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Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de atendimento de medida socioeducativa em meio aberto ! Sumário executivo ! Relatório quantitativo da pesquisa ! Relatório do grupo focal da pesquisa ! Relatório de análise normativa da pesquisa

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Análise da dinâmicade funcionamento dos programasde atendimento de medida socioeducativa em meio aberto

! Sumário executivo! Relatório quantitativo da pesquisa! Relatório do grupo focal da pesquisa! Relatório de análise normativa da pesquisa

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Sumário Executivo Brasil

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S955

Sumário executivo dos resultados da pesquisa qualitativa. / [supervisão geral de] Rosimere de Souza. — Rio de Janeiro: IBAM, 2014.

176 p.

Acima do título: “Pesquisa Análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA — e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC)”.

1. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). 2. Educação — Brasil. I. Souza, Rosimere de. II. Instituto Brasileiro de Administração Municipal. III. Título.

CDU 37(81)

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“Pesquisa Análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA

— e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC)”

Junho de 2014

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Presidente da República

Dilma Rousseff

Ministra Chefe de Estado da Secretaria de Direitos Humanos

Ideli Salvatti

Secretário Executivo da Secretaria de Direitos Humanos

Claudinei Nascimento

Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente

Angélica Moura Goulart

Coordenador-Geral do Sistema Nacional Socioeducativo

Cláudio Augusto Vieira da Silva

Instituto Brasileiro de Administração Municipal

Superintendete Geral

Paulo Timm

Superintendente de Desenvolvimento Econômico e Social

Alexandre Carlos Albuquerque Santos

Equipe Técnica do Projeto

Supervisora Geral do Projeto

Coordenadora do Programa Gestão Pública Municipal e Direitos Humanos

Rosimere de Souza

Assessores Técnicos

Adriana MotaHerculis ToledoJuliana LeiteLiza SantosLouise Storni

Consultora de Metodologia de Pesquisa

Marina Sidrim Teixeira

Colaboradora

Delaine Costa

Pesquisadores Locais

Afonso AlvesAline Estephane da CostaAndré AssunçãoAntonio de SouzaClaudia Roberta Costa TitoDanieli Souza Bezerra

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Felipe HauersFernanda Azeredo de MoraesIvanir Luzia MaisJussara de MeloLaura Rosa Almeida P. FerreiraLayane da Silva MeloLuzianny Borges RochaMairla Machado ProtazioMarcela Vieira GonçalvesMarcello Felipe de Jesus MúscariMaria Cristina de OliveiraMaria Tereza Nunes TrabulsiOlga Prado CarcovichTâmara Caroline da Silva Ramos CoimbraThais BritoThiago Lucena

Estagiários

Safira SilvaVladmir Machado

Revisão Bibliográfica e catalográfica

Elisa Machado Alves Correa

Revisão e Diagramação

Diana Castellani Ricardo Polato

Programação visual

André Guimarães Souza

Apoio Técnico-administrativo

Flavia Lopes

Conselho nacional dos direitos da criança e do adolescente — CONANDA

Conselheiros Governamentais — Biênio 2013/2014 — Titulares e Suplentes no CONANDA

Casa Civil da Presidência da República

Titular: Magaly de Carvalho Correia MarquesSuplente: Mariana Barbosa Cirne

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Titular: Francisco Antonio de Sousa BritoSuplente: Natalia da Silva Pessoa

Ministério da Cultura

Titular: Anirlenio Donizet de MoraisSuplente: Marina Leite da Silveira

Ministério da Educação

Titular: Clélia Brandão Alvarenga CraveiroSuplente: Fabio Meirelles Hardman de Castro

Ministério do Esporte

Titular: Andrea Carvalho AlfamaSuplente: Elisangela Landim Santos

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Ministério da Fazenda

Titular: Jordelino Serafim dos ReisSuplente: Cristiane Caldera de Araújo Mascarenhas

Ministério da Previdência Social

Titular: Kesia Miriam Santos de AraujoSuplente: Fabiula Costa Oliveira

Ministério da Saúde

Titular: Thereza de Lamare Franco NettoSuplente: Maria de Lourdes Magalhães

Ministério das Relações Exteriores

Titular: Marcia Canário de OliveiraSuplente: Juliana de Moura Gomes

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Titular: Danyel Iorio de LimaSuplente: Bernardo Bofil Vasconcelos Pereira

Ministério do Trabalho e Emprego

Titular: Karina Andrade LadeiraSuplente: Cintia Bastos Bemerguy

Ministério da Justiça

Titular: Davi Ulisses Brasil Simões PiresSuplente: Alex Canuto de Sá Cunha

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

Titular: Maria Izabel da Silva (Vice-Presidente) Suplente: Claudio Augusto Vieira Da Silva

Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República

Titular: Cristina de Fátima GuimarãesSuplente: Floraci Pereira dos Santos

Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Titulares no CONANDA

Pastoral da Criança Representante: Maristela Cizeski

CNBB — Pastoral do Menor

Representante: Vitor Cavalcante de Sousa Valério

Inspetoria São João Bosco (Salesianos)

Representante: Miriam Maria José dos Santos (Presidente)

Federação Nacional das APAES

Representante: Anna Beatriz Langue Peranovichi Leite

CFP — Conselho Federal de Psicologia

Representante: Esther Maria de Magalhães Arantes

ABMP — Associação Brasileira de Magistrados, Promotores e Defensores Públicos da Infância e da Juventude

Representante: Diego Vale de Medeiros

UBEE — União Brasileira de Educação e Ensino (Marista)

Representante: Fabio Feitosa da Silva

Aldeias Infantis SOS Brasil

Representante: Fabio José Garcia Paes

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CONTAG — Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura

Representante: Tania Mara Dornellas dos Santos

MNMMR — Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua

Representante: Marco Antônio da Silva Souza

Criança Segura

Representante: Alessandra Mara Françoia

CFESS — Conselho Federal de Serviço Social

Representante: Erivã Garcia Velasco

CECUP — Centro de Educação e Cultura Popular

Representante: Edmundo Ribeiro Kroger

OAB — Ordem dos Advogados do Brasil

Representante: Luiza Helena Simonetti Xavier

Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Suplentes no CONANDA

ACM — Federação Brasileira das Associações Cristã de Moços

Representante: Adriano de Britos

Sociedade Literária e Caritativa Santo Agostinho

Representante: Roseli Aparecida Duarte

MNDH — Movimento Nacional de Direitos Humanos

Representante: Carlos Nicodemos Oliveira Silva

CUT — Central Única dos Trabalhadores

Representante: Raimunda Núbia Lopes da Silva

Instituto ALANA

Representante: Pedro Affonso Duarte Hartung

FENATIBREF — Federação Nacional dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas

Representante: Francisco Rodrigues Correa

ANCED — Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente

Representante: Djalma Costa

SBP — Sociedade Brasileira de Pediatria

Representante: Rachel Niskier Sanchez

FENAVAPE — Federação Nacional das Associações para Valorização de Pessoas com Deficiência

Representante: Fernanda Campana

Fundação Fé e Alegria do Brasil

Representante: Renato Eliseu Costa

Fundação ABRINQ

Representante: Heloisa Helena Silva de OliveiraConselho Latino Americano de IgrejasRepresentante: Rosilea Roldi Wille

MORHAN — Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase

Representante: Thiago Pereira da Silva Flo

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9Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Sumário

1. INTRODUçãO ................................................................................10

2. HISTÓRICO DO PROCESSO DE MUNICIPALIZAçãO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO .........................................................................................12

3. GESTãO DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO NA CAPITAL .28

Estrutura Organizacional e Funcional — Estado e Capital .....................................28

Atendimento Inicial Integrado .....................................................................35

4. ESTRUTURA DE GESTãO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO NAS CAPITAIS .........................................................................................39

Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto ......................................28

5. ORIENTADOR SOCIOEDUCATIVO ....................................................................50

6. PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO — PIA ......................................................56

7. SISTEMAS DE MONITORAMENTO E AVALIAçãO ....................................................67

8. PARCERIAS.............................................................................................82

9. FINANCIAMENTO ......................................................................................97

10. REDE INTEGRADA DE ATENDIMENTO (SAÚDE, EDUCAçãO E PROFISSIONALIZAçãO) .... 107

11. FLUXO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO .................................................. 123

12. COOPERAçãO ENTRE ESTADO E MUNICÍPIO ................................................... 126

13. PLANOS DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO ................................................. 132

14. CONSELHOS MUNICIPAIS E ESTADUAIS DOS DIREITOS DA CRIANçA E DO ADOLESCENTE . 137

15. AVALIAçãO DA LEI DO SINASE ................................................................... 146

16. PERFIL DOS ADOLESCENTES AUTORES DE ATO INFRACIONAL E DISCRIMINAçãO ......... 157

CONSIDERAçõES FINAIS ............................................................................ 174

BIBLIOGRAFIA ................................................................................ 176

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM10

1. INTRODUçãO

Esta pesquisa teve como principal objetivo analisar a dinâmica de funcionamento dos pro-

gramas e serviços de atendimento socioeducativo em meio aberto (Liberdade Assistida — LA

— e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC) nas 27 capitais brasileiras a partir de um

conjunto de questões que orientaram o desenho das estratégias de abordagem tanto na eta-

pa quantitativa quanto na etapa qualitativa e, assim, fornecer subsídios para a implementa-

ção e o aprimoramento do SINASE.

Com efeito, as principais questões que orientaram o desenho da investigação foram as se-

guintes:

• Quais os arranjos institucionais existentes para dar conta do atendimento aos adoles-

centes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto?

• Quais são os modelos de gestão do atendimento socioeducativo em meio aberto exis-

tentes nas 27 capitais?

• Que instrumentos orientam o funcionamento dos programas de atendimento?

• Como estão funcionando os arranjos institucionais existentes?

• Quais os recursos disponíveis para o funcionamento?

• Com quem o programa se articula para o atendimento aos adolescentes?

• Quais os resultados do programa de atendimento sobre a vida dos adolescentes?

A pesquisa quantitativa foi realizada, no período de fevereiro a novembro de 2012, a partir

de um modelo de questionário com perguntas fechadas, aplicado in loco pelos membros da

equipe técnica nas capitais de todos os estados (26) e do Distrito Federal (1). Buscou-se,

preferencialmente, dirigir as questões aos gestores municipais e estaduais de Entidades,

Programas e aos responsáveis/coordenadores de Serviços/Unidades/Centro de Referência

Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so-

cioeducativas em meio aberto.

No sentido de qualificar e explicar os dados da etapa quantitativa foi realizado, em cada

capital e no Distrito Federal, no período de outubro de 2012 a abril de 2013, um conjunto de

entrevistas abertas e semiestruturadas com 248 depoentes integrantes do Sistema de Garan-

tia de Direitos — SGD — considerados imprescindíveis para o entendimento desta dinâmica

na perspectiva qualitativa. Também foram realizados 54 Grupos Focais — GFs — com 232

adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, de ambos os sexos, e com 170

responsáveis e familiares (pai, mãe, avó, tio) desses adolescentes. Para os GFs, foi seguido

um roteiro que previa cerca de duas horas de conversa em grupo, mediada por dois pesqui-

sadores. O quadro seguinte demonstra o quantitativo de entrevistados nesta etapa.

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11Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

QUADRO 1 - ESTATÍSTICA DAS ENTREVISTAS E GRUPOS FOCAIS

27 representantes dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente

29 representantes dos Conselhos Estaduais dos Direitos da Criança e do Adolescente

25 gestores estaduais de medidas socioeducativas

26 gestores municipais de medidas socioeducativas

27 representantes das Varas da Infância e da Juventude e congêneres

27 representantes do Ministério Público

21 representantes da Defensoria Pública

25 representantes das entidades parceiras de PSC

18 coordenadores de serviços e programas de LA e/ou PSC

23 coordenadores de unidades de atendimento de LA e/ou PSC)

54 Grupos Focais com 232 adolescentes e 170 familiares/responsáveis em 25 capitais

A seguir, são apresentadas informações e análises relativas à dinâmica de funcionamento das

entidades e de Programa/Serviços de atendimento, bem como das Unidades de Atendimento

e dos serviços sob a perspectiva qualitativa.

Este documento apresenta os resultados de cada item pesquisado por capital, os avanços

e entraves encontrados na opinião dos entrevistados e principalmente algumas recomen-

dações para o aprimoramento do atendimento e, por conseguinte, do Sistema Nacional de

Atendimento Socioeducativo (SINASE).

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM12

2. HISTóRICO DO PROCESSO DE MUNICIPALIzAçãO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO

No processo de construção dos caminhos da pesquisa — as etapas, os instrumentos e, os

métodos de aproximação do objeto em estudo —, partiu-se do pressuposto de que, indepen-

dente de seu formato, de sua estrutura ou de sua vinculação institucional, o programa ou

serviço de atendimento é determinado por circunstâncias históricas inerentes à consolidação

da política de atenção aos adolescentes autores de ato infracional em determinado territó-

rio. Assim, entendeu-se que para responder às principais indagações da pesquisa era preciso

conhecer o contexto histórico no qual se desenvolveu a política de atendimento ao adoles-

cente infrator em cumprimento de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade

naquelas capitais, identificando que atores estavam presentes, quais os principais temas em

debates e quais os instrumentos regulatórios mobilizados para a sua consolidação, em espe-

cial a partir da inauguração de alguns marcos regulatórios que serão analisados neste tópico,

derivados de uma das principais diretrizes do ECA, a municipalização do atendimento.

A municipalização é uma diretriz da política de atendimento disposta no Artigo 88 do Esta-

tuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90).

Ao abordar este assunto, no que diz respeito ao atendimento ao adolescente autor de ato

infracional, o texto da Resolução 119 de 2006 do CONANDA que institui o Sistema Nacional

de Atendimento Socioeducativo/SINASE recomenda que sejam levados em consideração os

limites geográficos do Município, de maneira a facilitar o contato e o fortalecimento dos vín-

culos familiares e comunitários do adolescente e efetivar sua inserção social e de sua família

nos equipamentos e rede de serviços públicos locais, na perspectiva da socioeducação, que

deve prevalecer sobre o caráter punitivo das medidas de responsabilização.

Vale lembrar que SINASE — cuja finalidade é reger a política de proteção especial e de jus-

tiça, abarcando o atendimento ao adolescente autor de ato infracional desde o processo de

apuração até a aplicação e a execução da medida socioeducativa —, é um dos subsistemas

que integram o Sistema de Garantia dos Direitos/SGD, que se comunica e sofre interferência

dos demais, em especial nas áreas de saúde, educação, assistência social, justiça e segu-

rança pública. Nesta direção, e partindo-se do princípio da incompletude institucional, en-

tende-se que a socioeducação somente é possível por meio da cooperação e da conjugação

de esforços de diversos agentes públicos e privados das três esferas de governo — União,

Estados, Distrito Federal e Municípios — e níveis poder — Executivo, Legislativo e Judiciário,

além da sociedade civil através dos Conselhos de Direitos.

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13Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Sistema de Garantia de Direitos

Por sua vez, a municipalização do atendimento não se restringe à criação de um serviço específi-

co no âmbito de determinada política como vem sendo observado a partir da implementação do

Serviço de Proteção Social ao Adolescente em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liber-

dade Assistida — LA — e de Prestação de Serviços à Comunidade — PSC —, no âmbito da Proteção

Social Especial de Média Complexidade do Sistema Único de Assistência Social — SUAS.

A municipalização do atendimento às medidas socioeducativas demanda, para além da ofer-

ta de um serviço específico localizado em uma determinada política setorial, a instituição de

ações integradas, intersetoriais, interinstitucionais, intra e intergovernamentais, a criação

de arranjos e instrumentos de articulação, controle, gestão, financiamento e execução da

política de atendimento socioeducativo em uma perspectiva sistêmica, que resulte, para

além da responsabilização do adolescente autor de ato infracional na garantia dos seus di-

reitos fundamentais e na sua inclusão social na perspectiva da socioeducação.

Importante reconhecer que após a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente

(Lei 8069 de julho de 1990) ao longo dos últimos anos que houve avanços no que diz respeito

ao atendimento aos adolescentes autores de ato infracional, em especial a partir da inaugura-

ção de alguns padrões regulatórios importantes neste campo, com destaque para os seguintes:

• Portaria Interministerial MS/SEDH/SEPM 1.426/2004. Aprova as diretrizes para a im-

plantação e implementação da atenção à saúde dos adolescentes em conflito com a

lei, em regime de internação e internação provisória, e dá outras providências.

• Resolução 119 de 2006 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente/

CONANDA. Apresenta as primeiras diretrizes para a organização e o funcionamento do

Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. É um avanço em relação ao que o

ECA dispõe sobre este assunto.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM14

• Resolução 109 de 2009 doConselhoNacional deAssistência Social/CNAS - Tipifica-

ção dos Serviços Socioassistenciais. Estabelece a forma como deve ser organizado e

executado o Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida

Socioeducativa de Liberdade — LA —, e de Prestação de Serviços à Comunidade — PSC

— no âmbito da Proteção Social Especial de Média Complexidade do Sistema Único de

Assistência Social/SUAS.

• Lei 12.594 de2012 — Lei do SINASE. Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socio-

educativo (SINASE). Regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas

a adolescente que pratica o ato infracional. Este instrumento jurídico traz avanços em

relação à Resolução 119, haja vista tratar de forma pormenorizada da execução do

atendimento, definindo melhor os papéis e atribuições entre os entes federados e os

diversos agentes que atuam nos subsistemas que integram o Sistema de Garantia de

Direitos — Justiça, Saúde, Educação, Assistência Social, capacitação para o trabalho,

entre outros.

• Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo (Aprovado pelo Conselho Nacional dos

Direitos da Criança e do Adolescente pela Resolução nº 160, de 18 de novembro de

2013): Orienta o planejamento, a construção, a execução, o monitoramento e a ava-

liação dos Planos Estaduais, Distrital e Municipais Decenais do SINASE, além de incidir

diretamente na construção e/ou no aperfeiçoamento de indicadores e na elaboração

do Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. Prevê

ações articuladas, para os próximos 10 (dez) anos, nas áreas de educação, saúde, assis-

tência social, cultura, capacitação para o trabalho e esporte para os adolescentes que

se encontram em cumprimento de medidas socioeducativas, e apresenta as diretrizes

e o modelo de gestão do atendimento socioeducativo.

Vale repetir o texto do Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo quando afirma que

esse conjunto de instrumentos constitui:

“normatização, conceitual e jurídica, necessária à implementação, em

todo território nacional, dos: dos princípios consagrados nas Regras Míni-

mas das Nações Unidas para a Administração da Justiça da Infância e da

Juventude, nas Regras das Nações Unidas para a Proteção dos Jovens com

restrição de liberdade, na Constituição Federal, na Convenção Internacio-

nal sobre os Direitos da Criança e no Estatuto da Criança e Adolescente,

referentes à execução das medidas socioeducativas destinadas aos adoles-

centes a quem se atribui a prática do ato infracional” (BRASIL, 2013, p. 5).

Contudo os avanços normativos não são acompanhados de mudanças significativas na reali-

dade do atendimento aos adolescentes autores de ato infracional em algumas áreas, como

se poderá observar no decorrer do presente relatório.

Page 16: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

15Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Se tomarmos como referência o conjunto de elementos considerados anteriormente que

deveriam caracterizar a municipalização do atendimento — ações integradas, intersetoriais,

interinstitucionais, intra e intergovernamentais, criação de arranjos e instrumentos de arti-

culação, controle, gestão, financiamento e execução da política de atendimento socioedu-

cativo em uma perspectiva sistêmica — pode-se inferir a partir da análise das informações

identificadas em todas as etapas da pesquisa — desde o levantamento da normativa existen-

te, passando pela pesquisa a quantitativa à pesquisa qualitativa —, que a municipalização

do atendimento às medidas socioeducativas em meio aberto ainda não está plenamente

implementada nas 27 capitais brasileiras pesquisadas, tampouco o sistema da forma como

é proposto na Resolução 119 do CONANDA de 2006 e na Lei 12.594 de 2012 consolidados no

Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo.

QUADRO 2 — MUNICIPALIzAçãO

CAPITAIS MARCO INICIAL DA

MUNICIPALIzAçãO

AGENTES

PARTICIPANTES DO

PROCESSO

PRINCIPAIS TEMAS EM DEBATE E

INSTRUMENTOS REGULATóRIOS

MOBILIzADOS NO PROCESSO

Aracaju O ano de 2006. Secretaria de

Assistência Social

e Cidadania de

Aracaju. Parceria

com Secretaria de

Direitos humanos

da Presidência da

República.

---

Belém 2007 - sob gestão da

FUNCAP — Fundação da

Criança e do Adolescente

do Estado do Pará.

2011 - FUNCAP passa

a ser chamada de

Fundação de Atendimento

Socioeducativo do Pará

(Fasepa) após reforma

administrativa do governo

do Estado.

Gestores Estaduais,

Gestores Municipais

e Juizado.

---

Belo

Horizonte

Abril de 1998. Gestores Municipais

da Prefeitura

Municipal de Belo

Horizonte.

---

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM16

Boa Vista Em curso. Inicialmente

conduzido pelo

Juiz. Em seu

desenvolvimento

foi envolvendo

outros agentes

do Sistema de

Garantia de

Direitos (SGD) e

sendo instituídos

alguns programas

que dessem conta

do atendimento

(em 1997) até a

incorporação do

serviço no CREAS

(em 2009).

---

Campo

Grande

O ano 2009. Gestores Estaduais

e Gestores

Municipais.

Integração e aproximação das

esferas estadual e municipal.

Após a transição da gestão, vários

técnicos que eram do estado

foram cedidos para o Município.

Plano Estadual de Atendimento

Socioeducativo de Campo Grande

(2010) - instrumento de referência

para a estruturação do serviço de

meio aberto nos Municípios.

Durante dois anos o estado

estabeleceu um termo de

parceria, em que deu suporte às

questões dos recursos humanos

e espaço físico para a secretaria

municipal de assistência social.

Page 18: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

17Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Cuiabá 2006 - Início da transição

das medidas em meio aberto

para Cuiabá, a Secretaria

Municipal de Esporte, Lazer,

Cultura e Desenvolvimento

Humano.

2010 - a Secretaria Municipal

de Assistência Social

assume esta execução e os

atendimentos passam a ser

realizados nos CREAS.

Gestores Estaduais e

Gestores Municipais.

O desenvolvimento do processo em

Cuiabá foi consolidado em abril de

2012, em razão da deficiência do

executivo municipal em acolher

definitivamente a execução deste

serviço.

Outro ponto destacado foi a

sucessiva mudança de magistrados

na Vara da Infância e Juventude

de capital mato-grossense. Em seis

anos, seis juízes passaram pela área,

retratando a descontinuidade do

trabalho jurídico na socioeducação,

bem como a fragilidade da

articulação com os agentes do

sistema de garantia de direitos.

Distrito

Federal

O ano de 2011.

As medidas

socioeducativas sempre

estiveram vinculadas

ao ente distrital

federal — por meio da

Secretaria de Estado de

Desenvolvimento Social

e Transferência de Renda

— SEDEST, a Secretaria de

Justiça e, em 2011, para

a Secretaria de Estado

da Criança do Distrito

Federal.

Gestores distritais. Criação de uma Secretaria da

Criança que atende a perspectiva

do SINASE.

Decreto distrital n° 32.716 de 1°

de Janeiro de 2011, que institui a

Secretaria de Estado da Criança

do Distrito Federal, dispõe sobre

a estrutura administrativa do

Governo do Distrito Federal e dá

outras providências.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM18

Florianópolis O ano de 2002. A municipalização

aconteceu um ano

após a criação

da Secretaria

Municipal de

Habitação, Trabalho

e Desenvolvimento

Social, através

da Lei n° 5.831

de 21/03/2001,

responsável pela

gestão da Política

de Assistência

Social. Atualmente

a Secretaria

Municipal de

Assistência Social

é a instância

responsável pelo

atendimento.

---

Fortaleza O ano de 2005. Até 2005 os

adolescentes eram

acompanhados

pela equipe de

Liberdade Assistida

da 5ª Vara do

Juizado da Infância

e da Juventude

do Estado do

Ceará. A partir

de 2008 passou

a ser executado

pela Secretaria

Municipal de

Direitos Humanos

que depois

transferiu a gestão

para a Secretaria

de Assistência

Social do Município.

---

Page 20: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

19Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Goiânia O período compreendido

entre 2000 e 2009 quando

ocorreu o processo de

municipalização.

A implementação/

fortalecimento

dos programas

municipais foi

direcionado pelo

próprio órgão

gestor Estadual

com o apoio da

PGJ/CAO Infância,

promotores e

Juízes locais.

De acordo com a fala da gestora

da Secretaria de Cidadania e

Trabalho do Estado de Goiás houve

uma desarticulação da integração

do meio fechado com o meio

aberto.

João Pessoa O ano de 2010. Anteriormente

era executado

pelo juizado.

Atualmente é

executado pela

Secretaria de

Desenvolvimento

Social.

---

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM20

Macapá O ano de 2008. Gestores Estaduais

e Gestores

Municipais.

De 2006 a 2012, a Prefeitura de

Macapá, por meio da SEMAST,

investiu na criação de um CREAS,

que se tornou o local para

execução e acompanhamento

das medidas em meio aberto,

mas não havia ainda conseguido

se organizar de forma a garantir

equipe técnica própria para a

realização dos atendimentos. Até

o final de 2012 a FCRIA ainda cedia

os profissionais responsáveis por

este atendimento nos CREAS.

No início do processo de

municipalização (2008) foi firmado

um Acordo de Cooperação Técnica

e Financeira entre a Fundação da

Criança e do Adolescente (FCRIA),

uma entidade sem fins lucrativos,

dotada de Personalidade Jurídica

de Direito Público, vinculada à

Secretaria de Estado de Inclusão

e Mobilização Social —SIMS —, e a

Secretaria Municipal de Assistência

Social e do Trabalho — SEMAST.

Segundo o acordo, a FCRIA cederia

local, equipe multiprofissional

e veículo, através de convênio

com a SDH, para a execução das

medidas em meio aberto.

Maceió O ano de 2004. Anteriormente

era executado

pelo juizado,

atualmente é

pela Secretaria de

Assistência Social.

---

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21Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Manaus Segundo relatos dos

entrevistados, há mais

de 10 anos o processo

de municipalização

das medidas em meio

aberto em Manaus está

sendo discutido. No

entanto, até o final das

atividades de campo, em

dezembro de 2012, a LA e

a PSC continuavam a ser

executadas pelo estado,

enquanto o Município não

desenvolvia nenhuma

atividade concreta

junto aos adolescentes

cumprindo medidas

socioeducativas.

Gestores Estaduais. Havia a perspectiva de que em

2013, com a troca do executivo

municipal, as negociações para a

municipalização avançassem. De

fato, em 2012, a então gestão da

prefeitura de Manaus, não havia

tomado providências efetivas no

sentido de assumir as atividades

desenvolvidas pelo estado.

Natal O ano de 2007. Passou da FUNDAC

(estado) para

a Secretaria

Municipal de

Assistência Social.

---

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM22

Palmas O ano de 1994, a partir

de uma exigência do

Ministério Público.

Antes tais formas de

responsabilização do

adolescente autor de ato

infracional inexistiam

no território, ficando

somente as medidas

privativas de liberdade

como opções da

socioeducação.

A municipalização do

atendimento de Liberdade

Assistida e Prestação de

Serviços à Comunidade

em Palmas ocorreu em

2000, antes mesmo da

divulgação da Resolução

n° 119 do CONANDA.

Gestores Estaduais,

Gestores

Municipais,

Ministério Público e

Juíza.

Em 2004 houve uma interrupção

da execução das medidas em meio

aberto por 6 meses, em razão

de questões políticas. De acordo

com a Juíza, a antiga secretaria

de assistência, que também já

presidiu o CMDCA, extinguiu o

atendimento sem explicações

plausíveis e retomou o trabalho

somente por pressões dos demais

atores do sistema de garantia de

direitos.

Porto Alegre O ano de 1998. A partir

da 3ª Vara da Infância e

da Juventude, visando

a desjudicializar e

municipalizar as medidas,

anteriormente executadas

em sua integralidade pelo

Judiciário.

Justiça da Infância

e Juventude.

---

Page 24: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

23Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Porto Velho O ano de 2007, através de

projeto piloto de nome

Projeto Fênix.

Em 2012, o Juizado

deixa de encaminhar

adolescentes sentenciados

nas medidas de Meio

Aberto para o Núcleo

PLA/PSC da Secretaria

de Justiça do Estado

de Rondônia e, passa,

a encaminhá-los para o

serviço da Prefeitura, o

CREAS — MSEMA.

Gestores Estaduais

e Gestores

Municipais.

O processo de municipalização das

medidas em meio aberto em Porto

Velho foi conflituoso, já que o

Município não queria assumir essa

responsabilidade sob a justificativa

de que não tinha recursos para

tal e, o Estado, não se colocava

à disposição para cofinanciar

a execução das medidas pelo

Município. Houve pressão da

sociedade civil por meio do Fórum

dos Direitos da Criança e do

Adolescente, e ações do poder

público, do Ministério Público e

do Tribunal de Justiça, para que

efetivamente o prefeito assinasse

o decreto de municipalização.

O instrumento jurídico que

viabilizou o Projeto é um

convênio, de n° 037/2007,

que vigorou de 7/11/2007 a

30/10/2008.

Recife O ano de 2009. A prefeitura

conveniou 8

(oito) entidades

da sociedade

civil a execução

do atendimento

de medidas

socioeducativas.

Anteriormente esse

atendimento era

realizado direto

pelos juizados.

Desde 2011 é

o CREAS quem

executa.

--

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM24

Rio Branco Em 2006, a PSC foi

municipalizada e passou

a ser executada pelo

Município através da

Casa do Adolescente,

unidade vinculada à então

Secretaria Municipal de

Assistência Social, hoje

Secretaria Municipal de

Cidadania e Assistência

Social.

Gestores Estaduais

e Gestores

Municipais.

Havia uma negociação em curso

para a finalização do processo

de municipalização, previsto

para 2013. A municipalização das

medidas de meio aberto apareceu

como fonte de preocupação de

alguns entrevistados, em especial

os do sistema de justiça, temerosos

com a transferência de todo

esse trabalho para o Município.

O Município não se preparou

adequadamente para receber esta

demanda e não reservou recursos

para o orçamento do próximo ano

(2013), quando a municipalização

deverá ser finalizada.

Rio de

Janeiro

O ano de 2008. Inicialmente a

implantação foi

executada em

03 (três) Centros

de Referência

da Assistência

Social (CREAS), os

quais prestavam

atendimento aos

adolescentes e

suas famílias.

Ainda em 2008,

a cidade assume

este atendimento

como política

pública e, com

isso, amplia para

todos os CREAS da

Secretaria Municipal

de Assistência Social

(SMAS), atualmente,

Secretaria Municipal

de Desenvolvimento

Social (SMDS).

---

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25Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Salvador O ano de 2006. No ano de 2006

ocorreu a criação

da central

de Medidas

Socioeducativas,

inicialmente

executada na

Secretaria do

Trabalho e

Assistência Social

e posteriormente

executada dentro

da Fundação Cidade

Mãe (vinculada à

própria Secretaria).

---

São Luís O ano de 1997. Conselho Estadual

dos Direitos

da Criança do

Maranhão (CEDCA-

MA), da Secretaria

Municipal

da Criança e

Assistência

Social de São

Luís (SEMCAS)

e da Fundação

da Criança e do

Adolescente do

Estado do Maranhão

(FUNAC).

---

Page 27: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM26

São Paulo O ano de 2010. Inicialmente, o

atendimento e

acompanhamento

das Medidas

Socioeducativas

em Meio Aberto

(MSE/ME) eram

realizados em

parte pela

Fundação Centro

de Atendimento

Socioeducativo

ao Adolescente

(Fundação CASA

SP), mas em janeiro

de 2010, os serviços

de Liberdade

Assistida (LA)

foram totalmente

municipalizados,

com repasse

estadual de

verbas gerenciado

Secretaria

de Estado de

Assistência e

Desenvolvimento

Social. Hoje o

Município convenia

com 55 Ongs a

execução das

medidas.

---

Page 28: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

27Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Teresina O ano de 2008. O órgão responsável

pelas medidas em

meio aberto antes

da municipalização

era a Secretaria

de Estado de

Assistência Social

e Cidadania —

SASC. Atualmente

a gestão do

Socioeducativo

em Meio Aberto na

capital está sob a

responsabilidade

da Secretaria

Municipal de

Trabalho, Cidadania

e Assistência Social

— SEMTCAS.

---

Vitória O ano de 2008. Anteriormente

as MSE/MA

estavam sob

responsabilidade

do Instituto do

Bem Estar do

Menor (ISBEM) que

contava com o

acompanhamento

e fiscalização da

equipe técnica

dos assistentes

sociais, pedagogos

e psicólogos da 2ª

Vara da Infância

e Juventude da

capital Vitória.

Neste início, o

Município chegou

executar a

Liberdade Assistida

Comunitária (LAC).

---

Page 29: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM28

3. GESTãO DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVOEM MEIO ABERTO NA CAPITAL

Estrutura Organizacional e Funcional — Estado e Capital

A análise da gestão dos Programas/Serviços de Atendimento Socioeducativo considerou as-

pectos que informavam sobre os tipos de arranjos de gestão existentes e a estrutura da

política socioeducativa. Tal análise está referenciada no modelo de gestão proposto na Reso-

lução 119 do CONANDA de 2006 e na Lei 12.594 de 2012 conforme sistematizado documento

do Plano Decenal do SINASE aprovado em 2013.

Neste modelo existem três instâncias básicas que dinamizam o sistema, integradas por órgãos

e entidades públicas e privadas com funções de articulação, execução e controle das ações.

Na pesquisa, identificou-se uma correspondência entre a realidade e o modelo proposto

somente no eixo Controle, ou seja, em todas as capitais encontram-se entidades de contro-

le no âmbito da administração pública no estado e na capital. O mesmo não acontece em

relação ao modelo proposto para a Gestão e Articulação da política de atendimento socioe-

ducativo, com ênfase para o Órgão Gestor do Programa Estadual do Sistema Socioeducativo,

o Colegiado Interinstitucional e a Comissão Intersetorial.

Page 30: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

29Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

QUADRO 3 - ESTRUTURA ORGANICA E FUNCIONAL DO SISTEMA ESTADUAL DE ATENDIMENTO

SOCIOEDUCATIVO

INSTÂNCIA DE

CONTROLE

PODER EXECUTIVO INSTÂNCIA DE ARTICULAçãO

CAPITAIS CEDCA; órgão

de controle da

administração

estadual;

Legislativo

Estadual;

TCE; MP; P.

Judiciário;

AMAR, Centros

de Defesa

(SINASE, 42. 4).

Órgão Gestor do

Programa Estadual

do Sistema

Socioeducativo.

Coordenação

Estadual do Sistema

Socioeducativo

órgão gestor da LA

e PSC.

Colegiado

Interinstitucional.

Comissão

Intersetorial.

Execução dos

Programas

Socioeducativos.

Aracaju Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria do

Estado da Inclusão

e Desenvolvimento

Social — Fundação

Renascer do Estado

de Sergipe.

Não existe. Não existe. Secretaria

Municipal de

Assistência Social

e Cidadania

(SEMASC) —

CREAS.

Instituição

Ação Social

Arquidiocesana,

para a execução

da Liberdade

Assistida, na

modalidade

Liberdade

Assistida

Comunitária —

LAC.

Belém Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria

de Estado de

Assistência Social

(Seas) Fundação

de Atendimento

Socioeducativo do

Pará (Fasepa).

Não existe. Não existe. FUNPAPA

Fundação Papa

João XXIII.

Page 31: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM30

Belo

Horizonte

Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria Municipal

Adjunta de

Assistência Social

(SMAAS).

Não existe. Não existe.

Boa Vista Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Mistério

Público.

Secretaria Municipal

de Gestão Social —

SEMGES.

Não existe. Não existe.

Campo

Grande

Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria de

Estado de Justiça e

Segurança Pública.

Secretaria Estadual

de Assistência

Social.

Existe somente

no âmbito

estadual.

Existe

somente

no âmbito

estadual.

Secretaria

Municipal

de Políticas,

Ações Sociais e

Cidadania.

Cuiabá Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria Estadual

de Direitos

Humanos e Justiça.

Superintendência

do Sistema

Socioeducativo.

Não existe. Não existe. Secretaria

Municipal de

Assistência

Social e

Desenvolvimento

Humano.

Curitiba Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria do

estado da criança

e família (Instituto

Ação social).

Não existe. Não existe. Fundação de Ação

Social — FAS.

Page 32: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

31Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Distrito

Federal

Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria de

Estado da Criança

do Distrito Federal.

Subsecretaria

do Sistema

Socioeducativo —

SUBSIS.

Não existe. Existe, mas

não está

efetiva.

Gerência de

Prestação

de Serviço à

Comunidade

e Liberdade

Assistida (GEMA).

Florianópolis Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria estadual

de Assistência

Social.

Não existe. Não existe. Secretaria

Municipal de

Assistência Social

— SEMAS.

Fortaleza Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria Estadual

do Trabalho e do

Desenvolvimento

Social.

Não existe. Não existe. Coordenação do

sistema — SDH até

meados de 2012,

passando para

SEMAS;

Coordenação da

unidade — 06

Núcleos, passando

para CREAS.

Goiânia Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria Estadual

de Cidadania e

Trabalho.

Superintendência

de Assistência

Social do Idoso

e da Pessoa com

Deficiência.

Não existe Não existe. Secretaria

Municipal de

Assistência Social.

João Pessoa Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria Estadual

do Desenvolvimento

Humano (SDH).

Sim, existe. Sim, existe.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM32

Macapá Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria de

Estado de Inclusão

e Mobilização Social

(SIMS) Fundação

da Criança e

do Adolescente

(FCRIA).

Não existe. Não existe. Secretaria

Municipal de

Assistência

Social e Trabalho

(SEMAST).

Maceió Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Núcleo Estadual

de Atendimento

Socioeducativo —

NEAS.

Não existe. Não existe. Secretaria

Municipal de

Assistência Social

— SEMAS (CREAS).

Manaus Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria

de Estado de

Assistência Social

Gerência de

Atendimento

Socioeducativo.

Não existe. Não existe. Gerência de

Atendimento

Socioeducativo.

Natal Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Fundação Estadual

da criança e do

adolescente —

FUNDAC.

Não existe. Não existe. Secretaria

Municipal de

Trabalho e

Assistência Social

— SEMTAS (Serviço

de execução

de medidas

socioeducativas

em meio aberto —

SEMSEMA).

Palmas Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria Estadual

de Defesa Social

Secretaria Estadual

do Trabalho e da

Assistência Social.

Não existe. Existe.

Segundo

a gestora

estadual, foi

reativada

em 2012.

Secretaria

Municipal de

Desenvolvimento

Social.

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33Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Porto

Alegre

Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Fundação de

atendimento

socioeducativo

(FASE).

Sim. Sim Fundação de

Assistência Social

e Cidadania

(FASC).

Porto Velho Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria de

Justiça do Estado

de Rondônia —

SEJUS.

Secretaria

de Estado de

Assistência Social —

SEAS.

Não existe. Não existe. Secretaria

Municipal de

Assistência Social

— SEMAS.

Recife Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria

da Criança e

Juventude — PE.

Não existe. Não existe. Secretaria

Municipal de

Assistência Social

(CREAS).

Rio Branco Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria de

Estado de Justiça e

Direitos Humanos

(SEJUDH) Instituto

Socioeducativo do

Acre — ISE.

Não existe. Não existe. Secretaria

Municipal de

Cidadania e

Assistência Social

— SEMCAS.

Rio de

Janeiro

Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Departamento

Geral de ações

socioeducativas —

DEGASE.

Não existe. Não existe. Secretaria

Municipal de

Desenvolvimento

Social (SMDS).

Page 35: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM34

Salvador Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria de

Desenvolvimento

Social e Combate à

Pobreza.

Não existe. Não existe. Fundação Cidade

Mãe.

São Luís Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Fundação da

Criança e do

Adolescente do

Estado do Maranhão

(FUNAC).

Não existe. Não existe. Secretaria

Municipal

da Criança e

Assistência Social

de São Luís

(SEMCAS)- (05

CREAS).

São Paulo Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Fundação Centro

de Atendimento

Socioeducativo

ao Adolescente

(Fundação CASA-

SP).

Sim. Sim. Secretaria

Municipal de

Assistência e

Desenvolvimento

Social (SMADS).

Teresina Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Secretaria

de Estado de

Assistência Social

e Cidadania — SASC.

Não existe. Não existe. Secretaria

Municipal de

Trabalho,

Cidadania e

Assistência Social

— SEMTCAS (4

CREAS);

Instituição

Ação Social

Arquidiocesana,

para a execução

da Liberdade

Assistida, na

modalidade

Liberdade

Assistida

Comunitária —

LAC.

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35Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Vitória Conselho

Estadual.

Conselho

Municipal.

Ministério

Público.

Instituto de

atendimento

socioeducativo do

Espírito Santo.

Não existe. Não existe. Secretaria

Municipal de

Assistência Social.

Atendimento Inicial Integrado

Os Núcleos ou Centros Integrados de Atendimento Socioeducativos são arranjos previstos na

Política de Atendimento disposta no Estatuto da Criança e do Adolescente, no que se refere

à Política de Atendimento aos Direitos da Criança e do Adolescente.

A sua existência possibilita a integração dos principais serviços voltados para o atendimento

ao adolescente apreendido a quem se atribui a autoria de ato infracional.

Em geral, neles devem estar presentes as delegacias de ato infracional, as Varas da Infância

e Juventude, o Ministério Público, a Defensoria e o executivo estadual ou municipal respon-

sável pela gestão das medidas socioeducativas.

Foi identificada a existência de Núcleos ou Centros Integrados de Atendimento em somente

5 capitais.

Entretanto, observa-se que a existência de dificuldades na integração entre as distintas for-

mas de atuação e instrumentais utilizados no atendimento desses Núcleos de Atendimento.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM36

QUADRO 4 - CENTROS INTEGRADOS DE ATENDIMENTO INICIAL AO ADOLESCENTE A QUEM SE

ATRIBUI AUTORIA DE ATO INFRACIONAL

CAPITAIS EXISTêNCIA DE CENTROS INTEGRADOS DE

ATENDIMENTO

EXISTêNCIA DE PLANTõES DE

ATENDIMENTO

Aracaju Não existe. Não existe.

Belém Existe o Centro Integrado de Atendimento ao

Adolescente (CIAA), que funciona desde 1997, e

concentra no mesmo espaço físico todos os órgãos do

sistema de justiça, segurança pública e assistência

social: Juizado da Infância e da Juventude, Ministério

Público, Defensoria Pública, Delegacia de Atendimento

ao Adolescente e Fundação da Criança e do Adolescente

do Pará.

Não foi observado nenhum tipo de

plantão de atendimento.

Belo

Horizonte

Existência de um Centro Integrado de Atendimento

ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA), onde

ficam localizados a Vara da Infância e Juventude, a

Delegacia da Infância e Juventude, o Ministério Público,

a Defensoria, o Conselho Tutelar e uma equipe técnica

da GECMES.

Sim. De acordo com o Juiz, “o CIA

funciona em regime de plantão, 365 dias

do ano, 24 horas por dia”.

Boa Vista Não existe. Não existe.

Campo

Grande

Não existe.

Houve um esvaziamento e desmembramento do Centro

Integrado de Atendimento, que atendia ao disposto

no Art. 88, Inciso V, do Estatuto da Criança e do

Adolescente (ECA).

Segundo a coordenadora do programa, este espaço,

que hoje se encontra o CREAS Sul, abrigava a Delegacia

Especializada, Vara da Infância e Juventude, Ministério

Público, Defensoria e Conselho Tutelar.

Contudo, tais instituições não conseguiram manter a

convivência e o trabalho em conjunto.

Não existem.

A Delegacia Especializada funciona em

horário comercial, de segunda a sexta-

feira, das 8 às 18 h.

Se o adolescente for apreendido depois

deste intervalo, ele é encaminhado

às Delegacias de Pronto Atendimento

Comunitário.

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37Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Cuiabá Existe o Complexo do Pomeri que foi criado em 2004,

atendendo ao disposto no Art. 88, Inciso V, do Estatuto

da Criança e do Adolescente (ECA).

Entretanto, a reunião do judiciário, do Ministério

Público, da Defensoria e da delegacia especializada em

um mesmo espaço, não garantiu a eficiência dos atos de

apuração e aplicação das medidas socioeducativas.

Uma das principais questões que retratam esse

descompasso das etapas do atendimento constitui-se

nas constantes mudanças no judiciário que acarretam

descontinuidade do trabalho.

Existe plantão de atendimento

interinstitucional 24 horas no Complexo

do Pomeri.

Lá está localizada a Delegacia

Especializada do Adolescente (DEA), que

também funciona em plantão 24 horas.

Curitiba Não existe. Não existe.

Distrito

Federal

Existe o Núcleo de Atendimento Integrado - NAI,

inaugurado em 2013, que corresponde ao Plantão

Interinstitucional previsto no ECA e na Lei do SINASE.

O NAI é composto por diversos órgãos envolvidos com

a questão socioeducativa, entre eles, a Defensoria

Pública, o Ministério Público, a Secretaria da Criança, a

Secretaria de Saúde, a Secretaria de Assistência Social

e a Delegacia da Criança e do Adolescente — DCA.

Não foi observado nenhum tipo de

plantão de atendimento.

Florianópolis Não existe. Não existe.

Fortaleza Não existe. Não existe.

Goiânia Não existe.

A Defensoria foi criada em 2012.

Existe, porém, um dos agentes

entrevistados diz que “não contempla

as exigências legais no que tange à

presença do Juiz e do Promotor no

mesmo local”.

João Pessoa Não existe. Não existe.

Macapá Não existe. Não foi observado nenhum tipo de

plantão de atendimento.

Maceió Não existe. Não existe.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM38

Manaus Em Manaus existe um Centro Integrado de Atendimento

Inicial ao Adolescente Infrator, contando com Juizado

da Infância e da Juventude/Vara Criminal, Ministério

Público (Promotoria da infância e da Juventude),

Defensoria Pública, Delegacia Especializada de

Assistência e Proteção à Criança e ao Adolescente —

DEAPCA.

Não foi observado nenhum tipo de

plantão de atendimento.

Natal Não existe. Não existe.

Palmas Existe o Centro Integrado de Atendimento a Criança

e ao Adolescente (CIACA) criado em 2004, onde estão

reunidos todos esses atores, além do conselho tutelar

e da coordenadoria de medidas socioeducativas.

Entretanto, devido a falta de profissionais no

judiciário, Ministério Público, Defensoria e delegacia

especializada prejudicam o rápido andamento

das etapas de apuração e aplicação das medidas

socioeducativas.

Ausência de um plantão 24 horas na

Delegacia Especializada da Criança e

do Adolescente (DECA), localizada no

CIACA, foi apontada pela Promotora

como um dos gargalos do processo. Os

adolescentes que são apreendidos depois

do horário comercial são encaminhados

a delegacias comuns que não os

conseguem atender de maneira devida.

Porto Alegre Não existe. Não existe.

Porto Velho Não existe Centro Integrado de Atendimento em Porto

Velho.

Não foi observado nenhum tipo de

plantão de atendimento.

Recife Não existe. Não existe.

Rio Branco Não existe um Centro Integrado, na forma como o

ECA preconiza, o que resulta em uma verdadeira

peregrinação dos adolescentes e seus familiares por

diferentes serviços e endereços.

Foi constatada a inexistência de Plantão

Interinstitucional em Rio Branco.

Rio de

Janeiro

Não existe. Não existe.

Salvador Não existe. Não existe.

São Luís Não existe. Não existe.

São Paulo Não existe. Não existe.

Teresina Não existe. Não existe.

Vitória Não existe. Não existe.

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39Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

4. ESTRUTURA DE GESTãO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO NAS CAPITAIS

Buscou-se analisar, neste bloco, que aborda a estrutura de gestão do atendimento, quais as

entidades, os programas e os serviços existentes bem como os aspectos positivos e os entra-

ves na visão dos entrevistados.

Ao todo foram identificadas 31 entidades gestoras responsáveis pelos programas, sendo a

maioria (70,97%) órgãos do Executivo Municipal das capitais. Em geral, destacam-se como

responsáveis pelo Programa, as Secretarias Municipais de Assistência Social (Assistência So-

cial e Cidadania, Assistência Social e Desenvolvimento Humano, Criança e Assistência Social,

Assistência Social e Trabalho, Políticas, Ação Social e Cidadania) e correlatos: Direitos Hu-

manos (um caso), Gestão Social (um caso). Há ainda, Secretarias de Estado (9,68%) que são

as responsáveis pelo Programa em 3 capitais: Secretaria de Estado da Criança do Distrito

Federal, Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Manaus, AM), Secretaria de

Estado de Justiça — SEJUS (Porto Velho, RO). Torna-se importante destacar, nesse contexto,

que em Porto Velho a Sejus não é mais uma entidade responsável pelo programa, já que no

final do ano passado houve a transferência completa para o Município. Entretanto, nesta

análise, a instituição ainda configura-se como uma entidade de atendimento.

Ainda salienta-se que, no total levantado, 9,68% representam Fundações (Fundação de Ação

Social — FAS — em Curitiba, Fundação de Assistência Social e Cidadania — FASC — em Porto

Alegre e Fundação Papa João XXIII — FUNPAPA — em Belém). Além destes tipos de entidades,

mapeou-se uma autarquia (Instituto Socioeducativo do Acre vinculada à Secretaria de Esta-

do de Justiça e Direitos Humanos), uma entidade religiosa (Centro Espírita Yvan Costa em

Belém, PA) e uma organização privada entidade privada sem fins lucrativos (Universidade da

Amazônia — UNAMA).

TABELA 1

PERGUNTA 15: TIPO DE ENTIDADE N (FREQUêNCIA) %

Secretaria estadual 3 9,68

Secretaria municipal 22 70,97

Organização privada com fins lucrativos 1 3,23

Entidade religiosa 1 3,23

Fundação 3 9,68

Autarquia 1 3,23

Total 31 100,00

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM40

Em todas as capitais, há pelo menos um Programa sob a coordenação de uma mesma en-

tidade gestora, com exceção de Belém/PA (3 Programas e 3 entidades), Porto Velho/RO (2

Programas e 2 entidades) e Rio Branco/AC (2 programas e 2 entidades). No que diz respeito

aos Programas de Atendimento na concepção da Resolução 119 de 2006 do CONANDA e da

Lei do SINASE, observou-se na pesquisa qualitativa que muitos daqueles sinalizados como

Programas são em verdade os Serviços de Proteção Social ao Adolescente.

Os principais aspectos positivos destacados na análise dos temas neste bloco concentram-

se na estrutura organizacional existente e nos arranjos de gestão instituídos para o aten-

dimento, bem como na equipe técnica. Destacam-se entre eles: a institucionalização do

Programa/Serviço por intermédio da criação e funcionamento de Grupo Gestor do Sistema

Socioeducativo; a realização de concurso público para contratação de pessoal técnico e a

boa articulação do Programa/Serviço com o judiciário; as condições existentes para o aten-

dimento como equipe, equipamentos; os esforços empreendidos no sentido da articulação

das políticas para a elaboração de protocolo do fluxo de atendimento do adolescente autor

de ato infracional; a existência de rotinas de monitoramento e avaliação e; a estrutura exis-

tente para o atendimento socioeducativo; a qualidade das relações interinstitucionais em

especial da unidade ou programa e o judiciário.

Ainda que tenham sido apontadas como aspectos positivos questões como a dificuldade de

estabelecer parcerias com determinadas áreas setoriais (a exemplo da saúde e da educa-

ção); a insuficiência de recursos humanos; as condições existentes para o atendimento no

que diz respeito à estrutura, à gestão, às parcerias, e à dinâmica de funcionamento no âm-

bito das Entidades e dos Programas/Serviços de Atendimento, a insuficiência (quantidade)

de recursos humanos para os processos de M&A e a incipiente intersetorialidade no âmbito

municipal foram sinalizadas como pontos a serem melhorados.

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41Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

QUADRO 5 - ESTRUTURA DE GESTãO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

CAPITAIS ENTIDADES GESTORAS DO

ATENDIMENTO

UNIDADES DE ATENDIMENTO PROGRAMAS/SERVIçOS DE

ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

Aracaju Secretaria Municipal

de Assistência Social e

Cidadania (SEMASC).

Centro de Referência

Especializada de Assistência

Social Viver Legal (CREAS).

Centro de Referência

Especializada de Assistência Social

Viver Legal (CREAS).

Belém FUNPAPA Fundação Papa

João XXIII.

CREAS LA PSC; Polo UNAMA;

Polo Yvon Costa.

Programa de Atendimento em

Meio Aberto.

Belo

Horizonte

Secretaria Municipal Adjunta

de Assistência Social

(SMAAS).

CREAS Oeste; CREAS

Pampulha; CREAS Norte; CREAS

Nordeste; CREAS Centro Sul;

CREAS Venda Nova; CREAS

Noroeste; CREAS Leste; CREAS

Barreto.

Serviço de Proteção Social a

Adolescentes em Cumprimento de

Medida Socioeducativa.

Boa Vista Secretaria Municipal de

Gestão Social — SEMGES.

Polo Descentralizado de LA -

Zona Norte (CREAS).

Serviço de Proteção Social aos

Adolescentes em Cumprimento de

Medida Socioeducativa.

Campo

Grande

Secretaria Municipal de

Políticas, Ações Sociais e

Cidadania.

CREAS Sul Nelly Baís; CREAS

Centro; CREAS Norte Luiza

Pauraperis.

Serviço de Proteção Social a

Adolescentes em Cumprimento

de Medida Socioeducativa de LA

e PSC.

Cuiabá Secretaria Municipal

de Assistência Social e

Desenvolvimento Humano.

CREAS Centro e CREAS Norte. Serviço de Proteção Social a

Adolescentes em Cumprimento

de Medida Socioeducativa de LA

e PSC.

Curitiba Fundação de Ação Social —

FAS.

Serviço de Proteção Social a

Adolescentes em Cumprimento

de Medidas Socioeducativas de

Liberdade Assistida e Prestação

de Serviço à Comunidade.

9 (nove) CREAS.

Distrito

Federal

Secretaria de Estado da

Criança do Distrito Federal.

UAMA — Unidades de

Atendimento em Meio Aberto

(14 UAMAS).

Programa de Atendimento em

Meio Aberto.

Fortaleza Secretaria Municipal de

Direitos Humanos de

Fortaleza.

Programa de Medidas

Socioeducativas em Meio

Aberto.

Núcleos de Atendimento em Meio

Aberto (06 Núcleos).

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM42

Fortaleza Secretaria Municipal de

Direitos Humanos de

Fortaleza.

Programa de Medidas

Socioeducativas em Meio

Aberto.

Núcleos de Atendimento em Meio

Aberto (06 Núcleos).

Goiânia Secretaria Municipal de

Assistência Social.

CREAS (Total: 5 — Centro

Sul, Oeste, Noroeste, Norte,

Leste).

Divisão de Acompanhamento de

Medidas Socioeducativas.

João Pessoa Secretaria de

Desenvolvimento Social.

Centro de Referência

Especializada de

Assistência Social — Medida

Socioeducativa.

Centro de Referência

Especializada de Assistência Social

— Medida Socioeducativa.

Macapá Secretaria Municipal de

Assistência Social e Trabalho

(SEMAST).

1 CREAS. Programa de Medidas

Socioeducativas em Meio Aberto.

Maceió Secretaria Municipal de

Assistência Social — SEMAS.

Serviço de atendimento de

Municipalização de medidas

socioeducativas em meio

aberto.

Centro de Referência

Especializada de Assistência

Social.

Manaus Secretaria de Estado de

Assistência Social.

Polos de Atendimento em Meio

Aberto (07 Polos).

Programa de Atendimento em

Meio Aberto.

Natal Secretaria Municipal de

Trabalho e Assistência Social

— SEMTAS.

CREAS-Serviço de execução de

medidas socioeducativas em

meio aberto (SEMSEMA).

CREAS Medida Socioeducativa.

Palmas Secretaria Municipal de

Desenvolvimento Social.

Coordenadoria de Medidas

Socioeducativas.

Programa Medidas Socioeducativas

em Meio Aberto.

Porto

Alegre

Fundação de Assistência

Social e Cidadania — FASC.

Programa Municipal de

Execução de Medidas

Socioeducativas em Meio

Aberto (PEMSE).

Centro de Referência

Especializada de Assistência

Social —Medida Socioeducativa (9

CREAS).

Porto Velho Secretaria Municipal de

Assistência Social — SEMAS.

1 CREAS. Programa de Medida

Socioeducativa em Meio Aberto —

MSEMA.

Recife Secretaria Municipal de

Assistência Social.

CREAS Recife — Serviço de

Medida Socioeducativa em

Meio Aberto.

CREAS Recife.

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43Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Rio Branco Instituto Socioeducativo do

Acre — ISE

Secretaria Municipal de

Cidadania e Assistência

Social — SEMCAS.

Programa de LA.

Programa de PSC.

6 Núcleos de LA.

Casa do Adolescente.

Rio de

Janeiro

Secretaria Municipal de

Desenvolvimento Social –

SMDS.

Programa de Medidas

Socioeducativas em Meio

Aberto.

Centro de Referência

Especializada de Assistência

Social —Medida Socioeducativa

(14 CREAS).

Salvador Secretaria Municipal do

Trabalho e Assistência Social

Fundação Cidade Mãe. Central de Medidas

Socioeducativas.

São Luís Secretaria Municipal da

Criança e Assistência Social

de São Luís (SEMCAS)

CREAS (05) - Serviço de Medida

Socioeducativa em Meio

Aberto.

CREAS (05) - Serviço de Medida

Socioeducativa em Meio Aberto.

São Paulo Secretaria Municipal

de Assistência e

Desenvolvimento Social

(SMADS)

Serviço de Medidas

Socioeducativas em Meio

Aberto (Liberdade Assistida

e Prestação de Serviço à

Comunidade).

55 Organismos Não

Governamentais — Espaços/locais

(próprios, locados ou cedidos)

administrados por organizações

sem fins econômicos.

Teresina Secretaria Municipal de

Trabalho, Cidadania e

Assistência Social.

CREAS (04).

Instituição Ação Social

Arquidiocesana, para a

execução da Liberdade

Assistida, na modalidade LAC.

CREAS (04) - Serviço de

Proteção Social à Adolescentes

em Cumprimento de Medidas

Socioeducativas em Meio Aberto.

Núcleo de Liberdade Assistida

Comunitária (Instituição Ação

Social Arquidiocesana).

Vitória Secretaria Municipal de

Assistência Social.

Serviço de Proteção Social a

Adolescentes em Cumprimento

de Medida Socioeducativa

de Liberdade Assistida (LA)

e de Prestação de Serviço à

Comunidade (PSC).

Centro de Referência

Especializada de Assistência

Social — Medida Socioeducativa (3

CREAS).

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM44

ESTRUTURA DE GESTãO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO — RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS

Aracaju

• Ações que visem à articulação intersetorial, como reuniões entre as secretarias, parceiros etc.

• Ações de divulgação do Programa/Serviço nas comunidades.

• Aumento da equipe técnica.

• Descentralização do serviço para que os adolescentes que residam em bairros afastados possam ter

maior acesso e o Programa/Serviço e haja maior contato com a comunidade.

Belém

• Unificação do Programa/Serviço de Medidas Socioeducativas do Município, sob a coordenação da

prefeitura, que deve fazer o monitoramento de todas as unidades de atendimento, inclusive as de LAC.

• Encaminhamento dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas para o CREAS, que

fará a avaliação sobre qual a melhor unidade para o adolescente cumprir a medidas socioeducativas

(CREAS, Polo UNAMA ou Polo Yvon Costa), a partir de critérios claros e objetivos de seleção.

Campo Grande

• Realização de concursos para a contratação de profissionais e técnicos efetivos.

Cuiabá

• Alinhamento da supervisão da entidade gestora com a unidade de atendimento.

• Articulação da entidade gestora na construção do Orçamento Público Anual para disponibilização maior

de recursos.

• Criação de, pelo menos, mais um CREAS em Cuiabá.

• Realização de concursos para a contratação de profissionais e técnicos efetivos.

• Criação efetiva de um Programa/Serviço de Atendimento Socioeducativo com equipe técnica específica.

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45Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Curitiba

• Alinhamento da supervisão da entidade gestora com a unidade de atendimento.

• Articulação da entidade gestora na construção do Orçamento Público Anual para disponibilização maior

de recursos.

• Realização de concursos para a contratação de profissionais e técnicos efetivos.

• Criação efetiva de um Programa/Serviço de Atendimento Socioeducativo com equipe técnica específica.

• Antecipação da inauguração de um novo CREAS para atender a capital, prevista para 2014.

• Realização de concursos para preenchimento de mais vagas na equipe técnica dos CREAS.

• Melhorias na infraestrutura de atendimento da Coordenadoria de Medidas Socioeducativas.

• Criação do cargo de orientador socioeducativo comunitário para auxiliar no estreitamento dos laços

comunitários e familiares dos adolescentes.

• Encaminhamento dos adolescentes e familiares para os demais Serviços da Rede Pública de Saúde e

Educação.

Distrito Federal

• Capacitação continuada dos técnicos para que sejam constantemente atualizados em relação às

questões específicas do adolescente.

• Criar diretrizes específicas para o atendimento ao adolescente dependente químico.

• Disponibilização de vale-transporte para o deslocamento dos adolescentes para as atividades que

envolvem em específico o cumprimento da medida socioeducativa, como ida a cursos profissionalizantes

e locais de prestação de serviço.

• Levantamento dos cursos de interesse dos adolescentes para que possam ser inseridos em cursos

profissionalizantes que os estimule.

Fortaleza

• Disseminar o Projeto Político Pedagógico, planejando ações nas unidades que contemplem as perspectivas

de gênero, raça/etnia, orientação sexual e deficiência.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM46

Goiânia

• A SEMAS, por meio da Divisão de Acompanhamento às Medidas Socioeducativas, deve produzir ações

que visem a construir a intersetorialidade da política de atendimento socioeducativo de Goiânia. Como,

por exemplo, reuniões com outras secretarias, municipais e estaduais, estratégicas no que se refere à

proteção integral da criança e do adolescente.

• Valorização salarial e realização de concurso público para quadro permanente para evitar a rotatividade

de profissionais do Programa/Serviço.

• Levantamento de potenciais parceiros de PSC e instituições que ofereçam cursos profissionalizantes, no

caso de LA.

• Promover ações de informação e sensibilização de instituições parceiras de PSC e profissionalizantes

no intuito de viabilizar a inserção do adolescente em cursos de seu interesse e/ou cumprir medida de

PSC em local que possa estimulá-lo a criar perspectivas de inserção social, de modo a garantir o caráter

socioeducativo das medidas.

• Realizar um levantamento dos interesses dos adolescentes, no que diz respeito às preferências por

cursos de profissionalização e atividades que os interessam, em se tratando da PSC.

• Criar formas de divulgação do Programa/Serviço para a sociedade tomar conhecimento dele.

João pessoa

• Ações que visem à articulação intersetorial, como reuniões entre as secretarias, parceiros etc.

• Ações de divulgação do Programa/Serviço nas comunidades.

• Aumento da equipe técnica.

Macapá

• Elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo que pode contribuir para a compreensão

das medidas socioeducativas como um Programa/Serviço, o qual envolve diretamente diferentes setores

do poder público municipal, com responsabilidades distintas, porém igualmente importantes.

• Finalizar o processo de municipalização das medidas socioeducativas em meio aberto, conforme

preconiza o SINASE.

• Viabilizar a instalação do CREAS em espaço próprio do Município, com acessibilidade, facilitando o

vínculo da clientela ao atendimento.

• Contratar profissionais em número suficiente para o atendimento da demanda.

• Criar novo CREAS, preferencialmente na região Norte da cidade, a fim de facilitar o acesso dos

adolescentes ao equipamento.

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47Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Maceió

• Ações que visem à articulação intersetorial, como reuniões entre as secretarias, parceiros etc.

• Ações de divulgação do Programa/Serviço nas comunidades.

• Aumento da equipe técnica.

• Descentralização do serviço para que os adolescentes que residam em bairros afastados possam ter

maior acesso ao Programa/Serviço e haja maior contato com a comunidade ou estratégias de facilitar

acesso dos adolescentes a esta unidade.

Manaus

• Concluir o processo de municipalização das medidas socioeducativas em meio aberto, transferindo o

meio aberto para o Município.

• Compor a equipe do Município responsável pelo acompanhamento e execução das medidas

socioeducativas em meio aberto, de modo a incorporar os atendimentos já realizados pelo GEASE

(estado).

Natal

• As ações socioeducativas necessitam de um acompanhamento constante (monitoramento), mesmo que

seja oneroso (CEDCA).

• Realização de diagnóstico situacional do atendimento à criança e adolescente em cumprimento de

medida socioeducativa em Natal.

• Contratação de equipe técnica para o atendimento. Maior articulação do Programa/Serviço com

instituições parceiras de PSC e instituições profissionalizantes

Palmas

• Alinhamento da supervisão da entidade gestora com a unidade de atendimento.

• Articulação da entidade gestora na construção do Orçamento Público Anual para maior disponibilização

de recursos.

• Realização de concursos para a contratação de profissionais e técnicos efetivos.

• Criação efetiva de um Programa de Atendimento Socioeducativo com equipe técnica específica.

Porto Alegre

• Intensificar o trabalho na reinserção do adolescente em sua comunidade, ao mesmo tempo em que

fortalece as relações entre o adolescente e a comunidade.

• Entende-se que para um efetivo trabalho dos CREAS junto dos jovens em cumprimento de medida

socioeducativa, é fundamental o investimento municipal em mais recursos humanos para atuar nestas

funções.

Page 49: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM48

Porto Velho

• Melhorar os processos de gestão dos recursos financeiros.

• Inscrever o Programa/Serviço no CMDCA conforme preconiza o ECA para que figure na política local de

atendimento à criança e ao adolescente.

Recife

• Ações que visem à articulação intersetorial, como reuniões entre as secretarias, parceiros etc.

• Ações de divulgação do Programa/Serviço nas comunidades.

• Aumento da equipe técnica.

• Articulação com o estado para cofinanciamento do Programa/Serviço

Rio Branco

• Concluir o processo de municipalização das medidas socioeducativas em meio aberto, transferindo o

acompanhamento da LA para o Município.

• Aumentar a equipe do Município responsável pelo acompanhamento e execução das medidas

socioeducativas em meio aberto, de modo a incorporar o acompanhamento da LA e melhorar o

acompanhamento da PSC.

• Estruturar adequadamente a Casa do Adolescente, unidade responsável pelo acompanhamento da PSC,

com equipamentos e ferramentas necessárias para o trabalho, tais como: computador com acesso a

internet, telefone, carro para as visitas às instituições, e outros.

Rio de Janeiro

• Promoção de reuniões sistemáticas com a equipe técnica para avaliação e aprimoramento da

metodologia para o efetivo acompanhamento do adolescente.

• Realizar oficinas de trabalho com os coordenadores e as equipe técnica dos CREAS sobre o caráter

punitivo e educativo das medidas educativas. “O CREAS não pode se tornar um órgão repressor que o

adolescente vai lá pra ‘bater continência’”.

Salvador

• Articulação com o governo federal/municipal/estadual para adequação da estrutura de gestão, segundo

a lei.

• Ações que visem à articulação intersetorial, como reuniões entre as secretarias, parceiros etc.

• Ações de divulgação do Programa/Serviço nas comunidades.

• Aumento da equipe técnica e contratação de orientadores sociais.

• Articulação com o estado para cofinanciamento do Programa/Serviço.

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49Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

São Luís

• A elaboração de um novo Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo pode contribuir para a

compreensão das MSE como um programa, que envolve diretamente diferentes setores do poder público

municipal, com responsabilidades distintas, porém igualmente importantes.

São Paulo

• Contratação de equipe para o acompanhamento in loco da qualidade da execução das medidas

realizadas pelas ONGs conveniadas.

• A qualificação da equipe técnica.

• Realização de concurso público para a contratação de equipe técnica.

• Estabelecer critérios de qualidade para o conveniamento dos parceiros de PSC.

• Efetivar o acompanhamento da equipe técnica dos CREAS na execução das Medidas.

• Melhorar o espaço físico a fim de assegurar a acessibilidade dos adolescentes.

Vitória

• Ampliação da Rede de atendimento.

• Reorganização do espaço físico no intuito de garantir maior segurança dos técnicos e dos usuários no

ambiente físico do CREAS.

• Garantir a acessibilidade, em termos de adequação do espaço às pessoas com deficiência e mobilidade

reduzida das Unidades de Atendimento.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM50

5. ORIENTADOR SOCIOEDUCATIVO

Na aplicação do questionário da pesquisa quantitativa foram identificadas distintas percep-

ções acerca do perfil e do papel do orientador socioeducativo, diferente de como é previsto

no ECA e na Resolução 119 de 2006 do CONANDA. Por esse motivo, os dados coletados nesta

etapa da pesquisa foram aprofundados na pesquisa qualitativa com os atores do sistema de

garantia de direitos de cada capital.

Segundo os 154 dos respondentes das Unidades de Atendimento:

• 113 afirmaram que contam com a figura do orientador socioeducativo em seus progra-

mas, e 41 disseram não existir essa função. Contudo na maioria dos casos esta figura é

reconhecida como o técnico de referência do adolescente independente da sua função

ou formação.

• Em relação ao orientador comunitário, dos 149 dos casos válidos, 140 afirmaram não

possuir este colaborador, enquanto 9 relataram sua existência.

Vale chamar a atenção para o fato de que não existe esta figura entre os profissionais das

equipes de referência no âmbito do SUAS, onde está a execução da maior parte dos progra-

mas e serviços identificados nesta etapa da pesquisa.

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51Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

QUADRO 6 - ORIENTADOR SOCIOEDUCATIVO

CAPITAIS EXISTêNCIA DE ORIENTA-

DOR SOCIOEDUCATIVO

VÍNCULO DO ORIENTADOR

SOCIOEDUCATIVO

ATIVIDADES DO ORIENTA-

DOR SOCIOEDUCATIVO

Aracaju Sim. São chamados

“educadores sociais”.

Membro da equipe, concursado

e profissional de nível médio.

Acompanha e desenvolve

atividades (planejadas

por toda a equipe) junto

ao adolescente dentro da

instituição.

Belém Sim, existem os orientadores

socioeducativos, mas a

função é desempenhada

pelos próprios técnicos de

atendimento.

O orientador é parte da equipe

técnica, havendo orientadores

concursados e contratados.

Realiza o atendimento e o

acompanhamento periódico

da execução das medidas de

LA e PSC.

Belo

Horizonte

Sim. Além do orientador social

de referência, que realizado

o atendimento técnico, o

Programa de Atendimento

conta com as figuras do

orientador social voluntário

da LA e o orientador de

referência da PSC.

Atualmente, existem 30

técnicos para o trabalho de

atendimento dos serviços

oferecidos pelo CREAS, sendo

9 especificamente para as

medidas socioeducativas.

A carga horária de trabalho

também é diferenciada para

cada grupo, os que sustentam a

Liberdade Assistida realizam as

atividades em 6 horas diárias e,

em contrapartida, na Prestação

de Serviços à Comunidade é

exigido um envolvimento de 8

horas diárias.

Realiza o atendimento e o

acompanhamento periódico

da execução das medidas de

LA e PSC.

Campo

Grande

Sim, existem os orientadores

socioeducativos.

Mas a função é desempenhada

pelos próprios técnicos de

atendimento. Quanto ao

orientador socioeducativo

comunitário, não foi

encontrado nenhum trabalho

nesse sentido, mesmo sendo

cumprido e acumulado

pela equipe técnica de

atendimento.

Os orientadores

socioeducativos são os próprios

técnicos de atendimento dos

CREAS.

Realiza o atendimento e o

acompanhamento periódico

da execução das medidas de

LA e PSC.

Page 53: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM52

Cuiabá Sim, existem os orientadores

socioeducativos, mas a

função é desempenhada

pelos próprios técnicos de

atendimento. Quanto ao

orientador socioeducativo

comunitário, segundo a

coordenadora da unidade

de atendimento, existiam

dois profissionais que

realizavam esse trabalho,

porém, foram afastados por

cometerem alguns excessos

no acompanhamento dos

adolescentes.

Os orientadores

socioeducativos são os próprios

técnicos de atendimento dos

CREAS.

Realiza o atendimento e o

acompanhamento periódico

da execução das medidas de

LA e PSC.

Curitiba Sim, é partilhado entre o

educador e o técnico.

Equipe técnica e profissionais

contratados para esse fim.

O técnico tem a função de

orientação e suporte de

toda equipe do CREAS que

desenvolve o Serviço de

Proteção e Atendimento

Especializado a Famílias e

Indivíduos (PAEFI); Serviços de

Especializado de Abordagem

Social e os demais serviços

referenciados no CREAS.

Cabendo ao educador social

o acompanhamento do

adolescente que cumpre

Prestação de Serviço à

Comunidade.

Distrito

Federal

A figura do orientador

socioeducativo não é

entendida da mesma forma

por todos os entrevistados.

Muitos o identificam como

sendo o funcionário da

instituição parceira de

cumprimento da PSC, que lá

realiza o acompanhamento do

adolescente.

Os orientadores

socioeducativos são os

funcionários das entidades

parceiras no cumprimento da

PSC.

Orientar e auxiliar o

adolescente no desempenho

das atividades da Prestação

de Serviço à Comunidade.

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53Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Florianópolis Sim, acompanhamento pela

equipe técnica.

Equipe técnica do Programa Acompanhamento e

monitoramento de todos os

adolescentes.

Fortaleza Sim, o acompanhamento é

feito por funcionários da

equipe técnica do CREAS.

Equipe técnica do Programa. Acompanhamento e

monitoramento de todos os

adolescentes.

Goiânia Sim, existem os orientadores

socioeducativos.

Os orientadores

socioeducativos são os próprios

técnicos de atendimento dos

CREAS.

Realiza o atendimento e o

acompanhamento periódico

da execução das medidas de

LA e PSC.

João Pessoa Sim. São os funcionários

das entidades parceiras

do Programa/serviço para

execução de PSC.

Funcionário da entidade

parceria de PSC — voluntário.

Acompanhamento e

monitoramento do

adolescente em cumprimento

de PSC.

Macapá Sim, existem os orientadores

socioeducativos, mas a

função é desempenhada

pelos próprios técnicos de

atendimento.

Os orientadores

socioeducativos são os próprios

técnicos de atendimento do

CREAS.

Realiza o atendimento e o

acompanhamento periódico

da execução das medidas de

LA e PSC.

Maceió Sim. Pessoas contratadas nas

comunidades que os

adolescentes residem.

Acompanhamento e

monitoramento de todos os

adolescentes.

Manaus Sim, existem os orientadores

socioeducativos, mas a

função é desempenhada

pelos próprios técnicos de

atendimento.

Os orientadores

socioeducativos são os próprios

técnicos de atendimento do

CREAS.

Realiza o atendimento e o

acompanhamento periódico

da execução das medidas de

LA e PSC.

Natal Sim, são chamados educadores

sociais.

Pessoas contratadas para esse

fim (15).

Acompanhamento e

monitoramento de todos os

adolescentes e familiares.

Page 55: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM54

Palmas Sim, existem os orientadores

socioeducativas, mas a

função é desempenhada

pelos próprios técnicos

de atendimento. Quanto

aos orientadores sociais

comunitários, segundo a

coordenadora da unidade de

atendimento, existem alguns

estagiários que realizam

este trabalho, porém, é algo

muito pontual e sem uma

capacitação frequente.

Os orientadores

socioeducativos são os próprios

técnicos de atendimento da

Coordenadoria de Medidas

Socioeducativas.

Realiza o atendimento e o

acompanhamento periódico

da execução das medidas de

LA e PSC.

Porto Alegre Sim. Pessoas contratadas para esse

fim.

Acompanhamento e

monitoramento de todos os

adolescentes e familiares.

Porto Velho Sim, existem os orientadores

socioeducativos, mas a

função é desempenhada

pelos próprios técnicos de

atendimento. Existe também

a figura do orientador social

comunitário, mas existe pouca

adesão à função.

Os orientadores

socioeducativos são os próprios

técnicos de atendimento do

CREAS. E os comunitários são

voluntários.

Realiza o atendimento e o

acompanhamento periódico

da execução das medidas de

LA e PSC.

Recife Sim. São chamados de

orientadores sociais.

São dois (2) técnicos em

cada RPA — Região Político

Administrativo (são 6 no

Município concentrando

diversos bairros) com oito (8)

Orientadores Sociais cada um

com cinco (5) adolescentes

acompanhados.

Acompanhamento e

monitoramento de todos os

adolescentes e familiares,

realizando visitas domiciliares

semanais.

Rio Branco Sim, existem os orientadores

socioeducativas, mas a

função é desempenhada

pelos próprios técnicos de

atendimento.

Os orientadores

socioeducativos são os próprios

técnicos de atendimento do

CREAS.

Realiza o atendimento e o

acompanhamento periódico

da execução das medidas de

LA e PSC.

Rio de

Janeiro

Sim, o acompanhamento é

feito por funcionários da

equipe técnica do CREAS.

Equipe técnica do Programa. Acompanhamento e

monitoramento de todos os

adolescentes.

Page 56: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

55Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Salvador Sim, são chamados educadores

sociais.

Equipe técnica do Programa. Acompanhamento e

monitoramento de todos os

adolescentes.

São Luís Sim. Equipe técnica do Programa. Acompanhamento e

monitoramento de todos os

adolescentes.

São Paulo Sim, o acompanhamento é

feito por funcionários da

equipe técnica.

Equipe técnica do Programa Acompanhamento e

monitoramento de todos os

adolescentes.

Teresina Sim, no Núcleo de Liberdade

Assistida Comunitária existe

o orientador comunitário,

voluntário;

Orientador comunitário:

estudantes de assistência

social, pedagogia e psicologia.

Acompanhamento e

monitoramento de todos os

adolescentes.

Vitória Sim, são chamados educadores

sociais.

Pessoas contratadas para esse

fim.

Acompanhamento e

monitoramento de todos os

adolescentes.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM56

6. PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO — PIA

O PIA é uma ferramenta imprescindível, de acordo com as orientações do SINASE, pois se

constitui em instrumento pedagógico que organiza dados pessoais e familiares do adolescen-

te e as atividades a serem realizadas, entre outros aspectos. Elaborado a partir de estudo

de caso, a partir de análise multidisciplinar, abrange diferentes aspectos, tais como esco-

larização, saúde, lazer, relações familiares, afetivas, sociais, comunitárias e institucionais,

situação jurídica (cf. Souza e Lira, 2008, p. 83).

Apenas 9 respondentes da pesquisa informaram que o Programa de Atendimento executado

pela Unidade/Serviço/CREA não desenvolve o PIA. A grande maioria (128) o desenvolve para

todos os/as adolescentes e 19 informaram que somente para alguns, conforme se verifica no

gráfico a seguir.

Gráfico1: V.127. O programa de atendimento executado por esta Unidade/Serviço/CREAS

desenvolve o Plano individual de atendimento (PIA) do adolescente em cumprimento de

medida socioeducativa.

A pesquisa quantitativa apontou que, em 13% das capitais, o PIA era aplicado para alguns

adolescentes enquanto em 5% não era. Durante a pesquisa qualitativa buscou-se confirmar

essa informação, entender como estava sendo implementado o PIA naquelas capitais, a sua

eficácia no atendimento e quais as dificuldades encontradas para a sua operacionalização.

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57Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

O Plano Individual de Atendimento — PIA — é bem aceito e internalizados por grande parte

dos entrevistados na maioria das capitais. As diferenças estão no fato de, em algumas capi-

tais, o PIA não ser aplicado para PSC ou na metodologia de elaboração do instrumento com

destaque para os seguintes aspectos:

• O PIA é considerado fundamental como instrumento para o planejamento das metas

e para orientar o trabalho da equipe, além de contribuir para a decisão a ser tomada

pelo Juiz.

• É um instrumento importante para o processo socioeducativo e para a execução das me-

didas socioeducativas, ainda que nem todos estejam capacitados para sua elaboração.

• O envolvimento direto dos familiares ou responsáveis na sua elaboração contribui para

reorganização da dinâmica familiar.

• O PIA possibilita à equipe uma visão integrada sobre o adolescente e sobre sua trajetó-

ria na unidade incluindo-se aí as intersecções com outros serviços.

Os entraves destacados dizem respeito majoritariamente à sua elaboração como, por exemplo:

• O PIA ainda não está incorporado no cotidiano dos operadores do sistema de garantia

de direitos.

• O PIA ainda não é aplicado na totalidade dos casos.

• O prazo de 15 dias para a elaboração do PIA é exíguo.

• Há dificuldade de envolver as famílias na elaboração do PIA assim como demais setores

da rede de atendimento.

• Faltam técnicos para desenvolver uma abordagem mais individualizada e estrutura de

maneira geral.

• O PIA ainda não é de fácil entendimento para todos os envolvidos no atendimento e no

acompanhamento propriamente dito.

• Não existe um modelo padrão para o PIA.

• O PIA não prevê proposta de intervenção comunitária.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM58

QUADRO 7 — PIA — PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO

CAPITAIS APLICAçãO DO PIA PARA

TODOS OS ADOLESCENTES

ASPECTOS RELEVANTES (POSITIVOS E ENTRAVES)

Aracaju Sim. Após a Lei do SINASE há uma cobrança maior do Juizado

solicitando o encaminhando do PIA como no prazo de 15 dias

depois da chegada do adolescente na unidade.

Belém Sim. Não existe ainda um instrumental padrão, consensuado entre o

executivo e o judiciário, o que leva a insatisfações.

É possível identificar dificuldades e até algumas resistências no

preenchimento dos PIAs, em especial devido a alta rotatividade

de profissionais envolvidos diretamente no acompanhamento das

MSE-MA.

Belo

Horizonte

Sim. Embora o PIA seja um instrumento utilizado em todos os

atendimentos, ele precisa ser aprimorado. Segundo o Juiz e o

Promotor, a utilização do PIA é algo recente. Antes se realizavam

relatórios do primeiro atendimento que não atendiam o objetivo

de construir um projeto com o adolescente; Também, observou-

se ausência da intersetorialidade na construção do PIA. De

acordo com o Juiz, embora o Programa de Atendimento de BH

fale na participação de outros setores nas MSE, essas áreas não

participam da construção do PIA.

Boa Vista Sim. Dificuldade de efetivação de acompanhamento devido à

quantidade de adolescentes para cada orientador. Dificuldade de

efetivar o atendimento em sua plenitude devido à fragilidade dos

serviços de outras áreas setoriais (saúde, educação, trabalho)

para os quais os adolescentes são encaminhados.

Campo

Grande

Sim. O instrumento de acompanhamento do processo socioeducativo

foi construído em parceria com a Escola de Conselhos da

Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

Embora o PIA seja um instrumento utilizado em todos os

atendimentos, a Coordenadora do Programa de Atendimento,

bem como o Coordenador da Unidade, relataram que não se

consegue finalizá-los em 15 dias, conforme a Lei preconiza.

Dificuldade de envolver a família e os demais setores da rede de

atendimento socioeducativo na construção do PIA.

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59Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Cuiabá Sim. Embora o PIA seja um instrumento utilizado em todos os

atendimentos, a Gestora Estadual sinalizou que muitas

informações nos PIAs não são preenchidas.

O PIA foi construído somente com as equipes dos CREAS. Não há

supervisão da supervisão da coordenação do programa e entidade

gestora.

Curitiba Sim. Todos os atores entrevistados do sistema de garantia de direitos

consideraram o PIA um instrumento importante para o processo

socioeducativo.

Participação propositiva dos adolescentes e responsáveis na

elaboração do PIA.

O sistema PROJUD facilita o acompanhamento pela Vara da

Infância dos Planos elaborados pelos técnicos dos CREAS.

O prazo de 15 dias, conforme prevê o SINASE, para a elaboração

do PIA é considerado curto pela maior parte dos agentes.

Distrito

Federal

Sim. O PIA não está solidificado da mentalidade dos operadores do

sistema de garantia de direitos e técnicos. Ocorre de um técnico

não dar continuidade ao PIA e fazer outro relatório, e ser aceito

pelo judiciário.

“Os planos eles vêm muito genéricos, eles não são muito

especificados em relação a cada adolescente como deveria ser.”

— Promotor.

O prazo de 15 dias, conforme prevê o SINASE, para a elaboração

do PIA é considerado curto pela maior parte dos agentes. Por isso,

o Programa diz realiza o PIA mensalmente.

Florianópolis Sim. Em decorrência de uma equipe reduzida, seu preenchimento em

15 dias ainda não é uma realidade no Município.

Fortaleza Sim. O PIA é percebido como um instrumento importante para a

execução da MSE e também para a reorganização da dinâmica

familiar dos adolescentes, uma vez que envolve diretamente os

familiares e responsáveis.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM60

Goiânia Em parte. O PIA é realizado

para a maior parte dos

adolescentes em Goiânia,

acordando com a coordenadora

do Programa. A coordenadora

do CREAS Noroeste diz que o

cumprimento do PIA é de 90%.

Faltam técnicos para realizar uma abordagem mais

individualizada do adolescente.

Em alguns casos falta estrutura para uma abordagem mais

individualizada.

Dificuldade de realização do estudo de caso do adolescente e

reavaliação do PIA por falta de pessoal técnico.

João Pessoa Sim. O PIA é realizado para todos os adolescentes e é o principal

instrumento de monitoramento e avaliação. Pouco tempo para

realização do PIA.

