anÁlise das falhas de atividades de manutenÇÃo

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ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO REALIZADAS DENTRO DO GABARITO DE VIA Renato de Oliveira Laboratório para Ensino e Pesquisa de Engenharia Ferroviária IME Instituto Militar de Engenharia RESUMO A manutenção é fundamental em qualquer cadeia produtiva e a gestão da segurança nesta atividade promove a prevenção de perdas e danos decorrentes de acidentes. Este trabalho objetiva analisar as falhas de atividades de manutenção realizadas dentro do gabarito de via e identificar os fatores de desvios, técnicas para realizar e diagnosticar a atividade de manutenção ferroviária dentro de gabarito das linhas ferroviárias da Estrada de Ferro Vitória a Minas. O estudo compreendeu revisão bibliográfica, a análise de relatórios de falhas e a pesquisa de melhores práticas adotadas nas ferrovias. Os principais resultados obtidos a partir deste trabalho foram a identificação da necessidade de se utilizar um sistema informatizado de gestão da manutenção dentro do gabarito de via, associada a instalação de um bloqueio físico simples e eficaz que impeça a movimentação indesejada de material rodante que porventura vá de encontro a turma de manutenção em campo, evitando a ocorrência de um acidente pessoal, impessoal ou perda de produtividade. PALAVRAS-CHAVES: Procedimento; manutenção; ferrovia; gabarito; segurança. ABSTRACT Maintenance is key in any productive chain and the management of safety in this activity promotes the prevention of losses and damages resulting from accidents. This work has the objective to analyze and identify factors deviations, techniques to accomplish and diagnose the railway maintenance activity within clearance diagram of the Estrada de Ferro Vitória a Minas. The study included literature review, analysis of the crash reports and research of best practices in railways. The main results from this study were to identify the need to use a computerized system for maintenance management in clearance diagram associated with installing a simple and effective physical lock to prevent unwanted movement of rolling stock that may go against team of track workers, avoiding the occurrence of a personal accident, impersonal or a loss of productivity. Keywords: Procedure; Maintenance; Railways; clearance diagram; safety. 1. INTRODUÇÃO A necessidade de garantir a segurança na atividade de manutenção dentro de gabarito ferroviário caminha lado a lado com a evolução das leis trabalhistas e dos regulamentos ferroviários. Os motivos que levam a necessidade de uma manutenção ferroviária dentro gabarito de via são variados, assim como as falhas registradas durante a execução desta atividade. A motivação deste estudo se dá pelo fato destas falhas representarem perdas e danos, podendo ser entendidas como: a) Perdas de receita; b) Perdas de produtividade; c) Perdas de faixa de manutenção; d) Perdas de vidas; e) Danos materiais e a saúde física do trabalhador.

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Page 1: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO REALIZADAS

DENTRO DO GABARITO DE VIA

Renato de Oliveira Laboratório para Ensino e Pesquisa de Engenharia Ferroviária

IME – Instituto Militar de Engenharia

RESUMO

A manutenção é fundamental em qualquer cadeia produtiva e a gestão da segurança nesta atividade promove a

prevenção de perdas e danos decorrentes de acidentes. Este trabalho objetiva analisar as falhas de atividades de

manutenção realizadas dentro do gabarito de via e identificar os fatores de desvios, técnicas para realizar e

diagnosticar a atividade de manutenção ferroviária dentro de gabarito das linhas ferroviárias da Estrada de Ferro

Vitória a Minas. O estudo compreendeu revisão bibliográfica, a análise de relatórios de falhas e a pesquisa de

melhores práticas adotadas nas ferrovias. Os principais resultados obtidos a partir deste trabalho foram a

identificação da necessidade de se utilizar um sistema informatizado de gestão da manutenção dentro do gabarito

de via, associada a instalação de um bloqueio físico simples e eficaz que impeça a movimentação indesejada de

material rodante que porventura vá de encontro a turma de manutenção em campo, evitando a ocorrência de um

acidente pessoal, impessoal ou perda de produtividade.

PALAVRAS-CHAVES: Procedimento; manutenção; ferrovia; gabarito; segurança.

ABSTRACT

Maintenance is key in any productive chain and the management of safety in this activity promotes the

prevention of losses and damages resulting from accidents. This work has the objective to analyze and identify

factors deviations, techniques to accomplish and diagnose the railway maintenance activity within clearance

diagram of the Estrada de Ferro Vitória a Minas. The study included literature review, analysis of the crash

reports and research of best practices in railways. The main results from this study were to identify the need to

use a computerized system for maintenance management in clearance diagram associated with installing a

simple and effective physical lock to prevent unwanted movement of rolling stock that may go against team of

track workers, avoiding the occurrence of a personal accident, impersonal or a loss of productivity.

