Data do levantamento - Ano de Publicação 2003 Publicação Information & Management
Título An Exploratory Study of Information Technology Evaluation and Benefits Management Practices of SMEs in the Construction Industry
Autores Peter E. D. Love e Zahir Irani Público Alvo Pequenas e médias empresas da construção Nº de Participantes 126 Amostra Enviada 275 Retorno 42,0% Meio de Coleta Correio
Questões abordadas avaliar e justificar investimentos em TI benefícios e custos da implementação de TI's
Ainda sobre o mesmo levantamento, LOVE, IRANI e EDWARDS (2004) e
LOVE, IRANI e EDWARDS (2005) apresentam uma abordagem sobre benefícios,
custos e riscos de investimentos em TI’s por estas pequenas e médias empresas da
construção. Informações sobre estas publicações podem ser verificadas no Quadro
21 e no Quadro 22 a seguir.
QUADRO 21 – LEVANTAMENTO NA AUSTRÁLIA – 2004 Local Austrália Data do levantamento Ano de Publicação 2004 Publicação Automation in Construction
40
QUADRO 21 – LEVANTAMENTO NA AUSTRÁLIA – 2004 (continuação)
Título Industry-centric benchmarking of information technology benefits, costs and risks for small-to-medium sized enterprises in construction
Autores Peter E.D. Love, Zahir Irani e David J. Edwards Público Alvo Pequenas e médias empresas da construção Nº de Participantes 126 Amostra Enviada 275 Retorno 42,0% Meio de Coleta Correio Questões abordadas Benefícios, custos e riscos de investimentos em TI QUADRO 22 – LEVANTAMENTO NA AUSTRÁLIA – 2005 Local Austrália Data do levantamento - Ano de Publicação 2005 Publicação Automation in Construction
Título Researching the investment of information technology in construction: An examination of evaluation practices
Autores Peter E.D. Love, Zahir Irani e David J. Edwards Público Alvo Empresas da construção Nº de Participantes 126 Amostra Enviada 275 Retorno 42,0% Meio de Coleta Correio Questões abordadas Determinar investimentos em TI's
3.14 SINGAPURA
Conforme a pesquisa sobre uso de Internet na indústria da construção da
Malásia, apresentada por MUI et al.(2002), SWEE-LEAN e NGA-NA (2003)
apresentam os resultados de uma pesquisa na indústria da construção de Singapura
sobre conhecimento, nível de satisfação e expectativas dos serviços de Internet e
provedores de serviços. Os 30 usuários de serviços de Internet e de provedores de
serviços participaram da pesquisa através da web e representam 10,6% da amostra
de empresas definida para o levantamento. O Quadro 23 a seguir apresenta
algumas informações sobre este levantamento.
41
QUADRO 23 – LEVANTAMENTO NA SINGAPURA – 2003 Local Singapura Data do levantamento 2002 Ano de Publicação 2003 Publicação CIB W78 conference 2003
Título State-of-the-art Internet technology in Singapore's Construction Industry
Autores Chan Swee-Lean e Leung Nga-Na
Público Alvo Usuários de serviços de Internet e provedores de serviços, pertencentes à Indústria da Arquitetura, Engenharia e Construção
Nº de Participantes 30 Amostra Enviada 284 Retorno 10,6% Meio de Coleta Web
Questões abordadas conhecimento, nível de satisfação e expectativas dos serviços de Internet e provedores de serviços
No ano seguinte, após a pesquisa sobre Internet, realizou-se também em
Singapura a aplicação do levantamento denominado IT Barometer, denominado
agora IT Barometer 2003. Apresentado por HUA (2005) este levantamento contou
com a participação de 84 empresas que responderam, através de correio, o
questionário que continha questões sobre software, hardware, dados,
telecomunicações e uso de sistemas de TI. O Quadro 24 a seguir apresenta
informações deste levantamento.
QUADRO 24 – LEVANTAMENTO NA SINGAPURA – 2005 Local Singapura Data do levantamento 2003 Ano de Publicação 2005 Publicação Journal of IT in Construction
Título IT Barometer 2003: Survey of the Singapore Construction Industry and a comparison
Autores Goh Bee Hua Público Alvo Empresas da Construção Civil Nº de Participantes 84 Amostra Enviada 754
42
QUADRO 24 – LEVANTAMENTO NA SINGAPURA – 2005 (continuação)
Retorno 11,1% Meio de Coleta Correio
Questões abordadas
Informações gerais Software e hardware Uso de sistemas de TI Dados e telecomunicações TI dentro da empresa
3.15 SOROCABA – BRASIL
Abordando a utilização de programas para cálculo estrutural relacionados a
modelos tridimensionais e à forma de comunicação entre profissionais e clientes
durante o processo de projeto estrutural USUDA (2003) realizou um levantamento
através da web junto a profissionais e professores do Departamento de Estruturas
da Unicamp. Com a participação de 23 profissionais o levantamento apresentou as
características apresentadas no Quadro 25 a seguir.
QUADRO 25 – LEVANTAMENTO EM SOROCABA - 2003 Local Sorocaba – Brasil Data do levantamento 2001 Ano de Publicação 2003 Publicação Dissertação de Mestrado Título A integração do projeto estrutural e projetos associados Autores Fábio Usuda
Público Alvo Profissionais (engenheiros e arquitetos) e professores do Departamento de Estruturas da Unicamp
Nº de Participantes 23 Amostra Enviada 533 Retorno 4,3% Meio de Coleta Web
Questões abordadas
utilização de programas para cálculo estrutural relacionados a modelos tridimensionais e à forma de comunicação entre profissionais e clientes durante o processo de projeto estrutural
43
3.16 CHINA
Buscando identificar a aplicação de TI’s na indústria da construção chinesa
um levantamento junto a 88 empresas foi realizado durante o ano de 2004.
DONGPING, ZHILIANG e JIANPING (2004) levantaram dados como aplicativos e
investimentos em TI, fatores de maior influência nas TI's, pontos e áreas importantes
para desenvolvimento. O Quadro 26 a seguir apresenta algumas informações sobre
este levantamento.
QUADRO 26 – LEVANTAMENTO NA CHINA - 2004 Local China Data do levantamento 2004 Ano de Publicação 2004 Publicação ICCCBE 2004
Título A survey on application of information technologies in Chinese construction industry
Autores Xiang Dongping, Ma Zhiliang e Zhang Jianping Público Alvo Empresas da Indústria da construção Nº de Participantes 88 Amostra Enviada 838 Retorno 10,5% Meio de Coleta Correio
Questões abordadas
condições básicas de aplicações de TI's quantias de investimentos em TI’s necessidades de aplicações em TI's efeitos gerais obtidos das TI's fatores de maior influência nas TI's pontos e áreas importantes para desenvolvimento
3.17 NIGÉRIA
Um estudo sobre uso de computadores foi realizado junto aos quantity
surveyors nigerianos. OYEDIRAN e ODUSAMI (2005) apresentam a pesquisa
realizada por correio, que obteve um retorno de 82 profissionais. A pesquisa
envolveu o levantamento de questões desde o uso de pacotes computacionais até
fatores que afetam o uso de computadores. O Quadro 27 a seguir apresenta
algumas informações deste levantamento.
44
QUADRO 27 – LEVANTAMENTO NA NIGÉRIA – 2005 Local Nigéria Data do levantamento 2004 Ano de Publicação 2005 Publicação Journal of IT in Construction Título A study of computer usage by Nigerian Quantity Surveyors Autores Olukayode S. Oyediran e Koleola T. Odusami Público Alvo Quantity Surveyors Nº de Participantes 82 Amostra Enviada - Retorno - Meio de Coleta Questionário
Questões abordadas
O uso de vários pacotes computacionais; the dominance of training modes of computer education, the preferred modes of training recommended, the effects of factors affecting computer usage, the cost of computer systems in relation to their income
3.18 SÃO PAULO
A utilização de extranets foi pesquisada junto a usuários de empresas
provedoras destes serviços, fazendo parte do estudo de MAZIONE (2006). Neste
levantamento participaram 20 usuários de extranets, dentre eles projetistas,
construtores, incorporadores e órgãos públicos. Algumas informações deste
levantamento podem ser verificadas no Quadro 28 a seguir.
QUADRO 28 – LEVANTAMENTO EM SÃO PAULO (BR) – 2006 Local São Paulo – Brasil Data do levantamento - Ano de Publicação 2006 Publicação Dissertação de mestrado
Título Estudo de métodos de planejamento do processo de projeto de edifícios
Autores Leonardo Manzione
Público Alvo Clientes contratantes de empresas provedoras de serviços de extranet
Nº de Participantes 22 Amostra Enviada 2000 (aproximadamente)
45
QUADRO 28 – LEVANTAMENTO EM SÃO PAULO (BR) – 2006 (continuação)
Retorno 1,1% Meio de Coleta E-mail - questionário eletrônico
Questões abordadas
caracterização das empresas uso de extranet, e-mail e comunicações controle de qualidade, atas, prazos e tarefas falhas, revisões, conteúdos, rastreabilidade, nomenclatura e controle de cópias pesquisa, busca de informações, visualização, relatórios, interface e satisfação
3.19 RESUMO DOS LEVANTAMENTOS
Um resumo com os levantamentos citados, suas quantidades de
participantes, índices de retorno e público alvo são apresentados no Quadro 29
seguir.
46
QUADRO 29 – PUBLICAÇÕES SOBRE LEVANTAMENTOS Ano Local Resp. Retorno Empresas participantes
1 1995 Reino Unido 47 88,7% Empresas da indústria da construção2 1997 Nova Zelândia 47 31,0% Empresas da indústria da construção3 1998 Hong Kong 84 26,6% Empreiteiros de obras públicas da indústria da construção4 1998 Países Nórdicos 1361 - Empresas da indústria da construção5 1998 RS - Reino Unido 54-56 25%-11% Empresas do sub-setor de Edificações da Construção Civil6 1999 Arábia Saudita 46 9,2% Empresas da indústria da construção7 1999 Hong Kong 320 61,0% Empreiteiros e empresas de consultoria8 2000 Canadá 220 22,0% Empresas de AEC9 2001 Cidade do Cabo 108 34,2% Empresas da indústria da arquitetura
10 2002 Brasil (JF) 20 22,2% Pequenas e médias empresas construtoras de edificações11 2002 Brasil (JF) 15 16,7% Pequenas e médias empresas construtoras de edificações12 2002 Brasil (RS) 37 45,1% Grandes, médias e pequenas empresas da construção civil13 2002 Malásia 70 35,0% Empreiteiros, empresas de desenvolvimento e firmas de profissionais14 2002 Países Nórdicos 870 27,1% Empresas da indústria da construção15 2002 Brasil (JF) 16 17,8% Pequenas e médias empresas construtoras de edificações16 2002 Países Nórdicos 865 26,9% Empresas da indústria da construção17 2003 Estados Unidos 20 22,0% Empresas de serviços de construção e project management18 2003 Austrália 126 42,0% Pequenas e médias empresas da construção19 2003 Singapura 30 10,6% Usuários de serviços de Internet e provedores de serviços da AEC20 2003 Brasil (Sorocaba) 23 4,3% Projetistas e professores do Departamento de Estruturas da Unicamp21 2004 China 88 10,5% Empresas da indústria da construção22 2004 Austrália 126 42,0% Pequenas e médias empresas da construção23 2005 Nigéria 82 - Profissionais responsáveis pelos serviços preliminares de uma obra (Quantity Surveyors) 24 2005 Singapura 84 11,1% Empresas da indústria da construção25 2005 Austrália 126 38,4% Empresas da indústria da construção26 2005 Canadá 33 38,4% Empresas de desenvolvimento de produtos de TI para a indústria da Construção 27 2006 Brasil (SP) 22 1,1% Clientes contratantes de empresas provedoras de serviços de extranet
47
3.20 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO
Neste capítulo foram apresentados alguns levantamentos (surveys) de
utilização de tecnologia de informação na construção civil, realizados em diferentes
localidades. A grande variedade de levantamentos apresenta a relevância do tema,
e a grande variedade de locais que buscam identificar as características de
utilização de TI pela indústria da construção civil.
No próximo capítulo será apresentado o método de pesquisa utilizado,
descrevendo a estrutura do trabalho, a sequência das atividades, a realização do
levantamento (survey), a unidade de análise, a estratégia análise dos dados
coletado e, no final, as dificuldades enfrentadas durante a coleta de dados.
48
4 MÉTODO DE PESQUISA
4.1 CONTEXTO
No capítulo anterior foram apresentados alguns levantamentos (surveys) de
utilização de tecnologia de informação na construção civil realizados em diferentes
localidades.
Neste capítulo será descrito o método de pesquisa utilizado, descrevendo a
estrutura do trabalho, a seqüência das atividades, a realização do levantamento
(survey) e as estratégias de validação e análise dos dados coletados.
