análise de romeu e julieta

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ANÁLISE DA OBRA ROMEU E JULIETA DE WILLIAM SHAKESPEARE Apesar desta questão ser problemática, podemos analisar a literatura dramática sob dois pontos de vistas, a do texto dramático e a do espetáculo, que unificados podem formam o todo dramático, dependendo da concepção que se tenha do que é teatro. Aqui será analisado apenas o texto dramático, sem o enfoque no espetáculo da peça em si, independentemente de essa ser uma questão muito hipotética, consideraremos o texto dramático autônomo para realizar a análise da peça. A obra Romeu e ulieta !  é comumente confundida por pessoas lei"as no teatro com um romance, por existir na tensão entre as persona"ens principais uma hist#ria de amor. Apesar disso, é denominada tra"édia pura devido ao desfecho acarretar a morte dos prota"onistas. $xistem rumores de que o enredo da peça Romeu e ulieta de %ha&espeare foi baseado em uma novela italiana de 'atteo (andello, ori"inalmente chamada de Giulie tta e Romeo, pois havia uma tend)ncia entre os poetas e dramatur"os da época em publicar trabalhos baseados nas famosas novelles italianas. A hist#ria se passa em *erona, por volta do ano de !+ e conta a hist#ria de dois  -ovens, que apesar de serem de famlias rivais, apaixonam/se. 0a trama existe a famlia 1apuleto, cu-a filha é ulieta e a famlia 'ontecchio, cu-o filho é Romeu. As duas famlias eram inimi"as de lon"o prazo e derramaram muito san"ue na cidade. 2epois de mais uma luta entre os servidores e os parentes das famlias rivais, o prncipe de *erona então, cansado das constantes "uerras, faz a se"uinte declaração 3s famlias 4%e daqui para diante, perturbardes nossas ruas de novo, vossas vidas pa"arão pela quebra da paz5.6Ato 7, 1ena 78. Assim, é como se a sorte est ivesse lan çad a, al"uém pa" ari a mui to caro ca so oco rre sse esta sit uaç ão novamente.  0o incio da trama, Romeu está apaixonado por Rosalina, mas não é correspo ndido. A moça, que -urou castidade, arranca suspiros de Romeu por sua imensa beleza. 2epois de muita insist)ncia, Romeu conta seu sofrimento ao primo e ami"o (env#lio, que lhe aconselha a esquecer a donzela e a observar outras belezas. 9o"o aparece a oportunidade de colocar em  prática os conselhos do ami"o: Romeu vai ao baile das máscaras na casa dos 1apuleto. Aproveitando o ense-o do baile das máscaras, o senhor 1apuleto convida ;áris, um -ovem nobre parente do prncipe, para a festa com a intenção deste corte-ar a filha. 0o baile Romeu, !  ;ara esta análise foi utilizado o texto com a tradução de <. 1arlos de Almeida 1unha 'edeiros e =scar 'endes

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ANÁLISE DA OBRA ROMEU E JULIETA DE WILLIAM

SHAKESPEARE

Apesar desta questão ser problemática, podemos analisar a literatura dramática sob

dois pontos de vistas, a do texto dramático e a do espetáculo, que unificados podem formam o

todo dramático, dependendo da concepção que se tenha do que é teatro. Aqui será analisado

apenas o texto dramático, sem o enfoque no espetáculo da peça em si, independentemente de

essa ser uma questão muito hipotética, consideraremos o texto dramático autônomo para

realizar a análise da peça.

A obra Romeu e ulieta! é comumente confundida por pessoas lei"as no teatro com um

romance, por existir na tensão entre as persona"ens principais uma hist#ria de amor. Apesar

disso, é denominada tra"édia pura devido ao desfecho acarretar a morte dos prota"onistas.

$xistem rumores de que o enredo da peça Romeu e ulieta de %ha&espeare foi baseado em

uma novela italiana de 'atteo (andello, ori"inalmente chamada de Giulietta e Romeo, pois

havia uma tend)ncia entre os poetas e dramatur"os da época em publicar trabalhos baseados

nas famosas novelles italianas.

