analise_indicadores (cidade de sao paulo idh)[1]

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Análise dos Indicadores de Desenvolvimento Humano para a Cidade de São Paulo Daniel Guimarães/Imprensa Oficial 23949001 miolo.indd 29 31.07.07 15:07:28

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IDH da Cidade de São Paulo

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Page 1: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

Análise dos Indicadores de Desenvolvimento Humano para a Cidade de São Paulo

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Page 2: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

30 Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

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31Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

E ste texto tem o objetivo de apre-sentar uma análise preliminar do

Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo, centrada nos resultados do Índice de Desenvolvimen-to Humano – IDH-M, nos indicadores que o compõem e outros que dão supor-te à análise nas mesmas dimensões con-templadas pelo IDH-M, longevidade, educação e renda.

O Atlas apresenta mais de 200 indi-cadores de desenvolvimento humano, agrupados em nove temas, conforme destaca o quadro 1, para os anos de 1991 e 2000, relativos ao município de São Paulo e às 454 unidades espaciais em que foi dividido, chamadas Unidades de Desenvolvimento Humano – UDH1. Assim, este texto é apenas uma incursão inicial sobre os dados, sem a pretensão de esgotar as inúmeras possibilidades de análise que esta rica base oferece.

O Atlas para o município de São Paulo foi construído nos moldes do Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, publicado em 2003, com o qual foi possível retratar as diversidades e as desigualdades presentes no País e em suas regiões, Estados e municípios. Ao

colocar lado a lado municípios de por-tes tão distintos (de menos de 10 mil a mais de 1 milhão de habitantes) e viabili-zando comparações imediatas entre eles para todos os indicadores, o Atlas per-mitia que se chegasse, em algumas ava-liações, a conclusões incompletas sobre as questões relacionadas às disparidades existentes no País. Os indicadores para as grandes aglomerações urbanas brasi-leiras, onde se concentra grande parcela da população nacional, regional e esta-dual, são, em geral, melhores do que os da maioria dos municípios, mas deixam de revelar as desiguais situações dos ha-bitantes desses aglomerados. Pode-se assim, estar excluindo de políticas so-ciais focalizadas moradores de bairros e favelas mais populosos que muitos mu-nicípios que vivem em condições bem inferiores à média e, o que é agravante, em um contexto onde as desigualdades e a segregação são muito mais visíveis e abruptas.

A produção de um Atlas específico para a cidade de São Paulo, desagregado para as 454 unidades espaciais definidas, representa, portanto, uma possibilidade de aprofundamento no conhecimento

1 Além das UDHs, o Atlas contempla ou-tras divisões espaciais do município, que são agregações de UDHs – 96 distritos e 31 subprefeituras.Adotou-se o nome UDHs para designar os níveis espaciais de desagregação do município. São apro-ximações de bairros, agregando-os ou de-sagregando-os, para que se pudesse obter o maior grau de ho-mogeneidade possível e, ao mesmo tempo, garantisse a represen-tatividade da amostra dos censos do IBGE.Para o entendimen-to do processo de divisão espacial da cidade, ver o texto: “Definição do terri-tório das Unidades de Desenvolvimento Humano”.

Fundação João Pinheiro

Análise dos Indicadores de Desenvolvimento Humano para a Cidade de São Paulo

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32 Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

QUADRO 1: TEMAS DOS INDICADORES

O Atlas contém um conjunto de cerca de 200 indicadores relacionados com desenvolvimento humano para os anos 1991 e 2000, além do IDH-M e seus subíndices, para as diversas unidades espaciais da cidade de São Paulo, com base nas informações dos censos demográficos. Os indicadores estão agregados em áreas temáticas:

• Educação - Os indicadores desse bloco são tratados separadamente segundo a faixa etária da popu-lação e abordam o nível de escolaridade (sem instrução, menos de quatro anos de estudo, menos de oito anos de estudo e mais de 11 anos de estudo); o acesso ao sistema educacional (porcentual da população freqüentando escola segundo o nível de ensino) e o grau de atraso escolar (porcentual de alunos com mais de um ano de atraso escolar que freqüentam o ensino fundamental);

• Renda - Os indicadores desse bloco, referenciados na renda familiar per capita, abordam seu nível e composição (porcentual advindo do rendimento do trabalho, das transferências do governo e do capital), o grau de desigualdade da distribuição (índice de gini, renda média da população distribuída por quintis, razão 10/40 e 20/40) e a pobreza (porcentual de pessoas que vivem abaixo de uma linha de pobreza esta-belecida);

• Trabalho - Os indicadores de trabalho focalizam três temas: população e desemprego (no qual é me-dido o tamanho da população em idade ativa, da população procurando emprego e a população empre-gada); rendimentos do trabalho segundo faixas salariais; e características do mercado trabalho (tais como formalização do emprego, nível educacional do empregado e participação dos setores mais dinâmicos da economia no total do emprego). Os indicadores desse bloco são apresentados somente para o ano 2000, devido às incompatibilidades entre os quesitos dos censos de 1991 e 2000;

• Demografia - Os indicadores demográficos podem ser tomados como uma “proxy” do estado de saúde da população, tais como expectativa de vida ao nascer, aos 40 e aos 60 anos e mortalidade até um, e até cinco anos de vida. Outros indicadores que compõem esse bloco tratam da fecundidade e da maternidade precoce;

• Habitação - Os indicadores desse bloco abordam o acesso da população a serviços básicos urba-nos, tais como água encanada e coleta de lixo, e o acesso a bens como geladeira, televisão, carro e computador;

• Vulnerabilidade - Ressalta situações de risco social, tais como analfabetismo, crianças e adolescentes fora da escola, maternidade precoce, crianças em famílias que vivem abaixo da linha de pobreza e pre-cariedade do emprego. Pertencem ainda a esse bloco indicadores sobre a disponibilidade de médicos, de professores e de enfermeiros;

• Desenvolvimento Humano – Apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH e seus subín-dices. O IDH é um índice síntese que procura captar o nível de desenvolvimento humano alcançado em uma localidade, levando em consideração três dimensões básicas: a saúde, a educação e a renda. O índice é uma média simples dos subíndices encontrados para cada uma dessas dimensões. Inicialmente desen-volvido pelo PNUD para comparação internacional, foi adaptado, no Brasil, para o nível municipal e intramunicipal recebendo a denominação de Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M;

• Objetivos das metas do milênio: são selecionados indicadores relacionados com as 8 metas, do milênio, visando a facilitar um acompanhamento da questão;

• População - Indicadores de população total e por faixas etárias específicas.

