análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · especializado em assistência social...
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Análise da dinâmicade funcionamento dos programasde atendimento de medida socioeducativa em meio aberto
! Sumário executivo! Relatório quantitativo da pesquisa! Relatório do grupo focal da pesquisa! Relatório de análise normativa da pesquisa
Sumário Executivo Brasil
S955
Sumário executivo dos resultados da pesquisa qualitativa. / [supervisão geral de] Rosimere de Souza. — Rio de Janeiro: IBAM, 2014.
176 p.
Acima do título: “Pesquisa Análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA — e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC)”.
1. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). 2. Educação — Brasil. I. Souza, Rosimere de. II. Instituto Brasileiro de Administração Municipal. III. Título.
CDU 37(81)
“Pesquisa Análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA
— e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC)”
Junho de 2014
Presidente da República
Dilma Rousseff
Ministra Chefe de Estado da Secretaria de Direitos Humanos
Ideli Salvatti
Secretário Executivo da Secretaria de Direitos Humanos
Claudinei Nascimento
Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente
Angélica Moura Goulart
Coordenador-Geral do Sistema Nacional Socioeducativo
Cláudio Augusto Vieira da Silva
Instituto Brasileiro de Administração Municipal
Superintendete Geral
Paulo Timm
Superintendente de Desenvolvimento Econômico e Social
Alexandre Carlos Albuquerque Santos
Equipe Técnica do Projeto
Supervisora Geral do Projeto
Coordenadora do Programa Gestão Pública Municipal e Direitos Humanos
Rosimere de Souza
Assessores Técnicos
Adriana MotaHerculis ToledoJuliana LeiteLiza SantosLouise Storni
Consultora de Metodologia de Pesquisa
Marina Sidrim Teixeira
Colaboradora
Delaine Costa
Pesquisadores Locais
Afonso AlvesAline Estephane da CostaAndré AssunçãoAntonio de SouzaClaudia Roberta Costa TitoDanieli Souza Bezerra
Felipe HauersFernanda Azeredo de MoraesIvanir Luzia MaisJussara de MeloLaura Rosa Almeida P. FerreiraLayane da Silva MeloLuzianny Borges RochaMairla Machado ProtazioMarcela Vieira GonçalvesMarcello Felipe de Jesus MúscariMaria Cristina de OliveiraMaria Tereza Nunes TrabulsiOlga Prado CarcovichTâmara Caroline da Silva Ramos CoimbraThais BritoThiago Lucena
Estagiários
Safira SilvaVladmir Machado
Revisão Bibliográfica e catalográfica
Elisa Machado Alves Correa
Revisão e Diagramação
Diana Castellani Ricardo Polato
Programação visual
André Guimarães Souza
Apoio Técnico-administrativo
Flavia Lopes
Conselho nacional dos direitos da criança e do adolescente — CONANDA
Conselheiros Governamentais — Biênio 2013/2014 — Titulares e Suplentes no CONANDA
Casa Civil da Presidência da República
Titular: Magaly de Carvalho Correia MarquesSuplente: Mariana Barbosa Cirne
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Titular: Francisco Antonio de Sousa BritoSuplente: Natalia da Silva Pessoa
Ministério da Cultura
Titular: Anirlenio Donizet de MoraisSuplente: Marina Leite da Silveira
Ministério da Educação
Titular: Clélia Brandão Alvarenga CraveiroSuplente: Fabio Meirelles Hardman de Castro
Ministério do Esporte
Titular: Andrea Carvalho AlfamaSuplente: Elisangela Landim Santos
Ministério da Fazenda
Titular: Jordelino Serafim dos ReisSuplente: Cristiane Caldera de Araújo Mascarenhas
Ministério da Previdência Social
Titular: Kesia Miriam Santos de AraujoSuplente: Fabiula Costa Oliveira
Ministério da Saúde
Titular: Thereza de Lamare Franco NettoSuplente: Maria de Lourdes Magalhães
Ministério das Relações Exteriores
Titular: Marcia Canário de OliveiraSuplente: Juliana de Moura Gomes
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Titular: Danyel Iorio de LimaSuplente: Bernardo Bofil Vasconcelos Pereira
Ministério do Trabalho e Emprego
Titular: Karina Andrade LadeiraSuplente: Cintia Bastos Bemerguy
Ministério da Justiça
Titular: Davi Ulisses Brasil Simões PiresSuplente: Alex Canuto de Sá Cunha
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Titular: Maria Izabel da Silva (Vice-Presidente) Suplente: Claudio Augusto Vieira Da Silva
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República
Titular: Cristina de Fátima GuimarãesSuplente: Floraci Pereira dos Santos
Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Titulares no CONANDA
Pastoral da Criança Representante: Maristela Cizeski
CNBB — Pastoral do Menor
Representante: Vitor Cavalcante de Sousa Valério
Inspetoria São João Bosco (Salesianos)
Representante: Miriam Maria José dos Santos (Presidente)
Federação Nacional das APAES
Representante: Anna Beatriz Langue Peranovichi Leite
CFP — Conselho Federal de Psicologia
Representante: Esther Maria de Magalhães Arantes
ABMP — Associação Brasileira de Magistrados, Promotores e Defensores Públicos da Infância e da Juventude
Representante: Diego Vale de Medeiros
UBEE — União Brasileira de Educação e Ensino (Marista)
Representante: Fabio Feitosa da Silva
Aldeias Infantis SOS Brasil
Representante: Fabio José Garcia Paes
CONTAG — Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura
Representante: Tania Mara Dornellas dos Santos
MNMMR — Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua
Representante: Marco Antônio da Silva Souza
Criança Segura
Representante: Alessandra Mara Françoia
CFESS — Conselho Federal de Serviço Social
Representante: Erivã Garcia Velasco
CECUP — Centro de Educação e Cultura Popular
Representante: Edmundo Ribeiro Kroger
OAB — Ordem dos Advogados do Brasil
Representante: Luiza Helena Simonetti Xavier
Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Suplentes no CONANDA
ACM — Federação Brasileira das Associações Cristã de Moços
Representante: Adriano de Britos
Sociedade Literária e Caritativa Santo Agostinho
Representante: Roseli Aparecida Duarte
MNDH — Movimento Nacional de Direitos Humanos
Representante: Carlos Nicodemos Oliveira Silva
CUT — Central Única dos Trabalhadores
Representante: Raimunda Núbia Lopes da Silva
Instituto ALANA
Representante: Pedro Affonso Duarte Hartung
FENATIBREF — Federação Nacional dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas
Representante: Francisco Rodrigues Correa
ANCED — Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente
Representante: Djalma Costa
SBP — Sociedade Brasileira de Pediatria
Representante: Rachel Niskier Sanchez
FENAVAPE — Federação Nacional das Associações para Valorização de Pessoas com Deficiência
Representante: Fernanda Campana
Fundação Fé e Alegria do Brasil
Representante: Renato Eliseu Costa
Fundação ABRINQ
Representante: Heloisa Helena Silva de OliveiraConselho Latino Americano de IgrejasRepresentante: Rosilea Roldi Wille
MORHAN — Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase
Representante: Thiago Pereira da Silva Flo
9Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Sumário
1. INTRODUçãO ................................................................................10
2. HISTÓRICO DO PROCESSO DE MUNICIPALIZAçãO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO .........................................................................................12
3. GESTãO DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO NA CAPITAL .28
Estrutura Organizacional e Funcional — Estado e Capital .....................................28
Atendimento Inicial Integrado .....................................................................35
4. ESTRUTURA DE GESTãO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO NAS CAPITAIS .........................................................................................39
Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto ......................................28
5. ORIENTADOR SOCIOEDUCATIVO ....................................................................50
6. PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO — PIA ......................................................56
7. SISTEMAS DE MONITORAMENTO E AVALIAçãO ....................................................67
8. PARCERIAS.............................................................................................82
9. FINANCIAMENTO ......................................................................................97
10. REDE INTEGRADA DE ATENDIMENTO (SAÚDE, EDUCAçãO E PROFISSIONALIZAçãO) .... 107
11. FLUXO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO .................................................. 123
12. COOPERAçãO ENTRE ESTADO E MUNICÍPIO ................................................... 126
13. PLANOS DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO ................................................. 132
14. CONSELHOS MUNICIPAIS E ESTADUAIS DOS DIREITOS DA CRIANçA E DO ADOLESCENTE . 137
15. AVALIAçãO DA LEI DO SINASE ................................................................... 146
16. PERFIL DOS ADOLESCENTES AUTORES DE ATO INFRACIONAL E DISCRIMINAçãO ......... 157
CONSIDERAçõES FINAIS ............................................................................ 174
BIBLIOGRAFIA ................................................................................ 176
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM10
1. INTRODUçãO
Esta pesquisa teve como principal objetivo analisar a dinâmica de funcionamento dos pro-
gramas e serviços de atendimento socioeducativo em meio aberto (Liberdade Assistida — LA
— e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC) nas 27 capitais brasileiras a partir de um
conjunto de questões que orientaram o desenho das estratégias de abordagem tanto na eta-
pa quantitativa quanto na etapa qualitativa e, assim, fornecer subsídios para a implementa-
ção e o aprimoramento do SINASE.
Com efeito, as principais questões que orientaram o desenho da investigação foram as se-
guintes:
• Quais os arranjos institucionais existentes para dar conta do atendimento aos adoles-
centes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto?
• Quais são os modelos de gestão do atendimento socioeducativo em meio aberto exis-
tentes nas 27 capitais?
• Que instrumentos orientam o funcionamento dos programas de atendimento?
• Como estão funcionando os arranjos institucionais existentes?
• Quais os recursos disponíveis para o funcionamento?
• Com quem o programa se articula para o atendimento aos adolescentes?
• Quais os resultados do programa de atendimento sobre a vida dos adolescentes?
A pesquisa quantitativa foi realizada, no período de fevereiro a novembro de 2012, a partir
de um modelo de questionário com perguntas fechadas, aplicado in loco pelos membros da
equipe técnica nas capitais de todos os estados (26) e do Distrito Federal (1). Buscou-se,
preferencialmente, dirigir as questões aos gestores municipais e estaduais de Entidades,
Programas e aos responsáveis/coordenadores de Serviços/Unidades/Centro de Referência
Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so-
cioeducativas em meio aberto.
No sentido de qualificar e explicar os dados da etapa quantitativa foi realizado, em cada
capital e no Distrito Federal, no período de outubro de 2012 a abril de 2013, um conjunto de
entrevistas abertas e semiestruturadas com 248 depoentes integrantes do Sistema de Garan-
tia de Direitos — SGD — considerados imprescindíveis para o entendimento desta dinâmica
na perspectiva qualitativa. Também foram realizados 54 Grupos Focais — GFs — com 232
adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, de ambos os sexos, e com 170
responsáveis e familiares (pai, mãe, avó, tio) desses adolescentes. Para os GFs, foi seguido
um roteiro que previa cerca de duas horas de conversa em grupo, mediada por dois pesqui-
sadores. O quadro seguinte demonstra o quantitativo de entrevistados nesta etapa.
11Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
QUADRO 1 - ESTATÍSTICA DAS ENTREVISTAS E GRUPOS FOCAIS
27 representantes dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente
29 representantes dos Conselhos Estaduais dos Direitos da Criança e do Adolescente
25 gestores estaduais de medidas socioeducativas
26 gestores municipais de medidas socioeducativas
27 representantes das Varas da Infância e da Juventude e congêneres
27 representantes do Ministério Público
21 representantes da Defensoria Pública
25 representantes das entidades parceiras de PSC
18 coordenadores de serviços e programas de LA e/ou PSC
23 coordenadores de unidades de atendimento de LA e/ou PSC)
54 Grupos Focais com 232 adolescentes e 170 familiares/responsáveis em 25 capitais
A seguir, são apresentadas informações e análises relativas à dinâmica de funcionamento das
entidades e de Programa/Serviços de atendimento, bem como das Unidades de Atendimento
e dos serviços sob a perspectiva qualitativa.
Este documento apresenta os resultados de cada item pesquisado por capital, os avanços
e entraves encontrados na opinião dos entrevistados e principalmente algumas recomen-
dações para o aprimoramento do atendimento e, por conseguinte, do Sistema Nacional de
Atendimento Socioeducativo (SINASE).
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM12
2. HISTóRICO DO PROCESSO DE MUNICIPALIzAçãO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO
No processo de construção dos caminhos da pesquisa — as etapas, os instrumentos e, os
métodos de aproximação do objeto em estudo —, partiu-se do pressuposto de que, indepen-
dente de seu formato, de sua estrutura ou de sua vinculação institucional, o programa ou
serviço de atendimento é determinado por circunstâncias históricas inerentes à consolidação
da política de atenção aos adolescentes autores de ato infracional em determinado territó-
rio. Assim, entendeu-se que para responder às principais indagações da pesquisa era preciso
conhecer o contexto histórico no qual se desenvolveu a política de atendimento ao adoles-
cente infrator em cumprimento de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade
naquelas capitais, identificando que atores estavam presentes, quais os principais temas em
debates e quais os instrumentos regulatórios mobilizados para a sua consolidação, em espe-
cial a partir da inauguração de alguns marcos regulatórios que serão analisados neste tópico,
derivados de uma das principais diretrizes do ECA, a municipalização do atendimento.
A municipalização é uma diretriz da política de atendimento disposta no Artigo 88 do Esta-
tuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90).
Ao abordar este assunto, no que diz respeito ao atendimento ao adolescente autor de ato
infracional, o texto da Resolução 119 de 2006 do CONANDA que institui o Sistema Nacional
de Atendimento Socioeducativo/SINASE recomenda que sejam levados em consideração os
limites geográficos do Município, de maneira a facilitar o contato e o fortalecimento dos vín-
culos familiares e comunitários do adolescente e efetivar sua inserção social e de sua família
nos equipamentos e rede de serviços públicos locais, na perspectiva da socioeducação, que
deve prevalecer sobre o caráter punitivo das medidas de responsabilização.
Vale lembrar que SINASE — cuja finalidade é reger a política de proteção especial e de jus-
tiça, abarcando o atendimento ao adolescente autor de ato infracional desde o processo de
apuração até a aplicação e a execução da medida socioeducativa —, é um dos subsistemas
que integram o Sistema de Garantia dos Direitos/SGD, que se comunica e sofre interferência
dos demais, em especial nas áreas de saúde, educação, assistência social, justiça e segu-
rança pública. Nesta direção, e partindo-se do princípio da incompletude institucional, en-
tende-se que a socioeducação somente é possível por meio da cooperação e da conjugação
de esforços de diversos agentes públicos e privados das três esferas de governo — União,
Estados, Distrito Federal e Municípios — e níveis poder — Executivo, Legislativo e Judiciário,
além da sociedade civil através dos Conselhos de Direitos.
13Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Sistema de Garantia de Direitos
Por sua vez, a municipalização do atendimento não se restringe à criação de um serviço específi-
co no âmbito de determinada política como vem sendo observado a partir da implementação do
Serviço de Proteção Social ao Adolescente em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liber-
dade Assistida — LA — e de Prestação de Serviços à Comunidade — PSC —, no âmbito da Proteção
Social Especial de Média Complexidade do Sistema Único de Assistência Social — SUAS.
A municipalização do atendimento às medidas socioeducativas demanda, para além da ofer-
ta de um serviço específico localizado em uma determinada política setorial, a instituição de
ações integradas, intersetoriais, interinstitucionais, intra e intergovernamentais, a criação
de arranjos e instrumentos de articulação, controle, gestão, financiamento e execução da
política de atendimento socioeducativo em uma perspectiva sistêmica, que resulte, para
além da responsabilização do adolescente autor de ato infracional na garantia dos seus di-
reitos fundamentais e na sua inclusão social na perspectiva da socioeducação.
Importante reconhecer que após a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente
(Lei 8069 de julho de 1990) ao longo dos últimos anos que houve avanços no que diz respeito
ao atendimento aos adolescentes autores de ato infracional, em especial a partir da inaugura-
ção de alguns padrões regulatórios importantes neste campo, com destaque para os seguintes:
• Portaria Interministerial MS/SEDH/SEPM 1.426/2004. Aprova as diretrizes para a im-
plantação e implementação da atenção à saúde dos adolescentes em conflito com a
lei, em regime de internação e internação provisória, e dá outras providências.
• Resolução 119 de 2006 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente/
CONANDA. Apresenta as primeiras diretrizes para a organização e o funcionamento do
Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. É um avanço em relação ao que o
ECA dispõe sobre este assunto.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM14
• Resolução 109 de 2009 doConselhoNacional deAssistência Social/CNAS - Tipifica-
ção dos Serviços Socioassistenciais. Estabelece a forma como deve ser organizado e
executado o Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida
Socioeducativa de Liberdade — LA —, e de Prestação de Serviços à Comunidade — PSC
— no âmbito da Proteção Social Especial de Média Complexidade do Sistema Único de
Assistência Social/SUAS.
• Lei 12.594 de2012 — Lei do SINASE. Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socio-
educativo (SINASE). Regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas
a adolescente que pratica o ato infracional. Este instrumento jurídico traz avanços em
relação à Resolução 119, haja vista tratar de forma pormenorizada da execução do
atendimento, definindo melhor os papéis e atribuições entre os entes federados e os
diversos agentes que atuam nos subsistemas que integram o Sistema de Garantia de
Direitos — Justiça, Saúde, Educação, Assistência Social, capacitação para o trabalho,
entre outros.
• Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo (Aprovado pelo Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente pela Resolução nº 160, de 18 de novembro de
2013): Orienta o planejamento, a construção, a execução, o monitoramento e a ava-
liação dos Planos Estaduais, Distrital e Municipais Decenais do SINASE, além de incidir
diretamente na construção e/ou no aperfeiçoamento de indicadores e na elaboração
do Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. Prevê
ações articuladas, para os próximos 10 (dez) anos, nas áreas de educação, saúde, assis-
tência social, cultura, capacitação para o trabalho e esporte para os adolescentes que
se encontram em cumprimento de medidas socioeducativas, e apresenta as diretrizes
e o modelo de gestão do atendimento socioeducativo.
Vale repetir o texto do Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo quando afirma que
esse conjunto de instrumentos constitui:
“normatização, conceitual e jurídica, necessária à implementação, em
todo território nacional, dos: dos princípios consagrados nas Regras Míni-
mas das Nações Unidas para a Administração da Justiça da Infância e da
Juventude, nas Regras das Nações Unidas para a Proteção dos Jovens com
restrição de liberdade, na Constituição Federal, na Convenção Internacio-
nal sobre os Direitos da Criança e no Estatuto da Criança e Adolescente,
referentes à execução das medidas socioeducativas destinadas aos adoles-
centes a quem se atribui a prática do ato infracional” (BRASIL, 2013, p. 5).
Contudo os avanços normativos não são acompanhados de mudanças significativas na reali-
dade do atendimento aos adolescentes autores de ato infracional em algumas áreas, como
se poderá observar no decorrer do presente relatório.
15Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Se tomarmos como referência o conjunto de elementos considerados anteriormente que
deveriam caracterizar a municipalização do atendimento — ações integradas, intersetoriais,
interinstitucionais, intra e intergovernamentais, criação de arranjos e instrumentos de arti-
culação, controle, gestão, financiamento e execução da política de atendimento socioedu-
cativo em uma perspectiva sistêmica — pode-se inferir a partir da análise das informações
identificadas em todas as etapas da pesquisa — desde o levantamento da normativa existen-
te, passando pela pesquisa a quantitativa à pesquisa qualitativa —, que a municipalização
do atendimento às medidas socioeducativas em meio aberto ainda não está plenamente
implementada nas 27 capitais brasileiras pesquisadas, tampouco o sistema da forma como
é proposto na Resolução 119 do CONANDA de 2006 e na Lei 12.594 de 2012 consolidados no
Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo.
QUADRO 2 — MUNICIPALIzAçãO
CAPITAIS MARCO INICIAL DA
MUNICIPALIzAçãO
AGENTES
PARTICIPANTES DO
PROCESSO
PRINCIPAIS TEMAS EM DEBATE E
INSTRUMENTOS REGULATóRIOS
MOBILIzADOS NO PROCESSO
Aracaju O ano de 2006. Secretaria de
Assistência Social
e Cidadania de
Aracaju. Parceria
com Secretaria de
Direitos humanos
da Presidência da
República.
---
Belém 2007 - sob gestão da
FUNCAP — Fundação da
Criança e do Adolescente
do Estado do Pará.
2011 - FUNCAP passa
a ser chamada de
Fundação de Atendimento
Socioeducativo do Pará
(Fasepa) após reforma
administrativa do governo
do Estado.
Gestores Estaduais,
Gestores Municipais
e Juizado.
---
Belo
Horizonte
Abril de 1998. Gestores Municipais
da Prefeitura
Municipal de Belo
Horizonte.
---
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM16
Boa Vista Em curso. Inicialmente
conduzido pelo
Juiz. Em seu
desenvolvimento
foi envolvendo
outros agentes
do Sistema de
Garantia de
Direitos (SGD) e
sendo instituídos
alguns programas
que dessem conta
do atendimento
(em 1997) até a
incorporação do
serviço no CREAS
(em 2009).
---
Campo
Grande
O ano 2009. Gestores Estaduais
e Gestores
Municipais.
Integração e aproximação das
esferas estadual e municipal.
Após a transição da gestão, vários
técnicos que eram do estado
foram cedidos para o Município.
Plano Estadual de Atendimento
Socioeducativo de Campo Grande
(2010) - instrumento de referência
para a estruturação do serviço de
meio aberto nos Municípios.
Durante dois anos o estado
estabeleceu um termo de
parceria, em que deu suporte às
questões dos recursos humanos
e espaço físico para a secretaria
municipal de assistência social.
17Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Cuiabá 2006 - Início da transição
das medidas em meio aberto
para Cuiabá, a Secretaria
Municipal de Esporte, Lazer,
Cultura e Desenvolvimento
Humano.
2010 - a Secretaria Municipal
de Assistência Social
assume esta execução e os
atendimentos passam a ser
realizados nos CREAS.
Gestores Estaduais e
Gestores Municipais.
O desenvolvimento do processo em
Cuiabá foi consolidado em abril de
2012, em razão da deficiência do
executivo municipal em acolher
definitivamente a execução deste
serviço.
Outro ponto destacado foi a
sucessiva mudança de magistrados
na Vara da Infância e Juventude
de capital mato-grossense. Em seis
anos, seis juízes passaram pela área,
retratando a descontinuidade do
trabalho jurídico na socioeducação,
bem como a fragilidade da
articulação com os agentes do
sistema de garantia de direitos.
Distrito
Federal
O ano de 2011.
As medidas
socioeducativas sempre
estiveram vinculadas
ao ente distrital
federal — por meio da
Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Social
e Transferência de Renda
— SEDEST, a Secretaria de
Justiça e, em 2011, para
a Secretaria de Estado
da Criança do Distrito
Federal.
Gestores distritais. Criação de uma Secretaria da
Criança que atende a perspectiva
do SINASE.
Decreto distrital n° 32.716 de 1°
de Janeiro de 2011, que institui a
Secretaria de Estado da Criança
do Distrito Federal, dispõe sobre
a estrutura administrativa do
Governo do Distrito Federal e dá
outras providências.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM18
Florianópolis O ano de 2002. A municipalização
aconteceu um ano
após a criação
da Secretaria
Municipal de
Habitação, Trabalho
e Desenvolvimento
Social, através
da Lei n° 5.831
de 21/03/2001,
responsável pela
gestão da Política
de Assistência
Social. Atualmente
a Secretaria
Municipal de
Assistência Social
é a instância
responsável pelo
atendimento.
---
Fortaleza O ano de 2005. Até 2005 os
adolescentes eram
acompanhados
pela equipe de
Liberdade Assistida
da 5ª Vara do
Juizado da Infância
e da Juventude
do Estado do
Ceará. A partir
de 2008 passou
a ser executado
pela Secretaria
Municipal de
Direitos Humanos
que depois
transferiu a gestão
para a Secretaria
de Assistência
Social do Município.
---
19Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Goiânia O período compreendido
entre 2000 e 2009 quando
ocorreu o processo de
municipalização.
A implementação/
fortalecimento
dos programas
municipais foi
direcionado pelo
próprio órgão
gestor Estadual
com o apoio da
PGJ/CAO Infância,
promotores e
Juízes locais.
De acordo com a fala da gestora
da Secretaria de Cidadania e
Trabalho do Estado de Goiás houve
uma desarticulação da integração
do meio fechado com o meio
aberto.
João Pessoa O ano de 2010. Anteriormente
era executado
pelo juizado.
Atualmente é
executado pela
Secretaria de
Desenvolvimento
Social.
---
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM20
Macapá O ano de 2008. Gestores Estaduais
e Gestores
Municipais.
De 2006 a 2012, a Prefeitura de
Macapá, por meio da SEMAST,
investiu na criação de um CREAS,
que se tornou o local para
execução e acompanhamento
das medidas em meio aberto,
mas não havia ainda conseguido
se organizar de forma a garantir
equipe técnica própria para a
realização dos atendimentos. Até
o final de 2012 a FCRIA ainda cedia
os profissionais responsáveis por
este atendimento nos CREAS.
No início do processo de
municipalização (2008) foi firmado
um Acordo de Cooperação Técnica
e Financeira entre a Fundação da
Criança e do Adolescente (FCRIA),
uma entidade sem fins lucrativos,
dotada de Personalidade Jurídica
de Direito Público, vinculada à
Secretaria de Estado de Inclusão
e Mobilização Social —SIMS —, e a
Secretaria Municipal de Assistência
Social e do Trabalho — SEMAST.
Segundo o acordo, a FCRIA cederia
local, equipe multiprofissional
e veículo, através de convênio
com a SDH, para a execução das
medidas em meio aberto.
Maceió O ano de 2004. Anteriormente
era executado
pelo juizado,
atualmente é
pela Secretaria de
Assistência Social.
---
21Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Manaus Segundo relatos dos
entrevistados, há mais
de 10 anos o processo
de municipalização
das medidas em meio
aberto em Manaus está
sendo discutido. No
entanto, até o final das
atividades de campo, em
dezembro de 2012, a LA e
a PSC continuavam a ser
executadas pelo estado,
enquanto o Município não
desenvolvia nenhuma
atividade concreta
junto aos adolescentes
cumprindo medidas
socioeducativas.
Gestores Estaduais. Havia a perspectiva de que em
2013, com a troca do executivo
municipal, as negociações para a
municipalização avançassem. De
fato, em 2012, a então gestão da
prefeitura de Manaus, não havia
tomado providências efetivas no
sentido de assumir as atividades
desenvolvidas pelo estado.
Natal O ano de 2007. Passou da FUNDAC
(estado) para
a Secretaria
Municipal de
Assistência Social.
---
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM22
Palmas O ano de 1994, a partir
de uma exigência do
Ministério Público.
Antes tais formas de
responsabilização do
adolescente autor de ato
infracional inexistiam
no território, ficando
somente as medidas
privativas de liberdade
como opções da
socioeducação.
A municipalização do
atendimento de Liberdade
Assistida e Prestação de
Serviços à Comunidade
em Palmas ocorreu em
2000, antes mesmo da
divulgação da Resolução
n° 119 do CONANDA.
Gestores Estaduais,
Gestores
Municipais,
Ministério Público e
Juíza.
Em 2004 houve uma interrupção
da execução das medidas em meio
aberto por 6 meses, em razão
de questões políticas. De acordo
com a Juíza, a antiga secretaria
de assistência, que também já
presidiu o CMDCA, extinguiu o
atendimento sem explicações
plausíveis e retomou o trabalho
somente por pressões dos demais
atores do sistema de garantia de
direitos.
Porto Alegre O ano de 1998. A partir
da 3ª Vara da Infância e
da Juventude, visando
a desjudicializar e
municipalizar as medidas,
anteriormente executadas
em sua integralidade pelo
Judiciário.
Justiça da Infância
e Juventude.
---
23Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Porto Velho O ano de 2007, através de
projeto piloto de nome
Projeto Fênix.
Em 2012, o Juizado
deixa de encaminhar
adolescentes sentenciados
nas medidas de Meio
Aberto para o Núcleo
PLA/PSC da Secretaria
de Justiça do Estado
de Rondônia e, passa,
a encaminhá-los para o
serviço da Prefeitura, o
CREAS — MSEMA.
Gestores Estaduais
e Gestores
Municipais.
O processo de municipalização das
medidas em meio aberto em Porto
Velho foi conflituoso, já que o
Município não queria assumir essa
responsabilidade sob a justificativa
de que não tinha recursos para
tal e, o Estado, não se colocava
à disposição para cofinanciar
a execução das medidas pelo
Município. Houve pressão da
sociedade civil por meio do Fórum
dos Direitos da Criança e do
Adolescente, e ações do poder
público, do Ministério Público e
do Tribunal de Justiça, para que
efetivamente o prefeito assinasse
o decreto de municipalização.
O instrumento jurídico que
viabilizou o Projeto é um
convênio, de n° 037/2007,
que vigorou de 7/11/2007 a
30/10/2008.
Recife O ano de 2009. A prefeitura
conveniou 8
(oito) entidades
da sociedade
civil a execução
do atendimento
de medidas
socioeducativas.
Anteriormente esse
atendimento era
realizado direto
pelos juizados.
Desde 2011 é
o CREAS quem
executa.
--
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM24
Rio Branco Em 2006, a PSC foi
municipalizada e passou
a ser executada pelo
Município através da
Casa do Adolescente,
unidade vinculada à então
Secretaria Municipal de
Assistência Social, hoje
Secretaria Municipal de
Cidadania e Assistência
Social.
Gestores Estaduais
e Gestores
Municipais.
Havia uma negociação em curso
para a finalização do processo
de municipalização, previsto
para 2013. A municipalização das
medidas de meio aberto apareceu
como fonte de preocupação de
alguns entrevistados, em especial
os do sistema de justiça, temerosos
com a transferência de todo
esse trabalho para o Município.
O Município não se preparou
adequadamente para receber esta
demanda e não reservou recursos
para o orçamento do próximo ano
(2013), quando a municipalização
deverá ser finalizada.
Rio de
Janeiro
O ano de 2008. Inicialmente a
implantação foi
executada em
03 (três) Centros
de Referência
da Assistência
Social (CREAS), os
quais prestavam
atendimento aos
adolescentes e
suas famílias.
Ainda em 2008,
a cidade assume
este atendimento
como política
pública e, com
isso, amplia para
todos os CREAS da
Secretaria Municipal
de Assistência Social
(SMAS), atualmente,
Secretaria Municipal
de Desenvolvimento
Social (SMDS).
---
25Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Salvador O ano de 2006. No ano de 2006
ocorreu a criação
da central
de Medidas
Socioeducativas,
inicialmente
executada na
Secretaria do
Trabalho e
Assistência Social
e posteriormente
executada dentro
da Fundação Cidade
Mãe (vinculada à
própria Secretaria).
---
São Luís O ano de 1997. Conselho Estadual
dos Direitos
da Criança do
Maranhão (CEDCA-
MA), da Secretaria
Municipal
da Criança e
Assistência
Social de São
Luís (SEMCAS)
e da Fundação
da Criança e do
Adolescente do
Estado do Maranhão
(FUNAC).
---
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM26
São Paulo O ano de 2010. Inicialmente, o
atendimento e
acompanhamento
das Medidas
Socioeducativas
em Meio Aberto
(MSE/ME) eram
realizados em
parte pela
Fundação Centro
de Atendimento
Socioeducativo
ao Adolescente
(Fundação CASA
SP), mas em janeiro
de 2010, os serviços
de Liberdade
Assistida (LA)
foram totalmente
municipalizados,
com repasse
estadual de
verbas gerenciado
Secretaria
de Estado de
Assistência e
Desenvolvimento
Social. Hoje o
Município convenia
com 55 Ongs a
execução das
medidas.
---
27Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Teresina O ano de 2008. O órgão responsável
pelas medidas em
meio aberto antes
da municipalização
era a Secretaria
de Estado de
Assistência Social
e Cidadania —
SASC. Atualmente
a gestão do
Socioeducativo
em Meio Aberto na
capital está sob a
responsabilidade
da Secretaria
Municipal de
Trabalho, Cidadania
e Assistência Social
— SEMTCAS.
---
Vitória O ano de 2008. Anteriormente
as MSE/MA
estavam sob
responsabilidade
do Instituto do
Bem Estar do
Menor (ISBEM) que
contava com o
acompanhamento
e fiscalização da
equipe técnica
dos assistentes
sociais, pedagogos
e psicólogos da 2ª
Vara da Infância
e Juventude da
capital Vitória.
Neste início, o
Município chegou
executar a
Liberdade Assistida
Comunitária (LAC).
---
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM28
3. GESTãO DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVOEM MEIO ABERTO NA CAPITAL
Estrutura Organizacional e Funcional — Estado e Capital
A análise da gestão dos Programas/Serviços de Atendimento Socioeducativo considerou as-
pectos que informavam sobre os tipos de arranjos de gestão existentes e a estrutura da
política socioeducativa. Tal análise está referenciada no modelo de gestão proposto na Reso-
lução 119 do CONANDA de 2006 e na Lei 12.594 de 2012 conforme sistematizado documento
do Plano Decenal do SINASE aprovado em 2013.
Neste modelo existem três instâncias básicas que dinamizam o sistema, integradas por órgãos
e entidades públicas e privadas com funções de articulação, execução e controle das ações.
Na pesquisa, identificou-se uma correspondência entre a realidade e o modelo proposto
somente no eixo Controle, ou seja, em todas as capitais encontram-se entidades de contro-
le no âmbito da administração pública no estado e na capital. O mesmo não acontece em
relação ao modelo proposto para a Gestão e Articulação da política de atendimento socioe-
ducativo, com ênfase para o Órgão Gestor do Programa Estadual do Sistema Socioeducativo,
o Colegiado Interinstitucional e a Comissão Intersetorial.
29Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
QUADRO 3 - ESTRUTURA ORGANICA E FUNCIONAL DO SISTEMA ESTADUAL DE ATENDIMENTO
SOCIOEDUCATIVO
INSTÂNCIA DE
CONTROLE
PODER EXECUTIVO INSTÂNCIA DE ARTICULAçãO
CAPITAIS CEDCA; órgão
de controle da
administração
estadual;
Legislativo
Estadual;
TCE; MP; P.
Judiciário;
AMAR, Centros
de Defesa
(SINASE, 42. 4).
Órgão Gestor do
Programa Estadual
do Sistema
Socioeducativo.
Coordenação
Estadual do Sistema
Socioeducativo
órgão gestor da LA
e PSC.
Colegiado
Interinstitucional.
Comissão
Intersetorial.
Execução dos
Programas
Socioeducativos.
Aracaju Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria do
Estado da Inclusão
e Desenvolvimento
Social — Fundação
Renascer do Estado
de Sergipe.
Não existe. Não existe. Secretaria
Municipal de
Assistência Social
e Cidadania
(SEMASC) —
CREAS.
Instituição
Ação Social
Arquidiocesana,
para a execução
da Liberdade
Assistida, na
modalidade
Liberdade
Assistida
Comunitária —
LAC.
Belém Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria
de Estado de
Assistência Social
(Seas) Fundação
de Atendimento
Socioeducativo do
Pará (Fasepa).
Não existe. Não existe. FUNPAPA
Fundação Papa
João XXIII.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM30
Belo
Horizonte
Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria Municipal
Adjunta de
Assistência Social
(SMAAS).
Não existe. Não existe.
Boa Vista Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Mistério
Público.
Secretaria Municipal
de Gestão Social —
SEMGES.
Não existe. Não existe.
Campo
Grande
Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria de
Estado de Justiça e
Segurança Pública.
Secretaria Estadual
de Assistência
Social.
Existe somente
no âmbito
estadual.
Existe
somente
no âmbito
estadual.
Secretaria
Municipal
de Políticas,
Ações Sociais e
Cidadania.
Cuiabá Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria Estadual
de Direitos
Humanos e Justiça.
Superintendência
do Sistema
Socioeducativo.
Não existe. Não existe. Secretaria
Municipal de
Assistência
Social e
Desenvolvimento
Humano.
Curitiba Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria do
estado da criança
e família (Instituto
Ação social).
Não existe. Não existe. Fundação de Ação
Social — FAS.
31Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Distrito
Federal
Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria de
Estado da Criança
do Distrito Federal.
Subsecretaria
do Sistema
Socioeducativo —
SUBSIS.
Não existe. Existe, mas
não está
efetiva.
Gerência de
Prestação
de Serviço à
Comunidade
e Liberdade
Assistida (GEMA).
Florianópolis Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria estadual
de Assistência
Social.
Não existe. Não existe. Secretaria
Municipal de
Assistência Social
— SEMAS.
Fortaleza Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria Estadual
do Trabalho e do
Desenvolvimento
Social.
Não existe. Não existe. Coordenação do
sistema — SDH até
meados de 2012,
passando para
SEMAS;
Coordenação da
unidade — 06
Núcleos, passando
para CREAS.
Goiânia Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria Estadual
de Cidadania e
Trabalho.
Superintendência
de Assistência
Social do Idoso
e da Pessoa com
Deficiência.
Não existe Não existe. Secretaria
Municipal de
Assistência Social.
João Pessoa Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria Estadual
do Desenvolvimento
Humano (SDH).
Sim, existe. Sim, existe.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM32
Macapá Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria de
Estado de Inclusão
e Mobilização Social
(SIMS) Fundação
da Criança e
do Adolescente
(FCRIA).
Não existe. Não existe. Secretaria
Municipal de
Assistência
Social e Trabalho
(SEMAST).
Maceió Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Núcleo Estadual
de Atendimento
Socioeducativo —
NEAS.
Não existe. Não existe. Secretaria
Municipal de
Assistência Social
— SEMAS (CREAS).
Manaus Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria
de Estado de
Assistência Social
Gerência de
Atendimento
Socioeducativo.
Não existe. Não existe. Gerência de
Atendimento
Socioeducativo.
Natal Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Fundação Estadual
da criança e do
adolescente —
FUNDAC.
Não existe. Não existe. Secretaria
Municipal de
Trabalho e
Assistência Social
— SEMTAS (Serviço
de execução
de medidas
socioeducativas
em meio aberto —
SEMSEMA).
Palmas Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria Estadual
de Defesa Social
Secretaria Estadual
do Trabalho e da
Assistência Social.
Não existe. Existe.
Segundo
a gestora
estadual, foi
reativada
em 2012.
Secretaria
Municipal de
Desenvolvimento
Social.
33Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Porto
Alegre
Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Fundação de
atendimento
socioeducativo
(FASE).
Sim. Sim Fundação de
Assistência Social
e Cidadania
(FASC).
Porto Velho Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria de
Justiça do Estado
de Rondônia —
SEJUS.
Secretaria
de Estado de
Assistência Social —
SEAS.
Não existe. Não existe. Secretaria
Municipal de
Assistência Social
— SEMAS.
Recife Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria
da Criança e
Juventude — PE.
Não existe. Não existe. Secretaria
Municipal de
Assistência Social
(CREAS).
Rio Branco Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria de
Estado de Justiça e
Direitos Humanos
(SEJUDH) Instituto
Socioeducativo do
Acre — ISE.
Não existe. Não existe. Secretaria
Municipal de
Cidadania e
Assistência Social
— SEMCAS.
Rio de
Janeiro
Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Departamento
Geral de ações
socioeducativas —
DEGASE.
Não existe. Não existe. Secretaria
Municipal de
Desenvolvimento
Social (SMDS).
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM34
Salvador Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria de
Desenvolvimento
Social e Combate à
Pobreza.
Não existe. Não existe. Fundação Cidade
Mãe.
São Luís Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Fundação da
Criança e do
Adolescente do
Estado do Maranhão
(FUNAC).
Não existe. Não existe. Secretaria
Municipal
da Criança e
Assistência Social
de São Luís
(SEMCAS)- (05
CREAS).
São Paulo Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Fundação Centro
de Atendimento
Socioeducativo
ao Adolescente
(Fundação CASA-
SP).
Sim. Sim. Secretaria
Municipal de
Assistência e
Desenvolvimento
Social (SMADS).
Teresina Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Secretaria
de Estado de
Assistência Social
e Cidadania — SASC.
Não existe. Não existe. Secretaria
Municipal de
Trabalho,
Cidadania e
Assistência Social
— SEMTCAS (4
CREAS);
Instituição
Ação Social
Arquidiocesana,
para a execução
da Liberdade
Assistida, na
modalidade
Liberdade
Assistida
Comunitária —
LAC.
35Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Vitória Conselho
Estadual.
Conselho
Municipal.
Ministério
Público.
Instituto de
atendimento
socioeducativo do
Espírito Santo.
Não existe. Não existe. Secretaria
Municipal de
Assistência Social.
Atendimento Inicial Integrado
Os Núcleos ou Centros Integrados de Atendimento Socioeducativos são arranjos previstos na
Política de Atendimento disposta no Estatuto da Criança e do Adolescente, no que se refere
à Política de Atendimento aos Direitos da Criança e do Adolescente.
A sua existência possibilita a integração dos principais serviços voltados para o atendimento
ao adolescente apreendido a quem se atribui a autoria de ato infracional.
Em geral, neles devem estar presentes as delegacias de ato infracional, as Varas da Infância
e Juventude, o Ministério Público, a Defensoria e o executivo estadual ou municipal respon-
sável pela gestão das medidas socioeducativas.
Foi identificada a existência de Núcleos ou Centros Integrados de Atendimento em somente
5 capitais.
Entretanto, observa-se que a existência de dificuldades na integração entre as distintas for-
mas de atuação e instrumentais utilizados no atendimento desses Núcleos de Atendimento.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM36
QUADRO 4 - CENTROS INTEGRADOS DE ATENDIMENTO INICIAL AO ADOLESCENTE A QUEM SE
ATRIBUI AUTORIA DE ATO INFRACIONAL
CAPITAIS EXISTêNCIA DE CENTROS INTEGRADOS DE
ATENDIMENTO
EXISTêNCIA DE PLANTõES DE
ATENDIMENTO
Aracaju Não existe. Não existe.
Belém Existe o Centro Integrado de Atendimento ao
Adolescente (CIAA), que funciona desde 1997, e
concentra no mesmo espaço físico todos os órgãos do
sistema de justiça, segurança pública e assistência
social: Juizado da Infância e da Juventude, Ministério
Público, Defensoria Pública, Delegacia de Atendimento
ao Adolescente e Fundação da Criança e do Adolescente
do Pará.
Não foi observado nenhum tipo de
plantão de atendimento.
Belo
Horizonte
Existência de um Centro Integrado de Atendimento
ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA), onde
ficam localizados a Vara da Infância e Juventude, a
Delegacia da Infância e Juventude, o Ministério Público,
a Defensoria, o Conselho Tutelar e uma equipe técnica
da GECMES.
Sim. De acordo com o Juiz, “o CIA
funciona em regime de plantão, 365 dias
do ano, 24 horas por dia”.
Boa Vista Não existe. Não existe.
Campo
Grande
Não existe.
Houve um esvaziamento e desmembramento do Centro
Integrado de Atendimento, que atendia ao disposto
no Art. 88, Inciso V, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA).
Segundo a coordenadora do programa, este espaço,
que hoje se encontra o CREAS Sul, abrigava a Delegacia
Especializada, Vara da Infância e Juventude, Ministério
Público, Defensoria e Conselho Tutelar.
Contudo, tais instituições não conseguiram manter a
convivência e o trabalho em conjunto.
Não existem.
A Delegacia Especializada funciona em
horário comercial, de segunda a sexta-
feira, das 8 às 18 h.
Se o adolescente for apreendido depois
deste intervalo, ele é encaminhado
às Delegacias de Pronto Atendimento
Comunitário.
37Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Cuiabá Existe o Complexo do Pomeri que foi criado em 2004,
atendendo ao disposto no Art. 88, Inciso V, do Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA).
Entretanto, a reunião do judiciário, do Ministério
Público, da Defensoria e da delegacia especializada em
um mesmo espaço, não garantiu a eficiência dos atos de
apuração e aplicação das medidas socioeducativas.
Uma das principais questões que retratam esse
descompasso das etapas do atendimento constitui-se
nas constantes mudanças no judiciário que acarretam
descontinuidade do trabalho.
Existe plantão de atendimento
interinstitucional 24 horas no Complexo
do Pomeri.
Lá está localizada a Delegacia
Especializada do Adolescente (DEA), que
também funciona em plantão 24 horas.
Curitiba Não existe. Não existe.
Distrito
Federal
Existe o Núcleo de Atendimento Integrado - NAI,
inaugurado em 2013, que corresponde ao Plantão
Interinstitucional previsto no ECA e na Lei do SINASE.
O NAI é composto por diversos órgãos envolvidos com
a questão socioeducativa, entre eles, a Defensoria
Pública, o Ministério Público, a Secretaria da Criança, a
Secretaria de Saúde, a Secretaria de Assistência Social
e a Delegacia da Criança e do Adolescente — DCA.
Não foi observado nenhum tipo de
plantão de atendimento.
Florianópolis Não existe. Não existe.
Fortaleza Não existe. Não existe.
Goiânia Não existe.
A Defensoria foi criada em 2012.
Existe, porém, um dos agentes
entrevistados diz que “não contempla
as exigências legais no que tange à
presença do Juiz e do Promotor no
mesmo local”.
João Pessoa Não existe. Não existe.
Macapá Não existe. Não foi observado nenhum tipo de
plantão de atendimento.
Maceió Não existe. Não existe.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM38
Manaus Em Manaus existe um Centro Integrado de Atendimento
Inicial ao Adolescente Infrator, contando com Juizado
da Infância e da Juventude/Vara Criminal, Ministério
Público (Promotoria da infância e da Juventude),
Defensoria Pública, Delegacia Especializada de
Assistência e Proteção à Criança e ao Adolescente —
DEAPCA.
Não foi observado nenhum tipo de
plantão de atendimento.
Natal Não existe. Não existe.
Palmas Existe o Centro Integrado de Atendimento a Criança
e ao Adolescente (CIACA) criado em 2004, onde estão
reunidos todos esses atores, além do conselho tutelar
e da coordenadoria de medidas socioeducativas.
Entretanto, devido a falta de profissionais no
judiciário, Ministério Público, Defensoria e delegacia
especializada prejudicam o rápido andamento
das etapas de apuração e aplicação das medidas
socioeducativas.
Ausência de um plantão 24 horas na
Delegacia Especializada da Criança e
do Adolescente (DECA), localizada no
CIACA, foi apontada pela Promotora
como um dos gargalos do processo. Os
adolescentes que são apreendidos depois
do horário comercial são encaminhados
a delegacias comuns que não os
conseguem atender de maneira devida.
Porto Alegre Não existe. Não existe.
Porto Velho Não existe Centro Integrado de Atendimento em Porto
Velho.
Não foi observado nenhum tipo de
plantão de atendimento.
Recife Não existe. Não existe.
Rio Branco Não existe um Centro Integrado, na forma como o
ECA preconiza, o que resulta em uma verdadeira
peregrinação dos adolescentes e seus familiares por
diferentes serviços e endereços.
Foi constatada a inexistência de Plantão
Interinstitucional em Rio Branco.
Rio de
Janeiro
Não existe. Não existe.
Salvador Não existe. Não existe.
São Luís Não existe. Não existe.
São Paulo Não existe. Não existe.
Teresina Não existe. Não existe.
Vitória Não existe. Não existe.
39Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
4. ESTRUTURA DE GESTãO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO NAS CAPITAIS
Buscou-se analisar, neste bloco, que aborda a estrutura de gestão do atendimento, quais as
entidades, os programas e os serviços existentes bem como os aspectos positivos e os entra-
ves na visão dos entrevistados.
Ao todo foram identificadas 31 entidades gestoras responsáveis pelos programas, sendo a
maioria (70,97%) órgãos do Executivo Municipal das capitais. Em geral, destacam-se como
responsáveis pelo Programa, as Secretarias Municipais de Assistência Social (Assistência So-
cial e Cidadania, Assistência Social e Desenvolvimento Humano, Criança e Assistência Social,
Assistência Social e Trabalho, Políticas, Ação Social e Cidadania) e correlatos: Direitos Hu-
manos (um caso), Gestão Social (um caso). Há ainda, Secretarias de Estado (9,68%) que são
as responsáveis pelo Programa em 3 capitais: Secretaria de Estado da Criança do Distrito
Federal, Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Manaus, AM), Secretaria de
Estado de Justiça — SEJUS (Porto Velho, RO). Torna-se importante destacar, nesse contexto,
que em Porto Velho a Sejus não é mais uma entidade responsável pelo programa, já que no
final do ano passado houve a transferência completa para o Município. Entretanto, nesta
análise, a instituição ainda configura-se como uma entidade de atendimento.
Ainda salienta-se que, no total levantado, 9,68% representam Fundações (Fundação de Ação
Social — FAS — em Curitiba, Fundação de Assistência Social e Cidadania — FASC — em Porto
Alegre e Fundação Papa João XXIII — FUNPAPA — em Belém). Além destes tipos de entidades,
mapeou-se uma autarquia (Instituto Socioeducativo do Acre vinculada à Secretaria de Esta-
do de Justiça e Direitos Humanos), uma entidade religiosa (Centro Espírita Yvan Costa em
Belém, PA) e uma organização privada entidade privada sem fins lucrativos (Universidade da
Amazônia — UNAMA).
TABELA 1
PERGUNTA 15: TIPO DE ENTIDADE N (FREQUêNCIA) %
Secretaria estadual 3 9,68
Secretaria municipal 22 70,97
Organização privada com fins lucrativos 1 3,23
Entidade religiosa 1 3,23
Fundação 3 9,68
Autarquia 1 3,23
Total 31 100,00
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM40
Em todas as capitais, há pelo menos um Programa sob a coordenação de uma mesma en-
tidade gestora, com exceção de Belém/PA (3 Programas e 3 entidades), Porto Velho/RO (2
Programas e 2 entidades) e Rio Branco/AC (2 programas e 2 entidades). No que diz respeito
aos Programas de Atendimento na concepção da Resolução 119 de 2006 do CONANDA e da
Lei do SINASE, observou-se na pesquisa qualitativa que muitos daqueles sinalizados como
Programas são em verdade os Serviços de Proteção Social ao Adolescente.
Os principais aspectos positivos destacados na análise dos temas neste bloco concentram-
se na estrutura organizacional existente e nos arranjos de gestão instituídos para o aten-
dimento, bem como na equipe técnica. Destacam-se entre eles: a institucionalização do
Programa/Serviço por intermédio da criação e funcionamento de Grupo Gestor do Sistema
Socioeducativo; a realização de concurso público para contratação de pessoal técnico e a
boa articulação do Programa/Serviço com o judiciário; as condições existentes para o aten-
dimento como equipe, equipamentos; os esforços empreendidos no sentido da articulação
das políticas para a elaboração de protocolo do fluxo de atendimento do adolescente autor
de ato infracional; a existência de rotinas de monitoramento e avaliação e; a estrutura exis-
tente para o atendimento socioeducativo; a qualidade das relações interinstitucionais em
especial da unidade ou programa e o judiciário.
Ainda que tenham sido apontadas como aspectos positivos questões como a dificuldade de
estabelecer parcerias com determinadas áreas setoriais (a exemplo da saúde e da educa-
ção); a insuficiência de recursos humanos; as condições existentes para o atendimento no
que diz respeito à estrutura, à gestão, às parcerias, e à dinâmica de funcionamento no âm-
bito das Entidades e dos Programas/Serviços de Atendimento, a insuficiência (quantidade)
de recursos humanos para os processos de M&A e a incipiente intersetorialidade no âmbito
municipal foram sinalizadas como pontos a serem melhorados.
41Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
QUADRO 5 - ESTRUTURA DE GESTãO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
CAPITAIS ENTIDADES GESTORAS DO
ATENDIMENTO
UNIDADES DE ATENDIMENTO PROGRAMAS/SERVIçOS DE
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
Aracaju Secretaria Municipal
de Assistência Social e
Cidadania (SEMASC).
Centro de Referência
Especializada de Assistência
Social Viver Legal (CREAS).
Centro de Referência
Especializada de Assistência Social
Viver Legal (CREAS).
Belém FUNPAPA Fundação Papa
João XXIII.
CREAS LA PSC; Polo UNAMA;
Polo Yvon Costa.
Programa de Atendimento em
Meio Aberto.
Belo
Horizonte
Secretaria Municipal Adjunta
de Assistência Social
(SMAAS).
CREAS Oeste; CREAS
Pampulha; CREAS Norte; CREAS
Nordeste; CREAS Centro Sul;
CREAS Venda Nova; CREAS
Noroeste; CREAS Leste; CREAS
Barreto.
Serviço de Proteção Social a
Adolescentes em Cumprimento de
Medida Socioeducativa.
Boa Vista Secretaria Municipal de
Gestão Social — SEMGES.
Polo Descentralizado de LA -
Zona Norte (CREAS).
Serviço de Proteção Social aos
Adolescentes em Cumprimento de
Medida Socioeducativa.
Campo
Grande
Secretaria Municipal de
Políticas, Ações Sociais e
Cidadania.
CREAS Sul Nelly Baís; CREAS
Centro; CREAS Norte Luiza
Pauraperis.
Serviço de Proteção Social a
Adolescentes em Cumprimento
de Medida Socioeducativa de LA
e PSC.
Cuiabá Secretaria Municipal
de Assistência Social e
Desenvolvimento Humano.
CREAS Centro e CREAS Norte. Serviço de Proteção Social a
Adolescentes em Cumprimento
de Medida Socioeducativa de LA
e PSC.
Curitiba Fundação de Ação Social —
FAS.
Serviço de Proteção Social a
Adolescentes em Cumprimento
de Medidas Socioeducativas de
Liberdade Assistida e Prestação
de Serviço à Comunidade.
9 (nove) CREAS.
Distrito
Federal
Secretaria de Estado da
Criança do Distrito Federal.
UAMA — Unidades de
Atendimento em Meio Aberto
(14 UAMAS).
Programa de Atendimento em
Meio Aberto.
Fortaleza Secretaria Municipal de
Direitos Humanos de
Fortaleza.
Programa de Medidas
Socioeducativas em Meio
Aberto.
Núcleos de Atendimento em Meio
Aberto (06 Núcleos).
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM42
Fortaleza Secretaria Municipal de
Direitos Humanos de
Fortaleza.
Programa de Medidas
Socioeducativas em Meio
Aberto.
Núcleos de Atendimento em Meio
Aberto (06 Núcleos).
Goiânia Secretaria Municipal de
Assistência Social.
CREAS (Total: 5 — Centro
Sul, Oeste, Noroeste, Norte,
Leste).
Divisão de Acompanhamento de
Medidas Socioeducativas.
João Pessoa Secretaria de
Desenvolvimento Social.
Centro de Referência
Especializada de
Assistência Social — Medida
Socioeducativa.
Centro de Referência
Especializada de Assistência Social
— Medida Socioeducativa.
Macapá Secretaria Municipal de
Assistência Social e Trabalho
(SEMAST).
1 CREAS. Programa de Medidas
Socioeducativas em Meio Aberto.
Maceió Secretaria Municipal de
Assistência Social — SEMAS.
Serviço de atendimento de
Municipalização de medidas
socioeducativas em meio
aberto.
Centro de Referência
Especializada de Assistência
Social.
Manaus Secretaria de Estado de
Assistência Social.
Polos de Atendimento em Meio
Aberto (07 Polos).
Programa de Atendimento em
Meio Aberto.
Natal Secretaria Municipal de
Trabalho e Assistência Social
— SEMTAS.
CREAS-Serviço de execução de
medidas socioeducativas em
meio aberto (SEMSEMA).
CREAS Medida Socioeducativa.
Palmas Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Social.
Coordenadoria de Medidas
Socioeducativas.
Programa Medidas Socioeducativas
em Meio Aberto.
Porto
Alegre
Fundação de Assistência
Social e Cidadania — FASC.
Programa Municipal de
Execução de Medidas
Socioeducativas em Meio
Aberto (PEMSE).
Centro de Referência
Especializada de Assistência
Social —Medida Socioeducativa (9
CREAS).
Porto Velho Secretaria Municipal de
Assistência Social — SEMAS.
1 CREAS. Programa de Medida
Socioeducativa em Meio Aberto —
MSEMA.
Recife Secretaria Municipal de
Assistência Social.
CREAS Recife — Serviço de
Medida Socioeducativa em
Meio Aberto.
CREAS Recife.
43Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Rio Branco Instituto Socioeducativo do
Acre — ISE
Secretaria Municipal de
Cidadania e Assistência
Social — SEMCAS.
Programa de LA.
Programa de PSC.
6 Núcleos de LA.
Casa do Adolescente.
Rio de
Janeiro
Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Social –
SMDS.
Programa de Medidas
Socioeducativas em Meio
Aberto.
Centro de Referência
Especializada de Assistência
Social —Medida Socioeducativa
(14 CREAS).
Salvador Secretaria Municipal do
Trabalho e Assistência Social
Fundação Cidade Mãe. Central de Medidas
Socioeducativas.
São Luís Secretaria Municipal da
Criança e Assistência Social
de São Luís (SEMCAS)
CREAS (05) - Serviço de Medida
Socioeducativa em Meio
Aberto.
CREAS (05) - Serviço de Medida
Socioeducativa em Meio Aberto.
São Paulo Secretaria Municipal
de Assistência e
Desenvolvimento Social
(SMADS)
Serviço de Medidas
Socioeducativas em Meio
Aberto (Liberdade Assistida
e Prestação de Serviço à
Comunidade).
55 Organismos Não
Governamentais — Espaços/locais
(próprios, locados ou cedidos)
administrados por organizações
sem fins econômicos.
Teresina Secretaria Municipal de
Trabalho, Cidadania e
Assistência Social.
CREAS (04).
Instituição Ação Social
Arquidiocesana, para a
execução da Liberdade
Assistida, na modalidade LAC.
CREAS (04) - Serviço de
Proteção Social à Adolescentes
em Cumprimento de Medidas
Socioeducativas em Meio Aberto.
Núcleo de Liberdade Assistida
Comunitária (Instituição Ação
Social Arquidiocesana).
Vitória Secretaria Municipal de
Assistência Social.
Serviço de Proteção Social a
Adolescentes em Cumprimento
de Medida Socioeducativa
de Liberdade Assistida (LA)
e de Prestação de Serviço à
Comunidade (PSC).
Centro de Referência
Especializada de Assistência
Social — Medida Socioeducativa (3
CREAS).
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM44
ESTRUTURA DE GESTãO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO — RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS
Aracaju
• Ações que visem à articulação intersetorial, como reuniões entre as secretarias, parceiros etc.
• Ações de divulgação do Programa/Serviço nas comunidades.
• Aumento da equipe técnica.
• Descentralização do serviço para que os adolescentes que residam em bairros afastados possam ter
maior acesso e o Programa/Serviço e haja maior contato com a comunidade.
Belém
• Unificação do Programa/Serviço de Medidas Socioeducativas do Município, sob a coordenação da
prefeitura, que deve fazer o monitoramento de todas as unidades de atendimento, inclusive as de LAC.
• Encaminhamento dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas para o CREAS, que
fará a avaliação sobre qual a melhor unidade para o adolescente cumprir a medidas socioeducativas
(CREAS, Polo UNAMA ou Polo Yvon Costa), a partir de critérios claros e objetivos de seleção.
Campo Grande
• Realização de concursos para a contratação de profissionais e técnicos efetivos.
Cuiabá
• Alinhamento da supervisão da entidade gestora com a unidade de atendimento.
• Articulação da entidade gestora na construção do Orçamento Público Anual para disponibilização maior
de recursos.
• Criação de, pelo menos, mais um CREAS em Cuiabá.
• Realização de concursos para a contratação de profissionais e técnicos efetivos.
• Criação efetiva de um Programa/Serviço de Atendimento Socioeducativo com equipe técnica específica.
45Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Curitiba
• Alinhamento da supervisão da entidade gestora com a unidade de atendimento.
• Articulação da entidade gestora na construção do Orçamento Público Anual para disponibilização maior
de recursos.
• Realização de concursos para a contratação de profissionais e técnicos efetivos.
• Criação efetiva de um Programa/Serviço de Atendimento Socioeducativo com equipe técnica específica.
• Antecipação da inauguração de um novo CREAS para atender a capital, prevista para 2014.
• Realização de concursos para preenchimento de mais vagas na equipe técnica dos CREAS.
• Melhorias na infraestrutura de atendimento da Coordenadoria de Medidas Socioeducativas.
• Criação do cargo de orientador socioeducativo comunitário para auxiliar no estreitamento dos laços
comunitários e familiares dos adolescentes.
• Encaminhamento dos adolescentes e familiares para os demais Serviços da Rede Pública de Saúde e
Educação.
Distrito Federal
• Capacitação continuada dos técnicos para que sejam constantemente atualizados em relação às
questões específicas do adolescente.
• Criar diretrizes específicas para o atendimento ao adolescente dependente químico.
• Disponibilização de vale-transporte para o deslocamento dos adolescentes para as atividades que
envolvem em específico o cumprimento da medida socioeducativa, como ida a cursos profissionalizantes
e locais de prestação de serviço.
• Levantamento dos cursos de interesse dos adolescentes para que possam ser inseridos em cursos
profissionalizantes que os estimule.
Fortaleza
• Disseminar o Projeto Político Pedagógico, planejando ações nas unidades que contemplem as perspectivas
de gênero, raça/etnia, orientação sexual e deficiência.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM46
Goiânia
• A SEMAS, por meio da Divisão de Acompanhamento às Medidas Socioeducativas, deve produzir ações
que visem a construir a intersetorialidade da política de atendimento socioeducativo de Goiânia. Como,
por exemplo, reuniões com outras secretarias, municipais e estaduais, estratégicas no que se refere à
proteção integral da criança e do adolescente.
• Valorização salarial e realização de concurso público para quadro permanente para evitar a rotatividade
de profissionais do Programa/Serviço.
• Levantamento de potenciais parceiros de PSC e instituições que ofereçam cursos profissionalizantes, no
caso de LA.
• Promover ações de informação e sensibilização de instituições parceiras de PSC e profissionalizantes
no intuito de viabilizar a inserção do adolescente em cursos de seu interesse e/ou cumprir medida de
PSC em local que possa estimulá-lo a criar perspectivas de inserção social, de modo a garantir o caráter
socioeducativo das medidas.
• Realizar um levantamento dos interesses dos adolescentes, no que diz respeito às preferências por
cursos de profissionalização e atividades que os interessam, em se tratando da PSC.
• Criar formas de divulgação do Programa/Serviço para a sociedade tomar conhecimento dele.
João pessoa
• Ações que visem à articulação intersetorial, como reuniões entre as secretarias, parceiros etc.
• Ações de divulgação do Programa/Serviço nas comunidades.
• Aumento da equipe técnica.
Macapá
• Elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo que pode contribuir para a compreensão
das medidas socioeducativas como um Programa/Serviço, o qual envolve diretamente diferentes setores
do poder público municipal, com responsabilidades distintas, porém igualmente importantes.
• Finalizar o processo de municipalização das medidas socioeducativas em meio aberto, conforme
preconiza o SINASE.
• Viabilizar a instalação do CREAS em espaço próprio do Município, com acessibilidade, facilitando o
vínculo da clientela ao atendimento.
• Contratar profissionais em número suficiente para o atendimento da demanda.
• Criar novo CREAS, preferencialmente na região Norte da cidade, a fim de facilitar o acesso dos
adolescentes ao equipamento.
47Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Maceió
• Ações que visem à articulação intersetorial, como reuniões entre as secretarias, parceiros etc.
• Ações de divulgação do Programa/Serviço nas comunidades.
• Aumento da equipe técnica.
• Descentralização do serviço para que os adolescentes que residam em bairros afastados possam ter
maior acesso ao Programa/Serviço e haja maior contato com a comunidade ou estratégias de facilitar
acesso dos adolescentes a esta unidade.
Manaus
• Concluir o processo de municipalização das medidas socioeducativas em meio aberto, transferindo o
meio aberto para o Município.
• Compor a equipe do Município responsável pelo acompanhamento e execução das medidas
socioeducativas em meio aberto, de modo a incorporar os atendimentos já realizados pelo GEASE
(estado).
Natal
• As ações socioeducativas necessitam de um acompanhamento constante (monitoramento), mesmo que
seja oneroso (CEDCA).
• Realização de diagnóstico situacional do atendimento à criança e adolescente em cumprimento de
medida socioeducativa em Natal.
• Contratação de equipe técnica para o atendimento. Maior articulação do Programa/Serviço com
instituições parceiras de PSC e instituições profissionalizantes
Palmas
• Alinhamento da supervisão da entidade gestora com a unidade de atendimento.
• Articulação da entidade gestora na construção do Orçamento Público Anual para maior disponibilização
de recursos.
• Realização de concursos para a contratação de profissionais e técnicos efetivos.
• Criação efetiva de um Programa de Atendimento Socioeducativo com equipe técnica específica.
Porto Alegre
• Intensificar o trabalho na reinserção do adolescente em sua comunidade, ao mesmo tempo em que
fortalece as relações entre o adolescente e a comunidade.
• Entende-se que para um efetivo trabalho dos CREAS junto dos jovens em cumprimento de medida
socioeducativa, é fundamental o investimento municipal em mais recursos humanos para atuar nestas
funções.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM48
Porto Velho
• Melhorar os processos de gestão dos recursos financeiros.
• Inscrever o Programa/Serviço no CMDCA conforme preconiza o ECA para que figure na política local de
atendimento à criança e ao adolescente.
Recife
• Ações que visem à articulação intersetorial, como reuniões entre as secretarias, parceiros etc.
• Ações de divulgação do Programa/Serviço nas comunidades.
• Aumento da equipe técnica.
• Articulação com o estado para cofinanciamento do Programa/Serviço
Rio Branco
• Concluir o processo de municipalização das medidas socioeducativas em meio aberto, transferindo o
acompanhamento da LA para o Município.
• Aumentar a equipe do Município responsável pelo acompanhamento e execução das medidas
socioeducativas em meio aberto, de modo a incorporar o acompanhamento da LA e melhorar o
acompanhamento da PSC.
• Estruturar adequadamente a Casa do Adolescente, unidade responsável pelo acompanhamento da PSC,
com equipamentos e ferramentas necessárias para o trabalho, tais como: computador com acesso a
internet, telefone, carro para as visitas às instituições, e outros.
Rio de Janeiro
• Promoção de reuniões sistemáticas com a equipe técnica para avaliação e aprimoramento da
metodologia para o efetivo acompanhamento do adolescente.
• Realizar oficinas de trabalho com os coordenadores e as equipe técnica dos CREAS sobre o caráter
punitivo e educativo das medidas educativas. “O CREAS não pode se tornar um órgão repressor que o
adolescente vai lá pra ‘bater continência’”.
Salvador
• Articulação com o governo federal/municipal/estadual para adequação da estrutura de gestão, segundo
a lei.
• Ações que visem à articulação intersetorial, como reuniões entre as secretarias, parceiros etc.
• Ações de divulgação do Programa/Serviço nas comunidades.
• Aumento da equipe técnica e contratação de orientadores sociais.
• Articulação com o estado para cofinanciamento do Programa/Serviço.
49Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
São Luís
• A elaboração de um novo Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo pode contribuir para a
compreensão das MSE como um programa, que envolve diretamente diferentes setores do poder público
municipal, com responsabilidades distintas, porém igualmente importantes.
São Paulo
• Contratação de equipe para o acompanhamento in loco da qualidade da execução das medidas
realizadas pelas ONGs conveniadas.
• A qualificação da equipe técnica.
• Realização de concurso público para a contratação de equipe técnica.
• Estabelecer critérios de qualidade para o conveniamento dos parceiros de PSC.
• Efetivar o acompanhamento da equipe técnica dos CREAS na execução das Medidas.
• Melhorar o espaço físico a fim de assegurar a acessibilidade dos adolescentes.
Vitória
• Ampliação da Rede de atendimento.
• Reorganização do espaço físico no intuito de garantir maior segurança dos técnicos e dos usuários no
ambiente físico do CREAS.
• Garantir a acessibilidade, em termos de adequação do espaço às pessoas com deficiência e mobilidade
reduzida das Unidades de Atendimento.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM50
5. ORIENTADOR SOCIOEDUCATIVO
Na aplicação do questionário da pesquisa quantitativa foram identificadas distintas percep-
ções acerca do perfil e do papel do orientador socioeducativo, diferente de como é previsto
no ECA e na Resolução 119 de 2006 do CONANDA. Por esse motivo, os dados coletados nesta
etapa da pesquisa foram aprofundados na pesquisa qualitativa com os atores do sistema de
garantia de direitos de cada capital.
Segundo os 154 dos respondentes das Unidades de Atendimento:
• 113 afirmaram que contam com a figura do orientador socioeducativo em seus progra-
mas, e 41 disseram não existir essa função. Contudo na maioria dos casos esta figura é
reconhecida como o técnico de referência do adolescente independente da sua função
ou formação.
• Em relação ao orientador comunitário, dos 149 dos casos válidos, 140 afirmaram não
possuir este colaborador, enquanto 9 relataram sua existência.
Vale chamar a atenção para o fato de que não existe esta figura entre os profissionais das
equipes de referência no âmbito do SUAS, onde está a execução da maior parte dos progra-
mas e serviços identificados nesta etapa da pesquisa.
51Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
QUADRO 6 - ORIENTADOR SOCIOEDUCATIVO
CAPITAIS EXISTêNCIA DE ORIENTA-
DOR SOCIOEDUCATIVO
VÍNCULO DO ORIENTADOR
SOCIOEDUCATIVO
ATIVIDADES DO ORIENTA-
DOR SOCIOEDUCATIVO
Aracaju Sim. São chamados
“educadores sociais”.
Membro da equipe, concursado
e profissional de nível médio.
Acompanha e desenvolve
atividades (planejadas
por toda a equipe) junto
ao adolescente dentro da
instituição.
Belém Sim, existem os orientadores
socioeducativos, mas a
função é desempenhada
pelos próprios técnicos de
atendimento.
O orientador é parte da equipe
técnica, havendo orientadores
concursados e contratados.
Realiza o atendimento e o
acompanhamento periódico
da execução das medidas de
LA e PSC.
Belo
Horizonte
Sim. Além do orientador social
de referência, que realizado
o atendimento técnico, o
Programa de Atendimento
conta com as figuras do
orientador social voluntário
da LA e o orientador de
referência da PSC.
Atualmente, existem 30
técnicos para o trabalho de
atendimento dos serviços
oferecidos pelo CREAS, sendo
9 especificamente para as
medidas socioeducativas.
A carga horária de trabalho
também é diferenciada para
cada grupo, os que sustentam a
Liberdade Assistida realizam as
atividades em 6 horas diárias e,
em contrapartida, na Prestação
de Serviços à Comunidade é
exigido um envolvimento de 8
horas diárias.
Realiza o atendimento e o
acompanhamento periódico
da execução das medidas de
LA e PSC.
Campo
Grande
Sim, existem os orientadores
socioeducativos.
Mas a função é desempenhada
pelos próprios técnicos de
atendimento. Quanto ao
orientador socioeducativo
comunitário, não foi
encontrado nenhum trabalho
nesse sentido, mesmo sendo
cumprido e acumulado
pela equipe técnica de
atendimento.
Os orientadores
socioeducativos são os próprios
técnicos de atendimento dos
CREAS.
Realiza o atendimento e o
acompanhamento periódico
da execução das medidas de
LA e PSC.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM52
Cuiabá Sim, existem os orientadores
socioeducativos, mas a
função é desempenhada
pelos próprios técnicos de
atendimento. Quanto ao
orientador socioeducativo
comunitário, segundo a
coordenadora da unidade
de atendimento, existiam
dois profissionais que
realizavam esse trabalho,
porém, foram afastados por
cometerem alguns excessos
no acompanhamento dos
adolescentes.
Os orientadores
socioeducativos são os próprios
técnicos de atendimento dos
CREAS.
Realiza o atendimento e o
acompanhamento periódico
da execução das medidas de
LA e PSC.
Curitiba Sim, é partilhado entre o
educador e o técnico.
Equipe técnica e profissionais
contratados para esse fim.
O técnico tem a função de
orientação e suporte de
toda equipe do CREAS que
desenvolve o Serviço de
Proteção e Atendimento
Especializado a Famílias e
Indivíduos (PAEFI); Serviços de
Especializado de Abordagem
Social e os demais serviços
referenciados no CREAS.
Cabendo ao educador social
o acompanhamento do
adolescente que cumpre
Prestação de Serviço à
Comunidade.
Distrito
Federal
A figura do orientador
socioeducativo não é
entendida da mesma forma
por todos os entrevistados.
Muitos o identificam como
sendo o funcionário da
instituição parceira de
cumprimento da PSC, que lá
realiza o acompanhamento do
adolescente.
Os orientadores
socioeducativos são os
funcionários das entidades
parceiras no cumprimento da
PSC.
Orientar e auxiliar o
adolescente no desempenho
das atividades da Prestação
de Serviço à Comunidade.
53Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Florianópolis Sim, acompanhamento pela
equipe técnica.
Equipe técnica do Programa Acompanhamento e
monitoramento de todos os
adolescentes.
Fortaleza Sim, o acompanhamento é
feito por funcionários da
equipe técnica do CREAS.
Equipe técnica do Programa. Acompanhamento e
monitoramento de todos os
adolescentes.
Goiânia Sim, existem os orientadores
socioeducativos.
Os orientadores
socioeducativos são os próprios
técnicos de atendimento dos
CREAS.
Realiza o atendimento e o
acompanhamento periódico
da execução das medidas de
LA e PSC.
João Pessoa Sim. São os funcionários
das entidades parceiras
do Programa/serviço para
execução de PSC.
Funcionário da entidade
parceria de PSC — voluntário.
Acompanhamento e
monitoramento do
adolescente em cumprimento
de PSC.
Macapá Sim, existem os orientadores
socioeducativos, mas a
função é desempenhada
pelos próprios técnicos de
atendimento.
Os orientadores
socioeducativos são os próprios
técnicos de atendimento do
CREAS.
Realiza o atendimento e o
acompanhamento periódico
da execução das medidas de
LA e PSC.
Maceió Sim. Pessoas contratadas nas
comunidades que os
adolescentes residem.
Acompanhamento e
monitoramento de todos os
adolescentes.
Manaus Sim, existem os orientadores
socioeducativos, mas a
função é desempenhada
pelos próprios técnicos de
atendimento.
Os orientadores
socioeducativos são os próprios
técnicos de atendimento do
CREAS.
Realiza o atendimento e o
acompanhamento periódico
da execução das medidas de
LA e PSC.
Natal Sim, são chamados educadores
sociais.
Pessoas contratadas para esse
fim (15).
Acompanhamento e
monitoramento de todos os
adolescentes e familiares.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM54
Palmas Sim, existem os orientadores
socioeducativas, mas a
função é desempenhada
pelos próprios técnicos
de atendimento. Quanto
aos orientadores sociais
comunitários, segundo a
coordenadora da unidade de
atendimento, existem alguns
estagiários que realizam
este trabalho, porém, é algo
muito pontual e sem uma
capacitação frequente.
Os orientadores
socioeducativos são os próprios
técnicos de atendimento da
Coordenadoria de Medidas
Socioeducativas.
Realiza o atendimento e o
acompanhamento periódico
da execução das medidas de
LA e PSC.
Porto Alegre Sim. Pessoas contratadas para esse
fim.
Acompanhamento e
monitoramento de todos os
adolescentes e familiares.
Porto Velho Sim, existem os orientadores
socioeducativos, mas a
função é desempenhada
pelos próprios técnicos de
atendimento. Existe também
a figura do orientador social
comunitário, mas existe pouca
adesão à função.
Os orientadores
socioeducativos são os próprios
técnicos de atendimento do
CREAS. E os comunitários são
voluntários.
Realiza o atendimento e o
acompanhamento periódico
da execução das medidas de
LA e PSC.
Recife Sim. São chamados de
orientadores sociais.
São dois (2) técnicos em
cada RPA — Região Político
Administrativo (são 6 no
Município concentrando
diversos bairros) com oito (8)
Orientadores Sociais cada um
com cinco (5) adolescentes
acompanhados.
Acompanhamento e
monitoramento de todos os
adolescentes e familiares,
realizando visitas domiciliares
semanais.
Rio Branco Sim, existem os orientadores
socioeducativas, mas a
função é desempenhada
pelos próprios técnicos de
atendimento.
Os orientadores
socioeducativos são os próprios
técnicos de atendimento do
CREAS.
Realiza o atendimento e o
acompanhamento periódico
da execução das medidas de
LA e PSC.
Rio de
Janeiro
Sim, o acompanhamento é
feito por funcionários da
equipe técnica do CREAS.
Equipe técnica do Programa. Acompanhamento e
monitoramento de todos os
adolescentes.
55Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Salvador Sim, são chamados educadores
sociais.
Equipe técnica do Programa. Acompanhamento e
monitoramento de todos os
adolescentes.
São Luís Sim. Equipe técnica do Programa. Acompanhamento e
monitoramento de todos os
adolescentes.
São Paulo Sim, o acompanhamento é
feito por funcionários da
equipe técnica.
Equipe técnica do Programa Acompanhamento e
monitoramento de todos os
adolescentes.
Teresina Sim, no Núcleo de Liberdade
Assistida Comunitária existe
o orientador comunitário,
voluntário;
Orientador comunitário:
estudantes de assistência
social, pedagogia e psicologia.
Acompanhamento e
monitoramento de todos os
adolescentes.
Vitória Sim, são chamados educadores
sociais.
Pessoas contratadas para esse
fim.
Acompanhamento e
monitoramento de todos os
adolescentes.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM56
6. PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO — PIA
O PIA é uma ferramenta imprescindível, de acordo com as orientações do SINASE, pois se
constitui em instrumento pedagógico que organiza dados pessoais e familiares do adolescen-
te e as atividades a serem realizadas, entre outros aspectos. Elaborado a partir de estudo
de caso, a partir de análise multidisciplinar, abrange diferentes aspectos, tais como esco-
larização, saúde, lazer, relações familiares, afetivas, sociais, comunitárias e institucionais,
situação jurídica (cf. Souza e Lira, 2008, p. 83).
Apenas 9 respondentes da pesquisa informaram que o Programa de Atendimento executado
pela Unidade/Serviço/CREA não desenvolve o PIA. A grande maioria (128) o desenvolve para
todos os/as adolescentes e 19 informaram que somente para alguns, conforme se verifica no
gráfico a seguir.
Gráfico1: V.127. O programa de atendimento executado por esta Unidade/Serviço/CREAS
desenvolve o Plano individual de atendimento (PIA) do adolescente em cumprimento de
medida socioeducativa.
A pesquisa quantitativa apontou que, em 13% das capitais, o PIA era aplicado para alguns
adolescentes enquanto em 5% não era. Durante a pesquisa qualitativa buscou-se confirmar
essa informação, entender como estava sendo implementado o PIA naquelas capitais, a sua
eficácia no atendimento e quais as dificuldades encontradas para a sua operacionalização.
57Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
O Plano Individual de Atendimento — PIA — é bem aceito e internalizados por grande parte
dos entrevistados na maioria das capitais. As diferenças estão no fato de, em algumas capi-
tais, o PIA não ser aplicado para PSC ou na metodologia de elaboração do instrumento com
destaque para os seguintes aspectos:
• O PIA é considerado fundamental como instrumento para o planejamento das metas
e para orientar o trabalho da equipe, além de contribuir para a decisão a ser tomada
pelo Juiz.
• É um instrumento importante para o processo socioeducativo e para a execução das me-
didas socioeducativas, ainda que nem todos estejam capacitados para sua elaboração.
• O envolvimento direto dos familiares ou responsáveis na sua elaboração contribui para
reorganização da dinâmica familiar.
• O PIA possibilita à equipe uma visão integrada sobre o adolescente e sobre sua trajetó-
ria na unidade incluindo-se aí as intersecções com outros serviços.
Os entraves destacados dizem respeito majoritariamente à sua elaboração como, por exemplo:
• O PIA ainda não está incorporado no cotidiano dos operadores do sistema de garantia
de direitos.
• O PIA ainda não é aplicado na totalidade dos casos.
• O prazo de 15 dias para a elaboração do PIA é exíguo.
• Há dificuldade de envolver as famílias na elaboração do PIA assim como demais setores
da rede de atendimento.
• Faltam técnicos para desenvolver uma abordagem mais individualizada e estrutura de
maneira geral.
• O PIA ainda não é de fácil entendimento para todos os envolvidos no atendimento e no
acompanhamento propriamente dito.
• Não existe um modelo padrão para o PIA.
• O PIA não prevê proposta de intervenção comunitária.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM58
QUADRO 7 — PIA — PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO
CAPITAIS APLICAçãO DO PIA PARA
TODOS OS ADOLESCENTES
ASPECTOS RELEVANTES (POSITIVOS E ENTRAVES)
Aracaju Sim. Após a Lei do SINASE há uma cobrança maior do Juizado
solicitando o encaminhando do PIA como no prazo de 15 dias
depois da chegada do adolescente na unidade.
Belém Sim. Não existe ainda um instrumental padrão, consensuado entre o
executivo e o judiciário, o que leva a insatisfações.
É possível identificar dificuldades e até algumas resistências no
preenchimento dos PIAs, em especial devido a alta rotatividade
de profissionais envolvidos diretamente no acompanhamento das
MSE-MA.
Belo
Horizonte
Sim. Embora o PIA seja um instrumento utilizado em todos os
atendimentos, ele precisa ser aprimorado. Segundo o Juiz e o
Promotor, a utilização do PIA é algo recente. Antes se realizavam
relatórios do primeiro atendimento que não atendiam o objetivo
de construir um projeto com o adolescente; Também, observou-
se ausência da intersetorialidade na construção do PIA. De
acordo com o Juiz, embora o Programa de Atendimento de BH
fale na participação de outros setores nas MSE, essas áreas não
participam da construção do PIA.
Boa Vista Sim. Dificuldade de efetivação de acompanhamento devido à
quantidade de adolescentes para cada orientador. Dificuldade de
efetivar o atendimento em sua plenitude devido à fragilidade dos
serviços de outras áreas setoriais (saúde, educação, trabalho)
para os quais os adolescentes são encaminhados.
Campo
Grande
Sim. O instrumento de acompanhamento do processo socioeducativo
foi construído em parceria com a Escola de Conselhos da
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Embora o PIA seja um instrumento utilizado em todos os
atendimentos, a Coordenadora do Programa de Atendimento,
bem como o Coordenador da Unidade, relataram que não se
consegue finalizá-los em 15 dias, conforme a Lei preconiza.
Dificuldade de envolver a família e os demais setores da rede de
atendimento socioeducativo na construção do PIA.
59Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Cuiabá Sim. Embora o PIA seja um instrumento utilizado em todos os
atendimentos, a Gestora Estadual sinalizou que muitas
informações nos PIAs não são preenchidas.
O PIA foi construído somente com as equipes dos CREAS. Não há
supervisão da supervisão da coordenação do programa e entidade
gestora.
Curitiba Sim. Todos os atores entrevistados do sistema de garantia de direitos
consideraram o PIA um instrumento importante para o processo
socioeducativo.
Participação propositiva dos adolescentes e responsáveis na
elaboração do PIA.
O sistema PROJUD facilita o acompanhamento pela Vara da
Infância dos Planos elaborados pelos técnicos dos CREAS.
O prazo de 15 dias, conforme prevê o SINASE, para a elaboração
do PIA é considerado curto pela maior parte dos agentes.
Distrito
Federal
Sim. O PIA não está solidificado da mentalidade dos operadores do
sistema de garantia de direitos e técnicos. Ocorre de um técnico
não dar continuidade ao PIA e fazer outro relatório, e ser aceito
pelo judiciário.
“Os planos eles vêm muito genéricos, eles não são muito
especificados em relação a cada adolescente como deveria ser.”
— Promotor.
O prazo de 15 dias, conforme prevê o SINASE, para a elaboração
do PIA é considerado curto pela maior parte dos agentes. Por isso,
o Programa diz realiza o PIA mensalmente.
Florianópolis Sim. Em decorrência de uma equipe reduzida, seu preenchimento em
15 dias ainda não é uma realidade no Município.
Fortaleza Sim. O PIA é percebido como um instrumento importante para a
execução da MSE e também para a reorganização da dinâmica
familiar dos adolescentes, uma vez que envolve diretamente os
familiares e responsáveis.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM60
Goiânia Em parte. O PIA é realizado
para a maior parte dos
adolescentes em Goiânia,
acordando com a coordenadora
do Programa. A coordenadora
do CREAS Noroeste diz que o
cumprimento do PIA é de 90%.
Faltam técnicos para realizar uma abordagem mais
individualizada do adolescente.
Em alguns casos falta estrutura para uma abordagem mais
individualizada.
Dificuldade de realização do estudo de caso do adolescente e
reavaliação do PIA por falta de pessoal técnico.
João Pessoa Sim. O PIA é realizado para todos os adolescentes e é o principal
instrumento de monitoramento e avaliação. Pouco tempo para
realização do PIA.
Macapá Sim. O PIA não era realizado antes de 2011 e passou a ser feito
de forma sistemática a partir dessa data, para todos os
adolescentes, com base em um modelo que foi sendo ajustado ao
longo do tempo para melhorar a sua aplicação.
Maceió Sim. Equipe reduzida, não facilitando um processo qualitativo de
preenchimento do PIA.
