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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – SEED/MEC
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
WEBQUEST NA ESCOLA:INTERAÇÃO DAS TIC’s COM RÁDIO/BLOG COMO
FERRAMENTAS DE APRENDIZAGENS
Monografia apresentada ao Curso de Especialização Latu Sensu Mídias na Educação, como requisito parcial para obtenção do grau de especialista no sob a orientação do Prof. MSc. André Luiz Portanova Laborde
ANDREA PATRICIA JANESCH
RIO NEGRINHO, JUNHO de 2010
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus pela proteção e força para não desistir,
À minha família, pelo respaldo nos momentos difíceis,
Aos docentes que durante minha vida acadêmica sempre contribuíram para meu
crescimento intelectual,
Aos meus companheiros de curso, todos eles, por toda a experiência e tranqüilidade
que me passaram e pela confiança que sempre depositaram na minha capacidade
e, por fim,
Aos amigos que me acompanharam, onde cada um tem sua importância e seu papel bem definido na minha vida.
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DEDICATÓRIA
À Deus...
Obrigado Senhor, que nos confiaste a VIDA!
Pela força e coragem nos momentos difíceis e por ter permitido chegar até aqui.
Aos meus pais...
Pelo apoio, incentivo, carinho e confiança que depositaram em mim.
Obrigado por tudo:
Amo vocês!
Ao meu orientador...
Que me orientou com todo o seu saber e experiência, fazendo com que acreditasse
em meu potencial tornando possível a concretização deste trabalho.
O meu profundo respeito e afeto.
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SUMÁRIO
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I. INTRODUÇÃO
Este Trabalho apresenta um estudo com abordagem bibliográfica e de campo
utilizando uma proposta de intervenção pedagógica em desenvolver ouso da rádio
recreio aliada às tecnologias de informação para a construção de um Blog, ou seja,
páginas com conteúdo produzido na escola publicadas na rede mundial (Internet)
em formato de diários e atualizados a qualquer momento. O projeto é efetivado no
município de Rio Negrinho, estado de Santa Catarina, na escola Municipal de
Educação Básica Professor Henrique Liebl. As atividades são extensivas ao turno
matutino e vespertino, para os alunos de Pré à 8ª série (Educação Infantil e Ensino
Fundamental).
A proposta da interação das TIC’s entre Rádio Escola e criação/manutenção
de um Blog informativo na escola citada considera que a mídia faz parte do dia a dia
de todos nós e a cada momento interagimos com informações provindas da rede de
comunicações existente, seja pelo uso dos aparelhos celulares, I-Phones, I-Pod’s,
Rádio, Computadores, TV’s e afins, que são os mecanismos de acessibilidade da
comunicação digital. Da rádio à internet temos um instrumento poderoso de
informação agregada à mídia por onde veiculam informações, acontecimentos,
noticias locais e globais, homenagens e principalmente conhecimento.
Muito já se tem comentado e utilizado para integrar as Tecnologias da
Informação com as atividades pedagógicas no campo escolar e é preciso
reconhecer que as novas tecnologias, em particular a Internet, vieram para ficar e já
começam a alterar o comportamento da sociedade e das metodologias de ensino
como um dia fizeram o retroprojetor de imagens e gravadores de áudio. A sociedade
atualmente e principalmente a escola faz parte de uma rede de informação global e
temos em nossas mãos uma infinidade de soluções digitais cada vez mais
surpreendentes e poderosas.
Grande parte dos professores e administradores concorda que os educandos
devem estar aptos a lidar com as diversas situações, entre elas, saber bem usar as
tecnologias de educação e informação (TIC), mas, no entanto, todos estes avanços
ainda não estão disponíveis para toda a população. Assim sendo, o presente
trabalho busca utilizar as tecnologias de informação disponíveis no campo
pesquisado: a rádio escola, um projeto já introduzido no local da pesquisa e com
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bons índices de resultado segundo os administradores da entidade e a sala de
informática.
Para que os alunos consigam interar blog e rádio, demonstram-se aqui as
metodologias possíveis envolvendo as atividades práticas nas mais diversas mídias
já que estas oferecem muitas possibilidades de publicação e apresentação, sejam
elas em forma de textos, hipertextos, imagens, vídeos e áudio justificando o
presente estudo, considerando também que sendo o recreio um momento de lazer
para os educandos e na tentativa de tornar esse momento mais atrativo e
informativo percebeu-se a necessidade de mudança estratégica para que o mesmo
seja aproveitado com maior qualidade.
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II. OBJETIVOS
II.I. OBJETIVO GERAL
Utilizar as TIC's (Tecnologias da Informação e Comunicação) da entidade
pesquisada para produção de atividades de interação das informações entre rádio e
internet (Blog) proporcionando momentos de integração, lazer, comunicação e
informação.
II.II. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Produzir uma pesquisa bibliográfica para conceituar e conhecer os
métodos e softwares de criação, manutenção e hospedagem de Blogs na
rede internet;
• Sugerir instrumentos para criar e manter atualizado o Blog da entidade
pesquisada;
• Objetivar a promoção da democratização da comunicação relativo a
atividades didáticas interagindo informações na rádio escola;
• Familiarizar o aluno com as linguagens específicas desse veículo de
comunicação social rádio/Blog;
• Incentivar a escrita na elaboração de textos, formatações, vídeos e fotos
direcionado ao Blog, e a oralidade, desenvoltura e comunicação
direcionada a rádio.
II.III JUSTIFICATIVA
Todos sabem que vivemos em uma era digital onde as tecnologias são os
meios, apoios e ferramentas que utilizamos em nosso dia a dia e no ambiente
escolar como novos instrumentos para que os alunos aprendam. Educar no
ciberespaço é um dos caminhos possíveis e planejando nele pensando na
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participação colaborativa que se justifica o uso da Rádio Recreio e recursos como
Email, Fóruns, Blogs, Webquest, Podcast e outras ferramenta web no podem nos
fornecer. Justifica-se o uso do Blog para suprir a visível necessidade na entidade
pesquisada aos alunos promoverem atividades diversificadas no horário do recreio,
aproveitando o tempo e também a integrar alunos, escola e comunidade. Diante
dessa realidade, as escolas, através de seus administradores e professores, devem
buscar alternativas para permitirem que seus membros sejam inseridos na
linguagem digital e que possam através dessa adquirirem e construírem novos
conhecimentos. Esses recursos Tecnológicos estarão contribuindo no
desenvolvimento das atividades escolares e ao mesmo tempo descontraindo,
alegrando e tomando o ambiente escolar mais significativo tanto para alunos, quanto
para professores e comunidade.
Justifica-se ainda a presente proposta devido a que a escola está inserida
neste contexto tecnológico atual e dessa forma é importante os alunos estarem
participando e conhecendo com estas ferramentas tecnológicas: a Rádio Recreio e o
Blog escolar. Devido essas necessidades pedagógicas, o presente projeto busca
interação entre BLOG e a rádio da escola que poderão auxiliar na diminuição dos
problemas que envolvem o uso dos recursos informáticos nas escolas.
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CAPITULO I - TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
1.1 MÍDIAS NA EDUCAÇÃO: APRENDIZAGENS E CONSTRUÇÕES
O Ministério de Educação do Brasil utilizando-se de decretos e portarias
instituídas no território nacional oferece programas de atuação, dentre eles o
programa Mídias na Educação. Trata-se de um programa de formação continuada
de educadores para o uso pedagógico das mídias integrado à proposta pedagógica,
promovido pelo MEC/SEED em conjunto com diversas universidades em todo o país
sendo a UFRGS uma delas.
De acordo com dados coletados no site da MEC/SEEDD/UFRGS
(BRASIL/MEC, 2010), este programa tem como uma de suas principais
características a integração das diferentes mídias ao processo de ensino e de
aprendizagem, promovendo a diversificação de linguagens e o estímulo à autoria em
diferentes mídias.
Para o MEC/SEED (BRASIL, 2010), o Objetivo Geral do programa Mídias na
Educação é contribuir para a formação de profissionais em educação, em especial
professores da Educação Básica, capazes de produzir e estimular a produção dos
alunos nas diferentes mídias, de forma articulada à proposta pedagógica e a uma
concepção interacionista de aprendizagem. Como Objetivos específicos, cita o
Ministério os seguintes:
• Identificar aspectos teóricos e práticos referentes aos meios de
comunicação no contexto das diferentes mídias e no uso integrado das
linguagens de comunicação: sonora, visual, impressa, audiovisual,
informática e telemática, destacando as mais adequadas aos processos
de ensino e aprendizagem;
• Explorar o potencial dos Programas da SEED/MEC (TV Escola, Proinfo,
Rádio Escola, Rived) e os desenvolvidos por IES ou Secretarias Estaduais
e Municipais de Educação, no Projeto Político Pedagógico da escola, sua
gestão no cotidiano escolar e sua disponibilidade à comunidade;
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• Elaborar propostas concretas para utilização dos acervos tecnológicos
disponibilizados à escola no desenvolvimento de atividades curriculares
nas diferentes áreas do conhecimento;
• Desenvolver estratégias de autoria e de formação do leitor crítico nas
diferentes mídias;
• Elaborar projeto de uso integrado das mídias disponíveis.
Assim sendo, a secretaria de educação à distância – SEED/MEC em acordo
com a universidade federal do Rio Grande, através do programa de formação
continuada em Mídias na Educação - curso de especialização em mídias na
educação fornece aos acadêmicos os caminhos preparatórios para, em
conformidade com o especificado no currículo, formar o profissional com formação
em mídias para:
• Ter autonomia para criar e produzir, nas diferentes mídias, programas,
projetos e conteúdos educacionais;
• Ter capacidade de tematizar e refletir criticamente a respeito da própria
prática e do papel desempenhado pela tecnologia na criação de um novo
ambiente educacional;
• Ter capacidade de refletir crítica e criativamente a respeito das diferentes
linguagens, considerando as mídias como: objeto de estudo e reflexão,
ferramenta de apoio aos processos de ensino e aprendizagem e meio de
comunicação e expressão (produção);
• Ter capacidade de utilizar as diferentes mídias em conformidade com a
proposta pedagógica que orienta sua prática (BRASIL/MEC/SEED, 2010).
Através dos módulos fornecidos no curso, estruturam-se os programas em
três Ciclos, permitindo o tratamento dos temas em diferentes níveis de profundidade
(nível básico, intermediário e avançado). O curso será realizado em modalidade de
educação à distância.
Necessário ainda frisar que o Ministério da Educação acompanha o programa
Mídias na Educação em EAD (Ensino a Distância) com estrutura modular, que visa
proporcionar formação continuada para o uso pedagógico das diferentes tecnologias
da informação e da comunicação – TV e vídeo, informática, rádio e impresso. O
público-alvo prioritário são os professores da educação básica (BRASIL/MEC/EEAD,
2010).
