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Usina Hidrelétrica de Colíder - MT
Monitoramento Hidrogeológico EC-08 – Área dos Peixes
Novembro/14
R171/14 – PR039/12
R171/14 – PR039/12
Índice
1. Introdução e Objetivos .............................................................................................. 1
2. Metodologias de Trabalho ....................................................................................... 4
2.1. Sondagem Instalação dos Poços de Monitoramento ................................ 4
2.2. Medição dos Parâmetros Hidrogeológicos ............................................... 5
2.3. Medição dos Parâmetros Físico‐Químicos ................................................ 5
2.4. Levantamento Topográfico ...................................................................... 5
2.5. Valores de Referência Aplicáveis para Águas Subterrâneas ..................... 5
3. Serviços Executados ................................................................................................... 7
3.1. Sondagens Executadas e Instalação de Poços de Monitoramento ............ 7
3.2. Levantamento Topográfico .................................................................... 11
4. Resultados Obtidos .................................................................................................. 12
4.1. Geologia Regional e Local ...................................................................... 12
4.2. Avaliação Hidrogeológica ...................................................................... 13
4.3. Resultados do Ensaio para Determinação de Condutividade Hidráulica (K)15
4.4 Resultados Obtidos nas Medições Físico‐Químicas .................................. 18
5. Considerações Finais ................................................................................................ 24
6. Equipe Técnica .......................................................................................................... 27
7. Referências Bibliográficas ...................................................................................... 28
R171/14 – PR039/12
Tabelas
Tabela 3.1.1. Resumo das sondagens executadas.
Tabela 3.1.2. Características dos poços instalados.
Tabela 3.2.1. Cotas dos poços de monitoramento.
Tabela 4.2.1. Medições de nível d’água e cargas hidráulicas.
Tabela 4.4.1. Medições físico químicas das águas subterrâneas.
Tabela 4.4.2. Medições físico químicas da água superficial.
Figuras
Figura 1.1. Localização e vias de acesso.
Figura 3.1.1. Localização das sondagens e poços executados.
Figura 3.1.2. Perfis das sondagens e poços instalados.
Figura 4.2.1. Mapa potenciométrico.
Figura 4.3.1. Resultado do ensaio de permeabilidade do furo 01.
Figura 4.3.2. Resultado do ensaio de permeabilidade do furo 02.
Anexos
Anexo 01 Projeto de Monitoramento SMF/DMAG/VGAM 027‐2013
Anexo 02 ART (Anotação de Responsabilidade Técnica)
Anexo 03 Documentação Fotográfica
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1. Introdução e Objetivos
A Quatzor (Quatzor Ambiental S.A.) foi contratada pela COPEL (Companhia
Paranaense de Energia – COPEL Geração e Transmissão S.A.) para realizar os serviços
relacionados ao Monitoramento Hidrogeológico da área onde foram enterrados peixes
decorrentes de mortandade ocorrida durante o fechamento do primeiro vão do vertedor da
UHE Colíder, a área de interesse localiza‐se próxima à barragem da UHE Colíder, a mesma
está localizada no município de Nova Canaã do Norte, no Estado do Mato Grosso. A Figura
1.1 apresenta a localização da área de interesse e suas vias de acesso.
Em 31 de julho de 2014 a SEMA (Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Mato
Grosso) emitiu um Ofício (184 DUDAF/SEMA/2014) que encaminha o Auto de Notificação
127056 de 30 de julho de 2014 o qual notifica a COPEL a apresentar:
Projeto de monitoramento do local onde os peixes mortos foram enterrados,
contendo no mínimo, estudo da profundidade do lençol freático local e da
permeabilidade do solo.
Confecção de poços de monitoramento com um a montante e dois a jusante da área
de enterrio dos peixes.
Apresentação do plano em 15 dias e implantação do plano em 30 dias
Em 18 de agosto de 2014 a COPEL encaminhou para a SEMA o relatório técnico
SMF/DMAG/VGAM 027‐2013 apresentando o Projeto de Monitoramento para atendimento
à notificação SEMA‐MT 127056de 30/07/2014 – Monitoramento das águas subterrâneas da
área de enterrio de peixes da UHE Colíder o Anexo 01 apresenta o Projeto de
Monitoramento da COPEL.
O Monitoramento Hidrogeológico tem por objetivo avaliar possíveis influências do
enterrio de peixes nas águas subterrâneas e se houve qualquer alteração nas mesmas.
Os trabalhos foram realizados conforme o referido Relatório Técnico da COPEL
(SMF/DMAG/VGAM 027‐2013) e da Proposta Quatzor P176/14‐V02 estando vinculados ao
Contrato COPEL DMC nº 4404983400.
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O presente relatório apresenta os resultados da instalação dos poços de
monitoramento, ensaios hidrológicos e primeiro monitoramento das águas subterrâneas
através de medições in situ de condutividade elétrica, pH, temperatura, oxigênio dissolvido e
medição de nível d’água, os serviços foram realizados entre os dias 27 e 30 de agosto de
2014 e no dia 23 de outubro de 2014.