O protocolo de coleta de dados, o estudo preliminar, os critérios de seleção
das empresas participantes, a definição da população e da amostra e a coleta de
dados também serão apresentados neste capítulo.
4.2 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
Dentre os métodos que indicam os meios técnicos utilizados na
investigação, conforme GIL (1999), esta pesquisa enquadra-se tanto no método
comparativo, através do qual busca-se ressaltar as diferenças e similaridades entre
indivíduos, classes, fenômenos ou fatos, como no método estatístico, que é
fundamentado na aplicação da teoria estatística da probabilidade.
Uma estratégia de pesquisa pode ter um propósito exploratório, descritivo
ou explanatório (YIN, 2001). GIL (1999) descreve estes três propósitos conforme a
seguir:
• Pesquisas exploratórias: tem o objetivo de desenvolver, esclarecer e
modificar conceitos e idéias;
• Pesquisas descritivas: tem o objetivo de descrever as características de
determinada população ou fenômeno, ou apresentar relações entre
variáveis;
• Pesquisas explicativas: tem o objetivo de identificar os fatores que
contribuem ou que determinam a ocorrência dos fenômenos
49
Os levantamentos geralmente apresentam propósito descritivo, elas podem
fornecer informações sobre a distribuição de um vasto grupo de características dos
indivíduos participantes, e a relação entre essas características (ROBSON, 1993).
Neste contexto, este trabalho tem um propósito descritivo, pois objetiva
descrever as características de escritórios de projeto quanto à utilização de TI’s.
O crescente estudo de tecnologia da informação na Construção Civil pode
ser verificado pelas publicações do Journal of Information Technology in
Construction. Fundado em 1995 este periódico não teve mais que 5 artigos
publicados anualmente até 2000, passando para 13 artigos em 2001, 17 artigos em
2002, 29 artigos em 2003 e chegando a 30 artigos em 2004. No ano de 2005 o
número de publicações caiu para 23 artigos e em 2006 o Journal atingiu o maior
número de publicações de sua história, fechando o ano com 51 artigos publicados.
Outro exemplo de pesquisas voltadas à utilização de TI na Construção Civil
é a existência do grupo W78 – Information Technology for Construction, pertencente
ao International Council for Research and Innovation in Building and Construction –
CIB. Este grupo recebeu o nome de Tecnologia da Informação na Construção em
1999, mas já existe desde de 1983, quando recebeu a denominação de Computer
Aided Design (JACOSKI, 2003).
Este trabalho apresenta uma pesquisa descritiva sobre tecnologias de
informação aplicada a empresas de projeto, que proporcionará maior conhecimento
ao meio acadêmico e profissionais da área.
O propósito de se obter dados de um levantamento como este não é apenas
para verificar o quanto as empresas participantes investem em TI, mas sim, para
encontrar diferenças e possibilidades de melhoria quanto à utilização de novas
tecnologias. (HOWARD; KIVINIEMI; SAMUELSON, 1998)
4.3 ESTRUTURA GERAL DA PESQUISA E SEQUÊNCIA DAS ATIVIDADES
O desenvolvimento da pesquisa está ilustrado na FIGURA 01.
Primeiramente foi realizada uma revisão bibliográfica com o intuito de levantar
informações na área de tecnologia de informação aplicada a escritórios de projeto,
seguida pela definição do questionário usado no levantamento. A partir do momento
50
que o questionário foi definido partiu-se para a realização do teste piloto, ao mesmo
tempo em que se buscou definir qual seria a população objeto do levantamento.
FIGURA 01 – ESTRUTURA GERAL DA PESQUISA
Revisão Bibliográfica Inicial
Definição do Questionário
Teste Piloto Definição da População
Formatação do Protocolo
Coleta de dados
Tabulação dos dados
Análise Descritiva Análise Estatística
Uso de TI por Escritórios de Projeto
Agrupamento dos escritórios quanto ao uso de TI
Propostas de melhoria para escritórios de projeto
Rev
isão
Bib
liogr
áfic
a C
ompl
emen
tar
Com as considerações obtidas do teste piloto e a população definida foi
formatado o protocolo de coleta de dados e realizado o envio dos questionários, ou
seja, a coleta de dados propriamente dita.
Após a etapa de tabulação dos dados foram realizadas análises descritivas
e estatísticas, que serviram para fornecer um panorama do uso de TI por escritórios
de projeto e para agrupar as empresas quanto ao uso de TI. Essas análises
possibilitaram a apresentação de propostas de melhoria quanto ao uso de TI’s para
escritórios de Projeto.
51
Durante todo o processo de trabalho foram realizadas pesquisas
bibliográficas com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre o tema estudado e
verificar as publicações de eventos ocorridos durante a pesquisa.
4.4 A REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A revisão bibliográfica foi um dos métodos utilizados nesta pesquisa, ela
forneceu subsídios para a formação de conhecimento na área de tecnologia de
informação na construção civil, gerenciamento de projetos e novas técnicas de
comunicação.
Para GIL (1999), a pesquisa bibliográfica que é desenvolvida a partir de
material já elaborado como livros e artigos científicos, pode permitir ao investigador a
cobertura de uma variedade de fenômenos mais ampla do que aquela que este
poderia obter através de pesquisa direta.
4.5 O LEVANTAMENTO
4.5.1 Definição
Os levantamentos geralmente são fundamentadas em amostras estatísticas,
seja por motivos econômicos ou de tempo. Raramente um levantamento é realizado
com todos os indivíduos de uma população (FELLOWS, 1997). As pesquisas do tipo
survey apresentam duas características centrais (ROBSON, 1993):
• A coleta de uma pequena quantidade de dados, de forma padronizada,
de um grande número de indivíduos;
• A seleção de amostras de indivíduos de populações conhecidas.
Usualmente as surveys são realizadas através de entrevistas e
questionários, podendo variar desde questionários altamente estrutrados até
entrevistas sem uma estrutura formal (FELLOWS, 1997).
4.5.2 Estudo preliminar (teste piloto)
Escritórios de projeto atuantes na cidade de Curitiba foram selecionados
intencionalmente para participar de um estudo preliminar com o objetivo de auxiliar
52
na formatação do protocolo de coleta de dados. Estes escritórios foram contatados
por telefone e, quando verificada alguma dificuldade para aplicação do questionário
através de entrevista, receberam o questionário por e-mail. Ao final desta fase foi
obtido um total de 31 questionários.
A intenção do estudo preliminar não foi a validação do conteúdo do
questionário, mas a sua forma de aplicação. Como o questionário tem origem numa
pesquisa mais ampla, com aplicações em outras localidades, sua formatação não
entra no escopo deste trabalho. Com a realização do teste piloto, através de contato
telefônico, foram identificados os seguintes pontos:
• Dificuldade de encontrar os profissionais nos escritórios;
• Dificuldade momentânea de disponibilidade; alguns profissionais não
podiam responder à pesquisa no momento da ligação;
• Possibilidade de interferência do entrevistador nas respostas durante a
entrevista;
• Possibilidade de erro no momento da transcrição das respostas;
Com a realização do teste piloto, através do envio do questionário por e-
mail, foram identificados os seguintes pontos:
• Possibilidade dos profissionais responderem ao questionário num
momento que fosse adequado à sua agenda e compromissos;
• Possibilidade de que o questionário fosse respondido por partes,
diferentemente da entrevista realizada por telefone;
• Inexistência de interferências de um entrevistador nas respostas dos
participantes;
• Inexistência de erros de transcrição de informações do telefone para um
papel ou computador;
• Possibilidade de redação de um texto explicativo da pesquisa para ser
enviado no e-mail;
• Possibilidade de utilização de um e-mail da UFPR, fornecendo maior
credibilidade ao levantamento.
53
Desta forma, através do teste piloto, definiu-se por realizar a coleta de
dados por e-mail. Este e-mail foi composto por uma breve explicação da pesquisa e
o questionário em anexo.
Como após o teste piloto foram feitas modificações no protocolo de coleta
de dados que não geraram alterações nos dados coletados os levantamentos
realizados nesta fase também foram utilizados na análise final deste trabalho. Os
resultados deste teste piloto são apresentados em SCHEER et al. (2006a).
4.5.3 Programa de coleta de dados
A coleta de dados se inicia com o envio de e-mail, contendo o questionário
em anexo, para profissional. A FIGURA 02 a seguir apresenta o fluxograma do
protocolo:
54
FIGURA 02 – FLUXOGRAMA DO PROTOCOLO DE COLETA DE DADOS
55
O questionário de coleta de dados utilizado nesta pesquisa foi desenvolvido
por pesquisadores da USP, em parceria com profissionais que atuam no ramo de
projetos de engenharia e arquitetura no estado de São Paulo, e encontra-se no
ANEXO 1 deste trabalho. A estrutura do questionário é dividida em três partes:
• Questões gerais: esta primeira parte foi elaborada para identificar as
características do profissional e do escritório de projeto;
• Questões sobre o uso de TI: nesta segunda parte os respondentes
indicavam quais as tecnologias de informação que estão sendo
utilizadas no seu dia-a-dia;
• Questões sobre o uso de CAD: nesta última parte foram elaboradas
algumas questões com o objetivo de identificar o conhecimento e a
forma de utilização de software CAD pelos respondentes.
4.5.4 Critério de seleção das empresas
O primeiro critério de seleção para a realização do levantamento foi
determinar quais os tipos de empresas de projeto seriam objeto deste estudo.
Optou-se por limitar o universo de pesquisa somente nas empresas que realizam
projetos de edificações, residenciais e comerciais.
O segundo critério de seleção refere-se ao local de atuação das empresas.
Para possibilitar o estudo optou-se por limitar o universo das empresas somente
naquelas situadas da Região Metropolitana de Curitiba – RMC.
4.5.5 Determinação da população
A população de uma investigação normalmente enfoca uma coleção de
objetos de interesse (DEVORE, 2006). A população de empresas deste estudo,
conforme os critérios definidos, foi obtida junto ao CREA-PR, que forneceu uma lista
de 459 escritórios de projeto existentes em seu cadastro, atuantes durante o ano de
2005. Antes disso, 16 empresas escolhidas aleatoriamente serviram como ponto de
partida para o início da coleta de dados.
56
4.5.6 Coleta de dados
Para realização da coleta de dados o questionário, que já estava disponível
na Internet, foi formatado em uma planilha eletrônica, que poderia ser enviada por e-
mail aos participantes, e possibilitaria que estes respondessem e re-enviassem o e-
mail contendo o questionário como anexo.
O levantamento por correio eletrônico iniciou-se com o envio do questionário
no dia 21 de fevereiro de 2006 e estendeu-se até 18 de abril do mesmo ano. Neste
período foram realizados telefonemas para as empresas buscando obter um retorno
sobre o recebimento do e-mail enviado e um contato junto ao responsável técnico
para apresentação da pesquisa e seu cunho acadêmico.
Após este trabalho de coleta chegou-se aos resultados apresentados no
Quadro 30:
QUADRO 30 – COLETA DE DADOS Número de Empresas
% de Empresas
Situação
16 3,4% Responderam a pesquisa inicial via telefone 74 15,6% Responderam ao questionário por e-mail
239 50,3% Não responderam mesmo sendo contatadas por telefone e o questionário reenviado para o e-mail informado
48 10,1% Não responderam pois não foi encontrado o endereço de e-mail e não atenderam aos telefonemas realizados
71 14,9% Não responderam pois não foi encontrado e-mail e o telefone do cadastro estava errado
22 4,6% Não responderam pois disseram não realizar projetos 02 0,4% Não desejaram participar da pesquisa 03 0,6% Fecharam 475 100% Total de empresas
4.5.7 Amostra
Uma amostra pode ser definida como um subconjunto de objetos de uma
população, selecionados de forma prescrita (DEVORE, 2006).
Para que a amostra represente as características do universo com
fidedignidade é necessário que seja calculada uma quantidade mínima de indivíduos
57
para compor essa amostra. Este número de indivíduos depende de quatro fatores
(GIL, 1999):
• Amplitude do universo: a quantidade de indivíduos da amostra deve ser
proporcional à quantidade de indivíduos do universo;
• Nível de confiança estabelecido: de acordo com a teoria geral das
probabilidades, a distribuição de informações coletadas a partir de
amostras segue a forma da curva “normal” (curva de Gauss), e o nível
de confiança refere-se à área desta curva, a partir dos desvios-padrão
em relação à sua média. Como exemplo, a área compreendida por 2
desvios-padrão à esquerda e à direita corresponde a 95,5% da sua área
total, já a área compreendida por 1 desvio-padrão à esquerda e à direita
corresponde a 68% da sua área total
• Erro máximo permitido: os resultados obtidos através de amostras
sempre apresentam um erro de mediação, que diminui na proporção em
que aumenta o tamanho da amostra. Este erro geralmente é expresso
em termos percentuais.
