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Anais do

VI Simpósio de Integração dos Programas de Pós-Graduação

em Biologia Celular e Estrutural – UFMG, UFV, UFU, UFSJ

Organização:

Camila Folly Baptista

Luiz Carlos Maia Ladeira

Nadja Biondine Marriel

Diagramação:

Camila Folly Baptista

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ANAIS DO VI SIMPÓSIO DE INTEGRAÇÃO DOS

PROGRAMAS DE BIOLOGIA CELULAR - SIBC

VIÇOSA

17 a 20 de setembro de 2018

Universidade Federal de Viçosa, Viçosa - MG, Brasil

Comissão Organizadora

Discentes

Nadja Biondine Marriel - Presidente

Ana Luiza Pereira Martins - Financeiro

Marina Souza Cunha - Financeiro

Felipe Couto Santos - Infraestrutura

Mariana Fonseca Xisto - Infraestrutura

Renan dos Santos Araújo - Infraestrutura

Lenise Silva Carneiro - Infraestrutura

Daniel Silva Sena Bastos - Infraestrutura

Sabrina Oliveira Emerick - Infraestrutura

Talita Amorim Santos - Comunicação

Cláudio Sérgio Marinato - Comunicação

Juliana Alves do Vale - Comunicação

Luiz Carlos Maia Ladeira - Comissão Científica

Camila Folly Baptista - Comissão Científica

Camila Moura Novaes - Comissão Científica

Priscila Marchioro - Comissão Científica

André Henrique de Oliveira - Comissão Científica

Luciana Ângelo de Souza - Comissão Científica

Victor Ferraz - Comissão Científica

Docentes

Profa. Erika Cristina Jorge - UFMG

Profa. Tatiana Carla Tomiosso - UFU

Profa. Patrícia Maria d'Almeida Lima - UFSJ

Prof. José Eduardo Serrão - UFV

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Realização

Universidade Federal de Viçosa (organização)

Universidade Federal de Minas Gerais (divulgação)

Universidade Federal de Uberlândia (divulgação)

Universidade Federal de São João del-Rei (divulgação)

Patrocinadores

CNPq

Departamento de Biologia Geral, DBG/UFV

Apoios

Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, UFV

Fundação Arthur Bernardes (FUNARBE)

Arte e Sabor

My Labo

Number One

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APRESENTAÇÃO

Os programas em Biologia Celular e Estrutural formam profissionais capacitados a

atuar nas diferentes vertentes da biologia celular, contribuindo de maneira significante

para o surgimento de soluções inovadoras que acarretandam em um crescimento

científico e tecnológico. Outro benefício dos PPGs em Biologia Celular e Estrutural é a

contribuição para a área da saúde, avançando nas descobertas de soluções para doenças

como câncer, doenças reprodutivas e parasitológicas. Além disso, esta área contempla

pesquisas com grandes avanços em toxicologia, imunologia, virologia, morfologia e

morfofisiologia, biotecnologia aplicada à saúde humana e animal, células-tronco, dentre

outras. Diante destes aspectos, é de suma importância que o conhecimento gerado por

esses programas não seja divulgado somente por meio de publicações em periódicos, mas

também por meio de eventos nos quais os trabalhos realizados possam ser mostrados e

discutidos. Além disso, eventos de divulgação como simpósios e congressos permitem

que tais trabalhos sejam apresentados também aos alunos de graduação, mostrando a estes

os diversos ramos de pesquisa em biologia celular e estrutural e reforçando, de forma

objetiva e direcionada, o interesse existente nesta área.

Atualmente o Brasil possui apenas dois eventos em nível nacional, ligados à

biologia celular e estrutural: Encontro da Sociedade Brasileira de Biologia Celular

(SBBC) e o Congresso Nacional de Microscopia e Microanálise (CBMM). Ambos são

eventos bienais e não apresentam como foco principal a discussão da pesquisa em

biologia celular na pós-graduação e a apresentação da mesma para os alunos de graduação

em biologia e áreas afins. Além disso, é importante que haja uma integração entre os

PPGs existentes para melhor divulgação da área de estudo e um intercâmbio de

conhecimentos. Esse é o foco do Simpósio de Integração dos Programas de Pós-

graduação em Biologia Celular realizado pelas Universidades Federais de Viçosa (UFV),

Minas Gerais (UFMG), Uberlândia (UFU) e São João Del Rey (UFSJ). Essa integração

busca o fortalecimento das parcerias já existentes e, especialmente, o estabelecimento de

novas colaborações visando a excelência técnico-científica.

Nadja Biondine Marriel

Presidente da Comissão Organizadora do VI SIBC

Viçosa, Setembro de 2018

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iv

HISTÓRICO DO EVENTO

O I Simpósio de Integração dos Programas de Pós-graduação em Biologia Celular

UFV, UFMG e UFU ocorreu na UFMG juntamente com o V Simpósio de Biologia

Celular da UFMG em 2012, tendo como objetivo promover e difundir a atividade

científica, além de ampliar a interação dos programas de Pós-graduação em Biologia

Celular de Minas Gerais com outras instituições brasileiras e internacionais. A segunda

edição ocorreu no ano seguinte (2013) na mesma universidade e permaneceu assumindo

um caráter de internacionalização e integração inter programas, mantendo a associação

com os Programas de Pós-Graduação em Biologia Celular de Minas Gerais.

Para dar a oportunidade a todos os programas envolvidos, agora o evento se

caracteriza como itinerante, podendo seus participantes ter um contato direto com a

instituição sede e com a realidade da pesquisa de cada um dos programas integrantes.

Dessa maneira a terceira edição ocorreu nos dias 10 a 12 de novembro de 2014, no

Campus da Universidade Federal de Viçosa. Mantendo o caráter itinerante, a quarta

edição ocorreu em Uberlândia, na UFU, em 2016. Ano passado, em 2017, retornando à

UFMG, ocorreu a quinta edição do Simpósio de Integração no período de setembro, além

disso a Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), que conta com recente

Programa de Pós-Graduação em Ciências Morfofuncionais, fez sua primeira participação

e desde então passou a integrar a comissão do evento auxiliando na organização. Válido

ressaltar que a realização dos eventos anteriores contou com o apoio e financiamento do

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.

Nesta sexta edição, o evento retornou à Viçosa e ocorreu entre os dias 17 e 20 de

setembro de 2018 na Universidade Federal de Viçosa (UFV). O simpósio promoveu

palestras e minicursos proferidos por biologistas celulares formados ou atuantes nos

diversos cursos de pós-graduação em Biologia Celular do país. Além de apresentações de

pôsteres de alunos de graduação e pós-graduação e premiações de trabalhos. Na

programação o diferencial foi o espaço destinado às mesas temáticas de interação, com

diferentes temas coordenados por professores e pós-doutorandos, onde o objetivo foi

aproximar os alunos da pós-graduação. Nesse espaço os alunos tiveram a oportunidade

de conversar sobre os trabalhos que estão desenvolvendo, tirar dúvidas sobre técnicas,

conceitos e assuntos relacionados à sua linha de pesquisa, aumentando sua integração e

contato com estudantes e pesquisadores de diferentes instituições.

Dentre os temas propostos para discussão, compartilhamento de ideias e

experiências estavam: CRISPR, PCR-tempo real, citometria de fluxo, clonagem,

estatística, patologia, microscopia e fotografia.

O principal público ao qual direcionamos o evento foram os alunos de pós-

graduação de universidades de todo o país, a fim de apresentarmos os diversos contextos

da pesquisa na área e reforçar o interesse existente. Os alunos de graduação foram

igualmente contemplados, e assim tiveram a oportunidade de se informar a respeito das

novidades da biologia celular e do mundo científico.

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v

INSTITUIÇÃO EXECUTORA

A Universidade Federal de Viçosa (UFV) originou-se da Escola Superior de

Agricultura e Veterinária (ESAV), criada pelo Decreto 6.053, de 30 de março de 1922,

pelo então Presidente do Estado de Minas Gerais, Arthur da Silva Bernardes.

A ESAV foi inaugurada em 28 de agosto de 1926, por seu idealizador Arthur

Bernardes, que na época ocupava o cargo máximo de Presidente da República. Em 1927,

foram iniciadas as atividades didáticas, com a instalação dos Cursos Fundamental e

Médio e, no ano seguinte, do Curso Superior em Agricultura. Em 1932, foi a vez do Curso

Superior em Veterinária. No período de sua criação, foi convidado por Arthur Bernardes

para organizar e dirigir a ESAV, o Prof. Peter Henry Rolfs.

Visando ao desenvolvimento da Escola, em 1948, o Governo do Estado

transformou-a em Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (UREMG), composta

pelas Escolas Superiores de Agricultura, de Veterinária, de Ciências Domésticas, pela

Escola de Especialização - Pós-Graduação, pelo Serviço de Experimentação e Pesquisa e

pelo Serviço de Extensão.

Graças à sua sólida base e ao seu bem estruturado desenvolvimento, a UREMG

adquiriu renome em todo o País, o que motivou sua federalização, em 15 de julho de

1969, com o nome de Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Desde 2006, com a adesão aos programas de expansão e melhoria da qualidade do

ensino superior do governo federal, a UFV conta com mais dois campi instalados nas

cidades mineiras de Florestal e Rio Paranaíba.

A UFV tem contado com o trabalho de professores e pesquisadores estrangeiros de

renome na comunidade científica que colaboram com o seu corpo docente, ao mesmo

tempo em que executa programas de treinamento que mantêm diversos profissionais se

especializando no país e no exterior. Nesse aspecto, a UFV é uma das instituições

brasileiras com índices mais elevados de pessoal docente com qualificação em nível de

pós-graduação.

Com uma trajetória que se estende ao longo de 96 anos, a UFV oferece hoje 67

cursos de graduação em seus três campi (Viçosa, Florestal e Rio Paranaíba). O bom

desempenho é alcançado também nos 40 programas de pós-graduação stricto sensu,

colocados, igualmente, entre os melhores em avaliações opcionais e em publicações

especializadas.

Entre os programas de pós-graduação stricto sensu, o programa de Pós-Graduação

em Biologia Celular e Estrutural, idealizador do presente evento, tem se dedicado a

soluções de problemas teóricos e práticos nas diferentes áreas da Biologia.

O Programa é atualmente composto por 24 professores, lotados em vários

departamentos da UFV (Departamento de Biologia Animal, Biologia Geral, Medicina

Veterinária, Bioquímica, Entomologia, Genética e Microbiologia), que orientam,

atualmente, 13 alunos de mestrado e 44 doutorandos. Este ano o programa completa o

seu décimo ano de existência e aproveita o evento de integração para comemorar a data.

O Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Estrutural da Universidade Federal

de Viçosa, em níveis de mestrado e doutorado reconhecidos pela CAPES (5), tem como

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objetivo a capacitação de recursos humanos na área de biologia celular e tecidual de

populações naturais.

Nos últimos anos, a biologia celular tem deixado de ser uma ciência meramente

descritiva para se tornar uma ciência investigativa, capaz de elucidar e, até mesmo,

interferir nos processos e sistemas biológicos. As pesquisas recentes em biologia celular

e tecidual têm incorporado conhecimentos de biologia molecular, bioquímica, genética,

fisiologia, matemática e bioinformática, permitindo a estruturação de um conhecimento

multidisciplinar, com aplicabilidade em sistemática, taxonomia, comportamento,

conservação e manejo de espécies, recuperação de áreas degradadas e melhoramento

genético. Adicionalmente, este programa incentiva a realização de treinamento parcial do

doutorando em outras instituições internacionalmente reconhecidas, para a sua completa

formação. Além disso, recebe profissionais da própria área e de áreas afins para

treinamento em pós-doutoramento.

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vii

PROGRAMAÇÃO

17set segunda-feira

08h00-12h00, 14h00-18h00 – Minicursos

(1) Aplicação do sistema CRISPR-Cas9; (2) Fotografia científica; (3) Validação em PCR

em Tempo Real; (4) Cultivo celular; (5) Planejamento estatístico de experimentos;

(6) Ilustração científica; (7) Biologia Molecular; (8) Microscopia Eletrônica; (9) Estresse

oxidativo; (10) Cultivo de célula tumoral

18set terça-feira

08h00 – Credenciamento

09h30 – Mesa de abertura

Coordenadores dos programas de Biologia Celular: Prof. José Eduardo Serrão, UFV;

Profª. Érika Cristina Jorge, UFMG; Profª. Tatiana Carla Tomiosso, UFU; Profª.

Patrícia Maria d’Almeida Lima, UFSJ

10h00 – Palestra de abertura – Biologia Celular na UFV: Do passado ao futuro. Prof.

José Eduardo Serrão, UFV

12h00 – Almoço

13h00 – Apresentação de Painel

15h00 – Apresentação Oral de Trabalhos 1: Luíza Aparecida Ansaloni Chagas Pereira,

UFSJ; Maria Alice de Freitas Lopes, UFMG

15h30 – Palestra Técnica 1 – Núcleo de Microscopia e Microanálise, UFV

15h45 – Palestra Técnica 2 – MyLabo

16h00 – Coffee break

16h30 – Palestra 1 – Serine Arginine Protein Kinases (SRPKs): Papéis funcionais em

câncer e implicações na descoberta de fármacos. Prof. Gustavo Costa Bressan, UFV

17h15 – Palestra 2 – Microscopia confocal intravital. Profª. Maísa Mota Antunes, UFMG

19set quarta-feira

08h00-12h00 – Mesas temáticas: (1) CRISPR-CAS9; (2) Microscopia; (3) Fotografia; (4)

PCR-real time; (5) Genética e evolução

09h30 – Coffee break

12h00 – Almoço

14h00 – Mesa redonda 1 – Saúde Mental na Pós-graduação. Prof. Leandro David

Wenceslau (mediador); Profª.Maria Nena Santos; Profª. Marisa Renna Vitta

15h30 – Apresentação oral de trabalhos 2: Franciele Filardi Cimino Silva, IFMG; 4 –

Hélio Paulo Pereira Filho, UFV

16h00 – Coffee break

16h30 – Palestra técnica 3. Núcleo de Biomoléculas, UFV

17h00 – Palestra 3 – Modulação do fator Liberador de Corticotrofina (CRF) e de sítios

límbicos sobre as reações de defesa e comportamentos relacionados a ansiedade em

camundongos. Prof. Tadeu Miguel, UFU

20set quinta-feira

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08h00 – Palestra 4 – Restrição intrauterina de crescimento: avaliação e diagnóstico

utilizando modelos animais. Profª. Fernanda Radicchi Campos Lobato de Almeida,

UFMG

08h45 – Palestra 5 – CRISPR-CAS9: Uma nova ferramenta de edição genética. Prof.

Tiago Antônio de Oliveira Mendes, UFV

10h00 – Coffee break

10h30 – Mesa redonda 2 – Desafios no Ensino de Biologia Celular. Prof. Rafael Gustavo

Rigolon da Silva, UFV (mediador); Profª. Mara Garcia Tavares, UFV; Profª. Uyrá dos

Santos Zama, UFOP

12h00 – Almoço

14h00 – Palestra 6 – Correlação de inflamação e o reparo de feridas de pele. Profª. Raquel

Alves Costa, UFSJ

14h45 – Palestra 7 – Cromossomos, genomas e filogenias: Contribuições para o estudo

da história evolutiva das espécies. Prof. Danon Clemes Cardoso, UFOP

15h30 – Coffee break

16h00 – Palestra 8 – Citometria de fluxo: Aplicações e perspectivas na pesquisa. Prof.

Leandro Licursi de Oliveira, UFV

17h00 – Premiações e encerramento

20h00 – Festa de confraternização

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DESTAQUES

UFMG

Hipácia Werneck Gomes

Modulação hormonal do compartimento basal prostático: Possível relação entre células

basais e macrófagos intraepitelais.

UFV

Jamile Fernanda Silva Cossolin

Histologia e ultramorfologia das glândulas de veneno e Dufour do parasitoide

Hymenoepimecis bicolor Brullé, 1846 (Hymenoptera: Ichneumonidae).

UFSJ

Rafaela de Melo Barreto

Universidade das crianças: O estudo sobre células através da livre escolha.

Menção honrosa

UENF

Elaine Gimenez Guimarães

Avaliação in vitro da atividade antineoplásica de um composto de coordenação de cobre

e o sinergismo com a Cisplatina.

UFPR

Tugstênio Lima de Souza

Avaliação transgeracional da exposição parental e direta ao manganês na qualidade

espermática de camundongos Swiss.

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APRESENTAÇÕES ORAIS

BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

Expressão de transportadores transepiteliais de cálcio varia em lesões da próstata

ventral de ratos idosos.

Bruna T. Maria, Gabriel H. Campolina-Silva, Monalise E. Jesus; Hipácia Werneck-

Gomes, Germán A. B. Mahecha Cleida A. Oliveira

Redução de receptor de andrógeno em lesões prostáticas de ratos em

envelhecimento.

Felipe L. Bento, Hipácia Werneck-Gomes, Gabriel H. Campolina-Silva, Bruna T. Maria,

Monalise E. Jesus, Germán A. B. Mahecha, Cleida A. Oliveira

Titulação e tropismo de um endossimbionte em fêmeas de Drosophila sturtevanti

(Diptera: Drosophilidae) Duda, 1927

Hélio P. Pereira Filho, Kamilla Caliman, Karla Yotoko e José Lino-Neto

Modulação hormonal do compartimento basal prostático: possível relação entre

células basais e macrófagos intraepitelais. *

Hipácia Werneck-Gomes, Gabriel H. Campolina Silva, Felipe L. Bento, Bruna T. Maria,

Germán A. B. Mahecha, Cleida A. Oliveira

Extrato hidroalcoólico de Davilla elliptica St. -Hil. (Dilleniaceae) causa alterações

testiculares em camundongos Swiss.

Janaina da Silva, Viviane G. S. Mouro, Fernanda C. R. Dias, Eduardo M. Damasceno,

Luiz Carlos M. Ladeira, Patrícia S. Mattosinhos, Sérgio L. P. Matta

Toxicologia comparativa dos metais pesados As+5, As+3, Cd, Pb, Cr e Ni na

qualidade espermática de camundongos.

Janaina da Silva, Amanda A. Lozi, Viviane G. S. Mouro, Diane C. Araujo, Patrícia S.

Mattosinhos, Sérgio L. P. Matta, Mariana M. Neves

Crotalus durissus (Linnaeus, 1758).

Lorena D. M. Silva, Camila M. Pacheco, Flávia C. Resende, Victor V. Souza, Gleide F.

Avelar

Modificações ultraestruturais são resultado de alterações no transcriptoma

ovariano devido à vitrificação.

Luiza A. A. C. Pereira, Íris J. A. Assis, Fernando O. Coelho, Tânia M. Segatelli, Érika C.

Jorge, Luiz L. Coutinho, Paulo H. A. Campos-Junior

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Efeito da fração enriquecida em flavonoides de D. elliptica St. -Hil. (Dilleniaceae)

nos testículos de camundongos Swiss.

Patrícia S. Mattosinhos, Janaina da Silva, Fernanda C. R. Dias, Viviane G. S. Mouro,

Eduardo M. Damasceno, Luiz C. M. Ladeira, Sérgio L. P. Matta

O decocto de Aristolochia triangularis Cham., 1832 afeta a espermatogênese?

Victor V. Souza, Camila M. Pacheco, Micheli S. Spadeto, Bárbara R. Cardoso, Gleide F.

Avelar

A toxicidade testicular do cádmio é dependente da via de administração.

Viviane G. S. Mouro, Ana Luiza P. Martins, Janaína da Silva, Marli C. Cupertino,

Fabiana C. S. A. Melo, Sérgio L. P. Matta

EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA

Estudo ultraestrutural de mitocôndrias e vesículas tubulares na maturação e

ativação do eosinófilo humano.

Igor N. Barbosa, Cinthia P. M. Silva, Rossana C. N. Melo

GENÉTICA E EVOLUÇÃO

Análise citogenética clássica e molecular da espécie Plebeia droryana Friese, 1900

(Hymenoptera: Apidae: Meliponini).

Franciele F. C. Silva, Priscila Marchioro, Ricardo Micolino, Camila M. Novaes, Denilce

M. Lopes

HISTOFISIOLOGIA

Laticíferos em Sapium glandulosum (L.) Morong (Hippomaneae, Euphorbiaceae):

anatomia, desenvolvimento e função.

José D. B. Miranda, Renata M. S. A. Meira

Ação dos extratos de Davilla elliptica St. -Hil (Dilleniaceae) no estado oxidativo do

fígado e rins de camundongos Swiss.

Patrícia S. Mattosinhos, Janaina da Silva, Luiz Carlos M. Ladeira, Fernanda C. R. Dias,

Viviane G. S. Mouro, Eduardo M. Damasceno, Talita A. Santos, Jerusa M. Oliveira,

Sérgio L. P. Matta

IMUNOLOGIA

A dinâmica das células CX3CR1+ hepáticas no desenvolvimento do fígado: do

nascimento à vida adulta.

Maria Alice F. Lopes, Bruna A. David, Brenda N. L. Nakagaki, Maísa M. Antunes,

Ariane B. Diniz, Érika de Carvalho, Mônica M. Santos, Raquel C. G. Weber, Kassiana

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Mafra, Mateus Lopes, Matheus Mattos, Hortência M. C. Oliveira, Camila D. M. Miranda,

Gustavo B. Menezes

PATOLOGIA

Doxiciclina Hiclato acelera a cicatrização de feridas cutâneas de segunda intenção

em ratos Wistar.

Luciana S. Altoé, Lyvia L. Miranda, Raul S. Alves, Mariáurea M. Sarandy, Sérgio B.

Queiroz Junior, Reggiani V. Gonçalves

Inibição de SRPKs (Serine/Arginine Protein Kinases) Como Estratégia Terapêutica

Para o Tratamento de Leucemia.

Raoni P. Siqueira, Marcus V. A. Barros, Éverton A. A. Barbosa, Thiago S. Onofre, Victor

H. S. Gonçalves, Higor S. Pereira, Abelardo S. Júnior, Leandro L. Oliveira, Márcia R.

Almeida, Juliana L. R. Fietto, Robson R. Teixeira, Gustavo C. Bressan

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APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS

BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

Detecção de células CX3CR1+ na próstata de camundongo.

Alessandra L. Araújo, Maria Luiza S. Ferreira, Maria Alice F. Lopes, Cleida A. Oliveira,

Gustavo B. Menezes, Mônica M. Santos

Doses de extrato hidroalcoolico de Pfaffia glomerata produz efeitos negativos sobre

os espermatozoides de camundongos Swiss.

A. L. Araújo, F. C. R. Dias, G. D. A. Lima, T. P. Menezes, M. M. Neves, G. M. Braga,

F. C. S. A. Melo, S. L. P. Matta

Uso descontinuo de extrato de Pfaffia glomerata potencializa seus efeitos no túbulo

seminífero de camundongos Swiss.

Amanda A. Lozi, Fernanda C. Dias, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins, Eduardo

M. Damasceno, Janaína Silva, Viviane G. S. Mouro, Diane C. Araújo, Fabiana C. S. A.

Melo, Sérgio L. P. da Matta.

Efeitos do extrato etanólico de Psychotria vellosiana Benth sobre a porção

intertubular dos testículos de ratos Wistar.

Amanda A. Lozi, Kyvia L. C. Costa, Marli C. Cupertino, Breno C. Vieira, João Paulo V.

Leite, Diane C. Araújo, Fernanda C. Dias, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins,

Grasielle A. V. Rodrigues, Sérgio L. P. da Matta

Avaliação da curcumina no desempenho reprodutivo de camundongos Swiss

fêmeas.

Ana Carolina Valim, Talita A. Santos, Guilherme A. V. Pereira, Julia R. Borges, Ianca

G. C. Monteiro, Amanda S. Gutierres, Fernanda C. R. Dias, Izabel R. S. C. Maldonado

Tratamento com citrato de sildenafila causa dano ao DNA de espermatozoides e

consequente perda embrionária.

Anderson A. Silva, Fernanda C. R. Dias, Graziela D. A. Lima, Tatiana P. Menezes, Maria

M. Neves, Fabiana C. S. A. Melo, Sérgio L. P. Matta

A utilização prolongada do extrato metanólico de Nim reduz o número de célula de

Leydig.

Anderson A. Silva, Fernanda C. R. Dias, Wolfgang Harand, Sérgio L. P. Matta, Elizabeth

N. Melo

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Proliferação das células germinativas em Lithobates catesbeianus (shaw, 1802) após

tratamento bociogênico transitório.

Camila M. Pacheco, Susana P. Ribeiro, Gleide F. Avelar, Sérgio L. P. Matta

Avaliação do uso de LH como indutor de ovulação em receptoras bovinas para a

transferência de embriões em tempo fixo.

M. A. Azevedo Junior, C. A. Oliveira, D. E. C. Silva, V. R. A. Mendes, J. V. R. A. Pereira

Identificação de Leptospira hardjo em rebanho leiteiro no município de São João do

Oriente – MG

M. A. Azevedo Junior, C. A. Oliveira, D. E. C. Silva, V. R. A. Mendes, J. V. R. A. Pereira,

A. L. Martins, A. A. Martins, E. O. Daloy

Ginseng brasileiro causa aumento de espécies reativas de oxigênio (ERO) com

consequente dano aos espermatozoides.

Diane C. Araujo, Fernanda C. R. Dias, Graziela D. A. Lima, Tatiana P. Menezes, Mariana

M. Neves, Sérgio L. P. Matta, Amanda A. Lozi, Grasielle A. V. Rodrigues

Efeito do citrato de sildenafila sobre a qualidade espermática de camundongos

Swiss.

Elisa C. Rezende, Fernanda C. R. Dias, Graziela D. A. Lima, Tatiana P. Menezes,

Mariana M. Neves, Fabiana C. S. A. Melo, Sérgio L. P. Matta

Efeito da ingestão de curcumina por mães lactantes aos filhotes machos.

Elisa C. Rezende, Fernanda C. R. Dias, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins,

Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Grasiella A. V. Rodrigues, Talita A. Santos, Izabel

R. S. C. Maldonado, Fabiana C. S. A. Melo, Sérgio L. P. Matta

Extrato hidroalcoólico da folha de Renealmia pycnostachys interfere na organização

do túbulo seminífero de camundongos Swiss.

Elizabeth L. Oliveira, Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza Martins, Hiviny F. Olieira, Viviane

G. Mouro, Grasielle A. V. Rodrigues, Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Sergio L. P.

Matta

Extrato hidroalcoólico da folha de Renealmia pycnostachys tem ação afrodisíaca em

camundongos Swiss.

Elizabeth L. Oliveira, Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza Martins, Hiviny F. Olieira, Viviane

G. Mouro, Grasielle A. V. Rodrigues, Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Sergio L. P.

Matta.

Citrato de sildenafila provoca alterações a microestrutura testicular e dano as

espermátides alongadas de camundongos Swiss.

G. M. Braga, F. C. R. Dias, E. L. Oliveira, A. L. P. Martins, F. C. S. A. Melo, S. L. P.

Matta

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xv

Azadirachtin A reduz produção espermática em Ratos Wistar.

G. M. Braga, F. C. R. Dias, W. Harand, S. L. P. Matta, F. C. S. A. Melo, E. M. Neves

Efeitos da polpa de Euterpe oleracea MARTIUS em parâmetros morfométricos

testiculares de camundongos expostos ao cádmio.

Grasielle A. V. Rodrigues, V. G. S. M., A. L. P. M., F. C. D. R., F. C. S. A. M., S. L. P.

M.

Composto Nimbidina reduz a produção espermática de ratos Wistar.

Grasielle A. V. Rodrigues, F. C. R. D., H. W., S. L. P. M., N. E. M., A. L. P. M., E. L.

O., A. A. L., D. C. A.

Efeitos do extrato hidroalcoólico da folha de Renealmia pycnostachys no intertúbulo

em camundongos Swiss.

Híviny F. O. Santos, Elizabeth L. Oliveira, Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza Martins,

Viviane G. Mouro, Grasielle A. V. Rodrigues, Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Sérgio

L. P. Matta

Efeitos do extrato hidroalcoólico do fruto de Renealmia pycnostachys na organização

do túbulo seminífero em camundongos Swiss.

Híviny F. O. Santos, Elizabeth L. Oliveira, Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza Martins,

Viviane G. Mouro, Grasielle A. V. Rodrigues, Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Sergio

L. P. Matta

Efeitos do extrato metanólico da semente da Azadirachta indica A JUSS sobre a

produção de espermatozoides de ratos Wistar.

Ingred C. Gonçalves, Fernanda C. R. Dias, Wolfgang Harand, Amanda A. Lozi, Diane C.

Araújo, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins, Grasielle A. V. Rodrigues, Sergio

L. P. Matta, Elizabeth N. Melo

Efeitos da exposição pré-pubere ao arsênio em parâmetros reprodutivos de ratos

Wistar machos.

John Lennon P. Coimbra, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Luiz Otávio G.

Ervilha, Mariana M. Neves

Efeitos em parâmetros reprodutivos em ratos machos Wistar adultos expostos ao

arsênio durante a fase pré-pubere.

John Lennon P. Coimbra, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Luiz Otávio G.

Ervilha, Mariana M. Neves

Influência da sazonalidade sobre o índice apoptótico de células de Sertoli em

alterações em parâmetros testiculares e espermatogênese de morcegos frugívoros

expostos ao pesticida glifosato.

Esteban G. Ospina, Mariella B. D. Freitas, Pedro H. C. Neves

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xvi

Alterações nos caracteres morfométricos dos testículos de morcegos frugívoros

expostos ao pesticida glifosato.

Esteban G. Ospina, Mariella B. D. Freitas, Pedro H. C. Neves

Efeitos da toxicidade do herbicida glifosato no testículo de morcegos frugívoros.

Renata M. P. Freitas, Esteban G. Ospina, Jerusa M. Oliveira, Mariáurea M. Sarandy,

Mariella B. Freitas

Avaliação transgeracional da exposição parental e direta ao manganês na qualidade

espermática de camundongos Swiss. *

Tugstênio L. Souza, Amândia R. Batschauer, Patrícia Manuit, Anderson Martino-

Andrade, Claudia F. Ortolani-Machado

Polpa rica em fenóis de Euterpe oleracea MART possui ação antioxidante frente ao

estresse oxidativo induzido pelo cádmio.

Viviane G. S. Mouro, Janaína da Silva, Fernanda C. R. Dias, Fabiana C. S. A. Melo, ,

Sérgio L. P. Matta

EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA

A biologia além das células: estudando os sistemas por meio da anatomia humana.

Eduarda R. Fialho, Josicelli S. Crispim, Fabiana C. S. A. Melo, Luciano E. Pelúzio

Coloração de Gram: estudando as células procarióticas no ensino médio.

Eduarda R. Fialho, Josicelli S. Crispim, Denise M. S. Bazzolli, Jildete K.Santos

Avaliação da atividade antitumoral in vitro de derivados de dibenzoilmetano em

linhagens celulares normais e tumorais.

Mariá A. B. R. Oliveira, Jefferson V. P. B. Baeta, Anesia Santos

Universidade das crianças: o estudo sobre células através da livre escolha. *

Rafaela M. Barreto, Paola C. Medeiros, Letícia M. Ferreira, Beatriz R. Lara, Monique M.

Coelho, Regina S. R. Silva, Elisângela E. Ferreira, Raquel A. Costa

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xvii

GENÉTICA E EVOLUÇÃO

Estudo citogenético de duas populações de Gnamptogenys striatula, Mayr

(Formicidae: Ectatominae): um enfoque taxonômico.

Gisele A. Teixeira, Hilton J. A. C. Aguiar, Luísa A. C. Barros, Denilce M. Lopes, Tânia

M. F. Salomão

Ocorrência de inversão cromossômica envolvendo genes rDNA 18S em Acromyrmex

Mayr (Formicidae: Myrmicinae)

Gisele A. Teixeira, Luísa A. C. Barros, Hilton J. A. C. Aguiar, Denilce M. Lopes, Tânia

M. F. Salomão

GENÉTICA MOLECULAR

Envolvimento de profagos na diversidade bacteriana de Desulfovibrio alaskensis

G20

Clara N. Laguardia, Josicelli S. Crispim, Larissa C. Araújo, Roberto S. Dias, Sérgio O.

de Paula

Isolamento e caracterização inicial de nova linhagem de Desulfovibrio marinus.

Clara N. Laguardia, Josicelli S. Crispim, Larissa C. Araújo, Jéssica D. Silva, Roberto S.

Dias, Maíra P. Sousa, Cynthia C. Silva, Sérgio O. de Paula

Estudo de uma sequência de DNA repetitivo em Tetragonisca angustula

(Hymenoptera, Meliponini).

Jaqueline A. Pereira, Tânia Maria F. Salomão, Denilce M. Lopes

Escaneamento e caracterização de profagos em genomas de bactérias do gênero

Desulfovibrio.

Josicelli S. Crispim, Roberto S. Dias, Pedro M. P. Vidigal, Maíra P. Sousa, Cynthia C.

Silva, Mateus F. Santana, Sérgio O. de Paula

Caracterização genômica de duas bactérias redutoras de sulfato do gênero

Desulfovibrio.

Josicelli S. Crispim, Pedro M. P. Vidigal, Lívia C. Fidélis, Clara N. Laguardia, Larissa C.

Araújo, Roberto S. Dias, Maíra P. Sousa, Sérgio O. de Paula, Cynthia C. Silva

Avaliação do perfil de expressão de genes do metabolismo hepático do nascimento à

vida adulta.

Kassiana Mafra, Brenda Nakagaki, Maísa Antunes, Hortencia Maciel, Camila Dutra,

Matheus Mattos, Mateus Lopes, Ariane Diniz, Maria Alice Lopes, Ana Carolina Silva,

Gustavo Menezes

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xviii

Caracterização de um profago presente no genoma de Desulfovibrio alaskensis.

Larissa C. Araújo, Josicelli S. Crispim, Clara N. Laguardia, Roberto S. Dias, Sérgio O.

de Paula

Caracterização inicial de um nova linhagem de Desulfovibrio indonesiensis.

Larissa C. Araújo, Josicelli S. Crispim, Clara N. Laguardia, Jéssica D. Silva, Roberto S.

Dias, Maíra P. Sousa, Cynthia C. Silva, Sérgio O. de Paula

HISTOFISIOLOGIA

Avaliação morfológica dos corpúsculos renais de camundongos Swiss fêmeas

tratadas com curcumina.

Amanda S. Gutierres, Talita A. Santos, Ianca G. C. Monteiro, Guilherme A. V. Pereira,

Julia R. Borges, Ana C. Valim, Fernanda C. R. Dias, Izabel R. S. C. Maldonado

Histopatologia e estresse oxidativo hepático de camundongas nulíparas tratadas

com curcumina.

Amanda S. Gutierres, Talita A. Santos, Julia R. Borges, Ianca G. C. Monteiro, Guilherme

A. V. Pereira, Ana C. Valim, Janaína da Silva, Luiz Carlos M. Ladeira, Izabel R. S. C.

Maldonado

Status oxidativo hepático de camundongas lactantes tratadas com curcumina.

Ana C. Valim, Talita A. Santos, Janaina da Silva, Ianca G. C. Monteiro, Julia R. Borges,

Guilherme A. V. Pereira, Amanda S. Gutierres, Izabel R. S. C. Maldonado

Histologia das brânquias de alevinos de tilápia GIFT submetidos a ensaio de

toxicidade aguda de NH3.

Francielle F. V. Santana, Thatiane C. Teixeira, Sérgio L. P. Matta, Iván A. S. Ortiz,

Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza P. Martins

Efeito de semente de chia (Salvia hispanica L.) sobre parâmetros biométricos

testiculares de ratos Wistar imaturos.

Francielle F. V. Santana, F. C. R. Dias, B. P. Silva, M. Grancieri, H. S. D. Martino, E. L.

Oliveira, A. L. P. Martins, F. C. S. A. Melo, S. L. P. Matta

Efeito antioxidante do açaí da mata atlântica (Euterpe edulis) em intertúbulo

seminífero de camundongos Apoe -/-

Isabela P. S. Bento, Luiz O. G. Ervilha, Kyvia L. C. Costa Fernanda C. R. Dias Sérgio L.

P. Matta, Fabiana C. S. A. Melo

Açaí da mata atlântica (Euterpe edulis) e sua propriedade sobre testículos de

camundongos Apoe -/-

Isabela P. S. Bento, Luiz O. G. Ervilha, Kyvia L. C. Costa, Fernanda C. R. Dias, Sérgio

L. P. Matta, Fabiana C. S. A. Melo

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xix

Análise histológica de órgãos após a inoculação de diferentes concentrações de

células B16-F10 no dorso de camundongos.

Priscila F. S. Martins, J. A. V., G. D. A. L., G.A. M., V. H. S. G., G. C. B., M. M.N.

Ação do extrato da polpa de juçara (Euterpe edulis Martius) sobre o fígado de ratos

Wistar intoxicados com chumbo.

Priscila G. Silva, Kyvia L. C. Costa, Ana Luiza P. Martins, Lidiane S. Nascimento, Sérgio

L. P. Matta

Parâmetros histomorfométricos do fígado de ratos Wistar adultos submetidos a

exposição ao chumbo.

Priscila G. Silva, Kyvia L. C. Costa, Ana Luiza P. Martins, Lidiane S. Nascimento, Sérgio

L. P. Matta

Efeito do herbicida glifosato sobre a capacidade antioxidante do fígado, rim e

músculo de morcego frugívoro.

Renata M. P. Freitas, Esteban G. Ospina, Jerusa M. Oliveira, Mariáurea M. Sarandy,

Mariella B. Freitas

Morfometria de pâncreas e a regulação da glicose no morcego A. caudifer

(Chiroptera, Phyllostomidae, Geoffroy, 1818).

Stella B. Silva, Mariella B. Freitas

IMUNOLOGIA

Caracterização fenotípica de células esplênicas e sua relação com a via colinérgica

por imunohistoquímica.

Filipe R. O. Souza, Patrícia M. A. Lima

Melhora do reparo de feridas incisionais pelos efeitos sistêmicos da tolerância oral

em camundongos senescentes.

Rafaela M. Barreto, Monique M. Coelho, Ana Luiza H. Torres, Vivian A. Resende, Juan

F. S. Monteiro, Raísa M. S. Oliveira, Rosiane A. Castro, Raquel A. Costa

IMUNOVIROLOGIA

O Zika vírus aumenta a produção de ROS em cultura primária de astricitos e de

células precursoras de oligodendróticas.

Ítalo E. P. Silva, Roberto S. Dias, Edjon G. Santos, Mario J. Oliveira Neto, Sérgio O. de

Paula

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xx

Avaliação da influência de fago lítico no crescimento da bactéria Escherichia coli em

meio mínimo com diferentes fontes de Carbono.

Jéssica D. Silva, Roberto S. Dias, Josicelli S. Crispim, Mirelly J. Fernandes e Silva,

Maraisa M. Marcelino, Thainá I. Lima, Sérgio O. de Paula.

A influência da concentração e fonte de carbono na produtividade de bacteriófagos

em Escherichia coli.

Jéssica D. Silva, Roberto S. Dias, Josicelli S. Crispim, Déborah R. G. Lopes, Maraisa M.

