anÁlise de estratÉgias no ambiente de marketing digital e e-commerce: a estratégia dos 8 ps

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0 FACULDADES INTEGRADAS DE ITARARÉ – FAFIT - FACIC ERICH HARÃ BRASILEIRO DE LACERDA ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E E- COMMERCE: A estratégia dos 8Ps

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Um estudo feito para obtenção do título de bacharel em Sistemas de Informação, com base em análises bibliográficas de diversos autores experientes na área de marketing e Tecnologia da Informação, e principalmente um estudo sobre as estratégias dos 8ps do best seller de Conrado Adolpho.

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Page 1: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

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FACULDADES INTEGRADAS DE ITARARÉ – FAFIT - FACICERICH HARÃ BRASILEIRO DE LACERDA

ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E E-COMMERCE: A estratégia dos 8Ps

ITARARÉ – SP2012

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ERICH HARÃ BRASILEIRO DE LACERDA

ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E E-COMMERCE: A estratégia dos 8Ps

Trabalho de conclusão de curso apresentado às Faculdades Integradas de Itararé – FAFIT - FACIC, como requisito parcial para a obtenção do titulo de Bacharel em Sistemas de Informação.Orientadora: Profª Esp. Ms. Vera Aparecida de Oliveira

ITARARÉ – SP2012

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Autor: Erich Harã Brasileiro de Lacerda

Título: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E

E-COMMERCE: A estratégia dos 8Ps

Orientador(a): Profª Esp. Ms. Vera Aparecida de Oliveira

Aprovado pela Banca Examinadora

_______________________________________

Orientador(a)

_______________________________________

Membro 1

_______________________________________

Membro 2

Data da Apresentação: 15/12/2012

Page 4: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

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RESUMO

O tema estuda as estratégias de marketing digital voltada ao e-commerce,

que tem como objetivo analisar as táticas utilizadas dos 8ps que auxiliam tanto os

novos empreendedores, quanto para os mais experientes que estão interessados

em entrar nesse novo modelo de mercado, que é o mercado eletrônico. Onde o

grande problema ou o grande risco do site ser criado para uma determinada

finalidade, está em não atingir suas metas desejadas como conseguir atingir o

publico alvo desejado. A falta de uma estrutura que defina quais as prioridades e

quais as táticas a serem tomadas, para que o site tenha uma boa colocação nos

buscadores e tenha a visibilidade de seu publico alvo tanto em redes sociais quanto

em propagandas digitais, é um grande desafio ter uma página web de sucesso a

tantos sites que são criados em todo mundo a todo o momento. O objetivo desta

pesquisa sobre os 8ps do marketing digital consiste em demonstrar o quanto é

importante a utilização de estratégias para que o site seja colocado no ar em uma

boa colocação e com informações relevantes para que atinjam exatamente o

mercado e publico desejado, demonstrando no decorrer do trabalho as estratégias

necessárias e sua aplicação em empresas reais que obtiveram um grande sucesso

usando estas estratégias. Aplicou-se uma revisão bibliográfica na literatura

especializada e para fundamentar a aplicação da estratégia e, utilizou-se da análise

comparativa de três cases de sucesso que aplicaram os 8Ps em Marketing Digital.

Tendo como resultado a demonstração da análise comparativa das empresas

evidenciando o problema encontrado em cada uma delas, a aplicação da estratégia

dos 8Ps do Marketing Digital e a solução ou resultado que cada uma apresentou

como lucratividade e confiabilidade no mercado digital e nas transações de e-

commerce.

Palavras-chave: Estratégias de Marketing, Marketing Digital, e-commerce.

Page 5: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

4

ABSTRACT

The subject studies the digital marketing strategies focused on e-commerce,

which aims to analyze the tactics used 8PS that help both new entrepreneurs, as for

the more experienced who are interested in entering this new market model, which is

the electronic market. Where the big problem or high risk of the site being created for

a specific purpose is not to achieve your desired goals to achieve the desired target

audience. The lack of a structure that defines what priorities and what tactics to be

taken, so that the site has a good placement in search engines and get visibility to

your target audience both on social networks and in digital advertising, is a great

challenge to have success of a web page to so many sites that are created for

everyone all the time. The objective of this research on 8PS digital marketing is to

demonstrate how important the use of strategies for the site to be placed in the air in

a good place and relevant information to reach exactly the desired market and

audience, demonstrating the course work necessary strategies and their application

in real companies that have been highly successful using these strategies. We

applied a literature review on the literature and to support the implementation of the

strategy, and we used the comparative analysis of three successful cases have

applied 8PS in Digital Marketing. Resulting in the demonstration of the comparative

analysis of the company highlighting the problems found in each one, the

implementation of the strategy 8PS and Digital Marketing solution or outcome that

each presented as reliability and profitability in the digital market transactions and e-

commerce.

Keywords: Marketing Strategies, Digital Marketing, e-commerce.

Page 6: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1: Categorias de Negócios................................................................... 15

FIGURA 2: Os Públicos no Ambiente de Negócios............................................. 17

FIGURA 3: Perfil da pesquisa feita quanto ao sexo, idade e escolaridade......... 18

FIGURA 4: Perfil da pesquisa quanto à classificação econômica e renda......... 19

FIGURA 5: Perfil dos usuários no Brasil (sexo e idade)..................................... 19

FIGURA 6: Perfil dos usuários no Brasil (escolaridade e classificação econômica)

............................................................................................................................ 20

FIGURA 7: Comportamento do Consumidor Modelo EKB.................................. 23

FIGURA 8: Integração das Aplicações da Empresa........................................... 25

FIGURA 9: Front & Back Office........................................................................... 27

FIGURA 10: Lemniscata..................................................................................... 30

FIGURA 11: Os 8 Os........................................................................................... 31

FIGURA 12: Busca de “comida japonesa” no Google......................................... 35

FIGURA 13: Relação de comida japonesa no Google........................................ 36

FIGURA 14: Busca no Google por sushi............................................................. 36

FIGURA 15: exemplo de wireframe.................................................................... 42

FIGURA 16: Exemplo de meta tag...................................................................... 44

FIGURA 17: resultado da busca “hotel fazenda” no Google............................... 44

FIGURA 18: Ferramentas para webmasters....................................................... 64

FIGURA 19: Google Analytics no Publiweb........................................................ 65

FIGURA 20: Página inicial do PortCasa.............................................................. 67

FIGURA 21: Página inicial da PalMetal............................................................... 70

FIGURA 22: Pagina inicial do Portal Nutrição em Foco...................................... 73

Page 7: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

6

LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Evolução do numero de pessoas conectadas na internet............... 12

TABELA 2: Análise dos métodos 8ps da PortCasa............................................ 69

TABELA 3: Análise dos métodos 8ps da Palmetal............................................. 72

TABELA 4: Análise dos métodos 8ps do Portal de Nutrição.............................. 75

TABELA 5: Análise de resultados...................................................................... 77

Page 8: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

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ABREVIAÇÕES E SIGLAS

CEO – Chief executive officer (Chefe Executivo de Ofício)

EAI – Enterprise Application Integration (Integração Das Aplicações Da Empresa)

EKB – Engel, Kollat & Blackwell

GPS – Global Positioning System (Sistema Global de Posicionamento)

HTML – HyperText Markup Language (Linguagem de Marcadores de Hipertext)

MOB – Marketing de Otimização para Buscadores

RH – Recursos Humanos

ROI – Return on Investment (Retorno Sobre Investimento)

SEO – Search Engine Optimization

TI – Tecnologia da Informação

URL – Uniform Resource Locator (Localizador-Padrão de Recursos)

Page 9: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................10

1. O COMÉRCIO ELETRONICO...............................................................................12

2. PÚBLICOS NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS........................................................16

3. O USO DA INTERNET NO BRASIL.....................................................................18

4. COMPORTAMENTO DO CUNSUMIDOR.............................................................20

4.1. PERFIL DO CONSUMIDOR ON-LINE...............................................................21

5. CONCEITO DE COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO ENTRE PESSOAS................24

5.1. INTEGRAÇÃO DAS APLICAÇÕES DA EMPRESA (EAI)..................................25

5.2. A INTERNET COMO CANAL DE INFORMAÇÃO E PESQUISA.......................25

6. PREPARO DA EMPRESA PARA O COMERCIO ELETRONICO........................26

6.1. FRONT OFFICE & BACK OFFICE.....................................................................27

7. ATIVIDADES EMPRESARIAIS NA INTERNET....................................................28

7.1. ASPECTOS DE VENDA E MARKETING...........................................................28

7.2. NOVAS LOGISTICAS E TRANSAÇÕES COMERCIAIS....................................29

7.3. OPORTUNIDADES DE NEGOCIOS..................................................................29

8. ANÁLISE DA ESTRATÉGIA 8Ps.........................................................................30

8.1. PESQUISA.........................................................................................................33

8.1.1. A escolha da palavra chave..........................................................................34

8.1.2. O uso da ferramenta de pesquisa Google Insights....................................35

8.2. PLANEJAMENTO...............................................................................................37

8.2.1. Entendendo o negócio da empresa.............................................................38

8.2.2. Fatores críticos de sucesso..........................................................................39

8.2.3. Identificando o que é vendido vs o que o consumidor quer.....................40

8.2.4. Segmentando o mercado..............................................................................40

8.3. PRODUÇÃO.......................................................................................................41

8.3.1. A importância do design de interfaces........................................................42

8.3.2. Página principal.............................................................................................43

8.4. PUBLICAÇÃO.....................................................................................................45

8.4.1. Otimização do site por meio de conteúdo...................................................46

8.4.1.1. O início..........................................................................................................46

8.4.1.2. Critérios de otimização.................................................................................47

Page 10: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

9

8.5. PROMOÇÃO......................................................................................................48

8.5.1. Campanha de links patrocinados.................................................................49

8.5.2. Campanha de redes sociais..........................................................................50

8.5.3. Campanhas integradas online + offline.......................................................50

8.5.4. Programas de afiliação..................................................................................50

8.5.5. Campanhas de e-mail marketing..................................................................50

8.5.6. Redação de artigos para sites diversos......................................................51

8.5.7. Criação de releases para a imprensa...........................................................51

8.6. PROPAGAÇÃO..................................................................................................52

8.6.1. Propagação utilizando o Facebook..............................................................52

8.6.2. Propagação utilizando o Twitter...................................................................53

8.6.3. Propagação utilizando o LinkedIn................................................................54

8.6.4. Propagação utilizando o Foursquare e as redes sociais geolocalizadas.55

8.6.5. Propagação utilizando o YouTube...............................................................55

8.7. PERSONALIZAÇÃO...........................................................................................55

8.7.1. Personalização de conatos utilizando “tags”.............................................57

8.7.2. Personalização segmentada utilizando e-mail marketing..........................57

8.8. PRECISÃO.........................................................................................................59

8.8.1. O teste A/B.....................................................................................................59

8.8.2. Principais critérios de Web analítica...........................................................60

8.8.2.1. Vocabulário...................................................................................................60

8.8.2.2. Visitas e visitas únicas..................................................................................60

8.8.2.3. Tempo médio no site....................................................................................61

8.8.2.4. Exibições de páginas....................................................................................62

8.8.2.5. Taxa de rejeição...........................................................................................62

8.8.2.6. Palavras-chave.............................................................................................63

8.8.2.7. Web analítica com visualização da página...................................................65

9. CASES DE SUCESSO COM A UTILIZAÇÃO DOS METODOS 8 Ps..................66

9.1. ESTUDO DE CASO PORTCASA.......................................................................66

9.2. ESTUDO DE CASO PALMETAL........................................................................69

9.3. ESTUDO DE CASO PORTAL DE NUTRIÇÃO: NUTRIÇÃO EM FOCO............72

10. ANÁLISE DE RESULTADOS.............................................................................76

11. CONCLUSÃO......................................................................................................78

BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................79

Page 11: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

10

INTRODUÇÃO

O Comércio Eletrônico surgiu com a evolução das tecnologias na Internet,

com objetivo de complementar o processo de vendas e eliminar intermediários da

cadeia de suprimento, a fim de auxiliar na globalização da economia através da

parceria e negócios e diminuição de limites geográficos (LUPPI, 2009).

Como essa tendência cresce a cada dia, surgindo por meio da internet a

necessidade das empresas e pessoas para se comunicar, interagir e transacionar de

modo dinâmico. Hoje em dia o comércio em geral está partindo para a rede web que

é uma das melhores fases de mudança estrutural na sociedade, tendo como uma

nova formação: a Sociedade da Informação, a Era da Digitalização, cujos processos

fazem parte de quase todas as atividades do dia a dia de pessoas e profissionais em

geral.

Evidenciando pesquisas demonstra-se que muitas empresas estão

conscientes deste ramo de oportunidade o e-commerce, e têm tido necessidade de

tornarem-se cada vez mais competitivas no mercado para permanecerem

capacitadas a oferecer o melhor ao cliente. Assim, o processo de compra facilitado

se torna essencial para estruturar a compra online de uma empresa. Periódicos e

artigos sobre o tema citam que a principal responsável pela alta no consumo online

é a inclusão digital. No ano, o numero de brasileiros com acesso a banda larga deve

saltar 42%. Com estas constatações pode-se identificar que as empresas têm

necessidade de desenvolver um processo facilitado e confiável para ingressar neste

mercado sem sustos ou prejuízos, e sim com muito planejamento e qual modelagem

correta para seu negócio. A tendência de crescimento é constante nessa área e

mostram a veracidade desse fenômeno de vendas em todo o mundo.

Conforme a Revista Exame (2012) as áreas de comunicação e gestão estarão

em alta nos próximos anos. Segundo o estudo, realizado em cinco países, sete

cargos prometem ser as profissões do futuro. As profissões exigem especialização e

atendem a demandas atuais e futuras. As profissões caracterizam-se por atividades

que nasceram para suprir as necessidades de um mercado em constante

transformação, dentre estas profissões está o Gerente de Projeto, que especializado

em Tecnologia da Informação voltado ao e-commerce, será um profissional muito

requisitado pelas empresas que estarão migrando para esta área, onde poderão ter

Page 12: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

11

toda a segurança de um profissional especializado que dará um grande destaque e

resultado desejável as empresas que estão procurando espaço neste mercado

digital.

Com essa grande evolução das lojas virtuais a dificuldade de ter um lugar de

destaque e que consiga ser visto de modo fácil para o usuário, não é uma tarefa que

seja feita de uma forma natural simplesmente colocando este site no ar, e sim um

trabalho de pesquisa e estratégias para ter uma colocação interessante na visão dos

usuários e principalmente que se torne uma loja referencia aos compradores, esta é

a maior dificuldade para novos e empreendedores e também para veteranos que

estão introduzindo suas empresas neste mercado virtual.

A estratégia dos 8Ps em Marketing digital Adolpho (2012) evidência fases e

táticas a serem aplicadas pelas organizações a fim de obterem eficácia no mercado

online e atingir objetivos nas transações de e-commerce.

O objetivo deste trabalho consiste em demonstrar uma análise das estratégias

dos 8Ps em Marketing Digital e evidenciar a contribuição de se aplicar esta

estratégia em e-commerce, identificando visibilidade do site em páginas de busca,

redes virtuais, e quais os métodos necessários a se utilizar para atingir os objetivos

específicos de cada empresa. Demonstrando assim que seguindo uma determinada

sequencia de planejamentos é possível se colocar de forma notável a todos que

buscarem informações de algum segmento desejado, demonstrando empresas que

atingiram suas metas e seu lugar de destaque utilizando destes métodos.

Page 13: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

12

1. O COMÉRCIO ELETRONICO

As compras on-line estão se tornando um novo comportamento para

consumidores usuários de internet, onde este mercado esta apenas emergindo, pois

o processo para se tornar um habito de se comprar on-line vem se destacando e

ganhando espaço nestes últimos anos.

Onde no Brasil atualmente 12 milhões de pessoas estão conectadas a

internet e estima-se que daqui a 9 anos esse numero aumente para mais de 50

milhões de pessoas conectadas a internet, conforme a tabela criada por Dailton

Felipini Mestre em Administração pela Fundação Getulio Vargas (2008).

