análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

56
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS ALINE VIEIRA BATISTA JOÃO ANTONIO RUIZ LAUANA FONSECA AGUIAR PATRÍCIA MENEGOTTO DE OLIVEIRA Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos do último semestre noturno do curso de Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis- SP FERNANDÓPOLIS 2012

Upload: tccfarmaciafef

Post on 26-Dec-2014

948 views

Category:

Documents


15 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

0

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

ALINE VIEIRA BATISTA JOÃO ANTONIO RUIZ

LAUANA FONSECA AGUIAR PATRÍCIA MENEGOTTO DE OLIVEIRA

Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos do último semestre noturno do curso de Farmácia da Fundação Educacional

de Fernandópolis- SP

FERNANDÓPOLIS 2012

Page 2: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

1

ALINE VIEIRA BATISTA

JOÃO ANTONIO RUIZ

LAUANA FONSECA AGUIAR

PATRÍCIA MENEGOTTO DE OLIVEIRA

Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos do último semestre noturno do curso de Farmácia da Fundação Educacional

de Fernandópolis- SP

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

Banca Examinadora do Curso de Graduação em

Farmácia da Fundação Educacional de

Fernandópolis como exigência parcial para obtenção

do título de bacharel em Farmácia.

Orientadora: Profa. Esp Vanessa M. Rizzato Silveira

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FERNANDÓPOLIS – SP

2012

Page 3: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

2

ALINE VIEIRA BATISTA

JOÃO ANTONIO RUIZ

LAUANA FONSECA AGUIAR

PATRÍCIA MENEGOTTO DE OLIVEIRA

Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos do último semestre noturno do curso de Farmácia da Fundação Educacional

de Fernandópolis- SP

Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Aprovado em: ____ de novembro de 20_____.

Banca examinadora Assinatura Conceito

Profa. Esp. Vanessa M.Rizzato Silveira

Profo. Esp.Marcelo Teodoro dos

Santos

Profa. Esp. Rosana M. K. Motta

Profa. Esp. Vanessa M. Rizzato Silveira

Presidente da Banca Examinadora

Page 4: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

3

Primeiramente a DEUS, que através da força do seu espírito, me fez superar todas as dificuldades encontradas no caminho. Por ter me dado a chance de ser aquilo que escolhi, por me amparar nos momentos difíceis, me dar força interior para superar as dificuldades e mostrar o caminho nas horas incertas. Aos meus pais João e Niura, por terem acreditado em mim, por toda a força, confiança e dedicação nessa longa caminhada, por terem me apoiado e por muitas vezes terem se sacrificado para me dar tudo o que eu precisei, creia- nos, a vitória também é de vocês. Continuaremos até o dia em que possamos juntos, de mãos dadas, sermos ao mesmo tempo pais e filha dos nossos sonhos, das nossas realizações, do que sentimos. A minha irmã Taisa que tanto amo, respeito e admiro e pelo seu cuidado que tem por mim, sempre querendo o meu melhor, e por me fazer lembrar, depois de crescidas, do riso espontâneo de quando éramos crianças ao me dar como o melhor presente minha afilhada Ana Julia, que além de me mostrar o sentido da palavra amor, renova o meu riso a cada dia e pelo amor incondicional. Aos meus inestimáveis avós, por acreditar que sou capaz. AMO VOCÊS.

Aline Vieira Batista

Page 5: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

4

Ao meu pai Wilson e a minha mãe Rosilaine, por ter permanecido ao meu lado, me incentivando a percorrer este caminho, por compartilhar angústias e dúvidas estendendo sua mão amiga em momentos difíceis. A minha irmã Paula que se manteve incansável em sua manifestação de apoio e carinho.

Lauana Fonseca Aguiar

Page 6: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

5

Aos nossos filhos, Caio e Beatriz, que nos momentos de nossa ausência dedicada ao estudo, sempre fizeram entender que o futuro, é feito a partir da constante dedicação no presente.

João Antonio Ruiz e Patrícia Menegotto de Oliveira

Page 7: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

6

AGRADECIMENTOS

Agradecemos inicialmente Deus por ter nos dado ânimos e iluminado nossos

caminhos para que pudéssemos concluir mais uma etapa de nossas vidas.

Aos nossos familiares e amigos que fizemos durante o curso, pela

verdadeira amizade que construímos. Em especial a nossa Profa Esp. Vanessa M.

Rizzato Silveira que nos orientou para realização desse trabalho, e pela dedicação e

paciência que teve conosco durante essa jornada.

E a todos os professores do Curso de Farmácia pelos ensinamentos

proporcionados nas aulas, cada um de forma especial contribuiu para a conclusão

deste trabalho.

Page 8: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

7

“Seja a mudança que você quer ver no mundo”.

Mahatma Gandhi

Page 9: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

8

RESUMO

A obesidade é uma situação clínica preocupante que necessita de tratamento apropriado, almejando a obtenção de um peso saudável e a diminuição dos riscos à saúde. O maior desafio incide em impedir que o paciente readquira o peso inicial e as morbidades que o induziram a buscar um tratamento. Para controlar a obesidade como uma condição crônica, os agentes farmacológicos, associados à terapêutica dietética, estímulo à atividade física têm sido empregada na tentativa de melhorar a resposta dos pacientes em longo prazo. É preciso que os indivíduos tenham tempo para exercer atividade física. Os dados apresentados na revisão bibliográfica deste estudo destacam o crescimento histórico na prevalência desta enfermidade no Brasil e no mundo. Este trabalho tem como objetivo analisar a prevalência de pessoas obesas do curso noturno no último semestre de Farmácia da cidade de Fernandópolis- SP. Foram entrevistados 100 estudantes. Dos dados levantados, 11% do universo de entrevistados foram considerados portadores de Obesidade de Grau I, apenas 3% dos entrevistados, por sua vez, foram considerados com Obesidade de Grau II, a incidência de Obesidade III foi irrelevante. Conclui-se que a perda de peso se torna complicada, pois acomete a quatro laços que se unem em prol de sua competência: elementos psicológicos, comportamentais, de fisiologia e endócrinos. Caso não haja uma interação correta entre eles, e não seja cumprida à risca sua execução, o caminho para a perda de peso se torna inútil. Palavras – chave: Obesidade. Saúde. Atividades Físicas. Alimentação. Medicamentos.

Page 10: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

9

ABSTRACT

Obesity is a medical condition that requires proper treatment, aiming to reach a healthy weight and diminution of the risks to healthy. The biggest challenge focuses on preventing the patient regains the initial weight and the morbidities that led to seek, treatment, to control obesity as chronic condition, Pharmacologic agents associated with therapeutic diets, physical activity stimulation has been used in a attempt to improve the response of patients in the long term. That individuals need to have time to do physical activity. The data presented in the literature review of this study high light the historical growth in the prevalence of this disease in Brazil and worldwide. This study aims to analyze the prevalence of obese people‟s night course last semester of pharmacy in the city of Fernandópolis- SP 100 students were interviewed. The data collected 11% of respondents were considered obese patients with grade I, only 3% of respondents, in turn, were considered obese grade II, the incidence of grade III obesity was irrelevant. Concluded that weight loss becomes complicated since it affects fours ties that unite in support of its competence: Psychological factors, behavioral, and endocrine physiological. If not there is a proper interaction between them, and do not be fulfilled scratching his execution, the path to weight los becomes useless.

Keywords: Obesity. Health. Activities. Feeding and drugs.

Page 11: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Esquema mostrando os padrões de distribuição da gordura:

A) Tipo andróide ou maçã. . . . . . 21

B) Tipo ginóide ou pêra. . . . . . . 21

Figura 2 – Obesidade e Graus de Morbidade. . . . . . 22

Figura 3 – Sexo . . . . . . . . . 30

Figura 4 – Faixa Etária . . . . . . . . 31

Figura 5 – Índice De Massa Corporal . . . . . . 32

Figura 6 – Prática De Atividades Físicas . . . . . 33

Figura 7 – Freqüência De Atividade Física Semanalmente . . . 34

Figura 8 – Alteração Menstrual . . . . . . . 35

Figura 9 – Tentativa De Redução Alimentar . . . . . 36

Figura 10 – Freqüência Diária De Refeições . . . . . 37

Figura 11 – Estado Nutricional Do Pai . . . . . . 38

Figura 12 – Estado Nutricional Da Mãe . . . . . . 39

Figura 13 – Utilização De Medicamentos Para Emagrecer . . . 40

Figura 14 – Dieta . . . . . . . . . 41

Page 12: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

11

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

DMNID Diabetes Mellitus Não - Insulino Dependentes

DCNT Doenças crônicas não transmissíveis

ECNT Enfermidades Crônicas não Transmissíveis

ENDEF Estudo Nacional da Despesa Familiar

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IMC Índice de Massa Corporal