Marcelino, Mirelly J. Fernandes e Silva, Thainá I. Lima, Sérgio O. de Paula

Otimização e expressão heteróloga da proteína NTPDase 2 de Leishmania (Viannia)

braziliensis (sp.) (Vianna, G.).

Nancy R. Torres, J. V. B. Moraes, R. S. Vasconcellos, G. C. Bressan, J. L. R. Fietto,

J.L.R.

MORFOLOGIA INTERNA DE INVERTEBRADOS

Morfologia do aparelho reprodutor masculino de Leptoglossus zonatus (Dallas,

1852) (Heteroptera: Coreidae).

Alessandra S. B. Toni, Edmilson A. Souza, Davy S. Gomes, Luciane C. O. Lisboa, Ézio

M. Silva

Histologia e ultramorfologia das glândulas de veneno e Dufour do parasitoide

Hymenoepimecis bicolor Brullé, 1846 (Hymenoptera:Ichneumonidae). *

Jamile F. S. Cossolin, Thiago G. Kloss, Jober F. Sobczak, Fabrícia G. Lacerda, Leandro

L. Oliveira, José E. Serrão

Morfologia das glândulas salivares de Scaptocoris castanea Perty, 1830 (Hemiptera:

Cydnidae).

Jamile F. S. Cossolin, Luis Carlos Martínez, Monica J. B. Pereira, Lucia M. Vivan, José

E. Serrão

MORFOLOGIA INTERNA DE VERTEBRADOS

Biometria renal e bioquímica sérica de ratos Wistar expostos ao arsenito de sódio.

Letícia G. Piuzana, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Luiz O. G. Ervilha, Mariana

M. Neves

Análise óssea de ratos Wistar adultos expostos ao arsênio durante a fase pré-púbere.

Luiz O. G. Ervilha, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Mariana M. Neves

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xxi

Efeitos da exposição ao arsênio em parâmetros ósseos durante a fase pré-púbere de

ratos Wistar.

Luiz O. G. Ervilha, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Mariana M. Neves

Microscopia eletrônica de varredura da língua dos squamatas Bothrops jararaca

(Viperidae) e Salvator merianae (Teiidae).

Maria Luiza A. Rodrigues, Sirlene S. R. Sartori

Microscopia eletrônica de varredura da língua de Hemidactylus mabouia

(Gekkonidae) e Tropidurus torquatus (Tropiduridae).

Maria Luiza A. Rodrigues, Sirlene S. R. Sartori

PARASITOLOGIA

A proteína recombinante de 21 KDA de Trypanosoma cruzi como um importante

imunógeno para vacina da doença de chagas.

Cassiano C. Rodrigues, Marlus A. Santos, Thaise L. Teixeira, Patrícia de Castilhos, Aline

A. Silva, Paula C. B. Tavares, Rebeca T. S. Brígido, Mariana F. Silva, Bruna C. Borges,

Samuel C. Teixeira, Fernanda S. Borges, Flávia A. Martins, Rafael M. Oliveira, Julia G.

Santos, Claudio V. Silva

Ação leishmanicida de derivados do ácido cinâmico sobre amastigotas de

Leishmania braziliensis em infecção in vitro de macrófagos.

Wemerson A. Menezes, Luciana A. Souza, Thiago S. Onofre, Michelle P. Rodrigues,

Róbson R. Teixeira, Juliana L. R. Fietto, Gustavo C. Bressan, Márcia R. Almeida

PATOLOGIA

Avaliação da Citotoxicidade e Endocitose da Nanopartícula Doxo-VLDP em Células

Tumorais.

Amanda P. Gonçalves, Anésia A. Santos, José E. B. Ramos Jr, Renko de Vries

Efeitos do treinamento físico associado à suplementação com açaí sobre parâmetros

cardíacos em ratos submetidos a uma dieta hiperlipídica.

Denise C. Miranda, Victor N. Lavorato, Filipe R. Drummond, Leôncio L. Soares, Maria

do Carmo G. Peluzio, Antônio J. Natali, Maria L. Pedrosa, Marcelo E. Silva

Bioacumulação de chumbo no fígado de ratos Wistar adultos.

Diane C. Araujo, Amanda A. Lozi, Kyvia L. C. Costa, Sérgio L. P. Matta, Marli C.

Cupertino, Fernanda C. R. Dias

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xxii

Avaliação in vitro da atividade antineoplásica de um composto de coordenação de

cobre e o sinergismo com a Cisplatina. *

Elaine G. Guimarães, Marina B. Silva, Christiane F. Horn, Milton M. Kanashiro

Avaliação da interação entre Serine Arginine Protein Kinase 2 (SRPK2) e

Swiprosin-1 (SWS1).

Geniana S. Gomes, Mônica M. M. Caetano, Maria R. Silva, Gustavo C. Bressan

Análise das alterações morfológicas de células de leucemia linfoblástica aguda,

frente ao tratamento com composto de coordenação gálio.

Kíssila S. A. Pereira, Leide L. F. Maciel, Luana M. Pereira, Milton M. Kanashiro,

Christiane F. Horn, João C. A. Almeida

Atividade citotóxica in vitro e in vivo do composto de coordenação de platina na

linhagem de cãncer de mama MDA-MB-231.

Leide L. M., Marina B. Silva, Christiane F. Horn, Rafaela O. Moreira, Milton M.

Kanashiro, João C. A. Almeida

Avaliação ultraestrutural de células de câncer de pulmão tratadas com um composto

de cobre(II).

Luana M. Pereira, Leide L. F. Maciel, Kíssila S. A. Pereira,Milton M. Kanashiro,

Christiane F. Horn, João C. A. Almeida

Avaliação de enzimas antioxidantes na cicatrização de feridas cutâneas de ratos

tratados com Doxiciclina Hiclato.

Luciana S. Altoé, Raul S. Alves, Mariáurea M. Sarandy, Sérgio B. Queiroz Junior, Lyvia

L. Miranda, Reggiani V. Gonçalves

Avaliação da citotoxicidade de fármacos antineoplásicos in vitro e indução tumoral

in vivo para aplicação em pesquisas.

Marina B. Silva, Leide L. F. Maciel, Paula R. Siqueira, Elaine G. Guimarães, Milton M.

Kanashiro.

Histomorfometria tumoral de camundongos após o tratamento farmacológico com

SRVIC30.

Priscila F. S. Martins, J. A. V., V. H. S. G., G. A. M., N. C. L. M., G. D.A. L., R. R. T.,

G. C. B., M. M. N.

Doxiciclina (Hiclato) promove a proliferação celular e angiogênese em feridas

cutâneas de ratos.

Raul S. Alves, Luciana S. Altoé, Mariáurea M. Sarandy, Sérgio B. Queiroz Junior,

Reggiani V. Gonçalves

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xxiii

Fibras colágenas tipo I e III na cicatrização de queimaduras em ratos Wistar

tratados com Brassica oleracea.

S. B. Queiroz-Júnior, L. L. Miranda, M. M. Sarandy, L. S. Altoé, R. S. Alves, R. V.

Gonçalves

Avaliação da neurotoxicidade do manganês após exposição parental e direta em

camundongos Swiss.

Amândia R. Batschauer, Tugstênio L. Souza, Patrícia Manuit, Ana Luiza B. O. Viana,

Nicoli M. Pereira, Ciro A. O. Ribeiro, Claudia F. Ortolani-Machado

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APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

EXPRESSÃO DE TRANSPORTADORES TRANSEPITELIAIS DE CÁLCIO

VARIA EM LESÕES DA PRÓSTATA VENTRAL DE RATOS IDOSOS.

Bruna T. Maria, Gabriel H. Campolina-Silva, Monalise E. Jesus; Hipácia Werneck-

Gomes, Germán A. B. Mahecha Cleida A. Oliveira

Laboratório de Biologia da Reprodução. Departamento de Morfologia, Instituto de

Ciências Biológicas (ICB), Universidade Federal de Minas Gerais. Avenida Presidente

Antônio Carlos, 6627, Pampulha, Belo Horizonte, MG, Brasil. CEP: 31270-901.

[email protected]

RESUMO. O transporte de cálcio através do epitélio prostático requer a participação de

diversas proteínas, como os canais TRPVs, que medeiam sua entrada nas células. A

difusão de Ca2+ pelo citoplasma ocorre pela ligação a calbindina-D28k (CaBP-D28k),

enquanto sua extrusão é possibilitada principalmente pela ATPase PMCA. Numerosos

estudos demonstram que o avançar da idade é um importante fator de risco para o

desenvolvimento de câncer de próstata, sendo que um desbalanço na homeostase local de

Ca2+ pode contribuir para a ocorrência desta e de outras desordens prostáticas. Ainda

assim, o conhecimento acerca da expressão de TRPV6, CaBP-D28k e PMCA1/4 durante

o envelhecimento e em lesões epiteliais da próstata senil é escasso. Desta forma, o

objetivo deste trabalho foi investigar se a expressão destas proteínas-chave envolvidas no

transporte transepitelial de Ca2+ varia ao longo da vida adulta (dos 3 aos 24 meses de

idade), assim como em sítios de lesão da próstata ventral de ratos Wistar idosos. TRPV6,

CaBP-D28k e PMCA1/4 foram observados na membrana plasmática apical, citoplasma

e membrana plasmática basolateral de células epiteliais prostáticas, respectivamente.

Alterações em seus níveis proteicos foram observados com o envelhecimento,

especialmente em regiões de lesões proliferativas, como PIN e metaplasia, onde todos os

transportadores de Ca2+ estudados tiveram sua expressão reduzida. Os níveis de

PMCA1/4 também foram drasticamente diminuídos no epitélio atrófico, quando

comparado ao epitélio normal adjacente. As reduções pontuais observadas para TRPV6,

CaBP-D28k e PMCA1/4 em lesões da próstata são indicativas de falha na disponibilidade

de Ca2+ intracelular. Além disso, os dados obtidos contribuem para um melhor

entendimento sobre as alterações celulares que podem levar ao

desenvolvimento/manutenção de lesões frequentes na próstata senil e que podem gerar

fenótipos malignos. Palavras-chave: Próstata, Lesões prostáticas, TRPV6, Calbindina-

D28K, PMCA1/4, Envelhecimento.

Palavras-chave: Próstata, Lesões prostáticas, TRPV6, Calbindina-D28K, PMCA1/4,

Envelhecimento.

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2

APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

REDUÇÃO DE RECEPTOR DE ANDRÓGENO EM LESÕES PROSTÁTICAS

DE RATOS EM ENVELHECIMENTO.

Felipe L. Bento, Hipácia Werneck-Gomes, Gabriel H. Campolina-Silva, Bruna T. Maria,

Monalise E. Jesus, Germán A. B. Mahecha, Cleida A. Oliveira

Laboratório de Biologia da Reprodução - Departamento de Morfologia ICB/UFMG.

[email protected]

RESUMO. O adenocarcinoma prostático é o câncer não cutâneo mais frequente no

mundo, sendo a idade o principal fator de risco para seu desenvolvimento. A próstata é

um clássico órgão andrógeno-dependente sendo a di-hidrotestosterona (DHT), um

metabólito da testosterona, o principal andrógeno a atuar na glândula, promovendo o

crescimento, desenvolvimento e diferenciação do tecido. Entretanto, outros esteroides

como estrógenos e vitamina D também são fundamentais na regulação prostática. Os

andrógenos exercem suas funções através da ligação de receptores nucleares, conhecidos

como receptores de andrógeno (AR), enquanto os estrógenos ligam-se aos receptores de

estrógeno (ERα e ERβ), e a vitamina D ao receptor de vitamina D (VDR). Ao longo do

envelhecimento o cenário hormonal do homem se altera, principalmente devido a redução

dos níveis de testosterona, favorecendo a ação dos estrógenos. Dados do nosso grupo

mostraram redução de VDR e ERβ em áreas de lesões proliferativas e inflamatórias na

próstata de animais senis, paralelamente a um aumento de ERα. Entretanto, pouco sabe-

se sobre a variação idade-dependente e a expressão do AR em áreas de lesões, o que

pretendemos investigar nesse estudo. Para isso, fragmentos de próstata de ratos Wistar

em envelhecimento (3, 6, 12, 18 e 24 meses) foram utilizados em ensaios

imunohistoquímicos. Intensa positividade nuclear e moderada marcação citoplasmática

foi identificada em células secretoras do epitélio normal. Não houve alteração na

expressão de AR nas áreas de epitélio normal em todas as idades analisadas. Entretanto,

em áreas de lesões epiteliais tais como PIN, atrofia, proliferação cribriforme e metaplasia

escamosa, foi observada redução na imunorreatividade para o receptor. Esses resultados

reforçam um desequilíbrio hormonal local, em que a redução dos níveis de AR, em

conjunto com os demais receptores, poderia favorecer o desenvolvimento de lesões

prostáticas.

Palavras-chave: Próstata, envelhecimento, receptor de andrógeno.

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3

APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

TITULAÇÃO E TROPISMO DE UM ENDOSSIMBIONTE EM FÊMEAS DE

Drosophila sturtevanti (DIPTERA: DROSOPHILIDAE) DUDA, 1927

Hélio P. Pereira Filho1, Kamilla Caliman2, Karla Yotoko3, José Lino Neto4

1 Programa de Pós graduação em Biologia Celular e Estrutural, DBG/UFV. 2

Bacharelado em Ciências Biológicas - LBE/DBG/UFV. 3 Laboratório de Bioinformática

e Evolução - LBE/ DBG/UFV. 4 Laboratório de Ultraestrutura Celular/DBG/UFV.

[email protected]

RESUMO. Bactérias do gênero Wolbachia (Rickettsiales: Alphaproteobacteria) são

endossimbiontes de herança matrilinear que infectam nematódeos e artrópodes. Estima-

se que pelo menos 70% das espécies de insetos estejam infectadas. Wolbachia induz

fenótipos reprodutivos que aumentam o valor adaptativo dos indivíduos infectados e

fazem com que a infecção se espalhe rapidamente pela população. Neste trabalho,

investigamos se a titulação da infecção e a distribuição da bactéria nos ovários se altera

com a idade da fêmea. Para isso, utilizamos fêmeas de três e 15 dias de Drosophila

sturtevanti de uma linhagem laboratorial sabidamente infectada por Wolbachia. Fizemos

uma abordagem de PCR semi-quantitativo que consiste em fazer as reações de PCR com

20, 25 e 30 ciclos, com 10 fêmeas de cada idade. Espera-se que indivíduos com titulação

elevada apresentem bandas nas três reações, enquanto indivíduos com baixa titulação

apresentem bandas apenas na reação com 30 ciclos. Utilizamos a técnica de Fluorescência

por Hibridação in situ de DNA-RNA (FISH) para localizar a infecção nos ovários a fim

de descrever o tropismo da bactéria e estabelecer se a titulação e a distribuição da bactéria

se altera com a idade dos hospedeiros. Nossos resultados sugerem maior titulação em

fêmeas de três dias de idade, com maior concentração de Wolbachia no germário. Aos 15

dias, as bactérias se encontram mais espalhadas no vitelário dos ovaríolos. Em 15 dias, o

sistema de defesa do hospedeiro possivelmente teve tempo de eliminar Wolbachia da

maioria dos tecidos (exceto nas gônodas e no tecido nervoso), explicando a diminuição

da titulação. Para garantir a transmissão para a prole, a bactéria infecta as células

germinativas, invadindo os ovaríolos a partir do germário, explicando o fato de

encontrarmos maior concentração no germário de fêmeas jovens.

Palavras-chave: Wolbachia, PCR, FISH, transmissão vertical.

APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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MODULAÇÃO HORMONAL DO COMPARTIMENTO BASAL PROSTÁTICO:

POSSÍVEL RELAÇÃO ENTRE CÉLULAS BASAIS E MACRÓFAGOS

INTRAEPITELAIS. *

Hipácia Werneck-Gomes, Gabriel H. Campolina Silva, Felipe L. Bento, Bruna T. Maria,

Germán A. B. Mahecha, Cleida A. Oliveira

Laboratório de Biologia da Reprodução - Departamento de Morfologia ICB/UFMG.

[email protected]

RESUMO. As células basais podem ter diferentes contribuições estruturais e funcionais

na próstata. Acredita-se que essas células são resistentes à privação androgênica, o que

explica a recidiva do câncer mesmo após o bloqueio androgênico por castração. Dados

da nossa equipe mostraram aumento de células basais intensamente coradas para

aromatase em lesões prostáticas de ratos idosos. Porém sabe-se que após castração,

macrófagos são recrutados para a porção basal do epitélio prostático, e que, assim como

as células basais, eles podem expressar enzimas esteroidogênicas. Dessa forma, o objetivo

do presente trabalho foi investigar alterações no perfil de células basais na próstata de

ratos em diferentes microambientes hormonais, correlacionar com o possível

recrutamento de macrófagos para o compartimento basal do epitélio, e investigar a

expressão de aromatase nessas células. Para isso, ratos Wistar adultos foram submetidos

à castração, seguido de reposição com estradiol ou DHT. Fragmentos da próstata foram

usados para realização de imuno-histoquímica e imunofluorescência. A castração induziu

aumento de células basais e de células intensamente coradas para aromatase, bem como

recrutamento de macrófagos para a base do epitélio. Colocalização indicou positividade

de macrófagos intraepiteliais para aromatase. Reposição com estradiol aumentou ainda

mais o número de células basais e reduziu o recrutamento de macrófagos, comparado aos

castrados. Reposição com DHT manteve a proporção de células basais e impediu o

recrutamento de macrófagos para o epitélio, similar aos controles. Esses resultados

indicam que tanto células basais quanto macrófagos podem ser modulados, mas também

modular o microambiente hormonal prostático, revelando a complexidade do

compartimento basal do epitélio.

Palavras-chave: Próstata, células basais, macrófagos, aromatase.

APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Davilla elliptica ST. -HIL.

(DILLENIACEAE) CAUSA ALTERAÇÕES TESTICULARES EM

CAMUNDONGOS SWISS.

Janaina da Silva1, Viviane G. S. Mouro1, Fernanda C. R. Dias1, Eduardo M. Damasceno2,

Luiz Carlos M. Ladeira1, Patrícia S. Mattosinhos1, Sérgio L. P. Matta1

1 Universidade Federal de Viçosa – Laboratório de Biologia Estrutural. 2 Universidade

Federal do Espirito Santo – Campus São Mateus – Laboratório de Biologia Estrutural.

[email protected]

RESUMO. D. elliptica, conhecida como “seca-testículos”, é utilizada para tratamento de

várias doenças sendo seu efeito atribuído aos flavonoides. Sua fração rica em flavonoides

causou histopatologias nos túbulos seminíferos, mas não é sabido se essa classe de

metabólitos foi exclusivamente a responsável. Objetivou-se avaliar o efeito do extrato

hidroalcoólico, sem flavonoides, de D. elliptica (EHADE) nos testículos de camundongos

Swiss. 24 camundongos adultos foram distribuídos em quatro grupos (n=6): G1-Controle;

G2-EHADE 100mg/Kg; G3-EHADE 200mg/Kg; G4-EHADE 400mg/Kg. Folhas de D.

elliptica foram submetidas à percolação exaustiva com acetato de etila (retirada dos

flavonoides) e posterior percolação com álcool etílico-70% (obtenção do EHADE). O

tratamento foi administrado por gavagem (42 dias consecutivos). O procedimento foi

autorizado pelo CEUA-UFV (nº 40/2015). Os resultados foram analisados por ANOVA

seguida de post-hoc Student Newman Keuls (p≤0.05). A prospecção fitoquímica

comprovou a ausência de flavonoides na EHADE. A massa corporal reduziu em G3 e G4.

Apesar da massa do testículo não ter alterado, G4 teve redução na massa do parênquima.

A porcentagem de epitélio reduziu e a de lume aumentou em G4 mantendo a de túbulo.

No entanto, o volume de epitélio reduziu levando à diminuição do de túbulo em G4. Uma

vez que o diâmetro do túbulo e a altura do epitélio não alteraram, a redução do volume

tubular foi devido a diminuição do comprimento total de túbulo em G4. A proporção

volumétrica dos componentes intertubulares não alterou, mas tanto o diâmetro quanto o

volume nuclear de Leydig aumentaram em todos os grupos. Não houve alterações na

contagem de células do estádio 1. Na avaliação da atividade das enzimas antioxidantes, a

atividade da glutationa S-transferase reduziu em todos os grupos. Desse modo, o EHADE

foi capaz de desencadear alterações histomorfométricas e enzimática testiculares.

Palavras-chave: Fitoterápicos; histomorfometria testicular; estado oxidativo.

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TOXICOLOGIA COMPARATIVA DOS METAIS PESADOS As+5, As+3, Cd, Pb,

Cr E Ni NA QUALIDADE ESPERMÁTICA DE CAMUNDONGOS.

Janaina da Silva, Amanda A. Lozi, Viviane G. S. Mouro, Diane C. Araujo, Patrícia S.

Mattosinhos, Sérgio L. P. Matta, Mariana M. Neves

Universidade Federal de Viçosa – Laboratório de Biologia Estrutural

[email protected]

RESUMO. Causas idiopáticas relacionadas à baixa qualidade espermática em humanos

têm sido atribuídas em parte à exposição aos metais pesados. Características como meia-

vida longa, não-biodegradáveis e tendência de bioacumulação contribuem para a alta

toxicidade dos mesmos, sendo descritas de maneira inespecífica e genérica para todos os

metais. Cada metal pesado tem um conjunto exclusivo de características e,

consequentemente, uma toxicidade que deve ser avaliada para proceder com específica

precaução e apropriado reparo. Assim, objetivou-se comparar a toxicidade aguda dos

metais pesados As, Cd, Pb, Cr e Ni nos parâmetros espermáticos de camundongos Swiss.

Para isso, 28 camundongos foram distribuídos em sete grupos (n=4/ grupo): G1-NaOH

0,9%; G2-1,5mg/Kg As+5; G3-1,5mg/Kg As+3; G4-1,5mg/Kg Cd; G5-1,5mg/Kg Pb;

G6-1,5mg/Kg Cr; G7-1,5mg/Kg Ni. O tratamento foi administrado por gavagem, dose

única, sendo a eutanásia 7 dias após exposição. Os resultados foram analisados por

ANOVA seguida de post-hoc Student Newman Keuls (p≤0.05). A motilidade espermática

reduziu no grupo que recebeu Cd, sendo esta diminuição também significativa quando

comparada com Ni. O número de espermátides e a produção espermática diária por

testículo reduziu com As+5, Cd, Pb, Cr e Ni e por grama de testículo reduziu com Cd,

Pb, Cr e Ni. Nesses parâmetros, Pb teve redução significativa quando comparado com

todos os outros metais pesados, além de causar redução no tempo de trânsito espermático

na cauda. A porcentagem de espermatozoides com membranas plasmática e acrossomal

intactas reduziu em todos os grupos tratados. Todos os metais pesados causaram danos

espermáticos, no entanto, Cd além de ter influenciado estruturalmente, com redução de

espermatozoides com membrana íntegra, influenciou funcionalmente, com redução da

motilidade. Além dos danos causados pelo Cd, os danos numéricos desencadeados pelo

Pb também se evidenciaram, pois foram estatisticamente mais severos do que os dos

outros metais pesados.

Palavras-chave: Reprodução, toxicidade, contaminantes ambientais.

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INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE SOBRE O ÍNDICE APOPTÓTICO DE

CÉLULAS DE SERTOLI EM Crotalus durissus (LINNAEUS, 1758)

Lorena D. M. Silva, Camila M. Pacheco, Flávia C. Resende, Victor V. Souza, Gleide F.

Avelar

Laboratório de Biologia Celular, Departamento de Morfologia, ICB/UFMG.

[email protected]

RESUMO. A célula de Sertoli é essencial para organização testicular e desenvolvimento

da espermatogênese. Durante décadas foi considerado que em mamíferos essas células

não mais se dividem após a puberdade,entretanto, trabalhos recentes sugerem que a

proliferaçãopersiste em áreas específicas do testículo,resultando no aumento do

tamanhodo órgãoassim como da produção espermática. Além disso, espécies de

reprodução sazonal têm demonstrado atividade proliferativa de células de Sertoli

dependente das estações do ano.Nesse contexto, em Crotalus durissus a espermatogênese

inicia-se na primavera e o pico de produção de gametasocorre no verão. No outono e no

inverno os túbulos seminíferosencontram-se em regressão e, portanto, o menor peso

testicular é observado. Contudo, a dinâmica das células somáticas testiculares ao longo

do ciclo sazonal ainda não está esclarecida.Diante disso, o presente estudo teve como

objetivo investigar a ocorrência de apoptose de células de Sertolinas diferentes estações

do ano.Para tanto,foram eutanasiados quatro indivíduos por estação, sendo realizado o

protocolo de imunohistoquímica para Caspase-3.O menor índice gonadossomático foi

registrado no inverno (~0,1%), indicando menor investimento na atividade

espermatogênica nesta estação. Concomitantemente, 79% das células de Sertoli foram

positivas para Caspase-3, sendo esse valor significativamente maior quando comparado

com o índice apoptótico obtido no verão(34%). Nossos resultados preliminares indicam

que as células somáticas que compõem o epitélio seminífero estão sujeitas a alterações

em seu número, contribuindo para a redução da produção espermática durante os períodos

de outono e inverno. Adicionalmente, estudos em andamento em nosso laboratório

buscam identificar os fatores intrínsecos ou extrínsecos que influenciam nestes eventos,

bem como correlacionar com a atividade das demais células somáticas testiculares.

Palavras-chave: Célula de Sertoli, apoptose, sazonalidade, Crotalus durissus.

APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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MODIFICAÇÕES ULTRAESTRUTURAIS SÃO RESULTADO DE

ALTERAÇÕES NO TRANSCRIPTOMA OVARIANO DEVIDO À

VITRIFICAÇÃO.

Luiza A. A. C. Pereira¹, Íris J. A. Assis¹, Fernando O. Coelho¹, Tânia M. Segatelli², Érika

C. Jorge², Luiz L. Coutinho³, Paulo H. A. Campos-Junior¹

1 Fertility Preservation Research Group, Universidade Federal de São João del Rei. 2

Laboratório de Biologia Oral e do Desenvolvimento, Universidade Federal de Minas

Gerais. 3 Laboratório de Biotecnologia Animal, Departamento de Zootecnia,

ESALQ/Universidade de São Paulo.

[email protected]

RESUMO. Tratamentos oncológicos têm mostrado aumento significativo na taxa de

sobrevivência de pacientes com câncer. Tais tratamentos envolvem técnicas

gonadotóxicas resultando em um número crescente de pacientes com insuficiência

ovariana prematura e mulheres jovens inférteis. A vitrificação é uma opção para a

manutenção da fertilidade, no entanto, a aplicação desta técnica requer a investigação

global de genes. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da vitrificação

sobre o transcriptoma de tecido ovariano murino. Amostras de tecido ovariano fresco e

vitrificado (ambos n = 3) foram obtidas 20 dias após o transplante. O RNA total foi

extraído seguindo o protocolo do Illumina®. As bibliotecas foram preparadas com o

Illumina TruSeq e o sequenciamento realizado pelo FASTQC. O mapeamento foi feito

no STAR seguindo o genoma de referência mm 10. As leituras foram quantificadas pelo

HTseq e a expressão diferencial foi realizada pelo Deseq2. As classes funcionais mais

representadas foram analisadas pelo DAVID (GO-CC). Foram detectados 16.602 genes

no grupo vitrificado e 13.527 genes no grupo controle, dos quais 332 foram up regulados

e 291 foram reprimidos (vitrificados / controle). Os 10 genes mais diferencialmente

expressos dentro de GO-CC up regulados estão relacionados ao cistoesqueleto, superfície

celular e projeção celular e os down regulados se relacionam ao retículo endoplasmático,

aparelho de Golgi e componente integral da membrana plasmática. Através do qRT-PCR

foi possível validar os dados obtidos no RNA-seq. A MET mostrou abundância de

componentes de citoesqueleto e juncionais nas amostras vitrificadas em relação ao

controle e notou-se que a quantidade de organelas, como o retículo endoplasmático e as

mitocôndrias, foi maior nos oócitos e nas células foliculares frescas. Todavia, os

resultados indicam que a vitrificação implica em modificações ultraestruturais

relacionadas a um mecanismo compensatório na tentativa de sobrevivência celular.

Palavras-chave: RNA-seq, transcriptoma, vitrificação, tecido ovariano.

APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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EFEITO DA FRAÇÃO ENRIQUECIDA EM FLAVONOIDES DE D. elliptica ST. -

HIL. (DILLENIACEAE) NOS TESTÍCULOS DE CAMUNDONGOS SWISS.

Patrícia S. Mattosinhos1, Janaina da Silva1, Fernanda C. R. Dias1, Viviane G. S. Mouro1,

Eduardo M. Damasceno2, Luiz C. M. Ladeira1, Sérgio L. P. Matta1

1 Universidade Federal de Viçosa – Laboratório de Biologia Estrutural. 2 Universidade

Federal do Espirito Santo – Campus São Mateus – Laboratório de Biologia Estrutural

[email protected]

RESUMO. Davilla elliptica é utilizada popularmente como cicatrizante e antisséptico

sendo seu efeito atribuído aos flavonoides. Embora conhecida como “seca-testículos”,

sua toxicidade reprodutiva ainda é pouco conhecida. Objetivou-se avaliar o efeito da

fração enriquecida em flavonoides de D. elliptica (FEFDE) na histomorfometria e estado

oxidativo testiculares de camundongos Swiss. 30 animais adultos foram distribuídos em

cinco grupos (n=6): G1-Controle; G2-Veículo (DMSO); G3-FEFDE 100mg/Kg; G4-

FEFDE 200mg/Kg; G5-FEFDE 400mg/Kg. Folhas de D. elliptica foram submetidas à

percolação exaustiva com acetato de etila (obtenção da FEFDE). O tratamento foi

administrado por gavagem (42 dias consecutivos). Todo procedimento foi autorizado pela

CEUA-UFV (nº 40/2015). Os resultados foram analisados por ANOVA seguida de post-

hoc Student Newman Keuls (p≤0.05). A prospecção fitoquímica comprovou a presença

de flavonoides na FEFDE. As áreas de túbulo, lume e epitélio, assim como a relação

túbulo/epitélio não alteraram. Na contagem de células do estádio 1, o índice e a

capacidade total de suporte de Sertoli aumentaram em G3. A proporção e volume do

intertúbulo, bem como de seus componentes, não alteraram exceto tecido conjuntivo que

aumentou em G3 e vaso sanguíneo que aumentou em G5. O diâmetro e volume nuclear

de Leydig aumentaram em G5, e o volume citoplasmático aumentou em G3, G4 e G5.

Essas alterações foram responsáveis pelo aumento do volume celular de Leydig em todos

os grupos tratados com FEFDE. O número de Leydig aumentou em todos os grupos,

inclusive no veículo, o que não permite afirmar que foi efeito exclusivo da FEFDE. Na

avaliação do estado oxidativo, a catalase e a glutationa S-transferase tiveram suas

atividades reduzidas, mas a atividade da superóxido dismutase aumentou em G5. A

FEFDE demonstrou atuar no compartimento intertubular, especificamente em Leydig

podendo desencadear perdas no processo espermatogênico.

Palavras-chave: Fitoterápicos; toxicologia reprodutiva.

APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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O DECOCTO DE Aristolochia triangularis CHAM., 1832 AFETA A

ESPERMATOGÊNESE?

Victor V. Souza1, Camila M. Pacheco1, Micheli S. Spadeto2, Bárbara R. Cardoso1, Gleide

F. Avelar1

1 Departamento de Morfologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal

de Minas Gerais, Belo Horizonte – MG, Brasil. 2 Programa de Pós-Graduação em

Genética e Melhoramento, Centro de Ciências Agrárias e Engenharias, Universidade

Federal do Espírito Santo, Alegre – ES, Brasil.

[email protected]

RESUMO. De acordo com a OMS cerca de 20 mil plantas medicinais são utilizadas em

todo mundo, sendo uma delas a Aristolochia triangularis, conhecida popularmente como

cipó-de-mil-homens. Baseado em sua provável ação anti-inflamatória, o decocto de

A.triangularisé utilizado para cura ou alívio de reumatismo, gota e artrite. Entretanto,

plantas do gênero Aristolochia já causaram a intoxicação de aproximadamente 25 mil

pessoas na Bélgica, Croácia, Bulgária e Sibéria. Os sinais e sintomas são atribuídos à

exposição aos ácidos aristolóquicos, alcaloides produzidos a partir de metabólitos

secundários. Desse modo, se faz necessário compreender os efeitos da A.triangularis na

reprodução masculina. O decocto foi preparado a partir de caules secos de A. triangularis.

Camundongos adultos machos C57BL/6J receberam 500 µL do decocto (24 g l-1,

dosagem recomendada pela medicina popular) por sete dias, às 18 h. Solução salina a

0,9% foi utilizada como controle negativo. Os camundongos foram sacrificados 1, 21 e

35 dias após a última dose do decocto (n=6). Foi realizada mensuração do diâmetro

tubular (DT) e altura do epitélio (AE) em30túbulos seminíferos por animal.

Imunohistoquímica foi realizada para avaliar o índice de proliferação (IP) das células

germinativas por meio da incorporação BrdU e expressão de KI67. DT e AE dos animais

dos diferentes grupos tratados foram menores (p<0,05) quando comparados ao controle

negativo. As análises imunohistoquímicas revelaram efeito citotóxico dos decoctos, visto

que nos grupos tratados foram obtidos os menores IP (p<0,05), particularmente aos 35

dias. Nossos resultados indicam que os metabólitos derivados de A. triangularis levam à

perda das células germinativas bem como à redução da atividade proliferativa dessas

células. Esses efeitos caracterizam o potencial citotóxico, capaz de afetar a fertilidade de

indivíduos que consumirem o decocto.

Palavras-chave: Proliferação celular; Toxicogenética; Reprodução.

APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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A TOXICIDADE TESTICULAR DO CÁDMIO É DEPENDENTE DA VIA DE

ADMINISTRAÇÃO.

Viviane G. S. Mouro1, Ana Luiza P. Martins1, Janaína da Silva1, Marli C. Cupertino1,

Fabiana C. S. A. Melo2, Sérgio L. P. Matta1

1 Departamento de Biologia Geral – Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento

de Biologia Animal – Universidade Federal de Viçosa

[email protected]

RESUMO. A toxicidade do cádmio (Cd) em parâmetros reprodutivos é largamente

descrita na literatura. Grande parte dos modelos experimentais faz uso da via

intraperitoneal (i.p.), embora a intoxicação humana ocorra preferencialmente pela via

oral, podendo esta ser constante. No entanto, pouco se sabe sobre a influência das vias

de administração do Cd na estrutura testicular. Assim, comparou-se a exposição ao Cd

pelas vias i.p. e oral, utilizando doses equivalentes. Camundongos Swiss (n = 20) foram

divididos em quatro grupos (n = 5 animais/grupo), sendo um controle e três tratados. Os

grupos tratados receberam cloreto de cádmio nas doses de 1,5 mg/Kg i.p. e 30 mg/Kg

via oral (ODu) ambos dose única, e 4,28 mg/Kg via oral fracionada (OFr) por sete dias

consecutivos. Os testículos de todos os animais foram avaliados no 8º dia. O peso

testicular e do parênquima reduziram nas administrações via oral. O bioacúmulo de Cd

foi observado em todas as vias, sendo maior na OFr. As concentrações de Cálcio e

Cobre reduziram em todos os animais expostos ao Cd, enquanto que Zinco e Manganês

reduziram na via i.p.. A atividade de superóxido dismutase reduziu nas administrações

via oral, catalase aumentou na via i.p. e glutationa S-transferase aumentou em ambas as

vias. A testosterona sérica reduziu nas administrações via oral. O percentual de células

testiculares com danos aumentou em ambas as vias de administração do Cd, sendo

maiores nas formas via oral. A altura de epitélio e a relação túbulo epitélio reduziram na

OFr. Vacuolização no epitélio germinativo, desprendimento de células e degeneração do

túbulo seminífero foram observados em ambas as vias, sendo mais intensos na via OFr.

O maior acúmulo de Cd na via OFr pode ser devido ao fato do metal ter sido

administrado diariamente, mantendo a absorção contínua ao longo do período

experimental. De tal modo, o menor peso do testículo e a maior intensidade de danos

teciduais na via OFr, pode ter ocorrido por não haver intervalo para que o tecido

pudesse se recuperar dos danos. Assim, a toxicidade testicular do Cd, tende a ser mais

intensa quando a exposição ao metal é constante.

Palavras-chave: Histomorfometria, Metal pesado, Reprodução, Toxicologia.

APRESENTAÇÕES ORAIS – EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA

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ESTUDO ULTRAESTRUTURAL DE MITOCÔNDRIAS E VESÍCULAS

TUBULARES NA MATURAÇÃO E ATIVAÇÃO DO EOSINÓFILO HUMANO.

Igor N. Barbosa, Cinthia P. M. Silva, Rossana C. N. Melo

Laboratório de Biologia Celular da Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF

[email protected]

RESUMO. O eosinófilo é uma célula efetora do sistema imune inato caracterizado por

seu núcleo bilobulado, grânulos secretores contendo um cristaloide central e vesículas

tubulares derivadas destes grânulos, também conhecidas como Eosinophil Sombrero

Vesicles (EoSVs). Estas vesículas têm morfologia típica e desempenham papel

importante no transporte intracelular de mediadores imunes de eosinófilos, entretanto

ainda é desconhecido sobre quando as vesículas tubulares surgem durante a maturação

do eosinófilo. Além disso, a dinâmica mitocondrial em eosinófilos humanos imaturos,

maduros e ativados ainda é pobremente conhecida. O presente trabalho tem como objetivo

estudar tanto a população de EoSVs como de mitocôndrias em eosinófilos humanos

imaturos, maduros e em resposta à situações de ativação (como na presença de CCL11,

TNF-alfa e Síndrome Hipereosinofílica, sendo o último muito relacionado com uma

expressão elevada de IL-5, que estão associados com eventos de proliferação,

diferenciação, ativação e recrutamento de eosinófilos ao longo de sua maturação). Os

resultados indicam que a quantidade e o estado de fusão de mitocôndrias é maior nos

eosinófilos imaturos e diminuem ao longo da maturação até o estágio final de maturação.

Eosinófilos ativados não tiveram diferenças na população mitocondrial observadas em

relação aos não ativados. Foram observadas vesículas derivadas de mitocôndrias, indício

de um controle de qualidade mitocondrial durante a maturação. Vesículas tubulares foram

observadas na presença de grânulos apresentando condensação de cristaloide em células

imaturas, o que sugere que a formação de um cristaloide é necessário para o surgimento

das vesículas tubulares. A localização espacial das mitocôndrias no interior das células

foi a mesma para todos os grupos estudados. Portanto a redução de mitocôndrias e o

surgimento de vesículas tubulares são inerentes ao processo de maturação dos eosinófilos

e de seus grânulos respectivamente.

Palavras-chave: Eosinófilo, Mitocôndria, Vesículas Tubulares, EoSVs, Maturação.

APRESENTAÇÕES ORAIS – GENÉTICA E EVOLUÇÃO

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ANÁLISE CITOGENÉTICA CLÁSSICA E MOLECULAR DA ESPÉCIE Plebeia

droryana FRIESE, 1900 (HYMENOPTERA: APIDAE: MELIPONINI).

