nbr 12.212 poço tubular — projeto de poço tubular para água subterrânea.pdf

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    ABNT 2006

    NORMABRASILEIRA

    ABNT NBR12212

    Segunda edio

    31.03.2006

    Vlida a partir de30.04.2006

    Poo tubular Projeto de poo tubularpara captao de gua subterrnea

    Water well Procedure for groundwater wells

    Palavras-chave: gua subterrnea. Abastecimento de gua. Poo tubular.Descriptors: Groundwater . Water supply. Groundwater well.

    ICS 93.025

    Nmero de refernciaABNT NBR 12212:2006

    10 pginas

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    ABNT NBR 12212:2006

    ii ABNT 2006 - Todos os direitos reservados

    ABNT 2006Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzidaou por qualquer meio, eletrnico ou mecnico, incluindo fotocpia e microfilme, sem permisso por escrito pela ABNT.

    Sede da ABNTAv.Treze de Maio, 13 - 28 andar20031-901 - Rio de Janeiro - RJTel.: + 55 21 3974-2300Fax: + 55 21 [email protected]

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    ABNT NBR 12212:2006

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    Sumrio Pgina

    Prefcio ....................................................................................................................................................................... iv

    1 Objetivo .......................................................................................................................................................... 1

    2 Referncias normativas ................................................................................................................................ 1

    3 Definies ....................................................................................................................................................... 2

    4 Desenvolvimento de projeto ........................................................................................................................ 44.1 Elementos necessrios ................................................................................................................................. 44.2 Atividades necessrias ................................................................................................................................. 4

    5 Requisitos gerais ........................................................................................................................................... 55.1 Vazo............................................................................................................................................................... 55.2 Proteo ......................................................................................................................................................... 55.2.1 Permetro de proteo do poo ................................................................................................................... 5

    5.2.2 rea de proteo do poo ............................................................................................................................ 55.2.3 Selo sanitrio ................................................................................................................................................. 55.2.4 Laje sanitria .................................................................................................................................................. 55.2.5 Lacre ............................................................................................................................................................... 5

    6 Requisitos especficos .................................................................................................................................. 56.1 Perfurao ...................................................................................................................................................... 56.2 Distncia entre poos ................................................................................................................................... 66.3 Dimetro nominal do poo ........................................................................................................................... 66.4 Cmara de bombeamento ............................................................................................................................. 66.5 Revestimento ................................................................................................................................................. 66.6 Filtro ................................................................................................................................................................ 6

    6.7 Pr-filtro .......................................................................................................................................................... 86.8 Extenso da zona de captao .................................................................................................................... 8

    6.9 Ensaio de vazo ............................................................................................................................................. 86.10 Selamento ....................................................................................................................................................... 96.11 Instalao do conjunto de bombeamento ................................................................................................... 96.12 Disposies finais ....................................................................................................................................... 10

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    ABNT NBR 12212:2006

    iv ABNT 2006 - Todos os direitos reservados

    Prefcio

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras,cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de NormalizaoSetorial (ABNT/ONS) e das Comisses de Estudo Especiais Temporrias (ABNT/CEET), so elaboradas porComisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).

    A ABNT NBR 12212 foi elaborada no Comit Brasileiro de Construo Civil (ABNT/CB-02), pela Comisso deEstudo de Projeto de Sistema de Abastecimento de gua (CE-02:144.40). O Projeto circulou emConsulta Nacional conforme Edital n 08, de 31.08.2005, com o nmero de Projeto ABNT NBR 12212.

    Esta segunda edio cancela e substitui a edio anterior (ABNT NBR 12212:1992), a qual foi tecnicamenterevisada.

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    NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 12212:2006

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    Poo tubular Projeto de poo tubular para captao de gua subterrnea

    1 Objetivo

    1.1 Esta Norma fixa os requisitos exigveis para a elaborao de projeto de poo tubular para captao de guasubterrnea.

    1.2 Esta Norma visa estabelecer procedimentos tcnicos para o acesso seguro aos mananciais subterrneos,objetivando a extrao de gua de forma eficiente e sustentvel.