Manaus Sim. O GEASE possui um modelo de PIA, implantado ao longo de 01
ano, com capacitações constantes da equipe para a sua correta
aplicação.
Utilizam o SIPIA web.
Natal Sim. Problemas com o tempo curto para preenchimento e envio.
Falta de qualificação para os técnicos preencherem o PIA.
Palmas Sim. Embora o PIA seja um instrumento utilizado em todos os
atendimento, a Juíza sinalizou que ele precisa ser aprimorado e
homologado junto aos demais atores do sistema de garantia de
direitos.
O PIA foi construído pela coordenadora e pelos técnicos da
unidade de atendimento. A Coordenadora do Programa, que
também a Gestora Municipal, disse não saber como está
sendo feito o Plano Individual de Atendimento. Ou seja, o PIA
desenvolvido não possui supervisão da entidade gestora·
Pouca participação dos adolescentes. A promotora relatou que
muitos adolescentes faltam no dia da construção do PIA.
61Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Porto Alegre Sim. É a partir da leitura do processo e do diálogo com os adolescentes
e responsáveis que o Plano Individual de Atendimento é
elaborado. Contudo, a conscientização do adolescente sobre
sua medida deixa a desejar. Contudo, para os entrevistados
é necessário que o adolescente deve realizar um trabalho no
qual veja algum sentido, no qual ele reconheça seu aspecto
socioeducativo e não exclusivamente punitivo.
Porto Velho Sim. O PIA é elaborado apenas pela equipe técnica de atendimento, o
adolescente e o familiar ainda não participam da elaboração do
PIA.
O PIA ainda não é encaminhado para o Juiz.
Dificuldade de elaboração do PIA em 15 dias contados a partir da
entrada do adolescente no Programa.
Recife Sim. Consideram o PIA um instrumento eficaz, contudo não deve
ser “supervalorizado” senão houver uma proposta pedagógica
anterior à realização deste PIA.
Rio Branco No Programa de LA, executado
pelo Estado, o PIA foi
implantado em 2012 e é
aplicado em praticamente 100%
dos casos.
Já o Município não realiza o PIA
dos adolescentes que cumprem
PSC, pois a equipe técnica é
muito reduzida.
Estruturar o Programa de MSE do Município, de modo a garantir
uma equipe técnica com suficiente número de profissionais, que
possa realizar todos os PIAS dos adolescentes que cumprem LA e
PSC.
Qualificar e capacitar a equipe técnica municipal para a
realização e acompanhamento do PIA.
Rio de
Janeiro
Sim. Compreensão da eficácia e efetividade do instrumento no
trabalho desenvolvido com o adolescente. Em especial, nos
encaminhamentos do adolescente para rede pública de serviços
e das pactuações realizadas com família dos adolescentes no
processo educativo. Carece de informações sobre a trajetória
de vida do adolescente. Maior participação do adolescente na
elaboração do PIA.
Salvador Não. Existe um instrumento de acompanhamento semelhante, mas não
é o PIA. Na ocasião disseram que estavam em processo de aplicar
o PIA, mas necessitavam de capacitações.
São Luís Sim. Problemas com o tempo curto para preenchimento e envio.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM62
São Paulo Sim. Elaboração do Plano com participação do adolescente e da
família.
Dificuldade de compreensão da metodologia do PIA pelo o
executor das medidas.
Teresina Sim. O prazo de 15 dias a partir da entrada do adolescente no
Programa, para a realização do PIA foi considerado insuficiente.
Vitória Sim. Oficinas e Reuniões sobre metodologia de Aplicação do PIA
foram realizadas pela Gestão Central e pela II Vara da Infância
e Juventude com o objetivo de sanar dúvidas quanto o
preenchimento do Plano. Número elevado de PIAs indeferidos em
decorrência do modelo de relatório que eram preenchidos pela
equipe técnica antes da aprovação da Lei do SINASE.
Aplicação do PIA em curto espaço de tempo.
PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO —PIA — RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS
Aracaju
• Atender os responsáveis pelos adolescentes com mais constância.
• Criar mais parcerias com instituições que realizam cursos profissionalizantes.
Belém
• Finalizar a elaboração do instrumental para aplicação por todas as Unidades de Atendimento na capital.
• Investir em capacitações permanentes da equipe do Sistema Socioeducativo de Belém (LA, PSC e LAC)
para o correto preenchimento e acompanhamento do PIA.
Belo Horizonte
• Aprimoramento do PIA com todos os atores do sistema de garantia de direitos.
• Articulação da coordenação do programa de atendimento com os outros setores da rede de
atendimento para realização de reuniões mensais dos técnicos da ponta para construção do PIA dos
adolescentes.
• Monitoramento e avaliação periódicos do instrumento com todos os atores dos sistemas de garantia
direitos.
63Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Campo Grande
• Incorporação de novos profissionais nas equipes técnicas para que o PIA seja desenvolvido no prazo
estabelecido pela Lei.
• Articulação do Programa de Atendimento com os demais setores (saúde, educação, cultura, esporte e
lazer) da rede de atendimento socioeducativo para pactuação colaborativa na construção dos PIAs.
• Realização de oficinas, eventos e atendimentos psicossociais com as famílias com objetivo de
aproximação dos responsáveis no desenvolvimento e pactuação do PIA.
• Realização de reuniões de monitoramento e avaliação periódicas dos PIAs com todos os setores da rede
de atendimento socioeducativo.
Cuiabá
• Construção e Homologação do PIA com todos os atores do sistema de garantia de direitos.
• Realização de capacitações e oficinas de trabalho com a equipe técnica para aprimoramento das
práticas e metodologias de atendimento.
• Supervisão, Monitoramento e avaliação periódicos do instrumento com a coordenação do programa de
atendimento com os CREAS.
Curitiba
• Embora o PIA contemple os objetivos pedagógicos a serem atingidos durante o cumprimento da
medida, com a participação efetiva do adolescente e responsáveis, observou-se que ainda não insere o
adolescente em sua comunidade.
Distrito Federal
• Os setores envolvidos com os adolescentes, a escola, o centro onde ele realiza o PSC, a saúde etc.,
deveriam, acordando com a Secretaria, participar da elaboração do PIA. Assim o processo ficaria mais
“democratizado”, e o adolescente seria visto em sua integralidade.
• Contratação/remanejamento de pessoal técnico para que o PIA possa ser realizado, com a atenção que
ele necessita.
• “A frequência e a proximidade com o adolescente e sua família deveriam ser maiores — para
elaboração mais qualificada do PIA”. — coordenadora unidade.
• A instalação das UAMAs em local com espaço físico adequado para atendimento individualizado.
Florianópolis
• Incentivo a utilização do PIA como projeto de prospecção de vida para o adolescente. Incorporar o
instrumento para nortear o processo socioeducativo.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM64
Fortaleza
• Realização de concurso público para contratação de profissionais para atuar na execução das medidas
socioeducativas em meio aberto, em quantidade compatível com a preconizada pelo SINASE e com
qualificação adequada ao trabalho a ser desempenhado.
• Substituir os veículos alugados por veículos próprios do poder público municipal ou por veículos que não
tenham quilometragem restrita, a fim de propiciar a rotina das visitas domiciliares e também a visita
aos parceiros do Programa/Serviço.
Goiânia
• Investimento na estrutura física e de pessoal para que a abordagem individualizada seja viável,
incluindo-se o estudo de caso.
João pessoa
• Atender os responsáveis pelos adolescentes com mais constância.
• Criar mais parcerias com instituições que realizam cursos profissionalizantes.
Macapá
• O PIA não era realizado antes de 2011 e passou a ser feito de forma sistemática a partir dessa data,
para todos os adolescentes. O modelo de PIA foi sendo ajustado ao longo do tempo, para melhorar a
sua aplicação. Não há recomendações especificadas para o PIA no quadro do relatório desta capital.
Maceió
• Desenvolvimento de atividades com familiares.
• Descentralização do serviço ou medidas para facilitar acesso dos adolescentes à Unidade.
• Instituir mais parcerias com instituições que realizam cursos profissionalizantes.
• Descentralização do serviço para que os adolescentes que residam em bairros afastados possam ter
maior acesso e o Programa/Serviço e haja maior contato com a comunidade ou estratégias de facilitar
acesso dos adolescentes a esta unidade.
Manaus
• Estruturar o Programa de medidas socioeducativas do Município, de modo a garantir uma equipe técnica
com suficiente número de profissionais, que possa realizar todos os PIAS dos adolescentes que cumprem
LA e PSC.
• Qualificar e capacitar a equipe técnica municipal para a realização e acompanhamento do PIA, dando
destaque ao papel dos adolescentes e familiares neste processo.
65Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Natal
• Elaboração de planejamento e logística para o atendimento por parte da unidade.
• Maior ventilação da unidade de atendimento.
Palmas
• Construção e Homologação do PIA com todos os atores do sistema de garantia de direitos.
• Supervisão, Monitoramento e avaliação periódicos do instrumento com a entidade gestora do programa
de atendimento.
Porto Alegre
• Esclarecimento sobre as datas imposto para realização do PIA. “Para os entrevistados, a lei atual
engessa o trabalho dos técnicos e a efetividade dos PIAs ao obrigar que eles sejam indistintamente
realizados em um prazo de quinze dias”.
Porto Velho
• Para que sejam feitos esforços para a elaboração do PIA, conforme prevê o SINASE, com a participação
da equipe técnica, do adolescente e da sua família.
Recife
• Atender os responsáveis pelos adolescentes com mais constância.
• Intensificar atividades em grupos com os adolescentes por meio de oficinas e diálogos.
• Instituir mais parcerias com instituições que realizam cursos profissionalizantes.
• Aumentar equipe de orientadores e “oficineiros”.
Rio Branco
• Estruturar o Programa de medidas socioeducativas do Município, de modo a garantir uma equipe técnica
com suficiente número de profissionais, que possa realizar todos os PIAS dos adolescentes que cumprem
LA e PSC.
• Qualificar e capacitar a equipe técnica municipal para a realização e acompanhamento do PIA.
Rio de Janeiro
• Estruturar o Programa de medidas socioeducativas do Município, de modo a garantir uma equipe técnica
com suficiente número de profissionais, que possa realizar todos os PIAS dos adolescentes que cumprem
LA e PSC.
• Qualificar e capacitar a equipe técnica municipal para a realização e acompanhamento do PIA.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM66
Salvador
• Debate com governos federal, estadual e municipal sobre a estrutura de gestão que deve haver para
garantir repasses financeiros.
São Paulo
• Capacitação dos técnicos das instituições executoras de LA e PSC.
Vitória
• Revisão da metodologia do PIA tendo como parâmetro a Lei do SINASE.
67Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
7. SISTEMAS DE MONITORAMENTO E AVALIAçãO
Foi analisada a existência de rotinas de monitoramento e avaliação do atendimento com
ênfase nos agentes envolvidos em tais processos, bem como os instrumentos mobilizados e
o uso dos resultados.
A pesquisa quantitativa apontou para a existência de um sistema de M&A em 24 Programas,
na maioria dos casos com periodicidade mensal (16) para a realização de avaliações.
Nos últimos seis meses do ano de 2012, 24 gestores informaram que foi realizada alguma
avaliação, sendo os principais participantes técnicos dos programas de atendimento (13),
gestores do sistema socioeducativo (12) e técnicos das organizações parceiras (9). Essa in-
formação também se confirmou na pergunta sobre os atores presentes na última avaliação
realizada. Foi informado por 9 respondentes que as equipes externa e interna participaram,
e 8 relataram que somente a equipe interna do programa está a frente desta atividade.
Entre os instrumentos utilizados na última avaliação destacam-se a sistematização de regis-
tros administrativos (14), o questionário (8) e o grupo focal (7). Já os resultados da avalia-
ção, segundo informado, são usados pela equipe para ajustes do Programa de Atendimento
(21), bem como para ampliação de recursos e apoio (10). Vale aprofundar essa questão haja
vista a diversidade de arranjos institucionais sinalizados a partir das respostas.
Por último, cabe destacar que quanto ao acompanhamento de egressos, 19 dos respondentes
informaram que essa atividade não acontece, o que demonstra uma fragilidade do acompa-
nhamento dos adolescentes após encerramento do cumprimento da medida.
Observou-se no geral que existem rotinas de avaliação e monitoramento nos processos de-
senvolvidos pelos diversos órgãos e entidades analisados que não se desenvolvem de forma
sistêmica. Foram identificados distintos instrumentos de monitoramento, prazos e fluxos.
No que diz respeito aos aspectos positivos e aos entraves referentes ao tema, os entrevista-
dos sinalizaram na pesquisa qualitativa o seguinte:
• A utilização do SIPIA/SINASE como ferramenta de monitoramento das equipes técnicas
dos CREAS.
• Uso de softwares para modernização e visitas esporádicas do MP às Unidades de Atendimento
em meio aberto, reuniões de monitoramento, supervisão e elaboração de relatórios etc.
Contudo a inexistência de sistemas de monitoramento foi apontada como entraves, bem
como a ausência de articulação entre os diversos agentes nos processos de monitoramento;
ausência de recursos humanos e financeiros para viabilizar tais processos; a falta de divul-
gação dos resultados desses processos e; as avaliações externas sem a participação do Mu-
nicípio ou programa.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM68
QUADRO 8 - ROTINAS DE M&A
CAPITAIS ROTINAS DE M&A INSTRUMENTOS DE
M&A
AGENTES
ENVOLVIDOS NAS
ROTINAS DE M&A
ASPECTOS
RELEVANTES
Aracaju Reuniões semanais entre
equipe da unidade e
equipe gestora.
Relatórios mensais para
juizado.
Reuniões, relatórios
mensais para juizado
e MDS.
Equipe do
CREAS, gestores
da Secretaria
Municipal,
juizado.
Belém CREAS, LA, PSC
têm todas as suas
informações registradas
em planilhas,
relatórios e reuniões.
No Polo UNAMA há
um vasto registro dos
atendimentos realizados,
com monitoramento
frequente dos
dados relativos aos
adolescentes. O Polo
Yvon Costa possui
poucas informações
sistematizadas sobre
os atendimentos
realizados.
Levantamento
quantitativo dos
atendimentos e
reuniões de equipe.
Técnicos dos
CREAS, técnicos
do Polo UNAMA
e Yvon Costa
e Gestores
Municipais.
Não há um sistema
de monitoramento
e avaliação para o
acompanhamento
do atendimento
socioeducativo em
Belém.
69Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Belo
Horizonte
Realização de
reuniões quinzenais
com as unidades de
atendimento na GECMES
para avaliação dos casos
de atendimento.
Existência de
uma Gerência
de Informação,
Monitoramento e
Avaliação dentro da
Secretaria Adjunta
de Assistência Social
que possui um sistema
de informações
(SIGPS) alimentado
periodicamente
pelas unidades de
atendimento.
Gestores
Municipais e
técnicos dos
CREAS.
Falta de autonomia da
GECMES e das unidades
de atendimento
para gerar relatórios
no SIGPS. Como
observado na etapa
quantitativa, assim
como pela entrevista
com a coordenadora do
programa, o sistema é
gerenciado por outra
coordenação e, por
isso, a equipe das MSE
só consegue inserir os
dados e ausência de
compartilhamento de
informações entre os
atores do sistema de
garantia de direitos.
Boa Vista Reuniões de Equipe do
CREAS e aplicação do
PIA.
Existência de
distintas formas de
monitoramento do
atendimento com
o uso de diversos
instrumentos.
O PIA é destacado
como um importante
ferramenta para o
acompanhamentos
realizado através do
Plano Individual de
Atendimento .
Equipe técnica
do CREAS.
Os depoimentos revelam
micro sistemas de
monitoramento que se
bem articulados podem
ser bastante efetivos
no acompanhamento
do adolescente e nos
processos que envolvem
os agentes envolvidos
na execução.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM70
Campo
Grande
Realização de reuniões
semanais com as equipes
de cada CREAS para
avaliação dos atendimentos
e estudo de casos.
Os CREAS realizam
um levantamento
quantitativo mensal do
número de adolescentes
atendidos.
Entrega de relatórios
psicossociais trimestrais
dos adolescentes ao
Juiz, MP e Defensoria.
Realização de avaliação
dos cursos oferecidos
aos adolescentes.
Reuniões semanais,
relatórios
psicossociais,
levantamentos
quantitativos.
Técnicos dos
CREAS, Gestores
Municipais, Juiz,
MP e Defensoria.
Falta de
compartilhamento
de informações dos
atendimentos entre os
agentes do sistema de
garantia de direitos.
Cuiabá Utilização do SIPIA
SINASE como ferramenta
de monitoramento do
atendimento das equipes
técnicas dos CREAS.
Sistema SIPIA SINASE. Técnicos
dos CREAS
e Gestores
Estaduais.
Inexistência de
um sistema de
monitoramento e
avaliação do programa
de atendimento.
Ausência de reuniões
periódicas de
monitoramento
e avaliação dos
atendimentos entre
a coordenação
do programa de
atendimento e os
CREAS.
Ausência de
compartilhamento de
informações entre os
agentes do sistema de
garantia de direitos.
71Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Curitiba Reuniões mensais da
equipe técnica.
Sistema SUAS WEB.
Relatórios mensais
para governo federal e
juizado.
Equipe do
CREAS, gestores
e juizado.
Implementação do
PROJUDI que facilita o
acompanhamento pela
Vara da Infância dos
PIAs elaborados pelos
técnicos dos CREAS.
Distrito
Federal
Há um sistema
de informação
do adolescente
em cumprimento
de medidas
socioeducativas,
o que facilita a
integração do sistema,
e o levantamento de
informações relativas ao
adolescente dentro do
sistema (ex. progressão)
A Subsecretaria do
Sistema Socioeducativo
da Secretaria de Estado
da Criança, envia para
o juizado “uma sinopse
estatística extensa com
bastantes dados” —
Juíza.
O MP faz visitas as
UAMAS e avaliação dos
relatórios encaminhados
e depois faz a cobrança
para a regularização
da situação junto à
secretaria.
Sistema de informação
de dados quantitativos
e visitas as unidades
de atendimento.
Técnicos das
UAMAS, gestores
distritais, MP e
Juízes.
A gestora distrital
coloca que o
sistema precisa ser
aperfeiçoado, é ainda
ineficiente.
“Tem que ter uma
sistematização dos
resultados, uma
avaliação dos resultados
e uma reavaliação
da estratégia
permanentemente,
coisa que não tem,
entendeu? Pode ter
aqui na burocracia
dos números, mas na
prática lá não tem” —
Secretária.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM72
Florianópolis Reunião entre equipe do
programa.
Relatório para MDS. Equipe do
CREAS.
Há um roteiro, um
guia para as visitas e
condução da reunião
com a equipe gestora.
Esta avaliação é
feita nos Municípios
que receberam
financiamento do
MDS, que exige o
acompanhamento
e o envio de um
relatório que é
postado no sistema.
Os entrevistados não
souberam avaliar se
o monitoramento já
impactou positivamente
o Serviço porque
não se tem um
acompanhamento
sistemático pelo o
Município. Esse é de
responsabilidade do
Estado.
Fortaleza Acompanhamento
e documentação
do progresso dos
adolescentes, por meio
de relatórios.
Relatórios mensais
para o Juizado.
Equipe do
Programa de
MSE-MA.
Equipe do
judiciário.
O Judiciário possui
um sistema de
monitoramento em
separado, na Vara
de Execuções, em
funcionamento desde
a época que antecede
a municipalização das
MSE.
73Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Goiânia O programa possui um
banco de dados com
informações dos CREAS
relativas ao Atendimento
socioeducativo
O Programa realiza
avaliação interna,
que conta com a
participação dos
adolescentes atendidos
e familiares.
Banco de dados
quantitativo e
relatos qualitativos
dos adolescentes
atendidos.
Técnicos dos
CREAS, gestores
municipais e
adolescentes.
Alguns CREAS não
possuem n° adequado
de funcionários para
que possa ser feita
sistematização de
dados.
A Secretaria de
Cidadania e Trabalho
do Estado de Goiás,
também está com falta
de pessoal técnico
para realização de
monitoramento.
João Pessoa Reunião mensal entre a
equipe do CREAS;
Prestação de contas (por
meio de relatórios ao
MDS e Estado).
Relatórios mensais
para MDS, Estado e
Juizado.
Equipe do
CREAS, gestores
da Secretaria
Municipal,
juizado.
Macapá O Município vem
executando o
monitoramento através
de reuniões periódicas
com os técnicos e a
emissão de relatórios
mensais e trimestrais dos
atendimentos realizados
na Unidade. No entanto,
não há um sistema
de monitoramento
e avaliação do
atendimento
socioeducativo,
mesmo com todos os
dados disponíveis nos
relatórios.
Reuniões periódicas e
relatórios mensais e
trimestrais.
Técnicos do
CREAS e gestor
municipal.
Não há um sistema
de monitoramento
e avaliação do
atendimento
socioeducativo.
O Departamento
responsável pela
Proteção Social Básica
e pela Proteção
Social Especial conta
apenas com uma
funcionária, o que
inviabiliza a inserção
de novas ações, como
o monitoramento e
avaliação.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM74
Maceió Relatórios enviados ao
judiciário.
Prestação de contas (por
meio de relatórios ao
MDS).
Relatórios mensais. Equipe do
CREAS.
Indicação de uma
parceria com a
Universidade Federal
de Alagoas para
realizar uma pesquisa
diagnóstica do perfil
dos adolescentes
atendidos no serviço e
que a partir disso será
possível organizar as
informações do serviço/
programa, bem como
subsidiar instrumentos
de avaliação e
monitoramento.
Manaus A GEASE tem um bom
instrumental de coleta
de dados sobre os casos
atendidos, monitorando
as unidades através de
relatórios periódicos e
visitas.
Levantamento
quantitativo e
relatórios periódicos.
Técnicos e
Gestores
Estaduais.
O MP faz o
monitoramento do
processo judicial,
o que também é
feito pela equipe de
acompanhamento
jurídico do GEASE.
Não havia sistema
de monitoramento
e avaliação para a
execução das MSE-MA,
enquanto sistema. As
ações de coleta de
dados acontecem, mas
não há avaliação.
Natal Não existe uma rotina
fixa.
Relatórios.
Reuniões.
Equipe técnica.
75Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Palmas A unidade de
atendimento realiza
um levantamento
quantitativo mensal do
número de adolescentes
atendidos e são feitos
relatórios trimestrais
do atendimento para a
Diretoria de Proteção
Social Especial.
Levantamento
quantitativo e
relatórios trimestrais.
Técnicos da
Coordenadoria
de Medidas
Socioeducativas
e Gestores
Municipais.
Inexistência de
um sistema de
monitoramento e
avaliação do programa
de atendimento.
Ausência de
compartilhamento de
informações entre os
atores do sistema de
garantia de direitos.
Porto
Alegre
Não existe uma rotina
fixa.
Relatórios.
Reuniões.
Equipe técnica. Existência de
monitoramento
interno feito pela
FASC, e também um
externo feito pelo
judiciário. Existência e
alimentação do banco
de dados Sistema de
Informação Adolescente
Socioeducativo, no qual
todo adolescente é
cadastrado e que pode
oferecer os números
gerais em torno das
MSE-MA. Monitoramento
e avaliação realizados
externamente são
apontados como um
problema, pois não
reflete as demandas mais
especificas da gestão das
medidas socioeducativas.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM76
Porto Velho A Coordenadora do
Programa da SEMAS
colocou que realizam
semestralmente
avaliação do Programa,
por meio de formulários
e relatórios.
Formulários e
relatórios periódicos.
Técnicos do
Programa de
Atendimento,
Gestores
do Sistema
Socioeducativo
e Gestores do
Programa.
O monitoramento
realizado pela
Secretaria Estadual
ainda não produz
nenhum diagnóstico,
pois não há
sistematização das
informações.
O Programa de
Atendimento não está
inscrito no SIPIA/
SINASE.
Recife A fiscalização é feita
pelo Tribunal de Justiça,
pela equipe técnica
interdisciplinar do NEMA
— Núcleo de Juízo de
Execução das Medidas
Socioeducativas em Meio
Aberto.
Reuniões entre equipe
do juizado e equipe
CREAS.
Relatórios enviados ao
juizado.
Equipe técnica.
Juizado.
Rio Branco No Instituto
Socioeducativo do
Acre a Coordenação
do Programa de LA
faz o monitoramento
das ações, desde a
documentação até
a aplicação da MSE,
através de reuniões
periódicas e da
alimentação de um
banco de dados. Na
Secretaria de Assistência
Social não havia sistema
de monitoramento e
avaliação para a PSC,
por total falta de
recursos financeiros e
humanos.
Banco de dados
com o quantitativo
dos atendimentos e
realização de reuniões
periódicas.
Gestores e
Técnicos
Estaduais.
A medida de PSC não
possui nenhum tipo
de acompanhamento
mais sistemático dos
adolescentes atendidos.
77Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Rio de
Janeiro
Relatórios mensais.
Reuniões mensais.
Visitas dos gestores a
unidades.
Relatórios.
Reuniões.
Equipe do
CREAS, gestores
da Secretaria
Municipal,
juizado.
Realização do
monitoramento e
avaliação das medidas
pela Gestão Central.
Desconhecimento
do monitoramento
e dos dados que
são produzidos pelo
Município por parte
do Ministério Público
e os demais atores
envolvidos.
Salvador Não existe uma rotina
fixa.
Relatórios internos
eventuais para a
Secretaria.
Equipe técnica.
São Luís Relatórios mensais.
Reuniões mensais.
Cada unidade de
execução elabora
relatórios mensais e
trimestrais das ações
realizadas pela equipe
técnica do CREAS,
que se consolidam
no relatório anual de
atividades.
Reuniões mensais
entre a equipe
Equipe técnica.
Juizado.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM78
São Paulo Relatórios mensais.
Reuniões mensais.
Relatórios.
Reuniões.
ONGs,
secretaria,
juizado.
O monitoramento
do Serviço de MSE/
MA executados pelas
Organizações Não
Governamentais
é realizado pela
Coordenadoria do
Observatório de Políticas
Sociais, composta pelo
Centro de Pesquisa e
Produção da Informação;
Centro de Avaliação
e Monitoramento
e o Centro de
Geoprocessamento.
Teresina Visita da equipe técnica
da SEMTCAS.
Relatório final anual,
que tem como
referência o plano de
ação anual da ASA-LAC.
Envio mensal de
relatório das atividades.
O MP faz fiscalização
semestral do Programa
executado pelos CREAS.
A SEMTCAS faz
avaliação semestral
dos CREAS por meio
da sistematização
de registros
administrativos e
instrumental do SAGI/
SNAS.
SEMTCAS,
Conselho
Municipal e
SASC.
Ministério
Público.
Vitória Relatórios mensais.
Reuniões semanais.
São realizadas
reuniões semanais
das coordenadoras
e dos técnicos dos
CREAS com a Gestão
em Nível Central.
Nessas reuniões são
realizadas avaliações,
estudos de caso e
pactuações de fluxos.
Equipe CREAS,
gestão, estado,
juizado.
Realização de reuniões
quinzenais de avaliação
e estudos de caso com
as coordenadoras dos
CREAS e Gestora das
Medidas Socioeducativas
do Município. Todos os
registros são realizados
em planilhas de Excel.
Inexistência de índices
de reincidências.
79Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
SISTEMA DE MONITORAMENTO E AVALIAçãO — RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS
Aracaju
• A metodologia de monitoramento e avaliação, bem como seus indicadores precisa ser aprimorada.
• Adotar um instrumento regular de monitoramento e avaliação Seria muito importante ter um sistema
integrado.
• Aproveitar a existência do NEMA para potencializar ações ligadas a avaliação e monitoramento, e não
somente a fiscalização, indicando um potencial de intersetorialidade das ações.
• Realização de avaliação grupal junto aos adolescentes e familiares.
• Criação de instrumentos para sistematizar o monitoramento do Programa.
Belém
• Construção de um sistema de monitoramento e avaliação para acompanhamento do atendimento
socioeducativo.
Belo Horizonte
• Construção de um sistema de monitoramento e avaliação autônomo para gerenciamento da equipe das
medidas socioeducativas.
• Realização de reuniões mensais de monitoramento e avaliação com todos os atores do sistema de
garantia de direitos de BH.
• Compartilhamento e Comunicação entre o sistema de monitoramento e avaliação do meio fechado com
o meio aberto.
Campo Grande
• Realização de reuniões mensais de monitoramento e avaliação com todos os atores do sistema de
garantia de direitos em Campo Grande.
• Compartilhamento e Comunicação entre o sistema de monitoramento e avaliação do meio fechado com
o meio aberto.
Cuiabá
• Construção de um sistema de monitoramento e avaliação com dados quantitativos e qualitativos do
atendimento socioeducativo do programa de atendimento socioeducativo em meio aberto.
• Realização de reuniões mensais de monitoramento e avaliação da coordenação do programa de
atendimento com as unidades de atendimento.
• Realização de reuniões periódicas de monitoramento e avaliação com todos os atores do sistema de
garantia de direitos em Cuiabá.
• Compartilhamento e Comunicação entre o sistema de monitoramento e avaliação do meio fechado com
o meio aberto.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM80
Curitiba
• Publicização das informações produzidas sobre a execução das medidas em meio aberto de forma
continua e com ampla divulgação entre os atores envolvidos com a execução.
Distrito Federal
• É necessário capacitar a equipe para utilização do software de monitoramento e avaliação. — Gestora
Distrital.
• Para que o Conselho Nacional do Ministério Público crie um relatório padrão para o Brasil inteiro
para a avaliação do meio aberto, conforme criou para o meio fechado. Com avaliação bimestral e
encaminhamento para o Conselho Nacional do MP e corregedorias.
Goiânia
• Contratação de funcionários administrativos para trabalho de sistematização de informações relativas
ao atendimento nos CREAS.
• Contratação de técnicos para a Gerência de Proteção Social Especial da Secretaria de Cidadania e
Trabalho do Estado de Goiás.
Macapá
• Criar um sistema de monitoramento e avaliação do atendimento socioeducativo.
• Estruturar o Departamento responsável pela Proteção Social Básica e pela Proteção Social Especial, de
modo a garantir uma equipe técnica que possa operar o sistema de monitoramento e avaliação.
Manaus
• Criar um sistema de monitoramento e avaliação do atendimento socioeducativo.
• Estruturar o futuro Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto do Município, de modo a
garantir uma equipe técnica que possa operar o sistema de monitoramento e avaliação.
Palmas
• Construção de um sistema de monitoramento e avaliação com dados quantitativos e qualitativos do
atendimento socioeducativo do programa de atendimento socioeducativo em meio aberto.
• Realização de reuniões mensais de monitoramento e avaliação com todos os atores do sistema de
garantia de direitos em Palmas.
• Compartilhamento e Comunicação entre o sistema de monitoramento e avaliação do meio fechado com
o meio aberto.
81Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Porto Velho
• Inscrição do Programa no SIPIA/SINASE.
• Criação pelo Programa de Atendimento de um sistema de informação do atendimento socioeducativo no
Município, de forma fornecer dados para a realização de um diagnóstico do Atendimento Socioeducativo
em Meio Aberto.
Recife
• Aproveitar a existência do NEMA para potencializar ações ligadas à avaliação e monitoramento, e não
somente a fiscalização, indicando um potencial de intersetorialidade das ações.
• Realização de avaliação grupal e familiar junto aos adolescentes.
• Criação de instrumentos para sistematizar o monitoramento do Programa.
Porto Alegre
• Realização de monitoramento da ação intersetorial e não apenas do órgão que executa as medidas em
meio aberto.
• Realização de avaliação junto aos adolescentes e familiares.
• Aprimoramento da metodologia de monitoramento e avaliação, bem como os indicadores utilizados.
Rio Branco
• Criar um sistema de monitoramento e avaliação do atendimento socioeducativo.
• Estruturar o Programa de medidas socioeducativas do Município, de modo a garantir uma equipe técnica
que possa operar o sistema de monitoramento e avaliação.
Rio de Janeiro
• Realização de reuniões sistemáticas para divulgação dos dados produzidos pelo Município.
São Paulo
• Maior participação no acompanhamento do dia a dia das instituições executoras através da realização
de visitas e acompanhamento das atividades pela equipe dos CREAS.
• Publicização das informações coletadas pela gestão em nível central.
Vitória
• Definição de indicadores de avaliação e criação de banco de dados para monitoramento do serviço.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM82
8. PARCERIAS
A parceria com entidades públicas e privadas é de fundamental importância para a viabili-
zação do atendimento socioeducativo, principalmente no caso da medida de prestação de
serviços à comunidade.
Assim, no intuito de identificar e caracterizar essas parcerias investigou-se junto aos diversos
agentes entrevistados a natureza e a finalidade das parcerias (atividades desenvolvidas) e
entidades envolvidas, as formas de supervisão e acompanhamento e experiências relevantes.
Entre os aspectos positivos sobre esse assunto destacam-se a atuação de alguns agentes do
sistema como a Defensoria Pública; a diversidade de entidades que oferecem oportunidades
de atividades para os adolescentes; a existência de instrumento de formalização da parceria.
Ao mesmo tempo, os pontos sinalizados como positivos anteriormente também foram con-
siderados em sua fragilidade uma vez que os entrevistados sinalizaram o predomínio de
encaminhamento de adolescentes pelo CREAS para prestar serviços em igrejas (“ajuda” ao
pastor, faxina etc.); falta de vagas para locais de cumprimento da PSC; a ausência de uma
capacitação periódica para as equipes ou educadores de referência nas entidades que rece-
bem os adolescentes para cumprimento de PSC, assim como de um acompanhamento siste-
mático (ou supervisão) e de relatórios das atividades desenvolvidas; o preconceito com os
adolescentes nos locais de PSC; a inexistência de formalização do vínculo entre as unidades
e as entidades parceiras.
QUADRO 9 - PARCERIAS
CAPITAIS FINALIDADE
DA PARCERIA
EXISTENTE
ATIVIDADES
DESENVOLVIDAS NO
ÂMBITO DA PARCERIA
VOLTADAS PARA OS
ADOLESCENTES
TIPO DE ENTIDA-
DE ENVOLVIDA
NA RELAçãO DE
PARCERIA
SUPERVISãO E
ACOMPANHAMENTO
Aracaju Termo de parceria
para atividades
de Prestação
de Serviço à
Comunidade (PSC).
PSC - rotinas
administrativas,
atendimento nas
escolas e unidades de
saúde.
CRAS, Unidades
Básicas de Saúde
(UBS), Escolas
Estaduais e
organizações não
governamentais.
Acompanhamento
realizado por meio de
reuniões periódicas com
a equipe da entidade
parceria.
83Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Belém Na PSC os
parceiros são,
em sua maioria,
outros órgãos da
administração
pública municipal,
que auxiliam
no trabalho de
socioeducação dos
adolescentes em
cumprimento da
medida.
Na PSC os parceiros são,
em sua maioria, outros
órgãos da administração
pública municipal, em
que os adolescentes
realizam um trabalho
por 4 a 6 horas
semanais, nas ocasiões
que não atrapalhem sua
frequência escolar.
Defensoria Pública,
o Ministério Público
e o Centro Social
Santa Edwiges e a
própria FUNPAPA.
Dentre as parcerias
citadas, a Defensoria
Pública é considerada
um exemplo de
experiência exitosa. O
Núcleo Especializado de
Atendimento à Criança
e ao Adolescente da
Defensoria Pública
recebe adolescentes
para cumprimento
de PSC e tem toda
uma metodologia
para acolhimento e
acompanhamento da
execução da medida.
Nenhuma outra forma
de acompanhamento da
execução das medidas
foi mencionada.
Belo
Horizonte
As parcerias
estabelecidas
no âmbito do
serviço de medidas
socioeducativas
de Belo Horizonte
possuem alcance
tanto no poder
público, através
da oferta de vagas
para cumprimento
da PSC, quanto
da sociedade
civil, mediante
a mobilização
para a adesão
do programa de
orientador social
voluntário da LA.
Os adolescentes
que estão neste
cumprimento realizam
um trabalho por 4
a 6 horas semanais,
em ocasiões que
não atrapalhem sua
freqüência escolar. A
atuação do adolescente
em cumprimento
de PSC se limita a
auxiliar os monitores
na mediação dos jogos,
na disposição dos
materiais de apoio e na
distribuição de lanches.
Segundo, o parceiro
entrevistado, o projeto
recebe por ano, média
de 3 adolescentes em
execução da medida.
Secretarias de
Educação, Saúde e
Esporte e Lazer e
entidades da Rede
Privada.
Falta de um
acompanhamento
sistemático ou
supervisão aos
parceiros de PSC e da
LA e ausência de um
modelo de relatório das
atividades desenvolvidas
com os adolescentes
pelas instituições
parceiras.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM84
Boa Vista Os depoimentos
revelaram como
acontece a
confirmação da
parceria com
as escolas, o
sistema S e outras
entidades, sob
coordenação da
secretaria e do
CREAS.
Existência de
entidades parceiras
para recebimento
dos adolescentes em
cumprimento de PSC
e para absorção nas
oportunidades de
trabalho (SINE, SETRAB)
e profissionalização
(SENAI).
Hospitais e Escolas. Acompanhamento
realizado por meio de
reuniões periódicas com
a equipe da entidade
parceira.
Campo
Grande
Na PSC os
parceiros são,
em sua maioria,
outros órgãos da
administração
pública municipal,
que auxiliam
no trabalho de
socioeducação dos
adolescentes em
cumprimento da
medida. Também
foi firmada uma
parceria, na
modalidade de
convênio, em que a
prefeitura comprou
alguns cursos de
profissionalização
para os
adolescentes em
cumprimento
de medidas
socioeducativas.
Na PSC os parceiros são,
em sua maioria, outros
órgãos da administração
pública municipal, em
que os adolescentes
realizam um trabalho
por 4 a 6 horas
semanais, nas ocasiões
que não atrapalhem sua
frequência escolar.
Na parceria com
o Sistema S, os
jovens têm aulas
semanais, dividas
em módulos, para a
profissionalização.
PSC: Escolas, Postos
de Saúde, CRAS.
Cursos
profissionalizantes
do Sistema S: SENAI
e SENAC.
Foi observada uma
fragilidade do
acompanhamento e
no tipo de atividade
desenvolvida na
prestação de serviço
à comunidade. Não
há participação
dos parceiros na
elaboração de relatórios
de avaliação do
adolescente, ou mesmo
no PIA, assim como não
existem capacitações
periódicas com as
equipes e/ou o educador
de referência que
recebem os adolescentes
para cumprimento da
medida.
85Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Cuiabá Na PSC os
parceiros são,
em sua maioria,
outros órgãos da
administração
pública municipal,
que auxiliam
no trabalho de
socioeducação dos
adolescentes em
cumprimento da
medida.
Na PSC os parceiros são,
em sua maioria, outros
órgãos da administração
pública municipal, em
que os adolescentes
realizam um trabalho
por 4 a 6 horas
semanais, nas ocasiões
que não atrapalhem sua
frequência escolar.
Escolas, Postos de
Saúde, Museu do
Rio, Zoológico.
Verificou-se que
a participação
e a colaboração
deste parceiro
na elaboração de
relatórios de avaliação
do adolescente, ou
mesmo no PIA, é
superficial. Não existe
nenhuma capacitação
ou encontro periódico
da equipe técnica
com os educadores de
referência da PSC.
Curitiba Parcerias em PSC e
nas atividades de
capacitação.
Na saúde a atuação
do adolescente está
vinculada atividades de
caráter administrativo.
Já nas escolas,
os adolescentes
desenvolvem atividades
de contadores de
história. Contudo, é
importante destacar
que as parcerias de PSC
ainda estão no âmbito
municipal.
Ministério Público,
3ª Vara da Infância
e da juventude,
Conselho Estadual
dos Direitos e do
Adolescente e
Organizações Não
Governamentais.
Acompanhamento
realizado por meio de
reuniões periódicas com
a equipe da entidade
parceira.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM86
Distrito
Federal
Na PSC os
parceiros são,
em sua maioria,
outros órgãos da
administração
pública municipal,
que auxiliam
no trabalho de
socioeducação dos
adolescentes em
cumprimento da
medida.
Na PSC os parceiros são,
em sua maioria, outros
órgãos da administração
pública municipal, que
auxiliam no trabalho
de socioeducação
dos adolescentes
em cumprimento da
medida.
Hortas das Escolas,
o Hospital Sarah
Kubistchek, o
Centro Olímpico, o
Jardim Zoológico,
o Jardim Botânico
e administrações
regionais. Não é em
todos os locais que
os jovens prestam
serviço em cargos
administrativos,
atuam também
como guia, no
cuidado com
os animais no
zoológico, auxiliam
na elaboração de
oficina de fotografia
no Jardim Botânico,
e no auxílio aos
profissionais que
cuidam dos doentes
no Hospital.
Houve uma ampliação
do n° vagas para
cumprimento de PSC, de
430 por ano, para 1840.
O funcionário da
instituição parceira faz
o acompanhamento de
PSC; ele foi identificado
por alguns entrevistados
como orientador
socioeducativo, e
é capacitado para
o trabalho com o
adolescente por técnico
da equipe da UAMA.
O acompanhamento
da UAMA do PSC é
feito mensalmente,
quinzenalmente ou
semanalmente.
Vale acrescentar que
alguns dos locais exigem
um perfil de adolescente
restrito, como o Hospital
Sarah Kubistchek, que
não aceita adolescente
com envolvimento com
drogas ou escolaridade
inferior aos últimos anos
do Ensino Fundamental.
Florianópolis Convênio com
instituições em
PSC.
Contratação de
profissionais para
acompanhamento de
PSC.
Associação
Florianopolitana de
Voluntários (AFLOV).
Acompanhamento
realizado por meio de
reuniões periódicas com
a equipe da entidade
parceira.
87Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Fortaleza Assessor
comunitário
responsável
por mapear
o território,
identificando onde
existiam entidades
e organizações que
pudessem receber
os adolescentes,
para fazer as
parcerias.
Sem informação. Sem informação. Sem informação.
Goiânia Na PSC os
parceiros são,
em sua maioria,
outros órgãos da
administração
pública municipal,
que auxiliam
no trabalho de
socioeducação dos
adolescentes em
cumprimento da
medida.
Na PSC os parceiros são,
em sua maioria, outros
órgãos da administração
pública municipal, que
auxiliam no trabalho
de socioeducação
dos adolescentes
em cumprimento da
medida.
Os adolescentes
cumprem PSC no
CRAS, realizando
trabalho
administrativo, em
escolas e, a maioria,
em igrejas, sobretudo
evangélicas,
realizando faxina
e auxiliando o
pastor. A própria
SEMAS também
se confirma como
local de prestação
de serviço, onde
realizam trabalho
administrativo,
a Secretaria de
Esporte e Lazer. A
coordenadora do
Serviço acrescenta
e especifica locais,
como entidades
sem fins lucrativos,
a exemplo da
“Paróquia Sagrada
Família”, “Matriz
de Campinas” e
“Fundação Pró-
Cerrado”.
Os instrumentos
utilizados na execução
do PSC são as fichas
de frequência e de
atendimento e, conversa
com coordenador do
local de prestação de
serviço.
O gerente da Proteção
Social Especial fala
sobre a dificuldade de se
estabelecer parcerias.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM88
João
Pessoa
Parcerias em PSC e
nas atividades de
capacitação.
Na parceria com o
programa Vira Vida
(SESI) os adolescentes
realizam cursos de
capacitação.
SESI.
Postos de saúde.
Acompanhamento
realizado por meio de
reuniões periódicas com
a equipe da entidade
parceira.
Macapá Na PSC os
parceiros são,
em sua maioria,
outros órgãos da
administração
pública municipal,
que auxiliam
no trabalho de
socioeducação dos
adolescentes em
cumprimento da
medida.
Na PSC os parceiros são,
em sua maioria, outros
órgãos da administração
pública municipal, em
que os adolescentes
realizam um trabalho
por 4 a 6 horas
semanais, nas ocasiões
que não atrapalhem sua
frequência escolar.
Escolas, sistema S,
Vara da Infância,
Ministério Público e
CRAS.
Apesar das parcerias
citadas, há pouca
variedade de oferta
de locais para o
cumprimento da PSC.
A grande maioria dos
adolescentes cumpre
a PSC em escolas, mas
nem todos tem o perfil
adequado para isso.
Maceió Parceria na PSC
com escolas.
Apoio administrativo
dos adolescentes que
cumpre PSC nas escolas.
Educação. Reunião com equipe
parceira e relatórios.
Manaus Na PSC os
parceiros são,
em sua maioria,
outros órgãos da
administração
pública municipal,
que auxiliam
no trabalho de
socioeducação dos
adolescentes em
cumprimento da
medida.
As parcerias
acontecem tanto
na oferta de cursos
para os adolescentes
frequentarem, como na
oferta de campo para
cumprimento de PSC.
Escolas, Sistema S,
Igrejas, hospitais e
ONGs.
Os adolescentes que
participaram do grupo
focal e que cumpriam
medida em escolas
públicas demonstraram-
se insatisfeitos com o
tipo de atividade que
tinham que desenvolver,
quase sempre ligadas à
manutenção do espaço,
serviços de limpeza e
arrumação.
Natal Parceria na PSC
e atividades
lazer/cultural e
profissionalizante.
Apoio administrativo
nas escolas, postos de
saúde e atividade no
Instituto Don Bosco.
Instituto Dom Bosco.
Escolas.
Postos de saúde.
Reunião com equipe
parceira e relatórios.
89Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Palmas Na PSC os
parceiros são,
em sua maioria,
outros órgãos da
administração
pública municipal,
que auxiliam
no trabalho de
socioeducação dos
adolescentes em
cumprimento da
medida.
Na PSC os parceiros são,
em sua maioria, outros
órgãos da administração
pública municipal, em
que os adolescentes
realizam um trabalho
por 4 a 6 horas
semanais, nas ocasiões
que não atrapalhem sua
frequência escolar.
O programa possui
parceria com 25
instituições. As
principais são:
Secretaria Municipal
de Meio Ambiente
e a Secretaria
Municipal de
Segurança, Transito
e Transporte.
Ausência de uma
capacitação periódica
com as equipes e/
ou o educador de
referência que recebem
os adolescentes para
cumprimento de PSC·
Falta de um
acompanhamento
sistemático ou
supervisão aos parceiros
de PSC.
Ausência de um modelo
de relatório das
atividades desenvolvidas
com os adolescentes
pelas instituições
parceiras.
Porto
Alegre
Termo de parceria
com entidades
públicas e
privadas.
Atividades em PSC
(administrativo,
recepção etc.).
Hospitais, creches,
escolas, instituições
públicas,
organizações da
sociedade civil.
Reunião com equipe
parceira e relatórios.
Porto Velho Na PSC os
parceiros são,
em sua maioria,
outros órgãos da
administração
pública municipal,
que auxiliam
no trabalho de
socioeducação dos
adolescentes em
cumprimento da
medida.
Na PSC os parceiros são,
em sua maioria, outros
órgãos da administração
pública municipal, em
que os adolescentes
realizam um trabalho
por 4 a 6 horas
semanais, nas ocasiões
que não atrapalhem sua
frequência escolar.
Centro de Defesa
da Criança e
Adolescente —
CDCA, Escolas
e outras órgãos
municipais.
A parceria com o CDCA
no Projeto Salto para o
Futuro, em que além de
trabalhos administrativos
o adolescente tinha
acesso a palestras, filmes
e outras atividades de
caráter pedagógico
e, havia frequente
participação familiar.
A preocupação da
coordenação do
Programa com o fato
de que a PSC seja de
fato educativa e abra
perspectivas para o
adolescente.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM90
Recife Termo de parceria
e convênio
com diferentes
entidades para
realizar a parceria
na Prestação
de Serviço à
comunidade.
A parceria com o TRT
é na área de restauro
de documentos, para
adolescentes que
cumprem PSC.
A parceria com os
SENAI, SENAC na área
de profissionalização
para todos os
adolescentes.
Nas áreas
administrativas das
escolas (PSC).
Secretaria de
Educação.
PPCAAM (Programa
de Proteção
a Crianças e
Adolescentes
Ameaçados de
Morte).
Secretaria de
Esportes.
PRONATEC.
SENAI, SENAC.
Instituto Felix
Pacheco (IFP).
Tribunal Regional do
Trabalho (TRT).
Reunião com equipe
parceira e relatórios.
Rio Branco Na PSC os
parceiros são,
em sua maioria,
outros órgãos da
administração
pública municipal,
que auxiliam
no trabalho de
socioeducação dos
adolescentes em
cumprimento da
medida.
Na PSC os parceiros são,
em sua maioria, outros
órgãos da administração
pública municipal, em
que os adolescentes
realizam um trabalho
por 4 a 6 horas
semanais, nas ocasiões
que não atrapalhem sua
frequência escolar.
Existem parcerias
firmadas com
escolas, sistema S,
Igrejas, hospitais
e CRAS para o
cumprimento da
PSC.
O atendimento é
acompanhado através
de relatórios e a lista
de presença que as
entidades enviam para
a equipe informando
como está o desempenho
do adolescente. A
coordenação da Casa do
Adolescente reconhece
que há dificuldades a
serem enfrentadas, mas
entende que o trabalho
vem sendo feito.
91Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Rio de
Janeiro
Realização de PSC.
Cursos
profissionalizantes.
Instituto Homem Novo
que oferece cursos
profissionalizantes;
Atividades em PSC
escolas, postos
de saúde, juizado
(administrativo,
recepção etc.).
Fórum de Justiça,
DETRAN, CEDAE
e Programas
Específicos tais
como Rio Solidário,
Emplacando Vidas,
Projeto Justiça pelos
Jovens, Instituto
Homem Novo.
O acompanhamento
dos adolescentes que
cumprem PSC é feito
da mesma forma de
quem cumpre LA,
além do adolescente
ter que comparecer
na instituição onde
ele vai cumprir a PSC,
ele também tem que
comparecer ao CREAS,
onde o técnico vai
atendê-lo também
semanalmente.
Salvador Termo de parceria
e convênio
com diferentes
entidades para
realizar a parceria
na Prestação
de Serviço à
Comunidade.
Apoio administrativo
na Defensoria (PSC) e
escolas.
Fundação Pierre
Verger.
Defensoria Pública.
Escolas estaduais/
municipais.
Reunião com equipe
parceira.
São Luís Realização de PSC.
Cursos
profissionalizantes.
Atividades
administrativas em
escolas, postos de
saúde.
Cursos
profissionalizantes.
Escolas municipais e
estaduais.
Sistema S.
Conselhos Tutelares.
Centros de Saúde.
Reunião com equipe
parceira e relatórios.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM92
São Paulo Realização de PSC.
Cursos
profissionalizantes.
Atividades
administrativas em
escolas, postos de
saúde.
Cursos
profissionalizantes.
Entidades sociais,
hospitais, escolas,
programas
comunitários ou
outros serviços
governamentais.
Instituto Embeleze
e com o Centro
da Criança e
Adolescente Jardim
Vista Alegre e
Jardim Princesa.
Reunião com equipe
parceira e relatórios.
Teresina Realização de PSC. Adolescentes cumprem
PSC — trabalho
administrativo, faxina,
auxiliam no refeitório e
no setor de informática;
e podem realizar
atividades diversas,
como capoeira,
informática, judô.
CRAS
NAI — Núcleo
de Atendimento
Intergeracional, da
Prefeitura.
Reunião com equipe
parceira e relatórios.
Vitória Realização de PSC. Atividades
administrativas em
escolas, postos de
saúde.
Hospitais, creches,
escolas, instituições
públicas.
Reunião com equipe
parceira e relatórios.
93Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
PARCERIAS — RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS
Aracaju
• Capacitar os parceiros para a recepção e atendimento do adolescente, de forma a evitar atitude
discriminatória.
• Construir um Plano para captação de novos parceiros interessantes e interessados no/para o Programa.
• Criar um Plano de comunicação para divulgação dos bons resultados das parcerias.
• Reuniões periódicas com instrumentos específicos com os parceiros para acompanhamento dos
adolescentes.
Belém
• Ampliar as tentativas junto ao governo do estado para oportunizar parcerias para a execução das
medidas socioeducativas em meio aberto.
Campo Grande
• Realização de reuniões e capacitações trimestrais ou semestrais com todos os parceiros de PSC.
• Elaboração de modelo de relatório das atividades desenvolvidas pelos adolescentes nas instituições
parceiras para envio à entidade gestora.
Cuiabá
• Maior critério na escolha dos parceiros de PSC.
• Realização de reuniões e capacitações trimestrais ou semestrais com todos os parceiros de PSC.
• Elaboração de modelo de relatório das atividades desenvolvidas pelos adolescentes nas instituições
parceiras para envio à entidade gestora.
Curitiba
• Fazer campanha para agregar parceiros: informar às instituições sobre o significado das medidas
socioeducativas e sensibilizar seus representantes para formação de parceria com o Programa.
• Levantar junto aos adolescentes os serviços comunitários pelos quais se interessam para embasar a
busca de parceiros.
Distrito Federal
• Firmar mais convênios / termos de parceria, para que haja vagas suficientes para os adolescentes
cumprirem PSC.
• Formalizar a relação com as instituições para as quais os adolescentes são encaminhados.
• Levantamento junto aos adolescentes das atividades de seu interesse, para fazer cadastro de potenciais
parceiros.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM94
Florianópolis
• Implementação de monitoramento contínuo das parcerias estabelecidas.
Fortaleza
• Ampliação da rede de parcerias para a execução da PSC, capacitando as instituições e consolidando as
parcerias já existentes.
• Avaliação sobre a conveniência e necessidade de renovar o Convênio com a Pastoral do Menor para
execução da LAC.
Goiânia
• Fazer campanha para agregar parceiros: informar às instituições sobre o significado das medidas
socioeducativas e sensibilizar seus representantes para formação de parceria com o Programa.
• Levantar junto aos adolescentes os serviços comunitários pelos quais se interessam para embasar a
busca de parceiros.
• Criar uma forma de presentear e colocar em evidência parceiros mais engajados e atuantes na proposta
socioeducativa, de forma a estimulá-los a permanecer na parceria e, também, incentivar a participação
de potenciais parceiros.
João pessoa
• Capacitar os parceiros para a recepção e atendimento do adolescente, de forma a evitar atitude
discriminatória.
• Construir um Plano para captação de novos parceiros interessantes e interessados no/para o Programa.
• Criar um Plano de comunicação para divulgação dos bons resultados das parcerias.
• Articulação para o aumento das bolsas do programa Vira Vida (SESI).
Macapá
• Ampliar a rede de parcerias para a execução da PSC, visando a oferecer novas oportunidades de
cumprimento da medida que possibilitem melhor adesão dos adolescentes e despertem suas habilidades
e capacidades.
95Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Maceió
• Capacitar os parceiros para a recepção e atendimento do adolescente, de forma a evitar atitude
discriminatória.
• Construir um Plano para captação de novos parceiros interessantes e interessados no/para o Programa.
• Criar um Plano de comunicação para divulgação dos bons resultados das parcerias.
• Reuniões periódicas com instrumentos específicos com os parceiros para acompanhamento dos
adolescentes.
• Parceria mais estreita com a secretaria de cultura para continuidade das atividades ligadas à arte.
Manaus
• Ampliação da rede de parcerias para a execução da PSC, capacitando as instituições e consolidando as
parcerias já existentes.
Natal
• Levantar atividades de interesse dos adolescentes para que eles possam cumprir medida de PSC em
atividade na qual sejam estimulados a se engajarem.
• Levantar potenciais parceiros de PSC e criar ações que os motive a inserirem-se no Programa, que
procurem, entre os pontos, desconstruir a visão preconceituosa em relação ao adolescente em
cumprimento de medida.
• Formalização pelo Programa das parcerias não formalizadas.
Palmas
• Realização de reuniões e capacitações trimestrais ou semestrais com todos os parceiros de PSC.
• Elaboração de modelo de relatório das atividades desenvolvidas pelos adolescentes nas instituições
parceiras para envio à entidade gestora.
Porto Alegre
• Reuniões sistemáticas com as instituições parceiras e formalização de convênios para novas parcerias.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM96
Porto Velho
• Fazer campanha para agregar parceiros: informar às instituições sobre o significado das medidas
socioeducativas e sensibilizar seus representantes para formação de parceria com o Programa.
• Levantar junto aos adolescentes os serviços comunitários pelos quais se interessam para embasar a
busca de parceiros.
• Criar uma forma de presentear e colocar em evidência parceiros mais engajados e atuantes na proposta
socioeducativa, de forma a estimulá-lo a permanecer na parceria e incentivar outros a engajarem-se.
• Capacitar os parceiros para a recepção e atendimento do adolescente, de forma a evitar atitude
discriminatória.
• Maior articulação com secretarias da prefeitura e do governo do Estado para viabilizar o cumprimento
de medidas em instituições públicas da esfera estatal e municipal.
Recife
• Criar uma rotina de reuniões com os parceiros para avaliar o processo de inserção do adolescente.
• Construir um Plano para captação de novos parceiros interessantes e interessados no/para o Programa.
• Criar um Plano de comunicação para divulgação dos bons resultados das parcerias.
• Articulação para o aumento das bolsas nos cursos profissionalizantes do sistema S.
Rio Branco
• Ampliação da rede de parcerias para a execução da PSC, capacitando as instituições e consolidando as
parcerias já existentes.
Salvador
• Criar uma rotina de reuniões com os parceiros para avaliar o processo de inserção do adolescente.
• Construir um Plano para captação de novos parceiros interessantes e interessados no/para o Programa.
• Criar um Plano de comunicação para divulgação dos bons resultados das parcerias.
• Articulação para mais parcerias no campo da profissionalização.
São Luís
• Ampliar a rede de parcerias para a execução da PSC, visando a oferecer novas oportunidades de
cumprimento da medida que possibilitem melhor adesão dos adolescentes e despertem suas habilidades
e capacidades.
97Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
9. FINANCIAMENTO
Neste bloco, buscou-se aprofundar o conhecimento sobre recursos financeiros disponíveis
para o atendimento socioeducativo em meio aberto no ano de 2011, se foram suficientes ou
não na opinião dos entrevistados no ano de 2012. Foi possível identificar a origem dos recur-
sos, se proveem da União, do Estado ou do Município.
Do total de entidades que participaram da pesquisa, 24 indicaram ter recebido recursos fi-
nanceiros, em 2011, para o atendimento socioeducativo, sendo que cinco respondentes não
souberam informar, um assinalou não ter recebido recursos e outro não prestou a informação.
Para além do detalhamento dos gastos, o que implica análise acurada e informações adicio-
nais em todos os níveis (sobre as formas de financiamento do atendimento, regras específi-
cas que orientam os gastos, os critérios de distribuição de recursos, entre outros), importa
assinalar que 13 entidades consideram os recursos disponibilizados em 2011 suficientes, 10
não o consideram e 1 não soube informar (Porto Velho — Secretaria de Estado de Justiça —
SEJUS). Por outro lado, 13 indicaram que gastaram integralmente os recursos, enquanto que
8 apenas parcialmente, provavelmente em razão da burocracia interna das entidades para a
liberação dos recursos ou por motivo de reestruturação interna.
Tão importante quanto à disponibilidade dos recursos e sua execução são as fontes. Nesta
direção, as respostas sobre a origem do financiamento das ações revelaram que 20 progra-
mas dispõem de recursos oriundos do orçamento público municipal; 18 do orçamento público
federal; 8 do orçamento público estadual. Apenas um respondente (Belo Horizonte), assina-
lou também a opção que a origem dos recursos advém de doação direta de pessoa jurídica
e somente dois respondentes informaram que os recursos vêm de duas outras fontes não
especificadas (Belém e Teresina).
Das 24 entidades que possuem conhecimento dos seus recursos, 18 foram considerados ca-
sos válidos e 6 não informaram sua resposta. Lembrando que a questão permite múltiplas
respostas, 17 afirmaram receberem verba do Fundo de Assistência Social — FAS — e, em con-
traposição, somente 2 contaram com recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adoles-
cente — FIA (Teresina, Porto Velho). Vale pontuar que outros fundos que estiveram presentes
no questionário como opção para marcação não foram assinalados como o Fundo Nacional
Antidrogas, o Fundo de Amparo ao Trabalhador, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação e o Fundo Nacional da Saúde. Isto pode ser demonstrativo de frágil articulação
intersetorial em torno do atendimento, tendo em vista que estes fundos, pelas áreas nas
quais se inscrevem, tangenciam a temática da Criança e do Adolescente em Cumprimento
de Medidas Socioeducativas.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM98
Entre os aspectos positivos acerca do assunto aos entrevistados na etapa qualitativa da
pesquisa sinalizaram o fato de existir cofinanciamento entre os três níveis de governo para
viabilizar o atendimento. Contudo a ausência da participação de alguns dos entes no cofi-
nanciamento foi considerado um entrave para a implementação da política, bem como a
insuficiência de recursos; a ausência de transparecia sobre o uso dos recursos e a burocracia
no repasse do recurso o que resulta em demora na realização de atividades; a falta de pla-
nejamento para execução dos recursos.
QUADRO 10 - RECURSOS EM 2011
CAPITAIS ADEQUAçãO DOS RECURSOS EM 2011 ADEQUAçãO
DOS RECURSOS
EM 2012
FONTE DOS RECURSOS
Aracaju Suficiente. Suficiente. Federal.
Municipal.
Belém As informações sobre o financiamento da
política não estão acessíveis e nenhum
dos entrevistados foi capaz de responder
claramente e de forma precisa sobre
este item. O executivo, o judiciário e as
instituições de controle social desconhecem as
cifras em torno do atendimento socioeducativo
em Belém.
Situação
semelhante a
2011.
Os entrevistados não souberam
informar a fonte de recursos.
Belo
Horizonte
Suficiente. Suficiente. Governo Federal - via MDS.
Governo Estadual.
Orçamento Municipal.
Boa Vista Insuficientes. Insuficientes. Governo Federal (MDS).
Campo
Grande
Insuficiente
Tanto a gestora municipal como a
coordenadora do programa relataram que os
recursos foram insuficientes para atender a
demanda do serviço.
De acordo com a etapa quantitativa,
em que foi investigado o montante de
recursos financeiros disponíveis para o
atendimento socioeducativo em 2011, Campo
Grande declarou ter 273 mil reais, gastos
integralmente.
Situação
semelhante a
2011.
Governo Federal - via MDS.
Governo Estadual - Secretaria
de Assistência Social.
Orçamento Municipal.
99Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Cuiabá Insuficiente
Tanto o gestor municipal como a coordenadora
do programa relataram que os recursos foram
insuficientes para atender a demanda do
serviço.
Na etapa quantitativa, em que foi investigado
o montante de recursos financeiros disponíveis
para o atendimento socioeducativo em 2011,
Cuiabá declarou ter 62 mil reais, gastos
integralmente.
Situação
semelhante a
2011.
O financiamento dos serviços
provém exclusivamente do
recurso municipal. O repasse
do MDS que estava bloqueado
desde 2011, em razão de
irregularidades na prestação
de contas, foi liberado no final
de 2012.
Curitiba O gestor municipal relatou que os recursos
foram insuficientes para atender a demanda
do serviço.
Insuficiente. Os serviços são cofinanciados
pelo Governo Federal. O
cofinanciamento Estadual
ocorre via o Fundo Estadual da
Criança e Adolescência que é
utilizado para o financiamento
de programas municipais
desenvolvidos com os
adolescentes em cumprimento
medidas em meio aberto.
O Governo Estadual lançam
editais para conveniamento do
Município.
Distrito
Federal
A partir de 2011, o governo do Distrito Federal
prioriza o socioeducativo em meio fechado,
com o investimento de 27 milhões para a
construção de unidades de internação até
2014, segundo informação da Secretária de
Estado da Criança. A Subsecretária do Sistema
Socioeducativo critica a priorização do meio
fechado e diz que faltaram recursos para o
meio aberto.
Situação
semelhante a
2011.
Existe questionamento por
parte de alguns agentes do
sistema de garantia de direitos,
do recurso federal para o
socioeducativo estar dentro da
política de assistência que, por
sua vez, faz repasse somente
para a assistência, Fundo a
Fundo, o que não estimula/
permite a construção de
Programas que não estejam
vinculados à Secretaria de
Desenvolvimento Social e
Combate à Fome.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM100
Florianópolis O gestor municipal relatou que os recursos
foram insuficientes para atender a demanda
do serviço.
Insuficiente.
O Serviço de MSE/MA conta com
o cofinanciamento do Governo
Federal, Estadual e Municipal.
Também, recebeu recursos do
Fundo da Assistência Social em
2011.
Fortaleza Suficiente. Suficiente. Federal.
Municipal.
Goiânia Insuficiente
O Gestor Municipal coloca que há falta de
recursos e foi proposto aumento no repasse
de verba federal, mas não foi creditado: “...
o valor repassado via MDS foi de 52.800,00
reais mensais, corresponde ao valor de R$
400,00 a 800,00, por adolescentes para todos
os CREAS... (o recurso) não é suficiente, para
alcançar e executar vários projetos... para
a manutenção dos CREAS, há falta de carros
para fiscalização, se aumentar os recursos
melhora bastante o resultado no atendimento
dos CREAS”.
Situação
semelhante a
2011.
Governo Federal e orçamento
municipal.
Não há cofinanciamento do
estado.
João Pessoa Suficiente. Suficiente Federal.
Estadual.
Macapá Nenhum dos entrevistados soube precisar
a quantia em recursos que é destinada à
execução das medidas em meio aberto. Mesmo
assim, o montante de recursos é considerado
insuficiente, dada a impossibilidade de
expansão do número de CREAS ou ampliação
da equipe técnica.
Situação
semelhante a
2011.
Orçamento municipal e apoio
estadual na infraestrutura.
Maceió Não suficiente. Não
suficiente.
Federal.
Municipal.
101Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Manaus Com os recursos do meio fechado o Estado, por
meio da Secretaria de Estado de Assistência
Social, executa também as medidas de meio
aberto. Dentre os entrevistados, somente o
gestor estadual tinha essa informação, mas
não sabia dizer qual o montante de recursos
utilizados no meio aberto.
Situação
semelhante a
2011.
Orçamento estadual.
Natal Não suficiente. Não
suficiente
Federal.
Municipal.
Palmas Na etapa quantitativa, em que foi investigado
o montante de recursos financeiros disponíveis
para o atendimento socioeducativo em 2011,
Palmas declarou ter um pouco mais que
24 mil reais, entretanto, foram gastos 30%
deste montante. De acordo com a gestora
municipal/coordenadora do programa, a
justificativa para tal situação deve-se as
mudanças no sistema financeiro da prefeitura
que travaram a utilização dos recursos por
alguns meses neste ano.
Situação
semelhante a
2011.
Governo Federal e
orçamento municipal. Não há
cofinanciamento do estado.
Porto Alegre Suficiente. Suficiente. É cofinanciado pelo Governo
Federal e Municipal.
Porto Velho O recurso foi considerado insuficiente,
pois o montante repassado pelo MDS, por
meio do Fundo de Assistência Social, não
corresponde ao número atual de adolescentes
atendidos pelo Programa. O Programa atende
entorno de 600 adolescentes e, o montante
disponibilizado pelo MDS, desde o início do
cofinanciamento do programa municipal, é
para o atendimento de 200 adolescentes.
Situação
semelhante a
2011.
Governo Federal e
orçamento municipal. Não há
cofinanciamento do estado.
Recife Não suficiente. Não
suficiente.
Federal.
Municipal.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM102
Rio Branco Nenhum dos entrevistados soube informar os
valores dos recursos destinados aos programas
de LA e PSC. Por estar em duas unidades
orçamentárias distintas (estado e Município),
havia uma fragmentação da peça orçamentária
no que se referia às MSE.
Situação
semelhante a
2011.
O ISE possui somente recursos
do estado para a execução
da LA. Já a SEMCAS conta
com recursos do orçamento
municipal e do repasse do MDS.
Rio de
Janeiro
Não suficiente. Não
suficiente.
O serviço é cofinanciado pelo
Governo Federal e Municipal.
Salvador Não suficiente. Não
suficiente.
Estadual.
Municipal.
São Luís Não suficiente. Não
suficiente.
Federal.
Municipal.
São Paulo Não suficiente. Não
suficiente.
O Serviço é financiado pelo
Município.
Teresina Suficiente. Suficiente. Federal.
Municipal.
Vitória Suficiente. Suficiente. As fontes de recursos são
oriundas do governo Federal,
Estadual e Municipal.
FINANCIAMENTO — RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS
Aracaju
• Gestão mais eficiente dos recursos financeiros.
• Planejamento das ações compartilhadas com outras secretarias (intersetorialidade)
• Aporte financeiro do estado para realização de ações de capacitação para adolescentes.
Belém
• Criar instrumentos de controle orçamentário e de transparência na execução dos recursos destinados ao
Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto.
• Investir na capacitação de conselheiros municipais para o exercício do controle social do orçamento.
Belo Horizonte
• Levantamento dos principais investimentos na infraestrutura do programa.
• Construção de um orçamento detalhado dos gastos necessários para a manutenção do atendimento com
objetivo de evitar a devolução de recursos.
103Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Boa Vista
• Criar condições para que o Município possa aportar a sua contrapartida no financiamento do serviço.
• Dar visibilidade à gestão dos recursos direcionados para o atendimento.
Campo Grande
• Articulação da entidade gestora na construção do Orçamento Público Anual para disponibilização maior
de recursos.
• Articulação do Programa de Atendimento com os demais setores (saúde, educação, cultura, esporte e
lazer) da rede de atendimento socioeducativo para pactuação colaborativa na construção dos PIAs.
• Investimento da Prefeitura de Campo Grande na infraestrutura e na aquisição de bens duráveis para o
atendimento socioeducativo.
Cuiabá
• Construção de um orçamento detalhado dos gastos necessários para a manutenção do atendimento para
ser disponibilizado a consulta popular.
• Articulação da entidade gestora na construção do Orçamento Público Anual para disponibilização maior
de recursos.
• Realização de capacitações sobre orçamento e financiamento da assistência social para equipe
financeira da entidade gestora.
• Investimento da Prefeitura de Cuiabá na infraestrutura de atendimento socioeducativo.
Curitiba
• Promoção de oficinas para esclarecimento quanto à utilização dos Pisos de Média e Alta Complexidade.
Distrito Federal
• “... a obrigação do Ministério Público seria acompanhar de mais próximo esse dinheiro e entrar com
uma ação logo em início pra obrigar esse dinheiro destinado àquela área a executar mesmo aquele
destino.”
Florianópolis
• Capacitação para utilização dos recursos. “Há muita dificuldade para usar este dinheiro. Isto é, há
muita burocracia, porque o recurso não pode ser usado para isto, somente para aquilo e assim vai”.
Fortaleza
• Com a transferência do Programa para a Assistência, recomenda-se a concentração da peça
orçamentária nesta Secretaria, sem prejuízo para que as demais Secretarias, corresponsáveis pelo
Programa, disponibilizem recursos próprios para a melhoria dos atendimentos prestados.
• Realizar “suplementação financeira aos Municípios para a oferta regular de programas de meio aberto”,
conforme preconiza a Lei 12.594, Artigo 4o, item VI.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM104
Goiânia
• O Estado deve viabilizar o cofinanciamento das medidas socioeducativas de La e PSC.
• A Secretaria Municipal de Assistência Social deve investir em formação de pessoal para gerenciar o
Fundo Municipal de Assistência Social.
• Aumento dos recursos federais para o Programa.
João pessoa
• Gestão mais eficiente dos recursos financeiros.
• Planejamento das ações compartilhadas com outras secretarias (intersetorialidade).
• Programa de cofinanciamento do estado para execução de atividades com os adolescentes.
Macapá
• Maior transparência com relação aos recursos destinados ao programa de execução das medidas
socioeducativas.
• Capacitação dos conselheiros/as da criança e do adolescente para o acompanhamento da execução
orçamentária.
Maceió
• Gestão mais eficiente dos recursos financeiros.
• Planejamento das ações compartilhadas com outras secretarias (intersetorialidade).
• Aporte financeiro do estado para realização de ações de capacitação para adolescentes.
• Captação de recursos de outras fontes (privado, editais, doação) para elaboração de projetos e
atividades com os adolescentes.
Manaus
• Com a transferência de todas as ações do Programa de Meio Aberto para o Município, recomenda-se
a concentração da peça orçamentária na Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, sem
prejuízo para que as demais Secretarias, corresponsáveis pelo Programa, disponibilizem recursos
próprios para a melhoria dos atendimentos prestados.
• Cabe ao estado realizar “suplementação financeira aos Municípios para a oferta regular de programas
de meio aberto”, conforme preconiza a Lei 12.594, Artigo 4o, item VI.
Natal
• Cofinanciamento do Estado.
• Fiscalização dos recursos municipais destinados ao Programa.
• Diagnóstico do Programa de Atendimento para justificar pedido de maior repasse de verba pelo governo
federal.
105Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Palmas
• Construção de um orçamento detalhado dos gastos necessários para a manutenção do atendimento para
ser disponibilizado a consulta popular.
• Articulação da entidade gestora na construção do Orçamento Público Anual para disponibilização maior
de recursos.
• Investimento da Prefeitura de Palmas na infraestrutura de atendimento socioeducativo.
Porto Alegre
• Reuniões para esclarecimentos sobre o Piso de Proteção Especial para os gestores municipais. Maior
envolvimento dos Conselhos Municipais no acompanhamento da execução financeira e orçamentária do
serviço.
Porto Velho
• A SEAS coloca que é preciso haver diagnóstico do atendimento no Município para solicitação ao MDS de
ampliação de recurso.
• O CMDCA deve levantar os motivos pelos quais o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente tem investido pouco em projetos e incentivar maior investimento. Segundo representante
do CMDCA: “No último ano — 2011 - o investimento foi de 300 mil, isso não é nada para projetos”.
Recife
• Aporte de fundos municipais para contratação de orientadores.
• Cofinanciamento do estado para execução de atividades com adolescentes.
• Planejamento das ações compartilhadas com outras secretarias (intersetorialidade).
Rio Branco
• Com a transferência de todas as ações do Programa para o Município, recomenda-se a concentração da
peça orçamentária na Secretaria de Assistência Social, sem prejuízo para que as demais Secretarias,
corresponsáveis pelo Programa, disponibilizem recursos próprios para a melhoria dos atendimentos
prestados.
• Cabe ao estado realizar “suplementação financeira aos Municípios para a oferta regular de programas
de meio aberto”, conforme preconiza a Lei 12.594, Artigo 4o, item VI.
Rio de Janeiro
• Reuniões com a Gestão Central para maiores esclarecimentos quanto ao uso dos recursos destinados
para execução do serviço.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM106
Salvador
• Adequação da estrutura de gestão da Fundação para recebimento dos repasses federais.
• Aporte de fundos estaduais para contratação de orientadores.
• Cofinanciamento do estado para execução de atividades com adolescentes.
• Planejamento das ações compartilhadas com outras secretarias (intersetorialidade).
São Luís
• Operacionalização do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Luís.
• Maior transparência com relação aos recursos destinados ao programa de execução das medidas
socioeducativas.
• Capacitação dos conselheiros da criança e do adolescente para o acompanhamento da execução
orçamentária.
São Paulo
• Previsão orçamentária e financeira que garanta vale-transporte dos adolescentes para os
encaminhamentos realizados pelas instituições conveniadas.
Vitória
• Transparência do montante dos recursos financeiros para a execução das medidas em meio aberto.
107Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
10. REDE INTEGRADA DE ATENDIMENTO (SAÚDE, EDUCAçãO E PROFISSIONALIzAçãO)
No que diz respeito à rede de atendimento, foi analisado o atendimento aos adolescentes em
cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto na rede de serviços públicos, em
especial no que tange aos serviços na área de saúde, aos serviços de atendimento a casos de
transtornos mentais, às deficiências, ao uso abusivo de substâncias psicoativas e de álcool e
também aos serviços nas áreas de profissionalização e escolarização.
Dentre os aspectos positivos, destaca-se no depoimento dos entrevistados a existência de
serviços de atendimento especializado para usuários de substâncias psicoativas, pessoas com
transtornos mentais, e, na área de educação, destacam-se iniciativas voltadas para o au-
mento da escolaridade ou para manutenção do adolescente na escola; e a oferta de cursos
profissionalizantes para os socioeducandos e de esforços de articulação entre as secretarias
municipais em algumas capitais para a garantia do direito do adolescente.
Por sua vez, a fragilidade da rede de serviços foi sinalizada em relação aos mesmos aspectos
apontados como pontos positivos. Os problemas mais frequentes (entraves) no atendimento
aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas estão na área da saúde, com
foco nos serviços especializados de atendimento a usuários de substâncias psicoativas e por-
tadores de transtornos mentais que são inexistentes, ineficientes ou ineficazes.
Segundo entrevistados em Cuiabá, “algumas entidades não governamentais, ligadas a igre-
jas, realizam esse tratamento com os dependentes, entretanto, não é um convênio/parceira
oficializado, é um processo mais amigável, informal (...) nesses locais não tem tratamento
por medicamento, o remédio deles é bíblia e trabalho. É uma fazenda que tem gado e eles
põem para capinar e fazer serviços braçais, porque segundo eles, a droga sai no suor”. A
mesma dificuldade de inserção dos adolescentes acontece na rede pública de ensino e nos
serviços de profissionalização, trabalho e renda, seja pela inexistência de oportunidades,
seja pelo preconceito, em especial nas escolas, onde também foi sinalizado o despreparo
dos profissionais desta área em lidar com adolescentes nessas circunstâncias (envolvimento
com o ato infracional).
Apesar de os atores entrevistados terem relatado como ponto positivo a efetividade de in-
serção na rede escolar pública, foi ressaltado que a evasão dos adolescentes é grande. Os
adolescentes não permanecem na escola apesar de estarem matriculados. A baixa escolari-
dade também é um fator determinante para a exclusão dos adolescentes de algumas opor-
tunidades de profissionalização. Por fim, há um descontentamento da atuação da rede de
forma integrada explicada pela ausência de entendimento sobre o seu papel no atendimento
socioeducativo e incompreensão do princípio da incompletude institucional, ou mesmo por
preconceito, em relação aos adolescentes.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM108
QUADRO 11 - REDE DE SERVIçOS
CAPITAIS SERVIçOS NA áREA DE SAÚDE SERVIçOS NA áREA DE EDU-
CAçãO
SERVIçOS NA áREA DE
PROFISSIONALIzAçãO
Aracaju CAPS AD.
CAPS Infantil.
Postos de saúde.
Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais.
Pró-Jovem urbano.
Programa Nacional
de Profissionalização
(PRONATEC).
Belém Foram relatadas várias
dificuldades com relação ao
atendimento no setor saúde,
em particular, ao tratamento
dos adolescentes usuários de
substâncias psicoativas. Existe o
atendimento ambulatorial para
os adolescentes feito nos CAPS,
mas a quantidade de CAPS foi
considerada insuficiente e os
que existem não são dotados
de boa infraestrutura para o
atendimento.
Na educação há relatos da
prática recorrente de recusa
da matrícula de adolescentes
em cumprimento de MSE em
meio aberto, em especial no
segundo semestre, quando o ano
letivo já se encontra em avanço
desenvolvimento. Aquelas
que recebem os adolescentes
demonstram pouca experiência
ou habilidade para lidar com
aqueles que cumprem medidas
socioeducativas, o que gera
situações de constrangimento
e desconforto entre alunos,
professores e equipe de apoio.
Com relação à
profissionalização, a
principal dificuldade
se deve ao fato de
os adolescentes em
cumprimento de medida
estarem fora dos critérios
mais comuns para
admissão nos cursos. A
escolaridade muito baixa
desses adolescentes é
sempre um empecilho para
a matrícula.
Belo
Horizonte
A saúde é outro principal gargalo
da rede de atendimento, tendo
em vista, principalmente,
a grande demanda para
tratamentos de dependência de
substâncias psicoativas. Existem
na rede dois Centros de Atenção
Psicossocial Álcool e Drogas
(CAPSAD) em Belo Horizonte.
Quanto ao tratamento para
transtornos mentais, é
recorrente a mesma situação:
pouca vaga para uma numerosa
procura. Atualmente, há na
capital mineira dez Centros de
Referência em Saúde Mental
(CERSAM), sendo dois Infantis e
dois de Álcool e Drogas.
Há facilidade na matrícula dos
adolescentes, em contrapartida,
existem dois fatores frágeis nesta
área: o primeiro, de acordo com
a Coordenadora do Programa,
é a dificuldade de inserção do
adolescente na escola depois
do mês de agosto ou durante o
segundo semestre. As escolas
não possuem um direcionamento
para os alunos que entram após
o início do ano letivo, e, por
isso, os alunos não conseguem
acompanhar os conteúdos dados;
o segundo, que também possui
influência sobre o anterior,
é a questão das situações de
discriminação no espaço escolar.
De acordo com os
entrevistados, parece ser à
parte de rede mais regular.
Tanto a gestora estadual,
quanto à coordenadora
do programa, afirmaram
que muitas vagas são
oferecidas em cursos
profissionalizantes aos
adolescentes.
109Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Boa Vista Existência de um centro de
atendimento a usuários de
drogas no espaço do CREAS.
-------------- -----------
Campo
Grande
Existe um Centro de Atenção
Psicossocial Álcool e Drogas
(CAPSAD) em Campo Grande.
Um único hospital estadual,
que é o Hospital Regional
Rosa Pedrossian, onde se faz
a desintoxicação dos estados
graves, cujo período de
internação no máximo 15 dias.
A saúde é o principal gargalo da
rede de atendimento, tendo em
vista, principalmente, a grande
demanda para tratamentos de
dependência de substâncias
psicoativas.
Nesse sentido, o Juiz destacou
que o passo seguinte à
desintoxicação é o mais
complicado, pois não há local
para dar continuidade ao
tratamento.
A Vara da Infância e da
Juventude possui um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC)
junto à Secretaria Municipal
e Estadual de Educação, que
visa a facilitar a inserção
dos adolescentes na escola,
independente do período letivo
em que se encontram as aulas.
Contudo, de acordo com o Juiz,
os adolescentes enfrentam
grande preconceito na rede de
educação, pois alguns diretores
de escolas se negam a receber
o adolescente em cumprimento
de MSE. O problema da evasão
escolar é recorrente.
O tema da
profissionalização,
de acordo com os
entrevistados, parece ser a
parte de rede mais regular.
Com já mencionado
anteriormente, o programa
de atendimento firmou um
convênio com o Sistema S
com o objetivo de oferecer
cursos direcionados
aos adolescentes em
cumprimento de medida
socioeducativa. Segundo
a coordenadora do
programa, um número
de vagas considerável é
oferecido nesse convênio,
além de outros pela Missão
Salesiana Dom Bosco.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM110
Cuiabá Dois Centros de Atenção
Psicossocial Álcool e Drogas
(CAPSAD) em Cuiabá.
Algumas entidades não
governamentais, ligadas
a igrejas, realizam esse
tratamento com os
dependentes. Entretanto,
não é um convênio/parceira
oficializado, é um processo mais
amigável, informal.
Nesses locais “não tem
tratamento por medicamento,
o remédio deles é bíblia e
trabalho. É uma fazenda que
tem gado e eles põem para
capinar e fazer serviços braçais,
porque, segundo eles, a droga
sai no suor” (entrevistado).
A saúde é o principal gargalo da
rede de atendimento, tendo em
vista, principalmente, a grande
demanda para tratamentos de
dependência de substâncias
psicoativas.
Facilidade de matricular o
adolescente.
Na escolarização, por exemplo,
há facilidade na matrícula
dos adolescentes, porém, o
problema da evasão escolar é
recorrente.
Profissionalização:
“Projeto Me Encontrei”,
uma articulação entre
a Superintendência
Regional do Trabalho e a
Organização Internacional
do Trabalho, em que
há uma fiscalização da
frequência escolar, oferta
de algumas vagas cursos
do SESI/SENAI e posterior
inserção no mercado de
trabalho.
Curitiba Atendimento ambulatorial
para dependentes químicos nos
CAPSAD e CAPS Vida.
Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais.
Programa Adolescente
Aprendiz do Município.
111Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Distrito
Federal
Tratamento de drogadição:
insuficiência de locais e vagas
ofertadas, tendo em vista a
grande demanda.
Existe a comunidade
terapêutica da organização
não governamental sem fins
lucrativos ou de viés religioso,
a Transforme, com a qual a
Secretaria de Estado de Saúde
do Distrito Federal tem convênio
desde 2009, para o atendimento
específico a crianças e
adolescentes em situação
de drogadição, por meio de
internação.
Existência do Adolescentro, uma
unidade da Secretaria da Saúde
especializada na capacitação
e na atenção à saúde do
adolescente e a sua família, que
oferece diversos serviços a esse
público, entre eles o tratamento
do uso de drogas.
CAPS AD, outra unidade da
Secretaria de Saúde.
Centro de Orientação Médico
Psicopedagógica — COMPP, um
aparelho da Secretaria de Estado
de Saúde do Distrito Federal,
que presta atendimento multi e
interdisciplinar em saúde mental
a crianças e adolescentes do
Distrito Federal e entorno.
Há recusa a matrícula.
Na educação foi pontuado
preconceito das escolas em
relação ao adolescente em
cumprimento de medida
socioeducativa. Em alguns
casos há recusa à matrícula
e, principalmente, há
discriminação dos adolescentes
pelos docentes.
Profissionalização:
existência do Sistema S,
que não oferece muitas
vagas.
