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ANÁLISE DE MERCADO E ESTUDO DE VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA PRODUTORA DE SABONETES REPELENTES PARA INSETOS Alcimar das Chagas Ribeiro (UENF) [email protected] Hans Werneck Rodrigues (UENF) [email protected] RAFAEL ALVES DE ARAUJO (UENF) [email protected] Este trabalho visou, de forma sistemática, estimar a demanda e analisar a viabilidade financeira da implantação de uma indústria produtora de repelente em forma de barra para insetos de um modo geral, mas com foco no transmissor da dengue ““Aedes aegypti”. Tal trabalho passou por uma análise de mercado para estimar o grau de aceitabilidade do novo produto e concomitantemente estimar sua demanda, após isto foram feitos estudos de cunho econômico- financeiro: quadro de investimentos, aplicação de recursos, projeção de resultados, fluxo de caixa, cálculo do payback, valor atual líquido, taxa interna de retorno, ponto de equilíbrio; a fim de embasar a tomada de decisão de executar ou não o projeto. Palavras-chaves: análise de mercado, viabilidade econômica, implantação de projetos XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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ANÁLISE DE MERCADO E ESTUDO DE

VIABILIDADE FINANCEIRA DA

IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA

PRODUTORA DE SABONETES

REPELENTES PARA INSETOS

Alcimar das Chagas Ribeiro (UENF)

[email protected]

Hans Werneck Rodrigues (UENF)

[email protected]

RAFAEL ALVES DE ARAUJO (UENF)

[email protected]

Este trabalho visou, de forma sistemática, estimar a demanda e

analisar a viabilidade financeira da implantação de uma indústria

produtora de repelente em forma de barra para insetos de um modo

geral, mas com foco no transmissor da dengue ““Aedes aegypti”. Tal

trabalho passou por uma análise de mercado para estimar o grau de

aceitabilidade do novo produto e concomitantemente estimar sua

demanda, após isto foram feitos estudos de cunho econômico-

financeiro: quadro de investimentos, aplicação de recursos, projeção

de resultados, fluxo de caixa, cálculo do payback, valor atual líquido,

taxa interna de retorno, ponto de equilíbrio; a fim de embasar a

tomada de decisão de executar ou não o projeto.

Palavras-chaves: análise de mercado, viabilidade econômica,

implantação de projetos

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

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1. Introdução

A dengue é transmitida por mosquitos e, nos últimos anos, ela se tornou um problema sério de

saúde. A dengue aparece especialmente nas áreas urbanas. Estima-se que ocorrem cerca de 50

a 100 milhões de casos de dengue todos os anos (Organização Mundial de Saúde - OMS).

Também há uma complicação conhecida como dengue hemorrágica e mais de 40 países ao

redor do mundo já tiveram epidemias.

Conforme dados da OMS (Word Health Organization), epidemias mais severas, da forma

hemorrágica da doença, têm ocorrido na Ásia, a partir da década dos anos 50, e no sul do

Pacífico, nos anos 80. Contudo, a doença não é tão recente. Ocorreu nos EUA, África do Sul e

Ásia no fim do século XIX e início do XX. Durante a epidemia que ocorreu em Cuba em 1981,

foi relatado o primeiro caso de dengue hemorrágica, fora do sudeste da Ásia e Pacífico. Este

foi considerado o evento mais importante em relação à doença nas Américas. Naquela ocasião,

foram notificados 344.203 casos clínicos de dengue, sendo 34 mil casos, 10.312 das formas

mais severas, 158 óbitos (101 em crianças). O custo estimado da epidemia foi de US$ 103

milhões (TALIBERTI & ZUCCHI, 2010, p. 178).

Consoli (1994) indica que a ausência de uma vacina preventiva e eficaz de tratamento

etiológico e quimioprofilaxia efetivos, faz com que a dengue hoje seja a principal doença re-

emergente no mundo. De acordo com o autor, o único elo vulnerável para reduzir a sua

transmissão é o mosquito Aedes aegypti, seu principal vetor. As dificuldades de combater este

mosquito, em grandes e médias cidades, são muitas. Há facilidades para sua proliferação e

limitações para reduzir seus índices de infestação, geradas pela complexidade da vida urbana

atual.