Keywords: Procedure; Maintenance; Railways; clearance diagram; safety.

1. INTRODUÇÃO

A necessidade de garantir a segurança na atividade de manutenção dentro de gabarito

ferroviário caminha lado a lado com a evolução das leis trabalhistas e dos regulamentos

ferroviários. Os motivos que levam a necessidade de uma manutenção ferroviária dentro

gabarito de via são variados, assim como as falhas registradas durante a execução desta

atividade.

A motivação deste estudo se dá pelo fato destas falhas representarem perdas e danos, podendo

ser entendidas como:

a) Perdas de receita;

b) Perdas de produtividade;

c) Perdas de faixa de manutenção;

d) Perdas de vidas;

e) Danos materiais e a saúde física do trabalhador.

Page 2: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

O presente trabalho analisa a atividade de manutenção ferroviária dentro de gabarito da

EFVM – Estrada de Ferro Vitória a Minas, ferrovia operada pela Vale, empresa com foco em

mineração que utiliza a EFVM para escoar principalmente a sua produção de minério de ferro

extraído dos pontos de carregamento localizados em Minas Gerais para o Porto de Tubarão,

localizado em Vitória - ES.

A EFVM foi criada em 1902 possui 905 km de extensão e 2.141,68 km de linha total,

transporta 119 milhões de toneladas de minério de ferro e 22 milhões de toneladas de

produtos diversos por ano.

As considerações, conclusões e recomendações, baseadas na experiência do autor, identificam

instrumentos que podem vir a aperfeiçoar a gestão desta atividade, minimizando o risco de

acidente e maximizando o uso do tempo cedido para a manutenção.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A manutenção é considerada essencial para o atendimento dos objetivos e metas da

organização e, portanto, deve-se realizar um gerenciamento e controle da sua produtividade

pelas equipes de manutenção. (ZACCARELLI, 1990), em 1994 a ABNT definiu a missão da

manutenção, que é “garantir a disponibilidade dos equipamentos e instalações de modo a

atender um processo de produção ou serviço, com confiabilidade, segurança, preservação do

meio ambiente e custo adequado”.

Pinto e Xavier (2001) apresentam indicadores de manutenção que podem impactar fortemente

no processo de manutenção, para efeito de manutenção ferroviária, podemos citar:

Tempo Médio para Reparo (TMPR): Relação entre o tempo total de intervenção corretiva

em um conjunto de itens com falhas e seu número total de falhas em um período

observado;

Disponibilidade Física (DF): Relação entre a diferença do número de horas do período

considerado (horas calendário) com o número de horas de intervenção para manutenção

para cada item observado e o número total de horas do período considerado.

Ciente dos riscos de acidentes na atividade de manutenção ferroviária, o inglês Alfred Edward

Cowper desenvolveu em 1841 um dispositivo denominado detonador ferroviário ou torpedo

(Figura 1), uma cápsula do tamanho de uma moeda contendo explosivos e fixada sobre o

trilho que explode quando pressionada pela passagem do trem, emitindo um som

suficientemente forte para avisar o maquinista e as equipes de manutenção de uma situação de

perigo.

Figura 1: Detonador ferroviário

Page 3: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Em 1977 foi finalizada a implantação do Sistema Integrado de Comunicação e Controle de

Tráfego Centralizado (CTC) na EFVM (Figura 2), a fim de otimizar a capacidade de tráfego

com o máximo de segurança, o advento deste sistema permitiu o bloqueio de rotas,

permitindo uma maior segurança nas atividades realizadas na linha tronco.

Figura 2: Controle de Tráfego Centralizado (CTC) na EFVM

Em relação a segurança no trabalho, a Portaria nº 3.214 de 8 de junho de 1978 aprova as

Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do

Trabalho, neste aspecto, podemos fazer alusão a NR 12 - Segurança no trabalho em máquinas

e equipamentos nos princípios que versam sobre dispositivos de bloqueio que garantam a

segurança do trabalhador.

O padrão APTA RT-OP-S-003-02 publicado em 22 de setembro de 2002 pela American

Public Transportation Association com o título de Operações Seguras em Pátios determina

que o sistema de transporte ferroviário deve estabelecer procedimentos para a circulação em

áreas de manutenção.

A operadora ferroviária americana BNSF - Burlington Northern Santa Fé em seu

procedimento intitulado Maintenance of Way - Operating Rules publicado em 31 de outubro

de 2004 determina o uso de descarrilhadeiras (Figura 3) para restringir o acesso às áreas

interditadas para manutenção.

Figura 3: Descarrilhadeiras portáteis com trava

Page 4: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Desde 2005 alguns pátios ferroviários da EFVM adotam um procedimento de travamento do

AMV manual conhecido como travamento da rota de circulação com chave de punho ou

cadeado (Figura 4), este procedimento impede a movimentação indesejada do AMV para a

linha que esta com LDL aberta, aumentando a segurança das equipes de campo.

