anÁlise dos relatÓrios de sustentabilidade das … · a solução para aumentar a transparência...

23
ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS EMPRESAS DE AUDITORIA Área temática: Gestão Ambiental & Sustentabilidade Leonardo Lugoboni [email protected] Thais Ferreira [email protected] Marcus Zittei [email protected] José Nascimento [email protected] Resumo: O relatório de sustentO relatório de sustentabilidade é a principal ferramenta de comunicação das empresas para com a sociedade no que se refere aos aspectos de desempenho social, ambiental e econômico, observa- se que o estudo da sustentabilidade dentro do ambiente corporativo abre uma possibilidade para que a mesma possa ser evidenciada e praticada no contexto organizacional. A presente pesquisa buscou avaliar de que forma as empresas do segmento de auditoria atuantes no Brasil, classificadas como as principais no segmento segundo Valor Econômico divulgam aos interessados seus relatórios de sustentabilidade. Realizou-se análise documental, através dos relatórios de sustentabilidade das empresas E&Y, Deloitte e KPMG. Analisou-se os relatórios das empresas citadas de 2009 á 2013 e observou-se uma evolução significativa na divulgação dos conteúdos padrões incluindo os indicadores de desempenho, em especial a adesão às práticas do GRI. Porém ainda é necessário evoluir, particularmente no que se refere à padronização das divulgações em especial aos indicadores de desempenho ambientais e direitos humanos, que apresentaram evolução pouco expressiva. Palavras-chaves: ISSN 1984-9354

Upload: hathuy

Post on 14-Nov-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS

EMPRESAS DE AUDITORIA

Área temática: Gestão Ambiental & Sustentabilidade

Leonardo Lugoboni

[email protected]

Thais Ferreira

[email protected]

Marcus Zittei

[email protected]

José Nascimento

[email protected]

Resumo: O relatório de sustentO relatório de sustentabilidade é a principal ferramenta de comunicação das

empresas para com a sociedade no que se refere aos aspectos de desempenho social, ambiental e econômico, observa-

se que o estudo da sustentabilidade dentro do ambiente corporativo abre uma possibilidade para que a mesma possa

ser evidenciada e praticada no contexto organizacional. A presente pesquisa buscou avaliar de que forma as empresas

do segmento de auditoria atuantes no Brasil, classificadas como as principais no segmento segundo Valor Econômico

divulgam aos interessados seus relatórios de sustentabilidade. Realizou-se análise documental, através dos relatórios

de sustentabilidade das empresas E&Y, Deloitte e KPMG. Analisou-se os relatórios das empresas citadas de 2009 á

2013 e observou-se uma evolução significativa na divulgação dos conteúdos padrões incluindo os indicadores de

desempenho, em especial a adesão às práticas do GRI. Porém ainda é necessário evoluir, particularmente no que se

refere à padronização das divulgações em especial aos indicadores de desempenho ambientais e direitos humanos, que

apresentaram evolução pouco expressiva.

Palavras-chaves:

ISSN 1984-9354

Page 2: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

2

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, vem crescendo em todo o mundo a importância do papel econômico das empresas,

com a consequente alavancagem de suas receitas e outros indicadores econômico-financeiros, em

decorrência da globalização dos mercados, do boom econômico global e de fusões e parcerias. Esses

impactos estão relacionados ao conceito de Responsabilidade Social, que pode contribuir de várias

formas, para o crescimento de sua competitividade (FREITAS et. al, 2013).

Para que se coloque em prática a implantação, conscientização e organização das atividades

socioambientais as empresas dependem de algumas questões, tais como o setor de atuação da empresa,

seu nível de regulamentação pública, país de origem, pressão dos grupos de stakeholders, entre outras

(CALIXTO, 2013).

Apesar de diversos segmentos terem sido estudados sob a ótica da avaliação das informações

socioambientais divulgadas nos relatórios anuais como setor de papel e celulose (GASPARINO e

RIBEIRO, 2007), setor de mineração (ELIAS e OLIVEIRA, 2013), companhias abertas (BURGWAL

e VIEIRA, 2013), não foi possível identificar nenhuma pesquisa como as grandes empresas de

auditoria divulgam informações socioambientais nos seus relatórios anuais.

Pesquisadores se dedicam a estudar o fenômeno da divulgação das informações socioambientais

através de relatórios. As investigações realizadas abordam o tema em diferentes empresas, setores,

região e países (CALIXTO, 2013).

O relatório de sustentabilidade é a principal ferramenta de comunicação do desempenho social,

ambiental e econômico das empresas. O Relatório da Global Reporting Initiative (GRI) é

mundialmente difundido e tem como objetivo medir e certificar as empresas com parâmetros que vão

além da questão da transparência e da boa governança corporativa. O GRI inclui os indicadores

econômico, ambiental, social/ trabalho, direitos humanos, sociedade, e responsabilidade pelo produto

(BENITES e POLO, 2013).

A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua

finalidade é, através de uma averiguação imparcial e com reconhecida capacidade técnica, avalizar as

demonstrações financeiras (BORTOLON, SARLO e SANTOS, 2013). A auditoria externa tem um

papel importante no mundo dos negócios e a sua independência tornou-se um atributo essencial para a

qualidade das informações prestadas. O auditor precisa ser competente e mostrar comprometimento na

elaboração de relatórios transparentes e confiáveis (VELOZO et. al, 2013).

Como objetivo desta pesquisa, busca-se analisar as demonstrações sustentáveis das maiores empresas

de auditoria mundial atuantes no Brasil.

O trabalho está organizado em quatro seções, além desta introdução, a próxima é composta pelo

referencial teórico, que tem como foco a responsabilidade social corporativa, o desenvolvimento do

tema e as diretrizes recomendadas pela GRI para a elaboração dos relatórios socioambientais. Na

terceira seção apresentam-se as técnicas metodológicas e os procedimentos para a seleção da amostra.

Na quarta são apresentados os resultados e as análises da pesquisa e, na seqüência são apresentadas as

considerações finais e recomendações para futuras investigações.

2 referencial teórico

Page 3: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

3

2.1 SUSTENTABILIDADE

De acordo com Raupp, Selig e Viegas (2011) a sustentabilidade é uma expressão genuinamente

relativa à condição de manutenção de sistemas naturais.

Segundo Barata (2007) o desenvolvimento sustentável é o novo desafio do setor empresarial brasileiro,

que inicialmente atendia ás diretrizes impostas pelo poder público, mas atualmente, percebe-se ser

crescente a adoção de iniciativas empresariais “voluntárias”.

Conforme Matos et. alt (2012) a palavra sustentabilidade estaria em torno dos seguintes significados:

meio ambiente, necessidade, responsabilidade, consciência e inovação. O estudo da sustentabilidade

nas organizações abre uma possibilidade para que a mesma possa ser evidenciada e praticada no

contexto organizacional (PATRUS et. alt 2012).

A teoria da sustentabilidade pode ser utilizada pelas empresas para sinalizar a atração de novos

investidores e captar recursos. Por meio de seus mecanismos e práticas, elas podem oferecer retornos,

destacar boas oportunidades de investimento, além de comunicar e assegurar aos interessados, sua

qualidade, credibilidade informacional e minimizar as falhas de agência (FREITAS et al 2013).