Tabela 1: Evolução do numero de pessoas conectadas na internet

Fonte: FELIPINI, D. Oportunidades de negócios na Internet, 2008

A existência desse número de internautas não significa a existência do

consumidor on-line. Analisando os dados existentes na tabela e segundo Felipini

(2008) existem 6,5milhões de internautas podem ser chamados de usuários ativos,

acessando a Internet ao menos uma vez por mês, onde neste grupo menos de um

terço ou cerca de 2 milhões são compradores efetivos, ou seja, o comércio

eletrônico atinge atualmente 15% dos internautas, demonstrando assim que há um

grande espaço para as empresas que já estão ou ainda entrarão nesse mercado

terão que conquistar e fidelizar este novo tipo de cliente, o cliente on-line.

Nesse novo ambiente, o Comercio Eletrônico, com suas aplicações

inovadoras e revolucionárias, é tido como uma das tendências emergentes como

maior poder de inovação nos processos de negócios nos vários setores econômicos

(TSUJIMOTO, 2003).

Page 14: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

13

Vários autores têm comentado sobre a passagem da era industrial para a era

da informação, na qual as atividades informacionais, têm em seu conhecimento sua

maior riqueza, que ultrapassaram as atividades industriais.

De acordo com Synnott (1987, pg 22) ele afirma que a informação é hoje

poderoso recurso das organizações, permitindo seu perfeito alinhamento estratégico

através de constantes fluxos bidirecionais entre a empresa e o macroambiente,

criando condições para que esta viabilize seus objetivos e cumpra sua missão

corporativa. Segundo ele, as empresas têm no fluxo informacional o elo que une e

coordena seus componentes, permitindo-lhes manter equilíbrio e integração em um

ambiente em crescente mutação.

De acordo com Verity (1994, pg 36 - 41), realizou uma pesquisa na qual

consta que o investimento privado em tecnologia da informação é hoje o dobro do

que em máquinas industriais. Em 1975 a relação era inversa. Conforme esta

pesquisa, a exportação de produtos de informática e software nos EUA é hoje mais

representativa do que veículos e peças, e já emprega mais pessoas. Com relação

ao hardware verifica-se que a velocidade de processamento sobe rapidamente, o

processamento paralelo é uma realidade, sendo que a optoeletrônica, intranets e a

comunicação sem fio tem agilizado as redes. Quanto ao software, observa-se a

maior aplicação do paradigma da orientação a objetos, considerável

desenvolvimento da inteligência artificial e progressos no reconhecimento da fala.

Alguns projetos de redes e TVs a cabo sinalizam a disponibilidade de se ter 500

canais ativos por 24 horas. Com o desenvolvimento tecnológico que vem ocorrendo,

devem-se analisar as palavras de Andy Gove, presidente da Intel Corp: "Você pode

retardar a tecnologia, mas o custo de retardá-la é geralmente alto”.

Assim estavam lançadas as bases para o e-commerce, com operações de

compra e venda de produtos e serviços pela internet. O comercio eletrônico é

conceitualmente dividido em algumas modalidades, segundo Turchi (2012, pg. 17):

B2C – BUSINESS TO CONSUMMER

Segmento dentro do comércio eletrônico que abrange qualquer transação em

que uma companhia ou organização vende seus produtos ou serviços para

consumidores que navegam pela internet. Esse segmento se assemelha muito as

lojas que fazem venda direta ao consumidor (varejo) através de catálogos e se

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14

apresenta tipicamente na web na forma de lojas virtuais. Também pertencem a essa

categoria os leilões virtuais e os modelos de shoppings virtuais, que funcionam como

shoppings tradicionais, onde diferentes lojas vendem seus produtos e pagam taxas

de condomínio.

B2B – BUSINESS TO BUSINESS

Abrange as transações comercias de compra e venda de produtos e serviços

entre empresas e entidades. Como exemplos, as industrias que vendem para

pequenas lojas de varejo, e assim por diante.

B2G - BUSINESS TO GOVERN

Define as atividades comerciais pela internet entre empresas privadas e

governamentais.

C2C – CONSUMMER TO CONSUMMER

Comércio entre consumidores, feito de forma direta, por meio de sites

apropriados, tais como Mercado Livre, ImovelWeb, Webmotors, ou seja, são

pessoas anunciando para vender para outras pessoas.

C2G – CONSUMMER TO GOVERN

São as transações entre pessoas físicas e o governo, que nos dias atuais

estão mais para envio e recepção de documentos que comprovam a quitação das

obrigações do consumidor com o governo ou com o fisco estadual ou federal. Os

benefícios de governo digital são importantes, desde a eliminação de burocracia até

o mecanismo de fiscalização (ALVES, 2002).

Alves (2002, p. 69) argumenta que:Além dos benefícios diretos, quando os governos passam a usar aplicações G2B (governo-empresa) e B2G (empresa-governo) em seus projetos de compras, inúmeras empresas são estimuladas a ingressarem na economia digital. No Brasil, assim como grande parte dos países da América Latina, ainda é incipiente a quantidade de serviços oferecidos on-line. [...] No Brasil o governo federal tem um

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15

agressivo projeto denominado governo digital, oferecendo serviços e informações.

A internet provocou mudanças nas relações entre governos e cidadãos em

todo mundo. Embora muitos serviços já estejam disponíveis, a utilização é tímida,

mas isso vem mudando. As categorias de comércio eletrônico se relacionam entre

si, e para estabelecer a estratégia de implementação deve ser direcionada por

requisitos muito específicos de cada tipo de negócio.

Em virtude das rápidas mudanças as empresas que queiram competir no

ambiente virtual, terão de remodelar as suas formas de efetuar negócios. Para

àquelas organizações que desejam comercializar seus produtos e serviços na

Internet, praticando o comércio eletrônico, a realização de mudanças estruturais em

seus ambientes internos através do desenvolvimento das estratégias de negócios

inovadoras é mandatória (RAMOS, 2007).

A figura 1 demonstra o entendimento das categorias citadas anteriormente:

Figura 1: Categorias de NegóciosFonte: Autoria Própria

Segundo Cunningham (2000, pg. 47), qualquer empresa existente que queira

estar on-line significa mais do que adicionar o “pontocom” ao próprio nome. Tornar-

se uma empresa na Internet altera muitos aspectos, incluindo o serviço ao cliente,

desenvolvimento do produto, vendas, marketing, finanças e recursos humanos.

Page 17: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

16

Gerenciar a mudança que o novo mercado traz é importante para desenvolver um

modelo de negócio rentável. Podemos dizer que a educação voltada para

transformação (mudanças) está relacionada com os objetivos de implementar o

plano tático da empresa junto ao mercado digital.

Silva (2008) reforça que muitas organizações adotam essa ferramenta como

uma mídia adicional para seus negócios, usando-a como meio de comunicação e

relacionamento com os clientes preferindo operar em conjunto com recursos

convencionais como envio de mala direta, investimento em propaganda, folhetos,

telemarketing, entre outros.

2. PÚBLICOS NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS

A análise do público em um ambiente de negócios e ou ambiente digital tem

diversos fatores que visam demonstrar um controle do processo organizacional

como um grande agravante para determinar o início das estratégias de uma

empresa.

Segundo a Soares (2010, pg. 244) Tecnologia da Informação é cada vez mais

aplicada em todos os ramos da atividade humana devido ao crescimento

exponencial de seus recursos e habilidades. Diante deste cenário, milhares de

organizações passaram a utilizá-la principalmente de modo a viabilizar e otimizar o

relacionamento com clientes e o macroambiente, obtendo vantagem competitiva nos

seus negócios.

Page 18: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

17

Figura 2: Os Públicos no Ambiente de NegóciosFonte: 0'BRIEN, J. SISTEMA DE INFORMAÇÃO: as decisões gerenciais na era da internet, 2006

Uma empresa é um exemplo de sistema organizacional como demonstrado

na figura 2 no qual os recursos econômicos (entrada) são transformados por vários

processos organizacionais (processamento) em bens e serviços (saída). Os

sistemas de informação fornecem para a administração informações (feedback)

sobre as operações do sistema para sua direção e manutenção (controle), enquanto

ele troca entradas e saídas com seu ambiente

Conforme as citações dos autores e a figura 2 demonstram que toda empresa

precisa de um planejamento sólido em seus alicerces, tanto uma empresa

convencional como uma on-line, deve se atentar em ter um planejamento rigoroso

englobando todo tipo de situação e processo que e empresa poderá confrontar

Page 19: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

18

futuramente. Tendo em vista todo o tipo de ambiente e publico que estarão

envolvidos desde o processo inicial até o final.

3. O USO DA INTERNET NO BRASIL

Uma pesquisa realizada pela agencia de publicidade F/Nazca junto ao

Datafolha em agosto de 2009 revelam números de como a internet é usada no

Brasil. Foram realizadas 2344 entrevistas em 146 municípios brasileiros, sendo 40%

da pesquisa aplicada na zona urbana e 60% aplicada na zona rural. Conforme é

demonstrado na figura 3 do perfil da pesquisa feita quanto ao sexo, idade e

escolaridade e da figura 4 quanto ao à classificação econômica e renda,

demonstrando o perfil da amostra utilizada na pesquisa:

Figura 3: perfil da pesquisa feita quanto ao sexo, idade e escolaridadeFonte: http//:www.slideshare.net/fnazca/f-radar-internet, 2009

Page 20: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

19

Figura 4: perfil da pesquisa quanto à classificação econômica e rendaFonte: http//:www.slideshare.net/fnazca/f-radar-internet, 2009

A figura 5 representa o perfil do internauta brasileiro quanto a idade e a figura

6 demonstra quanto a escolaridade e a classificação econômica, onde estas duas

figuras apresentam que 49% da amostra da população pesquisada tem acesso à

internet, 84% dos jovens entre 16 e 24 anos tem acesso à internet, e 90% das

pessoas que possuem ensino superior a utilizam. O que prova que quanto maior o

poder aquisitivo, maior o uso da internet.

Figura 5: Perfil dos usuários no Brasil (sexo e idade)Fonte: http//:www.slideshare.net/fnazca/f-radar-internet, 2009

Page 21: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

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Figura 6: Perfil dos usuários no Brasil (escolaridade e classificação econômica)Fonte: http//:www.slideshare.net/fnazca/f-radar-internet, 2009

4. COMPORTAMENTO DO CUNSUMIDOR

Schiffman (2000, pg. 5) relata que o resultado do comportamento do

consumidor é o estudo de como os indivíduos tomam decisões de gastar seus

recursos disponíveis (tempo, dinheiro, esforço) em itens relacionados ao consumo.

Para Mowen (2003, pg. 3) o comportamento do consumidor estuda o

processo de troca de produtos e serviços entre o consumidor e o mercado. Esse

estudo beneficia o trabalho dos profissionais de Marketing na tomada de decisão e a

pesquisa desse assunto proporciona a aquisição de informações importantes para

ao longo do tempo conhecer melhor o comportamento e assim identificar as

melhores técnicas de contato com o consumidor. Para o autor, o comportamento do

consumidor é definido como o estudo das unidades compradoras e dos processos

de troca envolvido na aquisição, no consumo e na disposição de mercadorias,

serviços, experiências e ideias.

Os autores acima relatam as suas definições como um estudo e assim pode-

se afirmar que o comportamento do consumidor é uma área do mercado que deve

Page 22: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

21

sempre ser pesquisada e sempre buscar novas descobertas no desenvolvimento

dos perfis de clientes.

Mowen (2003) tem a seguinte opinião sobre o comportamento do consumidor

na área de Marketing:

A orientação de Marketing compreende “o ponto de vista de que uma indústria é um processo de satisfação do cliente, e não de produção de mercadoria. Uma indústria surge com o cliente e suas necessidades, e não com uma patente, matéria-prima ou habilidade de venda”. O reconhecimento de que uma empresa só pode existir na medida em que satisfazer as necessidades e vontades do consumidor, mediante a compreensão total de seus parceiros de troca (isto é, seus clientes), torna o estudo do consumidor essência (MOWEN, 2003).

A empresa terá que sempre ter em vista como conseguir obter o melhor

resultado da sua loja e produtos na visão dos clientes, onde o maior objetivo é

conseguir um quadro de extrema satisfação dos clientes não somente com o produto

final, mas com toda a logística de seu negócio no caso sua loja virtual.

4.1. PERFIL DO CONSUMIDOR ON-LINE

As empresas devem possuir consciência do quão importante é a internet na

vida dos novos consumidores e quão eles são dependentes de novas inovações

neste novo mercado eletrônico. A internet vem se tornando, a cada dia, uma porta

de acesso voltada a muito mais que entretenimento e vem sido um novo caminho

para grandes negócios. È uma nova forma de mídia e também um novo canal de

venda capaz de intervir diretamente no comportamento de seus usuários e,

obviamente, nos negócios.

O perfil do comprador virtual ou consumidor on-line é traçado a partir de uma

análise de sua natureza comportamental e das semelhanças e diferenças entre o

que é consumido por esse grupo de pessoas. O fenômeno de compra on-line tem

três conceitos fundamentais: o perfil do consumidor, o uso que se faz da internet e

as atitudes que tem relação com a compra on-line, assim como diversos modelos

comportamentais foram tecidos para esse fim.

Tomando como base um dos modelos mais famosos, proposto por Engel,

Kollat e Blackwell, também conhecido como modelo EKB (SHETH et al., 1988)

pesquisas recentes realizadas no mercado brasileiro, percebe-se o usuário da

Page 23: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

22

internet típicos oriundos das classes A e B, com renda familiar significativamente

acima da média da população, assim como níveis educacionais predominantemente

superiores.

Segundo Lohse et al. (2000, pg 14), as pessoas que compram na internet

parecem levar um estilo de vida caracterizado pela escassez de tempo, – são “time

starved” – o que signifique, talvez, que o estilo de vida possa ser um fator

determinante para que ocorra esse tipo de compra.

O mesmo autor caracteriza esses compradores como pessoas que há muito

estão conectadas à rede. São usuários que recebem grande quantidade de e-mails

diariamente, utilizam a internet para levantar informações sobre os produtos e

serviços, e dedicam uma notável parcela de seu tempo ao mundo virtual sendo

denominados “plugados” (“wired”).

Tais fatores, associados, são apontados pelo autor como os principais

determinantes no tipo de compra que uma pessoa faz, apesar da falta de tempo,

aparentemente, não exercer influência na hora em que se decide por fazer ou não

fazer compras online. A maioria dos estudos, porém, voltaram-se apenas para o uso,

desprezando-se, assim, a compra propriamente dita. As motivações constituem

como fator imprescindível para uma análise de tal cunho, pois é a partir delas (ou

talvez dos benefícios procurados) que o usuário é compelido à compra.

As motivações dividem-se em dois grupos conforme os autores Diaz e

Gertener (2000). O primeiro são os Benefícios Utilitários: Comunicação, busca de

informações, conveniência, fatores econômicos e o segundo grupo são os

Benefícios Hedônicos: Divertimento, passar o tempo, relaxamento, conviver com

amigos, participar de comunidades.

As atitudes constituem outro aspecto determinante na ação de compra on-

line, atuando ao mesmo tempo como facilitadoras e inibidoras.

Tendo como inibidores da compra pela internet alguns exemplos mais

comuns de atitudes por parte do usuário como o risco percebido pelo mesmo em

relação à transação e a necessidade de ver e manipular o produto antes da compra

sendo que, para a última, os webmasters adotaram o uso de banners e outros meios

de ilustrar o produto. A atitude em relação ao site de compra, segurança e

privacidade também atual como limitadores das compras pela internet. Os usuários

demonstram certa preocupação com a satisfação de outros usuários que já tenham

consumido aquilo que almejam e, frequentemente, buscam informações acerca

Page 24: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

23

disso antes de comprar. Já a percepção de qualidade que o consumidor tem em

relação ao vendedor on-line, deve ser visto como um facilitador das compras.

A figura 7 demonstra o modelo EKB que se trata de um processo decisório de

compra dividido em cinco etapas, onde a primeira é o reconhecimento da

necessidade, a percepção de uma diferença entre o estado desejado e a situação

atual, suficiente para fazer surgir e ativar o processo de decisão de compra, a

segunda etapa busca informações armazenadas na memória (busca interna) ou

aquisição de informações relevantes disponíveis no ambiente (busca externa), a

terceira etapa é a avaliação de alternativas, avaliação das opções em termos de

benefícios esperados e estreitamento do leque de opções até a alternativa preferida,

a quarta consiste na compra a aquisição da alternativa preferida ou de um substituto

aceitável e a quinta etapa são as impressões pós-compra onde a avaliação sobre a

capacidade da alternativa escolhida de atender às necessidades e expectativas que

motivaram a decisão.