O CIEE e a Defensoria
ofertam estágio
remunerado ao
adolescente.
Estão abrindo parceria com
o DETRAN.
Florianópolis Atendimento ambulatorial
para dependentes químicos nos
CAPSAD e encaminhamento para
Programa Federal de combate
ao crack.
Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais e no
Programa de Educação Jovens e
Adultos.
Sem informação.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM112
Fortaleza CAPS AD. Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais.
Sem informação.
Goiânia CAPS Girassol, voltado
especificamente para o
atendimento a crianças e
adolescentes usuários de drogas.
Casa de Eurípedes, uma
entidade religiosa de orientação
espírita, com a qual a prefeitura
estabeleceu convênio.
ONG Terra Fértil, uma entidade,
também religiosa, onde os
adolescentes ficam internados
por um período de tempo. Porém,
atualmente, a prefeitura não está
com convênio com a Terra Fértil.
Dificuldade de trabalhar com
adolescentes em cumprimento
de medida socioeducativa.
A coordenadora do serviço
pontua que a dificuldade de
manutenção dos adolescentes
na escola está ligada ao
envolvimento deles com drogas.
E, a coordenadora da unidade,
pontua: “Há despreparo dos
profissionais de estar lidando
com este público, por falta de
capacitação”.
Profissionalização: Sistema
S.
João Pessoa CAPS AD. Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais.
Programa Nacional
de Profissionalização
(PRONATEC).
Macapá Percebe-se uma grande fragilidade
do atendimento em rede, em
especial nos serviços de saúde.
No que se refere a transtornos
mentais e a usuários de álcool e
outras drogas, não existem clínicas
para internação, mas apenas o
CAPS’I no Município e CAPS’AD,
que é Estadual. Nessas unidades, o
atendimento é ambulatorial e parece
não surtir efeito naqueles casos em
que o comprometimento pelo uso
contínuo de substâncias psicoativas
já está bastante visível. Nos casos
em que a internação é necessária,
é preciso enviar o adolescente
para outro estado, geralmente o
Pará, via TFD (Tratamento Fora do
Domicílio — Secretaria de Saúde)
para tratamento, separando-o de sua
família, que é tão importante nesse
processo.
No tocante à educação,
existem alguns empecilhos,
principalmente no sentido
de compreender algumas
peculiaridades que esse público
apresenta, como dificuldade em
se relacionar e cumprir regras.
No que tange à
profissionalização,
percebe-se o interesse do
setor público em atender
os socioeducandos, mas
ainda existia preconceito
em relação à aceitação
dos adolescentes. A baixa
escolaridade reduz as
oportunidades de cursos,
enquanto que a pequena
quantidade de vagas na
rede pública de ensino
limita as possibilidades de
retorno à escola.
113Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Maceió CAPS-AD.
Comunidade acolhedora.
Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais.
Sem informação.
Manaus A área mais criticada pelos
entrevistados é a saúde, em
especial o atendimento prestado aos
adolescentes usuários de substâncias
psicoativas. Existem CAPs AD para
o acompanhamento ambulatorial
dos adolescentes, mas não há
atendimento em todas as zonas
da cidade. Isso dificulta a adesão
dos adolescentes, que precisam se
deslocar por longas distâncias.
Na área da profissionalização,
a parceria com o Sistema “S”
foi considerada satisfatória.
Além dos cursos do sistema “S”,
os adolescentes que cumprem
medidas em meio aberto e seus
familiares estão sendo inseridos
nos cursos do PRONATEC.
Sobre a educação não
houve comentários dos
entrevistados.
Natal CAPS-AD. Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais.
Pro Jovem Urbano.
PETI.
Sem informação.
Palmas A saúde é o principal gargalo
da rede de atendimento, tendo
em vista, principalmente,
a grande demanda para
tratamentos de dependência
de substâncias psicoativas.
Os casos de drogadição dos
adolescentes são significativos,
mas ao mesmo tempo, não
há muitas possibilidades de
encaminhamento. Existe na
rede um Centro de Atenção
Psicossocial Álcool e Drogas
(CAPSAD) em Palmas, que
funciona 24 horas por dia e possui
12 vagas para acolhimento. A
Juíza relatou que como área de
saúde é muito deficitária, alguns
atendimentos são realizados
pela junta média do judiciário,
que emite laudos de internação,
medicalização e tratamentos de
dependência química e álcool.
Na escolarização, por exemplo,
há facilidade na matrícula dos
adolescentes, em contrapartida,
o problema da evasão escolar
do adolescente é recorrente.
No grupo focal realizado com os
adolescentes, três participantes
estavam fora da escola há, pelo
menos, seis meses.
A área de
profissionalização, a
entidade de atendimento
possui o “Programa
Conhecer para
Crescer” que atende
adolescentes de 14 a
18 anos, participantes
de algum projeto/
programa proteção social
especial da Secretaria de
Desenvolvimento Social.
Para os adolescentes em
cumprimento de LA e PSC
são oferecidas 10 vagas. A
coordenadora do programa
ainda destacou que são
oferecidos outros cursos
em entidades parceiras,
mas avalia que o número
de vaga precisa ser
ampliado.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM114
Porto Alegre CAPSAD. Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais.
Entidade Calábria (curso
profissionalizante).
Porto Velho O acompanhamento do Programa
aos adolescentes usuários
de substâncias psicoativas é
insuficiente, tendo em vista que
não basta o encaminhamento
para o CAPS para que o
adolescente de fato faça o
tratamento. Viés religioso das
comunidades terapêuticas
de Porto Velho, pode, em
determinadas situações, e
frente a ausência de fiscalização
do atendimento pelo poder
público, comprometer o
tratamento medicamentoso do
adolescente usuário de drogas.
Diretores de escolas têm agido
de forma discriminatória,
impedindo a matrícula de
adolescentes atendidos
pelo programa, tornando-se
necessário acionar o juizado
para que haja a garantia desse
direito constitucional. Outro
ponto concernente à educação
é a baixa qualidade do ensino,
que acordando com conselheiros
municipais, dificulta a inserção
dos adolescentes em cursos
profissionalizantes.
Dificuldade de inserção dos
adolescentes nos cursos
profissionalizantes do
Sistema S — SENAI E SENAC
— em função da baixa
escolaridade deles.
Recife CAPS-AD. Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais.
Programa Nacional
de Profissionalização
(PRONATEC).
Rio Branco Os entrevistados identificam que
existe pouca oferta de serviços
e vagas para atendimento
aos adolescentes que usam
substâncias psicoativas ou
sofrem de doenças mentais.
A maioria absoluta dos
adolescentes que entram no
sistema socioeducativo tem
algum envolvimento com
substâncias psicoativas, e não
existe um programa público que
realmente seja voltado para
adolescentes.
A educação é percebida como
o setor com maior dificuldade
para receber os socioeducandos.
São comuns a recusa da
matrícula, a evasão escolar,
a defasagem idade/série e
a ausência da família nesse
processo. Os adolescentes que
tentam retornar ao meio escolar
enfrentam ainda o estigma de
ser um adolescente infrator.
Quanto à
profissionalização, pouco
se tem investido, segundo
os entrevistados. O
atendimento muitas vezes
é precarizado, outras vezes
a equipe precisa intervir
para o atendimento se
efetivar. Isso se dá pelo
preconceito e situações de
negligência, de acordo com
os entrevistados.
115Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Rio de
Janeiro
CAPS AD.
Abrigos especializados para
crianças e adolescentes
usuárias de álcool e de outras
drogas, sendo eles: Casa do
Ser Adolescente, a Casa do Ser
Criança, Bezerra de Menezes,
Manoel Filomena e Casa Vida.
Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais.
Instituto Homem Novo
que oferece cursos
profissionalizantes.
Salvador CAPS-AD3. Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais.
Sem informação.
São Luís
São Paulo CAPSAD. Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais.
Centro de Atendimento
ao Trabalhador (CAT) para
realização de cadastros e
palestras com os familiares.
Teresina CAPS AD.
Comunidades terapêuticas.
Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais.
PROJOVEM.
Cursos profissionalizantes
na instituição Cáritas.
Casa de Zabelê, onde
realizam curso de
serigrafia.
SENAI, SENAC.
PRONATEC.
Instituto Federal do Piauí.
Vitória CAPS AD. Inserção nas escolas públicas
estaduais e municipais.
Sem informação.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM116
REDE INTEGRADA DE ATENDIMENTO — RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS
Aracaju
• Tratamento adequado ao problema da desistência dos adolescentes de medidas socioeducativas nas
escolas.
• Aumento da equipe de CAPS AD para atendimento específico sobre situação de drogadição.
• Oferta de programas de saúde, por parte da Secretaria de Saúde do Município e do Estado, específicos
para adolescentes, com metodologia e local adequados a esse público.
• Articulação entre as secretarias para a efetividade de uma política intersetorial de garantia dos direitos
da criança e do adolescente.
• Parceria com o Sistema “S” para oferta de cursos profissionalizantes.
Belém
• Estabelecer um Programa de Atendimento Socioeducativo, por meio de Plano de Atendimento
Socioeducativo, criando as Comissões e fluxos necessários para que as medidas socioeducativas em
meio aberto sejam executadas enquanto programa, coordenado pela Assistência Social, mas envolvendo
outras secretarias em sua efetivação.
• Aumentar a oferta de serviços para atendimento de usuários de substâncias psicoativas, dispensando
tratamento ambulatorial, seguimento e internação aos casos em que haja necessidade desta medida.
• Criar um serviço ou, minimamente, uma equipe de referência para o atendimento de adolescentes e
jovens dependentes químicos.
• Qualificar e sensibilizar permanentemente os serviços e profissionais da Rede para a compreensão sobre
as medidas socioeducativas, o papel destes serviços na sua execução e a concepção do SINASE.
• Investir na ampliação da escolarização dos adolescentes e na redução da evasão escolar, visando à
conclusão do Ensino Médio e à habilitação para a matrícula em cursos profissionalizantes.
• Busca de outros cursos profissionalizantes, cujos critérios de seleção sejam compatíveis com a
escolarização dos adolescentes.
Belo Horizonte
• Articulação do Programa de Atendimento com as secretarias de educação, saúde e trabalho, cultura,
esporte e lazer para realização de reuniões periódicas de monitoramento e avaliação do atendimento
aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.
• Articulação do Programa de Atendimento com a saúde para a construção de unidades de tratamento e
internação de drogadição.
• Realização de levantamento das principais demandas do mercado de trabalho de BH para
direcionamento de mais cursos de oficinas de capacitação para os adolescentes.
• Realização de atividades culturais e de incentivo ao esporte para os adolescentes em cumprimento de
medidas socioeducativas.
117Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Boa Vista
• Criar outras formas de atendimento aos adolescentes usuários de drogas no Município.
• Promover ações de integração entre os serviços de modo a integrá-los em torno do atendimento aos
adolescentes.
Campo Grande
• Articulação do Programa de Atendimento com as secretarias de educação, saúde e trabalho, cultura,
esporte e lazer para realização de reuniões periódicas de monitoramento e avaliação do atendimento
aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.
• Articulação do Programa de Atendimento com a saúde para a construção de CAPSAD e unidades de
tratamento e internação de drogadição.
• Realização de oficinas de trabalho com os professores e profissionais da educação com o objetivo
de sensibilizá-los e capacitá-los para a questão dos adolescentes em cumprimento de medidas
socioeducativas.
• Realização de atividades culturais e de incentivo ao esporte para os adolescentes em cumprimento de
medidas socioeducativas.
Cuiabá
• Articulação do Programa de Atendimento com as secretarias de educação, saúde e trabalho, cultura,
esporte e lazer para realização de reuniões periódicas de monitoramento e avaliação do atendimento
aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.
• Articulação do Programa de Atendimento com a saúde para a construção de mais CAPSAD e unidades de
tratamento e internação de drogadição.
• Realização de levantamento das principais demandas do mercado de trabalho de Cuiabá para
direcionamento de mais cursos de oficinas de capacitação para os adolescentes.
• Realização de oficinas de trabalho com os professores e profissionais da educação com o objetivo
de sensibilizá-los e capacitá-los para a questão dos adolescentes em cumprimento de medidas
socioeducativas.
• Realização de atividades culturais e de incentivo ao esporte para os adolescentes em cumprimento de
medidas socioeducativas.
Curitiba
• Caberia a Fundação de Ação Social (FAS) juntamente com a Vara da Infância e Adolescência estabelecer
estratégias de sensibilização da Rede Pública de Ensino a fim de garantir a adesão dos adolescentes bem
como qualificar os funcionários da escola acerca dos direitos da criança e do adolescente, em especial,
do adolescente em conflito com a lei.
• Estabelecer convênios como Sistema S para a promoção de cursos profissionalizantes adequados ao nível
de escolaridade dos adolescentes.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM118
Distrito Federal
• Cooperação entre Secretaria de Saúde com Secretaria da Criança, pra ampliar tratamento toxicológico.
• O Programa deveria oferecer, ou conseguir, junto à escola orientação pedagógica específica para
os adolescentes que estavam fora da escola, no intuito de auxiliá-los na permanência na escola —
Promotor.
• “O estado tem que fazer curso, ao invés de Ensino Médio, tem que fazer curso técnico. Para o
adolescente já ter uma perspectiva de profissão, perspectiva de futuro de vida, eles não tem aqui” —
Promotor.
• Articulação entre a Secretaria da Criança e a Secretaria de Saúde no intuito da construção de uma rede
qualificada para tratamento de dependência química, com metodologia adequada para o tratamento do
adolescente.
• Articulação entre a Secretaria da Criança e a Secretaria de Saúdo para a formulação de ações que visem
a garantir o acesso à saúde básica do público adolescente.
• Investimento na articulação entre as secretarias, para a garantia da proteção integral ao adolescente.
• Sensibilização e mobilização das instituições profissionalizantes para a oferta de cursos profissionalizan-
tes com critérios pertinentes aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa.
• Articulação entre a Secretaria de Estado da Criança e a Secretaria de Educação no intuito de promover
ações que previnam a discriminação do adolescente na escola.
Florianópolis
• Promoção de novos concursos públicos.
• Sensibilização da rede pública sobre a temática.
Fortaleza
• Ampliar a oferta de vagas e serviços para atendimento a adolescentes, em especial para os usuários
de substâncias psicoativas, oferecendo serviços especializados compatíveis com a faixa etária dos
socioeducandos.
• Investir na ampliação da escolarização dos adolescentes e na redução da evasão escolar, visando à
conclusão do Ensino Médio e à habilitação para a matrícula em cursos profissionalizantes.
• Busca de outros cursos profissionalizantes, cujos critérios de seleção sejam compatíveis com a
escolarização dos adolescentes.
119Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Goiânia
• A secretaria de educação deveria, em parceria com a SEMAS, realizar capacitação dos funcionários da
escola para que não haja discriminação ao adolescente em cumprimento de medida.
• Oferta de programas de saúde, por parte da Secretaria de Saúde do Município e do Estado, específicos
para adolescentes, com metodologia e local adequados a este público.
• O Programa de Atendimento Socioeducativo deve, além do encaminhamento do adolescente para os
serviços de saúde, realizar o acompanhamento do adolescente a esses serviços, por meio da figura, por
exemplo, do orientador.
• No que se refere à intercessão saúde/educação, a escola deveria trabalhar em ações de saúde
preventiva.
João Pessoa
• Tratamento adequado ao problema da desistência dos adolescentes de medidas socioeducativas nas
escolas.
• Aumento da equipe de CAPS AD para atendimento específico sobre situação de drogadição.
• Oferta de programas de saúde, por parte da Secretaria de Saúde do Município e do Estado, específicos
para adolescentes, com metodologia e local adequados a esse público.
• Articulação entre as secretarias para a efetividade de uma política intersetorial de garantia dos direitos
da criança e do adolescente.
• Aumento de vagas nos Programas PRONATEC para adolescentes em cumprimento de medida
socioeducativa.
Macapá
• Capacitar a rede de atendimento para a correta implementação do SINASE, estabelecendo fluxos de
comunicação e encaminhamentos, criando mecanismos de acompanhamento e estabelecendo rotinas
comuns.
Maceió
• Tratamento adequado ao problema da desistência dos adolescentes de medidas socioeducativas nas
escolas.
• Aumento da equipe de CAPS AD para atendimento específico sobre situação de drogadição.
• Oferta de programas de saúde, por parte da Secretaria de Saúde do Município e do Estado, específicos
para adolescentes, com metodologia e local adequados a esse público.
• Articulação entre as secretarias para a efetividade de uma política intersetorial de garantia dos direitos
da criança e do adolescente.
• Parceria com o Sistema “S” para oferta de mais cursos profissionalizantes, levando em conta a
especificidade da escolarização dos adolescentes.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM120
Manaus
• Ampliar a oferta de vagas e serviços para atendimento a adolescentes, em especial para os usuários
de substâncias psicoativas, oferecendo serviços especializados compatíveis com a faixa etária dos
socioeducandos.
• Sensibilizar e capacitar gestores e técnicos que atuam nos serviços que compõem a rede de
atendimento para a correta compreensão do SINASE e do papel da cada instituição no processo
socioeducativo.
Natal
• Implementação de escolas em tempo integral.
• É preciso haver formação no tema da criança e do adolescente e da política socioeducativa para
técnicos e gestores dos setores que compõem a rede de atendimento.
• Maiores investimentos das políticas setoriais na atenção ao adolescente (profissionalização, saúde —
básica, transtorno mental e substâncias psicoativas — e educação)
• Investimento em ações de prevenção à drogadição e ampliação dos equipamentos de saúde voltados
para o tratamento do usuário.
• Maior envolvimento e atuação do conselho tutelar no tocante a inclusão de adolescentes na escola.
• Sensibilização das instituições profissionalizantes para a oferta de cursos com critérios de inserção
adequados aos adolescentes em cumprimento de medidas.
• Ampliação de equipamentos de saúde voltados para os cuidados do público adolescente que possui
transtorno mental.
Palmas
• Articulação do Programa de Atendimento com as secretarias de educação, saúde e trabalho, cultura,
esporte e lazer para realização de reuniões periódicas de monitoramento e avaliação do atendimento
aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.
• Articulação do Programa de Atendimento com a saúde para a construção de CAPSAD e unidades de
tratamento e internação de drogadição.
• Realização de levantamento das principais demandas do mercado de trabalho em Palmas para
direcionamento de mais cursos de oficinas de capacitação para os adolescentes.
• Realização de atividades culturais e de incentivo ao esporte para os adolescentes em cumprimento de
medidas socioeducativas.
Porto Alegre
• Precisa haver uma corresponsabilização entre os operadores da assistência social do Município com
outras instâncias de garantias de direitos no que diz respeito a rede integrada de atendimento.
121Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Porto Velho
• A secretaria de educação deveria em parceria com a SEMAS, realizar capacitação dos funcionários da
escola para que não haja discriminação ao adolescente em cumprimento de medida.
• Oferta de programas de saúde, por parte da Secretaria de Saúde do Município e do Estado, específicos
para adolescentes, com metodologia e local adequados a esse público.
• O Programa de Atendimento Socioeducativo deve além do encaminhamento do adolescente para os
serviços de saúde, realizar o acompanhamento do adolescente a esse serviço, por meio da figura, por
exemplo, do orientador comunitário.
• No que se refere à intercessão saúde/educação, a escola deveria trabalhar em ações de saúde
preventiva.
• Fiscalização periódica das comunidades terapêuticas pelo poder público.
• Sensibilização do Sistema S para a promoção de cursos profissionalizantes adequados ao nível de
escolaridade dos adolescentes.
Recife
• Articulação com a secretaria de saúde para elaboração de um plano de atendimento aos usuários de
drogas.
• Articulação entre as secretarias para a efetividade de uma política intersetorial de garantia dos direitos
da criança e do adolescente.
• Aumento de vagas nos Programas voltados para profissionalização para adolescentes em cumprimento
de medida socioeducativa, levando em conta especificidades de escolarização.
Rio Branco
• Ampliar a oferta de vagas e serviços para atendimento a adolescentes, em especial para os usuários
de substâncias psicoativas, oferecendo serviços especializados compatíveis com a faixa etária dos
socioeducandos.
• Investir na ampliação da escolarização dos adolescentes e na redução da evasão escolar, visando à
conclusão do Ensino Médio e à habilitação para a matrícula em cursos profissionalizantes.
• Sensibilizar e capacitar gestores e técnicos que atuam nos serviços que compõem a rede de
atendimento para a correta compreensão do SINASE e do papel da cada instituição no processo
socioeducativo.
Rio de Janeiro
• Assegurar o encaminhamento da família dos adolescentes na rede pública de serviços quando houver
identificação de demanda. “É importante sinalizar que não é difícil só para os adolescentes, é (difícil)
também para essas famílias em situação de risco e vulnerabilidade social”.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM122
Salvador
• Articulação com a secretaria de saúde para elaboração de um plano de atendimento aos usuários de
drogas.
• Articulação com a secretaria de educação para efetivação de matrículas e práticas não discriminatórias
dentro da escola.
• Articulação entre as secretarias para a efetividade de uma política intersetorial de garantia dos direitos
da criança e do adolescente.
• Aumento de vagas nos Programas voltados para profissionalização para adolescentes em cumprimento
de medida socioeducativa, levando em conta especificidades de escolarização.
São Luís
• Planejar uma política de atendimento em saúde para adolescentes usuários de substâncias psicoativas
que contemple ações de prevenção e ofereça serviços especializados para a faixa etária.
• Reforçar as ações junto à educação para a matrícula dos adolescentes em cumprimento de medidas
socioeducativas na rede de ensino.
São Paulo
• Promoção de campanhas sobre o papel da escola no processo socioeducativo dos adolescentes.
Vitória
• Sensibilização dos profissionais da rede pública de ensino sobre a temática.
• Cabe ao Poder Público garantir acesso ao direito do adolescente a educação como prevê o ECA.
123Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
11. FLUXO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
Em relação a este bloco, buscou-se compreender o fluxo de atendimento do adolescente
desde a apreensão até a execução das medidas socioeducativas em meio aberto, isto é,
atores que participam do fluxo de atendimento, instrumentos utilizados nos fluxos de aten-
dimento e a atuação dos agentes do executivo, da VIJ e do MP.
Dentre os aspectos positivos acerca desse tema, observou-se que o fluxo de atendimento do
adolescente desde os procedimentos iniciais até a entrada no programa é de fácil enten-
dimento para os entrevistados, em especial, no que diz respeito aos juízes, promotores e
defensores públicos.
Destaca-se nos depoimentos sobre os aspectos positivos a existência de diversos serviços
especializados, tais como as Delegacias e Varas de Justiça Especializadas, além dos Centros
de Atendimento Integrados ou de metodologias de atendimento que unificam vários serviços
e entidades e os plantões interinstitucionais em algumas capitais.
Também foi destaque entre os aspectos positivos a participação do Defensor Público desde
o início dos procedimentos de apuração do ato infracional até a sentença. No Distrito Fede-
ral, por exemplo, o defensor público participa da oitiva informal realizada pelo MP com o
adolescente desde que o processo entra para o Ministério Público até a sentença. Segundo o
representante da Defensoria Pública “Não existe processo no Distrito Federal sem defesa”.
É o defensor quem lê a sentença para o adolescente e, é ele também, que assina a decisão
se o adolescente quer ou não recorrer.
Vale salientar algumas iniciativas de cooperação entre as entidades que apresentam resulta-
dos positivos em algumas capitais como, por exemplo, a parceria existente com os correios
para a convocação dos adolescentes no Distrito Federal, onde tudo é feito eletronicamente,
inclusive se foi entregue e do contrário, o motivo. Os entrevistados avaliam que esse é o
meio mais rápido e eficaz para a convocação do adolescente. Segundo entrevistado: “O ofí-
cio de vinculação está sendo enviado por e-mail, pela nova Vara (2012), para que o adoles-
cente cumpra a medida e ela não prescreva. Antes da nova Vara demorava seis meses para o
ofício de vinculação chegar até a UAMA”.
Na região Sul, destacam-se aspectos positivos, em relação ao fluxo de atendimento, a atu-
ação da promotoria; a existência de uma equipe técnica; de ferramenta de gestão da infor-
mação e controle do atendimento e de sistemática de monitoramento.
Alguns entraves no fluxo de atendimento apontados pelos entrevistados estão relacionados à
morosidade no atendimento em algumas etapas importantes da execução da medida, como,
por exemplo, a desvinculação do adolescente, o que, segundo representantes do sistema
de justiça no Distrito Federal, “gera um sentimento de impunidade nos adolescentes”. Por
outro lado, é apontada a dificuldade de se acompanhar o adolescente em cumprimento de
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM124
medidas socioeducativa em meio aberto devido à demanda e à escassez de pessoal, como a
insuficiência de defensores e a rotatividade de juízes.
Ainda que existam Centros de Atendimento e serviços específicos para o atendimento ao ado-
lescente envolvido com o ato infracional em algumas capitais é evidente nas respostas dos
entrevistados que os fluxos de atendimento precisam ser melhorados. Houve também relatos
significativos acerca dos impactos causados pela inexistência ou insuficiência de serviços.
A burocracia e a falta de comunicação entre os agentes que participam dos processos de
atendimento aos adolescentes autores de ato infracional foram os principais aspectos apon-
tados como entraves dos fluxos no sistema.
Por fim, ainda que existam formas de cooperação e mesmo algumas instâncias de gestão
do sistema (execução, controle, articulação) a falta de interação e comunicação entre os
diversos agentes que atuam no atendimento ao adolescente em cumprimento de medidas
socioeducativas foi apontado como um entrave.
FLUXO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO - RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS
Campo Grande
• Colocar uma equipe da SEMTCAS no Plantão interinstitucional.
• Criação de Comissão Intersetorial das Medidas em Meio Aberto.
• Criação de protocolo de fluxo entre coordenadores dos CREAS, entidade executora e Ministério Público
objetivando agilizar os agendamentos das audiências na Vara da Infância e da Adolescência.
Curitiba
• Agilizar o encaminhamento dos adolescentes para cumprimento de medida.
• Estabelecer fluxo de encaminhamento de progressão ou regressão das medidas socioeducativas
executadas pelo Estado.
• Estabelecer reuniões periódicas com a equipe do juizado.
• Estabelecer reuniões periódicas com a equipe do juizado, MP e promotoria.
• Estabelecer reuniões/oficinas periódicas com a equipe do juizado, Ministério Público e Defensoria para
solução de entraves.
Florianópolis
• Realizações de reuniões sistemáticas com as atores envolvidos na execução das medidas objetivando a
discussão do fluxo de atendimento.
• Implementação da Defensoria Pública.
João pessoa
• Levantar os motivos pelos quais o adolescente chega sem a documentação e buscar solucionar a
situação.
125Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Manaus
• Estabelecer mecanismos e instrumentos de comunicação para a rede de serviços e instituições que
compõem o sistema socioeducativo sobre o fluxo de atendimento.
Palmas
• Realização de concursos públicos para preenchimento de mais vagas no judiciário e na Defensoria
Pública.
• Implementação de plantão 24 horas na Delegacia Especializada.
Porto Alegre
• Incentivos de novas estratégias para diminuição de evasão das medidas.
Porto Velho
• Criação, pelo Estado, de Plantão Interinstitucional.
• Criação de Plantão na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente.
• Abertura de concurso público para defensor ou remanejamento de defensor para a área essa área
específica.
• Criação de “Protocolo do fluxo para dar celeridade ao processo”.
Rio Branco
• Estabelecer mecanismos e instrumentos de comunicação para a rede de serviços e instituições que
compõem o sistema socioeducativo sobre o fluxo de atendimento.
• A criação de um centro integrado (Segurança, Ministério Público, Poder Judiciário e Assistência Social)
para atendimento aos adolescentes, com uma equipe multidisciplinar qualificada para este tipo de
atendimento.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM126
12. COOPERAçãO ENTRE ESTADO E MUNICÍPIO
Buscou-se conhecer as formas de cooperação entre o estado e o Município na gestão do sis-
tema de atendimento socioeducativo em meio aberto.
Este tema não foi trabalhado com os entrevistados do Distrito Federal, tendo em vista que
este território não está organizado em Municípios.
Nas demais capitais foram identificadas iniciativas de cooperação entre estado e Municípios,
como por exemplo, o apoio técnico do Estado por meio de capacitação dos profissionais dos
Municípios. Também se observa a cooperação entre as esferas do Judiciário e o Executivo.
Entre os aspectos positivos identificados na dinâmica das relações entre estados e Municí-
pios no que tange ao atendimento socioeducativo, observou-se, ainda, a existência de ins-
trumentos e arranjos de gestão desenvolvidos no âmbito das relações intergovernamentais
(protocolos intersetoriais, grupo de trabalho estadual) e; ações de cooperação técnica para
desenvolvimento de atividades de capacitação para as equipes municipais e cofinanciamento
dos serviços.
Entre os entraves apontados no campo da cooperação entre estado e Município evidencia-se
a fragilidade dos aspectos sinalizados anteriormente, tais como a falta de cofinanciamento
entre os entes; a quantidade insuficiente de técnicos do estado para o acompanhamento
socioeducativo; a ausência de comunicação entre as secretarias em diversas áreas setoriais
e de diálogo entre o meio fechado e o meio aberto, em especial no que tange ao Plano Indi-
vidualizado de Atendimento (PIA).
QUADRO 12 - TIPO DE COOPERAçãO EXISTENTE ENTRE ESTADO E MUNICÍPIO
CAPITAIS TIPO DE COOPERAçãO EXISTENTE ENTRE ESTADO E MUNICÍPIO
Aracaju Não há cofinanciamento.
Parcerias em capacitações e orientações técnicas.
Belém Foram relatadas muitas dificuldades na cooperação entre Estado e Município para a execução das MSE.
Não existia nenhum instrumento formalizado de integração estabelecido entre estado e Município,
sendo frequentes os relatos de falta de apoio e diálogo.
Belo
Horizonte
Apoio do Estado em capacitações para os técnicos municipais e no cofinanciamento do programa de
atendimento.
“Guarda compartilhada” das medidas no nível estadual entre a Secretaria de Defesa Social e a
Desenvolvimento Social garantindo uma comunicação razoável entre as políticas de assistência e de
segurança pública.
Boa Vista Não existe cooperação entre as duas esferas.
127Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Campo
Grande
A cooperação entre o estado e Município de Campo Grande demonstrou ser, pelas falas dos
interlocutores, muito próxima e amistosa. Segundo a gestora estadual e a municipal, a relação é de
muita articulação, tanto nas capacitações como nos encaminhamentos. Todavia, mesmo com tranquila
cooperação, o Juiz sinalizou a fragilidade na comunicação dos PIAs do meio aberto e fechado.
Cuiabá A cooperação entre o estado e o Município de Cuiabá constatou-se frágil. Apesar dos técnicos do meio
aberto e fechado dialogarem, não existe uma parceria ou uma relação mais próxima entre os agentes.
Curitiba Curitiba sempre angariou recursos nos editais lançados pelo Estado para o cofinanciamento do Serviço
de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto via CEDCA. Consequentemente, o Estado sempre fez o
acompanhamento da execução do Serviço via escritórios regionais.
Distrito
Federal
Este aspecto não foi analisado, tendo em vista que o Distrito Federal não possui Municípios.
Florianópolis O serviço é cofinanciado pelo Estado.
Fortaleza Não há cofinanciamento.
Goiânia A equipe da Gerência da Proteção Social coloca que a função de acompanhamento do trabalho
executado pelos CREAS foi recentemente — 2012 — transferida no Estado da Superintendência
da Criança e do Adolescente para a Superintendência de Assistência Social do Idoso e da Pessoa
com Deficiência, a qual está atrelada a Gerência de Proteção Social. Em função disso, estão se
estruturando para que possam realizar monitoramento e prestar atendimento aos Municípios. A fala
da gerência sugere um contato mais próximo com os Municípios do interior e não com a capital. O
Diretor da Proteção Social Especial da SEMAS e a Coordenadora do Serviço destacam que a única forma
de cooperação entre Estado e Município é na triagem dos adolescentes para encaminhamento para o
CREAS, feito dentro do Juizado, por núcleo de medida socioeducativa do Município.
João Pessoa Grupo de trabalho Estadual de fortalecimento do sistema socioeducativo.
Cofinanciamento do estado.
Macapá Há um Termo de Cooperação Técnica entre a Semast e a FCRIA, em que a Fundação da Criança e do
Adolescente cede seus técnicos para realizar os atendimentos no CREAS. Este termo, em vigor desde
2006, já teve outros itens, que foram sendo retirados ao longo do tempo, como carro e local para
atendimento, uma vez que o Município foi se organizando para prover as condições necessárias para a
execução das medidas.
Maceió Não há cofinanciamento.
Manaus Estado e Município dialogam pouco, na perspectiva dos entrevistados. Há relatos de reuniões e visitas
que aconteceram em 2012 e até mesmo em épocas anteriores, mas nenhuma dessas ações resultou em
cooperação efetiva ou início de fato da municipalização das medidas de meio aberto.
Natal Não há cofinanciamento.
Palmas A cooperação entre o estado e o Município de Palmas constatou-se frágil, em razão principalmente de
questões político partidárias. Embora os técnicos do meio aberto e fechado tenham algum diálogo, não
existe uma parceria ou uma relação mais próxima entre os atores.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM128
Porto Alegre Não há cofinanciamento, têm-se realizado tentativas de aproximação com a Secretaria de Justiça e
Segurança. Em decorrência de muitos adolescentes serem assassinados durante o cumprimento da
medida; esses deveriam estar sob proteção conjunta da Secretaria de Justiça e Segurança.
Porto Velho A Secretaria de Estado de Assistência Social — SEAS — realiza o monitoramento do CREAS MSEMA
— Medida Socioeducativa em Meio Aberto — e oferece cursos para capacitação dos funcionários
dos CREAS. Há, porém, fortes críticas ao Estado no sentido de não cooperar financeiramente com
Município.
Recife Não há cofinanciamento.
Rio Branco Após a municipalização do atendimento da PSC, o Estado do Acre vem dando apoio técnico e financeiro
ao Município de Rio Branco e aos demais Municípios do interior, uma vez que a maioria dos Municípios
no Acre não tem experiência no atendimento socioeducativo.
Rio de
Janeiro
Não há cofinanciamento, a baixa comunicação dos entes percebidos também por alguns entrevistados,
acaba não potencializando o Programa desenvolvido no Município.
Salvador Cofinanciamento do estado.
São Luís Não há cofinanciamento. Estado e Município assinaram um protocolo de intenções “visando à defesa
dos direitos de adolescentes em conflito com a lei, com foco no atendimento socioeducativo e na
Justiça Juvenil Restaurativa”, como parte de suas atividades na Rede Maranhense de Justiça Juvenil.
São Paulo A cooperação é técnica, sobretudo em situações de elaboração e planejamento de ações e iniciativas.
Teresina Não há cofinanciamento. Existe a cooperação técnica, por meio de capacitação, acordando com a
equipe da Proteção Social Especial da Secretaria da Assistência Social e Cidadania do Estado.
Vitória Há cofinanciamento, o Estado acompanha a execução em meio aberto somente pelos relatórios físicos
e financeiros encaminhados pelo Município.
COOPERAçãO ENTRE ESTADO E MUNICÍPIO - RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS
Campo Grande
• Realização de Oficinas de Integração entre os técnicos estaduais e municipais com objetivo de alinhar a
comunicação dos PIAs do meio fechado e aberto.
Curitiba
• Realização de Oficinas de Integração entre os técnicos estaduais e municipais com objetivo de alinhar
mais as necessidades, demandas e encaminhamentos para o serviço de medida socioeducativa.
129Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Goiânia
• O Estado deve prestar suplementação financeira ao Município.
• O Estado deve estar mais atuante no que diz respeito à qualificação técnica dos servidores dos CREAS.
• Contratação de pessoal no Estado para auxiliar no cumprimento das responsabilidades do Estado em
relação às medidas socioeducativas.
• O Município deve cobrar do Estado cooperação técnica e financeira.
• O Município deve buscar mobilizar o Estado no que se refere à capacitação do atendimento específico
dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas encaminhados para os serviços da rede
pública estatal.
• Estreitamento da comunicação entre a Gerência de Proteção Social Especial do Estado (SECT) e a
Divisão de Acompanhamento às Medidas Socioeducativas (SEMAS) em do Município de Goiânia.
Belém
• Estabelecer formas de colaboração entre Estado e Município para o atendimento socioeducativo em
meio aberto, conforme preconiza a Lei 12.594, em seu Artigo 4o, Inciso V.
Boa Vista
• Promover a integração entre o estado e o Município a partir do que compete a cada ente no
atendimento socioeducativo.
Macapá
• Revisão do termo de cooperação técnica, com vistas a finalizar a municipalização das medidas
socioeducativas em meio aberto e estabelecer novas ações conjuntas.
Manaus
• Estabelecer formas de colaboração entre Estado e Município para o atendimento
• socioeducativo em meio aberto, conforme preconiza a Lei 12.594, em seu Artigo 4o, Inciso V.
• Finalizar o processo de municipalização das medidas socioeducativas em meio aberto.
Palmas
• Realização de Oficinas de Integração entre os técnicos estaduais e municipais com objetivo de alinhar
mais as necessidades, demandas e encaminhamentos para o serviço de medidas socioeducativas.
Porto Velho
• O Estado deve prestar suplementação financeira ao Município.
• É sugerido por entrevistado que as mães de adolescentes em cumprimento de medidas possam também
utilizar o serviço psicológico da Delegacia da Mulher.
• O Grupo Gestor Municipal do Sistema Socioeducativo — GEMSO — tem composição intersetorial, porém, não conta
com nenhum membro do Estado. Seria interessante se houvesse um representante do Estado na composição do
Grupo do Município, a fim de promover a articulação intersetorial para além da esfera municipal.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM130
Rio Branco
• Estabelecer formas de colaboração entre Estado e Município para o atendimento socioeducativo em meio aberto,
conforme preconiza a Lei 12.594, em seu Artigo 4o, Inciso V.
• Finalizar o processo de municipalização das medidas socioeducativas em meio aberto.
Porto Alegre
• Estabelecer uma agenda de trabalho entre os entes.
Florianópolis
• Comunicação entre a esfera estadual e municipal, entendendo que a função do estado é supervisionar, trazer
mais recursos, capacitar os operadores na operacionalização do SINASE.
Curitiba
• Pactuação de uma agenda de reuniões continua entre os entes com o propósito de assegurar o compromisso de
uma nova gestão no Município.
Aracaju
• Construção de um sistema de comunicação entre estado e Município que perpasse por reuniões avaliativas
periódicas.
• Utilização do SIPIA de maneira adequada.
Fortaleza
• Estabelecer formas de colaboração entre Estado e Município para o atendimento socioeducativo em meio aberto,
conforme preconiza a Lei 12.594, em seu Artigo 4o, item V.
João Pessoa
• Construção de um sistema de comunicação entre estado e Município que perpasse por reuniões avaliativas
periódicas.
• Implementação de reuniões mais periódicas do Grupo de trabalho estadual.
• Utilização do SIPIA de maneira adequada.
Fortaleza
• Estabelecer formas de colaboração entre Estado e Município para o atendimento socioeducativo em meio aberto,
conforme preconiza a Lei 12.594, em seu Artigo 4o, item V.
Maceió
• Capacitações/encontros entre gestores do estado e Município que trabalham a política de atendimento.
• Utilização do SIPIA de maneira adequada.
131Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Recife
• Construção de um sistema de comunicação entre estado e Município que perpasse por reuniões avaliativas
periódicas.
• Construção do Plano municipal de atendimento socioeducativo.
• Implementação de reuniões mais periódicas entre gestores do estado e do Município
• Utilização do SIPIA de maneira adequada.
São Luís
• Divulgação dos instrumentos de cooperação existentes entre estado e Município, em especial para os
componentes da rede de atendimento socioeducativo.
• Revisão do Protocolo Intersetorial da Prefeitura de São Luís, com vistas à execução do Plano de Atendimento
Socioeducativo.
Teresina
• Ações de maior integração entre as instâncias municipal e estadual.
• O Estado deve prestar suplementação financeira ao Município.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM132
13. PLANOS DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
Este bloco buscou identificar a existência de Planos de Atendimento Socioeducativos no âm-
bito municipal devido à exigência da Lei do SINASE.
Observou-se que poucas capitais já possuem os seus planos de atendimento socioeducativo.
Há casos de iniciativas para a sua elaboração sendo empreendidas pelos Conselhos dos Direi-
tos a exemplo das capitais
Por sua vez, a inexistência dos Plano é apontada como um entrave para a implementação da
política de atendimento socioeducativo na perspectiva do SINASE.
QUADRO 13 - PLANO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
CAPITAIS PLANO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
Aracaju Não existe Plano de Atendimento Socioeducativo municipal, nem estadual.
Belém Tanto no âmbito estadual, como no municipal ainda não existem os Planos. Porém, o
governo estadual possui o Projeto Político Institucional (PPI), lançado em 2010. E, na
capital, a FUNCAP e a FUNPAPA concluíram, no final de 2010, o documento que seria a
base para o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Belém.
Belo
Horizonte
Inexistência de um Plano Municipal e Estadual de Atendimento de Medidas
Socioeducativas.
Boa Vista Inexistência de um Plano Municipal e Estadual de Atendimento de Medidas
Socioeducativas.
Curitiba Não existe Plano de Atendimento Socioeducativo municipal, conta hoje com “Plano
de Trabalho e de Aplicação”, elaborado pela Fundação de Ação Social.
Florianópolis Plano Municipal de Garantia e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e uma
metodologia de Orientação e Acompanhamento a Adolescente em Cumprimento de
Medidas Socioeducativas de Liberdade Assistida e Prestação de Serviço à Comunidade,
elaborado pelo Estado e Município.
Fortaleza Em 2012, o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Fortaleza foi
finalizado, de forma participativa, em colaboração com o Conselho Municipal, e
submetido à aprovação pela sociedade através de uma consulta pública. Não existe
Plano estadual.
João Pessoa Não existe Plano de Atendimento Socioeducativo municipal, nem estadual.
Maceió Não existe Plano de Atendimento Socioeducativo municipal, nem estadual.
133Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Manaus No governo do estado do Amazonas existem instrumentos que orientam a ação das
equipes que atuam no atendimento socioeducativo, como o Plano de Atendimento
Pedagógico e Socioterapêutico, que estava sendo reformulado em 2012. Em Manaus
não existe um Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo.
Natal Não existe Plano de Atendimento Socioeducativo municipal, nem estadual.
Palmas Não existe o Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo, mas existe o Plano
Municipal de Atendimento Socioeducativo de Palmas, que foi construído em 2008.
Porto Alegre Programa Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto — PEMSE.
Porto Velho No que se refere aos Planos de Atendimento Socioeducativo no nível estadual e
municipal, a maior parte dos entrevistados, que compõem o sistema de garantia de
direitos da criança e do adolescente, demonstrou desconhecimento da existência
desses documentos. Isso pode ser explicado pelo fato de o Município de Porto Velho e
de o Estado de Rondônia terem elaborado Planos que não estão vigorando.
Recife Não existe Plano Municipal. O Estado possui o Plano de Reordenamento do Sistema
Socioeducativo.
Rio Branco Não existe nem o Plano Estadual, nem o Municipal de Atendimento Socioeducativo.
Rio de
Janeiro
Plano Municipal Socioeducativo, elaborado e aprovado pelo Conselho Municipal de
Defesa da Criança e do Adolescente.
Plano de Segurança Socioeducativa do Departamento Geral de Ações Socioeducativas,
produzido pelo DEGASE e aprovado em 2012 pelo CEDCA.
Salvador Não existe Plano Municipal. Existe o Plano estadual de atendimento socioeducativo.
São Luís Existe o Plano Municipal de atendimento socioeducativo. Existe o Plano Estadual de
Atendimento Socioeducativo do Maranhão.
São Paulo Existe o Plano de Reordenamento do Serviço (secretaria municipal) e o Caderno de
Orientações Metodológicas (secretaria de estado).
Teresina Não existe o Plano Municipal de atendimento socioeducativo. Existe o Plano Estadual
de Atendimento Socioeducativo do Piauí.
Vitória Não existe Plano Municipal, somente o Plano de Convivência Familiar e Comunitária e
o Plano de Acolhimento Institucional, elaborado pelo CMDCA.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM134
PLANOS DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO – RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS
Aracaju
• Realização de comissões intersetoriais para a construção do Plano de atendimento socioeducativo.
Belém
• Criação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Belém.
Belo Horizonte
• Realização de Grupos de Trabalho para levantamento das demandas do atendimento socioeducativo em
BH para subsidiar a construção do Plano Municipal e Estadual.
Campo Grande
• Articulação dos atores do sistema de garantia de direitos, bem como, das diversas áreas da rede de
atendimento socioeducativo para a criação das Comissões Interinstitucionais e Intersetoriais municipais.
Cuiabá
• Realização de Grupos de Trabalho para levantamento das demandas do atendimento socioeducativo em
Cuiabá para subsidiar a construção de um Plano Municipal.
• Criação das Comissões Intersetoriais e Interinstitucionais tanto em âmbito estadual, quanto no
municipal, como o objetivo de fortalecer o diálogo dos atores do sistema de garantia de direitos.
Curitiba
• Oficinas de capacitação sobre a elaboração do Plano de Atendimento Socioeducativo no Município.
• Publicação do Decreto Municipal que institui a comissão intersetorial que será responsável para a
criação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo.
Florianópolis
• Organização reuniões de sensibilização da temática com o propósito de discutir o papel da intersetoria-
lidade na execução dos serviços das medidas em meio aberto.
Goiânia
• Criação de colegiado ou grupo de composição intersetorial, do estado e do Município, para iniciar
esforços para elaboração de planos estadual e municipal do atendimento socioeducativo.
João Pessoa
• Mobilização dos diferentes atores do sistema de garantia de direitos do Município para a construção
participativa do Plano de atendimento de medida socioeducativa.
Macapá
• Criação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Macapá.
135Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Maceió
• Articulação com estado para criação de grupos de trabalho (Município e estado).
• Realização de comissões Intersetoriais para a construção do Plano de atendimento socioeducativo.
Manaus
• Elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Manaus, de forma participativa, em
colaboração com o Conselho Municipal.
Natal
• Elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo e do Plano Estadual de Atendimento
Socioeducativo.
Palmas
• Realização de Grupos de Trabalho para levantamento das demandas do atendimento socioeducativo em
Palmas para subsidiar a construção de um novo Plano Municipal.
• Revisão do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Palmas.
Porto Alegre
• Recomendação de articulação com todos os atores envolvidos no atendimento socioeducativo no âmbito
do Município: sistema de saúde, de educação, CREAS, judiciário para elaboração do Plano Municipal.
Porto Velho
• Seria interessante que na elaboração do Plano de Atendimento Municipal e na composição do GEMSO,
estivessem presentes também representantes da política de atendimento socioeducativa do Estado, de
forma a chamar o Estado para providências estabelecidas no Plano Municipal, que possam ser realizadas
através da cooperação entre estas duas instâncias de governo.
Recife
• Mobilização dos diferentes atores do sistema de garantia de direitos do Município para a construção
participativa do Plano de atendimento de medida socioeducativa.
Rio Branco
• Elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Rio Branco, de forma participativa,
em colaboração com o Conselho Municipal.
Rio de Janeiro
• Acompanhamento por parte dos Conselheiros do CMDCA da agenda da Comissão Socioeducativa no
acompanhamento da execução do Plano Municipal Socioeducativo.
Salvador
• Mobilização dos diferentes atores do sistema de garantia de direitos do Município para a construção
participativa do Plano de atendimento de medida socioeducativa.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM136
São Luís
• Elaboração do II Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de São Luís, com vigência a partir de
2014.
• Publicização do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de São Luís.
São Paulo
• Promoção de oficias para maiores esclarecimentos sobre a elaboração do Plano de Atendimento com
representantes da SEDH, MDS e CONANDA com os gestores e coordenadores locais.
Vitória
• Realizações de oficias para maiores esclarecimentos da elaboração do Plano de Atendimento com
representantes da SEDH, MDS e CONANDA com os gestores e coordenadores locais.
137Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
14. CONSELHOS MUNICIPAIS E ESTADUAIS DOS DIREITOS DA CRIANçA E DO ADOLESCENTE
Buscou-se identificar a atuação do Conselho Estadual e do Conselho Municipal na implemen-
tação do sistema socioeducativo de atendimento às medidas em meio aberto.
Em quase todas as capitais observa-se, nos relatos dos agentes entrevistados, indício de que
os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente (estadual e municipais) estão funcio-
nando e, que o tema do atendimento socioeducativo está na sua agenda.
De acordo com depoimentos, os conselhos estão em processo de organização interna, estru-
turando-se em comissões temáticas; criando o fundo municipal dos direitos da criança e do
adolescente ou têm buscando uma nova dinâmica de recomposição dos conselheiros.
No que diz respeito à sua atuação na política de atendimento socioeducativo, observa-se que
os conselhos têm participado de encontros da rede com a participação de juízes, promoto-
res, entre outros; possuem comissão temática relativa ao sistema socioeducativo; têm bus-
cado a qualificação dos conselheiros através das Escolas de Conselhos ou estão em processo
de registro de atestado e de funcionamento dos programas de atendimento.
Contudo, ainda se observa um desconhecimento sobre o papel dos Conselhos dos Direitos da
Criança e do Adolescente no atendimento socioeducativo. A partir dos relatos que indica-
ram algum conhecimento sobre a atuação desses organismos, observou-se que ainda é bem
tímida a atuação dos conselhos no tema do atendimento socioeducativo em meio aberto
predominando a atenção ao sistema fechado.
A despeito deste fato, destaca-se que a participação dos Conselhos — Estadual e Municipal
— no acompanhamento da política de atendimento socioeducativa foi analisada de forma
positiva pelos entrevistados na maioria das capitais.
Os Conselhos estão atuando na construção dos Planos de Atendimento Socioeducativo por
meio de Grupos de Trabalho; na fiscalização do que dispõe a Lei do SINASE e; estão bem
próximos ao programa/serviço de atendimento.
Ainda que existam indícios de que os conselhos estejam em funcionamento, na opinião de
muitos entrevistados, o conselho não tem uma atuação eficaz no que diz respeito ao tema
do atendimento socioeducativo, a qual foi considerada pelos agentes entrevistados como tí-
mida, morosa, episódica e, até mesmo, deficiente, restrita às medidas de proteção no nível
do Município e a casos de denúncias. Foi sinalizada também a dificuldade dos conselhos co-
locarem em prática as suas deliberações; a falta de comunicação entre os conselhos e falta
de estrutura (funcionários).
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM138
Um entrave significativo apontado para o processo de implementação do sistema foi a falta de
interesse dos gestores públicos em conhecer os programas e serviços existentes; a ausência de
uma liderança dentro do conselho municipal que trabalhe as questões voltadas para a política
de atendimento de medida socioeducativa em meio aberto; o fato de alguns conselheiros não
estarem comprometidos com a função e não terem preparo e autonomia para tal.
Por fim, a burocracia, o esvaziamento dos Conselhos e a falta de conhecimento sobre o tema
das medidas socioeducativas também são identificados como obstáculos para uma boa atu-
ação desses organismos na política socioeducativa, bem como o fato de os programas nesta
área ainda não estarem inscritos.
Com relação à inscrição no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente —
CMDCA —, órgão responsável por deliberar sobre a política de atendimento aos direitos da
criança e do adolescente, a maioria dos respondentes das entidades identificadas (21) con-
firmou realizar tal procedimento. Entretanto, 8 responderam não se aplicar aos seus casos,
por entenderem que os órgãos públicos não possuem tal obrigatoriedade, apenas para os
programas em específico. Por exemplo, a entidade Centro Espírita Yvon Costa, em Belém, e
o Instituto Socioeducativo do Acre, em Rio Branco, informaram não ter inscrição no CMDCA.
QUADRO 14 - CONSELHOS
CAPITAIS ATUAçãO DO CEDCA NA POLÍTICA DE ATENDI-
MENTO SOCIOEDUCATIVO
ATUAçãO DO CMDCA NA POLÍTICA DE
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
Aracaju Pouca atuação/articulação junto a Política de
atendimento em meio aberto na capital.
Pouca atuação/articulação junto a Política
de atendimento em meio aberto na capital.
Belém A participação dos Conselhos, tanto Estadual quanto
Municipal na discussão sobre o SINASE é pequena,
pouco conhecida e não sistemática. Há uma avaliação
geral de que a atuação dos conselhos precisa ser
mais propositiva, atuar mais na fiscalização e
monitoramento das políticas, dos programas e dos
serviços.
A participação dos Conselhos, tanto Estadual
quanto Municipal, na discussão sobre o
SINASE é pequena, pouco conhecida e não
sistemática. Há uma avaliação geral de que
a atuação dos conselhos precisa ser mais
propositiva, atuar mais na fiscalização e
monitoramento das políticas, programas e
serviços.
Belo
Horizonte
Deficiência e distanciamento na atuação dos
conselhos de direitos, tanto o estadual, quanto o
municipal.
Segundo alguns entrevistados, os conselhos
não exercem seu papel de fiscalização
e apoio contínuos. Suas atuações se
restringem quando solicitados, ou no caso de
alguma denúncia.
Boa Vista Não estão participando do processo de
municipalização do atendimento socioeducativo.
Não estão participando do processo
de municipalização do atendimento
socioeducativo.
139Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Campo
Grande
O Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do
Adolescente foi descrito como atuante e engajado
na fiscalização das medidas em meio fechado. O
representante do CEDCA relatou a existência de
uma comissão permanente que atuou muito no
monitoramento das unidades de internação.
Em contrapartida, no Conselho Municipal
notou-se distanciamento e inoperância
com relação às medidas socioeducativas. A
presidente do Conselho, apesar das inúmeras
ligações, não quis conceder entrevista e
nem mesmo indicar outro representante
legal. Segundo alguns agentes, o CMDCA não
exerce seu papel de fiscalização e apoio
contínuos.
Cuiabá A atuação dos Conselhos de Direitos em Cuiabá foi
definida por alguns agentes como frágil e ausente
na temática das medidas socioeducativas. Ainda
de acordo com gestora estadual, esses organismos
atuam mais na área civil, ficando os adolescentes
autores de ato infracional relegados a momentos
de denúncia, ou em ocasiões de solicitação formal.
A mesma entrevistada ainda afirmou que o CEDCA
avançou na fiscalização no ano de 2011, devido à
troca de gestão.
A atuação dos Conselhos de Direitos em
Cuiabá foi definida por alguns agentes como
frágil e ausente na temática das medidas
socioeducativas. Ainda de acordo com
gestora estadual, esses organismos atuam
mais na área civil, ficando os adolescentes
autores de ato infracional relegados a
momentos de denúncia, ou em ocasiões de
solicitação formal. Segundo a coordenadora
do programa, o conselho municipal atua
na parte de documentação, na cobrança
da inscrição do serviço, porém, não há
nenhuma outra intervenção além desta.
Curitiba Atuação na fiscalização e monitoramento nas
unidades de atendimento para saber se estão
adequadas com o SINASE.
Atuação / articulação com o Programa MSE-
MA.
Distrito
Federal
Em relação ao Conselho dos Direitos da Criança
e do Adolescente do Distrito Federal, o CDCA/
DF, é comum entre os entrevistados, inclusive o
próprio conselho, a percepção de que o conselho
deve ter atuação mais efetiva. A subsecretaria do
Sistema Socioeducativo diz: “A atuação dele é meio
episódica. Aconteceu alguma coisa, ele aparece.
(...) a sensação que eu tenho, é que ele não tem
uma sistematização de como ele vai acompanhar a
aplicação, o sistema socioeducativo aqui no Distrito
Federal”. A Defensoria aponta que o Conselho no
Distrito Federal abarca muito a parte protetiva da
criança e do adolescente, e diz que poderia abarcar
mais a socioeducativa.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM140
Florianópolis Atuação tímida, somente quando existe alguma
denúncia.
Atuação tímida, somente quando existe
alguma denúncia.
Fortaleza Atuação na construção do Plano Municipal de
execução de medida socioeducativa.
Atuação na construção do Plano Municipal de
execução de medida socioeducativa.
Goiânia O atual presidente do CEDCA assumiu em Janeiro
de 2012 e colocou que o órgão está passando
por processo de transição que compreende a
estruturação em comissões temáticas “para atuar
na questão do SINASE e contribuir na elaboração do
Plano Estadual”.
O Presidente do CMDCA diz que o “grande
legado” do Conselho Municipal foi o decreto
do Fundo da Criança. Sobre isso: “Foi onde
ocupou mais tempo para o regulamento das
normativas dos processos de financiamento.
Diz que estão “em processo de elaboração
de resoluções, de registro de atestado e de
funcionamento dos programas”. Diz que há
falta de funcionários administrativos para que
possam publicar suas atividades, demandas,
relatórios. Coloca que a nova gestão terá
como pauta o acompanhamento do SINASE e
das políticas socioeducativas na capital.
João Pessoa Pouca atuação/articulação junto a Política de
atendimento em meio aberto na capital.
Pouca atuação/articulação com o
Programa. Atualmente está iniciando uma
aproximação.
Macapá O CEDCA está discutindo o Plano Estadual de
Atendimento Socioeducativo e vem se organizando
para mobilizar a rede de atendimento com o objetivo
de implementação dos trabalhos. Os entrevistados,
via de regra, desconhecem atuação dos Conselhos,
embora alguns tenham ciência de que ambos passam
por dificuldades para exercer suas atividades, por
falta de compromisso das secretarias mantenedoras.
No âmbito Municipal, o planejamento para
fiscalizar o sistema dependia de melhoras
na infraestrutura do Conselho, que não
tinha, por exemplo, um carro de apoio para
visita ao CREAS e às demais instituições da
rede de atendimento socioeducativo. Os
entrevistados, via de regra, desconhecem
atuação dos Conselhos, embora alguns
tenham ciência de que ambos passam por
dificuldades para exercer suas atividades,
por falta de compromisso das secretarias
mantenedoras.
Maceió Pouca atuação/articulação junto a Política de
atendimento em meio aberto na capital.
Pouca atuação/articulação com o Programa.
Manaus Nenhum dos atores entrevistados soube dar
informações sobre o funcionamento dos conselhos.
Todos reconheceram que os Conselhos não se
posicionaram ainda de forma mais contundente em
relação à municipalização.
Nenhum dos atores entrevistados soube
dar informações sobre o funcionamento
dos conselhos. Todos reconheceram que
os Conselhos não se posicionaram ainda
de forma mais contundente em relação à
municipalização.
141Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Natal Atuação mais próxima na deliberação de algumas
questões.
Pouca atuação/articulação com o Programa.
Palmas A atuação dos Conselhos de Direitos em Palmas foi
definida por alguns atores como frágil e ausente na
temática das medidas socioeducativas. Entretanto,
a Juíza relatou que o Conselho Estadual possui
uma atuação mais visível na fiscalização do meio
fechado. Recentemente, os representantes desta
esfera conseguiram garantir a contratação de mais
cursos de qualificação para o Centro de Atendimento
Socioeducativo (CASE).
A atuação dos Conselhos de Direitos em
Palmas foi definida por alguns atores como
frágil e ausente na temática das medidas
socioeducativas. A própria representante
do CMDCA reconheceu a distância das
atividades das medidas socioeducativas, mas
pontuou que o programa de atendimento
não concede abertura para a realização de
um trabalho conjunto contínuo.
Porto Alegre Atuação no debate das medidas em meio aberto, mas
pouca fiscalização junto ao Programa.
Atuação no debate das medidas em meio
aberto, mas pouca fiscalização junto ao
Programa.
Porto Velho Em relação à atuação dos Conselhos dos Direitos da
Criança e do Adolescente na esfera estadual e na
capital, é consenso entre os entrevistados a atuação
incipiente desses conselhos na estruturação da
política para a criança e o adolescente.
Em relação à atuação dos Conselhos dos
Direitos da Criança e do Adolescente na
esfera estadual e na capital, é consenso
entre os entrevistados, a atuação incipiente
desses conselhos na estruturação da política
para a criança e o adolescente.
Recife Pouca relação com o MSE-MA do Recife, mas atuando
na fiscalização baseada no Plano Estadual.
Pouca atuação/articulação com o Programa.
Rio Branco Todos os entrevistados consideram tímida e
incipiente a atuação dos conselhos.
Todos os entrevistados consideram tímida e
incipiente a atuação dos conselhos.
Rio de
Janeiro
Pouca atuação/articulação junto a Política de
atendimento em meio aberto na capital.
Dificuldade no acompanhamento e fiscalização
por parte dos técnicos dos CMDCA.
Salvador Atuação na construção do Plano Estadual de
execução de medida socioeducativa e na construção
de sistema de monitoramento dessa política.
Atuação / articulação com a Fundação e o
Programa MSE-MA.
São Luís Atuação na fiscalização e monitoramento nas
unidades de atendimento para saber se estão
adequadas com o SINASE.
Atuação / articulação com o Programa MSE-
MA.
São Paulo Pouca atuação/articulação junto a Política de
atendimento em meio aberto na capital.
Pouca atuação/articulação com o Programa.
Teresina Pouca interação entre os conselhos e o Programa de
medidas socioeducativas do Município
Pouca interação entre os conselhos e o Programa
de medidas socioeducativas do Município.
Vitória Pouca atuação/articulação junto a Política de
atendimento em meio aberto na capital.
Pouca atuação/articulação com o Programa.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM142
CONSELHOS MUNICIPAIS E ESTADUAIS DOS DIREITOS DA CRIANçA E DO ADOLESCENTE —
RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS
Aracaju
• Desenvolver uma cultura de comunicação entre os conselhos, especificamente no tocante às comissões
de medidas socioeducativas, para que haja integralidade do sistema socioeducativo e, para que as
políticas em relação aos meios aberto e fechado possam ser complementares.
• Maior valorização do papel dos conselhos por parte dos órgãos públicos e investimento político nesses,
como formuladores de políticas setoriais.
• Investimento na formação dos conselheiros (Escola de Conselhos).
Belém
• Maior apreensão, por parte dos Conselhos, do papel de controle social sobre as políticas, acompanhando
melhor a implementação da lei do SINASE.
• Capacitação específica sobre a Lei do SINASE e o papel dos Conselhos neste contexto.
Campo Grande
• Criação da comissão de medidas socioeducativas no conselho municipal, conforme prevê a Lei do
Sinase, para acompanhar e apoiar mais sistematicamente o programa de medida socioeducativa em
meio aberto.
• Realização de reuniões periódicas nos conselhos com os demais atores do sistema de garantia de
direitos para monitoramento e avaliação das medidas socioeducativa em meio aberto.
Cuiabá
• Criação de comissões de medidas socioeducativas em cada conselho, conforme prevê a Lei do Sinase,
para acompanhar e apoiar mais sistematicamente o programa de medida socioeducativa em meio
aberto.
• Realização de reuniões periódicas nos conselhos com os demais atores do sistema de garantia de
direitos para monitoramento e avaliação das medidas socioeducativa em meio aberto.
• Maior investimento do poder público junto à infraestrutura dos Conselhos.
• Realização de capacitações pelo CONANDA com os representantes conselhos municipais e estaduais.
Curitiba
• Criação de Assessoria Jurídica para os conselhos a fim de balizar a formulação de políticas.
• Caberia ao COMTIBA empreender ações de motivação das entidades da sociedade civil para a criação de
projetos voltados para a garantia dos direitos básicos da criança e do adolescente.
143Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Distrito Federal
• É preciso que o Conselho se organize para acompanhar o sistema socioeducativo.
• É sugerido pela promotoria que haja alguma exigência para Conselheiro, em termos de capacitação
para este trabalho relativo à infância e juventude.
• Sensibilização dos órgãos públicos e das instituições da sociedade civil no sentido de fortalecer esta
instância da democracia.
• Pesquisa diagnóstica da política de atendimento à criança e ao adolescente no Distrito Federal no
intuito de embasar a atuação do Conselho.
Florianópolis
• Inscrição de projetos e programas das entidades de execução de LA e PSC visando ao registro e ao
acompanhamento do Conselho Municipal do atendimento realizado no âmbito local.
Goiânia
• Aumento do quadro de funcionários administrativos do CMDCA.
• Criação de comissão temática de medidas socioeducativas.
• Desenvolver uma cultura de comunicação entre os conselhos, especificamente no tocante às comissões
de medidas socioeducativas, para que haja integralidade do sistema socioeducativo, para que as
políticas em relação ao meio aberto e fechado possam ser complementares.
João Pessoa
• Desenvolver uma cultura de comunicação entre os conselhos, especificamente no tocante às comissões
de medidas socioeducativas, para que haja integralidade do sistema socioeducativo e, para que as
políticas em relação ao meio aberto e fechado possam ser complementares.
• Maior valorização do papel dos conselhos por parte dos órgãos públicos e investimento político nos
mesmos, como formuladores de políticas setoriais.
• Investimento na formação dos conselheiros (Escola de Conselhos).
Maceió
• Desenvolver uma cultura de comunicação entre os conselhos, especificamente no tocante às comissões
de medidas socioeducativas, para que haja integralidade do sistema socioeducativo e, para que as
políticas em relação ao meio aberto e fechado possam ser complementares.
• Maior valorização do papel dos conselhos por parte dos órgãos públicos e investimento político nos
mesmos, como formuladores de políticas setoriais.
• Investimento na formação dos conselheiros (Escola de Conselhos).
Macapá
• Incremento da estrutura oferecida aos Conselhos por parte das instituições mantenedoras para o
correto exercício do controle social.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM144
Manaus
• Estabelecer canais para melhor comunicação entre os conselhos e os integrantes do sistema de garantia
de direitos, a fim de que todos conheçam a atuação dos conselhos.
• Qualificar a intervenção dos conselheiros no processo de acompanhamento das medidas socioeducati-
vas, através de capacitações, reuniões de formação e incentivo à participação dos Conselhos no proces-
so de municipalização das Medidas.
Natal
• Maior atuação do CMDCA e do CEDCA frente ao tema das medidas socioeducativas.
• Sensibilização dos gestores para o papel dos conselhos de direitos como estímulo para perceber estes
conselhos como peça chave na construção da política de atendimento socioeducativo.
Recife
• Desenvolver uma cultura de comunicação entre os conselhos, especificamente no tocante às comissões
de medidas socioeducativas, para que haja integralidade do sistema socioeducativo e, para que as
políticas em relação ao meio aberto e fechado possam ser complementares.
• Sensibilização dos conselheiros estaduais para monitoramento e avaliação no Programa Municipal do
Recife.
Palmas
• Criação de comissões de medidas socioeducativas em cada conselho, conforme prevê a Lei do Sinase,
para acompanhar e apoiar mais sistematicamente o Programa de Medidas Socioeducativas em Meio
Aberto.
• Realização de reuniões periódicas nos conselhos com os demais atores do sistema de garantia de
direitos para monitoramento e avaliação das medidas socioeducativas em meio aberto.
Porto Alegre
• Implementar os conselhos intersetoriais.
Porto Velho
• Criação de comissão socioeducativa em ambos os conselhos.
• Atualização do Cadastro do CMDCA dos Programas e Entidades de atendimento à criança e ao
adolescente, inclusive socioeducativos.
• Criação de Assessoria Jurídica para os conselhos, a fim de balizar a formulação de políticas.
• Desenvolver uma cultura de comunicação entre os conselhos, especificamente no tocante às comissões
de medidas socioeducativas, para que haja integralidade do sistema socioeducativo e, para que as
políticas em relação ao meio aberto e fechado possam ser complementares.
• O CMDCA poderia empreender ações de motivação das entidades da sociedade civil para a criação de
projetos voltados para a garantia dos direitos básicos da criança e do adolescente. E, outra atitude
recomendada é o estímulo a pesquisas diagnósticas da situação da criança e do adolescente na capital.
145Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Rio Branco
• Estabelecer canais para melhor comunicação entre os conselhos e os integrantes do sistema de garantia
de direitos, a fim de que todos conheçam a atuação dos conselhos.
• Qualificar a intervenção dos conselheiros no processo de acompanhamento das medidas socioeducati-
vas, através de capacitações, reuniões de formação e incentivo à participação dos Conselhos no proces-
so de municipalização das Medidas.
Rio de janeiro
• Estabelecer uma rotina de trabalho conjunto entre os conselhos de direitos e os conselhos tutelares.
São Paulo
• Reunião com representantes do Ministério Público com o objetivo de sensibilizar os conselheiros sobre
suas atribuições no acompanhamento das medidas.
• Inscrição dos projetos e programas das entidades de execução de LA e PSC visando ao registro e ao
acompanhamento do Conselho Municipal do atendimento realizado no âmbito local.
Vitória
• Elaboração de um Plano de Acompanhamento do CMDCA dos serviços e das parcerias realizadas em
âmbito local das medidas em meio aberto.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM146
15. AVALIAçãO DA LEI DO SINASE
Buscou-se, neste bloco, conhecer, na opinião dos entrevistados, o que a Lei do SINASE trouxe
de positivo para o atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducati-
vas em meio aberto e o que precisa melhorar.
As respostas mais recorrentes, na percepção dos entrevistados, acerca dos aspectos positivos
da Lei do SINASE, destacam a importância desse instrumento para a política de atendimento
socioeducativo ao trazer algumas inovações a exemplo dos parâmetros para a execução das
medidas e para a gestão do sistema, com a definição dos papéis, competências e responsabi-
lização dos agentes que nele atuam em todos os níveis de governo e esferas de poder. Outro
aspecto significativo da lei é exigência do Plano Individualizado de Atendimento (PIA), prin-
cipal instrumento de previsão, registro e gestão das atividades a serem desenvolvidas com o
adolescente (Artigo 52) e, a partir dele, o reforço no trabalho com a família, fortalecimentos
dos vínculos familiares. Realça-se também entre as opiniões o fato de a Lei limitar a possibi-
lidade de o sistema de justiça atuar de forma discricionária, evitando assim arbitrariedades.
De modo geral a lei é avaliada de forma positiva pelos entrevistados em especial porque de-
fine um modelo de gestão, clarifica e delimita as competências de cada ente federado e das
respectivas instituições que atuam no atendimento socioeducativo, “melhorando assim as
relações interinstitucionais”; regula os procedimentos de atendimento e acompanhamento;
institui o Plano Individualizado de Atendimento (PIA), possibilitando assim o acompanhamen-
to detalhado das atividades executadas durante a execução das medidas socioeducativas; e
“enfatiza o trabalho preventivo, ressocializador e educativo, em detrimento daquele repres-
sor” e; unifica as medidas socioeducativas.
Os entraves identificados em relação à Lei do SINASE não são unânimes, mas são significati-
vos para a política de atendimento. Foi destacado, por exemplo, o fato de a lei não deixar
claro o número de adolescentes por técnico; a pouca popularidade da lei em decorrência
do preconceito da sociedade com relação aos adolescentes em cumprimento de medida de
LA ou PSC; a efetiva implementação do SINASE no Município pela falta de recursos humanos
tendo em vista que os cargos dos ocupantes das secretarias nas quais se desenvolve o aten-
dimento são comissionados e de recursos financeiros e; o despreparo de muitos agentes do
sistema em relação ao tema.
Mais uma vez, o tempo de 15 dias estabelecido para a elaboração do PIA é considerado
como insuficiente. Realça-se, dentre os demais aspectos avaliados, o fato do SINASE não
apresentar respostas para “situações envolvendo adolescentes indígenas, ribeirinhos, filhos
de seringueiros; a falta de envolvimento da família; a falta de detalhamento das atribuições
das outras áreas setoriais (saúde, trabalho, cultura, esporte e lazer) que integram a rede de
atendimento socioeducativo; a falta de recursos para a implementação da lei na sua inte-
gralidade; falta de qualificação profissional sobre o que dispõe a Lei em relação aos direitos
147Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
e o atendimento ao adolescente e o fato da Lei ter deixado a critério do Município decidir
sobre a equipe técnica mínima e, ainda sobre este assunto a indefinição do quantitativo de
adolescentes que devem ser acompanhados por sócio orientador.
Foram registrados também como entraves pelos entrevistados o descumprimento do que a
lei dispõe por parte de diversos agentes; a ausência de garantia de alguns direitos de adoles-
centes nessas circunstâncias, como, por exemplo, a visita íntima.
QUADRO 15 - SINASE
CAPITAIS ASPECTOS POSITIVOS DA LEI ENTRAVES DA LEI
Aracaju Definição das competências de cada
ente federado (do Estado, Município e
da União).
Compreensão de que o processo se dá
por uma integração das políticas e da
sociedade civil.
Estabelece uma avaliação e
acompanhamento da gestão de forma
sistemática, com prazos, determinados
períodos e feitas por comissões.
Clarifica como é sistematizado o PIA.
Estabelece os prazos de reavaliação das
medidas.
Papel dos orientadores sociais no processo de medida não
está claro.
Em relação ao prazo do PIA que poderia ser maior que 15
dias.
Belém A lei é considerada positiva e os
principais destaques são: PIA,
considerado um bom instrumento
para acompanhamento da evolução do
adolescente no cumprimento da MSE-MA.
Clarificação e delimitação das
competências de cada instituição,
melhorando as relações
interinstitucionais.
Operacionalização do ECA.
Faltam recursos para implementação da Lei na sua
integralidade e para sua divulgação.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM148
Boa Vista Estabeleceu diretrizes norteadoras
de como deve acontecer o
acompanhamento do adolescente que
cometeu algum tipo de infração.
É a base construída para a elaboração e
efetivação de políticas públicas voltadas
para este público.
Leva em consideração o adolescente
que cumpre a medida, mas também
a família e o responsável por seu
acompanhamento integral.
O não esclarecimento ou determinação do quantitativo
de adolescentes que devem ser acompanhados pelos
sócios orientadores, deixando nas mãos do Executivo
Municipal determinar quantos adolescentes devem ser
acompanhados.
Belo
Horizonte
A municipalização do atendimento
em meio aberto possibilitou o
estreitamento dos laços do adolescente
com a comunidade. Atribuição de
responsabilidades aos entes federativos,
assim como dos demais atores do
sistema de garantia de direitos.
Obrigatoriedade da aplicação do Plano
Individual de Atendimento (PIA).
Fragilidade das responsabilidades das outras áreas
(saúde, educação, trabalho, cultura, esporte e lazer) da
rede de atendimento socioeducativo. O prazo de 15 dias
para a construção do Plano Individual de Atendimento.
Ausência da visita íntima para os adolescentes que
possuem uma união estável.
Campo
Grande
Direcionamento e regulamentação de
um modelo de gestão do atendimento
socioeducativo.
Atribuição de responsabilidades aos
entes federativos, assim como dos
demais agentes do sistema de garantia
de direitos.
Obrigatoriedade do Plano Individual de
Atendimento (PIA).
Reforço no trabalho com a família e
fortalecimentos dos vínculos familiares.
Não foram apontados entraves ou dificuldades específicas
da Lei. Todos os entrevistados destacaram gargalos na
implementação da Lei.
Cuiabá Direcionamento e regulamentação de
um modelo de gestão do atendimento
socioeducativo.
Atribuição de responsabilidades aos
entes federativos, assim como dos
demais agentes do sistema de garantia
de direitos.
De acordo com o promotor, o parágrafo 2 do Artigo 42 é
falho, pois o Juiz perde sua discricionariedade.
149Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Curitiba SINASE definiu competências e
responsabilidades dos entes no
atendimento do adolescente em
cumprimento da medida em meio
aberto.
Dificuldade em assegurar o acompanhamento de 1 (um)
técnico para cada 20 (vinte) adolescentes como define a
Lei do SINASE.
Distrito
Federal
Criação de parâmetros para execução
das medidas socioeducativas.
Limita a possibilidade do sistema
de justiça atuar na perspectiva da
interpretação da lei, evitando assim
arbitrariedades.
“Com o SINASE o juizado tem que enviar
a sentença para o Programa analisar e
isso ajuda, pois evita que a equipe fique
correndo atrás da documentação do
adolescente.”
O avanço é a sociedade civil e
governamental junto, pra esse controle,
da deliberação, das propostas, de
programas — Promotoria.
“Você coloca os adolescentes em
conflito com a lei muito como sujeito de
direitos, então eu acho que é um avanço
muito grande” — Presidente Conselho.
“E talvez também agora, com a lei do
SINASE, se cria um programa específico
pro cumprimento das medidas,
principalmente a LA, e não fica tão
a cargo de qual gestor que está no
momento pra estabelecer os programas”
— Promotoria.
Não toca na questão do repasse de verba da Assistência
Fundo a Fundo.
Dificuldade para a aplicação do SINASE especificamente
no que diz respeito ao número de adolescentes por
técnico.
Alguns entrevistados demonstraram a necessidade de
maior familiaridade com a Lei.
Não há estrutura física das UAMAS para atendimento
conforme prevê o SINASE .
“A questão do SINASE é uma coisa pouco popularizada,
até porque há um enorme preconceito da sociedade
com relação aos adolescentes em conflito com a lei” —
Presidente Conselho.
Florianópolis Comprometimento dos gestores quanto
à obrigatoriedade na elaboração do
Programa e nos reordenamentos dos
serviços prestados pelas ONGs.
Diretrizes para ordenamento do espaço
físico de atendimento.
Nem todas as regras estabelecidas na Lei do SINASE estão
sendo cumpridas pelo programa municipal, pois não
identificamos a participação do Orientador na execução
do PSC.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM150
Fortaleza Participação maior das famílias.
Fortalecimento das relações
institucionais entre as diferentes
políticas que devem atuar de forma
conjunta para o atendimento
socioeducativo.
Parâmetros para execução das medidas.
Trouxe os parâmetros para a correta execução das MSE,
mas ainda não se concretizou plenamente, sobretudo em
termos de financiamento e universalização das políticas.
Goiânia Todos os entrevistados percebem a
recente Lei, sobretudo, de forma
positiva e destacam sua relevância na
definição dos papeis, competências
e responsabilização dos agentes
componentes do sistema socioeducativo.
Foi colocado que a Lei do SINASE é “um
exercício de efetivar o diálogo, de sair
da posição de ficar isolado e trazer para
o diálogo, adolescentes, secretarias e
gestores”.
A efetiva implementação do SINASE no Município
tendo em vista que os cargos da SEMAS e CREAS são
comissionados, ficando a mercê do gestor, que pode ser
trocado a qualquer momento e que muitas vezes não tem
um envolvimento substancial com o assunto.
O fato do SINASE, em algumas partes, manter-se como
“norma programa” e não “norma efetiva”. Como “norma
programa” exige uma determinação judicial para que
ela seja cumprida, “E, aí demora anos [...]Eu perco uma
geração em dez anos” — Promotor.
João Pessoa Estabelece diretrizes para provocar a
intersetorialidade da política.
Fiscalização do funcionamento dos
Programas e serviços.
Entendimento por parte dos técnicos
e gestores da assistência de que o
serviço de atendimento de medida
socioeducativa tem especificidades.
Definição das competências de cada ente
e formas de gerir os programas e ações.
A dificuldade em preconizar alguns itens da lei, visto que
a gestão do Programa no Município é realizada por 1(um)
CREAS sendo um serviço centralizado.
Por ser um instrumento legal relativamente novo,
ainda existe uma resistência em se adequar a certos
parâmetros de atendimento.
Macapá O SINASE valoriza as medidas de meio
aberto, evitando a banalização das
medidas mais gravosas. A regionalização
na execução da medida permite que o
adolescente seja atendido dentro de sua
própria região, para estar perto de sua
família. O acompanhamento detalhado das
atividades executadas e o monitoramento
do fluxo de entrada e desligamento da
medida também são aspectos avaliados
positivamente na lei do SINASE.
Falta ainda qualificação profissional e material para
que a Lei seja conhecida e cumprida. A rede integrada
de serviços precisa conhecer e cumprir seu papel no
processo de ressocialização, garantindo o acesso dos
adolescentes aos serviços básicos expressos no ECA.
Precisa melhorar também o envolvimento da família,
como sujeito nesse processo, entendida como parte da
retaguarda para o sucesso do cumprimento da medida.
151Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Maceió Aspectos como a organização do
monitoramento e avaliação.
A definição de responsabilidades
(judiciário, Município e estado).
Fiscalização dos programas, efetivação
de políticas sociais dentro dos
programas de medida socioeducativa
(lazer, cultura, saúde, educação etc.).
Por ser um instrumento legal relativamente novo,
ainda existe uma resistência em se adequar a certos
parâmetros de atendimento que a lei coloca.
Manaus Todos os entrevistados reconhecem
avanços na implementação da Lei do
SINASE, com destaque para a ênfase que
o Sistema dá ao trabalho preventivo,
ressocializador e educativo, em detrimento
daquele repressor, onde haja mais medidas
em meio aberto e menos internação.
O benefício de remissão e a unificação
da medida também foram itens
destacados como positivos no processo
socioeducativo.
É preciso avançar no envolvimento das famílias, na busca
do resgate dos vínculos afetivos.
A forma e as condições de trabalho também deixam
ainda a desejar e não acompanham o SINASE.
Há questões locais para as quais o SINASE não tem
respostas como, por exemplo, situações envolvendo
adolescentes indígenas, vindos de outros Municípios.
Natal Instrumento jurídico para delegar
funções e ações a serem desenvolvidas.
Fornece respaldo legal para atuação
dos magistrados da área de infância e
juventude.
A responsabilização do gestor mediante
uma punição presente no Artigo 29 tem
melhorado consideravelmente a questão
dos retornos e respostas às solicitações
do Ministério Público.
Padronização dos procedimentos.
Necessidade de melhorar as fiscalizações e as sanções
aos gestores.
Necessidade de divulgar e capacitar equipes técnicas
sobre a Lei do SINASE.
Palmas Direcionamento e regulamentação de
um modelo de gestão do atendimento
socioeducativo.
Atribuição de responsabilidades aos entes
federativos, assim como dos demais
atores do sistema de garantia de direitos.
Obrigatoriedade do Plano Individual de
Atendimento (PIA).
Falta de detalhamento das atribuições e fragilidade
das responsabilidades das outras áreas (saúde,
educação, trabalho, cultura, esporte e lazer) da rede de
atendimento socioeducativo.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM152
Porto Alegre Tornar mais palpável o ECA.
Especificar e normatizar alguns temas
que no estatuto ainda eram vagos.
Orientação para todos os atores que
atuam em torno das MSE sobre como
proceder.
Estabelece competências, parâmetros
para aplicação de medidas pelo
judiciário.
Especifica os entendimentos e objetivos
em torno das medidas.
Fazer a articulação intersetorial no sentido de cumprir
de fato o que está previsto no SINASE e inserir o jovem
na rede de serviços básicos.
Porto Velho Todos os entrevistados percebem
a recente Lei, sobretudo, de
forma positiva e destacam sua
relevância na definição dos papeis,
competências e responsabilização
dos atores mobilizadores do sistema
socioeducativo.
Tempo considerado “curto” para a realização do Plano
Individual de Atendimento, de 15 dias a partir do
ingresso do adolescente no Programa.
Recife Entendimento por parte dos técnicos
e gestores da assistência de que o
serviço de atendimento de medida
socioeducativa tem especificidades.
Definição das competências de cada
ente e formas de gerir os programas e
ações.
Fiscalização do funcionamento dos
Programas e serviços.
Por ser um instrumento legal relativamente novo,
ainda existe uma resistência em se adequar a certos
parâmetros de atendimento que a lei coloca.
A dificuldade em preconizar alguns itens da lei, visto que
a existem especificidades na gestão do Município que não
são levadas em conta na lei.
Definição melhor do que é o orientador social/
comunitário.
Falta de diálogo entre o SINASE e SUAS.
Rio Branco Todos os entrevistados reconhecem
avanços na implementação da Lei
do SINASE, com destaque para a
regulamentação dos procedimentos de
atendimento e de acompanhamento,
definição das diretrizes para a execução
das medidas de meio aberto, o
estabelecimento da intersetorialidade,
a municipalização das medidas de meio
aberto em todos os Estados do Brasil.
O prazo de 15 dias para a realização do PIA é considerado
insuficiente. Há questões locais para as quais o SINASE
não tem respostas como, por exemplo, situações
envolvendo adolescentes indígenas, ribeirinhos, filhos
de seringueiros. Há muita dificuldade em alcançar essas
populações específicas com as medidas de meio aberto.
153Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Rio de
Janeiro
Normatização da Política.
Define as responsabilidades dos entes e
dos atores envolvidos em sua execução.
Ainda não é possível aplicação do PIA, conforme a
orientação da Lei. Também, identificou-se a inexistência
da figura do orientador socioeducativo nos moldes
prescrito na legislação.
Salvador A lei irá nortear e traçar as diretrizes da
política de atendimento socioeducativo
em meio aberto.
Instrumento que veio para organizar o
sistema de execução de medidas.
A limitação no número de atendimento de cada técnico
(pouco).
A dificuldade em preconizar alguns itens da lei, visto que
a existem especificidades na gestão do Município que não
são levadas em conta na lei.
São Luís A responsabilização em relação aos
poderes municipal, estadual e federal,
deixando mais nítidas as competências
de cada ente federado;
A obrigatoriedade do PIA;
A regularização dos serviços.
Falta de qualificação profissional e material para que a
Lei seja conhecida e cumprida.
São Paulo Após a regulamentação da Lei, a rede
pública de ensino é obrigada garantir a
vaga do adolescente.
Baixa percepção dos avanços e desafios com a
regulamentação da lei pelos atores envolvidos com a
execução.