Na visão de sustentabilidade, as empresas têm adotado voluntariamente estratégias ambientais, indo

além da exigência legal. Isso deve-se ao fato da comunidade empresarial ter constatado que estes

investimentos têm o potencial de melhorar o desempenho dos negócios e também devido à pressão de

vários grupos de partes interessadas (BRAGA et. al, 2011).

O conceito de Triple Bottom Line surgiu a partir dos estudos realizados pelo Elkington (1997),

que se baseia na teoria dos três pilares, conhecido pela sigla 3P que em inglês significa People, Planet

and Profit e em português como Pessoas, Planeta e Lucro.

Segundo Lugoboni et. al (2013) ao analisar separadamente cada conceito, tem-se Econômico,

com o propósito de criação de empreendimentos viáveis, atraentes para os investidores; Ambiental

com o objetivo de analisar a interação dos processos com o meio ambiente sem prejudicar o mesmo, e

Social que se preocupa com a implantação de ações justas para colaboradores, parceiros e sociedade

em geral.

Conforme Luke (2013) o Triple Bottom Line possuiu uma abordagem proativa no fornecimento de

informações aos acionistas com maior transparência e estrutura mais ampla para a tomada de decisão.

A introdução do conceito Triple Bottom Line em uma empresa exige mudanças da cultura da

organização. Não é apenas criar políticas e processos. A medida do sucesso da introdução de

responsabilidade social, econômica e ambiental, a empresa muda sua forma de atuar, de tomar

decisões e, por definição, a sua contribuição e a sua relação com o mercado e a sociedade em que atua

(BENITES e POLO, 2013).

Segundo Martins et. al (2010) nem sempre existe um equilíbrio entre as três principais esferas da

sustentabilidade: econômica, ambiental e social, privilegiando e enfocando uma em detrimento das

demais.

2.2 GRI – GLOBAL REPORTING INITIATIVE

Nos últimos anos, surgiram críticas e denúncias do impacto da atividade humana e desenvolvimento

econômico sobre os recursos naturais e sobre a sociedade. Nesse sentido, identificou-se a necessidade

Page 4: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

4

de se descrever atividades econômicas, ambientais e sociais das empresas, para mencionar os danos e

as ações das organizações na sociedade (ARANTES et. al, 2013).

A divulgação das informações que evidenciam as práticas de responsabilidade social nas organizações,

ainda que não obrigatórias, tem merecido destaque e mobilizado a sociedade. Assim, surgiram

instituições que visam a conscientizar as empresas da importância de tais ações (IGARASHI et. al ,

2010).

A Global Reporting Initiative, ‘GRI’, promove a elaboração de relatórios de sustentabilidade que pode

ser adotada por todas as organizações. A GRI produz a mais abrangente Estrutura para Relatórios de

Sustentabilidade do mundo proporcionando maior transparência organizacional (GRI, 2014).

Este relatório é a principal ferramenta de comunicação do desempenho social, ambiental e econômico

das empresas. O modelo de relatório da Global Reporting Initiative (GRI) é atualmente o mais

completo e mundialmente difundido e tem como objetivo medir e certificar as empresas com

parâmetros que vão além da questão da transparência e da boa governança corporativa (BENITES e

POLO, 2013).

Como foco na padronização de publicação das informações sustentáveis, a GRI oferece às grandes

companhias mundiais a possibilidade de publicarem seus relatórios de sustentabilidade em um padrão

global. Essa publicação oferece grandes benefícios gerenciais para as empresas, visto que a GRI é

apreciada pelos grandes investidores e considerada ferramenta indispensável para as empresas que

negociam seus títulos no mercado mundial (LEITE et. al, 2009).

O modelo proposto pela GRI apresenta importantes contribuições, oferecendo uma informação

abrangente, não orientada para o gerenciamento da imagem corporativa e, por ser um modelo

consolidado internacionalmente, oferece as bases para uma maior comparabilidade das informações

(CARVALHO e SIQUEIRA, 2007).

De acordo com Silva, Reis e Amâncio (2011) desde 2000, a Global Reporting Initiative (GRI)

apresenta modelos de relatórios de sustentabilidade que se tornaram padrão internacional. Seu

propósito é fornecer um arcabouço para os relatórios que fortaleça as ligações entre os aspectos

ambientais, econômicos e sociais do desempenho organizacional.

A divulgação de informações sobre a atuação da empresa com relação ao meio ambiente é um exemplo

de divulgação voluntária (COELHO et al 2013).

Segundo Tannuri e Bellen (2014) existem diferentes abordagens para explicar os motivos que levam as

empresas a evidenciarem seu comportamento ambiental, entre eles os que mais se destacam são: a

teoria do disclosure voluntário, da legitimidade e a do stakeholder.

Conforme Colares et. al (2012) o GRI é uma organização não governamental internacional que

desenvolve diretrizes globais para elaboração de relatórios de sustentabilidade com propósito de

padronizar as informações publicadas sob a expectativa mínima de relevância da informação.

Cada vez mais organizações querem tornar suas operações mais sustentáveis e estabelecer um processo

de elaboração de relatório de sustentabilidade para medir desempenhos, estabelecer objetivos e

monitorar mudanças operacionais. Um relatório de sustentabilidade é a plataforma fundamental para

comunicar os impactos de sustentabilidade positivos e negativos bem como para obter informações

que podem influenciar na política, estratégia e nas operações da organização de uma forma contínua

(GRI, 2014).

Page 5: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

5

A metodologia do GRI possibilita uma priorização dos aspectos que uma empresa pode e deve tratar

em suas estratégias sustentáveis por meio do teste de materialidade, o que possibilita priorização dos

aspectos e envolvimento dos stakeholders na avaliação (CLARO e CLARO, 2014).

De acordo com Delai e Takahashi (2008) o GRI tem por objetivo auxiliar as empresas e suas partes

interessadas no entendimento e comunicação das contribuições da organização ao alcance do

desenvolvimento sustentável, melhorando a qualidade e utilidade dos relatórios de sustentabilidade.

Para Morisue, Ribeiro e Penteado (2012) um Relatório Socioambiental deve conter informações

verídicas e que possibilitem a tomada de decisão pelas partes interessadas. Deste modo, espera-se que

seja aplicado o princípio de equilíbrio em seu conteúdo, ou seja, informações tanto positivas como

negativas devem ser apresentadas.

As diretrizes do GRI organizam o conceito de relatório de sustentabilidade em termos de desempenho

econômico, ambiental e social, conhecido como triple bottom line ou resultado triplo. A

sustentabilidade só pode ser alcançada por meio do equilíbrio entre as três variáveis e sem o

comprometimento do desenvolvimento futuro (GASPARINO e RIBEIRO, 2007).

O GRI tem se posicionado como um padrão internacional para desenvolvimento de enfoques

consistentes para publicação do desempenho socioambiental das empresas via relatórios, a

padronização e a disseminação das diretrizes GRI ocorrem de forma voluntária (CALIXTO, 2013).

Desde o primeiro relatório de conteúdo ambiental, publicado há mais de 30 anos, é cada vez maior o

número de empresas que evidenciam, voluntariamente, informações sobre políticas, estratégias, metas,

ações e resultados de índole ambiental (TANNURI e BELLEN, 2014).

