anais ii seminário da rebraensp polo rs 2015 versao final · para a preparaÇÃo de derivaÇÕes...

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REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE REBRAENSP POLO RIO GRANDE DO SUL ANAIS

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REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE

REBRAENSP – POLO RIO GRANDE DO SUL

ANAIS

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

2

Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente Polo Rio Grande do Sul –

REBRAENSP Polo RS

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente Polo Rio Grande do

Sul – REBRAENSP Polo RS: ANAIS

- Local: Porto Alegre, RS

- Editor: Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

- Organização dos Anais: Luiza Maria Gerhardt, Wiliam Wegner, Caroline Zottele, Janete de

Souza Urbanetto

- Ano da publicação: 2015

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

3

Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS

Coordenação Nacional da REBRAENSP Carmen Silvia Gabriel - Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto – USP/RP, SP Edinêis Brito Guirardello - Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, SP Janete de Souza Urbanetto - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, RS Maria Angélica Sorgini Peterlini - Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, SP

Coordenação da REBRAENSP - Polo Rio Grande do Sul (RS) Luiza Maria Gerhardt [Coordenadora] – Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, RS Wiliam Wegner [Vice Coordenador] - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, RS Caroline Zottele [Vice Coordenadora] – Hospital Universitário de Santa Maria - HUSM, RS

Coordenação do Núcleo Ijuí – REBRAENSP/Polo RS

Adriane C. Bernat Kolankiewicz [Coordenadora] – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, RS Fabiele Aozane [Vice Coordenadora] – Hospital Unimed do Noroeste, RS

Coordenadora do Núcleo Porto Alegre – REBRAENSP/Polo RS Rita Timmers [Coordenadora] – Instituto de Cardiologia - IC/FUC, RS

Coordenadora do Núcleo Região do Vale do Paranhana – REBRAENSP/Polo RS Claudia Capellari [Coordenadora] – Faculdades Integradas de Taquara - FACCAT, RS

Coordenadora do Núcleo Região dos Vales – REBRAENSP/Polo RS Janine Koepp [Coordenadora] - Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, RS

Coordenação do Núcleo Santa Maria – REBRAENSP/Polo RS Caroline Zottele [Coordenadora] - Hospital Universitário de Santa Maria - HUSM, RS Eveline Antonello [Vice Coordenadora] – Hospital Unimed de Santa Maria, RS

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO-CIP

S471a Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente-Polo RS (2. : 2014 : Porto Alegre, RS) Anais ; segurança do paciente : ampliando perspectivas [recurso eletrônico] / II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente- Polo RS; organização dos Anais: Luiza Maria Gerhardt, Wiliam Wegner, Caroline Zottele, Janete de Souza Urbanetto ; [organização] Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente-Polo RS. – Porto Alegre: Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2015. 201 p. Disponível online ISBN: 978-85-66106-68-8

1. Enfermagem – Eventos. 2. Segurança do paciente. I. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente-Polo RS. II. Gerhardt, Luiza Maria III. Wegner, Wiliam. IV. Zottele, Caroline. V. Urbanetto, Janete de Souza. VI. Título.

NLM: WY3 Bibliotecária responsável: Rejane Raffo Klaes – CRB 10/586

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

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II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

SEGURANÇA DO PACIENTE: AMPLIANDO PERSPECTIVAS

Comissão Executiva

Coordenadora do Núcleo de Porto Alegre: Rita Timmers Coordenadora do Núcleo Região dos Vales: Janine Koepp Coordenadora do Núcleo da Região do Vale do Paranhana: Cláudia Capellari Coordenadora do Núcleo de Santa Maria: Caroline Zottele Coordenadora da Comissão Científica: Michele Malta Coordenadora da Comissão de Secretaria: Rita Timmers Coordenadora da Comissão Social: Débora Rosilei Miquini de Freitas Cunha Coordenadores do Polo RS: Luiza Maria Gerhardt, Wiliam Wegner, Caroline Zottele Integrante da Coordenação da REBRAENSP Nacional: Janete de Souza Urbanetto

Comissão Científica Adriana Ferreira da Rosa Cassiana Prates Gisela Maria Schebela Souto de Moura Heloisa Helena Karnas Hoefel Janete de Souza Urbanetto Luiza Maria Gerhardt Maria Cristina Lore Schilling Michele Malta Rita Catalina Aquino Caregnato Tânia Solange Bosi de Souza Magnago Wiliam Wegner

Comissão de Secretaria Aline Carla Hennemann Gabriela Manito Guzzo, Graziella Gasparotto Baiocco, Janine Koepp Juliana Petri Tavares Patrícia Treviso Rita Timmers

Comissão Social

Alessandra Martins Lemes Alex Pereira Christian Negeliskii Débora Rosilei Miquini de Freitas Cunha Emiliana Costa Monique Dal Pozzo Patricia Bopsin Renata Pereira Silva Artioli

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

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II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO

PACIENTE – POLO RS

SEGURANÇA DO PACIENTSEGURANÇA DO PACIENTSEGURANÇA DO PACIENTSEGURANÇA DO PACIENTE: AMPLIANDO PERSPECE: AMPLIANDO PERSPECE: AMPLIANDO PERSPECE: AMPLIANDO PERSPECTIVASTIVASTIVASTIVAS

O Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente Polo RS

é realizado de dois em dois anos, e integra a área dois do seu Plano Bienal de Trabalho –

Extensão às Comunidades e Sociedade. Seu objetivo é oportunizar e promover a

discussão e reflexão sobre a segurança na atenção à saúde de pessoas e comunidades.

Para o II Seminário foram inscritos 98 trabalhos, sendo 87 aprovados para

apresentação oral. Os trabalhos foram classificados em quatro grandes áreas: ações para

a segurança na prática assistencial, pesquisa, ações no ensino/educação e reflexão

teórica. Na produção dos trabalhos estiveram envolvidos 260 autores, entre

enfermeiros, acadêmicos de enfermagem, técnicos de enfermagem, docentes e outros

profissionais da área da saúde, de várias localidades do Estado, Santa Catarina, Paraná e

Rio de Janeiro.

Neste ano, o tema central do Seminário foi “Segurança do Paciente: Ampliando

Perspectivas”. A REBRAENSP Polo RS se alinha com a Organização Mundial da Saúde,

Organização Pan-Americana da Saúde, Ministério da Saúde e Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (ANVISA) em suas iniciativas e recomendações para a expansão dos

esforços e pesquisas relativos à segurança do cuidado para além da assistência

hospitalar. Sem desconsiderar a complexidade do cuidado à saúde realizado nos

hospitais, a necessidade de segurança também é imperativa em todos os outros níveis de

atenção e tipos de serviços.

Na atenção primária, nos serviços de atenção à saúde mental e no cuidado

domiciliar, só para citar alguns, os pacientes têm, também, o direito ao cuidado seguro.

E, consequentemente, cabe a nós, profissionais da saúde, assegurar este direito. O tema

central do II Seminário evidencia a preocupação e a iniciativa da REBRAENSP Polo RS no

sentido de despertar a atenção dos profissionais da saúde e fomentar a discussão sobre

a segurança como um aspecto inerente a todo e qualquer cuidado à saúde.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

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A Comissão Executiva II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e

Segurança do Paciente – Polo RS agradece aos participantes, integrantes das Comissões,

monitores, palestrantes, coordenadores de mesas, apoiadores do evento e ao Centro

Universitário Metodista – IPA.

Luiza Maria Gerhardt, Wiliam Wegner, Caroline Zottele

Coordenadores da REBRAENSP Polo RS

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

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Sumário

1 RELATOS DE AÇÕES PARA SEGURANÇA NA PRÁTICA ASSISTENCIAL ...................................... 13 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS DE UMA SECRETARIA DE SAÚDE ............................................................................................................................................................................. 14

A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO NA ALTA HOSPITALAR DE PACIENTES PEDIÁTRICOS PARA A PREPARAÇÃO DE DERIVAÇÕES FARMACÊUTICAS .................................................................... 16

A SEGURANÇA DO PACIENTE POR MEIO DE ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A VISITA DOMICILIAR .................................................................................................................................................. 18

A UTILIZAÇÃO DA CHECAGEM À BEIRA LEITO: SEGURANÇA E ASSISTÊNCIA AO PACIENTE . 20

AÇÕES PARA PREVENÇÂO DE QUEDAS ........................................................................................................... 22

ACREDITAÇÃO INTERNACIONAL EM UMA UNIDADE DE HEMODIÁLISE: PADRÕES PARA UMA ASSISTENCIA SEGURA ............................................................................................................................................. 24

APLICAÇÃO DE ESCALA DE AVALIAÇÃO DE RISCO DE ÚLCERA POR PRESSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA .............................................................................................................................................................. 27

APLICAÇÃO DE UM CHECKLIST EM UNIDADE DE HEMODIÁLISE: UMA ESTRATÉGIA PARA O PROCEDIMENTO SEGURO ...................................................................................................................................... 29

ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL A PACIENTES PEDIÁTRICOS PORTADORES DE FIBROSE CÍSTICA........................................................................................................................................................................... 32

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM CATETER PLEURAL........................................................................................................................................................................ 34

AVALIAÇÃO PARA RISCO DE QUEDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ........................................................ 36

CHECK LIST ELETRÔNICO: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL PRIVADO DE PORTO ALEGRE/RS ........................................................................................................................................................................................... 38

DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA IMPLEMENTAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCO: RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................................................................................................................................................... 40

EDUCAÇÃO DE PACIENTES E FAMILIARES: O DESAFIO DE SISTEMATIZAR E QUALIFICAR OS REGISTROS DE ENFERMAGEM ............................................................................................................................ 43

EDUCAÇÃO PREVENTIVA DE RISCO DE QUEDAS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: UM DIAGNÓSTICO MULTIFATORIAL ......................................................................................................................... 45

ESCALA DE BRADEN: POSSIBILIDADE DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE ...................................................................................................................................................................... 47

ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DO PACIENTE: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS .................................... 49

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

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ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR ENFERMEIROS PARA A REDUÇÃO DE ERROS NA ADMNISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA IINTENSIVA NEONATAL E DE PEDIATRIA ................................................................................................................................ 51

HIGIENE DAS MÃOS COMO INDICADOR DE QUALIDADE ASSISTENCIAL E SEGURANÇA DO PACIENTE ...................................................................................................................................................................... 53

HIGIENE DAS MÃOS COMO PREVENÇÃO DE INFECÇÃO: UMA DAS METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE ............................................................................................................................ 55

I ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA 4ª COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE/RS: EM FOCO A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................... 57

IDENTIFICAÇÃO CORRETA DOS PACIENTES: UMA DAS METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................................................................... 59

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: MAIS UMA BARREIRA DE SEGURANÇA ......................................... 61

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: MEDIDA DE SEGURANÇA ..................................................................... 63

EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE ............................................................................................................................... 63

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA GESTÃO HOSPITALAR ........................................................................................................................................................................................... 65

II ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA 4ª COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE/RS: EM FOCO A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................... 67

IMPLANTAÇÃO DO GRUPO DE RISCO E SEGURANÇA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................... 69

IMPLEMENTAÇÃO DE ETIQUETAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES EM UNIDADE DE HEMODINÂMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................................... 71

IMPLEMENTAÇÃO DE PROTOCOLOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE INTERCORRENCIAS ASSISTENCIAIS DO SERVIÇO DE HEMOTERAPIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE .......................................................................................................................................................... 73

INCIDÊNCIA DE QUEDAS: REFLETINDO ACERCA DO PANORAMA ATUAL ...................................... 75

MEDICAÇÕES DE ALTA VIGILÂNCIA E A SEGURANÇA DO PACIENTE: IDENTIFICAÇÃO, ARMAZENAMENTO E ROTULAGEM .................................................................................................................. 77

PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................................................................................... 79

RASTREABILIDADE NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA: PROPORCIONANDO SEGURANÇA PARA O PACIENTE ...................................................................................................................................................................... 82

REFLEXÃO SOBRE UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................................................................... 84

RELATO DE EXPERIÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PARA A PREVENÇÃO DE QUEDAS EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – RS .. 86

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

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RELATO DE EXPERIÊNCIA: MUDANÇA NA PRÁTICA PROFISSIONAL COMO MEMBRO DA REBRAENSP ................................................................................................................................................................. 88

RELATO SOBRE O INICIO DAS AÇÕES VOLTADAS À SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM HOSPITAL DE MÉDIO PORTE ............................................................................................................................... 90

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA EM SAÚDE: RELACIONANDO UNIDADES DE APOIO PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE CRÍTICO ................................................................................. 93

SEGURANÇA DO PACIENTE EM FOCO: A EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO FERRAMENTA DE MUDANÇAS NO PROCESSO DE TRABALHO DA ENFERMAGEM............................................................. 96

SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ........................................................................................................................................................................................... 98

SEGURANÇA DO PACIENTE NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A DISPENSAÇÃO ELETRÔNICA .............................................................................100

SEGURANÇA DO PACIENTE: ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO DA RESISTÊNCIA BACTERIANA .............................................................................................................................................................102

TRATAMENTO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO COM ALTA FREQUÊNCIA: UMA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ................................................................................................................................................105

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: PREVENÇÃO DA INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA RELACIONADA À INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL ...........................................................107

2 PESQUISA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE ............................................................................... 109 A SEGURANÇA DO PACIENTE NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: PAPEL DO ENFERMEIROa .......110

A SEGURANÇA DO PACIENTE POR MEIO DA PESQUISA EM ENFERMAGEM .................................112

A SEGURANÇA NA ASSISTÊNCIA PRESTADA AOS PACIENTES SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS .........................................................................................................................115

ADESÃO À PRÁTICA DE HIGIENE DE MÃOS POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA .................................................................................................................117

ADESÃO AO BUNDLE DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA: QUALIDADE ASSISTENCIAL E SEGURANÇA PARA O PACIENTE ....................................................................................119

ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DE TERAPIA INTENSIVA AOS CINCO MOMENTOS DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ...................................................................................................................................121

ANÁLISE DE INCIDENTES NOTIFICADOS EM HOSPITAL DE GRANDE PORTE: CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................................................123

AVALIAÇÃO DO RISCO PARA ÚLCERAS POR PRESSÃO EM PACIENTES PEDIÁTRICOS HOSPITALIZADOS ....................................................................................................................................................125

BANHO DE LEITO: SEGURANÇA DO PACIENTE E AS IMPLICAÇÕES NA CARGA DE TRABALHO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ...........................................................................................................................127

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

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CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES QUE APRESENTARAM QUEDAS DURANTE A HOSPITALIZAÇÃO ....................................................................................................................................................129

CAUSAS DE EVENTOS ADVERSOS NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: REVISÃO DE LITERATURA ..............................................................................................................................................................131

CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA: VISÃO DOS PROFISSIONAIS DE UM CENTRO CIRÚRGICO .........................................................................................................................................................................................133

CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA ADULTOS: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM .........................................................135

CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM .........................................................................................................................................................................................137

ERRO DE MEDICAÇÃO E FATORES DE PREVENÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA ............................139

ERRO DE MEDICAÇÃO NA ENFERMAGEM: ANÁLISE DOS FATORES RELACIONADOS .............141

EXISTE RELAÇÃO ENTRE O CUIDADO SEGURO E O CUIDAR DE SI? ..................................................143

GERENCIAMENTO DE RISCO EM HEMODIÁLISE: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ...........................145

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COMO PREVENÇÃO DE INFECÇÕES E SEGURANÇA DO PACIENTE .........................................................................................................................................................................................147

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E SEGURANÇA DA CRIANÇA HOSPITALIZADA ....................................149

INCIDÊNCIA DE FLEBITES DURANTE O USO E APÓS A RETIRADA DE CATETER INTRAVENOSO PERIFÉRICOa ..............................................................................................................................151

LEVANTAMENTO DOS INCIDENTES OCORRIDOS EM HOSPITAL ENSINO DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL RELACIONADOS À SEGURANÇA DO PACIENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA .........................................................................................................................................................................................153

O ENFERMEIRO INSERIDO NA PESQUISA .....................................................................................................155

O SAFETY ATTITUDES QUESTIONNAIRE COMO INDICADOR DA CULTURA DE SEGURANÇA NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE.....................................................................................................................................157

REGISTRO DE AÇÃO PSICOATIVA E DE ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO NAS BULAS DE MEDICAMENTOS UTILIZADOS PELOS PACIENTES AVALIADOS QUANTO AO RISCO DE QUEDAS ........................................................................................................................................................................159

REGISTRO DE FLEBITE E TROMBOFLEBITE NAS BULAS DE MEDICAMENTOS COMUMENTE RELACIONADOS AO RISCO DE FLEBITES ......................................................................................................161

RESISTÊNCIA E SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE .................................................................................................................................163

RESULTADO DA IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS NO INDICADOR DE QUEDAS DE PACIENTES INTERNADOS ....................................................................................................................................165

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

12

RISCO PARA QUEDA DE ADULTOS NAS PRIMEIRAS HORAS DE HOSPITALIZAÇÃO...................167

SEGURANÇA DO PACIENTE E A IDENTIFICAÇÃO POR PULSEIRA ......................................................169

SEGURANÇA DO PACIENTE NA PREVENÇÃO DO TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO PÓS-OPERATÓRIO: UMA REVISÃO TEÓRICA .........................................................................................................171

SEGURANÇA DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO: CUIDADO NA PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS...................................................................................................................................................................173

SEGURANÇA DO PACIENTE: CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA ........................................................175

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ALIADO À CIRURGIA SEGURAa........177

3 RELATOS DE AÇÕES NO ENSINO ......................................................................................................... 179 AÇÃO PEDAGÓGICA EM UNIDADE HOSPITALAR: UMA ABORDAGEM INTEGRADA ENSINO - SERVIÇO .......................................................................................................................................................................180

ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM EM UTI CORONARIANA: PERCEPÇÕES DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE..................................................................................182

FORMAÇÃO ACADÊMICA EM CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO: FUNDAMENTAL PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................................................184

GUIA CURRICULAR MULTIPROFISSIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................................................................................................186

SEGURANÇA DO PACIENTE EM USO DE BALÃO INTRA-AÓRTICO: REFLEXÕES DE ACADÊMICOS SOBRE OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ........................................................................188

SEGURANÇA DO PACIENTE: ESCOLA E HOSPITAL BUSCANDO SOLUÇÕES ...................................190

VIVÊNCIAS DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NO GRUPO DE PESQUISA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE ............................................................................................................................................................192

4 REFLEXÃO TEÓRICA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE .......................................................... 194 A SEGURANÇA DO PACIENTE E A FILOSOFIA LEAN – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA .............195

COMO MINIMIZAR EVENTOS ADVERSOS EM CIRURGIA PEDIÁTRICA: REFLEXÃO TEÓRICA197

ÍNDICE DE AUTORES .................................................................................................................................. 199

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13

1 RELATOS DE AÇÕES PARA SEGURANÇA NA PRÁTICA ASSISTENCIAL

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

14

A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS DE UMA

SECRETARIA DE SAÚDE

Juliana Mariano Santos, Raquel Granjeiro Baltar, Suzi da Silva Fariaa

Introdução: o serviço de saúde é de alta complexidade, requer tecnologias avançadas,

atendimento personalizado a uma demanda de clientes cada vez mais exigente, com

expectativa de vida maior e, em acréscimo às doenças crônico-degenerativas,

consequentemente, a racionalização na organização do trabalho em saúde exige

recursos humanos e materiais que equacionem os problemas administrativos e

assistenciais de maneira ágil e eficiente1. Por isso, a administração de materiais existe

para abastecer, em quantidade e qualidade, os itens que o sistema produtivo requisita, o

mais próximo possível do momento do uso, com o menor custo possível2. O enfermeiro,

ao gerenciar os materiais, “executa atividades de controle de qualidade e de desperdício,

avaliação do material, teste de novos materiais, controle dos materiais de alto custo,

orientação sobre a forma de utilização adequada dos materiais”3. Além disso, a aquisição

deverá ser acompanhada na pós-comercialização, pois os materiais adquiridos podem

gerar algum tipo de risco ao paciente. Objetivo: o deste estudo é apresentar a

experiência de enfermeiros de uma Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro na qualificação

técnica de materiais para abastecimento das unidades de saúde, determinando a

importância dos materiais de consumo vitais e essenciais, utilizando a Classificação XYZ

e aperfeiçoando o catálogo de materiais. Método: trata-se de um estudo exploratório e

descritivo, na modalidade estudo de caso. Resultados: dos 210 itens classificados, 62,2%

correspondem aos materiais classificados como vitais pela equipe multidisciplinar,

27,8% são itens essenciais e 10% são itens intermediários. Conclusão: a relevância do

Catálogo de materiais ficou evidenciada como uma das ferramentas gerenciais que pode

auxiliar no processo de tomada de decisão, proporcionando visualizar as classes de

materiais por especificação, classificação e codificação, identificando os itens

imprescindíveis no estoque, para o atendimento ao paciente com segurança e melhor

qualidade na assistência.

Descritores: Enfermagem. Organização e Administração. Recursos Materiais em Saúde.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

15

Referências

1 Secco LB, Rothbarth S, Dyniewicz AM. Gestão de recursos materiais e qualidade na

assistência à saúde. PROENF Gestão. 2013;2(3):71-105.

2 Vecina Neto G, Ferreira Junior WC. Administração de materiais para sistemas locais de

saúde. In: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Administração. Rio de Janeiro:

Fiocruz; 2001. p.117-58.

3 Oliveira NC, Chaves LDP. Gerenciamento de recursos materiais: o papel da enfermeira

da unidade de terapia intensiva. Rev Rene. 2009;10(4):19-27.

4 Mendes KGL, Castilho V. Determinação da importância operacional dos materiais de

enfermagem segundo a Classificação XYZ. In: Rev Inst Ciênc Saúde. 2009;27(4):324-9.

_________________

a Enfermeira/Assessora Técnica do Núcleo de Qualificação SES. Relatora. Email:

[email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

16

A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO NA ALTA HOSPITALAR DE PACIENTES

PEDIÁTRICOS PARA A PREPARAÇÃO DE DERIVAÇÕES FARMACÊUTICAS

Fernanda Stedilea,b, Ananda Alvareza, Gabriela Beckera, Jacqueline Martinbianchoc,

Giovanna Negrettoc

Introdução: pacientes pediátricos são considerados “órfãos terapêuticos”, carecendo de

formulações adequadas. No hospital, esse problema é sanado pela preparação de

derivações farmacêuticas. Quando estes medicamentos são prescritos na alta hospitalar,

torna-se essencial a orientação pelo farmacêutico ou enfermeiro, de como proceder a

preparação em domicílio. Para assegurar o uso correto dos medicamentos é importante

que a equipe multidisciplinar forneça informações de forma clara e objetiva, buscando o

maior entendimento dos familiares e correta administração dos medicamentos

prescritos. Objetivo: descrever a atuação do farmacêutico, na alta hospitalar de

pacientes pediátricos, para a educação sobre o correto preparo de derivações

farmacêuticas. Metodologia: relato de experiência de farmacêuticos que atuam em

unidades de internação pediátricas de um hospital universitário do sul do Brasil,

realizado em 2014. Resultados: para realizar a orientação sobre o preparo da derivação

no domicílio, o farmacêutico elabora um material informativo que contém as etapas do

processo de preparação: limpeza do local, higienização das mãos do manipulador, uso de

água filtrada ou fervida fria, explicação da diluição do medicamento, a manipulação dos

instrumentos de medida, a dose que será administrada, a estabilidade dos

medicamentos, o local de armazenamento da derivação farmacêutica e limpeza

adequada dos objetos que foram utilizados no processo de preparação. Além dessas

informações, são fornecidos frascos já rotulados e seringas dosadoras identificadas, que

irão auxiliar na preparação da derivação farmacêutica pediátrica no domicílio. O

farmacêutico também realiza a elaboração, juntamente com o cuidador do paciente, de

uma tabela com os horários mais adequados para a administração dos medicamentos,

com o intuito de facilitar a adesão ao tratamento. Conclusão: a atuação do profissional

farmacêutico, bem como da equipe multiprofissional, na orientação da preparação de

derivações farmacêuticas na alta hospitalar de pacientes pediátricos é de grande

importância, pois contribui para a administração correta da dose e, consequentemente,

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

17

um tratamento mais efetivo e seguro. O aconselhamento ao cuidador é uma importante

medida de prevenção de erros e os profissionais de saúde devem estar preparados para

esta atividade. Contribuições para a enfermagem: o processo de educação em pediatria

envolve toda a equipe multidisciplinar, vista a complexidade dos cuidados. Nem todos os

hospitais possuem farmacêutico clínico que atua nas orientações aos familiares. É de

grande importância que os enfermeiros realizem as atividades de orientação aos

familiares para o uso correto de medicamentos após a alta. A orientação ao cuidador

auxilia no preparo e administração correta e previne possíveis erros de medicação,

garantindo a continuidade do tratamento e evitando até mesmo a utilização incorreta de

instrumentos de medida como colheres e seringas.

Descritores: Alta do Paciente. Pediatria. Atenção Farmacêutica.

Referência

Santos LS, Torriani MS, Barros E. Medicamentos na prática da farmácia clínica. Porto

Alegre: Artmed; 2013.

_________________________

a Residentes do Programa de Residência Integrada Multiprofissional do Hospital de

Clínicas de Porto Alegre, RS.

b Relatora. E-mail: [email protected]

c Preceptores do Programa de Residência Integrada Multiprofissional do Hospital de

Clínicas de Porto Alegre, RS.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

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A SEGURANÇA DO PACIENTE POR MEIO DE ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A

VISITA DOMICILIAR

Aline Carla Hennemann¹; Leila Schmitd²; Elisabeth Paris³;Thiago Silva4;

Alexander de Quadros5

Introdução: a inserção da terapia nutricional junto à avaliação e orientação na visita

domiciliar possibilita ao enfermeiro desenvolver um raciocínio crítico e reflexivo.

Consequentemente, o planejamento das ações, considerando o modo de vida e os

recursos que este indivíduo dispõe, tange em articulações para um modelo assistencial,

o discurso relativo à integralidade e à humanização do cuidado, e assume papel de

destaque na orientação e reorientação. A focalização das práticas em públicos

vulneráveis, limites financeiros e parcerias intersetoriais aparecem como desafio para a

promoção da saúde coletiva. Objetivo: relatar a vivência de um grupo de acadêmicos de

enfermagem nas orientações sobre terapia nutricional no cenário da visita domiciliar.

Método: trata-se do relato de vivências de um grupo de acadêmicos de enfermagem, das

Faculdades Integradas de Taquara-FACCAT, junto à disciplina de avaliação das

necessidades de saúde, realizadas em uma unidade básica de saúde, onde os acadêmicos

de enfermagem realizaram visita domiciliar com enfoque na orientação da terapia

nutricional. Resultados: durante as visitas domiciliares, observamos as necessidades

daqueles familiares em obter informações sobre a terapia nutricional para aqueles

indivíduos fragilizados e debilitados, orientações que se circundaram sobre a

manipulação, armazenamento, validade e temperatura ideal das dietas para serem

administradas, bem como a posição adequada do paciente no leito. Conclusão: através

destas vivências ressaltamos a importância do enfermeiro estar engajado neste

contexto, não sendo esta uma ação exclusiva ou isolada do nutricionista, para tanto, a

troca de saberes constrói novos conceitos para o cuidado, traduzidos em uma

assistência segura por meio de uma visão sistêmica.

Descritores: Terapia Nutricional. Enfermagem. Saúde Coletiva.

Referências

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

19

Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, Sociedade Brasileira de Clínica

Médica, Associação Brasileira de Nutrologia. Recomendações nutricionais para adultos

em terapia nutricional enteral e parenteral. Projeto Diretrizes. São Paulo; 2011.

Matsuba CST, Serpa LF, Ciosak SI. Terapia nutricional enteral e parenteral-Consenso e

Boas Práticas de Enfermagem. São Paulo: Martinari; 2014.

Carmagnani MIS, et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan; 2013.

_________________________

1Enfermeira. Graduada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

Especialista na área Materno Infantil pelo Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital

Moinhos de Vento (IEP/HMV). Mestranda em Pediatria/Saúde da Criança pela Pontifícia

Universidade Católica (PUCRS). Especializando em Docência na Saúde (UFRGS)

Professor do Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de

Taquara. FACCAT. Relatora.

2Acadêmica de Enfermagem. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades

Integradas de Taquara. FACCAT

3Acadêmica de Enfermagem. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades

Integradas de Taquara. FACCAT.

4Enfermeiro. Graduado pelo Centro Universitário Metodista do Sul (IPA). Especialista em

Urgência e Emergência Adulto e Pediátrico pela Universidade Federal do Rio Grande do

Sul (UFRGS). Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem

da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especializando em Docência na

Saúde pela Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) Professor do Curso de

Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara. FACCAT.

5 Enfermeiro. Graduado pela Universidade Feevale. Mestre em Educação pela Pontifícia

Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUC/RS. Professor do Curso de Bacharelado

em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara. FACCAT.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

20

A UTILIZAÇÃO DA CHECAGEM À BEIRA LEITO: SEGURANÇA E ASSISTÊNCIA AO

PACIENTE

Adriana Ferreira da Rosaa, Murilo dos Santos Graeffb, Alex Pereirac

Introdução: são cada vez mais frequentes os esforços mundiais para a mitigação dos

eventos adversos relacionados ao processo da assistência, entre estes podemos citar a

criação da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, pela Organização Mundial de

Saúde, em 2004 e, no Brasil, mais recentemente, o Programa Nacional de Segurança do

Paciente, pelo Ministério da Saúde, em 20131. Diante deste cenário, a busca de

mecanismos que proporcionem a diminuição da ocorrência destes incidentes a índices

aceitáveis deve ser uma constante dos profissionais da saúde1. Objetivos: relatar a

experiência de implantação da checagem eletrônica da medicação à beira leito,

promovendo a segurança do paciente na cadeia medicamentosa nas unidades de

internação hospitalar. Metodologia: trata-se de um relato de experiência da implantação

da tecnologia para a checagem da medicação à beira do leito do paciente em um hospital

de médio porte em uma capital do sul do Brasil. Relato do caso: a checagem de

medicamentos à beira leito resumidamente irá vincular os dados do paciente certo

(conferindo pulseira de identificação), e conferir se o medicamento está prescrito para

aquele paciente naquele horário. Primeiramente, buscando avaliar o que se tinha no

mercado aliando ao que atenderia as necessidades da instituição, realizaram-se testes

com vários dispositivos comumente utilizados para checagem à beira leito. Definiu-se

como dispositivo que melhor abrangesse a necessidade, à medida que o hospital já

utilizava um carro com monitor multiparâmetro, o uso de carros para medicação, que

possuem além de um computador (notebook) acoplado também a possibilidade de

adicionar o monitor. Assim, como resultado, temos um carro que serve para, além de

checar a medicação, proporcionar vários registros à beira leito, aumentando ao máximo

a presença da enfermagem junto ao paciente. Para o teste piloto, optou-se por iniciar em

duas unidades de internação com uma amostragem de pacientes (em média seis

pacientes por unidade), buscando identificar melhorias no processo antes de estender

aos demais pacientes. Resultados: como resultados preliminares, percebeu-se um

aumento da confiança dos pacientes, à medida que sentem o esforço para garantir-lhes

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

21

uma assistência com menos erros possíveis. Conclusões: considerou-se que a checagem

das medicações à beira do leito traz maior confiança e tranquilidade ao paciente e

família, pela certeza de que a medicação administrada está prescrita para o paciente

naquele horário. O método propicia o controle das medicações em atraso e as pendentes

de administração, facilitando ao enfermeiro a vigilância sobre este fluxo. Constatou-se

que é imprescindível que a equipe de enfermagem tenha noções básicas em informática

para que o dispositivo não se torne um obstáculo na cadeia medicamentosa. O

treinamento intensivo na implantação da ferramenta é considerado determinante para

facilitar e viabilizar o uso do equipamento.

Palavras-chave: Segurança. Medicação. Checagem.

Referência

1 Ministério da Saúde (Brasil). Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.

Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Brasília:

ANVISA; 2014.

_________

aEnfermeira pela UFSC, Especialista em Administração Hospitalar pelo IAHCS,

Coordenadora de Enfermagem das Unidades de Internação do Hospital Divina

Providência, Porto Alegre, RS.

bEnfermeiro pela UNISC, Especialista em Cardiologia pelo IC-FUC, Analista de negócios

na área T.I.

cEnfermeiro pela Ulbra, Coordenador do Núcleo da Qualidade e Gestor de Risco do

Hospital Divina Providência, Porto Alegre, RS. Relator.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

22

AÇÕES PARA PREVENÇÂO DE QUEDAS

Rosmari Wittmann Vieiraa, Joseane Kalata Nazarethb, Mitieli Vizcaychipi Disconzic

Introdução: queda é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à

posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil, provocada por

circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade1. A queda pode provocar

uma série de consequências na vida do paciente, como lesões físicas, declínio funcional,

restrição de atividades, depressão, e em alguns casos podendo levar até a morte2.

Objetivo: descrever os cuidados realizados pela equipe de enfermagem de uma unidade

de internação clínica-cirúrgica, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, quanto à

prevenção de quedas. Metodologia: trata-se do relato de experiência de enfermeiras de

uma unidade de internação clinica e cirúrgica na utilização de um protocolo de

prevenção de quedas dos pacientes. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre possui um

protocolo específico para a prevenção de quedas, iniciando no momento da internação,

com a entrega de folders de orientações aos pacientes e familiares. Nas unidades

clínicas-cirúrgicas, o protocolo funciona da seguinte forma: no momento da admissão, a

enfermeira aplica uma escala para avaliar o risco de quedas (escala de Morse), em que o

paciente é pontuado de acordo com: história de quedas, diagnóstico secundário, auxílio

para deambular, acesso venoso, marcha/equilíbrio e estado mental. Quando a pontuação

é maior ou igual a 45 pontos, a enfermeira abre o diagnóstico de Enfermagem de “Risco

de Quedas”, prescreve os cuidados, que serão realizados pela enfermagem e fisioterapia

e é colocada pulseira de sinalização. A escala de Morse é reavaliada semanalmente e nas

seguintes situações: mudança do estado de saúde, após cirurgia, nas transferências de

unidade, nos procedimentos com sedação e se ocorrer queda3. Resultados: no decorrer

destes últimos anos, a enfermagem incluiu este protocolo em seu cotidiano, este dado foi

incluído na passagem de plantão, os pacientes e familiares foram envolvidos nos

cuidados, com consequente redução de quedas na unidade. Conclusão: acreditamos que

a avaliação pela escala de Morse no momento de admissão e as devidas reavaliações do

risco, associadas à aplicação da prescrição de enfermagem e a realização da educação do

paciente e familiar para prevenção de quedas, proporcionam uma internação mais

tranquila e segura para o paciente, além de evitar lesões decorrentes de quedas.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

23

Contribuições para a Enfermagem: a aplicação deste protocolo aumenta a segurança do

paciente, facilita e qualifica o trabalho da enfermagem. O uso da pulseira reforça a

necessidade de maior vigilância.

Descritores: Segurança do Paciente. Protocolos. Assistência de Enfermagem.

Referências

1 Organização Mundial da Saúde. Relatório global da OMS sobre prevenção de quedas na

velhice. Genebra; 2010 [acesso em 2013 Nov 20]. Disponível em

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relatorio_prevencao_quedas_velhice.pdf

2 Menezes RL, Bachion MM. Estudo da presença de fatores de riscos intrínsecos para

quedas em idosos institucionalizados. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2009;13(4):1209-

1218.

3 Costa SGRF, Monteiro DR, Hemesath MP, Almeida MA. Caracterização das quedas do

leito em pacientes internados em um hospital universitário. Rev Gaúcha Enferm. 2011

Dez;32(4):676-81.

___________________

a Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. Relatora.

b Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS.

c Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

24

ACREDITAÇÃO INTERNACIONAL EM UMA UNIDADE DE HEMODIÁLISE: PADRÕES PARA

UMA ASSISTENCIA SEGURA

Cinthia Dalasta Caetano Fujiia; Sonia Liandra Marques Fingerb; Stela Maris Theisen

Monacoc; Marilei Salete Toniald; Adriana Magalhães da Fée; Maria Conceição da Costa

Proençaf

Introdução: a Acreditação hospitalar é uma avaliação feita por comissão externa e

independente, que determina se a instituição de saúde atende a uma série de padrões

para melhorar a segurança e a qualidade do cuidado. As seis metas internacionais de

segurança incluídas no processo de avaliação são respectivamente: Meta 1: Identificar os

pacientes corretamente; Meta 2: Melhorar a comunicação efetiva; Meta 3: Melhorar a

segurança de medicamentos de alta vigilância; Meta 4: Assegurar cirurgias com paciente

correto, procedimento correto e local de intervenção correto; Meta 5: Reduzir o risco de

infecções associadas aos cuidados de saúde; Meta 6: Reduzir o risco de lesões

recorrentes de quedas. Objetivo: relatar as mudanças no processo de trabalho em uma

unidade de hemodiálise por ocasião do interesse de um hospital universitário em

conquistar o selo da acreditação internacional por prestar uma assistência de qualidade,

cumprindo a Missão Institucional (Assistência; Ensino e Pesquisa). Metodologia: trata-se

de um estudo que visa relatar a experiência da enfermagem no processo da Acreditação

Internacional na unidade de hemodiálise de um Hospital Universitário do sul do Brasil. O

processo de implementação das normas para Acreditação foi realizado através de uma

comissão local composta por técnicos de enfermagem e enfermeiros, e contou com uma

comissão institucional de apoio para trabalhar as necessidades de adequação da área.

Resultados: os processos de mudança envolvendo a unidade de hemodiálise foram:

identificação do paciente; medicamentos: *validação do medicamento eritropoietina,

armazenamento correto dos medicamentos; identificação dos medicamentos de alta

vigilância; transformação do manual de rotinas em procedimentos operacionais padrão;

descarte adequado de resíduos; armazenamento correto de materiais, capacitações para

higienização correta de mãos; entre outros. Considerações finais: as mudanças

decorrentes do processo de Acreditação Hospitalar contribuíram para um processo de

trabalho mais seguro para a equipe de saúde e pacientes, focado nos melhores padrões

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

25

de qualidade na assistência ao paciente renal. Foi fundamental no processo de adoção

das metas internacionais um envolvimento de toda equipe de saúde. O apoio de áreas

como a assistência farmacêutica, engenharia e administração facilitaram a

implementação de algumas metas, ou seja, mostrou-se essencial o comprometimento

interdisciplinar. O desafio é manter o padrão de qualidade solicitado e sensibilizar os

novos colaboradores que venham a compor a equipe.

Descritores: Hemodiálise. Segurança. Acreditação.

Referências

1 National Association of Theatre Nurses. Swab, instrument and needles count. In: NATN

standards and recommendations for safe perioperative practice. Harrogate, UK; 2005. p.

233-7.

2 Operating Room Nurses Association of Canada. Surgical counts. In: Recommended

standards, guidelines, and position statements for perioperative nursing practice.

Mississauga: CanadianStandards Association; 2007.

3 Ministério da Saúde (Brasil). Manual brasileiro de acreditação hospitalar. 3ª Ed.

Brasília, DF; 2002.

4 Oliveira DV e cols. Acreditação hospitalar como forma de atender com qualidade as

necessidades dos clientes nas organizações de saúde. XXIII Encontro Nac. de Eng. de

Produção. Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003.

5 Cassiani SHB, editor. Hospitais e medicamentos: impacto na segurança do paciente.

São Paulo (SP): Yendis; 2010.

_____________________

a Cinthia Dalasta Caetano Fujii – Enfermeira da unidade de hemodiálise do Hospital de

Clínicas de Porto Alegre – HCPA. E-mail: [email protected]

b Sonia Liandra Marques Finger – Técnica de enfermagem da unidade de hemodiálise do

Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA. E-mail: [email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

26

c Stela Teisen Monaco - Técnica de enfermagem da unidade de hemodiálise do Hospital

de Clínicas de Porto Alegre – HCPA. E-mail: [email protected]

d Marilei Salete Tonial – Enfermeira da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas

de Porto Alegre – HCPA. E-mail: [email protected]

e Adriana Magalhães da Fé – Acadêmica de enfermagem na Universidade Federal do Rio

Grande do Sul – UFRGS. E-mail: [email protected]

f Maria Conceição da Costa Proença – Enfermeira chefe da unidade de hemodiálise do

Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA. E-mail: mproenç[email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

27

APLICAÇÃO DE ESCALA DE AVALIAÇÃO DE RISCO DE ÚLCERA POR PRESSÃO: RELATO

DE EXPERIÊNCIA

Mariana Fröhlicha, Cristiane Segattoa, Nicolli Cargnelutti Follakb, Eliane Raquel Rieth

Benettic, Joseila Sonego Gomesd, Eniva Miladi Fernandes Stumme

Introdução: as úlceras por pressão constituem um dos principais eventos adversos

encontrados em instituições de saúde. Para os pacientes, trazem dor e sofrimento e,

associadas a outras causas e infecções, podem levar à morte. Para as instituições de

saúde, implicam aumento de custos e tempo de internação. Por suas consequências, a

prevenção das úlceras por pressão é uma das Metas Nacionais de Segurança do Paciente.