Em função das dificuldades elencadas, surgem oportunidades potenciais de intervenção

através de inovações que possam contribuir na minimização ao presente problema.

Este trabalho se insere nessa problemática estudando a viabilidade econômica da produção de

um sabonete repelente. Esta tecnologia objetiva funcionar como a arma de amplo espectro em

programas preventivos para população de baixa renda.

2. Revisão bibliográfica

2.1 Aspectos da epidemia

Os objetivos do controle da dengue devem ser estabelecidos com base nos conhecimentos

científicos e técnicos disponíveis. Para Dias (2006) já que não é possível evitar casos de

dengue em áreas infestadas pelo Aedes aegypti, deve-se prevenir epidemias de grandes

dimensões por meio do aprimoramento da vigilância epidemiológica. É possível e factível

reduzir a letalidade da doença dos níveis atuais de 5 a 6% para cerca de 1% das formas

graves. A elaboração e execução de planos estratégicos de organização da assistência aos

casos suspeitos de dengue têm mostrado tanto em outros países, como em algumas cidades

brasileiras, ser um instrumento muito útil na redução da letalidade.

As campanhas de combate a dengue, tendo em vista as características de contaminação do

vírus, objetivam informar sobre os métodos de prevenção da proliferação do seu principal

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vetor – o mosquito Aedes aegypti, sobre os sintomas da contaminação, além de mobilizar os

gestores públicos, os profissionais de saúde e de comunicação e a população em geral no

combate ao vírus.

Tauil (2002) afirma que o mosquito Aedes aegypti é um mosquito doméstico, antropofílico,

com atividade hematofágica diurna. A re-emergência do dengue está diretamente relacionada à

reinfestação do país pelo Aedes aegypti.

Segundo Teixeira (2005), outro vetor transmissor de dengue no Sudeste Asiático, existente no

Brasil desde 1986, é o aedes albopictus, até agora não encontrado naturalmente infectado no

país, mas possui uma valência ecológica bem mais ampla que o Aedes aegypti, sendo

encontrado também em ambiente silvestre, não passível, portanto de eliminação. É um vetor

secundário, uma vez que não é muito doméstico e nem muito antropofílico. Assim, mesmo que

o Aedes aegypti seja eliminado, ainda existe, de forma reduzida, o risco de transmissão de

dengue pelo aedes albopictus.

Teixeira (2005) mostra que a proliferação do mosquito nas Américas, e em particular no

Brasil, tem múltiplos condicionantes. O fluxo rural-urbano intenso nos últimos trinta anos

resultou numa concentração populacional muito elevada em médias e grandes cidades. Mais de

80% da população brasileira vive hoje em área urbana. As cidades, pressionadas por essa

demanda, não conseguiram oferecer condições satisfatórias de habitação e de saneamento

básico a uma fração importante dos seus habitantes: em torno de 20% vivem em favelas,

invasões, mocambos ou cortiços, onde, quando existem, o abastecimento de água e a coleta de

dejetos são irregulares. Além das facilidades de proliferação e disseminação do Aedes aegypti

oferecidas pelas condições atuais de vida urbana, o combate ao mosquito também apresenta

limitações.

2.2 Aspectos da modelagem de análise de projetos

Previsão de demanda

Para Viceconti & Neves (2005) a demanda de um determinado bem é dada pela quantidade

deste bem que os compradores desejam adquirir num determinado período de tempo. Para

chegar nesta quantidade leva-se em consideração uma série de variáveis como: preço do bem,

a renda do consumidor, preço de outros bens, hábitos e gosto dos consumidores. A demanda

do bem é, portanto, o resultado da ação mútua de todos estes fatores.

