análise de negócios - reparação de veí culos - sebrae - maio-1999

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    ANLISE DE NEGCIOS - REPARAO DE VECULOS

    Elaborado por - SEBRAE/ESData da elaborao - Maio de 1999Tipo de negcio - REPARAO DE VECULOSRamo de atividade - SERVIOS

    ApresentaoIntroduoIndicadores Setoriais

    Indicadores de Recursos HumanosIndicadores de Mercado/VendasIndicadores de Administrao/ProduoIndicadores de FinanasPrincipais IndicadoresFontes

    APRESENTAO

    O presente trabalho representa o primeiro passo na tentativa de se traar um perfil do segmento dereparao independente de veculos do Estado do esprito santo. As informaes contidas neste trabalhoforam conseguidas atravs de entrevistas junto s principais lideranas do setor, em pesquisa em "sites" dainternet e literatura tcnica disponvel no Centro de documentao e informao do SEBRAE/ES,SINDIREPA/ES e ASSORVES e em 17 empresas, atravs de um questionrio destinado aos empresrios dosetor, utilizado de forma qualitativa (e no quantitativa, atravs de amostra que representaria o universo).

    Este material apresentado a seguir possibilita ao leitor ter uma noo geral das caractersticas do mercado dereparao de veculos no Estado do Esprito Santo e de suas perspectivas para o futuro, bem como aoSEBRAE/ES dar os primeiros passos para o objetivo principal que um atendimento de qualidade a seusclientes.

    INTRODUO

    O segmento industrial de autopeas tem uma participao de 2% do PIB industrial brasileiro, com 1.300empresas, sendo 410 de mdio a grande porte (acima de 151 empregados), e 70% dessas empresas so decapital nacional ou majoritrio nacional, gerando 167.000 empregos diretos.O segmento faturou em 1998 cerca de US$ 14,5 bilhes, sendo 57% para as montadoras, 20% paraexportao e 23% para a reposio, atravs da rede de comercializao de autopeas. H no mundo cerca de40.000 fabricantes de componentes automotivos, sendo que apenas 60 deles apresentam faturamento maiorque US$ 1 bilho.

    Produo automobilstica mundial 1997

    Fbricas anunciadas ou em estudo at o ano 2000 no Brasil

    N. de Veculos Participao - %Mundo 52.557.727 100,00%

    Estados Unidos 12.119.158 23,06%Japo 10.979.119 20,89%Alemanha 5.023.138 9,56%Frana 2.581.438 4,91%Canad 2.570.811 4,89%Coria do Sul 2.818.663 5,36%Espanha 2.561.262 4,87%

    Reino Unido 1.931.107 3,67%Brasil 2.070.389 3,94%

    Itlia 1.817.469 3,46%Outros 8.085.173 15,38%

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    mecnica diesel. Prevaleceram as de mecnica leve (59%), sendo que dessas, 30% executamconcomitantemente servios de funilaria e pintura.

    A marca de autopea mais utilizada "Magneti Marelli" em 42% das oficinas. As demais marcas so: Bosch,Luk, Akzo Nobel, P.P.G, Sachs e Akzo Nobel. 18% das empresas foram criadas na dcada de de 1970; 41%entre 1983 e 1988 e 29% a partir de 1990 at 1997.

    N Oficinas Mecnicas Tradicionais e de Centros de Reparao Automotiva(1):

    Nacional: 166.500 empresas;

    Estadual: 6.500 empresas(2).

    Distribuio por atividade

    (1)Dados referentes a 1998 - Informativo SINDIREPA/SP - abril/99.(2)Sendo que deste n podemos considerar 50% de "empresas informais". No foram considerados os profissionais autnomos.

