análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

52
1 UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DeTec – Departamento de Tecnologia Curso de Engenharia Mecânica – Campus Panambi LÉO DIEL ANSCHAU ANÁLISE DE FUMOS DE SOLDAGEM, SISTEMAS DE PROTEÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO PARA ESTUDO DA EMISSÃO DE FUMOS DE SOLDAGEM PARA PROCESSO MIG/MAG Panambi 2010

Upload: cosmo-palasio

Post on 18-Jul-2015

331 views

Category:

Health & Medicine


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

1

UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DeTec – Departamento de Tecnologia

Curso de Engenharia Mecânica – Campus Panambi

LÉO DIEL ANSCHAU

ANÁLISE DE FUMOS DE SOLDAGEM, SISTEMAS DE PROTEÇÃO E

DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO PARA ESTUDO DA EMISSÃO DE FUMOS

DE SOLDAGEM PARA PROCESSO MIG/MAG

Panambi 2010

Page 2: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

2

LÉO DIEL ANSCHAU

ANÁLISE DE FUMOS DE SOLDAGEM, SISTEMAS DE PROTEÇÃO E

DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO PARA ESTUDO DA EMISSÃO DE FUMOS

DE SOLDAGEM PARA PROCESSO MIG/MAG

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

banca avaliadora do curso de Engenharia

Mecânica da Universidade Regional do

Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul –

UNIJUÍ, como requisito parcial para a

obtenção do título de Engenheiro Mecânico.

Banca Avaliadora: 1° Avaliador: Prof. Roger Schildt Hoffmann (M. Eng.)

2° Avaliador (Orientador): Prof. Gil Eduardo Guimarães (Dr. Eng.)

Page 3: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

3

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, que sempre está do nosso lado, nas horas boas e ruins, trazendo

conforto e tranquilidade. Também gostaria de dedicar este trabalho a minha família, pois está

conquista também é deles, que fizeram parte da minha formação pessoal e de caráter.

Aos professores que nos ensinaram não somente a teoria, mas também o bom senso, o

coleguismo, honestidade. As empresas e aos profissionais com quem tive a oportunidade de

trabalhar enquanto realizava o curso, pois possibilitaram o conhecimento prático para

formação de Engenheiro. Aos colegas e amigos que sempre nos ajudaram nos momentos de

dificuldade.

MUITO OBRIGADO!

Page 4: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

4

RESUMO

Os processos de fabricação dentro das indústrias muitas vezes geram riscos a saúde do

trabalhador. A soldagem é um destes processos, que pode afetar o desenvolvimento de

doenças ao trabalhador em longo prazo. Por isso torna-se muito importante o entendimento e

o controle destes ambientes, para que os riscos sejam minimizados. Os fumos de solda

representam um risco grave à saúde do soldador, sendo assim é de extrema importância à

utilização de sistemas e equipamentos para assegurar melhores condições de trabalho.

Atualmente existem vários equipamentos que proporcionam uma minimização dos riscos no

posto de trabalho, alguns apresentados neste trabalho. A partir do estudo dos danos a saúde

causada pelos fumos de solda desenvolveu-se um protótipo de uma capela para captação dos

fumos, que juntamente com equipamentos já existentes pode ser feita a análise da geração de

fumos e também se necessário das substâncias presentes nos fumos. Desta forma podemos

utilizar este equipamento para estudo da emissão de fumos no processo de soldagem

MIG/MAG, o mais usual na indústria. Com o estudo da geração de fumos, utilizando o

protótipo desenvolvido, pode ser realizada a avaliação de parâmetros e novos dispositivos,

como Ecoturb XOF, para o desenvolvimento e a busca por ambientes de trabalho mais

seguros a saúde do trabalhador.

Palavras-chave: Soldagem MIG/MAG, Riscos químicos, fumos de solda, captação de fumos.

Page 5: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

5

ABSTRACT

The manufacturing processes within industries often generate risks to worker health.

Welding is one of these processes, which can affect the development of disease to the worker

in the long term. Therefore it becomes very important the understanding and control of these

environments, that risks are minimized. The welding fumes are a serious risk the health of the

welder, so it is extremely important the use of systems and equipment to ensure better

working conditions. Currently there are several devices that provide a minimization of risks in

the workplace, some presented in this work. From the study of the health damage caused by

welding fumes has developed a prototype of a chapel to capture the fumes, which together

with existing equipment can be made by analysis of the generation of fumes and also if

necessary the substances present in fumes. Thus we can use this equipment to study the

emission of fumes in the process of MIG / MAG, as usual in the industry. With the study of

the generation of fume, using the prototype, can be performed to evaluate the parameters and

new devices such as Ecoturb XOF for the developments and the search for safer working

environments to workers' health.

Keywords: Welding MIG/MAG, Chemical risks, Fumes from welding, capturing fumes.

Page 6: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

6

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Soldagem por pressão ou deformação. [2] .............................................................. 12 Figura 2 – Representação esquemática do processo de soldagem por fusão. [2] ..................... 13

Figura 3 - Processo básico de soldagem MIG/MAG. [4] ......................................................... 13 Figura 4 - Ilustração de um equipamento para soldagem MIG/MAG.[4] ................................ 15

Figura 5 - Relação entre a corrente e a velocidade de fusão do metal de adição (diâmetro 1,2mm). [4] ............................................................................................................................... 16

Figura 6 – Transferência por curto circuito. [9] ....................................................................... 17 Figura 7 – Transferência globular [9] ....................................................................................... 18 Figura 8 – Transferência por aerossol. [9] ................................................................................ 18 Figura 9 – Técnica de soldagem com arco pulsado. [3] ........................................................... 19 Figura 10 - Os riscos ao organismo de acordo com o tamanho das partículas. [6] .................. 22

Figura 11 - Vestimentas para o soldador. [9] ........................................................................... 32 Figura 12 - Respirador descartável. .......................................................................................... 33 Figura 13 - Braço extrator individual acoplado diretamente a um exaustor. [14] .................... 34

Figura 14 – Sistema móvel para captação e filtragem de fumos e gases. [14] ......................... 34

Figura 15 - Exaustão de fumos com um braço extrator. [6] ..................................................... 35 Figura 16 - Esquema de sistema de centralizado de captação de fumos e gases de solda. [14] .................................................................................................................................................. 35

Figura 17 - Tocha MIG/MAG aspirada. [6] ............................................................................. 36 Figura 18 - Máscara com proteção respiratória. ....................................................................... 37 Figura 19 – Máscara com sistema de compensação automática de fluxo. ............................... 37

Figura 20 - Máscara com proteção respiratória que utiliza ar comprimido. ............................. 38

Figura 21 - Aplicação dos dispositivos. [16] ............................................................................ 41 Figura 22 - Tartílope. ................................................................................................................ 42

Figura 23 - Fonte de soldagem IMC Inversal 300. ................................................................... 43 Figura 24 - Sistema de Aquisição Portátil. ............................................................................... 43 Figura 25 - Interface gráfica do OSCILOS. ............................................................................. 44 Figura 26 - Interface gráfica do SMGSOLD. ........................................................................... 44 Figura 27 - Perspectiva da capela. ............................................................................................ 45 Figura 28 - Perspectiva da parte posterior da capela. ............................................................... 45 Figura 29 - Vista frontal da capela após montada. ................................................................... 46 Figura 30 - Perspectiva da parte posterior após a capela montada. .......................................... 46 Figura 31 - Bomba de amostragem........................................................................................... 47 Figura 32 - Cassete com filtro para amostragem. ..................................................................... 47 Figura 33 - Ciclone. .................................................................................................................. 47

Figura 34 – Esquema do conjunto para captação do fumo. ...................................................... 48

Page 7: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

7

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Aplicação recomendada de alguns gases de proteção. [4] ...................................... 17

Tabela 2 - Classificação dos principais riscos ocupacionais. [5] ............................................. 20 Tabela 3 - Valores de limite de exposição adotados. [17] ........................................................ 31 Tabela 4 - Limites para exposição de gases. [8] ....................................................................... 31 Tabela 5 – Vazões aproximadas por ponto de captação. [6] .................................................... 36

Page 8: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

8

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

MIG/MAG – Metal Inert Gas/ Metal Active Gas GMAW – Gas Metal Arc Welding TIG – Tungsten Inert Gas AWS – American Welding Society TGF – Taxa de Geração de Fumos FGR – Fume Generetion Rate Mn – Manganês Al – Alumínio Pb – Chumbo Cu – Cobre Fe – Ferro Zn – Zinco

Page 9: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

9

SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 11

1 SOLDAGEM ....................................................................................................................... 12

1.1 PROCESSO DE SOLDAGEM POR PRESSÃO ............................................................... 12

1.2 PROCESSO DE SOLDAGEM POR FUSÃO ................................................................... 12

1.3 PROCESSOS DE SOLDAGEM MIG/MAG ..................................................................... 13

1.3.1 Equipamentos .................................................................................................................. 14