Estão previstos ainda monitoramentos em dezembro/14, fevereiro/15, abril/15,
junho/15 e agosto/15 para os parâmetros condutividade elétrica, pH, temperatura, oxigênio
dissolvido e medição de nível d’água.
O Anexo 02 apresenta a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) dos serviços
realizados.
Sinop
Itaúba
Colíder
Cláudia
Tabaporã
Nova Canaã do Norte
Legenda
Cidades
Acessos
Barragem
Hidrografia
Reservatório
Figura 1.1. Localização e vias de acesso.
Projeto: Copel - Companhia Paranaense de Energia PR-039/12.Elaborado: Eng. Dino Paulinetti.Verificado: Eng. João Henrique.Aprovado: Geol. Fernando Delatorre.
²
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2. Metodologias de Trabalho
2.1. Sondagem Instalação dos Poços de Monitoramento
Para a execução das sondagens em diâmetro de quatro polegadas foram utilizadas
uma sonda rotopneumática (método rotativo com ar comprimido) para sondagem e
instalação dos poços PM‐01 e PM‐02 e uma sonda rotativa (com circulação de fluido a base
de água – com Goma Xantana) para sondagem e instalação dos poços PM‐03 e PM‐04. Esta
variação de equipamento se deu devido a condição do substrato, uma vez que a utilização
de máquina rotopneumática é mais eficiente, porém não permite ser utilizada em solo
pouco estável como aluvião de margem de rio pois ocorre desmoronamento do furo.
A seleção dos pontos de sondagens foi definida no Plano de Monitoramento
elaborado pela COPEL (SMF/DMAG/VGAM 027‐2013). A sondagem mais profunda realizada
no local atingiu 15 metros.
As sondagens foram executadas seguindo a norma ABNT NBR 15.492:2007
Sondagens de reconhecimento para fins de qualidade ambiental.
O procedimento de instalação dos poços de monitoramento de água subterrânea
visou atender às especificações técnicas contidas na ABNT NBR 15.495‐1:2007 ‐ Poços de
monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares – Parte 1: Projeto e
construção e ABNT NBR 15495‐2:2008 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em
aquíferos granulares – Parte 2: Desenvolvimento.
Foram utilizados tubos de PVC DN50, tanto para o filtro como para o revestimento.
A seção filtrante de cada poço foi instalada com 3,0 metros de extensão. A porção
correspondente ao intervalo do filtro foi preenchida por areia grossa para pré‐filtro (2 a 3
mm). O intervalo do selo foi preenchido com bentonita e o preenchimento da seção superior
foi constituído por uma calda de cimento com bentonita.
Os poços foram finalizados com proteção de cap de pressão e proteção metálica
para evitar quebra dos tubos de PVC.
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2.2. Medição dos Parâmetros Hidrogeológicos
Para as medições do nível potenciométrico foi utilizado equipamento eletrônico de
medição e nível d’água constituído de trena de 100 metros de comprimento com sensor
elétrico para a medição da profundidade do nível d’água, apresentando precisão de 0,5cm.
As medições de nível d’água foram realizadas diretamente nos poços de
monitoramento, sempre se tomando por referência a boca do tubo do poço.
2.3. Medição dos Parâmetros Físico‐Químicos
As águas subterrâneas foram monitoradas no dia 29 de agosto de 2014, logo após a
instalação dos poços, e no dia e 23 de outubro de 2014, para os parâmetros físico‐químicos
de interesse. Sendo estes: pH (uph), temperatura (ºC), condutividade elétrica (µs/S) e
oxigênio dissolvido (mg/L).
Para as determinações dos parâmetros utilizou‐se Medidor Multiparâmetros HI
9828 da HANNA Instrumentos, devidamente calibrado.
2.4. Levantamento Topográfico
O levantamento topográfico tem como objetivo mapear a área de trabalho e inserir
na planta os poços de monitoramento instalados.
Os equipamentos utilizados para o trabalho foram Estação Total e bastão contido
com prisma. Os arquivos foram convertidos para leitura em arquivos de extensão CAD para
execução das plantas.
2.5. Valores de Referência Aplicáveis para Águas Subterrâneas
Portaria n° 2914 do Ministério da Saúde de 12 de Dezembro de 2011
A Portaria nº2914 de 12 de dezembro de 2011 está disponível do seguinte
endereço:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html
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Ela “Dispõe sobre procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água
para consumo humano e seu padrão de potabilidade”.
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente ‐ Resolução 396, de 03 de abril
de 2008
A Resolução CONAMA 396, de 03 de abril de 2008 está disponível no seguinte
endereço:
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=562
Ela “dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das
águas subterrâneas e dá outras providências”.
Foi considerado o uso preponderante da água subterrânea para consumo humano
apesar de não haver poços de consumo a menos de um quilômetro do local e as águas do lençol
freático escoam em sentido ao Rio Teles Pires, sabe‐se que há poços de captação de água para
consumo humano na região de influência da UHE Colider.