Teresina Conjunto de obrigações para
os gestores, a normatização do
procedimento com o adolescente.
Possibilidade de uma maior captação
de recurso para o Fundo da Infância por
meio da dedução do IR até 30 de Abril.
Determinação relativa ao Fluxo e
integração da rede de atendimento.
Traz mecanismos ao promotor de
justiça, subsídio para recorrer às
autoridades e fazer com que a lei seja
cumprida.
Falta de envolvimento dos gestores com os mecanismos
de gerência e financiamento da política socioeducativa.
Vitória Adequação do Plano Individual de
Atendimento.
Previsão de Articulação Intersetorial.
Pouco tempo para uma avaliação dos avanços e desafios.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM154
AVALIAçãO DA LEI DO SINASE - RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS
Campo Grande
• Realização de Oficinas de Integração com todos os atores do sistema de garantia de direitos com o
objetivo de fortalecimento da rede e das responsabilidades de cada ator.
Cuiabá
• Realização de Oficinas de Integração com todos os atores do sistema de garantia de direitos com o
objetivo de fortalecimento da rede e das responsabilidades de cada ator.
Distrito Federal
• Capacitação de atores do sistema de garantia de direitos relativa à lei do SINASE.
• Divulgação da lei do SINASE para a sociedade por meio de pequenas cartilhas.
Goiânia
• Capacitação dos técnicos sobre o SINASE e realização de concurso público para quadro técnico, como
forma de evitar a descontinuidade da implementação do SINASE e formação continuada de quadro
profissional.
• Elaborar formas de aceleração da justiça estadual no que se refere ao cumprimento do SINASE.
Belém
• Revisão do orçamento municipal e estadual para a dotação de recursos próprios que possam viabilizar a
implementação integral da Lei 12.594.
Boa Vista
• É preciso investir ainda mais na humanização do atendimento, pois o acompanhamento dos
adolescentes não é fácil, e os responsáveis por tal atividade, às vezes, se comporta de maneira
agressiva.
• Investir nos socioeducadores seria um ganho para o Programa.
• É essencial que o Programa tenha sua Equipe Técnica, composta por profissionais como Psicólogo,
Assistente Social, Profissional da área da saúde, Pedagogo, dentre outros, que sirvam de referência.
Macapá
• Realização de evento de capacitação sobre o SINASE para toda a rede integrada de serviços,
sensibilizando para o papel específico de cada instituição no Programa de Atendimento Socioeducativo.
• Capacitação específica para os profissionais que atendem diretamente adolescentes em cumprimento de
medidas socioeducativas em meio aberto.
• Realizar ações para valorizar o papel da família no acompanhamento do cumprimento das medidas
socioeducativas.
155Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Manaus
• Avançar na implementação integral do SINASE qualificando a equipe e estruturando as unidades de
atendimento para o cumprimento da Lei.
• Planejar as ações e atividades do Programa tendo em conta as especificidades e características locais.
Palmas
• Reforçar e detalhar mais o papel das Comissões Intersetoriais e Insterinstitucionais na política de
atendimento socioeducativo.
Porto Velho
• Atenção na realização do PIA para que ele se torne de fato um instrumento norteador do cumprimento
da medida do adolescente e não um instrumento que simplesmente satisfaça a demanda burocrática.
Maceió
• Criação de comissões intersetoriais e grupos de estudo para trabalhar o entendimento geral do SINASE e
sua especificidade no Município.
• Versão simplificada do SINASE, tipo cartilha, para trabalhar com a lei de forma mais didática.
• Formação continuada para técnicos sobre aplicação do SINASE.
Natal
• “É preciso melhorar as fiscalizações e as sanções aos gestores, caso contrário, somente quem perderá
são os usuários do sistema” (Gestor Estadual).
• “O SINASE foi feito e ainda é de conhecimento apenas dos educadores.” Diz que é preciso e urgente que
as pessoas conheçam a Lei (CEDCA).
Recife
• Criação de comissões Intersetoriais e grupos de estudo para trabalhar o entendimento geral do SINASE e
sua especificidade no Município.
• Promoção de oficinas/reuniões entre gestores municipais de diferentes capitais para troca de
experiências na implementação do SINASE.
• Versão simplificada do SINASE, tipo cartilha, para trabalhar com a lei de forma mais didática.
• Seminários para debates com gestores municipais e estaduais sobre SINASE/SUAS.
São Luís
Realização de evento de capacitação sobre o SINASE para toda a rede integrada de serviços, sensibilizando
para o papel específico de cada instituição no Programa de Atendimento Socioeducativo.
• Capacitação específica para os profissionais que atendem diretamente adolescentes em cumprimento de
MSE-MA.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM156
Fortaleza
• Avançar na implementação integral do SINASE.
Teresina
• Foi sugerido levar mais o Plano de Atendimento para dentro da política de assistência.
• Fortalecer a idéia de inserção do adolescente na sua comunidade e família.
• Versão simplificada do SINASE, tipo cartilha, para trabalhar com a lei de forma mais didática.
• Houve crítica em relação ao prazo para a elaboração do PIA estabelecido na Lei, de 15 dias a partir da
entrada do adolescente no Programa.
157Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
16. PERFIL DOS ADOLESCENTES AUTORES DE ATO INFRACIONAL E DISCRIMINAçãO
Neste bloco buscou-se identificar, nos depoimentos dos entrevistados, o perfil dos adoles-
centes que cometem ato infracional na capital; em que medida os programas e serviços
consideram a diversidade de gênero, raça/cor, deficiência; a relação entre os delitos mais
cometidos; o contexto socioeconômico e político local e a percepção de discriminação ou
de preconceito em relação ao adolescente autor de ato infracional no serviço público e nas
entidades parceiras.
As ações de atenção à diversidade e de sensibilização e enfrentamento da discriminação e
preconceito em relação aos adolescentes foram destaque entre os aspectos positivos acerca
deste bloco temático na região Nordeste.
O encaminhamento individualizado; os encaminhamentos para a profissionalização e os efei-
tos do programa sobre o resgate dos vínculos entre adolescentes e seus responsáveis/fami-
liares foram os principais aspectos positivos destacados na análise dos entrevistados sobre o
perfil dos adolescentes na região Sul.
O principal e único aspecto positivo acerca do tema destacado na região Sudeste foi o de-
poimento de um entrevistado sobre a participação de adolescentes no dia a dia da entidade.
Dentre os entraves apontados pelos entrevistados ao abordarem o perfil dos adolescentes
está o contexto socioeconômico no qual esse adolescente está inserido, marcado pela forte
presença de tráfico de drogas nas cidades ou nos bairros de residência — onde os adoles-
centes “trabalham como mulas” — e sua relação com os tipos de delito mais recorrentes.
Também se observa nesta conjuntura a falta de atenção das políticas sociais nas áreas de
educação, lazer, habitação, esporte de infraestrutura, as quais a violência também é uma
realidade. A baixa escolaridade foi uma unanimidade na percepção dos entrevistados acer-
ca do perfil dos adolescentes bem como a sua dificuldade em permanecer na escola. Outro
aspecto bastante citado foi a discriminação por parte das escolas ao lado das empresas que
têm restrição à contratação desses adolescentes, da polícia que age com violência e dos
seus vizinhos. Também foi realçada a fragilidade dos vínculos entre adolescentes em cumpri-
mento de medida socioeducativa, suas famílias e/ou responsáveis. Por fim, destaca-se entre
os depoimentos a ausência de atenção às questões de gênero, sexo, raça/cor e cultura nas
atividades desenvolvidas com os adolescentes.
Dentre os entraves apontados pelos entrevistados, nas capitais da região Norte, sobre o
perfil dos adolescentes, o mais recorrente diz respeito à discriminação que estes sofrem nos
espaços da escola, nas entidades parceiras de PSC, dos moradores dos seus locais de resi-
dência, nos serviços públicos de um modo geral. Em seguida, é destacado o contexto socio-
econômico no qual estão inseridos. Do mesmo modo que em outras regiões, os entrevistados
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM158
situam os adolescentes em contextos caracterizados pela presença de tráfico de drogas fator
este relacionado aos tipos de delitos mais praticados. É ressaltado que é alto o número de
adolescentes envolvidos com o narcotráfico, aliciados na região da fronteira com a Bolívia a
presença de muitos casos de adolescentes com transtornos mentais devido ao uso abusivo de
drogas, o que inviabiliza o cumprimento da medida.
O envolvimento e o aumento do número dos adolescentes com as drogas, seja o uso ou o
tráfico, foi o entrave mais recorrente apontado entre os entrevistados de quase todos os
Municípios na região Nordeste. O uso de drogas foi registrado também como motivação para
o cometimento do ato infracional e como um dos fatores que dificulta o atendimento e o
cumprimento da medida socioeducativa. Outro entrave sinalizado por boa parte dos entre-
vistados nas capitais desta região foi a discriminação e o preconceito em relação ao ado-
lescente em cumprimento de medida de LA e PSC, por parte dos técnicos e funcionários em
instituições, por exemplo, nas áreas de educação e saúde. Mesmo nas entidades de PSC foi
observado que o preconceito se expressa na colocação dos adolescentes em “ações voltadas
para atividades punitivas, tais como limpeza e capinagem. O contexto socioeconômico foi
destacado como o pano de fundo da vida desses adolescentes.
A discriminação e o preconceito contra os adolescentes em cumprimento de medidas socioe-
ducativas e o uso de drogas foram os entraves mais destacados nas análises sobre o perfil dos
adolescentes por parte dos entrevistados na região Sul. Em seguida, foi sinalizada a baixa
escolaridade e o contexto socioeconômico no qual estão inseridos os adolescentes.
Na região Sudeste, foram destacados como entraves o contexto socioeconômico no qual
o adolescente está inserido, marcado pela exclusão social; a dificuldade de inserir e/ou
manter o adolescente na escola; dificuldade em inserir o adolescente em oportunidades de
profissionalização em razão da baixa escolaridade; a discriminação e o preconceito sofrido
por ele em alguns setores como a educação.
159Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
QUADRO 16 - PERFIL DOS ADOLESCENTES QUE COMETEM ATO INFRACIONAL NA CAPITAL
CAPITAIS PERFIL DOS
ADOLESCENTES
QUE COMETEM ATO
INFRACIONAL NA CAPITAL
ATENçãO à
DIVERSIDADE DE
GêNERO, RAçA/COR,
DEFICIêNCIA
RELAçãO ENTRE
OS DELITOS MAIS
COMETIDOS E
O CONTEXTO
SOCIOECONôMICO E
POLÍTICO LOCAL
PERCEPçãO DE
DISCRIMINAçãO OU
DE PRECONCEITO
EM RELAçãO AO
ADOLESCENTE AUTOR
DE ATO INFRACIONAL NO
SERVIçO PÚBLICO E NAS
ENTIDADES PARCEIRAS
Aracaju Adolescentes pobres;
baixa escolarização,
quase sempre são
usuários de drogas
tanto lícitas quanto
ilícitas; desestrutura
familiar; figura paterna
ausente e somente
acompanhamento
materno.
Existem medidas
de inclusão, mas
os adolescentes
portadores de
transtornos mentais,
principalmente
oriundos do uso
excessivo de
drogas, ainda
necessitam de maior
acompanhamento.
Criminalização
de situações que
não precisavam
ser criminalizadas
(pequenos furtos
em escolas de pen
drives, discussões
em escolas etc.).
Furtos de objetos
específicos devido
ao forte estímulo
ao consumo
existente tanto na
mídia quanto no
meio social.
Resistências nas
escolas estaduais e
municipais em receber
os adolescentes.
Dificuldades no
encaminhamento
em instituições
públicas para receber
adolescentes em PSC.
Belém Os atores entrevistados
identificam como
perfil dos adolescentes
as seguintes
características: baixa
renda, com escolaridade
até a 4ª série do
Ensino Fundamental,
predominando o sexo
masculino e a raça
negra, usuários de
substâncias psicoativas,
moradores de periferias,
geralmente criados
pela mãe ou pela
avó, desassistidos
socialmente.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
Adolescentes
que moram na
periferia da
cidade, em locais
onde os direitos
fundamentais
ao lazer, saúde,
educação,
habitação,
esporte,
saneamento
básico estão
fragilizados, onde
o tráfico de drogas
está presente.
Escola aparece
como o local com
maior demonstração
de preconceito
com relação aos
adolescentes que
cumprem MSE-MA.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM160
Belo
Horizonte
O perfil dos
adolescentes autores
de ato infracional na
capital mineira foi
descrito como, em
sua maioria, meninos
pardos e negros, com
vínculos familiares
fragilizados, baixa
escolaridade e falta de
perspectiva profissional.
Esta definição segue
o padrão encontrado
em outras capitais e
em âmbito nacional de
infratores com direitos
violados e reprodutores
de violência.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
Entre os delitos
mais cometidos
estão os
relacionados a
crimes contra o
patrimônio (roubo
e furto) e ao
tráfico de drogas.
Sobre as situações de
discriminação sofridas
pelos adolescentes,
todos os atores
disseram que o espaço
mais vulnerável a
tais preconceitos é a
escola.
Boa Vista Adolescentes
oriundos de famílias
em condições de
vulnerabilidade por
renda ou em situação
de desestabilização
familiar. Muitos casos
de adolescentes
com transtornos
mentais devido ao
uso abusivo de drogas
o que inviabiliza
o cumprimento da
medida.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
Envolvimento de
grande número
de adolescentes
com drogas (uso e
tráfico).
Os depoimentos
revelaram que a
discriminação está
mais ligada ao fato de
os adolescentes terem
cometido um delito
e por isso estarem
cumprindo a MSE e
também por muitos
serem usuários de
drogas.
161Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Campo
Grande
Vínculos familiares
fragilizados dos
adolescentes que estão
em cumprimento de MSE.
Baixa escolaridade e
falta de perspectiva
profissional dos
adolescentes em
cumprimento de MSE.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
Forte influencia do
tráfico de drogas
no contexto dos
delitos mais
cometidos.
O contexto
socioeconômico da
cidade de Campo
Grande é marcado
pela questão
da fronteira
das drogas.
Segundo a gestora
municipal, Campo
Grande, por ser
rota de entrada
das drogas no
país, possui
grande parte dos
adolescentes
trabalhando como
“mulas”.
Relatos de situações de
discriminação contra
os adolescentes em
cumprimento de MSE
nas escolas.
Cuiabá Vínculos familiares
fragilizados dos
adolescentes que estão
em cumprimento de MSE.
Baixa escolaridade e
falta de perspectiva
profissional dos
adolescentes em
cumprimento de MSE.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
O contexto
socioeconômico da
cidade de Cuiabá
é marcado pela
questão da fronteira
das drogas. Segundo
os entrevistados, a
maioria dos delitos
cometidos está
relacionada ao
tráfico.
Relatos de situações de
discriminação contra
os adolescentes em
cumprimento de MSE
nas escolas.
Curitiba Adolescentes pobres;
baixa escolarização,
quase sempre são
usuários de drogas.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
São adolescentes
que estão, de
alguma forma,
relacionados ao
tráfico de drogas.
A escola discrimina o
adolescente que está
em cumprimento de
medida e, é comum,
antes mesmo de praticar
o ato infracional, o
adolescente já estar
evadido da escola.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM162
Distrito
Federal
Vínculos familiares
fragilizados dos
adolescentes que estão
em cumprimento de
MSE.
Baixa escolaridade e
falta de perspectiva
profissional dos
adolescentes em
cumprimento de MSE.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
“Geralmente
são de regiões
desassistidas pelo
Estado também.
Ele mora numa
área que não
tem uma saúde
pública eficiente,
não tem uma
escola, escola
sem professor,
sem estrutura,
não tem esgoto,
não tem vários
serviços, o Estado
nunca está
presente na vida
deles e quando
ele conhece o
Estado é através
do ato infracional,
cumprindo medida
socioeducativa” —
promotoria.
Discriminação do
adolescente na escola
(caso de Taguatinga,
os professores pediram
o correspondente
a um adicional de
insalubridade).
Houve resistência do
Sistema do Centro
Esportivo do Distrito
Federal em receber os
adolescentes, coloca o
promotor em relação
à semiliberdade e
acha que isso pode se
estender para o meio
aberto.
Florianópolis Baixa escolaridade.
Embora existam muitos
casos de classe média,
a maioria é pobre,
pertencente a famílias
avaliadas pelos técnicos
como desestruturadas.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
São adolescentes
que estão, de
alguma forma,
relacionados ao
tráfico de drogas.
Ainda é muito forte
a discriminação. O
adolescente ainda
denominado como
‘delinquente’,
‘bandido’.
Fortaleza São, em grande maioria,
do sexo masculino,
privados de direitos
essenciais dentre eles
saúde, educação,
proteção, convivência
familiar e comunitária.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
Oriundos de
classes sociais
vulneráveis
economicamente,
com baixa
escolaridade e
invariavelmente
envolvidos no
consumo e tráfico
de drogas.
Discriminação
percebida na rede de
serviços, em particular,
na educação.
163Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Goiânia Vínculos familiares
fragilizados dos
adolescentes que estão
em cumprimento de
MSE.
Baixa escolaridade e
falta de perspectiva
profissional dos
adolescentes em
cumprimento de MSE.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
Adolescentes
que moram na
periferia da
cidade, em locais
onde os direitos
fundamentais
ao lazer, saúde,
educação,
habitação,
esporte,
saneamento
básico estão
fragilizados, onde
o tráfico de drogas
está presente.
As empresas têm
restrição à contratação
dos adolescentes para
o Programa Jovem
Aprendiz.
Há discriminação
(violência física) pela
polícia.
Há estigmatização por
parte dos vizinhos do
local de moradia do
adolescente.
João Pessoa Forte aumento de
adolescentes em
situação de drogadição
e inserção no tráfico.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
Oriundos das
classes menos
favorecidas,
com direitos
violados desde
sua concepção,
de famílias
desestruturadas,
numa sequência
crescente de
direitos violados.
Discriminação por
parte dos técnicos
e funcionários
de adolescentes
cumprindo medida
socioeducativa em
instituições.
Macapá A maioria é adolescente
proveniente de famílias
“desestruturadas”,
em situação de
vulnerabilidade social,
sem escolarização, com
algum envolvimento
com gangues, drogas e
reincidência em medida
em meio aberto. São
adolescentes excluídos
do acesso a bens e
serviços públicos.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
Adolescentes
que moram na
periferia da
cidade, em locais
onde os direitos
fundamentais
ao lazer, saúde,
educação,
habitação,
esporte,
saneamento
básico estão
fragilizados, onde
o tráfico de drogas
está presente.
A discriminação
acontece, em
especial nos serviços
públicos, para onde
os adolescentes são
encaminhados.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM164
Maceió Faixa etária de 14 a
17 anos, oriundos de
famílias que vivem
abaixo da linha da
pobreza, em grande
maioria, negros e
pardos.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
Oriundos de
famílias que vivem
abaixo da linha da
pobreza, vivendo
em locais de risco
e envolvimento
com tráfico de
drogas.
Os adolescentes têm
medo de falar que
estão cumprindo
medida e sofrerem
discriminação, tanto
no local onde vivem,
como nos locais
para os quais são
encaminhados pelo
Programa. A escola
também foi citada
como um problema.
Manaus Vínculos familiares
fragilizados dos
adolescentes que estão
em cumprimento de
MSE.
Baixa escolaridade e
falta de perspectiva
profissional dos
adolescentes em
cumprimento de MSE.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
São moradores
de área de risco,
usuários de algum
tipo de droga e
é comum que
haja familiares
envolvidos em
delitos. Em grande
número de casos o
pai do adolescente
é tido como
“ausente”. Muitos
são vitimizados,
sofreram abusos
de todo tipo, pois
têm histórico de
violência familiar,
alguns inclusive
com relatos de
abandono, de
moradia nas ruas
e negligência.
Na rede de
atendimento são
identificadas situações
de discriminação,
geralmente relatadas
por familiares.
165Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Natal Situação econômica de
pobreza, adolescentes
serem do sexo
masculino, negros, com
família fragilizada,
chefiada por mulheres
— mãe ou avó —,
possuírem envolvimento
com drogas e baixa
escolaridade, muitas
vezes, evadidos da
escola e com muito
tempo ocioso.
A equipe do
Programa faz
sensibilização nas
escolas para afastar
imagem pejorativa
do adolescente
em cumprimento
de medida
socioeducativa.
Os delitos mais
cometidos são
furto, roubo e
tráfico de drogas,
motivados pelo
consumo de
drogas ilícitas.
Preconceito da escola.
Ocorre das diretoras de
escola recusarem-se a
aceitar o adolescente.
Palmas Vínculos familiares
fragilizados dos
adolescentes que estão
em cumprimento de
MSE.
Baixa escolaridade e
falta de perspectiva
profissional dos
adolescentes em
cumprimento de MSE.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
O contexto
socioeconômico
da cidade de
Palmas é marcado
pelo alto custo de
vida aliado a uma
polarização do
espaço urbano. A
cidade foi criada
no final na década
de 80 e tornou-
se polo atrativo
para imigrantes.
De acordo com a
gestora municipal
e coordenadora
do programa, esse
fluxo migratório
gerou, em parte,
periferias muito
pobres, em razão
da não adequação
dos imigrantes
ao mercado de
trabalho.
Relatos de situações de
discriminação contra
os adolescentes em
cumprimento de MSE
nas escolas.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM166
Porto Alegre Os adolescentes em
geral são oriundos das
classes populares, entre
dezesseis e dezessete
anos, geralmente em
situação de algum
afastamento da escola
e da família, com baixa
escolaridade e histórico
de algum uso de drogas
e do sexo masculino.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
Até uns anos atrás
eram roubos e
furtos os delitos
mais cometidos.
Atualmente,
roubo e tráfico de
drogas.
Os adolescentes são
vítimas de preconceito.
Muitos entrevistados
observam que existe
dificuldade para
conseguir vagas em
escolas, conforme o
delito cometido pelo
adolescente, e também
há certo receio de que o
adolescente possa roubar
na própria escola.
Porto Velho Vínculos familiares
fragilizados dos
adolescentes que estão
em cumprimento de
MSE.
Baixa escolaridade e
falta de perspectiva
profissional dos
adolescentes em
cumprimento de MSE.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
É alto o n° de
adolescente
envolvidos com
o narcotráfico,
que alicia jovens
na região de
fronteira, por
exemplo, com a
Bolívia.
A escola discrimina
o adolescente que
está em cumprimento
de medida e, é
comum, antes
mesmo de praticar
o ato infracional, o
adolescente já estar
evadido da escola.
O preconceito foi
pontuado também
em relação a
alguns parceiros
de PSC e cursos
profissionalizantes.
Foi constatado
preconceito por parte
de moradores dos
locais de residência
dos adolescentes.
Recife Predominantemente
masculino envolvidos
com tráfico e uso de
drogas, escolaridade
baixa, proveniente de
família desestruturada.
Respeito à
diversidade no
acompanhamento
do adolescente,
como no caso de
um adolescente
transexual ser
acompanhado por um
orientador militante
da causa LGBT.
O ato infracional
mais frequente
atualmente é
o tráfico de
entorpecentes e
roubo/furto.
Discriminação por
parte de algumas
escolas que recebem
os adolescentes.
Descaso no sistema de
saúde no atendimento
aos adolescentes.
167Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Rio Branco São adolescentes
percebidos como
aqueles que estão
privados de direitos
essenciais, dentre
eles saúde, educação,
proteção, convivência
familiar e comunitária.
São em grande
maioria do sexo
masculino, de classes
sociais vulneráveis
economicamente, com
baixa escolaridade,
defasagem idade/
série e envolvidos no
consumo de substâncias
psicoativas. A
desestruturação familiar
é percebida como o
fator comum.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
Pela localização
geográfica do
Acre, o acesso à
cocaína é bastante
facilitado e é
muito comum que
os adolescentes
consumam a
ayahuasca,
uma bebida
alucinógena
popular na
localidade
utilizada em
rituais religiosos.
As instituições da rede
também são locais
aonde a discriminação
e o preconceito
acontecem,
questionando o motivo
de o adolescente
ter dado entrada
naquela unidade,
indagando sobre o ato
infracional cometido,
questionando se
o adolescente é
confiável ou não,
recusando atendimento
e causando
constrangimento.
Rio de
Janeiro
Os adolescentes são,
em maioria, do sexo
masculino, negros,
entre 13 e 17 anos,
pertencentes às
classes sociais mais
desfavorecidas.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
A maioria dos
atos infracionais
ocorre nos bairros
da Zona. Segundo
os entrevistados,
a violência no
Município é
multifatorial. De
maneira geral,
o problema do
tráfico de drogas
está presente e
é um dos atos
infracionais mais
cometidos, assim
como roubo.
Identificação e
reconhecimento
da existência do
preconceito e
discriminação na
rede de serviços no
Município.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM168
Salvador Faixa etária entre 15
e 20 anos, negros,
oriundos da periferia,
do subúrbio ferroviário
de Salvador, vivem em
casa com a mãe, a avó
materna ou irmãos, não
têm vínculo com o pai.
Estão fora da escola
há mais de um ano e o
nível de escolaridade é
muito baixo.
Existência de
Oficinas com
adolescentes
sobre temas como
diversidade sexual e
gênero.
A maioria dos
delitos está na
área do tráfico,
furto e roubo.
Discriminação por
parte dos técnicos
dos serviços básicos
(educação, saúde)
na recepção dos
adolescentes.
São Luís Adolescentes pobres,
negros, do sexo
masculino, com
problemas familiares,
com baixa escolaridade
ou fora da escola,
vivendo na periferia e
em áreas onde faltam
oportunidades para
desenvolvimento
e trabalho. Muitos
são filhos de mães
solteiras e com grupos
de filhos constituídos
por diferentes pais,
usuários de drogas,
principalmente o crack.
Adolescentes
provenientes
de famílias
“desestruturadas”,
em situação de
vulnerabilidade
social, moradores
da periferia,
negros, sem
escolarização,
usuários de drogas
e envolvidos em
furto e tráfico.
Não foram
identificadas
situações graves de
discriminação.
São Paulo Adolescentes são
pertencentes à classe
em vulnerabilidade
social por renda,
alguns já foram
vítimas de violência
domésticas e possuem
baixa escolaridade,
o que dificulta o
encaminhamento
para cursos
profissionalizante.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
A maioria dos
adolescentes
que participaram
do grupo focal
está excluída,
desde a infância,
de medidas
protetivas.
Relatos de casos
e situações
discriminatórias no
espaço escolar.
169Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Teresina Adolescentes que
possuem vínculo
familiar, porém, são
fragilizados, muitos
possuem famílias
monoparentais, com
a chefa de família
do sexo feminino e
ausência de referência
da figura masculina. Foi
citada também baixa
escolaridade, baixa
renda familiar, muitos
recebem bolsa família.
Em caso de
transgênero ou
transexual atendido
pelo Programa,
o adolescente é
chamado pelo nome
que se sente melhor.
Existem CREAS com
acessibilidade física.
Os adolescentes
que cometem ato
infracional são
em sua maioria
da periferia
de Teresina,
financeiramente
pobres, com baixa
escolaridade,
vínculo familiar
fragilizado.
São usuários
de substâncias
psicoativas,
envolvidos com
tráfico e furtos.
No Programa
de egressos são
encaminhados para
fazer estágio no
Complexo de Defesa
da Cidadania, onde
foi dito que há
preconceito em
relação a esses
adolescentes.
Vitória Os adolescentes são
pertencentes às classes
mais empobrecidas
da capital Vitória que
em sua grande maioria
apresentam violações de
direitos em seu histórico
familiar e, muitos estão
envolvidos com tráfico
de drogas.
Inexistência
dos recortes de
gênero, raça/cor
e deficiência nas
atividades com os
adolescentes.
É comum a
identificação de
violência física,
psicológica,
sexual,
negligencia, falta
de acesso às
políticas públicas
e aos recursos da
cidade. Também,
foi identificado
grande número de
adolescentes de
MSE/MA na capital
envolvidos com
tráfico de drogas.
De acordo com
os entrevistados,
os adolescentes
das classes mais
favorecidas
também cometem
atos infracionais.
Entretanto, são
tratados de forma
diferenciada nas
delegacias.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM170
PERFIL DOS ADOLESCENTES - RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS
Goiânia
• Criação de espaços reflexivos dentro da escola para se discutir questões interdisciplinares como
adolescência, drogas, sexualidade, violência, consumo.
• O poder público deve garantir à criança e ao adolescente acessarem seus direitos, conforme
estabelecido na Constituição Federal e no ECA, como, direito a vida, saúde, educação, lazer etc., por
meio da criação e oferta de programas/projetos específicos para esse público. Os projetos podem ser
feitos em parceria com entidades da sociedade civil, devem ser divulgados nas escolas da rede pública
e realizados em locais de fácil acesso para o público que deles pode mais necessitar. É importante a
parceria com a escola neste sentido.
• É preciso que o Programa realize trabalho mais focado com os responsáveis pelos adolescentes, até
mesmo para que sejam encaminhados em função da dependência de substâncias psicoativas.
• Informar e sensibilizar a sociedade de maneira geral e, principalmente, potenciais parceiros sobre LA e
PSC, como foco no combate ao preconceito relativo ao adolescente em cumprimento destas medidas.
• Capacitar policiais para o tratamento específico ao adolescente e informá-los e sensibilizá-los em
relação aos direitos deste público.
Campo Grande
• Realização de oficinas de trabalho com os professores e profissionais das escolas com o objetivo
de desenvolver um plano político pedagógico que contemple as necessidades dos adolescentes em
cumprimento de medida socioeducativa.
• Realização de palestras e encontros nas escolas para debates sobre uso de drogas, violência e sistema
socioeducativo.
• Desenvolvimento de atividades educativas com o recorte de gênero, raça/cor e deficiência para os
adolescentes.
• Realização de investigação junto ao judiciário sobre os motivos e implicações do cumprimento de
medida socioeducativa em meio aberto por adolescentes com mais de 18 anos.
Cuiabá
• Realização de oficinas e atendimento psicossocial com as famílias dos adolescentes em cumprimento de
medida socioeducativa para trabalhos de reestruturação de vínculos.
• Realização de oficinas de trabalho com os professores e profissionais das escolas com o objetivo
de desenvolver um plano político pedagógico que contemple as necessidades dos adolescentes em
cumprimento de medida socioeducativa.
• Realização de palestras e encontros nas escolas para debates sobre uso de drogas, violência e sistema
socioeducativo.
• Desenvolvimento de atividades educativas com o recorte de gênero, raça/cor e deficiência para os
adolescentes.
171Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Distrito Federal
• Fortalecimento da rede de atendimento: saúde, inclusive a básica, educação, profissionalização etc. de
forma a garantir proteção integral.
• “... tem que fornecer atividade educativa, cultural, pra tirar também o adolescente da rua no tempo
livre dele” — promotoria.
• Sensibilização da família para a importância da escola.
• Campanhas de divulgação das medidas nas comunidades, com intuito de frear a estigmatização dos
adolescentes.
• Campanhas para frear o preconceito e a discriminação junto a parceiros e potenciais parceiros e
instituições profissionalizantes.
Belém
• Elaborar um Projeto Político Pedagógico para o atendimento socioeducativo em meio aberto que
contemple as perspectivas de gênero, raça/etnia, orientação sexual e deficiência nas ações nas
unidades.
• Promover campanhas de sensibilização e capacitação dos profissionais que compõem a rede de serviços,
em especial, do setor Educação, para melhor conhecimento do SINASE, do Programa de Medidas
Socioeducativas em Meio Aberto e do papel de cada instituição neste Programa.
Boa Vista
• Criar alternativas de atendimento aos adolescentes usuários de drogas.
• Criar alternativas de geração de renda para os adolescentes.
Macapá
• Aumentar a oferta de serviços que atuem na prevenção às situações de vulnerabilidade social, uso de
substâncias psicoativas, criminalidade e outras.
• Estabelecer uma agenda de reuniões e sensibilizações com as instituições que compõem a rede
integrada de atendimento, assim como com os parceiros da execução das medidas socioeducativas.
Manaus
• Promover campanhas de sensibilização e capacitação dos profissionais que compõem a rede de serviços
para melhor conhecimento do SINASE, do Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto e do
papel de cada instituição neste Programa.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM172
Palmas
• Realização de oficinas e atendimento psicossocial com as famílias dos adolescentes em cumprimento de
medidas socioeducativas para trabalhos de reestruturação de vínculos.
• Realização de oficinas de trabalho com os professores e profissionais das escolas com o objetivo
de desenvolver um plano político pedagógico que contemple as necessidades dos adolescentes em
cumprimento de medidas socioeducativas.
• Realização de palestras e encontros nas escolas para debates sobre uso de drogas, violência e sistema
socioeducativo.
• Desenvolvimento de atividades educativas com o recorte de gênero, raça/cor e deficiência para os
adolescentes.
Porto Velho
• Ações de sensibilização dos funcionários das escolas da rede pública de ensino nas temáticas do
adolescente em cumprimento de medida socioeducativa.
• Ações de sensibilização do parceiro de PSC para o atendimento e, também, das instituições
profissionalizantes.
• O poder público deve garantir o acesso aos direitos da criança e do adolescente, conforme estabelecido
na Constituição Federal e no ECA, como, direito a vida, saúde, educação, lazer etc., por meio da
criação e oferta de programas/projetos específicos para esse público. Os projetos podem ser feitos
em parceria com entidades da sociedade civil e devem ser divulgados nas escolas da rede pública e
realizados em locais de fácil acesso para o público que deles pode mais necessitar.
• Divulgação, principalmente nas áreas socialmente mais fragilizadas do significado e aplicabilidade das
medidas protetivas.
Rio Branco
• Promover campanhas de sensibilização e capacitação dos profissionais que compõem a rede de serviços
para melhor conhecimento do SINASE, do Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto e do
papel de cada instituição neste Programa.
Fortaleza
• Promover campanhas de sensibilização e capacitação dos profissionais que compõem a rede de serviços
para melhor conhecimento do SINASE, do Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto e do
papel de cada instituição neste Programa.
173Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Teresina
• O Programa deve trabalhar especificamente a relação entre consumo e construção da identidade.
• O poder público deve garantir à criança e ao adolescente acesso a seus direitos, conforme estabelecido
na Constituição Federal e no ECA, como, direito a vida, saúde, educação, lazer etc., por meio da
criação e oferta de programas/projetos específicos para esse público. Os projetos podem ser feitos
em parceria com entidades da sociedade civil e devem ser divulgados nas escolas da rede pública e
realizados em locais de fácil acesso para o público que deles pode mais necessitar.
• Ações de sensibilização dos funcionários das escolas da rede pública de ensino nas temáticas do
adolescente em cumprimento de medida socioeducativa.
• Ações de sensibilização do parceiro de PSC para o atendimento e, também, das instituições
profissionalizantes.
• Capacitação dos órgãos e instituições que recebem egressos para atendimento adequado aos
adolescentes.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM174
CONSIDERAçõES FINAIS
Tomando como ponto de partida o processo de municipalização das medidas em meio aberto
nas capitais estudadas, é possível destacar alguns aspectos relevantes.
No que diz respeito ao conjunto de fatores que colaboram para o atendimento das medidas
em meio aberto, percebeu-se que a interferência, desde o início da implementação dos pro-
gramas e serviços dos Juizados da Infância e Juventude, das Promotorias e dos Conselhos dos
Direitos, é fundamental para criar as bases políticas, técnicas e operacionais de uma política
de atendimento socioeducativo. Mobilizar pessoas e instituições a se engajarem no apoio à
causa do adolescente autor de ato infracional é uma tarefa contínua que exige estratégia e
planejamento das ações por parte dos gestores municipais envolvidos com a temática.
Política de atendimento
A política socioeducativa e, consequentemente, os projetos em estudo sofrem igualmente as
vicissitudes que atingem as políticas sociais básicas e as políticas de proteção especial. Por
conseguinte, padecem todos os seus beneficiários. Tal política enfrenta os problemas comuns
de uma política que exige, para atingir sua plenitude, ações articuladas em diferentes ní-
veis no Executivo e no Judiciário. Isto significa que há que se investir na universalização dos
direitos básicos como a educação e a saúde sem, no entanto, esquecer-se das necessidades
específicas dos diversos grupos sociais.
Relações de cooperação interinstitucional
No transcorrer do estudo foi possível constatar, nas falas dos entrevistados, de forma re-
corrente, a dificuldade de construir uma política pública de atendimento da forma como
determina a lei, ou seja, articulada pelas três esferas do Poder Executivo, juntamente com
o Poder Judiciário. Por tal razão, frisou-se repetidas vezes, no presente trabalho, com a
intenção de fortalecer essa essencial articulação, a importância da participação ativa dos
conselhos dos direitos da criança e do adolescente, mas também dos conselhos que atuam
no âmbito de políticas que integram o Sistema de Garantia de Direitos (SGD), como são as
políticas de saúde e educação e assistência social. Os conselhos de direitos ou de políticas
públicas podem ser, vale destacar outra vez, importantes instrumentos institucionais na
busca de ações integradas, principalmente pelo fato de estarem localizados no contexto do
Poder Executivo, uma vez que, além de possuírem os mesmos objetivos e funções, embora
em âmbito administrativo distinto, atuam com a mesma temática nos três níveis do Poder
Executivo. O fortalecimento institucional desses órgãos é fundamental na busca de ações
integradas na execução da política de atendimento, inclusive a socioeducativa.
175Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Alguns obstáculos foram encontrados por muitos Municípios ao implementar a política de
atendimento socioeducativo, como, por exemplo: i) a falta de clareza normativa quanto
às competências e atribuições de cada uma das esferas de Governo; ii) falta de prioridade
na formulação e na execução de políticas públicas; iii) ausência de recursos; iv) falta de
condições estruturais básicas; v) falta de vontade política; vi) questões político-partidárias
(Estado X Município) e; vii) a discricionariedade administrativa, que poderiam ser sanadas
ou minimizadas com a atuação conjunta dos conselhos nas suas respectivas esferas. Os con-
selhos como espaços de controle social precisam se tornar, de fato, órgãos deliberativos e
controladores das ações em todos os níveis (Inciso II, Artigo 88 do ECA).
Gestão
A ausência ou invisibilidade de uma ação intersetorial no âmbito das políticas desde o seu
planejamento até a sua execução também foi observada no discurso dos entrevistados. Não
seria novidade falar da desarticulação/falta de integração das políticas sociais na Adminis-
tração Pública brasileira. Dessa forma, tratar da intersetorialidade é tratar de um problema
estrutural da gestão pública, portanto, pretende-se fazer algumas considerações em parti-
cular à política de atendimento e sua relação com o programa de MSE.
Na fala dos entrevistados percebeu-se uma total desarticulação das políticas públicas em ge-
ral, e ,em particular, naquelas voltadas para as crianças e adolescentes no Município. Isso se
configura pelo alto grau de desinformação dos conselhos na área da criança e do adolescente
sobre os programa e serviços em estudo e principalmente acerca de temas que deveriam ser
prioritários considerando que estes são os principais mecanismos que movem a engrenagem
da política de atendimento local. Aliado a isso se tem também a inexistência de instrumen-
tos que dêem um conteúdo mais programático às relações entre os órgãos envolvidos no
atendimento socioeducativo.
Financiamento
Nesse contexto geral, é possível perceber que existe um processo de municipalização das
medidas socioeducativas em meio aberto em curso, que, dependendo da inclusão dessa te-
mática nos instrumentos de planificação financeira do Município, pode se dar em curto ou
médio prazo.
Por fim, vale chamar a atenção no tocante ao investimento financeiro que cada ente da Fe-
deração deve aportar na política de atendimento a crianças e adolescentes. A maioria dos
Municípios brasileiros tem limitações de arrecadação, sendo certo que os mesmos necessi-
tam do apoio financeiro e técnico dos Estados e, principalmente, da União, para implantar
e executar suas políticas públicas, uma vez que a União arrecada a maior fatia dos tributos
cobrados no país.
Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM176
BIBLIOGRAFIA
BRASIL . CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução n° 109, de 11 de novembro
de 2009. Aprova a tipificação nacional dos serviços socioassistenciais.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução nº 130, de 15 de julho de
2005. Aprova a Norma Operacional Básica - NOB/SUAS 2005.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução nº 33, de 12 de dezembro.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução nº 33, de 12 de dezembro
de 2012. Aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social — NOB/
SUAS 2012.
BRASIL. CONSELHO NACIONALDE ASSISTENCIA SOCIAL. Política Nacional de Assistência Social
— PNAS.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
BRASIL. Lei 8069/90. Estatuto da Criança e do Adolescente
BRASIL. Lei do SINASE Lei Nº 12.594 de 2012
BRASIL. Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS — Lei 8742 de 1993).
BRASIL. MDS. Portaria MDS N° 843/2010.
BRASIL. MDS/SNAS. Instrução Operacional n° 3/2010.
BRASIL. Resolução 119 de 2006 do CONANDA. Resolução do SINASE
Política Nacional de Assistência Social (Resolução CNAS - Nº 109, de 11 de Novembro de 2009
- DOU 25/11/2009)
SOUZA, Rosimere de; Lira, Vilnia Batista. Caminhos para a municipalização do atendimento
socioeducativo em meio aberto: liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade.
Rio de Janeiro: IBAM/DES; Brasília: SPDCA/SEDH, 2008.
Relatório Quantitativo
R382
Relatório quantitativo / [supervisão geral de] Rosimere de Souza — Rio de Janeiro: IBAM 2014.
77 p.
Abaixo do título: “Pesquisa análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA e Prestação de Serviços à Comunidade – PSC)”.
1. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). 2. Educação – Brasil. I. Souza, Rosimere de. II. Instituto Brasileiro de Administração Municipal. III. Título.
CDU 37(81)
“Pesquisa análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA
— e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC)”
Junho 2014
Presidente da República
Dilma Rousseff
Ministra Chefe de Estado da Secretaria de Direitos Humanos
Ideli Salvatti
Secretário Executivo da Secretaria de Direitos Humanos
Claudinei Nascimento
Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente
Angélica Moura Goulart
Coordenador-Geral do Sistema Nacional Socioeducativo
Cláudio Augusto Vieira da Silva
Instituto Brasileiro de Administração Municipal
Superintendete Geral
Paulo Timm
Superintendente de Desenvolvimento Econômico e Social
Alexandre Carlos Albuquerque Santos
Equipe Técnica do Projeto
Supervisora Geral do Projeto
Coordenadora do Programa Gestão Pública Municipal e Direitos Humanos
Rosimere de Souza
Assessores Técnicos
Adriana MotaHerculis ToledoJuliana LeiteLiza SantosLouise Storni
Consultora de Metodologia de Pesquisa
Marina Sidrim Teixeira
Colaboradora
Delaine Costa
Pesquisadores Locais
Afonso AlvesAndré AssunçãoAntonio de SouzaDanieli Souza BezerraFelipe HauersFernanda Azeredo de MoraesLaura Rosa Almeida P. Ferreira
Layane da Silva MeloLuzianny Borges RochaMairla Machado ProtazioMarcello Felipe de Jesus MúscariMaria Cristina de OliveiraMaria Tereza Nunes TrabulsiIvanir Luzia MaisJussara de MeloTâmara Caroline da Silva Ramos CoimbraThais BritoThiago Lucena
Estagiários
Safira SilvaVladmir Machado
Revisão Bibliográfica e catalográfica
Elisa Machado Alves Correa
Revisão e Diagramação
Diana Castellani Ricardo Polato
Programação visual
André Guimarães Souza
Apoio Técnico-administrativo
Flavia Lopes
Conselho nacional dos direitos da criança e do adolescente — CONANDA
Conselheiros Governamentais — Biênio 2013/2014 — Titulares e Suplentes no CONANDA
Casa Civil da Presidência da República
Titular: Magaly de Carvalho Correia MarquesSuplente: Mariana Barbosa Cirne
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Titular: Francisco Antonio de Sousa BritoSuplente: Natalia da Silva Pessoa
Ministério da Cultura
Titular: Anirlenio Donizet de MoraisSuplente: Marina Leite da Silveira
Ministério da Educação
Titular: Clélia Brandão Alvarenga CraveiroSuplente: Fabio Meirelles Hardman de Castro
Ministério do Esporte
Titular: Andrea Carvalho AlfamaSuplente: Elisangela Landim Santos
Ministério da Fazenda
Titular: Jordelino Serafim dos ReisSuplente: Cristiane Caldera de Araújo Mascarenhas
Ministério da Previdência Social
Titular: Kesia Miriam Santos de AraujoSuplente: Fabiula Costa Oliveira
Ministério da Saúde
Titular: Thereza de Lamare Franco NettoSuplente: Maria de Lourdes Magalhães
Ministério das Relações Exteriores
Titular: Marcia Canário de OliveiraSuplente: Juliana de Moura Gomes
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Titular: Danyel Iorio de LimaSuplente: Bernardo Bofil Vasconcelos Pereira
Ministério do Trabalho e Emprego
Titular: Karina Andrade LadeiraSuplente: Cintia Bastos Bemerguy
Ministério da Justiça
Titular: Davi Ulisses Brasil Simões PiresSuplente: Alex Canuto de Sá Cunha
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Titular: Maria Izabel da Silva (Vice-Presidente) Suplente: Claudio Augusto Vieira Da Silva
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República
Titular: Cristina de Fátima GuimarãesSuplente: Floraci Pereira dos Santos
Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Titulares no CONANDA
Pastoral da Criança Representante: Maristela Cizeski
CNBB — Pastoral do Menor
Representante: Vitor Cavalcante de Sousa Valério
Inspetoria São João Bosco (Salesianos)
Representante: Miriam Maria José dos Santos (Presidente)
Federação Nacional das APAES
Representante: Anna Beatriz Langue Peranovichi Leite
CFP — Conselho Federal de Psicologia
Representante: Esther Maria de Magalhães Arantes
ABMP — Associação Brasileira de Magistrados, Promotores e Defensores Públicos da Infância e da Juventude
Representante: Diego Vale de Medeiros
UBEE — União Brasileira de Educação e Ensino (Marista)
Representante: Fabio Feitosa da Silva
Aldeias Infantis SOS Brasil
Representante: Fabio José Garcia Paes
CONTAG — Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura
Representante: Tania Mara Dornellas dos Santos
MNMMR — Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua
Representante: Marco Antônio da Silva Souza
Criança Segura
Representante: Alessandra Mara Françoia
CFESS — Conselho Federal de Serviço Social
Representante: Erivã Garcia Velasco
CECUP — Centro de Educação e Cultura Popular
Representante: Edmundo Ribeiro Kroger
OAB — Ordem dos Advogados do Brasil
Representante: Luiza Helena Simonetti Xavier
Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Suplentes no CONANDA
ACM — Federação Brasileira das Associações Cristã de Moços
Representante: Adriano de Britos
Sociedade Literária e Caritativa Santo Agostinho
Representante: Roseli Aparecida Duarte
MNDH — Movimento Nacional de Direitos Humanos
Representante: Carlos Nicodemos Oliveira Silva
CUT — Central Única dos Trabalhadores
Representante: Raimunda Núbia Lopes da Silva
Instituto ALANA
Representante: Pedro Affonso Duarte Hartung
FENATIBREF — Federação Nacional dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas
Representante: Francisco Rodrigues Correa
ANCED — Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente
Representante: Djalma Costa
SBP — Sociedade Brasileira de Pediatria
Representante: Rachel Niskier Sanchez
FENAVAPE — Federação Nacional das Associações para Valorização de Pessoas com Deficiência
Representante: Fernanda Campana
Fundação Fé e Alegria do Brasil
Representante: Renato Eliseu Costa
Fundação ABRINQ
Representante: Heloisa Helena Silva de OliveiraConselho Latino Americano de IgrejasRepresentante: Rosilea Roldi Wille
MORHAN — Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase
Representante: Thiago Pereira da Silva Flo
Sumário
LISTA DE TABELAS ............................................................................. 10
LISTA DE GRÁFICO ............................................................................. 13
APRESENTAÇÃO ................................................................................ 14
MÓDULO I - ENTIDADES DE ATENDIMENTO ................................................. 17
Bloco 1 - Identificação das entidades de atendimento ............................................17
Bloco 2 - Estrutura organizacional: ..................................................................18
MÓDULO II - PROGRAMAS DE ATENDIMENTO ....................................................25
Bloco 3 – Identificação do Programa de Atendimento .............................................25
Bloco 4 - Funcionamento Interno .....................................................................35
Bloco 5 - Funcionamento Externo ...................................................................43
MÓDULO III - UNIDADES/SERVIÇOS/CREAS ......................................................48
Bloco 6 – Identificação das Unidades ................................................................48
Bloco 7 - Plano Individualizado de Atendimento — PIA ............................................57
Bloco 8 - Perfil dos adolescentes atendidos em unidade/serviço/creas pelo programa de atendimento ..................................................................................63
CONCLUSÃO ................................................................................... 68
BIBLIOGRAFIA ................................................................................. 75
ANEXOS ........................................................................................ 76
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM10
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Pergunta 15: Tipo de entidade
TABELA 2 – Pergunta 25: Tipo de medida que o programa/serviço contempla
TABELA 3 – Pergunta 27: Inscrição da entidade no CMDCA
TABELA 4 – Pergunta 28: Conhecimento sobre o montante de recursos financeiros de que a
entidade dispôs em 2011 para o atendimento socioeducativo
TABELA 5 – Pergunta 28: Montante de recursos financeiros que a entidade dispôs em 2011
para o atendimento socioeducativo
TABELA 6 – Pergunta 29: Considera suficientes os recursos disponibilizados em 2011?
TABELA 7 – Pergunta 30: Em 2011, o montante de recursos financeiros foi gasto?
TABELA 8 – Pergunta 31: Percentuais gastos dos recursos disponíveis em 2011
TABELA 9 – Pergunta 32: Origem dos recursos disponíveis em 2011
TABELA 10 – Pergunta 33: A entidade recebe recursos dos fundos?
TABELA 11 – Ano de início de funcionamento do programa como está estruturado hoje
TABELA 12 – Pergunta 57: O programa é inscrito no CMDCA?
TABELA 13 – Especificações do ano de inscrição do Programa de Atendimento no
Conselho Municipal da Criança e do Adolecente
TABELA 14 – Pergunta 57: Ano da inscrição no CMDCA
TABELA 15 – Pergunta 58: Os que responderam existir meta de atendimento por medida e
total
TABELA 16 – Pergunta 59: Conhece o número de adolescentes atendidos no programa de
atendimento em 2011?
TABELA 17 – Pergunta 60.1: Local de desenvolvimento da atividade de recepção/acolhida
TABELA 18 – Pergunta 60.3: Local de desenvolvimento da atividade de acompanhamento da
participação da família na execução da medida pelo adolescente
TABELA 19 – Pergunta 60.2: Local de desenvolvimento da atividade de estudo social do caso
TABELA 20 – Pergunta 60.4: Local de desenvolvimento da atividade de diagnóstico socioeco-
nômico
11Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 21 – Pergunta 60.6: Local de desenvolvimento da atividade de construção, execução
e monitoramento de plano individual e familiar de atendimento
TABELA 22 – Atividades mais desenvolvidas, independente do local onde são realizadas (maior
número de sim)
TABELA 23 – Pergunta 61: Instrumento de formalização do programa
TABELA 24 – Pergunta 61: Tipo de instrumento de formalização do programa
TABELA 25 – Ano do instrumento que formaliza o Programa de Atendimento
TABELA 26 – Pergunta 63: Realização de capacitação para a equipe técnica nos últimos seis
meses
TABELA 27 – Pergunta 64: Temas trabalhados na capacitação da equipe técnica nos últimos
6 meses
TABELA 28 – Pergunta 65: Participação de algum componente da equipe no Curso de Forma-
ção Continuada do SINASE
TABELA 29 – Número médio de componentes da equipe que participou da formação continu-
ada SINASE em 2011
TABELA 30 – Pergunta 67: Qual a formação profissional do coordenador/diretor do programa
de atendimento?
TABELA 31 – Pergunta 68: Existe um sistema de monitoramento e avaliação do programa de
atendimento?
TABELA 32 – Pergunta 69: Qual a periodicidade prevista para a realização de avaliações do
programa de atendimento?
TABELA 33 – Pergunta 70: Nos últimos seis meses, foi feita alguma avaliação do Programa de
Atendimento?
TABELA 34 – Pergunta 71: Três principais agentes participantes da última avaliação realizada
pelo programa
TABELA 35 – Pergunta 72: Quem realizou a última avaliação?
TABELA 36 – Pergunta 73: Instrumentos utilizados na última avaliação
TABELA 37 – Pergunta 74: Uso dos resultados da avaliação
TABELA 38 – Pergunta 75: O Programa de Atendimento desenvolve atividade de acompanha-
mento de egressos?
TABELA 39 – Pergunta 76: Instituições com as quais o programa se articulou nos últimos 6
meses
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM12
TABELA 40 – Pergunta 77: Setores com os quais o programa se articulou nos últimos 6 meses
TABELA 41 – Pergunta 78: Comunicação com gestores de medidas socioeducativas
TABELA 42 – Pergunta 79: Intensidade da comunicação entre programa de atendimento e os
Gestores Estaduais (somente os programas que tem este tipo de comunicação)
TABELA 43 – Pergunta 80: Intensidade da comunicação entre programa de atendimento e os
Gestores Municipais (somente os programas que tem este tipo de comunicação)
TABELA 44 – Pergunta 81: Nos últimos seis meses o Programa atendeu a adolescentes que
residem em outros Municípios fora da Capital
TABELA 45 – Número médio de adolescentes atendidos que residem fora do município da
capital
TABELA 46 – Pergunta 95: Tipo de unidade de atendimento
TABELA 47 – Pergunta 106: Atributos do espaço físico do local de atendimento (onde se rea-
lizam as atividades)
TABELA 48 – Pergunta 107: Houve capacitação para equipe técnica nos últimos seis meses?
TABELA 49 – Pergunta 108: Temas da última capacitação
TABELA 50 – Pergunta 109: Em 2011, algum componente da equipe participou do Curso de
Formação Continuada do Sistema Nacional Socioeducativo?
TABELA 51 – Pergunta 111: Tipos de formação profissionais equipe
TABELA 52 – Pergunta 112: Qual a formação profissional do coordenador / diretor do unidade
/ serviço / CREAS?
TABELA 53 – Período de permanência na Unidade/Serviço/CREAS dos membros da equipe
técnica envolvidos diretamente na execução das medidas socieducativas.
TABELA 54 – Pergunta 126: Problemas que têm sido identificados como oferecendo muita
dificuldade para a unidade
TABELA 55 – Pergunta 127: O Programa de Atendimento executado por esta Unidade/Serviço/
CREAS desenvolve o Plano Individual de Atendimento (PIA) do adolescente em cumprimento
de medida socioeducativa?
TABELA 56 – Pergunta 128: Quem participa da elaboração do PIA?
TABELA 57 – Pergunta 129: Aspectos considerados na elaboração do PIA
TABELA 58 – Pergunta 130: Com que frequência o PIA é avaliado?
TABELA 59 – Pergunta 131: Os relatórios para a reavaliação da medida a serem encaminhados
para o judiciário estão sendo elaborados com base no PIA?
13Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 60 – Pergunta 132: O PIA tem sido um instrumento eficaz no acompanhamento do
processo socioeducativo?
TABELA 61 – Pergunta 133: Setores em articulação com a unidade
TABELA 62 – Pergunta 134: Setores que sempre atendem os adolescentes
TABELA 63 – Pergunta 164: Atos infracionais mais frequentes
TABELA 64 – Pergunta 165: Nos últimos seis meses, o programa de atendimento executado
nesta unidade/serviço/CREAS recebeu algum adolescente com deficiência?
TABELA 65 – Pergunta 167: Tipo de deficiência do adolescente atendido
TABELA 66 – Pergunta 168: Nos últimos seis meses, o programa de atendimento executado
nesta unidade/serviço/CREAS recebeu algum adolescente com transtorno mental?
TABELA 67 – Pergunta 170: Nos últimos seis meses, o programa de atendimento executado
nesta unidade/serviço/CREAS recebeu algum adolescente com dependência de álcool ou
substâncias psicoativas?
TABELA 68 – Pergunta 172: Substância de dependência
TABELA 69 – Pergunta 173: Tipo de serviço especializado
LISTA DE GRÁFICO
Gráfico 1 - v127: O Programa de atendimento executado por esta Unidade/Serviço/CREAS
desenvolve o Plano Individual de Atendimento (PIA) do adolescente em cumprimento de
medida socioeducativa
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM14
APRESENTAÇÃO
As informações a seguir sistematizadas referem-se aos resultados da segunda etapa do pro-
jeto1 — pesquisa quantitativa — que tem por objetivo conhecer quais são, como estão estru-
turados e como estão funcionando os programas/serviços de atendimento socioeducativo em
meio aberto (LA e PSC) nas 27 capitais brasileiras e, assim, fornecer subsídios para a imple-
mentação e o aprimoramento do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo — SINASE.
A pesquisa quantitativa foi realizada, no período de fevereiro a novembro de 2012, a partir
de um modelo de questionário com perguntas fechadas2, aplicado in loco pelos membros da
equipe técnica nas capitais de todos os estados (26) e do Distrito Federal (1). Buscou-se,
preferencialmente, dirigir as questões aos gestores municipais e estaduais de Entidades,
Programas e aos responsáveis/coordenadores de Serviços/Unidades/Centros de Referência
Especializados em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de adolescen-
tes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto3. Ao final, foram constata-
dos um total de 31 entidades, 31 Programas e 156 unidades/serviços/CREAS4.
Para efeitos desta pesquisa, entende-se por:
• Entidadedeatendimento: a pessoa jurídica de direito público e privado que instala e
mantém a unidade e os recursos humanos e materiais necessários ao desenvolvimento
de programas de atendimento (Artigo 1º, §5º da lei do SINASE — Lei N° 12.594, de 18 de
Janeiro de 2012) Ex. No caso de estarem ligados ao SUAS, a Entidade de Atendimento
será a Secretaria Municipal de Assistência Social.
1 O projeto está estruturado em quatro etapas consecutivas, a saber: 1) atualização da produção normativa sobre a temática por meio de pesquisa e análise das produções jurídicas e operacionais elaboradas nos níveis federal, estadual e municipais (leis, decretos, resoluções, portarias, normas operacionais) nas 27 capitais brasileiras; 2) identificação e caracterização das entidades gestoras, dos programas e das unidades de atendimento socioeduca-tivo em meio aberto nas 27 capitais brasileiras (pesquisa quantitativa — cadastro e aplicação de questionário fe-chado); 3) análise da dinâmica de funcionamento dos programas de atendimento socioeducativos em meio aberto nas 27 capitais brasileiras (pesquisa qualitativa — entrevistas com agentes do sistema de garantia de direitos das capitais e grupos focais com adolescentes e familiares); 4. Sistematização das recomendações e aperfeiçoamento da política pública de atendimento socioeducativo em meio aberto (LA e PSC) para o adolescente em conflito com a lei por meio da elaboração de documento orientador para execução das medidas socioeducativas em nível municipal.
2 ANEXO 1: Questionário utilizado na pesquisa quantitativa (Etapa 1) nas 27 capitais.
3 A definição do universo de entrevistados foi acordada com a SDH. A identificação dos gestores municipais e es-taduais de Entidades, Programas e dos responsáveis/coordenadores de Serviços/Unidades/Centro de Referencia Especializado em Assistência Social — CREAS — se deu a partir do cruzamento e da checagem, por telefone, de informações disponibilizadas pelas Varas da Infância e da Juventude nas 27 capitais, pela SDH, pelo MDS e pelos próprios agentes quando contatados para agendamento das entrevistas. Este levantamento conformou um cadas-tro prévio de informantes confrontado no campo.
4 ANEXO 2: Listagem das Entidades, Programas e Unidades/Serviços/CREAS identificados.
15Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
• ProgramadeAtendimento: a organização e o funcionamento, por unidade, das condi-
ções necessárias para o cumprimento das medidas socioeducativas, segundo artigo 1º,
§ 3º da lei do SINASE. Lei N° 12.594, de 18 de Janeiro de 2012).
• UnidadedeAtendimento:a base física necessária para a organização e o funciona-
mento de atendimento, segundo artigo 1º, § 4º da lei do SINASE. Lei N° 12.594, de 18
de Janeiro de 2012. Ex. Nos casos ligados ao SUAS considera-se os CREAS como unida-
de/ base física — unidade/serviço/CREAS. Quando for ligado a outro órgão municipal
fora da assistência ou a Organização não Governamental — ONG — executora da Unida-
de é a base física do programa.
• Serviços: Conforme a Lei Orgânica de Assistência Social — LOAS — “entendem-se por
serviços socioassistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da
população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objeti-
vos, princípios e diretrizes estabelecidos nesta Lei (Redação dada pela Lei N° 12.435,
de 2011)”. 5
Parece existir uma equivalência entre o que a Lei do SINASE chama de programas e o que a
normativa da assistência social conceitua como serviços no caso do atendimento socioedu-
cativo em meio aberto. Por esta razão, entende-se nesta pesquisa que programas e serviços
são sinônimos.
Buscou-se, nesta etapa, conhecer quais são e como estão funcionando os programas/serviços
de atendimento socioeducativo em meio aberto (LA e PSC) nas 27 capitais brasileiras, com
foco nos aspectos que dizem respeito:
• a sua estrutura organizacional;
• ao seu funcionamento interno e funcionamento externo;
• ao Plano Individual de Atendimento — PIA — e;
• ao perfil dos adolescentes atendidos pelas unidades/serviços/programas.
5 No âmbito da Política Nacional de Assistência Social e do Sistema único de Assistência Social, serviços são as provisões socioassistenciais direcionadas para o público alvo da assistência social. Podem ser consideradas as atividades continuadas que visam à melhoria de vida da população por meio do desenvolvimento de ações dire-cionadas para as necessidades básicas da população. Os serviços possuem importante papel na provisão da Assis-tência Social, seja no âmbito da Proteção Social Básica ou da Proteção Social Especial. Eles objetivam processar o acesso a seguranças e cobertura de necessidades essenciais da população tais como alimentação, abrigo, lazer e cultura, profissionalização, informação, apoio psicológico, apoio domiciliar, entre outros. Apóiam processos de inclusão social de seus usuários na vida comunitária/societária e familiar como o Serviço de Proteção Social a Adolescentes em cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC).
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM16
Desde já cabe destacar que esta etapa de pesquisa foi fundamental para compreender e
caracterizar o contexto político-institucional, no qual se inserem as medidas socioeducativas
em meio aberto (LA/PSC), tendo em vista os fatores que incidem sobre a descentralização, a
municipalização e o atendimento. Ainda que em uma análise preliminar, esta etapa permitiu
entender tanto o contexto nacional, em sua diversidade de arranjos institucionais e especifi-
cidades territoriais, quanto identificar questões a serem aprofundadas e problematizadas na
etapa seguinte. No mesmo sentido, a etapa qualitativa, com base em entrevistas com uso de
questionários abertos e grupos focais que buscaram apreender os arranjos institucionais e as
formas de execução das medidas, debruçou-se sobre as perspectivas de diferentes agentes
sociais para construir um diagnóstico mais profundo da situação do atendimento socioeduca-
tivo em meio aberto nas 27 capitais.
Os principais pressupostos teóricos que orientam o projeto se apóiam em literatura nacional
e internacional sobre o atendimento às crianças e aos adolescentes envolvidos com o ato
infracional, cujos autores articulam o tema da pobreza ao da violação de direitos humanos
e, na normativa, sobre esse mesmo assunto que vem sendo recentemente editado no país.
A discussão sobre crianças e adolescentes (de ambos os sexos) que vivem em condições de
vulnerabilidade econômica e social presente em tal contexto literário e normativo evidencia
as diversas situações de violência, criminalização e criminalidade que tais grupos sofrem ao
longo de suas trajetórias. O ato infracional praticado por adolescentes, em muitos casos, é
uma forma de reprodução dessa violação dos seus direitos.
Inserido nesse debate, o tema das políticas públicas ganha destaque no Brasil, principal-
mente na última década, em que foram consolidadas mudanças importantes em termos da
(re)estruturação das políticas sociais como a adoção do Sistema Único da Assistência Social
— SUAS — e sua intersecção com o próprio Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
— SINASE — (2006 e 2013)6 e, deste com os demais Sistemas (Educacional, Saúde e Justiça).
Sob a ótica da articulação e da integração, o Sistema de Garantia dos Direitos enfrenta de-
safios tanto em termos da gestão, dadas as especificidades de cada (sub)sistema, quanto da
efetivação dos direitos por meio das políticas públicas municipais.
A pesquisa foi iniciada e executada em pleno processo de mobilização nacional em direção às
eleições municipais para prefeitos e vereadores no mês de outubro. Neste sentido, procurou-
se realizar a atividade de campo — entrevistas — antes da mudança de gestão. Os principais
resultados estão a seguir sistematizados conforme estrutura do questionário.
6 Resolução 119 de 2006 do CONANDA que instituiu as bases do SINASE e Lei N° 12.594 de 2012 que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE).
17Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
MóDULO I – ENTIDADES DE ATENDIMENTO
Bloco 1 – Identificação das entidades de atendimento
Ao todo foram identificadas 31 entidades responsáveis pelos programas/serviços, sendo a
maioria (70,97%) órgãos do Executivo Municipal das capitais. Em geral, destacam-se, as
Secretarias Municipais de Assistência Social (Assistência Social e Cidadania, Assistência So-
cial e Desenvolvimento Humano, Criança e Assistência Social, Assistência Social e Trabalho,
Políticas, Ação Social e Cidadania) e correlatos: Direitos Humanos (um caso), Gestão Social
(um caso). Há ainda, Secretarias de Estado (9,68%) em 3 capitais: Secretaria de Estado da
Criança do Distrito Federal, Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Manaus,
AM), Secretaria de Estado de Justiça — SEJUS (Porto Velho, RO). Torna-se importante desta-
car, nesse contexto, que, em Porto Velho, a SEJUS não é mais uma entidade responsável pela
execução do atendimento, já que no final do ano de 2012 houve a transferência completa
para o município. Entretanto, neste relatório, a instituição ainda configura-se como uma
entidade de atendimento.
Ainda salienta-se que, no total levantado, 9,68% representam Fundações (Fundação de Ação
Social — FAS —, em Curitiba, Fundação de Assistência Social e Cidadania — FASC —, em Porto
Alegre, e Fundação Papa João XXIII — FUNPAPA —, em Belém). Além destes tipos de entidades
mapeou-se uma autarquia (Instituto Socioeducativo do Acre vinculado à Secretaria de Estado
de Justiça e Direitos Humanos), uma entidade religiosa (Centro Espírita Yvan Costa em Belém,
PA) e uma entidade privada sem fins lucrativos (Universidade da Amazônia — UNAMA).
TABELA 1
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 15: TIPO DE ENTIDADE
9,683Secretaria estadual
70,9722Secretaria municipal
3,231Organização privada com fins lucrativos
3,231Entidade religiosa
9,683Fundação
3,231Autarquia
100,0031Total
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM18
O perfil dos respondentes, como já mencionado, é composto prioritariamente por gestores
e técnicos estaduais e municipais do atendimento socioeducativo. Entre as formações aca-
dêmicas estão, principalmente, os cursos de serviço social e psicologia. Outra característica
observada é que tais agentes são majoritariamente do sexo feminino, com 26 mulheres, e
somente 5 homens.7
Bloco 2 – Estrutura organizacional
Neste bloco analisaram-se aspectos das estruturas organizacionais que informassem a quan-
tidade de entidades gestoras do atendimento; tipos de medidas socioeducativas atendidas;
inscrição da entidade no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; exis-
tência e suficiência dos recursos financeiros para o atendimento; e fontes dos recursos.
Entidades gestoras do atendimento
Em todas as capitais, há pelo menos um programa/serviço sob a coordenação de uma mesma
entidade gestora, com exceção de Belém/PA (3 programas/serviços e 3 entidades), Porto
Velho/RO (2 programas/serviços e 2 entidades) e Rio Branco/AC (2 programas/serviços e 2
entidades).
Tipos de medidas socioeducativas atendidas
Todos os programas/serviços identificados contemplam, majoritariamente, e na mesma pro-
porção, a Liberdade Assistida — LA — (46,7%) e a Prestação de Serviço à Comunidade — PSC — (46,7%) e poucos (6,7%) a Liberdade Assistida Comunitária — LAC. Cabe aqui
observar que, embora a LAC não esteja prevista entre as medidas socioeducativas do Art.
112 do Estatuto da Criança e do Adolescente, a modalidade foi atendida pela Igreja Católica
durante muitos anos. O levantamento identificou essa execução em 2 capitais, a saber: em
Belém, pelo Centro Espírita Yvon Costa e pela Universidade da Amazônia e, em Teresina,
pela Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e Assistência Social em parceria com a Ação
Social Arquidiocesana.
7 ANEXO 3: Perfil dos respondentes dos questionários.
19Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Constatou-se, ainda, que poucos são os programas/serviços que contemplam também as
medidas de semiliberdade (11,4%) e de internação (11,4%) as quais, por sua vez, fogem do
campo de ação do Governo Municipal. As capitais que atendem a esse público são:
• Distrito Federal executado pela Secretaria Distrital da Criança;
• Manaus sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania
do Amazonas;
• Porto Velho coordenado pela Secretaria de Estado e Justiça;
• Rio Branco desenvolvido pelo Instituto Socioeducativo do Acre.
TABELA 2
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 25: TIPO DE MEDIDA QUE O PROGRAMA/SERVIÇO
CONTEMPLA
46,7028v25.1. Programa/serviço de atendimento contempla Liberdade
Assistida
6,704v25.2. Programa/serviço de atendimento contempla Liberdade
Assistida Comunitária
46,7028v25.3. Programa/serviço de atendimento contempla Prestação
de Serviço à Comunidade
100,1060Total
Inscrição da entidade no Conselho Municipal dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Com relação à inscrição da entidade no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente — CMDCA —, órgão responsável por deliberar sobre a política de atendimento
aos direitos da criança e do adolescente, a maioria dos respondentes das entidades identi-
ficadas (21) confirmou tal procedimento. Entretanto, 8 responderam não se aplicar aos seus
casos, por entenderem que os órgãos públicos não possuem tal obrigatoriedade de inscrever
as entidades no conselho, mas apenas os programas/serviços de atendimento. A entidade
Centro Espírita Yvon Costa, em Belém, e o Instituto Socioeducativo do Acre, em Rio Branco,
informaram não ter inscrição no CMDCA.
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM20
TABELA 3
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 27: INSCRIÇÃO DA ENTIDADE NO CMDCA
67,7421Sim
6,452Não
25,818Não se aplica
100,0031Total
Existência e suficiência dos recursos financeiros para o atendimento
Do total de entidades que participaram da pesquisa, 24 indicaram ter recebido recursos fi-nanceiros, em 2011, para o atendimento socioeducativo, sendo que cinco respondentes não
souberam informar, um assinalou não ter recebido recursos e outro não prestou a informação.
TABELA 4
% VÁLIDA%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 28: CONHECIMENTO SOBRE O MONTANTE DE
RECURSOS FINANCEIROS DE QUE A ENTIDADE DISPôS EM
2011 PARA O ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
80,0077,4224Sim
3,333,231Não dispôs de recursos
16,6716,135Não sabe (entrevistado não soube responder à
questão)
100,0096,7730Total
3,231Não prestou esta informação
100,0031Total geral
Destes que não responderam a opção sim, destacam-se as seguintes capitais:
• A capital (entidade) cujo entrevistado afirmou “não ter disposto de recursos no ano de
2011” foi Belém (Centro Espírita Yvon Costa).
• As cinco capitais (entidades) cujos entrevistados afirmaram “não saber qual o
montante disposto no ano de 2011” foram: Belém (FUNPAPA — Fundação Papa João
XXIII), Fortaleza (Secretaria Municipal de Direitos Humanos), Manaus (Secretaria
de Estado de Assistência Social e Cidadania), Porto Velho (Secretaria Municipal de
Assistência Social) e Recife (Secretaria Municipal de Assistência Social do Recife).
21Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Das 24 entidades que declararam a existência de recursos financeiros disponíveis para aten-
dimento em 2011, os valores são bastante distintos e somam, todos juntos, o montante de
R$ 110.880.966,00 e um valor médio de recursos disponíveis de R$ 4.620.040,25, como se
verifica na tabela a seguir.
TABELA 5
N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 28: MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS QUE A ENTIDADE
DISPôS EM 2011 PARA O ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO8
17.000,00
126.400,00
152.800,00
162.000,00
1196.888,00
1237.000,00
1272.976,00
1390.000,00
1468.000,00
1508.800,00
1569.414,00
1596.839,00
11.018.508,00
11.128.000,00
11.824.000,00
11.905.634,00
12.420.000,00
1 3.000.000,00
14.795.737,00
15.811.541,00
17.703.700,00
120.948.126,00
123.042.414,00
133.928.589,00
24Total
4.620.040,25Valor médio dos recursos disponíveis em 2011
110.880.966Valor total disponibilizado em 2011
8 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — quadro não sei 28.pdf e tabela cruzamento questões 28 e 29.pdf
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM22
Para além do detalhamento dos gastos, o que implica análise acurada e informações adicio-
nais em todos os níveis (sobre as formas de financiamento do atendimento, regras específi-
cas que orientam os gastos e os critérios de distribuição de recursos, entre outros), importa
assinalar que 13 entrevistados consideram os recursos disponibilizados em 2011 suficientes,
10 não os consideram e 1 não soube informar (Porto Velho — Secretaria de Estado de Justiça
— SEJUS). Por outro lado, 13 indicaram que gastaram integralmente os recursos, enquanto
que 8 apenas parcialmente, provavelmente em razão da burocracia interna das entidades
para a liberação dos recursos ou por motivo de reestruturação interna.
TABELA 6
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 29: CONSIDERA SUFICIENTE OS RECURSOS
DISPONIBILIzADOS EM 2011?9
54,2013Sim
41,7010Não
4,201Não sabe (entrevistado não soube responder à questão)
100,1024Total
TABELA 7
% VÁLIDA%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 30: EM 2011, O MONTANTE DE
RECURSOS FINANCEIROS FOI GASTO?10
56,5054,2013Integralmente
34,8033,308Parcialmente
8,708,302Não sabe (entrevistado não soube responder à
questão)
100,0095,8023Total
4,201Não prestou esta informação
100,0024Total geral
9 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — quadro não 29 e integralmente 30.pdf
10 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — quadro não 29 e integralmente 30.pdf
23Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 8
N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 31: PERCENTUAIS GASTOS DOS RECURSOS DISPONíVEIS EM 2011
12
130
135
143
144
173
179
190
8Total
49,5Proporção média dos recursos gastos parcialmente em 2011
43,5Proporção mediana dos recursos gastos parcialmente em 2011
2Proporção mínima dos recursos gastos parcialmente em 2011
90Proporção máxima dos recursos gastos parcialmente em 2011
Fontes dos recursos
Tão importante quanto a disponibilidade dos recursos e sua execução são as fontes. Nesta direção,
as respostas sobre a origem do financiamento das ações revelaram que 20 programas dispõem de
recursos oriundos do orçamento público municipal; 18 do orçamento público federal; 8 do orça-
mento público estadual. Apenas um respondente (Belo Horizonte), assinalou também a opção que
a origem dos recursos advém de doação direta de pessoa jurídica e somente dois respondentes
informaram que os recursos vêm de duas outras fontes não especificadas (Belém e Teresina).
TABELA 9
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 32: ORIGEM DOS RECURSOS DISPONíVEIS EM
2011
40,8220v32.1. Os recursos financeiros dos quais o programa/serviço de
atendimento dispõe vêm do orçamento Público Municipal
16,338v32.2. Os recursos financeiros dos quais o programa/serviço de
atendimento dispõe vêm do orçamento Público Estadual
36,7318v32.3. Os recursos financeiros dos quais o programa/serviço de
atendimento dispõe vêm do orçamento Público Federal
2,041v32.5. Os recursos financeiros dos quais o programa/serviço de
atendimento dispõe vêm de doação direta de Pessoa Jurídica
4,082v32.8. Os recursos financeiros dos quais o programa/serviço de
atendimento dispõe vêm de outros
100,0049Total
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM24
Das 24 entidades cujos entrevistados possuem conhecimento dos seus recursos, 18 foram
considerados casos válidos e 6 não informaram sua resposta. Lembrando que a questão per-
mite múltiplas respostas, 17 afirmaram receberem verba do Fundo de Assistência Social
— FAS — e, em contraposição, somente 2 contaram com recursos do Fundo dos Direitos da
Criança e do Adolescente — FIA (Teresina, Porto Velho). Vale pontuar que outros fundos es-
tiveram presentes no questionário, como opção para marcação, mas não foram assinalados
como o Fundo Nacional Antidrogas, o Fundo de Amparo ao Trabalhador, o Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação e o Fundo Nacional da Saúde.
TABELA 10
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 33: A ENTIDADE RECEBE RECURSOS DOS FUNDOS11
10,52v33.1. O programa/serviço recebeu recursos financeiros do
Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente (FIA)
89,517v33.2. O programa/serviço recebeu recursos financeiros do
Fundo da Assistência Social (FAS)
Na época da pesquisa no âmbito da Política de Assistência Social, o Serviço de Proteção Social
a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida — LA — e
Prestação de Serviços à Comunidade — PSC — ofertados pelos CREAS estavam sendo cofinan-
ciados com recursos federais por meio do Piso Fixo de Média Complexidade — PFMC acrescido
do Piso Fixo de Média Complexidade III — PFMC III — nos termos da Portaria MDS N° 843/2010.
Os valores de referência para o cofinanciamento federal do Piso Fixo de Média Complexidade
consideravam o porte e o nível de habilitação na gestão do SUAS dos municípios e do Distrito
Federal, de acordo com a NOB SUAS 2005. Vale destacar que a norma definia o cofinancia-
mento para municípios com população superior a 50.000 habitantes e os municípios com
população igual ou inferior a 50.000 habitantes, desde que observados os critérios pactuados
na Comissão Intergestores Tripartites.
Já o cofinanciamento por meio do Piso Fixo de Média Complexidade III era para grupos de 40
adolescentes — à época no valor de R$ 2.200,00 por grupo — considerado um quantitativo míni-
mo de 10 adolescentes para início de um novo financiamento. A Resolução 109 do CNAS de 2009
que trata da Tipificação dos Serviços Socioassistenciais orienta sobre a organização do serviço.
No âmbito da assistência, o repasse de recursos se dá por meio de transferências automáti-
cas entre os fundos especiais e não mais mediante convênios.
11 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela questão 33.pdfSouza, Rosimere de; Lira, Vilnia Batista. Caminhos para a municipalização do atendimento socioeducativo em meio aber-to: liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade. Rio de Janeiro: IBAM/DES; Brasília: SPDCA/SEDH, 2008.
25Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
MóDULO II – PROGRAMAS DE ATENDIMENTO
Bloco 3 – Identificação do Programa de Atendimento
Este módulo está estruturado em 3 blocos nos quais se buscou abordar informações sobre a
quantidade de programas/serviços por entidade gestora; ano de funcionamento; inscrição
dos Programas no CMDCA; metas de atendimento; atividades desenvolvidas; existência de
instrumentos de formalização/regulamentação do atendimento; existência de capacitação;
perfil dos profissionais; rotinas de monitoramento e avaliação; articulações e redes criadas
para viabilizar o atendimento; limites geográficos do atendimento; comunicação entre entes
e gestores; quantidade de unidades; condições de atendimento (espaço físico); capacita-
ção da equipe; perfil profissional da equipe; tempo da equipe no atendimento; problemas
que incidem sobre o atendimento; existência de orientador socioeducativo; dinâmica de
desenvolvimento e características do PIA; articulação; perfil dos adolescentes atendidos; e
atendimento especializado a deficientes e dependentes de álcool ou substâncias psicoativas.
Quantidade de programas/serviços por entidade gestora
As entidades gestoras de atendimento são responsáveis por um total de 31 programas, cuja
nomenclatura é bastante variável, com predominância (cerca de 50%) dos Serviços de Pro-
teção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade As-
sistida — LA —, e de Prestação de Serviços à Comunidade — PSC —, Programas de Medidas
Socioeducativas em Meio Aberto (5) e outros nomes que se confundem, muitas vezes, com a
própria estrutura institucional ou que apenas reproduzem, pela redundância, a medida em
si (Central de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto — CMSE —, Centros de Referência Es-
pecializada de Assistência Social — CREAS —, Divisão e Acompanhamento de Medidas Socioe-
ducativas, Liberdade Assistida, Medidas em Meio Aberto, Pólo UNAMA de Liberdade Assistida,
Pólo Yvon Costa de LAC). Esse assunto merece ser aprofundado para que se compreenda,
para além de uma questão semântica, como está estruturado cada um desses arranjos que
se mostra de forma diversificada.
Ano de funcionamento dos Programas
Parcela significativa (9) começou a funcionar, tal como estruturado no ano de 2010, sendo
que foi em meados da mesma década que os programas começaram a ser criados. Este au-
mento pode ser explicado a partir do incentivo oferecido aos municípios com recursos do
Fundo Nacional de Assistência Social. Observou-se que uma das primeiras entidades a assu-
mir as medidas em meio aberto começou a funcionar em 1996 (Unama/Belém). Em 1998,
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM26
2001 e 2002 também foi institucionalizado um programa em cada. A partir de 2005, verificou-
se maior adesão à municipalização. Neste ano foram criados 4, e entre 2006 a 2009, três por
ano foram organizados. Já nos dois últimos anos (2011 e 2012), um programa por ano iniciou
seu funcionamento, como se verifica no gráfico a seguir.
TABELA 11
Nº DE PROGRAMASANO DE INICIO DE FUNCIONAMENTO
11996
11998
12001
12002
42005
32006
32007
32008
32009
92010
12011
12012
31Total
Ano de início de funcionamento do programa como está estruturado hoje.
Inscrição dos Programas no CMDCA
Dos programas identificados, 20 são inscritos no CMDCA. Ainda que alguns (6) não saibam
indicar o ano, cerca de 4 o fizeram em 2005. Já no ano de 2010, somente um foi inscrito e,
nos dois anos seguintes, um por ano. Conclui-se que dos programas que iniciaram seu funcio-
namento em 2010, poucos estão inscritos no Conselho.
TABELA 12
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 57: O PROGRAMA é INSCRITO NO CMDCA?
64,5220Sim
35,4811Não
100,0031Total
27Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 13
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 57: ANO DA INSCRIÇÃO NO CMDCA
30,006Estão inscritos, mas não sabem informar o ano da inscrição
10,0022004
20,0042005
5,0012006
10,0022008
10,0022009
5,0012010
5,0012011
5,0012012
100,0020Total
TABELA 14
Nº DE PROGRAMAS ANO DE INSCRIÇÃO NO CMDCA
22004
42005
12006
12007
22008
22009
12010
12011
12012
15Total
Especificações do ano de inscrição do Programa de Atendimento no
Conselho Municipal da Criança e do Adolecente.
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM28
Metas de atendimento
Um aspecto importante para a política de atendimento refere-se à meta de atendimento.
Do total de 31 programas identificados, 9 respondentes souberam dizer o total das metas
previstas para o programa de atendimento no ano de 2011. Contudo, somente 2 souberam
especificar a meta de PSC, 2 de LA e 3 de LAC.
TABELA 15
% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 58: OS QUE RESPONDERAM ExISTIR META DE
ATENDIMENTO POR MEDIDA E TOTAL
20,0012,502v58.1. Sabe qual foi a meta de atendimento de PSC
prevista para o programa de atendimento no ano de 2011
20,0012,502v58.2. Sabe qual foi a meta de atendimento de LA
prevista para o programa de atendimento no ano de 2011
30,0018,753v58.3. Sabe qual foi a meta de atendimento de LAC
prevista para o programa de atendimento no ano de 2011
90,0056,259v58.4. Sabe qual foi o total das metas previstas no
programa de atendimento no ano de 2011
160,00100,0016Total
Sobre os atendimentos realizados no ano de 2011, vale salientar que essa questão não se
relaciona com a especificação da meta de atendimento abordada na pergunta anterior, pois
muitos gestores alegaram não existir uma meta específica para o atendimento das Medidas
Socioeducativas — MSEs. Segundo os mesmos, deve-se atender a toda demanda do serviço/
programa, sem a necessidade de realizar estimativas de atendimentos. Vale analisar que, ao
mesmo tempo em que a ausência de meta associa-se à possibilidade de universalização do
serviço, pode também se tornar indicativo de uma estrutura de atendimento pouco sólida
em razão do escasso planejamento.
Dito isto, verificou-se que 6 respondentes indicaram o número de adolescentes atendidos por
PSC e LA aplicadas cumulativamente no ano de 2011. Ainda notou-se que 6 souberam espe-
cificar o número de adolescentes atendidos por PSC, 6 por LA e 3 por LAC.
29Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 16
% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 59: CONHECE O NÚMERO DE ADOLESCENTES
ATENDIDOS NO PROGRAMA DE ATENDIMENTO EM 2011?