Figura 4: Travamento do AMV de acesso a linha com manutenção

Em 24 de abril de 2009 a FRA – Federal RailRoad Administration do Departamento de

Transporte dos Estados Unidos criou o comitê de analise de fatalidades ocorridas em

manutenção ferroviária denominado FAMES - Fatality Analysis of Maintenance-of-way

Employees and Signalmen .

Em 15 de maio de 2010 foi elaborada a Norma de Serviço 05 da CPTM com o título de

Execução de obras e serviços ao longo da via férrea e estabelece procedimentos para a

execução segura de obras, serviços e atendimento de falhas ao longo da via férrea, adotando

como proteção coletiva placas, buzinas e o uso de sinaleiro, empregado com apito e bandeira

com a função de alertar a aproximação de qualquer equipamento ferroviário.

A Resolução ANTT nº 3.694/11, de 14 de julho de 2011 no anexo referente ao Regulamento

dos Usuários dos Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas define diversas obrigações das

concessionarias, dentre elas podemos destacar a obrigação da concessionária conservar o

material rodante ou a malha ferroviária e de garantir a segurança necessária à prestação

adequada do serviço de transporte.

O site da RailSafe, da associação canadense Sydney Trains em seu documento NWT 300

Planning work in the Rail Corridor editado em 27 de julho de 2014 apresenta métodos de

proteção para se trabalhar em uma ferrovia em uma área denominada zona de perigo.

Desde 2014 a EFC - Estrada de Ferro Carajás testa um sistema conhecido como EAT -

Equipamento para alerta de aproximação de trens (Figura 5), basicamente este sistema emite

um alerta em forma de buzzer, vibracall ou led de indicação quando um trem se aproxima da

frente de trabalho, maiores detalhes estão descritos no Anexo 1.

Page 5: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Figura 5: EAT - Equipamento para alerta de aproximação de trens

Atualmente, os regulamentos de operação ferroviária adotados pelas concessionárias

ferroviárias brasileiras orientam quanto a necessidade de procedimento específico para a

ocupação do gabarito de via para fins de manutenção, no caso da EFVM, existe uma

determinação para que os controladores do Centro de Controle de Tráfego, Pátios e Terminais

somente autorizem serviços de manutenção na via permanente, em veículos ferroviários,

equipamentos de eletroeletrônica e obras somente após cumprir o procedimento de liberação e

devolução de linha.

Face a problemática exposta, é notório que qualquer atividade exercida dentro de um gabarito

de via esta propensa a ocorrência indesejada de acidente ferroviário. Sobre esta ótica faz-se

necessário a utilização de dispositivos de segurança e a regulamentação desta atividade.

3. O PROCESSO DE MANUTENÇÃO DENTRO DE GABARITO DE VIA NA EFVM

O processo de interrupção da circulação ferroviária em uma linha é denominado LDL –

Liberação e Devolução de Linha e consiste em uma permissão de trabalho que autoriza as

equipes de campo a ocupar o gabarito de circulação para realizar serviços de manutenção

(Figura 6).

Figura 6: Linha interditada para a manutenção

Page 6: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

A EFVM, em seu Regulamento de Operação Ferroviária define dois conceitos de gabarito:

Gabarito de circulação: área de interferência além da qual o tráfego ferroviário se dá com

segurança e sem riscos de abalroamento com obstáculos fixos ou móveis. É medido a partir

do eixo da via férrea em relação às laterais da via e a partir do topo do trilho, em relação à

altura. A expressão “fora de gabarito de circulação” é utilizada para indicar a posição além

da qual o tráfego ferroviário se dá com segurança. Ao contrário a expressão “dentro de

gabarito de circulação” é utilizada para indicar a posição interna do gabarito.

Gabarito de segurança para trabalhos adjacentes à Via: área sem interferência do tráfego

ferroviário, onde a permanência dos empregados que executam atividades de manutenções

adjacentes à via é permitida sem riscos de atropelamento ou abalroamento de

materiais/equipamentos. É medido a partir do eixo da via férrea em relação às laterais da

via e a partir do topo do trilho, em relação à altura.

A Figura 7 demonstra o conceito de gabarito adotado na EFVM. As unidades estão expressas

em metros. A área sob a via permanente é considerada como gabarito inferior, sem altura

definida e esta localizado sob pontes, moegas, elevados de descarga etc.

Page 7: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Figura 7: Gabarito ferroviário da EFVM

Na atividade de LDL existem pessoas fundamentais para realização desta atividade, são elas:

Dono da LDL: Pessoa com habilidades para conduzir os procedimentos de LDL na frente

de serviço.