• Percentagem com que o fenômeno se verifica: esta estimativas é
importante pois se a estimativa de ocorrência de determinado fenômeno
é, por exemplo, menor que 10 %, será necessário um número de casos
bem maior do que se esta estimativa estivesse próxima de 50%.
Como a população pesquisada é menor que 100.000 elementos podemos
utilizar para cálculo da amostra a seguinte fórmula para populações finitas (GIL,
1999):
n = ( T² x p x q x N ) / [e² x (N-1) + ( T² x p x q )]
Onde:
n = tamanho da amostra
T² = nível de confiança escolhido, expresso em número de desvios-padrão
p = percentagem com a qual o fenômeno se verifica
58
q = percentagem complementar de “p” (q = 1 – p)
N = tamanho da população
e² = erro máximo permitido
A população (N) de escritórios corresponde a 459 empresas da listagem
fornecida pelo CREA-PR e mais 16 entrevistadas anteriormente no teste piloto,
resultando num total de 475 empresas. Adotou-se um nível de confiança de 95,5%,
resultando numa área correspondente à variação de 2 desvios-padrão a partir da
média. Como não se sabe a freqüência com que os fenômenos ocorrem, utiliza-se o
valor de 0,5 (50%) para “p” e para “q”, gerando assim um maior tamanho de
amostra. Quanto ao erro amostral adotou-se o valor de 0,10, admitindo-se que
intervalos de +/- 10% de variação fornece uma suficiente definição da tendência dos
resultados, como apresentado em GIMENEZ e INACIO JR (2004).
A partir da fórmula apresentada e dos valores acima descritos chegou-se à
determinação de que o número mínimo de indivíduos para fornecer validade à
amostra é de 83 empresas.
O total de questionários recebidos resultou da participação de 90 empresas,
mas devido a questionários respondidos de forma incompleta foi necessário retirar
da análise 4 empresas, resultando numa amostra de 86 participantes. Essa
quantidade de empresas participantes, comparada aos levantamentos realizados em
outras localidades brasileiras, apresentados no Quadro 29, demonstra a importância
desta pesquisa para a geração do conhecimento.
O questionário utilizado apresenta inúmeras questões, conforme ANEXO
01, e algumas destas receberam baixo índice de resposta. Visando não excluir
questionários e possuir um maior número de participantes algumas destas questões
foram retiradas da análise e não serão discutidas neste trabalho.
4.6 A ESTRATÉGIA DE ANÁLISE
A análise dos dados foi realizada de forma descritiva e estatística. Na
análise descritiva foram apresentados gráficos e tabelas com a caracterização das
empresas sobre o uso de TI’s. Através da análise estatística foram realizados
59
agrupamentos com relação ao uso de TI’s pelos escritórios, formando três grupos de
empresas em cada agrupamento. A análise de agrupamentos foi semelhante à
análise apresentada por SANT’ANNA e MALINOVSKI (2002).
Para identificar qual dos agrupamentos criados melhor explicava o uso de TI
pelos escritórios foi criado um índice de tecnologia. Este índice é formado por
variáveis que possuem correlação direta com as tecnologias aplicadas nos
escritórios e identificadas pelas empresas no momento que responderam ao
questionário. Com os valores médios deste índice, para os agrupamentos formados,
foi possível identificar qual dos agrupamentos melhor explica o uso de Ti pelos
escritórios, segundo este critério adotado.
Da observação dos três grupos foi possível estabelecer suas características,
visualizando suas principais similaridades e diferenças. Através da análise descritiva
verificou-se quais características destacam-se em cada grupo.
Na seção 5.3, sobre análise estatística dos agrupamentos, são
apresentados maiores detalhes sobre a análise deste trabalho.
4.7 UNIDADE DE ANÁLISE
A unidade de análise auxilia na delimitação do universo a ser estudado pela
pesquisa dentro de limites de execução, e é conseqüência da escolha adequada de
questões primárias da pesquisa (YIN, 2001).
A unidade de análise deste trabalho é o uso de tecnologias de informação
por escritórios de projeto.
4.8 VALIDAÇÃO
Para validar se realmente foram os responsáveis técnicos que responderam
ao questionário enviado por e-mail, entrou-se em contato com 14% dos
respondentes (12 profissionais) e obteve-se a confirmação do profissional quanto ao
preenchimento do questionário.
60
4.9 DIFICULDADES NA COLETA DE DADOS
A lista de empresas obtida junto ao CREA-PR para realização da pesquisa,
além de não possuir informação quanto ao e-mail da empresa, também apresentava
muitos endereços e telefones incorretos, provavelmente fruto da não atualização do
cadastro por parte dos profissionais.
O trabalho inicial foi desenvolvido na obtenção do endereço de e-mail dos
escritórios, através de pesquisas na Internet e no catálogo de empresas do próprio
CREA-PR, o qual possui endereço de e-mail das empresas anunciadas ali. Nas
empresas cujo endereço de correio eletrônico não foi encontrado, o primeiro contato
foi realizado por telefone.
Durante a coleta de dados, nas ligações realizadas aos escritórios de
projeto para obter um maior retorno de questionários, foram identificadas algumas
dificuldades conforme a seguir:
• Dificuldade de entrar em contato com os responsáveis técnicos dos
escritórios através dos telefonemas: estes profissionais geralmente
encontravam-se ocupados ou fora do escritório, o que acarretava na
necessidade de novas ligações em diferentes datas e horários;
• Desconfiança quanto à fiscalização sobre licenças dos software: alguns
profissionais mostraram-se desconfortáveis em informar que software
utilizam, prevendo algum tipo de fiscalização quanto à legalização das
licenças destes software.
4.10 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO
Neste capítulo foi apresentado o método de pesquisa utilizado, descrevendo
a estrutura do trabalho, a seqüência das atividades, a realização do levantamento
(survey) e as estratégias de validação e análise dos dados coletados.
No próximo capítulo será apresentada a análise descritiva e estatística dos
dados coletados, a formação do índice para enquadramento das empresas e a
comparação dos resultados desta pesquisa com outros levantamentos (surveys).
61
5 RESULTADOS E ANÁLISE
5.1 CONTEXTO
No capítulo anterior foi apresentado o método de pesquisa, passando pela
caracterização do problema, a estrutura da pesquisa, a seqüência das atividades
realizadas, o método de revisão bibliográfica e o método de levantamento, a
estratégia de análise e, por último, as facilidades e dificuldades na coleta de dados.
Neste capítulo será apresentada a análise descritiva dos escritórios de
projeto participantes do levantamento, a análise de clusters, a análise descritiva do
agrupamento escolhido e, por último, as propostas de melhoria sugeridas.
5.2 ANÁLISE DESCRITIVA
A análise descritiva dos resultados está dividida em três partes:
caracterização da empresa e do projetista, utilização de TI e uso de CAD.
5.2.1 Caracterização da empresa e do projetista
Os projetistas participantes do levantamento possuem idade média de 37,5
anos e a maioria possui formação em engenharia civil (47,7%) e em arquitetura
(37,2%), conforme o Gráfico 01. Dentre os profissionais com outras formações
(26,7%) pode-se citar a presença de tecnólogos, técnicos de edificação, técnicos em
eletrotécnica, engenheiros eletricistas, engenheiros mecânicos e engenheiros de
computação.
62
GRÁFICO 01 – FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS (Q-01)
5,8%
5,8%
15,1%
37,2%
47,7%
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%
Eng. Civil
Arquiteto
Outra
Tecnólogo
Técnico deedif icações
Dentre os campos de atuação dos profissionais entrevistados a maioria atua
como diretor técnico (61,6%) e como gerente de projetos (15,1%). Os demais
campos de atuação identificados podem ser verificados no Gráfico 02.
GRÁFICO 02 – CAMPO DE ATUAÇÃO (Q-02)
Diretor Técnico; 61,6%
Projetista Sênior; 5,8%
Coordenador; 3,5%Gerente de
Projetos; 15,1%
Concepção de produto; 1,2%
Projetista-CAD; 5,8%
Desenhista-CAD; 1,2%
Outra; 5,8%
Os projetistas foram questionados quanto aos tipos de projetos que
realizam. O projeto de arquitetura de edifícios é o tipo de projeto que quase a
63
metade (48,8%) dos escritórios participantes realiza, seguido pelo projeto de
estruturas de concreto, realizado por 31,4% dos escritórios. O Gráfico 03 apresenta
os tipos de projetos citados pelos participantes. Entre os projetos classificados como
“outros” pode-se citar projetos ligados a conforto térmico, ar condicionado, forma,
conforto acústico, vedação, impermeabilização, cabeamento estruturado, telefonia,
compatibilização, regularização, infra-estrutura e estruturas de madeira.
GRÁFICO 03 – TIPOS DE PROJETOS DA EMPRESA (Q-03)
Arquitet-edif; 48,8%Estrut-concreto; 31,4%
Outra; 30,2%
Coordenação; 23,3%
Arquit-interior; 22,1%
Instal. elétricas; 18,6%
Incêndio; 17,4%
Inst-hidrosanit.; 16,3%
Paisagismo; 11,6%
Pré-moldados; 11,6%
Fundações; 9,3%
Estrut-metálicas; 7,0%
Luminotécnica; 5,8%
Automação; 5,8%
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%
Quanto à forma de atuação dos projetistas pode-se verificar que 44% atuam
como sócio de pequena empresa. Além desta opção os projetistas podiam optar por
sócio de média empresa, prestador de serviços como microempresa ou empresa,
autônomo, funcionário público, funcionário CLT ou outro. O Gráfico 04 apresenta a
porcentagem de respostas para cada uma das opções. O único profissional que
marcou a opção “outra” possui formação de técnico de edificações e tecnólogo,
atuando na empresa como estagiário.
64
GRÁFICO 04 – FORMA DE ATUAÇÃO DO PROJETISTA (Q-04)
Outra; 1%Funcionário CLT;
10%Sócio de pequena
empresa; 44%
Sócio de média empresa; 17%
Autônomo; 9%
Prestador de serviços como microempresa ou empresa;
17%
Para caracterizar os escritórios foi questionado o tamanho da equipe técnica
de projetos. Mais da metade (51,2%) dos escritórios possui entre 2 e 5 profissionais
em sua equipe técnica de projetos, em seguida estão os profissionais que atuam
sozinhos, que representam 30,2% dos escritórios participantes. O Gráfico 05 a
seguir apresenta o percentual de escritórios de acordo com o tamanho das equipes
de projeto.
GRÁFICO 05 – TAMANHO DA EQUIPE TÉCNICA (Q-05)
30,2%
51,2%
14,0%
3,5%
1,2%
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%
1
2 a 5
5 a 15
16 a 30
acima de 30
65
No levantamento de USUDA (2003), onde a maior parte dos respondentes
eram projetistas de estruturas, 85% dos escritórios possuía até três profissionais, o
que comprova a maior quantidade de empresas com número reduzido de
profissionais.
5.2.2 Utilização de TI
Quanto à utilização de TI’s, apenas 02 projetistas (2,3%) não utilizam
software, diretamente, para a realização do seu trabalho. O software utilizado pela
maioria dos escritórios (76,7%) é o AutoCad, software de desenho da AutoDesk.
Logo após ele aparecem o Microsoft Word, editor de textos, presente em 74,4% dos
escritórios, e o Microsoft Excel, editor de planilhas eletrônicas, utilizado por 72,1%
dos escritórios.
O GRÁFICO 06 apresenta alguns software e o percentual de escritórios que
utiliza cada software. Dentre os software indicados na opção “outros”, por 41,9% dos
escritórios, pode-se citar o Cadproj, Cypecad Concreto, Proarmar, Sisreg, Cadhidro
da Viptec Informática, Maxor, Sancad, Watercad, Cetran, Star Office, Photoshop,
Lótus Organizer, Sap 2000, Dialux, Ansys, TS-Sisreg, Generic Cadd v.6 da
Autodesk, QI Cad da Alto QI, Microsoft Power Point 2003, Spann, 3D Max 6, Adobe
Acrobat 6.0, ADAPT protensão, Contendo, TCPO, CASH Contábil, Sketch-up 3D,
Visual CADD, Sisorce, Accurender, Active 3D, Engwhere e Tico, além de software
próprios.
66
GRÁFICO 06 – SOFTWARE UTILIZADOS (Q-07)
10,5%
11,6%
11,6%
14,0%
16,3%
16,3%
33,7%
41,9%
72,1%
74,4%
76,7%
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%
AutoCAD
Word
Excel
Outros
Coreldraw
Arqui3D
AltoQI
IntelliCAD
TQS
Access
MsProject
Além dos software próprios, 23,3% dos projetistas utilizam ferramentas
adicionais, desenvolvidas internamente, com o objetivo de automatizar processos de
trabalho.