32 Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

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33Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

das disparidades internas desta metró-pole de mais de 10 milhões de habi-tantes. É importante salientar que os indicadores apurados, embora tendo como última referência o ano 2000, têm ainda grande representatividade, pois muitos deles se enquadram na ca-tegoria de dados estruturais, de pouca variabilidade de curto prazo. Além dis-so, a apuração dos mesmos indicado-res para 1991 permite avaliar a evolu-ção da situação nas diferentes áreas da cidade durante a década. Finalmente, deve ser levado em conta que não há um conjunto de informações alterna-tivo que apresente a mesma qualidade, capacidade de comparação e possibili-dade de desagregação.

Entre 1991 e 2000, o município de São Paulo apresentou uma evolução em termos de desenvolvimento humano que fez seu IDH-M passar de 0,805 para 0,841 (tabela 1). Contudo, esse aumento absoluto no IDH-M não foi suficiente para que fosse mantida a sua posição relativa entre os municípios brasileiros, passando da 15a em 1991 para a 63a em 2000. Mas isso não aconteceu apenas com a capital paulista. Como mostra a tabelas 2, as capitais do Brasil, com exce-ção de Curitiba e Vitória, apresentaram pioras na posição relativa, indicando um melhor desempenho de municípios de porte menor.

É muito grande a disparidade do IDH-M entre os municípios brasileiros em 2000. Em termos absolutos, trata-se de uma diferença de 0,452 entre São Caetano do Sul/SP, com IDH-M de 0,919, e Manari/PE, com IDH-M de 0,467. Essa disparidade verificada entre os municípios brasileiros é re-produzida em maior ou menor intensi-

dade, entre os municípios paulistas e no município de São Paulo, entre suas UDHs e entre as suas subprefeituras (aglomerados de UDHs), conforme mostra o gráfico 1.

Em 2000, os valores do IDH-M das UDHs do município de São Paulo varia-vam entre 0,689 (União da Vila Nova/Vila Nair) e 0,972 (Jardim Marajoara). Essa diferença significa que União da Vila Nova/Vila Nair levaria 71 anos para alcançar o valor de Jardim Marajoara de 2000, pressupondo-se o mesmo ritmo de crescimento observado para o município entre 1991 e 2000.

A diferença entre o maior e o me-nor IDH-M – 0,283 – é mais alta do que aquela observada entre os municí-pios do Estado de São Paulo – 0,274 –, respectivamente, Itapirapuã Paulista (0,645), e São Caetano do Sul (0,919). A grande distinção entre um caso e ou-tro está no nível do indicador: enquan-to as UDHs do município concentram-se, em sua maioria (67%), na categoria Alto Desenvolvimento Humano, os municípios do Estado concentram-se (73%) na de Médio Desenvolvimento Humano2.

Em 2000, as UDHs do município de São Paulo, ilustradas nos mapas 1 e 2, distribuíam-se, quanto às categorias do IDH-M, em: Alto Desenvolvimento Humano (67% das UDHs e 61% da população); Médio-Alto Desenvolvi-mento Humano, (33% UDHs e 39% da população ) e Médio-Médio Desen-volvimento Humano (apenas uma UDH e 23,4 mil pessoas).

Mesmo entre as 300 UDHs que já haviam atingido o Alto Desenvolvimen-to Humano em 2000, os níveis são tam-bém bastante distintos. Em 60 delas, o

2 O IDH varia entre 0 e 1, com a se-guinte classificação: Baixo Desenvolvi-mento Humano (0 a 0,49); Médio Desen-volvimento Humano (0,5 a 0,79) e Alto D e s e n v o l v i m e n t o Humano (0,8 a 1). Para efeito de análi-se, dividiu-se o Mé-dio Desenvolvimento Humano em: Médio-Alto (IDH entre 0,7 e 0,79), regiões com tendência acentuada para o alto desenvol-vimento; Médio-Mé-dio (IDH entre 0,6 e 0,69), e Médio-Bai-xo (IDH entre 0,5 e 0,59), regiões com resquícios de baixo desenvolvimento.

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Page 6: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

34 Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

índice é bem superior ao da Noruega (0,942), maior IDH entre os países nes-se ano. Em 16, os níveis estão entre o da Noruega e o de São Caetano do Sul (0,919), maior entre os municípios bra-sileiros. A grande maioria das UDHs da categoria de Alto Desenvolvimento Hu-mano, 31% do total, está no intervalo entre esse município e o de São Paulo (0,841).

Todas as 154 UDHs de Médio Desenvolvimento estão na subcatego-ria Médio-Alto Desenvolvimento, à exceção de União de Vila Nova/Vila Nair, classificada como Médio-Mé-dio Desenvolvimento Humano, com IDH-M de 0,689, valor que a aproxi-maria do município de Iporanga, 7o IDH-M mais baixo entre os municí-pios de São Paulo.

Tabela 1

Capitais do Brasil: Índice de Desenvolvimento Humano e suas dimensões e população