OMS Organização Mundial da Saúde

PPV Pesquisa sobre Padrão de Vida

PC Perímetro da Cintura

SBC Sociedade Brasileira de Cardiologia

VLCD Very Low Calorie Diets

WHO World Health Organization

Page 13: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

12

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO . . . . . . . . . 13

1 REVISÃO DA LITERATURA . . . . . . . 16

1.1 OBESIDADE . . . . . . . . . 16

1.2 ÍNDICES DE OBESIDADE NO MUNDO . . . . . 16

1.3 ÍNDICES DE OBESIDADE NO BRASIL . . . . . 18

1.4 IMC . . . . . . . . . . 19

1.5 TIPOS E CLASSIFICAÇÃO DE OBESIDADE . . . . 20

1.6 DOENÇAS ASSOCIADAS À OBESIDADE . . . . . 22

1.7 TRATAMENTOS . . . . . . . . 23

1.7.1 Tratamento Farmacológico . . . . . . 23

1.7.1.1 Sibutramina . . . . . . . . . 24

1.7.1.2 Orlistat . . . . . . . . . 25

1.7.1.3 Medicamentos Alternativos . . . . . . 25

1.7.2 Tratamento não Farmacológico . . . . . . 25

1.7.2.1 Comportamento Alimentar . . . . . . 25

1.7.2.2 Atividades Físicas . . . . . . . . 27

2 OBJETIVO . . . . . . . . . . 28

2.1 OBJETIVO . . . . . . . . . 28

2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS . . . . . . . 28

3 MATERIAIS E MÉTODOS . . . . . . . 29

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES . . . . . . 30

5 CONCLUSÃO. . . . . . . . . . 42

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . 43

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . 44

APÊNDICE . . . . . . . . . . 54

Page 14: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

13

INTRODUÇÃO

Obesidade é um mal, que assola milhões de pessoas ao redor do mundo e

ocupa um grande espaço na mente de muitos cientistas, ávidos por descobrir como

defini-la, como é a sua “cara”. Alguns destes cientistas apontam para a

hereditariedade, outros apostam no estudo dos hormônios e enzimas como a

leptina, a adipocectina, a grelina e a pYY, responsáveis pela regulação do nosso

organismo. Há também estudiosos que acreditam que a frequência de atividades

físicas no cotidiano pessoal, o tipo de dieta ingerida, ou mesmo a influência do peso

no nascimento e o tempo em que se gasta em frente a uma televisão são os

responsáveis pelo crescimento da taxa de pessoas obesas em todos os cantos do

mundo. A busca pela “obesidade em detalhes” é ininterrupta e cobiçada

(EBBELING; PAWLAK; LUDWIG, 2002).

Estudos realizados no fim da primeira década apontam a obesidade, de

acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma doença severa do

século 21 que necessita ser afrontada com mais rigor tendo em vista o alto número

de casos já na população infantil e os riscos para a saúde da pessoa obesa que a

doença gera. A situação de obesidade propicia em grande número o temor de

aparecimento e agravamento de doenças crônicas e de sofrimentos neurológicos

(OMS, 2010).

Em todo o mundo há revoluções de âmbito científico e político envolvido

para a solução desses mal. De tal modo que, no começo de 2011, com a presença

do corpo diretor da OMS, integrantes dos Ministros da Saúde de diversos países do

continente americano, reuniram-se no México durante a Consulta Regional de Alto

Nível das Américas Contra as Enfermidades Crônicas não Transmissíveis (ECNT), e

assinaram uma declaração sugerindo o desenvolvimento de políticas públicas com o

fim de combater a obesidade nas respectivas nações (CASTRO, 2011).

O crescimento da obesidade no continente europeu é alertado como um dos

maiores desafios para a saúde pública, pois tem sua origem na alteração apressada

de certos fatores sociais, econômicos e ambientais do modo de vida das pessoas

em geral (OPAS, 2003).

De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, a quantidade de pessoas

analisadas em que o Índice de Massa Corporal (IMC) é igual ou maior que 30kg/m²,

Page 15: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

14

reconhecidas como obesas, elevou-se de 11,4% para 13,9% entre 2006 e 2009. E o

risco é o aumento constante, visto que a cada dia mais pessoas entram na faixa da

obesidade. Considera-se que por volta de 4 milhões de brasileiros já integram o

índice de obesidade mórbida, a mais severa, e isso acontece quando o IMC chega a

40kg/m² (BRASIL, 2005). A obesidade mórbida em alguns casos pode ser

irreversível para o combate sem que haja intervenção cirúrgica.

O aumento do número de pessoas obesas já é avaliado como um distúrbio

de saúde de âmbito público, sendo que esse mal está inflando o serviço público de

saúde, no processo de combate do excesso de peso e das enfermidades

relacionadas a esse problema. O que ocorre é que a obesidade é uma doença que

está ligada a diversos aspectos, desde aqueles de origem genética até os de sentido

socioambiental, podendo-se analisar que 95% ou mais dos casos estão

intensamente atrelados ao modo de vida (SEGAL; FANDIÑO, 2002).

A obesidade mórbida está atrelada a uma série de complicações que põe

em risco a saúde de maneira geral e prejudica a vida da pessoa que convive com

esse mal. Entre os distúrbios que a obesidade causa está os problemas de âmbito

cardiovascular, ortopédico, digestivo, endócrino, dermatológico e respiratório

(JUNIOR GARRIDO et al., 2002; JUNIOR SABISTON, 1999).

Os sistemas de amparo à saúde têm apresentado planejamentos de atuação

que focam no estímulo ao interesse das pessoas por exercícios físicos, ingestão de

alimentos saudáveis, assim como tem havido crescimento na terapêutica de

pessoas que padecem de obesidade mórbida, precavendo-se diversos problemas e

o que eles acarretam. Apesar das várias intervenções para combater a obesidade,

há também um aumento da sua gravidade, em razão da utilização de métodos

inadequados por parte das pessoas obesas. Estas, além de comprometerem o

funcionamento do organismo, são geralmente ineficazes e facilitam a recuperação

do peso perdido, tornando o tratamento ainda mais difícil (SUPLICY, 2005).

A questão é a intensidade da obesidade que se firma sobre quem a possui.

Por ser um problema intimamente relacionado ao modo comportamental, o foco de

alcançar um peso que esteja dentro dos padrões saudáveis passou a exigir

alterações nos hábitos alimentares, na prática de atividades físicas e no cuidado à

saúde mental. Essa mesma meta, para o obeso mórbido, é ainda mais complexa,

muitas vezes é considerada “impossível”, devido à gravidade do seu tipo de

Page 16: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

15

obesidade e da dimensão, exigindo medidas mais firmes de terapia (SUPLICY,

2005).

A situação da dimensão e penetração da obesidade na população, e o fato

das pessoas não conseguirem acompanhar o tratamento correto e terem resultados

positivos com ele, deu ânimo a ciência médica no desenvolvimento de um

tratamento via intervenção cirúrgica (REPETTO; RIZZOLLI; BONATTO, 2003).

A obesidade ultimamente obteve índices de epidemia e se torna um

problema de saúde pública, neste contexto nos sentimos motivados a investigar

qual o índice de sobrepeso e obesidade no último semestre do Curso de Farmácia,

onde são alunos conhecedores dos prejuízos que essa patologia pode causar

ameaça a qualidade de vida e desencadear diversas doenças degenerativas.

Page 17: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

16

1 REVISÃO DA LITERATURA

1.1 OBESIDADE

A obesidade pode ser explicada como uma exagerada concentração de

tecido adiposo no organismo. Diversos sistemas têm sido desenvolvidos para

dimensionar a gordura corporal, como a densitometria, a ultra sonografia, a

tomografia computadorizada, a ressonância magnética, a medição dos coeficientes

de potássio no organismo, a de creatinina e a da quantidade de água corpórea. Em

geral são métodos muito caros, trabalhosos e demorados, que cobram pessoal

especializado e que não estão amplamente disponíveis (ZLOCHEVSKY, 1996).

A obesidade pode ser também definida, de forma mais simples, como uma

doença que ocorre devido ao amontoado exagerado de gordura corporal, sendo

conseqüência da quantidade energética positiva e gera danos à saúde, com perda

injustificável na qualidade e no prolongamento da vida (WHO, 2000b; FONTAINE et

al., 2003).

A obesidade é participante do grupo de doenças crônicas não transmissíveis

(DCNT). As DCNTs podem ser definidas pela sua trajetória natural delongada,

diversos elementos que causam risco, alongado curso assintomático e em geral

devagar e fixo, com períodos de calmaria e de exaltação, lesões celulares incuráveis

e alteração para diferentes graus de incapacidade ou para a morte (LESSA, 1998).

1.2 ÍNDICES DE OBESIDADE NO MUNDO

A instituição mundial mais respeitada da área da saúde, a Organização

Mundial da Saúde (OMS) já alertou no sentido de que já existem no mundo mais de

um bilhão de pessoas com excesso de peso e por volta de trezentos milhões de

adultos com problemas como a obesidade, sendo que cerca de 60% da população

mundial, em breve, irá ter algum distúrbio de saúde ligado à obesidade (OMS, 2010).

O índice é alarmante, visto que a cada dia cresce o número de obesos

consideravelmente.

A obesidade está sendo vista como o mais importante distúrbio relacionado

à nutrição nos países ricos, devido ao crescimento de sua penetração na sociedade

Page 18: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

17

e do agravamento da saúde de quem a carrega. De acordo com Francischi e

colaborações (2000), é plausível que a obesidade aborde 10% da população destes

países e que por volta de um terço da população norte-americana esteja em

situação de desordem metabólica.

A obesidade ainda tem baixa incidência em países da África e da Ásia, e sua

penetração é maior nas populações do meio urbano do que rural. Em regiões ricas,

os padrões de incidência podem ser tão altos quanto em países industrializados

(WHO, 1998c).

Dados do World Health Organization indicam seu ganho de espaço nas

diversas regiões africanas, em confronto com os países altamente industriais, onde

o objetivo mais importante tem sido o combate a desnutrição e a qualidade da

alimentação. Praticamente em todos os países, o padrão de obesidade vem

crescendo tanto no sexo masculino quanto no feminino. Para tanto, na Europa,

observou-se em 10 anos um aumento entre 10% e 40% de obesidade em vários

países, predominando a Inglaterra, com um aumento superior ao dobro, entre os

anos 80 e 90. A Região Oeste do Pacífico, compreendendo a Austrália, o Japão,

Samoa e China, houve aumento do predomínio de sobrepesos; porém, vale destacar

que China e Japão, apesar do aumento de sobrepesos em comparação com outros

países desenvolvidos, apresentam os mais baixos predomínios: na China, 0,36%

para mulheres e 0,86% para homens de 20 a 45 anos em 1991; no Japão, 1,8%

para homens e 2,6% para mulheres maiores de 20 anos, em 1993 (WHO, 1998c).

