analise e dimensionamento de silos de concreto...

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Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Engenharia Agricola ANALISE E DIMENSIONAMENTO DE SILOS DE CONCRETO ARMADO: DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA COMPUTACIONAL Eng. Vania Alves Campinas, dezembro de 2001

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Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Engenharia Agricola

ANALISE E DIMENSIONAMENTO DE SILOS DE CONCRETO ARMADO: DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA

COMPUTACIONAL

Eng. Vania Alves

Campinas, dezembro de 2001

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Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Engenharia Agricola

ANALISE E DIMENSIONAMENTO DE SILOS DE CONCRETO ARMADO: DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA

COMPUTACIONAL

Eng. Vania Alves

Orientadora: Prof. Dr. Maria Cecilia Amorim Teixeira da Silva

Dissertac;8o apresentada a Universidade

Estadual de Campinas como parte dos

requisites para obtenc;ao do titulo de

Mestre em Engenharia Agricola.

Area de Concentra~o: Constru¢es Rurais e AmbiEmcia

Campinas, dezembro de 2001 uN!Ct\MP BIBUOTECA CENTRAl -~r. ~A f'!Rf'i li ANTE

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FICHA CATALOGWICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DA AREA DE ENGENHARlA - BAE - UNICAMP

AL87a Alves, Vania

Analise e dimensionamento de silos de concreto armado: desenvolvimento de urn programa-. computacional I Vfmia Alves.--Campinas, SP: [s.n.], 2001.

Orientador: Maria Cecilia Amorim Teixeira da Silva. Dissertas;ao (mestrado) - Universidade Estadual de

Campinas, Faculdade de Engenharia Agricola.

1. Silos. 2. Ventos. 3. Pressao do vento. 4. Programas de computador. Teoria das estruturas. I. Silva, Maria Cecilia Amorim Teixeira da. II. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Agricola. III. Titulo.

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iii

A

Vilma e Elzo, meus pais,

Mauricio, meu irmao e familia.

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AGRADECIMENTOS

A orientadora e amiga Prof. Ora. Maria Cecilia Amorim Teixeira da Silva

pelo apoio, amizade e incentive constante durante o desenvolvimento do

trabalho.

A Faculdade de Engenharia Agricola da UNICAMP, ao CNPq e a CAPES.

A todos os funcionarios e professores da p6s-graduayao da Engenharia

Agricola da Unicamp que de varios modos me auxiliaram durante o

desenvolvimento deste trabalho.

As bibliotecarias da Biblioteca da Area de Engenharia - BAE pela atenyao

e pelo auxilio durante o desenvolvimento de minha pesquisa.

A um amigo especial Flavio Patrick Kutner por seu carinho, incentive e

apoio, e a todos os amigos e colegas, que de varios modos me auxiliaram

durante o desenvolvimento deste trabalho.

iv

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SUM ARlO

Lista de figuras viii

Lista de tabelas ix

Lista de Sfmbolos xi

Resumo xiv

Abstract XV

1. lntrodu98o.................................................................................... 1

2. Objetivo....................................................................................... 4

3. Revisao Bibliognifica. .. ... ... . ...... .. .... .. . ... . .. .. .... ..... ..... .. . . .. ...... ... . . ... 5

4. Metodologia... ... .. . ...... .. ... .... .. .... .. .... ... ... . .. .. ... ...... .... ...... ...... ...... ... 18

4.1. Descri98o Preliminar do programa computacional.... .. 18

4.2. Defini98o das Ayaes e Solicitayaes atuando na

estrutura do silo........................................................... 20

4.2.1. Ay6es devidas a present;a do produto

armazenado. ..... .. .. . ..... .. ..... ... ... ... ... ... .. .... ... .. .. .. . 20

4.2.1.1. Press5es Estaticas na Celula.... ... ... . 20

4.2.1.2. Fort;a de Atrito.. ... . ... ...... .. . . ..... .......... 22

4.2.1.3. Efeito Dinamico.. ........ ... .. . . .. ... .. .. . . . . ... 22

4.2.1.4. Press5es de Projeto.......................... 25

4.2.1.5. Sa fda Excentrica..... .. . . .. .. . . .. ... .. ... .. .. .. 25

v

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4.2.1.6. Forc;a Horizontal de Tra9Bo.............. 26

4.2.2. Efeito Termico. .. . ... . . . .... .... .. ...... .. . ... . ... .. . ... .. .. .... 27

4.2.3. Ay6es Devidas ao Vento.................................. 29

4.2.4. Forc;a Vertical na Parede do Silo...................... 31

4.3. Dimensionamento e Verifica98o.................................. 33

4.3.1. Armadura Horizontal Circular.......................... 33

4.3.2. Armadura Vertical.............................................. 34

4.3.3. Distribui9Bo das Armaduras............................... 35

4.3.4. Verifica9Bo da Parede do Silo quanto a Flambagem..... .. .... ....... ... ..... .. .. .. . ... .. ....... .. . ... . .... 36

5. 0 programa Computacional............. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 37

5.1. ConsideraC(Oes Preliminares... .. .. ... .. .. .. ... . ... ..... ... .... ... .. .. 37

5.2. Fluxogramas.. ...... ..... .. . .... ... ..... .... ... .. .... ..... ...... ..... .... ... .. 38

5.2.1 . Modulo Principal................................................. 38

5.2.2. Subrotina Termico.. ... ....... .. .. .. .. .. . . ... ... . ...... .. ... . . .. 39

5.2.3. Subrotina Vento.................................................. 41

5.2.4. Subrotina Pressoes.... ......... .... ..... ......... .. .. ... .. .. .. 44

6. Exemplos de Aplica9Bo.. .... ...... ...... ...... ... .. .. ... .. .. .. .. ... ...... .. .... .. . .. . . 48

6.1 Dados e ConsideraC(Oes Preliminares. .. . . ... .. ... ... . .. . .. . .. . 48

6.1.1 Exemplo de aplica9Bo 1. .. .. . .. .. .. .. . .... .. . . ... . . .. . .. ... .. 51

6.1.2 Exemplo de aplica9Bo 2.... ............ ...... ... .. ...... ... .. 51

6.1.3 Exemplo de aplica9Bo 3..... ....... .. . .... ... .. .... .. . . . ... .. 51

6.1.4 Exemplo de aplica9Bo 4..... .. .. ... . .. .......... .. . ... .. . .. . . 52

6.2. Resultados.................................................................... 52

6.2. 1 Exemplo de aplica9Bo 1.................. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

6.2.2 Exemplo de aplica9Bo 2. ....... .... ... . ... ........... .. . ... .. 55

6.2.3 Exemplo de aplica9Bo 3..... .. .. .... ... ............ ... ....... 57

6.2.4 Exemplo de aplica9Bo 4.... ... .. ..... .. ....... ..... ... .. ..... 59

vi

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6.3. Analise dos Resultados................................................ 61

7 Conclusoes e Proposta para Trabalhos Futuros ....... .

Anexo ...................................................................... .

PROGSILO - Programa Fonte .................................. .

Arquivos de Entrada ................................................... .

Refer€mcias Bibliograticas ......................................... .

Apendice ................................................................................ .

Especifica~oes Normativas para Calculo das A¢es

Devidas ao Vento em Edifica¢es ............................... .

vii

64

67

68

78

82

86

87

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Figura

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

LIST A DE FIGURAS

Descric;ao

Modelo de silo em concreto armado com as dimensoes ..

Vista de topo da parede de urn silo mostrando a posic;ao da armadura vertical para paredes com espessura acima de20cm ................................................................ .

Fluxograma do modulo principal ....................................... .

Fluxograma da subrotina Termico .................................... .

Modelo de silo com disposiyao das variaveis para calculo

das agoes de vento ............................................................ .

Fluxograma da subrotina Vento ........................................ .

Fluxograma da subrotina Pressoes ................................... .

Modelo de silo em concreto armado com dimensoes ........ .

lsopletas da velocidade basica Vo ..................................... .

Fator topografico S1 ........................................................... .

Coeficiente de Arrasto para edificay(ies paralelepipedicas

pag.

18

36

38

40

42

43

46

48

87

88

em vento de baixa turbulemcia... .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . 96

Coeficiente de Arrasto para edificay(ies paralelepipedicas

em vento de alta turbulencia...................... .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . 97

viii

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Tabela

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

LIST A DE TABELAS

Descri<;:Bo

Coeficiente de majora <;:So Cd ................................................ .

Calculo do efeito termico e armadura correspondente

exemplo 1 ............................................................................. .

Calculo das a9oes de vento e momento de tombamento

exemplo 1 ............................................................................. .

Calculo das pressoes e foryas de atrito, das foryas ultimas

horizontal e vertical, e das armaduras circular e vertical

24

53

53

exemplo 1.. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . 54

Calculo do efeito termico e armadura correspondente

exemplo 2 ............................................................................... . 55

Calculo das a9oes de vento e momenta de tombamento

exemplo 2.. ... .. . .... .. . .. ........ .. .. .. . .. ....... ... . .. ................ .. ... . .. .... ... . 55

Calculo das pressoes e foryas de atrito, das foryas ultimas

horizontal e vertical e das armaduras circular e vertical

exemplo 2.... .. . .... ... .... ... .. . ....... .. .. . ... . .. . ........ ... .. .. ....... ..... .... .. ... . 56

Calculo do efeito termico e armadura correspondente

exemplo 3 ................................................................................ .

Calculo das a¢es de vento e momento de tombamento

exemplo 3 ................................................................................ .

Calculo das pressoes e foryas de atrito, das foryas ultimas

horizontal e vertical e das armaduras circular e vertical

ix

57

57

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11

12

13

14

15

16

exemplo 3......... .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . 58

Calculo do efeito termico e armadura correspondente

exemplo 4 ............................................................................ .

Calculo das a96es de vente e memento de tombamento -

exemplo4 ............................................................................ .

Calculo das pressoes e foryas e atrito, das foryas ultimas

horizontal e vertical e das armaduras circular e vertical

exemplo 4 ............................................................................ .

Fater S2·················································································

Valor minimos do fator estatfstico S3 ................................... .

Coeficiente de arrasto c. para corpos de seyao constante ..

X

59

59

60

92

93

95

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LIST A DE SiMBOLOS

Letras maiusculas

Ae; _ area frontal efetiva, ou seja area da proje«;:ao ortogonal do silo, estrutura

ou elemento estrutural sobre um plano perpendicular a dire«;:ao do vento

As - area total da armadura horizontal circular

As<:. - area da armadura horizontal circular para as pressoes horizontais

Aev m - area da armadura vertical minima

Ae,t - area da armadura horizontal para o efeito termico

Ca - coeficiente de arrasto

Cd - coeficiente de majora«;:ao

0 - diametro da se«;:ao transversal da celula cilindrica

Ec - modulo de deforma«;:ao longitudinal do concreto

Fa - forc;:a de atrito Far,i - forc;:a de arrasto aplicada em um trecho ida altura do silo

Fu - forc;:a horizontal ultima de tra«;:ao

Fvu - forc;:a vertical ultima

H -altura da celula

HT - altura total do silo, incluindo pilares de sustenta«;:ao

K - rela«;:ao entre pressao lateral e pressao vertical, denominada coeficiente K

Kt - coeficiente de transmissao de calor

Mt,u - memento ultima de flexao causada pelo efeito termico

Mtom - memento de tombamento

Pn,p -valor admissivel para forc;:a vertical na parede do silo

RH - raio hidraulico relative a se«;:ao transversal da celula

S1 - fator topografico

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S2 - fator de rugosidade

S3 - fator estatfstico

T;,pr - temperatura intema de projeto

To -temperatura externa (do meio ambiente) media

Vk - velocidade caracterfstica do vento

V0 - velocidade basica do vento

Letras mimJscu/as

d - altura util da sec,:Bo de concreto

d' - distancia da armadura de compressao a borda mais proxima

e - excentricidade da boca da safda do silo

fck - resistemcia caracterfstica a compressao do concreto

fy - tensao de escoamento do a.;:o a trac,:Bo

h; - altura considerada para aplicac,:Bo da for.;:a de arrasto no trecho i

p - pressao horizontal

Pee - pressao devido a excentricidade

p(y) - pressao horizontal na profundidade (y)

ppr(Y) - pressao horizontal de projeto na profundidade (y)

q - pressao vertical atuando sabre a sec,:Bo transversal do produto

armazenado

q; - pressao de obstruc,:Bo

q (y) - pressao vertical na profundidade (y)

qpr(y} - pressao vertical de projeto na profundidade (y)

r - raio da sec,:Bo transversal do silo

t - espessura da parede do silo

y - distancia da superficie superior do produto armazenado ao ponto onde se

quer calcular a pressao

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Letras gregas

at - coeficiente de dilatagao tennica do concreto, igual a 10-5/°C

y - peso especffico do produto armazenado

YeA - peso especffico do concreto armada

yq - fator de ponderagao para ac;Oes variaveis

Ll T - diferenya de temperatura entre a face intema e a face extema da parede

11' - coeficiente de atrito com as paredes

v - coeficiente de Poisson do concreto, assumido ser igual a 0,2

<1> - angulo de atrito interne do produto annazenado

<l>c - coeficiente de minora<;ao da resistfmcia do concreto a compressao

<l>s - coeficiente de minoragao da tensao de escoamento do a90 a tra<;ao

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RESUMO

Silos sao construy6es, que em fun<;ao de sua finalidade de utiliza<;ao estao

sujeitas a algumas a(foes peculiares. No presente trabalho, tres tipos de a<;ao sao

abordados: o primeiro deles corresponde as a(foes geradas pela presen(fa do

produto armazenado. Enquadram-se nessa modalidade as pressees - horizontais

e verticais - e o atrito do produto armazenado com as paredes do silo. Numa

segunda modalidade se encontram as ay6es devidas ao vente atuando nas

paredes do silo. Ainda uma terceira forma de a<;ao e causada pela diferen(fa entre

a temperatura do produto armazenado e a temperatura ambiente, sendo esta

responsavel pelos efeitos termicos nas paredes do silo. As formula!foes te6ricas

para a obten<;ao dessas ay6es sao apresentadas e, em seguida, transformadas

em um programa computacional escrito em linguagem FORTRAN. 0 programa,

desenvolvido para silo de concreto armado, de forma cilfndrica circular unicelular

com fundo plano, permite calcular, alem das ay6es, tambem as armaduras

necessarias para que as paredes do silo absorvam as tensoes por elas geradas.

Na ultima etapa do trabalho, alguns exemplos de aplica<;§o sao formulados e os

resultados obtidos por meio do programa computacional sao apresentados e

comentados.

xiv

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ABSTRACT

A computer program to be used in concrete silo design has been developed. It can

be used to analyze circular cross-section isolated silos, with central or eccentric

discharge. The program calculates static and dynamic pressures caused by the

stored material, wind loads and thermal effects acting in silo walls. It also

determines the steel reinforcement required for strengthening the structure against

forces resulting from the stored material and other loading. The program was

written in FORTRAN language. Some examples are formulated and results

obtained from the program are discussed.

XV

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1. INTRODUCAO

0 Brasil e urn pais com grande capacidade agricola, mas enfrenta ainda

hoje graves problemas quanta ao armazenamento de graos destinados a

alimentac;ao. Verifica-se, em algumas regioes do pals, insuficiencia na

capacidade de armazenamento ou formas de armazenar que nao conseguem

atender adequadamente sua finalidade primeira, que e a conservac;ao do produto.

Por esta razao a necessidade de ampliar a capacidade de armazenamento de

graos alimenticios, tanto em fazendas como em industrias alimenticias, e

classificada como prioritaria e toma o estudo dos silos urn tema importante e

atual.

Silos sao constru¢es cuja finalidade e armazenar produto solido, granular

ou pulverulento, a granel. Podem ser projetados e construidos em diversas

formas e tamanhos dependendo do tipo de utilizac;ao e do processo para os quais

sao requeridos.

Os criterios utilizados no projeto estrutural de urn silo sao similares aos

utilizados em outras estruturas. Contudo, suas especificidades geometricas,

funcionais e de carregamento apontam para a necessidade de se estabelecer urn

tratamento particularizado.

Para que o projeto de urn silo seja seguro e economico, alguns aspectos

devem ser considerados, a saber:

1

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• as a<;:Qes que atuam na estrutura dos silo, tais como as pressoes causadas

pelo produto armazenado sabre as paredes, as ac;:oes devidas ao vente e os

efeitos termicos gerados pela diferenc;:a de temperatura entre o meio ambiente

e o produto armazenado;

• a forma geometrica do silo, onde a relagao altura/diametro (ou altura/lade} e a

espessura devem ser determinados de maneira a ter um dimensionamento

6timo, tanto sob o ponte de vista estrutural, quanta sob o ponte de vista

economico;

• o tipo de entrada e sa fda do produto;

• as propriedades ffsicas do produto;

• os estagios de operagao, a saber, carregamento, armazenamento e descarga.

