análise do ambiente organizacional e institucional no apl da piscicultura

ANÁLISE DO AMBIENTE ANÁLISE DO AMBIENTE ORGANIZACIONAL E INSTITUCIONAL ORGANIZACIONAL E INSTITUCIONAL

NO DESENVOLVIMENTO DA NO DESENVOLVIMENTO DA COMPETITIVIDADE DE SISTEMAS COMPETITIVIDADE DE SISTEMAS

LOCAIS DE PRODUÇÃO: O CASO DA LOCAIS DE PRODUÇÃO: O CASO DA PISCICULTURA EM MSPISCICULTURA EM MS

Angelo Mateus ProchmannAngelo Mateus Prochmann

ProblemáticaProblemática

Analisar as contribuições, limitações e contradições Analisar as contribuições, limitações e contradições do do ambiente organizacional ambiente organizacional ee institucional institucional, , notadamente de seus agentes, no desenvolvimento da notadamente de seus agentes, no desenvolvimento da competitividadecompetitividade de de sistemas produtivos locaissistemas produtivos locais..

Competitividade (variáveis relevantes de Competitividade (variáveis relevantes de desempenho sob a ótica sistêmica) - nível metadesempenho sob a ótica sistêmica) - nível meta

Organizações e Instituições (NEI)Organizações e Instituições (NEI)

Sistemas produtivos locais – Sistemas produtivos locais – fontes locais de competitividade fontes locais de competitividade

(tangíveis ou intangíveis)(tangíveis ou intangíveis)

Recorte teórico escolhidoRecorte teórico escolhido

Arcabouço teóricoArcabouço teórico

Décadas de 80 e 90Décadas de 80 e 90 - as visões tradicionais sobre a - as visões tradicionais sobre a Competitividade (das empresas) foram sendo ampliadas Competitividade (das empresas) foram sendo ampliadas (elementos como a capacidade de competir das nações) e (elementos como a capacidade de competir das nações) e posteriormente serviram de base para a construção teórica do posteriormente serviram de base para a construção teórica do conceito de conceito de Competitividade SistêmicaCompetitividade Sistêmica..

CompetitividadeCompetitividade – inúmeras definições, tal como – inúmeras definições, tal como “Desenvolvimento Sustentável”, sendo adotado de acordo com o “Desenvolvimento Sustentável”, sendo adotado de acordo com o objetivo pretendido;objetivo pretendido;

Muitas vezes o conceito se funde - Micro/Meso/Macro - nem Muitas vezes o conceito se funde - Micro/Meso/Macro - nem sempre possível classificá-lo pela amplitude que acaba tomando;sempre possível classificá-lo pela amplitude que acaba tomando;


3ª combina elementos micro e 3ª combina elementos micro e macro - Nível intermediário.macro - Nível intermediário.

1ª ligada ao ambiente 1ª ligada ao ambiente micro - campo micro - campo

empresarial empresarial (desempenho das (desempenho das

firmas individuais);firmas individuais);

2ª ligada ao ambiente 2ª ligada ao ambiente Macroeconômico Macroeconômico

(Governos, países e (Governos, países e regiões);regiões);

CompetitividadeCompetitividade - pode assumir três vertentes básicas conceituais - pode assumir três vertentes básicas conceituais não excludentes e também podendo ser consideradas não excludentes e também podendo ser consideradas complementares.complementares.

Produtividade Produtividade e Lucroe Lucro

Desempenho Desempenho com bem com bem

estar socialestar social


PORTERPORTER - tem sido um dos mais influentes teóricos envolvidos no debate - tem sido um dos mais influentes teóricos envolvidos no debate sobre a definição do conceito;sobre a definição do conceito;

Ele identifica que a Ele identifica que a competitividadecompetitividade tem sua origem nas tem sua origem nas inúmerasinúmeras atividades distintasatividades distintas que uma empresa executa no projeto, na produção, no que uma empresa executa no projeto, na produção, no marketing, na entrega e no suporte de seus produtos.marketing, na entrega e no suporte de seus produtos.