    INDICADORES SETORIAIS

    1 - PORTE DAS EMPRESAS DO SEGMENTO

    Mecnica 52,5%Funilaria e Pintura 23,5%Eltrica/Eletrnica 15,2%

    Pneumtico 5,3%

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    Para identificar o porte das empresas, utilizou-se o critrio de nmero de empregados utilizado pelo sistemaSEBRAE(3). Assim, constatou-se que 44% so micro empresas, 38% pequenas empresas e 6% mdiasempresas.

    (3)

    2 - EMPREGOS DIRETOS GERADOS

    Oficinas Mecnicas Tradicionais e Centros de Reparao Automotiva:

    Nacional: cerca de 1.000.000, mdia de 6 empregos/empresa;Estadual: Cerca de 45.000, mdia de 7 empregos/empresa.

    3 - RECEITA GERADA (VENDAS)

    Oficinas Mecnicas Tradicionais e de Centros de Reparao Automotiva:

    Nacional: cerca de R$ 830 milhes/ms, mdia de R$ 5.000,00/empresa;Estadual: cerca de R$ 29 milhes/ms, mdia de R$ 4.500,00/empresa.

    Segundo pesquisa do SINDIREPA/ASSORVES, o faturamento mdio mensal por empresa eleva-se para cercade R$ 36.500,00 para as empresas mais estruturadas e melhor equipadas. Este nmero corresponde a cercade 3% do nmero total de empresas do Estado, ou seja, cerca de 200 empresas.

    4 - ENTIDADES REPRESENTATIVAS DO SETOR (ESTADO)

    Oficinas Mecnicas Tradicionais, Centros de Reparao Automotiva e Retificadores:

    SINDIREPA;

    ASSORVES;ARES.

    Centros Automotivos:

    SINVEPES;ACAPE.

    Servios Autorizados:

    SINCODIVES

    5 - PONTOS FORTES

    Expanso do mercado automobilstico veculos leves (em 1997, havia no pas 4 montadoras; em1999, 10 e h uma projeo para o ano 2.000 de 14 montadoras);Frota nacional composta de 17,7 milhes de veculos em circulao em 1997, com idade mdia de 10anos (veculos leves) e de 18 anos (veculos pesados);Implementao da Inspeo Tcnica Veicular, de acordo com as normas do CONTRAN ConselhoNacional de Trnsito;Custo operacional elevado das concessionrias;

    Implantao de certificaes de distino dos profissionais da reparao, motivada pela sofisticaotecnolgica dos veculos;O setor especialista em reparos e no em troca de peas, o que na maioria das vezes torna-o maisatraente ao consumidor pelo custo mais baixo;

    O proprietrio tem condio de acompanhar o servio;Implementao de servios "cortesia", lavagem grtis, apontamento de entregas (cumprimento deprazos);

    SETOR MICRO PEQUENA MDIA GRANDE

    Com. e Servios At 09 De 10 a 49 De 50 a 99 Acima de 100Indstria At 19 De 20 a 99 De 100 a 499 Acima de 500

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    O Brasil o 8 fabricante de automveis do mundo, representando 3,1% da produo mundial (cercade 1.573.000 automveis fabricados em 1998)(4);H no Brasil cerca de 172.000 oficinas mecnicas contra 2.743 concessionrias;H no pas cerca de 146.246 km de vias asfaltadas contra 1.500.925 km de vias sem pavimentao eapenas 30.223 km de linhas frreas.

    6 - PONTOS FRACOS

    Falta de capacitao tcnica e tecnolgica do setor diante da modernidade dos veculos lanados

    ultimamente;Retirada de circulao de veculos velhos (com mais de 15 anos), devido ao cdigo de trnsitobrasileiro, o que poder reduzir o nmero de veculos necessitando de reparos;Baixo grau de instruo tanto do empresrio quanto da mo-de-obra;Imagem do setor diante da opinio pbica (no respeita prazos, no oferece qualidade, descortesia,etc.);

    Diminuio do campo de trabalho, devido falta de especializao;Renovao da frota, reduzindo a necessidade de reparao;Imposio de preos por parte das companhias seguradoras.

