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INCOTERMS® 2010 Grupo: Gerson Ramos Lissa Caron Mariana Loyo Samyr Naspolini

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INCOTERMS® 2010

Grupo:Gerson RamosLissa CaronMariana LoyoSamyr Naspolini

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ORIGEMAs leis não fazem os costumes e práticas e também não fazem o comércio. Mas os costumes e práticas

do comércio tornam-se “leis do mercado”. (A.L.Lunardi)

Desde os tempos mais primórdios, a humanidade faz transações comerciais. Para tanto, sempre existiu a necessidade de regras comerciais comuns, que facilitasse o processo de negociação de compra e venda. Essa necessidade se faz cada vez mais importante, ao passo que a humanidade evolui e a globalização se torna cada vez mais necessária.

Todavia, cumpre salientar que as regras comerciais constituem apenas uma parte do contrato de compra e venda. Enquanto o contrato define a quantidade, qualidade da mercadoria e preço, as regras comerciais referem-se às questões relacionadas com a entrega da mercadoria, a quem compete o pagamento do frete internacional ou do seguro de transportes e sobretudo à divisão do risco entre as partes no contrato.

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SURGIMENTO DO INCOTERMS

Dessa necessidade foi que surgiu o Incoterms®, ou International Commercial Terms, que são termos de vendas internacionais, publicados pela Câmara Internacional de Comércio (ICC), organização de caráter privado, sediada em Paris, França. Aqui no Brasil, possui escritório representativo no Rio de Janeiro.

A primeira versão foi introduzida em 1936 e as atualizações ocorrem, em média, de dez em dez anos, sendo à sua atualização agregado o ano em que foi revisto. Todavia, uma atualização não revoga as anteriores, e se as partes quiserem utilizar termos de versão anterior poderão fazê-lo, bastando que assim acordem e façam citação dos termos de forma expressa no contrato.

A última atualização foi publicada em setembro de 2010, passando a vigorar mundialmente em 1º de janeiro de 2011.

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UTILIZAÇÃO

São inicialmente determinados para os contratos de comércio internacional (importação e exportação), quanto à determinação dos custos, responsabilidades no transporte e demais serviços logísticos entre a figura do comprador e do vendedor. Porém, o Incoterms® 2010 formalmente estatui a sua utilização tanto aos contratos internacionais quanto aos nacionais.

Assim, nos contratos de compra e venda, permitem estabelecer, com exatidão, a divisão de tarefas, de custos e de riscos entre compradores e vendedores.

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INCOTERMS X DIREITOOs Incoterms® são costumes e práticas (lex mercatoria) que regulam o comércio internacional e são reconhecidos por quase todas administrações aduaneiras do mundo.

Conforme informado, a última atualização foi feita em 2010, passando a vigorar mundialmente em 1º de janeiro de 2011.

A Resolução nº 21/2011 da Câmara de Comércio Exterior Brasileira (CAMEX), emitida em abril de 2011, tratou de normatizar o assunto, inserindo as nomenclaturas do Incoterms® 2010 no nosso ordenamento jurídico para possibilidade de utilização. Todavia, cumpre-nos salientar que a sua vigência foi suspensa por 60 dias pela Resolução CAMEX nº 33/2011 e 49/2011, passando a vigorar em nosso país somente a partir de 16 de setembro de 2011.

Cumpre-nos informar também que o sistema SISCOMEX deixou de registrar, na mesma data de vigência da Resolução, as declarações com os termos DAF, DES,DEQ E DDU, substituídos pelos novos termos DAT e DAP, sendo as condições de venda C+F e C+I incluídas no sistema, mudanças e siglas que trataremos posteriormente. OBS: as declarações de importação cujos LI´s já se encontravam deferidos com termo extinto podem ser registradas.

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INCOTERMS X DIREITO

Representados por meio de siglas (3 letras), os Incoterms® se tratam efetivamente de condições de venda, pois definem os direitos e obrigações mínimas do vendedor e do comprador quanto a fretes, seguros, movimentação em terminais, liberações em alfândegas e obtenção de documentos de um contrato internacional de venda de mercadorias. Por isso são também denominados "cláusulas de preços", pelo fato de cada termo determinar os elementos que compõem o preço da mercadoria. Após agregados ao contrato de compra e venda, passam a ter força legal, com seu significado jurídico preciso e efetivamente determinado. Refletem, assim, a redação sumária do costume internacional em matéria de comércio, com a finalidade de simplificar e agilizar a elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda.

