anÁlise da decomposiÇÃo estrutural da cadeia … cleverson toledo2009... · a polarização se...

18
ANÁLISE DA DECOMPOSIÇÃO ESTRUTURAL DA CADEIA PRODUTIVA VIA MATRIZ INSUMO PRODUTO DO MUNICÍPIO DE TOLEDO-PR, BRASIL, 2009. Cleverson Neves Mestrando em Economia Regional - UEL e-mail: [email protected] Emerson Guzzi Zuan Esteves Doutorando em Economia - UEM e -mail: [email protected] Marcos Aurélio Brambilla Mestrando em Economia Regional - UEL e-mail: [email protected] Umberto Antonio Sesso Filho Professor Doutor do Programa de Mestrado Economia Regional - UEL e-mail: [email protected] Márcia Regina Gabardo da Câmara Professora Doutora do Programa de Mestrado Economia Regional - UEL e-mail: [email protected] ÁREA TEMÁTICA: 2. Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente. RESUMO O objetivo da pesquisa é estimar para o ano de 2009 a Matriz Insumo Produto Municipal de Toledo-PR, situado na região oeste do estado do Paraná, representando cerca de 12,5% do total dos municípios, Toledo está entre as três regiões do oeste com maior número de habitantes. A metodologia aplicada no estudo agrega-se as 42 categorias da MIP 2009 para 20 setores, pois este ajuste foi necessário tendo em vista as aptidões locais e também para compatibilizar com os dados das 87 categorias da CNAE. Na pesquisa foi identificado que o setor: (8) Industrias Químicas e Farmacêutica, é o setor motriz da economia toledana, contendo o maior poder de encadeamento entre os setores da cadeia produtiva local. Foram também analisados os efeitos sobre os multiplicadores da produção, emprego e remunerações. É importante observar os grandes desafios que a economia regional proporciona em termos de riqueza, estabilidade econômica, prosperidade e concentração de segmentos de mercados. A identificação dos melhores multiplicadores e dos setores chave é o primeiro passo para formulações estratégicas de políticas setoriais que fomentam de fato o crescimento econômico, e, por conseguinte, ganhos reais nas remunerações. Palavras-chave: Matriz Insumo-Produto, Emprego, Renda, Produção, Desenvolvimento Regional.

Upload: dangthuan

Post on 30-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ANÁLISE DA DECOMPOSIÇÃO ESTRUTURAL DA CADEIA PRODUTIVA VIA MATRIZ INSUMO PRODUTO DO MUNICÍPIO

DE TOLEDO-PR, BRASIL, 2009.

Cleverson Neves

Mestrando em Economia Regional - UEL e-mail: [email protected] Emerson Guzzi Zuan Esteves

Doutorando em Economia - UEM e -mail: [email protected]

Marcos Aurélio Brambilla Mestrando em Economia Regional - UEL

e-mail: [email protected] Umberto Antonio Sesso Filho

Professor Doutor do Programa de Mestrado Economia Regional - UEL e-mail: [email protected]

Márcia Regina Gabardo da Câmara Professora Doutora do Programa de Mestrado Economia Regional - UEL

e-mail: [email protected]

ÁREA TEMÁTICA: 2. Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente.

RESUMO

O objetivo da pesquisa é estimar para o ano de 2009 a Matriz Insumo Produto Municipal de Toledo-PR, situado na região oeste do estado do Paraná, representando cerca de 12,5% do total dos municípios, Toledo está entre as três regiões do oeste com maior número de habitantes. A metodologia aplicada no estudo agrega-se as 42 categorias da MIP 2009 para 20 setores, pois este ajuste foi necessário tendo em vista as aptidões locais e também para compatibilizar com os dados das 87 categorias da CNAE. Na pesquisa foi identificado que o setor: (8) Industrias Químicas e Farmacêutica, é o setor motriz da economia toledana, contendo o maior poder de encadeamento entre os setores da cadeia produtiva local. Foram também analisados os efeitos sobre os multiplicadores da produção, emprego e remunerações. É importante observar os grandes desafios que a economia regional proporciona em termos de riqueza, estabilidade econômica, prosperidade e concentração de segmentos de mercados. A identificação dos melhores multiplicadores e dos setores chave é o primeiro passo para formulações estratégicas de políticas setoriais que fomentam de fato o crescimento econômico, e, por conseguinte, ganhos reais nas remunerações. Palavras-chave: Matriz Insumo-Produto, Emprego, Renda, Produção, Desenvolvimento Regional.

ABSTRACT

The objective of the research is to estimate for the year 2009 to the Input Product Toledo Municipal-PR, located in western Paraná state, representing about 12.5% of all municipalities, Toledo is among the three regions of the west with larger populations. The methodology applied in the study assembles the 42 categories of the MIP 2009 to 20 sectors, because this adjustment was necessary in view of the local skills and also to match with the data of the 87 categories of the NCEA. In the survey it was identified that the sector: (8) Chemical and Pharmaceuticals, Industry is the driving sector of the economy toledana containing the highest power of linkage between sectors of the local supply chain. We also examined the effects on multipliers of output, employment and wages. It is important to note the major challenges that the regional economy provides in terms of wealth, economic stability, prosperity and concentration of market segments. The identification of the best multipliers and key sectors, is the first step to strategic formulation of sectoral policies that actually promote economic growth and therefore real gains in wages. Keywords : Matrix Input-Output , Employment , Income , Production and Regional Development .