    7 - OBSTCULOS AO DESENVOLVIMENTO

    Pouco apoio institucional ao desenvolvimento tecnolgico;Cerceamento do acervo tcnico dos novos modelos de veculos por parte das montadoras;Garantia estendida de veculos (ps- venda montadora/concessionria).

    8 - DISTRIBUIO GEOGRFICA DAS EMPRESAS NO ESTADO

    55% na Grande Vitria (Vitria, Vila Velha, Cariacica, Serra e Viana);45% no interior.

    9 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL CARACTERSTICA

    So empresas familiares em sua maioria, normalmente estruturadas por especialidades, conforme modalidadedo reparo. Ex.: mecnico, lanterneiro, eletricista, pintor, etc.

    10 - UTILIZAO DOS SERVIOS INSTITUCIONAISAs empresas utilizam muito pouco os servios oferecidos pelas Instituies de apoio e fomento.

    11 - O QUE EST SENDO FEITO NOS OUTROS ESTADOSEsto sendo elaborados projetos para elevao do nvel tecnolgico do segmento, atravs da certificao ASE Automotive Service Excelence, atravs da ABRIVE Associao Brasileira da Indstria de Reparao deVeculos.Os Sindicatos Patronais (SINDIREPA) e Associaes de Oficinas, atravs de convnios especficos com asentidades de fomento, tambm vm envidando esforos no sentido de capacitar as empresas.

    12 - REA TIL DAS EMPRESAS

    No segmento, predominam empresas comrea til at 300 m , conforme pode ser observado no grfico aseguir:

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    INDICADORES DE RECURSOS HUMANOS

    1 - GRAU DE INSTRUO DA MO-DE-OBRA DIRETA

    Nenhuma instruo: 4%;1 grau: 68%;

    2 grau: 27%;3 grau: 1%.

    2 - GRAU DE INSTRUO DA GERNCIA

    1 grau: 24%;2 grau: 68%;3 grau: 8%.

    Considerando que o segmento formado predominantemente por empresas de pequeno porte, normalmenteo gerente o proprietrio.

    3 - FORMAS DE RECRUTAMENTOIndicao a forma mais utilizada para recrutamento de pessoal das empresas de reparao de veculos(50% delas).

    4 - ROTATIVIDADE

    * mecnica, lanternagem, funilaria, pintura, etc.

    5 - GASTOS COM TREINAMENTOSA grande maioria das empresas do setor investe em treinamento de mo-de-obra. Porm, grande parte dostreinamentos feita pelo proprietrio ou pelo prprio mecnico arcando com as suas prprias despesas.

    6 - REAS DE TREINAMENTODevido ao avano e s novas tecnologias, os treinamentos so para os servios especializados. Ex.: injeoeletrnica, freios ABS, cmbio automtico, etc.

    7 - HORAS CURSO/EMPREGADONas oficinas especializadas, uma mdia de 60 h/ano e na mecnica geral, 10 h/ano.

    8 - PROPORO DO PESSOAL COM CARTEIRA ASSINADADevido ao advento do simples e a um maior rigor da fiscalizao, elevou-se o ndice de empregados com

    TEMPO MDIO DE CASA DOS FUNCIONRIOSSETOR TCNICO(*)(%) SETOR ADMINISTRATIVO (%)

    At 1

    ano

    At 3

    anos

    At 5

    anos

    At 7

    anos

    At 10

    anos

    At 1

    ano

    At 3

    anos

    At 5

    anos

    At 7

    anos

    At 10

    anos13 17 45 22 9 36 55 - - -

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    carteira assinada, que est prximo a 60% dos empregados do setor.

    9 - BENEFCIOS E INCENTIVOSUniforme e vale transporte so os benefcios concedidos pela maioria das empresas, seguidos por assistnciamdica e refeitrio. Algumas ainda oferecem lanches aos funcionrios durante o expediente de trabalho.