1.3.2 Modo de transferência do metal ...................................................................................... 15

Transferência por curto-circuito (short arc).................................................................. 17 Transferência globular .................................................................................................. 18 Transferência por aerossol (spray) ............................................................................... 18 Transferência pulsada ................................................................................................... 19

2 RISCOS DO PROCESSO DE SOLDAGEM ...................................................................... 20

2.1 RISCOS FÍSICOS .............................................................................................................. 21

2.2 RISCOS QUÍMICOS ......................................................................................................... 21

2.2.1 Formação dos fumos ........................................................................................................ 21

2.2.2 Influência dos parâmetros de soldagem .......................................................................... 23

2.2.3 Principais danos a saúde oriundos dos processos de soldagem ....................................... 23

Pneumoconiose e disfunção pulmonar causada em operários ...................................... 24 Intoxicação de manganês .............................................................................................. 24 Febre de fumaça de solda ............................................................................................. 24 Efeitos sobre sistema nervoso ...................................................................................... 25 Efeitos sobre olhos e peles............................................................................................ 25 Efeitos sobre sistema genital ........................................................................................ 26 Efeitos em enzimas e nível de anticorpos no corpo humano ........................................ 26 Efeitos sobre órgãos internos ........................................................................................ 27 Efeitos sobre micro-elementos no corpo humano ........................................................ 27 Oftalmia Elétrica........................................................................................................... 27 Os riscos de gases venenosos ....................................................................................... 28

3 NORMAS E REGULAMENTOS ....................................................................................... 30

4 EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS PARA PROTEÇÃOS E REDUÇÃO DOS FUMOS

DE SOLDA .......................................................................................................................... 32

4.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO PARA SOLDADOR .............................................. 32

4.2 SISTEMAS DE EXAUSTÃO DE FUMOS ....................................................................... 33

4.2.1 Braços Extratores ............................................................................................................. 34

4.2.2 Tochas aspiradas .............................................................................................................. 35

4.2.3 Máscara de soldagem com proteção respiratória ............................................................. 37

4.3 DISPOSITIVO ECOTURB XOF ....................................................................................... 39

4.3.1 Poluição ........................................................................................................................... 39

Page 10: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

10

4.3.2 Conversor TV357 ............................................................................................................ 39

4.3.3 Gel Biomagnético XOF Sólido........................................................................................ 39

4.3.4 Ecoturb XOF ................................................................................................................... 40

4.3.5 Instalação do dispositivo no equipamento de solda......................................................... 40

5 DESENVOLVIMENTO DO DISPOSITIVO PARA COLETA DE FUMOS .................... 42

5.1 SISTEMAS DE CONTROLE E ANÁLISE DOS PARÂMETROS DE SOLDAGEM .... 42

5.2 PROTÓTIPO DE UMA CAPELA PARA COLETA DE FUMOS ................................... 44

5.3 COLETA DE FUMOS PARA ANÁLISE ......................................................................... 46

CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 49

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 51

Page 11: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

11

INTRODUÇÃO

Muitas das atribuições operacionais na indústria estão sujeitas a riscos ambientais

causados por agentes químicos, biológicos, físicos, mecânicos e ergonômicos. O processo de

soldagem pode ser considerado um dos mais usuais na indústria, esse por sua vez pode

apresentar vários riscos ao soldador e/ou operador. Além dos riscos que podem ser encontrado

de maneira comum, como, riscos físicos e ergonômicos, são apresentados para o soldador

riscos químicos, devido à particularidade do processo.

Estes riscos químicos, identificados no processo de soldagem como fumos e gases

provenientes do processo podem causar danos irreversíveis a saúde do soldador, dependendo

da impureza, concentração e intensidade destes gases e fumos.

A busca por ambientes mais adequados e seguros faz com que se desenvolvam ideias e

técnicas, para tornar os ambientes de trabalho mais agradáveis e menos incomodo a saúde.

Também pode ser destacada a vigência de normas regulamentadoras do Ministério do

Trabalho, que visam o comprometimento das empresas por soluções para os riscos que os

ambientes de trabalho proporcionam.

Page 12: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

12

1 SOLDAGEM

Podemos definir soldagem como processo utilizado para unir materiais por meio de

solda, onde, solda é a união localizada de metais ou não-metais, produzida pelo aquecimento

dos materiais a temperatura adequada, com ou sem a aplicação de pressão, ou pela aplicação

de pressão apenas, e com ou sem a utilização de metal de adição. [1]

Os processos de soldagem podem ser divididos em dois grupos: por pressão e por

fusão.

1.1 PROCESSO DE SOLDAGEM POR PRESSÃO

Processo de soldagem por pressão consiste em deformar as superfícies em contato

rompendo as camadas de contaminantes e permitindo a sua aproximação e a formação de

ligações químicas;

Figura 1 – Soldagem por pressão ou deformação. [2]

Fonte: Introdução dos Processos de Soldagem.

Dentro deste grupo são incluídos os processos de soldagem por ultra-som, por fricção,

por forjamento, por resistência elétrica, por difusão, por explosão, entre outros. O processo, de

soldagem por resistência a ponto, apresenta características intermediárias entre os processos

de soldagem por fusão e por deformação.

1.2 PROCESSO DE SOLDAGEM POR FUSÃO

Processo de soldagem por fusão consiste em aquecer localmente a região a ser

soldada, até a sua fusão (incluindo o metal de adição, quando empregado), destruindo as

superfícies de contato e produzindo a união pela solidificação do material fundido;

Page 13: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

13

Figura 2 – Representação esquemática do processo de soldagem por fusão. [2]

Fonte: Introdução dos Processos de Soldagem.

Este grupo abrange um grande número de processos, dentro dos quais podemos

destacar os processos Eletrodo Revestido, MIG/MAG, TIG e Arco-Submerso, que podem ser

considerados os mais usuais na indústria.

1.3 PROCESSOS DE SOLDAGEM MIG/MAG

O processo de soldagem MIG/MAG (Metal Inert Gas/Metal Active Gas), também

conhecida como GMAW (Gas Metal Arc Welding) pode ser considerado o processo mais

utilizado nas indústrias metalúrgicas.

Neste processo, um arco elétrico é estabelecido entre a peça e um consumível na forma

de arame. O arco funde continuamente o arame à medida que este é alimentado à poça de

fusão. O metal de solda é protegido da atmosfera pelo fluxo de um gás (ou mistura de gases)

inerte ou ativo. A Figura abaixo exemplifica esse processo. [3]

Figura 3 - Processo básico de soldagem MIG/MAG. [4]

Fonte: Técnica Operatória de Soldagem GMAW.

Page 14: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

14

O processo de soldagem funciona com corrente contínua (CC), normalmente com o

arame no pólo positivo. Essa configuração é conhecida como polaridade inversa. A polaridade

direta é raramente utilizada por causa da transferência deficiente do metal fundido do arame

de solda para a peça. São comumente empregadas correntes de soldagem de 50 A até mais

que 600 A e tensões de soldagem de 15 V até 32 V. Um arco elétrico auto-corrigido e estável

é obtido com o uso de uma fonte de tensão constante e com um alimentador de arame de

velocidade constante. [3]

Melhorias contínuas tornaram o processo MIG/MAG aplicável à soldagem de todos os

metais comercialmente importantes como os aços, o alumínio, aços inoxidáveis, cobre e

vários outros. Materiais com espessura acima de 0,76 mm podem ser soldados praticamente

em todas as posições. [3]

O processo proporciona varias vantagens na soldagem de materiais em alta e baixa

produção:

� A soldagem pode ser executada em todas as posições;

� Não há necessidade de remoção de escória;

� Alta taxa de deposição do metal de solda;

� Tempo total de execução de soldas, é a metade do tempo se comparada ao

processo de eletrodo revestido;

� Amanteigamentos (preenchimento) podem ser realizadas com facilidades;

� Não há perdas de pontas do eletrodo como no processo de eletrodo revestido;

� Aplicação conjunta com sistemas automatizados e/ou robotizados.

A maior sensibilidade na variação dos parâmetros do arco exige uma regulagem do

equipamento mais afinada para a execução de soldas com algumas características desejadas,

sendo assim, o conhecimento do soldador deve ser mais especifico, somando isso com um

maior custo do equipamento e a maior necessidade de manutenção, temos algumas das

limitações deste processo.

1.3.1 Equipamentos

Os equipamentos para o processo MIG/MAG são bastante simples e de fácil

entendimento do soldador. Basicamente podemos definir o uma “máquina de soldagem

MIG/MAG” em:

� Fonte de energia;

� Alimentador de arame;

Page 15: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

15

� Tocha de soldagem e acessórios;

� Cilindro de gás de proteção (ou rede de gás);

Figura 4 - Ilustração de um equipamento para soldagem MIG/MAG.[4]

Fonte: Técnica Operatória de Soldagem GMAW. Alguns equipamentos, ainda incluem sistema de refrigeração da tocha, aplicável

quando são exigidos parâmetros ou tempos de soldagem mais elevados.