Vigia: Pessoa com habilidades para realizar o check de circulação de trens visando alertar a

equipe a se retirar da via férrea antes da aproximação do trem.

Controlador: Controlador de Tráfego Ferroviário ou Controlador de Pátios e Terminais

responsáveis pelo processo de LDL no CCO e na Estação, respectivamente.

A depender de como é aberta uma LDL, ela pode ser considerada uma LDL tipo Programada,

LDL na qual a atividade de manutenção foi programada com o controlador, este é o tipo de

LDL desejável, ou LDL com Tempo Disponível, este tipo de LDL não é desejável pois

interfere na rotina da operação, podendo gerar situações de risco.

A depender da responsabilidade de controle da linha, ela pode ser considerada LDL para linha

tronco ou linha sinalizada, como é conhecida na EFVM, sendo controlada pelo CCO – Centro

de Controle Operacional ou LDL para pátios e terminais, podendo ser o pátio sinalizado ou

não sinalizado, controlada pela Estação.

Em 2014 foram abertas aproximadamente 45.000 LDL’s na EFVM, distribuídas entre a Linha

Tronco e os pátios, conforme Figura 8.

Figura 8: Distribuição das LDL´s por pátios e Linha Tronco

Page 8: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

3.1 Classificação das atividades de manutenção

As atividades de manutenção dentro de gabarito de circulação podem ser classificadas em:

1. Manutenção de via permanente: Este é tipo de manutenção mais utilizado, que abrange

atividades como troca de dormentes; reparos em AMV; lubrificação de AMV; reparo ou

trocas de trilho; reaperto de parafusos; puxamentos de tangentes e curvas; limpeza e

recomposição de lastro; substituição e reparos em trilhos etc.;

2. Manutenção de material rodante (locomotivas, vagões, equipamentos de via permanente

etc.): É utilizada para atividades que não são realizadas dentro de oficinas como troca de

sapatas; engates e outros componentes diversos do sistema de freio; reparos e substituições

do aparelho de choque e tração; reparos em portas, comportas, caixa do vagão etc.;

3. Manutenção eletroeletrônica: Reparos em AMV´s elétricos, nos circuitos eletrônicos

alocados em cases dentro de gabarito, manutenções nos sinais elétricos de campo, no

sistema de iluminação e telecomunicações etc.;

4. Atividades diversas não relacionadas com a atividade ferroviária em si, mas que

necessitam invadir o gabarito ferroviário, tais como: Trabalhos de terraplenagem para

construção de obras e estradas, lançamento de cabos e fibra ótica, suspensos e/ou

enterrados, serviços de vedação de ferrovia, manutenção e/ou construção de edificações e

outros serviços diversos como limpeza e capina que ocupem o gabarito da linha.

5. Atividades de inspeção, avaliação, obras civis e outras atividades que, quando realizados

dentro do gabarito de circulação, são consideradas atividades de manutenção para efeito de

interdição da linha.

3.2 O processo de interrupção da circulação ferroviária para manutenção

A atividade de LDL segue o ciclo descrito na Figura 9:

Figura 9: Ciclo do processo de LDL

Page 9: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Para sinalizar a existência de uma LDL são adotados os seguintes procedimentos:

a) Adoção de sinalização gráfica auxiliar, instalada em campo e compostas das placas

demonstradas na Figura 10, no mínimo.

Figura 10: Sinalização gráfica auxiliar utilizadas em LDL

b) Utilização de shunt em linhas sinalizadas

O shunt é um dispositivo utilizado para gerar ocupação de via. Antes da aplicação do shunt

(Figura 11) é realizado o processo de Ocupação de Localização, na qual o controlador

autoriza a instalação do shunt visando a identificação física da equipe de campo.

Figura 11: Aplicação de shunt

c) Utilização de bloqueio de rotas

Procedimento adotado para linhas sinalizadas e para linhas com AMV´s telecomandados na

qual o controlador, utilizando um painel mímico ou station (Figura 12), bloqueia o acesso a

linha através de um sistema de travamento de rotas, o que garante que uma composição não

circule na linha liberada para a manutenção.

Page 10: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Figura 12: Bloqueio de rotas via station

d) Utilização de anotações em formulários específicos

Neste processo, os controladores utilizam de formulários e gráficos próprios impressos ou

cadastrados em sistema para registrar o processo de LDL.

Para efeito de segurança é realizado um check no processo de abertura a depender do local

onde será realizada a manutenção, o processo de abertura de LDL esta resumido na Figura 20

no Anexo 2.

4. ANÁLISE DOS REGISTROS DE FALHAS NO PROCESSO DE LDL DA EFVM

Foram analisados 497 registros de falhas na atividade de manutenção ferroviária em toda a

EFVM no período de 01 de janeiro de 2006 a 30 de junho de 2015 sendo que destas, cinco

resultaram em acidentes pessoais.