INTRODUÇÃO

O objetivo desse artigo é estimar a matriz Insumo-produto do município de

Toledo-Pr, a partir da matriz de insumo-produto do Brasil estimada para o ano de 2009

pela metodologia de Guilhoto e Sesso Filho (2005).

O Município de Toledo está situado na Região do Oeste Paranaense, em uma

área de colonização recente. Sua efetiva ocupação deu-se nas décadas de 1940 e

1950, tanto que, em 1960, havia apenas cinco Municípios na Região: Foz do Iguaçu,

Cascavel Toledo, Guaíra e Guaraniaçu, porém atualmente conta com 9 distritos:

Concórdia do Oeste, Dez de Maio, Dois Irmãos, Novo Sarandi, São Luiz do Oeste,

São Miguel, Vila Ipiranga, Vila Nova e Novo Sobradinho. O município toledano tem

aproximadamente (1,5%), um e meio por cento do PIB paranaense, e uma renda per

capita média de R$ 20.571,00, acima da média nacional que foi de R$ 19.700,00.

(IBGE, 2013).

A região oeste concentra uma população de mais de um milhão e cem mil

habitantes, distribuídos em 51 municípios. Destes municípios destacamos as que

possuem uma população superior a 100.000 habitantes, dentre elas estão; Foz do

Iguaçu, Cascavel e Toledo, sendo esta última possuidora de uma população de

119.313 mil habitantes, em média 100 habitantes/km2, ou seja, 1 a 3 pessoas por

família. Segundo estudo apresentado pelo IPARDES (2013), o IDH médio do

município de Toledo é de 0,768, acima da média brasileira que é 0,749, de acordo

com o relatório da PNUD (2013), demonstrando que o município contribuiu

positivamente no índice.

Em 2012, o cenário alarmante de uma possível crise econômica mundial sem

precedentes impõe limites e diferentes possibilidades para o atual modelo de

desenvolvimento e crescimento brasileiro, pois o principal problema contemporâneo

enfrentado por muitos países gira em torno da desindustrialização e da

competitividade. O desenvolvimento regional e as estruturas produtivas locais

passaram a ter um novo papel na geração de emprego e renda da sociedade brasileira

com as estruturas voltadas para o comércio inter e intra-regional. Os investimentos em

educação, tecnologia e na redução das desigualdades de renda são extremamente

necessários para um modelo de desenvolvimento e crescimento sustentável.

O artigo discute a relevância do setor privado na reestruturação da

capacidade produtiva paranaense na região de Toledo, destacando a atual redução do

poder público na conformação espacial das atividades econômicas. A estratégia de

crescimento envolve análise dos efeitos de políticas econômicas e sociais voltadas

para o desenvolvimento de setores que incrementaram o ritmo de crescimento da

produção e estimularam o crescimento e desenvolvimento local e regional, tornando a

região mais dinâmica e produtiva, contribuindo para alterar significativamente a

posição competitiva da região estudada, atraindo e fomentando novos investimentos

nas cadeias produtivas instaladas na região de Toledo.

O crescimento econômico do oeste paranaense foi expressivo no início do

século XXI. A evolução da economia regional contrastou com dois fenômenos

espaciais: a polarização e a difusão percolativa. A polarização se reflete na

concentração das atividades produtivas dos municípios paranaenses, dentre podemos

destacar: Toledo, Cascavel e Foz do Iguaçu. A difusão percolativa surge dos ganhos

em produtividade e da expansão de determinado setor nos municípios periféricos,

paralelo ao fortalecimento da capacidade de polarização que determinado município

possui. Entretanto, Toledo mantém uma economia dinâmica apesar da periferia

avançar no processo de desenvolvimento econômico.(IPARDES, 2013).

A justificativa do estudo da região de Toledo é proporcionar a identificação

dos setores chaves e das indústrias motrizes do crescimento regional e agregar

maiores conhecimento sobre a economia do oeste paranaense, bem como, suas

características, aptidões, mostrando os resultados de investimentos de longo prazo.

Adicionalmente, há poucos estudos analisando municípios no Brasil. Ao estimar as

MIPs (Matriz Insumo-Produto) revela-se o potencial regional, possibilitando a

identificação os efeitos derivados do investimento tecnológico e o potencial de

especialização regional, bem como, suas principais tendências.