No que diz respeito as pressoes estaticas em silos, varias teorias podem

ser encontradas na literatura corrente (AIRY,1897; JAKY,1948; CAQUOT &

KERISEL, 1949; REIMBERT, 1976}, sendo a teoria de JANSSEN (1895) a mais

difundida e adotada por diversas normas que tratam sabre esse tema.

No case das pressoes dinamicas, que atuam na estrutura do silo durante o

carregamento e a descarga do produto, algumas teorias foram desenvolvidas

(CAQUOT, 1957; LENCZNER,1963; VIVANCOS,i978), porem o metoda mais

utilizado para sua obtengao e a multiplicagao dos valores das pressoes estaticas -

calculadas em geral pela Teoria de Janssen - por coeficientes de majoragao,

tambem chamados de coeficientes de sobrepressao.

0 silo deve tambem ser projetado para resistir aos efeitos de cargas

termicas. Especifica<;:Qes e Normas (ACI 313, 1997; REGLES, 1974} e teorias

encontradas na literatura corrente (SAFFARIAN & HARRIS, 1985), tratam deste

aspecto de maneira satisfat6ria no que diz respeito ao calculo dos gradientes de

temperatura atraves das paredes dos silo.

2

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As agoes devidas ao vento, que atuam na estrutura do silo, devem tambem

ser consideradas em projeto, e para isto sao adotadas as especificag()es da

norma brasileira NBR 6123 - Forgas devidas ao vento em edificagoes (1986).

Teorias encontradas na literatura corrente (SAFFARIAN & HARRIS, 1995) sao

tambem utilizadas.

Quanto a geometria do silo, varias considerag()es e restri¢es podem

influenciar na escolha das dimensoes. Por exemplo, no caso da altura do silo,

teoricamente nao ha limitagao na escolha desta dimensao. Contudo, restrig()es

economicas e construtivas podem impor limites praticos. Para o diametro, sob o

ponto de vista estrutural, os limites sao estabetecidos em fungao da forma

construtiva escolhida. A espessura da parade, por sua vez, e fungc!to do

carregamento aplicado e da resistemcia do material construtivo utilizado. As

dimensoes necessarias para o silo sao tambem determinadas em fungao da

escolha do material construtivo.

A partir dessas premissas, observa-se que o desenvolvimento de urn

projeto de silo pode ser sistematizado atraves de urn procedimento que

congregue as informa¢es e calculos necessarios. Esse procedimento,

transformado em urn programa computacional que viabilize a sua utilizagao,

agilizara o trabalho de profissionais envolvidos nesta area, garantindo a acuidade

das hip6teses e a definigc!to de uma estrutura segura e otimizada.

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2. OBJETIVOS

0 objetivo do trabalho foi desenvolver um programa computacional que

atenda as etapas de desenvolvimento do projeto de silos relatives a definiyao das

agoes e solicita¢es que atuam nas paredes do silo e ao dimensionamento e

verificayao da estrutura. 0 programa aplica-se ao dimensionamento de silos em

concreto armado de forma cilfndrica e permite o calculo das pressoes causadas

pelo produto armazenado, das solicita¢es geradas pelas forges devidas ao vento

e das tensoes causadas por efeitos termicos.

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3. REVISAO BIBLIOGRAFICA

PRESSOES EM SILOS

As pressoes em silos tem sido objeto de estudo desde o seculo XIX. A

primeira pesquisa de que se tem notfcias foi desenvolvida por Baker (apud

RAVENET, 1983) em 1881, que iniciou a investigac,:ao sabre pressoes exercidas

por um solido nas paredes de um silo. Em 1882, ROBERTS, na lnglaterra,

realizou os primeiros testes para determinar pressoes laterais e verticais em silos.

Foi entao em 1895 que JANSSEN, na Alemanha, estabelecendo uma

expressao matematica para os testes realizados por Roberts, viria a fornecer uma

das mais importantes contribuic;:oes para o desenvolvimento da teoria sobre

pressoes em silos. Com ele surgiu o conceito de coeficiente K que traduz a

relac,:ao entre pressao horizontal e pressao vertical no silo. 0 modelo de Janssen

e ate hoje utilizado, tendo sido adotado como base de calculo por diversas

normas.

A teoria de AIRY, apresentada em 1897, possibilita o calculo da forc;:a

horizontal por unidade de perfmetro. Essa forc;:a e calculada isoladamente para

cada parede. Conhecida esta forc;:a determinam-se as ac;:Oes laterais na parede.

Para determinar essa forc;:a lateral, o autor estabeleceu o equilibria de uma cunha

do produto ensilado de espessura unitaria e desenvolveu sua teoria para celulas

baixas e celulas altas. Para as celulas baixas. o plano de deslizamento emerge na

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superficie livre do produto ensilado antes de atingir qualquer parede da celula; no

case de celulas altas, o plano de deslizamento atinge uma das paredes antes de

chegar a superffcie livre do produto.

JAKY desenvolveu sua teoria em 1948, para o calculo de pressoes

causadas pelo material ensilado. Para determinar sua teoria, o autor partiu de

algumas suposi¢es basicas: considerou que o problema das pressoes na celulas

e essencialmente o mesmo das pressoes atuando em urn macigo de terra sem

coesao, que pede ser resolvido atraves da teoria classica das pressoes em urn

macigo de terra, desde que se faya uma suposiyao plausfvel da configurayao da

superffcie de ruptura. Por falta de conhecimento desta superffcie, Jaky fez uso de

curvas empfricas obtidas atraves dos ensaios realizados por Luff! (apud FORTES

F", 1985}, assumindo uma curva espirallogarftmica como curva de deslizamento.

A teoria de CAQUOT & KERISEL (1949) considera o produto armazenado

formando clipulas ou ab6badas parab61icas sobrepostas, limitadas pelas paredes

dos silos, cada uma sustentada em parte pela ayao do atrito entre as bordas

destas forma¢es dos graos e as paredes da celula e em parte pela cupula ou

ab6bada logo abaixo. Assim, o peso do produto, a partir da superffcie livre ate

uma determinada profundidade, produz pressoes verticais sabre as camadas

abaixo desta profundidade e pressoes contra as paredes, inclinadas em relayao a horizontal de urn angulo igual ao angulo de atrito entre produto e as paredes.

Essas pressoes sao transmitidas pelas bordas das clipulas ou ab6badas. Alem

disso, os autores determinaram que o produto esta submetido a urn estado ativo

de pressoes e determinaram a pressao contra a parede em funyao da sua

componente vertical paralela a parede. Esta teoria foi desenvolvida considerando­

se a princfpio silos de forma cilfndrica. 0 produto utilizado foi o cimento.

Em seus estudos LENCZNER (1963) determinou a distribuiyao de

pressoes estaticas e dinamicas em urn modelo reduzido de silo contendo

diferentes produtos. Em seu experimento ele observou que, conforme se

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aumentava a altura do produto ensilado, o fundo do silo era cada vez menos

requisitado a suportar os acrescimos de peso adicional, ao mesmo tempo em que

aumenta a responsabilidade da parede em suportar estes acrescimos. 0 autor

apresentou ainda a curva de variagao dos valores de K em fungao da razao entre

altura do produto e diametro da celula, de modo que as pressoes verticais no

fundo do silo, dadas pela teoria de Janssen, concordem com aquelas obtidas nos

ensaios.

Os irmaos REIMBERT (REIMBERT & REIMBERT, 1976) desenvolveram

uma teoria para determinar as pressoes laterais baseando-se tanto em resultados

experimentais como em dedu9(ies matematicas. Eles realizaram varios ensaios

para estabelecer uma relagao entre o peso do produto suportado pelas parades

da celula, devido ao atrito, com a altura do produto ensilado. Os autores

chamaram a atengao para o fato de que na pratica a velocidade de enchimento

nao e constante e a altura de queda do produto e variavel, sendo aconselhavel

levar em conta as variagoes das caracteristicas fisicas do produto, utilizando-se

os valores mais desfavoraveis. Os ensaios tambem mostraram que o valor da

pressao vertical cresce com a profundidade, porem sofre acrescimos cada vez

menores com o aumento da profundidade, tendendo a urn valor maximo. A

pressao horizontal contra as parades da celula, segundo os autores tern tambem

comportamento perfeitamente igual ao da pressao vertical.

NIELSEN e KRISTIANSEN (1980) apresentaram urn trabalho que e parte

de urn programa de pesquisa desenvolvido pelo Laborat6rio de Pesquisas

Estruturais da Universidade Tecnica da Dinamarca (Structural Research

Laboratory - Technical University of Denmark) em coopera<;:ao com engenheiros

suecos e cujo objetivo principal foi esclarecer as condi¢es de pressao em silos,

com aten<;:ao especial aos grandes silos de concreto. Dados experimentais foram

obtidos em urn silo-prot6tipo com 46m de altura e 7m de diametro e em urn silo­

modele construido com 5m de altura e 0.7m de diametro. No prot6tipo, a entrada

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do produto foi feito de forma excemtrica e os testes foram realizados tanto para

descarga excentrica quanto para descarga centrada. No modele, a entrada e a

saida foram centradas. Em todos os testes o produto utilizado foi a cevada. Do

trabalho, os autores concluiram que a distribuigao de press6es em um silo

carregado com cevada por uma entrada excentrica nao e descrita pela formula de

Janssen, mesmo durante o periodo de armazenagem e que a distribuigao de

press6es desvia-se claramente de uma distribuigao axissimetrica no plano

horizontal.

BAGSTER e NEDDERMAN (1985) verificaram a adequabilidade do metodo

de Coulomb para o calculo de press6es em um silo circular, com geometria

tridimensional e concluiram que ele e factivel para essa situagao no case de

estado ativo. Foram obtidos valores de pressao da mesma ordem de grandeza

dos fornecidos pelo metodo de Janssen, com a vantagem de nao haver

dependencia da escolha do valor de K para pequenas profundidades, como

acontece quando a formula de Janssen e utilizada. Observaram que o metodo de

Coulomb nao e adequado para o case do estado passive de press6es.

WILMS (1985) apresentou um procedimento de calculo para estabelecer o

campo de tens6es no interior e nas paredes do silo, utilizando para isso o Metodo

das Caracteristicas que, segundo o autor, possibilita resolver as equa96es

diferenciais que descrevem o campo de tens6es sem lan98r mao de hipoteses

simplificadoras sobre a distribuigao de pressao, como acontece nos metodos

classicos. Aplicou o procedimento para o case de silo retangular com tremonha

piramidal e comparou os resultados com os metodos de Janssen e Walker e

ainda com a norma alema DIN 1055, parte 6. 0 autor observou que o

procedimento, alem de apresentar uma boa aproximagao com os valores obtidos

pela teoria de Walker, permitiu estabelecer a variagao de tens6es numa se98o

horizontal, nao considerada na teoria de Janssen.

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0 trabalho de pesquisa feito par FORTES Fo (1985) aborda de maneira

ampla o tema silos, apoiando-se em uma analise de estudos te6ricos e

experimentais encontrados na literatura. 0 autor parte inicialmente de uma

informayao sobre a importancia dos silos; cementa sabre os produtos passiveis

de armazenagem; trata dos agentes que provocam deteriorayao do produto e

fornece valores das caracteristicas fisicas. Apresenta tambem teorias para o

calculo das pressoes nas parades e no fundo das celulas, provocadas pelo

produto armazenado. Descreve o comportamento do produto durante a carga e a

descarga, trata das sobrepressoes e procedimentos para torna-las nulas; trata da

ocorrencia de arqueamento e da influencia da tremonha no escoamento do

produto. Alem disso, apresenta urn resume de varios estudos experimentais

sobre o produto ensilado em movimento, expoe teorias e apresenta coeficientes

de majorayao para 0 calculo das sobrepressoes.

CAUL Jr. (1985) desenvolveu urn trabalho experimental a fim de verificar o

comportamento das pressoes laterais de carregamento e descarga. Foi utilizado

urn silo-modelo onde as pressoes foram determinadas em funyao da relayao

altura do carregamento e lado do silo, e do tipo de descarga (central ou

excentrica). Foi tambem determinado o valor da pressao vertical sobre urn fundo

plano. 0 produto utilizado foi o alpiste. Com base no experimento, o autor

apresentou valores maximos e mfnimos para os coeficientes de sobrepressao a

serem aplicados as press5es obtidas pela formula de Janssen.

BORCZ (1987) congregou em seu trabalho urn conjunto de informayaes

sabre pressoes experimentais exercidas em silos devido ao armazenamento de

produtos tais como trigo, milho, soja e outros. Apresentando as pressoes

horizontais numa forma apropriada, tornou possivel comparar os valores obtidos

em testes de modelos com os obtidos em investigayaes realizadas em silos­

prot6tipo, e constatou o efeito de escala. 0 autor observou tambem que o maior

valor de pressao foi encontrado para o caso de urn silos-prot6tipo armazenando

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trigo, de onde concluiu que urn silo projetado para trigo pode ser utilizado para

armazenar tambem outro tipo de grao. Ainda nesse trabalho, comparou os valores

experimentais de pressao com os valores obtidos por recomenda96es de diversas

normas estrangeiras e verificou que nao ha conformidade entre eles.

HERZOG (1987) observou que a analise de silos pelos metodos classicos

tern levado a danos, de onde concluiu sabre a necessidade de melhoramentos.

Considerou, contudo, que as proposi96es basicas desses metodos, como por

exemplo o de Janssen, nao precisam ser modificadas. Para ele, o que deve ser

revisto sao os valores estabelecidos para as propriedades dos produtos

armazenados.

BRIASSOULIS (1991) investigou as diferen96s basicas e a aplica9i§o de

duas teorias classicas: Janssen e Reimbert. Neste artigo, o autor concluiu que as

diferen96s nas pressoes laterais calculadas por estas duas teorias sao

significativas em casos praticos. Em casas crfticos, a Teoria de Reimbert e

inadequada. lsto sugere que a norma de projeto nao deve permitir a ado9i§o

incondicional das duas teorias classicas como altemativa para projeto de silos. 0

fato e que o material armazenado e as variaveis podem assumir parametres

caracteristicos que se aproximam dos casos crfticos para os quais a Teoria de

Reimbert e inadequada, isto implica que esta teoria apenas deveria ser usada

com as especifica96es de projeto.

SCHWEDES & FEISE (1995) apresentam uma analise de varios metodos

de calculo sabre modelos de pressoes e fluxos em silos que servem para

armazenamento de produto a granel. Os autores, em suas analises de modelos

de pressoes, observaram que, neste tipo de armazenamento, e diffcil formular

uma descri9i§o te6rica satisfat6ria; e possfvel que superficies inclinadas que

correspondem ao angulo de repouso, se formem e transmitam for96 de atrito e

pressoes estaticas as paredes e ao fundo dos silos. Alem dessas pressoes os

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silos estao sujeitos a mais dois tipos de pressoes as quais ocorrem no

carregamento e na descarga, principalmente na regiao da tremonha ou na

convergencia dos canais de fluxo. Para esses dois cases sao nomeados dois

tipos de estados de tensao: ativa e passiva, respectivamente. 0 estado de tensao

ativa e marcado pelo fato de que a unica carga aplicada no material e o peso

proprio. Esta tensao se desenvolve durante o carregamento e permanece ate que

o primeiro material seja removido do silo, isto e, aplica-se para silos que estao

cheios. 0 estado de tensao passiva aplica-se a tremonha, isto e, nas areas de

fluxes convergentes durante a descarga. Como resultado final deste artigo os

autores conclufram que o "metodo de elementos de fatia" e usado para caicular

as tensoes durante o carregamento, o metodo de caracterfsticas pode ser usado

para calcular tensoes no carregamento e na descarga, ja o metodo de elementos

finites pode ser usado para resolver problemas de silo q_ue envolvam a geometria

de silos nao padronizados. Mas enquanto ha varies metodos confiaveis para

determinar as tensoes em silos, na analise de fluxo de s61idos a granel o quadro

e muito diferente. Para esses cases os autores apresentam as ideias do trabalho

de Brown e Hawksly que introduz uma ideia de fluxo de massa e fluxo de funil.

HAMADEH & KAMINSKI (1996) informam o resultado de estudos de

pressoes exercidas pelo material armazenado dentro de urn modele de silo

durante o carregamento e a descarga. Este estudo foi realizado usando-se urn

equipamento denominado sounder. 0 uso deste equipamento permite definir a

pressao exercida junto a parade do silo sem qualquer necessidade de abertura

para fixa-lo na celula e tamoom nao causa danos a parade. Os resultados obtidos

neste trabalho foram os seguintes: o maximo de pressao de fluxo nao acontece

necessariamente no infcio do fluxo do material; as medidas da pressao horizontal

foram repetidas 6 vezes a cada ponte e as medias dessas medidas foram

computadas; com esses valores foi possfvel identificar as pressoes de contomo

no interior do silo pelo processo de carregamento e descarga. As conclusoes

obtidas a partir deste resultado foram que a pressao horizontal atuante sobre

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alguma se<;:ao horizontal nao e uniforme; que ha urna boa correla<;:ao entre a

maxima pressao de fluxo e 0 fluxo de funil ilimitado formado durante a retirada do

produto; a maxima pressao ocorre no nfvel onde a tensao no canal de fluxo

muda para urn campo convergente de tensao, dentro do silo.