Figura 7: Comportamento do Consumidor Modelo EKBFonte: Engel et al.; Consumer Behavior, The Dryden Press; 1993

O modelo EKB é muito abrangente, assim o foco neste modelo será no que

tange às variáveis que influenciam o processo de decisão, ou seja, nas influências

ambientais ou externas e diferenças individuais.

No modelo encontra-se o processo de compra descrito em estágios,

iniciando-se pelo reconhecimento da necessidade, onde o consumidor percebe que

Page 25: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

24

precisa de um determinado produto ou serviço e que, por sua vez, depende

essencialmente do nível de discrepância presente entre o seu estado atual (pré-

aquisição) e o estado almejado. Primeiramente, a necessidade necessita ser ativada

para ser reconhecido, o que ocorre no momento em que a discrepância entre o

primeiro e segundo estágios atingem ou superam determinado nível.

Após reconhecer sua própria necessidade, o consumidor inicia um processo

de busca em alternativas para a satisfação de sua necessidade. Essa busca é feita

de forma ativa, internamente, na memória do consumidor, e externamente, no

ambiente, por meio da troca de informações, quando sofre influência de outras

pessoas.

5. CONCEITO DE COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO ENTRE PESSOAS

A internet diminui distâncias fazendo as pessoas se sentirem cada vez mais

próximas – e uma prova disso é a telepresença.

A telepresença visa realizar reuniões à distância, usando softwares de áudio e

vídeo, para que seja mais ambientado ao encontro. Para isso, existem vários

softwares, inclusive gratuitos, que você pode utilizar, onde mais popular é o Skype.

O Skype é um software desenvolvido para o dialogo por voz e imagem na

internet. Nele é possível fazer ligações gratuitas para outros usuários online ou

comprar créditos para ligar para telefones fixos e celulares. Hoje, o programa já é

responsável por 8% de todos os minutos de ligações internacionais efetuadas no

mundo, atingindo mais de 20 milhões de usuários online em horários de picos de

acessos.

Em 2009, dados levantados pelo Skype indicavam que 62% das organizações

usuárias do software usavam o sistema para melhorar a comunicação com clientes;

70% usavam em viagem; e 80% alegavam que o programa aumentava a

produtividade.

Page 26: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

25

5.1. INTEGRAÇÃO DAS APLICAÇÕES DA EMPRESA (EAI)

O software de integração das aplicações da empresa EAI possibilita a

interconexão de vários grupamentos de aplicações de e-business, o software de EAI

permite aos usuários moldar os processos de negócios envolvidos nas interações

que devem ocorrer entre as aplicações das empresas. O EAI também propicia

middleware, que executa a coordenação e a conversão de dados, a comunicação de

aplicações e serviços de mensagens, e acesso ás interfaces das aplicações das

empresas envolvidas. Assim o software de EAI pode interagir uma variedade de

conjuntos de aplicações das empresas, permitindo a troca de dados de acordo com

regras derivadas dos modelos de processos de negócios pelos usuários, conforme é

representado suas aplicações na figura 8.

Figura 8: Integração das Aplicações da EmpresaFonte: Adaptado de KALAKOTA; ROBINSON, 2001

5.2. A INTERNET COMO CANAL DE INFORMAÇÃO E PESQUISA

Segundo Limeira (2007, pg. 109) a internet é, por excelência, um canal de

comunicação interativa entre seus usuários. Com a difusão mundial da internet, o

fluxo de informação entre as empresas e seus clientes está sendo invertido, isto é,

as empresas passam a enfatizar a troca permanente de informações com seus

clientes, e não apenas a transmissão unilateral de informação para eles.

Um exemplo deste novo tipo de difusão de informações multilaterais,

potencializadas pela internet, é a existência de sites que visam criar um espaço de

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discussão aberta e divulgação de reclamações e problemas que os consumidores

possa ter em relação a empresas e instituições.

Segundo Limeira (2007, pg. 110) outra forma de comunicação potencializada

pela internet é a que ocorre entre indivíduos que tem interesses em comum e que se

comunicam por meio de grupos de discussões ou newgroups, isto é, um serviço na

internet que funciona como um quadro de avisos sobre determinado assunto, em

que os visitantes leem as mensagens deixadas por outras pessoas e deixam suas

opiniões e comentários.

Com mais de 250 mil newgroups existentes no mundo, há pelo menos um em

cada hobby, profissão e estilo de vida, o que pode constituir uma grande fonte de

informação para o pesquisador de marketing. Outro exemplo são os blogs ou sites

pessoais elaborados pelos internautas para se comunicarem e formarem

comunidades ou redes de relacionamento pela internet.

6. PREPARO DA EMPRESA PARA O COMERCIO ELETRONICO

O comércio eletrônico não se limita unicamente a venda online, em um

processo que passa pela escolha do produto e por sua compra por meio do site da

empresa na internet, englobando também:

Realização de orçamentos online;

Disponibilização de um catálogo eletrônico;

Plano de acesso aos pontos de venda;

Gestão em tempo real da disponibilidade (produtos em estoque);

Pagamento online;

Acompanhamento da entrega;

Segundo Powarczuk (2011, pg. 204) a empresa deve estar preparada para

lançar – se ao e-commerce sob pena de ter muitas dificuldades e colocar em risco

seu negócio. Em uma visão geral, os cuidados podem ter dois focos de atenção: o

Front e o Back Office.

6.1. FRONT OFFICE & BACK OFFICE

Page 28: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

27

O Front Office ou “na frente do balcão” e o Back Office “atrás do balcão” são

utilizados geralmente para descrever as partes da empresa ou do sistema de

informação dedicadas, respectivamente, à relação direta com o cliente e à gestão da

própria empresa. Sendo assim, o Front Office é a parte frontal da empresa, a frente

do “balcão”, visível para os clientes. O Back Office é o conjunto de processos

internos da empresa, que fica “atrás do balcão”: produção, logística, estoque, venda,

contabilidade, gestão dos recursos humanos, etc. O Back Office também trata do

conjunto das partes do sistema da informação às quais o usuário final não tem

acesso (POWARCZUK, 2011, pg. 208).

Figura 9: Front & Back OfficeFonte: POWARCZUK, E. INTERNET PARA PEQUENOS NEGÓCIOS: Táticas para construir uma presença de sucesso na internet, 2011.

A figura 9 representa o Front e Back Office como a relação direta com o

cliente e à gestão da própria empresa. Segundo Powarczuk (2011, pg. 209) a

entrada no e-commerce exigirá a garantia de que as atividades de Front e Back

Office estejam funcionando bem. Há casos de empresas que se lançaram em

projetos de e-commerce e tiveram tanta demanda que não conseguiam entregar o

produto em tempo, matando o negócio, tendo com principais cuidados:

Tornar eficazes as relações da empresa como os diferentes parceiros e

fornecedores.

Dominar, da melhor maneira possível, os custos internos e externos.

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28

Tornar fluido o processo de trabalho e rápida a circulação da informação

internamente.

Manter canais para ouvir o cliente e responder rapidamente às demandas.

Manter sob-controle os diferentes processos da cadeia logística: compras,

abastecimento, gestão de estoques, transporte e manutenção.

7. ATIVIDADES EMPRESARIAIS NA INTERNET

As atividades empresariais na Internet podem ser analisadas através da

estrutura, das pessoas envolvidas e dos negócios. Atualmente, algumas das

características do novo ambiente empresarial, tais como globalização, integração

interna e externa das organizações, entre outras, têm confirmado as tendências da

criação e utilização de comercio eletrônico, já considerados realidade. Várias

atividades de uma empresa podem ser influenciadas por estas tendências, como as

áreas de RH, Planejamento, Comunicação, Tecnologia e Sistemas, Processos,

Marketing, Vendas, Logística, Finanças, Produção e Gestão, entre outros.

Considerando para fins de pesquisa alguns aspectos que atualmente têm sido mais

explorados, como: aspectos organizacionais, aspectos de comunicação, aspectos de

venda e marketing (Raquel Janissek, dissertação apresentada ao programa de Pós

– Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Onde o foco maior esta em como os aspectos de venda e marketing.

7.1. ASPECTOS DE VENDA E MARKETING

Segundo (GREENSTEIN, 2000; VASSOS, 1997) milhares de clientes estão

sendo direcionados para a internet. Ambiente melhor do que centros comerciais, as

pessoas estão escolhendo comprar mercadorias na internet, pois além da

conveniência e de não gastarem seu tempo com deslocamento e difíceis acessos,

informações que antes requeriam numerosos contatos estão agora nas pontas dos

dedos. Com o acesso fácil as informações e produtos, clientes tem muito mais

poder, o que significa que os negócios encontraram cominhos mais eficientes para

agarrar e segurar consumidores.

Page 30: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

29

7.2. NOVAS LOGISTICAS E TRANSAÇÕES COMERCIAIS

A internet é o mundo da velocidade. Nele, o cliente não quer perder tempo.

Se a página do site não carrega em três segundos, ele vai embora. Se for mal

atendido, espalha para toda a sua rede de contatos em apenas dois minutos.

No entanto, se a sua empresa for rápida e falar pessoalmente com esse

cliente, a situação pode mudar. A velocidade é própria de pequenas estruturas, está

do lado das pequenas empresas. O cliente recebe uma comunicação por e-mail e

pensa: “bem, se eu comprar dessa empresa e der um problema, eu nem sei com

quem vou falar”. Nestes casos, uma pequena empresa tem condições de prestar um

atendimento muito mais rápido que as grandes estruturas corporativas

(POWARCZUK, 2011, pg. 50).

7.3. OPORTUNIDADES DE NEGOCIOS

No mercado on-line o maior desafio é selecionar qual a melhor oportunidade

de investir dentre milhares que estão na internet, onde o maior desafio para empresa

é qual planejamento e qual modelo de negócio usar, sendo que num mesmo

segmento há diferentes modelagens que possam apresentar resultados distintos,

onde o melhor resultado é o que apresente a oportunidade de seu mercado se sair

bem sucedido e que lhe de um retorno financeiro aceitável. A empresa deve ter foco

naquela oportunidade que efetivamente atendam aos seus interesses

organizacionais e também ofereçam boas perspectivas de sucesso, atentando-se as

informações mais relevantes sobre o negócio e mercado, tais como: modelo de

negócio, quantidade e perfil da concorrência, principais competidores, análise do

mercado, viabilidade do produto para venda por meio do e-commerce, podendo

assim fortificar sua formação estratégica frente ao mercado.

8. ANÁLISE DA ESTRATÉGIA 8Ps

Page 31: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

30

A análise dos 8Ps do Marketing Digital apresentada neste capitulo consiste

em demonstrar uma estratégia onde a empresa que a aplica consiga analisar de

uma forma mais precisa seu mercado, conseguindo a melhor maneira de divulgar a

marca, se apoiando na atividade do consumidor estimulando a circulação de

informações deixando a empresa sempre em evidência e em atividade na visão do

consumidor, utilizando de métodos contundentes que transformem as empresas que

o utilizam, de modo que a mesma aprenda sobre seu mercado e melhore seu

desempenho a cada nova ação, gerindo seus resultados desenvolvendo e

transformando-os em um grande agravante para que a empresa esteja sempre em

evolução revisando os ciclos dos 8Ps se colocando assim em uma posição de

destaque, frente a empresas que não utilizam de um método de trabalho especifico

para o mercado eletrônico.

Segundo Adolpho (2012, pg. 298) o uso desta nova estratégia para o

mercado digital consiste em analisar um ciclo que começa e termina no cliente

(consumidor final), onde este processo foi denominado os 8 Ps, onde o próprio 8 na

horizontal simboliza a lemniscata conforme a figura 9, símbolo do infinito. É a

representação da empresa que está em aprendizado contínuo.

Figura 10: Lemniscata Fonte:http://www.colegiosansaturio.com/deptomatesweb/SANSAMATES/Trabajos/signosmates/INDEX.HTML

A metodologia propostas apresenta uma sequencia formal e continua de

passos que levam a empresa a um processo cíclico de geração de conhecimento a

respeito do consumidor e do próprio negócio na internet, de qual a melhor maneira

para divulgar a marca, qual a melhor maneira de se apoiar na atividade do

consumidor para estimular a circulação da informação e gerar a comunicação viral

Page 32: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

31

da marca, mensurando resultados e avaliando o perfil do publico alvo para direcionar

as novas ações.

Os 8ps faz com que a empresa mantenha o foco no método, no conceito, no

que deve ser feito. As ferramentas que serão utilizadas para isso podem ser

quaisquer que sirvam às definições da empresa a respeito de sua estratégia digital.

Hoje pode ser o Twitter, amanhã pode ser qualquer outra que apareça com o

mesmo propósito da comunicação imediata, assim como, para determinadas

pessoas, ontem era o Orkut e o hoje é o Facebook. As ferramentas mudam a todo o

momento. O importante é entender o que há de disponível que mais se adapte à

meta da empresa. (ADOLPHO, 2012, pgs. 298 – 299).

O intuito desta estratégia e fazer com que as empresas do mercado on-line

extraiam o máximo de estratégia de se apoiar no grau de atividade do consumidor e

direcionando assim as empresas a criar um modelo funcional de marketing digital de

seu negocio, da sua área de atuação.

A figura 11 a seguir mostra todos os 8ps que serão analisados no decorrer

deste trabalho:

Figura 11: Os 8 PsFonte: http://www.alessandrocorreia.com.br/metodologia8ps/

Segundo Adolpho (2012, pg. 30) o plano estratégico apresenta quais as

direções possíveis a ser tomadas no novo mundo digital, mostrando qual a

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32

estratégia a ser seguida devido às características da economia digital e do

consumidor do novo milênio, modificado pelas tecnologias da informação e da

comunicação, apresentando informações para que se descubra a melhor maneira de

adaptar esses elementos a empresa.

1º P: Pesquisa

Demonstra como obter as melhores oportunidades do mercado por meio da

ferramenta gratuita o Google Insights. Detectando com esta ferramenta qual o

melhor momento para promoção de um determinado segmento e como entender o

comportamento do mercado.

2° P: Planejamento

A criação de um bom planejamento antes de iniciar qualquer ação de

maketing digital é essencial transformando assim neste capitulo dados em

conclusão.

3º P: Produção

A fase de produção do site é a que mais gera conflitos e problemas entre

fornecedores e clientes, demonstrando assim o que deve ter um site que tenha

como objetivo gerar negócios para a empresa e quais os aspectos de programação

de SEO que um site deve ter para obter uma boa colocação no Google.

4º P: Publicação

O 4ºP são as ações de desenvolvimento e publicação de conteúdo por parte

da empresa. Demonstrando qual tipo de conteúdo deve ser desenvolvido, qual a

maneira dele ser veiculado e como o conteúdo determina uma boa posição no

Google por meio de técnicas de SEO.

5º P: Promoção

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33

Este capítulo consiste em demonstrar qual a melhor maneira de divulgar uma

empresa corretamente na internet, com algumas maneiras gratuitas de divulgação

na web. Aproveitando o conteúdo produzido no 4ºP para fazer gerar credibilidade e

tráfego no website.

6º P: Propagação

O 6ºP é a demonstração das técnicas e as bases para aumentar o potencial

de viralização de um site aproveitando também o conteúdo produzido no 4ºP.

Potencializado assim ao máximo a divulgação do 5ºP de modo a diminuir cada vez

mais o custo de aquisição, com ações no Facebook, Twitter, YouTube sem nenhum

custo.

7º P: Personalização

O 7ºP é a construção de um mailing-list e como conseguir os melhores

resultados de conversão em campanhas de e-mail-marketing utilizando regras anti-

spam para que e-mails não caiam na caixa de spam dos consumidores.

8º P: Precisão

Consiste em fazer uma demonstração básica do Google Analytics e sobre

suas excelentes ferramentas de mensuração e outros pontos que devem ser

medidos.

