uso do padrão marc em bibliotecas universitárias da região sul
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E BIBLIOTECONOMIA
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
2º SEM. / 4º PERÍODO / 2009
DISCIPLINA: REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA II
PROFª: FERNANDA PASSINI MORENO
CARLA L. FERREIRA
RESUMO
REFERÊNCIA
DZIEKANIAK, Gisele Vasconcelos et al. Uso do padrão MARC em bibliotecas
universitárias da região sul do Brasil. Enc. Bibli: R. Eletr. Bibliotecon. Ci. Inf.,
Florianópolis, n. 26, 2º sem.2008. 13p.
O artigo analisado é produto de um projeto de pesquisa dos autores, que se
realizou entre as bibliotecas universitárias da região sul do Brasil, para observar o uso
do padrão MARC e a interoperabilidade entre elas, principal objetivo da pesquisa.
Como atesta os autores, ficou evidente que nem sempre o uso do MARC – padrão de
metadados legível por computador, que, dentre outras funções, promove a
importação/exportação de informações bibliográficas – evidencia a utilização da
possibilidade de compartilhar dados entre as bibliotecas.
A partir desse objetivo os autores apresentam conceitos e vantagens da
interoperabilidade entre as bibliotecas, além do uso do protocolo Z39.50, ferramenta
que também possibilita o intercâmbio e a comunicação de dados, independente da
plataforma utilizada (sistema operacional). Também discorrem sobre a tecnologia XML
(eXtensible Markup Language), que ainda possui um padrão MARC desenvolvido de
acordo com suas funções para intercambiar dados (MARCXML), possível de ser
utilizada em bibliotecas tradicionais. Os autores fazem uma importante ressalva sobre a
escolha de softwares que sejam livres para o compartilhamento de dados e que estes
sejam compatíveis com padrões bibliográficos: MARC, AACR.
Dentre os resultados obtidos na pesquisa, observa-se que a maioria das bibliotecas
que participaram faz uso do padrão MARC e da interoperabilidade que este formato
possibilita, em contrapartida, considerável número de unidades não promovem o
intercâmbio de dados, mesmo utilizando o MARC para catalogação do acervo. Dentre
outras causas para a não interoperabilidade de dados, pode-se destacar: algumas
bibliotecas utilizam softwares que não são compatíveis com o MARC, outras
desconhecem o conceito e a importância do compartilhamento de informações
bibliográficas entre as bibliotecas, dentre outros. Dentre as respostas das bibliotecas
para o não uso do MARC e/ou do compartilhamento de dados, houve diversas
incoerências nas justificativas, o que demonstra a heterogeneidade das bibliotecas da
região sul do país, quanto ao nível de conhecimento dos bibliotecários, assim como dos
recursos das organizações.
A partir deste artigo pode-se perceber que há uma necessidade de maiores
iniciativas por parte das bibliotecas, em promoverem a interoperabilidade entre si e de
usarem softwares livres que sejam compatíveis com o MARC e a AACR. O resultado
da pesquisa feita demonstra que o uso do padrão MARC não assegura a
interoperabilidade. O resultado positivo da pesquisa é que a maioria das bibliotecas que
participaram da pesquisa utilizam o MARC e fazem intercâmbio de dados entre as
instituições, porém não se pode dizer que a maioria das bibliotecas da região sul se
encontram nesse mesmo cenário, visto que a pesquisa abrangeu apenas 45% do total de
unidades na região. O alcance do objetivo principal da pesquisa foi prejudicado devido a
grande parte das bibliotecas não responderem ao questionário. Em determinada
passagem do texto, os autores afirmam que:
O ambiente se torna ainda mais colaborativo e útil uma vez que, além de
possibilitar a importação/exportação de registros sem ônus, ele também é
passível de ser desenvolvido com um baixo custo, devido ao software não ser
proprietário e não exigir pagamento pelo seu uso. (DZIEKANIAK, et al.,
2008, p. 5, grifo meu)
Percebe-se confusa a mensagem passada, uma vez que pela falta de articulação na
oração, a ideia tida é de que, por não usar software privado, não haverá custo algum, o
que é uma distorção quanto aos softwares livres, pois a liberdade defendida se refere à
possibilidade de utilização e modificação do código-fonte do programa, que é de
responsabilidade do autor/criador, em softwares privados. Há licenças para programas
de códigos abertos que são pagas. Logicamente não é essa a ideia dos autores na
passagem referida, mas pela incoesão percebida, é isso que entende o leitor.
Apesar disso o texto é interessante, foi uma pesquisa de grande importância, e a
solução dos autores, das bibliotecas criarem cooperativas é cabível para uma possível
iniciativa de interoperabilidade entre elas.
PALAVRAS-CHAVE: Bibliotecas universitárias. Interoperabilidade. MARC.
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