KAMINSKI & WIRSKA (1998) analisam a influencia e a distribui<;:ao das

pressoes em silos, com paredes flexiveis. Tambem determinam a varia<;:ao do

coeficiente K que e definida pela rela<;:§o entre a pressao horizontal e a pressao

vertical. A pesquisa apontou, entre outras coisas, a rela<;:§o entre a flexibilidade

da parede do silo e os valores de pressao medidos por varios anos pelos autores.

As conclusoes apresentadas sao relativas as mudangas no coeficiente. Os

investigadores confirmaram que as pressoes em modelos de silos com paredes

flexfveis sao reduzidas em rela<;:ao aos modelos de silos com paredes rfgidas. No

caso das pressoes horizontais, a diferenga e de aproximadamente 30% em

se9()es mais baixas e de aproximadamente 95% em se96es mais altas.

SHALOUF & KOBIELAK (2000) descrevem sobre a possibilidade de

reduzir a pressao dinamica horizontal que ocorre na parede do silo, durante a

descarga do material armazenado. Os autores observaram que para reduzir esta

pressao, seria necessaria analisar a excentricidade do descarregamento de uma

ou mais safdas. As descargas laterais sao as menos recomendadas do ponto de

vista do carregamento da parede, pois esta descarga tende a impor uma carga

nao simetrica na parede do silo, produzindo assim urn aumento da pressao nas

paredes que pode resultar na ocorrencia de rachaduras. Para reduzir esta

pressao e seus efeitos durante a descarga, e necessaria administrar a

quantidade de fluxo que pode ser alcangada por meio de tubos de descargas.

Muitos autores recomendam que tubas anti-dinamicos - cilindro perfurado em

toda a sua altura que deve atingir a mais alta superficie livre possfvel do material,

colocado no interior da celula e ajustado sobre o oriffcio de safda - devam estar

localizados no centro da celula do silo, mas experimentos realizados por

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americanos, australianos e hungaros mostraram que em silos de 20m de diametro

essa solu98o nao e recomendada, porque depois de certo tempo os tubas vao se

deteriorando. Esta desvantagem nao sera encontrada em silos onde os tubas de

descarga sao fixados a superffcie interna ou externa da parede. Atraves dessas

analises os autores chegaram a conclusao que o fluxo de pressao pode ser

reduzido usando tubas de descargas com aberturas verticais. Estes dao uma

redu98o maior da pressao do que os tubas de descargas horizontais.

EFEITOS TERMICOS

ANDERSEN (1966} foi o primeiro a considerar os efeitos das

propriedades mecanicas do silo e do produto armazenado, levando em

considera98o as pressoes internas causadas por dois fatores: o primeiro deles

ligado ao peso e a posi98o do grao armazenado; o outro ligado a compressao do

grao causada pela contra98o termica da parede do silo, resultado da queda de

temperatura. Para desenvolver este trabalho Andersen utilizou a teoria das

membranas para cascas finas e assumiu que o grao e linearmente elastica para

pequenas tensoes causadas por contra98o termica.

Os estudos feitos por SAFARIAN & HARRIS (1985} determinam que dois

tipos de efeitos termicos precisam ser considerados. 0 primeiro e o efeito

gradiente de temperatura atraves das paredes, importante em paredes de

concreto, causado pelos produtos armazenados que sao muito mais quentes que

a temperatura do ar ao redor do silo. Este feito e considerado no projeto das

parades das celulas. 0 segundo, leva em considera98o as mudanc;:as diarias de

temperatura devido a intensidade da luz solar e pode causar o efeito de expansao

e contra98o de grupos de silos. Tensoes devidas a esse efeito podem ser

grandes o suficiente para causar fissuras em parades de concreto.

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ZHANG et al (1986) estudaram, atraves de um modele de elementos finites,

as pressoes induzidas termicamente em reservat6rios preenchidos com produto

granular nao-coesivo. A validade da teoria elasto-plastica, deduzida para

produtos nao-coesivos, foi considerada para reservat6rios com armazenamento

de produtos s61idos sujeitos a quedas rapidas de temperatura. Obtidos OS

resultados dos reservat6rios-modelo, estes foram comparados a formulayao em

elementos finites baseada na teoria elasto-plastica. Os resultados obtidos em

teste da pressao lateral estatica sem sobrecarga e o resultado de sobrepressao

termica lateral comparam-se de forma favoravel com os valores obtidos com o

modele de elementos finites, enquanto que as pressoes laterais medidas e

calculadas com sobrecargas divergem. Os autores observaram

diferenga pode ser atribuida as condic;:oes de contomo

que esta

definidas

inadequadamente para a formulayao de elementos finites utilizadas para o

modele de reservat6rio adotado.

ZHANG eta/ (1987) desenvolveram um modele de elementos finites para

prever pressoes laterais estaticas e termicas em silos de armazenamento de

graos. Os autores utilizaram a teoria elasto-plastica tanto para determinar o

comportamento da tensao-deformayao do produto, quanta para determinar a

intera<;:ao entre a parede do reservat6rio eo produto (trigo). Ja a interayao entre o

fundo do reservat6rio e o produto foi descrita usando um eiemento de interface. A

relayao entre a tensao de cisalhamento e o deslocamento relative na interface foi

assumida ser exponencial. 0 modele de elementos finites utilizado foi comparado

com dados experimentais e os resultados mostraram que este modele previu

adequadamente as pressoes laterais estaticas com ou sem sobrecargas. As

pressoes termicas previstas por este modele de elementos finites ficaram dentro

de um intervale de confianga de 95% para os dados relatives a queda de

temperatura de 1 o·c.

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BARTALI & HATFIELD (1990) apresentaram uma formulagao analftica para

calcular tensoes nas paredes do silo causadas pela queda de temperatura

ambiente. Essa formulagao e baseada na teoria das cascas elasticas. Neste

trabalho, os autores descrevem que as mudanyas de temperatura tanto do grao

quanto da parede do silo podem gerar tensoes e que estas devem ser absorvidas

pela estrutura. Para entender melhor como estas tensoes sao absorvidas pela

estrutura, os autores descrevem da seguinte forma: a mudanya de temperatura do

grao em urn silo ocorre devido a flutuag()es sazonais de temperatura. A contragao

circunferencial na parede do silo e de menor amplitude. Assim, a contragao

circunferencial na parede do silo, causada pela queda de temperatura da

superficie, devera ser resistida pelo grao. lsto acaba causando tanto aumento da

tensao circunferencial normal da parede como aumento na pressao do grao. A

parede pode tambem ser submetida a tensoes devidas a restrigao mecimica nas

extremidades e ao diferencial de temperatura atraves das espessura. Para

analisar os comportamentos constitutivos dos graos, os autores basearam-se em

trabalhos com relag()es impiricas desenvolvidas por outros pesquisadores como

ANDERSEN (1966) e MANBECK & BRITTON (1987), entre outros. Os autores

deste trabalho tiveram como objetivo indicar quais parametres sao importantes

quando se calculam tensoes termicas em uma estrutura de silo.

Segundo BALA (1991 ), as flutua<;oes sazonais da temperatura atmosferica

alteram os padroes de temperatura do grao armazenado, e isto pode fazer com

que o grao fique vulneravel a contaminagao de fungos e insetos em certas areas.

0 autor apresenta urn modele de elementos finites para simular a mudanya de

temperatura durante o armazenamento do grao em urn silo cilindrico e que serve

como urn auxflio para achar a maier area vulneravel para a infestagao de insetos

e fungos no produto armazenado_ 0 modele visa tambem fomecer subsidies para

o projeto e o gerenciamento de sistemas de armazenamento. Este modele foi

utilizado para simular a mudanya de temperatura durante o armazenamento de

trigo e se ajustou bern aos dados experimentais.

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JENKYN (1994) apresentou um procedimento rapido e simples para calcular

a temperatura e seus efeitos nas paredes do silo. 0 procedimento considers as

taxas de fluxo de calor dos produtos armazenados atraves das paredes. Segundo

o autor, ha duas condic;oes distintas que devem ser analisadas neste case: a) o

pier efeito termico normalmente ocorre nas paredes dos silos quando o produto

e armazenado quente; b) o pier efeito termico tambem existe debaixo da

superffcie do produto armazenado onde a temperatura cai com o fluxo de calor

exterior. Para que estas condi¢es nao causem danos a estrutura e tao pouco no

produto armazenado, o projetista de silo deve prever se havera necessidade de

reforc;o na parede de concreto ou manter o produto em temperatura controlada

atraves de outros equipamentos.

ACOES DE VENTO

UCHIYAMA et at. (1986) estabeleceram um metoda para analisar o

comportamento dinamico de silos circulares de parede tina sujeitos a a¢es de

vente. Cilindros elasticos foram observados em tune! de vente e, com base nos

dados obtidos, os autores verificaram que o campo de pressoes sabre a

superffcie cilfndrica apresentou uma natureza convective para fluxo laminar, e

aleat6ria para fluxo turbulento. A resposta dinamica dos cilindros elasticos foi

analisada par meio de um metoda estatfstico e os resultados previstos foram

concordantes com as observa¢es experimentais. Os autores ressaltaram ainda

o fate da resposta dinamica ter side fortemente afetada pela velocidade de

convec<;8o do campo de pressao.

SABRANSKY & MELBOURNE (1987) desenvolveram um trabalho cujo

objetivo foi obter dados sabre a distribui<;Bo de pressoes de vente em silos

circulares e telhados c6nicos em tamanho natural. Ap6s pesquisas e

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compara¢es de resultados, os autores observaram que em condi¢es

supercrfticas as pressoes negativas apareceram em maior magnitude

principalmente nas extremidades do telhado, eo coeficiente de pressao aumenta

chegando a se aproximar do dobra; em grupos de estruturas, pr6ximas uma das

outras, foi observada uma ampliagao na magnitude da pressao devido as a¢es

de vento, e notou-se que, quando o vento esta em um angulo de

aproximadamente 75° em relagao a linha do cilindro, fatores de ampliayao para

coeficientes de pressao se aproximam entre si. Em silos isolados o valor e muito

alto.

MACDONALD et a/ (1988), apresentaram um estudo que determina as

areas de baixa pressao em silos cilindricos. Neste estudo, os autores observam

que a norma australiana apenas preve um coeficiente de arrasto baseado no fluxo

de vente, mas nao estabelece nenhum detalhe sabre a natureza do vente ou

sabre o carregamento do telhado. Em relayao a outras normas os autores

observam que, mesmo contendo mais informagoes, as especificagoes estao

baseadas em dados nos quais sao usados o numero de Reynolds, mas as

caracterfsticas de turbulencia do vente natural sao incorretamente modeladas. Os

autores concluiram, assim , que os fracassos que ocorrem neste tipo de estrutura

sao devidos a dados nao confiaveis. Baseados nestas informagoes, construfram

um tunei de vente que testa procedimentos para o estudo de cargas de vente, e

determina pressoes radiais na parede e pressoes distribuidas no telhado de silos

isolados e conclufram que para fluxo em regime de alta turbulencia as

distribui¢es de pressao da parede sao independentes do numero de Reynolds; a

magnitude maxima das pressoes acontece em torno de 60 a 90% da altura do

silo; o aumento da relayao altura/diametro aumenta a magnitude maxima de

sucyao; as distribuiy6es de pressao no telhado mostram a alta sucyao que

acontece perto da extremidade principal, e se aproxima do apice conico do

telhado.

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4. METODOLOGIA

4.1. DESCRICAO PRELIMINAR DO PROGRAMA COMPUTACIONAL

0 desenvolvimento de urn programa computacional para calculo e

dimensionamento de silos esta sendo proposto, e se aplica a silos de concreto

armada, unicelulares de segao cilfndrica circular com fundo plano.

k D k ••• •• l m •••••••• l • •• •••• / L

/ /

H

H T 1./

/

v I

v /

v I

v I

/ I i/

/ I I

Figura 1 - Modelo de Silo em Concreto Armado com as dimensoes: H- altura da celula;

Hr -altura total do silo; D - diametro do silo.

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Sao estabelecidos como dados de entrada do programa os seguintes

parametres: geometria do silo, caracterfsticas ffsicas do produto armazenado e

caracteristicas mecanicas do material construtivo.

A etapa seguinte define e calcula as agoes que irao solicitar a estrutura do

silo, a saber: ag6es geradas pelo produto armazenado, agoes de vente e os

efeitos termicos.

Na etapa relativa a analise estrutural, sao obtidos esforgos atuantes na

estrutura gerados pelas agees definidas na etapa anterior.

As armaduras a serem utilizadas na estrutura do silo sao calculadas na

etapa de dimensionamento.

A verificagao do valor ultimo da forga vertical atuando na parede do silo

esta inclufda no programa, visando atender a criterios que levam em conta a

seguranga da estrutura.

0 programa foi desenvolvido em linguagem FORTRAN.

Os procedimentos numericos para as etapas de caiculo e de

dimensionamento foram desenvolvidos com base em formulagees te6ricas,

extraidas da literatura corrente, apresentadas a seguir.

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4.2 DEFINICAO DAS ACOES E SOLICITACOES ATUANDO NA ESTRUTURA DO SILO

4.2.1 ACOES DEVIDAS A PRESENCA DO PRODUTO ARMAZENADO

4.2.1.1 PRESSOES ESTATICAS NA CELULA

Para o calculo das pressoes estaticas na celula foi adotada a teoria de

JANSSEN (1895), cuja formulat;ao para a obtent;ao das pressoes verticais se

traduz na seguinte equat;ao

q(y) = (y. RH) I (,u'. K)[1 - exp (- ,u'. K. y I RH )]

onde:

q(y) - pressao vertical atuando sobre a set;ao transversal do produto

armazenado na profundidade y

y - peso especffico do produto armazenado

RH - raio hidraulico relativo a set;ao transversal da celula

,u' - coeficiente de atrito com a parede

,u' = tg 4>' onde 4>' = angu!o de atrito com a parede

(1)

K - relat;ao entre pressao lateral e pressao vertical, denominada coeficiente K

y - distancia da superffcie superior do produto armazenado ao ponto onde se

quer calcular a pressao.

Duas hip6teses b8sicas foram estabelecidas por JANSSEN (1895):

• a pressao vertical em uma set;ao transversal horizontal do produto armazenado

e constante na set;ao;

• a razao entre as pressoes horizontal e vertical, denominada coeficiente K, tern

valor constante independentemente da profundidade considerada.

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Da segunda hip6tese, define-se a expressao que permite obter a pressao

horizontal:

p(y) = K. q{y) (2)

onde p(y) e a pressao horizontal sobre as parades do silo, na profundidade y.

Janssen nao especificou valores para o coeficiente K. Encontram-se,

contudo, na literatura corrente, varias expressoes para o calculo desse

coeficiente. No presente trabalho sera adotada a expressao proposta por

KETCHUM (apud MOYSEY 1963), que e semelhante a expressao apresentada

por Rankine para o coeficiente de empuxo ativo na teoria que desenvolveu sobre

empuxos de terra, a saber:

K = (1 -sen ¢) I (1 +sen ¢) (3)

onde ¢ e o angulo de atrito interne do produto. Essa expressao e adotada pela

Norma Americana ACI-313 (1997).

Os demais parametres envolvidos na formulagao - peso especlfico (y),

angulo de atrito interne(¢) e coeficiente de atrito com a parede (p')- sao em geral

encontrados na literatura corrente. No presente trabalho, esses parametres sao

fornecidos como dados iniciais no programa computacional.

Para o raio hidraulico (RH), foram adotadas as recomenda¢es sugeridas

pelo Institute de Engenheiros da Australia (INSTITUTION OF ENGINEERS

AUSTRALIA, 1986), que estabelece, para segao circular, a seguinte expressao:

RH = 0,250 (4)

onde De o diametro da segao transversal da celula cilindrica.

21

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4.2.1.2 FORCA DE ATRITO

Para o calculo da forya de atrito, foi utilizada a seguinte equagao proposta

por Janssen:

Fa(y) = RH. fr. y- q (y)] (5)

onde

Fa(y) - Forya de atrito na profundidade y por unidade de perf metro da celula

RH - Raio Hidraulico, obtida pela expressao (4)

r - peso especifico do produto armazenado

q (y) - pressao vertical na profundidade y

4.2.1.3 EFEITO DINAMICO

0 efeito dinamico e levado em consideragao por meio dos chamados

coeficientes de sobrepressao Cd, recomendados pela Norma Americana ACI 313

(1997), que multiplicam os valores das pressoes estaticas. Os fatores de

sobrepressao nao se aplicam a forya de atrito.