1.3.2 Modo de transferência do metal

A seleção incorreta dos parâmetros de soldagem pode resultar em soldas

insatisfatórias, apresentando problemas metalúrgicos, visuais (descontinuidades de solda) e de

execução devido à instabilidade do arco. Para fugir destes problemas, é muito importante

observarmos o modo de transferência do metal, para realizarmos uma solda satisfatória.

O processo MIG/MAG apresenta quatro técnicas de transferência do metal de adição

para a poça de fusão: transferência por curto-circuito (short arc), globular, aerossol (spray arc)

e pulsado.

Para a determinação do modo de transferência vários fatores influenciam, como por

exemplo, metal de adição, gás de proteção, corrente de soldagem, tensão de soldagem,

polaridade e tipo do material a ser soldado.

A escolha do metal de adição depende das propriedades desejadas para solda, em

geral, a seleção do metal de adição é realizada com base nas especificações de normas, como

por exemplo, as da American Welding Society (AWS). O diâmetro do metal de adição é

escolhido principalmente em função da espessura do metal a ser soldado, a posição de

soldagem e outros fatores que limitam o tamanho da poça de fusão. Para cada diâmetro de

arame (metal de adição) existe uma faixa de corrente adequada a sua utilização, a qual

permite uma melhor estabilidade do processo na execução da solda. [4]

Page 16: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

16

A corrente de soldagem controla fortemente a velocidade de fusão do arame, além da

penetração, o reforço e a largura do cordão tendem a aumentar com a corrente quando as

demais variáveis são mantidas constantes, na figura 5 podemos observar. [4]

Figura 5 - Relação entre a corrente e a velocidade de fusão do metal de adição (diâmetro 1,2mm). [4]

Fonte: Técnica Operatória de Soldagem GMAW.

A tensão de soldagem afeta a aparência do cordão e juntamente com a corrente de

soldagem determinam o modo de transferência. Uma tensão maior aumenta a largura do

cordão e diminui a convexidade do mesmo. A tensão é determinada levando em

considerações fatores como posição de soldagem, diâmetro e composição do metal de adição,

espessura e tipo da junta e gás de proteção.

O tipo de gás afeta características do arco, modo de transferência do metal, formato do

cordão depositado, e no caso de alguns gases ativos, as suas características metalúrgicas.

Assim como para a tensão, corrente e metal de adição, a escolha de um gás adequado vai

desde as características do metal base, junta e posição de soldagem e também podemos citar

neste caso, o custo. A tabela 1 mostra os principais gases e misturas e suas aplicações.

Page 17: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

17

Tabela 1 - Aplicação recomendada de alguns gases de proteção. [4] Fonte: Técnica Operatória de Soldagem GMAW.

Gás de

Proteção

Característica

s do processo

Diâmetro do

eletrodo (mm) Metais soldáveis

Espessura

(mm)

Posição de

soldagem

Argônio

Glob. 1,0 – 4,0 Metais não

ferrosos.

(Al, Mg, Cu, Ni,...)

3 – 10 Plana

Aeros. 0,8 – 1,6 3 – 40 Todas, princ. plana

CP 0,8 – 2,0 1,5 – 40 Todas

CO2, CO2-O2

Curto 0,5 – 1,4 Aço carbono

0,5 – 5 Todas

Glob. 1,6 – 4,0 4 – 10 Plana

Ar-(1-5)%O 2

Aeros. 0,7 – 1,2 Aços carbono,

baixa, média e alta

liga, inoxidáveis

1 – 50 Todas

1,6 – 4,0 5 – 50 Plana

CP 0,7 – 2,0 1 – 50 Todas

Ar-(20-

25)%CO2

Curto 0,5 – 1,4 Aços carbono,

baixa, média e alta

liga, inoxidáveis

0,8 – 50 Todas

Glob. 1,6 – 4,0 3 – 50 Plana

Aeros. 0,8 – 4,6 2 – 50 Plana

CP 0,8 – 1,6 1 – 50 Todas

Obs.: CP – Corrente pulsada.

Transferência por curto-circuito (short arc) No modo de transferência por curto-circuito é utilizado metais de adição de diâmetro

na faixa de 0,8 a 1,2mm, e aplicados pequenos comprimentos de arco (baixas tensões) e

baixas correntes de soldagem, assim temos uma pequena poça de fusão.

Esta técnica é aplicada na soldagem de materiais de pequenas espessuras em qualquer

posição de soldagem, ou materiais de grande espessura nas posições verticais e sobre-cabeça,

também pode ser aplicada quando seja o mínimo de distorção na peça. [3]

O metal é transferido do arame à poça de fusão apenas quando há contato entre os

dois, ou a cada curto circuito. Transfere-se aproximadamente 70 gotas por segundo com uma

faixa de regulagem para tensão de até 20V [9]. A figura 6 demonstra a transferência durante

um período.

Figura 6 – Transferência por curto circuito. [9]

Fonte: Apostila de Processo de Soldagem MIG/MAG – SENAI.

Page 18: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

18

Transferência globular Quando a corrente e a tensão de soldagem são aumentadas (acima dos 20V) do

recomendado para a soldagem por curto-circuito, a transferência de metal começará tomar um

aspecto diferente. Essa técnica de soldagem é comumente conhecida como transferência

globular, na qual o metal fundido têm diâmetro maior que o do próprio arame. Esse modo

de transferência pode ser errático, com respingos e curtos-circuitos ocasionais [3]. A figura 7

demonstra a transferência globular por um período.

Figura 7 – Transferência globular [9]

Fonte: Apostila de Processo de Soldagem MIG/MAG – SENAI.

Transferência por aerossol (spray) Aumentando a corrente e a tensão de soldagem ainda mais (acima dos 25V), a

transferência de metal torna-se um verdadeiro arco em aerossol. O metal transfere-se na forma

de gotas finas, aproximadamente de 100 a 300 gotas por segundo.

Esta forma de transferência ocorre quando utilizado gás de proteção rico em Argônio.

Ela é muito estável e livre de respingos, porém a necessidade de correntes elevadas torna

difícil, ou impossível a sua aplicação na soldagem na posição que não seja a plana e peças de

pequena espessura, pois como temos corrente elevada teremos excesso de penetração. [9]

A transferência por pulverização só se produz sob argônio ou mistura de gases rica em

argônio, aproximadamente 90%. A figura 8 demonstra transferência por aerossol.

Figura 8 – Transferência por aerossol. [9]

Fonte: Apostila de Processo de Soldagem MIG/MAG – SENAI.

Page 19: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

19

Transferência pulsada A transferência pulsada é conseguida com a utilização de fontes especiais que impõem

uma forma especial a corrente de soldagem, caracterizada por pulsos periódicos de alta

corrente, esta pulsação permite uma transferência spray com valores médios de corrente

inferiores aos valores nos quais esta forma de transferência ocorre normalmente. Desta forma,

com valores baixos de corrente, permite a sua aplicação na soldagem de juntas de pequenas

espessuras e também fora de posições planas. [1]

Figura 9 – Técnica de soldagem com arco pulsado. [3]

Fonte: Apostila de Soldagem MIG/MAG – ESAB.

Page 20: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

20

2 RISCOS DO PROCESSO DE SOLDAGEM

Para podermos classificar os riscos que cercam o processo de soldagem, vamos

primeiro entender os riscos ambientais, que são divididos em cinco grupos, onde podemos

classificar os principais riscos ocupacionais de acordo com sua natureza e padronização de

cores.

Tabela 2 - Classificação dos principais riscos ocupacionais. [5] Fonte: CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.

Grupo 1 Verde

Grupo 2 Vermelho

Grupo 3 Marrom

Grupo 4 Amarelo

Grupo 5 Azul

Riscos Físicos

Riscos Químicos

Riscos Biológicos

Riscos Ergonômicos

Riscos de Acidente

Ruído

Vibrações

Calor

Frio

Umidade

Radiações não-ionizantes

Radiações ionizantes

Pressões anormais

Poeiras

Fumos

Névoas

Neblina

Gases

Vapores

Produtos químicos em geral

Vírus

Bactérias

Protozoários

Fungos

Parasitas

Bacilos

Esforço físico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigências de posturas inadequadas

Controle rígido de produtividade

Imposição de ritmos excessivos

Trabalhos em turnos e trabalho noturno

Jornada de trabalho prolongadas

Monotonia e repetitividade

Outras situações causadoras de estresse físico e/ou psíquico

Arranjo físico inadequado

Máquinas e equipamentos sem proteção

Ferramentas inadequadas ou defeituosas

Iluminação inadequada

Eletricidade

Probabilidade de incêndio ou explosão

Armazenamento inadequado

Animais peçonhentos

Outras situações de riscos que poderão contribuir para ocorrência de acidentes

No processo de soldagem podemos destacar que, os riscos físicos e químicos estão

presentes com maior intensidade, devido a características do próprio processo. O soldador

está sujeito a radiações não-ionizantes e ruídos (riscos físicos), fumos e gases (riscos

químicos). Os outros riscos também podem ser encontrados, dependendo das condições do

local de trabalho para a execução do processo.