Os aquíferos foram Classificados de acordo com esta resolução como Classe 1,
conforme abaixo definido:
Classe 1: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção desses, sem
alteração de sua qualidade por atividades antrópicas, e que não exigem tratamento para
quaisquer usos preponderantes devido às suas características hidrogeoquímicas naturais.
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3. Serviços Executados
Os serviços executados referem‐se às sondagens, instalação dos poços de
monitoramento, ensaios hidrológicos e primeira campanha de monitoramento de análises
físico‐químicas in situ, sendo realizadas medições dos parâmetros hidrogeológicos, físico‐
químicas conforme definido no escopo de serviços.
3.1. Sondagens Executadas e Instalação de Poços de Monitoramento
Entre os dias 27 e 30 de Agosto de 2014, foram realizadas 4 sondagens, sendo duas
com sonda rotopneumática (PM‐03 e PM‐04) e duas com sonda rotativa com circulação de
fluido a base de água (PM‐01 e PM‐02) conforme descrito anteriormente.
Efetuou‐se 48,77 metros de sondagens. A Tabela 3.1.1. apresenta o resumo das
sondagens executadas.
Tabela 3.1.1. Resumo das Sondagens Executadas.
Sondagem
Poço de Monitoramento Instalado na Sondagem
Coordenadas UTM
Profundidade do Primeiro
Aparecimento de Água
Profundidade da Sondagem (m)
ST‐01 PM‐01 8.785.391 / 635.364
7,35 9,56
ST‐02 PM‐02 8.785.420 / 635.392
7,17 9,41
ST‐03 PM‐03 8.785.377 / 635.469
7,31 15,00
ST‐04 PM‐04 8.785.315 / 635.475
10,60 14,80
Total 48,77 m
Fonte: Planilhas de Campo da Quatzor Ambiental.
Logo após a execução de cada sondagem, foram instalados os poços de
monitoramento totalizando 4 poços com diâmetro de 50 mm.
A Tabela 3.1.2 apresenta a característica dos poços de monitoramento instalados.
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Tabela 3.1.2. Características dos Poços de Monitoramento Instalados.
Poço Profundidade
(m)
Intervalos (m)
Filtro Pré‐Filtro Selo
PM‐01 9,56 6,56 – 9,56 6,00 – 9,56 0,00 – 6,00
PM‐02 9,41 6,41 – 9.41 6,00 – 9,41 0,00 – 6,00
PM‐03 15,00 12,00 – 15,00 10,00 – 15,00 0,00 – 10,00
PM‐04 14,80 11,80 – 14,80 10,00 – 14,80 0,00 – 10,00
Fonte: Planilhas de Campo da Quatzor Ambiental
A Figura 3.1.1 apresenta a localização das sondagens executadas e dos poços de
monitoramento de água subterrânea e a Figura 3.1.2 apresenta os perfis dos mesmos.
Poço 04
Poço 03
Poço 02
Poço 01
Legenda
Poços monitoramento
Acessos
Barragem
Hidrografia
Reservatório
²
Projeto: Copel - Companhia Paranaense de Energia PR-039/12.Elaborado: Eng. Dino Paulinetti.Aprovado: Geol. Fernando Delatorre.
Figura 3.1.1. Localização dos poços de monitoramento.
Vala onde foram enterrados os peixes
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3.2. Levantamento Topográfico
Foi realizado o levantamento topográfico das cotas dos poços de monitoramento, bem
como das instalações da área, contendo os elementos de maior interesse para o trabalho.
A Tabela 3.2.1 apresenta as cotas obtidas para os poços de monitoramento no
levantamento realizado.
Tabela 3.2.1. Cotas dos Poços de Monitoramento
Poço Cotas (m)
PM‐01 253,954
PM‐02 253,356
PM‐03 255,697
PM‐04 258,421
Fonte: Planilhas de Campo da Quatzor Ambiental
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4. Resultados Obtidos
4.1. Geologia Regional e Local
A área do futuro reservatório da UHE Colíder tem como substrato rochoso a
Formação Dardanelos, constituída por arenito feldspáticos e arcoseanos, arenitos
silicificados, conglomerados polimíticos intraformacionais, sub‐grauvaca vulcânica e
arcóseos.
O rio Teles Pires segue um traçado irregular, controlado por falhas e zonas de
cisalhamentos de direções NW e NE, geralmente associadas à intensa silicificação das rochas
vizinhas.
O reservatório da UHE Colíder encaixa‐se em uma planície fluvial relacionada à
unidade regional denominada Depressão Interplanáltica da Amazônia Meridional, formando
um apêndice no relevo dissecado de topo tabular, no limite norte, da unidade Planalto dos
Parecís. O rio escava seu vale em arenitos coerentes da Formação Dardanelos.