Objetivo: descrever a utilização de uma escala de avaliação do risco de desenvolver

úlcera por pressão a partir de um projeto piloto e os cuidados de enfermagem

instituídos. Metodologia: relato da experiência de enfermeiros na aplicação de uma

escala de avaliação do risco de desenvolvimento de úlcera por pressão em pacientes

internados. Resultados: a escala de avaliação de risco de úlcera por pressão utilizada foi

a Escala de Braden, que avalia seis fatores: percepção sensorial, umidade, atividade,

mobilidade, nutrição e fricção e cisalhamento, com classificação em sem risco, risco

baixo, moderado e elevado. Em todos os pacientes admitidos na unidade é realizada

inspeção da pele e aplicação da escala de Braden nas primeiras 24 horas. Se o paciente

apresentar risco de desenvolver úlcera por pressão é realizada a prescrição de

enfermagem conforme o protocolo de prevenção, coloca-se no leito um relógio de

mudança de decúbito e identifica-se o paciente, no mural da unidade, com um bottom

vermelho. A reavaliação é feita nas segundas, quartas e sextas-feiras. Se nas reavaliações

o paciente apresentar úlcera por pressão, o evento é notificado ao Grupo de Prevenção e

Tratamento de Lesões de Pele e inicia-se o tratamento, com reavaliações constantes.

Paciente sem risco para úlcera por pressão é reavaliado novamente nas próximas 72

horas. Conclusão: com a implantação deste projeto piloto, observou-se a importância de

avaliar diariamente os pacientes, pois uma úlcera por pressão pode se desenvolver em

poucas horas. Destaca-se a atuação do enfermeiro neste processo, pois ele é responsável

pela avaliação, definição das ações de prevenção e tratamento da úlcera por pressão.

Contribuições para a Enfermagem: ações preventivas relacionadas às úlceras por

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

28

pressão diminuem custos do tratamento, tempo de permanência hospitalar, qualificam a

assistência de enfermagem e favorecem a segurança do paciente.

Descritores: Úlcera por Pressão. Enfermagem. Medição de Risco.

Referências

1 Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP/Polo RS).

Estratégias para a segurança do paciente. Manual para profissionais da saúde. Porto

Alegre, RS: Edipucrs; 2013.

2 Santos CT, Oliveira MC, Pereira AGS, Suzuki LM, Lucena AF. Indicador de qualidade

assistencial úlcera por pressão: análise de prontuário e de notificação de incidente. Rev

Gaúcha Enferm. 2013;34(1):111-8.

3 Araújo TM, Araújo MFM, Caetano JA. O uso da escala de Braden e fotografias na

avaliação do risco para úlceras por pressão. Rev Esc Enferm USP. 2012;46(4):858-64.

____________________________

a Enfermeira da Associação Hospital de Caridade de Ijuí. Email:

[email protected], [email protected]

b Acadêmica de Enfermagem, Bolsista de IC PIBIC/Unijuí, Unijuí. Email:

[email protected]. Relatora.

c Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Hospital Universitário de Santa Maria e Unijuí.

Email: [email protected]

d Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Universidade Regional do Noroeste do Estado do

Rio Grande do Sul.

e Enfermeira, Doutora em Ciências, Unijuí. Email: [email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

29

APLICAÇÃO DE UM CHECKLIST EM UNIDADE DE HEMODIÁLISE: UMA ESTRATÉGIA

PARA O PROCEDIMENTO SEGURO

Cinthia Dalasta Caetano Fujiia, Sonia Liandra Marques Fingerb, Stela Maris Theisen

Monacoc, Marilei Salete Toniald, Adriana Magalhães da Fée,

Maria Conceição da Costa Proençaf

Introdução: algumas iniciativas institucionais estão sendo realizadas em várias unidades

do Hospital de clinicas de Porto Alegre, no sentindo de garantir a segurança do paciente,

implementando a meta 4 da acreditação internacional, sendo que a mesma busca

assegurar um procedimento seguro, ou seja, no paciente correto e local da intervenção

correto. Objetivo: o presente trabalho visa relatar a experiência dos profissionais de

enfermagem na utilização de um checklist realizado na unidade de hemodiálise para

pacientes que são submetidos. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo realizado

em uma unidade de hemodiálise de um Hospital Universitário que realiza biópsia renal

em pacientes transplantados. Os itens a serem questionamentos e checados pela equipe

de enfermagem antes do procedimento incluem a identificação do paciente,

procedimento, local do procedimento, assinatura do termo de consentimento, exames

complementares, questionamento sobre alergias, avaliação, feita pela equipe médica, de

risco para sangramento, verificação dos materiais da sala, necessidade de coleta de

exames, ecografia, identificação do material biológico com dados do paciente e número

de solicitação e encaminhamento correto. Resultados: observamos que a utilização deste

checklist proporciona a equipe e ao paciente maior segurança na realização dos

procedimentos, maior conhecimento sobre o paciente e garante que o material biológico

que é retirado seja encaminhado para o local correto em condições de ser processado

para diagnóstico. A implantação desta ferramenta também assegura que o paciente seja

informado sobre o procedimento e possíveis complicações através do termo de

consentimento livre e esclarecido. Considerações finais: a utilização deste checklist

confere ao paciente e a equipe maior segurança na realização dos procedimentos

indicados, identificando e corrigindo possíveis eventos adversos antes da realização do

mesmo. Após um período de utilização do formulário verificamos a necessidade de

incluir a verificação dos sinais vitais, prescrição de cuidados pós-procedimento e

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

30

registro da evolução de enfermagem. Na unidade hemodiálise intra-hospitalares citada

no trabalho verificou-se que esse instrumento é fundamental dada a rotatividade de

pacientes e de equipe médica que presta o atendimento, ou seja, o fluxo de

procedimentos é grande e esta medida adotada na instituição vai ao encontro da

segurança dos pacientes.

Descritores: Acreditação Hospitalar. Procedimento Seguro. Assistência Segura.

Referências

1 Vicent C. Segurança do paciente: orientações para evitar eventos adversos. São

Caetano do Sul, SP: Editora YENDIS; 2010.

2 Greenberg CC, et al. Bar-coding surgical sponges to improve safety: a randomized

controlled trial. Annals of Surgery. 2008;247:612-6.

3 American College of Surgeons. Statement on the prevention of retained foreign bodies

after surgery. Chicago: American College of Surgeons; 2005 [acessado 2008 Fev 5].

Disponível em: http://www.facs.org/fellows_info/statements/st-51.html

4 Association of Peri-Operative Registered Nurses. Recommended practices for sponge,

sharp, and instrument counts. In: Standards, recommended practices and guidelines.

Denver, Colorado: AORN; 2007. p. 493-502.

5 Australian College of Operating Room Nurses and Association of Peri-Operative

Registered Nurses. Counting of accountable items used during surgery. In: Standards for

perioperative nurses. O’Halloran Hill, Australia: ACORN; 2006. p. 1-12.

_________________________

a Enfermeira da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA),

RS. E-mail: [email protected]. b Técnica de enfermagem da unidade de

hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. E-mail:

[email protected]. c Técnica de enfermagem da unidade de hemodiálise do Hospital

de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. E-mail: [email protected]. d Enfermeira da

unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. E-mail:

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

31

[email protected]. e Acadêmica de enfermagem na Universidade Federal do Rio

Grande do Sul (UFRGS), RS. E-mail: [email protected]. f Enfermeira chefe da unidade de

hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. E-mail:

mproenç[email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

32

ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL A PACIENTES PEDIÁTRICOS PORTADORES DE

FIBROSE CÍSTICA

Fernanda Stedilea,b, Ananda Alvareza, Gabriela Beckera, Jacqueline Martinbianchoc,

Giovanna Negrettoc

Introdução: a atenção multiprofissional aos pacientes pediátricos com fibrose cística é

hoje de grande valia no processo de educação em saúde, principalmente no autocuidado

e orientação da família. É necessário que estes pacientes sejam acompanhados pela

equipe multiprofissional durante a internação e esta discuta os casos, buscando um

atendimento integral ao paciente e a família. Objetivo: descrever a atuação do

farmacêutico no processo de educação em saúde às crianças em uso de medicamentos

para tratamento de fibrose cística em um hospital universitário de Porto Alegre.

Metodologia: relato de experiência de farmacêuticos que atuam em unidades de

internação pediátricas de um hospital universitário do sul do Brasil no ano de 2014.

Resultados: os principais cuidados farmacêuticos relacionam-se com a orientação para o

uso de medicamentos que são utilizados para o tratamento das manifestações clínicas

mais comuns. Pacientes com fibrose cística necessitam de tratamento com vários

medicamentos, entre eles estão a terapia com enzimas, nebulizações com

broncodilatadores e fluidificantes e antibióticos para controle de infecções. As

orientações são realizadas durante toda a internação do paciente, juntamente com a

equipe médica e multiprofissional composta de assistentes sociais, educadores físicos,

enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. A atuação do

farmacêutico na equipe é imprescindível, visto que os pacientes com fibrose cística

necessitam ter uma boa adesão ao tratamento para manter o quadro clínico estável. Na

alta hospitalar, além das informações repassadas à família sobre o armazenamento dos

medicamentos utilizados, o farmacêutico elabora, juntamente com o paciente e a família,

uma tabela com os horários, doses e cuidados mais adequados para a administração dos

medicamentos e fisioterapias, com o intuito de auxiliar a organização no domicílio e

facilitar a adesão ao tratamento. Conclusão: a atuação do profissional farmacêutico na

atenção ao paciente pediátrico com fibrose cística é fundamental para uma melhor

adesão ao tratamento, através do fornecimento de informações sobre os medicamentos

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

33

utilizados. A adesão à terapia medicamentosa contribui para a melhora da qualidade de

vida e aumento de sobrevida dos pacientes. Também é essencial que a família esteja bem

informada e amparada pela equipe multiprofissional que acompanha o paciente

fibrocístico para que a farmacoterapêutica seja efetiva. Contribuição para a enfermagem:

através do trabalho conjunto da equipe multiprofissional pode-se fornecer uma atenção

integral no atendimento ao paciente fibrocístico, garantindo um tratamento mais seguro

e efetivo. A análise dos medicamentos previamente usados em domicílio (reconciliação

medicamentosa) e a validação dos medicamentos que serão utilizados durante a

internação, auxiliam a equipe médica e de enfermagem no manejo dos medicamentos e

garantem uma maior segurança na administração dos mesmos.

Descritores: Fibrose Cística. Atenção Farmacêutica. Pediatria.

Referência

Martins LA, Santos L. Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes com fibrose

cística na internação pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Infarma.

2006;18(7-8):13-18.

__________________

a Residentes do Programa de Residência Integrada Multiprofissional do Hospital de

Clínicas de Porto Alegre, RS.

b Relatora. E-mail: [email protected]

c Preceptores do Programa de Residência Integrada Multiprofissional do Hospital de

Clínicas de Porto Alegre, RS.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

34

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM

CATETER PLEURAL

Ana Paula Almeida Corrêaa, Carla Walburga da Silva Bragaa,b, Luciana Foppaa, Luzia

Teresinha Vianna dos Santosa, Mari Angela Victória Lourencia,

Patrícia Cristina Cardosoa

Introdução: a Segurança é o primeiro domínio da qualidade na assistência à saúde.

Compreender que as atividades de um hospital oferecem alto risco para os pacientes,

cria no enfermeiro a consciência de incorporar a cultura de Segurança do paciente no

cuidado. Este trabalho destaca a atuação do enfermeiro em unidade clínica de um

hospital universitário do Sul do Brasil, que utiliza cateter pleural (dispositivo flexível,

tubular, totalmente implantável com reservatório subcutâneo, inserido no paciente,

percutaneamente, através de técnica asséptica, pelo cirurgião torácico). Este cateter é

alternativa terapêutica para o derrame pleural maligno. A despeito disso, em indivíduos

com derrame pleural de repetição é utilizado tal dispositivo. Desta forma, cada vez que o

paciente manifeste sinais e/ou sintomas de derrame pleural, o cateter pleural é aberto e

o conteúdo drenado. Objetivo: destacar a atuação do enfermeiro nos cuidados de

enfermagem do paciente com cateter pleural, contribuindo para a qualidade da

assistência e segurança do paciente. Método: trata-se de um relato qualitativo descritivo,

observado na prática assistencial de pacientes internados em unidade clínica de um

hospital universitário do Sul do Brasil que utilizavam cateter pleural. Resultados: o

enfermeiro atua no planejamento de ações e na realização da prescrição de cuidados de

enfermagem ao paciente com cateter pleural, na verificação dos sinais e sintomas

buscando a detecção de alterações sensoriais, respiratórias, instabilidade hemodinâmica

e posterior encaminhamento/ação, se houverem; na supervisão do curativo, observação

de sinais flogísticos no local de inserção do cateter pleural; na manipulação do cateter

pleural, cuidados com os fluídos drenados; administração de solução com anticoagulante

(heparina diluída), quando o cateter permanecer “fechado”. Considerações finais: a

partir da atuação do enfermeiro na supervisão dos cuidados implantados, destacam-se a

monitorização dos sinais e sintomas com vistas à identificação precoce de alterações e

possibilidade de ações corretivas, atenção à integridade da pele, prevenção de infecção e

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

35

a manutenção da permeabilidade do cateter, contribuindo através destas ações para a

segurança do paciente. Implicações para a enfermagem: acreditamos que o

conhecimento teórico, as habilidades e atitudes do enfermeiro em sua prática, aliados às

instituições que dispõem de uma política de Segurança do paciente, contribuem para o

crescimento e fortalecimento da enfermagem.

Descritores: Cateter. Segurança do Paciente. Cuidados de Enfermagem.

Referências

Khaleeq G, Musani Al. Emerging paradigms in the management of malignant pleural

effusions. Respirator Medicine. 2008;(102):939-948.

Porcel JM. Pearls and myths in pleural fluid analysis. Respirology. 2011 Jan;16(1):44-52.

Tremblay A, Michaud G. Single-center experience with 250 tunneled pleural cateter

insertions for malignant pleural effusion. Chest. 2006 Feb;129(2):362-368.

Urbanetto JS, Gerhardt LM, organizadoras. Estratégias para a segurança do paciente:

manual para profissionais da saúde. Porto Alegre, RS: EDIPUCRS; 2013. 132 p.

Disponível em: http://www.rebraensp.com.br/noticias-8/30-livro-polo-rs

________________________

a Enfermeiros do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS.

b Relatora. [email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

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AVALIAÇÃO PARA RISCO DE QUEDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Simone Lysakowskia,b, Rita Catalina Aquino Caregnatoc,

Aline Winter Sudbrackd

Introdução: as quedas tornaram-se um problema de saúde pública, sendo a segunda

principal causa de mortes por lesões acidentais ou não intencionais em todo o mundo.

Na queda, existem variáveis que podem afetar o tipo e a gravidade da lesão, como: a

idade, o diagnóstico médico, uso de medicações, capacidade visual, alterações

neurológicas, história de quedas anteriores, vertigem e outros.1-2 As quedas podem

ocasionar uma situação traumática e multifatorial, sendo inesperadas e involuntárias,

causando injúrias que limitam o individuo em suas atividades e independência,

comprometendo o seu bem estar físico e mental.2-3 Objetivo: relatar a avaliação de

risco para queda dos pacientes internados em um hospital de grande porte. Método:

relato de experiência sobre funcionamento de um formulário de avaliação do risco de

queda do paciente em um hospital de grande porte, localizado na cidade de Porto

Alegre. Resultado: o enfermeiro é o responsável pela avaliação do risco de queda do

paciente, com o preenchimento diário e assinatura de um formulário. Ao término do

preenchimento deste instrumento, caso exista risco de queda, insere-se uma figura

adesiva na folha de identificação do paciente e na sua pasta (sinalizando o risco para

queda). Mesmo existindo este fluxograma, se ocorrer uma queda, preenche-se o

formulário de intercorrências, no qual se relata o fato e as medidas tomadas, além da

evolução no prontuário do paciente. Este documento de intercorrências é entregue aos

responsáveis, que analisam a ocorrência, sugerindo e que analisam a ocorrência,

sugerindo e recomendando mudança nos processos, a serem executadas no sentido de

aprimorar o atendimento ao paciente, evitando a queda. Conclusão: a partir do

momento em que se avalia o risco de queda do paciente, incorporam-se medidas

preventivas adequadas que são adotadas pelos membros da equipe de saúde,

diminuindo o número de quedas. Desta forma, busca-se implantar a cultura de

segurança, para estimular o envolvimento dos profissionais com estes pacientes.

Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Acidentes por Quedas.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

37

Referências

1. Organização Mundial de Saúde. The conceptual framework for the international

classification for patient safety v1.1. Final technical report and technical annexes.

[Internet] 2009 [acessado 2014 Mar 22]. Disponível em:

http://www.who.int/patientsafety/taxonomy/en/

2. Marin HF, Bourie P, Safran NC. Desenvolvimento de um sistema de alerta para

prevenção de quedas em pacientes hospitalizados. Rev.latino-am. Enfermagem. 2000

Jul;8(3):27-32.

3. Stahlhoefer T. Quedas de pacientes no ambiente hospitalar. 2014. 91 f. Dissertação

(Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba – 2014.

___________________________

a Enfermeira da Organização de Procura de Órgãos – OPO2 do Hospital São Lucas da

PUCRS; Mestranda do programa de pós-graduação em Ensino na Saúde da UFCSPA

([email protected]). b Relatora. c Enfermeira. Doutora em Educação. Professora Adjunta

da UFCSPA e Universidade Luterana do Brasil (ULBRA/Canoas). Coordenadora do

Programa REMIS da UFCSPA. d Professora Adjunta da UFCSPA. Doutora em Sociologia/

UFRGS.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

38

CHECK LIST ELETRÔNICO: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL PRIVADO DE PORTO

ALEGRE/RS

Débora do Espírito Santo1,2, Renata Pereira Silva1

Introdução: a segurança do paciente tornou-se um movimento mundial. A magnitude

dos erros associados aos procedimentos cirúrgicos levou a Organização Mundial de

Saúde, a lançar a campanha Cirurgias Seguras Salvam Vidas, em 2008. A cirurgia segura

constitui um conjunto de itens básicos com o objetivo de tornar as intervenções

cirúrgicas mais seguras para o paciente. Trata-se de uma lista de verificação checklist

que deve ser seguido pela equipe cirúrgica (cirurgião, anestesista e equipe de

enfermagem), e deve ser aplicada em três momentos: antes da entrada do paciente, Sign

in, que visa assegurar que todos os documentos e informações relevantes ou

equipamentos estejam disponíveis antes do início do procedimento; antes da incisão,

Time Out, tem por objetivo avaliar e assegurar que o paciente, o local cirúrgico, o

procedimento e o posicionamento estão corretos e antes da saída, Check Out, garantir

que todos os documentos estejam devidamente preenchidos antes da saída do paciente

de sala e promover a monitorização de oximetria de pulso para o setor de transferência.

O processo de verificação deve ser interdisciplinar, contando com a participação de

todos os membros da equipe, sendo exigida a comunicação ativa entre todos. Método: o

presente estudo é um relato de experiência. Foi realizado no Centro Cirúrgico

ambulatorial de um Hospital Privado de Porto Alegre, Brasil, que possui cinco salas de

cirurgia com produtividade mensal de 440 cirurgias. Resultados: este checklist

eletrônico vem sendo aplicado integralmente, desde a abertura do Centro Cirúrgico

ambulatorial em 2013, em todas as cirurgias realizadas de julho de 2013 até julho de

2014, 3.937 cirurgias. A execução do checklist eletrônico não exigiu a inclusão adicional

de membros na equipe de enfermagem do Centro Cirúrgico ambulatorial, o qual conta

com duas enfermeiras e 15 técnicos de enfermagem. Na escala diária são designados

dois técnicos de enfermagem por sala cirúrgica, na qual ficam responsáveis por

garantirem que as etapas do processo sejam executadas. É indispensável a participação

da equipe médica neste processo. Para atingirmos nosso objetivo e implantarmos a

novidade, realizamos treinamentos para toda equipe de enfermagem sobre cirurgia

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

39

segura baseado nos protocolos da Organização Mundial da Saúde. A maioria dos

profissionais apresentou um excelente desempenho, não relatando dificuldade na

compreensão dos conceitos apresentados. Após a implantação do checklist eletrônico

notamos uma maior integração e comprometimento por parte da equipe assistencial e

médica. Foi instalado um monitor de 42” em cada sala cirúrgica, no qual fica exposto,

durante todo o transoperatório, em que fase o checklist do paciente se encontra,

tranquilizando a equipe quanto à segurança do procedimento. O formulário eletrônico

foi elaborado a partir do instrumento, já existente na instituição, porém impresso.

Conclusão: o checklist eletrônico é realizado em tempo real, facilitando sua visualização

e acompanhamento durante o procedimento cirúrgico, garantindo assim o seu sucesso e

efetividade do processo. Com planejamento e comprometimento, torna-se possível

cumprir esses itens e garantir a segurança na assistência cirúrgica.

Descritores: Segurança. Lista de Checagem.

_______________________

1 Enfermeiras, Hospital Moinhos de Vento, Porto Alegre, RS. 2 Relatora. E-mail:

[email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

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DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA IMPLEMENTAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCO:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Emanuelli Mancio Ferreira da Luza, Cloris Ineu Munhozb, Danieli Soares Diasc, Etienne da

Silva Pereirad

Introdução: sabe-se que o cuidado seguro resulta não somente de ações corretas dos

trabalhadores de saúde, como também de processos adequados nas instituições e de

políticas governamentais que regulamentem essas práticas¹. Entre as estratégias que

objetivam a prevenção de danos e promoção da segurança do paciente, encontra-se a

identificação correta do paciente². Essa estratégia deve ser utilizada para garantir a

qualidade e segurança no cuidado em saúde, podendo ser realizada por diversos meios,

dependendo do contexto laboral, porém sempre minimizando a ocorrência de falhas

nesse processo. Somado à identificação do paciente, torna-se imprescindível o

gerenciamento de riscos a que os pacientes encontram-se expostos, como por exemplo,

alergias, quedas, flebites e úlceras por pressão. Metodologia: trata-se do relato de

experiência de um “projeto piloto” da implementação do protocolo de identificação do

paciente e gerenciamento de riscos, em uma unidade de Clínica Médica da Irmandade da

Santa Casa de Caridade de São Gabriel, Rio Grande do Sul, Brasil. Essa unidade dispõe de

18 leitos, distribuídos em quartos semi-privativos e privativos, que assistem pacientes

internados pelo Sistema Único de Saúde e por convênios hospitalares. A equipe de

enfermagem da unidade é composta por uma enfermeira responsável, 13 técnicos de

enfermagem e uma enfermeira supervisora noturna da Instituição, a cada 24 horas. Cada

paciente possui o médico assistente responsável, além de nutricionista e fisioterapeuta.

Resultados: o início da implementação da identificação correta do paciente ocorreu

através de uma reunião com a equipe de enfermagem da unidade, sobre a importância

da garantia da segurança do paciente. Após, foi elaborado painel, colocado na cabeceira

do leito, para cada paciente, com os dados: nome completo, leito, unidade de internação

e os riscos (alergias, quedas, flebites e úlceras por pressão) para serem assinalados pela

equipe de enfermagem. Foi acordado que esse painel seria preenchido na internação do

paciente e reavaliado diariamente. Após ser identificado algum risco a que o paciente

encontra-se exposto, a equipe comunicará a enfermeira responsável para que as

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

41

condutas sejam implementadas. Também foi elaborado um protocolo de assistência com

vistas à prevenção de flebites, no qual consta o controle diário das punções venosas

periféricas. Com a implementação do protocolo de identificação do paciente e

gerenciamento de riscos na Instituição supracitada, a segurança do paciente tornou-se

um objetivo comum de todos os trabalhadores envolvidos no processo, exigindo o

estabelecimento de uma linguagem comum, com vistas à comunicação efetiva na

unidade. Conclusões: como desafios nessa primeira etapa, têm-se a conscientização dos

trabalhadores de enfermagem sobre a importância de mudanças nas práticas

assistenciais e o estímulo ao senso crítico de cada trabalhador. Entretanto, tivemos o

apoio irrestrito da Coordenação de Enfermagem, enfermeiros, Provedoria e

Administração hospitalar da referida Instituição, para que sejam garantidas todas as

medidas de segurança do paciente, com vistas à melhoria na assistência em saúde. Como

perspectivas a partir do início da implementação de uma das estratégias de segurança

do paciente, será possível a continuação e fortalecimento de ações que visem o cuidado

seguro.

Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Unidades Hospitalares.

Referências

1 Runciman W, Hibbert P, Thomson R, Schaaf TVD, Sherman H, Lewalle P. Towards an

international classification for patient safety: key concepts and terms. Int J Qual Health

Care. 2009 Feb;21(1):18-26. Disponível em: http://www.health.fgov.

be/internet2Prd/groups/public/@public/@dg1/@acutecare/documents/ie2divers/16

534534.pdf

2 Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS.

Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto

Alegre: EDIPUCRS; 2013.

_______________________________

a Enfermeira da Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, RS. Mestranda em

Enfermagem. Membro do Grupo de Pesquisa Trabalho, Saúde, Educação e Enfermagem

do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-

mail: [email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

42

b Enfermeira da Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, RS. E-mail:

[email protected]. Relatora.

c Enfermeira. Coordenadora de Enfermagem da Irmandade da Santa Casa de Caridade de

São Gabriel, RS. E-mail: [email protected]

d Enfermeira da Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, RS. Especialista

em Terapia Intensiva: Ênfase em Oncologia e Controle de Infecção Hospitalar pelo

Centro Universitário Franciscano. E-mail: [email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

43

EDUCAÇÃO DE PACIENTES E FAMILIARES: O DESAFIO DE SISTEMATIZAR E

QUALIFICAR OS REGISTROS DE ENFERMAGEM

Elisabeth Lopesa, Giovana Floresb, Maria do Carmo Laurentc

Introdução: a Educação de Pacientes e Familiares constitui uma das políticas do

Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil, para a qualificação do cuidado em saúde. A

política define diretrizes e orienta a equipe multiprofissional, paciente e familiar para a

construção compartilhada do plano terapêutico. Os profissionais educam pacientes e

seus familiares na medida em que prestam cuidados específicos, quando os preparam

para a alta e ou continuidade deste cuidado1. O processo educativo se desenvolve a

partir da avaliação inicial das necessidades do paciente, da implementação, do

acompanhamento e do registro das ações. Há indicação de que os profissionais

descrevam os materiais utilizados: manuais, folders, eletrônicos e visuais, entre outros

recursos. Tornar visível os registros de enfermagem do processo educativo tem sido

uma das metas institucionais. As discussões sobre essa temática têm resultado em

proposições de melhorias não só no sistema informatizado, como no âmbito da

assistência integrada. Objetivo: descrever as melhorias realizadas na anamnese e

evolução da enfermagem, incluindo itens para facilitar os registros e visualização das

ações de educação para pacientes e familiares pela equipe multiprofissional,

promovendo o cuidado integral. Metodologia: com base na Política de Educação de

Pacientes e Familiares e no manual da Joint Commission International, o grupo de

trabalho multiprofissional, com representantes da enfermagem, do Serviço de Educação

em Enfermagem e da Comissão do Processo de Enfermagem, realizou a análise de

elementos essenciais do registro e planejamento individualizado de educação ao

paciente como: crenças e valores, grau de alfabetização, nível educacional e linguagem,

barreiras emocionais e motivações, limitações físicas e cognitivas e a vontade do

paciente em receber informações. Constatou que muitos destes elementos já faziam

parte da anamnese de enfermagem e alguns deveriam ser incluídos. Assim, realizou

adequações no sistema informatizado, criando espaço específico de conduta de

educação, bem como para registro da compreensão do paciente sobre a educação

recebida. Também realizou capacitações para a enfermagem com o intuito de

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

44

atualização e qualificação dos registros educativos. Posteriormente, realizou auditorias

de prontuários para a avaliação dos resultados. Resultados: a partir das ações

desenvolvidas junto aos profissionais, constataram-se melhorias nos registros com

relação ao planejamento educativo, bem como evidenciou-se a inclusão do paciente e

família nesse processo. Além disso, tornou-se visível a descrição de materiais educativos

e demais recursos utilizados pelas equipes. Conclusão: a revisão dos registros de

educação junto às equipes de enfermagem tem possibilitado a abertura para outras

discussões que fazem parte do cuidado, aí incluída a necessidade de um processo

integrado multiprofissional.

Descritores: Educação em Saúde. Educação em Enfermagem. Qualidade da Assistência à

Saúde.

Referência

1 Manual de Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais

[editado por] Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde. Rio

de Janeiro: CBA; 2010. Seção I: Padrões com foco no Paciente – Educação de Pacientes e

Familiares. p. 133-138.

__________________________

a Pedagoga do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de

Porto Alegre, RS. Dra. em Educação. E-mail: [email protected]. Relatora.

b Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de

Porto Alegre, RS. Mestre em Educação em Enfermagem. E-mail: [email protected]

c Enfermeira Assessora de Operações Assistenciais, Hospital de Clínicas de Porto Alegre,

RS.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

45

EDUCAÇÃO PREVENTIVA DE RISCO DE QUEDAS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: UM

DIAGNÓSTICO MULTIFATORIAL

Giovana Ely Floresa, Daiane Marques Durantb, Michele Nogueira do Amaralc,

Valmir Machado Almeidad

Introdução: a prevenção de quedas do paciente internado é pauta de discussões no

âmbito da atenção em saúde. A Organização Mundial da Saúde e Organização Pan-

Americana de Saúde, em um movimento coordenado, indicaram seis Metas

Internacionais de Segurança, dentre elas, a prevenção de risco de quedas no ambiente

hospitalar. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil, atento às questões de

segurança, formou, em meados de 2010, um grupo multiprofissional para desenvolver e

implementar ações com o objetivo de prevenção e diminuição da ocorrência de quedas

dos pacientes internados. Objetivos: descrever a trajetória do grupo profissional de

quedas das unidades pediátricas, apresentar as atividades de formação, criação de

instrumento de avaliação, registros e proposição de capacitação profissional, para

avaliar o risco de quedas em crianças internadas e evitar ocorrências. Metodologia:

inicialmente o grupo realizou a análise de diversas formas de classificação de risco de

quedas para crianças internadas e os riscos naturais do desenvolvimento infantil,

buscando subsídios na literatura, bem como em outras instituições de saúde. Realizou

levantamento junto às unidades pediátricas para entender o processo de atenção ao

paciente em relação à prevenção de quedas, transporte seguro e realização de testagem

do instrumento de avaliação em algumas unidades piloto; para adequações pertinentes e

posteriormente implantação institucional. Resultados: a partir do diagnóstico

multifatorial, investigação e testagem, concluiu-se que todos os pacientes menores de

três anos apresentaram risco de quedas, sendo necessário implementar medidas

preventivas para toda a instituição. Para os demais pacientes, foi definida a utilização de

instrumento de avaliação, ou seja, ficha de critérios para avaliação do risco de quedas

em pediatria, contemplando as fases do desenvolvimento infantil e os riscos que

individualmente cada criança poderá pontuar. Foi construído um Procedimento

Operacional Padrão com base na Política e Plano Institucional para orientação à equipe

de saúde e folder educativo para familiares dos pacientes. Foram desenvolvidas ações

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

46

educativas para as equipes objetivando sistematizar a avaliação, sinalização,

acompanhamento e prevenção de ocorrência de eventos de quedas. Conclusão: a partir

da experiência pode-se ressaltar a importância de discutir, avaliar e testar instrumentos

que contemplem as necessidades e realidades das equipes de cuidado em relação à

segurança dos pacientes. Evitar a ocorrência de quedas em pediatria e minimizar as

repercussões a partir de estabelecimento de processos sistematizados permite qualificar

o cuidado em saúde. Neste contexto, é imprescindível capacitar a equipe, educar a

família e o paciente e envolvê-lo no processo, no sentido de alertá-lo para os fatores de

risco para quedas relacionados ao ambiente e à sua condição clínica.

Descritores: Segurança. Qualidade da Assistência à Saúde. Cuidado da Criança.

______________________________

a Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem do Hospital de Clínicas de Porto

Alegre, RS. E-mail: [email protected]. Relatora.

b Enfermeira do Serviço de Enfermagem Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto

Alegre, RS. E-mail: [email protected]

c Enfermeira do Serviço de Enfermagem Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto

Alegre, RS. E-mail:[email protected]

d Enfermeiro do Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. E-

mail: [email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

47

ESCALA DE BRADEN: POSSIBILIDADE DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SEGURANÇA

DO PACIENTE

Gerli Elenise Gehrke Herra, Eliane Raquel Rieth Benettib

Introdução: nas instituições de saúde, em especial, no ambiente hospitalar, os pacientes

encontram-se expostos a vários riscos, entre eles o desenvolvimento de úlceras por

pressão. Estudos estimam que um a cada sete pacientes hospitalizados apresenta uma

úlcera por pressão, e que muitos deles evoluem para o óbito em consequência de suas

complicações1,2. Uma estratégia eficiente para prevenir as úlceras por pressão consiste

na utilização de ferramentas de avaliação que sejam validadas. Dentre esses

instrumentos destaca-se a Escala de Braden3, a qual aborda vários itens que estão

diretamente ligados ao desenvolvimento das úlceras por pressão. Objetivo: relatar a

experiência de enfermeiras na utilização da Escala de Braden. Metodologia: relato de

experiência das vivências de enfermeiras na utilização da Escala de Braden em um

hospital privado da região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Resultados:

no referido hospital, a utilização da Escala de Braden constitui-se uma atividade

privativa do enfermeiro. A escala é aplicada para todos os pacientes adultos, em

tratamento clínico e/ou cirúrgico, mediante a internação. A avaliação do risco de o

paciente desenvolver úlceras por pressão dependerá do escore da Escala de Braden. Ao

somar os escores obtidos nas seis subescalas obtém-se um Escore de Risco Total, que

considera pacientes “sem risco” (19 pontos ou mais), “baixo risco” (de 16 a 18 pontos),

“risco moderado” (de 13 a 15 pontos) e “alto risco” (12 pontos ou menos). A reavaliação

para os pacientes considerados “sem risco” e “baixo risco” ocorre a cada sete dias e, para

os pacientes com “risco moderado” e “alto risco”, a cada 72 horas, conforme protocolo

institucional. Considera-se que esta ferramenta de avaliação fornece subsídios para que

os profissionais atuem de maneira objetiva no planejamento de ações de caráter

preventivo, a fim de melhorar a qualidade da assistência, dinamizando o processo de

trabalho. Conclusão: a utilização da Escala de Braden é fundamental para a atuação do

enfermeiro, pois é um preditor importante na identificação das úlceras por pressão,

reforça a necessidade de examinar a pele do paciente e possibilita o planejamento de

ações preventivas. Contribuições: a utilização da Escala de Braden na prática clínica é

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

48

útil para predizer o desenvolvimento de úlceras por pressão ou sua recidiva, permitindo

conhecer o risco individual de cada paciente e implementar, precocemente, ações de

enfermagem preventivas e condizentes com esse risco. Assim, possibilita qualificar a

assistência de enfermagem prestada, contribuindo significativamente para a segurança

do paciente.

Descritores: Úlcera por Pressão. Medição de Risco. Cuidados de Enfermagem.

Referências

1. Lyder CH. Pressure ulcer prevention and management. JAMA. 2003;289:223-226.

2. Reddy M, Gill SS, Rochon PA. Preventing pressure ulcers: a systematic review. JAMA.

2006;296:974-984.

3. Braden B, Bergstron N. A conceptual schema for the study of the etiology of pressure

sore. Rehab Nurs. 1987;12(1):8-12.

_____________________

aEnfermeira, Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. Email: [email protected].

Relatora.

bEnfermeira, Hospital Universitário de Santa Maria, RS (HUSM/UFSM), Universidade

Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), Ijuí, RS. Email:

[email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

49

ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DO PACIENTE: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Lisiane dos Santos Sóriaa, Mitieli Disconzib

Introdução: a higienização das mãos é reconhecida, mundialmente, como uma medida

primária, prática e de baixo custo, mas muito importante no controle de infecções

relacionadas à assistência à saúde. Estudos sobre o tema mostram que a adesão dos

profissionais à prática da higienização das mãos, de forma constante e na rotina diária,

ainda é baixa, devendo ser estimulada e conscientizada entre os profissionais de saúde.

Essa medida visa à qualidade da assistência e à segurança do paciente. Desta forma, a

equipe de enfermagem da unidade de adição do Hospital de Clínicas de Porto Alegre,

Brasil, vem implementando esforços para a melhoria deste indicador. Objetivo: relatar a

experiência da unidade de adição através do índice de adesão à higienização das mãos

dos profissionais de enfermagem. Método: trata-se de um estudo quantitativo-

descritivo, realizado na unidade de adição, no período de maio de 2013 a maio de 2014,

por meio de observação direta dos cinco momentos, contidos no manual técnico da

Vigilância Sanitária e preconizado pela Organização Mundial de Saúde1. Também foram

realizadas atividades como grupos focais, fixação de cartazes, ações educativas para a

equipe e os pacientes a fim de motivá-los à prática correta. Mensalmente se fixa no

mural do posto de enfermagem o índice de higienização das mãos. Resultados: a

observação foi realizada trimestralmente abrangendo todos os profissionais da equipe

assistencial, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais. As

taxas encontradas variam conforme o profissional, no entanto, as melhores taxas dizem

respeito ao enfermeiro. Nos meses de maio de 2013 foram observadas que a taxa de

higienização das mãos foi de 100%, em julho de 2013, 88%, outubro de 2013, 100%,

dezembro de 2013, 100% e maio de 2014, 58%. Conclusão: a higienização das mãos é

uma medida importante para reduzir a incidência de infecção hospitalar, sua taxa variou

durante o período analisado, apresentando melhores resultados durante a preparação

para a avaliação da Joint Commission, evidenciando que capacitações sistemáticas

melhoram os indicadores e que os profissionais enfermeiros, neste estudo, ajudaram a

melhorar a taxa em geral. Contribuições/implicações para enfermagem: a implicação do

estudo deste tema para enfermagem para além da qualificação e melhoria dos

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

50

indicadores assistenciais é, sobretudo, impactar na qualidade da assistência ao paciente,

melhorando e/ou mantendo o nível de saúde dos mesmos.

Descritores: Lavagem de Mãos. Indicador. Dependência de Substâncias.

Referência

1 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Higienização das mãos em

serviços de saúde. Brasília: ANVISA; 2007[acessado 2007 Jun 10]. Disponível em:

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/index.htm

______________________________

a Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, RS. Email:

[email protected]

b Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, RS. Email:

[email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

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ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR ENFERMEIROS PARA A REDUÇÃO DE ERROS NA

ADMNISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA IINTENSIVA

NEONATAL E DE PEDIATRIA

Cristiane Rochaa, João Macielb, Giovana Gomesc, Daiani Xavierd

Introdução: para diminuir os erros torna-se necessário que sejam criadas estratégias, as

quais podem ser planejadas pela equipe de enfermagem e colocadas em prática de

acordo com a realidade de cada instituição(1). O serviço de enfermagem, ao considerar

suas particularidades e finalidades, poderá escolher as melhores técnicas e mecanismos

a serem aplicados, visando à promoção da segurança do paciente contribuindo para

comunicação entre a equipe, paciente e instituição. Assim, atuar frente à prevenção de

erros de medicação torna-se um trabalho abrangente, envolvendo todos que participam

da assistência, estabelecendo, assim, uma cultura de segurança do paciente nas

organizações hospitalares(2). Objetivo: conhecer as estratégias utilizados pelos

enfermeiros para a redução de erros na administração de medicamentos. Metodologia:

tratou-se de uma pesquisa exploratória, descritiva de cunho qualitativo. Foi realizada na

Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal e na Unidade de Pediatria de um Hospital

Universitário no Sul do Brasil. Participaram 13 enfermeiros. A coleta de dados foi

realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas. Os dados foram analisados pela

técnica de análise temática(3). Foram respeitados os princípios éticos da pesquisa

envolvendo seres humanos, conforme a Resolução 466/12, e aprovação pela Comissão

de Ética em Pesquisa na Área da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande sob o nº

45/2014. Resultados: os enfermeiros relataram como estratégias a retirada das

medicações, o conhecimento sobre as medicações mais utilizadas, a educação

permanente da equipe e cartazes com informações sobre as medicações afixados

próximos a bancada de preparo. Conclusão: o enfermeiro no contexto da administração

de medicamentos exerce um papel importante no que tange aos cuidados relacionados

ao preparo, administração e avaliação do paciente após a administração de

medicamentos, sendo responsável pela educação permanente de sua equipe e por todo o

processo medicamentoso segundo o seu código de ética, ficando, assim, responsável por

qualquer evento que ocorra durante esse processo. Contribuição/ implicações para a

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

52

enfermagem: acredita-se ter propiciado a reflexão e conscientização dos profissionais de

enfermagem acerca da segurança do paciente neonatal e pediátrico quanto à

administração de medicamentos, contribuindo para a realização de práticas mais

seguras e humanizadas no ambiente do cuidado.

Descritores: Criança. Erros de Medicação. Cuidados de Enfermagem.

Referências

1 Veloso IR, Telles Filho PCP, Durão AMS. Identificação e análise de erros no preparo de

medicamentos em uma unidade pediátrica hospitalar. Rev Gaúcha Enferm. 2011;

32(1):93-99.

2 Corbellini VL, Schilling MCL, Frantz SF, Godinho TG, Urbanetto JS. Eventos adversos

relacionados a medicamentos: percepção de técnicos e auxiliares de enfermagem. Rev

Bras Enferm. 2011;64(02):241-47,

3 Minayo, MCS, organizadora. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29ª Ed.

Petrópolis, RJ: Vozes; 2010.

4 Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de

dezembro de 2012: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo

seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.

________________________

aEnfermeira. Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS. Relatora.