““A fonte da A fonte da vantagem competitivavantagem competitiva passa a surgir a partir da forma como a passa a surgir a partir da forma como a empresa se organiza internamenteempresa se organiza internamente e da sua capacidade de e da sua capacidade de influência na influência na cadeia de valorescadeia de valores que ela cria ou participa” (PORTER, 1989, p. 6). que ela cria ou participa” (PORTER, 1989, p. 6).

Segundo este autor (PORTER, 1989, p. 5), existem Segundo este autor (PORTER, 1989, p. 5), existem cinco cinco forçasforças que podem ameaçar a lucratividade e que podem ameaçar a lucratividade e conseqüentemente o desempenho da firma. São elas:conseqüentemente o desempenho da firma. São elas:

a)a) Rivalidade competitiva; Rivalidade competitiva; b)b) Força dos clientes; Força dos clientes; c)c) Força dos fornecedores; Força dos fornecedores;d)d) Ameaça de produtos substitutos; Ameaça de produtos substitutos;e)e) Entrada de novos concorrentes. Entrada de novos concorrentes.


PORTER PORTER - ainda busca elucidar o conceito de competitividade das nações. - ainda busca elucidar o conceito de competitividade das nações. Para ele, a explicação sobre a Para ele, a explicação sobre a competitividade de uma naçãocompetitividade de uma nação resulta resulta principalmente da principalmente da competitividade das indústriascompetitividade das indústrias e dos e dos competidores competidores individuaisindividuais (PORTER, 1993). (PORTER, 1993).

Eles (os governos nacionais) devem lutar pelos seus verdadeiros Eles (os governos nacionais) devem lutar pelos seus verdadeiros determinantes, como incentivo, esforço e competição e não por escolhas determinantes, como incentivo, esforço e competição e não por escolhas tentadoras, mas geralmente contraproducentes, como subsídios, tentadoras, mas geralmente contraproducentes, como subsídios, colaboração ampla e proteção “temporária”, frequentemente propostos. colaboração ampla e proteção “temporária”, frequentemente propostos. O O papel adequado do governo é empurrar e desafiar a indústria para que papel adequado do governo é empurrar e desafiar a indústria para que avance, não proporcionar “ajuda” para que a indústria possa evitá-laavance, não proporcionar “ajuda” para que a indústria possa evitá-la (PORTER, 1993, p. 32). (PORTER, 1993, p. 32).

Caráter liberal – Organizações (ex. Estado) acaba sendo reduzido ao Caráter liberal – Organizações (ex. Estado) acaba sendo reduzido ao agente que sustenta a prosperidade econômica, proporcionando um agente que sustenta a prosperidade econômica, proporcionando um ambiente no qual as empresas podem melhorar ou inovar mais depressa do ambiente no qual as empresas podem melhorar ou inovar mais depressa do que as rivais estrangeiras em uma determinada indústria;que as rivais estrangeiras em uma determinada indústria;

Arcabouço teóricoArcabouço teóricoJá Já CASTELLCASTELL descreve que o “conceito de competitividade é permeado por um descreve que o “conceito de competitividade é permeado por um conjunto de valores maiores do que a simples lucratividade da firma individualconjunto de valores maiores do que a simples lucratividade da firma individual e, por isso, torna-se mais importante a análise da competitividade voltada para e, por isso, torna-se mais importante a análise da competitividade voltada para as organizações econômicas - governos, países e regiões, sendo que os as organizações econômicas - governos, países e regiões, sendo que os interesses das empresas estão diretamente conectados aos das organizações. interesses das empresas estão diretamente conectados aos das organizações. (CASTELL, 1999, p. 139).(CASTELL, 1999, p. 139).