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1.2 A CONSTITUIÇÃO DA PROFESSORA NA UTILIZAÇÃO DAS MÍDIAS
Ninguém mais duvida que o computador é coisa do presente, que parecia
futuro há pouco tempo atrás já é realidade na sala de aula. Ao pensar a educação
como espaço de sociabilização e a escola como um instrumento capaz de colocar as
classes populares em condições de enfrentar um mercado cada vez mais
competitivo faz-se necessário, também, discutir a presença ou a ausência, além das
formas de utilização, da tecnologia no mundo escolar.
Dentro dessa visão as escolas são as instituições deslocadas e em
descompasso com as mudanças tecnológicas que acontecem ao seu redor.
Logicamente, essa necessidade em senso comum precisaria ser mais bem
pesquisada. Como sabemos o computador não substitui, mas valoriza o papel do
professor, com valorização das metodologias para transmitir informações, relatar
dados históricos, mostrar mapas, recordar as normas da linguagem. Um computador
pode fazer tudo isso com imagens, animações, cores e sons, para os professores
fica a parte mais importante, a construção do cidadão participativo.
O professor que sabe usar a tecnologia vai desempenhar melhor a sua
função, pois a sua sala de aula será mais atualizada, com mais recursos. Também é
importante lembrar a possível melhora do rendimento escolar, é fácil constatar que o
desempenho dos alunos que não têm computador é pior do que o dos alunos que
usam ambientes digitais, e o desempenho dos alunos que têm acesso à internet
também é um pouco melhor do que o dos alunos que não se conectam.
Acredita-se que a escola é atravessada pelas questões que nos apresenta a
sociedade tecnológica da informação e da comunicação. Pode-se falar em termos
de motivação dos estudantes: segundo os professores, ao usar o computador, os
alunos sentem-se mais valorizados, sua auto-estima aumenta. Cada professor
precisa de uma formação inicial para o uso da informática como recurso pedagógico
e precisa também se atualizar constantemente, pois os avanços são acelerados e
não param.
O interesse nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) parte da
enorme influência sobre os meios de produção e comunicação. Conforme Tardyf
(1995, p. 46) “[...] a escola precisa absolutamente de integrá-las se não quer ficar
definitivamente isolada”. Como professores, ainda acompanhando o autor, nós não
podemos ser ingênuos ao ponto de pensar que as TIC poderão ser a panacéia para
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uma escola em crise, pois elas não passam de ferramentas de ensino atualizados e
que façam o aluno sentir-se parte e que tenha acesso às inovações.
Para chegar na formação do meu atual currículo, sempre acreditei nas novas
propostas (necessidades) de a escola trabalhar em conjunto com as tecnologias de
informação, participando ativamente de redes de informação, o educando e o
professor tem um papel mais ativo, pois sente o retorno da sua participação de um
modo mais efetivo na sociedade e, como tal, segundo Tardyf (1995), tanto podem
ser usadas para novas práticas pedagógicas baseadas nas pedagogias ativas,
centradas no aluno, como podem servir apenas para transmitir conhecimentos,
seguindo um modelo tradicional, em que o professor e os conteúdos programáticos
ocupam o centro do processo educativo, conforme leciona Tardyf (1995):
O papel do educador está em orientar e mediar as situações de aprendizagem para que ocorra a comunidade de alunos e idéias, o compartilhamento e a aprendizagem colaborativa para que aconteça a apropriação que vai do social ao individual, como preconiza o ideário Vygotskyano O desenvolvimento exponencial das TIC, assim como a sua força, impedirão que a escola as trate com ligeireza e duma maneira superficial, exigindo reflexões sérias sobre as modalidades e o grau de integração (TARDYF, 1995, p. 52)
Quanto à utilização da Multimídia, pode-se acreditar na existência de um
consenso mesmo que intuitivo, no que diz respeito à idéia de que traz bons
resultados na aquisição de informação nova, apesar do número de pesquisas sobre
isso ainda ser muito pequeno, já se pode confirmar em efeitos positivos em que
essas novas tecnologias de informação e comunicação trazem benefícios na
educação. É importante notar a tecnologia por si só não muda diretamente o ensino
ou a aprendizagem. Pelo contrário, o elemento mais importante é como a tecnologia
é incorporada na instrução.
Acredito que a educação utilizando os meios de comunicação está
intimamente ligada à integração do mundo globalizado. A escolha em participar da
comunidade como professora me faz desejar partilhar as reflexões de Figueiredo
(1998) onde nos ensina que:
Saber informar-se e compreender os mecanismos de produção e de difusão da informação exigem uma formação específica a que se convencionou chamar educação para os media. Esta consiste na “aprendizagem dos mecanismos de funcionamento dos media, sobretudo aquele que mais influencia os jovens - a televisão - e deveria constituir uma das prioridades da nossa prática pedagógica (FIGUEIREDO, 1998, p. 121).
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Dessa forma, minha busca pela capacitação profissional através do uso das
Mídias é por acreditar que em todas as disciplinas devemos implementar uma
prática de metodologias transversais da educação atual, através de um
planejamento das práticas pedagógicas amplas e sistemáticas, do mesmo modo que
deveria haver uma prática transversal da educação para o ambiente e da educação
para a cidadania, resgatando a moral e a ética.
1.3 AS TIC’s NA EDUCAÇÃO
A literatura apresenta diversos estudos com relação ao uso das tecnologias
de informação, internet, espaços comunitários e inter-relação entre usuários para o
acesso e divulgação de informações online. Em primeiro momento, busca-se com o
apoio de diversos pesquisadores e teólogos da área demonstrar ao leitor os
fundamentos que comprovam, analisam e incentivam a utilização das mídias em
projetos escolares, em alguns, em particular, a construção de blogs escolares.
Importante considerar que toda evolução ou inovação, traz consigo a questão
da exclusão. Historicamente sabe-se que Gutenberg quando inventou a imprensa,
automaticamente criou os analfabetos e os iletrados. O mundo atual em relação à
transmissão de informações é digital e esta revolução tecnológica também, como
não poderia deixar de ser, criou os excluídos digitalmente.
Um dos grandes questionamentos no ambiente escolar passa a ser em como
pessoas despreparadas ou desprovidas de condições econômicas e sem hábito de
leitura podem ser incluídas na sociedade da informação? Autores demonstram que a
resposta está na base da inclusão tecnológica presente na maioria das escolas em
todos os dos municípios brasileiros.
Segundo Gardner & Kornhaber (2001) apud LÉVY (2001), isto sucede na
medida em que as suas ações (da escola) têm um efeito imediato: as análises e
questões alcançam os destinatários logo após terem sido realizadas. Os
destinatários (educandos) constituem uma comunidade com interesse e objetivos
comuns. O emissor (professor) e os seus receptores (alunos) constituem uma
comunidade virtual, com forte motivação para participar.
A integração das tecnologias nos processos de aprendizagem pode constituir um fator de inovação pedagógica, proporcionando novas
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modalidades de trabalho na escola. Porém, a escola tem de acompanhar as transformações sociais. A escola, por natureza lenta, analítica e virada para o passado, tem de ser capaz de se tornar mais atraente, diminuindo o fosso que a separa do mundo exterior onde o aluno vai absorver grande parte das informações que lhe interessam. Cabe à escola transformar-se de simples transmissora de conhecimentos em organizadora de aprendizagens e reconhecer que já não detém o monopólio da transmissão dos saberes, proporcionando ao aluno os meios necessários para aprender a obter a informação, para construir o conhecimento e adquirir competências, desenvolvendo simultaneamente o espírito crítico (LÉVY, 2001, p. 121).
Enquanto o computador e as Tecnologias de Informação por ele oferecidas
são mais um passo na evolução natural da tecnologia, é errado supor que tal
evolução sempre prosseguirá em linha reta com poucas alterações nas escolas e
suas metodologias, pois estas prosseguem em vários estágios. O computador
representa um grande saldo na mudança de nossas vidas.
Para Lévy (2001), da mesma forma, enquanto outros avanços tecnológicos
afetam a educação, o computador produzirá uma mudança muito mais substancial
em nossas crianças, a razão é que, no passado, a ruptura tecnológica trouxe as
fragmentações crescentes e o computador é o primeiro desenvolvimento tecnológico
que não continuou esse padrão de fragmentação.
O computador é um grande facilitador do desenvolvimento das inteligências. Se se souber escolher adequadamente o software, de acordo com seus objetivos, o indivíduo poderá se desenvolver globalmente, utilizando suas diversas possibilidades e somente se mostrará eficiente na medida em que seus recursos visuais e auditivos, alto nível de estimulação surtem a possibilidade de o aluno entender o seu próprio processo de pensamento quando recebe as informações. Assim, um trabalho educacional, para ser eficiente precisa propor um número amplo de problemas que possam produzir uma variedade de soluções, que revelem os talentos e os esquemas pessoais (LÉVY, 2001, p. 98).
O computador e as tecnologias disponíveis para a escola são a força
unificadora para estabelecer um novo centro de conhecimento. Diferente de todos os
antigos centros de vida, esse novo centro não é uma instituição ou lugar particular e
sim o próprio indivíduo. O advento da informática tem levado a muitas modificações
em nossa sociedade, computadorizando-a e transformando-a numa sociedade onde
a maior parte dos empregos está vinculada ao uso da informação.
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1.4 INFORMÁTICA COMO CENTRO DE CONHECIMENTO
As grandes modificações do nosso mundo vem gerando, como conseqüência,
o esvaziamento do conhecimento. A tarefa da Educação é o desafio da rapidez em
aprender e a renovar o aprendido onde o foco das atividades educativas se desloca
do ensino para a aprendizagem e o educando se torna um aprendiz.
Segundo Palangana (1994), a escola prioriza o desenvolvimento da
inteligência lingüística e da inteligência lógica-matemática. O computador surge para
auxiliar o aluno no desenvolvimento de outros tipos de inteligências, espacial;
musical, corporal e interpessoal. Uma ferramenta desse tipo vêm a ajudar num
problema que já apareceu na educação - um momento de conhecimento obsoleto.
Na época em que os alunos se formam sua instrução já está ultrapassada. Fatos
particulares, que o aluno aprende, estão ficando cada vez menos importantes,
enquanto que o modo como elaboram o aspecto do aprendizado está se tornando
mais importante.