    1.3 Esta Norma se aplica aos casos de:

    a) existncia de estudo hidrogeolgico, permitindo elaborao de projeto da forma mais completa;

    b) inexistncia de estudo hidrogeolgico; caso em que o projeto deve ser parcialmente desenvolvido a partir deconhecimentos gerais, e concludo aps investigaes especficas ou por informaes conseguidas atravsda perfurao de poo de pesquisa.

    2 Referncias normativas

    As normas relacionadas a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituem prescriespara esta Norma. As edies indicadas estavam em vigor no momento desta publicao. Como toda norma estsujeita a reviso, recomenda-se queles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a convenincia dese usarem as edies mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informao das normas emvigor em um dado momento.

    ABNT NBR 5590:1995 Tubos de ao-carbono com ou sem costura, pretos ou galvanizados por imerso a quente,para conduo de fluidos - Especificao

    ABNT NBR 6925:1995 Conexo de ferro fundido malevel classes 150 e 300, com rosca NPT para tubulao Especificao

    ABNT NBR 6943:2000 Conexo de ferro fundido malevel, com rosca ABNT NBR NM-ISO 7-1, para tubulaes

    ABNT NBR 13604:1996 Filtros e tubos de revestimento em PVC para poos tubulares profundos

    DIN 2440:1981 Steel tubes medium Weight suitable for screwing

    DIN 2442:1963 Steel tubes heavy Weight suitable for screwing

    DIN 4925-1:1999 Filter pipes unplasticized polyvinyl chloride (rigid PVC, PVC-U) for drilled wells, with cross-perforation and threaded connection for nominal sizes DN 40 to DN 100

    API 5A:19871) Specification for casing, tubing, and drill pipe

    API 5 Ax:1987 Specification for high-strength, tubing, and drill pipe

    1) API American Petroleum Institute

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    ABNT NBR 12212:2006

    2 ABNT 2006 - Todos os direitos reservados

    API 5 Ac:1987 Specification for restricted yield strength casing and tubing

    API 5 B:2004 Specification for threading, gagind, and thread inspection of casing, tubing, and line pipe threads

    API 5 L:2004 Specification for line pipe

    API 31 A:1997 Standard Form for Hardcopy Presentation of Downhole Well Log Data

    ASTM A 53:2005 Standard specification for pipe, steel, black and hot-dipped zinc-coated (galvanized) weldedand seamless for ordinary uses

    3 Definies

    Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definies:

    3.1 gua subterrnea: Uma fase do ciclo hidrolgico em que a gua em subsuperfcie encontra-se na zonasaturada, em um nico ou em sistemas de reservatrios naturais aqferos cuja capacidade e volume total dosporos ou interstcios das rochas esto repletos de gua com capacidade de suprir poos e fontes.

    3.2 aqfero:Formao ou grupo de formaes geolgicas capazes de armazenar e conduzir gua subterrnea.

    3.3 composio fsico-qumica da gua: Caractersticas fsico-qumicas das guas subterrneas, com osteores presentes.

    3.4 cone de depresso: Rebaixamento do nvel da gua causado pelo movimento convergente da gua doaqfero, quando bombeada, resultando em um cone de depresso em torno do poo. A sua forma e dimensodependem das caractersticas hidrulicas do aqfero e podem ser determinadas a partir dos dados obtidos noensaio de vazo.

    3.5 conjunto de bombeamento:Conjunto de materiais e equipamentos utilizados para retirar a gua do poo.De acordo com a necessidade e a disponibilidade de energia, podem ser utilizados, entre outros:

    a) bomba submersa ou de superfcie acionada por energia eltrica, acoplada tubulao de recalque (eduo);

    b) air-lift: Tubulaes de eduo de gua, de ar e injetor acoplados unidade de ar comprimido compressor.

    c) sistema de mbolos ou pisto, acoplados a moinho, ou outras mquinas acionadas em superfcie.

    3.6 filtro:Tubulao ranhurada, perfurada ou espiralada, com abertura contnua para permitir o aproveitamentoda gua do(s) aqfero(s).