Franciele F. C. Silva1, Priscila Marchioro2, Ricardo Micolino3, Camila M. Novaes2,

Denilce M. Lopes2

1 Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais - Campus Barbacena. 2 Universidade

Federal de Viçosa, MG. 3 Universidade Federal do Paraná.

[email protected]

RESUMO. A citogenética tem fornecido informações importantes em estudos de

taxonomia, filogenia, diversidade genética, etc. Estudos citogenéticos foram realizados

com a abelha sem ferrão Plebeia droryana, contudo, se basearam somente na verificação

do número e morfologia dos cromossomos. Dessa forma, uma abordagem combinada de

citogenética clássica e molecular dessa espécie é proposta neste trabalho. A cariotipagem

foi realizada utilizando coloração convencional com solução de Giemsa. Para

visualização do conteúdo e distribuição da heterocromatina, empregou-se a técnica de

Banda C. Foi realizada a técnica de coloração sequencial com fluorocromos para

localização de regiões que apresentam predominância de pares de bases AT (DAPI+) e

GC (CMA3+) em diferentes cromossomos. Para mapear sequências cromossômicas

específicas foram utilizadas sondas dos microssatélites GA(15), TAT(10), TTAGG(6),

CAA(10), CA(15) e o rDNA 18S pelo método de hibridização fluorescente in situ de

DNA (FISH). O número cromossômico encontrado para P. droryana foi 2n=34

cromossomos sendo a fórmula cariotípica 2K= 26M+8SM. A distribuição da

heterocromatina se concentrou no centrômero e em um dos braços cromossômicos, assim

como em outras espécies do gênero, possuindo riqueza tanto em pares de base CG quanto

AT. As marcações do microssatélite GA(15) foram coincidentes com as regiões

eucromáticas dos cromossomos. Para o microssatélite CA(15) foi observado o inverso,

com marcações justapostas à regiões de heterocromatina. A marcação para o gene rDNA

18S foi observada na região terminal do braço heterocromático de um dos cromossomos

em machos. A sonda TTAGG marcou as extremidades dos dois braços de todos os

cromossomos. Os cromossomos de P. droryana não apresentaram marcações positivas

para as sondas TAT(10) e GAA(15).

Palavras-chave: Plebeia droryana, cariotipagem, citogenética molecular.

APRESENTAÇÕES ORAIS – HISTOFISIOLOGIA

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LATICÍFEROS EM Sapium glandulosum (L.) MORONG (HIPPOMANEAE,

EUPHORBIACEAE): ANATOMIA, DESENVOLVIMENTO E FUNÇÃO.

José D. B. Miranda, Renata M. S. A. Meira

Laboratório de Anatomia Vegetal, Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. Laticíferos são estruturas secretoras de látex formadas por uma ou um

conjunto de células internas. O látex pode ter composição variável, ser translúcido, branco

leitoso, avermelhado, alaranjado ou amarelado, e atua na cicatrização de lesões e proteção

contra herbivoria. Os laticíferos são articulados, não articulados, anastomosados e

ramificados. Tais variações têm sido úteis para abordagens taxonômicas e filogenéticas.

Em Euphorbiaceae, laticíferos são comuns nas subfamílias Euphorbioideae e

Crotonoideae e raros em Acalyphoideae. Sapium glandulosum (L.) Morong

(Euphorbioideae, Hippomaneae) é conhecido como leiteiro pela exsudação leitosa.

Considerando a importância dos laticíferos e do látex em Euphorbiaceae, este trabalho

objetivou descrever os laticíferos de S. glandulosum contribuindo para ampliação da base

de dados em Hippomaneae. Foram utilizadas técnicas usuais de microscopia de luz para

a obtenção das lâminas histológicas. Os laticíferos se diferenciam do procâmbio, em

células que se dividem, sofrem citocinese e formam fileiras articuladas. As paredes

terminais dessas sequencias de células se dissolvem precocemente formando laticíferos

articulados anastomosados em uma rede de tubos conectados. Nos meristemas os

laticíferos podem ser estreito ou medir o dobro diâmetros destes, possuem núcleos

elípticos, cromatina descondensada e nucléolos evidentes. Nas folhas maduras o calibre

dos laticíferos não variou. Os testes histoquímicos evidenciaram lipídeos, borracha,

polissacarídeos, proteínas e alcaloides. Grãos de amido com o formato de bastonete foram

detectados no citoplasma do laticífero, e esféricos nas células parenquimáticas. Os

resultados corroboram as informações sobre a anatomia dos laticíferos em Sapium, com

a novidade da detecção de alcaloides. Sugere-se que estudos devam ser dirigidos para

avaliar o potencial desse caráter em outros representantes da tribo Hippomaneae.

Palavras-chave: Histoquímica, articulados, anastomosados.

APRESENTAÇÕES ORAIS – HISTOFISIOLOGIA

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AÇÃO DOS EXTRATOS DE Davilla elliptica ST. -HIL (DILLENIACEAE) NO

ESTADO OXIDATIVO DO FÍGADO E RINS DE CAMUNDONGOS SWISS.

Patrícia S. Mattosinhos1, Janaina da Silva1, Luiz Carlos M. Ladeira1, Fernanda C. R.

Dias1, Viviane G. S. Mouro1, Eduardo M. Damasceno2, Talita A. Santos1, Jerusa M.

Oliveira1, Sérgio L. P. Matta1

1 Universidade Federal de Viçosa – Laboratório de Biologia Estrutural. 2 Universidade

Federal do Espirito Santo – Campus São Mateus – Laboratório de Biologia Estrutural.

[email protected]

RESUMO. Davilla elliptica é utilizada pela população para tratamento de várias doenças

sendo seus efeitos atribuídos aos flavonoides. Entretanto, pouco se sabe sobre sua ação

no fígado e rins. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos da fração enriquecida em

flavonoides de D. elliptica (FEFDE) e do extrato hidroalcoólico, pobre em flavonoides

(EHADE) no estado oxidativo do fígado e rins de camundongos machos Swiss. Os

animais foram distribuídos em oito grupos (n=5): G1- 0,6mL H2O (controle); G2- 4%

DMSO (veículo); G3- FEFDE 100mg/Kg; G4- FEFDE 200mg/Kg; G5- FEFDE

400mg/Kg G6- EHADE 100mg/Kg; G7- EHADE 200mg/Kg; G8- EHADE 400mg/Kg.

Folhas de D. elliptica foram submetidas à percolação exaustiva com acetato de etila

(obtenção da FEFDE) e álcool etílico-70% (obtenção do EHADE). O tratamento foi

administrado por gavagem durante 42 dias consecutivos. Foram avaliadas as atividades

das enzimas catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa S-transferase

(GST), e mensuradas as concentrações de óxido nítrico (ON) e malondialdeído (MDA).

Todo procedimento foi autorizado pela CEUA-UFV (nº 40/2015). Os resultados foram

analisados por ANOVA seguido de post-hoc Student Newman Keuls (p≤0.05). A

prospecção fitoquímica comprovou a presença de flavonoides na FEFDE e sua ausência

na EHADE. No fígado, a FEFDE aumentou a atividade da GST em G5 e diminuiu a

concentração de ON em G3 e G5. A EHADE não causou alteração nesses parâmetros

hepáticos analisados. Nos rins, a atividade da CAT e da SOD diminuiu com ambos os

extratos, independentemente da dose, assim como as concentrações de ON e MDA.

Adicionalmente, o EHADE aumentou a atividade da GST em G8. Os extratos

demonstraram ação mais efetiva nos rins, alterando principalmente a atividade das

enzimas antioxidantes. Conclui-se que EHADE é capaz de promover alterações no estado

oxidativo dos rins e FEFDE desencadeia tais alterações em ambos os órgãos analisados.

Palavras-chave: Fitoterápicos; toxicologia hepática e renal; estresse oxidativo.

APRESENTAÇÕES ORAIS – IMUNOLOGIA

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A DINÂMICA DAS CÉLULAS CX3CR1+ HEPÁTICAS NO

DESENVOLVIMENTO DO FÍGADO: DO NASCIMENTO À VIDA ADULTA.

Maria Alice F. Lopes, Bruna A. David, Brenda N. L. Nakagaki, Maísa M. Antunes,

Ariane B. Diniz, Érika de Carvalho, Mônica M. Santos, Raquel C. G. Weber, Kassiana

Mafra, Mateus Lopes, Matheus Mattos, Hortência M. C. Oliveira, Camila D. M. Miranda,

Gustavo B. Menezes.

1 Center for Gastrointestinal Biology, Departamento de Morfologia, ICB – Universidade

Federal de Minas Gerais. 2 Department of Physiology and Pharmacology, University of

Calgary – Calgary, Canada. 3 - Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brazil.

[email protected]

RESUMO. O fígado apresenta uma numerosa população de células CX3CR1+

subcapsulares. O CX3CR1 é um receptor altamente expresso pelos precursores de

macrófagos/células dendríticas (DCs) durante os estágios embrionários da maturação do

sistema imune, mas pouco se sabe sobre como essas células se estabelecem no fígado no

desenvolvimento pós-natal. Para investigar a distribuição destas células in situ, células

F4/80+ de camundongos Cx3cr1gfp/wt foram marcadas e visualizadas in vivo em

diferentes idades após o nascimento (0, 7 dias, 3 e 8 semanas). A microvasculatura

hepática foi marcada com anti-CD31. No dia 0, observou-se a presença de CX3CR1+ e

F4/80+ nos compartimentos do fígado. Uma extensa população de células F4/80+ foi

encontrada nas regiões internas do tecido hepático do recém-nascido, mas apenas as

CX3CR1+ dendríticas circundavam a cápsula do fígado. Observaram-se células duplo-

positivas intravasculares até 1 semana após o nascimento, sugerindo que os precursores

partiram do fluxo sanguíneo para o órgão. As F4/80+ organizaram-se como macrófagos

intravasculares, e as CX3CR1+ configuraram-se em uma população distinta no espaço

extravascular ao longo do desenvolvimento hepático. Para entender se a dinâmica de

povoamento é similar ao repovoamento celular após a depleção, nós depletamos fagócitos

do fígado com injeção sistêmica de lipossomos clodronato (CLL). Para visualizar a

formação de um gradiente de quimiocina, foi corada Cx3cl1 – ligante de CX3CR1 - in

vivo. Visualizou-se Cx3cl1 na microvasculatura hepática, e a sua expressão aumentou

gradualmente no compartimento extravascular após a depleção. 17 dias após o tratamento

com CLL, a expressão inicial de Cx3cl1 foi restabelecida. Os dados sugerem, portanto,

que a produção de Cx3cl1 precede o extravasamento de DCs para os espaços

extravasculares e, similarmente ao estabelecimento celular, as células CX3CR1+ podem

ocupar o fígado a partir de uma via intravascular, fornecendo novas compreensões sobre

o desenvolvimento imune hepático.

Palavras-chave: CX3CR1, fígado, células dendríticas.

APRESENTAÇÕES ORAIS – PATOLOGIA

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DOXICICLINA HICLATO ACELERA A CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS

CUTÂNEAS DE SEGUNDA INTENÇÃO EM RATOS WISTAR.

Luciana S. Altoé, Lyvia L. Miranda, Raul S. Alves, Mariáurea M. Sarandy, Sérgio B.

Queiroz Junior, Reggiani V. Gonçalves

Laboratório de Patologia Experimental, Departamento de Biologia Animal, Universidade

Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais, Brasil

[email protected]

RESUMO. A cicatrização é um processo biológico de restauração de lesão induzida por

agressão local e a procura por fármacos que acelerem o processo cicatricial datam da

antiguidade. Este estudo objetivou comparar os efeitos de duas doses de doxiciclina

hiclato (DOX-h) sobre a taxa de contração da ferida (TCF), e a área da ferida durante o

período de cicatrização de feridas de segunda intenção. Ratos Wistar (Rattus norvegicus)

machos (± 300g) foram randomizados em 3 grupos (n=5): Controle (água destilada), C1

(DOX-h 10%) e C3 (DOX-h 30%). O tratamento foi administrado por gavagem

diariamente durante 21 dias e os tecidos de diferentes feridas foram removidos a cada 7

dias. A área da ferida foi medida nos dias 0, 7, 14 e 21 após a incisão. No dia 21 os animais

experimentais foram eutanasiados por administração de Pentobarbital (70 mg/ kg de peso

do animal). A área das feridas foi calculada por planimetria computadorizada (software

Image Pro-Plus 4.5). A taxa de contração de feridas foi calculada pela seguinte razão:

área inicial da ferida - área medida em um determinado dia / área inicial da ferida × 100.

O grupo C1 apresentou uma menor área da ferida em comparação com o grupo controle

nos dias 7,14 e 21, já o grupo C3 apresentou uma menor área da ferida em relação ao

controle no dia 14. Em relação a taxa de contração das feridas os grupos C1 e C3

apresentaram uma maior TCF no dia 21 que a observada no grupo controle. Área da ferida

reduzida e o maior índice da TCF nos grupos tratados com DOX-h, sugerem sua ação

moduladora na proliferação celular bem como na produção de proteínas da matriz

extracelular no tecido cicatricial, mostrando que esse fármaco acelera o processo de

cicatrização cutânea.

Palavras-chave: Pele, taxa de contração, área da ferida.

APRESENTAÇÕES ORAIS – PATOLOGIA

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INIBIÇÃO DE SRPKs (SERINE/ARGININE PROTEIN KINASES) COMO

ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA PARA O TRATAMENTO DE LEUCEMIA.

Raoni P. Siqueira, Marcus V. A. Barros, Éverton A. A. Barbosa, Thiago S. Onofre, Victor

H. S. Gonçalves, Higor S. Pereira, Abelardo S. Júnior, Leandro L. Oliveira, Márcia R.

Almeida, Juliana L. R. Fietto, Robson R. Teixeira, Gustavo C. Bressan

1 Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Universidade Federal de Viçosa,

Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 2 Departamento de Química, Universidade Federal de

Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 3 Departamento de Veterinária, Universidade

Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 4 Departamento de Biologia Geral,

Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil.

[email protected]

RESUMO. Serine/Arginine protein kinases (SRPKs) são componentes chave da

maquinaria de splicing através da regulação por fosforilação das proteínas SR, as quais

são cruciais para a seleção dos sítios de splicing alternativo. Entretanto, as SRPKs são

frequentemente encontradas superexpressas ou com atividade alterada em diversos tipos

de cânceres, inclusive em leucemias. Dessa forma, a busca por pequenas moléculas

inibidores destas quinases são de potencial interesse para o delineamento de novas

estratégias terapêuticas. Assim, neste trabalho é descrita a síntese de uma série de novos

inibidores de SRPKs além da avaliação in vitro dos seus efeitos antileucêmicos. Alguns

dos novos compostos sintetizados apresentaram efeitos citotóxicos superiores contra

linhagens de leucemia mieloide e linfoide em comparação com o SRPIN340, um inibidor

conhecido de SRPKs. Em particular, os compostos N-(2-(4-bromofenilamino)-5-

(trifluorometil)fenil)-2-cloronicotinamida (24), N-(2-(4-bromofenilamino)-5-

(trifluorometil)fenil)nicotinamida (30), e N-(2-(4-bromofenilamino)-5-

(trifluorometil)fenil)benzamida (36) apresentaram valores de IC50 na faixa de 6,0 – 35,7

µM (µmol L-1). Estes três compostos também foram capazes de desencadear eventos de

apoptose e autofagia, além de exibir efeito sinergístico em combinação com o agente

quimioterápico vincristina. Além disso, o composto 30 se mostrou mais eficiente que o

SRPIN340 na diminuição da fosforilação das proteínas SR bem como na diminuição da

expressão de isoformas oncogênicas dos genes MAP2K1, MAP2K2, VEGF, e RON.

Tomados conjuntamente, estes resultados sugerem que inibidores de SRPKs são capazes

de suprimir o crescimento celular através da regulação dos eventos de splicing e podem

ser considerados como ponto de partida importante para desenvolvimento de novas

estratégias terapêuticas contra leucemias e outros tipos de cânceres.

Palavras-chave: Serine/Arginine protein kinases; SRPKs; splicing de pre-mRNA;

SRPIN340; leucemia.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

DETECÇÃO DE CÉLULAS CX3CR1+ NA PRÓSTATA DE CAMUNDONGO.

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Alessandra L. Araújo1, Maria Luiza S. Ferreira1, Maria Alice F. Lopes2, Cleida A.

Oliveira3, Gustavo B. Menezes2, Mônica M. Santos1

1 Departamento de Biologia Animal - Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,

Brasil. 2 Center for Gastrointestinal Biology, Departamento de Morfologia, Universidade

Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, Brasil. 3 Laboratório de Biologia da Reprodução,

Departamento de Morfologia, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais,

Brasil.

[email protected]

RESUMO. A próstata tem despertado grande interesse médico-científico, uma vez que

patologias relacionadas aos distúrbios do crescimento e da diferenciação celular ocorrem

com grande frequência em homens acima de 60 anos. Evidências que demostram uma

estreita relação entre o câncer de próstata (CaP) e a prostatite vêm se acumulando,

indicando aumento no risco de malignidade e/ou de reincidência do câncer devido à

presença da inflamação. Embora haja esta correlação, informações sobre perfis

leucocitários no CaP e no tecido sadio são escassas na literatura. Neste sentido, é evidente

a necessidade de identificar e caracterizar as células inflamatórias na próstata, sendo

proposto a padronização do estudo por microscopia intravital (MIV) e avaliação da

distribuição de células imunes da próstata de camundongos. Foram utilizados

camundongos C57BL/6 transgênicos para visualização de células específicas

(CX3CR1wt/GFP) que foram submetidos à MIV da próstata ventral. Para compreender

melhor a distribuição e localização destas células, fragmentos da próstata foram

removidos e congelados para obtenção de crio-secções. Foi identificada uma grande

densidade de células CX3CR1+ por MIV e crio-secções no tecido. Muitas células

apresentaram longos e delicados prolongamentos citoplasmáticos, enquanto outras

apresentaram apenas formato alongado, sendo uma menor proporção de células com

morfologia arredondada. Nas secções, foi possível verificar que as células se distribuem

acompanhando o contorno dos adenômeros, localizadas no estroma glandular, e em

menor proporção, fazendo parte do epitélio. Estes resultados demostram que existe uma

densa população de células CX3CR1+ na próstata e que existe uma íntima interação

entres estas células e o epitélio glandular, o que reforça a interação entre o sistema imune

e o tecido prostático e a necessidade de se entender de forma mais clara os efeitos destas

interações na fisiologia e patologia do órgão.

Palavras-chave: Próstata, imunologia, câncer de próstata, modelo animal, CX3CR1.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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DOSES DE EXTRATO HIDROALCOOLICO DE Pfaffia glomerata PRODUZ

EFEITOS NEGATIVOS SOBRE OS ESPERMATOZOIDES DE

CAMUNDONGOS SWISS.

A. L. Araújo1, F. C. R. Dias2, G. D. A. Lima2, T. P. Menezes2, M. M. Neves2, G. M.

Braga1, F. C. S. A. Melo1, S. L. P. Matta2

1 Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento

de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. Vários estudos reportam efeitos negativos de compostos ou plantas sobre a

fertilidade masculina, atuando sobre os espermatozoides. A Pfaffia glomerata é bastante

utilizada pela população como afrodisíaco, utilizando principalmente sua raiz.

Modificações nos ambientes onde ocorrem a produção e maturação espermática leva ao

comprometimento da fertilidade, por interferir na qualidade dos espermatozoides. Desta

forma objetivamos avaliar os efeitos do extrato hidroalcoolico da P. glomerata

administrada de forma continua e descontinua sobre os espermatozoides de camundongos

Swiss. Foram utilizados 30 camundongos machos divididos em três grupos: G1-

Controle, G2-200mg/Kg continuamente; G3-200mg/Kg descontinuo (3-3dias). O extrato

foi administrado por 42 dias via gavagem. No final do tratamento os animais foram

pesados, anestesiados, eutanasiados e os testículos foram retirados e fixados. Foram

realizadas analises espermáticas como: motilidade, morfologia, trânsito espermático. Os

dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA), seguido do teste de Student

Newman Keuls (SNK) com significância valores com p≤0,05. Verificamos

espermatozoides com motilidade reduzida no grupo descontinuo (G1-66.67±9.12; G2-

66.67±9.57 e G3- 0.00±0) e em ambos os grupos tratados um aumento de

espermatozoides morfologicamente anormais (G1-30±3.46; G2-55.67±12.34 e G3-

42.67±5.03). Essas alterações levaram a uma redução do número de espermatozoides por

grama de testículo nos grupos tratados (G1-229.16±32.29; G2-88.24±27.67 e G3-

60.89±14.15) refletindo numa redução da produção espermática diária G1-42.01±4.56;

G2-14.69±2.22 e G3- 11.35±2.65). Da mesma forma houve redução nos grupos tratados

do número de espermatozoides na cabeça e corpo (G1-367.81±21.61; G2-162.19±12.64

e G3-173.44±45.87) e na cauda do epidídimo (G1-812.34±33.35; G2-364.69±9.26 e G3-

418.21±45.71) não alterando o tempo de transito desses espermatozoides no epidídimo.

Embora as duas dosagens, tanto a contínua quanto a descontínua, tenham causados efeitos

negativos sobre os espermatozoides, a dose descontinua potencializou esse efeito,

comprometendo assim a motilidade dos espermatozoides, podendo causar redução na

fertilidade a até mesmo levar esses indivíduos a esterilidade.

Palavras-chave: Espermatozóide, reprodução, fitoterápico.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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USO DESCONTÍNUO DE EXTRATO DE Pfaffia glomerata POTENCIALIZA

SEUS EFEITOS NO TÚBULO SEMINÍFERO DE CAMUNDONGOS SWISS.

Amanda A. Lozi, Fernanda C. Dias, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins, Eduardo

M. Damasceno, Janaína Silva, Viviane G. S. Mouro, Diane C. Araújo, Fabiana C. S. A.

Melo, Sérgio L. P. da Matta.

Laboratório de Biologia Estrutural – Universidade Federal de Viçosa – UFV. Laboratório

de Morfologia Animal – Universidade Federal de Viçosa – UFV.

[email protected]

RESUMO. Dentre os diversos usos conhecidos das plantas medicinais, sua utilização

como afrodisíaco ocupa lugar de destaque na medicina popular, sendo ainda objeto de

grande interesse da comunidade científica. Uma dessas plantas é a Pfaffia glomerata,

conhecida como ginseng brasileiro. O presente estudo visou avaliar os efeitos do extrato

hidroalcoólico da raiz de P. glomerata em testículos de camundongos adultos. Foram

utilizados 30 animais divididos em 3 grupos: G1- Controle, G2- 200mg/Kg

continuamente; G3- 200mg/Kg descontinuo (3-3dias), administrados por 42 dias via

gavagem. No final do tratamento os animais foram pesados, anestesiados, eutanasiados,

orquiequitomizados e fixados. Foram analisados parâmetros biométricos, morfométricos

e estereológicos testiculares. O peso testicular aumentou no G3 (G1- 0,195±0,04; G2-

0,246±0,03 e G3- 0,264±0,01). Houve redução na altura do epitélio no G2 e G3 (G1-

75,52±2,73; G2-69,84±3,75 e G3-67,39±3,04) e, consequentemente, redução no

percentual de epitélio nos grupos tratados (G1-71,80±3,67; G2- 66,99±0,84 e G3-

67,43±1,25). No entanto, houve aumento do diâmetro de túbulo no grupo descontinuo

(G1-192,85±6,24; G2-186,96±6,23 e G3-210,10±8,11). O aumento do peso testicular e

do diâmetro de túbulo sem alteração na produção espermática pode ser explicado por uma

hipertrofia compensatória, pois estes grupos apresentavam maior área de células mortas

(G1- 0.0, G2- 5.97 ±2.68 e G3- 9.61±2.25), como tentativa de aumentar a produção e

suprir as deficiências. No entanto o G2 apresentou número maior de patologias (G1-12.0

± 1.0, G2–31.75±3.0 e G3-14.81±2.0), mostrando que o animal tentou eliminar muitas

células, preservando as integras, como tentativa de reverter o quadro de injuria. Conclui-

se que o tratamento descontinuo com o extrato hidroalcoolico da Pfaffia glomerata

potencializa os efeitos da dosagem, causando danos mais severos culminando em um

número maior de células mortas.

Palavras-chave: Morte celular, reprodução; fitoterápico.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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EFEITOS DO EXTRATO ETANÓLICO DE Psychotria vellosiana BENTH SOBRE

A PORÇÃO INTERTUBULAR DOS TESTÍCULOS DE RATOS WISTAR.

Amanda A. Lozi, Kyvia L. C. Costa, Marli C. Cupertino, Breno C. Vieira, João Paulo V.

Leite, Diane C. Araújo, Fernanda C. Dias, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins,

Grasielle A. V. Rodrigues, Sérgio L. P. da Matta

Laboratório de Biologia Estrutural – Universidade Federal de Viçosa – UFV. Laboratório

de Morfologia Animal – Universidade Federal de Viçosa – UFV.

[email protected]

RESUMO. A utilização de plantas como estimulante sexual é conhecida

tradicionalmente, porém estudos são necessários para comprovar sua intensidade, doses

eficientes e possíveis efeitos tóxicos. Neste contexto, o presente trabalho teve como

objetivo avaliar a ação do extrato de P. vellosiana sobre o compartimento intertubular dos

testículos de ratos Wistar adultos. Foram utilizados 25 animais distribuídos em cinco

grupos: o controle (G1) recebeu dimetilsulfóxido e os tratados (G2, G3, G4, G5)

receberam o extrato etanólico de P. vellosiana, nas dosagens de 100, 200, 300 e 400

mg/kg, por gavagem, durante 28 dias. Fragmentos testiculares foram processados para o

estudo em microscopia de luz. Para a análise morfométrica registraram-se 1000 pontos

por animal, coincidentes sobre os componentes intertubulares: vaso sanguíneo (VS),

espaço linfático (EL), tecido conjuntivo (TC), macrófago (MF) e células de Leydig (CL).

Para obtenção do diâmetro nuclear médio das células de Leydig (DL) trinta núcleos foram

mensurados para cada animal escolhendo-se aqueles que apresentavam o contorno mais

circular, cromatina perinuclear e nucléolos evidentes. Para a comparação das médias foi

utilizado o teste de Student Newman-Keuls (p≤0,05). A proporção de VS foi maior nos

grupos 2, 4 e 5, enquanto o TC foi menor nos grupos 3, 4 e 5, comparados ao controle.

Houve redução na proporção de MF no grupo 4, mas o percentual de CL foi maior nos

animais do grupo 2. Adicionalmente houve redução do percentual de EL nos grupos 2 e

5. Não houve alterações significativas na volumetria das células de Leydig dos grupos

tratados. Estes resultados mostram que o extrato de P. vellosiana não causa toxicidade e,

em doses baixas, apresentam efeitos sobre vaso sanguíneo e células de Leydig, podendo

levar ao aumento da testosterona atuando assim como afrodisíaco. Estudos

complementares precisam ser realizados para confirmar os resultados.

Palavras-chave: Estimulante sexual, Interstício, Fitoterapia.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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AVALIAÇÃO DA CURCUMINA NO DESEMPENHO REPRODUTIVO DE

CAMUNDONGOS SWISS FÊMEAS.

Ana Carolina Valim, Talita A. Santos, Guilherme A. V. Pereira, Julia R. Borges, Ianca

G. C. Monteiro, Amanda S. Gutierres, Fernanda C. R. Dias, Izabel R. S. C. Maldonado

Departamento de Biologia Geral – Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais

– Brasil.

[email protected]

RESUMO. Curcumina, principal composto ativo presente no rizoma de Curcuma longa

L, tem se destacado por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. A ação

fitoestrogênica da curcumina também tem sido comprovada, no entanto, estudos que

avaliem sua ação na reprodução de mamíferos são escassos. Diante disso, objetivou-se

avaliar o efeito da curcumina na reprodução de camundongos fêmeas. Os procedimentos

adotados neste estudo foram autorizados pela comissão de ética no uso animal da

Universidade Federal de Viçosa (protocolo nº 555/2016). Foram utilizados 48

camundongos da linhagem Swiss, 32 fêmeas e 16 machos, ambos com 90 dias de idade.

As fêmeas foram distribuídas aleatoriamente em quatro grupos (G) experimentais. O

grupo controle (G1) recebeu 0,2mL de dimetilsulfóxido (DMSO)/dia, e os grupos G2, G3

e G4 receberam curcumina, diluída em DMSO, nas seguintes e respectivas dosagens: 250,

500 e 1000mg/kg/dia. O DMSO e a curcumina foram administrados via gavagem. Após

28 dias consecutivos de tratamento as fêmeas foram acasaladas com machos adultos na

proporção de um macho para duas fêmeas, a cópula foi confirmada pela presença do

tampão ou esfregaço vaginal com espermatozoide. Os animais foram mantidos sob

temperatura (22 ± 2ºC) e luz controladas, em ciclo claro-escuro de 12h, com acesso a

alimento e água ad libitum. No 19º dia de gestação as fêmeas foram submetidas à

eutanásia e útero e ovários foram coletados para obtenção dos dados da performance

reprodutiva materna. Os resultados foram analisados por ANOVA seguido do teste

Newman Keuls (p≤0.05). A taxa de prenhez reduziu 14% e 50% em G2 e G4,

respectivamente e o Índice Placentário diminuiu nos três grupos tratados com curcumina.

Taxas de viabilidade fetal, implantação, perda pré e pós-implantação não sofreram

alterações com o tratamento. Conclui-se que altas doses de curcumina pode reduzir a

fertilidade em camundongas e comprometer a nutrição e o crescimento fetal.

Palavras-chave: Curcuminoides, reprodução e gestação.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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24

TRATAMENTO COM CITRATO DE SILDENAFILA CAUSA DANO AO DNA

DE ESPERMATOZOIDES E CONSEQUENTE PERDA EMBRIONÁRIA.

Anderson A. Silva, Fernanda C. R. Dias, Graziela D. A. Lima, Tatiana P. Menezes, Maria

M. Neves, Fabiana C. S. A. Melo, Sérgio L. P. Matta

[email protected]

RESUMO. Com o aumento dos casos de disfunção erétil e com o crescente uso de

inibidores de fosfodiesterases por jovens indiscriminadamente, o presente estudo visou

avaliar os efeitos do citrato de sildenafila nos espermatozoides e fertilidade de

camundongos adultos. Projeto autorizado pelo CEUA/UFV processo n.044/2015. Foram

utilizados 20 camundongos machos e 20 fêmeas divididos em 2 grupos: Controle (água)

e tratado 7mg/Kg de citrato de sildenafila administrado por 42 dias via gavagem. No fim

do período experimental, os machos foram colocados para acasalamento natural, ficaram

juntos por 4 dias. Os machos ficaram 4 dias em recuperação espermática e em seguida

eutanasiados para avaliação espermática. As fêmeas foram eutanasiados ao 16º dia de

gestação, os cornos uterinos gravídicos e os ovários foram fixados. Observou-se um

índice de acasalamento masculino e feminino de 100% entre os grupos, houve aumento

da motilidade espermática (G1- 66.67±9.12; G2- 86.67±18.92), houve um aumento do

número de espermatozoides morfologicamente anormais (G1- 30±3.46; G2- 58±8.89).

Danos ao espermatozoide podem trazer impacto no desenvolvimento embrionário e no

bem-estar da prole, nesse sentido verificamos que não houve perda pré implantação mas

houve perdas pós implantação (G1- 7.82±0.99; G2-26.85±8.98). As perdas pós-

implantação caracterizaram-se, no presente trabalho, com a ocorrência de fetos

mumificados e reabsorvidos. Podemos então sugerir que as perdas embrionárias estão

associadas à baixa qualidade do espermatozoide e danos do seu DNA. Espermatozoides

com DNA danificados são capazes de fertilizar ovócitos, causando maior incidência de

anormalidades estruturais em embriões implantados. Concluímos que o tratamento com

o citrato de sildenafila, promove dano ao DNA de espermatozoides levando a uma perda

embrionária.

Palavras-chave: Perda embrionária, fertilidade, inibidores de fosfodiesterases.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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A UTILIZAÇÃO PROLONGADA DO EXTRATO METANÓLICO DE NIM

REDUZ O NÚMERO DE CÉLULA DE LEYDIG.

Anderson A. Silva, Fernanda C. R. Dias, Wolfgang Harand, Sérgio L. P. Matta, Elizabeth

N. Melo

[email protected]

RESUMO. Azadirachta indica, mais conhecida como Nim, muito utilizado como

inseticida, apresenta dados controversos sobre seus efeito na reprodução masculina. O

objetivo trabalho foi avaliar o efeito do extrato metanólico da semente do Nim nos

parâmetros testiculares de ratos Wistar adultos. Foram utilizados 20 ratos machos adultos,

com dieta de manutenção (Labina®) e água ad libitum, sendo submetidos a um ciclo

invertido diário de 12/12h claro/escuro à 22±2°C. Aprovado pela Comissão de Ética da

UFPE (23076.007224/2009-19). Os animais foram distribuídos em 2 grupos: Controle

(CRL) - nenhuma substância; Extrato metanólico do Nim (EMN) - 5mg do EMN em 1ml

de água. Os animais receberam doses diárias de 1 ml por gavagem durante 30 dias. Vinte

e quatro horas após a administração da última dose, os animais foram pesados,

anestesiados. Os testículos foram retirados e pesados para depois serem encaminhados

para o processamento histológico e análises morfométricas. Foram analisados parâmetros

biométricos, morfométricos e estereológicos intertubulares. O percentual de intertubulo

aumentou no grupo tratado (CTRL - 7,00±1.33 e EMN - 9,17±1.43), bem como

aumentou o percentual de espaço linfático (CTRL - 3.04±0.93 e EMN- 6.32±1.29), no

entanto, houve uma redução no percentual (CTRL- 2.56 ± 1.36 e EMN- 1.36 ± 0.43),

número (CTRL - 55.76 ± 16.13 e EMN - 27.26 ± 32.20) e volume de células de Leydig

(CTRL - 0.0035±0.0005 e EMN - 0.0043±0.0007). Embora o extrato metanólico afete

as células de Leydig, os níveis séricos de testosterona não foram alterados, sugerindo que

o organismo priorizou sua síntese. Estudos sobre o efeito dessas alteração na fertilidade

e no túbulo seminífero devem ser avaliados.

Palavras-chave: Azadirachta indica; Reprodução; Intertúbulo.

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PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS GERMINATIVAS EM Lithobates catesbeianus

(SHAW, 1802) APÓS TRATAMENTO BOCIOGÊNICO TRANSITÓRIO.

Camila M. Pacheco1, Susana P. Ribeiro2, Gleide F. Avelar1, Sérgio L. P. Matta2

1 Departamento de Biologia Celular, Universidade Federal de Minas Gerais. 2

Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. As funções esteroidogênica e gametogênica do testículo são reguladas por

hormônios tireoidianos durante a fase neonatal. Diante disso, o objetivo do presente

trabalho foi quantificar as diferentes populações das células germinativas de Lithobates

catesbeianus adulto após tratamento com droga bociogênica realizado durante a fase de

girino e avaliar o índice mitótico e meiótico. Foram utilizados três grupos de 80 animais,

sendo, G1, controle; G2, animais tratados com solução de 6-n-propil-2-tiouracil (PTU)

na concentração de 75 ppm e G3,constituído pelos animais submetidos a 150 ppm de

PTU. Os grupos G2 e G3 foram tratados durante 60 dias, após os quais os animais foram

retirados das soluções bociogênicas e transferidos para tanques com água e mantidos até

atingirem a maturidade sexual. Durante todo esse período G1 foi mantido na água. O

processamento histológico ocorreu de acordo com o protocolo do Laboratório de Biologia

Celular e Estrutural da UFV. O índice mitótico foi calculado a partir da razão entre o

número de espermatogônias esperada no fim de oito gerações espermatogoniais, 256

células, e o número obtido de espermatócitos primários por cisto; enquanto o índice

meiótico foi calculado a partir da razão entre espermátides iniciais e espermatócito

primário. O número de células presentes nos cistos de espermatócitos primários,

espermatócitos secundários e espermátides iniciais foi obtido e não houve diferença

significativa dessas populações entre os grupos tratados e o controle. Os índices mitóticos

e meióticos demonstram que a maior perda celular ocorre durante a fase espermatogonial,

alcançando 60% das células esperadas. Contudo, não foram observadas diferenças desses

índices entre os grupos tratados e controle. Diante destes achados, pode-se inferir que o

hipotireoidismo transitório em rãs-touro não foi suficiente para alterar o percentual dos

componentes do parênquima testicular adulto.

Palavras-chave: Espermatogênese; Hipotireoidismo transitório; Reprodução.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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AVALIAÇÃO DO USO DE LH COMO INDUTOR DE OVULAÇÃO EM

RECEPTORAS BOVINAS PARA A TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES EM

TEMPO FIXO.

M. A. Azevedo Junior, C. A. Oliveira, D. E. C. Silva, V. R. A. Mendes, J. V. R. A. Pereira

Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Faculdade Vértice –

Univértix, Matipó, Minas Gerais, Brasil.

[email protected]

RESUMO. A transferência de embriões bovinos em tempo fixo (TETF) é amplamente

difundida no rebanho brasileiro principalmente por remover a necessidade de observação

de cio, além de estar intrinsecamente associada a produção in vivo e in vitro de embriões.

O presente trabalho avaliou um dos indutores de ovulação recentemente utilizados com a

finalidade de aumentar a eficiência nos protocolos de sincronização das fêmeas bovinas

submetidas a TETF, o hormônio luteinizante (LH). Fisiologicamente, este induz a

ovulação do folículo pré-ovulatório, dentre outras funções sobre o mesmo. A aplicação

do análogo de LH também age diretamente sobre o folículo pré-ovulatório com o mesmo

objetivo. Esse estudo foi realizado no período de janeiro a março de 2016, no município

de Matipó, em Minas Gerais. Foram utilizadas oito fêmeas, novilhas e vacas, da raça

Tabapuã, com variação de escore de condição corporal (ECC) entre 3,0 e 4,25,

considerando a escala de 1 a 5. O seguinte protocolo foi realizado: D0 - benzoato de

estradiol (BE) + implante de progesterona (P4) intravaginal; D8 –PGF2α + cipionato de

estradiol (CE) + gonadotrofina coriônica equina (eCG) + retirada do implante; D10 – LH;

D16 - seleção das receptoras; e D17 - inovulação dos embriões. Os resultados do

protocolo avaliado mostraram taxa de sincronização de 75%; taxa de concepção de

16,7%; e área de corpo lúteo (CL) de 1,7 cm2. Os parâmetros avaliados foram testados

através da Análise de Variância (ANOVA). Tendo em vista os resultados alcançados,

conclui-se que a utilização do LH como indutor de ovulação em protocolo para

sincronização de receptoras de embriões bovinos apresentou valores abaixo do esperado.

Porém, os animais submetidos já haviam participado de dois protocolos de TETF nos

meses precedentes, sendo que alguns animais foram classificados como inaptos para

inovulação dos embriões nestes protocolos realizados anteriormente. Este fator pode ter

influenciado os baixos resultados de taxa de sincronização e de concepção obtidos no

presente estudo.