O rio esculpe os arenitos feldspáticos avermelhados da Formação Dardanelos, de
cujas escarpas partem solos coluvionares arenosos em suave declive até às planícies
aluvionares das margens.
Na área do empreendimento, objeto da presente investigação, constatou‐se,
através das sondagens realizadas, com profundidade máxima alcançada de 15,00 metros
que subsolo local apresenta homogeneidade na litologia, sendo este constituído por:
Sondagem ST‐01
0,0m – 3,50m ‐ Solo arenoso fino
3,5m – 5,0m ‐ Solo de alteração (arenito)
5,0m – 9,56m – Rocha arenito
Sondagem ST‐02
0,0m – 3,0m ‐ Solo arenoso fino
3,0m – 7,0m ‐ Solo de alteração (arenito)
7,0m – 9,41m – rocha arenito
Sondagem ST‐03
0,0m – 2,80m ‐ Solo arenoso fino
2,8m – 7,0m ‐ Solo arenoso fino vermelho (colúvio)
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7,0m – 15,1m ‐ Solo de alteração / rocha arenito
Sondagem ST‐04
0,0m – 0,4m ‐ Solo arenoso fino
0,4m – 4,1m ‐ Solo de alteração (arenito)
4,1m – 14,8m ‐ rocha arenito
Não foram observados indícios visuais ou odor contaminação durante a execução
das sondagens.
A Figura 3.1.1 apresenta a localização das sondagens realizadas. O Anexo 03
apresenta a documentação fotográfica.
4.2. Avaliação Hidrogeológica
A Tabela 4.2.1 apresenta o monitoramento hidrogeológico realizado no dia 30 de
Agosto. É importante salientar que nesta data nenhum dos poços apresentou indícios de
contaminação organoléptica.
Tabela 4.2.1. Medições de Nível D'Água e Carga Hidráulica.
PM Cota (m) Nível D’ Água (m) Carga Hidráulica (m)
PM‐01 253,954 7,35 246,604
PM‐02 253,356 7,17 246,186
PM‐03 255,697 7,31 248,387
PM‐04 258,421 10,60 247,821
Fonte: Planilhas de Campo da Quatzor Ambiental
A Figura 4.2.1 apresenta o mapa potenciométrico referente às condições do
aquífero no dia 30 de Agosto de 2014. Pode ser observado, que o fluxo subterrâneo local
orienta‐se preferencialmente para oeste.
Nota‐se através do mapa potenciométrico elaborado para o local que os poços PM‐
01 e PM‐02 foram posicionados a jusante da área e o PM‐04 foi instalado a montante da
área. O PM‐03 foi posicionado visando avaliar se poderia haver algum fluxo da água
subterrânea em direção a pequena drenagem existente a norte da área, visando avaliar as
condições do aquífero nesta direção.
Poço 04
Poço 03
Poço 02
Poço 01
Legenda
Poços_monitoramento
Acessos
Barragem
Hidrografia
Reservatório
²
Projeto: Copel - Companhia Paranaense de Energia PR-039/12.Elaborado: Eng. Dino Paulinetti.Aprovado: Geol. Fernando Delatorre.
Figura 4.2.1. Mapa potenciométrico.
246,604
246,186
248,387
247,821
247,00
248,00
Linha equipotencial
Carga hidráulicaXX,XX
Vala onde foram enterrados os peixes
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4.3. Resultados do Ensaio para Determinação de Condutividade Hidráulica (K)
Para determinação da condutividade hidráulica (K) do substrato forma realizados
ensaios de permeabilidade in situ com nível constante de infiltração em poços, executados à
montante da barragem margem esquerda, na área de enterrio de peixes que se localiza em
um bota fora da obra da UHE Colider.
Foram executados 02 poços, sendo o nº 01 sobre o bota‐fora da margem esquerda
onde se escavou 1,20m para abertura do poço de 0,20m. O poço 02 foi executado ao lado do
furo de sondagem nº 02, onde se escavou 1,00m para abertura do poço de 0,20m.
O tempo de saturação dos dois ensaios foi de 30 minutos até estabilização da vazão
e início das leituras. As Figuras 4.3.1 e 4.3.2. apresentam os resultados dos ensaios de
permeabilidade, este indicaram uma permeabilidade (k) de 7,69 x 10‐4 cm/s no furo 01 e
1,37 x 10‐3 cm/s no furo 02, a permeabilidade média foi de 1,07 x 10‐3 cm/s.
Adotando‐se as cargas hidráulicas das linhas equipotenciais 247,00 m e 248,00 m,
perpendiculares a direção do fluxo da água subterrânea, e admitindo‐se uma distância de
106 m entre elas, obtém‐se um gradiente hidráulico (i) de 0,94 %. Este resultado foi obtido a
partir do seguinte cálculo:
Gradiente Hidráulico = 248 ‐ 247 m
106 m
Gradiente Hidráulico = 0,009 m/m = 0,94%
Considerando a condutividade hidráulica média (k) de 1,07 x 10‐3 cm/s, e uma
porosidade efetiva média de 12,50 % para solo Arenoso, através da Lei de Darcy, a
velocidade das águas subterrâneas é igual a 8,08 x 10‐5 cm/s ou 25,47 m/ano. Este valor foi
encontrado através do cálculo:
Velocidade do Fluxo (V) = (k.i)/ne
Velocidade do Fluxo (V) = 1,07 x 10‐3 cm/s 0,94%
12,50%
Velocidade do Fluxo (V) = 8,0 x 10‐5 cm/s =25,47 m/ano.
