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Parecer Técnico CII/SDI/UFJF nº. 05/2011 Em 10 de agosto de 2011 À Sra. Eliana Lúcia Ferreira Coordenadora do Curso de Educação Física EAD Assunto: Análise do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Educação Física EAD, modalidade Licenciatura à luz das Diretrizes Curriculares Nacionais e Instrumento de Avaliação para Reconhecimento de Cursos de Ensino a Distancia. Elaborado por: Joyce Keli do Nascimento Silva. 1 - CONTEXTUALIZAÇÃO DA IES E DO CURSO - o PPC apresenta: o perfil e a missão da UFJF e da FAEFID; adequada contextualização e justificativa da oferta de ensino a distância, contemplando seus objetivos e condições para que sejam atingidos; um histórico das ações implementadas para oferta de ensino a distância; a experiência do corpo docente e tutorial nessa modalidade de ensino; a disponibilidade de infra-estrutura tecnológica através do CEAD; dados sobre a demanda social e a relevância da oferta de cursos EAD; referência aos atos legais que autorizam a oferta dessa modalidade de ensino pela UFJF; número de vagas pretendidas; objetivos do curso; metodologia de ensino a ser empregada; recursos tecnológicos disponíveis; estrutura do sistema de tutoria; formas de acesso em consonância com o inciso II do art. 44 da LDB. Tais informações atendem adequadamente aos elementos mínimos de instrução do processo de reconhecimento, conforme Portaria/MEC nº. 1

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Page 1: Análise Do PPC à Luz Das Diretrizes Curriculares Nacionais e Do Instrumento de Avaliação Para Reconhecimento

Parecer Técnico CII/SDI/UFJF nº. 05/2011 Em 10 de agosto de 2011

À Sra. Eliana Lúcia FerreiraCoordenadora do Curso de Educação Física EAD

Assunto: Análise do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Educação Física EAD, modalidade Licenciatura à luz das Diretrizes Curriculares Nacionais e Instrumento de Avaliação para Reconhecimento de Cursos de Ensino a Distancia.

Elaborado por: Joyce Keli do Nascimento Silva.

1 - CONTEXTUALIZAÇÃO DA IES E DO CURSO - o PPC apresenta: o perfil e a missão da UFJF e da FAEFID; adequada contextualização e justificativa da oferta de ensino a distância, contemplando seus

objetivos e condições para que sejam atingidos; um histórico das ações implementadas para oferta de ensino a distância; a experiência do corpo docente e tutorial nessa modalidade de ensino; a disponibilidade de infra-estrutura tecnológica através do CEAD; dados sobre a demanda social e a relevância da oferta de cursos EAD; referência aos atos legais que autorizam a oferta dessa modalidade de ensino pela UFJF; número de vagas pretendidas; objetivos do curso; metodologia de ensino a ser empregada; recursos tecnológicos disponíveis; estrutura do sistema de tutoria; formas de acesso em consonância com o inciso II do art. 44 da LDB.

Tais informações atendem adequadamente aos elementos mínimos de instrução do processo de reconhecimento, conforme Portaria/MEC nº. 40/2007 (consolidada) e Instrumento de Avaliação para Reconhecimento de Curso, publicado em maio de 2011 (veja anexo).

2 – PERFIL DO EGRESSO – o PPC não apresenta o perfil pretendido para o egresso em um tópico específico, mas numa análise sistêmica e global é possível apreender quais competências e habilidades serão desenvolvidas pelos discentes ao longo do curso, bem como as perspectivas / possibilidades de inserção profissional do egresso.

Sugestão: para facilitar a identificação do perfil do egresso e evitar diligências no processo de reconhecimento, seria interessante dedicar um tópico do PPC à uma síntese do perfil do egresso, enumerando as competências e habilidades mais relevantes dentre aquelas mencionadas no art. 6º da Resolução CNE/CES nº. 7 de 31 de março de 2004, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Educação Física, em nível superior de graduação plena (veja anexo) e de forma coerente com a Resolução CNE/CP nº 01/2002, que instituiu Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de formação de professores, licenciatura plena.

3 – ESTRUTURA CURRICULAR – o PPC apresenta:

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matriz curricular onde os componentes, conteúdos e respectivos períodos estão previstos em consonância com as diretrizes das Resoluções CNE/CES nº. 7/2004 (art. 7º) e CNE/CP nº 01/2002 (art. 11);

carga horária total de 2.835 horas e cargas horárias parciais dedicadas à base conceitual (1.800 horas), à prática como componente curricular (435 horas), ao estágio supervisionado (400 horas) e às atividades complementares (200 horas) adequadas à Resolução CNE/CP nº. 02/2002;

período mínimo para integralização do curso (8 períodos/4 anos) adequado à Resolução CNE/CP nº. 02/2002;

matriz curricular contemplando a disciplina de "LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais", como componente curricular obrigatório, conforme preceitua o Decreto nº 5.626 de 22 de Dezembro de 2005;

ementas das disciplinas do curso por período e a bibliografia básica para o curso; a grade curricular do curso, que permite nos permite visualizar o plano de integralização da carga

horária.

Observação: o PPC não apresenta indicação de bibliografia básica por unidade curricular, não apresenta a bibliografia complementar, nem a relação dos docentes que se comprometerão com o curso.