Macapá Sim. O PIA não era realizado antes de 2011 e passou a ser feito

de forma sistemática a partir dessa data, para todos os

adolescentes, com base em um modelo que foi sendo ajustado ao

longo do tempo para melhorar a sua aplicação.

Maceió Sim. Equipe reduzida, não facilitando um processo qualitativo de

preenchimento do PIA.

Manaus Sim. O GEASE possui um modelo de PIA, implantado ao longo de 01

ano, com capacitações constantes da equipe para a sua correta

aplicação.

Utilizam o SIPIA web.

Natal Sim. Problemas com o tempo curto para preenchimento e envio.

Falta de qualificação para os técnicos preencherem o PIA.

Palmas Sim. Embora o PIA seja um instrumento utilizado em todos os

atendimento, a Juíza sinalizou que ele precisa ser aprimorado e

homologado junto aos demais atores do sistema de garantia de

direitos.

O PIA foi construído pela coordenadora e pelos técnicos da

unidade de atendimento. A Coordenadora do Programa, que

também a Gestora Municipal, disse não saber como está

sendo feito o Plano Individual de Atendimento. Ou seja, o PIA

desenvolvido não possui supervisão da entidade gestora·

Pouca participação dos adolescentes. A promotora relatou que

muitos adolescentes faltam no dia da construção do PIA.

Page 62: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

61Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Porto Alegre Sim. É a partir da leitura do processo e do diálogo com os adolescentes

e responsáveis que o Plano Individual de Atendimento é

elaborado. Contudo, a conscientização do adolescente sobre

sua medida deixa a desejar. Contudo, para os entrevistados

é necessário que o adolescente deve realizar um trabalho no

qual veja algum sentido, no qual ele reconheça seu aspecto

socioeducativo e não exclusivamente punitivo.

Porto Velho Sim. O PIA é elaborado apenas pela equipe técnica de atendimento, o

adolescente e o familiar ainda não participam da elaboração do

PIA.

O PIA ainda não é encaminhado para o Juiz.

Dificuldade de elaboração do PIA em 15 dias contados a partir da

entrada do adolescente no Programa.

Recife Sim. Consideram o PIA um instrumento eficaz, contudo não deve

ser “supervalorizado” senão houver uma proposta pedagógica

anterior à realização deste PIA.

Rio Branco No Programa de LA, executado

pelo Estado, o PIA foi

implantado em 2012 e é

aplicado em praticamente 100%

dos casos.

Já o Município não realiza o PIA

dos adolescentes que cumprem

PSC, pois a equipe técnica é

muito reduzida.

Estruturar o Programa de MSE do Município, de modo a garantir

uma equipe técnica com suficiente número de profissionais, que

possa realizar todos os PIAS dos adolescentes que cumprem LA e

PSC.

Qualificar e capacitar a equipe técnica municipal para a

realização e acompanhamento do PIA.

Rio de

Janeiro

Sim. Compreensão da eficácia e efetividade do instrumento no

trabalho desenvolvido com o adolescente. Em especial, nos

encaminhamentos do adolescente para rede pública de serviços

e das pactuações realizadas com família dos adolescentes no

processo educativo. Carece de informações sobre a trajetória

de vida do adolescente. Maior participação do adolescente na

elaboração do PIA.

Salvador Não. Existe um instrumento de acompanhamento semelhante, mas não

é o PIA. Na ocasião disseram que estavam em processo de aplicar

o PIA, mas necessitavam de capacitações.

São Luís Sim. Problemas com o tempo curto para preenchimento e envio.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM62

São Paulo Sim. Elaboração do Plano com participação do adolescente e da

família.

Dificuldade de compreensão da metodologia do PIA pelo o

executor das medidas.

Teresina Sim. O prazo de 15 dias a partir da entrada do adolescente no

Programa, para a realização do PIA foi considerado insuficiente.

Vitória Sim. Oficinas e Reuniões sobre metodologia de Aplicação do PIA

foram realizadas pela Gestão Central e pela II Vara da Infância

e Juventude com o objetivo de sanar dúvidas quanto o

preenchimento do Plano. Número elevado de PIAs indeferidos em

decorrência do modelo de relatório que eram preenchidos pela

equipe técnica antes da aprovação da Lei do SINASE.

Aplicação do PIA em curto espaço de tempo.

PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO —PIA — RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS

Aracaju

• Atender os responsáveis pelos adolescentes com mais constância.

• Criar mais parcerias com instituições que realizam cursos profissionalizantes.

Belém

• Finalizar a elaboração do instrumental para aplicação por todas as Unidades de Atendimento na capital.

• Investir em capacitações permanentes da equipe do Sistema Socioeducativo de Belém (LA, PSC e LAC)

para o correto preenchimento e acompanhamento do PIA.

Belo Horizonte

• Aprimoramento do PIA com todos os atores do sistema de garantia de direitos.

• Articulação da coordenação do programa de atendimento com os outros setores da rede de

atendimento para realização de reuniões mensais dos técnicos da ponta para construção do PIA dos

adolescentes.

• Monitoramento e avaliação periódicos do instrumento com todos os atores dos sistemas de garantia

direitos.

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63Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Campo Grande

• Incorporação de novos profissionais nas equipes técnicas para que o PIA seja desenvolvido no prazo

estabelecido pela Lei.

• Articulação do Programa de Atendimento com os demais setores (saúde, educação, cultura, esporte e

lazer) da rede de atendimento socioeducativo para pactuação colaborativa na construção dos PIAs.

• Realização de oficinas, eventos e atendimentos psicossociais com as famílias com objetivo de

aproximação dos responsáveis no desenvolvimento e pactuação do PIA.

• Realização de reuniões de monitoramento e avaliação periódicas dos PIAs com todos os setores da rede

de atendimento socioeducativo.

Cuiabá

• Construção e Homologação do PIA com todos os atores do sistema de garantia de direitos.

• Realização de capacitações e oficinas de trabalho com a equipe técnica para aprimoramento das

práticas e metodologias de atendimento.

• Supervisão, Monitoramento e avaliação periódicos do instrumento com a coordenação do programa de

atendimento com os CREAS.

Curitiba

• Embora o PIA contemple os objetivos pedagógicos a serem atingidos durante o cumprimento da

medida, com a participação efetiva do adolescente e responsáveis, observou-se que ainda não insere o

adolescente em sua comunidade.

Distrito Federal

• Os setores envolvidos com os adolescentes, a escola, o centro onde ele realiza o PSC, a saúde etc.,

deveriam, acordando com a Secretaria, participar da elaboração do PIA. Assim o processo ficaria mais

“democratizado”, e o adolescente seria visto em sua integralidade.

• Contratação/remanejamento de pessoal técnico para que o PIA possa ser realizado, com a atenção que

ele necessita.

• “A frequência e a proximidade com o adolescente e sua família deveriam ser maiores — para

elaboração mais qualificada do PIA”. — coordenadora unidade.

• A instalação das UAMAs em local com espaço físico adequado para atendimento individualizado.

Florianópolis

• Incentivo a utilização do PIA como projeto de prospecção de vida para o adolescente. Incorporar o

instrumento para nortear o processo socioeducativo.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM64

Fortaleza

• Realização de concurso público para contratação de profissionais para atuar na execução das medidas

socioeducativas em meio aberto, em quantidade compatível com a preconizada pelo SINASE e com

qualificação adequada ao trabalho a ser desempenhado.

• Substituir os veículos alugados por veículos próprios do poder público municipal ou por veículos que não

tenham quilometragem restrita, a fim de propiciar a rotina das visitas domiciliares e também a visita

aos parceiros do Programa/Serviço.

Goiânia

• Investimento na estrutura física e de pessoal para que a abordagem individualizada seja viável,

incluindo-se o estudo de caso.

João pessoa

• Atender os responsáveis pelos adolescentes com mais constância.

• Criar mais parcerias com instituições que realizam cursos profissionalizantes.

Macapá

• O PIA não era realizado antes de 2011 e passou a ser feito de forma sistemática a partir dessa data,

para todos os adolescentes. O modelo de PIA foi sendo ajustado ao longo do tempo, para melhorar a

sua aplicação. Não há recomendações especificadas para o PIA no quadro do relatório desta capital.

Maceió

• Desenvolvimento de atividades com familiares.

• Descentralização do serviço ou medidas para facilitar acesso dos adolescentes à Unidade.

• Instituir mais parcerias com instituições que realizam cursos profissionalizantes.

• Descentralização do serviço para que os adolescentes que residam em bairros afastados possam ter

maior acesso e o Programa/Serviço e haja maior contato com a comunidade ou estratégias de facilitar

acesso dos adolescentes a esta unidade.

Manaus

• Estruturar o Programa de medidas socioeducativas do Município, de modo a garantir uma equipe técnica

com suficiente número de profissionais, que possa realizar todos os PIAS dos adolescentes que cumprem

LA e PSC.

• Qualificar e capacitar a equipe técnica municipal para a realização e acompanhamento do PIA, dando

destaque ao papel dos adolescentes e familiares neste processo.

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65Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Natal

• Elaboração de planejamento e logística para o atendimento por parte da unidade.

• Maior ventilação da unidade de atendimento.

Palmas

• Construção e Homologação do PIA com todos os atores do sistema de garantia de direitos.

• Supervisão, Monitoramento e avaliação periódicos do instrumento com a entidade gestora do programa

de atendimento.

Porto Alegre

• Esclarecimento sobre as datas imposto para realização do PIA. “Para os entrevistados, a lei atual

engessa o trabalho dos técnicos e a efetividade dos PIAs ao obrigar que eles sejam indistintamente

realizados em um prazo de quinze dias”.

Porto Velho

• Para que sejam feitos esforços para a elaboração do PIA, conforme prevê o SINASE, com a participação

da equipe técnica, do adolescente e da sua família.

Recife

• Atender os responsáveis pelos adolescentes com mais constância.

• Intensificar atividades em grupos com os adolescentes por meio de oficinas e diálogos.

• Instituir mais parcerias com instituições que realizam cursos profissionalizantes.

• Aumentar equipe de orientadores e “oficineiros”.

Rio Branco

• Estruturar o Programa de medidas socioeducativas do Município, de modo a garantir uma equipe técnica

com suficiente número de profissionais, que possa realizar todos os PIAS dos adolescentes que cumprem

LA e PSC.

• Qualificar e capacitar a equipe técnica municipal para a realização e acompanhamento do PIA.

Rio de Janeiro

• Estruturar o Programa de medidas socioeducativas do Município, de modo a garantir uma equipe técnica

com suficiente número de profissionais, que possa realizar todos os PIAS dos adolescentes que cumprem

LA e PSC.

• Qualificar e capacitar a equipe técnica municipal para a realização e acompanhamento do PIA.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM66

Salvador

• Debate com governos federal, estadual e municipal sobre a estrutura de gestão que deve haver para

garantir repasses financeiros.

São Paulo

• Capacitação dos técnicos das instituições executoras de LA e PSC.

Vitória

• Revisão da metodologia do PIA tendo como parâmetro a Lei do SINASE.

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67Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

7. SISTEMAS DE MONITORAMENTO E AVALIAçãO

Foi analisada a existência de rotinas de monitoramento e avaliação do atendimento com

ênfase nos agentes envolvidos em tais processos, bem como os instrumentos mobilizados e

o uso dos resultados.

A pesquisa quantitativa apontou para a existência de um sistema de M&A em 24 Programas,

na maioria dos casos com periodicidade mensal (16) para a realização de avaliações.

Nos últimos seis meses do ano de 2012, 24 gestores informaram que foi realizada alguma

avaliação, sendo os principais participantes técnicos dos programas de atendimento (13),

gestores do sistema socioeducativo (12) e técnicos das organizações parceiras (9). Essa in-

formação também se confirmou na pergunta sobre os atores presentes na última avaliação

realizada. Foi informado por 9 respondentes que as equipes externa e interna participaram,

e 8 relataram que somente a equipe interna do programa está a frente desta atividade.

Entre os instrumentos utilizados na última avaliação destacam-se a sistematização de regis-

tros administrativos (14), o questionário (8) e o grupo focal (7). Já os resultados da avalia-

ção, segundo informado, são usados pela equipe para ajustes do Programa de Atendimento

(21), bem como para ampliação de recursos e apoio (10). Vale aprofundar essa questão haja

vista a diversidade de arranjos institucionais sinalizados a partir das respostas.

Por último, cabe destacar que quanto ao acompanhamento de egressos, 19 dos respondentes

informaram que essa atividade não acontece, o que demonstra uma fragilidade do acompa-

nhamento dos adolescentes após encerramento do cumprimento da medida.

Observou-se no geral que existem rotinas de avaliação e monitoramento nos processos de-

senvolvidos pelos diversos órgãos e entidades analisados que não se desenvolvem de forma

sistêmica. Foram identificados distintos instrumentos de monitoramento, prazos e fluxos.

No que diz respeito aos aspectos positivos e aos entraves referentes ao tema, os entrevista-

dos sinalizaram na pesquisa qualitativa o seguinte:

• A utilização do SIPIA/SINASE como ferramenta de monitoramento das equipes técnicas

dos CREAS.

• Uso de softwares para modernização e visitas esporádicas do MP às Unidades de Atendimento

em meio aberto, reuniões de monitoramento, supervisão e elaboração de relatórios etc.

Contudo a inexistência de sistemas de monitoramento foi apontada como entraves, bem

como a ausência de articulação entre os diversos agentes nos processos de monitoramento;

ausência de recursos humanos e financeiros para viabilizar tais processos; a falta de divul-

gação dos resultados desses processos e; as avaliações externas sem a participação do Mu-

nicípio ou programa.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM68

QUADRO 8 - ROTINAS DE M&A

CAPITAIS ROTINAS DE M&A INSTRUMENTOS DE

M&A

AGENTES

ENVOLVIDOS NAS

ROTINAS DE M&A

ASPECTOS

RELEVANTES

Aracaju Reuniões semanais entre

equipe da unidade e

equipe gestora.

Relatórios mensais para

juizado.

Reuniões, relatórios

mensais para juizado

e MDS.

Equipe do

CREAS, gestores

da Secretaria

Municipal,

juizado.

Belém CREAS, LA, PSC

têm todas as suas

informações registradas

em planilhas,

relatórios e reuniões.

No Polo UNAMA há

um vasto registro dos

atendimentos realizados,

com monitoramento

frequente dos

dados relativos aos

adolescentes. O Polo

Yvon Costa possui

poucas informações

sistematizadas sobre

os atendimentos

realizados.

Levantamento

quantitativo dos

atendimentos e

reuniões de equipe.

Técnicos dos

CREAS, técnicos

do Polo UNAMA

e Yvon Costa

e Gestores

Municipais.

Não há um sistema

de monitoramento

e avaliação para o

acompanhamento

do atendimento

socioeducativo em

Belém.

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69Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Belo

Horizonte

Realização de

reuniões quinzenais

com as unidades de

atendimento na GECMES

para avaliação dos casos

de atendimento.

Existência de

uma Gerência

de Informação,

Monitoramento e

Avaliação dentro da

Secretaria Adjunta

de Assistência Social

que possui um sistema

de informações

(SIGPS) alimentado

periodicamente

pelas unidades de

atendimento.

Gestores

Municipais e

técnicos dos

CREAS.

Falta de autonomia da

GECMES e das unidades

de atendimento

para gerar relatórios

no SIGPS. Como

observado na etapa

quantitativa, assim

como pela entrevista

com a coordenadora do

programa, o sistema é

gerenciado por outra

coordenação e, por

isso, a equipe das MSE

só consegue inserir os

dados e ausência de

compartilhamento de

informações entre os

atores do sistema de

garantia de direitos.

Boa Vista Reuniões de Equipe do

CREAS e aplicação do

PIA.

Existência de

distintas formas de

monitoramento do

atendimento com

o uso de diversos

instrumentos.

O PIA é destacado

como um importante

ferramenta para o

acompanhamentos

realizado através do

Plano Individual de

Atendimento .

Equipe técnica

do CREAS.

Os depoimentos revelam

micro sistemas de

monitoramento que se

bem articulados podem

ser bastante efetivos

no acompanhamento

do adolescente e nos

processos que envolvem

os agentes envolvidos

na execução.

Page 71: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM70

Campo

Grande

Realização de reuniões

semanais com as equipes

de cada CREAS para

avaliação dos atendimentos

e estudo de casos.

Os CREAS realizam

um levantamento

quantitativo mensal do

número de adolescentes

atendidos.

Entrega de relatórios

psicossociais trimestrais

dos adolescentes ao

Juiz, MP e Defensoria.

Realização de avaliação

dos cursos oferecidos

aos adolescentes.

Reuniões semanais,

relatórios

psicossociais,

levantamentos

quantitativos.

Técnicos dos

CREAS, Gestores

Municipais, Juiz,

MP e Defensoria.

Falta de

compartilhamento

de informações dos

atendimentos entre os

agentes do sistema de

garantia de direitos.

Cuiabá Utilização do SIPIA

SINASE como ferramenta

de monitoramento do

atendimento das equipes

técnicas dos CREAS.

Sistema SIPIA SINASE. Técnicos

dos CREAS

e Gestores

Estaduais.

Inexistência de

um sistema de

monitoramento e

avaliação do programa

de atendimento.

Ausência de reuniões

periódicas de

monitoramento

e avaliação dos

atendimentos entre

a coordenação

do programa de

atendimento e os

CREAS.

Ausência de

compartilhamento de

informações entre os

agentes do sistema de

garantia de direitos.

Page 72: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

71Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Curitiba Reuniões mensais da

equipe técnica.

Sistema SUAS WEB.

Relatórios mensais

para governo federal e

juizado.

Equipe do

CREAS, gestores

e juizado.

Implementação do

PROJUDI que facilita o

acompanhamento pela

Vara da Infância dos

PIAs elaborados pelos

técnicos dos CREAS.

Distrito

Federal

Há um sistema

de informação

do adolescente

em cumprimento

de medidas

socioeducativas,

o que facilita a

integração do sistema,

e o levantamento de

informações relativas ao

adolescente dentro do

sistema (ex. progressão)

A Subsecretaria do

Sistema Socioeducativo

da Secretaria de Estado

da Criança, envia para

o juizado “uma sinopse

estatística extensa com

bastantes dados” —

Juíza.

O MP faz visitas as

UAMAS e avaliação dos

relatórios encaminhados

e depois faz a cobrança

para a regularização

da situação junto à

secretaria.

Sistema de informação

de dados quantitativos

e visitas as unidades

de atendimento.

Técnicos das

UAMAS, gestores

distritais, MP e

Juízes.

A gestora distrital

coloca que o

sistema precisa ser

aperfeiçoado, é ainda

ineficiente.

“Tem que ter uma

sistematização dos

resultados, uma

avaliação dos resultados

e uma reavaliação

da estratégia

permanentemente,

coisa que não tem,

entendeu? Pode ter

aqui na burocracia

dos números, mas na

prática lá não tem” —

Secretária.

Page 73: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM72

Florianópolis Reunião entre equipe do

programa.

Relatório para MDS. Equipe do

CREAS.

Há um roteiro, um

guia para as visitas e

condução da reunião

com a equipe gestora.

Esta avaliação é

feita nos Municípios

que receberam

financiamento do

MDS, que exige o

acompanhamento

e o envio de um

relatório que é

postado no sistema.

Os entrevistados não

souberam avaliar se

o monitoramento já

impactou positivamente

o Serviço porque

não se tem um

acompanhamento

sistemático pelo o

Município. Esse é de

responsabilidade do

Estado.

Fortaleza Acompanhamento

e documentação

do progresso dos

adolescentes, por meio

de relatórios.

Relatórios mensais

para o Juizado.

Equipe do

Programa de

MSE-MA.

Equipe do

judiciário.

O Judiciário possui

um sistema de

monitoramento em

separado, na Vara

de Execuções, em

funcionamento desde

a época que antecede

a municipalização das

MSE.

Page 74: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

73Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Goiânia O programa possui um

banco de dados com

informações dos CREAS

relativas ao Atendimento

socioeducativo

O Programa realiza

avaliação interna,

que conta com a

participação dos

adolescentes atendidos

e familiares.

Banco de dados

quantitativo e

relatos qualitativos

dos adolescentes

atendidos.

Técnicos dos

CREAS, gestores

municipais e

adolescentes.

Alguns CREAS não

possuem n° adequado

de funcionários para

que possa ser feita

sistematização de

dados.

A Secretaria de

Cidadania e Trabalho

do Estado de Goiás,

também está com falta

de pessoal técnico

para realização de

monitoramento.

João Pessoa Reunião mensal entre a

equipe do CREAS;

Prestação de contas (por

meio de relatórios ao

MDS e Estado).

Relatórios mensais

para MDS, Estado e

Juizado.

Equipe do

CREAS, gestores

da Secretaria

Municipal,

juizado.

Macapá O Município vem

executando o

monitoramento através

de reuniões periódicas

com os técnicos e a

emissão de relatórios

mensais e trimestrais dos

atendimentos realizados

na Unidade. No entanto,

não há um sistema

de monitoramento

e avaliação do

atendimento

socioeducativo,

mesmo com todos os

dados disponíveis nos

relatórios.

Reuniões periódicas e

relatórios mensais e

trimestrais.

Técnicos do

CREAS e gestor

municipal.

Não há um sistema

de monitoramento

e avaliação do

atendimento

socioeducativo.

O Departamento

responsável pela

Proteção Social Básica

e pela Proteção

Social Especial conta

apenas com uma

funcionária, o que

inviabiliza a inserção

de novas ações, como

o monitoramento e

avaliação.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM74

Maceió Relatórios enviados ao

judiciário.

Prestação de contas (por

meio de relatórios ao

MDS).

Relatórios mensais. Equipe do

CREAS.

Indicação de uma

parceria com a

Universidade Federal

de Alagoas para

realizar uma pesquisa

diagnóstica do perfil

dos adolescentes

atendidos no serviço e

que a partir disso será

possível organizar as

informações do serviço/

programa, bem como

subsidiar instrumentos

de avaliação e

monitoramento.

Manaus A GEASE tem um bom

instrumental de coleta

de dados sobre os casos

atendidos, monitorando

as unidades através de

relatórios periódicos e

visitas.

Levantamento

quantitativo e

relatórios periódicos.

Técnicos e

Gestores

Estaduais.

O MP faz o

monitoramento do

processo judicial,

o que também é

feito pela equipe de

acompanhamento

jurídico do GEASE.

Não havia sistema

de monitoramento

e avaliação para a

execução das MSE-MA,

enquanto sistema. As

ações de coleta de

dados acontecem, mas

não há avaliação.

Natal Não existe uma rotina

fixa.

Relatórios.

Reuniões.

Equipe técnica.

Page 76: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

75Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Palmas A unidade de

atendimento realiza

um levantamento

quantitativo mensal do

número de adolescentes

atendidos e são feitos

relatórios trimestrais

do atendimento para a

Diretoria de Proteção

Social Especial.

Levantamento

quantitativo e

relatórios trimestrais.

Técnicos da

Coordenadoria

de Medidas

Socioeducativas

e Gestores

Municipais.

Inexistência de

um sistema de

monitoramento e

avaliação do programa

de atendimento.

Ausência de

compartilhamento de

informações entre os

atores do sistema de

garantia de direitos.

Porto

Alegre

Não existe uma rotina

fixa.

Relatórios.

Reuniões.

Equipe técnica. Existência de

monitoramento

interno feito pela

FASC, e também um

externo feito pelo

judiciário. Existência e

alimentação do banco

de dados Sistema de

Informação Adolescente

Socioeducativo, no qual

todo adolescente é

cadastrado e que pode

oferecer os números

gerais em torno das

MSE-MA. Monitoramento

e avaliação realizados

externamente são

apontados como um

problema, pois não

reflete as demandas mais

especificas da gestão das

medidas socioeducativas.

Page 77: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM76

Porto Velho A Coordenadora do

Programa da SEMAS

colocou que realizam

semestralmente

avaliação do Programa,

por meio de formulários

e relatórios.

Formulários e

relatórios periódicos.

Técnicos do

Programa de

Atendimento,

Gestores

do Sistema

Socioeducativo

e Gestores do

Programa.

O monitoramento

realizado pela

Secretaria Estadual

ainda não produz

nenhum diagnóstico,

pois não há

sistematização das

informações.

O Programa de

Atendimento não está

inscrito no SIPIA/

SINASE.

Recife A fiscalização é feita

pelo Tribunal de Justiça,

pela equipe técnica

interdisciplinar do NEMA

— Núcleo de Juízo de

Execução das Medidas

Socioeducativas em Meio

Aberto.

Reuniões entre equipe

do juizado e equipe

CREAS.

Relatórios enviados ao

juizado.

Equipe técnica.

Juizado.

Rio Branco No Instituto

Socioeducativo do

Acre a Coordenação

do Programa de LA

faz o monitoramento

das ações, desde a

documentação até

a aplicação da MSE,

através de reuniões

periódicas e da

alimentação de um

banco de dados. Na

Secretaria de Assistência

Social não havia sistema

de monitoramento e

avaliação para a PSC,

por total falta de

recursos financeiros e

humanos.

Banco de dados

com o quantitativo

dos atendimentos e

realização de reuniões

periódicas.

Gestores e

Técnicos

Estaduais.

A medida de PSC não

possui nenhum tipo

de acompanhamento

mais sistemático dos

adolescentes atendidos.

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77Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Rio de

Janeiro

Relatórios mensais.

Reuniões mensais.

Visitas dos gestores a

unidades.

Relatórios.

Reuniões.

Equipe do

CREAS, gestores

da Secretaria

Municipal,

juizado.

Realização do

monitoramento e

avaliação das medidas

pela Gestão Central.

Desconhecimento

do monitoramento

e dos dados que

são produzidos pelo

Município por parte

do Ministério Público

e os demais atores

envolvidos.

Salvador Não existe uma rotina

fixa.

Relatórios internos

eventuais para a

Secretaria.

Equipe técnica.

São Luís Relatórios mensais.

Reuniões mensais.

Cada unidade de

execução elabora

relatórios mensais e

trimestrais das ações

realizadas pela equipe

técnica do CREAS,

que se consolidam

no relatório anual de

atividades.

Reuniões mensais

entre a equipe

Equipe técnica.

Juizado.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM78

São Paulo Relatórios mensais.

Reuniões mensais.

Relatórios.

Reuniões.

ONGs,

secretaria,

juizado.

O monitoramento

do Serviço de MSE/

MA executados pelas

Organizações Não

Governamentais

é realizado pela

Coordenadoria do

Observatório de Políticas

Sociais, composta pelo

Centro de Pesquisa e

Produção da Informação;

Centro de Avaliação

e Monitoramento

e o Centro de

Geoprocessamento.

Teresina Visita da equipe técnica

da SEMTCAS.

Relatório final anual,

que tem como

referência o plano de

ação anual da ASA-LAC.

Envio mensal de

relatório das atividades.

O MP faz fiscalização

semestral do Programa

executado pelos CREAS.

A SEMTCAS faz

avaliação semestral

dos CREAS por meio

da sistematização

de registros

administrativos e

instrumental do SAGI/

SNAS.

SEMTCAS,

Conselho

Municipal e

SASC.

Ministério

Público.

Vitória Relatórios mensais.

Reuniões semanais.

São realizadas

reuniões semanais

das coordenadoras

e dos técnicos dos

CREAS com a Gestão

em Nível Central.

Nessas reuniões são

realizadas avaliações,

estudos de caso e

pactuações de fluxos.

Equipe CREAS,

gestão, estado,

juizado.

Realização de reuniões

quinzenais de avaliação

e estudos de caso com

as coordenadoras dos

CREAS e Gestora das

Medidas Socioeducativas

do Município. Todos os

registros são realizados

em planilhas de Excel.

Inexistência de índices

de reincidências.

Page 80: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

79Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

SISTEMA DE MONITORAMENTO E AVALIAçãO — RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS

Aracaju

• A metodologia de monitoramento e avaliação, bem como seus indicadores precisa ser aprimorada.

• Adotar um instrumento regular de monitoramento e avaliação Seria muito importante ter um sistema

integrado.

• Aproveitar a existência do NEMA para potencializar ações ligadas a avaliação e monitoramento, e não

somente a fiscalização, indicando um potencial de intersetorialidade das ações.

• Realização de avaliação grupal junto aos adolescentes e familiares.

• Criação de instrumentos para sistematizar o monitoramento do Programa.

Belém

• Construção de um sistema de monitoramento e avaliação para acompanhamento do atendimento

socioeducativo.

Belo Horizonte

• Construção de um sistema de monitoramento e avaliação autônomo para gerenciamento da equipe das

medidas socioeducativas.

• Realização de reuniões mensais de monitoramento e avaliação com todos os atores do sistema de

garantia de direitos de BH.

• Compartilhamento e Comunicação entre o sistema de monitoramento e avaliação do meio fechado com

o meio aberto.

Campo Grande

• Realização de reuniões mensais de monitoramento e avaliação com todos os atores do sistema de

garantia de direitos em Campo Grande.

• Compartilhamento e Comunicação entre o sistema de monitoramento e avaliação do meio fechado com

o meio aberto.

Cuiabá

• Construção de um sistema de monitoramento e avaliação com dados quantitativos e qualitativos do

atendimento socioeducativo do programa de atendimento socioeducativo em meio aberto.

• Realização de reuniões mensais de monitoramento e avaliação da coordenação do programa de

atendimento com as unidades de atendimento.

• Realização de reuniões periódicas de monitoramento e avaliação com todos os atores do sistema de

garantia de direitos em Cuiabá.

• Compartilhamento e Comunicação entre o sistema de monitoramento e avaliação do meio fechado com

o meio aberto.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM80

Curitiba

• Publicização das informações produzidas sobre a execução das medidas em meio aberto de forma

continua e com ampla divulgação entre os atores envolvidos com a execução.

Distrito Federal

• É necessário capacitar a equipe para utilização do software de monitoramento e avaliação. — Gestora

Distrital.

• Para que o Conselho Nacional do Ministério Público crie um relatório padrão para o Brasil inteiro

para a avaliação do meio aberto, conforme criou para o meio fechado. Com avaliação bimestral e

encaminhamento para o Conselho Nacional do MP e corregedorias.

Goiânia

• Contratação de funcionários administrativos para trabalho de sistematização de informações relativas

ao atendimento nos CREAS.

• Contratação de técnicos para a Gerência de Proteção Social Especial da Secretaria de Cidadania e

Trabalho do Estado de Goiás.

Macapá

• Criar um sistema de monitoramento e avaliação do atendimento socioeducativo.

• Estruturar o Departamento responsável pela Proteção Social Básica e pela Proteção Social Especial, de

modo a garantir uma equipe técnica que possa operar o sistema de monitoramento e avaliação.

Manaus

• Criar um sistema de monitoramento e avaliação do atendimento socioeducativo.

• Estruturar o futuro Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto do Município, de modo a

garantir uma equipe técnica que possa operar o sistema de monitoramento e avaliação.

Palmas

• Construção de um sistema de monitoramento e avaliação com dados quantitativos e qualitativos do

atendimento socioeducativo do programa de atendimento socioeducativo em meio aberto.

• Realização de reuniões mensais de monitoramento e avaliação com todos os atores do sistema de

garantia de direitos em Palmas.

• Compartilhamento e Comunicação entre o sistema de monitoramento e avaliação do meio fechado com

o meio aberto.

Page 82: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

81Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Porto Velho

• Inscrição do Programa no SIPIA/SINASE.

• Criação pelo Programa de Atendimento de um sistema de informação do atendimento socioeducativo no

Município, de forma fornecer dados para a realização de um diagnóstico do Atendimento Socioeducativo

em Meio Aberto.

Recife

• Aproveitar a existência do NEMA para potencializar ações ligadas à avaliação e monitoramento, e não

somente a fiscalização, indicando um potencial de intersetorialidade das ações.

• Realização de avaliação grupal e familiar junto aos adolescentes.

• Criação de instrumentos para sistematizar o monitoramento do Programa.

Porto Alegre

• Realização de monitoramento da ação intersetorial e não apenas do órgão que executa as medidas em

meio aberto.

• Realização de avaliação junto aos adolescentes e familiares.

• Aprimoramento da metodologia de monitoramento e avaliação, bem como os indicadores utilizados.

Rio Branco

• Criar um sistema de monitoramento e avaliação do atendimento socioeducativo.

• Estruturar o Programa de medidas socioeducativas do Município, de modo a garantir uma equipe técnica

que possa operar o sistema de monitoramento e avaliação.

Rio de Janeiro

• Realização de reuniões sistemáticas para divulgação dos dados produzidos pelo Município.

São Paulo

• Maior participação no acompanhamento do dia a dia das instituições executoras através da realização

de visitas e acompanhamento das atividades pela equipe dos CREAS.

• Publicização das informações coletadas pela gestão em nível central.

Vitória

• Definição de indicadores de avaliação e criação de banco de dados para monitoramento do serviço.

Page 83: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM82

8. PARCERIAS

A parceria com entidades públicas e privadas é de fundamental importância para a viabili-

zação do atendimento socioeducativo, principalmente no caso da medida de prestação de

serviços à comunidade.

Assim, no intuito de identificar e caracterizar essas parcerias investigou-se junto aos diversos

agentes entrevistados a natureza e a finalidade das parcerias (atividades desenvolvidas) e

entidades envolvidas, as formas de supervisão e acompanhamento e experiências relevantes.

Entre os aspectos positivos sobre esse assunto destacam-se a atuação de alguns agentes do

sistema como a Defensoria Pública; a diversidade de entidades que oferecem oportunidades

de atividades para os adolescentes; a existência de instrumento de formalização da parceria.

Ao mesmo tempo, os pontos sinalizados como positivos anteriormente também foram con-

siderados em sua fragilidade uma vez que os entrevistados sinalizaram o predomínio de

encaminhamento de adolescentes pelo CREAS para prestar serviços em igrejas (“ajuda” ao

pastor, faxina etc.); falta de vagas para locais de cumprimento da PSC; a ausência de uma

capacitação periódica para as equipes ou educadores de referência nas entidades que rece-

bem os adolescentes para cumprimento de PSC, assim como de um acompanhamento siste-

mático (ou supervisão) e de relatórios das atividades desenvolvidas; o preconceito com os

adolescentes nos locais de PSC; a inexistência de formalização do vínculo entre as unidades

e as entidades parceiras.

QUADRO 9 - PARCERIAS

CAPITAIS FINALIDADE

DA PARCERIA

EXISTENTE

ATIVIDADES

DESENVOLVIDAS NO

ÂMBITO DA PARCERIA

VOLTADAS PARA OS

ADOLESCENTES

TIPO DE ENTIDA-

DE ENVOLVIDA

NA RELAçãO DE

PARCERIA

SUPERVISãO E

ACOMPANHAMENTO

Aracaju Termo de parceria

para atividades

de Prestação

de Serviço à

Comunidade (PSC).

PSC - rotinas

administrativas,

atendimento nas

escolas e unidades de

saúde.

CRAS, Unidades

Básicas de Saúde

(UBS), Escolas

Estaduais e

organizações não

governamentais.

Acompanhamento

realizado por meio de

reuniões periódicas com

a equipe da entidade

parceria.

Page 84: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

83Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Belém Na PSC os

parceiros são,

em sua maioria,

outros órgãos da

administração

pública municipal,

que auxiliam

no trabalho de

socioeducação dos

adolescentes em

cumprimento da

medida.

Na PSC os parceiros são,

em sua maioria, outros

órgãos da administração

pública municipal, em

que os adolescentes

realizam um trabalho

por 4 a 6 horas

semanais, nas ocasiões

que não atrapalhem sua

frequência escolar.

Defensoria Pública,

o Ministério Público

e o Centro Social

Santa Edwiges e a

própria FUNPAPA.

Dentre as parcerias

citadas, a Defensoria

Pública é considerada

um exemplo de

experiência exitosa. O

Núcleo Especializado de

Atendimento à Criança

e ao Adolescente da

Defensoria Pública

recebe adolescentes

para cumprimento

de PSC e tem toda

uma metodologia

para acolhimento e

acompanhamento da

execução da medida.

Nenhuma outra forma

de acompanhamento da

execução das medidas

foi mencionada.

Belo

Horizonte

As parcerias

estabelecidas

no âmbito do

serviço de medidas

socioeducativas

de Belo Horizonte

possuem alcance

tanto no poder

público, através

da oferta de vagas

para cumprimento

da PSC, quanto

da sociedade

civil, mediante

a mobilização

para a adesão

do programa de

orientador social

voluntário da LA.

Os adolescentes

que estão neste

cumprimento realizam

um trabalho por 4

a 6 horas semanais,

em ocasiões que

não atrapalhem sua

freqüência escolar. A

atuação do adolescente

em cumprimento

de PSC se limita a

auxiliar os monitores

na mediação dos jogos,

na disposição dos

materiais de apoio e na

distribuição de lanches.

Segundo, o parceiro

entrevistado, o projeto

recebe por ano, média

de 3 adolescentes em

execução da medida.

Secretarias de

Educação, Saúde e

Esporte e Lazer e

entidades da Rede

Privada.

Falta de um

acompanhamento

sistemático ou

supervisão aos

parceiros de PSC e da

LA e ausência de um

modelo de relatório das

atividades desenvolvidas

com os adolescentes

pelas instituições

parceiras.

Page 85: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM84

Boa Vista Os depoimentos

revelaram como

acontece a

confirmação da

parceria com

as escolas, o

sistema S e outras

entidades, sob

coordenação da

secretaria e do

CREAS.

Existência de

entidades parceiras

para recebimento

dos adolescentes em

cumprimento de PSC

e para absorção nas

oportunidades de

trabalho (SINE, SETRAB)

e profissionalização

(SENAI).

Hospitais e Escolas. Acompanhamento

realizado por meio de

reuniões periódicas com

a equipe da entidade

parceira.

Campo

Grande

Na PSC os

parceiros são,

em sua maioria,

outros órgãos da

administração

pública municipal,

que auxiliam

no trabalho de

socioeducação dos

adolescentes em

cumprimento da

medida. Também

foi firmada uma

parceria, na

modalidade de

convênio, em que a

prefeitura comprou

alguns cursos de

profissionalização

para os

adolescentes em

cumprimento

de medidas

socioeducativas.

Na PSC os parceiros são,

em sua maioria, outros

órgãos da administração

pública municipal, em

que os adolescentes

realizam um trabalho

por 4 a 6 horas

semanais, nas ocasiões

que não atrapalhem sua

frequência escolar.

Na parceria com

o Sistema S, os

jovens têm aulas

semanais, dividas

em módulos, para a

profissionalização.

PSC: Escolas, Postos

de Saúde, CRAS.

Cursos

profissionalizantes

do Sistema S: SENAI

e SENAC.

Foi observada uma

fragilidade do

acompanhamento e

no tipo de atividade

desenvolvida na

prestação de serviço

à comunidade. Não

há participação

dos parceiros na

elaboração de relatórios

de avaliação do

adolescente, ou mesmo

no PIA, assim como não

existem capacitações

periódicas com as

equipes e/ou o educador

de referência que

recebem os adolescentes

para cumprimento da

medida.

Page 86: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

85Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Cuiabá Na PSC os

parceiros são,

em sua maioria,

outros órgãos da

administração

pública municipal,

que auxiliam

no trabalho de

socioeducação dos

adolescentes em

cumprimento da

medida.

Na PSC os parceiros são,

em sua maioria, outros

órgãos da administração

pública municipal, em

que os adolescentes

realizam um trabalho

por 4 a 6 horas

semanais, nas ocasiões

que não atrapalhem sua

frequência escolar.

Escolas, Postos de

Saúde, Museu do

Rio, Zoológico.

Verificou-se que

a participação

e a colaboração

deste parceiro

na elaboração de

relatórios de avaliação

do adolescente, ou

mesmo no PIA, é

superficial. Não existe

nenhuma capacitação

ou encontro periódico

da equipe técnica

com os educadores de

referência da PSC.

Curitiba Parcerias em PSC e

nas atividades de

capacitação.

Na saúde a atuação

do adolescente está

vinculada atividades de

caráter administrativo.

Já nas escolas,

os adolescentes

desenvolvem atividades

de contadores de

história. Contudo, é

importante destacar

que as parcerias de PSC

ainda estão no âmbito

municipal.

Ministério Público,

3ª Vara da Infância

e da juventude,

Conselho Estadual

dos Direitos e do

Adolescente e

Organizações Não

Governamentais.

Acompanhamento

realizado por meio de

reuniões periódicas com

a equipe da entidade

parceira.

Page 87: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM86

Distrito

Federal

Na PSC os

parceiros são,

em sua maioria,

outros órgãos da

administração

pública municipal,

que auxiliam

no trabalho de

socioeducação dos

adolescentes em

cumprimento da

medida.

Na PSC os parceiros são,

em sua maioria, outros

órgãos da administração

pública municipal, que

auxiliam no trabalho

de socioeducação

dos adolescentes

em cumprimento da

medida.

Hortas das Escolas,

o Hospital Sarah

Kubistchek, o

Centro Olímpico, o

Jardim Zoológico,

o Jardim Botânico

e administrações

regionais. Não é em

todos os locais que

os jovens prestam

serviço em cargos

administrativos,

atuam também

como guia, no

cuidado com

os animais no

zoológico, auxiliam

na elaboração de

oficina de fotografia

no Jardim Botânico,

e no auxílio aos

profissionais que

cuidam dos doentes

no Hospital.

Houve uma ampliação

do n° vagas para

cumprimento de PSC, de

430 por ano, para 1840.

O funcionário da

instituição parceira faz

o acompanhamento de

PSC; ele foi identificado

por alguns entrevistados

como orientador

socioeducativo, e

é capacitado para

o trabalho com o

adolescente por técnico

da equipe da UAMA.

O acompanhamento

da UAMA do PSC é

feito mensalmente,

quinzenalmente ou

semanalmente.

Vale acrescentar que

alguns dos locais exigem

um perfil de adolescente

restrito, como o Hospital

Sarah Kubistchek, que

não aceita adolescente

com envolvimento com

drogas ou escolaridade

inferior aos últimos anos

do Ensino Fundamental.

Florianópolis Convênio com

instituições em

PSC.

Contratação de

profissionais para

acompanhamento de

PSC.

Associação

Florianopolitana de

Voluntários (AFLOV).

Acompanhamento

realizado por meio de

reuniões periódicas com

a equipe da entidade

parceira.

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87Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Fortaleza Assessor

comunitário

responsável

por mapear

o território,

identificando onde

existiam entidades

e organizações que

pudessem receber

os adolescentes,

para fazer as

parcerias.

Sem informação. Sem informação. Sem informação.

Goiânia Na PSC os

parceiros são,

em sua maioria,

outros órgãos da

administração

pública municipal,

que auxiliam

no trabalho de

socioeducação dos

adolescentes em

cumprimento da

medida.

Na PSC os parceiros são,

em sua maioria, outros

órgãos da administração

pública municipal, que

auxiliam no trabalho

de socioeducação

dos adolescentes

em cumprimento da

medida.

Os adolescentes

cumprem PSC no

CRAS, realizando

trabalho

administrativo, em

escolas e, a maioria,

em igrejas, sobretudo

evangélicas,

realizando faxina

e auxiliando o

pastor. A própria

SEMAS também

se confirma como

local de prestação

de serviço, onde

realizam trabalho

administrativo,

a Secretaria de

Esporte e Lazer. A

coordenadora do

Serviço acrescenta

e especifica locais,

como entidades

sem fins lucrativos,

a exemplo da

“Paróquia Sagrada

Família”, “Matriz

de Campinas” e

“Fundação Pró-

Cerrado”.

Os instrumentos

utilizados na execução

do PSC são as fichas

de frequência e de

atendimento e, conversa

com coordenador do

local de prestação de

serviço.

O gerente da Proteção

Social Especial fala

sobre a dificuldade de se

estabelecer parcerias.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM88

João

Pessoa

Parcerias em PSC e

nas atividades de

capacitação.

Na parceria com o

programa Vira Vida

(SESI) os adolescentes

realizam cursos de

capacitação.

SESI.

Postos de saúde.

Acompanhamento

realizado por meio de

reuniões periódicas com

a equipe da entidade

parceira.

Macapá Na PSC os

parceiros são,

em sua maioria,

outros órgãos da

administração

pública municipal,

que auxiliam

no trabalho de

socioeducação dos

adolescentes em

cumprimento da

medida.

Na PSC os parceiros são,

em sua maioria, outros

órgãos da administração

pública municipal, em

que os adolescentes

realizam um trabalho

por 4 a 6 horas

semanais, nas ocasiões

que não atrapalhem sua

frequência escolar.

Escolas, sistema S,

Vara da Infância,

Ministério Público e

CRAS.

Apesar das parcerias

citadas, há pouca

variedade de oferta

de locais para o

cumprimento da PSC.

A grande maioria dos

adolescentes cumpre

a PSC em escolas, mas

nem todos tem o perfil

adequado para isso.

Maceió Parceria na PSC

com escolas.

Apoio administrativo

dos adolescentes que

cumpre PSC nas escolas.

Educação. Reunião com equipe

parceira e relatórios.

Manaus Na PSC os

parceiros são,

em sua maioria,

outros órgãos da

administração

pública municipal,

que auxiliam

no trabalho de

socioeducação dos

adolescentes em

cumprimento da

medida.

As parcerias

acontecem tanto

na oferta de cursos

para os adolescentes

frequentarem, como na

oferta de campo para

cumprimento de PSC.

Escolas, Sistema S,

Igrejas, hospitais e

ONGs.

Os adolescentes que

participaram do grupo

focal e que cumpriam

medida em escolas

públicas demonstraram-

se insatisfeitos com o

tipo de atividade que

tinham que desenvolver,

quase sempre ligadas à

manutenção do espaço,

serviços de limpeza e

arrumação.

Natal Parceria na PSC

e atividades

lazer/cultural e

profissionalizante.

Apoio administrativo

nas escolas, postos de

saúde e atividade no

Instituto Don Bosco.

Instituto Dom Bosco.

Escolas.

Postos de saúde.

Reunião com equipe

parceira e relatórios.

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89Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Palmas Na PSC os

parceiros são,

em sua maioria,

outros órgãos da

administração

pública municipal,

que auxiliam

no trabalho de

socioeducação dos

adolescentes em

cumprimento da

medida.

Na PSC os parceiros são,

em sua maioria, outros

órgãos da administração

pública municipal, em

que os adolescentes

realizam um trabalho

por 4 a 6 horas

semanais, nas ocasiões

que não atrapalhem sua

frequência escolar.

O programa possui

parceria com 25

instituições. As

principais são:

Secretaria Municipal

de Meio Ambiente

e a Secretaria

Municipal de

Segurança, Transito

e Transporte.

Ausência de uma

capacitação periódica

com as equipes e/

ou o educador de

referência que recebem

os adolescentes para

cumprimento de PSC·

Falta de um

acompanhamento

sistemático ou

supervisão aos parceiros

de PSC.

Ausência de um modelo

de relatório das

atividades desenvolvidas

com os adolescentes

pelas instituições

parceiras.

Porto

Alegre

Termo de parceria

com entidades

públicas e

privadas.

Atividades em PSC

(administrativo,

recepção etc.).

Hospitais, creches,

escolas, instituições

públicas,

organizações da

sociedade civil.

Reunião com equipe

parceira e relatórios.

Porto Velho Na PSC os

parceiros são,

em sua maioria,

outros órgãos da

administração

pública municipal,

que auxiliam

no trabalho de

socioeducação dos

adolescentes em

cumprimento da

medida.

Na PSC os parceiros são,

em sua maioria, outros

órgãos da administração

pública municipal, em

que os adolescentes

realizam um trabalho

por 4 a 6 horas

semanais, nas ocasiões

que não atrapalhem sua

frequência escolar.

Centro de Defesa

da Criança e

Adolescente —

CDCA, Escolas

e outras órgãos

municipais.

A parceria com o CDCA

no Projeto Salto para o

Futuro, em que além de

trabalhos administrativos

o adolescente tinha

acesso a palestras, filmes

e outras atividades de

caráter pedagógico

e, havia frequente

participação familiar.

A preocupação da

coordenação do

Programa com o fato

de que a PSC seja de

fato educativa e abra

perspectivas para o

adolescente.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM90

Recife Termo de parceria

e convênio

com diferentes

entidades para

realizar a parceria

na Prestação

de Serviço à

comunidade.

A parceria com o TRT

é na área de restauro

de documentos, para

adolescentes que

cumprem PSC.

A parceria com os

SENAI, SENAC na área

de profissionalização

para todos os

adolescentes.

Nas áreas

administrativas das

escolas (PSC).

Secretaria de

Educação.

PPCAAM (Programa

de Proteção

a Crianças e

Adolescentes

Ameaçados de

Morte).

Secretaria de

Esportes.

PRONATEC.

SENAI, SENAC.

Instituto Felix

Pacheco (IFP).

Tribunal Regional do

Trabalho (TRT).

Reunião com equipe

parceira e relatórios.

Rio Branco Na PSC os

parceiros são,

em sua maioria,

outros órgãos da

administração

pública municipal,

que auxiliam

no trabalho de

socioeducação dos

adolescentes em

cumprimento da

medida.

Na PSC os parceiros são,

em sua maioria, outros

órgãos da administração

pública municipal, em

que os adolescentes

realizam um trabalho

por 4 a 6 horas

semanais, nas ocasiões

que não atrapalhem sua

frequência escolar.

Existem parcerias

firmadas com

escolas, sistema S,

Igrejas, hospitais

e CRAS para o

cumprimento da

PSC.

O atendimento é

acompanhado através

de relatórios e a lista

de presença que as

entidades enviam para

a equipe informando

como está o desempenho

do adolescente. A

coordenação da Casa do

Adolescente reconhece

que há dificuldades a

serem enfrentadas, mas

entende que o trabalho

vem sendo feito.

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91Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Rio de

Janeiro

Realização de PSC.

Cursos

profissionalizantes.

Instituto Homem Novo

que oferece cursos

profissionalizantes;

Atividades em PSC

escolas, postos

de saúde, juizado

(administrativo,

recepção etc.).

Fórum de Justiça,

DETRAN, CEDAE

e Programas

Específicos tais

como Rio Solidário,

Emplacando Vidas,

Projeto Justiça pelos

Jovens, Instituto

Homem Novo.

O acompanhamento

dos adolescentes que

cumprem PSC é feito

da mesma forma de

quem cumpre LA,

além do adolescente

ter que comparecer

na instituição onde

ele vai cumprir a PSC,

ele também tem que

comparecer ao CREAS,

onde o técnico vai

atendê-lo também

semanalmente.

Salvador Termo de parceria

e convênio

com diferentes

entidades para

realizar a parceria

na Prestação

de Serviço à

Comunidade.

Apoio administrativo

na Defensoria (PSC) e

escolas.

Fundação Pierre

Verger.

Defensoria Pública.

Escolas estaduais/

municipais.

Reunião com equipe

parceira.

São Luís Realização de PSC.

Cursos

profissionalizantes.

Atividades

administrativas em

escolas, postos de

saúde.

Cursos

profissionalizantes.

Escolas municipais e

estaduais.

Sistema S.

Conselhos Tutelares.

Centros de Saúde.

Reunião com equipe

parceira e relatórios.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM92

São Paulo Realização de PSC.

Cursos

profissionalizantes.

Atividades

administrativas em

escolas, postos de

saúde.

Cursos

profissionalizantes.

Entidades sociais,

hospitais, escolas,

programas

comunitários ou

outros serviços

governamentais.

Instituto Embeleze

e com o Centro

da Criança e

Adolescente Jardim

Vista Alegre e

Jardim Princesa.

Reunião com equipe

parceira e relatórios.

Teresina Realização de PSC. Adolescentes cumprem

PSC — trabalho

administrativo, faxina,

auxiliam no refeitório e

no setor de informática;

e podem realizar

atividades diversas,

como capoeira,

informática, judô.

CRAS

NAI — Núcleo

de Atendimento

Intergeracional, da

Prefeitura.

Reunião com equipe

parceira e relatórios.

Vitória Realização de PSC. Atividades

administrativas em

escolas, postos de

saúde.

Hospitais, creches,

escolas, instituições

públicas.

Reunião com equipe

parceira e relatórios.

Page 94: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

93Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

PARCERIAS — RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS

Aracaju

• Capacitar os parceiros para a recepção e atendimento do adolescente, de forma a evitar atitude

discriminatória.

• Construir um Plano para captação de novos parceiros interessantes e interessados no/para o Programa.

• Criar um Plano de comunicação para divulgação dos bons resultados das parcerias.

• Reuniões periódicas com instrumentos específicos com os parceiros para acompanhamento dos

adolescentes.

Belém

• Ampliar as tentativas junto ao governo do estado para oportunizar parcerias para a execução das

medidas socioeducativas em meio aberto.

Campo Grande

• Realização de reuniões e capacitações trimestrais ou semestrais com todos os parceiros de PSC.

• Elaboração de modelo de relatório das atividades desenvolvidas pelos adolescentes nas instituições

parceiras para envio à entidade gestora.

Cuiabá

• Maior critério na escolha dos parceiros de PSC.

• Realização de reuniões e capacitações trimestrais ou semestrais com todos os parceiros de PSC.

• Elaboração de modelo de relatório das atividades desenvolvidas pelos adolescentes nas instituições

parceiras para envio à entidade gestora.

Curitiba

• Fazer campanha para agregar parceiros: informar às instituições sobre o significado das medidas

socioeducativas e sensibilizar seus representantes para formação de parceria com o Programa.

• Levantar junto aos adolescentes os serviços comunitários pelos quais se interessam para embasar a

busca de parceiros.

Distrito Federal

• Firmar mais convênios / termos de parceria, para que haja vagas suficientes para os adolescentes

cumprirem PSC.

• Formalizar a relação com as instituições para as quais os adolescentes são encaminhados.

• Levantamento junto aos adolescentes das atividades de seu interesse, para fazer cadastro de potenciais

parceiros.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM94

Florianópolis

• Implementação de monitoramento contínuo das parcerias estabelecidas.

Fortaleza

• Ampliação da rede de parcerias para a execução da PSC, capacitando as instituições e consolidando as

parcerias já existentes.

• Avaliação sobre a conveniência e necessidade de renovar o Convênio com a Pastoral do Menor para

execução da LAC.

Goiânia

• Fazer campanha para agregar parceiros: informar às instituições sobre o significado das medidas

socioeducativas e sensibilizar seus representantes para formação de parceria com o Programa.

• Levantar junto aos adolescentes os serviços comunitários pelos quais se interessam para embasar a

busca de parceiros.

• Criar uma forma de presentear e colocar em evidência parceiros mais engajados e atuantes na proposta

socioeducativa, de forma a estimulá-los a permanecer na parceria e, também, incentivar a participação

de potenciais parceiros.

João pessoa

• Capacitar os parceiros para a recepção e atendimento do adolescente, de forma a evitar atitude

discriminatória.

• Construir um Plano para captação de novos parceiros interessantes e interessados no/para o Programa.

• Criar um Plano de comunicação para divulgação dos bons resultados das parcerias.

• Articulação para o aumento das bolsas do programa Vira Vida (SESI).

Macapá

• Ampliar a rede de parcerias para a execução da PSC, visando a oferecer novas oportunidades de

cumprimento da medida que possibilitem melhor adesão dos adolescentes e despertem suas habilidades

e capacidades.

Page 96: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

95Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Maceió

• Capacitar os parceiros para a recepção e atendimento do adolescente, de forma a evitar atitude

discriminatória.

• Construir um Plano para captação de novos parceiros interessantes e interessados no/para o Programa.

• Criar um Plano de comunicação para divulgação dos bons resultados das parcerias.

• Reuniões periódicas com instrumentos específicos com os parceiros para acompanhamento dos

adolescentes.

• Parceria mais estreita com a secretaria de cultura para continuidade das atividades ligadas à arte.

Manaus

• Ampliação da rede de parcerias para a execução da PSC, capacitando as instituições e consolidando as

parcerias já existentes.

Natal

• Levantar atividades de interesse dos adolescentes para que eles possam cumprir medida de PSC em

atividade na qual sejam estimulados a se engajarem.

• Levantar potenciais parceiros de PSC e criar ações que os motive a inserirem-se no Programa, que

procurem, entre os pontos, desconstruir a visão preconceituosa em relação ao adolescente em

cumprimento de medida.

• Formalização pelo Programa das parcerias não formalizadas.

Palmas

• Realização de reuniões e capacitações trimestrais ou semestrais com todos os parceiros de PSC.

• Elaboração de modelo de relatório das atividades desenvolvidas pelos adolescentes nas instituições

parceiras para envio à entidade gestora.

Porto Alegre

• Reuniões sistemáticas com as instituições parceiras e formalização de convênios para novas parcerias.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM96

Porto Velho

• Fazer campanha para agregar parceiros: informar às instituições sobre o significado das medidas

socioeducativas e sensibilizar seus representantes para formação de parceria com o Programa.

• Levantar junto aos adolescentes os serviços comunitários pelos quais se interessam para embasar a

busca de parceiros.

• Criar uma forma de presentear e colocar em evidência parceiros mais engajados e atuantes na proposta

socioeducativa, de forma a estimulá-lo a permanecer na parceria e incentivar outros a engajarem-se.

• Capacitar os parceiros para a recepção e atendimento do adolescente, de forma a evitar atitude

discriminatória.

• Maior articulação com secretarias da prefeitura e do governo do Estado para viabilizar o cumprimento

de medidas em instituições públicas da esfera estatal e municipal.

Recife

• Criar uma rotina de reuniões com os parceiros para avaliar o processo de inserção do adolescente.

• Construir um Plano para captação de novos parceiros interessantes e interessados no/para o Programa.

• Criar um Plano de comunicação para divulgação dos bons resultados das parcerias.

• Articulação para o aumento das bolsas nos cursos profissionalizantes do sistema S.

Rio Branco

• Ampliação da rede de parcerias para a execução da PSC, capacitando as instituições e consolidando as

parcerias já existentes.

Salvador

• Criar uma rotina de reuniões com os parceiros para avaliar o processo de inserção do adolescente.

• Construir um Plano para captação de novos parceiros interessantes e interessados no/para o Programa.

• Criar um Plano de comunicação para divulgação dos bons resultados das parcerias.

• Articulação para mais parcerias no campo da profissionalização.

São Luís

• Ampliar a rede de parcerias para a execução da PSC, visando a oferecer novas oportunidades de

cumprimento da medida que possibilitem melhor adesão dos adolescentes e despertem suas habilidades

e capacidades.

Page 98: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

97Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

9. FINANCIAMENTO

Neste bloco, buscou-se aprofundar o conhecimento sobre recursos financeiros disponíveis

para o atendimento socioeducativo em meio aberto no ano de 2011, se foram suficientes ou

não na opinião dos entrevistados no ano de 2012. Foi possível identificar a origem dos recur-

sos, se proveem da União, do Estado ou do Município.

Do total de entidades que participaram da pesquisa, 24 indicaram ter recebido recursos fi-

nanceiros, em 2011, para o atendimento socioeducativo, sendo que cinco respondentes não

souberam informar, um assinalou não ter recebido recursos e outro não prestou a informação.

Para além do detalhamento dos gastos, o que implica análise acurada e informações adicio-

nais em todos os níveis (sobre as formas de financiamento do atendimento, regras específi-

cas que orientam os gastos, os critérios de distribuição de recursos, entre outros), importa

assinalar que 13 entidades consideram os recursos disponibilizados em 2011 suficientes, 10

não o consideram e 1 não soube informar (Porto Velho — Secretaria de Estado de Justiça —

SEJUS). Por outro lado, 13 indicaram que gastaram integralmente os recursos, enquanto que

8 apenas parcialmente, provavelmente em razão da burocracia interna das entidades para a

liberação dos recursos ou por motivo de reestruturação interna.

Tão importante quanto à disponibilidade dos recursos e sua execução são as fontes. Nesta

direção, as respostas sobre a origem do financiamento das ações revelaram que 20 progra-

mas dispõem de recursos oriundos do orçamento público municipal; 18 do orçamento público

federal; 8 do orçamento público estadual. Apenas um respondente (Belo Horizonte), assina-

lou também a opção que a origem dos recursos advém de doação direta de pessoa jurídica

e somente dois respondentes informaram que os recursos vêm de duas outras fontes não

especificadas (Belém e Teresina).

Das 24 entidades que possuem conhecimento dos seus recursos, 18 foram considerados ca-

sos válidos e 6 não informaram sua resposta. Lembrando que a questão permite múltiplas

respostas, 17 afirmaram receberem verba do Fundo de Assistência Social — FAS — e, em con-

traposição, somente 2 contaram com recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adoles-

cente — FIA (Teresina, Porto Velho). Vale pontuar que outros fundos que estiveram presentes

no questionário como opção para marcação não foram assinalados como o Fundo Nacional

Antidrogas, o Fundo de Amparo ao Trabalhador, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da

Educação e o Fundo Nacional da Saúde. Isto pode ser demonstrativo de frágil articulação

intersetorial em torno do atendimento, tendo em vista que estes fundos, pelas áreas nas

quais se inscrevem, tangenciam a temática da Criança e do Adolescente em Cumprimento

de Medidas Socioeducativas.

Page 99: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM98

Entre os aspectos positivos acerca do assunto aos entrevistados na etapa qualitativa da

pesquisa sinalizaram o fato de existir cofinanciamento entre os três níveis de governo para

viabilizar o atendimento. Contudo a ausência da participação de alguns dos entes no cofi-

nanciamento foi considerado um entrave para a implementação da política, bem como a

insuficiência de recursos; a ausência de transparecia sobre o uso dos recursos e a burocracia

no repasse do recurso o que resulta em demora na realização de atividades; a falta de pla-

nejamento para execução dos recursos.

QUADRO 10 - RECURSOS EM 2011

CAPITAIS ADEQUAçãO DOS RECURSOS EM 2011 ADEQUAçãO

DOS RECURSOS

EM 2012

FONTE DOS RECURSOS

Aracaju Suficiente. Suficiente. Federal.

Municipal.

Belém As informações sobre o financiamento da

política não estão acessíveis e nenhum

dos entrevistados foi capaz de responder

claramente e de forma precisa sobre

este item. O executivo, o judiciário e as

instituições de controle social desconhecem as

cifras em torno do atendimento socioeducativo

em Belém.

Situação

semelhante a

2011.

Os entrevistados não souberam

informar a fonte de recursos.

Belo

Horizonte

Suficiente. Suficiente. Governo Federal - via MDS.

Governo Estadual.

Orçamento Municipal.

Boa Vista Insuficientes. Insuficientes. Governo Federal (MDS).

Campo

Grande

Insuficiente

Tanto a gestora municipal como a

coordenadora do programa relataram que os

recursos foram insuficientes para atender a

demanda do serviço.

De acordo com a etapa quantitativa,

em que foi investigado o montante de

recursos financeiros disponíveis para o

atendimento socioeducativo em 2011, Campo

Grande declarou ter 273 mil reais, gastos

integralmente.

Situação

semelhante a

2011.

Governo Federal - via MDS.

Governo Estadual - Secretaria

de Assistência Social.

Orçamento Municipal.

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99Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Cuiabá Insuficiente

Tanto o gestor municipal como a coordenadora

do programa relataram que os recursos foram

insuficientes para atender a demanda do

serviço.

Na etapa quantitativa, em que foi investigado

o montante de recursos financeiros disponíveis

para o atendimento socioeducativo em 2011,

Cuiabá declarou ter 62 mil reais, gastos

integralmente.

Situação

semelhante a

2011.

O financiamento dos serviços

provém exclusivamente do

recurso municipal. O repasse

do MDS que estava bloqueado

desde 2011, em razão de

irregularidades na prestação

de contas, foi liberado no final

de 2012.

Curitiba O gestor municipal relatou que os recursos

foram insuficientes para atender a demanda

do serviço.

Insuficiente. Os serviços são cofinanciados

pelo Governo Federal. O

cofinanciamento Estadual

ocorre via o Fundo Estadual da

Criança e Adolescência que é

utilizado para o financiamento

de programas municipais

desenvolvidos com os

adolescentes em cumprimento

medidas em meio aberto.

O Governo Estadual lançam

editais para conveniamento do

Município.

Distrito

Federal

A partir de 2011, o governo do Distrito Federal

prioriza o socioeducativo em meio fechado,

com o investimento de 27 milhões para a

construção de unidades de internação até

2014, segundo informação da Secretária de

Estado da Criança. A Subsecretária do Sistema

Socioeducativo critica a priorização do meio

fechado e diz que faltaram recursos para o

meio aberto.

Situação

semelhante a

2011.

Existe questionamento por

parte de alguns agentes do

sistema de garantia de direitos,

do recurso federal para o

socioeducativo estar dentro da

política de assistência que, por

sua vez, faz repasse somente

para a assistência, Fundo a

Fundo, o que não estimula/

permite a construção de

Programas que não estejam

vinculados à Secretaria de

Desenvolvimento Social e

Combate à Fome.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM100

Florianópolis O gestor municipal relatou que os recursos

foram insuficientes para atender a demanda

do serviço.

Insuficiente.

O Serviço de MSE/MA conta com

o cofinanciamento do Governo

Federal, Estadual e Municipal.

Também, recebeu recursos do

Fundo da Assistência Social em

2011.

Fortaleza Suficiente. Suficiente. Federal.

Municipal.

Goiânia Insuficiente

O Gestor Municipal coloca que há falta de

recursos e foi proposto aumento no repasse

de verba federal, mas não foi creditado: “...

o valor repassado via MDS foi de 52.800,00

reais mensais, corresponde ao valor de R$

400,00 a 800,00, por adolescentes para todos

os CREAS... (o recurso) não é suficiente, para

alcançar e executar vários projetos... para

a manutenção dos CREAS, há falta de carros

para fiscalização, se aumentar os recursos

melhora bastante o resultado no atendimento

dos CREAS”.

Situação

semelhante a

2011.

Governo Federal e orçamento

municipal.

Não há cofinanciamento do

estado.

João Pessoa Suficiente. Suficiente Federal.

Estadual.

Macapá Nenhum dos entrevistados soube precisar

a quantia em recursos que é destinada à

execução das medidas em meio aberto. Mesmo

assim, o montante de recursos é considerado

insuficiente, dada a impossibilidade de

expansão do número de CREAS ou ampliação

da equipe técnica.

Situação

semelhante a

2011.

Orçamento municipal e apoio

estadual na infraestrutura.

Maceió Não suficiente. Não

suficiente.

Federal.

Municipal.

Page 102: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

101Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Manaus Com os recursos do meio fechado o Estado, por

meio da Secretaria de Estado de Assistência

Social, executa também as medidas de meio

aberto. Dentre os entrevistados, somente o

gestor estadual tinha essa informação, mas

não sabia dizer qual o montante de recursos

utilizados no meio aberto.

Situação

semelhante a

2011.

Orçamento estadual.

Natal Não suficiente. Não

suficiente

Federal.

Municipal.

Palmas Na etapa quantitativa, em que foi investigado

o montante de recursos financeiros disponíveis

para o atendimento socioeducativo em 2011,

Palmas declarou ter um pouco mais que

24 mil reais, entretanto, foram gastos 30%

deste montante. De acordo com a gestora

municipal/coordenadora do programa, a

justificativa para tal situação deve-se as

mudanças no sistema financeiro da prefeitura

que travaram a utilização dos recursos por

alguns meses neste ano.

Situação

semelhante a

2011.

Governo Federal e

orçamento municipal. Não há

cofinanciamento do estado.

Porto Alegre Suficiente. Suficiente. É cofinanciado pelo Governo

Federal e Municipal.

Porto Velho O recurso foi considerado insuficiente,

pois o montante repassado pelo MDS, por

meio do Fundo de Assistência Social, não

corresponde ao número atual de adolescentes

atendidos pelo Programa. O Programa atende

entorno de 600 adolescentes e, o montante

disponibilizado pelo MDS, desde o início do

cofinanciamento do programa municipal, é

para o atendimento de 200 adolescentes.

Situação

semelhante a

2011.

Governo Federal e

orçamento municipal. Não há

cofinanciamento do estado.

Recife Não suficiente. Não

suficiente.

Federal.

Municipal.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM102

Rio Branco Nenhum dos entrevistados soube informar os

valores dos recursos destinados aos programas

de LA e PSC. Por estar em duas unidades

orçamentárias distintas (estado e Município),

havia uma fragmentação da peça orçamentária

no que se referia às MSE.

Situação

semelhante a

2011.

O ISE possui somente recursos

do estado para a execução

da LA. Já a SEMCAS conta

com recursos do orçamento

municipal e do repasse do MDS.

Rio de

Janeiro

Não suficiente. Não

suficiente.

O serviço é cofinanciado pelo

Governo Federal e Municipal.

Salvador Não suficiente. Não

suficiente.

Estadual.

Municipal.

São Luís Não suficiente. Não

suficiente.

Federal.

Municipal.

São Paulo Não suficiente. Não

suficiente.

O Serviço é financiado pelo

Município.

Teresina Suficiente. Suficiente. Federal.

Municipal.

Vitória Suficiente. Suficiente. As fontes de recursos são

oriundas do governo Federal,

Estadual e Municipal.

FINANCIAMENTO — RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS

Aracaju

• Gestão mais eficiente dos recursos financeiros.

• Planejamento das ações compartilhadas com outras secretarias (intersetorialidade)

• Aporte financeiro do estado para realização de ações de capacitação para adolescentes.

Belém

• Criar instrumentos de controle orçamentário e de transparência na execução dos recursos destinados ao

Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto.

• Investir na capacitação de conselheiros municipais para o exercício do controle social do orçamento.

Belo Horizonte

• Levantamento dos principais investimentos na infraestrutura do programa.

• Construção de um orçamento detalhado dos gastos necessários para a manutenção do atendimento com

objetivo de evitar a devolução de recursos.

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103Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Boa Vista

• Criar condições para que o Município possa aportar a sua contrapartida no financiamento do serviço.

• Dar visibilidade à gestão dos recursos direcionados para o atendimento.

Campo Grande

• Articulação da entidade gestora na construção do Orçamento Público Anual para disponibilização maior

de recursos.

• Articulação do Programa de Atendimento com os demais setores (saúde, educação, cultura, esporte e

lazer) da rede de atendimento socioeducativo para pactuação colaborativa na construção dos PIAs.

• Investimento da Prefeitura de Campo Grande na infraestrutura e na aquisição de bens duráveis para o

atendimento socioeducativo.

Cuiabá

• Construção de um orçamento detalhado dos gastos necessários para a manutenção do atendimento para

ser disponibilizado a consulta popular.

• Articulação da entidade gestora na construção do Orçamento Público Anual para disponibilização maior

de recursos.

• Realização de capacitações sobre orçamento e financiamento da assistência social para equipe

financeira da entidade gestora.

• Investimento da Prefeitura de Cuiabá na infraestrutura de atendimento socioeducativo.

Curitiba

• Promoção de oficinas para esclarecimento quanto à utilização dos Pisos de Média e Alta Complexidade.

Distrito Federal

• “... a obrigação do Ministério Público seria acompanhar de mais próximo esse dinheiro e entrar com

uma ação logo em início pra obrigar esse dinheiro destinado àquela área a executar mesmo aquele

destino.”

Florianópolis

• Capacitação para utilização dos recursos. “Há muita dificuldade para usar este dinheiro. Isto é, há

muita burocracia, porque o recurso não pode ser usado para isto, somente para aquilo e assim vai”.

Fortaleza

• Com a transferência do Programa para a Assistência, recomenda-se a concentração da peça

orçamentária nesta Secretaria, sem prejuízo para que as demais Secretarias, corresponsáveis pelo

Programa, disponibilizem recursos próprios para a melhoria dos atendimentos prestados.

• Realizar “suplementação financeira aos Municípios para a oferta regular de programas de meio aberto”,

conforme preconiza a Lei 12.594, Artigo 4o, item VI.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM104

Goiânia

• O Estado deve viabilizar o cofinanciamento das medidas socioeducativas de La e PSC.

• A Secretaria Municipal de Assistência Social deve investir em formação de pessoal para gerenciar o

Fundo Municipal de Assistência Social.

• Aumento dos recursos federais para o Programa.

João pessoa

• Gestão mais eficiente dos recursos financeiros.

• Planejamento das ações compartilhadas com outras secretarias (intersetorialidade).

• Programa de cofinanciamento do estado para execução de atividades com os adolescentes.

Macapá

• Maior transparência com relação aos recursos destinados ao programa de execução das medidas

socioeducativas.

• Capacitação dos conselheiros/as da criança e do adolescente para o acompanhamento da execução

orçamentária.

Maceió

• Gestão mais eficiente dos recursos financeiros.

• Planejamento das ações compartilhadas com outras secretarias (intersetorialidade).

• Aporte financeiro do estado para realização de ações de capacitação para adolescentes.

• Captação de recursos de outras fontes (privado, editais, doação) para elaboração de projetos e

atividades com os adolescentes.

Manaus

• Com a transferência de todas as ações do Programa de Meio Aberto para o Município, recomenda-se

a concentração da peça orçamentária na Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, sem

prejuízo para que as demais Secretarias, corresponsáveis pelo Programa, disponibilizem recursos

próprios para a melhoria dos atendimentos prestados.

• Cabe ao estado realizar “suplementação financeira aos Municípios para a oferta regular de programas

de meio aberto”, conforme preconiza a Lei 12.594, Artigo 4o, item VI.

Natal

• Cofinanciamento do Estado.

• Fiscalização dos recursos municipais destinados ao Programa.

• Diagnóstico do Programa de Atendimento para justificar pedido de maior repasse de verba pelo governo

federal.

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105Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Palmas

• Construção de um orçamento detalhado dos gastos necessários para a manutenção do atendimento para

ser disponibilizado a consulta popular.

• Articulação da entidade gestora na construção do Orçamento Público Anual para disponibilização maior

de recursos.

• Investimento da Prefeitura de Palmas na infraestrutura de atendimento socioeducativo.

Porto Alegre

• Reuniões para esclarecimentos sobre o Piso de Proteção Especial para os gestores municipais. Maior

envolvimento dos Conselhos Municipais no acompanhamento da execução financeira e orçamentária do

serviço.

Porto Velho

• A SEAS coloca que é preciso haver diagnóstico do atendimento no Município para solicitação ao MDS de

ampliação de recurso.

• O CMDCA deve levantar os motivos pelos quais o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente tem investido pouco em projetos e incentivar maior investimento. Segundo representante

do CMDCA: “No último ano — 2011 - o investimento foi de 300 mil, isso não é nada para projetos”.

Recife

• Aporte de fundos municipais para contratação de orientadores.

• Cofinanciamento do estado para execução de atividades com adolescentes.

• Planejamento das ações compartilhadas com outras secretarias (intersetorialidade).

Rio Branco

• Com a transferência de todas as ações do Programa para o Município, recomenda-se a concentração da

peça orçamentária na Secretaria de Assistência Social, sem prejuízo para que as demais Secretarias,

corresponsáveis pelo Programa, disponibilizem recursos próprios para a melhoria dos atendimentos

prestados.

• Cabe ao estado realizar “suplementação financeira aos Municípios para a oferta regular de programas

de meio aberto”, conforme preconiza a Lei 12.594, Artigo 4o, item VI.

Rio de Janeiro

• Reuniões com a Gestão Central para maiores esclarecimentos quanto ao uso dos recursos destinados

para execução do serviço.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM106

Salvador

• Adequação da estrutura de gestão da Fundação para recebimento dos repasses federais.

• Aporte de fundos estaduais para contratação de orientadores.

• Cofinanciamento do estado para execução de atividades com adolescentes.

• Planejamento das ações compartilhadas com outras secretarias (intersetorialidade).

São Luís

• Operacionalização do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Luís.

• Maior transparência com relação aos recursos destinados ao programa de execução das medidas

socioeducativas.

• Capacitação dos conselheiros da criança e do adolescente para o acompanhamento da execução

orçamentária.

São Paulo

• Previsão orçamentária e financeira que garanta vale-transporte dos adolescentes para os

encaminhamentos realizados pelas instituições conveniadas.

Vitória

• Transparência do montante dos recursos financeiros para a execução das medidas em meio aberto.

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107Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

10. REDE INTEGRADA DE ATENDIMENTO (SAÚDE, EDUCAçãO E PROFISSIONALIzAçãO)

No que diz respeito à rede de atendimento, foi analisado o atendimento aos adolescentes em

cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto na rede de serviços públicos, em

especial no que tange aos serviços na área de saúde, aos serviços de atendimento a casos de

transtornos mentais, às deficiências, ao uso abusivo de substâncias psicoativas e de álcool e

também aos serviços nas áreas de profissionalização e escolarização.

Dentre os aspectos positivos, destaca-se no depoimento dos entrevistados a existência de

serviços de atendimento especializado para usuários de substâncias psicoativas, pessoas com

transtornos mentais, e, na área de educação, destacam-se iniciativas voltadas para o au-

mento da escolaridade ou para manutenção do adolescente na escola; e a oferta de cursos

profissionalizantes para os socioeducandos e de esforços de articulação entre as secretarias

municipais em algumas capitais para a garantia do direito do adolescente.

Por sua vez, a fragilidade da rede de serviços foi sinalizada em relação aos mesmos aspectos

apontados como pontos positivos. Os problemas mais frequentes (entraves) no atendimento

aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas estão na área da saúde, com

foco nos serviços especializados de atendimento a usuários de substâncias psicoativas e por-

tadores de transtornos mentais que são inexistentes, ineficientes ou ineficazes.

Segundo entrevistados em Cuiabá, “algumas entidades não governamentais, ligadas a igre-

jas, realizam esse tratamento com os dependentes, entretanto, não é um convênio/parceira

oficializado, é um processo mais amigável, informal (...) nesses locais não tem tratamento

por medicamento, o remédio deles é bíblia e trabalho. É uma fazenda que tem gado e eles

põem para capinar e fazer serviços braçais, porque segundo eles, a droga sai no suor”. A

mesma dificuldade de inserção dos adolescentes acontece na rede pública de ensino e nos

serviços de profissionalização, trabalho e renda, seja pela inexistência de oportunidades,

seja pelo preconceito, em especial nas escolas, onde também foi sinalizado o despreparo

dos profissionais desta área em lidar com adolescentes nessas circunstâncias (envolvimento

com o ato infracional).

Apesar de os atores entrevistados terem relatado como ponto positivo a efetividade de in-

serção na rede escolar pública, foi ressaltado que a evasão dos adolescentes é grande. Os

adolescentes não permanecem na escola apesar de estarem matriculados. A baixa escolari-

dade também é um fator determinante para a exclusão dos adolescentes de algumas opor-

tunidades de profissionalização. Por fim, há um descontentamento da atuação da rede de

forma integrada explicada pela ausência de entendimento sobre o seu papel no atendimento

socioeducativo e incompreensão do princípio da incompletude institucional, ou mesmo por

preconceito, em relação aos adolescentes.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM108

QUADRO 11 - REDE DE SERVIçOS

CAPITAIS SERVIçOS NA áREA DE SAÚDE SERVIçOS NA áREA DE EDU-

CAçãO

SERVIçOS NA áREA DE

PROFISSIONALIzAçãO

Aracaju CAPS AD.

CAPS Infantil.

Postos de saúde.

Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais.

Pró-Jovem urbano.

Programa Nacional

de Profissionalização

(PRONATEC).

Belém Foram relatadas várias

dificuldades com relação ao

atendimento no setor saúde,

em particular, ao tratamento

dos adolescentes usuários de

substâncias psicoativas. Existe o

atendimento ambulatorial para

os adolescentes feito nos CAPS,

mas a quantidade de CAPS foi

considerada insuficiente e os

que existem não são dotados

de boa infraestrutura para o

atendimento.

Na educação há relatos da

prática recorrente de recusa

da matrícula de adolescentes

em cumprimento de MSE em

meio aberto, em especial no

segundo semestre, quando o ano

letivo já se encontra em avanço

desenvolvimento. Aquelas

que recebem os adolescentes

demonstram pouca experiência

ou habilidade para lidar com

aqueles que cumprem medidas

socioeducativas, o que gera

situações de constrangimento

e desconforto entre alunos,

professores e equipe de apoio.

Com relação à

profissionalização, a

principal dificuldade

se deve ao fato de

os adolescentes em

cumprimento de medida

estarem fora dos critérios

mais comuns para

admissão nos cursos. A

escolaridade muito baixa

desses adolescentes é

sempre um empecilho para

a matrícula.

Belo

Horizonte

A saúde é outro principal gargalo

da rede de atendimento, tendo

em vista, principalmente,

a grande demanda para

tratamentos de dependência de

substâncias psicoativas. Existem

na rede dois Centros de Atenção

Psicossocial Álcool e Drogas

(CAPSAD) em Belo Horizonte.

Quanto ao tratamento para

transtornos mentais, é

recorrente a mesma situação:

pouca vaga para uma numerosa

procura. Atualmente, há na

capital mineira dez Centros de

Referência em Saúde Mental

(CERSAM), sendo dois Infantis e

dois de Álcool e Drogas.

Há facilidade na matrícula dos

adolescentes, em contrapartida,

existem dois fatores frágeis nesta

área: o primeiro, de acordo com

a Coordenadora do Programa,

é a dificuldade de inserção do

adolescente na escola depois

do mês de agosto ou durante o

segundo semestre. As escolas

não possuem um direcionamento

para os alunos que entram após

o início do ano letivo, e, por

isso, os alunos não conseguem

acompanhar os conteúdos dados;

o segundo, que também possui

influência sobre o anterior,

é a questão das situações de

discriminação no espaço escolar.

De acordo com os

entrevistados, parece ser à

parte de rede mais regular.

Tanto a gestora estadual,

quanto à coordenadora

do programa, afirmaram

que muitas vagas são

oferecidas em cursos

profissionalizantes aos

adolescentes.

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109Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Boa Vista Existência de um centro de

atendimento a usuários de

drogas no espaço do CREAS.

-------------- -----------

Campo

Grande

Existe um Centro de Atenção

Psicossocial Álcool e Drogas

(CAPSAD) em Campo Grande.

Um único hospital estadual,

que é o Hospital Regional

Rosa Pedrossian, onde se faz

a desintoxicação dos estados

graves, cujo período de

internação no máximo 15 dias.

A saúde é o principal gargalo da

rede de atendimento, tendo em

vista, principalmente, a grande

demanda para tratamentos de

dependência de substâncias

psicoativas.

Nesse sentido, o Juiz destacou

que o passo seguinte à

desintoxicação é o mais

complicado, pois não há local

para dar continuidade ao

tratamento.

A Vara da Infância e da

Juventude possui um Termo de

Ajustamento de Conduta (TAC)

junto à Secretaria Municipal

e Estadual de Educação, que

visa a facilitar a inserção

dos adolescentes na escola,

independente do período letivo

em que se encontram as aulas.

Contudo, de acordo com o Juiz,

os adolescentes enfrentam

grande preconceito na rede de

educação, pois alguns diretores

de escolas se negam a receber

o adolescente em cumprimento

de MSE. O problema da evasão

escolar é recorrente.

O tema da

profissionalização,

de acordo com os

entrevistados, parece ser a

parte de rede mais regular.

Com já mencionado

anteriormente, o programa

de atendimento firmou um

convênio com o Sistema S

com o objetivo de oferecer

cursos direcionados

aos adolescentes em

cumprimento de medida

socioeducativa. Segundo

a coordenadora do

programa, um número

de vagas considerável é

oferecido nesse convênio,

além de outros pela Missão

Salesiana Dom Bosco.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM110

Cuiabá Dois Centros de Atenção

Psicossocial Álcool e Drogas

(CAPSAD) em Cuiabá.

Algumas entidades não

governamentais, ligadas

a igrejas, realizam esse

tratamento com os

dependentes. Entretanto,

não é um convênio/parceira

oficializado, é um processo mais

amigável, informal.

Nesses locais “não tem

tratamento por medicamento,

o remédio deles é bíblia e

trabalho. É uma fazenda que

tem gado e eles põem para

capinar e fazer serviços braçais,

porque, segundo eles, a droga

sai no suor” (entrevistado).

A saúde é o principal gargalo da

rede de atendimento, tendo em

vista, principalmente, a grande

demanda para tratamentos de

dependência de substâncias

psicoativas.

Facilidade de matricular o

adolescente.

Na escolarização, por exemplo,

há facilidade na matrícula

dos adolescentes, porém, o

problema da evasão escolar é

recorrente.

Profissionalização:

“Projeto Me Encontrei”,

uma articulação entre

a Superintendência

Regional do Trabalho e a

Organização Internacional

do Trabalho, em que

há uma fiscalização da

frequência escolar, oferta

de algumas vagas cursos

do SESI/SENAI e posterior

inserção no mercado de

trabalho.

Curitiba Atendimento ambulatorial

para dependentes químicos nos

CAPSAD e CAPS Vida.

Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais.

Programa Adolescente

Aprendiz do Município.

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111Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Distrito

Federal

Tratamento de drogadição:

insuficiência de locais e vagas

ofertadas, tendo em vista a

grande demanda.

Existe a comunidade

terapêutica da organização

não governamental sem fins

lucrativos ou de viés religioso,

a Transforme, com a qual a

Secretaria de Estado de Saúde

do Distrito Federal tem convênio

desde 2009, para o atendimento

específico a crianças e

adolescentes em situação

de drogadição, por meio de

internação.

Existência do Adolescentro, uma

unidade da Secretaria da Saúde

especializada na capacitação

e na atenção à saúde do

adolescente e a sua família, que

oferece diversos serviços a esse

público, entre eles o tratamento

do uso de drogas.

CAPS AD, outra unidade da

Secretaria de Saúde.

Centro de Orientação Médico

Psicopedagógica — COMPP, um

aparelho da Secretaria de Estado

de Saúde do Distrito Federal,

que presta atendimento multi e

interdisciplinar em saúde mental

a crianças e adolescentes do

Distrito Federal e entorno.