8.1. PESQUISA

Com a mudança dos hábitos e do consumo advinda do acesso mais barato à

tecnologia e da facilidade cada vez mais de logística, o grau de concorrência em

praticamente todos os mercados saltou para níveis insanos e inimagináveis. O

concorrente hoje esta na china, em porto alegre ou no próximo clique. É o chamado

“ambiente hiper competitivo”. Isso da munição suficiente para que o consumidor

possa escolher muito antes de se decidir pela compra, barganha o preço, formas de

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34

pagamento, prazo de entrega, atendimento personalizado, customização do produto

e serviço, e muito mais (ADOLPHO C., 2012, pg. 348).

Uma das principais funções do marketing é oferecer uma proposta de valor

para o mercado alvo e, para isso, é preciso conhecer esse mercado. E um grande

agravante para a conquista do publico alvo é o que buscam na internet, estas

buscas falam muito sobre cada um e o modo de ver o mundo e entender isso pode

ser um importante diferencial competitivo para a empresa, que por sua vez poderá

estimar com uma certa precisão a demanda e a sazonalidade de seu produto,

descobrir qual produto seu mercado está mais propenso a comprar e por quanto.

O Google atrai grande parte das buscas de todo o mundo e ele pode saber

qual a sua localização. Juntando estas duas informações, a conclusão é que o

Google sabe de onde vem cada busca e guarda isso como uma grande massa

disforme de informações em seu banco de dados (ADOLPHO C., 2012, pg. 352).

8.1.1. A escolha da palavra chave

O objetivo do 1º P é além de entender o comportamento do consumidor, é

escolher as palavras que são mais adequadas a seu negocio, aquelas que o site ao

ser encontrado na primeira posição do Google em cada uma delas, terá um trafego

substancial para iniciar bem um trabalho de marketing digital. Essas palavras

deverão ter total relevância para o negócio, ter uma quantidade de busca razoável

por mês, mas não um número de resultados na busca do Google muito grande. Por

exemplo, uma empresa de software, a palavra-chave “software” tem total relevância

para o negócio, tem um numero de buscas por mês muito grande, porém, o Google

apresenta quase de 1 bilhão de resultados para uma busca com essa palavra. Estar

em primeiro lugar na primeira pagina do Google na frente de 1 bilhão de resultados

não é muito fácil( ADOLPHO C., 2012, pg. 354).

Ao escolher as palavras-chave, nas quais serão as principais para ficar na

primeira posição do Google, devem ser separadas em grupos. Duas ou três, no

máximo, para serem as palavras-chave primarias, de sete a dez para serem as

palavras secundarias e por volta de 20 a 30 para serem as terciarias. Tendo como

objetivo ficar bem colocado nas palavras primárias e em paralelo ficar em colocado

nas secundarias e terciárias (ADOLPHO C., 2012, pg. 355).

8.1.2. O uso da ferramenta de pesquisa Google Insights

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Esta ferramenta mostra percentualmente o número de buscas por

determinada palavra no Google ao longo de um período. Onde o comportamento

das buscas de um grupo de indivíduos revela muito a respeito de um determinado

segmento ou mercado-alvo (ADOLPHO, 2012, pg. 353).

Através do Google Insights for Search é possível comparar tendências

sazonais, distribuições geográficas e categoria de pesquisas específicas. Também é

possível agrupar todas essas variáveis em uma só pesquisa, o Google permite que

seja visto a “crescente procura” global ou específica, em um filtro criado (CANDIDO,

2008).

Como exemplo de uso será feita uma pesquisa da palavra “comida japonesa”,

onde este resultado apresentado na figura 12 mostra um pico anômalo em junho de

2008, pelo fato que nesta data foi comemorado o centenário da imigração japonesa

no Brasil, resultando em um grande número de buscas da palavra “comida

japonesa” nesta data.

Figura 12: Busca de “comida japonesa” no GoogleFonte:http://www.google.com/trends/explore?hl=ptBR#q=comida%20japonesa&geo=BR& cmpt=q

A ferramenta do Google Insights mostra também quais as buscas mais

comuns relacionadas à palavra buscada. Onde o resultado pela busca da palavra

“comida japonesa” traz logo abaixo uma lista de palavras relacionadas conforme a

Figura 13:

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Figura 13: Relação de comida japonesa no GoogleFonte: http://www.google.com/trends/explore?hl=pt-BR#q=comida%20japonesa&geo=BR&cmpt=q

Analisando a Figura 13 demonstra-se que a maior quantidade de buscas

relacionadas é “restaurante de comida japonesa” onde a empresa que tiver seu

domínio como exemplo: www.restaurantecomidajaonesa.com.br será o primeiro a

aparecer na lista de busca do Google sendo assim excelente para os negócios deste

restaurante. Nota-se também que a segunda palavra com maior relação à busca é a

palavra “sushi” onde os restaurantes que já estão bem colocados no Google tiverem

esta palavra-chave terão um grande salto em sua colocação referente a pesquisa.

Segundo Adolpho (2012, pgs. 358 – 359), um grande problema é que o

Google mais de 24 milhões de resultados para uma busca por essa palavra. Onde o

aproveitamento de outra ferramenta do Google para pesquisa dos consumidores é a

dica de busca, que quando ao digitar a palavra “sushi” no Google ele disponibiliza

algumas sugestões para completar a frase que induzem os resultados das buscas

concentrando a pesquisa em algumas palavras, em vez de qualquer palavra, como

no exemplo da figura 14 onde demonstra a busca pela palavra sushi e ela é

complementada por outras:

Figura 14: Busca no Google por sushiFonte: https://www.google.com/webhp?hl=pt-BR

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37

Se alguém busca no Google usam receita de sushi, em vez de digitar as

centenas de possibilidades de palavras que existem para buscar: “sushi como fazer”,

“sushi receita rápida”, “sushi receitas”, dentre outras, boa parte das buscas se

direcionarão para a palavra “sushi receita” conforme ela aparece na figura 16. A

partir do momento que o Google sugere esta palavra, ela se torna uma palavra forte

para um negócio de comida japonesa (ADOLPHO, 2012, pg. 359).

Entende-se que o grande agravante para este restaurante que não vende livro

de receitas, mas sim vende o produto pronto, é onde uma pessoa que esteja

procurando uma receita de sushi tem uma grande probabilidade de gostar de suhsi,

sashimi, temaki, entre outros itens da culinária japonesa, esta empresa consegue

captar o contato de todas as pessoas que procuram por receitas de sushi,

considerando que uma parte será da mesma região que o restaurante, tendo assim

um público alvo para poder efetuar uma própria ação de marketing, sem depender

de veículos, onde a própria empresa será este veiculo. Onde a grande busca por

esta receita, torne-se um conteúdo interessante para se inserir no site deste

restaurante é uma coleção de receitas de comida japonesa.

A empresa se colocando assim no Google em uma busca por “sushi receita” a

todas as outras buscas relacionadas, certamente aumentará a quantidade de

pessoas que tem contato com esta marca. Dependendo da quantidade de pessoas

do país inteiro esta empresa poderá até abrir franquias (ADOLPHO, 2012, pg. 359).

Sendo assim este método de pesquisas para obter os insights do

comportamento do consumidor, é o conteúdo deste 1º P apresentado.

8.2. PLANEJAMENTO

Segundo Adolpho (2012, pgs. 410 - 411) o sucesso no planejamento de

negocio é preciso primeiramente organizar o processo de obtenção de dados

fazendo as perguntas certas e posteriormente transformando-as em informações e

conhecimento. Uma vez que o marketing é o processo de encaixe entre as

capacidades de uma empresa e os desejos dos clientes, uma empresa que deseja

fazer este marketing, antes de tudo, deve olhar para os seus clientes e perguntar o

que eles querem. É preciso entender que é o cliente o motivo de a empresa existir,

não o produto. É preciso falar a linguagem do cliente, oferecer o produto que ele

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38

quer na hora em que ele deseja, onde ele está pelo preço que ele pode pagar. O

planejamento de marketing cuida justamente de satisfazer todos estes preceitos.

Em termos de marketing digital a única mudança que há entre o marketing

tradicional é o próprio meio físico para o virtual, baseado em bits, em informações e

extremamente novo, se tornando comum a partir de 1995. Onde as ferramentas são

diferentes de vendas B2B e de uma quitanda, estes ferramentas devem ser

adaptadas para o novo consumidor e um novo mercado. O estudo para que a

empresa faça este marketing digital é transportado do conceito tradicional para o

conceito no ambiente virtual. Onde esta empresa para iniciar as atividades neste

mercado e alcançar seus objetivos, é preciso traçar uma estratégia inicial, da qual

todas as outras decorrerão, percebendo assim esta importância os passos que

serão percorridos são:

O entendimento em que negócio a empresa está.

A pesquisa de consumidor deste mercado.

O segmento do mercado em grupos de consumidores que tenham afinidades

entre si.

Pesquisa das necessidades de cada segmento e entendimento do que estes

segmentos desejam que o negócio possa resolver.

A escolha de poucos segmentos em que haja necessidades não preenchidas

e que seu ramo seja capaz de liderar e adicionar mais valor.

O posicionamento da empresa para que tenha aderência a tais necessidades.

Voltar toda a comunicação para que este segmento deseje.

Planejar a expansão segmento a segmento.

Saber qual produto e serviço será vendido ou divulgado pela internet.

Para que qualquer ação digital tenha êxito é preciso seguir este conjunto de

fatores (ADOLPHO, 2012, pg. 412).

8.2.1. Entendendo o negócio da empresa

Segundo Adolpho (2012, pg. 423 - 424) toda empresa tem competências

especificas, tem sazonalidades de vendas, tem uma proposta de valor, vende

serviço, produtos ou ambos, satisfaz uma determinada necessidade, só inicia o

Page 40: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

39

processo de vendas on-line, mas o termina no offline ou tem todo o ciclo no online,

dentre outras características. É importante descobrir todas as nuances do negócio e

planejá-las no papel. Analisar o negócio da empresa a fundo significa entender o

que de fato é a vantagem competitiva frente aos concorrentes.

Fazer algo diferenciado para todos que querem comprar, fazer algo

diferenciado para um grupo específico, fazer algo comum, é resposta de um bom

posicionamento e uma comunicação direcionada para segmentos específicos, a

concorrência se torna irrelevante.

8.2.2. Fatores críticos de sucesso

Segundo Adolpho (2012, pg. 429) e todo o mercado há elementos chamados

“fatores críticos de sucesso” ou “fatores-chave de sucesso”, para que um negócio

tenha base também na internet é citado também dois fatores críticos de sucesso

fundamentais que são os de tráfego qualificado e credibilidade, para gerar taxas de

conversão.

O trafego qualificado são as visitas feitas no site por pessoas previamente

interessadas no produto ou serviço oferecido. O papel de levar o tráfego qualificado

até o site são os buscadores, em especial o Google. Uma busca no Google já

segmenta o usuário pela necessidade a melhor segmentação possível. Trabalhando

o site com uma boa estratégia de buscas para que ele obtenha uma boa posição no

buscador em palavras-chave pertencentes ao universo semântico do negocio é de

extrema importância.

A credibilidade para um site que se proponha a fazer negócios pela internet

sejam produtos ou serviços, ter credibilidade junto ao publico alvo é fundamental.

Essa credibilidade deve ser construída por meio de vários elementos, de modo a

tornar tangível uma empresa que, teoricamente só exista no meio digital, tornado-a

palpável, tangível ao consumidor, e após isto mostrar que é uma organização idônea

e confiável.

Os fatores críticos de sucesso não serão um diferencial no negocio, apenas

farão parte do mesmo. O tendo de forma completa e eficaz, não garantira maiores

prospectos, mas impedirá que sejam perdidos. A empresa deve primeiramente se

preocupar em fazer muito bem aquilo que é o básico de sua atividade, para depois

se preocupar com os acessórios (ADOLPHO, 2012, pg. 431).

Page 41: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

40

8.2.3. Identificando o que é vendido vs o que o consumidor quer

Segundo Adolpho (2012, pgs. 434 - 435) é preciso mostrar ao publico o que a

empresa entende e o que ele precisa pelo que anseia e que tipo de problema será

resolvido na vida deste cliente. Identificar qual o negocio e quais as necessidades ou

desejos que serão satisfeitos ao público-alvo é crucial para que o segmento tenha

sucesso e se diferencie dos concorrentes. Para identificar o que e é vendido,

inicialmente é feito uma analise das características dos produtos, como peso,

durabilidade, tamanho, capacidade entre outras. Essas características são

informações palpáveis e precisas, geradas apenas como informações internas pois

não tem importância alguma ao consumidor final.

8.2.4. Segmentando o mercado

A empresa deve fazer uma escolha de segmentos em que possa gerar valor

mais rapidamente e de maneira inequívoca, sabendo quais os tipos de grupos de

pessoas que veem o maior valor no que é vendido e, por isso, estariam dispostas a

pagar mais pelo produto ou serviço e tornar a empresa mais lucrativa, tendo maiores

margens vendendo para tais grupos, que são os segmentos, que a empresa

escolheu para intensificar a sua comunicação (ADOLPHO, 2012, pg. 437).

É preciso isolar cada segmento do mercado e determinar para quais deles as

competências desta empresa tem maior aderência, determinado para quem se quer

vender e ser a melhor empresa para esses públicos específicos, onde esta

aderência será gerida com determinados tipos de publico ao mostrar para tal que a

empresa fala seu idioma e que entende do que eles precisam e tem isso para

entregar (ADOLPHO, 2012, pg. 438).

Depois de analisar o mercado e dividi-lo em diversos segmentos, é preciso

que escolha os segmentos em deseja atuar. Quanto mais turbulento é o ambiente

concorrencial, maior é a necessidade de segmentar o mercado e trabalhar focando

um ou mais segmentos (ADOLPHO, 2012, pg. 442).

8.3. PRODUÇÃO

Page 42: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

41

A maior parte deste 3º P está voltada a tecnologia, onde um site é como o

esqueleto sem ele não há forma sem ele não há forma, mas ele deve ser

desenvolvido seguindo os preceitos da encontrabilidade e usabilidade. Não deve ser

visto como um quesito isolado. Uma característica de sitas desenvolvidos em 2002 a

2005 foi justamente um uso abusivo da tecnologia em função de ferramentas que

começavam a se tornar populares, como o Flash, as programações em JavaScript, a

popularização do Ajax e outras. O Flash foi o principal responsável pela

popularização abusiva da tecnologia sem objetivos sólidos. A tecnologia deve

entender que não é soberana, mas, sim, um meio para que os objetivos de

marketing sejam atingidos. Isso leva naturalmente a sites quadrados, sem foco no

mercado e com usabilidade deficitária. O resultado são páginas que não retêm o

consumidor e não cumprem seus objetivos (ADOLPHO, 2012, pg 480).

A maneira de desenvolver um site para o Google, melhor, mais barata e

efetiva é construir o site desde o inicio seguindo critérios de otimização de sites. O

profissional que desenvolve o site deve ter isso em mente desde o inicio do

processo. Seu desenvolvimento deve ser realizado com um trabalho conjunto entre

marketing (que informará as principais palavras-chave que o site deverá trabalhar

em termos de otimização), conteúdo (que escreverá as palavras-chave nos locais

certos e com quantidade certa), design (que fará o desenvolvimento de uma

interface que possibilite que o conteúdo e as funcionalidades sejam lidos pelo

Google) e a tecnologia que transformará tudo isso em realidade. Outro ponto com o

qual a tecnologia deve se preocupar é um critério muito prático, o tempo de

carregamento do site. Com mais de um bilhão de internautas em todo o mundo, com

a precária estrutura de servidores, andando a passos lentos com a demanda de

vídeos, aplicativos e imagens, minimizar a quantidade de dados que o site envia

para o consumidor se tornara cada vez mais importante. Quanto mais simples

quanto mais espaços em branco, quanto menos elementos que façam a pagina ficar

muito “pesada”, melhor para todos, inclusive o consumidor, que verá um rápido

carregamento do conteúdo que quer ver (ADOLPHO, 2012, pg. 481).

Com o avanço da cibercriminalidade, investir na segurança do site essa

deixando de ser um luxo para se tornar uma necessidade. A todo o momento

ouvimos noticias de empresas que tiveram seus bancos de dados invadidos,

copiados e espalhados. A segurança na web é uma preocupação crescente

(ADOLPHO, 2012, pg. 482).

