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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Rua José Lourenço Kelmer, s/n - Campus Universitário Bairro São Pedro - CEP: 36036-
900 Juiz de Fora – MG
Núcleo FALE – Formação de professores, Alfabetização, Linguagem e Ensino
Núcleo da Faculdade de Educação da UFJF
www.ufjf.br/nucleofale
Grupos de pesquisa do Núcleo FALE:
GP Interação, Sociedade e Educação
GP Linguagem, Ensino de Práticas Sociais
GP Linguagem, Infâncias e Educação
Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino (4. : 2017: Juiz de Fora, MG).
Caderno de resumos [do] IV Colóquio de Letramento, Linguagem e Ensino
“Formação e trabalho docente”, Juiz de Fora, MG, 07 a 09 de junho de 2017. –
Juiz de Fora: Núcleo FALE/UFJF, 2017. 220 p
Tema: “Formação e trabalho docente”. Linguagem – Estudo e ensino. 2.
Formação de professores. 3. Linguística – Estudo e ensino. I. Colóquio de
Letramento, Linguagem e Ensino. II. Universidade Federal de Juiz de Fora. III.
Núcleo FALE. IV. Faculdade de Educação.
CDU 800.1
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Reitor: Marcus Vinicius David Vice-Reitora: Girlene da Silva Diretor da Faculdade de Educação Prof. Dr. André Silva Martins Coordenadora do Núcleo FALE – Dra. Andreia Rezende Garcia-Reis COMISSÃO ORGANIZADORA Profa. Dra. Andreia R. Garcia-Reis Prof. Dr. Alexandre José P. Cadilhe Profa. Dra. Begma Tavares Barbosa Profa. Dra. Maria Cristina Weitzel Profa. Ms. Raquel Martins Melo Pinheiro Profa. Dra. Tânia Guedes Magalhães COMISSÃO CIENTÍFICA Prof. Dr. Alexandre José P. Cadilhe – UFJF Profa. Dra. Andreia Rezende Garcia-Reis Profa. Dra. Bárbara Olímpio R. Melo – UESPI Profa. Dra. Cristiane C. Cunha Flôr – UFJF Profa. Dra. Débora A. G. Costa-Maciel – UPE Profa. Dra. Elisete Carvalho Mesquita – UFU Profa. Dra. Erika Kelmer Mathias – UFJF Profa. Dra. Francimar Teixeira – UFPE Profa. Dra. Laura Silveira Botelho – UFG Profa. Dra. Luciane Manera Magalhães – UFJF Profa. Dra. Ludmila Thomé de Andrade – UFRJ Profa. Dra. Luzia Bueno – USF Profa. Dra. Márcia Cristina Corrêa – UFSM Profa. Dra. Márcia Mendonça – UNICAMP Profa. Dra. Raquel Fellet Lawall – UFJF Prof. Dr. Roberto Perobelli – UFES Profa. Dra. Tânia R. Souza Romero – UFLA Profa. Dra. Vera Lucia Lopes Cristóvão – UEL Organização dos cadernos: Ms. Carolina Caniato Dra. Tânia Guedes Magalhães
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
SUMÁRIO
A ARGUMENTAÇÃO SOBRE TEMAS SOCIOCIENTÍFICOS NO ENSINO DE
CIÊNCIAS E DE MATEMÁTICA: UM ESTUDO NOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL .......................................................................................... 16
A AUTO – HETEROECOFORMAÇÃO TECNOLÓGICA DO PROFESSOR DE
INGLÊS NAS REDES PÚBLICAS DE ENSINO ESTADUAL E MUNICIPAL DE
SÃO PAULO .................................................................................................................. 17
A BRINQUEDOTECA E SUAS POTENCIALIDADES NO PROCESSO DE
FORMAÇÃO DOCENTE .............................................................................................. 18
A COCONSTRUÇÃO DE SENTIDOS E A IMAGINAÇÃO EM PRÁTICAS DE
LEITURA ANCORADAS NOS GÊNEROS TEXTUAIS: ANÁLISE DE UMA
PROPOSTA PARA O 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................ 19
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PROFESSOR DE
LÍNGUA INGLESA POR MEIO DO DISCURSO EM CONTEXTO ONLINE .......... 20
A CONSTRUÇÃO DE SABERES DOCENTES DE PROFESSORAS DOS ANOS
INICIAIS: QUAL O LUGAR DA EXPERIÊNCIA? .................................................... 21
A CONSTRUÇÃO TEXTUAL EM REDE: REFERENCIAÇÃO E MEME(S) ........... 22
A CORREÇÃO REFLEXIVA DE TESTES ESCRITOS COMO UM SUPORTE PARA
O ENSINO E APRENDIZAGEM .................................................................................. 23
A DIVERSIDADE CULTURAL E O ENSINO DA LÍNGUA ..................................... 24