Assim, temos de abranger tanto o problema da metodologia do ensino como o uso das tecnologias da Informação em sala de aula. O esboço desse problema poderia ser parte da resposta, pois, com o colapso das linhas de disciplina, seria possível acentuar métodos e tipos de pensamento apropriados para uma variedade de disciplinas e usar um tema específico somente como exemplo. Os alunos estariam, assim, mais preparados para enfrentar o mundo eletrônico exterior. Isso também faria a educação dar uma volta completa para trás, para o caminho unificado dos antigos, um caminho que será muito mais ajustável ao mundo eletrônico do que ao fragmentado sistema de linha de montagem da sociedade industrial (PALANGANA, 1994, p. 219).
Para possibilitar um acesso igual à informação, a escola tem de conseguir
combater as desigualdades existentes, dando a todos os alunos a possibilidade de
recolherem, selecionarem, ordenarem, gerirem e utilizarem essa mesma informação.
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CAPÍTULO II - WEBQUEST: A TECNOLOGIA, A MÍDIA E A EDUCAÇÃO
É importante que se registre aqui que a informática e as tecnologias
provocam e desencadeiam discussões muito sérias acerca dos fundamentos e
conceitos básicos, bem como das práticas metodológicas estabelecidas. Não é raro
a introdução da informática em uma área ou mesmo apenas como a perspectiva de
sua introdução tem levado a escola e pais a concluir que seria oportuno utilizá-la por
completo. Para Pretto (1996), com um computador e um projetor pode-se
transformar o quadro em que se trabalha de forma estática e de forma dinâmica.
Também a grande “maioria dos professores utilizam a internet, mas nem sempre
voltada ao acesso de seus alunos, a maioria utiliza a internet para copiar as provas
de vestibulares e uso pessoal, poucos utilizam os programas disponíveis na rede
para ministração de suas aulas”.
Ao pensar a educação como espaço de sociabilização e a escola como um instrumento capaz de colocar as classes populares em contato com o conhecimento sistematizado ao longo da história da humanidade e em condições de enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais competitivo faz-se necessário, também, discutir a presença ou a ausência, além das formas de utilização, da tecnologia no mundo escolar (PRETTO, 1996, p. 76).
De acordo com Silva (2000, p: 67) “o senso comum que as escolas são
instituições que refletem as inovações, que as mudanças sociais e de
comportamento são incorporadas pelas mesmas apenas depois de já incorporadas
pela sociedade”. Vemos que o autor coloca que a pressão em relação ao uso da
informática se faz cada vez mais evidente em todas as áreas e isso não é diferente
na educação. Contudo, uma idéia já é ponto pacífico entre as pessoas que lidam
com informática na educação: a informática, assim como qualquer outro instrumental
que pode ser usado em situações de ensino-aprendizagem, depende do uso que se
faz dele. Não se pode esperar milagres das novas tecnologias.
É importante que se registre aqui que a informática e as tecnologias
provocam e desencadeiam discussões muito sérias acerca dos fundamentos e
conceitos básicos, bem como das práticas metodológicas estabelecidas. Não é raro
a introdução da informática em uma área ou mesmo apenas como a perspectiva de
sua introdução tem levado a escola e pais a concluir que seria oportuno utilizá-la por
completo.
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Além do esforço pessoal de cada professor, as escolas, em geral, também têm que propiciar uma educação moderna, reflexiva, crítica e de qualidade, tanto para alunos em diversos níveis do ensino, como para professores em formação inicial e continuada, para que possam contar com professores capazes de captar, entender, optar e utilizar essas novas linguagens tecnológicas na educação. A escola e o professor de hoje têm que levar em conta que as informações circulam de maneira acelerada e em grande quantidade (SILVA, 2000, p. 72).
Para Silva (2000, p. 33), “para que o professor seja capaz de realizar todas
essas operações mentais e motoras entre o captar e o utilizar devidamente os
elementos que envolvem a tecnologia, antes é necessário que ele desenvolva antes
certas habilidades, tais como: visão do mundo no momento atual (século XXI),
interpretação da linguagem tecnológica, suas mensagens, sua posição e utilização
(forma de comunicação, para que e como se utiliza), assim como a manipulação de
procedimentos específicos das tecnologias”.
De acordo com Rosnay (2000, p. 117), outro fator preponderante é a falta de
treinamento dos docentes para entender a capacidade de utilização do software,
pois estes não têm oportunidade de experimentar o software antes, desta forma a
compra pode até ser influenciada por propagandas de revistas ou descrições na
embalagem do produto.
[...] embora os termos Multimídia e Hipermídia sejam constantemente usados indiscriminadamente, existe uma diferença entre os dois. Multimídia refere-se à integração de dois ou mais meios de informação (mídias) num sistema de computador. Estes meios podem incluir textos, imagens, áudio, vídeo e animações, e com os baixos preços dos dispositivos de Realidade Virtual, podemos esperar que se integrem mais amplamente dispositivos de feedback táctil, olfativo, visual, etc. Hipermídia é a extensão do paradigma do hipertexto, com a inclusão de outros meios [..]. “Fazer a distinção é importante, pois nem todo sistema multimídia é hipermídia, embora um sistema hipermídia sempre utilize recursos de multimídia, numa disposição de navegação possivelmente não linear, através de conceitos, associações e nós” (ROSNAY, 2000, p. 89).
Ninguém mais duvida que o computador é coisa do presente, que parecia
futuro há pouco tempo atrás já é realidade na sala de aula. Ao pensar a educação
como espaço de sociabilização e a escola como um instrumento capaz de colocar as
classes populares em condições de enfrentar um mercado cada vez mais
competitivo faz-se necessário, também, discutir a presença ou a ausência, além das
formas de utilização, da tecnologia no mundo escolar.
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2.1 TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
Quando falamos em tecnologias em aula, com freqüência, o ensino e
aprendizagem são entendidos e tem sido tratados como coadjuvantes, quando na
verdade não o são. Um objeto que se limita a apresentar uma informação mesmo
tendo um objetivo educacional definido e claro deveria ser classificado como objeto
de ensino focado em especial neste projeto o rádio da escola. Deixando a definição
de objeto de aprendizagem para os objetos que permitissem algum tipo de resposta
ao estudante nos faz refletir sobre a reação do objeto no atual contexto cultural e
tecnológico, pois somos a todo o momento levados a enfrentar novos desafios, que
nos exigem uma visão mais crítica e abrangente dos recursos que nos cercam.
Cada recurso, além de comportar um saber específico, demanda uma maneira de se
interagir com ele. Trabalhar essa intenção, buscar compreender a linguagem que
cada meio possui é uma das funções da educação.
Conforme Pretto (1996), a tecnologia e a informática na sala de aula muda a
relação entre alunos e professores. O fato de as escolas possuírem computadores
não garante que eles sejam utilizados ou que a escola ofereça os conteúdos
esperados pelos alunos e por enquanto, o computador dentro da sala de aula e sua
disponibilidade correta ainda permanece longe da realidade da maioria das escolas.
Uma outra colocação muito comum nas escolas de hoje é a utilização do
computador em atividades extra-classe, com o intuito de ter a Informática na escola,
porém sem modificar o esquema tradicional de ensino. As escolas demonstram
assim em seus princípios e métodos de ensino as características marcantes de cada
época, pois estas estão inseridas nos processos de mudanças e evoluções culturais.
2.2 WEBQUEST - CONSIDERAÇÕES
Atualmente, com o advento e a utilização de computadores para o registro de
informação, quando se divulgam fatos ou conhecimentos, independentemente da
origem ou do suporte usado para representá-los, pode-se transportar no mesmo
instante como conhecimento à disposição das salas de aula. A digitalização como
prática educativa também deve ser entendida como um processo apropriado para
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registrar a informação e determinar em conseqüência, as suas aplicações e os seus
métodos como práticas pedagógicas. Através de processos apropriados, recorrendo
a meios Tecnológicos precisa conceber esta nova fase da informação em suporte
metodológico.
Segundo a Wikipédia (2010), O termo WebQuest (do inglês), é algo que
demanda da Web (Internet), tratando-se de uma metodologia de pesquisa orientada
em que quase todos os recursos utilizados são provenientes da rede mundial de
computadores. Foi proposta pelo Professor Bernie Dodge, da Universidade de São
Diego, em 1995, com a participação do seu colaborador Tom March. Para
desenvolver uma WebQuest é necessário criar um site que pode ser construído com
um editor de HTML, serviço de blog ou até mesmo com um editor de texto que
possa ser salvo como página da Web.
De acordo com Lévy (2001), trata-se de uma metodologia que cria condições
para que a aprendizagem ocorra, utilizando os recursos de interação e pesquisa
disponíveis ou não na Internet de forma colaborativa.
É uma oportunidade de realizarmos algo diferente para obtermos resultados diferentes em relação à aprendizagem de nossos alunos. Além de que, as WebQuest oportunizam a produção de materiais de apoio ao ensino de todas as disciplinas de acordo com as necessidades do professor e seus alunos. A WebQuest sempre parte de um tema (o Egito Antigo, por exemplo) e propõe uma Tarefa, que envolve consultar fontes de informação especialmente selecionadas pelo professor. Essas fontes (também chamadas de recursos) podem ser livros, vídeos, e mesmo pessoas a entrevistar, mas normalmente são sites ou páginas na Web. É comum que a Tarefa exija dos alunos a representação de papéis (faraó, arquiteto, escravo), para promover o contraste de pontos de vista ou a união de esforços em torno de um objetivo (LÈVY, 2001, p. 101).
Para a Professora Lisbete Madsen Barbosa. Ass. Mestre de Ensino Superior
do Departamento de Ciência da Computação da PUC-SP (2010), “Dois aspectos
interessantes sobre elaboração: 1) o desafio de preparar uma Tarefa criativa a ser
desenvolvida pelos alunos e 2) a criação de uma Introdução que desperte a
curiosidade e estimule a viagem pela WebQuest”. Para a professora, WebQuest é
uma metodologia inovadora de fazer uso da Internet e de outros recursos de
multimídia de modo construtivo sempre lembrando que a WebQuest é um recurso
metodológico presencial. “O acompanhamento e a orientação do professor no
desenvolvimento da Tarefa são fundamentais”.
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Conforme publicado pelo Ministério da Educação (BRASIL/MEC, 2010), o
conceito de WebQuest, criado em 1995 por Bernie Dodge, professor estadual da
Califórnia (EUA) busca aplicar nas escolas do Brasil uma proposta metodológica
utilizando os recursos oferecidos pela Internet através de uma forma criativa,
construindo com a ajuda dos professores páginas educativas e de pesquisa como
atividade investigativa onde todas as informações com as quais os alunos interagem
provêm da internet. A Metodologia utilizada é a coordenação e elaboração do
professor utilizando uma temática a ser solucionada por alunos reunidos em grupos,
utilizando como fontes de consulta, recursos como livros, vídeos e mesmo pessoas
a entrevistar, postados normalmente nas páginas da Web.