2.2.1 ESTRUTURA DO GRI

A Estrutura de Relatórios da GRI visa servir como um modelo amplamente aceito para a elaboração de

relatórios sobre o desempenho econômico, ambiental e social de uma organização. Foi concebida para

ser utilizada por organizações de qualquer porte, setor ou localidade. Levando em conta as questões

práticas enfrentadas por uma série de organizações, desde pequenas empresas até grupos com

operações variadas e geograficamente espalhadas, e inclui o conteúdo geral e o específico por setor,

acordados globalmente por vários stakeholders, como aplicáveis na divulgação do desempenho de

sustentabilidade da organização. (GRI, 2014).

As diretrizes GRI são especialmente importantes, pois permitem adequação a qualquer tipo de

organização, de qualquer setor ou localidade para que as empresas possam comunicar sua atuação de

forma transparente em relação ao desempenho tríplice (CLARO E CLARO, 2014).

É observado que na prática, existem diferenças entre o que as companhias divulgam em seus relatórios

socioambientais e o que a GRI realmente solicita em seus indicadores de desempenho (MORISUE,

RIBEIRO e PENTEADO, 2012).

2.3 EMPRESAS DE AUDITORIA

No Brasil, o processo de regulamentação da atividade de auditoria é relativamente recente, apenas a

partir de meados dos anos 1960 começaram a surgir as primeiras referências ao trabalho dos auditores

(NIYAMA et. al, 2011).

Page 6: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

6

Entre os mecanismos identificados como solução para aumentar a transparência na relação gestão –

investidor está à auditoria independente. Sua finalidade é, através de uma averiguação imparcial e com

reconhecida capacidade técnica, avalizar as demonstrações financeiras (BORTOLON, SARLO NETO

e SANTOS, 2012). Segundo Maia, Formigoni e Silva (2012) as maiores empresas de auditoria externa

as chamadas big four tenham mais influência sobre seus clientes, comparativamente as demais

empresas de auditorias, de modo que eles façam as divulgações mínimas requeridas pelos órgãos

regulatórios.

Conforme Velozo et. al (2013) a auditoria externa tem um papel importante no mundo dos negócios e

a sua independência tornou-se um atributo essencial para a qualidade das informações prestadas. O

auditor precisa ser competente e mostrar comprometimento na elaboração de relatórios transparentes e

confiáveis. Para Luca et. al (2010) a lei norte-americana Sarbanes Oxley (SOX) e os seus

desdobramentos na Security and Exchange Commission (SEC) puseram em destaque o papel da

auditoria no cenário das organizações, principalmente daquelas listadas na New York Stock Exchange

(NYSE).

Segundo Niyama et. al (2011) a atuação dos auditores independentes é entendida como fundamental

para o funcionamento dos mercados financeiros e de capitais, por contribuir para um ambiente de mais

confiança e credibilidade. Essa importância atribuída à atuação desses profissionais é proporcional à

preocupação com a realização de trabalhos de auditoria de pouca qualidade, que venham a atestar

como adequadas demonstrações financeiras materialmente distorcidas, tornando as informações

enganosas para os usuários.

A auditoria independente tem o papel fundamental de atestar para os acionistas e demais stakeholders

que os relatórios financeiros da empresa são precisos e verdadeiros. Mas, para isso, é necessário que

ela seja, de fato, independente (BORTOLON, SARLO NETO e SANTOS, 2012).

3 metodologia

Quanto aos objetivos, esta pesquisa é descritiva, pois tem a finalidade de analisar os indicadores de

desempenho conforme o GRI e práticas sustentáveis divulgados pelas três das quatro maiores

empresas de auditoria do mundo atuantes no Brasil. De acordo com Gil (2002, p.42) “A pesquisa

descritiva têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou

fenômeno ou, então, o estabelecimento de relação entre variáveis”.

A amostra desta pesquisa é composta pelas três das quatro maiores empresas de auditoria do mundo

atuantes no Brasil, segundo Valor Econômico (2013), a empresa PricewaterhouseCoopers não será

contemplada nessa pesquisa, uma vez que não possui o Relatório de Sustentabilidade local.

A pesquisa é documental, pois utiliza como base de estudo a análise das informações divulgadas nos

Relatórios de Sustentabilidade no período de 2009 a 2013 pelas empresas: Ernst & Young Terco

(E&Y), Deloitte Touche Tohmatsu (Deloitte) e KPMG. De acordo com Gil (2002, p.45) “A pesquisa

documental vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem

ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.

Foram utilizadas como base as informações sustentáveis divulgadas nos relatórios de sustentabilidade

organizacionais, essencialmente a evidenciação dos indicadores de desempenho – GRI para análise do

desempenho econômico, ambiental e social.

A verificação e estudo das informações apresentadas no relatório de sustentabilidade das três empresas

foram realizados com o objetivo de comparar e identificar a evolução das informações divulgadas no

Page 7: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

7

que se referem indicadores de desempenho – GRI para análise dos desempenhos econômicos,

ambiental e social disponibilizados nos sites das empresas.

4. discussão dos resultados

4.1 ANÁLISES COMPARATIVAS DAS FORMAS DE DIVULGAÇÃO DAS PRÁTICAS

SUSTENTÁVEIS

A tabela 1 foi elaborada através da compilação das divulgações do período de 2009 a 2013 com as

informações divulgadas pelas empresas E&Y, Deloitte e KPMG, com intuito de mostrar quais adotam

e divulgam suas práticas de sustentabilidade anualmente, através da divulgação do relatório de

sustentabilidade.

Tabela 1. Maiores empresas de auditoria com Relatório de Sustentabilidade nos respectivos

anos.

Empresas 2009 2010 2011 2012 2013

E&Y Não Não Sim Sim Sim

Deloitte Sim Sim Sim Sim Sim

KPMG Sim Sim Sim Sim Sim

Fonte: dados da pesquisa

É possível observar que somente a E&Y não divulgou o Relatório de Sustentabilidade nos anos de

2009 e 2010.

Logo em seguida analisou-se o nível de aplicação do GRI, considerando o conteúdo das

Diretrizes que foi aplicado no relatório de sustentabilidade juntamente com a Declaração Exame do

Nível de Aplicação pela GRI. Somente a empresa KPMG apresenta a declaração exame de nível de

aplicação do GRI, sendo que mesma apresentou uma evolução no conjunto números de itens de

divulgação exigidos, passando de B (2009 e 2010) para B+ (2011, 2012 e 2013).

Logo em seguida na tabela 2 buscou-se analisar de que forma as empresas ao longo dos anos

divulgaram as informações correspondentes aos conteúdo padrão gerais e específicos em seus

relatórios de sustentabilidade, para isto elaborou-se uma planilha comparativa por ano e por empresa,

evidenciando a média anual de divulgação dos seguintes tópicos: estratégia e análise, perfil

organizacional, aspectos materiais identificados e limites, engajamento de Stakeholders, perfil do

relatório, governança, ética e integridade, informações sobre a forma de gestão e indicadores.