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ESQUEMATIZAÇÃO DO ESPAÇO

VENDEDORLocal de Origem

Alfândega do VENDEDOR

Terminal de Carga

NavioEMBARQUE

Terminal de Carga

Alfândega do COMPRADOR

COMPRADORLocal de Destino

L

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DEFINIÇÕES FUNDAMENTAISRISCO (de perda ou avaria da carga)É transferido pelo vendedor para o comprador quando o vendedor cumpre sua obrigação de entregar a mercadoria em algum ponto ou porto determinado em acordo.

CUSTO (de tudo, pode ser só de frete, se seguro, de embarque e desembarque, de operações alfandegárias etc.)São determinados de acordo com cada Incoterms®.

TRANSPORTADORA parte com quem o transporte é contratado.

FORMALIDADES ALFANDEGÁRIASSão exigências de modo a se cumprir quaisquer regulamentações alfandegárias, e pode incluir obrigações documentais, segurança, informação, ou inspeção física.

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DEFINIÇÕES FUNDAMENTAISENTREGAPara o Incoterms®, ele indica apenas onde o risco de perda ou avaria da mercadoria é transferido do vendedor para o comprador.

DOCUMENTO DE ENTREGASignifica o documento utilizado para comprovar que a entrega ocorreu. Pode ser documento de transporte, registro eletrônico ou simples recibo.

REGISTRO ELETRÔNICO ou PROCEDIMENTOÉ um conjunto de informações constituído de uma ou mais mensagens eletrônicas, com a finalidade de realizar uma função legal e se aplicável, ser funcionalmente equivalente ao documento em papel.

EMBALAGEMSignifica a embalagem da mercadoria para cumprimento de requisitos de contrato ou aquela necessária para que a mercadoria esteja apta para o transporte.

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DEFINIÇÕES FUNDAMENTAISUNITIZAÇÃOSignifica a transformação da mercadoria em carga (conglomerado de mercadorias): pré-lingagem, palete, container, etc.

LICENÇAS-De Exportação – Registro de Exportação – RE (Averbado) ou Declaração Simplificada de Exportação – DSE.-De Importação – Licença de Importação – LI (quando necessária) e Declaração de Importação – DI ou Declaração Simplificada de Importação – DSI.

PRÉ-TRANSPORTE ou FRETE INTERNO NA ORIGEMEncaminhamento do produto da zona de produção ao local de início do transporte internacional.

PÓS-TRANSPORTE ou FRETE INTERNO NO DESTINODeslocamento que se inicia ao fim do transporte internacional, ou seja, do local de desembarque até o destino do produto.

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DEFINIÇÕES FUNDAMENTAISFRETEÉ o preço pago pela realização do transporte.

FRETE X TRANSPORTEFrete não significa a efetivação do transporte, mas apenas o valor dispensado como contraprestação para sua realização.

TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE Há divergência na doutrina e comunidade jurídica. Uma corrente acredita que, ao passar a responsabilidade da carga com a entrega determinada pelo Incoterms®, passa-se também a propriedade.Já outra acredita que a propriedade só é passada com a entrega efetiva, bem como mediante pagamento integral do preço ajustado.

Retention of title Retenção do título de propriedade. Cláusula utilizada em contratos de transporte e General/Standard Terms and conditions of sale and delivery of products, no intuito de preservar a carga em poder do vendedor, mesmo com a entrega, até que haja o total pagamento do preço.

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MODALIDADESO que mudou 2000 e 2010

Os Incoterms® ficaram mais simples, sendo o número reduzido de 13 para 11. Dos 5 termos do grupo D do Incoterms® 2000, 4 foram retirados e 2 foram acrescentados. Os termos excluídos são: DAF, DES, DEQ e DDU. Em substituição entram o DAT (Delivered at Terminal) e DAP (Delivered at Place).