O objetivo geral desse artigo é estimar a matriz insumo-produto do município

de Toledo-Pr. A metodologia adotada possibilita a identificação dos setores-chave e a

mensuração do efeito transbordamento do crescimento, a partir da adoção de novas

tecnologias nas indústrias dinâmicas. Serão calculados os indicadores: Índice de

ligação para frente e para trás, Geração de emprego direto e indireto e os

Multiplicadores emprego tipo I, Gerador de remuneração direto e indireto e os

Multiplicadores de remuneração do tipo I e Multiplicadores de produção do tipo I.

Existe um limitado número de estudos sobre matrizes de insumo-produto municipais e

o presente trabalho adota a metodologia proposta por Brene et. al. (2010), neste artigo

foi feito uma agregação das 42 categorias das MIPS do Brasil disponibilizadas em

www.usp.br/nereus, para 20 setores - considerando-se a construção e estimativa de

sistemas estaduais e para países. A metodologia é replicável para outros municípios

brasileiros. O estudo é inovador porque através da proxy produção, emprego e renda

conseguem-se estimar as matrizes de Insumo-Produto dos municípios, identificando

os setores-chave. É efetuada uma desagregação da produção do município ao

restante do estado, visto que, usualmente estimam-se as matrizes de países e

estados.

O artigo está estruturado em seis seções: a primeira seção de natureza

introdutória apresenta o objetivo e a justificativa da pesquisa; a segunda discute

contribuições teóricas e empíricas no campo de matriz insumo–produto que abordam

os municípios, na terceira temos as explanações metodológicas e as fontes de dados

utilizadas, na quarta seção apresentamos os resultados e contribuições, e, por

conseguinte as considerações finais e as referências utilizadas.

2. MÉTODOS DE ECONOMIA REGIONAL E MATRIZES DE INSUMO PRODUTO: TEORIA E EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS.

O desenvolvimento econômico regional é primordial para a estabilidade da

atividade econômica e social do país. A análise regional permite identificar as

estruturas voltadas para o comércio inter e intra-regional, para a análise produtiva e

seus encadeamentos para frente e para trás, assim como verificar o transbordamento

desse crescimento. Há diversas abordagens no campo regional e muitas

transformações têm sido verificadas, como destacam Filho (2001), Araújo(1999),

Sesso Filho(2010) e Guilhoto e Sesso Filho(2011).

Nos últimos anos as teorias de desenvolvimento regional sofreram grandes

transformações, de um lado provocadas pela crise e pelo declínio de muitas regiões

tradicionalmente industriais e, de outro, pela emergência de regiões portadoras de

novos paradigmas industriais. (FILHO, 2001).

O novo contexto no qual se situa a economia e a sociedade brasileiras, que

começa a redefinir sua estrutura econômica, as relações de trabalho e as formas de

inserção do país no contexto internacional, deve constituir-se um ponto de partida e

condicionante significativo para uma política de desenvolvimento regional.(ARAUJO,

1999).

A reestruturação produtiva da economia brasileira ocorrida a partir da década

de 1990 em conjunto com a desconcentração industrial e a maior inserção do Brasil no

comércio internacional promoveu o aumento dos fluxos de bens e serviços entre as

regiões do país. A maior interdependência entre setores de diferentes regiões faz com

que o aumento da produção em um determinado setor da economia tenha efeitos

sobre produção, emprego e renda na economia local e em outras partes do país em

setores relacionados direta ou indiretamente à atividade econômica que sofreu o

impacto inicial do aumento de sua demanda final. Assim, torna-se importante conhecer

o efeito transbordamento, o efeito indireto do aumento de produção de um

determinado setor fora de sua região de origem.(SESSO FILHO, 2010).

Guilhoto e Sesso (2011), afirmam que a identificação de setores-chave para a

geração de produção, emprego e valor adicionado e a mensuração dos fluxos de

produtos e serviços entre a região e o restante do Brasil tornará possível estabelecer

estratégias de desenvolvimento da região e projetos que proporcionem o maior retorno

em termos de desenvolvimento econômico e social.

Segundo Rodrigues et al. (2008) alguns trabalhos foram desenvolvidos para

o Brasil com o objetivo de estudar a sinergia entre regiões, como os de Guilhoto et al.

(1998), Guilhoto et al. (1999), Guilhoto et al. (2001), e/ou o transbordamento do

multiplicador de produção (Sesso et al., 2003). Para o Paraná, estudos sobre sinergia

foram realizados por Moretto (2000) e Simões et al. (2003). Para os municípios Brene

et. al. (2010) estimou a Matriz insumo-produto de São Bento do Sul-SC.

3. FONTE DE DADOS E METODOLOGIA

Utiliza-se a matriz de insumo-produto inter-regional Estado-Restante do Brasil

para o ano de 2004 construída a partir da estimativa da matriz nacional cuja

metodologia definida em Guilhoto e Sesso Filho (2005). Estes autores apresentam a

metodologia para estimativa da matriz de insumo-produto do Brasil para 2009, a partir

de dados preliminares das contas nacionais.

Outra fonte de dados utilizada foi a RAIS – Relação Anual de Informações

Sociais e a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), na qual, com

esses dados é possível estimar a massa salarial de cada setor e as atividades do

município estudado.