Page 21: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

21

2.1 RISCOS FÍSICOS

O ruído é um dos problemas mais graves em termos de saúde ocupacional. Se

ficarmos de expostos permanentemente a fontes de ruído no ambiente de trabalho, teremos

dificuldades para se concentrarmos em nossas atividades, assim como sofrer danos

irreversíveis a nossa saúde: aumento do ritmo cardíaco, constrição (fechamento) dos vasos

sanguíneos periféricos, aceleração do ritmo respiratório, cansaço, irritação, insônia, dor de

cabeça, redução da audição (surdez temporária, surdez definitiva e trauma acústico). No

processo de soldagem o ruído é gerado principalmente pelas fontes de soldagem e também

durante a execução do processo (execução da solda).

Radiações não-ionizantes em geral provocam riscos de queimadura, em maior ou

menor grau, e de lesões oculares distintas (conjuntivite, inflamação na córnea e catarata). São

exemplos de exposição a radiações não-ionizantes: processos de soldagem, trabalhos com

radiofreqüência e microondas, trabalhos com laser na medicina e em telecomunicações. [5]

2.2 RISCOS QUÍMICOS

Riscos químicos são substâncias constituídas por matéria que estão presentes no ar na

forma de moléculas individuais ou em grupos de moléculas unidas. As vias de entrada destes

contaminantes no corpo humano são via respiratória, a via dérmica ou cutânea (pele) a via

digestiva e a via parenteral (através de feridas). No processo de soldagem o principal risco,

causador de problemas a saúde são os aerodispersóides (poeiras e fumos metálicos). Os fumos

metálicos proveniente da utilização de processos de soldagem de metais como, ligas de aço,

alumínio, chumbo, o manganês, o aço inoxidável, ferro, etc., causam doenças pulmonares

obstrutivas crônicas, febre e intoxicação. [6]

2.2.1 Formação dos fumos

A quantidade de fumos gerados varia de acordo com o processo de solda utilizado.

Para se ter uma idéia, um soldador é capaz de produzir de 20 a 40g por hora de fumos, ou

seja, 35 a 70 kg por ano. Fumos gerados nos processos eletrodo revestidos e arame tubular

apresentam alta proporção dos metais devido ao revestimento dos eletrodos e do fluxo dos

arames consumíveis, muito pouco é gerado pelo metal de adição propriamente dito. Já os

fumos gerados pelo processo MIG/MAG contêm alta concentração dos metais que estão

sendo depositados.

Page 22: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

22

Podemos perceber que os processos de soldagem pelo principio de fusão são os que

mais geram fumos, devido ao fator característico, a fusão existente entre os materiais a serem

soldados e os metais de adição, quando empregado.

O intenso calor do arco elétrico vaporiza os componentes do eletrodo consumível e,

em menor proporção, da poça de fusão. A coluna de ar aquecida que se eleva da área de solda

carrega vapores metálicos que se resfriam e se combinam com o ar formando óxidos

metálicos na forma de um particulado (fumos) de baixíssimas dimensões. Desta forma

podemos definir que fumos são partículas sólidas produzidas por condensação de vapores

metálicos.

O tamanho das partículas (0.01-1µm) influencia a toxidade dos fumos, quanto menor a

partícula, maior o perigo. O diâmetro das partículas dos fumos de solda em seu ponto de

emissão varia entre a abaixo 0.01 a acima de 0.1µm. Estas partículas estão aglomeradas

quando atingem a zona de respiração do soldador, gerando partículas de fumos de 1-2µm. O

tamanho das partículas é importante porque determina o quanto o sistema respiratório é

afetado. Partículas maiores que 5µm são depositadas no trato respiratório superior. Partículas

entre 0.1 – 5µm, que incluem os fumos de solda, penetram na parte interna dos pulmões (os

alvéolos) e ficam lá depositadas.

Figura 10 - Os riscos ao organismo de acordo com o tamanho das partículas. [6]

Fonte: Riscos e soluções para os fumos de solda.

Page 23: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

23

Aproximadamente 90% dos fumos são originários dos consumíveis, enquanto que o

metal de base contribui muito pouco em sua formação. Os fumos apresentam todos os

elementos presentes no consumível, mas em proporções diferentes. Substâncias mais voláteis

têm maior concentração nos fumos do que nos consumíveis e o oposto é válido para

substâncias com maior ponto de fusão. No caso de metal base revestido (galvanizado,

zincado, fosfatizado, pintado, etc.) o maior contribuinte para a formação dos fumos será o

revestimento. Além da geração de fumos a também há geração de gases, os mais comumente

gerados são o dióxido de carbono e o ozônio, além de vários outros. [6]

2.2.2 Influência dos parâmetros de soldagem

A realização de estudos sobre a taxa de geração de fumos (TGF, referencia em inglês

como, FGR – Fume Generation Rate) no processo MIG/MAG é complexa e influenciada por

uma serie de variáveis, dificultando a realização de uma análise comparativa entre os

resultados disponíveis, inclusive propor modelos teóricos que expliquem o aumento da TGF.

Vários autores defendem metodologias diferentes do aumento da TGF, sendo a de

Castner e Jenkins (2000, apud GARCIA, 2010, p. 104) a mais relevante, onde definem que o

modo de transferência metálica influencia na taxa de geração de fumos. As transferências por

curto-circuito e spray produzem menores níveis de fumos do que a transferência globular, em

função das gotas menores possuírem uma menor área superficial e, portanto, absorvem uma

menor quantidade de calor do que gotas grandes (globular), sendo assim, podemos concluir

que a tensão é uma das variáveis essenciais na geração de fumos, onde o aumento da tensão,

gera um aumento da velocidade do fluxo de plasma, aumentando a TGF.

A composição do gás de proteção, também é considerada um fator relevante na

geração de fumos. No caso de utilização de 100% CO2 a geração de fumos é superior que

quando utilizado misturas com Argônio, em função da diferença de potencial de oxidação dos

gases. [11]

2.2.3 Principais danos a saúde oriundos dos processos de soldagem

Vários são os riscos causados pelo processo de soldagem, mais especificamente os

fumos. A seguir, está descrito algumas das doenças e efeitos ocasionadas pelos fumos de

solda.

Page 24: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

24

Pneumoconiose e disfunção pulmonar causada em operários Geralmente, a doença de pneumoconiose ocorre em ambiente de trabalho sufocado e

com falta de ventilação, a idade média de incidência da doença é aproximadamente 18 anos.

Teste da Função de Ventilação Pulmonária aponta que a fumaça de solda pode causar certo

grau de dano na função pulmonar. Ao mesmo tempo, o hábito do fumo e a exposição à

fumaça de solda podem causar efeito sinérgico na função pulmonar dos operários de solda, o

dano na função pulmonar agrava com o avanço da idade no trabalho em relação a tempo de

exposição à fumaça de solda. [7]

Intoxicação de manganês Metais de base e metais de adição contêm certo grau de manganês. Geralmente, a

proporção de manganês (Mn) é bem baixa, aproximadamente 0,3% a 0,6%. Porém, para

aumentar a resistência mecânica, resistência ao desgaste e a corrosão, a proporção de

manganês pode aumentar até 23%. A exposição à fumaça de manganês por longo período em

ambiente com falta de ventilação, no caso de ambientes fechados, pode resultar em

manganismo, que pode ser diagnosticado pelo aumento de proporção de manganês em soro

sanguíneo e na urina, ao mesmo tempo o paciente pode apresentar disfunção no

comportamento do nervo. Além do mais, a concentração de manganês nos cabelos também

serve como parâmetro de diagnose na fase inicial de manganismo.[7]

Febre de fumaça de solda A febre de fumaça de solda, também chamada “febre de soldador”, é uma doença

sistêmica com sintomas de febre súbita e aumento de glóbulos brancos, que pertence ao tipo

de febre de fumaça de metal, cuja causa da doença é devido à inalação de óxido de metal. Ao

se expor a fumaça de óxido de metal, o efeito da doença manifesta-se 6 a12 horas depois, com

sintomas de vertigem, sensação de fraqueza, sensação de aperto no peito, dispneia e dores nos

músculos e juntas. Depois disso, o paciente tem febre e leucocitose, em casos mais graves,

sente frio e treme. [7]

Page 25: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

25

Efeitos sobre sistema nervoso Vários estudos apontam que processo de solda está ligado com danos no sistema

nervoso causado por contato ocupacional, que afeta as funções humanas de processamento de

informações, tais como recordação, análise, posicionamento e outras, manifestando em

disfunções neurofisiológica, neuropsicológica e neuro-etológica. Isso está intimamente

relacionado com manganês, alumínio (Al) e chumbo (Pb) contidos em fumaça de solda.