O Professor Bernie Dodge, criador do conceito WebQuest define a estrutura
em curta (Leva de uma a três aulas para ser explorada pelos alunos e seu objetivo é
a integração do conhecimento) e longa (Leva de uma semana a um mês para ser
explorada pelos alunos em sala de aula e tem como objetivo a extensão e o
refinamento de conhecimentos).
Conforme o Ministério da Educação (BRASIL/MEC, 2010), a WebQuest é
constituída de sete seções:
• Introdução - Determina a atividade.
• Tarefa - Informa o software e o produto a serem utilizados.
• Processo - Define a forma na qual a informação deverá ser organizada
(livro, vídeos etc.).
• Fonte de informação - Sugere os recursos: endereços de sites, páginas da
Web.
• Avaliação - Esclarece como o aluno será avaliado.
• Conclusão - Resume os assuntos explorados na Webquest e os objetivos
supostamente atingidos.
• Créditos - Informa as fontes de onde são retiradas as informações para
montar a WebQuest, quando página da Web coloca-se o link, quando
material físico coloca-se a referência bibliográfica. É também o espaço de
agradecimento às pessoas ou instituições que tenham colaborado na
elaboração.
Os objetivos propostos nas metodologias educacionais para o uso e
implementação de WebQuest são modernizar os modos de fazer educação
20
utilizando as tecnologias de informação disponíveis e sincronizar o acesso das
informações na internet garantindo ao aluno o acesso à informação autêntica e
atualizada através da colaboração em equipe, ou seja, o aluno é o sujeito ativo da
criação e desenvolvimento através de uma aprendizagem cooperativa e ao mesmo
tempo desenvolver as habilidades cognitivas. O SENAC (MEC/SENAC, 2010) em
acordo com o Ministério da Educação aponta que o uso da WebQuest:
• Favorece as habilidades do conhecer (o aprender a aprender);
• Oportuniza para que os professores de forma concreta se vejam como
autores da sua obra e atuem como tal. (acessar, entender e transformar).
• Favorece o trabalho de autoria dos professores;
• Incentiva a criatividade dos professores e dos alunos que realizarão
investigações com criatividade;
• Favorece o compartilhamento dos saberes pedagógicos, pois é uma
ferramenta aberta de cooperação e intercâmbio docente de acesso livre e
gratuito;
• Pelo seu aspecto pedagógico, dinâmico, amplo, informativo e investigativo,
estimula professores e alunos das mais diversas áreas e seguimentos.
Segundo Barros (2005), a WebQuest divide-se ainda em três categorias:
• LanQuest - Baseada na mesma metodologia de Bernie Dodge, só que em
páginas off line, fora do espaço web, utiliza apenas um software de
navegação, onde é simulada a navegação que ocorre na Internet. É uma
possibilidade de trabalho que vai além do ciberespaço na extensão de um
software de autoria, ou apresentação pronta em html. Ideal para escolas
que não têm acesso a laboratórios de informática.
• PaperQuest - É uma metodologia baseada na WebQuest que tem como
referências para o trabalho fontes bibliográficas (biblioteca). Assim como a
LanQuest, a PaperQuest também é ideal para escolas que não têm
acesso a laboratórios de informática. A PaperQuest pode ter o formato de
um jogo, as tarefas impressas em cartões com várias possibilidades de
aventura (urbana, na mata, no espaço, etc.). Os alunos irão pesquisar e
jogar ao mesmo tempo, por meio de ferramentas semelhantes ao
PHPWebQuest onde a familiarização e a criticidade na análise dos textos
encontrados em livros, jornais e revistas são necessárias.
21
• PHPWebQuest - É um programa educativo criado pelo professor espanhol
Antônio Temprano para criar WebQuest, Miniquest e caça ao Tesouro sem
escrever o código HTML ou utilizar programas de edição de páginas de
Web. O usuário pode editar e ou apagar as atividades criadas por ele.
Uma de suas vantagens de edição de WebQuest pelo phpwebquest é que
todo texto pode ser editado em HTML para quem já utiliza alguma
ferramenta de produção nesse formato, tornando-se viável e possível no
caso de alunos em situação de deficiência visual, a navegação por leitores
de tela (BARROS, 2005).
Utilizar os ambientes informatizados para desenvolver projetos com o uso dos
recursos digitais fornece instrumentos de avaliação da leitura e escrita constantes e
produzidas pelos próprios educandos, monitorados pelo professor na produção dos
textos, debates, acontecimentos escolares, notícias, pesquisa, matérias, etc.
Tais tópicos podem ser inseridos em Blogs como informativo para os demais
alunos e comunidade escolar envolvendo ainda o uso, aprendizagem e manuseio de
programas de textos como, por exemplo, dos mais conhecidos, Microsoft Word,
PowerPoint, Moviemaker e Kdenlive, e noutro momento, artigos pesquisados serão
divulgados pelo rádio escolar, respeitando regras de reportagem e textos
jornalísticos, coerência, oralidade, postura e disciplina.
Conforme lecionam Almeida & Moran (2005, p. 56), “Tecnologia e
conhecimentos integram-se para produzir novos conhecimentos que permitam
compreender as problemáticas atuais e desenvolver projetos, em busca de
alternativas para a transformação do cotidiano e construção da cidadania.”
2.3 O BLOG COMO INSTRUMENTO EDUCATIVO
O livro Integração das Tecnologias na Educação, promovido pela Secretaria
de Educação a Distância/Projeto Salto para o Futuro, sob a coordenação de Maria
Elizabeth Biaconcini de Almeida e José Manuel Moran, nos oferece artigos sobre o
envolvimento do uso das tecnologias de educação e informação (TIC) nos
ambientes educacionais.
A leitura deste material forneceu apoio para esse projeto, onde foram
utilizados ainda em especial os textos de Brito Prado com o tema Pedagogia de
22
Projetos: fundamentos e implicações, o texto de Laura Maria Coutinho, Aprender
com vídeo e a câmara, o texto Pesquisa, comunicação e aprendizagem com o
computador. Conforme analisado, o papel do computador no processo de ensino
aprendizagem de José Arnaldo Valente e o texto Internet na Escola e a Inclusão de
Marco Silva, onde a Tendência em sala de aula é a integração do ambiente escolar
com as mídias eletrônicas.
Com relação ao uso das TIC’s e a utilização dos Blogs, André de Oliveira em
entrevista para a revista Digital Pólo (1999, p. 33) afirma: “O blog é uma ferramenta
fácil, barata e que permite uma comunicação escrita dinâmica entre os alunos”.
Finalmente, a implantação da Informática, como auxiliar do processo de
construção do conhecimento, implica mudanças na escola que vão além da
formação do professor. É necessário que todos os segmentos da escola - alunos,
professores, administradores e comunidade de pais - estejam preparados e
suportem as mudanças educacionais Salienta que para o uso do Ensino
Fundamental se faz necessário a supervisão constante dos professores para se
manter a seriedade da proposta pedagógica.
Diuturnamente, recebemos em casa saberes e informações, palavras e imagens, entretenimento e idéias dos pontos mais distantes do planeta trazidos pelas tecnologias do rádio, televisão, internet, TV a cabo, etc.. Os personagens que se apresentam nos filmes e nos programas de televisão se tornam pontos de referencia comuns para milhões de indivíduos que podem nunca interagir um com o outro, mas que partilham, em virtude de sua participação numa cultura mediada, de uma experiência comum e de uma memória coletiva (BARBOSA, 2004, p. 219)
Os avanços tecnológicos das últimas décadas, mais especificadamente dos
anos cinqüenta até os tempos atuais, vêm ocasionando grandes mudanças em
vários setores da vida social. Mello (1999) exemplifica o uso desses mecanismos
com estudantes universitários que criaram blogs pessoais e para interagirem entre
eles e com seus professores.
Conforme Xavier (2004) o Blog (WEBLOG) são as páginas pessoais publicadas
na rede mundial (Internet) em formato de diários e atualizados a qualquer momento,
trazendo pontos de direcionamento (links) para outros blogs do mesmo tema ou
temas específicos, como culinária, cinema, arte, música, educação e gira em torno
de comentários sobre atualidades.
Weblogs, ou blogs, consistem em publicações de conteúdos como textos, links, fotos, poesias, déias, piadas, notícias etc. de forma cronológica como
23
um jornal, ficando arquivado por um período determinado, através do próprio browser tornando-se mais fácil criar e publicar uma página Web como espaço pessoal, que faz do Weblog mais de uma ferramenta tecnológica, mais uma forma de inclusão na comunidade Web. É a abreviação da palavra Weblog (rede, teia) e Log (registro); Os Weblogs são feitos no meio on-line, e os usuários que mantém esses registros na Internet são chamados de “blogueiros” (XAVIER, 2004, p. 62).
Como ferramenta pedagógica, acredita-se que podemos utilizar o Blog para
familiarizar o aluno com as linguagens específicas dos meios de comunicação social
da internet e incentivar a escrita na elaboração de textos, formatações, vídeos e
fotos direcionado ao Blog, a oralidade, desenvoltura e comunicação, pois conforme
leciona Xavier (2004). O Blog é composto por pequenos parágrafos, segue uma
linha de tempo, como um fato após o outro, semelhante a uma home page, mas com
a vantagem de veiculação da informação em tempo real, numa maior possibilidade
de interação com o leitor , que pode emitir sugestões, comentários, críticas e mandar
recados, enfim tudo o que a imaginação do autor permitir.
No contexto atual, a constituição aberta e flexível dos Blogs incentiva a
diversos tipos de ideologias e diálogos fazendo com muitas entidades, organizações
e usuários universitários criam redes de interesse e adquirem como leitores
indivíduos das comunidades locais, nacionais e internacionais a participar de
debates e mesmo a participar de aulas. Nas mãos de professores criativos, os Blogs
podem permitir aos estudantes, conectar suas experiências de sala de aula ao
mundo.
Os blogs também são uma excelente forma de comunicação entre uma família, amigos, grupo de trabalho, ou até mesmo empresas. Ele permite que grupos se comuniquem de forma mais simples e organizada do que através de email ou grupos de discussão; Muitos são pessoais, intimistas, veiculam idéias ou sentimentos do autor, alguns são voltados para diversão e outros para o trabalho, mas também tem aqueles que misturam tudo. Mas, em geral, enfocam um tópico ou área de interesse para quem os escreve (XAVIER, 2004, p. 71).