Email: [email protected]

bEnfermeiro. Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS.

cDoutora em Enfermagem. Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS.

dEnfermeira. Doutoranda, Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

53

HIGIENE DAS MÃOS COMO INDICADOR DE QUALIDADE ASSISTENCIAL E SEGURANÇA

DO PACIENTE

Luciana Foppaa,b, Luzia T. Vianna dos Santosa, Patricia C. Cardosoa, Ana Paula A. Corrêaa,

Mari Angela V. Lourencia

Introdução: a contaminação das mãos dos profissionais de saúde pode ocorrer através

do contato direto ou indireto com o paciente, através do ambiente e/ou superfícies

próximas a ele1. A higiene das mãos é uma das metas internacionais de segurança do

paciente e seu objetivo é reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde.

Para isso, é necessário educar os profissionais quanto à técnica correta de higiene das

mãos1,2. Objetivo: relatar as medidas adotadas em um hospital para uma eficaz

higienização das mãos e melhoria desse indicador como meta de qualidade assistencial.

Método: relato de experiência de enfermeiras assistenciais de uma unidade de

internação clínica de um hospital de Porto Alegre, Brasil, no ano de 2013. Resultados: a

higienização das mãos é indicada em cinco momentos: antes do contato com o paciente,

antes da realização de procedimentos assépticos, após a exposição aos fluidos corporais,

após contato com o paciente e após contato com objetos próximos ao paciente3-4. Para

facilitar a adesão dos profissionais de saúde, o hospital criou frascos de álcool gel de 60

ml, que podem ser carregados no bolso; os quartos também apresentam dispensadores

com álcool gel e pias para lavagem das mãos. O Controle de Infecção Hospitalar faz

observação da higiene das mãos, e disponibiliza as taxas sobre a adesão da equipe

assistencial. No mês de junho de 2014, a taxa de todo hospital foi 57% para enfermeiros

e 51% para técnicos de enfermagem, abaixo da meta institucional de 75%. Para alcançar

a meta institucional, o hospital vem trabalhando junto às equipes de forma a

conscientiza-las sobre a importância da higienização das mãos, colocando cartazes em

locais estratégicos, oferecendo cursos de educação a distância, realizando capacitações

para as equipes e divulgando os resultados das observações do Controle de Infecção

Hospitalar para as unidades. Conclusões: atingir indicadores elevados de higienização

das mãos consiste em uma das importantes etapas para a busca da segurança do

paciente. Aumentar a adesão à higiene das mãos reduz as taxas de infecção e os custos

com a internação. Contudo, ainda, é necessário intensificar as estratégias educacionais

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

54

para aumentar a prática, com vistas a alcançar a meta institucional desse indicador

assistencial.

Descritores: Cuidados de Enfermagem. Higiene das Mãos. Segurança do Paciente.

Referências

1 Brasil. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.

Segurança do paciente: higienização das mãos. Brasília: ANVISA; 2014 [acessado 2014

Ago 28]. Disponível em:

www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/paciente_hig_maos.pdf

2 Nascimento CCP, et al. Indicadores de resultados da assistência: análise dos eventos

adversos durante a internação hospitalar. Rev. Latino-Am. Enfermagem.

2008;16(4):746-751.

3 Bathke J, Cunico PA, Maziero ECS, Cauduro FLF, Sarquis LMM, Cruz EDA. Infraestrutura

e adesão à higienização das mãos: desafios à segurança do paciente. Rev. Gaúcha

Enferm. [serial on the Internet]. 2013 Jun[cited 2014 Sep 01]; 34(2):78-85.

4 Organização Pan-Americana da Saúde. Ministério da Saúde (BR), Agência Nacional de

Vigilância Sanitária – ANVISA. Os 5 momentos para a higienização das mãos. Brasília:

ANVISA/OPAS; [data desconhecida] [acessado 2014 Ago 28]. Disponível em:

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/imagenscartazes.html

__________________________

a Enfermeiras da Unidade de Internação Clinica Adulto do Hospital de Clínicas de Porto

Alegre (HCPA), RS.

b Relatora. E-mail: [email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

55

HIGIENE DAS MÃOS COMO PREVENÇÃO DE INFECÇÃO: UMA DAS METAS

INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

Ana Paula A. Corrêaa, Luciana Foppaa, Luzia T. Vianna dos Santosa,b,

Mari Angela V. Lourencia, Patricia Cristina Cardosoa

Introdução: as infecções relacionadas à assistência a saúde incidem em

acontecimentos diversos que ocorrem nos serviços de saúde. Com as infecções, há

elevação dos custos no cuidado ao paciente, da média de internação, morbidade e

mortalidade.(1) Os serviços de saúde adquirem produtos e adotam medidas para

prevenção e controle de infecções.(2,4) A higiene das mãos é o procedimento primário

e fundamental que previne a infecção.(2) Objetivo: identificar uma das estratégias

para a prevenção de infecção, enquanto uma das metas internacionais de segurança

do paciente. Método: relato de experiência baseado na prática assistencial de

enfermeiras numa unidade de internação clínica de um hospital universitário em

Porto Alegre, Brasil. Discussão/Resultado: espera-se, em consonância com o

Controle Infecção Hospitalar de cada serviço de saúde, a agregação e a sensibilização

dos profissionais, a adoção e implementação de medidas e indicação de insumos

para a redução de infecção associada aos cuidados de saúde, dentre elas, a

higienização das mãos, nos cinco momentos: antes de contato com o paciente; antes

da realização de procedimento asséptico; após risco de exposição a fluídos

corporais; após contato com o paciente e após contato com áreas próximas ao

paciente.(1,2,3) Conclusão: a higiene das mãos, medida primária e fundamental para

prevenção de infecção, é uma barreira de segurança para o paciente e até mesmo

para o profissional nos serviços de saúde.(1,2,3) Imprescindível reforçar com os

profissionais, que estão a frente dos cuidados do paciente, os cinco momentos e as

rotinas assistenciais, sensibilizando-os para adesão às medidas. A higiene das mãos

deve fazer parte de campanhas educativas, tanto fortalecendo a periodicidade como

a técnica. O enfermeiro tem interface no desenvolvimento de linhas de trabalho na

prevenção e no controle de infecção, tanto quanto contribuir com medidas eficazes

na busca da qualidade do cuidado do paciente.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

56

Descritores: Desinfecção das Mãos. Prevenção de Doenças. Segurança.

Referências

1. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Assistência segura: uma

reflexão teórica aplicada à prática. Série segurança do paciente e qualidade em

serviços de saúde. Brasília: ANVISA; 2013 [acessado 2014 Ago 28]. Disponível em:

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/publicacoes.html

2. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC n° 42, de 25 de

outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação

alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país e dá

outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 out. 2010[acessado

2014 Ago 28].

3. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Segurança do paciente

em serviços de saúde – higienização das mãos. Brasília; 2009 [acessado 2014 Ago

28].

4. Centers for Disease Control and Prevention. Guideline for hand hygiene in health-

care settings: recommendations of the Healthcare Infection Control Practices

Advisory Committee and the HICPAC/SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task Force.

MMWR. 2002 Oct 25[acessado 2014 Ago 28];51(RR-16):1-45. Disponível em:

www.cdc.gov/mmwr/PDF/rr/rr5116.pdf

___________________________

a Enfermeiras - Unidade Internação Clinica Adulto, Hospital de Clínicas de Porto

Alegre (HCPA), RS.

b Relatora. E-mail: [email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

57

I ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA 4ª

COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE/RS: EM FOCO A SEGURANÇA DO PACIENTE

Caroline Zottelea, Gisele Heringerb, Márcia da Silva Bevilaquac, Fabiana Schirmer Corrêad,

Helena Carolina Noale, Tânia Bosi de Souza Magnagof

Introdução: o Programa Nacional de Segurança do Paciente visa a melhoria da qualidade

da assistência prestada a todo e qualquer paciente em instituições de saúde em âmbito

nacional1. Neste contexto, a promoção de discussões voltadas à segurança do paciente

junto aos profissionais e gestores de instituições de saúde faz-se necessária. Nesse

intuito, o Núcleo Santa Maria da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do

Paciente, em parceria com a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul,

propuseram o I Encontro dos profissionais da rede de atenção à saúde da região Centro-

Oeste do Rio Grande do Sul, Brasil. Objetivos: relatar a experiência de capacitação sobre

segurança do paciente aos profissionais da rede de atenção à saúde, desenvolvida por

membros da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Núcleo Santa

Maria em parceria com a Vigilância em Saúde da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde do

Rio Grande do Sul. Metodologia: trata-se de um relato de experiência sobre a capacitação

com os profissionais e gestores, em dezembro de 2013, com carga horária de oito horas.

Resultados: o encontro teve como objetivo proporcionar atualização e troca de

experiências entre os profissionais da saúde e gestores sobre segurança do paciente,

contribuindo na qualificação do atendimento à saúde nos municípios da 4ª

Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul. O público foi constituído por

gestores e profissionais da saúde de 32 municípios, totalizando 72 profissionais

(enfermeiros, médicos, administradores, psicólogos e nutricionistas) de 36 instituições.

As atividades iniciaram com a apresentação dos participantes, seguida por explanações

dialogadas e troca de experiências. A tônica do encontro foi a segurança do paciente,

com foco no Programa Nacional de Segurança do Paciente, na cultura de segurança, nos

protocolos básicos (prescrição, uso e administração de medicamentos; cirurgia segura;

prevenção de quedas e úlceras por pressão) e na formação dos Núcleos de Segurança do

Paciente. Ao final do encontro, foi criado um grupo de trabalho para auxiliar na

elaboração dos planos de trabalho institucionais e agendada nova capacitação.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

58

Conclusão: na avaliação do grupo, a experiência foi muito importante e oportunizou

reflexões sobre a necessidade de discussão da temática no interior das instituições, de

alinhamento das informações recomendadas pelo Programa Nacional de Segurança do

Paciente entre os participantes, bem como a importância de implantar ações promotoras

de uma assistência segura. Iniciativas como essa podem mobilizar os profissionais,

construir novas possibilidades nas práticas assistenciais, minimizando riscos aos

pacientes e aos profissionais.

Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Educação em Saúde.

Referência

1 Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Segurança do Paciente. Portaria nº

529, de 01 de abril de 2013. Diário Oficial da União. Brasília, 2013.

________________________________

a Enfermeira. Mestranda do PPGEnf da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: [email protected]. Relatora.

b Enfermeira. Santa Maria, RS, Brasil.

c,d Enfermeira. Hospital São Francisco de Assis. Santa Maria, RS, Brasil.

e Enfermeira. Mestre. Docente da Faculdade Integrada de Santa Maria. Santa Maria, RS,

Brasil.

f Enfermeira. Doutora. Docente do Departamento e do PPGEnf/UFSM. Santa Maria, RS,

Brasil.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

59

IDENTIFICAÇÃO CORRETA DOS PACIENTES: UMA DAS METAS INTERNACIONAIS DE

SEGURANÇA DO PACIENTE

Ana Paula A. Corrêaa, Luciana Foppaa, Luzia T. Vianna dos Santosa,

Mari Angela V. Lourencia,b, Patricia Cristina Cardosoa

Introdução: a busca pela melhoria da qualidade assistencial e pela segurança do paciente

tem recebido atenção especial em âmbito global1. A enfermagem trabalha visando a

prevenção de danos e diminuição de eventos adversos à saúde dos pacientes, nesse

sentido, falar sobre a segurança do paciente é essencial2. As falhas no processo de

identificação são consideradas importantes fatores que comprometem a segurança, por

isso a identificação correta é considerada como uma das metas internacionais de

segurança dos pacientes3. Objetivo: relatar como é realizada a identificação do paciente

de acordo com as metas internacionais de segurança do paciente. Metodologia: trata-se

de um relato de experiência baseado na prática assistencial de uma unidade de

internação adulto em um hospital universitário de grande porte de Porto Alegre, Brasil,

no ano de 2013. Resultados: o hospital utiliza uma pulseira de identificação, com o nome

completo e o número do prontuário do paciente. A pulseira pode ser branca, caso o

paciente não tenha alergia, ou laranja, se ele apresentar alergia a algum medicamento,

contato com algum material hospitalar ou alimento. Esta pulseira é colocada no paciente

pela equipe assistencial no momento da admissão e sua função é explicada tanto para o

paciente quanto para os seus acompanhantes. Os momentos em que a pulseira de

identificação deverá ser consultada pelo profissional de saúde serão: antes de algum

procedimento, administração de medicamentos ou hemocomponentes e antes da coleta

de exames laboratoriais. Considerações finais: a identificação do paciente de acordo com

as metas internacionais de segurança é uma responsabilidade de todos os profissionais

de saúde e deve ser considerada como fundamental para o cuidado seguro. A correta

identificação por meio da pulseira é um método eficaz na prática assistencial para que

não ocorram eventos adversos, o que facilita na busca contínua da qualidade assistencial

e excelência no atendimento.

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

60

Descritores: Hospitalização. Segurança do Paciente. Sistema de Identificação de

Pacientes.

Referências

1 ANVISA, Ministério da Saúde. Boletim informativo sobre a segurança do paciente e

qualidade assistencial em serviços de saúde. Brasília: GGTES/ANVISA; 2011.

2 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Implantação do Núcleo de Segurança

do Paciente em Serviços de Saúde – Série Segurança do Paciente e Qualidade em

Serviços de Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Brasília; 2014.

3 Belela ASC, et al. Erros de medicação: definições e estratégias de prevenção. Conselho

Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo – Coren SP. Rede Brasileira de

Enfermagem e Segurança do Paciente – Rebraensp Polo São Paulo; 2011.

4 Joint Commission International; Joint Commission on Accreditation of Healthcare

Organizations. Padrões de acreditação da Joint Commission International para hospitais.

Rio de Janeiro: Consórcio Brasileiro de Acreditação; 2008. Metas Internacionais de

segurança do paciente; p.31-6.

____________________________

a Enfermeiras - Unidade de Internação Clinica Adulto do Hospital de Clínicas de Porto

Alegre (HCPA), RS.

b Relatora. E-mail: [email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

61

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: MAIS UMA BARREIRA DE SEGURANÇA

Rosmari Wittmann Vieiraa,b, Joseane Kalata Nazaretha, Mitieli Vizcaychipi Disconzia

Introdução: a identificação do paciente é a primeira meta internacional de segurança

definida pela Organização Mundial de Saúde1, e consta no Manual de Padrões

Internacionais para a Acreditação Hospitalar, tendo como propósitos identificar de

modo confiável o indivíduo, como sendo a pessoa para qual se destina o serviço ou

tratamento, e assegurar o devido serviço ou tratamento ao indivíduo2. Objetivo: relatar

experiência de enfermeiras na utilização do processo de identificação do paciente no

Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Metodologia: o Hospital de Clínicas de Porto

Alegre apresenta uma política e um plano de identificação do paciente, nos quais define

dois elementos identificadores: nome completo do paciente e o número do prontuário,

cadastro único, gerado, no primeiro ingresso do paciente ao Hospital de Clínicas de

Porto Alegre, mediante apresentação de um documento legal, com foto, ou certidão de

nascimento. O processo de identificação do paciente é obrigatório para todos os setores

do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. É dever do funcionário verifica-lo e obrigação do

paciente mostrá-lo e conservá-lo. Porém, a identificação pode ocorrer de duas formas:

através de pulseira de identificação ou mediante apresentação de um documento legal,

com foto, ou certidão de nascimento, dependendo de onde for o atendimento. A pulseira

de identificação é utilizada para a maioria dos pacientes, por exemplo: pacientes

admitidos para internação hospitalar, incluindo emergência, para os pacientes que não

internam, mas realizam procedimentos diagnósticos ou terapêuticos, por exemplo: na

hemodinâmica, hemodiálise, radioterapia, quimioterapia, hospital dia, para os

submetidos a procedimentos que envolvam punção, uso de anestésicos, sedativos ou uso

do contraste na radiologia e medicina nuclear e na unidade de métodos não invasivos, os

que recebem transfusão de hemocomponentes no ambulatório e para os pacientes que

ficam internados no centro de pesquisa clínica. O protocolo de apresentação de um

documento legal, com foto, ou a certidão de nascimento do paciente, é utilizado no

momento da chegada dos pacientes que irão realizar coletas de exames em geral ou

doação de sangue. Resultados: a pulseira é colocada pela enfermagem, com a função de

identificar o paciente e sinalizar a presença (pulseira laranja) ou não de alergias

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

62

(pulseira branca). É realizada orientação ao paciente e familiar quanto à importância da

utilização da pulseira durante o período de internação ou procedimento e os momentos

obrigatórios de identificação, que são: no encontro do profissional com o paciente, antes

da administração de medicamentos, hemoderivados e da realização de exames,

procedimentos e cirurgias. Conclusão: a aplicação do protocolo de identificação do

paciente atinge os objetivos de segurança propostos pela Organização Mundial da Saúde.

Contribuições para a enfermagem: a utilização de pulseira de identificação evita erros,

humaniza o atendimento e qualifica o trabalho aumentando a segurança ao paciente.

Descritores: Identificação. Segurança do Paciente. Protocolos.

Referências

1 Diário Oficial do Estado de São Paulo. Projeto de lei Nº 371, de 11 de abril de 2014

[Citado em 2014 Ago 20]. Disponível em:

ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2014/Iels.abr.14/Iels70

/E_PL-371_2014.pdf

2 Joint Commission International. Padrões de acreditação da Joint Commission

International para hospitais. 4ª Ed. Oakbrook Terrace, Illinois; 2011.

______________________________

a Enfermeiras do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA.

b Relatora. E-mail: [email protected]

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

63

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: MEDIDA DE SEGURANÇA

EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE

Mariléia Stübea, Cibele Thomé da Cruza, Nicolli Cargnelutti Follakb, Priscila Escobar

Benettib, Eliane Raquel Rieth Benettic, Eniva Miladi Fernandes Stummd

Introdução: a instituição de medidas de segurança do paciente tem como objetivo geral

contribuir para a qualificação do cuidado em todas as instituições de saúde.

Especificamente, a identificação do paciente visa reduzir a ocorrência de eventos

adversos e assegura, assim, que o cuidado seja prestado à pessoa que se destina. Sua

abrangência concentra-se em todos os ambientes de prestação do cuidado em que sejam

realizados procedimentos terapêuticos e/ou diagnósticos, pois erros de identificação

podem ocorrer, desde a admissão até a alta, em todas as fases do tratamento. Objetivo:

descrever as vivências de um grupo de enfermeiros na implantação da identificação dos

pacientes em uma unidade hospitalar no sul do Brasil. Metodologia: inicialmente foi

criado o Programa de Segurança do Paciente, sendo coordenado por uma enfermeira.

Essa organizou grupos de enfermeiros, sendo cada um responsável pelo estudo e

desenvolvimento das metas de segurança do paciente conforme preconiza o Ministério

da Saúde, com o intuito de monitorar e prevenir danos na assistência à saúde.

Resultados: o grupo responsável pela Identificação do Paciente iniciou as atividades em

unidade piloto. A equipe de enfermagem foi instrumentalizada e sensibilizada sobre a

relevância do Programa de Segurança do Paciente e acolheu positivamente a iniciativa.

Inúmeras instituições utilizam pulseiras de identificação. Dessa maneira, deu-se início a

instituição do Programa. A equipe de enfermagem está ciente que a identificação do

paciente inclui intervenções como: identificá-los corretamente, educar o

paciente/acompanhante/familiar/cuidador e confirmar a identificação do paciente

antes do cuidado. Além disso, todos os incidentes envolvendo identificação incorreta

devem ser notificados de acordo com a legislação vigente e investigados pelo serviço de

saúde. Assim, mecanismos de monitoramento e auditorias estão sendo realizados para

verificação do cumprimento do protocolo. Conclusão: a identificação do paciente,

II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS

64

quando realizada corretamente, previne erros relacionados ao cuidado prestado pela

equipe de profissionais de saúde. Implicações para a enfermagem: a identificação do

paciente é abrangente, o que demanda da enfermagem capacitação e envolve aspectos

estruturais e culturais, que culminam com a segurança do paciente.

Descritores: Enfermagem. Qualidade da Assistência à Saúde. Segurança do Paciente.

Referências

1 Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente - REBRAENSP/Polo RS.

Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto

Alegre: EDIPUCRS; 2013.

2 Tase TH, Lourenção DCA, Bianchini SM, Tronchin DMR. Identificação do paciente nas

organizações de saúde: uma reflexão emergente. Rev Gaúcha Enferm. 2013;34(2):196-

200.

3 Ministério da Saude/ANVISA/Fiocruz. Anexo 2: Protocolo de identificação do paciente.

Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente, 2013.

4 Ministério da Saúde. Portaria n° 529, 1° Abril de 2013: Institui o Programa Nacional de

Segurança do Paciente.

_____________________________

a Enfermeiras, Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS. Email: [email protected];

[email protected]

b Acadêmica de Enfermagem, Bolsista de Iniciação Científica, Unijuí, RS. Email:

[email protected]. Relatora.

b Acadêmica de Enfermagem, Bolsista de Iniciação Científica, Unijuí, RS. Email:

[email protected]

c Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Hospital Universitário de Santa Maria e Unijuí, RS.

Email: [email protected]

d Enfermeira, Doutora em Ciências, Unijuí, RS. Email: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

65

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA GESTÃO HOSPITALAR

Fabiele Aozanea, Gerli Elenise Gehrke Herrb, Adriane Cristina Bernat Kolankiewiczc

Introdução: proporcionar a Segurança do Paciente é um dos propósitos dos profissionais

da saúde. Para tanto, utiliza estratégias em seu campo de trabalho, que visam à

prevenção de danos ao paciente. Para minimizar os riscos, uma das intervenções

necessárias é a identificação correta do paciente. Com intuito de viabilizar uma atenção

na qualidade assistencial, a Portaria MS/GM nº 529/2013, estabelece um conjunto de

protocolos básicos, definidos pela Organização Mundial de Saúde como: prática de

higiene das mãos em estabelecimentos de saúde; cirurgia segura; segurança na

prescrição, uso e administração de medicamentos; identificação de pacientes;

comunicação no ambiente dos estabelecimentos de saúde; prevenção de quedas;

prevenção de úlceras por pressão; transferência de pacientes entre pontos de cuidado; e

uso seguro de equipamentos e materiais1. Objetivo: promover a reflexão de gestores de

diferentes setores de uma instituição hospitalar privada sobre a prática de identificação

do paciente. Metodologia: relato de experiência realizado a partir de um trabalho de

conscientização aos integrantes de um núcleo de segurança e gestores de unidades.

Desenvolvido em um hospital privado na região noroeste do Estado do Rio Grande do

Sul. Enfermeiras do núcleo sentiram necessidade de abordar o tema “identificação do

paciente”, junto aos gestores dos demais setores hospitalares. Foi elaborado um projeto

e apresentado aos integrantes deste núcleo por meio do Microsoft power point, no mês

de julho de 2014. Houve discussão e divulgação em reuniões mensais com

coordenadores de outros setores do hospital e o gestor administrativo, os quais

disseminaram a idéia inicial. Resultados: foi elaborado um projeto de “Identificação do

Paciente”, que posteriormente foi apresentado ao Núcleo de Segurança do Paciente da

instituição, por meio de explanação verbal, utilizando-se o multimídia e a visualização de

um vídeo sobre a identificação correta do paciente. O projeto foi aprovado por

unanimidade pelos integrantes. Para facilitar a interação deste assunto com outros

setores integram neste núcleo profissionais que atuam diretamente com o gestor

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

66

administrativo do hospital, o qual possibilitou a divulgação deste projeto em outra

reunião com coordenadores de outros setores, com objetivo de implementar o projeto

no hospital. Conclusão: cabe a cada instituição elaborar estratégias de prevenção de

eventos adversos e atribuí-las ao processo de trabalho. No momento, para a instituição

da pulseira de identificação aguarda-se a aquisição de equipamentos e pulseiras que

serão utilizados, bem como planejamento e capacitação a todos os colaboradores da

instituição hospitalar. Contribuições/implicações para a enfermagem: a implementação

da identificação do paciente poderá subsidiar os gestores e enfermeiros no

planejamento de estratégias para prevenir e/ou evitar a ocorrência de eventos adversos.

Descritores: Segurança do Paciente. Estratégias. Gestores de Saúde.

Referência

1 Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria MS/GM nº 529, de 1 de abril

de 2013[acessado 2014 Ago 15]. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html

______________________________

aEnfermeira Assistencial no Hospital Unimed Noroeste/Rio Grande do Sul (RS).

Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva e Gestão de Pessoas. Email:

[email protected]. Relatora.

bEnfermeira Assistencial no Hospital Unimed Noroeste/RS. Especialista em Enfermagem

Hospitalista.

cEnfermeira. Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP.

Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Regional do Noroeste do Estado do

Rio Grande do Sul.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

67

II ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA 4ª

COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE/RS: EM FOCO A SEGURANÇA DO PACIENTE

Eveline do Amaral Antonelloa, Fernanda Stock da Silvaa, Anamarta Sbeghenb,

Noeli Terezinha Landerdahlb, Graziela Cauduroc, Thiana Sebben Pasad

Introdução: a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP)

tem por objetivo compartilhar e promover a articulação acerca de informações e

conhecimentos relacionados à Enfermagem e Segurança do Paciente1. Portanto,

proporcionar trocas de conhecimentos técnico-científicos entre instituições de ensino e

estabelecimentos de assistência à saúde, visando o desenvolvimento da cultura de

segurança do paciente, tem sido o objetivo da Rede Brasileira de Enfermagem e

Segurança do Paciente – Polo RS – Núcleo Santa Maria. Nesse contexto, a Rede Brasileira

de Enfermagem e Segurança do Paciente – Núcleo Santa Maria deu continuidade a

parceria realizada no final de 2013, com a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, e

participou da segunda capacitação sobre o tema segurança do paciente. Objetivos:

relatar a experiência da participação dos membros da Rede Brasileira de Enfermagem e

Segurança do Paciente – Núcleo Santa Maria, Brasil, na segunda capacitação sobre

segurança do paciente promovida pela 4ª Coordenadoria Regional de Saúde /RS.

Metodologia: trata-se de um relato de experiência, sobre a participação dos membros

integrantes da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Núcleo Santa

Maria, em evento promovido pela 4ª Coordenadoria Regional de Saúde /RS, com carga

horária de 8 horas. Resultados: o evento intitulado “Encontro dos Profissionais dos

Hospitais e outros estabelecimentos de saúde da 4ª Coordenadoria Regional de

Saúde/RS sobre segurança do paciente: segunda etapa” ocorreu no mês de julho de

2014, na cidade de Santa Maria, RS, Brasil. Participaram do evento profissionais de 36

instituições, de 18 municípios e de diferentes categorias: 58 enfermeiros, três

administradores hospitalares, 11 técnicos de enfermagem, um técnico em segurança do

trabalho, um técnico em informática e dois técnicos em radiologia, totalizando 77

participantes. Os membros da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente –

Núcleo Santa Maria desenvolveram oficinas práticas, baseadas nos protocolos

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

68

disponibilizados pelo Ministério da Saúde2. Essas oficinas abordaram quatro temáticas

distintas: prevenção de quedas, prevenção de úlcera por pressão, prática de higiene das

mãos e segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos, tendo como

finalidade instigar os profissionais envolvidos no cuidado direto ou indireto visando à

segurança do paciente. Conclusão: esse evento foi importante para fortalecer e

sensibilizar instituições e profissionais na disseminação e realização do cuidado seguro

durante a assistência em saúde, mobilizando estes na formação de equipes

multiprofissionais capacitadas para isso. Implicações para enfermagem: proporcionar

reflexões referentes à prática segura, a fim de incentivar e reforçar a cultura de

segurança do paciente nos estabelecimentos de assistência à saúde.

Descritores: Enfermagem; Segurança do Paciente; Educação em Saúde.

Referências

1. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. Acordos Básicos de

Cooperação na REBRAENSP. São Paulo, SP: REBRAENSP; 2009.

2. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Fundação Oswaldo

Cruz. Protocolo prevenção de quedas. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2013. p. 1-14.

__________________________

a Enfermeira do Hospital Geral Unimed/Santa Maria. E-mail:

[email protected]. Relatora. E-mail:

[email protected]

b Enfermeira do Hospital Universitário de Santa Maria/HUSM. E-mail:

[email protected]; [email protected]

c Enfermeira do Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo/HCAA. E-mail:

[email protected]

d Enfermeira. Professora Substituta do Departamento de Enfermagem da UFSM. E-mail:

[email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

69

IMPLANTAÇÃO DO GRUPO DE RISCO E SEGURANÇA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Cassia Rodrigues Selestinoa, Daniela Cavallib, Elmi Niedermeierc, Michele Beckd, Ricardo

da Silveira Bastose, Suzeline Ferreiraf, Vanessa Cargneluttig

Introduçao: A Segurança do Paciente e um tema amplamente difundido nos dias atuais,

devido a importancia enfatizada por orgaos competentes internacionais, que tem

comprovado cientificamente suas evidencias, a preocupaçao de serviços e instituiçoes de

saude na busca por uma assistencia segura e de qualidade, e as exigencias atraves de

legislaçoes competentes. Objetivo: este trabalho tem o objetivo de relatar a experiencia

de implantaçao de um grupo que trabalha as questoes de Segurança do Paciente em um

hospital de medio porte do interior do Rio Grande do Sul, Brasil, bem como discutir

dificuldades, conquistas e o desenvolvimento e aprimoramento da equipe durante a

trajetoria. Metodo: trata-se de um relato de experiencia. Resultados: acreditamos que as

trocas de experiencias entre serviços e profissionais afins sao grandiosas oportunidades

para o fortalecimento de novos projetos e protocolos. A enfermagem e a equipe que

presta cuidado durante as 24 horas a beira de leito, portanto, compoe a classe de

profissionais que prestam assistencia direta e contınua a estes pacientes, presenciando

muitas vezes desfechos desagradaveis. Conclusao: polıticas que tem a intençao de

primar pelo bem maior em nossa rotina profissional – o paciente – devem ser vistas

como boas praticas, incorporadas e disseminadas por esta classe, sempre buscando

fortalecimento e respaldo para esta equipe. Com este enfoque, visamos divulgar as açoes

realizadas, os projetos futuros e o cotidiano e sistematica de trabalho do grupo.

Descritores: Segurança do Paciente. Qualidade na Assistencia. Cuidado Seguro.

Referencias

Cassiani RHB. A segurança do paciente e o paradoxo no uso de medicamentos. Revista

Latino Americana de Enfermagem. 2005 Jan-Fev;58(1):95-99.

Decesaro MN. Ocorrencias iatrogenicas em unidade de terapia intensiva: queda de

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

70

pacientes durante o tempo de internaçao. Sao Paulo: EEUSP; 2000.

Fonseca AS, Peterlini FL, Costa DA. Segurança do paciente. Sao Paulo: Martinari; 2014.

Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente - REBRAENSP/Polo RS.

Estrategias para a segurança do paciente: manual para profissionais de saude. Porto

Alegre: EDIPUCRS; 2013.

Vargas MAO, Luz AMH. Praticas seguras no/do contexto hospitalar: e preciso pensar

sobre isso e aquilo. Enfermagem em Foco. 2010;1:23-27.

___________________________

aEnfermeira Assistencial, Centro Cirurgico/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do Sul, RS. E-

mail: [email protected]

bEnfermeira Assistencial, Centro de Terapia Intensiva/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do

Sul, RS. E-mail: [email protected]

cEnfermeira Assistencial, Centro Cirurgico/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do Sul, RS. E-

mail: [email protected]

dEnfermeira Assistencial, Unidade de Internaçao/ Hospital Ana Nery, Santa Cruz do Sul,

RS. E-mail: [email protected]

eCoordenador de Enfermagem, Unidade de Internaçao/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do

Sul, RS. E-mail: [email protected]

fEnfermeira Comissao de Controle de Infecçao Hospitalar/Hospital Ana Nery, Santa Cruz

do Sul, RS. E-mail: [email protected]. Relatora.

gVanessa Cargnelutti Coordenadora Geral de Enfermagem/Hospital Ana Nery, Santa Cruz

do Sul, RS. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

71

IMPLEMENTAÇÃO DE ETIQUETAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES EM UNIDADE

DE HEMODINÂMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Cristina Costaa,b, Marielle Kulakowskia, Flaviana Schioa

Introdução: este trabalho apresenta uma experiência vivenciada no setor de

Hemodinâmica de um serviço privado, onde, pela vivência do acadêmico de

Enfermagem, podem-se evidenciar algumas fragilidades quanto à segurança do paciente.

Em conjunto com a enfermeira da unidade foram desenvolvidas medidas para garantir

um melhor desempenho do setor, que é considerado uma área de alta complexidade na

cardiologia intervencionista. A elevada incidência de eventos adversos, e incidentes com

a ocorrência de 44.000 a 98.000 mortes por ano, como resultado da assistência à

saúde(1) gerou preocupação em âmbito mundial. Objetivo: promover práticas que

garantam maior segurança ao paciente de alta complexidade. Metodologia: trata-se de

um relato de experiência da vivência acadêmica do curso de enfermagem do Centro

Universitário Franciscano (Unifra) de Santa Maria, Brasil, para implementar, no setor de

hemodinâmica, etiquetas adesivas com identificação dos pacientes. Resultados: a

medida desempenhada foi a criação de etiquetas adesivas de identificação do paciente, a

qual contém os dados como nome completo, procedimento que irá ser realizado, médico

que fará o procedimento, convênio do paciente e, no caso do mesmo possuir alergia

medicamentosa, a etiqueta a ser confeccionada será na cor amarela, ressaltando, assim,

para a equipe, que o paciente é alérgico, pois no agendamento do procedimento ele ou

familiar são questionados sobre existência. Já os pacientes sem história de alergias terão

etiqueta na cor branca. As etiquetas adesivas são confeccionadas no dia anterior ao

exame, quando a agenda de procedimentos do dia seguinte é encaminhada à

enfermagem. Quando o paciente chega à unidade de hemodinâmica, a equipe de

enfermagem, ao recebê-lo, já está munida da etiqueta desse paciente, e assim pode

confirmar todos os dados de identificação. Ao paciente são passadas as orientações

quando uso de avental próprio do serviço, e a etiqueta de identificação é colocada na

parte superior esquerda do avental. Anteriormente à implementação, toda a equipe,

tanto de enfermagem como médica, foi esclarecida sobre como funcionaria a dinâmica

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

72

de implementação das etiquetas, ressaltando-se que garantiria mais agilidade ao serviço,

facilidade na identificação dos pacientes bem como o procedimento ao qual seriam

submetidos, e destacando alguma alergia a medicamentos. Para a confecção dessa

etiqueta, utilizou-se material que já existia na unidade de hemodinâmica, o qual não

gerou um custo excedente à empresa, pois, tratando-se de uma clínica privada, esse fator

também garantiu uma maior facilidade de aceitação pelo setor financeiro. Conclusão:

tendo em vista que as práticas de segurança do paciente contribuem para melhores

resultados das condutas de enfermagem, ficou evidenciado que a utilização das

etiquetas adesivas qualificou e agilizou o atendimento ao paciente, evitando erros da

equipe e garantindo, assim, maior segurança ao cliente. Implicações para enfermagem:

para que o cuidado seja seguro, é necessário construir uma cultura de segurança,

definida pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente (2). Observou- se que a

enfermagem se muniu de mais uma ferramenta para evitar erros no desempenho de

suas atividades.

Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Gerenciamento de Segurança.

Referências

1. Kohn L, Corringan J, Donaldson M, editors. Institute of Medicine Report. To err is

human: building a safer health system. Washington, DC: Institute of Medicine; 2000.

2. Ministério da Saúde (BR). Portaria n. 529, de 1º de abril de 2013: institui o Programa

Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) [Internet]. Brasília (DF); 2013 [citado 2013

Maio 5]. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html

_____________________________

a Acadêmicas de enfermagem do Centro Universitário Franciscano - UNIFRA, Santa

Maria, RS.

b Relatora.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

73

IMPLEMENTAÇÃO DE PROTOCOLOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE INTERCORRENCIAS

ASSISTENCIAIS DO SERVIÇO DE HEMOTERAPIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE

PORTO ALEGRE

Scheila Roberta de Souzaa, Carla Taborda Oliveirab, Karine Pitanac,

Vanessa Fleschd

Introdução: o Serviço de Hemoterapia da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre,

Brasil, realiza em média 3000 transfusões/mês e 2000 coletas de sangue de

doador/mês. A Portaria do Ministério da Saúde nº 2712, de 12 novembro de 2013, tem o

objetivo de regulamentar a atividade hemoterápica no país, de acordo com os princípios

e diretrizes da Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados, no que se

refere à captação, proteção ao doador e ao receptor, coleta, processamento, estocagem,

distribuição e transfusão do sangue, de seus componentes e derivados, originados do

sangue humano venoso e arterial, para diagnóstico, prevenção e tratamento de

doenças1. A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre é formada por sete hospitais com

especialidades diferentes e de referência nacional em diversas áreas, como de

transplantes e pediatria. O hospital pediátrico é o único acreditado internacionalmente

pela Joint Commission International Como a busca é constante na área de qualidade e

segurança, a hemoterapia participa efetivamente de todas as ações. Este protocolo

propiciará material para possíveis ações posteriores para a melhoria da qualidade.

Objetivo: identificar e quantificar quase-falhas, intercorrências assistenciais e eventos

sentinela de todos os setores da hemoterapia. Metodologia: relato de experiência.

Preenchimento de protocolo de intercorrências assistenciais, sistema de informática

específico de hemoterapia SBS e Banco de dados Tasy (sistema de gestão). Resultados:

no período de 01/03/2013 a 01/06/2013 foram realizadas 6951 transfusões e 11281

coletas de sangue de doador. Foram identificadas 107 intercorrências assistenciais.

Destas, 60,75% (65) foram registros incorretos das transfusões, 9,35% (10) ocorreram

no setor de imunohematologia, 1,87% (2) foram erros de prescrição medica, 9,35% (10)

localizaram-se no setor de transfusão sanguínea, 6,47%(11), no setor de doação de

sangue, 0,58% (1), no setor de sorologia de doadores e 4,70% (8) foram classificadas

como gerais. Não houve notificação de quase-falhas ou evento sentinela. Conclusão:

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

74

através destes levantamentos podemos identificar quais as atividades realizadas no

Serviço de Hemoterapia que acreditamos que precisam de melhorias. A partir deste

cenário passaremos para outra fase que será a confecção de novos protocolos,

indicadores assistenciais com base em dados estatísticos. O serviço poderá construir

mais ferramentas de apoio para procedimentos, sempre em busca da qualidade e

segurança de todas as atividades realizadas no serviço, melhorando-se, também, as

notificações das reações transfusionais que, na maioria das vezes, são subnotificadas.

Contribuições/implicações para enfermagem: estes protocolos irão auxiliar diretamente

o trabalho da enfermagem na hemoterapia. A partir deles a enfermagem terá maior

visibilidade, já que há poucos trabalhos na área. Como a enfermagem é quem realiza a

grande maioria dos procedimentos hemoterápicos, tais como instalação de transfusão

sanguínea e coleta de doador de sangue, estes vão propiciar um melhor delineamento da

assistência, possibilitando traçar novas estratégias para garantir a qualidade e

segurança de todos envolvidos no ciclo do sangue.

Descritores: Serviço de Hemoterapia. Segurança.

Referência

1 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2712, de 12 de novembro de 2013. Redefine o

regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos. Diário Oficial da União nº 221,

de 13 de novembro de 2013, Seção 1, página 106.

___________________________

a Enfermeira Líder do Serviço de Hemoterapia, Santa Casa de Misericórdia de Porto

Alegre, RS. E-mail: [email protected]. Relatora.

b Enfermeira do Serviço de Hemoterapia, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS.

E-mail: [email protected]

c Enfermeira do Serviço de Hemoterapia, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS.

E-mail: [email protected]

d Enfermeira do Serviço de Hemoterapia, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS.

E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

75

INCIDÊNCIA DE QUEDAS: REFLETINDO ACERCA DO PANORAMA ATUAL

Lisiane dos Santos Sóriaa, Mitieli Vizcaychipi Disconzia

Introdução: A existência de eventos adversos – inconveniente não intencional provocado

pela equipe de saúde que pode ou não apresentar incapacidade – compromete a

segurança do paciente, como as quedas, constituindo um desafio para a qualidade da

assistência. Define-se como queda o deslocamento não intencional do corpo para um

nível inferior à posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil, provocada

por circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade1. Questões relativas à

qualidade e segurança da assistência ganham relevância nos programas de acreditação

de qualidade. Esses programas propõem a adequação dos processos a um conjunto de

padrões que visam garantir a segurança. Os protocolos são ferramentas que contribuem

para a sistematização da assistência de enfermagem, favorecendo a melhoria dos

processos na busca pela excelência do cuidado. Diante deste cenário a unidade de adição

do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil, tem buscado alinhar o processo para uma

melhor prática no que tange ao gerenciamento de quedas, com política instituída através

de ações de identificação de riscos e meta a ser alcançada, de < ou =2 quedas/1000

paciente/dia. Objetivo: sendo assim, o objetivo deste estudo é apresentar a incidência

de quedas na unidade de adição e refletir acerca dos resultados deste indicador. Método:

trata-se de um estudo quantitativo-descritivo, realizado no período de janeiro a julho de

2013 e 2014, por meio da utilização do cálculo de incidência de quedas. Resultados: os

resultados encontrados na unidade de adição, para este período em 2013, foram uma

taxa de incidência de quedas de 3,99 e, em 2014, de 3,83, refletindo uma pequena

melhora se comparados os dois anos. Conclusão: conclui-se que o perfil de pacientes da

unidade requer maior atenção no que tange ao paciente, visto que apresenta fatores de

risco já bem descritos na literatura como uso de medicamentos psicotrópicos, alteração

do nível de consciência e comorbidades associadas, fatores que incrementam o risco de

queda. É possível que, para além destes, os fatores extrínsecos, que dizem respeito aos

externos, como o processo de trabalho na unidade de adição, requeiram uma leitura

adequada a um perfil ainda pouco estudado. Capacitações acerca da aplicação do

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

76

protocolo de quedas com toda equipe de enfermagem trazem melhores resultados do

que aquelas direcionadas somente enfermeiros. Outros estudos se fazem necessários

para conhecer as causas destas quedas, bem como adequar a aplicação de escalas a

nossa realidade. Relevância/contribuições: estudar sobre este tema contribui para que

possamos conhecer as realidades, interferir de maneira efetiva e melhorar os

indicadores, garantindo um cuidado de excelência, focado na segurança do paciente.