Quanto à plataforma de trabalho utilizada, a maioria (70,9%) dos
profissionais utiliza o Windows XP em seu computador. Nenhum dos participantes
indicou utilizar MAC ou PC Linux, e apenas um participante utiliza uma plataforma
diferente das opções sugeridas no questionário, mas não identificou-a. O Gráfico 07
indica a porcentagem de utilização de cada plataforma pelos escritórios.
67
GRÁFICO 07 – PLATAFORMA UTILIZADA (Q-09)
Outro Sistema Operacional;
1,2%
PC Windows 2000; 8,1%PC Windows
95/98; 19,8%
PC Windows XP; 70,9%
Quanto ao processador utilizado mais da metade dos participantes (57,9%)
utiliza um processador Pentium IV ou superior. Tanto processadores da MacIntoschi
como o Pentium 100 ou inferior não foram indicados por nenhum dos participantes.
O Gráfico 08 apresenta os tipos de processador e sua respectiva utilização pelos
escritórios.
GRÁFICO 08 – PROCESSADOR (Q-10)
Pentium IV ou
superior; 54,7%
Pentium II ou III; 31,4%
Outro; 14,0%
Para verificar a atualização dos hardware foi questionado o ano de
aquisição do equipamento de informática utilizado pelo projetista. O maior número
de respostas foi para a opção com equipamentos comprados entre os anos de 2000
e 2004, representando 46,5% dos projetistas, os equipamentos mais recentes,
68
comprados depois de 2005, representam 41,9% dos participantes. O Gráfico 09
ilustra o ano de aquisição dos equipamentos de informática pelos projetistas.
GRÁFICO 09 – AQUISIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA (Q-11)
Antes de 1995; 3,5%Depois de
2005; 41,9%
2000 a 2004; 46,5%
1995 a 1999; 8,1%
Dos projetistas entrevistados 18,6% ainda não possui tecnologia para
trabalho em rede, por outro lado, 25,6% além de trabalhar em rede possuem um
servidor dedicado.
Quanto à fonte de suporte de TI, enquanto 38,4% dos projetistas utilizam
serviços terceirizados, 19,8% realizam esse suporte por conta própria. No Gráfico 10
pode-se verificar as demais fontes de suporte em TI utilizadas pelos projetistas.
GRÁFICO 10 – FONTE PREDOMINANTE DE SUPORTE EM TI (Q-15)
Sim, do fornecedor do
software; 15,1%
Sim, serviços de terceiros;
38,4%
Nunca precisei; 12,8%Sim, por conta
própria; 19,8%
Sim, interna da empresa;
14,0%
69
Dentre os meios para troca de informação entre as pessoas envolvidas com
o projeto, ou empreendimento, é possível verificar que o e-mail aparece como sendo
a ferramenta preferida pelos projetistas, utilizado por 87,2% dos respondentes. Por
outro lado, 11,6% dos projetistas não recebem os e-mails diretamente em suas
máquinas.
O não recebimento de e-mails diretamente pelos projetistas cria obstáculos
a comunicações ágeis e diretas. No momento em que a comunicação é delegada
para outros, aumenta-se o caminho da informação, além da ocorrência de alterações
que podem deturpar o conteúdo original (MANZIONE, 2006).
O Gráfico 11, a seguir, apresenta alguns meios utilizados para troca de
informação e a porcentagem de projetistas que utilizam cada um deles. Dentre os
profissionais que marcaram a opção “outra” (14,0%), no Gráfico 11, sobre os meios
utilizados para troca de informação entre as pessoas envolvidas com o projeto,
pode-se citar a utilização de quadros de avisos, telefone fixo, fax, celular, palm tops
e Messenger.
GRÁFICO 11 – MEIOS PARA TROCA DE INFORMAÇÃO (Q-17)
3,5%
14,0%
29,1%
64,0%
87,2%
0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0%
Reuniãopresencial
Rede local
Outra
Extranet
Manzione (2006) buscou identificar a ordem de preferências dos
profissionais na utilização de cada um dos meios para troca de informação, sendo
70
que a reunião foi a opção preferida pelos respondentes, seguida por telefone ou fax,
e-mail, ferramenta de colaboração e carta.
Procurou-se identificar a quanto tempo os projetistas utilizam computadores
para o desenvolvimento de suas atividades profissionais. Quase a metade dos
participantes (45,3%) já utiliza computadores a mais de 10 e menos de 15 anos. As
repostas apresentadas a esta questão podem ser verificadas no Gráfico 12.
GRÁFICO 12 – TEMPO DE USO DE COMPUTADORES (Q-18)
2,3%
7,0%
23,3%
45,3%
22,1%
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%
Menos de 2 anos
De 2 a 5 anos
De 5 a 10 anos
De 10 a 15 anos
Mais de 15 anos
A implementação de TI’s não depende apenas da intenção do profissional
em utilizar estas inovações, muitas vezes o custo desta implementação faz com que
os avanços tecnológicos permaneçam fora do mercado de trabalho. Os projetistas
foram questionados quanto à sua opinião sobre o uso de TI’s em projeto (tais como
CAD, rede, Internet) e nenhum dos respondentes julgou esta utilização ser
desnecessária, a maioria dos participantes (74,4%) acredita que o uso de TI’s em
projeto é fundamental.
O Gráfico 13 apresenta a opinião dos projetistas sobre o uso de TI em
projetos.
71
GRÁFICO 13 – OPINIÃO SOBRE TI EM PROJETOS (Q-20)
Fundamental; 74,4%
Atende algumas
necessidades; 5,8%
Importante; 19,8%
No levantamento de LUCIANO e LUCIANO (2002), junto às empresas
gaúchas da construção civil, 94,6% das empresas acreditam que a informatização
de suas atividades é de grande importância para a competitividade das empresas.
Quanto aos motivos desta importância foram citados a agilidade dos processos, a
qualificação dos serviços prestados e a obtenção de informação para as decisões.
Em outro levantamento junto a nove construtoras da região de Curitiba
(SCHEER et al., 2006b) constatou-se que apesar da aplicação das TI’s disponíveis
ainda não ser explorada pelas empresas, estas já possuem consciência da
importância da aplicação destas tecnologias e seus benefícios.
Da mesma forma que se buscou identificar a opinião dos projetistas sobre o
uso de TI’s em projeto, também tentou-se identificar quais as barreiras enfrentadas
por estes profissionais no uso de TI’s como CAD 3D, CAD 4D e realidade virtual. A
principal barreira indicada foi a falta de conhecimento, seguida pela falta de cultura
do setor na utilização destas TI’s, falta de investimento do governo e o próprio
desinteresse das empresas. O Gráfico 14 apresenta as porcentagens destas opções
fornecidas pelos projetistas.
72
GRÁFICO 14 – DIFICULDADE NO USO DE TI (Q-21)
Conhecimento; 37,2%
Cultura do setor; 20,9%
Outra; 26,7%
Falta de investimento do governo; 8,1%
Desinteresse das empresas; 7,0%
Segundo LUCIANO e LUCIANO (2002), nos aspectos político e econômico,
a instabilidade dos financiamentos é um fator que dificulta investimentos mais
vultuosos por parte das empresas na implementação nos novas TI’s.
Os profissionais (26,7%) que optaram por indicar “outras” dificuldades
quanto ao uso de TI’s citaram:
• o alto custo dos programas e serviços associados;
• a necessidade de treinamento para utilização das TI’s, no que diz
respeito tanto ao tempo para sua realização quanto ao investimento
financeiro necessário;
• a necessidade constante de atualização de software;
• a falta de ferramentas compatíveis e de profissionais habilitados;
• a realidade econômica do país não condizente com estes investimentos.
5.2.3 Uso de CAD
Procurou-se identificar como os profissionais aprendem a utilizar software
CAD. As duas opções mais indicadas pelos projetistas foram a realização de cursos
específicos (34,9%) e a opção em que o profissional aprende sozinho (20,1%). O
Gráfico 15 a seguir apresenta as formas de aprendizagem e suas porcentagens
apresentadas pelos projetistas:
73
GRÁFICO 15 – APRENDIZAGEM DE CAD (Q-24)
Na empresa em que
trabalha ou trabalhou;
12,8%
Não utilizo diretamente o CAD; 9,3%
Com um amigo; 9,3%
Fiz curso específico;
34,9%Sozinho(a);
29,1%
Na graduação; 4,7%
Buscou-se também identificar como ocorre o aprimoramento do
conhecimento em CAD. Conforme o Gráfico 16 a seguir a maioria dos profissionais
aprende sozinho (34,9%) ou com colegas (31,4%).
GRÁFICO 16 – FORMA DE APRIMORAMENTO EM CAD (Q-25)
Faz curso específico;
15,1%
Não procuro me aprimorar mais; 2,3%
Aprende na empresa onde trabalha; 7,0%
Não utilizo diretamente o CAD; 9,3%
Aprende com os colegas;
31,4%
Aprende sozinho; 34,9%
Quando questionados sobre o grau de conhecimento em CAD os projetistas
deviam optar por:
• conhecimento básico: apenas 2D;
• conhecimento mediano: domina 2D e conhece um pouco de 3D;
74
• conhecimento avançado: domina recursos de programação e
modelagem avançada em 3D.
Apesar de ser uma questão de julgamento pessoal esta informação pode
ser levada em consideração para verificar como os projetistas avaliam a si próprios.
O Gráfico 17 a seguir apresenta como os projetistas estão classificados quanto ao
grau de conhecimento em CAD.
GRÁFICO 17 – CONHECIMENTOS EM CAD (Q-26)
Não utilizo diretamente o CAD; 9,3%
Básicos; 31,4%
Avançados; 16,3%
Medianos; 43,0%
A utilização do CAD 3D com a finalidade de projetar é realizada por apenas
25,6% dos projetistas. Por outro lado, dos projetistas entrevistados por USUDA
(2003) 62% concorda em dizer que o desenho 3D contribui para o projeto estrutural.
Dentre os motivos que levam a esse baixo percentual de utilização de CAD
3D destacam-se as metodologias de trabalho de cada empresa e o fato do
profissional não saber utilizar o CAD 3D. O Gráfico 18 a seguir apresenta os motivos
da não utilização.
75
GRÁFICO 18 – POR QUE NÃO UTILIZA CAD 3D (Q-28)
Não faz parte da
metodologia de projeto da
empresa; 34,9%
Utiliza CAD 3D; 14,0%
É muito difícil; 10,5% Não sabe
utilizar; 26,7%
Não ajuda a projetar; 4,7%
Não utilizo diretamente o CAD; 9,3%
Com relação à utilização dos recursos tridimensionais disponíveis nas
ferramentas de trabalho USUDA (2003) identificou as seguintes características em
seu levantamento:
• a grande maioria dos respondentes (86%) entrega o projeto estrutural na
forma 2D e 14% entrega na forma 2D e 3D;
• 66% não recebe o desenho no formato 3D;
• 38% não geram a estrutura em 3D,
• 19% geram o pórtico espacial da estrutura a partir do desenho 2D da
arquitetura;
• 29% geram o desenho 3D para melhor visualização.
As respostas à questão sobre utilização de referências externas não
possibilitaram identificar alguma opção que representasse a maioria dos
profissionais. A opção que recebeu o maior número de respostas foi a dos
profissionais que “quase sempre” utilizam referências externas, seguida pelos
profissionais que às utilizam “sempre”. A soma destes profissionais representa 43%
dos projetistas. As demais porcentagens podem ser verificadas no Gráfico 19 a
seguir.
76
GRÁFICO 19 – UTILIZAÇÃO DE REFERÊNCIAS EXTERNAS (Q-29)
Não utilizo diretamente o CAD; 9,3%
Nunca; 17,4%
Raramente; 18,6%
Quase sempre; 22,1%
Sempre; 20,9%
Não sei o que é; 11,6%
Os profissionais que utilizam referências externas utilizam este recurso para
sobrepor informações (40,7%) ou compartilhar estas informações (20,9%). De
acordo com as respostas quase 10% dos profissionais tem dúvidas ou não sabe
para que servem as referências externas. O Gráfico 20 a seguir apresenta as
respostas quanto a finalidade de utilização das referências externas.
GRÁFICO 20 – FUNÇÃO DAS REFERÊNCIAS EXTERNAS (Q-30)
Não utilizo diretamente o CAD; 9,3%
Não serve para nada; 1,2%
Tenho dúvidas ou não sei para que
serve; 9,3%
Não uso; 18,6% Compartilhar
informações; 20,9%
Sobrepor informações;
40,7%
Os profissionais foram questionados quanto à utilização do espaço do
modelo (model space) e do espaço do papel (paper space). Percebeu-se que alguns
77
profissionais (5,8%) não souberam o que significa espaço do modelo e espaço do
papel, o que pode ser atribuído ao fato do software que estes profissionais utilizam
não permitir estas duas formas de trabalho.