Análises rigorosas sobre o caminho do crescimento nesse século do IMC de

adultos são encontradas em constância nos países ricos. Dados abrangentes são

originados de averiguações nacionais sobre saúde e nutrição feitas nos Estados

Unidos de 1960 e 1994. Estas pesquisas informaram um crescimento gradativo na

incidência de adultos obesos, sendo que no período de 1976 a 1994, observou-se o

aumento da obesidade, entre homens, 12,3% para 19,9%, e entre mulheres, de

16,9% para 24,9% (MONTEIRO; CONDE, 1999).

Os indícios mais detalhados de presença da obesidade em nível mundial

são encontrados no estudo WHO (Monitoring of Trends and Determinants in

Cardiovascular Diseases). De acordo com esse documento, os índices de IMC entre

25kg/m² e 30kg/m² são os culpados por grande parte do choque do sobrepeso sobre

certas doenças ligadas à obesidade. Exemplo disso é que, por volta de 64% dos

homens e 77% das mulheres com Diabetes Mellitus Não-Insulino Dependentes

Page 19: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

18

(DMNID) seriam capazes, em tese, de precaver a enfermidade caso possuíssem um

IMC menor ou igual a 25kg/m². Na população de 35 a 64 anos, encontrou-se

prevalência de 50%-75% de sobrepeso e obesidade, com maior quantidade na

população feminina (WHO, 1998c).

1.3 ÍNDICES DE OBESIDADE NO BRASIL

Dados do Ministério da Saúde do Brasil torna público que a pessoa mais

velha vem apresentando crescimento e tornando-se protagonistas da obesidade a

taxas preocupantes. De acordo com o conteúdo do documento nacional, (Pesquisa

Nacional sobre Saúde e Nutrição, 1989) por volta de 32% dos adultos no Brasil tem

algum grau de sobrepeso. Destes, 6,8 milhões de indivíduos (8%) tem obesidade,

com forte presença das mulheres (70%). A prevalência ainda cresce em paralelo a

idade, alcançando um valor maior na faixa de 45 a 54 anos (37% entre homens e

55% entre mulheres). (COUTINHO et al., 1991).

Quando analisados em conjunto com o Estudo Nacional da Despesa

Familiar (ENDEF), uma avaliação inquietante é mostrada, pois no tempo ocorrido

entre as duas averiguações nacionais (1975-1989), houve um crescimento de 100%

na incidência de pessoas com excesso de peso entre os homens e de 70% entre as

mulheres, em todas as faixas etárias (COUTINHO et al., 1991).

Em todas as regiões do país, partes importantes da população mais velha

mostram excesso de peso e obesidade. Em dados percentuais, a conjuntura mais

alarmante é encontrada na Região Sul do país, onde 34% dos homens e 43% das

mulheres mostraram algum grau de peso exagerado, indicando por volta de 5

milhões de pessoas. No entanto, ao verificar dados absolutos, situa-se na Região

Sudeste do país, a maior quantidade de adultos com peso excessivo, indicando mais

de 10 milhões de pessoas nesta situação e cerca de 3,5 milhões com obesidade

(PINHEIRO; FREITAS; CORSO, 2004).

O crescimento da incidência da obesidade no Brasil encontra-se ainda mais

preocupante, ao pressupor-se que este acréscimo, apesar de estar difundido em

todas as localidades do país e nos diferentes níveis socioeconômicos da

comunidade, é proporcionalmente maior entre as famílias mais pobres (MONTEIRO

et al., 1995).

Page 20: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

19

A Pesquisa sobre Padrões de Vida (PPV), realizada pelo IBGE, foi limitada

apenas às regiões Sudeste e a Nordeste, localidades onde está fincada a maior

parcela da população brasileira. Estas duas regiões ocupam núcleos opostos -

acima e abaixo, respectivamente, com ligação à classificação regional de

indicadores socioeconômicos, (geração de bens e serviços, dimensão dos salários,

renda per capita) e índices sociais, taxa de mortalidade infantil, esperança de vida e

escolaridade (MONTEIRO, 2001).

Ainda segundo o autor acima, foi analisado as incidências do excesso de

peso, específicas por gênero e faixa etária, aferidas pelos estudos realizados em

1974/75, 1989 e a Pesquisa sobre Padrão de Vida (PPV) de 1997. Para ser possível

este diálogo com o estudo mais recente, considerou-se, nos inquéritos anteriores,

apenas a amostra relativa às Regiões Nordeste e Sudeste.

Alterações nas incidências da obesidade entre 1989 e 1997 mostraram que,

em relação aos homens, embora a prevalência do índice de obesos continue

alargando nas duas regiões, está em crescimento de modo mais claro na Região

Nordeste, fazendo o índice de obesidade masculina, nesta região, se torna próximo

do encontrado na Região Sudeste. Nas mulheres, a incidência da obesidade cresce

de forma considerável na Região Nordeste, mas mantém estável, ou pode diminuir

em algumas idades, da Região Sudeste. As diferenças no padrão regional de

evolução evidenciam que o risco de obesidade feminina na Região Nordeste, em

1997, pode se estabilizar ou ultrapassar o risco da doença na Região Sudeste

(MONTEIRO, 2001).

1.4 IMC

O uso do Índice de Massa Corporal (IMC) tem criado forte concordância por

parte do grupo científico ligado ao estudo da disseminação dos obesos, devido a sua

simples utilização e da relação matemática com a taxa de excesso de tecido adiposo

corporal total em populações jovens (TADDEI, 2000); (KOCHI, 2004).

Entretanto várias averiguações sobre a doença da obesidade e apontamento

do caso de espalhamento de gordura pelo corpo utilizam, de forma conjunta ou não,

os meios antropométricos: Índice de massa corpórea (IMC), Relação cintura quadril

(RCQ) e Perímetro da Cintura (PC), meios estes, reconhecidos de grande relevância

na predição de doenças cardiovasculares. (DASGUPTA; HAZRA, 1999; BOOTH et

Page 21: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

20

al., 2000; DOBBELSTEYN et al., 2001; SEIDELL et al., 2001; MAFFEIS et al., 2001;

VISSCHER et al., 2001).

Desse modo, o meio relação cintura quadril está sendo usado de maneira

significativa na população adulta, mas em alguns casos é sugerido o uso da nota do

perímetro da cintura por ser uma medida mais eficaz e verificada em adultos

(RANKINEN, 1999) e na população infantil (TAYLOR, 2000) por ser uma maneira útil

para determinar adiposidade central. De fato, a cintura é fortemente associada com

o tecido adiposo visceral que, por sua vez, associa-se com concentrações de glicose

e insulina.

1.5 TIPOS E CLASSIFICAÇÃO DE OBESIDADE

Existem diversos casos de obesidade e que nem sempre a pessoa que

estiver acima do seu peso, vai se encontrar nos sete diversos casos de obesidade: a

contínua, ocorrida pela vasta alimentação. A do período da puberdade, por

mudanças nos hormônios; da gestação, por elementos mentais ou orgânicos; por

suspensão das práticas físicas; pelo consumo de entorpecentes; a abstinência do

cigarro; e a endócrina (GIUGLIANO et al., 2002).

A concentração de tecido adiposo ou gordura corporal no organismo revela-

se em quatro tópicos: Tipo I, descrita pelo exagero de tecido adiposo corporal sem

concentração específica. Considerada a mais usual; a gordura Tipo II é o exagerado

tecido adiposo na parte subcutânea da pele, na região abdominal e tronco, também

conhecida como obesidade do tipo “maçã”, propiciando o aparecimento de distúrbios

cardiovasculares e a aversão à ação da insulina; o Tipo III caracteriza-se pela

grande concentração de gordura víscera-abdominal que também está ligada a

distúrbios cardiovasculares e a resistência à ação da insulina; e o Tipo IV,

caracteriza-se pelo excesso de gordura glúteo, femoral, também chamada de

obesidade tipo “pêra”, estando mais suscetível a mudanças nos momentos de

gestação (LEITE, 1996; DÂMASCO, 2001).

Page 22: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

21

Figura 1 – Esquema mostrando os padrões de distribuição da gordura: A) Tipo andróide ou maçã. B) Tipo ginóide ou pêra.

A B Fonte: A Nutricionista. Com - Cristiane Mara Cedra – CRN- 19470.

Aumenta a quantidade de tecido adiposo no corpo de duas maneiras:

primeiro, pelo enchimento da célula gordurosa, gerada por mais gordura, sistema

pelo qual chamamos de hipertrofia das células adiposas, ou pela soma do valor total

de células adiposas no qual conhecemos como hiperplasia das células adiposas

(MCARDELE; KATCH F; KATCH V, 1996).

A dimensão e a quantidade das células adiposas de acordo com Dãmasco

(2001), Krause e Malaban (1998), podem diferenciar a obesidade em: hipertrófica,

quando há um crescimento da dimensão das células; e hiperplásica, quando ocorre

um crescimento no número de células, sendo que ambas são capazes de ocorrer ao

mesmo tempo.

A OMS notifica uma situação de obesidade quando o IMC ultrapassa os

30kg/m². Para estimar a seriedade e a dimensão dos casos de obesidade, a OMS

catalogou faixas de sobrepeso e fixou a seguinte classificação: obesidade de

coeficiente I, quando o IMC está entre 30kg/m² e 34,9 kg/m²; obesidade de

coeficiente II, quando o IMC está entre 35kg/m² e 39,9 kg/m²; e obesidade de

coeficiente III, quando o IMC vai além de 40 kg/m² (BRASIL, 2005).

De acordo com Krause, Malaban (1998) e Stumer (2001) e Dãmasco (2001),

na classificação da obesidade de acordo com o índice de mobilidade, empregam-se

o IMC, de acordo com a Figura 2. O índice de massa corporal é melhor método para

diagnosticar a população e a mais usada para estudos epidemiológicos.