Moran (2007) aponta que os blogs utilizam a internet como um meio de
comunicação global e que produz conhecimento compartilhado. Para este autor, os
Blogs podem dar suporte a Educação de várias formas como “um jornal acadêmico,
um espaço de reflexão e discussão dos estudantes, uma forma de construir
conhecimento de forma autônoma e coletiva (colaborativa), uma ferramenta para
estimular e registrar pesquisas, uma memória coletiva para equipes remotas ou não,
bem como uma orientação para um estudante novo” (MORAN, 2007, p, 132).
24
Na literatura sobre o tema ainda encontramos, conforme leciona Moran (2007)
os programas de computador conhecidos como “Hot Potatoes”, um programa de
origem canadense que conta com um conjunto de seis ferramentas de autoria foi
desenvolvido pela University of Victoria CALL Laboratory Research and
Development. As ferramentas existentes nele possibilitam a criação de exercícios
variados, como por exemplo, palavras cruzadas, múltipla escolha, associações entre
colunas. Outro ponto relevante no tocante ao uso das ferramentas é a interatividade,
uma vez que as atividades são criadas para uso no ambiente da internet.
2.4 O RÁDIO E A ESCOLA – COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO
Entre as tecnologias que o ser humano inventou estão algumas que afetaram
profundamente a educação: a fala baseada em conceitos (e não apenas grunhidos
ou a fala meramente denotativa), a escrita alfabética, a imprensa (primeiramente de
tipo móvel), e, sem dúvida alguma, o conjunto de tecnologias eletro-eletrônicas que
a partir do século passado começaram a afetar nossa vida de forma quase
revolucionária: telégrafo, telefone, fotografia, cinema, rádio, televisão, vídeo,
computador, hoje todas elas digitalizadas e integradas no computador.
A tecnologia na educação vive uma situação inédita e discutida por vários
autores. Entre eles, citamos Michel Tardyf (1995, p. 26), que afirma:
[...] a nova geração nasceu num universo invadido pela imagem: esta sempre fez parte de seu horizonte cultural. Em contrapartida, os adultos que desejam interessar-se seriamente pelas imagens são obrigados a fazer uma verdadeira conversão mental e vivem dolorosamente um processo laborioso de aculturação. (...) Os professores precisam, se não ultrapassar, pelo menos alcançar seus alunos. Não é impertinente pensar que os programas destinados às crianças fossem ministrados primeiro aos professores.
É Refletindo sobre essa realidade vivida pelos professores, que percebemos
a importância de uma formação contínua, que os atualize, não só quanto ao
embasamento teórico, mas também com relação às novas tecnologias.
Observando uma transcrição do PROINFO - Programa de Formação
Continuada Mídias na Educação - (2009), o uso do rádio na escola é incentivado
pelo governo federal brasileiro e sugere a elaboração de projetos para implementá-lo
nas escolas de todos os municípios, segundo a entidade: a “visão do uso do Rádio
25
como meio de difusão da educação surgiu através de projetos ligados ao Rádio e à
TV, geralmente, num trabalho em conjunto. A tentativa era fazer com que os dois
meios, efetivamente, fossem capazes de vencer as distâncias territoriais gigantescas
do Brasil e que exercessem um papel verdadeiramente educativo. A falta de
recursos financeiros para criar um estúdio de rádio não é impedimento para criação
das rádios escolas, pois poucos equipamentos são necessários para montar um
estúdio de rádio, que vai motivar a garotada a aprender uma nova linguagem”.
A implantação da rádio escola envolve uma série de questões, conceitos e
técnicas, entre elas, a delineação de um projeto contendo o tipo do público alvo,
objetivos e cronogramas. Considera-se que a realidade escolar nas unidades
brasileiras possui especificidades diferentes e por isso o projeto é planejado e
desenvolvido respeitando cada uma delas. Conforme o PROINFO (2009), a
programação que vai ao ar e toda organização para efetivar o projeto da rádio na
escola é de responsabilidade dos participantes do projeto. Os alunos passam a ver o
rádio não só como uma forma de entretenimento, mas também como um prestador
de serviços que forma opinião e informação.
Para Barbosa & Mejía (1999, p. 15-17) citados por Gonçalves e Azevedo
(2004), “o rádio tem exercido um importante papel comunicacional por apresentar
uma possibilidade de participação às comunidades (...) a força do rádio é sua rápida
capacidade de interagir com o público; horizontalidade”. Podemos acrescentar que o
rádio proporciona com extrema velocidade a propagação de matéria informativa
sendo o único meio massivo de longo alcance local e ainda, um noticiário de rádio
tem mais legitimidade e audiência.
Conforme o Ministério da Educação (BRASIL/MEC, 2010), aplicar projetos de
Rádio-Escola se constitui em uma proposta pedagógica de envolvimento entre
alunos, comunidade escolar e local com um poderoso recurso de educação em
mídias. Para Gonçalves e Azevedo (2004) a familiaridade com os equipamentos
próprios da comunicação radiofônica, associada a exercícios de elaboração coletiva
da programação a ser veiculada permitem à comunidade escolar construir seu
próprio discurso, transmitindo a todos o que pensa, deseja e necessita para a
melhoria das relações entre a comunidade escolar e seu em torno.
O uso do rádio na escola incentiva a prática da cidadania e é possível afirmar
que contribui para a construção de uma sociedade mais justa, onde os alunos de
hoje se transformam em cidadãos capazes de decidir o destino de si mesmos e da
26
comunidade. Ainda, a rádio na escola contribui para a análise das falas das crianças
e se converte em um canal de comunicação entre as distintas experiências da
comunidade, cidade ou região determinada.
O rádio na escola reforça um modelo comunicacional horizontal, democrático e participativo, na medida em que seus agentes de transformação são sujeitos. E é na prática interativa e coparticipativa do diálogo, que o rádio ocupa espaço no universo comunitário escolar e extra-escolar. No processo que envolve comunicação popular, alternativa ou comunitária, mais importante que a produção que se faz a partir do uso dos meios são as relações que os sujeitos/atores sociais estabelecem nesse processo de construção. O diálogo, o comunicar, o expressar livre de idéias, as formas de participação, a inclusão dos elementos e a valorização das identidades e culturas são elementos significativos e expressivos nesse processo (BARBOSA, 2004 op cit GONÇALVES & AZEVEDO, 2004, p. 16-17).
Enquanto construção da realidade, a mídia também constrói dentro de cada
uma das nossas cabeças a noção de real. Cada um de nós tem na mente um
modelo de realidade baseado em observações e experiências próprias. Acredita-se
que, utilizando um modelo seremos capazes de distinguir a verdade da mentira, e
estarmos confiantes que não nos deixaremos enganar. Mas muito desta nossa
noção de realidade vem da própria mídia que nós consumimos ou da que outras
pessoas que nós adotamos como modelos (nossos pais, nossos professores)
consumiram. Não é tão fácil quanto parece distinguir entre as experiências pessoais
vividas e o mundo da mídia. A mídia está de fato construindo nosso senso de
realidade de cada dia.
O Projeto Rádio-Escola se constitui numa proposta de educação para as mídias. A familiaridade com os equipamentos próprios da comunicação radiofônica, associada a exercícios de elaboração coletiva da programação a ser veiculada, permitirá à comunidade escolar construir seu próprio discurso, transmitindo a todos o que pensa, deseja e necessita para a melhoria das relações entre a comunidade escolar e seu em torno (BARBOSA, 2004 op cit GONÇALVES & AZEVEDO, 2004, p. 18).
Assim, o uso do rádio nas escolas se constitui numa prática viva da
cidadania, que contribui, certamente, para a construção de uma sociedade mais
justa, formada por cidadãos capazes de decidir o próprio destino; lugar de encontro
a partir das experiências de participação das comunidades e iniciam-se outras
dinâmicas de participação dentro das programações.
O rádio se converte em um ponto de encontro das pessoas e dos grupos e
cada mídia tem formas próprias de apresentação da realidade e nenhuma delas é
totalmente imparcial ou sem objetivo. E não pode ser diferente, pois a mídia envolve
27
escolher, selecionando da realidade a parte a ser mostrada, comunicada. Os meios
de massa transmitem mensagens, não apenas a imediata, elas transmitem suas
mensagens de modos diferentes de acordo com suas próprias capacidades.
Algumas, como o rádio, alcançam um grande número de pessoas de uma vez,
enquanto outras como tablóides, alcançam uma pequena, mas específica audiência,
outras, como televisão, transmitem imagens fortes enquanto outras, como o CD,
transmitem sons realísticos. Elas também transmitem mensagens moldadas pelos
seus contextos econômicos e políticos e a escola dependem de suporte, do apoio do
congresso e de outras corporações.
Aqui fica uma pergunta e também a justificativa em considerar que o uso da
rádio e do computador, no caso aqui especifico construindo o Blog: De onde virá o
auxílio par que os professores possam compreender a integração dos
conhecimentos teóricos adquiridos com as novas tecnologias, e mais que isso, como
se pode refletir criticamente quanto ao uso de recursos, com os quais nem sequer
tiveram contato, durante sua formação nos cursos que os habilitaram para exercer
sua profissão?
A resposta se encontra justamente nas propostas pedagógicas como este
trabalho, a busca do desconhecido e utilizar as tecnologias possíveis, construindo
uma parceria entre o saber do aluno e do professor, no campo da escola considera o
interesse e as possibilidades pessoais de cada professor em relação às novas
tecnologias utilizadas pela sociedade em geral. O uso do computador para edição de
textos, planilhas eletrônicas e consultas à Internet, é mais do que ensinar ao aluno
como se aproveitar dessas tecnologias, mas ensinar ao mesmo tempo ao professor,
que radio e blog são ferramentas que existem e devem ser exploradas.
Os possíveis desdobramentos ou facilidades do trabalho conjunto entre o blog
e o rádio, envolvem não somente tópicos isolados, com o uso desses recursos, o
professor volta a aprender a aprender e então passa a ser parceiro do aluno, no
ambiente escolar. O professor agora não é sozinho o repositório do saber, mas um
orientador, aquele que demonstra ao aluno como melhor utilizar o conhecimento que
ele adquire tanto na escola como aquele que vivencia no seu dia-a-dia, fora do
ambiente escolar.
28
CAPÍTULO III - A ESCOLA E O USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
3.1 A ESCOLA: PALCO DE POSSIBILIDADES
Este projeto foi aplicado no município de Rio Negrinho, estado de Santa
Catarina, na escola Municipal de Educação Básica Prefeito Henrique Liebl. As
atividades são extensivas ao turno matutino e vespertino, para os alunos de Pré à 8ª
série (Educação Infantil e Ensino Fundamental).
