analise de falha de eixo viga tubular
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ANÁLISE DE FALHA DE EIXO
VIGA TUBULAR
Universidade Federal do Espírito SantoCentro Tecnológico
Departamento de Engenharia Mecânica
Alunos: André Canal
Filipe Andrade Vidal
Maquense Lemos
Prof.: Luciano de Oliveira
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SUMÁRIO
� Introdução;� A metodologia adotada;� Fluxograma com as etapas de investigação;� Identificação da falha;� Análise macroscópica;� Análise microscópica da fratura;
Análise metalográfica;� Análise metalográfica;� Análise de composição química;� Ensaio de dureza;� Ensaio de tração;� Diagrama de fadiga;� Discussão dos resultados;� Conclusão;� Referências.
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INTRODUÇÃO
� O componente analisado é um eixo veicular auxiliar(EVA), que faz parte de um conjunto de elementosmecânicos que fazem a ligação entre as rodas, sendosempre integrados por componentes de freio erodagem, podendo ainda estar integrado porrodagem, podendo ainda estar integrado porcomponentes estruturais da carroçaria e suspensão.
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INTRODUÇÃO
� O eixo rompeu em ensaio de verificação de fadiga por flexão vertical realizado no IPT/SP, conforme o relatório nº 48.044 – ENSAIO DE VERIFICAÇÃO DE FADIGA POR FLEXÂO VERTICAL EM EIXO VEICULAR AUXILIAR.
� Algumas Propriedades:� Dureza escala Brinell > 150 HB� Tensão de Escoamento = 440 MPa� Tensão de Ruptura = 600 MPa
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INTRODUÇÃO
� Características Requeridas:� Resistência mecânica� Resistência à corrosão� Boa resistência à flexão� Boa resistência à fadiga� Boa resistência à fadiga
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A METODOLOGIA ADOTADA
� Análise macroscópica� Análise microscópica da fratura� Análise metalográfica� Análise de composição química
Ensaio de dureza� Ensaio de dureza� Ensaio de tração� Construção do diagrama de fadiga do componente
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FLUXOGRAMA DAS ETAPAS DE INVESTIGAÇÃO
Análise Metalográfica
Análise Microscópica da Fratura
Análise Macroscópica
Construção do Diagrama de
Fadiga
Ensaio de Dureza e de
Tração
Análise de Composição
Química
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IDENTIFICAÇÃO DA FALHA
� A norma NBR6744/87 especifica que o ensaio deflexão simples deve ser realizado com uma cargaentre 5000 N e duas vezes o peso máximo indicadopara o eixo veicular, o que resulta em 220000 N, comfrequência de aplicação de carga entre 1 e 10 Hz.
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ANÁLISE MACROSCÓPICA
� Foram observadas regiões distintas na superfície da fratura:
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ANÁLISE MACROSCÓPICA
� Regiões Observadas:
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ANÁLISE MACROSCÓPICA
� Regiões Observadas:
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ANÁLISE MACROSCÓPICA
� Regiões Observadas:
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ANÁLISE MICROSCÓPICA DA FRATURA
� Foram analisadas no MEV duas amostras retiradas doinício da fratura dos dois lados do eixo e uma amostraretirada da região próxima a solda da haste lateral.
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ANÁLISE MICROSCÓPICA DA FRATURA
� Regiões Observadas no MEV:
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ANÁLISE METALOGRÁFICA
� Foram preparados corpos de prova retirados daregião próxima ao início da fratura.
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ANÁLISE METALOGRÁFICA
� Microestrutura encontrada:
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ANÁLISE DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA
� A análise química foi realizada em uma amostra, comuma média de três análises. Os resultados obtidosestão de acordo com a especificação.
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ENSAIO DE DUREZA
� O ensaio de dureza foi realizado na escala Brinell
(HB), utilizando-se uma carga de 62,5 kgf , esfera de
2,5 mm e obtendo-se como resultado a média de 182
HB. Este valor está de acordo com a especificação,
cujo valor mínimo é de 150 HB.cujo valor mínimo é de 150 HB.
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ENSAIO DE TRAÇÃO
� Foram confeccionados três corpos de prova conformea Norma ASTM E8M, utilizando-se diâmetro de4mm. Os resultados dos testes foram 390 MPa paratensão de escoamento e 620MPa para tensão deruptura. Os valores especificados são de 600MParuptura. Os valores especificados são de 600MPapara a tensão de ruptura e 440MPa para o limite deescoamento.
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DIAGRAMA DE FADIGA
� Diagrama de Goodman relaciona tensão aplicadae resistência à fadiga do eixo.