    3.7 fluido de perfurao: Fluido composto de argilas hidratveis e/ou polmeros com aditivos qumicosespeciais, utilizado na perfurao, com as finalidades principais de resfriar e lubrificar as ferramentas, transportaros resduos de perfurao superfcie, estabilizar o furo, impedindo desmoronamentos, controlar filtraes eespessura de reboco e inibir e encapsular argilas hidratveis.

    3.8 centralizador: Dispositivo externo tubulao de revestimento, com a finalidade de permitir a suacentralizao e preenchimento do espao anular de forma eqidistante.

    3.9 lacre: dispositivo colocado no topo do revestimento, que impede o ingresso de animais, lquidos e outrassubstncias que possam contaminar o poo e o aqfero.

    3.10 litologia:Estudo dos diferentes tipos de rochas.

    3.11 nvel dinmico (ND):Profundidade do nvel de gua de um poo, bombeado a uma dada vazo, medidaem relao superfcie do terreno no local.

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    3.12 nvel esttico (NE):Profundidade do nvel de gua de um poo em repouso, isto , sem bombeamento,medida em relao superfcie do terreno no local.

    3.13 pellets de argila expansiva: grnulos de argila desidratada, processada industrialmente para retardo de

    inchamento em contato com gua.

    3.14 perfilagem eltrica, radioativa, acstica e mecnica: medio de parmetros fsicos e radioativos dasformaes geolgicas, realizadas com ferramentas especficas descidas no interior do poo e registradas empapel contnuo.

    3.15 perfurao: procedimento de perfurar o solo e formaes subjacentes, executado com sonda perfuratriz.O dimetro e a profundidade so funes da necessidade, da disponibilidade hdrica e da geologia.

    3.16 poo de pesquisa: Poo perfurado com a finalidade de avaliar a geologia, litologia e a capacidadehidrodinmica do(s) aqfero(s).

    3.17 poo tubular: obra de hidrogeologia de acesso a um ou mais aqferos, para captao de gua

    subterrnea, executada com sonda perfuratriz mediante perfurao com dimetro nominal de revestimentomnimode 101,6 mm (4), pode ser parcial ou totalmente revestido em funo da geologia local.

    3.18 pr-filtro: Material sedimentar granulometricamente selecionado, predominantemente quartzoso, aplicadono espao anular entre a perfurao e a coluna de revestimento (tubos e filtros).

    3.19 raio de influncia: Igual ao raio da rea de influncia mxima do cone de depresso gerado no poobombeado.

    3.20 rebaixamento:Diferena entre os nveis esttico e dinmico durante o bombeamento.

    3.21 revestimento: Tubulao que forma as paredes do poo nas camadas desmoronantes no produtivas eque define seu dimetro nominal. Possui dimetro e composio variados, sendo aplicada na perfurao, comfinalidade de sustentar as paredes do poo em formaes inconsolidadas e desmoronantes, manter aestanqueidade, isolar camadas indesejveis e aproveitar camadas produtoras.

    3.22 rocha cristalina: Agregado natural formado por um ou mais minerais, que constitui parte essencial dacrosta terrestre, de origem magmtica ou metamrfica, com variados graus de dureza, normalmente altos.

    3.23 rocha sedimentar:Agregado natural originado da eroso/alterao, transporte, deposio ou precipitao ediagnese de qualquer tipo de rocha.

    3.24 selamento: Isolamento atravs do preenchimento do espao anular entre a perfurao e a coluna derevestimento com cimento e/ou pellets de argila expansiva, ou outra tcnica que evite a percolao de guassuperiores pela parede externa do revestimento.

    3.25 surgncia: Jorro espontneo de gua subterrnea causado pela presso positiva, acima da cota dasuperfcie do terreno.

    3.26 ensaio de vazo: Ensaio de bombeamento realizado em um poo tubular ou sistema de poos, comobjetivo de determinar as caractersticas hidrodinmicas do(s) poo(s) e permitir o dimensionamento dascondies de explotao. Deve ter controle das vazes, rebaixamentos e recuperao.

