análise de circuitos trifásicos desequilibrados utilizando ... · b) soluÇÃo 2 – método das...
TRANSCRIPT
Análise de Circuitos Trifásicos Desequilibrados Utilizando-se Componentes Simétricas
Prof. José Rubens Macedo Jr.
Exercício: Uma determinada carga trifásica, ligada em estrela flutuante, é alimentada pelas seguintes tensões de linha: Vab = 200∠0 o V; Vbc = 141,4∠-135o V e Vca = 141,4∠135o V. Sabendo-se que as impedânicas da carga são Zan = 6 , Zbn = (5,2 - j3,0) e Zcn = j12, calcule as correntes de linha Ia, Ib e Ic utilizando-se: (a) correntes de malha e (b) componentes simétricas.
a) SOLUÇÃO 1 – Método das correntes de malha
Para a malha 1:
0
1 1 2
0
1 2
6 5,2 3 5,2 3 200 0 0
11,2 3 5,2 3 200 0
I j I j I
j I j I
Para a malha 2:
0
2 2 1
0
1 2
5,2 3 12 5,2 3 141,4 135 0
5,2 3 5,2 9 141,4 135
j I j I j I
j I j I
Tendo-se, assim, o seguinte sistema de equações:
0
1
0
2
11,2 3 5,2 3 200 0
5,2 3 5,2 9 141,4 135
j j I
j j I
Resultando em:
0
1 11,87 22,07I A
0
2 10,94 164,98I A
Assim, finalmente tem-se:
0
1
0
2 1
0
2
11,87 22,07
22,77 161,31
10,94 15,02
a
b
c
I I A
I I I A
I I A
→
0
0
0
11,87 22,07
22,77 161,31
10,94 15,02
a
b
c
I A
I A
I A
b) SOLUÇÃO 2 – Método das componentes simétricas
As tensões de linha da fonte em termos de suas componentes simétricas são as seguintes:
0
0
2 2 0
1
2 2 0
2
1 1 1 1 1 1 200 01 1
1 1 141,4 1353 3
1 1 141,4 135
ab
bc
ca
V V
V a a V a a
V a a V a a
Resultando em:
0
0
1
0
2
0
157,72 0
42,27 0
V
V V
V
De tal forma que:
2 0 2 0
0 1 2
2 2
1 1 1 1 1 1
1 0 1 157,72 0 42,27 0
1 1
ab
bc
ca
V
V V V a V a a a
V a a a a
Portanto:
0 0
0 0
0 0
0 157,72 0 42,27 0
0 157,72 120 42,27 120
0 157,72 120 42,27 120
ab
bc
ca
V
V
V
Em termos fasoriais, considerando-se a inexistência de componentes de sequência zero das tensões de linha, tem-se:
Sistema de tensões
de sequência zero
Sistema de tensões de
sequência positiva
Sistema de tensões de
sequência negativa
Sendo que neste caso a composição fasorial dos sistemas de sequência negativa e positiva para tensões de linha, resultam nos fasores originais, conforme abaixo:
As impedâncias da carga expressas em termos de suas componentes simétricas são as seguintes:
0
2 2
1
2 2
2
1 1 1 1 1 1 61 1
1 1 5,2 33 3
1 1 12
an
bn
cn
Z Z
Z a a Z a a j
Z a a Z a a j
Resultando em:
0
0
0
1
0
2
4,78 38,78
5,46 0
4,38 136,81
Z
Z
Z
É importante ressaltar que impedâncias não são fasores, mas podem ser representadas vetorialmente, conforme abaixo:
Lembrando-se que:
0 0 0
0 0 0
0 0 0
4,78 38,78 5,46 0 4,38 136,81
4,78 38,78 5,46 120 4,38 16,81
4,78 38,78 5,46 120 4,38 103,19
an
bn
cn
Z
Z
Z
Impedâncias de
sequência zero