1991 e 2000

Capitais IDH-M 1991

IDH-M 2000

IDH-M Educação

1991

IDH-M Educação

2000

IDH-M Longevidade

1991

IDH Longevidade

2000

IDH-M Renda 1991

IDH-M Renda 2000

População 2000

Florianópolis 0.824 0.875 0.898 0.960 0.771 0.797 0.803 0.867 342,315

Porto Alegre 0.824 0.865 0.907 0.951 0.748 0.775 0.818 0.869 1,360,590

Curitiba 0.799 0.856 0.875 0.946 0.728 0.776 0.793 0.846 1,587,315

Vitória 0.797 0.856 0.882 0.948 0.715 0.762 0.793 0.858 292,304

Brasília 0.799 0.844 0.864 0.935 0.731 0.756 0.801 0.842 2,051,146

Rio de Janeiro 0.798 0.842 0.887 0.933 0.714 0.754 0.794 0.840 5,857,904

São Paulo 0.805 0.841 0.868 0.919 0.726 0.761 0.822 0.843 10,434,252

Belo Horizonte 0.791 0.839 0.866 0.929 0.727 0.759 0.779 0.828 2,238,526

Goiânia 0.778 0.832 0.862 0.933 0.718 0.751 0.755 0.813 1,093,007

Cuiabá 0.760 0.821 0.860 0.938 0.689 0.734 0.731 0.790 483,346

Campo Grande 0.770 0.814 0.857 0.915 0.717 0.757 0.737 0.771 663,621

Belém 0.767 0.806 0.883 0.928 0.710 0.758 0.708 0.732 1,280,614

Salvador 0.751 0.805 0.856 0.924 0.679 0.744 0.719 0.746 2,443,107

Palmas 0.696 0.800 0.755 0.934 0.649 0.712 0.683 0.754 137,355

Recife 0.740 0.797 0.818 0.894 0.676 0.727 0.727 0.770 1,422,905

Aracaju 0.734 0.794 0.832 0.901 0.666 0.729 0.703 0.752 461,534

Natal 0.733 0.788 0.808 0.887 0.693 0.730 0.699 0.746 712,317

Fortaleza 0.717 0.786 0.784 0.884 0.683 0.744 0.685 0.729 2,141,402

João Pessoa 0.719 0.783 0.803 0.885 0.660 0.720 0.693 0.743 597,934

Boa Vista 0.731 0.779 0.828 0.910 0.645 0.702 0.720 0.725 200,568

São Luís 0.721 0.778 0.845 0.901 0.670 0.737 0.648 0.696 870,028

Manaus 0.745 0.774 0.843 0.909 0.681 0.711 0.712 0.703 1,405,835

Teresina 0.713 0.766 0.793 0.870 0.708 0.734 0.637 0.695 715,360

Porto Velho 0.710 0.763 0.806 0.898 0.633 0.664 0.692 0.728 334,661

Rio Branco 0.703 0.754 0.760 0.860 0.677 0.697 0.673 0.704 253,059

Maceió 0.687 0.739 0.743 0.834 0.636 0.667 0.682 0.715 797,759

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano dos Municípios Brasileiros

23949001 miolo.indd 34 31.07.07 15:07:30

Page 7: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

35Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

Tabela 2

Capitais do Brasil: posição no IDH-M entre as capitais e entre os municípios brasileiros

1991 e 2000

capitaisentre as capitais

1991

entre as capitais

2000

entre os municípios do Brasil

1991

entre os municípios do Brasil

2000

Florianópolis 1 1 4 4

Porto Alegre 1 2 4 9

Curitiba 4 3 19 16

Vitória 7 3 25 16

Brasília 4 5 19 48

Rio de Janeiro 6 6 22 58

São Paulo 3 7 15 63

Belo Horizonte 8 8 34 71

Goiânia 9 9 70 111

Cuiabá 12 10 196 212

Campo Grande 10 11 102 307

Belém 11 12 121 444

Salvador 13 13 291 467

Palmas 25 14 1329 559

Recife 15 15 437 624

Aracaju 16 16 518 689

Natal 17 17 538 838

Fortaleza 21 18 845 896

João Pessoa 20 19 808 969

Boa Vista 18 20 572 1074

São Luís 19 21 767 1098

Manaus 14 22 362 1194

Teresina 22 23 941 1424

Porto Velho 23 24 997 1498

Rio Branco 24 25 1170 1744

Maceió 26 26 1522 2164

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano dos Municípios Brasileiros

É interessante observar também o

comportamento do IDH-M a partir da

perspectiva das subprefeituras e de seu

de crescimento durante a década de 90.

De forma geral, conforme pode ser obser-

vado pelo gráfico 2, exatamente naque-

las subprefeituras em que o IDH-M era

menor em 1991 se verificaram os piores

desempenhos, ou seja, justamente onde

era necessário maior dinamismo para se

avançar, pelo menos, na amenização das

desigualdades. O pior desempenho du-

rante a década foi da subprefeitura de So-

corro, ainda que o nível do IDH-M dessa

subprefeitura continuasse bem acima do

apresentado pela de Parelheiros que,

tanto em 1991 como em 2000, detinha os

piores índices. Os desempenhos dessas

duas subprefeituras foram tão insignifi-

cantes que, durante a década, aumentou

23949001 miolo.indd 35 31.07.07 15:07:31

Page 8: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

36 Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

o número de anos que elas levariam para alcançar a subprefeitura de Pinheiros, de maior IDH-M nos dois anos em es-tudo. Em 1991, Parelheiros gastaria 50 anos para alcançar o nível de Pinheiros no mesmo ano e, em 2000, esse tempo passou para 53 anos. A subprefeitura de Socorro precisava de 37 anos em 1991 e de 42 anos em 2000.

O melhor desempenho foi da sub-prefeitura da Lapa, que passou do quinto para o quarto lugar entre 1991 e 2000 entre as subprefeituras, trocan-do de posição com a subprefeitura da Sé. Se em 1991 ela precisava de 11 anos para alcançar Pinheiros, esse tempo re-duz praticamente para metade em 2000, 6 anos.

No Estado e no município de São Paulo, a ordem de importância dos su-bíndices para a composição do IDH-M

de 2000 é educação, renda e longevi-dade. Entre as UDHs, a maioria segue a seqüência: educação, longevidade e renda. Em 2000, Educação é o subín-dice mais alto em todas as UDHs, à exceção de 14% delas, nas quais o su-bíndice Renda o supera. Longevidade, embora supere a renda em 53% das UDHs, nunca é o subíndice mais alto, já que, em nenhuma delas, supera ao da educação.

Conforme mostra o gráfico 3, é na dimensão renda do IDH-M que se ob-servam as maiores disparidades entre as UDHs, seja em 1991 ou em 2000. Note-se que, como na determinação do índice renda é utilizado o logaritmo da renda per capita, de fato as disparidades em renda per capita são bem maiores que as observadas pelo índice. Essa questão será retomada mais adiante.