Palavras-chave: Sincronização; receptoras; transferência de embriões em tempo fixo;

hormônio luteinizante.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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IDENTIFICAÇÃO DE Leptospira hardjo EM REBANHO LEITEIRO NO

MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO ORIENTE – MG.

M. A. Azevedo Junior, C. A. Oliveira, D. E. C. Silva, V. R. A. Mendes, J. V. R. A. Pereira,

A. L. Martins, A. A. Martins, E. O. Daloy.

Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Faculdade Vértice –

Univértix, Matipó, Minas Gerais, Brasil.

[email protected]

RESUMO. A reprodução está diretamente relacionada com a produção de leite, visto que

problemas reprodutivos aumentam o intervalo de partos, afetando diretamente a produção

de leite. A leptospirose é uma doença infectocontagiosa e zoonótica. Após a infecção,

esse agente tende a permanecer nos órgãos genitais da fêmea bovina. Pesquisas realizadas

em todo o Brasil demonstram altas taxas de contaminação das fêmeas bovinas por

Leptospira hardjo (L.hardjo). Os impactos relacionados à reprodução são elevados, uma

vez que esse agente é responsável por altos índices de aborto, retenção de placenta,

metrite e infertilidade. O presente trabalho avaliou a presença da leptospirose em um

rebanho leiteiro de 80 animais da raça girolando) de uma propriedade no município de

São João do Oriente - MG, durante o mês de julho de 2017. Realizou-se uma amostragem

de 10% do total de oitenta animais em lactação da propriedade, totalizando oito amostras

de sangue coletadas. As amostras foram devidamente encaminhadas ao Laboratório de

Tecnologia em Sanidade Animal (TECSA), em Belo Horizonte – MG. A técnica de

microaglutinação foi utilizada para identificar os animais positivos para leptospirose,

sendo esta técnica de alta sensibilidade e especificidade e considerada “padrão ouro” para

esta afecção. Dos oito animais avaliados, dois (25%) apresentaram sorologia positiva para

Leptospirose. Esse resultado, em conjunto com o histórico de elevado índice de aborto e

baixa taxa de concepção, demonstra a presença da doença no rebanho, sendo esta uma

provável causa dos problemas reprodutivos da propriedade.

Palavras-chave: Reprodução; produção de leite; leptospirose; microaglutinação.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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GINSENG BRASILEIRO CAUSA AUMENTO DE ESPÉCIES REATIVAS DE

OXIGÊNIO (ERO) COM CONSEQUENTE DANO AOS ESPERMATOZOIDES.

Diane C. Araujo, Fernanda C. R. Dias, Graziela D. A. Lima, Tatiana P. Menezes, Mariana

M. Neves, Sérgio L. P. Matta, Amanda A. Lozi, Grasielle A. V. Rodrigues

[email protected]

RESUMO. Vários estudos reportam efeitos negativos de compostos ou plantas sobre a

fertilidade masculina, atuando sobre os espermatozoides. No entanto muitas desses

efeitos negativos vem de modificações nos ambientes aonde ocorrem a produção e

maturação espermática levando ao comprometimento da fertilidade, por interferir na

qualidade dos espermatozoides. Desta forma objetivamos avaliar os efeitos do extrato

hidroalcoolico da pfaffia glomerata administrada de forma continua e descontinua sobre

o status oxidativo do epidídimo de camundongos Swiss. Foram utilizados 30

camundongos machos divididos em grupos: G1-Controle, G2-200mg/Kg continuamente;

G3-200mg/Kg descontinuo (3-3dias). O extrato foi administrado por 42 dias via

gavagem. No final do tratamento os animais foram pesados, anestesiados, eutanasiados e

os testículos foram retirados e fixados. Foram realizadas análises dos marcadores de

estresse oxidativo e espermatozoides. Verificamos um aumento na produção de H2O2

nos grupos tratados, enquanto apenas animais tratados com a dose continua apresentou

aumento de NO. A atividade da SOD não foi alterada, a atividade de CAT reduziu nos

grupos tratados e a atividade de GST aumentou no grupo descontinuo. Porém, somente

animais tratados com BGE 200 mg/kg/3-3 d apresentaram redução na concentração de

MDA. Quanto aos espermatozoides encontramos espermatozoides com motilidade

reduzida no grupo descontinuo (G1-66.67±9.12; G2-66.67±9.57 e G3- 0.00±0) e em

ambos os grupos tratados um aumento de espermatozoides morfologicamente anormais

(G1-30±3.46; G2-55.67±12.34 e G3-42.67±5.03). Concluímos então que o tratamento

com o ginseng brasileiro não promove um quadro de estresse oxidativo, embora promova

um aumento de espécies reativas de oxigênio, aumento esse suficiente para causar dano

aos espermatozoides desses animais.

Palavras-chave: Estresse oxidativo; qualidade espermática; fertilidade.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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EFEITO DO CITRATO DE SILDENAFILA SOBRE A QUALIDADE

ESPERMÁTICA DE CAMUNDONGOS SWISS.

Elisa C. Rezende1, Fernanda C. R. Dias2, Graziela D. A. Lima2, Tatiana P. Menezes2,

Mariana M. Neves2, Fabiana C. S. A. Melo3, Sérgio L. P. Matta2

1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento de

Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 3 Departamento de Biologia Animal,

Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. Sabe-se que modificações nos ambientes onde ocorrem a produção e

maturação espermática leva ao comprometimento da fertilidade. Sabe-se também do uso

descontrolado dos inibidores de fosfodiesterases, já conhecidos por causarem alterações

a estrutura testicular quando consumidos sem controle. Desta forma objetivamos avaliar

os efeitos do citrato de sildenafila sobre os espermatozoides de camundongos Swiss.

Foram utilizados 20 camundongos machos divididos em dois grupos: Controle (água) e

tratado citrato de sildenafila 7mg/kg por 42 dias via gavagem. No final do tratamento os

animais foram pesados, anestesiados, eutanasiados e os testículos e epidídimos foram

retirados. O testículo e epidídimo esquerdo foram destinados a análise de trânsito e

congelados a -20ºC, o epidídimo direito foi utilizado para análise de motilidade,

morfologia e integridade de membrana. Foram realizadas análises espermáticas como

motilidade, morfologia, trânsito espermático. Como esperado verificou-se aumento da

motilidade dos espermatozoides do grupo tratado (G1-66.67±9.12 e G2-86.67±18.92),

verificou-se também um aumento no número de espermatozoides com morfologia

anormal (G1-30±3.46 e G2-58±8.89). Essas alterações refletiram numa redução do

número de espermátides por testículo (G1-229.16±32.29 e G2-64.63±5.49) com

consequente redução na produção espermática diária (G1-42.01±4.56 e G2-12.37±1.21).

Verificou-se também uma redução no número de espermatozoides na cabeça/corpo (G1-

367.81±21.61 e G2-125.31±21.15) e cauda (G1-812.34±33.35 e G2-245.31±9.37), essas

alterações não afetaram o tempo de trânsito desses espermatozoides, que é o tempo que

ele leva para passar pelo epidídimo. Os resultados encontrados confirmam os dados da

literatura, que o uso constante de inibidores de fosfodiesterases levam a danos testiculares

e consequentes danos espermáticos. Concluímos então que o citrato de Sildenafila usado

continuamente afeta a motilidade, qualidade e quantidade dos espermatozoides de

camundongos Swiss podendo acarretar em alterações na fertilidade desse animal.

Palavras-chave: Qualidade espermática, espermatozoide, tempo de trânsito.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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EFEITO DA INGESTÃO DE CURCUMINA POR MÃES LACTANTES AOS

FILHOTES MACHOS.

Elisa C. Rezende, Fernanda C. R. Dias, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins,

Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Grasiella A. V. Rodrigues, Talita A. Santos, Izabel R.

S. C. Maldonado, Fabiana C. S. A. Melo, Sérgio L. P. Matta

Laboratório de Biologia Estrutural – UFV

[email protected]

RESUMO. A Curcumina, também denominada diferuloylmetano, é o principal

curcuminoide encontrado no rizoma de Curcuma longa, espécie também conhecida como

Açafrão-da-terra e pertencente à família do gengibre, Zingiberaceae. Além do seu amplo

uso na culinária, nas últimas décadas, esse polifenol tem atraído a atenção de diversos

pesquisadores por conta de suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Estudos

com filhotes de mães que receberam curcumina, analisados logo após o desmame,

mostrou que houve atraso no desenvolvimento testicular desses filhotes. Desta forma,

objetivamos assim avaliar o efeito da ingestão de doses altas de curcumina durante a

lactação na prole masculina em sua fase adulta. Foram utilizadas 24 fêmeas prenhas

divididas em 3 grupos. Após o nascimento as fêmeas receberam G1: água; G2 500mg/Kg

de curcumina e G3 1000mg/kg de curcumina durante os 21 dias de aleitamento por

gavagem. Os filhotes machos foram mantidos com alimentação comercial até chegar a

maturidade sexual, e aos 50 dias de idade foram pesados, anestesiados, orquiectomizados

e seus testículos fixados e posteriormente processados. Foram avaliados parâmetros

biométricos e morfométricos. Não houve alteração no peso corporal (G1:33.88±1.5;

G2:29.90±2.72 e G3:36.20±1.28), o peso da gônada não foi alterado (G1:0.14 ±0.01;

G2:0.11±0.02 e G3:0.14±0.02) sem alterar o índice gonadossomático (G1:0.42±0.04;

G2:0.38±0.08 e G3:0.39±0.08). Não houve alteração no diâmetro de túbulo, altura do

epitélio ou na área desses componentes. Sendo assim o tratamento com curcumina durante

o aleitamento não promove alterações morfométricas na fase adulta, porém em muitos

casos existe uma compensação no adulto para danos ocorridos durante a fase de

desenvolvimento podendo causar alterações na produção espermática, dessa forma mais

estudos são necessários para verificar possíveis alterações.

Palavras-chave: Açafrão; Desenvolvimento testicular; Reprodução.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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EXTRATO HIDROALCOOLICO DA FOLHA DE Renealmia pycnostachys

INTERFERE NA ORGANIZAÇÃO DO TÚBULO SEMINÍFERO DE

CAMUNDONGOS SWISS.

Elizabeth L. Oliveira1, Fernanda C. R. Dias1, Ana Luiza Martins1, Hiviny F. Olieira1,

Viviane G. Mouro1, Grasielle A. V. Rodrigues1, Amanda A. Lozi2, Diane C. Araújo2,

Sergio L. P. Matta1

1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento de

Biologia Animal, Universidade Ferderal de Viçosa

[email protected]

RESUMO. A Renealmia pycnostachys pertence à família Zingiberaceae e o gênero

Renealmia, classificada como ameaçada de extinção, representada apenas pelo espécime

tipo coletado no Sudeste de Minas Gerais. De acordo com a população, ela possui efeitos

afrodisíacos. Baseando nessas informações tivemos como objetivo avaliar o efeito do

extrato hidroalcoólico da folha de Renealmia pycnostachys sobre morfometria do túbulo

seminífero. Camundongos Swiss adultos (n=28) foram divididos em grupos: Controle

(água), 3 grupos recebendo doses diárias do extrato da folha (100, 200 e 400 mg/Kg) por

42 dias. Foram eutanasiados, o material biológico coletado e análises de microscopia de

luz para morfometria, os cortes foram semi-seriados e corados com azul de toluidina

borato de sódio 1%. Túbulos considerados com patologia foram aqueles que apresentaram

alguma alteração de acordo com o escore modificado de Johnsen.Os dados biométricos,

corporal e testicular, os percentuais e volumes dos componentes tubulares, não

apresentaram alterações significativas. O diâmetro do túbulo seminífero aumentou 36%

na dose de 200 e 28% em 400, a altura do epitélio seminífero aumentou 35% na dose de

200 e 23% em 400, o diâmetro de lume aumentou 53% na dose de 400. O comprimento

de túbulo seminífero total reduziu 48% na dose de 200 e 39% em 400. A área de túbulo

aumentou 85% na dose de 200 e 68% em 400, área de epitélio aumentou 84% em 200 e

65,5% em 400, área do lume aumentou 134% na dose de 400. Aumento de patologias

leves na dose de 100 mg/Kg. A redução do comprimento de túbulo seminífero ocasiona

um aumento do diâmetro tubular que é justificado por um aumento da altura do epitélio

e do diâmetro do lúmen. Como consequência observou-se aumento das áreas de túbulo,

epitélio e lume e assim uma manutenção dessa relação túbulo-epitélio. Pelas análises

histopatológicas podemos concluir que o tratamento com o extrato hidroalcoólico da

folha de R. pycnostachys não causou alterações severas à microestrutura do tecido.

Palavras-chave: Afrodisíaco, plantas, fitoterápico, reprodução.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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EXTRATO HIDROALCOÓLICO DA FOLHA DE Renealmia pycnostachys TEM

AÇÃO AFRODISÍACA EM CAMUNDONGOS SWISS.

Elizabeth L. Oliveira, Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza Martins, Hiviny F. Olieira, Viviane

G. Mouro, Grasielle A. V. Rodrigues, Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Sergio L. P.

Matta.

Laboratório de Biologia Estrutural, Universidade Federal de Viçosa

[email protected]

RESUMO. A Renealmia pycnostachys pertence à família Zingiberaceae. O gênero

Renealmia comporta um conjunto de espécies de plantas que são consideradas raras,

sendo classificadas como ameaçadas de extinção. A R. pycnostachys é endêmica no

Brasil e foi citada como provavelmente extinta, sendo representada apenas pelo espécime

coletado em Minas Gerais. Pouco se sabe sobre esta espécie, porém de acordo com o

conhecimento popular, esta planta é utilizada por ter efeito afrodisíaco. O objetivo do

trabalho foi avaliar o efeito do extrato hidroalcoólico da folha de R. pycnostachys sobre

o sistema reprodutor de camundongos Swiss machos. Foram utilizados 28 camundongos

divididos em 4 grupos experimentais. Animais do grupo controle e de 3 doses do extrato,

100, 200 e 400mg/Kg, administrados por gavagem por 42 dias. Posteriormente foram

eutanasiados e o pênis foi dividido ao meio: o corpo foi utilizado para análise histológica

e a base para dosar o óxido nítrico (NO). A concentração de NO peniano aumentou 75%

na dose de 100mg/Kg e 37,5% em 200 mg/Kg. Houve redução na proporção do tecido

conjuntivo em 12% na dose de 100mg/Kg, 18% em 200 mg/Kg e 13% em 400 mg/Kg.

Por outro lado, houve aumento no percentual de corpo cavernoso, de 233% em 100

mg/Kg, 358% em 200 mg/Kg e 245% em 400 mg/Kg. O NO regula diversas funções

fisiológicas, participando inclusive no controle da esteroidogênese. Ele é o principal

estimulante da vasodilatação dos corpos cavernosos penianos. Como reflexo do aumento

de NO, os corpos cavernosos também aumentaram em todos os grupos tratados. Estudos

realizados demostraram os efeitos de extratos vegetais ou de seus constituintes isolados

sobre a ereção peniana e comprovaram sua ação sobre as células musculares vasculares,

tendo um efeito relaxante melhorando o mecanismo da ereção. Concluímos que o extrato

hidroalcoólico da folha de R. pycnostachys promove aumento de oxido nítrico peniano

com consequente aumento dos corpos cavernosos e, assim, atuando como afrodisíaco.

Palavras-chave: Reprodução, afrodisíaco, planta.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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34

CITRATO DE SILDENAFILA PROVOCA ALTERAÇÕES A

MICROESTRUTURA TESTICULAR E DANO AS ESPERMÁTIDES

ALONGADAS DE CAMUNDONGOS SWISS.

G. M. Braga1, F. C. R. Dias2, E. L. Oliveira2, A. L. P. Martins2, F. C. S. A. Melo1, S. L.

P. Matta2

1 Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento

de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa

[email protected]

RESUMO. Com o aumento de casos de disfunção erétil, surgem cada vez mais fármacos

conhecidos como inibidores de fosfodiesterases, que prolongam o relaxamento do tecido

e, consequentemente promovem a ereção. O uso do citrato de sildenafila por longos

períodos ou por jovens preocupa, pois não se sabe muito sobre os seus efeitos sobre a

estrutura testicular. Desta forma objetivamos avaliar os efeitos do citrato de sildenafila

sobre o testículo de camundongos Swiss. Foram utilizados 20 camundongos machos

divididos em 2 grupos: G1 - Controle, G2 – 7mg/kg/dia de citrato de sildenafila por 42

dias. No final do tratamento os animais foram pesados, anestesiados, eutanasiados e os

testículos foram retirados e fixados. Foram analisados parâmetros biométricos,

morfométricos e estereológicos testiculares. Os dados foram submetidos ao teste t, com

significância valores com p≤0,05. O uso do citrato de sildenafila não apresentou alteração

no peso testicular em gramas (CTRL- 0,195±0,04 e CSIL- 0,230±0,02), porém

apresentou uma redução no percentual de epitélio (CTRL- 71,80±3,67 e CSIL-

67,55±2,08). Com isso não foi verificado alterações no índice epiteliossomático (CTRL-

0,33±0,08 e CSIL - 0,35±0,08). Essas alterações não levaram a alteração na produção

espermática (CTRL - 47,76±29,92 e CSIL - 42,54±6,61). Essa manutenção na produção

pode ser justificada pela resposta do organismo em manter as células viáveis e eliminar

as danificadas, isso é verificado pelo aumento do número de patologias tubulares

moderadas (CTRL – 2.5 ± 1.0 e CSIL – 12. 25 ± 3.0). Verificou-se além desses

espermatozoides danificados, espermátides alongadas danificadas, em processo inicial de

morte. Concluímos com isso que o citrato de sildenafila altera a microestrutura testicular

podendo levar a alterações funcionais nos espermatozoides gerados, diante do alto nível

de túbulos patológicos e espermátides alongadas danificadas.

Palavras-chave: Morte celular; produção espermática; túbulo seminífero.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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AZADIRACHTIN A REDUZ PRODUÇÃO ESPERMÁTICA EM RATOS

WISTAR.

G. M. Braga1,F. C. R. Dias2, W. Harand3,S. L. P. Matta2, F. C. S. A. Melo1, E. M. Neves4

1 Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento

de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 3 Centro de Tecnologias Estratégicas

do Nordeste, CETENE. 4 Departamento de Anatomia, Universidade Federal de

Pernambuco.

[email protected]

RESUMO. Azadirachtin A é o principal composto da planta Azadirachta indica, mais

conhecida como nim, muito conhecido por ser utilizado como inseticida. Porém sabe-se

hoje que ela não mata o inseto, ela a deixa estéril. Desta forma objetivou-se avaliar a

ação do composto purificado Azadirachtin A na histologia testicular e produção

espermática de ratos Wistar adultos. Foram utilizados 20 ratos machos adultos, com idade

de 90 dias. Os animais possuíram uma dieta de manutenção (Labina® - Purina) e água ad

libitum, sendo submetidos a um ciclo invertido diário de 12/12h claro/escuro à 22±2°C.

Aprovado pela Comissão de Ética em Experimentação Animal (CCB – processo nº

23076.007224/2009-19). Os animais foram distribuídos em 2 grupos: Controle (CRL) -

água; Azadirachtin A (AZA) - 5mg/kg/dia do AZA em 1ml de água, durante 30 dias por

gavagem. 24h após a administração da última dose, os animais foram pesados,

anestesiados e orquiequitomizados. Os testículos foram pesados e encaminhados para o

processamento histológico e análise morfométrica. Foram analisados parâmetros

biométricos, morfométricos e estereológicos testiculares. Os dados foram submetidos ao

teste t e considerados significativos os valores com p≤0,05. O peso testicular (g) foi

significativamente menor no grupo AZA em relação ao controle (CTRL- 1.62 ± 0.011 e

AZA - 1.55 ± 0.183), não houve alteração no diâmetro de túbulo (CTRL- 347.16 ± 0.75

e AZA -332.73 ± 33.47) e altura do epitélio (CTRL- 94.83 ± 9.7 e AZA - 88.83 ± 11.27).

No entanto, mostrou uma redução significativa na produção espermática diária por

testículo (CTRL-48.55 ± 0.59 e AZA - 19.63 ± 4.00) e por grama de testículo (CTRL-

78.62 ± 0.44 e AZA - 46.12 ± 5.77). O tratamento mostra que existe uma tendência à

redução da produção espermática visto que o tratamento não foi de um ciclo completo do

animal, mas confirmamos que o composto azadirachtin A tem efeitos sobre a produção

de espermatozoides em ratos Wistar. Palavras-chave: Azadirachta indica, fertilidade,

Nim.

Palavras-chave: Azadirachta indica, fertilidade, Nim.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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EFEITOS DA POLPA DE Euterpe oleracea MARTIUS EM PARÂMETROS

MORFOMÉTRICOS TESTICULARES DE CAMUNDONGOS EXPOSTOS AO

CÁDMIO.

Grasielle A. V. Rodrigues, V. G. S. M., A. L. P. M., F. C. D. R., F. C. S. A. M., S. L. P.

M.

Biologia Estrutural - Universidade Federal de Viçosa. Biologia Animal - Universidade

Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. Um dos mecanismos da toxicidade reprodutiva atribuída ao cádmio (Cd) se

dá pela geração de espécies reativas de oxigênio. Assim, estudos têm sido realizados na

busca de antioxidantes naturais que possam atuar contra a toxicidade do Cd. Dentre estes

sobressai-se o fruto do açaí (Euterpe oleracea), rico em compostos fenólicos, destacando-

se as antocianinas. Objetivou-se verificar se a polpa desengordurada de E. oleracea, rica

em compostos fenólicos (PDRF), apresenta atividade antioxidante frente aos efeitos

tóxicos do Cd no reprodutor masculino. Camundongos Swiss foram divididos em 6

grupos, sendo: 3 controles 1) controle negativo - água por 42 dias; 2) controle Cd - 4,28

mg/Kg de CdCl2 por via oral durante 7; 3) controle PDRF -300 mg/Kg de PDRF por 42

dias. Os tratamentos receberam 100, 200 e 300 mg/Kg de PDRF durante 42 dias, após a

intoxicação com Cd. Os testículos foram removidos, pesados, fixados e processados para

avaliação morfométrica. Observaram-se as seguintes alterações nos túbulos seminíferos

após a intoxicação pelo Cd: vacuolização, desprendimento de células e desorganização

do epitélio germinativo, bem como ausência de células germinativas e/ou células de

Sertoli. As mesmas alterações foram encontradas nos animais que receberam tratamento

com PDRF, inclusive no controle PDRF, embora em menor proporção. O percentual de

túbulos seminíferos com patologias classificadas como leves reduziu após tratamento

com PDRF comparado ao grupo que recebeu somente Cd, embora não tenha normalizado

totalmente. O percentual de patologias graves foi maior em todos os animais expostos ao

Cd, tratados ou não com PDRF, assim como no controle PDRF. Parâmetros

morfométricos tubulares apresentaram melhoria após o tratamento com PDRF. O

percentual de células com danos reduziu no tratamento com 300 mg/Kg. Dessa forma,

sugere-se que o tratamento com PDRF após intoxicação por Cd apresenta potencial

atividade antioxidante.

Palavras-chave: Fitoterápico, Metal Pesado, Reprodução, Toxicologia.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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COMPOSTO NIMBIDINA REDUZ A PRODUÇÃO ESPERMÁTICA DE RATOS

WISTAR.

Grasielle A. V. Rodrigues, F. C. R. D., H. W., S. L. P. M., N. E. M., A. L. P. M., E. L.

O., A. A. L., D. C. A.

Laboratório de Biologia Estrutural, Universidade Federal de Viçosa. Centro de

Tecnologias Estratégicas do Nordeste, CETENE. Departamento de Anatomia,

Universidade Federal de Pernambuco.

[email protected]

RESUMO. Nimbidina é um composto extraído da semente da Azadirachta indica,

conhecida popularmente como Nim. Embora a literatura evidencie que ele apresenta ação

espermicida, os dados sobre a reprodução são controversos. Objetivou-se avaliar a ação

do composto Nimbidina nos parâmetros testiculares de ratos Wistar adultos, através de

análises morfométricas e da produção espermática diária. Vinte ratos machos adultos,

com idade de 90 dias foram distribuídos em 2 grupos (n=12): Controle (CRL) - nenhuma

substância; Extrato metanólico do Nim (NBD) - 5mg do NBD em 1ml de água. O

tratamento foi administrado por gavagem com doses diárias durante 30 dias. Os animais

receberam dieta de manutenção (Labina®) e água ad libitum, sendo submetidos a um

ciclo invertido diário de 12/12h claro/escuro à 22±2°C. Vinte e quatro horas após a

administração da última dose, os animais foram pesados, anestesiados, orquiectomizados

e os testículos pesados e encaminhados para o processamento histológico e análise

morfométrica. Os procedimentos foram aprovados pela Comissão de Ética da UFPE

(CCB – processo nº 23076.007224/2009-19). Foram analisados parâmetros biométricos,

morfométricos e estereológicos testiculares. Observou-se aumento do peso testicular

(CTRL - 1,616 ± 0,120 e NBD - 2,424 ± 0,195), redução de altura de epitélio (CTRL-

94,830 ±9,696 e NBD - 76,261±12,927) refletindo na redução da produção espermática

diária por grama de testículo (CTRL-90.03 ± 39.77 e NBD – 134.77 ± 28.87). Os

resultados demonstram que a planta pode ter função sobre os espermatozoides e o

composto afeta o sistema reprodutor, causando redução na produção dos espermatozoides

e alteração na fertilidade se não tomado os devidos cuidados, visto que, o tratamento em

questão foi por um período curto de tempo. Concluímos que o composto nimbidina causa

alterações a estrutura testicular que culminam na redução da produção espermática diária

de ratos Wistar.

Palavras-chave: Azadirachta indica, reprodução, fitoterapia, compostos purificados.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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EFEITOS DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DA FOLHA DE Renealmia

pycnostachys NO INTERTÚBULO EM CAMUNDONGOS SWISS.

Híviny F. O. Santos1, Elizabeth L. Oliveira1, Fernanda C. R. Dias1, Ana Luiza Martins1,

Viviane G. Mouro1, Grasielle A. V. Rodrigues1, Amanda A. Lozi2, Diane C. Araújo2,

Sérgio L. P. Matta1

1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento de

Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. A Renealmia pycnostachys pertence à família Zingiberaceae, um gênero

endêmico no Brasil, sendo citada como provavelmente extinta. Atualmente é representada

apenas pelo espécime coletado em Minas Gerais. De acordo com o conhecimento popular,

esta planta possui efeito afrodisíaco. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do extrato

hidroalcoólico da folha de R. pycnostachys sobre o sistema reprodutor de camundongos

Swiss machos. Foram utilizados 28 animais divididos em 4 grupos: controle (água) e 3

doses do extrato 100, 200 e 400mg/k, administrados por gavagem durante 42 dias. Os

animais foram eutanasiados, o material biológico foi coletado e preparado para avaliações

morfológicas e morfométricas. O sangue foi coletado e centrifugado para determinação

da concentração de testosterona sérica. Houve aumento de 21% no percentual do

citoplasma de célula Leydig e 20% no percentual de célula de Leydig na dose de 200

mg/Kg. O percentual de tecido conjuntivo diminuiu em 63% na dose de 100mg/Kg e 38%

em 400mg/kg e o volume de tecido conjuntivo reduziu em 58% na dose de 400mg/kg.

Um número elevado de gotículas lipídicas foi observado nos animais tratados, sendo mais

evidente em 200mg/kg. Animais do grupo de 400mg/kg apresentaram aumento de 69%

nos níveis de testosterona sérica. Alterações nesses parâmetros indicam no aumento da

produção de testosterona, pois, a produção deste andrógeno está ligada diretamente com

as mitocôndrias e retículo endoplasmático pelas células de Leydig. Por outro lado, a

testosterona não sofreu alteração na dose de 200 mg/Kg. Talvez a inibição de cAMP, que

reduz o transporte de colesterol para a membrana interna das mitocôndrias, tenha

causando o acúmulo lipídico no citoplasma da célula de Leydig, sem ocorrer produção de

testosterona. Concluímos que o extrato hidroalcoólico de R. pycnostachys, interfere na

organização intertubular promovendo o aumento de testosterona na maior dose.

Palavras-chave: Afrodisíaco, planta, testosterona.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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EFEITOS DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DO FRUTO DE Renealmia

pycnostachys NA ORGANIZAÇÃO DO TÚBULO SEMINÍFERO EM

CAMUNDONGOS SWISS.

Híviny F. O. Santos1, Elizabeth L. Oliveira1, Fernanda C. R. Dias1, Ana Luiza Martins1,

Viviane G. Mouro1, Grasielle A. V. Rodrigues1, Amanda A. Lozi2, Diane C. Araújo2,

Sérgio L. P. Matta1

1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento de

Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. A Renealmia pycnostachys pertence à família Zingiberaceae é citada como

provavelmente extinta, sendo representada apenas pelo espécime coletado em Minas

Gerais. Pouco se sabe sobre esta espécie, porém de acordo com o conhecimento popular,

esta planta é muito utilizada por ter efeito afrodisíaco. O objetivo do trabalho foi avaliar

o efeito do extrato hidroalcoólico do fruto de R. pycnostachys sobre as porções

gametogênicas. Foram utilizados 21 camundongos Swiss machos divididos em 3 grupos

experimentais: controle (água) e 2 doses do extrato 50 e 150mg/k, administrados por

gavagem por 42 dias. Foram eutanasiados, o material biológico coletado e análises de

microscopia de luz para morfometria realizadas, foram contados 20 túbulos seminíferos

no estádio 1 do ciclo. Os túbulos considerados com patologia foram aqueles que

apresentaram alguma alteração de acordo com o escore modificado de Johnsen. Na

contagem de célula no estádio 1, observou-se aumento de 31% no número corrigido de

células de Sertoli, 33% no número de células de Sertoli por testículo e 34% no número

de células de Sertoli por grama de testículo, na dose de 150 mg/Kg. Por outro lado, a

capacidade suporte da célula de Sertoli diminuiu 26% nesta mesma dose. As alterações

estruturais encontradas nos grupos tratados não chegaram a caracterizar um quadro de

patologia. Foi observado neste trabalho que o número de célula de Sertoli aumentou na

dose de 150 mg/Kg. A princípio acreditavam-se que a proliferação das células de Sertoli

cessava em testículos ainda imaturos, mas foi comprovado que na região de transição dos

túbulos seminíferos com a rede testicular a proliferação acontece até posteriormente na

vida adulta em roedores. Desse modo, concluímos que o extrato hidroalcoólico do fruto

de R. pycnostachys interferiu na organização tubular e promoveu o aumento no número

de células de Sertoli sem causar danos estruturais. Palavras-chave: planta, fitoterápico,

afrodisíaco.

Palavras-chave: Planta, fitoterápico, afrodisíaco.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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EFEITOS DO EXTRATO METANÓLICO DA SEMENTE DA Azadirachta indica

A JUSS SOBRE A PRODUÇÃO DE ESPERMATOZOIDES DE RATOS WISTAR.

Ingred C. Gonçalves, Fernanda C. R. Dias, Wolfgang Harand, Amanda A. Lozi, Diane C.

Araújo, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins, Grasielle A. V. Rodrigues, Sergio

L. P. Matta, Elizabeth N. Melo

Laboratório de Biologia Estrutural- Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. Azadirachta indica, mais conhecida como Nim, conhecida por ser utilizada

na medicina popular, produção de adubos e inseticida, e muito utilizada na agricultura

para controle de pragas. Sabe-se que o efeito no controle de pragas está relacionado à

indução da esterilidade nos insetos. Desta forma objetivou-se avaliar a ação do extrato

metanólico do Nim nos parâmetros testiculares de ratos Wistar adultos a fim de entender

como esta esterilidade acontece. Foram utilizados 20 ratos machos adultos mantidos com

dieta de manutenção (Labina®) e água ad libitum, sendo submetidos a um ciclo invertido

de 12/12h claro/escuro a 22±2°C. O procedimento experimental foi aprovado pela

Comissão de Ética da UFPE (23076.007224/2009-19). Os animais foram distribuídos em

2 grupos: Controle (CTRL) e tratados comextrato metanólico do Nim (EMN) - 5mg do

EMN em 1ml de água. Os animais receberam doses diárias por gavagem durante 30 dias.

Vinte e quatro horas após a administração da última dose, os animais foram pesados,

anestesiados e eutanasiados para retirada dos testículos para processamento histológico e

análises morfométricas e estereológicas. O percentual de túbulos seminíferos reduziu no

grupo tratado (CTRL- 93,00±1,33 e EMN – 90,83±1,44), assim como houve redução no

percentual de túnica própria (CTRL - 2,70±0,69 e EMN – 1,56±0,53). Embora não tenha

sido alterada a altura do epitélio ou quaisquer parâmetros conhecidamente associados à

produção espermática, o extrato reduziu a produção de espermatozoides nos animais

tratados (CTRL- 78,62± 0,44 e EMN - 52,92±8,90). O tratamento, embora não tenha sido

de um ciclo completo, pode ter resultado em danos às germinativas, o que culminou na

redução da produção de espermatozoides. Por esta razão o uso indiscriminado do Nim

merece atenção, a utilização prolongada pode levar a problemas na fertilidade e até causar

esterilidade, caso os danos não sejam reversíveis.

Palavras-chave: Azadirachta indica; Fertilidade, Reprodução, Testículo.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

EFEITOS DA EXPOSIÇÃO PRÉ-PUBERE AO ARSÊNIO EM PARÂMETROS

REPRODUTIVOS DE RATOS WISTAR MACHOS.

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John Lennon P. Coimbra, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Luiz Otávio G.

Ervilha, Mariana M. Neves

Laboratório de Biologia Estrutural- Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. Nos últimos anos, a contaminação de As na água de beber vem se tornando

uma importante questão de saúde pública. Trabalhos recentes mostraram que o As tem

efeitos deletérios sobre parâmetros testiculares e epididimários de ratos adultos, como

biometria e histomorfometria. No entanto, não se sabe quais os efeitos do As em órgãos

reprodutivos de animais pré-púberes. Neste contexto, 20 ratos Wistar com 21 dias de

idade foram separados aleatoriamente em dois grupos experimentais: animais do grupo

controle (C; n=10) receberam água filtrada como água de beber, enquanto que animais

do grupo As (n =10) foram tratados diariamente com solução de arsenito de sódio

(10mg/L) na água de beber. O tratamento durou 29 dias, até que os animais atingissem

50 dias de idade. No 51º dia de experimento, os animais foram eutanasiados (CEUA,

processo 96/2017) e os órgãos reprodutores dissecados e pesados. Os resultados foram

submetidos ao teste t de Student ao nível de 5%. O peso médio dos testículos direito e

esquerdo dos animais expostos ao As (D:1,09 ± 0,06 g; E:1,08 ± 0,05 g) foi menor do que

o dos animais controle (D:1,28 ± 0,04 g; E:1,29 ± 0,05 g) (P < 0,05). O peso dos

epidídimos também reduziu nos animais expostos ao As (D: 0,19 ± 0,01 g; E:0,20 ± 0,017

g) em relação aos animais do grupo controle (D:0,24 ± 0,01 g; E:0,24 ± 0,008 g) (P <

0,05). Estes resultados mostram que testículo e epidídimo, após a exposição durante a

fase pré-puberal, podem ser negativamente influenciado pela exposição ao As. Por outro

lado, o peso médio da próstata (C=0,48 ± 0,024 g; As=0,35 ± 0,019 g) e da vesícula

seminal (C=0,27 ± 0,022 g; As = 0,24 ± 0,02 g) não foram alterados (P > 0,05). Pode-se

concluir que o peso de testículo e epidídimo foram mais sensíveis a exposição ao As em

ratos pré-púberes que próstata e vesícula seminal, indicando um possível

comprometimento da fertilidade destes animais em sua vida adulta.

Palavras-chave: Reprodução, Parâmetros Reprodutivos, Arsênio, Toxicologia.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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EFEITOS EM PARÂMETROS REPRODUTIVOS EM RATOS MACHOS

WISTAR ADULTOS EXPOSTOS AO ARSÊNIO DURANTE A FASE PRÉ-

PUBERE.

John Lennon P. Coimbra, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Luiz Otávio G.

Ervilha, Mariana M. Neves

Laboratório de Biologia Estrutural- Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. O arsênio (As) é um metaloide tóxico capaz de causar danos na

histomorfometria do epidídimo de ratos adultos. No entanto, não se sabe seu efeito sobre

o mesmo órgão quando a exposição acontece na fase pré-puberal. Neste sentido, este

trabalho objetivou avaliar parâmetros biométricos do testículo e epidídimo, bem como

quantificar os espermatozoides presentes nas regiões epididimárias de ratos Wistar pré-

púberes expostos ao As. Para isto, foram utilizados 20 animais com 21 dias de idade,

separados aleatoriamente em dois grupos experimentais. Animais do grupo controle (C;

n = 10) receberam água filtrada, enquanto que animais do grupo As (n = 10) receberam

diariamente solução de arsenito de sódio (10 mg/L) na água de beber até atingirem 50

dias de idade. No 51º dia de experimento, todos os animais passaram a receber água

filtrada até completarem 70 dias de idade, quando foram eutanasiados para obtenção dos

testículos e epidídimos (CEUA, processo 96/2017). Estes órgãos foram pesados, sendo

os epidídimos posteriormente processados para contagem de espermatozoides presentes

nas suas regiões. Os resultados foram submetidos ao teste t de Student ao nível de

significância de 5%. O peso médio dos testículos de animais controle (D: 1,63 ± 0,04 g;

E: 1,7 ± 0,02 g) foi similar ao observado no testículo de animais do grupo As (D: 1,7 ±

0,04 g; E: 1,7 ± 0,04 g; P > 0,05). O peso dos epidídimos entre animais controle (D: 0,58

± 0,01 g; E: 0,56 ± 0,01 g) e tratados com As (D: 0,57 ± 0,02 g; E: 0,56 ± 0,01 g) também

não variou (P > 0,05). O número de espermatozoides presentes nas regiões da cabeça/

corpo (60,37 ± 2,38 x 106) e cauda (69,43 ± 4,73 x 106) dos epidídimos de animais

expostos ao As foi menor em relação aos valores obtidos nos animais controle (94,83 ±

3,09 x 106 e 126,4 ± 9,03 x 106, respectivamente; P < 0,05). Conclui-se que a exposição

ao As reduz o número de espermatozoides presente no epidídimo de animais adultos

quando expostos no período pré-púberes, sem alterar os pesos de testículo e epidídimo.

Palavras-chave: Reprodução, Arsênio, Toxicologia.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE SOBRE O ÍNDICE APOPTÓTICO DE

CÉLULAS DE SERTOLI EM ALTERAÇÕES EM PARÂMETROS

TESTICULARES E ESPERMATOGÊNESE DE MORCEGOS FRUGÍVOROS

EXPOSTOS AO PESTICIDA GLIFOSATO.

Esteban G. Ospina, Mariella B. D. Freitas, Pedro H. C. Neves

Laboratório de Ecofisiologia de Quirópteros - Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. O efeito dos agrotóxicos sobre o organismo de morcegos frugívoros é

relevante quando consideramos o contato direto que os animais tem com esses compostos

quando estão forrageando em culturas tratadas. O glifosato é um dos compostos ativos do

Roundup®, um herbicida organofosforado muito utilizado em todo mundo. Este estudo

teve como objetivo avaliar os efeitos de baixas concentrações de glifosato em parâmetros

testiculares e na espermatogênese dos morcegos frugívoros Artibeus lituratus. Morcegos

machos adultos foram coletados com redes de neblina e alimentados com frutas tratadas

sem glifosato (controle, n=7) e com 40 ml/L de calda (GLF, n=6) de glifosato por 3 dias.