2000 201013 MODALIDADES: 11 MODALIDADES:1 ) CFR – amurada (“ship’s rail”) 1) CFR – a bordo (“declared on board”)2) CIF – amurada (“ship’s rail”) 2) CIF – a bordo (“declared on board”)3) CIP 3) CIP 4) CPT 4) CPT 5) FOB – amurada (“ship’s rail”) 5) FOB – a bordo (“declared on board”)6) FCA 6) FCA 7) FAS 7) FAS 8) EXW 8) EXW 9) DDP 9) DDP 10) DEQ - excluído 10) DAT - Delivered at Terminal – DEQ/DDU11) DDU - excluído 11) DAP - Delivered at Place – DDU/DAF/DES12) DES - excluído13) DAF - excluído

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MODALIDADESDivisão por Grupos:C – CFR, CIF, CIP, CPT (Transporte Pago + Seguro Transporte)F – FAS, FOB, FCA (Transporte Principal não pago)D – DAT, DAP, DDP (Chegada, mercadoria à disposição do Comprador)E – EXW (Saída)

Grupo "F" e "E" correspondem ao transporte principal não pago (“to collect”). Grupo "D" e "C" correspondem ao transporte principal pago (“pre-paid”).

Divisão por aplicação (transporte/via):- Exclusivamente aquaviário (marítimo, fluvial e lacustre): FAS, FOB, CFR e CIF- Para qualquer modalidade de transporte, inclusive multimodal (aquaviário, terrestre, aéreo e ferroviário): EXW, FCA, CPT, CIP, DAT, DAP e DDP

Divisão por seguro:Obrigam a contratação pelo vendedor: CIP, CIFNão obrigam, mas mantêm as partes responsáveis por ele: EXW, FCA, FAS, FOB, CPT, CFR, DAT, DAP, DDP

Inovações dos contratos:São as composições baseadas nos INCOTERMS®. Por exemplo: FOR – Free on ramp.

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MODALIDADESModalidades incluídas pela Resolução nº 21/2011 CAMEX:- C + F (Cost plus Freight): Significa que o vendedor apresenta um preço final de venda objeto de soma de parcelas declaradas e tratadas separadamente (custo e frete). Neste caso, qualquer variação de valor do frete previsto gera o mesmo impacto no preço final a ser pago pelo comprador. Essa condição pode ser utilizada em qualquer modalidade de transporte.- C + I (Cost plus Insurance): Significa que o vendedor apresenta um preço final de venda objeto de soma de parcelas declaradas e tratadas separadamente (custo e seguro). Se houver variação de valor do seguro previsto, o preço final a ser pago pelo comprador pode variar igualmente. Essa condição pode ser utilizada em qualquer modalidade de transporte.- OCV (Outras Condições de Venda): A ser utilizada para condições de venda não previstas por outros itens. A declaração deste código acarreta a indicação no documento de exportação, de detalhamento do preço de exportação, para análise do órgão anuente da exportação.

Divisão dada pela Resolução nº 21/2011 CAMEX:“Todas as adições de uma DI devem pertencer ao mesmo grupo”:Grupo 1 – EXW, FCA, FAS, FOB, CFR, CPT e C+FGrupo 2 – CIF, CIP, DAF, DES, DDU, DAT, DAP e C+I

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OUTRAS FÓRMULAS CONTRATUAIS TÍPICAS UTILIZADAS NO

COMÉRCIO INTERNACIONAL

AS DEFINIÇÕES AMERICANAS REVISADAS PARA O COMÉRCIO EXTERIOR, 1941 (“REVISED AMERICAN FOREIGN TRADE DEFINITIONS”, 1941)

Elas são fruto do XXVII Congresso Nacional do Comércio Exterior, realizado no EUA em 1940. Ainda são muito utilizadas no comércio exterior norte-americano, são semelhantes aos INCOTERMS®, e por isso, podem provocar confusões. Para usar esses termos, importante deixar claro qual termo está sendo utilizado, e se este se refere aos INCOTERMS® ou às “Definições Americanas”. Foi proibido para importações nacionais pela Circular BACEN nº 2730/96.

Há tentativas no sentido de que sejam substituídas definitivamente pelos INCOTERMS®, que apresentam uma aplicação mais universal.