    3.27 tubo de boca:Tubulao de ao com dimetro compatvel, instalado nas camadas iniciais, com a finalidadede isolar e manter estvel a boca do poo durante os trabalhos de perfurao.

    3.28 vazo:Volume de gua extrado do poo por unidade de tempo.

    3.29 vazo de explotao:Vazo tima que visa o aproveitamento tcnico e econmico do poo; fica situada nolimite do regime laminar e definida pela curva caracterstica do poo (curva-vazo/ rebaixamento).ImpressoporDIEGOR

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    4 ABNT 2006 - Todos os direitos reservados

    4 Desenvolvimento de projeto

    4.1 Elementos necessrios

    O projeto de captao de gua subterrnea atravs de poo ou sistema de poos pressupe o conhecimento de:

    a) vazo pretendida;

    b) hidrogeologia da rea constituda, no mnimo do condicionamento geolgico regional e local, incluindolevantamento dos dados geolgicos, geofsicos e de poos existentes, com identificao e caracterizaodo(s) aqfero(s), cuja explorao pretendida pelo(s) poo(s) a ser(em) perfurado(s). Emisso de relatrioconclusivo sobre a potencialidade hidrogeolgica da rea e da viabilidade de atendimento ao descrito em4.1.a), com determinao dos locais para a execuo da(s) perfurao (es) e da provvel composio fsicoqumica da gua;

    c) avaliao preliminar da vulnerabilidade poluio dos aqferos;

    d) estimativa do nmero de poos a constituir o sistema;

    e) planta topogrfica da rea de interesse, com a localizao e o cadastro das obras e dos poos existentes epiezometria.

    4.2 Atividades necessrias

    O projeto de poo tubular para captao de gua subterrnea deve compreender os seguintes itens:

    a) recomendao do mtodo de perfurao e tipo de fluido, considerando custo, adequao s caractersticaslitolgicas e hidrogeolgicas do aqfero explorado e segurana sanitria e ambiental;

    b) locao topogrfica do poo;

    c) estimativa das profundidades mnima e mxima do poo;

    d) estimativa da vazo do poo;

    e) fixao dos dimetros nominais teis do poo e da perfurao;

    f) previso da coluna estratigrfica a ser perfurada;

    g) previso do(s) aqfero(s) a ser(em) explotado(s), tipo e geometria, do potencial e do nvel piezomtrico;

    h) previso da cota do nvel dinmico;i) avaliao da composio fsico qumica da(s) gua(s) do(s) aqfero(s) interceptado(s);

    j) revestimento com especificao dos critrios para obter-se a estanqueidade na coluna cega e oposicionamento e colocao dos filtros, quando estes forem necessrios;

    k) definio dos mtodos de aferio da verticalidade e alinhamento do poo;

    l) especificao das condies de proteo sanitria, tanto superficial quanto subsuperficial;

    m) recomendaes de tcnicas para controle e monitoramento da explotao, visando a manuteno dascondies naturais do poo e aqfero(s);

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    ABNT 2006 - Todos os direitos reservados 5

    n) previso de execuo de perfilagem eltrica, radioativa, acstica e mecnica em formaes sedimentares,que possibilite a determinao de camadas produtivas e improdutivas, indicando o correto posicionamentodas sees de filtros na coluna de revestimento, conforme API 31 A.

    5 Requisitos gerais

    5.1 Vazo

    5.1.1 O projeto de explorao do poo deve assegurar vazo contnua e constante sem prejuzo da qualidadeda gua. Durante a sua vida til, deve ser controlado e monitorado como parcela do recurso hdrico regional.

    5.1.2 O projeto de monitoramento dos poos tem por objetivo a deteco precoce de alteraes nascaractersticas hidrogeolgicas dos poos e aqfero(s).

    5.2 Proteo

    5.2.1 Permetro de proteo do poo

    O permetro de proteo do poo deve ser definido considerando as caractersticas hidrogeolgicas da regio eparticularidades locais. O laudo tcnico fundamentado define as condies de proteo quando condiesparticulares indicam necessidade de projeto especfico.