Ao fim do tratamento os animais foram eutanasiados e pesados. O testículo esquerdo foi

fixado em Karnovsky, incluído em resina e foram feitos cortes histológicos com espessura

de 3μm para análise comparativas de parâmetros morfológicos entre os grupos. Dentre os

parâmetros testiculares não foram observados resultados significativos em peso do

testículo, peso da albugínea, peso do parênquima e índice gonadossomático entre os dois

grupos. Quanto ao resultado das médias referentes ao número corrigido de células do

epitélio seminífero no estágio 1 houveram diminuições nos números corrigidos de

espermatogônia tipo A, razão preleptóteno/leptóteno e de células de Sertoli no grupo

tratado quando comparado ao controle. Não ocorreu alterações nas médias de paquíteno

, espermátide arredondada e de células germinativas. Quanto ao rendimento intríseco da

espermatogênes não foi vista variação nos valores dos índices mitótico, meiótico, de

Sertoli, rendimento geral da espermatogênese e capacidade total da célula de Sertoli. Os

resultados referentes às medias da reserva testicular total e por grama de testículo também

não sofreram variações entre os dois grupos experimentais. Os resultados com alterações

estatísticas significativas evidenciam os danos histofisiológicos que o glifosato pode

causar nos testículos de morcegos frugívoros.

Palavras-chave: Glifosato, testículos, morcegos.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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ALTERAÇÕES NOS CARACTERES MORFOMÉTRICOS DOS TESTÍCULOS

DE MORCEGOS FRUGÍVOROS EXPOSTOS AO PESTICIDA GLIFOSATO.

Esteban G. Ospina, Mariella B. D. Freitas, Pedro H. C. Neves

Laboratório de Ecofisiologia de Quirópteros - Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. O efeito dos agrotóxicos sobre o organismo de morcegos frugívoros é

relevante quando consideramos o contato direto que os animais têm com esses compostos

quando estão forrageando em culturas tratadas. O glifosato é um dos compostos ativos do

Roundup®, um herbicida organofosforado muito utilizado em todo mundo. Este estudo

teve como objetivo avaliar os efeitos de baixas concentrações de glifosato nos caracteres

morfométricos dos testículos dos morcegos frugívoros Artibeus lituratus. Morcegos

machos adultos foram coletados com redes de neblina e alimentados com frutas tratadas

sem glifosato (controle, n=7) e com 40 ml/L de calda (GLF, n=6) de glifosato por 3 dias.

Ao fim do tratamento os animais foram eutanasiados e pesados. O testículo esquerdo foi

fixado em Karnovsky, incluído em resina e foram feitos cortes histológicos com espessura

de 3μm para análises comparativas de parâmetros morfológicos entre os grupos. Não

ocorreram variações significativas nos valores dos índices tubulo, parênquimo e

epitéliossomático e nos volumes dos túbulos seminíferos. Na composição do

compartimento tubular houve menor valor percentual de lúmen e túnica em GLF. Houve

aumento da área do lúmen e da relação túbulo/epitélio em GLF. Enquanto os valores

médios para diâmetro e comprimento dos túbulos seminíferos e não variaram entre os

grupos, o diâmetro do lúmen foi maior em GLF. No intertúbulo houve aumento

significativo no percentual de célula de Leydig, do núcleo e do citoplasma dessas células

e no percentual de espaço linfático no intertúbulo no grupo tratado. Já no parênquima

testicular foram observados aumentos dos volumes do núcleo de célula de Leydig e do

espaço linfático em GLF quando comparado ao controle. O número de células de Leydig

total e por grama de testículo foi maior nos animais tratados com glifosato. Os resultados

com alterações estatísticas significativas evidenciam os danos histofisiológicos que o

glifosato pode causar nos testículos de morcegos frugívoros.

Palavras-chave: Glifosato, testículos, morcegos.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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EFEITOS DA TOXICIDADE DO HERBICIDA GLIFOSATO NO TESTÍCULO

DE MORCEGOS FRUGÍVOROS

Renata M. P. Freitas, Esteban G. Ospina, Jerusa M. Oliveira, Mariáurea M. Sarandy,

Mariella B. Freitas

Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa MG, Brasil.

[email protected]

RESUMO. O glifosato, principal componente do herbicida Roundup®, e largamente

utilizado nos cultivares do mundo inteiro, é conhecido como disruptor endócrino e causa

efeitos adversos na reprodução. O estudo com animais silvestres e a ingestão desses

contaminantes ainda são escassos. Os morcegos frugívoros constituem um grupo

interessante para tal estudo já que no momento do forrageio estão em contato com esses

herbicidas. Nosso objetivo foi avaliar a toxicidade reprodutiva induzida pelo glifosato em

morcegos machos. Para isso, morcegos adultos Artibeus lituratus, foram coletados na

Mata da Biologia, na Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. Posteriormente

foram divididos em dois grupos, o grupo controle (n=6) foi alimentado com frutos sem o

herbicida e o grupo tratado, (n=6) com frutos aspergidos com calda contendo glifosato

em uma concentração de 4mL/100mL de água, concentração recomendada pelo

fabricante. Após 3 dias de tratamento os animais foram pesados e eutanasiados. Todos

procedimentos estão de acordo com o CEUA UFV. Os testículos foram retirados e

utilizados para as análises de enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD),

catalase (CAT) e glutationa s-transferase (GST), foram mensurados também os produtos

do estresse oxidativo, proteína carbonilada e malondialdeído (MDA). A estatística foi

realizada no programa STATISTICA, e os resultados apresentados com média ± desvio

padrão. Foi observado aumento da atividade das enzimas SOD e CAT no grupo tratado

com o herbicida em relação ao grupo controle, indicando a necessidade de uma possível

defesa contra danos oxidativos. Além disso, os níveis de proteína carboniladas também

foram maiores no grupo tratado em relação ao controle, indicando a oxidação das

proteínas. A atividade da enzima GST e os níveis de MDA não expressaram aumento

significativo. Os resultados demonstram que o Roundup® causou toxicidade testicular

em morcegos frugívoros expostos a baixas concentrações e por um curto período de

exposição.

Palavras-chave: Quirópteros, toxicidade reprodutiva, estresse oxidativo, Roundup®.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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AVALIAÇÃO TRANSGERACIONAL DA EXPOSIÇÃO PARENTAL E DIRETA

AO MANGANÊS NA QUALIDADE ESPERMÁTICA DE CAMUNDONGOS

SWISS. *

Tugstênio L. Souza1, Amândia R. Batschauer1, Patrícia Manuit1, Anderson Martino-

Andrade2, Claudia F. Ortolani-Machado1

1 Laboratório de Embriotoxicologia. Departamento de Biologia Celular. Universidade

Federal do Paraná, Centro Politécnico – Curitiba, PR. 2 Laboratório de Fisiologia

Endócrina e Reprodutiva Animal. Departamento de Fisiologia. Universidade Federal do

Paraná, Centro Politécnico – Curitiba, PR.

[email protected]

RESUMO. O Manganês (Mn) é um elemento essencial para o organismo, sendo utilizado

como cofator para enzimas envolvidas em diversos processos metabólicos. Entretanto,

em determinadas concentrações este metal pode promover quadros de toxicidade. Desta

forma, o presente estudo teve como objetivo analisar o efeito da exposição ao Mn em

doses realísticas, ao longo de uma geração, na qualidade espermática de camundongos

Swiss. Quarenta fêmeas e 20 machos (geração F0) foram tratados por 60 dias com MnCl2,

via gavagem, nas doses de: 0, 0,013, 0,13 e 1,3 mg/kg/dia, sendo as doses estabelecidas

de acordo com a exposição diária humana, via ingestão. Em seguida, foi realizada a

cópula para obtenção da geração F1. O tratamento com MnCl2 foi contínuo durante o

período de gestação e amamentação da prole. No momento do desmame a prole foi

dividida em duas categorias, respeitando as mesmas doses utilizadas nos progenitores:

animais que receberam Mn apenas via parental (EP), durante a gestação e amamentação;

e aqueles que foram expostos via parental e direta (EPD), na mesma condição que os

progenitores. Após 60 dias os animais foram eutanasiados e análises de parâmetros

espermáticos, como motilidade, concentração, vitalidade e morfologia foram realizadas.

Houve um aumento do número de espermatozoides imóveis e móveis não progressivos

nos animais 0,13 e 1,3 mg/kg/dia, na condição EP e EPD. Já a concentração espermática

foi reduzida em todas as doses e condições de exposição, incluindo a geração F0. Em

relação à vitalidade, apenas os animais 0,13 e 1,3 mg/kg/dia EPD apresentaram redução

no número de espermatozoides vivos. Para a morfologia espermática notou-se na geração

F1, em ambas as condições de exposição, um aumento dose-dependente do número de

anomalias na peça intermediária, estando correlacionada com a perda de motilidade

espermática. Sendo assim, constatou-se que o Mn, mesmo em baixas concentrações, é

capaz de promover uma redução na qualidade espermática ao longo de uma geração.

Palavras-Chave: Reprodução, toxicologia reprodutiva.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

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POLPA RICA EM FENÓIS DE Euterpe oleracea MART POSSUI AÇÃO

ANTIOXIDANTE FRENTE AO ESTRESSE OXIDATIVO INDUZIDO PELO

CÁDMIO.

Viviane G. S. Mouro1, Janaína da Silva1, Fernanda C. R. Dias1, Fabiana C. S. A. Melo2,

Sérgio L. P. Matta1,2

1 Departamento de Biologia Geral – Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento de

Biologia Animal – Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. Os testículos são órgãos particularmente sensíveis a toxicidade do Cádmio

(Cd). Este metal apresenta capacidade de competir com minerais essenciais e levar ao

estresse oxidativo. Assim, espécies vegetais com atividade antioxidante tem sido testadas

frente a toxicidade do Cd. Entre estas destaca-se os frutos de Euterpe oleracea, que são

ricos em compostos fenólicos, principalmente antocianinas, e com alto conteúdo mineral.

Dessa forma, verificou-se a ação antioxidante da polpa desengordurada de E. oleracea

rica em compostos fenólicos (PDRF) frente ao conteúdo mineral testicular e o estresse

oxidativo induzidos pelo Cd. Camundongos Swiss foram divididos em 6 grupos: sendo 3

controles; 1) controle negativo água; 2) 4,28 mg/Kg de CdCl2 por 7 dias e 3) 300 mg/Kg

PDRF e 3 expostos ao Cd e tratados com 100, 200 e 300 mg/Kg de PDRF por 42 dias.

Verificou-se que a PDRF apresentou alta concentração de Cálcio, Magnésio e Manganês.

Sendo que Zinco, Ferro e Cobre também foram encontrados em menores concentrações.

A polpa apresentou resultado negativo para Cd. Nos testículos foi observado redução de

Cobre em todos os tratamentos, à medida que o Ferro reduziu apenas nos receberam 100

mg/Kg de PDRF. Todos os animais que tratados com PDRF após intoxicação pelo Cd

apresentaram maior atividade de superóxido dismutase (SOD) comparados àqueles que

receberam somente Cd. O tratamento com 100 mg/Kg de PDRF aumentou a atividade de

SOD em comparação ao controle PDRF. A atividade de catalase reduziu no controle Cd

e no tratamento com 300 mg/Kg de PDRF. Sendo que este último apresentou maior

concentração de malondialdeído em relação demais grupos experimentais. A Glutationa

S-transferase aumentou no controle PDRF. O óxido nítrico aumentou nos animais

tratados com 100 mg/Kg de PDRF. Este parâmetro também se mostrou elevado no

controle PDRF em relação ao controle negativo. Dessa forma, a PDRF apresenta ação

antioxidante ao nível de suplementação com minerais essenciais e estimulação

enzimática.

Palavras-Chave: Estresse oxidativo, Fitoterapia, Metal pesado, Testículo, Toxicologia.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA

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A BIOLOGIA ALÉM DAS CÉLULAS: ESTUDANDO OS SISTEMAS POR MEIO

DA ANATOMIA HUMANA.

Eduarda R. Fialho1, Josicelli S. Crispim1, Fabiana C. S. A. Melo2, Luciano E. Pelúzio3

1 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas

Gerais, Brasil. 2 Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa,

Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 3 Colégio de Aplicação – CAp-COLUNI, Universidade

Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil.

[email protected]

RESUMO. A disciplina de Biologia é pouco atrativa para os alunos devido à dificuldade

em assimilar o conteúdo com a vida real. Este fato é ainda mais visível quando o assunto

de Anatomia Humana é ministrado em sala de aula. A anatomia estuda a constituição e

funcionamento do corpo humano por meio dos sistemas. Os sistemas são formados de

órgãos, que por sua vez, são constituídos por tecidos, um conjunto de células que

desempenham a mesma função. Com o objetivo de estimular a curiosidade de estudantes

do ensino médio do CAp-COLUNI da UFV pela área de anatomia humana, aulas práticas

foram desenvolvidas utilizando a infraestrutura da UFV. As aulas foram ministradas para

um total de 259 alunos por um professor da área no Laboratório de Anatomia e Fisiologia

Humana, nos anos de 2016 e 2017. A aula foi baseada na descrição dos sistemas humanos

por meio da demonstração de órgãos e de um cadáver, relacionando o assunto de

histologia visto na escola. Para avaliação da aula foi aplicado aos alunos o questionário

Likert com 5 escalas de alternativas (muito bom, bom, indiferente, ruim e muito ruim).

Aproximadamente 98%, 99% e 91% dos alunos de ambos os anos classificaram como

muito boa e boa a aula desenvolvida fora do ambiente escolar, a ministração da aula por

um professor da área e o contato com órgãos humanos, respectivamente. Os dados e

comentários dados pelos alunos mostraram que as aulas instigaram a curiosidade pela

área biológica, ajudaram na escolha da futura profissão e quebraram a barreira do medo

que existe em relação a presença de cadáveres e órgãos verdadeiros em aula. Assim, este

trabalho permitiu o contato de alunos do ensino médio com a área de anatomia dentro de

um ambiente universitário, ajudando no autoconhecimento dos alunos sobre a aptidão por

profissões da área biológica, demonstrando a importância da parceria escola-universidade

na escolha profissional.

Palavras-chave: Anatomia humana, ensino, aula prática.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA

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COLORAÇÃO DE GRAM: ESTUDANDO AS CÉLULAS PROCARIÓTICAS NO

ENSINO MÉDIO.

Eduarda R. Fialho1, Josicelli S. Crispim1,2, Denise M. S. Bazzolli2, Jildete K.Santos1

1 Colégio de Aplicação/COLUNI, Universidade Federal de Viçosa, Brasil, Minas Gerais.

2 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Brasil, Minas Gerais.

[email protected]

RESUMO. "As células são classificadas em procarióticas e eucarióticas e apresentam

grande diversidade de formas e tamanhos. Dentro do grupo de células procarióticas

encontra-se o grupo das bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, que se diferem na

composição da parede celular. As células são invisíveis a olho nu, sendo necessário o uso

de microscópios para seu estudo. Algumas escolas possuem microscópios, mas seu uso

tende a ser limitado pela escassez de equipamentos. O Colégio de Aplicação (COLUNI)

é uma escola pública de nível médio que faz parte da UFV. Esta escola possui laboratório

equipado com poucos microscópios para a grande demanda de alunos. Por outro lado, o

Dep. de Microbiologia da UFV possui um laboratório de aulas práticas equipado. Com

intuito de fortalecer o ensino na área de diversidade celular dos estudantes do ensino

médio do COLUNI, este trabalho teve como objetivo a realização de aula prática

utilizando a infraestrutura da UFV. Pós-graduandos em Microbiologia Agrícola da UFV

ministraram aula para 160 alunos da 2° série no ano de 2017. Para avaliação da aula foi

aplicado aos alunos o questionário Likert com 5 escalas de alternativas (muito bom, bom,

indiferente, ruim e muito ruim). A aula foi baseada na técnica de Coloração de Gram, na

qual os alunos puderam manusear equipamentos, preparar lâminas e discutir sobre a

morfologia da célula bacteriana e a classificação em Gram-negativas e Gram-positivas.

Um total de 95,0% dos alunos classificaram como muito boa e boa a realização da aula

fora do ambiente escolar convencional. Em relação ao acesso aos microscópios, 98,6%

dos alunos classificaram em muito bom e bom. Já em relação à aprendizagem dos alunos,

foi verificado que 87.1% classificaram como muito boa e boa. Os resultados sugerem que

a parceria COLUNI e UFV deve ser incentivada e aperfeiçoada para contribuir ainda mais

com o aprendizado dos alunos na área de Biologia.

Palavras-chave: Educação, ensino, células procarióticas.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA

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50

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTITUMORAL IN VITRO DE DERIVADOS

DE DIBENZOILMETANO EM LINHAGENS CELULARES NORMAIS E

TUMORAIS.

Mariá A. B. R. Oliveira, Jefferson V. P. B. Baeta, Anesia Santos

Departamento de Biologia Geral; Departamento de Bioquímica Biologia Molecular.

Deparamento de Biologia Geral - Universidade Federal de Viçosa – MG.

[email protected]

RESUMO. Desde a descoberta da cisplatina, várias tentativas têm sido feitas com o

objetivo de desenvolver novos quimioterápicos com menor toxicidade e efeitos colaterais

para tratamento do câncer. Entre as diversas classes de compostos descritas na literatura,

que apresentam atividade antitumoral, in vitro e in vivo, encontram-se os

dibenzoilmetanos, conhecidos como DBM que formam um grupo raro de pequenas β-

dicetonas que apresentam diversas propriedades farmacológicas, como fotoproteção,

atividades antiinflamatória, antitumoral, antiviral e outras (Quiniro et al., 2006). Tais

compostos estão presentes em inúmeras de famílias de plantas como por exemplo

Annonaceas, Astraceas, Menispermaceae, Rosaceae, Salicaceae e, especialmente,

Leguminoseae. Estudos demonstraram que derivados de DBM apresentam capacidade de

interagir diretamente com a molécula de DNA em ensaios de pinçamento óptico in vitro

(Nascimento et al., 2018) e iniciar uma cascata de sinalização que culmina em morte

celular por apoptose. Com o presente trabalho, três compostos derivados do

dibenzoilmetano (DBM) foram sintetizados de acordo com a patente PI0006583-8, no

Laboratório de Química e Bioquímica de Produtos Naturais da Universidade Federal de

Viçosa. Para a purificação das amostras foi realizada a técnica de Cromatografia de Alta

Eficiência (CLAE) usando um sistema HPLC-SHIMADZU. Os compostos, depois de

caracterizados por espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C, foram

submetidos a avaliação antiproliferativa e citotóxica em linhagens celulares normais e

tumorais, com a finalidade de avaliar a eficiência quimioterápica e a seletividade dos

compostos inéditos obtidos. Tais resultados demonstrarão o potencial das novas drogas

obtidas e servirão de guia para futuros ensaios clínicos de fase I que pretendemos realizar

para cânceres tipo melanoma e outros.

Palavras-chave: câncer, dibenziolmetano, cultura de células, antiproliferativo,

aintitumotal.

Palavras-chave: Câncer, dibenziolmetano, cultura de células, antiproliferativo,

aintitumotal.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA

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UNIVERSIDADE DAS CRIANÇAS: O ESTUDO SOBRE CÉLULAS ATRAVÉS

DA LIVRE ESCOLHA. *

Rafaela M. Barreto, Paola C. Medeiros, Letícia M. Ferreira, Beatriz R. Lara, Monique M.

Coelho, Regina S. R. Silva, Elisângela E. Ferreira, Raquel A. Costa

[email protected]

RESUMO. Universidade das Crianças é um projeto de extensão que pertence a uma rede

mundial e tem como objetivo a divulgação científica através da livre escolha e tomada de

decisão das crianças. Isto é, as crianças têm a oportunidade de escolherem, dentre diversas

opções, o que querem aprender, mantendo seus interesses e a sua motivação. Segundo

Lino (2014), a escolha requer que a criança pense sobre as alternativas e possibilidades

em uma determinada situação, contribuindo assim para o seu desenvolvimento cognitivo

e social. Sendo assim, foram realizadas oficinas em duas turmas de 5º ano da Escola

Estadual Ministro Gabriel Passos em São João del Rei - Minas Gerais. Em um primeiro

momento, apresentamos o tema “Células”, escolhido previamente pelas professoras das

turmas, através de uma atividade que consistia em adivinhar o nome de diferentes objetos

utilizando tato, olfato e paladar. Assim, foi colocado uma venda nos olhos dos alunos e

os mesmos retiravam os objetos que estavam dentro de uma sacola e tentavam adivinhar

o nome de cada item. Ao final desta atividade, cada aluno escreveu perguntas acerca do

tema proposto. Com as perguntas foi possível organizar o que os alunos gostariam de

saber sobre células, permitindo, em um segundo momento realizar a oficina Mitos e

Verdades, na qual eram mostradas afirmações sobre o tema e os alunos julgavam como

corretas ou incorretas. Além disso, foram utilizados cartazes, lâminas observadas em

microscópio óptico e um modelo anatômico. Os resultados foram significativos,

obtivemos muitas perguntas dos alunos que se envolveram nas atividades propostas. Os

métodos utilizados auxiliaram para atingir os objetivos, como despertar o interesse e

atenção levando uma melhor compreensão do tema e, principalmente, empoderar os

alunos na construção do seu próprio conhecimento e desenvolvimento.

Palavras-chave: Células, conhecimento, livre escolha, divulgação científica, educação.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA E EVOLUÇÃO

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ESTUDO CITOGENÉTICO DE DUAS POPULAÇÕES DE Gnamptogenys

striatula, MAYR (FORMICIDAE: ECTATOMINAE): UM ENFOQUE

TAXONÔMICO.

Gisele A. Teixeira, Hilton J. A. C. Aguiar, Luísa A. C. Barros, Denilce M. Lopes, Tânia

M. F. Salomão

1 Laboratório de Citogenética de Insetos, Universidade Federal de Viçosa. 2

Universidade Federal do Amapá - Campus Oiapoque. 3 Laboratório de Biologia

Molecular de Insetos - Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. As formigas do gênero Gnamptogenys incluem 140 espécies com ampla

distribuição, sendo sua maior diversidade observada na região neotropical. Algumas

espécies neotropicais apresentam uma complexa taxonomia, como é o caso de

Gnamptogenys striatula, em que se observa notável variabilidade morfológica em

diferentes populações, o que indica se tratar de um complexo de espécies. Estudos

citogenéticos em formigas têm auxiliado na resolução taxonômica de muitas espécies.

Dados citogenéticos em Gnamptogenys estão disponíveis para 14 táxons e incluem

somente número e morfologia cromossômica. Assim, esse estudo objetivou caracterizar

duas populações de G. striatula (Rio de Janeiro-RJ e Petrópolis-RJ) por meio de técnicas

citogenéticas clássicas (número e morfologia cromossômica) e moleculares (mapeamento

de genes rDNA 18S). Metáfases mitóticas foram obtidas de gânglios cerebrais de larvas

pós-defecantes e coradas com Giemsa. Para o mapeamento dos genes rDNA 18S foi

utilizada a técnica de FISH. As sondas foram obtidas por amplificação via PCR

utilizando-se primers 18S desenhados para a abelha Melipona quinquefasciata e marcadas

de forma indireta. No Rio de Janeiro, G. striatula apresentou 2n=32 (20m+10sm+2st)

cromossomos e os blocos de genes rDNA 18S localizaram-se na região intersticial do

braço curto do sexto par metacêntrico, enquanto que em Petrópolis, foi observado 2n=34

(18m+8sm+8st) cromossomos e o quinto par metacêntrico foi o carreador dos genes

rDNA 18S. As diferenças cariotípicas observadas entre essas populações sugerem que G.

striatula seja um complexo de espécies, confirmando os dados morfológicos. Esses

resultados demonstram que a citogenética pode ser uma ferramenta útil para auxiliar na

resolução taxonômica de G. striatula.

Palavras-chave: Citogenética, Hymenoptera, complexo de espécies, Gnamptogenys.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA E EVOLUÇÃO

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53

OCORRÊNCIA DE INVERSÃO CROMOSSÔMICA ENVOLVENDO GENES

rDNA 18S EM Acromyrmex MAYR (FORMICIDAE: MYRMICINAE)

Gisele A. Teixeira1, Luísa A. C. Barros2, Hilton J. A. C. Aguiar2, Denilce M. Lopes1,

Tânia M. F. Salomão3

1 Laboratório de Citogenética de Insetos, Universidade Federal de Viçosa. 2

Universidade Federal do Amapá - Campus Oiapoque. 3 Laboratório de Biologia

Molecular de Insetos - Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. Estudos citogenéticos moleculares utilizando a técnica de Hibridização in situ

Fluorescente (FISH) para mapeamento de genes ribossomais em formigas têm auxiliado

na resolução de problemas taxonômicos e na compreensão da evolução cromossômica de

diferentes grupos. Os genes rDNA são ricos em pares de bases GC e por isso, em geral,

coincidem com as marcações evidenciadas pelo fluorocromo CMA3. O gênero

Acromyrmex inclui 33 espécies e é considerado o mais derivado dentre as formigas

cultivadoras de fungos em termos filogenéticos e citogenéticos. Dados citogenéticos

moleculares estão disponíveis para cinco espécies com 2n=38 cromossomos, que

apresentam os genes rDNA coincidindo com os blocos CMA3+ na região telomérica do

braço curto do maior par subtelocêntrico (par ST1). A espécie A. echinatior (2n=38)

apresenta marcações CMA3+ na região intersticial no braço curto desse par ST1,

sugerindo a ocorrência de uma inversão paracêntrica em Acromyrmex. No entanto, dados

citogenéticos moleculares para A. echinatior são ausentes. Assim, o presente estudo

objetivou mapear fisicamente os genes rDNA 18S por meio de FISH em A. echinatior

coletada em Barro Colorado, Panamá, e comparar esses dados com as marcações CMA3+

já conhecidas. Metáfases mitóticas foram obtidas de gânglios cerebrais de larvas pós-

defecantes e submetidas à solução hipotônica de colchicina e fixadores. As sondas de

rDNA 18S foram obtidas por amplificação via PCR utilizando-se primers 18S desenhados

para a abelha Melipona quinquefasciata e marcadas de forma indireta. A. echinatior

apresentou os genes rDNA 18S na região intersticial do braço curto do par ST1. Essa

localização dos genes ribossomais coincidiu com os blocos GC anteriormente observados

no par ST1 de A. echinatior, diferindo assim das demais espécies do gênero já estudadas.

Esse resultado, portanto, confirma a ocorrência de rearranjo cromossômico do tipo

inversão paracêntrica envolvendo a região de genes ribossomais em Acromyrmex.

Palavras-chave: Citogenética molecular, rDNA 18S, formiga cortadeira, Evolução

cromossômica.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR

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54

ENVOLVIMENTO DE PROFAGOS NA DIVERSIDADE BACTERIANA DE

Desulfovibrio alaskensis G20

Clara N. Laguardia1, Josicelli S. Crispim2, Larissa C. Araújo1, Roberto S. Dias1, Sérgio

O. de Paula1

1 Departamento de Biologia Celular, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,

Brasil. 2 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,

Brasil.

[email protected]

RESUMO. As Bactérias Redutoras de Sulfato (BRS) são um grupo caracterizado pela

redução de sulfato e produção de sulfeto de hidrogênio (H2S). Além da toxicidade do gás,

as BRS induzem a biocorrosão, gerando problemas na indústria petrolífera. Assim, há a

necessidade de controlar suas populações e uma forma é a utilização de bacteriófagos.

Esses vírus infectam bactérias, recebendo o nome de profagos aqueles que integram seu

material genético no genoma do hospedeiro. O objetivo deste trabalho é caracterizar dois

de quatro elementos profago-like de Desulfovibrio alaskensis previamente identificados

pelo nosso grupo de pesquisa. Os elementos profago-like foram identificados pelo

programa PHASTER a partir do genoma da linhagem D. alaskensis G20. A caracterização

dos elementos foi feita com os programas PSI-BLAST, BLASTn e Mauve. A D.

alaskensis G20 possui dois elementos profago-like com aproximadamente 78% de

identidade, classificados como completos e pertencentes à família Myoviridae, cobrindo,

em conjunto, por volta de 2,4% do genoma bacteriano. Um deles apresenta 41409 pb e

63,1% de conteúdo GC, enquanto o outro apresenta 48688 pb e 60,7% de conteúdo GC.

A análise comparativa desses profagos mostrou que são colineares e estão localizados de

forma invertida em fitas opostas do DNA. Além disso, o maior desses profagos possui

uma inserção de genes bacterianos de 7kp, demonstrando seu envolvimento com a

transferência horizontal de genes e diversidade bacteriana. Esses elementos apresentam

sequências que codificam integrase, peptidase, DNA metiltransferase, proteínas da cauda

do fago, do capsídeo, do portal, lisozima e uma proteína de membrana bacteriana. Este

estudo mostra que D. alaskensis G20 apresenta profagos muito similares que estão

envolvidos com a diversidade bacteriana. Estudos posteriores são necessários para

verificar a expressão desses profagos e estudar a possibilidade de sua utilização no

controle de BRS.

Palavras-chave: BRS, elementos profago-like, bacteriófagos.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR

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ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO INICIAL DE NOVA LINHAGEM DE

Desulfovibrio marinus.

Clara N. Laguardia1, Josicelli S. Crispim2, Larissa C. Araújo1, Jéssica D. Silva2, Roberto

S. Dias1, Maíra P. Sousa3, Cynthia C. Silva2, Sérgio O. de Paula1

1 Departamento de Biologia Celular, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,

Brasil. 2 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,

Brasil. 3 Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello,

CENPES, Rio de Janeiro, Brazil.

[email protected]

RESUMO. As Bactérias Redutoras de Sulfato (BRS) são um grupo que reduz sulfato e

produz sulfeto de hidrogênio (H2S). Além da toxicidade do gás, as BRS apresentam efeito

de biocorrosão, gerando problemas na indústria petrolífera. Uma opção no controle das

BRS é o uso de bacteriófagos. Esses vírus infectam bactérias podendo induzí-las a

produzir partículas virais e liberá-las através de lise celular, no ciclo lítico. O objetivo do

presente trabalho é isolar e caracterizar uma nova linhagem de BRS que será utilizada,

em estudos posteriores, para o isolamento de bacteriófagos líticos. Para isso, amostras de

um separador de uma plataforma de petróleo da Bacia de Campos, Rio de Janeiro, Brasil,

foram utilizadas para o isolamento bacteriano em meio sólido Postgate C. A técnica de

coloração de Gram e microscopia eletrônica de transmissão foram utilizadas para

caracterização do Gram e da morfologia bacteriana, respectivamente. Para identificação

da linhagem no nível de espécie foi realizado o sequenciamento do gene rRNA 16S.

Sequências de rRNA 16S com identidades próximas à sequência rRNA 16S do isolado

deste trabalho foram alinhadas pelo método Muscle e a árvore filogenética gerada pelo

método neighbor-joining, ambos usando o programa MEGA 6. A curva de crescimento

bacteriano foi determinada por meio de leituras da densidade óptica de 600nm da cultura.

O isolado bacteriano deste trabalho foi caracterizado como linhagem P48SEP que

apresenta a forma vibrio, coloração Gram-negativa e com crescimento à 30°C, sendo a

fase exponencial de crescimento visualizada entre 10 e 140 horas. O gene rRNA 16S

apresentou identidadede 99,66% com o gene rRNA 16S da linhagem IMP-2 de

Desulfovibrio marinus. As características de Gram, morfologia, condições de crescimento

e identidade do gene 16S nos levaram a classificar o isolado como pertencente à espécie

D. marinus.

Palavras-chave: Bactéria redutora de sulfato, petróleo, Gram-negativa.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR

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ESTUDO DE UMA SEQUÊNCIA DE DNA REPETITIVO EM Tetragonisca

angustula (HYMENOPTERA, MELIPONINI).

Jaqueline A. Pereira, Tânia Maria F. Salomão, Denilce M. Lopes

Laboratório de Citogenética de Insetos, Universidade Federal de Viçosa

[email protected]

RESUMO. As sequências de DNA repetitivo são um dos principais constituintes do

genoma dos eucariotos, sendo encontradas principalmente nas regiões heterocromáticas.

Atualmente várias funções têm sido atribuídas a essas sequências como manutenção e

formação da heterocromatina. Espécies da Tribo Meliponini apresentam grande

quantidade de heterocromatina, como em espécies do gênero Tetragonisca que ocorre um

predomínio em todo o braço curto dos cromossomos. Estudos com sequências repetitivas

são escassas na Tribo Meliponini, assim com o intuito de ampliar o conhecimento dessas

sequências isolamos e analisamos a distribuição de uma sequência de DNA repetitivo na

espécie Tetragonisca angustula. A obtenção da sequência foi feita a partir da digestão do

DNA total de Tetragonisca angustula por meio da enzima Bsp68I, o produto da digestão

foi avaliado em gel de agarose e a sequência de interesse purificada e utilizada como

sonda pela Hibridização fluorescente in situ. Os resultados mostraram que a sequência

isolada de T. angustula estava presente na heterocromatina de todos os cromossomos

dessa espécie. Esse resultado indica que possivelmente na heterocromatina dessa espécie

predomina uma determina sequência repetitiva e que essa sequência pode estar

contribuindo para formação e manutenção dessas regiões. Esse estudo servirá como base

para subsidiar discussões envolvendo sequências repetitiva e sua relação com a evolução

da heterocromatina em outras espécies da Tribo Meliponini.

Palavras-chave: Abelha sem ferrão, heterocromatina, enzima de restrição.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR

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57

ESCANEAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PROFAGOS EM GENOMAS DE

BACTÉRIAS DO GÊNERO Desulfovibrio.

Josicelli S. Crispim1, Roberto S. Dias1, Pedro M. P. Vidigal2, Maíra P. Sousa3, Cynthia

C. Silva1, Mateus F. Santana1, Sérgio O. de Paula4

1 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brazil.

2 Núcleo Análise de Biomoléculas, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,

Brazil. 3 Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello,

CENPES, Rio de Janeiro, Brazil. 4 Departamento de Biologia Geral, Universidade

Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brazil.

[email protected]

RESUMO. Bactérias do gênero Desulfovibrio pertencem ao grupo de Bactérias

Redutoras de Sulfato (BRS). As BRS causam significativos prejuízos à indústria de

petróleo devido a capacidade de causar corrosão microbiologicamente induzida,

formação de biofilme e produção de H2S. Bacteriófagos são uma forma alternativa para

o controle das BRS, cuja informação para este grupo de bactérias, entretanto, é escassa.

Assim, este trabalho teve como objetivo identificar e caracterizar profagos em genomas

de Desulfovibrio. Para isso, foram utilizados 47 genomas depositados em banco de dados.

Os genomas foram analisados pelo programa PHASTER e manualmente pela busca por

genes chaves na procura por elementos profagos-like. Os elementos que apresentaram

integrase, genes estruturais virais e características para a classificação nas famílias virais

pelo programa VirFam foram classificados como completos. A relação filogenética entre

os profagos completos foi verificada por Inferência Bayesiana e a sintenia entre as

sequências pelo programa Mauve. O sistema CRISPR-Cas foi identificado pelo programa

CRISPRfinder. Foram identificados 53 profagos completos em 46 dos 47 genomas. Estes

foram classificados dentro da ordem Caudovirales, com 69,82% pertencentes à família

Myoviridae. Dezeito dos profagos identificados possuem genes que codificam para

lisozima e holina. Quatro dos genomas analisados apresentam profagos com identidade

acima de 50% na mesma linhagem, cuja análise comparativa demonstrou a existência de

colinearidade entre as sequências. Dos 17 genomas bacterianos fechados analisados, 6

possuem sistema CRISPR-Cas classificado como inativo. A identificação da poli-

lisogenia, a proximidade entre os profagos completos e a possível inatividade do

CRISPR-Cas nos genomas fechados analisados, permitiu a escolha de linhagens poli-

lisogênicas com profagos pertencentes à família Myoviridae para isolamento de profagos

e testes em linhagens relacionadas para estudos posteriores.

Palavras-chave: Bacteriófagos, Bactérias redutoras de sulfato, CRISPR-Cas.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR

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58

CARACTERIZAÇÃO GENÔMICA DE DUAS BACTÉRIAS REDUTORAS DE

SULFATO DO GÊNERO Desulfovibrio.

Josicelli S. Crispim1, Pedro M. P. Vidigal2, Lívia C. Fidélis1, Clara N. Laguardia3, Larissa

C. Araújo3, Roberto S. Dias3, Maíra P. Sousa4, Sérgio O. de Paula3, Cynthia C. Silva1

1 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brazil.

2 Núcleo Análise de Biomoléculas, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,

Brazil. 3 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa, Minas

Gerais, Brazil. 4 Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de

Mello, CENPES, Rio de Janeiro, Brazil.

[email protected]

RESUMO. As BRS tem a capacidade de reduzir sulfato e produzir H2S como produto

do metabolismo. O H2S é extremamente tóxico para os trabalhadores das plataformas de

extração de petróleo e reduz a qualidade do mesmo devido ao processo de souring. Além

disso, as BRS tem a capacidade de formação de biofilme, que leva a corrosão de

tubulações de petróleo. Este trabalho teve como objetivo isolar, montar e sequenciar o

genoma de duas BRS. Para isso, amostras de plataformas de extração de petróleo da Bacia

de Campos, Rio de Janeiro, disponibilizadas pelo Cenpes-Petrobrás, foram utilizadas para

isolamento bacteriano. A extração de DNA das amostras foi realizada por meio do método

da proteinase K e enviado para sequenciamento pelo sistema HiSeq 2x300 (Illumina). A

montagem dos genomas foi realizada pelo método de novo por meio do programa CLC

Genomics (versão 9.5). A presença de elementos profagos-like e de sistema CRISPR-Cas

foram identificados pelos programas PHASTER e CRISPRone, respectivamente. Os

genes rRNA 16S das linhagens P37SLT e P48SEP apresentaram, aproximadamente,

99,7% de identidade com o gene rRNA 16S das linhagens D. indonesiensis OP12

(KP682307.1) e Desulfovibrio marinus IMP-2 (DQ365925.1), respectivamente, o que nos

levou a classificar as linhagens como pertencentes a estas espécies. D. indonesiensis

P37SLT foi isolada de um tanque slop (slop tank) e possui 4,2 Mp, 334 contigs, N50 igual

a 7, 4.026 genes, 3.958 CDSs, 4 arranjos CRISPR e dois locus cas (I-C e I-E).

Desulfovibrio marinus P48SEP foi isolada de um separador (sep) e possui 5,1 Mp, 392

contigs, N50 igual a 7, 4.748 genes, 4.680 CDSs, 1 arranjo CRISPR e um locus cas (I-C).

Ambas as linhagens possuem elementos relacionados à profagos, uma característica

comum do gênero Desulfovibrio. Estes são os primeiros genomas das espécies

Desulfovibrio indonesiensis e Desulfovibrio marinus, demonstrando a importância do

estudo dos mesmos.