66,728,66v59.1. Sabe o número de adolescentes atendidos por
PSC no programa de atendimento no ano de 2011
66,728,66v59.2. Sabe o número de adolescentes atendidos por
LA no programa de atendimento no ano de 2011
33,314,33v59.3. Sabe o número de adolescentes atendidos por
LAC no programa de atendimento no ano de 2011
66,728,66v59.4. Sabe o número de adolescentes atendidos por
PSC e LA aplicada cumulativamente no programa de
atendimento no ano de 2011
233,3100,0021Total
Atividades desenvolvidas
Uma preocupação central da pesquisa foi identificar e compreender quais as atividades de-
senvolvidas nos Programas e onde elas são realizadas. Por esta razão, uma pergunta especí-
fica sobre o tema foi contemplada em 21 possibilidades de registro, ou procedimentos pos-
síveis, tendo em vista os protocolos previstos nos documentos que orientam o atendimento
no âmbito da política de atendimento à criança e ao adolescente e do Sistema Único de
Assistência Social — SUAS —, mais precisamente:
• Resolução 119 de 2006 do CONANDA que instituiu as bases do SINASE e abordou diversos
aspectos tais como: a) os princípios e marco legal do Sistema de Atendimento Socioe-
ducativo; b) a organização do SINASE; c) a gestão dos Programas; d) os parâmetros de
gestão pedagógica no atendimento socioeducativo; e) os parâmetros arquitetônicos
para unidades de atendimento socioeducativo; f) a gestão do Sistema e Financiamen-
to; g) monitoramento e avaliação.
• Resolução 109 de 2009 do CNAS que institui a Tipificação Nacional de Serviços Socioas-
sistenciais, organizados por níveis de complexidade do SUAS: Proteção Social Básica e
Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade abordando sobre os seguintes
aspectos: a) descrição do serviço; b) usuários, c) objetivos; d) provisões; trabalho so-
cial essencial aos serviço; e) aquisição dos usuários; f) condições e forma de acesso; g)
período de funcionamento; h) redes a serem articuladas; i) abrangências ; j) impacto
social esperado.
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM30
• Lei N° 12.594 de 2012 que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
(SINASE), e regulamentou a execução das medidas socioeducativas destinadas a ado-
lescente que pratique ato infracional.
Esta abordagem permite uma visão abrangente de todo processo de atendimento, ainda que
não necessariamente na ordem dos acontecimentos, desde a recepção/acolhida do adoles-
cente; o estudo social do caso; o acompanhamento da participação da família na execução
da medida; o diagnóstico socioeconômico; a articulação interinstitucional com os demais
órgãos do sistema de garantia de direitos; a orientação e encaminhamentos para a rede de
serviços locais em áreas específicas (profissionalização/capacitação para o trabalho, saúde,
esporte e lazer, cultura, educação, trabalho e renda); mobilização para o exercício da cida-
dania; elaboração de relatórios e/ou prontuários.
É possível afirmar que, em geral, os respondentes assinalaram grande parte das atividades
listadas, como será visto a seguir, o que permite inferir que os procedimentos encontram-se
incorporados na dinâmica do atendimento em especial quando vinculados à Assistência So-
cial que já padronizou o atendimento. Tais estruturas, se bem articuladas, permitem melhor
desenvolvimento na prática de monitoramento e avaliação no âmbito da gestão, bem como
garantir ao/à adolescente um atendimento compatível com os preceitos legais e direitos.
Vejamos alguns resultados:
• É possível afirmar que a recepção/acolhida é uma prática já incorporada por todos os
Programas, sendo realizada tanto nas unidades de serviço responsáveis (CREAS), quan-
to nas unidades parceiras.
• Do total de 31 Programas identificados na pesquisa, 20 realizam a atividade de re-
cepção/acolhida nos CREAS, 7 nas unidades parceiras, 2 em outros locais e 2 tanto no
CREAS, quanto nas unidades parceiras ou em outros locais. Sob esse aspecto, é possível
afirmar que o CREAS reafirma-se como principal unidade de atendimento para o cum-
primento das medidas socioeducativas no âmbito do SINASE. Por este, dentre outros
motivos, as intersecções entre os Sistemas SINASE e SUAS se tornam estratégicas e
requerem atenção para a gestão do Sistema. Ainda assim, vale lembrar, como já desta-
cado por Souza e Lira, os conceitos de proteção social especial se diferenciam em uma
(direitos da assistência social) e outra política (direitos da criança e do adolescente):
[...] a noção de proteção especial para a política de assistência parte do
nível de complexidade das situações de vulnerabilidade. E no caso da polí-
tica de atendimento à criança e ao adolescente com base no que dispõe o
ECA entende-se que proteção social é inerente à condição etária e humana
do segmento ao qual se destina (2008, pp. 41-43).
31Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
• No caso específico dessa questão relacionada à recepção/acolhida, muitos gestores
entenderam como entidades “parceiras” o Juizado ou o Núcleo Integrado de Atendi-
mento, e, como “outros locais”, a própria comunidade onde vivem os adolescentes.
TABELA 17
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 60.1: LOCAL DE DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DE
RECEPÇÃO/ACOLHIDA
64,5220sim, somente na unidade de serviço (CREAS)
22,587sim, tanto na unidade quanto nas parceiras
6,452sim, em outros locais
6,452sim, em outros locais + CREAS e/ou parceiras
10031Total
• Em todos os programas são realizadas atividades de acompanhamento das famílias dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, cabendo observar
que este acompanhamento, se realiza na maioria das vezes (19) nos CREAS e nas uni-
dades parceiras (10). O importante a assinalar é a participação da família como um dos
princípios que orienta as medidas socioeducativas, conforme expresso pelo SINASE. Por
sua vez, a matricialidade familiar é estruturante para a política de assistência social.
TABELA 18
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 60.3: LOCAL DE DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DE
ACOMPANHAMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA FAMíLIA NA ExECUÇÃO
DA MEDIDA PELO ADOLESCENTE
61,2919sim, somente na unidade de serviço (CREAS)
32,2610sim, tanto na unidade quanto nas parceiras
3,231sim, em outros locais
3,231sim, em outros locais + CREAS e/ou parceiras
10031Total
• As atividades de informação, comunicação e defesa de direitos, orientação e enca-minhamentos para a rede de serviços locais na área de saúde e monitoramento do atendimento feito aos adolescentes pela rede de serviços locais para os quais foi encaminhado foram indicadas por todos os gestores dos 31 Programas identificados.
• Acrescentam-se ainda que 30 programas disseram desenvolver as seguintes ativida-
des, independente do local onde são realizadas: articulação interinstitucional com os demais órgãos do sistema de garantia de direitos; articulação da rede de serviços socioassistenciais; orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais na
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM32
área de profissionalização/capacitação para o trabalho; orientação e encaminha-mentos para a rede de serviços locais nas áreas de educação e de trabalho e renda; realização de oficinas, encontros, reuniões com os familiares; elaboração de rela-tórios e/ou prontuários e mobilização para o exercício da cidadania (29).
• Com pequenas variações (cerca de 10 pontos percentuais), a grande maioria das ati-
vidades aqui destacadas é realizada no CREAS ou tanto neste quanto nas entidades
parceiras. Esses aspectos foram aprofundados na pesquisa qualitativa embora os dados
apresentados indiquem, segundo os gestores dos Programas, o processo em curso da
municipalização do atendimento, a descentralização político-administrativa e a utili-
zação do máximo possível de serviços na comunidade e responsabilização das políticas
setoriais pelo atendimento aos adolescentes, conforme o preceito da incompletude
institucional (Art. 86 do ECA e cf. Souza e Lira, 2008, p. 46).
• O estudo social do caso foi indicado como uma prática recorrente, sendo realizado em
28 dos programas e, majoritariamente (20), pelas equipes dos CREAS ou neste e nas
unidades parceiras (7), o que destaca mais uma vez o papel dos Centros de Referência
Especializados de Assistência Social.
• Igualmente, o diagnóstico socioeconômico e a construção, execução e monitora-mento de plano individual e familiar de atendimento caracterizam-se como uma
prática incorporada por 28 dos Programas, sendo realizados, como nos demais casos,
majoritariamente nos CREAS (21, no caso do PIA) e nas unidades parceiras ou em ou-
tros locais.
TABELA 19
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 60.2: LOCAL DE DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DE
ESTUDO SOCIAL DO CASO
64,5220sim, somente na unidade de serviço (CREAS)
22,587sim, tanto na unidade quanto nas parceiras
3,231sim, em outros locais
9,683não
10031Total
33Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 20
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 60.4: LOCAL DE DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
DE DIAGNóSTICO SOCIOECONôMICO
61,2919sim, somente na unidade de serviço (CREAS)
16,135sim, tanto na unidade quanto nas parceiras
12,904sim, em outros locais
9,683não
10031Total
TABELA 21
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 60.6: LOCAL DE DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
DE CONSTRUÇÃO, ExECUÇÃO E MONITORAMENTO DE PLANO
INDIVIDUAL E FAMILIAR DE ATENDIMENTO
67,7421sim, somente na unidade de serviço (CREAS)
16,135sim, tanto na unidade quanto nas parceiras
3,231sim, em outros locais
9,683não
3,231sim, em outros locais + CREAS e/ou parceiras
10031Total
• A orientação e encaminhamento para a rede de serviços locais nas áreas de esporte e lazer e de cultura foi indicada, cada uma, por 28 respondentes, o que sugere serem
essas áreas as de menor articulação, se comparadas as de saúde (31) e educação (30).
• Tanto a divulgação do Programa de atendimento na comunidade quanto as Ofici-nas, encontros, reuniões com as comunidades de residência dos/as adolescentes encontram-se entre as atividades menos realizadas (respectivamente, 25 e 24) o que
evidencia o desafio de atuação junto às próprias comunidades onde os/as adolescentes
e familiares vivem e, por conseguinte, a articulação junto aos grupos sociais.
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM34
TABELA 22
%N (FREQUêNCIA)ATIVIDADES MAIS DESENVOLVIDAS, INDEPENDENTE DO LOCAL
ONDE SÃO REALIzADAS (MAIOR NÚMERO DE SIM)
100,0031Recepção/Acolhida
100,0031Acompanhamento da participação da família na execução da
medida pelo adolescente
100,0031Informação, comunicação e defesa de direitos
100,0031Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais na
área de saúde
100,0031Monitoramento do atendimento feito aos adolescentes rede de
serviços locais para os quais foi encaminhado
96,7730Articulação interinstitucional com os demais órgãos do sistema de
garantia de direitos
96,7730Articulação da rede de serviços socioassistenciais
96,7730Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais na
área de profissionalização / capacitação para o trabalho
96,7730Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais nas
áreas de educação
96,7730Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais nas
áreas de trabalho e renda
96,7730Oficinas, encontros, reuniões com os familiares
96,7730Elaboração de relatórios e/ou prontuários (1 sem informação)
93,5529Mobilização para o exercício da cidadania
90,3228Estudo social do caso
90,3228Diagnóstico socioeconômico
90,3228Construção, execução e monitoramento de plano individual e
familiar de atendimento
90,3228Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais nas
áreas de esporte e lazer
90,3228Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais nas
áreas de cultura
80,6525Divulgação do Programa de atendimento na comunidade
77,4224Oficinas, encontros, reuniões com as comunidades de residência
dos/as adolescentes.
35Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Bloco 4 – Funcionamento Interno
Uma dimensão de análise importante no âmbito da pesquisa refere-se à caracterização do
funcionamento interno do Programa.
Existência de instrumentos de formalização/regulamentação do
atendimento
Embora 15 respondentes tenham indicado que os Programas não possuem instrumentos que formalizem a sua existência, os demais (13) indicaram a existência de pelo menos um
documento nesta direção. Ainda que bastante variados, os principais documentos citados
foram: resolução de órgãos colegiados do Executivo (4), uma lei (3), um decreto (2), uma
portaria (2) entre muitos outros tipos (10).
TABELA 23
% VÁLIDA%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 61: INSTRUMENTO DE FORMALIzAÇÃO
DO PROGRAMA
53,5748,3915Não possuem instrumento de formalização
46,4341,9413Possuem instrumento de formalização
100,0090,3228Total
9,683Não informaram se possuem ou não
100,0031Total geral
TABELA 24
% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 61: TIPO DE INSTRUMENTO DE FOR-
MALIzAÇÃO DO PROGRAMA
10,009,522v61.1. Uma portaria é o instrumento local que
formaliza a existência do programa de atendimento
10,009,522v61.2. Um decreto é o instrumento local que
formaliza a existência do programa de atendimento
20,0019,054v61.3. Uma resolução de órgãos colegiados do
Executivo é o instrumento local que formaliza a
existência do Programa de Atendimento
15,0014,293v61.4. Uma lei é o instrumento local que formaliza
a existência do Programa de Atendimento
50,0047,6210v61.5. Um outro instrumento local formaliza a
existência do Programa de Atendimento
10510021Total
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM36
Dos 13 entrevistados que apontaram algum instrumento de formalização da existência do
Programa, a maioria (6) data do ano de 2009. Os baixos percentuais, por ano, indicam 1996,
como data da primeira formalização, a seguir, em 2000 e 2004 e, a partir deste ano duas
formalizações por ano (2005 e 2006). Nos últimos três anos (2010, 2011 e 2012) apenas uma
formalização por ano foi registrada. Neste momento, torna-se importante associar tais indi-
cadores à pergunta 56, ano de início de funcionamento do programa.
TABELA 25
Nº DE PROGRAMASANO DE FORMALIÇÃO DO PROGRAMA
11996
1200
12004
12005
42006
32007
32009
32010
32011
92012
31Total
Ano do instrumento que formaliza o Programa de Atendimento.
Considerando a ocorrência de 15 programas aqui considerados serem de fato serviços de
atendimento da política de assistência social, vale chamar a atenção para o fato de que, no
âmbito da Política de Assistência Social, a implementação dos serviços se dá por meio de
adesões aos Termos de Aceite, e não da imposição legal com a edição de decretos e leis. En-
tende-se nesta área que a LOAS — atualizada com a aprovação da Lei do SUAS (Lei 12.436 de
2011) — já define os serviços a serem ofertados nos dois níveis de proteção em todo o país,
conforme características da territorialidade.
Por exemplo, no ano de 2010 a Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério de
Desenvolvimento Social — SNAS/MDS — dispôs na Instrução Operacional N° 3/2010 sobre as
orientações do preenchimento do Termo de Aceite, em conformidade com a Resolução 07 de
junho de 2010 da Comissão Intergestores Tripartite, na qual eram definidas as alternativas
e os quantitativos de cada município ou do DF, para a oferta de alguns serviços, entre eles
o de atendimento às medidas socioeducativas com recursos do Plano Integrado de Enfren-
tamento ao Crack e outras drogas. O Termo de Aceite poderia ser acessado por municípios
37Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
com população superior a 50.000 habitantes ou com população inferior a este quantitativo,
desde que tenham informado no Censo SUAS de 2009 que já ofertavam o serviço para o qual
solicita apoio financeiro.
Existência de capacitação para a equipe
Considerando a importância das atividades de capacitação ou ações educativas pontuais
para a equipe técnica foi perguntado aos gestores sobre a existência de tais atividades nos
últimos seis meses e os seus temas. A maioria (27) respondeu positivamente sobre a sua rea-
lização, sendo os temas mais abordados os seguintes: Estatuto da Criança e do Adolescente
(20), SINASE (20) e PIA (20); o uso de drogas (19); a violência em geral (17); a família (16)
e os direitos humanos e cidadania (16); a PNAS e o SUAS (14). Destacamos que as alterna-
tivas de temas foram consolidadas a partir do que se considera prioritário para a Política
de Capacitação no âmbito do SUAS e na grade de capacitação sobre o SINASE adotada pela
Secretaria de Direitos Humanos. As entidades que declararam não terem realizado nenhuma
capacitação da equipe técnica foram o Centro Espírita Yvon Costa/Belém, Maceió e Manaus.
TABELA 26
% VÁLIDA%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 63: REALIzAÇÃO DE CAPACITAÇÃO PARA
A EQUIPE TéCNICA NOS ÚLTIMOS SEIS MESES12
90,0087,1027Sim
10,009,683Não
10096,7730Total
3,231Não prestou a informação
10031Total geral
12 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela cruzamento questões 63-107.pdf
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM38
TABELA 27
% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 64: TEMAS TRABALHADOS NA CAPACITAÇÃO
DA EQUIPE TéCNICA NOS ÚLTIMOS 6 MESES
74,078,9320v64.1. O Estatuto da Criança e do Adolescente
foi um tema trabalhado nas capacitações / ações
educativas pontuais
62,967,5917v64.2. A violência em geral foi um tema trabalhado
nas capacitações / ações educativas pontuais
44,445,3612v64.3. A violência intrafamiliar foi um tema trabalhado
nas capacitações / ações educativas pontuais
37,044,4610v64.4. A violência na escola foi um tema trabalhado
nas capacitações / ações educativas pontuais
44,445,3612v64.5. O abuso sexual foi um tema trabalhado nas
capacitações / ações educativas pontuais
44,445,3612v64.6. A exploração sexual foi um tema trabalhado
nas capacitações / ações educativas pontuais
70,378,4819v64.7. O uso de drogas foi um tema trabalhado nas
capacitações / ações educativas pontuais
59,267,1416v64.8. Os direitos humanos e cidadania foram temas
trabalhados nas capacitações / ações educativas pontuais
74,078,9320v64.9. O SINASE foi um tema trabalhado nas
capacitações / ações educativas pontuais
22,222,686
v64.10. Os direitos sexuais e reprodutivos foram
temas trabalhados nas capacitações / ações
educativas pontuais
40,744,9111v64.11. A saúde mental foi um tema trabalhado nas
capacitações / ações educativas pontuais
74,078,9320
v64.12. O Plano Individual de Atendimento (PIA)
foi um tema trabalhado nas capacitações / ações
educativas pontuais
59,267,1416v64.13. A família foi um tema trabalhado nas
capacitações / ações educativas pontuais
25,933,137v64.14. A gestão foi um tema trabalhado nas
capacitações / ações educativas pontuais
51,856,2514
v64.15. A Política Nacional de Assistência Social
— PNAS e SUAS —foi um tema trabalhado nas
capacitações / ações educativas pontuais
44,445,3612v64.16. Outros foi um tema trabalhado nas
capacitações / ações educativas pontuais
829,6296100224Total
39Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Ainda sobre este tema vale destacar a pergunta específica sobre o Curso de Formação Continuada do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (realizado com apoio da
SDH/PR), do qual 18 respondentes indicaram a participação de algum componente da equipe
técnica. A soma de todo o quantitativo relatado pelos gestores foi de 144 profissionais capa-
citados, no âmbito dos 31 Programas. Com uma média de dez componentes por Programa.
TABELA 28
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 65: PARTICIPAÇÃO DE ALGUM COMPONENTE DA
EQUIPE NO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DO SINASE
58,0618Sim
41,9413Não
10031Total
TABELA 29
10,29NÚMERO MéDIO DE COMPONENTES DA EQUIPE QUE PARTICIPOU DA FORMAÇÃO
CONTINUADA SINASE EM 2011
3Número mediano de componentes da equipe que participou da formação continuada
SINASE em 2011
1Número mínimo de componentes da equipe que participou da formação continuada
SINASE em 2011
50Número máximo de componentes da equipe que participou da formação continuada
SINASE em 2011
144Soma total do número de componentes da equipe que participou da formação
continuada SINASE em 2011
Perfil dos profissionais que compõem a equipe técnica de atendi-
mento nos Programas
No que concerne à formação profissional da equipe, cabe notar que os profissionais coorde-
nadores dos Programas têm, predominantemente, formação em Serviço Social (13) e Psico-
logia (8), entre outras (pedagogia, direito, administração, sociologia).
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM40
TABELA 30
% VÁLIDA%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 67: QUAL A FORMAÇÃO PROFISSIONAL
DO COORDENADOR/DIRETOR DO PROGRAMA DE
ATENDIMENTO?
6,906,452Pedagogo
3,453,231Advogado
44,8341,9413Assistente Social
27,5925,818Psicólogo
17,2416,135Outros
10093,5529Total
6,452Não prestou a informação
10031Total geral
Rotinas e ou sistemas de monitoramento e avaliação (M & A)
Com relação ao monitoramento e avaliação, é conhecida a pertinência destas ferramentas
nos processos de gestão de serviços sociais, motivo pelo qual esta questão foi abordada na
pesquisa. As respostas apontam para a existência de um sistema de M&A em 24 Programas,
na maioria dos casos com periodicidade mensal (16) para a realização de avaliações.
TABELA 31
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 68: ExISTE UM SISTEMA DE MONITORAMENTO E
AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE ATENDIMENTO?
77,4224Sim
22,587Não
10031Total
TABELA 32
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 69: QUAL A PERIODICIDADE PREVISTA PARA A
REALIzAÇÃO DE AVALIAÇõES DO PROGRAMA DE ATENDIMENTO?
66,716Mensal
4,21Trimestral
20,85Semestral
8,32Anual
10024Total
41Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Nos últimos seis meses, 24 gestores informaram que foi realizada alguma avaliação, sendo
os principais participantes técnicos dos programas de atendimento (13), gestores do siste-
ma socioeducativo (12) e técnicos das organizações parceiras (9). Essa informação também
se confirmou na pergunta sobre os agentes presentes na última avaliação realizada. Foi
informado por 9 respondentes que a equipe externa e interna participou e 8 relataram que
somente a equipe interna do programa está a frente desta atividade.
TABELA 33
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 70: NOS ÚLTIMOS SEIS MESES, FOI FEITA ALGUMA
AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE ATENDIMENTO?
87,521Sim
12,53Não
100,0024Total
TABELA 34
% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 71: TRêS PRINCIPAIS AGENTES PAR-
TICIPANTES DA ÚLTIMA AVALIAÇÃO REALIzADA
PELO PROGRAMA13
61,9018,8413Técnicos do Programa de Atendimento
57,1417,3912Gestores do sistema socioeducativo
42,8613,049Técnicos das organizações parceiras
TABELA 35
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 72: QUEM REALIzOU A ÚLTIMA AVALIAÇÃO?
38,108equipe interna do Programa de Atendimento
9,522equipe externa ao programa
42,869equipe interna e externa
9,522outro
10021Total
Entre os instrumentos utilizados na última avaliação destacam-se a sistematização de regis-
tros administrativos (14), o questionário (8) e o grupo focal (7). Já os resultados da avalia-
ção, segundo informado, são usados pela equipe para ajustes do Programa de Atendimento
(21), bem como para ampliação de recursos e apoio (10).
13 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela questão 71.pdf
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM42
TABELA 36
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 73: INSTRUMENTOS UTILIzADOS ÚLTIMA AVALIAÇÃO
18,927v73.1. Grupo focal foi um instrumento usado na última
avaliação
21,628v73.2. Questionário foi um instrumento usado na última
avaliação
37,8414v73.3. Sistematização de registros administrativos foi um
instrumento usado na última avaliação
21,628v73.4. Outro instrumento foi usado na última avaliação
10037Total
TABELA 37
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 74: USO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO
56,7621v74.1. Os resultados da avaliação são usados pela equipe de
ajustes do Programa de Atendimento
10,814v74.2. Os resultados da avaliação são usados para divulgação
externa
27,0310v74.3. Os resultados da avaliação são usados para ampliação de
recursos e apoios
5,412v74.4. Os resultados da avaliação são usados por / para outros
10037Total
Por último, cabe destacar que quanto ao acompanhamento de egressos, 19 dos respondentes
informaram que esta atividade não acontece, o que demonstra uma fragilidade do acompa-
nhamento dos adolescentes após encerramento do cumprimento da medida.
TABELA 38
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 75: O PROGRAMA DE ATENDIMENTO DESENVOLVE
ATIVIDADE DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS?
38,7112sim
61,2919não
10031Total
43Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Bloco 5 – Funcionamento ExternoArticulações e redes criadas para viabilizar o atendimento
Tão importante quanto a compreensão do funcionamento interno do Programa é apreender
as articulações e redes criadas para viabilizar o atendimento aos adolescentes autores de
ato infracional, segundo os princípios do SINASE, especialmente no contexto previsto de mu-
nicipalização o que requer uma visão sistêmica. O SINASE, situado no interior do Sistema de
Garantia de Direitos — SGD —, dialoga, obrigatoriamente, com as demais políticas públicas
e sociais: educação, segurança pública e justiça, assistência social, saúde, cultura, esporte,
lazer, entre outros. O programa deve buscar na sua organização institucional, essas articula-
ções e relações de reciprocidade, a partir do suposto que a concretização das ações referen-
tes aos direitos do adolescente será de responsabilidade, também, de cada um dos órgãos
da política setorial. As relações extra-institucionais do programa de medida socioeducativa
ou a construção de uma rede de parcerias empreendida pelo programa tem como princípio o
conceito de incompletude institucional. A concepção que o programa é “incompleto” exige
a articulação com uma rede por onde o adolescente irá circular e garantir as suas demandas
de modo qualificado e, portanto, o exercício de seus direitos.
No caso, entre as principais instituições com as quais o Programa se articulou, nos últimos
seis meses, para viabilizar o atendimento socioeducativo, predominam o Poder Judiciário
(28), compreendendo as Varas da Infância e Juventude; o Ministério Público (26); as Secreta-
rias Estaduais, Municipais, ONGs e o Sistema S (SEBRAE, SENAI, SENAC, SENAR, SENAT, SESI,
SESC, SEST), cada um com 25 registros do total na pesquisa. O Conselho Tutelar (24) e a De-
fensoria Pública (23) também foram citados como uma das principais articulações.
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM44
TABELA 39
% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 76: INSTITUIÇõES COM AS QUAIS O
PROGRAMA SE ARTICULOU NOS ÚLTIMOS 6 MESES14
80,657,7625v76.1. O Programa de Atendimento se articulou com
as Secretarias Estaduais
80,657,7625v76.2. O Programa de Atendimento se articulou com
as Secretarias Municipais
35,483,4211v76.3. O Programa de Atendimento se articulou com
os Conselhos Estaduais
61,295,9019v76.4. O Programa de Atendimento se articulou com
os Conselhos Municipais
90,328,7028v76.5. O Programa de Atendimento se articulou com
o Poder Judiciário (Varas da Infância e da Juventude
e congêneres)
83,878,0726v76.6. O Programa de Atendimento se articulou com
o Ministério Público
74,197,1423v76.7. O Programa de Atendimento se articulou com
a Defensoria Pública
61,295,9019v76.8. O Programa de Atendimento se articulou com
as Universidades e os Centros de Ensino
54,845,2817v76.9. O Programa de Atendimento se articulou com
as Associações Comunitárias
80,657,7625v76.10. O Programa de Atendimento se articulou com
as Organizações Não Governamentais (nacionais e
internacionais)
35,483,4211v76.11. O Programa de Atendimento se articulou com
as Empresas
80,657,7625v76.12. O Programa de Atendimento se articulou com
Sistema S (SEBRAE, SENAI, SENAC, SENAR, SENAT,
SESI, SEST)
58,065,5918v76.13. O Programa de Atendimento se articulou com
os Centros de Defesa da Criança e do Adolescente
77,427,4524v76.14. O Programa de Atendimento se articulou com
o Conselho Tutelar
67,746,5221v76.15. O Programa de Atendimento se articulou com
as Entidades Religiosas
16,131,555v76.16. O Programa de Atendimento se articulou com
Outros
1038,71100322Total
14 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela questão 76.pdf
45Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Já em relação aos setores com os quais o Programa se articulou, as áreas de saúde, educação,
assistência social e profissionalização foram as mais citadas com 29 respostas cada. Além des-
ses, também foram apontados os setores de geração de renda (25) e de lazer (22), seguidos de
cultura e esporte, cada um com 19 respostas. Tal tipo de articulação com estes setores já era
esperado, tendo em vista a necessidade de encaminhamento para o efetivo atendimento socioe-
ducativo, conforme dispõe a legislação que trata do processo de apuração e execução da medida
socioeducativa, mais especificamente do Estatuto da Criança e do Adolescente — ECA — e a Lei
do SINASE. Porém, vale chamar a atenção para o fato de que a articulação pode, por uma série
de fatores que foram aprofundados na pesquisa qualitativa, não resultar necessariamente em
encaminhamento e permanência dos adolescentes nos serviços.
TABELA 40
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 77: SETORES COM OS QUAIS O PROGRAMA SE
ARTICULOU NOS ÚLTIMOS 6 MESES15
14,2229v77.1. O Programa de Atendimento se articulou com o setor da
Saúde
14,2229v77.2. O Programa de Atendimento se articulou com o setor da
Educação
14,2229v77.3. O Programa de Atendimento se articulou com o setor da
Assistência Social
9,3119v77.4. O Programa de Atendimento se articulou com o setor da
Cultura
9,3119v77.5. O Programa de Atendimento se articulou com o setor do
Esporte
14,2229v77.6. O Programa de Atendimento se articulou com o setor da
Profissionalização
10,7822v77.7. O Programa de Atendimento se articulou com o setor do
Lazer
12,2525v77.8. O Programa de Atendimento se articulou com o setor da
Geração de emprego e renda
1,473v77.9. O Programa de Atendimento se articulou com outros
setores
100204Total
15 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela questão 77.pdf
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM46
Tendo em vista a integração entre as políticas para prover o atendimento necessário e a
importância do alinhamento quanto às orientações para a sua execução, foi perguntado
também se o Programa mantém comunicação com gestores/as municipais e estaduais de
medidas socioeducativas. Segundo a maioria das respostas (21), a comunicação é mantida
com gestores estaduais e, em menor número, com os municipais (21). Sendo a intensidade
desta comunicação, com os primeiros, avaliada como razoável — até uma vez por mês — (15)
e pouca — até uma vez por trimestre (10) e, com os segundos, como razoável (10) e muita
— pelos menos uma vez por semana (9). Em outras palavras, ainda que a comunicação com
os gestores municipais seja menos frequente, ela é mais intensa. Esta questão foi mais apro-
fundada na pesquisa qualitativa em que se buscou apreender as formas como se praticam
esta comunicação, seus objetivos e conteúdos.
TABELA 41
% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 78: COMUNICAÇÃO COM GESTORES
DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
10057,14285728v78.1. A coordenação do Programa de Atendimento
mantém comunicação com os Gestores Estaduais
7542,85714321v78.2. A coordenação do Programa de Atendimento
mantém comunicação com os Gestores Municipais
TABELA 42
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 79: INTENSIDADE DA COMUNICAÇÃO ENTRE PROGRAMA
DE ATENDIMENTO E OS GESTORES ESTADUAIS (SOMENTE OS
PROGRAMAS QUE TêM ESSE TIPO DE COMUNICAÇÃO)
35,7110pouca (até uma vez por trimestre)
53,5715razoável (até uma vez por mês)
7,142muita (pelo menos uma vez por semana)
3,571não sabe avaliar
100,0028Total
47Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 43
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 80: INTENSIDADE DA COMUNICAÇÃO ENTRE PROGRAMA
DE ATENDIMENTO E OS GESTORES MUNICIPAIS (SOMENTE OS
PROGRAMAS QUE TêM ESTE TIPO DE COMUNICAÇÃO)
13,6363643pouca (até uma vez por trimestre)
45,45454510razoável (até uma vez por mês)
40,9090919muita (pelo menos uma vez por semana)
10022Total
Limites geográficos do atendimento
Outro aspecto relevante diz respeito ao atendimento do Programa a adolescentes que re-
sidem em outros municípios. Os entrevistados responderam, em sua maioria (21), que nos
últimos seis meses não houve qualquer execução dessa natureza. Entre os que afirmaram
ter realizado o atendimento para este perfil (10), o número médio foi de 4 adolescentes e
a mediana de 3. Em muitos casos o encaminhamento desses adolescentes para as capitais
é devido à ausência de programas e serviços de atendimento em meio aberto e da relativa
proximidade da capital.
TABELA 44
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 81: NOS ÚLTIMOS SEIS MESES, O PROGRAMA ATEN-
DEU A ADOLESCENTES QUE RESIDEM EM OUTROS MUNICíPIOS
FORA DA CAPITAL?
32,2610sim
67,7421não
10031Total
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM48
TABELA 45
4,12NÚMERO MéDIO DE ADOLESCENTES ATENDIDOS QUE RESIDEM FORA DO
MUNICíPIO DA CAPITAL
3Número mediano de adolescentes atendidos que residem fora do município da
capital
1Número mínimo de adolescentes atendidos que residem fora do município da capital
15Número máximo de adolescentes atendidos que residem fora do município da capital
33Soma total do número de adolescentes atendidos que residem fora do município da
capital
MóDULO III – UNIDADES/SERVIÇOS/CREAS
Bloco 6 – Identificação das Unidades
Quantidade de unidades
É determinado que a unidade de atendimento refere-se à base física necessária para a sua
organização e funcionamento (cf. Art. 1º, § 4º, da Lei do SINASE). Como já informado, fo-
ram identificados pela pesquisa 31 programas de atendimento que reúnem um total de 156 unidades de atendimentos16. Deste grupo pode-se inferir que: 73 (46,79%) são Centros de Referência Especializada em Assistência Social — CREAS —; 51 (32,69%) são ONGs; 21 (13,46%) são entidades governamentais; 5 (3,21%), autarquias; 2 (1,28%) são OS (Orga-nizações Sociais); 1 é entidade privada com fins lucrativos; 1 é fundação, denominada Central de Medidas Socioeducativas em meio Aberto (Salvador, BA); e duas são entidades religiosas (Belém, PA e Teresina, PI).
16 Com exceção de Fortaleza, que na ocasião da pesquisa encontrava-se em momento de transição na gestão do atendimento e, por isso, não foi aplicado o módulo III do questionário referente a unidades de atendimento.
49Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 46
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 95: TIPO DE UNIDADE DE ATENDIMENTO
32,6951Organização não governamental sem fim lucrativos
1,282Organizações Sociais (OS)
0,641Organização privada com fins lucrativos
1,282Entidade religiosa
46,7973CREAS
13,4621Entidade governamental
3,215Autarquia
0,641Fundação
100,00156Total
Cabe observar que do total de unidades:
• 50 (32,05%) encontram-se na cidade de São Paulo;
• 14 (8,97%) na cidade do Rio de Janeiro e também em Brasília (8,97%);
• 9 (5,77%) nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre;
• 7 (4,49%) em Manaus;
• 6 (3,85%) em Rio Branco;
• 5 (3,21%) nas cidades de Goiânia, São Luís e Teresina.
• as cidades de Belém, Campo Grande e Vitória contam cada uma com 3 (1,92%) unida-
des;
• em Cuiabá e em Porto Velho existem duas unidades (1,28%) e em Aracajú, Boa Vista,
Florianópolis, João Pessoa, Macapá, Maceió, Natal, Palmas, Recife e, em Salvador so-
mente uma unidade.
Dito de outro modo, as capitais da região Sudeste reúnem quase 50% do total de unidades
identificadas no país, o que pode indicar que, nessa região, o processo de municipalização
dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento
de medidas socioeducativas em meio aberto encontra-se melhor aparelhado do que em ou-
tras, como é o caso da região Nordeste.
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM50
Condições de atendimento (espaço físico)
Cabe agora voltar a atenção paras as unidades, serviços e CREAS em que são realizados os
atendimentos.
Em termos do espaço físico, verificou-se que:
• Em 144 unidades se considerou a localização de fácil acesso para os usuários;
• Em 125 se considerou que o local tem espaço com privacidade para atendimento indi-
vidual e entrevistas;
• Em 121 unidades foi assinalado que o local proporciona segurança para os usuários;
• Em 120 delas que o local apresenta conservação e manutenção adequadas.
• Os demais itens avaliados apresentaram menores números de respostas, mas não me-
nos significativos: espaço para atendimento coletivo (118), conservação e manutenção
de equipamentos (116) e tamanho adequado para a quantidade de atendidos (103).
TABELA 47
N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 106: ATRIBUTOS DO ESPAÇO FíSICO DO LOCAL DE
ATENDIMENTO (ONDE SE REALIzAM AS ATIVIDADES)
144v106.1. Localização de fácil acesso para os usuários
103v106.2. Tem o tamanho adequado para a quantidade de atendidos
120v106.3. Apresenta conservação e manutenção adequadas
116v106.4. Apresenta conservação e manutenção de equipamentos (telefone,
fax, computador, internet, carro) adequadas
125v106.5. Tem espaço com privacidade para atendimento individual e visitas
118v106.6. Tem espaço para atendimento coletivo
121v106.7. Proporciona segurança para os / as usuários / as
847Total
Capacitação da equipe técnica das Unidades de Atendimento
Tal como perguntado aos Coordenadores dos Programas, os responsáveis pelas unidades tam-
bém responderam as informações sobre capacitação da equipe técnica nos últimos seis meses. Da mesma forma, nesta questão notou-se um quantitativo muito significativo de uni-
dades (135) cujos entrevistados indicaram a realização desta atividade junto à equipe, com
destaque para a abordagem dos seguintes temas: SINASE (101), PIA (91) e uso de drogas (89).
Vale observar que esses temas também foram recorrentes entre os gestores de Programas,
apesar de apresentaram percentual um pouco menor (no máximo 2 p.p.).
51Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 48
N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 107: HOUVE CAPACITAÇÃO PARA EQUIPE TéCNICA NOS ÚLTIMOS
SEIS MESES?17
135sim
21não
156Total
TABELA 49
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 108: TEMAS DA ÚLTIMA CAPACITAÇÃO
8,4778v108.1. O Estatuto da Criança e do Adolescente foi um tema
trabalhado nas capacitações
6,9564v108.2. A violência em geral foi um tema trabalhado nas
capacitações
6,1957v108.3. A violência intrafamiliar foi um tema trabalhado nas
capacitações
2,7125v108.4. A violência na escola foi um tema trabalhado nas
capacitações
4,8945v108.5. O abuso sexual foi um tema trabalhado nas capacitações
4,8945v108.6. A exploração sexual foi um tema trabalhado nas
capacitações
9,6689v108.7. O uso de drogas foi um tema trabalhado nas
capacitações
6,5160v108.8. Os direitos humanos e cidadania foram temas
trabalhados nas capacitações
10,97101v108.9. O SINASE foi um tema trabalhado nas capacitações
2,1720v108.10. Os direitos sexuais e reprodutivos foram temas
trabalhados nas capacitações
5,4350v108.11. A saúde mental foi um tema trabalhado nas
capacitações
9,8891v108.12. O Plano Individual de Atendimento (PIA) foi um tema
trabalhado nas capacitações
6,8463v108.13. A família foi um tema trabalhado nas capacitações
3,0428v108.14. A gestão foi um tema trabalhado nas capacitações
6,6261v108.15. A Política Nacional de Assistência Social — PNAS — e o
SUAS foram temas trabalhados nas capacitações
4,7844v108.16. Outros foram temas trabalhados nas capacitações
100,00921Total
17 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela cruzamento questões 63-107.pdf
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM52
Diferente dos gestores de Programas, os responsáveis pelas unidades/serviços e CREAS indi-
caram em menor número que alguém da equipe técnica participou do Curso de Formação Continuada do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (realizado com apoio da
SDH/PR) perfazendo um total de 51 participantes, entre as 156 unidades responsáveis. Cabe
aqui refletir sobre o alcance do Curso junto a este público.
TABELA 50
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 109: EM 2011, ALGUM COMPONENTE DA EQUIPE
PARTICIPOU DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DO SISTE-
MA NACIONAL SOCIOEDUCATIVO?
32,4851sim
65,61103não
98,09154Total
1,913Não prestou a informação
100,00157Total geral
Perfil profissional da equipe técnica das Unidades de Atendimento
Quanto ao tipo de formação profissional das equipes, prevalecem os psicólogos (135), assis-
tentes sociais (134) e pedagogos (98). Já entre os coordenadores ou diretores a formação
principal é de assistentes sociais (67), psicólogos (43), proporções superiores, porém simila-
res às de coordenadores de Programas.
TABELA 51
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 111: TIPOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAIS EQUIPE18
16,7598v111.1. A equipe da unidade / serviço / CREAS possui pedagogo
10,7763v111.2. A equipe da unidade / serviço / CREAS possui advogado
22,91134v111.3. A equipe da unidade / serviço / CREAS possui assistente
social
23,08135v111.4. A equipe da unidade / serviço / CREAS possui psicólogo
9,5756v111.5. A equipe da unidade / serviço / CREAS possui educador
social
16,9299v111.6. A equipe da unidade / serviço / CREAS possui outros
100,00585Total
18 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela questão 111.pdf
53Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 52
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 112: QUAL A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO COORDE-
NADOR / DIRETOR DA UNIDADE / SERVIÇO / CREAS?
14,7423Pedagogo
3,215Advogado
42,9567Assistente Social
27,5643Psicólogo
11,5418Outros
100,00156Total
Tempo da equipe na Unidade de Atendimento
Cabe observar que o período de permanência dos membros da equipe técnica envolvidos
diretamente na execução de medidas socioeducativas é de 2 a 4 anos, em 73 unidades de
atendimento. Ainda que 34 respostas indiquem mais de 1 ano a 2 anos, houve uma proporção
bastante próxima, 31 que informam a permanência superior a 4 anos. Considerando as mu-
danças a cada quatro anos em razão das eleições e, o fato de muitas unidades serem ligadas
a órgãos públicos, é possível observar que um percentual pequeno das equipes permanece
nas unidades, serviços e CREAS. Neste caso, acrescenta-se outro fator, qual seja rotatividade
de técnicos, pois muitos são contratados e não servidores de carreira concursados. Ademais,
os processos de transição de gestão de entidade também afetam a composição das equipes.
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM54
TABELA 53
Nº DE INTEGRANTES - EQUIPE TéCNICA
ENVOLVIDOS COM A ExECUÇÃO DAS MEDIDAS
PERIODO DE PERMANENCIA NA UNIDADE/
SERVIÇO/CREAS
2Inferior a 3 meses
1De 3 meses a 6 meses
15Mais de 6 meses a 1 ano
34Mais de 1 ano a 2 anos
73Mais de 2 a 4 anos
31Superior a 4 anos
Período de permanência na Unidade/Serviço/CREAS dos membros da equipe técnica envolvidos diretamente na
execução das medidas socieducativas.
Problemas que incidem sobre o atendimento
Também foram identificados no âmbito da pesquisa os principais problemas que influenciam
no desenvolvimento das atividades das unidades. Para os últimos seis meses, foram assina-
ladas as seguintes opções, em maior proporção: precariedade ou insuficiência de uma rede
de serviços públicos adequada para encaminhamento do adolescente (93), excesso de buro-
cracia (71) e orçamento insuficiente (70). Os demais problemas arrolados foram marcados
em quantidade inferior a 10%.
55Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 54
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 126: PROBLEMAS QUE TêM SIDO IDENTIFICADOS
COMO OFERECENDO MUITA DIFICULDADE PARA A UNIDADE19
5,7136v126.1. Precariedade e insuficiência das condições de trabalho
(infraestrutura) é uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses
6,9744v126.2. Precariedade ou insuficiência de profissionais
(quantitativo) é uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses
14,7493v126.3. Precariedade ou insuficiência de uma rede de serviços
públicos adequados para o encaminhamento do adolescente é
uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses
7,6148v126.4. Falta de apoio da população local é uma dificuldade
encontrada nos últimos 6 meses
1,117v126.5. Desarticulação interna da equipe para o
encaminhamento do adolescente é uma dificuldade encontrada
nos últimos 6 meses
11,0970v126.6. Orçamento insuficiente é uma dificuldade encontrada
nos últimos 6 meses
11,2571v126.7. Excesso de burocracia é uma dificuldade encontrada nos
últimos 6 meses
9,8362v126.8. Precariedade ou insuficiência de articulação com as Secretarias
Municipais é uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses
7,6148v126.9. Dificuldade de adesão dos adolescentes à medida
socioeducativa é uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses
8,7255v126.10. Baixa participação da família no processo socioeducativo
é uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses
1,439v126.11. MSE aplicada pelo judiciário sem embasamento legal é
uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses
4,6029v126.12. Desarticulação do sistema Judiciário e Executivo é uma
dificuldade encontrada nos últimos 6 meses
6,9744v126.13. Falta de equipe técnica no judiciário é uma dificuldade
encontrada nos últimos 6 meses
2,3815v126.14. Outras são as dificuldades encontradas nos últimos 6 meses
100,00631Total
19 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital 126.pdf
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM56
Existência de orientador socioeducativo
Na aplicação do questionário da pesquisa quantitativa foram identificadas diferentes per-
cepções do que era o orientador, diferentemente de como é previsto no ECA e na Resolução
119 de 2006 do CONANDA, por esse motivo, não foram trabalhados os dados coletados.
O ECA e a Resolução 119 fazem as seguintes referências à figura do orientador.
Segundo o ECA:
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade competente, a realização dos
seguintes encargos, entre outros:
I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se
necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social;
II - supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua
matrícula;
III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua inserção no mercado de
trabalho;
IV - apresentar relatório do caso.
Segundo a Resolução N° 119 de 11 de dezembro de 2006 do CONANDA:
Item 5.2.1.1 Orientador socioeducativo da PSC: são pessoas próprias dos locais de prestação de serviço
que estão incumbidas de acompanhar qualitativamente o cumprimento da MSE do adolescente.
Item 5.2.1.2 Orientador comunitário na LAC
1) Na Liberdade assistida Comunitária — LAC —, cada técnico terá sob seu acompanhamento e
monitoramento o máximo de 20 orientadores comunitários. Sendo que cada orientador comunitário
acompanhará até dois adolescentes simultaneamente.
2) Em se tratando de Liberdade assistida Institucional (LAI), cada técnico acompanhará,
simultaneamente, no máximo 20 adolescentes.
Tal investigação foi mais aprofundada na etapa qualitativa da pesquisa com os agentes do
sistema de garantia de direitos de cada capital. Segundo os 154 dos respondentes que tinham
a informação, 113 afirmaram que contam com a figura do orientador socioeducativo em seus
programas e 41 disseram não existir essa função. Em relação ao orientador comunitário, 149
dos casos validos, destes 140 afirmaram não possuir este colaborador, enquanto 9 relataram
sua existência. Vale chamar a atenção para o fato de que não existe esta figura entre os
profissionais das equipes de referência no âmbito do SUAS, onde está a execução da maior
parte dos programas e serviços identificados nesta etapa da pesquisa.
57Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Bloco 7 – Plano Individualizado de Atendimento — PIA
Dinâmica de desenvolvimento e características do PIA
O PIA é uma ferramenta imprescindível, de acordo com as orientações do SINASE, pois se
constitui em instrumento pedagógico que organiza dados pessoais e familiares do/a adoles-
cente e as atividades a serem realizadas, entre outros aspectos. Elaborado segundo estudo
de caso, com base em análise multidisciplinar, abrange diferentes aspectos, tais como esco-
larização, saúde, lazer, relações familiares, afetivas, sociais, comunitárias e institucionais,
situação jurídica (cf. Souza e Lira, 2008, p.83). Apenas 9 respondentes da pesquisa informa-
ram que o Programa de Atendimento executado pela Unidade/Serviço/CREA não desenvolve
o PIA. A maioria (128) o desenvolve para todos adolescentes, e 19 informaram que somente
para alguns, conforme se verifica no gráfico abaixo.
Gráfico 1 - v127: Programa de atendimento executado por essa Unidade/Serviço/CREAS desenvolve o Plano Individual de Atendimento (PIA) do adolescente em cumprimento de medida socioeducativa.
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM58
Das 147 unidades que informaram desenvolver o PIA, 141 indicaram que os adolescentes
participam de sua elaboração e 137 assinalaram que os familiares ou responsáveis pelos
adolescentes também participam. Além destes, também foi indicada a participação dos se-
guintes agentes: equipe técnica da Unidade/Serviço/CREA (93), equipe técnica do Programa
de Atendimento (80) e orientadores (53).
TABELA 55
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 127: O PROGRAMA DE ATENDIMENTO ExECUTADO
POR ESTA UNIDADE/SERVIÇO/CREAS DESENVOLVE O PLANO
INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO (PIA) DO ADOLESCENTE EM
CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA20?
82,05128Sim para todos/as
12,1819Somente para alguns/algumas
5,779Não
100,00156Total
TABELA 56
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 128: QUEM PARTICIPA DA ELABORAÇÃO DO
PIA21?
27,22141v128.1. Os Adolescentes participam da elaboração do PIA
15,4480v128.2. A Equipe Técnica do Programa de Atendimento
participa da elaboração do PIA
17,9593v128.3. A Equipe Técnica da Unidade/Serviço/CREAS participa
da elaboração do PIA
26,45137v128.4. Os/as familiares ou responsáveis pelos/as
adolescentes participam da elaboração do PIA
10,2353v128.5. Os/as orientadores/as participam da elaboração do
PIA
2,7014v128.6. Outros/as participam da elaboração do PIA
100,00518Total
20 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela-capital quest 127.pdf
21 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabelas por capital 128.pdf
59Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Os principais aspectos considerados na elaboração do PIA e assinalados pelos entrevistados
foram: medidas específicas de atenção à escolarização (140); objetivos declarados pelo ado-
lescente e previsão das atividades de integração social e/ou capacitação profissional (cada
um 138); formas de participação da família para efetivo cumprimento do Plano (135) e me-
didas específicas de atenção à saúde e atividades de integração e apoio à família (cada um
130). Os aspectos de avaliação interdisciplinar foram os menos indicados (93) ainda que com
recorrência significativa.
TABELA 57
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 129: ASPECTOS CONSIDERADOS NA ELABORAÇÃO
DO PIA22
10,0393v129.1. Os resultados da avaliação interdisciplinar são aspectos
considerados na elaboração do PIA
14,89138v129.2. Os objetivos declarados pelo adolescente são aspectos
considerados na elaboração do PIA
14,89138v129.3. A previsão das atividades de integração social e/
ou capacitação profissional é um aspecto considerado na
elaboração da PIA
14,02130v129.4. As atividades de integração e apoio à família são
aspectos considerados na elaboração do PIA
14,56135v129.5. Formas de participação da família para efetivo
cumprimento do plano individual são aspectos considerados na
elaboração do PIA
14,02130v129.6. As medidas específicas de atenção à sua saúde são
aspectos considerados na elaboração do PIA
15,10140v129.7. Medidas específicas de atenção à escolarização são
aspectos considerados na elaboração do PIA
2,4823v129.8. Outros aspectos são considerados na elaboração do PIA
100,00927Total
22 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital das respostas à questão 129.pdf
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM60
A avaliação do PIA foi outro aspecto mensurado no questionário aplicado. Das 147 unidades
que declaram utilizar o PIA (para todos os atendimentos ou somente para alguns), 49 respon-
dentes indicaram que avaliam o instrumento mensalmente, seguido de avaliações quinzenais
e bimestrais, 23 respostas cada, e semanais com 17. Além da periodicidade da avaliação do
PIA, identificou-se que em 145 unidades foi informado o uso do relatório do PIA como uma
das formas de reavaliação da medida a serem encaminhados para o judiciário. Conclui-se,
pelas respostas, que o PIA foi indicado como um instrumento eficaz no acompanhamento do
processo socioeducativo por 132 unidades.
TABELA 58
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 130: COM QUE FREQUêNCIA O PIA é AVALIADO?
10,916Semanalmente
15,623Quinzenalmente
33,349Mensalmente
16,324Bimestralmente
15,022Trimestralmente
5,48Semestralmente
2,74Não é avaliado
0,71Não respondeu
100,00147Total
TABELA 59
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 131: OS RELATóRIOS PARA A REAVALIAÇÃO DA MEDIDA
A SEREM ENCAMINHADOS PARA O JUDICIÁRIO ESTÃO SENDO
ELABORADOS COM BASE NO PIA23?
98,64145Sim
0,681Não
0,681Não são realizados
100147Total
23 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital 131.pdf
61Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 60
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 132: O PIA TEM SIDO UM INSTRUMENTO EFICAz NO
ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO SOCIOEDUCATIVO?
89,80132Sim
2,724Não
6,8010Não sabe avaliar
99,32146Total
0,681Não prestou a informação
100147Total geral
Com relação aos principais setores com os quais a unidade/serviço/CREA se articulou nos
últimos seis meses para viabilizar o atendimento socioeducativo foram destacados os de edu-
cação (154), assistência social (153), profissionalização (150) e geração de trabalho e renda
(120). Os demais tiveram incidência menor de 10% (cultura, esporte, lazer). Entre os setores
que sempre atendem os adolescentes, a ênfase recaiu também sobre a rede de educação
(69), programa de tratamento de substâncias psicoativas (46), serviço de saúde e programa
de tratamento de dependência de álcool (cada um 45). Vale pontuar que o encaminhamento
por si só pode não implicar em efetivação do atendimento e permanência do adolescente.
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM62
TABELA 61
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 133: SETORES EM ARTICULAÇÃO COM A UNIDADE24
14,61149v133.1. O Programa de atendimento executado por essa
unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Saúde para
viabilizar o atendimento socioeducativo
15,10154v133.2. O Programa de atendimento executado por essa
unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Educação
para viabilizar o atendimento socioeducativo
15,00153v133.3. O Programa de atendimento executado por essa
unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Assistência
Social para viabilizar o atendimento socioeducativo
9,5197v133.4. O Programa de atendimento executado por essa
unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Cultura para
viabilizar o atendimento socioeducativo
9,5197v133.5. O Programa de atendimento executado por essa
unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Esporte para
viabilizar o atendimento socioeducativo
14,71150v133.6. O Programa de atendimento executado por essa unidade/
serviço/CREAS se articulou com o Setor de Profissionalização
para viabilizar o atendimento socioeducativo
8,4386v133.7. O Programa de atendimento executado por essa
unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Lazer para
viabilizar o atendimento socioeducativo
11,76120v133.8. O Programa de atendimento executado por essa
unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Geração de
Trabalho e Renda para viabilizar o atendimento socioeducativo
1,3714v133.9.O Programa de atendimento executado por essa unidade/
serviço/CREAS se articulou com Outro Setor para viabilizar o
atendimento socioeducativo
100,001020Total
24 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital 133.pdf
63Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 62
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 134: SETORES QUE SEMPRE ATENDEM OS
ADOLESCENTES25
13,5545v134.1. Serviço de Saúde
20,7869v134.2. Rede de Ensino
6,0220v134.3. Serviço de Geração de Trabalho e Renda
9,6432v134.4. Cursos Profissionalizantes
12,0540v134.5. Atividades de cultura, esporte e lazer
13,5545v134.6. Programa de Tratamento de dependência de álcool
10,5435v134.7 Programa de Tratamento de transtorno mental
13,8646v134.8.Programa de Tratamento de dependência de substâncias
psicoativas (drogas)
100,00332Total
Bloco 8 – Perfil dos adolescentes atendidos em unidade/ser-viço/CREAS pelo programa de atendimento
A última parte do questionário da pesquisa foi dedicada a caracterizar o perfil dos adoles-centes atendidos pela Unidade/Serviço/CREAS, nos últimos seis meses. Foram solicitados
dados, desagregados por sexo, considerando os seguintes aspectos: População Total, Cor ou
Raça, Faixas de Renda per capita familiar, Frequência à escola, Faixas etária e Situações es-
pecíficas dos adolescentes com relação ao cumprimento da Medida Socioeducativa. Contudo,
frente à dificuldade de obter esses dados e a inconsistência das informações, a equipe de
pesquisa preferiu, por ora, não disponibilizá-los em sua íntegra.
Muitos programas de MSE apresentaram dificuldades e imprecisão nas respostas solicitadas
no anexo estatístico da pesquisa (p.135 a p.163), por isso, ponderamos que essas variáveis (e
seus possíveis cruzamentos) não devem ser consideradas como parâmetro de análise. Salvo,
no caso de avaliar magnitudes, como, por exemplo, a predominância da proporção do sexo
masculino sobre o sexo feminino (para cada 10 adolescentes cumprindo MSE, 1 é do sexo femi-
nino). Ademais, os programas pesquisados apresentaram dados com um período de referência
distinto entre si, mesmo com a referência do ano de 2011 solicitada na pesquisa. Em resumo,
é possível afirmar, com cautela, segundo informado pelos 76,67% dos respondentes que sabem
indicar o quantitativo de atendimentos (p. 59), que o número de adolescentes no ano de 2011
é de 18.047. Destes, 10.353 cumprindo LA, 7.611 em PSC, e 83 cumprindo LAC. Em relação
aos adolescentes cumprindo cumulativamente LA e PSC foi identificado um total de 12.067,
no entanto, apesar das recomendações para desagregação dos dados, este total pode incluir
duplicidade de informações e, por isso, não é recomendável somá-los ao total de 18.047.
25 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital 134.pdf
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM64
Os atos infracionais mais frequentes por unidade são: tráfico de entorpecentes (134),
roubo (123) e furto (94), seguidos de porte de arma (39) e uso de entorpecentes (37).
TABELA 63
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 164: ATOS INFRACIONAIS MAIS FREQUENTES26
28,63248134v164.1. O Tráfico de Entorpecentes está entre os três tipos de
atos infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes
que cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa
de Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS
20,0854794v164.2. O Furto está entre os três tipos de atos infracionais
mais cometidos, considerando os adolescentes que cumpriram
medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de
Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS
26,28205123v164.3. O Roubo está entre os três tipos de atos infracionais
mais cometidos, considerando os adolescentes que cumpriram
medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de
Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS
1,4957267v164.4. A prática de Danos ao Patrimônio Público está entre os
três tipos de atos infracionais mais cometidos, considerando
os adolescentes que cumpriram medida socioeducativa de LA e
PSC no Programa de Atendimento executado por esta unidade/
serviço/CREAS
3,20512815v164.5. A Lesão Corporal está entre os três tipos de atos
infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes que
cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de
Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS
0,8547014v164.6. O Crime de Ameaça está entre os três tipos de atos
infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes que
cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de
Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS
0,427352v164;7. O Atentado ao Pudor está entre os três tipos de atos
infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes que
cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de
Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS
0,2136751v164.8. O Estupro está entre os três tipos de atos infracionais
mais cometidos, considerando os adolescentes que cumpriram
medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de
Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS
26 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores – tabela por capital 164.pdf
65Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
0,6410263v164.9. O Homicídio está entre os três tipos de atos
infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes que
cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de
Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS
7,90598337v164.10.O Uso de Entorpecentes está entre os três tipos de atos
infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes que
cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de
Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS
8,33333339v164.11. O Porte de Arma está entre os três tipos de atos
infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes que
cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de
Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS
1,9230779v164.12. Outro tipo de ato infracional está entre os três
tipos de atos infracionais mais cometidos, considerando os
adolescentes que cumpriram medida socioeducativa de LA e
PSC no Programa de Atendimento executado por esta unidade/
serviço/CREAS
100468Total
No universo de 156 unidades, 37 responderam que nos últimos seis meses da pesquisa rece-
beram algum adolescente com deficiência. Entre essas unidades, 9 atenderam adolescentes
com deficiência visual, 21 com deficiência física e/ou mobilidade reduzida, 11 com defici-
ência auditiva.
Atendimento especializado a deficientes e dependentes de álcool ou
substâncias psicoativas
TABELA 64
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 165: NOS ÚLTIMOS SEIS MESES, O PROGRAMA DE
ATENDIMENTO ExECUTADO NESTA UNIDADE/SERVIÇO/CREAS
RECEBEU ALGUM ADOLESCENTE COM DEFICIêNCIA27?
23,5737Sim
74,52117Não
98,09154Total
1,913Não prestaram a informação
100,00157Total geral
27 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital das respostas à questão 165.pdf
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM66
TABELA 65
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 167: TIPO DE DEFICIêNCIA DO ADOLESCENTE
ATENDIDO28
51,2221v167.1. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento
recebeu adolescentes com deficiência física e/ou mobilidade
reduzida
26,8311v167.2. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento
recebeu algum adolescente com deficiência auditiva
21,959v167.3. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento
recebeu algum adolescente com deficiência visual
10041Total
No mesmo período, 64 unidades responderam que receberam adolescentes com transtorno men-
tal, sendo que, 22 respondentes afirmaram ter recebido somente um caso nos últimos 6 meses.
TABELA 66
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 168: NOS ÚLTIMOS SEIS MESES, O PROGRAMA DE
ATENDIMENTO ExECUTADO NESTA UNIDADE/SERVIÇO/CREAS
RECEBEU ALGUM ADOLESCENTE COM TRANSTORNO MENTAL29?
40,7664Sim
56,6989Não
97,45153Total
2,554Não prestaram a informação
100,00157Total geral
Nos últimos seis meses da pesquisa, 147 unidades/serviços/CREAS receberam adolescentes com
dependência de álcool ou substância psicoativas. Entre as principais substâncias de dependên-
cia, destacaram-se maconha (142), álcool (114) e cocaína (114), cigarro (113) e crack (108).
TABELA 67
%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 170: NOS ÚLTIMOS SEIS MESES, O PROGRAMA DE
ATENDIMENTO ExECUTADO NESTA UNIDADE/SERVIÇO/CREAS
RECEBEU ALGUM ADOLESCENTE COM DEPENDêNCIA DE ÁLCOOL
OU SUBSTâNCIAS PSICOATIVAS?30
94,23147Sim
5,779Não
100156Total
28 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital 167.pdf
29 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital quest 168.pdf
30 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital das respostas à questão 170.pdf
67Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
TABELA 68
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 172: SUBSTâNCIA DE DEPENDêNCIA31
17,22054114v172.1. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento
executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes
com dependência de álcool
17,06949113v172.2. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento
executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes
com dependência de cigarro
21,45015142v172.3. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento
executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes
com dependência de maconha
16,3142108v172.4. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento
executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes
com dependência de crack
17,22054114v172.5. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento
executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes
com dependência de cocaína
2,87009119v172.6. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento
executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes
com dependência de merla
0,604234v172.7. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento
executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes
com dependência de anfetamina
1,81268912v172.8. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento
executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes
com dependência de oxi
5,43806636v172.9. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento
executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes
com dependência de outra substância
100662Total
Das unidades/serviço/CREAS que executam o atendimento, 81 utilizam outros serviços espe-
cializados para suprir necessidades específicas do/a adolescente com dependência de álcool
ou substância psicoativas; 35 possuem local com acessibilidade para suprir a necessidade es-
pecífica do/a adolescente com deficiência física e, 33 oferecem/realizam acompanhamento
psicopedagógico no atendimento ao adolescente com transtorno mental. A opção “outros
serviços especializados” refere-se aos serviços da rede pública ou particular para os quais os
adolescentes são encaminhados em razão da dependência de álcool e/ou substancias psico-
ativas, deficiência e transtorno mental.
31 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital 172.pdf
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM68
TABELA 69
% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 173: TIPO DE SERVIÇO ESPECIALIzADO
22,151935v173.1.O Programa de Atendimento utiliza Local com
acessibilidade para adolescentes com deficiência física
0,6329111v173.3.O Programa de Atendimento utiliza Audiodescrição para suprir
a necessidade específica do/a adolescente com deficiência visual
0,6329111v173.4.O Programa de Atendimento utiliza Livro Falado para suprir
a necessidade específica do/a adolescente com deficiência visual
4,430387v173.5.O Programa de Atendimento utiliza Intérprete de Língua
de Sinais Brasileira para suprir a necessidade específica do/a
adolescente com deficiência auditiva
20,8860833v173.6.O Programa de Atendimento utiliza Acompanhamento
psicopedagógico para suprir a necessidade específica do/a
adolescente com transtorno mental
51,2658281v173.7.O Programa de Atendimento utiliza outros serviços
especializados para suprir a necessidade específica do/a
adolescente com deficiência de álcool e/ou substâncias psicoativas
100158Total
CONCLUSÃO
A presente pesquisa buscou, através desta etapa quantitativa, traçar um retrato da atual re-
alidade da execução das medidas socioeducativas em meio aberto (LA e PSC) nas 27 capitais.
Após a recente regulamentação de municipalização deste atendimento, tornou-se necessá-
rio conhecer os principais desafios que a gestão municipal encontra no desenvolvimento do
processo de socioeducação dos adolescentes autores de ato infracional. Por isso, como já
mencionado durante esse relatório, os resultados do levantamento são preliminares e não
possuem uma análise profunda e contundente da estrutura de atendimento das capitais ob-
servadas. O produto que conterá esta discussão e o exame mais detalhado das nuances do
objeto estudado constitui-se tanto do diagnóstico quantitativo, quanto do qualitativo. Mais
do que conhecer o que foi afirmado pelos gestores e técnicos que concederam as informa-
ções para o questionário desta fase, faz-se imprescindível observar e ouvir todos os agentes
envolvidos no sistema de garantia de direitos. A pluralidade das falas dos interlocutores,
além dos dados coletados, consiste nos subsídios do aperfeiçoamento da política pública.
Isto posto, prioriza-se, neste momento, uma breve conclusão dos resultados encontrados na
etapa quantitativa.
69Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
No módulo I, sobre as Entidades de Atendimento, foram encontradas 31 instituições que res-
pondiam por este papel nas 27 capitais. Com a maioria de Secretarias Municipais e, apenas 3
Secretarias de Estado, o levantamento demonstrou que o processo de municipalização está
avançado nas principais cidades do país. O DF, por razões político-administrativas, não possui
esta estrutura, entretanto, notou-se uma preocupação com o tema já que a pasta respon-
sável pelas medidas socioeducativas é a Secretaria de Estado da Criança. Em Porto Velho,
embora à época da pesquisa, o estado ainda estivesse à frente desta execução, o município
já assumiu tal responsabilidade, do mesmo modo que Manaus e Boa Vista. As especificidades
e os desdobramentos deste arranjo estão descritos com mais detalhes no relatório da etapa
qualitativa.
Vale destacar a existência de Liberdade Assistida Comunitária (LAC) em duas capitais: em
Belém, pelo Centro Espírita Yvon Costa e pela Universidade da Amazônia, e, em Teresina,
pela Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e Assistência Social em parceria com a
Ação Social Arquidiocesana. Mesmo que a pesquisa não tenha tido a proposta inicial de se
debruçar sobre outras medidas socioeducativas, estas experiências revelaram-se exitosas
junto aos adolescentes. As descrições desses modelos encontram-se no relatório da etapa
qualitativa.
A inscrição das entidades nos Conselhos Municipais de Direitos da Criança e do Adolescente
(CMDCA) foi outro aspecto evidente, tendo em vista que 21 instituições declaram o registro
nesse órgão. Tal indicador reforça a importância desse espaço deliberativo e consultivo na
implementação das políticas públicas.
O último ponto que se salienta neste módulo é a questão dos recursos financeiros que são
utilizados no atendimento socioeducativo. Do universo de 31 entidades mapeadas, 24 de-
clararam saber quanto havia sido gasto no atendimento socioeducativo em meio aberto
no ano de 2011. Desses que conheciam mais profundamente seus proventos, 13 afirmaram
que o montante disponibilizado foi suficiente para a execução das atividades. E, ainda, 13
disseram que tais verbas foram gastas integralmente. A origem dos recursos teve como res-
postas majoritárias, o Fundo da Assistência Social (FAS) com 17 respondentes e o Fundo dos
Direitos da Criança e do Adolescente (FIA) com 2 respondentes. Os resultados obtidos com
essas questões suscitam a dificuldade dos municípios na captação, utilização e prestação
de contas do recurso público. Embora, essa visão não tenha sido demonstrada claramente
com as perguntas, o que se pode verificar na prática é a grande urgência desses entes em
capacitações para apropriação e conhecimento das possibilidades de emprego dos recursos.
No módulo II, sobre os Programas de Atendimento, foram encontrados 31 arranjos de exe-
cução das medidas em meio aberto, inferindo-se assim que cada entidade é responsável por
um programa. Entretanto, tendo como base o entendimento de Programa como um conjunto
de ações intersetoriais que viabilizam o processo socioeducativo do adolescente em cum-
primento de medida socioeducativa, observou-se que poucos contemplam na prática esse
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM70
direcionamento. Notou-se que metade dos respondentes identificou o “Serviço de Proteção
Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida —
LA —, e de Prestação de Serviços à Comunidade — PSC” como um programa. Depreende-se
daí que a estrutura não está alinhada à perspectiva da Lei do SINASE, e que os programas não
existem em metade das capitais. A coordenação e a execução desse serviço estão amparadas
pela Assistência Social e, consequentemente, sobre grande parte da lógica do SUAS. Todavia,
esse assunto merece ser aprofundado para que se compreendam as tensões e as aproxima-
ções entre os dois sistemas.
O início da estruturação do atendimento em meio aberto fora da esfera estadual teve seu
marco no ano de 1996, com a Unama, em Belém. Pontua-se que esse programa não confi-
gura uma municipalização destas medidas, mas sim uma desjudicialização, que será mais
detalhada no relatório da etapa qualitativa. O primeiro município a aderir à execução da LA
e PSC foi Boa Vista em 1998. Verificou-se que a partir de 2005 houve maior índice de muni-
cípios que iniciaram esse serviço e, um ápice em 2010, com 9 programas. Tal cenário pode
ser explicado pela homologação da Resolução N° 119 do Conanda, em 2006, que estabeleceu
a execução do meio aberto pela esfera municipal, além de outras demandas tais como a ti-
pificação dos serviços em 2009 e o apoio financeiro em 2010 no âmbito do SUAS. A inscrição
do programa nos CMDCAs também esteve associada a este mesmo recorte temporal. Dos 20
programas que declaram estar com registro no órgão, 4 iniciaram no ano de 2005.
Sobre os números de atendimentos do programa, observou-se que poucos estabelecem me-
tas para o serviço, porém 6 declararam quantos atendimentos realizaram em PSC, 6 disseram
seus números da LA, 3 da LAC e 6 souberam afirmar o número de adolescentes que cumprem
LA e PSC, cumulativamente, tendo como referência o ano de 2011. Isto pode indicar que a
ausência de metas é decorrente da universalização do serviço, já que segundo relatos dos
gestores deve-se atender a toda demanda que chega.
As atividades desenvolvidas no âmbito do programa de atendimento foram outro ponto de
investigação da pesquisa. Foram listadas 21 possibilidades de registro, ou procedimentos
possíveis, tendo em vista os protocolos previstos nos documentos que orientam a política de
atendimento à criança e ao adolescente e do SUAS. Como se verificou, a grande parte dos
programas realiza a maioria dessas ações colocadas no questionário, sendo que as unida-
des de atendimento foram apontadas como local mais recorrente. Tais números denotam e
consolidam a visão de que o CREAS é um espaço de acolhimento das demandas da proteção
social especial.
Os instrumentos de formalização do programa não são muito frequentes entre os entrevista-
dos. Apenas metade dos gestores declarou a existência de algum documento de formalização
do atendimento/programa. Desses, 6 realizaram no ano de 2009, corroborando, mais uma
vez, o recorte temporal, já mencionado, ligado à homologação da Resolução N° 119 do Co-
nanda, e o apoio do MDS para implementação do serviço.
71Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Quanto à capacitação da equipe técnica, 27 programas declararam ter realizado algum tipo
de curso e/ou oficina nos últimos seis meses. Os três principais temas trabalhados foram
o ECA, SINASE, PIA, demonstrando a importância da consolidação da legislação e da ferra-
menta de acompanhamento do adolescente na prática cotidiana destes profissionais. Ainda
sobre essa temática, foi perguntado sobre a participação no Curso de Formação Continuada
do SINASE. Do universo levantado, 18 respondentes declararam que membros da equipe par-
ticiparam da capacitação, sendo 10 a média de profissionais concluintes.
No tocante ao sistema de monitoramento e avaliação, 24 programas responderam contar
com rotinas, ferramentas e instrumentos que os auxiliam no aprimoramento do atendimen-
to. Desses, 16 relataram realizar uma avaliação mensal contando, principalmente, com os
técnicos e gestores do programa e pessoas ligadas às instituições parceiras. Ainda, notou-se
que em 21 programas realizou-se algum tipo de avaliação nos últimos seis meses. Percebeu-
se, ao longo do desenvolvimento da pesquisa, mas que será detalhado no relatório qualita-
tivo, que embora os municípios disponham de metodologias de monitoramento e avaliação
do serviço, os resultados não são efetivamente aplicados e compartilhados com os demais
agentes do sistema de garantia de direitos. Neste sentido, também se averiguou o acompa-
nhamento de egressos por parte do programa. Apenas em 12 este atendimento é realizado,
clarificando a fragilidade das diversas formas de acompanhamento dos desdobramentos das
medidas socioeducativas.
Tão importante quanto compreender a dinâmica de funcionamento interno, faz-se impres-
cindível apreender sobre a articulação externa do programa. Neste contexto, a pesquisa
verificou que as principais instituições com as quais os programas se articularam nos seis
últimos meses para viabilizar o atendimento foram o Poder Judiciário, o Ministério Público,
as Secretarias Municipais, ONGs e o Sistema S. Entre os setores da rede de atendimento, os
mais citados foram as áreas de saúde, educação, assistência social e profissionalização. Tal
cenário revela a influência de todos os agentes do sistema de garantia de direitos e da in-
tersetorialidade das ações no andamento do processo socioeducativo. É importante reforçar
a responsabilidade de cada ente nesse sentido para que não recaia somente ao executivo
municipal a obrigação da execução das medidas. Da mesma forma, destaca-se o papel de-
cisivo não só da assistência social, mas das demais áreas na reinserção do adolescente e no
acesso à cidadania.
Neste contexto, verificou-se que a comunicação entre os programas de atendimento e as
outras secretarias municipais é menos frequente que a articulação com as secretarias es-
taduais, confirmando a fragilidade da rede municipal de atendimento socioeducativo. Ao
mesmo tempo, confirmou-se também uma comunicação mínima entre estado e município
com o objetivo de garantir algumas questões, como, por exemplo, o cofinanciamento ou os
processos de regressão ou progressão de medida.
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM72
Por último, observou-se, nos programas de atendimento, que 10 respondentes atendem ado-
lescentes residentes em outros municípios. Em média, o número de atendidos estabeleceu-
se em 4, retratando o problema da falta de atendimento das medidas em meio aberto nos
municípios do interior. Uns dos principais motivos dessa transferência da execução é a ausên-
cia da LA e da PSC na cidade de origem do adolescente autor de ato infracional.
No módulo III sobre as Unidades de Atendimento foram encontradas 156 espaços de execução
das medidas socioeducativas em meio aberto. Deste universo, verificou-se que: 73 (46,79%)
são Centros de Referência Especializada em Assistência Social — CREAS —; 51 (32,69%) ONGs;
21 (13,46%) entidades governamentais; 5 (3,21%) autarquias; 2 (1,28%) OS (Organizações
Sociais); 1 entidade privada com fins lucrativos; uma fundação, denominada Central de Me-
didas Socioeducativas em meio Aberto (Salvador, BA); e duas entidades religiosas (Belém, PA
e Teresina, PI).
Observou-se ainda que grande parte das unidades está localizada na região sudeste, indican-
do um melhor aparelhamento destas capitais para a atender a demanda, que também está
concentrada nesse território.
Sobre os atributos do espaço físico, as principais facilidades listadas em relação ao atendi-
mento foram a localização de fácil acesso para os/as usuários/as e espaço com privacidade
para atendimento individual e entrevistas. Os outros menos citados demonstram ser pontos
que necessitam de melhorias, como o tamanho adequado para a quantidade de atendidos
e a conservação e manutenção adequadas de equipamentos (telefone, fax, computador,
internet, carro).
A mesma pergunta sobre a capacitação da equipe técnica foi feita com as unidades de aten-
dimento. Seguindo o mesmo resultado dos gestores do programa, 135 unidades de atendi-
mento relataram ter realizado algum curso e/ou oficina com seus profissionais. Os principais
temas trabalhados também foram semelhantes, como o SINASE, PIA e o uso de drogas. En-
tretanto, como respeito ao Curso de Formação Continuada do SINASE, os indicadores foram
inversos aos verificados no programa. Apenas, 51 unidades afirmaram ter participado desta
capacitação, apresentando um cenário de técnicos de atendimento pouco capacitados.
No que tange a formação dos profissionais, os coordenadores das unidades são prioritaria-
mente assistentes sociais e psicólogos. Estas habilitações são encontradas da mesma forma
majoritária no corpo da equipe técnica de atendimento. Contudo, ressalta-se que o período
de permanência destes membros à frente do serviço é, em maior número, de 2 a 4 anos, de-
monstrando a rotatividade de técnicos em decorrência de mudanças governamentais. Ade-
mais como será confirmado no relatório da etapa qualitativa, faz-se necessária a realização
de concursos públicos em muitas capitais para diminuir essa evasão profissional.
73Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Mais questões pertinentes mensuradas consistiram nos principais problemas enfrentados pe-
las unidades no desenvolvimento das atividades de execução das medidas. As mais assinala-
das foram a precariedade ou insuficiência de uma rede de serviços públicos adequada para
encaminhamento do adolescente (93), excesso de burocracia (71) e orçamento insuficiente.
Tais marcações vão ao encontro dos já mencionados problemas com a consolidação da rede
e na condução dos recursos financeiros discutido nos módulos anteriores.
Sobre a questão dos orientadores socioeducativos e comunitários verificou-se que o entendi-
mento dos técnicos sobre a responsabilidade e função destas figuras é heterogêneo. Mesmo
com a referência do ECA e da Resolução N° 119 do Conanda, muitos não tiveram a compre-
ensão clara da aplicação destes papéis nas atividades da socioeducação. Vale lembrar que
a maior parte das unidades é da política de assistência cuja política de recursos humanos
não prevê este profissional entre os membros da equipe. Portanto, este tema será mais bem
abordado nos relatórios qualitativos.
O Plano Individual de Atendimento (PIA) configura-se como um instrumento fundamental no
processo socioeducativo e, por isso, a pesquisa dedicou um bloco exclusivo para verificar a
efetividade da sua aplicação. Das 156 unidades, 128 relataram desenvolver o PIA para todos
os atendimentos, 19 disseram fazer somente para alguns e apenas 9 afirmaram não aplicar
nenhum instrumental desta natureza. Deste universo de 147 unidades, 141 indicaram que os
adolescentes participam de sua elaboração e 137 assinalaram que os familiares ou responsá-
veis pelos adolescentes também participam. Vale salientar que 49 respondentes afirmaram
avaliar o PIA mensalmente.
Ainda destaca-se que os três principais aspectos considerados na elaboração do instrumento
são os objetivos declarados pelo adolescente, medidas de atenção à escolarização e ativi-
dade de integração e/ou capacitação profissional. Os relatórios são encaminhados para o
judiciário realizar a avaliação da medida em 145 casos e 132 afirmaram acreditar que o PIA
é um instrumento eficaz no processo socioeducativo. Tais números indicam que o plano está
sendo utilizado na execução das medidas socioeducativas, entretanto, como se observou na
etapa qualitativa, a ferramenta carece de aperfeiçoamento em algumas capitais.
Por último, buscou-se aferir sobre o perfil dos adolescentes que estão em cumprimento de LA
e PSC nas unidades de atendimento. Entretanto, em razão da inconsistência das informações,
a pesquisa procurou disponibilizar os dados mais gerais. Muitas capitais não possuíam alguns
indicadores solicitados, além de informá-los com o recorte temporal diverso. Portanto, obser-
vou-se que a medida de LA possui maior número de adolescentes em cumprimento, seguida
da PSC. Os atos infracionais mais cometidos estão ligados a crimes contra o patrimônio (roubo
e furto) e tráfico de entorpecentes. O retrato dessas características está mais esmiuçado no
relatório qualitativo, em que foi possível conhecer os adolescentes nos grupos focais.
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM74
Das 156 unidades de atendimento, apenas 37 declararam ter recebido algum adolescente
com deficiência, 64 disseram ter atendido algum adolescente com transtorno mental e 147
afirmaram ter jovens com dependência de álcool e substâncias psicoativas. Desse número
significativo de jovens com problemas de dependência, a pesquisa investigou que maconha,
cigarro, cocaína e álcool são as drogas utilizadas com mais frequência. As unidades ainda
sinalizaram que utilizam outros serviços especializados para suprir necessidades específicas
do/a adolescente nessas situações.
Em suma, pode-se observar pelos resultados preliminares da pesquisa que a municipalização
do atendimento socioeducativo em meio aberto está avançando no que diz respeito aos ser-
viços no âmbito da política de assistência social. Entretanto, é necessário que os governos
municipais invistam recursos humanos e financeiros nesta política pública como forma de
prevenção à questão da violência urbana.
75Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
BIBLIOGRAFIA
BRASIL . CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução N° 109, de 11 de novembro
de 2009. Aprova a tipificação nacional dos serviços socioassistenciais.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução N° 130, de 15 de julho de
2005. Aprova a Norma Operacional Básica - NOB/SUAS 2005.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução N° 33, de 12 de dezembro.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução N° 33, de 12 de dezembro
de 2012. Aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social — NOB/
SUAS 2012.
BRASIL. CONSELHO NACIONALDE ASSISTENCIA SOCIAL. Política Nacional de Assistência Social
— PNAS.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
BRASIL. Lei 8069/90. Estatuto da Criança e do Adolescente
BRASIL. Lei do SINASE Lei N° 12.594 de 2012
BRASIL. Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS — Lei 8742 de 1993).
BRASIL. MDS. Portaria MDS N° 843/2010.
BRASIL. MDS/SNAS. Instrução Operacional N° 3/2010.
BRASIL. Resolução 119 de 2006 do CONANDA. Resolução do SINASE
Política Nacional de Assistência Social (Resolução CNAS - N° 109, de 11 de Novembro de
2009 - DOU 25/11/2009)
SOUZA, Rosimere de; Lira, Vilnia Batista. Caminhos para a municipalização do atendimento
socioeducativo em meio aberto: liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade.
Rio de Janeiro: IBAM/DES; Brasília: SPDCA/SEDH, 2008.
Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM76
ANExOS
ANEXO I: Questionário utilizado na pesquisa quantitativa (Etapa 1) nas 27 capitais.
ANEXO II: Listagem das Entidades, Programas e Unidades/Serviços/CREAS identificados.
ANEXO III: Perfil dos respondentes dos questionários.
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - quadro não sei 28.pdf e tabela cruzamento ques-
tões 28 e 29.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - quadro não 29 e integralmente 30.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela questão 33.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela cruzamento questões 63-107.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela questão 71.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela questão 76.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela questão 77.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela cruzamento questões 63-107.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela questão 111.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 126.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela-capital quest 127.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabelas por capital 128.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital das respostas à questão 129.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 131.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 133.pdf
77Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 134.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 164.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital das respostas à questão 165.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 167.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital quest 168.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital das respostas à questão 170.pdf
ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 172.pdf
Grupos Focais com adolescentes em cumprimento
de medida socioeducativa em meio
aberto e com os seus responsáveis
R382
Souza, Rosimere deGrupo focal / [supervisão geral de] Rosimere de Souza; [coordenação de] Delaine Costa – Rio de Janeiro: IBAM; CONANDA, 2013.
92 p.
Abaixo do título: “Pesquisa análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC)”.
1. Serviço social com adolescentes. 2. Adolescentes infratores – serviço social. I. Souza, Rosimere de. II. Costa, Delaine III. Instituto Brasileiro de Administração Municipal. IV. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. V. Título.