A hist#ria se passa em *erona, por volta do ano de !+ e conta a hist#ria de dois

 -ovens, que apesar de serem de famlias rivais, apaixonam/se. 0a trama existe a famlia

1apuleto, cu-a filha é ulieta e a famlia 'ontecchio, cu-o filho é Romeu. As duas famlias

eram inimi"as de lon"o prazo e derramaram muito san"ue na cidade. 2epois de mais uma luta

entre os servidores e os parentes das famlias rivais, o prncipe de *erona então, cansado das

constantes "uerras, faz a se"uinte declaração 3s famlias 4%e daqui para diante, perturbardes

nossas ruas de novo, vossas vidas pa"arão pela quebra da paz5.6Ato 7, 1ena 78. Assim, é como

se a sorte estivesse lançada, al"uém pa"aria muito caro caso ocorresse esta situação

novamente. 0o incio da trama, Romeu está apaixonado por Rosalina, mas não é correspondido. A

moça, que -urou castidade, arranca suspiros de Romeu por sua imensa beleza. 2epois de

muita insist)ncia, Romeu conta seu sofrimento ao primo e ami"o (env#lio, que lhe aconselha

a esquecer a donzela e a observar outras belezas. 9o"o aparece a oportunidade de colocar em

 prática os conselhos do ami"o: Romeu vai ao baile das máscaras na casa dos 1apuleto.

Aproveitando o ense-o do baile das máscaras, o senhor 1apuleto convida ;áris, um -ovem

nobre parente do prncipe, para a festa com a intenção deste corte-ar a filha. 0o baile Romeu,

! ;ara esta análise foi utilizado o texto com a tradução de <. 1arlos de Almeida 1unha 'edeiros e =scar 'endes

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que está fantasiado de pere"rino>, v) ulieta, e antes de saber que é uma 1apuleto, se encanta

 por sua rara beleza: 41omo nvea pomba entre corvos, assim aparece aquela dama no meio de

suas companheiras ?...@ ;orque até esta noite -amais conheci a verdadeira beleza5.6Ato 7, 1ena

*8. Ao aproximar/se de ulieta, eles conversam e Romeu lhe dá um bei-o. %# depois que ele

vai embora ela descobre que aquele que a bei-ou e conquistou seu coração é um 'ontechio,

inimi"o mortal de sua famlia. 'ais tarde, Romeu invade o -ardim da casa de ulieta e,

escondido, ouve ulieta declarar seus sentimentos por ele. 2ecide revelar sua presença e ap#s

trocarem -uras de amor, marcam o casamento para o dia se"uinte. 4%e teus pensamentos

amorosos são honestos e teu fim o matrimônio, envia amanhã, por intermédio de uma pessoa

que procurarei mandar/te, uma palavra dizendo onde e a que horas queres que se verifique a

cerimônia e colocarei minha sorte a teus pés, se"uindo/te pelo mundo como meu dono esenhor5 6Ato 77, 1ena 778. 7mediatamente Romeu vai 3 cela de <rei 9ourenço, seu 4pai

espiritual5 e convence/o a realizar a cerimônia secreta. ulieta diz que vai confessar/se com

<rei 9ourenço, como pretexto para ir 3 cela e o casamento ser realizado. 1om a a-uda da Ama

de ulieta, a cerimônia é realizada. Ap#s o casamento, Romeu presencia um duelo entre seus

ami"os e eobaldo, um 1apuleto, primo de ulieta. 'esmo desafiado Romeu ne"a/se a lutar,

mas eobaldo mata 'ercBcio, e Romeu, tomado pela ira, mata eobaldo. = ;rncipe atenua a

 punição e permite que Romeu viva, mas resolve bani/lo da cidade para sempre. ulieta ficasabendo do ocorrido, mas continua fiel ao esposo. 42evo falar mal de quem é meu esposoC