Sazonalidade em vendas

Segundo Wallis & Thomas (1971) a sazonalidade pode ser definida como o conjunto dos

movimentos ou flutuações com período igual ou inferior a um ano, sistemáticos, mas não

necessariamente regulares, que ocorrem numa série temporal. A sazonalidade é o resultado de

causas naturais, econômicas, sociais e institucionais. Outra característica da sazonalidade é se

ela é aditiva ou multiplicativa. No caso aditivo, a série mostra uma flutuação sazonal estável,

sem levar em consideração o nível médio da série; no caso multiplicativo, o tamanho da

flutuação sazonal varia, dependendo do nível médio da série.

Fluxo de caixa

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Fluxo de caixa é um instrumento de planejamento financeiro com objetivo de fornecer

estimativa da situação de caixa da empresa em um determinado período de tempo à frente.

Desta forma podemos dizer que o fluxo é a capacidade que a empresa tem de liquidar seus

compromissos financeiros, podendo planejar e avaliar os impactos que as transações

financeiras representam em seu caixa (SANTOS, 2001).

Custos

Ainda para Viceconti & Neves (2005) os custos da empresa são divididos em dois grandes

grupos:

Custos variáveis: são atribuíveis diretamente aos produtos e que são supostos a variar

proporcionalmente ao nível de produção num intervalo de tempo relevante;

Custos fixos: são os custos comuns à produção de vários produtos e que somente

podem ser a eles atribuídos mediante um critério de rateio. O total desses custos é

denominado custos fixos totais.

Lucro

Para melhor entender a questão do lucro, Lamberton (1965) diz que muitas são as definições

de lucro e mesmo nos escritos dos contemporâneos elas são encontradiças. Ouvem-se ainda os

ecos da identificação mercantilista do lucro com o comércio (muito criticado) e do seu uso,

ligeiramente menos amplo, na teoria da distribuição na qual ele é contrastado com os salários

e compreende, em geral, a renda dos proprietários. Como a diferença entre a renda esperada e

a realizada, o lucro, seja ele positivo ou negativo, pode ser um componente de todas as

categorias de renda. Atribui-se essa divergência de valores ex-post e ex-ante á mudança

econômica e essa mudança surge do processo de inovação, o lucro se torna a recompensa do

inovador. O lucro é um acumulador de capital, e, mesmo transmutando em diversas classes,

não se pode esquecer essa face de acumular mais e mais bens, de desenvolvimento a

recolhimento e de tornar difícil uma otimização no sistema distributivo dos lucros.

Valor presente líquido

Woiler & Mathias (1996) definem valor presente líquido (VPL) como uma vez admitida

determinada taxa de juros (também chamada taxa de desconto), o valor presente líquido,

também conhecido como valor atual líquido (VAL), ou método do valor atual, como sendo a

soma algébrica dos saldos do fluxo de caixa descontados àquela taxa para determinada data. O

valor atual líquido positivo significa que os ganhos do projeto remuneram o investimento feito

na determinada taxa de juros (ao ano) e ainda permite aumentar o valor da empresa naquele

valor.

De modo geral, VPL é a fórmula matemático-financeira capaz de determinar o valor presente

de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o custo do

investimento inicial. Basicamente, é o calculo de quanto os futuros pagamentos somados a um

custo inicial estariam valendo atualmente. Temos que considerar o conceito de valor do

dinheiro no tempo, pois o capital investido hoje não teria o mesmo valor daqui a um ano,

devido ao custo de oportunidade de se colocar, por exemplo, tal montante de dinheiro na

poupança para render juros.

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Demonstrativo de Resultados

Segundo Costa & Alves (2001) a demonstração do resultado é uma operação contábil

dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um exercício,

através do confronto das receitas, custos e resultados apurados.

A demonstração do resultado do exercício oferece uma síntese financeira dos resultados

operacionais e não operacionais de uma empresa em certo período. Embora sejam elaboradas

anualmente para fins legais de divulgação, em geral são feitas mensalmente para fins

administrativos e trimestralmente para fins fiscais.