“Pesquisa análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA
— e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC)”
Junho de 2014
Presidente da RepúblicaDilma Rousseff
Ministra Chefe de Estado da Secretaria de Direitos HumanosIdeli Salvatti
Secretário Executivo da Secretaria de Direitos HumanosClaudinei Nascimento
Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do AdolescenteAngélica Moura Goulart
Coordenador-Geral do Sistema Nacional SocioeducativoCláudio Augusto Vieira da Silva
Instituto Brasileiro de Administração Municipal
Superintendete Geral
Paulo Timm
Superintendente de Desenvolvimento Econômico e Social
Alexandre Carlos Albuquerque Santos
Equipe Técnica do Projeto
Supervisora Geral do Projeto
Coordenadora do Programa Gestão Pública Municipal e Direitos Humanos
Rosimere de Souza
Assessores Técnicos
Adriana MotaHerculis ToledoJuliana LeiteLiza SantosLouise Storni
Consultora de Metodologia de Pesquisa
Marina Sidrim Teixeira
Colaboradora
Delaine Costa
Pesquisadores Locais
Afonso AlvesAndré AssunçãoAntonio de SouzaDanieli Souza BezerraFelipe HauersFernanda Azeredo de MoraesLaura Rosa Almeida P. FerreiraLayane da Silva Melo
Luzianny Borges RochaMairla Machado ProtazioMarcello Felipe de Jesus MúscariMaria Cristina de OliveiraMaria Tereza Nunes TrabulsiIvanir Luzia MaisJussara de MeloTâmara Caroline da Silva Ramos CoimbraThais BritoThiago Lucena
Estagiários
Safira SilvaVladmir Machado
Revisão Bibliográfica e catalográfica
Elisa Machado Alves Correa
Revisão e Diagramação
Diana Castellani Ricardo Polato
Programação visual
André Guimarães Souza
Apoio Técnico-administrativo
Flavia Lopes
Conselho nacional dos direitos da criança e do adolescente — CONANDAConselheiros Governamentais — Biênio 2013/2014 — Titulares e Suplentes no CONANDA
Casa Civil da Presidência da República
Titular: Magaly de Carvalho Correia MarquesSuplente: Mariana Barbosa Cirne
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Titular: Francisco Antonio de Sousa BritoSuplente: Natalia da Silva Pessoa
Ministério da Cultura
Titular: Anirlenio Donizet de MoraisSuplente: Marina Leite da Silveira
Ministério da Educação
Titular: Clélia Brandão Alvarenga CraveiroSuplente: Fabio Meirelles Hardman de Castro
Ministério do Esporte
Titular: Andrea Carvalho AlfamaSuplente: Elisangela Landim Santos
Ministério da Fazenda
Titular: Jordelino Serafim dos ReisSuplente: Cristiane Caldera de Araújo Mascarenhas
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM6
Ministério da Previdência Social
Titular: Kesia Miriam Santos de AraujoSuplente: Fabiula Costa Oliveira
Ministério da Saúde
Titular: Thereza de Lamare Franco NettoSuplente: Maria de Lourdes Magalhães
Ministério das Relações Exteriores
Titular: Marcia Canário de OliveiraSuplente: Juliana de Moura Gomes
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Titular: Danyel Iorio de LimaSuplente: Bernardo Bofil Vasconcelos Pereira
Ministério do Trabalho e Emprego
Titular: Karina Andrade LadeiraSuplente: Cintia Bastos Bemerguy
Ministério da Justiça
Titular: Davi Ulisses Brasil Simões PiresSuplente: Alex Canuto de Sá Cunha
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Titular: Maria Izabel da Silva (Vice-Presidente) Suplente: Claudio Augusto Vieira Da Silva
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República
Titular: Cristina de Fátima GuimarãesSuplente: Floraci Pereira dos Santos
Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Titulares no CONANDA
Pastoral da Criança Representante: Maristela Cizeski
CNBB — Pastoral do Menor
Representante: Vitor Cavalcante de Sousa Valério
Inspetoria São João Bosco (Salesianos)
Representante: Miriam Maria José dos Santos (Presidente)
Federação Nacional das APAES
Representante: Anna Beatriz Langue Peranovichi Leite
CFP — Conselho Federal de Psicologia
Representante: Esther Maria de Magalhães Arantes
ABMP — Associação Brasileira de Magistrados, Promotores e Defensores Públicos da Infância e da Juventude
Representante: Diego Vale de Medeiros
UBEE — União Brasileira de Educação e Ensino (Marista)
Representante: Fabio Feitosa da Silva
Aldeias Infantis SOS Brasil
Representante: Fabio José Garcia Paes
7Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
CONTAG — Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura
Representante: Tania Mara Dornellas dos Santos
MNMMR — Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua
Representante: Marco Antônio da Silva Souza
Criança Segura
Representante: Alessandra Mara Françoia
CFESS — Conselho Federal de Serviço Social
Representante: Erivã Garcia Velasco
CECUP — Centro de Educação e Cultura Popular
Representante: Edmundo Ribeiro Kroger
OAB — Ordem dos Advogados do Brasil
Representante: Luiza Helena Simonetti Xavier
Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Suplentes no CONANDA
ACM — Federação Brasileira das Associações Cristã de Moços
Representante: Adriano de Britos
Sociedade Literária e Caritativa Santo Agostinho
Representante: Roseli Aparecida Duarte
MNDH — Movimento Nacional de Direitos Humanos
Representante: Carlos Nicodemos Oliveira Silva
CUT — Central Única dos Trabalhadores
Representante: Raimunda Núbia Lopes da Silva
Instituto ALANA
Representante: Pedro Affonso Duarte Hartung
FENATIBREF — Federação Nacional dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas
Representante: Francisco Rodrigues Correa
ANCED — Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente
Representante: Djalma Costa
SBP — Sociedade Brasileira de Pediatria
Representante: Rachel Niskier Sanchez
FENAVAPE — Federação Nacional das Associações para Valorização de Pessoas com Deficiência
Representante: Fernanda Campana
Fundação Fé e Alegria do Brasil
Representante: Renato Eliseu Costa
Fundação ABRINQ
Representante: Heloisa Helena Silva de OliveiraConselho Latino Americano de IgrejasRepresentante: Rosilea Roldi Wille
MORHAN — Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase
Representante: Thiago Pereira da Silva Flo
9Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................... 10
1. PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS........................................................ 16
1.1. Operacionalização dos Grupos Focais no âmbito do Projeto SINASE ......................17
2. ALGUNS DADOS: PERFIL DOS ADOLESCENTES PARTICIPANTES DOS GRUPOS FOCAIS ...................................................................... 24
3. GRUPOS FOCAIS COM ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA EM MEIO ABERTO ...................................................... 32
3.1.Norte .................................................................................................32
3.2. Nordeste ............................................................................................38
3.3. Centro-Oeste .......................................................................................44
3.4. Sudeste .............................................................................................49
3.5. Sul ...................................................................................................55
4. GRUPOS FOCAIS COM RESPONSÁVEIS DOS ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA EM MEIO ABERTO .................. 59
Também foram analisados nos depoimentos dos responsáveis pelos adolescentes atendidos os principais aspectos dos temas em debate aspectos positivos, entraves e recomendações ....................................................................................59
4.1. Norte ................................................................................................59
4.2. Nordeste ............................................................................................64
4.3. Centro-Oeste .......................................................................................70
4.4. Sudeste .............................................................................................75
4.5. Sul ..................................................................................................81
CONCLUSÃO .................................................................................... 85
BIBLIOGRAFIA .................................................................................. 89
ANEXO 1 — ROTEIRO DOS GRUPOS FOCAIS — ADOLESCENTES .......................... 91
ANEXO 2 — ROTEIRO DOS GRUPOS FOCAIS — RESPONSÁVEIS E FAMILIARES .......... 93
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM10
APRESENTAÇÃO
Foram realizados na Pesquisa 54 grupos focais em 25 capitais. Tais atividades se desenvolve-
ram em um período entre 24 de novembro de 2012 e 28 de fevereiro de 2013.
Buscou-se nessa etapa investigar as impressões sobre o funcionamento do Programa oferecido
pelas unidades para os dois principais públicos de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, a
saber: o adolescente em cumprimento de medida e a família.
De maneira geral os grupos aconteceram em um clima agradável e amistoso, sempre apresen-
tando aspectos importantíssimos para a análise dos programas pretendida nesta etapa da pes-
quisa. A avaliação da atividade por parte dos participantes foi, em geral, positiva e surgiram
inclusive pedidos e sugestões para que atividades neste mesmo formato sejam desenvolvidas
pelas equipes das unidades, tendo em vista a troca de experiências, uma vez que o atendimen-
to individualizado cria poucas oportunidades para realização de atividades coletivas.
No quadro a seguir, podemos verificar a data, quantidade de pessoas e principais aconteci-
mentos em cada capital:
11Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Quadro 1: Informações Básicas sobre os Grupos Focais nas 27 capitais
CAPITAL DATA QUANT. ADOLESCENTES
QUANT. FAMILIARES
OBSERVAÇõES
Aracaju 05/12/2012 10 07 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
Belém 01/02/2013 06 04 A mobilização do parcei-
ro local em relação aos
familiares teve dificul-
dade devido aos compro-
missos de trabalho dos
responsáveis.
Belo
Horizonte
20/02/2013 02 01 O parceiro local não
conseguiu mobilizar os
familiares e adolescentes
para participação no gru-
po focal e a equipe de
pesquisa teve que ficar
mais um dia na cidade
para que ocorresse o
grupo focal, ajudando os
parceiros na mobilização
das pessoas.
Boa Vista 06/12/2012 11 09 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
Brasília 18/12/2012 07 05 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM12
Campo
Grande
17/12/2012 11 08 O espaço cedido pelo
parceiro local não era
adequado para realiza-
ção da atividade. No dia
da atividade choveu,
o que pode ter dificul-
tado a vinda de outros
responsáveis. Contudo,
percebeu-se que os res-
ponsáveis e adolescentes
sentiram-se bastante
à vontade para falar e
criaram um laço de con-
fiança com a equipe.
Cuiabá 13/12/13
GF1 com
Adolescen-
tes
14/12/13
GF com
responsá-
veis
06 06 Foi feito convite para os
responsáveis, contudo
nos dois dias das ativida-
des houve chuva intensa
na cidade e, talvez, por
este motivo os convida-
dos tenham faltado.
Curitiba 11/12/2012 11 14 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
Florianópolis Não acon-
teceu
Não aconte-
ceu
Não
aconte-
ceu
O parceiro local não se
mostrou disposto a ar-
ticular os grupos focais,
desmarcando datas e
argumentou empecilhos
de tempo e dificuldade
de mobilização.
13Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Fortaleza 10/12/2012 08 07 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
Goiânia 13/12/2012 10 07 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
João Pessoa 29/11/2012 12 07 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
Macapá 13/12/2012 09 06 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
Maceió 4/12/2012 07 03 A mobilização do parcei-
ro local em relação aos
familiares e adolescentes
revelou dificuldade devi-
do à falta de transporte
para buscá-los em casa,
visto que o espaço do
CREAS onde aconteceu
o GF não é central na
cidade.
Manaus 01/03/2013 08 07 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória, ainda que a
gestão tenha atrasado na
definição da data.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM14
Natal 28/11/2012 12 05 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória, ainda que o
local da realização do GF
não fosse central para os
participantes.
Palmas 06/12/2012 09 12 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
Porto Alegre 12/12/2012
14/12/2012
03 03 O parceiro local não
conseguiu mobilizar os
familiares e adolescen-
tes para participação no
grupo.
Porto Velho 18/01/2013 05 05 O parceiro local não
conseguiu mobilizar a
contento os familiares e
adolescentes para parti-
cipação no grupo.
Recife 30/11/2012 11 10 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
15Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Rio Branco GF PSC —
11/12/2012
GF LA —
12/12/2012
GF PSC —
15
GF LA —
1 1
GF PSC
— 05
GF LA
— 04
O número de pessoas foi
suficiente, a participação
efetiva e a organização
do parceiro local satis-
fatória. Em Rio Branco
aconteceram quatro gru-
pos focais, pois o Serviço
de Medidas Socioeducati-
va em Meio Aberto desta
capital se divide em um
núcleo de LA gerenciada
na época pelo Estado e
outro de PSC gerenciado
pelo Município. Desta
forma foram feitos dois
grupos focais por núcleo,
com os adolescentes e
com responsáveis pelos
adolescentes.
Rio de Ja-
neiro
10/12/2012 08 08 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
Salvador 07/12/2012 04 03 O parceiro local não
conseguiu mobilizar os
familiares e adolescen-
tes para participação no
grupo
São Luis 12/12/2012 11 09 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
São Paulo 24/11/2012
(GF família)
29/12/2012
(GF adoles-
centes)
13 08 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM16
Teresina 11/12/2012 08 05 O número de pessoas foi
suficiente, a participa-
ção efetiva e a organi-
zação do parceiro local
satisfatória.
Vitória 04/12/2012 04 02 Mesmo ocorrendo mobi-
lização, a participação
dos familiares e adoles-
centes foi baixa.
1. PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS
Dentre as diferentes técnicas para obtenção de dados qualitativos, optou-se, neste projeto,
por realizar também os Grupos Focais ou grupos focalizados.
Há vários referenciais teóricos que fundamentam a escolha desta técnica de pesquisa.
Para Morgan (1997), os grupos focais derivam das entrevistas grupais, que coletam infor-
mações por meio das interações grupais. Em Kitzinger (2000), observou-se que o grupo
focal é uma forma de entrevistas com grupos, baseada na comunicação e na interação. Seu
principal objetivo é reunir informações detalhadas sobre um tópico específico (sugerido por
um pesquisador, coordenador ou moderador do grupo) a partir de um grupo de participantes
previamente selecionados.
A formação de um grupo focal obedece a critérios previamente determinados pelo pesqui-
sador, de acordo com os objetivos da investigação, cabendo a ele a criação de um ambiente
favorável à discussão, que propicie aos participantes manifestar suas percepções e pontos
de vista (PATTON, 1990; MINAYO, 2000).
Gaskell considera que os grupos focais propiciam um debate aberto e acessível em torno
de um tema de interesse comum aos participantes. Um debate que se fundamenta numa
discussão racional na qual as diferenças de status entre os participantes não são levadas em
consideração.
é um debate aberto e acessível a todos; os assuntos em questão são de inte-
resse comum; as diferenças de status entre os participantes não são levadas
em consideração; e o debate se fundamenta em uma discussão racional.
Nesta característica final, a ideia de “racional” não é que a discussão deva
ser lógica ou desapaixonada. O debate é uma troca de pontos de vista, ideias
e experiências, embora expressas emocionalmente e sem lógica, mas sem
privilegiar indivíduos particulares ou posições (2002, p.79).
17Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Grupo focalizado em entrevista em profundidade (REA e PARKER, 2002, p.93):
• Grupo = os participantes se interessam pelo assunto da discussão e irão interagir uns
com os outros no decorrer da sessão.
• Focalizado = a discussão é limitada e trata de um pequeno número de assuntos fixos
em formato semiestruturado.
• Entrevista = um moderador dirige e conduz a discussão, obtendo informações dos par-
ticipantes do grupo.
• Profundidade = a natureza da discussão é mais penetrante e completa do que é possí-
vel em conversas casuais ou no processo de pesquisa por amostragem.
Ainda em Gaskell, encontrou-se que o grupo focal “é um ambiente mais natural e holístico em
que os participantes levam em consideração os pontos de vista dos outros na formulação de
respostas e comentam as suas próprias experiências e as dos outros” (2002, p.77).
A utilização da técnica do grupo focal permite levantar informação qualitativa para a pes-
quisa e ainda representar um ganho pedagógico para os participantes; permite também dar
continuidade ao processo de reflexão e diálogo entre os participantes; e potencializa a gru-
palização e as interações grupais.
1.1. Operacionalização dos Grupos Focais no âmbito do Projeto
Quantidades e tipos
No âmbito do presente projeto foram realizados dois grupos focais por cidade, distribuídos
da seguinte forma (com as exceções de Florianópolis e Belo Horizonte onde não se realiza-
ram grupos focais e Rio Branco onde ocorreram quatro grupos focais):
Quadro 2: Quantidades e Tipos de Grupos Focais
QUANTIDADE TIPO DE GRUPO
1 Grupo focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio
aberto
1 Grupo focal com responsáveis e familiares de adolescentes em cumprimento de
medida socioeducativa em meio aberto.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM18
Período
Os grupos focais foram realizados no período de 24 de novembro de 2012 a 28 de fevereiro de 2013. A equipe de coordenação do Projeto definiu os dias que os pesquisadores deveriam
marcar os grupos focais dentro desse período.
Espaço físico
Para a sua realização, foram reservados espaços apropriados, de fácil acesso e acessibilidade
para os adolescentes e seus familiares de preferência em território neutro no caso de existi-
rem facções e gangues de segregação territorial dos adolescentes. O ideal era uma sala que
abrigasse confortavelmente o número previsto de participantes e moderadores e que esti-
vesse protegida de ruídos e interrupções externas. Foi dada a preferência pela realização,
quando possível, em espaço reservado dentro da própria unidade em que os adolescentes e
responsáveis já eram atendidos.
Os participantes foram distribuídos em cadeiras arrumadas em forma circular.
Equipamentos que foram usados nos grupos focais
Quanto aos equipamentos requeridos, o uso de gravador foi considerado imprescindível. Vale
ressaltar que a utilização deste recurso foi condicionada à expressa permissão dos partici-
pantes dos grupos. Também foi importante tomar nota das falas e comentários, tanto quanto
possível, seja através de anotações manuais ou com o auxílio de um computador.
Quantidade de participantes no Grupo focal
Com relação ao número de participantes nos grupos focais, recomendamos que fosse um
mínimo oito e no máximo dezesseis participantes. O tamanho ótimo para um grupo focal
é aquele que permita a participação efetiva dos componentes e a discussão adequada dos
temas (PIZZOL, 2004).
Contudo, a realidade do campo nos apresentou uma situação de imensa dificuldade no que
diz respeito à sensibilização tanto de adolescentes quanto de responsáveis, por isso, de
forma a manter o compromisso de investigar também a perspectiva desses dois segmentos
que integram de maneira fundamental o Sistema Socioeducativo, muitas vezes flexibilizamos
esse critério, sem nunca, porém, abrir mão dos pressupostos metodológicos de uma perspec-
tiva objetiva.
19Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Duração do grupo focal
O número de participantes no grupo focal influenciou, sem dúvida, na sua duração. A comple-
xidade do tema ou o grau de polêmica em torno das questões que se apresentaram são outros
fatores que interferiram neste ponto. A duração média da atividade ficou em torno de 75 minutos.
Características dos participantes
Os participantes de um grupo focal devem apresentar certas características em comum que
estão associadas à temática central em estudo. O grupo deve ser, portanto, homogêneo em
termos de características que interfiram radicalmente na percepção do assunto em foco.
Barbour e Kitzinger (1999) recomendam que os participantes sejam selecionados dentro de
um grupo de indivíduos que convivam com o assunto a ser discutido e que tenham profundo
conhecimento dos fatores que afetam os dados mais pertinentes.
A seleção dos entrevistados que integrariam cada um dos grupos foi feita de forma a garantir
o máximo de heterogeneidade na composição dos grupos quanto ao sexo, raça/cor, idade,
escolaridade, tipo de medida que está sendo cumprida etc.
A intenção foi “dar voz” à diversidade presente no universo a pesquisar, conforme as seguin-
tes características:
Quadro 3: Características e Descrição dos participantes dos Grupos Focais
CARACTERíSTICAS E DESCRIÇÃO QUANTIDADE
Característica principal:
Vínculo com unidade de atendimento para cumprimento de MSE em
meio aberto em uma das 27 capitais brasileiras.
100% dos
adolescentes
100% dos
responsáveis e seus
familiares.
Características secundárias:
Tipo de Medida Socioeducativa:
• um adolescente cumprindo medida de Liberdade Assistida/LA;
• um adolescente cumprindo medida de Prestação de Serviços à
Comunidade/PSC;
• um adolescente cumprindo ambas as medidas cumuladamente, LA e
PSC.
3
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM20
Idade:
• um adolescente com idade entre 12 a 14 anos;
• um adolescente com idade entre 15 a 17 anos de idade;
• um adolescente com idade entre 18 ou mais anos de idade.
3
Raça/cor:
• um adolescente que tenha se auto declarado negro/pardo;
• um adolescente que tenha se auto declarado branco.
2
Sexo:
• pelo menos 1 homem; pelo menos 1 mulher.
2
Escolaridade:
• um adolescente com instrução no nível fundamental completo ou
incompleto;
• um adolescente com instrução no nível médio completo ou incompleto.
2
Renda:
• um adolescente integrante de família com renda per capita familiar de
0 a 1/2 salário mínimo;
• um adolescente integrante de família com renda per capita familiar de
1/2 a 1 salário mínimo;
• um adolescente integrante de família com renda per capita familiar a
partir de 1 salário mínimo.
3
Uso de substâncias psicoativas:
• um adolescente que seja usuário;
• um adolescente que não seja usuário.
2
A seleção dos participantes foi feita pelos coordenadores e técnicos dos serviços/programas
de atendimento a partir das informações contidas nas fichas de atendimento preenchidas
pelos usuários. Nas fichas foi possível identificar pessoas que representem cada uma das
características citadas anteriormente. Era importante selecionar pelo menos 3 pessoas para
cada característica, considerando a possibilidade de a pessoa convidada não poder ou não
querer participar.
21Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
O convite para o GF
O convite para participar do grupo focal foi feito, preferencialmente, de maneira pessoal (ao
vivo, por carta ou telefone). Vale destacar a importância da participação dos gestores das
entidades de atendimento ou dos serviços no momento do convite para mobilizar a partici-
pação dos adolescentes e familiares nos grupos focais.
No contato com os participantes foram enfatizadas as seguintes informações:
• o caráter voluntário da participação;
• os objetivos gerais da pesquisa e do grupo focal;
• o órgão promotor da pesquisa (SDH/PR) e o realizador (IBAM);
• dia, hora e local de realização do Grupo Focal;
• estimativa do tempo de duração do Grupo Focal;
• disponibilidade de recursos para deslocamento dos adolescentes;
• a existência de um lanche ao final.
Todas as pessoas convidadas receberam uma carta convite, cujo texto foi elaborado pelo IBAM
e repassado aos pesquisadores locais. O pesquisador local pediu a confirmação da presença de
cada convidado, com a intenção de ter pelo menos 08 participantes no momento do grupo focal.
Participação da equipe de atendimento socioeducativo
Por razões metodológicas, as pessoas de referência no município, sejam elas da Entidade ou
da Unidade, não puderam participar do grupo focal propriamente dito.
Papel do Pesquisador Local
• seleção intencional dos entrevistados a partir das características secundárias predefinidas;
• fornecimento das fichas com informações socioeconomicas relativas às pessoas sele-
cionadas;
• convites às pessoas selecionadas para participar da pesquisa (carta, telefonema e con-
tato pessoal);
• escolha e marcação de local apropriado para a realização do trabalho: de preferência
local silencioso, arejado, com possibilidade de organizar as cadeiras em círculo;
• relatoria do grupo focal.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM22
A moderação dos grupos focais
A equipe técnica de coordenação se responsabilizou pessoalmente pela moderação dos gru-
pos focais e pela condução da dinâmica da discussão.
O pesquisador local atuou como apoio ao técnico da coordenação do projeto, intervindo
oportunamente, como segundo moderador, mas seu papel principal foi fazer a relatoria. Por
isso, as datas e horários para realização dos grupos foram também combinadas entre pesqui-
sador local e coordenação.
Scrimshaw e Hurtado (1987, p. 12) identificam como atribuições do moderador de grupo
focal: (a) introduzir a discussão e a manter acesa; (b) enfatizar para o grupo que não há res-
postas certas ou erradas; (c) observar os participantes, encorajando a palavra de cada um;
(d) buscar as “deixas” da própria discussão e fala dos participantes; (e) construir relações
com os informantes para aprofundar, individualmente, respostas e comentários considerados
relevantes pelo grupo ou pelo pesquisador; (f) observar as comunicações não verbais e o
ritmo próprio dos participantes, dentro do tempo previsto para o debate.
Exercer a moderação de um grupo focal requer do moderador e do apoio, algumas habilida-
des específicas no manejo de discussões em grupo. Foi preciso ter sensibilidade e bom senso
para conduzir o grupo de modo a manter o foco sobre os interesses do estudo, sem negar aos
participantes a possibilidade de expressar-se espontaneamente.
O moderador de grupo deve exercer um papel menos diretivo e mais centrado no processo
de discussão; alguns moderadores dirigem o grupo de tal modo que a discussão gira em torno
de suas opiniões, e não daquelas expressas pelos participantes (GONDIM, 2002). Deve ter o
cuidado, como adverte Minayo (2000), de não induzir o grupo, de forma consciente ou não,
a partir de seu ponto de vista.
O objetivo do grupo foi expresso de forma clara no momento de abertura dos trabalhos,
sinalizando as questões centrais nas quais a discussão iria se concentrar.
Após breve apresentação dos participantes, procedeu-se para a especificação das regras bá-
sicas de funcionamento dos grupos, esclarecendo de partida o papel do moderador. Gondim
(2002) apresenta uma lista básica de regras para esta ocasião, a saber: 1) falar uma pessoa
de cada vez; 2) evitar discussões paralelas para que todos possam participar; 3) dizer livre-
mente o que pensa; 4) evitar o domínio da discussão por parte de um dos integrantes; 5)
manter a atenção e o discurso na temática em questão.
O moderador assegurou, ainda, que todos os participantes tenham assinado previamente o
termo de consentimento livre e esclarecido.
23Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Roteiro de discussão
O roteiro de questões (anexos 1 e 2) que norteou as discussões nos grupos focais continha
poucos itens, permitindo certa flexibilidade na condução dos debates com registro de temas
não previstos, mas relevantes. Apesar da flexibilidade, os roteiros constituem a espinha
dorsal da condução dos debates visto que é fundamental ter dimensões de comparabilidade
entre os diversos grupos focais.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM24
2. ALGUNS DADOS: PERFIL DOS ADOLESCENTES PARTI-CIPANTES DOS GRUPOS FOCAIS
Os participantes dos Grupos Focais preencheram uma ficha que levantava alguns dados socioeco-
nômicos, como: cor, escolaridade, situação conjugal, dentre outros (vide anexo 3).
Os dados foram tabulados e organizados em tabelas e gráficos são apresentados a seguir.
O número de participantes no total dos 54 grupos focais realizados nas capitais, categoriza-
dos nos subgrupos: responsáveis e adolescentes foi de 213 adolescentes e 160 responsáveis.
Total de participantes: subgrupos
Figura 1: Total de Adolescentes participantes dos Grupos Focais.
a) Sexo dos adolescentes
A maioria dos participantes era de homens, ainda que a indicação tenha sido de que em
todos os grupos focais tivessem participantes mulheres. No universo de medidas socioedu-
cativas em meio aberto, a maioria é de homens e a representação de mulheres no universo
total dos GF(s) representa esse fato.
25Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Sexo dos Adolescentes Participantes dos Grupos Focais
Figura 2: Sexo dos Adolescentes (Grupos Focais).
Sexo do adolescente participantes dos Grupos Focais por região
Figura 3: Sexo dos Adolescentes por Região (Grupos Focais).
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM26
b) Idade
A pergunta sobre idade foi aberta e não organizada por faixa etária. Propositalmente, que-
ria-se capturar a média de idade dos participantes dos grupos focais. A maioria está na faixa
etária entre 16 e 18 anos.
Idade dos adolescentes participantes dos grupos focais
Figura 4: Idade dos Adolescentes (Grupos Focais).
c) Cor ou raça
Esse item do questionário foi autodeclaração. A maioria dos adolescentes se declarou parda.
Somente na região norte alguns participantes se declararam indígenas (7 pessoas) e a cor
branca superou a cor preta (56 brancos; 52 negros).
27Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Cor e raça dos adolescentes participantes dos grupos focais
Figura 5: Cor e Raça dos Adolescentes (Grupos Focais).
d) Situação conjugal
Situação conjugal dos adolescentes participantes
Figura 6: Situação Conjugal Adolescentes (Grupos Focais).
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM28
e) Adolescentes participantes dos grupos focais que possuem 1 ou
mais filhos
Nessa pergunta, 33 adolescentes apresentaram ter 1 ou mais filhos. Na região nordeste, duas
adolescentes participantes estavam grávidas durante a realização do grupo focal.
Número de adolescentes participantes com e sem filhos
Figura 7: Indice de Adolescentes com ou sem filhos (Grupos Focais).
Número de adolescentes participantes com e sem filhos por região
Figura 8: Indice dos adolescentes com e sem filhos por Região (Grupos Focais).
29Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
f) Grau de Escolaridade
Nesse item, pode-se perceber a defasagem de escolaridade em relação à idade dos adoles-
centes, visto que a grande maioria ainda está cursando o Ensino Fundamental.
Escolaridade dos adolescentes participantes
Figura 9: Grau de Escolaridade Adolescentes (Grupos Focais).
Grau de instrução dos participantes por região
Figura 10: Grau de Escolaridade dos Adolescentes por Região.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM30
g) Medida socioeducativa em meio aberto em cumprimento pelos ado-
lescentes
A maioria dos adolescentes participantes dos grupos focais estava cumprindo a Liberdade As-
sistida. Isso reflete, em grande parte das unidades pesquisadas, que a medida mais aplicada é
a LA. 36 dos adolescentes estavam cumprindo as duas medidas ao mesmo tempo (PSC e LA).
Medida socioeducativa em meio aberto em cumprimento
Figura 11: Tipo de Medida Socioeducativa em cumprimento (Grupos Focais).
Medida socioeducativa em meio aberto em cumprimento, por região
Figura 12: Medidas Socioeducatias em Meio Aberto em umprimento, por Região (Grupos Focais).
31Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
h) Faixa de renda familiar
A maioria dos adolescentes afirmou que a renda familiar é superior a um salário mínimo,
seguido da faixa de renda entre meio a um salário e, por fim, menos de um salário mínimo.
Faixa de renda que melhor caracteriza a renda familiar do adolescente participante
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM32
3. GRUPOS FOCAIS COM ADOLESCENTES EM CUMPRI-MENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA EM MEIO ABERTO
Foram destacados nos depoimentos dos adolescentes nos grupos focais os aspectos positivos,
os entraves e recomendações especificas para cada tema abordado conforme transcrito nos
quadros seguintes por região.
3.1. Norte
VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DE PARTICIPAREM? O QUE VOCêS OUVIAM FALAR DO SERVIÇO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Havia adolescentes
que conheciam as MSE
anteriormente devido à
convivência com outros
adolescentes que foram
atendidos.
• Em Rio Branco boa parte
dos adolescentes conhecia
a MSE, demonstrando até
certo conhecimento sobre
o momento de transição
vivida por esse programa/
serviço.
• As medidas socioeducativas
ainda são pouco
conhecidas.
• Ainda se associa MSE
exclusivamente com o
meio fechado, que é alvo
das piores impressões.
(Palmas) “Passei 13 dias lá;
nos primeiros 3 dias achei
que já havia passado uma
semana”.
• Visão cartorial do
atendimento da unidade.
(Manaus) “(...) só era pra
ficar sentado pra ganhar
presença”.
• Desenvolver atividades de
promoção das MSE junto às
comunidades com as quais
trabalha.
• Promover debates, junto às
comunidades, específicos
sobre as medidas de meio
aberto com adolescente.
• Maior fiscalização do
atendimento oferecido pelas
unidades tendo em vista o
cumprimento das diretrizes
legais que orientam o
funcionamento das MSE-MA.
33Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Ajuda a mudar
positivamente o
comportamento
do adolescente
que cumpre a
medida.
(Belém) “eu
acordo cedo
agora. Tem umas
coisas legais,
querem que
a gente mude
de vida, dão
oportunidades pra
gente”.
• Boa relação com
a equipe técnica
de referência no
atendimento.
(Belém) “gosto
das conversas com
o orientador. Ele
fala muito comigo
do que é certo e
errado”.
• Oferta, ainda
que limitada,
de atividades
construtivas e
instigantes.
(Palmas) “gosto
de digitar os
documentos e, de
vez em quando,
preencher fichas”.
• Preconceito das outras pessoas no
ambiente de Prestação de Serviços.
(Macapá) “O preconceito de
algumas pessoas na escola
onde presto serviço, fica uma
desconfiança”.
• Cumprimento da MSE-MA atrapalha
o desenvolvimento e manutenção
da vida profissional.
(Belém) “demora muito a atender
a gente aqui. Chego atrasado no
trabalho”.
• Falta de recursos e estratégias para
deslocamento e transporte dos
adolescentes até a unidade e/ou
local de PSC.
(Macapá) “Não tenho condições
de arcar com as despesas do
deslocamento até o local da
medida”.
(Porto Velho) “Ainda não consegui
cumprir minha medida “ PSC “ porque
não tem carro pra me levar lá”.
• Falta de atividades regulares na
unidade de atendimento.
(Porto Velho) “Só venho poucas
vezes por ano, quando elas chamam,
tipo quatro vezes por ano”.
• Atividades de PSC degradantes ou
pouco construtivas.
• Demora no atendimento dos
adolescentes pelos técnicos das
unidades.
• Sensibilização junto às
entidades parceiras sobre
o papel da mesma no bom
cumprimento da medida.
• Maior disponibilidade e
flexibilidade de horário,
tendo em vista facilitar o
acompanhamento da medida
pelo adolescente.
• Disponibilização de transporte
e/ou distribuição de vales-
transporte.
• Promoção e manutenção por
parte da unidade de um plano
de atividades rico e constante.
• Oferta de atividades de
PSC que contribuam para o
desenvolvimento pessoal e até
profissional do adolescente.
Dar prioridade a atividades
leves e que o exercício possa
ser convertido em um “saber”
novo para o adolescente.
• Desenvolvimento de atividades
lúdicas e esportivas.
• Ampliação do número de
atividades educativas,
de capacitação técnica e
profissional.
• Ampliação da equipe de
atendimento para diminuir
ou acabar com a espera pelo
atendimento.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM34
COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS VOCêS FORAM ENCAMINHADOS? FALE UM POUCO SOBRE ELAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• São realizados,
embora muitas vezes
com dificuldade,
encaminhamentos para
atividades.
• Escolas são espaços
onde os adolescentes
costumam gostar de
cumprir a PSC.
• São feitos
encaminhamentos para
diversos serviços.
• Não são realizadas
atividades, apenas
compareço e assino a
presença.
• Baixa oferta de cursos
(Porto Velho) “Deveria ter
curso para mais series,
o que dava pra fazer pra
mim era só informática,
achei chato”.
• Há dificuldades na
continuidade dos
atendimentos para os
quais os adolescentes são
encaminhados.
• Longa espera para o
começo dos cursos para os
quais são encaminhados.
• Demora no atendimento
nos serviços de saúde
para os quais foram
encaminhados.
(Belém) “Já fui
encaminhado para dois
cursos, mas no serviço de
saúde não fui atendido
quando precisei”.
• Ampliação do grupo de parceiros
que compõem a rede de serviços
tendo em vista uma amplitude
de opções de atividade que
contemple o maior número de
adolescentes possível.
• Promover atividades de
integração junto à rede de
equipamentos públicos e
privados.
• Debater junto aos conselhos
municipais e estaduais da
criança e do adolescente o
número potencialmente baixo
de inscrição de projetos para
o público da criança e do
adolescente em cumprimento de
medida socioeducativa em meio
aberto.
• Alargar o fluxo de comunicação
entre os equipamentos que
compõem sua rede.
• Construir condições de trabalho
para equipe técnica que
permita um acompanhamento
presencial a alguns de seus
encaminhamentos.
• Desenvolver atividades de
sensibilização junto aos gestores
e funcionários da ponta dos
equipamentos que compõem
a rede da unidade sobre a
importância de seu papel para o
sucesso da medida.
35Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
COMO SUA FAMíLIA APOIA VOCê NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Apoio da família,
sobretudo de mães ou
de figuras maternas que
desempenhem seu papel.
(Palmas) “Se eu não tivesse
minha mãe, eu já estaria
preso. Eu aprontava
demais”.
• Atendimento reaproximou
adolescente de familiares.
(Macapá) “Sempre minha
mãe me acompanha e vem
ao CREAS, mas a equipe
do CREAS ainda não nos
visitou”.
(Porto Velho) “Eles apoiam,
eu desrespeitava mais,
agora estou respeitando
mais. Antes saia no fight
com meu pai (...)”.
• Ambiente familiar
desequilibrado pode levar
a covivência conflituosa,
que por sua vez pode
desestimular o adolescente
tanto no cumprimento da
medida como em outros
setores de sua vida.
(Porto Velho) “a minha
num tá nem ai, sou filho
adotivo, vivo brigando com
eles. Tem horas que jogam
na cara, noiadinho e tudo.
Mas às vezes fico estressado
e ameaço também. Meu pai
vem, conversa, melhora 2-3
dias, depois volta tudo”.
• Papel de apoio da família
muitas vezes se reduz
à “fiscalização” e ao
cumprimento, por parte
do adolescente, em sua
responsabilidade, da
medida socioeducativa em
meio aberto.
(Porto Velho) “meu pai que
faz eu vir aqui, minha mãe
que lembra ele”.
• Programação de atividades,
que ocorram com um nível
viável de frequência, que
envolva todos os membros
da família do adolescente,
abordando questões
familiares.
• Intensificação ou
reestruturação do processo
de sensibilização junto
aos responsáveis dos
adolescentes sobre a
abrangência e importância
no bom cumprimento
da medida por parte do
adolescente.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM36
COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS, ALéM DE SUA FAMíLIA (VIzINHOS, AMIGOS, PRO-FESSORES), VEEM A SUA PARTICIPAÇÃO NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Em Rio Branco os
adolescentes, tanto de LA
quanto de PSC afirmaram
que o apoio das pessoas
que os cercam tanto
acontece como é
importante.
• Papel de pessoas
da comunidade de
convivência principal
do adolescente que
tenham passado pelo
sistema socioeducativo no
momento de aproximação
do adolescente junto
à comunidade após o
início do cumprimento da
medida.
• Estigma e preconceito
prevalecem tanto na
comunidade que o
adolescente habita, quanto
em instituições para onde
ele é encaminhado, tais
como a escola.
(Belém) “na escola tudo
que acontecem já pensam
que foi eu”.
(Macapá) “Tem um pouco
de preconceito, quando
me veem no canto de casa
chamam a polícia. O diretor
da minha escola pediu
para eu não aprontar nada
na escola, porque estou
cumprindo MSE”.
• Denuncias de perseguições
feitas por policiais a
adolescentes que estão em
cumprimento de MSE-MA.
(Porto Velho) “Aqui a
polícia bate muito. Mas não
pode fazer isso não, eles
marcam você, aí já era,
eles perseguem”.
• Realização de campanhas
de amplo alcance que
visem à sensibilização das
comunidades de pessoas
quanto à importância das MSE-
MA bem como à importância
de seu papel enquanto
coletividade de se apresentar
como referência para o jovem.
• Promover a integração
entre o serviço oferecido
e a comunidade atendida,
tanto através de campanhas
organizadas pela própria
unidade, quanto por
meio de outras atividades
como palestras, oficinas e
celebrações.
• A unidade e o programa devem
se aproximar das instâncias
policiais, sobretudo as que se
situam próximas as unidades
de atendimento, tendo em
vista a sensibilização destes
quanto a função do trabalho
desempenhado nas MSE-MA.
• Reforço das ações
investigativas promovidas
pelos atores que integram o
sistema de garantia de direitos
tendo em vista a prevenção de
possíveis abusos sofridos pelos
adolescentes em cumprimento
de MSE-MA.
37Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
CADA UM DE VOCêS, FALE SOBRE UM SONHO QUE VOCê GOSTARIA DE REALIzAR NO FUTURO PRÓxIMO? O QUE VOCê ESTá VIVENCIANDO NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA
VAI TE AJUDAR NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A rotina de regras, horários
e responsabilidades
imposta pelo CREAS foi
mais uma vez um fator
ressaltado como possível
diferencial na busca
da realização de suas
ambições.
• Visão comum entre os
jovens da MSE-MA como um
“recomeço”, “uma nova
chance” para a busca de
seus sonhos e ambições.
(Belém) “Estou tendo
uma nova oportunidade.
Recuperar minha vida. Todo
mundo erra e eu estou
corrigindo isso”.
• Incentivos e orientações da
equipe de atendimento no
sentido da realização dos
sonhos dos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
(Manaus) “Tem que sair
dessa vida”.
• A maioria dos adolescentes
respondeu à questão
de suas ambições
apresentando desejos
construtivos para seus
futuros.
(Macapá) “Gostaria de
trazer felicidade para
minha família através do
estudo e trabalho”.
• Poucas atividades
desenvolvidas nas unidades
de atendimento e nos
locais de prestação de
serviços à comunidade
têm relação direta com
a realização dos sonhos
dos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
(Palmas) “trabalhar de
graça sem ganhar p****
nenhuma, isso vai ajudar
em que pra que eu seja
jogador de futebol? Vai me
ajudar a pensar? Aí é da
cabeça do cara se ele quiser
pensar. Boto fé que é da
cabeça do cara”.
• Encaminhamento para
atividades, de preferência de
natureza profissionalizante,
que estejam relacionados
às ambições futuras
dos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
(Porto Velho) “como falei,
tem que ter incentivo,
trabalho mesmo”.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM38
FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Todos os participantes
avaliaram a atividade como
positiva.
• Muitos participantes
gostariam que a equipe da
unidade realizasse grupos
focais com eles também.
• Foi muito difícil mobilizar
adolescentes que se
voluntariassem para a
atividade.
• Muitos adolescentes
deixaram de participar
por terem problemas em
chegar à unidade onde a
atividade é desenvolvida.
• Realização de grupos focais
com os adolescentes.
• Disponibilização de verba
exclusiva para o transporte
dos adolescentes até a
unidade de atendimento.
3.2 Nordeste
VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DE PARTICIPAREM? O QUE VOCêS OUVIAM FALAR DO SERVIÇO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Poucos participantes
conheciam o serviço.
• Dentre os que conheciam
o serviço imperava uma
imagem negativa do
mesmo.
(Fortaleza) “Eu achava que
era para limpar banheiro,
porque eu vi sendo assim na
Malhação”.
• Desenvolver atividades de
promoção das MSE junto às
comunidades com as quais
trabalha.
• Promover debates, junto às
comunidades, específicos
sobre as medidas de meio
aberto com adolescente.
• Maior fiscalização do
atendimento oferecido pelas
unidades tendo em vista o
cumprimento das diretrizes
legais que orientam o
funcionamento das MSE-MA.
39Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Boa relação com
a equipe técnica
de referência no
atendimento.
(Recife) “É melhor
do que só assinar. O
Orientador mora em
frente a minha casa”.
• Ajuda a mudar
positivamente o
comportamento do
adolescente que
cumpre a medida.
(Fortaleza)
“Aprender a ter
responsabilidade”.
• Oferta de cursos.
• Acesso a benefícios
(Natal) “Oferta de
cartões de passagem
de ônibus e a aula de
música; a comida; a
Oficina de Música”.
(Teresina) “Bem
legal as pessoas,
tem merenda, têm
palestras sobre drogas,
mostrando o mal que
as drogas fazem com as
pessoas”.
• Restrições quanto o horário de
permanência na rua atrapalham
aqueles que estudam a noite.
(Fortaleza) “Ter que estar em
casa 10h da noite. Isso para quem
estuda à noite, pros demais é 8h
da noite”.
• Cumprimento da MSE-MA
atrapalha o desenvolvimento e
manutenção vida profissional.
• Instalações precárias da unidade
de atendimento.
(Natal) “Acho que devia
aumentar as salas; aqui está mais
parecendo o cadeião de Cidade
da Esperança, porque é muito
apertado e quente; aqui não
passa ônibus por perto”.
• Longo período de espera para
o início do cumprimento da
medida.
(Recife) “Estou na medida faz 2
anos mas para juiz só faz 4 meses
porque falta Orientador!”
(Recife) “Demorou muito tempo,
já faz 1 ano e parece que faz só 1
mês. Passei 11 meses esperando e
ainda vou pagar 1 ano e 6 meses”.
• Oferta de cursos está abaixo da
demanda.
(Aracaju) “Aqui deveria colocar
um curso porque é melhor. Aqui a
gente fica só olhando um para a
cara do outro”.
• Melhor adequação dos
horários de atendimento
com a rotina dos
adolescentes em
cumprimento de MSE_MA.
(Fortaleza) “Melhorar o
horário”.
• Flexibilidade dos horários
de atendimento para
casos de adolescentes que
trabalham ou desenvolvem
alguma atividade formal
que seja entendida como
positiva.
• Desenvolvimento de
atividades fora das
unidades.
• Aumentar a equipe de
atendimento da unidade
para evitar esperas por
parte dos adolescentes para
o início do cumprimento da
medida.
(Natal) “Deveria ter mais
Orientadores e deveriam
ligar sempre. Fiquei 6
meses ‘esquecido’, depois
de muito tempo ele ligou”.
• Investimentos em melhoria
e ampliação das instalações
físicas da unidade de
atendimento.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM40
COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS VOCêS FORAM ENCAMI-NHADOS? FALE UM POUCO SOBRE ELAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Quando há
encaminhamento para a
educação e saúde básica o
atendimento é feito com
frequência e qualidade.
(Maceió) “Eu fui
encaminhado para o mini
pronto-socorro. Fui bem
recebido lá e na escola
também”.
• Alguns adolescentes
afirmam ter sido
consultados sobre os
encaminhamentos para
cursos.
(Teresina) “Eles tão fazendo
uns formulários para saber
nosso interesse, nosso
interesse nos cursos, para
conhecer a gente”.
• Houve adolescentes
que destacaram o
encaminhamento para os
cursos.
(Teresina) “Fiz curso
de oficina mecânica e
informática. Foi pouco
tempo de curso, 100hs,
apenas. Gostei do de
informática, do de
mecânico eu já sabia um
pouco”.
• Encaminhamentos feitos
estão abaixo da demanda
dos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
(Fortaleza) “Eu ainda não fui
encaminhada para nenhum
curso”.
• Preconceito sofrido pelos
adolescentes nos locais para
onde foram encaminhados.
(Maceió) “(...) na minha
escola não me aceitaram
bem não. Ficaram olhando
diferente pra mim, aí eu
desisti de estudar”.
• Existência de casos de
adolescentes que não
conseguem ser atendidos
em escola e outros serviços
de atenção básica.
(Maceió) “Minha mãe está
tentando me matricular, mas
não está conseguindo, eles
não estão me aceitando”.
• Em alguns casos, os
adolescentes afirmaram
não ter sido realmente
encaminhados para os
cursos.
(Teresina) “Eles me falaram
que iam me mandar pra não
sei onde pra fazer o curso,
mas não fiz nada, não me
chamaram”.
• Ampliação do grupo de
parceiros que compõem a
rede de serviços tendo em
vista uma amplitude de
opções de atividade que
contemple o maior número
de adolescentes possível.
• Sensibilização junto às
entidades parceiras sobre
o papel da mesma no bom
cumprimento da medida.
• Maior fiscalização quanto
ao atendimento nos
serviços para os quais
os adolescentes são
encaminhados, tendo em
vista prevenir e remediar
abusos sofridos durante
cumprimento de MSE-MA
nesses ambientes.
• Acompanhamento dos
encaminhamentos
feitos pela unidade de
atendimento deve ser
verificada pelas entidades
responsáveis.
41Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
COMO SUA FAMíLIA APOIA VOCê NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Figura materna é
apresentada como a
principal fonte de apoio
familiar durante o
cumprimento da MSE-MA.
• Alguns afirmaram que
seus pais participam das
atividades na unidade
sempre que chamados.
• Ainda são poucos os
adolescentes que afirmam
contar com o apoio de toda
a família.
(Recife) “Alguns da família
apoiaram e outros não”.
• Papel de apoio da família
muitas vezes se reduz
à “fiscalização” e ao
cumprimento, por parte
do adolescente, em sua
responsabilidade, da
medida socioeducativa em
meio aberto.
(Natal) “Meus pais ficam em
casa esperando eu chegar
para dizer o que aconteceu”.
• Programação de atividades,
que ocorram com um nível
viável de frequência,
envolvendo todos os
membros da família do
adolescente, abordando
questões familiares.
• Intensificação ou
reestruturação do processo
de sensibilização junto
aos responsáveis dos
adolescentes sobre a
abrangência e importância
no bom cumprimento
da medida por parte do
adolescente.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM42
COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS, ALéM DE SUA FAMíLIA (VIzINHOS, AMIGOS, PRO-FESSORES), VEEM A SUA PARTICIPAÇÃO NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Há adolescentes que
recebem apoio das
pessoas a sua volta,
sobretudo de amigos mais
próximos e parceiros
amorosos.
(Natal) “Meu namorado
manda eu vir porque diz
que não quer ter que ir me
visitar na cadeia”.
(Natal) “Os amigos dizem
para eu vir porque quanto
mais rápido terminar,
melhor”.
• Muitos adolescentes
preferem manter a MSE-MA
em segredo para não sofrer
com os preconceitos das
pessoas a sua volta.
(Fortaleza) “Só quem sabe é
a minha família”.
(Teresina) “Alguns amigos
sabem, meus vizinhos sabem,
professores e amigos da
escola não sabem. A gente
fica mal vista”.
• O preconceito se destaca
como a principal reação
das pessoas a volta dos
adolescentes quando
descobrem que ele está
cumprindo MSE-MA
(Recife) “Foi preso, né?!”
• Realização de campanhas de
amplo alcance que visem à
sensibilização das comunidades
de pessoas quanto à
importância das MSE-MA bem
como à importância de seu
papel enquanto coletividade
de se apresentar como
referência para o jovem.
• Promover a integração
entre o serviço oferecido
e a comunidade atendida,
tanto através de campanhas
organizadas pela própria
unidade, quanto por
meio de outras atividades
como palestras, oficinas e
celebrações.
43Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
CADA UM DE VOCêS, FALE SOBRE UM SONHO QUE GOSTARIA DE REALIzAR NO FUTURO PRÓxI-MO? O QUE VOCê ESTá VIVENCIANDO NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI TE
AJUDAR NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Cursos oferecidos durante
a MSE-MA podem ajudar
no momento de começar e
construir uma carreira.
(Aracajú) “Quero ter uma
família, ser bem sucedida
e acredito que os cursos
ajudam na realização dos
sonhos”.
• A maioria dos adolescentes
respondeu à questão de
suas ambições apresentando
desejos construtivos para
seus futuros.
(Natal) “Terminar essa
medida e arrumar um
trabalho”.
(Salvador) “Crescer na vida,
ser alguém, dar orgulho à
família. Quero terminar os
estudos”.
• Incentivos e orientações da
equipe de atendimento no
sentido da realização dos
sonhos dos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
(Teresina) “Acho que pode
me ajudar na realização
do sonho porque eles me
dão conselho, me ajudam,
quando tem algum curso,
falam pra eu ir (...)”
• Houve adolescentes
que apresentaram
como resposta a essa
questão uma série de
ambições vagas ou pouco
construtivas.
(Maceió) “Morar numa casa
bem grandona, com piscina
e cheia de mulheres”.
(Maceió) “comandar” São
Paulo”.
• Dificuldades em relacionar
as experiências adquiridas
durante o cumprimento
da MSE-MA e a realização
dos sonhos e ambições
manifestadas em suas
respostas.
(Teresina) “Eu nem sei. Eu
não tenho resposta. Sei
nem o que eu digo”.
• Abordar as ambições e
desejos dos jovens durante
os atendimentos.
• Encaminhamento
para atividades, de
preferência de natureza
profissionalizante, que
estejam relacionados
às ambições futuras
dos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM44
FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A atividade foi descrita
como positiva pela maioria
dos adolescentes.
(Maceió) “Eu gostei porque
pelo menos conversou sobre
a nossa vida; até agora foi
a melhor que eu vim; Boa;
Excelente”.
(Natal) “Gratificante;
foi bom, né?; tranquilo;
no sossego; foi legal;
interessante; maneiro;
aproveitador”.
(Salvador) “Foi interessante
porque vocês querem saber,
na verdade, se a gente
gostou ou está gostando do
que a gente está fazendo, se
está largando”.
• Realizar atividades como
“grupos focais”, que
reúnam os adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
3.3 Centro-Oeste
VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DE PARTICIPAREM? O QUE VOCêS OUVIAM FALAR DO SERVIÇO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Em Brasília a maioria dos
adolescentes conhecia
o serviço antes do
cumprimento.
(Brasília) “Uns falavam que era
bom e outros que era ruim”.
(Brasília) “Já tinha ouvido
falar que era bom porque
encaminha a gente pra
emprego, e muda”.
• A maioria dos adolescentes
não conhecia o serviço
antes do cumprimento.
• Dentre aqueles que
conheciam o programa
tinham uma imagem
negativa.
(Goiânia) “Já tinha ouvido
falar, falavam que era ruim”.
• Desenvolver atividades de
promoção das MSE junto às
comunidades com as quais
trabalha.
• Promover debates, junto às
comunidades, específicos
sobre as medidas de meio
aberto com adolescente.
45Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• As atividades desenvolvidas.
(Campo Grande) “não há nada
que não goste de fazer, estou de
boa, cumpro no posto de saúde,
carimbo um monte de papel, é
melhor que lavar o posto, achei
que teria que lavar. Receberam-
me bem no posto”.
• O trabalho desenvolvido pela
equipe de atendimento.
• Mudança de comportamento
pessoal após o cumprimento da
medida.
(Brasília) “Eu particularmente
não queria parar de vir aqui não,
de ser orientada, porque aqui
eles conseguem muita coisa pra
gente, trabalho, curso, muita
coisa boa! Enquanto a juíza
quiser me deixar aqui, pode me
deixar... quero sair daqui não”.
(Brasília) “Acho bom, que eu
parei com tudo, agora só fico
em casa ajudando minha mãe
e meu pai, parei do mundão.
Aqui eles ajudam, já fiz estágio
agora estou vendo outro para o
ano que vem, porque eu tinha
parado de estudar e agora vou
voltar (...) Eu estagiei perto de
casa em um mercado, fiz curso
de informática, o básico, mas
vou dar continuidade”.
• Demora no
encaminhamento para
cursos.
(Campo Grande) “Não
fui encaminhado para
nenhum curso, mas
estou fazendo curso pago
(particular), gostaria de
fazer curso de mecânica”.
• Em Cuiabá a quantidade
de cursos e atividades foi
descrita como abaixo da
demanda.
• Falta de atividades como
palestras.
(Brasília) “Vi só uma
palestra sobre as drogas,
já passaram filme”.
• Local de realização dos
cursos foi considerado
muito distante.
(Brasília) “Os cursos são
muito longe”.
• Incompatibilidade entre
os horários dos cursos
oferecidos e a rotina
escolar ou de trabalho
dos adolescentes.
• Intensificação da oferta
de cursos.
• Investigação intensa da
rede visando ao melhor
uso possível da mesma.
• Realização mais
frequente de palestras
e atividades análogas
que abordem temas
demandados pelos
adolescentes.
• Esforço para buscar
cursos que funcionem
em horários e locais
acessíveis aos
adolescentes.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM46
COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS VOCêS FORAM ENCAMI-NHADOS? FALE UM POUCO SOBRE ELAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Encaminhamentos para
cursos foram citados.
(Brasília) “Fiz curso no
instituto Coca-Cola e agora
estou no CCAA, no curso
de informática. Amanhã
vou ir ver se eles me
encaminham pro estágio;
geralmente eles mandam
pro Ministério do Trabalho,
Ministério do Transporte. No
CCAA é curso de mercado
e varejo, também, é
profissionalizante”.
• Em Campo Grande de 11
participantes apenas 2
estavam correntemente
matriculados na escola.
• Em muitos casos
“atividades” se reduziam
ao encaminhamento para
a PSC.
• Reforço na atenção quanto
à situação escolar do
adolescente.
• Diversificar as atividades
realizadas fora da unidade
de atendimento.
COMO SUA FAMíLIA APOIA VOCê NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Figura materna é apresentada
como a principal fonte de
apoio familiar durante o
cumprimento da MSE-MA.
• A maioria dos adolescentes
descreveu sua família como
presente no processo de
cumprimento da medida.
(Campo Grande) “Dizem para
cumprir e ficar tranquilo e
não procurar mais rolo”.
(Brasília) “Todo mundo me
apoia, só procuram me ajudar,
tanto que parei, porque todo
mundo me apoia!”
• Alguns afirmaram que
seus pais participam das
atividades na unidade sempre
que chamados.
• Registraram-se casos nos
quais a família foi descrita
como ausente.
(Brasília) “Minha mãe,
depois que eu fui preso
na primeira vez, ela foi
lá me visitar, depois da
segunda, ela nem queria
me ver mais! Minha avó é
de boa, mas fica toda hora
brigando”.
• Buscar formas de abordar
e aproximar as famílias
em que as relações
entre adolescentes e os
outros membros estão
desestabilizadas.
47Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS, ALéM DE SUA FAMíLIA (VIzINHOS, AMIGOS, PRO-FESSORES), VEEM A SUA PARTICIPAÇÃO NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Grupos como igrejas foram
citados como acolhedores.
• Foram feitos muitos
relatos que apresentavam
a comunidade como
apoiadora.
• Foram registrados relatos
de reações preconceituosas
das pessoas ao seu redor.
• Realizar atividades junto
à comunidade que a
aproximem da unidade de
atendimento bem como
sensibilizar quanto ao papel
e a importância das MSE-MA
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM48
CADA UM DE VOCêS, FALE SOBRE UM SONHO QUE VOCê GOSTARIA DE REALIzAR NO FUTURO PRÓxIMO? O QUE VOCê ESTá VIVENCIANDO NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA
VAI TE AJUDAR NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A rotina de regras, horários
e responsabilidades imposta
pelo CREAS foi, mais uma
vez, um fator ressaltado
como possível diferencial na
busca da realização de suas
ambições.
(Campo Grande)
“quero trabalhar no ar-
condicionado, trabalhar
pouco e ganhar muito, ter
uma profissão honesta. Qual
a experiência que ele leva
do cumprimento da medida?
Ter responsabilidade,
cumprir horário, se
relacionar com as pessoas,
tratar as pessoas bem, não
ficar de cara fechada”.
(Goiânia) “De uma certa
forma vai, porque esse
momento aqui pode ser
importante para tirar a
pessoa do caminho que
estava e ensinar o certo”.
• Os cursos oferecidos foram
lembrados nas falas.
(Brasília) “Os cursos que
eles oferecem ajudam pra
arrumar um emprego porque
no currículo já tendo curso
ajuda”.
• Alguns adolescentes
descreveram a
experiência que tiveram
no cumprimento da
medida como irrelevante
na realização de suas
ambições futuras.
(Campo Grande) “O negócio
é colocar você mesmo na
sua cabeça que você vai
realizar, é correr atrás
do seu sonho. Vir aqui e
assinar não dá em nada”.
• A maioria dos adolescentes
não soube relacionar
a experiência do
cumprimento de medida e
suas ambições futuras.
(Cuiabá) “Como que
cumprindo a medida vai te
auxiliar a ser advogado?”.
• Buscar alinhar as atividades
realizadas junto ao
adolescente junto as suas
ambições.
49Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A atividade foi descrita
como positiva pela maioria
dos adolescentes.
• A realização de atividades
como “grupos focais”, que
reúnam os adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
3.4 Sudeste
VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DE PARTICIPAREM? O QUE VOCêS OUVIAM FALAR DO SERVIÇO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Um grande número de
adolescentes afirma que
já tinha conhecimento
do serviço de medida
socioeducativa por
diferentes motivos, por já
terem cumprido, pelo fato
de já terem cumprido ou
amigos, por já terem ouvido
falar na rua.
(Rio de Janeiro) “Eu já vim
aqui. Essa é a quarta vez que
eu faço a medida”.
(Rio de Janeiro) “Eu já...
não conhecia, mas eu já
sabia. Conhecido meu que já
passou por isso”.
• Há adolescentes
que desconheciam
completamente as
MSE antes de iniciar o
cumprimento da mesma.
(Rio de Janeiro) “Eu nunca
tinha ouvido falar”.
• Intensificação das ações de
promoção do serviço junto
ao público.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM50
QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Muitos destacam como positivo o
tratamento recebido no CREAS.
(Vitória) “Tô aqui desde maio.
Tem que vir... é bom. Tratam
os outros bem, ajuda nós. Se
pedir para levar na praia eles
levam. Tem oficina. A gente
faz alongamento, joga, assiste
filmes”.
“O que me dá prazer é vir aqui
ficar gastando os caras, encontrar
a galera”.
(Rio de janeiro) “Conversam com
a gente (...) ajuda a descobrir o
que vai fazer pra já melhorar. Aqui
dá pra a gente confiar. (...) Trata
bem, conversa, troca uma ideia”.
• Destacam que o serviço colabora
para a conquista de um emprego,
apresenta oportunidades de
participação em Projetos e
cursos, permite que passem por
um processo de aprendizado.
(Rio de janeiro) “Não, qualidade
tem. Porque arruma muito
emprego pra adolescente.
Querendo ou não, tira um monte
de adolescente da rua. Os
amigos meus, (...) estão todos
trabalhando no fórum ganhando
dinheiro, rala pra c***** lá
(...) tentando serviço público,
trabalhando com cara quente,
então é bom pra alguma coisa”.
• Muitos adolescentes
afirmam não encontrar
qualidades no
serviço de medidas
socioeducativas.
(Rio de janeiro) “Nada”.
“Praticamente nada”.
(Vitória) “É o quarto dia
que estou vindo. Não
lembro nada positivo. Só
vi um filme”.
• Ausência de atividades
que de fato envolvam o
adolescente no processo
de cumprimento de
MSE.
(Vitória) “Nem parece
que cumpre LA, é só um
dia na semana”.
• Demora do CREAS
no encaminhamento
para cursos e vagas de
trabalho.
(Rio de Janeiro): “O
ruim é a demora.
Você quer fazer o
bagulho e tem que ficar
esperando. (...) Às vezes
tu ta doido pra fazer,
tu tá esperando aquilo,
aí demora e muitas
vezes não vem, (...) te
desanima”.
• Ampliação da oferta de
cursos e atividades para os
adolescentes voltadas para
formação educacional e
capacitação profissional,
a prática de esportes,
contato com cinema,
música e outras artes.
(Rio de Janeiro) “Tem que
melhorar. Eu acho que se
tivesse curso aqui ia ser
mais fácil”.
(Vitória) “Podia ter curso
de mecânica”.; “Podia
ter curso de informática,
computadores”.
• Melhoria da infraestrutura
dos CREAS.
• Intensificação do trabalho
de sensibilização do
adolescente quanto
à importância do
cumprimento da MSE-MA.
51Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS VOCêS FORAM ENCAMI-NHADOS? FALE UM POUCO SOBRE ELAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Foram Citados
encaminhamentos para
palestras.
(Rio de Janeiro) “Lá no
fórum. Vou te falar que foi
um saco. O bagulho, falam
pra não fazer mais, mas
é legal, conhece outras
pessoas com a mesma
realidade, aí vê nossos
amigos”.
• A escola é apontada como
o encaminhamento mais
frequente.
• Oferta de cursos é
demorada e está abaixo da
demanda.
• No Rio de Janeiro os
adolescentes alegaram
não saber que a unidade
de atendimento deveria
encaminhá-los para os
serviços de saúde.
• Saúde descrita como um
dos encaminhamentos mais
ineficientes.
• Intensificação da oferta de
cursos.
• Trabalho de esclarecimento
junto aos adolescentes
de seus deveres e direitos
durante o cumprimento da
medida.
• Maior acompanhamento
do resultado dos
acompanhamentos
feitos pela unidade de
atendimento.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM52
COMO SUA FAMíLIA APOIA VOCê NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Figura materna é apresentada
como a principal fonte de apoio
familiar durante o cumprimento
da MSE-MA.
(Rio de Janeiro) “Apoio? Minha
mãe me dá muito apoio. Bastante.
Ela me dá apoio por causa que se
não fosse ela eu não estaria aqui”.
• Surgiram relatos de famílias
participativas dando suporte
ao adolescente durante o
cumprimento.
(Rio de Janeiro) “Família nesse
processo é muito importante.
Porque não tem nada como você
ter naquele momento aquele
apoio, sabe como é? Da família”.
• Alguns afirmaram que seus pais
participam das atividades na
unidade sempre que chamados.
• Atendimento reaproximou alguns
adolescentes de familiares.
(Rio de Janeiro) “Nós nunca
'sentava' pra conversar e nós
conversou, igual pai e filho mesmo,
aí depois ele veio aqui falou com a
galera aqui, “pô, bem difícil isso”,
e minha mãe, depois ela veio
também,falou comigo. Ela: “ó, não
te quero mais nisso também” e
ele também ficou puxando o meu
pé todo dia, virou meu paizão.
Começou a puxar no meu pé
mesmo”.
• Papel de apoio
da família muitas
vezes se reduz à
“fiscalização”.
• Muitas famílias são
descritas como
ausentes.
• Desenvolver atividades que
aproximem as famílias das
unidades de atendimento
das MSE-MA.
• Intensificar o número de
convites feitos à família
para atividades, na unidade
ou não, referentes à MSE-MA
53Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS, ALéM DE SUA FAMíLIA (VIzINHOS, AMIGOS, PRO-FESSORES), VEEM A SUA PARTICIPAÇÃO NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Alegaram não ter
problemas com as pessoas
com quem convivem.
• O tratamento na escola é
normal, segundo alguns
adolescentes.
• Preconceito das pessoas
ao redor do adolescente
no local onde mora, na
escola.
• Houve relatos de
problemas em continuar
na escola devido a
preconceitos sofridos.
(Rio de Janeiro) “Depois
que eu saí, que eu voltei
pra escola, tinha um
professor que me olhava...
mas alguns professores já
conversavam comigo e tal”.
• Alguns adolescentes
preferem manter o
cumprimento da medida
em segredo para evitar o
preconceito.
• Realização de campanhas
de amplo alcance que
visem à sensibilização das
comunidades de pessoas
quanto à importância
das MSE-MA bem como à
importância de seu papel
enquanto coletividade de se
apresentar como referência
para o jovem.
• Promover a integração
entre o serviço oferecido
e a comunidade atendida,
tanto através de campanhas
organizadas pela própria
unidade, quanto por
meio de outras atividades
como palestras, oficinas e
celebrações.
• Investigação de possíveis
abusos sofridos pelos
adolescentes.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM54
CADA UM DE VOCêS, FALE SOBRE UM SONHO QUE VOCê GOSTARIA DE REALIzAR NO FUTURO PRÓxIMO? O QUE ESTá VIVENCIANDO NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI TE
AJUDAR NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Uma grande parte dos
adolescentes apresentou
uma ambição construtiva
como resposta.
• Cursos oferecidos durante
a MSE-MA pode ajudar no
momento de começar e
construir uma carreira.
• Incentivos e orientações da
equipe de atendimento no
sentido da realização dos
sonhos dos adolescentes
em cumprimento de MSE-
MA.
• A rotina de regras, horários
e responsabilidades
imposta pelo CREAS foi
mais uma vez um fator
ressaltado como possível
diferencial na busca
da realização de suas
ambições.
• A maioria não sabe
relacionar diretamente o
cumprimento da medida
com a realização dessa
ambição.
• Abordar as ambições e
desejos dos jovens durante
os atendimentos.
• Encaminhamento
para atividades, de
preferência de natureza
profissionalizante, que
estejam relacionados
às ambições futuras
dos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A atividade foi descrita
como positiva pela maioria
dos adolescentes.
• Realizar atividades como
“grupos focais”, que
reúnam os adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
55Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
3.5 Sul
VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DE PARTICIPAREM? O QUE VOCêS OUVIAM FALAR DO SERVIÇO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
Dentre os que afirmaram
conhecer, nenhum registrou
uma impressão negativa do
serviço.
Maioria dos adolescentes
não conhecia o serviço de
MSE antes de começarem o
cumprimento.
Intensificação das ações de
promoção do serviço junto ao
público.
QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Atividades desenvolvidas
durante as MSE-MA.
• Bom relacionamento com
a equipe da unidade de
atendimento.
(Curitiba) “te entender,
não tem preconceito por
você ter LA ou PSC, não te
julgam logo de cara como
na delegacia”.
• Em Porto Alegre houve
relatos de que os
adolescentes não seriam
ouvidos em suas audiências,
além de serem destratados
pelos defensores.
• O grupo externou a
insatisfação com a espera
e o desenvolvimento de
alguns atendimentos.
• (Curitiba) “As psicólogas
enrolam e colocam a
opinião pessoal delas no
caso”.
• Pouca oferta de cursos.
• Averiguação das denúncias
feitas.
• Atenção à construção dos
horários de atendimento.
• Ampliação da equipe tendo
em vista evitar esperas.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM56
COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS VOCêS FORAM ENCAMI-NHADOS? FALE UM POUCO SOBRE ELAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Encaminhamentos de PSC
para funções consideradas
desagradáveis.
(Curitiba) “não vou ficar
limpando o negócio dos outros,
olha minha cara, né!”
• Buscar encaminhamentos de PSC
para atividades com as quais o
adolescente se identifica.
• Investigar a rede de serviços
disponível tendo em vista
a ampliação das opções de
encaminhamentos.
COMO SUA FAMíLIA APOIA VOCê NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Figura materna é
apresentada como a
principal fonte de apoio
familiar durante o
cumprimento da MSE-MA.
• Houve relatos que a
família foi descrita como
participativa.
• Papel de apoio da família
muitas vezes se reduz
à “fiscalização” e ao
cumprimento.
• Muitas famílias são
descritas como ausentes.
• Desenvolver atividades que
aproximem as famílias das
unidades de atendimento das
MSE-MA.
• Intensificar o número de
convites feitos à família para
atividades, na unidade ou
não, referentes à MSE-MA.
57Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS, ALéM DE SUA FAMíLIA (VIzINHOS, AMIGOS, PRO-FESSORES), VEEM A SUA PARTICIPAÇÃO NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Houve vezes que
os adolescentes
descreveram a maioria
das pessoas ao redor
como acolhedoras.
• Estigma e preconceito
prevalecem tanto na
comunidade em que o
adolescente habita, quanto
em instituições para onde
ele é encaminhado, tais
como a escola.
• Em Porto Alegre foram
feitas denúncias de
preconceitos sofridos
especialmente por
adolescentes que seriam
originalmente do meio
fechado.
• Realização de campanhas de
amplo alcance que visem à
sensibilizaçãoda população
quanto à importância das MSE-
MA bem como à importância
de seu papel enquanto
coletividade de se apresentar
como referência para o jovem.
• Promover a integração
entre o serviço oferecido e
a comunidade de sua área
geográfica de abrangência
tanto através de campanhas
organizadas pela própria
unidade, quanto por
meio de outras atividades
como palestras, oficinas e
celebrações.
• Investigação de possíveis
abusos sofridos pelos
adolescentes.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM58
CADA UM DE VOCêS, FALE SOBRE UM SONHO QUE VOCê GOSTARIA DE REALIzAR NO FUTURO PRÓxIMO? O QUE VOCê ESTá VIVENCIANDO NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA
VAI TE AJUDAR NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Uma grande parte dos
adolescentes apresentou
uma ambição construtiva
como resposta.
• Encaminhamentos feitos
durante a MSE-MA podem
ajudar no momento de
começar e construir uma
carreira.
• Incentivos e orientações da
equipe de atendimento no
sentido da realização dos
sonhos dos adolescentes
em cumprimento de MSE-
MA.
• A rotina de regras, horários
e responsabilidades
imposta pelo CREAS foi
mais uma vez um fator
ressaltado como possível
diferencial na busca
da realização de suas
ambições.
• A maioria não sabe
relacionar diretamente o
cumprimento da medida
com a realização dessa
ambição.
• Abordar as ambições e
desejos dos jovens durante
os atendimentos.
• Encaminhamento para
atividades, de preferência de
natureza profissionalizante,
que estejam relacionados
às ambições futuras
dos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A atividade foi descrita
como positiva pela maioria
dos adolescentes.
• A realização de atividades
como “grupos focais”, que
reúnam os adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
59Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
4. GRUPOS FOCAIS COM RESPONSáVEIS PELOS ADO-LESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDU-CATIVA EM MEIO ABERTO
Também foram analisados nos depoimentos dos responsáveis pelos adolescentes atendidos
os principais aspectos dos temas em debate, aspectos positivos, entraves e recomendações.
4.1 Norte
VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DO SEU ADOLESCEN-TE PARTICIPAR? O QUE VOCêS OUVIAM FALAR DO SERVIÇO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Havia responsáveis
por adolescentes que
conheciam as MSE
anteriormente devido a
convivência com outros
adolescentes que foram
atendidos.
(Macapá) “Já tinha ouvido
falar que se o adolescente
não for preso paga MSE”.
• Alguns responsáveis que
conheciam o serviço não
tinham uma boa imagem
do mesmo.
(Porto Velho) “(...) sempre
ouvimos que o serviço da
prefeitura é ruim”.
• As medidas socioeducativas
ainda são pouco
conhecidas.
• Ainda é feita associação
intensa entre MSE e o meio
fechado, que é alvo das
piores impressões.
• Desenvolver atividades de
promoção das MSE junto às
comunidades das áreas de
abrangencia das unidades de
atendimento.
• Promover debates junto ao
público sobre as medidas
de meio aberto com
adolescente.
• Maior fiscalização do
atendimento oferecido pelas
unidades tendo em vista o
cumprimento das diretrizes
legais que orientam o
funcionamento das MSE-MA.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM60
QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Ajuda a mudar
positivamente o
comportamento do
adolescente que cumpre a
medida.
• Boa relação com a equipe
técnica de referência no
atendimento.
• Oferta, ainda que limitada,
de atividades construtivas
e instigantes.
• Demora no
encaminhamento para
cursos.
(Belém) “Os cursos
demoram muito a começar.
O meu filho aguarda desde
agosto (2012) um curso e
nada de começar! E eu acho
que passando muito tempo
eles perdem o interesse de
vir pra cá. No começo, ele
não faltava, mas agora de
vez em quando ele falta”.
• Dificuldades na realização
dos atendimentos para os
quais são encaminhados.
(Belém) “Tem a questão do
atendimento na saúde. Ele
recebeu encaminhamento
para dentista, mas não
foi atendido. Deveria ter
dinheiro para transporte,
nem sempre a gente tem”.
• Falta de Recursos para
deslocamento e transporte.
• Horário de atendimento
conflitante com horário de
trabalho dos responsáveis.
• Investigação da rede de
serviços disponível que trace
estratégias para o melhor
uso possível da mesma.
• Realização de mais
atividades em grupo
tendo em vista a troca
de experiências entre
responsáveis que
acompanham o cumprimento
dos adolescentes.
• Aumento do número de
atendimentos feitos por
psicólogos e assistentes
sociais com os adolescentes.
• Intensificação dos
acompanhamentos feitos
de encaminhamentos para
atendimento na rede de
serviços.
• Adequação entre os horários
de atendimento e a rotina
de trabalho dos responsáveis
que acompanham a MSE-MA
dos adolescentes.
61Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS O ADOLESCENTE FOI ENCAMINHADO?
FALE UM POUCO SOBRE ELAS? E VOCêS PARTICIPAREM DE ALGUMA ATIVIDADE?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Educação é o setor
que acolhe bem os
adolescentes em
cumprimento de medidas
socioeducativas em meio
aberto.
(Macapá) “Na escola é
muito querida, ela gosta do
local da MSE, colabora com
as atividades”.
(Macapá) “A escola é boa,
colabora com as professoras
e gosta da medida”.
• Muitos pais alegaram que só
têm sua presença solicitada
pela unidade de atendimento
quando há necessidade
de preenchimento de
documentos.
• Encaminhamento para a
escola foi descrito por muitos
como único encaminhamento
para atividade.
• Alguns responsáveis afirmaram
que não são desenvolvidas
atividades para eles na
unidade de atendimento.
• Relatos da PSC como
a única atividade para
qual os adolescentes são
encaminhados.
• São feitos poucos
encaminhamentos para cursos.
Em Macapá foi relatada uma
espera maior por parte dos
adolescentes em cumprimento
de LA para conseguir cursos.
(Macapá) “Ele está
aguardando para fazer um
curso, a assistente social que
acompanha ele também está
procurando um curso”.
• Encaminhar as famílias
para atividades que
as aproximem do
atendimento das MSE-MA.
• Investigar a rede de
serviços disponível
tendo em vista a
ampliação das opções de
encaminhamentos.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM62
COMO VOCêS APÓIAM O ADOLESCENTE NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Relatos de responsáveis
que se aproximaram mais
dos adolescentes durante o
processo de cumprimento
da MSE.
• Muitos responsáveis
afirmaram que
acompanham os
adolescentes até o local do
cumprimento da medida.
• Papel de apoio da família
muitas vezes se reduz à
“fiscalização” por parte
do adolescente, em sua
responsabilidade, da
medida socioeducativa em
meio aberto.
(Belém) “Eu apoio sim. Foi
um susto pra família, ele
reclama de vir, mas eu digo
que ele tem que cumprir”.
• Casos de apoio de somente
parte do núcleo familiar.
(Porto Velho) “Eu venho
aqui, dou um jeito, mas
é só eu, o pai num se
importa”.
• Alguns responsáveis
alegaram nunca terem
sido convidados para
comparecer na unidade.
• Intensificar o número de
convites feitos à família para
atividades, na unidade ou
não, referentes à MSE-MA.
• Desenvolver atividades que
aproximem as famílias das
unidades de atendimento
das MSE-MA e que abordem
questões como integração
familiar.
63Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
NA SUA OPINIÃO COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS VêEM A PARTICIPAÇÃO DO ADO-LESCENTE NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Alguns responsáveis
afirmaram contar com
apoio de parte da
comunidade de pessoas
ao seu redor.
• Estigma e preconceito
prevalecem tanto na
comunidade em que o
adolescente habita, quanto
em instituições para onde
ele é encaminhado, tais
como a escola.
(Belém) “Muitos se
afastam. Os amigos de
antes já ficam distantes”.
• Situações de preconceito
sofridas no ambiente
escolar.
(Belém) “Na escola é
muito difícil, pois se sumir
alguma coisa já olham
para ele. Tudo que some já
acham que foi ele”.
• Realização de campanhas de
amplo alcance que visem à
sensibilização da população
da área de abrangência da
unidade quanto das MSE-MA
bem como à importância
de seu papel enquanto
coletividade de se apresentar
como referência para o jovem.
• Promover a integração
entre o serviço oferecido
e a comunidade atendida,
tanto através de campanhas
organizadas pela própria
unidade, quanto por
meio de outras atividades
como palestras, oficinas e
celebrações.
• Investigação de possíveis
abusos sofridos pelos
adolescentes.
NA SUA OPINIÃO O ADOLESCENTE TEM ALGUM SONHO QUE GOSTARIA DE REALIzAR? VOCê ACHA QUE A VIVêNCIA DO ADOLESCENTE NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI
AJUDá-LO NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A maioria dos responsáveis
sabia relatar algum sonho
dos adolescentes.
• Muitos pais afirmaram
apoio às ambições
declaradas a eles pelos
adolescentes.
(Macapá) “Quer ser
advogado, disse a ele que
tem que estudar muito”.
• Não houve falas que
relacionassem de maneira
direta a experiência do
cumprimento da medida
com a realização dos sonhos
do adolescente.
• Alguns responsáveis não
souberam dizer um sonho
que o adolescente tenha.
(Porto Velho) “Ele não fala”.
• Encaminhamento
para atividades, de
preferência de natureza
profissionalizante, que
estejam relacionados
às ambições futuras
dos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
• Buscar promover atividades
de integração familiar.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM64
FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A atividade foi descrita
como positiva pela maioria
dos responsáveis.
• Foi muito difícil mobilizar
responsáveis que se
voluntariassem para a
atividade.
• A realização de atividades
como “grupos focais”, que
reúnam os responsáveis
pelos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
4.2 Nordeste
VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DO SEU ADOLESCEN-TE PARTICIPAR?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Alguns pais afirmaram já
conhecer o serviço.
(Fortaleza) “Já tinha ouvido
falar por causa do filho de
uma vizinha”.
• Em Recife e em
Teresina houve relatos
de responsáveis que
conheceram o serviço
através de campanha em
escolas e na mídia.
• Em São Luís todos os
responsáveis afirmaram
já ter conhecimento do
serviço antes do início da
medida dos adolescentes
pelos quais são respondem.
• Maioria dos responsáveis
não conhecia o serviço.
• Ainda é feita associação
intensa entre MSE - MA e o
meio fechado, que é alvo
das piores impressões.
• Dentre os responsáveis
que afirmaram conhecer
o serviço muitos tinham
críticas.
(Natal) ” programa é
muito pobre em relação
ao que se diz na mídia. A
participação tem que ser
conjunta (cidade, estado
secretarias)”.
• Fortalecimento ou
estruturação de campanhas
de divulgação das MSE-MA
junto à sociedade.
• Promover mais ações de
integração entre o serviço e
a sociedade em geral
65Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Atendimento oferecido pela
equipe do CREAS é destacado
como a principal qualidade
em muitos relatos de
responsáveis.
(Recife) “A preocupação da
Orientadora Social com o
adolescente, orientar sobre os
estudos, tratar com carinho”.
(Natal) “O melhor daqui é o
atendimento”.
(São Luis) “Tiram nossas
dúvidas; conversam bastante
com os adolescentes, e
mostram que eles estão
fazendo algo de errado”.
• Atividades como cursos e a
própria prestação de serviços
como elementos importantes
para a qualidade da medida.
(Fortaleza) “Muito importante,
pois tem os cursos onde o
menino presta o serviço”.
(Fortaleza) “Considero bom,
pois o meu filho sai de casa
para trabalhar”.
• Produziu mudança no
comportamento dos
adolescentes atendidos.
(Salvador) “Ajudou em muitas
coisas, no jeito dele ser, no
jeito de se comportar. Foi um
mal que veio pro bem”.
• Em Aracajú e Recife, a
equipe de atendimento
foi descrita como
insuficiente para
a demanda de
atendimento.
(Recife) “Demorou muito
para ter o Orientador
Social. São muitos jovens
e poucos orientadores”.
• Descumprimento da
medida é destacado
como uma das maiores
dificuldades.
• Falta de atividades que
levem a colocações
futuras no mercado de
trabalho.
• Em São Luis, foi
relatada dificuldade de
encaminhamento para
serviços de tratamento de
dependência química.
• Baixa oferta de cursos.
• Em Teresina, os cursos
oferecidos acontecem em
horários incompatíveis
com outras atividades do
adolescente.
(Teresina) “O curso não
deu certo pra ele porque
ele estuda pela manhã”.
• A expansão da equipe
nas unidades de
atendimento onde tal
ponto for considerado um
prejudicador da eficiência
no atendimento.
• Intensificação das ações
de visita domiciliar em
casos de adolescentes
que interrompem o
cumprimento da medida.
• Maior oferta de cursos de
caráter profissionalizantes,
bem como de parcerias que
visem à colocação futura
do adolescente no mercado
de trabalho.
• Buscar cursos que não
conflitem em horário
com nenhuma atividade
importante do adolescente
e que se disponham em
local acessível.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM66
COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS O ADOLESCENTE FOI ENCAMINHADO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Muitos responsáveis
relataram que tanto os
adolescentes quanto
eles mesmos estariam
satisfeitos com os
encaminhamentos
recebidos para a PSC.
(Fortaleza) “Meu filho
também diz que é a maior
moleza, ele presta serviço
no CUCA da Barra do
Ceará e recebe o vale-
transporte”.
• Dificuldades em conseguir
encaminhamentos para a
rede pública, sobretudo
nas áreas de tratamento de
dependência química, saúde
básica.
• Falta de recursos para o
transporte para adolescente
comparecer a PSC.
(Fortaleza) “Meu filho presta
serviço na escola e fala que
é a maior moleza. Agora,
ele não recebe o vale-
transporte”.
• Encaminhar as famílias
para atividades que as
aproximem do atendimento
das MSE-MA.
• Investigar a rede de serviços
disponível tendo em vista
a ampliação das opções de
encaminhamentos.
• Fortalecer a noção de que a
unidade presta atendimento
não só ao adolescente, mas
a sua família também.
• Garantia de recursos que
viabilizem o transporte do
adolescente até o local da
PSC.
67Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
COMO VOCêS APÓIAM O ADOLESCENTE NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Muitos responsáveis
disseram que a família
toda apoia o adolescente.
(Fortaleza) “Toda
família deu apoio, não
discriminou”.
(Recife) “Apoio muito
porque eu sou mãe, mas
sofro quando ele não
consegue”.
• Relatos de responsáveis
que afirmam comparecer
periodicamente para as
atividades desenvolvidas na
unidade de atendimento.
(Teresina) “Eu sempre vinha
com ele, era todo dia, toda
terça-feira, e depois passou
a ser de 15 em 15 dias”.
• Alguns responsáveis
alegaram sentir vergonha do
cumprimento da medida.
(Recife) “Escondo a verdade.
Tenho vergonha e minha
filha também”.
• Papel de apoio da família
muitas vezes se reduz
à “fiscalização” e ao
cumprimento, por parte
do adolescente, da medida
socioeducativa em meio
aberto.
(Natal) “De manhã logo cedo
eu digo: acorda, levanta,
levanta, para ele vir para cá”.
• Muitas atividades
desenvolvidas na unidade
são em horário conflitante
com a rotina de trabalho
dos responsáveis, o
que, segundo eles,
atrapalha o processo de
acompanhamento do
adolescente.
• Realizar trabalhos de
sensibilização e orientação
da família quanto ao seu
papel e a sua importância
no sucesso da MSE-MA.
• Buscar horários alternativos
para as atividades voltadas,
direta ou indiretamente,
à família, visando à
compatibilidade dessas
atividades com sua rotina
de trabalho.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM68
NA SUA OPINIÃO COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS VêEM A PARTICIPAÇÃO DO ADO-LESCENTE NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Registrou-se casos em que a
relação com a comunidade
ao seu redor não foi
apresentada como uma
dificuldade.
(Natal) “Tem vizinho
que aceita; outros ficam
indiferentes. No caso do
meu, as pessoas mais velhas
dão conselhos”.
(Salvador) “No bairro onde
eu moro, todo mundo gosta
dele. O que aconteceu com
ele é que os jovens de hoje
em dia não pensam. Mas
ninguém olha com maus
olhos, na escola nem no
bairro. Tratam ele como era
antigamente, ele não tem
ficha suja, não é um menino
mal comportado, foi bem
criado, não foi criado na rua”.
• Sobressaem os relatos de
reações preconceituosas,
além de “críticas”
feitas no sentido da
responsabilização dos
membros do núcleo
familiar do adolescente.
(Recife) “Acham que os pais
sempre são culpados, dizem
que é a criação”.
(São Luis) “Sempre tem
discriminação dos vizinhos.
Eles falam que meu filho
usa drogas; falam que
não querem meu filho
perto deles. Ontem ele
tornou a dizer que quer se
internar”.
• Realização de campanhas
de amplo alcance que
visem à sensibilização das
comunidades de pessoas
quanto à importância
das MSE-MA bem como à
importância de seu papel
enquanto coletividade de se
apresentar como referência
para o jovem.
• Promover a integração
entre o serviço oferecido
e a comunidade atendida,
tanto através de campanhas
organizadas pela própria
unidade, quanto por
meio de outras atividades
como palestras, oficinas e
celebrações.
69Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
NA SUA OPINIÃO O ADOLESCENTE TEM ALGUM SONHO QUE GOSTARIA DE REALIzAR? VOCê ACHA QUE A VIVêNCIA DO ADOLESCENTE NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI
AJUDá-LO NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Ainda que em minoria,
houve responsáveis que
fizeram associação direta
entre a experiência
adquirida pelo adolescente
durante o cumprimento
da MSE-MA e a realização
das ambições futuras dos
mesmos.