AhD ;obre senhor meu5 6Ato 777, 1ena 778. Romeu refu"ia/se na cela do <rei 9ourenço e

recebe, por intermédio da ama de ulieta, um anel de sua amada com o aviso de que fosse v)/

la naquela noite. $nquanto isso, os pais de ulieta vendo a aflição da filha, acreditam que ela

sofre pela morte do primo eobaldo e resolvem casá/la com ;áris. Romeu e ulieta passam a

noite -untos e Romeu fo"e para 'Entua lo"o de manhã. Ao saber de seu casamento forçado

com ;áris, ulieta procura <rei 9ourenço que a aconselha a fin"ir a aceitar o casamento e dá aela um frasco de elixir para simular sua morte e montam um plano: ulieta deveria tomar o

conteBdo do frasco, sua famlia acreditaria em sua morte, o casamento com o 1onde não se

realizaria e o <rei, através de uma carta explicativa, mandaria Romeu voltar para que ficassem

 -untos. ;orém a carta se extravia e Romeu recebe a notcia da morte da amada. 1ompra um

veneno e, desesperado, decide morrer também. Ao che"ar no tBmulo de ulieta, Romeu

encontra ;áris e o mata. Romeu toma o veneno e morre abraçado ao seu amor. <rei 9ourenço

che"a para tentar impedi/lo, mas é tarde, fo"e para não ser desmascarado e punido, porém

> Romeu, do italiano, si"nifica pere"rino a Roma. ;ode/se aferir assim que %ha&espeare escolheu os nomes das persona"ens com se"undas intençFes.

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volta para o lar, fu"indo da luz e se aprisiona em seu quarto, fecha as -anelas, expulsa o belo

dia e para si faz uma noite artificial...5 6Ato 7, 1ena 78. Romeu v) Rosalina como a mais linda

mulher e i"nora a exist)ncia de outras belezas, mas ao ver ulieta um sentimento maior que

tinha pela outra moça é despertado, mas usa o mesmo discurso, dizendo que ela é a mulher

mais bela dentre as outras e ainda diz 4;orventura meu coração amou até a"oraC urai que

não, meus olhosD5 6Ato 7, 1ena *8. Assim como acontece com muitos -ovens, ele achava que

tinha encontrado seu verdadeiro amor até encontrar outra moça mais bonita que lhe

correspondesse, como ulieta o fez. = pr#prio <rei 9ourenço diz que o amor dos -ovens está

nos olhos e não no coração. <ica a dBvida de que se o fim trá"ico não tivesse acontecido não

acarretando/lhes a morte, será que a paixão continuaria e eles ficariam -untosC A inconstEncia

dos sentimentos não iria pôr fim ao relacionamentoC 2a sur"e a se"uinte sátira: 4Romeu eulieta atravessaram os séculos inc#lumes no tempo, se instalando no mundo de ho-e como

casal modelo de amor eterno porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas

adversidades que os relacionamentos estão su-eitos pela vida afora. %enão provavelmente

Romeu estaria ho-e com a 'anoela e ulieta com o Ricardão. Romeu nunca traiu a ulieta

numa balada com uma loira linda motivado pelo impulso do álcool. ulieta não teve filhos,

en"ordou nem ficou histérica com muita coisa para fazer. Romeu nunca deixou de mandar

flores para ulieta no 2ia dos 0amorados ale"ando estar sem dinheiro. ulieta não teve aoportunidade de mostrar para ele o quanto ficava insuportável na ;'...5 J. A morte trá"ica,

 porém, eterniza o amor dos -ovens amantes.

1omo nas tpicas tra"édias sha&espearianas, uma ou duas persona"ens assumem o

 papel de her#i, no caso Romeu e ulieta. $stes her#is são pessoas especiais, da nobreza,

assim, o final trá"ico que acarreta a morte dos her#is, afeta o destino de muitas pessoas e até

da sociedade. 4=s sofrimentos que afli"em o her#i não sur"em miraculosamente, por obra

divina: resultam de atos humanos, ainda que por vias indiretas5 6M=0NA9*$%, '. .'aria8. Romeu mata eobaldo, sabendo que a"ora este é um parente seu e é punido por isto,

sendo banido da cidade. = her#i arca com as conseqO)ncias de seus atos. $le erra e esse erro é

a sua runa. ;or outro lado, o acaso também trabalha na construção do conflito dramático,

como quando Romeu não recebe a carta de <rei 9ourenço. Antes de che"ar ao baile, Romeu

 pressente que al"o de ruim está por vir, mas caminha diretamente para 4esta coisa ruim5:

4emo que cedo demais, pois meu coração pressente que al"uma fatalidade, suspensa

entretanto nas estrelas, começará amar"amente seu temvel curso com esta festa noturna e

 porá fim 3 desprezvel vida que tra"o em meu peito "raças a um "olpe vil de prematura morte.

J exto retirado da internet sem autor especfico.

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'as, aquele que "overna o leme de minha exist)ncia "uie minha naveD *amos senhoresD5

6Ato 7, 1ena 7*8. 0este trecho Romeu diz exatamente o que irá acontecer com ele sem saber

de nada. = fado que o espera é maior que tudo mas o faz prosse"uir rumo ao seu fim.

= n# das tra"édias se dá pela trans"ressão da ordem no contexto familiar ou social.

Romeu e ulieta trans"ridem a ordem entre as famlias reconhecendo seu amor perante 2eus

ao realizar secretamente a cerimônia de casamento. 2iante disso, as coisas não poderiam

acabar ali na cerimônia em um final feliz. %e acabasse assim, talvez a hist#ria de Romeu e

ulieta não perduraria até os dias de ho-e na dramatur"ia mundial.

A Ama é uma fi"ura crucial para a constituição da trama. $m muitos momentos

importantes ela está presente e é mediadora do enlace de Romeu e ulieta. %ha&espeare não a

nomeia, apenas a chama de 4ama5, representando sua classe de menor importEncia nasociedade. 1ontudo, a -ovem ulieta foi amamentada pela Ama quando beb), um costume

 particular da época em que este ato era reservado 3s empre"adas, chamadas amas/de/leite.P A

Ama que perdeu sua filha e seu marido encontra em ulieta um apoio, como se esta fosse sua

filha. Assim, não se pode desconsiderar que a amamentação criou laços afetivos entre ulieta

e a Ama, estando esta muito presente na vida de ulieta desde pequena e depois de crescida,

 passa a ser a sua confidente. 0os momentos de aflição de ulieta, a Ama lhe dá conselhos e

lhe reconstitui a razão. A intimidade entre elas pode ser percebida pelo discurso, pois a Amachama ulieta de 4pequena5 várias vezes, e ulieta se refere 3 Ama como 4doce e bondosa

ama5. $ssa intimidade se dá também com a %enhora 1apuleto, que ao tratar do casamento da

moça, depois de pedir para que a criada saia pede para que volte: 4;ensei melhorL deves ouvir

nossa conversa5+ 6Ato 7, 1ena 7778. A Ama se caracteriza como uma fi"ura ale"re e falante,

falante até demais, pois nesta cena ela é até repreendida pelas suas senhoras por não parar de

falar. 'esmo sendo uma criada, é uma mulher de valor que não permite as brincadeiras

ofensivas de 'ercBrio. 4%e disser al"uma coisa contra mim, darei com ele no chão, por maisrobusto que se-a... %em ver"onha ordinárioD 0ão sou uma dessas namoradeiras, não sou uma

dessas debochadas.5 6Ato 77, 1ena 7*8.

=utro persona"em também importante é o de <rei 9ourenço. $le é a fi"ura reli"iosa da

trama e traz reflexFes e conselhos sábios, por isso é denominado o 4pai espiritual5 de Romeu.

K ele quem fala as verdades que precisam ser ditas em certos momentos, ele aponta para

P  A aleitação mercenária nos meios urbanos da $uropa 1entral foi uma prática bastante comum, estando nelaenvolvidos os mais diversos setores sociais, ainda que fizessem com razFes não totalmente coincidentes.

6%A0=%, '. 'aria osé8+ $m outras traduçFes a fala se dá da se"uinte forma: 4;ensei melhor, preciso do seu conselho, conhece minhafilha desde o berço5.