Os registros abrangem falhas ocorridas nos pátios e na linha tronco da EFVM, sendo que os

Pátios detêm 49% das falhas e a Linha Tronco 59% (Figura 13).

Figura 13: Falhas de LDL por pátio e linha tronco

Page 11: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Na Figura 14 pode-se notar que os registros de descumprimento de LDL ao longo dos meses

não demonstram um comportamento sazonal, é percebido uma taxa de queda nas ocorrências

em pátios e um aumento na linha tronco.

1

2

1 1

2

1

2

4

7

4 4

1

3

10

3

7

8

2

6

3

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5

4

5

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4 4

9

11

7

4

7

4

7

10

2

4 4

3

1

3

4

3

4

2

11

3

4

7

3

2

4

3

5

2

1

2

4

3 3

2

4 4

1 1

3 3

2

7 7

6 6

8

6

8

7

4 4

8 8

1

3 3

5

10

7

4

6

4 4

5 5

8

3 3 3

6

8

4

3

5

4

5

6 6

5 5

3

1

0

2

4

6

8

10

12

J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Circulação Pátio5

31

49

23 1913

4640 42

48

9

27

27

2931

18

27

20 15 4

14

58

76

52 50

31

73

6057

52

0

20

40

60

80

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Figura 14: Distribuição mensal e anual das falhas de LDL

O aumento verificado a partir de 2012 é explicado pela adoção da prática de se registrar toda e

qualquer falha relacionada a aplicação do shunt e as falhas relacionadas a retirada ou inserção

de equipe ou equipamento em uma faixa de manutenção (Anexo 03).

A Figura 15 mostra a distribuição do descumprimento de LDL nos Pátios e Terminais da

EFVM no período de 2006 a 2015, nela podemos perceber que há uma concentração de

registros no Pátio de TU – Tubarão, pátio com maior densidade de manobras, a Figura 12

mostra também que os registros estão pulverizados ao longo da malha.

Page 12: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Figura 15: Distribuição das falhas de LDL nos pátios e terminais da EFVM

Os pátios que não apresentam registros não são operacionais atualmente ou apresentam uma

baixa densidade de manobras, sendo exceção o Pátio de Intendente Câmara, que apresenta

elevada densidade de manobras e volume movimentado e não figura entre os pátios que mais

descumprem LDL na EFVM. A evolução de falhas nos pátios está apresentada no Anexo 4.

Os motivos de descumprimento estão concentrado principalmente na não abertura da LDL e

abertura de LDL em local errado, falhas consideradas graves, pois potencializam uma

condição de acidente devido ao desconhecimento da execução da atividade ao longo da linha

pela equipe de manobra, pelos trens que estão circulando, pela estação e pelo CCO. O motivo

“Falha na aplicação do shunt” ocorreu em sua totalidade em linha sinalizada.

Page 13: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

A Figura 16 retrata os principais motivos de descumprimento de LDL

Figura 16: Motivos de falhas de LDL

A Figura 17 demonstra que 62% dos registros de descumprimento são de responsabilidade de

pessoal próprio da ferrovia, 26% ocorrem com equipe contratadas e 12% ocorre com

envolvimento de empregados da Mina, Porto FCA e MRS que, de alguma forma, necessitam

realizar manutenções no gabarito das linhas da EFVM.

Figura 17: Motivos de falhas de LDL por responsabilidade

Page 14: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

4.1 Falhas no processo de LDL na Linha Tronco

Os motivos principais falhas de LDL de Linha Tronco ou Sinalizada na EFVM, apesar de

apresentar um número crescente em 2015 em comparação ao ano de 2014, apontam que este

processo, pode ser considerado seguro devido a existência de um processo de shunt associado

a um sistema de bloqueio eletrônico que impede que um trem circule em direção a uma linha

com manutenção em aberto (travamento de rotas).

Também há que se considerar que:

54% das falhas em 2015 (13 ocorrências) foram devidos ao processo de instalação de

shunt, facilmente identificadas pela equipe de controle do CCO. Para este tipo de falha foi

criado um procedimento de instalação de shunt de verificação.

13% das falhas (3 ocorrências) foram de abertura de LDL em local errado, esta falha pode

ser facilmente identificada com o processo de instalação de shunt de verificação, que

permite a localização física da equipe de campo antes da liberação da linha para a

manutenção.

Entretanto, existe um fator negativo referente a 33% das falhas que podem comprometer a

execução segura deste processo, são elas: Invasão de LDL; Não abertura de LDL; Falha na

alteração de responsabilidade; Invasão de gabarito; Falha no encerramento da LDL e Falha na

inserção/retirada de equipe. Os registros destas falhas apresentaram uma estabilidade,

commédia de 16 registros por ano no período compreendido entre 2007 a 2015.