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Figura 4.3.1. – Resultado do Ensaio de Permeabilidade do Furo 01
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Figura 4.3.2. – Resultado do Ensaio de Permeabilidade do Furo 02
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4.4 Resultados Obtidos nas Medições Físico‐Químicas
Foram realizadas coletas de amostras de água subterrânea para determinação dos
seguintes parâmetros: temperatura, pH, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido (OD).
As Tabelas 4.4.1. e 4.4.2. apresentam as medições realizadas logo após a instalação dos
poços e 27 de agosto de 2014, e cerca de dois meses depois, em 23 de outubro de 2014. Não
foram realizadas medições no PM‐03 no monitoramento de agosto pois houve atraso no
cronograma de instalação do mesmo, não sendo possível fazer este monitoramento nesta
data devido o deslocamento agendado da equipe de campo.
Tabela 4.4.1. Medições Físico‐Químicas – 27/08/2014
PM NA C.E µS/cm) O.D (mg/L) pH (Uph) Temperatura
PM‐01 7,35 34 2,98 9,36 29,00
PM‐03 7,31 11 1,60 4,74 27,20
PM‐04 10,60 6 1,80 4,62 27,10
Média 8,42 17 2,12 6,24 27,76
Mínimo 7,31 6 1,60 4,62 27,10
Máximo 10,60 34 2,98 9,36 29,00 Fonte: Planilhas de Campo da Quatzor Ambiental.
Tabela 4.4.1. Medições Físico‐Químicas – 23/10/2014
PM NA C.E µS/cm) O.D (mg/L) pH (Uph) Temperatura
PM‐01 6,67 51 2,50 5,63 28,80
PM‐02 5,09 166 1,39 6,07 28,20
PM‐03 7,27 28 1,38 5,62 28,70
PM‐04 10,6 13 1,42 5,16 27,70
Média 7,41 64,5 1,67 5,62 28,35
Mínimo 5,09 13 1,38 5,16 27,70
Máximo 10,6 166 2,50 6,07 28,80 Fonte: Planilhas de Campo da Quatzor Ambiental.
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As medições de realizadas em agosto, logo após a instalação dos poços,
apresentaram valores distintos em relação as medições de outubro, considerando as os
valores de pH no poço PM‐01. O pH elevado observado no PM‐04 deve ser resultado da
utilização de Goma Xantana como fluido de perfuração.
A Goma Xantana é um polímero sintetizado por uma bactéria do gênero
Xanthomonas, e é utilizada em perfurações realizadas por sondas rotopneumáticas, onde há
necessidade de inibição do fluido para evitar que o mesmo interaja com as paredes do poço,
dissolvendo‐as e comprometendo a estabilidade da operação. Esta inibição se dá através da
saturação do fluido com sal. Entretanto, a adição de sal no meio aquoso promove uma
variação no comportamento deste polissacarídeo. O pH de formulações realizadas com
Goma Xantana por Fernandes(1), variou entre 9,9 a 10,7, sendo valores próximos ao
observado no PM‐04. Nota‐se que após o desenvolvimento do poço e passados dois meses
da instalação o pH da água reduziu para 5,63.
Oxigênio Dissolvido:
Ao nível do mar a pressão parcial do oxigênio é 0,21atm, considera‐se que a
solubilidade nestas condições é de 8,7mg/L. É importante também destacar que a
solubilidade do oxigênio em água aumenta ou diminui em relação a temperatura. A
quantidade de oxigênio que dissolve a 0˚C (14,7 mg/L) é maior do que a quantidade que
dissolve a 35˚C (7,0mg/L).
Em corpos superficiais naturais e não poluídos ocorre uma condição aeróbica
favorável devido ao contato da água com o ar atmosférico. No entanto, a tendência da água
subterrânea é apresentar uma condição redutora, com pouco oxigênio por não haver este
contato com o ar atmosférico, além de diversas possíveis reações hidroquímicas e
bioquímicas naturais que ocorrem no meio subterrâneo e que o consomem o oxigênio.
A concentração de oxigênio dissolvido no aquífero raso é usualmente menor que
10mg/L, e em aquíferos profundos tem boa possibilidade de estar ausente. O oxigênio
dissolvido é inofensivo para a saúde e pode melhorar a potabilidade da água.