Há recusa a matrícula.

Na educação foi pontuado

preconceito das escolas em

relação ao adolescente em

cumprimento de medida

socioeducativa. Em alguns

casos há recusa à matrícula

e, principalmente, há

discriminação dos adolescentes

pelos docentes.

Profissionalização:

existência do Sistema S,

que não oferece muitas

vagas.

O CIEE e a Defensoria

ofertam estágio

remunerado ao

adolescente.

Estão abrindo parceria com

o DETRAN.

Florianópolis Atendimento ambulatorial

para dependentes químicos nos

CAPSAD e encaminhamento para

Programa Federal de combate

ao crack.

Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais e no

Programa de Educação Jovens e

Adultos.

Sem informação.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM112

Fortaleza CAPS AD. Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais.

Sem informação.

Goiânia CAPS Girassol, voltado

especificamente para o

atendimento a crianças e

adolescentes usuários de drogas.

Casa de Eurípedes, uma

entidade religiosa de orientação

espírita, com a qual a prefeitura

estabeleceu convênio.

ONG Terra Fértil, uma entidade,

também religiosa, onde os

adolescentes ficam internados

por um período de tempo. Porém,

atualmente, a prefeitura não está

com convênio com a Terra Fértil.

Dificuldade de trabalhar com

adolescentes em cumprimento

de medida socioeducativa.

A coordenadora do serviço

pontua que a dificuldade de

manutenção dos adolescentes

na escola está ligada ao

envolvimento deles com drogas.

E, a coordenadora da unidade,

pontua: “Há despreparo dos

profissionais de estar lidando

com este público, por falta de

capacitação”.

Profissionalização: Sistema

S.

João Pessoa CAPS AD. Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais.

Programa Nacional

de Profissionalização

(PRONATEC).

Macapá Percebe-se uma grande fragilidade

do atendimento em rede, em

especial nos serviços de saúde.

No que se refere a transtornos

mentais e a usuários de álcool e

outras drogas, não existem clínicas

para internação, mas apenas o

CAPS’I no Município e CAPS’AD,

que é Estadual. Nessas unidades, o

atendimento é ambulatorial e parece

não surtir efeito naqueles casos em

que o comprometimento pelo uso

contínuo de substâncias psicoativas

já está bastante visível. Nos casos

em que a internação é necessária,

é preciso enviar o adolescente

para outro estado, geralmente o

Pará, via TFD (Tratamento Fora do

Domicílio — Secretaria de Saúde)

para tratamento, separando-o de sua

família, que é tão importante nesse

processo.

No tocante à educação,

existem alguns empecilhos,

principalmente no sentido

de compreender algumas

peculiaridades que esse público

apresenta, como dificuldade em

se relacionar e cumprir regras.

No que tange à

profissionalização,

percebe-se o interesse do

setor público em atender

os socioeducandos, mas

ainda existia preconceito

em relação à aceitação

dos adolescentes. A baixa

escolaridade reduz as

oportunidades de cursos,

enquanto que a pequena

quantidade de vagas na

rede pública de ensino

limita as possibilidades de

retorno à escola.

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113Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Maceió CAPS-AD.

Comunidade acolhedora.

Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais.

Sem informação.

Manaus A área mais criticada pelos

entrevistados é a saúde, em

especial o atendimento prestado aos

adolescentes usuários de substâncias

psicoativas. Existem CAPs AD para

o acompanhamento ambulatorial

dos adolescentes, mas não há

atendimento em todas as zonas

da cidade. Isso dificulta a adesão

dos adolescentes, que precisam se

deslocar por longas distâncias.

Na área da profissionalização,

a parceria com o Sistema “S”

foi considerada satisfatória.

Além dos cursos do sistema “S”,

os adolescentes que cumprem

medidas em meio aberto e seus

familiares estão sendo inseridos

nos cursos do PRONATEC.

Sobre a educação não

houve comentários dos

entrevistados.

Natal CAPS-AD. Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais.

Pro Jovem Urbano.

PETI.

Sem informação.

Palmas A saúde é o principal gargalo

da rede de atendimento, tendo

em vista, principalmente,

a grande demanda para

tratamentos de dependência

de substâncias psicoativas.

Os casos de drogadição dos

adolescentes são significativos,

mas ao mesmo tempo, não

há muitas possibilidades de

encaminhamento. Existe na

rede um Centro de Atenção

Psicossocial Álcool e Drogas

(CAPSAD) em Palmas, que

funciona 24 horas por dia e possui

12 vagas para acolhimento. A

Juíza relatou que como área de

saúde é muito deficitária, alguns

atendimentos são realizados

pela junta média do judiciário,

que emite laudos de internação,

medicalização e tratamentos de

dependência química e álcool.

Na escolarização, por exemplo,

há facilidade na matrícula dos

adolescentes, em contrapartida,

o problema da evasão escolar

do adolescente é recorrente.

No grupo focal realizado com os

adolescentes, três participantes

estavam fora da escola há, pelo

menos, seis meses.

A área de

profissionalização, a

entidade de atendimento

possui o “Programa

Conhecer para

Crescer” que atende

adolescentes de 14 a

18 anos, participantes

de algum projeto/

programa proteção social

especial da Secretaria de

Desenvolvimento Social.

Para os adolescentes em

cumprimento de LA e PSC

são oferecidas 10 vagas. A

coordenadora do programa

ainda destacou que são

oferecidos outros cursos

em entidades parceiras,

mas avalia que o número

de vaga precisa ser

ampliado.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM114

Porto Alegre CAPSAD. Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais.

Entidade Calábria (curso

profissionalizante).

Porto Velho O acompanhamento do Programa

aos adolescentes usuários

de substâncias psicoativas é

insuficiente, tendo em vista que

não basta o encaminhamento

para o CAPS para que o

adolescente de fato faça o

tratamento. Viés religioso das

comunidades terapêuticas

de Porto Velho, pode, em

determinadas situações, e

frente a ausência de fiscalização

do atendimento pelo poder

público, comprometer o

tratamento medicamentoso do

adolescente usuário de drogas.

Diretores de escolas têm agido

de forma discriminatória,

impedindo a matrícula de

adolescentes atendidos

pelo programa, tornando-se

necessário acionar o juizado

para que haja a garantia desse

direito constitucional. Outro

ponto concernente à educação

é a baixa qualidade do ensino,

que acordando com conselheiros

municipais, dificulta a inserção

dos adolescentes em cursos

profissionalizantes.

Dificuldade de inserção dos

adolescentes nos cursos

profissionalizantes do

Sistema S — SENAI E SENAC

— em função da baixa

escolaridade deles.

Recife CAPS-AD. Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais.

Programa Nacional

de Profissionalização

(PRONATEC).

Rio Branco Os entrevistados identificam que

existe pouca oferta de serviços

e vagas para atendimento

aos adolescentes que usam

substâncias psicoativas ou

sofrem de doenças mentais.

A maioria absoluta dos

adolescentes que entram no

sistema socioeducativo tem

algum envolvimento com

substâncias psicoativas, e não

existe um programa público que

realmente seja voltado para

adolescentes.

A educação é percebida como

o setor com maior dificuldade

para receber os socioeducandos.

São comuns a recusa da

matrícula, a evasão escolar,

a defasagem idade/série e

a ausência da família nesse

processo. Os adolescentes que

tentam retornar ao meio escolar

enfrentam ainda o estigma de

ser um adolescente infrator.

Quanto à

profissionalização, pouco

se tem investido, segundo

os entrevistados. O

atendimento muitas vezes

é precarizado, outras vezes

a equipe precisa intervir

para o atendimento se

efetivar. Isso se dá pelo

preconceito e situações de

negligência, de acordo com

os entrevistados.

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115Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Rio de

Janeiro

CAPS AD.

Abrigos especializados para

crianças e adolescentes

usuárias de álcool e de outras

drogas, sendo eles: Casa do

Ser Adolescente, a Casa do Ser

Criança, Bezerra de Menezes,

Manoel Filomena e Casa Vida.

Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais.

Instituto Homem Novo

que oferece cursos

profissionalizantes.

Salvador CAPS-AD3. Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais.

Sem informação.

São Luís

São Paulo CAPSAD. Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais.

Centro de Atendimento

ao Trabalhador (CAT) para

realização de cadastros e

palestras com os familiares.

Teresina CAPS AD.

Comunidades terapêuticas.

Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais.

PROJOVEM.

Cursos profissionalizantes

na instituição Cáritas.

Casa de Zabelê, onde

realizam curso de

serigrafia.

SENAI, SENAC.

PRONATEC.

Instituto Federal do Piauí.

Vitória CAPS AD. Inserção nas escolas públicas

estaduais e municipais.

Sem informação.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM116

REDE INTEGRADA DE ATENDIMENTO — RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS

Aracaju

• Tratamento adequado ao problema da desistência dos adolescentes de medidas socioeducativas nas

escolas.

• Aumento da equipe de CAPS AD para atendimento específico sobre situação de drogadição.

• Oferta de programas de saúde, por parte da Secretaria de Saúde do Município e do Estado, específicos

para adolescentes, com metodologia e local adequados a esse público.

• Articulação entre as secretarias para a efetividade de uma política intersetorial de garantia dos direitos

da criança e do adolescente.

• Parceria com o Sistema “S” para oferta de cursos profissionalizantes.

Belém

• Estabelecer um Programa de Atendimento Socioeducativo, por meio de Plano de Atendimento

Socioeducativo, criando as Comissões e fluxos necessários para que as medidas socioeducativas em

meio aberto sejam executadas enquanto programa, coordenado pela Assistência Social, mas envolvendo

outras secretarias em sua efetivação.

• Aumentar a oferta de serviços para atendimento de usuários de substâncias psicoativas, dispensando

tratamento ambulatorial, seguimento e internação aos casos em que haja necessidade desta medida.

• Criar um serviço ou, minimamente, uma equipe de referência para o atendimento de adolescentes e

jovens dependentes químicos.

• Qualificar e sensibilizar permanentemente os serviços e profissionais da Rede para a compreensão sobre

as medidas socioeducativas, o papel destes serviços na sua execução e a concepção do SINASE.

• Investir na ampliação da escolarização dos adolescentes e na redução da evasão escolar, visando à

conclusão do Ensino Médio e à habilitação para a matrícula em cursos profissionalizantes.

• Busca de outros cursos profissionalizantes, cujos critérios de seleção sejam compatíveis com a

escolarização dos adolescentes.

Belo Horizonte

• Articulação do Programa de Atendimento com as secretarias de educação, saúde e trabalho, cultura,

esporte e lazer para realização de reuniões periódicas de monitoramento e avaliação do atendimento

aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.

• Articulação do Programa de Atendimento com a saúde para a construção de unidades de tratamento e

internação de drogadição.

• Realização de levantamento das principais demandas do mercado de trabalho de BH para

direcionamento de mais cursos de oficinas de capacitação para os adolescentes.

• Realização de atividades culturais e de incentivo ao esporte para os adolescentes em cumprimento de

medidas socioeducativas.

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117Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Boa Vista

• Criar outras formas de atendimento aos adolescentes usuários de drogas no Município.

• Promover ações de integração entre os serviços de modo a integrá-los em torno do atendimento aos

adolescentes.

Campo Grande

• Articulação do Programa de Atendimento com as secretarias de educação, saúde e trabalho, cultura,

esporte e lazer para realização de reuniões periódicas de monitoramento e avaliação do atendimento

aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.

• Articulação do Programa de Atendimento com a saúde para a construção de CAPSAD e unidades de

tratamento e internação de drogadição.

• Realização de oficinas de trabalho com os professores e profissionais da educação com o objetivo

de sensibilizá-los e capacitá-los para a questão dos adolescentes em cumprimento de medidas

socioeducativas.

• Realização de atividades culturais e de incentivo ao esporte para os adolescentes em cumprimento de

medidas socioeducativas.

Cuiabá

• Articulação do Programa de Atendimento com as secretarias de educação, saúde e trabalho, cultura,

esporte e lazer para realização de reuniões periódicas de monitoramento e avaliação do atendimento

aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.

• Articulação do Programa de Atendimento com a saúde para a construção de mais CAPSAD e unidades de

tratamento e internação de drogadição.

• Realização de levantamento das principais demandas do mercado de trabalho de Cuiabá para

direcionamento de mais cursos de oficinas de capacitação para os adolescentes.

• Realização de oficinas de trabalho com os professores e profissionais da educação com o objetivo

de sensibilizá-los e capacitá-los para a questão dos adolescentes em cumprimento de medidas

socioeducativas.

• Realização de atividades culturais e de incentivo ao esporte para os adolescentes em cumprimento de

medidas socioeducativas.

Curitiba

• Caberia a Fundação de Ação Social (FAS) juntamente com a Vara da Infância e Adolescência estabelecer

estratégias de sensibilização da Rede Pública de Ensino a fim de garantir a adesão dos adolescentes bem

como qualificar os funcionários da escola acerca dos direitos da criança e do adolescente, em especial,

do adolescente em conflito com a lei.

• Estabelecer convênios como Sistema S para a promoção de cursos profissionalizantes adequados ao nível

de escolaridade dos adolescentes.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM118

Distrito Federal

• Cooperação entre Secretaria de Saúde com Secretaria da Criança, pra ampliar tratamento toxicológico.

• O Programa deveria oferecer, ou conseguir, junto à escola orientação pedagógica específica para

os adolescentes que estavam fora da escola, no intuito de auxiliá-los na permanência na escola —

Promotor.

• “O estado tem que fazer curso, ao invés de Ensino Médio, tem que fazer curso técnico. Para o

adolescente já ter uma perspectiva de profissão, perspectiva de futuro de vida, eles não tem aqui” —

Promotor.

• Articulação entre a Secretaria da Criança e a Secretaria de Saúde no intuito da construção de uma rede

qualificada para tratamento de dependência química, com metodologia adequada para o tratamento do

adolescente.

• Articulação entre a Secretaria da Criança e a Secretaria de Saúdo para a formulação de ações que visem

a garantir o acesso à saúde básica do público adolescente.

• Investimento na articulação entre as secretarias, para a garantia da proteção integral ao adolescente.

• Sensibilização e mobilização das instituições profissionalizantes para a oferta de cursos profissionalizan-

tes com critérios pertinentes aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa.

• Articulação entre a Secretaria de Estado da Criança e a Secretaria de Educação no intuito de promover

ações que previnam a discriminação do adolescente na escola.

Florianópolis

• Promoção de novos concursos públicos.

• Sensibilização da rede pública sobre a temática.

Fortaleza

• Ampliar a oferta de vagas e serviços para atendimento a adolescentes, em especial para os usuários

de substâncias psicoativas, oferecendo serviços especializados compatíveis com a faixa etária dos

socioeducandos.

• Investir na ampliação da escolarização dos adolescentes e na redução da evasão escolar, visando à

conclusão do Ensino Médio e à habilitação para a matrícula em cursos profissionalizantes.

• Busca de outros cursos profissionalizantes, cujos critérios de seleção sejam compatíveis com a

escolarização dos adolescentes.

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119Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Goiânia

• A secretaria de educação deveria, em parceria com a SEMAS, realizar capacitação dos funcionários da

escola para que não haja discriminação ao adolescente em cumprimento de medida.

• Oferta de programas de saúde, por parte da Secretaria de Saúde do Município e do Estado, específicos

para adolescentes, com metodologia e local adequados a este público.

• O Programa de Atendimento Socioeducativo deve, além do encaminhamento do adolescente para os

serviços de saúde, realizar o acompanhamento do adolescente a esses serviços, por meio da figura, por

exemplo, do orientador.

• No que se refere à intercessão saúde/educação, a escola deveria trabalhar em ações de saúde

preventiva.

João Pessoa

• Tratamento adequado ao problema da desistência dos adolescentes de medidas socioeducativas nas

escolas.

• Aumento da equipe de CAPS AD para atendimento específico sobre situação de drogadição.

• Oferta de programas de saúde, por parte da Secretaria de Saúde do Município e do Estado, específicos

para adolescentes, com metodologia e local adequados a esse público.

• Articulação entre as secretarias para a efetividade de uma política intersetorial de garantia dos direitos

da criança e do adolescente.

• Aumento de vagas nos Programas PRONATEC para adolescentes em cumprimento de medida

socioeducativa.

Macapá

• Capacitar a rede de atendimento para a correta implementação do SINASE, estabelecendo fluxos de

comunicação e encaminhamentos, criando mecanismos de acompanhamento e estabelecendo rotinas

comuns.

Maceió

• Tratamento adequado ao problema da desistência dos adolescentes de medidas socioeducativas nas

escolas.

• Aumento da equipe de CAPS AD para atendimento específico sobre situação de drogadição.

• Oferta de programas de saúde, por parte da Secretaria de Saúde do Município e do Estado, específicos

para adolescentes, com metodologia e local adequados a esse público.

• Articulação entre as secretarias para a efetividade de uma política intersetorial de garantia dos direitos

da criança e do adolescente.

• Parceria com o Sistema “S” para oferta de mais cursos profissionalizantes, levando em conta a

especificidade da escolarização dos adolescentes.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM120

Manaus

• Ampliar a oferta de vagas e serviços para atendimento a adolescentes, em especial para os usuários

de substâncias psicoativas, oferecendo serviços especializados compatíveis com a faixa etária dos

socioeducandos.

• Sensibilizar e capacitar gestores e técnicos que atuam nos serviços que compõem a rede de

atendimento para a correta compreensão do SINASE e do papel da cada instituição no processo

socioeducativo.

Natal

• Implementação de escolas em tempo integral.

• É preciso haver formação no tema da criança e do adolescente e da política socioeducativa para

técnicos e gestores dos setores que compõem a rede de atendimento.

• Maiores investimentos das políticas setoriais na atenção ao adolescente (profissionalização, saúde —

básica, transtorno mental e substâncias psicoativas — e educação)

• Investimento em ações de prevenção à drogadição e ampliação dos equipamentos de saúde voltados

para o tratamento do usuário.

• Maior envolvimento e atuação do conselho tutelar no tocante a inclusão de adolescentes na escola.

• Sensibilização das instituições profissionalizantes para a oferta de cursos com critérios de inserção

adequados aos adolescentes em cumprimento de medidas.

• Ampliação de equipamentos de saúde voltados para os cuidados do público adolescente que possui

transtorno mental.

Palmas

• Articulação do Programa de Atendimento com as secretarias de educação, saúde e trabalho, cultura,

esporte e lazer para realização de reuniões periódicas de monitoramento e avaliação do atendimento

aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.

• Articulação do Programa de Atendimento com a saúde para a construção de CAPSAD e unidades de

tratamento e internação de drogadição.

• Realização de levantamento das principais demandas do mercado de trabalho em Palmas para

direcionamento de mais cursos de oficinas de capacitação para os adolescentes.

• Realização de atividades culturais e de incentivo ao esporte para os adolescentes em cumprimento de

medidas socioeducativas.

Porto Alegre

• Precisa haver uma corresponsabilização entre os operadores da assistência social do Município com

outras instâncias de garantias de direitos no que diz respeito a rede integrada de atendimento.

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121Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Porto Velho

• A secretaria de educação deveria em parceria com a SEMAS, realizar capacitação dos funcionários da

escola para que não haja discriminação ao adolescente em cumprimento de medida.

• Oferta de programas de saúde, por parte da Secretaria de Saúde do Município e do Estado, específicos

para adolescentes, com metodologia e local adequados a esse público.

• O Programa de Atendimento Socioeducativo deve além do encaminhamento do adolescente para os

serviços de saúde, realizar o acompanhamento do adolescente a esse serviço, por meio da figura, por

exemplo, do orientador comunitário.

• No que se refere à intercessão saúde/educação, a escola deveria trabalhar em ações de saúde

preventiva.

• Fiscalização periódica das comunidades terapêuticas pelo poder público.

• Sensibilização do Sistema S para a promoção de cursos profissionalizantes adequados ao nível de

escolaridade dos adolescentes.

Recife

• Articulação com a secretaria de saúde para elaboração de um plano de atendimento aos usuários de

drogas.

• Articulação entre as secretarias para a efetividade de uma política intersetorial de garantia dos direitos

da criança e do adolescente.

• Aumento de vagas nos Programas voltados para profissionalização para adolescentes em cumprimento

de medida socioeducativa, levando em conta especificidades de escolarização.

Rio Branco

• Ampliar a oferta de vagas e serviços para atendimento a adolescentes, em especial para os usuários

de substâncias psicoativas, oferecendo serviços especializados compatíveis com a faixa etária dos

socioeducandos.

• Investir na ampliação da escolarização dos adolescentes e na redução da evasão escolar, visando à

conclusão do Ensino Médio e à habilitação para a matrícula em cursos profissionalizantes.

• Sensibilizar e capacitar gestores e técnicos que atuam nos serviços que compõem a rede de

atendimento para a correta compreensão do SINASE e do papel da cada instituição no processo

socioeducativo.

Rio de Janeiro

• Assegurar o encaminhamento da família dos adolescentes na rede pública de serviços quando houver

identificação de demanda. “É importante sinalizar que não é difícil só para os adolescentes, é (difícil)

também para essas famílias em situação de risco e vulnerabilidade social”.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM122

Salvador

• Articulação com a secretaria de saúde para elaboração de um plano de atendimento aos usuários de

drogas.

• Articulação com a secretaria de educação para efetivação de matrículas e práticas não discriminatórias

dentro da escola.

• Articulação entre as secretarias para a efetividade de uma política intersetorial de garantia dos direitos

da criança e do adolescente.

• Aumento de vagas nos Programas voltados para profissionalização para adolescentes em cumprimento

de medida socioeducativa, levando em conta especificidades de escolarização.

São Luís

• Planejar uma política de atendimento em saúde para adolescentes usuários de substâncias psicoativas

que contemple ações de prevenção e ofereça serviços especializados para a faixa etária.

• Reforçar as ações junto à educação para a matrícula dos adolescentes em cumprimento de medidas

socioeducativas na rede de ensino.

São Paulo

• Promoção de campanhas sobre o papel da escola no processo socioeducativo dos adolescentes.

Vitória

• Sensibilização dos profissionais da rede pública de ensino sobre a temática.

• Cabe ao Poder Público garantir acesso ao direito do adolescente a educação como prevê o ECA.

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123Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

11. FLUXO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

Em relação a este bloco, buscou-se compreender o fluxo de atendimento do adolescente

desde a apreensão até a execução das medidas socioeducativas em meio aberto, isto é,

atores que participam do fluxo de atendimento, instrumentos utilizados nos fluxos de aten-

dimento e a atuação dos agentes do executivo, da VIJ e do MP.

Dentre os aspectos positivos acerca desse tema, observou-se que o fluxo de atendimento do

adolescente desde os procedimentos iniciais até a entrada no programa é de fácil enten-

dimento para os entrevistados, em especial, no que diz respeito aos juízes, promotores e

defensores públicos.

Destaca-se nos depoimentos sobre os aspectos positivos a existência de diversos serviços

especializados, tais como as Delegacias e Varas de Justiça Especializadas, além dos Centros

de Atendimento Integrados ou de metodologias de atendimento que unificam vários serviços

e entidades e os plantões interinstitucionais em algumas capitais.

Também foi destaque entre os aspectos positivos a participação do Defensor Público desde

o início dos procedimentos de apuração do ato infracional até a sentença. No Distrito Fede-

ral, por exemplo, o defensor público participa da oitiva informal realizada pelo MP com o

adolescente desde que o processo entra para o Ministério Público até a sentença. Segundo o

representante da Defensoria Pública “Não existe processo no Distrito Federal sem defesa”.

É o defensor quem lê a sentença para o adolescente e, é ele também, que assina a decisão

se o adolescente quer ou não recorrer.

Vale salientar algumas iniciativas de cooperação entre as entidades que apresentam resulta-

dos positivos em algumas capitais como, por exemplo, a parceria existente com os correios

para a convocação dos adolescentes no Distrito Federal, onde tudo é feito eletronicamente,

inclusive se foi entregue e do contrário, o motivo. Os entrevistados avaliam que esse é o

meio mais rápido e eficaz para a convocação do adolescente. Segundo entrevistado: “O ofí-

cio de vinculação está sendo enviado por e-mail, pela nova Vara (2012), para que o adoles-

cente cumpra a medida e ela não prescreva. Antes da nova Vara demorava seis meses para o

ofício de vinculação chegar até a UAMA”.

Na região Sul, destacam-se aspectos positivos, em relação ao fluxo de atendimento, a atu-

ação da promotoria; a existência de uma equipe técnica; de ferramenta de gestão da infor-

mação e controle do atendimento e de sistemática de monitoramento.

Alguns entraves no fluxo de atendimento apontados pelos entrevistados estão relacionados à

morosidade no atendimento em algumas etapas importantes da execução da medida, como,

por exemplo, a desvinculação do adolescente, o que, segundo representantes do sistema

de justiça no Distrito Federal, “gera um sentimento de impunidade nos adolescentes”. Por

outro lado, é apontada a dificuldade de se acompanhar o adolescente em cumprimento de

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM124

medidas socioeducativa em meio aberto devido à demanda e à escassez de pessoal, como a

insuficiência de defensores e a rotatividade de juízes.

Ainda que existam Centros de Atendimento e serviços específicos para o atendimento ao ado-

lescente envolvido com o ato infracional em algumas capitais é evidente nas respostas dos

entrevistados que os fluxos de atendimento precisam ser melhorados. Houve também relatos

significativos acerca dos impactos causados pela inexistência ou insuficiência de serviços.

A burocracia e a falta de comunicação entre os agentes que participam dos processos de

atendimento aos adolescentes autores de ato infracional foram os principais aspectos apon-

tados como entraves dos fluxos no sistema.

Por fim, ainda que existam formas de cooperação e mesmo algumas instâncias de gestão

do sistema (execução, controle, articulação) a falta de interação e comunicação entre os

diversos agentes que atuam no atendimento ao adolescente em cumprimento de medidas

socioeducativas foi apontado como um entrave.

FLUXO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO - RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS

Campo Grande

• Colocar uma equipe da SEMTCAS no Plantão interinstitucional.

• Criação de Comissão Intersetorial das Medidas em Meio Aberto.

• Criação de protocolo de fluxo entre coordenadores dos CREAS, entidade executora e Ministério Público

objetivando agilizar os agendamentos das audiências na Vara da Infância e da Adolescência.

Curitiba

• Agilizar o encaminhamento dos adolescentes para cumprimento de medida.

• Estabelecer fluxo de encaminhamento de progressão ou regressão das medidas socioeducativas

executadas pelo Estado.

• Estabelecer reuniões periódicas com a equipe do juizado.

• Estabelecer reuniões periódicas com a equipe do juizado, MP e promotoria.

• Estabelecer reuniões/oficinas periódicas com a equipe do juizado, Ministério Público e Defensoria para

solução de entraves.

Florianópolis

• Realizações de reuniões sistemáticas com as atores envolvidos na execução das medidas objetivando a

discussão do fluxo de atendimento.

• Implementação da Defensoria Pública.

João pessoa

• Levantar os motivos pelos quais o adolescente chega sem a documentação e buscar solucionar a

situação.

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125Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Manaus

• Estabelecer mecanismos e instrumentos de comunicação para a rede de serviços e instituições que

compõem o sistema socioeducativo sobre o fluxo de atendimento.

Palmas

• Realização de concursos públicos para preenchimento de mais vagas no judiciário e na Defensoria

Pública.

• Implementação de plantão 24 horas na Delegacia Especializada.

Porto Alegre

• Incentivos de novas estratégias para diminuição de evasão das medidas.

Porto Velho

• Criação, pelo Estado, de Plantão Interinstitucional.

• Criação de Plantão na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente.

• Abertura de concurso público para defensor ou remanejamento de defensor para a área essa área

específica.

• Criação de “Protocolo do fluxo para dar celeridade ao processo”.

Rio Branco

• Estabelecer mecanismos e instrumentos de comunicação para a rede de serviços e instituições que

compõem o sistema socioeducativo sobre o fluxo de atendimento.

• A criação de um centro integrado (Segurança, Ministério Público, Poder Judiciário e Assistência Social)

para atendimento aos adolescentes, com uma equipe multidisciplinar qualificada para este tipo de

atendimento.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM126

12. COOPERAçãO ENTRE ESTADO E MUNICÍPIO

Buscou-se conhecer as formas de cooperação entre o estado e o Município na gestão do sis-

tema de atendimento socioeducativo em meio aberto.

Este tema não foi trabalhado com os entrevistados do Distrito Federal, tendo em vista que

este território não está organizado em Municípios.

Nas demais capitais foram identificadas iniciativas de cooperação entre estado e Municípios,

como por exemplo, o apoio técnico do Estado por meio de capacitação dos profissionais dos

Municípios. Também se observa a cooperação entre as esferas do Judiciário e o Executivo.

Entre os aspectos positivos identificados na dinâmica das relações entre estados e Municí-

pios no que tange ao atendimento socioeducativo, observou-se, ainda, a existência de ins-

trumentos e arranjos de gestão desenvolvidos no âmbito das relações intergovernamentais

(protocolos intersetoriais, grupo de trabalho estadual) e; ações de cooperação técnica para

desenvolvimento de atividades de capacitação para as equipes municipais e cofinanciamento

dos serviços.

Entre os entraves apontados no campo da cooperação entre estado e Município evidencia-se

a fragilidade dos aspectos sinalizados anteriormente, tais como a falta de cofinanciamento

entre os entes; a quantidade insuficiente de técnicos do estado para o acompanhamento

socioeducativo; a ausência de comunicação entre as secretarias em diversas áreas setoriais

e de diálogo entre o meio fechado e o meio aberto, em especial no que tange ao Plano Indi-

vidualizado de Atendimento (PIA).

QUADRO 12 - TIPO DE COOPERAçãO EXISTENTE ENTRE ESTADO E MUNICÍPIO

CAPITAIS TIPO DE COOPERAçãO EXISTENTE ENTRE ESTADO E MUNICÍPIO

Aracaju Não há cofinanciamento.

Parcerias em capacitações e orientações técnicas.

Belém Foram relatadas muitas dificuldades na cooperação entre Estado e Município para a execução das MSE.

Não existia nenhum instrumento formalizado de integração estabelecido entre estado e Município,

sendo frequentes os relatos de falta de apoio e diálogo.

Belo

Horizonte

Apoio do Estado em capacitações para os técnicos municipais e no cofinanciamento do programa de

atendimento.

“Guarda compartilhada” das medidas no nível estadual entre a Secretaria de Defesa Social e a

Desenvolvimento Social garantindo uma comunicação razoável entre as políticas de assistência e de

segurança pública.

Boa Vista Não existe cooperação entre as duas esferas.

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127Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Campo

Grande

A cooperação entre o estado e Município de Campo Grande demonstrou ser, pelas falas dos

interlocutores, muito próxima e amistosa. Segundo a gestora estadual e a municipal, a relação é de

muita articulação, tanto nas capacitações como nos encaminhamentos. Todavia, mesmo com tranquila

cooperação, o Juiz sinalizou a fragilidade na comunicação dos PIAs do meio aberto e fechado.

Cuiabá A cooperação entre o estado e o Município de Cuiabá constatou-se frágil. Apesar dos técnicos do meio

aberto e fechado dialogarem, não existe uma parceria ou uma relação mais próxima entre os agentes.

Curitiba Curitiba sempre angariou recursos nos editais lançados pelo Estado para o cofinanciamento do Serviço

de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto via CEDCA. Consequentemente, o Estado sempre fez o

acompanhamento da execução do Serviço via escritórios regionais.

Distrito

Federal

Este aspecto não foi analisado, tendo em vista que o Distrito Federal não possui Municípios.

Florianópolis O serviço é cofinanciado pelo Estado.

Fortaleza Não há cofinanciamento.

Goiânia A equipe da Gerência da Proteção Social coloca que a função de acompanhamento do trabalho

executado pelos CREAS foi recentemente — 2012 — transferida no Estado da Superintendência

da Criança e do Adolescente para a Superintendência de Assistência Social do Idoso e da Pessoa

com Deficiência, a qual está atrelada a Gerência de Proteção Social. Em função disso, estão se

estruturando para que possam realizar monitoramento e prestar atendimento aos Municípios. A fala

da gerência sugere um contato mais próximo com os Municípios do interior e não com a capital. O

Diretor da Proteção Social Especial da SEMAS e a Coordenadora do Serviço destacam que a única forma

de cooperação entre Estado e Município é na triagem dos adolescentes para encaminhamento para o

CREAS, feito dentro do Juizado, por núcleo de medida socioeducativa do Município.

João Pessoa Grupo de trabalho Estadual de fortalecimento do sistema socioeducativo.

Cofinanciamento do estado.

Macapá Há um Termo de Cooperação Técnica entre a Semast e a FCRIA, em que a Fundação da Criança e do

Adolescente cede seus técnicos para realizar os atendimentos no CREAS. Este termo, em vigor desde

2006, já teve outros itens, que foram sendo retirados ao longo do tempo, como carro e local para

atendimento, uma vez que o Município foi se organizando para prover as condições necessárias para a

execução das medidas.

Maceió Não há cofinanciamento.

Manaus Estado e Município dialogam pouco, na perspectiva dos entrevistados. Há relatos de reuniões e visitas

que aconteceram em 2012 e até mesmo em épocas anteriores, mas nenhuma dessas ações resultou em

cooperação efetiva ou início de fato da municipalização das medidas de meio aberto.

Natal Não há cofinanciamento.

Palmas A cooperação entre o estado e o Município de Palmas constatou-se frágil, em razão principalmente de

questões político partidárias. Embora os técnicos do meio aberto e fechado tenham algum diálogo, não

existe uma parceria ou uma relação mais próxima entre os atores.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM128

Porto Alegre Não há cofinanciamento, têm-se realizado tentativas de aproximação com a Secretaria de Justiça e

Segurança. Em decorrência de muitos adolescentes serem assassinados durante o cumprimento da

medida; esses deveriam estar sob proteção conjunta da Secretaria de Justiça e Segurança.

Porto Velho A Secretaria de Estado de Assistência Social — SEAS — realiza o monitoramento do CREAS MSEMA

— Medida Socioeducativa em Meio Aberto — e oferece cursos para capacitação dos funcionários

dos CREAS. Há, porém, fortes críticas ao Estado no sentido de não cooperar financeiramente com

Município.

Recife Não há cofinanciamento.

Rio Branco Após a municipalização do atendimento da PSC, o Estado do Acre vem dando apoio técnico e financeiro

ao Município de Rio Branco e aos demais Municípios do interior, uma vez que a maioria dos Municípios

no Acre não tem experiência no atendimento socioeducativo.

Rio de

Janeiro

Não há cofinanciamento, a baixa comunicação dos entes percebidos também por alguns entrevistados,

acaba não potencializando o Programa desenvolvido no Município.

Salvador Cofinanciamento do estado.

São Luís Não há cofinanciamento. Estado e Município assinaram um protocolo de intenções “visando à defesa

dos direitos de adolescentes em conflito com a lei, com foco no atendimento socioeducativo e na

Justiça Juvenil Restaurativa”, como parte de suas atividades na Rede Maranhense de Justiça Juvenil.

São Paulo A cooperação é técnica, sobretudo em situações de elaboração e planejamento de ações e iniciativas.

Teresina Não há cofinanciamento. Existe a cooperação técnica, por meio de capacitação, acordando com a

equipe da Proteção Social Especial da Secretaria da Assistência Social e Cidadania do Estado.

Vitória Há cofinanciamento, o Estado acompanha a execução em meio aberto somente pelos relatórios físicos

e financeiros encaminhados pelo Município.

COOPERAçãO ENTRE ESTADO E MUNICÍPIO - RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS

Campo Grande

• Realização de Oficinas de Integração entre os técnicos estaduais e municipais com objetivo de alinhar a

comunicação dos PIAs do meio fechado e aberto.

Curitiba

• Realização de Oficinas de Integração entre os técnicos estaduais e municipais com objetivo de alinhar

mais as necessidades, demandas e encaminhamentos para o serviço de medida socioeducativa.

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129Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Goiânia

• O Estado deve prestar suplementação financeira ao Município.

• O Estado deve estar mais atuante no que diz respeito à qualificação técnica dos servidores dos CREAS.

• Contratação de pessoal no Estado para auxiliar no cumprimento das responsabilidades do Estado em

relação às medidas socioeducativas.

• O Município deve cobrar do Estado cooperação técnica e financeira.

• O Município deve buscar mobilizar o Estado no que se refere à capacitação do atendimento específico

dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas encaminhados para os serviços da rede

pública estatal.

• Estreitamento da comunicação entre a Gerência de Proteção Social Especial do Estado (SECT) e a

Divisão de Acompanhamento às Medidas Socioeducativas (SEMAS) em do Município de Goiânia.

Belém

• Estabelecer formas de colaboração entre Estado e Município para o atendimento socioeducativo em

meio aberto, conforme preconiza a Lei 12.594, em seu Artigo 4o, Inciso V.

Boa Vista

• Promover a integração entre o estado e o Município a partir do que compete a cada ente no

atendimento socioeducativo.

Macapá

• Revisão do termo de cooperação técnica, com vistas a finalizar a municipalização das medidas

socioeducativas em meio aberto e estabelecer novas ações conjuntas.

Manaus

• Estabelecer formas de colaboração entre Estado e Município para o atendimento

• socioeducativo em meio aberto, conforme preconiza a Lei 12.594, em seu Artigo 4o, Inciso V.

• Finalizar o processo de municipalização das medidas socioeducativas em meio aberto.

Palmas

• Realização de Oficinas de Integração entre os técnicos estaduais e municipais com objetivo de alinhar

mais as necessidades, demandas e encaminhamentos para o serviço de medidas socioeducativas.

Porto Velho

• O Estado deve prestar suplementação financeira ao Município.

• É sugerido por entrevistado que as mães de adolescentes em cumprimento de medidas possam também

utilizar o serviço psicológico da Delegacia da Mulher.

• O Grupo Gestor Municipal do Sistema Socioeducativo — GEMSO — tem composição intersetorial, porém, não conta

com nenhum membro do Estado. Seria interessante se houvesse um representante do Estado na composição do

Grupo do Município, a fim de promover a articulação intersetorial para além da esfera municipal.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM130

Rio Branco

• Estabelecer formas de colaboração entre Estado e Município para o atendimento socioeducativo em meio aberto,

conforme preconiza a Lei 12.594, em seu Artigo 4o, Inciso V.

• Finalizar o processo de municipalização das medidas socioeducativas em meio aberto.

Porto Alegre

• Estabelecer uma agenda de trabalho entre os entes.

Florianópolis

• Comunicação entre a esfera estadual e municipal, entendendo que a função do estado é supervisionar, trazer

mais recursos, capacitar os operadores na operacionalização do SINASE.

Curitiba

• Pactuação de uma agenda de reuniões continua entre os entes com o propósito de assegurar o compromisso de

uma nova gestão no Município.

Aracaju

• Construção de um sistema de comunicação entre estado e Município que perpasse por reuniões avaliativas

periódicas.

• Utilização do SIPIA de maneira adequada.

Fortaleza

• Estabelecer formas de colaboração entre Estado e Município para o atendimento socioeducativo em meio aberto,

conforme preconiza a Lei 12.594, em seu Artigo 4o, item V.

João Pessoa

• Construção de um sistema de comunicação entre estado e Município que perpasse por reuniões avaliativas

periódicas.

• Implementação de reuniões mais periódicas do Grupo de trabalho estadual.

• Utilização do SIPIA de maneira adequada.

Fortaleza

• Estabelecer formas de colaboração entre Estado e Município para o atendimento socioeducativo em meio aberto,

conforme preconiza a Lei 12.594, em seu Artigo 4o, item V.

Maceió

• Capacitações/encontros entre gestores do estado e Município que trabalham a política de atendimento.

• Utilização do SIPIA de maneira adequada.

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131Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Recife

• Construção de um sistema de comunicação entre estado e Município que perpasse por reuniões avaliativas

periódicas.

• Construção do Plano municipal de atendimento socioeducativo.

• Implementação de reuniões mais periódicas entre gestores do estado e do Município

• Utilização do SIPIA de maneira adequada.

São Luís

• Divulgação dos instrumentos de cooperação existentes entre estado e Município, em especial para os

componentes da rede de atendimento socioeducativo.

• Revisão do Protocolo Intersetorial da Prefeitura de São Luís, com vistas à execução do Plano de Atendimento

Socioeducativo.

Teresina

• Ações de maior integração entre as instâncias municipal e estadual.

• O Estado deve prestar suplementação financeira ao Município.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM132

13. PLANOS DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

Este bloco buscou identificar a existência de Planos de Atendimento Socioeducativos no âm-

bito municipal devido à exigência da Lei do SINASE.

Observou-se que poucas capitais já possuem os seus planos de atendimento socioeducativo.

Há casos de iniciativas para a sua elaboração sendo empreendidas pelos Conselhos dos Direi-

tos a exemplo das capitais

Por sua vez, a inexistência dos Plano é apontada como um entrave para a implementação da

política de atendimento socioeducativo na perspectiva do SINASE.

QUADRO 13 - PLANO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

CAPITAIS PLANO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

Aracaju Não existe Plano de Atendimento Socioeducativo municipal, nem estadual.

Belém Tanto no âmbito estadual, como no municipal ainda não existem os Planos. Porém, o

governo estadual possui o Projeto Político Institucional (PPI), lançado em 2010. E, na

capital, a FUNCAP e a FUNPAPA concluíram, no final de 2010, o documento que seria a

base para o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Belém.

Belo

Horizonte

Inexistência de um Plano Municipal e Estadual de Atendimento de Medidas

Socioeducativas.

Boa Vista Inexistência de um Plano Municipal e Estadual de Atendimento de Medidas

Socioeducativas.

Curitiba Não existe Plano de Atendimento Socioeducativo municipal, conta hoje com “Plano

de Trabalho e de Aplicação”, elaborado pela Fundação de Ação Social.

Florianópolis Plano Municipal de Garantia e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e uma

metodologia de Orientação e Acompanhamento a Adolescente em Cumprimento de

Medidas Socioeducativas de Liberdade Assistida e Prestação de Serviço à Comunidade,

elaborado pelo Estado e Município.

Fortaleza Em 2012, o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Fortaleza foi

finalizado, de forma participativa, em colaboração com o Conselho Municipal, e

submetido à aprovação pela sociedade através de uma consulta pública. Não existe

Plano estadual.

João Pessoa Não existe Plano de Atendimento Socioeducativo municipal, nem estadual.

Maceió Não existe Plano de Atendimento Socioeducativo municipal, nem estadual.

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133Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Manaus No governo do estado do Amazonas existem instrumentos que orientam a ação das

equipes que atuam no atendimento socioeducativo, como o Plano de Atendimento

Pedagógico e Socioterapêutico, que estava sendo reformulado em 2012. Em Manaus

não existe um Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Natal Não existe Plano de Atendimento Socioeducativo municipal, nem estadual.

Palmas Não existe o Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo, mas existe o Plano

Municipal de Atendimento Socioeducativo de Palmas, que foi construído em 2008.

Porto Alegre Programa Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto — PEMSE.

Porto Velho No que se refere aos Planos de Atendimento Socioeducativo no nível estadual e

municipal, a maior parte dos entrevistados, que compõem o sistema de garantia de

direitos da criança e do adolescente, demonstrou desconhecimento da existência

desses documentos. Isso pode ser explicado pelo fato de o Município de Porto Velho e

de o Estado de Rondônia terem elaborado Planos que não estão vigorando.

Recife Não existe Plano Municipal. O Estado possui o Plano de Reordenamento do Sistema

Socioeducativo.

Rio Branco Não existe nem o Plano Estadual, nem o Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Rio de

Janeiro

Plano Municipal Socioeducativo, elaborado e aprovado pelo Conselho Municipal de

Defesa da Criança e do Adolescente.

Plano de Segurança Socioeducativa do Departamento Geral de Ações Socioeducativas,

produzido pelo DEGASE e aprovado em 2012 pelo CEDCA.

Salvador Não existe Plano Municipal. Existe o Plano estadual de atendimento socioeducativo.

São Luís Existe o Plano Municipal de atendimento socioeducativo. Existe o Plano Estadual de

Atendimento Socioeducativo do Maranhão.

São Paulo Existe o Plano de Reordenamento do Serviço (secretaria municipal) e o Caderno de

Orientações Metodológicas (secretaria de estado).

Teresina Não existe o Plano Municipal de atendimento socioeducativo. Existe o Plano Estadual

de Atendimento Socioeducativo do Piauí.

Vitória Não existe Plano Municipal, somente o Plano de Convivência Familiar e Comunitária e

o Plano de Acolhimento Institucional, elaborado pelo CMDCA.

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PLANOS DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO – RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS

Aracaju

• Realização de comissões intersetoriais para a construção do Plano de atendimento socioeducativo.

Belém

• Criação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Belém.

Belo Horizonte

• Realização de Grupos de Trabalho para levantamento das demandas do atendimento socioeducativo em

BH para subsidiar a construção do Plano Municipal e Estadual.

Campo Grande

• Articulação dos atores do sistema de garantia de direitos, bem como, das diversas áreas da rede de

atendimento socioeducativo para a criação das Comissões Interinstitucionais e Intersetoriais municipais.

Cuiabá

• Realização de Grupos de Trabalho para levantamento das demandas do atendimento socioeducativo em

Cuiabá para subsidiar a construção de um Plano Municipal.

• Criação das Comissões Intersetoriais e Interinstitucionais tanto em âmbito estadual, quanto no

municipal, como o objetivo de fortalecer o diálogo dos atores do sistema de garantia de direitos.

Curitiba

• Oficinas de capacitação sobre a elaboração do Plano de Atendimento Socioeducativo no Município.

• Publicação do Decreto Municipal que institui a comissão intersetorial que será responsável para a

criação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Florianópolis

• Organização reuniões de sensibilização da temática com o propósito de discutir o papel da intersetoria-

lidade na execução dos serviços das medidas em meio aberto.

Goiânia

• Criação de colegiado ou grupo de composição intersetorial, do estado e do Município, para iniciar

esforços para elaboração de planos estadual e municipal do atendimento socioeducativo.

João Pessoa

• Mobilização dos diferentes atores do sistema de garantia de direitos do Município para a construção

participativa do Plano de atendimento de medida socioeducativa.

Macapá

• Criação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Macapá.

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135Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Maceió

• Articulação com estado para criação de grupos de trabalho (Município e estado).

• Realização de comissões Intersetoriais para a construção do Plano de atendimento socioeducativo.

Manaus

• Elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Manaus, de forma participativa, em

colaboração com o Conselho Municipal.

Natal

• Elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo e do Plano Estadual de Atendimento

Socioeducativo.

Palmas

• Realização de Grupos de Trabalho para levantamento das demandas do atendimento socioeducativo em

Palmas para subsidiar a construção de um novo Plano Municipal.

• Revisão do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Palmas.

Porto Alegre

• Recomendação de articulação com todos os atores envolvidos no atendimento socioeducativo no âmbito

do Município: sistema de saúde, de educação, CREAS, judiciário para elaboração do Plano Municipal.

Porto Velho

• Seria interessante que na elaboração do Plano de Atendimento Municipal e na composição do GEMSO,

estivessem presentes também representantes da política de atendimento socioeducativa do Estado, de

forma a chamar o Estado para providências estabelecidas no Plano Municipal, que possam ser realizadas

através da cooperação entre estas duas instâncias de governo.

Recife

• Mobilização dos diferentes atores do sistema de garantia de direitos do Município para a construção

participativa do Plano de atendimento de medida socioeducativa.

Rio Branco

• Elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Rio Branco, de forma participativa,

em colaboração com o Conselho Municipal.

Rio de Janeiro

• Acompanhamento por parte dos Conselheiros do CMDCA da agenda da Comissão Socioeducativa no

acompanhamento da execução do Plano Municipal Socioeducativo.

Salvador

• Mobilização dos diferentes atores do sistema de garantia de direitos do Município para a construção

participativa do Plano de atendimento de medida socioeducativa.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM136

São Luís

• Elaboração do II Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de São Luís, com vigência a partir de

2014.

• Publicização do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de São Luís.

São Paulo

• Promoção de oficias para maiores esclarecimentos sobre a elaboração do Plano de Atendimento com

representantes da SEDH, MDS e CONANDA com os gestores e coordenadores locais.

Vitória

• Realizações de oficias para maiores esclarecimentos da elaboração do Plano de Atendimento com

representantes da SEDH, MDS e CONANDA com os gestores e coordenadores locais.

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137Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

14. CONSELHOS MUNICIPAIS E ESTADUAIS DOS DIREITOS DA CRIANçA E DO ADOLESCENTE

Buscou-se identificar a atuação do Conselho Estadual e do Conselho Municipal na implemen-

tação do sistema socioeducativo de atendimento às medidas em meio aberto.

Em quase todas as capitais observa-se, nos relatos dos agentes entrevistados, indício de que

os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente (estadual e municipais) estão funcio-

nando e, que o tema do atendimento socioeducativo está na sua agenda.

De acordo com depoimentos, os conselhos estão em processo de organização interna, estru-

turando-se em comissões temáticas; criando o fundo municipal dos direitos da criança e do

adolescente ou têm buscando uma nova dinâmica de recomposição dos conselheiros.

No que diz respeito à sua atuação na política de atendimento socioeducativo, observa-se que

os conselhos têm participado de encontros da rede com a participação de juízes, promoto-

res, entre outros; possuem comissão temática relativa ao sistema socioeducativo; têm bus-

cado a qualificação dos conselheiros através das Escolas de Conselhos ou estão em processo

de registro de atestado e de funcionamento dos programas de atendimento.

Contudo, ainda se observa um desconhecimento sobre o papel dos Conselhos dos Direitos da

Criança e do Adolescente no atendimento socioeducativo. A partir dos relatos que indica-

ram algum conhecimento sobre a atuação desses organismos, observou-se que ainda é bem

tímida a atuação dos conselhos no tema do atendimento socioeducativo em meio aberto

predominando a atenção ao sistema fechado.

A despeito deste fato, destaca-se que a participação dos Conselhos — Estadual e Municipal

— no acompanhamento da política de atendimento socioeducativa foi analisada de forma

positiva pelos entrevistados na maioria das capitais.

Os Conselhos estão atuando na construção dos Planos de Atendimento Socioeducativo por

meio de Grupos de Trabalho; na fiscalização do que dispõe a Lei do SINASE e; estão bem

próximos ao programa/serviço de atendimento.

Ainda que existam indícios de que os conselhos estejam em funcionamento, na opinião de

muitos entrevistados, o conselho não tem uma atuação eficaz no que diz respeito ao tema

do atendimento socioeducativo, a qual foi considerada pelos agentes entrevistados como tí-

mida, morosa, episódica e, até mesmo, deficiente, restrita às medidas de proteção no nível

do Município e a casos de denúncias. Foi sinalizada também a dificuldade dos conselhos co-

locarem em prática as suas deliberações; a falta de comunicação entre os conselhos e falta

de estrutura (funcionários).

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM138

Um entrave significativo apontado para o processo de implementação do sistema foi a falta de

interesse dos gestores públicos em conhecer os programas e serviços existentes; a ausência de

uma liderança dentro do conselho municipal que trabalhe as questões voltadas para a política

de atendimento de medida socioeducativa em meio aberto; o fato de alguns conselheiros não

estarem comprometidos com a função e não terem preparo e autonomia para tal.

Por fim, a burocracia, o esvaziamento dos Conselhos e a falta de conhecimento sobre o tema

das medidas socioeducativas também são identificados como obstáculos para uma boa atu-

ação desses organismos na política socioeducativa, bem como o fato de os programas nesta

área ainda não estarem inscritos.

Com relação à inscrição no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente —

CMDCA —, órgão responsável por deliberar sobre a política de atendimento aos direitos da

criança e do adolescente, a maioria dos respondentes das entidades identificadas (21) con-

firmou realizar tal procedimento. Entretanto, 8 responderam não se aplicar aos seus casos,

por entenderem que os órgãos públicos não possuem tal obrigatoriedade, apenas para os

programas em específico. Por exemplo, a entidade Centro Espírita Yvon Costa, em Belém, e

o Instituto Socioeducativo do Acre, em Rio Branco, informaram não ter inscrição no CMDCA.

QUADRO 14 - CONSELHOS

CAPITAIS ATUAçãO DO CEDCA NA POLÍTICA DE ATENDI-

MENTO SOCIOEDUCATIVO

ATUAçãO DO CMDCA NA POLÍTICA DE

ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

Aracaju Pouca atuação/articulação junto a Política de

atendimento em meio aberto na capital.

Pouca atuação/articulação junto a Política

de atendimento em meio aberto na capital.

Belém A participação dos Conselhos, tanto Estadual quanto

Municipal na discussão sobre o SINASE é pequena,

pouco conhecida e não sistemática. Há uma avaliação

geral de que a atuação dos conselhos precisa ser

mais propositiva, atuar mais na fiscalização e

monitoramento das políticas, dos programas e dos

serviços.

A participação dos Conselhos, tanto Estadual

quanto Municipal, na discussão sobre o

SINASE é pequena, pouco conhecida e não

sistemática. Há uma avaliação geral de que

a atuação dos conselhos precisa ser mais

propositiva, atuar mais na fiscalização e

monitoramento das políticas, programas e

serviços.

Belo

Horizonte

Deficiência e distanciamento na atuação dos

conselhos de direitos, tanto o estadual, quanto o

municipal.

Segundo alguns entrevistados, os conselhos

não exercem seu papel de fiscalização

e apoio contínuos. Suas atuações se

restringem quando solicitados, ou no caso de

alguma denúncia.

Boa Vista Não estão participando do processo de

municipalização do atendimento socioeducativo.

Não estão participando do processo

de municipalização do atendimento

socioeducativo.

Page 140: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

139Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Campo

Grande

O Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do

Adolescente foi descrito como atuante e engajado

na fiscalização das medidas em meio fechado. O

representante do CEDCA relatou a existência de

uma comissão permanente que atuou muito no

monitoramento das unidades de internação.

Em contrapartida, no Conselho Municipal

notou-se distanciamento e inoperância

com relação às medidas socioeducativas. A

presidente do Conselho, apesar das inúmeras

ligações, não quis conceder entrevista e

nem mesmo indicar outro representante

legal. Segundo alguns agentes, o CMDCA não

exerce seu papel de fiscalização e apoio

contínuos.

Cuiabá A atuação dos Conselhos de Direitos em Cuiabá foi

definida por alguns agentes como frágil e ausente

na temática das medidas socioeducativas. Ainda

de acordo com gestora estadual, esses organismos

atuam mais na área civil, ficando os adolescentes

autores de ato infracional relegados a momentos

de denúncia, ou em ocasiões de solicitação formal.

A mesma entrevistada ainda afirmou que o CEDCA

avançou na fiscalização no ano de 2011, devido à

troca de gestão.

A atuação dos Conselhos de Direitos em

Cuiabá foi definida por alguns agentes como

frágil e ausente na temática das medidas

socioeducativas. Ainda de acordo com

gestora estadual, esses organismos atuam

mais na área civil, ficando os adolescentes

autores de ato infracional relegados a

momentos de denúncia, ou em ocasiões de

solicitação formal. Segundo a coordenadora

do programa, o conselho municipal atua

na parte de documentação, na cobrança

da inscrição do serviço, porém, não há

nenhuma outra intervenção além desta.

Curitiba Atuação na fiscalização e monitoramento nas

unidades de atendimento para saber se estão

adequadas com o SINASE.

Atuação / articulação com o Programa MSE-

MA.

Distrito

Federal

Em relação ao Conselho dos Direitos da Criança

e do Adolescente do Distrito Federal, o CDCA/

DF, é comum entre os entrevistados, inclusive o

próprio conselho, a percepção de que o conselho

deve ter atuação mais efetiva. A subsecretaria do

Sistema Socioeducativo diz: “A atuação dele é meio

episódica. Aconteceu alguma coisa, ele aparece.

(...) a sensação que eu tenho, é que ele não tem

uma sistematização de como ele vai acompanhar a

aplicação, o sistema socioeducativo aqui no Distrito

Federal”. A Defensoria aponta que o Conselho no

Distrito Federal abarca muito a parte protetiva da

criança e do adolescente, e diz que poderia abarcar

mais a socioeducativa.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM140

Florianópolis Atuação tímida, somente quando existe alguma

denúncia.

Atuação tímida, somente quando existe

alguma denúncia.

Fortaleza Atuação na construção do Plano Municipal de

execução de medida socioeducativa.

Atuação na construção do Plano Municipal de

execução de medida socioeducativa.

Goiânia O atual presidente do CEDCA assumiu em Janeiro

de 2012 e colocou que o órgão está passando

por processo de transição que compreende a

estruturação em comissões temáticas “para atuar

na questão do SINASE e contribuir na elaboração do

Plano Estadual”.

O Presidente do CMDCA diz que o “grande

legado” do Conselho Municipal foi o decreto

do Fundo da Criança. Sobre isso: “Foi onde

ocupou mais tempo para o regulamento das

normativas dos processos de financiamento.

Diz que estão “em processo de elaboração

de resoluções, de registro de atestado e de

funcionamento dos programas”. Diz que há

falta de funcionários administrativos para que

possam publicar suas atividades, demandas,

relatórios. Coloca que a nova gestão terá

como pauta o acompanhamento do SINASE e

das políticas socioeducativas na capital.

João Pessoa Pouca atuação/articulação junto a Política de

atendimento em meio aberto na capital.

Pouca atuação/articulação com o

Programa. Atualmente está iniciando uma

aproximação.

Macapá O CEDCA está discutindo o Plano Estadual de

Atendimento Socioeducativo e vem se organizando

para mobilizar a rede de atendimento com o objetivo

de implementação dos trabalhos. Os entrevistados,

via de regra, desconhecem atuação dos Conselhos,

embora alguns tenham ciência de que ambos passam

por dificuldades para exercer suas atividades, por

falta de compromisso das secretarias mantenedoras.

No âmbito Municipal, o planejamento para

fiscalizar o sistema dependia de melhoras

na infraestrutura do Conselho, que não

tinha, por exemplo, um carro de apoio para

visita ao CREAS e às demais instituições da

rede de atendimento socioeducativo. Os

entrevistados, via de regra, desconhecem

atuação dos Conselhos, embora alguns

tenham ciência de que ambos passam por

dificuldades para exercer suas atividades,

por falta de compromisso das secretarias

mantenedoras.

Maceió Pouca atuação/articulação junto a Política de

atendimento em meio aberto na capital.

Pouca atuação/articulação com o Programa.

Manaus Nenhum dos atores entrevistados soube dar

informações sobre o funcionamento dos conselhos.

Todos reconheceram que os Conselhos não se

posicionaram ainda de forma mais contundente em

relação à municipalização.

Nenhum dos atores entrevistados soube

dar informações sobre o funcionamento

dos conselhos. Todos reconheceram que

os Conselhos não se posicionaram ainda

de forma mais contundente em relação à

municipalização.

Page 142: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

141Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Natal Atuação mais próxima na deliberação de algumas

questões.

Pouca atuação/articulação com o Programa.

Palmas A atuação dos Conselhos de Direitos em Palmas foi

definida por alguns atores como frágil e ausente na

temática das medidas socioeducativas. Entretanto,

a Juíza relatou que o Conselho Estadual possui

uma atuação mais visível na fiscalização do meio

fechado. Recentemente, os representantes desta

esfera conseguiram garantir a contratação de mais

cursos de qualificação para o Centro de Atendimento

Socioeducativo (CASE).

A atuação dos Conselhos de Direitos em

Palmas foi definida por alguns atores como

frágil e ausente na temática das medidas

socioeducativas. A própria representante

do CMDCA reconheceu a distância das

atividades das medidas socioeducativas, mas

pontuou que o programa de atendimento

não concede abertura para a realização de

um trabalho conjunto contínuo.

Porto Alegre Atuação no debate das medidas em meio aberto, mas

pouca fiscalização junto ao Programa.

Atuação no debate das medidas em meio

aberto, mas pouca fiscalização junto ao

Programa.

Porto Velho Em relação à atuação dos Conselhos dos Direitos da

Criança e do Adolescente na esfera estadual e na

capital, é consenso entre os entrevistados a atuação

incipiente desses conselhos na estruturação da

política para a criança e o adolescente.

Em relação à atuação dos Conselhos dos

Direitos da Criança e do Adolescente na

esfera estadual e na capital, é consenso

entre os entrevistados, a atuação incipiente

desses conselhos na estruturação da política

para a criança e o adolescente.

Recife Pouca relação com o MSE-MA do Recife, mas atuando

na fiscalização baseada no Plano Estadual.

Pouca atuação/articulação com o Programa.

Rio Branco Todos os entrevistados consideram tímida e

incipiente a atuação dos conselhos.

Todos os entrevistados consideram tímida e

incipiente a atuação dos conselhos.

Rio de

Janeiro

Pouca atuação/articulação junto a Política de

atendimento em meio aberto na capital.

Dificuldade no acompanhamento e fiscalização

por parte dos técnicos dos CMDCA.

Salvador Atuação na construção do Plano Estadual de

execução de medida socioeducativa e na construção

de sistema de monitoramento dessa política.

Atuação / articulação com a Fundação e o

Programa MSE-MA.

São Luís Atuação na fiscalização e monitoramento nas

unidades de atendimento para saber se estão

adequadas com o SINASE.

Atuação / articulação com o Programa MSE-

MA.

São Paulo Pouca atuação/articulação junto a Política de

atendimento em meio aberto na capital.

Pouca atuação/articulação com o Programa.

Teresina Pouca interação entre os conselhos e o Programa de

medidas socioeducativas do Município

Pouca interação entre os conselhos e o Programa

de medidas socioeducativas do Município.

Vitória Pouca atuação/articulação junto a Política de

atendimento em meio aberto na capital.

Pouca atuação/articulação com o Programa.

Page 143: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM142

CONSELHOS MUNICIPAIS E ESTADUAIS DOS DIREITOS DA CRIANçA E DO ADOLESCENTE —

RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS

Aracaju

• Desenvolver uma cultura de comunicação entre os conselhos, especificamente no tocante às comissões

de medidas socioeducativas, para que haja integralidade do sistema socioeducativo e, para que as

políticas em relação aos meios aberto e fechado possam ser complementares.

• Maior valorização do papel dos conselhos por parte dos órgãos públicos e investimento político nesses,

como formuladores de políticas setoriais.

• Investimento na formação dos conselheiros (Escola de Conselhos).

Belém

• Maior apreensão, por parte dos Conselhos, do papel de controle social sobre as políticas, acompanhando

melhor a implementação da lei do SINASE.

• Capacitação específica sobre a Lei do SINASE e o papel dos Conselhos neste contexto.

Campo Grande

• Criação da comissão de medidas socioeducativas no conselho municipal, conforme prevê a Lei do

Sinase, para acompanhar e apoiar mais sistematicamente o programa de medida socioeducativa em

meio aberto.

• Realização de reuniões periódicas nos conselhos com os demais atores do sistema de garantia de

direitos para monitoramento e avaliação das medidas socioeducativa em meio aberto.

Cuiabá

• Criação de comissões de medidas socioeducativas em cada conselho, conforme prevê a Lei do Sinase,

para acompanhar e apoiar mais sistematicamente o programa de medida socioeducativa em meio

aberto.

• Realização de reuniões periódicas nos conselhos com os demais atores do sistema de garantia de

direitos para monitoramento e avaliação das medidas socioeducativa em meio aberto.

• Maior investimento do poder público junto à infraestrutura dos Conselhos.

• Realização de capacitações pelo CONANDA com os representantes conselhos municipais e estaduais.

Curitiba

• Criação de Assessoria Jurídica para os conselhos a fim de balizar a formulação de políticas.

• Caberia ao COMTIBA empreender ações de motivação das entidades da sociedade civil para a criação de

projetos voltados para a garantia dos direitos básicos da criança e do adolescente.

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143Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Distrito Federal

• É preciso que o Conselho se organize para acompanhar o sistema socioeducativo.

• É sugerido pela promotoria que haja alguma exigência para Conselheiro, em termos de capacitação

para este trabalho relativo à infância e juventude.

• Sensibilização dos órgãos públicos e das instituições da sociedade civil no sentido de fortalecer esta

instância da democracia.

• Pesquisa diagnóstica da política de atendimento à criança e ao adolescente no Distrito Federal no

intuito de embasar a atuação do Conselho.

Florianópolis

• Inscrição de projetos e programas das entidades de execução de LA e PSC visando ao registro e ao

acompanhamento do Conselho Municipal do atendimento realizado no âmbito local.

Goiânia

• Aumento do quadro de funcionários administrativos do CMDCA.

• Criação de comissão temática de medidas socioeducativas.

• Desenvolver uma cultura de comunicação entre os conselhos, especificamente no tocante às comissões

de medidas socioeducativas, para que haja integralidade do sistema socioeducativo, para que as

políticas em relação ao meio aberto e fechado possam ser complementares.

João Pessoa

• Desenvolver uma cultura de comunicação entre os conselhos, especificamente no tocante às comissões

de medidas socioeducativas, para que haja integralidade do sistema socioeducativo e, para que as

políticas em relação ao meio aberto e fechado possam ser complementares.

• Maior valorização do papel dos conselhos por parte dos órgãos públicos e investimento político nos

mesmos, como formuladores de políticas setoriais.

• Investimento na formação dos conselheiros (Escola de Conselhos).

Maceió

• Desenvolver uma cultura de comunicação entre os conselhos, especificamente no tocante às comissões

de medidas socioeducativas, para que haja integralidade do sistema socioeducativo e, para que as

políticas em relação ao meio aberto e fechado possam ser complementares.

• Maior valorização do papel dos conselhos por parte dos órgãos públicos e investimento político nos

mesmos, como formuladores de políticas setoriais.

• Investimento na formação dos conselheiros (Escola de Conselhos).

Macapá

• Incremento da estrutura oferecida aos Conselhos por parte das instituições mantenedoras para o

correto exercício do controle social.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM144

Manaus

• Estabelecer canais para melhor comunicação entre os conselhos e os integrantes do sistema de garantia

de direitos, a fim de que todos conheçam a atuação dos conselhos.

• Qualificar a intervenção dos conselheiros no processo de acompanhamento das medidas socioeducati-

vas, através de capacitações, reuniões de formação e incentivo à participação dos Conselhos no proces-

so de municipalização das Medidas.

Natal

• Maior atuação do CMDCA e do CEDCA frente ao tema das medidas socioeducativas.

• Sensibilização dos gestores para o papel dos conselhos de direitos como estímulo para perceber estes

conselhos como peça chave na construção da política de atendimento socioeducativo.

Recife

• Desenvolver uma cultura de comunicação entre os conselhos, especificamente no tocante às comissões

de medidas socioeducativas, para que haja integralidade do sistema socioeducativo e, para que as

políticas em relação ao meio aberto e fechado possam ser complementares.

• Sensibilização dos conselheiros estaduais para monitoramento e avaliação no Programa Municipal do

Recife.

Palmas

• Criação de comissões de medidas socioeducativas em cada conselho, conforme prevê a Lei do Sinase,

para acompanhar e apoiar mais sistematicamente o Programa de Medidas Socioeducativas em Meio

Aberto.

• Realização de reuniões periódicas nos conselhos com os demais atores do sistema de garantia de

direitos para monitoramento e avaliação das medidas socioeducativas em meio aberto.

Porto Alegre

• Implementar os conselhos intersetoriais.

Porto Velho

• Criação de comissão socioeducativa em ambos os conselhos.

• Atualização do Cadastro do CMDCA dos Programas e Entidades de atendimento à criança e ao

adolescente, inclusive socioeducativos.

• Criação de Assessoria Jurídica para os conselhos, a fim de balizar a formulação de políticas.

• Desenvolver uma cultura de comunicação entre os conselhos, especificamente no tocante às comissões

de medidas socioeducativas, para que haja integralidade do sistema socioeducativo e, para que as

políticas em relação ao meio aberto e fechado possam ser complementares.

• O CMDCA poderia empreender ações de motivação das entidades da sociedade civil para a criação de

projetos voltados para a garantia dos direitos básicos da criança e do adolescente. E, outra atitude

recomendada é o estímulo a pesquisas diagnósticas da situação da criança e do adolescente na capital.

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145Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Rio Branco

• Estabelecer canais para melhor comunicação entre os conselhos e os integrantes do sistema de garantia

de direitos, a fim de que todos conheçam a atuação dos conselhos.

• Qualificar a intervenção dos conselheiros no processo de acompanhamento das medidas socioeducati-

vas, através de capacitações, reuniões de formação e incentivo à participação dos Conselhos no proces-

so de municipalização das Medidas.

Rio de janeiro

• Estabelecer uma rotina de trabalho conjunto entre os conselhos de direitos e os conselhos tutelares.

São Paulo

• Reunião com representantes do Ministério Público com o objetivo de sensibilizar os conselheiros sobre

suas atribuições no acompanhamento das medidas.

• Inscrição dos projetos e programas das entidades de execução de LA e PSC visando ao registro e ao

acompanhamento do Conselho Municipal do atendimento realizado no âmbito local.

Vitória

• Elaboração de um Plano de Acompanhamento do CMDCA dos serviços e das parcerias realizadas em

âmbito local das medidas em meio aberto.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM146

15. AVALIAçãO DA LEI DO SINASE

Buscou-se, neste bloco, conhecer, na opinião dos entrevistados, o que a Lei do SINASE trouxe

de positivo para o atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducati-

vas em meio aberto e o que precisa melhorar.

As respostas mais recorrentes, na percepção dos entrevistados, acerca dos aspectos positivos

da Lei do SINASE, destacam a importância desse instrumento para a política de atendimento

socioeducativo ao trazer algumas inovações a exemplo dos parâmetros para a execução das

medidas e para a gestão do sistema, com a definição dos papéis, competências e responsabi-

lização dos agentes que nele atuam em todos os níveis de governo e esferas de poder. Outro

aspecto significativo da lei é exigência do Plano Individualizado de Atendimento (PIA), prin-

cipal instrumento de previsão, registro e gestão das atividades a serem desenvolvidas com o

adolescente (Artigo 52) e, a partir dele, o reforço no trabalho com a família, fortalecimentos

dos vínculos familiares. Realça-se também entre as opiniões o fato de a Lei limitar a possibi-

lidade de o sistema de justiça atuar de forma discricionária, evitando assim arbitrariedades.

De modo geral a lei é avaliada de forma positiva pelos entrevistados em especial porque de-

fine um modelo de gestão, clarifica e delimita as competências de cada ente federado e das

respectivas instituições que atuam no atendimento socioeducativo, “melhorando assim as

relações interinstitucionais”; regula os procedimentos de atendimento e acompanhamento;

institui o Plano Individualizado de Atendimento (PIA), possibilitando assim o acompanhamen-

to detalhado das atividades executadas durante a execução das medidas socioeducativas; e

“enfatiza o trabalho preventivo, ressocializador e educativo, em detrimento daquele repres-

sor” e; unifica as medidas socioeducativas.

Os entraves identificados em relação à Lei do SINASE não são unânimes, mas são significati-

vos para a política de atendimento. Foi destacado, por exemplo, o fato de a lei não deixar

claro o número de adolescentes por técnico; a pouca popularidade da lei em decorrência

do preconceito da sociedade com relação aos adolescentes em cumprimento de medida de

LA ou PSC; a efetiva implementação do SINASE no Município pela falta de recursos humanos

tendo em vista que os cargos dos ocupantes das secretarias nas quais se desenvolve o aten-

dimento são comissionados e de recursos financeiros e; o despreparo de muitos agentes do

sistema em relação ao tema.

Mais uma vez, o tempo de 15 dias estabelecido para a elaboração do PIA é considerado

como insuficiente. Realça-se, dentre os demais aspectos avaliados, o fato do SINASE não

apresentar respostas para “situações envolvendo adolescentes indígenas, ribeirinhos, filhos

de seringueiros; a falta de envolvimento da família; a falta de detalhamento das atribuições

das outras áreas setoriais (saúde, trabalho, cultura, esporte e lazer) que integram a rede de

atendimento socioeducativo; a falta de recursos para a implementação da lei na sua inte-

gralidade; falta de qualificação profissional sobre o que dispõe a Lei em relação aos direitos

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147Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

e o atendimento ao adolescente e o fato da Lei ter deixado a critério do Município decidir

sobre a equipe técnica mínima e, ainda sobre este assunto a indefinição do quantitativo de

adolescentes que devem ser acompanhados por sócio orientador.

Foram registrados também como entraves pelos entrevistados o descumprimento do que a

lei dispõe por parte de diversos agentes; a ausência de garantia de alguns direitos de adoles-

centes nessas circunstâncias, como, por exemplo, a visita íntima.

QUADRO 15 - SINASE

CAPITAIS ASPECTOS POSITIVOS DA LEI ENTRAVES DA LEI

Aracaju Definição das competências de cada

ente federado (do Estado, Município e

da União).

Compreensão de que o processo se dá

por uma integração das políticas e da

sociedade civil.

Estabelece uma avaliação e

acompanhamento da gestão de forma

sistemática, com prazos, determinados

períodos e feitas por comissões.

Clarifica como é sistematizado o PIA.

Estabelece os prazos de reavaliação das

medidas.

Papel dos orientadores sociais no processo de medida não

está claro.

Em relação ao prazo do PIA que poderia ser maior que 15

dias.

Belém A lei é considerada positiva e os

principais destaques são: PIA,

considerado um bom instrumento

para acompanhamento da evolução do

adolescente no cumprimento da MSE-MA.

Clarificação e delimitação das

competências de cada instituição,

melhorando as relações

interinstitucionais.

Operacionalização do ECA.

Faltam recursos para implementação da Lei na sua

integralidade e para sua divulgação.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM148

Boa Vista Estabeleceu diretrizes norteadoras

de como deve acontecer o

acompanhamento do adolescente que

cometeu algum tipo de infração.

É a base construída para a elaboração e

efetivação de políticas públicas voltadas

para este público.

Leva em consideração o adolescente

que cumpre a medida, mas também

a família e o responsável por seu

acompanhamento integral.

O não esclarecimento ou determinação do quantitativo

de adolescentes que devem ser acompanhados pelos

sócios orientadores, deixando nas mãos do Executivo

Municipal determinar quantos adolescentes devem ser

acompanhados.

Belo

Horizonte

A municipalização do atendimento

em meio aberto possibilitou o

estreitamento dos laços do adolescente

com a comunidade. Atribuição de

responsabilidades aos entes federativos,

assim como dos demais atores do

sistema de garantia de direitos.

Obrigatoriedade da aplicação do Plano

Individual de Atendimento (PIA).

Fragilidade das responsabilidades das outras áreas

(saúde, educação, trabalho, cultura, esporte e lazer) da

rede de atendimento socioeducativo. O prazo de 15 dias

para a construção do Plano Individual de Atendimento.

Ausência da visita íntima para os adolescentes que

possuem uma união estável.

Campo

Grande

Direcionamento e regulamentação de

um modelo de gestão do atendimento

socioeducativo.

Atribuição de responsabilidades aos

entes federativos, assim como dos

demais agentes do sistema de garantia

de direitos.

Obrigatoriedade do Plano Individual de

Atendimento (PIA).

Reforço no trabalho com a família e

fortalecimentos dos vínculos familiares.

Não foram apontados entraves ou dificuldades específicas

da Lei. Todos os entrevistados destacaram gargalos na

implementação da Lei.

Cuiabá Direcionamento e regulamentação de

um modelo de gestão do atendimento

socioeducativo.

Atribuição de responsabilidades aos

entes federativos, assim como dos

demais agentes do sistema de garantia

de direitos.

De acordo com o promotor, o parágrafo 2 do Artigo 42 é

falho, pois o Juiz perde sua discricionariedade.

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149Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Curitiba SINASE definiu competências e

responsabilidades dos entes no

atendimento do adolescente em

cumprimento da medida em meio

aberto.

Dificuldade em assegurar o acompanhamento de 1 (um)

técnico para cada 20 (vinte) adolescentes como define a

Lei do SINASE.

Distrito

Federal

Criação de parâmetros para execução

das medidas socioeducativas.

Limita a possibilidade do sistema

de justiça atuar na perspectiva da

interpretação da lei, evitando assim

arbitrariedades.

“Com o SINASE o juizado tem que enviar

a sentença para o Programa analisar e

isso ajuda, pois evita que a equipe fique

correndo atrás da documentação do

adolescente.”

O avanço é a sociedade civil e

governamental junto, pra esse controle,

da deliberação, das propostas, de

programas — Promotoria.

“Você coloca os adolescentes em

conflito com a lei muito como sujeito de

direitos, então eu acho que é um avanço

muito grande” — Presidente Conselho.

“E talvez também agora, com a lei do

SINASE, se cria um programa específico

pro cumprimento das medidas,

principalmente a LA, e não fica tão

a cargo de qual gestor que está no

momento pra estabelecer os programas”

— Promotoria.

Não toca na questão do repasse de verba da Assistência

Fundo a Fundo.

Dificuldade para a aplicação do SINASE especificamente

no que diz respeito ao número de adolescentes por

técnico.

Alguns entrevistados demonstraram a necessidade de

maior familiaridade com a Lei.

Não há estrutura física das UAMAS para atendimento

conforme prevê o SINASE .

“A questão do SINASE é uma coisa pouco popularizada,

até porque há um enorme preconceito da sociedade

com relação aos adolescentes em conflito com a lei” —

Presidente Conselho.

Florianópolis Comprometimento dos gestores quanto

à obrigatoriedade na elaboração do

Programa e nos reordenamentos dos

serviços prestados pelas ONGs.

Diretrizes para ordenamento do espaço

físico de atendimento.

Nem todas as regras estabelecidas na Lei do SINASE estão

sendo cumpridas pelo programa municipal, pois não

identificamos a participação do Orientador na execução

do PSC.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM150

Fortaleza Participação maior das famílias.

Fortalecimento das relações

institucionais entre as diferentes

políticas que devem atuar de forma

conjunta para o atendimento

socioeducativo.

Parâmetros para execução das medidas.

Trouxe os parâmetros para a correta execução das MSE,

mas ainda não se concretizou plenamente, sobretudo em

termos de financiamento e universalização das políticas.

Goiânia Todos os entrevistados percebem a

recente Lei, sobretudo, de forma

positiva e destacam sua relevância na

definição dos papeis, competências

e responsabilização dos agentes

componentes do sistema socioeducativo.

Foi colocado que a Lei do SINASE é “um

exercício de efetivar o diálogo, de sair

da posição de ficar isolado e trazer para

o diálogo, adolescentes, secretarias e

gestores”.

A efetiva implementação do SINASE no Município

tendo em vista que os cargos da SEMAS e CREAS são

comissionados, ficando a mercê do gestor, que pode ser

trocado a qualquer momento e que muitas vezes não tem

um envolvimento substancial com o assunto.

O fato do SINASE, em algumas partes, manter-se como

“norma programa” e não “norma efetiva”. Como “norma

programa” exige uma determinação judicial para que

ela seja cumprida, “E, aí demora anos [...]Eu perco uma

geração em dez anos” — Promotor.

João Pessoa Estabelece diretrizes para provocar a

intersetorialidade da política.

Fiscalização do funcionamento dos

Programas e serviços.

Entendimento por parte dos técnicos

e gestores da assistência de que o

serviço de atendimento de medida

socioeducativa tem especificidades.

Definição das competências de cada ente

e formas de gerir os programas e ações.

A dificuldade em preconizar alguns itens da lei, visto que

a gestão do Programa no Município é realizada por 1(um)

CREAS sendo um serviço centralizado.

Por ser um instrumento legal relativamente novo,

ainda existe uma resistência em se adequar a certos

parâmetros de atendimento.

Macapá O SINASE valoriza as medidas de meio

aberto, evitando a banalização das

medidas mais gravosas. A regionalização

na execução da medida permite que o

adolescente seja atendido dentro de sua

própria região, para estar perto de sua

família. O acompanhamento detalhado das

atividades executadas e o monitoramento

do fluxo de entrada e desligamento da

medida também são aspectos avaliados

positivamente na lei do SINASE.

Falta ainda qualificação profissional e material para

que a Lei seja conhecida e cumprida. A rede integrada

de serviços precisa conhecer e cumprir seu papel no

processo de ressocialização, garantindo o acesso dos

adolescentes aos serviços básicos expressos no ECA.

Precisa melhorar também o envolvimento da família,

como sujeito nesse processo, entendida como parte da

retaguarda para o sucesso do cumprimento da medida.

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151Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Maceió Aspectos como a organização do

monitoramento e avaliação.

A definição de responsabilidades

(judiciário, Município e estado).

Fiscalização dos programas, efetivação

de políticas sociais dentro dos

programas de medida socioeducativa

(lazer, cultura, saúde, educação etc.).

Por ser um instrumento legal relativamente novo,

ainda existe uma resistência em se adequar a certos

parâmetros de atendimento que a lei coloca.

Manaus Todos os entrevistados reconhecem

avanços na implementação da Lei do

SINASE, com destaque para a ênfase que

o Sistema dá ao trabalho preventivo,

ressocializador e educativo, em detrimento

daquele repressor, onde haja mais medidas

em meio aberto e menos internação.

O benefício de remissão e a unificação

da medida também foram itens

destacados como positivos no processo

socioeducativo.

É preciso avançar no envolvimento das famílias, na busca

do resgate dos vínculos afetivos.

A forma e as condições de trabalho também deixam

ainda a desejar e não acompanham o SINASE.

Há questões locais para as quais o SINASE não tem

respostas como, por exemplo, situações envolvendo

adolescentes indígenas, vindos de outros Municípios.

Natal Instrumento jurídico para delegar

funções e ações a serem desenvolvidas.

Fornece respaldo legal para atuação

dos magistrados da área de infância e

juventude.

A responsabilização do gestor mediante

uma punição presente no Artigo 29 tem

melhorado consideravelmente a questão

dos retornos e respostas às solicitações

do Ministério Público.

Padronização dos procedimentos.

Necessidade de melhorar as fiscalizações e as sanções

aos gestores.

Necessidade de divulgar e capacitar equipes técnicas

sobre a Lei do SINASE.

Palmas Direcionamento e regulamentação de

um modelo de gestão do atendimento

socioeducativo.

Atribuição de responsabilidades aos entes

federativos, assim como dos demais

atores do sistema de garantia de direitos.

Obrigatoriedade do Plano Individual de

Atendimento (PIA).

Falta de detalhamento das atribuições e fragilidade

das responsabilidades das outras áreas (saúde,

educação, trabalho, cultura, esporte e lazer) da rede de

atendimento socioeducativo.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM152

Porto Alegre Tornar mais palpável o ECA.

Especificar e normatizar alguns temas

que no estatuto ainda eram vagos.

Orientação para todos os atores que

atuam em torno das MSE sobre como

proceder.

Estabelece competências, parâmetros

para aplicação de medidas pelo

judiciário.

Especifica os entendimentos e objetivos

em torno das medidas.

Fazer a articulação intersetorial no sentido de cumprir

de fato o que está previsto no SINASE e inserir o jovem

na rede de serviços básicos.

Porto Velho Todos os entrevistados percebem

a recente Lei, sobretudo, de

forma positiva e destacam sua

relevância na definição dos papeis,

competências e responsabilização

dos atores mobilizadores do sistema

socioeducativo.

Tempo considerado “curto” para a realização do Plano

Individual de Atendimento, de 15 dias a partir do

ingresso do adolescente no Programa.

Recife Entendimento por parte dos técnicos

e gestores da assistência de que o

serviço de atendimento de medida

socioeducativa tem especificidades.

Definição das competências de cada

ente e formas de gerir os programas e

ações.

Fiscalização do funcionamento dos

Programas e serviços.

Por ser um instrumento legal relativamente novo,

ainda existe uma resistência em se adequar a certos

parâmetros de atendimento que a lei coloca.

A dificuldade em preconizar alguns itens da lei, visto que

a existem especificidades na gestão do Município que não

são levadas em conta na lei.

Definição melhor do que é o orientador social/

comunitário.

Falta de diálogo entre o SINASE e SUAS.

Rio Branco Todos os entrevistados reconhecem

avanços na implementação da Lei

do SINASE, com destaque para a

regulamentação dos procedimentos de

atendimento e de acompanhamento,

definição das diretrizes para a execução

das medidas de meio aberto, o

estabelecimento da intersetorialidade,

a municipalização das medidas de meio

aberto em todos os Estados do Brasil.

O prazo de 15 dias para a realização do PIA é considerado

insuficiente. Há questões locais para as quais o SINASE

não tem respostas como, por exemplo, situações

envolvendo adolescentes indígenas, ribeirinhos, filhos

de seringueiros. Há muita dificuldade em alcançar essas

populações específicas com as medidas de meio aberto.

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153Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Rio de

Janeiro

Normatização da Política.

Define as responsabilidades dos entes e

dos atores envolvidos em sua execução.

Ainda não é possível aplicação do PIA, conforme a

orientação da Lei. Também, identificou-se a inexistência

da figura do orientador socioeducativo nos moldes

prescrito na legislação.

Salvador A lei irá nortear e traçar as diretrizes da

política de atendimento socioeducativo

em meio aberto.

Instrumento que veio para organizar o

sistema de execução de medidas.

A limitação no número de atendimento de cada técnico

(pouco).

A dificuldade em preconizar alguns itens da lei, visto que

a existem especificidades na gestão do Município que não

são levadas em conta na lei.

São Luís A responsabilização em relação aos

poderes municipal, estadual e federal,

deixando mais nítidas as competências

de cada ente federado;

A obrigatoriedade do PIA;

A regularização dos serviços.

Falta de qualificação profissional e material para que a

Lei seja conhecida e cumprida.

São Paulo Após a regulamentação da Lei, a rede

pública de ensino é obrigada garantir a

vaga do adolescente.