Page 43: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

42

8.3.1. A importância do design de interfaces

A produção do site é um resumo de tudo o que foi levantado no 1º P e que foi

definido no 2º P. O primeiro passo para iniciar o processo de produção, e que reúne

todas as áreas anteriormente citadas, é a confecção do wireframe do site. Um

wireframe é o esqueleto do site conforme o exemplo da Figura 15.

Figura 15: exemplo de wireframeFonte: http://desenvolvimentoparaweb.com/ux/wireframe-web-guia-completo/

O wireframe mostra sem nenhum layout, quais os elementos que o site deve

conter em cada página, com comentários, e a prioridade de cada um deles, como já

citado. Segundo Adolpho (2012, pg. 483) a confecção do wireframe é um trabalho

conjunto chamado usualmente de arquitetura de informação entre marketing,

tecnologia, design e conteúdo. Um wireframe dará os caminhos para o designer de

posse do esqueleto do site, sabendo da missão critica dele, entendendo o que foi

discutido no 2º P e o que foi descoberto no 1º P, ele poderá fazer um bom layout,

adequado ao que a empresa precisa em termos de interface.

8.3.2. Página principal

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43

O principal fator da pagina principal é a URL, no caso de uma empresa

pequena, sem marca conhecida, o ideal é ter como URL da página principal um

domínio que seja uma palavra-chave. Com isso aumentará bastante a

encontrabilidade desta empresa. Quando esta tática de registrar um domínio

principal igual a uma palavra-chave surtir um efeito de aumento significativo de

trafego, começa-se a trabalhar a marca da empresa. Como um segundo passo,

depois de já garantido o trafego e a taxa de conversão, que sustentara a receita

desejada da empresa. Caso a empresa já tenha uma marca conhecida no mercado

e a simples menção da marca já auxilie no aumento da taxa de conversão, é melhor

utilizar o domínio igual à marca (ADOLPHO, 2012, pg. 498).

Como exemplo de desenvolvimento de uma pagina principal será feita a

utilização da URL: www.hotelfazendaxpto.com.br.

Titulo da pagina principal: Tag title, Hotel-fazenda á 1h de são Paulo –

Hotel-fazenda XPTO. Esse título tem 58 caracteres, contando espaço e a

palavra-chave no inicio do titulo, e contém duas vezes a palavra-chave,

reforçando ainda mais a palavra “hotel fazenda”. O fato de mostrar quanto

tempo o hotel fica da capital aumenta a taxa de conversão em cliques para o

público-alvo de São Paulo, onde é o publico desejado pelo hotel.

Palavras-chave a serem utilizadas prioritariamente na pagina: hotel

fazenda. Tem como importância a indicação ao departamento de conteúdo ou

analista SEO qual a palavra que essa pagina deverá ter como prioridade.

Textos-âncora internos de outras páginas referenciando esta página:

hotel fazenda, hotel-fazenda, hotelfazenda. Essa introdução esta dizendo que

sempre que houver a palavra “hotel fazenda” em outras varias paginas, ela

deve ter um link para essa página. Não adiantando ter vários textos-âncora de

uma pagina qualquer do site para esta página, o Google só lera um texto-

âncora, ignorando os outros que tenham a mesma palavra.

Meta tag description: Hotel-fazenda XPTO a apenas 1h de São Paulo. Ligue

para nosso hotel-fazenda e faça sua reserva pelo telefone: 11 1234.5678.

sendo que o ideal para esta meta tag que ela tenha menos de 160 caracteres.

Meta tag Keyword: hotel fazenda hotelfazenda hotel-fazenda. Restringindo

as meta tag Keywords a poucas palavras.

Page 45: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

44

Como exemplo das descrições acima a figura 16 demonstra o inicio do código

da página principal do hotel-fazenda Solar das Andorinhas.

Figura 16: Exemplo de meta tagFonte: Autoria Própria

E a figura 17 mostra o resultado no Google quando se digita “hotel fazenda”.

Nota-se na imagem que este hotel foi o primeiro link a aparecer a pós os links

patrocinados no Google.

Figura 17: resultado da busca “hotel fazenda” no GoogleFonte:https://www.google.com.br/search?q=hotel+fazenda&aq=0&oq=hotel+fazenda&sugexp=chrome,mod=9&sourceid=chrome&ie=UTF-8

Os destaques são outras fotos que vêm logo abaixo da testeira, porém com

mais texto, menores e em maior número. Segundo Adolpho (2012, pg. 500) o

negócio de hotel-fazenda é muito visual, logo, tem que ter muitas fotos. As páginas

mais visitadas nesse tipo de negócio são páginas de fotos e preços. É importante ter

muitas fotos e vídeos no site, de preferência vinculadas ao YouTube, onde este

assunto será tratado no próximo P. Resumidamente os destaques da pagina

Page 46: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

45

principal mostram o que o usuário tem que ver logo de inicio, depois de ver a testeira

da página.

8.4. PUBLICAÇÃO

Segundo Adolpho (2012, pg. 533 - 534) a questão do conteúdo é de longe

uma das mais importantes a serem trabalhadas em um site que se propõe a ser uma

plataforma de negócios no ambiente interativo. Existem dois caminhos que o site

tem que trilhar. O primeiro é o conteúdo “in site”, necessários para uma boa

colocação no Google, mas também para persuadir o consumidor de que sua

empresa é a melhor opção para persuadir o consumidor de que a empresa produz

nesses sites.

A interatividade da internet hoje oferece uma excelente ferramenta para criar

um laço mais duradoura com o mercado: a possibilidade de o usuário construir uma

parte do site, criando seu próprio conteúdo nele. Melhor que o conteúdo gerado pela

empresa é o conteúdo gerado pelos próprios usuários, pois é muito mais rico e

gerado com mais rapidez, fazendo com que o site seja encontrado com maior

facilidade. O conteúdo colaborativo é uma ferramenta poderosa par geração do

conteúdo inédito. Deixar um espaço para os “prossumidores” (consumidores de

conteúdo que também são produtores de conteúdo) escreverem é de extrema

importância para que o site de uma companhia tenha uma estratégia de

encontrabilidade mais sólida.

A cada dia, buscadores e internautas dão mais valor a sites que tragam

informação relevante ao publico. Sites que tratem de um determinado assunto de

seu segmento com propriedade e responsabilidade, não procurando somente vender

o produto, mas ajudando o consumidor a compra-lo. Um site deve veicular

informação pertinente na forma de artigos, dicas, materiais e outros textos.

As vantagens que um site com conteúdo tem são inúmeras:

Gera quantidade maior de palavras-chave, tornando-se mais visível para os

buscadores e alcançando, com isso, melhor classificação.

Transmite uma imagem de valor agregado, devido a conteúdo informativo que

traz consigo, melhorando substancialmente a percepção de qualidade da

marca por parte do consumidor.

Page 47: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

46

Gera mais links de entrada, vindos de outros sites, por se tornar referência

em determinado assunto.

Facilita a fidelização do usuário, que inclui o site nos “favoritos”, Por se tratar

de um site útil.

Um site com bastante conteúdo relevante ao usuário a chave para seu

sucesso, tanto com os consumidores quanto com os mecanismos de busca.

8.4.1. Otimização do site por meio de conteúdo

É importante ter os principais critérios de otimização para aplica-los de

maneira correta e funcional para o site.

8.4.1.1. O início

Segundo Adolpho (2012, pg. 549) o mais importante no inicio de qualquer

processo de otimização é saber como o Goolge enxerga o site. Onde o PageRank é

a visão do Google sobre o site em relação a maneira como ele interage com o

restante dos sites na web. Em relação ao PageRank do site é importante que haja

links externos apontando para que ele tenha relevância para o negocio.

A qualidade de um link a partir de um site esta diretamente ligada a

importância que o Google da para este site, mas também à relevância desse site

para o negocio. Essa relevância é dada principalmente pelo universo semântico

comum entre os dois sites. As palavras-chave comuns, principalmente. Por exemplo,

um site de uma pet shop, é melhor ter um link do site revista Cães & Cia do que um

link do site de uma oficina mecânica , esse não será um link de qualidade para esta

pet shop. Porém, se houver um site de uma associação de criadores de pássaros,

um site de uma revista sobre cães e gatos e outros afins com um link do site da pet

shop, será bem mais efetivo, quanto mais links o site tiver apontando para ele,

melhor será a sua classificação no buscador. A quantidade e a qualidade de links

que referenciam o site afetam diretamente o PageRank. Um site não é refincado por

outros e não houver algo interessante de conteúdo relevante, o motor de buscas não

é enganado com compra de links ou construindo uma rede de sites com conteúdo

duplicado somente apontando para o site, ele detecta todos os truques que

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programadores do mundo inteiro tentam fazer e, quando encontra alguma ação

ilícita segundo as regras do Google, pune o site reclassificando-o dezenas ou

centenas de posições abaixo da atual ou até o banimento do site pelo seu índex

(ADOLPHO, 2012 pg. 550).

8.4.1.2. Critérios de otimização

Segundo Adolpho (2012, pg. 551) para um buscador, listar um enorme

conjunto de sites em uma ordem pertinente, ele deve aplicar sobre cada pagina um

conjunto de critérios para pontua-la e, assim, classificá-la. Esses critérios são a base

da classificação, definindo os critérios, trabalhando cada um deles melhor que os

concorrentes fazem o site ser o primeiro colocado na classificação, onde este

trabalho é chamado de técnicas SEO (Search Engine Optimization) ou ainda um

termo em português MOB (Marketing de Otimização para Buscadores).

A otimização de Sites (SEO) é o desenvolvimento e a implementação de uma

estratégia para obter as primeiras posições nos resultados dos mecanismos de

busca, como Bing e Google. A implementação dessa estratégia gera o aumento de

visitas qualificadas e o crescimento das vendas e leads através do site (ENGE,

SPENCER, et al., 2010, pg. 2).

Onde os principais critérios segundo Adolpho (2012, pg. 551) são:

Uso de palavras-chave no titulo da pagina, de preferência no inicio do titulo,

com menos de 65 caracteres preferencialmente.

Texto-âncora nos links de entrada, sendo os links que contenham palavras-

chave e os chamados “links de entrada” os links externos vindos de outros

sites.

Autoridade global dos links do site, quanto a autoridade global do site que

contenha os links.

Popularidade dos links da estrutura interna de links do site, proximidade com

a página principal do site.

Relevância do tópico dos links de entrada, similaridade do universo semântico

e autoridade do site no termo relativo a página par a qual o link aponta.

Page 49: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

48

Popularidade dos links do site na comunidade de tópicos, mensuração de

credibilidade do site na comunidade de tópicos relevantes ao assunto do qual

o site se trata.

Uso de palavras-chave no conteúdo do texto.

Popularidade global dos links dos sites que se ligam ao site, relevância do site

que tem um link para o site no assunto tratado pelo site.

O consumidor de hoje quer um comprometimento com a marca antes de

adota-la em seu dia a dia. As pessoas precisam acreditar em algo, e o consumidor

comum não é diferente. Ele quer acreditar em sua empresa, mas precisa de um bom

motivo para tal. Para se comprometer com sua marca, ele precisa se relacionar com

ela o mínimo possível. É preciso que, para de fato acredite na marca e lhe seja um

pouco mais fiel do que normalmente a todas as outras, passe por um ciclo que está

se mostrando cada vez mais extenso e delicado. Não basta dizer que seu produto é

o melhor, o consumidor precisa acreditar nisso também (ADOLPHO, 2012, pg. 567).

8.5. PROMOÇÃO

Promoção é o conjunto de ferramentas que visa à viabilização e ao aumento

das vendas (trocas) e à diferenciação do produto ou da empresa entre seus

concorrentes, ou seja, a função da promoção é fazer com que o público-alvo

conheça a existência do produto e o seu posicionamento (GABRIEL, 2010, pg. 50).

Segundo Adolpho (2012, pg. 620-621) o 5º P deve ser visto sempre como um

estopim para uma ação maior, não algo que morre em sim mesmo. É preciso

planejar para multiplicar, não para atingir o maior numero possível de pessoas, é

melhor investir mais tempo pensando criativamente em algo que as pessoas tenham

o desejo de passar para frente do que investir mais dinheiro em algo que morrerá no

primeiro contato. A empresa deve servir seus consumidores, oferecendo-lhes algo

que eles precisem, na hora que eles precisem, quando eles precisam. A internet é

um ambiente em que as pessoas poderiam servir mais. Cada promoção deve ter em

seu gênese o “servir”, só assim será viral. A empresa deve ter seus clientes e as

pessoas que entram em contato com a marca como aliados na luta da empresa pelo

mercado, não simplesmente espectadores. Os princípios básicos para que uma

promoção se torne viral são:

Page 50: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

49

A promoção deve dar motivos para o consumidor voltar frequentemente à

página da promoção.

A promoção deve ser relevante para que chame a atenção e o consumidor

tenha vontade de entendê-la. O ideal é que a promoção atinja um público-alvo

especifico e não tente ser tudo para todo mundo. Atinja um nicho especifico

que seja acessível e que tenha alto índice de agregação.

A promoção deve estimular as pessoas a passa-la para frente, de modo que

todos ganhem.

O ideal é que a campanha mexa com elementos inerentes à natureza

humanas, como exemplo campanhas engraçadas feitas geralmente pelo

Facebook que promovem o “vou passar para frente que é muito engraçado”.

Tenha um gatilho na campanha para que s pessoas possam propaga-la

facilmente, como os botões de “Twitte isso” ou “Curta e Compartilhe isso”.

Quanto mais simples melhor, a ideia tem que ser boa e complexibilidade

raramente têm a ver com qualidade. Pode ser complexa nos bastidores, mas

o que aparece para o consumidor tem que ser simples.

A promoção da campanha é basicamente utilizar ferramentas certas para

divulgar um conteúdo. A promoção da campanha na internet pode acontecer de

várias formas, sendo elas mostradas a seguir conforme o tipo de ação.

8.5.1. Campanha de links patrocinados

Apesar de ser uma ação passiva, assim como um trabalho de otimização de

sites que depende da atividade do usuário de buscar algo que lhe interesse,

considerando tal ação como uma promoção. A empresa paga para aparecer para o

usuário, sendo uma ferramenta de divulgação (ADOLPHO, 2012, pg. 622).

8.5.2. Campanha de redes sociais

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50

As promoções em redes sociais envolvem não só a própria divulgação, mas

também o hot site que vai apoia-las, o e-mail marketing, o conteúdo que servirá para

ser visualizado e ouros elementos que estão em torno da campanha, é uma

ferramenta de divulgação, nas também de propagação (Adolpho, 2012, pg. 622).

8.5.3. Campanhas integradas online + offline

São as mais comuns que acontecem. Uma empresa faz uma campanha

offline e a expande para o meio online por meio de hot sites, banners, pop-ups,

buttons e outros meios. Onde a campanha será veiculada é importante, mas não tão

importante quanto o conteúdo que será divulgado.

A divulgação deve ser feita online + offline para ganhar peso e consistência. É

a conversa entre as mídias que fará com que o conteúdo seja mais bem veiculado

(Adolpho, 2012, pg. 623).

8.5.4. Programas de afiliação

A empresa pode optar por lançar um programa de filiados, como fizeram o

Google (AdSense), o Mercado Livre, o Submarino e outras empresas. Nos Estados

Unidos os programas de filiação são uma realidade que transformam muitos cliques

em dinheiro, no Brasil são uma estratégia de promoção que está apenas começando

(ADOLPHO, 2012, pg. 623).

8.5.5. Campanhas de e-mail marketing

O ideal é que campanhas de e-mail marketing sejam acompanhadas de

outras ações de captação de mailing, e não de compra de um mailing de pessoas

que nunca ouviram falar da empresa (ADOLPHO, 2012, pg. 624).

8.5.6. Redação de artigos para sites diversos

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Essa é uma maneira de divulgar a marca da empresa por meio dos sites de

referência. Uma maneira de mostrar ao mundo, utilizando sites de conteúdo, do que

a marca da empresa entende (ADOLPHO, 2012, pg. 624).

Sites de conteúdo são sites focados em um tema ou público específico, tais

como: jardinagem, economia, culinária, futebol, artes, e uma infinidade de outros

assuntos de interesse. Nesses sites, o internauta encontra conhecimento, fóruns de

debates, dicas úteis, além de poder interagir com outras pessoas de interesse

semelhante, sempre em torno de um tema central. No início da Internet, os sites de

conteúdo eram tão badalados quanto as lojas virtuais, as mesmas condições que

possibilitaram o firme crescimento das lojas virtuais sopram ventos favoráveis em

direção a esse tipo de sites (FELIPINI, 2008).