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Os valores de oxigênio dissolvido observados nos poços avaliados indicam
concentrações baixas, no entanto dentro dos valores observados para a área em questão,
considerando a temperatura elevada da água subterrânea, além da tendência natural da
área de apresentar elevado teor de matéria orgânica, propiciado pela presença da floresta
no entorno da área, além de a própria área ter essa característica de floresta a pouco tempo.
pH:
Os potenciais de hidrogênio e de oxidação exercem influência significativa nos
processos de especiação química, controlam as reações da maioria dos compostos orgânicos
e inorgânicos. O entendimento da distribuição dos processos de óxido redução é
fundamental para predizer o destino e transporte dos contaminantes químicos nas águas
subterrâneas.
As mudanças de pH geram produtos que poderão apresentar diferentes
comportamentos em relação a solubilidade, toxidade, reatividade e mobilidade. Os valores
de pH, se desconsiderados aqueles medidos logo após a instalação dos poços, variaram de
5,16 no PM‐04 a 6,07 no PM‐02.
De acordo com Feitosa et al. (2008), a maioria das águas subterrâneas tem pH entre
5,5 e 8,5. Na região de Colíder, conforme outros estudos realizados, as águas subterrâneas
apresentam naturalmente um pH baixo para os aquíferos livres. O monitoramento das águas
subterrâneas do PBA da UHE Colíder, que vem sendo realizado na região indica valores de
pH próximos a 5,5 para os poços instalados no aquífero livre, e valores próximos de 7 nos
poços instalados no aquífero confinado. Os valores obtidos nos monitoramentos realizados
nas seções de poços instalados nas mesmas datas em que foram realizadas as medições dos
poços da área do enterrio de peixes são apresentados na Tabela 4.4.5.
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Tabela 4.4.5. Medições pH nos Poços de Monitoramento das Seções Típicas ‐ PBA UHE Colíder
Poço de Monitoramento 27/08/2014 23/10/2014
UpH UpH
PM‐01 (Tratex) 4,65 4,96
PMP‐01 (Tratex) 6,48 6,64
PM‐02 (Tratex) 4,96 5,27
PMP‐02 (Tratex) 6,27 5,90
PM‐03 (Balsa) 4,97 5,39
PMP‐03 (Balsa) 7,51 7,65
PM‐04 (Balsa) 5,37 5,48
PMP‐04 (Balsa) 7,80 7,68
Temperatura:
Quimicamente a temperatura exerce influência nas reações químicas ou bioquímicas,
além de interferir nas atividades microbianas, pois com seu aumento aceleram esses
processos. A temperatura observada nos poços variou de 27,1°C no PM‐04, a 29,00°C na
amostra do PM‐01, no monitoramento de agosto de 2014, logo após a instalação dos poços.
No entanto, no monitoramento realizado em outubro houve uma menor variação, com
valores entre 27,7˚C (PM‐04) e 28,8˚C (PM‐01).
A variação da temperatura nos poços pode ser resultante de diversos fatores
relacionados a recarga do poço, a condutividade hidráulica do aquífero no local, a
profundidade do nível d’água, condições de biodegradação ou reações químicas diversas. Na
área em questão é possível notar que as menores temperaturas observadas no PM‐04
devem estar relacionadas a maior profundidade no nível d’água neste poço em relação aos
demais, além da posição onde o mesmo foi instalado, a montante da área e mais próximo a
área virgem (floresta), que deve regular de forma melhor a temperatura do aquífero,
enquanto que a exposição do solo pode transferir calor para o substrato ocasionando
aumento da temperatura da água subterrânea, sendo observada uma relação direta entre o
meio superficial com o subterrâneo.
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Na Tabela 4.4.6. abaixo podem ser visualizados os valores de temperatura obtidos
nos poços instalados para monitoramento do aquífero na área de enchimento, onde são
observados valores próximos aqueles observados na área de enterrio dos peixes, inclusive
com variações de temperatura que podem estar relacionadas aos diversos fatores acima
apontados.
Tabela 4.4.6. Medições Temperatura nos Poços de Monitoramento das Seções Típicas ‐ PBA UHE Colíder
Poço de Monitoramento 27/08/2014 23/10/2014
˚C ˚C
PM‐01 (Tratex) 28,10 28,20
PMP‐01 (Tratex) 28,60 27,90
PM‐02 (Tratex) 27,70 26,80
PMP‐02 (Tratex) 28,20 26,50
PM‐03 (Balsa) 27,60 26,60
PMP‐03 (Balsa) 28,40 27,90
PM‐04 (Balsa) 28,10 27,20
PMP‐04 (Balsa) 27,70 26,50
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Condutividade Elétrica (CE):
A condutividade elétrica é a capacidade de uma solução em conduzir corrente
elétrica, sendo essa condição possível de acordo com a quantidade de íons presentes na
água, dessa forma espera‐se que quanto maior a concentração iônica, maior a sua
condutividade. Foi observada uma variação baixa e mínima de 6 μS/cm no PM‐04, e a
máxima de 34 μS/cm no PM‐01 no monitoramento de agosto de 2014, logo após a
instalação dos poços. No entanto, no monitoramento realizado em outubro houve uma
menor variação, com valores entre 13 μS/cm (PM‐04) e 166 μS/cm (PM‐02).
