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Ser ou não ser... eis a questão: Teatro

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Ser ou não ser... eis a questão:

Teatro

“O teatro é uma das expressões artísticas mais

antigas do homem. É por meio dele que histórias e situações são interpretadas para um

público, com o intuito de tocá-lo de alguma forma, despertando-lhe sentimentos. Não se

sabe ao certo quando o teatro surgiu, mas imagina-se que ele tenha se desenvolvido em

conformidade com o homem, ou seja, de acordo com suas necessidades.

Primórdios

Para o homem primitivo, que precisava dominar algumas partes da natureza para sobreviver, o teatro funcionava como um ritual, com danças dramáticas coletivas, que tinham o intuito de controlar os fatos ocorridos, como as chuvas e a fertilidade da terra, e de celebrar conquistas ou perdas.

Grécia antiga

Os rituais de teatro - chamados ditirambos -eram utilizados em homenagem ao deus Dioniso. Como havia muitas pessoas envolvidas nessas celebrações, teve-se a ideia de que elas utilizassem máscaras com diferentes expressões, para que aqueles que estivessem acompanhando as encenações pudessem visualizar bem a expressão facial de cada ator. Com o tempo, seu uso foi aprimorado, sendo constante nas tragédias, que eram encenadas apenas por homens.

Tragédia x Comédia

Na Antiguidade Clássica, os textos teatrais eram classificados como tragédia ou comédia. Para Aristóteles, pensador grego da Antiguidade, a tragédia imita a ação de homens nobres e de caráter superior, sendo capaz de causar terror e piedade em quem assiste a ela ou a lê. Já a comédia era a imitação de homens inferiores, ou seja, "do povo", possuidores de vícios e que viviam situações ridículas.

Máscaras

A máscara, além de elemento teatral, pode aparecer em outras situações, dando ao homem que a usa possibilidade de assumir novas ideias e novas atitudes, graças ao anonimato garantido por ela. Tal liberdade deu origem a festas populares mascaradas, como o carnaval, em que pessoas de classes sociais elevadas e de classes mais baixas se encontravam na mesma condição de mascarados.

Cristianismo

Com o advento do Cristianismo, o teatro perdeu terreno, pois foi considerado pagão. O interessante é que ele foi resgatado pela própria Igreja na época medieval, e contou com a atuação de padres e monges para encenar a ressurreição de Cristo. A partir de então, o teatro passou a ser muito usado para a propagação de ideais religiosos.

Renascimento

Nos idos do século XV, surgiram as trupes teatrais, que representavam peças livres, e os atores contratados pela nobreza, que representavam pelas encomendadas. Durante a Renascença, surgiu na Itália a Commedia Dell’arte, um tipo de teatro ligado às Artes, que contava com atores bastante versáteis, que não só encenavam, mas que também cantavam, dançavam e faziam malabarismos.

Shakespeare

Nascido em 1564, na Inglaterra, Shakespeare escreveu peças de teatro e sonetos. É reconhecido como um dos mais importantes autores de todos os tempos e países.

A obra de Shakespeare foi escrita durante o Renascimento. Neste período, o teatro ligado à religião estava em queda. Por isso, muitos dramaturgos, incluindo Shakespeare, buscaram inspiração nas obras clássicas e romanas.

A tragédia é um gênero teatral clássico muito comum na Grécia e na Roma Antiga. O espírito trágico foi retomado por artistas como Richard Wagner e Shakespeare que escreveu várias tragédias como Romeu e Julieta, Hamlet, Rei Lear e Ricardo III.

Shakespeare também se aventurou no gênero clássico da comédia, escrevendo Sonho de uma Noite de Verão, Muito Barulho por Nada, Como Gostais, A Megera Domada e A Tempestade.

Shakespeare no Cinema e no Teatro Contemporâneo

Muitas obras de Shakespeare inspiraram filmes de sucesso, além de continuarem a ser encenadas no teatro no mundo todo.