A ênfase dessa ótica:A ênfase dessa ótica: vai além da simples busca pela lucratividade da empresa; vai além da simples busca pela lucratividade da empresa; novos valores e interesses foram sendo acrescentados ao conceito;novos valores e interesses foram sendo acrescentados ao conceito; estão voltados para a maximização dos resultados, também com o intuito de servir estão voltados para a maximização dos resultados, também com o intuito de servir aos interesses da população de seus territórios;aos interesses da população de seus territórios; Ainda que o papel das empresas seja principal, as suas performances são Ainda que o papel das empresas seja principal, as suas performances são dependentes também do ambiente em que estão inseridas.dependentes também do ambiente em que estão inseridas.

Segundo ele, citando Segundo ele, citando STEPHEN COHEN (1985)STEPHEN COHEN (1985) - “a competitividade tem - “a competitividade tem diferentes sentidos para as empresas e para a economia nacional. A diferentes sentidos para as empresas e para a economia nacional. A competitividade de uma nação é o grau em que ela pode, sob condições de competitividade de uma nação é o grau em que ela pode, sob condições de mercado livres e justas, produzir bens e serviços que atendam às mercado livres e justas, produzir bens e serviços que atendam às exigências exigências dos mercados internacionaisdos mercados internacionais e, ao mesmo tempo, aumentem a e, ao mesmo tempo, aumentem a renda real de renda real de seus cidadãosseus cidadãos” (CASTELL, 1999, p. 139).” (CASTELL, 1999, p. 139).


De acordo com De acordo com FAJNZYLBERFAJNZYLBER, a competição que ocorre no mercado , a competição que ocorre no mercado internacional não é somente entre empresas, mas entre internacional não é somente entre empresas, mas entre sistemas produtivossistemas produtivos, , esquemas institucionaisesquemas institucionais, , organizações sociaisorganizações sociais, e outros (FAJNZYLBER, 1988, , e outros (FAJNZYLBER, 1988, p. 22).p. 22).

FAJNZYLBERFAJNZYLBER foi um dos pesquisadores mais influentes na construção do conceito de foi um dos pesquisadores mais influentes na construção do conceito de competitividade sistêmicacompetitividade sistêmica, inserindo-o em estudos e pesquisas das mais diversas na , inserindo-o em estudos e pesquisas das mais diversas na CEPAL, que posteriormente foram incorporados nas proposições de políticas públicas CEPAL, que posteriormente foram incorporados nas proposições de políticas públicas desenvolvidas em diversos países e especialmente no Brasil (SUZIGAN; FERNANDES, desenvolvidas em diversos países e especialmente no Brasil (SUZIGAN; FERNANDES, 2003).2003).

Ele define competitividade sob a Ele define competitividade sob a visão do desempenhovisão do desempenho, ou seja, obtida a partir , ou seja, obtida a partir da da produtividade dos recursos produtivosprodutividade dos recursos produtivos, e estabelece a definição do conceito , e estabelece a definição do conceito a partir de dois parâmetros: Competitividade autêntica; e espúria. a partir de dois parâmetros: Competitividade autêntica; e espúria.

Competitividade autênticaCompetitividade autêntica - representado pelo aumento da produtividade, - representado pelo aumento da produtividade, via progresso técnico; via progresso técnico;

Competitividade espúriaCompetitividade espúria - representado pelos baixos salários, taxas de - representado pelos baixos salários, taxas de câmbio, subsídios, entre outros.câmbio, subsídios, entre outros.


Nível metaNível meta – os padrões de organização política e econômica – os padrões de organização política e econômica orientados para o desenvolvimento (fatores sociais, políticos e orientados para o desenvolvimento (fatores sociais, políticos e culturais existentes que influenciam no desempenho das firmas);culturais existentes que influenciam no desempenho das firmas);

Nível macroNível macro – os ambientes econômico, político e legal, que – os ambientes econômico, político e legal, que exercem uma pressão sobre o desempenho das firmas (podem ser exercem uma pressão sobre o desempenho das firmas (podem ser regras e leis gerais que afetam a todos);regras e leis gerais que afetam a todos);

São eles:São eles:

Seguindo a corrente cepalina, pesquisadores da Universidade de Duisburg, Seguindo a corrente cepalina, pesquisadores da Universidade de Duisburg, na Alemanha, definiram na Alemanha, definiram Competitividade SistêmicaCompetitividade Sistêmica a partir do a partir do desempenho desempenho das firmas das firmas com ascom as condições do ambiente (físico, econômico e social) condições do ambiente (físico, econômico e social) no no qual estão inseridas, com a distinção em qual estão inseridas, com a distinção em quatro níveisquatro níveis analíticos ( analíticos (ESSER; ESSER; HILLEBRAND; MESSNER; MEYER-STAMERHILLEBRAND; MESSNER; MEYER-STAMER, 1996, p. 39-52)., 1996, p. 39-52).


Nível microNível micro - comportamento e estratégias competitivas das - comportamento e estratégias competitivas das firmas, que por sua vez se articulam em torno de idéias de política firmas, que por sua vez se articulam em torno de idéias de política de rede (cooperação formal e informal, alianças, aprendizagem de rede (cooperação formal e informal, alianças, aprendizagem conjunta).conjunta).

Nível mesoNível meso - estruturado onde as empresas e o ambiente - estruturado onde as empresas e o ambiente organizacional (leia-se Estado) atuam em comum acordo, com o organizacional (leia-se Estado) atuam em comum acordo, com o objetivo de gerar vantagens competitivas (política de promoção objetivo de gerar vantagens competitivas (política de promoção econômica, de infra-estrutura, de exportações, de educação, de econômica, de infra-estrutura, de exportações, de educação, de tecnologia, entre outras);tecnologia, entre outras);

A principal afirmação do conceito da A principal afirmação do conceito da competitividade sistêmicacompetitividade sistêmica é: é: o desenvolvimento industrial bem-sucedido não se cria apenas com o desenvolvimento industrial bem-sucedido não se cria apenas com fatores do fatores do nível micronível micro de empresas e do de empresas e do nível macronível macro das condições das condições macroeconômicas em geral, mas também com medidas específicas macroeconômicas em geral, mas também com medidas específicas das organizações para fortalecer a competitividade de empresas das organizações para fortalecer a competitividade de empresas ((nível mesonível meso).).

Nível mesoNível meso

Nível macroNível macro

Nível microNível micro

Nível metaNível metaEstrutura Estrutura

competitiva da competitiva da economiaeconomia

Padrões de organização Padrões de organização política, econômica e política, econômica e

socialsocial

Ambiente econômico, Ambiente econômico, político e legal estávelpolítico e legal estável

Políticas especificas para a Políticas especificas para a criação de vantagem competitivacriação de vantagem competitiva

Atividades Atividades internas das internas das

empresasempresas

Cooperação Cooperação formal e informal, formal e informal,

alianças, etc.alianças, etc.

Arcabouço teórico

Competitividade Competitividade SistêmicaSistêmica

Ênfase ao Ênfase ao nível mesonível meso da da competitividade sob a competitividade sob a

ótica sistêmicaótica sistêmica

Política fiscal, Política fiscal, tributária, cambial, etc.tributária, cambial, etc.


Segundo Segundo COUTINHOCOUTINHO e e FERRAZFERRAZ, a competitividade pode ser vista como a , a competitividade pode ser vista como a produtividade das empresasprodutividade das empresas ligada à ligada à capacidade dos governoscapacidade dos governos, ao , ao comportamento da sociedadecomportamento da sociedade e aos e aos recursos naturaisrecursos naturais e constituídos, e e constituídos, e aferida por indicadores nacionais e internacionais, permitindo conquistar e aferida por indicadores nacionais e internacionais, permitindo conquistar e assegurar fatias de mercado (COUTINHO; FERRAZ, 1995, p.10).assegurar fatias de mercado (COUTINHO; FERRAZ, 1995, p.10).