3.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
A Escola Municipal de Educação Básica Prefeito Henrique Liebl, localizada na
Rua Santo Antonio, 503, bairro Jardim Hantschel, município de Rio Negrinho – SC
foi criada pela Lei 699 de 30 de junho de 1994, inaugurada em 24 de abril de 1995,
recebendo o nome em homenagem ao primeiro Prefeito desta cidade, desde sua
emancipação política em 1973. Em 30/06/2000 comemorou-se a implantação das
séries finais do Ensino Fundamental, atendendo hoje 672 alunos, da Educação
Infantil e Ensino Fundamental, dos quais 351 são da nucleação, transporte escolar
vindo de varias localizações escolar. A área total do terreno é de 9.000,00m², a área
de construção das salas de aulas, direção e secretaria são de 1.989,88m² e do
ginásio inaugurado em 22/04/2005 é de 1.279,88m².
Nas suas instalações a escola conta com 14 salas de aulas, sendo 02 para o
atendimento de alunos da pré-escola, 06 salas no piso térreo e 08 no piso superior.
Todas as salas de aula estão equipadas com luminárias, janelas amplas, ventilador
de teto, armários para guardar o material didático. Possui 02 salas de aula para
atender alunos da Pré-Escola, mobiliada seguindo os padrões determinados em lei,
01 mini-biblioteca, 01 ginásio de esportes com 1.279,88m² com 02 salas internas
para guardar o material de uso especifico da prática da educação física, 01
laboratório de informática, com 13 micros computador Pentium superior ou
equivalente. O uso da Internet é somente em atividades que tenham finalidades de
enriquecer a prática pedagógica.
29
Dentro do trabalho educacional a escola adota como princípios tecnológicos
trabalhar com os conteúdos do plano anual da grade curricular e também com
projetos, onde a aprendizagem deve ser vista como um processo complexo e global
onde a teoria e a pratica não se dissociam e caminham juntas.
A aprendizagem é desencadeada a partir de um problema que surge e
conduz a investigação e a adoção de procedimentos adequados, desta forma à
escola trabalha projetos que deverão estar garantidos com a seguinte justificativa:
Objetivos claros e coerentes; Recursos materiais acessíveis; Conteúdos
significativos para os alunos; Seqüência didática com atividades desafiadoras e
condizentes com o nível da turma; Produto final, com analise do conhecimento que
foi obtido com o projeto. Nas reuniões, planejamento, e palestras a direção tem
como uma das suas atribuições promoverem o aperfeiçoamento dos professores
através de reuniões pedagógicas, encontros de estudos, visando a construção da
competência pedagógica.
O quadro de funcionários da escola é composto por: 01 Diretora, 01
Secretária, 01 estagiaria, 02 Orientadoras Pedagógicas, 01 monitor, 02 merendeiras,
04 auxiliares, 31 professores. O sistema de administração é Municipal, com
autonomia da gestão financeira das unidades Escolares das Redes Municipais de
Ensino, objetiva o seu funcionamento normal e a melhoria no padrão de qualidade, e
será assegurada pela transferência de recursos financeiros, consignados em seu
orçamento, em favor das unidades escolares, de forma a contribuir para a
manutenção de cada estabelecimento de ensino beneficiário. A escola conta com
651 alunos, sendo 351, da nucleação transporte, o sistema é municipal seriada, ou
seja, (por série).
Das atribuições da direção e técnico-administrativo:
• Representar a escola responsabilizar-se pelo seu funcionamento,
perante aos órgãos e entidades públicas;
• Cumprir e fazer cumprir o regimento escolar;
• Presidir as atividades de pessoal administrativo, técnico, docente e
discente;
• Promover maior participação da comunidade junto à escola;
• Aplicar penalidades disciplinares aos professores, funcionários e
alunos conforme o regimento;
30
• Abrir, encerrar e rubricar todos os livros de escrituração escolar;
• Garantir o acesso e a permanência do aluno na escola;
• Coordenar a elaboração do Plano Político Pedagógico;
• Atender e encaminhar os problemas disciplinares e de aprendizagem
dos alunos;
• Responsabilizar-se civil e criminalmente por recursos transferidos a
Unidade Escolar desde a sua aplicação e prestação de contas.
Cabe ao secretário todo o serviço de escrituração, arquivo, fichário, e
correspondência do Estabelecimento, bem como que esteja bem organizado;
Nove professores encontram-se sem licenciatura completa, com magistério
completo; Nove professores com magistério completo; Um professor da Pré-Escola
sem curso específico com outra formação completa; Onze professores com
magistério e licenciatura completa; Um professor com outra formação completa.
A Direção e os educadores da Unidade Escolar buscam um trabalho em
conjunto com a APP, que tem como meta integrar a escola com a comunidade,
visando a interação e participação no desenvolvimento do plano político pedagógico.
No primeiro bimestre do ano letivo de 2005 foi realizado com todos os segmentos da
comunidade, um levantamento estatístico de dados para coleta de informações.
Os objetivos que permitem o trabalho da Educação Infantil na articulação
entre o cuidar e o educar, devem estar completados nas diferentes atividades, em
especial na construção da sociabilidade, da aprendizagem e da independência em
prol da autonomia. As atividades permanentes contribuem para a construção da
identidade e construção da autonomia. São rotinas educativas: Roda de conversa,
Faz-de-conta, Higiene, Chamada. Calendário, Cantigas, Alimentação, Descanso.
Nas reuniões, planejamento e palestras, a direção tem como uma das suas
atribuições promover o aperfeiçoamento dos professores através de reuniões
pedagógicas e encontros de estudos, visando a construção da competência
pedagógica. O Conselho de Classe é realizado a cada bimestre com participação da
diretora e professores, com objetivo de discutir a avaliação global do aluno e o
levantamento das suas dificuldades.
A avaliação dos envolvidos no trabalho educativo e no estabelecimento de
ações para a superação das dificuldades. A avaliação do processo ensino
aprendizagem desenvolvido pela escola na implantação das ações propostas e
31
verificação dos resultados. A definição de critérios para avaliação e sua revisão
quando necessária. A avaliação da pratica docente, enquanto motivação e produção
de condições de apropriação do conhecimento, no que se refere: à metodologia, aos
conteúdos programáticos e à totalidade das atividades realizadas: O conselho de
Classe é Composto: pelos professores da turma; pela direção da escola ou seu
representante; por alunos quando solicitados; por pais, quando solicitado; por
especialistas da educação; por membros do Conselho Deliberativo.
A hora de estudo ou parada pedagógica é planejada pela orientação, que
acontece através de estudos de temas que fazem parte da prática pedagógica.
3.3 MÉTODOS DE ENSINO
Os professores participam de seminários, encontros, palestras e discussão de
obras sempre que solicitados. Nas reuniões, planejamento, e palestras a direção
tem como uma das suas atribuições promover o aperfeiçoamento dos professores
através de reuniões pedagógicas, encontros de estudos, visando à construção da
competência pedagógica. A cada bimestre convoca-se uma reunião com os pais de
alunos para a entrega de boletins com a avaliação do rendimento escolar de seus
filhos, problemas disciplinares e assuntos específicos relacionados à educação e
suas atribuições. Os pais comparecem sempre que solicitados. Na relação entre os
métodos pedagógicos utilizados e conhecidos, podemos indicar os seguintes
tópicos:
No método de ensino relacionado à infância e ao intuitivo, podemos ter como
relação à educação inclusiva, onde é necessário conhecer e investigar o tema para
pode desmistificar alguns mitos construídos em cima de comportamentos que
interferem no desempenho escolar de algumas crianças. A vivência da criança com
deficiência na Instituição educativa é um processo às vezes dolorosa e ao mesmo
tempo desafiadora. Exige um novo pensar em educação usando a reestruturação da
instituição educativa de forma a favorecer o enfoque da educação da integradora.
Capacitando realmente as instituições educativas para atender adequadamente as
diversidades das crianças.
O processo mediante o qual os sistemas gerais da sociedade, tais como meio físico, a habilitação e o transporte, os serviços sociais e de saúde, as
32
oportunidades de educação, trabalho e a vida cultural e social, incluídos as instalações esportivas e de recreação, são efeitos acessíveis para todos; isto inclui a remoção de barreiras que impedem a plena participação das pessoas deficientes em todas estas áreas, permitindo-lhes assim alcançar uma qualidade de vida igual a de outras pessoas. (SASSAKI, 1997, p. 39).
O mundo atual impõe uma sociedade global. Um agir e pensar iguais em
todos os contextos sociais. Porém, o que vem sendo excluído na sociedade atual?
A diferença, a singularidade, as exceções. Certos países apresentam populações
inteiras morrendo de fome, enquanto do outro lado do mundo, nos países mais ricos,
uma quantidade enorme de alimentos transformam-se em adubos altamente
qualificados. Assim, a criança portadora tem a possibilidade de ser incluída na rede
regular de ensino, pois a exigência está na formação dos professores para o
trabalho com a diversidade humana.
Relacionando o método pedagógico na escola utilizada para esta pesquisa, o
ponto inicial é o aluno e sabe-se que sua aprendizagem vai depender diretamente
do interesse que ele venha a ter pelos conteúdos, podemos dizer que é de grande
importância e prioritário que a escola deva considerar alguns itens: Ensinar aos
alunos a viverem no mundo em que encontraram; Priorizar os interesses desses
alunos, a partir de suas necessidades e experiências; A prática docente deve estar
baseada na liberdade do aluno e este deve elaborar suas próprias certezas, seus
próprios conhecimentos e regras; O professor deve oferecer uma orientação que
propicie ao aluno o contato com situações novas, estimulando a organização das
experiências e possibilitando a criança dirigir seus impulsos para um caminho
inteligente ANEXO II)
O método de ensino utilizando as mídias se baseia em fazer o aluno testar
seus problemas na prática e a escola prioriza através do uso da internet a
descoberta, a reflexão e a experimentação. Os conteúdos programáticos
apresentados através de questões problemas, jamais devem ter respostas e
soluções prontas, pois desta forma irá impedir que seu aluno caminhe com seus
próprios pés. Em nossa escola temos um programa educativo bem democrático,
podendo fazer adaptações ou mudanças que favoreçam seus alunos com a
educação como necessidade social, constituída pelo processo natural e social que
permita aos grupos humanos manter e transmitir suas crenças, idéias e
conhecimentos utilizando as tecnologias de informação. Sabemos que a educação
deve ser para formação de pessoas que estejam prontas para ação, e de serem
33
capazes por si mesmas, pela pesquisa ou pela atuação, encontrar os caminhos para
o seu lugar na sociedade atual e atuar com as tecnologias como intercâmbio de
experiências que se dará por meio da comunicação entre os indivíduos, uma vez
que a compreensão do mundo, advinda da experiência, adquire significado através
da linguagem
3.4 A METODOLOGIA DA PESQUISA
Para a efetivação deste trabalho, em primeiro momento foram utilizados os
métodos de pesquisa do tipo bibliográfica onde o pesquisador através de
referencias, livros, se embasa em livros, revistas e Internet. Para a segunda etapa, a
forma de pesquisa para o desenvolvimento do trabalho de campo foi o de
levantamento de dados nos setores educativos mencionados (sala de informática,
biblioteca da escola, sala de aula e em reuniões estabelecidas), nos quais foram
apresentadas etapas mais concretas para a análise de dados coletados na aplicação
do termo geral do propósito e com a coleta de dados da situação atual.