A ESCRITA INFANTIL COMO ESPAÇO DE MANIFESTAÇÃO INDIVIDUAL ... 25
A EXPECTATIVA DOS PAIS QUANTO À ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL ...................................................................................................................... 26
A EXPERIÊNCIA DO USO DO JOGO CARA A CARA COM PERSONAGENS
FOLCLÓRICOS ............................................................................................................. 27
A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA NA SALA DE AULA A PARTIR DA LEITURA DE
CONTOS DE TERROR DE EDGAR ALLAN POE ..................................................... 28
A FORMAÇÃO CONTINUADA DE REDE E EM REDE: UMA ARTICULAÇÃO
NECESSÁRIA PARA MELHORIAS NO ENSINO ..................................................... 29
A IDENTIDADE DO FORMADOR DE PROFESSORES ALFABETIZADORES: UM
PROCESSO EM CONSTITUIÇÃO .............................................................................. 30
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA FORMAÇÃO CIDADÃ NO ENSINO
FUNDAMENTAL II ...................................................................................................... 31
A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE NAS PRÁTICAS DE LETRAMENTO DE
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ....................................................... 32
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A INFLUÊNCIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NAS PRODUÇÕES
ESCRITAS DA LÍNGUA PORTUGUESA DE ALUNOS SURDOS DO 9º ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL II DA CIDADE DE MACAÉ/RJ: RELATOS DE
EXPERIÊNCIAS ............................................................................................................ 33
A INTERAÇÃO FICTIVA E A SALA DE AULA ....................................................... 34
A INTERDISCIPLINARIDADE COM TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS
........................................................................................................................................ 35
A LEITURA DE ALGUNS CLÁSSICOS ATRAVÉS DE JOGOS
MATERIAIS/VIRTUAIS ELABORADOS EM SALA COM OS ALUNOS DO
ENSINO MÉDIO ........................................................................................................... 36
A LEITURA E ESCRITA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO: ALGUMAS
SIGNIFICAÇÕES .......................................................................................................... 37
A LEITURA NA PERSPECTIVA DA MULTIMODALIDADE:
POTENCIALIDADES PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR PROFICIENTE ........... 38
A LITERATURA COMO UMA DAS ESTRATÉGIAS NOS PROCESSOS DE
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: EXPERIÊNCIAS DE PROFESSORAS
ALFABETIZADORAS DO PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA
IDADE CERTA .............................................................................................................. 39
A MALA MALUCA DA VOVÓ ZENILDA: APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
SOB A PERSPECTIVA DOS DIREITOS DE APRENDIZAGEM .............................. 40
A PALAVRA CONTA, O DISCURSO DESVELA: ESCRITA E
COMPARTILHAMENTO-PUBLICIZAÇÃO DE SABERES DOCENTES ................ 41
A POÉTICA ORAL NA SALA DE AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA O
LETRAMENTO LITERÁRIO ....................................................................................... 42
A PONTUAÇÃO COMO EFEITO DE SENTIDO ....................................................... 43
A POSTURA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR ALFABETIZADOR E AS
ORIENTAÇÕES DOS DOCUMENTOS OFICIAIS: O QUE SUSTENTA UMA
PRÁTICA? ..................................................................................................................... 44