Descritores: Indicador de Risco. Taxa de Incidência. Cuidados de Enfermagem.

Referência

1 Menezes RL, Bachion MM. Estudo da presença de fatores de riscos intrínsecos para

quedas, em idosos institucionalizados. Ciênc. saúde coletiva. 2009;13(4):1209-1218.

___________________________________

a Enfermeiras do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, RS. E-mail:

[email protected], [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

77

MEDICAÇÕES DE ALTA VIGILÂNCIA E A SEGURANÇA DO PACIENTE: IDENTIFICAÇÃO,

ARMAZENAMENTO E ROTULAGEM

Ana Paula A. Corrêaa,b, Luciana Foppaa,; Luzia T. Vianna dos Santosa, Mari Angela V.

Lourencia, Patricia Cristina Cardosoa

Introdução: a enfermagem trabalha com a prevenção de danos e agravos à saúde dos

pacientes, nesse sentido, a abordagem em relação à segurança do paciente é

fundamental(1). As falhas no processo de utilização de medicamentos são consideradas

importantes fatores contribuintes para a redução da segurança do paciente, por isso

surgiu uma preocupação em relação aos medicamentos de alta vigilância, uma das metas

internacionais de segurança(2,3). Objetivo: relatar como é realizado o controle de

medicações de alta vigilância em acordo com o padrão internacional de segurança do

paciente. Metodologia: relato de experiência de enfermeiras assistenciais de uma

unidade de internação de um hospital de grande porte de Porto Alegre, Brasil, no

período entre 2013 e 2014. Resultados: os medicamentos de alta vigilância são:

prescritos por meio de prontuário eletrônico, o que evita erro de leitura por legibilidade;

é feita dupla checagem na dispensação da farmácia e na preparação pela enfermagem; é

realizada a revisão das prescrições com medicações de alta vigilância pelo farmacêutico

da unidade; o local de armazenamento dessas medicações é separado das demais, em

gavetas individualizadas e identificadas com etiquetas amarelas; e as medicações que

não forem utilizadas para assistência do paciente no turno de trabalho devem ser

estornadas para a farmácia central. Considerações finais: o cuidado com a identificação,

rotulagem e manipulação dos medicamentos de alta vigilância minimizam os eventos

adversos, o que melhora a qualidade assistencial para a segurança do paciente. O

trabalho conjunto da equipe multiprofissional (equipe médica, farmácia e de

enfermagem) traz benefícios para a segurança assistencial do paciente,e e evita que

erros possam acontecer na administração de medicações de alta vigilância, que podem

causar efeitos adversos ou até sentinela.

Descritores: Segurança do Paciente. Vigilância. Medicamentos.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

78

Referências

1 Silva LD, Carvalho MF. Revisão integrativa da produção científica de enfermeiros

acerca de erros com medicamentos. Revista Enfermagem UERJ. 2012;20(4):519-525.

2 Souza RFF, Silva LD. Estudo exploratório das iniciativas acerca da segurança do

paciente em hospitais do Rio de Janeiro. Revista Enfermagem UERJ. 2014;22(1):22-8.

3 Ministério da Saúde, Brasil (BR). Protocolo de segurança na prescrição, uso e

administração de medicamentos. Brasília, DF; 2013 [acesso em 2014 Set 15]. Disponível

em:

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/julho/Protocolo

%20Identifica%C3%A7%C3%A3o%20do%20Paciente.pdf

____________________________________

a Enfermeiras - Unidade de Internação Clínica Adulto, Hospital de Clínicas de Porto

Alegre, RS.

b Relatora. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

79

PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UMA

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Állany Silva Kleina, Jaqueline Lopes da Rocha Santosb, Katiusse do Amaral Soaresc, Luzia

Fernandes Millãod, Mariana Lopes de Campose

Introdução: a unidade de terapia intensiva é uma estrutura complexa que admite

pacientes graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos, utilizando

diversos recursos tecnológicos e contando com a assistência de equipe multidisciplinar1.

A ventilação mecânica é uma das principais ferramentas no tratamento de pacientes

críticos2. A pneumonia associada à ventilação mecânica é uma infecção pulmonar, que

incide em pacientes em ventilação mecânica cuja infecção não é a razão do suporte

ventilatório. A pneumonia associada à ventilação mecânica representa

aproximadamente 60% das infecções hospitalares, sendo considerada um problema de

saúde pública, com taxas de morbimortalidade significativas, atingindo 25 a 50% dos

pacientes em ventilação mecânica. No Brasil, as pneumonias associadas à ventilação

mecânica são as infecções mais frequentes em unidade de terapia intensiva3. Adotar

medidas de prevenção e controle da pneumonia associada à ventilação mecânica pode

contribuir significativamente para sua redução, oferecendo maior segurança aos

pacientes. Objetivos: relatar a experiência de cuidados de enfermagem para prevenção

da pneumonia associada à ventilação mecânica e avaliação da sua adesão pela equipe de

enfermagem. Metodologia: trata-se de um relato de experiência sobre os cuidados

implementados para prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica em

pacientes na unidade de terapia intensiva central do Hospital Santa Clara do Complexo

Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil. Resultados: dos 26

pacientes internados na unidade de terapia intensiva, no mês de julho de 2014, cerca de

50% foram submetidos à ventilação mecânica. A avaliação das medidas e monitorização

dos pacientes são realizadas por preenchimento de um check-list. Os indicadores

avaliados são: elevação da cabeceira em 30 a 45 graus, fisioterapia respiratória diária,

higiene oral diária, ausência de líquido condensado no circuito, posição do filtro em

relação ao circuito e mensuração da pressão do balonete do tubo orotraqueal. A taxa de

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

80

densidade incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica nesse mês foi de

9,5. Em estudo realizado em outro hospital, a taxa foi de 13,044. Conclusão: a pneumonia

associada à ventilação mecânica resulta em aumento do tempo de ventilação mecânica,

tempo de internação, além do impacto financeiro adicional. A utilização de check-list

diário com medidas simples e de baixo custo para prevenção estão associadas a

diminuição na taxa da pneumonia associada à ventilação mecânica. Implicações para a

enfermagem: a adoção do check-list realizado diariamente qualifica e visibiliza a

efetividade do cuidado de enfermagem.

Descritores: Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica. Segurança do Paciente.

Cuidados de Enfermagem.

Referências

1. Ministério da Saúde. Resolução Nº 7, de 24 de fevereiro de 2010. Dispõe sobre os

requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras

providências. Brasília; 2010.

2. Duarte DMP, Nascimento DCM, Souza PCS, Chiavone PA, Cardoso LTQ, Amaral JLG, et

al . Ventilação mecânica no Brasil: aspectos epidemiológicos. Rev. bras. ter. intensiva.

2006;18(3):219-228.

3. Rodrigues RG, Saliba GN. Pneumonia associada à ventilação mecânica. Pneumologia

Paulista. 2013;27(1):26-30.

4. Diaz MMO. Pneumonia associada à ventilação mecânica em pacientes adultos

internados nas unidades de terapia intensiva de hospital público e privado. Dissertação

(Mestrado em Medicina Tropical) - Universidade de Brasília, Brasília, 2011.

____________________________

aEnfermeira. Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E-

mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

81

b Enfermeira. Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E-

mail: [email protected]

c Enfermeira. Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E-

mail: [email protected]

d Profa. Dra. Enfermeira. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

(UFCSPA), RS. E-mail: [email protected]

e Acadêmica de Enfermagem. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

(UFCSPA), RS. Relatora. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

82

RASTREABILIDADE NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA: PROPORCIONANDO SEGURANÇA

PARA O PACIENTE

Roberta de Almeida da Silvaa, Rute Merlo Somensib, Rita Catalina Aquino Caregnatoc

Introdução: a segurança e qualidade assistencial nos Serviços de Endoscopia estão

explícitos através da Resolução da Diretoria Colegiada da Agência nacional de Vigilância

Sanitária Nº 06/2013, a qual descreve os Requisitos para Boas Práticas de

funcionamento.1 Dentre estes requisitos básicos, encontra-se a rastreabilidade quanto

ao processo de lavagem, desinfecção e utilização dos aparelhos, a qual possibilita traçar

o histórico através de registros prévios e sistemáticos.¹-² Objetivo: relatar a experiência

do processo de rastreabilidade do instrumental utilizado na endoscopia. Método: trata-

se de um relato de experiência sobre a prática realizada no Serviço de Endoscopia, da

Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil, iniciada no ano de 2013.

Resultados: para realização da rastreabilidade utilizaram-se registros feitos em um livro,

que permanece no serviço, e etiqueta adesiva do aparelho, a qual é fixada no laudo

médico posteriormente, contendo o código da rastreabilidade. As informações

registradas no livro são: identificação do profissional responsável pela execução do

processo, código de rastreabilidade, tipo e concentração do desinfetante e sabão

enzimático, nome do paciente e número do aparelho. Quanto ao processamento,

registra-se a data, número da lavadora e número do ciclo diário da lavadora, gerando um

código de rastreabilidade que irá auxiliar na busca pelas informações em caso de

necessidade. Por exemplo, para um processamento realizado em 03 de março de 2013,

máquina 01 em seu ciclo 02 do dia, temos o seguinte código: 0303130102. Destaca-se

que o registro deste código em laudo médico, disponibilizado ao paciente, promove a

divulgação da boa prática, transparência no trabalho realizado e segurança ao paciente.

Conclusão: a experiência apresentada, sobre rastreabilidade nos instrumentais de

endoscopia, demonstra que os processos de segurança assistencial dependem da análise

do cenário e sua correlação com os recursos disponíveis, podendo ser realizados de

forma prática e ágil.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

83

Palavras-chave: Segurança do Paciente. Endoscopia.

Referências

1. Brasil. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.

Resolução RDC nº 06, 10 de março de 2013. Dispõe sobre os requisitos de boas práticas

de funcionamento para os serviços de endoscopia com via de acesso ao organismo por

orifícios exclusivamente naturais. Brasília, DF: ANVISA; 2013.

2. Costa C, Pinab E, Ferreira E, Ramos S, Cremers MI, Figueiredo P, et al.

Reprocessamento em endoscopia digestiva: recomendações. Jornal Português de

Gastroenterologia. 2012[acessado 2014 Set 10];19(5):241-250. Disponível em:

http://www.iqg.com.br/uploads/biblioteca/Reprocessamento%20em%20endoscopia

%20digestiva.pdf

____________________

a Enfermeira. Mestranda Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

(UFCSPA). Líder de Apoio Gerencial Santa Casa de Porto Alegre, RS. Relatora. E-mail:

[email protected]

b Enfermeira. Mestranda UFCSPA. Gerente Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre,

RS.

c Enfermeira. Doutora em Educação. Professora Adjunta, Universidade Federal de

Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Universidade Luterana do Brasil

(ULBRA/Canoas), RS. Coordenadora do Programa REMIS da UFCSPA.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

84

REFLEXÃO SOBRE UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A

SEGURANÇA DO PACIENTE

Rafaela Milanesia, Simone Travi Canabarrob, Rita Catalina Aquino Caregnatoc

Introdução: a Segurança do Paciente é descrita, pela Organização Mundial da Saúde,

como a “ausência de dano desnecessário, real ou potencial, associado à atenção a

saúde”¹. Após a publicação do relatório denominado “To err is human: building a safer

health system”, pelo Institute of Medicine of the National Academies, a Organização

Mundial da Saúde estabeleceu a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, que vem

incentivando a adoção de Metas Internacionais de Segurança do Paciente, como

estratégia para orientar as boas práticas e reduzir os riscos e eventos adversos nos

serviços de saúde¹. Em contraponto à prática segura, as Emergências brasileiras sofrem

um processo de agravamento da superlotação, com sobrecarga da equipe e piora nas

condições de atendimento aos usuários². Objetivo: fazer uma reflexão acerca do desafio

em implantar o Programa de Segurança nos Serviços de Emergência do Sistema Único de

Saúde. Método: trata-se de relato de experiência sobre a Emergência Clínica do Grupo

Hospitalar Conceição, localizado em Porto Alegre, Brasil. Resultados: as seis primeiras

Metas Internacionais de Segurança do Paciente são direcionadas a prevenir situações de

erros de identificação de pacientes, falhas de comunicação, erros de medicação e em

procedimentos cirúrgicos, infecções associadas ao cuidado e queda dos pacientes. Na

Emergência do Grupo Hospitalar Conceição, mesmo atendendo o dobro da capacidade

instalada, algumas estratégias são empregadas, a saber: pulseiras de identificação e

placas nos leitos/macas; pulseiras de identificação em pacientes com alergias e/ou risco

elevado para quedas; passagem de plantão por meio de rounds à beira do leito nas salas

de maior complexidade; prescrição eletrônica com dispensação de medicamentos,

inclusive drogas concentradas e de alta vigilância, pela Farmácia Satélite nas 24 horas;

higienização das mãos; avaliação do risco de queda pela Morse Fall Scale e implantação

da prescrição de cuidados de acordo com o score gerado; utilização de barras de apoio e

pisos antiderrapantes nos banheiros; utilização de camas/macas com grade. Entretanto,

a falta de leitos aumenta significativamente a vulnerabilidade para execução da prática

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

85

segura². Conclusão: nota-se o avanço da implantação das medidas de segurança do

paciente, fato provavelmente vinculado à criação da Equipe de Gerenciamento de Risco.

Entretanto, tem-se consciência de que ainda temos muito a caminhar até a efetivação

das Metas Internacionais de Segurança do Paciente no contexto da Emergência.

Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem em Emergência.

Referências

1 Ministério da Saúde (Brasil), Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência

segura: uma reflexão teórica em serviço de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2013.

2 Huber LR, Bordin R. Fatores determinantes da superlotação do serviço de emergência

do Hospital Nossa Senhora da Conceição [trabalho de conclusão de curso de

especialização]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Curso de

Especialização em Gestão em Saúde; 2005.

________________________________

a Enfermeira. Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Especialista em Urgência, Emergência

e Trauma. Mestranda em Ensino na Saúde pela Universidade Federal de Ciências da

Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS. Relatora. E-mail: [email protected].

b Enfermeira. Doutora em pediatria e saúde da criança. Professora Adjunta, Universidade

Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS.

c Enfermeira. Doutora em Educação. Professora Adjunta Universidade Federal de

Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS, e Universidade Luterana do Brasil,

Canoas, RS.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

86

RELATO DE EXPERIÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PARA A PREVENÇÃO DE

QUEDAS EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO

ALEGRE – RS

Celia Guzinski,a Lyliam Midori Suzukib , Debora Rosilei Miquini de Freitas Cunhac

Introduçao: as quedas surgem como um dos acidentes mais documentados no hospital,

assumindo particular destaque pelas consequências individuais que originam e pelo

aumento do tempo de internamento, ampliando custos econômicos e sociais1. O

presente estudo e um relato de experiencia da implantaçao de medidas para a prevençao

de quedas, vivenciada por profissionais da unidade de internaçao do Serviço de

Enfermagem Cirurgica 7º Sul do Hospital de Clınicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul,

Brasil, durante o ano de 2012. Objetivo: este relato de experiencia tem como escopo

descrever a experiência de aplicação prática do projeto de prevenção de quedas do

Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Metodologia: o processo de

implantaçao das medidas de prevençao de quedas ocorreu atraves de treinamentos e

mobilizaçao da equipe para implantaçao de açoes e recomendaçoes a pacientes e

familiares/acompanhantes tornando a unidade um ambiente mais seguro. Os

instrumentos utilizados foram a escala de Morse, que por usa vez ao ser aplicada quando

obtido uma pontuaçao igual ou superior a 45 pontos o paciente recebe uma pulseira de

cor amarela sinalizadora para risco de queda, bem como e realizado um processo

educacional com o paciente e familiares/acompanhante. O paciente e avaliado ao chegar

a unidade, bem como quando ha uma alteraçao do estado clinico, com revisao semanal. A

Escala de Morse e aplicada pelo profissional enfermeiro, porem e de responsabilidade de

toda equipe assistencial a comunicaçao e instalaçao de medidas de prevençao de quedas

ao identificar uma situaçao de risco. Tambem fazem parte das condutas o registro da

conduta de educaçao no prontuario do paciente, implementaçao do diagnostico de risco

para queda, apos avaliaçao, e prescriçao dos cuidados especıficos, relacionados ao

diagnostico, notificaçoes de ocorrencia de quedas. Resultados: os resultados obtidos com

esta implantaçao foram de grande valor para os profissionais envolvidos, para a unidade

de internaçao do serviço de enfermagem cirurgica 7º sul e para a instituiçao. Fatores

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

87

associados ao risco aumentado exigem uma avaliaçao multifatorial do risco de queda,

que consiste na identificaçao de fatores predisponentes e do ambiente 2,. Conclusoes: a

implantaçao de medidas de prevençao de quedas e uma atividade viavel, que estimula a

equipe para atuar e aperfeiçoar suas açoes em situaçoes crıticas com enfase em

gerenciamento de risco. Acreditamos que a queda e um problema de saude publica, que

pode ser minimizado com açoes preventivas e educacionais para pacientes,

familiares/acompanhantes e, principalmente, profissionais da area da saude.

Descritores: Segurança. Acidentes por Quedas.

Referencias

Saraiva DMRF, et al. Quedas: indicador da qualidade assistencial. Nursing. Lisboa.

2008;18(235):28-35.

Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS.

Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto

Alegre: EDIPUCRS; 2013.

________________________________

aEnfermeira. Chefe da unidade de internaçao 7º sul. Hospital de Clınicas de Porto Alegre

(HCPA), RS. Relatora.

bEnfermeira. Coordenadora do grupo de quedas. Hospital de Clınicas de Porto Alegre

(HCPA), RS.

cEnfermeira. Hospital de Clınicas de Porto Alegre (HCPA), RS.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

88

RELATO DE EXPERIÊNCIA: MUDANÇA NA PRÁTICA PROFISSIONAL COMO MEMBRO DA

REBRAENSP

Silva APFSa, Zambrano AOb, Stoever Dc, Cassenote Ld, Marinho MGRe

Introdução: a segurança do paciente é compreendida com a redução de riscos

associados à atenção à saúde, visando todas as condições que caracterizam

procedimentos e tratamentos. A Rede de Atenção à Saúde abrange ações voltadas para a

integralidade e qualidade no cuidado seguro, buscando a capacitação mediante atuações

corretas dos profissionais da área da saúde1. Assim, a segurança, no modelo brasileiro de

atenção à saúde, vem sendo a preocupação atual nas políticas públicas com o objetivo de

sensibilizar as instituições e serviços, visando a garantia da qualidade da assistência à

saúde2 conforme os objetivos da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do

Paciente. Objetivo: este estudo tem como objetivo relatar a mudança da prática

profissional enquanto membro da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do

Paciente. Metodologia: foi utilizado o método de relato de experiência3, realizado no mês

de agosto de 2014, durante o encontro presencial dos membros ativos da Rede

Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente - Núcleo Santa Maria, Brasil. O tema

abordado foi a mudança da prática profissional, a partir da percepção da participação

ativa de 16 membros. Resultados: frente às discussões, os resultados foram: reflexão

sobre a prática cotidiana do cuidado seguro de enfermagem; maior conhecimento sobre

os protocolos específicos; compartilhamento de experiências institucionais; pro-

atividade na prevenção de riscos; convencimento da administração hospitalar a partir

das metas; processos mais educativos do que punitivos diante do erro.

Conclusão/implicações para a enfermagem: as reflexões, portanto, corroboram com a

relevância da sensibilização dos profissionais de enfermagem quanto à

operacionalização das metas, visando a qualidade da assistência segura de enfermagem.

Descritores: Enfermagem. Segurança do Paciente. Qualidade da Assistência à Saúde.

Referências

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

89

1.REBRAENSP. Acordos Básicos de Cooperação na Rede Brasileira de Enfermagem e

Segurança do Paciente. São Paulo, SP: Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do

Paciente; 2009.

2.Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS.

Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto

Alegre: EDIPUCRS; 2013.

3.Dyniewicz AM. Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. 2ª Ed. São Caetano

do Sul, SP: Difusão Editora; 2009.

______________________

aEnfermeira Docente. UNIFRA. Email: [email protected]

bEnfermeira Especialista ITPH. Email: [email protected]

cEnfermeira Gerente. HBM SM. Email: [email protected]

dEnfermeira Assistencial. Cauzzo & Meirelles Policlínica. Email:

[email protected]

eEnfermeira Docente. UNIFRA. Relatora. Email: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

90

RELATO SOBRE O INICIO DAS AÇÕES VOLTADAS À SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM

HOSPITAL DE MÉDIO PORTE

Aldenir Damião Araujoa, Angélica Martini Cembranelb, Cinthia Cristina Oliveskic, Cledir

Tania França Garciad, Renata Copetti Casarine, Rosana Ferretti Zambraf

Introdução: o cenário inseguro na prestação da assistência aos pacientes nos serviços de

saúde levou os órgãos de saúde competentes a priorizarem ações voltadas à segurança

do paciente. Objetivo: este estudo objetiva descrever a experiência do início das ações da

gestão de riscos em um serviço de saúde hospitalar de médio porte e de alta

complexidade do interior do Estado do Rio Grande do Sul. Método: trata-se de um relato

de experiência referente ao período de setembro de 2013 a agosto de 2014. O processo

envolveu enfermeiros assistenciais, gestores/coordenadores, direção e outras gerências

da instituição. Resultados: inicialmente foi realizado um diagnóstico situacional dos

processos assistenciais e administrativos e posteriormente iniciaram-se as estratégias

de melhoria da qualidade. Criou-se um Núcleo de Segurança do Paciente e subcomissões,

de caráter multidisciplinar, que enfatizam os processos definidos pela Agência Nacional

de Vigilância Sanitária como prioritários para melhoria bem como para a disseminação

da cultura de segurança. Os principais resultados de 11 meses de trabalho foram a

criação de um check-list pré-operatório e um check-list para a transferência de pacientes,

os quais reduziram significativamente os erros associados a falhas na comunicação

entre os profissionais. Com a criação de duas subcomissões estão sendo padronizados

dois processos assistenciais. Conclusões: o maior desafio constitui-se na mudança de

atitudes e da cultura de segurança por parte dos profissionais, uma vez que esta

temática era desconhecida pela maioria. A experiência das ações já desenvolvidas é

considerada valiosa e otimista para a continuidade do processo de gestão de riscos.

Embora a educação continuada seja uma estratégia considerada básica e aliada da

gestão de riscos, as ferramentas de gestão também devem estar necessariamente

associadas às ações de segurança do paciente. Acredita-se que este estudo traga

contribuições para outras instituições e profissionais, principalmente àqueles que

estejam iniciando ações voltadas à segurança do paciente.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

91

Descritores: Segurança do Paciente. Gerenciamento de Riscos. Educação Continuada.

Referências

1 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Implantação do núcleo de

segurança do paciente em serviços de saúde. Brasília:

Anvisa; 2014[acessado 2014 Ago 26]. Disponível em:

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/Modulo_6_-

_Implantacao_Nucleo_de_Seguranca.pdf

2 Montserrat-Capella D, Cho M, Lima RS. Segurança do paciente e qualidade em serviços

de saúde. In: ANVISA. Assistência segura: uma reflexão teórica aplicada à prática.

Brasília, DF: ANVISA; 2013. p. 13-17.

3 Brasil. Ministério da Saúde. RDC n°36/2013. Brasília, DF: ANVISA; 2013[acessado

2014 Ago 26]. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.html

4 Nishio EA, Franco MTG. Modelo de gestão em enfermagem. Qualidade assistencial e

segurança do paciente. Rio de Janeiro: Elsevier; 2011.

______________________________

aGerente de Enfermagem - Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS.

[email protected]

bSupervisora de Enfermagem - Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS.

[email protected]

cEnfermeira do Controle de Infecção - Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS.

[email protected]

dSupervisora da Educação Continuada - Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS.

[email protected]

eSupervisora de Enfermagem - Associação Hospital de Caridade de Ijuí -

[email protected]

fEnfermeira Coordenadora do Programa de Segurança do Paciente - Associação Hospital

de Caridade de Ijuí, RS. Relatora. [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

92

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

93

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA EM SAÚDE: RELACIONANDO

UNIDADES DE APOIO PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE CRÍTICO

Jamile Dutra Correiaa,b Liarine Bedina, Rita Catalina Aquino Caregnatoc

Introdução: o Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde da

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre em parceria com a

Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil, tem como ênfase o

intensivismo, sendo direcionado a seis áreas do conhecimento, a saber: Enfermagem,

Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e Psicologia. Cada profissão busca, nas

outras áreas, apoio ao exercício profissional e ampliação do conhecimento, articulando a

teoria com a prática, consolidando os conhecimentos embasados nas políticas do

Sistema Único de Saúde. Objetivo: relatar a experiência da imersão prática das

residentes de Enfermagem nos setores de apoio para a segurança do paciente crítico.

Método: relato de experiência sobre o período de imersão prática de um mês ao

ingressarem na Residência Multiprofissional Integrada em Saúde. Residentes de

Enfermagem do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde/

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre/ Irmandade Santa Casa de

Misericórdia de Porto Alegre passam pelo Centro de Materiais e Esterilização, Centro

Cirúrgico e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar antes de ingressarem na Unidade

de Tratamento Intensivo. Resultados: ao ingressar na Residência Multiprofissional

Integrada em Saúde, todos os residentes fazem um mês de imersão prática passando

pelos serviços essenciais para o cuidado seguro ao paciente atendido na Unidade de

Tratamento Intensivo. As residentes de Enfermagem passam pelo Serviço de Controle de

Infecção Hospitalar para conhecer os protocolos existentes para Prevenção da Infecção

do paciente internado na Unidade de Tratamento Intensivo. Também conhecem as

capacitações dos profissionais ingressantes na instituição e os profissionais das

unidades de internação para conhecimento dos protocolos existentes para a prevenção

da infecção e segurança do paciente. Após, as residentes passam alguns dias no Centro

de Materiais e Esterilização, onde tem oportunidade de acompanhar todo o processo de

preparo e esterilização dos materiais utilizados em vários momentos do atendimento ao

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

94

paciente crítico. Os enfermeiros devem conhecer o processo de preparo dos materiais

usados nos cuidados do paciente crítico. A etapa seguinte é conhecer e passar alguns

dias no Centro Cirúrgico, onde acompanham cirurgias de grande porte de pacientes da

Unidade de Tratamento Intensivo. Observam-se os profissionais realizando escovação,

paramentação, manejo dos materiais estéreis e tempos cirúrgicos. Conclusão: o paciente

em situação crítica possui maior vulnerabilidade às infecções, exigindo maior cuidado e

conscientização dos profissionais de saúde acerca a prevenção e controle das infecções.

A vivência prática no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Centro de Materiais e

Esterilização e Centro Cirúrgico amplia a visão dos residentes acerca da ligação existente

entre as unidades que norteiam a terapia intensiva e proporcionam segurança aos

pacientes. Observa-se o papel fundamental da enfermagem em todos os setores para o

controle das infecções relacionadas à assistência a saúde. Considera-se importante que

as residências multiprofissionais contemplem práticas de imersão em setores essenciais

ao atendimento do paciente em situação crítica, preparando e estimulando os

enfermeiros à formação ampliada com conhecimento pertinente das unidades de apoio

para proporcionar uma prática segura na terapia intensiva. A integração dos setores

contribui para todos envolvidos, para a qualificação dos serviços, segurança do paciente

e desenvolvimento de competências dos residentes.

Descritores: Educação. Enfermagem. Segurança do Paciente.

Referências

Donini, JC, Ebling, SBD, Dornelles CS, Silva SO. A atuação do (a) enfermeiro (a) no

controle de infecção hospitalar: um relato de experiência. Vivências: Revista Eletrônica

de Extensão da URI. 2013;9(16):10-19.

Bartolomei SRT, Lacerda RA. Trabalho do enfermeiro no centro de material e seu lugar

no processo de cuidar pela enfermagem. Rev Esc Enferm USP. 2006;40(3): 412-7.

__________________________

a Residentes de enfermagem do 1º ano da Residência Multiprofissional Integrada em

Saúde com Ênfase em Intensivismo da Universidade Federal de Ciências da Saúde de

Porto Alegre, RS.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

95

b Relatora.

cProfessora Adjunta da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, RS.

Orientadora.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

96

SEGURANÇA DO PACIENTE EM FOCO: A EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO

FERRAMENTA DE MUDANÇAS NO PROCESSO DE TRABALHO DA ENFERMAGEM

Giovana Ely Floresa, Elisabeth Lopesb, Fernanda Rosa Perdominic, Maria Lúcia Scolad,

Maria Rejane dos Santose, Andrea Cruzf

Introdução: o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil, vem revisando seu processo

de trabalho a partir dos padrões de segurança e qualidade da Organização Mundial da

Saúde e Joint Commission International, com foco no cuidado ao paciente. Em 2013

obteve a Acreditação Internacional, sendo o primeiro hospital universitário certificado

no Brasil. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre investe continuamente em melhorias

no processo assistencial com relação à qualidade e segurança do paciente. Para tanto,

conta com o Serviço de Educação em Enfermagem, que desenvolve ações educativas

junto às equipes de enfermagem em interface com os demais profissionais de saúde, na

perspectiva da Educação Permanente em Saúde. Uma das estratégias preparatórias para

a avaliação de certificação enfatizou as Metas Internacionais de Segurança do Paciente.

Objetivo: apresentar as ações educativas preparatórias desenvolvidas para a equipe de

enfermagem com foco nas Metas Internacionais de Segurança do Paciente

considerando: Políticas, Planos, Protocolos e Procedimentos Operacionais Padrão

institucionais. Metodologia: para o desenvolvimento das ações foram utilizadas, como

estratégias de primeira escolha, as que privilegiam as metodologias ativas como:

sensibilização dos profissionais, capacitação presencial, utilização de ensino a distância

e intervenções educativas nas unidades assistenciais na modalidade de grupos focados1.

Resultados: as ações educativas nas unidades permitiram a aproximação com a

realidade dos profissionais, provocando a problematização sobre seu processo de

trabalho, auto-análise e proposição de melhorias em relação à segurança e qualidade do

cuidado. Considerando que o processo de educação em saúde é dinâmico e permanente,

que a diversidade em um hospital universitário é marcante, que a mudança para uma

cultura de segurança necessita de tempo para acontecer, e entendendo que os processos

são desenvolvidos por sujeitos, o Serviço de Educação em Enfermagem vem

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

97

permanentemente reavaliando o processo educativo junto às equipes. Conclusão:

partindo da concepção de que a qualidade do trabalho em saúde passa pela reflexão-

ação integrada, foram realizadas mudanças na organização e proposição da educação

pelo trabalho que ultrapassaram os limites da enfermagem. As ações passaram a ter um

cunho pedagógico multiprofissional e produziram mudanças significativas na co-

responsabilização sobre o processo de trabalho, qualidade e segurança assistencial.

Contribuições: neste contexto foram observadas melhorias quanto ao engajamento dos

profissionais nas questões de segurança e envolvimento do usuário no processo de

cuidado. Recomenda-se, portanto, a continuidade do trabalho integrado das equipes

com vista ao fortalecimento da cultura de segurança e qualidade da assistência à saúde.

Descritores: Educação em Enfermagem. Segurança. Qualidade da Assistência à Saúde.

1 Grupos focados são espaços educativos que fomentam a reflexão e discussão sobre o

processo de trabalho da enfermagem a partir da definição institucional de focos de

intervenção para melhoria dos processos. Política de Educação em Enfermagem do

HCPA, 2013.

____________________________

a Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de

Porto Alegre, RS. [email protected].

b Pedagoga do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de

Porto Alegre, RS. [email protected]

c Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de

Porto Alegre, RS. [email protected]

dEnfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de

Porto Alegre, RS. [email protected]

e Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de

Porto Alegre, RS. [email protected]

f Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de

Porto Alegre, RS. [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

98

SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Gabriela Del Mestre Martinsa, Amanda dos Santos Fragosoa,b, Leila Maria de Abreu Jaggic,

Simone Travi Canabarrod, Rita Catalina Aquino Caregnatoe

Introdução: considerando a complexidade de procedimentos e tratamentos realizados

nos pacientes das Unidades de Terapia Intensiva, o potencial para o prejuízo à saúde do

paciente é real. A segurança do paciente é definida como a redução do risco de danos

desnecessários associados à atenção à saúde, até um mínimo aceitável.1-2 As instituições

devem possuir profissionais capacitados, processos e sistemas adequados para garantir

um cuidado seguro.² Objetivo: relatar a experiência de residentes de Enfermagem na

segurança do paciente nas Unidades de Terapia Intensiva. Método: trata-se de um relato

de experiência sobre a vivência na prática assistencial de residentes de Enfermagem do

Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde, com ênfase em

intensivismo, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre em parceria

com a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), Brasil.

Resultados: observou-se em todas as Unidades de Terapia Intensiva da Irmandade Santa

Casa de Misericórdia de Porto Alegre que as estratégias mais utilizadas pela equipe de

enfermagem para a segurança do paciente são: higienização das mãos nos cinco

momentos; identificação do paciente com pulseira e placa no leito; pacientes com risco

de queda ou alergia são identificados através de adesivos fixados nas pastas e pulseiras

vermelhas; comunicação efetiva entre a equipe através da dupla checagem de

informações; avaliação do risco de queda pela Morse Fall Scale; prevenção de úlcera por

pressão pela escala de Braden e protocolos padronizados pela instituição; administração

segura de medicamentos utilizando-se o Método 9 certos: paciente certo; medicamento

certo; hora certa; via certa; dose certa; compatibilidade medicamentosa; orientação ao

paciente; direito a recusar o medicamento; anotação correta; uso seguro de dispositivos

intravenosos; administração segura de sangue/hemocomponentes. Conclusão:

assegurar a segurança do paciente proporciona uma assistência livre de iatrogenias,

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

99

gerando relação de confiança entre paciente e profissional. Além disso, as residências

visam à formação de recursos humanos qualificados, configurando uma oportunidade de

formar profissionais com um perfil novo, que consigam integrar o ensino à prática

diária, utilizando o conhecimento para o cuidado seguro ao paciente.

Palavras-chaves: Segurança do Paciente. Cuidados de Enfermagem. Internato não

Médico.

Referências

1. Dez passos para a segurança do paciente. Conselho Regional de Enfermagem do

Estado de São Paulo. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. São

Paulo; 2010. 32p.

2. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS.

Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto

Alegre: EDIPUCRS; 2013. 132p.

___________________________

a Enfermeira residente. Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde

com ênfase em intensivismo (REMIS) da Universidade Federal de Ciências da Saúde de

Porto Alegre (UFCSPA), RS. [email protected]

b Relatora.

c Enfermeira. Especialista em gestão empresarial. Mestranda, Universidade Federal de

Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Gerente hospitalar do Hospital Santa Rita

da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS.

d Enfermeira. Doutora em pediatria e saúde da criança. Professora Adjunta, Universidade

Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

e Enfermeira. Doutora em Educação. Professora Adjunta, Universidade Federal de

Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Universidade Luterana do Brasil

(ULBRA). Coordenadora do Programa REMIS/UFCSPA.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

100

SEGURANÇA DO PACIENTE NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A DISPENSAÇÃO ELETRÔNICA

Andréia Barcellos Teixeira Macedoa, Ariane Graciottob, Carla Egresc, Ivanise Perboni

Torresc, Rosalice dos Santos Barbosa Pradoc,d, Roberta Guimarãesc

Introdução: os erros de medicação estão diretamente relacionados aos desfechos

clínicos dos pacientes. Sua ocorrência, além de aumentar o tempo de internação

hospitalar e os custos decorrentes da mesma, pode gerar danos significativos aos

pacientes1. A administração de medicamentos é de responsabilidade da enfermagem nas

24 horas e, com o intuito de promover práticas seguras, as instituições de saúde estão

investindo em meios para garantir a segurança da assistência ao paciente, reduzindo

possíveis eventos adversos. O sistema automatizado de dispensa de medicação agiliza a

gestão de medicamentos de forma descentralizada, essa solução ajuda as instituições no

processamento e na administração dos medicamentos com segurança e eficiência2.

Objetivo: relatar a percepção da equipe de enfermagem da unidade sobre a utilização do

equipamento. Metodologia: trata-se de um relato de experiência dos profissionais de

enfermagem de uma unidade de internação destinada a pacientes com germe

multirresistente de um hospital escola do sul do Brasil. As vivências se deram no

período de setembro de 2013 a setembro de 2014. Resultados: pontos positivos citados:

seleção atenta e correta do medicamento; redução de exposição dos medicamentos nas

bancadas, do tempo de envolvimento do enfermeiro com os controlados; controle no

consumo de medicamentos e materiais, do usuário e acesso; diminuição de estorno de

medicamentos; segurança no armazenamento de medicamentos de alta vigilância e

psicotrópicos; sinalização nos casos de quase erros, como alteração na prescrição

médica, retirada de doses erradas e medicações vencidas. Pontos de melhoria:

necessidade de vários reaprazamentos on-line, liberação apenas pelo farmacêutico em

caso de não conformidade, bloqueios automáticos de longo tempo da máquina,

discrepância do número de medicamentos e materiais disponíveis, demora na liberação

de medicamentos em urgências, ausência de alguns kits de material para preparo do

medicamento, indisponibilidade de encaminhar todas as medicações do paciente para

outros setores, fila e atraso no momento da retirada da medicação. Conclusão,

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

101

contribuições e implicações para a Enfermagem: frente o exposto, conclui-se que o uso

do equipamento de dispensação eletrônica de medicamentos serve como estratégia para

promover segurança do paciente. Por outro lado, alguns resultados esperados não foram

observados neste piloto. O equipamento demanda tempo para a equipe de enfermagem,

artigo raro nas condições atuais da unidade. Além do mais, observa-se que alguns

processos ainda necessitam de ajustes.

Descritores: Segurança do Paciente. Sistemas de Medicação. Enfermagem.

Referências

1 Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração

de medicamentos. Brasília, DF; 2013.

2 Grifols México SA de CV. Sistema automático de distribuição para gestão de

medicamentos Pyxis MEDSTATION 4000. 2014.

___________________________________

aEnfermeira, chefe. Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. E-mail:

[email protected]

bEnfermeira. Hospital de Clinicas de Porto Alegre, RS.

cTécnica de enfermagem. Hospital de Clinicas de Porto Alegre, RS. E-mail: Rosalice-

[email protected]

d Relatora.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

102

SEGURANÇA DO PACIENTE: ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO DA RESISTÊNCIA

BACTERIANA

Roberta Soldatelli Pagno Paima, Elisiane Lorenzinib

Introdução: a resistência antimicrobiana por bactérias patogênicas é uma ameaça

crescente no tratamento de doenças infecciosas por micro-organismos

multirresistentes, o que compromete a Segurança do Paciente, constituindo-se em

problema de Saúde Pública.1 Objetivo: analisar a produção científica acerca do tema

resistência bacteriana, visando contribuir na produção de conhecimento acerca de

estratégias de prevenção da resistência bacteriana. Metodologia: estudo descritivo, na

perspectiva de uma revisão narrativa da literatura, realizada em janeiro de 2014, na

Biblioteca Virtual em Saúde, através da Scientific Electronic Library Online (SciELO) e

Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Resultados: no

recorte temporal de 2008 a 2014, foram selecionados oito artigos que relatavam

estratégias de prevenção da resistência bacteriana. O uso indiscriminado de

antimicrobianos é o principal fator relacionado com a emergência de cepas microbianas

resistentes, e a resistência antimicrobiana pode ser reduzida pelo uso dos mesmos de

forma racional, considerando-se as propriedades farmacológicas dos antimicrobianos, a

diferenciação segundo seu uso em profiláticos, empíricos e terapêuticos, bem como

pelos testes de diagnósticos e testes de susceptibilidade antimicrobiana. A educação

continuada da equipe multidisciplinar é uma estratégia para prevenção da resistência

antimicrobiana. A higienização das mãos é a medida mais eficaz na prevenção e controle

das infecções relacionadas à assistência à saúde e, também, um pilar fundamental para a

redução da disseminação da resistência bacteriana.2-5 Conclusão: o uso racional de

antimicrobianos, a higienização adequada das mãos, a cultura de vigilância

microbiológica, a educação continuada, a desinfecção de superfícies, uso de testes de

suscetibilidade, o isolamento de contato, quando indicado, e a manutenção de um banco

de dados constituem-se em estratégias encontradas neste estudo para prevenir a

seleção de micro-organismos resistentes. Contribuições para a enfermagem: este estudo

contribui para os profissionais refletirem sobre a resistência bacteriana e suas possíveis

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

103

consequências, auxiliando-os a adotar medidas preventivas com o objetivo de contribuir

para a segurança do paciente.

Palavras-chave: Segurança do Paciente. Farmacorresistência Bacteriana. Infecção

Hospitalar.