Neste artigo foram agregadas 42 categorias para o desenvolvimento das

MIPS do Paraná para 20 setores1. Este ajuste foi necessário tendo em vista as

aptidões locais e também para compatibilizar com os dados das 87 categorias da

CNAE. Aplicou-se também o método do quociente locacional. (MILLER; BLAIR, 2009).

Agregou-se o setor com valor do salário nominal zero na RAIS (Relação

Anual de Informações Sociais) de acordo com a CNAE. São setores de menor

importância em termos de formalidade do trabalho nos municípios estudados.

A utilização da remuneração média nominal é necessária, pois esse valor

será a Proxy de renda para a realização dos cálculos do multiplicador/gerador. Na

matriz estimada do Paraná 2009, os valores são dados em unidades monetárias (R$)

não em unidades de salários mínimos. A falta de valores em alguns setores apenas

representa que (formalmente - de acordo com os critérios da RAIS) não tem pessoas

"registradas" naquele setor.

Assumindo que os valores que representam a remuneração média nominal do

setor no Paraná e no município, estejam respectivamente nas colunas de BH e BI,

conforme uma planilha de Excel. Por exemplo: no setor DIVISAO 01--

AGROPECUÁRIA, a remuneração média nominal no Paraná é R$1.000,00 e no

município é R$ 799,99. Já o valor na coluna BJ é o que foi chamado de "indicador de

produtividade", BI/BH, para o mesmo setor o valor é 0,799. Tal valor representa se o

município é mais (> 1) ou menos (< 1) produtivo, em relação à cadeia produtiva do

                                                            1 Disponível em www.usp.br/nereus,

Paraná. O indicador de produtividade será multiplicado pela participação do número

de trabalhadores do município em relação ao Estado, demonstrando uma

porcentagem para o cálculo da produção municipal.

A síntese, por setor seria:

• Índice de participação = (No. Trabalhador do município / No. Trabalhador do Paraná).

• Índice de produtividade = (Massa Salarial do município / Massa Salarial do Paraná).

• Multiplicador é igual = (Índice de participação x Índice de produtividade).

• A Produção do Município = (Produção do Paraná x Multiplicador).

A lógica tem base no raciocínio que a produção é dada por Capital e

Trabalho. Este último é analisado de forma direta pela primeira relação da fórmula, já o

capital é determinado pelo Índice de produtividade. O trabalho é determinado pelo

Índice de participação.

Para a análise dos dados do município foram calculados:

• Coeficientes locacional de impactos entre setores,

• Gerador de emprego e renda/remunerações

• Multiplicadores de produto, emprego e renda/remunerações.

• Índices de Rasmussen/Hirschman (para frente e para trás).

Para todos os cálculos e análises utilizaremos o Gerador e Multiplicadores do

tipo I, de Toledo e do Resto do Paraná.

3.1. MATRIZ INSUMO PRODUTO

As matrizes de insumo-produto podem ser estimadas ou construídas. Os

sistemas construídos demandam considerável volume de dados e tempo de trabalho,

enquanto as matrizes estimadas necessitam de uma base de dados menor. As

matrizes de insumo-produto inter-regionais permitem uma análise detalhada do

sistema econômico. Vejamos na ótica de alguns autores:

A estrutura matemática de um sistema de insumo-produto consiste em um

conjunto de n equações lineares com n incógnitas: portanto, representações de

matrizes podem ser facilmente utilizadas. Enquanto que as soluções para o sistema de

equações de entrada-saída, através de uma matriz inversa, são simples

matematicamente, descobrimos que existem interessantes interpretações econômicas

para alguns resultados algébricos. (MILLER; BLAIR 2009).

A análise de insumo produto ou análise das relações interdependentes é,

atualmente, uma importante ramificação da economia difundida em todo o mundo e

amplamente empregada, tanto em economias desenvolvidas quanto em

desenvolvimento. (RODRIGUES; MORETTO, SESSO FILHO, KURESKI, 2006).

O modelo de insumo-produto geral para a economia brasileira apresenta as

informações numa abordagem do tipo enfoque produto por setor a preços básicos

permitindo que cada produto seja produzido por mais de um setor e que cada setor

produza mais de um produto, ou seja, existe uma matriz de produção e outra de uso

dos insumos. (FERNANDO, 2003).

O uso da matriz insumo-produto é fundamental na implementação de políticas

públicas para o desenvolvimento local e regional, bem como, o direcionamento para o

desenvolvimento de outras regiões e até países, no intuito de reduzir as desigualdades

econômicas e, por conseguinte sociais.

3.2. MATRIZ DE INSUMO-PRODUTO INTER-REGIONAL

O modelo inter-regional de insumo-produto, também chamado de “modelo

Isard”, devido à aplicação de Isard (1951), requer uma grande massa de dados, reais

ou estimados, principalmente quanto às informações sobre fluxos intersetorial, intra-

regional e inter-regional.

O Quadro 1 a seguir apresenta, de forma esquemática, as relações dentro de

um sistema de insumo-produto inter-regional com duas regiões.