Baixa percepção dos avanços e desafios com a

regulamentação da lei pelos atores envolvidos com a

execução.

Teresina Conjunto de obrigações para

os gestores, a normatização do

procedimento com o adolescente.

Possibilidade de uma maior captação

de recurso para o Fundo da Infância por

meio da dedução do IR até 30 de Abril.

Determinação relativa ao Fluxo e

integração da rede de atendimento.

Traz mecanismos ao promotor de

justiça, subsídio para recorrer às

autoridades e fazer com que a lei seja

cumprida.

Falta de envolvimento dos gestores com os mecanismos

de gerência e financiamento da política socioeducativa.

Vitória Adequação do Plano Individual de

Atendimento.

Previsão de Articulação Intersetorial.

Pouco tempo para uma avaliação dos avanços e desafios.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM154

AVALIAçãO DA LEI DO SINASE - RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS

Campo Grande

• Realização de Oficinas de Integração com todos os atores do sistema de garantia de direitos com o

objetivo de fortalecimento da rede e das responsabilidades de cada ator.

Cuiabá

• Realização de Oficinas de Integração com todos os atores do sistema de garantia de direitos com o

objetivo de fortalecimento da rede e das responsabilidades de cada ator.

Distrito Federal

• Capacitação de atores do sistema de garantia de direitos relativa à lei do SINASE.

• Divulgação da lei do SINASE para a sociedade por meio de pequenas cartilhas.

Goiânia

• Capacitação dos técnicos sobre o SINASE e realização de concurso público para quadro técnico, como

forma de evitar a descontinuidade da implementação do SINASE e formação continuada de quadro

profissional.

• Elaborar formas de aceleração da justiça estadual no que se refere ao cumprimento do SINASE.

Belém

• Revisão do orçamento municipal e estadual para a dotação de recursos próprios que possam viabilizar a

implementação integral da Lei 12.594.

Boa Vista

• É preciso investir ainda mais na humanização do atendimento, pois o acompanhamento dos

adolescentes não é fácil, e os responsáveis por tal atividade, às vezes, se comporta de maneira

agressiva.

• Investir nos socioeducadores seria um ganho para o Programa.

• É essencial que o Programa tenha sua Equipe Técnica, composta por profissionais como Psicólogo,

Assistente Social, Profissional da área da saúde, Pedagogo, dentre outros, que sirvam de referência.

Macapá

• Realização de evento de capacitação sobre o SINASE para toda a rede integrada de serviços,

sensibilizando para o papel específico de cada instituição no Programa de Atendimento Socioeducativo.

• Capacitação específica para os profissionais que atendem diretamente adolescentes em cumprimento de

medidas socioeducativas em meio aberto.

• Realizar ações para valorizar o papel da família no acompanhamento do cumprimento das medidas

socioeducativas.

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155Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Manaus

• Avançar na implementação integral do SINASE qualificando a equipe e estruturando as unidades de

atendimento para o cumprimento da Lei.

• Planejar as ações e atividades do Programa tendo em conta as especificidades e características locais.

Palmas

• Reforçar e detalhar mais o papel das Comissões Intersetoriais e Insterinstitucionais na política de

atendimento socioeducativo.

Porto Velho

• Atenção na realização do PIA para que ele se torne de fato um instrumento norteador do cumprimento

da medida do adolescente e não um instrumento que simplesmente satisfaça a demanda burocrática.

Maceió

• Criação de comissões intersetoriais e grupos de estudo para trabalhar o entendimento geral do SINASE e

sua especificidade no Município.

• Versão simplificada do SINASE, tipo cartilha, para trabalhar com a lei de forma mais didática.

• Formação continuada para técnicos sobre aplicação do SINASE.

Natal

• “É preciso melhorar as fiscalizações e as sanções aos gestores, caso contrário, somente quem perderá

são os usuários do sistema” (Gestor Estadual).

• “O SINASE foi feito e ainda é de conhecimento apenas dos educadores.” Diz que é preciso e urgente que

as pessoas conheçam a Lei (CEDCA).

Recife

• Criação de comissões Intersetoriais e grupos de estudo para trabalhar o entendimento geral do SINASE e

sua especificidade no Município.

• Promoção de oficinas/reuniões entre gestores municipais de diferentes capitais para troca de

experiências na implementação do SINASE.

• Versão simplificada do SINASE, tipo cartilha, para trabalhar com a lei de forma mais didática.

• Seminários para debates com gestores municipais e estaduais sobre SINASE/SUAS.

São Luís

Realização de evento de capacitação sobre o SINASE para toda a rede integrada de serviços, sensibilizando

para o papel específico de cada instituição no Programa de Atendimento Socioeducativo.

• Capacitação específica para os profissionais que atendem diretamente adolescentes em cumprimento de

MSE-MA.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM156

Fortaleza

• Avançar na implementação integral do SINASE.

Teresina

• Foi sugerido levar mais o Plano de Atendimento para dentro da política de assistência.

• Fortalecer a idéia de inserção do adolescente na sua comunidade e família.

• Versão simplificada do SINASE, tipo cartilha, para trabalhar com a lei de forma mais didática.

• Houve crítica em relação ao prazo para a elaboração do PIA estabelecido na Lei, de 15 dias a partir da

entrada do adolescente no Programa.

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157Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

16. PERFIL DOS ADOLESCENTES AUTORES DE ATO INFRACIONAL E DISCRIMINAçãO

Neste bloco buscou-se identificar, nos depoimentos dos entrevistados, o perfil dos adoles-

centes que cometem ato infracional na capital; em que medida os programas e serviços

consideram a diversidade de gênero, raça/cor, deficiência; a relação entre os delitos mais

cometidos; o contexto socioeconômico e político local e a percepção de discriminação ou

de preconceito em relação ao adolescente autor de ato infracional no serviço público e nas

entidades parceiras.

As ações de atenção à diversidade e de sensibilização e enfrentamento da discriminação e

preconceito em relação aos adolescentes foram destaque entre os aspectos positivos acerca

deste bloco temático na região Nordeste.

O encaminhamento individualizado; os encaminhamentos para a profissionalização e os efei-

tos do programa sobre o resgate dos vínculos entre adolescentes e seus responsáveis/fami-

liares foram os principais aspectos positivos destacados na análise dos entrevistados sobre o

perfil dos adolescentes na região Sul.

O principal e único aspecto positivo acerca do tema destacado na região Sudeste foi o de-

poimento de um entrevistado sobre a participação de adolescentes no dia a dia da entidade.

Dentre os entraves apontados pelos entrevistados ao abordarem o perfil dos adolescentes

está o contexto socioeconômico no qual esse adolescente está inserido, marcado pela forte

presença de tráfico de drogas nas cidades ou nos bairros de residência — onde os adoles-

centes “trabalham como mulas” — e sua relação com os tipos de delito mais recorrentes.

Também se observa nesta conjuntura a falta de atenção das políticas sociais nas áreas de

educação, lazer, habitação, esporte de infraestrutura, as quais a violência também é uma

realidade. A baixa escolaridade foi uma unanimidade na percepção dos entrevistados acer-

ca do perfil dos adolescentes bem como a sua dificuldade em permanecer na escola. Outro

aspecto bastante citado foi a discriminação por parte das escolas ao lado das empresas que

têm restrição à contratação desses adolescentes, da polícia que age com violência e dos

seus vizinhos. Também foi realçada a fragilidade dos vínculos entre adolescentes em cumpri-

mento de medida socioeducativa, suas famílias e/ou responsáveis. Por fim, destaca-se entre

os depoimentos a ausência de atenção às questões de gênero, sexo, raça/cor e cultura nas

atividades desenvolvidas com os adolescentes.

Dentre os entraves apontados pelos entrevistados, nas capitais da região Norte, sobre o

perfil dos adolescentes, o mais recorrente diz respeito à discriminação que estes sofrem nos

espaços da escola, nas entidades parceiras de PSC, dos moradores dos seus locais de resi-

dência, nos serviços públicos de um modo geral. Em seguida, é destacado o contexto socio-

econômico no qual estão inseridos. Do mesmo modo que em outras regiões, os entrevistados

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM158

situam os adolescentes em contextos caracterizados pela presença de tráfico de drogas fator

este relacionado aos tipos de delitos mais praticados. É ressaltado que é alto o número de

adolescentes envolvidos com o narcotráfico, aliciados na região da fronteira com a Bolívia a

presença de muitos casos de adolescentes com transtornos mentais devido ao uso abusivo de

drogas, o que inviabiliza o cumprimento da medida.

O envolvimento e o aumento do número dos adolescentes com as drogas, seja o uso ou o

tráfico, foi o entrave mais recorrente apontado entre os entrevistados de quase todos os

Municípios na região Nordeste. O uso de drogas foi registrado também como motivação para

o cometimento do ato infracional e como um dos fatores que dificulta o atendimento e o

cumprimento da medida socioeducativa. Outro entrave sinalizado por boa parte dos entre-

vistados nas capitais desta região foi a discriminação e o preconceito em relação ao ado-

lescente em cumprimento de medida de LA e PSC, por parte dos técnicos e funcionários em

instituições, por exemplo, nas áreas de educação e saúde. Mesmo nas entidades de PSC foi

observado que o preconceito se expressa na colocação dos adolescentes em “ações voltadas

para atividades punitivas, tais como limpeza e capinagem. O contexto socioeconômico foi

destacado como o pano de fundo da vida desses adolescentes.

A discriminação e o preconceito contra os adolescentes em cumprimento de medidas socioe-

ducativas e o uso de drogas foram os entraves mais destacados nas análises sobre o perfil dos

adolescentes por parte dos entrevistados na região Sul. Em seguida, foi sinalizada a baixa

escolaridade e o contexto socioeconômico no qual estão inseridos os adolescentes.

Na região Sudeste, foram destacados como entraves o contexto socioeconômico no qual

o adolescente está inserido, marcado pela exclusão social; a dificuldade de inserir e/ou

manter o adolescente na escola; dificuldade em inserir o adolescente em oportunidades de

profissionalização em razão da baixa escolaridade; a discriminação e o preconceito sofrido

por ele em alguns setores como a educação.

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159Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

QUADRO 16 - PERFIL DOS ADOLESCENTES QUE COMETEM ATO INFRACIONAL NA CAPITAL

CAPITAIS PERFIL DOS

ADOLESCENTES

QUE COMETEM ATO

INFRACIONAL NA CAPITAL

ATENçãO à

DIVERSIDADE DE

GêNERO, RAçA/COR,

DEFICIêNCIA

RELAçãO ENTRE

OS DELITOS MAIS

COMETIDOS E

O CONTEXTO

SOCIOECONôMICO E

POLÍTICO LOCAL

PERCEPçãO DE

DISCRIMINAçãO OU

DE PRECONCEITO

EM RELAçãO AO

ADOLESCENTE AUTOR

DE ATO INFRACIONAL NO

SERVIçO PÚBLICO E NAS

ENTIDADES PARCEIRAS

Aracaju Adolescentes pobres;

baixa escolarização,

quase sempre são

usuários de drogas

tanto lícitas quanto

ilícitas; desestrutura

familiar; figura paterna

ausente e somente

acompanhamento

materno.

Existem medidas

de inclusão, mas

os adolescentes

portadores de

transtornos mentais,

principalmente

oriundos do uso

excessivo de

drogas, ainda

necessitam de maior

acompanhamento.

Criminalização

de situações que

não precisavam

ser criminalizadas

(pequenos furtos

em escolas de pen

drives, discussões

em escolas etc.).

Furtos de objetos

específicos devido

ao forte estímulo

ao consumo

existente tanto na

mídia quanto no

meio social.

Resistências nas

escolas estaduais e

municipais em receber

os adolescentes.

Dificuldades no

encaminhamento

em instituições

públicas para receber

adolescentes em PSC.

Belém Os atores entrevistados

identificam como

perfil dos adolescentes

as seguintes

características: baixa

renda, com escolaridade

até a 4ª série do

Ensino Fundamental,

predominando o sexo

masculino e a raça

negra, usuários de

substâncias psicoativas,

moradores de periferias,

geralmente criados

pela mãe ou pela

avó, desassistidos

socialmente.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

Adolescentes

que moram na

periferia da

cidade, em locais

onde os direitos

fundamentais

ao lazer, saúde,

educação,

habitação,

esporte,

saneamento

básico estão

fragilizados, onde

o tráfico de drogas

está presente.

Escola aparece

como o local com

maior demonstração

de preconceito

com relação aos

adolescentes que

cumprem MSE-MA.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM160

Belo

Horizonte

O perfil dos

adolescentes autores

de ato infracional na

capital mineira foi

descrito como, em

sua maioria, meninos

pardos e negros, com

vínculos familiares

fragilizados, baixa

escolaridade e falta de

perspectiva profissional.

Esta definição segue

o padrão encontrado

em outras capitais e

em âmbito nacional de

infratores com direitos

violados e reprodutores

de violência.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

Entre os delitos

mais cometidos

estão os

relacionados a

crimes contra o

patrimônio (roubo

e furto) e ao

tráfico de drogas.

Sobre as situações de

discriminação sofridas

pelos adolescentes,

todos os atores

disseram que o espaço

mais vulnerável a

tais preconceitos é a

escola.

Boa Vista Adolescentes

oriundos de famílias

em condições de

vulnerabilidade por

renda ou em situação

de desestabilização

familiar. Muitos casos

de adolescentes

com transtornos

mentais devido ao

uso abusivo de drogas

o que inviabiliza

o cumprimento da

medida.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

Envolvimento de

grande número

de adolescentes

com drogas (uso e

tráfico).

Os depoimentos

revelaram que a

discriminação está

mais ligada ao fato de

os adolescentes terem

cometido um delito

e por isso estarem

cumprindo a MSE e

também por muitos

serem usuários de

drogas.

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161Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Campo

Grande

Vínculos familiares

fragilizados dos

adolescentes que estão

em cumprimento de MSE.

Baixa escolaridade e

falta de perspectiva

profissional dos

adolescentes em

cumprimento de MSE.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

Forte influencia do

tráfico de drogas

no contexto dos

delitos mais

cometidos.

O contexto

socioeconômico da

cidade de Campo

Grande é marcado

pela questão

da fronteira

das drogas.

Segundo a gestora

municipal, Campo

Grande, por ser

rota de entrada

das drogas no

país, possui

grande parte dos

adolescentes

trabalhando como

“mulas”.

Relatos de situações de

discriminação contra

os adolescentes em

cumprimento de MSE

nas escolas.

Cuiabá Vínculos familiares

fragilizados dos

adolescentes que estão

em cumprimento de MSE.

Baixa escolaridade e

falta de perspectiva

profissional dos

adolescentes em

cumprimento de MSE.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

O contexto

socioeconômico da

cidade de Cuiabá

é marcado pela

questão da fronteira

das drogas. Segundo

os entrevistados, a

maioria dos delitos

cometidos está

relacionada ao

tráfico.

Relatos de situações de

discriminação contra

os adolescentes em

cumprimento de MSE

nas escolas.

Curitiba Adolescentes pobres;

baixa escolarização,

quase sempre são

usuários de drogas.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

São adolescentes

que estão, de

alguma forma,

relacionados ao

tráfico de drogas.

A escola discrimina o

adolescente que está

em cumprimento de

medida e, é comum,

antes mesmo de praticar

o ato infracional, o

adolescente já estar

evadido da escola.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM162

Distrito

Federal

Vínculos familiares

fragilizados dos

adolescentes que estão

em cumprimento de

MSE.

Baixa escolaridade e

falta de perspectiva

profissional dos

adolescentes em

cumprimento de MSE.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

“Geralmente

são de regiões

desassistidas pelo

Estado também.

Ele mora numa

área que não

tem uma saúde

pública eficiente,

não tem uma

escola, escola

sem professor,

sem estrutura,

não tem esgoto,

não tem vários

serviços, o Estado

nunca está

presente na vida

deles e quando

ele conhece o

Estado é através

do ato infracional,

cumprindo medida

socioeducativa” —

promotoria.

Discriminação do

adolescente na escola

(caso de Taguatinga,

os professores pediram

o correspondente

a um adicional de

insalubridade).

Houve resistência do

Sistema do Centro

Esportivo do Distrito

Federal em receber os

adolescentes, coloca o

promotor em relação

à semiliberdade e

acha que isso pode se

estender para o meio

aberto.

Florianópolis Baixa escolaridade.

Embora existam muitos

casos de classe média,

a maioria é pobre,

pertencente a famílias

avaliadas pelos técnicos

como desestruturadas.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

São adolescentes

que estão, de

alguma forma,

relacionados ao

tráfico de drogas.

Ainda é muito forte

a discriminação. O

adolescente ainda

denominado como

‘delinquente’,

‘bandido’.

Fortaleza São, em grande maioria,

do sexo masculino,

privados de direitos

essenciais dentre eles

saúde, educação,

proteção, convivência

familiar e comunitária.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

Oriundos de

classes sociais

vulneráveis

economicamente,

com baixa

escolaridade e

invariavelmente

envolvidos no

consumo e tráfico

de drogas.

Discriminação

percebida na rede de

serviços, em particular,

na educação.

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163Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Goiânia Vínculos familiares

fragilizados dos

adolescentes que estão

em cumprimento de

MSE.

Baixa escolaridade e

falta de perspectiva

profissional dos

adolescentes em

cumprimento de MSE.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

Adolescentes

que moram na

periferia da

cidade, em locais

onde os direitos

fundamentais

ao lazer, saúde,

educação,

habitação,

esporte,

saneamento

básico estão

fragilizados, onde

o tráfico de drogas

está presente.

As empresas têm

restrição à contratação

dos adolescentes para

o Programa Jovem

Aprendiz.

Há discriminação

(violência física) pela

polícia.

Há estigmatização por

parte dos vizinhos do

local de moradia do

adolescente.

João Pessoa Forte aumento de

adolescentes em

situação de drogadição

e inserção no tráfico.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

Oriundos das

classes menos

favorecidas,

com direitos

violados desde

sua concepção,

de famílias

desestruturadas,

numa sequência

crescente de

direitos violados.

Discriminação por

parte dos técnicos

e funcionários

de adolescentes

cumprindo medida

socioeducativa em

instituições.

Macapá A maioria é adolescente

proveniente de famílias

“desestruturadas”,

em situação de

vulnerabilidade social,

sem escolarização, com

algum envolvimento

com gangues, drogas e

reincidência em medida

em meio aberto. São

adolescentes excluídos

do acesso a bens e

serviços públicos.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

Adolescentes

que moram na

periferia da

cidade, em locais

onde os direitos

fundamentais

ao lazer, saúde,

educação,

habitação,

esporte,

saneamento

básico estão

fragilizados, onde

o tráfico de drogas

está presente.

A discriminação

acontece, em

especial nos serviços

públicos, para onde

os adolescentes são

encaminhados.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM164

Maceió Faixa etária de 14 a

17 anos, oriundos de

famílias que vivem

abaixo da linha da

pobreza, em grande

maioria, negros e

pardos.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

Oriundos de

famílias que vivem

abaixo da linha da

pobreza, vivendo

em locais de risco

e envolvimento

com tráfico de

drogas.

Os adolescentes têm

medo de falar que

estão cumprindo

medida e sofrerem

discriminação, tanto

no local onde vivem,

como nos locais

para os quais são

encaminhados pelo

Programa. A escola

também foi citada

como um problema.

Manaus Vínculos familiares

fragilizados dos

adolescentes que estão

em cumprimento de

MSE.

Baixa escolaridade e

falta de perspectiva

profissional dos

adolescentes em

cumprimento de MSE.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

São moradores

de área de risco,

usuários de algum

tipo de droga e

é comum que

haja familiares

envolvidos em

delitos. Em grande

número de casos o

pai do adolescente

é tido como

“ausente”. Muitos

são vitimizados,

sofreram abusos

de todo tipo, pois

têm histórico de

violência familiar,

alguns inclusive

com relatos de

abandono, de

moradia nas ruas

e negligência.

Na rede de

atendimento são

identificadas situações

de discriminação,

geralmente relatadas

por familiares.

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165Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Natal Situação econômica de

pobreza, adolescentes

serem do sexo

masculino, negros, com

família fragilizada,

chefiada por mulheres

— mãe ou avó —,

possuírem envolvimento

com drogas e baixa

escolaridade, muitas

vezes, evadidos da

escola e com muito

tempo ocioso.

A equipe do

Programa faz

sensibilização nas

escolas para afastar

imagem pejorativa

do adolescente

em cumprimento

de medida

socioeducativa.

Os delitos mais

cometidos são

furto, roubo e

tráfico de drogas,

motivados pelo

consumo de

drogas ilícitas.

Preconceito da escola.

Ocorre das diretoras de

escola recusarem-se a

aceitar o adolescente.

Palmas Vínculos familiares

fragilizados dos

adolescentes que estão

em cumprimento de

MSE.

Baixa escolaridade e

falta de perspectiva

profissional dos

adolescentes em

cumprimento de MSE.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

O contexto

socioeconômico

da cidade de

Palmas é marcado

pelo alto custo de

vida aliado a uma

polarização do

espaço urbano. A

cidade foi criada

no final na década

de 80 e tornou-

se polo atrativo

para imigrantes.

De acordo com a

gestora municipal

e coordenadora

do programa, esse

fluxo migratório

gerou, em parte,

periferias muito

pobres, em razão

da não adequação

dos imigrantes

ao mercado de

trabalho.

Relatos de situações de

discriminação contra

os adolescentes em

cumprimento de MSE

nas escolas.

Page 167: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM166

Porto Alegre Os adolescentes em

geral são oriundos das

classes populares, entre

dezesseis e dezessete

anos, geralmente em

situação de algum

afastamento da escola

e da família, com baixa

escolaridade e histórico

de algum uso de drogas

e do sexo masculino.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

Até uns anos atrás

eram roubos e

furtos os delitos

mais cometidos.

Atualmente,

roubo e tráfico de

drogas.

Os adolescentes são

vítimas de preconceito.

Muitos entrevistados

observam que existe

dificuldade para

conseguir vagas em

escolas, conforme o

delito cometido pelo

adolescente, e também

há certo receio de que o

adolescente possa roubar

na própria escola.

Porto Velho Vínculos familiares

fragilizados dos

adolescentes que estão

em cumprimento de

MSE.

Baixa escolaridade e

falta de perspectiva

profissional dos

adolescentes em

cumprimento de MSE.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

É alto o n° de

adolescente

envolvidos com

o narcotráfico,

que alicia jovens

na região de

fronteira, por

exemplo, com a

Bolívia.

A escola discrimina

o adolescente que

está em cumprimento

de medida e, é

comum, antes

mesmo de praticar

o ato infracional, o

adolescente já estar

evadido da escola.

O preconceito foi

pontuado também

em relação a

alguns parceiros

de PSC e cursos

profissionalizantes.

Foi constatado

preconceito por parte

de moradores dos

locais de residência

dos adolescentes.

Recife Predominantemente

masculino envolvidos

com tráfico e uso de

drogas, escolaridade

baixa, proveniente de

família desestruturada.

Respeito à

diversidade no

acompanhamento

do adolescente,

como no caso de

um adolescente

transexual ser

acompanhado por um

orientador militante

da causa LGBT.

O ato infracional

mais frequente

atualmente é

o tráfico de

entorpecentes e

roubo/furto.

Discriminação por

parte de algumas

escolas que recebem

os adolescentes.

Descaso no sistema de

saúde no atendimento

aos adolescentes.

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167Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Rio Branco São adolescentes

percebidos como

aqueles que estão

privados de direitos

essenciais, dentre

eles saúde, educação,

proteção, convivência

familiar e comunitária.

São em grande

maioria do sexo

masculino, de classes

sociais vulneráveis

economicamente, com

baixa escolaridade,

defasagem idade/

série e envolvidos no

consumo de substâncias

psicoativas. A

desestruturação familiar

é percebida como o

fator comum.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

Pela localização

geográfica do

Acre, o acesso à

cocaína é bastante

facilitado e é

muito comum que

os adolescentes

consumam a

ayahuasca,

uma bebida

alucinógena

popular na

localidade

utilizada em

rituais religiosos.

As instituições da rede

também são locais

aonde a discriminação

e o preconceito

acontecem,

questionando o motivo

de o adolescente

ter dado entrada

naquela unidade,

indagando sobre o ato

infracional cometido,

questionando se

o adolescente é

confiável ou não,

recusando atendimento

e causando

constrangimento.

Rio de

Janeiro

Os adolescentes são,

em maioria, do sexo

masculino, negros,

entre 13 e 17 anos,

pertencentes às

classes sociais mais

desfavorecidas.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

A maioria dos

atos infracionais

ocorre nos bairros

da Zona. Segundo

os entrevistados,

a violência no

Município é

multifatorial. De

maneira geral,

o problema do

tráfico de drogas

está presente e

é um dos atos

infracionais mais

cometidos, assim

como roubo.

Identificação e

reconhecimento

da existência do

preconceito e

discriminação na

rede de serviços no

Município.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM168

Salvador Faixa etária entre 15

e 20 anos, negros,

oriundos da periferia,

do subúrbio ferroviário

de Salvador, vivem em

casa com a mãe, a avó

materna ou irmãos, não

têm vínculo com o pai.

Estão fora da escola

há mais de um ano e o

nível de escolaridade é

muito baixo.

Existência de

Oficinas com

adolescentes

sobre temas como

diversidade sexual e

gênero.

A maioria dos

delitos está na

área do tráfico,

furto e roubo.

Discriminação por

parte dos técnicos

dos serviços básicos

(educação, saúde)

na recepção dos

adolescentes.

São Luís Adolescentes pobres,

negros, do sexo

masculino, com

problemas familiares,

com baixa escolaridade

ou fora da escola,

vivendo na periferia e

em áreas onde faltam

oportunidades para

desenvolvimento

e trabalho. Muitos

são filhos de mães

solteiras e com grupos

de filhos constituídos

por diferentes pais,

usuários de drogas,

principalmente o crack.

Adolescentes

provenientes

de famílias

“desestruturadas”,

em situação de

vulnerabilidade

social, moradores

da periferia,

negros, sem

escolarização,

usuários de drogas

e envolvidos em

furto e tráfico.

Não foram

identificadas

situações graves de

discriminação.

São Paulo Adolescentes são

pertencentes à classe

em vulnerabilidade

social por renda,

alguns já foram

vítimas de violência

domésticas e possuem

baixa escolaridade,

o que dificulta o

encaminhamento

para cursos

profissionalizante.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

A maioria dos

adolescentes

que participaram

do grupo focal

está excluída,

desde a infância,

de medidas

protetivas.

Relatos de casos

e situações

discriminatórias no

espaço escolar.

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169Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Teresina Adolescentes que

possuem vínculo

familiar, porém, são

fragilizados, muitos

possuem famílias

monoparentais, com

a chefa de família

do sexo feminino e

ausência de referência

da figura masculina. Foi

citada também baixa

escolaridade, baixa

renda familiar, muitos

recebem bolsa família.

Em caso de

transgênero ou

transexual atendido

pelo Programa,

o adolescente é

chamado pelo nome

que se sente melhor.

Existem CREAS com

acessibilidade física.

Os adolescentes

que cometem ato

infracional são

em sua maioria

da periferia

de Teresina,

financeiramente

pobres, com baixa

escolaridade,

vínculo familiar

fragilizado.

São usuários

de substâncias

psicoativas,

envolvidos com

tráfico e furtos.

No Programa

de egressos são

encaminhados para

fazer estágio no

Complexo de Defesa

da Cidadania, onde

foi dito que há

preconceito em

relação a esses

adolescentes.

Vitória Os adolescentes são

pertencentes às classes

mais empobrecidas

da capital Vitória que

em sua grande maioria

apresentam violações de

direitos em seu histórico

familiar e, muitos estão

envolvidos com tráfico

de drogas.

Inexistência

dos recortes de

gênero, raça/cor

e deficiência nas

atividades com os

adolescentes.

É comum a

identificação de

violência física,

psicológica,

sexual,

negligencia, falta

de acesso às

políticas públicas

e aos recursos da

cidade. Também,

foi identificado

grande número de

adolescentes de

MSE/MA na capital

envolvidos com

tráfico de drogas.

De acordo com

os entrevistados,

os adolescentes

das classes mais

favorecidas

também cometem

atos infracionais.

Entretanto, são

tratados de forma

diferenciada nas

delegacias.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM170

PERFIL DOS ADOLESCENTES - RECOMENDAçõES ESPECÍFICAS

Goiânia

• Criação de espaços reflexivos dentro da escola para se discutir questões interdisciplinares como

adolescência, drogas, sexualidade, violência, consumo.

• O poder público deve garantir à criança e ao adolescente acessarem seus direitos, conforme

estabelecido na Constituição Federal e no ECA, como, direito a vida, saúde, educação, lazer etc., por

meio da criação e oferta de programas/projetos específicos para esse público. Os projetos podem ser

feitos em parceria com entidades da sociedade civil, devem ser divulgados nas escolas da rede pública

e realizados em locais de fácil acesso para o público que deles pode mais necessitar. É importante a

parceria com a escola neste sentido.

• É preciso que o Programa realize trabalho mais focado com os responsáveis pelos adolescentes, até

mesmo para que sejam encaminhados em função da dependência de substâncias psicoativas.

• Informar e sensibilizar a sociedade de maneira geral e, principalmente, potenciais parceiros sobre LA e

PSC, como foco no combate ao preconceito relativo ao adolescente em cumprimento destas medidas.

• Capacitar policiais para o tratamento específico ao adolescente e informá-los e sensibilizá-los em

relação aos direitos deste público.

Campo Grande

• Realização de oficinas de trabalho com os professores e profissionais das escolas com o objetivo

de desenvolver um plano político pedagógico que contemple as necessidades dos adolescentes em

cumprimento de medida socioeducativa.

• Realização de palestras e encontros nas escolas para debates sobre uso de drogas, violência e sistema

socioeducativo.

• Desenvolvimento de atividades educativas com o recorte de gênero, raça/cor e deficiência para os

adolescentes.

• Realização de investigação junto ao judiciário sobre os motivos e implicações do cumprimento de

medida socioeducativa em meio aberto por adolescentes com mais de 18 anos.

Cuiabá

• Realização de oficinas e atendimento psicossocial com as famílias dos adolescentes em cumprimento de

medida socioeducativa para trabalhos de reestruturação de vínculos.

• Realização de oficinas de trabalho com os professores e profissionais das escolas com o objetivo

de desenvolver um plano político pedagógico que contemple as necessidades dos adolescentes em

cumprimento de medida socioeducativa.

• Realização de palestras e encontros nas escolas para debates sobre uso de drogas, violência e sistema

socioeducativo.

• Desenvolvimento de atividades educativas com o recorte de gênero, raça/cor e deficiência para os

adolescentes.

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171Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Distrito Federal

• Fortalecimento da rede de atendimento: saúde, inclusive a básica, educação, profissionalização etc. de

forma a garantir proteção integral.

• “... tem que fornecer atividade educativa, cultural, pra tirar também o adolescente da rua no tempo

livre dele” — promotoria.

• Sensibilização da família para a importância da escola.

• Campanhas de divulgação das medidas nas comunidades, com intuito de frear a estigmatização dos

adolescentes.

• Campanhas para frear o preconceito e a discriminação junto a parceiros e potenciais parceiros e

instituições profissionalizantes.

Belém

• Elaborar um Projeto Político Pedagógico para o atendimento socioeducativo em meio aberto que

contemple as perspectivas de gênero, raça/etnia, orientação sexual e deficiência nas ações nas

unidades.

• Promover campanhas de sensibilização e capacitação dos profissionais que compõem a rede de serviços,

em especial, do setor Educação, para melhor conhecimento do SINASE, do Programa de Medidas

Socioeducativas em Meio Aberto e do papel de cada instituição neste Programa.

Boa Vista

• Criar alternativas de atendimento aos adolescentes usuários de drogas.

• Criar alternativas de geração de renda para os adolescentes.

Macapá

• Aumentar a oferta de serviços que atuem na prevenção às situações de vulnerabilidade social, uso de

substâncias psicoativas, criminalidade e outras.

• Estabelecer uma agenda de reuniões e sensibilizações com as instituições que compõem a rede

integrada de atendimento, assim como com os parceiros da execução das medidas socioeducativas.

Manaus

• Promover campanhas de sensibilização e capacitação dos profissionais que compõem a rede de serviços

para melhor conhecimento do SINASE, do Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto e do

papel de cada instituição neste Programa.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM172

Palmas

• Realização de oficinas e atendimento psicossocial com as famílias dos adolescentes em cumprimento de

medidas socioeducativas para trabalhos de reestruturação de vínculos.

• Realização de oficinas de trabalho com os professores e profissionais das escolas com o objetivo

de desenvolver um plano político pedagógico que contemple as necessidades dos adolescentes em

cumprimento de medidas socioeducativas.

• Realização de palestras e encontros nas escolas para debates sobre uso de drogas, violência e sistema

socioeducativo.

• Desenvolvimento de atividades educativas com o recorte de gênero, raça/cor e deficiência para os

adolescentes.

Porto Velho

• Ações de sensibilização dos funcionários das escolas da rede pública de ensino nas temáticas do

adolescente em cumprimento de medida socioeducativa.

• Ações de sensibilização do parceiro de PSC para o atendimento e, também, das instituições

profissionalizantes.

• O poder público deve garantir o acesso aos direitos da criança e do adolescente, conforme estabelecido

na Constituição Federal e no ECA, como, direito a vida, saúde, educação, lazer etc., por meio da

criação e oferta de programas/projetos específicos para esse público. Os projetos podem ser feitos

em parceria com entidades da sociedade civil e devem ser divulgados nas escolas da rede pública e

realizados em locais de fácil acesso para o público que deles pode mais necessitar.

• Divulgação, principalmente nas áreas socialmente mais fragilizadas do significado e aplicabilidade das

medidas protetivas.

Rio Branco

• Promover campanhas de sensibilização e capacitação dos profissionais que compõem a rede de serviços

para melhor conhecimento do SINASE, do Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto e do

papel de cada instituição neste Programa.

Fortaleza

• Promover campanhas de sensibilização e capacitação dos profissionais que compõem a rede de serviços

para melhor conhecimento do SINASE, do Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto e do

papel de cada instituição neste Programa.

Page 174: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

173Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Teresina

• O Programa deve trabalhar especificamente a relação entre consumo e construção da identidade.

• O poder público deve garantir à criança e ao adolescente acesso a seus direitos, conforme estabelecido

na Constituição Federal e no ECA, como, direito a vida, saúde, educação, lazer etc., por meio da

criação e oferta de programas/projetos específicos para esse público. Os projetos podem ser feitos

em parceria com entidades da sociedade civil e devem ser divulgados nas escolas da rede pública e

realizados em locais de fácil acesso para o público que deles pode mais necessitar.

• Ações de sensibilização dos funcionários das escolas da rede pública de ensino nas temáticas do

adolescente em cumprimento de medida socioeducativa.

• Ações de sensibilização do parceiro de PSC para o atendimento e, também, das instituições

profissionalizantes.

• Capacitação dos órgãos e instituições que recebem egressos para atendimento adequado aos

adolescentes.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM174

CONSIDERAçõES FINAIS

Tomando como ponto de partida o processo de municipalização das medidas em meio aberto

nas capitais estudadas, é possível destacar alguns aspectos relevantes.

No que diz respeito ao conjunto de fatores que colaboram para o atendimento das medidas

em meio aberto, percebeu-se que a interferência, desde o início da implementação dos pro-

gramas e serviços dos Juizados da Infância e Juventude, das Promotorias e dos Conselhos dos

Direitos, é fundamental para criar as bases políticas, técnicas e operacionais de uma política

de atendimento socioeducativo. Mobilizar pessoas e instituições a se engajarem no apoio à

causa do adolescente autor de ato infracional é uma tarefa contínua que exige estratégia e

planejamento das ações por parte dos gestores municipais envolvidos com a temática.

Política de atendimento

A política socioeducativa e, consequentemente, os projetos em estudo sofrem igualmente as

vicissitudes que atingem as políticas sociais básicas e as políticas de proteção especial. Por

conseguinte, padecem todos os seus beneficiários. Tal política enfrenta os problemas comuns

de uma política que exige, para atingir sua plenitude, ações articuladas em diferentes ní-

veis no Executivo e no Judiciário. Isto significa que há que se investir na universalização dos

direitos básicos como a educação e a saúde sem, no entanto, esquecer-se das necessidades

específicas dos diversos grupos sociais.

Relações de cooperação interinstitucional

No transcorrer do estudo foi possível constatar, nas falas dos entrevistados, de forma re-

corrente, a dificuldade de construir uma política pública de atendimento da forma como

determina a lei, ou seja, articulada pelas três esferas do Poder Executivo, juntamente com

o Poder Judiciário. Por tal razão, frisou-se repetidas vezes, no presente trabalho, com a

intenção de fortalecer essa essencial articulação, a importância da participação ativa dos

conselhos dos direitos da criança e do adolescente, mas também dos conselhos que atuam

no âmbito de políticas que integram o Sistema de Garantia de Direitos (SGD), como são as

políticas de saúde e educação e assistência social. Os conselhos de direitos ou de políticas

públicas podem ser, vale destacar outra vez, importantes instrumentos institucionais na

busca de ações integradas, principalmente pelo fato de estarem localizados no contexto do

Poder Executivo, uma vez que, além de possuírem os mesmos objetivos e funções, embora

em âmbito administrativo distinto, atuam com a mesma temática nos três níveis do Poder

Executivo. O fortalecimento institucional desses órgãos é fundamental na busca de ações

integradas na execução da política de atendimento, inclusive a socioeducativa.

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175Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Alguns obstáculos foram encontrados por muitos Municípios ao implementar a política de

atendimento socioeducativo, como, por exemplo: i) a falta de clareza normativa quanto

às competências e atribuições de cada uma das esferas de Governo; ii) falta de prioridade

na formulação e na execução de políticas públicas; iii) ausência de recursos; iv) falta de

condições estruturais básicas; v) falta de vontade política; vi) questões político-partidárias

(Estado X Município) e; vii) a discricionariedade administrativa, que poderiam ser sanadas

ou minimizadas com a atuação conjunta dos conselhos nas suas respectivas esferas. Os con-

selhos como espaços de controle social precisam se tornar, de fato, órgãos deliberativos e

controladores das ações em todos os níveis (Inciso II, Artigo 88 do ECA).

Gestão

A ausência ou invisibilidade de uma ação intersetorial no âmbito das políticas desde o seu

planejamento até a sua execução também foi observada no discurso dos entrevistados. Não

seria novidade falar da desarticulação/falta de integração das políticas sociais na Adminis-

tração Pública brasileira. Dessa forma, tratar da intersetorialidade é tratar de um problema

estrutural da gestão pública, portanto, pretende-se fazer algumas considerações em parti-

cular à política de atendimento e sua relação com o programa de MSE.

Na fala dos entrevistados percebeu-se uma total desarticulação das políticas públicas em ge-

ral, e ,em particular, naquelas voltadas para as crianças e adolescentes no Município. Isso se

configura pelo alto grau de desinformação dos conselhos na área da criança e do adolescente

sobre os programa e serviços em estudo e principalmente acerca de temas que deveriam ser

prioritários considerando que estes são os principais mecanismos que movem a engrenagem

da política de atendimento local. Aliado a isso se tem também a inexistência de instrumen-

tos que dêem um conteúdo mais programático às relações entre os órgãos envolvidos no

atendimento socioeducativo.

Financiamento

Nesse contexto geral, é possível perceber que existe um processo de municipalização das

medidas socioeducativas em meio aberto em curso, que, dependendo da inclusão dessa te-

mática nos instrumentos de planificação financeira do Município, pode se dar em curto ou

médio prazo.

Por fim, vale chamar a atenção no tocante ao investimento financeiro que cada ente da Fe-

deração deve aportar na política de atendimento a crianças e adolescentes. A maioria dos

Municípios brasileiros tem limitações de arrecadação, sendo certo que os mesmos necessi-

tam do apoio financeiro e técnico dos Estados e, principalmente, da União, para implantar

e executar suas políticas públicas, uma vez que a União arrecada a maior fatia dos tributos

cobrados no país.

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Sumário Executivo BrasilCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM176

BIBLIOGRAFIA

BRASIL . CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução n° 109, de 11 de novembro

de 2009. Aprova a tipificação nacional dos serviços socioassistenciais.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução nº 130, de 15 de julho de

2005. Aprova a Norma Operacional Básica - NOB/SUAS 2005.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução nº 33, de 12 de dezembro.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução nº 33, de 12 de dezembro

de 2012. Aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social — NOB/

SUAS 2012.

BRASIL. CONSELHO NACIONALDE ASSISTENCIA SOCIAL. Política Nacional de Assistência Social

— PNAS.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

BRASIL. Lei 8069/90. Estatuto da Criança e do Adolescente

BRASIL. Lei do SINASE Lei Nº 12.594 de 2012

BRASIL. Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS — Lei 8742 de 1993).

BRASIL. MDS. Portaria MDS N° 843/2010.

BRASIL. MDS/SNAS. Instrução Operacional n° 3/2010.

BRASIL. Resolução 119 de 2006 do CONANDA. Resolução do SINASE

Política Nacional de Assistência Social (Resolução CNAS - Nº 109, de 11 de Novembro de 2009

- DOU 25/11/2009)

SOUZA, Rosimere de; Lira, Vilnia Batista. Caminhos para a municipalização do atendimento

socioeducativo em meio aberto: liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade.

Rio de Janeiro: IBAM/DES; Brasília: SPDCA/SEDH, 2008.

Page 178: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Relatório Quantitativo

Page 179: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

R382

Relatório quantitativo / [supervisão geral de] Rosimere de Souza — Rio de Janeiro: IBAM 2014.

77 p.

Abaixo do título: “Pesquisa análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA e Prestação de Serviços à Comunidade – PSC)”.

1. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). 2. Educação – Brasil. I. Souza, Rosimere de. II. Instituto Brasileiro de Administração Municipal. III. Título.

CDU 37(81)

Page 180: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

“Pesquisa análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA

— e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC)”

Junho 2014

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Presidente da República

Dilma Rousseff

Ministra Chefe de Estado da Secretaria de Direitos Humanos

Ideli Salvatti

Secretário Executivo da Secretaria de Direitos Humanos

Claudinei Nascimento

Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente

Angélica Moura Goulart

Coordenador-Geral do Sistema Nacional Socioeducativo

Cláudio Augusto Vieira da Silva

Instituto Brasileiro de Administração Municipal

Superintendete Geral

Paulo Timm

Superintendente de Desenvolvimento Econômico e Social

Alexandre Carlos Albuquerque Santos

Equipe Técnica do Projeto

Supervisora Geral do Projeto

Coordenadora do Programa Gestão Pública Municipal e Direitos Humanos

Rosimere de Souza

Assessores Técnicos

Adriana MotaHerculis ToledoJuliana LeiteLiza SantosLouise Storni

Consultora de Metodologia de Pesquisa

Marina Sidrim Teixeira

Colaboradora

Delaine Costa

Pesquisadores Locais

Afonso AlvesAndré AssunçãoAntonio de SouzaDanieli Souza BezerraFelipe HauersFernanda Azeredo de MoraesLaura Rosa Almeida P. Ferreira

Page 182: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Layane da Silva MeloLuzianny Borges RochaMairla Machado ProtazioMarcello Felipe de Jesus MúscariMaria Cristina de OliveiraMaria Tereza Nunes TrabulsiIvanir Luzia MaisJussara de MeloTâmara Caroline da Silva Ramos CoimbraThais BritoThiago Lucena

Estagiários

Safira SilvaVladmir Machado

Revisão Bibliográfica e catalográfica

Elisa Machado Alves Correa

Revisão e Diagramação

Diana Castellani Ricardo Polato

Programação visual

André Guimarães Souza

Apoio Técnico-administrativo

Flavia Lopes

Conselho nacional dos direitos da criança e do adolescente — CONANDA

Conselheiros Governamentais — Biênio 2013/2014 — Titulares e Suplentes no CONANDA

Casa Civil da Presidência da República

Titular: Magaly de Carvalho Correia MarquesSuplente: Mariana Barbosa Cirne

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Titular: Francisco Antonio de Sousa BritoSuplente: Natalia da Silva Pessoa

Ministério da Cultura

Titular: Anirlenio Donizet de MoraisSuplente: Marina Leite da Silveira

Ministério da Educação

Titular: Clélia Brandão Alvarenga CraveiroSuplente: Fabio Meirelles Hardman de Castro

Ministério do Esporte

Titular: Andrea Carvalho AlfamaSuplente: Elisangela Landim Santos

Ministério da Fazenda

Titular: Jordelino Serafim dos ReisSuplente: Cristiane Caldera de Araújo Mascarenhas

Ministério da Previdência Social

Titular: Kesia Miriam Santos de AraujoSuplente: Fabiula Costa Oliveira

Page 183: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Ministério da Saúde

Titular: Thereza de Lamare Franco NettoSuplente: Maria de Lourdes Magalhães

Ministério das Relações Exteriores

Titular: Marcia Canário de OliveiraSuplente: Juliana de Moura Gomes

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Titular: Danyel Iorio de LimaSuplente: Bernardo Bofil Vasconcelos Pereira

Ministério do Trabalho e Emprego

Titular: Karina Andrade LadeiraSuplente: Cintia Bastos Bemerguy

Ministério da Justiça

Titular: Davi Ulisses Brasil Simões PiresSuplente: Alex Canuto de Sá Cunha

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

Titular: Maria Izabel da Silva (Vice-Presidente) Suplente: Claudio Augusto Vieira Da Silva

Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República

Titular: Cristina de Fátima GuimarãesSuplente: Floraci Pereira dos Santos

Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Titulares no CONANDA

Pastoral da Criança Representante: Maristela Cizeski

CNBB — Pastoral do Menor

Representante: Vitor Cavalcante de Sousa Valério

Inspetoria São João Bosco (Salesianos)

Representante: Miriam Maria José dos Santos (Presidente)

Federação Nacional das APAES

Representante: Anna Beatriz Langue Peranovichi Leite

CFP — Conselho Federal de Psicologia

Representante: Esther Maria de Magalhães Arantes

ABMP — Associação Brasileira de Magistrados, Promotores e Defensores Públicos da Infância e da Juventude

Representante: Diego Vale de Medeiros

UBEE — União Brasileira de Educação e Ensino (Marista)

Representante: Fabio Feitosa da Silva

Aldeias Infantis SOS Brasil

Representante: Fabio José Garcia Paes

CONTAG — Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura

Representante: Tania Mara Dornellas dos Santos

MNMMR — Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua

Representante: Marco Antônio da Silva Souza

Criança Segura

Representante: Alessandra Mara Françoia

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CFESS — Conselho Federal de Serviço Social

Representante: Erivã Garcia Velasco

CECUP — Centro de Educação e Cultura Popular

Representante: Edmundo Ribeiro Kroger

OAB — Ordem dos Advogados do Brasil

Representante: Luiza Helena Simonetti Xavier

Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Suplentes no CONANDA

ACM — Federação Brasileira das Associações Cristã de Moços

Representante: Adriano de Britos

Sociedade Literária e Caritativa Santo Agostinho

Representante: Roseli Aparecida Duarte

MNDH — Movimento Nacional de Direitos Humanos

Representante: Carlos Nicodemos Oliveira Silva

CUT — Central Única dos Trabalhadores

Representante: Raimunda Núbia Lopes da Silva

Instituto ALANA

Representante: Pedro Affonso Duarte Hartung

FENATIBREF — Federação Nacional dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas

Representante: Francisco Rodrigues Correa

ANCED — Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente

Representante: Djalma Costa

SBP — Sociedade Brasileira de Pediatria

Representante: Rachel Niskier Sanchez

FENAVAPE — Federação Nacional das Associações para Valorização de Pessoas com Deficiência

Representante: Fernanda Campana

Fundação Fé e Alegria do Brasil

Representante: Renato Eliseu Costa

Fundação ABRINQ

Representante: Heloisa Helena Silva de OliveiraConselho Latino Americano de IgrejasRepresentante: Rosilea Roldi Wille

MORHAN — Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase

Representante: Thiago Pereira da Silva Flo

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Sumário

LISTA DE TABELAS ............................................................................. 10

LISTA DE GRÁFICO ............................................................................. 13

APRESENTAÇÃO ................................................................................ 14

MÓDULO I - ENTIDADES DE ATENDIMENTO ................................................. 17

Bloco 1 - Identificação das entidades de atendimento ............................................17

Bloco 2 - Estrutura organizacional: ..................................................................18

MÓDULO II - PROGRAMAS DE ATENDIMENTO ....................................................25

Bloco 3 – Identificação do Programa de Atendimento .............................................25

Bloco 4 - Funcionamento Interno .....................................................................35

Bloco 5 - Funcionamento Externo ...................................................................43

MÓDULO III - UNIDADES/SERVIÇOS/CREAS ......................................................48

Bloco 6 – Identificação das Unidades ................................................................48

Bloco 7 - Plano Individualizado de Atendimento — PIA ............................................57

Bloco 8 - Perfil dos adolescentes atendidos em unidade/serviço/creas pelo programa de atendimento ..................................................................................63

CONCLUSÃO ................................................................................... 68

BIBLIOGRAFIA ................................................................................. 75

ANEXOS ........................................................................................ 76

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM10

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Pergunta 15: Tipo de entidade

TABELA 2 – Pergunta 25: Tipo de medida que o programa/serviço contempla

TABELA 3 – Pergunta 27: Inscrição da entidade no CMDCA

TABELA 4 – Pergunta 28: Conhecimento sobre o montante de recursos financeiros de que a

entidade dispôs em 2011 para o atendimento socioeducativo

TABELA 5 – Pergunta 28: Montante de recursos financeiros que a entidade dispôs em 2011

para o atendimento socioeducativo

TABELA 6 – Pergunta 29: Considera suficientes os recursos disponibilizados em 2011?

TABELA 7 – Pergunta 30: Em 2011, o montante de recursos financeiros foi gasto?

TABELA 8 – Pergunta 31: Percentuais gastos dos recursos disponíveis em 2011

TABELA 9 – Pergunta 32: Origem dos recursos disponíveis em 2011

TABELA 10 – Pergunta 33: A entidade recebe recursos dos fundos?

TABELA 11 – Ano de início de funcionamento do programa como está estruturado hoje

TABELA 12 – Pergunta 57: O programa é inscrito no CMDCA?

TABELA 13 – Especificações do ano de inscrição do Programa de Atendimento no

Conselho Municipal da Criança e do Adolecente

TABELA 14 – Pergunta 57: Ano da inscrição no CMDCA

TABELA 15 – Pergunta 58: Os que responderam existir meta de atendimento por medida e

total

TABELA 16 – Pergunta 59: Conhece o número de adolescentes atendidos no programa de

atendimento em 2011?

TABELA 17 – Pergunta 60.1: Local de desenvolvimento da atividade de recepção/acolhida

TABELA 18 – Pergunta 60.3: Local de desenvolvimento da atividade de acompanhamento da

participação da família na execução da medida pelo adolescente

TABELA 19 – Pergunta 60.2: Local de desenvolvimento da atividade de estudo social do caso

TABELA 20 – Pergunta 60.4: Local de desenvolvimento da atividade de diagnóstico socioeco-

nômico

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11Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 21 – Pergunta 60.6: Local de desenvolvimento da atividade de construção, execução

e monitoramento de plano individual e familiar de atendimento

TABELA 22 – Atividades mais desenvolvidas, independente do local onde são realizadas (maior

número de sim)

TABELA 23 – Pergunta 61: Instrumento de formalização do programa

TABELA 24 – Pergunta 61: Tipo de instrumento de formalização do programa

TABELA 25 – Ano do instrumento que formaliza o Programa de Atendimento

TABELA 26 – Pergunta 63: Realização de capacitação para a equipe técnica nos últimos seis

meses

TABELA 27 – Pergunta 64: Temas trabalhados na capacitação da equipe técnica nos últimos

6 meses

TABELA 28 – Pergunta 65: Participação de algum componente da equipe no Curso de Forma-

ção Continuada do SINASE

TABELA 29 – Número médio de componentes da equipe que participou da formação continu-

ada SINASE em 2011

TABELA 30 – Pergunta 67: Qual a formação profissional do coordenador/diretor do programa

de atendimento?

TABELA 31 – Pergunta 68: Existe um sistema de monitoramento e avaliação do programa de

atendimento?

TABELA 32 – Pergunta 69: Qual a periodicidade prevista para a realização de avaliações do

programa de atendimento?

TABELA 33 – Pergunta 70: Nos últimos seis meses, foi feita alguma avaliação do Programa de

Atendimento?

TABELA 34 – Pergunta 71: Três principais agentes participantes da última avaliação realizada

pelo programa

TABELA 35 – Pergunta 72: Quem realizou a última avaliação?

TABELA 36 – Pergunta 73: Instrumentos utilizados na última avaliação

TABELA 37 – Pergunta 74: Uso dos resultados da avaliação

TABELA 38 – Pergunta 75: O Programa de Atendimento desenvolve atividade de acompanha-

mento de egressos?

TABELA 39 – Pergunta 76: Instituições com as quais o programa se articulou nos últimos 6

meses

Page 189: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM12

TABELA 40 – Pergunta 77: Setores com os quais o programa se articulou nos últimos 6 meses

TABELA 41 – Pergunta 78: Comunicação com gestores de medidas socioeducativas

TABELA 42 – Pergunta 79: Intensidade da comunicação entre programa de atendimento e os

Gestores Estaduais (somente os programas que tem este tipo de comunicação)

TABELA 43 – Pergunta 80: Intensidade da comunicação entre programa de atendimento e os

Gestores Municipais (somente os programas que tem este tipo de comunicação)

TABELA 44 – Pergunta 81: Nos últimos seis meses o Programa atendeu a adolescentes que

residem em outros Municípios fora da Capital

TABELA 45 – Número médio de adolescentes atendidos que residem fora do município da

capital

TABELA 46 – Pergunta 95: Tipo de unidade de atendimento

TABELA 47 – Pergunta 106: Atributos do espaço físico do local de atendimento (onde se rea-

lizam as atividades)

TABELA 48 – Pergunta 107: Houve capacitação para equipe técnica nos últimos seis meses?

TABELA 49 – Pergunta 108: Temas da última capacitação

TABELA 50 – Pergunta 109: Em 2011, algum componente da equipe participou do Curso de

Formação Continuada do Sistema Nacional Socioeducativo?

TABELA 51 – Pergunta 111: Tipos de formação profissionais equipe

TABELA 52 – Pergunta 112: Qual a formação profissional do coordenador / diretor do unidade

/ serviço / CREAS?

TABELA 53 – Período de permanência na Unidade/Serviço/CREAS dos membros da equipe

técnica envolvidos diretamente na execução das medidas socieducativas.

TABELA 54 – Pergunta 126: Problemas que têm sido identificados como oferecendo muita

dificuldade para a unidade

TABELA 55 – Pergunta 127: O Programa de Atendimento executado por esta Unidade/Serviço/

CREAS desenvolve o Plano Individual de Atendimento (PIA) do adolescente em cumprimento

de medida socioeducativa?

TABELA 56 – Pergunta 128: Quem participa da elaboração do PIA?

TABELA 57 – Pergunta 129: Aspectos considerados na elaboração do PIA

TABELA 58 – Pergunta 130: Com que frequência o PIA é avaliado?

TABELA 59 – Pergunta 131: Os relatórios para a reavaliação da medida a serem encaminhados

para o judiciário estão sendo elaborados com base no PIA?

Page 190: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

13Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 60 – Pergunta 132: O PIA tem sido um instrumento eficaz no acompanhamento do

processo socioeducativo?

TABELA 61 – Pergunta 133: Setores em articulação com a unidade

TABELA 62 – Pergunta 134: Setores que sempre atendem os adolescentes

TABELA 63 – Pergunta 164: Atos infracionais mais frequentes

TABELA 64 – Pergunta 165: Nos últimos seis meses, o programa de atendimento executado

nesta unidade/serviço/CREAS recebeu algum adolescente com deficiência?

TABELA 65 – Pergunta 167: Tipo de deficiência do adolescente atendido

TABELA 66 – Pergunta 168: Nos últimos seis meses, o programa de atendimento executado

nesta unidade/serviço/CREAS recebeu algum adolescente com transtorno mental?

TABELA 67 – Pergunta 170: Nos últimos seis meses, o programa de atendimento executado

nesta unidade/serviço/CREAS recebeu algum adolescente com dependência de álcool ou

substâncias psicoativas?

TABELA 68 – Pergunta 172: Substância de dependência

TABELA 69 – Pergunta 173: Tipo de serviço especializado

LISTA DE GRÁFICO

Gráfico 1 - v127: O Programa de atendimento executado por esta Unidade/Serviço/CREAS

desenvolve o Plano Individual de Atendimento (PIA) do adolescente em cumprimento de

medida socioeducativa

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM14

APRESENTAÇÃO

As informações a seguir sistematizadas referem-se aos resultados da segunda etapa do pro-

jeto1 — pesquisa quantitativa — que tem por objetivo conhecer quais são, como estão estru-

turados e como estão funcionando os programas/serviços de atendimento socioeducativo em

meio aberto (LA e PSC) nas 27 capitais brasileiras e, assim, fornecer subsídios para a imple-

mentação e o aprimoramento do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo — SINASE.

A pesquisa quantitativa foi realizada, no período de fevereiro a novembro de 2012, a partir

de um modelo de questionário com perguntas fechadas2, aplicado in loco pelos membros da

equipe técnica nas capitais de todos os estados (26) e do Distrito Federal (1). Buscou-se,

preferencialmente, dirigir as questões aos gestores municipais e estaduais de Entidades,

Programas e aos responsáveis/coordenadores de Serviços/Unidades/Centros de Referência

Especializados em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de adolescen-

tes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto3. Ao final, foram constata-

dos um total de 31 entidades, 31 Programas e 156 unidades/serviços/CREAS4.

Para efeitos desta pesquisa, entende-se por:

• Entidadedeatendimento: a pessoa jurídica de direito público e privado que instala e

mantém a unidade e os recursos humanos e materiais necessários ao desenvolvimento

de programas de atendimento (Artigo 1º, §5º da lei do SINASE — Lei N° 12.594, de 18 de

Janeiro de 2012) Ex. No caso de estarem ligados ao SUAS, a Entidade de Atendimento

será a Secretaria Municipal de Assistência Social.

1 O projeto está estruturado em quatro etapas consecutivas, a saber: 1) atualização da produção normativa sobre a temática por meio de pesquisa e análise das produções jurídicas e operacionais elaboradas nos níveis federal, estadual e municipais (leis, decretos, resoluções, portarias, normas operacionais) nas 27 capitais brasileiras; 2) identificação e caracterização das entidades gestoras, dos programas e das unidades de atendimento socioeduca-tivo em meio aberto nas 27 capitais brasileiras (pesquisa quantitativa — cadastro e aplicação de questionário fe-chado); 3) análise da dinâmica de funcionamento dos programas de atendimento socioeducativos em meio aberto nas 27 capitais brasileiras (pesquisa qualitativa — entrevistas com agentes do sistema de garantia de direitos das capitais e grupos focais com adolescentes e familiares); 4. Sistematização das recomendações e aperfeiçoamento da política pública de atendimento socioeducativo em meio aberto (LA e PSC) para o adolescente em conflito com a lei por meio da elaboração de documento orientador para execução das medidas socioeducativas em nível municipal.

2 ANEXO 1: Questionário utilizado na pesquisa quantitativa (Etapa 1) nas 27 capitais.

3 A definição do universo de entrevistados foi acordada com a SDH. A identificação dos gestores municipais e es-taduais de Entidades, Programas e dos responsáveis/coordenadores de Serviços/Unidades/Centro de Referencia Especializado em Assistência Social — CREAS — se deu a partir do cruzamento e da checagem, por telefone, de informações disponibilizadas pelas Varas da Infância e da Juventude nas 27 capitais, pela SDH, pelo MDS e pelos próprios agentes quando contatados para agendamento das entrevistas. Este levantamento conformou um cadas-tro prévio de informantes confrontado no campo.

4 ANEXO 2: Listagem das Entidades, Programas e Unidades/Serviços/CREAS identificados.

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15Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

• ProgramadeAtendimento: a organização e o funcionamento, por unidade, das condi-

ções necessárias para o cumprimento das medidas socioeducativas, segundo artigo 1º,

§ 3º da lei do SINASE. Lei N° 12.594, de 18 de Janeiro de 2012).

• UnidadedeAtendimento:a base física necessária para a organização e o funciona-

mento de atendimento, segundo artigo 1º, § 4º da lei do SINASE. Lei N° 12.594, de 18

de Janeiro de 2012. Ex. Nos casos ligados ao SUAS considera-se os CREAS como unida-

de/ base física — unidade/serviço/CREAS. Quando for ligado a outro órgão municipal

fora da assistência ou a Organização não Governamental — ONG — executora da Unida-

de é a base física do programa.

• Serviços: Conforme a Lei Orgânica de Assistência Social — LOAS — “entendem-se por

serviços socioassistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da

população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objeti-

vos, princípios e diretrizes estabelecidos nesta Lei (Redação dada pela Lei N° 12.435,

de 2011)”. 5

Parece existir uma equivalência entre o que a Lei do SINASE chama de programas e o que a

normativa da assistência social conceitua como serviços no caso do atendimento socioedu-

cativo em meio aberto. Por esta razão, entende-se nesta pesquisa que programas e serviços

são sinônimos.

Buscou-se, nesta etapa, conhecer quais são e como estão funcionando os programas/serviços

de atendimento socioeducativo em meio aberto (LA e PSC) nas 27 capitais brasileiras, com

foco nos aspectos que dizem respeito:

• a sua estrutura organizacional;

• ao seu funcionamento interno e funcionamento externo;

• ao Plano Individual de Atendimento — PIA — e;

• ao perfil dos adolescentes atendidos pelas unidades/serviços/programas.

5 No âmbito da Política Nacional de Assistência Social e do Sistema único de Assistência Social, serviços são as provisões socioassistenciais direcionadas para o público alvo da assistência social. Podem ser consideradas as atividades continuadas que visam à melhoria de vida da população por meio do desenvolvimento de ações dire-cionadas para as necessidades básicas da população. Os serviços possuem importante papel na provisão da Assis-tência Social, seja no âmbito da Proteção Social Básica ou da Proteção Social Especial. Eles objetivam processar o acesso a seguranças e cobertura de necessidades essenciais da população tais como alimentação, abrigo, lazer e cultura, profissionalização, informação, apoio psicológico, apoio domiciliar, entre outros. Apóiam processos de inclusão social de seus usuários na vida comunitária/societária e familiar como o Serviço de Proteção Social a Adolescentes em cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC).

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM16

Desde já cabe destacar que esta etapa de pesquisa foi fundamental para compreender e

caracterizar o contexto político-institucional, no qual se inserem as medidas socioeducativas

em meio aberto (LA/PSC), tendo em vista os fatores que incidem sobre a descentralização, a

municipalização e o atendimento. Ainda que em uma análise preliminar, esta etapa permitiu

entender tanto o contexto nacional, em sua diversidade de arranjos institucionais e especifi-

cidades territoriais, quanto identificar questões a serem aprofundadas e problematizadas na

etapa seguinte. No mesmo sentido, a etapa qualitativa, com base em entrevistas com uso de

questionários abertos e grupos focais que buscaram apreender os arranjos institucionais e as

formas de execução das medidas, debruçou-se sobre as perspectivas de diferentes agentes

sociais para construir um diagnóstico mais profundo da situação do atendimento socioeduca-

tivo em meio aberto nas 27 capitais.

Os principais pressupostos teóricos que orientam o projeto se apóiam em literatura nacional

e internacional sobre o atendimento às crianças e aos adolescentes envolvidos com o ato

infracional, cujos autores articulam o tema da pobreza ao da violação de direitos humanos

e, na normativa, sobre esse mesmo assunto que vem sendo recentemente editado no país.

A discussão sobre crianças e adolescentes (de ambos os sexos) que vivem em condições de

vulnerabilidade econômica e social presente em tal contexto literário e normativo evidencia

as diversas situações de violência, criminalização e criminalidade que tais grupos sofrem ao

longo de suas trajetórias. O ato infracional praticado por adolescentes, em muitos casos, é

uma forma de reprodução dessa violação dos seus direitos.

Inserido nesse debate, o tema das políticas públicas ganha destaque no Brasil, principal-

mente na última década, em que foram consolidadas mudanças importantes em termos da

(re)estruturação das políticas sociais como a adoção do Sistema Único da Assistência Social

— SUAS — e sua intersecção com o próprio Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo

— SINASE — (2006 e 2013)6 e, deste com os demais Sistemas (Educacional, Saúde e Justiça).

Sob a ótica da articulação e da integração, o Sistema de Garantia dos Direitos enfrenta de-

safios tanto em termos da gestão, dadas as especificidades de cada (sub)sistema, quanto da

efetivação dos direitos por meio das políticas públicas municipais.

A pesquisa foi iniciada e executada em pleno processo de mobilização nacional em direção às

eleições municipais para prefeitos e vereadores no mês de outubro. Neste sentido, procurou-

se realizar a atividade de campo — entrevistas — antes da mudança de gestão. Os principais

resultados estão a seguir sistematizados conforme estrutura do questionário.

6 Resolução 119 de 2006 do CONANDA que instituiu as bases do SINASE e Lei N° 12.594 de 2012 que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE).

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17Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

MóDULO I – ENTIDADES DE ATENDIMENTO

Bloco 1 – Identificação das entidades de atendimento

Ao todo foram identificadas 31 entidades responsáveis pelos programas/serviços, sendo a

maioria (70,97%) órgãos do Executivo Municipal das capitais. Em geral, destacam-se, as

Secretarias Municipais de Assistência Social (Assistência Social e Cidadania, Assistência So-

cial e Desenvolvimento Humano, Criança e Assistência Social, Assistência Social e Trabalho,

Políticas, Ação Social e Cidadania) e correlatos: Direitos Humanos (um caso), Gestão Social

(um caso). Há ainda, Secretarias de Estado (9,68%) em 3 capitais: Secretaria de Estado da

Criança do Distrito Federal, Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Manaus,

AM), Secretaria de Estado de Justiça — SEJUS (Porto Velho, RO). Torna-se importante desta-

car, nesse contexto, que, em Porto Velho, a SEJUS não é mais uma entidade responsável pela

execução do atendimento, já que no final do ano de 2012 houve a transferência completa

para o município. Entretanto, neste relatório, a instituição ainda configura-se como uma

entidade de atendimento.

Ainda salienta-se que, no total levantado, 9,68% representam Fundações (Fundação de Ação

Social — FAS —, em Curitiba, Fundação de Assistência Social e Cidadania — FASC —, em Porto

Alegre, e Fundação Papa João XXIII — FUNPAPA —, em Belém). Além destes tipos de entidades

mapeou-se uma autarquia (Instituto Socioeducativo do Acre vinculado à Secretaria de Estado

de Justiça e Direitos Humanos), uma entidade religiosa (Centro Espírita Yvan Costa em Belém,

PA) e uma entidade privada sem fins lucrativos (Universidade da Amazônia — UNAMA).

TABELA 1

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 15: TIPO DE ENTIDADE

9,683Secretaria estadual

70,9722Secretaria municipal

3,231Organização privada com fins lucrativos

3,231Entidade religiosa

9,683Fundação

3,231Autarquia

100,0031Total

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM18

O perfil dos respondentes, como já mencionado, é composto prioritariamente por gestores

e técnicos estaduais e municipais do atendimento socioeducativo. Entre as formações aca-

dêmicas estão, principalmente, os cursos de serviço social e psicologia. Outra característica

observada é que tais agentes são majoritariamente do sexo feminino, com 26 mulheres, e

somente 5 homens.7

Bloco 2 – Estrutura organizacional

Neste bloco analisaram-se aspectos das estruturas organizacionais que informassem a quan-

tidade de entidades gestoras do atendimento; tipos de medidas socioeducativas atendidas;

inscrição da entidade no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; exis-

tência e suficiência dos recursos financeiros para o atendimento; e fontes dos recursos.

Entidades gestoras do atendimento

Em todas as capitais, há pelo menos um programa/serviço sob a coordenação de uma mesma

entidade gestora, com exceção de Belém/PA (3 programas/serviços e 3 entidades), Porto

Velho/RO (2 programas/serviços e 2 entidades) e Rio Branco/AC (2 programas/serviços e 2

entidades).

Tipos de medidas socioeducativas atendidas

Todos os programas/serviços identificados contemplam, majoritariamente, e na mesma pro-

porção, a Liberdade Assistida — LA — (46,7%) e a Prestação de Serviço à Comunidade — PSC — (46,7%) e poucos (6,7%) a Liberdade Assistida Comunitária — LAC. Cabe aqui

observar que, embora a LAC não esteja prevista entre as medidas socioeducativas do Art.

112 do Estatuto da Criança e do Adolescente, a modalidade foi atendida pela Igreja Católica

durante muitos anos. O levantamento identificou essa execução em 2 capitais, a saber: em

Belém, pelo Centro Espírita Yvon Costa e pela Universidade da Amazônia e, em Teresina,

pela Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e Assistência Social em parceria com a Ação

Social Arquidiocesana.

7 ANEXO 3: Perfil dos respondentes dos questionários.

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19Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Constatou-se, ainda, que poucos são os programas/serviços que contemplam também as

medidas de semiliberdade (11,4%) e de internação (11,4%) as quais, por sua vez, fogem do

campo de ação do Governo Municipal. As capitais que atendem a esse público são:

• Distrito Federal executado pela Secretaria Distrital da Criança;

• Manaus sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania

do Amazonas;

• Porto Velho coordenado pela Secretaria de Estado e Justiça;

• Rio Branco desenvolvido pelo Instituto Socioeducativo do Acre.

TABELA 2

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 25: TIPO DE MEDIDA QUE O PROGRAMA/SERVIÇO

CONTEMPLA

46,7028v25.1. Programa/serviço de atendimento contempla Liberdade

Assistida

6,704v25.2. Programa/serviço de atendimento contempla Liberdade

Assistida Comunitária

46,7028v25.3. Programa/serviço de atendimento contempla Prestação

de Serviço à Comunidade

100,1060Total

Inscrição da entidade no Conselho Municipal dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Com relação à inscrição da entidade no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente — CMDCA —, órgão responsável por deliberar sobre a política de atendimento

aos direitos da criança e do adolescente, a maioria dos respondentes das entidades identi-

ficadas (21) confirmou tal procedimento. Entretanto, 8 responderam não se aplicar aos seus

casos, por entenderem que os órgãos públicos não possuem tal obrigatoriedade de inscrever

as entidades no conselho, mas apenas os programas/serviços de atendimento. A entidade

Centro Espírita Yvon Costa, em Belém, e o Instituto Socioeducativo do Acre, em Rio Branco,

informaram não ter inscrição no CMDCA.

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM20

TABELA 3

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 27: INSCRIÇÃO DA ENTIDADE NO CMDCA

67,7421Sim

6,452Não

25,818Não se aplica

100,0031Total

Existência e suficiência dos recursos financeiros para o atendimento

Do total de entidades que participaram da pesquisa, 24 indicaram ter recebido recursos fi-nanceiros, em 2011, para o atendimento socioeducativo, sendo que cinco respondentes não

souberam informar, um assinalou não ter recebido recursos e outro não prestou a informação.

TABELA 4

% VÁLIDA%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 28: CONHECIMENTO SOBRE O MONTANTE DE

RECURSOS FINANCEIROS DE QUE A ENTIDADE DISPôS EM

2011 PARA O ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

80,0077,4224Sim

3,333,231Não dispôs de recursos

16,6716,135Não sabe (entrevistado não soube responder à

questão)

100,0096,7730Total

3,231Não prestou esta informação

100,0031Total geral

Destes que não responderam a opção sim, destacam-se as seguintes capitais:

• A capital (entidade) cujo entrevistado afirmou “não ter disposto de recursos no ano de

2011” foi Belém (Centro Espírita Yvon Costa).

• As cinco capitais (entidades) cujos entrevistados afirmaram “não saber qual o

montante disposto no ano de 2011” foram: Belém (FUNPAPA — Fundação Papa João

XXIII), Fortaleza (Secretaria Municipal de Direitos Humanos), Manaus (Secretaria

de Estado de Assistência Social e Cidadania), Porto Velho (Secretaria Municipal de

Assistência Social) e Recife (Secretaria Municipal de Assistência Social do Recife).

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21Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Das 24 entidades que declararam a existência de recursos financeiros disponíveis para aten-

dimento em 2011, os valores são bastante distintos e somam, todos juntos, o montante de

R$ 110.880.966,00 e um valor médio de recursos disponíveis de R$ 4.620.040,25, como se

verifica na tabela a seguir.

TABELA 5

N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 28: MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS QUE A ENTIDADE

DISPôS EM 2011 PARA O ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO8

17.000,00

126.400,00

152.800,00

162.000,00

1196.888,00

1237.000,00

1272.976,00

1390.000,00

1468.000,00

1508.800,00

1569.414,00

1596.839,00

11.018.508,00

11.128.000,00

11.824.000,00

11.905.634,00

12.420.000,00

1 3.000.000,00

14.795.737,00

15.811.541,00

17.703.700,00

120.948.126,00

123.042.414,00

133.928.589,00

24Total

4.620.040,25Valor médio dos recursos disponíveis em 2011

110.880.966Valor total disponibilizado em 2011

8 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — quadro não sei 28.pdf e tabela cruzamento questões 28 e 29.pdf

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Para além do detalhamento dos gastos, o que implica análise acurada e informações adicio-

nais em todos os níveis (sobre as formas de financiamento do atendimento, regras específi-

cas que orientam os gastos e os critérios de distribuição de recursos, entre outros), importa

assinalar que 13 entrevistados consideram os recursos disponibilizados em 2011 suficientes,

10 não os consideram e 1 não soube informar (Porto Velho — Secretaria de Estado de Justiça

— SEJUS). Por outro lado, 13 indicaram que gastaram integralmente os recursos, enquanto

que 8 apenas parcialmente, provavelmente em razão da burocracia interna das entidades

para a liberação dos recursos ou por motivo de reestruturação interna.

TABELA 6

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 29: CONSIDERA SUFICIENTE OS RECURSOS

DISPONIBILIzADOS EM 2011?9

54,2013Sim

41,7010Não

4,201Não sabe (entrevistado não soube responder à questão)

100,1024Total

TABELA 7

% VÁLIDA%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 30: EM 2011, O MONTANTE DE

RECURSOS FINANCEIROS FOI GASTO?10

56,5054,2013Integralmente

34,8033,308Parcialmente

8,708,302Não sabe (entrevistado não soube responder à

questão)

100,0095,8023Total

4,201Não prestou esta informação

100,0024Total geral

9 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — quadro não 29 e integralmente 30.pdf

10 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — quadro não 29 e integralmente 30.pdf

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23Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 8

N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 31: PERCENTUAIS GASTOS DOS RECURSOS DISPONíVEIS EM 2011

12

130

135

143

144

173

179

190

8Total

49,5Proporção média dos recursos gastos parcialmente em 2011

43,5Proporção mediana dos recursos gastos parcialmente em 2011

2Proporção mínima dos recursos gastos parcialmente em 2011

90Proporção máxima dos recursos gastos parcialmente em 2011

Fontes dos recursos

Tão importante quanto a disponibilidade dos recursos e sua execução são as fontes. Nesta direção,

as respostas sobre a origem do financiamento das ações revelaram que 20 programas dispõem de

recursos oriundos do orçamento público municipal; 18 do orçamento público federal; 8 do orça-

mento público estadual. Apenas um respondente (Belo Horizonte), assinalou também a opção que

a origem dos recursos advém de doação direta de pessoa jurídica e somente dois respondentes

informaram que os recursos vêm de duas outras fontes não especificadas (Belém e Teresina).

TABELA 9

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 32: ORIGEM DOS RECURSOS DISPONíVEIS EM

2011

40,8220v32.1. Os recursos financeiros dos quais o programa/serviço de

atendimento dispõe vêm do orçamento Público Municipal

16,338v32.2. Os recursos financeiros dos quais o programa/serviço de

atendimento dispõe vêm do orçamento Público Estadual

36,7318v32.3. Os recursos financeiros dos quais o programa/serviço de

atendimento dispõe vêm do orçamento Público Federal

2,041v32.5. Os recursos financeiros dos quais o programa/serviço de

atendimento dispõe vêm de doação direta de Pessoa Jurídica

4,082v32.8. Os recursos financeiros dos quais o programa/serviço de

atendimento dispõe vêm de outros

100,0049Total

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM24

Das 24 entidades cujos entrevistados possuem conhecimento dos seus recursos, 18 foram

considerados casos válidos e 6 não informaram sua resposta. Lembrando que a questão per-

mite múltiplas respostas, 17 afirmaram receberem verba do Fundo de Assistência Social

— FAS — e, em contraposição, somente 2 contaram com recursos do Fundo dos Direitos da

Criança e do Adolescente — FIA (Teresina, Porto Velho). Vale pontuar que outros fundos es-

tiveram presentes no questionário, como opção para marcação, mas não foram assinalados

como o Fundo Nacional Antidrogas, o Fundo de Amparo ao Trabalhador, o Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação e o Fundo Nacional da Saúde.

TABELA 10

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 33: A ENTIDADE RECEBE RECURSOS DOS FUNDOS11

10,52v33.1. O programa/serviço recebeu recursos financeiros do

Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente (FIA)

89,517v33.2. O programa/serviço recebeu recursos financeiros do

Fundo da Assistência Social (FAS)

Na época da pesquisa no âmbito da Política de Assistência Social, o Serviço de Proteção Social

a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida — LA — e

Prestação de Serviços à Comunidade — PSC — ofertados pelos CREAS estavam sendo cofinan-

ciados com recursos federais por meio do Piso Fixo de Média Complexidade — PFMC acrescido

do Piso Fixo de Média Complexidade III — PFMC III — nos termos da Portaria MDS N° 843/2010.

Os valores de referência para o cofinanciamento federal do Piso Fixo de Média Complexidade

consideravam o porte e o nível de habilitação na gestão do SUAS dos municípios e do Distrito

Federal, de acordo com a NOB SUAS 2005. Vale destacar que a norma definia o cofinancia-

mento para municípios com população superior a 50.000 habitantes e os municípios com

população igual ou inferior a 50.000 habitantes, desde que observados os critérios pactuados

na Comissão Intergestores Tripartites.

Já o cofinanciamento por meio do Piso Fixo de Média Complexidade III era para grupos de 40

adolescentes — à época no valor de R$ 2.200,00 por grupo — considerado um quantitativo míni-

mo de 10 adolescentes para início de um novo financiamento. A Resolução 109 do CNAS de 2009

que trata da Tipificação dos Serviços Socioassistenciais orienta sobre a organização do serviço.

No âmbito da assistência, o repasse de recursos se dá por meio de transferências automáti-

cas entre os fundos especiais e não mais mediante convênios.

11 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela questão 33.pdfSouza, Rosimere de; Lira, Vilnia Batista. Caminhos para a municipalização do atendimento socioeducativo em meio aber-to: liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade. Rio de Janeiro: IBAM/DES; Brasília: SPDCA/SEDH, 2008.

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25Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

MóDULO II – PROGRAMAS DE ATENDIMENTO

Bloco 3 – Identificação do Programa de Atendimento

Este módulo está estruturado em 3 blocos nos quais se buscou abordar informações sobre a

quantidade de programas/serviços por entidade gestora; ano de funcionamento; inscrição

dos Programas no CMDCA; metas de atendimento; atividades desenvolvidas; existência de

instrumentos de formalização/regulamentação do atendimento; existência de capacitação;

perfil dos profissionais; rotinas de monitoramento e avaliação; articulações e redes criadas

para viabilizar o atendimento; limites geográficos do atendimento; comunicação entre entes

e gestores; quantidade de unidades; condições de atendimento (espaço físico); capacita-

ção da equipe; perfil profissional da equipe; tempo da equipe no atendimento; problemas

que incidem sobre o atendimento; existência de orientador socioeducativo; dinâmica de

desenvolvimento e características do PIA; articulação; perfil dos adolescentes atendidos; e

atendimento especializado a deficientes e dependentes de álcool ou substâncias psicoativas.

Quantidade de programas/serviços por entidade gestora

As entidades gestoras de atendimento são responsáveis por um total de 31 programas, cuja

nomenclatura é bastante variável, com predominância (cerca de 50%) dos Serviços de Pro-

teção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade As-

sistida — LA —, e de Prestação de Serviços à Comunidade — PSC —, Programas de Medidas

Socioeducativas em Meio Aberto (5) e outros nomes que se confundem, muitas vezes, com a

própria estrutura institucional ou que apenas reproduzem, pela redundância, a medida em

si (Central de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto — CMSE —, Centros de Referência Es-

pecializada de Assistência Social — CREAS —, Divisão e Acompanhamento de Medidas Socioe-

ducativas, Liberdade Assistida, Medidas em Meio Aberto, Pólo UNAMA de Liberdade Assistida,

Pólo Yvon Costa de LAC). Esse assunto merece ser aprofundado para que se compreenda,

para além de uma questão semântica, como está estruturado cada um desses arranjos que

se mostra de forma diversificada.

Ano de funcionamento dos Programas

Parcela significativa (9) começou a funcionar, tal como estruturado no ano de 2010, sendo

que foi em meados da mesma década que os programas começaram a ser criados. Este au-

mento pode ser explicado a partir do incentivo oferecido aos municípios com recursos do

Fundo Nacional de Assistência Social. Observou-se que uma das primeiras entidades a assu-

mir as medidas em meio aberto começou a funcionar em 1996 (Unama/Belém). Em 1998,

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM26

2001 e 2002 também foi institucionalizado um programa em cada. A partir de 2005, verificou-

se maior adesão à municipalização. Neste ano foram criados 4, e entre 2006 a 2009, três por

ano foram organizados. Já nos dois últimos anos (2011 e 2012), um programa por ano iniciou

seu funcionamento, como se verifica no gráfico a seguir.

TABELA 11

Nº DE PROGRAMASANO DE INICIO DE FUNCIONAMENTO

11996

11998

12001

12002

42005

32006

32007

32008

32009

92010

12011

12012

31Total

Ano de início de funcionamento do programa como está estruturado hoje.

Inscrição dos Programas no CMDCA

Dos programas identificados, 20 são inscritos no CMDCA. Ainda que alguns (6) não saibam

indicar o ano, cerca de 4 o fizeram em 2005. Já no ano de 2010, somente um foi inscrito e,

nos dois anos seguintes, um por ano. Conclui-se que dos programas que iniciaram seu funcio-

namento em 2010, poucos estão inscritos no Conselho.

TABELA 12

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 57: O PROGRAMA é INSCRITO NO CMDCA?

64,5220Sim

35,4811Não

100,0031Total

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27Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 13

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 57: ANO DA INSCRIÇÃO NO CMDCA

30,006Estão inscritos, mas não sabem informar o ano da inscrição

10,0022004

20,0042005

5,0012006

10,0022008

10,0022009

5,0012010

5,0012011

5,0012012

100,0020Total

TABELA 14

Nº DE PROGRAMAS ANO DE INSCRIÇÃO NO CMDCA

22004

42005

12006

12007

22008

22009

12010

12011

12012

15Total

Especificações do ano de inscrição do Programa de Atendimento no

Conselho Municipal da Criança e do Adolecente.

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM28

Metas de atendimento

Um aspecto importante para a política de atendimento refere-se à meta de atendimento.

Do total de 31 programas identificados, 9 respondentes souberam dizer o total das metas

previstas para o programa de atendimento no ano de 2011. Contudo, somente 2 souberam

especificar a meta de PSC, 2 de LA e 3 de LAC.

TABELA 15

% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 58: OS QUE RESPONDERAM ExISTIR META DE

ATENDIMENTO POR MEDIDA E TOTAL

20,0012,502v58.1. Sabe qual foi a meta de atendimento de PSC

prevista para o programa de atendimento no ano de 2011

20,0012,502v58.2. Sabe qual foi a meta de atendimento de LA

prevista para o programa de atendimento no ano de 2011

30,0018,753v58.3. Sabe qual foi a meta de atendimento de LAC

prevista para o programa de atendimento no ano de 2011

90,0056,259v58.4. Sabe qual foi o total das metas previstas no

programa de atendimento no ano de 2011

160,00100,0016Total

Sobre os atendimentos realizados no ano de 2011, vale salientar que essa questão não se

relaciona com a especificação da meta de atendimento abordada na pergunta anterior, pois

muitos gestores alegaram não existir uma meta específica para o atendimento das Medidas

Socioeducativas — MSEs. Segundo os mesmos, deve-se atender a toda demanda do serviço/

programa, sem a necessidade de realizar estimativas de atendimentos. Vale analisar que, ao

mesmo tempo em que a ausência de meta associa-se à possibilidade de universalização do

serviço, pode também se tornar indicativo de uma estrutura de atendimento pouco sólida

em razão do escasso planejamento.

Dito isto, verificou-se que 6 respondentes indicaram o número de adolescentes atendidos por

PSC e LA aplicadas cumulativamente no ano de 2011. Ainda notou-se que 6 souberam espe-

cificar o número de adolescentes atendidos por PSC, 6 por LA e 3 por LAC.

Page 206: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

29Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 16

% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 59: CONHECE O NÚMERO DE ADOLESCENTES

ATENDIDOS NO PROGRAMA DE ATENDIMENTO EM 2011?