3.5 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Para a apresentação da pesquisa pretendida, narra-se neste tópico o
aprofundamento da realidade e os métodos utilizados com as informações utilizadas
para atingir o objetivo do trabalho.
No primeiro momento, buscou-se definir o tema e o problema para a
composição do projeto desta pesquisa. O tema escolhido “WEBQUEST NA
ESCOLA. INTERAÇÃO DAS TIC’s COM RÁDIO/BLOG COMO FERRAMENTA DA
APRENDIZAGEM” foi originado da necessidade de utilizarmos as Tecnologias da
Informação presentes tanto na escola quanto na realidade dos alunos e buscou-se
aproveitar a rádio existente e em funcionamento na escola referenciada. Conforme
foi esclarecido acima, procurou-se utilizar as TI (Tecnologias da Informação) da
entidade pesquisada para produção de atividades de interação das informações
entre rádio e internet (Blog) proporcionando momentos de integração, lazer,
comunicação e informação.
34
Em um segundo momento, para obter subsídios fundamentados da prática
das ferramentas sugeridas, realizou-se uma Pesquisa Bibliográfica para conceituar e
conhecer os métodos e softwares de criação, manutenção e hospedagem de Blogs
na rede internet. A pesquisa bibliográfica explorou no primeiro capítulo as Mídias na
Educação: Aprendizagens e Construções, levando ao leitor sobre o curso de Mídias
na Escola, através dos módulos e relatando as experiências dos projetos realizados
e das aprendizagens apreendidas; a constituição da professora na utilização das
mídias considerando a docência, sua trajetória até o contato com as mídias e
finalmente as TIC’s na educação e a informática como centro de conhecimento,
buscando dizer o que são as TIC’s e como podem ser utilizadas na educação
No Segundo Capítulo aqui apresentado e para fundamentar as ações que
seriam voltadas para a prática em sala de aula e na interação com os alunos,
montou-se um material bibliográfico sobre o WebQuest, explicando o que é, onde
surgiu, quem criou, relacionando com a educação, apresentando assim um material
com algumas possibilidades de uso. Para o conhecimento geral, revisitamos os
módulos da rádio, relatando a história, o seu uso na educação e relatar algumas
experiências que deram certo e anexamos também um vasto material sobre a mídia
informática em especial o blog, já que seria uma das ferramentas propostas nos
objetivos.
Em encontros com a diretoria da escola, definiu-se a turma para a
composição do projeto, sendo cinco indivíduos e sugerimos instrumentos para criar
e manter atualizado o Blog da escola. Dessa forma, objetivou-se a promoção da
democratização da comunicação relativa a atividades didáticas interagindo
informações na rádio escola e familiarizamos o aluno com as linguagens específicas
desse veículo de comunicação social rádio/Blog, conforme fotos da utilização da
rádio recreio e dos inícios de estudo para produção do Blog escolar (ANEXO I)
Definiu-se com a diretoria da escola as metodologias e permissões para o uso da
radio e da sala de internet e computadores; Definição do público-alvo e também os
horários e a pessoa responsável pela equipe. No mesmo momento, montamos e
definiu-se o numero de colaboradores e como integrar a escola ou a sala de aula no
projeto.
Em aulas teóricas, apresentou-se aos alunos como funciona uma rádio e
definimos a programação, trabalhamos sobre o que é um Blog; o que é necessário
para construir um Blog; quais as melhores ferramentas para usar e atualizar um
35
Blog; definimos as pessoas que seriam os comunicadores na rádio; a equipe de
montagem do Blog (diagramadores, escreventes, designers, revisores), orientou-se
as atividades da rádio e do Blog em tempo real, filtramos as mensagens e pedidos
dos ouvintes e leitores. Para iniciar o projeto, definiu-se então quatro etapas:
• Para como proceder a manutenção diária do Blog;
• Definir prioridades da equipe entre rádio e Blog;
• Buscar parcerias e definir as pessoas para entrevistas ou promoção de
eventos e mensagens.
• Apresentar os cronogramas e planejamentos para a semana;
A dúvida surgida foi em como fazer para integrar mídias existentes na escola
com um horário de recreio divertido, prazeroso e educativo? As mídias estudadas
foram então incorporadas ao Projeto com o objetivo de pesquisar, registrar e
divulgar as notícias da escola, parabenizações de aniversariantes, assuntos em
destaque, agenda da escola e quando possível, entrevistas com professores para
divulgação no horário de recreio dessa Unidade Escolar. A mídia Informática serve
então para pesquisar a comunidade escolar, integrar tornar o recreio um local de
promoção de aprendizagem é uma responsabilidade que escola precisa abraçar.
Para a composição do Blog, foi apresentado aos alunos as definições e
métodos utilizados para utilizar a WebQuest. Os passos seguidos para a elaboração
da WebQuest foram:
• Planejar;
• Definir o tema;
• Selecionar fontes de informação;
• Delinear a tarefa;
• Estruturar o processo;
• Formatar;
• Escrever a introdução;
• Escrever a conclusão;
• Inserir o conteúdo no gabarito;
• Publicar;
• Fazer os acertos finais;
• Publicar a WebQuest;
• Gabaritar;
36
• Definir e usar um editor HTML, (o que exigiu conhecimento em informática
dos alunos) e;
• Gabaritos (ferramentas de produção, acervo de imagens, editores de
HTML, hospedagens de sites, etc. Para isto utilizamos as ferramentas
encontradas no site: <http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas
/obino/webquest.html>.
A composição do Blog seguiu com um cenário composto por:
• Tarefa: Descrever o que se espera dos alunos e que ferramentas devem
ser utilizadas para elaborá-lo (a escolha do software, por exemplo);
• Processo: Nesta etapa montamos os passos que os alunos deveriam
percorrer,de forma detalhada: formação do grupo; os obrigações (redação,
correção, entrevistas, técnica, áudio, digitalização) . nesta etapa também
organizamos as informações usando fluxogramas, mapas mentais,
checklists etc. As fontes de informação (recursos) foram sites e páginas de
Web consultados como exemplo;
• O uso da rádio, com as chamadas e comunicados e em seguida, a
montagem do Blog como material utilizado na comunicação; como
proceder a manutenção diária do Blog; prioridades da equipe entre rádio e
Blog; parcerias e definir as pessoas para entrevistas ou promoção de
eventos e mensagens. apresentar os cronogramas e planejamentos para a
semana; revisão bibliográfica e apresentação do pré-projeto para
aprovação e desenvolvimento do trabalho final;
• Na conclusão resumimos os assuntos explorados na rádio e os objetivos
atingidos;
• A seção de Créditos no Blog apresentou as fontes de todos os materiais
utilizados: imagens, músicas, textos, livros, sites, páginas Web,
agradecimentos a pessoas que de algum modo tenham colaborado.
3.6 A ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS
A Análise e Comparação dos resultados, principalmente na melhora da
produção Literária pelos alunos envolvidos no projeto foram efetivadas entre a
37
avaliação da turma posteriormente à aplicação do projeto e após sua aplicação.
Para observar a avaliar a evolução da turma, serão realizadas redações ou
produção de textos informativos manuscritos, (ANEXO II) buscando saber e coletar
material individual (pode ser uma programação ou uma redação) para verificar a
forma utilizada, linguagem, gramática e colocação do texto na transmissão de
informações. Após o projeto, será realizada novamente a produção manuscrita de
um texto em forma de programação radialística para assim, avaliar o desempenho
da linguagem, escrita e comunicação dos alunos. Os dados coletados serão
analisados e demonstrados no capítulo “análise e Avaliação dos Resultados.
• Tornar a escola cada vez mais atrativo é o melhor caminho para
mantermos nossas crianças nas salas de aula, adquirindo conhecimento e
construindo seu futuro;
• Das somas entre tecnologia e conteúdos nascem oportunidades de
ensino, que são significativas, como enfrentar desafios atuais, como
encontrar informações na Internet, se localizar em um mapa virtual,
construção de Blogs, etc;
• Para obter um ensino realmente de qualidade, a escola tem que ser vista
em seu todo, nas suas mais diferentes vertentes e desta forma cumpre
seu objetivo com ações pedagógicas desenvolvidas por meio deste
projeto, que trabalha todas as áreas da Educação, desde a coleta de
dados até o produto final, que é a notícia veiculada através da rádio
recreio e blog, que serão coletados durante as aulas de português e
Inglês. Percebe-se que quando não existe uma estratégia dirigida, os
alunos acabam se dispersando, onde muitas vezes não medem
conseqüência dos seus atos;
• Pretende-se que os alunos aprendam a utilizar os equipamentos
disponíveis para a difusão de material radiofônico, programas e internet,
estreitando a comunicação entre o mundo virtual e o seu mundo, entre
alunos, professores e funcionários, ampliando o meio de comunicação
interna da Escola. Inspirados pelas rádios locais, os alunos vão em busca
de notícias na internet em mídias impressas e uma diversidade de
músicas em seu ambiente escolar, para contribuir na produção do roteiro
38
para a rádio, assim o aluno torna-se ouvinte atento do rádio para elaborar
a programação, desenvolvendo o hábito de assistir e ouvir notícias;
• A rádio permite ao aluno melhorar a oralidade, a livre expressão, a
criatividade e o rompimento da timidez e da insegurança, além de
estimular o aluno à prática do radio jornalismo, valorizando a cultura local
em uma formação para a cidadania;
Com a maioria das atividades realizadas e alcançados os resultados,
conforme é demonstrado no Resultado final da Produção do Blog Escolar (ANEXO
III e IV) com esperados dentro de um ano, entende-se que a proposta deve
continuar fazendo parte da rotina escolar dos próximos anos. Futuramente busca-se
ampliar a socialização dos blogs divulgando-os através dos principais meios de
comunicação da comunidade e da cidade.