(Natal) “O meu filho tem
o sonho de se formar
em Educação Física. Fez
vestibular agora, mas ainda
não saiu o resultado. Ele
despertou para esse curso,
depois que foi pagar serviço
lá na piscina do CAPS”.
• A maioria dos responsáveis
sabiam relatar pelo menos
um sonho do adolescente
que representavam.
• Alguns responsáveis não
souberam relatar os sonho
de seus filhos.
(Aracaju) “Não compartilha
comigo”.
• Poucos responsáveis
souberam relacionar de
forma direta a experiência
vivida durante o
cumprimento da medida e
a realização das ambições
futuras dos adolescentes.
• Encaminhamento
para atividades, de
preferência de natureza
profissionalizante, que
estejam relacionados
às ambições futuras
dos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
• Buscar promover atividades
de integração familiar.
FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A atividade foi descrita
como positiva pela maioria
dos responsáveis.
• Foi muito difícil mobilizar
responsáveis que se
voluntariassem para a
atividade.
A realização de atividades
como “grupos focais”, que
reúnam os responsáveis
pelos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM70
4.3 Centro-Oeste
VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DO SEU ADOLES-CENTE PARTICIPAR?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Em Cuiabá e Brasília houve
relatos de responsáveis
que conheceram o serviço
através de campanha na
mídia.
• Em Brasília todos alegaram
conhecer o serviço antes
mesmo do ingresso dos
adolescentes no serviço.
• Muitos disseram não
conhecer o serviço antes
do adolescente pelo qual
respondem ingressar.
• Alguns responsáveis que
afirmaram conhecer não
souberam referenciar essa
informação, tampouco
souberam se aprofundar
em características mais
específicas do serviço.
• Fortalecimento ou
estruturação de campanhas
de divulgação das MSE-MA
junto à sociedade.
• Promover mais ações de
integração entre o serviço e
a sociedade em geral
71Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Atendimento e
acompanhamento feito
pela equipe da unidade de
atendimento.
(Brasília) “Acho muito bom o
serviço, pois eles não deixam
de ligar de jeito nenhum,
liga pra ele vir, quando
não vem liga perguntando
por que não veio, procura
a gente vai a até a nossa
porta”.
(Goiânia) “Eu achei que foi
bom demais, com a ajuda
dos psicólogos e assistentes
sociais, eu o ajudei, meu
filho melhorou bastante, ele
está vindo sozinho e vindo
nas oficinas direitinho”.
• Oferta de cursos e outras
atividades voltadas para
a formação profissional e
pessoal.
(Brasília) “O atendimento
aqui é ótimo, eles atendem
muito bem, estão dispostos
a ajudar. Chamaram ele pra
fazer curso, chamaram ele
no CIEE, ele não foi porque
ele já estava sendo atendido
em outro local, já estava
sendo encaminhado pro
trabalho ele agora já esta
estagiando e está em um
trabalho ótimo”.
• Em Cuiabá a falta de
atividades foi ressaltada
como problema.
(Cuiabá) “Ele só assina e
não faz atividade, então
poderia ter mais alguma
atividade”.
(Cuiabá) “Só vem aqui
e assina e não foi
encaminhada. Quer ir no
CRAS e Pro Jovem para
continuar a estudar e se
sociabilizar”.
• Falta de vagas para cursos.
(Goiânia) “Estou esperando
há quase 4 meses para os
cursos”.
• Ausência de políticas
governamentais
específicas para o público
de adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
(Goiânia) “O Governo
deveria ajudar mais, deixa
a agente esperando”.
Maior oferta de cursos de
caráter profissionalizantes,
bem como de parcerias que
visem à colocação futura do
adolescente no mercado de
trabalho.
Realização de atividades,
dentro e fora da unidade de
atendimento, voltadas tanto
para os adolescentes quanto
para as suas famílias.
Proposição de projetos junto
aos conselhos municipal
e estadual dos direitos da
criança e do adolescente
voltados para o público
de adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM72
COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS O ADOLESCENTE FOI ENCAMINHADO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• São feitos
encaminhamentos para
atividades que despertam o
interesse dos adolescentes
em cumprimento de MSE-
MA.
• Em Campo Grande a
maioria dos adolescentes
não está matriculada na
escola.
• Encaminhamentos para
saúde apresentando como
o mais problemático.
• Em Goiânia a quantidade
de cursos foi descrita como
muito insatisfatória.
• Investigar a rede de serviços
disponível tendo em vista
a ampliação das opções de
encaminhamentos.
• Investimentos na área da
saúde, além da proposição
de ações de saúde
voltadas especificamente
para os adolescentes em
cumprimentos de MSE-MA.
COMO VOCêS APOIAM O ADOLESCENTE NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A maioria dos responsáveis
afirmou que a família
presta apoio ao
adolescente durante o
cumprimento da MSE-MA.
• Papel de apoio da família
muitas vezes se reduz
à “fiscalização” e ao
cumprimento, por parte
do adolescente, da medida
socioeducativa em meio
aberto.
(Brasília) “Eu apoio no
sentido de sempre estar
lembrando do dia, do
horário, não deixar se
atrasar, não dar motivo
nenhum pra faltar”.
• Realizar trabalhos de
sensibilização e orientação
da família quanto ao seu
papel e a sua importância
no sucesso da MSE-MA.
73Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
NA SUA OPINIÃO COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS VêEM A PARTICIPAÇÃO DO ADO-LESCENTE NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Houve relatos que
descreviam a comunidade
ao redor do adolescente
como apoiadora.
(Cuiabá) “Teve apoio das
pessoas e não teve esse
negócio de ficar falando.
Foi bem tranquilo a
participação das pessoas ao
redor dele”.
• Foram relatados muitos
casos de tratamento
preconceituosos por parte
de vizinhos.
• Muitos mantêm o
cumprimento da MSE-MA
em segredo para evitar
constrangimentos.
(Brasília) “O lugar onde
moro hoje ninguém sabe”.
(Campo Grande) “Todos
viram as costas”.
• Realização de campanhas de
amplo alcance que visem à
sensibilização da população
quanto à importância
das MSE-MA bem como à
importância de seu papel
enquanto coletividade de se
apresentar como referência
para o jovem.
• Promover a integração
entre o serviço oferecido
e a comunidade atendida,
tanto através de campanhas
organizadas pela própria
unidade, quanto por
meio de outras atividades
como palestras, oficinas e
celebrações.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM74
NA SUA OPINIÃO O ADOLESCENTE TEM ALGUM SONHO QUE GOSTARIA DE REALIzAR? VOCê ACHA QUE A VIVêNCIA DO ADOLESCENTE NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI
AJUDA-LO NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Reaproximação da escola
como fator presente no
cumprimento da MSE-
MA que pode ajudar
na concretização das
ambições futuras dos
adolescentes.
• Dificuldade por parte do
adolescente de manter um
sonho construtivo para si.
(Campo Grande) “Para
ele acabou tudo, não tem
esperanças, sonhos, nada,
é uma pessoa totalmente
com a cabeça virada, não
tem mais nada. Tatuou “Vida
Loka”, ele está estranho,
parece que vivendo em outro
mundo, a cabeça dele, eu
não sei o que fazer, ele me
evita”.
• A maioria das falas não
faz relação direta entre
a experiência adquirida
durante o cumprimento
da MSE-MA e as ambições
pretendidas pelos
adolescentes.
• Encaminhamento
para atividades, de
preferência de natureza
profissionalizante, que
estejam relacionados
às ambições futuras
dos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
• Buscar promover atividades
de integração familiar.
• Desenvolver atividades
que trabalhem com os
adolescentes sobre seus
sonhos e ambições.
FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A atividade foi descrita
como positiva pela maioria
dos responsáveis.
• A realização de atividades
como “grupos focais”, que
reúnam os responsáveis
pelos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
75Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
4.4 Sudeste
VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DO SEU ADOLESCEN-TE PARTICIPAR?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Alguns responsáveis já
havia ouvido falar do SMS e
afirmam que após o contato
inicial, puderam perceber
que existem aspectos
positivos.
(Rio de Janeiro) “Eu só
conheci aqui (MSE-MA do
CREAS) depois disso (que
o adolescente sob sua
responsabilidade entrou para
a MSE), mas agora não acho
que tenha nada de ruim
não... o pouco que ela está
vindo, eu não acho nada
ruim não”.
• Há responsáveis que
afirmam não ter
conhecimento algum
do serviço de medidas
socioeducativas anterior ao
cumprimento de medida
pelo adolescente sob sua
responsabilidade, e não
conhecer mesmo após o
início do cumprimento da
medida pelo adolescente.
(Rio de Janeiro) “Daqui eu
não sei dizer, por que eu
não conheço nada aqui”.
• Fortalecimento ou
estruturação de campanhas
de divulgação das MSE-MA
junto à sociedade.
• Promover mais ações de
integração entre o serviço e
a sociedade em geral.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM76
QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• O trabalho de
acompanhamento da
rotina e tratamento
acolhedor prestado pela
equipe do CREAS tanto aos
adolescentes quanto aos
familiares.
(Rio de Janeiro) “Ele falou:
É muito bom aqui. Não vejo
nada de ruim”.
(Rio de Janeiro) “Ele adora
vir pra cá, fala que todo
mundo é muito atencioso
com ele e com as outras
crianças. Eu também duas
vezes já vim participar aqui
com ele, dá lanche pras
crianças. Nunca vi nenhum
problema”.
(Vitória) “A equipe é boa.
Depois que ela – a filha –
começou a frequentar aqui
ficou mais calma”.
(Vitória) “O espaço aqui
é melhor que o do outro.
As pessoas aqui são boas,
conversam muito, elas vão
em casa, na escola, no
trabalho do meu filho”.
• A dificuldade para conseguir
encaminhamentos
para estágios e cursos
profissionalizantes;
(Vitória) “Minha filha está na
quinta série, não consegue
estágio, tem que estar na
oitava para conseguir”.
• A precariedade da
infraestrutura dos CREAS.
(Rio de Janeiro) “Eu
considero ruim a questão
do ambiente de trabalho.
Teria que ser um lugar mais
convidativo, mais alegre,
mais conservado. Você entra
aqui e parece um lugar
sombrio, uma coisa meio
deprimente”.
(Rio de Janeiro) “Teriam
que ser melhoradas as
instalações, o ambiente. Até
pra quem trabalha aqui”.
(Rio de Janeiro) “O
problema é só mesmo esse,
o lugar”.
• Aumentar a oferta de cursos
e atividades variadas aos
adolescentes.
(Rio de janeiro) “Escola
profissionalizante. Além de
manter a criatura ocupada,
eles vão sair dali com uma
profissão”.
(Vitória) “Que eles me
ajudem a arrumar um
trabalho para ela. Poderiam
ganhar algum dinheiro
fazendo um curso”.
• Planejar atividades voltadas
para a integração do
adolescente que tenha
cumprido a medida em meio
fechado.
(Rio de Janeiro) “O que
poderia melhorar mesmo
é se o Governo tivesse
um lugar destinado a
essas pessoas que saem.
Se tivesse uma escola
profissionalizante, voltada
para essas pessoas que
saem, eu acho que seria a
solução”.
77Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS O ADOLESCENTE FOI ENCAMINHADO? FALE UM POUCO SOBRE ELAS? E VOCêS PARTICIPAREM DE ALGUMA ATIVIDADE?
COMO VOCêS AVALIAM?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Alguns responsáveis
afirmam estar satisfeitos
com o processo de
encaminhamento dos
adolescentes para
programas, cursos e
atividades.
(Rio de janeiro) “O serviço,
pro meu filho, funcionou
muito bem. Eles encaminham
para trabalho em órgão
tipo CEDAE, acho que poder
Judiciário também, também
introduzem as crianças em
cursos, mas dá pra perceber
o interesse deles aqui
de reabilitar a pessoa à
sociedade”.
(Rio de janeiro) “Quando a
gente vem fazer o cadastro
aqui, perguntam se você
quer que seu filho faça
algum curso. Só precisa
dos documentos Já levei os
documentos da escola. Se você
pedir, ela arranja um curso”.
• Alguns responsáveis
afirmam que nunca
tiveram os adolescentes
encaminhados para
nenhum tipo de serviço ou
atividade, com destaque
para a ausência de
encaminhamentos para
serviços de saúde.
(Vitória) “Eu mesmo levo
minha filha para o médico.
Aqui nunca levaram não”.
(Vitória) “Meu filho vai à
escola e participa do time
de futebol da escola”.
• Dificuldade de manter o
adolescente na escola.
(Rio de janeiro) “Até agora
não vi resultado nenhum.
A equipe do CREAS marcou
pra ir com ele no dia
vinte pra pegar o papel na
escola, só que largou há
dois anos”.
• Maior oferta de atividades
e cursos, profissionalizantes
aos adolescentes.
• Maior vínculo com as
escolas, para que haja
um acompanhamento
cotidiano e continuado da
rotina dos adolescentes em
cumprimento de medida,
que pode ser baseado
na troca frequente de
informações entre tais
esferas.
• Oferta de atividades e
cursos que estejam de
acordo com os interesses
dos adolescentes, o que
pode ser “levantado” pela
própria equipe do CREAS.
• Maior atenção aos
encaminhamentos para
serviços de Saúde, para que
seria interessante fortalecer
o vínculo com esta esfera
de atendimento público.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM78
COMO VOCêS APOIAM O ADOLESCENTE NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• O atendimento, ao
voltar-se não somente ao
adolescente, mas também
para seus responsáveis,
possibilita uma melhora
de relacionamento em seu
ambiente familiar.
(Vitória) “Eu aprendi aqui
na conversa com as pessoas
do CREAS que tenho que
ter paciência com ela,
conversar. Antes só xingava
ela e chorava”.
(Vitória) “Converso muito
com ele, falo para ele
lembrar que os dois irmãos
de criação morreram por
motivo de tráfico”.
(Rio de Janeiro) “Todo mês
eu estava aqui com meu
filho. Eles são realmente
preocupados com a
introdução da pessoa de
novo na sociedade. Eu fiquei
muito feliz”.
(Rio de Janeiro) “Eu tento
apoiar meu filho, mesmo ele
não querendo estudar, mas a
gente manteve na escola”.
(Rio de Janeiro) “Apoio,
claro. Quando eu acordo já
tem café pronto, ele já está
arrumado. Apoio ele sim”.
• Há casos de responsáveis
que só acompanharam o
adolescente na primeira
vista ao CREAS;
• Escassez de atividades que
integrem responsáveis e
adolescentes na rotina do
CREAS
(Rio de Janeiro) “Eu só vim
aqui na primeira vez para
fazer o cadastro dela”.
• Oferta de atividades que
envolvam os responsáveis na
rotina do CREAS e também
na dos adolescentes.
• Atividades que integrem
os responsáveis entre si
para que haja uma troca de
experiências mais intensa
entre eles, atividades
em grupo com e sem os
adolescentes.
• Realização de Grupos Focais
com os responsáveis.
79Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
NA SUA OPINIÃO COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS VêEM A PARTICIPAÇÃO DO ADO-LESCENTE NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Alguns declararam receber
apoio dos vizinhos e de
pessoas próximas da
comunidade em relação ao
cumprimento de medida do
adolescente.
(Vitória) “Falo com as
pessoas, com meus vizinhos,
não escondo. E as pessoas
não são preconceituosas.
Meus vizinhos ajudam,
dão conselho. Se ele faz
coisa errada na rua, meus
vizinhos vêm me ajudar”.
• O preconceito em relação
aos adolescentes em
cumprimento de MSE
na comunidade afeta a
autoestima e os processos
de sociabilização dos
adolescentes de uma
maneira geral.
(Vitória) “Ninguém sabe, só
o pessoal de dentro de casa.
Não é bom falar. As tias
ajudam, dão conselho, falam
sobre as drogas”.
(Rio de janeiro) “Na própria
comunidade a gente sente
isso (preconceito), na
própria comunidade. Imagine
na escola”.
(Rio de Janeiro) “Na rua
a gente ouve uma falando
com a outra: ‘Não anda com
fulana não. O filho dela foi
solto. Se eu te ver andando
com ele você vai ver’”.
• Sensibilização e
esclarecimento das
comunidades e das escolas,
tanto entre membros do
corpo discente quanto
docente, sobre o que são
as Medidas Socioeducativas
e a importância do apoio
de todos nesse processo
pelo qual passam estes
adolescentes.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM80
NA SUA OPINIÃO O ADOLESCENTE TEM ALGUM SONHO QUE GOSTARIA DE REALIzAR? VOCê ACHA QUE A VIVêNCIA DO ADOLESCENTE NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI
AJUDA-LO NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• O sonho declarado
pela maior parte dos
responsáveis é o de ver os
adolescentes trabalhando,
Muitas vezes relacionam
a questão do acesso ao
trabalho à possibilidade de
melhora da qualidade de
vida.
(Vitória) “Ele quer fazer
um curso para melhorar, de
mecânico ou eletricista. O
que ele quer também é ser
jogador de futebol. Ele joga
5 horas por dia”.
• As participantes parecem
concordar que o serviço
oferecido na unidade vai
ajudar na realização dos
sonhos de seus filhos.
(Rio de Janeiro) Eu quero
ver meu filho trabalhando,
por que eu sempre falo que
ele tem que ter objetivo na
vida.
(Rio de Janeiro) “Meu sonho
é ver meu filho como ele
tá agora, ele não voltar
mais pro meio do tráfico,
pra qualquer outro tipo de
profissão que traga desgosto
pra mim, e pra nossa
família”.
• Os sonhos dos adolescentes
voltam-se principalmente
para o universo do
trabalho como forma de
alternativa a atividades
que teriam contribuído
para o cumprimento
da Medida. São poucas
as declarações que
envolvem, por exemplo, a
continuidade dos estudos
como forma de alcançar
esta “melhora”. A única
declaração neste sentido
partiu de responsável por
uma adolescente.
(Rio de Janeiro) “A –
adolescente – quer ser
arquiteta. Quer estudar pra
ser arquiteta”.
• Estímulo às equipes
dos CREAS no sentido
de investigarem junto
aos adolescentes quais
seriam seus sonhos e
poderem assim planejar os
encaminhamentos de acordo
com suas predisposições e
seus interesses pessoais.
• Estímulo pelas equipes dos
CREAS à continuidade dos
estudos destes adolescentes
sempre que possível, bem
como estabelecimento de
parcerias com instituições
de ensino que possam
ofertar-lhes vagas em suas
áreas de interesse.
81Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A atividade foi descrita
como positiva pela maioria
dos responsáveis.
• A realização de atividades
como “grupos focais”, que
reúnam os responsáveis
pelos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
4.5 Sul
VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DO SEU ADOLESCENTE PARTICIPAR?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Alguns responsáveis afirmam
que já tinham conhecimento do
serviço. Muitos destes moravam
perto do CREAS ou tinham
alguém próximo que cumprir a
medida, ou ainda participaram
de curso no local.
• Há responsáveis
que afirmam total
desconhecimento do
serviço.
• Alguns responsáveis
residem em áreas
distantes do CREAS
• Promover maior
divulgação do Serviço de
Medidas Socioeducativas.
QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Encaminhamento dos
adolescentes para vagas
em cursos e trabalho.
• Acompanhamento
psicológico.
• Valorização da
autoestima do
adolescente.
• Dificuldade dos responsáveis
no diálogo com os
adolescentes.
(Porto Alegre) “ganham tudo
fácil dos pais e não valorizam
estudo e trabalho”.
• Passagem pelo meio fechado
como fator de sofrimento
para o adolescente.
(Porto Alegre) “esse inferno
não é meu lugar”.
• Aumentar a oferta de
vagas em cursos e projetos
voltados a adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM82
COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS O ADOLESCENTE FOI ENCAMINHADO? FALE UM POUCO SOBRE ELAS? E VOCêS PARTICIPAREM DE ALGUMA ATIVIDADE?
COMO VOCêS AVALIAM?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Encaminhamento para as
escolas é descrito como um
dos mais bem sucedidos.
• Falta de encaminhamentos
para a saúde.
• Poucos encaminhamentos
para atividades fora da
unidade de atendimento.
• Investigar a rede de serviços
disponível tendo em vista
a ampliação das opções de
encaminhamentos.
• Investimentos na área da
saúde, além da proposição
de ações de saúde
voltadas especificamente
para os adolescentes em
cumprimentos de MSE-MA.
COMO VOCêS APOIAM O ADOLESCENTE NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A maioria dos responsáveis
afirmou que a família
presta apoio ao
adolescente durante o
cumprimento da MSE-MA.
• Papel de apoio da família
muitas vezes se reduz
à “fiscalização” e ao
cumprimento, por parte
do adolescente, da medida
socioeducativa em meio
aberto.
• Realizar trabalhos de
sensibilização e orientação
da família quanto ao seu
papel e a sua importância no
sucesso da MSE-MA.
83Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
NA SUA OPINIÃO COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS VêEM A PARTICIPAÇÃO DO ADOLESCENTE NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Houve relatos que
descreviam a comunidade
ao redor do adolescente
como apoiadora.
• Foram relatados muitos
casos de tratamento
preconceituosos por parte
de vizinhos.
• Muitos mantêm o
cumprimento da MSE-MA
em segredo para evitar
constrangimentos.
• Realização de campanhas
de amplo alcance que
visem à sensibilização das
comunidades de pessoas
quanto à importância
das MSE-MA bem como à
importância de seu papel
enquanto coletividade de se
apresentar como referência
para o jovem.
• Promover a integração
entre o serviço oferecido
e a comunidade atendida,
tanto através de campanhas
organizadas pela própria
unidade, quanto por
meio de outras atividades
como palestras, oficinas e
celebrações.
NA SUA OPINIÃO O ADOLESCENTE TEM ALGUM SONHO QUE GOSTARIA DE REALIzAR? VOCê ACHA QUE A VIVêNCIA DO ADOLESCENTE NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI
AJUDA-LO NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• Reaproximação da escola
como fator presente
no cumprimento da
MSE-MA que pode ajudar
na concretização das
ambições futuras dos
adolescentes.
• Dificuldade por parte do
adolescente de manter um
sonho construtivo para si.
(A maioria das falas não
faz relação direta entre
a experiência adquirida
durante o cumprimento
da MSE-MA e as ambições
pretendidas pelos
adolescentes).
• Encaminhamento para
atividades, de preferência de
natureza profissionalizante,
que estejam relacionados
às ambições futuras dos
adolescentes em cumprimento
de MSE-MA.
• Buscar promover atividades de
integração familiar.
• Desenvolver atividades que
trabalhem com os adolescentes
sobre seus sonhos e ambições.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM84
FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.
Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas
• A atividade foi descrita
como positiva pela maioria
dos responsáveis.
• A realização de atividades
como “grupos focais”, que
reúnam os responsáveis
pelos adolescentes em
cumprimento de MSE-MA.
85Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
CONCLUSÃO
Ao fim da realização dos 54 grupos focais em 25 capitais, ocorridos no período que se estendeu de
24 de novembro de 2012 a 28 de fevereiro de 2013, como cumprimento da etapa 3 de Análise do Programa da Pesquisa Análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução dos serviços de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA — e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC), foi possível observar que embora o processo de municipalização dessas medidas para adolescen-
tes tenha avançado muito em aproximadamente 7 anos, desde que a resolução 119 do CONANDA
foi publicada, ainda existem muitas dificuldades importantes a serem superadas.
Uma análise atenta dos quadros dispostos anteriormente, associada a informações colhidas
durante toda a pesquisa, deixa evidente que existem dificuldades na estruturação e execu-
ção do serviço que perpassam as diferentes capitais em diferentes regiões. Nesta conclusão
tentaremos analisar as diversas realidades encontradas durante a pesquisa e procurar pontos
em comum entre elas e os depoimentos dos participantes dos grupos focais.
Dentre as dificuldades mais recorrentes, é possível destacar o seguinte:
• Falta de conhecimento, preconceitos e abusos ligados ao cumprimento das MSE-MA.
Na esmagadora maioria das capitais, o serviço não era conhecido pela população que convive
com os adolescentes atendidos. Essa falta de conhecimento leva, em muitos casos, a uma
relação distante demais entre as partes em questão, o que dificulta o processo de alteridade
que poderia criar a solidariedade necessária para o melhor desenvolvimento das interações
sociais. Faz-se necessário um intenso processo de aproximação e sensibilização voltado para
a integração entre adolescente em cumprimento de medidas, suas famílias e a comunidade
de pessoas ao seu redor, para que o serviço da medida socioeducativa possa ser bem-sucedi-
do em ampliar, através da construção de redes, o espaço de atuação cidadã dos adolescentes
e de suas famílias, de maneira que esses possam assumir o protagonismo pleno do exercício
de sua cidadania. A participação da comunidade e integração desse serviço com ela são con-
dições indispensáveis para que esse trabalho possa ser desenvolvido.
Foram feitas também muitas denúncias de práticas abusivas direcionadas especificamente aos
adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. Esses abusos viriam de diversos
setores, inclusive do poder público. Os exemplos vão desde gestores de unidades de educação
que fazem ressalvas quanto à presença do adolescente no ambiente escolar por eles gerido,
até ameaças e agressões cometidas por policiais que atuam nas regiões onde os adolescentes
vivem. Esse tipo de denuncia só vem a reforçar a ideia exposta anteriormente de que sem a
participação de uma comunidade de pessoas conscientes da importância do serviço oferecido
e do papel que desempenham dentro desta estrutura. Posturas agressivas direcionadas ao
adolescente pelo simples fato de ser ele um adolescente em cumprimento de medida socioe-
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM86
ducativa se opõem ao bom desenvolvimento do trabalho de assistência e responsabilização dos
adolescentes e de suas famílias e o próprio interesse dessa comunidade que teria muito mais
proveito para o potencial de um adolescente mais equilibrado e consciente.
• Problemas com a rede pública disponível para encaminhamentos.
Na questão dos encaminhamentos para a rede de atendimento disponível foram descritos
diversos cenários negativos. Em menor escala, houve relatos de dificuldade de acesso à es-
cola, embora essa tenha sido descrita, na maioria das vezes, como o destino mais acolhedor
viabilizado pelos encaminhamentos. Surgiram depoimentos que descreviam a escola como
mais um dos espaços de exercício dos preconceitos como ocorre em outros.
A saúde foi, em geral, descrita como o setor mais difícil no tocante à efetivação dos encami-
nhamentos feitos. Seus problemas vão desde questões básicas como ausência de profissionais
que realizem o atendimento, até outras mais complexas, como a ausência de instituição de
atendimento para casos mais específicos, a saber: casos de tratamento de drogadição e de
deficiências físicas/mentais.
Encaminhamentos para cursos foram descritos em geral como abaixo da demanda em re-
lação às vagas oferecidas. Mesmo quando se efetiva tal encaminhamento, muitas vezes foi
descrita uma grande demora para início das atividades.
As críticas à capacidade de absorção das redes públicas eram descritas como dificuldades não
específicas dos adolescentes em cumprimento de medida, mas sim um problema estrutural
dos serviços públicos oferecidos. Foi possível notar que há uma tendência de comportamento
demasiadamente burocrático dos técnicos das unidades de atendimento as medidas socio-
educativas em meio aberto, pois este técnico, desestimulado muitas vezes por excesso de
atendimentos e falta de pessoal, faz encaminhamentos e não procura averiguar os casos para
saber quando esse atendimento foi de fato realizado ou se ficou parado. Além disso, muitas
vezes o seu conhecimento sobre os equipamentos próximos e disponíveis está defasado pela
falta de iniciativas como o de fazer varreduras na região buscando possíveis parceiros.
A rede de parceiros para disponível para prestação de serviços à comunidade foi descrita
muitas vezes como insuficiente. Houve vários casos de adolescentes que tiveram o início
de sua medida atrasada pela falta de locais para onde pudessem ser encaminhados para a
prestação de serviços à comunidade. Essa dificuldade tem relação direta com o problema
levantado anteriormente que é o distanciamento entre o público do serviço das medidas e
as pessoas que não são alvo de tal política.
Há problemas nos encaminhamentos feitos à família. Tais dificuldades são de dois tipos: o
primeiro é o já descrito em relação aos adolescentes, a dificuldade da rede de encaminha-
mentos disponível em absorver a demanda de atendimentos; o segundo é uma dificuldade
da equipe das unidades de entender não só que esse papel é também incumbência sua, mas
87Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
também conseguir dar saída aos encaminhamentos feitos aos adolescentes e ainda se res-
ponsabilizar a prestar o mesmo serviço à família, com o material humano com o qual conta,
que muitas vezes é limitado.
Os grupos não transmitem somente as dificuldades, mas também quais foram os avanços e
que caminhos são possíveis trilhar para alcançarmos a qualidade desejada do serviço. Dentre
as qualidades mais comuns, destacam-se as categorias:
• Atendimento da equipe das unidades.
O atendimento recebido pelos adolescentes e familiares da equipe técnica onde a medida
socioeducativa era cumprida foi muitas vezes destacado como um fator positivo. Em vários
depoimentos é possível notar que muitas vezes, a despeito da falta de estrutura e pessoal,
a equipe técnica foi bem-sucedida em criar um vínculo de afetividade tanto com os adoles-
centes quanto com os familiares. Essa afetividade foi destacada como um dos principais dife-
renciais para o bom cumprimento da medida, bem como a alocação da família em programas
e instituições que até então lhes eram ausentes ou distantes. Essa impressão se reforça nos
depoimentos dos grupos focais em que há relatos de casos de adolescentes que desistiram de
optar pelo abandono do cumprimento graças à intervenção do funcionário da unidade. Essa
intervenção em geral vem em forma de uma conversa íntima ou uma confidência.
• Horários, regras e rotinas.
A construção das rotinas em torno das atividades necessárias ao cumprimento da medida
foi descrita como um ponto positivo para o que os entrevistados qualificaram de “um novo
começo”. Muitos dos adolescentes atendidos se encontravam em situação de desatenção
grave, e por isso não tinham acesso a uma rotina de horários e regras fixas. As consequên-
cias disso se refletiam na imensa dificuldade dos adolescentes de permanecer em espaços e
estruturas onde essa capacidade lhe era cobrada. Por isso o fato de ter que se organizar em
torno de um plano de atividades foi um bom exercício para a ambição dos adolescentes de
também conquistar esses outros espaços.
• Acesso a serviços púplicos
Em muitos casos o adolescente e sua família estavam tão distanciados da rede de proteção
que o ingresso na medida representou uma oportunidade para que ambos fossem atingidos
pela assistência social bem como outros setores do estado.
É possível notar que ainda existem muitos desafios a superar, mas, que também um longo
caminho foi percorrido. Os depoimentos apontam justamente os caminhos que devem ser
seguidos e aquilo que ainda carece de ajustes e reformulações.
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM88
O que se torna mais evidente é que é necessário investir na equipe das unidades, tanto au-
mentando o efetivo nos locais onde a espera por atendimento foi descrita como insuficiente,
quanto criando e/ou melhorando as condições de trabalho. Além disso, é de importância
urgente que se faça um planejamento de integração entre a unidade e a comunidade de
pessoas de seu entorno para evitar estigmatização e conflitos, além de potencializar ao
máximo a capacidade de colaboração da comunidade com a medida. Essas e outras medidas
sugeridas no corpo deste relatório podem indicar o caminho para um Sistema Socioeducativo
que garanta os direitos dos adolescentes.
89Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
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91Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
ANExO 1 — ROTEIRO DOS GRUPOS FOCAIS — ADOLES-CENTES
• Preenchimento de ficha socioeconômica.
• Boas vindas e apresentação do projeto.
• Apresentação da dinâmica e pactuação das regras de convivência.
Orientação:
O facilitador abre os trabalhos com uma fala que informa sobre:
✓ Qual é a instituição responsável pela pesquisa; os objetivos da pesquisa e os benefícios que
poderão dela advir; o uso não individualizado do material quantitativo e qualitativo coletado
(informar/perguntar sobre o sigilo).
✓ Fazer a apresentação da equipe e suas funções; a função dos crachás; agradecimento
pela presença; o caráter voluntário da participação também nas falas e como estas serão
bem-vindas; a não existência de respostas "certas" ou "erradas"; regras de funcionamento do
grupo; pedido de permissão para gravar, tomar notas para enriquecer a pesquisa e viabilizar
a análise.
• Rodada de apresentação: características pessoais importantes para a discussão em
pauta com dinâmica "quebra gelo", de descontração ou disparadora da conversa (Exem-
plos: Rolo de Barbante" Perguntas norteadoras: nome, idade, o que você gosta e o que
você não gosta?).
• Perguntas:
Vocês já conheciam o serviço de medidas socioeducativas, antes de participarem? O que
vocês ouviam falar do serviço?
O que vocês destacariam como as principais qualidades?
O que vocês destacariam como as principais dificuldades?
Quais são as suas sugestões para o aperfeiçoamento do serviço?
Como vocês avaliam os serviços e as atividades para as quais vocês foram encaminhados?
Fale um pouco sobre elas?
Como sua família apóia você neste processo de cumprimento de medidas?
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM92
Como outras pessoas próximas a vocês, além de sua família (vizinhos, amigos, professores)
vêem a sua participação na medida socioeducativa?
Cada um de vocês, fale sobre um sonho que você gostaria de realizar no futuro próximo? O
que você está vivenciando no cumprimento da medida socioeducativa vai te ajudar na rea-
lização desse sonho?
Fale em uma palavra ou frase como foi participar desse grupo.
• Lanche de confraternização
93Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
ANExO 2 — ROTEIRO DOS GRUPOS FOCAIS — RESPON-SáVEIS E FAMILIARES
• Preenchimento de Ficha Socioeconômica.
• Boas Vindas e Apresentação do Projeto.
• Apresentação da dinâmica e pactuação das regras de convivência.
Orientação:
O facilitador abre os trabalhos com uma fala que informa sobre:
✓ Qual a instituição responsável pela pesquisa; os objetivos da pesquisa e os benefícios que
poderão dela advir; o uso não individualizado do material quantitativo e qualitativo coletado
(informar/perguntar sobre o sigilo).
✓ Fazer a apresentação da equipe e suas funções; a função dos crachás; agradecimento
pela presença; o caráter voluntário da participação também nas falas e como estas serão
bem-vindas; a não existência de respostas "certas" ou "erradas"; regras de funcionamento do
grupo; pedido de permissão para gravar, tomar notas para enriquecer a pesquisa e viabilizar
a análise.
• Rodada de apresentação: características pessoais importantes para a discussão em
pauta com dinâmica "quebra gelo", de descontração ou disparadora da conversa (Exem-
plos: Rolo de Barbante" Perguntas norteadoras: nome, o que você gosta e o que você
não gosta?).
• Perguntas:
Vocês já conheciam o serviço de medidas socioeducativas, antes do seu adolescente parti-
cipar? O que vocês ouviam falar do serviço?
O que vocês destacariam como as principais qualidades?
O que vocês destacariam como as principais dificuldades?
Quais são as suas sugestões para o aperfeiçoamento do serviço?
Como vocês avaliam os serviços e as atividades para as quais o adolescente foi encaminhado?
Fale um pouco sobre elas? E vocês participarem de alguma atividade? Como vocês avaliam?
Como vocês apóiam o adolescente neste processo de cumprimento de medidas?
Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM94
Na sua opinião como outras pessoas próximas a vocês vêem a participação do adolescente
na medida socioeducativa?
Na sua opinião o adolescente tem algum sonho que gostaria de realizar? Você acha que a vi-
vência do adolescente no cumprimento da medida socioeducativa vai ajuda-lo na realização
desse sonho?
Fale em uma palavra ou frase como foi participar desse grupo.
• Lanche de confraternização
MAPEAMENTO
DAS NORMATIVAS
A883
Atualização da produção normativa sobre a temática do atendimento socioeducativo em meio aberto para adolescentes infratores / [supervisão geral de] Rosimere Souza; [coordenação de] Delaine Costa. – Rio de Janeiro: IBAM; CONANDA, 2013.
76 p.
Abaixo do título: “Pesquisa Análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA — e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC)”.
1. Serviço social com adolescentes. 2. Adolescentes infratores – serviço social. I. Souza, Rosimere de (Supervisora). II. Costa, Delaine. III. Instituto Brasileiro de Administração Municipal. III. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
CDD 370.11
“Pesquisa análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA — e Pres-
tação de Serviços à Comunidade — PSC)”
Junho de 2014
Presidente da RepúblicaDilma Rousseff
Ministra Chefe de Estado da Secretaria de Direitos HumanosIdeli Salvatti
Secretário Executivo da Secretaria de Direitos HumanosClaudinei Nascimento
Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do AdolescenteAngélica Moura Goulart
Coordenador-Geral do Sistema Nacional SocioeducativoCláudio Augusto Vieira da Silva
Instituto Brasileiro de Administração Municipal
Superintendete Geral
Paulo Timm
Superintendente de Desenvolvimento Econômico e Social
Alexandre Carlos Albuquerque Santos
Equipe Técnica do Projeto
Supervisora Geral do Projeto
Coordenadora do Programa Gestão Pública Municipal e Direitos Humanos
Rosimere de Souza
Assessores Técnicos
Adriana MotaHerculis ToledoJuliana LeiteLiza SantosLouise Storni
Consultora de Metodologia de Pesquisa
Marina Sidrim Teixeira
Consultora de Metodologia de Pesquisa
Thaily Reis Antônio Pedro Campello Pereira Porto Soares
Estagiários
Safira SilvaVladmir Machado
Revisão Bibliográfica e catalográfica
Elisa Machado Alves Correa
Revisão e Diagramação
Diana Castellani Ricardo Polato
Programação visual
André Guimarães Souza
Apoio Técnico-administrativo
Flavia Lopes
Conselho nacional dos direitos da criança e do adolescente — CONANDAConselheiros Governamentais — Biênio 2013/2014 — Titulares e Suplentes no CONANDA
Casa Civil da Presidência da República
Titular: Magaly de Carvalho Correia MarquesSuplente: Mariana Barbosa Cirne
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Titular: Francisco Antonio de Sousa BritoSuplente: Natalia da Silva Pessoa
Ministério da Cultura
Titular: Anirlenio Donizet de MoraisSuplente: Marina Leite da Silveira
Ministério da Educação
Titular: Clélia Brandão Alvarenga CraveiroSuplente: Fabio Meirelles Hardman de Castro
Ministério do Esporte
Titular: Andrea Carvalho AlfamaSuplente: Elisangela Landim Santos
Ministério da Fazenda
Titular: Jordelino Serafim dos ReisSuplente: Cristiane Caldera de Araújo Mascarenhas
Ministério da Previdência Social
Titular: Kesia Miriam Santos de AraujoSuplente: Fabiula Costa Oliveira
Ministério da Saúde
Titular: Thereza de Lamare Franco NettoSuplente: Maria de Lourdes Magalhães
Ministério das Relações Exteriores
Titular: Marcia Canário de OliveiraSuplente: Juliana de Moura Gomes
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Titular: Danyel Iorio de LimaSuplente: Bernardo Bofil Vasconcelos Pereira
Ministério do Trabalho e Emprego
Titular: Karina Andrade LadeiraSuplente: Cintia Bastos Bemerguy
Ministério da Justiça
Titular: Davi Ulisses Brasil Simões PiresSuplente: Alex Canuto de Sá Cunha
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Titular: Maria Izabel da Silva (Vice-Presidente) Suplente: Claudio Augusto Vieira Da Silva
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República
Titular: Cristina de Fátima Guimarães
Suplente: Floraci Pereira dos Santos
Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Titulares no CONANDA
Pastoral da Criança Representante: Maristela Cizeski
CNBB — Pastoral do Menor
Representante: Vitor Cavalcante de Sousa Valério
Inspetoria São João Bosco (Salesianos)
Representante: Miriam Maria José dos Santos (Presidente)
Federação Nacional das APAES
Representante: Anna Beatriz Langue Peranovichi Leite
CFP — Conselho Federal de Psicologia
Representante: Esther Maria de Magalhães Arantes
ABMP — Associação Brasileira de Magistrados, Promotores e Defensores Públicos da Infância e da Juventude
Representante: Diego Vale de Medeiros
UBEE — União Brasileira de Educação e Ensino (Marista)
Representante: Fabio Feitosa da Silva
Aldeias Infantis SOS Brasil
Representante: Fabio José Garcia Paes
CONTAG — Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura
Representante: Tania Mara Dornellas dos Santos
MNMMR — Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua
Representante: Marco Antônio da Silva Souza
Criança Segura
Representante: Alessandra Mara Françoia
CFESS — Conselho Federal de Serviço Social
Representante: Erivã Garcia Velasco
CECUP — Centro de Educação e Cultura Popular
Representante: Edmundo Ribeiro Kroger
OAB — Ordem dos Advogados do Brasil
Representante: Luiza Helena Simonetti Xavier
Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Suplentes no CONANDA
ACM — Federação Brasileira das Associações Cristã de Moços
Representante: Adriano de Britos
Sociedade Literária e Caritativa Santo Agostinho
Representante: Roseli Aparecida Duarte
MNDH — Movimento Nacional de Direitos Humanos
Representante: Carlos Nicodemos Oliveira Silva
CUT — Central Única dos Trabalhadores
Representante: Raimunda Núbia Lopes da Silva
Instituto ALANA
Representante: Pedro Affonso Duarte Hartung
FENATIBREF — Federação Nacional dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas
Representante: Francisco Rodrigues Correa
ANCED — Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente
Representante: Djalma Costa
SBP — Sociedade Brasileira de Pediatria
Representante: Rachel Niskier Sanchez
FENAVAPE — Federação Nacional das Associações para Valorização de Pessoas com Deficiência
Representante: Fernanda Campana
Fundação Fé e Alegria do Brasil
Representante: Renato Eliseu Costa
Fundação ABRINQ
Representante: Heloisa Helena Silva de OliveiraConselho Latino Americano de IgrejasRepresentante: Rosilea Roldi Wille
MORHAN — Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase
Representante: Thiago Pereira da Silva Flo
9Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................10
1. METODOLOGIA ..............................................................................11
2. PRINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS ..............................................12
3. RESULTADOS DA PESqUISA .............................. ..................................12
CONCLUSÃO ...................................................................................25
SITES VISITADOS ...............................................................................26
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................27
ANEXO 1 — RESUMO DA NORMATIVA ENCONTRADA NOS ESTADOS E NO DISTRITO FEDERAL ACERCA DO ATENDIMENTO à CRIANÇA E AO ADOLESCENTE, EM ESPECIAL AO ADOLESCENTE AUTOR DE ATO INFRACIONAL..................28
ANEXO 2 — BANCO DE DADOS COM A LEGISLAÇÃO IDENTIFICADA NAS 27 CAPITAIS E OUTRAS CIDADES ..................................................44
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM10
APRESENTAçãO
Este documento apresenta uma síntese da produção normativa sobre a temática do aten-
dimento socioeducativo para adolescentes autores de atos infracionais, no universo que
abrange as esferas federal, estadual, distrital e municipal. No caso dos municípios, por não
ser uma pesquisa censitária, enfatizamos a busca nas capitais dos estados da federação e nas
cidades mais relevantes, no período de tempo configurado entre 1988 (ano de promulgação
da Constituição Federal Brasileira) e 2013.
Tal estudo foi realizado a partir do levantamento e da análise de resoluções, decretos, por-
tarias e leis emanadas pelos poderes executivo, legislativo e judiciário nas diferentes esferas
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Também foram consideradas as normativas
que deram origem às produções estaduais e municipais em suplementação às normas apro-
vadas pelo Congresso Nacional.
Este produto integra uma das etapas do projeto de Avaliação da Dinâmica de Funcionamento
dos Programas de Atendimento Socioeducativo em Meio Aberto executado pelo IBAM, por
meio do convênio 759066/2011, firmado em 2011 com a Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República/SDH-PR.
Desde já declinamos sobre as limitações do estudo que não pretende ser exaustivo em rela-
ção à matéria, seja no que diz respeito ao conteúdo exposto ou às análises.
Com este trabalho o IBAM visou a oferecer para o universo de operadores do direito da
criança e do adolescente, pesquisadores e cidadãos em geral, notadamente aqueles que
atuam no campo de atenções aos adolescentes autores de ato infracional, um caminho para
a compreensão dos contextos nos quais se inserem os programas de atendimento aos adoles-
centes. Esses atos normativos em conjunto, demonstram o que é aplicado no âmbito federal,
estadual e municipal, acerca das formas de organização, funcionamento, regulamentação e
execução dessas esferas, podendo ser compreendidos como um indicador do cumprimento
da propagada prioridade absoluta às crianças e aos adolescentes.
O documento está estruturado de forma a demonstrar a metodologia utilizada e os resulta-
dos alcançados no que diz respeito à normativa existente.
11Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
1. METODOLOGIA
A primeira etapa do estudo foi o mapeamento dos órgãos competentes para normativas que
regulamentem a política pública de atendimento socioeducativo nas diferentes esferas. Para
tanto, fez-se necessária uma análise acerca das competências legislativa e normativa sobre
a temática.
Após essa primeira etapa, definidos os órgãos normativos competentes para emanar as nor-
mas de interesse do presente estudo, deu-se início à pesquisa documental a respeito dessa
produção normativa nas seguintes fontes de pesquisa: Constituições Federal, Estadual e
Distrital; sites dos Tribunais de Justiça, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Fe-
deral; sites das Assembleias Legislativas; sites das Câmaras Municipais; sites dos Ministérios
Públicos dos 26 estados e do Distrito Federal; site da Secretaria dos Direitos Humanos da
Presidência da República (observatório da infância; CONANDA etc.); site do Ministério de
Desenvolvimento Social e Secretarias Estaduais e Municipais congêneres; sites dos Conselhos
Estadual, Distrital e Municipal da Criança e do Adolescente (CEDCAs e CMDCAs).
Diante da recorrente falta de informações dos websites, especialmente daqueles referentes
a órgãos do poder executivo das esferas Estadual, Distrital e Municipal, imperiosa se mostrou
a realização de contatos telefônicos com esses órgãos, com vistas à suplementação do mate-
rial coletado na internet. Os contatos foram feitos com todos os estados e órgãos definidos
na etapa anterior, mas que se mostraram, em diversas ocasiões, insuficientes para um levan-
tamento mais consistente, uma vez que inúmeras foram as vezes que o atendente não soube
fornecer as informações solicitadas, e, quando um recado foi deixado, para eventual retorno
de um responsável que soubesse esclarecer aquela informação, não obtivemos resposta.
Concluída a coleta, deu-se início à análise do material, com enfoque na análise do impacto
que determinados documentos federais tiveram na produção normativa dos diferentes entes
federativos ao longo do universo temporal deste estudo. O critério para seleção desses docu-
mentos foi a relevância geral para a regulamentação do atendimento socioeducativo. Desta
forma, os referenciais normativos para a análise temporal ora apresentada são: Constituição
Federal (1988); Lei Federal 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); Resolução
119 do CONANDA (2006); Resolução 109 do CNAS (2009); e Lei 12.594 /2012.
Explicitada a metodologia adotada neste estudo, passemos então para a apresentação das
dificuldades encontradas para a sua realização.
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM12
2. PRINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS
Ao longo da etapa de identificação dos órgãos com competência normativa acerca da maté-
ria infracional, encontramos dificuldades pela ausência de padronização das nomenclaturas
utilizadas pelos diferentes estados e municípios, especialmente no que tange às pastas do
poder executivo responsável pela temática. Como exemplo utilizaremos a pasta Assistência
Social, que na maioria dos estados e municípios são secretarias, mas em outros são funda-
ções ou até mesmo subsecretarias em órgãos com atribuições tão diversas, como trabalho,
habitação e outros.
Outra grande dificuldade encontrada ao longo deste estudo foi a falta de informação a res-
peito dos atos normativos emanados pelos respectivos órgãos disponibilizados em seus sites
na internet. Poucas são as páginas de secretarias estaduais, municipais ou Conselhos de Di-
reitos que disponibilizam os seus atos normativos de forma a possibilitar uma pesquisa mais
qualificada por meio eletrônico.
Sempre que nos deparamos com esta realidade, optamos por fazer contato através de liga-
ção telefônica ou correio eletrônico. E nesta fase, quando feito contato, em muitos casos,
não houve o retorno esperado por parte dos responsáveis. Isto, no entanto não inviabilizou
a realização do estudo, uma vez que a coleta realizada foi capaz de fornecer um vasto ma-
terial para análise.
3. RESULTADOS DA PESQUISA
De acordo com a Constituição brasileira, são competentes para legislar acerca da proteção
à infância e à juventude a União, os Estados e o Distrito Federal. Soma-se a esse dispositivo
constitucional a competência dos municípios para legislar sobre assuntos de interesse local,
bem como suplementar a legislação federal e estadual no que couber.
Ao longo dessa etapa de coleta do material analisado, além dos diferentes entes federativos,
identificaram-se inúmeras espécies de atos normativos acerca do atendimento socioeduca-
tivo, cada um próprio da natureza jurídica do órgão que a emanou, como podemos ver no
quadro 1, a seguir:
1. Cumpre destacar o entendimento de que competência legislativa se difere de competência normativa. Enquanto a primeira
se trata exclusivamente da competência do poder legislativo, a segunda diz respeito à suplementação de legislação emanada
por outra esfera.
2. Constituição da República Federativa do Brasil, Art. 24, XV.
3. Constituição da República Federativa do Brasil, Art. 30, I e II.
13Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
QUADRO 1: ESPÉCIES NORMATIVAS IDENTIFICADAS E NATUREzA JURíDICA DO óRGãO COMPETENTE
Constituição Federal, Constituições Estaduais e Constituição Distrital
Normas de constituição e regulamentação do funcionamento da máquina estatal da respectiva esfera.
Leis ordinárias e complementares
Normas emanadas pelos poderes legislativos dos diferentes entes federativos, respeitado o processo
legislativo.
Decretos
Conforme Artigo 84 da CF/1988, são de competência dos chefes dos poderes executivos – Presidente,
Governadores e Prefeitos – e têm efeito de regulamentar ou de execução, sendo um ato meramente
administrativo.
Portarias/Instruções de serviço
Instrumento administrativo utilizado pelos auxiliares diretos dos chefes de Poder Executivo que visam a
regular as atividades de suas pastas, transmitindo decisões de efeito interno.
Resolução/Deliberação
Deliberação de órgão colegiado com atribuição normativa. Possui força de lei desde que não contradiga
uma.
Portarias Judiciais
Espécie normativa proveniente do Poder Judiciário com vistas a disciplinar atividades judiciárias.
Medida Provisória
Ato Normativo emanado pelo Presidente da República, com força de lei e sujeito à apreciação pelo
Congresso Nacional dentro do prazo legal.
Recomendação do Ministério Público
Espécie normativa de caráter não vinculante produzida pelo Ministério Público.
Súmulas
Espécie normativa de caráter não vinculante emanada pelos Tribunais Superiores com vistas à orientação
jurisprudencial.
No total, foram nove espécies normativas distintas, próprias de cada órgão que as emanou.
No quadro 2 o leitor poderá obter uma breve apresentação do que cada espécie normativa
representa e a natureza jurídica do órgão competente para emaná-la.
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM14
QUADRO 2: ESPÉCIES NORMATIVAS IDENTIFICADAS
Presidência da República – Executivo
Ministério do Desenvolvimento Social – Executivo
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – Executivo
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – Executivo
Conselho Nacional de Assistência Social – Executivo
Fundo Nacional de Assistência Social – Executivo
Conselho Nacional do Ministério Público – Executivo
Superior Tribunal de Justiça – Judiciário
Conselho Nacional de Justiça – Judiciário
Congresso Nacional – Legislativo
Chefes do Poder Executivo dos Estados e do Distrito Federal (Governadores) – Executivo
Secretarias ou Fundações Estaduais4 - Executivo
Ministério Público dos Estados – Executivo
Conselhos Estaduais dos Direitos da criança e do Adolescente – Executivo
Varas da Infância e da Juventude – Judiciário
Assembleias Legislativas – Legislativo
Chefes do Poder Executivo dos Municípios (Prefeitos) – Executivo
Secretarias ou Fundações Municipais – Executivo5
Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente – Executivo
Câmaras Municipais – Legislativo
Comissões Especiais – Executivo
4. Em alguns estados, o órgão responsável pela pasta da assistência social não é uma secretaria, mas uma fundação pública,
como explicitamos anteriormente, quando tratamos as dificuldades encontradas ao longo da feitura deste relatório.
5. Em alguns municípios, o órgão responsável pela pasta da assistência social não é uma secretaria, mas uma fundação pública.
15Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Conforme abordado anteriormente, as normativas identificadas ao longo da etapa de coleta
foram emanadas por diferentes órgãos das três esferas administrativas do Estado brasileiro.
No Quadro 2, podem-se identificar quais foram estes inúmeros órgãos e à qual Poder da Re-
pública estão vinculados (Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário).
Neste sentido, para facilitar a compreensão do leitor, optamos por fazer uma distinção entre
os órgãos do Poder Executivo. Isso porque, com a aprovação da Constituição de 1988, o Esta-
do brasileiro passou a dispor de instrumentos específicos de participação popular, estratégias
de exercício direto da democracia participativa: os Conselhos de Direitos.
As normativas emanadas por estes conselhos, por terem entre seus membros representantes da
sociedade civil organizada, não representam a vontade política do chefe do poder executivo,
devendo, em uma análise mais cuidadosa, ser separadas das demais normativas que representam
uma vontade política exclusivamente de governo. Por esse motivo, optamos por apresentar tais
normativas em uma categoria distinta, embora, formalmente, os mesmo pertençam ao poder
executivo. A essa categoria demos o nome de Conselhos. Os demais órgãos do Poder Executivo
compõem a categoria Governo. Desta forma, devemos ler o quadro 2 da seguinte forma:
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM16
QUADRO 3: óRGãOS RESPONSÁVEIS PELAS NORMAS IDENTIFICADAS
Presidência da República – Governo
Ministério do Desenvolvimento Social – Governo
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – Governo
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – Conselho
Conselho Nacional de Assistência Social – Conselho
Fundo Nacional de Assistência Social – Conselho
Conselho Nacional do Ministério Público – Conselho
Superior Tribunal de Justiça – Judiciário
Conselho Nacional de Justiça – Judiciário
Congresso Nacional – Legislativo
Chefes do Poder Executivo dos Estados e do Distrito Federal (Governadores) – Governo
Secretarias ou Fundações Estaduais6 - Governo
Ministério Público dos Estados – Governo
Conselhos Estaduais dos Direitos da criança e do Adolescente – Conselho
Varas da Infância e da Juventude – Judiciário
Assembleias Legislativas – Legislativo
Chefes do Poder Executivo dos Municípios (Prefeitos) – Governo
Secretarias ou Fundações Municipais7 – Governo
Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente – Conselho
Câmaras Municipais – Legislativo
Comissões Especiais – Governo
6. Em alguns estados, o órgão responsável pela pasta da assistência social não é uma secretaria, mas uma fundação pública.
7. Em alguns municípios, o órgão responsável pela pasta da assistência social não é uma secretaria, mas uma fundação pública.
17Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
As Figuras 1 e 2, a seguir, ilustram a quantidade de normativas identificadas emanadas por
cada Poder da República e Conselhos.
Figura 1: quantidade de Normativa por Poder.
Figura 2: quantidade de Normativa Conselho.
Ao analisarmos as Figuras 1 e 2, constatamos que a maior incidência normativa se dá com
o poder legislativo. Mas não podemos nos esquecer de que, em uma análise mais rígida da
divisão dos poderes da república, a categoria “Conselhos” deve ser somada à “Governo”,
pois as duas compõem o Poder Executivo. Desta forma, haveria ainda uma predominância do
poder legislativo, mas com maior equilíbrio se comparado com o executivo no que tange à
quantidade de normativas emanadas acerca do atendimento socioeducativo.
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM18
Por outro lado, chama-nos muito a atenção o fato de termos identificado apenas 20 nor-
mativas emanadas pelos Conselhos de Direitos. Mesmo sendo os órgãos com competência
específica para deliberar sobre o atendimento à criança e ao adolescente, os Conselhos se
mostram, em muitos casos, pouco atuantes ou imobilizados por ausência de estrutura física
e de pessoal, de acordo com alguns relatos colhidos nos contatos telefônicos estabelecidos
na etapa de coleta do material analisado.
Em sentido oposto devemos observar a baixa quantidade de normativas emanadas pelo Poder
Judiciário. Embora ainda insuficiente, os poderes legislativo e executivo têm práticas mais
transparentes de disponibilização de seus atos normativos em seus sites, enquanto o Poder
Judiciário não. Embora a coleta nos demonstre a quase inexistência desta atividade norma-
tiva, relatos colhidos também através dos contatos telefônicos dão conta da existência de
portarias judiciais que não puderam ser identificadas devido às dificuldades encontradas
em estabelecer contatos via ligação telefônica com as Varas da Infância e da Juventude das
Comarcas das Capitais dos estados e do Distrito Federal.
Figura 3: quantidade de Normativa por Ente Federado.
19Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Figura 4: quantidade de Normativa Conselho.
Ao nos depararmos com a Figura 3, observamos a predominância da atuação legislativa esta-
dual, em termos quantitativos, em relação às demais esferas e “Poderes”.
Merece destaque o fato de, na categoria “Conselhos” (Figura 4), haver maior incidência das
esferas municipal e estadual em relação à federal.
Insta observar que a atribuição municipal para normatização e execução de medidas socioe-
ducativas se dá apenas no chamado meio aberto (liberdade assistida e prestação de serviços
à comunidade), o que nos indica um maior interesse dos Conselhos de Direito pelas medidas
em meio aberto, em detrimento das privativas de liberdade (internação e semiliberdade),
possivelmente pelo fato de as mesmas permitirem a manutenção dos vínculos familiares e
comunitários, bem como possuírem fontes próprias de financiamento através do Sistema Úni-
co de Assistência Social — SUAS —, o que faz com que seja um estímulo para o administrador
municipal regulamentá-las, pois assim poderá receber os recursos federais para tal.
Cumpre esclarecer a razão da ausência de normas emanadas pelo Poder Judiciário na esfera
Municipal. Isso ocorre pelo fato de que, constitucionalmente, o Poder Judiciário ser vincu-
lado apenas à União (Esfera Federal) ou aos Estados (Esfera Estadual). Embora, em regra, a
competência das Varas da Infância e da Juventude das capitais estejam adstritas aos limites
geográficos desses municípios, formalmente, as mesmas fazem parte do Judiciário Estadual,
não havendo Poder Judiciário Municipal.
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM20
Figura 5: Normativa Estaduais por Região.
Figura 6: Normativa Estaduais por Região (Conselho).
A Figura 5 e 6 demonstra a distribuição das normativas estaduais conforme a região. Está
clara a predominância das normativas legislativas. Novamente, fica evidente a inoperância
dos Conselhos de Direitos na sua atividade normativa acerca dessa matéria, categoria iden-
tificada apenas nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, bem como a dificuldade de se obter
informações dos Estados da Região Norte.
21Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Figura 7: Normativas Municipais por Região.
Figura 8: Normativa Municipais por Região (Conselhos).
As Figuras 7 e 8 nos apresentam uma divisão das normativas das capitais dos estados classifi-
cadas por “Poder” responsável e a sua distribuição por regiões geográficas. Devemos obser-
var que apesar da já demonstrada escassez de estrutura dos Conselhos de Direito, na esfera
municipal, eles se destacam como os mais operantes, como identificado na Figura 8. Chama-
nos a atenção a diferença entre a região sudeste para as demais, o que sugere uma maior
estruturação dos Conselhos Municipais nesta região do que em outras.
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM22
Outra constatação que podemos fazer sobre esse gráfico é que, ao contrário do gráfico refe-
rente às normas estaduais (Figuras 5 e 6), no qual se observou a predominância de normas
legislativas, quando tratamos das normas municipais, elas quase não existem.
Figura 9: Produção de Normativa ao longo do tempo.
A Figura 9 nos permite acompanhar a evolução histórica da produção normativa acerca da
matéria ato infracional e das medidas socioeducativas no Brasil desde a aprovação da Cons-
tituição de 1988, que inaugura uma nova doutrina orientadora da política de atendimento à
criança e ao adolescente: a Doutrina da Proteção Integral.
Doutrina da Proteção Integral
A doutrina da proteção integral à criança consagrada na Convenção Internacional sobre os Direitos da
Criança e da Organização das Nações Unidas (1989) e na Declaração Universal dos Direitos da Criança
(1959), assim como pela constituição da República Federativa do Brasil (1988) e pelo Estatuto da Criança
e do Adolescente – ECA (1990) designa um sistema em que crianças e adolescentes, até 18 (dezoito)
anos de idade, são considerados titulares de interesses subordinados, frente à família, à sociedade e ao
Estado, cujos princípios, estão sintetizados no caput do artigo 227 da Constituição Federal.
A teoria da proteção integral parte da compreensão de que as normas que cuidam de crianças e de
adolescentes devem concebê-los como cidadãos plenos, porém sujeitos à proteção prioritária, tendo em
vista que são pessoas em desenvolvimento físico, psicológico e moral.
23Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Como primeiro marco nessa linha do tempo, devemos apontar a própria Constituição, que
inaugura um intenso processo de reestruturação política, administrativa e normativa do
estado brasileiro. A proteção e a garantia dos Direitos da criança e do adolescente estão in-
seridas nesse processo. Não por acaso, o ano de 1989 é o ano com a maior quantidade de nor-
mativas que tratam dessa temática na série histórica, inaugurando uma tendência observada
que aponta para a intensa produção normativa nas diferentes esferas após a instituição de
marcos como a Constituição, o ECA e o SINASE. Importante destacarmos que todas as 25 nor-
mativas presentes nesse gráfico referentes ao ano de 1989 são Constituições Estaduais cujo
processo de elaboração se deu exatamente pelo fato de assim prever a constituição federal.
Outro marco histórico é a Lei 8.069, o Estatuto da Criança e do Adolescente, aprovado em
1990. Ele vem regulamentar o previsto no Artigo 227 e 228 da Constituição Federal, subs-
tituindo no ordenamento jurídico nacional o antigo código de menores, normativa não re-
cepcionada pela nova ordem constitucional. Como podemos observar, no ano seguinte ao do
ECA, 1991, temos uma produção relativamente alta, o que não ocorre nos anos seguintes,
culminando com nenhuma normativa identificada no ano de 1998. Uma hipótese para expli-
car essa queda é a invisibilidade dos adolescentes autores de atos infracionais, no cenário
brasileiro. Refletida, inclusive, nos órgãos competentes por zelar pelos seus direitos, prio-
rizando outras temáticas, afeta aos direitos de crianças e adolescentes em detrimento da
matéria infracional e das medidas socioeducativas.
O ano de 2002, sem motivos aparentes, apresenta um crescimento significativo da produção
normativa, mas, em 2003, volta a cair drasticamente, devendo ser entendida mesmo como
um ponto fora da curva.
Somente a partir de 2005, quando o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adoles-
cente — CONANDA — inicia a elaboração do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
— SINASE —, aprovado em 2006 por meio da sua Resolução 119, é que de fato podemos ob-
servar um aumento significativo e consistente de produção normativa sobre a temática. Esse
significativo aumento da produção normativa recebe também o reforço da resolução 109 do
Conselho Nacional de Assistência Social — CNAS —, que institui como serviço a ser disponi-
bilizado pelos equipamentos da assistência de média complexidade Centro de Referência
Especializado de Assistência Social — CREAS —, em todo o Brasil, as medidas socioeducativas
de liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade. Certamente, o crescimento
da produção no ano seguinte também se deve a isso, somado à tendência de crescimento
já observada desde 2005. Ainda neste período importante no campo da produção normativa
acerca do atendimento socioeducativo, cabe enfatizarmos os avanços obtidos com o cum-
primento da Agenda Social do Governo Federal no período de 2007-2010, que pôs o projeto
Pró-SINASE como prioridade e certamente teve influência neste processo.
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM24
Agenda Social Criança - Agenda Social Criança e Adolescente (2007)
O Decreto de criação da Agenda Social Criança e Adolescente estabeleceu o Compromisso pela Redução
da Violência Contra Crianças e Adolescentes, com vistas à implementação de ações de promoção e
defesa dos direitos da criança e do adolescente, por parte da União Federal, em regime de colaboração
com Municípios, Estados e Distrito Federal, instituiu o Comitê Gestor de Políticas de Enfrentamento à
Violência contra Criança e Adolescente, entre outras providências.
Apesar do aumento substancial na produção normativa da temática socioeducativa, inclusive
com financiamento através do Sistema Único de Assistência Social — SUAS — para as medi-
das em meio aberto, seu impacto não foi capaz de reduzir o número de adolescentes que
recebem como sanção à prática do ato infracional uma medida privativa de liberdade, que
continuaram a crescer nos anos seguintes (SDH, 2011).
Já nos anos 2011 e 2012 observamos uma forte queda na produção normativa. Ainda assim,
no ano 2012, temos outro marco histórico, com a aprovação da Lei 12.594 no congresso Na-
cional, que institui o SINASE, atribuindo responsabilidades aos gestores dos Sistemas socio-
educativos dos estados e municípios em casos de violação de direitos por ação ou omissão.
Pela relevância desta matéria, acreditamos que nos próximos anos será observado um novo
aumento significativo da produção normativa desta temática.
25Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
CONCLUSãO
Ao nos depararmos com os resultados do presente levantamento, podemos observar a ten-
dência de impacto que os textos normativos considerados marcos legais possuem na produ-
ção legislativa de estados, de municípios e do Distrito Federal. Constatar que a iniciativa
da União em normatizar e regulamentar a execução de medidas socioeducativas tem claro
impacto na produção normativa dos outros entes federativos é um resultado bastante signi-
ficativo, que deve servir de indicador para as medidas futuras a serem tomadas.
Por outro lado, constatou-se a total falta de estrutura de órgãos de fundamental importância
para a efetivação da democracia participativa e para o envolvimento da comunidade e da
sociedade civil com as políticas públicas para adolescentes autores de atos infracionais, tais
como os Conselhos de Direitos. Como bem afirma o ECA, a convivência familiar e comunitá-
ria é de suma importância para a reintegração social e para o saudável desenvolvimento de
adolescentes autores de atos infracionais. Para tanto, os órgãos que possam envolver a co-
munidade e a sociedade civil neste processo devem ser fortalecidos, e não esvaziados como
temos observado.
O apontamento que temos a partir dessas análises é de que a União inaugura processos
deliberativos que são replicados pelos demais entes federativos, tendo inegável influência
no processo de produção normativa dos mesmos. Mas contata-se também que há inúmeras
dificuldades para estados e municípios acompanharem esses movimentos – entre as quais
merece destaque a falta de estrutura de órgãos como os Conselhos de Direitos – e algumas
secretarias municipais, que deveriam ser enfrentadas pela própria União, que se beneficiaria
com isso, pois teria a sua produção normativa replicada em territórios estaduais e munici-
pais, fortalecendo a política nacional.
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM26
SITES VISITADOS
• Tribunais de Justiça dos 27 estados e do DF
• Assembleias Legislativas dos 27 estados e do DF
• Ministérios Públicos das capitais dos 27 estados e do DF
• Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República (observatório da infância;
Conanda etc.): www.sdh.gov.br.
• Ministério de Desenvolvimento Social: www.mds.gov.br
• Secretaria de Estado de Assistência Social do Governo do Estado de Amazonas:
http://www.seas.am.gov.br/programas_02.php?cod=1594
• NUPES – núcleo de pesquisas - http://www.nupes.com.br/nova/pages/368
• Secretaria de Estado da Criança do DF: http://www.goiania.go.gov.br/html/juventude/
• Associação Brasileira dos Magistrados e Promotores – ABMP: www.abmp.org.br
• Assembleia Legislativa do Pará: http://www.alepa.pa.gov.br/alepa/lernoticia.php?id-
noticia=4035
• Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente - PE
• Ministérios Público do Rio Grande do Sul: http://www.mp.rs.gov.br/infancia/termos/
id14.htm
• Prefeitura de Boa Vista: http://www.boavista.rr.gov.br/template_detalhes_acao.php
• Governo – Avança Brasil – plano plurianual 2000-2003: http://www.abrasil.gov.br/avalp-
pa/relavalppa2002/content/av_prog/313/prog313.htm
• Fundação ABRINq – programa prefeito amigo: http://www.fundabrinq.org.br/portal/co-
mo-atuamos/programas-e-projetos/programa-prefeito-amigo-da-crianca/parceiros.aspx
• Instituto Marista de Assistência Social: http://marista.edu.br/social/imas/
27Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Constituição Federal de 1988.
BRASIL. Decreto n 6.230 de 11 de outubro de 2007 - Agenda Social Criança e Adolescente (2007)
BRASIL. Lei 12.594 de 2012 – Lei do SINASE.
BRASIL. Lei Federal 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução 109 de 2009
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Resolução 119
do CONANDA (2006).
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM28
ANEXO 1 — RESUMO DA NORMATIVA ENCONTRADA NOS ESTADOS E NO DISTRITO FEDERAL ACERCA DO ATENDI-MENTO à CRIANçA E AO ADOLESCENTE, EM ESPECIAL AO ADOLESCENTE AUTOR DE ATO INFRACIONAL
Trata-se da análise fática das leis pesquisadas, para um melhor entendimento sobre a evo-
lução da importância da proteção dos adolescentes infratores com o advento das medidas
socioeducativas em meio aberto por estado da federação.
Acre
A proteção à criança e ao adolescente está prevista na Constituição do Estado de 1989.
Em 2004, através de lei estadual, criou-se o Conselho Estadual da Juventude do Acre – CEJAC –,
que em 2009 teve dispositivos alterados pela Lei nº 2144.
Já em 2008, foi criado um Instituto Socioeducativo, o ISE, vinculado à Secretaria de Estado
de Desenvolvimento para Segurança Social – SEDSS –, com autonomia administrativa, finan-
ceira e patrimonial, tendo por finalidade precípua “humanizar, planejar, coordenar, imple-
mentar, articular, supervisionar, fiscalizar e executar as diretrizes relativas à execução de
medidas socioeducativas”.
No ano de 2010, foi instituída, no âmbito da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Huma-
nos – SEJUDH –, a Ouvidoria sobre assuntos de segurança pública e medidas socioeducativas
relativos ao Instituto Socioeducativo do Estado do Acre.
Nesse mesmo ano, o município de Cruzeiro do Sul, através de lei municipal, dispôs sobre a
política municipal de atendimento dos direitos da criança e do adolescente, com uma pos-
sível criação de programas classificados como de proteção socioeducativa, destinando-se,
dentre outros, ao apoio socioeducativo em meio aberto.
Alagoas
Na Constituição do Estado, encontra-se prevista a proteção à criança e ao adolescente desde
1989.
Em nível estadual, em 1992, através de lei, foi criado o Conselho Estadual de Defesa da
Criança e do Adolescente — CEDCA —, que teve seu texto modificado em 1996. Também nesse
ano, foi aprovado o regulamento do Fundo para Infância e Adolescente — FIA —, do Estado
29Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
de Alagoas, criado juntamente com o Conselho Estadual de Defesa, com o qual é vinculado
e destina-se a aplicação em programas e projetos de atendimento aos direitos de crianças e
adolescentes.
Foi encontrada, do ano de 2010, uma Portaria do Secretário-geral do Conselho Nacional de
Justiça, designando membros para o Grupo de Trabalho do Projeto Medida Justa, o que indi-
ca a implementação de tal projeto no Estado.
Em nível municipal, três normas do município de Maceió foram estudadas. A primeira de
1992 introduziu alterações na Lei 4014/91, prevendo política de atendimento dos direitos
da criança e do adolescente, como, por exemplo, a criação de um Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, órgão colegiado de caráter deliberativo e controlador
do conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais. Em 2009, foi insti-
tuída A Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania (SEM-
DISC). Em 2010, é instituído um Decreto, se dispôs sobre a composição e as competências do
Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, órgão de natureza deliberativa e caráter
permanente, com composição paritária entre representantes do poder executivo municipal
e de organizações não governamentais.
Amapá
Em Amapá, por meio eletrônico, além do constante na Constituição do estado, encontrou-se
uma lei estadual, dispondo sobre criação, organização, composição e competência do Conse-
lho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente e instituindo o Fundo Estadual da Crian-
ça e do Adolescente. Há também o FCRIA, Fundação da Criança e do Adolescente que, por
contato telefônico, explicou que por ser estadual, coordena, mas não executa as medidas
em meio aberto, por estar municipalizada, porém o texto normativo referente à instituição
desta fundação, não foi encontrado, apenas sabe-se que se trata do Decreto nº 01 2/01/1989
e do Decreto nº 4.410 5/1/2009.
Amazonas
Em outubro de 1990, foi regulamentado o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do
Adolescente, o qual autorizou a criação do Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente
(FECA), reorganizado pela Lei nº 2.368-C, de 22 de dezembro de 1995, vinculado à estrutura
da Secretaria de Estado do Trabalho e Ação Social. No entanto, essa lei de regulamentação
não foi encontrada nos meios eletrônicos, assim como também a criação do Instituto de As-
sistência à Criança e ao Adolescente Santo Antônio — IACAS —, instituído em 20 de março de
2001, com sede e foro em Manaus, capital do Estado do Amazonas, e foi considerado como
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM30
utilidade pública em 2004. Em 2010, conforme Lei orçamentária, para 2011, deveria ser
aplicada proteção especial, com metas e prioridades das diretrizes do governo. No âmbito
municipal de Manaus, em 2009, foi decretada a estrutura operacional da Secretaria Munici-
pal de Assistência Social e de Direitos Humanos, que prioriza o atendimento a adolescentes
em conflito com a lei que estejam cumprindo medidas socioeducativas em meio aberto.
Bahia
A proteção à criança e ao adolescente está contida na Constituição do Estado de 1989.
Conforme texto extraído do site do PróMenino8, de iniciativa da Fundação Telefônica Brasil/
VIVO, do ano de 2008, em Salvador, sabe-se que, desde julho de 1995, a Fundação Cidade
Mãe, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura Municipal de Salvador,
administra a Central de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto (CMSE). Destinada à coor-
denação da execução de medidas socioeducativas, especialmente das medidas de liberdade
assistida e prestação de serviços à comunidade, porém, a norma que instituiu tal Fundação
não foi encontrada.
A Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza – SEDES –, através da Superin-
tendência de Assistência Social – SAS/SEDES –, tem o papel de coordenar, co-financiar, mo-
nitorar, avaliar, capacitar e assessorar tecnicamente os municípios na execução dos serviços
e benefícios da política socioassistencial. Compete, ainda, à SAS/SEDES a coordenação da
política estadual de atendimento socioeducativo em meio-aberto (PSC e LA).
Ceará
Há, na Constituição do Estado, texto de proteção à criança e ao adolescente.
Segundo contato telefônico com o responsável da FUNCI – Fundação da Criança e da Família
Cidadã –, existe o Programa Se Garanta, responsável pelo atendimento a adolescentes e
jovens (de 12 a 21 anos incompletos) sentenciados com Medidas Socioeducativas de Presta-
ção de Serviços à Comunidade e Liberdade Assistida no município de Fortaleza, porém, tal
Programa não tem norma que o institua.
8. Endereço do site: http://www.promenino.org.br/Ferramentas/Conteudo/tabid/77/ConteudoId/94c6193d-2739-4e9e-9ad4-
909f641f596b/Default.aspx
31Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Segundo texto extraído do site do Observatório Nacional dos Direitos da Criança e do Ado-
lescente9, que descreve o programa anteriormente mencionado, “em 2005, a Prefeitura
Municipal de Fortaleza iniciou a municipalização das MSEs em Meio Aberto, tendo esta, sido
concluída em 2008. Mesmo sendo uma prática ainda recente, já em 2008 o programa rece-
beu Menção Honrosa no prêmio Socioeducando na categoria “execução de medidas socioe-
ducativas em meio aberto, promovido pelo ILANUD em parceria com a SEDH da Presidência
da República”.
Distrito Federal
Através da Recomendação Conjunta Proeduc de 2008, foi prevista a inviolabilidade e sigilo
das informações sobre os discentes da rede pública de ensino do Distrito Federal, ou seja,
por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação e da Promotoria de Justiça de
Defesa da Infância e da Juventude, no exercício de suas funções institucionais previstas
na Constituição Federal, a Secretaria de Estado de Educação, a SEE-DF, deve se abster de
disponibilizar informações sobre atos infracionais de seus estudantes no referido sistema in-
formatizado, sob pena de incorrer em descumprimento de preceitos constitucionais e legais.
Também do ano de 2008, há a Recomendação do Ministério Público, que dispõe sobre as remes-
sas das ocorrências policiais, peças de informação e dos procedimentos de apuração de ato in-
fracional das Delegacias Especializadas da Criança e do Adolescente para o Ministério Público.
Segundo o texto extraído do site da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de
Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude – ABMP10 –, “no âmbito do Distrito
Federal, a execução do Projeto de Liberdade Assistida conta atualmente apenas com a atu-
ação de profissionais da SEAS/DF (Secretaria de Estado de Ação Social), caracterizando-se,
portanto, como uma iniciativa especificamente governamental”.
quanto à prestação de serviços à comunidade, conforme consta no site da Secretaria de Estado
da Criança do DF, em um texto do ano de 201211, sabe-se de um projeto no zoológico, além de
outras parcerias para a inserção de jovens da PSC, tais como: o “Plantando e Preservando Hor-
tas”, nas escolas públicas do DF, o “Projeto Adolescente” no Hospital Sarah, o “Mala do Livro”
da Secretaria de Cultura e também com o Hospital Universitário de Brasília, a Associação de
Idosos João XXIII, o Lar dos Velhinhos, os Centros Olímpicos e algumas administrações do DF.
Porém, não foram encontradas normas em meio eletrônico confirmando tais convênios.
9. Endereço do site: http://www.obscriancaeadolescente.gov.br/experiencias-inovadoras/451-secretaria-de-direitos-humanos
-de-fortaleza-sdhfo
10. Endereço do site: http://www.abmp.org.br/textos/8007.pdf
11. Endereço do site: http://www.crianca.df.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=143%3A10012012-pres-
tacao-de-servico-comunitario-no-zoologico-de-brasilia&catid=23%3Aavisos-de-pauta&Itemid=24
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM32
Espírito Santo
Com exceção da Constituição do Estado de 1989, as normas encontradas são todas do ano de
2003 em diante, sendo três delas Leis Orgânicas, ou seja, municipais.
Há, por exemplo, a lei de Cachoeiro de Itapemirim, de 2008, que dispõe sobre o programa
municipal de atendimento socioeducativo, regulamenta a execução das medidas socioedu-
cativas em meio aberto – liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade –, desti-
nadas ao adolescente em conflito com a lei.
No âmbito estadual, em 2004 e 2009, foram reorganizadas as estruturas organizacionais bá-
sicas do Instituto da Criança e do Adolescente do Espírito Santo — ICAES.
Em 2010, ocorreu a disposição sobre a criação de Unidades de Atendimento, Unidades Ad-
ministrativas e cargos de provimento em comissão no âmbito do Instituto de Atendimento
Socioeducativo do Espírito Santo – IASES. O Regimento Interno do Núcleo de Assistência Jurí-
dica de tal Instituto foi instituído em 2011 através de instrução de serviço. Em 2012, houve
a Regulamentação dos Procedimentos de Pesquisa no Âmbito do IASES.
Ainda em 2011, uma resolução conjunta dispôs sobre a criação e o método de funcionamento
da Comissão Interinstitucional do Sistema Socioeducativo do Estado, sobre o fluxo interinsti-
tucional de procedimentos do sistema socioeducativo para apreensão, aplicação de medidas
e encaminhamento de adolescentes em conflito com a lei aos Programas de Atendimento
Socioeducativo.
Goiás
Em 1991, foram criados o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e o
Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
A Portaria nº002 do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e Juizado da Infância e Juventu-
de de Goiânia, em 2006, determinou à escrivania do TJ/GO que os inquéritos autuados e os
processos de apuração de ato infracional e de execução de medida, a partir de 2006, fossem
devidamente cadastrados no Sistema SIPIA/INFOINFRA.
Em 2008, uma recomendação de autoria do Ministério Público do estado dispôs sobre a garantia
de implantação, ampliação e/ou reavaliação de Programa de atendimento a Infância e Juven-
tude, principalmente os referentes às ações protetivas e socioeducativas em meio aberto,
sem caráter normativo ou vinculativo.
Portanto, verifica-se que a proteção aos adolescentes existe, porém não foram encontradas
as normativas referentes a projetos que executem tais medidas socioeducativas.
33Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Por contato telefônico com a Superintendência de Assistência Social, foi dito que ainda esperam
o decreto do governador, que regulamente a transferência das medidas de meio aberto para a
Superintendência de Assistência Social que é ligada à Secretaria de Cidadania e Trabalho, pois a
coordenação foi passada em janeiro e por isso não há programas. Foi passada a informação de
que a municipalização foi iniciada, não se sabe por meio de que processo, em 213 municípios,
sendo 246 no total e que a capacitação de seus agentes durará até agosto deste ano.
Maranhão
No Maranhão, através de pesquisa eletrônica, as normas encontradas foram pouquíssimas.
Além da proteção a crianças e adolescentes constante na Constituição do Estado, há a Reso-
lução do CEDCA, que dispõe sobre o Plano de Aplicação dos recursos pertencente ao Fundo
Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente para o ano de 2009, e tinha como objetivo
fortalecer a execução descentralizada de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto e ações
que lhe seriam complementares, porém, nenhuma outra norma foi encontrada.
Mato Grosso
Após sua Constituição Estadual de 1989, foi criado, em 1990, o Conselho Estadual de Defesa
dos Direitos da Criança e do Adolescente, e, em 1991, também foram estabelecidas normas e
diretrizes de apoio técnico e financeiro às entidades beneficentes e de assistência destinadas
às crianças e aos adolescentes carentes, o que demonstra cuidado do Estado perante o tema
de proteção à criança e ao adolescente desde cedo.
Já em 2000, foi instituído o Programa Estadual de Atendimento à Criança e ao Adolescente
Dependentes de Drogas, que abrangia internação emergencial para casos agudos de over-
dose e síndrome de abstinência, tratamento ambulatorial, orientação e apoio às famílias e
ações de prevenção, a ser realizado em conformidade com as diretrizes gerais definidas pelo
Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e vinculado ao órgão estadual
responsável pela saúde.
Em 2005, uma lei autorizou o Poder Executivo a incluir na Lei nº 8.175/2004 (lei que dispôs
sobre a revisão do Plano Plurianual para o quadriênio 2004-2007) e na Lei 8.263/2004 (Lei
que estimou a receita e fixou a despesa do Estado para o exercício financeiro de 2005) o Pro-
jeto 3167 – Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto e Atendimento a Egressos
da Internação do Estado de Mato Grosso —, ou seja, aplicou recursos necessários à execução
da presente lei, no valor de R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), que correram por
incorporação de recursos provenientes de Convênio firmado pela Secretaria de Estado de
Justiça e Segurança Pública SEJUSP/MT, junto a Secretaria Especial de Direitos Humanos da
Presidência da República.
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM34
Por contato telefônico, foi dito pela Secretaria de Atendimento Socioeducativo, que estão
coordenando a gestão do Estado para os municípios e que estes resistiram em aceitar os
reincidentes, porém, devido a uma determinação judicial, os municípios foram obrigados a
aceitá-los e estão capacitando técnicos.
Mato Grosso do Sul
Neste Estado, com exceção da Constituição do Estado de 1989, as demais normas encontra-
das são decretos estaduais.
Já em 1988 havia uma Política Estadual de Atendimento ao Menor, o que demonstra que o
Estado já se importava com a proteção necessária dada à criança e ao adolescente.
Em 2001, três decretos dispuseram sobre a competência e aprovação da estrutura básica
da Secretaria de Estado de Assistência Social, Cidadania e Trabalho, ente responsável pelas
medidas socioeducativas; instituiu as funções de Técnico em Ações Socioeducativas e Agente
Educador na Tabela de Pessoal da Secretaria de Estado de Assistência Social, Cidadania e
Trabalho e; Reorganizou o Programa Bolsa-Escola, que prevê famílias com adolescente que
cumpram medida socioeducativa como prioridade para receber tal bolsa.
Em 2002, mais dois decretos criaram o Centro Recomeçando, destinado ao atendimento a
adolescentes usuários de substâncias psicoativas e instituíram o Programa de Atenção Básica
ao Cidadão e à Família. Em 2003, a estrutura básica da Secretaria de Estado de Trabalho,
Assistência Social e Economia Solidária — SETASS —, foi aprovada, esse órgão é integrante
do grupo responsável pela prestação de serviços ao cidadão, tendo como finalidade precípua
a orientação e a execução de ações que visem à geração de emprego e renda, à inclusão
social e à promoção da cidadania, portanto, competem-lhe coordenação, implementação e
execução das medidas socioeducativas de internação, semiliberdade, liberdade assistida,
prestação de serviços à comunidade, aplicadas ao adolescente autor de ato infracional.
Em 2005, foi organizada a carreira Gestão de Medidas Socioeducacionais e definida sua com-
posição dentro da Tabela de Pessoal da SETASS.
Em 2007, foi convocada a 1ª Conferência Estadual de Políticas Públicas de Juventude e
constituída a Comissão Organizadora Estadual, o que deu ainda mais força à proteção dos
adolescentes infratores.