De acordo com a legislação brasileira (Lei nº 6.404, de 17-12-1976, Lei da Sociedade por

Ações), as empresas deverão discriminar na Demonstração do Resultado do Exercício:

A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os

impostos;

A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias vendidas e serviços

prestados e o lucro bruto;

As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as

despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;

O resultado do exercício antes do Imposto de Renda e a provisão para tal imposto;

As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias,

mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de

assistências e previdência de empregados;

O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

Taxa Interna de Retorno

De acordo com Woiler & Mathias (1996) a taxa interna de retorno é a taxa de desconto que

torna nulo o valor atual líquido do investimento. A determinação da taxa interna de retorno,

no caso mais geral, envolve encontrar a raiz de uma equação de grau superior a dois. Por esse

motivo, determiná-la é uma tarefa trabalhosa. Na prática, esta determinação é feita

graficamente, ou seja, fazendo o gráfico do valor atual líquido ou por aproximações

sucessivas, isto é, determina-se um intervalo de taxas que contenha um valor atual líquido

positivo e outro negativo e fazem-se aproximações lineares sucessivas para se determinar a

taxa interna de retorno com certa aproximação.

A regra de decisão para critério de escolha é que serão escolhidos aqueles investimentos com

as maiores taxas internas de retorno, isto é, quanto maior a taxa interna de retorno melhor é o

projeto.

3. Resultados e discussões

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A Tabela 1 indica um número elevado de casos de dengue no Brasil, aproximadamente 54,4%

dos casos do país em quatro estados: Rio de Janeiro (21,6%), São Paulo (15,7%), Amazonas

(8,7%) e Ceará (8,5%).

Tabela 1 – Comparação dos casos de dengue nos anos

2010 e 2011 por região

A Figura 1 apresenta os casos de dengue entre a

Semana Epidemiológica (SE) 01 (03 a 09/01) de

2010 até a SE 39 de 2011 no Brasil, de

acordo com as regiões do país.

UF Semanas 1 a 39

2010 2011

Norte 77.542 113.638

RO 18.578 3.245

AC 25.591 18.699

AM 4.581 61.224

RR 7.298 1.196

PA 10.450 16.387

AP 2.643 2.799

TO 8.401 10.088

Nordeste 156.065 184.663

MA 4.832 10.512

PI 6.484 10.160

CE 14.492 62.497

RN 5.796 21.425

PB 5.509 12.512

PE 32.750 20.001

AL 44.492 7.605

SE 525 3.161

BA 41.185 36.791

Sudeste 466.226 343.731

MG 211.869 36.380

ES 22.325 38.376

RJ 26.512 155.771

SP(1) 205.520 113.204

Sul 40.346 34.962

PR 36.450 34.452

SC(2) 176 147

RS(2) 3.630 363

Centro Oeste 204.483 44.552

MS 62.332 7.507

MT 33.340 4.698

GO 94.030 29.331

DF 14.781 3.016

Total 944.662 721.546

Fonte: Ministério da Saúde (2011)

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Figura 1 – Casos notificados de dengue de acordo com a semana de início dos sintomas por região do Brasil,

2010 e 2011. Fonte: Ministério da Saúde (2011).

Observa-se tendência de aumento no número de casos a partir do início do ano de 2011

(SE01) em todas as regiões e uma redução sustentada a partir da SE 08 (20 a 26/02) no Norte

e SE14 (03 a 09/04) no nordeste e sudeste do país.

De acordo com este gráfico (Figura 1), percebe-se que os casos de incidência de dengue são

eventos com comportamentos sazonais.

Portanto, espera-se uma demanda de comportamento sazonal para o sabonete repelente, pois

embora seja um produto novo no mercado, não há histórico do seu consumo. Existem apenas

dados que comprovam a expansão deste setor.

Segundo os dados levantados pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal e

Cosméticos – ABIHPEC (2011) estima-se que o circulante deste ano ultrapasse 37 milhões de

reais em movimentação de repelentes no Brasil, o que indica um aumento 26% em relação ao

ano anterior.