Outro fator negativo é falta de um bloqueio físico capaz de impedir a movimentação

indesejada de material rodante.

4.2 Falhas no processo de LDL de Pátios e Terminais

O processo de LDL em Pátios e Terminais apresenta uma queda acentuada de registro de

falhas (15 em 2014 para um ritmo de 4 falhas para 2015), este fato se deve ao aumento do

acompanhamento do processo de LDL pelas supervisões e pela reformulação do

procedimento de abertura de LDL em pátios em janeiro de 2014.

Entretanto, foram identificadas três situações que apresentam nível elevado de risco de

acidente ferroviário com potenciais danos materiais e físicos:

a) A falta de um bloqueio físico capaz de impedir a movimentação indesejada de material

rodante em Pátios e Terminais;

b) A aplicação da placa de Manutenção Mecânica no engate do material rodante (há registros

de descumprimento desta sinalização com acoplamento indevido no material rodante em

manutenção).

c) 25% das falhas acumuladas em pátios ocorrem em locais denominados Pontos de

Carregamento, a saber: TO, CE, FA, AL, JP, BR, FZ, GS e FU com um total de 51 falhas

registradas. Estas falhas podem ser atribuídas ao procedimento de interface da operação

ferroviária com a operação de carregamento das minas.

As falhas identificadas no processo de LDL da linha tronco também se aplicam ao processo

de LDL de Pátio.

Page 15: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

4.3 Falhas devido a contratados e outros

A interferência de contratados, de pessoal de outras ferrovias ou de outras diretorias no

processo de operação ferroviária é processo crítico devido ao fato da equipe envolvida neste

processo desconhecer, em sua maioria, o processo de interdição da linha, ficando sujeitos a

uma ocorrência grave.

Para efeito de referência, 69% das falhas relativas a não abertura da LDL são, em sua maioria,

devido ao desconhecimento do processo.

4.4 Falhas devidas a movimentação indesejada de material rodante

A situação de movimentação indesejada de material rodante para uma linha com LDL aberta é

uma possibilidade real, nesta situação, a utilização de sinalização de campo, sistema de

travamento de rotas, dispositivos para travamento no AMV ou dispositivos de alerta com o

EAT ficam inoperantes, como por exemplo, nas seguintes situações:

Falha no sistema de freio do material rodante estacionado em rampa que venha a circular

em sentido a uma linha com LDL aberta, passar em chave contra e atingir a equipe e/ou os

equipamentos estacionados na linha (Figura 18);

Situações de imperícia, imprudência ou negligência que leve o maquinista ou operador de

equipamentos de via a invadir uma linha com LDL aberta;

Situações de manutenções em Hump Yard em caso de falhas do operador do Hump que

leve ao desvio de vagões em linha com LDL aberta.

Figura 18: Exemplo de situação de risco em atividade de manutenção dentro do gabarito

Page 16: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

5. RECOMENDAÇÕES PARA REDUÇÃO DAS FALHAS NO PROCESSO DE

MANUTENÇÃO DENTRO DE GABARITO FERROVIÁRIO

As análises das falhas no processo de manutenção dentro de gabarito na EFVM ferroviário

levam a conclusão que este não pode ser considerado um procedimento de falha segura. O

elevado número de manutenções associado a possibilidade potencial de ocorrer um acidente

demanda a implantação de instrumentos que visam otimizar a gestão e elevar o nível de

segurança na atividade de manutenção ferroviária.

Neste aspecto, as principais recomendações que podem ser adotadas estão listadas abaixo:

1. Utilização de descarrilhadeiras portáteis com cadeados, dispositivos que efetivamente

evitam a invasão de material rodante em uma linha com manutenção aberta,

promovendo o descarrilhamento do material rodante antes que o mesmo atinja a equipe

de manutenção e/ou veículo(s) que esteja(m) estacionado(s) ou circulando na linha;

2. Criação de um sistema informatizado único para gerenciar o processo de manutenção

em Linha Sinalizada e em Pátios e Terminais, que permita a rápida identificação de

pessoas autorizadas a abrir um pedido de manutenção, a rápida identificação visual de

linhas com manutenções abertas e o gerenciamento das falhas no processo;

3. A prática de instalação da placa de “Linha impedida” em conjunto com a placa de

“Manutenção Mecânica”;

4. A criação de procedimento específico para os Pátios e Terminais considerados como

Pontos de Carregamento;

5. A identificação de locais críticos para realização da manutenção baseado em restrições

do espaço onde se dará a manutenção, como túneis, plataformas, pontes, cortes, hump

yard, elevados entre outros;

6. A adoção de um sistema automático de alarme de aproximação de trens para as equipes

em manutenções realizadas na linha tronco;

7. Treinamento prático simulando os principais motivos de falhas;

8. Acompanhamento das atividades de manutenção realizadas por terceiros;

9. A adoção de formulários de auditoria do processo de manutenção dentro de gabarito

ferroviário, a ser aplicada principalmente com equipe de manutenção de áreas alheias ao

processo de operação ferroviária.