Palavras-chave: BRS, CRISPR-Cas, profago.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR

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AVALIAÇÃO DO PERFIL DE EXPRESSÃO DE GENES DO METABOLISMO

HEPÁTICO DO NASCIMENTO À VIDA ADULTA

Kassiana Mafra, Brenda Nakagaki, Maísa Antunes, Hortencia Maciel, Camila Dutra,

Matheus Mattos, Mateus Lopes, Ariane Diniz, Maria Alice Lopes, Ana Carolina Silva,

Gustavo Menezes

Center for Gastrointestinal Biology, Departamento de Morfologia, Instituto de Ciências

Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, 31279-

901, Brasil.

[email protected]

RESUMO. O fígado desempenha múltiplas funções e sua importância vital tem início no

período gestacional. Entretanto ainda é desconhecido como o fígado adapta sua

organização uterina para reagir aos desafios pelos quais um recém-nascido passa ao longo

da vida, incluindo mudanças abruptas e na exposição a diferentes antígenos. O objetivo

deste trabalho foi caracterizar em alta dimensão a dinâmica de expressão hepática de vias

de metabolismo de carboidratos, lipídeos, xenobióticos e de síntese biliar desde os

primeiros momentos do nascimento até a fase adulta. Ainda, investigamos os impactos

das mudanças na agenda dietética no processo de maturação do fígado ao longo da vida..

Para isso, examinamos a expressão de 29 genes metabólicos em amostras de fígado de

camundongos através de q-PCR em diferentes grupos: animais 0 e 4 dias, 1, 2, 3, 4 e 8

semanas dos animais (n=5/grupo). Dividimos ainda em dois grupos de acordo com a

dieta, sendo animais com desmame convencional (3a semana de vida) e desmamados

precocemente (2a semana de vida; n=5/grupo) para todas as idades acima. Diversas vias

de metabolismo de carboidratos, lipídeos, metabolismo de xenobióticos e ácidos biliares

apresentaram uma menor expressão nas idades de 0 e 4 dias em comparação com a idade

adulta, alcançando um perfil de expressão semelhante aos adultos apenas no período

próximo ao desmame. De maneira interessante, os animais desmamados precocemente

apresentaram alterações na expressão das enzimas metabólicas, demonstrando que o

programa normal de desenvolvimento metabólico não é predeterminado, podendo ser

modulado pela dieta. Resultados anteriores de nosso grupo de pesquisa demonstraram

que há uma alta retenção de células imunes durante o período neonatal, que reduz

significativamente no adulto. Tais mudanças também ocorreram em concomitância com

o período de desmane dos animais. Desta forma, nossos dados sugerem que a agenda

dietética pode ser crucial para guiar o desenvolvimento do fígado na fase pós-natal.

Palavras-chave: metabolismo do fígado, desenvolvimento neonatal, desmame precoce.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR

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60

CARACTERIZAÇÃO DE UM PROFAGO PRESENTE NO GENOMA DE

Desulfovibrio alaskensis.

Larissa C. Araújo1, Josicelli S. Crispim2, Clara N. Laguardia1, Roberto S. Dias1, Sérgio

O. de Paula1

1 Departamento de Biologia Celular, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,

Brasil. 2 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,

Brasil.

[email protected]

RESUMO. As bactérias redutoras de sulfato (BRS) compõem um diverso grupo de

microrganismos anaeróbicos. Esses procariotos, como espécies do gênero Desulfovibrio,

são responsáveis pela biocorrosão de metais, que podem causar sérios danos na indústria

petrolífera. Uma das opções para controlar esses procariotos são os bacteriófagos.

Bacteriófagos são vírus que infectam bactérias, recebendo o nome de profagos aqueles

que integram seu material genético no genoma da célula hospedeira. Assim, o objetivo

desse trabalho consiste em caracterizar 1 de 4 elementos profago-like de Desulfovibrio

alaskensis G20, previamente identificados pelo nosso grupo de pesquisa, com intuito de

estudar a possibilidade de sua utilização como controle das BRS. A sequência do

elemento profago-like em análise foi avaliada pelos programas FGENESV0, para

predição de genes virais e PSI-BLAST, para predição de proteínas não identificadas. Foi

encontrado um tamanho de 40229pb, que cobre 1,07% do genoma bacteriano, e um

conteúdo G+C de 55,2%. Dentre os genes que compõe esse elemento, pode-se destacar

os que codificam proteínas integrases, peptidades, do portal, capsídeo, terminases, cauda,

fibras da cauda e replicação. De acordo com essa composição, esse elemento foi

classificado como um profago completo e pertencente à família Myoviridae, sendo um

possível profago induzível de D. alaskensis G20. Outro gene encontrado neste elemento

codifica uma proteína bacteriana, um transportador ABC envolvido no transporte de

lantibióticos. Além disso, três genes que codificam para transposases estão presentes. A

presença desses genes mostra a relação desse elemento na transferência horizontal de

genes, estando envolvido na diversidade bacteriana da linhagem. Outros estudos são

necessários para confirmar a expressão desse elemento, para posteriormente verificar a

possível utilização de profagos induzíveis de D. alaskensis G20 como controle de BRS.

Palavras-chave: Bacteriofagos, BRS, Myoviridae.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR

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61

CARACTERIZAÇÃO INICIAL DE UM NOVA LINHAGEM DE Desulfovibrio

indonesiensis.

Larissa C. Araújo1, Josicelli S. Crispim2, Clara N. Laguardia1, Jéssica D. Silva2, Roberto

S. Dias1, Maíra P. Sousa3, Cynthia C. Silva2, Sérgio O. de Paula1

1 Departamento de Biologia Celular, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,

Brasil. 2 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,

Brasil. 3 Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello,

CENPES, Rio de Janeiro, Brasil.

[email protected]

RESUMO. As Bactérias Redutoras de Sulfato (BRS) compõem um grupo de organismos

que reduzem sulfato, produzindo sulfeto de hidrogênio (H2S). Esses procariotos são

responsáveis pela biocorrosão de metais, que pode causar sérios danos na indústria

petrolífera. Por isso, é necessário controlar o crescimento deste grupo e uma das

alternativas é o uso de bacteriófagos. O objetivo deste trabalho foi isolar e caracterizar

uma BRS, que será utilizada no isolamento de bacteriófagos em estudos posteriores. Para

isso, amostras foram coletadas de tanque slop do poço 37 de uma plataforma de extração

de petróleo da Bacia de Campos, Rio de Janeiro. O isolamento bacteriano foi realizado

em meio sólido Postgate C. O isolado foi analisado por coloração de Gram e microscopia

eletrônica de transmissão, para determinação do Gram e da morfologia, respectivamente.

O crescimento bacteriano em tubos do tipo hungate foi verificado por meio da leitura da

densidade óptica de 600nm por 150 horas à 30°C. Para verificação da espécie bacteriana

foi realizado a extração de DNA e o sequenciamento do gene rRNA 16S. A árvore

filogenética foi montada por meio do programa MEGA6 com uso do método neighbor-

joining após alinhamento com sequências de rRNA 16S relacionadas. O isolado foi

identificado como vibrio Gram-negativo, cuja morfologia foi confirmada por microscopia

eletrônica de transmissão. Além disso, o isolado apresenta fase exponencial de

crescimento com início em 24h de incubação, que se estende até aproximadamente 65h,

quando se observa a queda do crescimento bacteriano. Pela análise da árvore filogenética

foi possível identificar que o isolado é pertencente à espécie Desulfovibrio indonesiensis,

com 99,79% de identidade do gene rRNA 16S com o gene rRNA 16S de D. indonesiensis

OP12. Todas as características fenotípicas analisadas neste trabalho confirmaram as

características da espécie, o que nos levou a classificar este isolado como D. indonesiensis

P37SLT.

Palavras-chave: Bactérias, Bacteriófagos, Gram-negativa.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA

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62

AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA DOS CORPÚSCULOS RENAIS DE

CAMUNDONGOS SWISS FÊMEAS TRATADAS COM CURCUMINA.

Amanda S. Gutierres, Talita A. Santos, Ianca G. C. Monteiro, Guilherme A. V. Pereira,

Julia R. Borges, Ana C. Valim, Fernanda C. R. Dias, Izabel R. S. C. Maldonado

Laboratório de Biologia Estrutural – Departamento de Biologia Geral – Universidade

Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais – Brasil.

[email protected]

RESUMO. A curcumina, derivado tumérico de Curcuma longa L., tem comprovada

função antioxidante e efeito protetor sobre a nefropatia diabética. Contudo, há

necessidade de se realizarem mais estudos, no sentido de averiguar, o efeito de doses

crescentes de curcumina, in vivo, pois um mesmo composto, a depender da dose, pode

ter efeitos tanto benéficos quanto nocivos. Neste estudo objetivou-se analisar os efeitos

de doses crescentes de curcumina sobre a morfologia dos corpúsculos renais de

camundongos fêmeas. Os procedimentos adotados foram autorizados pela comissão de

ética no uso animal da Universidade Federal de Viçosa (protocolo nº 555/2016). Foram

utilizadas vinte e quatro camundongas Swiss fêmeas, com 90 dias de idade, distribuídas

aleatoriamente em quatro grupos experimentais. O grupo controle (G1) recebeu 0,2mL

de dimetilsulfóxido (DMSO)/dia, e os grupos G2, G3 e G4 receberam curcumina, diluída

em DMSO, nas seguintes e respectivas dosagens: 250, 500 e 1000mg/kg/dia. O DMSO e

a curcumina foram administrados via gavagem durante 28 dias consecutivos. Os animais

foram mantidos sob temperatura (22 ± 2ºC) e luz controladas, em ciclo claro-escuro de

12h, tendo acesso a alimento e água ad libitum. No 29º dia de administração por gavagem

os animais foram pesados e submetidos à eutanásia. Posteriormente, o rim esquerdo foi

dissecado, pesado e fixado em solução Karnovsky. As análises morfométricas foram

feitas com a utilização do software ImageJ®. Os resultados foram analisados por

ANOVA seguido do teste Newman Keuls (p≤0.05). O animas do grupo G2 não sofreram

alterações nos parâmetros avaliados. Os grupos G3 e G4 apresentaram aumento do peso

relativo do rim e redução do diâmetro do corpúsculo renal. O grupo G4 apresentou

aumento no número de corpúsculo renal por área e peso absoluto do rim. Concluiu-se que

o consumo de altas doses de curcumina podem alterar a morfologia dos corpúsculos renais

de camundongos.

Palavras-chave: Açafrão, curcuminoides e morfologia renal.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA

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63

HISTOPATOLOGIA E ESTRESSE OXIDATIVO HEPÁTICO DE

CAMUNDONGAS NULÍPARAS TRATADAS COM CURCUMINA.

Amanda S. Gutierres, Talita A. Santos, Julia R. Borges, Ianca G. C. Monteiro, Guilherme

A. V. Pereira, Ana C. Valim, Janaína da Silva, Luiz Carlos M. Ladeira, Izabel R. S. C.

Maldonado

Laboratório de Biologia Estrutural – Departamento de Biologia Geral – Universidade

Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais – Brasil.

[email protected]

RESUMO. Curcumina é um polifenol presente no rizoma de Curcuma longa L. e suas

propriedades farmacológicas têm sido comprovadas experimentalmente. Este estudo

avalia se o consumo de curcumina em altas doses pode causar hepatoxicidade em

camundongas. Os procedimentos adotados foram autorizados pela comissão de ética no

uso animal da Universidade Federal de Viçosa (CEUA-UFV protocolo nº 555/2016).

Foram utilizadas 24 camundongas fêmeas da linhagem Swiss, com 90 dias de idade,

mantidas sob temperatura (22 ± 2ºC) e luz controladas, em ciclo claro-escuro de 12 h,

com acesso a alimento e água ad libitum. Os grupos experimentais consistiram em

controle (G1), que recebeu 0,2mL de dimetilsulfóxido (DMSO)/dia, e os grupos G2, G3

e G4, que receberam curcumina, diluída em DMSO, nas seguintes e respectivas dosagens:

250, 500 e 1000mg/kg/dia. O DMSO e a curcumina foram administrados via gavagem

durante 28 dias consecutivos. No 29º dia após o início da gavagem, as fêmeas foram

pesadas e submetidas à eutanásia. O fígado foi dissecado, pesado e dividido em dois

fragmentos, um foi congelado a -80°C e o outro fixado em solução Karnovsky. No

fragmento congelado foram mensuradas as atividades das enzimas antioxidantes catalase

(CAT), glutationa S-transferase (GST) e superóxido dismutase (SOD), e a concentração

de marcadores de estresse oxidativo, óxido nítrico (ON), malondialdeído (MDA) e

proteína carbonilada (PC). O material fixado foi destinado à análise histopatológica

utilizando o software ImageJ®. Os resultados foram analisados por ANOVA seguido do

teste Newman Keuls (p≤0.05). O grupo G2 não apresentou alterações hepáticas. Por outro

lado, animais dos grupos G3 e G4 apresentaram um aumento nos níveis de GST, ON,

MDA, PC e infiltrados inflamatórios. Apesar de sua segurança comprovada em baixas

doses, curcumina pode induzir lesão hepática quando consumida de forma contínua e

numa dosagem elevada.

Palavras-chave: Curcuminoides, enzimas antioxidantes e inflamação.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA

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64

STATUS OXIDATIVO HEPÁTICO DE CAMUNDONGAS LACTANTES

TRATADAS COM CURCUMINA.

Ana C. Valim, Talita A. Santos, Janaina da Silva, Ianca G. C. Monteiro, Julia R. Borges,

Guilherme A. V. Pereira, Amanda S. Gutierres, Izabel R. S. C. Maldonado

Laboratório de Biologia Estrutural – Departamento de Biologia Geral – Universidade

Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais – Brasil.

[email protected]

RESUMO. Curcuma longa é uma planta medicinal oriunda da Ásia, cujo rizoma é rico

em curcuminoides entre os quais a curcumina é o componente bioativo predominante. O

objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da administração de curcumina nos níveis de

enzimas antioxidantes e marcadores de estresse oxidativo no fígado de camundongas

lactantes. Os procedimentos adotados foram autorizados pela comissão de ética no uso

animal da Universidade Federal de Viçosa (protocolo nº 555/2016). Vinte e quatro

camundongas lactantes da linhagem Swiss, com 90 dias de idade, foram distribuídas

aleatoriamente em quatro grupos (G) experimentais. O grupo controle (G1) recebeu

0,2mL de dimetilsulfóxido (DMSO)/dia, e os grupos G2, G3 e G4 receberam curcumina,

diluída em DMSO, nas seguintes e respectivas dosagens: 250, 500 e 1000mg/kg/dia. O

DMSO e a curcumina foram administrados via gavagem durante 21 dias de lactação. Os

animais foram mantidos sob temperatura (22 ± 2ºC) e luz controladas, em ciclo claro-

escuro de 12h, com acesso a alimento e água ad libitum. No 22º dia após o ínicio da

gavagem os animais foram pesados e submetidos à eutanásia. O fígado foi dissecado,

pesado e congelado a -80°C para posterior determinação da atividade de enzimas

antioxidantes: catalase (CAT), glutationa S-transferase (GST) e superóxido dismutase

(SOD), e da concentração dos marcadores de estresse oxidativo, óxido nítrico (ON) e

malondialdeído (MDA). Os resultados foram analisados por ANOVA seguido do teste

Newman Keuls (p≤0.05). Os níveis de GST, SOD, ON E MDA não sofreram alterações

com o tratamento. Já os níveis de CAT foram reduzidos em 62%, 46% e 67% nos grupos

G2, G3 e G4, respectivamente. O consumo de curcumina durante a lactação reduz os

níveis de catalase, enzima antioxidante que auxilia o fígado no combate ao excesso de

radicais livres.

Palavras-chave: Catalase, curcuminoides e estresse oxidativo.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA

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65

HISTOLOGIA DAS BRÂNQUIAS DE ALEVINOS DE TILÁPIA GIFT

SUBMETIDOS A ENSAIO DE TOXICIDADE AGUDA DE NH3.

Francielle F. V. Santana, Thatiane C. Teixeira, Sérgio L. P. Matta, Iván A. S. Ortiz,

Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza P. Martins

[email protected]

RESUMO. A amônia é, depois do oxigênio dissolvido, o segundo parâmetro mais

importante na produção piscícola. A sua toxicidade, dependendo da concentração na

água, pode produzir desde alterações comportamentais até redução no crescimento e

ganho de peso, bem como mortalidades massivas. As brânquias são órgãos-alvo, sendo o

primeiro a reagir em condições ambientais desfavoráveis. Seu permanente contato com a

água, aliada à sua delgada estrutura, são as principais razões da sua grande sensibilidade.

Amostras de tecidos branquiais foram avaliadas em alevinos de tilápia GIFT com 0,47 g

de peso. Doze tratamentos, nas concentrações de 0,89, 1,58, 2,81 e 5 mg NH3/L, e nas

densidades de estocagem 5, 10 e 20 peixes/aquário, foram conduzidos em um ensaio de

toxicidade aguda de 96 h. As mortalidades registradas para as densidades de 5, 10 e 20

peixes/aquário foram: para a concentração de 0,89 mg NH3/L de 2, 5 e 16 peixes; para

1,58 mg/L de 2, 6 e 12 peixes; para 2,81 mg/L de 3, 4 e 13 peixes; e para 5 mg/L de 16,

19 e 50 peixes. Nas preparações foram identificadas alterações nas brânquias como:

aneurisma (A), dilatação de vasos sanguíneos (DV), dilatação do vaso central (DVC),

fusão lamelar (FL), hiperplasia (Hp), deleção do filamento secundário (DFS), deleção do

filamento primário (DFP), deformação do filamento primário devido à hiperplasia

(DFPH) e hemorragia (H). Para 0,89 mg/L, predominou DV; para 1,58 mg/L, DV

moderada a severa e DVC, bem como DFS, com maior redução no comprimento do

filamento secundário; para 2,81 mg/L, DV, DVC, FL, comprimento do filamento

branquial secundário muito reduzido; para 5,0 mg/L DV, DVC, Hp, comprimento do

filamento secundário muito reduzido, e acentuadas FL, DFS, DFP, H e DFPH. Apesar de

ter havido mortes, entende-se que a tilápia GIFT é uma variedade com alta tolerância aos

efeitos tóxicos da amônia, superior à resistência de outras linhagens. A máxima

concentração para criação segura de alevinos, com peso de 0,47 g ou maiores, é de 0,48

mg NH3/L.

Palavras-chave: Qualidade da água, histopatologia, tilápia, toxicidade aguda.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA

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EFEITO DE SEMENTE DE CHIA (Salvia hispanica L.) SOBRE PARÂMETROS

BIOMÉTRICOS TESTICULARES DE RATOS WISTAR IMATUROS

Francielle F. V. Santana1, F. C. R. Dias2, B. P. Silva3, M. Grancieri3, H. S. D. Martino3,

E. L. Oliveira2, A. L. P. Martins2, F. C. S. A. Melo1, S. L. P. Matta2

1 Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento

de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 3 Departamento de Nutrição,

Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. A chia (Salvia hispanica L.) é uma planta herbácea da família das lamiáceas,

originária do México, suas sementes já eram utilizadas como alimento pelos povos das

civilizações da América Central há muitos séculos. A importância do consumo desta

semente tem sido reforçada por especialistas em nutrição humana, uma vez que nela são

encontrados ácidos graxos poli-insaturados essenciais, fibras, proteínas e outros

nutrientes. Por seus diversos efeitos a chia vem sendo largamente utilizada pela

população. O objetivo do trabalho então foi avaliar os efeitos da ingestão de chia no

sistema reprodutor de ratos Wistar pós desmame. 16 machos (Rattus norvegicus,

linhagem Wistar, variação albinus), recém-desmamados, com 21 dias de vida distribuídos

em 2 grupos, alocados em gaiolas individuais de aço inox, em ambiente com temperatura

controlada (21 ± 1°C) e ciclo de claro e escuro de 12 horas controlado automaticamente.

Os animais receberam água destilada e suas respectivas dietas experimentais ad libitum.

Os grupos experimentais receberão as seguintes dietas: G1: controle (AIN-93G); G2:

controle (AIN-93G) + semente de chia. Ao final de 42 dias, após jejum de 12 horas, os

animais foram pesados, anestesiados com tiopental (30mg/Kg/IP) e orquiequitomizados.

Em seguida os testículos foram orquiequitomizados e pesados. Os dados foram

submetidos ao teste t e considerados significativos quando p≤0,05. O experimento foi

aprovado pela comissão de ética sob protocolo 20/2017. Foi observado aumento

significativo no peso corporal dos animais tratados (G1: 221.62±14.56 e G2:

247.98±11.99) e um aumento significativo no peso testicular (G1: 2.23±0.26 e G2:

2.74±0.23) no entanto não houve diferença no índice gonadossomático (G1: 1.01±0.09 e

G2: 1.10±0.08). Concluímos que a ingestão de chia na infância promove alterações

biométricas corporais e testiculares aumentando o peso testicular em animais na

puberdade sendo necessários estudos mais aprofundados para verificar os efeitos do

aumento do peso testicular nos parâmetros reprodutivos.

Palavras-chaves: Animais imaturos; Biometria; Reprodução.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA

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EFEITO ANTIOXIDANTE DO AÇAÍ DA MATA ATLÂNTICA (Euterpe edulis)

EM INTERTÚBULO SEMINÍFERO DE CAMUNDONGOS APOE -/-

Isabela P. S. Bento1, Luiz O. G. Ervilha2, Kyvia L. C. Costa Fernanda C. R. Dias Sérgio

L. P. Matta2, Fabiana C. S. A. Melo

1 Laboratório de Morfologia, Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal

de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 2 Laboratório de Biologia Estrutural,

Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais,

Brasil.

[email protected]

RESUMO. Capazes de adiar e precaver os danos estruturais causados por radicais livres,

os antioxidantes protegem o organismo. O açaí da Mata Atlântica, o Euterpe edulis,

Martius (gênero), é uma das fontes desses radicais, sendo uma fonte natural absorvida na

dieta, por ser rico em flavonoides. Frágeis à radicais livres, os gametas masculinos

precisam da proteção de antioxidantes durante o processo espermatogênico, por isso é

necessário a descobertas de formas exógenas para auxiliar a proteção natural dos mesmos.

Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito antioxidante do açaí da Mata Atlântica

sobre o intertúbulo e células de Leydig, através de análises morfométricas, utilizando

camundongos APOE -/- como modelo experimental. Utilizaram-se 40 camundongos

adultos com 14 semanas de vida. Estes foram divididos aleatoriamente em 4 grupos

experimentais: G1:(controle – dieta AIN-93M), M2% (dieta AIN-93M com açaí 2%),

M6% (dieta AIN-93M com açaí 6%) e SM (dieta AIN-93M com 50mg/kg/dia de

Sinvastatina). Após 75 dias os animais foram pesados, eutanasiados por asfixia com CO2

e em seguida orquiequitomizados. Os testículos foram fixados em Karnovsky e

processados em série etanólica crescente. Fragmentos dos testículos foram incluídos em

resina e destinados às análises morfométrica. Em comparação ao grupo controle, em

M2% houve um aumento na proporção (69,29%) e volume (97,76%) de vasos sanguíneos

dos intertúbulos. Em M6% ocorreu um aumento de 38,71% e 42,59% na proporção e no

volume de tecido conjuntivo, respectivamente. Em SM houve um aumento na proporção

(61,95%) e no volume (55,19%) de tecido conjuntivo e houve uma redução na proporção

de células (58,37%) e citoplasma (16,16%) de Leydig. O grupo M2% atuou sobre os vasos

sanguíneos, no entanto com o aumento da dose houve um aumento das células do

conjuntivo, podendo indicar fibrose testicular; enquanto o grupo SM atuou

principalmente sobre as células de Leydig e seus parâmetros.

Palavras-chaves: Antioxidante, intertúbulo, Leydig.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA

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AÇAÍ DA MATA ATLÂNTICA (Euterpe edulis) E SUA PROPRIEDADE SOBRE

OS TESTÍCULOS DE CAMUNDONGOS APOE -/-

Isabela Pereira da Silva Bento¹; Luiz Otávio Guimarães Ervilha2; Kyvia Lugate Cardoso

Costa; Fernanda Carolina Ribeiro Dias; Sérgio Luis Pinto da Matta²; Fabiana Cristina

Silveira Alves de Melo¹.

1 Laboratório de Morfologia, DBA, Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, Minas

Gerais, Brasil. 2 Laboratório de Biologia Estrutural, DBG, Universidade Federal de

Viçosa. Viçosa, Minas Gerais, Brasil.

[email protected]

RESUMO. O açaí é uma fonte natural antioxidantes absorvida na dieta. Os antioxidantes

são capazes de retardar e prevenir os danos estruturais que os radicais livres geram no

organismo. O açaí é Rico em flavonoides, uma de suas espécies é conhecida como juçara

Euterpe edulis, Martius (espécie), conhecido como o açaí da Mata Atlântica. Os gametas

masculinos são vulneráveis aos radicais livres e é importante a descoberta de fontes

exógenas de antioxidantes que possam atuar nos danos causados pelo excesso de radicais

livres durante o processo espermatogênico. Este trabalho tem como objetivo avaliar o

efeito do açaí da Mata Atlântica sobre o processo espermatogênico, através de análises

morfométricas testiculares, utilizando camundongos APOE -/- como modelo

experimental. Foram utilizados 40 camundongos adultos com 14 semanas de vida. Os

animais foram divididos aleatoriamente em 4 grupos experimentais: G1: (controle – dieta

AIN-93M), M2% (dieta AIN-93M com açaí 2%), M6% (dieta AIN-93M com açaí 6%) e

SM (dieta AIN-93M com 50mg/kg/dia de Sinvastatina). Após 75 dias os animais foram

pesados, eutanasiados por asfixia com CO2 e em seguida orquiequitomizados. Os

testículos foram fixados em Karnovsky e processados em série etanólica crescente.

Fragmentos dos testículos foram incluídos em resina e destinados às análises

morfométricas testiculares. Em comparação ao grupo controle, houve redução na altura

do epitélio (12,5%), dos índices tubulossomático (15,53%) e epiteliossomático (92,2%)

em todos os grupos tratados. Houve redução da proporção de túbulo em M2% (1,62%).

Observou-se aumento na área do lúmen (36,32%), na relação túbulo/epitélio (8,21%), e

aumento do diâmetro do lúmen (17,11%) em M6% e SM. Conclui-se então que o

tratamento com açaí da Mata Atlântica apresenta influência sobre o sistema reprodutor

masculino, reduzindo parâmetros tubulares, podendo ter influenciado negativamente a

produção de espermatozoides.

Palavras-chave: Testículo, açaí, reprodução.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA

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69

ANÁLISE HISTOLÓGICA DE ÓRGÃOS APÓS A INOCULAÇÃO DE

DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE CÉLULAS B16-F10 NO DORSO DE

CAMUNDONGOS.

Priscila F. S. Martins1, J. A. V.1, G. D. A. L.1, G.A. M.2, V. H. S. G.2, G. C. B.2, M. M.N.1

1 Departamento de Biologia Geral. 2 Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular

Universidade Federal de Viçosa-Brasil.

[email protected]

RESUMO. Melanoma é conhecido por ser bastante agressivo, altamente metastático e

letal. A elevada letalidade relacionada a esse tipo de câncer de pele está relacionada à sua

capacidade de invadir e colonizar outros órgãos, como pulmão, fígado e baço. Um dos

mais importantes modelos animais para o estudo do melanoma é o tumor subcutâneo, o

qual utiliza células de melanoma murino B16-F10 inoculadas no dorso de camundongos

C57BL/6. Com o intuito de padronizar a concentração de células B16-F10 a ser utilizada

em experimentos futuros, o objetivo desse trabalho foi avaliar a histologia de fígado,

pulmão e baço, frente a três concentrações de células B16-F10. Para isso, foram utilizados

24 camundongos machos C57BL/6 divididos em quatro grupos experimentais

(n=6/grupo), de acordo com as seguintes concentrações celulares: 1x105, 2x105, e 4x105

células B16-F10, além do grupo controle, o qual foi inoculado apenas com 200 μL de

PBS (CEUA/UFV, processo 41/2016). O volume tumoral e a massa do animal foram

mensurados a cada dois dias e os animais foram eutanasiados quando o primeiro animal

chegou ao volume tumoral de 3000 mm³. Os resultados mostraram que, apesar da massa

absoluta do fígado nos animais inoculados com 1x105 e com 2x105 células, da massa

relativa do fígado dos animais inoculados com 2x105 células e da massa absoluta do baço

dos animais inoculados com 1x105 mostrarem-se maiores, não foram observadas

metástases visíveis macro e microscopicamente. Além disso, análises histológicas não

diagnosticaram alterações morfológicas nesses órgãos. No entanto, o baço de animais

inoculados com 1x105 células apresentou pontos escuros em grande parte do campo

histológico. Tal presença pode ser correlacionada com a fagocitose de eritrócitos após

processos hemorrágicos decorrentes da presença do tumor. Portanto, conclui-se que não

ocorreram alterações histológicas nos órgãos avaliados, diante das concentrações

celulares de melanoma utilizadas.

Palavras-chave: Melanoma, metástase, fígado, pulmão, baço.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA

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AÇÃO DO EXTRATO DA POLPA DE JUÇARA (Euterpe edulis MARTIUS)

SOBRE O FÍGADO DE RATOS WISTAR INTOXICADOS COM CHUMBO.

Priscila G. Silva1, Kyvia L. C. Costa1, Ana Luiza P. Martins2, Lidiane S. Nascimento2,

Sérgio L. P. Matta2

1 Laboratório de Citologia e Histologia, Universidade do Estado de Minas Gerais-

Unidade Carangola, Minas Gerais. 2 Laboratório de Biologia Estrutural, Universidade

Federal de Viçosa, Minas Gerais.

RESUMO. A polpa de juçara tem sido objeto de estudo em função do elevado teor de

antocianinas e pode ser aliada no combate a danos hepáticos provocados pela exposição

do organismo a agentes tóxicos, como o chumbo. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos

do extrato hidroalcoólico da polpa de juçara sobre os parâmetros morfométricos do fígado

de ratos Wistar expostos ao chumbo. O experimento foi aprovado pelo Comitê de Ética

da UFV (protocolo 69/2010). Foram utilizados 34 ratos Wistar machos adultos. O grupo

I recebeu água destilada, o grupo II recebeu extrato de polpa de juçara na dose de 400

mg/kg, os grupos III e IV receberam chumbo nas doses de 32 e 128 mg/kg,

respectivamente, enquanto os grupos V e VI receberam extrato de polpa de juçara (400

mg/kg) e chumbo (32 e 128 mg/kg, respectivamente), por gavagem, durante 58 dias

consecutivos. Fragmentos hepáticos foram processados para microscopia de luz e

analisados com auxílio do software Image-Pro Plus. Para a análise morfométrica

registraram-se 2660 pontos por animal, coincidentes sobre os componentes hepáticos

(citoplasma e núcleo de hepatócitos, capilares sinusóides, vasos sanguíneos e células de

Kupffer) e gotículas lipídicas. Para a comparação das médias foi utilizado o teste de

Student Newman-Keuls (p≤0,05). O percentual de citoplasma diminuiu nos grupos

tratados em relação ao controle, enquanto a proporção de capilares sinusóides aumentou.

Houve aumento no percentual de células de kupffer e de lipídeos no grupo II e V,

respectivamente. O percentual de núcleos foi maior nos grupos II,IV,V eVI em relação

ao controle e grupo III. Não houve alteração significativa no diâmetro e no volume

nuclear. Porém, os volumes celular e citoplasmático diminuíram nos grupos II e VI em

relação ao grupo I. O uso do extrato, associado a doses altas de chumbo, potencializou os

danos hepáticos resultando em alterações na arquitetura celular e função hepática.

Palavras-chave: Juçara; metal pesado; hepatócitos.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA

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PARÂMETROS HISTOMORFOMÉTRICOS DO FÍGADO DE RATOS WISTAR

ADULTOS SUBMETIDOS A EXPOSIÇÃO AO CHUMBO.

Priscila G. Silva1; Kyvia L. C. Costa1; Ana Luiza P. Martins2; Lidiane S. Nascimento2;

Sérgio L. P. Matta2.

1 Laboratório de Citologia e Histologia,Universidade do Estado de Minas Gerais-

Unidade Carangola, Minas Gerais. 2 Laboratório de Biologia Estrutural-Universidade

Federal de Viçosa, Minas Gerais.

[email protected]

RESUMO. Por ser um metal onipresente no ambiente, o chumbo permanece associado a

diversas patologias sendo por isso, considerado um poluente com séria ameaça para saúde

humana. Embora seja bem conhecido que o chumbo exerce efeitos tóxicos sobre o fígado,

poucos estudos têm quantificado as alterações estruturais no tecido hepático após

exposição ao metal. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos do chumbo sobre o fígado de

ratos Wistar adultos intoxicados com diferentes doses do metal. O experimento foi

aprovado pelo Comitê de Ética da UFV, protocolo 69/2010. Foram utilizados 25 ratos

Wistar machos. O grupo controle (I) recebeu água destilada e os grupos tratados (II, III,

IV e V) receberam chumbo nas doses de 16, 32, 64 e 128 mg/kg, respectivamente, por

gavagem durante 60 dias consecutivos. Fragmentos hepáticos foram processados para

microscopia de luz e analisados com auxílio do software Image-Pro Plus. Para a análise

morfométrica registraram-se 2660 pontos por animal, coincidentes sobre os componentes

hepáticos (citoplasma e núcleo de hepatócitos, capilares sinusóides, vasos sanguíneos e

células de Kupffer) e gotículas lipídicas. Para a comparação das médias foi utilizado o

teste de Student Newman-Keuls. O percentual de citoplasma diminuiu nos grupos III, IV

e V em relação ao grupo I e II. Houve aumento na proporção de capilares sinusóides nos

grupos IV e V, e redução no percentual de células de Kupffer nos grupos II e III em

relação ao grupo I. Houve aumento no volume e no diâmetro dos núcleos dos hepatócitos

nos grupos tratados com chumbo. O percentual de núcleo, o percentual de lipídeos, o

volume citoplasmático e o volume celular não apresentaram alterações entre os grupos

experimentais. A exposição ao chumbo promoveu alterações estruturais no tecido

hepático, podendo afetar a capacidade de desintoxicação do órgão e comprometer assim,

a sua função.

Palavras-chave: Metal pesado, tecido hepático, morfometria.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA

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72

EFEITO DO HERBICIDA GLIFOSATO SOBRE A CAPACIDADE

ANTIOXIDANTE DO FÍGADO, RIM E MÚSCULO DE MORCEGO

FRUGÍVORO.

Renata M. P. Freitas, Esteban G. Ospina, Jerusa M. Oliveira, Mariáurea M. Sarandy,

Mariella B. Freitas

Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa MG, Brasil.

[email protected]

RESUMO. O desenvolvimento da agricultura vem acompanhado do intenso uso de

inseticidas, herbicidas e outros pesticidas que podem afetar organismos não-alvo.

Morcegos frugívoros podem estar expostos a esses herbicidas. O objetivo deste trabalho

foi avaliar a toxicidade do glifosato (Roundup) em tecidos relacionados ao metabolismo

energético. Morcegos machos adultos da espécie Artibeus lituratus, foram coletados em

matas próximas à Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. Posteriormente foram

divididos em dois grupos, o grupo controle (n=6) foi alimentado com frutos sem o

herbicida, e o grupo tratado (n=6), alimentados com frutos aspergidos com calda contendo

glifosato em uma concentração de 4 mL/100 mL de água, concentração comercial

recomendada pelo fabricante. Após 3 dias de tratamento os animais foram pesados e

eutanasiados. O fígado, rim e músculo peitoral foram retirados, homogeneizados,

centrifugados e o sobrenadante resultante foi utilizado para as análises de enzimas

antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa s-transferase

(GST). Foram mensurados também os níveis de óxido nítrico e de malondialdeído

(MDA). Neste trabalho não foi observado aumento significativo das enzimas SOD, CAT

e GST nos tecidos estudados, do grupo controle em relação ao tratado. Os níveis de MDA

e óxido nítrico também não sofreram aumento significativo, quando comparado ao

controle. Uma das possíveis explicações para a ausência de resultados significativos pode

ser o fato do glifosato ser um disruptor endócrino do sistema reprodutor e de os morcegos

terem sido expostos por um curto período de tempo.Novos estudos são necessários

considerando o tempo de exposição do animal ao herbicida, já que morcegos frugívoros

estão em constante contato com diferentes concentrações desse contaminante.

Palavras-chave: Quirópteros, ecotoxicologia, glifosato, estresse oxidativo.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA

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73

MORFOMETRIA DE PÂNCREAS E REGULAÇÃO DA GLICOSE NO

MORCEGO Anoura caudifer (CHIROPTERA, PHYLLOSTOMIDAE,

GEOFFROY, 1818).

Stella Bicalho Silva1, Mariella Bontempo Duca de Freitas1,2

1 Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento de Biologia Animal, Universidade

Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. Os morcegos (Mammalia: Chiroptera) apresentam uma rica diversidade de

hábitos alimentares. Dentre eles, os morcegos nectarívoros A. caudifer se alimentam de

uma fonte rica de energia, apresentando alta taxa metabólica, podendo consumir em

néctar o equivalente a um quarto de sua massa corporal. O objetivo deste estudo foi

investigar a possível existência de adaptações envolvidas na regulação de sua glicemia

por meio de análises histomorfométricas de ilhotas pancreáticas e análises de insulina

plasmática de A. caudifer. Dez morcegos adultos foram capturados com o uso de redes

de neblina durante a estação chuvosa em pomares com cultivos de bananas do Campus

da Universidade Federal de Viçosa. Foram alojados em caixas vazadas no Laboratório de

Ecofisiologia de Quirópteros e eutanasiados por decapitação. O sangue foi coletado para

posterior análise de glicose e insulina plasmática. Os pâncreas foram processados

histologicamente e destinados à morfometria onde se analisou volume, diâmetro, área e

perímetro das ilhotas pancreáticas. A captura, alojamento e procedimentos experimentais

foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal de

Viçosa (protocolo 883/2017) e registrados no Sistema de Autorização e Informação em

Biodiversidade – SISBIO. Em cativeiro, os animais foram alimentados com água, mel e

polpas de frutas (mamão, pêssego e banana). Os resultados mostraram aumento de 13%

no volume das ilhotas pancreáticas, se comparado a morcegos com dietas diferentes já

evidenciados pela literatura. Porém, ao contrário do esperado para um mamífero de dieta

rica em carboidratos, os níveis de insulina plasmáticos foram baixos, resultados

encontrados respaldam a hipótese que morcegos nectarívoros não regulam sua glicemia

apenas pela secreção de insulina e parecem necessitar de mecanismos compensatórios

como o exercício de alta atividade para manter sua normoglicemia.

Palavras-chave: Glicose, histomorfometria de pâncreas, dieta hiperglicêmica.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – IMUNOLOGIA

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74

CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA DE CÉLULAS ESPLÊNICAS E SUA

RELAÇÃO COM A VIA COLINÉRGICA POR IMUNOHISTOQUÍMICA.

Filipe R. O. Souza, Patrícia M. A. Lima

Laboratório de Cardiofisiologia e Biologia Molecular - Universidade Federal de São João

Del Rei.