A PRÁTICA DE ENSINO DURANTE A GRADUAÇÃO: EXPERIÊNCIAS QUE
CONTRIBUÍRAM PARA QUE EU ME RECONHECESSE COMO UMA
PROFESSORA DE INGLÊS ......................................................................................... 45
A PRODUÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS SOBRE LETRAMENTO
DIGITAL NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM MINAS GERAIS ................... 46
A PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA E SEU ENSINO NOS MATERIAIS
DIDÁTICOS UTILIZADOS NO ESTADO DE SÃO PAULO ..................................... 47
A PRONÚNCIA NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: UMA ANÁLISE DE
LIVROS DIDÁTICOS E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA DOCENTE ............... 48
A PSICOMOTRICIDADE E A IMPORTANCIA DAS ATIVIDADES
INTERDISCIPLINARES LUDICOS-PEDAGÓGICAS COM FOCO NA
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ALFABETIZAÇÃO DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL DE SÃO JOÃO
DA BARRA .................................................................................................................... 49
A REGIÃO DO NORTE FLUMINENSE E A ALFABETIZAÇÃO CULTURAL NA
FORMAÇÃO CONTINUADA ...................................................................................... 50
A RELAÇÃO ENTRE CRENÇAS E MOTIVAÇÕES NA CONSTRUÇÃO
IDENTITÁRIA DE INGLÊS DE ALUNOS DE ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA
PARTICULAR ............................................................................................................... 51
A (TRANS/DE) FORMAÇÃO DOCENTE E COTIDIANO ESCOLAR: O PNAIC E
AS PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO COMO
CONSTRUTORAS DE UMA ESCOLA MAIS JUSTA E IGUALITÁRIA ................. 52
A VIVÊNCIA DA ESCRITA NA CARTA DE LEITOR: POSSIBILIDADE DE
PRÁTICA SOCIAL PELA LINGUAGEM ................................................................... 53
ABORDAGENS INTERSEMIÓTICAS E ENSINO DE LITERATURA E LÍNGUA
PORTUGUESA PARA GRADUANDOS SURDOS .................................................... 54
AÇÕES FORMATIVAS (INSTITUCIONAIS) PARA A DOCÊNCIA NO ENSINO
SUPERIOR NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS ............................ 55
AÇÕES PEDAGÓGICAS NO CONTEXTO ESCOLAR E FORMAÇÃO DOCENTE:
EXPERIÊNCIAS NO TREINAMENTO PROFISSIONAL .......................................... 56
ADOLESCENTES, DESENVOLVIMENTO HUMANO E CIBERCULTURA: AS
VIVÊNCIAS DOS JOVENS EM FORMAÇÃO E O AMBIENTE
COMUNICACIONAL CONTEMPORÂNEO .............................................................. 57
AFETIVIDADE NA FORMAÇÃO CONTINUADA DO(A) PROFESSOR(A)
ALFABETIZADOR(A): UM ESTUDO PILOTO ......................................................... 58
ALFABETIZANDO INTERDISCIPLINARMENTE COM O PIBID .......................... 59
ALFABETIZAR BRINCANDO NÃO É BRINCADEIRA ........................................... 60
AMPLIAÇÃO DO REPERTÓRIO DE LEITURA DE NARRATIVA POLICIAL
ATRAVÉS DE CONTOS DE AGATHA CHRISTIE ................................................... 61
ANÁLISE DE MATERIAL DIDÁTICO VOLTADO A CONTEXTOS
TECNOLÓGICOS PRODUZIDO POR PROFESSORES EM FORMAÇÃO .............. 62
ANÁLISE DE RELATOS SOBRE O TRABALHO DOCENTE NA EJA REVELAM A
NECESSIDADE DE UMA MUDANÇA CURRICULAR ............................................ 63
ANÁLISE LINGUÍSTICA ............................................................................................. 64
ADJUNTOS ADVERBIAIS .......................................................................................... 64
APRENDER A LER E TORNAR-SE LEITOR CRÍTICO: PRÁTICAS
SOCIOCULTURAIS DE LEITURA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS .. 65
AS BELEZAS DO RIO AOS OLHOS ENCANTADOS DE UMA CRIANÇA ........... 66
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
AS CARACTERÍSTICAS DA LÍNGUA FALADA COMO ESTRATÉGIA DE
PERSUASÃO NO E-MAIL MARKETING DA MARCA QUEM DISSE, BERENICE?