10. Entrega de layouts atualizados dos pátios para os responsáveis por abertura de LDL

Recomendações específicas estão registradas no anexo 5: Orientações específicas para evitar

falhas no processo de manutenção dentro de gabarito de via.

Page 17: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

6. CONCLUSÕES

A atividade de manutenção dentro do gabarito de via é uma necessidade da ferrovia e que,

associada ao crescimento do transporte ou as más condições de conservação da concessionária

ferroviária só tende a aumentar. Neste aspecto, é fundamental a disseminação de técnicas e

métodos que garantam a segurança dos ativos e dos empregados envolvidos na manutenção.

A constante auditoria e o aprimoramento do processo de manutenção com adoção de medidas

que visem evitar a ocorrência de acidentes é fundamental para garantir os indicadores de

segurança e de produtividade na atividade de manutenção ferroviária.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 5462-TB116: Confiabilidade e mantenabilidade.

Rio de Janeiro, 1994.

APTA. Safe Operations in Yards. Disponível em:

<http://www.apta.com/resources/standards/Documents/APTA-RT-OP-S-003-02.pdf>. Acesso em: 21 abr. 2015.

BNSF. Maintenance of Way - Operating Rules. Disponível em:

<http://www.bnsf.com/employees/safety/pdf/MWSafety2004.pdf>. Acesso em: 03 de abri. 2015.

BRASIL. Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT. Resolução n. 3694 de14 de julho de 2011.

Aprova o Regulamento dos Usuários dos Serviços de Transporte Ferroviário de Cargas. Disponível em:

<http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/364/Resolucoes.html>. Acesso em: 10 abr. 2015.

CPTM. Norma de Serviço 05: Execução de obras e serviços ao longo da via férrea. 2010

EIGHBORHOOD, Hugo. Hugo’s Railroad Torpedoes. Disponível em:

<http://www.hugoneighborhood.org/BROCHURE_RR32%20Hugo%20Railroad%20Torpedo%20060111.pdf>.

Acesso em: 21 abr. 2015.

FRA. Fatality Analysis of Maintenance-of-way Employees and Signalmen (FAMES). Disponível em:

<https://www.fra.dot.gov/Page/P0245>. Acesso em: 20 abr. 2015.

NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-12 - Máquinas e Equipamentos.

2009.

PINTO, A. K. e XAVIER, J. A. N. Manutenção: Função Estratégica. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.

RAILSAFE. NWT 300 Planning work in the Rail Corridor. Disponível em: <https://railsafe.org.au/work-on-

track>. Acesso em: 21 abr. 2015.

VALE. Informativo 007: EAT – Equipamento para alerta de aproximação de trens. 2015

VALE. Nossa história. Disponível em: <http://www.vale.com/PT/aboutvale/book-our-

history/Documents/livro/Vale_Livro_Nossa_Historia_cap5.pdf>. Acesso em: 01 mai. 2015.

VALE. PGS-002722 Regulamento de Operação Ferroviária. 2014

WESTERN SAFETY. Derails (Portable, Low Profile, Sliding). Disponível em:

<http://www.westernsafety.com/products/nolanrailnew/nolanpg4.html>. Acesso em: 21 abr. 2015.

ZACCARELI, S. B. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1990.

Page 18: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

8. ANEXOS

Anexo 1 – EAT Equipamento para alerta de aproximação de trens.

O sistema EAT é um sistema de alerta automático que visa garantir a segurança da equipe de

campo, basicamente este sistema emite um alerta em forma de buzzer, vibracall ou led de

indicação quando um trem se aproxima da frente de trabalho.

O sistema é composto por duas unidades (Figura 19):

1. Unidade transmissora: Instalada na locomotiva comandante do trem, emite seu

posicionamento em intervalos de 5s;

2. Unidade pessoal: Utilizada pela equipe de campo, recebe a mensagem enviada pelo

trem e calcula a distância entre o trem e a equipe de campo.

O sistema calcula a distância entre o trem e a equipe de campo, se esta distância for igual ou

menor do que 500m, a unidade pessoal emite um alerta em intervalos de 2s até que o botão de

reconhecimento de alerta seja pressionado pelo trabalhador na via. Ambos os equipamentos

utilizam a tecnologia de GPS para localização dos dispositivos.

Figura 19: Equipamento para alerta de aproximação de trens

Atualmente estão disponíveis no mercado variações do EAT que possibilitam a detecção

automática da aproximação de trens, o envio de sinais de alerta sonoros, luminosos e

vibratórios para a equipe de campo.