[email protected]

RESUMO. O peptídeo vasoativo intestinal (VIP) é um neuropeptídeo de efeitos

modulatórios em células do sistema imune, inibindo a produção de citocinas pró-

inflamatórias e estimulando a produção de citocinas antiinflamatórias. VIP atua através

de seus receptores de membrana, VIPR1 e VIPR2, expressos por, por exemplo, linfócitos

e macrófagos. Neste trabalho, foram caracterizados fenotipicamente baços de

camundongos C57/BL/WT neonatos e adultos para verificar a presença dos receptores

VIPR1 e VIPR2, que podem estar envolvidos na modulação da resposta antiinflamatória.

Os baços foram submetidos ao protocolo de imunohistoquímica clássica em parafina, e a

reação revelada com Streptavidina-Peroxidase e Diaminobenzidina (DAB). Os cortes

foram realizados em triplicata e contra-corados com Hematoxilina de Harrys. Para a

análise estatística, foi utilizado o teste Student-t, unicaudal independente para

comparação entre as populações positivas: VIPR1 adulto vs. VIPR1 neonato; VIPR2

adulto vs. VIPR2 neonato e VIPR1 vs. VIPR2 entre adultos e entre neonatos, com p≤0,05.

Em adultos, a população VIPR1+ foi maior quando comparada com a população VIPR2+.

Em neonatos, a população VIPR2+ foi maior, apesar de não haver diferença

estatisticamente significativa em ambos os testes. A expressão de VIPR1, quando

comparada entre adultos e neonatos, demonstrou maior presença em adultos, apesar da

diferença não ser estatisticamente significativa (p=0,06). Os resultados deste estudo

evidenciam a importância da atividade de VIP na fase neonatal no baço, uma vez que há

expressão dos receptores para VIP neste órgão. A presença dos receptores VIPR1 e

VIPR2 em ambas as fases adulta e neonatal evidencia seu papel na modulação da

atividade de linfócitos e macrófagos esplênicos, principalmente na manutenção da

homeostase antiinflamatória em neonatos. As informações provenientes deste trabalho

poderão ser usadas para a compreensão da atividade modulatória de VIP em diferentes

condições fisiológicas e patológicas.

Palavras-chave: Inflamação; VIP; VIPR1; VIPR2.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – IMUNOLOGIA

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75

MELHORA DO REPARO DE FERIDAS INCISIONAIS PELOS EFEITOS

SISTÊMICOS DA TOLERÂNCIA ORAL EM CAMUNDONGOS

SENESCENTES.

Rafaela M. Barreto, Monique M. Coelho, Ana Luiza H. Torres, Vivian A. Resende, Juan

F. S. Monteiro, Raísa M. S. Oliveira, Rosiane A. Castro, Raquel A. Costa

1 Universidade Federal de São João del Rei.

[email protected]

RESUMO. A cicatrização é o processo mais comum de reparo de feridas em mamíferos,

sendo piorada durante o envelhecimento. Feridas realizadas em fetos e em animais

imunodeficientes fecham por regeneração em vez de cicatrização. Diante disso, diminuir

o processo de inflamação é importante para um melhor reparo de feridas. O fenômeno da

tolerância oral (TO), que consiste na ingestão voluntária por via oral de uma proteína

seguida de imunizações parenterais com a mesma proteína, gera supressão da resposta

imune. Já temos evidências que a imunização com uma proteína tolerada melhora a

cicatriz de feridas em camundongos jovens (Costa et al 2016; 2011). Neste trabalho,

avaliou-se os efeitos sistêmicos da TO no dia em que ferida foi feita na pele de

camundongos senescentes, aprovado pelo CEUA-UFSJ-(n=5). Para indução da TO os

animais dos grupos Tolerante (tolerizados com 8 ou 67 semanas) receberam uma solução

de clara de ovo 1:5 por ingestão voluntária durante 5d como única fonte de líquido. Os

grupos Lesão e Imune ingeriram água ad libitum. Após sete dias os grupos Tolerante e

Imune depois de anestesiados receberam a injeção i.p. de 0,25ml de 10μg OVA+1,6 mg

Al(OH)³ e em seguida foi feita a lesão incisional e o grupo Lesão recebeu salina i.p. Para

avaliação histológica, os fragmentos de pele contendo a ferida foram coradas com

Hematoxilina-Eosina e Tricromático de Gomori com 5 e 40d após a lesão. Os efeitos

sistêmicos da TO não alteraram estatisticamente a cinética e o número de células

inflamatórias e fibroblastos. Avaliação quantitativa e qualitativa demonstram que os

animais tolerantes apresentam uma área de cicatriz menor com uma organização da matriz

extracelular mais próxima da pele intacta 40d após a lesão. Concluímos que em animais

senescentes os efeitos sistêmicos da TO contribuem para o reparo de lesões, apresentando

uma melhor distribuição das fibras colágenas quando tolerizados com 67 semanas.

Palavras-chave: Tolerância Oral; Senescência; Cicatrização; Reparo; Pele.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – IMUNOVIROLOGIA

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O ZIKA VÍRUS AUMENTA A PRODUÇÃO DE ROS EM CULTURA PRIMÁRIA

DE ASTRICITOS E DE CÉLULAS PRECURSORAS DE

OLIGODENDRÓTICAS.

Ítalo E. P. Silva, Roberto S. Dias, Edjon G. Santos, Mario J. Oliveira Neto, Sérgio O. de

Paula

Laboratório de Imunovirologia Molecular- DBG- UFV

[email protected]

RESUMO. Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, até 29 de outubro de 2016, foram

notificados 10.039 casos de microcefalia relacionadas ao ZIKV. Sabe-se que uma das

principais causas de dano celular no Sistema Nervoso Central (SNC) se deve ao aumento

e consequente acúmulo de Espécies Reativas de Oxigênio (ROS), que podem ser causadas

também por infecções virais, conforme descrito para Dengue, Encefalite Japonês,

Hepatite C, entre outras doenças virais. Com base na sua suscetibilidade à infecção por

ZIKV e seu papel na homeostase do SNC, os astrócitos e as células precursoras de

oligodendrócitos (OPC) fornecem um bom modelo celular para investigar os mecanismos

de entrada do vírus nas células e seus efeitos. A cultura primária destas células é uma

ferramenta utilizada neste trabalho, tendo em conta a sua maior similaridade com as

funções in vivo. Para a cultura primária, foram utilizados camundongos Swiss neonatos

(1-4 dias de idade), nesta fase o desenvolvimento do cérebro murino é equivalente ao

segundo trimestre do desenvolvimento do SNC humano. Os animais foram eutanasiados,

o cérebro removido e as células separadas enzimaticamente. Após o plaqueamento, as

células da glia foram separadas em astrócitos e células precursoras de OPC por agitação.

Para quantificação da produção de ROS, o reagente DCFDA foi utilizado no ensaio de

microplaca, as células foram então analisadas no leitor de fluorescência SpectraMax 4M.

As leituras foram realizadas em intervalos de tempo pós-infecção. Os dados mostram um

aumento gradual na produção de ROS ao longo do tempo, onde há um acúmulo

significativo no intervalo entre 12 e 24 horas após a infecção. OPC mostram uma

produção e acumulação de ROS ainda maiores em comparação com as outras duas linhas

celulares analisadas (astrócitos e VERO). Análises feitas no citômetro de fluxo BD FACS

mostram que o número de células com alta produção de ROS também aumenta a partir

de 3 horas após a infecção, onde mais uma vez os OPCs têm um índice mais elevado do

que as outras células. Esses dados sugerem que os tipos de células reagem de maneira

diferente às infecções por ZIKV e que um grande acúmulo de ROS ocorre ao longo do

tempo de infecção.

Palavras-chave: Zika Virus, Neuroglia Cells, ROS.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – IMUNOVIROLOGIA

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AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE FAGO LÍTICO NO CRESCIMENTO DA

BACTÉRIA Escherichia coli EM MEIO MÍNIMO COM DIFERENTES FONTES

DE CARBONO.

Jéssica D. Silva, Roberto S. Dias, Josicelli S. Crispim, Mirelly J. Fernandes e Silva,

Maraisa M. Marcelino, Thainá I. Lima, Sérgio O. de Paula.

Laboratório de Imunovirologia Molecular

[email protected]

RESUMO. Os vírus que infectam bactérias, bacteriófagos, são promissoras ferramentas

biotecnológicas, tendo um importante papel na genética bacteriana, na produção de

oligopeptídeos e anticorpos, pela técnica de “phage display” e no controle do crescimento

bacteriano. Fagoterapia é o termo utilizado quando determinado grupo bacteriano,

normalmente patogênicos ou de importância ambiental, tem sua ação combatida pela lise

promovida por bacteriófagos líticos. A bactéria Escherichia coli é um micro-organismo

modelo, que coloniza o intestino de animais endotérmicos e possui cepas de importância

médica. O objetivo desse trabalho foi comparar a dinâmica de crescimento de uma

linhagem selvagem de E. coli isolada de casos de mastite clínica, em diferentes fontes de

carbono, e o impacto desse crescimento quando a bactéria é exposta à diferentes MOI

(Multiplicity Of Infection) de um fago lítico capaz de infectá-la. Para a avaliação da

influência do fago na curva de crescimento, a bactéria foi cultivada em meio mínimo M9,

com 3 fontes de carbono (Glicerol, Lactato e Succinato), além do meio comercial comum,

Luria Bertani (LB). Alíquotas de 200 μL de bactéria na densidade óptica (DO) 0,1,

crescidas nas diferentes fontes de carbono, foram adicionados à uma microplaca,

incubada à 37 °C durante 24 horas, com a DO sendo lida a cada 15 minutos após leve

agitação. Os fagos foram inoculados em diferentes MOI (10; 1; 0,1; 0,01; 0,001) em cada

poço no início do crescimento bacteriano. A fonte de carbono demonstrou ser um

importante fator na dinâmica de crescimento bacteriano, uma vez que Lactato e Glicerol

apresentaram curvas de crescimento com D.O final maior do que a apresentada pelo meio

comercial LB. Além disso, mesmo tendo sido inoculadas diferentes concentrações de

bacteriófagos, o crescimento bacteriano foi atingido de forma similar, com valores

inferiores a DO 0,3, independente do MOI utilizado. Nos controles sem a presença do

fago, a D.O chegou a 0,7. Esses valores demonstram que o fago inibiu fortemente o

crescimento bacteriano

Palavras-chave: Bacteriófagos, fagoterapia, curva de crescimento, Escherichia coli.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – IMUNOVIROLOGIA

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78

A INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO E FONTE DE CARBONO NA

PRODUTIVIDADE DE BACTERIÓFAGOS EM Escherichia coli.

Jéssica D. Silva, Roberto S. Dias, Josicelli S. Crispim, Déborah R. G. Lopes, Maraisa M.

Marcelino, Mirelly J. Fernandes e Silva, Thainá I. Lima, Sérgio O. de Paula

Laboratório de Imunovirologia Molecular

[email protected]

RESUMO. Bacteriófagos são vírus que infectam bactérias, e são utilizados em diversas

aplicações biotecnológicas. A capacidade de lisar as células bacterianas após a infecção

é uma das características mais exploradas desses organismos, pois dessa forma, os fagos

podem ser usados para controlar o crescimento de seu hospedeiro, numa abordagem

denominada fagoterapia. Enzimas fágicas capazes de desfazer o biofilme bacteriano,

como as depolimerases, também são promissoras ferramentas a serem exploradas. Sendo

assim, a produção otimizada de partículas fágicas, com o menor custo de produção e o

maior título viral possível é um objetivo a ser alcançado na fagoterapia. Esse trabalho

compara o número de Unidades Formadoras de Placas (UFP) obtidas a partir da infecção

de um bacteriófago lítico T4-like em uma linhagem de Escherichia coli, ambos

pertencentes ao acervo do Laboratório de Imunovirologia Molecular. A bactéria foi

cultivada em meio mínimo M9, com seis diferentes fontes de carbono - piruvato,

succinato, lactato, acetato, glicerol e glicose - em duas concentrações, 0,2% e 0,4%. Aos

5 mL do inóculo bacteriano em D. O inicial de 0,1, foram adicionados a alíquota de fagos,

no MOI (Multiplicity of Infection) de 0,01. A mistura foi cultivada sob agitação por 20

horas, a 37°C e 200 rpm. O número de UFP obtido a partir das diferentes condições de

cultivo foram comparados aos encontrados quando a bactéria foi cultivada em meio

comercial Luria Bertani - LB. Tanto em 0,2%, quanto em 0,4%, piruvato foi a fonte de

carbono que apresentou maior número de UFP, enquanto acetato foi a fonte que

apresentou o menor número. Em 0,2% piruvato apresentou 20 vezes mais UFP do que

acetato, e em 0,4%, 8 vezes mais (Teste de Tukey, p < 0,05). Já quando se avalia as UFP

formadas a partir de diferentes concentrações de uma mesma fonte de carbono, não foi

observada diferença (Teste T, p> 0,05). Os resultados obtidos indicam que a natureza da

fonte de carbono influenciou mais no número final de UFP do que as concentrações

testadas.

Palavras-chave: Bacteriofágos, Meio mínimo, UFP.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – IMUNOVIROLOGIA

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OTIMIZAÇÃO E EXPRESSÃO HETERÓLOGA DA PROTEÍNA NTPDase 2 DE

Leishmania (VIANNIA) braziliensis (sp.) (VIANNA, G.)

Nancy R. Torres, J. V. B. Moraes, R. S. Vasconcellos, G. C. Bressan, J. L. R. Fietto,

J.L.R.

Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Universidade Federal de Viçosa,

Viçosa/ MG, Brazil.

[email protected]

RESUMO. Leishmania braziliensis é o principal causador da leishmaniose tegumentar

no Novo Mundo. Não há vacina para uso humano e as drogas disponíveis para tratamento

causam toxicidade e resistência. Cepas de L. braziliensis possuem diferente atividade

ectonucleotidásica, que afeta o desenvolvimento da doença (LEITE et. al., 2012). Sugere-

se que alta hidrólise de nucleotídeos está relacionada à maior virulência e que a NTPDase

2 está envolvida nesse processo. Resultados prévios, indicam polimorfismos não

silenciosos na sequência da enzima de NSL, sugerindo uma possível influência na

atividade enzimática. Assim, objetivo do trabalho consistiu na otimização da sequência e

expressão da enzima de ambas as cepas a fim de avaliar se elas diferem bioquimicamente.

A otimização das sequências foi feita utilizando a ferramenta Codon optimization (IDT)

e analisadas no programa Geneious para análise de sítios de restrição e frame. As

construções obtidas comercialmente foram transformadas em células pRARE, induzidas

por 0h, 1h, 2h, 3h, 4h e 24h com 0,6mM de Isopropyl ß-D-1-thiogalactopyranoside

(IPTG), um análogo da lactose não hidrolisável. Os pellets foram processados e

analisados por SDS-PAGE e western blotting. As concentrações de 0,2mM, 0,3mM,

0,4mM e 0,5mM de IPTG também foram avaliadas. As amostras foram processadas e a

fração solúvel e corpo de inclusão foram analisadas por SDS-PAGE e western blotting.

Foi observada pouca expressão nos tempos 0h e 24h, com maior quantidade de proteína

expressa em 2h para ET e 4h para NSL, predominantemente no corpo de inclusão. Como

perspectiva, pretendemos avaliar a relação dos polimorfismos com a atividade dessas

enzimas. Realizar estudos de atividade in vitro em clones do parasito que tenham essas

mutações e avaliar se tais clones possuem diferenças quanto à infecção, que possam

relacionar o papel da enzima NTPDase 2 com a capacidade infecciosa dos parasitos.

Palavras-chave: Protozoário, ectonucleotidases, polimorfismos.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE INVERTEBRADOS

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MORFOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR MASCULINO DE

Leptoglossus zonatus (Dallas, 1852) (HETEROPTERA: COREIDAE).

Alessandra S. B. Toni, Edmilson A. Souza, Davy S. Gomes, Luciane C. O. Lisboa, Ézio

M. Silva

Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Viçosa, Campus

Rio Paranaíba.

[email protected]

RESUMO. A descrição morfológica dos aparelhos reprodutores masculinos e

espermatozoides dos insetos tem sido utilizada como importante característica para

análises taxonômicas. Apesar da anatomia dos testículos dos Coreidae variar pouco, a

descrição histológica permanece escassa. Este trabalho tem como objetivo descrever

histologicamente o aparelho reprodutor masculino de Leptoglossus zonatus. Sete

indivíduos foram coletados em lavouras de milho no município de Rio Paranaíba, Minas

Gerais. Os aparelhos reprodutores foram dissecados, incluídos em historesina Leica,

seccionados à 3µm de espessura e corados com Azul de Toluidina. O aparelho reprodutor

masculino de L. zonatus apresenta um par de testículos, um par de ductos deferentes, um

par de glândulas acessórias e ducto ejaculatório. Os testículos possuem forma de leques

e são formados por sete folículos separados por septos. A membrana que envolve cada

folículo possui coloração avermelhada. Nos folículos são observadas regiões diferentes

de acordo com o estágio da espermatogênese. Foram observadas células em divisão na

região distal (germário). A região de maturação e redução foi caracterizada pela divisão

meiótica dos espermatócitos. Na região proximal dos folículos, várias espermátides em

processo de espermiogênese foram observadas. As glândulas acessórias apresentaram

epitélio simples com células variando de cúbica a colunar. A vesícula seminal, local de

armazenamento de espermatozoides, apresentou epitélio de revestimento simples colunar.

Geralmente, os Coreidae apresentam testículos com sete folículos e membrana peritoneal

variando da cor laranja a vermelha, como foi observado em L. zonatus.

Palavras-chave: Histologia, Taxonomia, Percevejo-do-milho.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE INVERTEBRADOS

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HISTOLOGIA E ULTRAMORFOLOGIA DAS GLÂNDULAS DE VENENO E

DUFOUR DO PARASITOIDE Hymenoepimecis bicolor BRULLÉ, 1846

(HYMENOPTERA:ICHNEUMONIDAE). *

Jamile F. S. Cossolin, Thiago G. Kloss, Jober F. Sobczak, Fabrícia G. Lacerda, Leandro

L. Oliveira, José E. Serrão

1 Laboratório de Ultraestrutura Celular, Departamento de Biologia Geral, Universidade

Federal de Viçosa, Viçosa-MG, Brasil, 36.570-900. 2 Departamento Ciências Biológicas,

Universidade do Estado de Minas Gerais, Ubá-MG, Brasil, 36.502-000. 3 Universidade

da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB, Acarape-CE, Brasil,

62.785-000. 4 Departamento de Biologia, Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde,

Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre-ES, Brasil, 29500-000.

[email protected]

RESUMO. Vespas parasitoides do gênero Polysphincta (sensu Townes 1969) paralisam

exclusivamente aranhas pela inoculação de substâncias químicas produzidas pelas

glândulas de veneno e de Dufour, seguida da deposição de um ovo no abdômen da aranha

hospedeira. Para este estudo 15 glândulas foram dissecadas e fixadas em Zamboni por

24h. Em seguida, o material foi desidratado em série crescente de etanol e preparados

para as microscopias de luz e eletrônica de varredura. A glândula de veneno é formada

por uma porção secretora ramificada em formato tubular alongado, que se conecta ao

reservatório a partir de várias entradas. As extremidades distais de cada tubo secretor se

dilatam e terminam em uma extremidade fechada, curta e fina. As células secretoras

compreendem um epitélio simples colunar, contendo um núcleo volumoso com cromatina

descondensada. O citoplasma é basófilo e rico em vacúolos. Acima da camada secretora,

há uma camada de células achatadas produtoras de cutícula que reveste o lúmen da

glândula de veneno. O reservatório da glândula de veneno possui formato de saco

alongado, contendo uma camada de células cúbicas e um núcleo central e volumoso. Todo

o epitélio secretor e do reservatório é revestido por cutícula. A glândula de Dufour tem

forma de um pequeno saco alongado com a extremidade distal fechada. O epitélio secretor

compreende células basófilas, colunares, contendo um núcleo esférico com cromatina

descondensada. O epitélio desta glândula é revestido por uma espessa cutícula. A

morfologia da glândula de veneno varia dentro dos Hymenoptera. Em Apis mellifera

(Apidae), a porção secretora é bifurcada distalmente, tendo um único ponto de entrada

para o reservatório, já em Myrmica rubra (Formicidae) são dois pontos de entrada para o

reservatório, sendo que cada porção secretora termina em um fundo cego. Com relação a

glândula de Dufour, sua morfologia tem se mostrado preservada dentro dos Hymenoptera.

Palavras-chave: Vespa, glândulas do ferrão, Polysphincta, parasitismo. APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE INVERTEBRADOS

MORFOLOGIA DAS GLÂNDULAS SALIVARES DE Scaptocoris castanea

PERTY, 1830 (HEMIPTERA: CYDNIDAE).

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82

Jamile F. S. Cossolin1, Luis Carlos Martínez2, Monica J. B. Pereira3, Lucia M. Vivan4,

José E. Serrão1

1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa, 36570-000 Viçosa,

Minas Gerais, Brasil. 2 Departamento de Entomologia, Universidade Federal de Viçosa,

36570-000 Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 3 Departamento de Agronomia, Universidade

do Estado de Mato Grosso, 78300-000 Tangará da Serra, Mato Grosso, Brasil. 4 Fundação

de Apoio a Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Rondonópolis, Mato Grosso, Brasil.

[email protected]

RESUMO. O percevejo Scaptocoris castanea (Hemiptera: Cydnidae) tem hábito

alimentar fitófago sendo também praga agrícola nas culturas de soja, algodão e pastagem.

Nos Hemiptera, a ingestão do alimento é dependente da digestão extra-oral. Este tipo de

estratégia de alimentação consiste na injeção de enzimas digestivas no alimento para ser

liquefeito e posteriormente ingerido. Tais enzimas digestivas são produzidas pelas

glândulas salivares, as quais podem terem diversas formas, dependendo da posição

taxonômica do inseto. Assim, o trabalho tem como objetivo estudar a morfologia e

ultraestrutura das glândulas salivares de Scaptocoris castanea. Para análise ultraestrutural,

5 pares de glândulas salivares foram analisadas em microscópio eletrônico de varredura

e para análise histológica, 15 pares de glândulas salivares foram seccionados e observados

em microscópio de luz. O sistema salivar de S. castanea está localizado no tórax sendo

formado por um par de glândulas principais e um par de glândulas acessórias. A glândula

salivar principal tem dois lobos, sendo o lobo anterior menor e parcialmente esférico com

lúmen fracamente corado e granular e o lobo posterior maior e alongado com lúmen

basófilo. A glândula salivar principal, foi ligada ao aparelho bucal por um ducto salivar

principal, que tem início no hilo localizado entre os dois lobos. A glândula acessória, teve

formato tubular longo e foi conectada ao hilo da glândula salivar principal pelo ducto da

glândula acessória, seu lúmen é estreito. O epitélio secretor das glândulas principal e

acessória é simples, possuindo células cúbicas contendo núcleo central esférico, grumos

de cromatina condensada e nucléolo aparente. No entanto, na glândula acessória foi

encontrado pequenas células na base do epitélio que não atinge o lúmen. O sistema salivar

de S. castanea é similar ao de outros Hemiptera Pentatomorpha, porém com ocorrência

de células na base na glândula salivar acessória que não se comunicam com o lúmen.

Palavras-chave: Glândula salivar, Hemiptera, Ultraestrutura, Morfologia.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE VERTEBRADOS

BIOMETRIA RENAL E BIOQUÍMICA SÉRICA DE RATOS WISTAR

EXPOSTOS AO ARSENITO DE SÓDIO.

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Letícia G. Piuzana, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Luiz O. G. Ervilha, Mariana

M. Neves

Laboratório de Biologia Estrutural, Universidade Federal de Viçosa

[email protected]

RESUMO. O rim é responsável pela eliminação de formas orgânicas do arsênio (As),

produzidas pela oxidação de suas formas inorgânicas, como arsenito de sódio, presentes

na água de beber contaminada. Não se sabe, porém, se altas concentrações de arsenito

podem atuar negativamente sobre a biometria renal e a concentração de proteínas

marcadoras da função renal. Para este fim, portanto, o presente trabalho utilizou 32 ratos

Wistar machos com 21 dias de idade, que foram divididos em dois grupos experimentais

(n = 16 animais/ grupo). Animais controle (C) receberam água filtrada, enquanto que

animais tratados com As receberam diariamente 10 mg/L de arsenito de sódio por 29 dias,

até completarem 50 dias de idade. No 51º dia de experimento, metade dos animais de

cada grupo foi eutanasiada, sendo estes denominados como C50 e As50, respectivamente.

Os animais restantes receberam água filtrada até os 70 dias de idade, formando assim os

grupos C70 e As70. Após a eutanásia (CEUA/UFV no 96/2017), os rins foram dissecados,

sendo pesados e avaliados quanto ao seu volume. Já o sangue foi coletado por punção

cardíaca para obtenção do soro usado para quantificar ureia e creatinina, por testes

colorimétricos (Bioclin). Os resultados obtidos foram submetidos ao teste t de Student (P

= 5%). O peso médio dos rins esquerdo e direito, bem como seus respectivos volumes,

não diferiram entre animais dos grupos C50 e As50, bem como C70 e As70 (P > 0,05).

Enquanto a concentração sérica de ureia não alterou entre animais dos grupos C50 e As50

(P > 0,05), o valor médio de creatinina foi menor no grupo As50 em comparação com

animais C50 (P < 0,05). Aos 70 dias de idade, a concentração de ureia aumentou nos

animais tratados com As em relação aos controles (P < 0,05), sem alteração na creatinina

sérica (P > 0,05). Pode-se concluir que 10 mg/L de arsenito de sódio altera valores séricos

de creatinina e ureia, mas não parâmetros biométricos renais, de ratos Wistar nas duas

idades avaliadas.

Palavras-chave: Arsênio, rim.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE VERTEBRADOS

ANÁLISE ÓSSEA DE RATOS WISTAR ADULTOS EXPOSTOS AO ARSÊNIO

DURANTE A FASE PRÉ-PÚBERE.

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84

Luiz O. G. Ervilha, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Mariana M. Neves

Laboratório de Biologia Estrutural, Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. O arsênio (As) é um metaloide naturalmente encontrado no solo, ar e água.

Devido a ação antrópica, este passa a contaminar a água de beber de animais e seres

humanos, causando danos a órgãos reprodutivos, rins e fígado. Neste contexto, não está

claro o efeito do As sobre os ossos, especialmente quando a exposição acontece durante

a fase de crescimento corporal. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do As

sobre parâmetros ósseos em animais contaminados durante a fase de crescimento do

fêmur. Para isto, ratos machos com 21 dias de idade foram tratados com água filtrada

(grupo controle - C; n = 8) e com solução de arsenito de sódio a 10 mg/L (As; n = 8)

diariamente na água de beber, por 29 dias. Em seguida, os animais (C e As) foram tratados

com água filtrada até os 70 dias de idade, quando foram eutanasiados para obtenção do

fêmur direito (CEUA no 96/2017). Medidas do osso, bem como o teste de flexão de três

pontos foram realizados para obtenção de dados biométricos e biomecânicos. Os

resultados foram submetidos ao teste t de Student utilizando o software Graph-Pad Prism

(P = 5%). Não houve diferença entre os animais C e As para peso corporal (C = 205,6 ±

3,93g; As = 209,7 ± 6,04g), bem como peso (C = 1,349 ± 0,01g; As = 1,401 ± 0,03g),

comprimento (C = 36,60 ± 0,15mm; As = 36,07 ± 0,27mm), largura da diáfise (C = 4,58

± 0,07mm; As = 4,60 ± 0,08mm), largura distal (C = 7,28 ± 0,12mm; As = 7, 08 ±

0,16mm) e largura proximal (C = 8,45 ± 0,08mm; As = 8,23 ± 0,13mm) do fêmur (P >

0,05). Parâmetros biomecânicos, como carga máxima (C =51,59 ± 1,89N; As=50,01 ±3

,52N), deslocamento (C = 1,471 ± 0,11mm; As = 1,344±0,14mm) e a rigidez (C = 35,83

± 3,49N/mm; As = 38,00 ± 3,2N/mm) também não foram alterados. Desse modo, pode-

se concluir que a exposição ao As durante a fase de crescimento de ratos machos não

alterou parâmetros biométricos e biomecânicos do fêmur na fase adulta.

Palavras-chave: Arsênio, osso, crescimento, adulto.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE VERTEBRADOS

EFEITOS DA EXPOSIÇÃO AO ARSÊNIO EM PARÂMETROS ÓSSEOS

DURANTE A FASE PRÉ-PÚBERE DE RATOS WISTAR.

Luiz O. G. Ervilha, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Mariana M. Neves

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Laboratório de Biologia Estrutural, Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. Estudos mostram que animais adultos expostos ao arsênio (As) apresentam

danos hepáticos, reprodutivos e renais. Todavia, não está claro os efeitos desse metaloide

sobre parâmetros ósseos durante o período pré-puberal. Portanto, o objetivo do estudo foi

avaliar parâmetros biométricos e mecânicos do osso longo em ratos Wistar expostos ao

arsênio durante o período pré-púberal. Animais com 21 dias de idade foram divididos,

aleatoriamente, em dois grupos experimentais. Enquanto que os animais do grupo

controle (C; n=8) receberam água filtrada, os demais do grupo As (n=8) receberam

solução de arsenito de sódio na concentração de 10 mg/L. Os ratos foram tratados

diariamente por 29 dias, até atingirem 50 dias de idade, quando foram pesados e

eutanasiados para obtenção do fêmur (CEUA, processo 96/2017). Parâmetros biométricos

e biomecânicos (Teste de flexão de três pontos) foram realizados nos fêmures. Os

resultados obtidos foram submetidos ao teste t Student utilizando o software Graph-Pad

Prism (P = 5%). Análises biométricas mostraram que o peso corporal dos animais

expostos ao As (199,3 ± 4,88 g) foi menor que o dos animais controle (218,6 ± 4,99g). A

exposição ao As alterou todos os parâmetros biométricos do fêmur em relação aos animais

controle, como peso (C = 1,06 ± 0,03 g; As = 0,79 ± 0,01g), comprimento (C = 31,48 ±

0,04mm; As = 29,68 ± 0,31mm), largura da diáfise (C = 4,06 ± 0,17mm; As = 3,53 ±

0,04mm), largura distal (C = 6,74 ± 0,06mm; As = 6,36 ± 0,07mm) e largura proximal (C

= 7,63 ± 0,15mm; As = 7,05 ± 0,18mm). Já aspectos biomecânicos não foram alterados

após exposição ao As, como medida da carga máxima (C = 51,59 ± 1,89N; As = 50,01 ±

3,52N), deslocamento (C = 1,47 ± 0,11mm; As = 1,34 ± 0,14mm) e rigidez (C = 35,09 ±

3,49 N/mm; As = 37,32 ± 3,21 N/mm). Pode-se concluir que a exposição ao As no período

pré-puberal induz a alterações na macroarquitetura óssea do animal, mas não em

parâmetros biomecânicos.

Palavras-chave: Arsênio, osso, crescimento.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE VERTEBRADOS

MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA DA LÍNGUA DOS

SQUAMATAS Bothrops jararaca (VIPERIDAE) E Salvator merianae (TEIIDAE).

Maria Luiza A. Rodrigues, Sirlene S. R. Sartori

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Laboratório de Morfologia, Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de

Viçosa.

[email protected]

RESUMO. A morfologia da língua varia de acordo com a sua função, e com a

alimentação e o habitat da espécie. Para um estudo morfológico da língua de répteis

squamatas, foram utilizados cinco exemplares adultos do lagarto Salvator merianae e da

serpente Bothrops jararaca. As línguas foram seccionadas em três fragmentos (anterior,

médio e posterior), que foram processados para análise em microscópio eletrônico de

varredura. A língua de B. jararaca encontra-se envolta pelo assoalho bucal, é longa,

protrátil e possui ápice bifurcado, o que condiz com sua função sensorial olfativa, em

associação com o órgão vomeronasal. Ela é queratinizada e com ondulações por toda sua

extensão, sendo que no dorso também se observa um sulco central profundo, e na lateral

há sulcos transversais. Tais relevos podem auxiliar na captura de moléculas odoríferas e

sua transferência ao órgão vomeronasal, enquanto a queratina confere proteção contra

danos físicos. Não foram visualizadas papilas, o que implica que a língua dessa espécie

não está envolvida na admissão direta de alimento. A língua de S. merianae também é

protrátil e bifurcada, estando envolvida com a captura e transferência de odores ao órgão

vomeronasal. Entretanto, após o ápice bifurcado, há papilas linguais no dorso, deixando-

o com aspecto escamiforme. Tais papilas estão envolvidas com a admissão de alimento,

uma vez que auxiliam na captura e manutenção da presa na cavidade oral, contribuindo

também para a deglutição. As células da superfície tem formato poligonal, embora seja

difícil visualizar o seus limites devido à presença de queratina. Colônias de bactérias

foram vistas sobre o revestimento lingual, o que reflete o hábito alimentar generalista

dessa espécie, se alimentando inclusive de carniça. Dessa forma, nota-se uma clara

relação entre a morfologia da língua e suas funções nos répteis squamatas estudados.

Palavras-chave: Morfologia, répteis, lagartos, serpentes.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE VERTEBRADOS

MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA DA LÍNGUA DE

Hemidactylus mabouia (GEKKONIDAE) E Tropidurus torquatus

(TROPIDURIDAE).

Maria Luiza A. Rodrigues, Sirlene S. R. Sartori

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Laboratório de Morfologia, Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de

Viçosa.

[email protected]

RESUMO. A língua dos répteis refletem adaptações a um habitat seco ou à água do mar,

de modo que a estratificação e queratinização do epitélio são características frequentes.

Para estudo morfológico da língua de répteis squamatas foram utilizados cinco

exemplares adultos dos lagartos Hemidactylus mabouia e Tropidurus torquatus. As

línguas foram seccionadas em três fragmentos (anterior, médio e posterior), que foram

processados para análise em microscópio eletrônico de varredura. Em H. mabouia, a

língua pode ou não apresentar uma pequena bifurcação no ápice, que é queratinizado. O

dorso lingual possui papilas, que são baixas e poligonais na porção anterior, e altas e

filiformes nas demais porções, com função mecânica, auxiliando a captura e manutenção

da presa na cavidade oral. As células da superfície dorsal têm formato poligonal e relevo

irregular, enquanto as do ventre possuem projeções labirintiformes. Na raiz lingual há

células ciliadas e células arredondadas com aspecto mucossecretor, as quais contribuem

com a deglutição. Em T. torquatus o ápice lingual é queratinizado e há relevos irregulares

e baixos, após os quais aparecem inúmeras papilas altas e colunares que se estendem até

a parte posterior. Nas papilas da porção média, o epitélio superficial tem aspecto de

buquê, devido à projeção das suas células; já nas papilas da parte posterior o epitélio

superficial é formado por células achatadas. Nas laterais de ambas as papilas as células

são arredondas com aspecto mucossecretor, importante para proteção e lubrificação do

revestimento lingual, assim como para apreensão de presas e deglutição. Na raiz lingual

as células são achatadas e dispostas em rosetas, com uma fosseta central, certamente para

liberação de secreção glandular. Dessa forma, nota-se uma clara relação entre a

morfologia da língua e suas funções nos répteis squamatas estudados.

Palavras-chave: Morfologia, répteis, squamatas, lagartos.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PARASITOLOGIA

A PROTEÍNA RECOMBINANTE DE 21 KDa DE Trypanosoma cruzi COMO UM

IMPORTANTE IMUNÓGENO PARA VACINA DA DOENÇA DE CHAGAS.

Cassiano C. Rodrigues, Marlus A. Santos, Thaise L. Teixeira, Patrícia de Castilhos, Aline

A. Silva, Paula C. B. Tavares, Rebeca T. S. Brígido, Mariana F. Silva, Bruna C. Borges,

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Samuel C. Teixeira, Fernanda S. Borges, Flávia A. Martins, Rafael M. Oliveira, Julia G.

Santos, Claudio V. Silva

Universidade Federal de Uberlândia - Av. Pará 1720 bloco 2B sala 200 - Umuarama -

Uberlândia - Minas Gerias. [email protected]

RESUMO. Trypanosoma cruzi é o agente etiológico da Doença de Chagas, é

disseminado na natureza, circulando entre hospedeiros triatomíneos e mamíferos

silvestres, podendo infectar humanos e causar complicações cardíacas no processo

infeccioso. Durante a invasão celular, ocorrem muitas interações entre as moléculas que

são secretadas e da superfície do parasita com os receptores de superfície da célula

hospedeira, resultando na internalização do parasita. Nesse contexto, nosso grupo de

pesquisa, identificou em T. cruzi, uma nova proteína de 21 kDa, envolvida na invasão

celular, designada P21. A forma recombinante da P21 nativa (rP21) é utilizada em estudos

sobre aspectos biológicos de T. cruzi, fornecendo evidências de sua atividade na infecção

pelo protozoário. O presente trabalho teve como objetivo investigar diferentes estratégias

de imunização com rP21 em camundongos infectados ou não por T. cruzi para entender

a interação desta proteína com o sistema imunológico do animal, bem como identificar

um esquema de imunização que reduzisse a fibrose causada pela infecção crônica e

promovesse a preservação do tecido cardíaco. Avaliamos a imunogenicidade da rP21 in

vivo; imunizamos camundongos BALB/c (n=6/grupo) com 10µg de rP21 por animal,

associando um adjuvante de Freud em três doses distintas; realizamos um ensaio de

invasão in vivo com 104 tripomastigotas de T. cruzi cepa Y após a imunização com rP21;

fizemos a parasitemia dos animais imunizados e infectados com tripomastigotas durante

a fase aguda; quantificamos a carga parasitária por qPCR em tempo real; avaliamos a

fibrose tecidual por coloração de Picrosirious Red e analisamos a produção de anticorpos

anti-rP21 IgG total, IgG1 e IgG2a. Os resultados indicam que a imunização com a

proteína rP21 associada ao Adjuvante de Freud controlou a parasitemia na fase aguda,

aumentou as populações de células de defesa do sistema imunológico, e reduziu a carga

parasitária tanto na fase aguda quanto na crônica. Ainda, observou-se uma resposta

imunológica humoral robusta, por meio de produção de anticorpos IgG2a anti-rP21 que

promoveu uma menor deposição de fibras colágenas no tecido cardíaco. Nesse aspecto,

conluimos que a imunização com a proteína rP21 levou uma modulação da resposta

imunológica positiva a favor do hospedeiro e que sua aplicação poderia permitir novos

métodos profiláticos de tratamento para a DC, utilizando metodologias baratas e

convencionais para a confecção de um modelo vacinal eficaz.

Palavras-chave: Imunização, Proteína rP21, Cardiomiopatia Chagásica Crônica. APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PARASITOLOGIA

AÇÃO LEISHMANICIDA DE DERIVADOS DO ÁCIDO CINÂMICO SOBRE

AMASTIGOTAS DE Leishmania braziliensis EM INFECÇÃO IN VITRO DE

MACRÓFAGOS.

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Wemerson A. Menezes1,2, Luciana A. Souza1,2, Thiago S. Onofre2, Michelle P.