Tabela 2. Percentual médio de evidenciação e divulgação realizada pelas três empresas de 2009 a

2013

EVIDENCIAÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS

RELATÓRIOS 2009 2010 2011 2012 2013

Page 8: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

8

CONTEÚDOS PADRÕES GERAIS

Estratégia e Análise 33% 33% 67% 67% 67%

Perfil Organizacional 67% 67% 100% 100% 100%

Aspectos Materiais Identificados e Limites 33% 33% 67% 67% 67%

Engajamento de Stakeholders 33% 33% 67% 67% 67%

Perfil do Relatório 33% 33% 67% 67% 67%

Governança 67% 67% 100% 100% 100%

Ética e Integridade 67% 67% 100% 100% 100%

CONTEÚDOS PADRÕES ESPECÍFICOS

Informações sobre a Forma de Gestão 33% 33% 67% 67% 67%

Indicadores 33% 33% 67% 67% 67%

Fonte: dados da pesquisa

Com relação aos conteúdos: Perfil Organizacional, Governança e Ética e Integridade houve uma

evolução significativa, pois em cinco anos o percentual aumentou de 33% para 100%, por outro lado

os conteúdos: Estratégia e Análise, Aspectos Materiais Identificados e Limites, Engajamento de

Stakeholders, Perfil do Relatório, Informações sobre a Forma de Gestão e Indicadores apresentaram

um aumento menos significativo e mais linear partindo do percentual de 33% (nos dois primeiros

anos) para 67% (nos últimos três anos). As próximas análises foram elaboradas com o intuito de

mostrar com maior transparência as modificações relevantes que ocorreram nos três conteúdos que

mais se destacaram na evolução ao longo dos cinco anos.

Tabela 3. Perfil Organizacional pelas três empresas de 2009 a 2013

Empresas 2009 2010 2011 2012 2013 Média

E&Y 0 0 1 1 1 60%

Deloitte 1 1 1 1 1 100%

KPMG 1 1 1 1 1 100%

Média 67% 67% 100% 100% 100%

Fonte: dados da pesquisa

A empresa E&Y não realizou a divulgação nos anos de 2009 e 2010 tendo em vista a não divulgação

do seu relatório de sustentabilidade em ambos os anos, somente as empresas Deloitte e KPMG

mantiveram a divulgação durante todos os períodos. Com relação à divulgação do conteúdo

Governança observa-se que nos anos de 2009 e 2010 somente as empresas Deloitte e KPMG

apresentam a divulgação, e a partir de 2011 todas as empresas começaram a divulgá-la.

A divulgação do conteúdo Ética e Integridade, evidencia a grande atenção que as empresas estão ao

longo dos anos com o comportamento ético, a conformidade com a legislação e normas da

Page 9: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

9

organização. Observa-se nos relatórios que as empresas Deloitte e KPMG mantiveram a divulgação

durante em todos os períodos.

4.2 EVIDÊNCIAÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS INDICADORES GRI

Após a análise das formas de evidenciação e divulgação dos conteúdos padrões, foi realizado um

estudo mais abrangente sobre a utilização dos indicadores de desempenho GRI pelas empresas no

período de cinco anos consecutivos.

O estudo foi subdividido nas categorias de indicadores de desempenho: econômico, ambiental e social

(subdivisão: práticas trabalhistas e trabalho decente, direitos humanos, sociedade e responsabilidade

pelo produto). As tabelas 4, 5, 6, 7, 8 e 9 foram elaboradas considerando a análise comparativa com

base no percentual médio por empresa.

Tabela 4. Divulgação dos Indicadores Econômicos por Empresas - GRI

MÉDIA POR EMPRESA

EVIDENCIAÇÃO DOS INDICADORES

ECONÔMICOS E&Y Deloitte KPMG

Média

Geral

EC1 - Valor econômico direto gerado e distribuído 60% 0% 100% 53%

EC2 - Implicações financeiras e outros riscos e

oportunidades para as atividades da organização

em decorrência de mudanças climáticas 60% 0% 60% 40%

EC3 - Cobertura das obrigações previstas no plano

de pensão de benefícios definido da organização 60% 0% 40% 33%

EC4 - Assistência financeiras recebida do governo 60% 0% 100% 53%

EC5 - Variação da proporção do salário mais baixo,

discriminado por gênero, comparado ao salário

mínimo local em unidades operacionais

importantes 60% 0% 100% 53%

EC6 - Proporção de membros da alta direção

contratados na comunidade local em unidades

operacionais importantes 60% 0% 100% 53%

EC7 - Desenvolvimento e impacto de

investimentos em infraestrutura e serviços

oferecidos 60% 0% 100% 53%

EC8 - Impactos econômicos indiretos

significativos, inclusive a extensão dos impactos 60% 0% 100% 53%

Page 10: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

10

EC9 - Proporção de gastos com fornecedores locais

em unidades operacionais importantes 60% 0% 100% 53%

MÉDIA GERAL 60% 0% 89% 50%

Fonte: dados da pesquisa

Conforme mostra na tabela 4 com relação à evidenciação dos indicadores de desempenho econômico,

observa-se que no decorrer nos anos houve um aumento significativo, pois no ano de 2009 apresentou-

se uma média extremamente baixa de apenas 26%, neste período apenas a empresa KPMG realizou a

divulgação, porém após dois anos em 2011 além da empresa KPMG a E&Y iniciou a divulgação,

resultando assim uma média 65%.

Os indicadores econômicos que apresentaram as maiores médias anuais de divulgação foram: EC1 -

Valor econômico direto gerado e distribuído, EC4 - Assistência financeiras recebida do governo, EC5 -

Variação da proporção do salário mais baixo, discriminado por gênero, comparado ao salário mínimo

local em unidades operacionais importantes, EC6 - Proporção de membros da alta direção contratados

na comunidade local em unidades operacionais importantes, EC7 - Desenvolvimento e impacto de

investimentos em infraestrutura e serviços oferecidos, EC8 - Impactos econômicos indiretos

significativos, inclusive a extensão dos impactos e EC9 - Proporção de gastos com fornecedores locais

em unidades operacionais importantes ambos com 53%.

Avaliou a evolução da divulgação dos indicadores ambientais, na tabela 5, primeiramente

considerou-se o percentual médio anual de divulgação dos indicadores econômicos, e depois a análise

comparativa foi com base no percentual médio por empresa.

Tabela 5. Divulgação dos Indicadores de Desempenho Ambientais por Empresas – GRI

MÉDIA POR EMPRESA

EVIDENCIAÇÃO DOS INDICADORES

AMBIENTAIS E&Y Deloitte KPMG

Média

Geral

EN1 - Materiais usados, discriminados por peso ou

volume 60% 0% 100% 53%

EN2 - Percentual de materiais usados provenientes de

reciclagem 20% 0% 100% 40%

EN3 - Consumo de energia dentro da organização 60% 0% 100% 53%

EN4 - Consumo de energia fora da organização 60% 0% 100% 53%

EN5 - Intensidade energética 60% 0% 40% 33%

EN6 - Redução do consumo de energia 60% 0% 0% 20%

EN7 - Reduções nos requisitos de energia relacionados

a produtos e serviços 60% 0% 0% 20%

EN8 - Total de retirada de água da fonte 40% 0% 100% 47%

Page 11: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

11

EN9 - Fontes hídricas significativamente afetadas por

retirada de água 0% 0% 40% 13%

EN10 - Percentual e volume total de água reciclada e

reutilizada 0% 0% 60% 20%

EN11 - Unidades operacionais próprias, arrendadas ou

administradas dentro ou nas adjacências de áreas

protegidas e áreas de alto valor para a biodiversidade

situada fora das áreas protegidas

0% 0% 40% 13%

EN12 - Descrição de impactos significativos de

atividades, produtos e serviços sobre a biodiversidade

em áreas protegidas e áreas de alto valor para a

biodiversidade para a biodiversidade situada fora de

áreas protegidas

0% 0% 40% 13%

EN13 - Habitats protegidos ou restaurados 0% 0% 40% 13%

EN14 - Número total de espécies incluídas na lista

vermelha da IUCN e em listas nacionais de

conservação com habitats situados em áreas afetadas

por operações da organização, discriminadas por

níveis de risco de extinção

0% 0% 40% 13%

EN15 - Emissões diretas de gases de efeito estufa

(GEE) (ESCOPO 1) 20% 0% 40% 20%

EN16 - Emissões indiretas de gases de efeito estufa

(GEE) provenientes da aquisição de energia (ESCOPO

2)