1ID

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0,9

0,8

0,7

0,6

0,5

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Gráfico 1 Brasil, Estado de São Paulo e Município de São Paulo Disparidades no IDHM, 2000

São Caetano do Sul/SP

0,766 Brasil

Manari/PE

Itapirapuã Paulista

0,820 Estado SP 0,841 munic. SP

Jardim Marajoara

0,841 munic. SP

União da Vila Nova/Vila Nair

UDHs munic. São PauloSubprefeituras munic. São PauloSão PauloBrasil

Parelheiros

PinheirosSão Caetano do Sul

Gráfico 1 Brasil, Estado de São Paulo e município de São Paulo Disparidades no IDH-M, 2000

Fonte: Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

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Page 9: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

37Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

3 A taxa de alfa-betização tem como referência para o cálc-ulo a população de 15 anos e mais, e a taxa bruta de freqüência combinada, a popu-lação de 7 a 22 anos, sendo definida como população de referên-cia a de 7 a 14 anos de idade para o funda-mental, 15 a 17 anos para o médio e 18 a 22 anos para o superior. No entanto, toma-se, para compor esse indicador, o total de pessoas freqüentando cada nível escolar, independentemente de sua idade, daí a utilização do termo “bruta”.

Na dimensão educação houve sen-sível diminuição das disparidades en-tre as UDHs no período, superando inclusive a dimensão longevidade, que apresentava a menor disparidade em 1991.

No caso da dimensão longevida-de, cujo índice é determinado pelo indicador expectativa de vida ao nascer, a disparidade é menor, mas representa grande diferença em ex-pectativa de vida: enquanto na UDH com pior expectativa de vida (Pa-relheiros-Cratera) a expectativa de vida ao nascer é de 63,4 anos, na UDH com o melhor indicador (Tatu-apé/Vila Azevedo) é de 80,5 anos, ou seja, um habitante de Tatuapé/Vila Azevedo tem expectativa de viver 17 anos a mais do que um habitante de Parelheiros-Cratera.

Quanto à dimensão educação, cujo índice é determinado pela composição de dois indicadores, a taxa de alfabeti-zação da população e a taxa bruta com-binada de frequência foi esse último indicador o grande responsável pela di-minuição das disparidades no período, fenômeno que se observou em pratica-mente todo o país3.

No que diz respeito à avaliação do comportamento desse indicador de acesso à escola, cabem algumas obser-vações, amparadas na avaliação do in-dicador para cada nível de ensino indi-vidualmente.

Em primeiro lugar, uma elevada taxa de freqüência pode estar es-condendo um grande atraso escolar. Como se trata da taxa bruta (total de pessoas freqüentando a escola em cada nível – fundamental, médio e su-

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0,800

0,850

0,900

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Gráfico 2 Índice de Desenvolvimento Humano 1991 e 2000Subprefeituras do Município de São Paulo

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Município de São Paulo

São Paulo - 1991

São Paulo - 2000

Gráfico 2 Índice de Desenvolvimento Humano 1991 e 2000Subprefeituras do município de São Paulo

Fonte: Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

23949001 miolo.indd 37 31.07.07 15:07:32

Page 10: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

38 Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

perior – em relação à idade adequada em cada um), ela esconde a questão do atraso escolar. Embora isso ocor-ra para todos os níveis de ensino, no caso especial do ensino fundamental, todas as UDHs atingem taxas aci-ma de 1, o que contribui para elevar desproporcionalmente o valor do indicador composto e, conseqüente-mente, o valor do índice da dimensão educação.

Segundo, o crescimento da taxa bruta de freqüência do município de São Paulo durante a década, que pas-sa de 61,7% em 1991 para 102,4% em 2000, resultou em sua maior parte dos avanços nas taxas brutas de freqüência do ensino médio e superior, ao contrário do ocorrido na grande maioria dos Es-tados e municípios brasileiros, onde foi preponderantemente a contribuição da expansão da freqüência ao ensino fun-damental.

Finalmente, é muito relevante desta-car a grande disparidade em termos de freqüência ao ensino médio e principal-mente superior. As taxas de freqüência ao médio variavam de 38,7% (Paraisó-polis) a 148,9% (Vila Rosária), e ao en-sino superior de 0,44% (Jardim Mari-lu/Sítio São João) a 131,91% (Moema) em 2000.

Dentro das mesmas dimensões do IDH-M, podem ser avaliados outros indicadores que complementam a aná-lise das disparidades intramunicipais em São Paulo, conforme apresentado a seguir:

Mapa 2 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 2000UDHs do Município de São Paulo

Legenda

0,600 a 0,699 (1)

0,700 a 0,748 (34)

0,750 a 0,799 (115)

0,800 a 0,972 (304)

Mapa 2 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 2000UDHs do município de São Paulo

Mapa 1 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 2000UDHs do Município de São Paulo

Legenda

0,600 a 0,799 (150)

0,800 a 0,841 (89)

0,842 a 0,918 (139)

0,919 a 0,941 (16)

0,942 a 1,000 (60)

Mapa 1 Índice de Desenvolvimento HumanoMunicipal, 2000UDHs do município de São Paulo

23949001 miolo.indd 38 31.07.07 15:07:33

Page 11: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

39Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

Educação

Os dados do Atlas permitem inú-meras comparações quanto ao grau de escolaridade da população, situação que pode ser avaliada tanto do ponto de vis-ta relativo (taxas) quanto absoluto (con-tingente populacional em determinada situação). Outra importante linha de análise dos dados é a das diferenças en-tre gerações. Os gráficos 4, 5 e 6 apre-sentam uma primeira incursão sobre essas questões. O quadro 2, centrado na riqueza dos dados educacionais, faz um exercício com o IDH-M, propondo a al-teração nos indicadores de escolaridade da população.

O IDH-M da dimensão educação, quanto à escolaridade da população, leva em consideração apenas a taxa de analfabetismo das pessoas acima de 15

anos, entendendo-se por analfabeto a pessoa que se declara incapaz de ler e escrever um bilhete simples, conforme a definição para a pesquisa do censo. Se fossem adotados indicadores de defini-ção mais precisa, as carências se torna-riam substancialmente maiores.

Assim, enquanto a taxa de analfabe-tismo do município de São Paulo é de 5% e o número de analfabetos de 312 mil, a taxa de analfabetismo funcional (menos de quatro anos de estudo) é qua-se três vezes maior, 14%, e o contingente de analfabetos funcionais atinge 1,1 mi-lhão, superior à população total de qual-quer outro município do Estado de São Paulo.