Impedâncias de
sequência positiva
Impedâncias de
sequência negativa
= + +
A partir das tensões de sequência, assim como das impedâncias de sequêncis, pode-se realizar o cálculo das correntes de linha da seguinte forma: Para a fase A:
(0) (1) (2) (0) (1) (2)an a an a a a an an anV I Z I I I Z Z Z
Ou ainda,
(0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)an an an a a a an an anV V V I I I Z Z Z
(0) (1) (2) (1) (1) (1) (2) (1) (0)
(2) (1) (2) (2) (2) (0)
(0) (1) (0) (2) (
an an an a an a an a an
a an a an a an
a an a an a
V V V I Z I Z I Z
I Z I Z I Z
I Z I Z I
0) (0)anZ
Pela regra da sequência, tem-se que “a ordem do sistema de tensão à qual uma queda IZ pertence é igual à soma das ordens dos sistemas aos quais I e Z pertencem individualmente”. Dessa forma, pode-se afirmar que:
(1) (1) (0) (2) (2) (0) (1) an a an a an a anV I Z I Z I Z , pois (1) + (0) = ordem 1, (2) + (2) = 4 = ordem 1 e (0) + (1) = ordem 1
(2) (1) (1) (2) (0) (0) (2)an a an a an a anV I Z I Z I Z , pois (1) + (1) = ordem 2, (2) + (0) = 2 = ordem 1 e (0) + (2) = ordem 2
(0) (1) (2) (2) (1) (0) (0)an a an a an a anV I Z I Z I Z , pois (1) + (2) = 3 = ordem 0, (2) + (1) = 3 = ordem 0 e (0) + (0) = ordem 0
Adicionalmente, considerando-se que I0 = 0 (ligação em estrela flutuante), as equações anteriores podem ser simplicadas da seguinte maneira:
(1) (1) (0) (2) (2)
(2) (1) (1) (2) (0)
(0) (1) (2) (2) (1)
an a an a an
an a an a an
an a an a an
V I Z I Z
V I Z I Z
V I Z I Z
Para o cálculo de Ia(1) e Ia(2) bastam apenas as duas primeiras equações acima. E sabendo-se que (ver diagramas fasoriais das tensões de sequência),
0 0 0
(1)
0 0 0
(2)
157,720 30 91,06 30
3
42,270 30 24,40 30
3
an
an
V V
V V
Resulta:
0(0) (2) (1) (1) (1)
0(1) (0) (2) (2) (2)
10,99 39,87
11,81 77,41
an an a an a
an an a an a
Z Z I V IA
Z Z I V I
Assim, tem-se finalmente que: 0
(1) (2) 11,89 22,15a a a aI I I I A
Para a fase B:
(0) (1) (2) (0) (1) (2)bn b bn b b b bn bn bnV I Z I I I Z Z Z
Ou ainda,
(0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)bn bn bn b b b bn bn bnV V V I I I Z Z Z
(0) (1) (2) (1) (1) (1) (2) (1) (0)
(2) (1) (2) (2) (2) (0)
(0) (1) (0) (2) (
bn bn bn b bn b bn b bn
b bn b bn b bn
b bn b bn b
V V V I Z I Z I Z
I Z I Z I Z
I Z I Z I
0) (0)bnZ
Pela regra da sequência, tem-se que “a ordem do sistema de tensão à qual uma queda IZ pertence é igual à soma das ordens dos sistemas aos quais I e Z pertencem individualmente”. Dessa forma, pode-se afirmar que:
(1) (1) (0) (2) (2) (0) (1) bn b bn b bn bn bnV I Z I Z I Z , pois (1) + (0) = ordem 1, (2) + (2) = 4 = ordem 1 e (0) + (1) = ordem 1