60% 0% 100% 53%

EN17 - Outras emissões indiretas de gases de efeito

estufa (GEE) (ESCOPO 3) 60% 0% 100% 53%

EN18 - Intensidade de emissões de gases de efeito

estufa (GEE) 60% 0% 100% 53%

EN19 - Redução de emissões de gases de efeito estufa

(GEE) 60% 0% 0% 20%

EN20 - Emissões de substâncias que destroem a

camada de ozônio (SDO) 60% 0% 40% 33%

EN21 - Emissões de NOX, SOX e outras emissões

atmosféricas significativas 60% 0% 60% 40%

EN22 - Descarte total de água, discriminado por

qualidade e destinação 40% 0% 40% 27%

EN23 - Peso total de resíduos, discriminado por tipo e

método de disposição 20% 0% 40% 20%

Page 12: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

12

EN24 - Número total e volume de vazamentos

significativos 0% 0% 40% 13%

EN25 - Peso de resíduos transportados, importados,

exportados ou tratados considerados perigosos nos

termos da convenção da BASILEIA2, anexos I, II, III

e VIII, e percentual de resíduos transportados

internacionalmente

0% 0% 40% 13%

EN26 - Identificação, tamanho, status de proteção e

valor da biodiversidade de corpos d'água e habitats

relacionados significativamente afetados por descartes

e drenagem, de água realizados pela organização

40% 0% 0% 13%

EN27 - Extensão da mitigação de impactos ambientais

de produtos e serviços 20% 0% 40% 20%

EN28 - Percentual de produtos e suas embalagens

recuperados em relação ao total de produtos vendidos,

discriminado por categoria de produtos

40% 0% 60% 33%

EN29 - Valor monetário de multas significativas e

número total de sanções não monetárias aplicadas em

decorrência da não conformidade com leis e

regulamentos ambientais

60% 0% 60% 40%

EN30 - Impactos ambientais significativos decorrentes

do transporte de produtos e outros bens e materiais

usados nas operações da organização, bem como do

transporte de seus empregados

60% 0% 0% 20%

EN31 - Total de investimentos e gastos com proteção

ambiental, discriminado por tipo 20% 0% 0% 7%

EN32 - Percentual de novos fornecedores selecionados

com base em critérios ambientais 20% 0% 0% 7%

EN33 - Impactos ambientais negativos significativos

reais e potenciais na cadeia de fornecedores e medidas

tomadas a esse respeito

20% 0% 0% 7%

EN34 - Números de queixas e reclamações

relacionadas a impactos ambientais protocoladas,

processadas e solucionadas por meio de mecanismo

formal

20% 0% 0% 7%

MÉDIAS 34% 0% 46% 27%

Fonte: dados da pesquisa

Com relação à divulgação dos relatórios de desempenho ambientais, pode-se observar uma evolução

significativa, pois em 2009 a média percentual era de 9% e em 2013 migrou para 44%. Estes dados

Page 13: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

13

refletem o quanto as empresas ao longo dos anos estão empenhando-se em atuar no mercado com

responsabilidade ambiental.

A empresa que apresentou a média mais relevante quanto à divulgação dos indicadores

ambientais foi a KPMG.

Os indicadores ambientais com baixa média anual de divulgação foram: EN31 - Total de investimentos

e gastos com proteção ambiental, discriminado por tipo, EN32 - Percentual de novos fornecedores

selecionados com base em critérios ambientais, EN33 - Impactos ambientais negativos significativos

reais e potenciais na cadeia de fornecedores e medidas tomadas a esse respeito e EN34 - Números de

queixas e reclamações relacionadas a impactos ambientais protocoladas, processadas e solucionadas

por meio de mecanismo formal, pois a divulgação dos mesmos ocorreu apenas no ano de 2013

somente pela empresa E&Y.

A tabela 6 avaliou a evolução da evidenciação dos indicadores de práticas trabalhistas, estas foram

elaboradas considerando o percentual médio anual de divulgação dos indicadores econômicos, e o

percentual médio por empresa.

Tabela 6. Divulgação dos Indicadores de Práticas Trabalhistas por Empresas – GRI

MÉDIA POR EMPRESA

EVIDENCIAÇÃO DOS INDICADORES

DE PRÁTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO

DECENTE E&Y Deloitte KPMG

Média

Geral

LA1 - Número total e taxas de novas contratações de

empregados e rotatividade por faixa etária, gênero e

região 60% 0% 60% 40%

LA2 - Benefícios concedidos a empregados de tempo

integral que são oferecidos a empregados de tempo

integral que não são oferecidos a empregados

temporários ou em regime de meio período,

discriminados por unidades por unidades operacionais

importantes da organização 60% 0% 0% 20%

LA3 - Taxas de retorno ao trabalho e retenção após

licença maternidade/ paternidade, discriminadas por

gênero 60% 0% 60% 40%

LA4 - Prazo mínimo de notificação sobre mudanças

operacionais e se elas são especificadas em acordos de

negociação coletiva 40% 0% 40% 27%

LA5 - Percentual da força de trabalho representada em

comitês formais de saúde e segurança, composto por

empregados de diferentes níveis hierárquico, que

ajudam a monitorar e orientar programas de saúde e 60% 0% 20% 27%

Page 14: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

14

segurança do trabalho

LA6 - Tipos e taxas de lesões, doenças ocupacionais,

dias perdidos, absenteísmo e número de óbitos

relacionados ao trabalho, discriminados por região e

gênero 40% 0% 20% 20%

LA7 - Empregados com alta incidência ou alto risco de

doenças relacionadas á sua ocupação 60% 0% 0% 20%

LA8 -Tópicos relativos à saúde e segurança cobertos

por acordos formais com sindicatos 60% 0% 100% 53%

LA9 - Número médio de horas de treinamento por ano

empregado, discriminado por gênero e categoria

funcional 60% 0% 40% 33%

LA10 - Programas de gestão de competência e

aprendizagem contínua que contribuem para a

continuidade da empregabilidade dos empregos em

período de preparação para a aposentadoria 60% 0% 100% 53%

LA11 - Percentual de empregados que recebem

regularmente análises de desempenho e de

desenvolvimento de carreira, discriminado por gênero

e categoria funcional 60% 0% 100% 53%

LA12 - Composição dos grupos responsáveis pela

governança e discriminação de empregados por

categoria funcional, de acordo com gênero, faixa

etária, minorias e outros indicadores de diversidade 60% 0% 100% 53%

LA13 - Razão matemática do salário e remuneração

entre mulheres e homens, discriminada por categoria

funcional e unidade operacionais relevantes 60% 0% 100% 53%

LA14 - Percentual de novos fornecedores selecionados

com base em critérios relativos a prática trabalhista 60% 0% 40% 33%

LA15 - Impactos negativos significativos reais e

potenciais para práticas trabalhistas na cadeia de

fornecedores e medidas tomadas a esse respeito 60% 0% 0% 20%

LA16 - Número de queixas e reclamações relacionadas

a práticas trabalhistas registradas, processadas e

solucionadas por meio de mecanismo formal 20% 0% 0% 7%

MÉDIAS 55% 0% 49% 35%

Fonte: dados da pesquisa

Page 15: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

15

Ao observar a tabela 6 pode-se perceber que houve um aumento significativo na divulgação dos

indicadores de práticas trabalhistas de 42% de 2009 á 2013. A empresa que mais se destacou no

período foi a E&Y.