Nas UDHs, a taxa de analfabetismo da população acima de 15 anos varia entre 0,3% (Moema/Indianápolis) e

0,500

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1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000

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Gráfico 3 Disparidades Inter-UDHs no Município de São Paulo e Média do MunicípioIDHM e seus Componentes, 1991 e 2000

IDH-M IDH-M-Renda IDH-M-Educação IDH-M-Longevidade

0,761

0,726

0,919

0,8680,843

0,8220,841

0,805

Gráfico 3 Disparidades inter-UDHs no município de São Paulo e média do municípioIDH-M e seus componentes, 1991 e 2000

Fonte: Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

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Page 12: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

40 Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

17% (Paraisópolis). O analfabetismo funcional nessa faixa etária varia entre 1,7% (Moema) e 35% (Paraisópolis, novamente). Vale destacar que, além de Moema, mais outras 54 UDHs têm taxas de analfabetismo funcional me-nores que a do município brasileiro com melhor taxa (Bom Princípio/RS, 6%). Em 28% das UDHs, as taxas são melhores que a de Santos (10%), o município do Estado de São Paulo com a taxa mais baixa. Contudo, em 15 UDHs, o índice de analfabetismo funcional está acima de um quarto da população de 15 anos e mais.

Quanto à taxa de analfabetismo fundamental da população adulta (pessoas de 25 anos e mais com menos de oito anos de estudo), São Paulo,

com 47%, é o município com a 5a me-nor taxa no país. Em 53% das UDHs, a taxa é ainda mais alta. Portanto, na maioria das UDHs, mais da metade da população adulta não tem o en-sino fundamental completo. Consti-tuem um contingente de 2,7 milhões de pessoas, ou seja, os adultos anal-fabetos fundamentais do município de São Paulo são mais numerosos que a população total de qualquer outro município do Brasil à exceção da pró-pria cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro. O melhor resultado é o da UDH Moema (8%) e os piores, acima de 80%, estão nas UDHs Paraisópolis e Jardim Vera Cruz. É nessas UDHs também que se verificam as maiores e menores médias de anos de estudo,

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Município de São Paulo

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%

Gráfico 4 Escolaridade no Município de São Paulo - 2000

2.729.19150

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1.118.133

350.239

988.466

% de 15 anos ou maisanalfabetas

% de 15 anos ou mais com menos de quatro

anos de estudo

% de 25 anos ou mais analfabetas

% de 25 anos ou mais com menos de

quatro anos de estudo

% de 25 anos ou mais com menos de oito

anos de estudo

Gráfico 4 Escolaridade no município de São Paulo - 2000

Fonte: Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

23949001 miolo.indd 40 31.07.07 15:07:34

Page 13: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

41Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

13,15 anos e 4,21 anos, ou seja, a mé-dia de anos de estudo da população adulta em Moema é três vezes mais alta do que a de Paraisópolis.

Considerando os crescentes requi-sitos mínimos para o completo acesso das pessoas às disponibilidades e exi-gências do mundo moderno e para o pleno desenvolvimento de suas poten-cialidades, os indivíduos com menos de oito anos de estudo (ensino fun-damental incompleto), inserido num contexto cosmopolita como o do mu-nicípio de São Paulo, podem ser con-siderados praticamente analfabetos. Sob esse ângulo, a situação da região requer muito esforço, principalmente quando se constata que mesmo ge-

rações mais novas, como a de jovens adultos (18 a 24 anos), que tiveram melhores oportunidades de acesso ao ensino apresentam elevadas taxas de analfabetismo, representando expres-sivos contingentes que deverão entrar na fase adulta despreparados do ponto de vista educacional. Pior do que isso, as melhores e piores taxas continuam se verificando nas mesmas UDHs, com a agravante de que naquelas com os piores resultados os patamares repre-sentam mais de 50% de seus jovens. Em 26% das UDHs o porcentual de jovens com menos de 8 anos de estu-do é maior que um terço, chegando ao máximo de 69% na UDH União da Vila Nova/Vila Nair.

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(%)

Gráfico 5 Nível Educacional de Jovens Adultos (18 a 24 anos) UDHs do município de São Paulo - 2000

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SP = 27.32

SP = 6.69

SP = 1.47

AnalfabetosAnalfabetos funcionaisAnalfabetos fundamentais

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Município de São Paulo

Gráfico 5 Nível educacional de jovens adultos (18 a 24 anos) UDHs do município de São Paulo - 2000

Fonte: Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

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Page 14: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

42 Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

MortalidadE infantil

A mortalidade infantil é um dos fa-tores que influem na esperança de vida ao nascer – único indicador do IDH-M - Longevidade. Decorre, entre outras coisas, das condições de atendimento à gestante, do saneamento básico e do ní-vel educacional da mãe.

De acordo com o Atlas do Desen-volvimento Humano no Brasil, o Estado de São Paulo tinha, em 2000, uma das mais baixas taxas de mortalidade in-fantil – TMI – (17,48 por mil nascidos vivos) entre os Estados brasileiros, após Santa Catarina (16,79) e Rio Grande do Sul (17), tendo apresentado uma sensí-vel queda desde 1991, quando essa taxa situou-se em 27,31.

No município de São Paulo, a TMI

é um pouco mais elevada que no Esta-do, atingindo, em 2000, 21,74 por mil. Entre suas UDHs, essa taxa varia de 3,38 a 35,74. Como mostra o gráfico 7, essa disparidade é inferior à observada entre os municípios do Estado e bem menor que a existente entre os municí-pios brasileiros, onde chega a atingir o patamar de 109,7.