39
PROPOSTAS PEDAGÓGICAS - MÍDIAS NA EDUCAÇÃO - RESULTADOS
Neste tópico apresento os resultados que encontrei após a aplicação desta
pesquisa e aquilo que presenciamos como experiência pessoal. É sabido que a
nossa opinião não depende apenas da vontade ou da inclusão de uma “novidade”
na escola, projetos de qualquer natureza devem possuir um embasamento teórico e
principalmente legal. No caso do uso da rádio e da internet, é necessário afirmar que
se trata de um programa instituído no Brasil e em Santa Catarina, unidade federativa
na qual nos situamos, pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), por meio do
Departamento de Tecnologia Educacional (DTE). O ministério da educação incentiva
a formação de professores com o objetivo de capacitar a utilização da linguagem
radiofônica como ferramenta educativa numa perspectiva de compartilhar produções
acadêmicas e assim favorecer o intercâmbio de experiências e conhecimentos
historicamente construídos e socializados na escola.
É importante saber ainda que são necessários programas de computador,
nem tudo está ali, pronto ao simples clique, os professores devem ser capacitados
para interagir com softwares, devem ser formados e ao menos, conhecedores
daquilo que serão as perguntas dos alunos. Não acredito que seja de bom tom o
“aluno” ensinar o professor, sendo neste caso, o professor apenas o “idealizador”. É
preciso mostrar aos alunos segurança e conhecimento. Os professores devem
conhecer programas como o AUDACITY, que grava e edita voz, e o ZARA RÁDIO,
que gerencia a programação de uma rádio e ainda participarem de fóruns e chats
nos quais se discutem as possibilidades pedagógicas da mídia no contexto
educacional.
É preciso que nós, como professores, em primeiro momento aprendamos
como utilizar o rádio como elemento integrado ao cotidiano escolar e a outras mídias
para potencializar nossos alunos na construção da cidadania onde o trabalho do
professor estimula a autoria e faz com que a escola seja um novo ambiente, onde se
desenvolvem diversas habilidades e competências como. O uso da internet na
construção de Blogs, diferentemente na simples “pesquisa visual”, desenvolve a
prática da leitura, da escrita, da oralidade, da produção de texto e daquilo que é
trabalhado em cada programa. A rádio incentiva a socialização, interação e
conseqüentemente, a valorização do ser humano enquanto cidadão crítico e
participativo da vida em sociedade.
40
O projeto Rádio/Blog na escola serve como recurso didático para
apresentação e divulgação de trabalhos e atividades desenvolvidas pela
comunidade escolar e conforme observamos na literatura e em projetos já aplicados,
citando Moran (2007, p. 54) “[...] com a exploração do rádio no processo educativo, o
educando e o educador, juntos, terão a oportunidade de planejar e realizar uma
significativa atividade social, ao disseminar cultura, construir conhecimento, ampliar
horizontes, se comunicar, se expressar, enfim, haverá maior interação entre a
escola e a comunidade onde ela encontra-se inserida”.
Metodologia para uso da Rádio/Blog no ambiente Escolar
Conforme o Ministério da Educação (BRASIL, 2010), existem vários tipos de
veiculação da rádio no ambiente escolar tais como:
• Rádio pátio: é a difusão dos programas de rádio via caixas de som, podem
ser espalhados pelo pátio, corredores, salas de aula;
• Editores de som: através da associação do uso computador conectado à
mesas de som, os programas produzidos são gravados no formato de
CD`s de áudio. Assim, os programas podem ser veiculados em salas de
aula ou em outros espaços, através do uso de aparelhos de som portáteis;
• Web: através de “streaming”, que são programas que fazem a transmissão
de dados de áudio e vídeo pela internet. Desta maneira, a rádio escolar
ganha o status de webradio, que ao ter o seu endereço divulgado, poderá
ser ouvida por outros estudantes não só do Brasil, mas também do
mundo;
• PODCASTS: consistem em índices cronológicos ou remissivos dos
arquivos de áudio, que podem ser ouvidos através de programas próprios
(os agregadores ou podcatchers) ou baixados para download;
• Transmissão por FM: é uma possibilidade que exige maior poder
aquisitivo, necessita da aquisição de equipamentos de transmissão, na
qual a rádio escolar poderá ser acessada por FM, no modelo das rádios
comunitárias (BRASIL/MEC, 2010).
41
O projeto aplicado fazendo uso do rádio e construção de um Blog serve para
a construção de propostas pedagógicas atualizadas de cidadania e leva os alunos e
a comunidade escolar a conhecer e utilizar projetos de colaboração para a melhoria
das relações entre as sociedades e comunidades e pode servir como base
fundamentada de pesquisas e debates sobre questões ligadas a construção do
projeto de vida, sexualidade, saúde, meio ambiente, discriminação, etc.
Evidentemente, a comunicação eletrônica abrange apenas uma parte da
comunicação humana. Ela não pode nem deve substituir o diálogo pessoal (em aula)
ou o contato humano direto. Mas ela abre dimensões novas de contato e
comunicação adicionais, justamente além das limitações impostas por tempo e
espaço, que não seriam possíveis (física e financeiramente) sem ela. O uso da rede
mundial de comunicação propicia acesso à informação e comunicação mundial.
Acredito que a educação passa por um processo evolutivo, sendo garantida
por meio de Leis, no entanto é notável que as escolas ainda enfrentam dificuldades,
pois nem sempre tem o apoio de profissionais que auxiliem na comunicação entre
aluno e professor, aluno e aluno e aluno e conteúdo. O uso de ferramentas simples
e já conhecidas propicia ao educador maior domínio e com isso passa segurança
nas tarefas executadas. Neste contexto é importante que o professor formule seu
projeto pedagógico com base em tecnologias conhecidas e isto fará grande
diferença para o professor e para o aluno, e considerando este exposto, o projeto
que aplicado que construiu este trabalho alcançou seus objetivos pois foi alcançada
a interação entre escola, alunos e comunidade na construção de um projeto de
cidadania.
Texto Reflexivo
Neste projeto, observei que a facilidade do uso das mídias na educação, com
tudo que aprendemos nesses módulos, percebe-se a necessidade de explorar muito
mais em sala de aula. Aqui exploramos algumas mídias no modulo básico
desenvolvendo o projeto da Rádio Recreio. Ao compreender e utilizar os módulos de
vídeo, blog, webquest e outros, consegui mudar minhas idéias em relação ao que eu
queria, e como iria explorar mais meus educandos. Com a ajuda das TIC`s
estudadas e auxilio nas orientações, leitura, exemplos de trabalhos e artigos, percebi
42
o quanto seria interessante, útil e espetacular usar tudo que aprendi e a
continuidade do aprendizado na produção deste material. Quando nós professores
atuamos não somente como expectadores, mas principalmente como atores,
encontramos a chance de produzir atitudes, responsabilidades, decisões e analisar
informações a serem postadas no BLOG e na parte oral, utilizadas na rádio.
Acredito que nossos educandos devem estar aptos a lidar com diversas
situações, entre elas, saber bem usar as tecnologias de educação e informação.
O projeto foi desenvolvido para integrar o uso das tecnologias ao longo do
mídias de forma clara e coerente de acordo com as diferentes situações de
comunicação e conforme as tecnologias são os meios, os apoios, as ferramentas
que utilizamos para que os alunos aprendam, a proposta da rádio recreio e do Blog
surgiram para suprir a necessidade de promover atividades diversificadas, tornando
o ambiente escolar muito mais atrativo, pois as TIC`s fazem parte do cotidiano dos
alunos fora da escola.
Esses recursos estão contribuindo no desenvolvimento das nossas atividades
escolares e contribuirão ainda mais, pois as atitudes dos alunos mudou e é
irreversível. São interessados, responsáveis, gostam de ler mais e escrever mais.
Desses resultados adquiridos, das somas entre tecnologias e conteúdos, nascem
oportunidades de ensino que foram significativas, como, enfrentar desafios atuais,
encontrar informação na internet, se localizar num mapa virtual, construção de blog,
etc. Espero que este projeto e a utilização das TIC’s em sala de aula, sejam como
uma disciplina escolar, fazendo parte da rotina escolar, sendo vivenciada por mais
turmas e crescendo gradativamente, sempre buscando ampliar a socialização das
crianças e do blog com conhecimento e percepção, Cada vez colaborando para que
surja um publico mas exigente e conhecedores das TIC’s
43
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; MORAN, José Manuel (org). Integração das Tecnologias na Educação. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 2005.
BARBOSA, Araya; MEJÍA, Sierra (1999) in GONÇALVES, Elizabeth Moraes; AZEVEDO, Adriana Barroso de. O Rádio na escola como instrumento de cidadania: uma análise do discurso da criança envolvida no processo. Tese de dissertação Universidade Metodista de São Paulo - UMESP e Faculdade Editora Nacional – FAENAC (2004).
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria do discurso: fundamentos semióticos. 3ªEd. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 2005.
BARROS, Gílian Cristina. Espaço WebQuest. Paraná: Escola Br. Disponível em:<http://www.gilian.escolabr.com/webquest>. Acesso em14 maio de 2010.
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LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34. 1ª ed. reimpr. 2001.
MELLO, Guiomar Namo de Uma escola para formar corações bem informados e cabeças bem-feitas. As diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio. Revista Digital Pólo (Internet), 29/07/1999.
MORAN, José Manuel. Desafios na comunicação pessoal. 3ªEd. São Paulo: Paulinas, 2007.
PALANGANA, Isit da Campaner. Desenvolvimento e Aprendizagem em Piaget e Vigotsky (A Relevância Social). São Paulo: Plexus, 1994.
PRETTO, Educação Sem/Com Futuro: Educação e Multimídia. Campinas, São Paulo: Papirus, 1996
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44
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ROSNAY, J. O salto do Milênio. In MARTINS, F. M. &SILVA J. M. Para navegar no século XXI. Tecnologias do imaginário e da Cibercultura. Porto Alegre: SULINA/EDUPUCRS, 2000
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TARDYF, Michael. O professor e as imagens. Tradução de Frederico Barros. São Paulo: Cultrix, 1995.
XAVIER, Antônio Carlos. Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.
WIKIPÉDIA. Webquest. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/WebQuest>. Acesso em 14 junho de 2010.
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ANEXOS
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ANEXO I
Fotos da Utilização da Rádio Recreio e dos inícios de estudo para
produção do Blog Escolar.
Fonte: Material do acervo particular da pesquisadora (2010)
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ANEXO II
Análise e Comparação da melhora da produção Literária pelos alunos
envolvidos no projeto.
Fonte: Material do acervo particular da pesquisadora (2010)
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ANEXO III
Resultado final da Produção do Blog Escolar
Fonte: Material do acervo particular da pesquisadora (2010)
http://andreajanesch.blogspot.com/
onte: http://andreajanesch.blogspot.com/
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ANEXO IV
Resultado final da Produção do Blog Escolar
Fonte: Material do acervo particular da pesquisadora (2010)
http://andreajanesch.blogspot.com/
onte: http://andreajanesch.blogspot.com/
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