É possível notar nos valores obtidos que há uma faixa de condutividade elétrica entre
13 μS/cm e 51 μS/cm nos poços PM‐01, PM‐03 e PM‐04, enquanto o PM‐02 apresentou um
maior valor, alcançando 166 μS/cm. Esta variação pode estar relacionada a alguma a uma
condição natural do aquífero local, podendo estar vinculada a maior tempo de exposição da
água ao meio subterrâneo, o que permite uma maior troca iônica, ou pode ser resultado de
alguma alteração antrópica do meio. Esta conclusão poderá ser obtida a partir dos demais
monitoramentos, pois no caso de ser alguma alteração causada pelo enterrio dos peixes este
valor deve se elevar nos próximos monitoramentos.
Tabela 4.4.7. Medições Condutividade Elétrica nos Poços de Monitoramento das Seções Típicas ‐ PBA UHE Colíder
Poço de Monitoramento 27/08/2014 23/10/2014
µS/cm µS/cm
PM‐01 (Tratex) 11 13
PMP‐01 (Tratex) 16 25
PM‐02 (Tratex) 8 14
PMP‐02 (Tratex) 29 17
PM‐03 (Balsa) 12 15
PMP‐03 (Balsa) 277 289
PM‐04 (Balsa) 14 26
PMP‐04 (Balsa) 327 354
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5. Considerações Finais
A Quatzor (Quatzor Ambiental S.A.) foi contratada pela COPEL (Companhia
Paranaense de Energia – COPEL Geração e Transmissão S.A.) para realizar os serviços
relacionados ao Monitoramento Hidrogeológico da área onde houve o enterrio de peixes
decorrentes de mortandade ocorrida durante o fechamento do primeiro vão do vertedor da
UHE Colíder.
O presente relatório apresenta os resultados da instalação dos poços de
monitoramento, ensaios hidrológicos e primeiro monitoramento das águas subterrâneas
através de medições in situ de condutividade elétrica, pH, temperatura, oxigênio dissolvido.
Foram realizadas 4 sondagens, sendo duas com sonda rotopneumática com injeção de
ar e duas com sonda rotativa com injeção de fluido de perfuração a base de água com goma
xantana. Foram utilizadas duas técnicas diferentes de perfuração devido a característica mais
friável do substrato localizado a jusante, próximo ao rio, que se desestabiliza com a perfuração
com sonda rotopneumática, mesma razão pela qual foi utilizada o fluido de perfuração com
goma xantana, para manter a parede do furo visando a instalação adequada do poço de
monitoramento. As sondagens atingiram a profundidade máxima foi de 15,00 e no total
efetuou‐se 48,77 metros de sondagens, em cada sondagem foi instalado um poço de
monitoramento com 50 mm de diâmetro.
Na área do empreendimento, objeto da presente investigação, constatou‐se,
através das sondagens realizadas, com profundidade máxima alcançada de 15,00 metros
que subsolo local apresenta homogeneidade na litologia, sendo este constituído
sequencialmente por: solo arenoso fino, solo de alteração (arenito) e rocha arenito.
O nível d’água situa‐se na ordem entre 5,09 e 10,6 metros de profundidade e o
fluxo subterrâneo local orienta‐se preferencialmente para oeste, na direção do fluxo do Rio
Teles Pires. A velocidade das águas subterrâneas foi calculada em torno de 25,47 m/ano a
partir da condutividade hidráulica do substrato e do gradiente hidráulico da área avaliada.
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Foram realizadas medições in situ para, temperatura, pH, condutividade elétrica,
oxigênio dissolvido logo após a instalação dos poços, no mês de agosto, e um segundo
monitoramento no mês de outubro.
Foi possível observar que ocorreu forte influência da goma xantana no resultado
obtido de pH do poço PM‐01 no primeiro monitoramento realizado logo após a instalação do
poço, por isso o mesmo apresentou pH muito elevado, acima de 9. Após o monitoramento
dos poços e passados dois meses da instalação foi possível observar que os valores de pH
variaram entre 5,16 e 6,07, sendo estes valores compatíveis com o ambiente natural
avaliado, principalmente considerando‐se os valores que tem sido observado nos poços
instalados para monitoramento da qualidade dos aquífero na área de enchimento do
reservatório da UHE Colíder, que encontram‐se entre 4,65 e 7,80.
Os valores de Oxigênio Dissolvido obtidos nos monitoramentos indicam baixas
concentrações, entre 1,38 mg/L e 2,50mg/L. Estes valores estão dentro de padrões
aceitáveis se consideramos os baixos valores de oxigênio que podem ocorrer naturalmente
em água subterrânea, além da elevada temperatura do aquífero local, e potencial presença
de matéria orgânica no aquífero proveniente do ambiente natural existente nas
proximidades e há pouco tempo na área, uma vez que como pode ser visualizado na foto
aérea onde foram posicionados os poços era ocupada por floresta.