    10 - SISTEMA DE CAPTAO DE SUGESTESSomente 5% das empresas utilizam sistema de sugesto como "feedback", caixa de sugestes e reuniescom os empregados.

    11 - TRABALHO QUE AS EMPRESAS FAZEM JUNTO AOS FUNCIONRIOS PARA MANT-LOSMOTIVADOSA opo mais utilizada neste item so as reunies peridicas. As confraternizaes entre os empregadostambm usual. Treinamento e administrao participativa tambm so atividades de motivao para osempregados, utilizados pelas empresas.

    12 - VALOR MDIO DE SALRIO PAGO PELO SETORO salrio mdio dos empregados do setor administrativo das empresas de R$ 456,41. Para os que atuam nosetor tcnico, o salrio mdio mensal de R$ 566,05. Consequentemente, a mdia mensal dos salrios dasempresas de reparao de veculos no Esprito Santo de R$ 511,23. Prevalece o pagamento de salrios fixosaos trabalhadores das empresas de reparao de veculos. Salrios mais comisses so pagos em 41% dasempresas e apenas 6% concede somente comisso aos seus empregados.

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    Brasil: 99 carros/oficina;

    Estados Unidos: 872 carros/oficina.

    2 - PERFIL DO CONSUMIDORO consumidor constitudo por pessoas fsicas de todas as classes (sendo que 60% so do sexo masculino),empresas pblicas ou privadas e empresas seguradoras.Como se pode observar no grfico abaixo, 19% dos clientes (pessoas fsicas) das empresas so formados porpessoas com renda entre 3 e 5 salrios mnimos. 29% esto entre 5 e 10 salrios e o mesmo percentual parao intervalo de 10 a 20 salrios.

    3 - PRINCIPAIS MERCADOS CONSUMIDORESOs principais mercados consumidores esto concentrados nos grandes centros, onde h uma maiorconcentrao de veculos. No Esprito Santo, cerca de 40% da frota de veculos est concentrada na regio daGrande Vitria.

    4 - ALCANCE GEOGRFICO DAS VENDASAs empresas mais estruturadas tm um alcance regional. Para as demais, o alcance passa ser o prprio bairroonde est situada.O grfico abaixo mostra que 63% dos clientes das empresas esto localizados na prpria cidade/regio. Noestado esto 21% da clientela, destacando-se os municpios de Alfredo Chaves, Afonso Cludio, Venda Novado Imigrante e Castelo (foram citados tambm Vitria, Vila Velha e Cariacica. Pode-se supor que estascidades tenham sido lembradas por empresas do interior que foram entrevistadas).

    At 50 clientes que contribuem com mais de 1/3 do faturamento em 70% das empresas.

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    5 - TENDNCIAS DO MERCADODevido ao avano tecnolgico embarcado nos veculos e a falta de capacitao dos profissionais, a maiorfacilidade para a renovao da frota e a maior durabilidade dos veculos, a tendncia de um enxugamentono nmero de empresas, considerando a queda verificada desde 1991 de aproximadamente 21,54% no

    nmero de oficinas.

    Nmero de oficinas no Brasil

    Novas e desconhecidas tecnologias iro acelerar a seleo natural dos profissionais do segmento:

    Oficinas melhor equipadas e mecnicos preparados;Maior suporte tcnico nas vendas aos aplicadores;Aumento da oferta de autopeas importadas;

    Complexidade na assistncia tcnica.

    Consequentemente, haver uma reduo no nmero de empregos.

    Gerao de empregos

    Haver clara diviso entre dois mercados:

    Mercado de reposio de modelos populares, que tero oficinas de servio rpido e baixo custo;Mercado de reposio de modelos sofisticados (importados), que tero assistncia tcnicaextremamente complexa em oficinas especializadas e de alto custo, necessitando trabalhar com uma

    diversidade de modelos muito alta, porm de baixo volume.