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Termos de Frete Marítimo (termos técnicos exclusivamente aplicados para o transporte marítimo internacional, não é INCOTERMS®):

a) LINER TERMS, também conhecido como ALL IN ou FULL LINER TERMS ALL INCLUDED. É o termo mais utilizado em frete marítimo internacional. O preço do frete (seja prepaid oi collect) já inclui todas as despesas de embarque, desembarque, arrumação e desarrumação da carga a bordo do navio). Assim, todas essas despesas são assumidas pelo Armador (menos as capatazias).Durante a negociação da tarifa do frete marítimo, o Armador deverá informar ao exportador ou importador que o valor total do frete a ser cobrado é ou não é ALL IN.

b) FREE IN (abreviatura FI), ou também conhecido como FILO (Free in Liner Out). As despesas de embarque por conta do exportador. As despesas de arrumação, desarrumação e desembarque, por conta do armador.

c) FREE OUT (abreviatura FO) ou também conhecido como LIFO (Liner in Free Out). É o contrário do FREE IN. As despesas de embarque, arrumação e desarrumação da carga por conta do armador. As despesas de desembarque por conta do importador.

OUTRAS FÓRMULAS CONTRATUAIS TÍPICAS UTILIZADAS NO

COMÉRCIO INTERNACIONAL

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Termos de Frete Marítimo (termos técnicos exclusivamente aplicados para o transporte marítimo internacional, não é INCOTERMS):

d) FREE IN AND OUT (abreviatura FIO). As despesas de embarque por conta do exportador. As despesas de desembarque por conta do importador. As despesas de arrumação e desarrumação da carga a bordo do navio por conta do armador.

e) FREE IN, OUT AND STOWED (abreviatura FIOS). É o contrário do LINER TERMS. As despesas de embarque e arrumação da carga a bordo por conta do exportador. As despesas de desembarque e desarrumação da carga a bordo do navio por conta do importador.

f) FREE IN STOWED, LINER OUT (abreviatura FISLO). As despesas de embarque e arrumação por conta do exportador. As despesas de desarrumação da carga e desembarque por conta do armador.

OUTRAS FÓRMULAS CONTRATUAIS TÍPICAS UTILIZADAS NO

COMÉRCIO INTERNACIONAL

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Grupo EEXW – Exworks - A Partir do Local de Produção (local

designado)

A mercadoria é colocada à disposição do comprador no estabelecimento do vendedor, ou noutro local nomeado (fábrica, armazém, etc.), sem estar pronta para exportação ou carregada num qualquer veículo de transporte.Nesse termo, o exportador encerra sua participação no negócio quando acondiciona a mercadoria na embalagem de transporte (caixa, saco, etc.) e a disponibiliza, no prazo estabelecido, no seu próprio estabelecimento. Assim, cabe ao importador estrangeiro adotar todas as providências para retirada da mercadoria do estabelecimento do exportador, transporte interno, embarque para o exterior, licenciamentos, contratações de frete e de seguro internacionais, etc. O termo "EXW" não deve ser utilizado quando o vendedor não está apto para, direta ou indiretamente, obter os documentos necessários à exportação da mercadoria. Como se pode observar, o comprador assume todos os custos e riscos envolvidos no transporte da mercadoria do local de origem até o de destino.

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Grupo FFCA – Free Carrier - Livre no Transportador (local

designado)

Nesse termo o vendedor (exportador) completa suas obrigações quando entrega a mercadoria, desembaraçada para exportação, aos cuidados do transportador internacional indicado pelo comprador, no local designado do país de origem. Deve ser notado que o local escolhido de entrega tem um impacto nas obrigações de embarque e desembarque das mercadorias naquele local.Se a entrega ocorrer na propriedade do vendedor, o vendedor é responsável pelo embarque. Se a entrega ocorrer em qualquer outro lugar, o vendedor não é responsável pelo desembarque.Dessa forma, cabe ao comprador (importador) contratar frete e o seguro internacional. Esse termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.

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Grupo FFAS – Free Alongside Ship - Livre no Costado do Navio

(porto de embarque)

Nesse termo, a responsabilidade do vendedor se encerra quando a mercadoria é colocada ao longo do costado do navio transportador, no porto de embarque nomeado. A contratação do frete e do seguro internacionais fica por conta do comprador. O vendedor é o responsável pelo desembaraço das mercadorias para exportação.Esse termo só pode ser utilizado no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre).