Testes realizados por instituições de pesquisas médicas demonstram que o total de nota sobre

função de comportamento está em proporção inversa com a concentração de manganês na

urina, ou seja, a mutação em função neuro-etológica pode servir como um dos parâmetros na

fase inicial de diagnose em prevenção de manganismo. Segundo os estudos realizados, a nota

total de comportamento do grupo de soldadores foi relatada mais alta que o grupo de

comparação. Na opinião do autor, isso pode ser resultado de efeitos dos estados físicos dos

soldadores e efeitos de treinamentos nas técnicas relacionadas a trabalho. No entanto, também

foi relatado o efeito de soldagem nas funções reguladoras de nervo parassimpático de

soldadores. Ademais, a idade de caso de síndrome de Parkinson no grupo de soldadores é

menor que o grupo de comparação (46 anos na média do grupo de soldadores, 63 anos na

média do grupo de comparação), isso indica que soldagem é um dos riscos de Síndrome de

Parkinson. [7]

Efeitos sobre olhos e peles Ferimentos de raios de ultravioleta e infravermelho nos olhos e pele fazem parte de

ferimentos ocupacionais durante a solda. Frequentemente, há relatos sobre o aumento de

sintomas de doença oftalmológica entre soldadores, que se manifestam por oftalmia elétrica,

blefaritis crônica, conjuntivite, catarata, etc., especialmente blefaritis crônica e conjuntivite,

cujas incidências aumentam cada vez mais conforme o avanço de idade no trabalho. Ao se

expor excessivamente ao raio ultravioleta, o soldador está susceptível a fotoqueratite.

Segundo um estudo recém realizado no exterior, a exposição excessiva a raios ultravioleta

aumenta o risco de câncer cutâneo não melanoma e outras doenças crônicas, das quais,

melanoma maligno ocular e etc. [7]

Page 26: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

26

Efeitos sobre sistema genital Devido ao fato dos resultados de toxicidade reprodutiva ocupar um grande papel, uma

série de estudos sobre toxicidade reprodutiva no processo de solda foi realizada no campo

internacional de medicina nos últimos 10 anos, seu foco principal está mais voltado para

qualidade de sêmen de soldador, resultados reprodutivos de soldadoras e mecanismos

relativos. Os estudos apontam que as morbidades, tais como, aumento em volume menstrual,

encurtamento de círculo menstrual, prolongamento de hemorragia menstrual, aumento de

leucorrhea, aborto espontâneo, nascimento prematuro e menalgia entre as soldadoras são mais

elevadas que o grupo de comparação. Entre os soldadores masculinos que sofrem de

manganismo, seu sêmen apresenta uma cor uniforme cinza, com valor de pH normal,

enquanto o tempo médio da liquefação de sêmen é mais longo que o do grupo de comparação.

Os resultados de análise indicam que os soldadores masculinos que sofrem de manganismo

têm índices de volume médio de sêmen por cada ejaculação, número total de esperma, taxa de

esperma sobrevivente e taxa de espermas móveis reduzidos em comparação com os do grupo

semelhante, enquanto a taxa de aberração de esperma é evidentemente mais alta no grupo de

soldadores. Isso conclui que manganês pode afetar o sistema espermatogênico dos soldadores

masculinos por interferir diretamente no processo de amadurecimento do espermatozóide,

matando espermatozóides e causando mutação na qualidade de sêmen por consequência. No

campo de medicina, também foram relatados casos de desordem em segregação de hormônio

sexual e decadência da qualidade de sêmen, contudo, isso não afetará a proporção de

nascimento de sexo masculino ou feminino dos filhos dos soldadores. [7]

Efeitos em enzimas e nível de anticorpos no corpo humano Nos anos recentes, tem havido muitas reportagens de estudo que indicam o efeito da

soldagem sobre enzimas e nível de anticorpos nos corpos de soldadores. Nesses estudos

indicam que o total de superóxido dismutase (T-SOD) e glutationa peroxidase (GSH-Px) no

soro sanguíneo está evidentemente reduzindo, enquanto o nível de malodialdéide (MDA)

aumenta evidentemente, porem não há relação de dosagem-efeito entre eles. Sob o estado de

estresse oxidativo, demonstra baixo desempenho na capacidade antioxidante dos soldadores,

que por outro lado indica danos nas biomembranas. [7]

Page 27: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

27

Efeitos sobre órgãos internos Foi utilizado exame ultra-sônico do Tipo-B para descobrir os efeitos de solda sobre

fígado e baço de soldadores. No modo geral, o resultado mostra que o comprimento e a

grossura do lóbulo do fígado esquerdo, diâmetro oblíquo do lóbulo do fígado direito e a

grossura de baço são maiores que o grupo de comparação, com uma diferença estaticamente

significante. A solda elétrica causa certo grau de danos em fígado e baço de soldadores de

forma que os danos aumentam cada vez mais conforme os anos de serviço. Além disso, o

risco de tumor endócrino pancreático é evidentemente maior que no grupo normal. [7]

Efeitos sobre micro-elementos no corpo humano No estudo realizado pela espectroscopia de emissão ótica com plasma para detectar os

elementos de Mn, Cu, Zn, Fe e Pb no soro sanguíneo de soldadores, o resultado mostra que os

volumes de Mn e Fe no soro sanguíneo do grupo de soldadores são obviamente mais altos que

o grupo de comparação (P<0,01). O volume de Cu no soro sanguíneo é um pouco mais alto

(porém não há significação estatística) em comparação com o grupo normal (P>0,05).

Enquanto que Zn e Pb são evidentemente menos que o grupo normal (P<0,01). Baseado na

análise de faixa de idade e anos de serviço do grupo de soldadores, não há significação

estatística sobre a diferença de micro-elementos no soro sanguíneo de cada grupo. Conclusão:

inalação excessiva de fumaça de manganês pode resultar na alteração dos 5 micro elementos

(Mn, Cu, Zn, Fe e Pb) no corpo humano e conseqüentemente causam desequilíbrio de micro

elementos e manganismo. Foi relatado também que o teor de Mn em células de sangue

vermelha em soldadores femininos é mais elevado que soldadores masculinos, e o teor de Cu

e Zn está relacionado positivamente com Mn. [7]

Oftalmia Elétrica Algumas pessoas passaram a ter dor aguda, dacryrrhea e não conseguem abrir seus

olhos a noite, devido à exposição a solda elétrica durante o dia. Isso é diagnosticado como

oftalmia elétrica.

As iluminações de solda elétrica e solda com gás, radiador de ultravioleta, reflexão de

raio solar nas praias, planaltos e montanhas cobertas por gelo podem gerar grande quantidade

de raios ultravioletas que causam oftalmia elétrica, a qual soldadores são especialmente

Page 28: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

28

suscetíveis. Os sintomas de oftalmia elétrica são: dores nos olhos, acompanhado com

fotofobia, visão borrada, dificuldade em abrir os olhos como se tiverem areias nos olhos,

devido a ferimento no epitélio córneo após 2 a12 horas ao expor os raios ultravioletas. Podem

ser observados no exame ótico os sintomas, tais como hiperemia nas pálpebras, viral

conjuntivites, congestão em conjuntiva bulbar e apoptose em epitélio córneo. Apesar de que o

sintoma de oftalmia elétrica comece subitamente, seu prognose é positivo. No momento de

acontecimento, o paciente pode aplicar solução anestésica típica por 1~2 vezes. Isso pode

melhorar de forma rápida a situação de oftalmia, ao mesmo tempo deve usar gota

antiinflamatória para proteger os olhos de infecção. Conforme a recuperação da conjuntiva e

epitélio córneo, o paciente pode ser sarado em 2 a 5 dias.

Para prevenir de oftalmia elétrica, soldadores devem realizar soldagem com máscaras

protetoras. Além do mais, os raios ultravioletas oriundos da reflexão solar de planalto, deserto

ou terra coberta de neve também podem causar oftalmia elétrica nos olhos, por isso, as

pessoas devem usar óculos protetores quando presentes nesses ambientes. Os riscos

ocupacionais principais nas soldagens específicas são oriundos de poeiras, gases venenosos,

temperatura alta, raios de arco e campo eletromagnético de alta freqüência, etc. Hoje em dia,

devido a desenvolvimento súbito na área de economia social, quase todos os campos

industriais estão ligados com processo de soldagem, aumentando cada vez mais o número de

soldadores no mercado de trabalho, por conseguinte, sobressaem cada dia mais problemas

relacionados ao risco ocupacional em processo de soldagem. [7]

Os riscos de gases venenosos Com alta temperatura e forte radiação ultravioleta, gera-se uma grande quantidade de

gases venenosos ao redor da área do arco, dos quais monóxido de carbono, óxido de

nitrogênio, etc.