Ao entrar em contato telefônico com a SETASS, com muita dificuldade na comunicação e,
após falar com diversas pessoas, explicaram que a superintendência estadual só mexe com
medidas de meio fechado e que há uma lei que mudou a responsabilidade das medidas em
meio aberto, do Estado para o município, porém, tal lei não foi passada, conforme pedido e
também não foi encontrada por meio eletrônico.
35Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Minas Gerais
Em Minas, em 1991, após a Constituição Estadual de 1989, uma lei já dispunha sobre a po-
lítica estadual dos direitos da criança e do adolescente, criando o Conselho Estadual dos
Direitos da Criança e do Adolescente, demonstrando um interesse sobre a proteção a esse
grupo, desde muito cedo.
Há também muitas normas municipais, reforçando a importância e especificidade do tema
para o Estado, como por exemplo: a Lei de Juiz de Fora de 1995, que dispôs sobre a contra-
tação, pela prefeitura municipal, de adolescentes custodiados pelo juizado da infância e da
juventude, que estivessem em cumprimento de medida socioeducativa de liberdade assisti-
da para as diversas Secretarias e Departamentos do município; a de Governador Valadares do
ano de 2000, dispondo sobre a criação do núcleo de apoio familiar para jovens/adolescentes
infratores no município; em Ipatinga, no ano de 2006, foi criado o “Programa de Medidas
Socioeducativas de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade”, oferecendo
um sistema de trabalho, acompanhamento técnico, orientação e apoio aos adolescentes e
seus familiares, em parceria com o Poder Judiciário.
Essa lei é extensa, expondo a operacionalização e competência das entidades inscritas neste
programa. De Varginha, foram encontradas duas normas, do ano de 2006 e 2007, que insti-
tuiu o “Programa de assistência ao adolescente infrator – PAAI” e; o “Programa de atendi-
mento ao adolescente integrado – PAAI”, respectivamente.
Em 2008, uma lei estadual dispôs sobre a atuação conjunta dos órgãos responsáveis pelo
Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional de Belo Horizon-
te-CIA/BH. O seu Regimento Interno tornou-se disponível em 2010 e em 2012, através de
resolução conjunta, dispuseram sobre o aprimoramento da atuação conjunta dos órgãos
responsáveis pelo Centro Integrado. Ainda há, no “Plano Plurianual de Ação Governamental
para o quadriênio 2012-2015 – PPAG 2012-2015”, um programa de infraestrutura de defesa
social, sendo sua unidade orçamentária, a Secretaria de Estado de Defesa Social, para a ação
de atendimento ao adolescente em conflito com a lei, em cumprimento de medidas socioe-
ducativas em meio aberto, com a finalidade de propiciar o rompimento da prática infracional
e a redução da sensação de impunidade, mediante atendimento qualificado ao adolescente
em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto.
Pará
Foi encontrada, por meio eletrônico, apenas a proteção dada às crianças e aos adolescentes
disposta na Constituição Estadual.
Nos sites, nenhuma norma acerca das medidas socioeducativas em meio aberto, apenas em
meio fechado.
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM36
Segundo texto extraído do site da Assembleia Legislativa12, em 2010, em meio a uma audiên-
cia na Assembleia Legislativa, “solicitou-se ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que traga
ao Pará o projeto Medida Justa, que realizaria diagnóstico sobre as medidas socioeducati-
vas; fortaleceria o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e melhoraria
a estrutura física dos centros que trabalham com esses menores”. Porém, nem a norma de
instituição de tal Conselho Estadual foi encontrada no meio eletrônico.
Paraíba
Além da proteção às crianças e aos adolescentes prevista na Constituição Estadual, foi en-
contrada uma Portaria da Secretaria do Conselho Nacional de Justiça, de 2010, que designa
membros para Grupo de Trabalho do Projeto Medida Justa no Estado da Paraíba, o que deixa
claro a atuação do Projeto do CNJ, no Estado.
Outras normas não foram encontradas por meio eletrônico, e, em contato telefônico com
a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Humano, nada foi respondido sobre essa falta de
disponibilização normativa.
Paraná
Em 1989 foi promulgada a Constituição do Estado, que prevê a proteção às crianças e aos
adolescentes.
As demais normas encontradas são Leis Orgânicas, ou seja, proferidas por municípios, e uma
Lei estadual.
A primeira lei municipal é de Foz do Iguaçu, de 1996, que autorizava o município a proceder
permuta com o Governo do Estado do Paraná e no qual o Governo se compromete a repassar
recursos ao Município de Foz do Iguaçu, destinados a colaborar em parte com a implantação
do Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator – CIAADI –, portanto a impor-
tância dada ao adolescente, pelo município, está clara, desde cedo.
Foi instituído o Programa Estadual de Aprendizagem para o Adolescente em Conflito com a Lei,
em 2006, que contaria com a participação de instituições formadoras, Órgãos da Administra-
ção Pública Direta e da Indireta, além das entidades executoras de medidas socioeducativas.
12. Endereço do site: http://www.alepa.pa.gov.br/alepa/lernoticia.php?idnoticia=4035
37Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Em 2008, Paranaguá, instituiu, em Lei Orgânica, o projeto municipal de aprendizagem para o
adolescente em conflito com a lei e para adolescente em situação de vulnerabilidade social
e econômica.
Pernambuco
Além da Constituição do Estado de 1989, foi pesquisada a Resolução do CEDCA, de 2010, na
qual o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente aprovou o Plano
de Reordenamento do Sistema Socioeducativo do Estado de Pernambuco, definiu e indicou o
Poder Público (Executivo, Judiciário, Legislativo, Ministério Público e Defensoria Pública) da
União, Estado e Municípios e Sociedade Civil, como os responsáveis e parceiros necessários
para sua consecução e previu a concretização do Plano de Reordenamento para 2010-2015 a
ser amparada no processo do ciclo orçamentário estadual (PPA – Plano Plurianual), LDO (Lei
de Diretrizes Orçamentária) e LOA (Lei Orçamentária Anual) no horizonte 2010 – 2015.
Ainda em 2010, segundo texto extraído do site do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos
da Criança e do Adolescente – PE13 –, ocorreu um seminário na Associação Municipalista de
Pernambuco – AMUPE –, promovido pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança
e do Adolescente – CEDCA/PE –, pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Huma-
nos, pelo Ministério Público, pelo Poder Judiciário e pela Defensoria Pública com o objetivo
de discutir o repasse de recurso para a implementação de Programas de Medidas em Meio
Aberto em 41 municípios do Estado de Pernambuco.
No ano de 2011, houve um projeto de lei para descentralizar também o atendimento ao
Adolescente inserido em Medida Socioeducativa de Internação com a finalidade de implantar
eficaz gestão pedagógica e estabelecer parâmetros de organização espacial e funcional das
unidades de atendimento socioeducativo, garantindo meios efetivos de desenvolvimento
pessoal e social para o adolescente.
Cabe ressaltar que o site da Assembleia Legislativa de Pernambuco, não está funcionando,
com erro de servidor, na tentativa de pesquisas normativas e, portanto, a dificuldade em
encontrar normas sobre o tema foi grande.
13. Endereço do site: http://www.portaisgoverno.pe.gov.br/web/cedca/exibir_artigo?groupId=81019&articleId=183736&tem-
plateId=102598
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM38
Piauí
Foi encontrada apenas a proteção às crianças e aos adolescentes constante na Constituição
do Estado, uma vez que a pesquisa foi malsucedida por meio eletrônico, como, por exemplo,
o site da Assembleia Legislativa do Piauí que não funciona, não se consegue acessar.
Rio de Janeiro
Há a proteção às crianças e aos adolescentes prevista na Constituição do Estado de 1989. Em
2002, através de lei estadual, foi autorizado o poder executivo a firmar convênios e parcerias
com empresas privadas e instituições de direito público e privado, com objetivo de implan-
tar programa de recuperação com ocupação profissional e educacional para os adolescentes
infratores.
Já em 2005, uma lei alterou o Código de Organização e Divisão Judiciárias do Estado do
Rio de Janeiro – CODJERJ –, redefinindo nomenclatura e atribuindo aos juízos competentes
para a matéria relativa à infância e juventude, a competência de fiscalização, orientação e
apuração de irregularidades de instituições, programas, organização governamentais e não
governamentais, abrigos e entidades de atendimento e congêneres. Outra lei do mesmo ano
dispôs sobre a aplicação do teste de HIV no adolescente infrator, desde que autorizado pelo
mesmo.
Há também a lei de 1999, que dispôs sobre a classificação de adolescentes em conflito com
a lei, no âmbito do Estado, na qual os adolescentes conduzidos aos institutos disciplinares,
não poderiam ser submetidos à classificação por facções criminosas.
Segundo texto de 2008, constante no site da Agência de Notícias dos Direitos da Infância
– ANDI14 –, “no município do Rio de Janeiro, o atendimento era dificultado pela distância
entre o local de moradia do menino e a Vara onde ele deveria se apresentar”, para mudar
essa realidade, “o atendimento inicial aos adolescentes é feito em um Centro de Referência
da Assistência Social (CRAs) e o acompanhamento junto à família é feito em um Centro de
Referência Especializado de Assistência Social (CREAs). No município existem 11 CREAs e 42
CRAs, cada um atende a um conjunto de bairros vizinhos”, lembrando que tais dados são do
ano de 2008. Este atendimento ajudou muito aos adolescentes e suas famílias, uma vez que
o envolvimento da família e da comunidade é ponto central para a eficácia da aplicação de
uma medida socioeducativa em meio aberto.
14. Endereço do site: http://www.portaisgoverno.pe.gov.br/web/cedca/exibir_artigo?groupId=81019&articleId=183736&tem-
plateId=102598
39Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Rio Grande do Norte
O Estado do Rio Grande do Norte foi o de maior dificuldade para pesquisar, uma vez que
nenhuma norma específica sobre medidas socioeducativas em meio aberto foi encontrada
nos sites do Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal da capital Natal,
Ministério Público e a tentativa de contato telefônico foi infrutífera. Contendo apenas a pro-
teção às crianças e aos adolescentes presente na Constituição Estadual. Sabe-se, através da
pesquisa do Programa da Casa Renascer –CEDECA15 – para defender os direitos humanos de
crianças e adolescentes na perspectiva de fortalecer a democracia superando as desigualda-
des e as injustiças sociais, porém, como já dito anteriormente, normas específicas ao tema,
não foram encontradas.
Rio Grande do Sul
Na Constituição Estadual de 1989, está prevista a proteção à criança e ao adolescente.
No âmbito estadual, em 1997, um decreto que deu nova redação a um antigo decreto que
instituía o Programa Piá 2000, com o objetivo garantir às crianças e aos adolescentes o
atendimento do seu direito à sobrevivência, ao desenvolvimento e integridade, a fim de lhes
permitir a normalidade de seu ciclo físico e psicológico, sua integração familiar e social, bem
como sua formação educacional e cultural.
Em 2002, uma resolução, aprovou o Regimento Interno para a Fundação de Atendimento
Socioeducativo do Rio Grande do Sul – FASE/RS – e, em 2009, foi instituído o Programa RS
Socioeducativo, com a finalidade de auxiliar a inserção familiar, educacional, sanitária, pro-
fissional, cultural, esportiva e ocupacional do adolescente e do jovem adulto.
Já no âmbito dos municípios, foram encontradas duas situações de destaque. A Lei de Gua-
íba, de 2006, que dispôs que o Município criará e manterá programas socioeducativos em
meio aberto, facultada a parceria com órgãos e entidades governamentais e não governa-
mentais; a de Ijuí, de 2007. Tal normativa autoriza ainda o Poder Executivo Municipal a criar,
no âmbito da Secretaria Municipal de Assistência Social, dentro da Política de Assistência
Social, no segmento Adolescente, o Programa Municipal de Execução de Medidas Socioedu-
cativas – Liberdade Assistida e Prestação de Serviço a Comunidade, “Programa de Execução
de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto – Liberdade Assistida e Prestação de Serviços a
Comunidade”. Este programa teve o objetivo de implementar e executar as medidas socio-
educativas de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços a Comunidade, propiciando ao
adolescente autor de ato infracional e aos seus familiares o exercício da cidadania.
15. Endereço do site da entidade: http://www.cedecacasarenascer.org/?id=1
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM40
Outra normativa encontrada: a Lei de Osório, autorizando o poder executivo a firmar termo
de compromisso com a Secretaria da Saúde do estado do Rio Grande do Sul, objetivando a
conjunção de esforços para o fortalecimento da execução das medidas socioeducativas de
meio aberto, e outra de 2010 autorizando o poder executivo firmar convênio com a associa-
ção comunitária de ação social, cultural e ambiental ONG Catavento, dentre outras.
Rondônia
Em Rondônia, a proteção à criança e a adolescente está prevista na Constituição Estadual
de 1989.
Além disso, em 2007, uma Lei Complementar criou a Coordenadoria de Atendimento ao
Adolescente Infrator, no âmbito da Secretaria de Estado de Justiça, e, em 2010, duas Leis
Complementares foram encontradas, uma dispondo sobre a criação de cargos efetivos, no
âmbito da Secretaria de Estado de Justiça – SEJUS – e outra criando o 2º Juizado da Infância
e da Juventude e a Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas.
Não foram encontradas normas específicas sobre a aplicação de medidas socioeducativas em
meio aberto.
Roraima
Em questão de norma, foi encontrada a proteção às crianças e aos adolescentes que dispõe
a Constituição Estadual, outras normas não foram encontradas, o que indica a falta de nor-
matização ou a falta delas no meio eletrônico.
Sabe-se que, conforme dados encontrados no site “Boa Vista on-line”, do Governo do Estado,
desde 2005,
Boa Vista municipalizou o atendimento em medidas socioeducativas de
meio aberto. A capital de Roraima foi uma das primeiras cidades a con-
cluir o processo. A partir da municipalização, foi criado o Núcleo de Aten-
dimento ao Usuário e Dependente químico e o Projeto Família: Rota da
Paz. O primeiro oferece reuniões de mútua ajuda, encontros de família,
atendimento psicológico individual, atendimento psicopedagógico indivi-
dual e em grupo e, quando necessário, encaminhamento para internação
em comunidade terapêutica de tratamento em dependência química. Já
o Família: Rota da Paz, divide-se em três eixos: oficinas de convivências,
capacitação para o trabalho e esporte e lazer 16.
16. Endereço do site: http://www.boavista.rr.gov.br/template_detalhes_acao.php
41Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
Porém, as normas com determinações e execuções dos projetos e programas, não foram
encontradas no meio eletrônico.
Santa Catarina
Além da proteção à criança e ao adolescente prevista na Constituição Estadual, foram en-
contradas duas Leis Orgânicas. Uma de Porto Belo em 2001, que autorizou o chefe do poder
executivo a firmar convênio com o Governo do Estado de Santa Catarina, objetivando o de-
senvolvimento de Programas Socioeducativos de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços
à Comunidade ou Semi-Liberdade ou Internamento Provisório ou Defesa de Direitos da Crian-
ça ou Adolescente Infratores, Dependentes químicos e ou egressos do Sistema Educacional.
Outra, do município de Braço do Norte, que criou o programa de inclusão social “Bolsa renda
familiar – REINTEGRAR PARA PARTICIPAR”, em caráter temporário, destinado a implemen-
tação de ações em forma de mutirões, o que proporcionaria a melhoria da renda familiar,
bem como a efetiva reintegração na sociedade. Esses mutirões deverão ser em caráter vo-
luntário, de, entre outros, adolescentes incluídos nos Programas de Liberdade Assistida e
Prestação de Serviço à Comunidade.
São Paulo
Em sua Constituição Estadual de 1989, está prevista a proteção às crianças e aos adolescentes.
Quanto às demais normas encontradas, duas são decretos estaduais. Um decreto de 1999
instituiu grupo de trabalho para definição do Sistema Integrado de Informações sobre o
Adolescente Infrator no Estado de São Paulo, incumbido de elaborar estudos e propostas
para implantação do Sistema Integrado de Informações sobre o Adolescente Infrator. Outro,
de 2002, que autorizou a Fazenda do Estado a permitir o uso, a título precário e por prazo
indeterminado, de imóveis situados no Município de Araraquara, em favor do CAA – Centro
de Atendimento do Adolescente –, que deveriam ser utilizados no projeto voltado para ado-
lescentes infratores inseridos na medida de prestação de serviços à comunidade.
Já quanto à normativa municipal, vários convênios foram firmados para a execução de pro-
jetos destinados especificamente ao atendimento de adolescentes inseridos nas medidas
socioeducativas em meio aberto como, por exemplo:
• A lei nº 3349 de 14 de março de 2002 de Limeira que autoriza o município, através do
Centro de Promoção Social Municipal – Ceprosom –, a celebrar convênio com a Funda-
ção do bem-estar do menor – FEBEM/SP.
• A Lei nº 3906 de 18 de julho de 2007 de Bragança Paulista.
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM42
• A Lei nº 4207 de 07 de maio de 2008 de Garça.
• A Lei nº 4242 de 18 de outubro de 1999 de Jacareí.
• As Leis 11899/09, 11900/09, 11901/09 do Ribeirão Preto.
Em 1999, um decreto já instituía grupo de trabalho para definição do Sistema Integrado de
Informações sobre o Adolescente Infrator no Estado.
Em 2000, em Mauá, foi instituído o programa de combate a pichações, grafites e anúncios em
muros, fachadas e outros, sem autorização do proprietário do imóvel, questão muito comum
nas grandes cidades. Ainda em 2000, uma Lei Complementar de Bragança Paulista dispôs
sobre a criação da Secretaria Municipal da Criança e do Adolescente.
Já em 2002, em Americana, foi criado o “Núcleo de Atendimento Integrado ao Adolescente
de Americana – NAIA”, que tem por finalidade, promover a integração de todos os órgãos
envolvidos nesse processo desde o momento de sua apresentação ao órgão de Segurança
Pública até o encaminhamento para sua internação ou aplicação de medida socioeducativa.
Em Santo André, no mesmo ano, a Lei 8362 dispôs sobre a política municipal de atendimento
dos direitos da criança e do adolescente, sobre o Conselho Municipal dos direitos da criança
e do adolescente, sobre o Conselho Tutelar e o Fundo Municipal da criança e do adolescente.
Em 2003, verifica-se a criação de hortas comunitárias no qual o trabalho seria feito por
adolescentes infratores em medida socioeducativa de prestação de serviços à comunidade,
conforme disposto nas leis de Jandira e Embu.
No ano de 2006, em Poá, uma lei municipal autorizou o poder executivo a fornecer aten-
dimento psicológico específico a jovens em conflito com a lei, bem como suas respectivas
famílias, em parceria com a rede social.
Já em 2009, três leis do município de Ribeirão Preto autorizaram a prefeitura municipal, com a
intervenção da Secretaria Municipal de Assistência Social – SEMAS –, a firmar termo de subvenção
com o “Centro Renovado Cristão de Ensino Integrado – CRECEI”; com a “Associação Educacional
da Juventude de Ribeirão Preto – AJURP” e; com a “Organização Comunitária Santo Antônio
Maria de Claret”, objetivando o repasse de recursos financeiros para o atendimento de adoles-
centes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto de liberdade assistida.
Sergipe
Na Constituição estadual está prevista a proteção à criança e ao adolescente.
Além disso, foram encontradas duas leis, uma de 1993, que criou o Fundo Estadual dos Direi-
tos da Criança e do Adolescente – FUNDECRIA –, como instrumento de apoio às respectivas
43Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Ação Social e pelo Conselho Estadual dos
Direitos da Criança e do Adolescente, objetivando promover, manter e garantir o desem-
penho de ações e a execução de atividades da política estadual de proteção e defesa dos
direitos da criança e do adolescente.
Outra lei encontrada é do ano de 1995 e dispunha sobre a constituição do Conselho Estadu-
al de Assistência Social, que integraria a estrutura organizacional da Secretaria de Estado
da Ação Social e do Trabalho e seria órgão colegiado de caráter deliberativo, consultivo e
normativo, de programas da área social desenvolvidos pelo Governo do Estado, assim como
também dispunha sobre a criação do Fundo Estadual de Assistência Social, com finalidade
para a captação e aplicação de recursos financeiros, destinados a propiciar apoio e financia-
mento na área da assistência social.
Tocantins
Na Constituição Estadual esta prevista a proteção à criança e ao adolescente. Foi encontrada
também a lei estadual nº 1763 de 2007, que dispõe sobre o Conselho Estadual dos Direitos
da Criança e do Adolescente – CEDCA –, vinculado à Secretaria da Cidadania e Justiça, é um
órgão deliberativo da política de promoção dos direitos da criança e do adolescente, fisca-
lizador das ações, em todos os níveis, de implementação da política e fixação dos critérios
para a utilização do Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente.
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM44
ANEXO 2 — BANCO DE DADOS COM A LEGISLAçãO IDENTIFICADA NAS 27 CAPITAIS E OUTRAS CIDADES
ESFERA FEDERAL
UF MUNICíPIOTIPO DA LEI/
NORMAANO
ESPÉCIE NORMATIVA
CONTEÚDOóRGãO EMANADOR
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Constituição Federal
1988Constituição
FederalArts. 227 e 228.
De autoria do Poder Legislativo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Lei8.069 - ECA
1990 LeiDispõe sobre os direitos da criança e do adolescente.
Poder legislativo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Lei N.º 8.242 de
12/10/19911991 Lei
Cria o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente — CONANDA e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Súmula nº 108 de 16/6/1994
1994
Súmula do STJ (Supremo Tribunal de
Justiça)
Dispõe sobre as Medidas So-cioeducativas; competência; prática de Ato Infracional; a aplicação de medidas socio-educativas ao adolescente, pela prática de ato infra-cional, é da competência exclusiva do juiz.
De autoria do Poder Judiciário
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Súmula nº 265 de 22/5/2002
2002
Súmula do STJ (Supremo Tribunal de
Justiça)
Dispõe sobre as medidas socioeducativas por ato infra-cional; oitiva do menor infra-tor; regressão. É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida socioeducativa.
De autoria do Poder Judiciário
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Decreto Nº 5.089, de
20/05/2004.2004 Decreto
Dispõe sobre a composição (plenário; presidência; secretaria-executiva; comissões permanentes e grupos temáticos, estruturação, competências e funcionamento) do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA, órgão colegiado de caráter deliberativo, integrante da estrutura básica da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, que tem por finalidade elaborar normas gerais para a formulação e implementação da política nacional de atendimento dos direitos da criança, bem como acompanhar e avaliar a sua execução.
De autoria do Poder Executivo
45Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Lei Nº 11.107 DE 6/5/2005.
2005 Lei
Dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum (para garantir a oferta de programa de atendimento sócio educativo de meio aberto, os municípios podem instituir os consórcios de acordo com esta lei).
De autoria do Poder Legislativo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Portaria Nº 22 DE 22/02/2005
2005
Portaria do Secretário Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
Aprova o regimento interno da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
De autoria do Poder Executivo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Lei Nº 11.129, de 30/06/2005
2005 Lei
Institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - ProJovem; cria o Conselho Nacional da Juventude - CNJ e a Secretaria Nacional de Juventude; altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e 10.429, de 24 de abril de 2002, que instituiu o Auxílio-Aluno no âmbito do Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores de Enfermagem e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
ESFERAFEDERAL
Norma Federal
Resolução CONANDA 119
2006 ResoluçãoDispõe sobre o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo.
De Autoria do Poder Executivo/Conselhos
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Medida Provisória nº 411, de 28/12/2007
2007Medida Provisória
Dispõe sobre o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - ProJovem, instituído pela Lei No 11.129, de 30 de junho de 2005, no qual o ProJovem Adolescente - Serviço Socioeducativo destina-se aos jovens de quinze a dezessete anos, egressos de medida socioeducativa de internação ou em cumprimento de outras medidas socioeducativas em meio aberto.
De autoria do Poder Executivo
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM46
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Decreto nº 6.629, de 4/11/2008
2008 Decreto
Regulamenta o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - Projovem, instituído pela Lei No 11.129, de 30 de junho de 2005, e regido pela Lei No 11.692, de 10 de junho de 2008, e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Lei Nº 11.692 de 10/6/2008
2008 Lei
Dispõe sobre o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - Projovem, instituído pela Lei No 11.129, de 30 de junho de 2005; altera a Lei No 10.836, de 9 de janeiro de 2004; revoga dispositivos das Leis nos 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, 10.748, de 22 de outubro de 2003, 10.940, de 27 de agosto de 2004, 11.129, de 30 de junho de 2005, e 11.180, de 23 de setembro de 2005; e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Resolução No- 5 de 3/6/2008
2008
Resolução da Diretoria Executiva do Fundo Nacional de Assistência Social
Determina os critérios para implementação do Serviço de Proteção Social aos Adolescen-tes em cumprimento de Medida Socioeducativa em meio aberto de LA e PSC nos CREAS com recursos do Piso Fixo de Média Complexidade - PFMC.
De autoria do Poder Executivo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Resolução CNAS 109
2009 Resolução
Aprova a Tipificação Nacional de Serviços
Socioassistenciais.
De Autoria do Poder Executivo/Conselhos
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Portaria Nº 171 de 26/5/2009
2009Portaria do MDS
Dispõe sobre o Projovem Adolescente - Serviço Socioeducativo, modalidade do Programa Nacional de Inclusão de Jovens - Projovem, e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Lei Nº 12.106 DE 2/12/2009
2009 Lei
Cria, no âmbito do Conselho Nacional de Justiça, o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medida Socioeducativa e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
47Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Resolução Nº 3 de 10/06/2009
2009
Resolução da Secretaria Nacional de Assistência Social
Dispõe sobre ajustes para regularizar a oferta e organização de serviços da Proteção Social Especial de Média Complexidade dos municípios com co-financiamento dos Serviços da Proteção Social Especial a Adolescentes em cumprimento de Medida Socioeducativa – MSE em meio aberto, Liberdade Assistida - LA e Prestação de Serviço à Comunidade — PSC, que declararam no Censo CREAS/2008 não ofertá-los no âmbito dos CREAS .
De autoria do Poder Executivo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Portaria Nº 288 de 02/09/2009
2009Portaria do MDS
Dispõe sobre a oferta de serviços de proteção social básica do Sistema Único de Assistência Social com os recursos originários do Piso Básico de Transição — PBT; estabelece o co-financiamento dos serviços de proteção básica para idosos e/ou crianças de até seis anos e suas famílias por meio do Piso Básico Variável — PBV.
De autoria do Poder Executivo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Portaria Nº 843 de 28/12/2010
2010Portaria do MDS
Dispõe sobre o co-financiamen-to federal, por meio do Piso Fixo de Média Complexidade - PFMC, dos serviços socioa-ssistenciais oferecidos pelos Centros de Referência Especia-lizados em Assistência Social – CREAS – e pelos Centros de Referência Especializado para a população em Situação de Rua, e dá outras providências
De autoria do Poder Executivo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Portaria Nº 842 de 28/12/2010
2010Portaria do MDS
Altera a portaria MDS nº 288, de 2 de setembro de 2009, que dispõe sobre a oferta de serviços de proteção social básica do Sistema Único de Assistência Social - SUAS com os recursos originário do Piso Básico de Transição - PBT, estabelece o co-financiamento dos serviços de proteção básica para idosos e/ou crianças de até seis anos e suas famílias por meio do Piso Básico Variável – PBV, e da outras providências.
De autoria do Poder Executivo
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM48
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Portaria Nº140 de 14/07/2010
2010Portaria Judicial
Instituiu o Grupo de Trabalho Projeto Medida Justa, para realizar levantamento nacional da situação processual dos ado-lescentes privados de liberdade e das entidades que executam essa medida, denominado Pro-jeto Medida Justa, a serem re-alizados em todos os Estados da Federação e no Distrito Federal e concluídos até dezembro de 2010.
De autoria da Administração Interna
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Portaria Nº 151 de 9/11/2010
2010Portaria Judicial
Designa membros para Grupo de Trabalho do Projeto Medida Justa no Estado de Alagoas, conforme Portaria nº 140 da Presidência do CNJ.
De autoria do Poder Judiciário
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Portaria nº 154 de 9/11/2010
2010Portaria Judicial
Designa membros para Grupo de Trabalho do Projeto Medida Justa no Estado da Paraíba, conforme Portaria nº 140 da Presidência do CNJ. (Publica-da no DJ-e nº 206/2010, em 11/11/2010, pág. 14-15).
De autoria do Poder Executivo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Resolução n° 137 de 21/01/2010
2010Resolução do CONANDA
Dispõe sobre os parâmetros para a criação e o funciona-mento dos Fundos Nacional, Estaduais e Municipais dos Direitos da Criança e do Adoles-cente e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Resolução Nº 67 de 16/3/2011
2011
Resolução do Conselho Nacional do Ministério Público
Dispõe sobre a uniformização das fiscalizações em unidades para cumprimento de medidas socioeducativas de internação e semiliberdade pelos membros do Ministério Público e sobre a situação dos adolescentes que se encontrem privados de liber-dade em cadeias públicas.
De autoria do Mi-nistério Público
49Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
ESFERA FEDERAL
Norma Federal
Lei12.594 2012 Lei
Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Si-nase), regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional; e altera as Leis nos 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); 7.560, de 19 de dezembro de 1986, que Criou o Fundo de Prevenção, Recupera-ção e de Combate às Drogas de Abuso, e dispõe sobre os bens apreendidos e adquiridos com produtos de tráfico ilícito de drogas ou atividades correlatas; a Lei 7.998, de 11 de janeiro de 1990, que regulou o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial, instituiu o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT); a 5.537, de 21 de novembro de 1968, que criou o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação e Pesquisa (INDEP); a 8.315, de 23 de dezembro de 1991, que dispõe sobre a criação do Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural (Senar); a 8.706, de 14 de setembro de 1993, que dispõe sobre a criação do Serviço Social do Transporte – SEST o do Serviço Nacional de Aprendiza-gem do Transporte.
De autoria do Poder Executivo
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM50
UNIDADES DA FEDERAçãO E MUNICíPIOS
UF MUNICíPIOTIPO DA LEI/
NORMAANO
ESPÉCIE NORMATIVA
CONTEÚDOóRGãO
EMANADOR
ACRE EstadualConstituição do Acre.
1989Constituição Estadual
Art. 210 - Dispõe de forma geral sobre os direitos da criança e adolescente e sobre a Proteção Especial a dependentes; Art. 18 — Dispõe sobre a criação e regulamentação do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente.
De autoria do Poder Legislativo
ACRE EstadualLei Nº. 1.600 de 27/12/2004
2004 Lei
Cria o Conselho Estadual da Juventude do Acre — CEJAC estabelece suas competências e dispõe sobre a Conferência Estadual de Juventude.
De autoria do Poder Legislativo
ACRE EstadualLei N. 2.111 DE 31/12/2008
2008 LeiCria o Instituto Socioeducativo do Estado do Acre – ISE
De autoria do Poder Legislativo
ACRE EstadualLei Nº2261 de 31/03/2010
2010 Lei
Institui em âmbito da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos – SEJUDH a Ouvidoria sobre assuntos de Segurança Pública e Medida Socioeducativa.
De autoria do Poder Legislativo
ALAGOAS EstadualConstituição de Alagoas
1989Constituição Estadual
Art. 268 - Cria o Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente; Art. 230 - Institui Programas de Assistência Integral à saúde da Criança e Adolescente, promovidos pelo Estado, admitindo-se participação de entidades não-governamentais.
De autoria do Poder Legislativo
ALAGOAS EstadualLei Nº 5.336 de 08/05/1992
1992 Lei
Normatiza o Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente - CEDCA - e adota providências correlatas.
De autoria do Poder Legislativo
ALAGOAS EstadualDecreto 36.865 de 20/03/1996
1996 DecretoAprova o regulamento do Fundo para Infância e Adolescente - FIA, do Estado de Alagoas.
De autoria do Poder Executivo
ALAGOAS EstadualLei Nº 5812 de 27/02/1996
1996 LeiDispõe sobre as competências do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente.
De autoria do Poder Legislativo
51Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
ALAGOAS MaceióLei Nº 5806 de 24/07/2009
2009 Lei
Institui a Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania (SEMDISC) e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
ALAGOAS MaceióDecreto 7127 de 18/05/2010
2010 Decreto
Dispõe sobre a composição e as competências do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
AMAPÁ EstadualConstituição do Amapá
1991Constituição Estadual
Art. 265 - Dispõe sobre a adequação dos serviços de saúde do Estado do Amapá, às necessidades da mulher, do idoso, deficiente físico ou mental, da criança e do adolescente; Art. 273 - Dispõe sobre as responsabilidades da Assistência Social. Art. 304 - Dispõe sobre os direitos das crianças e adolescentes. Art. 305 - Dispõe sobre o direito de entidades ligadas à proteção da criança e do adolescente. Art. 309 — Dispõe sobre a criação, organização composição e competência do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente.
De autoria do Poder Legislativo
AMAPÁ EstadualLei Nº. 0050 de 23/12/1992
1992 Lei
Dispõe sobre a criação, organização, composição e competência do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente, institui o Fundo Estadual da Criança e do Adolescente e das outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
AMAzONAS EstadualConstituição do Amazonas
1989Constituição Estadual
Art. 242 - Dispõe sobre a Proteção à família; Art. 243 - Dispõe sobre a Política Estadual e Municipal de Atendimento à criança e ao adolescente; Art.244 - dispõe sobre programas que serão promovidos pelo Estado e municípios, de assistência à maternidade, à infância, ao adolescente, ao idoso, ao deficiente, com prioridade às famílias de baixa renda de prole numerosa; Art.245 - dispõe sobre centros de atendimentos para assistência, apoio e orientação jurídica à mulher, à criança, ao adolescente, ao idoso e ao deficiente.
De autoria do Poder Legislativo
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM52
AMAzONAS EstadualLei Nº 2368 C e D de 14/12/1995
1995 Lei
Dispõe sobre a reorganização do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, órgão de caráter normativo, consultivo, deliberativo e paritário, contro-lador e fiscalizador da política de atendimento e proteção à criança e ao adolescente no âmbito do Estado do Amazonas, vinculado à estrutura da Secretaria de Estado do Trabalho e Ação Social, que será integrado por 14 (quatorze) membros efetivos e respectivos suplentes e cria o Fundo Estadual da Criança e do Adolescente, cujos recursos serão destinados exclu-sivamente, ao atendimento de programas de promoção, proteção e defesa da criança e do adoles-cente, desenvolvidos através de ações articuladas pelos órgãos governamentais e por entidades e instituições públicas ou privadas cadastradas no Conselho Estadu-al dos Direitos da Criança e do Adolescente.
De autoria do Poder Executivo
AMAzONAS ManausDecreto N.º 0143 de 5/6/2009
2009 Decreto
Dispõe sobre a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos — SEMASDH, aprovando sua estrutura operacional e estabelecendo outras providências.
De autoria do Poder Executivo
AMAzONAS EstadualLeia Nº 3528 de 03/08/2010
2010 Lei
Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e a execução da Lei Orçamentária de 2011, na qual, uma das metas e prioridades da administração pública direta e indireta, foi desenvolver serviços e ações socioassistenciais para famílias e indivíduos que se encontrassem com seus direitos violados ou ameaçados, vitimizados por abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas ou, ainda, que estejam cumprindo medidas socioeducativas, se encontrem em situação de rua, de trabalho infantil ou escravo, dentre outras situações de risco ou exclusão social.
De autoria do Poder Legislativo
53Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
BAHIA EstadualConstituição da Bahia
1989Constituição Estadual
Art. 279 - Dispõe sobre os objetivos dos Programas de Proteção do Estado da Bahia à família; Art. 283 - Dispõe sobre os deveres do Estado em relação à Criança e ao Adolescente.
De autoria do Poder Legislativo
BAHIA EstadualLei Nº 12361 de 17/11/2011
2011 LeiAprova o Plano Estadual de Juventude e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
CEARÁ EstadualConstituição do Ceará de 05/10/1989
1989Constituição Estadual
Art.272 - Dispõe sobre a alocação e fiscalização de recursos destinados a assegurar os direitos da criança; Art. 273 - dispõe sobre a responsabilidade de entidade pública ou privada que inclua o atendimento à criança e ao adolescente. ; Art.274 - Dispõe sobre o direito relacionado à família, da criança e do adolescente; Art. 278 - Estabelece que haverá Proteção Especial do Estado e da Sociedade à criança e ao adolescente, em forma de Lei; Art. 279 - Estabelece que o Estado deve amparar crianças e adolescentes em situação de risco por meio de Programas que respeitem as particularidades locais; Art. 280 - Estabelece que será prioridade dentre as políticas governamentais a redução da mortalidade infantil.
De autoria do Poder Legislativo
CEARÁ EstadualLei Nº 13.875, DE 07/02/2007
2007 Lei
Cria o Conselho Estadual de Juventude, com o objetivo de elaborar, planejar e implementar as políticas voltadas para a juventude; monitorar e avaliar a execução das políticas de juventude; promover a articulação interinstitucional nos âmbitos federal, estadual e municipal.
Distrito Federal
DistritalDecreto n° 88488/1983
1983 Decreto
Concede a Utilidade Pública do Centro Comunitário que presta os serviços de medidas socioeducativas no DF.
De autoria do Poder Executivo
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM54
Distrito Federal
DistritalConstituição do Distrito Federal
1993 Lei
Art. 218 — Define a competência do Poder Público, na forma da Lei e por intermédio da Secretaria competente para coordenar, elaborar e executar política de assistência social descentralizada e articulada com órgãos públicos e entidades sociais sem fins lucrativos, com vistas a assegurar especialmente: d) atendimento a criança e adolescente; art. 219 — Delega ao Poder Público estabelecer convênios, contratos e outras formas de cooperação com entidades beneficentes ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de planos de assistência à criança, adolescente; art. 267 - Estabelece como dever da família, da sociedade e do Poder Público assegurar à criança e ao adolescente, nos termos da Constituição Federal, com absoluta prioridade, o direito à vida, saúde, alimentação, educação, lazer, profissionalização, cultura, dignidade, respeito, liberdade, convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, constrangimento, vexame, crueldade e opressão.
De autoria do Poder Legislativo
Distrito Federal
Distrital
Recomendação Conjunta PROEDUC/PDIJ N. 2 de 19/08/2008
2008Recomendação Conjunta PROEDUC
Dispõe sobre o direito à educação e da Criança e do Adolescente; a inviolabilidade e sigilo das informações sobre os discentes da rede pública de ensino do Distrito Federal; necessidade de preservação; a abstenção da divulgação de informações pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEE-DF).
Autoria do Ministério Público do Distrito Federal
Distrito Federal
DistritalRecomendação Nº 01 de 26/02/2008
2008Recomendação do Ministério Público
Dispõe sobre a remessa ao Ministério Público, das ocorrências policiais, peças de informação e dos procedimentos de apuração de ato infracional.
Autoria do Ministério Público do Distrito Federal
55Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
ESPíRITO SANTO
Estadual
Constituição do Espírito Santo de 05/10/1989.
1989Constituição Estadual
Art. 6 — Dispõe sobre a mudança na redação do artigo 198; Art. 8 - Dispõe sobre a mudança na redação do artigo 202; Art. 167 - Dispõe sobre os objetivos da assistência social que consiste na proteção à família, amparo à criança e adolescente carente, integração ao mercado de trabalho, habilitação e reabilitação de pessoa com deficiência, integração à vida comunitária da criança e adolescente carente, idoso e pessoa com deficiência; Art. 198 — Dispõe sobre a competência do Poder Público na promoção do amparo à criança, ao adolescente, à pessoa com deficiência e ao idoso assegurando-lhes, no limite de sua competência, o tratamento determinado pela Constituição e pelas Leis. Art. 199 - Estabelece como dever da família, da sociedade e do Poder Público assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária; Art. 200 — Estabelece a competência do Poder Público na promoção, juntamente com entidades não governamentais de programas de assistência integral à saúde
De autoria do Poder Legislativo
ESPíRITO SANTO
ColatinaLei Nº 4843 de 4/6/2003
2003 LeiAutoriza a celebração de convênio com a Associação das Damas de Caridade de Colatina.
De autoria do Poder Legislativo
ESPíRITO SANTO
EstadualLei Comple-mentar Nº 314
2004Lei Comple-mentar
Reorganiza a estrutura organi-zacional básica do Instituto da Criança e do Adolescente do Espírito Santo - ICAES e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
ESPíRITO SANTO
Estadual
Decreto nº 1583-r, de 18 de Novembro de 2005.
2005 DecretoAprova o Regulamento do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo — IASES.
De autoria do Poder Executivo
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM56
ESPíRITO SANTO
Estadual Lei Nº 8.594 2007 Lei
Institui a Política Estadual de Juventude - PEJ, destinada aos jovens do Estado do Espírito Santo com idade entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove) anos e seu Conse-lho.
ESPíRITO SANTO
AracruzLei Nº 3075 de 27/12/2007
2007 Lei
Dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender projetos especiais de duração limi-tada desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, e dá outras providências
De autoria do Poder Legislativo
ESPíRITO SANTO
EstadualLei Comple-mentar Nº 469
2008Lei Comple-mentar
Autoriza o Poder Executivo a realizar contratação temporária de Técnico de Nível Superior para atender às necessidades emergen-ciais do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo - IASES.
De autoria do Poder Executivo
ESPíRITO SANTO
Cachoeiro de Itapemi-rim
Lei Nº 6130 de 13/6/2008
2008 Lei
Dispõe sobre o Programa Municipal de Atendimento Socioeducati-vo, regulamenta a execução das medidas socioeducativas em meio aberto - liberdade assistida e prestação de serviços à comunida-de, destinadas ao adolescente em conflito com a lei, de acordo com a lei8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adoles-cente), no município de Cachoeiro de Itapemirim - ES, e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
ESPíRITO SANTO
EstadualLei Comple-mentar Nº 487
2009Lei Comple-mentar
Altera dispositivos da Lei Comple-mentar n° 314, de 30.12.2004, que reorganizou a estrutura organizacional do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo - IASES, como, por exemplo, a criação dos cargos de provimento em comissão, com suas nomenclaturas, quantitativos, referências e valores para atender às necessidades específicas de funcionamento do IASES, dispõe a representação gráfica da estrutura organizacional básica do IASES, constante do Anexo I que integra esta Lei Complementar.
De autoria do Poder Executivo
ESPíRITO SANTO
EstadualLei Comple-mentar Nº 558
2010Lei Comple-mentar
Dispõe sobre a criação de Unida-des de Atendimento, Unidades Administrativas e cargos de provi-mento em comissão no âmbito do Instituto de Atendimento Socioe-ducativo do Espírito Santo - IASES.
De autoria do Poder Executivo
57Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
ESPíRITO SANTO
Estadual
Resolução Conjunta da Comissão Interins-titucional do Sistema Socioeducati-vo do Estado do Espírito Santo. Nº 0 1 / 2 0 1 1
2011Resolução Conjunta
Dispõe sobre a criação e método de funcionamento da Comissão Interinstitucional do Sistema Socioeducativo do Estado Espírito Santo.
Administra-tivo
ESPíRITO SANTO
Estadual
Instrução de Serviço n.º 078-p de 15 de fevereiro 2011
2011Instrução de Serviço
Institui o Regimento Interno do Núcleo de Assistência Jurídica do Instituto de Atendimento Socioe-ducativo do Espírito Santo - IASES.
Administra-tivo
ESPíRITO SANTO
Estadual
Resolução Conjunta da Comissão Interins-titucional do Sistema Socioeducati-vo do Estado Espírito Santo nº 02/ 2011
2011Resolução Conjunta
Dispõe sobre o fluxo interinsti-tucional de procedimentos do sistema socioeducativo do Estado Espírito Santo para apreensão, aplicação de medida socioedu-cativa e encaminhamento de adolescentes em conflito com a Leia os Programas de Atendimento Socioeducativo.
Administra-tivo
ESPíRITO SANTO
Estadual
Instrução de Serviço n.º 038-p de 20 de Janeiro de 2012
2012Instrução de Serviço
Dispõe sobre a Regulamentação dos Procedimentos de Pesquisa no Âmbito do Instituto de Atendimen-to Socioeducativo do Estado do Espírito Santo - IASES.
Administra-tivo
GOIÁS EstadualConstituição de Goiás
1989Constituição Estadual
Art. 171. Dispões sobre o dever do Estado, os Municípios, a sociedade e a família em assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos à vida, à saúde, à moradia, ao lazer, à proteção no trabalho, à cultura, à convivência familiar e comunitária, nos termos da Constituição da Repú-blica; Art. 172. Dispões sobre as di-retrizes que orientam a organização das ações de proteção à infância e à juventude: I - descentralização do atendimento; II - valorização dos vínculos familiares e comunitá-rios; III - atendimento prioritário em situações de risco definidas em Lei, observadas as características culturais e socioeconômicas locais; IV - participação da sociedade, por meio de organizações representa-tivas, na formulação de políticas e programas, bem como no acom-panhamento e fiscalização de sua execução.
De autoria do Poder Legislativo
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM58
GOIÁS EstadualLei Nº 11.549 de 16/10/1991
1991 Lei
Cria o Conselho Estadual dos Di-reitos da Criança e do Adolescente e o Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
GOIÁS Goiânia
Regulamento do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Ado-lescente de 30/11/1993
1993 DecretoArts. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15.
De autoria do Poder Executivo
GOIÁS EstadualPortaria Nº 006, DE 11/12/2003
2003Portaria Judicial
Dispões sobre horários e faixa etária em casas de diversões ele-trônicas; Expedição do Alvará; a proibição da entrada e a perma-nência de criança ou adolescente em casa de diversões eletrônicas onde se explore bilhar, sinuca ou congênere ou jogos de azar; a venda de produtos que possam causar dependência física ou psíquica, inclusive bebidas alco-ólicas e tabaco, nas suas diversas formas (cigarros, cigarrilhas, charutos e congêneres); proibição do fornecimento ou permissão do uso de máquinas, equipamentos ou quaisquer meios de veiculação de áudio ou imagens de conteúdo pornográfico, obsceno ou qualifica-do como impróprio para criança e adolescente e ; as sanções.
Autoria do TJ de Goiás
GOIÁS EstadualPortaria N.º 002 de 16/2/2006
2006Portaria
Judicial
Disciplina a alimentação de dados do SIPIA/INFOINFRA e o levantamento estatístico de atos infracionais.
Autoria do TJ de Goiás
GOIÁS EstadualPortaria N.º 004 de 10/10/2007
2007Portaria
Judicial
Retifica a portaria nº 006, de 11/12/2003 e credencia policiais militares do batalhão escolar para atuação no combate e enfrenta-mento às infrações criminais e administrativas previstas no ECA nos termos do convênio nº 032, de 30/04/2008 firmado entre o Tribunal de Justiça e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás.
Autoria do TJ de Goiás
GOIÁS EstadualRecomenda-ção N. 02 de 12/02/2008
2008
Recomenda-ção do Minis-tério Público de Goiás
Dispõe sobre a garantia de implan-tação, ampliação e/ou reavaliação de Programa de atendimento a Infância e Juventude.
De autoria do Ministé-rio Público de Goiás
59Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
MARANHãO EstadualConstituição do Maranhão
1989Constituição Estadual
Arts.44 ; Art.216 ; Art.252 ; Art.254.
De autoria do Poder Legislativo
MARANHãO EstadualLei Nº 8.451 DE 05/09/2006
2006 Lei
Dispõe sobre a criação do Conselho Estadual de Juventude - CEJOVEM, vinculado à Secretaria de Estado Extraordinária da Juventude, órgão consultivo, deliberativo, de orientação e normativo do Governo do Estado para ações de interesse da juventude.
MARANHãO São Luís
Resolução CEDCA Nº 04 de 30/04/2009
2009Resolução do CEDCA
Dispõe sobre o Plano de Aplicação dos recursos pertencente ao Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente para o ano de 2009.
De autoria do Poder Executivo
MATO GROSSO
EstadualConstituição do Mato Grosso
1989Constituição Estadual
Arts. 33; Art.142b ; Art.185 ; Art.206
De autoria do Poder Legislativo
MATO GROSSO
EstadualLei Nº 5.671 de 19/11/1990
1990 Lei
Cria o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
MATO GROSSO
EstadualLei Nº 5.878 de 02/12/1991
1991 Lei
Estabelece normas e diretrizes de apoio técnico e financeiro às entidades beneficentes e de assis-tência destinadas às crianças e aos adolescentes carentes e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
MATO GROSSO
EstadualLei N° 7.343 de 28/11/2000
2000 Lei
Institui o Programa Estadual de Atendimento à Criança e ao Ado-lescente Dependentes de Drogas e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
MATO GROSSO
EstadualLei N° 7.678 de 6/6/2002
2002 LeiDeclara de utilidade pública o Centro de Integração e Apoio ao Adolescente.
De autoria do Poder Legislativo
MATO GROSSO
EstadualLei Nº 7.911 de 25/6/2003
2003 LeiDeclara de utilidade pública o Centro de Acolhimento e Proteção ao Adolescente de Sinop - CAOPA.
De autoria do Poder Legislativo
MATO GROSSO
EstadualLei8.175 de 12/08/2004
2004 LeiDispõe sobre a revisão do Plano Plurianual para o quadriênio 2004-2007, conforme anexo.
De autoria do Poder Executivo
MATO GROSSO
EstadualLei8.263 de 28/12/2004
2004 Lei
Estima a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício finan-ceiro de 2005, compreendendo o Orçamento Fiscal, referente aos Poderes do Estado, seus Fundos e Órgãos da Administração Direta, Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista instituídas e mantidas
De autoria do Poder Executivo
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM60
pelo Poder Público; dispõe sobre o Orçamento da Seguridade Social, abrangendo todas as Secretarias e entidades da Administração Indireta, bem como os Fundos e Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, cujas ações são relativas à saúde, previdência e assistência social e; dispõe sobre o Orçamento de Investimento, abrangendo a Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso S.A, cujas ações têm o objetivo social de contribuir para a aceleração do desenvolvimento sustentável do Estado, estimulando a realização de investimentos, a criação de emprego e renda, a moderniza-ção das estruturas produtivas, o aumento da competitividade estadual e a redução das desigual-dades sociais e regionais.
MATO GROSSO
EstadualLei Nº 8.415 de 27/12/2005
2005 Lei
Autoriza o Poder Executivo a incluir na Lei Nº 8.175, de 12 de agosto de 2004, e na Lei8.263, de 28 de dezembro de 2004, o Projeto 3167 - Execução de Medida Socioe-ducativa em Meio Aberto e Atendi-mento a Egressos da Internação do Estado de Mato Grosso.
De autoria do Poder Executivo
MATO GROSSO
EstadualLei Nº 8.437 de 6/1/2006
2006 Lei
Dispõe sobre a utilização do sistema de video audiência para interrogatórios e audiências à distância de presos e adolescentes infratores custodiados, e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
MATO GROSSO DO SUL
EstadualDecreto Nº 4.523 de 22/3/1988
1988 Decreto
Dispõe sobre a Política Estadual de Atendimento ao Menor em Mato Grosso do Sul e dá providências correlatas.
De autoria do Poder Executivo
MATO GROSSO DO SUL
Estadual
Constituição do Mato Gros-so do Sul de 05/10/1989.
1989Constituição Estadual
Arts. 33, 185, 206.De autoria do Poder Legislativo
MATO GROSSO DO SUL
EstadualDecreto Nº 10.195 de 4/1/2001
2001 Decreto
Dispõe sobre a competência e aprova a estrutura básica da Secretaria de Estado de Assistência Social, Cidadania e Trabalho, e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
61Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
MATO GROSSO DO SUL
EstadualDecreto Nº 10.218 de 24/01/2001
2001 Decreto
Institui as funções de Técnico em Ações Socioeducativas e Agente Educador na Tabela de Pessoal da Secretaria de Estado de Assistência Social, Cidadania e Trabalho, e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
MATO GROSSO DO SUL
EstadualDecreto Nº 10.263 de 20/2/2001
2001 DecretoReorganiza o Programa Bolsa-Esco-la, e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
MATO GROSSO DO SUL
EstadualDecreto Nº 10.643 de 5/2/2002
2002 Decreto
Cria o Centro Recomeçando, destinado ao atendimento a adolescentes usu-ários de substâncias psicoativas, e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
MATO GROSSO DO SUL
EstadualDecreto Nº 10.859 de 18/7/2002
2002 DecretoInstitui o Programa de Atenção Básica ao Cidadão e à Família.
De autoria do Poder Executivo
MATO GROSSO DO SUL
EstadualDecreto Nº 11.291 de 4/7/2003
2003 Decreto
Aprova a estrutura básica da Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência Social e Economia Soli-dária, e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
MATO GROSSO DO SUL
EstadualDecreto Nº 11.587 de 20/04/2004
2004 DecretoCria o Programa de Inclusão Social e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
MATO GROSSO DO SUL
EstadualDecreto Nº 11.945 de 14/10/2005
2005 Decreto
Organiza a carreira Gestão de Me-didas Socioeducacionais e define sua composição dentro da Tabela de Pessoal da Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência Social e Economia Solidária.
De autoria do Poder Executivo
MATO GROSSO DO SUL
EstadualDecreto Nº 12.465 de 18/12/2007
2007 DecretoCria o Programa Vale Renda, e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
MATO GROSSO DO SUL
EstadualDecreto Nº “E” 38 20/09/2007
2007 Decreto
Convoca a 1ª Conferência Estadual de Políticas Públicas de Juventude e constitui a Comissão Organizado-ra Estadual.
De autoria do Poder Executivo
MATO GROSSO DO SUL
EstadualDecreto Nº 13.343 2/1/2012
2012 Decreto
Cria, no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul, a Comissão Inter-setorial de Acompanhamento do Sistema Estadual de Medida Socio-educativa Privativas de Liberdade e de Semiliberdade.
De autoria do Poder Executivo
MINAS GERAIS
Estadual
Constituição de Minas Gerais de 05/10/1989.
1989Constituição Estadual
Art.222; 223; 226.De autoria do Poder Legislativo
MINAS GERAIS
EstadualLei Nº 10501 de 17/10/1991
1991 Lei
Dispõe sobre a política estadual dos direitos da criança e do ado-lescente, cria o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Ado-lescente e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM62
MINAS GERAIS
Juiz de ForaLei Nº 8620 de 2/1/1995
1995 Lei
Dispõe sobre a contratação, pela Prefeitura Municipal, de adoles-centes custodiados pelo Juizado da Infância e da Juventude.
De autoria do Poder Legislativo
MINAS GERAIS
Governador Valadares
Lei Nº 4816 de 28/11/2000
2000 Lei
Dispõe sobre a criação do núcleo de apoio familiar para jovens/ado-lescentes infratores no município de Governador Valadares.
De autoria do Poder Legislativo
MINAS GERAIS
Belo Hori-zonte
Resolução CM-DCA número 45/2002
2002 Resolução
Dispõe sobre a política de atendi-mento a criança e ao adolescente autor de ato infracional e dá outras providências.
De Autoria do Poder Executivo/Conselhos
MINAS GERAIS
Belo Hori-zonte
Resolução CM-DCA número 56/2005
2005 Resolução
Dispõe sobre a proteção inte-gral às crianças e adolescentes submetidas à medida privativa de liberdade.
De Autoria do Poder Executivo/Conselhos
MINAS GERAIS
IpatingaLei Nº 2163 de 11/1/2006
2006 Lei
Cria o "Programa de Medidas Socioeducativas de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade".
De autoria do Poder Legislativo
MINAS GERAIS
VarginhaLei Nº 4392 de 7/2/2006
2006 Lei
Institui o "Programa de Assistência ao Adolescente Infrator - PAAI" no município de Varginha e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
MINAS GERAIS
VarginhaLei Nº 4724 de 27/11/2007
2007 Lei
Institui o "Programa de Atendimen-to ao Adolescente Integrado - PAAI" no município de Varginha e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
MINAS GERAIS
Estadual
Resolução Conjunta Nº 68 DE 02/09/2008
2008Resolução Conjunta
Dispõe sobre a atuação conjun-ta dos órgãos responsáveis pelo Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infra-cional de Belo Horizonte-CIA/BH.
Administra-tivo
63Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
MINAS GERAIS
EstadualLei Nº 18692 de 30/12/2009
2009 Lei
Uniformiza os critérios de gestão e execução para transferência gratuita de bens, valores ou benefícios por órgãos e entidades da administração pública estadu-al, compreendidos no âmbito dos programas sociais, considerados o conjunto de ações governa-mentais desenvolvidas por órgãos ou entidades da administração pública estadual, de forma isolada ou articulada, ou, ainda, em coo-peração com órgãos ou entidades públicas de outro nível de governo ou com instituições privadas, que tenha por objetivo, dentre outros, promover políticas socioeducativas e preventivas de combate à crimi-nalidade, inclusive dispondo que no programa social Atendimento às Medidas Socioeducativas, na Ação Aprimoramento e Ampliação da Gestão das Medidas de Meio Aberto, cuja finalidade é
De autoria do Poder Legislativo
promover o atendimento em liberdade assistida e a prestação de serviços à comunidade, por meio da criação de parcerias e capacitação de Municípios, sejam proporcionados meios alternativos à privação de liberdade.
MINAS GERAIS
Belo Hori-zonte
Resolução CM-DCA número 73/2009
2009 ResoluçãoDispõe sobre a construção do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo em Belo Horizonte.
De Autoria do Poder Executivo/Conselhos
MINAS GERAIS
EstadualRegimento Interno do CIA/BH
2010Regimento Interno
Dispõe sobre o Regimento Interno do Centro Integrado ao Adolescen-te Autor de Ato Infracional.
Administra-tivo
MINAS GERAIS
Belo Hori-zonte
Resolução CM-DCA número 81/2010
2010 Resolução
Revoga a Resolução 73/09 que dispõe sobre a construção do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo.
De Autoria do Poder Executivo/Conselhos
MINAS GERAIS
EstadualDecreto Nº 45870 de 30/12/2011
2011 DecretoDispõe sobre a organização da Secretaria de Estado da Defesa Social.
De autoria do Poder Executivo
MINAS GERAIS
Belo Hori-zonte
Resolução conjunta CM-DCA e CMAS 01/2011
2011 Resolução
Cria a Comissão Intersetorial Municipal para elaborar o Plano Municipal de Promoção, Proteção e Defesa dos Direito de Criança e Adolescente à Convivência Fami-liar e Comunitária.
De Autoria do Poder Executivo/Conselhos
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM64
MINAS GERAIS
EstadualLei Nº 20024 de 9/1/2012
2012 LeiInstitui o Plano Plurianual de Ação Governamental para o quadriênio 2012-2015 — PPAG 2012-2015.
De autoria do Poder Legislativo
MINAS GERAIS
EstadualResolução-Conjunta Nº 001/2012
2012RESOLUÇÃO-CONJUNTA
Dispõe sobre o aprimoramento da atuação conjunta dos órgãos responsáveis pelo Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional de Belo Horizonte, CIA/BH.
Administra-tivo
MINAS GERAIS
EstadualLei Nº 20026 de 10/01/2012
2012 Lei
Estima as receitas e fixa as despesas do Orçamento Fiscal do Estado de Minas Gerais e do Orçamento de Investimento das Empresas Controladas pelo Estado para o exercício 2012, , na qual fica o Poder Executivo, autorizado a compatibilizar o gasto para o Atendimento ao Adolescente em Conflito Com a Lei- Cumprimen-to de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, com o Plano Plurianual de Ação Governamental — PPAG.
De autoria do Poder Legislativo
PARÁ EstadualConstituição do Pará de 05/10/1989.
1989Constituição Estadual
Arts. 191, 193, 271, 296, 297, 298.De autoria do Poder Legislativo
PARAíBA EstadualConstituição da Paraíba de 05/10/1989
1989Constituição Estadual
Arts. 247 e 248.De autoria do Poder Legislativo
PARAíBA EstadualLei Nº 7. 801, DE 13/09/2005
2005 Lei
Dispõe sobre a criação do Conselho Estadual de Juventude da Paraíba � CEJUP, órgão colegiado, vincu-lado à Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer, com atribuição consultiva, de forma a assegurar os direitos dos jovens, bem como promover seu desenvolvimento intelectual e social.
PARANÁ EstadualConstituição do Paraná de 05/10/1989
1989Constituição Estadual
Arts. 165, 174, 216, 217, 218, 220.De autoria do Poder Legislativo
65Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
PARANÁ EstadualLei9579 de 02/03/1991
1991 Lei
Regulamenta o parágrafo único do artigo 216 da Constituição Esta-dual, que dispõe sobre a criação, organização e competência do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente, órgão consultivo, deliberativo e contro-lador da política de atendimento à infância e juventude vinculado à secretaria de Estado responsável pela execução da política estadual de atendimento à criança e ao adolescente.
PARANÁFoz do Iguaçu
Lei Nº 2032 de 14/8/1996
1996 Lei
Autoriza o Município a proceder permuta com o Governo do Estado do Paraná, das instalações da "Es-cola Oficina" para a construção do Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator - CIAADI.
De autoria do Poder Legislativo
PARANÁ ParanaguáLei Nº 2929 de 17/11/2008
2008 Lei
Institui o projeto municipal de aprendizagem para o adolescen-te em conflito com a lei e para adolescente em situação de vul-nerabilidade social e econômica, conforme especifica e adota outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
PARANÁ EstadualLei16631 - 22/11/2010
2010 Lei
Altera dispositivos da Lei Nº 9.579/91, que trata da criação do Conselho Estadual dos direitos da Criança e do Adolescente, órgão consultivo, deliberativo e contro-lador das ações de atendimento a Infância e a Juventude, vinculado à Secretaria de Estado da Criança e da Juventude.
PERNAM-BUCO
Estadual
Constituição de Pernam-buco de 05/10/1989
1989Constituição Estadual
Arts. 97, 224, 225, 226, 227, 229, 231.
De autoria do Poder Legislativo
PERNAM-BUCO
EstadualLei Nº 13.607, DE 31/10/2008
2008 Lei
Institui o Conselho Estadual de Políticas Públicas de Juventude, órgão autônomo, colegiado de caráter consultivo e deliberativo da Política Estadual de Juventude, integrante da estrutura básica da Secretaria Especial de Juventude e Emprego.
PERNAM-BUCO
EstadualResolu-ção 31 de 24/11/2010
2010Resolução do CEDCA
Dispõe sobre a Resolução do Plano de Reordenamento do Sistema Socioeducativo do Estado de Pernambuco
De autoria do Poder Executivo
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM66
PIAUí EstadualConstituição de Piauí de 05/10/1989
1989Constituição Estadual
Arts.248, 249, 250. De autoria do Poder Legislativo
PIAUí EstadualLei5618 de 27/12/2006
2006 Lei
Cria o Conselho Estadual dos Direitos da Juventude, vinculado à Secretaria de Assistência Social e Cidadania, com a finalidade de debater e analisar a situação da Juventude do Estado, propor políticas públicas que respondam às demandas juvenis, sua auto realização e que garantam sua integração ao processo social, político, econômico e cultural do Piauí.
RIO DE JANEIRO
Estadual
Constituição do Rio de Janeiro de 05/10/1989
1989Constituição Estadual
Arts. 51, 52, 57, 58, 59, 60, 62. De autoria do Poder Legislativo
RIO DE JANEIRO
EstadualLei3480 de 23/10/2000
2000 Lei
Autoriza o Poder Executivo a criar o Conselho Estadual de Juventu-de do Estado do Rio de Janeiro, doravante denominado COJUERJ, vinculado à estrutura da Adminis-tração Pública Estadual.
RIO DE JANEIRO
EstadualLei Nº 3922 de 23/8/2002
2002 Lei
Autoriza o poder executivo a firmar convênios e parcerias com empresas privadas e instituições de direito público e privado com objetivo de implantar programa de recuperação com ocupação profissional e educacional de menores infratores e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
RIO DE JANEIRO
EstadualLei Nº 4504 de 11/1/2005
2005 Lei
Altera o CODJERJ (Livro I, Res. 01, de 21/03/75 e Livro III, Res. 05, de 24/03/77) redefinindo nomenclatura e atribuindo aos juízos competentes para a matéria relativa à infância e juventude a competência de fiscalização, orientação e apuração de irregula-ridades de instituições, programas, organização governamentais e não governamentais, abrigos e entida-des de atendimento e congêneres, que lidam com o idoso, e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
67Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
RIO DE JANEIRO
Estadual
Lei Nº 4504, de 11 de janeiro de 2005
2005 Lei
Altera o Código de Organização e Divisão Judiciárias do Estado do Rio de Janeiro, redefinindo nomenclatura, para Vara da Infân-cia, da Juventude e do Idoso e; atribuindo aos juízos competentes para a matéria relativa à infância e juventude a competência de fis-calização, orientação e apuração de irregularidades de instituições, programas, organização, orienta-ção e apuração de irregularida-des de instituições, programas, organizações governamentais e não governamentais, abrigos e entidades de atendimento.
De autoria do Poder Legislativo
RIO DE JANEIRO
EstadualLei Nº 4587 de 5/9/2005
2005 LeiDispõe sobre a aplicação do teste de HIV no adolescente infrator e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
RIO DE JANEIRO
EstadualLei Nº 5398 de 10/03/2009
2009 Lei
Art. 1º - Dispõe sobre a proibição de submissão dos adolescentes em conflito com a Lei, conduzidos aos institutos disciplinares. Parágrafo único. Dispõe sobre o respeito ao que estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA na aplicação de medidas aos adolescentes que cometem atos infracionais e revoga as disposi-ções em contrário editadas até antes da publicação desta lei.
De autoria do Poder Legislativo
RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro
Deliberação N.º 879/2011 AS/CMDCA
2011 DeliberaçãoAprova a Política Municipal de Atendimento Socioeducativo em Meio Aberto.
De Autoria do Poder Executivo/Conselhos
RIO GRAN-DE DO NORTE
Estadual
Constituição do Rio Grande do Norte de 05/10/1989
1989Constituição Estadual
Art. 157.De autoria do Poder Legislativo
RIO GRAN-DE DO NORTE
NatalDecreto Muni-cipal número 9.423
2011 DecretoDefine a Estrutura da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social
De Autoria do Poder Executivo
RIO GRAN-DE DO SUL
Estadual
Constituição do Rio Grande do Sul de 05/10/1989
1989Constituição Estadual
Arts. 260 e 261.De autoria do Poder Legislativo
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM68
RIO GRAN-DE DO SUL
EstadualDecreto Nº 36762 DE 28/06/1996
1996 Decreto
Instituiu, com a chancela do Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF -, o Programa "Piá 2000", que tem por objetivo garantir às crianças e adolescentes o atendimento do seu direito à sobrevivência, ao desenvolvimento e integridade, a fim de lhes permi-tir o desenvolvimento normal de seu ciclo físico e psicológico, sua integração familiar e social, bem como sua formação educacional e cultural.
RIO GRAN-DE DO SUL
EstadualDecreto Nº 37.929 de 14/11/1997
1997 Decreto
Dá nova redação ao DECRETO Nº 36.762, de 28 de junho de 1996, que instituiu o Programa "PIÁ 2000".Uma das mudanças é que o Programa contará com a participação de vários órgãos da Administração Estadual, Municípios e Organizações Não Governamen-tais - ONG's voltadas à infância e adolescência, e será coordenado pela Secretaria Geral de Gover-no. Houve alteração também na composição do Conselho estadual do Programa, entre outras.
De autoria do Poder Executivo
RIO GRAN-DE DO SUL
IjuíLei Nº 3748 de 14/11/2000
2000 Lei
Autoriza o poder executivo munici-pal firmar convênio que menciona, e dá outras providências, que entre si celebram a celular CRT S/A; Fundação Telefônica., Prefei-tura Municipal de Ijuí; Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Ijuí - COMDICA; Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Ijuí - FUNDOCAD e o Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Ado-lescente de Ijuí - CEDEDICAI, com o objetivo do repasse de recursos através da Fundação Telefônica ao Centro de Defesa dos Direito da Criança e do Adolescente de Ijuí - CEDEDICAI.
De autoria do Poder Legislativo
RIO GRAN-DE DO SUL
EstadualResolução Nº. 003/2002
2002 Resolução
Aprova o Regimento Interno para a Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul - FASE/RS.
De autoria do Poder Executivo
RIO GRAN-DE DO SUL
GuaíbaLei Nº 2149 20/10/2006
2006 LeiDispõe sobre a aplicação de me-didas socioeducativas e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
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RIO GRAN-DE DO SUL
IjuíLei Nº 4715 de 9/8/2007
2007 Lei
Autoriza o Poder Executivo Munici-pal a criar, no âmbito da Secreta-ria Municipal de Assistência Social, dentro da Política de Assistência Social, no segmento Adolescente, o Programa Municipal de Execu-ção de Medidas Socioeducativas - Liberdade Assistida e Prestação de Serviço a Comunidade a seguir descrito: Programa de Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto - Liberdade Assistida e Prestação de Serviços a Comuni-dade.
De autoria do Poder Legislativo
RIO GRAN-DE DO SUL
OsórioLei Nº 4422 de 25/8/2009
2009 Lei
Autoriza o Poder Executivo firmar termo de compromisso com a Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, objetivando a conjunção de esforços para o fortalecimento da execução das medida socioeducativa de meio aberto.
De autoria do Poder Legislativo
RIO GRAN-DE DO SUL
São Leo-poldo
Lei Nº 7099 de 16/12/2009
2009 Lei
Autoriza a contratação de profissionais para atuarem no atendimento a adolescentes em cumprimento de medida socioedu-cativa em meio aberto, conforme programa estruturante socioedu-cativo do governo do estado do Rio Grande do Sul, no Centro de Refe-rência Especializado de Assistência Social, da Secretaria Municipal de Assistência, Cidadania e Inclusão Social.
De autoria do Poder Legislativo
RIO GRAN-DE DO SUL
Estadual
Lei Nº 12.122, DE 09 DE JANEIRO DE 2009
2009 LeiInstitui o Programa RS Socioeduca-tivo e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
RIO GRAN-DE DO SUL
OsórioLei Nº 4523 de 23/02/2010
2010 Lei
Autoriza o poder executivo firmar convênio com a associação comu-nitária de ação social, cultural e ambiental Catavento-Ong e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
RONDÔNIA Estadual
Constituição de Ron-dônia de 05/10/1989
1989Constituição Estadual
Arts.140, 142, 248. De autoria do Poder Legislativo
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RONDÔNIA Estadual
Lei Com-plementar nº94 de 03/11/1993
1993Lei Comple-mentar
Dispõe sobre o Código de Orga-nização e Divisão Judiciária do Estado de Rondônia, que tem como órgãos do Poder Judiciá-rio do Estado: I ― O Tribunal de Justiça; II ― os Juízes de Direito e Juízes substitutos; III ― a Audito-ria e Conselhos da Justiça Militar; IV ― os Tribunais do Júri; V ― os Juizados Especiais; VI ― os Juízes de Paz.
De autoria do Poder Legislativo
RONDÔNIA Estadual
Lei Com-plementar Nº 412 de 24/12/2007
2007Lei Comple-mentar
Altera a nomenclatura da Secre-taria de Estado de Administração Penitenciária ― SEAPEN para Secretaria de Estado de Justiça ― SEJUS e criou a Coordenadoria de Atendimento ao Adolescente Infrator, no âmbito da Secretaria de Estado de Justiça.
De autoria do Poder Legislativo
RONDÔNIA EstadualLei Nº 2300, DE 25/05/2010
2010 Lei
Dispõe sobre a criação do Conselho Estadual de Juventude do Estado de Rondônia ― CONJUVE-RO, vinculado à estrutura da Adminis-tração Pública Estadual.
RONDÔNIA Estadual
Lei Com-plementar Nº 580 de 30/06/2010
2010Lei Comple-mentar
Dispõe sobre a criação de cargos efetivos, no âmbito da Secretaria de Estado de Justiça ― SEJUS.
De autoria do Poder Legislativo
RONDÔNIA Estadual
Lei Com-plementar Nº 597 de 28/12/2010
2010Lei Comple-mentar
Cria o 2º Juizado da Infância e da Juventude e a Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas e acrescenta e altera dispositivos da Lei Complementar n° 94, de 3 de novembro de 1993.
De autoria do Poder Legislativo
RORAIMA EstadualConstituição de Roraima de 05/10/1989
1989Constituição Estadual
Art. 172.De autoria do Poder Legislativo
RORAIMA EstadualLei N° 792 DE 19/11/2010
2010 Lei
Autoriza o Poder Executivo a criar o Conselho Estadual da Juventude do Estado de Roraima - CONJUR, órgão de caráter proponente e consultivo, com a finalidade de promover, no âmbito do Estado de Roraima, políticas de apoio à juventude.
SANTA CATARINA
Estadual
Constituição do Estado de Santa Catarina de 05/10/1989
1989Constituição Estadual
Arts.157, 187, 188.De autoria do Poder Legislativo
71Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
SANTA CATARINA
Porto BeloLei Nº 1216 de 07/10/2001
2001 Lei
Autoriza o chefe do Poder Exe-cutivo a firmar convênio com o Governo do Estado com o objetivo de desenvolver Programas Socioe-ducativos de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunida-de ou Semi-Liberdade ou Inter-namento Provisório ou Defesa de Direitos da Criança ou Adolescente Infratores, Dependentes químicos e ou egressos do Sistema Educa-cional.
De autoria do Poder Legislativo
SANTA CATARINA
EstadualLei Nº 12.536, de 19/12/2002
2002 Lei
Dispõe sobre o Conselho Estadu-al dos Direitos da Criança e do Adolescente - CEDCA/SC, órgão colegiado de caráter permanente, vinculado à Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação, com competência para dispor sobre a definição, a deliberação e o controle das ações dirigidas à proteção, à defesa e à garantia dos direitos da criança e do adolescente no âmbito do Estado de Santa Catarina.
SANTA CATARINA
Braço do Norte
Lei2012 de 24/06/2003
2003 Lei
Cria o Programa de Inclusão Social - bolsa renda familiar - reintegrar para participar e da outras provi-dências.
De autoria do Poder Legislativo
SANTA CATARINA
EstadualLei Nº 15.589, de 11/10/2011
2011 Lei
Altera a redação da Lei Nº 12.536, de 2002, que dispõe sobre o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente - CEDCA/SC, como o orçamento do Fundo para a Infância e Adolescência - FIA vinculado à Secretaria de Esta-do da Assistência Social, Trabalho e Habitação.
SãO PAULO EstadualDecreto Nº 25.588, de 28/07/1986
1986 DecretoCria o Conselho Estadual da Juventude, junto à Secretaria de Descentralização e Patrimônio
SãO PAULO Estadual
Constitui-ção de São Paulo de 05/10/1989
1989Constituição Estadual
Arts. 277 e 278.De autoria do Poder Legislativo
SãO PAULO EstadualDecreto Nº 42.487, de 10/11/1997
1997 Decreto
Reativação do Conselho Estadual da Juventude, durante o gover-no de Mário Covas, na qual o Conselho, criado pelo artigo 1.º do Decreto Nº 25.588, de 28 de julho de 1986, passa a ser regido por este Decreto.
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SãO PAULOPraia Gran-de
Lei Nº 996 de 15/12/1997
1997 Lei
Autoriza o poder executivo a celebrar convênio com a Fundação Estadual do Bem Estar do Menor - FEBEM e adota outras providên-cias.
De autoria do Poder Legislativo
SãO PAULO EstadualLei Nº 10.387, de 5/11/1999
1999 Lei
Cria a Secretaria de Estado da Juventude para a formulação de políticas e a proposição de diretri-zes ao Governo do Estado, voltadas à juventude; a coordenação da implementação das ações governa-mentais voltadas para o atendi-mento aos jovens; a formulação e a execução, direta ou indireta-mente em parceria com entidades públicas e privadas, de programas, projetos e atividades para jovens; entre outras disposições.
SãO PAULO EstadualDecreto nº 44.545 de 17/12/1999
1999 Decreto
Institui Grupo de Trabalho para definição do Sistema Integrado de Informações sobre o Adolescente Infrator no Estado de São Paulo.
De autoria do Poder Executivo
SãO PAULO JacareíLei Nº 4242 de 18/10/1999
1999 Lei
Autoriza o executivo municipal a celebrar convênio com a Fundação Estadual do Bem Estar do Menor - FEBEM, objetivando a implantação de um programa de atendimento das medidas sócio educativas, prestação de serviços e semiliber-dade.
De autoria do Poder Legislativo
SãO PAULO MauáLei Nº 3334 de 09/10/2000
2000 Lei
Institui o programa de combate às pichações, grafites e anúncios em muros, fachadas e outros sem autorização do proprietário do imóvel, e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
SãO PAULOBragança Paulista
Lei Com-plementar nº 262 de 19/04/2000
2000Lei Comple-mentar
Dispõe sobre criação da Secretaria Municipal da Criança e do Adoles-cente e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
SãO PAULO EstadualLei N. 10.947, de 5/11/2001
2001 Lei
Altera a denominação da Secre-taria de Estado da Juventude , criada pela Lei N° 10.387, de 5 de novembro de 1999, que passa a denominar-se Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer, que passou a abrigar em si, além do Conselho Estadual da Juventu-de, a estrutura da Coordenadoria de Programas para a Juventude, e efetivamente, viabilizou o funcio-namento desta instância ― então tendo como foco as pessoas entre 15 e 24 anos de idade.
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SãO PAULO EstadualDecreto nº 46.760 de 13/05/2002
2002 Decreto
Autoriza a Fazenda do Estado a permitir o uso, a título precário e por prazo indeterminado, de imóveis que especifica, situados no Município de Araraquara, em favor do CAA - Centro de Atendimento do Adolescente, uma entidade assistencial sem fins lucrativos. Os imóveis deverão ser utilizados no projeto voltado para adolescentes infratores inseridos na medida de prestação de serviços à comuni-dade.
De autoria do Poder Executivo
SãO PAULO LimeiraLei Nº 3349 de 14/03/2002
2002 Lei
Autoriza o município de Limeira, através do Centro de Promoção Social Municipal - CEPROSOM a celebrar convênio (s), termo (s) aditivo (s), termo (s) de reratifica-ção (ções) com a Fundação do Bem-Estar do Menor - FEBEM/SP, para a execução de projetos destinados ao atendimento de adolescentes inseridos nas medidas socioeducati-vas em meio aberto, preconizadas pela lei federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
De autoria do Poder Legislativo
SãO PAULO AmericanaLei Nº 3759 de 24/12/2002
2002 Lei
Cria o "Núcleo de Atendimento Integrado ao Adolescente de Ame-ricana - NAIA", para atendimento ao adolescente em conflito com a lei, e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
SãO PAULO Santo AndréLei Nº 8362 de 29/05/2002
2002 Lei
Dispõe sobre a Política Municipal de Atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente, sobre o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, sobre o Conselho Tutelar e o Fundo Muni-cipal da Criança e do Adolescente, reordenando a legislação vigente em Santo André e dá outras provi-dências.
De autoria do Poder Legislativo
SãO PAULOCampo Mourão
Lei Com-plementar nº 357 de 29/11/2002
2002Lei Comple-mentar
Dispõe sobre alteração na estru-tura organizacional da prefeitura municipal e dá outras providên-cias.
De autoria do Poder Executivo
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SãO PAULO JandiraLei Nº 1394 de 12/06/2003
2003 Lei
Institui horta comunitária em uni-dades básicas de saúde e escolas públicas do município e dá outras providências. Todas as unidades básicas de saúde e escolas públi-cas do município, que tenham área física livre, deverão destinar uma parte dessa área para a criação de uma horta de verduras e legumes, cuja produção será utilizada como complemento alimentar para crianças e adolescentes.
De autoria do Poder Legislativo
SãO PAULO EmbuLei Nº 2064 de 24/09/2003
2003 Lei
Dispõe sobre a criação de horta comunitária em unidades básicas de saúde e escolas públicas muni-cipais e dá providências corre-latas. Todas as unidades básicas de saúde e escolas públicas do Município, que tenham área física livre, deverão destinar uma parte dessa área para a criação de uma horta de verduras e legumes, cuja produção será utilizada como com-plemento alimentar para crianças e adolescentes.
De autoria do Poder Legislativo
SãO PAULOSão José dos Campos
Lei Nº 6300 de 25/04/2003
2003 Lei
Autoriza o poder executivo a restaurar a pintura de muros e fachadas de imóveis públicos e particulares objeto de pichação, e dá outras providências.
De autoria do Poder Legislativo
SãO PAULO PoaLei Nº 3149 de 27/03/2006
2006 Lei
Autoriza o poder executivo fornecer atendimento psicológico específico a jovens em conflito com a lei, bem como suas respec-tivas famílias em parceria com a rede social.
De autoria do Poder Legislativo
SãO PAULO São PauloResolução CM-DCA número 83/2006
2006 Resolução
Dispõe sobre Parâmetros para Execução das Medidas Socioeduca-tivas em Meio Aberto no Município de São Paulo.
De autoria do Poder Executivo/Conselhos
SãO PAULO EstadualDecreto Nº 51.460, DE 01/01/2007
2007 Decreto
A Coordenadoria de Programas para a Juventude se desvinculou da pasta de esporte e lazer, que passou a se chamar Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo, assim como a Coordenadoria de Programas para a Juventude foi transferida para a Secretaria de Relações Institucionais e ampliou seu foco para pessoas entre 15 e 29 anos.
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SãO PAULOBragança Paulista
Lei Nº 3906 de 18/07/2007
2007 Lei
Autoriza o Poder Executivo a celebrar convênio com a Fundação Centro de Atendimento Socioe-ducativo ao Adolescente (CASA/SP), para a execução de projetos destinados ao atendimento de adolescentes, com a aplicação de medidas socioeducativas em meio aberto.
De autoria do Poder Executivo
SãO PAULO GarçaLei Nº 4207 de 07/05/2008
2008 Lei
Autoriza o Município a celebrar convênios com a Fundação Casa - Centro de Atendimento Socioedu-cativo Ao Adolescente
De autoria do Poder Legislativo
SãO PAULOSão Ber-nardo do Campo
Lei Nº 5917 de 13/11/2008
2008 Lei
Altera o Anexo I da Lei Municipal nº 5.774, de 13 de dezembro de 2007, que dispõe sobre autoriza-ção legislativa para a concessão de subvenção, contribuição ou auxílio a entidades. A entidade Fundação Criança de São Bernardo do Campo Avenida Francisco Prestes Maia nº 275 - 5º andar - Centro ― SB Campo/ PROJETO: Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto/ VALOR: Subvenção Social R$ 17.371,20, só receberá a concessão após a constatação que preenche as condições legais para o recebimento.
De autoria do Poder Executivo
SãO PAULORibeirão Preto
Lei Nº 11899 de 26/02/2009
2009 Lei
Autoriza a prefeitura municipal de Ribeirão Preto, com a interveni-ência da Secretaria Municipal de Assistência Social- Semas, a firmar termo de subvenção com o "Centro Renovado Cristão de Ensino Inte-grado - CRECEI", objetivando o re-passe de recursos financeiros para o atendimento de adolescentes em cumprimento de medida socioedu-cativa em meio aberto (liberdade assistida) e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM76
SãO PAULORibeirão Preto
Lei Nº 11900 de 26/02/2009
2009 Lei
Autoriza a prefeitura municipal de Ribeirão Preto, com a interve-niência da Secretaria Municipal de Assistência Social- Semas, a firmar termo de subvenção com a "Associação Educacional da Juven-tude de Ribeirão Preto - AJURP", objetivando o repasse de recursos financeiros para o atendimento de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativo em meio aberto (liberdade assistida) e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
SãO PAULORibeirão Preto
Lei Nº 11901 de 26/02/2009
2009 Lei
Autoriza a prefeitura municipal de Ribeirão Preto, com a interveni-ência da Secretaria Municipal de Assistência Social- Semas, a firmar termo de subvenção com a "Orga-nização Comunitária Santo Antônio Maria de Claret", objetivando o re-passe de recursos financeiros para o atendimento de adolescentes em cumprimento de medida socioedu-cativa em meio aberto (liberdade assistida) e dá outras providências.
De autoria do Poder Executivo
SãO PAULO São Paulo
Portaria número 46/2010/SMADS
2010 Portaria
Dispõe sobre a tipificação da rede socioassistencial do município de São Paulo e a regulação de parceria operada por meio de convênios.
De Autoria do Poder Executivo
SERGIPE EstadualConstituição do Sergipe de 05/10/1989
1989Constituição Estadual
Arts. 3, 193, 206, 212, 253, 254. De autoria do Poder Legislativo
SERGIPE Estadual
Lei Nº 3.393
DE 24/09/1993
1993 Lei
Cria o Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente - FUNDECRIA, e dá providências correlatas.
De autoria do Poder Legislativo
SERGIPE Estadual
Lei Nº 3.686
DE 26/12/1995
1995 Lei
Dispõe sobre a constituição do Conselho Estadual de Assistência Social, sobre a criação do Fundo Estadual de Assistência Social, e dá providências correlatas.
De autoria do Poder Legislativo
TOCANTINS Estadual
Consti-tuição do Tocantins de 05/10/1989.
1989Constituição Estadual
Arts. 5, 121, 122.De autoria do Poder Legislativo
TOCANTINS EstadualLei Nº1763 de 2/1/2007
2007 Lei
Dispõe sobre o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Ado-lescente - CEDCA e adota outras providências .
De autoria do Poder Legislativo