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Ana Lúcia de Freitas Saccol, Lize Stangarlin, Luisa Helena Hecktheuer, Neila Richards Bento Gonçalves (RS), 22 de agosto de 2008

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Ana Lúcia de Freitas Saccol, Lize Stangarlin, Luisa Helena Hecktheuer, Neila Richards

Bento Gonçalves (RS), 22 de agosto de 2008

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Sociedade Brasileira tem passado por mudanças

Novos hábitos sociais (estilo de vida)

Novo padrão de consumo alimentar

Cada vez mais pessoas se alimentam fora de casa(ZACCARELLI; COELHO; SILVA, 2000; AKUTSU et al., 2005)

Desenvolvimento do comércio de refeições e alimentos

Maior preocupação com a qualidade higiênico-sanitária (BELLIZZI, et al., 2005)

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Doença Transmitida por Alimentos

Maior problema de saúde pública

(CHAVES, 2004; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2006)

Manipulação Serviços de alimentação

Preocupação constante

ANVISA RDC nº216, de 15/09/2004

(BRASIL, 1977; BRASIL, 2004a)

Na maioria dos serviços de alimentação há muitos

fatores que limitam a implementação das Boas Práticas

DTA

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• Realizar uma comparação na aplicação de

instrumento que avalia as Boas Práticas por

um técnico e por uma pessoa designado pela

empresa.

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2.1 Amostra pesquisada

Grupo heterogêneo Amostra representativa

estratificada proporcional

23 serviços

de alimentação

Critérios de inclusão:

• Bairro Centro

• Registradas na VISA - alvará de 2004 e/ou 2005

• Fiscalizadas de acordo com a RDC n°216/2004 da ANVISA

Atividades jan. a nov./2006

Empresas assinaram um termo de concordância

8 restaurantes (20%)

11 lanchonetes (17%)

4 padarias/confeitarias (14%)

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2.2 Lista de Avaliação para Boas Práticas em

Serviços de Alimentação

Avaliação de acordo com os requisitos exigidos pela RDC

nº216/2004 da ANVISA

12 Itens

(Saccol et al., 2006; BRASIL, 2002; BRASIL, 2004)

Preenchimento na forma de perguntas

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2.2 Lista de Avaliação para Boas Práticas em

Serviços de Alimentação

Cálculo do percentual de adequação e grupo

classificação:

• Grupo 3 - 0 a 50% - Deficiente

• Grupo 2 - 51 a 75% - Regular

• Grupo 1 - 76 a 100% - Bom(BRASIL, 2002)

Aplicação Profissional técnico capacitado

Proprietários ou responsável designado

1ª Aplicação – mar./06 – diagnóstico inicial

2ª Aplicação – set. e out./06 - grau de adequação atingido

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2.3 Plano de ação

Planejamento das adequações para as não-

conformidades encontradas na empresa(BRASIL, 2004b)

Plano de Ação - Boas PráticasData:

Responsáveis:

O quê

Quem

Como

Quanto

Quando

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2.4 Avaliação

2.4.1 Comparação entre as aplicações

Dos percentuais de adequação e os grupos de

classificação:

• Entre as duas aplicações realizadas (1ª e 2ª)

• Entre a aplicação técnica e a aplicação da empresa

2.5 Análise estatística

• Análise de Variância e Teste Tukey

• A significância utilizada foi de 5%

(Programa SAS, versão 8.02.)

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FIGURA 1 – Classificação dos serviços de alimentação de Santa Maria

(RS) após aplicação técnica de Lista de Avaliação das Boas Práticas.

Valente e Passos

(2004) 79,3%

Deficientes (46 SA)

Akutsu et al. (2005)

67% até 30% de

adequação (30 SA)

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FIGURA 2 – Classificação dos serviços de

alimentação de Santa Maria (RS) após

aplicação da própria empresa de Lista de

Avaliação das Boas Práticas.

FIGURA 1 – Classificação dos

serviços de alimentação de Santa

Maria (RS) após aplicação técnica

de Lista de Avaliação das Boas

Práticas.

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TABELA 1 – Média da adequação e da classificação de serviços de

alimentação de Santa Maria (RS), após aplicação técnica e pela empresa de

Lista de Avaliação de Boas Práticas.

Aplicação % de Adequação Grupo Classificado

Técnica 50,34 B

2,45 a

Empresa 71,60 A

1,68 b

Letras diferentes, valores diferem estatisticamente (p<0,05). Letras maiúsculascomparação entre percentual de adequação e minúscula entre grupo de classificação.

Aplicação Técnica Baltazar et al. (2006); Tomich et

al. (2005); Robbs et al. (2002); Lucca e Torres (2002)

Houve diferença significativa (p<0,05) entre os

avaliadores tanto para o percentual de adequação quanto

para o grupo de classificação

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TABELA 2 – Média Geral do Percentual de Adequação e Grupo de

Classificação de serviços de alimentação de Santa Maria (RS), após

aplicação técnica e da própria empresa de Lista de Avaliação das Boas

Práticas.

Letras diferentes, valores diferem estatisticamente (p<0,05). Letras maiúsculas, comparação

entre 1ª e 2ª aplicação e, minúsculas entre aplicação técnica e da empresa.

Aplicador Técnica Empresa

Aplicação

1ª 2ª 1ª 2ª

% Grupo % Grupo % Grupo % Grupo

Média 43 Bb 2,83Aa 58 Ab 2,09 Ba 67 Aa 1,79 Ab 76 Aa 1,58 Ab

Houve uma melhora significativa entre a 1ª e a 2ª aplicação

técnica, tanto para o percentual de adequação quanto para o

grupo de classificação.

Habituados

Falta Capacitação

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Através dos resultados pode-se concluir que:

Houve uma diferença significativa na avaliação das

Boas Práticas realizada pelo proprietário ou

funcionário designado, quando comparada com a

aplicação feita por profissional técnico capacitado.

Constatou-se que os proprietários e responsáveis

designados tiveram dificuldade quanto à avaliação

dos requisitos exigidos pela legislação, resultando

em um percentual de adequação acima do real.

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Verificou-se que o processo de auto-avaliação e

planejamento de adequação proposto, promoveu um

aumento significativo na adequação à RDC 216/2004

da ANVISA, pelos estabelecimentos estudados,

independentemente do segmento.

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Curitiba (PR) – XX Congresso

Brasileiro de Ciência e Tecnologia

de Alimentos (8 a 11/10/06)

Santa Maria (RS) - X Simpósio de

Ensino, Pesquisa e Extensão

(SEPE) – UNIFRA (10/11/06)

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S SAÚDE

O ORGANIZAÇÃO

M MELHORIAS

A ALIMENTAÇÃO

R RESPONSABILIDADE

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Informações retiradas do

site do SENAC (jan./07)

Informações

retiradas do site

da Prefeitura

Municipal de

Santa Maria

(RS) (jan./07)

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Novembro de 2006

Dezembro de 2006

2006

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AKUTSU, R. C. et al. Adequação das Boas Práticas de Fabricação em Serviços de Alimentação. Rerv. de Nut. v. 18, n. 3. p. 419-427, 2005.

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