Considerando que um quarto da população brasileira encontra-se no Nordeste, o circulante

tende a ultrapassar 8 milhões de reais para esta região. A Tabela 2 abaixo mostra uma meta

específica das vendas do produto, visando o início das atividades a partir do mês de agosto

devido às condições climáticas e de incidência de dengue ser favoráveis.

Anos Meses Vendas (unidades) Variação de vendas

Ano 0

Agosto 1700 0

Setembro 1700 0

Outubro 1785 1,05

Novembro 1874 1,05

Dezembro 2437 1,3

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Tabela 2 - Previsão de vendas para os próximos 5 anos

É importante perceber que este produto tem pico de venda nos meses entre fevereiro e abril,

pois neste período existe um aumento significativo nos casos de dengue, como demonstra o

gráfico abaixo.

Figura 2 – Sazonalidade das vendas no 1º ano

Janeiro 3289 1,35

Fevereiro 4441 1,35

Março 4441 1

Abril 3774 0,85

Maio 3020 0,8

Junho 2416 0,8

Julho 2416 1

Totais

33292 -------------------

Ano 1 44945 1,35

Ano 2 60675 1,35

Ano 3 81911 1,35

Ano 4 110580 1,35

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De acordo com a Tabela 2 foi possível estimar os custos de produção para os próximos

5 anos, com base nas vendas previstas.A receita dada foi calculada usando as vendas previstas

e o valor do produto igual a 5 reais, desta forma basta multiplicá-los, os resultado é mostrado

na Tabela 3:

Tabela 3: Estimativa de custos, receita e lucro (reais)

Para melhor demonstrar os resultados da combinação de vendas e custos, foi construído o

gráfico a seguir:

MATERIAL ESPECIFICAÇÃO CUSTO CUSTO CUSTO CUSTO CUSTO

CUSTEIO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

Serviços de

terceiros/ Pessoa

Física

Prestação de serviços

na divulgação,

marketing e mídia de

embalagens para o

produto.

20.000,00 21.000,00 22.050,00 23.152,50 24.310,13

Material de

Consumo

Reagentes, solventes e

kits de análise,

Vidrarias para síntese

(manipulação) do

sabonete repelente/

barra repelente.

80.030,00 84.031,50 88.233,08 92.644,73 97.276,97

Serviços de

terceiros/ Pessoa

Jurídica

Transporte, montagem

e aluguel de

equipamentos. 20.000,00 21.000,00 22.050,00 23.152,50 24.310,13

Material

permanente

Recipientes, mesas de

secagem, outros. 20.000,00 21.000,00 22.050,00 23.152,50 24.310,13

Equipamentos Equipamentos/

aparelhos para

produção em escala

piloto.

93.272,00 97.935,60 102.832,38 107.974,00 113.372,70

Pequenas

obras/instalações

Obras de adaptação do

espaço segundo

normas ANVISA. 20.000,00 21.000,00 22.050,00 23.152,50 24.310,13

Custo Total Anual 253.302,00 265.967,10 279.265,46 293.228,73 307.890,16

Receita Anual 166.460,00 224.721 303373,35 409554,02 552897,93

Lucro -86.842,00 -41.246,10 24.107,90 116.325,29 245.007,77

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Figura 3 – Demonstrativo de resultatdos (reais)

O gráfico esboçado pela Figura 3 mostra o ponto de equilíbrio, que consiste na igualdade de

valores entre custo e receita totais, neste ponto a empresa não possui lucro e nem prejuízo.

Na Tabela 4 são apresentados os fatores de desconto do fluxo de caixa referente à Tabela 3 e

o valor total presente.