........................................................................................................................................ 67
AS ORIENTAÇÕES DIDÁTICO-METODOLÓGICAS VOLTADAS PARA A
FORMAÇÃO LEITORA DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL NA
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA DA REDE MUNICIPAL
DE JUIZ DE FORA ........................................................................................................ 68
ATO ÉTICO E ATO ESTÉTICO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UMA
PEDAGOGIA DO OLHAR POR MEIO DO CINEMA BRASILEIRO
CONTEMPORÂNEO .................................................................................................... 69
AVALIAÇÃO DE PRODUÇÕES ESCRITAS DE ALUNOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL POR GRADUANDAS DE PEDAGOGIA ..................................... 70
AVALIAÇÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA NO CONTEXTO DO PACTO
NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA EM MATO GROSSO 71
BLOGS EDUCACIONAIS E FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES ............... 72
BRINCADEIRAS DAQUI PRA LÁ: AS DIVERSAS LINGUAGENS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL .............................................................................................. 73
"BRINCAR JUNTO, INTERAGIR COM OS BEBÊS": REFLEXOS DA FORMAÇÃO
NA PRÁTICA PEDAGÓGICA ..................................................................................... 74
CIRANDA LITERÁRIA: A FORMAÇÃO DE PEQUENOS LEITORES ................... 75
CLUBE DA LEITURA: UM NOVO OLHAR SOBRE OS LIVROS INFANTIS ........ 76
COLETÂNEA DE TEXTO E POSICIONAMENTO AUTORAL: INDÍCIOS DE
LEITURA EM PRODUÇÕES TEXTUAIS ARGUMENTATIVAS ............................ 77
COMO ANDA O PACTO? MOVIMENTOS PARA ALFABETIZAR
LETRANDO NUMA PERSPECTIVA FREIRIANA .................................................... 78
COMPARTILHANDO UMA PRÁTICA DOCENTE: O PRIMEIRO CONTATO COM
A SALA DE AULA ....................................................................................................... 79
COMPETÊNCIA COMUNICATIVA E O TRABALHO COM O TEXTO
ARGUMENTATIVO NO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................... 80
CONSTRUINDO ENTENDIMENTOS SOBRE A GRAMÁTICA: EM BUSCA DE
UM ENSINO SIGNIFICATIVO .................................................................................... 81
CONTRIBUIÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS DA LINGUÍSTICA APLICADA
PARA A AQUISIÇÃO DA ESCRITA .......................................................................... 82
CRONOTOPO E EXOTOPIA NO SERIADO THE FOLLOWING: LEITURAS DE
LIMITES ENTRE REALIDADE E FICÇÃO ............................................................... 83
DA IDEALIZAÇÃO À OBJETIVIDADE: UMA ABORDAGEM DA ESTÉTICA
REALISTA NO ENSINO MÉDIO ................................................................................ 84
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
DESAFIOS PARA CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS VIRTUAIS
PARA CEGOS E SURDOS ........................................................................................... 85
DESENVOLVENDO A ORALIDADE POR MEIO DA LITERATURA .................... 86
DIÁLOGOS SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES LEITORES A PARTIR DE
UMA VIVÊNCIA DE LEITURA LITERÁRIA ............................................................ 87
DICIONÁRIO DE LIBRAS: INSTRUMENTO TECNOLÓGICO PARA FORMAÇÃO
DE PROFESSORES E ACESSIBILIDADE .................................................................. 88
DO STAND-UP AO TEXTO ESCOLAR: MEDIAÇÃO DIDÁTICA DE BASE
COLABORATIVA PARA O ESTUDO DE TÓPICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA
NA EJA .......................................................................................................................... 89
DOCENTES EM FORMAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES PARA PENSAR A FORMAÇÃO
CONTINUADA DE PROFESSORES ........................................................................... 90
DOS LETRAMENTOS AOS MULTILETRAMENTOS: UMA EVOLUÇÃO
NATURAL DAS SOCIEDADES HUMANAS ............................................................. 91