Para eles, parece adequada a noção de Para eles, parece adequada a noção de competitividade sistêmicacompetitividade sistêmica como como “modo de expressar que o “modo de expressar que o desempenho empresarialdesempenho empresarial depende e é também depende e é também resultado de resultado de fatores situados fora do âmbito das empresasfatores situados fora do âmbito das empresas e da e da estrutura estrutura industrialindustrial da qual fazem parte, como a ordenação macroeconômica, as infra- da qual fazem parte, como a ordenação macroeconômica, as infra-estruturas, o sistema político-institucional e as características sócio-estruturas, o sistema político-institucional e as características sócio-econômicas dos mercados nacionais.econômicas dos mercados nacionais.

““Todos estes são específicos a cada contexto nacional e devem ser Todos estes são específicos a cada contexto nacional e devem ser explicitamente consideradas nas ações públicas ou privadas de indução de explicitamente consideradas nas ações públicas ou privadas de indução de competitividade” (COUTINHO; FERRAZ, 1995, p. 17). competitividade” (COUTINHO; FERRAZ, 1995, p. 17).


Já Já FARINAFARINA e e ZYLBERSZTAJNZYLBERSZTAJN afirmam que o conceito de “competitividade afirmam que o conceito de “competitividade não tem uma definição precisa. Pelo contrário, compreende tantas facetas de não tem uma definição precisa. Pelo contrário, compreende tantas facetas de um mesmo problema que dificilmente se pode estabelecer uma definição ao um mesmo problema que dificilmente se pode estabelecer uma definição ao mesmo tempo abrangente e útil”.mesmo tempo abrangente e útil”.

Segundo eles, “do ponto de vista das teorias de concorrência, a Segundo eles, “do ponto de vista das teorias de concorrência, a competitividadecompetitividade pode ser definida como a pode ser definida como a capacidade de sobrevivercapacidade de sobreviver e, de e, de preferência, preferência, crescer em mercados correntes ou novos mercadoscrescer em mercados correntes ou novos mercados. Decorre . Decorre dessa definição que a competitividade é uma medida de desempenho das dessa definição que a competitividade é uma medida de desempenho das firmas individuais. No entanto, esse desempenho depende de firmas individuais. No entanto, esse desempenho depende de relações relações sistêmicassistêmicas, já que as estratégias empresariais podem ser obstadas por , já que as estratégias empresariais podem ser obstadas por gargalos de coordenação vertical ou de logística” (FARINA; ZYLBERSZTAJN, gargalos de coordenação vertical ou de logística” (FARINA; ZYLBERSZTAJN, 1998, p. 10).1998, p. 10).

Paulo Furquim Paulo Furquim AZEVEDOAZEVEDO afirma que competitividade pode ser entendida afirma que competitividade pode ser entendida como a capacidade de uma empresa crescer e sobreviver de modo como a capacidade de uma empresa crescer e sobreviver de modo sustentável, sendo, portanto, característica de um agente (a empresa) sustentável, sendo, portanto, característica de um agente (a empresa) (AZEVEDO, 2000, p. 62).(AZEVEDO, 2000, p. 62).


Enquanto as estratégias em Enquanto as estratégias em torno da torno da inovação em inovação em produtos e processosprodutos e processos

implicam na definição da implicam na definição da competitividade futura.competitividade futura.

FARINA e ZYLBERSZTAJN (1998, p. 10-11) relacionam ainda alguns FARINA e ZYLBERSZTAJN (1998, p. 10-11) relacionam ainda alguns importantes indicadores para analisar a competitividade das importantes indicadores para analisar a competitividade das empresas, que são:empresas, que são:

• Participação no mercadoParticipação no mercado - importante indicador de resultados; - importante indicador de resultados; • Custos e ProdutividadeCustos e Produtividade - importante indicador de eficiência; - importante indicador de eficiência; • Inovação em Produtos e ProcessosInovação em Produtos e Processos - podem ser determinantes - podem ser determinantes

da preservação e melhoria da participação no mercado.da preservação e melhoria da participação no mercado.