Page 23: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

22

FIGURA 2 – Obesidade e Grau de Morbidade

IMC CLASSIFICAÇÃO

Desnutrição < 18,5

Eutrófico 18,5 – 24,9

Sobrepeso 25 – 29,9

Obeso 30 – 34,9 Grau I: Obesidade leve.

Extremamente obeso 35 – 39,9 Grau II:Obesidade moderada

Obeso (mórbido) >40 Grau III: Obesidade grave

Fonte: Dãmasco (2001, p. 231)

1.6 DOENÇAS ASSOCIADAS À OBESIDADE

Desde o século passado, aglomerou-se um acúmulo de fatos que

comprovam que a obesidade era uma enfermidade prejudicial ao bem-estar pessoal.

Atualmente, já é verídica a relação da obesidade com o surgimento de outras

doenças, como hipertensão, diabetes tipo II e problemas cardiovasculares. Ao passo

em que a obesidade se tornava conhecida e consequentemente temida, nos últimos

50 anos foi observado um crescimento da incidência da doença, que crescia calada,

imune a precauções, até se tornar, de acordo com a OMS (Organização Mundial de

Saúde), uma epidemia global (WHO, 1998d).

Com explosão mais tardia e menos potencial, o crescimento da prevalência

de obesidade está ocorrendo em crianças e jovens, não ficando restrito apenas aos

países desenvolvidos, mas igualmente nos países em desenvolvimento (STYNE,

2001). No Brasil, ao passo que a desnutrição e a taxa de mortalidade diminuíam o

índice de obesos não parou de aumentar (WANG; MONTEIRO; POPKIN, 2002).

Mesmo que o índice de obesos não seja prevalente desde a infância, já é de

conhecimento das autoridades públicas que a probabilidade de uma criança ou

jovem obeso sustentar essa condição no resto da vida é grande. Nesse sentido, as

doenças que vem de anexo a obesidade já se infiltram na infância e com mais

incidência na adolescência, antes restritas aos adultos (STRAUSS, 2002).

Distúrbios no sistema metabólico de crianças já são percebidos, e além de

ser motivo de preocupação para os pais e as entidades de saúde, podem causar

outros problemas como a hipertensão, a diabetes, o aumento do colesterol e

complicações cardiovasculares (STRAUSS, 2002).

Page 24: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

23

Algumas outras enfermidades têm sido diagnosticadas em crianças obesas,

como a dislipidemia, tíbia vara, alergia a insulina, síndrome do ovário policístico,

cálculo biliar, hepatite, apnéia do sono dentre outras, além dos distúrbios

psicológicos sofridos por crianças e adolescentes por conta do preconceito sofrido

em todos os setores da sociedade, principalmente pelos colegas de escola e amigos

mais próximos (STRAUSS, 2002).

Buscando a compreensão da razão da veloz disseminação da obesidade em

todas as faixas etárias, cientistas tentam de todas as formas obterem respostas para

essa indagação, e cada dia mais encontram retornos importantes, com base em

estudos sobre a constituição molecular do organismo, as análises epidemiológicas,

psicológicas, sociais e clínicas, chegando até a relacioná-las com as teorias de

evolução (FRIEDMAN, 2003).

1.7 TRATAMENTOS

1.7.1 Tratamento Farmacológico

A indicação do tratamento farmacológico da obesidade ocorre quando a

pessoa portadora da doença possui IMC (Índice de Massa Corpórea) maior que 30

Kg/m², ou quando o indivíduo torna evidente a existência de enfermidades ligadas

ao problema do excesso de peso, com IMC superior a 25 Kg/m², em que com

certeza outros meios de solução do problema como a imposição da atividade física,

uma dieta séria e equilibrada e mudanças na conduta não obtiveram êxito (WHO,

1998a).

A utilização do tratamento farmacológico para a cura da obesidade utiliza

condutores relacionados com a captação de energia ou com a deficiência na

destinação dos nutrientes metabolizados, além daqueles associados com a perda de

energia (MANCINI; HALPERN, 2006). Os agentes que lutam contra a obesidade

mais freqüentemente utilizados são a sibutramina e o orlistat, disponibilizados para a

atividade clínica por aproximadamente uma década (COUTINHO, 2OO9).

Os medicamentos empregados no impulso à perda de peso são, em grande

parte, controlados (anorexígenos). Eles realizam a cooperação ao emagrecimento

de duas maneiras: auxiliando a pessoa a controlar a ingestão de alimentos, ou a

reduzir a assimilação de nutrientes (WEINTRAUB, 1992).

Page 25: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

24

Outro conjunto de medicamentos são bloqueadores intimamente ligados

com a lípase pancreática, e reduzem à parcela de um terço da captação de gorduras

da dieta, mas suas conseqüências são a desordem fecal e distúrbios vitamínicos

lipossolúveis A, D, E, K (DRENT et al., 1993). Os medicamentos conhecidos como

termogênicos agem em diversos processos do sistema metabólico, com o objetivo

de acrescentar o consumo energético como à cafeína, hormônios da tireóide e

efedrina. Os impactos colaterais mais sérios são: perda muscular e distúrbios

cardíacos. Outras composições medicamentosas muito empregadas são os

sacienógenos, que agem diretamente no sistema nervoso central proporcionando a

sensação de saciedade, levando a pessoa a controlar a ingestão de alimentos,

sentindo-se saciada. Seus impactos colaterais são idênticos aos anorexígenos

(MCNEELY, 1998).

A ingestão mútua de medicamentos relacionados ao emagrecimento deve

ser amplamente ignorada. Hormônio da tireóide, diuréticos, laxantes e calmantes

não tem utilização definida na terapêutica medicamentosa, mesmo sendo receitados

por médicos e usados sem consciência pelas pessoas afetadas (WEINTRAUB,

1992).

Em vista do significado epidemiológico com a alta taxa de incidência de

excesso de peso e que hoje o que é considerado beleza se resume a um corpo

magro e estatura elevada (MASSUIA; BRUNO; SILVA, 2008), tem ocorrido, desde a

década de 1980, uma ingestão exacerbada de anorexígenos no país, tendo como

estimativa a ingestão de dez doses diárias por 1 mil habitantes (BRASIL, 1993).

1.7.1.1 Sibutramina

Sibutramina é uma droga inibidora da reabsorção da serotonina e da

norapinefrina, o que proporciona a redução da ingestão alimentar e aumenta a

termogênese. Em vários casos clínicos, a sibutramina geriu a redução

estatisticamente adequada do peso, da concentração de colesterol total,

triglicerídeos, LDL, colesterol e hemoglobina glicada de pacientes obesos diabéticos

ou não. É uma droga com adequada aceitação (MANCINI, 2002); porém, como

impacta o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso central, e não é

recomendada em alguns casos especiais (ALI, 2002); (KORMAN, 2002).

Page 26: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

25

1.7.1.2 Orlistat

Orlistat é um importante e irreversível inibidor das lípases gástricas e

pancreáticas e foi avaliado positivamente para a terapia de longa duração. A droga

não possui efeitos sobre sistemas neuronais reguladores do apetite (MANCINI;

HALPERN, 2002). Sua atuação consiste na imposição de uma barreira na digestão

de aproximadamente 30% dos triglicerídeos dietéticos ingeridos (NAMMI et al.,

2004), sendo a perda de peso muitas vezes submissa à dose. A cura com a droga

foi relacionada com a diminuição do LDL-c, colesterol total e da concentração

plasmática de insulina (POSTON; FOREYT, 2000); (MCDUFFIE; YANOVSKI, 2004).

O orlistat é um equivalente mais constante e menos hidrolisado da enzima

lipstatina, tem seu emprego no bloqueio das lípases gastrintestinais com o auxílio

das conexões no sítio ativo de ligação covalente (ALI, 2002); (MANCINI, 2002).

1.7.1.3 Medicamentos Alternativos

A busca por recursos alternativos para arriscar emagrecer aumentou, entre

elas estão os remédios fitoterápicos que de acordo com a teoria podem ter ação no

tratamento, mas ainda precisam ter a sua eficácia confirmada como a alcachofra

(Cynara scollimus), um fitoterápico estimulante da função hepática, e que auxilia a

metabolização e eliminação de gorduras. Opção empregada recentemente é o óleo

de coco, induzido pelos meios de comunicação social, pois além de não ter

comprovação de efeito, não possui fundamentação cientifica para ser usado na

terapêutica de obesidade. Outros vão além, passam a utilizar antidepressivos, como

por exemplo, a fluoxetina e a paroxetina (RANG et al., 2008).

1.7.2 Tratamento não Farmacológico

1.7.2.1 Comportamento Alimentar

A alimentação é uma relevante peça na eficácia da prevenção e na cura da

obesidade e de diversas outras enfermidades de alta incidência na população. As

tendências de mudança nutricional ocorridas neste século em distintas regiões do

Page 27: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

26

mundo direcionam para uma dieta mais equilibrada e saudável, rica em gorduras

(particularmente as de origem animal), carboidratos e alimentos purificados

(MONTEIRO et al., 1995).

O autor citado acima trata da importância da alimentação no sentido de ser

uma personagem atuante na prevenção de doenças advindas da obesidade. Além

disso, expõe que há uma convergência mundial para a alimentação balanceada,

altamente rica em gorduras, carboidratos e alimentos refinados. Essa alteração dos

hábitos de alimentação se funda nas mudanças na forma de se alimentar ocorridas

no mundo recentemente.

Mudanças no comportamento alimentar agrupam métodos ativos que

representam uma exigência de empenho e consciência que deve ser delegada a

pessoas que necessitam de uma alteração nos hábitos freqüentes e reconhecidos

como inapropriados. Ao elaborar uma dieta, é indispensável estipular um meio que

se torna um exemplo para a manutenção do peso indicado. O programa dietético

baseia-se na imposição de costumes e ações relacionadas à seleção dos alimentos,

hábitos alimentares, adequados ao consumo metabólico e redução da absorção

energética que precisam ser unidos em longo prazo (BERNARDI; CICHELERO;

VITOLO, 2005).