É possível verificar que não existe um padrão de utilização do espaço do
modelo e do espaço do papel sendo que 48,9% dos profissionais utilizam esta
sepação sempre ou quase sempre, e 36% utilizam raramente ou nunca. O Gráfico
21 a seguir apresenta as porcentagens de cada opção.
GRÁFICO 21 – USO DO ESPAÇO DO MODELO X ESPAÇO DO PAPEL (Q-31)
Quase sempre; 14,0%
Não utilizo diretamente o CAD; 9,3%
Raramente; 18,6%
Nunca; 17,4%
Não sei o que é; 5,8%
Sempre; 34,9%
A colocação das cotas nos projetos pode ser realizada tanto no espaço do
modelo quanto no espaço do papel. O grupo que se destaca é dos profissionais que
nunca utilizam as cotas no espaço do papel, representando 40,7% dos projetistas.
As demais repostas à esta questão podem ser verificadas no Gráfico 22 a seguir.
78
GRÁFICO 22 – COTAS NO ESPAÇO DO PAPEL (Q-32)
Raramente; 11,6%
Não utilizo diretamente o CAD; 9,3%
Quase sempre; 9,3%
Sempre; 18,6%
Não sei o que é; 7,0%Não usa; 3,5%
Nunca; 40,7%
Ainda quanto à utilização de cotas buscou-se identificar a utilização de cotas
associadas, não explodidas, pelos projetistas. A maioria (60,5%) sempre utiliza as
cotas associadas, seguidos pelos profissionais que quase sempre utilizam as cotas
associadas, com 14% das respostas. O Gráfico 23 a seguir apresenta a distribuição
de respostas quanto a utilização de cotas.
GRÁFICO 23 – UTILIZA COTAS ASSOCIADAS (Q-33)
Não sei o que é; 1,2%
Nunca; 11,6%Raramente; 3,5%
Não utilizo diretamente o CAD; 9,3%
Quase sempre; 14,0%
Sempre; 60,5%
79
Outra característica dos software CAD é a possibilidade de se trabalhar com
layers padronizados, funcionalidade “sempre” utilizada por 60,5% dos projetistas e
“quase sempre” por 19,8% deles. A utilização de layers padronizadas é indicada por
promover uma padronização dos projetos e facilitar o trabalho dos profissionais. As
repostas quanto a esta utilização podem ser verificadas no Gráfico 24 a seguir.
GRÁFICO 24 – UTILIZAÇÃO DE LAYERS PADRONIZADOS (Q-34)
Quase sempre; 19,8%
Sempre; 60,5%
Não utilizo diretamente o CAD; 9,3%
Raramente; 7,0%
Nunca; 3,5%
A criação de blocos para alimentar uma biblioteca possibilita aos
profissionais um ganho de tempo e qualidade, diminuindo o retrabalho existente ao
repetir-se a utilização de blocos em diversos projetos. A soma dos profissionais que
“sempre” ou “quase sempre” criam blocos para uma biblioteca representam 73,2%
dos projetistas. As respostas à utilização de blocos podem ser verificadas no Gráfico
25 a seguir.
80
GRÁFICO 25 – CRIAÇÃO DE BLOCOS PARA BIBLIOTECA (Q-35)
Não utilizo diretamente o CAD; 9,3%
Quase sempre; 27,9%
Raramente; 14,0% Sempre;
45,3%
Nunca; 3,5%
Na questão sobre utilização de blocos com atributos nenhuma das opções
de respostas do questionário recebeu reposta de mais de um terço dos projetistas.
As duas opções mais indicadas foram dos profissionais que “raramente” utilizam
blocos com atributos, representando 29,1% dos projetistas, e dos profissionais que
“sempre” utilizam, representando 26,7% deles. O Gráfico 26 a seguir apresenta as
respostas quanto a utilização de blocos com atributos pelos projetistas.
GRÁFICO 26 – UTILIZAÇÃO DE BLOCOS COM ATRIBUTOS (Q-36)
Raramente; 29,1% Não utilizo
diretamente o CAD; 9,3%
Quase sempre; 20,9%
Não sei o que é; 2,3% Sempre;
26,7%Nunca; 11,6%
81
O fornecimento de quantitativos aos clientes é realizado “sempre” por 45,3%
dos projetistas e “quase sempre” por 20,9% deles. Por outro lado, nem todos
extraem esta informação automaticamente do CAD. Apenas 10,5% dos projetistas
“sempre” extraem as informações para quantitativos automaticamente do CAD, e
26,7% às extraem automaticamente “quase sempre”. O Gráfico 27 e o Gráfico 28 a
seguir apresentam as respostas dos projetistas quanto ao fornecimento de
quantitativos e à obtenção automática destes valores.
GRÁFICO 27 – FORNECIMENTO DE QUANTITATIVOS (Q-37)
Raramente; 15,1%
Não utilizo diretamente o CAD; 9,3%
Quase sempre; 20,9%
Sempre; 45,3%
Não sei o que é; 1,2%
Nunca; 8,1%
GRÁFICO 28 –QUANTITATIVOS EXTRAÍDOS AUTOMATICAMENTE (Q-38)
Não sei o que é; 1,2%
Nunca; 29,1%
Não fornece; 5,8%
Sempre; 10,5%
Quase sempre; 26,7%
Não utilizo diretamente o CAD; 9,3%
Raramente; 17,4%
82
5.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA – AGRUPAMENTOS
Procurou-se, inicialmente, agrupar as empresas em clusters de modo que
os elementos de um mesmo grupo fossem mais parecidos entre si do que em
relação aos elementos de outros grupos. Esse procedimento buscou agregar as
empresas segundo as variáveis coletadas, buscando estabelecer grupos
homogêneos entre si, e heterogêneos em relação aos demais.
5.3.1 Índice de tecnologia
Para buscar identificar nas empresas a utilização de TI’s foi formatado um
índice de tecnologia a partir das variáveis coletadas. Este índice é formado pelas
variáveis julgadas possuírem relação direta com as tecnologias utilizadas pelos
profissionais participantes.
Segundo GIL (1999) deve-se primeiro definir os indicadores que influenciam
este índice, neste trabalho, quais as questões que possuem alguma relação com o
índice que se deseja criar. O mesmo autor indica a criação de escalas para cada
indicador que, de modo geral, variam de 0 a 100.
Para este índice foram levadas em consideração as seguintes variáveis:
utilização de software na realização dos trabalhos, plataforma de trabalho utilizada,
processador e ano de aquisição do equipamento, trabalho em rede, uso de servidor
dedicado, utilização de ferramenta adicional, modo de recebimento de e-mails e
meio utilizado para troca de informações.
Este índice foi formado segundo o Quadro 31 a seguir:
83
QUADRO 31 – FORMAÇÃO DO ÍNDICE DE TI Questão Pontos
06 Utiliza algum software, diretamente, para a realização do seu trabalho. 100 Qual a plataforma que você utiliza? PC Windows 95/98 0 PC Windows 2000 50
09
PC Windows XP 100 Qual a especificação da máquina que você utiliza? Pentium 100 ou inferior 0 Pentium II ou III 50
10
Pentium IV ou superior 100 De quando é o equipamento? Antes de 1995 0 1995 a 1999 33 2000 a 2004 67
11
Depois de 2005 100 12 Ttrabalha em rede com outros computadores. 100 13 Existe um servidor dedicado. 100
14 Usa alguma ferramenta adicional desenvolvida internamente para automatizar processos relacionados às suas atividades profissionais. 100
16 O recebimento de e-mails é diretamente na sua máquina. 100 Para troca de informações entre as pessoas envolvidas com o projeto e o empreendimento, você utiliza:
E-mail 100 Rede local 100
17
Extranet 100
Com o cálculo do índice para as 86 empresas, do total de 1100 pontos
possíveis, o valor médio resultou em 656 pontos por empresa. Apenas uma empresa
obteve 100% dos pontos possíveis e a empresa como o menor dos índices obteve
283 pontos.
Sabe-se que a atribuição de pontos para as respostas das empresas
poderia estar relacionada a um estudo aprofundado e que fornecesse maior
confiabilidade do que a simples arbitragem destes valores. De qualquer forma, para
esta pesquisa, esta foi a opção escolhida de acordo com o escopo e o objetivo do
trabalho.
84
5.3.2 Determinação do agrupamento (cluster)
Foram criados diferentes agrupamentos das empresas, cada um com três
grupos, de acordo com as variáveis identificadas no levantamento. O Apêndice 02
apresenta as características dos 06 agrupamentos criados, os quais diferem quanto
ao método e à métrica de distância, variáveis utilizadas para formação dos
agrupamentos. O software estatístico utilizado para realizar os agrupamentos
(clusters) foi o StatGraphics Plus 5.1.
Para definir qual dos 06 agrupamentos criados melhor representa a
diversidade de utilização de TI pelas empresas, optou-se por escolher o cenário que
possuísse o maior desvio padrão entre as médias do índice de tecnologia dos três
grupos de cada agrupamento. Desta forma, o agrupamento 01 foi escolhido como
mais representativo por possuir o maior desvio padrão entre as médias do índice de
TI de cada grupo.
Para a análise de agrupamentos apresentada a seguir, devido ao escopo e
ao prazo deste trabalho, os dados coletados não sofreram tratamento em termos de
verificações prévias como a questão de colinearidade das variáveis.