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Grupo FFOB – Free on Board - Livre a Bordo (porto de

embarque designado)

Nesse termo, a responsabilidade do vendedor, sobre a mercadoria, vai até que a carga seja declarada “on board” no porto de embarque, muito embora a colocação da mercadoria a bordo do navio seja também, em princípio, tarefa a cargo do vendedor.O termo FOB exige que o vendedor desembarace as mercadorias para exportação.Ressalte-se que o transportador internacional é contratado pelo comprador (importador). Logo, na venda FOB, o exportador precisa conhecer qual o termo marítimo acordado entre o comprador e o armador, a fim de verificar quem deverá cobrir as despesas de embarque da mercadoria. Esse termo só pode ser utilizado no transporte aquaviário (marítimo fluvial ou lacustre).

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Grupo CCFR – Cost and Freight - Custo e Frete (porto de destino

designado)

Nesse termo, o vendedor assume todos os custos anteriores ao embarque internacional, bem como a contratação do frete internacional, para transportar a mercadoria até o porto de destino indicado. Destaque-se que os riscos por perdas e danos na mercadoria são transferidos do vendedor para o comprador ainda no porto de carga (igual ao FOB, até que a carga seja declarada “on board”). Assim, a negociação (venda propriamente dita) está ocorrendo ainda no país do vendedor. O termo CFR exige que o vendedor desembarace as mercadorias para exportação.Esse termo só pode ser usado no transporte aquaviário (marítimo fluvial ou lacustre).

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Grupo C CIF – Cost, Insurance and Freight - Custo,

Seguro e Frete (porto de destino designado)

Nesse termo, o vendedor tem as mesmas obrigações que no CFR e, adicionalmente, que contratar o seguro marítimo contra riscos de perdas e danos durante o transporte. Como a negociação ainda está ocorrendo no país do exportador (a declaração da carga “on board” no porto de embarque é o ponto de transferência de responsabilidade sobre a mercadoria), o comprador deve observar que no termo "CIF" o vendedor somente é obrigado a contratar seguro com cobertura mínima. O termo CIF exige que o vendedor desembarace as mercadorias para exportação.Esse termo só pode ser usado no transporte aquaviário (marítimo fluvial ou lacustre).

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Grupo C CPT – Carriage Paid To - Transporte Pago até (local de

destino designado)

Nesse termo, o vendedor contrata o frete pelo transporte da mercadoria até o local designado. Os riscos de perdas e danos na mercadoria, bem como quaisquer custos adicionais devidos a eventos ocorridos após a entrega da mercadoria ao transportador, são transferidos pelo vendedor ao comprador, quando a mercadoria é entregue à custódia do transportador. O termo CPT exige que o vendedor desembarace as mercadorias para exportação.Esse termo pode ser usado em qualquer modalidade de transporte, inclusive multimodal.

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Grupo C CIP – Carriage and Insurance Paid To - Transporte e Seguro Pagos até (local de destino designado)

Nesse termo, o vendedor tem as mesmas obrigações definidas no CPT e, adicionalmente, arca com o seguro contra riscos de perdas e danos da mercadoria durante o transporte internacional. O comprador deve observar que no termo CIP o vendedor é obrigado apenas a contratar seguro com cobertura mínima, posto que a venda (transferência de responsabilidade sobre a mercadoria) se processa no país do vendedor.O termo CIP exige que o vendedor desembarace as mercadorias para exportação. Esse termo pode ser usado em qualquer modalidade de transporte, inclusive multimodal.

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Grupo D DAP - Delivered at Place - Entregue no Lugar (local de

destino designado)

Este novo termo foi introduzido em substituição aos termos DAF, DES e DDU. Com sua aplicação, as mercadorias poderão ser postas à disposição do comprador (importador) no porto de destino designado, ainda no interior do navio transportador e antes do desembaraço para importação, como já ocorria com o termo DES, ou ainda, em qualquer outro local, como ocorria com os termos DAF, em que a entrega dar-se-ia na fronteira designada e DDU, em que a entrega seria realizada em algum local designado pelo próprio comprador (importador), todavia, em quaisquer dos casos, antes do desembaraço das mercadorias para importação. A responsabilidade do vendedor consiste em colocar a mercadoria à disposição do comprador, pronta para ser descarregada, não tratando das formalidades para importação, no terminal de destino designado, ou noutro local combinado, assumindo os custos e riscos inerentes ao transporte até ao local de destino.