    5.2.2 rea de proteo do poo

    A rea circunscrita laje sanitria deve ser protegida com alvenaria, tela, cerca ou outro dispositivo que impea oacesso de pessoas no autorizadas e permita a manuteno dos equipamentos, tendo no mnimo 1 m 2.

    5.2.3 Selo sanitrio

    Preenchimento do espao anular entre a parede da perfurao e a coluna de revestimento, com espessuramnima de 75 mm, com a finalidade de preservar a qualidade das guas subterrneas e de as proteger contracontaminantes e infiltraes de superfcie. Depende da geologia local, sendo aconselhvel uma profundidademnima de 12 m.

    5.2.4 Laje sanitria

    Deve ser prevista a construo de uma laje de concreto com dimenso mnima de 1 m2 e espessura de 10 cm,concntrica ao tubo de revestimento e com declividade para as bordas.

    5.2.5 Lacre

    Instalado o equipamento de bombeamento, o poo deve ser protegido por um lacre que o proteja decontaminaes superficiais, impedindo o acesso de animais, lquidos e outras substncias que possam alterar asqualidades originais da gua. Deve permitir o acesso para controle, manuteno e monitoramento e, nos poossurgentes, impedir o desperdcio de gua.

    6 Requisitos especficos

    6.1 Perfurao

    6.1.1 O dimetro e a profundidade da perfurao so determinados pela vazo pretendida, disponibilidadehdrica e geologia local.

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    6.1.2 O dimetro da perfurao deve sempre levar em conta o dimetro dos tubos e filtros a serem instalados,sendo aconselhvel um espao anular mnimo de 75 mm, para possibilitar a livre descida da coluna derevestimento, do pr-filtro e um selamento seguro.

    6.2 Distncia entre poos

    A distncia entre poos deve ser baseada na hidrogeologia local, levando em conta o raio de influncia dos poos,no sentido de evitar interferncia entre eles. No caso de sistemas de poos obrigatrio o planejamento egerenciamento das interferncias.

    6.3 Dimetro nominal do poo

    6.3.1 O dimetro nominal do poo deve levar em conta as caractersticas do conjunto de bombeamento e suaprofundidade de instalao.

    6.3.2 O dimetro nominal do poo determinado pelo dimetro interno do revestimento.

    6.3.3 recomendado o dimetro nominal mnimo de 150 mm, sendo tolerados, em condies especiais, osdimetros de 125 mm e 100 mm para poos de pequena vazo.

    6.3.4 O poo pode ser completado em diversos dimetros nominais.

    6.4 Cmara de bombeamento

    A cmara de bombeamento deve ter dimetro compatvel com a vazo e o dimetro da bomba a ser instalada,respeitando-se o espao anular mnimo especificado pelo fabricante da bomba.

    6.5 Revestimento

    6.5.1 O revestimento deve ser especificado quanto natureza, resistncia mecnica, corroso, estanqueidadedas juntas, manuseabilidade na colocao, resistncia s manobras de operao e manuteno do poo.

    6.5.2 Em poos parcialmente revestidos, o revestimento deve avanar no mnimo 3 m na rocha nodesmoronvel, a fim de obter absoluta estanqueidade na transio da formao inconsolidada para a consolidada.

    6.5.3 Devem ser aplicados centralizadores a intervalos regulares, de modo a permitir a eqidistncia entre odimetro perfurado e o revestimento.

    6.5.4 O tubo de revestimento deve ser especificado conforme a ABNT NBR 5590, ABNT NBR 6925,ABNT NBR 6943, ABNT NBR 13604, DIN 2440, DIN 2442, DIN 4925, API 5 A, API 5Ax, API 5 Ac, API 5B, API 5 Le ASTM A 53.

    6.6 Filtro

    6.6.1 Os poos cujos intervalos produtivos a serem aproveitados estiverem em aqferos inconsolidados e/oudesmoronantes devem ser providos de filtros.

    6.6.2 O trecho do intervalo produtivo em rocha consolidada que possuir, estritamente, instabilidade estruturaldeve ser provido de filtro.

    6.6.3 Em aqferos mltiplos, com caractersticas hidrulicas confinantes e livres, deve se adotar a melhordisposio dos filtros, tendo em vista garantir a individualidade dos aqferos e a eficincia hidrulica da captao.