8.5.7. Criação de releases para a imprensa

O conteúdo produzido pela acessória de imprensa deve estar em perfeita

harmonia com os trabalhos de marketing digital desenvolvido. Obter links de

veículos, escrever palavras-chave nas matérias nos lugares certos do texto, associar

tais palavras à marca do cliente e outras tarefas fazem parte do novo rol de funções

que uma acessória de imprensa deve contemplar em seu contrato de trabalho com o

cliente, com a promoção de vídeos virais, webcasts, newsletters outros conteúdos

virais, otimização do site na busca natural e a publicação de resultados de pesquisas

realizadas pela empresa para imprensa (ADOLPHO, 2012, pg. 622).

Cada negócio tem suas estratégias próprias, com uma maneira de promover

uma marca, com forte viés de viralização, são ações conjuntas de marketing digital

com marketing de guerrilha. Deve-se perceber que na internet o promocional e o

institucional se misturam. A empresa pode fazer um link patrocinado para divulgar

um produto, onde a empresa ou uma campanha de descontos de fim de estoque. A

imagem de credibilidade da empresa é o que fará com que ela tenha êxito ou não.

Ações que gerem engajamento e que se apoiem no grau de atividade do consumidor

têm muito mais chance de dar certo.

8.6. PROPAGAÇÃO

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52

O 6º P é sobre comunicação viral que é diferente de spam, existe uma linha

que separa os dois. Comunicação viral se dá de consumidor para consumidor, ao

invés do spam que é da empresa para o consumidor. É uma publicidade consentida

pela amizade de pessoas. É relevante e depende da vontade do consumidor de

transmiti-la. Os primeiros a ter a peça (os “alfas”) recebem-na com consentimento

(opt-in) e passam a espalha-la porque consideram interessante ou porque gerara

valor para seus amigos. O aspecto viral acontece somente na segunda etapa,

quando os consumidores se sentem a vontade e estimulados para passar a

mensagem para seus amigos. Existe uma regra dos 90/9/1, em que somente 1% do

público (os “alfas”) cria comunicação para o mercado (escreve o tweet, escreve o

post no blog, grava o vídeo etc.), 9% (os multiplicadores) só passam a informação

para frente (retwittam, indicam o blog, enviam o link do YouTube por e-mail ou

colocam no perfil do Facebook, mas não criam nada de novo), sendo 90% dos

consumidores apenas consomem informação, sem nem ao menos repassa-la para

frente (ADOLPHO, 2012, pg. 689).

Independente de estar no YouTube, Facebook, Twitter, em e-mails ou

qualquer outro meio similar, uma campanha de comunicação viral depende da

vontade do consumidor de dissemina-la e, para isso, deve ser interessante e

relevante para ele.

8.6.1. Propagação utilizando o Facebook

O Facebook é uma rede social onde é bem mais fácil de desenvolver

conversas do que em outras grandes redes sociais, como Twitter e Linkedin. Há um

campo “No que você esta pensando agora?” em que há a possibilidade de inserir

vídeos, fotos, links e até 420 caracteres de texto, tornando a expressão mais fluida.

Há possibilidade de comentários em cada post, de “curtir” e de “compartilhar” no seu

próprio “mural” os posts de outros, facilitando a disseminação de uma informação.

O Facebook tem basicamente três maneiras de interação: paginas de perfil,

paginas de fãs e grupos. As paginas de fãs são as melhores para produtos, marcas

e empresas. As páginas de perfil são as melhores para pessoas. O ideal é a

empresa ter uma página de perfil para o “representante da empresa” e uma página

de fã para marca da empresa. Lembrando que é mais fácil entrar no mercado como

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53

pessoa física, não como empresa. A página do representante a empresa no

Facebook pode ser o inicio do contato das pessoas com a marca.

O Facebook ainda oferece uma estatística razoável sobre sua pagina de fãs,

uma espécie de Analytics do Facebook. Não traz muitas informações, mas são o

suficiente para ter uma noção de quem esta visitando a página e qual o grua de

interação estão tendo com ela. O Facebook, assim como o Twitter e o Orkut tem um

botão “connect” ou “login with Facebook” em que o consumidor pode utilizar sua

conta no Facebook para se conectar a um determinado site, ao invés de preencher

formulários gigantescos a todo o momento para se logar em um site, ele pode entrar

pela conta do Facebook, do Twitter ou do Google em vários sites. Outra

funcionalidade interessante para a empresa é dar uma ferramenta fácil para que o

consumidor convide todos os amigos do perfil dele no Facebook para entrar em uma

promoção. Os plugins sociais e a possibilidade de criação de aplicativos, jogos,

páginas de fãs e outras funcionalidades faz do Facebook uma excelente ferramenta

para que as pessoas divulguem a marca (ADOLPHO, 2012, pg. 699 - 704).

8.6.2. Propagação utilizando o Twitter

Twitter é uma ferramenta de marketing direto, é a resposta imediata de uma

determinada comunicação voltada para o mercado de vendas e negócios. O 6º P

pode se apoiar de forma consistente no Twitter como uma das principais

ferramentas de propagação de informações. O Twitter é hoje uma ferramenta de

divulgação, um veículo de disseminação de informações e mensuração da

“infosfera” da internet. No Twitter o usuário, por meio de encurtadores de URL,

divulgar vídeos no YouTube, novas apresentações no SlideShare, novos aplicativos

na pagina de fãs do Facebook ou novos modelos de produtos do próprio site, é uma

maneira de deixar o publico alvo da empresa sempre informado sobre as ações da

mesma. No Twitter também vale a regra dos 90/9/1. Somente 1% produz de cinco a

dez tweets por dia, são os “alfas” que a empresa deve alcançar (ADOLPHO, 2012,

pg. 706).

As aplicações do Twitter que o potencializam são o Twitpic, para postar

imagens, ou o TwitCam, para transmissões de vídeo ao vivo. No Twitpic, cada foto

inserida no álbum é automaticamente twitada, para que os seguidores vejam que há

Page 55: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

54

novidades, como lançamento de um produto ou mesmo imagens de um evento

promovido pela empresa.

O Twitter também é ótimo para monitorar a merca da empresa, onde muitas

empresas descobrem reclamações e clientes insatisfeitos pelo Twitter, ele é

excelente para a empresa ouvir o que os clientes e parceiros têm a dizer, para, a

partir daí, construir um relacionamento mais estreito com eles (ADOLPHO, 2012, pg.

710).

Todas essas promoções para conseguir seguidores são baseadas em

“comprar” o consumidor com prêmios e brindes. O melhor cenário, porém, é quando

o Twitter da marca da empresa ganha seguidores espontâneos, mesmo que a

mesma não escreva absolutamente nada no Twitter, isso denota a força de uma

marca (Adolpho, 2012, pg. 711).

8.6.3. Propagação utilizando o LinkedIn

Enquanto o Facebook é a rede para contatos pessoais, preferências, os

lugares para onde viajou, aplicativos sociais e outras características de um individuo,

o LinkedIn é focado na carreira, na vida profissional. É uma rede voltada para o

mercado de trabalho muito utilizada, justamente por isso, por head hunters.

O LinkedIn também tem integração com o Twitter, assim como o Facebook. O

que é twittado aparece no mural, isso faz do Twitter um comunicador que espalha

conteúdos de 140 caracteres em varias redes ao mesmo tempo, com vantagem de

poder twittar no celular, é possível se comunicar com os seguidores do Twitter,

amigos no Facebook e contatos do LinkedIn estando em qualquer lugar com um

celular e um sinal de internet.

O LinkedIn é atualmente a melhor opção para encontrar fornecedores,

clientes potenciais, colegas de trabalho, especialistas em determinado assunto. É

uma rede que evita que os contatos se percam com a mudança de uma empresa

para outra. É uma rede muito voltada para carreira e esta presente em mais de 150

países, o que torna uma ferramenta de empregabilidade global (ADOLPHO, 2012,

pg. 721).

Page 56: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

55

8.6.4. Propagação utilizando o Foursquare e as redes sociais geolocalizadas

O Foursquare é uma mistura de rede social com mapa da ciadade que utiliza

o sistema de GPS do smartphone para associar informações postadas por ele a

localizações, lugares onde esteve, localização de amigos, resenha sobre lugares

que o usuário deseja ir e outras funcionalidades, sendo uma boa ferramenta de

comunicação. Quando um consumidor faz um check-in em algum lugar pelo

Foursquare, caso a rede de geolocalização esteja integrada ao Facebook ou Twitter,

todos os seguidores ou amigos saberão onde foi dado o check-in. Isso divulga o

lugar do check-in, por exemplo um restaurante gratuitamente. Apenas utilizando as

ferramentas de que o consumidor dispõe para exercer seu grau de atividade.

Promoções baseadas em check-ins em locais ligados à marca da empresa se

espalham pelo Facebook, Twitter e outras redes, onde isso é aproveitar a divulgação

do consumidor (ADOLPHO, 2012, pg 723).

8.6.5. Propagação utilizando o YouTube

O YouTube pode ser utilizado para criar vídeos demonstrativos, explicativos,

cobertura de eventos entre outras funcionalidades que se adéquam ao quesito

marketing viral para empresa, com a forma de poder fazer os “embed” dos vídeos

onde pode transformar os usuários comuns em aliados cedendo-lhes conteúdo

gratuitamente onde eles espalham esse conteúdo a seu favor, postando os links dos

vídeos em suas redes sociais, caso eles percebam relevância em tal conteúdo.

O que faz do YouTube e dos vídeos ferramentas poderosas de divulgação é

também o fator “novidade”. Permite que empresas valorizem seus usuários por meio

de campanhas especificas para internet. A simples menção da marca YouTube já

faz aflorar uma serie de sentimentos que se traduzem por comunicação viral,

modernidade, diversão, web 2.0 e genialidade (ADOLPHO, 2012, pg 735).

8.7. PERSONALIZAÇÃO

Com o cumprimento dos outros 6 Ps, foi organizado o “estabelecimento” com

os quatro primeiros, divulgou que o estabelecimento estava pronto no 5º P e 6º P e

agora a empresa tem uma porção de contatos, seguidores no Twitter, cadastros de

Page 57: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

56

compras, pessoas que entram em contato diariamente com o negocio. A empresa

está se relacionando com o mercado. O próximo passo o 7º P é personalizar o

relacionamento. Quanto mais a empresa personaliza o relacionamento com o seu

mercado, mais ela ganha whuffies, aumentando o capital social. A personalização do

relacionamento só é possível quando a empresa conhece o seu consumidor e tem

ferramentas para gerar inteligência para tal. Saber quais as páginas um determinado

consumidor visita regularmente no site, saber quais serviços ele já contratou da

empresa, saber qual o ticket médio de cada um e qual frequência com que compra.

Saber o que o cliente acha da empresa e se indica a marca para outras pessoas.

Tudo isso faz parte do monitoramento continuo de cada consumidor (ADOLPHO,

2012, pg. 758).

Quanto mais personalizada puder ser a solução para o consumidor, melhor.

Se a empresa oferece exatamente o que ele quer, será difícil ele encontrar outra

solução igual em um concorrente. Oferecer exatamente o que ele deseja é construir

relacionamento com ele, dependendo do produto e da tecnologia por detrás da

operação isso é possível ou não. Cada mercado tem seus próprios critérios de

segmentação, o primeiro passo para personalização é levantar esses critérios para o

mercado desejado e aplica-los a base de clientes. A partir do momento que tiver a

base segmentada por características inerentes ao ramo de mercado da empresa,

passará a desenvolver comunicação voltada para cada segmento. Uma

segmentação importante é com relação ao numero de compras, separando os

mailings de quem já comprou da empresa dos de quem nunca comprou. O publico

que já comprou da empresa tem um tipo de comportamento com relação à

comunicação da empresa, onde ele já teve contato com a marca e a experiência de

compra já foi medida, se a experiência já foi boa, tende a comprar de novo

(ADOLPHO, 2012, pg. 760-761).

Quem nunca comprou ou ainda não confia na marca da empresa o suficiente

para tal ou ainda não teve oportunidade de comprar, geralmente esses são

consumidores que tem o menor ticket médio, entendendo isso e oferecendo

produtos mais baratos para quem nunca comprou e de valor mais elevado para

quem já comprou. O objetivo é levar quem nunca comprou a comprar pelo menos

uma vez, posteriormente e esta etapa, deve-se segmentar quem comprou uma única

só vez e há mais de seis meses e quem comprou mais de uma vez. Quem comprou

uma única vez e não voltou a comprar pode ter tido uma experiência ruim da

Page 58: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

57

compra, é preciso analisar esses casos para verificar o porquê (ADOLPHO, 2012,

pg. 762).

8.7.1. Personalização de conatos utilizando “tags”

Uma maneira interessante de personalizar contatos é por meio de “tags”. Um

contato pode receber mais de uma tag e, portanto, estar em mais de u segmento.

Por exemplo, um dos contatos é um senhor casado, com dois filhos, na faixa dos 15

anos, de meia idade, residente no Rio de Janeiro, que viaja muito e gosta de golfe.

Ele pode ter as seguintes tags: golfe, viagem, esporte, Rio de Janeiro, 42 anos,

meia-idade, filhos, filhos adolescentes, homem, casado e outras que sejam

associadas ao seu estilo de vida, sua classe social, seus hábitos de consumo de

vários tipos de produtos. Quanto mais personalizada e “tagueada” o Banco de

contatos de consumidores, mais a empresa poderá saber sobre eles e melhor se

comunica e personaliza produtos e serviços para eles. Esse tipo de ação traz uma

vantagem adicional, mostra para a empresa diversos insights de mercado e

oportunidades que não teriam antes, para isso, basta cruzar informações, onde a

empresa pode descobrir que o ticket médio da loja aumenta com a idade do

consumidor, podendo significar campanhas direcionadas para clientes idosos com

produtos Premium (ADOLPHO, 2012, pg. 764).

Essa aplicação pode levar a empresa a descobrir que há um grupo de clientes

que compra regularmente do site e que já contratou os serviços mais de dez vezes

nos últimos seis meses, esses clientes são cativos e provavelmente falam da marca

para outras pessoas. A empresa pode dar ferramentas para eles espalharem esse

gosto que tem pela marca para amigos e parentes, seja por meio de uma ação que o

incentive a convidar amigos para a página de fã da empresa no Facebook, seja

enviando-lhe um e-mail que ele dispare para a base de contatos dele no Outlook

(ADOLPHO, 2012, pg. 765).

8.7.2. Personalização segmentada utilizando e-mail marketing

Ressaltando as palavras de Adolpho (2012, pg. 769-770) a empresa deve

gerar conteúdo e entregar valor. A empresa não vende produtos e sim benefícios e

soluções. Ela entrega algo ao consumidor que ele precise para resolver um

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58

problema ou para satisfazer um desejo, ele vê mais valor na solução de que a

empresa oferece pelo preço cobrado do que vê no concorrente, e só por isso ele

compra de sua empresa. Valorizar um produto é muito mais do que fazer um preço

baixo ou fazer uma bela propaganda, valor tem a ver com segmentação,

credibilidade, segurança de que se esta comprando a coisa certa, estes entre outros

requisitos devem ser trabalhados na comunicação.

Todos estes atributos são validos a partir do momento em que o consumidor

os percebe. Para isso, a empresa deve mostrar e fixar tais atributos de valor na

mente do consumidor, tendo como base uma programação bem feita e planejada

dos e-mails que enviará para o público-alvo que deixou o e-mail em razão do

conjunto de técnicas voltadas para captura de e-mails de visitantes, as “iscas

digitais”. Um bom e-mail marketing é, na realidade, um newsletter que pode ter

imagem só para deixa-lo mais agradável, mas toda sua estrutura deve ser um

HTML, para cumprir a missão crítica a que se propõe, tem que passar por vários

filtros, como não cair na caixa de spam e ter título atraente o suficiente para

provocar o clique do consumidor.