Rodrigues3, Róbson R. Teixeira3, Juliana L. R. Fietto2, Gustavo C. Bressan2, Márcia R.

Almeida2

1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 2 Laboratório de

Bioquímica Celular e Bioprodutos, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular,

Universidade Federal de Viçosa. 3 Laboratório de Química Supramolecular e

Biomimética, Departamento de Química, Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. As leishmanioses são um importante problema de saúde pública, sendo

endêmicas em diversos países do mundo. Dentre as formas clínicas, a mais comum é a

leishmaniose tegumentar, causada principalmente por Leishmania braziliensis e

Leishmania mexicana no Novo Mundo, cuja transmissão se faz por meio da picada de

fêmeas de flebotomíneos infectadas. Este trabalho teve como objetivo testar o efeito

citotóxico de compostos derivados do ácido cinâmico sobre formas amastigotas de L.

braziliensis cepa M2904 na infecção de macrófagos Raw 264.7. Os testes foram feitos

em placas de 96 poços e o efeito dos compostos na concentração de 10 µM avaliado após

48 horas pelo método da resazurina. O IC50 dos melhores compostos foi determinado

para macrófagos, promastigotas axênicos e amastigotas intracelulares de L.braziliensis.

As concentrações de 80 µM a 1 µM foram usadas para determinação do IC50 e os cálculos

foram feitos no GraphPad Prisma 5.03. No ensaio de infecção os compostos identificados

como MP6, MP5, MP25 e S2 após 48 horas inibiram o crescimento de amastigotas em

80,12%, 78,98%, 76% e 70,89% respectivamente, resultados comparáveis à droga

controle Anfotericina B que inibiu o crescimento em 98,41%. Para os compostos MP16

e S2, o IC50 destes para macrófagos após 48 horas foi maior do que 80 µM, o que indica

uma baixa ou ausência de toxicidade celular. Para promastigotas axênicos de

L.braziliensis, o IC50 do MP16 foi 3,05 µM e do S2 7,58 µM. No ensaio de infecção, o

IC50 do MP16 foi maior do que 80 µM, enquanto que para o S2 esse índice foi de 23,75

µM, o que indica que o MP16 apresenta efeito citotóxico muito baixo contra amastigotas

intracelulares de L.braziliensis. Para o composto S2, determinou-se o Índice de

Seletividade (IS), cujo valor foi de 3,37. Os resultados abrem caminhos para outros

ensaios com os compostos testados, como o teste de associação de drogas, visando um

maior efeito sobre o parasito com concentrações menores dos compostos.

Palavras-chave: Leishmanioses, ácido cinâmico, Leishmania braziliensis

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE E ENDOCITOSE DA

NANOPARTÍCULA Doxo-VLDP EM CÉLULAS TUMORAIS.

Amanda P. Gonçalves1, Anésia A. Santos1, José Ésio B. Ramos Jr2, Renko de Vries3

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1 Departamento de Biologia Geral; 2 Departamento de Física. Universidade Federal de

Viçosa, Viçosa - MG. 3 Department of Agrotechnology and Food Sciences, Wageningen

University, Netherlands.

[email protected]

RESUMO. O câncer ocupa o segundo lugar dentre as causas de morte no Brasil. Dentre

os métodos convencionais de tratamento, o mais utilizado mundialmente é a

quimioterapia. No entanto, esta possui vários problemas associados, como por exemplo:

acesso limitado do quimioterápico ao tecido tumoral e ausência de seletividade. Estudos

recentes apontam a nanotecnologia como uma alternativa terapêutica para superar tais

obstáculos, seja pela possibilidade de associação de nanomateriais a ferramentas

moleculares que lhes proporcionem seletividade ou pela capacidade destes serem retidos

no microambiente de tumores sólidos. Na tentativa de contornar os problemas expostos,

este trabalho objetivou o desenvolvimento de uma nanopartícula revestida por proteína

sintética virus-like, constituída de moléculas DNA carreando a droga intercalante

doxorrubicina. Através de ensaio MTT e microscopia de fluorescência foi demonstrado

que a endocitose da nanopartícula ocorreu eficientemente e o potencial quimioterápico da

droga, quando carreada, foi aumentado. Com esta construção, as linhagens tumorais de

melanoma (B16F10) e glioma (C6) murinos apresentaram taxas máximas de morte

celular de 67% e 92%, respectivamente, ao passo que, nas mesmas concentrações, a droga

não carreada apresentou morte de 56% e 78% apenas. Estes resultados apontam a

possibilidade do emprego da construção no tratamento de diferentes tipos de câncer.

Contudo, foi observado atraso no acúmulo intracelular de doxorrubicina, e estudos das

bases celulares e moleculares do processo de absorção da nanopartícula estão sendo

realizados para investigar tal fenômeno. Com base nos resultados obtidos, é possível

inferir que a nova construção obtida possui potencial para utilização na clínica médica,

uma vez que a mesma pode ser engenheirada a fim de minimizar os efeitos colaterais,

além de apresentar citotoxicidade aumentada a células tumorais in vitro.

Palavras-chave: Câncer, Nanotecnologia, Virus-like protein.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO ASSOCIADO À SUPLEMENTAÇÃO

COM AÇAÍ SOBRE PARÂMETROS CARDÍACOS EM RATOS SUBMETIDOS

A UMA DIETA HIPERLIPÍDICA.

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Denise C. Miranda1, Victor N. Lavorato2, Filipe R. Drummond3, Leôncio L. Soares3,

Maria do Carmo G. Peluzio4, Antônio J. Natali3, Maria L. Pedrosa2, Marcelo E. Silva2

1 Laboratório de Hipertensão - Universidade Federal de Ouro Preto. 2 Laboratório de

Bioquímica Metabólica - Universidade Federal de Ouro Preto. 3 Laboratório de Biologia

do Exercício - Universidade Federal de Viçosa. 4 Laboratório de Bioquímica Nutricional

-Universidade Federal de Viçosa.

[email protected]

RESUMO. O objetivo do estudo é avaliar o efeito do treinamento físico aeróbio e da

suplementação com açaí sobre parâmetros mecânicos e bioquímicos de cardiomiócitos

em um modelo animal submetido à dieta hiperlipídica. Foram utilizados ratos Fisher com

sessenta dias de idade, divididos em cinco grupos: C: Controle; H: Dieta Hiperlipídica;

HA: Dieta Hiperlipídica + Açaí; HT: Dieta Hiperlipídica + Treinamento físico aeróbio;

HAT: Dieta Hiperlipídica + Açaí + Treinamento físico aeróbio. Os grupos alimentados

com dieta hiperlipídica receberam 21,8% de banha e 1% de colesterol. Os grupos

suplementados com açaí liofilizado receberam 1% de açaí na dieta. Os animais dos grupos

treinados foram submetidos a um programa progressivo de corrida em esteira por 8

semanas, sendo a duração e a intensidade final de 60 minutos e 60-70% da velocidade

máxima de corrida, respectivamente. A massa dos ventrículos e coração, além da massa

relativa dos ventrículos e coração foram mensuradas. As propriedades mecânicas e o

transiente intracellular global de cálcio ([Ca2+]i) dos cardiomiócitos foram mensuradas

usando-se um sistema de detecção de bordas e indicador fluorescente de Ca2+ Fura-2

AM, respectivamente. No coração, houve aumento da massa do ventrículo direito e

efeitos deletérios nos parâmetros mecânicos e do transiente de [Ca2+]i dos animais do

grupo hiperlipídico. Observou-se aumento da amplitude de contração celular e redução

do tempo para o pico do transiente de ([Ca2+]i no grupo hiperlipídico e suplementado

com açaí. Nos cardiomiócitos, o treinamento físico foi capaz de melhorar todos os danos

ocasionados pela dieta hiperlipídica. O tratamento sinérgico entre açaí e treinamento

físico não conseguiu potencializar os efeitos dessas duas intervenções isoladas. Concluiu-

se que o treinamento físico e a suplementação com açaí promoveram adaptações

benéficas no coração dos animais que consumiram dieta hiperlipídica, todavia a

associação dos tratamentos não potencializou estas adaptações.

Palavras-chave: Dieta hiperlipídica. Treinamento físico. Açaí. Cardiomiócitos.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

BIOACUMULAÇÃO DE CHUMBO NO FÍGADO DE RATOS WISTAR

ADULTOS.

Diane C. Araujo1, Amanda A. Lozi1, Kyvia L. C. Costa2, Sérgio L. P. Matta1, Marli C.

Cupertino1, Fernanda C. R. Dias1

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1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 2 Universidade do

Estado de Minas Gerais

[email protected]

RESUMO. O chumbo (Pb) é um metal amplamente distribuído no ambiente e tem sido

utilizado em grande escala por diferentes indústrias, levando ao aumento da sua

ocorrência nos sistemas biológicos. O Pb acumula-se de maneira lenta e gradual, não

sendo metabolizado pelo organismo. O fígado é um órgão envolvido na metabolização e

eliminação de compostos estranhos, sendo por este motivo, alvo frequente de substâncias

tóxicas, que podem causar alterações bioquímicas e estruturais. Objetivando avaliar o

acúmulo de Pb no fígado de roedores, foram utilizados 25 ratos Wistar adultos, divididos

em 5 grupos (n=5): o grupo controle (I) (água destilada) e quatro grupos tratados (II, III,

IV, V) que receberam acetato de chumbo, por gavagem durante 30 dias consecutivos, nas

doses de 16, 32, 64 e 128 mg Pb/Kg, respectivamente. Para a determinação de

concentração de chumbo, amostras de fígados foram pesadas, secas em estufa a 70°C, até

o peso seco constante e, posteriormente colocadas em Erlenmeyers de 25mL juntamente

com 1,5mL de HNO3 concentrado e 0,5mL de HClO4 (70%) e transferidas para uma

chapa aquecedora onde a temperatura foi aumentada gradativamente de 70°C até 90°C,

até completa digestão e então diluídas em água deionizada e filtrada em papel filtro. A

determinação da concentração de chumbo das amostras foi feita em espectrofotômetro de

absorção atômica (SpecthAA 200FS Varian). Foram realizados testes de média

utilizando-se o programa Statistica sendo significativo p≤0,05. Não houve alterações nos

parâmetros biométricos como peso corporal, peso do fígado e índice hepatossomático

(IHS). Por outro lado, foi observada maior concentração (p≤0,05) do metal nos grupos

III, IV e V em relação ao grupo controle e ao grupo II. É de se esperar que sob exposição

contínua, haja aumento das concentrações de Pb, tendo em vista sua bioacumulação e não

degradação. Assim, concluímos que, a partir da dose de 32 mg/Kg, o fígado tende a

acumular chumbo, o que poderia interferir na sua função.

Palavras-chave: Chumbo, bioacumulação, fígado.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTINEOPLÁSICA DE UM

COMPOSTO DE COORDENAÇÃO DE COBRE E O SINERGISMO COM A

CISPLATINA. *

Elaine G. Guimarães, Marina B. Silva, Christiane F. Horn, Milton M. Kanashiro

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Laboratório de Biologia do Reconhecer (LBR) - Universidade Estadual do Norte

Fluminense Darcy Ribeiro UENF

[email protected]

RESUMO. A atuação sinérgica da associação entre terapias desempenha um papel

importante no tratamento do câncer. Dentre as estratégias clínicas adotadas está a

combinação da Cisplatina com outros quimioterápicos, impulsionando assim o uso

combinado de novos complexos metálicos e fármacos antineoplásicos, visando superar

os desafios associados ao uso de derivados de platina como antitumorais. Neste sentido,

os compostos de coordenação baseados em metais endógenos têm ganhado grande

destaque devido às atividades antineoplásicas promissoras e o baixo custo. Diante disso,

este trabalho tem como objetivo verificar a atividade citotóxica da associação entre um

composto de coordenação de cobre (CC1) e a Cisplatina (CIS) frente às linhagens

BXPC3, MDA-MB, PC3, H460 e A549, através do ensaio de viabilidade celular baseado

na metabolização do MTT (brometo de 3-(4,5-17 dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltretazólio)

para determinar a concentração do fármaco que induz 50% da concentração efetiva

(EC50) e a identificação do tipo de morte celular induzida. A EC50 do CC1 para as

linhagens mencionadas foi de 11,9 ±1,2; 14,4 ±1,1; 14,6 ±1,0; 24,92 ±1,0; 35,20 ±1,4

(µM/L), respectivamente. A CIS apresentou valores de EC50 de 10,7 ±1,1; 51,3 ±1,0;

42,8 ±1,0; 24,53 ±1; 83,90 ±1,0 (µM/L), respectivamente. Desta forma, a EC50 da CIS é

maior que a EC50 do CC1 para MDA-MB, PC3 e A549, variando entre 2 a 3,5 vezes

mais. Quando testados em associação frente a BXPC3, MDA-MB, PC3 e H460, o cálculo

da concentração inibitória fracionada (FIC) correspondeu a 0,49, 0,45, 0,53 e 1,

respectivamente, sugerindo a atuação sinérgica dos compostos. Definimos, então, a

associação de CC1 e CIS na proporção de 1:2, respectivamente e a denominamos de MIX.

A associação MIX foi testada frente à linhagem MDA-MB, cujos valores de EC50

(µM/L) foram 5,15 ± 1,4 CC1; 20,43 ± 1,0. Sendo assim, a associação dos compostos

demonstrou a redução de 60,2% e 64,2% na EC50 da CIS e CC1.

Palavras-chave: Câncer; Metalofármacos; Sinergia.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

AVALIAÇÃO DA INTERAÇÃO ENTRE SERINE ARGININE PROTEIN

KINASE 2 (SRPK2) E SWIPROSIN-1 (SWS1).

Geniana S. Gomes, Mônica M. M. Caetano, Maria R. Silva, Gustavo C. Bressan

Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Universidade Federal de Viçosa

[email protected]

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RESUMO. Serine Arginine Protein Kinases (SRPKs) estão envolvidas na regulação do

splicing do pré-mRNA pelo reconhecimento e fosforilação de proteínas SR. Estudos

envolvendo SRPKs são importantes para o desenvolvimento de novas estratégias

antitumorais, pois essas proteínas são encontradas superexpressas em melanoma,

leucemia, câncer de pulmão e cólon. Um ensaio de duplo-híbrido em leveduras realizado

pelo nosso grupo de pesquisa mostrou uma possível interação entre SRPK2 e Swiprosin-

1 (SWS1), uma proteína envolvida na regulação da despolimerização de F-actina,

migração celular e formação de metástases em tumores. SWS1 está superexpressa

principalmente em câncer de cólon, melanoma e câncer de pulmão. O objetivo deste

trabalho foi confirmar a interação entre SRPK2 e SWS1 para que seja possível a

compreensão dos mecanismos de atuação dessas proteínas na formação de metástases.

Para o ensaio de pulldown, 6xhis-SRPK2 foi expressa em E. coli BL21 e purificada por

cromatografia de afinidade em coluna carregada com resina de níquel, em sistema FPLC.

GST-SWS1 ou GST (controle negativo) foram obtidas a partir da fração solúvel do lisado

de E. coli, ligadas à resina de glutationa-sefarose e incubadas com 6xhis-SRPK2

purificada. As proteínas foram detectadas por western blotting utilizando os anticorpos

primários anti-His e anti-GST. O ensaio de co-imunoprecipitação foi realizado utilizando

a linhagem celular HEK293T co-transfectada com pCDNA5/FRT/TO/SRPK2 e pEGFP-

C1/SWS1 ou pCDNA5/FRT/TO/vazio e pEGFP-C1/SWS1 (controle negativo). Os

lisados de HEK293T foram incubados com a resina de agarose proteína A e anticorpo

anti-FLAG. A detecção das proteínas foi feita por western blotting utilizando os

anticorpos primários anti-FLAG e anti-GFP. A interação entre SRPK2 e SWS1 foi

detectada nos dois ensaios realizados. Estes resultados nos permitem avançar em outros

estudos que investigarão mais profundamente a relação entre essas proteínas no contexto

de tumores metastáticos.

Palavras-chave: SRPK, SWS1, câncer.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DE CÉLULAS DE

LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA, FRENTE AO TRATAMENTO COM

COMPOSTO DE COORDENAÇÃO GÁLIO.

Kíssila S. A. Pereira1, Leide L. F. Maciel1, Luana M. Pereira1, Milton M. Kanashiro2,

Christiane F. Horn3, João C. A. Almeida

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1LFBM/ CBB- UENF; 2LBR/ CBB- UENF; 3LCQUI/ CCT- UENF

RESUMO. O câncer tem aumentando sua incidência, sendo a segunda causa de mortes

na atualidade. A Leucemia é o termo utilizado para cânceres desenvolvidos na medula

óssea, sendo tratada incialmente com quimioterápicos, os quais provocam efeitos

colaterais, desenvolvimento de resistência ao medicamento e pouca eficiência em alguns

casos, pois os medicamentos não são seletivos às células tumorais. Assim, o

desenvolvimento de novos metalofármacos é uma alternativa para contornar estes

problemas. O gálio (III) tem mostrado atividade terapêutica relevante frente a variados

tipos de câncer, pois este elemento pode ser transportado para o interior da célula através

da ligação com a transferrina, devido à semelhança deste com o ferro (III). O presente

trabalho tem por objetivo avaliar através das técnicas de Microscopia Eletrônica de

Varredura (MEV) e Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET), as alterações

morfológicas das células de Leucemia Linfoblástica Aguda Humana (Molt-4), quando

tratadas com o composto de gálio (III), desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Química

de Coordenaçãoda UENF. Para avaliar a citotoxidade do composto frente às células da

linhagem MOLT-4, foi realizado o ensaio colorimétrico MTT, onde foram obtidos os

valores referentes a IC50 Ga β= 15,15 ± 1,04 e para a cisplatina IC50 Cis-Pt= 83,98±

1,11.As células foram cultivadas de maneira padrão com meio D-MEM F12, incubadas

com o composto de gálio(III), na concentração de 30 μM ( 2X IC50) por 4, 8 e 12 h, e

analisadas através da Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). A análise das imagens

sugere que o composto de gálio (III) provoque alterações morfológicas nas células

tumorais sendo proposto que a morte celular seja provocada por mecanismo apoptótico.

Palavras-chave: Leucemia linfoblástica aguda, composto de gálio (III), análise

morfológica.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

ATIVIDADE CITOTÓXICA IN VITRO E IN VIVO DO COMPOSTO DE

COORDENAÇÃO DE PLATINA NA LINHAGEM DE CÃNCER DE MAMA

MDA-MB-231

Leide L. F. Maciel1,2, Marina B. Silva2, Christiane F. Horn3, Rafaela O. Moreira4, Milton

M. Kanashiro2, João C. A. Almeida1

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1 LFBM/CBB – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) -

Campos dos Goytacazes/RJ. 2 LBR/CBB – Universidade Estadual do Norte Fluminense

Darcy Ribeiro (UENF) - Campos dos Goytacazes/RJ. 3 LCQUI/CCT – Universidade

Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) - Campos dos Goytacazes/RJ 4

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET) - Campus

Nova Friburgo/RJ.

[email protected]

RESUMO. O carcinoma mamário é o segundo tipo de câncer mais incidente entre as

mulheres e leva a óbito milhões de pessoas em todo mundo. Desde o advento da

Cisplatina (CDDP) em 1978, pesquisadores têm se concentrado no desenho de novos

metalofármacos que podem ser administrados no tratamento do câncer e outras doenças

humanas. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar a atividade citotóxica mediada por

quatro complexos de platina 1, 2, 3 e 4, frente às linhagens neoplásicas de mama (MDA-

MB-231 e MCF7), próstata (PC3), pâncreas (BXPC3) e células sadias mononucleares do

sangue periférico (PBMC). Para os testes in vitro foi realizado o ensaio de viabilidade

celular por MTT. O mecanismo de morte foi averiguado pela análise do ciclo celular e

alterações no potencial de membrana mitocondrial (PMM). A avaliação morfológica foi

observada por microscopia de fluorescência, eletrônica de varredura e transmissão. O

ensaio in vivo foi realizado em modelo murino e determinada a toxicidade do composto

através da DL50 (dose letal mediana). Os resultados apontam que o composto 2 foi ativo

contra todas as linhagens neoplásicas e reduziu expressivamente a viabilidade das células

MDA-MB-231, com IC50=8,72µM contra 63,14µM da CDDP e para as PBMC

apresentou IC50=28µM, demonstrando ser mais seletivo para células tumorais e menos

tóxico para células normais. Avaliação do ciclo celular, redução do PMM e marcação por

microscopia de fluorescência, revelam que o composto induz alterações associadas ao

processo apoptótico. Alterações ultraestruturais foram detectadas como blebbing de

membrana, diminuição das microvilosidades e fragmentação de DNA. Outrossim, o

composto 2 apresentou DL50 de 92,6 mg/kg contra 6,6 mg/kg da CDDP, evidenciando

ser menos tóxico que o fármaco padrão. Em síntese, sugere-se que o composto 2 inibe a

proliferação das células MDA-MB-231, o que reforça seu potencial antineoplásico

promissor motivando os estudos in vivo.

Palavras-chave: Câncer. Composto de platina. Quimioterapia. APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

AVALIAÇÃO ULTRAESTRUTURAL DE CÉLULAS DE CÂNCER DE PULMÃO

TRATADAS COM UM COMPOSTO DE COBRE(II).

Luana M. Pereira1, Leide L. F. Maciel1, Kíssila S. A. Pereira1, Milton M. Kanashiro2,

Christiane F. Horn3, João C. A. Almeida

1 LFBM/CBB - UENF; 2 LBR/CBB – UENF; 3 LCQUI/CCT – UENF

[email protected]

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RESUMO. O câncer é a segunda causa de morte mundial, estando associado

principalmente a fatores genéticos e ambientais. O câncer de pulmão é considerado de

complexo diagnóstico, levando a óbito um grande número de pessoas anualmente. Em

geral, o câncer caracteriza-se como uma doença de difícil terapêutica, devido à fatores

como: resistência às diversas drogas utilizadas no tratamento, ausência de seletividade

dos fármacos convencionais e severos efeitos colaterais que surgem durante o tratamento.

Desta forma, é essencial o desenvolvimento de novos fármacos antitumorais mais

potentes, seletivos e menos tóxicos, neste sentido, compostos de coordenação como o

metal de transição cobre têm demonstrado atividade promissora. No presente trabalho

avaliamos o efeito citotóxico de um composto de cobre em células de carcinoma de

pulmão NCI-H460. O composto de cobre(II)• foi desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa

em Química de Coordenação da UENF. Para o ensaio de viabilidade celular, foi realizado

o ensaio colorimétrico usando MTT, os valores de IC50 foram de 32,15 ± 1,04 para o

cobre(II)• e de >100 para a cisplatina, metalofármaco padrão no tratamento dessa

neoplasia, comprovando uma maior atividade desse composto frente a linhagem em

estudo. Para avaliação das alterações ultraestruturais foram utilizadas técnicas de

Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET) e Varredura (MEV), as células foram

incubadas com o composto nos tempos de 4, 8 e 12h. As análises das imagens indicam

que o composto de cobre(II)• promove alterações nas células de carcinoma de pulmão

como: blebbing de membrana, condensação da cromatina e vacuolização citoplasmática,

tais características apontam um provável mecanismo apoptótico de morte celular,

demonstrando o potencial citotóxico do composto de cobre.

Palavras-chave: Câncer de pulmão. Composto de cobre. Análise ultraestrutural.

Composto sob sigilo de patente.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

AVALIAÇÃO DE ENZIMAS ANTIOXIDANTES NA CICATRIZAÇÃO DE

FERIDAS CUTÂNEAS DE RATOS TRATADOS COM DOXICICLINA

HICLATO.

Luciana S. Altoé, Raul S. Alves, Mariáurea M. Sarandy, Sérgio B. Queiroz Junior, Lyvia

L. Miranda, Reggiani V. Gonçalves

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Laboratório de Patologia Experimental, Departamento de Biologia Animal, Universidade

Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais, Brasil

[email protected]

RESUMO. Doxiciclina Hiclato (DOX-h) é um antibiótico da família das tetraciclinas

que possui ação antibiótica e anti-inflamatória. A DOX-h tem ação inibitória das

metaloproteinases, que são enzimas (endopeptidases) responsáveis pela degradação dos

componentes da matriz extracelular e das membranas basais. O objetivo deste estudo foi

avaliar os níveis de enzimas antioxidantes de ratos tratados com DOX-h durante a

cicatrização de feridas. Ratos Wistar machos (± 300g) foram divididos em três grupos

(n=5) e mantidos em gaiolas com alimento e água ad libitum. Três feridas cutâneas

(12mm de diâmetro) foram criadas no dorso dos animais e estes divididos aleatoriamente

em 3 grupos: Controle (água destilada), C1 (DOX-h 10%) e C3 (DOX-h 30%). O

tratamento foi administrado por gavagem diariamente durante 21 dias e os tecidos de

diferentes feridas foram removidos a cada 7 dias. Fragmentos de tecido foram

homogeneizados e o sobrenadante foi utilizado para análise de Superóxido dismutase

(SOD) e Catalase (CAT). Nos dias 7 e 14 os níveis de CAT foram maiores nos grupos C1

e C2 em comparação com o grupo controle. Já no dia 21 os níveis de CAT foram maiores

nos tecidos retirados dos animais tratados com DOX-h 10% que com 30%. No dia 21 os

valores de SOD foram maiores no grupo C1 em comparação com o grupo controle e C3.

Tais resultados sugerem que DOX-h (10% e 30%) levou ao aumento na atividade

antioxidante na cicatrização de feridas em ratos, sugerindo que a concentração 10% seja

possivelmente mais efetiva devido aos maiores níveis de CAT no último dia de

tratamento.

Palavras-chave: Pele, superóxido dismutase, catalase, estresse oxidativo.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DE FÁRMACOS ANTINEOPLÁSICOS

IN VITRO E INDUÇÃO TUMORAL IN VIVO PARA APLICAÇÃO EM

PESQUISAS.

Marina B. Silva, Leide L. F. Maciel, Paula R. Siqueira, Elaine G. Guimarães, Milton M.

Kanashiro.

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Laboratório De Biologia Do Reconhecer (Lbr) - Centro Ciências E Biotecnologia -

Universidade Estadual Do Norte Fluminense (Uenf).

[email protected]

RESUMO. Cânceres figuram entre as principais causas de mortalidade atualmente. Os

tratamentos clínicos disponíveis causam efeitos colaterais severos e, muitas vezes, são

ineficazes para erradicar a doença. Portanto, pesquisas nessa área de conhecimento são

de suma importância. Nesse sentido, esse trabalho objetivou determinar a IC50

(concentração capaz de reduzir a viabilidade celular em 50%) de fármacos utilizados na

clínica oncológica, para servir como parâmetro em ensaios de citotoxicidade e, também,

induzir tumor heterotópico xenográfico em modelo murino, para testar o potencial

anticancerígeno de novas moléculas. O método utilizado para definir a IC50 dos fármacos

Vincristina, Doxorrubicina e Cisplatina, sobre 4 linhagens neoplásicas de pâncreas

(BxPC-3), mama (MDA MB 231), próstata (PC-3) e pulmão (A-549), foi o ensaio

colorimétrico de viabilidade celular baseado na metabolização do brometo de 3-(4,5-17

dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltretazólio (MTT) in vitro. Para indução tumoral, in vivo,

camundongos BALB/c nude (n= 6) com idades entre 6-8 semanas, receberam anestesia

intraperitoneal e injeções subcutâneas dorsais de 1 x 106 células BxPC-3 veiculadas em

50μL de PBS. Após 30 dias de inóculo, o volume tumoral foi determinado pela fórmula:

Vmm3 = (C x L2)/2. Estudo aprovado pelo Comitê Ético de Uso de Animais

(CEUA/192/2012) da UENF. Os resultados experimentais revelaram os seguintes valores

de IC50 da Vincristina, Doxorrubicina e Cisplatina: BxPC-3 (3,2 ± 1,2; 3,6 ± 1,1; 13,1 ±

1,1), MDA (5,3 ± 1,2; 9,2 ± 1,2; 53,3 ± 1,0), PC-3 (2,6 ± 1,2; 4,7 ± 1,2; 77,8 ± 1,0) e A-

549 (9,0 ± 1,1; 9,1 ± 1,2; 52,6 ± 1,1) em µM/L, respectivamente. A indução tumoral foi

bem sucedida, pois os animais desenvolveram lesões com volumes variando entre 180,3

e 190,4 mm3. O êxito desse trabalho foi importante, já que os dados obtidos podem

contribuir para o avanço de pesquisas que buscam novas substâncias contra o câncer.

Palavras-chave: Câncer, fármaco antineoplásico, carcinoma pancreático.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

HISTOMORFOMETRIA TUMORAL DE CAMUNDONGOS APÓS O

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO COM SRVIC30.

Priscila F. S. Martins1, J. A. V.1, V. H. S. G.2, G. A. M.2, N. C. L. M.1, G. D.A. L.1, R. R.

T.3, G. C. B., M. M. N.1

1 Departamento de Biologia Geral. 2 Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular.

3 Departamento de Química - Universidade Federal de Viçosa-Brasil

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[email protected]

RESUMO. Modelos animais são úteis para a avaliação de compostos antitumorais em

potencial, já que permitem testar a segurança e eficácia de fármacos. Na busca de novos

compostos com melhor atividade antitumoral, criou-se o SRVIC30. O SRVIC30 é um

análogo do SRPIN340, o qual possui atividade antitumoral descrita contra leucemia e

melanoma. Testes in vivo iniciais já foram realizados com o SRVIC30 em camundongos

C57BL/6 inoculados com células de melanoma murino B16-F10 pela veia caudal, não

tendo sido tóxico e nem debilitando o animal. No presente estudo, objetivo foi avaliar o

efeito do tratamento farmacológico com SRVIC30 no tumor subcutâneo de melanoma

murino. Para isso, 20 camundongos C57BL/6 foram inoculados com células B16-F10 na

concentração celular de 2x105. Esses animais foram divididos em quatro grupos

experimentais (n=5/grupo). Os primeiros dois grupos foram tratados por via tópica, sendo

o grupo controle o que recebeu apenas a pomada comercial (Lanette®) e o grupo tratado

o que recebeu o SRVIC30 diluído na Lanette®; os outros dois grupos foram tratados por

via peritumoral, sendo que o grupo controle recebeu 150 µl de DMSO 1% e o grupo

tratado recebeu 150 µl do SRVIC30 diluído em DMSO 1% (CEUA/UFV, processo

41/2016). O volume tumoral e a massa animal foram mensurados a cada três dias e o

tratamento ocorreu durante 14 dias, sendo os animais eutanasiados no 15º dia. Os

resultados mostraram que, o volume tumoral e a massa animal não alteraram. Porém, as

análises histológicas mostraram um aumento do percentual de células mortas no tumor

dos animais do grupo tratado, principalmente nos animais tradados com a pomada

contendo o SRVIC30. Em conclusão, nossos achados mostraram que a aplicação tópica

de SRVIC30 induziu morte celular nos tumores tratados. Embora o volume tumoral não

tenha reduzido de forma significativa, na concentração e tempos testados, SRVIC30 pode

ser considerado um composto promissor para o tratamento do melanoma.

Palavras-chave: Melanoma, histologia, morte celular.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

DOXICICLINA (HICLATO) PROMOVE A PROLIFERAÇÃO CELULAR E

ANGIOGÊNESE EM FERIDAS CUTÂNEAS DE RATOS.

Raul S. Alves, Luciana S. Altoé, Mariáurea M. Sarandy, Sérgio B. Queiroz Junior,

Reggiani V. Gonçalves

Laboratório de Patologia Experimental, Departamento de Biologia Animal, Universidade

Federal de Viçosa

[email protected]

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RESUMO. O tratamento de lesões cutâneas pode variar de acordo com a profundidade e

extensão, que vão desde medidas simples como a higienização, utilização de fármacos ou

até mesmo a aplicação de curativos especiais. A doxiciclina hiclato (DOX) é um

antibiótico da família das tetraciclinas, que possui um amplo espectro de atividade. O

objetivo deste estudo foi avaliar a proliferação celular e a densidade de vasos sanguíneos

no tecido cicatricial de ratos tratados com doxiciclina hiclato. Ratos Wistar machos (±

300g) foram mantidos em gaiolas com alimento e água ad libitum. Três feridas cutâneas

(12mm de diâmetro) foram criadas no dorso dos animais e estes divididos aleatoriamente

em 3 grupos (n=15): Controle (água destilada), C1 (DOX 10%) e C3 (DOX 30%). O

tratamento via gavagem foi administrado diariamente durante 21 dias, e os tecidos de

diferentes feridas foram removidos a cada 7 dias. Os fragmentos coletados foram fixados

na solução de Karnovsky, incorporados em parafina, seccionados (4 μm) e as secções

coradas com hematoxilina e eosina. Em geral, o número de células no dia 7, 14 e 21 foi

maior nos grupos C1 e C3 em comparação ao controle. Em relação a angiogênese, os

grupos tratados com DOX no dia 7, mostraram maior número de vasos que o grupo

controle, já no dia 14 e 21, o achado foi maior no grupo controle. A maior celularidade

observada nos grupos tratados com DOX, indica que este medicamento tem papel na

proliferação celular em geral, bem como na migração de células inflamatórias. O aumento

da vascularização em C1 e C3 no dia 7, proporcionou um ambiente adequado para

atividades metabólicas celulares no início do reparo, otimizando e reduzindo o tempo do

processo de cicatrização nos grupos tratados com DOX. Por tanto, o uso de doxiciclina

hiclato é eficaz no tratamento de feridas cutâneas, estimulando a proliferação celular e

formação de novos vasos sanguíneos, favorecendo o processo de cicatrização.

Palavras-chave: Neovascularização, celularidade, pele, fármaco.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

FIBRAS COLÁGENAS TIPO I E III NA CICATRIZAÇÃO DE QUEIMADURAS

EM RATOS WISTAR TRATADOS COM Brassica oleracea.

S. B. Queiroz-Júnior1, L. L. Miranda1, M. M. Sarandy2, L. S. Altoé1, R. S. Alves1, R. V.

Gonçalves2

1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa, MG, Brasil. 2

Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa, MG, Brasil.

[email protected]

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RESUMO. O processo cicatricial é dividido em três fases: inflamatória, de proliferação

e de remodelamento. A etapa de proliferação é marcada pelo aumento da celularidade e

da vascularidade, formando o tecido de granulação, rico em fibras colágenas do tipo III,

o qual é substituído pelo colágeno do tipo I durante o remodelamento, conferindo à

cicatriz força e resistência. As folhas de Brassica oleraceae var. capitata L. (Brassicaceae)

são usadas na medicina tradicional para cura de feridas e alívio da dor nas articulações.

Esse trabalho teve como objetivo quantificar os níveis de colágeno do tipo I e III no

decorrer do processo de cicatrização de queimaduras de terceiro grau em ratos Wistar

tratados com pomada a base de extrato de B. oleraceae var. capitata. Foram realizadas

duas feridas por queimadura (12mm de diâmetro) no dorso de 25 ratos Wistar machos (±

300g), os quais foram aleatoriamente divididos em cinco tratamentos (n=5): Sal: salina;

VP: veículo da pomada (lanolina e vaselina); SS: controle positivo (sulfadiazina de prata

1%); PB1: pomada B. oleracea a 10%; e PB2: pomada B. oleracea a 20%. Os animais

foram tratados diariamente, durante oito dias. Os fragmentos foram fixados na solução de

Karnovsky, incorporados em parafina, seccionados (4 μm), montados sobre lâmina

histológica e corados com Sirius Red. No quarto dia, a proporção de fibras colágenas do

tipo I foi maior no grupo PB2 em relação aos demais, enquanto no oitavo dia os grupos

PB1, PB2 e SS apresentaram maior proporção quando comparados com os grupos SAL e

VP. Quanto ao colágeno III, observou-se que no dia 8, PB1 e PB2 apresentaram menor

quantidade desta fibra do que os grupos SAL e VP. Estes resultados mostram que a

pomada à base do extrato de B. oleracea, quando aplicada nas concentrações de 10 e 20%,

estimula a síntese de fibras colágenas tipo I e redução do colágeno tipo III, demonstrando

elevado índice de maturação do tecido, modulando assim o processo cicatricial em

queimaduras de terceiro grau.

Palavras-chave: Brassica oleraceae var. capitata, cicatrização, queimadura, fibras

colágenas.

APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA

AVALIAÇÃO DA NEUROTOXICIDADE DO MANGANÊS APÓS EXPOSIÇÃO

PARENTAL E DIRETA EM CAMUNDONGOS SWISS.

Amândia R. Batschauer, Tugstênio L. Souza, Patrícia Manuit, Ana Luiza B. O. Viana,

Nicoli M. Pereira, Ciro A. O. Ribeiro, Claudia F. Ortolani-Machado

1 Laboratório de Embriotoxicologia. Departamento de Biologia Celular. Universidade

Federal do Paraná, Centro Politécnico – Curitiba, PR. 2 Laboratório de Toxicologia

Celular. Departamento de Biologia Celular. Universidade Federal do Paraná, Centro

Politécnico – Curitiba, PR.

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RESUMO. A toxicidade causada pelos metais é um problema conhecido e crescente

devido ao aumento das concentrações destes nos ambientes naturais. O manganês (Mn) é

um metal essencial para diversos processos biológicos, porém em altas concentrações

causa efeitos neurológicos severos e trabalhos recentes citam que este metal, em

concentrações realísticas de exposição, afeta o sistema nervoso central. Desta forma, este

estudo utilizou quatro grupos experimentais que foram expostos, via gavagem, ao Mn nas

concentrações de Mn de 0, 0,013, 0,13 e 1,3 mg.kg-1.dia-1. Casais de cada grupo foram

expostos durante 60 dias antes do acasalamento, as fêmeas continuaram expostas durante

a gestação e lactação e, após o desmame, a prole foi submetida às mesmas concentrações

dos progenitores, durante 60 dias. Foram realizadas quantificações químicas do Mn e

análise da glutationa (GSH), glutationa S-transferase (GST) e colinesterase (ChE) nas

regiões do hipocampo (HC), corpo estriado (CE), hipotálamo (HT) e córtex pré-frontal

(PF). Os resultados apresentaram aumento da atividade da ChE no HC (p<0,0002), CE

(p<0,006) e PF (0,0005) no grupo 0,013 mg.kg-1 e aumento na atividade da ChE no HC

(p<0,0002) e CE (p<0,0001) no grupo 0,13 mg.kg-1. No grupo de maior concentração

(1,3 mg.kg-1) houve diferença na distribuição do Mn no cérebro, com diminuição em PF

e aumento em HT. Além disso, houve diminuição da atividade da GST no CE (p<0,0008)

e PF (p<0,007) e aumento da atividade da ChE no HC (p<0,001) e CE (p<0,024). Este

estudo demonstrou que a exposição ao Mn de forma parental e direta nos primeiros anos

de desenvolvimento, mesmo em baixas concentrações, causa diferença de sua distribuição

no cérebro e alteração nas atividades da GST e ChE nas regiões importantes para memória

e cognição. Estes resultados abrem novas questões para investigação sobre a toxicidade

do Mn em vertebrados mamíferos, principalmente nos estágios iniciais de

desenvolvimento.

Palavras-chave: Manganês, neurotoxicidade, camundongo, exposição crônica.

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