Os coeficientes de sobrepressao Cd sao estabelecidos em fungao da

relagao altura/diametro do silo e tem valores crescentes da borda superior ate o

fundo. Para a altura da celula (H), 5 (cinco) intervalos sao estabelecidos,

conforme indicado na tabela 1, e para cada um deles M 2 (dois) valores para o

coeficiente Cd. A escolha se da em fungao da teoria adotada para o calculo da

pressao estatica: JANSSEN (1895) ou REIMBERT (1976). No trecho da tremonha

(Ht), um valor constante para Cd e considerado, igual ao adotado no ultimo

22

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intervalo da celula. Ha ainda a alternative de variar linearmente o valor do

coeficiente Cd na tremonha, considerando-se o valor acima mencionado no inlcio

da tremonha e o valor zero na boca de sa fda da tremonha.

Os valores de Cd relativos a tremonha nao sao utilizados no presente

trabalho , tendo em vista que o programa computacional foi desenvolvido para

celula de fundo plano.

Os valores dos coeficientes Cd sao apresentados na tabela 1.

23

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Tabela 1 - Coeficientes de majorayao Cd (fonte: Fortes F0, 1985)

D-. DIAMETRO INTERNO DA CELULA CILINDRICA. a-LARGURA DA PAREOE DE CELULA

POUGONAL REGULAR OU 00 LADO MENOR DE CELULA RET ANGULAR.

b- LARGURA DO LADO MAJOR DECELULA <'"> "¢ 10 RET ANGULAR. N v 0 v y 10

H,- ALTURA DA TREMONHA, OU ALTURA DA v ::t:l ::t:l 0 ::t:l 1\

::t:l 0 0 ::t:l TREMONHA FORMADA PELO MATE:RIAL II II II 0

ENSILADO OU ALTURA DO MATERIAL DE N <'"> "¢

ENCHIMENTO SOBRE A LAJE DE FUNDO CUME DO MATERIAL DO SILO

\a. ""' 1- 1- 1- 1- 1-~ i\ ~~'·D~ z 0:: z 0:: z 0:: z 0:: z 0:: ;--· UJ UJ UJ w w UJ w w UJ UJ II en IXl en m en m en m en m :i -<;;- LATERAlS DE en :2 en :2 C/) :2 en :2 C/) :2 "' 9 CALCULO z w z w z w z w z w 0 <( <( <( <( <(

~ ..., 0:: ..., 0:: ..., 0:: ..., 0:: ..., 0:: ·-i- -- ________ ,._.,__

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~ v ? CURVA _DAY'\ \ £ PRESSOES I() 10 10 ~ 10 10 0 0 0 0

~ LATERAlS co_ co_ r---_ ~ co_ O"l_ O"l_ 0 0

ESTAllCAS .... .-- .... ~ .... .... ..... ..... C'i C'i

~ \ 10 10 10 10 10 10 0 0 0 0 co_ «:!. r---_ ":. co_ co_ O"l_ 0!. 0 0 ~ .-- ~ ~ .... .... .-- .... ~ C'i C"-i

'• USAR A MESMA PRESSAO EMfODA A ALTURA DA '• TREMONHA OU, SE DESEJAR, REDUZIR AS :v I I PRESSOES DE ACORDO COM A VARIAQAO DO

/ I RAIO HIDRAUUCO :I

,1~ I SE DESEJADO, AS PRESSOES PODEM SER I REDUZIDAS DO INICIO ATE 0 FUNDO DA

I I I I TREMONHA.

I . COEFICIENTES DE FUN DO DE

10 0 10 fB_ 10 0 10 0 10 0 <'">_ 10_ (")_ <'">_ 10_ (")_ 10_ (")_ 10_

MAJORAQAO Cd PARA 0 CONCRETO ~ ~ ~ ~ .-- ~ ~ ..... ..... ..... CALCULO DA PRESSAO

FUNDO DE DINAMICA DO FUNDO DO

AQO fiS_ :e_ fiS_ :e_ fiS_ :e_ fiS_ :e_ fiS_ :e_ SILO ...- ~ ~ ..... ...- ...- .... .... .... .... OBSERVAQOES: 1. 0 COEFICIENTE Cd PARA PRESSOES LATERAlS E DADO PARA 0 FIM DA ALTURA DE CADA ZONA

MOSTRADA. 2. NAS REGIOES ONDE ESTAO INSTALADOS DISPOSITIVOS PARA CORRIGIR ESCOAMENTO, AS

PRESSOES LATERIAS PODEM SER MUITAS VEZES MAJORES DO QUE AS PRESSOES ESTATICAS,

3. E OS VALORES DE Cd ACIMA SAO INSUFICIENTES PARA TAL SITUA<;:Ji.O. NAO E NECESSARia CONSIDERAR AS PRESSOES VERTICAlS NO FUNDO DO SILO MAJORES DO QUE AQUELAS CUASADAS PELO PESO DO MATERIAL COM 0 SILO TOTALMENTE PREENCHIDO.

24

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4.2.1.4 PRESSOES DE PROJETO

As pressoes de projeto resultam do produto entre os coeficientes de

sobrepressao e as pressoes estaticas, e sao estabelecidas pelas seguintes

expressoes:

on de

ppr (yJ = cd . p (yJ

Qpr(Y) = Cd. q(y)

ppr (y) - pressao horizontal de projeto

qpr(y) - pressao vertical de projeto

4.2.1.5 SAiDA EXCENTRICA

(6)

(7)

No caso de silos com boca de saida excentrica, as pressoes horizontais de

projeto, (ppr), sao acrescidas da parcela Pee, estabelecidas segundo SAFARIAN &

HARRIS (1985) pela expressao:

Pee (y) = 0,25 p (y) X ( elr) (8)

on de

e - excentricidade da boca da sa ida do silo;

r - raio da sec;:ao transversal do silo.

A equac;:ao (6) assume a seguinte forma:

(9)

25

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4.2.1.6 FORCA HORIZONTAL DE TRACAO

Para a determinagao da fon;:a horizontal ultima de tragao assume-se que a

pressao horizontal causada pelo produto armazenado distribui-se uniformemente

por todo o perfmetro da segao transversal da celula, para uma dada altura. A

parede da celula e tratada, de forma simplificada, como um cilindro de parede

fina sujeito somente a pressao horizontal, nao havendo memento devido a flexao

ou cisalhamento.

A forr,:a horizontal ultima de tragao ( Fu ) por unidade de altura da celula,

proposta pela norma americana ACI313 (1997), e calculada pela expressao:

Fu(y) = 1,7. p,(y). D/2 (10)

on de

Fu(y) - forr,:a horizontal ultima de tragao por unidade de altura da celula, na

profundidade y

p,(y). - pressao horizontal de projeto na profundidade y, obtida pela expressao

(6)

D - diametro da segao transversal da celula cilfndrica.

0 valor 1 , 7 e o coeficiente da majoragao para a9()es variaveis

recomendado pela norma americana ACI313 (1997).

26

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4.2.2 EFEITO TERMICO

As tensoes termicas nas paredes do silo, causadas pelo produto

armazenado, sao algumas vezes bastante significativas, e nesses casos nao

devem ser ignoradas.

Especificagoes relativas ao efeito termico em silos podem ser encontradas

na Norma Americana ACI313 (1997).

Segundo essa norma, a solicitagao ultima a ser utilizada para o calculo da

armadura horizontal adicional eo momento ultimo de flexao (Mt.u), causado pelo

efeito termico e estabelecido segundo a expressao:

Mt,u= yq [Ecf at.dT/(1- v)] (11)

on de

Ec - modulo de deformagao longitudinal do concreto; em KN/cm2

t - espessura da parede do silo; em em

a1 - coeficiente de dilatagao termica do concreto, igual a 10'5/"C;

L1T - diferenga de temperatura entre a face interna e a face externa da

parede; em oc v - coeficiente de Poisson do concreto, assumido ser igual a 0,2;

yq - coeficiente de ponderagao para as agees variaveis, adotado igual a 1,4

conforme recomendagao de SAFARIAN & HARRIS (1985).

Um procedimento para a obtengao da diferenga de temperatura L1T, foi

proposto por SAFARIAN & HARRIS (1985) e e a seguir apresentado.

Tres hip6teses foram inicialmente estabelecidas:

• a tensao de tragao do concreto e negligenciada;

27

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• as temperaturas das paredes variam somente radialmente (diferenc;:as de

temperatura entre Iadas sombreados e ensolarados, entre pontos de

diferentes elevagoes eo efeito do vento sao todos desconsiderados);

• e estabelecida uma temperatura denominada temperatura interna de projeto

(T;,pr). Essa temperatura corresponde a temperatura ideal do produto no

armazenamento.

A diferenc;:a de temperatura ~ T e definida como:

(12)

onde

T ;,pr - temperatura interna de projeto em °C

T. - temperatura externa (do meio ambiente) media em °C

K1 - coeficiente de transmissao de calor.

0 coeficiente de transmissao de calor, K, e obtido pela seguinte equayao:

K, =[ (O,OBt) I (10,37 + 0,08t)] (13)

0 calculo da armadura para absorver o efeito termico e apresentado no

item 4.3.1.

Cabe esclarecer que, no procedimento ora descrito, o cimento foi

originalmente considerado como produto armazenado. SAFARIAN & HARRIS

(1985) observaram, contudo que o principia adotado pode ser generalizado para

estruturas onde produtos granulares ou pulverulentos sejam armazenados. Essa

premissa foi aqui adotada, ja que o objetivo do presente trabalho e analisar silos

que armazenem produtos agricolas - em geral granulares e sujeitos a variayao de

28

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temperatura. Para tais produtos, a expressao do coeficiente de transmissao de

calor Kt , proposta pelos autores, fornece valor compatfvel porem aproximado.

Para a determinagao exata desse valor, seria necessaria um estudo experimental

do produto agricola a ser armazenado que permitisse estabelecer suas

propriedades e seu comportamento quando sujeito a efeitos termicos. Tal analise

foge ao escopo do presente trabalho.

4.2.3 A<;OES DEVIDAS AO VENTO

Toda a estrutura de silo deve ser projetada para resistir aos efeitos

causados pelo vente. As ayaes devidas ao vente tem papel significative no

dimensionamento da estrutura de um silo. A forga de arrasto resultante do efeito

do vente sobre a celula gera, por sua vez, um memento de tombamento que deve

ser absorvido pelas fundayi)es.

Para calcular as ayaes devidas ao vente foram utilizadas as especificayaes

da norma brasileira NBR 6123- Forgas devidas ao vente em edificay5es (ABf'JT,

1986).

As ayaes de vente que atuam na estrutura do silo sao denominadas forgas

de arrasto e sao calculadas atraves da expressao:

(14)

on de

Far.i- e a forga de arrasto atuando no trecho ida celula

q; - e a pressao de obstrugao no trecho i da celula

c. -e o coeficiente de arrasto

29

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Aei - e a area frontal efetiva, ou seja area da projegao ortogonal do silo, estrutura

ou elemento estrutural sabre um plano perpendicular a diregao do vento, no

trecho ida celula.

A pressao de obstrugao do vento (q) e calculada atraves da seguinte

expressao:

on de

q; - pressao de obstrugao (em N/m2) para o trecho ida celula

Vk,; - velocidade caracterfstica (em m/s) para o trecho ida celula

(15)

A velocidade caracterfstica e calculada baseando-se em dados de projeto e

nas caracterfsticas da regiao em que se localiza a estrutura, e a expressao

utilizada e a que segue:

on de

vk.i - velocidade caracterfstica para 0 trecho i da celula

Vo - velocidade basica

S 1 - fat or topografico

S2,, - fator rugosidade para o trecho i da celula

s3 - fator estatfstico

(16)

Os valores a serem utilizados para a velocidade basica Vo e para os fatores

S1, S2 e S3 sao apresentados no Apemdice.

30

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Os coeficientes c. foram estabelecidos pela norma NBR 6123 e sao

apresentados no Apendice.

0 momenta de tombamento causado pela forya devida ao vente e

calculado em relacao aos eixos das vigas de fundacao segundo a expressao:

Mtom = l:Far,i. h; (17)

on de

Mtom - o momenta de tombamento

F.,,; - forya de arrasto relativa ao trecho ida celula

h; - altura considerada para aplicacao da forya de arrasto no trecho i

medida a partir da base da celula.

0 momenta de tombamento e necessaria para 0 calculo das fundagoes da

estrutura do silo e, embora esse calculo nao faya parte do escopo do presente

trabalho, a solicitacao em questao ja e calculada e fornecida pelo programa.

4.2.4 FORCA VERTICAL NA PAREDE DO SILO

Proposto urn valor de espessura para a parade do silo, e posslvel calcular

a forya vertical ultima por unidade de perlmetro da celula ( Fv,u).

A expressao proposta pela norma americana ACI 313 (1997) para o calculo

da forya vertical ultima (Fv,u) e a seguinte:

Fv,u = 1, 7 (F. (H)+ RLL + outras aq6es acidentais) +

1,4 (WW + RDL + outras aqoes permanentes)

31

(18)

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on de

Fa (H) - forc;a de atrito na base da celula de altura H, distribuida linearmente no

perfmetro da segao

RLL - agao acidental no telhado, distribufda linearmente no perimetro da segao

RDL - peso proprio da cobertura da celula, distribuido linearmente no perf metro

da segao

WW - peso proprio da celula, distribufdo linearmente no perfmetro da segao.

Observa-se que os val ores 1 , 7 e 1 ,4 correspondem aos coeficientes de

ponderagao para a96es acidentais e a\(6es permanentes, respectivamente,

utilizados pela norma americana AC1313 (1997).

A agao devido ao peso proprio da celula WW e obtida pela expressao:

WW=rc.t.H (19)

on de

Yc - peso especifico do material construtivo

t - espessura da parede do silo

H - altura da celula

Considerando-se que a cobertura da celula e constitufda de uma laje

circular plana de concreto armado de espessura 15 em, a agao RDL e obtida pela

expressao:

RDL = {Yc. [(nlY)/ 4]. 0, 15}1 nD (20)

32

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on de

Yc - peso especffico do material construtivo

D - diametro da segao transversal da celula cilfndrica.

Para o calculo da agao acidental RLL, considera-se inicialmente o valor de

uma sobrecarga por unidade de area igual 1 ,5 KN/m2 de laje. Essa sobrecarga e, entao, transformada em uma forc;:a distribuida lineanmente pelo perfmetro da

celula, por meio da seguinte expressao:

RLL = { 1,5. [( mi)l 4]} I nO (21)

onde D e o diametro da segao transversal da celula cilindrica.

4.3 DIMENSIONAMENTO E VERIFICAc;fAO

4.3.1 ARMADURA HORIZONTAL CIRCULAR

A armadura horizontal circular total (As) e constituida por 2 parcelas: Asc(Y)

e Ast. A parcela de anmadura Asc(Y) e a area da anmadura horizontal circular por

unidade de altura da celula na profundidade y requerida para absorver as

pressoes horizontais causadas pelo produto armazenado e e obtida pela

expressao:

Asc(y)=Fu(y)l(¢. fy)

on de

Fu(y) - forc;:a horizontal ultima, obtida pela expressao (10) para a

profundidade y

fy - tensao de escoamento do ago a tragao;

33

(22)

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- coeficiente de minorac;:ao da resistencia do ac;:o, adotado igual a 0,9,

segundo a norma americana ACI318.

A tensao de escoamento do ac;:o, fy corresponds ao valor caracterfstico fyk,

mencionado pela norma brasileira NBR 6118.

A segunda parcela e referente a area Ast de armadura horizontal circular

requerida para absorver as tensoes geradas pelo efeito termico e e obtida pela

expressao:

Ast = Mt.ulfy (d- d} (23)

on de

Ast - armadura horizontal circular por unidade de altura da celula

Mr,u - momenta ultimo de flexao causado pelo efeito termico ( expressao 11)

fy - tensao de escoamento do ac;:o a trac;:ao

d - altura util da sec;:ao de concreto

d' - distancia da armadura de compressao a borda mais proxima.

4.3.2 ARMADURA VERTICAL

Segundo SAFARIAN & HARRIS (1985), normalmente a armadura vertical

requerida para a parede do silo nao e calculada a partir dos valores de pressao e

de forc;:a que atuam na celula. Uma taxa minima da armadura, especificada pela

norma americana ACI 313, e em geral utilizada.

Assim a armadura vertical, por unidade de perfmetro da celula, segundo a

referida norma, nao deve ser menor que:

34

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Asv,m = 0,0020. b, t (cm2/m) (24)

on de

A.v,m - e a armadura vertical minima por unidade de peri metro

b - e a largura unitaria da parede da celula, igual a 100 em, medida ao

Iongo do per! metro da segao

t - espessura da parede do silo (em em).