Ozônio é um gás incolor e danoso com um cheiro especialmente irritante, que causa

um efeito fortemente irritante nas membranas de vias respiratórias e pulmões. A inalação de

baixa-concentração (0,4mg/m³) deste durante curto tempo pode causar tosse, sensação seca

em garganta, sensação de aperto no peito, perda de apetite, fraqueza, etc. A inalação de baixa

– concentração deste gás durante longo tempo pode causar bronquite, enfisema e cirrose

pulmonar.

Monóxido de carbono é um gás não irritante, incolor e inodoro, que pode ser integrado

facilmente com a hemoglobina, que carrega oxigênio na circulação sangüínea do corpo

Page 29: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

29

humano. Porém, uma vez integrado, o monóxido de carbono será dificilmente separado da

hemoglobina. Por isso, quando uma grande quantidade de hemoglobina estiver integrada com

monóxido de carbono, o oxigênio perde sua vez de integrar–se com a hemoglobina. Isso

resulta em necrose em tecido do corpo humano devido a hipóxia causada por impedimento de

metabolismo e circulação de oxigênio.

Óxido de nitrogênio é um gás venenoso com cheiro irritante. Dióxido de nitrogênio é o

gás mais acessível entre todos os óxidos de nitrogênio, possui odor malcheiroso e coloração

marrom avermelhado Uma vez inalado, este entra no alvéolo pulmonar através da via

respiratória superior e progressivamente interage com água, formando ácido nítrico e ácido

nitroso. Tais ácidos podem irritar fortemente e corroer o tecido pulmonar, causando

pneumonedema. [7]

Page 30: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

30

3 NORMAS E REGULAMENTOS

A importância da saúde dos trabalhadores faz com que muitos países adotem normas e

regulamentos para a proteção dos trabalhadores expostos a riscos ocupacionais.

No Brasil temos as Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho, a qual

NR 9 classifica os riscos ambientes existentes em um ambiente de trabalho, a NR15

determina limites de tolerância a maioria das substâncias tóxicas presentes nos fumos de

solda, para riscos químicos e a NR6 que estabelece e define os tipos de EPI’s (Equipamentos

de Proteção Individual).

Atividades ou operações que podem causar danos a saúde do trabalhador, também são

chamados de insalubres.

Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins da NR15, a concentração ou

intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao

agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes

químicos, a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de

tolerância. Quando o ambiente de trabalho apresentar limites acima do especificado pela

norma, a empresa deve tomar medidas de forma geral para a conservação do ambiente de

trabalho dentro dos limites de tolerâncias.

Estes ambientes insalubres muitas vezes encontram-se dentro dos limites devido à

ventilação natural, onde está ventilação não for capaz de atender estes limites, faz-se

necessário o emprego de dispositivos para a adequação, tais dispositivos podem ser de forma

coletiva e individual.

Os limites determinados pela NR 15 são praticamente os mesmos estabelecidos pela

norma americana ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists),

sendo que para os fumos de solda são estabelecido limites por elemento que compõem a

amostragem. A tabela 3 apresenta os limites para os principais elementos e a tabela 4

apresenta limites à exposição de dois dos gases gerados no processo de soldagem.

Page 31: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

31

Tabela 3 - Valores de limite de exposição adotados. [17] Fonte: Limites de Exposição (TLVs) para Substâncias Químicas e Agentes Físicos.

Substância Limite de Exposição

(TWA) Peso Mol. Efeito Crítico

Chumbo elementar e compostos inorgânicos com chumbo

0,05mg/m³ 207,20 Sistema Nervoso Central

(SNC), sangue, rins, reprodutivo.

Cobre Fumos Poeiras e névoas

0,2mg/m³ 1mg/m³

63,55 Irritação, febre dos fumos metálicos.

Ferro, óxido, poeira e fumos (Fe2O3)

5mg/m³ 159,70 Pneumoconiose.

Manganês 0,2mg/m³ 54,94 SNC (manganismo),

pulmões.

TWA (Time Weighted Average) – Limite de exposição, média ponderada – é a

concentração média ponderada pelo tempo para uma jornada normal de 8 horas diárias e 40

horas semanais, para qual a maioria dos trabalhadores pode estar repetidamente exposto, dia

após dia, sem sofrer adversos a sua saúde.

Tabela 4 - Limites para exposição de gases. [8] Fonte: NR 15

Agente Químico Limite de Tolerância

(até 48 horas/semana)

Dióxido de Carbono 7020 mg/m³

Dióxido de Nitrogênio 7 mg/m³

Monóxido de Carbono 43 mg/m³

Ozona (Ozônio) 0,16 mg/m³

Page 32: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

32

4 EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS PARA PROTEÇÃOS E REDUÇÃO DOS

FUMOS DE SOLDA

4.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO PARA SOLDADOR

Conhecido os vários riscos do processo de soldagem, temos a NR6 [13] que determina

a utilização de alguns EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual). A figura abaixo ilustra

esses equipamentos.

Figura 11 - Vestimentas para o soldador. [9]

Fonte: Apostila de Processo de Soldagem MIG/MAG – SENAI.

1- Mascara de solda; 2- Gola de raspa de couro; 3- Mangas de raspa de couro; 4- Luvas de raspa de couro; 5- Avental de raspa de couro; 6- Polainas de couro; 7- Sapatos de segurança; 8- Óculos de proteção; 9- Touca de proteção;

Page 33: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

33

Além dos dispositivos descritos acima, o soldador deve utilizar uma mascara

respiratória, a fim de evitar a respiração dos fumos provenientes do processo.

Figura 12 - Respirador descartável.

Fonte: http://segurancaesaudedotrabalho.blogspot.com/2010/08/d-epi-para-protecao-respiratoria.html

4.2 SISTEMAS DE EXAUSTÃO DE FUMOS

Como citado anteriormente, quando o nível de fumos de solda estiver acima do limite

de tolerância, deve ser adotada alguma pratica para conservação do ambiente em níveis

aceitáveis.

Sistemas de exaustão, ventilação e filtragem são formas de coleta dos fumos antes que

eles atinjam o sistema respiratório do soldador. Sistemas deste tipo também não são

econômicos, pois demandam a movimentação de grandes volumes de ar com consequente

consumo elevado de energia.

Em todos os locais onde a exaustão localizada é viável, está provado que seu resultado

é muito superior em termos de captação dos fumos de solda ou outros particulados em

suspensão. Usando-se este método, o risco dos soldadores estarem sujeitos a altas

concentrações dos perigosos fumos de solda, é bastante reduzido.

Esses sistemas de exaustão permitem a captação dos fumos antes que chegam a via

respiratória dos soldadores. Outro fato importante e citar que não somente o soldador está

sendo protegido, pois havendo a exaustão destes fumos, com certeza os demais ambientes

estarão livres destes fumos. [6]

Page 34: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

34

4.2.1 Braços Extratores

Os braços extratores de fumos são equipamentos muito utilizados, devido sua

praticidade. Estes equipamentos podem ser utilizados como unidade individual, acoplada

diretamente no exaustor, ou em sistemas de exaustão centralizada, onde são acoplados vários

braços.

Figura 13 - Braço extrator individual acoplado diretamente a um exaustor. [14] Fonte: Seleção de equipamentos para captação de fumos e gases de soldagem.

Figura 14 – Sistema móvel para captação e filtragem de fumos e gases. [14]

Fonte: Seleção de equipamentos para captação de fumos e gases de soldagem.

Page 35: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

35

Figura 15 - Exaustão de fumos com um braço extrator. [6]

Fonte: Riscos e soluções para os fumos de solda. Sistema de exaustão centralizado é mais usual em presas que utilizam mais

intensivamente o processo de soldagem, ou seja, uma linha de processo de soldagem. Estes

sistemas podem ser concebidos de duas formas: uma tubulação central atendendo toda a

fabrica ou sistemas menores para cada célula de produção. Sistemas centralizados trabalham

com uma vazão superestimada que encarece o investimento e aumenta consideravelmente os

custos de operação. [14]

Figura 16 - Esquema de sistema de centralizado de captação de fumos e gases de solda. [14]

Fonte: Seleção de equipamentos para captação de fumos e gases de soldagem 4.2.2 Tochas aspiradas

As chamadas tochas MIG/MAG aspiradas possuem um sistema de mangueiras

flexíveis e terminais integrados ao corpo do produto. Permitem que o soldador execute o

trabalho tendo sempre a exaustão presente facilitando a execução de soldas longas ou o

movimento amplo e rápido, sem necessidade de ajuste da posição do captor. A eficiência de

captação esperada é de 70% a 98% dependendo dos parâmetros de soldagem, em especial da

Page 36: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

36

posição. As tochas aspiradas são o método ideal de exaustão de fumos em processos

robotizados.

Figura 17 - Tocha MIG/MAG aspirada. [6]

Fonte: Riscos e soluções para os fumos de solda.

Para a aplicação destes sistemas devem-se ter alguns cuidados, pois a velocidade de

extração (do exaustor) não deve interferir no fluxo do gás de proteção, no caso de processos

como MIG/MAG e TIG. Desta forma podemos definir sistemas de captação de baixa e alta

pressão.

