vigilÂncia epidemiolÓgica das doenÇas...

Post on 10-Nov-2018

217 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DOENÇAS

TRANSMISSÍVEIS

Profª Sandra Costa Fonseca

Por que vigiar? Um pouco de história...

Lições da varíola

Uma das enfermidades mais devastadoras da história da humanidade

Quase 500 milhões de mortes só no século XX

CAMPANHA de Erradicação da Varíola

Considerada erradicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1980.

Lições da varíola

• Foi possível erradicar a varíola porque: – só seres humanos são hospedeiros – só há um sorotipo – vacina eficaz, barata e estável

– Estratégia para erradicação (anos 60/70)

•Busca ativa de casos de varíola

•Detecção precoce de surtos

•Bloqueio imediato da transmissão da doença

– Base para a organização de

SISTEMAS de VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Lições da varíola

Década de 70/90

Novas Lições

Critérios de inclusão no sistema de vigilância

• Que doenças incluir?

• Magnitude

altas taxas de incidência, prevalência, mortalidade e anos potenciais de vida perdidos

• Potencial de disseminação

elevada transmissibilidade

• Transcendência

necessidade de hospitalização, sequelas

relevância social: estigma, sequelas

relevância econômica

• Vulnerabilidade (do agravo)

instrumentos de prevenção e controle da doença

Critérios de inclusão no sistema de vigilância

• Compromissos internacionais

metas continentais ou mundiais

•controle

•eliminação ou

•erradicação de doenças

• acordos firmados entre países e/ou organismos internacionais

• Epidemias, surtos e agravos inusitados à saúde

situações emergenciais

Critérios de inclusão no sistema de vigilância

QUE DOENÇAS NOTIFICAR? QUANDO E COMO NOTIFICAR?

Disponível no site www.epi.uff

Epi4 – Biblioteca - documentos públicos

LISTA NACIONAL DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

Disciplina de Epidemiologia IV

Monitoras: Amanda Demarchi

Daniele Francine

Orientador: Sandra Costa Fonseca

VIGILÂNCIA DA SAÚDE

NOTIFICAÇÃO

QUEM? Qualquer cidadão na suspeita diagnóstica.

COMO? Semanal x Imediato

O QUÊ? Agravos Nacionais (e Internacionais) Agravos Estaduais e Municipais Agravos Desconhecidos

“???”

INTERNACIONAIS

Varíola

Influenza (Gripe Aviária H5N1)

Poliomielite/Paralisia Flácida Aguda

SARS (Pneumonia Asiática)

Ex-internacionais: CPF (Cólera, Peste Negra e Febre Amarela)

IMUNIZAÇÃO / VACINAS TUBERCULOSE

HEPATITES VIRAIS

DIFTERIA, TÉTANO, COQUELUCHE, HEMÓFILO “INVASIVO”

DOENÇA MENINGOCÓCICA

FEBRE AMARELA

SARAMPO E RUBÉOLA CA UMBA

VARICELA (apenas internação/óbito)

EVENTO ADVERSO GRAVE À VACINA

Os: rotavírus, sd. gripal e doença pneumocócica grave em unidades sentinelas.

SÍNDROMES FEBRIS

DENGUE/ZIKA/CHICUNGUNYA

MALÁRIA

LEPTOSPIROSE

HANTAVIROSE

FEBRE TIFÓIDE

FEBRE MACULOSA

FEBRE DO NILO OCIDENTAL

FEBRE HEMORRÁGICA EMERGENTE/REEMERGENTE (Ebola, Arenavírus, Malburg etc)

Ps: síndrome neurológica pós febre (zika) em unidades sentinelas.

DOENÇAS NEGLIGENCIADAS

DOENÇA DE CHAGAS AGUDA

HANSENÍASE

ESQUISTOSSOMOSE

LEISHMANIOSE

CATÁSTROFES BRASILEIRAS

ACIDENTE DE TRABALHO (BIOLÓGICO/GRAVE)

ÓBITO MATERNO/INFANTIL

ps: doenças relacionadas à saúde do trabalhador, apenas em unidades sentinelas.

TERRORISMO

RISCO À SAÚDE PÚBLICA

ANTRAZ PNEUMÔNICO

BOTULISMO

TULAREMIA

VIOLENCIA

ANIMAIS

DOENÇA DE CREUTZFELDT-JAKOB

PEÇONHENTOS

RAIVA / ACIDENTE COM ANIMAL POTENCIALMENTE TRANSMISSOR

TOXOPLASMOSE (congênita ou gestante)

INTOXICAÇÕES EXÓGENAS

AGROTÓXICOS

METAIS PESADOS

GASES TÓXICOS

IST’S

SÍFILIS

HIV

OBS: Sd. do corrimento uretral masculino em unidades sentinelas.