Referências

1. World Health Organization. Antimicrobial resistance: global report on surveillance. 2014[acesso em 2014 Jun 07]. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/112647/1/WHO_HSE_PED_AIP_2014.2_eng.pdf

2. Chang RL, Cho IH, Jeong BC, Lee SH. Strategies to minimize antibiotic resistance. Int. J.

Environ. Res. Public Health 2013[acesso em 2013 Set 21];10 (9):4274-305. Disponível

em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3799537/pdf/ijerph-10-04274.pdf

3.Oliveira AC, Silva RS. Desafios do cuidar em saúde frente à resistência bacteriana: uma

revisão. Revista Eletrônica de Enfermagem 2008[acesso em 2013 Jun 11];10 (1):189-97,

Disponível em: http://www.fen.ufg.br/fen_revista/v10/n1/pdf/v10n1a17.pdf

4. Lorenzini E, Nunes G, Pagno RS, Costa TC; Silva EF. Enfermería y control de

infecciones en la UCI neonatal: revisión integradora de la literatura. Enfermería

Comunitaria (rev. digital) 2013,9(2).Disponible en: http://www.index-

f.com/comunitaria/v9n2/ec9168.php

5. Paim RSP, Lorenzini E. Incidência bacteriana e resistência antimicrobiana de uma

instituição hospitalar de médio porte da região nordeste do Rio Grande do Sul.

Biblioteca Lascasas 2013;9(3). Disponível em: http://www.index-

f.com/lascasas/documentos/lc0731.php

______________________________

aFarmacêutica. Mestre em Biotecnologia. Docente. Faculdade da Serra Gaúcha. Faculdade

Fátima, Caxias do Sul, RS. Relatora. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

104

bEnfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Enfermagem pela

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS. E-mail:

[email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

105

TRATAMENTO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO COM ALTA FREQUÊNCIA: UMA

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

Rafael de Almeidaa, Fernanda Duarte Siqueirab, Cristiane Giacomollic,

Eniva Miladi Fernandes Stummd

Introdução: úlceras por pressão são lesões teciduais localizadas, decorrentes de

compressão, associadas à fricção ou cisalhamento dos tecidos moles, entre uma

proeminência óssea e uma superfície rígida, comprometendo pele e tecidos subjacentes.

O uso de equipamento de alta frequência é indicado para tratamento das respectivas

feridas, com boa resolutividade. Objetivos: geral - avaliar o uso de um equipamento de

alta frequência no tratamento de úlceras por pressão em uma Unidade de Reabilitação.

Os objetivos específicos são caracterizar os pacientes participantes do estudo com

variáveis de identificação, sociodemográficas e clínicas; verificar a neoformação tecidual

após aplicação de alta frequência modulada de acordo com a sensibilidade do paciente e

avaliar os estágios de cicatrização da úlcera por pressão no decorrer do tratamento.

Metodologia: trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, transversal. Será realizada

uma intervenção fisioterapêutica com pacientes com úlcera por pressão, estágios 2 e 3,

assistidos em uma Unidade de Reabilitação, durante 60 dias. Os instrumentos de coleta

de dados compreendem um formulário com dados de caracterização e clínicos e imagens

fotográficas das úlceras por pressão dos pacientes, antes, durante a após a intervenção

fisioterapêutica. Os resultados serão analisados com estatística descritiva e respeitados

todos os aspectos éticos de pesquisa com pessoas. O projeto de pesquisa foi aprovado

pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Noroeste do Estado-

UNIJUÍ, Brasil, Parecer Consubstanciado 787.068. Conclusão: os resultados dessa

intervenção podem ser importantes para qualificar a assistência a pacientes com úlceras

por pressão e instigar pesquisadores e profissionais da saúde para a construção de mais

investigações, inclusive com outros olhares. Implicações/contribuições para a

Fisioterapia e Enfermagem: esta intervenção pode ser importante para ambas as áreas

da saúde, no sentido de instigar os profissionais a realizar trabalhos integrados para

qualificar a assistência a pacientes com feridas.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

106

Descritores: Úlcera por Pressão. Técnicas de Fechamento de Feridas. Fisioterapia.

Referências

1 Souza DMST, Santos VLCG. Fatores de risco para o desenvolvimento de úlceras por

pressão em idosos institucionalizados. Rev Lat Am Enferm. 2007;15(5):958-64.

2 Rangel EML, Caliri MHL. Uso das diretrizes para o tratamento da úlcera por pressão

por enfermeiros de um hospital geral. Rev Eletr Enf. 2009;11(1):70-7.

3 Pato TR, Kawamoto CA, Riberto M, Thomaz A, Raimundo VR, Myahara KI, et al.

Desenvolvimento de um protocolo de avaliação de pacientes com úlceras de pressão

através da telemedicina e imagens digitais. Acta Fisiatr. 2007;14(4):204-9.

4 Medeiros ABF, Lopes CHA, Jorge MS. Análise da prevenção e tratamento das úlceras

por pressão propostos por enfermeiros. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(1):223- 38.

__________________________________

a Acadêmico de Fisioterapia, Unijuí, Ijuí, RS. Email: [email protected]

b Acadêmica de Enfermagem, Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPq, Unijuí, Ijuí, RS.

Relatora. Email: [email protected]

c Fisioterapeuta, Unijuí, Ijuí, RS. Email: [email protected]

d Enfermeira, Doutora em Ciências, Unijuí, Ijuí, RS. Email: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

107

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: PREVENÇÃO DA INFECÇÃO DE CORRENTE

SANGUÍNEA RELACIONADA À INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL

Állany Silva Kleina, Jaqueline Lopes da Rocha Santosb, Katiusse do Amaral Soaresc,

Mariana Lopes de Camposd, Rita Catalina Aquino Caregnatoe

Introdução: os cateteres venosos centrais são indispensáveis na prática em unidades de

terapia intensiva. No entanto, são importantes fontes de infecção primária da corrente

sanguínea¹. O risco de infecção relacionado ao cateter venoso central está associado às

práticas adotadas no momento da inserção, à localização do acesso, experiência do

profissional que realiza o procedimento, tempo de permanência, tipo e manipulação do

cateter, entre outros². Esses fatores constituem pontos estratégicos importantes para

ações preventivas dessas infecções, proporcionando maior segurança ao paciente.

Objetivos: relatar a experiência da implementação de práticas de controle de infecção de

corrente sanguínea associada ao cateter venoso central. Metodologia: trata-se de um

relato de experiência sobre os cuidados implementados para prevenção de infecções de

corrente sanguínea associadas ao cateter venoso central em pacientes na unidade de

terapia intensiva adulto do Hospital Santa Clara do Complexo Hospitalar Santa Casa de

Misericórdia de Porto Alegre, Brasil. Resultados: dos 26 pacientes internados na unidade

de terapia intensiva, cerca de 90% possuem cateter venoso central, sendo que no mês de

julho de 2014, cerca de 10 foram submetidos à passagem de cateter venoso central.

Neste mês, na unidade, ocorreram 4,5 infecções por 1000 cateteres venosos centrais/dia.

O controle das medidas preventivas é realizado através da observação não participante

com o preenchimento de uma ficha no acompanhamento da inserção do cateter venoso

central, sendo o registro realizado por enfermeiros ou técnicos de enfermagem. Os itens

avaliados são: higienização das mãos, uso de barreira estéril, número de tentativas, sítio

de inserção e tipo de cobertura de curativo. As fichas são avaliadas pelo Serviço de

Controle de Infecção do Hospital. Conclusão: o instrumento utilizado auxilia na avaliação

da prática, na identificação de oportunidades para intervenções e redução do número de

infecções, integrando cuidados em prol da segurança do paciente. Implicações para

Enfermagem: a adoção de uma ficha de acompanhamento aplicada a cada inserção de

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

108

cateter venoso central é um medida preventiva que auxilia a identificar falhas no

processo que podem levar à infecção de corrente sanguínea.

Descritores: Infecções Relacionadas a Cateter. Segurança do Paciente.

Referências

1 Castilho LD, et al. Infecções de corrente sanguínea relacionadas ao cateter venoso

central em terapia intensiva: ensaio clínico randomizado aberto. Revista Nursing.

2009;12(136):429-34.

2 Fernandes AT, Ribeiro NF. Infecção do acesso vascular. In: Fernandes AT, Fernandes

MA, Ribeiro NF, organizadores. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde.

São Paulo: Atheneu; 2000. p. 556-79.

__________________________________

aEnfermeira, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E-

mail: [email protected]

bEnfermeira, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E-

mail: [email protected]

cEnfermeira, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E-

mail: [email protected]

dAcadêmica de Enfermagem, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

(UFCSPA), RS. Relatora. E-mail: [email protected]

eProfessora, Doutora, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

(UFCSPA), RS. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

109

2 PESQUISA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

110

A SEGURANÇA DO PACIENTE NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: PAPEL DO ENFERMEIROa

Giuliana Caldeirini Arutob, Katia Cilene Bertoncelloc, Luciana Bihain Hagemannd

Introdução: a cada ano ocorrem entre 210.000 a 400.000 mortes causadas por eventos

adversos em hospitais nos Estados Unidos1. No Brasil, a incidência de eventos adversos

é de 7,6%, dos quais 66% são considerados evitáveis2. Nesse contexto, o Ministério da

Saúde instituiu em 2013 o Programa Nacional de Segurança do Paciente, com o objetivo

geral de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em território nacional, de

qualquer natureza econômica e administrativa, de acordo com a prioridade conferida à

segurança do paciente em serviços de saúde3. Objetivo: avaliar a segurança do paciente

na classificação de risco de uma unidade de emergência adulto através da acurácia de

enfermeiros. Metodologia: trata-se de estudo quantitativo, transversal e retrospectivo

realizado entre outubro e dezembro de 2013, em um hospital escola do sul do Brasil.

Foram realizadas 380 reclassificações de risco seguindo o protocolo institucional a fim

de obter o real nível da classificação de risco. Resultados: observou-se que a acurácia da

classificação de risco institucional é excelente através do coeficiente de concordância de

Kappa. Obteve- se um valor de Kappa de Cohen de 0,786, com intervalo de confiança de

95% entre 0,732 e 0,840 com valor de hipótese nula de 0,042 (menor que o limite

estimado de 0,4). Assim, sugere excelente acordo entre a avaliação e a reavaliação.

Apesar de menos frequentes, os erros observados em alguns casos de subestimação do

risco podem ser considerados erros graves, uma vez que podem acarretar sérios danos

para os usuários, pois o erro de classificação determina um tempo de atendimento que

pode ser crucial para sua condição de saúde. Conclusão: o protocolo mostrou-se

confiável para determinação dos níveis de prioridade, fortalecendo a cultura da

segurança do paciente nos serviços de urgência e emergência. Contribuições para a

enfermagem: este estudo contribui para a detecção precoce de erros relacionados à

classificação de risco e destaca o papel do enfermeiro nesse serviço, de forma a oferecer

uma assistência com qualidade e com segurança ao paciente.

Descritores: Segurança do Paciente. Acolhimento. Enfermagem.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

111

Referências

1 James JT. A New, evidence-based estimate of patient harms associated with hospital

care. J Patient Saf. 2013;9:122-8.

2 Mendes WV, et. al. The assessment of adverse events in hospitals in Brazil. Int J Qual

Health Care. 2009;21(4):279–84.

3 Brasil. Portaria nº 529 de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de

Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União. 2013.

_______________________________

a. Parte da dissertação de Mestrado apresentada em 2014 ao Programa de Mestrado

Multidisciplinar em Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (USFC).

b. Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC. E-

mail: [email protected]

c. Doutora em Enfermagem Fundamental. Professora Adjunta II, do Departamento de

Enfermagem da UFSC. Coordenadora do Mestrado Profissional Associado à Residência

Multidisciplinar em Saúde da UFSC. E-mail: [email protected]

d Mestre em Saúde pela UFSC. Enfermeira Assistencial da Unidade de Emergência Adulto

do HU/UFSC. E-mail: [email protected]. Relatora.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

112

A SEGURANÇA DO PACIENTE POR MEIO DA PESQUISA EM ENFERMAGEM

Jonathas Cristiano Figueiredo¹, Jane Martin², Neusa Eliane Lobchenco³, Aline Carla

Hennemann4, Claudia Capellari5, Thiago Silva6

Introdução: a preocupação com a alimentação do indivíduo existe desde o período

neonatal. Com o decorrer dos anos e a vida agitada, o ser humano parece não identificar

a importância deste aspecto como sendo fundamental para manutenção da sua

sobrevivência. Na atualidade, grande parte da produção de pesquisa fica restrita ao

âmbito acadêmico, tanto em ambientes de formação, quanto em instituições ligadas a

academias, como os hospitais universitários. Entendemos a importância da pesquisa

para as melhores práticas na área da saúde e, para isso, é mister a formação de

profissionais consumidores da mesma em seus cenários de trabalho. As evidências

alcançadas devem ser condutoras de práticas mais seguras e eficazes. Objetivo:

despertar o olhar científico do acadêmico de enfermagem sob a ótica da nutrição por

meio de práticas baseadas em evidências, na disciplina Cuidados Nutricionais em Saúde.

Método: trata-se de relato de experiência da construção de projetos, realizado por

acadêmicos de enfermagem. Os projetos se concentraram em práticas baseadas em

evidências. Resultados: foram construídos quatro projetos com os enfoques: Avaliação

do índice de massa corporal em corredores esportivos do vale do Paranhana, Brasil;

Conhecimento da equipe de enfermagem no e manuseio com sonda nasoenteral;

Avaliação do nível de conhecimento dos enfermeiros atuantes nas unidades de

internação dos hospitais da serra gaúcha sobre dispositivos enterais; Avaliação do índice

de massa corporal de escolares na cidade de Taquara, RS. Conclusão: os projetos estão

em processo de apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A operacionalização dos

projetos estimula os acadêmicos em busca de conhecimentos, desvelando oportunidade

de novos eixos na enfermagem baseada em evidências, principalmente dentro de uma

temática tão especifica como a terapia nutricional. No momento em que o aluno produz

pesquisa, ele consome pesquisa, com isso acredita-se formar um ciclo de cuidado

instrumentalizado através do conhecimento cientifico.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

113

Palavras-chave: Pesquisa. Enfermagem. Terapia Nutricional.

Referências

Barbosa JAG. Enfermagem em terapia nutricional. Nursing (São Paulo). 2003

Maio;6(60):21-24.

Ciosak SI, Matsuba CST, Serpa LF. Terapia nutricional enteral e parenteral – consenso de

boas práticas de enfermagem. São Paulo: Martinari; 2011.

Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, Sociedade Brasileira de Clínica

Médica, Associação Brasileira de Nutrologia. Recomendações nutricionais para adultos

em terapia nutricional enteral e parenteral. São Paulo; 2011.

_________________________________________________

¹Acadêmico. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de

Taquara, RS - FACCAT. Relator.

²Acadêmica. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de

Taquara, RS - FACCAT.

³Acadêmica. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de

Taquara, RS - FACCAT.

4Enfermeira. Graduada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

Especialista na área Materno Infantil pelo Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital

Moinhos de Vento (IEP/HMV). Mestranda em Pediatria/Saúde da Criança pela Pontifícia

Universidade Católica (PUCRS). Especializando em Docência na Saúde (UFRGS)

Professor do Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de

Taquara, RS - FACCAT.

5Enfermeira. Graduada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestre em

Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especializanda

em Docência na Saúde (UFRGS) Coordenadora do Curso de Bacharelado em Enfermagem

das Faculdades Integradas de Taquara, RS - FACCAT.

6Enfermeiro. Graduado pelo Centro Universitário Metodista do Sul (IPA). Especialista em

Urgência e Emergência Adulto e Pediátrico pela Universidade Federal do Rio Grande do

Sul (UFRGS). Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

114

da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especializando em Docência na

Saúde pela Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) Professor do Curso de

Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara, RS - FACCAT.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

115

A SEGURANÇA NA ASSISTÊNCIA PRESTADA AOS PACIENTES SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS

Francisco Carlos Pinto Rodriguesa, Emanuela Rosa Gomesb,

Luélen Rodrigues Vallec

Introdução: a segurança do paciente tanto a nível mundial quanto na América do Sul tem

sido amplamente discutida, tema atual e contemporâneo. Em 2007, na XXII Reunião de

Ministros da Saúde do Mercado Comum do Cone Sul, houve o primeiro movimento

oficial do bloco de apoio à primeira meta da Aliança Mundial para a Segurança do

Paciente “una atención limpia, es uma atención mas segura”1 Segundo a Escola Nacional

de Saúde Pública2, “cerca de 10% dos pacientes internados sofrem algum tipo de evento

adverso. Destes, 66% poderiam ser evitados”, apontou estudo desenvolvido pelo

pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública e integrante do Centro Colaborador

para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente2 (Proqualis), Walter Mendes3.

Objetivo: a pesquisa tem como objetivo geral investigar junto a um hospital de médio

porte as condições de segurança na assistência prestada aos pacientes submetidos a

procedimentos cirúrgicos. Método: trata- se de uma pesquisa qualitativa do tipo

descritiva. A coleta de dados foi realizada em um hospital de médio porte localizado no

interior do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A população foi composta por

profissionais de enfermagem. Foram realizadas 15 entrevistas. O status do projeto

encontra-se na fase de categorização dos dados. Após a produção de dados, iniciou-se a

análise e a discussão emergindo duas categorias: “A segurança do paciente submetido a

procedimentos cirúrgicos” e “Consideração ética no período perioperatório”.

Resultados: mediante as conclusões da pesquisa, acredita-se que existe falta de

conhecimento dos profissionais de enfermagem em relação à segurança do paciente, e

que a instituição pesquisada não trabalha com nenhum tipo de protocolo ou checklist

voltado para a segurança do paciente. Conclusão: através desta pesquisa busca-se

aprimorar os conhecimentos e aprendizagem da equipe de enfermagem sobre a

segurança do paciente para que, assim, reflita em uma assistência de qualidade e

humanizada no cuidado, contribuindo com a equipe e o paciente.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

116

Descritores: Segurança do Paciente. Procedimentos Cirúrgicos. Equipe de Assistência ao

Paciente.

Referências

1 MERCOSUR. Mercosur/RMS/Acta n. 02/07. XXIII Reunión de Ministros de Salud del

Mercosur. Montevideo; 2007.

2 Escola Nacional de Saúde Pública. Segurança do paciente: ENSP elabora protocolos.

Rio de Janeiro; 2013 [acesso em 2013 Abr 08]. Disponível em:

http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/32324

3 Ministério da Saúde (Brasil). Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Rede

Nacional de Investigação de Surtos e Eventos Adversos em Serviços de Saúde (Reniss).

Folder. Brasília, DF: ANVISA; 2004.

_____________________________________________

a Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor do

Curso de Enfermagem da Universidade Regional Integrada de Santo Ângelo; RS. Membro

do Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Saúde e Educação – GEPESE. Relator.

E-mail: [email protected]

b Acadêmica do 8º Semestre de Enfermagem, bolsista da Iniciação Cientifica da

Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. E-mail:

[email protected]

c Acadêmica do 8º Semestre de Enfermagem, bolsista de Iniciação Cientifica da

Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. E-mail:

[email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

117

ADESÃO À PRÁTICA DE HIGIENE DE MÃOS POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Giordana dos Santos Ribeiroa, Lisnéia Fabiani Bockb, Jean Mauhsc,

Patrícia Trevisod

Introdução: a Organização Mundial da Saúde1 considera a inserção da prática de

lavagem de mãos, como sendo necessária e obrigatória aos profissionais de saúde. Sabe-

se, que a higienização de mãos é uma medida simples e importante para a diminuição da

incidência de infecções relacionadas à saúde e transmissão de patógenos. Objetivo:

relacionar o impacto da técnica de abordagem individual e de observação em relação à

prática de lavagem de mãos dos profissionais da saúde. Método: pesquisa documental,

retrospectiva, quantitativa, realizada em um Hospital Geral Privado de Porto Alegre,

Brasil, no mês de abril de 2014. Foram avaliados documentos relativos ao registro de

lavagem de mãos do Serviço de Controle de Infecção deste hospital, relativos ao período

de abril a setembro de 2013. Para a coleta de dados foi utilizado roteiro elaborado pelos

pesquisadores. Para análise dos dados utilizou-se teste qui-quadrado e associação de

variáveis, através do software estatístico, SPSS, versão 21.0. Foram analisados 819

registros relativos à de higienização de mãos de diferentes categorias profissionais que

trabalhavam na UTI. Resultado: os momentos para a higienização de mãos

aproveitadas/realizadas durante os três últimos meses pelos profissionais de saúde no

setor, antes de iniciar a abordagem individual foi de 240 oportunidades e após iniciar a

abordagem individual este número foi para 374, um aumento de 134 oportunidades. O

estudo revelou que a categoria de profissionais que mais foi observada realizando a

lavagem de mãos foi a de técnicos de enfermagem e a que menos foi observada foi a de

médicos. A categoria que mais aderiu à prática de lavagem de mãos foi a de técnicos de

enfermagem e de fisioterapeutas, e a que mostrou baixo índice de mudança de

comportamento de lavagem de mãos em comparação ao período de observação e de

abordagem individual foi a categoria enfermeiros, visto que o índice manteve-se alto

para lavagem de mãos tanto no período de observação como no período de abordagem.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

118

Conclusão: o estudo possibilitou identificar que a técnica de abordagem individual

aumenta a prática de lavagem de mãos dos profissionais em comparação à técnica de

observação. Contribuições para a Enfermagem: estes resultados levam à reflexão sobre o

quão necessário é repensar ações e estratégias para a prática profissional, enquanto

facilitadores no processo de educação permanente, visando à profilaxia e controle de

infecção em serviços de saúde, buscando mudança de comportamento profissional em

prol de boas práticas de higienização das mãos.

Descritores: Lavagem de Mãos. Unidade de Terapia Intensiva. Profissional da Saúde.

Referência

1 Organização Mundial da Saúde. Primeiro desafio global de segurança do paciente

cuidado limpo é cuidado seguro. Diretrizes da OMS sobre a higienização das mãos na

assistência à saúde. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 2009.

______________________

a Enfermeira do Hospital Ernesto Dornelles. Porto Alegre, RS. Relatora.

b,c, d Enfermeiros. Docentes do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Metodista -

IPA. Porto Alegre, RS.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

119

ADESÃO AO BUNDLE DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA: QUALIDADE ASSISTENCIAL E SEGURANÇA PARA O PACIENTE

Ariane Monteiroa,b, Michele Borgesa, Luciana Galoa, Marcia Arsegoa, Renata Piresa,

Teresa Cristina Sukiennikc

Introdução: a pneumonia associada à ventilação mecânica é uma das infecções

relacionadas à assistência à saúde mais comuns em unidades de terapia intensiva. O

Institute for Healthcare Improvement recomenda que as unidades de terapia intensiva

implementem um pacote de medidas a serem acompanhadas diariamente com o

objetivo de melhorar a assistência e segurança para pacientes em ventilação mecânica.

Acredita-se que um pacote de medidas de prevenção isolado não seja responsável pela

redução das infecções; o processo requer atividades multidisciplinares na busca pela

mudança de cultura1. Objetivo: verificar o impacto direto da adesão ao bundle de

pneumonia associada à ventilação mecânica na densidade de incidência de pneumonia

associada à ventilação mecânica. Metodologia: o estudo foi realizado em uma unidade de

terapia intensiva geral, com 26 leitos, de um hospital terciário de Porto Alegre, RS, de

janeiro a julho de 2014. Foram incluídas as fichas de observação de adequação ao bundle

de prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica dos pacientes internados e

em ventilação mecânica na unidade de terapia intensiva. A auditoria foi realizada

diariamente pelo enfermeiro assistencial, avaliando-se os seguintes itens: 1) cabeceira

elevada de 30 a 45º, através da observação direta; 2) atendimento diário de fisioterapia

respiratória, através de informações do prontuário do paciente; 3) higiene oral diária,

através de informações do prontuário do paciente; 4) ausência de líquido condensado no

circuito do respirador, através de observação direta; 5) posição filtro-circuito do

respirador através de observação direta; 6) mensuração diária da pressão do cuff do

tubo orotraqueal, através de informações do prontuário do paciente. O bundle foi

considerado adequado quando todas as medidas foram realizadas conforme as

recomendações. Para o diagnóstico de pneumonia associada à ventilação mecânica

foram utilizados os critérios brasileiros da infecção do trato respiratório publicados pela

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Foi mensurado mensalmente a densidade de

incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica e a adesão ao bundle de

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

120

pneumonia associada à ventilação mecânica. Resultados: a meta de densidade de

incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica da unidade é de

6,91/1000vm-dia. Nos meses de março e julho, em que a densidade de incidência foi

mais alta (8,85/1000vm-dia e 9,50/1000vm-dia), o percentual de adesão ao bundle foi

baixo (81,5 e 70,5 respectivamente). Nos meses restantes, a densidade de incidência se

manteve dentro da meta e o percentual de adesão às medidas mostrou-se mais elevado

na maioria dos meses. Conclusão: observamos que a adesão ao pacote de medidas

influencia diretamente na densidade de incidência de pneumonia associada à ventilação

mecânica, contribuindo para a segurança do paciente, redução de custos e qualidade

assistencial.

Descritor: Segurança do Paciente.

Referências

1 Marra AR; et al. Successful prevention of ventilator-associated pneumonia in an

intensive care setting. Am J Infect Control. 2009 Oct;37(8):619-25.

2 Anvisa (Brasil). Segurança do paciente e qualidade nos serviços de saúde: critérios

diagnósticos de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília: Anvisa; 2013.

______________________

aEnfermeiras do CIH, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS.

bRelatora. E-mail: [email protected]

cMédico do CIH, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

121

ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DE TERAPIA INTENSIVA AOS CINCO MOMENTOS DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Luccas Melo de Souzaa, Lisiani Meirellesb, Audrey Klingerc, Evelyn Beckerd,

Maríndia Fernandes Ramose

Introdução: as mãos dos profissionais da saúde são o principal veículo de infecções

cruzadas na assistência à saúde. Com o aumento de novos tipos de microrganismos e da

resistência antimicrobiana, a apreensão com as infecções em locais de assistência à

saúde se tornou um dos mais importantes problemas para a segurança do paciente.

Objetivo: identificar a adesão dos profissionais de saúde de uma Unidade de Terapia

Intensiva aos cinco momentos da higienização das mãos. Metodologia: estudo

transversal, analítico, com abordagem quantitativa, embasado em dados secundários

obtidos em um banco de dados de um Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. O

banco de dados foi construído por observações diárias dos profissionais de uma Unidade

de Terapia Intensiva de um hospital público de Porto Alegre, RS, realizadas de maio a

dezembro de 2012. Resultados: foram analisadas 793 observações. Em 446 (56,2 %) não

ocorreu a higienização das mãos, sendo que a adesão ficou em 43,7%. Os fisioterapeutas

foram os profissionais de maior adesão à prática nos procedimentos acompanhados

(53,5%), e os técnicos de enfermagem tiveram menor adesão (29,2%), com p<0,001. As

ações com menor adesão à higienização das mãos foram aquelas “antes do contato com o

paciente” (18,4%) e “antes de procedimento asséptico” (20,9%). A ação após contato

com o paciente teve 55,6% de adesão à higienização das mãos, seguida de risco de

exposição a fluído (55,6%) e após o contato com o ambiente do paciente (49,1%).

Conclusões: a taxa de adesão à higienização das mãos pode ser considerada baixa,

mesmo que não haja parâmetros definidos para classificação de boa ou má adesão. Os

técnicos de enfermagem foram os que tiveram menor adesão, o que preocupa, pois são

os profissionais com maior frequência de contato com os pacientes. Contribuições para a

enfermagem: com o presente estudo, sugerem-se alternativas para melhorar a adesão à

higienização das mãos: buscar novos parceiros para adesão a essa prática, criar feedback

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

122

no ambiente de trabalho, aumentar o número de treinamentos com diferentes

dinâmicas, realizar pesquisas para identificar o que é considerado significativo para

melhorar a adesão à higienização das mãos, implementar programas educacionais e

motivacionais para a prática da higienização das mãos em todas as redes de atenção

hospitalar.

Descritores: Enfermagem. Infecção Hospitalar. Higiene das Mãos.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Organização Mundial de Saúde (OMS) Organização Pan-

Americana da Saúde (OPAS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Manual

do observador: estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos.

Brasília (DF); 2008.

Organização Mundial de Saúde (OMS). Diretrizes da OMS sobre higienização das mãos na

assistência à saúde (versão preliminar avançada). Brasília: OMS/ANVISA; 2005.

____________________________

a Doutor em Enfermagem. Professor Adjunto da Universidade Luterana do Brasil,

campus Gravataí (ULBRA Gravataí). [email protected]

bAcadêmica de Enfermagem e Bolsista de Iniciação Científica da ULBRA Gravataí.

Relatora. [email protected]

cAcadêmica de Enfermagem e Bolsista de Iniciação Científica Voluntária da ULBRA

Gravataí. [email protected]

dAcadêmica de Enfermagem e Bolsista de Iniciação Científica Voluntária da ULBRA

Gravataí. [email protected]

eEnfermeira do Hospital Dom João Becker. [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

123

ANÁLISE DE INCIDENTES NOTIFICADOS EM HOSPITAL DE GRANDE PORTE: CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE

Ana Cristina Pretto Baoa, Juliana Annita Ribeiro Santib, Elisiane Lorenzinic

Introdução: a ocorrência de incidentes que comprometem a segurança do paciente

configura-se em desafio premente em todas as instituições que prestam serviços de

assistência à saúde(1). Em resposta a essa necessidade global, a Organização Mundial da

Saúde lançou, em 2004, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente(2). Objetivo:

avaliar os incidentes notificados entre os anos 2008 e 2012, em um hospital de grande

porte da região Sul do Brasil. Metodologia: estudo retrospectivo de análise documental,

transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados em

março de 2013, analisados e apresentados em frequência absoluta e relativa. Esta

pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Virvi Ramos, com o parecer

número 224.450. Resultados: a maior frequência de notificação (64,8%) ocorreu nas

unidades de internação. Os incidentes de maior prevalência foram as quedas (45,4%), os

erros de medicação (16,7%) e outros incidentes (16,2%). Houve um crescimento

considerável do número de incidentes notificados em 2008, 103 (13,6%), e em 2012,

239 (31,7%). Em geral, apesar do evidente crescimento do número de incidentes

notificados, estudos nacionais e internacionais apontam para a presença de

subnotificação ou a não notificação, devido ao medo de punição ainda presente nas

situações de erros(3,4). Conclusão: identificaram-se 755 casos de notificação de incidente,

representando 1,1% do total de internações. O baixo número de notificações pode estar

relacionado ao sistema adotado pela instituição, no qual o profissional que notifica o

incidente deve se identificar. Sugere-se que as instituições de saúde trabalhem em busca

da Cultura de Segurança. Para tanto, faz-se necessário o envolvimento da direção e de

todos os atores dos diversos níveis operacionais. Contribuições para a Enfermagem:

considerando a falta de dados disponíveis, o que impossibilita definir, de forma exata, a

magnitude do problema dos eventos adversos e incidentes com pacientes no Brasil, o

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

124

estudo contribuiu na produção de conhecimento acerca do tema amplamente discutido

no cenário mundial, a Segurança do Paciente.

Descritores: Segurança do Paciente. Gerenciamento de Segurança. Erros de Medicaçao.

Referencias

1 Lorenzini E, Santi JAR, Báo ACP. Patient safety: analysis of the incidents notified in a

hospital, in south of Brazil. Rev Gaúcha Enferm. 2014 Jun;35(2):121-7.

2 World Health Organization. World alliance for patient safety. [citado 2012 Ago 15]

Disponıvel em: http://www.who.int/patientsafety/worldalliance/en/

3 Silva EF, Faveri F, Lorenzini E. Medication error in the exercise of nursing: an

integrative review. Enfermería Global. 2014;13:330-7.

4 Garrouste-Orgeas M, Philippart F, Bruel C, Max A, Lau N, Misset B. Overview of medical

errors and adverse events. Ann. Intensive Care. 2012 Feb 16;2(1):2.

_____________________________

a Enfermeira, Especialista em Gestão de Riscos e Segurança Hospitalar. Caxias do Sul

(RS), Brasil. Relatora.

b Enfermeira, Faculdade Nossa Senhora de Fátima. Caxias do Sul (RS), Brasil.

c Enfermeira, Especialista em Gerenciamento em Enfermagem, Mestre em Ciências da

Saúde. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade

Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre (RS), Brasil.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

125

AVALIAÇÃO DO RISCO PARA ÚLCERAS POR PRESSÃO EM PACIENTES PEDIÁTRICOS HOSPITALIZADOS

Aline Aparecida da Silva Pierottoa, Ana Paula Amestoy de Oliveirab, Janete de Souza

Urbanettoc, Juliana Pires Rodriguesd, Katy Ariane dos Santos Corrêab,e, Rayssa Thompson

Duarteb, Vanessa Oliveira Machadod

Introdução: as úlceras por pressão podem ocasionar danos significativos para a saúde de

crianças hospitalizadas. Assim, a escala Braden Q foi criada para avaliação de fatores de

risco relacionados a pacientes pediátricos, propiciando a avaliação dos profissionais da

saúde para prevenção de úlceras por pressão e conduzindo o reconhecimento da

etiologia desse problema. A escala é composta por sete parâmetros a serem avaliados,

sendo eles: (1) mobilidade, (2) atividade, (3) percepção sensorial, (4) umidade, (5)

fricção e cisalhamento, (6) nutrição e (7) perfusão e oxigenação1. Metodologia: projeto

de pesquisa em fase de desenvolvimento com delineamento de coorte que será realizada

com crianças com idade de um mês até 14 anos, internadas na emergência pediátrica,

internação pediátrica e intensivismo pediátrico do hospital São Lucas da Pontifícia

Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil. A escala Braden Q será aplicada

desde a internação até a alta hospitalar. A análise dos dados será realizada por meio da

estatística descritiva e inferencial. O projeto de pesquisa está em análise pela Comissão

Científica da Faculdade de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia, e, posteriormente, será

enviado ao Comitê de Ética da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Resultados: espera-se analisar o perfil das crianças hospitalizadas quanto ao risco para o

desenvolvimento de úlceras por pressão, por meio da utilização da Escala Braden Q,

ainda pouco conhecida e com poucas evidências de sua capacidade de predição de risco

em nosso país. Conclusão: acredita-se que, ao identificar os riscos para o aparecimento

das úlceras por pressão e difundir o potencial da Escala Braden Q em predizer o

surgimento das mesmas, haverá a qualificação do processo assistencial prestado às

crianças e adolescentes. Contribuições para enfermagem: o conhecimento desses

aspectos gera uma possibilidade de criar novas práticas assistenciais, para melhor

atender as necessidades dos pacientes, melhorando também as condições de trabalho do

profissional, atuando com maior eficácia na assistência humanizada ao paciente.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

126

Descritores: Úlcera por Pressão. Criança.

Referência

1 Maia ACAR, Pellegrino DMS, Blanes L, Dini GM, Ferreira LM. Tradução para a língua

portuguesa e validação da escala de Braden Q para avaliar o risco de úlcera por pressão

em crianças. Rev Paul Pediatr. 2011;29(3):406-414.

_______________________

a Enfermeira assistencial e Preceptora PREMUS PUCRS/HSL; b Enfermeiras residentes

PREMUS PUCRS/HSL – Urgência/ Emergência; c Enfermeira Tutora PREMUS

PUCRS/HSL; d Enfermeiras residentes PREMUS PUCRS/HSL – Pediatria; e Relatora. E-

mail: [email protected]. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

(PUCRS).

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

127

BANHO DE LEITO: SEGURANÇA DO PACIENTE E AS IMPLICAÇÕES NA CARGA DE TRABALHO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

Gisele Möllera, Ana Maria Müller de Magalhãesb

Introdução: alguns estudos vêm relacionando a ocorrência de eventos adversos com a

carga de trabalho de enfermagem1,2. O cuidado com o banho de leito e a higiene corporal

foram apontados como pontos críticos da carga de trabalho de enfermagem3. Objetivo:

levantar características da organização do trabalho da equipe de enfermagem

relacionadas ao banho de leito. Metodologia: estudo observacional com método misto e

coleta de dados concomitante, realizado em unidades de internação de um hospital

universitário do sul do Brasil. As informações qualitativas foram analisadas pelo relato

da observação dos banhos de leito, por meio de análise de conteúdo e organizadas por

categorias temáticas com recurso do programa NVivo 10. Nos dados quantitativos foi

mensurado o tempo de duração do banho de leito, número de profissionais envolvidos e

presença de familiares ajudantes, esses dados foram analisados por meio de estatística

descritiva. A população consistiu dos pacientes internados e profissionais de

enfermagem que estavam trabalhando nas unidades, durante o período de coletas de

dados. A amostra constituiu-se de 67 pacientes e 62 profissionais de enfermagem. Os

aspectos éticos atenderam à Resolução 466/12 do CONEP4. Resultados: encontrou-se

cinco categorias temáticas, uma delas considerada categoria prévia: Riscos potenciais à

segurança dos profissionais e pacientes, e as outras quatro categorias emergentes:

Integralidade do cuidado; Estrutura Física; Organização do Processo de Cuidado;

Satisfação do paciente. Nos dados quantitativos encontrou-se um tempo médio de

duração do banho de leito de 15,02min. Em 55,2% dos banhos de leito observados

estavam envolvidos dois profissionais. Conclusões e contribuições para a enfermagem: o

dimensionamento do pessoal de enfermagem e os ambientes de trabalho inadequados

parecem prejudicar a organização do cuidado relacionado com o procedimento e podem

ocasionar eventos adversos para os profissionais e pacientes.

Descritores: Higiene. Carga de trabalho. Cuidados de Enfermagem.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

128

Referências

1 Magalhães AMM, Dall’agnol CM, Marck PB. Carga de trabalho da equipe de enfermagem

e segurança do paciente - estudo com método misto na abordagem ecológica

restaurativa. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2013 Jan-Fev;21(Spec):[09 telas].

2 Duffield C, Diers D, O'Brien-Pallas L, Aisbett C, Roche M, King M, et al. Nursing staffing,

nursing workload, the work environment and patient outcomes. Applied Nursing

Research. 2011;24:244-255.

3 Magalhães AMM. Carga de trabalho de enfermagem e segurança de pacientes

internados em um hospital universitário [tese]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal

do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem; 2012.

4 Ministério da Saúde (Brasil). Conselho Nacional de Saúde, Comissão Nacional de Ética

em Pesquisa. Resolução Nº 466 de 12 de dezembro de 2012: diretrizes e normas

reguladoras para as pesquisas envolvendo os seres humanos. Brasília (DF): MS; 2012.

_________________________

a Graduada em Enfermagem, EE/UFRGS. Membro do Núcleo de Estudos sobre Gestão em

Enfermagem (NEGE). Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: [email protected].

Relatora.

bDoutora em Enfermagem. Docente da EE/UFRGS e do Programa de Pós-Graduação em

Enfermagem (PPGENF/UFRGS). Coordenadora do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

(HCPA). Membro do NEGE. Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

129

CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES QUE APRESENTARAM QUEDAS DURANTE A HOSPITALIZAÇÃO

Cristina Fontoura Bombardellia,b, Elise Silva da Silveirac, Rita de Cássia Ferreira Samueld,

Janete de Souza Urbanettoe

Introdução: a queda é um dos incidentes de segurança apontados pela Organização

Mundial de Saúde(1) como de extrema relevância no cenário de saúde. No ambiente

hospitalar, as quedas podem aumentar o tempo de internação, o custo do tratamento,

causar desconforto ao paciente e acarretar ceticismo com relação à qualidade da

assistência de enfermagem e à responsabilidade do profissional que atente o paciente(2).

O incidente de segurança do paciente é definido como o evento ou a circunstância que

possa ter resultado ou resultou em dano desnecessário ao paciente, sendo que, quando o

dano ocorre, o incidente de segurança passa a denominar-se de evento adverso(3,4). O

dano, por sua vez, implica em prejuízo da estrutura ou função corporal e pode ser

classificado em dano físico, social ou psicológico(4). Objetivos: analisar as quedas de

pacientes hospitalizados em relação aos fatores de risco da Morse Fall Scale, aspectos

sócio demográficos e clínicos, bem como caracterizar as quedas quanto ao tipo, ao dano

e aos fatores associados/contributivos. Método: estudo de coorte com 45 pacientes que

tiveram quedas durante a hospitalização. Resultados: foram registradas 54 quedas, com

a prevalência em adultos de até 61 anos (53,3%), do sexo masculino (53,3%), com força

muscular reduzida nos membros superiores e inferiores. O maior percentual de quedas

ocorreu nos pacientes com classificação de risco elevado pela Morse Fall Scale. O dano

físico, do tipo ferimento corto-contuso, foi o mais frequente. Conclusão: o presente

estudo retrata a importância da utilização de uma escala que avalie o risco para quedas

nas instituições hospitalares, e é um alerta para a necessidade de avaliação das

condições ambientais que possam vir a ocasionar a queda do paciente. Os fatores

contributivos mais frequentes foram os ambientais, em especial a cama muito alta; e os

pessoais, liderados pela perda do equilíbrio/tontura e sonolência/confusão/agitação.

Descritores: Acidentes por Quedas. Segurança do Paciente. Dano ao Paciente.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

130

Referências

1. World Health Organization. Who global report on falls prevention in older age.

Geneva; 2007 [acesso em 2014 Jun 20]. Disponível em:

http://www.who.int/violence_injury_prevention/puplication/other_injury_falls_preven

tion.pdf

2. Paiva MCMS, Paiva SAR, Berti HW, Campana AO. Caracterização das quedas de

pacientes segundo notificação em boletins de eventos adversos. Rev Esc Enferm USP.