� O diagrama é determinado conhecendo-se os valoresda tensão aplicadada tensão aplicada(relatório IPT), tensão deescoamento (ensaio de tração),tensão de ruptura (ensaiode tração) e resistência à fadiga.
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DIAGRAMA DE FADIGA
� Teoria de Shigley:
Se = Ka Kb Kc Kd Ke Se’
� Resistência à fadiga do material (Se’): conforme
diagrama, 391 MPa.diagrama, 391 MPa.� Fator de superfície (Ka): para eixo forjado a frio,
0,82 (considerando que a tensão de ruptura do material é 620 MPa).
� Fator de tamanho (Kb): considerando o efeito da superfície e flexão determinou-se Kb, a partir do diâmetro externo do componente, como sendo 0,75.
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DIAGRAMA DE FADIGA
� Os fatores de carga (Kc), de temperatura (Kd) e de entalhe (Ke) foram considerados iguais a 1.
� A resistência à fadiga do componente (Se) calculada foi de 240,5 MPa.
� Coeficiente de segurançaSg = Se/S Sg = Se/S
Onde: � Solicitação empregada: S = Mf/Wf
� Momento fletor: Mf = Pmáximo x L � Momento resistente: Wf = I/R = (̟/64)(D4 – d4)/R
� O valor calculado: Sg = 0,6. 22
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
� A carga dinâmica aplicada que resultou na fratura é maior que a estabelecida em norma;
� A norma de ensaio prevê que o tubo deve estar usinado, ou seja, isento de imperfeições superficiais;
� Fratura por fadiga na região de maior tração quando da aplicação da carga de flexão, próxima ao centro do da aplicação da carga de flexão, próxima ao centro do componente;
� A região de início da fratura não tem relação com o processo de soldagem;
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DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
� A fratura, enfim, ocorreu como esperado. Esta informação levou a algumas hipóteses:
• sobrecarga oriunda do ensaio, ou algum erro de montagem do ensaio;
• sobrecarga de fadiga devida ao subdimensionamento do componente. Esta hipótese foi avaliada segundo o diagrama de fadiga do componente;
• algum defeito microestrutural.24
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
� A Norma NBR6744/87, item 4,3, exige um “ dispositivo que permita aplicar a carga de ensaio igualmente sobre os assentos dos feixes de molas. O dispositivo deve ser suficientemente rígido para que não afete os resultados”.
� Imperfeições oriundas do processo de fabricação.A camada ferrítica atua de forma a diminuir a � A camada ferrítica atua de forma a diminuir a resistência do material à nucleação de trincas de fadiga, visto que é prevista uma microestrutura ferrítica e perlítica típica de um aço SAE1020.
� O coeficiente de segurança calculado (Sg = 0,6), considerando o fator de superfície e de tamanho, comprova o subdimensionamento quanto à fadiga. 25
CONCLUSÃO
� Falha prevista, pois a solicitação é maior que a resistência do componente;
� Falha por fadiga devido à flexão na região de maiorsolicitação;
� Início da falha sem relação com a região da solda;� Baixa segurança do componente para fadiga;� Baixa segurança do componente para fadiga;� Problemas de fabricação ocasionou camada
superficial ferrítica e oxidação;� As condições superficiais são críticas para fadiga,
considerando a solicitação empregada;� O método de ensaio, com dois atuadores
independentes, pode apresentar variações nasolicitação prevista.
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CONCLUSÃOApós as análises feitas, as seguintes ações corretivas
podem ser implementadas:� utilizar um coeficiente de segurança maior para
fadiga, o que acarreta em especificar um material de maior resistência mecânica ou com dimensões resistentes maiores;
� melhorar as condições no processo de fabricação para que não ocorra problemas como a camada superficial que não ocorra problemas como a camada superficial ferrítica e a camada de oxidação;
� procurar reproduzir os ensaios o mais próximo possível das especificações previstas em normas para que os mesmos interfiram o menos possível nos resultados.
� tratamentos térmicos e termoquímicos também podem ser feitos para melhorar as propriedades mecânicas e químicas do componente. 27
REFERÊNCIAS
1. Barlavento, M. A., Hoppe, R. A., Pecantet, S., Griza, S., Strohaecker, T. R., “ Análise de Falha em Eixo Viga Tubular “, UFRGS, 2001.
2. Cassou, C. A. , “ Metodologia de Análise de Falha “, Dissertação de Mestrado, PPGEM, UFRGS, 1999.
3. Metals Handbook, “ Fadigue Analysis and Prevention “, 9th edition, ASM 1986.
4. Nishida, S., “ Failure Analysis in Engineering Aplications“, Butterworth – Heinemann, great Britain, 1992.
5. Shigley, J. E., Mischke, C. R., “ Mechanical EngineeringDesign “, USA, 1989.
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