CompetitividadeCompetitividadePassadoPassado FuturoFuturo

A A participação no participação no mercadomercado, os , os custos e a custos e a produtividadeprodutividade refletem refletem basicamente a basicamente a competitividade passadacompetitividade passada

Arcabouço teóricoArcabouço teóricoDeterminantes do Determinantes do desempenho das desempenho das

firmas e dos firmas e dos mercadosmercados

Fonte: FARINA; Fonte: FARINA; ZYLBERSZTAJN,1998, ZYLBERSZTAJN,1998, p. 19p. 19


Capacidade produtiva/tecnológicaCapacidade produtiva/tecnológica – relacionada a vantagens de custos – relacionada a vantagens de custos que são reflexos da produtividade dos fatores de produção e/ou de que são reflexos da produtividade dos fatores de produção e/ou de aspectos de logística;aspectos de logística;

Capacidade de inovaçãoCapacidade de inovação – relacionada aos investimentos públicos ou – relacionada aos investimentos públicos ou privados em ciência e tecnologia, bem como em formação de capital privados em ciência e tecnologia, bem como em formação de capital humano;humano;

Capacidade de coordenaçãoCapacidade de coordenação – capacidade de receber, processar, difundir – capacidade de receber, processar, difundir e utilizar informações de modo a definir e viabilizar estratégias e utilizar informações de modo a definir e viabilizar estratégias competitivas (inovação de produto e processo, diferenciação e competitivas (inovação de produto e processo, diferenciação e segmentação), efetuar controles e reagir a mudanças no meio ambiente.segmentação), efetuar controles e reagir a mudanças no meio ambiente.

Segundo Segundo JANKJANK e e NASSARNASSAR (2000, p. 142), a competitividade pode (2000, p. 142), a competitividade pode ser descrita sobre três grandes blocos:ser descrita sobre três grandes blocos:


NORTH NORTH (1994) - se ocupa em analisar o (1994) - se ocupa em analisar o Ambiente Institucional (macro) - “regras do Ambiente Institucional (macro) - “regras do jogo”jogo”

WILLIAMSON WILLIAMSON (1989) - se ocupa em analisar (1989) - se ocupa em analisar os Custos de Transação (micro) – os Custos de Transação (micro) – “contratos”“contratos”

AZEVEDOAZEVEDO apresenta a apresenta a Nova Economia InstitucionalNova Economia Institucional dividida em dois níveis dividida em dois níveis analíticos. O ambiente institucional contemplando as analíticos. O ambiente institucional contemplando as macroinstituiçõesmacroinstituições, que , que são aquelas que estabelecem as bases para as interações entre os seres são aquelas que estabelecem as bases para as interações entre os seres humanos (ex. regras, leis e governo); e as estruturas de governança (ex. humanos (ex. regras, leis e governo); e as estruturas de governança (ex. contratos), que contemplam as contratos), que contemplam as microinstituiçõesmicroinstituições, aquelas que regulam uma , aquelas que regulam uma transação específica (AZEVEDO, 2000, p.35).transação específica (AZEVEDO, 2000, p.35).

Segundo Segundo ZYLBERSZTAJNZYLBERSZTAJN (2000) - A estrutura de contratos, que permeia as (2000) - A estrutura de contratos, que permeia as relações entre os agentes, e a figura de um (ou vários) agente coordenador, relações entre os agentes, e a figura de um (ou vários) agente coordenador, são aspectos das inter-relações setoriais. Como conseqüência, destaca-se a são aspectos das inter-relações setoriais. Como conseqüência, destaca-se a importância da importância da estabilidade institucionalestabilidade institucional, que garante o cumprimento dos , que garante o cumprimento dos contratos e da legalidade das relações, ao desempenho do sistema. contratos e da legalidade das relações, ao desempenho do sistema.

Determinantes Determinantes para a para a competitividade competitividade do sistemado sistema

NEINEI


NORTHNORTH afirma que “o desempenho econômico é função das afirma que “o desempenho econômico é função das instituiçõesinstituições e e de sua de sua evoluçãoevolução. São elas, juntamente com a tecnologia, que determinam . São elas, juntamente com a tecnologia, que determinam os custos de transação e produção. os custos de transação e produção.