Ano Fluxo de Caixa

Fatores de desconto

10% 15% 20% 25% 30% 45%

0 -86.842,00 0,91 0,87 0,83 0,80 0,77 0,69

1 -41.246,10 0,83 0,76 0,69 0,64 0,59 0,48

2 24.107,90 0,75 0,66 0,58 0,51 0,46 0,33

3 116.325,29 0,68 0,57 0,48 0,41 0,35 0,23

4 245.007,77 0,62 0,50 0,40 0,33 0,27 0,16

Valor Presente Líquido

R$

136.659,95

R$

97.470,10

R$

67.501,23

R$

44.403,13

R$

26.482,02

(R$

7.061,63)

Taxa Interna de

Retorno -------------------------------------------------- 38,18%

Tabela 4 – Desconto do fluxo de caixa

Baseado na Tabela 4 encontrou-se a taxa interna de retorno (TIR) de 38,18%, referente ao

negócio. Fixando-se uma taxa mínima de atratividade de 15%, pode-se dizer que o negócio

oferece bom retorno e, portanto, é viável.

A TIR foi calculada da seguinte maneira:

TIR = Taxa do menor valor atual + ((Menor valor atual positivo) / (Menor valor atual positivo

+ Valor absoluto do valor atual negativo seguinte)) x Intervalo.

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4. Conclusões

De acordo com os resultados, observa-se uma taxa interna de retorno igual a 38,18%. As

estimativas feitas enquadram-se na situação atual da economia e caso a realidade se altere, os

resultados podem ser melhores ou piores.

É importante mencionar que as dimensões projetadas para o empreendimento mostram lucros

positivos no terceiro ano de execução e que seu ponto de equilíbrio, ou seja, custos de

produção iguais as receitas, é de 55 mil unidades vendidas durante o ano, aproximadamente.

O sabonete repelente/ barra repelente não exige pessoal especializado, infra-estrutura onerosa

ou equipamentos sofisticados para promover, executar e controlar o seu uso em áreas

endêmicas.

A situação financeira projetada da empresa torna um indicador confiável do seu futuro, mas

sujeito a variações de causas imprevistas e certas variáveis (tais como caixa, contas a receber

e estoques) podem ser forçadas a assumir valores desejados.

Apesar de suas limitações, os enfoques simplificados para a elaboração de demonstrações

financeiras projetadas continuam sendo bastante usados, justamente por causa de sua relativa

simplicidade.

Esta tecnologia torna elementar o sabonete repelente como a arma de escolha de amplo

espectro em programas preventivos e para população de baixa renda. Torna-se, portanto,

aceitável e viável economicamente a idéia de implantação de uma indústria que desenvolva

atividades de produção voltada para este setor.

5. Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HIGIENE PESSOAL,

PERFUMARIA E COSMÉTICOS – ABIHPEC. Panorama do Setor 2010 – 2011.

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Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

12

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2012.

6. Anexo

É apresentado a seguir o orçamento anual detalhado, exceto para os casos de materiais e

equipamentos permanentes, os quais demandam manutenção periódica e preventiva:

MATERIAL DE CONSUMO

ITENS DISCRIMINAÇÃO UNIDADES QUANTIDADES VALOR

UNITÁRIO(R$)

VALOR

TOTAL(R$)

01 Massa base

glicerinada.

quilo 960 5,00 4800,00

02 N’,N’-Dietil meta

toluamida.

quilo 150 150,00 22.500,00

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13

03 Citral 97% P.A. litro 50 66,00 3300,00

04 Citronelal 95% P.A. litro 50 56,00 2800,00

05 Eugenol litro 20 180,00 3600,00

06 Manteiga de cacau

desodorizada.

quilo 60 30,00 1800,00

07 Óleo de amêndoa. litro 60 25,00 1500,00

08 Manteiga de karité quilo 60 23,00 1380,00

09 Aloe Vera. quilo 50 30,00 1500,00

10 Álcool de cereais litro 30 8,00 240,00

11 Vidrarias análise e

controle de qualidade

unidade 36 100,00 3600,00

12 Formas de silicone

para sabonetes de 80

gramas com 30 furos.

unidade 100 30,00 3000,00

13 Embalagens plástica

para desodorante stick

65g.