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Romeu e diz que é um -ovem inconstanteL é ele quem o diz para amar moderadamente, pois

v) como é exa"erado em seus sentimentosL é ele quem o chama de in"rato por não a"radecer

 pela vida que lhe foi poupada por ordem do ;rncipeL é ele quem mostra as coisas boas que

lhe aconteceram apesar de tudoI. ;orém, a-uda Romeu com sua amada por ter aspiraçFes de

que essa união renderia al"o bom para as famlias rivais e diz isso explicitamente: 4A-udar/te/

ei por uma razão: esta aliança pode ser proveitosa, mudando em puro afeto o rancor de vossas

famlias5 6Ato 77, 1ena *8. = ob-etivo do <rei foi alcançado no final, porém no percurso

muitas coisas saram erradas e para que a paz entre as famlias fosse finalmente alcançada,

Romeu e ulieta sucumbiram -untos 3 morte. ;oderia/se colocar a culpa de toda a tra"édia em

<rei 9ourenço, pois ele concordou em casar os dois -ovens mesmo sabendo que era um amor

 proibido, porém suas intençFes foram as melhores e não queremos atribuir a culpa pelo fimtrá"ico a nin"uém, pois ele se resulta na soma de vários fatores. = <rei reconhece o amor

verdadeiro entre o casal e os a-uda a ficarem -untos, mesmo que para isso tenha que infrin"ir

os princpios reli"iosos. Afinal, que reli"ioso daria um elixir que simularia a morte para

al"uémC Que reli"ioso daquela época concordaria em realizar um casamento que não tinha a

 permissão das famliasC Apesar de reli"ioso, no final da trama, ele a"e e luta com seus

instintos humanos mais irracionais, pois quando v) que seu plano não deu certo, tenta fu"ir e

reconhece que está com medo.%ha&espeare explora o lado desprezvel e cômico dos seres humanos nos persona"ens

de %ansão e 'ercBrio. = primeiro faz trocadilhos infames lo"o no primeiro ato, dizendo que

vai cortar a cabeça das donzelas, no sentido em que irá tirar/lhes sua vir"indade. á 'ercBrio

faz piadas de mau "osto com a Ama: 4= dedo obsceno do quadrante solar está a"ora tocando

o pau do meio/dia5. 6Ato 77, 1ena 7*8.

A famosa frase popular que diz que 4tudo que é proibido é mais "ostoso5 pode

se encaixar nesta situação. = amor desabrochou no coração dos her#is enquanto ainda nãosabiam quem eram, mas não tardou a saberem que eram filhos das famlias inimi"as de

*erona. $les souberam, então, que era um amor proibido, o que talvez deu nova força aos

amantes em sua luta para ficarem -untos, despertando ainda mais o sentimento de dese-o um

 pelo outro. = proibido aparece no livro de M)nesis, em que mesmo depois de todas as

recomendaçFes de 2eus, $va come do fruto proibido e ainda leva para Adão com)/lo

também. = exc)ntrico é que no ;araso, a fartura era imensa e s# daquela árvore do fruto

I 0este trecho <rei 9ourenço tenta abrir os olhos de Romeu: “Tua Julieta, por cujo ardente amor morrias há pouco está viva; nisto é um homem feliz. Teobaldo ueria matar!te, mas tu mataste Teobaldo; nisto és também

 feliz. "lei, ue amea#ava morte, se torna tua ami$a, comutando a pena em e%&lio; nisto és i$ualmente feliz.

'obre teus ombros pesa uma car$a de b(n#)os*.

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 proibido é que eles não poderiam comer, mas mesmo assim o dese-o humano prevaleceu

sobre a razão. A humanidade sempre dese-ou aquilo que não pode ou que não deveria ter.

Romeu dese-ou ulieta e esta o dese-ou. m era para o outro o fruto proibido e por prová/lo,

assim como Adão e $va G que foram expulsos do paraso G Romeu e ulieta foram 4expulsos5

da vida.