Os indicadores de práticas trabalhistas com média mais relevante de 53% no período estudado foram:

LA8 - Tópicos relativos à saúde e segurança cobertos por acordos formais com sindicatos, LA10 -

Programas de gestão de competência e aprendizagem contínua que contribuem para a continuidade da

empregabilidade dos empregos em período de preparação para a aposentadoria, LA11 - Percentual de

empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira,

discriminado por gênero e categoria funcional, LA12 - Composição dos grupos responsáveis pela

governança e discriminação de empregados por categoria funcional, de acordo com gênero, faixa

etária, minorias e outros indicadores de diversidade e LA13 - Razão matemática do salário e

remuneração entre mulheres e homens, discriminada por categoria funcional e unidade operacionais

relevantes, pode-se perceber que as empresas estão procurando acompanhar mais de perto seus

funcionários no que se refere á saúde, segurança, as competências, o aprendizado, as avaliações de

desempenho, o desenvolvimento de carreira e o salário.

O indicador de direitos humanos apresentados na tabela 7 primeiramente considerou-se o

percentual médio anual de divulgação dos indicadores econômicos, e depois a análise comparativa foi

com base no percentual médio por empresa.

Tabela 7. Divulgação dos Indicadores de Direitos Humanos por Empresa – GRI

MÉDIA POR EMPRESA

EVIDENCIAÇÃO DOS INDICADORES DE

DIREITOS HUMANOS E&Y Deloitte KPMG

Média

Geral

HR1 - Número total e percentual de acordos e

contratos de investimentos significativos que incluem

cláusulas de direitos humanos ou que foram

submetidos a avaliação referente a direitos humanos 60% 0% 40% 33%

HR2 - Número total de horas de treinamento de

empregados em políticas de direitos humanos ou

procedimentos relacionados a aspectos de direitos

humanos relevantes para as operações da organização,

incluindo o percentual de empregados treinados 60% 0% 60% 40%

HR3 - Número total de casos de discriminação e

medidas corretivas tomadas 60% 0% 20% 27%

HR4 - Operações e fornecedores identificados em que

o direito de exercer a liberdade de associação e a

negociação coletiva possa estar sendo violado ou haja

risco significativo e as medidas tomadas para apoiar

esse direito 40% 0% 40% 27%

Page 16: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

16

HR5 - Operações e fornecedores identificados como de

risco para a ocorrência de casos de trabalho infantil e

medidas tomadas para contribuir para a efetiva

erradicação do trabalho infantil 40% 0% 60% 33%

HR6 - Operações e fornecedores identificados como de

risco significativo para a ocorrência de trabalho

forçado ou análogo ao escravo e medidas tomadas para

contribuir para a eliminação de todas as formas de

trabalho forçado ou análogo ao escravo 40% 0% 60% 33%

HR7 - Percentual do pessoal de segurança que recebeu

treinamento nas políticas ou procedimentos da

organização relativos a direitos humanos que sejam

relevantes às operações 40% 0% 60% 33%

HR8 - Número total de casos de violação de direitos de

povos indígenas e tradicionais e medidas tomadas a

esse respeito 40% 0% 20% 20%

HR9 - Número total e percentual de operações

submetidas a análises ou avaliações de direitos

humanos de impactos relacionados a direitos humanos 20% 0% 20% 13%

HR10 - Percentual de novos fornecedores selecionados

com base em critérios relacionados a direitos humanos 60% 0% 0% 20%

HR11 - Impactos negativos significativos reais e

potenciais em direitos humanos na cadeia de

fornecedores e medidas tomadas a esse respeito 60% 0% 0% 20%

HR12 - Número de queixas e reclamações relacionadas

a impactos em direitos humanos registradas,

processadas e solucionadas por meio de mecanismo

formal 20% 0% 0% 7%

MÉDIAS 45% 0% 32% 26%

Fonte: dados da pesquisa

Com relação à evidenciação dos indicadores de direitos humanos, pode-se observar uma evolução mais

representativa nos últimos três anos, pois em 2009 e 2010 apenas 3% dos indicadores eram divulgados,

e a partir de 2011 esta média percentual passou para 39%, para 2012 e 2013 a media foi de 42%.

Neste tópico pode-se destacar que o indicador HR2 - Número total de horas de treinamento de

empregados em políticas de direitos humanos ou procedimentos relacionados a aspectos de direitos

humanos relevantes para as operações da organização, incluindo o percentual de empregados

treinados, pois foi divulgado apenas pelas empresas E&Y e KPMG nos anos de 2011 á 2013.

A tabela 8 avaliou a evolução da divulgação dos indicadores de sociais - SO, essas foram elaboradas

considerando o percentual médio anual de divulgação dos indicadores econômicos, e o percentual

médio por empresa.

Page 17: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

17

Tabela 8. Divulgação dos Indicadores Sociais – SO por Empresas – GRI

MÉDIA POR EMPRESA

EVIDENCIAÇÃO DOS INDICADORES SOCIAIS

- SO E&Y Deloitte KPMG

Média

Geral

SO1 - Percentual de operações com programas

implementados de engajamento da comunidade local,

avaliação de impactos e desenvolvimento local 60% 0% 0% 20%

SO2 - Operações com impactos negativos

significativos reais e potenciais nas comunidades

locais 60% 0% 60% 40%

SO3 - Número total e percentual de operações

submetidas a avaliações de riscos relacionados à

corrupção e os riscos significativos identificados 60% 0% 100% 53%

SO4 - Comunicação e treinamento em políticas e

procedimentos de combate à corrupção 60% 0% 100% 53%

SO5 - Casos confirmados de corrupção e medidas

tomadas 60% 0% 60% 40%

SO6 - Valor total de contribuições financeiras para

partidos políticos e políticos, discriminado por país e

destinatário/ beneficiário 60% 0% 60% 40%

SO7 - Número total de ações judiciais movidas por

concorrência desleal, práticas de truste e monopólio e

seus resultados 60% 0% 60% 40%

SO8 - Valor monetário de multas significativas e

número total de sanções não monetárias aplicadas em

decorrência da não conformidade com leis e

regulamentos 60% 0% 40% 33%

SO9 - Percentual de novos fornecedores selecionados

com base em critérios relativos a impactos na

sociedade 60% 0% 0% 20%

SO10 - Impactos negativos significativos reais e

potenciais da cadeia de fornecedores na sociedade e

medidas tomadas a esse respeito 60% 0% 0% 20%

SO11 - Número de queixas e reclamações relacionadas

a impactos nas sociedades registradas, processadas e

solucionadas por meio de mecanismo formal 20% 0% 0% 7%

MÉDIAS 56% 0% 44% 33%

Page 18: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

18

Ao analisar a tabela 8 pode-se observar uma evolução gradual nas médias anuais de divulgação dos

indicadores, em 2009 apresentou-se uma média de 6% e em 2013 a média evolui para 55%.