EDUCAÇÃO SOCIAL E LETRAMENTO ................................................................... 92
ENSINO DE LITERATURA E INTERDISCIPLINARIDADE: CONTOS DE
CLARICE LISPECTOR EM DIÁLOGO COM AS ARTES PLÁSTICAS E A
CANÇÃO ....................................................................................................................... 93
ENSINO DE PLE PARA SURDO BRASILEIRO ........................................................ 94
ESCRITA DOCENTE: POSSIBILIDADES DE FORMAÇÃO .................................... 95
ESTRATÉGIAS SOCIAIS UTILIZADAS DENTRO E FORA DA SALA DE AULA 96
FORMAÇÃO CONTINUADA EM SERVIÇO E O PROGRAMA GESTAR: UM
ESTUDO SOBRE A PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA 98
FORMAÇÃO DE PROFESSORES: EM PAUTA DESENVOLVIMENTO MORAL E
A CONSTRUÇÃO DE VALORES ............................................................................... 99
FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO ALFABETIZADOR
...................................................................................................................................... 100
FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES E O PROCESSO ARGUMENTATIVO
...................................................................................................................................... 101
FORMANDO LEITORES E FORMANDO-SE COMO LEITORAS: NARRATIVAS E
PRÁTICAS DE PROFESSORAS DO MUNICÍPIO DE AMARGOSA/BA .............. 102
FÓRUNS ONLINE NA PÓS-GRADUAÇÃO: ESPAÇO DE LETRAMENTO
ACADÊMICO .............................................................................................................. 103
FUGIR DO MARASMO E CONQUISTAR O MUNDO: A LITERATURA COMO
INSTRUMENTO DE LIBERTAÇÃO EM A MAIOR FLOR DO MUNDO, DE JOSÉ
SARAMAGO ............................................................................................................... 104
GÊNERO ORAL EM SALA DE AULA: ENTREVISTA .......................................... 105
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
HELENA NO PAÍS DAS VERDADES: A FORMAÇÃO DO LEITOR CRÍTICO EM
MINHA VIDA DE MENINA, DE HELENA MORLEY ............................................... 106
INFOGRAFIA COMO ESTRATÉGIA PARA ENSINO DE LEITURA E ESCRITA
DE TEXTOS MULTIMODAIS ................................................................................... 107
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA: PLATAFORMA DE ACESSIBILIDADE PARA
ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR .................................................................. 108
INTERCULTURALIDADE E TRANSVERSALIDADE TEMÁTICA NO ENSINO DE
LÍNGUA ESPANHOLA: PROPOSTAS DIDÁTICAS ............................................... 109
INVESTIGAÇÃO DE PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES NA ALFABETIZAÇÃO:
OLHARARES PARA UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA E UM PROJETO DO PNAIC
...................................................................................................................................... 110
JOGANDO COM O POLICIAL: UMA PROPOSTA DE AMPLIAÇÃO DO
REPERTÓRIO DO JOVEM LEITOR ......................................................................... 111
LEITURA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: UMA ANÁLISE DOS TEXTOS SOBRE
SOMBRA E LUZ EM LIVROS DIDÁTICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ...... 112
LEITURA, LETRAMENTOS E ESCOLA: CONCEPÇÕES E ESTRATÉGIAS
BÁSICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE LEITORA ......... 113
LETRAMENTO DIGITAL E INFORMACIONAL DE ESTUDANTES DO ENSINO
MÉDIO NO USO DO TELEFONE CELULAR .......................................................... 114
LETRAMENTO LITERÁRIO: CONCEPÇÕES ACERCA DA FORMAÇÃO DO
LEITOR ........................................................................................................................ 115
LETRAMENTO MULTIMODAL E HABILIDADES DE LEITURA NO ENSINO
MEDIO ......................................................................................................................... 116
LETRAMENTO NO ENSINO MÉDIO: HABILIDADES LEITORAS EM
PROCESSOS SELETIVOS DE AVALIAÇÃO SERIADA ........................................ 117
LETRAMENTOS E DIREITOS HUMANOS: PENSANDO GÊNEROS E