66,728,66v59.1. Sabe o número de adolescentes atendidos por

PSC no programa de atendimento no ano de 2011

66,728,66v59.2. Sabe o número de adolescentes atendidos por

LA no programa de atendimento no ano de 2011

33,314,33v59.3. Sabe o número de adolescentes atendidos por

LAC no programa de atendimento no ano de 2011

66,728,66v59.4. Sabe o número de adolescentes atendidos por

PSC e LA aplicada cumulativamente no programa de

atendimento no ano de 2011

233,3100,0021Total

Atividades desenvolvidas

Uma preocupação central da pesquisa foi identificar e compreender quais as atividades de-

senvolvidas nos Programas e onde elas são realizadas. Por esta razão, uma pergunta especí-

fica sobre o tema foi contemplada em 21 possibilidades de registro, ou procedimentos pos-

síveis, tendo em vista os protocolos previstos nos documentos que orientam o atendimento

no âmbito da política de atendimento à criança e ao adolescente e do Sistema Único de

Assistência Social — SUAS —, mais precisamente:

• Resolução 119 de 2006 do CONANDA que instituiu as bases do SINASE e abordou diversos

aspectos tais como: a) os princípios e marco legal do Sistema de Atendimento Socioe-

ducativo; b) a organização do SINASE; c) a gestão dos Programas; d) os parâmetros de

gestão pedagógica no atendimento socioeducativo; e) os parâmetros arquitetônicos

para unidades de atendimento socioeducativo; f) a gestão do Sistema e Financiamen-

to; g) monitoramento e avaliação.

• Resolução 109 de 2009 do CNAS que institui a Tipificação Nacional de Serviços Socioas-

sistenciais, organizados por níveis de complexidade do SUAS: Proteção Social Básica e

Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade abordando sobre os seguintes

aspectos: a) descrição do serviço; b) usuários, c) objetivos; d) provisões; trabalho so-

cial essencial aos serviço; e) aquisição dos usuários; f) condições e forma de acesso; g)

período de funcionamento; h) redes a serem articuladas; i) abrangências ; j) impacto

social esperado.

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM30

• Lei N° 12.594 de 2012 que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo

(SINASE), e regulamentou a execução das medidas socioeducativas destinadas a ado-

lescente que pratique ato infracional.

Esta abordagem permite uma visão abrangente de todo processo de atendimento, ainda que

não necessariamente na ordem dos acontecimentos, desde a recepção/acolhida do adoles-

cente; o estudo social do caso; o acompanhamento da participação da família na execução

da medida; o diagnóstico socioeconômico; a articulação interinstitucional com os demais

órgãos do sistema de garantia de direitos; a orientação e encaminhamentos para a rede de

serviços locais em áreas específicas (profissionalização/capacitação para o trabalho, saúde,

esporte e lazer, cultura, educação, trabalho e renda); mobilização para o exercício da cida-

dania; elaboração de relatórios e/ou prontuários.

É possível afirmar que, em geral, os respondentes assinalaram grande parte das atividades

listadas, como será visto a seguir, o que permite inferir que os procedimentos encontram-se

incorporados na dinâmica do atendimento em especial quando vinculados à Assistência So-

cial que já padronizou o atendimento. Tais estruturas, se bem articuladas, permitem melhor

desenvolvimento na prática de monitoramento e avaliação no âmbito da gestão, bem como

garantir ao/à adolescente um atendimento compatível com os preceitos legais e direitos.

Vejamos alguns resultados:

• É possível afirmar que a recepção/acolhida é uma prática já incorporada por todos os

Programas, sendo realizada tanto nas unidades de serviço responsáveis (CREAS), quan-

to nas unidades parceiras.

• Do total de 31 Programas identificados na pesquisa, 20 realizam a atividade de re-

cepção/acolhida nos CREAS, 7 nas unidades parceiras, 2 em outros locais e 2 tanto no

CREAS, quanto nas unidades parceiras ou em outros locais. Sob esse aspecto, é possível

afirmar que o CREAS reafirma-se como principal unidade de atendimento para o cum-

primento das medidas socioeducativas no âmbito do SINASE. Por este, dentre outros

motivos, as intersecções entre os Sistemas SINASE e SUAS se tornam estratégicas e

requerem atenção para a gestão do Sistema. Ainda assim, vale lembrar, como já desta-

cado por Souza e Lira, os conceitos de proteção social especial se diferenciam em uma

(direitos da assistência social) e outra política (direitos da criança e do adolescente):

[...] a noção de proteção especial para a política de assistência parte do

nível de complexidade das situações de vulnerabilidade. E no caso da polí-

tica de atendimento à criança e ao adolescente com base no que dispõe o

ECA entende-se que proteção social é inerente à condição etária e humana

do segmento ao qual se destina (2008, pp. 41-43).

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31Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

• No caso específico dessa questão relacionada à recepção/acolhida, muitos gestores

entenderam como entidades “parceiras” o Juizado ou o Núcleo Integrado de Atendi-

mento, e, como “outros locais”, a própria comunidade onde vivem os adolescentes.

TABELA 17

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 60.1: LOCAL DE DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DE

RECEPÇÃO/ACOLHIDA

64,5220sim, somente na unidade de serviço (CREAS)

22,587sim, tanto na unidade quanto nas parceiras

6,452sim, em outros locais

6,452sim, em outros locais + CREAS e/ou parceiras

10031Total

• Em todos os programas são realizadas atividades de acompanhamento das famílias dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, cabendo observar

que este acompanhamento, se realiza na maioria das vezes (19) nos CREAS e nas uni-

dades parceiras (10). O importante a assinalar é a participação da família como um dos

princípios que orienta as medidas socioeducativas, conforme expresso pelo SINASE. Por

sua vez, a matricialidade familiar é estruturante para a política de assistência social.

TABELA 18

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 60.3: LOCAL DE DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DE

ACOMPANHAMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA FAMíLIA NA ExECUÇÃO

DA MEDIDA PELO ADOLESCENTE

61,2919sim, somente na unidade de serviço (CREAS)

32,2610sim, tanto na unidade quanto nas parceiras

3,231sim, em outros locais

3,231sim, em outros locais + CREAS e/ou parceiras

10031Total

• As atividades de informação, comunicação e defesa de direitos, orientação e enca-minhamentos para a rede de serviços locais na área de saúde e monitoramento do atendimento feito aos adolescentes pela rede de serviços locais para os quais foi encaminhado foram indicadas por todos os gestores dos 31 Programas identificados.

• Acrescentam-se ainda que 30 programas disseram desenvolver as seguintes ativida-

des, independente do local onde são realizadas: articulação interinstitucional com os demais órgãos do sistema de garantia de direitos; articulação da rede de serviços socioassistenciais; orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais na

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM32

área de profissionalização/capacitação para o trabalho; orientação e encaminha-mentos para a rede de serviços locais nas áreas de educação e de trabalho e renda; realização de oficinas, encontros, reuniões com os familiares; elaboração de rela-tórios e/ou prontuários e mobilização para o exercício da cidadania (29).

• Com pequenas variações (cerca de 10 pontos percentuais), a grande maioria das ati-

vidades aqui destacadas é realizada no CREAS ou tanto neste quanto nas entidades

parceiras. Esses aspectos foram aprofundados na pesquisa qualitativa embora os dados

apresentados indiquem, segundo os gestores dos Programas, o processo em curso da

municipalização do atendimento, a descentralização político-administrativa e a utili-

zação do máximo possível de serviços na comunidade e responsabilização das políticas

setoriais pelo atendimento aos adolescentes, conforme o preceito da incompletude

institucional (Art. 86 do ECA e cf. Souza e Lira, 2008, p. 46).

• O estudo social do caso foi indicado como uma prática recorrente, sendo realizado em

28 dos programas e, majoritariamente (20), pelas equipes dos CREAS ou neste e nas

unidades parceiras (7), o que destaca mais uma vez o papel dos Centros de Referência

Especializados de Assistência Social.

• Igualmente, o diagnóstico socioeconômico e a construção, execução e monitora-mento de plano individual e familiar de atendimento caracterizam-se como uma

prática incorporada por 28 dos Programas, sendo realizados, como nos demais casos,

majoritariamente nos CREAS (21, no caso do PIA) e nas unidades parceiras ou em ou-

tros locais.

TABELA 19

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 60.2: LOCAL DE DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DE

ESTUDO SOCIAL DO CASO

64,5220sim, somente na unidade de serviço (CREAS)

22,587sim, tanto na unidade quanto nas parceiras

3,231sim, em outros locais

9,683não

10031Total

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33Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 20

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 60.4: LOCAL DE DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

DE DIAGNóSTICO SOCIOECONôMICO

61,2919sim, somente na unidade de serviço (CREAS)

16,135sim, tanto na unidade quanto nas parceiras

12,904sim, em outros locais

9,683não

10031Total

TABELA 21

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 60.6: LOCAL DE DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

DE CONSTRUÇÃO, ExECUÇÃO E MONITORAMENTO DE PLANO

INDIVIDUAL E FAMILIAR DE ATENDIMENTO

67,7421sim, somente na unidade de serviço (CREAS)

16,135sim, tanto na unidade quanto nas parceiras

3,231sim, em outros locais

9,683não

3,231sim, em outros locais + CREAS e/ou parceiras

10031Total

• A orientação e encaminhamento para a rede de serviços locais nas áreas de esporte e lazer e de cultura foi indicada, cada uma, por 28 respondentes, o que sugere serem

essas áreas as de menor articulação, se comparadas as de saúde (31) e educação (30).

• Tanto a divulgação do Programa de atendimento na comunidade quanto as Ofici-nas, encontros, reuniões com as comunidades de residência dos/as adolescentes encontram-se entre as atividades menos realizadas (respectivamente, 25 e 24) o que

evidencia o desafio de atuação junto às próprias comunidades onde os/as adolescentes

e familiares vivem e, por conseguinte, a articulação junto aos grupos sociais.

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM34

TABELA 22

%N (FREQUêNCIA)ATIVIDADES MAIS DESENVOLVIDAS, INDEPENDENTE DO LOCAL

ONDE SÃO REALIzADAS (MAIOR NÚMERO DE SIM)

100,0031Recepção/Acolhida

100,0031Acompanhamento da participação da família na execução da

medida pelo adolescente

100,0031Informação, comunicação e defesa de direitos

100,0031Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais na

área de saúde

100,0031Monitoramento do atendimento feito aos adolescentes rede de

serviços locais para os quais foi encaminhado

96,7730Articulação interinstitucional com os demais órgãos do sistema de

garantia de direitos

96,7730Articulação da rede de serviços socioassistenciais

96,7730Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais na

área de profissionalização / capacitação para o trabalho

96,7730Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais nas

áreas de educação

96,7730Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais nas

áreas de trabalho e renda

96,7730Oficinas, encontros, reuniões com os familiares

96,7730Elaboração de relatórios e/ou prontuários (1 sem informação)

93,5529Mobilização para o exercício da cidadania

90,3228Estudo social do caso

90,3228Diagnóstico socioeconômico

90,3228Construção, execução e monitoramento de plano individual e

familiar de atendimento

90,3228Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais nas

áreas de esporte e lazer

90,3228Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais nas

áreas de cultura

80,6525Divulgação do Programa de atendimento na comunidade

77,4224Oficinas, encontros, reuniões com as comunidades de residência

dos/as adolescentes.

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35Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Bloco 4 – Funcionamento Interno

Uma dimensão de análise importante no âmbito da pesquisa refere-se à caracterização do

funcionamento interno do Programa.

Existência de instrumentos de formalização/regulamentação do

atendimento

Embora 15 respondentes tenham indicado que os Programas não possuem instrumentos que formalizem a sua existência, os demais (13) indicaram a existência de pelo menos um

documento nesta direção. Ainda que bastante variados, os principais documentos citados

foram: resolução de órgãos colegiados do Executivo (4), uma lei (3), um decreto (2), uma

portaria (2) entre muitos outros tipos (10).

TABELA 23

% VÁLIDA%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 61: INSTRUMENTO DE FORMALIzAÇÃO

DO PROGRAMA

53,5748,3915Não possuem instrumento de formalização

46,4341,9413Possuem instrumento de formalização

100,0090,3228Total

9,683Não informaram se possuem ou não

100,0031Total geral

TABELA 24

% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 61: TIPO DE INSTRUMENTO DE FOR-

MALIzAÇÃO DO PROGRAMA

10,009,522v61.1. Uma portaria é o instrumento local que

formaliza a existência do programa de atendimento

10,009,522v61.2. Um decreto é o instrumento local que

formaliza a existência do programa de atendimento

20,0019,054v61.3. Uma resolução de órgãos colegiados do

Executivo é o instrumento local que formaliza a

existência do Programa de Atendimento

15,0014,293v61.4. Uma lei é o instrumento local que formaliza

a existência do Programa de Atendimento

50,0047,6210v61.5. Um outro instrumento local formaliza a

existência do Programa de Atendimento

10510021Total

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM36

Dos 13 entrevistados que apontaram algum instrumento de formalização da existência do

Programa, a maioria (6) data do ano de 2009. Os baixos percentuais, por ano, indicam 1996,

como data da primeira formalização, a seguir, em 2000 e 2004 e, a partir deste ano duas

formalizações por ano (2005 e 2006). Nos últimos três anos (2010, 2011 e 2012) apenas uma

formalização por ano foi registrada. Neste momento, torna-se importante associar tais indi-

cadores à pergunta 56, ano de início de funcionamento do programa.

TABELA 25

Nº DE PROGRAMASANO DE FORMALIÇÃO DO PROGRAMA

11996

1200

12004

12005

42006

32007

32009

32010

32011

92012

31Total

Ano do instrumento que formaliza o Programa de Atendimento.

Considerando a ocorrência de 15 programas aqui considerados serem de fato serviços de

atendimento da política de assistência social, vale chamar a atenção para o fato de que, no

âmbito da Política de Assistência Social, a implementação dos serviços se dá por meio de

adesões aos Termos de Aceite, e não da imposição legal com a edição de decretos e leis. En-

tende-se nesta área que a LOAS — atualizada com a aprovação da Lei do SUAS (Lei 12.436 de

2011) — já define os serviços a serem ofertados nos dois níveis de proteção em todo o país,

conforme características da territorialidade.

Por exemplo, no ano de 2010 a Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério de

Desenvolvimento Social — SNAS/MDS — dispôs na Instrução Operacional N° 3/2010 sobre as

orientações do preenchimento do Termo de Aceite, em conformidade com a Resolução 07 de

junho de 2010 da Comissão Intergestores Tripartite, na qual eram definidas as alternativas

e os quantitativos de cada município ou do DF, para a oferta de alguns serviços, entre eles

o de atendimento às medidas socioeducativas com recursos do Plano Integrado de Enfren-

tamento ao Crack e outras drogas. O Termo de Aceite poderia ser acessado por municípios

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37Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

com população superior a 50.000 habitantes ou com população inferior a este quantitativo,

desde que tenham informado no Censo SUAS de 2009 que já ofertavam o serviço para o qual

solicita apoio financeiro.

Existência de capacitação para a equipe

Considerando a importância das atividades de capacitação ou ações educativas pontuais

para a equipe técnica foi perguntado aos gestores sobre a existência de tais atividades nos

últimos seis meses e os seus temas. A maioria (27) respondeu positivamente sobre a sua rea-

lização, sendo os temas mais abordados os seguintes: Estatuto da Criança e do Adolescente

(20), SINASE (20) e PIA (20); o uso de drogas (19); a violência em geral (17); a família (16)

e os direitos humanos e cidadania (16); a PNAS e o SUAS (14). Destacamos que as alterna-

tivas de temas foram consolidadas a partir do que se considera prioritário para a Política

de Capacitação no âmbito do SUAS e na grade de capacitação sobre o SINASE adotada pela

Secretaria de Direitos Humanos. As entidades que declararam não terem realizado nenhuma

capacitação da equipe técnica foram o Centro Espírita Yvon Costa/Belém, Maceió e Manaus.

TABELA 26

% VÁLIDA%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 63: REALIzAÇÃO DE CAPACITAÇÃO PARA

A EQUIPE TéCNICA NOS ÚLTIMOS SEIS MESES12

90,0087,1027Sim

10,009,683Não

10096,7730Total

3,231Não prestou a informação

10031Total geral

12 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela cruzamento questões 63-107.pdf

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM38

TABELA 27

% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 64: TEMAS TRABALHADOS NA CAPACITAÇÃO

DA EQUIPE TéCNICA NOS ÚLTIMOS 6 MESES

74,078,9320v64.1. O Estatuto da Criança e do Adolescente

foi um tema trabalhado nas capacitações / ações

educativas pontuais

62,967,5917v64.2. A violência em geral foi um tema trabalhado

nas capacitações / ações educativas pontuais

44,445,3612v64.3. A violência intrafamiliar foi um tema trabalhado

nas capacitações / ações educativas pontuais

37,044,4610v64.4. A violência na escola foi um tema trabalhado

nas capacitações / ações educativas pontuais

44,445,3612v64.5. O abuso sexual foi um tema trabalhado nas

capacitações / ações educativas pontuais

44,445,3612v64.6. A exploração sexual foi um tema trabalhado

nas capacitações / ações educativas pontuais

70,378,4819v64.7. O uso de drogas foi um tema trabalhado nas

capacitações / ações educativas pontuais

59,267,1416v64.8. Os direitos humanos e cidadania foram temas

trabalhados nas capacitações / ações educativas pontuais

74,078,9320v64.9. O SINASE foi um tema trabalhado nas

capacitações / ações educativas pontuais

22,222,686

v64.10. Os direitos sexuais e reprodutivos foram

temas trabalhados nas capacitações / ações

educativas pontuais

40,744,9111v64.11. A saúde mental foi um tema trabalhado nas

capacitações / ações educativas pontuais

74,078,9320

v64.12. O Plano Individual de Atendimento (PIA)

foi um tema trabalhado nas capacitações / ações

educativas pontuais

59,267,1416v64.13. A família foi um tema trabalhado nas

capacitações / ações educativas pontuais

25,933,137v64.14. A gestão foi um tema trabalhado nas

capacitações / ações educativas pontuais

51,856,2514

v64.15. A Política Nacional de Assistência Social

— PNAS e SUAS —foi um tema trabalhado nas

capacitações / ações educativas pontuais

44,445,3612v64.16. Outros foi um tema trabalhado nas

capacitações / ações educativas pontuais

829,6296100224Total

Page 216: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

39Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Ainda sobre este tema vale destacar a pergunta específica sobre o Curso de Formação Continuada do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (realizado com apoio da

SDH/PR), do qual 18 respondentes indicaram a participação de algum componente da equipe

técnica. A soma de todo o quantitativo relatado pelos gestores foi de 144 profissionais capa-

citados, no âmbito dos 31 Programas. Com uma média de dez componentes por Programa.

TABELA 28

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 65: PARTICIPAÇÃO DE ALGUM COMPONENTE DA

EQUIPE NO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DO SINASE

58,0618Sim

41,9413Não

10031Total

TABELA 29

10,29NÚMERO MéDIO DE COMPONENTES DA EQUIPE QUE PARTICIPOU DA FORMAÇÃO

CONTINUADA SINASE EM 2011

3Número mediano de componentes da equipe que participou da formação continuada

SINASE em 2011

1Número mínimo de componentes da equipe que participou da formação continuada

SINASE em 2011

50Número máximo de componentes da equipe que participou da formação continuada

SINASE em 2011

144Soma total do número de componentes da equipe que participou da formação

continuada SINASE em 2011

Perfil dos profissionais que compõem a equipe técnica de atendi-

mento nos Programas

No que concerne à formação profissional da equipe, cabe notar que os profissionais coorde-

nadores dos Programas têm, predominantemente, formação em Serviço Social (13) e Psico-

logia (8), entre outras (pedagogia, direito, administração, sociologia).

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM40

TABELA 30

% VÁLIDA%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 67: QUAL A FORMAÇÃO PROFISSIONAL

DO COORDENADOR/DIRETOR DO PROGRAMA DE

ATENDIMENTO?

6,906,452Pedagogo

3,453,231Advogado

44,8341,9413Assistente Social

27,5925,818Psicólogo

17,2416,135Outros

10093,5529Total

6,452Não prestou a informação

10031Total geral

Rotinas e ou sistemas de monitoramento e avaliação (M & A)

Com relação ao monitoramento e avaliação, é conhecida a pertinência destas ferramentas

nos processos de gestão de serviços sociais, motivo pelo qual esta questão foi abordada na

pesquisa. As respostas apontam para a existência de um sistema de M&A em 24 Programas,

na maioria dos casos com periodicidade mensal (16) para a realização de avaliações.

TABELA 31

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 68: ExISTE UM SISTEMA DE MONITORAMENTO E

AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE ATENDIMENTO?

77,4224Sim

22,587Não

10031Total

TABELA 32

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 69: QUAL A PERIODICIDADE PREVISTA PARA A

REALIzAÇÃO DE AVALIAÇõES DO PROGRAMA DE ATENDIMENTO?

66,716Mensal

4,21Trimestral

20,85Semestral

8,32Anual

10024Total

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41Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Nos últimos seis meses, 24 gestores informaram que foi realizada alguma avaliação, sendo

os principais participantes técnicos dos programas de atendimento (13), gestores do siste-

ma socioeducativo (12) e técnicos das organizações parceiras (9). Essa informação também

se confirmou na pergunta sobre os agentes presentes na última avaliação realizada. Foi

informado por 9 respondentes que a equipe externa e interna participou e 8 relataram que

somente a equipe interna do programa está a frente desta atividade.

TABELA 33

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 70: NOS ÚLTIMOS SEIS MESES, FOI FEITA ALGUMA

AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE ATENDIMENTO?

87,521Sim

12,53Não

100,0024Total

TABELA 34

% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 71: TRêS PRINCIPAIS AGENTES PAR-

TICIPANTES DA ÚLTIMA AVALIAÇÃO REALIzADA

PELO PROGRAMA13

61,9018,8413Técnicos do Programa de Atendimento

57,1417,3912Gestores do sistema socioeducativo

42,8613,049Técnicos das organizações parceiras

TABELA 35

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 72: QUEM REALIzOU A ÚLTIMA AVALIAÇÃO?

38,108equipe interna do Programa de Atendimento

9,522equipe externa ao programa

42,869equipe interna e externa

9,522outro

10021Total

Entre os instrumentos utilizados na última avaliação destacam-se a sistematização de regis-

tros administrativos (14), o questionário (8) e o grupo focal (7). Já os resultados da avalia-

ção, segundo informado, são usados pela equipe para ajustes do Programa de Atendimento

(21), bem como para ampliação de recursos e apoio (10).

13 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela questão 71.pdf

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM42

TABELA 36

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 73: INSTRUMENTOS UTILIzADOS ÚLTIMA AVALIAÇÃO

18,927v73.1. Grupo focal foi um instrumento usado na última

avaliação

21,628v73.2. Questionário foi um instrumento usado na última

avaliação

37,8414v73.3. Sistematização de registros administrativos foi um

instrumento usado na última avaliação

21,628v73.4. Outro instrumento foi usado na última avaliação

10037Total

TABELA 37

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 74: USO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO

56,7621v74.1. Os resultados da avaliação são usados pela equipe de

ajustes do Programa de Atendimento

10,814v74.2. Os resultados da avaliação são usados para divulgação

externa

27,0310v74.3. Os resultados da avaliação são usados para ampliação de

recursos e apoios

5,412v74.4. Os resultados da avaliação são usados por / para outros

10037Total

Por último, cabe destacar que quanto ao acompanhamento de egressos, 19 dos respondentes

informaram que esta atividade não acontece, o que demonstra uma fragilidade do acompa-

nhamento dos adolescentes após encerramento do cumprimento da medida.

TABELA 38

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 75: O PROGRAMA DE ATENDIMENTO DESENVOLVE

ATIVIDADE DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS?

38,7112sim

61,2919não

10031Total

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43Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Bloco 5 – Funcionamento ExternoArticulações e redes criadas para viabilizar o atendimento

Tão importante quanto a compreensão do funcionamento interno do Programa é apreender

as articulações e redes criadas para viabilizar o atendimento aos adolescentes autores de

ato infracional, segundo os princípios do SINASE, especialmente no contexto previsto de mu-

nicipalização o que requer uma visão sistêmica. O SINASE, situado no interior do Sistema de

Garantia de Direitos — SGD —, dialoga, obrigatoriamente, com as demais políticas públicas

e sociais: educação, segurança pública e justiça, assistência social, saúde, cultura, esporte,

lazer, entre outros. O programa deve buscar na sua organização institucional, essas articula-

ções e relações de reciprocidade, a partir do suposto que a concretização das ações referen-

tes aos direitos do adolescente será de responsabilidade, também, de cada um dos órgãos

da política setorial. As relações extra-institucionais do programa de medida socioeducativa

ou a construção de uma rede de parcerias empreendida pelo programa tem como princípio o

conceito de incompletude institucional. A concepção que o programa é “incompleto” exige

a articulação com uma rede por onde o adolescente irá circular e garantir as suas demandas

de modo qualificado e, portanto, o exercício de seus direitos.

No caso, entre as principais instituições com as quais o Programa se articulou, nos últimos

seis meses, para viabilizar o atendimento socioeducativo, predominam o Poder Judiciário

(28), compreendendo as Varas da Infância e Juventude; o Ministério Público (26); as Secreta-

rias Estaduais, Municipais, ONGs e o Sistema S (SEBRAE, SENAI, SENAC, SENAR, SENAT, SESI,

SESC, SEST), cada um com 25 registros do total na pesquisa. O Conselho Tutelar (24) e a De-

fensoria Pública (23) também foram citados como uma das principais articulações.

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM44

TABELA 39

% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 76: INSTITUIÇõES COM AS QUAIS O

PROGRAMA SE ARTICULOU NOS ÚLTIMOS 6 MESES14

80,657,7625v76.1. O Programa de Atendimento se articulou com

as Secretarias Estaduais

80,657,7625v76.2. O Programa de Atendimento se articulou com

as Secretarias Municipais

35,483,4211v76.3. O Programa de Atendimento se articulou com

os Conselhos Estaduais

61,295,9019v76.4. O Programa de Atendimento se articulou com

os Conselhos Municipais

90,328,7028v76.5. O Programa de Atendimento se articulou com

o Poder Judiciário (Varas da Infância e da Juventude

e congêneres)

83,878,0726v76.6. O Programa de Atendimento se articulou com

o Ministério Público

74,197,1423v76.7. O Programa de Atendimento se articulou com

a Defensoria Pública

61,295,9019v76.8. O Programa de Atendimento se articulou com

as Universidades e os Centros de Ensino

54,845,2817v76.9. O Programa de Atendimento se articulou com

as Associações Comunitárias

80,657,7625v76.10. O Programa de Atendimento se articulou com

as Organizações Não Governamentais (nacionais e

internacionais)

35,483,4211v76.11. O Programa de Atendimento se articulou com

as Empresas

80,657,7625v76.12. O Programa de Atendimento se articulou com

Sistema S (SEBRAE, SENAI, SENAC, SENAR, SENAT,

SESI, SEST)

58,065,5918v76.13. O Programa de Atendimento se articulou com

os Centros de Defesa da Criança e do Adolescente

77,427,4524v76.14. O Programa de Atendimento se articulou com

o Conselho Tutelar

67,746,5221v76.15. O Programa de Atendimento se articulou com

as Entidades Religiosas

16,131,555v76.16. O Programa de Atendimento se articulou com

Outros

1038,71100322Total

14 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela questão 76.pdf

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45Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Já em relação aos setores com os quais o Programa se articulou, as áreas de saúde, educação,

assistência social e profissionalização foram as mais citadas com 29 respostas cada. Além des-

ses, também foram apontados os setores de geração de renda (25) e de lazer (22), seguidos de

cultura e esporte, cada um com 19 respostas. Tal tipo de articulação com estes setores já era

esperado, tendo em vista a necessidade de encaminhamento para o efetivo atendimento socioe-

ducativo, conforme dispõe a legislação que trata do processo de apuração e execução da medida

socioeducativa, mais especificamente do Estatuto da Criança e do Adolescente — ECA — e a Lei

do SINASE. Porém, vale chamar a atenção para o fato de que a articulação pode, por uma série

de fatores que foram aprofundados na pesquisa qualitativa, não resultar necessariamente em

encaminhamento e permanência dos adolescentes nos serviços.

TABELA 40

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 77: SETORES COM OS QUAIS O PROGRAMA SE

ARTICULOU NOS ÚLTIMOS 6 MESES15

14,2229v77.1. O Programa de Atendimento se articulou com o setor da

Saúde

14,2229v77.2. O Programa de Atendimento se articulou com o setor da

Educação

14,2229v77.3. O Programa de Atendimento se articulou com o setor da

Assistência Social

9,3119v77.4. O Programa de Atendimento se articulou com o setor da

Cultura

9,3119v77.5. O Programa de Atendimento se articulou com o setor do

Esporte

14,2229v77.6. O Programa de Atendimento se articulou com o setor da

Profissionalização

10,7822v77.7. O Programa de Atendimento se articulou com o setor do

Lazer

12,2525v77.8. O Programa de Atendimento se articulou com o setor da

Geração de emprego e renda

1,473v77.9. O Programa de Atendimento se articulou com outros

setores

100204Total

15 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela questão 77.pdf

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM46

Tendo em vista a integração entre as políticas para prover o atendimento necessário e a

importância do alinhamento quanto às orientações para a sua execução, foi perguntado

também se o Programa mantém comunicação com gestores/as municipais e estaduais de

medidas socioeducativas. Segundo a maioria das respostas (21), a comunicação é mantida

com gestores estaduais e, em menor número, com os municipais (21). Sendo a intensidade

desta comunicação, com os primeiros, avaliada como razoável — até uma vez por mês — (15)

e pouca — até uma vez por trimestre (10) e, com os segundos, como razoável (10) e muita

— pelos menos uma vez por semana (9). Em outras palavras, ainda que a comunicação com

os gestores municipais seja menos frequente, ela é mais intensa. Esta questão foi mais apro-

fundada na pesquisa qualitativa em que se buscou apreender as formas como se praticam

esta comunicação, seus objetivos e conteúdos.

TABELA 41

% CASOS% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 78: COMUNICAÇÃO COM GESTORES

DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS

10057,14285728v78.1. A coordenação do Programa de Atendimento

mantém comunicação com os Gestores Estaduais

7542,85714321v78.2. A coordenação do Programa de Atendimento

mantém comunicação com os Gestores Municipais

TABELA 42

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 79: INTENSIDADE DA COMUNICAÇÃO ENTRE PROGRAMA

DE ATENDIMENTO E OS GESTORES ESTADUAIS (SOMENTE OS

PROGRAMAS QUE TêM ESSE TIPO DE COMUNICAÇÃO)

35,7110pouca (até uma vez por trimestre)

53,5715razoável (até uma vez por mês)

7,142muita (pelo menos uma vez por semana)

3,571não sabe avaliar

100,0028Total

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47Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 43

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 80: INTENSIDADE DA COMUNICAÇÃO ENTRE PROGRAMA

DE ATENDIMENTO E OS GESTORES MUNICIPAIS (SOMENTE OS

PROGRAMAS QUE TêM ESTE TIPO DE COMUNICAÇÃO)

13,6363643pouca (até uma vez por trimestre)

45,45454510razoável (até uma vez por mês)

40,9090919muita (pelo menos uma vez por semana)

10022Total

Limites geográficos do atendimento

Outro aspecto relevante diz respeito ao atendimento do Programa a adolescentes que re-

sidem em outros municípios. Os entrevistados responderam, em sua maioria (21), que nos

últimos seis meses não houve qualquer execução dessa natureza. Entre os que afirmaram

ter realizado o atendimento para este perfil (10), o número médio foi de 4 adolescentes e

a mediana de 3. Em muitos casos o encaminhamento desses adolescentes para as capitais

é devido à ausência de programas e serviços de atendimento em meio aberto e da relativa

proximidade da capital.

TABELA 44

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 81: NOS ÚLTIMOS SEIS MESES, O PROGRAMA ATEN-

DEU A ADOLESCENTES QUE RESIDEM EM OUTROS MUNICíPIOS

FORA DA CAPITAL?

32,2610sim

67,7421não

10031Total

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM48

TABELA 45

4,12NÚMERO MéDIO DE ADOLESCENTES ATENDIDOS QUE RESIDEM FORA DO

MUNICíPIO DA CAPITAL

3Número mediano de adolescentes atendidos que residem fora do município da

capital

1Número mínimo de adolescentes atendidos que residem fora do município da capital

15Número máximo de adolescentes atendidos que residem fora do município da capital

33Soma total do número de adolescentes atendidos que residem fora do município da

capital

MóDULO III – UNIDADES/SERVIÇOS/CREAS

Bloco 6 – Identificação das Unidades

Quantidade de unidades

É determinado que a unidade de atendimento refere-se à base física necessária para a sua

organização e funcionamento (cf. Art. 1º, § 4º, da Lei do SINASE). Como já informado, fo-

ram identificados pela pesquisa 31 programas de atendimento que reúnem um total de 156 unidades de atendimentos16. Deste grupo pode-se inferir que: 73 (46,79%) são Centros de Referência Especializada em Assistência Social — CREAS —; 51 (32,69%) são ONGs; 21 (13,46%) são entidades governamentais; 5 (3,21%), autarquias; 2 (1,28%) são OS (Orga-nizações Sociais); 1 é entidade privada com fins lucrativos; 1 é fundação, denominada Central de Medidas Socioeducativas em meio Aberto (Salvador, BA); e duas são entidades religiosas (Belém, PA e Teresina, PI).

16 Com exceção de Fortaleza, que na ocasião da pesquisa encontrava-se em momento de transição na gestão do atendimento e, por isso, não foi aplicado o módulo III do questionário referente a unidades de atendimento.

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49Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 46

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 95: TIPO DE UNIDADE DE ATENDIMENTO

32,6951Organização não governamental sem fim lucrativos

1,282Organizações Sociais (OS)

0,641Organização privada com fins lucrativos

1,282Entidade religiosa

46,7973CREAS

13,4621Entidade governamental

3,215Autarquia

0,641Fundação

100,00156Total

Cabe observar que do total de unidades:

• 50 (32,05%) encontram-se na cidade de São Paulo;

• 14 (8,97%) na cidade do Rio de Janeiro e também em Brasília (8,97%);

• 9 (5,77%) nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre;

• 7 (4,49%) em Manaus;

• 6 (3,85%) em Rio Branco;

• 5 (3,21%) nas cidades de Goiânia, São Luís e Teresina.

• as cidades de Belém, Campo Grande e Vitória contam cada uma com 3 (1,92%) unida-

des;

• em Cuiabá e em Porto Velho existem duas unidades (1,28%) e em Aracajú, Boa Vista,

Florianópolis, João Pessoa, Macapá, Maceió, Natal, Palmas, Recife e, em Salvador so-

mente uma unidade.

Dito de outro modo, as capitais da região Sudeste reúnem quase 50% do total de unidades

identificadas no país, o que pode indicar que, nessa região, o processo de municipalização

dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento

de medidas socioeducativas em meio aberto encontra-se melhor aparelhado do que em ou-

tras, como é o caso da região Nordeste.

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM50

Condições de atendimento (espaço físico)

Cabe agora voltar a atenção paras as unidades, serviços e CREAS em que são realizados os

atendimentos.

Em termos do espaço físico, verificou-se que:

• Em 144 unidades se considerou a localização de fácil acesso para os usuários;

• Em 125 se considerou que o local tem espaço com privacidade para atendimento indi-

vidual e entrevistas;

• Em 121 unidades foi assinalado que o local proporciona segurança para os usuários;

• Em 120 delas que o local apresenta conservação e manutenção adequadas.

• Os demais itens avaliados apresentaram menores números de respostas, mas não me-

nos significativos: espaço para atendimento coletivo (118), conservação e manutenção

de equipamentos (116) e tamanho adequado para a quantidade de atendidos (103).

TABELA 47

N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 106: ATRIBUTOS DO ESPAÇO FíSICO DO LOCAL DE

ATENDIMENTO (ONDE SE REALIzAM AS ATIVIDADES)

144v106.1. Localização de fácil acesso para os usuários

103v106.2. Tem o tamanho adequado para a quantidade de atendidos

120v106.3. Apresenta conservação e manutenção adequadas

116v106.4. Apresenta conservação e manutenção de equipamentos (telefone,

fax, computador, internet, carro) adequadas

125v106.5. Tem espaço com privacidade para atendimento individual e visitas

118v106.6. Tem espaço para atendimento coletivo

121v106.7. Proporciona segurança para os / as usuários / as

847Total

Capacitação da equipe técnica das Unidades de Atendimento

Tal como perguntado aos Coordenadores dos Programas, os responsáveis pelas unidades tam-

bém responderam as informações sobre capacitação da equipe técnica nos últimos seis meses. Da mesma forma, nesta questão notou-se um quantitativo muito significativo de uni-

dades (135) cujos entrevistados indicaram a realização desta atividade junto à equipe, com

destaque para a abordagem dos seguintes temas: SINASE (101), PIA (91) e uso de drogas (89).

Vale observar que esses temas também foram recorrentes entre os gestores de Programas,

apesar de apresentaram percentual um pouco menor (no máximo 2 p.p.).

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51Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 48

N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 107: HOUVE CAPACITAÇÃO PARA EQUIPE TéCNICA NOS ÚLTIMOS

SEIS MESES?17

135sim

21não

156Total

TABELA 49

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 108: TEMAS DA ÚLTIMA CAPACITAÇÃO

8,4778v108.1. O Estatuto da Criança e do Adolescente foi um tema

trabalhado nas capacitações

6,9564v108.2. A violência em geral foi um tema trabalhado nas

capacitações

6,1957v108.3. A violência intrafamiliar foi um tema trabalhado nas

capacitações

2,7125v108.4. A violência na escola foi um tema trabalhado nas

capacitações

4,8945v108.5. O abuso sexual foi um tema trabalhado nas capacitações

4,8945v108.6. A exploração sexual foi um tema trabalhado nas

capacitações

9,6689v108.7. O uso de drogas foi um tema trabalhado nas

capacitações

6,5160v108.8. Os direitos humanos e cidadania foram temas

trabalhados nas capacitações

10,97101v108.9. O SINASE foi um tema trabalhado nas capacitações

2,1720v108.10. Os direitos sexuais e reprodutivos foram temas

trabalhados nas capacitações

5,4350v108.11. A saúde mental foi um tema trabalhado nas

capacitações

9,8891v108.12. O Plano Individual de Atendimento (PIA) foi um tema

trabalhado nas capacitações

6,8463v108.13. A família foi um tema trabalhado nas capacitações

3,0428v108.14. A gestão foi um tema trabalhado nas capacitações

6,6261v108.15. A Política Nacional de Assistência Social — PNAS — e o

SUAS foram temas trabalhados nas capacitações

4,7844v108.16. Outros foram temas trabalhados nas capacitações

100,00921Total

17 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela cruzamento questões 63-107.pdf

Page 229: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM52

Diferente dos gestores de Programas, os responsáveis pelas unidades/serviços e CREAS indi-

caram em menor número que alguém da equipe técnica participou do Curso de Formação Continuada do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (realizado com apoio da

SDH/PR) perfazendo um total de 51 participantes, entre as 156 unidades responsáveis. Cabe

aqui refletir sobre o alcance do Curso junto a este público.

TABELA 50

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 109: EM 2011, ALGUM COMPONENTE DA EQUIPE

PARTICIPOU DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DO SISTE-

MA NACIONAL SOCIOEDUCATIVO?

32,4851sim

65,61103não

98,09154Total

1,913Não prestou a informação

100,00157Total geral

Perfil profissional da equipe técnica das Unidades de Atendimento

Quanto ao tipo de formação profissional das equipes, prevalecem os psicólogos (135), assis-

tentes sociais (134) e pedagogos (98). Já entre os coordenadores ou diretores a formação

principal é de assistentes sociais (67), psicólogos (43), proporções superiores, porém simila-

res às de coordenadores de Programas.

TABELA 51

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 111: TIPOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAIS EQUIPE18

16,7598v111.1. A equipe da unidade / serviço / CREAS possui pedagogo

10,7763v111.2. A equipe da unidade / serviço / CREAS possui advogado

22,91134v111.3. A equipe da unidade / serviço / CREAS possui assistente

social

23,08135v111.4. A equipe da unidade / serviço / CREAS possui psicólogo

9,5756v111.5. A equipe da unidade / serviço / CREAS possui educador

social

16,9299v111.6. A equipe da unidade / serviço / CREAS possui outros

100,00585Total

18 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela questão 111.pdf

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53Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 52

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 112: QUAL A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO COORDE-

NADOR / DIRETOR DA UNIDADE / SERVIÇO / CREAS?

14,7423Pedagogo

3,215Advogado

42,9567Assistente Social

27,5643Psicólogo

11,5418Outros

100,00156Total

Tempo da equipe na Unidade de Atendimento

Cabe observar que o período de permanência dos membros da equipe técnica envolvidos

diretamente na execução de medidas socioeducativas é de 2 a 4 anos, em 73 unidades de

atendimento. Ainda que 34 respostas indiquem mais de 1 ano a 2 anos, houve uma proporção

bastante próxima, 31 que informam a permanência superior a 4 anos. Considerando as mu-

danças a cada quatro anos em razão das eleições e, o fato de muitas unidades serem ligadas

a órgãos públicos, é possível observar que um percentual pequeno das equipes permanece

nas unidades, serviços e CREAS. Neste caso, acrescenta-se outro fator, qual seja rotatividade

de técnicos, pois muitos são contratados e não servidores de carreira concursados. Ademais,

os processos de transição de gestão de entidade também afetam a composição das equipes.

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM54

TABELA 53

Nº DE INTEGRANTES - EQUIPE TéCNICA

ENVOLVIDOS COM A ExECUÇÃO DAS MEDIDAS

PERIODO DE PERMANENCIA NA UNIDADE/

SERVIÇO/CREAS

2Inferior a 3 meses

1De 3 meses a 6 meses

15Mais de 6 meses a 1 ano

34Mais de 1 ano a 2 anos

73Mais de 2 a 4 anos

31Superior a 4 anos

Período de permanência na Unidade/Serviço/CREAS dos membros da equipe técnica envolvidos diretamente na

execução das medidas socieducativas.

Problemas que incidem sobre o atendimento

Também foram identificados no âmbito da pesquisa os principais problemas que influenciam

no desenvolvimento das atividades das unidades. Para os últimos seis meses, foram assina-

ladas as seguintes opções, em maior proporção: precariedade ou insuficiência de uma rede

de serviços públicos adequada para encaminhamento do adolescente (93), excesso de buro-

cracia (71) e orçamento insuficiente (70). Os demais problemas arrolados foram marcados

em quantidade inferior a 10%.

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55Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 54

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 126: PROBLEMAS QUE TêM SIDO IDENTIFICADOS

COMO OFERECENDO MUITA DIFICULDADE PARA A UNIDADE19

5,7136v126.1. Precariedade e insuficiência das condições de trabalho

(infraestrutura) é uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses

6,9744v126.2. Precariedade ou insuficiência de profissionais

(quantitativo) é uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses

14,7493v126.3. Precariedade ou insuficiência de uma rede de serviços

públicos adequados para o encaminhamento do adolescente é

uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses

7,6148v126.4. Falta de apoio da população local é uma dificuldade

encontrada nos últimos 6 meses

1,117v126.5. Desarticulação interna da equipe para o

encaminhamento do adolescente é uma dificuldade encontrada

nos últimos 6 meses

11,0970v126.6. Orçamento insuficiente é uma dificuldade encontrada

nos últimos 6 meses

11,2571v126.7. Excesso de burocracia é uma dificuldade encontrada nos

últimos 6 meses

9,8362v126.8. Precariedade ou insuficiência de articulação com as Secretarias

Municipais é uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses

7,6148v126.9. Dificuldade de adesão dos adolescentes à medida

socioeducativa é uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses

8,7255v126.10. Baixa participação da família no processo socioeducativo

é uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses

1,439v126.11. MSE aplicada pelo judiciário sem embasamento legal é

uma dificuldade encontrada nos últimos 6 meses

4,6029v126.12. Desarticulação do sistema Judiciário e Executivo é uma

dificuldade encontrada nos últimos 6 meses

6,9744v126.13. Falta de equipe técnica no judiciário é uma dificuldade

encontrada nos últimos 6 meses

2,3815v126.14. Outras são as dificuldades encontradas nos últimos 6 meses

100,00631Total

19 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital 126.pdf

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM56

Existência de orientador socioeducativo

Na aplicação do questionário da pesquisa quantitativa foram identificadas diferentes per-

cepções do que era o orientador, diferentemente de como é previsto no ECA e na Resolução

119 de 2006 do CONANDA, por esse motivo, não foram trabalhados os dados coletados.

O ECA e a Resolução 119 fazem as seguintes referências à figura do orientador.

Segundo o ECA:

Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade competente, a realização dos

seguintes encargos, entre outros:

I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se

necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social;

II - supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua

matrícula;

III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua inserção no mercado de

trabalho;

IV - apresentar relatório do caso.

Segundo a Resolução N° 119 de 11 de dezembro de 2006 do CONANDA:

Item 5.2.1.1 Orientador socioeducativo da PSC: são pessoas próprias dos locais de prestação de serviço

que estão incumbidas de acompanhar qualitativamente o cumprimento da MSE do adolescente.

Item 5.2.1.2 Orientador comunitário na LAC

1) Na Liberdade assistida Comunitária — LAC —, cada técnico terá sob seu acompanhamento e

monitoramento o máximo de 20 orientadores comunitários. Sendo que cada orientador comunitário

acompanhará até dois adolescentes simultaneamente.

2) Em se tratando de Liberdade assistida Institucional (LAI), cada técnico acompanhará,

simultaneamente, no máximo 20 adolescentes.

Tal investigação foi mais aprofundada na etapa qualitativa da pesquisa com os agentes do

sistema de garantia de direitos de cada capital. Segundo os 154 dos respondentes que tinham

a informação, 113 afirmaram que contam com a figura do orientador socioeducativo em seus

programas e 41 disseram não existir essa função. Em relação ao orientador comunitário, 149

dos casos validos, destes 140 afirmaram não possuir este colaborador, enquanto 9 relataram

sua existência. Vale chamar a atenção para o fato de que não existe esta figura entre os

profissionais das equipes de referência no âmbito do SUAS, onde está a execução da maior

parte dos programas e serviços identificados nesta etapa da pesquisa.

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57Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Bloco 7 – Plano Individualizado de Atendimento — PIA

Dinâmica de desenvolvimento e características do PIA

O PIA é uma ferramenta imprescindível, de acordo com as orientações do SINASE, pois se

constitui em instrumento pedagógico que organiza dados pessoais e familiares do/a adoles-

cente e as atividades a serem realizadas, entre outros aspectos. Elaborado segundo estudo

de caso, com base em análise multidisciplinar, abrange diferentes aspectos, tais como esco-

larização, saúde, lazer, relações familiares, afetivas, sociais, comunitárias e institucionais,

situação jurídica (cf. Souza e Lira, 2008, p.83). Apenas 9 respondentes da pesquisa informa-

ram que o Programa de Atendimento executado pela Unidade/Serviço/CREA não desenvolve

o PIA. A maioria (128) o desenvolve para todos adolescentes, e 19 informaram que somente

para alguns, conforme se verifica no gráfico abaixo.

Gráfico 1 - v127: Programa de atendimento executado por essa Unidade/Serviço/CREAS desenvolve o Plano Individual de Atendimento (PIA) do adolescente em cumprimento de medida socioeducativa.

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM58

Das 147 unidades que informaram desenvolver o PIA, 141 indicaram que os adolescentes

participam de sua elaboração e 137 assinalaram que os familiares ou responsáveis pelos

adolescentes também participam. Além destes, também foi indicada a participação dos se-

guintes agentes: equipe técnica da Unidade/Serviço/CREA (93), equipe técnica do Programa

de Atendimento (80) e orientadores (53).

TABELA 55

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 127: O PROGRAMA DE ATENDIMENTO ExECUTADO

POR ESTA UNIDADE/SERVIÇO/CREAS DESENVOLVE O PLANO

INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO (PIA) DO ADOLESCENTE EM

CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA20?

82,05128Sim para todos/as

12,1819Somente para alguns/algumas

5,779Não

100,00156Total

TABELA 56

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 128: QUEM PARTICIPA DA ELABORAÇÃO DO

PIA21?

27,22141v128.1. Os Adolescentes participam da elaboração do PIA

15,4480v128.2. A Equipe Técnica do Programa de Atendimento

participa da elaboração do PIA

17,9593v128.3. A Equipe Técnica da Unidade/Serviço/CREAS participa

da elaboração do PIA

26,45137v128.4. Os/as familiares ou responsáveis pelos/as

adolescentes participam da elaboração do PIA

10,2353v128.5. Os/as orientadores/as participam da elaboração do

PIA

2,7014v128.6. Outros/as participam da elaboração do PIA

100,00518Total

20 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela-capital quest 127.pdf

21 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabelas por capital 128.pdf

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59Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Os principais aspectos considerados na elaboração do PIA e assinalados pelos entrevistados

foram: medidas específicas de atenção à escolarização (140); objetivos declarados pelo ado-

lescente e previsão das atividades de integração social e/ou capacitação profissional (cada

um 138); formas de participação da família para efetivo cumprimento do Plano (135) e me-

didas específicas de atenção à saúde e atividades de integração e apoio à família (cada um

130). Os aspectos de avaliação interdisciplinar foram os menos indicados (93) ainda que com

recorrência significativa.

TABELA 57

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 129: ASPECTOS CONSIDERADOS NA ELABORAÇÃO

DO PIA22

10,0393v129.1. Os resultados da avaliação interdisciplinar são aspectos

considerados na elaboração do PIA

14,89138v129.2. Os objetivos declarados pelo adolescente são aspectos

considerados na elaboração do PIA

14,89138v129.3. A previsão das atividades de integração social e/

ou capacitação profissional é um aspecto considerado na

elaboração da PIA

14,02130v129.4. As atividades de integração e apoio à família são

aspectos considerados na elaboração do PIA

14,56135v129.5. Formas de participação da família para efetivo

cumprimento do plano individual são aspectos considerados na

elaboração do PIA

14,02130v129.6. As medidas específicas de atenção à sua saúde são

aspectos considerados na elaboração do PIA

15,10140v129.7. Medidas específicas de atenção à escolarização são

aspectos considerados na elaboração do PIA

2,4823v129.8. Outros aspectos são considerados na elaboração do PIA

100,00927Total

22 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital das respostas à questão 129.pdf

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM60

A avaliação do PIA foi outro aspecto mensurado no questionário aplicado. Das 147 unidades

que declaram utilizar o PIA (para todos os atendimentos ou somente para alguns), 49 respon-

dentes indicaram que avaliam o instrumento mensalmente, seguido de avaliações quinzenais

e bimestrais, 23 respostas cada, e semanais com 17. Além da periodicidade da avaliação do

PIA, identificou-se que em 145 unidades foi informado o uso do relatório do PIA como uma

das formas de reavaliação da medida a serem encaminhados para o judiciário. Conclui-se,

pelas respostas, que o PIA foi indicado como um instrumento eficaz no acompanhamento do

processo socioeducativo por 132 unidades.

TABELA 58

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 130: COM QUE FREQUêNCIA O PIA é AVALIADO?

10,916Semanalmente

15,623Quinzenalmente

33,349Mensalmente

16,324Bimestralmente

15,022Trimestralmente

5,48Semestralmente

2,74Não é avaliado

0,71Não respondeu

100,00147Total

TABELA 59

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 131: OS RELATóRIOS PARA A REAVALIAÇÃO DA MEDIDA

A SEREM ENCAMINHADOS PARA O JUDICIÁRIO ESTÃO SENDO

ELABORADOS COM BASE NO PIA23?

98,64145Sim

0,681Não

0,681Não são realizados

100147Total

23 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital 131.pdf

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61Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 60

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 132: O PIA TEM SIDO UM INSTRUMENTO EFICAz NO

ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO SOCIOEDUCATIVO?

89,80132Sim

2,724Não

6,8010Não sabe avaliar

99,32146Total

0,681Não prestou a informação

100147Total geral

Com relação aos principais setores com os quais a unidade/serviço/CREA se articulou nos

últimos seis meses para viabilizar o atendimento socioeducativo foram destacados os de edu-

cação (154), assistência social (153), profissionalização (150) e geração de trabalho e renda

(120). Os demais tiveram incidência menor de 10% (cultura, esporte, lazer). Entre os setores

que sempre atendem os adolescentes, a ênfase recaiu também sobre a rede de educação

(69), programa de tratamento de substâncias psicoativas (46), serviço de saúde e programa

de tratamento de dependência de álcool (cada um 45). Vale pontuar que o encaminhamento

por si só pode não implicar em efetivação do atendimento e permanência do adolescente.

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM62

TABELA 61

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 133: SETORES EM ARTICULAÇÃO COM A UNIDADE24

14,61149v133.1. O Programa de atendimento executado por essa

unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Saúde para

viabilizar o atendimento socioeducativo

15,10154v133.2. O Programa de atendimento executado por essa

unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Educação

para viabilizar o atendimento socioeducativo

15,00153v133.3. O Programa de atendimento executado por essa

unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Assistência

Social para viabilizar o atendimento socioeducativo

9,5197v133.4. O Programa de atendimento executado por essa

unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Cultura para

viabilizar o atendimento socioeducativo

9,5197v133.5. O Programa de atendimento executado por essa

unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Esporte para

viabilizar o atendimento socioeducativo

14,71150v133.6. O Programa de atendimento executado por essa unidade/

serviço/CREAS se articulou com o Setor de Profissionalização

para viabilizar o atendimento socioeducativo

8,4386v133.7. O Programa de atendimento executado por essa

unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Lazer para

viabilizar o atendimento socioeducativo

11,76120v133.8. O Programa de atendimento executado por essa

unidade/serviço/CREAS se articulou com o Setor de Geração de

Trabalho e Renda para viabilizar o atendimento socioeducativo

1,3714v133.9.O Programa de atendimento executado por essa unidade/

serviço/CREAS se articulou com Outro Setor para viabilizar o

atendimento socioeducativo

100,001020Total

24 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital 133.pdf

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63Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 62

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 134: SETORES QUE SEMPRE ATENDEM OS

ADOLESCENTES25

13,5545v134.1. Serviço de Saúde

20,7869v134.2. Rede de Ensino

6,0220v134.3. Serviço de Geração de Trabalho e Renda

9,6432v134.4. Cursos Profissionalizantes

12,0540v134.5. Atividades de cultura, esporte e lazer

13,5545v134.6. Programa de Tratamento de dependência de álcool

10,5435v134.7 Programa de Tratamento de transtorno mental

13,8646v134.8.Programa de Tratamento de dependência de substâncias

psicoativas (drogas)

100,00332Total

Bloco 8 – Perfil dos adolescentes atendidos em unidade/ser-viço/CREAS pelo programa de atendimento

A última parte do questionário da pesquisa foi dedicada a caracterizar o perfil dos adoles-centes atendidos pela Unidade/Serviço/CREAS, nos últimos seis meses. Foram solicitados

dados, desagregados por sexo, considerando os seguintes aspectos: População Total, Cor ou

Raça, Faixas de Renda per capita familiar, Frequência à escola, Faixas etária e Situações es-

pecíficas dos adolescentes com relação ao cumprimento da Medida Socioeducativa. Contudo,

frente à dificuldade de obter esses dados e a inconsistência das informações, a equipe de

pesquisa preferiu, por ora, não disponibilizá-los em sua íntegra.

Muitos programas de MSE apresentaram dificuldades e imprecisão nas respostas solicitadas

no anexo estatístico da pesquisa (p.135 a p.163), por isso, ponderamos que essas variáveis (e

seus possíveis cruzamentos) não devem ser consideradas como parâmetro de análise. Salvo,

no caso de avaliar magnitudes, como, por exemplo, a predominância da proporção do sexo

masculino sobre o sexo feminino (para cada 10 adolescentes cumprindo MSE, 1 é do sexo femi-

nino). Ademais, os programas pesquisados apresentaram dados com um período de referência

distinto entre si, mesmo com a referência do ano de 2011 solicitada na pesquisa. Em resumo,

é possível afirmar, com cautela, segundo informado pelos 76,67% dos respondentes que sabem

indicar o quantitativo de atendimentos (p. 59), que o número de adolescentes no ano de 2011

é de 18.047. Destes, 10.353 cumprindo LA, 7.611 em PSC, e 83 cumprindo LAC. Em relação

aos adolescentes cumprindo cumulativamente LA e PSC foi identificado um total de 12.067,

no entanto, apesar das recomendações para desagregação dos dados, este total pode incluir

duplicidade de informações e, por isso, não é recomendável somá-los ao total de 18.047.

25 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital 134.pdf

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM64

Os atos infracionais mais frequentes por unidade são: tráfico de entorpecentes (134),

roubo (123) e furto (94), seguidos de porte de arma (39) e uso de entorpecentes (37).

TABELA 63

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 164: ATOS INFRACIONAIS MAIS FREQUENTES26

28,63248134v164.1. O Tráfico de Entorpecentes está entre os três tipos de

atos infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes

que cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa

de Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS

20,0854794v164.2. O Furto está entre os três tipos de atos infracionais

mais cometidos, considerando os adolescentes que cumpriram

medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de

Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS

26,28205123v164.3. O Roubo está entre os três tipos de atos infracionais

mais cometidos, considerando os adolescentes que cumpriram

medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de

Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS

1,4957267v164.4. A prática de Danos ao Patrimônio Público está entre os

três tipos de atos infracionais mais cometidos, considerando

os adolescentes que cumpriram medida socioeducativa de LA e

PSC no Programa de Atendimento executado por esta unidade/

serviço/CREAS

3,20512815v164.5. A Lesão Corporal está entre os três tipos de atos

infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes que

cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de

Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS

0,8547014v164.6. O Crime de Ameaça está entre os três tipos de atos

infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes que

cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de

Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS

0,427352v164;7. O Atentado ao Pudor está entre os três tipos de atos

infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes que

cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de

Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS

0,2136751v164.8. O Estupro está entre os três tipos de atos infracionais

mais cometidos, considerando os adolescentes que cumpriram

medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de

Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS

26 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores – tabela por capital 164.pdf

Page 242: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

65Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

0,6410263v164.9. O Homicídio está entre os três tipos de atos

infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes que

cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de

Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS

7,90598337v164.10.O Uso de Entorpecentes está entre os três tipos de atos

infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes que

cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de

Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS

8,33333339v164.11. O Porte de Arma está entre os três tipos de atos

infracionais mais cometidos, considerando os adolescentes que

cumpriram medida socioeducativa de LA e PSC no Programa de

Atendimento executado por esta unidade/serviço/CREAS

1,9230779v164.12. Outro tipo de ato infracional está entre os três

tipos de atos infracionais mais cometidos, considerando os

adolescentes que cumpriram medida socioeducativa de LA e

PSC no Programa de Atendimento executado por esta unidade/

serviço/CREAS

100468Total

No universo de 156 unidades, 37 responderam que nos últimos seis meses da pesquisa rece-

beram algum adolescente com deficiência. Entre essas unidades, 9 atenderam adolescentes

com deficiência visual, 21 com deficiência física e/ou mobilidade reduzida, 11 com defici-

ência auditiva.

Atendimento especializado a deficientes e dependentes de álcool ou

substâncias psicoativas

TABELA 64

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 165: NOS ÚLTIMOS SEIS MESES, O PROGRAMA DE

ATENDIMENTO ExECUTADO NESTA UNIDADE/SERVIÇO/CREAS

RECEBEU ALGUM ADOLESCENTE COM DEFICIêNCIA27?

23,5737Sim

74,52117Não

98,09154Total

1,913Não prestaram a informação

100,00157Total geral

27 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital das respostas à questão 165.pdf

Page 243: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM66

TABELA 65

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 167: TIPO DE DEFICIêNCIA DO ADOLESCENTE

ATENDIDO28

51,2221v167.1. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento

recebeu adolescentes com deficiência física e/ou mobilidade

reduzida

26,8311v167.2. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento

recebeu algum adolescente com deficiência auditiva

21,959v167.3. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento

recebeu algum adolescente com deficiência visual

10041Total

No mesmo período, 64 unidades responderam que receberam adolescentes com transtorno men-

tal, sendo que, 22 respondentes afirmaram ter recebido somente um caso nos últimos 6 meses.

TABELA 66

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 168: NOS ÚLTIMOS SEIS MESES, O PROGRAMA DE

ATENDIMENTO ExECUTADO NESTA UNIDADE/SERVIÇO/CREAS

RECEBEU ALGUM ADOLESCENTE COM TRANSTORNO MENTAL29?

40,7664Sim

56,6989Não

97,45153Total

2,554Não prestaram a informação

100,00157Total geral

Nos últimos seis meses da pesquisa, 147 unidades/serviços/CREAS receberam adolescentes com

dependência de álcool ou substância psicoativas. Entre as principais substâncias de dependên-

cia, destacaram-se maconha (142), álcool (114) e cocaína (114), cigarro (113) e crack (108).

TABELA 67

%N (FREQUêNCIA)PERGUNTA 170: NOS ÚLTIMOS SEIS MESES, O PROGRAMA DE

ATENDIMENTO ExECUTADO NESTA UNIDADE/SERVIÇO/CREAS

RECEBEU ALGUM ADOLESCENTE COM DEPENDêNCIA DE ÁLCOOL

OU SUBSTâNCIAS PSICOATIVAS?30

94,23147Sim

5,779Não

100156Total

28 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital 167.pdf

29 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital quest 168.pdf

30 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital das respostas à questão 170.pdf

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67Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

TABELA 68

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 172: SUBSTâNCIA DE DEPENDêNCIA31

17,22054114v172.1. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento

executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes

com dependência de álcool

17,06949113v172.2. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento

executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes

com dependência de cigarro

21,45015142v172.3. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento

executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes

com dependência de maconha

16,3142108v172.4. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento

executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes

com dependência de crack

17,22054114v172.5. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento

executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes

com dependência de cocaína

2,87009119v172.6. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento

executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes

com dependência de merla

0,604234v172.7. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento

executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes

com dependência de anfetamina

1,81268912v172.8. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento

executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes

com dependência de oxi

5,43806636v172.9. Nos últimos seis meses, o Programa de Atendimento

executado nesta unidade/serviço/CREAS recebeu adolescentes

com dependência de outra substância

100662Total

Das unidades/serviço/CREAS que executam o atendimento, 81 utilizam outros serviços espe-

cializados para suprir necessidades específicas do/a adolescente com dependência de álcool

ou substância psicoativas; 35 possuem local com acessibilidade para suprir a necessidade es-

pecífica do/a adolescente com deficiência física e, 33 oferecem/realizam acompanhamento

psicopedagógico no atendimento ao adolescente com transtorno mental. A opção “outros

serviços especializados” refere-se aos serviços da rede pública ou particular para os quais os

adolescentes são encaminhados em razão da dependência de álcool e/ou substancias psico-

ativas, deficiência e transtorno mental.

31 ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores — tabela por capital 172.pdf

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM68

TABELA 69

% RESPOSTASN (FREQUêNCIA)PERGUNTA 173: TIPO DE SERVIÇO ESPECIALIzADO

22,151935v173.1.O Programa de Atendimento utiliza Local com

acessibilidade para adolescentes com deficiência física

0,6329111v173.3.O Programa de Atendimento utiliza Audiodescrição para suprir

a necessidade específica do/a adolescente com deficiência visual

0,6329111v173.4.O Programa de Atendimento utiliza Livro Falado para suprir

a necessidade específica do/a adolescente com deficiência visual

4,430387v173.5.O Programa de Atendimento utiliza Intérprete de Língua

de Sinais Brasileira para suprir a necessidade específica do/a

adolescente com deficiência auditiva

20,8860833v173.6.O Programa de Atendimento utiliza Acompanhamento

psicopedagógico para suprir a necessidade específica do/a

adolescente com transtorno mental

51,2658281v173.7.O Programa de Atendimento utiliza outros serviços

especializados para suprir a necessidade específica do/a

adolescente com deficiência de álcool e/ou substâncias psicoativas

100158Total

CONCLUSÃO

A presente pesquisa buscou, através desta etapa quantitativa, traçar um retrato da atual re-

alidade da execução das medidas socioeducativas em meio aberto (LA e PSC) nas 27 capitais.

Após a recente regulamentação de municipalização deste atendimento, tornou-se necessá-

rio conhecer os principais desafios que a gestão municipal encontra no desenvolvimento do

processo de socioeducação dos adolescentes autores de ato infracional. Por isso, como já

mencionado durante esse relatório, os resultados do levantamento são preliminares e não

possuem uma análise profunda e contundente da estrutura de atendimento das capitais ob-

servadas. O produto que conterá esta discussão e o exame mais detalhado das nuances do

objeto estudado constitui-se tanto do diagnóstico quantitativo, quanto do qualitativo. Mais

do que conhecer o que foi afirmado pelos gestores e técnicos que concederam as informa-

ções para o questionário desta fase, faz-se imprescindível observar e ouvir todos os agentes

envolvidos no sistema de garantia de direitos. A pluralidade das falas dos interlocutores,

além dos dados coletados, consiste nos subsídios do aperfeiçoamento da política pública.

Isto posto, prioriza-se, neste momento, uma breve conclusão dos resultados encontrados na

etapa quantitativa.

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69Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

No módulo I, sobre as Entidades de Atendimento, foram encontradas 31 instituições que res-

pondiam por este papel nas 27 capitais. Com a maioria de Secretarias Municipais e, apenas 3

Secretarias de Estado, o levantamento demonstrou que o processo de municipalização está

avançado nas principais cidades do país. O DF, por razões político-administrativas, não possui

esta estrutura, entretanto, notou-se uma preocupação com o tema já que a pasta respon-

sável pelas medidas socioeducativas é a Secretaria de Estado da Criança. Em Porto Velho,

embora à época da pesquisa, o estado ainda estivesse à frente desta execução, o município

já assumiu tal responsabilidade, do mesmo modo que Manaus e Boa Vista. As especificidades

e os desdobramentos deste arranjo estão descritos com mais detalhes no relatório da etapa

qualitativa.

Vale destacar a existência de Liberdade Assistida Comunitária (LAC) em duas capitais: em

Belém, pelo Centro Espírita Yvon Costa e pela Universidade da Amazônia, e, em Teresina,

pela Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e Assistência Social em parceria com a

Ação Social Arquidiocesana. Mesmo que a pesquisa não tenha tido a proposta inicial de se

debruçar sobre outras medidas socioeducativas, estas experiências revelaram-se exitosas

junto aos adolescentes. As descrições desses modelos encontram-se no relatório da etapa

qualitativa.

A inscrição das entidades nos Conselhos Municipais de Direitos da Criança e do Adolescente

(CMDCA) foi outro aspecto evidente, tendo em vista que 21 instituições declaram o registro

nesse órgão. Tal indicador reforça a importância desse espaço deliberativo e consultivo na

implementação das políticas públicas.

O último ponto que se salienta neste módulo é a questão dos recursos financeiros que são

utilizados no atendimento socioeducativo. Do universo de 31 entidades mapeadas, 24 de-

clararam saber quanto havia sido gasto no atendimento socioeducativo em meio aberto

no ano de 2011. Desses que conheciam mais profundamente seus proventos, 13 afirmaram

que o montante disponibilizado foi suficiente para a execução das atividades. E, ainda, 13

disseram que tais verbas foram gastas integralmente. A origem dos recursos teve como res-

postas majoritárias, o Fundo da Assistência Social (FAS) com 17 respondentes e o Fundo dos

Direitos da Criança e do Adolescente (FIA) com 2 respondentes. Os resultados obtidos com

essas questões suscitam a dificuldade dos municípios na captação, utilização e prestação

de contas do recurso público. Embora, essa visão não tenha sido demonstrada claramente

com as perguntas, o que se pode verificar na prática é a grande urgência desses entes em

capacitações para apropriação e conhecimento das possibilidades de emprego dos recursos.

No módulo II, sobre os Programas de Atendimento, foram encontrados 31 arranjos de exe-

cução das medidas em meio aberto, inferindo-se assim que cada entidade é responsável por

um programa. Entretanto, tendo como base o entendimento de Programa como um conjunto

de ações intersetoriais que viabilizam o processo socioeducativo do adolescente em cum-

primento de medida socioeducativa, observou-se que poucos contemplam na prática esse

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM70

direcionamento. Notou-se que metade dos respondentes identificou o “Serviço de Proteção

Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida —

LA —, e de Prestação de Serviços à Comunidade — PSC” como um programa. Depreende-se

daí que a estrutura não está alinhada à perspectiva da Lei do SINASE, e que os programas não

existem em metade das capitais. A coordenação e a execução desse serviço estão amparadas

pela Assistência Social e, consequentemente, sobre grande parte da lógica do SUAS. Todavia,

esse assunto merece ser aprofundado para que se compreendam as tensões e as aproxima-

ções entre os dois sistemas.

O início da estruturação do atendimento em meio aberto fora da esfera estadual teve seu

marco no ano de 1996, com a Unama, em Belém. Pontua-se que esse programa não confi-

gura uma municipalização destas medidas, mas sim uma desjudicialização, que será mais

detalhada no relatório da etapa qualitativa. O primeiro município a aderir à execução da LA

e PSC foi Boa Vista em 1998. Verificou-se que a partir de 2005 houve maior índice de muni-

cípios que iniciaram esse serviço e, um ápice em 2010, com 9 programas. Tal cenário pode

ser explicado pela homologação da Resolução N° 119 do Conanda, em 2006, que estabeleceu

a execução do meio aberto pela esfera municipal, além de outras demandas tais como a ti-

pificação dos serviços em 2009 e o apoio financeiro em 2010 no âmbito do SUAS. A inscrição

do programa nos CMDCAs também esteve associada a este mesmo recorte temporal. Dos 20

programas que declaram estar com registro no órgão, 4 iniciaram no ano de 2005.

Sobre os números de atendimentos do programa, observou-se que poucos estabelecem me-

tas para o serviço, porém 6 declararam quantos atendimentos realizaram em PSC, 6 disseram

seus números da LA, 3 da LAC e 6 souberam afirmar o número de adolescentes que cumprem

LA e PSC, cumulativamente, tendo como referência o ano de 2011. Isto pode indicar que a

ausência de metas é decorrente da universalização do serviço, já que segundo relatos dos

gestores deve-se atender a toda demanda que chega.

As atividades desenvolvidas no âmbito do programa de atendimento foram outro ponto de

investigação da pesquisa. Foram listadas 21 possibilidades de registro, ou procedimentos

possíveis, tendo em vista os protocolos previstos nos documentos que orientam a política de

atendimento à criança e ao adolescente e do SUAS. Como se verificou, a grande parte dos

programas realiza a maioria dessas ações colocadas no questionário, sendo que as unida-

des de atendimento foram apontadas como local mais recorrente. Tais números denotam e

consolidam a visão de que o CREAS é um espaço de acolhimento das demandas da proteção

social especial.

Os instrumentos de formalização do programa não são muito frequentes entre os entrevista-

dos. Apenas metade dos gestores declarou a existência de algum documento de formalização

do atendimento/programa. Desses, 6 realizaram no ano de 2009, corroborando, mais uma

vez, o recorte temporal, já mencionado, ligado à homologação da Resolução N° 119 do Co-

nanda, e o apoio do MDS para implementação do serviço.

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71Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Quanto à capacitação da equipe técnica, 27 programas declararam ter realizado algum tipo

de curso e/ou oficina nos últimos seis meses. Os três principais temas trabalhados foram

o ECA, SINASE, PIA, demonstrando a importância da consolidação da legislação e da ferra-

menta de acompanhamento do adolescente na prática cotidiana destes profissionais. Ainda

sobre essa temática, foi perguntado sobre a participação no Curso de Formação Continuada

do SINASE. Do universo levantado, 18 respondentes declararam que membros da equipe par-

ticiparam da capacitação, sendo 10 a média de profissionais concluintes.

No tocante ao sistema de monitoramento e avaliação, 24 programas responderam contar

com rotinas, ferramentas e instrumentos que os auxiliam no aprimoramento do atendimen-

to. Desses, 16 relataram realizar uma avaliação mensal contando, principalmente, com os

técnicos e gestores do programa e pessoas ligadas às instituições parceiras. Ainda, notou-se

que em 21 programas realizou-se algum tipo de avaliação nos últimos seis meses. Percebeu-

se, ao longo do desenvolvimento da pesquisa, mas que será detalhado no relatório qualita-

tivo, que embora os municípios disponham de metodologias de monitoramento e avaliação

do serviço, os resultados não são efetivamente aplicados e compartilhados com os demais

agentes do sistema de garantia de direitos. Neste sentido, também se averiguou o acompa-

nhamento de egressos por parte do programa. Apenas em 12 este atendimento é realizado,

clarificando a fragilidade das diversas formas de acompanhamento dos desdobramentos das

medidas socioeducativas.

Tão importante quanto compreender a dinâmica de funcionamento interno, faz-se impres-

cindível apreender sobre a articulação externa do programa. Neste contexto, a pesquisa

verificou que as principais instituições com as quais os programas se articularam nos seis

últimos meses para viabilizar o atendimento foram o Poder Judiciário, o Ministério Público,

as Secretarias Municipais, ONGs e o Sistema S. Entre os setores da rede de atendimento, os

mais citados foram as áreas de saúde, educação, assistência social e profissionalização. Tal

cenário revela a influência de todos os agentes do sistema de garantia de direitos e da in-

tersetorialidade das ações no andamento do processo socioeducativo. É importante reforçar

a responsabilidade de cada ente nesse sentido para que não recaia somente ao executivo

municipal a obrigação da execução das medidas. Da mesma forma, destaca-se o papel de-

cisivo não só da assistência social, mas das demais áreas na reinserção do adolescente e no

acesso à cidadania.

Neste contexto, verificou-se que a comunicação entre os programas de atendimento e as

outras secretarias municipais é menos frequente que a articulação com as secretarias es-

taduais, confirmando a fragilidade da rede municipal de atendimento socioeducativo. Ao

mesmo tempo, confirmou-se também uma comunicação mínima entre estado e município

com o objetivo de garantir algumas questões, como, por exemplo, o cofinanciamento ou os

processos de regressão ou progressão de medida.

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Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM72

Por último, observou-se, nos programas de atendimento, que 10 respondentes atendem ado-

lescentes residentes em outros municípios. Em média, o número de atendidos estabeleceu-

se em 4, retratando o problema da falta de atendimento das medidas em meio aberto nos

municípios do interior. Uns dos principais motivos dessa transferência da execução é a ausên-

cia da LA e da PSC na cidade de origem do adolescente autor de ato infracional.

No módulo III sobre as Unidades de Atendimento foram encontradas 156 espaços de execução

das medidas socioeducativas em meio aberto. Deste universo, verificou-se que: 73 (46,79%)

são Centros de Referência Especializada em Assistência Social — CREAS —; 51 (32,69%) ONGs;

21 (13,46%) entidades governamentais; 5 (3,21%) autarquias; 2 (1,28%) OS (Organizações

Sociais); 1 entidade privada com fins lucrativos; uma fundação, denominada Central de Me-

didas Socioeducativas em meio Aberto (Salvador, BA); e duas entidades religiosas (Belém, PA

e Teresina, PI).

Observou-se ainda que grande parte das unidades está localizada na região sudeste, indican-

do um melhor aparelhamento destas capitais para a atender a demanda, que também está

concentrada nesse território.

Sobre os atributos do espaço físico, as principais facilidades listadas em relação ao atendi-

mento foram a localização de fácil acesso para os/as usuários/as e espaço com privacidade

para atendimento individual e entrevistas. Os outros menos citados demonstram ser pontos

que necessitam de melhorias, como o tamanho adequado para a quantidade de atendidos

e a conservação e manutenção adequadas de equipamentos (telefone, fax, computador,

internet, carro).

A mesma pergunta sobre a capacitação da equipe técnica foi feita com as unidades de aten-

dimento. Seguindo o mesmo resultado dos gestores do programa, 135 unidades de atendi-

mento relataram ter realizado algum curso e/ou oficina com seus profissionais. Os principais

temas trabalhados também foram semelhantes, como o SINASE, PIA e o uso de drogas. En-

tretanto, como respeito ao Curso de Formação Continuada do SINASE, os indicadores foram

inversos aos verificados no programa. Apenas, 51 unidades afirmaram ter participado desta

capacitação, apresentando um cenário de técnicos de atendimento pouco capacitados.

No que tange a formação dos profissionais, os coordenadores das unidades são prioritaria-

mente assistentes sociais e psicólogos. Estas habilitações são encontradas da mesma forma

majoritária no corpo da equipe técnica de atendimento. Contudo, ressalta-se que o período

de permanência destes membros à frente do serviço é, em maior número, de 2 a 4 anos, de-

monstrando a rotatividade de técnicos em decorrência de mudanças governamentais. Ade-

mais como será confirmado no relatório da etapa qualitativa, faz-se necessária a realização

de concursos públicos em muitas capitais para diminuir essa evasão profissional.

Page 250: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

73Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Mais questões pertinentes mensuradas consistiram nos principais problemas enfrentados pe-

las unidades no desenvolvimento das atividades de execução das medidas. As mais assinala-

das foram a precariedade ou insuficiência de uma rede de serviços públicos adequada para

encaminhamento do adolescente (93), excesso de burocracia (71) e orçamento insuficiente.

Tais marcações vão ao encontro dos já mencionados problemas com a consolidação da rede

e na condução dos recursos financeiros discutido nos módulos anteriores.

Sobre a questão dos orientadores socioeducativos e comunitários verificou-se que o entendi-

mento dos técnicos sobre a responsabilidade e função destas figuras é heterogêneo. Mesmo

com a referência do ECA e da Resolução N° 119 do Conanda, muitos não tiveram a compre-

ensão clara da aplicação destes papéis nas atividades da socioeducação. Vale lembrar que

a maior parte das unidades é da política de assistência cuja política de recursos humanos

não prevê este profissional entre os membros da equipe. Portanto, este tema será mais bem

abordado nos relatórios qualitativos.

O Plano Individual de Atendimento (PIA) configura-se como um instrumento fundamental no

processo socioeducativo e, por isso, a pesquisa dedicou um bloco exclusivo para verificar a

efetividade da sua aplicação. Das 156 unidades, 128 relataram desenvolver o PIA para todos

os atendimentos, 19 disseram fazer somente para alguns e apenas 9 afirmaram não aplicar

nenhum instrumental desta natureza. Deste universo de 147 unidades, 141 indicaram que os

adolescentes participam de sua elaboração e 137 assinalaram que os familiares ou responsá-

veis pelos adolescentes também participam. Vale salientar que 49 respondentes afirmaram

avaliar o PIA mensalmente.

Ainda destaca-se que os três principais aspectos considerados na elaboração do instrumento

são os objetivos declarados pelo adolescente, medidas de atenção à escolarização e ativi-

dade de integração e/ou capacitação profissional. Os relatórios são encaminhados para o

judiciário realizar a avaliação da medida em 145 casos e 132 afirmaram acreditar que o PIA

é um instrumento eficaz no processo socioeducativo. Tais números indicam que o plano está

sendo utilizado na execução das medidas socioeducativas, entretanto, como se observou na

etapa qualitativa, a ferramenta carece de aperfeiçoamento em algumas capitais.

Por último, buscou-se aferir sobre o perfil dos adolescentes que estão em cumprimento de LA

e PSC nas unidades de atendimento. Entretanto, em razão da inconsistência das informações,

a pesquisa procurou disponibilizar os dados mais gerais. Muitas capitais não possuíam alguns

indicadores solicitados, além de informá-los com o recorte temporal diverso. Portanto, obser-

vou-se que a medida de LA possui maior número de adolescentes em cumprimento, seguida

da PSC. Os atos infracionais mais cometidos estão ligados a crimes contra o patrimônio (roubo

e furto) e tráfico de entorpecentes. O retrato dessas características está mais esmiuçado no

relatório qualitativo, em que foi possível conhecer os adolescentes nos grupos focais.

Page 251: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM74

Das 156 unidades de atendimento, apenas 37 declararam ter recebido algum adolescente

com deficiência, 64 disseram ter atendido algum adolescente com transtorno mental e 147

afirmaram ter jovens com dependência de álcool e substâncias psicoativas. Desse número

significativo de jovens com problemas de dependência, a pesquisa investigou que maconha,

cigarro, cocaína e álcool são as drogas utilizadas com mais frequência. As unidades ainda

sinalizaram que utilizam outros serviços especializados para suprir necessidades específicas

do/a adolescente nessas situações.

Em suma, pode-se observar pelos resultados preliminares da pesquisa que a municipalização

do atendimento socioeducativo em meio aberto está avançando no que diz respeito aos ser-

viços no âmbito da política de assistência social. Entretanto, é necessário que os governos

municipais invistam recursos humanos e financeiros nesta política pública como forma de

prevenção à questão da violência urbana.

Page 252: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

75Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

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2005. Aprova a Norma Operacional Básica - NOB/SUAS 2005.

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Rio de Janeiro: IBAM/DES; Brasília: SPDCA/SEDH, 2008.

Page 253: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM76

ANExOS

ANEXO I: Questionário utilizado na pesquisa quantitativa (Etapa 1) nas 27 capitais.

ANEXO II: Listagem das Entidades, Programas e Unidades/Serviços/CREAS identificados.

ANEXO III: Perfil dos respondentes dos questionários.

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - quadro não sei 28.pdf e tabela cruzamento ques-

tões 28 e 29.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - quadro não 29 e integralmente 30.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela questão 33.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela cruzamento questões 63-107.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela questão 71.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela questão 76.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela questão 77.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela cruzamento questões 63-107.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela questão 111.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 126.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela-capital quest 127.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabelas por capital 128.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital das respostas à questão 129.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 131.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 133.pdf

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77Relatório QuantitativoCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 134.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 164.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital das respostas à questão 165.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 167.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital quest 168.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital das respostas à questão 170.pdf

ANEXO IV: Detalhamento dos indicadores - tabela por capital 172.pdf

Page 255: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Grupos Focais com adolescentes em cumprimento

de medida socioeducativa em meio

aberto e com os seus responsáveis

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R382

Souza, Rosimere deGrupo focal / [supervisão geral de] Rosimere de Souza; [coordenação de] Delaine Costa – Rio de Janeiro: IBAM; CONANDA, 2013.

92 p.

Abaixo do título: “Pesquisa análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC)”.

1. Serviço social com adolescentes. 2. Adolescentes infratores – serviço social. I. Souza, Rosimere de. II. Costa, Delaine III. Instituto Brasileiro de Administração Municipal. IV. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. V. Título.