    Apesar disso, h um certo otimismo dos empresrios, como mostra ogrfico abaixo:

    Ano 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998Oficinas 212.200 188.200 179.800 186.400 182.400 178.900 172.200 166.500

    Ano 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998Empregos (milhes) 1.273 1.129 1.060 1.118 1.094 1.073 1.033 1.000

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    6 - COMPORTAMENTO DAS VENDAS AO LONGO DO ANO

    7 - FORMAS DE COMERCIALIZAO

    No que se refere forma de pagamento, prevalecem a utilizao de cheques pr-datados (49%), seguidos depagamentos vista (20%). Em "outros" encontram-se cobranas bancrias, duplicatas, boleto e carteira.

    8 - PRINCIPAIS CONCORRENTES (OUTROS RAMOS)

    Concessionrias servios autorizados;Autopeas centros automotivos;Setor de remanufaturados.

    9 - PREOS MDIOSO preo varia de acordo com o tipo de servio. O preo mdio cobrado para uma reviso, varia de R$ 80,00 aR$ 100,00.

    10 - COMO SE D A CONCORRNCIAPreo, qualidade e atendimento so as formas mais frequentes de concorrncia, como pode ser visto abaixo:

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    INDICADORES DE ADMINISTRAO/PRODUO

    1 - ORIGEM DOS PRINCIPAIS INSUMOS/MERCADORIAS/MATRIAS-PRIMAS

    O segmento abastecido pelo comrcio de autopeas, atravs de distribuidores (para as empresas maisestruturadas) e do comrcio varejista, em sua maioria. 37% das compras so feitas com atacadistas, 32% novarejo e 21% diretamente da indstria.

    2 - GRAU TECNOLGICO (MUNDIAL/NACIONAL/ESTADUAL)O grau de avano tecnolgico bastante elevado e equivalente tanto mundialmente quanto nacionalmenteem termos da indstria automobilstica. Porm, somente as empresas do setor de reparao de veculos maisestruturadas esto em condies de competir tecnologicamente com os principais concorrentes de outrosramos, principalmente com as concessionrias de veculos.

    3 - NDICE DE OCUPAO DA CAPACIDADE INSTALADAO segmento trabalha atualmente com cerca de 65% da capacidade da mo-de-obra. Em termos deindicadores de produo, o nmero mdio mensal de veculos por empresa de 50 para servios de mecnicae 30 para lanternagem e pintura.

    4 - ORIGEM DOS EQUIPAMENTOSOs equipamentos utilizados pelo segmento so em sua maioria de fabricao nacional (da ordem de 70% dasmquinas e equipamentos).

    5 - TCNICAS ADMINISTRATIVAS MAIS COMUNS (CONTROLES DE ESTOQUE, PLANEJAMENTO DA

    PRODUO, FLUXO DE CAIXA, PLANEJAMENTO DE VENDAS)As empresas do setor utilizam muito pouco qualquer instrumento de controle de gesto, sendo que os maisutilizados, controle de estoque e fluxo de caixa, so conhecidos por apenas 5% das empresas. Os setoresfinanceiro, administrativo, de produo e vendas so informatizados na maior parte das empresas.

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    6 - PRAZOS MDIOS DE ENTREGASOs servios, na maioria das empresas, so entregues em um prazo mdio de 48 horas.

    7 - PERCENTUAL DE DEVOLUES PELOS CLIENTESO retorno da ordem de 10%.

    8 - PERCENTUAL DE DEVOLUO AOS FORNECEDORESTambm da ordem de 10%, apesar do alto ndice de qualidade das peas. Estas devolues se devemprincipalmente colocao do produto, que s vezes sofre dano ao ser aplicado

    9 - LOCALIZAO GEOGRFICA DOS FORNECEDORES39% dos fornecedores das empresas esto localizadas na prpria cidade/regio. J no estado, so 25%. Rio

    de janeiro e So Paulo contribuem com 29% e os demais estados com 7%, dos quais podemos citar Bahia eMinas Gerais.