Quadro 1 - Relações de Insumo-Produto num sistema inter-regional.

Setores - Município L Setores – Restante do

Brasil M Demanda Final Y

Setores -

Município L

Insumos Intermediários LL

Insumos Intermediários LM

LL

LM

Produção

Total L

Setores-

Restante do Brasil M

Insumos Intermediários ML

Insumos Intermediários MM

ML

MM

Produção

Total M

Importação Resto Mundo (M)

Importação Resto Mundo (M) M - L M - M M

Impostos Ind. Liq. (IIL) Impostos Ind. Liq. (IIL) IIL - L IIL - M IIL

Valor Adicionado Valor Adicionado

Produção Total Região L

Produção Total Região M

Fonte: Adaptado de Moretto (2000).

Complementando o sistema regional, no sistema inter-regional há uma troca

de relações entre as regiões, exportações e importações, que são expressas por meio

do fluxo de bens que se destinam tanto ao consumo intermediário quanto à demanda

final.

De forma sintética, pode-se apresentar o modelo, a partir do exemplo

hipotético dos fluxos intersetoriais e inter-regionais de bens para as regiões L e M,

com 2 setores, como se segue:

ZijLL - fluxo monetário do setor i para o setor j da região L,

ZijML - fluxo monetário do setor i da região M, para o setor j da

região L. Na forma de matriz, esses fluxos seriam representados por:

Z = Z ZZ Z

LL LM

ML MM⎡⎣⎢

⎤⎦⎥

(1)

em que;

LLZ e MMZ , representam matrizes dos fluxos monetários intra-

regionais, e;

LMZ e MLZ , representam matrizes dos fluxos monetários inter-

regionais. Considerando a equação de Leontief (1951 e 1986)

iiniiiii YzzzzX ++++++= ......21 (2)

em que, iX indica o total da produção do setor i, inz o fluxo monetário do setor i para

o setor n e Yi a demanda final por produtos do setor i, é possível aplicá-la conforme,

LLMLMLLLLL YzzzzX 1121112111 ...... ++++++= (3)

em que X L1 é o total do bem 1 produzido na região L.

Considerando os coeficientes de insumo regional para L e M, obtém-se os

coeficientes intra-regionais:

azXij

LL ijLL

jL= ⇒ L

jLLij

LLij Xaz .= (4)

em que, pode-se definir os LLija como coeficientes técnicos de produção que

representam quanto o setor j da região L compra do setor i da região L e assim com os

demais quadrantes.

Estes coeficientes podem ser substituídos em (3), obtendo:

1 11 1 12 2 11 1 12 2 1L LL L LL L LM M LM M LX a X a X a X a X Y= + + + + (5)

As produções para os demais setores são obtidas de forma similar. Isolando,

Y L1 e colocando em evidência X L

1 , tem-se:

( ) LYMXLMaMXLMaLXLLaLXLLa12121112121111 =−−−−

(6)

As demais demandas finais podem ser obtidas similarmente. Portanto, de

acordo com ( )A Z XLL LL L=−$ 1

, constrói-se a matriz A LL , para os 2 setores, em que

LLA representa a matriz de coeficientes técnicos intra-regionais de produção.

Saliente-se que esta mesma formulação valeria para .,, MLMMLM AAA

O sistema inter-regional completo de insumo-produto é representado por:

( ) ,I A X Y− = (7)

e as matrizes podem ser dispostas da seguinte forma:

I

I

A A

A A

X

X

Y

Y

LL LM

ML MM

L

M

L

M

ML L L

M

MK K K

ML L

0

0

⎣⎢⎢

⎦⎥⎥−⎡

⎣⎢⎢

⎦⎥⎥

⎧⎨⎪

⎩⎪

⎫⎬⎪

⎭⎪

⎣⎢⎢

⎦⎥⎥=⎡

⎣⎢⎢

⎦⎥⎥

(8)

Efetuando estas operações, obtém-se os modelos básico necessário à

análise inter-regional proposta por Isard, resultando no sistema de Leontief inter-

regional da forma:

( ) 1X I A Y−= − . (9)

3.3 QUOCIENTE LOCACIONAL.

Segundo Guilhoto (2006) outra técnica descrita em Miller; Blair (1985) refere-

se ao quociente locacional. Os autores apresentam três abordagens distintas para

esta técnica. Todas as três procuram avaliar a tendência importadora dos setores.

O quociente locacional simples é definido pela relação:

//

R RR ii N N

i

X XLQX X

⎡ ⎤= ⎢ ⎥⎣ ⎦

(10)

em que:

RiX é a produção total do setor i da região R;

XR é a produção total da região R;

NiX é a produção nacional total do setor i; e

XN é a produção nacional total.