O conteúdo de um newsletter deve ter sua complementação no site da

empresa, ao envio de um newsletter deve-se em algumas partes, fazer com que o

consumidor se sinta instigado a clicar nele para ir ao site para saber mais sobre o

que o newsletter anunciou. A landing page (página de pouso) deve ser muito bem

tratada, é ela que vai continuar a comunicação que ralizou no e-mail, pois não

adianta ter um e-mail com taxa de clique de 50% se a taxa de rejeição da landing

page é de 90%. O objetivo não é fazer a pessoa clicar no link do e-mail, é atingir a

missão crítica do site. O assunto do newsletter é a parte mais importante do e-mail.

Até mais importante que do conteúdo, em certos aspectos. O ideal é que tenha

assuntos que já chamem a atenção por si mesmo e tragam o nome de quem recebe,

como um newsletter sobre vendas poderia ter o assunto: “José, sua equipe de

vendas está motivada?” Um newsletter sobre moda poderia ter o assunto: “Maria,

saiba como se vestir para uma entrevista de emprego.” Quando o newsletter é muito

segmentado, o nome não aumenta tanto assim a taxa da abertura do e-mail, dado

que as pessoas já esperam o newsletter porque ele traz conteúdo muito relevante

para elas (ADOLPHO, 2012, pgs. 772-773).

Page 60: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

59

Quanto mais conteúdo segmentado e relevante para cada consumidor a

empresa envia, mais ele se sentira seguro para comprar da mesma, simplesmente

porque sentirá que a empresa o conhece e sabe o que é melhor para ele.

8.8. PRECISÃO

Segundo Adolpho (2012, pg 776) o 8º P parte justamente do ponto de que na

internet tudo pode ser mensurado e, sendo assim, é importante que seja feito para

saber que ações deram certo e que ações não surtiram o efeito desejado, para

melhor conhecer o público-alvo e voltar ao primeiro P, da Pesquisa, com mais

informações a respeito de quem é o consumidor e reiniciar o ciclo dos 8 Ps.

Na internet é possível fazer uma pesquisa de mercado a um custo

praticamente nulo por meio de links patrocinados. Por meio de um teste A/B, é

possível saber qual pagina principal do site traz melhor retorno e consegue medir

com precisão a taxa de rejeição de cada uma delas, quantos usuários entraram na

pagina e saíram sem navegar em uma segunda pagina do site, e muitas outras

informações que podem ser primordiais para que se saiba exatamente qual a melhor

estratégia de marketing antes de investir uma pequena fortuna em esforços de

propaganda que a empresa não tem certeza se darão certo ou não (ADOLPHO,

2012, pg. 777).

8.8.1. O teste A/B

Ele é um dos testes mais importantes que pode ser feito com as paginas do

site, para cada tipo de mercado uma pagina com um determinado tipo de layout dará

mais certo do que a mesma pagina com outro tipo de layout. Uma desvantagem do

teste A/B é a sua limitação com o numero de variáveis a ser estudadas, no teste só

pode mudar uma variável de cada vez para testar corretamente o peso dela no

sucesso da campanha ou no anuncio, mudando ao mesmo tempo o titulo e o texto

de um anúncio fracassado e não se saberá se era o titulo que estava péssimo ou se

foi o texto que prejudicou (ADOLPHO, 2012, pg. 778).

Tem-se o seguinte cenário: os sites se dispõem de dois títulos para um

anuncio de links patrocinados – A1 e A2 – e dois textos para seu conteúdo de 70

caracteres divididos em duas linhas – B1 e B2. As taxas de conversão variam da

Page 61: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS NO AMBIENTE DE MARKETING DIGITAL E e-COMMERCE: a estratégia dos 8 Ps

60

seguinte maneira diante da combinação de títulos e textos. Fixando-se o titulo A1,

tem-se:

A1 + B1 = 7%

A1 + B2 = 5%

Isso mostra que o texto B1 é melhor que o texto B2. Porém com um segundo

experimento, agora trabalhando o texto B1 com os dois títulos:

A1 + B1 = 7%

A2 + B1 = 10%

Concluindo-se assim que a melhor combinação é o texto B1 com o titulo B2,

completando o teste A/B.

8.8.2. Principais critérios de Web analítica

Há alguns principais indicadores que podem ser trabalhados para atingir boas

medias nas analises feita para o site.

8.8.2.1. Vocabulário

Um relatório é um conjunto de números, para um relatório ser conclusivo, ele

deve ter a analise dos dados e apontar para uma direção. Os relatórios devem ser

sempre analisados com os olhos do negocio, enxergar o que esta dando certo e o

que esta dando errado. Aprender o que cada palavra diferente do universo de TI

representa em um relatório ajuda a lê-los de uma maneira mais efetiva (ADOLPHO,

2012, pg 787).

8.8.2.2. Visitas e visitas únicas

Segundo Adolpho (2012, pg. 788) a análise deve ser feita pelo numero de

visitas ao site, tanto em visitas quanto em visitas e vistas únicas. Algo a ser

ressaltado é que não se deve analisar simplesmente as visitas do site de modo

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isolado, no mês corrente, mas sim sempre o comparando com o mês anterior ou um

período anterior qualquer. Devendo enxergar para onde está caminhando, se as

visitas estão progredindo ou não, como por exemplo, houve 200 mil visitas no mês

atual, vista de forma isolada parece ser muito, mas se for verificado que no mês

anterior houve 300 mil visitas , esse numero decaiu de uma forma catastrófica. A

analise sempre deve ser feita tomando por base um período de referência.

Um acréscimo repentino no numero de visitas pode significar que o site foi

posicionado na primeira pagina do Google em uma palavra importante, saiu em um

veiculo de massa ou foi “viralizado” em algum blog ou rede social.

Um decréscimo também é importante a ser analisado, pode significar, por

exemplo, que o site foi banido da classificação do Google por alguma técnica

antiética ou que o servidor saiu fora do ar. Para cada fonte de trafego deve-se

analisar qual a relação entre visitantes e visitantes.

8.8.2.3. Tempo médio no site

Manter o consumidor pelo maior tempo possível no site é uma meta a ser

alcançada por qualquer site e existem varias maneiras de se conseguir isso. Deve-

se ter conteúdo relacionado ao conteúdo da página. Se a página fala sobre a

importância de uma dieta equilibrada para o processo de emagrecimento, uma foto

com o conteúdo “alimentos que emagrecem” e colocando nessa pagina uma isca

digital, como “receba gratuitamente a tabela com uma dieta equilibrada de acordo

com seu biotipo”. Essa pagina também pode ter um filme “embedado” do YouTube

de curtíssimo tempo (2min a 3min), sobre como preparar uma determinada receita

para emagrecer. Quanto mais elementos tiver para fazer o consumidor passear

pelas outras páginas do site, mais tempo ele vai ficar no site. Links internos nos

textos para especializar conteúdo são uma ótima tática também, se um texto fala “...

para diminuir a quantidade de calorias na sua alimentação prefira comer alimentos

com fibras logo pela manhã ...”, “alimentos com fibras” pode ser um link para outra

página que mostra quais são o quais as vantagens de alimentos com fibras.

Essas táticas não só aumentam o tempo de retenção do consumidor no site

como melhora a otimização da pagina “alimentos com fibras” nessa palavra-chave

(ADOLPHO, 2012, pg. 789).

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62

8.8.2.4. Exibições de páginas

Segundo Adolpho (2012, pgs. 789-790). Quanto mais páginas os

consumidores visitarem, mais tempo eles passarão no site, então essa métrica

acompanha a anterior, porém, ela pode apresentar alguns problemas de

mensuração.

Essa mensuração é feita normalmente com relação a mudança de URL. Uma

nova URL significa uma nova página, porém, em sites Flash em que a URL nunca

muda, essa métrica fica prejudicada. O ideal para mensurar número de páginas

visitadas, e que pode ser bem interessante para sites de conteúdo jornalístico que

vendam anúncios, é ter sites em que cada página representa uma única URL.

Um relatório de exibições da pagina mostrará percentualmente quantas visitas

ficaram somente em uma pagina do site, quantas visitaram duas páginas, quantas

visitaram três paginas e assim sucessivamente. Caso número de consumidores que

visitarem somente uma página seja muito alto (por exemplo, 80%), a taxa de

rejeição (bounce rate) será tão alta quanto. Existe uma relação direta entre taxa de

rejeição e profundidade de visitas no site.

8.8.2.5. Taxa de rejeição

Segundo Adolpho (2012, pg. 790) taxa de rejeição é a porcentagem de

trafego de quem ficou no site por menos de aproximadamente dez segundos,

normalmente visitando uma só página, o melhor é medir a taxa de rejeição por

tempo e não por número de páginas visitadas. O bounce rate dirá por fonte de

trafego, qual delas esta enviando tráfego mais qualificado, quanto mais aderente ao

site é o trafego, menor será a taxa de rejeição. É importante medir, para cada fonte

de tráfego, o número de visitas únicas, a taxa de conversão e a taxa de rejeição,

essas três medidas dão uma melhor noção do estado do mercado.

Analisando a taxa de rejeição para cada página do site pode mostrar quais as

páginas que mais retém consumidores e quais mais espantam consumidores. Para

as páginas com maior retenção, tenha iscas digitais, como vídeos sobre o produto,

encaminhando o consumidor para uma pagina com conteúdo semelhante, utilizando

sempre estes métodos medindo continuamente para saber se suas mudanças não

estão aumentando a taxa de rejeição que já estava boa.

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8.8.2.6. Palavras-chave

Segundo Adolpho (2012, pg. 791) muito importante saber quais são as

palavras-chave, percebendo que algumas palavras terão uma participação

percentual grande nessa lista (serão os hits) e outras palavras a (maioria) terão

individualmente uma participação muito pequena, porém, quando juntas,

representarão a maioria das visitas no site. É importante analisar se o site está bem

colocados nas palavras que foram definidas as mais importantes no 1º P, quais

outras palavras que não foram consideradas como boas estão trazendo tráfego e

quais as palavras que são consideradas ótimas, mês que não estão trazendo tráfego

algum. Essa análise pode ser feita por meio da ferramenta:

Ferramentas para webmasters do Google: essa ferramenta traz uma

métrica muito interessante para analisar a taxa de conversão em cliques de

cada palavra-chave que o Google apresenta no site, contém uma tabela que

mostrará, por palavra-chave, o número de vezes que a imprimiu na tela dos

resultados de busca, o número de cliques que o site teve devido a essa

palavra na tela do Google (busca natural), o CTR (número de cliques dividido

pelo número de impressões do site na tela) e a posição média em que o site

apareceu em um determinado período.

A figura 18 apresenta a tabela das ferramentas para o webmaster do Google,

demonstrando a riqueza de detalhes que se obtém na métrica de palavras-chave.

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Figura 18: Ferramentas para webmastersFonte: ADOLPHO, C. Os 8 Os do Marketing Digital, 2012.

Se o CTR está muito baixo, pode significar ou que a posição na busca está

ruim que podem ser páginas que estão posicionadas em colocações como 18 ou 25,

que geralmente não são vistas pelos consumidores ou que o titulo da página que é

visto pelo consumidor nos resultados de busca não está atraindo o clique.

Considerando que um consumidor que procure pela palavra “cirurgia plástica de

barriga”, e veja na posição 5 um site que tenha um titulo como “Untitled” e outra na

posição 6 com o titulo “Cirurgia plástica parcelada que você pode pagar – 25 anos

de mercado”. Apesar de a primeira página mencionada estar em uma posição

melhor, certamente a falta de titulo não lhe trará muitos cliques, dado que numa

posição abaixo há uma página com um título muito mais atraente. Para utilizar essa

métrica corretamente, primeiramente analisa-se a tabela demonstrada na figura 20

para o site, vendo que as páginas estão aparecendo no Google quando um

consumidor digita tais palavras que aparecem na tabela e analisando o porquê de

um CTR ser baixo ou alto. Deve-se fazer a mudança de títulos com o teste A/B para

saber qual atrai a maior quantidade de cliques. Estes testes podem ser feitos com

links patrocinados colocando vários títulos no texto de um grupo de anúncios e

analisar qual trará o melhor resultado, bastando reproduzir esse texto no título da

página em questão e analisar o resultado (ADOLPHO, 2012, pgs. 792-793).

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8.8.2.7. Web analítica com visualização da página

Segundo Adolpho (2012, pg. 798) uma das melhores análises que, poderá ser

feita dos dados é visualizando diretamente a página do site, conforme a figura 19

demonstra como esta análise é feita tendo o site Publiweb como exemplo e

utilizando o Google Analytics:

Figura 19: Google Analytics no PubliwebFonte: ADOLPHO, C. Os 8 Os do Marketing Digital, 2012.

Pode-se ver que os dados são condensados na própria pagina do site,

visualizando o número de cliques, metas cumpridas, onde os consumidores estão

clicando mais, qual o ponto em que eles não estão clicando e outras informações. A

principal vantagem desse tipo de relatório, visualizando a página, é que não se

perde o contato com a navegação que o consumidor faz. Todos os dados analisadas

ao longo desse capitulo mostra números e tabelas, para serem interpretados por

estatísticos. Nesse tipo de relatório, análise pode ser feita utilizando apenas o bom-

senso.

A análise do site com a visualização da página permite que possa se pensar

visualmente “as pessoas não estão clicando no link da direita. Será que as pessoas

o estão confundindo com uma imagem não clicável? Será que esse link está

funcionando?”. Essas são perguntas geradas pelo bom senso da observação,

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independentemente de tabelas e dos números. Essa analise privilegia a navegação

real, a percepção da página como ela é, a usabilidade (ADOLPHO, 2012, pg. 799).

A partir desses dados o sucesso da campanha para conseguir levar visitas

para o site, será obtido de uma forma mais natural e de fácil controle após a

empresa atingir o topo ou o nível de visualização desejado, onde a revisão dos

ciclos dos 8Ps sempre deverá estar em todo tempo sendo refeita e reanalisada para

que a empresa consiga uma evolução sempre de uma forma gradativa, onde todavia

a empresa estará em evidencia no mercado digital.

9. CASES DE SUCESSO COM A UTILIZAÇÃO DOS METODOS 8 Ps

Os cases escolhidos foram de três empresas distintas onde tiveram objetivos

e motivações diferentes, como a PortCasa, que foi uma empresa que surgiu a partir

de uma pesquisa feita em uma loja virtual de armarinhos, que gerou outra loja de um

ramo diferente e acabou tendo tanto lojas físicas como lojas virtuais de artigos de

cama, mesa e banho. A Palmetal que era uma loja tradicional com 20 anos de

mercado fisco, que adotou as medidas de Marketing Digital para si, e acabou

reformulando um novo site de vendas e ingressou no mercado digital conseguindo

aumentar muito seu campo de alcance e a receita da empresa. E por fim o sucesso

do Portal de Nutrição que foi gerado totalmente on-line com intuito de se tornar

referência online em nutrição no Brasil, onde seus objetivos também foram

alcançados com as táticas do marketing Digital.

9.1. ESTUDO DE CASO PORTCASA

A PortCasa é uma loja virtual e física especializada em cama, mesa e banho. Conforme é demonstrada a sua página inicial na figura 20.

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Figura 20: Página inicial do PortCasaFonte: http://www.portcasa.com.br

Antes de lançar a PortCasa, seu CEO, Natan Sztamfater, passou por outros

negócios. Em 2006, com investimentos de R$ 6.500,00 reais e três funcionários,

inaugurou o primeiro armarinho online do Brasil. Começou recebendo cinco pedidos

por dia, mas chegou a alcançar 400 encomendas por mês. Com ticket médio de dez

reais, o faturamento atingia cerca de R$ 40.000,00 reias por mês. Quando abriu o

armarinho.com, Sztamfater achava que teria o maior armarinho do mundo, mas o

negócio não deu certo.

Sztamfater não esperou ter prejuízo para tomar uma iniciativa. Parou para

refletir: se mesmo vendendo produtos que dependiam das oscilações do tempo e da

moda ele faturava 40.000 mil reais por mês, quanto não ganharia se trabalhasse

com outros produtos que não dependessem de sexo, faixa etária ou de clima? Ele

encontrou a resposta ao analisar o que já vendia: toalhas. Decidiu então vender

artigos de cama, mesa e banho pela internet e foi estudar o mercado. Apesar da

concorrência, faltava uma loja no estilo “entrou, comprou” que atraísse o consumidor

pela excelente oferta. A grande oportunidade da internet esta em fazer promoções.