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“Pesquisa análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA

— e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC)”

Junho de 2014

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Presidente da RepúblicaDilma Rousseff

Ministra Chefe de Estado da Secretaria de Direitos HumanosIdeli Salvatti

Secretário Executivo da Secretaria de Direitos HumanosClaudinei Nascimento

Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do AdolescenteAngélica Moura Goulart

Coordenador-Geral do Sistema Nacional SocioeducativoCláudio Augusto Vieira da Silva

Instituto Brasileiro de Administração Municipal

Superintendete Geral

Paulo Timm

Superintendente de Desenvolvimento Econômico e Social

Alexandre Carlos Albuquerque Santos

Equipe Técnica do Projeto

Supervisora Geral do Projeto

Coordenadora do Programa Gestão Pública Municipal e Direitos Humanos

Rosimere de Souza

Assessores Técnicos

Adriana MotaHerculis ToledoJuliana LeiteLiza SantosLouise Storni

Consultora de Metodologia de Pesquisa

Marina Sidrim Teixeira

Colaboradora

Delaine Costa

Pesquisadores Locais

Afonso AlvesAndré AssunçãoAntonio de SouzaDanieli Souza BezerraFelipe HauersFernanda Azeredo de MoraesLaura Rosa Almeida P. FerreiraLayane da Silva Melo

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Luzianny Borges RochaMairla Machado ProtazioMarcello Felipe de Jesus MúscariMaria Cristina de OliveiraMaria Tereza Nunes TrabulsiIvanir Luzia MaisJussara de MeloTâmara Caroline da Silva Ramos CoimbraThais BritoThiago Lucena

Estagiários

Safira SilvaVladmir Machado

Revisão Bibliográfica e catalográfica

Elisa Machado Alves Correa

Revisão e Diagramação

Diana Castellani Ricardo Polato

Programação visual

André Guimarães Souza

Apoio Técnico-administrativo

Flavia Lopes

Conselho nacional dos direitos da criança e do adolescente — CONANDAConselheiros Governamentais — Biênio 2013/2014 — Titulares e Suplentes no CONANDA

Casa Civil da Presidência da República

Titular: Magaly de Carvalho Correia MarquesSuplente: Mariana Barbosa Cirne

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Titular: Francisco Antonio de Sousa BritoSuplente: Natalia da Silva Pessoa

Ministério da Cultura

Titular: Anirlenio Donizet de MoraisSuplente: Marina Leite da Silveira

Ministério da Educação

Titular: Clélia Brandão Alvarenga CraveiroSuplente: Fabio Meirelles Hardman de Castro

Ministério do Esporte

Titular: Andrea Carvalho AlfamaSuplente: Elisangela Landim Santos

Ministério da Fazenda

Titular: Jordelino Serafim dos ReisSuplente: Cristiane Caldera de Araújo Mascarenhas

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM6

Ministério da Previdência Social

Titular: Kesia Miriam Santos de AraujoSuplente: Fabiula Costa Oliveira

Ministério da Saúde

Titular: Thereza de Lamare Franco NettoSuplente: Maria de Lourdes Magalhães

Ministério das Relações Exteriores

Titular: Marcia Canário de OliveiraSuplente: Juliana de Moura Gomes

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Titular: Danyel Iorio de LimaSuplente: Bernardo Bofil Vasconcelos Pereira

Ministério do Trabalho e Emprego

Titular: Karina Andrade LadeiraSuplente: Cintia Bastos Bemerguy

Ministério da Justiça

Titular: Davi Ulisses Brasil Simões PiresSuplente: Alex Canuto de Sá Cunha

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

Titular: Maria Izabel da Silva (Vice-Presidente) Suplente: Claudio Augusto Vieira Da Silva

Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República

Titular: Cristina de Fátima GuimarãesSuplente: Floraci Pereira dos Santos

Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Titulares no CONANDA

Pastoral da Criança Representante: Maristela Cizeski

CNBB — Pastoral do Menor

Representante: Vitor Cavalcante de Sousa Valério

Inspetoria São João Bosco (Salesianos)

Representante: Miriam Maria José dos Santos (Presidente)

Federação Nacional das APAES

Representante: Anna Beatriz Langue Peranovichi Leite

CFP — Conselho Federal de Psicologia

Representante: Esther Maria de Magalhães Arantes

ABMP — Associação Brasileira de Magistrados, Promotores e Defensores Públicos da Infância e da Juventude

Representante: Diego Vale de Medeiros

UBEE — União Brasileira de Educação e Ensino (Marista)

Representante: Fabio Feitosa da Silva

Aldeias Infantis SOS Brasil

Representante: Fabio José Garcia Paes

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7Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

CONTAG — Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura

Representante: Tania Mara Dornellas dos Santos

MNMMR — Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua

Representante: Marco Antônio da Silva Souza

Criança Segura

Representante: Alessandra Mara Françoia

CFESS — Conselho Federal de Serviço Social

Representante: Erivã Garcia Velasco

CECUP — Centro de Educação e Cultura Popular

Representante: Edmundo Ribeiro Kroger

OAB — Ordem dos Advogados do Brasil

Representante: Luiza Helena Simonetti Xavier

Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Suplentes no CONANDA

ACM — Federação Brasileira das Associações Cristã de Moços

Representante: Adriano de Britos

Sociedade Literária e Caritativa Santo Agostinho

Representante: Roseli Aparecida Duarte

MNDH — Movimento Nacional de Direitos Humanos

Representante: Carlos Nicodemos Oliveira Silva

CUT — Central Única dos Trabalhadores

Representante: Raimunda Núbia Lopes da Silva

Instituto ALANA

Representante: Pedro Affonso Duarte Hartung

FENATIBREF — Federação Nacional dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas

Representante: Francisco Rodrigues Correa

ANCED — Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente

Representante: Djalma Costa

SBP — Sociedade Brasileira de Pediatria

Representante: Rachel Niskier Sanchez

FENAVAPE — Federação Nacional das Associações para Valorização de Pessoas com Deficiência

Representante: Fernanda Campana

Fundação Fé e Alegria do Brasil

Representante: Renato Eliseu Costa

Fundação ABRINQ

Representante: Heloisa Helena Silva de OliveiraConselho Latino Americano de IgrejasRepresentante: Rosilea Roldi Wille

MORHAN — Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase

Representante: Thiago Pereira da Silva Flo

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9Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Sumário

APRESENTAÇÃO ............................................................................... 10

1. PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS........................................................ 16

1.1. Operacionalização dos Grupos Focais no âmbito do Projeto SINASE ......................17

2. ALGUNS DADOS: PERFIL DOS ADOLESCENTES PARTICIPANTES DOS GRUPOS FOCAIS ...................................................................... 24

3. GRUPOS FOCAIS COM ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA EM MEIO ABERTO ...................................................... 32

3.1.Norte .................................................................................................32

3.2. Nordeste ............................................................................................38

3.3. Centro-Oeste .......................................................................................44

3.4. Sudeste .............................................................................................49

3.5. Sul ...................................................................................................55

4. GRUPOS FOCAIS COM RESPONSÁVEIS DOS ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA EM MEIO ABERTO .................. 59

Também foram analisados nos depoimentos dos responsáveis pelos adolescentes atendidos os principais aspectos dos temas em debate aspectos positivos, entraves e recomendações ....................................................................................59

4.1. Norte ................................................................................................59

4.2. Nordeste ............................................................................................64

4.3. Centro-Oeste .......................................................................................70

4.4. Sudeste .............................................................................................75

4.5. Sul ..................................................................................................81

CONCLUSÃO .................................................................................... 85

BIBLIOGRAFIA .................................................................................. 89

ANEXO 1 — ROTEIRO DOS GRUPOS FOCAIS — ADOLESCENTES .......................... 91

ANEXO 2 — ROTEIRO DOS GRUPOS FOCAIS — RESPONSÁVEIS E FAMILIARES .......... 93

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM10

APRESENTAÇÃO

Foram realizados na Pesquisa 54 grupos focais em 25 capitais. Tais atividades se desenvolve-

ram em um período entre 24 de novembro de 2012 e 28 de fevereiro de 2013.

Buscou-se nessa etapa investigar as impressões sobre o funcionamento do Programa oferecido

pelas unidades para os dois principais públicos de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, a

saber: o adolescente em cumprimento de medida e a família.

De maneira geral os grupos aconteceram em um clima agradável e amistoso, sempre apresen-

tando aspectos importantíssimos para a análise dos programas pretendida nesta etapa da pes-

quisa. A avaliação da atividade por parte dos participantes foi, em geral, positiva e surgiram

inclusive pedidos e sugestões para que atividades neste mesmo formato sejam desenvolvidas

pelas equipes das unidades, tendo em vista a troca de experiências, uma vez que o atendimen-

to individualizado cria poucas oportunidades para realização de atividades coletivas.

No quadro a seguir, podemos verificar a data, quantidade de pessoas e principais aconteci-

mentos em cada capital:

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11Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Quadro 1: Informações Básicas sobre os Grupos Focais nas 27 capitais

CAPITAL DATA QUANT. ADOLESCENTES

QUANT. FAMILIARES

OBSERVAÇõES

Aracaju 05/12/2012 10 07 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

Belém 01/02/2013 06 04 A mobilização do parcei-

ro local em relação aos

familiares teve dificul-

dade devido aos compro-

missos de trabalho dos

responsáveis.

Belo

Horizonte

20/02/2013 02 01 O parceiro local não

conseguiu mobilizar os

familiares e adolescentes

para participação no gru-

po focal e a equipe de

pesquisa teve que ficar

mais um dia na cidade

para que ocorresse o

grupo focal, ajudando os

parceiros na mobilização

das pessoas.

Boa Vista 06/12/2012 11 09 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

Brasília 18/12/2012 07 05 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM12

Campo

Grande

17/12/2012 11 08 O espaço cedido pelo

parceiro local não era

adequado para realiza-

ção da atividade. No dia

da atividade choveu,

o que pode ter dificul-

tado a vinda de outros

responsáveis. Contudo,

percebeu-se que os res-

ponsáveis e adolescentes

sentiram-se bastante

à vontade para falar e

criaram um laço de con-

fiança com a equipe.

Cuiabá 13/12/13

GF1 com

Adolescen-

tes

14/12/13

GF com

responsá-

veis

06 06 Foi feito convite para os

responsáveis, contudo

nos dois dias das ativida-

des houve chuva intensa

na cidade e, talvez, por

este motivo os convida-

dos tenham faltado.

Curitiba 11/12/2012 11 14 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

Florianópolis Não acon-

teceu

Não aconte-

ceu

Não

aconte-

ceu

O parceiro local não se

mostrou disposto a ar-

ticular os grupos focais,

desmarcando datas e

argumentou empecilhos

de tempo e dificuldade

de mobilização.

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13Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Fortaleza 10/12/2012 08 07 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

Goiânia 13/12/2012 10 07 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

João Pessoa 29/11/2012 12 07 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

Macapá 13/12/2012 09 06 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

Maceió 4/12/2012 07 03 A mobilização do parcei-

ro local em relação aos

familiares e adolescentes

revelou dificuldade devi-

do à falta de transporte

para buscá-los em casa,

visto que o espaço do

CREAS onde aconteceu

o GF não é central na

cidade.

Manaus 01/03/2013 08 07 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória, ainda que a

gestão tenha atrasado na

definição da data.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM14

Natal 28/11/2012 12 05 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória, ainda que o

local da realização do GF

não fosse central para os

participantes.

Palmas 06/12/2012 09 12 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

Porto Alegre 12/12/2012

14/12/2012

03 03 O parceiro local não

conseguiu mobilizar os

familiares e adolescen-

tes para participação no

grupo.

Porto Velho 18/01/2013 05 05 O parceiro local não

conseguiu mobilizar a

contento os familiares e

adolescentes para parti-

cipação no grupo.

Recife 30/11/2012 11 10 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

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15Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Rio Branco GF PSC —

11/12/2012

GF LA —

12/12/2012

GF PSC —

15

GF LA —

1 1

GF PSC

— 05

GF LA

— 04

O número de pessoas foi

suficiente, a participação

efetiva e a organização

do parceiro local satis-

fatória. Em Rio Branco

aconteceram quatro gru-

pos focais, pois o Serviço

de Medidas Socioeducati-

va em Meio Aberto desta

capital se divide em um

núcleo de LA gerenciada

na época pelo Estado e

outro de PSC gerenciado

pelo Município. Desta

forma foram feitos dois

grupos focais por núcleo,

com os adolescentes e

com responsáveis pelos

adolescentes.

Rio de Ja-

neiro

10/12/2012 08 08 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

Salvador 07/12/2012 04 03 O parceiro local não

conseguiu mobilizar os

familiares e adolescen-

tes para participação no

grupo

São Luis 12/12/2012 11 09 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

São Paulo 24/11/2012

(GF família)

29/12/2012

(GF adoles-

centes)

13 08 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM16

Teresina 11/12/2012 08 05 O número de pessoas foi

suficiente, a participa-

ção efetiva e a organi-

zação do parceiro local

satisfatória.

Vitória 04/12/2012 04 02 Mesmo ocorrendo mobi-

lização, a participação

dos familiares e adoles-

centes foi baixa.

1. PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS

Dentre as diferentes técnicas para obtenção de dados qualitativos, optou-se, neste projeto,

por realizar também os Grupos Focais ou grupos focalizados.

Há vários referenciais teóricos que fundamentam a escolha desta técnica de pesquisa.

Para Morgan (1997), os grupos focais derivam das entrevistas grupais, que coletam infor-

mações por meio das interações grupais. Em Kitzinger (2000), observou-se que o grupo

focal é uma forma de entrevistas com grupos, baseada na comunicação e na interação. Seu

principal objetivo é reunir informações detalhadas sobre um tópico específico (sugerido por

um pesquisador, coordenador ou moderador do grupo) a partir de um grupo de participantes

previamente selecionados.

A formação de um grupo focal obedece a critérios previamente determinados pelo pesqui-

sador, de acordo com os objetivos da investigação, cabendo a ele a criação de um ambiente

favorável à discussão, que propicie aos participantes manifestar suas percepções e pontos

de vista (PATTON, 1990; MINAYO, 2000).

Gaskell considera que os grupos focais propiciam um debate aberto e acessível em torno

de um tema de interesse comum aos participantes. Um debate que se fundamenta numa

discussão racional na qual as diferenças de status entre os participantes não são levadas em

consideração.

é um debate aberto e acessível a todos; os assuntos em questão são de inte-

resse comum; as diferenças de status entre os participantes não são levadas

em consideração; e o debate se fundamenta em uma discussão racional.

Nesta característica final, a ideia de “racional” não é que a discussão deva

ser lógica ou desapaixonada. O debate é uma troca de pontos de vista, ideias

e experiências, embora expressas emocionalmente e sem lógica, mas sem

privilegiar indivíduos particulares ou posições (2002, p.79).

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17Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Grupo focalizado em entrevista em profundidade (REA e PARKER, 2002, p.93):

• Grupo = os participantes se interessam pelo assunto da discussão e irão interagir uns

com os outros no decorrer da sessão.

• Focalizado = a discussão é limitada e trata de um pequeno número de assuntos fixos

em formato semiestruturado.

• Entrevista = um moderador dirige e conduz a discussão, obtendo informações dos par-

ticipantes do grupo.

• Profundidade = a natureza da discussão é mais penetrante e completa do que é possí-

vel em conversas casuais ou no processo de pesquisa por amostragem.

Ainda em Gaskell, encontrou-se que o grupo focal “é um ambiente mais natural e holístico em

que os participantes levam em consideração os pontos de vista dos outros na formulação de

respostas e comentam as suas próprias experiências e as dos outros” (2002, p.77).

A utilização da técnica do grupo focal permite levantar informação qualitativa para a pes-

quisa e ainda representar um ganho pedagógico para os participantes; permite também dar

continuidade ao processo de reflexão e diálogo entre os participantes; e potencializa a gru-

palização e as interações grupais.

1.1. Operacionalização dos Grupos Focais no âmbito do Projeto

Quantidades e tipos

No âmbito do presente projeto foram realizados dois grupos focais por cidade, distribuídos

da seguinte forma (com as exceções de Florianópolis e Belo Horizonte onde não se realiza-

ram grupos focais e Rio Branco onde ocorreram quatro grupos focais):

Quadro 2: Quantidades e Tipos de Grupos Focais

QUANTIDADE TIPO DE GRUPO

1 Grupo focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio

aberto

1 Grupo focal com responsáveis e familiares de adolescentes em cumprimento de

medida socioeducativa em meio aberto.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM18

Período

Os grupos focais foram realizados no período de 24 de novembro de 2012 a 28 de fevereiro de 2013. A equipe de coordenação do Projeto definiu os dias que os pesquisadores deveriam

marcar os grupos focais dentro desse período.

Espaço físico

Para a sua realização, foram reservados espaços apropriados, de fácil acesso e acessibilidade

para os adolescentes e seus familiares de preferência em território neutro no caso de existi-

rem facções e gangues de segregação territorial dos adolescentes. O ideal era uma sala que

abrigasse confortavelmente o número previsto de participantes e moderadores e que esti-

vesse protegida de ruídos e interrupções externas. Foi dada a preferência pela realização,

quando possível, em espaço reservado dentro da própria unidade em que os adolescentes e

responsáveis já eram atendidos.

Os participantes foram distribuídos em cadeiras arrumadas em forma circular.

Equipamentos que foram usados nos grupos focais

Quanto aos equipamentos requeridos, o uso de gravador foi considerado imprescindível. Vale

ressaltar que a utilização deste recurso foi condicionada à expressa permissão dos partici-

pantes dos grupos. Também foi importante tomar nota das falas e comentários, tanto quanto

possível, seja através de anotações manuais ou com o auxílio de um computador.

Quantidade de participantes no Grupo focal

Com relação ao número de participantes nos grupos focais, recomendamos que fosse um

mínimo oito e no máximo dezesseis participantes. O tamanho ótimo para um grupo focal

é aquele que permita a participação efetiva dos componentes e a discussão adequada dos

temas (PIZZOL, 2004).

Contudo, a realidade do campo nos apresentou uma situação de imensa dificuldade no que

diz respeito à sensibilização tanto de adolescentes quanto de responsáveis, por isso, de

forma a manter o compromisso de investigar também a perspectiva desses dois segmentos

que integram de maneira fundamental o Sistema Socioeducativo, muitas vezes flexibilizamos

esse critério, sem nunca, porém, abrir mão dos pressupostos metodológicos de uma perspec-

tiva objetiva.

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19Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Duração do grupo focal

O número de participantes no grupo focal influenciou, sem dúvida, na sua duração. A comple-

xidade do tema ou o grau de polêmica em torno das questões que se apresentaram são outros

fatores que interferiram neste ponto. A duração média da atividade ficou em torno de 75 minutos.

Características dos participantes

Os participantes de um grupo focal devem apresentar certas características em comum que

estão associadas à temática central em estudo. O grupo deve ser, portanto, homogêneo em

termos de características que interfiram radicalmente na percepção do assunto em foco.

Barbour e Kitzinger (1999) recomendam que os participantes sejam selecionados dentro de

um grupo de indivíduos que convivam com o assunto a ser discutido e que tenham profundo

conhecimento dos fatores que afetam os dados mais pertinentes.

A seleção dos entrevistados que integrariam cada um dos grupos foi feita de forma a garantir

o máximo de heterogeneidade na composição dos grupos quanto ao sexo, raça/cor, idade,

escolaridade, tipo de medida que está sendo cumprida etc.

A intenção foi “dar voz” à diversidade presente no universo a pesquisar, conforme as seguin-

tes características:

Quadro 3: Características e Descrição dos participantes dos Grupos Focais

CARACTERíSTICAS E DESCRIÇÃO QUANTIDADE

Característica principal:

Vínculo com unidade de atendimento para cumprimento de MSE em

meio aberto em uma das 27 capitais brasileiras.

100% dos

adolescentes

100% dos

responsáveis e seus

familiares.

Características secundárias:

Tipo de Medida Socioeducativa:

• um adolescente cumprindo medida de Liberdade Assistida/LA;

• um adolescente cumprindo medida de Prestação de Serviços à

Comunidade/PSC;

• um adolescente cumprindo ambas as medidas cumuladamente, LA e

PSC.

3

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM20

Idade:

• um adolescente com idade entre 12 a 14 anos;

• um adolescente com idade entre 15 a 17 anos de idade;

• um adolescente com idade entre 18 ou mais anos de idade.

3

Raça/cor:

• um adolescente que tenha se auto declarado negro/pardo;

• um adolescente que tenha se auto declarado branco.

2

Sexo:

• pelo menos 1 homem; pelo menos 1 mulher.

2

Escolaridade:

• um adolescente com instrução no nível fundamental completo ou

incompleto;

• um adolescente com instrução no nível médio completo ou incompleto.

2

Renda:

• um adolescente integrante de família com renda per capita familiar de

0 a 1/2 salário mínimo;

• um adolescente integrante de família com renda per capita familiar de

1/2 a 1 salário mínimo;

• um adolescente integrante de família com renda per capita familiar a

partir de 1 salário mínimo.

3

Uso de substâncias psicoativas:

• um adolescente que seja usuário;

• um adolescente que não seja usuário.

2

A seleção dos participantes foi feita pelos coordenadores e técnicos dos serviços/programas

de atendimento a partir das informações contidas nas fichas de atendimento preenchidas

pelos usuários. Nas fichas foi possível identificar pessoas que representem cada uma das

características citadas anteriormente. Era importante selecionar pelo menos 3 pessoas para

cada característica, considerando a possibilidade de a pessoa convidada não poder ou não

querer participar.

Page 275: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

21Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

O convite para o GF

O convite para participar do grupo focal foi feito, preferencialmente, de maneira pessoal (ao

vivo, por carta ou telefone). Vale destacar a importância da participação dos gestores das

entidades de atendimento ou dos serviços no momento do convite para mobilizar a partici-

pação dos adolescentes e familiares nos grupos focais.

No contato com os participantes foram enfatizadas as seguintes informações:

• o caráter voluntário da participação;

• os objetivos gerais da pesquisa e do grupo focal;

• o órgão promotor da pesquisa (SDH/PR) e o realizador (IBAM);

• dia, hora e local de realização do Grupo Focal;

• estimativa do tempo de duração do Grupo Focal;

• disponibilidade de recursos para deslocamento dos adolescentes;

• a existência de um lanche ao final.

Todas as pessoas convidadas receberam uma carta convite, cujo texto foi elaborado pelo IBAM

e repassado aos pesquisadores locais. O pesquisador local pediu a confirmação da presença de

cada convidado, com a intenção de ter pelo menos 08 participantes no momento do grupo focal.

Participação da equipe de atendimento socioeducativo

Por razões metodológicas, as pessoas de referência no município, sejam elas da Entidade ou

da Unidade, não puderam participar do grupo focal propriamente dito.

Papel do Pesquisador Local

• seleção intencional dos entrevistados a partir das características secundárias predefinidas;

• fornecimento das fichas com informações socioeconomicas relativas às pessoas sele-

cionadas;

• convites às pessoas selecionadas para participar da pesquisa (carta, telefonema e con-

tato pessoal);

• escolha e marcação de local apropriado para a realização do trabalho: de preferência

local silencioso, arejado, com possibilidade de organizar as cadeiras em círculo;

• relatoria do grupo focal.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM22

A moderação dos grupos focais

A equipe técnica de coordenação se responsabilizou pessoalmente pela moderação dos gru-

pos focais e pela condução da dinâmica da discussão.

O pesquisador local atuou como apoio ao técnico da coordenação do projeto, intervindo

oportunamente, como segundo moderador, mas seu papel principal foi fazer a relatoria. Por

isso, as datas e horários para realização dos grupos foram também combinadas entre pesqui-

sador local e coordenação.

Scrimshaw e Hurtado (1987, p. 12) identificam como atribuições do moderador de grupo

focal: (a) introduzir a discussão e a manter acesa; (b) enfatizar para o grupo que não há res-

postas certas ou erradas; (c) observar os participantes, encorajando a palavra de cada um;

(d) buscar as “deixas” da própria discussão e fala dos participantes; (e) construir relações

com os informantes para aprofundar, individualmente, respostas e comentários considerados

relevantes pelo grupo ou pelo pesquisador; (f) observar as comunicações não verbais e o

ritmo próprio dos participantes, dentro do tempo previsto para o debate.

Exercer a moderação de um grupo focal requer do moderador e do apoio, algumas habilida-

des específicas no manejo de discussões em grupo. Foi preciso ter sensibilidade e bom senso

para conduzir o grupo de modo a manter o foco sobre os interesses do estudo, sem negar aos

participantes a possibilidade de expressar-se espontaneamente.

O moderador de grupo deve exercer um papel menos diretivo e mais centrado no processo

de discussão; alguns moderadores dirigem o grupo de tal modo que a discussão gira em torno

de suas opiniões, e não daquelas expressas pelos participantes (GONDIM, 2002). Deve ter o

cuidado, como adverte Minayo (2000), de não induzir o grupo, de forma consciente ou não,

a partir de seu ponto de vista.

O objetivo do grupo foi expresso de forma clara no momento de abertura dos trabalhos,

sinalizando as questões centrais nas quais a discussão iria se concentrar.

Após breve apresentação dos participantes, procedeu-se para a especificação das regras bá-

sicas de funcionamento dos grupos, esclarecendo de partida o papel do moderador. Gondim

(2002) apresenta uma lista básica de regras para esta ocasião, a saber: 1) falar uma pessoa

de cada vez; 2) evitar discussões paralelas para que todos possam participar; 3) dizer livre-

mente o que pensa; 4) evitar o domínio da discussão por parte de um dos integrantes; 5)

manter a atenção e o discurso na temática em questão.

O moderador assegurou, ainda, que todos os participantes tenham assinado previamente o

termo de consentimento livre e esclarecido.

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23Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Roteiro de discussão

O roteiro de questões (anexos 1 e 2) que norteou as discussões nos grupos focais continha

poucos itens, permitindo certa flexibilidade na condução dos debates com registro de temas

não previstos, mas relevantes. Apesar da flexibilidade, os roteiros constituem a espinha

dorsal da condução dos debates visto que é fundamental ter dimensões de comparabilidade

entre os diversos grupos focais.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM24

2. ALGUNS DADOS: PERFIL DOS ADOLESCENTES PARTI-CIPANTES DOS GRUPOS FOCAIS

Os participantes dos Grupos Focais preencheram uma ficha que levantava alguns dados socioeco-

nômicos, como: cor, escolaridade, situação conjugal, dentre outros (vide anexo 3).

Os dados foram tabulados e organizados em tabelas e gráficos são apresentados a seguir.

O número de participantes no total dos 54 grupos focais realizados nas capitais, categoriza-

dos nos subgrupos: responsáveis e adolescentes foi de 213 adolescentes e 160 responsáveis.

Total de participantes: subgrupos

Figura 1: Total de Adolescentes participantes dos Grupos Focais.

a) Sexo dos adolescentes

A maioria dos participantes era de homens, ainda que a indicação tenha sido de que em

todos os grupos focais tivessem participantes mulheres. No universo de medidas socioedu-

cativas em meio aberto, a maioria é de homens e a representação de mulheres no universo

total dos GF(s) representa esse fato.

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25Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Sexo dos Adolescentes Participantes dos Grupos Focais

Figura 2: Sexo dos Adolescentes (Grupos Focais).

Sexo do adolescente participantes dos Grupos Focais por região

Figura 3: Sexo dos Adolescentes por Região (Grupos Focais).

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM26

b) Idade

A pergunta sobre idade foi aberta e não organizada por faixa etária. Propositalmente, que-

ria-se capturar a média de idade dos participantes dos grupos focais. A maioria está na faixa

etária entre 16 e 18 anos.

Idade dos adolescentes participantes dos grupos focais

Figura 4: Idade dos Adolescentes (Grupos Focais).

c) Cor ou raça

Esse item do questionário foi autodeclaração. A maioria dos adolescentes se declarou parda.

Somente na região norte alguns participantes se declararam indígenas (7 pessoas) e a cor

branca superou a cor preta (56 brancos; 52 negros).

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27Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Cor e raça dos adolescentes participantes dos grupos focais

Figura 5: Cor e Raça dos Adolescentes (Grupos Focais).

d) Situação conjugal

Situação conjugal dos adolescentes participantes

Figura 6: Situação Conjugal Adolescentes (Grupos Focais).

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM28

e) Adolescentes participantes dos grupos focais que possuem 1 ou

mais filhos

Nessa pergunta, 33 adolescentes apresentaram ter 1 ou mais filhos. Na região nordeste, duas

adolescentes participantes estavam grávidas durante a realização do grupo focal.

Número de adolescentes participantes com e sem filhos

Figura 7: Indice de Adolescentes com ou sem filhos (Grupos Focais).

Número de adolescentes participantes com e sem filhos por região

Figura 8: Indice dos adolescentes com e sem filhos por Região (Grupos Focais).

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29Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

f) Grau de Escolaridade

Nesse item, pode-se perceber a defasagem de escolaridade em relação à idade dos adoles-

centes, visto que a grande maioria ainda está cursando o Ensino Fundamental.

Escolaridade dos adolescentes participantes

Figura 9: Grau de Escolaridade Adolescentes (Grupos Focais).

Grau de instrução dos participantes por região

Figura 10: Grau de Escolaridade dos Adolescentes por Região.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM30

g) Medida socioeducativa em meio aberto em cumprimento pelos ado-

lescentes

A maioria dos adolescentes participantes dos grupos focais estava cumprindo a Liberdade As-

sistida. Isso reflete, em grande parte das unidades pesquisadas, que a medida mais aplicada é

a LA. 36 dos adolescentes estavam cumprindo as duas medidas ao mesmo tempo (PSC e LA).

Medida socioeducativa em meio aberto em cumprimento

Figura 11: Tipo de Medida Socioeducativa em cumprimento (Grupos Focais).

Medida socioeducativa em meio aberto em cumprimento, por região

Figura 12: Medidas Socioeducatias em Meio Aberto em umprimento, por Região (Grupos Focais).

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31Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

h) Faixa de renda familiar

A maioria dos adolescentes afirmou que a renda familiar é superior a um salário mínimo,

seguido da faixa de renda entre meio a um salário e, por fim, menos de um salário mínimo.

Faixa de renda que melhor caracteriza a renda familiar do adolescente participante

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM32

3. GRUPOS FOCAIS COM ADOLESCENTES EM CUMPRI-MENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA EM MEIO ABERTO

Foram destacados nos depoimentos dos adolescentes nos grupos focais os aspectos positivos,

os entraves e recomendações especificas para cada tema abordado conforme transcrito nos

quadros seguintes por região.

3.1. Norte

VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DE PARTICIPAREM? O QUE VOCêS OUVIAM FALAR DO SERVIÇO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Havia adolescentes

que conheciam as MSE

anteriormente devido à

convivência com outros

adolescentes que foram

atendidos.

• Em Rio Branco boa parte

dos adolescentes conhecia

a MSE, demonstrando até

certo conhecimento sobre

o momento de transição

vivida por esse programa/

serviço.

• As medidas socioeducativas

ainda são pouco

conhecidas.

• Ainda se associa MSE

exclusivamente com o

meio fechado, que é alvo

das piores impressões.

(Palmas) “Passei 13 dias lá;

nos primeiros 3 dias achei

que já havia passado uma

semana”.

• Visão cartorial do

atendimento da unidade.

(Manaus) “(...) só era pra

ficar sentado pra ganhar

presença”.

• Desenvolver atividades de

promoção das MSE junto às

comunidades com as quais

trabalha.

• Promover debates, junto às

comunidades, específicos

sobre as medidas de meio

aberto com adolescente.

• Maior fiscalização do

atendimento oferecido pelas

unidades tendo em vista o

cumprimento das diretrizes

legais que orientam o

funcionamento das MSE-MA.

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33Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Ajuda a mudar

positivamente o

comportamento

do adolescente

que cumpre a

medida.

(Belém) “eu

acordo cedo

agora. Tem umas

coisas legais,

querem que

a gente mude

de vida, dão

oportunidades pra

gente”.

• Boa relação com

a equipe técnica

de referência no

atendimento.

(Belém) “gosto

das conversas com

o orientador. Ele

fala muito comigo

do que é certo e

errado”.

• Oferta, ainda

que limitada,

de atividades

construtivas e

instigantes.

(Palmas) “gosto

de digitar os

documentos e, de

vez em quando,

preencher fichas”.

• Preconceito das outras pessoas no

ambiente de Prestação de Serviços.

(Macapá) “O preconceito de

algumas pessoas na escola

onde presto serviço, fica uma

desconfiança”.

• Cumprimento da MSE-MA atrapalha

o desenvolvimento e manutenção

da vida profissional.

(Belém) “demora muito a atender

a gente aqui. Chego atrasado no

trabalho”.

• Falta de recursos e estratégias para

deslocamento e transporte dos

adolescentes até a unidade e/ou

local de PSC.

(Macapá) “Não tenho condições

de arcar com as despesas do

deslocamento até o local da

medida”.

(Porto Velho) “Ainda não consegui

cumprir minha medida “ PSC “ porque

não tem carro pra me levar lá”.

• Falta de atividades regulares na

unidade de atendimento.

(Porto Velho) “Só venho poucas

vezes por ano, quando elas chamam,

tipo quatro vezes por ano”.

• Atividades de PSC degradantes ou

pouco construtivas.

• Demora no atendimento dos

adolescentes pelos técnicos das

unidades.

• Sensibilização junto às

entidades parceiras sobre

o papel da mesma no bom

cumprimento da medida.

• Maior disponibilidade e

flexibilidade de horário,

tendo em vista facilitar o

acompanhamento da medida

pelo adolescente.

• Disponibilização de transporte

e/ou distribuição de vales-

transporte.

• Promoção e manutenção por

parte da unidade de um plano

de atividades rico e constante.

• Oferta de atividades de

PSC que contribuam para o

desenvolvimento pessoal e até

profissional do adolescente.

Dar prioridade a atividades

leves e que o exercício possa

ser convertido em um “saber”

novo para o adolescente.

• Desenvolvimento de atividades

lúdicas e esportivas.

• Ampliação do número de

atividades educativas,

de capacitação técnica e

profissional.

• Ampliação da equipe de

atendimento para diminuir

ou acabar com a espera pelo

atendimento.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM34

COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS VOCêS FORAM ENCAMINHADOS? FALE UM POUCO SOBRE ELAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• São realizados,

embora muitas vezes

com dificuldade,

encaminhamentos para

atividades.

• Escolas são espaços

onde os adolescentes

costumam gostar de

cumprir a PSC.

• São feitos

encaminhamentos para

diversos serviços.

• Não são realizadas

atividades, apenas

compareço e assino a

presença.

• Baixa oferta de cursos

(Porto Velho) “Deveria ter

curso para mais series,

o que dava pra fazer pra

mim era só informática,

achei chato”.

• Há dificuldades na

continuidade dos

atendimentos para os

quais os adolescentes são

encaminhados.

• Longa espera para o

começo dos cursos para os

quais são encaminhados.

• Demora no atendimento

nos serviços de saúde

para os quais foram

encaminhados.

(Belém) “Já fui

encaminhado para dois

cursos, mas no serviço de

saúde não fui atendido

quando precisei”.

• Ampliação do grupo de parceiros

que compõem a rede de serviços

tendo em vista uma amplitude

de opções de atividade que

contemple o maior número de

adolescentes possível.

• Promover atividades de

integração junto à rede de

equipamentos públicos e

privados.

• Debater junto aos conselhos

municipais e estaduais da

criança e do adolescente o

número potencialmente baixo

de inscrição de projetos para

o público da criança e do

adolescente em cumprimento de

medida socioeducativa em meio

aberto.

• Alargar o fluxo de comunicação

entre os equipamentos que

compõem sua rede.

• Construir condições de trabalho

para equipe técnica que

permita um acompanhamento

presencial a alguns de seus

encaminhamentos.

• Desenvolver atividades de

sensibilização junto aos gestores

e funcionários da ponta dos

equipamentos que compõem

a rede da unidade sobre a

importância de seu papel para o

sucesso da medida.

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35Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

COMO SUA FAMíLIA APOIA VOCê NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Apoio da família,

sobretudo de mães ou

de figuras maternas que

desempenhem seu papel.

(Palmas) “Se eu não tivesse

minha mãe, eu já estaria

preso. Eu aprontava

demais”.

• Atendimento reaproximou

adolescente de familiares.

(Macapá) “Sempre minha

mãe me acompanha e vem

ao CREAS, mas a equipe

do CREAS ainda não nos

visitou”.

(Porto Velho) “Eles apoiam,

eu desrespeitava mais,

agora estou respeitando

mais. Antes saia no fight

com meu pai (...)”.

• Ambiente familiar

desequilibrado pode levar

a covivência conflituosa,

que por sua vez pode

desestimular o adolescente

tanto no cumprimento da

medida como em outros

setores de sua vida.

(Porto Velho) “a minha

num tá nem ai, sou filho

adotivo, vivo brigando com

eles. Tem horas que jogam

na cara, noiadinho e tudo.

Mas às vezes fico estressado

e ameaço também. Meu pai

vem, conversa, melhora 2-3

dias, depois volta tudo”.

• Papel de apoio da família

muitas vezes se reduz

à “fiscalização” e ao

cumprimento, por parte

do adolescente, em sua

responsabilidade, da

medida socioeducativa em

meio aberto.

(Porto Velho) “meu pai que

faz eu vir aqui, minha mãe

que lembra ele”.

• Programação de atividades,

que ocorram com um nível

viável de frequência, que

envolva todos os membros

da família do adolescente,

abordando questões

familiares.

• Intensificação ou

reestruturação do processo

de sensibilização junto

aos responsáveis dos

adolescentes sobre a

abrangência e importância

no bom cumprimento

da medida por parte do

adolescente.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM36

COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS, ALéM DE SUA FAMíLIA (VIzINHOS, AMIGOS, PRO-FESSORES), VEEM A SUA PARTICIPAÇÃO NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Em Rio Branco os

adolescentes, tanto de LA

quanto de PSC afirmaram

que o apoio das pessoas

que os cercam tanto

acontece como é

importante.

• Papel de pessoas

da comunidade de

convivência principal

do adolescente que

tenham passado pelo

sistema socioeducativo no

momento de aproximação

do adolescente junto

à comunidade após o

início do cumprimento da

medida.

• Estigma e preconceito

prevalecem tanto na

comunidade que o

adolescente habita, quanto

em instituições para onde

ele é encaminhado, tais

como a escola.

(Belém) “na escola tudo

que acontecem já pensam

que foi eu”.

(Macapá) “Tem um pouco

de preconceito, quando

me veem no canto de casa

chamam a polícia. O diretor

da minha escola pediu

para eu não aprontar nada

na escola, porque estou

cumprindo MSE”.

• Denuncias de perseguições

feitas por policiais a

adolescentes que estão em

cumprimento de MSE-MA.

(Porto Velho) “Aqui a

polícia bate muito. Mas não

pode fazer isso não, eles

marcam você, aí já era,

eles perseguem”.

• Realização de campanhas

de amplo alcance que

visem à sensibilização das

comunidades de pessoas

quanto à importância das MSE-

MA bem como à importância

de seu papel enquanto

coletividade de se apresentar

como referência para o jovem.

• Promover a integração

entre o serviço oferecido

e a comunidade atendida,

tanto através de campanhas

organizadas pela própria

unidade, quanto por

meio de outras atividades

como palestras, oficinas e

celebrações.

• A unidade e o programa devem

se aproximar das instâncias

policiais, sobretudo as que se

situam próximas as unidades

de atendimento, tendo em

vista a sensibilização destes

quanto a função do trabalho

desempenhado nas MSE-MA.

• Reforço das ações

investigativas promovidas

pelos atores que integram o

sistema de garantia de direitos

tendo em vista a prevenção de

possíveis abusos sofridos pelos

adolescentes em cumprimento

de MSE-MA.

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37Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

CADA UM DE VOCêS, FALE SOBRE UM SONHO QUE VOCê GOSTARIA DE REALIzAR NO FUTURO PRÓxIMO? O QUE VOCê ESTá VIVENCIANDO NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA

VAI TE AJUDAR NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A rotina de regras, horários

e responsabilidades

imposta pelo CREAS foi

mais uma vez um fator

ressaltado como possível

diferencial na busca

da realização de suas

ambições.

• Visão comum entre os

jovens da MSE-MA como um

“recomeço”, “uma nova

chance” para a busca de

seus sonhos e ambições.

(Belém) “Estou tendo

uma nova oportunidade.

Recuperar minha vida. Todo

mundo erra e eu estou

corrigindo isso”.

• Incentivos e orientações da

equipe de atendimento no

sentido da realização dos

sonhos dos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

(Manaus) “Tem que sair

dessa vida”.

• A maioria dos adolescentes

respondeu à questão

de suas ambições

apresentando desejos

construtivos para seus

futuros.

(Macapá) “Gostaria de

trazer felicidade para

minha família através do

estudo e trabalho”.

• Poucas atividades

desenvolvidas nas unidades

de atendimento e nos

locais de prestação de

serviços à comunidade

têm relação direta com

a realização dos sonhos

dos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

(Palmas) “trabalhar de

graça sem ganhar p****

nenhuma, isso vai ajudar

em que pra que eu seja

jogador de futebol? Vai me

ajudar a pensar? Aí é da

cabeça do cara se ele quiser

pensar. Boto fé que é da

cabeça do cara”.

• Encaminhamento para

atividades, de preferência de

natureza profissionalizante,

que estejam relacionados

às ambições futuras

dos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

(Porto Velho) “como falei,

tem que ter incentivo,

trabalho mesmo”.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM38

FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Todos os participantes

avaliaram a atividade como

positiva.

• Muitos participantes

gostariam que a equipe da

unidade realizasse grupos

focais com eles também.

• Foi muito difícil mobilizar

adolescentes que se

voluntariassem para a

atividade.

• Muitos adolescentes

deixaram de participar

por terem problemas em

chegar à unidade onde a

atividade é desenvolvida.

• Realização de grupos focais

com os adolescentes.

• Disponibilização de verba

exclusiva para o transporte

dos adolescentes até a

unidade de atendimento.

3.2 Nordeste

VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DE PARTICIPAREM? O QUE VOCêS OUVIAM FALAR DO SERVIÇO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Poucos participantes

conheciam o serviço.

• Dentre os que conheciam

o serviço imperava uma

imagem negativa do

mesmo.

(Fortaleza) “Eu achava que

era para limpar banheiro,

porque eu vi sendo assim na

Malhação”.

• Desenvolver atividades de

promoção das MSE junto às

comunidades com as quais

trabalha.

• Promover debates, junto às

comunidades, específicos

sobre as medidas de meio

aberto com adolescente.

• Maior fiscalização do

atendimento oferecido pelas

unidades tendo em vista o

cumprimento das diretrizes

legais que orientam o

funcionamento das MSE-MA.

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39Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Boa relação com

a equipe técnica

de referência no

atendimento.

(Recife) “É melhor

do que só assinar. O

Orientador mora em

frente a minha casa”.

• Ajuda a mudar

positivamente o

comportamento do

adolescente que

cumpre a medida.

(Fortaleza)

“Aprender a ter

responsabilidade”.

• Oferta de cursos.

• Acesso a benefícios

(Natal) “Oferta de

cartões de passagem

de ônibus e a aula de

música; a comida; a

Oficina de Música”.

(Teresina) “Bem

legal as pessoas,

tem merenda, têm

palestras sobre drogas,

mostrando o mal que

as drogas fazem com as

pessoas”.

• Restrições quanto o horário de

permanência na rua atrapalham

aqueles que estudam a noite.

(Fortaleza) “Ter que estar em

casa 10h da noite. Isso para quem

estuda à noite, pros demais é 8h

da noite”.

• Cumprimento da MSE-MA

atrapalha o desenvolvimento e

manutenção vida profissional.

• Instalações precárias da unidade

de atendimento.

(Natal) “Acho que devia

aumentar as salas; aqui está mais

parecendo o cadeião de Cidade

da Esperança, porque é muito

apertado e quente; aqui não

passa ônibus por perto”.

• Longo período de espera para

o início do cumprimento da

medida.

(Recife) “Estou na medida faz 2

anos mas para juiz só faz 4 meses

porque falta Orientador!”

(Recife) “Demorou muito tempo,

já faz 1 ano e parece que faz só 1

mês. Passei 11 meses esperando e

ainda vou pagar 1 ano e 6 meses”.

• Oferta de cursos está abaixo da

demanda.

(Aracaju) “Aqui deveria colocar

um curso porque é melhor. Aqui a

gente fica só olhando um para a

cara do outro”.

• Melhor adequação dos

horários de atendimento

com a rotina dos

adolescentes em

cumprimento de MSE_MA.

(Fortaleza) “Melhorar o

horário”.

• Flexibilidade dos horários

de atendimento para

casos de adolescentes que

trabalham ou desenvolvem

alguma atividade formal

que seja entendida como

positiva.

• Desenvolvimento de

atividades fora das

unidades.

• Aumentar a equipe de

atendimento da unidade

para evitar esperas por

parte dos adolescentes para

o início do cumprimento da

medida.

(Natal) “Deveria ter mais

Orientadores e deveriam

ligar sempre. Fiquei 6

meses ‘esquecido’, depois

de muito tempo ele ligou”.

• Investimentos em melhoria

e ampliação das instalações

físicas da unidade de

atendimento.

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COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS VOCêS FORAM ENCAMI-NHADOS? FALE UM POUCO SOBRE ELAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Quando há

encaminhamento para a

educação e saúde básica o

atendimento é feito com

frequência e qualidade.

(Maceió) “Eu fui

encaminhado para o mini

pronto-socorro. Fui bem

recebido lá e na escola

também”.

• Alguns adolescentes

afirmam ter sido

consultados sobre os

encaminhamentos para

cursos.

(Teresina) “Eles tão fazendo

uns formulários para saber

nosso interesse, nosso

interesse nos cursos, para

conhecer a gente”.

• Houve adolescentes

que destacaram o

encaminhamento para os

cursos.

(Teresina) “Fiz curso

de oficina mecânica e

informática. Foi pouco

tempo de curso, 100hs,

apenas. Gostei do de

informática, do de

mecânico eu já sabia um

pouco”.

• Encaminhamentos feitos

estão abaixo da demanda

dos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

(Fortaleza) “Eu ainda não fui

encaminhada para nenhum

curso”.

• Preconceito sofrido pelos

adolescentes nos locais para

onde foram encaminhados.

(Maceió) “(...) na minha

escola não me aceitaram

bem não. Ficaram olhando

diferente pra mim, aí eu

desisti de estudar”.

• Existência de casos de

adolescentes que não

conseguem ser atendidos

em escola e outros serviços

de atenção básica.

(Maceió) “Minha mãe está

tentando me matricular, mas

não está conseguindo, eles

não estão me aceitando”.

• Em alguns casos, os

adolescentes afirmaram

não ter sido realmente

encaminhados para os

cursos.

(Teresina) “Eles me falaram

que iam me mandar pra não

sei onde pra fazer o curso,

mas não fiz nada, não me

chamaram”.

• Ampliação do grupo de

parceiros que compõem a

rede de serviços tendo em

vista uma amplitude de

opções de atividade que

contemple o maior número

de adolescentes possível.

• Sensibilização junto às

entidades parceiras sobre

o papel da mesma no bom

cumprimento da medida.

• Maior fiscalização quanto

ao atendimento nos

serviços para os quais

os adolescentes são

encaminhados, tendo em

vista prevenir e remediar

abusos sofridos durante

cumprimento de MSE-MA

nesses ambientes.

• Acompanhamento dos

encaminhamentos

feitos pela unidade de

atendimento deve ser

verificada pelas entidades

responsáveis.

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41Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

COMO SUA FAMíLIA APOIA VOCê NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Figura materna é

apresentada como a

principal fonte de apoio

familiar durante o

cumprimento da MSE-MA.

• Alguns afirmaram que

seus pais participam das

atividades na unidade

sempre que chamados.

• Ainda são poucos os

adolescentes que afirmam

contar com o apoio de toda

a família.

(Recife) “Alguns da família

apoiaram e outros não”.

• Papel de apoio da família

muitas vezes se reduz

à “fiscalização” e ao

cumprimento, por parte

do adolescente, em sua

responsabilidade, da

medida socioeducativa em

meio aberto.

(Natal) “Meus pais ficam em

casa esperando eu chegar

para dizer o que aconteceu”.

• Programação de atividades,

que ocorram com um nível

viável de frequência,

envolvendo todos os

membros da família do

adolescente, abordando

questões familiares.

• Intensificação ou

reestruturação do processo

de sensibilização junto

aos responsáveis dos

adolescentes sobre a

abrangência e importância

no bom cumprimento

da medida por parte do

adolescente.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM42

COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS, ALéM DE SUA FAMíLIA (VIzINHOS, AMIGOS, PRO-FESSORES), VEEM A SUA PARTICIPAÇÃO NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Há adolescentes que

recebem apoio das

pessoas a sua volta,

sobretudo de amigos mais

próximos e parceiros

amorosos.

(Natal) “Meu namorado

manda eu vir porque diz

que não quer ter que ir me

visitar na cadeia”.

(Natal) “Os amigos dizem

para eu vir porque quanto

mais rápido terminar,

melhor”.

• Muitos adolescentes

preferem manter a MSE-MA

em segredo para não sofrer

com os preconceitos das

pessoas a sua volta.

(Fortaleza) “Só quem sabe é

a minha família”.

(Teresina) “Alguns amigos

sabem, meus vizinhos sabem,

professores e amigos da

escola não sabem. A gente

fica mal vista”.

• O preconceito se destaca

como a principal reação

das pessoas a volta dos

adolescentes quando

descobrem que ele está

cumprindo MSE-MA

(Recife) “Foi preso, né?!”

• Realização de campanhas de

amplo alcance que visem à

sensibilização das comunidades

de pessoas quanto à

importância das MSE-MA bem

como à importância de seu

papel enquanto coletividade

de se apresentar como

referência para o jovem.

• Promover a integração

entre o serviço oferecido

e a comunidade atendida,

tanto através de campanhas

organizadas pela própria

unidade, quanto por

meio de outras atividades

como palestras, oficinas e

celebrações.

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43Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

CADA UM DE VOCêS, FALE SOBRE UM SONHO QUE GOSTARIA DE REALIzAR NO FUTURO PRÓxI-MO? O QUE VOCê ESTá VIVENCIANDO NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI TE

AJUDAR NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Cursos oferecidos durante

a MSE-MA podem ajudar

no momento de começar e

construir uma carreira.

(Aracajú) “Quero ter uma

família, ser bem sucedida

e acredito que os cursos

ajudam na realização dos

sonhos”.

• A maioria dos adolescentes

respondeu à questão de

suas ambições apresentando

desejos construtivos para

seus futuros.

(Natal) “Terminar essa

medida e arrumar um

trabalho”.

(Salvador) “Crescer na vida,

ser alguém, dar orgulho à

família. Quero terminar os

estudos”.

• Incentivos e orientações da

equipe de atendimento no

sentido da realização dos

sonhos dos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

(Teresina) “Acho que pode

me ajudar na realização

do sonho porque eles me

dão conselho, me ajudam,

quando tem algum curso,

falam pra eu ir (...)”

• Houve adolescentes

que apresentaram

como resposta a essa

questão uma série de

ambições vagas ou pouco

construtivas.

(Maceió) “Morar numa casa

bem grandona, com piscina

e cheia de mulheres”.

(Maceió) “comandar” São

Paulo”.

• Dificuldades em relacionar

as experiências adquiridas

durante o cumprimento

da MSE-MA e a realização

dos sonhos e ambições

manifestadas em suas

respostas.

(Teresina) “Eu nem sei. Eu

não tenho resposta. Sei

nem o que eu digo”.

• Abordar as ambições e

desejos dos jovens durante

os atendimentos.

• Encaminhamento

para atividades, de

preferência de natureza

profissionalizante, que

estejam relacionados

às ambições futuras

dos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM44

FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A atividade foi descrita

como positiva pela maioria

dos adolescentes.

(Maceió) “Eu gostei porque

pelo menos conversou sobre

a nossa vida; até agora foi

a melhor que eu vim; Boa;

Excelente”.

(Natal) “Gratificante;

foi bom, né?; tranquilo;

no sossego; foi legal;

interessante; maneiro;

aproveitador”.

(Salvador) “Foi interessante

porque vocês querem saber,

na verdade, se a gente

gostou ou está gostando do

que a gente está fazendo, se

está largando”.

• Realizar atividades como

“grupos focais”, que

reúnam os adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

3.3 Centro-Oeste

VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DE PARTICIPAREM? O QUE VOCêS OUVIAM FALAR DO SERVIÇO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Em Brasília a maioria dos

adolescentes conhecia

o serviço antes do

cumprimento.

(Brasília) “Uns falavam que era

bom e outros que era ruim”.

(Brasília) “Já tinha ouvido

falar que era bom porque

encaminha a gente pra

emprego, e muda”.

• A maioria dos adolescentes

não conhecia o serviço

antes do cumprimento.

• Dentre aqueles que

conheciam o programa

tinham uma imagem

negativa.

(Goiânia) “Já tinha ouvido

falar, falavam que era ruim”.

• Desenvolver atividades de

promoção das MSE junto às

comunidades com as quais

trabalha.

• Promover debates, junto às

comunidades, específicos

sobre as medidas de meio

aberto com adolescente.

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45Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• As atividades desenvolvidas.

(Campo Grande) “não há nada

que não goste de fazer, estou de

boa, cumpro no posto de saúde,

carimbo um monte de papel, é

melhor que lavar o posto, achei

que teria que lavar. Receberam-

me bem no posto”.

• O trabalho desenvolvido pela

equipe de atendimento.

• Mudança de comportamento

pessoal após o cumprimento da

medida.

(Brasília) “Eu particularmente

não queria parar de vir aqui não,

de ser orientada, porque aqui

eles conseguem muita coisa pra

gente, trabalho, curso, muita

coisa boa! Enquanto a juíza

quiser me deixar aqui, pode me

deixar... quero sair daqui não”.

(Brasília) “Acho bom, que eu

parei com tudo, agora só fico

em casa ajudando minha mãe

e meu pai, parei do mundão.

Aqui eles ajudam, já fiz estágio

agora estou vendo outro para o

ano que vem, porque eu tinha

parado de estudar e agora vou

voltar (...) Eu estagiei perto de

casa em um mercado, fiz curso

de informática, o básico, mas

vou dar continuidade”.

• Demora no

encaminhamento para

cursos.

(Campo Grande) “Não

fui encaminhado para

nenhum curso, mas

estou fazendo curso pago

(particular), gostaria de

fazer curso de mecânica”.

• Em Cuiabá a quantidade

de cursos e atividades foi

descrita como abaixo da

demanda.

• Falta de atividades como

palestras.

(Brasília) “Vi só uma

palestra sobre as drogas,

já passaram filme”.

• Local de realização dos

cursos foi considerado

muito distante.

(Brasília) “Os cursos são

muito longe”.

• Incompatibilidade entre

os horários dos cursos

oferecidos e a rotina

escolar ou de trabalho

dos adolescentes.

• Intensificação da oferta

de cursos.

• Investigação intensa da

rede visando ao melhor

uso possível da mesma.

• Realização mais

frequente de palestras

e atividades análogas

que abordem temas

demandados pelos

adolescentes.

• Esforço para buscar

cursos que funcionem

em horários e locais

acessíveis aos

adolescentes.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM46

COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS VOCêS FORAM ENCAMI-NHADOS? FALE UM POUCO SOBRE ELAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Encaminhamentos para

cursos foram citados.

(Brasília) “Fiz curso no

instituto Coca-Cola e agora

estou no CCAA, no curso

de informática. Amanhã

vou ir ver se eles me

encaminham pro estágio;

geralmente eles mandam

pro Ministério do Trabalho,

Ministério do Transporte. No

CCAA é curso de mercado

e varejo, também, é

profissionalizante”.

• Em Campo Grande de 11

participantes apenas 2

estavam correntemente

matriculados na escola.

• Em muitos casos

“atividades” se reduziam

ao encaminhamento para

a PSC.

• Reforço na atenção quanto

à situação escolar do

adolescente.

• Diversificar as atividades

realizadas fora da unidade

de atendimento.

COMO SUA FAMíLIA APOIA VOCê NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Figura materna é apresentada

como a principal fonte de

apoio familiar durante o

cumprimento da MSE-MA.

• A maioria dos adolescentes

descreveu sua família como

presente no processo de

cumprimento da medida.

(Campo Grande) “Dizem para

cumprir e ficar tranquilo e

não procurar mais rolo”.

(Brasília) “Todo mundo me

apoia, só procuram me ajudar,

tanto que parei, porque todo

mundo me apoia!”

• Alguns afirmaram que

seus pais participam das

atividades na unidade sempre

que chamados.

• Registraram-se casos nos

quais a família foi descrita

como ausente.

(Brasília) “Minha mãe,

depois que eu fui preso

na primeira vez, ela foi

lá me visitar, depois da

segunda, ela nem queria

me ver mais! Minha avó é

de boa, mas fica toda hora

brigando”.

• Buscar formas de abordar

e aproximar as famílias

em que as relações

entre adolescentes e os

outros membros estão

desestabilizadas.

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47Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS, ALéM DE SUA FAMíLIA (VIzINHOS, AMIGOS, PRO-FESSORES), VEEM A SUA PARTICIPAÇÃO NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Grupos como igrejas foram

citados como acolhedores.

• Foram feitos muitos

relatos que apresentavam

a comunidade como

apoiadora.

• Foram registrados relatos

de reações preconceituosas

das pessoas ao seu redor.

• Realizar atividades junto

à comunidade que a

aproximem da unidade de

atendimento bem como

sensibilizar quanto ao papel

e a importância das MSE-MA

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM48

CADA UM DE VOCêS, FALE SOBRE UM SONHO QUE VOCê GOSTARIA DE REALIzAR NO FUTURO PRÓxIMO? O QUE VOCê ESTá VIVENCIANDO NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA

VAI TE AJUDAR NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A rotina de regras, horários

e responsabilidades imposta

pelo CREAS foi, mais uma

vez, um fator ressaltado

como possível diferencial na

busca da realização de suas

ambições.

(Campo Grande)

“quero trabalhar no ar-

condicionado, trabalhar

pouco e ganhar muito, ter

uma profissão honesta. Qual

a experiência que ele leva

do cumprimento da medida?

Ter responsabilidade,

cumprir horário, se

relacionar com as pessoas,

tratar as pessoas bem, não

ficar de cara fechada”.

(Goiânia) “De uma certa

forma vai, porque esse

momento aqui pode ser

importante para tirar a

pessoa do caminho que

estava e ensinar o certo”.

• Os cursos oferecidos foram

lembrados nas falas.

(Brasília) “Os cursos que

eles oferecem ajudam pra

arrumar um emprego porque

no currículo já tendo curso

ajuda”.

• Alguns adolescentes

descreveram a

experiência que tiveram

no cumprimento da

medida como irrelevante

na realização de suas

ambições futuras.

(Campo Grande) “O negócio

é colocar você mesmo na

sua cabeça que você vai

realizar, é correr atrás

do seu sonho. Vir aqui e

assinar não dá em nada”.

• A maioria dos adolescentes

não soube relacionar

a experiência do

cumprimento de medida e

suas ambições futuras.

(Cuiabá) “Como que

cumprindo a medida vai te

auxiliar a ser advogado?”.

• Buscar alinhar as atividades

realizadas junto ao

adolescente junto as suas

ambições.

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49Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A atividade foi descrita

como positiva pela maioria

dos adolescentes.

• A realização de atividades

como “grupos focais”, que

reúnam os adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

3.4 Sudeste

VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DE PARTICIPAREM? O QUE VOCêS OUVIAM FALAR DO SERVIÇO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Um grande número de

adolescentes afirma que

já tinha conhecimento

do serviço de medida

socioeducativa por

diferentes motivos, por já

terem cumprido, pelo fato

de já terem cumprido ou

amigos, por já terem ouvido

falar na rua.

(Rio de Janeiro) “Eu já vim

aqui. Essa é a quarta vez que

eu faço a medida”.

(Rio de Janeiro) “Eu já...

não conhecia, mas eu já

sabia. Conhecido meu que já

passou por isso”.

• Há adolescentes

que desconheciam

completamente as

MSE antes de iniciar o

cumprimento da mesma.

(Rio de Janeiro) “Eu nunca

tinha ouvido falar”.

• Intensificação das ações de

promoção do serviço junto

ao público.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM50

QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Muitos destacam como positivo o

tratamento recebido no CREAS.

(Vitória) “Tô aqui desde maio.

Tem que vir... é bom. Tratam

os outros bem, ajuda nós. Se

pedir para levar na praia eles

levam. Tem oficina. A gente

faz alongamento, joga, assiste

filmes”.

“O que me dá prazer é vir aqui

ficar gastando os caras, encontrar

a galera”.

(Rio de janeiro) “Conversam com

a gente (...) ajuda a descobrir o

que vai fazer pra já melhorar. Aqui

dá pra a gente confiar. (...) Trata

bem, conversa, troca uma ideia”.

• Destacam que o serviço colabora

para a conquista de um emprego,

apresenta oportunidades de

participação em Projetos e

cursos, permite que passem por

um processo de aprendizado.

(Rio de janeiro) “Não, qualidade

tem. Porque arruma muito

emprego pra adolescente.

Querendo ou não, tira um monte

de adolescente da rua. Os

amigos meus, (...) estão todos

trabalhando no fórum ganhando

dinheiro, rala pra c***** lá

(...) tentando serviço público,

trabalhando com cara quente,

então é bom pra alguma coisa”.

• Muitos adolescentes

afirmam não encontrar

qualidades no

serviço de medidas

socioeducativas.

(Rio de janeiro) “Nada”.

“Praticamente nada”.

(Vitória) “É o quarto dia

que estou vindo. Não

lembro nada positivo. Só

vi um filme”.

• Ausência de atividades

que de fato envolvam o

adolescente no processo

de cumprimento de

MSE.

(Vitória) “Nem parece

que cumpre LA, é só um

dia na semana”.

• Demora do CREAS

no encaminhamento

para cursos e vagas de

trabalho.

(Rio de Janeiro): “O

ruim é a demora.

Você quer fazer o

bagulho e tem que ficar

esperando. (...) Às vezes

tu ta doido pra fazer,

tu tá esperando aquilo,

aí demora e muitas

vezes não vem, (...) te

desanima”.

• Ampliação da oferta de

cursos e atividades para os

adolescentes voltadas para

formação educacional e

capacitação profissional,

a prática de esportes,

contato com cinema,

música e outras artes.

(Rio de Janeiro) “Tem que

melhorar. Eu acho que se

tivesse curso aqui ia ser

mais fácil”.

(Vitória) “Podia ter curso

de mecânica”.; “Podia

ter curso de informática,

computadores”.

• Melhoria da infraestrutura

dos CREAS.

• Intensificação do trabalho

de sensibilização do

adolescente quanto

à importância do

cumprimento da MSE-MA.

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51Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS VOCêS FORAM ENCAMI-NHADOS? FALE UM POUCO SOBRE ELAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Foram Citados

encaminhamentos para

palestras.

(Rio de Janeiro) “Lá no

fórum. Vou te falar que foi

um saco. O bagulho, falam

pra não fazer mais, mas

é legal, conhece outras

pessoas com a mesma

realidade, aí vê nossos

amigos”.

• A escola é apontada como

o encaminhamento mais

frequente.

• Oferta de cursos é

demorada e está abaixo da

demanda.

• No Rio de Janeiro os

adolescentes alegaram

não saber que a unidade

de atendimento deveria

encaminhá-los para os

serviços de saúde.

• Saúde descrita como um

dos encaminhamentos mais

ineficientes.

• Intensificação da oferta de

cursos.

• Trabalho de esclarecimento

junto aos adolescentes

de seus deveres e direitos

durante o cumprimento da

medida.

• Maior acompanhamento

do resultado dos

acompanhamentos

feitos pela unidade de

atendimento.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM52

COMO SUA FAMíLIA APOIA VOCê NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Figura materna é apresentada

como a principal fonte de apoio

familiar durante o cumprimento

da MSE-MA.

(Rio de Janeiro) “Apoio? Minha

mãe me dá muito apoio. Bastante.

Ela me dá apoio por causa que se

não fosse ela eu não estaria aqui”.

• Surgiram relatos de famílias

participativas dando suporte

ao adolescente durante o

cumprimento.

(Rio de Janeiro) “Família nesse

processo é muito importante.

Porque não tem nada como você

ter naquele momento aquele

apoio, sabe como é? Da família”.

• Alguns afirmaram que seus pais

participam das atividades na

unidade sempre que chamados.

• Atendimento reaproximou alguns

adolescentes de familiares.

(Rio de Janeiro) “Nós nunca

'sentava' pra conversar e nós

conversou, igual pai e filho mesmo,

aí depois ele veio aqui falou com a

galera aqui, “pô, bem difícil isso”,

e minha mãe, depois ela veio

também,falou comigo. Ela: “ó, não

te quero mais nisso também” e

ele também ficou puxando o meu

pé todo dia, virou meu paizão.

Começou a puxar no meu pé

mesmo”.

• Papel de apoio

da família muitas

vezes se reduz à

“fiscalização”.

• Muitas famílias são

descritas como

ausentes.

• Desenvolver atividades que

aproximem as famílias das

unidades de atendimento

das MSE-MA.

• Intensificar o número de

convites feitos à família

para atividades, na unidade

ou não, referentes à MSE-MA

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53Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS, ALéM DE SUA FAMíLIA (VIzINHOS, AMIGOS, PRO-FESSORES), VEEM A SUA PARTICIPAÇÃO NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Alegaram não ter

problemas com as pessoas

com quem convivem.

• O tratamento na escola é

normal, segundo alguns

adolescentes.

• Preconceito das pessoas

ao redor do adolescente

no local onde mora, na

escola.

• Houve relatos de

problemas em continuar

na escola devido a

preconceitos sofridos.

(Rio de Janeiro) “Depois

que eu saí, que eu voltei

pra escola, tinha um

professor que me olhava...

mas alguns professores já

conversavam comigo e tal”.

• Alguns adolescentes

preferem manter o

cumprimento da medida

em segredo para evitar o

preconceito.

• Realização de campanhas

de amplo alcance que

visem à sensibilização das

comunidades de pessoas

quanto à importância

das MSE-MA bem como à

importância de seu papel

enquanto coletividade de se

apresentar como referência

para o jovem.

• Promover a integração

entre o serviço oferecido

e a comunidade atendida,

tanto através de campanhas

organizadas pela própria

unidade, quanto por

meio de outras atividades

como palestras, oficinas e

celebrações.

• Investigação de possíveis

abusos sofridos pelos

adolescentes.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM54

CADA UM DE VOCêS, FALE SOBRE UM SONHO QUE VOCê GOSTARIA DE REALIzAR NO FUTURO PRÓxIMO? O QUE ESTá VIVENCIANDO NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI TE

AJUDAR NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Uma grande parte dos

adolescentes apresentou

uma ambição construtiva

como resposta.

• Cursos oferecidos durante

a MSE-MA pode ajudar no

momento de começar e

construir uma carreira.

• Incentivos e orientações da

equipe de atendimento no

sentido da realização dos

sonhos dos adolescentes

em cumprimento de MSE-

MA.

• A rotina de regras, horários

e responsabilidades

imposta pelo CREAS foi

mais uma vez um fator

ressaltado como possível

diferencial na busca

da realização de suas

ambições.

• A maioria não sabe

relacionar diretamente o

cumprimento da medida

com a realização dessa

ambição.

• Abordar as ambições e

desejos dos jovens durante

os atendimentos.

• Encaminhamento

para atividades, de

preferência de natureza

profissionalizante, que

estejam relacionados

às ambições futuras

dos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A atividade foi descrita

como positiva pela maioria

dos adolescentes.

• Realizar atividades como

“grupos focais”, que

reúnam os adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

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55Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

3.5 Sul

VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DE PARTICIPAREM? O QUE VOCêS OUVIAM FALAR DO SERVIÇO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

Dentre os que afirmaram

conhecer, nenhum registrou

uma impressão negativa do

serviço.

Maioria dos adolescentes

não conhecia o serviço de

MSE antes de começarem o

cumprimento.

Intensificação das ações de

promoção do serviço junto ao

público.

QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Atividades desenvolvidas

durante as MSE-MA.

• Bom relacionamento com

a equipe da unidade de

atendimento.

(Curitiba) “te entender,

não tem preconceito por

você ter LA ou PSC, não te

julgam logo de cara como

na delegacia”.

• Em Porto Alegre houve

relatos de que os

adolescentes não seriam

ouvidos em suas audiências,

além de serem destratados

pelos defensores.

• O grupo externou a

insatisfação com a espera

e o desenvolvimento de

alguns atendimentos.

• (Curitiba) “As psicólogas

enrolam e colocam a

opinião pessoal delas no

caso”.

• Pouca oferta de cursos.

• Averiguação das denúncias

feitas.

• Atenção à construção dos

horários de atendimento.

• Ampliação da equipe tendo

em vista evitar esperas.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM56

COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS VOCêS FORAM ENCAMI-NHADOS? FALE UM POUCO SOBRE ELAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Encaminhamentos de PSC

para funções consideradas

desagradáveis.

(Curitiba) “não vou ficar

limpando o negócio dos outros,

olha minha cara, né!”

• Buscar encaminhamentos de PSC

para atividades com as quais o

adolescente se identifica.

• Investigar a rede de serviços

disponível tendo em vista

a ampliação das opções de

encaminhamentos.

COMO SUA FAMíLIA APOIA VOCê NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Figura materna é

apresentada como a

principal fonte de apoio

familiar durante o

cumprimento da MSE-MA.

• Houve relatos que a

família foi descrita como

participativa.

• Papel de apoio da família

muitas vezes se reduz

à “fiscalização” e ao

cumprimento.

• Muitas famílias são

descritas como ausentes.

• Desenvolver atividades que

aproximem as famílias das

unidades de atendimento das

MSE-MA.

• Intensificar o número de

convites feitos à família para

atividades, na unidade ou

não, referentes à MSE-MA.

Page 311: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

57Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS, ALéM DE SUA FAMíLIA (VIzINHOS, AMIGOS, PRO-FESSORES), VEEM A SUA PARTICIPAÇÃO NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Houve vezes que

os adolescentes

descreveram a maioria

das pessoas ao redor

como acolhedoras.

• Estigma e preconceito

prevalecem tanto na

comunidade em que o

adolescente habita, quanto

em instituições para onde

ele é encaminhado, tais

como a escola.

• Em Porto Alegre foram

feitas denúncias de

preconceitos sofridos

especialmente por

adolescentes que seriam

originalmente do meio

fechado.

• Realização de campanhas de

amplo alcance que visem à

sensibilizaçãoda população

quanto à importância das MSE-

MA bem como à importância

de seu papel enquanto

coletividade de se apresentar

como referência para o jovem.

• Promover a integração

entre o serviço oferecido e

a comunidade de sua área

geográfica de abrangência

tanto através de campanhas

organizadas pela própria

unidade, quanto por

meio de outras atividades

como palestras, oficinas e

celebrações.

• Investigação de possíveis

abusos sofridos pelos

adolescentes.

Page 312: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM58

CADA UM DE VOCêS, FALE SOBRE UM SONHO QUE VOCê GOSTARIA DE REALIzAR NO FUTURO PRÓxIMO? O QUE VOCê ESTá VIVENCIANDO NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA

VAI TE AJUDAR NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Uma grande parte dos

adolescentes apresentou

uma ambição construtiva

como resposta.

• Encaminhamentos feitos

durante a MSE-MA podem

ajudar no momento de

começar e construir uma

carreira.

• Incentivos e orientações da

equipe de atendimento no

sentido da realização dos

sonhos dos adolescentes

em cumprimento de MSE-

MA.

• A rotina de regras, horários

e responsabilidades

imposta pelo CREAS foi

mais uma vez um fator

ressaltado como possível

diferencial na busca

da realização de suas

ambições.

• A maioria não sabe

relacionar diretamente o

cumprimento da medida

com a realização dessa

ambição.

• Abordar as ambições e

desejos dos jovens durante

os atendimentos.

• Encaminhamento para

atividades, de preferência de

natureza profissionalizante,

que estejam relacionados

às ambições futuras

dos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A atividade foi descrita

como positiva pela maioria

dos adolescentes.

• A realização de atividades

como “grupos focais”, que

reúnam os adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

Page 313: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

59Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

4. GRUPOS FOCAIS COM RESPONSáVEIS PELOS ADO-LESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDU-CATIVA EM MEIO ABERTO

Também foram analisados nos depoimentos dos responsáveis pelos adolescentes atendidos

os principais aspectos dos temas em debate, aspectos positivos, entraves e recomendações.

4.1 Norte

VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DO SEU ADOLESCEN-TE PARTICIPAR? O QUE VOCêS OUVIAM FALAR DO SERVIÇO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Havia responsáveis

por adolescentes que

conheciam as MSE

anteriormente devido a

convivência com outros

adolescentes que foram

atendidos.

(Macapá) “Já tinha ouvido

falar que se o adolescente

não for preso paga MSE”.

• Alguns responsáveis que

conheciam o serviço não

tinham uma boa imagem

do mesmo.

(Porto Velho) “(...) sempre

ouvimos que o serviço da

prefeitura é ruim”.

• As medidas socioeducativas

ainda são pouco

conhecidas.

• Ainda é feita associação

intensa entre MSE e o meio

fechado, que é alvo das

piores impressões.

• Desenvolver atividades de

promoção das MSE junto às

comunidades das áreas de

abrangencia das unidades de

atendimento.

• Promover debates junto ao

público sobre as medidas

de meio aberto com

adolescente.

• Maior fiscalização do

atendimento oferecido pelas

unidades tendo em vista o

cumprimento das diretrizes

legais que orientam o

funcionamento das MSE-MA.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM60

QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Ajuda a mudar

positivamente o

comportamento do

adolescente que cumpre a

medida.

• Boa relação com a equipe

técnica de referência no

atendimento.

• Oferta, ainda que limitada,

de atividades construtivas

e instigantes.

• Demora no

encaminhamento para

cursos.

(Belém) “Os cursos

demoram muito a começar.

O meu filho aguarda desde

agosto (2012) um curso e

nada de começar! E eu acho

que passando muito tempo

eles perdem o interesse de

vir pra cá. No começo, ele

não faltava, mas agora de

vez em quando ele falta”.

• Dificuldades na realização

dos atendimentos para os

quais são encaminhados.

(Belém) “Tem a questão do

atendimento na saúde. Ele

recebeu encaminhamento

para dentista, mas não

foi atendido. Deveria ter

dinheiro para transporte,

nem sempre a gente tem”.

• Falta de Recursos para

deslocamento e transporte.

• Horário de atendimento

conflitante com horário de

trabalho dos responsáveis.

• Investigação da rede de

serviços disponível que trace

estratégias para o melhor

uso possível da mesma.

• Realização de mais

atividades em grupo

tendo em vista a troca

de experiências entre

responsáveis que

acompanham o cumprimento

dos adolescentes.

• Aumento do número de

atendimentos feitos por

psicólogos e assistentes

sociais com os adolescentes.

• Intensificação dos

acompanhamentos feitos

de encaminhamentos para

atendimento na rede de

serviços.

• Adequação entre os horários

de atendimento e a rotina

de trabalho dos responsáveis

que acompanham a MSE-MA

dos adolescentes.

Page 315: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

61Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS O ADOLESCENTE FOI ENCAMINHADO?

FALE UM POUCO SOBRE ELAS? E VOCêS PARTICIPAREM DE ALGUMA ATIVIDADE?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Educação é o setor

que acolhe bem os

adolescentes em

cumprimento de medidas

socioeducativas em meio

aberto.

(Macapá) “Na escola é

muito querida, ela gosta do

local da MSE, colabora com

as atividades”.

(Macapá) “A escola é boa,

colabora com as professoras

e gosta da medida”.

• Muitos pais alegaram que só

têm sua presença solicitada

pela unidade de atendimento

quando há necessidade

de preenchimento de

documentos.

• Encaminhamento para a

escola foi descrito por muitos

como único encaminhamento

para atividade.

• Alguns responsáveis afirmaram

que não são desenvolvidas

atividades para eles na

unidade de atendimento.

• Relatos da PSC como

a única atividade para

qual os adolescentes são

encaminhados.

• São feitos poucos

encaminhamentos para cursos.

Em Macapá foi relatada uma

espera maior por parte dos

adolescentes em cumprimento

de LA para conseguir cursos.

(Macapá) “Ele está

aguardando para fazer um

curso, a assistente social que

acompanha ele também está

procurando um curso”.

• Encaminhar as famílias

para atividades que

as aproximem do

atendimento das MSE-MA.

• Investigar a rede de

serviços disponível

tendo em vista a

ampliação das opções de

encaminhamentos.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM62

COMO VOCêS APÓIAM O ADOLESCENTE NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Relatos de responsáveis

que se aproximaram mais

dos adolescentes durante o

processo de cumprimento

da MSE.

• Muitos responsáveis

afirmaram que

acompanham os

adolescentes até o local do

cumprimento da medida.

• Papel de apoio da família

muitas vezes se reduz à

“fiscalização” por parte

do adolescente, em sua

responsabilidade, da

medida socioeducativa em

meio aberto.

(Belém) “Eu apoio sim. Foi

um susto pra família, ele

reclama de vir, mas eu digo

que ele tem que cumprir”.

• Casos de apoio de somente

parte do núcleo familiar.

(Porto Velho) “Eu venho

aqui, dou um jeito, mas

é só eu, o pai num se

importa”.

• Alguns responsáveis

alegaram nunca terem

sido convidados para

comparecer na unidade.

• Intensificar o número de

convites feitos à família para

atividades, na unidade ou

não, referentes à MSE-MA.

• Desenvolver atividades que

aproximem as famílias das

unidades de atendimento

das MSE-MA e que abordem

questões como integração

familiar.

Page 317: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

63Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

NA SUA OPINIÃO COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS VêEM A PARTICIPAÇÃO DO ADO-LESCENTE NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Alguns responsáveis

afirmaram contar com

apoio de parte da

comunidade de pessoas

ao seu redor.

• Estigma e preconceito

prevalecem tanto na

comunidade em que o

adolescente habita, quanto

em instituições para onde

ele é encaminhado, tais

como a escola.

(Belém) “Muitos se

afastam. Os amigos de

antes já ficam distantes”.

• Situações de preconceito

sofridas no ambiente

escolar.

(Belém) “Na escola é

muito difícil, pois se sumir

alguma coisa já olham

para ele. Tudo que some já

acham que foi ele”.

• Realização de campanhas de

amplo alcance que visem à

sensibilização da população

da área de abrangência da

unidade quanto das MSE-MA

bem como à importância

de seu papel enquanto

coletividade de se apresentar

como referência para o jovem.

• Promover a integração

entre o serviço oferecido

e a comunidade atendida,

tanto através de campanhas

organizadas pela própria

unidade, quanto por

meio de outras atividades

como palestras, oficinas e

celebrações.

• Investigação de possíveis

abusos sofridos pelos

adolescentes.

NA SUA OPINIÃO O ADOLESCENTE TEM ALGUM SONHO QUE GOSTARIA DE REALIzAR? VOCê ACHA QUE A VIVêNCIA DO ADOLESCENTE NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI

AJUDá-LO NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A maioria dos responsáveis

sabia relatar algum sonho

dos adolescentes.

• Muitos pais afirmaram

apoio às ambições

declaradas a eles pelos

adolescentes.

(Macapá) “Quer ser

advogado, disse a ele que

tem que estudar muito”.

• Não houve falas que

relacionassem de maneira

direta a experiência do

cumprimento da medida

com a realização dos sonhos

do adolescente.

• Alguns responsáveis não

souberam dizer um sonho

que o adolescente tenha.

(Porto Velho) “Ele não fala”.

• Encaminhamento

para atividades, de

preferência de natureza

profissionalizante, que

estejam relacionados

às ambições futuras

dos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

• Buscar promover atividades

de integração familiar.

Page 318: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM64

FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A atividade foi descrita

como positiva pela maioria

dos responsáveis.

• Foi muito difícil mobilizar

responsáveis que se

voluntariassem para a

atividade.

• A realização de atividades

como “grupos focais”, que

reúnam os responsáveis

pelos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

4.2 Nordeste

VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DO SEU ADOLESCEN-TE PARTICIPAR?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Alguns pais afirmaram já

conhecer o serviço.

(Fortaleza) “Já tinha ouvido

falar por causa do filho de

uma vizinha”.

• Em Recife e em

Teresina houve relatos

de responsáveis que

conheceram o serviço

através de campanha em

escolas e na mídia.

• Em São Luís todos os

responsáveis afirmaram

já ter conhecimento do

serviço antes do início da

medida dos adolescentes

pelos quais são respondem.

• Maioria dos responsáveis

não conhecia o serviço.

• Ainda é feita associação

intensa entre MSE - MA e o

meio fechado, que é alvo

das piores impressões.

• Dentre os responsáveis

que afirmaram conhecer

o serviço muitos tinham

críticas.

(Natal) ” programa é

muito pobre em relação

ao que se diz na mídia. A

participação tem que ser

conjunta (cidade, estado

secretarias)”.

• Fortalecimento ou

estruturação de campanhas

de divulgação das MSE-MA

junto à sociedade.

• Promover mais ações de

integração entre o serviço e

a sociedade em geral

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65Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Atendimento oferecido pela

equipe do CREAS é destacado

como a principal qualidade

em muitos relatos de

responsáveis.

(Recife) “A preocupação da

Orientadora Social com o

adolescente, orientar sobre os

estudos, tratar com carinho”.

(Natal) “O melhor daqui é o

atendimento”.

(São Luis) “Tiram nossas

dúvidas; conversam bastante

com os adolescentes, e

mostram que eles estão

fazendo algo de errado”.

• Atividades como cursos e a

própria prestação de serviços

como elementos importantes

para a qualidade da medida.

(Fortaleza) “Muito importante,

pois tem os cursos onde o

menino presta o serviço”.

(Fortaleza) “Considero bom,

pois o meu filho sai de casa

para trabalhar”.

• Produziu mudança no

comportamento dos

adolescentes atendidos.

(Salvador) “Ajudou em muitas

coisas, no jeito dele ser, no

jeito de se comportar. Foi um

mal que veio pro bem”.

• Em Aracajú e Recife, a

equipe de atendimento

foi descrita como

insuficiente para

a demanda de

atendimento.

(Recife) “Demorou muito

para ter o Orientador

Social. São muitos jovens

e poucos orientadores”.

• Descumprimento da

medida é destacado

como uma das maiores

dificuldades.

• Falta de atividades que

levem a colocações

futuras no mercado de

trabalho.

• Em São Luis, foi

relatada dificuldade de

encaminhamento para

serviços de tratamento de

dependência química.

• Baixa oferta de cursos.

• Em Teresina, os cursos

oferecidos acontecem em

horários incompatíveis

com outras atividades do

adolescente.

(Teresina) “O curso não

deu certo pra ele porque

ele estuda pela manhã”.

• A expansão da equipe

nas unidades de

atendimento onde tal

ponto for considerado um

prejudicador da eficiência

no atendimento.

• Intensificação das ações

de visita domiciliar em

casos de adolescentes

que interrompem o

cumprimento da medida.

• Maior oferta de cursos de

caráter profissionalizantes,

bem como de parcerias que

visem à colocação futura

do adolescente no mercado

de trabalho.

• Buscar cursos que não

conflitem em horário

com nenhuma atividade

importante do adolescente

e que se disponham em

local acessível.

Page 320: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM66

COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS O ADOLESCENTE FOI ENCAMINHADO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Muitos responsáveis

relataram que tanto os

adolescentes quanto

eles mesmos estariam

satisfeitos com os

encaminhamentos

recebidos para a PSC.

(Fortaleza) “Meu filho

também diz que é a maior

moleza, ele presta serviço

no CUCA da Barra do

Ceará e recebe o vale-

transporte”.

• Dificuldades em conseguir

encaminhamentos para a

rede pública, sobretudo

nas áreas de tratamento de

dependência química, saúde

básica.

• Falta de recursos para o

transporte para adolescente

comparecer a PSC.

(Fortaleza) “Meu filho presta

serviço na escola e fala que

é a maior moleza. Agora,

ele não recebe o vale-

transporte”.

• Encaminhar as famílias

para atividades que as

aproximem do atendimento

das MSE-MA.

• Investigar a rede de serviços

disponível tendo em vista

a ampliação das opções de

encaminhamentos.

• Fortalecer a noção de que a

unidade presta atendimento

não só ao adolescente, mas

a sua família também.

• Garantia de recursos que

viabilizem o transporte do

adolescente até o local da

PSC.

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67Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

COMO VOCêS APÓIAM O ADOLESCENTE NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Muitos responsáveis

disseram que a família

toda apoia o adolescente.

(Fortaleza) “Toda

família deu apoio, não

discriminou”.

(Recife) “Apoio muito

porque eu sou mãe, mas

sofro quando ele não

consegue”.

• Relatos de responsáveis

que afirmam comparecer

periodicamente para as

atividades desenvolvidas na

unidade de atendimento.

(Teresina) “Eu sempre vinha

com ele, era todo dia, toda

terça-feira, e depois passou

a ser de 15 em 15 dias”.

• Alguns responsáveis

alegaram sentir vergonha do

cumprimento da medida.

(Recife) “Escondo a verdade.

Tenho vergonha e minha

filha também”.

• Papel de apoio da família

muitas vezes se reduz

à “fiscalização” e ao

cumprimento, por parte

do adolescente, da medida

socioeducativa em meio

aberto.

(Natal) “De manhã logo cedo

eu digo: acorda, levanta,

levanta, para ele vir para cá”.

• Muitas atividades

desenvolvidas na unidade

são em horário conflitante

com a rotina de trabalho

dos responsáveis, o

que, segundo eles,

atrapalha o processo de

acompanhamento do

adolescente.

• Realizar trabalhos de

sensibilização e orientação

da família quanto ao seu

papel e a sua importância

no sucesso da MSE-MA.

• Buscar horários alternativos

para as atividades voltadas,

direta ou indiretamente,

à família, visando à

compatibilidade dessas

atividades com sua rotina

de trabalho.

Page 322: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM68

NA SUA OPINIÃO COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS VêEM A PARTICIPAÇÃO DO ADO-LESCENTE NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Registrou-se casos em que a

relação com a comunidade

ao seu redor não foi

apresentada como uma

dificuldade.

(Natal) “Tem vizinho

que aceita; outros ficam

indiferentes. No caso do

meu, as pessoas mais velhas

dão conselhos”.

(Salvador) “No bairro onde

eu moro, todo mundo gosta

dele. O que aconteceu com

ele é que os jovens de hoje

em dia não pensam. Mas

ninguém olha com maus

olhos, na escola nem no

bairro. Tratam ele como era

antigamente, ele não tem

ficha suja, não é um menino

mal comportado, foi bem

criado, não foi criado na rua”.

• Sobressaem os relatos de

reações preconceituosas,

além de “críticas”

feitas no sentido da

responsabilização dos

membros do núcleo

familiar do adolescente.

(Recife) “Acham que os pais

sempre são culpados, dizem

que é a criação”.

(São Luis) “Sempre tem

discriminação dos vizinhos.

Eles falam que meu filho

usa drogas; falam que

não querem meu filho

perto deles. Ontem ele

tornou a dizer que quer se

internar”.

• Realização de campanhas

de amplo alcance que

visem à sensibilização das

comunidades de pessoas

quanto à importância

das MSE-MA bem como à

importância de seu papel

enquanto coletividade de se

apresentar como referência

para o jovem.

• Promover a integração

entre o serviço oferecido

e a comunidade atendida,

tanto através de campanhas

organizadas pela própria

unidade, quanto por

meio de outras atividades

como palestras, oficinas e

celebrações.

Page 323: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

69Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

NA SUA OPINIÃO O ADOLESCENTE TEM ALGUM SONHO QUE GOSTARIA DE REALIzAR? VOCê ACHA QUE A VIVêNCIA DO ADOLESCENTE NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI

AJUDá-LO NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Ainda que em minoria,

houve responsáveis que

fizeram associação direta

entre a experiência

adquirida pelo adolescente

durante o cumprimento

da MSE-MA e a realização

das ambições futuras dos

mesmos.

(Natal) “O meu filho tem

o sonho de se formar

em Educação Física. Fez

vestibular agora, mas ainda

não saiu o resultado. Ele

despertou para esse curso,

depois que foi pagar serviço

lá na piscina do CAPS”.

• A maioria dos responsáveis

sabiam relatar pelo menos

um sonho do adolescente

que representavam.

• Alguns responsáveis não

souberam relatar os sonho

de seus filhos.

(Aracaju) “Não compartilha

comigo”.

• Poucos responsáveis

souberam relacionar de

forma direta a experiência

vivida durante o

cumprimento da medida e

a realização das ambições

futuras dos adolescentes.