A construção da dieta representa grande impacto no caminho da perda de

peso. A constituição apropriada de dieta é ainda motivo de discussão. Afirma-se, no

entanto, que dietas consideravelmente alteradas nas grandezas dos nutrientes

podem ser perigosas e não são mais necessárias a médio e longo prazo na

continuidade de perda de peso (SPEECHLY; ROGERS; BUFFENSTEIN, 1999).

Como método de tratamento, pode-se confirmar que o domínio da melhor

forma de se alimentar é o mais importante passo a ser creditado à luta contra a

obesidade. As estratégias de manipulação dietética geralmente agrupam mudanças

no saldo energético absorvido e/ou na constituição dietética. Em relação ao total

energético, duas estratégias geralmente empregadas são o uso das VLCD (“Very

Low Calorie Diets”, Dietas de Muito Baixas Calorias), com um consumo energético

mais baixo que 800 kcal/dia, e as advertências energéticas moderadas, com uma

ingestão de 1200 kcal/dia (COWBURN; HILLSON; HANKEY, 1997).

No âmbito das VLCD, a perda de peso é mais acelerada, em volta de 1,5-2,5

kg por semana, enquanto que na restrição regulada a diminuição é de 0,5-0,6

kg/semana (COWBURN; HILLSON; HANKEY, 1997).

Page 28: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

27

1.7.2.2 Atividades Físicas

A energia despejada durante as práticas de atividades físicas se prende à

intensidade e a constância desta, correspondendo ao maior impacto sobre o gasto

energético humano. Em pessoas muito acomodadas, a energia consumida pela

atividade física consegue ser mais baixa que 100 kcal/dia, ao passo que em uma

pessoa ávida pela atividade física, esse gasto pode ultrapassar 3000 kcal/dia

(POEHLMAN, 1992).

Dados obtidos pelo IBGE apontam que 19,2% dos adultos brasileiros são

praticamente inativos (efetuam exercícios uma vez por semana) e somente 7,9%

exercem algum tipo de atividade física três vezes por semana (SBC, 1999a).

Particularmente para a perda de peso, a prática de exercícios é uma

relevante ação terapêutica na obesidade por meio da elaboração de um saldo

energético em déficit (MELBY et al., 1993).

Entretanto, alcançar alto consumo energético durante a ação física pede que

a competência do indivíduo se exercite por longos períodos em intensidades

próximas ao limiar metabólico seja satisfatória, o que somente é possível para

pessoas acostumadas ao ato (SARIS, 1995).

O limiar metabólico pode ser interpretado como a magnitude de exercício

que ocorre dominação das vias anaeróbias para sustentação da necessidade

energética pleiteada. Assim sendo, a dieta, sozinha, é mais competente em gerar um

déficit energético do que o exercício físico isolado (BJÖRNTORP, 1995; SARIS,

1995).

Page 29: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

28

2 OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

- Averiguar se há ou não a prevalência de sobrepeso ou obesidade em

alunos do último semestre do curso noturno de Farmácia da Fundação Educacional

de Fernandópolis.

2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

- Verificar se houve uso de anorexígenos e quais foram os mais utilizados;

- Avaliar a importância de uma dieta saudável na redução de peso.

Page 30: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

29

3 MATERIAL E MÉTODO

Foi realizado um questionário contendo 12 perguntas as quais foram

distribuídas entre 100 alunos do último semestre do curso de Farmácia de forma

anônima e voluntária.

A coleta de dados compreendeu o período de 20 de Setembro a 03 de

Outubro de 2012.

Page 31: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

30

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram entrevistados 100 alunos do último semestre do curso noturno de

Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis, com a faixa etária de 20 anos

e acima 40 anos de idade. Obtendo o seguinte resultado, conforme gráficos a seguir:

Figura 03 – Sexo

Fonte: Elaboração própria

A Figura acima pode mostrar que a maioria dos alunos entrevistados do

curso no turno de Farmácia é do sexo feminino 74%, já 26% são do sexo masculino,

esta maioria feminina pode ser explicada pelo fato de que a maioria dos alunos do

último semestre noturno do curso de Farmácia é do sexo feminino.

Page 32: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

31

Figura 04 – Faixa Etária

Fonte: Elaboração própria

A figura 04 mostra que apenas 3% dos entrevistados, possuem idade até 20

anos, 75% dos entrevistados tem idade compreendida entre os 20 e 30 anos, 15%

entre 30 a 40 anos e 7% possuem idade e acima de 40 anos.

Pode ser explicado devido à faixa etária compreendida de universitários.

Page 33: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

32

Figura 05 – Índice de Massa Corporal

Fonte: Elaboração própria

A Figura 05 nos mostra que 2% dos entrevistados estão abaixo do peso

ideal; 42% de todos entrevistados, foram considerados com peso ideal; 42% foram

considerados com sobrepeso; 11% dos entrevistados foram considerados com

obesidade de grau I; apenas 3% dos entrevistados, foram considerados com

Obesidade de Grau II; nenhum entrevistado foi considerado com Obesidade de Grau

III.

Embora a porcentagem de peso ideal encontrado tenha sido igual à de

sobrepeso, encontramos 14% dos entrevistados já em patamar de obesidade;

evidenciando então que a maioria dos entrevistados não possui peso ideal para sua

estatura, conforme a tabela do Indicie de Massa Corpórea (IMC) conforme a página

22.

Page 34: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

33

Figura 06 – Prática de Atividades Físicas

Fonte: Elaboração própria

A Figura 06 mostra que 51% dos entrevistados não fazem prática de

atividades físicas regularmente, 30% disseram não praticar e 19% mostraram

praticar frequentemente. Podemos verificar através dos gráficos que somente uma

minoria possui o habito de praticar exercícios regularmente.

De acordo com Anjos (2001) a redução do nível de atividade física e sua

relação com a ascensão na prevalência da obesidade referem-se às mudanças na

distribuição das ocupações por setores (exemplo: da agricultura para a indústria) e

nos processos de trabalho com redução do esforço físico ocupacional; das

alterações nas atividades de lazer, que passam de atividades de gasto acentuado,

como práticas esportivas, para longas horas diante da televisão ou do computador; e

do uso crescente de equipamentos domésticos com redução do gasto energético da

atividade, como por exemplo, lavar roupa à máquina ao invés de fazê-lo

manualmente.

Page 35: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

34

Figura 07 – Freqüência de Atividades Físicas

Fonte: Elaboração própria

Como pode ser visto na Figura 07, 53% dos entrevistados praticam

atividades físicas até duas vezes na semana, 11% praticam até 3 vezes, 2%

praticam de 4 a 5 vezes, 3% praticam mais de 5 vezes na semana e 31% dos

entrevistados não praticam atividade física semanalmente.

Praticam exercícios regularmente, ao menos duas vezes na semana, 53%

dos entrevistados, o que se nota certa incoerência com o gráfico nº 4, que expõe

que 51% dos entrevistados não fazem prática de atividade física regularmente, isso

pode ser explicado por uma falta de comprometimento das respostas fornecidas

pelos entrevistados.

O resultado pode ser comparado com os dados do IBGE onde indicam que

19,2% dos adultos brasileiros são pouco ativos, realizam exercícios apenas uma vez

por semana, e somente 7,9% tem atividade regular três vezes por semana

(Sociedade Brasileira de Cardiologia, 1999b).

Page 36: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

35

Figura 08 – Alteração Menstrual

Fonte: Elaboração própria

Das mulheres entrevistadas, quando indagas se houve alguma mudança no

período de sua menstruação quando fizeram uso de anorexígenos, 95% delas,

disseram não haver nenhuma alteração, já 5% disseram sofrerem alterações com o

uso de anorexígenos.

Segundo Ruud (1996) uma dieta pode desencadear alterações das funções

menstruais e da massa óssea, que dependem da produção hormonal das células

adiposas.

Isso explicaria as alterações relatadas pelas entrevistadas, uma vez que não

há relatos de alterações por anorexígenos.

Page 37: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

36

Figura 09 – Tentativa de Reeducação Alimentar

Fonte: Elaboração própria

Como pode ser visto na Figura 09, quando perguntados se antes de tomar a

iniciativa de fazer o uso de algum medicamento, tentou-se fazer uma reeducação

alimentar, 63% dos entrevistados disseram não tentar e 37% disseram tentar uma

redução na alimentação.

A reeducação alimentar envolve não somente o que se come, mas ela se

inicia na escolha do alimento, no ambiente em que se come e como se come.

De acordo com Rotenberg e Vargas (2004), a educação alimentar tem um

papel importante em relação ao processo de transformação e mudanças, „

à recuperação e promoção de hábitos alimentares saudáveis, que podem

proporcionar conhecimentos necessários à tomada de decisão de formar atitudes,

hábitos e praticas alimentares sadias e variadas.

Page 38: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

37

Figura- 10 – Freqüência Diária de Refeições

Fonte: Elaboração própria

Como pode ser visto na Figura 10, 82% dos entrevistados disseram que se

alimentam diariamente mais de 3 vezes, e apenas 18% não se alimentam com tanta

frequência, mostrando-se alimentarem menos de 3 vezes ao dia.

De acordo com Peres (2008) o ideal seria que um indivíduo se alimentasse

em uma média de 5 a 7 vezes ao dia, com intervalos de 2,5 a 3 horas, contribuindo

assim para o aumento da taxa metabólica e uma maior perda de peso.

O que nos leva a uma conclusão precisa acerca da freqüência correta; pois

em nossa pesquisa não especificamos quantas vezes ao certo seria a freqüência

das refeições.

Page 39: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

38

Figura 11 – Estado Nutricional do Pai

Fonte: Elaboração própria

A Figura 11 apresenta que 21% dos entrevistados disseram ter o pai magro,

50% disseram que o estado nutricional paterno é normal, 28% gordo e apenas 1%

disseram o pai ser muito gordo.