Sugestão: para facilitar a instrução do processo de reconhecimento e evitar diligências, seria interessante que a indicação de bibliografias observe o mínimo de três títulos por unidade curricular, tanto na bibliografia básica, como na complementar, e que as referências estejam vinculadas às respectivas disciplinas, conforme preceitua o referencial mínimo do Instrumento de Avaliação para Reconhecimento (anexo). Seria interessante listar todos os docentes que se comprometerão com o curso na sua fase de implantação, indicando seus regimes de trabalho e titulação.

3 - SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DO CURSO – o PPC não apresenta descrição do procedimento e dos critérios de avaliação do projeto do curso; dos atores envolvidos; da participação do Colegiado de Curso; interação com a avaliação institucional pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) e não menciona a constituição de um Núcleo Docente Estruturante (NDE).

Sugestão: para evitar diligências no processo de reconhecimento, seria interessante incluir um tópico no PPC relacionando esses pontos e indicando que os procedimentos de alteração e reestruturação do projeto de curso estão previstos no art. 44 do Regulamento Acadêmico da Graduação (RAG) aprovado pela Resolução CONSU/UFJF nº. 11/1997 e alterações.

A forma de constituição e regulamentação do NDE foi definida internamente pela Resolução CONGRAD nº. 17/2011 e merece destaque no PPC, por ser um requisito legal/normativo para o funcionamento do curso, conforme Resolução CONAES n°. 1 de 17/06/2010 e Instrumento de Avaliação.

4 - SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM – o PPC descreve os procedimentos e formas de avaliação do processo de ensino e aprendizagem, indicando as avaliações presenciais/à distância e sua periodicidade; porém não indica os pesos das avaliações e desempenho mínimo necessário.

Sugestão: para evitar diligências no processo de reconhecimento, seria interessante mencionar que a rotina de avaliação do processo de ensino e aprendizagem do curso acompanha as disposições dos artigos 66 a 73 do Regulamento Acadêmico da Graduação, aprovado pela Resolução 11/1997 do Conselho Superior da UFJF e suas alterações.

5 - ATIVIDADES DO CURSO – o PPC reserva carga horária para atividades complementares de flexibilização curricular, conforme Resolução CNE/CP nº. 02/2002, mas não menciona os mecanismos e critérios de validação.

Sugestão: também para evitar diligências no processo de reconhecimento, seria interessante citar que as modalidades de atividades complementares, bem como os procedimentos e critérios de validação são regulados internamente pela Resolução CONGRAD/UFJF nº. 018/2002, alterada pela Resolução CONGRAD/UFJF nº. 023/2004.

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6 - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) – o PPC menciona que os discentes apresentaram um Trabalho de Conclusão de Curso, mas não indica a regulamentação interna que define os procedimentos e critérios de avaliação do mesmo.

Sugestão: também para evitar diligências no processo de reconhecimento, seria interessante citar que o Trabalho de Conclusão de Curso segue as disposições previstas no art. 74 e seguintes do RAG e, em sendo o caso, as disposições específicas definidas em resoluções ou portarias elaboradas pelo Colegiado do Curso.

7 - ESTÁGIO CURRICULAR – o PPC menciona reserva de carga horária para o estágio supervisionado, mas não indica a sua regulamentação interna, os mecanismos de supervisão e coordenação, a possibilidade de celebração de convênios com a rede básica de ensino, a existência ou não de uma Coordenação Orientadora de Estágios – COE.

Sugestão: também para evitar diligências no processo de reconhecimento, seria interessante citar que o Estágio na UFJF é regulamentado pelo Capítulo IX do RAG (art. 60 e seguintes).

8 - ATO DE CRIAÇÃO DO CURSO – uma vez aprovada a criação do curso pelo CONSU e/ou aprovado o PPC pelo CONGRAD, é interessante inserir referência às respectivas resoluções no corpo do PPC, inserindo-as como anexo, pois esses documentos são necessariamente enviados ao MEC no pedido de autorização de funcionamento.

Observação: o Decreto nº 7.480, de 16 de maio de 2011, promoveu a reestruturação administrativa do MEC,

sendo que a SEED foi extinta e deu lugar à Diretoria de Supervisão e Regulação da Educação a Distância, vinculada à Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (art. 2º, II, e, 3 e Art. 30). É preciso alterar os trechos que mencionam a SEED (páginas 6 e 18 do PPC), inserindo a referência à nova Diretoria de Supervisão e Regulação da Educação a Distância.

Nas páginas 13 e 14 do PPC há referências aos documentos normativos que definem diretrizes curriculares para os cursos de Educação Física e EAD, mas não é mencionada a Resolução CNE/CES nº. 7, de 31 de março de 2004, que institui diretrizes para os cursos de Educação Física. Seria interessante citá-la no PPC.

Como se trata de uma proposta para a implantação do curso, acredito que ainda não estão disponíveis informações mais precisas sobre a infra-estrutura (laboratórios, salas de aula, gabinetes de docentes, biblioteca, etc.) e acervo das bibliografias básica e complementar. Estes itens são considerados nos indicadores do Instrumento de Avaliação para Reconhecimento do curso e serão necessários, no momento oportuno, para a instrução da fase de avaliação in loco.

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