A norma americana ACI 313 (1997}, exige que o espa9(3mento entre

barras verticais nao exceda a 4t, onde t e a espessura da parede do silo, nao

devendo ainda ser maior que 45 em.

4.3.3 DISTRIBUICAO DAS ARMADURAS

Para silos com espessura de parede ate 20 em, tanto a armadura

horizontal quanta a armadura vertical devem ser distribuidas em uma s6 camada,

posicionada no centro da parede. Para silos com espessura de parede maiores

que 20 em, as armaduras deverao ser distribuldas em duas camadas, pr6ximas as

faces intema e extema da parede, respectivamente. Para o caso de camada

dupla, a armadura horizontal relativa ao efeito termico a rigor deveria ser

adicionada a face mais fria da parede. Na pratica, sugere-se que essa armadura

seja acrescentada a ambas as faces.

A figura 2 ilustra a distribuigao das armaduras para o caso de paredes com

espessuras maiores que 20 em. As barras verticais devem estar em cada face da

parede do silo para facilitar a amarragao das barras que compoem a armadura

horizontal circular e para garantir que a estrutura resista satisfatoriamente aos

efeitos de flexao vertical.

35

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• • • • • • • • b • •

c c ..-.--. ...._t

Figura 2 - Vista de topo da parede de urn silo mostrando a posic;iio da annadura vertical para paredes com espessura acima de 20cm. t- espessura da parede, b - dimensao horizontal considerada, c- cobrimento.

4.3.4 VERIFICA<;;AO DAS PAREDES DO SILO QUANTO A FLAMBAGEM

A forc;:a vertical ultima (Fvu) na parede do silo, calculada pela expressao

(18) nao deven:'i exceder o valor admissivel da forc;:a vertical impasto pela norma

americana ACI 313 (1997), para que nao ocorra ruina por flambagem.

0 valor admissivel para forc;:a vertical da parede do silo (Pn,p) por unidade

de perimetro e estabelecido pela expressao:

Pn,p = 0,55 £/!c fck f (25)

on de

¢/c - coeficiente de minoragao da resistencia, adotado igual a 0,7 segundo

a norma americana ACI313 (1997);

fck - resistencia caracteristica a compressao do concreto;

t - espessura da parede do silo.

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5. 0 PROGRAMA COMPUTACIONAL

5.1. CONSIDERA«;OES PRELIMINARES

Urn programa computacional foi desenvolvido para sistematizar os

procedimentos de calculos utilizados na obtencrao das ag5es que atuam sobre

estruturas de silos unicelulares em concreto armado de forma cilfndrica. 0

programa permite tambem calcular as armaduras necessarias para absorver as

tensaes e as solicita¢es geradas por tais agoes.

0 programa, desenvolvido na linguagem FORTRAN, foi denominado

PROGSILO, e e composto por urn modulo principal e por Ires subrotinas que sao:

Termico, Vento e Pressoes. Essas subrotinas sistematizam os procedimentos

estabelecidos para obter as ag5es devidas ao efeito termico, ao vento e a presenga do produto armazenado respectivamente. Tais procedimentos foram

desenvolvidos a partir das formulagoes te6ricas descritas no capitulo 4 do

presente trabalho.

A seguir sao apresentados os fluxogramas que deram origem ao programa

PROGSILO. 0 programa fonte pode ser encontrado no anexo do presente

trabalho.

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5.2 FLUXOGRAMAS

5.2.1 MODULO PRINCIPAL

0 modulo principal acessa um arquivo de dados que contem os valores a

serem atribuidos as variaveis comuns a todas as subrotinas, e chama as

subrotinas Termico, Vento e Pressoes, conforme descrito no fluxograma

apresentado na figura 3.

INICIAR

LER: t, D, H

SUBROUTINE SUBROUTINE SUBROUTINE TERM ICO VENTO PRESSOES

FIM

Figura 3- Fluxograma do mOdulo principal

As variaveis t, D e H sao: a espessura da parede do silo, o diametro

da celula e a altura da celula, respectivamente.

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5.2.2 SUBROTJNA TERMICO

.A. subrotina Termico tern como objetivo calcular a armadura horizontal

necessaria para absorver o efeito termico que atua sobre estrutura do silo. Nesta

subrotina, apos a leitura dos dados armazenados no arquivo de entrada

TERMICO.DAT, sao calculados: a temperatura inicial de projeto, o coeficiente de

transmissao de calor, a diferenya de temperatura entre a face intema e extema da

parede da celula, o momento causado pelo efeito termico e a area de ace

necessaria para absorver esse momento. Os resultados obtidos sao armazenados

no arquivo de safda TERMICO.OUT.

A seguir sao apresentados o fluxograma da subrotina Termico (figura 4) e a

listagem de sfmbolos, com suas respectivas referemcias e descriyaes. A coluna

Referencia (Ref.) apresenta o sfmbolo da variavel, do parametro ou da constante

utilizado na formular;iio teorica, descrita no capitulo 4 do presente trabalho.

Sfmbolos Ref. Descrir;iio

AST A.t =area da armadura para o efeito termico (cm2/m)

Cdt Ctt = coeficiente de dilatar;iio termica do concreto

di d' = distancia da armadura de compressao a borda

mais proxima (em)

ds d =altura util da ser;ao do concreto (em)

DT LlT = diferenya de temperatura entre a face

intema e a face externa da parede (0 C}

Ec Ec = modulo de deformar;iio longitudinal do

concreto (KN/cm2)

FY fy = tensao de escoamento do ace a trar;iio (KN/cm2)

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Kt Kt = coeficiente de transmissao de calor

M,., Mt,u = memento ultimo de flexao causado pelo efeito

tewmico (KN.cm/m)

t1 t = espessura da parede do silo (em)

TIP T;,pr = temperatura interna de projeto (0 C)

To To = temperatura externa media (0 C)

( INir.IO

I

LER: T;,pr, To, Ec, at, fy, d, d'

I CACULO DO

COEFICIENTE DE TRANSMISSAO DE

CALOR K,

I CALCULO DE AT

I CALCULODO

MOMENTO Mt,u

I CALCULODA

AREA DE A<;:O Ast

I ECREVER OS RESULTADOS T;,pr, Kt,, L1 T, Mt,u e As,t

I ( FIM

Figura 4- Fluxograma da subrotina Termico

40

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5.2.3 SUBROTINA VENTO

A subrotina Vento tern a func;:ao de calcular as a<;:oes que o vento exerce na

estrutura de urn silo e o rnornento de tornbarnento resultante. Nesta subrotina,

ap6s a leitura dos dados arrnazenados no arquivo de entrada VENTO.DAT, sao

calculados a velocidade caracterlstica do vento, a pressao dinarnica, a for<;:a de

arrasto, e o rnornento de tornbarnento. Os resultados sao armazenados no arquivo

de salda VENTO. OUT.

A seguir sao apresentados o fluxograrna da subrotina Vento (figura 6) e a

listagem de sirnbolos, com suas respectivas referencias e descri¢es.

Slrnbolos Ref. Descric;:8o

Ae (I) A,; = area frontal efetiva

Ca (I) c. = coeficiente de arrasto para o trecho i

FAR( I) Far.i = for<;:a de arrasto atuando no trecho ida celula (KN)

Hp hp = altura do pilar de sustentac;:ao da celula

Hv (I) hi = altura do ponto de aplicac;:8o da for<;:a de arrasto do

trecho i a partir da fundac;:8o

L(l} = comprimento do trecho i (m}

MTv Mtom = Mornento de Tombarnento (KN.rn)

p = nurnero de intervalos

PF = profundidade da funda9fio, considerada abaixo do

solo

qi(!) Q; = pressao dinarnica do vento relativa ao trecho i da

celula (KN/rn2}

41

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81 81 = fator topografico

82(1) 82(i) = rugosidade do terreno relativa ao trecho i da celula

83 83 = fator estatfstico

VK (I) Vk,i = velocidade caracterfstica do vento para o trecho i

Vo

da celula

Vo = velocidade basica do vento

Fars

Far3

Far,

Far-1

hp Hv(L Hv(3) Hv(5)

Hv(2) Hv(4)

Figura 5 - Modelo de silo com disposiyao das variaveis para o calculo das a(((les de vento

PF - profundidade da fundayao, onde esta posicionado o ponto de referencia (0) para o calculo do momento de tombamento

hp -altura dos pilares que sustentam a cefula (opcionaf)

Li - comprimento do trecho onde a forC(a de arrasto Far,; esta aplicada

Hv(i)- altura do ponto de apticayao da forC(a Far,;, a partir do ponto de referencia (0)

42

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( lNlClO

LER: Vo, S1, S2, S3, Ca, L, PF e P

CALCULO DA VELOCIDADE

CARACTERISTICA DO VENTO Vk,i

CALCULO DA PRESSAO DINAMICA

DOVENTOq;

CALCULO DA FOR<;:A DE ARRASTO Far,i

CALCULO DO MOMENTODE

TOMBAMENTO Mtom

ESCREVEROS RESULTADOS Hv,

VK, q;, F.,,;, Mtom

FIM

Figura 6 - Fluxograma da subrotina Vento

43

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5.2.4 SUBROTINA PRESSOES

A subrotina Press6es foi desenvolvida por SILVA (1998) como objetivo de

calcular as pressoes estaticas e dinamicas que atuam na estrutura do silo. Essa

parte do programa foi incluida no presente trabalho com as adaptac;Oes

necessarias, para que o programa apresente o calculo das ac;Oes atuando na

estrutura do silo em sua forma completa.

Na subrotina Pressoes, leem-se os dados relativos ao produto

armazenado, ao material construtivo, a geometria do silo, todos armazenados no

arquivo de entrada PRESSOES.DAT. Em seguida, sao calculadas as pressoes

horizontais e verticais e a forya de atrito, a forya horizontal ultima, a area de ac;o

requerida, as foryas verticais ultima e admissfvel. Os

armazenados no arquivo de safda PRESSOES.OUT.

resultados sao

A seguir sao apresentados o fluxograma da subrotina pressoes

(figura 7) e a listagem de sfmbolos, com suas respectivas referencias e

descric;Oes.

Simbolos Ref. Descrigao

ASC As,c = area da armadura horizontal circular para as

pressoes horizontais (cm2/m)

Ag As =area total da armadura horizontal circular (cm2/m)

Asv Asv.m =area da amadura vertical minima (cm2/m)

Cd cd = coeficiente para a pressao dinamica

44

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DIAM1 D = diametro da celula (m)

Ec Ec = modulo de deformayao longitudinal do concreto

(KN/cm2)

ECC e = excentricidade da boca da tremonha em relayao ao

eixo do silo (m)

FA Fa = forga de atrito por unidade de per! metro da seyao

(KN/m)

FC fck = resistencia caracterlstica a compressao do

concreto (KN/m2)

Fl Qls = fator de reduyao da tensao de escoamento do ago

a trayao (0.9 segundo a ACI-318)

FIV Qlc = fator de reduyao da resistencia do concreto a compressao (0.7 segundo a ACI313)

FU Fu = forga horizontal ultima de trayao por unidade de

comprimento da celula (KN/m)

FVU Fvu = forga vertical ultima (KN/m)

FY fy = tensao de escoamento do ago a trayao (KN/cm2)

G y = peso especlfico do produto armazenado (KN/m3)

GC Yc = peso especffico do concreto armada (KN/m3)

H1 H =altura da celula (m)

K K = relayao entre pressao horizontal e pressao vertical

(coeficiente K)

ML f!' = coeficiente de atrito com a parede

N = numero de pontos ao Iongo da altura da celula a

serem considerados

PDES pproj = pressao de projeto (KN/m2)

PECC Pee = pressao devido a excentricidade (KN/m2)

PH p = pressao horizontal na parede do silo (KN/m2)

PUV Pn,p = forga vertical admisslvel (KN/m)

45

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PV

RDL

RH

RLL

RO

t 1

ww y

q

<!>

t

y

= pressao vertical na celula (KN/m2)

= carga do telhado (peso proprio) (KN/m)

= raio hidraulico (m)

= carga do telhado (acidental) (KN/m)

= angulo de atrito interne

= espessura da parede do silo (em)

=peso da parede do silo (KN/m)

= profundidade do silo onde se quer a pressao

c INfCIO )

LER: ¢, p', y, H, e, N, Yc,

fclv fy, ¢,;, <ftc

LER: Cd

CALCULAR K E RH

CALCULODAS PRESSOES HORIZONTAL, VERTICAL, E FOR<;:A DE

ATRITO

NAO

SE e=O

SIM CALCULODA

- PRESSAO DEVIDO A

EXCENTRICIDADE 1

46

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1

• CALCULO DA PRESSAO DE PROJETO

CALCULO DA FORt;:A HORIZONTAL

Fu = 1, 7 PproJ (D/2)

AREA DE At;:O REQUERIDA PARA Fu:

As= F,/¢. fy

CALCULO DA VERTICAL ULTIMA NA PAREDE DO

SILO

CALCULO DA FORQA VERTICAL ADMISSiVEL

CALCULO DA ARMADURA VERTICAL MiNIMA

ESCREVEROS RESULTADOS: y, p, q, Fa, Co, Pee, proj, Fu, Asc, Fuv, Pn,p

eAsv

FIM

Figura 7 - Fluxograma da subrotina Pressiies uNICAMP

47 BIBLI CENTRAL SFC:AO

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6. EXEMPLOS DE APLICACAO

6.1 DADOS E CONSIDERACOES PRELIMINARES

Os exemplos de aplicagao descritos a seguir foram desenvolvidos para urn

silo unicelular em concreto armada de forma cilfndrica (fig. 8).

iL D v

1 I l / / I

I i

I I / /

I

' ! I I I H I I

! I HT i 1/ ! / I I I I

! I I

r1 ! r'l / /

! '

Figura 8 - Modelo de Silo em Concreto Armado com dimens5es

48

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Dados utilizados em todos os exemplos

Material construtivo:

Produto armazenado:

concreto armada

milho

Forma da celula: cilfndrica unicelular

Caracterfsticas ffsicas do produto armazenado

temperatura de conserva~o do produto (Ti,pr): 18•c

y = 7,50 KN/m3

4> = 28°

4>' = 18°

J..l = 0,5317

J..l' = 0,33

Caracterfsticas do material construtivo

YeA = 25 KN/m3

fck = 20 Mpa = 2,0 KN/cm2

Ec = 6600 ( fck + 3,5)112 (em MPa)

Ec = 32000 MPa = 3200 KN/em2

<Xt =10-5 /°C

a<;o CA-50A fyk = 50 KN/em2

Caracterfsticas geometricas do silo

altura total do silo:

altura da celula:

altura dos pilares:

espessura da parede:

altura util da parede:

recobrimento:

profundidade da funda~o considerada abaixo do solo:

49

HT=15,0m

H =10,0m

hp = 5,0 m

t =20 em

d = t-2em

d. = 2 em

PF = 0,5 m

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Ar;jjes devidas a cobertura da celula distribuidas linearmente no perimetro da set;ao da celula

forma de cobertura:

RDL:

RLL:

laje plana com 15 em de espessura

peso proprio (ver expressao 20)

at;ao acidental (ver expressao 21)

Dados relativos a at;ao devida ao vento

Fator topografico S1

terreno plano ou fracamente acidentado: S1 = 1,0

Fator rugosidade do terreno S2

Categoria Ill - fazendas com sebes e/ou muros

Classe A - edificat;ao na qual a maior dimensao horizontal ou

vertical nao exceda 20 m

Fator estatistico S3

Edificat;ao com baixo fator de ocupat;ao (silo): S3 = 0,95

Numero de trechos da celula para o calculo

da at;ao do vento: P = 5

lnformar;jjes para 0 calculo das pressoes dinamicas devidas

ao produto armazenado: as pressoes estaticas sao calculadas pelas

expressoes de Janssen.