Segundo Escrivão e colaboradores (2000); o fator de risco mais importante

para o aparecimento de obesidade na criança é a presença de obesidade em seus

pais, pela soma da influência genética e do ambiente.

A percepção de peso normal varia de pessoa para pessoa. É difícil

estabelecer um parâmetro fixo nesse sentido, visto que uma pessoa com sobrepeso

pode para algumas pessoas, serem taxadas como normal, e para outras, como

obesa. Por isso, é preciso ter certo cuidado com definições a respeito, pois não é

uma noção fixa.

Page 40: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

39

Figura 12 – Estado Nutricional da Mãe

Fonte: Elaboração própria

A Figura 12 mostra que 25% dos entrevistados, disseram ter a mãe magra,

44% disseram que o estado nutricional materno é normal, 30% gorda e apenas 1%

disseram a mãe ser muito gorda.

Crianças que tem pais obesos têm 80% de chance de se tornar obesa,

enquanto diminui para 40% quando somente o pai ou a mãe é obeso. Estudos

comparando o peso corporal de crianças adotadas com os pais adotivos e biológicos

sugerem um maior componente energético na incidência da influência da obesidade.

Portanto, apesar dessa indiscutível evidência da influência genética no

desenvolvimento da obesidade, influências ambientais também têm sido bem

documentadas. (CYSNEIROS; TERSHAKOVEC; MARTINS; MICHELETTI, 1996).

Page 41: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

40

Figura 13 – Utilização de Medicamentos para Emagrecer

Fonte: Elaboração própria

A Figura 13 mostra que 86% dos entrevistados não utilizaram remédios para

emagrecer e 14% já utilizaram remédios como método para emagrecimento, dentre

estes, citaram remédios mais utilizados como sibutramina e orlistat, e alguns

produtos de origem natural indagaram, porém não conseguiram manter a forma

obtida. Dois dos entrevistados disseram ter reações adversas ao fazerem a

utilização do medicamento, como taquicardia. A maioria disse ainda, que compraram

o remédio com a utilização de receita médica, alguns por conta própria e indicação

de outros. Os estudantes usuários de medicamentos para emagrecer não

conseguiram chegar à forma desejada.

Deve-se ressaltar que a farmacoterapia dever ser oferecida apenas para os

pacientes obesos que não conseguem reduzir peso por meio de dieta e atividade

física ou quando há alguma patologia associada ao quadro de obesidade (NUNES et

al., 2006).

Page 42: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

41

Figura 14 – Dieta

Fonte: Elaboração própria

Como se pode analisar na Figura 14, 75% dos entrevistados disseram ter

realizado algum tipo de dieta e apenas 25% nunca fizeram, dentre os que fizeram,

disseram ter sido recomendo por nutricionistas, por conta própria, por

endocrinologista e por dietas de sites, conseguindo emagrecer uma média de 5 a 10

kg.

Entre os estudantes houve uma tentativa para emagrecer através da dieta.

Se observarmos a figura nº9 nota-se uma discrepância com o resultado da figura

n°14 quanto à reeducação. Essa discrepância se baseia ao fato que na figura 9 a

resposta dos entrevistados que 37% deles já iniciaram uma dieta se apóia na

mudança de hábitos alimentares que ensina o modo de se alimentar corretamente

de acordo com as necessidades do corpo, já na figura 14, o tratamento é dado como

regime, em que consiste em uma restrição da qual se persegue um resultado em

curto prazo e nem sempre se leva em conta a saúde.

Page 43: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

42

5 CONCLUSÃO

Foi encontrado um número considerável de alunos acima do peso, grande

parte desses fizeram uso de anorexígenos, porém sem sucesso na manutenção do

peso. Embora uma dieta saudável seja imprescindível para a redução e manutenção

do peso, verificamos que não é prioridade no estilo de vida das pessoas

entrevistadas.

Apesar das inúmeras tentativas para emagrecer, seja através de dieta ou

medicamentos, não há uma efetividade no tratamento, pois este esbarra no fato de

não conseguirem manter a forma física (peso) após cessarem o tratamento.

Fatores como hábitos alimentares e de atividade física, são determinantes

para o emagrecimento e a manutenção do peso, e são extremamente difíceis de

mudar, o que acarreta em um aumento de peso novamente.

Manter a perda do peso obtida depende de uma interação de aspectos

psicológicos, comportamentais, fisiológicos e endócrinos.

Page 44: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

43

6 CONSISERAÇÕES FINAIS

Entendemos que alguns pontos desta investigação necessitam ser

aprofundados, dentre eles destacamos a importância do papel da família nesse

processo, compreendendo- a como suporte social para quem vivencia a obesidade.

Dessa forma, a elaboração de uma dieta deve englobar diversos fatores, ser

altamente bem formulada e sua imposição precisam estar acompanhados de um

apoio por parte de pessoas próximas ao individuo em utilização destes

medicamentos.

A obesidade não deve ser avaliada de forma isolada e sim com um

comprometimento multiprofissional, onde cada profissional (nutricionista, médico,

farmacêutico, psicólogo) deve interagir dentro da sua especialidade para um

comprometimento e uma maior eficácia da obesidade.

Page 45: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

44

REFERÊNCIAS

ALI, O. Get to grips with obesity pharmacotheray. The pharmaceutical Journal 2002; 268: 687-689. Disponível em: <http://crn1.org.br/images/teses/orlistat_sibutramina.pdf>. Acesso em: 20 out. 2012. ANJOS, L. A. Obesidade nas sociedades contemporâneas: o papel da dieta e da inatividade física. In: Anais do 3o Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2001. p. 33-4. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/csp/v20n3/06.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2012. BERNARDI, F.; CICHELERO, C.; VITOLO, M. R. Comportamento de restrição alimentar e obesidade. Revista de Nutrição 2005; 18:85-93. Disponível em: < http://www.ucg.br/ucg/eventos/Obesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorial/material_consulta/material_educacao_fisica/tratamento%20clinico%20da%20obesidade.pdf>. Acesso em 29 out. 2012. BJÖRNTORP, P. Evolution of the understanding of the role of exercise in obesity and its complications. International Journal of Obesity and Related Metabolic Disorders, London, v.19, p.S1-S4, 1995. Disponível em: < http://www.portalsaudebrasil.com/artigospsb/obes166.pdf>. Acesso em: 26 out. 2012. BOOTH, M. L. et al. The relationship between body mass index and waist circumference: implications for estimates of the population prevalence of overweight. Int J Obes Relat Metab Disord 2000; 24:1058-61. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/ppgecqv/Docs/Dissertacoes/Karoline_Goulart.pdf>. Acesso em: 14 set. 2012. BRASIL. ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Parecer da Câmara Técnica de Medicamentos (CATEME), Brasília, Julho de 2002. Disponível em: < http://crn1.org.br/images/teses/orlistat_sibutramina.pdf>. Acesso em: 20 out. 2012. BRASIL. Ministério da Saúde (MS). A vigilância, o controle e a prevenção das doenças crônicas não-transmissíveis: DCNT no contexto do Sistema Único de Saúde brasileiro. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Organização Mundial de Saúde (OMS); 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-1232011001300025&script=sci_arttext>. Acesso em: 11 ago. 2012.

Page 46: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

45

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Parecer e recomendações do grupo de estudos assessor da SVS- MS sobre medicamentos anorexígenos. São Paulo: Ministério da Saúde; 1993. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ramb/v57n5/v57n5a17.pdf >. Acesso em: 18 out. 2012. CASTRO, C. Ministros da Saúde das Américas se comprometem a criar políticas públicas para reduzir a obesidade no continente. São Paulo: Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade – ABESO; 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232011001300025&script=sci_arttext>. Acesso em: 11 ago. 2012. COWBURN, G.; HILLSDON, M.; HANKEY, C. R. Obesity management by life-style strategies. British Medical Bulletin, Oxford, v.53, p.389-408, 1997. Disponível em: < http://www.portalsaudebrasil.com/artigospsb/obes166.pdf>. Acesso em: 29 out. 2012. COUTINHO, D. C. et al. Condições nutricionais da população Brasileira: adultos e idosos. Brasília: Ministério da Saúde; 1991. 39p. Disponível em: <ttp://www.ucg.br/ucg/eventos/Obesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorial/Material_Consulta/Material_Nutricao/O%20impacto%20da%20moderniza%E7%E3o%20na%20transi%E7%E3o%20nutricional%20e%20obesidade.pd>. Acesso em: 27 ago. 2012. COUTINHO, W. The first decade of sibutramine and orlistat: a reappraisal of their expanding roles in the treatment of obesity and associate conditions. Arq Bras Endocrinol Metabl 2009;53:262-70. Disponivel em: < http://www.scielo.br/pdf/ramb/v57n5/v57n5a17.pdf>. Acesso em: 18 out. 2012. CRISTIANE MARA CEDRA. ANutricionista.com- CRN- 19470. Disponível em: <http://www.anutricionista.com/tipos-de-obesidade.html>. Acesso em: 11 nov. 2012. CYSNEIROS MAPC. Obesidade na infância e adolescência. Pediatria Moderna 1996;32:705-16. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/abem/v47n6/a07v47n6.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2012. DÃMASCO, A. Nutrição e exercício na prevenção de doenças. Rio de Janeiro: Médica e Científica, 2001. Disponível em: < http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_arquivos/11/TDE-2007-04-24T092900Z-40/Publico/Texto%20Completo.pdf>. Acesso em 16 ago. 2012.