2010;44(1):134-38.

3. Brasil. Portaria nº 529, de 1º de Abril de 2013. Institui o Programa Nacional de

Segurança do Paciente (PNSP). [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2013 [acessado

2014 Jun 18]. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html

4. Runciman W, Hibbert P, Thomson R, Schaaf TVD, Scherman H, Lewalle P. Towards an

internacional classification for patient safety: key concepts and terms. International

Journal for Quality in Health Care. 2009;21(1):18-26.

_________________________

a Enfermeira graduada pela Universidade Católica do Rio Grande do Sul/FAENFI. E-mail:

[email protected]. b Relatora. c Enfermeira graduada pela Universidade

Católica do Rio Grande do Sul/FAENFI. E-mail: [email protected]. d Enfermeira

graduada pela Universidade Católica do Rio Grande do Sul/FAENFI. E-mail:

[email protected]. e Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela PUCRS.

Professora Adjunta do Curso de Enfermagem da FAENFI/PUCRS. Orientadora. E-mail:

[email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

131

CAUSAS DE EVENTOS ADVERSOS NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: REVISÃO DE LITERATURA

Ana Paula A. Corrêaa, Luciana Foppaa, Luzia T. Vianna dos Santosa, Mari Angela V.

Lourencia, Patrícia Cristina Cardosoa,b

Introdução: a equipe de enfermagem é responsável por prestar assistência livre de

danos e agravos à saúde dos usuários dos serviços de saúde. Nesse contexto, a

abordagem da segurança do paciente é fundamental. Entretanto, nem sempre é possível

evitar que ocorram falhas e acidentes pela assistência prestada, ocorrendo então

eventos adversos (1). Questionam-se quais os motivos que levam os profissionais a

cometerem eventos adversos. Objetivo: identificar na literatura as causas mais comuns

que levam os profissionais a cometerem eventos adversos. Metodologia: trata-se de um

estudo de revisão bibliográfica, através de pesquisa em bancos de dados Bireme

utilizando como descritores: Eventos Adversos, Segurança do Paciente, Iatrogenias e

Gerenciamento da Segurança. Foram selecionados artigos relacionados com o objetivo

do estudo, entre o período de 2001 a 2013. Resultados: o fator humano é apontado como

principal agente causador das ocorrências iatrogênicas (1,2,3). Pode estar relacionado às

condições de trabalho dos profissionais, duplas jornadas de trabalho e condições de

saúde (2), pouca experiência, alta demanda de tarefas, prescrição médica ilegível,

ausência de qualificação profissional periódica, bem como falta de recursos humanos ou

orientação adequada (3). Outros fatores determinantes na ocorrência de eventos

adversos incluem: aumento da complexidade e a fragmentação da assistência, a rápida

expansão do conhecimento médico, o aumento da utilização de tecnologia, muitos

profissionais atendendo o mesmo paciente, gravidade da doença, ambiente propenso à

distração, pressão da falta de tempo, necessidade de tomar decisões rápidas, alto volume

de pacientes e carga imprevisível de atendimento (4). Considerações finais: os eventos

adversos geram consequências que envolvem diretamente pacientes, profissionais e

instituições. Concluímos que, para a equipe de enfermagem atuar livre de agravos à

saúde dos usuários dos serviços, é necessário que haja integração de profissionais e

instituições na construção de uma cultura de segurança do paciente, promovendo ações

que estejam em acordo com as práticas de não punição.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

132

Descritores: Segurança do Paciente. Gerenciamento da Segurança. Equipe de

Enfermagem.

Referências

1 Padilha, KG. Ocorrências iatrogênicas na UTI e o enfoque na qualidade. Rev. Latino-

Americana de Enfermagem. 2001;9(5):91-96.

2 Padilha KG. Considerações sobre as ocorrências iatrogênicas na assistência à saúde:

dificuldades inerentes ao estudo do tema. Rev Esc Enferm USP. 2001;35(3):287-290.

3 Padilha KG, Kitahara PH, Gonçalves CCS, Sanches ALC. Ocorrências iatrogênicas com

medicação em unidade de terapia intensiva: condutas adotadas e sentimentos expressos

pelos enfermeiros. Rev Esc Enferm USP. 2002;36(1):50-57.

4 Carvalho M, Vieira AA.. Erro médico em pacientes hospitalizados. J. Pediatr. 2002;78

(4):261-268.

______________________________

a Enfermeiras - Unidade de Internação Clinica Adulto do Hospital de Clínicas de Porto

Alegre. b Relatora. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

133

CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA: VISÃO DOS PROFISSIONAIS DE UM CENTRO CIRÚRGICO

Debora Monteiro da Silvaa, Thais Silveira Martinsb, Luccas de Melo Souzac

Introdução: o desafio global Cirurgias Seguras Salvam Vidas foi criado nos anos de

2007/2008, com objetivo de melhorar a segurança do cuidado cirúrgico. Neste desafio

foram criadas ações como: prevenção de infecções no sítio cirúrgico, anestesia segura e

indicadores da qualidade da assistência cirúrgica. Para tanto, foi criado e implementado

nas instituições de saúde o check-list, lista de verificações padronizada, criada por

especialistas para reduzir o risco de danos ao paciente, visando à avaliação geral, antes e

depois de cada fase do ato cirúrgico, além de registrar evento adverso ocorrido na sala

cirúrgica ou sala de recuperação¹. Objetivo: identificar a opinião dos profissionais de um

Centro Cirúrgico de um hospital de médio porte da região da grande Porto Alegre, RS,

frente à utilização do Check-List de Cirurgia Segura. Métodos: estudo transversal

exploratório descritivo com abordagem quantitativa. Os dados estão sendo coletados e a

população constituída de 98 técnicos de enfermagem, 10 enfermeiros, 73 cirurgiões e 10

anestesistas, com isso pretendemos entrevistar 126 profissionais. Resultados: estão

descritos de forma parcial, temos 72 profissionais entrevistados até o momento. A

maioria dos profissionais compreende que o Check-List de Cirurgia Segura é uma

importante ferramenta para a segurança do paciente e para prevenção de erros,

beneficiando e aumentando a segurança e o cuidado do paciente. Também concordam

que houve melhorias na comunicação entre a equipe cirúrgica depois da utilização da

ferramenta, porém relatam não possuir conhecimento suficiente quanto ao

preenchimento correto. Conclusão: podemos, de forma parcial, inferir que os

profissionais possuem consciência da importância da segurança do paciente durante o

ato cirúrgico, porém estes profissionais não estão suficientemente orientados para o

correto preenchimento do Check-List de Cirurgia Segura, tendo em vista que a grande

maioria dos sujeitos respondeu que o Check-List deve ser preenchido em apenas dois

momentos. A equipe reconhece que o Check-List é uma ferramenta importante para a

segurança do paciente cirúrgico, porém relata não ter conhecimento suficiente sobre a

importância de um preenchimento adequado, seguindo as 3 etapas preconizadas pela

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

134

Organização Mundial da Saúde2. A enfermagem possui um papel fundamental, pois

representa um quantitativo significativo de pessoal envolvido neste processo e a

educação continuada requer envolvimento, investimento institucional para que esta

equipe possa valorizar ainda mais o Check-List, aumentando a segurança do paciente,

evitando erros e beneficiando assim, o paciente, o profissional e a instituição.

Descritores: Segurança. Enfermagem Perioperatória. Lista de Checagem.

Referencias

1 Conselho Regional de Enfermagem – Sao Paulo. Boas praticas. Cirurgia segura. Sao

Paulo: COREN-SP; 2011.

2 Organizaçao Mundial da Saude. Segundo desafio global para a segurança do paciente:

cirurgias seguras salvam vidas. Rio de Janeiro: Organização Pan-Americana da Saúde;

Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária; 2009.

_________________________

a Enfermeira, Professora Mestre do Curso de Enfermagem da Universidade Luterana do

Brasil – ULBRA, Campus Gravataı. E-mail: [email protected]. b Academica do 9º

Semestre de Enfermagem da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Campus

Gravataı. E-mail: [email protected]. c Enfermeiro, Professor Doutor Do

Curso de Enfermagem da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Campus Gravataı. E-

mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

135

CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA ADULTOS: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

Verusca Soares de Souzaa, Maria Antonia Ramos Costab, Kelly Cristina Inouec, Laura

Misue Matsudad

Introdução: em Unidade de Terapia Intensiva, os pacientes estão expostos a riscos

associados ao cuidado à saúde devido à própria gravidade clínica e, também, à alta

complexidade assistencial. Com isso, o Clima de Segurança(1) percebido pela equipe de

enfermagem, que atua diretamente no cuidado do paciente, pode contribuir para o

planejamento e estabelecimento de ações que diminuam a ocorrência de eventos

adversos. Objetivo: mensurar o Clima de Segurança de uma Unidade de Terapia

Intensiva, sob a perspectiva dos profissionais de enfermagem. Método: pesquisa

quantitativa, realizada em junho de 2014, com 32 profissionais de enfermagem

(88,88%) da Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de ensino do Paraná. Para

coleta dos dados, utilizou-se o instrumento denominado Safety Attitudes

Questionnaire(2), que contém 33 itens divididos em seis domínios, em escala tipo Likert

de cinco níveis, e que considera Satisfatório escores totais acima de 75 pontos.

Resultados: participaram 14 (43,75%) enfermeiros e 18 (56,25%) técnicos de

enfermagem. Na análise dos domínios do Safety Attitudes Questionnaire, foram obtidos

os seguintes escores totais médios: (1) Clima de Trabalho em Equipe = 77,38 pontos; (2)

Clima de Segurança = 69,90 pontos; (3) Satisfação no Trabalho = 88,04 pontos; (4)

Percepção do Estresse = 67,19 pontos; (5) Percepção da Gerência = 60,71 pontos; e, (6)

Condições de Trabalho = 74,11 pontos. Conclusão: apesar da satisfação com aspectos

relacionados ao trabalho, são reconhecidos fatores estressores que podem influenciar o

desempenho profissional e baixa aprovação das ações da gerência; o que justifica o

Clima de Segurança insatisfatório, percebido pelos profissionais de enfermagem da UTI.

Implicações para prática: a percepção dos profissionais de enfermagem quanto ao Clima

de Segurança na Unidade de Terapia Intensiva indica a necessidade de maior

envolvimento da gerência e minimização de fatores estressores presentes no trabalho

desses profissionais, com vistas à oportunidade de redução de eventos adversos.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

136

Descritores: Cultura Organizacional. Segurança do Paciente. Gerenciamento de

Segurança.

Referências

1 Nievra VG, Sorra J. Safety culture assessment: a tool for improving patient safety in

healthcare organizations. Quality and Safety in Health Care. 2003;12:17-23.

2 Carvalho REFL. Adaptação transcultural do Safety Atittudes Questionaire para o Brasil

– Questionário de Atitudes de Segurança [Tese de Doutorado]. São Paulo: Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; 2011.

___________________________

a Enfermeira. Mestranda em Enfermagem do Programa de Pós-graduação em

Enfermagem (PSE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Docente da

Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) – Campus Paranavaí. Paranavaí-PR. E-

mail: [email protected]. Relatora.

b Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem do PSE/UEM. Docente da UNESPAR –

Campus Paranavaí. Paranavaí-PR. E-mail: [email protected]

c Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente da Faculdade Ingá. Maringá-PR. E-mail:

[email protected]

d Enfermeira. Doutora em Enfermagem Fundamental. Docente do PSE/UEM. Maringá-

PR. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

137

CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE

ENFERMAGEMa

Adriane C. Bernat Kolankiewiczb, Greice Tosoc, Gerli Herrd, Lidiane Gollee,

Paola Penof

Introdução: pesquisas investigando a cultura da segurança do paciente são frequentes

em âmbitos hospitalares, entretanto, há uma lacuna na literatura deste diagnóstico em

hospitais brasileiros, principalmente em hospitais do interior do Estado1, justificando-se

a realização deste estudo. A avaliação da cultura de segurança poderá contribuir com

instituições hospitalares para o planejamento de suas ações, reforçando a importância e

fortalecendo a cultura de segurança entre trabalhadores. Objetivo: avaliar a percepção

do clima de segurança dos profissionais de enfermagem atuantes em hospitais do

noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Método: estudo transversal, de natureza

quantitativa, que se encontra em fase de coleta de dados. Está sendo realizado em duas

instituições hospitalares, uma filantrópica e outra privada, do interior do Estado do Rio

Grande do Sul, Brasil. Participam do estudo: enfermeiros, técnicos e auxiliares de

enfermagem que trabalham há pelo menos um mês no setor, com carga semanal de

trabalho de 36 horas. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul sob parecer consubstanciado no

691.113. Resultados esperados: espera-se com este estudo colaborar com a população

investigada e comunidade científica, com estes resultados, no intuito de contribuir

trazendo informações referentes às atitudes e comportamentos relacionados à

segurança do paciente, identificando áreas de maior necessidade e potencialidades.

Conclusão: A elaboração do estudo possibilitou conhecer mais sobre segurança do

paciente e a importância desta na equipe como um todo. O enfermeiro gestor dos

serviços tem com o estudo importante indicador de saúde de sua instituição para, a

partir desta, implementar ações necessárias, melhoria da atenção e cuidado com

segurança ao paciente. Contribuições / implicações para a enfermagem: buscou-se

realizar um levantamento dos fatores das organizações que dificultam a formação da

cultura de segurança. Avaliar o clima de segurança da instituição fornecerá informações

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

138

importantes sobre o estado atual de segurança dos grupos ou unidades de trabalho e

também da organização como um todo2. Acredita-se que este seja o ponto inicial para

planejar ações, mudanças e diminuição de eventos adversos, garantindo cuidado seguro.

Palavras-chave: Segurança do Paciente. Enfermagem. Cultura.

Referências

1 Reis CT, Martins M, Laguardia J. A segurança do paciente como dimensão da qualidade

do cuidado de saúde – um olhar sobre a literatura. Rev. Ciência & Saúde Coletiva.

2013;18(7):2029-36.

2 Carvalho REFL, Cassiani SHB. Questionário Atitudes de Segurança: adaptação

transcultural do Safety Attitudes Questionnaire - Short Form 2006 para o Brasil. Rev.

Latino-Am. Enfermagem [Internet]. 2012 Maio-Jun [acesso em: 2014 Jan 26];20(3):[8

telas]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-

11692012000300020

___________________________________

a Pesquisa para elaboração de trabalho de conclusão de curso.

bProfa., Dra., Docente do Departamento de Ciências da Vida (DCVida) da Universidade

Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ. E-mail:

[email protected]

cGraduanda do Curso de Enfermagem , 10º semestre, DCVida/UNIJUÍ. E-mail:

[email protected]. Relatora.

d Enfa. Especialista em Enfermagem hospitalista, aluna especial do Mestrado em Atenção

Integral à Saúde. E-mail: [email protected]

eGraduanda do Curso de Enfermagem, 10º semestre, DCVida/UNIJUÍ. E-mail:

[email protected]

fGraduanda do Curso de Enfermagem, 2º semestre, DCVida/UNIJUÍ. E-mail:

[email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

139

ERRO DE MEDICAÇÃO E FATORES DE PREVENÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA

Carine Debastiania, Fabiano De Faverib, Resli Kochhann Menezesc

Introdução: atualmente pode-se afirmar que a administração de medicamentos é uma

das práticas mais comumente realizadas pela equipe de enfermagem no seu cotidiano

hospitalar; para isso é necessário muito conhecimento científico¹,². Objetivo: o objetivo

deste estudo foi identificar na literatura estratégias utilizadas para a prevenção do erro

de medicação. Método: trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A coleta de

dados ocorreu no período de março e abril de 2014, nas bases de dados: Literatura

Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde (LILACS), Bases de dados de

Enfermagem (BDENF) e Science Eletronic Library Online (SciELO). Foram utilizados os

Descritores em Ciências da Saúde: Segurança do paciente and Enfermagem, Erro de

medicação and Enfermagem e Segurança do paciente and Erro de medicação.

Resultados: na análise do conteúdo dos artigos verificou-se que as temáticas centrais

englobavam eventos adversos, segurança do paciente, o sistema de medicação e

estratégias para prevenção do erro. Conclusão: esta revisão permitiu identificar como

principal estratégia para a prevenção do erro de medicação a prescrição eletrônica, mas

ainda há muitas barreiras para que novas estratégias sejam implementadas assim

podendo ainda garantir a segurança do paciente e a melhor qualidade de atendimento.

Contribuições para a enfermagem: torna-se imprescindível que a enfermagem possua

uma visão ampliada do sistema de medicação e principalmente de garantia de segurança

e qualidade ao processo que está sob sua responsabilidade, buscando sempre

informações do fluxo de suas atividades sobre problemas que possam existir no

ambiente, assim como buscando sempre novos conhecimentos para que a terapêutica

medicamentosa seja realizada de forma eficiente e segura.

Palavras-Chave: Erro de Medicação. Segurança do Paciente. Enfermagem.

Referências

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

140

1. Santos JO, et al. Sentimentos de profissionais de enfermagem após a ocorrência de

erros de medicação. Acta Paul Enferm. 2007;20(4):483-8.

2. Corbellini VL, et al. Eventos adversos relacionados a medicamentos: percepção de

técnicos e auxiliares de enfermagem. Rev Bras Enferm. 2011;64(2):241-7.

____________________________

a Enfermeira, graduada pela Faculdade Nossa Senhora de Fátima, Caxias do Sul, RS. E-

mail: [email protected]

b Enfermeiro do Hospital do Círculo, Caxias do Sul, RS. Mestre em Enfermagem pela

Unisinos. Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade da Serra Gaúcha, Caxias do

Sul, RS. E-mail: [email protected]. Relator.

c Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina

(UFSC). Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade Nossa Senhora de Fátima,

Caxias do Sul, RS. Email: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

141

ERRO DE MEDICAÇÃO NA ENFERMAGEM: ANÁLISE DOS FATORES RELACIONADOS

Nelise Delazaria, Fabiano De Faverib, Sabrina Schvadec, Taís Pastorid

Introdução: atualmente, o medicamento é o principal instrumento utilizado na

terapêutica médica e, nos últimos anos, o seu emprego e seus efeitos adversos nas

pessoas têm um papel de destaque nas investigações, pois podem comprometer a

segurança do paciente e a qualidade de assistência prestada¹. Objetivos: o objetivo deste

estudo foi identificar os fatores relacionados ao erro de medicamento, segundo opinião

dos enfermeiros. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, transversal com uma

abordagem quantitativa, realizado com 44 enfermeiros de um hospital acreditado. A

coleta de dados foi realizada por meio de um questionário auto-preenchido, sendo

utilizada a escala de Likert, e os resultados analisados e apresentados através da

estatística descritiva. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade Nossa

Senhora de Fátima, Caxias do Sul, Brasil, sob parecer nº 114.913. Resultados: entre os

fatores que podem contribuir ao erro, os mais prevalentes foram o não seguimento dos

cinco certos na administração de medicamentos, a escrita do médico ilegível e a ordem

verbal pouco clara, as distrações e interrupções durante o preparo e administração e

ausência de padronização dos locais de armazenamento dos medicamentos. Conclusões:

a complexidade inerente ao processo de administrar medicamentos exige que o erro de

medicação seja visto como um fenômeno multicausal, de abordagem multidisciplinar

cujo enfrentamento envolve vários profissionais e assim cada um desses, usando

conhecimentos específicos, deve partilhar da responsabilidade de prevenir erros, além

de identificar e corrigir fatores que contribuam para sua ocorrência. Contribuições para

a enfermagem: espera-se que este estudo contribua para alertar sobre a importância do

conhecimento da equipe de enfermagem sobre os fatores que contribuem aos erros de

medicação, tornando-a uma influenciadora na redução de sua ocorrência e

possibilitando uma correta notificação caso o erro aconteça. Esse conhecimento garante

qualidade na assistência, confiança da equipe e uma prática humanizada e

fundamentada cientificamente.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

142

Descritores: Erros de Medicamento. Segurança do Paciente. Enfermagem.

Referência

1 Gimenes FRE. A segurança de pacientes na terapêutica medicamentosa: análise da

redação da prescrição médica nos erros de administração de medicamentos em

unidades de clínica médica. (Dissertação de Mestrado em Enfermagem) Universidade de

São Paulo; 2007.

_________________________

a Enfermeira do Hospital Saúde, Caxias do Sul, RS. Graduada pela Faculdade Nossa

Senhora de Fátima. E-mail: [email protected]

b Enfermeiro do Hospital do Círculo, Caxias do Sul, RS. Mestre em Enfermagem pela

Unisinos. Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade da Serra Gaúcha, Caxias do

Sul, RS. E-mail: [email protected]. Relator.

c Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade da Serra Gaúcha,

Caxias do Sul, RS. Email: [email protected]

d Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade da Serra Gaúcha,

Caxias do Sul, RS. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

143

EXISTE RELAÇÃO ENTRE O CUIDADO SEGURO E O CUIDAR DE SI?

Patricia De Gasperia, Vera Radünzb, Aline Picolottoc

Introdução: os estudos realizados até o momento nos fazem crer que um fator

determinante para que se desenvolva uma cultura de segurança ao cuidar de pacientes

são as atitudes que o profissional tem ou deixa de ter em relação ao cuidar de si.

Objetivo: com base nestas reflexões, objetivamos demonstrar que o cuidar de si

influencia no cuidado seguro e de qualidade. Método: apresentamos um recorte da Tese

de Doutorado “O cuidar de Si como uma dimensão da Segurança do Paciente”,

caracterizado como um estudo survey. Fizeram parte desta pesquisa a equipe de

enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva Adulto de um hospital de médio porte da

serra gaúcha, totalizando 23 participantes. Os profissionais foram convidados a

participar, e ao aceitarem procederam a assinatura do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido e o preenchimento do Safety Attitudes Questionnaire acrescido de questões

específicas acerca do Cuidar de Si. Estes profissionais foram observados durante a

execução do cuidado realizado junto aos pacientes para que pudéssemos identificar os

cuidados adequados e seguros. Resultados: ao realizar a análise dos dados referentes ao

cuidar de si e o cuidado adequado e seguro realizado para e com o paciente, ficou

evidenciado que 78% dos profissionais que realizaram um cuidado seguro também

cuidaram bem de si mesmos, e que 64% dos profissionais que não desempenham um

cuidado efetivo e seguro também não realizaram um cuidar de si adequado,

demonstrando que a falta de cuidado consigo mesmo pode gerar um cuidado

inadequado, afetando a segurança do paciente. Conclusão: diante dos dados

apresentados tornou-se claro que é difícil realizar um cuidado eficaz e seguro sem antes

cuidarmos bem de nós mesmos. É preciso que o profissional de saúde desenvolva

também a cultura do cuidar de si. Acredita-se que não somos integralmente capazes de

administrar uma medicação corretamente, ou prevenir quedas e erros ao realizar um

procedimento, quando estamos sem dormir a 15 horas, ou sem alimentação adequada

ou sem nossas necessidades fisiológicas de eliminação supridas. Diante dos dados

apresentados, podemos identificar que o cuidar de si está diretamente relacionado com

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

144

a realização de um cuidado seguro e de qualidade, portanto, nós, profissionais de saúde

e gestores de saúde, precisamos levar em consideração nossas reais necessidades de

bem-estar para, assim, estarmos aptos a cuidar do outro.

Descritores: Cuidado. Segurança do Paciente. Enfermagem.

Referências

De Gasperi P. O cuidar de si como uma dimensão da cultura de segurança do paciente.

Florianópolis. Tese [Doutorado em Enfermagem] – Universidade Federal de Santa

Catarina; 2013.

Radünz V. Uma filosofia para enfermeiros: o cuidar de si, a convivência com a finitude e a

evitabilidade do burnout. Florianópolis. Tese [doutorado em enfermagem]. Universidade

Federal de Santa Catarina, 2001.

____________________________

a Enfermeira, Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Docente do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Caxias do Sul, RS. Email:

[email protected]. Relatora.

b Enfermeira, Doutora em Enfermagem. Docente do Programa de Pós- Graduação em

Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina – PEN/UFSC.

c Enfermeira AMCE/UCS, especializanda em Auditoria em Saúde.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

145

GERENCIAMENTO DE RISCO EM HEMODIÁLISE: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

Michele Oliveiraa, Joel Kuyavab

Introdução: a doença renal é considerada um problema de saúde pública mundial. Mais

de um milhão de pessoas estão em diálise e outros tantos milhões apresentam algum

grau de perda da função renal1. A doença renal crônica, sem uma expectativa de cura

rápida, mantém-se em estado de cronicidade, submetendo o paciente ao tratamento

dialítico2. As unidades de hemodiálise são locais susceptíveis à ocorrência de eventos

adversos. A utilização de equipamentos complexos, pacientes críticos, alta rotatividade

de pacientes e administração de medicamentos potencialmente perigosos, são alguns

destes fatores3. Neste sentido, os serviços de saúde abrangem uma variabilidade de

eventos adversos necessitando de enfrentamento a fim de se conhecer a magnitude da

ocorrência dos mesmos. Dessa forma, para orientar as mudanças das práticas

assistenciais e regulamentações, faz-se necessário investigar a fonte e causas dos riscos

decorrentes do trabalho, fato este que contribui no entendimento e intervenção nos

mesmos. Objetivos: identificar os riscos inerentes ao tratamento dialítico sob a ótica do

enfermeiro e como este os gerencia com sua equipe e conhecer as estratégias de

educação realizadas com a mesma. Metodologia: estudo descritivo exploratório de

natureza qualitativa, que está sendo realizado com a equipe de enfermeiros de um

centro de diálise do Rio Grande do Sul, Brasil. A inclusão seguiu os critérios de

experiência na área de no mínimo um ano e aceite em participar. Será aplicada

entrevista semiestruturada e, posteriormente, será efetuada a avaliação dos dados

através de análise temática4. Ressalta-se que o projeto foi aprovado pelo CEP do Centro

Universitário Metodista - IPA sob o nº 32779314.1.0000.5308. Resultados: a pesquisa

está em andamento conforme cronograma do projeto e está na fase de coleta de dados.

Contribuições e implicações para enfermagem: os serviços de diálise possuem prazos

para estar em consonância com a nova diretriz da Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (ANVISA), a Resolução da Diretoria Colegiada Nº 11/20145, que orienta a

criação de um plano de segurança do paciente, sendo assim identificar quais os riscos

evidenciados nos ambientes de diálise será o primeiro passo para a montagem de

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

146

estratégias por parte dos enfermeiros. As instituições precisam criar mecanismos de

gestão prevendo as dificuldades relacionadas à falta de segurança e erros, por meio da

gestão de risco, através da criação de uma cultura de aprendizado com seus erros6.

Descritores: Gerenciamento de Risco. Hemodiálise. Insuficiência Renal.

Referências

1 Sociedade Brasileira de Nefrologia. São Paulo; 2012.

2 Matos EF, Lopes A. Modalidades de hemodiálise ambulatorial: breve revisão. Acta

Paulista de Enfermagem. 2009;22(Especial nefrologia):569-571.

3 Sousa MRGD, et al. Eventos adversos em hemodiálise: relatos de profissionais de

enfermagem. Revista Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo. 2013;47(1):76-

83.

4 Minayo MC de S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12ª

edição. São Paulo: Hucitec; 2010.

5 Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 11. Dispõe sobre os requisitos de

boas práticas de funcionamento para os serviços de diálise e dá outras providências.

Brasília; 2014.

6 Vicent C. Segurança do paciente: orientações para se evitar eventos adversos. São

Paulo: Yendis Editora; 2009.

____________________________

a Acadêmica de Enfermagem. Centro Universitário Metodista, do IPA, Porto Alegre, RS. E-

mail: [email protected]. Relatora.

bEnfermeiro. Mestre em Enfermagem. Professor do Centro Universitário Metodista, do

IPA, Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

147

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COMO PREVENÇÃO DE INFECÇÕES E SEGURANÇA DO PACIENTE

Francisco Carlos Pinto Rodriguesa, Emanuela Rosa Gomesb,

Luelen Rodrigues Vallec

Introdução: é através das mãos que realizamos as mais diversas formas de cuidar, por

esse motivo, sendo as mãos tão importantes no cotidiano de um profissional da saúde, a

higienização correta e de forma eficaz se faz necessária para a segurança do paciente,

que tem objetivo a redução de danos e agravos aos pacientes na assistência à saúde1.

Objetivo: nossa pesquisa tem por objetivo identificar o conhecimento da equipe de

enfermagem acerca das infecções e do processo de higienização das mãos. Método:

tratou-se de uma pesquisa convergente assistencial de abordagem qualitativa. Os

sujeitos pesquisados foram 19 trabalhadores da equipe de enfermagem que atuam no

período perioperatório de um hospital de médio porte do interior do Estado do Rio

Grande do Sul, Brasil. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se questionário, em

que se respeitaram os aspectos éticos estabelecidos pela Resolução 466/2012 do

Conselho Nacional de Saúde. Na aplicação do questionário analisou-se qual o

conhecimento da equipe sobre a higienização das mãos, procurando identificar como se

dá o processo de higienização. Resultados: durante a análise, identificou-se que a técnica

de lavagem é clara para equipe, porém durante a realização da higienização ainda

existem várias dúvidas. A Organização Mundial da Saúde define os momentos para a

realização da higienização das mãos1,2. A análise mostrou que um número X de vezes que

se higienizam as mãos é suficiente – “mais ou menos dez vezes” E2; apenas 7 dos 19

pesquisados relatou que realizam a lavagem das mãos após procedimentos ou contato

com paciente. Conclusão: as infecções constituem em grande prejuízo para a segurança

do paciente, pois podem acarretar em prolongamento da internação, incapacidade

temporária e a longo prazo, resistência microbiana, além dos prejuízos psíquicos bem

como prejuízos financeiros para o paciente e o sistema de saúde, visto que as mãos

constituem uma importante fonte de contaminação, e a higienização é reconhecida

mundialmente como um processo de prevenção primária à infecção. Buscamos com esta

pesquisa contribuir para melhoria da assistência à saúde e a segurança do paciente.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

148

Descritores: Segurança do Paciente. Infecção Hospitalar. Equipe de Enfermagem.

Referências

1 Brasil. Segundo desafio global para a segurança do paciente: cirurgias seguras salvam

vidas. Organização Mundial da Saúde; tradução de Marcela Sanchez Nilo e Irma Angélica

Duran. Rio de Janeiro: Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério da Saúde;

Agencia Nacional de Vigilância Sanitária; 2009.

2 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de segurança do paciente e

qualidade em serviços de saúde: uma reflexão teórica aplicada à prática. Brasília:

ANVISA; 2013.

_________________________

a Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor do

Curso de Enfermagem da Universidade Regional Integrada de Santo Ângelo, RS. Membro

do Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Saúde e Educação – GEPESE. E-mail:

[email protected]. Relator.

b Acadêmica do 8º semestre do Curso de Enfermagem, bolsista da Iniciação Cientifica da

Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. E-mail:

[email protected]

c Acadêmica do 8º semestre do Curso de Enfermagem, bolsista da Iniciação Cientifica da

Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. E-mail:

[email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

149

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E SEGURANÇA DA CRIANÇA HOSPITALIZADA

Daisy Zanchi de Abreu Botenea, Eva Neri Rubim Pedrob

Introdução: as evidências científicas indicam que a higienização das mãos é a medida

primordial para evitar a transmissão de germes, entretanto, os achados na literatura

evidenciam uma baixa adesão dos profissionais de saúde, principalmente na área

pediátrica(1,2). Objetivo: analisar como a formação acadêmica e profissional sobre a

higienização das mãos contribui para a consciência de uma cultura da segurança do

paciente. Metodologia: trata-se de um estudo qualitativo descritivo desenvolvido nas

unidades de internação pediátrica de um hospital universitário de Porto Alegre, Brasil, no

período de agosto a dezembro de 2012. Participaram 16 profissionais: médicos,

enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. Para a coleta das informações,

utilizou-se entrevista semiestruturada. Os dados foram organizados e processados pelo

software QSR Nvivo e analisados por meio da técnica de análise temática de conteúdo. O

estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição (nº 120.192).

Resultados: elencaram-se duas categorias temáticas: "A higienização das mãos e a

formação acadêmica do profissional de saúde" e "A higienização das mãos e a vida

profissional". Essas evidenciaram que a formação acadêmica dos participantes do estudo

contribuiu de forma incipiente para a formação de profissionais comprometidos com a

segurança do paciente e promoção de um cuidado seguro, principalmente no que se

refere à transmissão de infecção por meio das mãos. Evidenciaram-se lacunas durante o

processo formativo dos profissionais da saúde referente à temática da higienização das

mãos. No cenário de práticas, quanto à hospitalização infantil, ficaram ressaltados o

conhecimento dos profissionais sobre a técnica, os momentos e as dificuldades para a

real adesão à higienização das mãos. Também foi possível identificar que os esforços

empreendidos pela instituição quanto à criação de uma cultura de segurança têm

acontecido de forma sistemática. Considerações finais: considera-se que esses achados

possam indicar a necessidade de novas abordagens durante o processo formativo,

visando à impregnação e conscientização efetiva dos acadêmicos da área da saúde,

principalmente da enfermagem, sobre a relevância de uma efetiva higienização das

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

150

mãos. Contribuições para enfermagem: na medida em que o estudo revela lacunas

durante o processo de formação reforça a necessidade da conscientização dos

profissionais da saúde quanto ao fortalecimento de uma cultura de segurança do

paciente, principalmente pediátrico, nos níveis acadêmicos e profissionais.

Palavras-chave: Higiene das Mãos. Segurança do Paciente. Enfermagem.

Referências

1 Corrêa I, Nunes IMM. Higienización de las manos: el cotidiano del profesional de la

salud en una unidad de internación pediátrica. Invest Educ Enferm. 2011;29(1):54-60.

2 Huis A, Achterberg TV, Bruin M, Grol R, Schoonhoven L, Hulsche M. A systematic

review of hand hygiene improvement strategies: a behavioural approach. Implement Sci.

2012 Sep;14;7(1):92.

_______________________________

a Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Curso de Enfermagem do Centro

Universitário Metodista do IPA, Porto Alegre, RS. Email:

[email protected]. Relatora.

b Enfermeira. Doutora em Educação. Docente da Escola de Enfermagem da Universidade

Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS. Email: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

151

INCIDÊNCIA DE FLEBITES DURANTE O USO E APÓS A RETIRADA DE CATETER INTRAVENOSO PERIFÉRICOa

Cibelle Grassmann Peixotob, Tássia Amanda Mayc, Janete de Souza Urbanettod

Introdução: a cateterização intravenosa periférica é o procedimento invasivo mais

comum realizado em pacientes hospitalizados¹. Essa cateterização, por envolver

diferentes finalidades e períodos de utilização, pode representar potencial para vários

incidentes de segurança², como a ocorrência de flebite, que é a “inflamação de uma veia,

que pode ser acompanhada de dor, eritema, edema, endurecimento e / ou um cordão

palpável”³. Objetivo: investigar a incidência de flebites e a associação de fatores de risco

com flebites durante o uso e após a retirada do cateter intravenoso periférico (flebite

pós-infusão) em adultos hospitalizados. Metodologia: estudo de coorte com 171

pacientes que usaram cateterização intravenosa periférica, totalizando 361 punções. A

coleta dos dados foi realizada em um hospital do sul do Brasil, tendo-se utilizado um

instrumento contendo variáveis sociodemográficas e relacionadas ao cateter. Para

análise utilizou-se a estatística descritiva e analítica. Resultados: a maior parte dos

pacientes era do sexo masculino (51,5%) e a média de idade foi de 56,96 anos. A

incidência de flebites durante o uso do cateter intravenoso periférico foi 1,25% e a de

pós-infusão foi 1,38%. Associou-se à flebite durante o uso do cateter intravenoso

periférico o tempo de permanência do cateter e, com a flebite pós-infusão, a punção em

antebraço. Os medicamentos Ceftriaxona, Claritromicina e Oxacilina associaram-se à

flebite pós-infusão. Conclusões: a realização deste estudo possibilitou investigar a

associação de fatores de risco e a ocorrência de flebites durante o uso e após a retirada

do cateter. A frequência da flebite pós-infusão foi maior do que o número de flebites

durante a permanência do cateter, sendo as de grau III e II, respectivamente, as mais

frequentes. Contribuições para enfermagem: este estudo contribuiu para elucidar

aspectos relacionados à ocorrência de flebite pós-infusão, visto que poucos estudos

abordam o tema sob esta perspectiva. Também foi possível observar a importância da

continuidade do acompanhamento do sítio de inserção, uma vez que a flebite pós-

retirada do cateter intravenoso periférico não é habitualmente acompanhada nas

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

152

instituições e, portanto, não são computadas no estabelecimento das taxas de incidência

ou prevalência utilizadas.

Descritores: Flebite. Segurança do Paciente. Enfermagem.

Referências

1 Modes PSSA, Gaiva MAM, Rosa KO, Granjeiro CF. Cuidados de enfermagem nas

complicações da punção venosa periférica em recém-nascidos. Rev Rene. 2011; Abr-

Jun;12(2):324-32.

2 Torres MM, Andrade D, Santos CB. Punção venosa periférica: avaliação dos

profissionais de enfermagem. Rev Latino-am Enfermagem 2005 Maio-Jun;13(3):299-

304.

3 Intravenous Nurses Society. Infusion nursing standards of practice. Journal of Infusion

Nursing. 2011 [acesso em 2014 Maio 15];34(15):S65. Disponível em:

http://www.ins1.org/i4a/pages/index.cfm?pageid=3310

__________________________

a Artigo baseado no Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Enfermagem da

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/PUCRS, Porto Alegre, RS, 2014.

b Enfermeira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/PUCRS, Porto

Alegre, RS. E-mail: [email protected]

c Enfermeira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/PUCRS, Porto

Alegre, RS. E-mail: [email protected]

d Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do Rio

Grande do Sul/PUCRS. Professora Adjunta do Curso de Enfermagem da PUCRS, Porto

Alegre, RS. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

153

LEVANTAMENTO DOS INCIDENTES OCORRIDOS EM HOSPITAL ENSINO DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL RELACIONADOS À SEGURANÇA DO PACIENTE: RELATO DE

EXPERIÊNCIA

Adália Ferreira Pinheiroa, Camila Ritta Hoeltgebaumb, Fernanda Ribeiro Gallisac,

Gilciane Bolzan Wansingd

Introdução: a qualidade do cuidado em saúde está entre as grandes preocupações das

instituições na atualidade, juntamente com a segurança do paciente1. A ocorrência de

incidentes que causam danos ao paciente está cada vez mais inserida nos indicadores de

resultados dos hospitais2-3. O crescimento de casos documentados de eventos adversos

no cuidado à saúde tem provocado um debate sobre a segurança do paciente em âmbito

internacional e, recentemente, nacionalmente4. Objetivos: relatar a experiência do

levantamento dos incidentes que mais ocorreram e promover a reflexão sobre as

questões relacionadas acerca do tema de segurança do paciente. Metodologia: o estudo

ocorreu em um hospital de ensino de grande porte no interior do Rio Grande do Sul,

Brasil, e trata-se de uma investigação baseada em revisão retrospectiva de formulários

de notificação de incidentes, que acometeram os pacientes internados, elaborados pela

Comissão Interna de Gerenciamento de Risco e Segurança do Paciente. Resultados:

foram analisados 252 formulários no período de 12 meses. O estudo apontou que os

incidentes mais evidenciados foram relacionados á falta de higiene das mãos, erro de

medicação, retirada acidental de dispositivos invasivos e queda. Conclusões: espera-se

que a investigação destes eventos subsidie as ações desenvolvidas pela instituição,

desencadeando discussões de casos, elaboração de indicadores de qualidade e a

melhoria com relação a cultura de segurança do paciente a partir da educação e do

compartilhamento destes resultados em todas as áreas. Contribuições/implicações para

a enfermagem: entendemos que este estudo despertará a busca constante pela

atualização sobre os eventos adversos, de forma a conduzir melhor as condutas de

enfermagem para seu gerenciamento, tendo em vista a melhoria da qualidade e a

segurança da assistência prestada.

Descritores: Enfermagem. Segurança do Paciente. Gerenciamento de Risco.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

154

Referências

1 Silva AEBC. Segurança do paciente: desafios para a prática e a investigação em

Enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2010;12(3):422.

2 Queiroz Bezerra AL, Queiroz ES, Weber J, Tanferri de Brito Paranagua T. Reacciones

adversas: indicadores de resultados según la percepción de las enfermeras de un

hospital centinela. Enferm. Glob. [online]. 2012;11(27):186-197.

3 Gouvêa CSD, Travassos C. Patient safety indicators for acute care hospitals:

a systematic review. Cad. Saúde Pública. 2010 Jun;26(6):1061-1078.

4 Roque KE, Melo ECP. Evaluation of adverse drug events in the hospital context. Esc

Anna Nery (impr.). 2012 Jan-Mar;16(1):121-127.

______________________________________

a Enfermeira da Unidade da Área Acadêmica do Curso de Medicina, Hospital Santa Cruz,

RS. E-mail: [email protected]

bEnfermeira do Serviço de Educação Permanente, Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do sul,

RS. E-mail: [email protected]

c Enfermeira, Gerente Assistencial, Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do Sul, RS. E-mail:

[email protected]

d Enfermeira, Coordenadora de Enfermagem Noturno, Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do

Sul, RS. Relatora. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

155

O ENFERMEIRO INSERIDO NA PESQUISA

Gerli Elenise Gehrke Herra, Fabiele Aozaneb, Adriane Cristina Bernat Kolankiewiczc

Introdução: no meio científico, as pesquisas que investigam a cultura da segurança do

paciente, para a avaliação do clima de segurança no âmbito hospitalar, estão cada vez

mais presentes, refletindo a necessidade do conhecimento destes fatores. Com a

avaliação da cultura de segurança como positiva ou negativa, há necessidade de manter,

ou adotar ações que levam a práticas seguras, melhorias na comunicação, trabalho em

equipe e compartilhamento de conhecimentos1. Objetivo: relatar a experiência de

enfermeiras inseridas em um projeto de pesquisa sobre segurança do paciente.