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DAP

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Grupo D DAT - Delivered at Terminal - Entregue no

Terminal designado (local de destino designado)

Este novo termo foi inserido, praticamente em substituição ao DEQ e DDU – similarmente aos termos extintos, estabelece que as mercadorias podem ser colocadas à disposição do comprador (importador), não desembaraçadas para importação, num terminal portuário e introduz a possibilidade de que as mercadorias possam ser também ser dispostas ao comprador (importador) em um outro terminal, fora do porto de destino. O vendedor termina a sua responsabilidade quando coloca a mercadoria à disposição do comprador, não tratando das formalidades para importação, no terminal de destino designado, assumindo os custos e riscos inerentes ao transporte até o porto de destino e com a descarga da mercadoria.

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DATDAT

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Grupo D DDP – Delivered Duty Paid - Entregue ao

comprador com os Deveres Pagos (local de destino designado)

É o Incoterms® que estabelece o maior grau de compromisso para o vendedor. Nesse termo, o vendedor somente cumpre sua obrigação de entrega quando a mercadoria tiver sido posta em disponibilidade no local designado do País de destino final, desembaraçadas para importação. O vendedor assume todos os riscos e custos, inclusive impostos, taxas e outros encargos incidentes na importação. Ao contrário do termo "EXW", que representa o mínimo de obrigações para o vendedor, o "DDP" acarreta o máximo de obrigações para o vendedor. O termo "DDP" não deve ser utilizado quando o vendedor não está apto para, direta ou indiretamente, obter os documentos necessários à importação da mercadoria. Esse termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte, inclusive multimodal.

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PONTOS DE TRANSFERÊNCIA DE CUSTO E DE RISCO

GRUPO INCOTERMS 2010 PONTO DE TRANFERÊNCIA DO CUSTO PONTO DE TRANFERÊNCIA DO RISCO

E EXW - EX-WORKS ORIGEM ARMAZÉM NA ORIGEM

F

FAS - FREE ALONG SIDE SHIP TRANSPORTE PRINCIPAL NÃO PAGO AO LADO DO NAVIO

FOB - FREE ON BOARD TRANSPORTE PRINCIPAL NÃO PAGO A BORDO DO NAVIO

FCA - FREE CARRIER TRANSPORTE PRINCIPAL NÃO PAGOPRIMEIRO TRANSPORTE INTERNACIONAL

C

CFR - COST AND FREIGHT TRANSPORTE PRINCIPAL PAGO A BORDO DO NAVIO

CIF - COST, INSURANCE AND FREIGHT TRANSPORTE PRINCIPAL PAGO A BORDO DO NAVIO

CPT – CARRIAGE PAID TO TRANSPORTE PRINCIPAL PAGOPRIMEIRO TRANSPORTE INTERNACIONAL

CIP - CARRIAGE AND INSURANCE PAID TO TRANSPORTE PRINCIPAL PAGOPRIMEIRO TRANSPORTE INTERNACIONAL

DAP - DELIVERY AT PLACEDESPESAS ATÉ LOCAL DE ENTREGA (antes do desembaraço)

LOCAL DETERMINADO DO DESTINO (antes do desembaraço)

D DAT - DELIVERY AT TERMINALDESPESAS ATÉ TERMINAL DE ARMAZENAMENTO

LOCAL DETERMINADO DO DESTINO – TERMINAL

DDP - DELIVERY DUTY PAIDDESPESAS COM IMPOSTOS ATÉ LOCAL FINAL DE ENTREGA (após desembaraço)

LOCAL DETERMINADO DO DESTINO (após desembaraço)

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CASE: INCOTERMS versus TRANSFERÊNCIA

DE PROPRIEDADEO claim tratava sobre a falta de cláusula de retention of title e Incoterms®. O buyer não pagou o resto do contrato (havia pago apenas 20% do contrato como adiantamento), não retirou a carga, que ficou correndo demurrage e custos no porto de Vigo. O Incoterms® utilizado era o CFR e a discussão sobre a transferência de propriedade 'on board' ficou acirrada, se transmitia só os riscos ou a propriedade em si.

A solução foi notificar o buyer para retirar a carga, que era altamente perecível, e, se no prazo estipulado não fosse feito nada, que a carga voltaria para o vendedor.