Page 47: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

46

DASGUPTA, S.; HAZRA, S. C. The utility of waist circumference in assessment of obesity. Indian J Public Health 1999; 43:132-5. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/ppgecqv/Docs/Dissertacoes/Karoline_Goulart.pdf>. Acesso em: 14 set. 2012. DOBBELSTEYN, C. J. et al. A comparative evaluation of waist circumference, waist-to-hip ratio and body mass index as indicators of cardiovascular risk factors. The Canadian Heart Health Surveys. Int J Obes Relat Metab Disord 2001; 25:652-61. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/ppgecqv/Docs/Dissertacoes/Karoline_Goulart.pdf>. Acesso em: 14 set. 2012. DRENT, M.; VAN DER VEEN, E. A. Lipase Inhibition: a novel concept in the treatment of obesity. Int. J. Obes. Relt. Metab. Disord. SI.] 1993. v.17. p.241- 44. Disponível em: <http://beta.fae.br/plural/Vol_2_n_1_2008/artigo_regimedeemagrecimentoxutilizacao%20de%20drogas.pdf>. Acesso em: 18 out 2012. EBBELING, C. B.; PAWLAK, D. B.; LUDWING, D. S. Childhood obesity: public- health crisis, common sense cure. Lancet. 2002; 360: 473-82. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n1/v80n1a01.pdf>. Acesso em: 14 ago. 2012. FONTAINE, K. et al. Years of life lost due to obesity. JAMA 2003; 289:187-193. Disponível em: <http://www.ucg.br/ucg/eventos/Obesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorial/Material_Consulta/Material_Nutricao/O%20impacto%20da%20moderniza%E7%E3o%20na%20transi%E7%E3o%20nutricional%20e%20obesidade.pd>. Acesso em: 23 ago. 2012. FRANCISCHI, R. P. R. et al. Obesidade: atualização sobre sua etiologia, morbidade e tratamento. Revista de Nutrição da PUCCAMP 2000; 13(1):17-28. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732004000400012&script=sci_arttext>. Acesso em: 21 ago. 2012. FRIEDMAN, J. M. A war on obesity, not the obese. Science. 2003; 299:856-8. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n1/v80n1a01.pdf>. Acesso em: 6 out. 2012. GARRIDO JÚNIOR, A. B. et al. Cirurgia da obesidade. São Paulo: Atheneu; 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-1232011001300025&script=sci_arttext>. Acesso em: 11 ago. 2012.

Page 48: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

47

GIUGLIANO, R. G. et al. O mal-estar na contemporaneidade: hipovitaminose, obesidade, e anorexia. 2002. . Disponível em: <http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_arquivos/11/TDE-2007-04-24T092900Z-40/Publico/Texto%20Completo.pdf>. Acesso em 16 ago. 2012. KOCHI, C. Escola saudável dá certo. Revista CRN-3. Notícias. Edição n°. 76, p.32. dez., 2004. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/ppgecqv/Docs/Dissertacoes/Karoline_Goulart.pdf>. Acesso em: 14 set. 2012. KORMAN, L. The growing epidemic of obesity. New Jersey Medicine 2002, v. 99, n. 7-8. Disponível em: <http://crn1.org.br/images/teses/orlistat_sibutramina.pdf>. Acesso em: 20 out. 2012. KRAUSE, S. E.; MALABAN, L. K. Alimentos: nutrição e dietoterapia. 9. ed. Roca, 1998. Disponível em: < http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_arquivos/11/TDE-2007-04-24T092900Z-40/Publico/Texto%20Completo.pdf>. Acesso em 16 ago. 2012. LEITE, P. F. Obesidade na Clínica Médica. Belo Horizonte. Heath, 1996. Disponível em: < http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_arquivos/11/TDE-2007-04-24T092900Z-40/Publico/Texto%20Completo.pdf>. Acesso em 16 ago. 2012. LESSA, I. O adulto brasileiro e as doenças da modernidade: epidemiologia das doenças crônicas não transmissíveis. São Paulo. Hucitec. 1998. 284p. Disponível em:<ttp://www.ucg.br/ucg/eventos/Obesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorial/Material_Consulta/Material_Nutricao/O%20impacto%20da%20moderniza%E7%E3o%20na%20transi%E7%E3o%20nutricional%20e%20obesidade.pd>. Acesso em: 23 ago. 2012. MAFFEIS, C. et al. Does waist circumference predict fat gain in children?. Int J Obes Relat Metab Disord 2001; 25:978-83. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/ppgecqv/Docs/Dissertacoes/Karoline_Goulart.pdf>. Acesso em: 14 set. 2012. MANCINI, M. C.; HALPERN, A. Tratamento farmacológico da obesidade. Arq Bras Endocrinol Metab 2002;46:497-513. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ramb/v57n5/v57n5a17.pdf >. Acesso em: 18 out. 2012. MANCINI, M. C.; HALPERN, A. Tratamento farmacológico da obesidade. Arq Bras Endocrinol Metab. 2002; 46(5);497-513.

Page 49: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

48

MANCINI, M. C.; HALPERN, A. Pharmacological treatment of obesity. Arq Bras Endocrinol Metab 2006;50:377-89. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ramb/v57n5/v57n5a17.pdf >. Acesso em: 18 out. 2012. MARTINS, A. M.; MICHELETTI C. Aspectos genéticos da obesidade. In: Fisberg M, editor. Obesidade na infância e adolescência, 1995.p.19-27. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/abem/v47n6/a07v47n6.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2012. MASSUIA, G. A.; BRUNO, T. I. B.; SILVA, L. S. Regime de emagrecimento x utilização de drogas. Revista Científica UNIFAE 2008; 2:1-9. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ramb/v57n5/v57n5a17.pdf >. Acesso em: 18 out. 2012. MCARDLE, W.; KATCH, F.; KATCH, V. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1996. Disponível em: < http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_arquivos/11/TDE-2007-04-24T092900Z-40/Publico/Texto%20Completo.pdf>. Acesso em 16 ago. 2012. MCDUFFIE JR.; YANOVSKI, J. A. Treatment of childhood and adolescent obesity. The Endocrinologist, v. 14, n.03, 2004. Disponível em: http://crn1.org.br/images/teses/orlistat_sibutramina.pdf>. Acesso em: 20 out. 2012. MCNEELY, W.; GOA, K. L. Sibutramine: a review of its contribution to the management of obesity. DrugsDrugs Drugs, [S.I.],1998.v.56. p.1093-1124. Disponível em: <http://beta.fae.br/plural/Vol_2_n_1_2008/artigo_regimedeemagrecimentoxutilizacao%20de%20drogas.pdf>. Acesso em: 18 out. 2012. MELBY, C. L. et al. Effect of acute resistance exercise on post exercise energy expenditure and resting metabolicrate. Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.75, p.1847-53, 1993. Disponível em: < http://www.portalsaudebrasil.com/artigospsb/obes166.pdf>. Acesso em: 30 out. 2012. MONTEIRO, C. A.; CONDE, W. L. A tendência secular da obesidade segundo estratos sociais: nordeste e sudeste do Brasil, 1975-1989-1997. Arquivo Brasileiro Endocrinologia Metabólica 1999; 43(3): 186-94. Disponível em: <ttp://www.ucg.br/ucg/eventos/Obesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorial/Material_Consulta/Material_Nutricao/O%20impacto%20da%20moderniza%E7%E3o%20na%20transi%E7%E3o%20nutricional%20e%20obesidade.pd>. Acesso em: 27 ago. 2012.

Page 50: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

49

MONTEIRO, C. A. et al. The Nutrition transition in Brazil. Europe Journal of Clinical Nutrition 1995; 49:105-13. Disponível em: <http://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/84923/194616.pdf?sequence=1>. Acesso em 05 set. 2012. MONTEIRO, C. A. et al. Da desnutrição para a obesidade: a transição nutricional no Brasil. In: MONTEIRO, C.A. Velhos e novos males da saúde no Brasil: a evolução do país e de suas doenças. São Paulo: Hucitec- NUPENS/USP, 1995a. p.247-55. Disponível em: <http://www.portalsaudebrasil.com/artigospsb/obes166.pdf>. Acesso em: 29 out. 2012. MONTEIRO, C. A. Velhos e novos males da Saúde Pública no Brasil: a evolução do País e de suas doenças. São Paulo: Hucitec/Nupens/USP; 2001. Disponível em: <http://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/84923/194616.pdf?sequence=1>. Acesso em: 05 set. 2012. NAMMI, S. et al. Obesity: an overview on its current perspectives and treatment options. Nutrition Journal 2004; 3(3):1–8. Disponível em:< http://crn1.org.br/images/teses/orlistat_sibutramina.pdf. Acesso em 20 out. 2012. NUNES, M. A. et al. Transtorno Alimentar e Obesidade. 2. ed., Porto Alegre: Artes Médicas, 2006. Disponível em: <http://revista.uniamerica.br/index.php/secnutri/article/view/104/94>. Acesso em: 23 nov. 2012. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Doenças não-transmissíveis: estratégia regional- 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-1232011001300025&script=sci_arttext>. Acesso em: 11 ago. 2012. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Doenças crônico-degenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre alimentação saudável, atividade física e saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-1232011001300025&script=sci_arttext>. Acesso em: 11 ago. 2012. PINHEIRO, A. R. O.; FREITAS, S. F. T.; CORSO, A. C. T. Uma abordagem epidemiológica da obesidade. Revista de Nutrição; 2004; 17:523-33. Disponível em: <ttp://www.ucg.br/ucg/eventos/Obesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorial/Materia

Page 51: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

50

l_Consulta/Material_Nutricao/O%20impacto%20da%20moderniza%E7%E3o%20na%20transi%E7%E3o%20nutricional%20e%20obesidade.pd>. Acesso em: 27 ago. 2012. POEHLMAN, E.T. Energy expenditure and requirement in aging humans. Journal of Nutrition, Bethesda, v.122, p.2057-65, 1992. Disponível em: <http://www.portalsaudebrasil.com/artigospsb/obes166.pdf>. Acesso em: 30ut. 2012. POSTON II, W. S. C.; FOREYT, J. P. Successful management of the obese patient. American Family Physician, June 15, 2000. Disponível em: < http://crn1.org.br/images/teses/orlistat_sibutramina.pdf>. Acesso em 20 out. 2012. RANG, H. P. et al. Farmacologia. 6. ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Disponível em: <http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2012/8/485_781_publipg.pdf>. Acesso em 22 out 2012. RANKINEN, T. et al. The prediction of abdominal visceral fat level from body composition and anthropometry: ROC analysis. Int J Obes 1999; 23:801 -9. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/ppgecqv/Docs/Dissertacoes/Karoline_Goulart.pdf>. Acesso em: 14 set. 2012. REPETTO, G.; RIZZOLLI. J.; BONATTO, C. Prevalência, riscos e soluções na obesidade e sobrepeso: Here, There, and Everywhere. Arquivo Brasileiro Endocrinologia Metabólica 2003; 47(6): 633-635. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-1232011001300025&script=sci_arttext>. Acesso em: 11 ago. 2012. RODOLFO ANTHERO DE NORONHA PERES. Estratégias Nutricionais para Aumento da Massa Muscular, 2008. Disponível em:

<http://fisiculturismo.com.br/forum/topic/69608-estrategias-nutricionais-para-aumento-da-massa-muscular/>. Acesso em: 20 nov. 2012. ROTENBERG, S.; VARGAS, S. Prática alimentar e o cuidado à saúde; da alimentação da criança à alimentação da família. Saúde Materna Infantil, 2004. Disponível em: < http://www.ensinosaudeambiente.com.br/edicoes/volume4/artigo1eulalia.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2012.