• Encaminhamento

para atividades, de

preferência de natureza

profissionalizante, que

estejam relacionados

às ambições futuras

dos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

• Buscar promover atividades

de integração familiar.

FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A atividade foi descrita

como positiva pela maioria

dos responsáveis.

• Foi muito difícil mobilizar

responsáveis que se

voluntariassem para a

atividade.

A realização de atividades

como “grupos focais”, que

reúnam os responsáveis

pelos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

Page 324: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM70

4.3 Centro-Oeste

VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DO SEU ADOLES-CENTE PARTICIPAR?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Em Cuiabá e Brasília houve

relatos de responsáveis

que conheceram o serviço

através de campanha na

mídia.

• Em Brasília todos alegaram

conhecer o serviço antes

mesmo do ingresso dos

adolescentes no serviço.

• Muitos disseram não

conhecer o serviço antes

do adolescente pelo qual

respondem ingressar.

• Alguns responsáveis que

afirmaram conhecer não

souberam referenciar essa

informação, tampouco

souberam se aprofundar

em características mais

específicas do serviço.

• Fortalecimento ou

estruturação de campanhas

de divulgação das MSE-MA

junto à sociedade.

• Promover mais ações de

integração entre o serviço e

a sociedade em geral

Page 325: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

71Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Atendimento e

acompanhamento feito

pela equipe da unidade de

atendimento.

(Brasília) “Acho muito bom o

serviço, pois eles não deixam

de ligar de jeito nenhum,

liga pra ele vir, quando

não vem liga perguntando

por que não veio, procura

a gente vai a até a nossa

porta”.

(Goiânia) “Eu achei que foi

bom demais, com a ajuda

dos psicólogos e assistentes

sociais, eu o ajudei, meu

filho melhorou bastante, ele

está vindo sozinho e vindo

nas oficinas direitinho”.

• Oferta de cursos e outras

atividades voltadas para

a formação profissional e

pessoal.

(Brasília) “O atendimento

aqui é ótimo, eles atendem

muito bem, estão dispostos

a ajudar. Chamaram ele pra

fazer curso, chamaram ele

no CIEE, ele não foi porque

ele já estava sendo atendido

em outro local, já estava

sendo encaminhado pro

trabalho ele agora já esta

estagiando e está em um

trabalho ótimo”.

• Em Cuiabá a falta de

atividades foi ressaltada

como problema.

(Cuiabá) “Ele só assina e

não faz atividade, então

poderia ter mais alguma

atividade”.

(Cuiabá) “Só vem aqui

e assina e não foi

encaminhada. Quer ir no

CRAS e Pro Jovem para

continuar a estudar e se

sociabilizar”.

• Falta de vagas para cursos.

(Goiânia) “Estou esperando

há quase 4 meses para os

cursos”.

• Ausência de políticas

governamentais

específicas para o público

de adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

(Goiânia) “O Governo

deveria ajudar mais, deixa

a agente esperando”.

Maior oferta de cursos de

caráter profissionalizantes,

bem como de parcerias que

visem à colocação futura do

adolescente no mercado de

trabalho.

Realização de atividades,

dentro e fora da unidade de

atendimento, voltadas tanto

para os adolescentes quanto

para as suas famílias.

Proposição de projetos junto

aos conselhos municipal

e estadual dos direitos da

criança e do adolescente

voltados para o público

de adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

Page 326: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM72

COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS O ADOLESCENTE FOI ENCAMINHADO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• São feitos

encaminhamentos para

atividades que despertam o

interesse dos adolescentes

em cumprimento de MSE-

MA.

• Em Campo Grande a

maioria dos adolescentes

não está matriculada na

escola.

• Encaminhamentos para

saúde apresentando como

o mais problemático.

• Em Goiânia a quantidade

de cursos foi descrita como

muito insatisfatória.

• Investigar a rede de serviços

disponível tendo em vista

a ampliação das opções de

encaminhamentos.

• Investimentos na área da

saúde, além da proposição

de ações de saúde

voltadas especificamente

para os adolescentes em

cumprimentos de MSE-MA.

COMO VOCêS APOIAM O ADOLESCENTE NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A maioria dos responsáveis

afirmou que a família

presta apoio ao

adolescente durante o

cumprimento da MSE-MA.

• Papel de apoio da família

muitas vezes se reduz

à “fiscalização” e ao

cumprimento, por parte

do adolescente, da medida

socioeducativa em meio

aberto.

(Brasília) “Eu apoio no

sentido de sempre estar

lembrando do dia, do

horário, não deixar se

atrasar, não dar motivo

nenhum pra faltar”.

• Realizar trabalhos de

sensibilização e orientação

da família quanto ao seu

papel e a sua importância

no sucesso da MSE-MA.

Page 327: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

73Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

NA SUA OPINIÃO COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS VêEM A PARTICIPAÇÃO DO ADO-LESCENTE NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Houve relatos que

descreviam a comunidade

ao redor do adolescente

como apoiadora.

(Cuiabá) “Teve apoio das

pessoas e não teve esse

negócio de ficar falando.

Foi bem tranquilo a

participação das pessoas ao

redor dele”.

• Foram relatados muitos

casos de tratamento

preconceituosos por parte

de vizinhos.

• Muitos mantêm o

cumprimento da MSE-MA

em segredo para evitar

constrangimentos.

(Brasília) “O lugar onde

moro hoje ninguém sabe”.

(Campo Grande) “Todos

viram as costas”.

• Realização de campanhas de

amplo alcance que visem à

sensibilização da população

quanto à importância

das MSE-MA bem como à

importância de seu papel

enquanto coletividade de se

apresentar como referência

para o jovem.

• Promover a integração

entre o serviço oferecido

e a comunidade atendida,

tanto através de campanhas

organizadas pela própria

unidade, quanto por

meio de outras atividades

como palestras, oficinas e

celebrações.

Page 328: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM74

NA SUA OPINIÃO O ADOLESCENTE TEM ALGUM SONHO QUE GOSTARIA DE REALIzAR? VOCê ACHA QUE A VIVêNCIA DO ADOLESCENTE NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI

AJUDA-LO NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Reaproximação da escola

como fator presente no

cumprimento da MSE-

MA que pode ajudar

na concretização das

ambições futuras dos

adolescentes.

• Dificuldade por parte do

adolescente de manter um

sonho construtivo para si.

(Campo Grande) “Para

ele acabou tudo, não tem

esperanças, sonhos, nada,

é uma pessoa totalmente

com a cabeça virada, não

tem mais nada. Tatuou “Vida

Loka”, ele está estranho,

parece que vivendo em outro

mundo, a cabeça dele, eu

não sei o que fazer, ele me

evita”.

• A maioria das falas não

faz relação direta entre

a experiência adquirida

durante o cumprimento

da MSE-MA e as ambições

pretendidas pelos

adolescentes.

• Encaminhamento

para atividades, de

preferência de natureza

profissionalizante, que

estejam relacionados

às ambições futuras

dos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

• Buscar promover atividades

de integração familiar.

• Desenvolver atividades

que trabalhem com os

adolescentes sobre seus

sonhos e ambições.

FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A atividade foi descrita

como positiva pela maioria

dos responsáveis.

• A realização de atividades

como “grupos focais”, que

reúnam os responsáveis

pelos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

Page 329: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

75Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

4.4 Sudeste

VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DO SEU ADOLESCEN-TE PARTICIPAR?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Alguns responsáveis já

havia ouvido falar do SMS e

afirmam que após o contato

inicial, puderam perceber

que existem aspectos

positivos.

(Rio de Janeiro) “Eu só

conheci aqui (MSE-MA do

CREAS) depois disso (que

o adolescente sob sua

responsabilidade entrou para

a MSE), mas agora não acho

que tenha nada de ruim

não... o pouco que ela está

vindo, eu não acho nada

ruim não”.

• Há responsáveis que

afirmam não ter

conhecimento algum

do serviço de medidas

socioeducativas anterior ao

cumprimento de medida

pelo adolescente sob sua

responsabilidade, e não

conhecer mesmo após o

início do cumprimento da

medida pelo adolescente.

(Rio de Janeiro) “Daqui eu

não sei dizer, por que eu

não conheço nada aqui”.

• Fortalecimento ou

estruturação de campanhas

de divulgação das MSE-MA

junto à sociedade.

• Promover mais ações de

integração entre o serviço e

a sociedade em geral.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM76

QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• O trabalho de

acompanhamento da

rotina e tratamento

acolhedor prestado pela

equipe do CREAS tanto aos

adolescentes quanto aos

familiares.

(Rio de Janeiro) “Ele falou:

É muito bom aqui. Não vejo

nada de ruim”.

(Rio de Janeiro) “Ele adora

vir pra cá, fala que todo

mundo é muito atencioso

com ele e com as outras

crianças. Eu também duas

vezes já vim participar aqui

com ele, dá lanche pras

crianças. Nunca vi nenhum

problema”.

(Vitória) “A equipe é boa.

Depois que ela – a filha –

começou a frequentar aqui

ficou mais calma”.

(Vitória) “O espaço aqui

é melhor que o do outro.

As pessoas aqui são boas,

conversam muito, elas vão

em casa, na escola, no

trabalho do meu filho”.

• A dificuldade para conseguir

encaminhamentos

para estágios e cursos

profissionalizantes;

(Vitória) “Minha filha está na

quinta série, não consegue

estágio, tem que estar na

oitava para conseguir”.

• A precariedade da

infraestrutura dos CREAS.

(Rio de Janeiro) “Eu

considero ruim a questão

do ambiente de trabalho.

Teria que ser um lugar mais

convidativo, mais alegre,

mais conservado. Você entra

aqui e parece um lugar

sombrio, uma coisa meio

deprimente”.

(Rio de Janeiro) “Teriam

que ser melhoradas as

instalações, o ambiente. Até

pra quem trabalha aqui”.

(Rio de Janeiro) “O

problema é só mesmo esse,

o lugar”.

• Aumentar a oferta de cursos

e atividades variadas aos

adolescentes.

(Rio de janeiro) “Escola

profissionalizante. Além de

manter a criatura ocupada,

eles vão sair dali com uma

profissão”.

(Vitória) “Que eles me

ajudem a arrumar um

trabalho para ela. Poderiam

ganhar algum dinheiro

fazendo um curso”.

• Planejar atividades voltadas

para a integração do

adolescente que tenha

cumprido a medida em meio

fechado.

(Rio de Janeiro) “O que

poderia melhorar mesmo

é se o Governo tivesse

um lugar destinado a

essas pessoas que saem.

Se tivesse uma escola

profissionalizante, voltada

para essas pessoas que

saem, eu acho que seria a

solução”.

Page 331: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

77Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS O ADOLESCENTE FOI ENCAMINHADO? FALE UM POUCO SOBRE ELAS? E VOCêS PARTICIPAREM DE ALGUMA ATIVIDADE?

COMO VOCêS AVALIAM?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Alguns responsáveis

afirmam estar satisfeitos

com o processo de

encaminhamento dos

adolescentes para

programas, cursos e

atividades.

(Rio de janeiro) “O serviço,

pro meu filho, funcionou

muito bem. Eles encaminham

para trabalho em órgão

tipo CEDAE, acho que poder

Judiciário também, também

introduzem as crianças em

cursos, mas dá pra perceber

o interesse deles aqui

de reabilitar a pessoa à

sociedade”.

(Rio de janeiro) “Quando a

gente vem fazer o cadastro

aqui, perguntam se você

quer que seu filho faça

algum curso. Só precisa

dos documentos Já levei os

documentos da escola. Se você

pedir, ela arranja um curso”.

• Alguns responsáveis

afirmam que nunca

tiveram os adolescentes

encaminhados para

nenhum tipo de serviço ou

atividade, com destaque

para a ausência de

encaminhamentos para

serviços de saúde.

(Vitória) “Eu mesmo levo

minha filha para o médico.

Aqui nunca levaram não”.

(Vitória) “Meu filho vai à

escola e participa do time

de futebol da escola”.

• Dificuldade de manter o

adolescente na escola.

(Rio de janeiro) “Até agora

não vi resultado nenhum.

A equipe do CREAS marcou

pra ir com ele no dia

vinte pra pegar o papel na

escola, só que largou há

dois anos”.

• Maior oferta de atividades

e cursos, profissionalizantes

aos adolescentes.

• Maior vínculo com as

escolas, para que haja

um acompanhamento

cotidiano e continuado da

rotina dos adolescentes em

cumprimento de medida,

que pode ser baseado

na troca frequente de

informações entre tais

esferas.

• Oferta de atividades e

cursos que estejam de

acordo com os interesses

dos adolescentes, o que

pode ser “levantado” pela

própria equipe do CREAS.

• Maior atenção aos

encaminhamentos para

serviços de Saúde, para que

seria interessante fortalecer

o vínculo com esta esfera

de atendimento público.

Page 332: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM78

COMO VOCêS APOIAM O ADOLESCENTE NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• O atendimento, ao

voltar-se não somente ao

adolescente, mas também

para seus responsáveis,

possibilita uma melhora

de relacionamento em seu

ambiente familiar.

(Vitória) “Eu aprendi aqui

na conversa com as pessoas

do CREAS que tenho que

ter paciência com ela,

conversar. Antes só xingava

ela e chorava”.

(Vitória) “Converso muito

com ele, falo para ele

lembrar que os dois irmãos

de criação morreram por

motivo de tráfico”.

(Rio de Janeiro) “Todo mês

eu estava aqui com meu

filho. Eles são realmente

preocupados com a

introdução da pessoa de

novo na sociedade. Eu fiquei

muito feliz”.

(Rio de Janeiro) “Eu tento

apoiar meu filho, mesmo ele

não querendo estudar, mas a

gente manteve na escola”.

(Rio de Janeiro) “Apoio,

claro. Quando eu acordo já

tem café pronto, ele já está

arrumado. Apoio ele sim”.

• Há casos de responsáveis

que só acompanharam o

adolescente na primeira

vista ao CREAS;

• Escassez de atividades que

integrem responsáveis e

adolescentes na rotina do

CREAS

(Rio de Janeiro) “Eu só vim

aqui na primeira vez para

fazer o cadastro dela”.

• Oferta de atividades que

envolvam os responsáveis na

rotina do CREAS e também

na dos adolescentes.

• Atividades que integrem

os responsáveis entre si

para que haja uma troca de

experiências mais intensa

entre eles, atividades

em grupo com e sem os

adolescentes.

• Realização de Grupos Focais

com os responsáveis.

Page 333: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

79Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

NA SUA OPINIÃO COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS VêEM A PARTICIPAÇÃO DO ADO-LESCENTE NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Alguns declararam receber

apoio dos vizinhos e de

pessoas próximas da

comunidade em relação ao

cumprimento de medida do

adolescente.

(Vitória) “Falo com as

pessoas, com meus vizinhos,

não escondo. E as pessoas

não são preconceituosas.

Meus vizinhos ajudam,

dão conselho. Se ele faz

coisa errada na rua, meus

vizinhos vêm me ajudar”.

• O preconceito em relação

aos adolescentes em

cumprimento de MSE

na comunidade afeta a

autoestima e os processos

de sociabilização dos

adolescentes de uma

maneira geral.

(Vitória) “Ninguém sabe, só

o pessoal de dentro de casa.

Não é bom falar. As tias

ajudam, dão conselho, falam

sobre as drogas”.

(Rio de janeiro) “Na própria

comunidade a gente sente

isso (preconceito), na

própria comunidade. Imagine

na escola”.

(Rio de Janeiro) “Na rua

a gente ouve uma falando

com a outra: ‘Não anda com

fulana não. O filho dela foi

solto. Se eu te ver andando

com ele você vai ver’”.

• Sensibilização e

esclarecimento das

comunidades e das escolas,

tanto entre membros do

corpo discente quanto

docente, sobre o que são

as Medidas Socioeducativas

e a importância do apoio

de todos nesse processo

pelo qual passam estes

adolescentes.

Page 334: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM80

NA SUA OPINIÃO O ADOLESCENTE TEM ALGUM SONHO QUE GOSTARIA DE REALIzAR? VOCê ACHA QUE A VIVêNCIA DO ADOLESCENTE NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI

AJUDA-LO NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• O sonho declarado

pela maior parte dos

responsáveis é o de ver os

adolescentes trabalhando,

Muitas vezes relacionam

a questão do acesso ao

trabalho à possibilidade de

melhora da qualidade de

vida.

(Vitória) “Ele quer fazer

um curso para melhorar, de

mecânico ou eletricista. O

que ele quer também é ser

jogador de futebol. Ele joga

5 horas por dia”.

• As participantes parecem

concordar que o serviço

oferecido na unidade vai

ajudar na realização dos

sonhos de seus filhos.

(Rio de Janeiro) Eu quero

ver meu filho trabalhando,

por que eu sempre falo que

ele tem que ter objetivo na

vida.

(Rio de Janeiro) “Meu sonho

é ver meu filho como ele

tá agora, ele não voltar

mais pro meio do tráfico,

pra qualquer outro tipo de

profissão que traga desgosto

pra mim, e pra nossa

família”.

• Os sonhos dos adolescentes

voltam-se principalmente

para o universo do

trabalho como forma de

alternativa a atividades

que teriam contribuído

para o cumprimento

da Medida. São poucas

as declarações que

envolvem, por exemplo, a

continuidade dos estudos

como forma de alcançar

esta “melhora”. A única

declaração neste sentido

partiu de responsável por

uma adolescente.

(Rio de Janeiro) “A –

adolescente – quer ser

arquiteta. Quer estudar pra

ser arquiteta”.

• Estímulo às equipes

dos CREAS no sentido

de investigarem junto

aos adolescentes quais

seriam seus sonhos e

poderem assim planejar os

encaminhamentos de acordo

com suas predisposições e

seus interesses pessoais.

• Estímulo pelas equipes dos

CREAS à continuidade dos

estudos destes adolescentes

sempre que possível, bem

como estabelecimento de

parcerias com instituições

de ensino que possam

ofertar-lhes vagas em suas

áreas de interesse.

Page 335: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

81Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A atividade foi descrita

como positiva pela maioria

dos responsáveis.

• A realização de atividades

como “grupos focais”, que

reúnam os responsáveis

pelos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

4.5 Sul

VOCêS Já CONHECIAM O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS, ANTES DO SEU ADOLESCENTE PARTICIPAR?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Alguns responsáveis afirmam

que já tinham conhecimento do

serviço. Muitos destes moravam

perto do CREAS ou tinham

alguém próximo que cumprir a

medida, ou ainda participaram

de curso no local.

• Há responsáveis

que afirmam total

desconhecimento do

serviço.

• Alguns responsáveis

residem em áreas

distantes do CREAS

• Promover maior

divulgação do Serviço de

Medidas Socioeducativas.

QUALIDADES, DIFICULDADES E SUGESTõES PARA O SERVIÇO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Encaminhamento dos

adolescentes para vagas

em cursos e trabalho.

• Acompanhamento

psicológico.

• Valorização da

autoestima do

adolescente.

• Dificuldade dos responsáveis

no diálogo com os

adolescentes.

(Porto Alegre) “ganham tudo

fácil dos pais e não valorizam

estudo e trabalho”.

• Passagem pelo meio fechado

como fator de sofrimento

para o adolescente.

(Porto Alegre) “esse inferno

não é meu lugar”.

• Aumentar a oferta de

vagas em cursos e projetos

voltados a adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

Page 336: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM82

COMO VOCêS AVALIAM OS SERVIÇOS E AS ATIVIDADES PARA AS QUAIS O ADOLESCENTE FOI ENCAMINHADO? FALE UM POUCO SOBRE ELAS? E VOCêS PARTICIPAREM DE ALGUMA ATIVIDADE?

COMO VOCêS AVALIAM?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Encaminhamento para as

escolas é descrito como um

dos mais bem sucedidos.

• Falta de encaminhamentos

para a saúde.

• Poucos encaminhamentos

para atividades fora da

unidade de atendimento.

• Investigar a rede de serviços

disponível tendo em vista

a ampliação das opções de

encaminhamentos.

• Investimentos na área da

saúde, além da proposição

de ações de saúde

voltadas especificamente

para os adolescentes em

cumprimentos de MSE-MA.

COMO VOCêS APOIAM O ADOLESCENTE NESTE PROCESSO DE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A maioria dos responsáveis

afirmou que a família

presta apoio ao

adolescente durante o

cumprimento da MSE-MA.

• Papel de apoio da família

muitas vezes se reduz

à “fiscalização” e ao

cumprimento, por parte

do adolescente, da medida

socioeducativa em meio

aberto.

• Realizar trabalhos de

sensibilização e orientação

da família quanto ao seu

papel e a sua importância no

sucesso da MSE-MA.

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83Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

NA SUA OPINIÃO COMO OUTRAS PESSOAS PRÓxIMAS A VOCêS VêEM A PARTICIPAÇÃO DO ADOLESCENTE NA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Houve relatos que

descreviam a comunidade

ao redor do adolescente

como apoiadora.

• Foram relatados muitos

casos de tratamento

preconceituosos por parte

de vizinhos.

• Muitos mantêm o

cumprimento da MSE-MA

em segredo para evitar

constrangimentos.

• Realização de campanhas

de amplo alcance que

visem à sensibilização das

comunidades de pessoas

quanto à importância

das MSE-MA bem como à

importância de seu papel

enquanto coletividade de se

apresentar como referência

para o jovem.

• Promover a integração

entre o serviço oferecido

e a comunidade atendida,

tanto através de campanhas

organizadas pela própria

unidade, quanto por

meio de outras atividades

como palestras, oficinas e

celebrações.

NA SUA OPINIÃO O ADOLESCENTE TEM ALGUM SONHO QUE GOSTARIA DE REALIzAR? VOCê ACHA QUE A VIVêNCIA DO ADOLESCENTE NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA VAI

AJUDA-LO NA REALIzAÇÃO DESSE SONHO?

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• Reaproximação da escola

como fator presente

no cumprimento da

MSE-MA que pode ajudar

na concretização das

ambições futuras dos

adolescentes.

• Dificuldade por parte do

adolescente de manter um

sonho construtivo para si.

(A maioria das falas não

faz relação direta entre

a experiência adquirida

durante o cumprimento

da MSE-MA e as ambições

pretendidas pelos

adolescentes).

• Encaminhamento para

atividades, de preferência de

natureza profissionalizante,

que estejam relacionados

às ambições futuras dos

adolescentes em cumprimento

de MSE-MA.

• Buscar promover atividades de

integração familiar.

• Desenvolver atividades que

trabalhem com os adolescentes

sobre seus sonhos e ambições.

Page 338: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM84

FALE EM UMA PALAVRA OU FRASE COMO FOI PARTICIPAR DESSE GRUPO.

Aspectos Positivos Entraves Recomendações Específicas

• A atividade foi descrita

como positiva pela maioria

dos responsáveis.

• A realização de atividades

como “grupos focais”, que

reúnam os responsáveis

pelos adolescentes em

cumprimento de MSE-MA.

Page 339: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

85Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

CONCLUSÃO

Ao fim da realização dos 54 grupos focais em 25 capitais, ocorridos no período que se estendeu de

24 de novembro de 2012 a 28 de fevereiro de 2013, como cumprimento da etapa 3 de Análise do Programa da Pesquisa Análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução dos serviços de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA — e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC), foi possível observar que embora o processo de municipalização dessas medidas para adolescen-

tes tenha avançado muito em aproximadamente 7 anos, desde que a resolução 119 do CONANDA

foi publicada, ainda existem muitas dificuldades importantes a serem superadas.

Uma análise atenta dos quadros dispostos anteriormente, associada a informações colhidas

durante toda a pesquisa, deixa evidente que existem dificuldades na estruturação e execu-

ção do serviço que perpassam as diferentes capitais em diferentes regiões. Nesta conclusão

tentaremos analisar as diversas realidades encontradas durante a pesquisa e procurar pontos

em comum entre elas e os depoimentos dos participantes dos grupos focais.

Dentre as dificuldades mais recorrentes, é possível destacar o seguinte:

• Falta de conhecimento, preconceitos e abusos ligados ao cumprimento das MSE-MA.

Na esmagadora maioria das capitais, o serviço não era conhecido pela população que convive

com os adolescentes atendidos. Essa falta de conhecimento leva, em muitos casos, a uma

relação distante demais entre as partes em questão, o que dificulta o processo de alteridade

que poderia criar a solidariedade necessária para o melhor desenvolvimento das interações

sociais. Faz-se necessário um intenso processo de aproximação e sensibilização voltado para

a integração entre adolescente em cumprimento de medidas, suas famílias e a comunidade

de pessoas ao seu redor, para que o serviço da medida socioeducativa possa ser bem-sucedi-

do em ampliar, através da construção de redes, o espaço de atuação cidadã dos adolescentes

e de suas famílias, de maneira que esses possam assumir o protagonismo pleno do exercício

de sua cidadania. A participação da comunidade e integração desse serviço com ela são con-

dições indispensáveis para que esse trabalho possa ser desenvolvido.

Foram feitas também muitas denúncias de práticas abusivas direcionadas especificamente aos

adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. Esses abusos viriam de diversos

setores, inclusive do poder público. Os exemplos vão desde gestores de unidades de educação

que fazem ressalvas quanto à presença do adolescente no ambiente escolar por eles gerido,

até ameaças e agressões cometidas por policiais que atuam nas regiões onde os adolescentes

vivem. Esse tipo de denuncia só vem a reforçar a ideia exposta anteriormente de que sem a

participação de uma comunidade de pessoas conscientes da importância do serviço oferecido

e do papel que desempenham dentro desta estrutura. Posturas agressivas direcionadas ao

adolescente pelo simples fato de ser ele um adolescente em cumprimento de medida socioe-

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM86

ducativa se opõem ao bom desenvolvimento do trabalho de assistência e responsabilização dos

adolescentes e de suas famílias e o próprio interesse dessa comunidade que teria muito mais

proveito para o potencial de um adolescente mais equilibrado e consciente.

• Problemas com a rede pública disponível para encaminhamentos.

Na questão dos encaminhamentos para a rede de atendimento disponível foram descritos

diversos cenários negativos. Em menor escala, houve relatos de dificuldade de acesso à es-

cola, embora essa tenha sido descrita, na maioria das vezes, como o destino mais acolhedor

viabilizado pelos encaminhamentos. Surgiram depoimentos que descreviam a escola como

mais um dos espaços de exercício dos preconceitos como ocorre em outros.

A saúde foi, em geral, descrita como o setor mais difícil no tocante à efetivação dos encami-

nhamentos feitos. Seus problemas vão desde questões básicas como ausência de profissionais

que realizem o atendimento, até outras mais complexas, como a ausência de instituição de

atendimento para casos mais específicos, a saber: casos de tratamento de drogadição e de

deficiências físicas/mentais.

Encaminhamentos para cursos foram descritos em geral como abaixo da demanda em re-

lação às vagas oferecidas. Mesmo quando se efetiva tal encaminhamento, muitas vezes foi

descrita uma grande demora para início das atividades.

As críticas à capacidade de absorção das redes públicas eram descritas como dificuldades não

específicas dos adolescentes em cumprimento de medida, mas sim um problema estrutural

dos serviços públicos oferecidos. Foi possível notar que há uma tendência de comportamento

demasiadamente burocrático dos técnicos das unidades de atendimento as medidas socio-

educativas em meio aberto, pois este técnico, desestimulado muitas vezes por excesso de

atendimentos e falta de pessoal, faz encaminhamentos e não procura averiguar os casos para

saber quando esse atendimento foi de fato realizado ou se ficou parado. Além disso, muitas

vezes o seu conhecimento sobre os equipamentos próximos e disponíveis está defasado pela

falta de iniciativas como o de fazer varreduras na região buscando possíveis parceiros.

A rede de parceiros para disponível para prestação de serviços à comunidade foi descrita

muitas vezes como insuficiente. Houve vários casos de adolescentes que tiveram o início

de sua medida atrasada pela falta de locais para onde pudessem ser encaminhados para a

prestação de serviços à comunidade. Essa dificuldade tem relação direta com o problema

levantado anteriormente que é o distanciamento entre o público do serviço das medidas e

as pessoas que não são alvo de tal política.

Há problemas nos encaminhamentos feitos à família. Tais dificuldades são de dois tipos: o

primeiro é o já descrito em relação aos adolescentes, a dificuldade da rede de encaminha-

mentos disponível em absorver a demanda de atendimentos; o segundo é uma dificuldade

da equipe das unidades de entender não só que esse papel é também incumbência sua, mas

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87Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

também conseguir dar saída aos encaminhamentos feitos aos adolescentes e ainda se res-

ponsabilizar a prestar o mesmo serviço à família, com o material humano com o qual conta,

que muitas vezes é limitado.

Os grupos não transmitem somente as dificuldades, mas também quais foram os avanços e

que caminhos são possíveis trilhar para alcançarmos a qualidade desejada do serviço. Dentre

as qualidades mais comuns, destacam-se as categorias:

• Atendimento da equipe das unidades.

O atendimento recebido pelos adolescentes e familiares da equipe técnica onde a medida

socioeducativa era cumprida foi muitas vezes destacado como um fator positivo. Em vários

depoimentos é possível notar que muitas vezes, a despeito da falta de estrutura e pessoal,

a equipe técnica foi bem-sucedida em criar um vínculo de afetividade tanto com os adoles-

centes quanto com os familiares. Essa afetividade foi destacada como um dos principais dife-

renciais para o bom cumprimento da medida, bem como a alocação da família em programas

e instituições que até então lhes eram ausentes ou distantes. Essa impressão se reforça nos

depoimentos dos grupos focais em que há relatos de casos de adolescentes que desistiram de

optar pelo abandono do cumprimento graças à intervenção do funcionário da unidade. Essa

intervenção em geral vem em forma de uma conversa íntima ou uma confidência.

• Horários, regras e rotinas.

A construção das rotinas em torno das atividades necessárias ao cumprimento da medida

foi descrita como um ponto positivo para o que os entrevistados qualificaram de “um novo

começo”. Muitos dos adolescentes atendidos se encontravam em situação de desatenção

grave, e por isso não tinham acesso a uma rotina de horários e regras fixas. As consequên-

cias disso se refletiam na imensa dificuldade dos adolescentes de permanecer em espaços e

estruturas onde essa capacidade lhe era cobrada. Por isso o fato de ter que se organizar em

torno de um plano de atividades foi um bom exercício para a ambição dos adolescentes de

também conquistar esses outros espaços.

• Acesso a serviços púplicos

Em muitos casos o adolescente e sua família estavam tão distanciados da rede de proteção

que o ingresso na medida representou uma oportunidade para que ambos fossem atingidos

pela assistência social bem como outros setores do estado.

É possível notar que ainda existem muitos desafios a superar, mas, que também um longo

caminho foi percorrido. Os depoimentos apontam justamente os caminhos que devem ser

seguidos e aquilo que ainda carece de ajustes e reformulações.

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM88

O que se torna mais evidente é que é necessário investir na equipe das unidades, tanto au-

mentando o efetivo nos locais onde a espera por atendimento foi descrita como insuficiente,

quanto criando e/ou melhorando as condições de trabalho. Além disso, é de importância

urgente que se faça um planejamento de integração entre a unidade e a comunidade de

pessoas de seu entorno para evitar estigmatização e conflitos, além de potencializar ao

máximo a capacidade de colaboração da comunidade com a medida. Essas e outras medidas

sugeridas no corpo deste relatório podem indicar o caminho para um Sistema Socioeducativo

que garanta os direitos dos adolescentes.

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89Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

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91Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

ANExO 1 — ROTEIRO DOS GRUPOS FOCAIS — ADOLES-CENTES

• Preenchimento de ficha socioeconômica.

• Boas vindas e apresentação do projeto.

• Apresentação da dinâmica e pactuação das regras de convivência.

Orientação:

O facilitador abre os trabalhos com uma fala que informa sobre:

✓ Qual é a instituição responsável pela pesquisa; os objetivos da pesquisa e os benefícios que

poderão dela advir; o uso não individualizado do material quantitativo e qualitativo coletado

(informar/perguntar sobre o sigilo).

✓ Fazer a apresentação da equipe e suas funções; a função dos crachás; agradecimento

pela presença; o caráter voluntário da participação também nas falas e como estas serão

bem-vindas; a não existência de respostas "certas" ou "erradas"; regras de funcionamento do

grupo; pedido de permissão para gravar, tomar notas para enriquecer a pesquisa e viabilizar

a análise.

• Rodada de apresentação: características pessoais importantes para a discussão em

pauta com dinâmica "quebra gelo", de descontração ou disparadora da conversa (Exem-

plos: Rolo de Barbante" Perguntas norteadoras: nome, idade, o que você gosta e o que

você não gosta?).

• Perguntas:

Vocês já conheciam o serviço de medidas socioeducativas, antes de participarem? O que

vocês ouviam falar do serviço?

O que vocês destacariam como as principais qualidades?

O que vocês destacariam como as principais dificuldades?

Quais são as suas sugestões para o aperfeiçoamento do serviço?

Como vocês avaliam os serviços e as atividades para as quais vocês foram encaminhados?

Fale um pouco sobre elas?

Como sua família apóia você neste processo de cumprimento de medidas?

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM92

Como outras pessoas próximas a vocês, além de sua família (vizinhos, amigos, professores)

vêem a sua participação na medida socioeducativa?

Cada um de vocês, fale sobre um sonho que você gostaria de realizar no futuro próximo? O

que você está vivenciando no cumprimento da medida socioeducativa vai te ajudar na rea-

lização desse sonho?

Fale em uma palavra ou frase como foi participar desse grupo.

• Lanche de confraternização

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93Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

ANExO 2 — ROTEIRO DOS GRUPOS FOCAIS — RESPON-SáVEIS E FAMILIARES

• Preenchimento de Ficha Socioeconômica.

• Boas Vindas e Apresentação do Projeto.

• Apresentação da dinâmica e pactuação das regras de convivência.

Orientação:

O facilitador abre os trabalhos com uma fala que informa sobre:

✓ Qual a instituição responsável pela pesquisa; os objetivos da pesquisa e os benefícios que

poderão dela advir; o uso não individualizado do material quantitativo e qualitativo coletado

(informar/perguntar sobre o sigilo).

✓ Fazer a apresentação da equipe e suas funções; a função dos crachás; agradecimento

pela presença; o caráter voluntário da participação também nas falas e como estas serão

bem-vindas; a não existência de respostas "certas" ou "erradas"; regras de funcionamento do

grupo; pedido de permissão para gravar, tomar notas para enriquecer a pesquisa e viabilizar

a análise.

• Rodada de apresentação: características pessoais importantes para a discussão em

pauta com dinâmica "quebra gelo", de descontração ou disparadora da conversa (Exem-

plos: Rolo de Barbante" Perguntas norteadoras: nome, o que você gosta e o que você

não gosta?).

• Perguntas:

Vocês já conheciam o serviço de medidas socioeducativas, antes do seu adolescente parti-

cipar? O que vocês ouviam falar do serviço?

O que vocês destacariam como as principais qualidades?

O que vocês destacariam como as principais dificuldades?

Quais são as suas sugestões para o aperfeiçoamento do serviço?

Como vocês avaliam os serviços e as atividades para as quais o adolescente foi encaminhado?

Fale um pouco sobre elas? E vocês participarem de alguma atividade? Como vocês avaliam?

Como vocês apóiam o adolescente neste processo de cumprimento de medidas?

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Grupo Focal com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto e com os seus responsáveisCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM94

Na sua opinião como outras pessoas próximas a vocês vêem a participação do adolescente

na medida socioeducativa?

Na sua opinião o adolescente tem algum sonho que gostaria de realizar? Você acha que a vi-

vência do adolescente no cumprimento da medida socioeducativa vai ajuda-lo na realização

desse sonho?

Fale em uma palavra ou frase como foi participar desse grupo.

• Lanche de confraternização

Page 349: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

MAPEAMENTO

DAS NORMATIVAS

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A883

Atualização da produção normativa sobre a temática do atendimento socioeducativo em meio aberto para adolescentes infratores / [supervisão geral de] Rosimere Souza; [coordenação de] Delaine Costa. – Rio de Janeiro: IBAM; CONANDA, 2013.

76 p.

Abaixo do título: “Pesquisa Análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA — e Prestação de Serviços à Comunidade — PSC)”.

1. Serviço social com adolescentes. 2. Adolescentes infratores – serviço social. I. Souza, Rosimere de (Supervisora). II. Costa, Delaine. III. Instituto Brasileiro de Administração Municipal. III. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

CDD 370.11

Page 351: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

“Pesquisa análise da dinâmica de funcionamento dos programas e da execução do serviço de atendimento aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto (Liberdade Assistida — LA — e Pres-

tação de Serviços à Comunidade — PSC)”

Junho de 2014

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Presidente da RepúblicaDilma Rousseff

Ministra Chefe de Estado da Secretaria de Direitos HumanosIdeli Salvatti

Secretário Executivo da Secretaria de Direitos HumanosClaudinei Nascimento

Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do AdolescenteAngélica Moura Goulart

Coordenador-Geral do Sistema Nacional SocioeducativoCláudio Augusto Vieira da Silva

Instituto Brasileiro de Administração Municipal

Superintendete Geral

Paulo Timm

Superintendente de Desenvolvimento Econômico e Social

Alexandre Carlos Albuquerque Santos

Equipe Técnica do Projeto

Supervisora Geral do Projeto

Coordenadora do Programa Gestão Pública Municipal e Direitos Humanos

Rosimere de Souza

Assessores Técnicos

Adriana MotaHerculis ToledoJuliana LeiteLiza SantosLouise Storni

Consultora de Metodologia de Pesquisa

Marina Sidrim Teixeira

Consultora de Metodologia de Pesquisa

Thaily Reis Antônio Pedro Campello Pereira Porto Soares

Estagiários

Safira SilvaVladmir Machado

Revisão Bibliográfica e catalográfica

Elisa Machado Alves Correa

Revisão e Diagramação

Diana Castellani Ricardo Polato

Programação visual

André Guimarães Souza

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Apoio Técnico-administrativo

Flavia Lopes

Conselho nacional dos direitos da criança e do adolescente — CONANDAConselheiros Governamentais — Biênio 2013/2014 — Titulares e Suplentes no CONANDA

Casa Civil da Presidência da República

Titular: Magaly de Carvalho Correia MarquesSuplente: Mariana Barbosa Cirne

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Titular: Francisco Antonio de Sousa BritoSuplente: Natalia da Silva Pessoa

Ministério da Cultura

Titular: Anirlenio Donizet de MoraisSuplente: Marina Leite da Silveira

Ministério da Educação

Titular: Clélia Brandão Alvarenga CraveiroSuplente: Fabio Meirelles Hardman de Castro

Ministério do Esporte

Titular: Andrea Carvalho AlfamaSuplente: Elisangela Landim Santos

Ministério da Fazenda

Titular: Jordelino Serafim dos ReisSuplente: Cristiane Caldera de Araújo Mascarenhas

Ministério da Previdência Social

Titular: Kesia Miriam Santos de AraujoSuplente: Fabiula Costa Oliveira

Ministério da Saúde

Titular: Thereza de Lamare Franco NettoSuplente: Maria de Lourdes Magalhães

Ministério das Relações Exteriores

Titular: Marcia Canário de OliveiraSuplente: Juliana de Moura Gomes

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Titular: Danyel Iorio de LimaSuplente: Bernardo Bofil Vasconcelos Pereira

Ministério do Trabalho e Emprego

Titular: Karina Andrade LadeiraSuplente: Cintia Bastos Bemerguy

Ministério da Justiça

Titular: Davi Ulisses Brasil Simões PiresSuplente: Alex Canuto de Sá Cunha

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

Titular: Maria Izabel da Silva (Vice-Presidente) Suplente: Claudio Augusto Vieira Da Silva

Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República

Titular: Cristina de Fátima Guimarães

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Suplente: Floraci Pereira dos Santos

Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Titulares no CONANDA

Pastoral da Criança Representante: Maristela Cizeski

CNBB — Pastoral do Menor

Representante: Vitor Cavalcante de Sousa Valério

Inspetoria São João Bosco (Salesianos)

Representante: Miriam Maria José dos Santos (Presidente)

Federação Nacional das APAES

Representante: Anna Beatriz Langue Peranovichi Leite

CFP — Conselho Federal de Psicologia

Representante: Esther Maria de Magalhães Arantes

ABMP — Associação Brasileira de Magistrados, Promotores e Defensores Públicos da Infância e da Juventude

Representante: Diego Vale de Medeiros

UBEE — União Brasileira de Educação e Ensino (Marista)

Representante: Fabio Feitosa da Silva

Aldeias Infantis SOS Brasil

Representante: Fabio José Garcia Paes

CONTAG — Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura

Representante: Tania Mara Dornellas dos Santos

MNMMR — Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua

Representante: Marco Antônio da Silva Souza

Criança Segura

Representante: Alessandra Mara Françoia

CFESS — Conselho Federal de Serviço Social

Representante: Erivã Garcia Velasco

CECUP — Centro de Educação e Cultura Popular

Representante: Edmundo Ribeiro Kroger

OAB — Ordem dos Advogados do Brasil

Representante: Luiza Helena Simonetti Xavier

Sociedade Civil — Biênio 2013/2014 — Suplentes no CONANDA

ACM — Federação Brasileira das Associações Cristã de Moços

Representante: Adriano de Britos

Sociedade Literária e Caritativa Santo Agostinho

Representante: Roseli Aparecida Duarte

MNDH — Movimento Nacional de Direitos Humanos

Representante: Carlos Nicodemos Oliveira Silva

CUT — Central Única dos Trabalhadores

Representante: Raimunda Núbia Lopes da Silva

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Instituto ALANA

Representante: Pedro Affonso Duarte Hartung

FENATIBREF — Federação Nacional dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas

Representante: Francisco Rodrigues Correa

ANCED — Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente

Representante: Djalma Costa

SBP — Sociedade Brasileira de Pediatria

Representante: Rachel Niskier Sanchez

FENAVAPE — Federação Nacional das Associações para Valorização de Pessoas com Deficiência

Representante: Fernanda Campana

Fundação Fé e Alegria do Brasil

Representante: Renato Eliseu Costa

Fundação ABRINQ

Representante: Heloisa Helena Silva de OliveiraConselho Latino Americano de IgrejasRepresentante: Rosilea Roldi Wille

MORHAN — Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase

Representante: Thiago Pereira da Silva Flo

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9Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Sumário

APRESENTAÇÃO ................................................................................10

1. METODOLOGIA ..............................................................................11

2. PRINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS ..............................................12

3. RESULTADOS DA PESqUISA .............................. ..................................12

CONCLUSÃO ...................................................................................25

SITES VISITADOS ...............................................................................26

BIBLIOGRAFIA ..................................................................................27

ANEXO 1 — RESUMO DA NORMATIVA ENCONTRADA NOS ESTADOS E NO DISTRITO FEDERAL ACERCA DO ATENDIMENTO à CRIANÇA E AO ADOLESCENTE, EM ESPECIAL AO ADOLESCENTE AUTOR DE ATO INFRACIONAL..................28

ANEXO 2 — BANCO DE DADOS COM A LEGISLAÇÃO IDENTIFICADA NAS 27 CAPITAIS E OUTRAS CIDADES ..................................................44

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM10

APRESENTAçãO

Este documento apresenta uma síntese da produção normativa sobre a temática do aten-

dimento socioeducativo para adolescentes autores de atos infracionais, no universo que

abrange as esferas federal, estadual, distrital e municipal. No caso dos municípios, por não

ser uma pesquisa censitária, enfatizamos a busca nas capitais dos estados da federação e nas

cidades mais relevantes, no período de tempo configurado entre 1988 (ano de promulgação

da Constituição Federal Brasileira) e 2013.

Tal estudo foi realizado a partir do levantamento e da análise de resoluções, decretos, por-

tarias e leis emanadas pelos poderes executivo, legislativo e judiciário nas diferentes esferas

(União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Também foram consideradas as normativas

que deram origem às produções estaduais e municipais em suplementação às normas apro-

vadas pelo Congresso Nacional.

Este produto integra uma das etapas do projeto de Avaliação da Dinâmica de Funcionamento

dos Programas de Atendimento Socioeducativo em Meio Aberto executado pelo IBAM, por

meio do convênio 759066/2011, firmado em 2011 com a Secretaria de Direitos Humanos da

Presidência da República/SDH-PR.

Desde já declinamos sobre as limitações do estudo que não pretende ser exaustivo em rela-

ção à matéria, seja no que diz respeito ao conteúdo exposto ou às análises.

Com este trabalho o IBAM visou a oferecer para o universo de operadores do direito da

criança e do adolescente, pesquisadores e cidadãos em geral, notadamente aqueles que

atuam no campo de atenções aos adolescentes autores de ato infracional, um caminho para

a compreensão dos contextos nos quais se inserem os programas de atendimento aos adoles-

centes. Esses atos normativos em conjunto, demonstram o que é aplicado no âmbito federal,

estadual e municipal, acerca das formas de organização, funcionamento, regulamentação e

execução dessas esferas, podendo ser compreendidos como um indicador do cumprimento

da propagada prioridade absoluta às crianças e aos adolescentes.

O documento está estruturado de forma a demonstrar a metodologia utilizada e os resulta-

dos alcançados no que diz respeito à normativa existente.

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11Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

1. METODOLOGIA

A primeira etapa do estudo foi o mapeamento dos órgãos competentes para normativas que

regulamentem a política pública de atendimento socioeducativo nas diferentes esferas. Para

tanto, fez-se necessária uma análise acerca das competências legislativa e normativa sobre

a temática.

Após essa primeira etapa, definidos os órgãos normativos competentes para emanar as nor-

mas de interesse do presente estudo, deu-se início à pesquisa documental a respeito dessa

produção normativa nas seguintes fontes de pesquisa: Constituições Federal, Estadual e

Distrital; sites dos Tribunais de Justiça, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Fe-

deral; sites das Assembleias Legislativas; sites das Câmaras Municipais; sites dos Ministérios

Públicos dos 26 estados e do Distrito Federal; site da Secretaria dos Direitos Humanos da

Presidência da República (observatório da infância; CONANDA etc.); site do Ministério de

Desenvolvimento Social e Secretarias Estaduais e Municipais congêneres; sites dos Conselhos

Estadual, Distrital e Municipal da Criança e do Adolescente (CEDCAs e CMDCAs).

Diante da recorrente falta de informações dos websites, especialmente daqueles referentes

a órgãos do poder executivo das esferas Estadual, Distrital e Municipal, imperiosa se mostrou

a realização de contatos telefônicos com esses órgãos, com vistas à suplementação do mate-

rial coletado na internet. Os contatos foram feitos com todos os estados e órgãos definidos

na etapa anterior, mas que se mostraram, em diversas ocasiões, insuficientes para um levan-

tamento mais consistente, uma vez que inúmeras foram as vezes que o atendente não soube

fornecer as informações solicitadas, e, quando um recado foi deixado, para eventual retorno

de um responsável que soubesse esclarecer aquela informação, não obtivemos resposta.

Concluída a coleta, deu-se início à análise do material, com enfoque na análise do impacto

que determinados documentos federais tiveram na produção normativa dos diferentes entes

federativos ao longo do universo temporal deste estudo. O critério para seleção desses docu-

mentos foi a relevância geral para a regulamentação do atendimento socioeducativo. Desta

forma, os referenciais normativos para a análise temporal ora apresentada são: Constituição

Federal (1988); Lei Federal 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); Resolução

119 do CONANDA (2006); Resolução 109 do CNAS (2009); e Lei 12.594 /2012.

Explicitada a metodologia adotada neste estudo, passemos então para a apresentação das

dificuldades encontradas para a sua realização.

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM12

2. PRINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS

Ao longo da etapa de identificação dos órgãos com competência normativa acerca da maté-

ria infracional, encontramos dificuldades pela ausência de padronização das nomenclaturas

utilizadas pelos diferentes estados e municípios, especialmente no que tange às pastas do

poder executivo responsável pela temática. Como exemplo utilizaremos a pasta Assistência

Social, que na maioria dos estados e municípios são secretarias, mas em outros são funda-

ções ou até mesmo subsecretarias em órgãos com atribuições tão diversas, como trabalho,

habitação e outros.

Outra grande dificuldade encontrada ao longo deste estudo foi a falta de informação a res-

peito dos atos normativos emanados pelos respectivos órgãos disponibilizados em seus sites

na internet. Poucas são as páginas de secretarias estaduais, municipais ou Conselhos de Di-

reitos que disponibilizam os seus atos normativos de forma a possibilitar uma pesquisa mais

qualificada por meio eletrônico.

Sempre que nos deparamos com esta realidade, optamos por fazer contato através de liga-

ção telefônica ou correio eletrônico. E nesta fase, quando feito contato, em muitos casos,

não houve o retorno esperado por parte dos responsáveis. Isto, no entanto não inviabilizou

a realização do estudo, uma vez que a coleta realizada foi capaz de fornecer um vasto ma-

terial para análise.

3. RESULTADOS DA PESQUISA

De acordo com a Constituição brasileira, são competentes para legislar acerca da proteção

à infância e à juventude a União, os Estados e o Distrito Federal. Soma-se a esse dispositivo

constitucional a competência dos municípios para legislar sobre assuntos de interesse local,

bem como suplementar a legislação federal e estadual no que couber.

Ao longo dessa etapa de coleta do material analisado, além dos diferentes entes federativos,

identificaram-se inúmeras espécies de atos normativos acerca do atendimento socioeduca-

tivo, cada um próprio da natureza jurídica do órgão que a emanou, como podemos ver no

quadro 1, a seguir:

1. Cumpre destacar o entendimento de que competência legislativa se difere de competência normativa. Enquanto a primeira

se trata exclusivamente da competência do poder legislativo, a segunda diz respeito à suplementação de legislação emanada

por outra esfera.

2. Constituição da República Federativa do Brasil, Art. 24, XV.

3. Constituição da República Federativa do Brasil, Art. 30, I e II.

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13Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

QUADRO 1: ESPÉCIES NORMATIVAS IDENTIFICADAS E NATUREzA JURíDICA DO óRGãO COMPETENTE

Constituição Federal, Constituições Estaduais e Constituição Distrital

Normas de constituição e regulamentação do funcionamento da máquina estatal da respectiva esfera.

Leis ordinárias e complementares

Normas emanadas pelos poderes legislativos dos diferentes entes federativos, respeitado o processo

legislativo.

Decretos

Conforme Artigo 84 da CF/1988, são de competência dos chefes dos poderes executivos – Presidente,

Governadores e Prefeitos – e têm efeito de regulamentar ou de execução, sendo um ato meramente

administrativo.

Portarias/Instruções de serviço

Instrumento administrativo utilizado pelos auxiliares diretos dos chefes de Poder Executivo que visam a

regular as atividades de suas pastas, transmitindo decisões de efeito interno.

Resolução/Deliberação

Deliberação de órgão colegiado com atribuição normativa. Possui força de lei desde que não contradiga

uma.

Portarias Judiciais

Espécie normativa proveniente do Poder Judiciário com vistas a disciplinar atividades judiciárias.

Medida Provisória

Ato Normativo emanado pelo Presidente da República, com força de lei e sujeito à apreciação pelo

Congresso Nacional dentro do prazo legal.

Recomendação do Ministério Público

Espécie normativa de caráter não vinculante produzida pelo Ministério Público.

Súmulas

Espécie normativa de caráter não vinculante emanada pelos Tribunais Superiores com vistas à orientação

jurisprudencial.

No total, foram nove espécies normativas distintas, próprias de cada órgão que as emanou.

No quadro 2 o leitor poderá obter uma breve apresentação do que cada espécie normativa

representa e a natureza jurídica do órgão competente para emaná-la.

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM14

QUADRO 2: ESPÉCIES NORMATIVAS IDENTIFICADAS

Presidência da República – Executivo

Ministério do Desenvolvimento Social – Executivo

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – Executivo

Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – Executivo

Conselho Nacional de Assistência Social – Executivo

Fundo Nacional de Assistência Social – Executivo

Conselho Nacional do Ministério Público – Executivo

Superior Tribunal de Justiça – Judiciário

Conselho Nacional de Justiça – Judiciário

Congresso Nacional – Legislativo

Chefes do Poder Executivo dos Estados e do Distrito Federal (Governadores) – Executivo

Secretarias ou Fundações Estaduais4 - Executivo

Ministério Público dos Estados – Executivo

Conselhos Estaduais dos Direitos da criança e do Adolescente – Executivo

Varas da Infância e da Juventude – Judiciário

Assembleias Legislativas – Legislativo

Chefes do Poder Executivo dos Municípios (Prefeitos) – Executivo

Secretarias ou Fundações Municipais – Executivo5

Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente – Executivo

Câmaras Municipais – Legislativo

Comissões Especiais – Executivo

4. Em alguns estados, o órgão responsável pela pasta da assistência social não é uma secretaria, mas uma fundação pública,

como explicitamos anteriormente, quando tratamos as dificuldades encontradas ao longo da feitura deste relatório.

5. Em alguns municípios, o órgão responsável pela pasta da assistência social não é uma secretaria, mas uma fundação pública.

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15Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Conforme abordado anteriormente, as normativas identificadas ao longo da etapa de coleta

foram emanadas por diferentes órgãos das três esferas administrativas do Estado brasileiro.

No Quadro 2, podem-se identificar quais foram estes inúmeros órgãos e à qual Poder da Re-

pública estão vinculados (Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário).

Neste sentido, para facilitar a compreensão do leitor, optamos por fazer uma distinção entre

os órgãos do Poder Executivo. Isso porque, com a aprovação da Constituição de 1988, o Esta-

do brasileiro passou a dispor de instrumentos específicos de participação popular, estratégias

de exercício direto da democracia participativa: os Conselhos de Direitos.

As normativas emanadas por estes conselhos, por terem entre seus membros representantes da

sociedade civil organizada, não representam a vontade política do chefe do poder executivo,

devendo, em uma análise mais cuidadosa, ser separadas das demais normativas que representam

uma vontade política exclusivamente de governo. Por esse motivo, optamos por apresentar tais

normativas em uma categoria distinta, embora, formalmente, os mesmo pertençam ao poder

executivo. A essa categoria demos o nome de Conselhos. Os demais órgãos do Poder Executivo

compõem a categoria Governo. Desta forma, devemos ler o quadro 2 da seguinte forma:

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM16

QUADRO 3: óRGãOS RESPONSÁVEIS PELAS NORMAS IDENTIFICADAS

Presidência da República – Governo

Ministério do Desenvolvimento Social – Governo

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – Governo

Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – Conselho

Conselho Nacional de Assistência Social – Conselho

Fundo Nacional de Assistência Social – Conselho

Conselho Nacional do Ministério Público – Conselho

Superior Tribunal de Justiça – Judiciário

Conselho Nacional de Justiça – Judiciário

Congresso Nacional – Legislativo

Chefes do Poder Executivo dos Estados e do Distrito Federal (Governadores) – Governo

Secretarias ou Fundações Estaduais6 - Governo

Ministério Público dos Estados – Governo

Conselhos Estaduais dos Direitos da criança e do Adolescente – Conselho

Varas da Infância e da Juventude – Judiciário

Assembleias Legislativas – Legislativo

Chefes do Poder Executivo dos Municípios (Prefeitos) – Governo

Secretarias ou Fundações Municipais7 – Governo

Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente – Conselho

Câmaras Municipais – Legislativo

Comissões Especiais – Governo

6. Em alguns estados, o órgão responsável pela pasta da assistência social não é uma secretaria, mas uma fundação pública.

7. Em alguns municípios, o órgão responsável pela pasta da assistência social não é uma secretaria, mas uma fundação pública.

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17Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

As Figuras 1 e 2, a seguir, ilustram a quantidade de normativas identificadas emanadas por

cada Poder da República e Conselhos.

Figura 1: quantidade de Normativa por Poder.

Figura 2: quantidade de Normativa Conselho.

Ao analisarmos as Figuras 1 e 2, constatamos que a maior incidência normativa se dá com

o poder legislativo. Mas não podemos nos esquecer de que, em uma análise mais rígida da

divisão dos poderes da república, a categoria “Conselhos” deve ser somada à “Governo”,

pois as duas compõem o Poder Executivo. Desta forma, haveria ainda uma predominância do

poder legislativo, mas com maior equilíbrio se comparado com o executivo no que tange à

quantidade de normativas emanadas acerca do atendimento socioeducativo.

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM18

Por outro lado, chama-nos muito a atenção o fato de termos identificado apenas 20 nor-

mativas emanadas pelos Conselhos de Direitos. Mesmo sendo os órgãos com competência

específica para deliberar sobre o atendimento à criança e ao adolescente, os Conselhos se

mostram, em muitos casos, pouco atuantes ou imobilizados por ausência de estrutura física

e de pessoal, de acordo com alguns relatos colhidos nos contatos telefônicos estabelecidos

na etapa de coleta do material analisado.

Em sentido oposto devemos observar a baixa quantidade de normativas emanadas pelo Poder

Judiciário. Embora ainda insuficiente, os poderes legislativo e executivo têm práticas mais

transparentes de disponibilização de seus atos normativos em seus sites, enquanto o Poder

Judiciário não. Embora a coleta nos demonstre a quase inexistência desta atividade norma-

tiva, relatos colhidos também através dos contatos telefônicos dão conta da existência de

portarias judiciais que não puderam ser identificadas devido às dificuldades encontradas

em estabelecer contatos via ligação telefônica com as Varas da Infância e da Juventude das

Comarcas das Capitais dos estados e do Distrito Federal.

Figura 3: quantidade de Normativa por Ente Federado.

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19Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Figura 4: quantidade de Normativa Conselho.

Ao nos depararmos com a Figura 3, observamos a predominância da atuação legislativa esta-

dual, em termos quantitativos, em relação às demais esferas e “Poderes”.

Merece destaque o fato de, na categoria “Conselhos” (Figura 4), haver maior incidência das

esferas municipal e estadual em relação à federal.

Insta observar que a atribuição municipal para normatização e execução de medidas socioe-

ducativas se dá apenas no chamado meio aberto (liberdade assistida e prestação de serviços

à comunidade), o que nos indica um maior interesse dos Conselhos de Direito pelas medidas

em meio aberto, em detrimento das privativas de liberdade (internação e semiliberdade),

possivelmente pelo fato de as mesmas permitirem a manutenção dos vínculos familiares e

comunitários, bem como possuírem fontes próprias de financiamento através do Sistema Úni-

co de Assistência Social — SUAS —, o que faz com que seja um estímulo para o administrador

municipal regulamentá-las, pois assim poderá receber os recursos federais para tal.

Cumpre esclarecer a razão da ausência de normas emanadas pelo Poder Judiciário na esfera

Municipal. Isso ocorre pelo fato de que, constitucionalmente, o Poder Judiciário ser vincu-

lado apenas à União (Esfera Federal) ou aos Estados (Esfera Estadual). Embora, em regra, a

competência das Varas da Infância e da Juventude das capitais estejam adstritas aos limites

geográficos desses municípios, formalmente, as mesmas fazem parte do Judiciário Estadual,

não havendo Poder Judiciário Municipal.

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM20

Figura 5: Normativa Estaduais por Região.

Figura 6: Normativa Estaduais por Região (Conselho).

A Figura 5 e 6 demonstra a distribuição das normativas estaduais conforme a região. Está

clara a predominância das normativas legislativas. Novamente, fica evidente a inoperância

dos Conselhos de Direitos na sua atividade normativa acerca dessa matéria, categoria iden-

tificada apenas nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, bem como a dificuldade de se obter

informações dos Estados da Região Norte.

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21Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Figura 7: Normativas Municipais por Região.

Figura 8: Normativa Municipais por Região (Conselhos).

As Figuras 7 e 8 nos apresentam uma divisão das normativas das capitais dos estados classifi-

cadas por “Poder” responsável e a sua distribuição por regiões geográficas. Devemos obser-

var que apesar da já demonstrada escassez de estrutura dos Conselhos de Direito, na esfera

municipal, eles se destacam como os mais operantes, como identificado na Figura 8. Chama-

nos a atenção a diferença entre a região sudeste para as demais, o que sugere uma maior

estruturação dos Conselhos Municipais nesta região do que em outras.

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM22

Outra constatação que podemos fazer sobre esse gráfico é que, ao contrário do gráfico refe-

rente às normas estaduais (Figuras 5 e 6), no qual se observou a predominância de normas

legislativas, quando tratamos das normas municipais, elas quase não existem.

Figura 9: Produção de Normativa ao longo do tempo.

A Figura 9 nos permite acompanhar a evolução histórica da produção normativa acerca da

matéria ato infracional e das medidas socioeducativas no Brasil desde a aprovação da Cons-

tituição de 1988, que inaugura uma nova doutrina orientadora da política de atendimento à

criança e ao adolescente: a Doutrina da Proteção Integral.

Doutrina da Proteção Integral

A doutrina da proteção integral à criança consagrada na Convenção Internacional sobre os Direitos da

Criança e da Organização das Nações Unidas (1989) e na Declaração Universal dos Direitos da Criança

(1959), assim como pela constituição da República Federativa do Brasil (1988) e pelo Estatuto da Criança

e do Adolescente – ECA (1990) designa um sistema em que crianças e adolescentes, até 18 (dezoito)

anos de idade, são considerados titulares de interesses subordinados, frente à família, à sociedade e ao

Estado, cujos princípios, estão sintetizados no caput do artigo 227 da Constituição Federal.

A teoria da proteção integral parte da compreensão de que as normas que cuidam de crianças e de

adolescentes devem concebê-los como cidadãos plenos, porém sujeitos à proteção prioritária, tendo em

vista que são pessoas em desenvolvimento físico, psicológico e moral.

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23Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Como primeiro marco nessa linha do tempo, devemos apontar a própria Constituição, que

inaugura um intenso processo de reestruturação política, administrativa e normativa do

estado brasileiro. A proteção e a garantia dos Direitos da criança e do adolescente estão in-

seridas nesse processo. Não por acaso, o ano de 1989 é o ano com a maior quantidade de nor-

mativas que tratam dessa temática na série histórica, inaugurando uma tendência observada

que aponta para a intensa produção normativa nas diferentes esferas após a instituição de

marcos como a Constituição, o ECA e o SINASE. Importante destacarmos que todas as 25 nor-

mativas presentes nesse gráfico referentes ao ano de 1989 são Constituições Estaduais cujo

processo de elaboração se deu exatamente pelo fato de assim prever a constituição federal.

Outro marco histórico é a Lei 8.069, o Estatuto da Criança e do Adolescente, aprovado em

1990. Ele vem regulamentar o previsto no Artigo 227 e 228 da Constituição Federal, subs-

tituindo no ordenamento jurídico nacional o antigo código de menores, normativa não re-

cepcionada pela nova ordem constitucional. Como podemos observar, no ano seguinte ao do

ECA, 1991, temos uma produção relativamente alta, o que não ocorre nos anos seguintes,

culminando com nenhuma normativa identificada no ano de 1998. Uma hipótese para expli-

car essa queda é a invisibilidade dos adolescentes autores de atos infracionais, no cenário

brasileiro. Refletida, inclusive, nos órgãos competentes por zelar pelos seus direitos, prio-

rizando outras temáticas, afeta aos direitos de crianças e adolescentes em detrimento da

matéria infracional e das medidas socioeducativas.

O ano de 2002, sem motivos aparentes, apresenta um crescimento significativo da produção

normativa, mas, em 2003, volta a cair drasticamente, devendo ser entendida mesmo como

um ponto fora da curva.

Somente a partir de 2005, quando o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adoles-

cente — CONANDA — inicia a elaboração do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo

— SINASE —, aprovado em 2006 por meio da sua Resolução 119, é que de fato podemos ob-

servar um aumento significativo e consistente de produção normativa sobre a temática. Esse

significativo aumento da produção normativa recebe também o reforço da resolução 109 do

Conselho Nacional de Assistência Social — CNAS —, que institui como serviço a ser disponi-

bilizado pelos equipamentos da assistência de média complexidade Centro de Referência

Especializado de Assistência Social — CREAS —, em todo o Brasil, as medidas socioeducativas

de liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade. Certamente, o crescimento

da produção no ano seguinte também se deve a isso, somado à tendência de crescimento

já observada desde 2005. Ainda neste período importante no campo da produção normativa

acerca do atendimento socioeducativo, cabe enfatizarmos os avanços obtidos com o cum-

primento da Agenda Social do Governo Federal no período de 2007-2010, que pôs o projeto

Pró-SINASE como prioridade e certamente teve influência neste processo.

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM24

Agenda Social Criança - Agenda Social Criança e Adolescente (2007)

O Decreto de criação da Agenda Social Criança e Adolescente estabeleceu o Compromisso pela Redução

da Violência Contra Crianças e Adolescentes, com vistas à implementação de ações de promoção e

defesa dos direitos da criança e do adolescente, por parte da União Federal, em regime de colaboração

com Municípios, Estados e Distrito Federal, instituiu o Comitê Gestor de Políticas de Enfrentamento à

Violência contra Criança e Adolescente, entre outras providências.

Apesar do aumento substancial na produção normativa da temática socioeducativa, inclusive

com financiamento através do Sistema Único de Assistência Social — SUAS — para as medi-

das em meio aberto, seu impacto não foi capaz de reduzir o número de adolescentes que

recebem como sanção à prática do ato infracional uma medida privativa de liberdade, que

continuaram a crescer nos anos seguintes (SDH, 2011).

Já nos anos 2011 e 2012 observamos uma forte queda na produção normativa. Ainda assim,

no ano 2012, temos outro marco histórico, com a aprovação da Lei 12.594 no congresso Na-

cional, que institui o SINASE, atribuindo responsabilidades aos gestores dos Sistemas socio-

educativos dos estados e municípios em casos de violação de direitos por ação ou omissão.

Pela relevância desta matéria, acreditamos que nos próximos anos será observado um novo

aumento significativo da produção normativa desta temática.

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25Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

CONCLUSãO

Ao nos depararmos com os resultados do presente levantamento, podemos observar a ten-

dência de impacto que os textos normativos considerados marcos legais possuem na produ-

ção legislativa de estados, de municípios e do Distrito Federal. Constatar que a iniciativa

da União em normatizar e regulamentar a execução de medidas socioeducativas tem claro

impacto na produção normativa dos outros entes federativos é um resultado bastante signi-

ficativo, que deve servir de indicador para as medidas futuras a serem tomadas.

Por outro lado, constatou-se a total falta de estrutura de órgãos de fundamental importância

para a efetivação da democracia participativa e para o envolvimento da comunidade e da

sociedade civil com as políticas públicas para adolescentes autores de atos infracionais, tais

como os Conselhos de Direitos. Como bem afirma o ECA, a convivência familiar e comunitá-

ria é de suma importância para a reintegração social e para o saudável desenvolvimento de

adolescentes autores de atos infracionais. Para tanto, os órgãos que possam envolver a co-

munidade e a sociedade civil neste processo devem ser fortalecidos, e não esvaziados como

temos observado.

O apontamento que temos a partir dessas análises é de que a União inaugura processos

deliberativos que são replicados pelos demais entes federativos, tendo inegável influência

no processo de produção normativa dos mesmos. Mas contata-se também que há inúmeras

dificuldades para estados e municípios acompanharem esses movimentos – entre as quais

merece destaque a falta de estrutura de órgãos como os Conselhos de Direitos – e algumas

secretarias municipais, que deveriam ser enfrentadas pela própria União, que se beneficiaria

com isso, pois teria a sua produção normativa replicada em territórios estaduais e munici-

pais, fortalecendo a política nacional.

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM26

SITES VISITADOS

• Tribunais de Justiça dos 27 estados e do DF

• Assembleias Legislativas dos 27 estados e do DF

• Ministérios Públicos das capitais dos 27 estados e do DF

• Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República (observatório da infância;

Conanda etc.): www.sdh.gov.br.

• Ministério de Desenvolvimento Social: www.mds.gov.br

• Secretaria de Estado de Assistência Social do Governo do Estado de Amazonas:

http://www.seas.am.gov.br/programas_02.php?cod=1594

• NUPES – núcleo de pesquisas - http://www.nupes.com.br/nova/pages/368

• Secretaria de Estado da Criança do DF: http://www.goiania.go.gov.br/html/juventude/

• Associação Brasileira dos Magistrados e Promotores – ABMP: www.abmp.org.br

• Assembleia Legislativa do Pará: http://www.alepa.pa.gov.br/alepa/lernoticia.php?id-

noticia=4035

• Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente - PE

• Ministérios Público do Rio Grande do Sul: http://www.mp.rs.gov.br/infancia/termos/

id14.htm

• Prefeitura de Boa Vista: http://www.boavista.rr.gov.br/template_detalhes_acao.php

• Governo – Avança Brasil – plano plurianual 2000-2003: http://www.abrasil.gov.br/avalp-

pa/relavalppa2002/content/av_prog/313/prog313.htm

• Fundação ABRINq – programa prefeito amigo: http://www.fundabrinq.org.br/portal/co-

mo-atuamos/programas-e-projetos/programa-prefeito-amigo-da-crianca/parceiros.aspx

• Instituto Marista de Assistência Social: http://marista.edu.br/social/imas/

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27Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Constituição Federal de 1988.

BRASIL. Decreto n 6.230 de 11 de outubro de 2007 - Agenda Social Criança e Adolescente (2007)

BRASIL. Lei 12.594 de 2012 – Lei do SINASE.

BRASIL. Lei Federal 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL. Resolução 109 de 2009

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Resolução 119

do CONANDA (2006).

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM28

ANEXO 1 — RESUMO DA NORMATIVA ENCONTRADA NOS ESTADOS E NO DISTRITO FEDERAL ACERCA DO ATENDI-MENTO à CRIANçA E AO ADOLESCENTE, EM ESPECIAL AO ADOLESCENTE AUTOR DE ATO INFRACIONAL

Trata-se da análise fática das leis pesquisadas, para um melhor entendimento sobre a evo-

lução da importância da proteção dos adolescentes infratores com o advento das medidas

socioeducativas em meio aberto por estado da federação.

Acre

A proteção à criança e ao adolescente está prevista na Constituição do Estado de 1989.

Em 2004, através de lei estadual, criou-se o Conselho Estadual da Juventude do Acre – CEJAC –,

que em 2009 teve dispositivos alterados pela Lei nº 2144.

Já em 2008, foi criado um Instituto Socioeducativo, o ISE, vinculado à Secretaria de Estado

de Desenvolvimento para Segurança Social – SEDSS –, com autonomia administrativa, finan-

ceira e patrimonial, tendo por finalidade precípua “humanizar, planejar, coordenar, imple-

mentar, articular, supervisionar, fiscalizar e executar as diretrizes relativas à execução de

medidas socioeducativas”.

No ano de 2010, foi instituída, no âmbito da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Huma-

nos – SEJUDH –, a Ouvidoria sobre assuntos de segurança pública e medidas socioeducativas

relativos ao Instituto Socioeducativo do Estado do Acre.

Nesse mesmo ano, o município de Cruzeiro do Sul, através de lei municipal, dispôs sobre a

política municipal de atendimento dos direitos da criança e do adolescente, com uma pos-

sível criação de programas classificados como de proteção socioeducativa, destinando-se,

dentre outros, ao apoio socioeducativo em meio aberto.

Alagoas

Na Constituição do Estado, encontra-se prevista a proteção à criança e ao adolescente desde

1989.

Em nível estadual, em 1992, através de lei, foi criado o Conselho Estadual de Defesa da

Criança e do Adolescente — CEDCA —, que teve seu texto modificado em 1996. Também nesse

ano, foi aprovado o regulamento do Fundo para Infância e Adolescente — FIA —, do Estado

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29Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

de Alagoas, criado juntamente com o Conselho Estadual de Defesa, com o qual é vinculado

e destina-se a aplicação em programas e projetos de atendimento aos direitos de crianças e

adolescentes.

Foi encontrada, do ano de 2010, uma Portaria do Secretário-geral do Conselho Nacional de

Justiça, designando membros para o Grupo de Trabalho do Projeto Medida Justa, o que indi-

ca a implementação de tal projeto no Estado.

Em nível municipal, três normas do município de Maceió foram estudadas. A primeira de

1992 introduziu alterações na Lei 4014/91, prevendo política de atendimento dos direitos

da criança e do adolescente, como, por exemplo, a criação de um Conselho Municipal dos

Direitos da Criança e do Adolescente, órgão colegiado de caráter deliberativo e controlador

do conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais. Em 2009, foi insti-

tuída A Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania (SEM-

DISC). Em 2010, é instituído um Decreto, se dispôs sobre a composição e as competências do

Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, órgão de natureza deliberativa e caráter

permanente, com composição paritária entre representantes do poder executivo municipal

e de organizações não governamentais.

Amapá

Em Amapá, por meio eletrônico, além do constante na Constituição do estado, encontrou-se

uma lei estadual, dispondo sobre criação, organização, composição e competência do Conse-

lho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente e instituindo o Fundo Estadual da Crian-

ça e do Adolescente. Há também o FCRIA, Fundação da Criança e do Adolescente que, por

contato telefônico, explicou que por ser estadual, coordena, mas não executa as medidas

em meio aberto, por estar municipalizada, porém o texto normativo referente à instituição

desta fundação, não foi encontrado, apenas sabe-se que se trata do Decreto nº 01 2/01/1989

e do Decreto nº 4.410 5/1/2009.

Amazonas

Em outubro de 1990, foi regulamentado o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do

Adolescente, o qual autorizou a criação do Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente

(FECA), reorganizado pela Lei nº 2.368-C, de 22 de dezembro de 1995, vinculado à estrutura

da Secretaria de Estado do Trabalho e Ação Social. No entanto, essa lei de regulamentação

não foi encontrada nos meios eletrônicos, assim como também a criação do Instituto de As-

sistência à Criança e ao Adolescente Santo Antônio — IACAS —, instituído em 20 de março de

2001, com sede e foro em Manaus, capital do Estado do Amazonas, e foi considerado como

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM30

utilidade pública em 2004. Em 2010, conforme Lei orçamentária, para 2011, deveria ser

aplicada proteção especial, com metas e prioridades das diretrizes do governo. No âmbito

municipal de Manaus, em 2009, foi decretada a estrutura operacional da Secretaria Munici-

pal de Assistência Social e de Direitos Humanos, que prioriza o atendimento a adolescentes

em conflito com a lei que estejam cumprindo medidas socioeducativas em meio aberto.

Bahia

A proteção à criança e ao adolescente está contida na Constituição do Estado de 1989.

Conforme texto extraído do site do PróMenino8, de iniciativa da Fundação Telefônica Brasil/

VIVO, do ano de 2008, em Salvador, sabe-se que, desde julho de 1995, a Fundação Cidade

Mãe, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura Municipal de Salvador,

administra a Central de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto (CMSE). Destinada à coor-

denação da execução de medidas socioeducativas, especialmente das medidas de liberdade

assistida e prestação de serviços à comunidade, porém, a norma que instituiu tal Fundação

não foi encontrada.

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza – SEDES –, através da Superin-

tendência de Assistência Social – SAS/SEDES –, tem o papel de coordenar, co-financiar, mo-

nitorar, avaliar, capacitar e assessorar tecnicamente os municípios na execução dos serviços

e benefícios da política socioassistencial. Compete, ainda, à SAS/SEDES a coordenação da

política estadual de atendimento socioeducativo em meio-aberto (PSC e LA).

Ceará

Há, na Constituição do Estado, texto de proteção à criança e ao adolescente.

Segundo contato telefônico com o responsável da FUNCI – Fundação da Criança e da Família

Cidadã –, existe o Programa Se Garanta, responsável pelo atendimento a adolescentes e

jovens (de 12 a 21 anos incompletos) sentenciados com Medidas Socioeducativas de Presta-

ção de Serviços à Comunidade e Liberdade Assistida no município de Fortaleza, porém, tal

Programa não tem norma que o institua.

8. Endereço do site: http://www.promenino.org.br/Ferramentas/Conteudo/tabid/77/ConteudoId/94c6193d-2739-4e9e-9ad4-

909f641f596b/Default.aspx

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31Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Segundo texto extraído do site do Observatório Nacional dos Direitos da Criança e do Ado-

lescente9, que descreve o programa anteriormente mencionado, “em 2005, a Prefeitura

Municipal de Fortaleza iniciou a municipalização das MSEs em Meio Aberto, tendo esta, sido

concluída em 2008. Mesmo sendo uma prática ainda recente, já em 2008 o programa rece-

beu Menção Honrosa no prêmio Socioeducando na categoria “execução de medidas socioe-

ducativas em meio aberto, promovido pelo ILANUD em parceria com a SEDH da Presidência

da República”.

Distrito Federal

Através da Recomendação Conjunta Proeduc de 2008, foi prevista a inviolabilidade e sigilo

das informações sobre os discentes da rede pública de ensino do Distrito Federal, ou seja,

por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação e da Promotoria de Justiça de

Defesa da Infância e da Juventude, no exercício de suas funções institucionais previstas

na Constituição Federal, a Secretaria de Estado de Educação, a SEE-DF, deve se abster de

disponibilizar informações sobre atos infracionais de seus estudantes no referido sistema in-

formatizado, sob pena de incorrer em descumprimento de preceitos constitucionais e legais.

Também do ano de 2008, há a Recomendação do Ministério Público, que dispõe sobre as remes-

sas das ocorrências policiais, peças de informação e dos procedimentos de apuração de ato in-

fracional das Delegacias Especializadas da Criança e do Adolescente para o Ministério Público.

Segundo o texto extraído do site da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de

Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude – ABMP10 –, “no âmbito do Distrito

Federal, a execução do Projeto de Liberdade Assistida conta atualmente apenas com a atu-

ação de profissionais da SEAS/DF (Secretaria de Estado de Ação Social), caracterizando-se,

portanto, como uma iniciativa especificamente governamental”.

quanto à prestação de serviços à comunidade, conforme consta no site da Secretaria de Estado

da Criança do DF, em um texto do ano de 201211, sabe-se de um projeto no zoológico, além de

outras parcerias para a inserção de jovens da PSC, tais como: o “Plantando e Preservando Hor-

tas”, nas escolas públicas do DF, o “Projeto Adolescente” no Hospital Sarah, o “Mala do Livro”

da Secretaria de Cultura e também com o Hospital Universitário de Brasília, a Associação de

Idosos João XXIII, o Lar dos Velhinhos, os Centros Olímpicos e algumas administrações do DF.

Porém, não foram encontradas normas em meio eletrônico confirmando tais convênios.

9. Endereço do site: http://www.obscriancaeadolescente.gov.br/experiencias-inovadoras/451-secretaria-de-direitos-humanos

-de-fortaleza-sdhfo

10. Endereço do site: http://www.abmp.org.br/textos/8007.pdf

11. Endereço do site: http://www.crianca.df.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=143%3A10012012-pres-

tacao-de-servico-comunitario-no-zoologico-de-brasilia&catid=23%3Aavisos-de-pauta&Itemid=24

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM32

Espírito Santo

Com exceção da Constituição do Estado de 1989, as normas encontradas são todas do ano de

2003 em diante, sendo três delas Leis Orgânicas, ou seja, municipais.

Há, por exemplo, a lei de Cachoeiro de Itapemirim, de 2008, que dispõe sobre o programa

municipal de atendimento socioeducativo, regulamenta a execução das medidas socioedu-

cativas em meio aberto – liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade –, desti-

nadas ao adolescente em conflito com a lei.

No âmbito estadual, em 2004 e 2009, foram reorganizadas as estruturas organizacionais bá-

sicas do Instituto da Criança e do Adolescente do Espírito Santo — ICAES.

Em 2010, ocorreu a disposição sobre a criação de Unidades de Atendimento, Unidades Ad-

ministrativas e cargos de provimento em comissão no âmbito do Instituto de Atendimento

Socioeducativo do Espírito Santo – IASES. O Regimento Interno do Núcleo de Assistência Jurí-

dica de tal Instituto foi instituído em 2011 através de instrução de serviço. Em 2012, houve

a Regulamentação dos Procedimentos de Pesquisa no Âmbito do IASES.

Ainda em 2011, uma resolução conjunta dispôs sobre a criação e o método de funcionamento

da Comissão Interinstitucional do Sistema Socioeducativo do Estado, sobre o fluxo interinsti-

tucional de procedimentos do sistema socioeducativo para apreensão, aplicação de medidas

e encaminhamento de adolescentes em conflito com a lei aos Programas de Atendimento

Socioeducativo.

Goiás

Em 1991, foram criados o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e o

Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A Portaria nº002 do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e Juizado da Infância e Juventu-

de de Goiânia, em 2006, determinou à escrivania do TJ/GO que os inquéritos autuados e os

processos de apuração de ato infracional e de execução de medida, a partir de 2006, fossem

devidamente cadastrados no Sistema SIPIA/INFOINFRA.

Em 2008, uma recomendação de autoria do Ministério Público do estado dispôs sobre a garantia

de implantação, ampliação e/ou reavaliação de Programa de atendimento a Infância e Juven-

tude, principalmente os referentes às ações protetivas e socioeducativas em meio aberto,

sem caráter normativo ou vinculativo.

Portanto, verifica-se que a proteção aos adolescentes existe, porém não foram encontradas

as normativas referentes a projetos que executem tais medidas socioeducativas.

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33Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Por contato telefônico com a Superintendência de Assistência Social, foi dito que ainda esperam

o decreto do governador, que regulamente a transferência das medidas de meio aberto para a

Superintendência de Assistência Social que é ligada à Secretaria de Cidadania e Trabalho, pois a

coordenação foi passada em janeiro e por isso não há programas. Foi passada a informação de

que a municipalização foi iniciada, não se sabe por meio de que processo, em 213 municípios,

sendo 246 no total e que a capacitação de seus agentes durará até agosto deste ano.

Maranhão

No Maranhão, através de pesquisa eletrônica, as normas encontradas foram pouquíssimas.

Além da proteção a crianças e adolescentes constante na Constituição do Estado, há a Reso-

lução do CEDCA, que dispõe sobre o Plano de Aplicação dos recursos pertencente ao Fundo

Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente para o ano de 2009, e tinha como objetivo

fortalecer a execução descentralizada de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto e ações

que lhe seriam complementares, porém, nenhuma outra norma foi encontrada.

Mato Grosso

Após sua Constituição Estadual de 1989, foi criado, em 1990, o Conselho Estadual de Defesa

dos Direitos da Criança e do Adolescente, e, em 1991, também foram estabelecidas normas e

diretrizes de apoio técnico e financeiro às entidades beneficentes e de assistência destinadas

às crianças e aos adolescentes carentes, o que demonstra cuidado do Estado perante o tema

de proteção à criança e ao adolescente desde cedo.

Já em 2000, foi instituído o Programa Estadual de Atendimento à Criança e ao Adolescente

Dependentes de Drogas, que abrangia internação emergencial para casos agudos de over-

dose e síndrome de abstinência, tratamento ambulatorial, orientação e apoio às famílias e

ações de prevenção, a ser realizado em conformidade com as diretrizes gerais definidas pelo

Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e vinculado ao órgão estadual

responsável pela saúde.

Em 2005, uma lei autorizou o Poder Executivo a incluir na Lei nº 8.175/2004 (lei que dispôs

sobre a revisão do Plano Plurianual para o quadriênio 2004-2007) e na Lei 8.263/2004 (Lei

que estimou a receita e fixou a despesa do Estado para o exercício financeiro de 2005) o Pro-

jeto 3167 – Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto e Atendimento a Egressos

da Internação do Estado de Mato Grosso —, ou seja, aplicou recursos necessários à execução

da presente lei, no valor de R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), que correram por

incorporação de recursos provenientes de Convênio firmado pela Secretaria de Estado de

Justiça e Segurança Pública SEJUSP/MT, junto a Secretaria Especial de Direitos Humanos da

Presidência da República.

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM34

Por contato telefônico, foi dito pela Secretaria de Atendimento Socioeducativo, que estão

coordenando a gestão do Estado para os municípios e que estes resistiram em aceitar os

reincidentes, porém, devido a uma determinação judicial, os municípios foram obrigados a

aceitá-los e estão capacitando técnicos.

Mato Grosso do Sul

Neste Estado, com exceção da Constituição do Estado de 1989, as demais normas encontra-

das são decretos estaduais.

Já em 1988 havia uma Política Estadual de Atendimento ao Menor, o que demonstra que o

Estado já se importava com a proteção necessária dada à criança e ao adolescente.

Em 2001, três decretos dispuseram sobre a competência e aprovação da estrutura básica

da Secretaria de Estado de Assistência Social, Cidadania e Trabalho, ente responsável pelas

medidas socioeducativas; instituiu as funções de Técnico em Ações Socioeducativas e Agente

Educador na Tabela de Pessoal da Secretaria de Estado de Assistência Social, Cidadania e

Trabalho e; Reorganizou o Programa Bolsa-Escola, que prevê famílias com adolescente que

cumpram medida socioeducativa como prioridade para receber tal bolsa.

Em 2002, mais dois decretos criaram o Centro Recomeçando, destinado ao atendimento a

adolescentes usuários de substâncias psicoativas e instituíram o Programa de Atenção Básica

ao Cidadão e à Família. Em 2003, a estrutura básica da Secretaria de Estado de Trabalho,

Assistência Social e Economia Solidária — SETASS —, foi aprovada, esse órgão é integrante

do grupo responsável pela prestação de serviços ao cidadão, tendo como finalidade precípua

a orientação e a execução de ações que visem à geração de emprego e renda, à inclusão

social e à promoção da cidadania, portanto, competem-lhe coordenação, implementação e

execução das medidas socioeducativas de internação, semiliberdade, liberdade assistida,

prestação de serviços à comunidade, aplicadas ao adolescente autor de ato infracional.

Em 2005, foi organizada a carreira Gestão de Medidas Socioeducacionais e definida sua com-

posição dentro da Tabela de Pessoal da SETASS.