SEXUALIDADES NA SALA DE AULA ................................................................... 118
LETRAMENTOS: EXPERIÊNCIA DE MÚLTIPLAS PERSPECTIVAS DE LETURA
NA CONSTRUÇÃO DE DIFERENÇAS DE GÊNERO ............................................. 119
LETRAMENTOS MÚLTIPLOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:
TRABALHANDO COM O GÊNERO TEXTUAL CURRICULUM VITAE ............ 120
LETRAMENTOS, REDES SOCIAIS E DISCURSO DE ÓDIO ................................ 121
LITERATURA E TECNOLOGIA NA SALA DE AULA: UM DIÁLOGO MEDIADO
PELO PROFESSOR NA FORMAÇÃO DO LEITOR DE TEXTOS LITERÁRIOS . 122
LIVRO DIDÁTICO NO ENSINO MÉDIO: PROMOVENDO PRÁTICAS
MULTILETRADAS ENTRE O PAPEL E O DIGITAL ............................................. 123
MAPEAMENTO LOCAL DOS MATERIAIS DIDÁTICOS E COMPETÊNCIAS
PEDAGÓGICAS VOLTADAS PARA INCLUSÃO: O CASO DA UFV .................. 124
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
“MEMÓRIAS”: UM TRABALHO DE AUTOCONHECIMENTO A PARTIR DAS
AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
(EJA) ............................................................................................................................. 125
METODOLOGIA ATIVA NO ENSINO DE LINGUISTICA: EXOTOPIA E
CONSTITUIÇÃO DOS SUJEITOS ALUNOS INGRESSANTES DE LETRAS ...... 126
MULTILETRAMENTOS E EDUCAÇÃO: A FANFICTION COMO FACILITADORA
DO LETRAMENTO ESCOLAR ................................................................................. 127
MULTILETRAMENTOS E PROFESSORES EM FORMAÇÃO: UM OLHAR
CRÍTICO PARA O LETRAMENTO DIGITAL ......................................................... 128
MULTILETRAMENTOS NO ENSINO DE INGLÊS PARA JOVENS: UMA
QUEBRA DE PARADIGMAS NA SALA DE AULA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
...................................................................................................................................... 129
MULTILETRAMENTOS NO ENSINO PÚBLICO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
...................................................................................................................................... 130
MÚLTIPLAS LEITURAS NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA
EXPERIÊNCIA COM O LETRAMENTO CRÍTICO ................................................. 131
NARRATIVAS DA DOR: ENTRE O SILÊNCIO E A REPRESENTAÇÃO ............ 132
NETIQUETA: REFLEXÕES SOBRE O COMPORTAMENTO E O USO DA
LÍNGUA ....................................................................................................................... 133
NOMES E SOBRENOMES: POSSIBILIDADES NOS PRIMEIROS PASSOS DA
ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS ......................................................................... 134
NOVAS TECNOLOGIAS - NOVOS LETRAMENTOS: UMA EXPERIÊNCIA COM
O GÊNERO FANFICTION NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS .............. 135
NOVOS MODOS DE AVALIAR EM LÍNGUA ESTRANGEIRA............................ 136
O ANÚNCIO PUBLICITÁRIO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA:
DESENVOLVIMENTO DO LETRTAMENTO MULTIMODAL ............................. 137
O CASAMENTO DA PRINCESA: UMA AVENTURA ESTÉTICA E
HUMANIZADORA ..................................................................................................... 138
O ENEM COMO REFERÊNCIA DE CURRÍCULO PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
– A PROVA DE REDAÇÃO COMO UM INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO
SOCIAL ........................................................................................................................ 139
O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NA ESCOLA PÚBLICA NOS DISCURSOS
DOS PROFESSORES .................................................................................................. 140
O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA NO CONTEXTO DAS NOVAS
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (NTIC’S): UMA
ANÁLISE DOS DISCURSOS DOCENTES PROPOSTOS NOS BLOGS
EDUCATIVOS ............................................................................................................. 141
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O ENSINO DAS CLASSES DE PALAVRAS NO EF II SOB O VIÉS DA ANÁLISE