Page 52: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

51

RUUD, J. S. Nutrition and the female athlete. CRC Press, New York, 1996. Disponível em: <D:\Artigo\Disfunções menstruais em nadadoras de elite.htm>. Acesso em: 21 nov. 2012. SABISTON JÚNIOR, D. C. Tratado de cirurgia: as bases biológicas da prática cirúrgica moderna. Rio de Ja-neiro: Guanabara Koogan; 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-1232011001300025&script=sci_arttext>. Acesso em: 11 ago. 2012. SARIS, W. H. M. Exercise with or without dietary restriction and obesity treatment. International Journal of Obesity, London, v.19, p.S113-S116, 1995. Disponível em: < http://www.portalsaudebrasil.com/artigospsb/obes166.pdf>. Acesso em: 30 out. 2012. SEGAL, A.; FANDIÑO, J. Indicações e contra indicações para a realização das operações Bariátricas. Revista Brasileira de Psiquiatria. 2002; 24(Supl. 3):68-71. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-1232011001300025&script=sci_arttext>. Acesso em: 11 ago. 2012. SEIDELL, J. C. et al. Waist and hip circumferences have independent and opposite effects on cardiovascular disease risk factors: the Quebec Family Study. Am J Clin Nutr 2001; 74:315-21. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/ppgecqv/Docs/Dissertacoes/Karoline_Goulart.pdf>. Acesso em: 14 set. 2012. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). Programa nacional de prevenção e epidemiologia. 1999a. Disponível em: http://www.portalsaudebrasil.com/artigospsb/obes166.pdf. Acesso em: 30 out. 2012. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). Programa nacional de prevenção e epidemiologia. 1999b. Disponível em: http://www.portalsaudebrasil.com/artigospsb/obes166.pdf. Acesso em: 14 out. 2012. SPEECHLY, D. P.; ROGERS, G. G.; BUFFENSTEIN, R. Acute appetite reduction associated with an increased frequency of eating in obese males. Int J Obes Relat Metab Disord 1999;23:1151-9. Disponivel em: <http://www.ucg.br/ucg/eventos/Obesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorial/material_consulta/material_educacao_fisica/tratamento%20clinico%20da%20obesidade.pdf>. Acesso em 29 out. 2012.

Page 53: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

52

STRAUSS, R. S. Childhood obesity. Ped Clin N Am. 2002;49:175-201. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n1/v80n1a01.pdf>. Acesso em: 6 out. 2012. STUMER, J. S. Reeducação alimentar: Qualidade de vida, emagrecimento e manutenção da saúde. 3. Ed. Petrópolis: Vozes, 2001. Disponível em: <http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_arquivos/11/TDE-2007-04-24T092900Z-440/Publico/Texto%20Completo.pdf. Acesso em: 16 ago. 2012. SUPLICY, H. Avaliando a obesidade a sua comorbidade. Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Paraná/ Hospital de Clínicas da UFP; 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-1232011001300025&script=sci_arttext>. Acesso em: 11 ago. 2012. STYNE, D. M. Childhood and adolescent obesity: prevalence and significance. Ped Clin N Am. 2001;48:823-54. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n1/v80n1a01.pdf>. Acesso em: 6 out. 2012. TADDEI, J. A. A. C. Desvios nutricionais em menores de cinco anos: evidências dos inquéritos antropométricos nacionais [Tese de Livre Docência]. São Paulo: Esc. Paul. de Medic., Universidade Federal de São Paulo; 2000. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/ppgecqv/Docs/Dissertacoes/Karoline_Goulart.pdf>. Acesso em: 14 set. 2012. TAYLOR, R. W. et al. Evaluation of waist circumference, waist-to-hip ratio, and the conicity index as screening tools for high trunk fat mass, as measured by dual -energy X-ray absorptiometry, in children aged 3 -19. Am J Clin Nutr 2000; 72;490-5. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/ppgecqv/Docs/Dissertacoes/Karoline_Goulart.pdf>. Acesso em: 14 set. 2012. TERSHAKOVEC, A. M. Infants, children, and adolescents. In: Morrison G, Hark L, editors. Med Nutr Dis, 1996.p.102-41. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/abem/v47n6/a07v47n6.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2012. VISSCHER, T. L. et al. A comparison of body mass index, waist-hip ratio and waist circumference as predictors of all-cause mortality among the elderly; the Rotterdam study. Int J Obes Relat Metab Disord 2001; 25:1730-5. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/ppgecqv/Docs/Dissertacoes/Karoline_Goulart.pdf>. Acesso em: 14 set. 2012.

Page 54: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

53

WANG, Y.; MONTEIRO, C.A.; POPKIN, B.M. Trends of obesity and underweight in older children and adolescents in the United States, Brazil, China, and Russia. Am J Clin Nutr. 2002;75: 971-7. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n1/v80n1a01.pdf>. Acesso em: 6 out 2012. WEINTRAUB, M. Long- term Weight Control: the National Heart, Long and Blood Institute funded multimodel intervention study. Clin Pharmacol Ther. [S.I]. 1992. v51. p.581-656. Disponível em: <http://beta.fae.br/plural/Vol_2_n_1_2008/artigo_regimedeemagrecimentoxutilizacao%20de%20drogas.pdf>. Acesso em: 18 out. 2012. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Consulation on obesity. Preventing and managing the global epidemic. Geneva: World Heathl Organization; 1998a. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ramb/v57n5/v57n5a17.pdf>. Acesso em: 18 out. 2012. Word Health Organization. Obesity: Preventing an mananing the global epidemic. Geneva; 2000b. Disponível em: <ttp://www.ucg.br/ucg/eventos/Obesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorial/Material_Consulta/Material_Nutricao/O%20impacto%20da%20moderniza%E7%E3o%20na%20transi%E7%E3o%20nutricional%20e%20obesidade.pd>. Acesso em: 23 ago. 2012. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: Preventing and managing the global epidemic. Report of WHO Consultation on Obesity. Geneva; 1998c. Disponível em: <file:///F:/Artigo/Uma%20abordagem%20epidemiologica%20na%20socieda.%20WHO%20MONICA.htm>. Acesso em: 27 ago. 2012. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO Expert Consultation on Obesity. Geneva, 3-5 June, 1997 (WHO/NUT/NCD/97.2). Geneva: WHO, 1998d. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n1/v80n1a01.pdf>. Acesso em: 6 out. 2012. ZLOCHEVSKY, E. R. M. Obesidade na infância e adolescência. Revista Paulista Pediatria 1996; 14:124-33. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v77n2/v77n2a08.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2012.

Page 55: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

54

APÊNDICE

Este formulário tem como objetivo exclusivo de coletar dados para estudo

monográfico.

Nossos agradecimentos pela colaboração.

1. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 2. Faixa Etária: ( ) Até 20 anos ( ) De 20 a 30 anos ( ) De 30 a 40 anos ( ) Acima de 40 anos 3. Qual o seu pesa e altura? Peso: ________ Altura:________ 4. Atividade Física Você pratica atividades físicas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 5. Qual a sua frequência de atividade física? ( ) Até duas vezes por semana ( ) 3 vezes ( ) 4 a 5 vezes ( ) mais de 5 vezes 6. Alimentação Se mulher, teve alterações no ciclo menstrual? ( ) Sim ( ) Não 7. Se antes de tomar a iniciativa de fazer uso do medicamento, tentou fazer uma reeducação alimentar? ( ) Sim ( ) Não 8. Qual a frequência diária das refeições ( ) Menos de 3 vezes ( ) Mais de 3 vezes 9. Estado nutricional Qual o estado nutricional de seu pai? ( ) Magro ( ) Normal ( ) Gordo ( ) Muito gordo

Page 56: Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos

55

10. E de sua mãe? ( ) Magra ( ) Normal ( ) Gorda ( ) Muito gorda 11. Medicamentos Já utilizou medicamentos para perda de peso? ( ) Sim ( ) Não Qual? _________________________ Emagreceu quantos quilos? ________Manteve: ______ Teve alguma reação adversa ao fazer uso do medicamento? ( ) Sim ( ) Não Qual? ___________________________ Como foi comprado este medicamento? ( ) Receita ( ) Conta própria ( ) Indicação de outros 12- Dieta Você já fez alguma dieta? ( ) Sim ( ) Não Foi recomendada por: ( ) Nutricionista ( ) Por conta própria ( ) Endocrinologista ( ) Dieta de sites ( ) Outros Qual foi o resultado obtido? ( ) 2 Kg ( ) 5 kg a 10 kg ( ) Mais