5.3.3 Características do agrupamento escolhido
Os grupos do agrupamento 01 foram formados utilizando-se o método
Ward’s e a métrica de distância Squared Euclidean, opções da análise de clusters
(cluster analysis) do software StatGraphics Plus 5.1. As empresas foram separadas
em três grupos de acordo com a Tabela 01 a seguir:
TABELA 01 – QUANTIDADE DE EMPRESAS POR AGRUPAMENTO Nº de empresas % das empresas Grupo 01 49 56,98% Grupo 02 28 32,56% Grupo 03 09 10,47% Total 86 100%
A média do índice de tecnologia serviu para classificar os três grupos
formados quanto ao uso de TI, conforme a Tabela 02 a seguir:
85
TABELA 02 – CLASSIFICAÇÃO DOS GRUPOS DO AGRUPAMENTO
Média de pontos
do Índice Classificação quanto
ao uso de TI Grupo 01 623,8 pts. Baixo Grupo 02 664,9 pts. Médio Grupo 03 807,4 pts. Alto
5.4 ANÁLISE DESCRITIVA DOS AGRUPAMENTOS
O Grupo com alto uso de TI’s, composto por 09 empresas, destaca-se pelas
seguintes características:
• Média de idade dos projetistas de 46,8 anos;
• Inexistência de profissionais com formação de técnico em edificações ou
tecnólogo, 44% formados em arquitetura e 33% em engenharia;
• 44% dos profissionais realizam projetos de arquitetura de edifícios;
• A maioria dos profissionais (78%) atua como diretor técnico;
• Todos os profissionais são sócios de média empresa e utilizam software
diretamente para realização de seus trabalhos;
• As equipes técnicas possuem no mínimo 2 profissionais;
• Todos os profissionais utilizam Windows XP em seu computador e
trabalham em rede com outros computadores;
• Mais da metade dos profissionais (56%) possuem um processador
Pentium IV ou superior;
• Todos os profissionais utilizam computadores profissionalmente a mais
de 5 anos e seus equipamentos de informática foram comprados após o
ano de 2000;
• Mais da metade dos profissionais (67%) utiliza alguma ferramenta
adicional desenvolvida internamente para automatizar processos;
• Mais da metade dos profissionais (56%) utiliza serviços de terceiros
como fonte predominante de suporte em TI;
• Todos os profissionais utilizam e-mail para troca de informações, mas
apenas dois terços (66%) recebe os e-mails diretamente em sua
máquina;
• 22% dos projetistas não utilizam software CAD diretamente para a
realização do seu trabalho;
86
• Nenhum dos projetistas deste agrupamento aprendeu a utilizar software
CAD na graduação, 33% aprendeu a usar CAD na empresa onde
trabalha;
• 22% dos projetistas utilizam software CAD 3D para projetar;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam usar referências
externas em seus projetos somam 22% dos profissionais
• Os projetistas que sempre ou quase sempre separaram o espaço do
modelo do espaço do papel somam 33% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre usam cotas associadas em
seus projetos somam 56% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre utilizam layers
padronizados em seus projetos somam 78% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam criar blocos de
objetos para alimentar uma biblioteca somam 56% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam utilizar blocos
com atributos somam 33% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam entregar
quantitativos para os clientes somam 56% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam extrair
quantitativos automaticamente do CAD somam 33% dos profissionais;
O Grupo com médio uso de TI’s, composto por 28 empresas, destaca-se
pelas seguintes características:
• Média de idade dos projetistas de 35,0 anos;
• Quase 30% dos profissionais possuem formação de técnico em
edificações ou tecnólogo, 46% são arquitetos e 21% engenheiros;
• Na maior parte os profissionais atuam como gerentes de projeto (36%) e
projetistas-CAD (18%);
• 61% dos profissionais realizam projetos de arquitetura de edifícios;
• Na maior parte os profissionais atuam como funcionários CLT (32%) e
prestadores de serviço como microempresa ou empresa (29%);
87
• Mais da metade das equipes técnicas são formadas por apenas 01
profissional;
• Todos os projetistas utilizam software diretamente para realização de
suas atividades e nenhum utiliza computadores a mais de 15 anos;
• Apenas 18% utiliza alguma ferramenta adicional desenvolvida
internamente para automatizar processos;
• 76% trabalha em rede e 32% possuem um servidor dedicado;
• 89% dos profissionais recebem e-mails diretamente em seus
computadores;
• Para troca de informações de projetos 89% utilizam e-mails, 43%
utilizam rede local e 57% utilizam reuniões presenciais;
• Todos os projetistas utilizam software CAD diretamente para a
realização do seu trabalho;
• A metade dos projetistas fez curso específico para aprender a usar CAD;
• 21% dos projetistas utilizam CAD 3D para projetar;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam utilizar
referências externas somam 22% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam separar o
espaço do modelo do espaço do papel somam 75% dos profissionais;
• 68% dos projetistas nunca utilizam o espaço do papel para fazer as
cotas;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre usam cotas associadas em
seus projetos somam 89% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre utilizam layers
padronizados em seus projetos somam 86% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam criar blocos de
objetos para alimentar uma biblioteca somam 89% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam utilizar blocos
com atributos somam 61% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam entregar
quantitativos para os clientes somam 61% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam extrair
quantitativos automaticamente do CAD somam 32% dos profissionais;
88
O Grupo com baixo uso de TI’s, composto por 49 empresas, destaca-se
pelas seguintes características:
• Média de idade dos projetistas de 37,3 anos;
• Mas da metade dos profissionais (61%) possuem formação em
engenharia, 31% são arquitetos e 4% são tecnólogos;
• A grande maioria dos profissionais (90%) atua como diretor técnico;
• As especialidades em projetos apresentam-se bem variadas,
destacando-se arquitetura de edifícios (43%), estrutura em concreto
(43%) e coordenação (33%);
• A maior parte dos profissionais (69%) atua como sócio de pequena
empresa;
• Mais da metade das equipes técnicas (61%) possuem entre 2 e 5
profissionais;
• Alguns projetistas (4%) não utilizam software diretamente para
realização de suas atividades;
• 76% dos projetistas trabalham em rede mas apenas 20% possuem um
servidor dedicado;
• Apenas 18% dos profissionais utilizam alguma ferramenta adicional
desenvolvida internamente para automatizar processos
• 92% dos profissionais recebem e-mails diretamente em seus
computadores;
• Para troca de informações de projetos 84% utilizam e-mails, 12%
utilizam rede local e 65% utilizam reuniões presenciais;
• 12% dos projetistas não utilizam software CAD diretamente para
realização de seu trabalho;
• 29% dos projetistas deste agrupamento aprendeu a utilizar software
CAD através de curso específico e 29% aprendeu a usar CAD sozinho;
• 29% dos projetistas utilizam software CAD 3D para projetar;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam usar referências
externas em seus projetos somam 45% dos profissionais
• Os projetistas que sempre ou quase sempre separar o espaço do
modelo do espaço do papel somam 37% dos profissionais;
89
• Os projetistas que sempre ou quase sempre usam cotas associadas em
seus projetos somam 69% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre utilizam layers
padronizados em seus projetos somam 78% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam criar blocos de
objetos para alimentar uma biblioteca somam 67% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam utilizar blocos
com atributos somam 43% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam entregar
quantitativos para os clientes somam 71% dos profissionais;
• Os projetistas que sempre ou quase sempre costumam extrair
quantitativos automaticamente do CAD somam 41% dos profissionais;
Após apresentar as características de cada grupo formado, a seguir é
apresentado o Quadro 32 onde é possível comparar as características de cada
grupo, com pouca, média ou alta utilização de TI’s. Neste Quadro é possível verificar
as principais diferenças e semelhanças identificadas em cada grupo.
90
QUADRO 32 – ANÁLISE DESCRITIVA DOS AGRUPAMENTOS Alto uso de TI Médio uso de TI Baixo uso de TI Média do Índice de TI 807,4 664,9 623,8 Idade Média 46,8 anos 35,0 anos 37,3 anos
Formação Profissional 44% - arquitetos 33% - engenheiros 00% - técnicos e tecnólogos
46% - arquitetos 21% - engenheiros 29% - técnicos e tecnólogos
31% - arquitetos 65% - engenheiros 04% - tecnólogos
Campo de atuação 78% - diretor técnico 36% - gerente de projetos 18% - projetistas CAD 90% - diretor técnico
Especialidade em projetos 44% - arquitetura de edifícios 33% - estrutura em concreto
61% - arquitetura de edifícios 22% - instalações elétricas 22% - instalações hidraulicas
43% - arquitetura de edifícios 43% - estrutura em concreto 33% - coordenação
Forma de atuação 100% - sócios de média empresa
32% - funcionário CLT 29% - microempresa ou empresa 69% - sócio de pequena empresa
Tamanho da equipe 33% - 2 a 5 pessoas 33% - 5 a 15 pessoas
54% - 1 pessoa 39% - 2 a 5 pessoas
22% - 1 pessoa 61% - 2 a 5 pessoas
Utilização de Software 100% - usa software 100% - usa software 96% - usa software Plataforma de trabalho 100% - Windows XP 61% - windows xp 71% - windows XP
Processador de trabalho 56% - pentium IV ou superior 22% - pentium II ou II
43% - pentium IV ou superior 32% - pentium II ou II
61% - pentium IV ou superior 33% - pentium II ou II
Idade do equipamento 56% - depois de 2005 44% - entre 2000 e 2004
46% - depois de 2005 43% - entre 2000 e 2004
47% - depois de 2005 39% - entre 2000 e 2004
Trabalho em rede 100% - sim 86% - sim 76% - sim Servidor dedicado 33% - sim 32% - sim 20% - sim Ferramenta adicional 67% - utiliza 18% - utiliza 18% - utiliza
Fonte de suporte em TI 56% - serviços de terceiros 22% - por conta própria
36% - serviços de terceiros 21% - fornecedor do software
37% - serviços de terceiros 24% - por conta própria
Recebimento de e-mails 67% - na própria máquina 89% - na própria máquina 92% - na própria máquina Uso de e-mail dentro de um proj. 100% - sim 89% - sim 84% - sim Uso de rede dentro de um proj. 78% - sim 43% - sim 12% - sim Uso de extranet dentro de um proj. 11% - sim 04% - sim 02% - sim Uso de reunião presencial 78% - sim 57% - sim 65% - sim
Utilização de computadores 44% - mais de 15 anos 33% - de 10 a 15 anos
00% - mais de 15 anos 61% - de 10 a 15 anos
31% - mais de 15 anos 39% - de 10 a 15 anos
91
QUADRO 32 – ANÁLISE DESCRITIVA DOS AGRUPAMENTOS (continuação) Alto uso de TI Médio uso de TI Baixo uso de TI
Opinião sobre uso de TI em projeto 11% - importante 78% - fundamental
21% - importante 75% - fundamental
20% - importante 73% - fundamental
Dificuldades para o uso de TI em escritórios
22% - falta de conhecimento 22% - falta investim. do governo
36% - falta de conhecimento 21% - cultura do setor
41% - falta de conhecimento 22% - cultura do setor
Uso de CAD diretamente 78% - sim 100% - sim 88% - sim
Aprendizagem sobre CAD 22% - fez curso específico 22% - aprendeu sozinho
50% - fez curso específico 32% - aprendeu sozinho
29% - fez curso específico 29% - aprendeu sozinho
Atualização em CAD 33% - aprende na empresa 22% - aprende sozinho
39% - aprende com os colegas 36% - aprende sozinho
37% - aprende sozinho 31% - aprende com os colegas
Conhecimentos em CAD 22% - avançado 56% - mediano
11% - avançado 54% - mediano
18% - avançado 35% - mediano
Uso de CAD 3D para projetar 22% - sim 21% - sim 29% - sim
Porque não usa CAD 3D 33% - não faz parte metodologia 22% - não sabe utilizar
50% - não faz parte metodologia 18% - não sabe utilizar
27% - não faz parte metodologia 33% - não sabe utilizar
Uso de referências externas 11% - sempre 11% - quase sempre 33% - raramente
25% - sempre 21% - quase sempre 18% - raramente
20% - sempre 24% - quase sempre 16% - raramente
Finalidade das referências externas 33% - compartilhar informações 22% - sobrepor informações
32% - compartilhar informações 36% - sobrepor informações
12% - compartilhar informações 47% - sobrepor informações
Espaço no modelo x papel 22% - sempre 61% - sempre 22% - sempre Cotas no espaço do papel 22% - nunca 68% - nunca 29% - nunca
Uso de cotas associadas 44% - sempre 11% - quase sempre
79% - sempre 11% - quase sempre
53% - sempre 16% - quase sempre
Uso de layers padronizados 67% - sempre 11% - quase sempre
75% - sempre 11% - quase sempre
51% - sempre 27% - quase sempre
Criação de blocos de objetos 33% - sempre 22% - quase sempre
54% - sempre 36% - quase sempre
43% - sempre 24% - quase sempre
Uso de blocos com atributos 22% - sempre 11% - quase sempre
36% - sempre 25% - quase sempre
22% - sempre 20% - quase sempre
Fornecimento de quantitativos 44% - sempre 11% - quase sempre
32% - sempre 29% - quase sempre
53% - sempre 18% - quase sempre
Quantitativos automaticamente extraídos
00% - sempre 33% - quase sempre 11% - nunca
11% - sempre 21% - quase sempre 32% - nunca
12% - sempre 29% - quase sempre 31% - nunca
92
5.5 PROPOSTAS DE MELHORIA
Após apresentar a análise descritiva, a análise de clusters, a análise das
variáveis entre os grupos criados e partindo-se do pressuposto de que as
características dos escritórios do grupo com alto uso de TI’s são as características
que os escritórios deveriam possuir, foram estabelecidas algumas propostas de
melhoria para os escritórios de projeto conforme a seguir:
a) Possuir equipe técnica composta por um conjunto de profissionais: esta
proposta está baseada no fato de que nenhum dos profissionais do grupo com
alto uso de TI trabalha sozinho;
b) Utilizar software: esta proposta está baseada no fato de que todos os
profissionais que não utilizam software estão alocados no grupo com baixo uso
de TI;
c) Possuir equipamentos atualizados: esta proposta está baseada no fato de que
os profissionais do grupo com alto uso de TI são os que utilizam os
equipamentos mais atualizados, tanto no que diz respeito ao processador e à
plataforma de trabalho;
d) Trabalhar em rede: esta proposta está baseada no fato de que no grupo com
alto uso de TI todos os profissionais trabalham em rede com outros
computadores, além disso, o grupo com baixo uso de TI é o que possui a
menor porcentagem de profissionais que trabalham em rede;
e) Utilizar ferramentas adicionais desenvolvidas internamente para automatizar
processos: esta proposta está baseada no fato de que é no grupo com alto uso
de TI que existe a maior porcentagem de empresas que utilizam estas
ferramentas, com uma grande queda deste valor para os outros dois grupos;
f) Investir no conhecimento de TI’s: esta proposta está baseada no fato de que
esta foi a opção mais indicada pelos projetistas como sendo umas das barreiras
que dificultam o uso de TI’s mais avançadas, como CAD 3D, CAD 4D e
realidade virtual;
g) Criar ações para combater a falta de cultura no uso de TI’s: esta proposta está
baseada no fato de que esta foi a segunda opção mais indicada pelos
93
projetistas como sendo umas das barreiras que dificultam o uso de TI’s mais
avançadas, como CAD 3D, CAD 4D e realidade virtual.
h) Aprimorar os conhecimentos em CAD: esta proposta está baseada no fato de
que são os profissionais do grupo com maior uso de TI que, segundo
julgamento próprio, possuem maior conhecimento em CAD, assim como os
profissionais do grupo com médio uso de TI possuem maior conhecimento do
que os do grupo com baixo uso de TI;
i) Verificar a metodologia de trabalho da empresa quanto à utilização do CAD 3D:
esta proposta está baseada no fato de que a metodologia de trabalho da
empresa foi a opção mais indicada como motivo pela não utilização do CAD
3D.
5.6 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO
Neste capítulo foi apresentada a análise descritiva dos escritórios de projeto
participantes do levantamento, a análise de clusters, a análise descritiva do
agrupamento escolhido e, por último, foram apresentadas as propostas de melhoria.