Page 19: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Anexo 2 – Processo de LDL na EFVM.

Figura 20: Resumo do processo de LDL

Page 20: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Anexo 3 – Motivos de descumprimentos de LDL na EFVM

Tabela 01: Evolução dos motivos de descumprimentos de LDL

Motivo 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

Não abertura de LDL 4 32 41 23 16 11 18 12 6 2 165

Linha Tronco 2 13 24 7 5 1 6 1 1 2 62

Pátio 2 19 17 16 11 10 12 11 5 0 103

Abertura de LDL em local errado 1 8 9 9 10 10 7 10 13 3 80

Linha Tronco 1 7 8 7 6 9 4 9 10 3 64

Pátio 0 1 1 2 4 1 3 1 3 0 16

Falha na aplicação do shunt 0 1 0 0 0 0 23 14 11 13 62

Linha Tronco 0 1 0 0 0 0 23 14 11 13 62

Invasão de LDL 3 6 13 4 6 2 6 4 4 2 50

Linha Tronco 0 2 11 1 1 0 1 1 0 2 19

Pátio 3 4 2 3 5 2 5 3 4 0 31

Falha no encerramento da LDL 3 2 5 6 4 2 7 4 3 2 38

Linha Tronco 1 1 1 3 1 0 4 2 3 1 17

Pátio 2 1 4 3 3 2 3 2 0 1 21

Falha na inserção/retirada de equipe ou eqto 0 0 3 3 2 2 5 8 9 1 33

Linha Tronco 0 0 1 3 1 2 5 7 9 1 29

Pátio 0 0 2 0 1 0 0 1 0 0 4

Falha na abertura de LDL 0 3 2 5 3 4 3 3 1 1 25

Linha Tronco 0 2 2 2 2 1 1 2 1 0 13

Pátio 0 1 0 3 1 3 2 1 0 1 12

Invasão de gabarito 1 2 2 2 2 0 2 3 8 1 23

Linha Tronco 0 2 1 0 2 0 1 1 5 1 13

Pátio 1 0 1 2 0 0 1 2 3 0 10

Falta de sinalização 2 2 1 0 3 0 0 1 1 0 10

Linha Tronco 1 2 1 0 1 0 0 1 1 0 7

Pátio 1 0 0 0 2 0 0 0 0 0 3

Falha na interrupção da LDL 0 0 0 0 3 0 2 0 1 0 6

Linha Tronco 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2

Pátio 0 0 0 0 3 0 1 0 0 0 4

Falha na alteração de responsabilidade 0 2 0 0 1 0 0 1 0 1 5

Linha Tronco 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 3

Pátio 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 2

Total Geral 14 58 76 52 50 31 73 60 57 26 497

Page 21: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Anexo 4 – Evolução dos descumprimentos de LDL em pátios da EFVM

Tabela 02: Evolução dos descumprimentos de LDL em pátios da EFVM

Posição Pátio Nome 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

1 TU Tubarão 4 12 18 19 15 7 12 7 6 2 101

2 TO Timpobeba 0 0 0 2 2 2 2 1 1 0 10

3 CS Costa Lacerda 1 3 0 3 1 0 2 0 0 0 10

4 PV Porto Velho 1 3 0 0 3 0 2 0 0 0 9

5 CE Conceição 1 0 0 0 1 2 2 2 1 0 9

6 FA Fábrica 0 2 2 1 0 2 0 1 0 0 8

7 AL Alegria 0 0 0 1 0 2 2 3 0 0 8

8 OB Ouro Branco 1 3 0 0 0 0 1 0 2 0 7

9 JP João Paulo 0 0 1 0 0 1 1 2 0 0 5

10 EB Eng. Bandeira 0 1 0 0 2 0 0 1 1 0 5

11 BR Brucutu 0 0 0 2 3 0 0 0 0 0 5

12 IC Intendente Camara 0 0 1 0 0 1 1 0 2 0 5

13 LB Laboriaux 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 4

14 DD Des. Drumond 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 3

15 FZ Fazendão 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 3

16 GV Governador Valadares 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 3

17 BV Bela Vista 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 2

18 GS Gongo Soco 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 2

19 FS Frederico Sellow 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2

20 AZ Aracruz 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1

21 AY Aymores 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

22 FU Funil 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1

23 AB Aroaba 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

24 FN Fundão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

25 MO Maria Ortiz 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

26 CL Colatina 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

27 CP Conselheiro Pena 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

28 MR Mário Carvalho 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

29 BS Bicas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

30 CD Capitão Eduardo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Total

9 27 27 29 31 18 27 20 15 2 204

Page 22: ANÁLISE DAS FALHAS DE ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Anexo 5 – Orientações específicas para evitar falhas no processo de manutenção dentro

de gabarito de via