Esta relação mede a participação relativa do setor i na economia da região R

em relação à participação do mesmo setor na economia nacional. Assim, procura

estimar o potencial importador da região em relação aos produtos do setor i. Se LQi for

menor que 1, significa que, em decorrência da região R ter uma produção

proporcionalmente menor de produtos do setor i, há uma tendência a se importar este

produto. Dessa forma, faz-se:

)( Ri

Nij

RRij LQaa = (11)

Se LQi for igual ou maior que 1, os setores que demandam os produtos

correspondentes ao setor i não terão necessidade de importá-los, portanto:

Nij

RRij aa = (12)

O tratamento dado aos coeficientes regionais segue a metodologia do

quociente simples.

3.4 ÍNDICES DE RASMUSSEN/HIRSCHMAN.

A partir do modelo básico de Leontief, definido acima, e seguindo-se

Rasmussen (1956) e Hirschman (1958), consegue-se determinar quais seriam os

setores com o maior poder de encadeamento dentro da economia, ou seja, podem-se

calcular tanto os índices de ligações para trás, que forneceriam quanto tal setor

demandaria dos outros, quanto os de ligações para frente, que nos dariam a

quantidade de produtos demandada de outros setores da economia pelo setor em

questão.

Deste modo, definindo-se bij como sendo um elemento da matriz inversa de

Leontief B, *B como sendo a média de todos os elementos de B ; e B Bj i* *, como

sendo respectivamente a soma de uma coluna e de uma linha típica de B , tem-se,

então, que os índices seriam os seguintes:

Índices de ligações para trás (poder da dispersão):

. **/ /U B n Bj j= (13)

Índices de ligações para frente (sensibilidade da dispersão):

. **/U B n Bi i= (14)

Valores maiores que um (1) para os índices acima se relacionam a setores

acima da média, e, portanto, setores chave para o crescimento da economia.

Uma das críticas sobre estes índices é a de que eles não levam em

consideração os diferentes níveis de produção em cada setor da economia, o que é

considerado quando se trabalha com o Índice Puro de Ligações Interindustriais.

3.5 MULTIPLICADORES: EMPREGO, REMUNERAÇÕES E PRODUCÂO.

A partir dos coeficientes diretos apresentados na equação (20) e da matriz

inversa de Leontief, é possível estimar, para cada setor da economia, o quanto é

gerado direta e indiretamente de emprego, importações, impostos,

salários/Remunerações, valor adicionado, etc. para cada unidade monetária produzida

para a demanda final. Ou seja:

1

n

j ij ii

GV b v=

= ∑ (15)

em que:

jGV é o impacto total, direto e indireto, sobre a variável em questão;

ijb é o ij-ésimo elemento da matriz inversa de Leontief e

iv é o coeficiente direto da variável em questão.

A divisão dos geradores pelo respectivo coeficiente direto gera os

multiplicadores, que indicam quanto é gerado, direta e indiretamente, de emprego,

importações, impostos, salários/remunerações ou qualquer outra variável para cada

unidade diretamente gerada desses itens. Por exemplo, o multiplicador de empregos

indica a quantidade de empregos criados, direta e indiretamente, para cada emprego

direto criado no setor, já para remunerações o multiplicador de remunerações indicada

a valor das remunerações criadas direta e indiretamente para cada remuneração

gerada direto no setor.

O multiplicador do i-ésimo setor seria dado então por:

ii

i

GVMVv

= (16)

Em que iMV representaria o multiplicador da variável em questão e as outras

variáveis são definidas conforme feito anteriormente.

Por sua vez, o multiplicador de produção que indica o quanto se produz para

cada unidade monetária gasta no consumo final é definido como:

1

n

j iji

MP b=

= ∑ (17)

Em que jMP é o multiplicador de produção do j-ésimo setor e as outras

variáveis são definidas segundo o expresso anteriormente. Quando o efeito de

multiplicação se restringe somente à demanda de insumos intermediários, estes

multiplicadores são chamados de multiplicadores do tipo I. Porém, quando a demanda

das famílias é endogenizada no sistema, levando-se em consideração o efeito

induzido, estes multiplicadores recebem a denominação de multiplicadores do tipo II,

que neste caso não abordaremos neste artigo.

4. RESULTADOS E CONTRIBUIÇÕES

A efetiva análise dos resultados mensurados no artigo, possibilita

identificarmos os setores que mais destacam-se na economia toledana e que detêm o

maior poder de encadeamento intersetorial. Ainda sim, é possível mensurar os setores

com melhores multiplicadores de: Produção, Emprego Remunerações

Analisamos neste estudo através da estimação da Matriz Insumo Produto

Municipal, os indicadores econômicos do município toledano para o ano de 2009, e,

contudo, esperamos contribuir positivamente com informações econômicas relevantes,

e que no futuro possa ser ponderada quando das formulações de políticas de fomento

dos setores da cadeia produtiva local.

O perfil sócio econômico da região oeste paranaense pautado basicamente nos

setores de comércio e serviços, ao longo de tempo encontrou na região de Toledo seu

diferencial, pois, foi possível constatarmos através dos indicadores da Tabela 1, que o

setor-motriz da economia toledana é setor de Indústrias Químicas e Farmacêutica (8),

seguido por outros setores em menor importância; Serviços (19), a Agropecuária (1), e

o setor de Transportes (16). Ressalva-se sobre estes índices é a de que eles não

levam em consideração os diferentes níveis de produção em cada setor da economia.