Por isso, o empresário propôs ao pai que abrisse primeiro uma loja no Bom Retiro, a

PortCasa. Quatro meses depois, em janeiro de 2008, colocou o site no ar. Para

montar a segunda loja virtual, Sztamfater também investiu R$ 4.500,00 reais com o

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sistema operacional e contratou três funcionários.O estoque da PortCasa física e

virtual era comum. O maior investimento foi em marketing, R$ 21.000,00 reais.

No inicio o site representava 5% do faturamento total e, em três anos, esse

numero subiu para 55%. Hoje (2012) o site da PortCasa recebe cerca de 500mil

vistas mensais e 34% delas vêm da busca natural do Google. Na internet o ticket

médio do PortCasa é de 150 reais contra os 100 reais da loja física. Para suportar

esse crescimento, foi necessário mudar a plataforma do site, criar um estoque

próprio e aumentar a equipe para 40 pessoas, o que representa 35% dos

funcionários da PortCasa.

A empresa utiliza algumas estratégias de mídia tradicional, como tevê, que

traz muita lembrança da marca, mas não é uma mídia focada em performance e ROI

como a internet. Além disso, Sztamfater também é CEO da agencia Cook Web,

especializada em e-commerce, que efetua o planejamento antes de todas a ações

online e monitora constantemente os concorrentes do PortCasa. “O mercado de

casa e decoração na internet é bem concorrido e estamos sempre competindo com

os grandes, o que não é fácil. Por conta disso estamos nos especializando cada vez

mais no atendimento, no mix e em ações muito focadas no mercado de casa e

decoração”, diz o CEO da empresa.

Ele ressalta também que é importante se preocupar sempre com a otimização

do site, pois SEO não é uma estratégia fácil e a concorrência da PortCasa é com

grandes lojistas que investem muito dinheiro. A empresa se empenha em atualizar

diariamente o site com conteúdos, cadastro de produtos, além de ações de

marketing. A PortCasa também esta presente nas redes sociais, com perfis no

Orkut, Twitter e Faebook. “Já fizemos um leilão no Twitter e os clientes gostaram

muito. Leiloamos jogos de cama a um real”, cita Sztamfater.

O e-mail marketing também traz um grande retorno a empresa, que se

relaciona de duas a três vezes por semana com sua base, de acordo com a

segmentação e o interesse do cliente naquele momento.

Os resultados são sempre mensurados pelo PortCasa, que se aprofunda

cada vez mais no Google Analytics e e-commerce no Analytics, por meio dos

relatórios vindos de sua agência, Cookie Web.

Conforme a tabela 2 demonstra-se quais foram os métodos 8 Ps utilizados e

de que maneira a PortCasa os utilizou.

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Tabela 2: Análise dos métodos 8ps da PortCasa

Fonte: Autoria Própria

9.2. ESTUDO DE CASO PALMETAL

A Palmetal é uma metalúrgica que fabrica moveis em inox há 20 anos. Com

sede no Rio de Janeiro, a empresa lançou seu primeiro site em 1998, mas foi em

2008 que implementou as vendas online. Seu primeiro site não era muito

estruturado, com fundo preto, poucas fotos e poucos produtos cadastrados. Em

2003, a Palmetal aprimorou seu site e, em 2005, começou a utilizar os serviços de

links patrocinados. Quando, em 2008, a empresa conseguiu lançar seu site focado

em e-commerce, a venda de produtos padrão aumentou, diminuindo o custo com

produtos fabricados sob encomenda, que muitas vezes voltavam para reparos ou

alterações, seu novo site é demonstrado na figura 21 com a reformulação totalmente

nova de seu layout.

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70

Figura 21: Página inicial da PalMetalFonte: http://www.palmetal.com.br

Antes de ter o site, a empresa dependia de representantes e anúncios em

páginas amarelas. “A introdução da venda online fez com que nosso número de

pedidos aumentasse 45% de 2008 para 2009 as vendas crescessem 14% no

mesmo período, apesar da recessão que foi o ano de 2009”, conta Fernanda

Carvalho de Oliveira, 22 anos, assistente comercial da empresa.

A Palmetal utilizou ideias de marketing digital na elaboração desse novo site,

as ideias de elaboração foram utilizadas tanto no planejamento quanto na

implementação. “Primeiro melhoramos o layout, com produtos e filas horizontais,

com os preços já sendo exibidos, além do chat com atendimento ao cliente. Depois

demos inicio ao nosso blog, que é atualizado frequentemente. Também começamos

ações de e-mail marketing, colocamos alguns filmes no YouTube e domos ênfase no

Twitter”, explica Fernanda.

A Palmetal tem uma equipe interna focada nas ações de marketing digital,

com assistente de marketing, departamento de TI e web designer. Atualmente, 6%

de receita da empresa é investida em ações online e 3% em ações offline, como

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feiras de decoração, nesse ramo as ações precisam andar juntas, não há como

trabalhar apenas online ou offline.

Por meio da pesquisa, a Palmetal sabe quais são as principais palavras-

chave para seu negócio e está bem posicionada em diversas delas, tanto na busca

natural quanto nos links patrocinados, como “balde em aço inox”, “lavatório de inox”,

entre outras. Além disso, assinam Google Alertas, monitorando o nome da empresa

e as principais ações para seu negocio.

Aproximadamente 33% das visitas no site da Palmetal vêm de busca natural

do Google, que traz 500 acessos ao dia. Cada palavra-chave trabalhada no site foi

estudada, pensando no conteúdo para as páginas.

O site é atualizado quase todos os dias com fotos de produtos ambientados.

Para deixar o publico informado, a Palmetal criou um blog, no qual insere três novos

textos por dia sobre assuntos diversos relacionados a moveis, decoração, marketing

e estratégias comerciais. Integrado a essa ação está o e-mail marketing, que é

utilizado como estratégia de divulgação do blog. Uma das noticias do blog inspira o

layout do e-mail marketing e as outras são posicionadas hierarquicamente.

“Trabalhando dessa maneira o e-mail marketing leva ao cliente muito mais que

promoções e descontos, leva informação”, diz Fernanda.

A Palmetal também usa a parte inferior do e-mail marketing para divulgação

de produtos e o rodapé para divulgar o Twitter, ou seja, uma integração total entre

as ferramentas. Além de visitas ao site, as ações levam a um trabalho de branding,

em razão do qual os clientes passam a lembrar da marca da empresa. Outra ação

que traz ótimos resultados para a empresa são os links patrocinados, com 1,5% do

faturamento investido em um retorno de 30% das vendas mensais.

Fernanda ressalta que o uso da ferramenta de mensuração é indispensável e

a Palmetal utiliza o Google Analytics diariamente. A empresa já cortou a verba

investida em um site de comparação de preços, pois viu que as visitas eram

originadas sempre da mesma região do país e o internauta abandonava o site sem

acessar nada. Depois disso, o anuncio nesse site foi desligado e a verba foi focada

em outro para teste de resultados.

Conforme a tabela 3 demonstra-se quais foram os métodos 8 Ps utilizados e

de que maneira a Palmetal os utilizou.

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Tabela 3: Análise dos métodos 8ps da Palmetal

Fonte: Autoria Própria

9.3. ESTUDO DE CASO PORTAL DE NUTRIÇÃO: NUTRIÇÃO EM FOCO

O portal Nutrição em Foco entrou no ar em agosto de 2008. Mês escolhido

estrategicamente já que dia 31 de Agosto é o dia do nutricionista.

A missão do portal Nutrição em Foco é reunir, em um mesmo local,

informações sobre a ciência e o mercado da nutrição humana, tornando-se a mais

completa referência em nutrição humana no Brasil. O grande desafio era ser

encontrado dentre o emaranhado de informações apresentado em outros portais e

em mídias sociais. Inicialmente, foi definido o público-alvo que é composto de

nutricionistas, estudantes de nutrição e interessados em saúde, alimentação e

estética. Em seguida, identificou-se a necessidade de monitorar o principal site de

busca na internet o Google. O link foi encontrado inicialmente na 36ª página do

buscador, o que deixou claro que o posicionamento no Google deveria ser

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trabalhado. Primeiro dia houve 139 visitas. A figura 22 demonstra a ultima versão de

sua web page.

Figura 22: Pagina inicial do Portal Nutrição em FocoFonte: http://www.nutricaoemfoco.com.br

O primeiro passo foi pesquisar as palavras-chave para analisar e identificar

quais eram as mais buscadas por esse público-alvo. Algumas curiosidades foram

identificadas no Google Insights, como a palavra “cabelo”, quando pesquisados

termos relacionados a estética, ou “grátis”, ao abordar os cursos e eventos de

nutrição. Um planejamento foi desenvolvido utilizando as estratégias de marketing

digital com foco na palavra-chave principal “nutrição”.

O projeto foi passado à equipe de programação e também a equipe de

publicação de conteúdo, para que as palavras, que são o cerne do trabalho, fossem

contempladas em toda a extensão do portal. Foram escolhidas as palavras-chave

para descrever cada seção, tendo essas até 64 caracteres, para que aparecessem

na barra dos navegadores sem serem cortadas. Em geral foram utilizadas seis

palavras para cada seção, que hoje são 26. As palavras mais representativas foram

também utilizadas nos textos e no cabeçalho do portal. Além disso, foram

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registrados outros domínios relevantes dentre as 50 palavras mais concorridas

relacionadas ao tema. Todos esses sites acessórios possuem links para o portal.

Da mesma forma, cada membro da equipe foi orientado a desenvolver um

blog com apontamentos para o portal. Essa estratégia levou, inclusive, a mais

empenho da equipe, já que o blog que mais produz acesso para o portal recebe

prêmios mensalmente. Até mesmo as imagens utilizadas nas publicações são

corretamente renomeadas, pois o Google Imagens traz retorno significativo de

visitas para o portal. Por fim, os perfis em redes sociais e no YouTube foram criados,

alimentados e divulgados. Apesar da menor procura pelo Orkut hoje em dia, ele não

foi negligenciado, por ainda possuir bastante usuários. O perfil do Orkut tem em

torno de 1.300 amigos, frente a mais de 4 mil no Facebook e 2.500 no Twitter. Todas

as postagens do portal são publicadas nas redes sociais, melhorando não só a

propagação do conteúdo, mas também os links que apontam para o portal. Os

perfis, blogs e sites paralelos também são divulgados dentro do próprio portal,

gerando uma cadeia cíclica desses eventos.

Paralelamente ao portal foi desenvolvido o Sistema de Nutrição em Foco, que

mesmo antes de seu lançamento já contava com um hot site, além das tradicionais

campanhas de e-mail marketing. A ideia sempre foi associar conteúdo, comercio e

comunidades. É notório o aumento de visitas quando é encaminhado os newsletters.

Atualmente o portal atinge mais de 2 mil visitas por dia quando eles são enviados.

Para se aproximar mais ainda de cada internauta, foram criadas campanhas

no portal, nas redes sociais e criados mais canais de comunicação: comentários e o

próprio “Fale Conosco”. Este é protocolado, tendo em vista que as solicitações e

duvidas sobre alimentação, estética, saúde e assuntos correlatos são bastante

individualizados. Uma equipe foi contratada para atender exclusivamente a essa

demanda, gerando uma aproximação e personalização das respostas e interações.

A cada semana são avaliadas as métricas de acesso, cliques, influencia e

popularidade nas redes sociais. Todas são confrontadas com as ações

desenvolvidas usadas como parâmetro para as próximas ações. Hoje (2012) o portal

tem mais de 40mil acessos por mês, em todas as regiões do Brasil, em mais de 770

cidades brasileiras e em mais de 100 países. Ainda alcançaram a primeira pagina do

Google, marcando presença também nas demais, para diversas palavras

relacionadas ao assunto.

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Conforme a tabela 4 demonstra-se quais foram os métodos 8 Ps utilizados e

de que maneira o Portal Nutrição em Foco os utilizou.

Tabela 4: Análise dos métodos 8ps do Portal de Nutrição

Fonte: Autoria Própria

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10. ANÁLISE DE RESULTADOS

Para se demonstrar a análise comparativa sobre a aplicação da estratégia

dos 8Ps evidenciou-se os 3 cases de sucesso nas empresas analisadas, demonstra-

se os problemas iniciais que cada empresa teve em particular, as estratégias mais

utilizadas para atingirem seus objetivos de forma que todas conseguiram atingir um

crescimento muito grande, cada uma em sou nicho específico de maneiras

diferentes, ambas obtiveram resultados além do esperado, gerando grande

mudança em seus métodos de trabalho para poderem adaptarem-se a velocidade

com que suas web pages evoluíram, tendo que aumentar a equipe de trabalho, criar

setores específicos para controlarem diariamente o decorrer dos negócios on-line

onde estas empresas mantém sempre em ótimas posições no Google tanto em

buscas naturais como em links patrocinados ou em ações de marketing em redes

sociais e e-mail marketing, sempre se destacando em frente aos concorrentes.

A análise destas três empresas demonstra a aplicação da estratégia dos 8ps

do Marketing Digital, sendo uma estratégia sempre em evolução e adaptação que

consegue fazer com que empresas de ramos totalmente diferente e de maturação

de mercado diferentes podem atingir grandes posições no mercado digital

independente de ser uma nova empresa ou uma empresa tradicional de loja física, e

até mesmo como é demonstrado no caso da PortCasa uma empresa online que

gerou uma loja física e que ambas tem um grande mercado e continua em constante

desenvolvimento, juntamente com as outras duas e todas outras que usam destas

estratégias para atingir o tão sonhado “lugar ao sol” ou melhor dizendo “lugar ao

Google” sempre visando conquistar cada vez mais espaço e visibilidade aos seus

clientes e usuários.

Na tabela 5 demonstra-se a análise comparativa desenvolvida nesta pesquisa

sobre a utilização da estratégia dos 8Ps em Marketing digital, evidenciando o

problema de cada empresa a aplicação da estratégia e a solução e resultados

encontrados.

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11. CONCLUSÃO

Por meio desta pesquisa conclui-se que o maior problema apresentado à

nova geração de usuários e empreendedores online é conseguir se destacar em

frente ao vasto e complexo mundo virtual, e para atingir esta colocação devem

seguir estratégias com bases confiáveis e que realmente deem resultados.

Demonstra-se no decorrer deste trabalho que a problemática inicia-se com a falta de

planejamento, tais como: a busca por conhecer seu publico específico, como

conquistar novos usuários, como atraí-los por meio redes sociais e como mover

ações de vendas e ou marketing virais, obter as palavras-chave que atinjam as

buscas corretas para a encontrabilidade do site, como manter sempre o usuário

informado e com curiosidade de visitar a web page em busca de novidades, por

meio de campanhas de e-mail marketing, dentre outras necessidades que cada

nicho tem e como eles devem agir com cada tipo de público, para que sempre haja

aceitação da marca e as vendas deem resultados. Todos estes requisitos foram

pesquisados, analisados e embasados na pesquisa bibliográfica.

A demonstração de três cases de empresas reais que obtiveram sucesso com

as estratégias 8ps identifica a veracidade e confiabilidade ao se aplicar a estratégia.

Demonstrando como este método é funcional em frente a empresas que não

efetuam o planejamento necessário para o ingresso no mercado eletrônico, onde

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estas devem reformular seus conceitos, buscando estratégias que tragam o mesmo

efeito da estratégia estudada dos 8ps do Marketing Digital, onde esta não é a única

e absoluta saída ou meio para que se tenha sucesso no mercado online, mas que é

uma estratégia excelente e que seja cada vez mais aperfeiçoada e utilizada por

empreendedores que desejam conhecer o mercado antes de arriscarem seu capital

em um negócio que não há planejamento, demonstrando que essa é uma boa

referência inicial para todo tipo de empresa e investidor. E para empresas que

desejam aperfeiçoar suas estratégias de venda ou as que criarão uma nova loja

virtual (e-commerce) estes métodos são bastante relevantes quanto à criação e

planejamento de promoções inovadoras e em forças de vendas que podem ser

criadas de acordo com os objetivos da loja virtual, estes métodos trazem estratégias

muito importantes para a “viralização” da loja virtual, trazendo um aumento

extremamente relevante em questão de vendas e em consequência o aumento de

lucro do e-commerce.

As táticas e fases da estratégia dos 8Ps em Marketing Digital são suporte a

qualquer organização que queira investir neste setor de mercado que é a internet

devido a comprovação de lucratividade e confiabilidade adquirida na implantação.

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