O indicador social – SO com baixa média anual de divulgação foi SO11 - Número de queixas e

reclamações relacionadas a impactos nas sociedades registradas, processadas e solucionadas por meio

de mecanismo formal, pois a divulgação dos mesmos ocorreu apenas no ano de 2013 somente pela

empresa E&Y.

A tabela 9 avaliou a evolução da divulgação dos indicadores sociais - PR nestas consideraram-se o

percentual médio anual de divulgação dos indicadores econômicos, e a análise comparativa com base

no percentual médio por empresa.

Tabela 9. Divulgação dos Indicadores Sociais – PR por Empresas – GRI

MÉDIA POR EMPRESA

EVIDENCIAÇÃO DOS INDICADORES SOCIAIS

- PR E&Y Deloitte KPMG

Média

Geral

PR1 - Percentual das categorias de produtos e serviços

significativas para as quais são avaliados impactos na

saúde e segurança buscando melhorias 40% 0% 0% 13%

PR2 - Número total de casos de não conformidade com

regulamentos e códigos voluntários relacionados aos

impactos causados por produtos e serviços na saúde e

segurança durante seu ciclo de vida, discriminado por

tipo de resultados 40% 0% 0% 13%

PR3 - Tipo de informações sobre produtos e serviços

exigidas pelos procedimentos da organização referentes

a informações e rotulagem de produtos e serviços e

percentual de categorias significativas sujeitas a essas

exigências 40% 0% 100% 47%

PR4 - Número total de casos de não conformidade com

regulamentos e códigos voluntários relativos a

informações e rotulagem de produtos e serviços,

discriminado por tipo de resultados 40% 0% 100% 47%

PR5 - Resultados de pesquisas de satisfação do cliente 60% 0% 100% 53%

PR6 - Venda de produtos proibidos ou contestados 60% 0% 100% 53%

PR7 - Número total de casos de não conformidade com

regulamentos e códigos voluntários relativos a

comunicação de marketing, incluindo publicidade,

promoção e patrocínio, discriminado por tipo de 60% 0% 40% 33%

Page 19: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

19

resultados

PR8 - Número total de queixas e reclamações

comprovadas relativas à violação de privacidade e

perda de dados de clientes 60% 0% 60% 40%

PR9 - Valor monetário de multas significativas por não

conformidade com leis e regulamentos relativos ao

fornecimento e uso de produtos e serviços 60% 0% 60% 40%

MÉDIAS 51% 0% 62% 38%

Os indicadores sociais PR também apresentam uma evolução e redução ao longo dos cinco anos

analisados, pois em 2009 e 2010 apresentava uma média de 15%, em 2011 e 2012 mostrou médias de

56% e 59%, respectivamente e em 2013 apresentou uma redução apresentando a média de 44%.

A empresa KPMG apresentou o percentual de 62% o mais relevante dentre as demais empresas

analisadas.

Consolidando todos os indicadores por categoria de desempenho: econômico, ambiental, social,

práticas trabalhistas e direitos humanos, possibilitando uma visão macro das médias percentuais por

ano e por empresa. Observa-se que as categorias com médias mais representativas por empresa foram:

desempenho econômico 50%, sociais – PR 38% e práticas trabalhistas 35%. A empresa que mais se

destaca com melhores médias percentuais de divulgação no período de 2009 a 2013 é a KPMG e a

empresa com menores percentuais no mesmo período foi a Deloitte.

5 CONCLUSÃO

Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender de que forma as três das quatro maiores empresas

do mundo no segmento de Auditoria e Consultoria divulgam aos interessados, suas práticas

sustentáveis e indicadores de desempenho econômico, social e ambiental.

Os resultados obtidos a partir da análise dos relatórios de sustentabilidade mostram uma evolução

significativa na divulgação e evidenciações dos conteúdos padrões incluindo os indicadores de

desempenho, em especial a adesão às práticas do GRI ao longo do período de 2009 a 2013 que

aumentou significativamente. Porém ainda é necessário evoluir, particularmente no que se refere à

padronização das divulgações em especial aos indicadores de desempenho ambientais e direitos

humanos, que apresentaram evolução pouco expressiva.

As limitações da pesquisa estiveram presentes na amostra reduzida tendo das quatro maiores empresas

do segmento, apenas três delas apresentaram divulgações locais que permitiu executar as análises e

avaliação da aplicação da teoria na prática.

Como sugestão para novas iniciativas, esta pesquisa poderá ser aprofundada com análise de empresas

do mesmo segmento com portes menores, ou até mesmo em estudo de caso realizado com algumas das

empresas analisadas, com intuito de aprofundar-se na aplicação da teoria na prática de determinada

empresa.

Page 20: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

20

REFERÊNCIAS

ARANTES, A. O., FREIRE, F. S., BARRETO, E. A. M. Teoria da identidade: estudo da existência de

ações socioambientais semelhantes no setor elétrico brasileiro. Revista BBR, Vitória, v. 10, n. 2, Art.

3, p. 51 – 73, abr.-jun. 2013

BARATA, M. M. L. O setor empresarial e a sustentabilidade no Brasil. Revista Pensamento

Contemporâneo em Administração, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 70-86, set./dez. 2007

BENITES, L. L. L., POLO, E. F. A Sustentabilidade como ferramenta estratégica empresarial:

Governança Corporativa e aplicação Triple Bottom Line na Masisa. Revista Adm. UFSM, Santa

Maria, v. 6, Edição Especial, p. 827-841, MAI. 2013

BORTOLON, P.M., NETO, A.S., SANTOS, T.B. Custos de Auditoria e Governança Corporativa.

Revista Cont. Fin. – USP, São Paulo, v. 24, n. 61, p. 27-36, jan./fev./mar./abr. 2013

BRAGA, C., SAMPAIO, M. S.A., SANTOS, A., SILVA, P.P. Fatores determinantes do nível de

divulgação ambiental no setor de Energia Elétrica no Brasil. Magazine Advances in Scientific and

Applied Accounting, São Paulo, v.4, n.2, p.230-262, 2011

BURGWAL, D. V., VIEIRA, R. J. O. Determinantes da divulgação ambiental em companhias abertas

Holandesas. Revista Cont. Fin. – USP, São Paulo, v. 25, n. 64, p. 60-78, jan./fev./mar./abr. 2014

CALIXTO, L. A divulgação de relatórios de sustentabilidade na América Latina: um estudo

comparativo. Revista Adm., São Paulo, v.48, n.4, p.828-842, out./nov./dez. 2013

CARVALHO, F. M., SIQUEIRA, J. R. M. Análise da Utilização dos Indicadores Essenciais da Global

Reporting Initiative nos Relatórios Sociais e Empresas Latino-Americanas. Revista Pensar Contábil,

v. 9, n. 38, 2007.