� Baixa pressão: ou seja, baixa velocidade de extração é usada para

exaustão de fumos, gases e poeiras em suspensão. A exaustão é realizada por

braços extratores, bocais especiais, coifas sobre equipamentos e fechamentos

em geral. [6]

� Alta pressão: é utilizada em aplicações onde a extração pode ser

realizada muito próxima ao ponto de emissão como em tochas MIG/MAG

aspiradas por exemplo. Aplicações em limpeza pesada de resíduos pesados e

em limpeza geral são muito comuns também. [6]

Tabela 5 – Vazões aproximadas por ponto de captação. [6]

Fonte: Riscos e soluções para os fumos de solda.

Baixa Pressão Alta Pressão

Vazão de ar, m³/h 600 - 1800 150 - 250

Velocidade de remoção, m/s 0,5 – 5 15 - 18

Velocidade de transporte, m/s 6 – 14 18 – 25

Page 37: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

37

4.2.3 Máscara de soldagem com proteção respiratória

Podemos encontrar vários tipos de máscara de solda com proteção respiratória, desde

as mais simples, com apenas filtros de proteção, as mais completas, com suprimento de ar.

No geral, estás máscara apresentam sistema de proteção aos olhos de forma

automática, ou seja, quando o soldador abre o arco de solda, ela escurece automaticamente.

Mas o grande diferencial destas máscaras está na proteção respiratória pra o soldador. Alguns

fabricantes fornecem este sistema de proteção que podem ser adaptados a qualquer tipo de

máscara, podendo ser utilizado em outros processos além da soldagem.

Figura 18 - Máscara com proteção respiratória.

Fonte: http://www.gwescudo.com.br/?gclid=CJ_8jta85qQCFQu87QodWmse1g Vários modelos de sistemas de proteção são encontrados. Alguns modelos utilizam

sistema de filtragem dos fumos acoplado com ar comprimido, ideal para soldagem em

ambientes mais quentes. Outros modelos possuem sistema de compensação automática de

fluxo além do sistema de filtros.

Figura 19 – Máscara com sistema de compensação automática de fluxo.

Fonte: http://solutions.3m.com.br/wps/portal/3M/pt_BR/SolucoesSoldagem/Home/

Page 38: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

38

Figura 20 - Máscara com proteção respiratória que utiliza ar comprimido.

Fonte: http://solutions.3m.com.br/wps/portal/3M/pt_BR/SolucoesSoldagem/Home/

Page 39: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

39

4.3 DISPOSITIVO ECOTURB XOF

O dispositivo Ecoturb XOF foi desenvolvido a partir do Projeto Ecológico Ecoturb.

Este projeto, através de um conjunto de medidas e ações que visam despoluir o ambiente

urbano e o local de trabalho. É utilizada tecnologia renovável, que proporciona que

proporciona uma economia na ordem de 10% na matriz energética utilizada.

Após 12 anos de pesquisas e ensaios, foi possível desenvolver os componentes básicos

do projeto, que são o TV357 Conversor Psicotrônico Bioenergético e o Gel Biomagnético

XOF na forma sólida.

4.3.1 Poluição

O sol bombardeia a Terra constantemente com cargas elétricas positivas (cátions)

prejudiciais a saúde e ao meio ambiente. A camada de ozônio age como um filtro que só

permite a passagem de cargas negativas (ânions) que são benéficos ao equilíbrio da biosfera.

Entretanto o uso de redes elétricas, equipamentos eletroeletrônicos, a queima de combustível,

seja nas residências, indústrias ou nos veículos automotores, geram cátions que prejudicam o

meio ambiente. [16]

4.3.2 Conversor TV357

O Conversor TV357 é um produto 100% natural à base de multicristais da pedra

Turmalina. O Conversor TV357 após receber RNIE (Radiação Não-Ionizante Espacial)

converte os cátions (cargas positiva) nela contidos em ânions (cargas negativas). Isso inibe a

formação de IEME (Indução Eletromagnética Espacial), responsável por permear os tecidos

do organismo o que permite a entrada da RNIE. Desse modo, o TV357 com sua atuação

quântica, fecham os tecidos como se o usuário tivesse uma blindagem neutralizando a RNIE.

A RNIE (Radiação Não-Ionizante Espacial) é formada pelos Hertz Telúricos, que são campos

eletromagnéticos de baixa intensidade emitidos por redes elétricas, aparelhos eletrônicos e

motores a combustão. Os Hertz Telúricos interferem no campo energético dos seres vivos, o

que causa desequilíbrios no organismo. [16]

4.3.3 Gel Biomagnético XOF Sólido

O Gel Biomagnético, a base de água potável, possui uma fórmula exclusiva composta

de vários elementos da natureza (oligo-elementos). Isso o torna capaz de manter de forma

Page 40: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

40

permanente a frequência eletromagnética da Terra (Ressonância de Schumann ou

Bioressonância), cuja frequência varia entre 7,83 a 13,5 hertz (ciclos por segundo), dependo

da localização geomagnética.

A capacidade de reter a energia livre produzida pelas moléculas da água em

movimento torna Gel Biomagnético XOF uma tecnologia única, capaz de fortalecer o plasma

e o DNA da energia elétrica, utilizando assim a força dos neutrinos, aproveitando mais de

97%, da carga recebida, evitando o desperdício na ordem de 9,2%. [16]

4.3.4 Ecoturb XOF

Ecoturb XOF é o resultado da combinação do Gel Biomagnético com o Conversor

TV357. O XOF é constituído de uma formula exclusiva.

A utilização deste dispositivo reduz as perdas geradas pela IEME (Indução

Eletromagnética Espacial), indutância mútua e efeito Joule. Diminui ruídos e oscilações,

resultando em uma energia limpa e sem desperdícios. Aproveita 97,5% de toda a energia

conduzida pelo sistema elétrico instalado, produzindo economia em torno de 9,2% na energia.

A atuação quântica do XOF passa a ser emitida pelo equipamento assistido, gerando

pontos de difusão de ar íons negativos em todos os terminais, inclusive na hora de fusão do

arco, mantendo todo o ambiente descontaminado, produzindo efeito revigorante em corpos

vivos, normalizando o sistema nervoso autônomo e motor. As funções biológicas das pessoas

sobre influência de íons negativos são melhoradas, devido à ativação das células e aceleração

do metabolismo, o que melhora o sono, o humor e reduz o stress. O sangue circula melhor o

que recupera a fadiga e melhora o desempenho e a produtividade. [16]

4.3.5 Instalação do dispositivo no equipamento de solda

Para a instalação do dispositivo nas máquinas de solda MIG/MAG, é aplicado dois

modelos do dispositivo, o Ecoturb Gás e Ecoturb XOF para energia. A figura 21 representa a

instalação na máquina de solda.

Page 41: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

41

Figura 21 - Aplicação dos dispositivos. [16]

Fonte: Projeto Ambiental Ecoturb.

Page 42: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

42

5 DESENVOLVIMENTO DO DISPOSITIVO PARA COLETA DE FUMOS

A norma AWS F1.2:2006 estabelece um dispositivo e metodologia para análise de

fumos. Baseando–se nesta norma, construímos um dispositivo próprio para coleta de fumos,

visando os equipamentos disponíveis no laboratório de soldagem.

A ideia inicial é proporcionar um sistema fechado (hermético) sem influência de meios

externos, sendo que as condições de realização da soldagem sejam executadas de forma

controlada para análise posterior dos dados coletados.

5.1 SISTEMAS DE CONTROLE E ANÁLISE DOS PARÂMETROS DE

SOLDAGEM

No laboratório de soldagem dispomos de um Sistema de Deslocamento e

Posicionamento Micro-Processado (figura 22), também chamado de Tartílope. Este

equipamento permite o controle de deslocamento e velocidade para a realização da soldagem.

Para isto basta fixar a tocha de soldagem no Tartílope e determinar o deslocamento e

velocidade desejados.

Figura 22 - Tartílope.

Outro equipamento disponível é a fonte de Soldagem multi-processos IMC-Inversal

300 (figura 23) que possibilita a integração com o computador, utilizando software especifico

podemos realizar a aquisição e análise dos dados de soldagem.

Page 43: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

43

Figura 23 - Fonte de soldagem IMC Inversal 300.

O Sistema de Aquisição Portátil SAP-1(figura 24), permite a aquisição e análise de

parâmetros de soldagem, independente da fonte de soldagem possuir integração com

computador ou não.

Figura 24 - Sistema de Aquisição Portátil.

Neste equipamento temos disponíveis os seguintes softwares:

� OSCILOS (figura25), que permite a leitura dos parâmetros de soldagem (tensão e

corrente de soldagem) em função do tempo, na forma gráfica;

Page 44: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

44

Figura 25 - Interface gráfica do OSCILOS.

� SMGSOLD (figura 26) torna possível a leitura dos parâmetros de soldagem, como,

tensão e corrente de soldagem, fluxo de gás de proteção e velocidade de alimentação

do arame.