unidade 20000 1,50 30.000,00

VALOR MATERIAL DE CONSUMO TOTAL R$ 80.030,00

EQUIPAMENTOS

ITENS DISCRIMINAÇÃO UNIDADES QUANTIDADES VALOR

UNITÁRIO(R$)

VALOR

TOTAL(R$)

01 Reator em aço inox 316

com misturador e

termostato cap. 500 L

unidade 1 23.000,00 23.000,00

02 Extrusora em aço

carbono 100 mm

unidade 1 20.372,00 20.372,00

03 Prensa para sabonete unidade 1 24.100.00 24.100.00

04 Cortador para sabonete

automático

unidade 1 9800.00 9800.00

05 Envasadora e dosadora

para sabonete com pistão

com funil

unidade 1 15.000,00 15.000,00

VALOR EQUIPAMENTOS TOTAL R$ 93.272,00

MATERIAL DE PERMANENTE

ITENS DISCRIMINAÇÃO UNIDADES QUANTIDADES VALOR

UNITÁRIO

(R$)

VALOR

TOTAL(R$)

01 Cadeira executiva 4 pés unidade 8 135,00 1080,00

02 Mesa 0,96x0,60m sem

gaveta

unidade 5 136,00 680,00

03 Roupeiro vestiário 12

portas

unidade 1 781,00 781,00

04 Arquivo de aço 3 gavetas unidade 3 285,00 855,00

05 Quadro branco

0,60x0,90m

unidade 3 110,00 330,00

06 Armário de aço

1,98x1,2x0,40m porta de

correr

unidade 4 310,00 1240,00

07 Estante de aço com 8

prateleiras 2,43m alt.

unidade 6 275,00 1650,00

08 Poltrona giratória com

gomos laterais

unidade 3 256,00 768,00

09 Mesa de reunião redonda

1,50m diâmetro

unidade 2 215,00 430,00

10 Conjunto mesa em L mais

armário em MDF

unidade 2 1260,00 2520,00

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Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

14

11 Gaveteiro volante 4

gavetas em MDF

unidade 6 275,00 1650,00

12 Armário misto 2 portas

MDF

unidade 4 305,00 1220,00

13 Mesa para escritório

Delta 1,60x1,60m

unidade 1 756,00 756,00

14 Microcomputador

Pentium 512 MB

unidade 3 1200,00 3600,00

15 Impressora jato de tinta

Hp C4280

unidade 2 420,00 840,00

16 Recipiente em aço inox

(316) 200 litros

unidade 2 600,00 1200,00

17 Recipiente em aço inox

(316) 100 litros

unidade 1 400,00 400,00

VALOR MATERIAL PERMANENTE TOTAL R$ 20.000,00

SERVIÇOS DE TERCEIROS – PESSOA FÍSICA

ITEM ESPECIFICAÇÃO CUSTO TOTAL

Prestação de serviços Divulgação, marketing e mídia de embalagens para o

sabonete repelente/barra repelente. R$ 20.000,00

CUSTO TOTAL SERVIÇOS DE TERCEIROS PESSOA FÍSICA R$ 20.000,00

SERVIÇOS DE TERCEIROS - PESSOA JURÍDICA

ITEM ESPECIFICAÇÃO CUSTO TOTAL

Prestação de serviços Transporte, montagem e aluguel de equipamentos e

testes para produção e manipulação sabonete repelente/

barra repelente

R$ 20.000,00

CUSTO TOTAL SERVIÇOS DE TERCEIROS PESSOA JURÍDICA R$ 20.000,00

PEQUENAS OBRAS/INSTALAÇÕES

ITEM ESPECIFICAÇÃO CUSTO TOTAL

Pequenas

obras/instalações

Obras de adaptação/instalação no espaço físico segundo

normas de segurança da ANVISA. R$ 20.000,00

CUSTO TOTAL PEQUENAS OBRAS/INSTALAÇÕES R$ 20.000,00

Tabela 5 – Orçamento detalhado

CUSTO TOTAL DO PROJETO R$253.302,00

Tabela 6 – Custo total do projeto