Em 2007, foi convocada a 1ª Conferência Estadual de Políticas Públicas de Juventude e

constituída a Comissão Organizadora Estadual, o que deu ainda mais força à proteção dos

adolescentes infratores.

Ao entrar em contato telefônico com a SETASS, com muita dificuldade na comunicação e,

após falar com diversas pessoas, explicaram que a superintendência estadual só mexe com

medidas de meio fechado e que há uma lei que mudou a responsabilidade das medidas em

meio aberto, do Estado para o município, porém, tal lei não foi passada, conforme pedido e

também não foi encontrada por meio eletrônico.

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35Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Minas Gerais

Em Minas, em 1991, após a Constituição Estadual de 1989, uma lei já dispunha sobre a po-

lítica estadual dos direitos da criança e do adolescente, criando o Conselho Estadual dos

Direitos da Criança e do Adolescente, demonstrando um interesse sobre a proteção a esse

grupo, desde muito cedo.

Há também muitas normas municipais, reforçando a importância e especificidade do tema

para o Estado, como por exemplo: a Lei de Juiz de Fora de 1995, que dispôs sobre a contra-

tação, pela prefeitura municipal, de adolescentes custodiados pelo juizado da infância e da

juventude, que estivessem em cumprimento de medida socioeducativa de liberdade assisti-

da para as diversas Secretarias e Departamentos do município; a de Governador Valadares do

ano de 2000, dispondo sobre a criação do núcleo de apoio familiar para jovens/adolescentes

infratores no município; em Ipatinga, no ano de 2006, foi criado o “Programa de Medidas

Socioeducativas de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade”, oferecendo

um sistema de trabalho, acompanhamento técnico, orientação e apoio aos adolescentes e

seus familiares, em parceria com o Poder Judiciário.

Essa lei é extensa, expondo a operacionalização e competência das entidades inscritas neste

programa. De Varginha, foram encontradas duas normas, do ano de 2006 e 2007, que insti-

tuiu o “Programa de assistência ao adolescente infrator – PAAI” e; o “Programa de atendi-

mento ao adolescente integrado – PAAI”, respectivamente.

Em 2008, uma lei estadual dispôs sobre a atuação conjunta dos órgãos responsáveis pelo

Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional de Belo Horizon-

te-CIA/BH. O seu Regimento Interno tornou-se disponível em 2010 e em 2012, através de

resolução conjunta, dispuseram sobre o aprimoramento da atuação conjunta dos órgãos

responsáveis pelo Centro Integrado. Ainda há, no “Plano Plurianual de Ação Governamental

para o quadriênio 2012-2015 – PPAG 2012-2015”, um programa de infraestrutura de defesa

social, sendo sua unidade orçamentária, a Secretaria de Estado de Defesa Social, para a ação

de atendimento ao adolescente em conflito com a lei, em cumprimento de medidas socioe-

ducativas em meio aberto, com a finalidade de propiciar o rompimento da prática infracional

e a redução da sensação de impunidade, mediante atendimento qualificado ao adolescente

em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto.

Pará

Foi encontrada, por meio eletrônico, apenas a proteção dada às crianças e aos adolescentes

disposta na Constituição Estadual.

Nos sites, nenhuma norma acerca das medidas socioeducativas em meio aberto, apenas em

meio fechado.

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM36

Segundo texto extraído do site da Assembleia Legislativa12, em 2010, em meio a uma audiên-

cia na Assembleia Legislativa, “solicitou-se ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que traga

ao Pará o projeto Medida Justa, que realizaria diagnóstico sobre as medidas socioeducati-

vas; fortaleceria o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e melhoraria

a estrutura física dos centros que trabalham com esses menores”. Porém, nem a norma de

instituição de tal Conselho Estadual foi encontrada no meio eletrônico.

Paraíba

Além da proteção às crianças e aos adolescentes prevista na Constituição Estadual, foi en-

contrada uma Portaria da Secretaria do Conselho Nacional de Justiça, de 2010, que designa

membros para Grupo de Trabalho do Projeto Medida Justa no Estado da Paraíba, o que deixa

claro a atuação do Projeto do CNJ, no Estado.

Outras normas não foram encontradas por meio eletrônico, e, em contato telefônico com

a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Humano, nada foi respondido sobre essa falta de

disponibilização normativa.

Paraná

Em 1989 foi promulgada a Constituição do Estado, que prevê a proteção às crianças e aos

adolescentes.

As demais normas encontradas são Leis Orgânicas, ou seja, proferidas por municípios, e uma

Lei estadual.

A primeira lei municipal é de Foz do Iguaçu, de 1996, que autorizava o município a proceder

permuta com o Governo do Estado do Paraná e no qual o Governo se compromete a repassar

recursos ao Município de Foz do Iguaçu, destinados a colaborar em parte com a implantação

do Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator – CIAADI –, portanto a impor-

tância dada ao adolescente, pelo município, está clara, desde cedo.

Foi instituído o Programa Estadual de Aprendizagem para o Adolescente em Conflito com a Lei,

em 2006, que contaria com a participação de instituições formadoras, Órgãos da Administra-

ção Pública Direta e da Indireta, além das entidades executoras de medidas socioeducativas.

12. Endereço do site: http://www.alepa.pa.gov.br/alepa/lernoticia.php?idnoticia=4035

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37Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Em 2008, Paranaguá, instituiu, em Lei Orgânica, o projeto municipal de aprendizagem para o

adolescente em conflito com a lei e para adolescente em situação de vulnerabilidade social

e econômica.

Pernambuco

Além da Constituição do Estado de 1989, foi pesquisada a Resolução do CEDCA, de 2010, na

qual o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente aprovou o Plano

de Reordenamento do Sistema Socioeducativo do Estado de Pernambuco, definiu e indicou o

Poder Público (Executivo, Judiciário, Legislativo, Ministério Público e Defensoria Pública) da

União, Estado e Municípios e Sociedade Civil, como os responsáveis e parceiros necessários

para sua consecução e previu a concretização do Plano de Reordenamento para 2010-2015 a

ser amparada no processo do ciclo orçamentário estadual (PPA – Plano Plurianual), LDO (Lei

de Diretrizes Orçamentária) e LOA (Lei Orçamentária Anual) no horizonte 2010 – 2015.

Ainda em 2010, segundo texto extraído do site do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos

da Criança e do Adolescente – PE13 –, ocorreu um seminário na Associação Municipalista de

Pernambuco – AMUPE –, promovido pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança

e do Adolescente – CEDCA/PE –, pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Huma-

nos, pelo Ministério Público, pelo Poder Judiciário e pela Defensoria Pública com o objetivo

de discutir o repasse de recurso para a implementação de Programas de Medidas em Meio

Aberto em 41 municípios do Estado de Pernambuco.

No ano de 2011, houve um projeto de lei para descentralizar também o atendimento ao

Adolescente inserido em Medida Socioeducativa de Internação com a finalidade de implantar

eficaz gestão pedagógica e estabelecer parâmetros de organização espacial e funcional das

unidades de atendimento socioeducativo, garantindo meios efetivos de desenvolvimento

pessoal e social para o adolescente.

Cabe ressaltar que o site da Assembleia Legislativa de Pernambuco, não está funcionando,

com erro de servidor, na tentativa de pesquisas normativas e, portanto, a dificuldade em

encontrar normas sobre o tema foi grande.

13. Endereço do site: http://www.portaisgoverno.pe.gov.br/web/cedca/exibir_artigo?groupId=81019&articleId=183736&tem-

plateId=102598

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM38

Piauí

Foi encontrada apenas a proteção às crianças e aos adolescentes constante na Constituição

do Estado, uma vez que a pesquisa foi malsucedida por meio eletrônico, como, por exemplo,

o site da Assembleia Legislativa do Piauí que não funciona, não se consegue acessar.

Rio de Janeiro

Há a proteção às crianças e aos adolescentes prevista na Constituição do Estado de 1989. Em

2002, através de lei estadual, foi autorizado o poder executivo a firmar convênios e parcerias

com empresas privadas e instituições de direito público e privado, com objetivo de implan-

tar programa de recuperação com ocupação profissional e educacional para os adolescentes

infratores.

Já em 2005, uma lei alterou o Código de Organização e Divisão Judiciárias do Estado do

Rio de Janeiro – CODJERJ –, redefinindo nomenclatura e atribuindo aos juízos competentes

para a matéria relativa à infância e juventude, a competência de fiscalização, orientação e

apuração de irregularidades de instituições, programas, organização governamentais e não

governamentais, abrigos e entidades de atendimento e congêneres. Outra lei do mesmo ano

dispôs sobre a aplicação do teste de HIV no adolescente infrator, desde que autorizado pelo

mesmo.

Há também a lei de 1999, que dispôs sobre a classificação de adolescentes em conflito com

a lei, no âmbito do Estado, na qual os adolescentes conduzidos aos institutos disciplinares,

não poderiam ser submetidos à classificação por facções criminosas.

Segundo texto de 2008, constante no site da Agência de Notícias dos Direitos da Infância

– ANDI14 –, “no município do Rio de Janeiro, o atendimento era dificultado pela distância

entre o local de moradia do menino e a Vara onde ele deveria se apresentar”, para mudar

essa realidade, “o atendimento inicial aos adolescentes é feito em um Centro de Referência

da Assistência Social (CRAs) e o acompanhamento junto à família é feito em um Centro de

Referência Especializado de Assistência Social (CREAs). No município existem 11 CREAs e 42

CRAs, cada um atende a um conjunto de bairros vizinhos”, lembrando que tais dados são do

ano de 2008. Este atendimento ajudou muito aos adolescentes e suas famílias, uma vez que

o envolvimento da família e da comunidade é ponto central para a eficácia da aplicação de

uma medida socioeducativa em meio aberto.

14. Endereço do site: http://www.portaisgoverno.pe.gov.br/web/cedca/exibir_artigo?groupId=81019&articleId=183736&tem-

plateId=102598

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39Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Rio Grande do Norte

O Estado do Rio Grande do Norte foi o de maior dificuldade para pesquisar, uma vez que

nenhuma norma específica sobre medidas socioeducativas em meio aberto foi encontrada

nos sites do Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal da capital Natal,

Ministério Público e a tentativa de contato telefônico foi infrutífera. Contendo apenas a pro-

teção às crianças e aos adolescentes presente na Constituição Estadual. Sabe-se, através da

pesquisa do Programa da Casa Renascer –CEDECA15 – para defender os direitos humanos de

crianças e adolescentes na perspectiva de fortalecer a democracia superando as desigualda-

des e as injustiças sociais, porém, como já dito anteriormente, normas específicas ao tema,

não foram encontradas.

Rio Grande do Sul

Na Constituição Estadual de 1989, está prevista a proteção à criança e ao adolescente.

No âmbito estadual, em 1997, um decreto que deu nova redação a um antigo decreto que

instituía o Programa Piá 2000, com o objetivo garantir às crianças e aos adolescentes o

atendimento do seu direito à sobrevivência, ao desenvolvimento e integridade, a fim de lhes

permitir a normalidade de seu ciclo físico e psicológico, sua integração familiar e social, bem

como sua formação educacional e cultural.

Em 2002, uma resolução, aprovou o Regimento Interno para a Fundação de Atendimento

Socioeducativo do Rio Grande do Sul – FASE/RS – e, em 2009, foi instituído o Programa RS

Socioeducativo, com a finalidade de auxiliar a inserção familiar, educacional, sanitária, pro-

fissional, cultural, esportiva e ocupacional do adolescente e do jovem adulto.

Já no âmbito dos municípios, foram encontradas duas situações de destaque. A Lei de Gua-

íba, de 2006, que dispôs que o Município criará e manterá programas socioeducativos em

meio aberto, facultada a parceria com órgãos e entidades governamentais e não governa-

mentais; a de Ijuí, de 2007. Tal normativa autoriza ainda o Poder Executivo Municipal a criar,

no âmbito da Secretaria Municipal de Assistência Social, dentro da Política de Assistência

Social, no segmento Adolescente, o Programa Municipal de Execução de Medidas Socioedu-

cativas – Liberdade Assistida e Prestação de Serviço a Comunidade, “Programa de Execução

de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto – Liberdade Assistida e Prestação de Serviços a

Comunidade”. Este programa teve o objetivo de implementar e executar as medidas socio-

educativas de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços a Comunidade, propiciando ao

adolescente autor de ato infracional e aos seus familiares o exercício da cidadania.

15. Endereço do site da entidade: http://www.cedecacasarenascer.org/?id=1

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM40

Outra normativa encontrada: a Lei de Osório, autorizando o poder executivo a firmar termo

de compromisso com a Secretaria da Saúde do estado do Rio Grande do Sul, objetivando a

conjunção de esforços para o fortalecimento da execução das medidas socioeducativas de

meio aberto, e outra de 2010 autorizando o poder executivo firmar convênio com a associa-

ção comunitária de ação social, cultural e ambiental ONG Catavento, dentre outras.

Rondônia

Em Rondônia, a proteção à criança e a adolescente está prevista na Constituição Estadual

de 1989.

Além disso, em 2007, uma Lei Complementar criou a Coordenadoria de Atendimento ao

Adolescente Infrator, no âmbito da Secretaria de Estado de Justiça, e, em 2010, duas Leis

Complementares foram encontradas, uma dispondo sobre a criação de cargos efetivos, no

âmbito da Secretaria de Estado de Justiça – SEJUS – e outra criando o 2º Juizado da Infância

e da Juventude e a Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas.

Não foram encontradas normas específicas sobre a aplicação de medidas socioeducativas em

meio aberto.

Roraima

Em questão de norma, foi encontrada a proteção às crianças e aos adolescentes que dispõe

a Constituição Estadual, outras normas não foram encontradas, o que indica a falta de nor-

matização ou a falta delas no meio eletrônico.

Sabe-se que, conforme dados encontrados no site “Boa Vista on-line”, do Governo do Estado,

desde 2005,

Boa Vista municipalizou o atendimento em medidas socioeducativas de

meio aberto. A capital de Roraima foi uma das primeiras cidades a con-

cluir o processo. A partir da municipalização, foi criado o Núcleo de Aten-

dimento ao Usuário e Dependente químico e o Projeto Família: Rota da

Paz. O primeiro oferece reuniões de mútua ajuda, encontros de família,

atendimento psicológico individual, atendimento psicopedagógico indivi-

dual e em grupo e, quando necessário, encaminhamento para internação

em comunidade terapêutica de tratamento em dependência química. Já

o Família: Rota da Paz, divide-se em três eixos: oficinas de convivências,

capacitação para o trabalho e esporte e lazer 16.

16. Endereço do site: http://www.boavista.rr.gov.br/template_detalhes_acao.php

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41Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

Porém, as normas com determinações e execuções dos projetos e programas, não foram

encontradas no meio eletrônico.

Santa Catarina

Além da proteção à criança e ao adolescente prevista na Constituição Estadual, foram en-

contradas duas Leis Orgânicas. Uma de Porto Belo em 2001, que autorizou o chefe do poder

executivo a firmar convênio com o Governo do Estado de Santa Catarina, objetivando o de-

senvolvimento de Programas Socioeducativos de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços

à Comunidade ou Semi-Liberdade ou Internamento Provisório ou Defesa de Direitos da Crian-

ça ou Adolescente Infratores, Dependentes químicos e ou egressos do Sistema Educacional.

Outra, do município de Braço do Norte, que criou o programa de inclusão social “Bolsa renda

familiar – REINTEGRAR PARA PARTICIPAR”, em caráter temporário, destinado a implemen-

tação de ações em forma de mutirões, o que proporcionaria a melhoria da renda familiar,

bem como a efetiva reintegração na sociedade. Esses mutirões deverão ser em caráter vo-

luntário, de, entre outros, adolescentes incluídos nos Programas de Liberdade Assistida e

Prestação de Serviço à Comunidade.

São Paulo

Em sua Constituição Estadual de 1989, está prevista a proteção às crianças e aos adolescentes.

Quanto às demais normas encontradas, duas são decretos estaduais. Um decreto de 1999

instituiu grupo de trabalho para definição do Sistema Integrado de Informações sobre o

Adolescente Infrator no Estado de São Paulo, incumbido de elaborar estudos e propostas

para implantação do Sistema Integrado de Informações sobre o Adolescente Infrator. Outro,

de 2002, que autorizou a Fazenda do Estado a permitir o uso, a título precário e por prazo

indeterminado, de imóveis situados no Município de Araraquara, em favor do CAA – Centro

de Atendimento do Adolescente –, que deveriam ser utilizados no projeto voltado para ado-

lescentes infratores inseridos na medida de prestação de serviços à comunidade.

Já quanto à normativa municipal, vários convênios foram firmados para a execução de pro-

jetos destinados especificamente ao atendimento de adolescentes inseridos nas medidas

socioeducativas em meio aberto como, por exemplo:

• A lei nº 3349 de 14 de março de 2002 de Limeira que autoriza o município, através do

Centro de Promoção Social Municipal – Ceprosom –, a celebrar convênio com a Funda-

ção do bem-estar do menor – FEBEM/SP.

• A Lei nº 3906 de 18 de julho de 2007 de Bragança Paulista.

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM42

• A Lei nº 4207 de 07 de maio de 2008 de Garça.

• A Lei nº 4242 de 18 de outubro de 1999 de Jacareí.

• As Leis 11899/09, 11900/09, 11901/09 do Ribeirão Preto.

Em 1999, um decreto já instituía grupo de trabalho para definição do Sistema Integrado de

Informações sobre o Adolescente Infrator no Estado.

Em 2000, em Mauá, foi instituído o programa de combate a pichações, grafites e anúncios em

muros, fachadas e outros, sem autorização do proprietário do imóvel, questão muito comum

nas grandes cidades. Ainda em 2000, uma Lei Complementar de Bragança Paulista dispôs

sobre a criação da Secretaria Municipal da Criança e do Adolescente.

Já em 2002, em Americana, foi criado o “Núcleo de Atendimento Integrado ao Adolescente

de Americana – NAIA”, que tem por finalidade, promover a integração de todos os órgãos

envolvidos nesse processo desde o momento de sua apresentação ao órgão de Segurança

Pública até o encaminhamento para sua internação ou aplicação de medida socioeducativa.

Em Santo André, no mesmo ano, a Lei 8362 dispôs sobre a política municipal de atendimento

dos direitos da criança e do adolescente, sobre o Conselho Municipal dos direitos da criança

e do adolescente, sobre o Conselho Tutelar e o Fundo Municipal da criança e do adolescente.

Em 2003, verifica-se a criação de hortas comunitárias no qual o trabalho seria feito por

adolescentes infratores em medida socioeducativa de prestação de serviços à comunidade,

conforme disposto nas leis de Jandira e Embu.

No ano de 2006, em Poá, uma lei municipal autorizou o poder executivo a fornecer aten-

dimento psicológico específico a jovens em conflito com a lei, bem como suas respectivas

famílias, em parceria com a rede social.

Já em 2009, três leis do município de Ribeirão Preto autorizaram a prefeitura municipal, com a

intervenção da Secretaria Municipal de Assistência Social – SEMAS –, a firmar termo de subvenção

com o “Centro Renovado Cristão de Ensino Integrado – CRECEI”; com a “Associação Educacional

da Juventude de Ribeirão Preto – AJURP” e; com a “Organização Comunitária Santo Antônio

Maria de Claret”, objetivando o repasse de recursos financeiros para o atendimento de adoles-

centes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto de liberdade assistida.

Sergipe

Na Constituição estadual está prevista a proteção à criança e ao adolescente.

Além disso, foram encontradas duas leis, uma de 1993, que criou o Fundo Estadual dos Direi-

tos da Criança e do Adolescente – FUNDECRIA –, como instrumento de apoio às respectivas

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43Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Ação Social e pelo Conselho Estadual dos

Direitos da Criança e do Adolescente, objetivando promover, manter e garantir o desem-

penho de ações e a execução de atividades da política estadual de proteção e defesa dos

direitos da criança e do adolescente.

Outra lei encontrada é do ano de 1995 e dispunha sobre a constituição do Conselho Estadu-

al de Assistência Social, que integraria a estrutura organizacional da Secretaria de Estado

da Ação Social e do Trabalho e seria órgão colegiado de caráter deliberativo, consultivo e

normativo, de programas da área social desenvolvidos pelo Governo do Estado, assim como

também dispunha sobre a criação do Fundo Estadual de Assistência Social, com finalidade

para a captação e aplicação de recursos financeiros, destinados a propiciar apoio e financia-

mento na área da assistência social.

Tocantins

Na Constituição Estadual esta prevista a proteção à criança e ao adolescente. Foi encontrada

também a lei estadual nº 1763 de 2007, que dispõe sobre o Conselho Estadual dos Direitos

da Criança e do Adolescente – CEDCA –, vinculado à Secretaria da Cidadania e Justiça, é um

órgão deliberativo da política de promoção dos direitos da criança e do adolescente, fisca-

lizador das ações, em todos os níveis, de implementação da política e fixação dos critérios

para a utilização do Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente.

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ANEXO 2 — BANCO DE DADOS COM A LEGISLAçãO IDENTIFICADA NAS 27 CAPITAIS E OUTRAS CIDADES

ESFERA FEDERAL

UF MUNICíPIOTIPO DA LEI/

NORMAANO

ESPÉCIE NORMATIVA

CONTEÚDOóRGãO EMANADOR

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Constituição Federal

1988Constituição

FederalArts. 227 e 228.

De autoria do Poder Legislativo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Lei8.069 - ECA

1990 LeiDispõe sobre os direitos da criança e do adolescente.

Poder legislativo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Lei N.º 8.242 de

12/10/19911991 Lei

Cria o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente — CONANDA e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Súmula nº 108 de 16/6/1994

1994

Súmula do STJ (Supremo Tribunal de

Justiça)

Dispõe sobre as Medidas So-cioeducativas; competência; prática de Ato Infracional; a aplicação de medidas socio-educativas ao adolescente, pela prática de ato infra-cional, é da competência exclusiva do juiz.

De autoria do Poder Judiciário

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Súmula nº 265 de 22/5/2002

2002

Súmula do STJ (Supremo Tribunal de

Justiça)

Dispõe sobre as medidas socioeducativas por ato infra-cional; oitiva do menor infra-tor; regressão. É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida socioeducativa.

De autoria do Poder Judiciário

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Decreto Nº 5.089, de

20/05/2004.2004 Decreto

Dispõe sobre a composição (plenário; presidência; secretaria-executiva; comissões permanentes e grupos temáticos, estruturação, competências e funcionamento) do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA, órgão colegiado de caráter deliberativo, integrante da estrutura básica da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, que tem por finalidade elaborar normas gerais para a formulação e implementação da política nacional de atendimento dos direitos da criança, bem como acompanhar e avaliar a sua execução.

De autoria do Poder Executivo

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45Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Lei Nº 11.107 DE 6/5/2005.

2005 Lei

Dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum (para garantir a oferta de programa de atendimento sócio educativo de meio aberto, os municípios podem instituir os consórcios de acordo com esta lei).

De autoria do Poder Legislativo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Portaria Nº 22 DE 22/02/2005

2005

Portaria do Secretário Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República

Aprova o regimento interno da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

De autoria do Poder Executivo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Lei Nº 11.129, de 30/06/2005

2005 Lei

Institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - ProJovem; cria o Conselho Nacional da Juventude - CNJ e a Secretaria Nacional de Juventude; altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e 10.429, de 24 de abril de 2002, que instituiu o Auxílio-Aluno no âmbito do Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores de Enfermagem e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

ESFERAFEDERAL

Norma Federal

Resolução CONANDA 119

2006 ResoluçãoDispõe sobre o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo.

De Autoria do Poder Executivo/Conselhos

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Medida Provisória nº 411, de 28/12/2007

2007Medida Provisória

Dispõe sobre o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - ProJovem, instituído pela Lei No 11.129, de 30 de junho de 2005, no qual o ProJovem Adolescente - Serviço Socioeducativo destina-se aos jovens de quinze a dezessete anos, egressos de medida socioeducativa de internação ou em cumprimento de outras medidas socioeducativas em meio aberto.

De autoria do Poder Executivo

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ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Decreto nº 6.629, de 4/11/2008

2008 Decreto

Regulamenta o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - Projovem, instituído pela Lei No 11.129, de 30 de junho de 2005, e regido pela Lei No 11.692, de 10 de junho de 2008, e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Lei Nº 11.692 de 10/6/2008

2008 Lei

Dispõe sobre o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - Projovem, instituído pela Lei No 11.129, de 30 de junho de 2005; altera a Lei No 10.836, de 9 de janeiro de 2004; revoga dispositivos das Leis nos 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, 10.748, de 22 de outubro de 2003, 10.940, de 27 de agosto de 2004, 11.129, de 30 de junho de 2005, e 11.180, de 23 de setembro de 2005; e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Resolução No- 5 de 3/6/2008

2008

Resolução da Diretoria Executiva do Fundo Nacional de Assistência Social

Determina os critérios para implementação do Serviço de Proteção Social aos Adolescen-tes em cumprimento de Medida Socioeducativa em meio aberto de LA e PSC nos CREAS com recursos do Piso Fixo de Média Complexidade - PFMC.

De autoria do Poder Executivo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Resolução CNAS 109

2009 Resolução

Aprova a Tipificação Nacional de Serviços

Socioassistenciais.

De Autoria do Poder Executivo/Conselhos

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Portaria Nº 171 de 26/5/2009

2009Portaria do MDS

Dispõe sobre o Projovem Adolescente - Serviço Socioeducativo, modalidade do Programa Nacional de Inclusão de Jovens - Projovem, e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Lei Nº 12.106 DE 2/12/2009

2009 Lei

Cria, no âmbito do Conselho Nacional de Justiça, o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medida Socioeducativa e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

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47Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Resolução Nº 3 de 10/06/2009

2009

Resolução da Secretaria Nacional de Assistência Social

Dispõe sobre ajustes para regularizar a oferta e organização de serviços da Proteção Social Especial de Média Complexidade dos municípios com co-financiamento dos Serviços da Proteção Social Especial a Adolescentes em cumprimento de Medida Socioeducativa – MSE em meio aberto, Liberdade Assistida - LA e Prestação de Serviço à Comunidade — PSC, que declararam no Censo CREAS/2008 não ofertá-los no âmbito dos CREAS .

De autoria do Poder Executivo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Portaria Nº 288 de 02/09/2009

2009Portaria do MDS

Dispõe sobre a oferta de serviços de proteção social básica do Sistema Único de Assistência Social com os recursos originários do Piso Básico de Transição — PBT; estabelece o co-financiamento dos serviços de proteção básica para idosos e/ou crianças de até seis anos e suas famílias por meio do Piso Básico Variável — PBV.

De autoria do Poder Executivo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Portaria Nº 843 de 28/12/2010

2010Portaria do MDS

Dispõe sobre o co-financiamen-to federal, por meio do Piso Fixo de Média Complexidade - PFMC, dos serviços socioa-ssistenciais oferecidos pelos Centros de Referência Especia-lizados em Assistência Social – CREAS – e pelos Centros de Referência Especializado para a população em Situação de Rua, e dá outras providências

De autoria do Poder Executivo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Portaria Nº 842 de 28/12/2010

2010Portaria do MDS

Altera a portaria MDS nº 288, de 2 de setembro de 2009, que dispõe sobre a oferta de serviços de proteção social básica do Sistema Único de Assistência Social - SUAS com os recursos originário do Piso Básico de Transição - PBT, estabelece o co-financiamento dos serviços de proteção básica para idosos e/ou crianças de até seis anos e suas famílias por meio do Piso Básico Variável – PBV, e da outras providências.

De autoria do Poder Executivo

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ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Portaria Nº140 de 14/07/2010

2010Portaria Judicial

Instituiu o Grupo de Trabalho Projeto Medida Justa, para realizar levantamento nacional da situação processual dos ado-lescentes privados de liberdade e das entidades que executam essa medida, denominado Pro-jeto Medida Justa, a serem re-alizados em todos os Estados da Federação e no Distrito Federal e concluídos até dezembro de 2010.

De autoria da Administração Interna

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Portaria Nº 151 de 9/11/2010

2010Portaria Judicial

Designa membros para Grupo de Trabalho do Projeto Medida Justa no Estado de Alagoas, conforme Portaria nº 140 da Presidência do CNJ.

De autoria do Poder Judiciário

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Portaria nº 154 de 9/11/2010

2010Portaria Judicial

Designa membros para Grupo de Trabalho do Projeto Medida Justa no Estado da Paraíba, conforme Portaria nº 140 da Presidência do CNJ. (Publica-da no DJ-e nº 206/2010, em 11/11/2010, pág. 14-15).

De autoria do Poder Executivo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Resolução n° 137 de 21/01/2010

2010Resolução do CONANDA

Dispõe sobre os parâmetros para a criação e o funciona-mento dos Fundos Nacional, Estaduais e Municipais dos Direitos da Criança e do Adoles-cente e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Resolução Nº 67 de 16/3/2011

2011

Resolução do Conselho Nacional do Ministério Público

Dispõe sobre a uniformização das fiscalizações em unidades para cumprimento de medidas socioeducativas de internação e semiliberdade pelos membros do Ministério Público e sobre a situação dos adolescentes que se encontrem privados de liber-dade em cadeias públicas.

De autoria do Mi-nistério Público

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49Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

ESFERA FEDERAL

Norma Federal

Lei12.594 2012 Lei

Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Si-nase), regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional; e altera as Leis nos 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); 7.560, de 19 de dezembro de 1986, que Criou o Fundo de Prevenção, Recupera-ção e de Combate às Drogas de Abuso, e dispõe sobre os bens apreendidos e adquiridos com produtos de tráfico ilícito de drogas ou atividades correlatas; a Lei 7.998, de 11 de janeiro de 1990, que regulou o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial, instituiu o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT); a 5.537, de 21 de novembro de 1968, que criou o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação e Pesquisa (INDEP); a 8.315, de 23 de dezembro de 1991, que dispõe sobre a criação do Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural (Senar); a 8.706, de 14 de setembro de 1993, que dispõe sobre a criação do Serviço Social do Transporte – SEST o do Serviço Nacional de Aprendiza-gem do Transporte.

De autoria do Poder Executivo

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM50

UNIDADES DA FEDERAçãO E MUNICíPIOS

UF MUNICíPIOTIPO DA LEI/

NORMAANO

ESPÉCIE NORMATIVA

CONTEÚDOóRGãO

EMANADOR

ACRE EstadualConstituição do Acre.

1989Constituição Estadual

Art. 210 - Dispõe de forma geral sobre os direitos da criança e adolescente e sobre a Proteção Especial a dependentes; Art. 18 — Dispõe sobre a criação e regulamentação do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente.

De autoria do Poder Legislativo

ACRE EstadualLei Nº. 1.600 de 27/12/2004

2004 Lei

Cria o Conselho Estadual da Juventude do Acre — CEJAC estabelece suas competências e dispõe sobre a Conferência Estadual de Juventude.

De autoria do Poder Legislativo

ACRE EstadualLei N. 2.111 DE 31/12/2008

2008 LeiCria o Instituto Socioeducativo do Estado do Acre – ISE

De autoria do Poder Legislativo

ACRE EstadualLei Nº2261 de 31/03/2010

2010 Lei

Institui em âmbito da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos – SEJUDH a Ouvidoria sobre assuntos de Segurança Pública e Medida Socioeducativa.

De autoria do Poder Legislativo

ALAGOAS EstadualConstituição de Alagoas

1989Constituição Estadual

Art. 268 - Cria o Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente; Art. 230 - Institui Programas de Assistência Integral à saúde da Criança e Adolescente, promovidos pelo Estado, admitindo-se participação de entidades não-governamentais.

De autoria do Poder Legislativo

ALAGOAS EstadualLei Nº 5.336 de 08/05/1992

1992 Lei

Normatiza o Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente - CEDCA - e adota providências correlatas.

De autoria do Poder Legislativo

ALAGOAS EstadualDecreto 36.865 de 20/03/1996

1996 DecretoAprova o regulamento do Fundo para Infância e Adolescente - FIA, do Estado de Alagoas.

De autoria do Poder Executivo

ALAGOAS EstadualLei Nº 5812 de 27/02/1996

1996 LeiDispõe sobre as competências do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente.

De autoria do Poder Legislativo

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ALAGOAS MaceióLei Nº 5806 de 24/07/2009

2009 Lei

Institui a Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania (SEMDISC) e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

ALAGOAS MaceióDecreto 7127 de 18/05/2010

2010 Decreto

Dispõe sobre a composição e as competências do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

AMAPÁ EstadualConstituição do Amapá

1991Constituição Estadual

Art. 265 - Dispõe sobre a adequação dos serviços de saúde do Estado do Amapá, às necessidades da mulher, do idoso, deficiente físico ou mental, da criança e do adolescente; Art. 273 - Dispõe sobre as responsabilidades da Assistência Social. Art. 304 - Dispõe sobre os direitos das crianças e adolescentes. Art. 305 - Dispõe sobre o direito de entidades ligadas à proteção da criança e do adolescente. Art. 309 — Dispõe sobre a criação, organização composição e competência do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente.

De autoria do Poder Legislativo

AMAPÁ EstadualLei Nº. 0050 de 23/12/1992

1992 Lei

Dispõe sobre a criação, organização, composição e competência do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente, institui o Fundo Estadual da Criança e do Adolescente e das outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

AMAzONAS EstadualConstituição do Amazonas

1989Constituição Estadual

Art. 242 - Dispõe sobre a Proteção à família; Art. 243 - Dispõe sobre a Política Estadual e Municipal de Atendimento à criança e ao adolescente; Art.244 - dispõe sobre programas que serão promovidos pelo Estado e municípios, de assistência à maternidade, à infância, ao adolescente, ao idoso, ao deficiente, com prioridade às famílias de baixa renda de prole numerosa; Art.245 - dispõe sobre centros de atendimentos para assistência, apoio e orientação jurídica à mulher, à criança, ao adolescente, ao idoso e ao deficiente.

De autoria do Poder Legislativo

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AMAzONAS EstadualLei Nº 2368 C e D de 14/12/1995

1995 Lei

Dispõe sobre a reorganização do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, órgão de caráter normativo, consultivo, deliberativo e paritário, contro-lador e fiscalizador da política de atendimento e proteção à criança e ao adolescente no âmbito do Estado do Amazonas, vinculado à estrutura da Secretaria de Estado do Trabalho e Ação Social, que será integrado por 14 (quatorze) membros efetivos e respectivos suplentes e cria o Fundo Estadual da Criança e do Adolescente, cujos recursos serão destinados exclu-sivamente, ao atendimento de programas de promoção, proteção e defesa da criança e do adoles-cente, desenvolvidos através de ações articuladas pelos órgãos governamentais e por entidades e instituições públicas ou privadas cadastradas no Conselho Estadu-al dos Direitos da Criança e do Adolescente.

De autoria do Poder Executivo

AMAzONAS ManausDecreto N.º 0143 de 5/6/2009

2009 Decreto

Dispõe sobre a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos — SEMASDH, aprovando sua estrutura operacional e estabelecendo outras providências.

De autoria do Poder Executivo

AMAzONAS EstadualLeia Nº 3528 de 03/08/2010

2010 Lei

Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e a execução da Lei Orçamentária de 2011, na qual, uma das metas e prioridades da administração pública direta e indireta, foi desenvolver serviços e ações socioassistenciais para famílias e indivíduos que se encontrassem com seus direitos violados ou ameaçados, vitimizados por abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas ou, ainda, que estejam cumprindo medidas socioeducativas, se encontrem em situação de rua, de trabalho infantil ou escravo, dentre outras situações de risco ou exclusão social.

De autoria do Poder Legislativo

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53Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

BAHIA EstadualConstituição da Bahia

1989Constituição Estadual

Art. 279 - Dispõe sobre os objetivos dos Programas de Proteção do Estado da Bahia à família; Art. 283 - Dispõe sobre os deveres do Estado em relação à Criança e ao Adolescente.

De autoria do Poder Legislativo

BAHIA EstadualLei Nº 12361 de 17/11/2011

2011 LeiAprova o Plano Estadual de Juventude e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

CEARÁ EstadualConstituição do Ceará de 05/10/1989

1989Constituição Estadual

Art.272 - Dispõe sobre a alocação e fiscalização de recursos destinados a assegurar os direitos da criança; Art. 273 - dispõe sobre a responsabilidade de entidade pública ou privada que inclua o atendimento à criança e ao adolescente. ; Art.274 - Dispõe sobre o direito relacionado à família, da criança e do adolescente; Art. 278 - Estabelece que haverá Proteção Especial do Estado e da Sociedade à criança e ao adolescente, em forma de Lei; Art. 279 - Estabelece que o Estado deve amparar crianças e adolescentes em situação de risco por meio de Programas que respeitem as particularidades locais; Art. 280 - Estabelece que será prioridade dentre as políticas governamentais a redução da mortalidade infantil.

De autoria do Poder Legislativo

CEARÁ EstadualLei Nº 13.875, DE 07/02/2007

2007 Lei

Cria o Conselho Estadual de Juventude, com o objetivo de elaborar, planejar e implementar as políticas voltadas para a juventude; monitorar e avaliar a execução das políticas de juventude; promover a articulação interinstitucional nos âmbitos federal, estadual e municipal.

Distrito Federal

DistritalDecreto n° 88488/1983

1983 Decreto

Concede a Utilidade Pública do Centro Comunitário que presta os serviços de medidas socioeducativas no DF.

De autoria do Poder Executivo

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM54

Distrito Federal

DistritalConstituição do Distrito Federal

1993 Lei

Art. 218 — Define a competência do Poder Público, na forma da Lei e por intermédio da Secretaria competente para coordenar, elaborar e executar política de assistência social descentralizada e articulada com órgãos públicos e entidades sociais sem fins lucrativos, com vistas a assegurar especialmente: d) atendimento a criança e adolescente; art. 219 — Delega ao Poder Público estabelecer convênios, contratos e outras formas de cooperação com entidades beneficentes ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de planos de assistência à criança, adolescente; art. 267 - Estabelece como dever da família, da sociedade e do Poder Público assegurar à criança e ao adolescente, nos termos da Constituição Federal, com absoluta prioridade, o direito à vida, saúde, alimentação, educação, lazer, profissionalização, cultura, dignidade, respeito, liberdade, convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, constrangimento, vexame, crueldade e opressão.

De autoria do Poder Legislativo

Distrito Federal

Distrital

Recomendação Conjunta PROEDUC/PDIJ N. 2 de 19/08/2008

2008Recomendação Conjunta PROEDUC

Dispõe sobre o direito à educação e da Criança e do Adolescente; a inviolabilidade e sigilo das informações sobre os discentes da rede pública de ensino do Distrito Federal; necessidade de preservação; a abstenção da divulgação de informações pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEE-DF).

Autoria do Ministério Público do Distrito Federal

Distrito Federal

DistritalRecomendação Nº 01 de 26/02/2008

2008Recomendação do Ministério Público

Dispõe sobre a remessa ao Ministério Público, das ocorrências policiais, peças de informação e dos procedimentos de apuração de ato infracional.

Autoria do Ministério Público do Distrito Federal

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55Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

ESPíRITO SANTO

Estadual

Constituição do Espírito Santo de 05/10/1989.

1989Constituição Estadual

Art. 6 — Dispõe sobre a mudança na redação do artigo 198; Art. 8 - Dispõe sobre a mudança na redação do artigo 202; Art. 167 - Dispõe sobre os objetivos da assistência social que consiste na proteção à família, amparo à criança e adolescente carente, integração ao mercado de trabalho, habilitação e reabilitação de pessoa com deficiência, integração à vida comunitária da criança e adolescente carente, idoso e pessoa com deficiência; Art. 198 — Dispõe sobre a competência do Poder Público na promoção do amparo à criança, ao adolescente, à pessoa com deficiência e ao idoso assegurando-lhes, no limite de sua competência, o tratamento determinado pela Constituição e pelas Leis. Art. 199 - Estabelece como dever da família, da sociedade e do Poder Público assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária; Art. 200 — Estabelece a competência do Poder Público na promoção, juntamente com entidades não governamentais de programas de assistência integral à saúde

De autoria do Poder Legislativo

ESPíRITO SANTO

ColatinaLei Nº 4843 de 4/6/2003

2003 LeiAutoriza a celebração de convênio com a Associação das Damas de Caridade de Colatina.

De autoria do Poder Legislativo

ESPíRITO SANTO

EstadualLei Comple-mentar Nº 314

2004Lei Comple-mentar

Reorganiza a estrutura organi-zacional básica do Instituto da Criança e do Adolescente do Espírito Santo - ICAES e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

ESPíRITO SANTO

Estadual

Decreto nº 1583-r, de 18 de Novembro de 2005.

2005 DecretoAprova o Regulamento do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo — IASES.

De autoria do Poder Executivo

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM56

ESPíRITO SANTO

Estadual Lei Nº 8.594 2007 Lei

Institui a Política Estadual de Juventude - PEJ, destinada aos jovens do Estado do Espírito Santo com idade entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove) anos e seu Conse-lho.

ESPíRITO SANTO

AracruzLei Nº 3075 de 27/12/2007

2007 Lei

Dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender projetos especiais de duração limi-tada desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, e dá outras providências

De autoria do Poder Legislativo

ESPíRITO SANTO

EstadualLei Comple-mentar Nº 469

2008Lei Comple-mentar

Autoriza o Poder Executivo a realizar contratação temporária de Técnico de Nível Superior para atender às necessidades emergen-ciais do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo - IASES.

De autoria do Poder Executivo

ESPíRITO SANTO

Cachoeiro de Itapemi-rim

Lei Nº 6130 de 13/6/2008

2008 Lei

Dispõe sobre o Programa Municipal de Atendimento Socioeducati-vo, regulamenta a execução das medidas socioeducativas em meio aberto - liberdade assistida e prestação de serviços à comunida-de, destinadas ao adolescente em conflito com a lei, de acordo com a lei8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adoles-cente), no município de Cachoeiro de Itapemirim - ES, e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

ESPíRITO SANTO

EstadualLei Comple-mentar Nº 487

2009Lei Comple-mentar

Altera dispositivos da Lei Comple-mentar n° 314, de 30.12.2004, que reorganizou a estrutura organizacional do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo - IASES, como, por exemplo, a criação dos cargos de provimento em comissão, com suas nomenclaturas, quantitativos, referências e valores para atender às necessidades específicas de funcionamento do IASES, dispõe a representação gráfica da estrutura organizacional básica do IASES, constante do Anexo I que integra esta Lei Complementar.

De autoria do Poder Executivo

ESPíRITO SANTO

EstadualLei Comple-mentar Nº 558

2010Lei Comple-mentar

Dispõe sobre a criação de Unida-des de Atendimento, Unidades Administrativas e cargos de provi-mento em comissão no âmbito do Instituto de Atendimento Socioe-ducativo do Espírito Santo - IASES.

De autoria do Poder Executivo

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57Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

ESPíRITO SANTO

Estadual

Resolução Conjunta da Comissão Interins-titucional do Sistema Socioeducati-vo do Estado do Espírito Santo. Nº 0 1 / 2 0 1 1

2011Resolução Conjunta

Dispõe sobre a criação e método de funcionamento da Comissão Interinstitucional do Sistema Socioeducativo do Estado Espírito Santo.

Administra-tivo

ESPíRITO SANTO

Estadual

Instrução de Serviço n.º 078-p de 15 de fevereiro 2011

2011Instrução de Serviço

Institui o Regimento Interno do Núcleo de Assistência Jurídica do Instituto de Atendimento Socioe-ducativo do Espírito Santo - IASES.

Administra-tivo

ESPíRITO SANTO

Estadual

Resolução Conjunta da Comissão Interins-titucional do Sistema Socioeducati-vo do Estado Espírito Santo nº 02/ 2011

2011Resolução Conjunta

Dispõe sobre o fluxo interinsti-tucional de procedimentos do sistema socioeducativo do Estado Espírito Santo para apreensão, aplicação de medida socioedu-cativa e encaminhamento de adolescentes em conflito com a Leia os Programas de Atendimento Socioeducativo.

Administra-tivo

ESPíRITO SANTO

Estadual

Instrução de Serviço n.º 038-p de 20 de Janeiro de 2012

2012Instrução de Serviço

Dispõe sobre a Regulamentação dos Procedimentos de Pesquisa no Âmbito do Instituto de Atendimen-to Socioeducativo do Estado do Espírito Santo - IASES.

Administra-tivo

GOIÁS EstadualConstituição de Goiás

1989Constituição Estadual

Art. 171. Dispões sobre o dever do Estado, os Municípios, a sociedade e a família em assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos à vida, à saúde, à moradia, ao lazer, à proteção no trabalho, à cultura, à convivência familiar e comunitária, nos termos da Constituição da Repú-blica; Art. 172. Dispões sobre as di-retrizes que orientam a organização das ações de proteção à infância e à juventude: I - descentralização do atendimento; II - valorização dos vínculos familiares e comunitá-rios; III - atendimento prioritário em situações de risco definidas em Lei, observadas as características culturais e socioeconômicas locais; IV - participação da sociedade, por meio de organizações representa-tivas, na formulação de políticas e programas, bem como no acom-panhamento e fiscalização de sua execução.

De autoria do Poder Legislativo

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM58

GOIÁS EstadualLei Nº 11.549 de 16/10/1991

1991 Lei

Cria o Conselho Estadual dos Di-reitos da Criança e do Adolescente e o Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

GOIÁS Goiânia

Regulamento do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Ado-lescente de 30/11/1993

1993 DecretoArts. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15.

De autoria do Poder Executivo

GOIÁS EstadualPortaria Nº 006, DE 11/12/2003

2003Portaria Judicial

Dispões sobre horários e faixa etária em casas de diversões ele-trônicas; Expedição do Alvará; a proibição da entrada e a perma-nência de criança ou adolescente em casa de diversões eletrônicas onde se explore bilhar, sinuca ou congênere ou jogos de azar; a venda de produtos que possam causar dependência física ou psíquica, inclusive bebidas alco-ólicas e tabaco, nas suas diversas formas (cigarros, cigarrilhas, charutos e congêneres); proibição do fornecimento ou permissão do uso de máquinas, equipamentos ou quaisquer meios de veiculação de áudio ou imagens de conteúdo pornográfico, obsceno ou qualifica-do como impróprio para criança e adolescente e ; as sanções.

Autoria do TJ de Goiás

GOIÁS EstadualPortaria N.º 002 de 16/2/2006

2006Portaria

Judicial

Disciplina a alimentação de dados do SIPIA/INFOINFRA e o levantamento estatístico de atos infracionais.

Autoria do TJ de Goiás

GOIÁS EstadualPortaria N.º 004 de 10/10/2007

2007Portaria

Judicial

Retifica a portaria nº 006, de 11/12/2003 e credencia policiais militares do batalhão escolar para atuação no combate e enfrenta-mento às infrações criminais e administrativas previstas no ECA nos termos do convênio nº 032, de 30/04/2008 firmado entre o Tribunal de Justiça e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás.

Autoria do TJ de Goiás

GOIÁS EstadualRecomenda-ção N. 02 de 12/02/2008

2008

Recomenda-ção do Minis-tério Público de Goiás

Dispõe sobre a garantia de implan-tação, ampliação e/ou reavaliação de Programa de atendimento a Infância e Juventude.

De autoria do Ministé-rio Público de Goiás

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59Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

MARANHãO EstadualConstituição do Maranhão

1989Constituição Estadual

Arts.44 ; Art.216 ; Art.252 ; Art.254.

De autoria do Poder Legislativo

MARANHãO EstadualLei Nº 8.451 DE 05/09/2006

2006 Lei

Dispõe sobre a criação do Conselho Estadual de Juventude - CEJOVEM, vinculado à Secretaria de Estado Extraordinária da Juventude, órgão consultivo, deliberativo, de orientação e normativo do Governo do Estado para ações de interesse da juventude.

MARANHãO São Luís

Resolução CEDCA Nº 04 de 30/04/2009

2009Resolução do CEDCA

Dispõe sobre o Plano de Aplicação dos recursos pertencente ao Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente para o ano de 2009.

De autoria do Poder Executivo

MATO GROSSO

EstadualConstituição do Mato Grosso

1989Constituição Estadual

Arts. 33; Art.142b ; Art.185 ; Art.206

De autoria do Poder Legislativo

MATO GROSSO

EstadualLei Nº 5.671 de 19/11/1990

1990 Lei

Cria o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

MATO GROSSO

EstadualLei Nº 5.878 de 02/12/1991

1991 Lei

Estabelece normas e diretrizes de apoio técnico e financeiro às entidades beneficentes e de assis-tência destinadas às crianças e aos adolescentes carentes e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

MATO GROSSO

EstadualLei N° 7.343 de 28/11/2000

2000 Lei

Institui o Programa Estadual de Atendimento à Criança e ao Ado-lescente Dependentes de Drogas e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

MATO GROSSO

EstadualLei N° 7.678 de 6/6/2002

2002 LeiDeclara de utilidade pública o Centro de Integração e Apoio ao Adolescente.

De autoria do Poder Legislativo

MATO GROSSO

EstadualLei Nº 7.911 de 25/6/2003

2003 LeiDeclara de utilidade pública o Centro de Acolhimento e Proteção ao Adolescente de Sinop - CAOPA.

De autoria do Poder Legislativo

MATO GROSSO

EstadualLei8.175 de 12/08/2004

2004 LeiDispõe sobre a revisão do Plano Plurianual para o quadriênio 2004-2007, conforme anexo.

De autoria do Poder Executivo

MATO GROSSO

EstadualLei8.263 de 28/12/2004

2004 Lei

Estima a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício finan-ceiro de 2005, compreendendo o Orçamento Fiscal, referente aos Poderes do Estado, seus Fundos e Órgãos da Administração Direta, Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista instituídas e mantidas

De autoria do Poder Executivo

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM60

pelo Poder Público; dispõe sobre o Orçamento da Seguridade Social, abrangendo todas as Secretarias e entidades da Administração Indireta, bem como os Fundos e Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, cujas ações são relativas à saúde, previdência e assistência social e; dispõe sobre o Orçamento de Investimento, abrangendo a Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso S.A, cujas ações têm o objetivo social de contribuir para a aceleração do desenvolvimento sustentável do Estado, estimulando a realização de investimentos, a criação de emprego e renda, a moderniza-ção das estruturas produtivas, o aumento da competitividade estadual e a redução das desigual-dades sociais e regionais.

MATO GROSSO

EstadualLei Nº 8.415 de 27/12/2005

2005 Lei

Autoriza o Poder Executivo a incluir na Lei Nº 8.175, de 12 de agosto de 2004, e na Lei8.263, de 28 de dezembro de 2004, o Projeto 3167 - Execução de Medida Socioe-ducativa em Meio Aberto e Atendi-mento a Egressos da Internação do Estado de Mato Grosso.

De autoria do Poder Executivo

MATO GROSSO

EstadualLei Nº 8.437 de 6/1/2006

2006 Lei

Dispõe sobre a utilização do sistema de video audiência para interrogatórios e audiências à distância de presos e adolescentes infratores custodiados, e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

MATO GROSSO DO SUL

EstadualDecreto Nº 4.523 de 22/3/1988

1988 Decreto

Dispõe sobre a Política Estadual de Atendimento ao Menor em Mato Grosso do Sul e dá providências correlatas.

De autoria do Poder Executivo

MATO GROSSO DO SUL

Estadual

Constituição do Mato Gros-so do Sul de 05/10/1989.

1989Constituição Estadual

Arts. 33, 185, 206.De autoria do Poder Legislativo

MATO GROSSO DO SUL

EstadualDecreto Nº 10.195 de 4/1/2001

2001 Decreto

Dispõe sobre a competência e aprova a estrutura básica da Secretaria de Estado de Assistência Social, Cidadania e Trabalho, e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

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61Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

MATO GROSSO DO SUL

EstadualDecreto Nº 10.218 de 24/01/2001

2001 Decreto

Institui as funções de Técnico em Ações Socioeducativas e Agente Educador na Tabela de Pessoal da Secretaria de Estado de Assistência Social, Cidadania e Trabalho, e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

MATO GROSSO DO SUL

EstadualDecreto Nº 10.263 de 20/2/2001

2001 DecretoReorganiza o Programa Bolsa-Esco-la, e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

MATO GROSSO DO SUL

EstadualDecreto Nº 10.643 de 5/2/2002

2002 Decreto

Cria o Centro Recomeçando, destinado ao atendimento a adolescentes usu-ários de substâncias psicoativas, e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

MATO GROSSO DO SUL

EstadualDecreto Nº 10.859 de 18/7/2002

2002 DecretoInstitui o Programa de Atenção Básica ao Cidadão e à Família.

De autoria do Poder Executivo

MATO GROSSO DO SUL

EstadualDecreto Nº 11.291 de 4/7/2003

2003 Decreto

Aprova a estrutura básica da Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência Social e Economia Soli-dária, e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

MATO GROSSO DO SUL

EstadualDecreto Nº 11.587 de 20/04/2004

2004 DecretoCria o Programa de Inclusão Social e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

MATO GROSSO DO SUL

EstadualDecreto Nº 11.945 de 14/10/2005

2005 Decreto

Organiza a carreira Gestão de Me-didas Socioeducacionais e define sua composição dentro da Tabela de Pessoal da Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência Social e Economia Solidária.

De autoria do Poder Executivo

MATO GROSSO DO SUL

EstadualDecreto Nº 12.465 de 18/12/2007

2007 DecretoCria o Programa Vale Renda, e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

MATO GROSSO DO SUL

EstadualDecreto Nº “E” 38 20/09/2007

2007 Decreto

Convoca a 1ª Conferência Estadual de Políticas Públicas de Juventude e constitui a Comissão Organizado-ra Estadual.

De autoria do Poder Executivo

MATO GROSSO DO SUL

EstadualDecreto Nº 13.343 2/1/2012

2012 Decreto

Cria, no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul, a Comissão Inter-setorial de Acompanhamento do Sistema Estadual de Medida Socio-educativa Privativas de Liberdade e de Semiliberdade.

De autoria do Poder Executivo

MINAS GERAIS

Estadual

Constituição de Minas Gerais de 05/10/1989.

1989Constituição Estadual

Art.222; 223; 226.De autoria do Poder Legislativo

MINAS GERAIS

EstadualLei Nº 10501 de 17/10/1991

1991 Lei

Dispõe sobre a política estadual dos direitos da criança e do ado-lescente, cria o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Ado-lescente e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM62

MINAS GERAIS

Juiz de ForaLei Nº 8620 de 2/1/1995

1995 Lei

Dispõe sobre a contratação, pela Prefeitura Municipal, de adoles-centes custodiados pelo Juizado da Infância e da Juventude.

De autoria do Poder Legislativo

MINAS GERAIS

Governador Valadares

Lei Nº 4816 de 28/11/2000

2000 Lei

Dispõe sobre a criação do núcleo de apoio familiar para jovens/ado-lescentes infratores no município de Governador Valadares.

De autoria do Poder Legislativo

MINAS GERAIS

Belo Hori-zonte

Resolução CM-DCA número 45/2002

2002 Resolução

Dispõe sobre a política de atendi-mento a criança e ao adolescente autor de ato infracional e dá outras providências.

De Autoria do Poder Executivo/Conselhos

MINAS GERAIS

Belo Hori-zonte

Resolução CM-DCA número 56/2005

2005 Resolução

Dispõe sobre a proteção inte-gral às crianças e adolescentes submetidas à medida privativa de liberdade.

De Autoria do Poder Executivo/Conselhos

MINAS GERAIS

IpatingaLei Nº 2163 de 11/1/2006

2006 Lei

Cria o "Programa de Medidas Socioeducativas de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade".

De autoria do Poder Legislativo

MINAS GERAIS

VarginhaLei Nº 4392 de 7/2/2006

2006 Lei

Institui o "Programa de Assistência ao Adolescente Infrator - PAAI" no município de Varginha e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

MINAS GERAIS

VarginhaLei Nº 4724 de 27/11/2007

2007 Lei

Institui o "Programa de Atendimen-to ao Adolescente Integrado - PAAI" no município de Varginha e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

MINAS GERAIS

Estadual

Resolução Conjunta Nº 68 DE 02/09/2008

2008Resolução Conjunta

Dispõe sobre a atuação conjun-ta dos órgãos responsáveis pelo Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infra-cional de Belo Horizonte-CIA/BH.

Administra-tivo

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63Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

MINAS GERAIS

EstadualLei Nº 18692 de 30/12/2009

2009 Lei

Uniformiza os critérios de gestão e execução para transferência gratuita de bens, valores ou benefícios por órgãos e entidades da administração pública estadu-al, compreendidos no âmbito dos programas sociais, considerados o conjunto de ações governa-mentais desenvolvidas por órgãos ou entidades da administração pública estadual, de forma isolada ou articulada, ou, ainda, em coo-peração com órgãos ou entidades públicas de outro nível de governo ou com instituições privadas, que tenha por objetivo, dentre outros, promover políticas socioeducativas e preventivas de combate à crimi-nalidade, inclusive dispondo que no programa social Atendimento às Medidas Socioeducativas, na Ação Aprimoramento e Ampliação da Gestão das Medidas de Meio Aberto, cuja finalidade é

De autoria do Poder Legislativo

promover o atendimento em liberdade assistida e a prestação de serviços à comunidade, por meio da criação de parcerias e capacitação de Municípios, sejam proporcionados meios alternativos à privação de liberdade.

MINAS GERAIS

Belo Hori-zonte

Resolução CM-DCA número 73/2009

2009 ResoluçãoDispõe sobre a construção do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo em Belo Horizonte.

De Autoria do Poder Executivo/Conselhos

MINAS GERAIS

EstadualRegimento Interno do CIA/BH

2010Regimento Interno

Dispõe sobre o Regimento Interno do Centro Integrado ao Adolescen-te Autor de Ato Infracional.

Administra-tivo

MINAS GERAIS

Belo Hori-zonte

Resolução CM-DCA número 81/2010

2010 Resolução

Revoga a Resolução 73/09 que dispõe sobre a construção do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo.

De Autoria do Poder Executivo/Conselhos

MINAS GERAIS

EstadualDecreto Nº 45870 de 30/12/2011

2011 DecretoDispõe sobre a organização da Secretaria de Estado da Defesa Social.

De autoria do Poder Executivo

MINAS GERAIS

Belo Hori-zonte

Resolução conjunta CM-DCA e CMAS 01/2011

2011 Resolução

Cria a Comissão Intersetorial Municipal para elaborar o Plano Municipal de Promoção, Proteção e Defesa dos Direito de Criança e Adolescente à Convivência Fami-liar e Comunitária.

De Autoria do Poder Executivo/Conselhos

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM64

MINAS GERAIS

EstadualLei Nº 20024 de 9/1/2012

2012 LeiInstitui o Plano Plurianual de Ação Governamental para o quadriênio 2012-2015 — PPAG 2012-2015.

De autoria do Poder Legislativo

MINAS GERAIS

EstadualResolução-Conjunta Nº 001/2012

2012RESOLUÇÃO-CONJUNTA

Dispõe sobre o aprimoramento da atuação conjunta dos órgãos responsáveis pelo Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional de Belo Horizonte, CIA/BH.

Administra-tivo

MINAS GERAIS

EstadualLei Nº 20026 de 10/01/2012

2012 Lei

Estima as receitas e fixa as despesas do Orçamento Fiscal do Estado de Minas Gerais e do Orçamento de Investimento das Empresas Controladas pelo Estado para o exercício 2012, , na qual fica o Poder Executivo, autorizado a compatibilizar o gasto para o Atendimento ao Adolescente em Conflito Com a Lei- Cumprimen-to de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, com o Plano Plurianual de Ação Governamental — PPAG.

De autoria do Poder Legislativo

PARÁ EstadualConstituição do Pará de 05/10/1989.

1989Constituição Estadual

Arts. 191, 193, 271, 296, 297, 298.De autoria do Poder Legislativo

PARAíBA EstadualConstituição da Paraíba de 05/10/1989

1989Constituição Estadual

Arts. 247 e 248.De autoria do Poder Legislativo

PARAíBA EstadualLei Nº 7. 801, DE 13/09/2005

2005 Lei

Dispõe sobre a criação do Conselho Estadual de Juventude da Paraíba � CEJUP, órgão colegiado, vincu-lado à Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer, com atribuição consultiva, de forma a assegurar os direitos dos jovens, bem como promover seu desenvolvimento intelectual e social.

PARANÁ EstadualConstituição do Paraná de 05/10/1989

1989Constituição Estadual

Arts. 165, 174, 216, 217, 218, 220.De autoria do Poder Legislativo

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PARANÁ EstadualLei9579 de 02/03/1991

1991 Lei

Regulamenta o parágrafo único do artigo 216 da Constituição Esta-dual, que dispõe sobre a criação, organização e competência do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente, órgão consultivo, deliberativo e contro-lador da política de atendimento à infância e juventude vinculado à secretaria de Estado responsável pela execução da política estadual de atendimento à criança e ao adolescente.

PARANÁFoz do Iguaçu

Lei Nº 2032 de 14/8/1996

1996 Lei

Autoriza o Município a proceder permuta com o Governo do Estado do Paraná, das instalações da "Es-cola Oficina" para a construção do Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator - CIAADI.

De autoria do Poder Legislativo

PARANÁ ParanaguáLei Nº 2929 de 17/11/2008

2008 Lei

Institui o projeto municipal de aprendizagem para o adolescen-te em conflito com a lei e para adolescente em situação de vul-nerabilidade social e econômica, conforme especifica e adota outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

PARANÁ EstadualLei16631 - 22/11/2010

2010 Lei

Altera dispositivos da Lei Nº 9.579/91, que trata da criação do Conselho Estadual dos direitos da Criança e do Adolescente, órgão consultivo, deliberativo e contro-lador das ações de atendimento a Infância e a Juventude, vinculado à Secretaria de Estado da Criança e da Juventude.

PERNAM-BUCO

Estadual

Constituição de Pernam-buco de 05/10/1989

1989Constituição Estadual

Arts. 97, 224, 225, 226, 227, 229, 231.

De autoria do Poder Legislativo

PERNAM-BUCO

EstadualLei Nº 13.607, DE 31/10/2008

2008 Lei

Institui o Conselho Estadual de Políticas Públicas de Juventude, órgão autônomo, colegiado de caráter consultivo e deliberativo da Política Estadual de Juventude, integrante da estrutura básica da Secretaria Especial de Juventude e Emprego.

PERNAM-BUCO

EstadualResolu-ção 31 de 24/11/2010

2010Resolução do CEDCA

Dispõe sobre a Resolução do Plano de Reordenamento do Sistema Socioeducativo do Estado de Pernambuco

De autoria do Poder Executivo

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PIAUí EstadualConstituição de Piauí de 05/10/1989

1989Constituição Estadual

Arts.248, 249, 250. De autoria do Poder Legislativo

PIAUí EstadualLei5618 de 27/12/2006

2006 Lei

Cria o Conselho Estadual dos Direitos da Juventude, vinculado à Secretaria de Assistência Social e Cidadania, com a finalidade de debater e analisar a situação da Juventude do Estado, propor políticas públicas que respondam às demandas juvenis, sua auto realização e que garantam sua integração ao processo social, político, econômico e cultural do Piauí.

RIO DE JANEIRO

Estadual

Constituição do Rio de Janeiro de 05/10/1989

1989Constituição Estadual

Arts. 51, 52, 57, 58, 59, 60, 62. De autoria do Poder Legislativo

RIO DE JANEIRO

EstadualLei3480 de 23/10/2000

2000 Lei

Autoriza o Poder Executivo a criar o Conselho Estadual de Juventu-de do Estado do Rio de Janeiro, doravante denominado COJUERJ, vinculado à estrutura da Adminis-tração Pública Estadual.

RIO DE JANEIRO

EstadualLei Nº 3922 de 23/8/2002

2002 Lei

Autoriza o poder executivo a firmar convênios e parcerias com empresas privadas e instituições de direito público e privado com objetivo de implantar programa de recuperação com ocupação profissional e educacional de menores infratores e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

RIO DE JANEIRO

EstadualLei Nº 4504 de 11/1/2005

2005 Lei

Altera o CODJERJ (Livro I, Res. 01, de 21/03/75 e Livro III, Res. 05, de 24/03/77) redefinindo nomenclatura e atribuindo aos juízos competentes para a matéria relativa à infância e juventude a competência de fiscalização, orientação e apuração de irregula-ridades de instituições, programas, organização governamentais e não governamentais, abrigos e entida-des de atendimento e congêneres, que lidam com o idoso, e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

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RIO DE JANEIRO

Estadual

Lei Nº 4504, de 11 de janeiro de 2005

2005 Lei

Altera o Código de Organização e Divisão Judiciárias do Estado do Rio de Janeiro, redefinindo nomenclatura, para Vara da Infân-cia, da Juventude e do Idoso e; atribuindo aos juízos competentes para a matéria relativa à infância e juventude a competência de fis-calização, orientação e apuração de irregularidades de instituições, programas, organização, orienta-ção e apuração de irregularida-des de instituições, programas, organizações governamentais e não governamentais, abrigos e entidades de atendimento.

De autoria do Poder Legislativo

RIO DE JANEIRO

EstadualLei Nº 4587 de 5/9/2005

2005 LeiDispõe sobre a aplicação do teste de HIV no adolescente infrator e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

RIO DE JANEIRO

EstadualLei Nº 5398 de 10/03/2009

2009 Lei

Art. 1º - Dispõe sobre a proibição de submissão dos adolescentes em conflito com a Lei, conduzidos aos institutos disciplinares. Parágrafo único. Dispõe sobre o respeito ao que estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA na aplicação de medidas aos adolescentes que cometem atos infracionais e revoga as disposi-ções em contrário editadas até antes da publicação desta lei.

De autoria do Poder Legislativo

RIO DE JANEIRO

Rio de Janeiro

Deliberação N.º 879/2011 AS/CMDCA

2011 DeliberaçãoAprova a Política Municipal de Atendimento Socioeducativo em Meio Aberto.

De Autoria do Poder Executivo/Conselhos

RIO GRAN-DE DO NORTE

Estadual

Constituição do Rio Grande do Norte de 05/10/1989

1989Constituição Estadual

Art. 157.De autoria do Poder Legislativo

RIO GRAN-DE DO NORTE

NatalDecreto Muni-cipal número 9.423

2011 DecretoDefine a Estrutura da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social

De Autoria do Poder Executivo

RIO GRAN-DE DO SUL

Estadual

Constituição do Rio Grande do Sul de 05/10/1989

1989Constituição Estadual

Arts. 260 e 261.De autoria do Poder Legislativo

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RIO GRAN-DE DO SUL

EstadualDecreto Nº 36762 DE 28/06/1996

1996 Decreto

Instituiu, com a chancela do Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF -, o Programa "Piá 2000", que tem por objetivo garantir às crianças e adolescentes o atendimento do seu direito à sobrevivência, ao desenvolvimento e integridade, a fim de lhes permi-tir o desenvolvimento normal de seu ciclo físico e psicológico, sua integração familiar e social, bem como sua formação educacional e cultural.

RIO GRAN-DE DO SUL

EstadualDecreto Nº 37.929 de 14/11/1997

1997 Decreto

Dá nova redação ao DECRETO Nº 36.762, de 28 de junho de 1996, que instituiu o Programa "PIÁ 2000".Uma das mudanças é que o Programa contará com a participação de vários órgãos da Administração Estadual, Municípios e Organizações Não Governamen-tais - ONG's voltadas à infância e adolescência, e será coordenado pela Secretaria Geral de Gover-no. Houve alteração também na composição do Conselho estadual do Programa, entre outras.

De autoria do Poder Executivo

RIO GRAN-DE DO SUL

IjuíLei Nº 3748 de 14/11/2000

2000 Lei

Autoriza o poder executivo munici-pal firmar convênio que menciona, e dá outras providências, que entre si celebram a celular CRT S/A; Fundação Telefônica., Prefei-tura Municipal de Ijuí; Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Ijuí - COMDICA; Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Ijuí - FUNDOCAD e o Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Ado-lescente de Ijuí - CEDEDICAI, com o objetivo do repasse de recursos através da Fundação Telefônica ao Centro de Defesa dos Direito da Criança e do Adolescente de Ijuí - CEDEDICAI.

De autoria do Poder Legislativo

RIO GRAN-DE DO SUL

EstadualResolução Nº. 003/2002

2002 Resolução

Aprova o Regimento Interno para a Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul - FASE/RS.

De autoria do Poder Executivo

RIO GRAN-DE DO SUL

GuaíbaLei Nº 2149 20/10/2006

2006 LeiDispõe sobre a aplicação de me-didas socioeducativas e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

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RIO GRAN-DE DO SUL

IjuíLei Nº 4715 de 9/8/2007

2007 Lei

Autoriza o Poder Executivo Munici-pal a criar, no âmbito da Secreta-ria Municipal de Assistência Social, dentro da Política de Assistência Social, no segmento Adolescente, o Programa Municipal de Execu-ção de Medidas Socioeducativas - Liberdade Assistida e Prestação de Serviço a Comunidade a seguir descrito: Programa de Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto - Liberdade Assistida e Prestação de Serviços a Comuni-dade.

De autoria do Poder Legislativo

RIO GRAN-DE DO SUL

OsórioLei Nº 4422 de 25/8/2009

2009 Lei

Autoriza o Poder Executivo firmar termo de compromisso com a Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, objetivando a conjunção de esforços para o fortalecimento da execução das medida socioeducativa de meio aberto.

De autoria do Poder Legislativo

RIO GRAN-DE DO SUL

São Leo-poldo

Lei Nº 7099 de 16/12/2009

2009 Lei

Autoriza a contratação de profissionais para atuarem no atendimento a adolescentes em cumprimento de medida socioedu-cativa em meio aberto, conforme programa estruturante socioedu-cativo do governo do estado do Rio Grande do Sul, no Centro de Refe-rência Especializado de Assistência Social, da Secretaria Municipal de Assistência, Cidadania e Inclusão Social.

De autoria do Poder Legislativo

RIO GRAN-DE DO SUL

Estadual

Lei Nº 12.122, DE 09 DE JANEIRO DE 2009

2009 LeiInstitui o Programa RS Socioeduca-tivo e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

RIO GRAN-DE DO SUL

OsórioLei Nº 4523 de 23/02/2010

2010 Lei

Autoriza o poder executivo firmar convênio com a associação comu-nitária de ação social, cultural e ambiental Catavento-Ong e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

RONDÔNIA Estadual

Constituição de Ron-dônia de 05/10/1989

1989Constituição Estadual

Arts.140, 142, 248. De autoria do Poder Legislativo

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RONDÔNIA Estadual

Lei Com-plementar nº94 de 03/11/1993

1993Lei Comple-mentar

Dispõe sobre o Código de Orga-nização e Divisão Judiciária do Estado de Rondônia, que tem como órgãos do Poder Judiciá-rio do Estado: I ― O Tribunal de Justiça; II ― os Juízes de Direito e Juízes substitutos; III ― a Audito-ria e Conselhos da Justiça Militar; IV ― os Tribunais do Júri; V ― os Juizados Especiais; VI ― os Juízes de Paz.

De autoria do Poder Legislativo

RONDÔNIA Estadual

Lei Com-plementar Nº 412 de 24/12/2007

2007Lei Comple-mentar

Altera a nomenclatura da Secre-taria de Estado de Administração Penitenciária ― SEAPEN para Secretaria de Estado de Justiça ― SEJUS e criou a Coordenadoria de Atendimento ao Adolescente Infrator, no âmbito da Secretaria de Estado de Justiça.

De autoria do Poder Legislativo

RONDÔNIA EstadualLei Nº 2300, DE 25/05/2010

2010 Lei

Dispõe sobre a criação do Conselho Estadual de Juventude do Estado de Rondônia ― CONJUVE-RO, vinculado à estrutura da Adminis-tração Pública Estadual.

RONDÔNIA Estadual

Lei Com-plementar Nº 580 de 30/06/2010

2010Lei Comple-mentar

Dispõe sobre a criação de cargos efetivos, no âmbito da Secretaria de Estado de Justiça ― SEJUS.

De autoria do Poder Legislativo

RONDÔNIA Estadual

Lei Com-plementar Nº 597 de 28/12/2010

2010Lei Comple-mentar

Cria o 2º Juizado da Infância e da Juventude e a Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas e acrescenta e altera dispositivos da Lei Complementar n° 94, de 3 de novembro de 1993.

De autoria do Poder Legislativo

RORAIMA EstadualConstituição de Roraima de 05/10/1989

1989Constituição Estadual

Art. 172.De autoria do Poder Legislativo

RORAIMA EstadualLei N° 792 DE 19/11/2010

2010 Lei

Autoriza o Poder Executivo a criar o Conselho Estadual da Juventude do Estado de Roraima - CONJUR, órgão de caráter proponente e consultivo, com a finalidade de promover, no âmbito do Estado de Roraima, políticas de apoio à juventude.

SANTA CATARINA

Estadual

Constituição do Estado de Santa Catarina de 05/10/1989

1989Constituição Estadual

Arts.157, 187, 188.De autoria do Poder Legislativo

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SANTA CATARINA

Porto BeloLei Nº 1216 de 07/10/2001

2001 Lei

Autoriza o chefe do Poder Exe-cutivo a firmar convênio com o Governo do Estado com o objetivo de desenvolver Programas Socioe-ducativos de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunida-de ou Semi-Liberdade ou Inter-namento Provisório ou Defesa de Direitos da Criança ou Adolescente Infratores, Dependentes químicos e ou egressos do Sistema Educa-cional.

De autoria do Poder Legislativo

SANTA CATARINA

EstadualLei Nº 12.536, de 19/12/2002

2002 Lei

Dispõe sobre o Conselho Estadu-al dos Direitos da Criança e do Adolescente - CEDCA/SC, órgão colegiado de caráter permanente, vinculado à Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação, com competência para dispor sobre a definição, a deliberação e o controle das ações dirigidas à proteção, à defesa e à garantia dos direitos da criança e do adolescente no âmbito do Estado de Santa Catarina.

SANTA CATARINA

Braço do Norte

Lei2012 de 24/06/2003

2003 Lei

Cria o Programa de Inclusão Social - bolsa renda familiar - reintegrar para participar e da outras provi-dências.

De autoria do Poder Legislativo

SANTA CATARINA

EstadualLei Nº 15.589, de 11/10/2011

2011 Lei

Altera a redação da Lei Nº 12.536, de 2002, que dispõe sobre o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente - CEDCA/SC, como o orçamento do Fundo para a Infância e Adolescência - FIA vinculado à Secretaria de Esta-do da Assistência Social, Trabalho e Habitação.

SãO PAULO EstadualDecreto Nº 25.588, de 28/07/1986

1986 DecretoCria o Conselho Estadual da Juventude, junto à Secretaria de Descentralização e Patrimônio

SãO PAULO Estadual

Constitui-ção de São Paulo de 05/10/1989

1989Constituição Estadual

Arts. 277 e 278.De autoria do Poder Legislativo

SãO PAULO EstadualDecreto Nº 42.487, de 10/11/1997

1997 Decreto

Reativação do Conselho Estadual da Juventude, durante o gover-no de Mário Covas, na qual o Conselho, criado pelo artigo 1.º do Decreto Nº 25.588, de 28 de julho de 1986, passa a ser regido por este Decreto.

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SãO PAULOPraia Gran-de

Lei Nº 996 de 15/12/1997

1997 Lei

Autoriza o poder executivo a celebrar convênio com a Fundação Estadual do Bem Estar do Menor - FEBEM e adota outras providên-cias.

De autoria do Poder Legislativo

SãO PAULO EstadualLei Nº 10.387, de 5/11/1999

1999 Lei

Cria a Secretaria de Estado da Juventude para a formulação de políticas e a proposição de diretri-zes ao Governo do Estado, voltadas à juventude; a coordenação da implementação das ações governa-mentais voltadas para o atendi-mento aos jovens; a formulação e a execução, direta ou indireta-mente em parceria com entidades públicas e privadas, de programas, projetos e atividades para jovens; entre outras disposições.

SãO PAULO EstadualDecreto nº 44.545 de 17/12/1999

1999 Decreto

Institui Grupo de Trabalho para definição do Sistema Integrado de Informações sobre o Adolescente Infrator no Estado de São Paulo.

De autoria do Poder Executivo

SãO PAULO JacareíLei Nº 4242 de 18/10/1999

1999 Lei

Autoriza o executivo municipal a celebrar convênio com a Fundação Estadual do Bem Estar do Menor - FEBEM, objetivando a implantação de um programa de atendimento das medidas sócio educativas, prestação de serviços e semiliber-dade.

De autoria do Poder Legislativo

SãO PAULO MauáLei Nº 3334 de 09/10/2000

2000 Lei

Institui o programa de combate às pichações, grafites e anúncios em muros, fachadas e outros sem autorização do proprietário do imóvel, e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

SãO PAULOBragança Paulista

Lei Com-plementar nº 262 de 19/04/2000

2000Lei Comple-mentar

Dispõe sobre criação da Secretaria Municipal da Criança e do Adoles-cente e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

SãO PAULO EstadualLei N. 10.947, de 5/11/2001

2001 Lei

Altera a denominação da Secre-taria de Estado da Juventude , criada pela Lei N° 10.387, de 5 de novembro de 1999, que passa a denominar-se Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer, que passou a abrigar em si, além do Conselho Estadual da Juventu-de, a estrutura da Coordenadoria de Programas para a Juventude, e efetivamente, viabilizou o funcio-namento desta instância ― então tendo como foco as pessoas entre 15 e 24 anos de idade.

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SãO PAULO EstadualDecreto nº 46.760 de 13/05/2002

2002 Decreto

Autoriza a Fazenda do Estado a permitir o uso, a título precário e por prazo indeterminado, de imóveis que especifica, situados no Município de Araraquara, em favor do CAA - Centro de Atendimento do Adolescente, uma entidade assistencial sem fins lucrativos. Os imóveis deverão ser utilizados no projeto voltado para adolescentes infratores inseridos na medida de prestação de serviços à comuni-dade.

De autoria do Poder Executivo

SãO PAULO LimeiraLei Nº 3349 de 14/03/2002

2002 Lei

Autoriza o município de Limeira, através do Centro de Promoção Social Municipal - CEPROSOM a celebrar convênio (s), termo (s) aditivo (s), termo (s) de reratifica-ção (ções) com a Fundação do Bem-Estar do Menor - FEBEM/SP, para a execução de projetos destinados ao atendimento de adolescentes inseridos nas medidas socioeducati-vas em meio aberto, preconizadas pela lei federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

De autoria do Poder Legislativo

SãO PAULO AmericanaLei Nº 3759 de 24/12/2002

2002 Lei

Cria o "Núcleo de Atendimento Integrado ao Adolescente de Ame-ricana - NAIA", para atendimento ao adolescente em conflito com a lei, e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

SãO PAULO Santo AndréLei Nº 8362 de 29/05/2002

2002 Lei

Dispõe sobre a Política Municipal de Atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente, sobre o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, sobre o Conselho Tutelar e o Fundo Muni-cipal da Criança e do Adolescente, reordenando a legislação vigente em Santo André e dá outras provi-dências.

De autoria do Poder Legislativo

SãO PAULOCampo Mourão

Lei Com-plementar nº 357 de 29/11/2002

2002Lei Comple-mentar

Dispõe sobre alteração na estru-tura organizacional da prefeitura municipal e dá outras providên-cias.

De autoria do Poder Executivo

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Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM74

SãO PAULO JandiraLei Nº 1394 de 12/06/2003

2003 Lei

Institui horta comunitária em uni-dades básicas de saúde e escolas públicas do município e dá outras providências. Todas as unidades básicas de saúde e escolas públi-cas do município, que tenham área física livre, deverão destinar uma parte dessa área para a criação de uma horta de verduras e legumes, cuja produção será utilizada como complemento alimentar para crianças e adolescentes.

De autoria do Poder Legislativo

SãO PAULO EmbuLei Nº 2064 de 24/09/2003

2003 Lei

Dispõe sobre a criação de horta comunitária em unidades básicas de saúde e escolas públicas muni-cipais e dá providências corre-latas. Todas as unidades básicas de saúde e escolas públicas do Município, que tenham área física livre, deverão destinar uma parte dessa área para a criação de uma horta de verduras e legumes, cuja produção será utilizada como com-plemento alimentar para crianças e adolescentes.

De autoria do Poder Legislativo

SãO PAULOSão José dos Campos

Lei Nº 6300 de 25/04/2003

2003 Lei

Autoriza o poder executivo a restaurar a pintura de muros e fachadas de imóveis públicos e particulares objeto de pichação, e dá outras providências.

De autoria do Poder Legislativo

SãO PAULO PoaLei Nº 3149 de 27/03/2006

2006 Lei

Autoriza o poder executivo fornecer atendimento psicológico específico a jovens em conflito com a lei, bem como suas respec-tivas famílias em parceria com a rede social.

De autoria do Poder Legislativo

SãO PAULO São PauloResolução CM-DCA número 83/2006

2006 Resolução

Dispõe sobre Parâmetros para Execução das Medidas Socioeduca-tivas em Meio Aberto no Município de São Paulo.

De autoria do Poder Executivo/Conselhos

SãO PAULO EstadualDecreto Nº 51.460, DE 01/01/2007

2007 Decreto

A Coordenadoria de Programas para a Juventude se desvinculou da pasta de esporte e lazer, que passou a se chamar Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo, assim como a Coordenadoria de Programas para a Juventude foi transferida para a Secretaria de Relações Institucionais e ampliou seu foco para pessoas entre 15 e 29 anos.

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75Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

SãO PAULOBragança Paulista

Lei Nº 3906 de 18/07/2007

2007 Lei

Autoriza o Poder Executivo a celebrar convênio com a Fundação Centro de Atendimento Socioe-ducativo ao Adolescente (CASA/SP), para a execução de projetos destinados ao atendimento de adolescentes, com a aplicação de medidas socioeducativas em meio aberto.

De autoria do Poder Executivo

SãO PAULO GarçaLei Nº 4207 de 07/05/2008

2008 Lei

Autoriza o Município a celebrar convênios com a Fundação Casa - Centro de Atendimento Socioedu-cativo Ao Adolescente

De autoria do Poder Legislativo

SãO PAULOSão Ber-nardo do Campo

Lei Nº 5917 de 13/11/2008

2008 Lei

Altera o Anexo I da Lei Municipal nº 5.774, de 13 de dezembro de 2007, que dispõe sobre autoriza-ção legislativa para a concessão de subvenção, contribuição ou auxílio a entidades. A entidade Fundação Criança de São Bernardo do Campo Avenida Francisco Prestes Maia nº 275 - 5º andar - Centro ― SB Campo/ PROJETO: Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto/ VALOR: Subvenção Social R$ 17.371,20, só receberá a concessão após a constatação que preenche as condições legais para o recebimento.

De autoria do Poder Executivo

SãO PAULORibeirão Preto

Lei Nº 11899 de 26/02/2009

2009 Lei

Autoriza a prefeitura municipal de Ribeirão Preto, com a interveni-ência da Secretaria Municipal de Assistência Social- Semas, a firmar termo de subvenção com o "Centro Renovado Cristão de Ensino Inte-grado - CRECEI", objetivando o re-passe de recursos financeiros para o atendimento de adolescentes em cumprimento de medida socioedu-cativa em meio aberto (liberdade assistida) e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

Page 424: Análise da dinâmica de funcionamento dos programas de ... · Especializado em Assistência Social — CREAS — voltados para o atendimento de medidas so- ... de sua estrutura ou

Mapeamento das NormativasCopyright 2014 – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM76

SãO PAULORibeirão Preto

Lei Nº 11900 de 26/02/2009

2009 Lei

Autoriza a prefeitura municipal de Ribeirão Preto, com a interve-niência da Secretaria Municipal de Assistência Social- Semas, a firmar termo de subvenção com a "Associação Educacional da Juven-tude de Ribeirão Preto - AJURP", objetivando o repasse de recursos financeiros para o atendimento de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativo em meio aberto (liberdade assistida) e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

SãO PAULORibeirão Preto

Lei Nº 11901 de 26/02/2009

2009 Lei

Autoriza a prefeitura municipal de Ribeirão Preto, com a interveni-ência da Secretaria Municipal de Assistência Social- Semas, a firmar termo de subvenção com a "Orga-nização Comunitária Santo Antônio Maria de Claret", objetivando o re-passe de recursos financeiros para o atendimento de adolescentes em cumprimento de medida socioedu-cativa em meio aberto (liberdade assistida) e dá outras providências.

De autoria do Poder Executivo

SãO PAULO São Paulo

Portaria número 46/2010/SMADS

2010 Portaria

Dispõe sobre a tipificação da rede socioassistencial do município de São Paulo e a regulação de parceria operada por meio de convênios.

De Autoria do Poder Executivo

SERGIPE EstadualConstituição do Sergipe de 05/10/1989

1989Constituição Estadual

Arts. 3, 193, 206, 212, 253, 254. De autoria do Poder Legislativo

SERGIPE Estadual

Lei Nº 3.393

DE 24/09/1993

1993 Lei

Cria o Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente - FUNDECRIA, e dá providências correlatas.

De autoria do Poder Legislativo

SERGIPE Estadual

Lei Nº 3.686

DE 26/12/1995

1995 Lei

Dispõe sobre a constituição do Conselho Estadual de Assistência Social, sobre a criação do Fundo Estadual de Assistência Social, e dá providências correlatas.

De autoria do Poder Legislativo

TOCANTINS Estadual

Consti-tuição do Tocantins de 05/10/1989.

1989Constituição Estadual

Arts. 5, 121, 122.De autoria do Poder Legislativo

TOCANTINS EstadualLei Nº1763 de 2/1/2007

2007 Lei

Dispõe sobre o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Ado-lescente - CEDCA e adota outras providências .

De autoria do Poder Legislativo