    6.6.4 O dimetro interno dos filtros deve ser compatvel com os tubos lisos, com o dimetro da bomba e com osimplementos de explotao da gua, e ser suficiente para manter a velocidade vertical mxima de 1,5 m/s.ImpressoporDIEGOR

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    ABNT NBR 12212:2006

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    6.6.5 O comprimento das sees de filtros deve ser estabelecido aps o conhecimento das caractersticas dosaqferos seccionados (espessura das camadas saturadas, presses e produtividade desejada) e dos prpriosfiltros, sendo calculado conforme a equao a seguir:

    100143

    V.D.Ao,QL

    Onde:

    L o comprimento do filtro, em metros;

    Q a vazo a ser extrada, em metros cbicos por segundo;

    Ao a rea aberta total; relao entre ao somatrio das reas individuais das ranhuras e a rea dasuperfcie total do filtro, caracterstica do tipo de filtro utilizado, em percentual;

    D o dimetro do filtro, em metros;V a velocidade de entrada da gua, em metros por segundo.

    6.6.6 O dimensionamento da abertura dos filtros (ranhuras) deve ser feito com base nas granulometrias doaqfero e do pr-filtro.

    6.6.7 As aberturas dos filtros devem reter o mnimo de 85% do material do pr-filtro, com granulometriaselecionada pela curva granulomtrica do aqfero.

    6.6.8 No caso de instalao dos filtros sem pr-filtro, as aberturas devem reter de 30% a 40% do material doaqfero, para coeficiente de uniformidade maior que 6,0, e de 40% a 50%, para coeficiente menor que 6,0.

    6.6.9 O filtro deve ser especificado contendo no mnimo as informaes referentes ao tipo de material,resistncia mecnica, dimetros internos e externos, tipo e dimenses da abertura e rea til percentual.

    6.6.10 Os filtros devem apresentar suficiente robustez mecnica para resistir aos esforos externos de trao ede compresso diametral de acordo com a profundidade de instalao.

    6.6.11 A escolha dos filtros deve levar em considerao a ao corrosiva ou incrustante da gua subterrnea.

    6.6.12 Os parmetros constantes da tabela 1 so indicadores usuais da ao corrosiva ou incrustante.

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    Tabela 1 Indicadores

    Ao corrosiva Ao incrustante

    PH < 5 PH > 8OD > 2mg/L Dureza > 300 mg/L

    Presena de gs sulfdrico Ferro > 2 mg/L

    Slidos totais dissolvidos >1 000 mg/L Mangans a pH > 8: 1 mg/L

    Gs carbnico > 50 mg/L

    Cloreto > 300 mg/L

    6.7 Pr-filtro

    6.7.1 A instalao dos filtros deve ser complementada com pr-filtro.

    6.7.2 O espao anular mnimo entre a perfurao e a coluna de revestimento, para aplicao de pr-filtro, deveser de 75 mm.

    6.7.3 O material a ser utilizado como pr-filtro deve ter constituio mineralgica quartzosa, com grossubarredondados a arredondados, e com as seguintes caractersticas:

    a) granulometria tal que 70%, em massa, sejam retidos em peneira de abertura compreendida entre quatro eseis vezes a que reteria igual porcentagem da amostra frivel;

    b) coeficiente de uniformidade inferior a 2,5;

    c) estabilidade fsica e qumica em gua;

    d) grau de limpeza e desinfeco adequada higiene do poo.

    6.7.4 O perfil granulomtrico do pr-filtro deve assegurar valores de turbidez dentro dos padres sanitrios.

    6.7.5 O conjunto filtro e pr-filtro deve reter no mnimo 90%, em massa da formao geolgica.

    6.8 Extenso da zona de captao

    6.8.1 A extenso da zona de captao deve ser dimensionada para atender vazo projetada.

    6.8.2 Para um aproveitamento eficiente de aqferos livres, conveniente a penetrao total do poo e

    aplicao de filtros no tero inferior da formao aqfera.