    10 - CRITRIO PARA SELEO DOS FORNECEDORESO critrio do "menor preo" o mais utilizado pela maioria das empresas do segmento.

    11 - NMERO DE FORNECEDORES POR EMPRESAA maior parte das empresas trabalha no intervalo de mais de 5 at 30 fornecedores (76% das respostas).

    12% trabalham com mais de 30 fornecedores e outros 12% at 5 fornecedores. 47% das empresas possuemfornecedores que participam com mais de 1/3 do total de compras.

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    12 - N VEL DE TERCEIRIZAOO nvel de terceirizao baixo. Somente alguns servios so contratados pelas empresas do segmento dereparao de veculos, tais como, retfica de motores e servios especializados. Na rea administrativa, osetor de contabilidade o mais terceirizado. Servios gerais e propaganda representam, respectivamente,47% e 41%, do nvel de terceirizao, como se pode observar abaixo:

    13 - LEGISLAO ESPECFICANo h nenhuma legislao especfica para o segmento de reparao de veculos alm das ordinrias exigidaspara qualquer tipo de empresa.

    INDICADORES DE FINANAS

    1 - FATURAMENTO POR ESTABELECIMENTOEm 65% das empresas o faturamento mdio mensal de at R$ 40.000,00. Para os 35% restantes ofaturamento mdio por ms est no intervalo de R$ 40.000,00 at R$ 170.000,00.

    2 - GIRO DE ESTOQUE MDIOO segmento no trabalha com estoques elevados, pois a rede de lojas de autopeas atende ao prazorequerido. Algumas empresas mantm pequeno estoque de peas de giro rpido, o suficiente para

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    manuteno de rotina nos veculos (aplicao imediata). Para 59% das empresas o valor do estoque usual (apreo de custo) de at R$ 12.000,00. Em 12%, o valor est entre R$ 12.000,00 e R$ 40.000,00 e 18%entre R$ 40.000,00 e R$ 70.000,00.

    O grfico abaixo informa que 46% das compras so feitas com periodicidade mensal e que, no outro extremo,4% so realizadas bimestralmente.

    29% das empresas compram mensalmente uma mdia de R$ 12.000,00 em peas. Em apenas 6% este valor,por ms, passa de R$ 70.000,00.

    O grfico abaixo mostra a quantidade de produtos (itens) em estoque das empresas. 29% possuem at 4.000itens em estoque. 24% possuem at 50 itens e 12%, mais de 4.000 itens.

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    3 - PRINCIPAIS ITENS NA ESTRUTURA DE CUSTOS60% da estrutura de custos referentemo-de-obra. Para 40% das empresas, a mo-de-obra contribuicom mais de 50% do faturamento. J para 20% dos entrevistados, representa at 50% do faturamento. Asdemais relaes esto colocadas no grfico abaixo:

    4 - IMPOSTOS (% DO FATURAMENTO)O grfico abaixo mostra que 65% das empresas optaram pelo SIMPLES no que se refere ao enquadramentofinanceiro. 35% so no optantes.

    Portanto, o percentual de incidncia de impostos sobre o faturamento est representado pela tabela doSIMPLES, conforme abaixo:

    Faturamento at R$ 60.000,00 = 3% (trs por cento) - 0%(IRPJ) + 0% (PIS) + 1,2% (IAPAS) + 1,8%(COFINS);Faturamento de R$ 60.000,01 at R$ 90.000,00 = 4% (quatro por cento) - 0% (IRPJ) + 0% (PIS) +0,4% (CSLL) + 1,6% (IAPAS)+ 2% (COFINS);

    Faturamento de R$ 90.000,01 at R$ 120.000,00 = 5% (cinco por cento) - 0% (IRPJ) + 0% (PIS) +1% (CSLL) + 2% (COFINS)+ 2% (IAPAS).

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    Obs.: o percentual a ser aplicado ser sobre receita bruta acumulada at o prprio ms.