No capítulo seguinte serão apresentadas as conclusões do trabalho.
94
6 CONCLUSÃO
6.1 VERIFICAÇÃO DA PROPOSTA
O objetivo principal da pesquisa foi verificar qual a utilização de tecnologia
de informação por escritórios de projeto da Região Metropolitana de Curitiba.
Entende-se que este objetivo foi atendido, uma vez que foram levantados dados de
escritórios de projeto e caracterizada a utilização de TI’s mediante análises
descritivas e estatísticas.
Acredita-se que os objetivos secundários também foram alcançados, uma
vez que:
• A revisão bibliográfica sobre utilização de TI’s na construção civil e em
escritórios de projeto foi apresentada e formatada de maneira a
caracterizar a evolução do conhecimento, demonstrando pesquisas e
conclusões de diversos autores e centros de pesquisa;
• O levantamento sobre pesquisas de utilização de TI na construção civil
foi realizado através da revisão bibliográfica, apresentando vinte e sete
artigos com resultados de levantamentos em diversas localidades e
datas;
• Os agrupamentos das empresas participantes do levantamento relativo à
utilização de TI’s foi realizado através da formatação de um índice de
tecnologia e da utilização de software estatístico, possibilitando agrupar
as empresas quanto ao alto, médio ou baixo uso de TI’s;
• Propostas de melhoria quanto à utilização de TI’s por escritórios de
projeto foram discutidas e analisadas. Embasadas na análise realizada e
na comparação das características dos grupos criados, essas propostas
de melhoria visam que as empresas dos grupos com menor uso de TI’s
tenham um direcionamento para buscar um melhor aproveitamento de
novas tecnologias.
Quanto às hipóteses da pesquisa apresentadas constatou-se:
• Hipótese 01 - as extranets de projeto ainda são pouco utilizadas pelos
escritórios de projeto: realmente ficou comprovado que poucos
escritórios (3,5%) utilizam este tipo de tecnologia;
95
• Hipótese 02 - o CAD 3D já é utilizado na metodologia de trabalho dos
escritórios: esta hipótese foi comprovada, sendo que 14% dos projetistas
disseram utilizar o CAD 3D;
• Hipótese 03 - os projetistas acreditam ser importante o uso de TI’s nos
escritórios de projeto: esta hipótese foi comprovada, sendo que 74,4%
dos projetistas acreditam que a utilização de TI em escritórios de projeto
é fundamental;
6.2 CARACTERIZAÇÃO DOS ESCRITÓRIOS DE PROJETO
A identificação de 27 publicações específicas sobre levantamentos de TI na
Construção Civil demonstra o interesse da comunidade científica no tema. Apesar de
possuírem públicos alvo e focos diferenciados, todas buscam a identificação da
utilização de TI’s no mercado de trabalho com objetivos de disseminação e troca de
conhecimentos.
O levantamento sobre utilização de tecnologia de informação realizado junto
aos 86 escritórios de Projeto da Região Metropolitana de Curitiba forneceu
informações relativas à caracterização dos profissionais e das empresas, utilização
de tecnologia de informação e utilização de CAD.
Quanto às características dos profissionais e dos escritórios pode-se
citar:
• Dos profissionais entrevistados 47,7% são engenheiros civis e 37,2%
são arquitetos;
• A maioria dos profissionais (61,6%) atua como diretor técnico;
• Dentre as especialidades de projetos executadas, projetos de arquitetura
de edifícios são realizados por 48,8% dos participantes e projetos de
estruturas de concreto são realizados por 31,4% dos participantes;
• Quase a metade (44,2%) dos profissionais atua como sócio de pequena
empresa;
• Mais da metade das equipes técnicas (51,2%) possuem entre 2 e 5
profissionais;
96
Os escritórios participantes apresentaram inúmeras especialidades em
projetos além das citadas acima, assim, dificultando o estabelecimento de
generalizações. O fato de a maioria dos profissionais atuar como sócio de pequena
empresa e da maioria das equipes possuírem entre 2 e 5 profissionais mostra uma
tendência dos profissionais buscarem trabalhar em equipe e de possuir seu próprio
negócio.
Quanto à utilização de tecnologias de informação pelos escritórios de
projeto pode-se citar:
• Quase todos dos profissionais entrevistados (97,7%) utilizam algum
software, diretamente, para a realização do seu trabalho;
• Os software mais citados pelos projetistas foram o AutoCAD (76,7%), o
MS Word (74,4%) e o MS Excel (72,1%);
• A plataforma Windows XP é utilizada por 70,9% dos escritórios;
• Mais da metade dos profissionais (54,7%) possui um processador
Pentium VI ou superior;
• Quase a metade dos projetistas (46,5%) possui equipamento de
informática adquirido entre 2000 e 2004, e 41,9% possuem equipamento
comprado após 2005;
• Grande parte dos projetistas (81,4%) possui seu computador
trabalhando em rede com outros computadores;
• Apenas 25,6% dos escritórios possuem servidor dedicado;
• Apenas 23,3% dos escritórios possuem alguma ferramenta adicional
desenvolvida internamente para automatizar processos relacionados às
suas atividades profissionais;
• Serviços de terceiros são utilizados por 38,4% dos escritórios como fonte
predominante de suporte em TI;
• Poucos profissionais (11,6%) não recebem e-mails diretamente em suas
máquinas;
• O e-mail é utilizado por 87,2% dos profissionais para troca de
informações entre as pessoas envolvidas com um projeto;
• Quase a metade dos participantes (45,3%) utiliza computadores a mais
de 10 e menos de 15 anos;
97
• A maioria dos projetistas (74,4%) acredita que é fundamental a utilização
de tecnologias de informação, como CAD, rede e Internet;
• A falta de conhecimento foi indicada por 37,2% dos projetistas como
uma das dificuldades enfrentadas no uso de TI’s mais avançadas como
CA 3D, CAD 4D e realidade virtual. Outra dificuldade enfrentada é a falta
de cultura do setor, citada por 20,9% dos participantes.
Conforme apresentado, os software já estão presentes nos escritórios de
projeto, principalmente quando se refere à utilização de software CAD, editores de
texto e planilhas eletrônicas. Software específicos acabaram tendo um menor
número de citações devido à grande variedade de especialidade de projetos dos
escritórios participantes.
A atualização de hardware e software não se apresentou como uma
dificuldade enfrentada pelos projetistas, sendo que na maior parte os mesmos
trabalham com equipamentos atualizados. Ainda sobre hardware, nem todos os
projetistas trabalham em rede, mas pode existir alguma distorção desta informação
pelo fato de alguns projetistas trabalharem sozinhos e nem possuírem estrutura para
trabalhar em rede.
O e-mail já é utilizado por grande parte dos profissionais, mas ainda
existem alguns destes que não recebem-nos diretamente em suas máquinas. Como
já foi citado, o não recebimento de e-mails diretamente em sua máquina é um fator
negativo por aumentar o caminho que as informações tem de percorrer até chegar a
seu destino, o que pode gerar perdas de tempo e ocorrência de distorções
(MANZIONE, 2006).
A necessidade de utilização de TI’s pelos escritórios de projeto já é
percebida pelos projetistas. Por outro lado, a não implementação e atualização de
novas tecnologias nos escritórios pode ser conseqüência de fatores como a falta de
conhecimento e a falta de cultura por parte de alguns profissionais
Quanto à utilização de CAD pelos projetistas pode-se citar:
• Referente à aprendizagem de CAD, 34,9% dos profissionais fez curso
específico e 29,1% aprendeu sozinho;
• Quanto à forma de aprimorar seus conhecimento e habilidades em CAD
34,9% dos projetistas aprende sozinho e 31,4% aprende com colegas;
98
• Quase a metade dos participantes (43,0%) considera-se um usuário de
CAD com conhecimentos medianos, ou seja, domina 2D e conhece um
pouco de 3D;
• O CAD 3D é utilizado por apenas 25,6% dos projetistas;
• A principal motivo alegado pelos projetistas (34,9%) para a não utilização
do CAD 3D é por não fazer parte da metodologia de trabalho da
empresa;
• As referências externas são utilizadas sempre ou quase sempre por 43%
dos projetistas, e aplicação mais citada (40,7%) é para sobreposição de
informações;
• Mais da metade dos projetistas (60,5%) sempre utiliza as cotas
associadas e as informações separadas em layers padronizados;
• A maioria dos projetistas (73,3%) sempre ou quase sempre utilizam
blocos para alimentar uma biblioteca, mas menos da metade (47,7%)
utilizam blocos com atributos;
• Quanto a quantitativos, 66.3% dos projetistas fornecem estas
informações sempre ou quase sempre aos clientes, mas apenas 37,2%
sempre ou quase sempre extraem essas informações automaticamente
do CAD.
Tanto na aprendizagem quanto no aprimoramento é possível perceber que
vários profissionais optam por realizar estas atividades por conta própria. No que diz
respeito ao grau de conhecimento de CAD quase a metade considera-se um usuário
com conhecimentos medianos, que domina 2D e conhece um pouco de 3D. A pouca
utilização do CAD 3D pelos projetistas é atribuída à sua aplicação não fazer parte da
metodologia de trabalho da empresa.
A utilização de cotas associadas, referências externas e blocos já é uma
realidade de pouco mais da metade dos projetistas, por outro lado, uma parcela
menor dos projetistas utiliza referências externas e blocos com atributos. Ainda em
menor quantidade apresenta-se a parcela de profissionais que obtém informações
para quantitativos automaticamente do CAD.
99
6.3 AGRUPAMENTOS E PROPOSTAS DE MELHORIA
A análise de clusters possibilitou a criação de agrupamentos das empresas
participantes conforme as variáveis coletadas e de acordo com um índice de
tecnologia apresentado.
Com o intuito de avançar um pouco na caracterização do uso de TI, ou seja,
na falta de um índice de tecnologia específico, foi construída uma proposta (sub-
seção 5.3.1) a partir da qual, baseando-se nas questões utilizadas no levantamento,
formou-se um índice de tecnologia.
De posse deste índice foi determinado um agrupamento que melhor
representava a separação das empresas, segundo os indicadores escolhidos para
compor este índice de tecnologia.
O agrupamento criado possibilitou a delimitação de três grupos, que foram
denominados de alto uso de TI, médio uso de TI e baixo uso de TI, conforme o valor
da média do índice de TI das empresas de cada grupo.
A análise de clusters e as demais análises apresentadas possibilitaram a
verificação de características de cada grupo e estabelecimento de propostas de
melhoria para os escritórios de projeto conforme a seguir:
a) Possuir equipe técnica composta por um conjunto de profissionais;
b) Utilizar software nas atividades de trabalho;
c) Possuir equipamentos de informática atualizados: processador e plataforma de
trabalho;
d) Trabalhar em rede com outros computadores;
e) Utilizar ferramentas adicionais desenvolvidas internamente para automatizar
processos;
f) Investir no conhecimento de TI’s;
g) Criar ações para combater a falta de cultura dos escritórios no uso de TI’s;
h) Aprimorar os conhecimentos em CAD, como CAD 3D, CAD 4D e realidade
virtual;
i) Verificar a metodologia de trabalho da empresa quanto à utilização do CAD 3D.
Com estas propostas objetiva-se proporcionar aos escritórios de projeto
algumas sugestões para que os mesmos estabeleçam seus próprios objetivos e
100
metas para o aumento do uso de tecnologias de informação em suas atividades de
projeto.
6.4 CONCLUSÃO SOBRE O MÉTODO
O método estatístico apresentado, a análise de agrupamentos (cluster
analysis), apresentou-se como uma opção inovadora entre os métodos que vem
sendo utilizados pelos pesquisadores de TI’s na Construção Civil. Dentre as vinte e
sete publicações identificadas sobre levantamentos de TI não foi verificada a
utilização de análise similar.
Mesmo com a dificuldade enfrentada no tratamento estatístico dos dados foi
possível estabelecer resultados válidos e com significância. O cálculo da amostra,
onde foi utilizada a fórmula para populações finitas de GIL (1999), comprovou a
validade do número de empresas participantes do levantamento, validando a
representatividade da amostra em relação à população de empresas.
O método de levantamento utilizado poderia ter fornecido melhores
resultados caso o questionário utilizado para a coleta de dados tivesse sido
formatado já com a intenção de se realizar uma análise estatística como a
apresentada neste trabalho. As dificuldades enfrentadas no decorrer da análise dos
dados foram as seguintes:
• As perguntas objetivas que possibilitavam aos respondentes a marcação
de mais de uma resposta acabavam gerando uma combinação de
respostas variada, e conseqüentemente, uma menor porcentagem de
respondentes para cada uma destas opções;
• Da mesma forma que na situação anterior, as perguntas objetivas com
muitas possibilidades de respostas acabavam gerando opções de
resposta com baixo índice de marcação que, conseqüentemente, reduzia
a confiabilidade e a possibilidade de generalização da informação;
• Questões ligadas à respostas positivas ou negativas de questões
anteriores acabam por fazer com que possam existir perguntas sem
respostas, que dificultam a análise estatística realizada neste trabalho;
101
O método de pesquisa de revisão bibliográfica utilizado para fundamentar a
pesquisa realizada foi de grande valia para estabelecer critérios de pesquisa e o
estado da arte sobre levantamentos de TI na Construção Civil.