Metodologia: relato de experiência de enfermeiras inseridas em uma pesquisa sobre a

percepção de profissionais de enfermagem sobre o clima de segurança do paciente em

duas instituições hospitalares da Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul,

Brasil. Resultados: como enfermeiras, entendemos que a pesquisa científica é uma

prática necessária na profissão, a qual agrega saberes, contribuindo e ampliando o

conhecimento teórico e prático, contribuindo para que toda a prática seja baseada em

evidências. Destaca-se que, em relação à cultura de segurança do paciente, é necessário

o desenvolvimento de estratégias capazes de eliminar ou reduzir as barreiras de

implementação. Dentre essas proporcionar condições de trabalho para a equipe de

enfermagem, considerando o impacto causado pelos cuidados prestados por estes

profissionais na segurança do paciente. Conclusão: as investigações sobre a cultura de

segurança do paciente devem servir de subsídio para as decisões e intervenções para

modificar a prática do cuidado e, consequentemente, as ações adotadas devem gerar

resultados positivos, visando à diminuição dos riscos e eventos indesejáveis.

Contribuições/implicações para enfermagem: a participação do profissional enfermeiro

em pesquisas surge como ferramenta para o desenvolvimento de estratégias que

garantam a prática segura, melhorando a qualidade da assistência e, consequentemente,

fornecendo maior segurança ao paciente.

Descritores: Cuidados de Enfermagem. Segurança do Paciente. Pesquisa.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

156

Referência

1. Reis CT, Martins M, Laguardia J. A segurança do paciente como dimensão da qualidade

do cuidado de saúde – um olhar sobre a literatura. Rev. Ciência & Saúde Coletiva.

2013;18(7):2029-2036.

_____________________

aEnfermeira no Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. Especialista em Enfermagem

Hospitalista. Relatora. E-mail: [email protected]

bEnfermeira no Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. Especialista em Enfermagem em

Terapia Intensiva e Gestão de Pessoas. E-mail: [email protected]

cEnfermeira. Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP.

Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Regional do Noroeste do Estado do

Rio Grande do Sul, Ijuí, RS. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

157

O SAFETY ATTITUDES QUESTIONNAIRE COMO INDICADOR DA CULTURA DE SEGURANÇA NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE

Mari Angela Meneghetti Barattoa, Caroline Zotteleb,

Tânia Solange Bosi de Souza Magnagoc

Introdução: a avaliação das percepções e atitudes dos profissionais em relação à cultura

de segurança representa um importante indicador para os gestores das instituições de

saúde, pois pode evidenciar os pontos fortes e, principalmente, os frágeis, que

necessitam intervenções e implementação de estratégias de melhorias. O Safety

Attitudes Questionnaire é um dos instrumentos utilizados para medir a cultura de

segurança nos hospitais, e é utilizado para analisar as atitudes e percepções dos

profissionais por meio de seis domínios: clima de trabalho em equipe; clima de

segurança; satisfação no trabalho; percepção da gestão da unidade e do hospital;

condições de trabalho e reconhecimento do estresse1. A escolha do Safety Attitudes

Questionnaire neste estudo é justificada por ele apresentar boas propriedades

psicométricas e por poder ser adaptável a diferentes contextos nos serviços de saúde2.

Objetivo: identificar as produções nacionais e internacionais que realizaram a validação

do Safety Attitudes Questionnaire. Metodologia: revisão de literatura realizada em

setembro de 2014, com busca de resumos disponíveis na base de dados SCOPUS. Foram

incluídos artigos que realizaram a validação do Safety Attitudes Questionnaire e

disponíveis na íntegra on-line. Resultados: inicialmente, utilizou-se a palavra-chave

"safety attitudes questionnaire", sendo encontradas 109 publicações. Ao ser

acrescentado o descritor "validation studies", reduziram-se a 30 produções. Destas, 14

estudos aplicaram o Safety Attitudes Questionnaire já validado, isolado ou em

combinação com outros instrumentos. Dos 16 estudos avaliados, evidenciou-se que a

validação do Safety Attitudes Questionnaire foi realizada na Índia, Suíça, Holanda,

Alemanha, Turquia, Grécia, Brasil, Noruega, Suécia, China e Espanha. No Brasil e

Noruega, foi validada também a versão ambulatorial. Na China, foi realizada uma

revalidação com fisioterapeutas e trabalhadores da construção civil. Na Suécia, validou-

se o instrumento com farmacêuticos e, recentemente, a versão do Safety Attitudes

Questionnaire para o bloco cirúrgico. Conclusão: o Safety Attitudes Questionnaire é um

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

158

instrumento de pesquisa utilizado para avaliar a cultura de segurança dos profissionais

em vários continentes, exceto Oceania e África. A utilização da versão ambulatorial tem

sido muito expressiva, visto da relevância da avaliação da cultura de segurança em

outros cenários. Contribuições para a enfermagem: a utilização, pela enfermagem, de um

instrumento, validado mundialmente, para mensurar e incentivar a cultura de segurança

pode propiciar um ambiente mais seguro de trabalho e, assim, ser fundamental para a

prevenção de eventos adversos aos pacientes.

Descritores: Segurança do Paciente. Estudos de Validação.

Referências

1. Sexton JB, Helmreich RL, Neilands TB, Rowan K, Vella K, Boyden J, et al. The Safety

Attitudes Questionnaire: psychometric properties, benchmarking data, and emerging

research. BMC health serv. res. 2006;6(44).

2. Devriendt E, Van den Heede K, Coussement J, Dejaeger E, Surmont K, Heylen D, et al.

Content validity and internal consistency of the Dutch translation of the Safety Attitudes

Questionnaire: an observational study. Int. j. nurs. stud. 2012;49(3):327-37.

____________________________________

a Enfermeira. Mestranda do PPGEnf da Universidade Federal de Santa Maria, RS.

Relatora. Email: [email protected]

b Enfermeira. Mestranda do PPGEnf da Universidade Federal de Santa Maria, RS.

c Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Departamento e do Programa de

Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), RS.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

159

REGISTRO DE AÇÃO PSICOATIVA E DE ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO NAS BULAS DE MEDICAMENTOS UTILIZADOS PELOS PACIENTES AVALIADOS QUANTO AO RISCO DE

QUEDAS

Amanda Peres do Nascimentoa, Daniela Raphaelli Nardinb, Dayane Sennac, Vitor Pena

Prazido Rosad, Janete de Souza Urbanettoe

Introdução: este trabalho faz parte do projeto “Associação entre o risco e a ocorrência de

queda de pacientes hospitalizados” e apresenta dados parciais do estudo da ação dos

medicamentos. A prevenção de queda é uma das preocupações do Ministério da Saúde,

no sentido de qualificar a assistência em saúde1. O uso de medicamentos de ação

psicoativa, apesar de vários estudos abordando esta temática, ainda não é um dos

fatores efetivamente considerados com relação a ocorrência de quedas durante a

hospitalização. Objetivos: analisar a frequência do registro de ação psicoativa e de

alteração do equilíbrio descritos nas bulas de medicamentos utilizados pelos pacientes

avaliados quanto ao risco de quedas durante a hospitalização. Método: estudo descritivo,

cujos medicamentos analisados foram oriundos de um banco de dados de pacientes (n=

1431) avaliados quanto ao risco de quedas durante a hospitalização em um hospital

universitário do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram analisadas as classes medicamentosas:

Analgésicos, Ansiolíticos/Tranquilizantes, Anti-hipertensivos, Anticonvulsivantes,

Antidepressivos, Antipsicóticos, Diuréticos e Indutores do sono. Os dados relativos à

ação psicoativa e de alteração do equilíbrio foram extraídos das bulas dos

medicamentos. Para a análise utilizou-se a estatística descritiva. A pesquisa foi aprovada

pelo Comitê de Ética da Instituição (Protocolo 1272/09). Resultados: as oito classes

medicamentosas analisadas totalizaram 86 medicamentos. Desses, 72 (83,7%)

descreviam ação psicoativa e 77 (89,5%) alterações relacionadas ao equilíbrio. A grande

maioria apresentou percentuais superiores a 80% quanto à descrição dessas alterações.

As bulas dos medicamentos antipsicóticos e anticonvulsivantes descreveram ação

psicoativa e alteração do equilíbrio em 100%, e nas de anti-hipertensivos identificou-se

o relato de alteração de equilíbrio em 95,2%. Conclusão: os resultados, apesar de

preliminares, demonstram que, na descrição dos medicamentos, a ação psicoativa e a

alteração do equilíbrio estão relatadas. Esse aspecto é extremamente importante, visto

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

160

que o uso concomitante de medicamentos da mesma classe ou de classes diferentes

ocorre de forma rotineira nos atendimentos em saúde, o que pode potencializar o risco

para ocorrência de quedas. Esses achados podem sinalizar, para a equipe de

enfermagem e de saúde, os riscos relacionados e contribuir para o planejamento do

cuidado seguro.

Descritores: Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a

Medicamentos. Acidentes por Quedas. Segurança do Paciente.

Referência

1. Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa

Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União 02 abr 2013 [acesso

em 2013 Maio 5]; Seção 1,(62):43. Disponível em:

http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=43&data=02/04/2013

__________________________________________________________________________

aAcadêmica de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

(PUCRS), Porto Alegre, RS. Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à

Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS). Email:

[email protected]

²Acadêmica de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

(PUCRS), Porto Alegre, RS. Relatora. Email: [email protected]

³Acadêmica de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

(PUCRS), Porto Alegre, RS. Email: [email protected]

dAcadêmico de Enfermagem da PUCRS. Bolsista de Iniciação Científica CNPQ.

[email protected]

eEnfermeira. Doutora em Ciências da Saúde. Professora do Curso de Enfermagem da

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS. Email:

[email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

161

REGISTRO DE FLEBITE E TROMBOFLEBITE NAS BULAS DE MEDICAMENTOS COMUMENTE RELACIONADOS AO RISCO DE FLEBITES

Ana Paula Christo de Freitasa, Ana Paula Ribeiro de Oliveirab, Franciele de Oliveira

Munizc, Jessica de Cássia Ramosd, Renata Martins da Silvae,

Janete de Souza Urbanettof

Introdução: a flebite é a inflamação de uma veia, podendo ser acompanhada de dor,

eritema, edema, endurecimento e/ou um cordão palpável. É classificada em quatro

tipos: mecânica, química, bacteriana e pós-infusão(1). A flebite química, que é foco desse

estudo, é causada pelo tipo de droga ou fluido infundido no cateter intravenoso

periférico. Fatores como pH e osmolaridade das substâncias tem um efeito significativo

na incidência de flebite (2). Objetivo: analisar a frequência do registro de flebite e/ou

tromboflebite descritos em bulários eletrônicos de medicamentos comumente

relacionados ao risco de flebites. Método: estudo descritivo, alinhado ao projeto de

pesquisa “Segurança do paciente no uso de cateter intravenoso periférico: vigilância da

ocorrência de flebites e fatores relacionados”. Os medicamentos pesquisados fazem

parte de um protocolo de prevenção de flebites(3) utilizado como referência por

instituições de saúde, agrupados por classe medicamentosa: antibióticos do grupo das

penicilinas, cefalosporinas, beta – lactâmicos e as sulfonamidas; antivirais;

antiarrítmicos; sedativos-hipnóticos; analgésicos; vasoconstritores; vasodilatadores;

antiepiléticos; analgésicos entorpecentes; vitaminas lipossolúveis; sedativos; antiácidos

e antimicóticos. Os termos pesquisados nas bulas foram flebite e tromboflebite. A

análise foi realizada por meio da estatística descritiva. O projeto foi aprovado pelo

Comitê de Ética da Instituição (Protocolo 1082/07). Resultados: das 42 bulas avaliadas,

49% não descreviam nenhuma manifestação relacionada ao risco de flebite, apenas 23%

utilizaram a palavra flebites, 26% tromboflebites, 2% utilizaram ambos. Dos 49

medicamentos pesquisados, 24 (48,9%) eram antibióticos. Desses, apenas 50,4% (ácido

clavulânico + amoxicilina; cefoxitina; ceftazidima; claritromicina, eritromicina, imipinen.

meropenen, oxacilina; piperacilina+ tazobactam; ticarcilina + ácido clavulânico;

tigeciclina e vancomicina), relatavam as palavras pesquisadas. Conclusões: os achados,

embora preliminares, apontam para a necessidade de estudos mais aprofundados para a

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

162

avaliação e acompanhamento da administração de medicamentos por cateteres

intravenosos periféricos, uma vez que medicamentos comumente relacionados a flebites

na prática clínica não apontam esse agravo na descrição de reações adversas em suas

bulas. A contribuição deste estudo está em trazer à tona informações que possam

fortalecer as estratégias para um cuidado seguro na administração de medicamentos.

Descritores: Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos.

Flebite. Segurança do Paciente.

Referências

1 Intravenous Nurses Society. Infusion nursing standards of practice. Journal of Infusion

Nursing. 2011;34(15):106.

2 Ray H, Andrew P. Phlebitis: treatment, care and prevention. Nursing Times. 2011;

107(36):18-21.

3 Hospital Israelita Albert Einstein. Manual farmacêutico. Albert Einstein, Hospital

Israelita. São Paulo; 2011-2012 [acessado 2013 Maio 27]. Disponível em:

http://www.einstein.br/manualfarmaceutico/Institucional/Paginas/PadronizacaoMedi

camentos.aspx?pag=Padronizacao%20de%20medicamentos

______________________________

aAcadêmica de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

(PUCRS), Porto Alegre, RS. Relatora. [email protected]

b Acadêmica de Enfermagem da PUCRS. Bolsista de Iniciação Científica PUCRS.

c Acadêmica de Enfermagem da PUCRS.

d Acadêmica de Enfermagem da PUCRS.

e Acadêmica de Enfermagem da PUCRS.

f Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela PUCRS. Professora do Curso de

Enfermagem da PUCRS. [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

163

RESISTÊNCIA E SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE

Roberta Soldatelli Pagno Paima, Elisiane Lorenzinib

Introdução: dentre as diversas estratégias propostas pela Organização Mundial da Saúde

para promover a Segurança do Paciente, está a de reduzir o número de infecções

relacionadas à assistência à saúde. O aumento da resistência antimicrobiana gera

repercussões no tempo de internação, no tratamento, na redução do arsenal terapêutico

e no aumento do risco relacionado ao óbito dos pacientes.1-2 Objetivo: conhecer o perfil

de resistência e sensibilidade aos antimicrobianos em amostras de material de pacientes

hospitalizados. Metodologia: estudo transversal, descritivo, documental e retrospectivo,

realizado através da análise dos resultados dos antibiogramas das amostras de material

biológico dos pacientes internados em uma instituição hospitalar de médio porte, Brasil,

no período de 2007 a 2012. A pesquisa respeitou as diretrizes da Resolução 466/2012

do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com o

parecer número 358.841 e CAAE 19685613.4.0000.5523. Resultados: das 13.761

amostras, 29,5% foram positivas para a presença de micro-organismos. A penicilina

apresentou o maior percentual de resistência, 83%. A produção de betalactamase é

responsável por degradar os antibióticos β-lactâmicos e por conferir resistência a esta

classe de antibióticos.3 Cefotaxima 64,7%, ceftazidima 63% e cefepime 62,9%,

cefalosporinas de terceira e quarta geração, também mostraram altos índices de

resistência antimicrobiana. O uso inadequado é um dos principais fatores para o

desenvolvimento de resistência antimicrobiana.4 Em outro estudo, pesquisadores

encontraram maior perfil de resistência para cefepime e ceftazidima, corroborando com

os resultados desta pesquisa.5 Conclusão: taxas elevadas de resistência às cefalosporinas

constitui-se em dado preocupante, pois são utilizadas no tratamento de micro-

organismos Gram-negativos, resistentes à outros fármacos. Contribuições para a

enfermagem: medidas de prevenção da resistência antimicrobiana, como cuidados na

administração de medicamentos, entre outras, devem ser priorizadas pelos profissionais

e instituições de saúde, visto que a resistência antimicrobiana gera impactos negativos

na Segurança do Paciente.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

164

Palavras-Chave: Segurança do Paciente. Farmacorresistência Bacteriana. Infecção

Hospitalar.

Referências

1 World Health Organization. A crescente ameaça da resistência antimicrobiana. Opções

de ação. Genebra; 2012[acessado 2013 Jun 11]. Disponível em:

http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/75389/3/OMS_IER_PSP_2012.2_por.pdf

2 Lorenzini E, Santi JAR, Báo ACP. Patient safety: analysis of the incidents notified in a

hospital, in south of Brazil. Rev Gaúcha Enferm. 2014 Jun;35(2):121-7.

3 Abreu AG, Marques SG, Monteiro-Neto V, Carvalho RML, Gonçalves AG. Nosocomial

infection and characterization of extended-spectrum β-lactamases-producing

Enterobacteriaceae in Northeast Brazil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2011; 44(4):441-6.

4 Lancis IF, Garcell HG, Narbona IM, Sánchez RE, Sosias JP, Gómez GP et al. Factores

asociados al uso inadecuado de cefalosporinas en pacientes hospitalizados. Rev Cubana

Cir. 2010;49 (3):1-9.

5 Machado GM, Lago A, Fuentefria SRR, Fuentefria DB. Ocorrência e perfil de

sensibilidade a antimicrobianos em Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter sp. em um

hospital terciário, no sul do Brasil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2011;44(2):168-72.

_____________________________

aFarmacêutica. Mestre em Biotecnologia/ Docente. Faculdade da Serra Gaúcha.

Faculdade Fátima, Caxias do Sul, RS. Relatora E-mail: [email protected]

bEnfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Enfermagem pela

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS. E-mail:

[email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

165

RESULTADO DA IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS NO INDICADOR DE QUEDAS DE PACIENTES INTERNADOS

Ana Magalhãesa, Diovane da Costaa, Francis da Costaa, Gisela Mouraa,

Lyliam Suzukia, Vera Diasa

Introdução: os serviços hospitalares que adotam as diretrizes de segurança do paciente

implementam medidas preventivas pautadas em padrões internacionais de segurança1,2,

a exemplo da meta internacional número seis, que objetiva prevenir lesões decorrentes

de quedas3. A incidência de quedas no ambiente hospitalar varia conforme o tipo de

paciente atendido. Os idosos, com distúrbios de marcha ou equilíbrio, alteração do nível

de consciência e uso de determinados medicamentos são mais propensos a quedas,

assim como as crianças. As quedas são eventos que podem causar lesões em pacientes

hospitalizados. Por isto, as instituições devem identificar o risco de quedas, instituir

medidas preventivas e avaliar se as mesmas estão sendo efetivas. Objetivo: analisar os

resultados do indicador de quedas após a implantação do protocolo de prevenção de

quedas. Metodologia: estudo de abordagem quantitativa, descritivo, realizado com base

nos resultados do indicador de quedas de um hospital universitário público do sul do

Brasil, no período de janeiro a julho de 2013 e de 2014. O indicador corresponde à Taxa

de Incidência de quedas, calculada pelo número total de quedas de pacientes ocorridas

durante o mês * 1000, dividido pelo número total de pacientes dia. A meta institucional é

de ≤ 2 quedas por 1000 pacientes/dia. Medidas preventivas de quedas - orientações

sobre prevenção de quedas, sinalização de segurança do ambiente, ambiente livre de

obstáculos, rodas das camas travadas, transporte do paciente em maca ou cadeira,

dentre outras - são instituídas para todos os pacientes. Os pacientes adultos avaliados

pela escala de Morse com escores ≥ 45, os pediátricos com idade ≥ 3 anos avaliados com

fatores de risco com escores ≥ 3, e pacientes com transtorno mental avaliados com

Morse associada ao uso de psicotrópicos, são sinalizados com pulseira amarela.

Resultados: comparando os sete primeiros meses do ano observa-se que houve uma

redução na incidência de quedas, refletindo num aumento no número de unidades que

alcançaram a meta, isto é, de oito unidades em 2013 para 13 unidades em 2014. Além

disto, 17 de 21 unidades tiveram diminuição em suas taxas, variando de -0,11 a -2,29.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

166

Conclusão: o monitoramento e a instalação de medidas preventivas reduziram a

incidência de quedas e, consequentemente, as lesões decorrentes, conforme almejado

pela Meta Internacional de Segurança número seis.

Descritores: Acidente por Quedas. Metas Internacionais de Segurança. Indicadores.

Referências

1 Ministério da Saúde (Brasil). Portaria 529 de 01 de abril de 2013. Programa Nacional

de Segurança do Paciente (PNSP). [internet]. Brasília; 2013 [acesso 2014 Set 02]

Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html

2 World Health Organization. World Alliance for Patient Safety: summary of the

evidence on patient safety: implications for research. Geneva, Switzerland: World Health

Organization; 2008 [acesso 2014 Set 02]. Disponível em:

http://www.who.int/patientsafety/information_centre/Summary_evidence_on_patient_

safety.pdf

3 Joint Commission International. Padrões de acreditação da Joint Commission para

hospitais. Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde. 4ª ed.

Rio de Janeiro: CBA; 2010.

________________________

a Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

167

RISCO PARA QUEDA DE ADULTOS NAS PRIMEIRAS HORAS DE HOSPITALIZAÇÃO

Carine Remora, Carla Barroca Cruzb, Amanda Peres do Nascimentoc, Vitor Pena Prazido

Rosad, Janete de Souza Urbanettoe

Introdução: a queda é definida como o evento em que a pessoa inadvertidamente cai ao

solo ou níveis inferiores, excluindo mudança intencional da posição para repouso na

mobília, parede ou outros objetos(1). O risco de quedas no meio hospitalar pode ser

supervisionado por escalas validadas para este fim, como a Morse Fall Scale(2) que foi

traduzida e adaptada para o Brasil, em 2013(3). Esta escala permite classificar o risco de

cair dos pacientes em baixo, moderado e elevado(2,3). A investigação, nas primeiras horas

de hospitalização, acerca dos riscos dos pacientes caírem tem por objetivo a

identificação precoce dos fatores relacionados à queda que contribuam para a

elaboração de estratégias para prevenir, alertar e reduzir este incidente, que pode

tornar-se um agravo importante à saúde das pessoas. Objetivo: identificar os riscos para

quedas nas primeiras horas de hospitalização e associá-los com a ocorrência de quedas.

Método: estudo de coorte, realizado em um hospital de Porto Alegre, Brasil. A população

do estudo foram os pacientes adultos hospitalizados e a amostra configurou-se em 556

pacientes avaliados quanto aos fatores associados ao início da hospitalização. A análise

foi descritiva e analítica. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da

Instituição. A pesquisa tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico e da Fundação de Amparo à Pesquisa no Rio Grande do Sul.

Resultados: evidenciou-se que a classificação de risco elevado pela Morse Fall Scale

(MFS) e, especificamente os itens história de quedas, auxílio na deambulação, marcha

comprometida/cambaleante e superestimação da capacidade para deambulação,

estavam associados com as quedas na hospitalização (p≤0,005). Além destes, a força

muscular reduzida e o déficit visual também contribuíram para a ocorrência deste

incidente de segurança. Conclusão: a identificação dos fatores de risco para quedas dos

pacientes avaliados nas primeiras horas de hospitalização pode contribuir para a

redução dessas ocorrências e prevenir eventuais danos.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

168

Descritores: Acidentes por Quedas. Segurança do Paciente. Enfermagem.

Referências

1. Organização Mundial de Saúde. The conceptual framework for the international

classification for patient safety v1.1. Final technical report and technical annexes.

[Internet] 2009 [acessado 2014 Mar 22]. Disponível em:

http://www.who.int/patientsafety/taxonomy/en/

2. Morse JM, Morse RM, Tylko SJ. Development of a scale to identify the fall-prone

patient. Canadian Journal on Aging.1989;8(4):366-377.

3. Urbanetto JS, Creutzberg M, Franz F, Ojeda BS, Gustavo AS, Bittencourt HR et al. Morse

Fall Scale: tradução e adaptação transcultural para a Língua Portuguesa. Rev. Esc.

Enferm. USP. 2013 Jun;47(3):569-575.

___________________________

aAcadêmica de Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

(PUCRS), Porto Alegre, RS. [email protected]

bAcadêmica de Enfermagem pela PUCRS. [email protected]

cBolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa no Rio Grande do Sul

(FAPERGS). [email protected]

dBolsista de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento científico e

Tecnológico (CNPq). [email protected]

eEnfermeira Doutora em Ciências da Saúde pela PUCRS. Professora do Curso de

Enfermagem da PUCRS. [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

169

SEGURANÇA DO PACIENTE E A IDENTIFICAÇÃO POR PULSEIRA

Roberta Heidricha,b, Izamara Alvesa, Viviane Baltazara, Paulo Renato Vieiraa, Carla

Marquesa, Patrícia Trevisoc

Introdução: a segurança do paciente é definida como a redução do risco de danos

desnecessários associados à atenção à saúde, até um mínimo aceitável¹. O processo de

identificação do paciente é essencial para garantir a segurança e a qualidade da

assistência nas instituições de saúde². Objetivo: descrever a importância da identificação

do paciente, tanto para este quanto para os profissionais da saúde. Metodologia: revisão

bibliográfica realizada em agosto de 2014. Realizada busca nas bases de dados BIREME

e SCIELO. Foram encontrados 61 artigos, destes foram excluídos os artigos que não

atendiam aos objetivos do estudo ou não estavam disponíveis na íntegra online e em

português, resultando na utilização de quatro artigos, analisados neste estudo.

Resultados: a presente revisão elucida a importância da identificação do paciente. A

identificação do paciente correta resulta no atendimento mais seguro e possibilita evitar

erros, visto que a assistência é um processo complexo e composto por várias etapas e,

muitas vezes, envolve diferentes profissionais.³ Uma das etapas de identificação se dá

por meio do uso de uma pulseira, contendo informações como nome e sobrenome,

número do registro, dentre outras de acordo com a instituição de saúde. Também deve

apresentar características adequadas como: cor, tamanho, durabilidade, letra e adequar-

se às necessidades de cada paciente. Esta prática é recomendada internacionalmente, no

intuito de reduzir falhas no atendimento ao paciente1-4. Conclusão: a identificação do

paciente é de fundamental importância para a segurança do cuidado. Contribuições para

enfermagem: o presente estudo colaborou para o aprendizado sobre a importância da

segurança e identificação do paciente, visando um atendimento seguro e qualificado pela

enfermagem.

Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem.

Referências

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

170

1. Tase TH, et al. Identificação do paciente nas organizações de saúde: uma reflexão

emergente. Rev. Gaúcha Enferm. 2013;34(2):196-200.

2. WHO Collaborating Centre for Patient Safety Solutions. Solution 2: patient

identification. Patient Safety Solutions. 2007 May [acesso em 2014 Ago 22];1:8-11.

Disponível em: http://www. jointcommissioninternational.org/WHO-Collaborating-

Cen- tre-for-Patient-Safety-Solutions/.

3. Pease F, Sasso GTMD. Cultura da segurança do paciente na atenção primária à saúde.

Texto Contexto Enferm. 2013;22(2):302-310.

4. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS.

Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto

Alegre: EDIPUCRS; 2013.

________________________________________

a Acadêmico de enfermagem do Centro Universitário Metodista do IPA, Porto Alegre, RS.

b Relatora. Email: [email protected]

c Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Ciências da Saúde. Docente do Curso de

Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre, RS.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

171

SEGURANÇA DO PACIENTE NA PREVENÇÃO DO TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO PÓS-OPERATÓRIO: UMA REVISÃO TEÓRICA

Fuzer FAMa, Gomes LMAb, Rios CSc, Silva AAd; Zambrano AOe; Silva KCOf

Introdução: o tromboembolismo venoso é uma condição frequente que pode complicar a

recuperação dos pacientes, sendo causa de morbimortalidade no pós-operatório,

podendo ser evitado com profilaxia adequada1. Objetivo: investigar a literatura científica

acerca dos cuidados preventivos para tromboembolismo venoso em pacientes no pós-

operatório. Metodologia: efetuou-se uma busca sistematizada nas bases de dados

Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-

americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Scientific Electronic Library

Online (SciELO). Os critérios de inclusão foram: artigos completos, em português,

disponíveis integralmente online e gratuitos. Foram excluídos: teses, dissertações,

resumos, trabalhos em outros idiomas, de acesso pago. Não foi estabelecido recorte

temporal com a finalidade de se obter ampla visão sobre o assunto. Utilizaram-se, na

busca, os descritores “Prevenção”, “Tromboembolismo”. Resultados: dos 88 artigos

encontrados, 12 atenderam os critérios de inclusão. Para prevenir o tromboembolismo

venoso, a equipe de enfermagem deve atentar os riscos no cuidado profilático, tanto

físicos quanto químicos, os quais, se possível, devem estar associados para garantir uma

atenção efetiva ao paciente2. Os artigos abordaram tópicos frequentes no quotidiano

pós-cirúrgico como: prevenção de tromboembolismo venoso, salientando a importância

da prevenção, associação de cuidados assistenciais, incidências e efeitos da profilaxia no

pós-operatório. Apesar das grandes evidências sobre a eficácia das medidas profiláticas,

ainda há uma expressiva vulnerabilidade na prática dos profissionais. A profilaxia é o

método de melhor relação custo/benefício e evita a incidência de tromboembolismo

venoso, diminuindo o tempo de internação e custos com tratamentos e,

consequentemente, contribui para a qualidade de vida do paciente3. Conclusão: tal

temática é de suma importância para o paciente no pós-operatório, pois envolve

múltiplos aspectos do cuidado. Entretanto, há poucos estudos no Brasil. Sugere-se o

desenvolvimento de pesquisas no intuito de otimizar a profilaxia para o

tromboembolismo venoso. Implicações para a enfermagem: este trabalho implica no

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

172

estímulo ao estudo científico da enfermagem, quanto às medidas profiláticas para

prevenção de complicações geradas por trombos no pós-operatório, favorecendo a

segurança do paciente.

Descritores: Prevenção. Tromboembolismo venoso. Enfermagem.

Referências

1. Wachter RM. Compreendendo a segurança do paciente. Porto Alegre: Artmed; 2010. p.

137-138.

2. Barreto SSM, Silva PM, Faccin CS, Theil AL, Nunes AH, Pinheiro CTS. Profilaxia para

tromboembolia venosa em uma unidade de tratamento intensivo. J. Pneumo. 2000 Jan-

Fev[acesso em 2014 Set 05];26(1):15-19. Disponível em :

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102358620000001000

04&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

3. Diogo-Filho A, Cíntia PM, Diogo DM, Larissa SPF, Priscila MD, Priscila MV. Estudo de

vigilância da profilaxia do tromboembolismo venoso em especialidades cirúrgicas de um

hospital universitário de nível terciário. Arq. Gastroenterol. 2009 Jan-Mar[acesso em

2014 Set 05];46(1):9-14. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-

28032009000100007

________________________

aAcadêmica. Curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa

Maria, RS. Relatora. [email protected]

bAcadêmica. Curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa

Maria, RS. [email protected]

cAcadêmica. Curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa

Maria, RS. [email protected]

dAcadêmica. Curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa

Maria, RS. [email protected]

eEnfermeira. Especialista em psicanálise [email protected]

fEnfermeira. Docente curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA),

Santa Maria, RS. [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

173

SEGURANÇA DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO: CUIDADO NA PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS

Viviane Costaa, Patrícia Trevisob

Introdução: a preocupação com a segurança do paciente é um tema de relevância

crescente em âmbito global. A inclusão de indicadores de segurança nos programas de

monitoramento da qualidade representa uma importante estratégia para orientar

medidas que promovam a segurança do paciente.1 Objetivos: identificar situações de

eventos adversos vivenciados ou presenciados por acadêmicos de enfermagem que

atuam como profissionais de enfermagem de nível técnico em centro cirúrgico.

Metodologia: estudo qualitativo, exploratório, descritivo. População: acadêmicos de

enfermagem do Centro Universitário Metodista-IPA, Brasil, que atuam como

profissionais de enfermagem de nível técnico em centro cirúrgico, amostra por critério

de saturação de dados; os dados estão sendo coletados através de entrevista gravada em

áudio. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário

Metodista-IPA sob o número de parecer 680.374 em 04 de julho de 2014. Resultados: o

estudo está em fase de coleta de dados. Os resultados parciais revelam eventos adversos

que podem ocorrer no perioperatório como: troca de pacientes, troca de medicações,

erro na lateralidade de procedimentos cirúrgicos, queda, queimaduras, problemas

decorrentes de equipamentos defeituosos ou ausentes entre outros. Conclusões: são

diversas as situações de eventos adversos que podem ocorrer no período perioperatório

e, portanto, faz-se necessário o seguimento rígido de protocolos de segurança buscando

eliminar a ocorrência dos mesmos. Contribuições para enfermagem: o estudo permitirá

elencar eventos adversos vivenciados ou presenciados por acadêmicos de enfermagem

em centro cirúrgico, enquanto profissionais desta área, evidenciando a importância da

adoção de medidas que visem evitar a ocorrência de eventos adversos.

Descritores: Enfermagem Perioperatória. Segurança.

Referência

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

174

1 Gouvêia CSD, Travassos C. Indicadores de segurança do paciente para hospitais

agudos. Cad. Saúde Pública. 2010 Jan-Jun;26(6):1061-1078.

_______________________________________________

aAcadêmica do 9° Semestre do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro

Universitário Metodista – IPA, Porto Alegre, RS. Relatora.

[email protected]

b Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Ciências da Saúde. Docente

do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Metodista IPA, Porto

Alegre, RS.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

175

SEGURANÇA DO PACIENTE: CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA

Marcella Salatino Rochaa, Daisy Zanchi de Abreu Boteneb

Introdução: a aplicação do checklist cirúrgico foi realizada em diversos estudos de

hospitais em países variados, abordando todos os contextos econômicos, mostrando-se

uma ferramenta de baixo custo para minimizar a ocorrência de eventos adversos graves

associados à cirurgia. Esses eventos podem ser agrupados em cinco categorias: 1)

cirurgia realizada em membro ou local errado; 2) cirurgia realizada em paciente errado;

3) procedimento cirúrgico errado; 4) retenção de objeto estranho dentro do paciente

após o término da cirurgia; 5) morte no intraoperatório ou no pós-operatório imediato

em paciente hígido, sem patologias prévias(1). Entretanto, ainda encontram-se barreiras

na aplicação dessa ferramenta de segurança em hospitais de ensino, especialmente no

que se refere a treinamentos específicos e, principalmente, à aceitação da equipe médica.

Objetivo: identificar o entendimento e as dificuldades apresentados na aplicação do

checklist (lista de checagem) de cirurgia segura da Organização Mundial de Saúde.

Metodologia: se trata de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em

um centro cirúrgico de um hospital privado de Porto Alegre, Brasil. Os participantes

foram 12 técnicos de enfermagem do centro cirúrgico. O projeto foi aprovado pelo

Comitê de Ética das instituições envolvidas, sob número 504.647. Os dados foram

coletados por meio de entrevista semiestruturada, conduzida pela pesquisadora em

horário pré-agendado. Para organização e análise de dados foi utilizada a análise de

temática. Resultados: elencaram-se duas categorias: “A importância do checklist” e

“Dificuldades na aplicação”. Os participantes demonstraram conhecimento da

importância da aplicação deste instrumento de checklist, relatando sentirem-se mais

seguros quando realizam o processo. Entre as dificuldades referidas estão a falta de

treinamentos específicos para área cirúrgica, a grande demanda de cirurgias e,

principalmente, a falta de comprometimento de alguns profissionais perante esse

processo de segurança, os quais parecem ainda não estar conscientes da importância da

aplicação de checklist. Considerações finais: considera-se que a equipe de enfermagem

tem papel importante no processo de verificação e orientação do instrumento de

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

176

segurança, ressaltando que a aplicação desse processo visa diminuir consideravelmente

os riscos ao paciente, bem como diminuir o atrito entre os componentes da equipe

provocado por eventos inesperados. Contribuições para a enfermagem: o estudo

contribui para a área da enfermagem uma vez que evidencia a importância e os fatores

envolvidos na aplicação do checklist cirúrgico. Os resultados geram subsídios para se

compreender melhor o fenômeno e estimular a reflexão para a construção de estratégias

que melhorem a sua aplicação.

Descritores: Enfermagem. Segurança do Paciente. Procedimentos Cirúrgicos

Operatórios. Checklist.

Referência

1 World Health Organization. World conference on social determinants of health:

meeting report. Rio de Janeiro: WHO; 2011[citado em 2012 Jul 8]. Disponível em:

http://www.who.int/sdhconference/resources/Conference_Report.pdf

___________________________________

a Enfermeira. Graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário Metodista (IPA),

Porto Alegre, RS. Relatora. Email: [email protected]

b Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Metodista (IPA), Porto Alegre,

RS. Email: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

177

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ALIADO À CIRURGIA SEGURAa

Michelle Camile Schusterb, Sandra Leontina Graubec, Vivian Lemes Lobo Bitencourtd

Introdução: a constante evolução do conhecimento, especialmente as inovações

tecnológicas que permeiam a área da saúde, permitem a criação de técnicas menos

invasivas, bem como a elaboração de novos materiais e medicamentos, procedimentos

mais rápidos e seguros, garantindo deste modo um atendimento eficiente no serviço

prestado. A pesquisa teve como justificativa estabelecer as intervenções de enfermagem

necessárias para prevenir e controlar os principais problemas no recebimento do

paciente no Centro Cirúrgico e sua permanência na Sala Operatória. Objetivo: o objetivo

geral foi a elaboração de um instrumento de sistematização da assistência de

enfermagem no transoperatório e, como objetivos específicos, diminuir os riscos

decorrentes da utilização de materiais e equipamentos durante o procedimento

cirúrgico; analisar as necessidades individuais de cada cliente e prestar assistência ao

paciente e aos seus familiares. Método: para o alcance dos desígnios propostos, utilizou-

se de pesquisa do tipo exploratória/revisão bibliográfica com abordagem qualitativa.

Foram relacionados artigos científicos de 2000 a 2010, sendo encontrados 20 artigos e

destes utilizados 10 artigos. Resultados: o referido estudo proporcionou estratégias de

verificação das principais complicações a que o paciente está exposto e as possíveis

alterações anatômicas e fisiológicas, proporcionando ações específicas que permeiam o

ato anestésico e cirúrgico. A equipe de enfermagem deve estar disposta a oferecer

estratégias com o intuito de minimizar os riscos mais comuns e evitáveis ao ato

cirúrgico, proporcionando sempre segurança e conforto ao paciente, para que sejam

evitadas complicações referentes à hipotermia, riscos de lesões, náuseas, vômitos entre

outros. Disponibilizar ao paciente apoio emocional, permanecer próximo durante os

procedimentos e a indução anestésica, avalia-lo continuamente tendo uma visão

holística. Quanto ao gerenciamento de enfermagem, oferecer integral segurança física ao

paciente, equipamentos em condições de uso, manter a assepsia e controle do ambiente

e, desta forma, ocorrerá uma melhor assistência, individualizada e humanizada, por

meio de uma sistematização da assistência de enfermagem, pois é o meio pelo qual o

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

178

enfermeiro consegue atender as necessidades do paciente. Considerações finais: deve-se

estabelecer um trabalho voltado para a segurança relacionado aos eventos adversos

compondo, assim, um grande desafio em que cirurgias seguras salvam vidas. Sabendo-se

da importância que a equipe de enfermagem tem referente ao cuidado com o paciente, é

de fundamental importância que esteja em total sintonia, para desenvolver um

atendimento humanizado.

Descritores: Centro Cirúrgico Hospitalar. Enfermagem de Centro Cirúrgico. Assistência

Perioperatória.

Referências

Andrade JS, Vieira MJ. Prática assistencial de enfermagem: problemas, perspectivas e

necessidades de sistematização. Revista Brasileira de Enfermagem. 2005 Maio-

Jun;58(3):261-265.

Castellanos BEP, Jouglas VMG. Assistência de enfermagem peri operatória: um modelo

conceitual. Rev. Esc. Enfermagem USP. 1990 Dez;24(3):359-70.

Gil CA. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas; 2007.