 

Tabela 1 - Índices de Ligação para Trás e para Frente do Município de Toledo-Pr 2009

N. SETORES Índice Para Trás Rank Índice Para Frente Rank

1 Agropecuária 0,93 15º 1,09 3º 2 Ext. Mineral e Min. não Metál. 1,04 10º 0,56 18º 3 Siderurgia e Metalurgia 1,07 5º 0,64 11º 4 Máquinas e Equipamentos 1,17 2º 0,57 17º 5 Madeira e Mobiliário 1,04 9º 0,62 12º 6 Celulose, Papel e Gráf. 1,05 8º 0,58 14º 7 Borracha e Plástico 1,09 4º 0,74 9º 8 Ind. Quím. e Farmacêutica 1,15 3º 1,60 1º 9 Ind. Têxtil 1,06 6º 0,84 6º

10 Vestuário e Calçados 1,06 7º 0,59 13º 11 Indústria de Alimentos 1,29 1º 0,79 7º 12 Indústrias Diversas 1,02 11º 0,57 15º 13 S.I.U.P. 0,93 16º 0,55 20º 14 Construção Civil 0,97 13º 0,57 16º 15 Comércio 0,78 20º 0,79 8º 16 Transportes 0,97 12º 0,87 4º 17 Comunicações 0,94 14º 0,72 10º 18 Instituições Financeiras 0,81 18º 0,85 5º 19 Serviços 0,82 17º 1,15 2º 20 Administração Pública 0,81 19º 0,56 19º Fonte: Estimativas dos autores (2013)

Em partes, o setor chave toledano pode ser explicado pelo sucesso da

empresa nascida em Toledo, no início dos anos 90, a Prati-Donaduzzi, que atualmente

é a maior fabricante de remédios genéricos do Brasil, e detém hoje 28% de

participação de mercado, mantendo um dos principais parques tecnológicos de

pesquisa do setor no país, faturando pouco mais de R$ 500 milhões/ano. Com 4 mil

funcionários e uma forte aposta em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, a

empresa cresce a taxas de 25% ao ano.

Entretanto, outro fator notável está na pluralidade estrutural da cadeia produtiva

toledana, que em períodos anteriores era baixa, e passou a ter em pauta no mínimo

cinco setores alavancando a economia local. É possível observar através do Gráfico 1,

abaixo, o grau de importância dos setores que possuem os maiores encadeamentos

ao longo da cadeia produtiva local, e são importantes setores na geração de emprego,

produção e renda do município de Toledo.

 

 

 

Gráfico 1 – Representatividade Setorial dos Índices de Ligação para Trás e para Frente do Município de Toledo-Pr, 2009.

Fonte: Estimativas dos autores (2013)

No gráfico 2, é possível identificar que os setores mais impactantes nos

indicadores de multiplicadores de produção, foram respectivamente: (11) Indústria de

Alimentos, (8) Indústria Química e Farmacêutica, (4) Máquinas e Equipamentos e (7)

Borracha e Plástico, indicando que estes setores são os que mais multiplicam suas

produções ao longo da cadeia produtiva para cada unidade monetária gasta na sua

demanda final.

Gráfico 2 – Multiplicador de Produção, Toledo-Pr, 2009.

Fonte: Estimativas dos autores (2013)

Entretanto, existem outros setores que agregam positivamente no crescimento

econômico local, visto que, os multiplicadores de emprego e remunerações mensuram

o impacto de variações na demanda agregada final sobre o nível de emprego ou de

remunerações total da economia, pois conforme Gráfico 3, abaixo, em ambos

multiplicadores temos respectivamente pelo grau de representatividade os setores:

(12) Indústrias Diversas, (9) Indústria Têxtil, (7) Borracha e Plástico (17)

Comunicações e (1) Agropecuária, visto que, para cada 1 milhão de reais investidos

na economia, esses setores são os que mais multiplicariam empregos e remunerações

ao longo da cadeia produtiva, conseqüentemente tais ficam aptos a receber incentivos

dado seu maior potencial de fomentar o desenvolvimento econômico regional.

Gráfico 3 – Multiplicador de Emprego e Remunerações de Toledo-Pr, 2009.

Fonte: Estimativas dos autores (2013)

É pertinente enfatizar que além de alguns setores contribuírem positivamente

em ambos multiplicadores, existe uma similaridade positiva entre os pares mais

representativos, pois acreditamos que por possuírem uma maior população vinculada,

tal inferência possui uma relação positiva nos multiplicadores por terem maiores

ofertas de mão de obra, lembrando que altos multiplicadores de emprego e

remuneração, nem sempre é precedido de melhores ganhos remuneratórios nas

atividades.

Portanto, deverão ser despendidas mais energias, ou seja, uma formulação

eficiente na gestão de políticas voltada à geração de empregos com ênfase nos

ganhos de renda, visando à prosperidade do oeste paranaense, e de todo o resto do

Paraná.