50

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6.1.1 EXEMPLO DE APLICACAO 1

Dados especificos

Diametro da celula:

Boca de saida centrada:

Temperatura media ambiente:

Localizagao da obra:

Velocidade basica do vente:

Peso proprio devido a cobertura:

Agao acidental na cobertura:

6.1.2 EXEMPLO DE APLICACAO 2

Dados especificos

Diametro da celula:

Boca de sa ida centrada:

Temperatura media ambiente:

Localizagao da obra:

Velocidade basica do vente:

Peso proprio devido a cobertura:

Agao acidental na cobertura:

6.1.3 EXEMPLO DE APLICACAO 3

Dados especificos

Diametro da celula:

Boca de saida exc€mtrica:

51

D =6,0 m

e=O

35•c

Estado do Amazonas

v. = 30 m/s

RDL = 5,63 KN/m

RLL = 2,25 KN/m

D =6,0 m

e=O 5•c

Estado do Rio Grande do Sui

v. = 45 rnls

RDL = 5,63 KN/m

RLL = 2,25 KN/m

D =6,0 m

e = 1,5 m

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Temperatura media ambiente:

Localizayao da obra:

Velocidade basica do vento:

Peso proprio devido a cobertura:

Ayao acidental na cobertura:

6.1.4 EXEMPLO DE APLICACAO 4

Dados especfficos

Diametro da celula:

Boca de salda centrada:

Temperatura media ambiente:

Localizayao da obra:

Velocidade bc\sica do vente:

Peso proprio devido a cobertura:

Ayao acidental na cobertura:

6.2. RESULTADOS

28°C

Estado de Sao Paulo

(regiao de Campinas)

Vo = 45 m/s

RDL = 5,63 KN/m

RLL = 2,25 KN/m

D = 3,0m

e = 0,75 m

28°C

Estado de Sao Paulo

(Regiao de Campinas)

Vo = 45 m/s

RDL = 2,81 KN/m

RLL = 1,13 KN/m

Os resultados apresentados a seguir foram obtidos por meio do programa

computacional PROGSILO apresentado no capitulo 5. Os arquivos de entrada

relatives aos exemplos propostos no item 6.1 sao apresentados no anexo do

presente trabalho.

52

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6.2.1 EXEMPLO DE APLICA<;AO 1

TABELA 2- CALCULO DO EFEITO TERMICO E ARMADURA CORRESPONDENTE- exemplo 1

TIP (0 C)

18.0

KT (m)

.13

DT (o C)

2.27

Mft (KN/m)

5090.06 7.32

TABELA 3 - CALCULO DAS A<;OES DE VENTO E MOMENTO DE TOMBAMENTO- exemplo 1

Hv(l) VK(I) qi(l) FAR( I)

(m) (mls) (KN/m) (KN)

6.500 25.650 .403 3.388

8.500 26.505 .431 3.617

10.500 27.075 .449 3.775

12.500 27.360 .459 3.855

14.500 27.930 .478 4.017

MTv = 198.83 (KN.m)

53

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TABELA 4- CALCULO DAS PRESSQES E FORCAS DE ATRITO, DAS FORCAS ULTIMAS HORIZONTAL E VERTICAL, E DAS ARMADURAS CIRCULAR E VERTICAL- exemplo 1

y PH PV FA

(m) (KN/m2) (KN/m2

) (KN/m)

2.00 5.01 13.87 1.70

4.00 9.28 25.70 6.45

6.00 12.92 35.80 13.81

8.00 16.03 44.41 23.39

10.00 18.68 51.75 34.87

y PH CD PECC PDES FU ASC AST As

(m) (KN/m2) (adim.) (KN/m2

) (KN/m2) (KN/m) (cm2/m) (cm2/m) (cm2/m)

2.00 5.01 1.35 .00 6.76 34.47 .88 7.32

4.00 9.28 1.45 .00 13.45 68.62 1.75 7.32

6.00 12.92 1.55 .00 20.03 102.16 2.61 7.32

8.00 16.03 1.65 .00 26.45 134.91 3.45 7.32

10.00 18.68 1.65 .00 30.83 157.23 4.02 7.32

ARMADURA VERTICAL MINIMA: ASV = 4.00 cm2/m

FUV = 140.98 (KN/m) E MENOR QUE PUV = 1155.00 (KN/m) A ESPESSURA DA PAREDE DEVE SER MANTIDA

54

8.20

9.07

9.93

10.76

11.33

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6.2.2 EXEMPLO DE APLICACAO 2

TABELA 5- CALCULO DO EFEITO TERMICO E ARMADURA CORRESPONDENTE- exemplo 2

18.0

KT (m)

.13 1.74

Mft (KN/m)

3892.40 5.60

TABELA 6- CALCULO DAS ACOES DE VENTO E MOMENTO DE TOMBAMENTO- exemplo 2

Hv(l) VK(I) qi(l) FAR( I)

(m) (m/s) (KN/m) (KN)

6.500 38.475 .907 7.622

8.500 39.757 .969 8.139

10.500 40.612 1.011 8.493

12.500 41.040 1.032 8.673

14.500 41.895 1.076 9.038

MTv = 447.36 (KN.m)

55

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TABELA 7- CALCULO DAS PRESSOES E FORCAS DEATRITO, DAS FORCAS ULTIMAS HORIZONTAL E VERTICAL E DAS ARMADURAS CIRCULAR E VERTICAL- exemplo 2

y PH PV FA

(m) (KN/m2) (KN/m2

) (KN/m)

2_00 5_01 13_87 170

4_00 928 25_70 6.45

6.00 12.92 35.80 13.81

8.00 16.03 44.41 23.39

10.00 18.68 51.75 34.87

y PH CD PECC PDES FU ASC AST

(m) (KN/m2) (adim.) (KN/m2) (KN/m2

) (KN/m) (cm2/m) (cm2/m)

2.00 5.01 1.35 .00 6.76 34.47 .88 5.60

4.00 9.28 1.45 .00 13.45 68.62 1.75 5.60

6.00 12.92 1.55 .00 20.03 102.16 2.61 5.60

8.00 16.03 1.65 .00 26.45 134.91 3.45 5.60

10.00 18.68 1.65 .00 30.83 157.23 4.02 5.60

ARMADURA VERTICAL MINIMA: ASV = 4.00 cm2/m

FUV = 140.98 (KN/m) E MENOR QUE PUV = 1155.00 (KN/m) A ESPESSURA DA PAREDE DEVE SER MANTIDA

56

As

(cm2/m)

6.48

7.35

8.21

9.04

9.61

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6.2.3 EXEMPLO DE APLICACAO 3

TABELA 8- CALCULO DO EFEITO TERMICO E ARMADURA CORRESPONDENTE - exemplo 3

TIP (o C)

18.0

KT (m)

.13

DT (0 C)

1.34

Mft (KN/m)

2994.15 4.31

TABELA 9- CALCULO DAS ACOES DE VENTO E MOMENTO DE TOMBAMENTO- exemplo 3

Hv(l)

(m)

6.500

8.500

10.500

12.500

14.500

VK(I)

(m/s)

38.475

39.757

40.612

41.040

41.895

MTv = 447.36 (KN.m)

qi(l)

(KN/m)

.907

.969

1.011

1.032

1.076

57

FAR( I)

(KN)

7.622

8.139

8.493

8.673

9.038

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TABELA 10- CALCULO DAS PRESSOES E FORCAS DE ATRITO, DAS FORCAS 0L TIMAS HORIZONTAL E VERTICAL E DAS ARMADURAS CIRCULAR E VERTICAL - exemplo 3

y PH

y

(m)

2.00

4.00

6.00

8.00

10.00

CD

PH PV

(KN/m2) (KN/m2

)

5.01 13.87

9.28 25.70

12.92 35.80

16.03 44.41

18.68 51.75

PECC PDES FU

FA

(KN/m)

1.70

6.45

13.81

23.39

34.87

ASC AST As

(m) (KN/m2) (adim.) (KN/m2

) (KN/m2) (KN/m) (cm2/m) (cm2/m) (cm2/m)

2.00 5.01 1.35 .63 7.39 37.67 .96 4.30

4.00 9.28 1.45 1.16 14.61 74.53 1.90 4.30

6.00 12.92 1.55 1.62 21.65 110.40 2.82 4.30

8.00 16.03 1.65 2.00 28.46 145.13 3.71 4.30

10.00 18.68 1.65 2.34 33.17 169.14 4.32 4.30

ARMADURA VERTICAL MINIMA: ASV = 4.00 cm2/m

FUV = 140.98 (KN/m) E MENOR QUE PUV = 1155.00 (KN/m) A ESPESSURA DA PAREDE DEVE SER MANTIDA

58

5.27

6.21

7.13

8.01

8.63

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6.2.4 EXEMPLO DE APLICA<;AO 4

TABELA 11- CALCULO DO EFEITO TERMICO E ARMADURA CORRESPONDENTE- exemplo 4

TIP ("C)

18.0

KT (m)

.13

DT (o C)

1.34

Mft (KN/m)

2994.15 4.31

TABELA 12- CALCULO DAS A<;fOES DE VENTO E MOMENTO DE TOMBAMENTO- exemplo 4

Hv(l) VK(I) qi(l) FAR( I)

(m) (m/s) (KN/m) (KN)

6.500 38.475 .907 3.811

8.500 39.757 .969 4.070

10.500 40.612 1.011 4.246

12.500 41.040 1.032 4.336

14.500 41.895 1.076 4.519

MTv = 223.68 (KN.m)

59

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TABELA 13- CALCULO DAS PRESSOES E FOR(,(AS DE ATRITO, DAS FOR(,(AS UL TIMAS HORIZONTAL E VERTICAL E DAS ARMADURAS CIRCULAR E VERTICAL- exemplo 4

y PH PV FA

(m) (KN/m2) (KN/m2

) (KN/m)

2.00 4.64 12.85 1.61

4.00 8.02 22.20 5.85

6.00 10.47 29.01 11.99

8.00 12.26 33.97 19.53

10.00 13.56 37.57 28.07

y PH CD PECC PDES FU ASC AST As

(m) (KN/m2) (adim.) (KN/m2) (KN/m2

) (KN/m) (cm2/m) (cm2/m) (cm2/m)

2.00 4.64 1.50 .58 8.00 20.41 .52 4.30

4.00 8.02 1.60 1.00 15.03 38.33 .98 4.30

6.00 10.47 1.75 1.31 20.69 52.75 1.35 4.30

8.00 12.26 1.85 1.53 24.22 61.76 1.58 4.30

10.00 13.56 1.85 1.70 26.79 68.31 1.75 4.30

ARMADURA VERTICAL MINIMA: ASV = 4.00 cm2/m

FUV = 123.59 (KN/m) E MENOR QUE PUV = 1155.00 (KN/m) A ESPESSURA DA PAREDE DEVE SER MANTIDA

60

4.83

5.28

5.65

5.88

6.05

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6.3. ANALISE DOS RESULTADOS

Nos quatro exemplos propostos para a verifica~o do programa, urn unico

produto foi utilizado, qual seja, o milho. Tambem a altura do silo e a espessura da

parede foram mantidas com os mesmos valores. Os parametres alterados de urn

exemplo para outro foram: velocidade do vento, temperatura externa, diametro da

celula, e presen98 ou nao de excentricidade na boca de safda.

Nos exemplos 1 e 2, foi adotada a excentricidade e igual a zero, ou seja,

boca de safda centrada. A localiza~o geografica de cada exemplo estabeleceu

diferen98s nos valores de temperatura externa e nos valores da velocidade basica

do vento. A diferen98 nas temperatures externas levou a valores distintos para a

armadura horizontal relativa ao efeito termico, A.i 7,32 cm2/m para o exemplo 1, e

5,60 cm2/m para o exemplo 2. A maior varia~o de temperatura ocorre no exemplo

1, o que explica a maior taxa de armadura obtida para esse caso. 0 memento de

tombamento resultante do efeito da a~o de vento, M-, apresentou urn valor

significativamente maior no exemplo 2, 447.36 KN.m, comparativamente ao

exemplo 1, 198.83 KN.m. Essa diferen98 ocorreu em fun~o dos valores adotados

para a velocidade basica do vento V0, quais sejam, 45m/s no exemplo 2, e 30 m/s

no exemplo 1. A armadura circular necessaria para absorver o efeito das

pressoes causadas pelo produto armazenado, Asc, nao sofreu altera~o do

exemplo 1 para o exemplo 2. lsso se justifica ja que a geometria do silo e o

produto armazenado foram mantidos constantes.

Comparando-se agora os exemplos 1 e 3, tres dados de entrada

apresentam valores distintos: a velocidade basica, a temperatura externa e a boca

de safda, - centrada no exemplo 1 e excentrica no exemplo 3. A compara~o dos

resultados obtidos para os dois primeiros fatores e semelhante ao ja descrito na

61

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comparagao entre os exemplos 1 e 2. Ja a modificagao causada pela

excentricidade da boca de safda, considerada no exemplo 3, resultou em maiores

pressoes horizontais de projeto, Pdes. para esse exemplo, e consequentemente em

maiores valores para a forga horizontal ultima de tragao, Fu , e para a armadura

horizontal circular necessaria para absorver o efeito das pressoes causadas pelo

produto armazenado, Asc. Nenhuma mudanga ocorreu para os valores da forga

vertical ultima, Fvu, o que se justifica ja que esta variavel depende das dimensoes

horizontal e vertical do silo, do material construtivo, e da agao acidental

considerada, adotados com os mesmos valores nos dois exemplo analisados.

A comparagao entre os exemplos 3 e 4 permite verificar a influencia da

geometria do silo nas ac;:Qes que atuam na estrutura, e nas armaduras

necessarias. Dois dados foram modificados do exemplo 3 para o exemplo 4: o

diametro da celula, D- 6,0 m e 3,0 m, respectivamente- e a excentricidade da

boca de sa fda, e - 1,5 m e 0,75 m, respectivamente. Deve-se observar que,

embora numericamente diferentes, as excentricidades, nos dois casos,

correspondem a 25% do diametro da celula. Como o valor da temperatura

externa foi mantido, a armadura horizontal circular necessaria para absorver o

efeito termico, A.,t, e a mesma para os dois exemplos: 4,31 cm2/m. Embora a

velocidade basica do vento tambem seja a mesma para os dois exemplos, o

memento de tombamento, Mtom, apresenta valores distintos: 447,36 KN.m no

exemplo 3, e 223.68 KN.m no exemplo 4. Essa diferenga ocorre porque a for<;:a de

arrasto, F.,, responsavel pelo momenta de tombamento, e proporcional a geometria do silo. Assim, para maier diametro, maiores forgas de arrasto e

consequentemente maier memento de tombamento ocorrem. A geometria do silo

tambem afeta as pressoes causadas pelo produto armazenado e

consequentemente as armaduras delas decorrentes, A.c. Para o exemplo 3, com

diametro igual a 6,0 m, as pressoes de projeto Pdes, a forga horizontal ultima Fu, e

as armaduras A.c apresentaram valores maiores comparativamente ao exemplo 4,

62

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com diametro igual a 3,0 m. A forga vertical ultima Fvu tambem depende da

geometria do silo. Seu valor e diretamente proporcional ao diametro da celula. No

exemplo 3, o valor de Fvu resultou em 140,98 KN/m enquanto que para o exemplo

4 o valor obtido foi 123,59 KN/m.

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7. CONCLUSOES E PROPOSTA PARA TRABALHOS FUTUROS

Os procedimentos de calculo propostos no presente trabalho se basearam

em uma forma de analise estrutural simples, pautada na teoria e nas hip6teses da

Resistemcia des Materiais. Dois aspectos nortearam essa escolha:

a nao existemcia de uma norma brasileira para estruturas de silos, que

levou a busca de um conjunto de especificac;:Oes que pudesse servir de

orientagao ao trabalho;

- a necessidade de encontrar um procedimento que fosse compatfvel com os

objetivos a serem atingidos em um trabalho de mestrado para a Engenharia

Agricola.

A resposta a esses dois aspectos foi encontrada nas especifica9oes da

norma americana ACI-313, que apresentam procedimentos de calculo e de

dimensionamento de silos em concreto armada de maneira simples e eficiente,

pelo menos para um primeiro estagio de analise.

Valores de calculo para as a96es e para a resistencia do material

construtivo foram estabelecidos pela norma americana. Esse procedimento,

embora nao siga o mesmo rigor usado pela norma brasileira NBR-8681 A¢es e

Seguram;;a das Estruturas, levou a resultados que podem ser considerados

satisfat6rios para estruturas de pequeno porte e pequena complexidade

estrutural, como e o case de um silo cilindrico unicelular.

64

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0 programa computacional que resultou do presente trabalho pede ser

aplicado para analisar situac;:oes diversas, tal como foi feito no capitulo 6. A

geometria do silo, a localizagao geografica, e o produto armazenado sao

variaveis do programa que fornece como resultado as armaduras necessarias

para a estrutura do silo. 0 programa permite tambem verificar se a espessura

proposta para a parede e viavel como solugao. Como pede ser observado pelos

resultados obtidos a partir dos exemplos de aplicagao, o programa sistematiza

adequadamente aos procedimentos de calculo apresentados no capitulo 4.

0 programa computacional se aplica a silos unicelulares, e fornece a base

para futures desenvolvimentos, que permitirao a analise de estruturas de silos

mais complexas, tais como silos de segao nao circular ou ainda silos

multicelulares, e que poderao ser utilizadas para o armazenamento dos mais

variados produtos agricolas ou mesmo industrializados.

A fim de dar sequencia ao presente trabalho, os seguintes aspectos devem

ser abordados:

desenvolvimento de procedimentos de calculo para silos com mais de uma

celula, e/ou de sec;:Oes geometricas nao-circulares;

determinagao do coeficiente de transmissao de calor para outros tipos de

grao;

ampliagao da proposta para uso de outros materiais construtivos como por

exemplo silos de estrutura metalica.