Figura 26 - Interface gráfica do SMGSOLD.

5.2 PROTÓTIPO DE UMA CAPELA PARA COLETA DE FUMOS

A partir dos recursos oferecidos desenvolvemos um protótipo de uma capela para

realização dos ensaios e a coleta dos fumos.

A capela desenvolvida para que seja montada sobre a mesa onde se encontra fixa o

Tartílope, podendo ser retida com facilidade. A estrutura da capela é feita com chapas de aço

e na face frontal foi montada uma abertura de vidro que proporciona a colocação dos corpos

de prova e a visibilidade durante a execução dos ensaios. A figura 27 mostra uma vista

isométrica do conjunto.

Page 45: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

45

Figura 27 - Perspectiva da capela.

Como podemos observar na figura 27, a capela possui rasgos laterais para permitir o

encaixe sobre a mesa e o Tartílope. Nestes rasgos foi colada uma junta de couro, que permite

assim uma vedação do meio externo. A parte superior apresenta um pequeno orifício onde

pode ser inserido o ciclone para coleta dos fumos.

Figura 28 - Perspectiva da parte posterior da capela.

A parte posterior da capela apresenta um recorte, por onde podemos inserir os cabos

para realização da soldagem e controle do Tartílope. Este rasgo também apresenta uma junta e

Page 46: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

46

revestimento de couro para vedação e proteção contra danos que a chapa poderia causar para

os cabos.

A figura 29 e 30 mostra a capela desenvolvida para utilização no laboratório, onde

podemos ver alguns detalhes descritos acima.

Figura 29 - Vista frontal da capela após montada.

Figura 30 - Perspectiva da parte posterior após a capela montada.

5.3 COLETA DE FUMOS PARA ANÁLISE

Durante o desenvolvimento do protótipo da capela, foi pensado na utilização dos

mesmos equipamentos utilizados para avaliação de riscos nas empresas. Tais equipamentos

são:

Page 47: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

47

� Bomba de amostragem (figura 31);

� Cassete com filtro de amostragem (figura 32);

� Ciclone (figura 33).

Figura 31 - Bomba de amostragem.

Fonte: http://www.jjr.com.br/simples/skc/produtos/universal_224-pcxr4/index.htm

Figura 32 - Cassete com filtro para amostragem.

Fonte: Catálogo de equipamentos de amostragem.

Figura 33 - Ciclone.

Fonte: http://www.jjr.com.br/simples/skc/acessorios/ciclone_aluminio/index.htm A bomba realiza a sucção do ar de forma controlada, o ar é captado através do ciclone,

que está acoplado ao cassete, esse por sua vez está ligado à bomba através de uma mangueira.

Page 48: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

48

O cassete possui internamente um elemento filtrante, ou seja, onde o fumo vai ser captado,

para posteriormente ser realizada a análise. A figura 34 mostra um esquema do conjunto para

amostragem.

Figura 34 – Esquema do conjunto para captação do fumo. Fonte: http://www.jjr.com.br/simples/skc/acessorios/ciclone_aluminio/index.htm

A vantagem da utilização deste sistema é que permite não só a quantificação de fumos

por peso, mas também a quantidade de cada elemento que constitui a amostragem por ser um

sistema padronizado, o mesmo utilizado para verificação de fumos gerados nos postos de

trabalho. Importante ressaltar que a análise deve ser realizada em laboratório específico.

Outro sistema para coleta do fumo pode ser utilizada conforme a norma AWS

F1.2:2006, utilizando apenas um filtro de fibra de vidro, porém este sistema permite apenas

quantificar o nível de fumo, não podendo ser quantificada o nível de cada elemento.

Page 49: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

49

CONCLUSÃO

A soldagem pode ser considerada um dos processos mais importantes e utilizados nas

indústrias, porém devem ser tomadas algumas precauções devido aos riscos ocupacionais que

este processo pode causar.

Se considerado a exposição em longo prazo, os soldadores e/ou operadores podem

apresentar ou desenvolver algumas doenças irreversíveis caso não seja tomado medidas de

segurança. Tendo em vista a importância da saúde dos trabalhadores, algumas normas

estabelecem alguns fatores para minimizar estes riscos ocupacionais.

Vários equipamentos podem ser aplicados para a minimização e a captação dos fumos

de soldagem. Torna-se assim, o desenvolvimento de novos meios e dispositivos algo

necessário para adequar e/ou melhorar o ambiente de trabalho.

Muitas empresas de menor porte, não dispõem de capital para investimento necessário

para a adequação do ambiente de trabalho utilizando equipamentos existentes, o que torna a

busca por soluções mais simples um fator importante, tornando a pesquisa e desenvolvimento

bem como a avaliação de novos meios e equipamento necessário para melhoria do ambiente

de trabalho.

Com o presente trabalho podemos perceber a importância do assunto fumos de

soldagem, e a partir do estudo deste, definir alguns parâmetros iniciais e desenvolver um

protótipo para a realização de ensaios e/ou análise quanto à emissão do mesmo, consolidando

assim a busca para melhores ambientes de trabalho.

Page 50: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

50

SUGESTÕES

No presente trabalho apenas foi apresentado alguns parâmetros e efeitos referente à

emissão de fumos de soldagem. Devido à falta de alguns equipamentos não foi possível a

realização de ensaios para quantificação dos fumos utilizando o sistema descrito no trabalho,

porém serve como conceito para trabalhos posteriores.

Como proposta de trabalhos que podem ser desenvolvido a partir deste, temos:

� Análise de fumos com a utilização do dispositivo Ecoturb XOF;

� Análise da emissão de gases com a utilização do dispositivo Ecoturb XOF;

� Influência nos parâmetros de soldagem com a utilização do dispositivo Ecoturb XOF;

� Desenvolvimento de sistema de captação de fumos utilizando filtro recomendado pela

norma AWS F1.2:2006, adaptável ao protótipo da capela.

Page 51: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

51

REFERÊNCIAS

[1] FUNDAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DA SOLDAGEM. Departamento de

Cursos. Curso de Inspetor de Soldagem – CIS – Nível 1. 16a. ed. Rio de Janeiro, 2009. v 1.

[2] MODENESI, Paulo J. MARQUES, Paulo Villani. Soldagem I: Introdução aos Processos de Soldagem. Belo Horizonte: Nov. 2000. [3] ESAB. Soldagem MIG/MAG. Disponível em: http://www.esab.com.br/br/por/Instrucao/biblioteca/upload/1901104rev0_ApostilaSoldagemMIGMAG.pdf. Acesso em: 15 set. 2010;

[4] UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Técnica Operatória da Soldagem

GMAW . Disponível em:

http://www.demet.ufmg.br/grad/disciplinas/emt019/pratica_gmaw.pdf.

Acesso em: 10 set. de 2010.

[5] CAMPOS, Armando Augusto Martins. Cipa – Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes: uma nova abordagem. 9a ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.

[6] NEDERMAN. Riscos e soluções para os fumos de solda. Disponível em: http://www.nederman.com.br/Downloads/MANUALSAUDESOLDADORES1.pdf Acesso em: 25 set. 2010.

[7] GW ESCUDO. Riscos ocupacionais no processo de soldagem. Disponível em:

http://www.gwescudo.com.br/. Acesso em: 02 set. 2010.

[8] MINITÈRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR 15 – Atividades e Operações Insalubres. Disponível em: http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_15.pdf. Acesso em: 01 set. de 2010.

[9] SENAI – CETEC DE SOLDA ORLANDO BARBOSA – Processo de Soldagem.

NAE/STM/Coordenação do Material Didático e Informática Educacional.

[11] GARCIA, Regina Paula. Scotti, Américo. Análise comparativa da geração de fumos entre arames maciços (GMAW) e tubulares (FCAW). Consolda 2009. Piracicaba-SP, V. 15, No. 2, p. 103-111, Abr/Jun 2010.

Page 52: Análise de fumos de sodagem, sistemas de proteção e desenvol

52

[13] MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual - EPI . Disponível em: http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_06.pdf. Acesso em: 20 out. 2010. [14] NEDERMAN. Seleção de equipamentos para captação de fumos e gases de soldagem. Disponível em: http://www.nederman.com.br/Downloads/Nederman%20-%20Fumos%20e%20Gases%20de%20Solda2.pdf. Acesso em: 25 set. 2010.

[16] GRUPO VALMERON TECNOLOGIA E SAÚDE PLENA. Projeto ambiental:

Ecoturb – Tecnologia de 4ª Geração. Disponível em: http://www.ecoturb.com.br. Acesso

em: 05 jun. 2010.

[17] ACGIH. TLVs e BEIs – Limites de Exposição (TLVs) para Substâncias Químicas e

Agentes Físicos e Índices Biológicos de Exposição (BEIs). Tradução: ABHO - Associação

Brasileira de Higienistas Ocupacionais, 1998.