Em 16 UDHs, a TMI é inferior à de São Caetano do Sul, município com a melhor taxa do Brasil (5,38 mortes por mil nascidos vivos). Mas, por outro lado, 47% das UDHs ainda apresenta-vam, em 2000, taxas superiores ao pata-mar proposto pela ONU para o Brasil nas “Metas do Milênio” para 2015, de 17 mortes para cada mil crianças nas-cidas vivas (essa meta corresponde a

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Município de São Paulo

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Gráfico 6 Nível Educacional da População Adulta (25 anos e mais) UDHs do município de São Paulo - 2000

Analfabetos

Analfabetos funcionais

Analfabetos fundamentais

Porcentagem acumulada das UDH’s

SP = 46.55

SP = 16.86

SP = 5.96

Gráfico 6 Nível educacional da população adulta (25 anos e mais) UDHs do município de São Paulo - 2000

Fonte: Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

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Page 15: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

43Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

dois terços do valor observado para o País em 1990). Nas UDHs Parelheiros-Cratera e União da Vila Nova/Vila Nair será necessário reduzir pela metade os níveis verificados em 2000 para que a meta possa ser atingida.

Se a taxa de mortalidade infantil de-crescesse com a mesma velocidade média verificada para o município entre 1991 e 2000, São Paulo atingiria o patamar pro-posto pela meta do milênio em torno do ano 2005. Seguindo esse mesmo raciocí-nio, 15 UDHs não alcançariam a meta para 2015, e aquelas em pior situação somente atingiriam essa meta em torno de 2020.

Vale distinguir a situação entre UDHs, conforme ilustrado no gráfico 8.

Primeiro, em 2000, 53% das UDHs já haviam atingido a meta da ONU para 2015, e 24% já a haviam alcança-do em 1991.

Muitas dessas UDHs que já atingiram a meta da ONU podem melhorar bastan-te seus resultados, considerando-se que em 216 delas a TMI é maior que a de São Caetano do Sul/SP, de 5,4 mortes/mil.

Finalmente, das UDHs que não haviam atingido a meta do milênio em 2000, 26% estavam acima da média do município, chegando a um máximo de 36 mortes/mil. Em 18 delas, inclusive, as taxas continuam piores que a média do município em 1991. Nesses casos, exige-se um grande esforço para que a meta seja alcançada.

rEnda

Em 2000, a renda familiar per capi­ta do município de São Paulo era de R$ 610,04, classificando-a na 13a posição en-tre os 5.507 municípios brasileiros e na 7a posição entre os municípios do Estado, no qual desponta o município de Águas

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Município de São Paulo

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Brasil Estado SP UDHs

TMI (

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Gráfico 7 Disparidade na Taxa de Mortalidade Infantil - Brasil, Estado São Paulo e UDHs

2000

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42,35

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Gráfico 7 Disparidade na taxa de mortalidade infantil – Brasil, Estado de São Paulo e UDHs2000

Fonte: Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

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Page 16: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

44 Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

de São Pedro (R$ 954,65). A renda per capita da capital era significativamente superior à do Estado (R$ 442,67).

O gráfico 9 mostra as disparidades de renda por pessoa dentro do município de São Paulo, entre suas subprefeituras e entre suas UDHs. Neste último caso, verifica-se que a maior renda individual (Cidade Jardim, com R$ 3.384,67) era equivalente a 5,5 vezes a do município e a 25 vezes a menor renda per capita (União de Vila Nova/Vila Nair, com R$ 135,04). Entre as subprefeituras a dispa-ridade é também grande: a maior renda per capita (Pinheiros, com R$ 2.405,17) era 11 vezes superior à menor (Cidade Tiradentes, com R$ 218,93).

Destaca-se que 66% das UDHs apre-sentavam renda per capita inferior à da

capital e 27%, inferior à do Brasil (R$ 297,23). As três UDHs com menor renda por pessoa estavam em situação semelhan-te à dos 10 municípios do Estado com os mais baixos níveis de renda individual.

Cabe lembrar que a disparidade em termos de renda per capita é bem supe-rior àquela em termos do IDH-M-Ren-da, uma vez que este índice é constru-ído a partir do logaritmo daquela. É o que mostra também o gráfico 9: o maior IDH-M-Renda entre as UDHs é somen-te 70% superior ao menor.

Entre 1991 e 2000, o Estado de São Paulo apresentou um dos mais baixos ritmos de crescimento da renda per ca­pita (1,6% ao ano), bem inferior ao ob-servado para o País (2,9% ao ano) e su-perior apenas aos Estados de Roraima,

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Município de São Paulo

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TMI (

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Gráfico 8 Mortalidade Infantil - UDHs e Município de São Paulo1991 e 2000

Mortalidade Infantil 1991

Mortalidade Infantil 2000

SP 1991 = 30.4

SP 2000 = 21.7

Meta do Milênio = 17

Porcentagem acumulada das UDHs

Gráfico 8 Mortalidade infantil - UDHs e município de São Paulo1991 e 2000

Fonte: Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

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Page 17: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

45Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

Amazonas e Amapá. A taxa de cresci-mento da renda por indivíduo do mu-nicípio de São Paulo (1,4% ao ano), por sua vez, foi inferior à do Estado e à de três quartos dos municípios paulistas.

Dentro da capital, a renda per ca­pita estagnou ou regrediu em 25% das UDHs, ao mesmo tempo em que crescia acima do ritmo do país em outras tantas UDHs. Na verdade, como as maiores taxas de crescimento ocorreram, de for-ma geral, nas UDHs de maior renda per capita, observou-se um aumento no grau de disparidade de renda per capita en-tre essas unidades. O mesmo ocorreu no caso das subprefeituras: Pinheiros e Vila Mariana, as de maior renda per capita, estão entre as 4 com as maiores taxas de crescimento.

De fato, conforme o gráfico 10, a de-sigualdade de renda entre as UDHs e en-tre as subprefeituras cresceu de 1991 para 2000. Mais do que isso, o gráfico mostra que essa desigualdade “inter” passa a res-ponder por uma parcela maior da desi-gualdade de renda total do município de São Paulo (caindo, portanto, a parcela de-corrente da desigualdade de renda “intra”, ou seja, dentro das UDHs ou das subpre-feituras, entre seus habitantes).