““As instituições são as regras do jogo, limitam as ações do homem a fim As instituições são as regras do jogo, limitam as ações do homem a fim de disciplinar as interações humanas. Em compensação, estruturam de disciplinar as interações humanas. Em compensação, estruturam incentivos, de natureza política, social e econômica” (NORTH, 1994, p. 9). incentivos, de natureza política, social e econômica” (NORTH, 1994, p. 9).

FARINAFARINA e e ZYLBERSTAJNZYLBERSTAJN (1998, p. 18) - As (1998, p. 18) - As estratégiasestratégias e a e a competitividadecompetitividade dependem, em primeiro lugar, do dependem, em primeiro lugar, do ambiente institucionalambiente institucional - sistemas legais - sistemas legais de solução de disputas, as políticas macroeconômicas (monetária, fiscal e de solução de disputas, as políticas macroeconômicas (monetária, fiscal e cambial), as políticas tarifárias, comercial e as políticas adotadas pelo cambial), as políticas tarifárias, comercial e as políticas adotadas pelo governo, assim como por governos de outros países (parceiros comerciais governo, assim como por governos de outros países (parceiros comerciais e concorrentes). e concorrentes). O O ambiente organizacionalambiente organizacional (organizações que dão apoio aos negócios (organizações que dão apoio aos negócios privados) e o privados) e o ambiente tecnológicoambiente tecnológico completam as variáveis determinantes completam as variáveis determinantes da competitividade individual e sistêmica.da competitividade individual e sistêmica.


Já as Já as OrganizaçõesOrganizações, ou seja, os agentes econômicos e políticos, que derivam , ou seja, os agentes econômicos e políticos, que derivam de determinada matriz institucional, tendem a ter interesse em perpetuar a de determinada matriz institucional, tendem a ter interesse em perpetuar a estrutura vigente. estrutura vigente. ““A trajetória das mudanças depende, portanto, do A trajetória das mudanças depende, portanto, do interesse das interesse das organizaçõesorganizações, dos agentes envolvidos. Essa trajetória pode enfraquecer , dos agentes envolvidos. Essa trajetória pode enfraquecer organizações antigas e possibilitar o surgimento de novas com interesses organizações antigas e possibilitar o surgimento de novas com interesses distintos”; distintos”; ““Os atores cruciais em tais casos serão os empresários políticos, cuja Os atores cruciais em tais casos serão os empresários políticos, cuja liberdade aumenta nessa situação e que, dada sua percepção dos problemas, liberdade aumenta nessa situação e que, dada sua percepção dos problemas, têm a possibilidade de têm a possibilidade de induzir o crescimentoinduzir o crescimento e o e o fortalecimentofortalecimento de novas e de novas e antigas organizações e de grupos de interesses os mais diversos” (NORTH, antigas organizações e de grupos de interesses os mais diversos” (NORTH, 1994, p. 15).1994, p. 15).

A NEI provê um quadro analítico adequado para a compreensão dos fatores A NEI provê um quadro analítico adequado para a compreensão dos fatores organizacional e institucional, como elementos chave da competitividade organizacional e institucional, como elementos chave da competitividade (Organizações - elemento coordenador de disputas, organizador e regulador (Organizações - elemento coordenador de disputas, organizador e regulador de instituições, do aparato institucional e dos agentes).de instituições, do aparato institucional e dos agentes).