    5 - PRAZOS MDIOS DE PAGAMENTOS E RECEBIMENTOS39% dos pagamentos das empresas so feitos em at 42 dias, 35% em at 28 dias e 23% at 70 dias. vista so 2% e para mais de 70 dias, 1% dos pagamentos das empresas.

    O grfico abaixo mostra que 80% dos recebimentos oriundos das vendas das empresas ocorrem, em suamaior parte, em at 42 dias.

    6 - FATURAMENTO POR EMPREGADOMdia de R$ 5.700,00 por empregado.

    7 - FATURAMENTO POR REAR$ 122,00/m2 .

    8 - IMPORTNCIA DO PRODUTO NA COMPOSIO DO LUCROComo o segmento tem no servio o maior percentual de receita, a mo-de-obra corresponde a 80% do lucrodas empresas.

    9 - MONTANTE DOS CUSTOS FIXOS MENSAISPara 65% das empresas os custo fixos mensais so de at R$ 5.000,00. Em 24% esses custos so superioresa R$ 5.000,00 e vo at R$ 10.000,00, e os 12% restantes despendem mensalmente mais de R$ 10.000,00no item em questo.

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    10 - PERCENTUAL DE ENDIVIDAMENTO EM RELAO AO FATURAMENTO

    Para 29% das empresas, a porcentagem de endividamento em relao ao faturamento no passa de 25%. Asdemais relaes so apresentadas a seguir:

    11 - VALOR MDIO DE CONTAS A PAGAR (EXCLUINDO-SE AS DVIDAS BANCRIAS)

    da ordem de R$ 40.000,00 o valor mdio mensal de contas a pagar para 29% das empresas. As demaisrelaes podem ser observadas no grfico abaixo:

    12 - VALOR MDIO DE CONTAS A RECEBER

    Se R$ 40.000,00 representa o dispndio mdio mensal de contas a pagar para 29% das empresas, conforme

    questo anterior, este tambm o mesmo valor de contas a receber, s que para 24% das empresas.Pelo grfico abaixo, percebe-se tambm que contas a receber at R$ 20.000,00 esto presentes na realidadede 48% das empresas.

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    13 - PERCENTUAL DE INADIMPLNCIA

    Em 76% das empresas o percentual de inadimplncia dos clientes est na casa dos 25%, conforme abaixo:

    14 - VALOR DO IMOBILIZADO DE UMA EMPRESA DE REPARAO DE VECULOS

    Em 42% das empresas, o valor do imobilizado superior a R$ 120.000,00. 29% de R$ 70.00,00 a R$

    120.000,00. O restante (30%), valores at R$ 70.000,00.

    PRINCIPAIS INDICADORES

    ESPECIFICAO INDICADORESEstimativa do n de oficinas existentes no estado 6.500 (sendo que desse nmero podemos

    considerar 50% de "empresas informais").

    Distribuio geogrfica 55% na Grande Vitria: Vitria, Vila Velha,Cariacica, Serra e Viana;

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    45% no interior.

    Porte das empresas do setor 44% micro empresa;44% pequena empresa.

    6% mdia empresa.Caracterizao das empresas 6% retfica;

    53% servio autorizado;41% centro automotivo (autocenter);12% oficina mecnica diesel;59% oficina mecnica leve.

    Distribuio por atividade 53% mecnica;24% funilaria e pintura;15% eltrica/eletrnica;5% pneumticos.

    Faturamento do setor/ano R$ 348 milhes.Faturamento/ano por posto de trabalho R$ 7.800,00 (se considerarmos as oficinas

    formalizadas, este faturamento ser de R$68.400,00).

    Postos de trabalho gerados pelo setor 45.000.Mdia de postos de trabalho por empresa Mdia de 7, incluindo o proprietrio,

    membros da famlia e empregados da reade produo e administrativo.

    Entidades representativas do setor SINDIREPA;ASSORVES;ARES.