EGLIGENCIADAS

RIGEM SEXUAL

ÓXICOS

NTERNACIONAIS ATUAIS E ANTIGAS

EBRE

MUNIZAÇÃO

ATÁSTROFES BRASILEIRAS

NIMAIS

ISCO À SAÚDE PÚBLICA/TERRORISMO

IMEDIATAS X SEMANAIS

IMEDIATAS:

INTERNACIONAIS ATUAIS E ANTIGAS

VACINAS (exceto TB e hepatites)

SÍNDROMES FEBRIS (DZC – ÓBITO; Z – GESTANTE, Malária – extra-Amazônia)

TERRORISMO (Violência apenas sexual e suicídio)

GRAVIDADE: Raiva/Acidente Animal Pot. Transm.

Acidente: Trabalho Grave/Animal Peçonhento

Doença de Chagas Aguda

Evento de risco à saúde pública

NTERNACIONAIS

ORDIDA

VENTOS DE RISCO À SAÚDE PÚBLICA

OENÇA CHAGAS AGUDA

NTERNACIONAIS ANTIGAS

CIDENTES

ERRORISMO

NTICORPO

ÍNDROMES FEBRIS

QUESTÕES

1. RESIDENCIA MÉDICA 2014 – HJAF-SC

Assinale a alternativa que não apresenta uma doença de notificação compulsória:

a) Sarampo

b) Febre tifóide

c) Leishmaniose cutânea

d) Ascaridíase

QUESTÕES

1. RESIDENCIA MÉDICA 2014 – HJAF-SC

Assinale a alternativa que não apresenta uma doença de notificação compulsória:

a) Sarampo

b) Febre tifóide

c) Leishmaniose cutânea

d) Ascaridíase

QUESTÕES

2. RESIDENCIA MÉDICA 2015 – UERJ-RJ – As doenças de notificação compulsória imediata são:

a) Acidente de trabalho, pneumoconiose, rotavírus.

b) Influenza, toxoplasmose gestacional, tularemia.

c) Peste, poliomielite, sarampo e rubéola.

d) Hepatite B, Hepatite C, Hepatite A.

e) Varíola, pneumonias, AIDS.

QUESTÕES

2. RESIDENCIA MÉDICA 2015 – UERJ-RJ – As doenças de notificação compulsória imediata são:

a) Acidente de trabalho, pneumoconiose, rotavírus.

b) Influenza, toxoplasmose gestacional, tularemia.

c) Peste, poliomielite, sarampo e rubéola.

d) Hepatite B, Hepatite C, Hepatite A.

e) Varíola, pneumonias, AIDS.

QUESTÕES

3. (Residência Médica 2015 – UERJ) – A transmissão autóctone de Chikungunya nas Américas foi detectada pela primeira vez em dezembro de 2013. No Rio de Janeiro, até 08/07/14 tinham sido confirmados três casos de doença. Os critérios de notificação da doença na época estavam relacionados a: a) Magnitude b) Transcendência c) Agravos inusitados d) Vulnerabilidade

QUESTÕES

3. (Residência Médica 2015 – UERJ) – A transmissão autóctone de Chikungunya nas Américas foi detectada pela primeira vez em dezembro de 2013. No Rio de Janeiro, até 08/07/14 tinham sido confirmados três casos de doença. Os critérios de notificação da doença na época estavam relacionados a: a) Magnitude b) Transcendência c) Agravos inusitados d) Vulnerabilidade

LISTAS ESPECÍFICAS DE NOTIFICAÇÃO

• Os estados podem acrescentar agravos à lista nacional, de acordo com o cenário epidemiológico

• Quando e como notificar?

• Quando e como investigar?

NOTIFICAÇÃO

NOTIFICAÇÃO E CONCLUSÃO

INVESTIGAÇÃO

Critério de caso

ENCERRAMENTO DA INVESTIGAÇÃO

• COMO ESTA INFORMAÇÃO É ARMAZENADA E

PROCESSADA?

SINAN

DOCUMENTAÇÃO - FICHAS

FICHA DE NOTIFICAÇÃO – Aplicável a qualquer agravo

FICHA DE INVESTIGAÇÃO – Específicas para cada agravo

FICHA DE NOTIFICAÇÃO/INVESTIGAÇÃO

DOENÇAS OPORTUNISTAS NO RJ

TABULAÇÃO DOS DADOS

DE QUE MORREM OS PACIENTES COM AIDS?

13% causas básicas: causas externas, doenças ACV, doenças respiratórias, neoplasias,

E AS CAUSAS ASSOCIADAS?

Tuberculose, septicemia, neurotoxoplasmose, pneumocistose, hepatites virais, criptococose

REFERÊNCIAS

Coelho L et al. Trends in AIDS-Defining Opportunistic Illnesses Incidence over 25 Years in Rio de Janeiro, Brazil. PLOS

One. 2014; 9(6):e98666

Domingues & Waldman. Causes of Death among People Living with AIDS in the Pre- and Post-HAART Eras in the City of

São Paulo, Brazil. PLoS One. 2014; 9(12): e114661

top related