6.5 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
No decorrer desta pesquisa foram identificadas algumas sugestões para
trabalhos futuros que representam oportunidades para o avanço do conhecimento,
conforme seguem:
• Criação de um índice de tecnologia de informação embasado em
pesquisa científica, através do qual as empresas participantes de um
levantamento possam ser classificadas e agrupadas conforme o
resultado deste índice para cada empresa;
• Comparação de resultados e conclusões de levantamentos sobre TI na
Construção Civil identificados no decorrer da revisão bibliográfica. Neste
trabalho a abordagem destes levantamentos abrangeu características do
protocolo de coleta de dados utilizado, público alvo, número de
participantes e índice de retorno.
• A ampliação da amostra além dos horizontes da Região Metropolitana
de Curitiba, no Paraná ou em outros estados, pode trazer novos
resultados e informações importantes para o aumento do conhecimento
sobre a utilização de TI’s por escritórios de projeto;
• A realização de uma pesquisa do porquê do uso de TI por escritórios de
projeto;
• A adequação do questionário, ou a formatação de um novo, preparado
para fornecer dados adequados à análise estatística e a conseqüente
ampliação do universo e amostra de levantamento.
102
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110
APÊNDICE 01 – CARTA DE APRESENTAÇÃO DA PESQUISA
111
PESQUISA SOBRE UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO EM
ESCRITÓRIOS DE PROJETO Caros Profissionais e Empresas,
O Programa de Pós-Graduação em Construção Civil da UFPR, em parceira com a USP, UFSC e UFF, está desenvolvendo uma pesquisa destinada à Projetistas e Profissionais atuam na área de desenvolvimento de projetos de engenharia.
Com o objetivo de fomentar o uso da Tecnologia da Informação na área
da Arquitetura, Engenharia e Construção no Brasil, estamos fazendo um levantamento do uso atual e do contexto da utilização da TI em escritórios de projeto em várias cidades brasileiras. Em específico, no Paraná, estamos contando com o apoio do CREA-PR que forneceu o Catálogo Empresarial de empresas registradas.
Esses dados permitirão diagnosticar as barreiras e oportunidades para
melhorar a utilização dos recursos de TI que tanto já fizeram por outros setores da economia e que, na área da Construção, ainda não puderam ser explorados em todo seu potencial.
Assim, você foi convidado a participar desse trabalho, respondendo às
questões do arquivo em anexo e reenviando para ente mesmo endereço eletrônico ([email protected]). O preenchimento das questões tomará apenas 10 minutos do seu tempo e será de extrema valia para a compreensão do estágio em que o Brasil se situa nessa área.
ATENÇÃO: A participação na pesquisa é opcional e movida pelo interesse dos participantes em receber como retorno um comportamento do mercado sobre a questão. As informações fornecidas são confidenciais e os nomes das empresas participantes não serão divulgados.
Por isso, desde já agradecemos sua participação e empenho.
112
APÊNDICE 02 – CARACTERÍSTICAS DOS AGRUPAMENTOS
113
Cenário
01 Cenário
02 Cenário
03 Cenário
04 Cenário
05 Cenário
06 MÉTODO Ward's Ward's Ward's K-Means K-Means K-Means
Métrica de Distância Squared Euclidean Euclidean
City Block
Squared Euclidean Euclidean
City Block
Agrupamento 01 (nº de empresas)
49 40 35 48 18 43
Agrupamento 02 (nº de empresas)
28 28 33 21 36 22
Agrupamento 03 (nº de empresas)
09 18 18 17 32 21
Agrup. 01 (%) 56,98% 46,51% 40,70% 55,81% 20,93% 50,00%
Agrup. 02 (%) 32,56% 32,56% 38,37% 24,42% 41,86% 25,58%
Agrup. 03 (%) 10,47% 20,93% 20,93% 19,77% 37,21% 24,42% Agrupamento 01 (indicador médio)
623,8 603,8 633,3 647,6 656,5 662,0
Agrupamento 02 (indicador médio)
664,9 726,2 669,7 665,9 674,1 649,2
Agrupamento 03 (indicador médio)
807,4 664,8 676,9 669,6 636,5 652,4
Desvio Padrão do Índice Médio 96,4 61,2 23,3 11,8 18,8 6,7
114
ANEXO 01 – QUESTIONÁRIO DA PESQUISA
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO UTILIZADA POR PROFISSIONAL DE PROJETOS
Nome Idade anos
Empresa Estado: E-mail
1 - Formação Profissional (indicar, se mais de uma formação):
Arquiteto Eng. Civil Tecnólogo Técnico de Edificações Outra
2 - Principal campo de atuação:Diretor Técnico Concepção de Produto Gerente de projetos Coordenador
Projetista sênior Projetista-CAD Desenhista-CAD Outra
3 - Caso atue em um campo de PROJETO, indique a sua especialidade: Arquitetura
(edifícios) Arquitetura
(interiores) Paisagismo Luminotécnica Conforto término
Conforto acústico Fundações Estrutura em concreto
Estruturas metálicas Pré-moldados
Instalações elétricas
Inst. hidrosanitárias Ar condicionado Incêndio Automação
Vedação Forma Impermeabilização Coordenação Outra
4 - Forma de atuação:
Funcionário CLT Funcionário público Autônomo Prestador de serviços como microempresa ou
empresa Sócio de média empresa (fatura mais de
500 mil reais anuais) Sócio de pequena empresa (fatura até
500 mil reais anuais) Outra
5 - No caso de atuação como sócio de empresa, quantas pessoas compõem a equipe técnica de projetos; 1 2 a 5 pessoas 5 a 15 16 a 30 acima de 30
6 - Você utiliza algum software DIRETAMENTE para a realização do seu trabalho
Sim Não. Por quê?
7 - Caso sim, para a resposta anterior, quais os softwares ou de que fabricante você utiliza. Indique a versão predominante (se mais de uma versão) e, no caso de fabricante, o produto:
AutoCAD
ArquiCAD Arqui3D
Architectural Desktop Vectorworks
Coreldraw TQS
Microstation MiniCAD
AltoQI
Word
Excel
Access
Volare IntelliCAD
MSProject
Primavera Outros
8 - Indique os softwares que você SABE OPERAR. Indique a versão e, no caso de fabricante, o produto e o GRAU DE CONHECIMENTO de 1 a 4 (1 para pouco domínio a 4 para domínio total):
AutoCAD
Grau
ArquiCAD
Grau
Arqui3D Grau
Architectural Desktop Grau
Vectorworks Grau
Coreldraw
Grau
TQS Grau
Microstation
Grau
MiniCAD
Grau
AltoQI
Grau
Word
Grau
Excel
Grau
Access
Grau
Volare
Grau
IntelliCADGrau
MSProject
Grau
Primavera
Grau
Outros Grau
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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO UTILIZADA POR PROFISSIONAL DE PROJETOS
9 - Qual a plataforma que você utiliza? PC Windows 95/98 PC Windows XP PC Linux MAC PC com outro sistema operacional. Especifique
PC Windows
2000/NT Outra
10 - Qual a especificação da máquina que você utiliza?
Pentium 100 ou inferior Pentium II ou III Pentium IV ou
superior MAC
Outro
menos 128 MB RAM
128 a 256 MB RAM
256 a 512 MB RAM
acima de 512 MB RAM apenas CD
CD-R ou CD-RW DVD-CDRW DVDR-CDRW monitor de 14" monitor de 15" monitor de 17" ou
maior microfone câmera equipamentos wireless rede e ou modem
11 - De quando é o equipamento? Antes de 1995 1995-1999 2000-2004 2005 Não sei
12 - Você trabalha em rede com outros computadores?
Não Sim. Por quê?
13 - Se usa rede, existe um servidor dedicado (ou seja, uma máquina exclusiva para ligar os computadores, sem o qual o computador não se conecta aos demais)?
Não Sim. Qual a máquina?
14 - Você usa alguma ferramenta adicional desenvolvida internamente para automatizar processos relacionados às suas atividades profissionais?
Não Sim. Especifique?
15 - Você utiliza alguma fonte predominante de suporte em tecnologia da informação (CAD, rede, internet etc.)?
Nunca precisei Sim, interna da empresa
Sim, serviços de terceiros
Sim, do fornecedor do(s) software(s)
Sim, por conta própria
16 - O recebimento de e-mails é diretamente na sua máquina/
Sim Não. Quem recebe e-mails por você?
17 - Para troca de informações entre as pessoas envolvidas com o projeto e o empreendimento, você utiliza que meios?
E-mail Rede local Extranet Reunião presencial Outra
18 - Há quanto tempo você usa computadores pessoais para atividades profissionais? menos de 2 anos de 2 a 5 anos de 5 a 10 anos de 10 a 15 anos mais de 15 anos
19 - O que você acha das tecnologias da informação no CANTEIRO DE OBRAS (tais como CAD, rede, internet)?
Desnecessário Atende algumas necessidades Importante Fundamental Não sei
20 - O que você acha das tecnologias da informação em PROJETO (tais como CAD, rede, internet)?
Desnecessário Atende algumas necessidades Importante Fundamental Não sei
21 - O que você acha que dificulta o uso de tecnologias da informação mais avançadas, tais como CAD 3D, CAD 4D, realidade virtual)?
Cultura do setor Conhecimento Desinteresse das empresas
Falta de investimento do governo
Outra
22 - Qual o seu nível de inglês? Lê - nada Lê - pouco Lê - bem Lê - fluentemente
Compreende - nada Compreende - pouco Compreende - bem Compreende - fluentemente
Fala - nada Fala - pouco Fala - bem Fala - fluentemente
23 - Como você acha que as tecnologias de informação podem ajuda no desenvolvimento de projetos?
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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO UTILIZADA POR PROFISSIONAL DE PROJETOS
As perguntas a seguir são específicas para quem usa DIRETAMENTE o CAD. Caso você não utilize o CAD, não é necessário respondê-las.
24 - Como você aprendeu a usar o CAD? Fiz curso
específico Na graduação Com um amigo Na empresa em que trabalha ou trabalhou Sozinho(a)
25 - Para aprimorar seus conhecimentos e habilidades em CAD, você: Faz curso
específico Aprende na
empresa onde trabalha Aprende com os
colegas Aprende sozinho Não procuro me aprimorar mais
26 - Você se considera um usuário com conhecimentos em CAD: básicos (usa apenas
2D) medianos (domina o 2D e conhece um
pouco de 3D) avançados (domina recursos de
programação e modelagem avança em 3D)
27 - Você usa CAD 3D para projetar? Não Sim.
28 - Se não utiliza o CAD 3D, é porque;
É muito difícil Não sabe utilizar Não ajuda a projetar
Não faz parte da metodologia de projeto da empresa
Não sei o que é CAD 3D
29 - Você usa referências externas (ou dinâmicas) no desenvolvimento de projetos Sempre Quase sempre Raramente Nunca Não sei o que é
30 - Se você usa referências externas, este recurso serve para: Sobrepor
informações Compartilhar informação em
rede Não serve para
nada Tenho dúvidas ou não sei para
que serve
31 - Você usa separar o espaço no modelo (objeto de projeto) do espaço do papel (representação bidimensional que vai para obra)?
Sempre Quase sempre Raramente Nunca Não sei o que é
32 - Se você usa separar o espaço do modelo do espaço do papel, você costuma fazer as cotas no espaço do papel (paperspace)?
Sempre Quase sempre Raramente Nunca Não sei o que é
33 - Você se preocupa em manter as cotas associadas (cotas não explodidas)? Sempre Quase sempre Raramente Nunca Não sei o que é
34 - Você se preocupa em manter as informações separadamente em layers padronizados pela empresa?
Sempre Quase sempre Raramente Nunca Não sei o que é
35 - Você costuma criar blocos de objetos utilizados em projeto para alimentar uma biblioteca? Sempre Quase sempre Raramente Nunca Não sei o que é
36 - Você costuma usar blocos com atributos? Sempre Quase sempre Raramente Nunca Não sei o que é
37 - Você (ou sua empresa) fornece quantitativos para o seu cliente? Sempre Quase sempre Raramente Nunca Não sei o que é
38 - No caso de fornecer quantitativos para o seu cliente, você (ou sua empresa) extrai essa informação automaticamente do CAD?
Sempre Quase sempre Raramente Nunca Não sei o que é
Enviar Limpar