Os dados utilizados como parâmetros desta análise, provém de fontes seguras

e de grande credibilidade acadêmica, pois propomos exemplificar e demonstrar a

realidade da economia regional do município de Toledo, que como os demais

municípios brasileiros têm suas características locais, culturais e sociais com

problemas de investimento, bem como, na educação, segurança, saneamento, infra-

estrutura, saúde, moradia, emprego entre outras.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Objetivo deste artigo foi para contribuir com informações, objetivas, eficientes e

eficazes, com relação a políticas de fomento para o melhor desenvolvimento regional,

visando elencar os principais setores e multiplicadores de emprego, renda e produção.

Buscando soluções alternativas para o crescimento, desenvolvimento

econômico do oeste paranaense e conseqüente do resto do Paraná, o estudo em

questão, contempla o crescimento e desenvolvimento regional, buscando soluções

através da metodologia proposta dos problemas brasileiros como desemprego,

desigualdade de renda, grandes concentrações urbanas, valor adicionado, inovação

tecnológica, ganhos reais de renda, diversificação do mix econômico, criação de

outras especialidades, entre outras, que são extremamente cruciais quando da

aplicação de políticas públicas estratégicas de fomento dos setores locais, de curto,

médio e longo prazo.

Fica evidente a partir dos resultados obtidos, que há necessidade de um

acompanhamento da evolução da economia toledana para períodos posteriores ao

analisado. A partir da elaboração de matrizes para períodos mais recentes, será

possível, inclusive, melhorar as análises a respeito da influência de diversos

fenômenos como, por exemplo, a instalação das montadoras, de industriais químicas e

farmacêuticas, e as oscilações no agronegócio, e seus impactos nos diversos

segmentos da economia local. Deste modo, com base mais sólida e atual, estaria

disponível um importante instrumento não só para a pesquisa, mas também para as

políticas públicas e privadas municipais.

O exercício da cidadania pela sociedade também corrobora com o

desenvolvimento regional e a formação de uma nova geração mais consciente,

responsável e preparada para os futuros desafios do século XXI.

6. REFERÊNCIAS

ARAÚJO, T. B. Por uma política nacional de desenvolvimento regional. Departamento de Economia, UFPE, 1999.

BRENE, P. R. A. et al. Estimativa da matriz insumo produto do Município de São Bento do Sul Estado de Santa Catarina. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, Recife, v. 4, n. 1, 2010. FERNANDO F. F. Desenvolvimento Regional – Economia agrícola, Revista Análise Econômica, Porto alegre, 2003. FILHO, J. A. A endogeneização no desenvolvimento econômico regional e local. Planejamento e políticas publicas, 2001. GUILHOTO, J.J.M. e U. SESSO FILHO. “Estimação da Matriz Insumo-Produto a Partir de Dados Preliminares das Contas Nacionais”. Economia Aplicada. Vol. 9. N. 2. Abril-Junho. pp. 277-299. (2005). GUILHOTO, J.J.M. ; SESSO FILHO U.A. Estrutura produtiva do Pará: uma análise de insumo-produto. Ciência Regional: Teoria e Métodos de Análise. 2011. HIRSCHMAN, A.O. The Strategy of Economic Development. New Haven: Yale University Press. (1958) IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em; <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em 29 de Julho de 2013. IPARDES - Instituto Paranaense de Desenvolvmimento Economico e Social. Disponível em; <http://www.ipardes.gov.br>. Acesso em 19 de Agosto de 2013. ISARD, W. Interregional and regional input-output analysis: a model of a space-economy. Review of Economics and Statistics, n.33, p.319-328, 1951. LEONTIEF, W. The Structure of the American Economy. Segunda Edição Ampliada. New York: Oxford University Press, 1951. LEONTIEF, W. Input-Output Economics. 2a ed. New York: Oxford University Press, p. 241-260, 1986. MILLER, R. E.; BLAIR, P. D. Input-output analysis: foundations and extensions. Cambridge: Cambridge University Press, 2009. 750 p. MORETTO, A. C. Relações intersetoriais e inter-regionais na economia paranaense em 1995. Piracicaba, 2000. 161p. Tese (Doutorado) – Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo.2000 RAIS – Relatório Anual de Informações Sociais. Disponível em; <http://www.rais.gov.br>. Acessado em 10 de agosto 2013. RASMUSSEN, P. Studies in Intersectoral Relations. Amsterdam: North Holland. (1956) RODRIGUES, R. L. et al. Relações sinérgicas e efeitos sobre a produção setorial no sistema inter-regional Paraná-Restante do Brasil. RESR, Piracicaba, v. 46, n. 3, p. 623-646, jul./set. 2008. RODRIGUES, R. & MORETTO, A. & SESSO FILHO, U. & KURESKI, R. Setores alimentares e relações produtivas no sistema inter-regional Paraná - Restante do Brasil. Revista paranaense de desenvolvimento, 110: 9-32. 2006.