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analise de custo para a construgao de silos com diferentes materiais

construtivos como, por exemplo; madeira, chapa metalica ou concreto de alta

resist€mcia.

66

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ANEXO

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PROGSILO - PROGRAMA FONTE

*PROGSILO

* SILO EM CONCRETO ARMADO: CALCULO DAS A<;;OES E * DAS ARMADURAS * * ARQUIVO FONTE: SILOCA.FOR

SILO.DAT SILO.OUT

* ARQUIVO DE ENTRADA: * ARQUIVO DE SAIDA: * .................. ""VARIAVEIS UTILIZADAs .. •••• ............ . * * Ae =area frontal efetiva [m2]

* * ASC = armadura horizontal [cm2/m] * * ASV = armadura vertical mfnima [cm2/m] * * As =area total da armadura horizontal [cm2/m] * * AST = armadura para a tensao termica [cm2/m] * * Ca = coeficiente de arrasto [adimensional] * * CD = coeficiente para a pressao dinamica [adimensional] * * Cdt = coeficiente de dilatar;8o termica do concreto [grau centigrade -1

]

* * DIAM = diametro do silo [m] * * di = distancia da armadura de compressao a borda mais proxima [em] * * ds = altura util da ser;ao do concreto [em] * * DT * *

= diferenya de temperatura entre a face interna e a face externa da parede [grau centigrade]

* Ec = modulo de deformar;ao longitudinal do concreto [KN/cm2]

* * ECC = excentricidade da boca de safda em relar;8o ao eixo do silo [m] * * FA = forya de atrito por unidade de perfmetro da ser;8o [KN/m] * * FAR = forya de arrasto [KN] *

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* FAR = forc;:a de arrasto [KN] * * FC = resistencia caracterfstica a compressao do concreto [KN/m2

]

* * Fl * * * FIV * *

= fator de reduyao da resistencia (0.9 para trayi:io segundo a ACI-318) [adimensional]

= fator de reduyi:io da resistencia usado pela ACI-313 adotado igual a 0.7 [adimensional]

* FU = forc;:a horizontal ultima de trayi:io [KN/m] * * FVU = forc;:a vertical ultima [KN/m] * * FY = tensao de escoamento do ac;:o a trac;:ao [KN/cm2

]

* * G = peso especifico do produto [KNtm1 * * GC = peso especifico do concreto armada [KN/m3

]

* * H = altura da celula [m] * * Hb2 = auxiliar * * Hp =altura dos pilares que sustentam a celula (opcional) [m] * * HT * * Hv * *

= altura do silo, incluindo os pilares de sustentayi:io [m]

=altura do ponte de aplicac;:ao da forc;:a FAR, a partir do ponte de referencia 0 [m]

* K = relayi:io entre pressao horizontal e pressao vertical (coeficiente K) [adimensional]

* * Kt = coeficiente de transmissao de calor * * L (I) * * Mter

*

= comprimento do trecho i [m]

= memento ultimo de flexao causado pelo efeito termico [KN.cm/m]

* ML = coeficiente de atrito com a parede [adimensional] * * MTv =memento de tombamento [KN.m] *

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* N = numero de pontes ao Iongo da profundidade do silo a ser considerado

* * P = numero de intervalos * * PDES = pressao de projeto [KN/m2

]

* * PECC = pressao devido a excentricidade [KN/m2

)

* * PF = profundidade da funda~o. considerada abaixo do solo [m] * * PH * * PUV * * PV *

= pressao horizontal [KN/m2)

= forca vertical admissivel [KN/mj

= pressao vertical [KN/m2)

* qi = pressao dinamica do vente [KN/m2)

* * RDL = carga do telhado (peso proprio) [KN/m) * * RH = raio hidraulico [m] * * RLL = carga do telhado (acidental) [KN/m] * * RO = angulo de atrito interne [radiano) * * S1 = fator topografico [adimensional) * * S2 = fator de rugosidade do terrene [adimensional) * * S3 = fator estatfstico [adimensional) * * t = espessura da parede do silo [em] * * TIP =temperatura interna de projeto [grau centigrade] * * To =temperatura externa media [grau centigrade] * • VK = velocidade caracteristica do vente [m/s] * • Vo = velocidade basica do vente [m/s] * • ww = peso da parede acima da altura Y [KN/m) •

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* Y = profundidade do silo onde se quer a pressao [m] * ***""*""*******************************"***"**"*************

* ....... MODULO PRINCIPAL * ....... ABERTURA DE ARQUIVO *

OPEN (2, FILE='SILO.DAT) * -LEITURA DAS VARIAVEIS *

*

*

READ (2, 1 0) t, DIAM, H 10 FORMAT (F7.3, F6.3, F7.3)

CALL TERMICO (t, AST) ASTL=AST CALL VENTO (DIAM) CALL PRESSOES (t, DIAM, H, ASTL) STOP END

............... CALCULO DO EFEITO TERMICO"•"* .. """** *

*

*

SUBROUTINE TERMICO (t1, AST1) REAL KT, Mter

OPEN (3, FILE='TERMICO.DAT) OPEN (8, FILE='TERMICO.OUT',STATUS='NEW)

....... LEITURA DAS VARIAVEIS *

READ (3, 15) TIP, To ,Ec, Cdt ,Fy, ds, di 15 FORMAT (F7.3, F7.3, F12.2, F10.7, F8.2, F8.3 ,F8.3)

* ........ CALCULO DO COEFICIENTE DE TRANSMISSAO DE CALOR *

KT = (0.08 *t1) I (10.37 + 0.08 * t1) * •••· ••** CALCULO DA DIFERENCA DE TEMPERATURA DT *

DT = KT * ABS (TIP- To) * ...... **CALCULO DO MOMENTO ULTIMO DE FLEXAO CAUSADO * PELO EFEITO TERMICO

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* Mter = 1.4 * (Ec *t1**2 * Cdt * DT I (1.- 0.2)) * 100.

* ....... CALCULO DA ARMARDURA HORIZONTAL AST *

AST1 = Mter /(Fy * (ds- di)) * ....... IMPRESSAO DOS VALORES *

*

*

*

WRITE (8,20) 20 FORMAT (//,4X,'TIP', 14X,'KT', 14X,'DT', 14X,'Mter', 14X,'AST',//)

WRITE (8,25) 25 FORMAT(//, 1X,'(Grau Celsius)', 16X,'(Grau Celsius)',

$8X,'(KN.cm/m)',9X,'(cm2/m)',//)

WRITE (8,30) TIP, KT, DT, Mter, AST1 30 FORMAT(/, 1X,F5.1, 14X,F4.2, 10X,F6.2,6X,F14.2,8X,F7.3,/)

RETURN END

••••••• .. ••••• .. CALCULO DAS ACOES DE VENTO ................ .,, •••

* SUBROUTINE VENTO (DIAM1)

* ....... DEFINICOES *

INTEGER P REAL MTv, L(30)

DIMENSION Hv(30), Ca(30), S2(30),Ae(30), $FAR(30),qi(30),VK(30)

....... ABERTURA DE ARQUIVO *

OPEN (4, FILE='VENTO.DAT') OPEN (7, FILE='VENTO.OUT',STATUS='NEW)

* ........ LEITURA DAS VARIAVEIS *

READ (4,10) Vo, S1, S3, Hp, PF, P 10 FORMAT (F7.3, F5.2, F5.3, F7.3, F5.2, 13)

*

72

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....... CALCULO DA VELOCIDADE CARACTERISTICA DO VENTO *

*

AUXV=Vo*S1 *S3 D0151=1,P READ (4,20) L(I),Ca(I),S2(1)

20 FORMAT (F7.3,F5.2,F5.3) VK(I) = AUXV * S2(1)

*****CALCULO DA PRESSAO DINAMICA DO VENTO *

qi(l) = 0.613 * (VK(I)**2)* 0.001 * *****CALCULO DA FORCA DE ARRASTO *

*

Ae(l) = L(l) * DIAM1 FAR( I) = Ca(l) * qi(l) * Ae(l)

15 CONTINUE Hv(1 )= PF + Hp + L(1 )/2.

*****CALCULO DO MOMENTO DE TOMBAMENTO *

*

MTv = FAR(1) * Hv(1) DO 251 = 2,P Hv(l) = Hv(l-1) + L(l-1)/2. + L(l)/2. MTv = MTv + FAR(I) * Hv(l)

25 CONTINUE

....... IMPRESSAO DOS VALORES *

*

*

*

*

WRITE (7,30) 30 FORMAT (//,4X,'Hv(l)', 1 OX,'VK(I)', 12X,'qi(l)', 16X,'FAR(I)'I/)

WRITE (7,35) 35 FORMAT (/1,2:x,'(m)', 12X,'(mls)', 13X,'(KN/m)', 15X,'(KN)',I/)

D0261=1,P WRITE (7,40) Hv(l), VK(I), qi(l), FAR(I)

40 FORMAT (I, 1 X, F7 .3,8X,F9.3,8X, F8.3,8X,F8.3,1) 26 CONTINUE

WRITE (7,45) MTv 45 FORMAT (/I,'MTv = ',F8.2, 1X,'(KN.m)',/l)

RETURN END

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* .......... ** CALCULO DAS PRESSOES DOS SILOS•• .. •• .. ••** * * SUBROUTINE PRESSOES (t2, DIAM2, H2, AST2) * ****** DEFINICOES *

*

*

*

INTEGER Y1

REAL ML, K

DIMENSION PH(30), PV(30), FA(30), PECC(30), PDES(30), $FU(30), ASC(30), Y(30), CD(30), As(30)

- ABERTURA DOS ARQUIVOS *

OPEN (5, FILE='PRESSOES.DAT) OPEN (9, FILE='PRESSOES.OUT,STATUS='NEW)

* ****** LEITURA DAS VARIAVEIS *

*

*

READ (5,10) RO,ML,G,ECC,N,GC,FC,FY,FI,FIV 10 FORMAT (F6.4,F7.4,F8.2,F7.3,14,F7.3,F9.2,F10.2,2F5.2)

READ (5,20) (Y(I), 1=1 ,N) 20 FORMAT (F7.3)

****** LEITURA DE CD (COEFICIENTE DE SOBREPRESSAO) *

*

READ (5,30) (CD(I), 1=1 ,5) 30 FORMAT (5F6.3)

- CALCULO DO RAIO HIDRAULICO *

RH = DIAM2/4.0 * ****** CALCULO DO COEFICIENTE K *

K = (1.0- SIN (RO)) I (1.0 +SIN (RO)) * * - CALCULO DAS PRESSOES E FORCAS DE ATRITO *

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*

*

*

*

*

*

*

*

Hb2 = DIAM2 *TAN (RO)

DELTA= (H2- Hb2) /4.0 HAUX= Hb2 Y1 = 1

DO 35 J=1,5

DO 361=Y1,N

IF (Y(I).GT.HAUX) $THEN

HAUX = HAUX +DELTA Y1 ;;;; I GOT035 ELSE

PH(I) = G * RH/ML * (1. - EXP((-ML *KIRH) * Y(l)))

PV(I) = PH(I)IK

FA( I)= RH * (G * Y(l)- PV(I))

****** PARCELA DA PRESSAO HORIZONTAL DEVIDA A SAIDA EXCENTRICA *

*

IF (ECC.EQ.O.O) $THEN

PECC(I) = 0.0 ELSE PECC(I) = 0.25 *PH( I) * ECC I (DIAM212.0) END IF

* PRESSAO HORIZONTAL DE PROJETO *

PDES(I) = CD (J) *PH (I) + PECC (I) * * CALCULO DA FORCA HORIZONTAL ULTIMA *

FU(I) = PDES(I) * DIAM2/2. * 1.7 * * CALCULO DAS ARMADURAS HORIZONTAlS ASC e As *

ASC(I) = (FU(I) I (FI * FY)) *

75

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*

*

*

*

As(l) = ASC(I) + AST2

ENDIF

36 CONTINUE

35 CONTINUE

****** TENSOES VERTICAlS ULTIMA (FUV) E ADMISSIVEL (PUV) *

*

*

*

*

READ (5,40) RDL, RLL 40 FORMAT (2F6.2)

WW = (t2/100.} * GC * H2

FUV = 1.7 * (FA(N) + RLL) + 1.4 * (WW + RDL)

PUV = 0.55 * FIV * FC * (t2/1 00.)

****** CALCULO DA ARMADURA VERTICAL MINIMA *

ASV = 0.0020 * t2 * 100. * ******IMPRESSAO DOS RESULTADOS * ******IMPRESSAO DAS PRESSOES ESTATICAS E FORCA DE ATRITO *

WRITE (9,52) 52 FORMAT (//,4X,'Y', 14X,'PH', 14X,'PV', 14X,'FA',//)

* WRITE (9,54)

54 FORMAT (//,4X,'(m)', 10X,'(KN/m2)', 10X,'(KN/m2)', 10X,'(KN/m)',//) *

DO 55 1=1,N *

WRITE (9,72) Y(I),PH(I),PV(I),FA(I) 72 FORMAT (/,1X,F6.2,8X,F8.2,8X,F8.2,8X,F8.2,/)

* 55 CONTINUE

* ******IMPRESSAO DAS PRESSOES HORIZONTAlS E * DA ARMADURA HORIZONTAL *

WRITE (9,82)

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*

*

*

*

*

82 FORMAT (//,3X,'Y' ,8X,'PH' ,6X,'CD', 7X,'PECC', $4X,'PDES',7X,'FU',6X,'ASC',6X,'AST,6X,'As',//)

WRITE (9,84) 84 FORMAT(//, 1X,'(m)',4X,'(KN/m2)',2X,'(adim.)',4X,'(KN/m2)',

$2X,'(KN/m2)',3X,'(KN/m)',2X,'(cm2/m)',2X,'(cm2/m)', $2X,' ( cm2/m )',II)

DO 85 1=1,N

WRITE (9,92) Y(I),PH(I),CD(I),PECC(I),PDES(I),FU(I),ASC(I),AST2, As(l)

92 FORMAT (1X,F5.2,2X,F7.2,4X,F4.2,3X,F7.2,3X,F7.2,3X, $F7.2, 1X,F8.2, 1X,F5.2, 1X,F5.2,/)

85 CONTINUE

- IMPRESSAO DA ARMARDURA VERTICAL MINIMA *

WRITE (9, 1 00) ASV 100 FORMAT (1/,'ARMADURA VERTICAL MINIMA:'3X,'ASV =

',F5.2, 1X,'cm2/m') *

*

IF (FUV.LE.PUV) $THEN

WRITE {9, 102) FVU, PUV 102 FORMAT (1/,'FUV = ',F9.2,1X,'(KN/m) E MENOR QUE PUV = ',

$F9.2, 1X,'{KN/m)', /, 'A ESPESSURA DA PAREDE DEVE SER MANTIDA') ELSE WRITE (9, 112) FUV, PUV

112 FORMAT (1/,'FUV = ',F9.2, 1X,'{KN/m) E MAIOR QUE PUV = ', $F9.2, 1X,'(KN/m)', /, 'A ESPESSURA DA PAREDE DEVE SER MUDADA') END IF

RETURN END

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ARQUIVOS DE ENTRADA

EXEMPLO DE APLICACAO 1

Arquivo SILO.DAT

20.0,6.0, 10.0

Arquivo TERMICO.DAT

18.,35.,3200.,.00001 ,43.48, 18.,2.

Arquivo VENTO.DAT

30., 1.,.95,5.,.5,5 2.0,.7,.90 2.0,.7,.93 2.0,.7,.95 2.0,.7,.96 2.0,.7,.98

Arquivo PRESSOES.DAT

.4887,.33,7.5,0.0,5,25., 15000.,43.48,.9,.7 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 1.35, 1.45, 1.55, 1.65, 1.65 5.63, 2.25

78

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EXEMPLO DE APLICACAO 2

Arquivo SILO.DAT

20.0,6.0, 10.0

Arquivo TERMICO.DAT

18.,5.,3200.,.00001 ,43.48, 18.,2.

Arquivo VENTO.DAT

45.,1.,.95,5.,.5,5 2.0,.7,.90 2.0,.7,.93 2.0,.7,.95 2.0,.7,.96 2.0,.7,.98

Arquivo PRESSOES.DAT

.4887,.33,7.5,0.0,5,25.,15000.,43.48,.9,.7 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 1.35, 1.45, 1.55, 1.65, 1.65 5.63, 2.25

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EXEMPLO DE APLICACAO 3

Arquivo SILO.DAT

20.0,6.0, 10.0

Arquivo TERMICO.DAT

18. ,28. '3200.'. 00001 ,43.48, 18. ,2.