________________________________

aTrabalho de Conclusão do Curso Especialização em Centro Cirúrgico, Centro de

Materiais e Sala de Recuperação Pós Anestésica – Instituto de Educação e Pesquisa

Hospital Moinhos de Vento.

b Enfermeira. Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. Relatora. E-mail:

[email protected]

c Enfermeira. Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. E-mail: [email protected]

d Enfermeira. Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

179

3 RELATOS DE AÇÕES NO ENSINO

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

180

AÇÃO PEDAGÓGICA EM UNIDADE HOSPITALAR: UMA ABORDAGEM INTEGRADA ENSINO - SERVIÇO

Ferdinando De Contoa, Bernadete Maria Dalmolinb, Heide Elisabete Wayerbacher

Hoffmannc, Cleide Maciel do Amarald

Introdução: as organizações hospitalares têm na sua origem a prestação de serviços

diretamente à comunidade, portanto, traz o caráter humanístico, que permanece até

hoje. Alguns hospitais evoluíram na sua maneira de prestar serviços e no seu sistema de

gestão, porém, algumas organizações hospitalares ainda se apoiam em sistemas

gerenciais alicerçados em paradigmas tradicionais. A Universidade de Passo Fundo, Rio

Grande do Sul, por seu caráter comunitário e regional e que tem sua ação alicerçada no

ensino, pesquisa e extensão, propôs este trabalho que se caracteriza como uma nota

prévia de uma ação extensionista. Objetivo: tem o objetivo de realizar ações educativas

de ensino-serviço, de caráter interdisciplinar e interinstitucional junto a um hospital

público de pequeno porte do município de Passo Fundo, Brasil. Método: relato de

atividade. Resultados: a partir do diagnóstico da realidade, percebeu-se como

prioridades a adequação da estrutura física, capacitação do quadro de funcionários,

perfil epidemiológico dos usuários e falta de normatização e padronização de

procedimentos em quase todos os serviços hospitalares. Este projeto visa, entre outras

ações, reestruturar/construir Protocolos Operacionais Padrão em todas as áreas de

funcionamento do hospital, bem como apoiar tecnicamente as ações de reformas, entre

elas as arquitetônicas, dessa instituição de saúde. Portanto, envolve não somente cursos

voltados à área da saúde especificamente, mas todos os cursos da universidade que

possam contribuir com esta instituição hospitalar. A ação tem conseguido a integração

ensino-serviço-comunidade, buscando fortalecer e qualificar as ações do hospital ao

mesmo tempo em que pretende aprimorar a formação interdisciplinar de discentes e

docentes na busca de uma formação humanística, técnica e imersa na realidade social.

Considerações finais: a proposta deste projeto se deu a partir de um diagnóstico social

que originou a necessidade desta parceria, na busca por soluções, com o compromisso

de desenvolvimento socioeconômico, cultural, tecnológico e científico da região, visando

à melhoria da qualidade de vida da população.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

181

Descritores: Administração em Saúde. Protocolos. Avaliação em Saúde. Relações

Interpessoais.

____________

aCirurgião-dentista. Doutor, professor titular III, Curso de Odontologia – Universidade de

Passo Fundo, RS.

bEnfermeira. Doutora, professor titular III, Curso de Enfermagem – Universidade de

Passo Fundo, RS.

cEnfermeira. Especialista, professora contratada, Curso de Enfermagem – Universidade

de Passo Fundo, RS.

dGraduanda. Acadêmica, Curso de Enfermagem - Universidade de Passo Fundo, RS.

Relatora.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

182

ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM EM UTI CORONARIANA: PERCEPÇÕES DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE

Fabiano Pereira dos Santosa,b, Carine Feldhausa, Monique Pereira Portellaa, Priscila da

Silva Mattera, Eniva Miladi Fernandes Stummc, Eliane Raquel Rieth Benettid

Introdução: a segurança do paciente tem se tornado preocupação mundial para o

sistema de saúde. No entanto, mesmo com avanços nesses sistemas, os indivíduos ainda

estão expostos a riscos quando submetidos aos cuidados de saúde. Dessa forma, a

qualidade assistencial e a segurança do paciente têm sido estudados com vistas à

diminuição de erros, riscos e danos ao paciente1. Nesse contexto, como as doenças

cardiovasculares representam uma das maiores causas de mortalidade², a segurança dos

pacientes em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana merece ser discutida, a fim de

minimizar riscos e proporcionar segurança ao paciente. O diagnóstico de enfermagem

“risco de quedas”³ é identificado em muitos pacientes de Unidade de Terapia Intensiva

Coronariana, o que exige da equipe de enfermagem cuidados específicos para prevenir

danos. Objetivo: descrever as percepções de acadêmicos sobre a atuação da enfermagem

em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana e a segurança do paciente. Metodologia:

trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de enfermagem, realizado durante

as atividades de Prática em Saúde do Adulto II, em Unidade de Terapia Intensiva

Coronariana de hospital do noroeste do Rio Grande do Sul. Resultados: a admissão de

uma paciente em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana, com dor precordial e

abdominal associada à hipotensão arterial, confusão mental e taquipneia, suscitou nos

acadêmicos questionamentos e reflexões acerca das ações da equipe para a segurança da

paciente. Foram observados e discutidos os riscos durante transporte em maca,

transferência da maca para o leito e acomodação/contenção no leito. Embora os

métodos utilizados atendessem a segurança da paciente, eliminando possíveis riscos de

quedas do leito, evidencia-se a necessidade da instrumentalização da equipe sobre o

risco de quedas e ações preventivas. Conclusão: os eventos adversos que comprometem

a segurança do paciente, como as quedas, constituem um desafio para o aprimoramento

da qualidade da assistência. Nesse sentido, a movimentação e contenção do paciente

com risco de quedas têm de respeitar as condições do paciente e seus agravos

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

183

patológicos. Dessa forma, a instrumentalização da equipe, o uso de protocolos e escalas é

importante para o gerenciamento adequado. Contribuições para a Enfermagem: é

fundamental a utilização de escalas que avaliem risco de quedas e protocolos de

prevenção com vistas à segurança do paciente.

Descritores: Segurança do Paciente. Cuidados de Enfermagem. Acidentes por Quedas.

Referências

1 Costa SGRF, et al. Caracterização das quedas do leito sofridas por pacientes internados

em um hospital universitário. Rev Gaúcha Enferm. 2011;32(4):676-81.

2 Nunciaroni AT, et al. Caracterização dos diagnósticos de enfermagem de pacientes

internados em uma unidade de cardiologia. Rev Gaúcha Enferm. 2012;33(1):32-41.

3 Nanda Internacional. Diagnósticos de enfermagem: definições e classificação 2012-

2014. Tradução de Jeanne Liliane Marlene Michel. Porto Alegre: Artmed; 2013.

__________________________________

a Acadêmicos de Enfermagem, Unijuí, RS. Email: [email protected],

[email protected], [email protected], [email protected]

b Relator

c Enfermeira, Doutora em Ciências, Unijuí, RS. Email: [email protected]

d Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Hospital Universitário de Santa Maria e Unijuí, RS.

Email: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

184

FORMAÇÃO ACADÊMICA EM CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO: FUNDAMENTAL PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE

Natália Fernandes Martins Ferreiraa, Jenifer dos Santosa, Luély Vacari Ortiza,

Rita Catalina Aquino Caregnatob

Introdução: na Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância

Sanitária - RDC Nº 15, de 2012, que dispõe sobre requisitos de boas práticas para o

processamento de produtos da saúde, encontra-se o artigo 28 que se refere ao

profissional responsável pelo Centro de Materiais e Esterilização devendo este possuir

nível superior, para coordenar todas as atividades relacionadas ao processamento de

produtos da saúde. Tradicionalmente o enfermeiro tem sido o profissional responsável

por esta área crítica, entretanto esta resolução abre a possibilidade de outro profissional,

com conhecimento, assumir este lugar. Alguns currículos de cursos de graduação de

Enfermagem não estão contemplando o conteúdo sobre Centro de Materiais e

Esterilização e Centro Cirúrgico na formação dos futuros enfermeiros, por entenderem

que este conteúdo é da especialização. Atualmente existe uma dificuldade de encontrar

profissionais de enfermagem para atuarem nestes setores, portanto, é fundamental que

a graduação em Enfermagem desperte o interesse dos acadêmicos para no futuro

atuarem nestas áreas. Objetivo: relatar a experiência do estágio em Centro de Material

de Esterilização da disciplina de clínico cirúrgico da grade curricular do curso de

bacharelado de Enfermagem da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto

Alegre. Método: trata-se de um relato de experiência sobre a prática realizada na

Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, no 5º semestre do curso de

graduação em Enfermagem. Resultados: na disciplina denominada clínica cirúrgica os

acadêmicos vivenciam na prática o Centro de Materiais e Esterilização, visualizando

tudo que foi ministrado na teoria, como o fluxo unidirecional do setor, a recepção e

lavagem do material sujo, preparo e acondicionamento dos materiais, esterilização por

diversos métodos (vapor e peróxido de hidrogênio), armazenamento e distribuição dos

materiais. Reconhece-se a rotina das máquinas e sua manutenção, bem como os testes a

fim de verificar a eficácia da esterilização. Os acadêmicos descobrem a importância

deste setor de apoio para a segurança do paciente atendido em todos os setores do

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

185

hospital, e vislumbram uma possibilidade de atuar na prática como enfermeiros no

futuro profissional. Conclusão: é imprescindível que os acadêmicos de enfermagem

tenham, na sua formação, fundamentação teórico-prática sobre Centro de Materiais e

Esterilização despertando, assim, o interesse de atuar nesta área quando forem

profissionais. Também é importante a inserção e a possibilidade de realizarem estágios

curriculares neste setor, proporcionando ao estudante de enfermagem uma visão ampla

da assistência de saúde e despertando seu olhar para o Centro de Materiais e

Esterilização como fundamental em qualquer processo para a segurança do paciente.

Para garantir a presença do enfermeiro no Centro de Materiais e Esterilização deve-se

valorizar este setor preparando profissionais de enfermagem que tenham habilidades e

conhecimentos para atuarem no processamento de produtos da saúde, pois estes são

necessários tanto no ambiente hospitalar quanto na comunidade. Caso não existam

enfermeiros capacitados e com interesse de trabalhar no Centro de Materiais e

Esterilização, existem outras profissões que poderão ocupar este espaço.

Palavras-chave: Enfermagem. Centro de Materiais e Esterilização. Educação.

___________________

a Acadêmicas do 6º semestre do curso de graduação em Enfermagem da Universidade

Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS.

b Professora Assistente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de

Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

186

GUIA CURRICULAR MULTIPROFISSIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Merianny de Avila Peresa,b, Luciane Santos Silvania, Manuela Usevicius Maiaa,

Júlia Schneidera, Wiliam Wegnerc

Introdução: na intenção de assegurar a redução dos riscos aos quais os pacientes estão

submetidos diariamente, o tema segurança do paciente vem ganhando importância no

cenário mundial. A Organização Mundial de Saúde, preocupada com a formação dos

profissionais da saúde, elaborou um manual para orientar o ensino do tema aos

docentes da área da saúde. O Guia Curricular Multiprofissional de Segurança do

Paciente(1) pretende mobilizar docentes, estudantes e profissionais da saúde para

educação e formação na segurança do paciente. Objetivos: descrever e divulgar as

orientações e diretrizes do Guia Curricular Multiprofissional de Segurança do Paciente e

refletir sobre a formação de docentes neste contexto. Metodologia: trata-se de um relato

de experiência a partir de seminário realizado em agosto de 2014 no programa de

extensão universitária “Enfermagem e segurança do paciente: REBRAENSP

instrumentalizando a formação profissional no Rio Grande do Sul”. Nesta atividade,

professor e bolsistas desenvolveram atividade de formação pedagógica a partir da

leitura e discussão do guia proposto pela Organização Mundial de Saúde. O material foi

dividido em cinco partes e cada estudante sintetizou e apresentou suas considerações,

havendo debate e problematização mediados pelo professor. Resultados: o Manual da

Organização Mundial de Saúde está dividido em parte A e parte B. Na primeira parte, a

qual é destinada aos docentes da área da saúde, se encontram os objetivos do guia, a

forma como foram estruturados, estratégias para integrar a segurança do paciente ao

currículo e a importância do tema. Na parte B, destinada aos educadores e estudantes, o

guia aborda temas específicos que incluem o aprendizado com base nos incidentes

ocorridos, gerenciamento do risco clínico, métodos de otimizar o cuidado e a

importância do envolvimento com o paciente, entre outros. Dentro destas temáticas, se

incentiva os estudantes da área da saúde a pensar em como incorporar os princípios da

segurança do paciente em sua prática diária, havendo exemplos de como

operacionalizar na prática. Conclusão: por se tratar de um tema novo, a segurança do

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

187

paciente ainda é incipiente na maioria dos cursos de graduação. Entretanto, é necessário

incluir a temática de maneira transversal nos currículos da graduação. É fundamental

sensibilizar os docentes, a fim de se construir uma cultura para a segurança do paciente.

Contribuições/implicações para a enfermagem: o tema é vital e prático no cotidiano do

processo de trabalho do enfermeiro. O desenvolvimento da cultura de segurança do

paciente, já no ensino de graduação, pode ser uma base sólida para transformações no

cuidado de enfermagem e mudanças na atenção à saúde.

Descritores: Segurança do Paciente. Ensino. Educação em Enfermagem.

Referência

1. World Health Organization. Patient safety curriculum guide: multi-professional

edition. Geneva (Switzerland): World Health Organization; 2011.

________________________

a Bolsistas de Extensão e Acadêmicas de Enfermagem; Escola de Enfermagem,

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EEUFRGS), Porto Alegre.

b Relatora. E-mail: [email protected]

c Professor Adjunto, EEUFRGS; Membro da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança

do Paciente (REBRAENSP). E-mail: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

188

SEGURANÇA DO PACIENTE EM USO DE BALÃO INTRA-AÓRTICO: REFLEXÕES DE ACADÊMICOS SOBRE OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Priscila da Silva Mattera, Monique Pereira Portellaa, Fabiano Pereira dos Santosa, Carine

Feldhausa,b, Eliane Rieth Benettic, Eniva Miladi Fernandes Stummd

Introdução: a segurança do paciente é preocupação central para sistemas de saúde,

porque cuidados inseguros resultam em aumento da morbidade/mortalidade evitáveis e

gastos adicionais. Ações relacionadas à segurança do paciente visam evitar danos e

diminuir a morbidade/mortalidade evitáveis¹. Nesse contexto, a segurança do paciente é

requisito para a qualidade do cuidado prestado em Unidade de Terapia Intensiva

Coronariana, onde são utilizados recursos específicos para tratamento dos pacientes,

como o balão intra-aórtico, suporte hemodinâmico em pacientes com disfunção

ventricular esquerda². Considerado uma tecnologia específica, entende-se a importância

de refletir sobre cuidados de enfermagem e segurança do paciente em uso de balão

intra-aórtico. Objetivo: descrever e refletir acerca dos cuidados de enfermagem

relacionados à manutenção do balão intra-aórtico e à segurança do paciente.

Metodologia: relato de experiência de acadêmicos de enfermagem, desenvolvido

durantes as atividades de Prática em Saúde do Adulto II, em Unidade de Terapia

Intensiva Coronariana de hospital da região noroeste do Rio Grande do Sul. Resultados:

alguns pacientes cardiopatas necessitam melhorar suas condições

clínicas/hemodinâmicas para serem submetidos à intervenção cirúrgica com maior

segurança, e o balão intra-aórtico proporciona isso³. Porém, demanda cuidados

especializados da equipe que assiste o paciente, de modo a garantir a qualidade da

assistência prestada e a segurança. A enfermagem deve atentar ao posicionamento

correto do paciente no leito (decúbito dorsal, membro estendido); colocação adequada

dos eletrodos de monitorização cardíaca contínua; verificação da quantidade de gás

hélio no torpedo; verificação de pulsos distais por meio do doppler; avaliação de sinais

vitais e local da punção arterial; acompanhamento contínuo de modo a evitar eventos

adversos. Outros cuidados observados incluem a educação do paciente, profissionais e

acadêmicos sobre o balão intra-aórtico, para diminuir riscos de cuidados inseguros.

Conclusão: o enfermeiro deve acompanhar continuamente o paciente em uso de balão

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

189

intra-aórtico e buscar o aperfeiçoamento da prática, para garantir qualidade e segurança

na assistência prestada. Contribuições para a enfermagem: a prescrição e execução de

cuidados de enfermagem padronizados para pacientes com balão intra-aórtico

possibilita minimizar complicações relacionadas ao uso, melhorar a qualidade da

assistência de enfermagem e garantir segurança do paciente em Unidade de Terapia

Intensiva Coronariana.

Descritores: Cuidados de Enfermagem. Qualidade da Assistência à Saúde. Segurança do

Paciente.

Referências

1 Silva LD. Segurança e qualidade nos hospitais brasileiros. Rev enferm UERJ.

2013;21(4):425-6.

2 Mistura C, Maldaner CR, Silveira CL, Timm AMB, Pauletto MR, Beuter M, Roso CC. O

cuidado de enfermagem ao paciente em uso de balão intra-aórtico. Rev Contexto Saúde.

2011;10(20):1107-10.

3 Machado RC, Guerra GM, Branco JNR. Validação de protocolo para assistência a

pacientes com balão intra-aórtico. Acta Paul Enferm. 2012;25(esp1):13-9.

___________________________________

aAcadêmicos de Enfermagem. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio

Grande do Sul (UNIJUÍ).

b Relatora. E-mail: [email protected]

c Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Hospital Universitário de Santa Maria e

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Email:

[email protected]

d Enfermeira, Doutora em Ciências, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio

Grande do Sul (UNIJUÍ). Email: [email protected]

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

190

SEGURANÇA DO PACIENTE: ESCOLA E HOSPITAL BUSCANDO SOLUÇÕES

Denise Kriegera, Aline Soares Salvadorb,c, Marília de Oliveira Soares Lovattob, Simone

Aparecida Schelbauerb, Giordana Dutra Sartord

Introduçao: o cuidado em saude nao e seguro como deveria ser; o problema nao esta no

fato de maus profissionais trabalharem na atençao em saude, mas sim, de profissionais

bons trabalharem em sistemas de saude ruins que necessitam se tornar mais seguros.

Essas premissas foram apontadas no estudo ToErr isHuman, publicado nos Estados

Unidos em 2000, que deu origem a mobilizaçao de pesquisadores do mundo todo para a

segurança do paciente. No Brasil, embora as pesquisas sejam insipientes quando o tema

se relaciona as estatısticas sobre eventos adversos, apontam para a formaçao de uma

cultura de segurança positiva para o aprimoramento de praticas seguras atraves das

melhorias na comunicaçao, no trabalho em equipe e no compartilhamento de

conhecimentos.1 Fundamentada nessa perspectiva e frente a possibilidade de prevençao

dos erros de medicaçao e risco de danos em funçao da sua ocorrencia, estruturou-se

uma proposta no hospital publico Tereza Ramos localizado na regiao da serra

catarinense, que instituiu seu Nucleo de Segurança do Paciente no inıcio de 2014.

Objetivo: relatar a experiencia de implantaçao de uma cultura voltada a segurança do

paciente no referido hospital utilizando uma metodologia de educaçao voltada a

participaçao dos envolvidos no processo. Metodologia: trata-se de um projeto de

extensao do curso de Enfermagem da Universidade do Planalto Catarinense, Brasil, em

parceria com o referido Hospital. Participam dele tres academicas, uma professora e

profissionais do Nucleo de Segurança do Paciente da instituiçao hospitalar na qual sera

desenvolvido um programa de educaçao permanente com previsao de duraçao de tres

semestres, com foco na capacitaçao dos profissionais de enfermagem para prevenir e

minimizar as falhas no processo medicamentoso. Resultados: o Nucleo de Segurança do

Paciente, em conjunto com as academicas, definiu como estrategia de aprendizagem a

metodologia problematizadora, que sera utilizada inloco, nos setores clınicos e de apoio

nos quais os servidores atuam. A metodologia problematizadora enfatiza a atuaçao ativa

do “educando” que, a partir da reflexao sobre sua realidade, aprofunda conhecimentos e

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

191

procura soluçoes para os problemas que se apresentam. A primeira etapa, com 10 horas,

preve divulgaçao e sensibilizaçao das equipes sobre evento adverso e notificaçao. Serao

realizadas visitas aos setores, pelas academicas com os membros do Nucleo de

Segurança do Paciente, disponibilizando material explicativo e tecnicas que despertem a

reflexao para os problemas elencados em relaçao a segurança do paciente. Conclusao:

acredita-se que o envolvimento das academicas possa disseminar e fortalecer as açoes

do Nucleo de Segurança do Paciente no Hospital a fim de minimizar os danos causados

durante o processo medicamentoso junto aos pacientes hospitalizados. Implicaçoes para

enfermagem: o projeto vem ao encontro das iniciativas de integraçao ensino-serviço,

fortalecendo a formaçao do enfermeiro pautada na realidade do mundo do trabalho em

Enfermagem.

Descritores: Erros de Medicaçao. Segurança do Paciente. Educaçao.

Referência

1 Reis CT, Martins M, Laguardia J. A segurança do paciente como dimensão da qualidade

do cuidado de saúde – um olhar sobre a literatura. Ciênc.saúde coletiva. 2013

Jul;18(7):2029-2036.

____________________________

aEnfermeira. Mestre. Professora da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), SC.

bAcadêmica de Enfermagem, Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), SC.

c Relatora. E-mail: [email protected]

d Enfermeira. Mestre. Membro do Núcleo de Segurança do Paciente, Hospital Tereza

Ramos, SC.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

192

VIVÊNCIAS DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NO GRUPO DE PESQUISA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE

Carine Feldhaus a,b, Thays Cristina Berwig Rutkea, Marli Maria Loroc,

Adriane Cristina Bernat Kolankiewiczc

Introdução: a Organização Mundial de Saúde estima que anualmente ocorrem inúmeros danos

à saúde de pacientes no mundo. Sendo assim, a preocupação com a segurança do paciente

tornou-se prioridade na área da saúde1. Com vistas a melhorar a segurança do paciente nas

instituições de saúde, é imprescindível implementar uma política de cultura de segurança.

Para sua efetivação, é necessário o levantamento de fatores, como os organizacionais, que

impedem a formação de uma cultura de segurança2. Nesse sentido, foi desenvolvido um

projeto de pesquisa sobre segurança do paciente, no qual os bolsistas puderam apoderar-se

do tema, interagir com a equipe de enfermagem e confrontar-se com a realidade em uma

instituição hospitalar. Objetivo: descrever vivências dos acadêmicos de enfermagem, como

bolsistas de um projeto de pesquisa na área de segurança do paciente. Metodologia: trata-se

de um relato de experiência de acadêmicas de enfermagem, bolsistas CNPq, durante atuação

no projeto de pesquisa institucional da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio

Grande do SuI - UNIJUÍ, Brasil, intitulado Clima de Segurança do Paciente: Percepção da

Equipe de Enfermagem. A coleta de dados foi de julho a setembro de 2014. O instrumento de

coleta foi o questionário de Atitudes de Segurança, SafetyAtitudesQuestionnaire. Resultados:

primeiramente, os bolsistas foram capacitados pelos pesquisadores para a aplicação do Safety

AtitudesQuestionnaire, bem como discussões teóricas acerca do tema. No início das coletas,

contou-se com adesão da maioria dos profissionais, porém algumas dificuldades surgiram:

falta de tempo para responder o instrumento de pesquisa pela sobrecarga de trabalho; medo

de sofrerem punições pelos gestores da instituição devido as suas respostas e falta de

comprometimento de alguns em responder e devolver os questionários, como acordado com

os sujeitos da pesquisa. Assim, as estratégias de abordagem e devolução dos questionários

precisaram ser modificadas. Para tanto, fez-se necessário novamente esclarecer os objetivos

do projeto, salientar sua importância, reforçar que, pela observância dos preceitos éticos, não

haveria prejuízo em colaborar com a pesquisa. Dessa forma, os dados da pesquisa apontarão

evidências com vistas a qualificar a atenção efetivada aos pacientes e diminuir os riscos a que

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

193

estão expostos durante a internação hospitalar. Conclusão: na perspectiva de buscar novos

conhecimentos para o desenvolvimento da pesquisa, os bolsistas, na coleta de dados,

vivenciaram dificuldades as quais implicaram no replanejamento e remanejamento do

método de abordagem adotado, na busca de um melhor entendimento dos entrevistados

acerca do projeto e a importância em participar da pesquisa.

Descritores: Segurança do Paciente. Equipe de Enfermagem. Pesquisa.

Referências

1 Rigobello MCG, Carvalho REFL, Cassiani SHB, Galon T, Capucho HC, Deus NN. Clima de

segurança do paciente: percepção dos profissionais de enfermagem. Acta Paul Enferm.

2012;25(5):728-35.

2 Carvalho REFL. Adaptação transcultural do Safety Attitudes Questionnaire para o

Brasil – Questionário de Atitudes de Segurança. 2011. Tese (Doutorado). Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto; 2011.

____________________________________

aAcadêmicas de Enfermagem da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio

Grande do SuI (UNIJUÍ), Ijuí, RS. Bolsistas CNPq.

bRelatora. E-mail: [email protected]

cDocentes do Departamento Ciências da Vida, Universidade Regional do Noroeste do

Estado do Rio Grande do SuI (UNIJUÍ), Ijuí, RS.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

194

4 REFLEXÃO TEÓRICA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

195

A SEGURANÇA DO PACIENTE E A FILOSOFIA LEAN – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Patricia De Gasperia, Aline Picolottob, Marcela Sanseverinoc

Introdução: a equipe de enfermagem é composta pelos profissionais que estão

diretamente em contato com o paciente, desenvolvendo os mais diferentes tipos de

ações, desde um banho no leito até a tomada de decisões fundamentais para a correta

avaliação do quadro global do paciente e o restabelecimento de suas funções vitais. Para

que estas atividades possam ser desempenhadas de forma adequada, a educação

continuada se torna uma ferramenta fundamental para que tenhamos um cuidado

seguro e de qualidade. Objetivo: relatar a experiência ao se aplicar a Filosofia Lean em

um Ambulatório Central da serra gaúcha, com o intuito de proporcionar um cuidado e

um atendimento mais seguro aos pacientes. Método: trata-se de um relato de

experiência vivenciada durante o ano de 2013. Resultados: inicialmente percebemos que

a educação continuada era necessária, mas a questão central foi saber quais temas

precisariam ser recapitulados imediatamente, uma vez que a demanda do serviço era

grande e a equipe parecia em número insuficiente. Diante disto optou-se pela aplicação

da Filosofia Lean, a qual prega que o líder deve maximizar os aspectos positivos da sua

equipe e eliminar os desperdícios; estas atividades devem ser realizadas no Gemba,

sendo necessário que o líder saia da sua sala e vivencie a práxis diária e real da sua

equipe, para que assim possa fazer a observação direta de como realmente as coisas

acontecem, e quais são os problemas que precisam de solução, ou seja, o Genchi

Genbutsu. Com a ida ao Gemba, percebeu-se que existiam poucas pessoas aptas a

exercerem a realização de espirometria e de exames oftalmológicos, o que comprometia

a execução adequada destas atividades, influenciando diretamente na segurança do

paciente. A partir da aplicação da Filosofia Lean, instituiu-se a Matriz de Habilidades, a

qual auxiliou-nos a visualizar em quais setores precisávamos de treinamentos

imediatos. Atualmente, todos os serviços oferecidos pelo ambulatório têm condições de

serem executados de maneira segura e satisfatória, contando com profissionais

treinados e capacitados. Conclusão: afirmamos que a segurança do paciente não é feita

somente pelos profissionais que fazem o cuidado direto, mas sim por cada um que

compõe as instituições de saúde. Com esta experiência fica claro que metodologias e

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

196

filosofias de gestão precisam ser empregadas pela enfermagem com o intuito de

melhorar a segurança do paciente.

Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Gestão em Saúde.

Referências

Toussaint J, Gerard RA. Uma transformação na saúde. Porto Alegre: Bookman Editora;

2012.

Pinto CF. Em busca do cuidado perfeito. São Paulo: Lean Institute Brasil; 2014.

Lean Institute Brasil. Lean na saúde: segurança do paciente e qualidade do cuidado

[acesso em 12 de ago 2014]. Disponível em: http://www.lean.org.br/lean-na-saude.aspx

_______________________

a Enfermeira, Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Docente do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Caxias do Sul, RS.

Coordenadora de Enfermagem do Ambulatório Central da Universidade de Caxias do Sul

- AMCE/UCS. E-mail: [email protected]. Relatora.

b Enfermeira do Ambulatório Central da Universidade de Caxias do Sul -AMCE/UCS, RS.

Especializanda em Auditoria em Saúde.

c Acadêmica de Enfermagem da Universidade de Caxias do Sul, RS.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

197

COMO MINIMIZAR EVENTOS ADVERSOS EM CIRURGIA PEDIÁTRICA: REFLEXÃO TEÓRICA

Bruna Silveira Botelhoa,b, Camila da Costa Chagasa, Monique Lipert Behencka, Lorena

Silvaa, Aline Ritta, Cristine Kasmirsckic

Introdução: a ansiedade e o medo da criança ao fazer uma cirurgia podem ser

minimizados pelo cuidado de enfermagem humanizado, que proporcione segurança e

conforto a esse paciente1. A segurança do paciente é a ausência de danos desnecessários.

Os eventos adversos são imprevistos que ocorrem na hospitalização e que causam

agravos ao paciente, dano este que pode ser físico e psicológico, incluindo sofrimento,

incapacidade e até morte2. Objetivos: identificar estratégias que minimizam eventos

adversos em cirurgias pediátricas e ressaltar os cuidados de enfermagem. Metodologia:

trata-se de uma reflexão teórica desenvolvida por meio de buscas nas bases de dados

BIREME e SciELO. As questões norteadoras foram: quais são os principais eventos

adversos que ocorrem no centro cirúrgico com o paciente pediátrico e como preveni-

los? Foram usados 10 artigos oriundos de estudos brasileiros, publicados entre 2010 e

2014, sob os seguintes descritores: segurança do paciente, enfermagem pediátrica,

centro cirúrgico. Resultados: a pesquisa mostra que, em 90% dos estudos, os eventos

adversos envolvendo crianças, que ocorrem em centro cirúrgico, são os erros de

medicação e quedas. Por isso Pancieri et. al3 definem o checklist como forma de garantir

segurança ao paciente cirúrgico, e ressaltam que, em crianças, é essencial confirmar com

o familiar a identificação, o tempo de jejum, as alergias e patologias prévias, além de

peso e uso de medicações. Portanto, é importante que o enfermeiro avalie a dor da

criança por meio de escalas específicas de cada faixa etária, o risco de queda, garantindo

a presença de proteção nas camas e berços, evitando eventos adversos1. Conclusão: a

infância é uma fase que exige atenção da família e do serviço de saúde, e ainda mais

quando a criança é exposta ao ambiente hospitalar, com isso a enfermagem deve usar de

artefatos que garantam a segurança e o conforto do paciente, favorecendo para que

permaneça o menor tempo possível hospitalizada.

Descritores: Procedimentos Cirúrgicos Operatórios. Segurança do Paciente. Criança.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

198

Referências

1 Cumino DO, Cagno G, Gonçalves VFZ, Wajman DS, Mathias LA. Impacto do tipo de

informação pré-anestésica sobre a ansiedade dos pais e das crianças. Revista Brasileira

de Anestesiologia. 2013 Nov-Dez;63(6):473-482.

2 Bohomol E, Tartali JA. Eventos adversos em pacientes cirúrgicos: conhecimento dos

profissionais de enfermagem. Acta paul. enferm. 2013;26(4):376-381.

3 Pancieri AP, Santos BP, Avila MAG, Braga EM. Check list cirurgia segura: análise da

segurança e comunicação das equipes de um hospital escola. Revista Gaúcha

Enfermagem. 2013 Out;34(1):71-78.

_______________________________

a Acadêmicas do Curso de Enfermagem, 8º semestre, Centro Universitário Metodista

(IPA), Porto Alegre, RS. b Relatora. c Docente do Curso de Enfermagem, Centro

Universitário Metodista (IPA), Porto Alegre, RS.

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

199

ÍNDICE DE AUTORES

Almeida, Rafael de 105

Almeida, Valmir Machado 45

Alvarez, Ananda 16, 32

Alves, Izamara 169

Amaral, Cleide Maciel do 180

Amaral, Michele Nogueira do

45

Antonello, Eveline do Amaral

67

Aozane, Fabiele 65, 155

Araujo, Aldenir Damião 90

Arsego, Marcia 119

Aruto, Giuliana Caldeirini 110

Baltar, Raquel Granjeiro 14

Baltazar, Viviane 169

Bao, Ana Cristina Pretto 123

Baratto, Mari Angela

Meneghetti 157

Bastos, Ricardo da Silveira 69

Beck, Michele 69

Becker, Evelyn 121

Becker, Gabriela 16, 32

Bedin, Liarine 93

Behenck, Monique Lipert 197

Benetti, Eliane Raquel Rieth 27,

47, 63, 182, 188

Benetti, Priscila Escobar 63

Bertoncello, Katia Cilene 110

Bevilaqua, Márcia da Silva 57

Bitencourt, Vivian Lemes Lobo

177

Bock, Lisnéia Fabiani 117

Bombardelli, Cristina Fontoura

129

Borges, Michele 119

Botelho, Bruna Silveira 197

Botene, Daisy Zanchi de Abreu

149, 175

Braga, Carla Walburga da Silva 34

Campos, Mariana Lopes de 79, 107

Canabarro, Simone Travi 84, 98

Capellari, Claudia 112

Cardoso, Patricia Cristina 34, 53,

55, 59, 77, 131

Caregnato, Rita Catalina Aquino

36, 82, 84, 93, 98, 107, 184

Cargnelutti, Vanessa 69

Casarin, Renata Copetti 90

Cassenote, L 88

Cauduro, Graziela 67

Cavalli, Daniela 69

Cembranel, Angélica Martini 90

Chagas, Camila da Costa 197

Corrêa, Ana Paula Almeida 34, 53,

55, 59, 77, 131

Corrêa, Fabiana Schirmer 57

Corrêa, Katy Ariane dos Santos

125

Correia, Jamile Dutra 93

Costa, Cristina 71

Costa, Diovane da 165

Costa, Francis da 165

Costa, Maria Antonia Ramos 135

Costa, Viviane 173

Cruz, Andrea 96

Cruz, Carla Barroca 167

Cruz, Cibele Thomé da 63

Cunha, Débora Rosilei Miquini de

Freitas 86

Dalmolin, Bernadete Maria 180

De Conto, Ferdinando 180

De Faveri, Fabiano 139, 141

De Gasperi, Patricia 143, 195

Debastiani, Carine 139

Delazari, Nelise 141

Dias, Danieli Soares 40

Dias, Vera 165

Disconzi, Mitieli Vizcaychipi 22,

49, 61, 75

Duarte, Rayssa Thompson 125

Durant, Daiane Marques 45

Egres, Carla 100

Faria, Suzi da Silva 14

Fé, Adriana Magalhães da 24, 29

Feldhaus, Carine 182, 188, 192

Ferreira, Natália Fernandes

Martins 184

Ferreira, Suzeline 69

Figueiredo, Jonathas Cristiano

112

Finger, Sonia Liandra Marques

24, 29

Flesch, Vanessa 73

Flores, Giovana Ely 43, 45, 96

Follak, Nicolli Cargnelutti 27, 63

Foppa, Luciana 34, 53, 55, 59, 77,

131

Fragoso, Amanda dos Santos 98

Freitas, Ana Paula Christo de 161

Fröhlich, Mariana 27

Fujii, Cinthia Dalasta Caetano 24,

29

Fuzer, FAM 171

Gallisa, Fernanda Ribeiro 153

Galo, Luciana 119

Garcia, Cledir Tania França 90

Giacomolli, Cristiane 105

Golle, Lidiane 137

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

200

Gomes, Emanuela Rosa 115, 147

Gomes, Giovana 51

Gomes, Joseila Sonego 27

Gomes, LMA 171

Graciotto, Ariane 100

Graeff, Murilo dos Santos 20

Graube, Sandra Leontina 177

Guimarães, Roberta 100

Guzinski, Célia 86

Hagemann, Luciana Bihain 110

Heidrich, Roberta 169

Hennemann, Aline Carla 18, 112

Heringer, Gisele 57

Herr, Gerli Elenise Gehrke 47, 65,

137, 155

Hoeltgebaumb, Camila Ritta 153

Hoffmann, Heide Elisabete

Wayerbacher 180

Inoue, Kelly Cristina 135

Jaggi, Leila Maria de Abreu 98

Kasmirscki, Cristine 197

Klein, Állany Silva 79, 107

Klinger, Audrey 121

Kolankiewicz, Adriane Cristina

Bernat 65, 137, 155, 192

Krieger, Denise 190

Kulakowski, Marielle 71

Kuyava, Joel 145

Landerdahl, Noeli Terezinha 67

Laurent, Maria do Carmo 43

Lobchenco, Neusa Eliane 112

Lopes, Elisabeth 43, 96

Lorenzini, Elisiane 102, 123, 163

Loro, Marli Maria 192

Lourenci, Mari Angela Victória 34,

53, 55, 59, 77, 131

Lovatto, Marília de Oliveira

Soares 190

Luz, Emanuelli Mancio Ferreira

da 40

Lysakowski, Simone 36

Macedo, Andréia Barcellos

Teixeira 100

Machado, Vanessa Oliveira 125

Maciel, João 51

Magalhães, Ana Maria Müller de

127, 165

Magnago, Tânia Solange Bosi de

Souza 57, 157

Maia, Manuela Usevicius 186

Marinho, MGR 88

Marques, Carla 169

Martin, Jane 112

Martinbiancho, Jacqueline 16,

32

Martins, Gabriela Del Mestre 98

Martins, Thais Silveira 133

Matsuda, Laura Misue 135

Matter, Priscila da Silva 182,

188

Mauhs, Jean 117

May, Tássia Amanda 151

Meirelles, Lisiani 121

Menezes, Resli Kochhann 139

Milanesi, Rafaela 84

Millão, Luzia Fernandes 79

Möller, Gisele 127

Monaco, Stela Maris Theisen 24,

29

Monteiro, Ariane 119

Moura, Gisela 165

Munhoz, Cloris Ineu 40

Muniz, Franciele de Oliveira 161

Nardin, Daniela Raphaelli 159

Nascimento, Amanda Peres do

159, 167

Nazareth, Joseane Kalata 22, 61

Negretto, Giovanna 16, 32

Niedermeier, Elmi 69

Noal, Helena Carolina 57

Oliveira, Ana Paula Amestoy de

125

Oliveira, Ana Paula Ribeiro de

161

Oliveira, Carla Taborda 73

Oliveira, Michele 145

Oliveski, Cinthia Cristina 90

Ortiz, Luély Vacari 184

Paim, Roberta Soldatelli Pagno

102, 163

Paris, Elisabeth 18

Pasa, Thiana Sebben 67

Pastori, Taís 141

Pedro, Eva Neri Rubim 149

Peixoto, Cibelle Grassmann 151

Peno, Paola 137

Perdomini, Fernanda Rosa 96

Pereira, Alex 20

Pereira, Etienne da Silva 40

Peres, Merianny de Avila 186

Picolotto, Aline 143, 195

Pierotto, Aline Aparecida da Silva

125

Pinheiro, Adália Ferreira 153

Pires, Renata 119

Pitana, Karine 73

Portella, Monique Pereira 182,

188

II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS

201

Prado, Rosalice dos Santos

Barbosa 100

Proença, Maria Conceição da

Costa 24, 29

Quadros, Alexander de 18

Radünz, Vera 143

Ramos, Jessica de Cássia 161

Ramos, Maríndia Fernandes 121

Remor, Carine 167

Ribeiro, Giordana dos Santos 117

Rios, CS 171

Ritt, Aline 197

Rocha, Cristiane 51

Rocha, Marcella Salatino 175

Rodrigues, Francisco Carlos

Pinto 115, 147

Rodrigues, Juliana Pires 125

Rosa, Adriana Ferreira da 20

Rosa, Vitor Pena Prazido 159,

167

Rutke, Thays Cristina Berwig 192

Salvador, Aline Soares 190

Samuel, Rita de Cássia Ferreira

129

Sanseverino, Marcela 195

Santi, Juliana Annita Ribeiro 123

Santo, Débora do Espírito 38

Santos, Fabiano Pereira dos 182,

188

Santos, Jaqueline Lopes da Rocha

79, 107

Santos, Jenifer dos 184

Santos, Juliana Mariano 14

Santos, Luzia Teresinha Vianna

dos 34, 53, 55, 59, 77, 131

Santos, Maria Rejane dos 96

Sartor, Giordana Dutra 190

Sbeghen, Anamarta 67

Schelbauer, Simone Aparecida

190

Schio, Flaviana 71

Schmitd, Leila 18

Schneider, Júlia 186

Schuster, Michelle Camile 177

Schvade, Sabrina 141

Scola, Maria Lúcia 96

Segatto, Cristiane 27

Selestino, Cassia Rodrigues 69

Senna, Dayane 159

Silva, AA 171

Silva, APFS 88

Silva, Debora Monteiro da 133

Silva, Fernanda Stock da 67

Silva, KCO 171

Silva, Lorena 197

Silva, Renata Martins da 161

Silva, Renata Pereira 38

Silva, Roberta de Almeida da 82

Silva, Thiago 18, 112

Silvani, Luciane Santos 186

Silveira, Elise Silva da 129

Siqueira, Fernanda Duarte 105

Soares, Katiusse do Amaral 79,

107

Somensi, Rute Merlo 82

Sória, Lisiane dos Santos 49, 75

Souza, Luccas Melo de 121, 133

Souza, Scheila Roberta de 73

Souza, Verusca Soares de 135

Stedile, Fernanda 16, 32

Stoever, D 88

Stübe, Mariléia 63

Stumm, Eniva Miladi Fernandes

27, 63, 105, 182, 188

Sudbrack, Aline Winter 36

Sukiennik, Teresa Cristina 119

Suzuki, Lyliam Midori 86, 165

Tonial, Marilei Salete 24, 29

Torres, Ivanise Perboni 100

Toso, Greice 137

Treviso, Patrícia 117, 169, 173

Urbanetto, Janete de Souza 125,

129, 151, 159, 161, 167

Valle, Luelen Rodrigues 115, 147

Vieira, Paulo Renato 169

Vieira, Rosmari Wittmann 22, 61

Wansing, Gilciane Bolzan 153

Wegner, Wiliam 186

Xavier, Daiani 51

Zambra, Rosana Ferretti 90

Zambrano, AO 88, 171

Zottele, Caroline 57, 157