A desigualdade de renda no municí-pio de São Paulo aumentou não só pelo índice de Theil, como também pelo Gini e pela relação 20/40 (renda per capita dos 20% mais ricos renda per capita dos 40% mais pobres). Considerando-se as UDHs, verifica-se que a desigualdade, medida pelo Theil, caiu ou não se alterou em

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Município de São Paulo

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Gráfico 9 IDHM-Renda e Renda Per Capita UDHs, Subprefeituras e São Paulo

2000

São Paulo - 2000

RPC-UDHs RPC- subprefeituras IDH-M-UDHs

% acumulado das UDH’s

São Paulo - 2000

Gráfico 9 IDH-M-Renda e renda per capita UDHs, subprefeituras e São Paulo2000

Fonte: Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

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Page 18: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

46 Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

26% delas, mas em 30% a desigualdade cresceu, em termos relativos, mais que no município. No caso das subprefeitu-ras, esses porcentuais ficaram em 10% (3 subprefeituras) e 35%, respectivamente.

Em 2000, a desigualdade no município era um pouco inferior à existente no Brasil, uma das maiores no mundo, mas superior à do Estado, uma das menores do País.

Dado o criterioso trabalho de divisão espacial em UDHs, buscando-se o maior grau de homogeneidade possível dentro delas, a desigualdade de renda nessas uni-dades é, em média, muito menor que a do município como um todo. Mas em algu-mas delas (10, pelo índice de Theil, e 6, pelo Gini) é maior3. Mesmo assim, o fato da diferença entre as UDHs responder por 41,2% da desigualdade total do muni-cípio indica que o trabalho de divisão es-

pacial foi bem empreendido (se a divisão fosse perfeita, isolando-se áreas totalmente homogêneas, 100% dessa diversidade se-ria “inter”, ou seja, entre as UDHs). Com efeito, a desigualdade de renda entre os municípios brasileiros responde por ape-nas 30% da diferença total no País.

Outra forma de mostrar o grau de desigualdade na distribuição de renda do município de São Paulo é por meio da apropriação da renda por estratos da população. Conforme o gráfico 11, enquanto os 20% mais pobres apropria-vam-se de apenas 2% da renda total do município em 2000, os 20% mais ricos ficavam com 66% e os 10% mais ricos, com 49%.

Em função dessa elevada desigual-dade de renda, mesmo um município como São Paulo, com uma das maiores

3 Assim, nas UDHs Vila Andrade, Parque dos Príncipes, Cidade Jardim, Vila Pruden-te-Ford, Parelheiros e Jardim Iara/Virgi-nia Bianca, o índice de Gini supera o da capital. Em geral, os maiores níveis de desigualdade encon-tram-se nas UDHs de maior renda per capi­ta, e vice-versa.

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Município de São Paulo

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Gráfico 10 Evolução e Decomposição da Desigualdade de RendaMunicípio de São Paulo - 1991 e 2000

1991 2000 1991 2000UDHs Subprefeituras

InterIntra

Gráfico 10 Evolução e decomposição da desigualdade de rendaMunicípio de São Paulo - 1991 e 2000

Fonte: Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

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Page 19: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

47Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

4 São considera-das pobres as pessoas com renda familiar per capita inferior a meio salário mínimo de 2000, ou seja, R$ 75,50 a preços de 2000.

rendas per capita do país, apresentava, em 2000, uma significativa proporção de pobres4, de 12%. Embora inferior à do Estado (14,4%), que é a menor entre os Estados brasileiros, essa proporção é maior que a encontrada em 97 municí-pios paulistas, entre os quais destaca-se São Caetano do Sul, com apenas 2,9%. Além disso, considerando-se o tamanho populacional da capital, essa proporção traduz-se em um contingente de 1,1 mi-lhão de pobres, maior que a população total de qualquer outro município do Estado e equivalente a quase um quarto do total de pobres do Estado. Cabe des-tacar ainda que, desse contingente, 520 mil eram indigentes5.

Em 42% das UDHs do município, o porcentual de pobres supera 12%, e em 6% (25 UDHs) mais de um quarto da população é pobre. A pior situação está na UDH Marsilac, onde a proporção de pobres atinge 38%. No outro extremo, em 10% das UDHs essa proporção não chega a 2%. No caso das subprefeituras,

metade delas apresentam proporção de pobres superior à da capital, destacan-do-se Parelheiros, com 27%. No mapa a seguir, nota-se um padrão espacial da pobreza em São Paulo quase concên-trico, ou seja, a proporção de pobres é crescente à medida em que se caminha da área central para a periferia.

Entre 1991 e 2000, a proporção de pobres cresceu no município de São Pau-lo, passando de 8% para 12%, o que, em termos absolutos, representou um acrés-cimo de 395 mil pobres. A proporção de-les cresceu também em 70% das UDHs e em 80% das subprefeituras, e o número de pobres, em 65% das UDHs e em 77% das subprefeituras.

Em 2000, conforme o gráfico 12, metade do contingente de pobres do município de São Paulo concentrava-se em apenas 20% das UDHs e em 8 das 31 subprefeituras. Dessas últimas, 5 de-tinham um terço do contingente: Socor-ro, M’Boi Mirim, Itaim Paulista, Campo Limpo e São Miguel.

Gráfico 11 Renda apropriada por estratos da população, município de São Paulo2000

Fonte: Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

5 São consideradas indigentes as pessoas com renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo de 2000, ou seja, R$ 37,75 a preços de 2000.

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Município de São Paulo

Gráfico 11 Renda apropriada por estratos da população, Município de São Paulo2000

49,21%

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17,36%

16,70%

65,91%

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1o quinto (20% mais pobres)2o quinto3o quinto4o quinto5o quinto (20% mais ricos)10% mais ricos

10% mais ricos

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Page 20: Analise_Indicadores (Cidade de Sao Paulo IDH)[1]

48 Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

conSidEraçÕES

O espaço urbano do município de São Paulo, como a maioria dos municí-pios e aglomerados populacionais brasi-leiros, extremamente desigual, e a per-versidade dessa desigualdade é que ela é completamente explícita. Praticamente não existe barreira alguma (nem mesmo ruas) que dividem esses espaços. Assim, realidades em desenvolvimento huma-no só encontradas em países de terceiro mundo convivem, lado a lado, com ou-tras que, muitas vezes, ultrapassam os parâmetros dos países mais desenvolvi-dos. Se são regiões desiguais em renda, são mais ainda em indicadores sociais e principalmente educação.