CAMPEÃOCAMPEÃO afirma que independente da tipologia adotada, a problemática dos afirma que independente da tipologia adotada, a problemática dos sistemas locais de produção baseia-se na sistemas locais de produção baseia-se na transformação de hierarquias transformação de hierarquias espaciaisespaciais a partir de mecanismos do tipo territoriais que nascem de forma a partir de mecanismos do tipo territoriais que nascem de forma autônoma. autônoma. ““A busca pelo desenvolvimento territorial torna-se inútil se acompanhada A busca pelo desenvolvimento territorial torna-se inútil se acompanhada pelo pressuposto que a única forma de mudar seu posicionamento é pelo pressuposto que a única forma de mudar seu posicionamento é envolvendo-se na dinâmica das grandes multinacionais e dos grandes fluxos envolvendo-se na dinâmica das grandes multinacionais e dos grandes fluxos financeiros internacionais” (2004, p. 45). financeiros internacionais” (2004, p. 45).

Ao analisar um sistema local de produçãoAo analisar um sistema local de produção- O território passa a ter influência no desenvolvimento dos fatores que - O território passa a ter influência no desenvolvimento dos fatores que interferem no sistema (não se deve ignorar o ambiente local);interferem no sistema (não se deve ignorar o ambiente local);- Há especificidade existente nos locais onde os agentes atuam; - Há especificidade existente nos locais onde os agentes atuam;

Sistema local de produçãoSistema local de produção - o papel desempenhado pelos agentes - o papel desempenhado pelos agentes econômicos em determinado território é considerado elemento decisivo para econômicos em determinado território é considerado elemento decisivo para a funcionalidade das intervenções realizadas pelas instituições no mercado a funcionalidade das intervenções realizadas pelas instituições no mercado onde está situada a atividade produtiva;onde está situada a atividade produtiva;

Método e técnica de pesquisaMétodo e técnica de pesquisa

Método Indutivo de Abordagem – Método Indutivo de Abordagem – O método indutivo é aquele “cuja O método indutivo é aquele “cuja aproximação dos fenômenos caminha geralmente para planos cada vez aproximação dos fenômenos caminha geralmente para planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias (conexão ascendente)” (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 106);teorias (conexão ascendente)” (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 106);

Pesquisa Qualitativa -Pesquisa Qualitativa - a técnica para coleta de dados será a partir da a técnica para coleta de dados será a partir da observação direta intensivaobservação direta intensiva através de entrevistas exploratórias e através de entrevistas exploratórias e aplicação de questionário semi-estruturado. aplicação de questionário semi-estruturado. Recorre-se à entrevista quando não há fontes mais seguras para as Recorre-se à entrevista quando não há fontes mais seguras para as informações desejadas ou quando se pretende completar dados extraídos informações desejadas ou quando se pretende completar dados extraídos de outras fontes (CERVO; BERVIAN, 1973, p. 147). de outras fontes (CERVO; BERVIAN, 1973, p. 147).

Método de estudo de casos - Método de estudo de casos - como método de procedimento.como método de procedimento.

ContribuiçõesContribuições

Contribuição acadêmicaContribuição acadêmica

- Modelo genérico - Modelo genérico (pode ser utilizado para analisar diversos (pode ser utilizado para analisar diversos sistemas produtivos) esistemas produtivos) e específico específico (atende ao propósito em (atende ao propósito em relação a sistemas produtivos incipientes);relação a sistemas produtivos incipientes);

- - Material básicoMaterial básico de documentação de onde poderão partir de documentação de onde poderão partir outros estudos;outros estudos;

Contribuição para o setor público e empresarialContribuição para o setor público e empresarial

- Coletânea de informações mais atual possível;- Coletânea de informações mais atual possível;

- Identificação da situação atual e dos gargalos críticos que - Identificação da situação atual e dos gargalos críticos que impactam na competitividade da atividade;impactam na competitividade da atividade;

- Tendências e estratégias organizacionais viáveis para o - Tendências e estratégias organizacionais viáveis para o desenvolvimento do sistema produtivo.desenvolvimento do sistema produtivo.

Referências bibliográficasReferências bibliográficasAZEVEDO, Paulo Furquim. Nova Economia Institucional: referencial geral e AZEVEDO, Paulo Furquim. Nova Economia Institucional: referencial geral e aplicações para a agricultura. São Paulo: 2000, p.62.aplicações para a agricultura. São Paulo: 2000, p.62.

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