Arquivo VENTO.DAT

45., 1.,.95,5.,.5,5 2.0,.7,.90 2.0,.7,.93 2.0,.7,.95 2.0,.7,.96 2.0,.7,.98

Arquivo PRESSOES.DAT

.4887,.33,7.5, 1.5,5,25., 15000.,43.48,.9,.7 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 1.35, 1.45, 1.55, 1.65, 1.65 5.63, 2.25

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EXEMPLO DE APLICACAO 4

Arquivo SILO.DAT

20.0,3.0, 10.0

Arquivo TERMICO.DAT

18.,28.,3200.,.00001 ,43.48, 18.,2.

Arquivo VENTO.DAT

45., 1.,.95,5.,.5,5 2.0,.7,.90 2.0,.7,.93 2.0,.7,.95 2.0,.7,.96 2.0,.7,.98

Arquivo PRESSOES.DAT

.4887,.33,7.5,.75,5,25.,15000.,43.48,.9,.7 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 1.50, 1.60, 1.75, 1.85, 1.85 2.82, 1.13

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APENDICE

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ESPECIFICACOES NORMATIVAS PARA CALCULO DAS ACOES DEVIDAS

AO VENTO EM EDIFICACOES

Para calcular as pressoes exercidas pelas a9oes devidas ao vento em urn

silo serao utilizadas as especifica9oes da norma brasileira NBR 6123 - For98s

devidas ao vento em edifica9oes.

Velocidade Basica Vo

Vo e a velocidade de uma rajada de 3 segundos, excedida em media uma

vez a cada 50anos, alOmacimadoterreno, em~mpoabertpgplan9 ... A .. norma

brasileira NBR 6123, conforme figura 6 apresenta urn grafico de isopletas da

velocidade basica do vento para todo o pais que foi elaborada com base nos

registros de varias esta96es meteorol6gicas.

FIGURA 9 -lsopleta da Velocidade Basics Vo

87

Vo: maxima velocidade media medida sobre 3s; que pode ser excedida em media uma vez em 50 a nos, a 1Om sobre o nivel do terrene em Iugar aberto e plano

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Fator Topogratico S·

0 fator topografico S1 leva em considera98o as varia¢es do relevo do

terreno proximo a edificac;Bo. Este fator preve situa98o de aumento ou diminuic;Bo

da velocidade do vento em fun98o da topografia conforme demonstrado a seguir:

• z

s1 • t o) Tctuclt

S1lzJSt Z

b) Morro

FIGURA 10 - Fator Topografico S1

88

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onde:

a) terrene plano ou fracamente acidentado: S1 = 1,0

b) taludes e morros:

no ponte A (morros) enos pontes A e C (taludes): S1 = 1,0

no ponte 8:

e s 3° : s1 = 1 ,o 6°s e s 17° : S1 (z) = 1 ,o + (2,5- zld) tg (e- 3°) ~ 1

e ~45°: S1 (z) = 1,0 + (2,5-zid) 0,31 ~ 1

z- altura medida a partir da superffcie do terrene no ponte considerado;

d - diferenc;a de nfvel entre a base e o tope do talude ou morro;

8- inclinagao media do talude ou encosta do morro.

Para o valores dee entre 3° e 6° e entre 17" e 45°, o valor do fator S1

deve ser obtido por interpolagao linear.

Tambem valores correspondentes a pontes situados entre A e 8 e entre 8 e

C devem ser interpolados linearmente.

c) Vales profundos, protegidos de ventos de qualquer direyao: St = 0,9

Fator de Rugosidade do Terreno S2

0 fator de rugosidade do terrene S2 considera o efeito combinado da

rugosidade do terrene, da variagao da velocidade do vente com a altura acima do

terrene e das dimens6es da edificagao ou parte componente em considera<;:ao.

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A rugosidade do terrene para os fins da norma brasileira e classificada em

cinco categorias, conforme descrigao a seguir:

Categoria 1: superficies lisas de grandes dimensoes, como mais de 5 km de

extensao, medidas na diregao e sentido do vento incidente.

Categoria II: terrenos abertos em nlvel ou aproximadamente em nivel, com

poucos obstaculos isolados, tais como arvores e edificac;oes baixas.

Categoria Ill: terrenos pianos ou ondulados com obstaculos, tais como

sedes e muros, poucos quebra-ventos de arvores, edificac;aes baixas e esparsas.

Categoria IV: terrenos cobertos por obstaculos numerosos e pouco

espac;ados, em zona florestal, industrial ou urbanizada. A cota media do topo dos

obstaculos e considerada igual ou superior a 10m.

Categoria V: terrenos cobertos por obstaculos numerosos, grandes altos e

pouco espac;ados. A cota media do topo dos obstaculos e considerada igual ou

superior a 25 m.

Na dimensao das edificac;Oes deve-se levar em conta que a velocidade do

vento varia continuamente e seu valor medio pode ser calculado sobre qualquer

intervale de tempo. Foi verificado que o intervalos mais curtos das medidas usuais

(3s) corresponde a rajadas cujas dimensoes envolvem convenientemente

obstaculos de ate 20 m na diregao do vento medio. Percebe-se entao que quanto

maior ao intervale de tempo usado no calculo da velocidade media, tanto maior a

distancia abrangida pela rajada.

Para a definigao das partes da edificagao a considerar na determinac;ao das

ac;oes do vento, e necessaria considerar caracterlsticas construtivas ou

estruturais que originem pouca ou nenhuma continuidade estrutural ao Iongo da

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edifica<;ao, tais como: edificagoes com juntas que separem a estrutura em duas ou

mais partes independentes ou em edificagaes com pouca rigidez perpendicular a dire<;ao do vento, e por isso com pouca capacidade de redistribuigao de carga.

A partir dessas informagoes foram escolhidas tres classes de edificagoes:

Classe A: toda a edificagao na qual a maier dimensao horizontal ou vertical

nao exceda 20m.

Classe 8: toda a maier dimensao horizontal ou vertical da

superficie frontal esteja entre 20m e 50m.

Classe C: toda edificagao a qual a maior dimensao horizontal ou vertical da

superffcie frontal e

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Tabela 14 - Fator S2

CATEGORIA

I II /II IV v z

CLASSE CLASSE CLASSE CLASSE CLASSE

(m) A B c A B c A B c A B c A B

5 1,06 1,04 1,01 0,94 0,92 0,89 0,88 0,86 0,82 0,79 0,76 0,73 0,74 0,72

10 1,10 1,09 1,06 1,00 0,98 0,95 0,94 0,92 0,88 0,86 0,83 0,80 0,74 0,72

15 1,13 1,12 1,09 1,04 1,02 0,99 0,98 0,98 0,93 0,90 0,88 0,84 0,79 0,76

20 1,15 1,14 1,12 1,06 1,04 1,02 1,01 0,99 0,96 0,93 0,91 0,88 0,82 0,80

30 1,17 1,17 1,15 1,10 1,08 1,08 1,05 1,03 1,00 0,98 0,96 0,93 0,87 0,85

40 1,20 1,19 1,17 1,13 1,11 1,09 1,08 1,06 1,04 1,01 0,99 0,96 0,91 0,89

50 -~--~ ---1:21---1~t-- --1:19- --1:15- --1:1·~ -t;t2- -1:10- --1:09- -1:06- -1:{)4-~ -~1~02- --0;99~- ~-{);94- ---0;93--

60 1,22 1,22 1,21 1,16 1,15 1,14 1,12 1,11 1,09 1,07 1,04 1,02 0,97 0,95

80 1,25 1,24 1,23 1,19 1,18 1,17 1,16 1,14 1,12 1,10 1,08 1,06 1,01 1,00

100 1,26 1,26 1,25 1,22 1,21 1,20 1,18 1,17 1,15 1,13 1,11 1,09 1,05 1,03

120 1,28 1,28 1,27 1,24 1,23 1,22 1,20 1,20 1,18 1,16 1,14 1,12 1,07 1,06

140 1,29 1,29 1,28 1,25 1,24 1,24 1,22 1,22 1,20 1,18 1,16 1,14 1,10 1,09

160 1,30 1,30 1,29 1,27 1,26 1,25 1,24 1,23 1,22 1,20 1,18 1,16 1,12 1,11

180 1,31 1,31 1,31 1,28 1,27 1,27 1,26 1,25 1,23 1,22 1,20 1,18 1,14 1,14

200 1,32 1,32 1,32 1,29 1,28 1,28 1,27 1,26 1,25 1,23 1,21 1,20 1,16 1,16

250 1,34 1,34 1,33 1,31 1,31 1,31 1,30 1,29 1,28 1,27 1,25 1,23 1,20 1,20

300 - - - 1,34 1,33 1,33 1,32 1,32 1,31 1,29 1,27 1,26 1,23 1,23

350 - - - - - - 1,34 1,34 1,33 1,32 1,30 1,29 1,26 1,26

400 - . - - - - - - - 1,34 1,32 1,32 1,29 1,29

420 - - - - - - - - - 1,35 1,35 1,33 1,30 1,30

450 - - - - - - - - - - - - 1,32 1,32

500 - - - - - - - - - - - - 1,34 1,34

Fator Estatistico S3

0 fator estatrstico S3 e baseado em conceitos estatlsticos, e considera o

grau de seguranya requerido e a vida util da edifica98o. No caso de silos

utilizaremos s3 = 0,95 conforme tabela 3 abaixo:

92

c

0,67

0,67

0,72

0,76

0,82

0,86

--0;89--

0,92

0,97

1,01

1,04

1,07

1,10

1,12

1,14

1,18

1,22

1,26

1,29

1,30

1,32

1,34

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Tabela 15 - Valores mfnimos do fator estatlstico S3

Grupo Descriyao s3 Edificar;oes cuja rufna total ou parcial pode

1 afetar a seguranr;a ou possibilidade de socorro 1,10 a pessoa ap6s uma tempestade destrutiva

(hospital, quarteis de bombeiros e de forr;as de seguranca, centrais de comunicacao, etc ... ) Edificar;oes para hoteis e residencias.

2 Edificar;oes para comercio e Industria com alto 1,10 fator de ocupa<;ao

3 Edificar;oes e lnstalar;Oes lndustriais com baixo 0,95 ' ' '~'~'~' ''''' ,,,,,,,_~~,-~---~-' ~-,~~

f~i()LQ~_()_(;_L!R~~Q{g~p_Q~ijQ,_~ii()~L(;()r]~t[yg()~~ ~ i I rurais, etc ... )

4 Vedar;Qes (telhas, vidros, paineis de vedayao, 0,88

etc ... )

5 Edificar;Oes temporarias. Estruturas dos Grupos 0,83 1 a 3 durante a constru<;ao;

Coeficiente de Arrasto Ca

Os coeficientes de arrasto Ca sao aplicaveis a campos de secgao constante

ou fracamente variavel.

Para vento incidindo pe[pendicularmente a cada uma das fachadas de uma

edificagao retangular em plantae assente no terreno, com ventos de baixa

turbulencia, deve ser usado o grafico da Figura 8, ou para o caso excepcional de

vento de alta turbulencia o gratico da Figura 9. Os coeficientes de arrasto sao

dados , nestas figuras, em fungao das relar;Oes h/11 e /tf/2 e sao utilizados para

edificar;Oes com formas retangulares.

Os coeficientes de arrasto dados na tabela 4 dependem da relagao h/h, sao

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utilizados para edifica96es com formas circulares, entre o comprimento do corpo e

a dimensao de referencia It, e, em diversos casos, do numero de Reynolds,

expresso por:

Re = 70000 . Vk . l1 (Vk em m/s; l1 em m)

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Tabela 3 - Coeficiente de arrasto Ca para corpos de se~o constante

Vento perpendicular ao plano Cia f&gura

... -.---- ...... ' - Re'AI hll,

P •·an ta X •

1/2 I 10'' l 2 s 10 20 -<3.5 0,7 0,7 0,7 0,8 0.9 1,0 1,2

lso (rnetal, co:'leteiO, ) 4,2 o.s 0,5 0,5 0,5 o.s 0,6 0.6 alvenarla reoocada)

OJ. com rugosldacSe ou TodOS ~ Aliendas .. 0,021, 0,7 0,7 0,8 0.8 0.9 t,O t,2

YalareS

com 1Ug0$1dade ou TOCios saDindaS • 0,081, 0,8 o.s 0,9 1,0 1,1 1,2 1,,

valclres

a~ CA,2 0,5 0,5 o.s o.s 0,6 0,6 . 0,7

EUPSE ~ 1.11,•112 >7 0,2 0,2 0.2 0.2 0,2 0.2 .0,2

01 -<7 0,8 0,8 0,9 1,0 1,1 1,3 1,7

EUPSE ~ IJia. 2 ·u 0,8 0,8 0,9 1,0 1.1 1,3 1,5

•• (3,.5 0,6 o.s O,S 0,7 o.a o.a 1,0

-+ f{.

I~ 1Jlz•1 f/l•1/3 ).C,2 0,4 0,4 0,4 0,4 o.s o.s 0,5

. -'1 0,7 0,8 0.8 0,9 1,0 1,0 1,3

~ Lli IA·1 o.s o..s o.s o.s 0,6 o.& 0.6 lJI. •11& "' I

~ tz:: :I '2 0,3 0.3 0,3 u~~ 0,3 I··· ~ IJ\•1/Z .

-+ t/1,- 112 )3,5 0,2 0,2 8.2 0,2 0,3 0,3 0,3

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. I

2.2 .....,. I

' 2~ v / 1 J I I I J !"-...

'"""'' / 1/ I I Ill I I I 7 I

\J I I VI Lf If ~~ J I v -, r ['.. 1-- 2_e/' /, v v rl /I 71// I 1/

' I

f' ,!!,/v /J v I/ II v, I I r--.... ...... I

"' 17 ll v I VJ v· /, v t'-. I "' '~ / IJ

"'" ,v 7 I I I I I

/ y II I 1 I >/ I ... ~ / J 17 11-- 'I ·t

1 _.v 1 / v J 7 ,cs ll I I 1 ~"-{ 7 I

v .. / 'I I 1/ I IL !/ .Jill' l ...,... V' v I v

J J J J / ') I 'I I I I I

v " / fl__ 1/ [/ I I I I-" ~ """' v ll il !1 ~ I

v I v 7 ~

/ ') r:, / ,/ I ..... lL

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17 I I I L /_ ,.

I I I v / 1/ t/ I

J. ..... .V ;/ ll 1 I I 4 3 2 1,5 t o.s o.& 0.4 (\3

., lit

lz

Vuto t I a

.. , J, lz

FIGURA 11 - Coeficiente de arrasto Ca. para edifica~es paralelepipedicas em vento de baixa turbulencia (fonte: NBR 6123)

96

40

30

'20

-15··

10

8

6

5 hll

4

3

Z,S

2

1,5

t

o,s Q.Z

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... , ., I

v • T ~-

!) II I 17 ~ II f 17 / )

1/ v I 11 .v ll I

JJ~Y.~II II ll I v I r-;- ... , II I II I 1 Jf I /I I l/ I ...

o/ I ... ,, / 7 .VJ J V f

L 1/ ~ i/

~1!1~~kJ / i··· IJ II 7 I I v I I r I 7

I I I A I I II I I I j 17 I II II Ill J

~I II I v 1 'f f I r I 17 I v I -1 I

I I

I lf

I I

4

2 M,

t,5

0,!5 4 3 2 t,5 ' o.a o,s 0.4 o.3 a.z ,,,,,

It

0 I&Q fvwo

FIGURA 12- Coefieiente de arrasto, Ca, para edificayaes paralelepipedicas em vento de alta turbuleneia (fonte: NBR 6123)

Estes coeficientes sao aplicaveis a corpos de eixo vertical e assentes no

terreno sabre uma superficie plana com extensao suficiente ( relativamente a

seC98o transversal do corpo) para originar condi¢es de fluxo semelhantes as causadas pelo terreno.

Os coeficientes da Tabela 4 sao tambem aplicaveis ao caso de corpos de

eixo horizontal desde que a distancia livre entre o corpo e terrene ( au superficie

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equivalente) nao seja menor que a dimensao de referencia /1. 0 vento e considerado incidindo perpendicularmente ao eixo do corpo, de comprimento h.

Se o vento puder passar livremente pelos dois extremos do corpo, o valor

de h a considerar para o calculo da relayao h/11 deve ser a metade do

comprimento do corpo. Se o corpo estiver confinado em ambos os extremos por

superficies suficientemente extensas relativamente a seyao transversal do corpo,

a relayao hilt e considerada infinita. Se o confinamento nas condic;6es anteriores

existir apenas em uma extremidade, o valor de h a considerar para o calculo da

___ r~Jac;8obLl1_de'le_seLo_comprimentoreaLdo_corpo.

OBS: Nos casos em que o coeficiente Ca depende do numero de Reynolds,

poden~ resultar mais desfavoravel a adoyao de uma velocidade inferior a velocidade caracterlstica, pois a diminuigao da pressao dinamica q podera ser

sobrepujada pelo aumento do coeficiente de arrasto Ca.

tJNJCAMP BIBUOTECA CENTRA 1 ~r:c- .... ~ ... ·Ao ClRCULANTF

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