    Capital mnimo exigido para abertura do negcio Em torno de R$ 30.500,00, para uma oficinamecnica pequena e R$ 75.500,00, para umapequena funilaria e pintura.

    Mdia de veculos/ms/oficina 50 veculos mecnica;30 veculos funilaria e pintura.

    Margem de lucro operacional Em torno de 28,20%.Preo mdio cobrado Entre R$ 80,00 a R$ 100,00 por uma reviso

    mecnica.ndice mdio de perda 38% (fator mo-de-obra).Estrutura de custos Mo-de-obra + encargos sociais 60%;

    Despesas tributrias 11%;Custos fixos 25%;Outros custos 4%.

    Principal produto na composio do lucro 80% mo-de-obra.Salrio mdio praticado Mecnico R$ 670,00;

    Funileiro/pintor R$ 800,00;Auxiliares R$ 230,00;Administrativo R$ 450,00.

    Forma de remunerao (% de empresas) Salrio fixo + comisso: 41%;Salrio fixo: 53%;Comisso: 6%.

    Investimento com treinamento da mo-de-obra 1,5% do faturamento.Rotatividade da mo-de-obra Em torno de 9% ao ano, porm dentro do

    mesmo setor.

    Grau de instruo da mo-de-obra Nenhuma instruo: 4%;1 grau: 68%;2 grau: 27%;3 grau: 1%.

    Grau de instruo da gerncia 1 grau: 24%;2 grau: 68%;3 grau: 8%.

    Benefcios e incentivos 11% - alimentao;

    41% - plano de sade (assistncia mdica);76% - uniforme;59% - vale transporte;2% - cesta bsica;18% - outros tipos de benefcio;12% - participao nos lucros;24% refeitrio;

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    FONTES

    DIAGNSTICO DO SETOR DE AUTOPEAS - BRDE/FIESC; 1997.SINDIREPA/ES.ASSORVES.INFORMATIVO SINDIREPA/SP ABRIL/99.PESQUISA ANDERSEN CONSULTING PARA A ANDAP ASSOCIAO NACIONAL DOS DISTRIBUIDORESDE AUTOPEAS 1998.PESQUISA DE MERCADO FEITA PARA O SINVEIPEAS DO PARAN 1997.PERFIL DE OPORTUNIDADE DE INVESTIMENTO COMO MONTAR UMA OFICINA MECNICA SEBRAE/SP 1996.PESQUISA REALIZADA PELO SEBRAE/ES EM 17 EMPRESAS FILIADAS AO SINDIREPA/ASSORVES, EMAGOSTO/99.

    6% - nenhum benefcio.Principais concorrentes Concessionrias servios autorizados;

    Autopeas centros automotivos;Setor de remanufaturados.

    Origem da matria-prima Geralmente na prpria regio, atravs dedistribuidores, atacadistas e o prpriocomrcio de varejo de autopeas.

    Giro mdio de estoques O segmento no trabalha com estoqueelevado, apenas algumas peas de girorpido (aplicao imediata), pois a rede delojas de autopeas atende ao prazorequerido.

    Origem dos equipamentos 70% de origem nacional (50% de So Paulo,20% do restante do pas);30% importados atravs de representantesou distribuidores.

    Alcance geogrfico das vendas 1% outros estados;21% no estado;63% prpria cidade/regio;15% prprio bairro.

    Prazo mdio de entrega dos servios 48 horas.

    Percentual mdio de retorno 10%.Custos fixos (mdia) At R$ 5.000,00 (65% das empresas).Margem de contribuio 88,5%.Ponto de equilbrio 68,15%.ndice de endividamento 25% do faturamento.Inadimplncia do setor 25% em mdia.Mudanas significativas no mercado Acentuado desenvolvimento tecnolgico nos

    ltimos 10 anos, tem provocado umamudana radical no perfil das oficinasmecnicas tradicionais.

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