A condutividade elétrica observada apresenta valores baixos, entre 13 e 51 µS/cm
nos poços PM‐01, PM‐03 e PM‐04. Porém foi observado um maior valor no PM‐02 (166 µS/cm), que
poder ser resultante de alguma condição natural ou causada por alguma alteração antrópica. Valores
desta ordem são observados em poços instalados para monitoramento do aquífero na área de
enchimento do reservatório. Os próximos monitoramentos poderão indicar se este valor é causado
pelo enterrio dos peixes, pois neste caso os valores de condutividade deverão se elevar.
A temperatura observada nos poços variou de 27,7˚C (PM‐04) e 28,8˚C (PM‐01) no
monitoramento realizado em outubro. A variação da temperatura nos poços pode ser
resultante de diversos fatores relacionados a recarga do poço, a condutividade hidráulica do
aquífero no local, a profundidade do nível d’água, condições de biodegradação ou reações
químicas diversas. Na área em questão é possível notar que as menores temperaturas
observadas no PM‐04 devem estar relacionadas a maior profundidade no nível d’água neste
poço em relação aos demais, além da posição onde o mesmo foi instalado, a montante da
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área e mais próximo a área virgem (floresta), que deve regular de forma melhor a
temperatura do aquífero, enquanto que a exposição do solo pode transferir calor para o
substrato ocasionando aumento da temperatura da água subterrânea, sendo observada
uma relação direta entre o meio superficial com o subterrâneo.
Os resultados obtidos até o momento não indicam alterações do aquífero causados
pelo enterrio dos peixes na área, no entanto a partir dos próximos monitoramentos será
possível realizar um acompanhamento da evolução das medições dos parâmetros medidos
in situ e desta forma verificar se eventuais alterações das características naturais do meio.
Estão previstos ainda monitoramentos em dezembro/14, fevereiro/15, abril/15,
junho/15 e agosto/15 para os parâmetros condutividade elétrica, pH, temperatura, oxigênio
dissolvido e medição de nível d’água.
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6. Equipe Técnica
Este relatório foi elaborado com base em dados coletados pela QUATZOR Ambiental
S.A., bem como em resultados originados dos serviços de terceiros.
As conclusões acima apresentadas foram obtidas com base na boa técnica,
plenamente adotada pela Quatzor Ambiental S.A., obedecendo rigorosamente às normas e
procedimentos técnicos adotados nacional e internacionalmente.
O escopo dos serviços realizados, e acima apresentados, obedece estritamente aos
termos firmados entre a Quatzor Ambiental S.A. e o cliente, e aplica‐se exclusivamente aos
fins contratados. Qualquer utilização deste trabalho de forma estranha às suas finalidades
originais, ainda que de forma parcial, isentará a Quatzor Ambiental S.A. de qualquer
responsabilidade sobre o mesmo.
Estiveram envolvidos neste trabalho por parte da Quatzor Ambiental S.A. os
seguintes profissionais:
Fernando Peterson Delatorre Geólogo Sênior
CREA/SP 5.061.028.259/D
Adrian Boller Gerente de Projeto CRBio 20262/04D
Bragança Paulista, 06 de Novembro de 2014.
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7. Referências Bibliográficas
CONSORCIO UHE COLIDER, Levantamento Geológico Descrição dos Serviços Executados
Perfis de Sondagens. Curitiba 2011.
CONSORCIO J.MALUCELLI ‐ CR ALMEIDA, Controle de Qualidade de Solos ‐ UHE Colider
Relatório de Ensaio de Permeabilidade In´Situ. CL‐JMCR‐RTPCV‐S‐01‐R0. Colider 2014.
CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente – Resolução 396 de 03 de Abril de 2008.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE; Secretaria de Recursos Hídricos. Programa de Estruturação
Institucional da Consolidação da Política Nacional de Recursos Hídricos –
BRA/OEA/01/002. 2007.
MINISTÉRIO DA SAÚDE; Portaria n° 2914 de 12 de Dezembro de 2011.
AWWS 2003 – Manual of water supply practices – M21 – third edition – Groudwater.
FREEZE & CHERRY 1979 ‐ Groundwater
BAIRD & COLIN 2011 – Química Ambiental – 4. Ed. – Bookman – Porto Alegre.
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Anexo 01 – Projeto de Monitoramento SMF/DMAG/VGAM 027‐2013
R171/14 – PR039/12
Anexo 02 – ART Anotação de Responsabilidade Técnica
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Anexo 03 – Documentação Fotográfica
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Foto 01 – Execução de Sondagem a Jusante da Área (Poço 01)
Foto 02 – Sonda Rotopercussiva
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Foto 03 – Localização do Poço 01
Foto 04 ‐ Localização do Poço 02
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Foto 05 – Localização do Poço 03
Foto 06 – Localização do Poço 04
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