Assim, nas UDHs com maiores rendas per capita, a taxa da população adulta com mais de 12 anos de estudo supera a 50%. Em todas essas UDHs a

renda individual é no mínimo três ve-zes maior que a média do município. O porcentual mais alto é o de Moema com 69% onde a renda per capita é de R$ 2.902,17. Por outro lado, em 40% das UDHs, os adultos com mais de 12 anos de estudos não chegam a 10%, mas naquelas com rendas menores, até R$ 200,00, fica em torno de 2%. Nessas mesmas UDHs, com menores rendas, a média de anos de estudo da população adulta sempre é no mínimo a metade das médias das UDHs com maiores rendas, chegam à diferença de três ve-zes naquelas com melhor e pior média, respectivamente Moema/Indianópolis (13 anos) e Paraisópolis (4 anos)

Pior do que essas constatações é não se vislumbrar, para as próximas gera-ções, perspectiva alguma de mudança dessa realidade de 2000. Isso pode ser

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Município de São Paulo

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s

Gráfico 12 Concentração dos Pobres nas UDHs e Subprefeituras de São Paulo2000

% acumulada das UDH’s e das subprefeituras

UDH’SSubprefeituras

Gráfico 12 Concentração dos pobres nas UDHs e subprefeituras de São Paulo2000

Fonte: Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo

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fundamentado no fato de que o indi-cador de jovens-adultos (18 a 24 anos) freqüentando curso superior ter, pra-ticamente, a mesma distribuição entre as UDHs que a verificada para o por-centual dos adultos com nível superior. Nas UDHs com faixas de renda mais altas, a participação do porcentual de jovens-adultos freqüentando universi-dades chega a 60% (UDH Moema/In-dianópolis).

Contudo, a realidade é que em meta-de das UDHs esse porcentual chega no máximo a 10%, mas em cinco delas não foi captado nenhum jovem-adulto fre-

qüentando a universidade. Ainda mais preocupante com relação aos resultados de 2000 e que podem estar comprome-tendo seriamente as gerações futuras é o fato de ser muito significativo o porcen-tual de adolescentes fora da escola nas UDHs com níveis de renda per capita mais baixos. Em 20% das UDHs, esses porcentuais são maiores que 20%, che-gando a 39% na UDH Paraisópolis. Em algumas UDHs até mesmo o porcentual de crianças fora da escola pode ser consi-derado alto, acima de 10%. Vale lembrar que nesse período houve, praticamente, a universalização do ensino básico.

Mapa 3 Proporção de Pobres, 2000UDHs do Município de São Paulo

Legenda

0,24 a 2,50 (07)

2,51 a 5,00 (70)

5,01 a 12,00 (126)

12,01 a 20,00 (128)

20,01 a 37,71 (03)

Mapa 3 Proporção de pobres, 2000UDHs do município de São Paulo

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QUADRO 2: UM IDH-M MODIFICADO PARA SÃO PAULO

Conforme foi observado no texto, os resultados do IDH-M para as 454 Unidades de Desenvolvi-mento Humano – UDHs – de São Paulo, ainda que tenham uma escala de variação razoável, 0,689 (União da Vila Nova/Vila Nair), e 0,972 (Jardim Marajoara), não permitem uma grande distinção entre elas: 304 UDHs (67%) estão na categoria de alto desenvolvimento humano (IDH-M acima de 0,800) e 150 (33%) na de médio desenvolvimento humano (IDH-M entre 0,689 e 0,800).

O IDH-M, uma adaptação do IDH aos níveis municipais, segue estritamente os princípios deste índice que sintetiza o nível de sucesso atingido pela sociedade no atendimento a três necessidades básicas e universais do ser humano: acesso ao conhecimento (dimensão educação); direito a uma vida longa e saudável (dimensão longevidade) e direito a um padrão de vida digno (dimensão renda). Para a dimensão educação os indicadores selecionados são a taxa de alfabetização da população acima de 15 anos e a proporção de pessoas com acesso aos níveis de ensino primário, médio e superior, (medida pela matrícula bruta nestes três níveis de ensino). Para a dimensão longevidade, o indicador é a ex-pectativa de vida ao nascer. Para a dimensão renda é utilizado o logaritmo da renda familiar per capita, como síntese da capacidade da população em adquirir os bens e serviços que estimulem e garantam seu desenvolvimento.

Certamente, um dos pontos mais vulneráveis do índice é a dimensão educação, exatamente a que tem apresentado maior índice de crescimento no país. A taxa de alfabetização, além de ser um conceito pouco objetivo por depender da resposta do entrevistado é, sobretudo, um indicador muito pouco exi-gente para avaliar as possibilidades de acesso ao conhecimento, entendendo esse como base para com-preender e atuar no mundo moderno, ou ainda como requerimento mínimo para competir no mercado de trabalho. A taxa bruta combinada de freqüência nos três níveis de ensino apresenta o inconveniente de ser bruta (leva em consideração a população total freqüentando a escola mas a mede em relação à população de 7 a 22 anos) e dessa forma não capta a questão do atraso escolar.

Para efeitos de cálculo de um novo índice – um IDH-M modificado – para São Paulo, faz-se aqui apenas um exercício substituindo a taxa de alfabetização de adultos pelo porcentual dessas pessoas que têm pelo menos oito anos de estudos completos, e que concluíram o ciclo fundamental, o que pode ser chamado de taxa de alfabetização fundamental. Calculando-se o IDH-M para as UDHs de São Paulo com este indicador e mantendo-se os demais, obtém-se resultados significativamente diferentes, que ampliam a escala de variação e as possibilidades de utilização deste índice como classificador das UDHs.

De fato, ocorre mesmo a mudança de categoria do IDH-M do município de São Paulo, que passaria do alto (0,841) para o médio desenvolvimento humano (0,747). Para todas as UDHs nota-se, também, uma sensível queda nos valores do IDH-M inclusive com 22 UDHs passando para categoria de médio-baixo desenvolvimento – o IDH-M de União da Vila Nova/Vila Nair chegaria a 0,545. Médio-médio e médio alto desenvolvimento humano passariam a ser as duas categorias mais representativas com 33% das UDHs cada uma. A participação das UDHs no alto desenvolvimento humano cairia para metade, 30%, e então Moema/Jardim Novo Mundo passaria a ter o maior IDH-M com 0,953.

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