Enredo de Romeu e Julieta

O enredo de Romeu e Julieta apresenta uma história que se inicia com a rivalidade entre duas famílias distintas da pacata cidade

de Verona: os Montecchio e os Capuleto. Verona foi invadida por arruaças, discussões e brigas provenientes da rivalidade entre essas duas famílias, em conjunto com aqueles que tomavam partido de cada uma. Preocupado com os acontecimentos, o príncipe da cidade determinou que mataria o próximo que

incitasse mais uma dessas brigas. Porém, ninguém esperava que pudesse acontecer determinada "obra do destino": no baile de máscaras realizado na casa dos Capuleto, Romeu Montecchio

encontra Julieta Capuleto e o amor invade os corações dos jovens.

“Não há mundo fora dos muros

de Verona, somente

purgatório, tortura, inferno…Quem é banido

daqui é banido do mundo e o exílio

do mundo é a morte”.

Shakespeare, Romeu e Julieta, Ato III, Cena III

Inovações

No século XVII, as mulheres começaram a fazer parte das peças teatrais. No século XVIII, o teatro contou com inovações cênicas e com maior infraestrutura, como a movimentação dos cenários e a utilização de luzes e sons. Assim, com o passar dos anos, o teatro foi tornando-se mais eclético e versátil, apresentando amplidão dos temas tratados, variedade de papéis e ambientes.

Teatro no Brasil

O teatro brasileiro iniciou-se na época da colonização (século XVI), quando os jesuítas utilizaram-no como forma de catequização. A princípio, tinha apenas caráter pedagógico e religioso, mas, com o tempo, foi ganhando mais espaço, consolidando-se e desenvolvendo-se. Martins Pena e Qorpo Santo são nomes de referência: escreveram peças populares e bem humoradas que falavam dos costumes dos brasileiros.

“Como o texto teatral é feito para ser encenado, quando lemos uma peça de teatro, temos apenas uma

dimensão do texto, mas nunca compreendemos o todo.

Roteiro Teatral

Além da necessidade de encenação, outras características fundamentais definem se determinado enunciado é teatro ou não.

Estrutura do Roteiro teatralA peça teatral é composta de atos ou cenas. Cada ato é como um “capítulo” da peça, indicando um episódio, e é dividido em cenas, que, normalmente indicam mudanças de cenário. Além desses elementos, um texto teatral é

composto de diálogos e rubricas. As rubricas são as indicações cênicas, não ditas na representação teatral.

Jardim de Capuleto. Entra Romeu.

ROMEU – Só ri das cicatrizes quem ferida nunca sofreu no corpo.

( Julieta aparece na janela). Mas silêncio! Que luz se escoa agora da janela? Será Julieta o sol daquele oriente? [...] Oh, sim! É o meu amor. Se ela soubesse disso! Ela fala; contudo, não diz nada. Que importa? Com o olhar está falando.

Vou responder-lhe. Não; sou muito ousado; não se dirige a mim [...].

JULIETA – Ai de mim!

ROMEU – Oh, falou! Fala de novo, anjo brilhante [...]

JULIETA – Romeu, Romeu! Ah! por que és tu Romeu? Renega o pai, despoja-te do nome; ou então, se não quiseres, jura ao menos que amor me tens,

porque uma Capuleto deixarei de ser logo.

ROMEU (à parte) – Continuo ouvindo-a mais um pouco, ou lhe respondo?

Funções Técnicas

Não só de atores uma peça teatral é produzida. Outras funções são muito importantes para que

o roteiro seja produzido.

Direção

Coordena o espetáculo, tem função de maior destaque e responsabilidade numa encenação.

Providencia o patrocínio para a montagem do espetáculo. Organiza o itinerário, teatros e hotéis.

Responsável pela criação do cenário e por orientar a sua montagem.

Produção Cenografia

Realização

Patrocina o espetáculo, idealiza o projeto e contrata os funcionários.

Cria os cartazes, o programa e todo o material gráfico do espetáculo.

Profissionais que trabalham atrás da cena da peça: contrarregras, montadores de cenário, camareiras...

Design gráfico Cenotécnica

Operação de som e luz

Controla as entradas de músicas da trilha sonora, volume e iluminação.

Ajuda os atores a empostar a voz de modo que sejam ouvidos pela plateia.

Preparador corporal responsável pelo condicionamento físico dos atores.

Preparação vocal Coreógrafo

Figurinista

Responsável pela caracterização e roupas dos personagens.

Responsável pela caracterização física dos personagens.

Maquiador

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Prof Marina Ferreira