(2) (1) (1) (2) (0) (0) (2)bn b bn b bn b bnV I Z I Z I Z , pois (1) + (1) = ordem 2, (2) + (0) = 2 = ordem 1 e (0) + (2) = ordem 2
(0) (1) (2) (2) (1) (0) (0)bn b bn b bn b bnV I Z I Z I Z , pois (1) + (2) = 3 = ordem 0, (2) + (1) = 3 = ordem 0 e (0) + (0) = ordem 0
Adicionalmente, considerando-se que I0 = 0 (ligação em estrela flutuante), as equações anteriores podem ser simplicadas da seguinte maneira:
(1) (1) (0) (2) (2)
(2) (1) (1) (2) (0)
(0) (1) (2) (2) (1)
bn b bn b bn
bn b bn b bn
bn b bn b bn
V I Z I Z
V I Z I Z
V I Z I Z
Para o cálculo de Ib(1) e Ib(2) bastam apenas as duas primeiras equações acima. E sabendo-se que (ver diagramas fasoriais das tensões de sequência),
0 0 0
(1)
0 0 0
(2)
157,72120 30 91,06 150
3
42,27120 30 24,40 150
3
bn
bn
V V
V V
Resulta:
0(0) (2) (1) (1) (1)
0(1) (0) (2) (2) (2)
10,99 159,87
11,81 162,59
bn bn b bn b
bn bn b bn b
Z Z I V IA
Z Z I V I
Assim, tem-se finalmente que: 0
(1) (2) 22,79 161, 28b b b bI I I I A
Para a fase C:
(0) (1) (2) (0) (1) (2)cn c cn c c c cn cn cnV I Z I I I Z Z Z
Ou ainda,
(0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)cn cn cn c c c cn cn cnV V V I I I Z Z Z
(0) (1) (2) (1) (1) (1) (2) (1) (0)
(2) (1) (2) (2) (2) (0)
(0) (1) (0) (2) (
cn cn cn c cn c cn c cn
c cn c cn c cn
c cn c cn c
V V V I Z I Z I Z
I Z I Z I Z
I Z I Z I
0) (0)cnZ
Pela regra da sequência, tem-se que “a ordem do sistema de tensão à qual uma queda IZ pertence é igual à soma das ordens dos sistemas aos quais I e Z pertencem individualmente”. Dessa forma, pode-se afirmar que:
(1) (1) (0) (2) (2) (0) (1) cn c cn c cn cn cnV I Z I Z I Z , pois (1) + (0) = ordem 1, (2) + (2) = 4 = ordem 1 e (0) + (1) = ordem 1
(2) (1) (1) (2) (0) (0) (2)cn c cn c cn c cnV I Z I Z I Z , pois (1) + (1) = ordem 2, (2) + (0) = 2 = ordem 1 e (0) + (2) = ordem 2
(0) (1) (2) (2) (1) (0) (0)cn c cn c cn c cnV I Z I Z I Z , pois (1) + (2) = 3 = ordem 0, (2) + (1) = 3 = ordem 0 e (0) + (0) = ordem 0
Adicionalmente, considerando-se que I0 = 0 (ligação em estrela flutuante), as equações anteriores podem ser simplicadas da seguinte maneira:
(1) (1) (0) (2) (2)
(2) (1) (1) (2) (0)
(0) (1) (2) (2) (1)
cn c cn c cn
cn c cn c cn
cn c cn c cn
V I Z I Z
V I Z I Z
V I Z I Z
Para o cálculo de Ib(1) e Ib(2) bastam apenas as duas primeiras equações acima. E sabendo-se que (ver diagramas fasoriais das tensões de sequência),
0 0 0
(1)
0 0 0
(2)
157,72120 30 91,06 90
3
42,27120 30 24,40 90
3
cn
bn
V V
V V
Resulta:
0(0) (2) (1) (1) (1)
0(1) (0) (2) (2) (2)
10,99 80,13
11,81 42,59
cn cn c cn c
cn cn c cn c
Z Z I V IA
Z Z I V I
Assim, tem-se finalmente que: 0
(1) (2) 10,95 15c c c cI I I I A