    6.8.3 Para um aproveitamento eficiente de aqferos confinados, conveniente a penetrao em toda a suaespessura, prevendo-se a colocao de filtros na mxima extenso, conforme o caso.

    6.8.4 Para um aproveitamento eficiente de aqferos semiconfinados, devem ser aplicados os filtros apenas nosintervalos permoporosos, detectados pela descrio das amostras de calha e ou pela perfilagem eltrica.

    6.9 Ensaio de vazo

    6.9.1 Aps concluso do poo, deve ser realizado ensaio de vazo, com a utilizao, quando possvel,de poosdeobservao para a determinao das caractersticas hidrodinmicas do aqfero.

    6.9.2 Em sistemas de poos, devem ser realizados ensaios de vazo com a utilizao de poos deobservaopara a determinao das caractersticas hidrodinmicas do aqfero

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    6.9.3 Para a determinao da vazo de explotao e dos parmetros hidrulicos em poo nico, sem poo deobservao, o ensaio de vazo deve ter durao mnima de 24 h, com vazo constante, seguido de medidas derecuperao do nvel. O tempo de medio da recuperao deve ser o suficiente para que esta atinja no mnimo80% do rebaixamento medido.

    6.9.4 Para poos com vazes superiores a 5 000 L/h, pode ser executado tambm ensaio de vazo escalonado,que visa medir as perdas de carga e vazo explotvel.

    6.9.5 A vazo estimada do poo pode ser avaliada durante sua construo, por meio de ensaios operacionais,quando as caractersticas geolgicas do aqfero permitirem.

    6.9.6 Os procedimentos do ensaio de vazo devem ser realizados com equipamento que oferea condiesflexveis de operao no poo, quanto vazo e medio do nvel dinmico.

    6.9.7 O resultado final dos ensaios deve ser formalizado em relatrio consubstanciando informaes, registros eanlise do desempenho do poo (prescritos em 6.9.2).

    6.9.8 A vazo de explotao do poo e o correspondente nvel dinmico so fixados em funo de anlise dosensaios de bombeamento.

    6.9.9 Para sistema de poos, os ensaios de vazo devem considerar e quantificar a interferncia entre eles.

    6.9.10 Em aqferos confinados, a profundidade do nvel dinmico no deve ser inferior cota superior doaqfero captado.

    6.10 Selamento

    6.10.1 Para prevenir riscos de contaminao ou mineralizao, o poo deve ser selado em toda a extensonecessria ao isolamento, utilizando mistura de gua e cimento ou pellets de argila expansiva ou outra tcnica que

    evite a percolao de guas superiores pela parede externa do revestimento.

    6.10.2 O processo de selamento utilizado deve permitir o fechamento do espao anular concntrico aorevestimento.

    6.10.3 Caso o selamento seja feito com cimento, deve ser indicada a densidade da pasta nos trechos a seremcimentados.

    6.11 Instalao do conjunto de bombeamento

    6.11.1 A escolha do conjunto de bombeamento deve ser feita em funo dos seguintes fatores:

    a) condies de explotao: vazo e nvel dinmico;

    b) dimetro interno e profundidade da cmara de bombeamento;

    c) temperatura da gua;

    d) caractersticas fsico-qumicas da gua;

    e) caractersticas da energia disponvel;

    f) altura manomtrica total.

    6.11.2 A profundidade de instalao da bomba deve ser definida em funo da vazo e nvel dinmico.

    6.11.3 Na instalao do equipamento de bombeamento, deve ser prevista a colocao de um tubo lateral paramedio do nvel da gua.

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    6.11.4 O dimetro da bomba submersa no deve permitir velocidade no espao anular entre o dimetro mximodo motor e o dimetro mnimo do poo na cmara de bombeamento superior a 3,7 m/s nem inferior a 0,1 m/s, emqualquer condio de operao e em funo das caractersticas do equipamento.

    6.11.5 Nos recalques de poos profundos, deve ser feito o estudo de golpe de arete, em funo dascaractersticas dos equipamentos.

    6.12 Disposies finais

    O poo concludo deve ser mantido com tampa e lacrado at a instalao do equipamento de bombeamento.

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