CLARO, P. B. O., CLARO, D. P. Sustentabilidade estratégica: existe retorno no longo prazo? Revista

Adm., São Paulo, v.49, n.2, p.291-306, abr./maio/jun. 2014

COELHO, F. Q., OTT, E., PIES, C. B., ALVES, T. W. Uma análise dos fatores diferenciados na

divulgação de informações voluntárias sobre o meio ambiente. Revista Contabilidade Vista &

Page 21: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

21

Revista, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 24, n. 1, p. 112-130, jan./mar.

2013.

COLARES, A. C. V., BRESSAN, V. G. F., LAMOUNIER, W. M., BORGES, D. L. O Balanço Social

como indicativo socioambiental das empresas do Índice de Sustentabilidade Empresarial da

BM&FBovespa. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ (online),

Rio de Janeiro, v. 17, Ed. Especial, p. 83-100, out, 2012

DELAI, I., TAKAHASHI, S. Uma proposta de modelo de referência para mensuração da

Sustentabilidade Corporativa. Revista de Gestão Social e Ambiental, v. 2, n. 1, p. 19-40, Jan. - Abr.

2008

ELIAS, L. M. S. L., OLIVEIRA, N. F. Análise da sustentabilidade organizacional das empresas.

Revista Amazônia, Organizações e Sustentabilidade, v. 2, n.1, p. 45-57, jan./jun. 2013

ELKINGTON, J. Sustentabilidade, canibais com garfo e faca. São Paulo, M. Books do Brasil

Editora Ltda, 2012

FREITAS, A. R. P., KOBAL, A. . C., LUCA, M. M. M., VASCONCELOS, A. C. Indicadores

Ambientais: Um estudo comparativo entre empresas brasileiras e espanholas. Revista de Gestão

Social e Ambiental, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 35-52, jan./abr. 2013

GASPARINO, M. F., RIBEIRO, M. S. Análise de relatórios de sustentabilidade, com ênfase na GRI:

comparação entre empresas do setor de papel e celulose dos EUA e Brasil. Revista de Gestão Social e

Ambiental, V. 1, Nº. 1, pp. 102-115, jan. /abr. 2007

GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, Editora Atlas S.A, 2002

GLOBAL REPORTING INITIATIVE. Acesso efetuado em 13 de outubro, 2014, link

<https://www.globalreporting.org>

GRI- Diretrizes para Relatório de Sustentabilidade. Acesso efetuado em 13 de outubro, 2014, link

<https://www.globalreporting.org>

IGARASHI, D. C. C., OLIVEIRA, C. R., SILVA, R. A., IGARASHI, W. O uso da análise horizontal e

vertical para apoiar a evidenciação do alinhamento entre o Balanço Social e o Relatório de

Page 22: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

22

Sustentabilidade: um estudo em uma empresa geradora de energia elétrica. Revista Gestão &

Regionalidade, v. 26, n. 77, p. 3-17, mai-ago/2010

LEITE, G. A., PRATES, L. A., GUIMARÃES, T. N. Análise os níveis de evidenciação dos relatórios

de sustentabilidade das empresas brasileiras A+ do Global Reporting Initiative (GRI) no ano de 2007.

Revista de Contabilidade e Organizações – FEA-RP/USP, v. 3, n. 7, p. 43-59, set/dez 2009

LUCA, M. M. M., MARTINS, L. C., MAIA, A. B. G. R., COELHO, A. C. D. Os mecanismos de

auditoria evidenciados pelas empresas listadas nos níveis diferenciados de Governança Corporativa e

no novo mercado da Bovespa. Revista Contabilidade Vista & Revista, Universidade Federal de

Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 21, n. 1, p. 101-130, jan./mar. 2010

LUGOBONI, L. F., ZITTEI, M. V. M., PEREIRA, R. S., RODRIGUES, G. B. S. Análise dos

Relatórios de Sustentabilidade das indústrias de papel e celulose. Revista Metropolitana de

Sustentabilidade, São Paulo, v. 3, n. 3, p. 66-88, set./dez. 2013

LUKE, O. O. Triple Bottom Line Reporting: An Assessment of Sustentability in Banking Industry in

Nigeria. Magazine Asian Journal of Finance & Accounting, v. 5, n. 2, p. 127-138, 2013 ISSN 1946-

052X

MAIA, H. A., FORMIGONI, H., SILVA, A. A . Empresas de Auditoria e Compliance como nível de

evidenciação obrigatório durante os processos de convergência ás Normas Internacionais de

Contabilidade no Brasil. Revista Bras. Gest. Neg., São Paulo, v.14, n. 44, p. 335-353, jul/set 2012

MARTINS, E. S., ROSSETTO, C. R., ROSSETTO, A. M., FERREIRA, E. Estudo da Sustentabilidade

Empresarial: o caso de uma cooperativa gaúcha. Revista Gestão.Org Revista Eletrônica de Gestão

Organizacional, v.8, n.3, p. 457 – 482, set/dez 2010

MATOS, F. R. N., IPIRANGA, A. S. R., MACHADO, D. Q., ROLIM, G. F., ALVARENGA, R. A.

M. Representações Sociais e Sustentabilidade: o significado do termo para alunos do curso de

Administração. Revista Administração: Ensino e Pesquisa, Rio de Janeiro, v.13, n.4, p. 707–734,

out/nov/dez 2012

MORISUE, H. M. M., RIBEIRO, M. S., PENTEADO, I. A. M. A evolução dos Relatórios de

Sustentabilidade de Empresas Brasileiras do Setor de Energia Elétrica. Revista Contabilidade Vista

& Revista, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 23, n. 1, p. 163 -194, jan./mar

2012

Page 23: ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS … · A solução para aumentar a transparência na relação gestor investidor está auditoria independente. Sua finalidade é,

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

23

NIYAMA, J. K., COSTA, F. M., DANTAS, J. A., BORGES, E. F. Evolução da regulação da

Auditoria Independente no Brasil: análise crítica, a partir da teoria da regulação. Magazine Advances

in Scientific and Applied Accounting. São Paulo, v.4, n.2, p.127-161, 2011

PATRUS, R., SHIGAKI, H. B., COUTINHO, D. D. R., VILLELA, C., BATINGA, G. L. O ensino de

Sustentabilidade e Ética nos negócios com a Taxonomia de Bloom. Revista Administração: Ensino e

Pesquisa, Rio de Janeiro, v.13, n.4, p. 763-803, out/nov/dez 2012

RAUPP, F., SELIG, P. M., VIEGAS, C. V. Entre a ciência e a norma: análise comparativa de grupos

de indicadores de sustentabilidade. Revista Brasileira de Estratégia, Curitiba, v. 4, n. 2, p. 129-139,

maio/ago. 2011

SILVA, M.E. A Estratégia de Responsabilidade Social e a Transição para Sustentabilidade. Revista

Teoria e Prática em Administração, v. 4 n. 1, 2014, pp. 56-77

TANNURI, G., BELLEN, H. M. V. Indicadores de desempenho ambiental evidenciados nos

Relatórios de Sustentabilidade: uma análise à luz de atributos de qualidade. Revista de Gestão Social

e Ambiental, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 2-19, jan./abr., 2014

VELOZO, E. J., PINHEIRO, L. B., SANTOS, M. J. A., CARDOZO, J. S. S. Concentração de Firmas

de Auditoria: Atuação das Big Four no Cenário Empresarial Brasileiro. Revista Pensar Contábil, Rio

de Janeiro, v. 15, n. 58, p. 55 - 61, set./dez. 2013