LINGUÍSTICA: ESTUDO REFLEXIVO DO SUBSTANTIVO E DO ADJETIVO A
PARTIR DO GÊNERO CONTO ................................................................................. 142
O ENSINO DE LIBRAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR: QUAIS
PERSPECTIVAS? ........................................................................................................ 143
O ENSINO DE SEMÂNTICA A PARTIR DOS GÊNEROS TEXTUAIS – UMA
PROPOSTA DE ABORDAGEM ................................................................................. 144
O ESTADO DA ARTE DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO: DISSERTAÇÕES E TESES SOBRE SUJEITOS COM BAIXA
VISÃO E CEGOS NO BRASIL ENTRE 2006-2016 .................................................. 145
O ESTADO DA ARTE DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO: DISSERTAÇÕES E TESES SOBRE SUJEITOS SURDOS NO
BRASIL ENTRE 2006-2016 ........................................................................................ 146
O ESTUDO DE INGLÊS NA EJA: ADEQUAÇÃO AO PERFIL DE JOVENS E
ADULTOS? .................................................................................................................. 147
GÊNERO EXPOSIÇÃO ORAL: O DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE NA
SALA DE AULA ......................................................................................................... 148
O GÊNERO TEXTUAL RELATÓRIO CIENTÍFICO: AS PRÁTICAS ESCOLARES E
A CONSTRUÇÃO DE UM DISPOSITIVO DIDÁTICO ........................................... 149
O LABORATÓRIO DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL COMO
FERRAMENTA PARA O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: LETRAMENTO E
TECNOLOGIAS DIGITAIS ........................................................................................ 150
O LETRAMENTO CRÍTICO NO TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS: UMA
PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE INFOGRÁFICOS ................................................ 151
O LÚDICO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CONTRIBUIÇÕES DA
BRINQUEDOTECA NA CAPACITAÇÃO DOCENTE ............................................ 152
O PAPEL DA ESTRUTURA DE COMPLEMENTAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO
DE UMA TEORIA DA MENTE: UM ESTUDO EXPERIMENTAL EM LÍNGUA
BRASILEIRA DE SINAIS .......................................................................................... 153
O PAPEL DA PONTUAÇÃO NA ESCRITA DOS ALUNOS DA EJA .................... 154
O PAPEL DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO ENSINO DE LÍNGUA
PORTUGUESA: A IMPORTÂNCIA DA ELABORAÇÃO DE SEQUÊNCIAS
DIDÁTICAS NO TRANSPORTE DA TEORIA PARA A PRÁTICA DA SALA DE
AULA ........................................................................................................................... 155
O PAPEL QUE OCUPA A LEITURA MEDIADA DE TEXTOS DIDÁTICOS DE
CIÊNCIAS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDAS EM SALA DE
AULA ........................................................................................................................... 156
O PIBID PEDAGOGIA DA UENF: ESTÍMULO À AUTORIA PELA ESCRITA
SOLIDÁRIA ................................................................................................................. 157
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O PNAIC EM OURO PRETO: A VOZ DAS PROFESSORAS ALFABETIZADORAS
...................................................................................................................................... 158
O PROCESSO DE INSERÇÃO DE VOZES NO GÊNERO MONOGRAFIA À LUZ
DO INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO ........................................................ 159
O PROCESSO REVERBERATIVO DA VOZ DO ALUNO NA FORMAÇÃO
CONTINUADA DO PROFESSOR ALFABETIZADOR ........................................... 160
O QUE É INTERDISCIPLINARIDADE? EM BUSCA DE UMA DIDÁTICA
INTERDISCIPLINAR NAS ESCOLAS BRASILEIRAS ATUAIS ........................... 161
REFLEXÕES SOBRE O MEU PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA LÍNGUA
ADICIONAL NO INTERCÂMBIO ............................................................................ 162
O “RODÍZIO DE LIVROS” COMO INCENTIVO A FORMAÇÃO DE LEITORES
NA PERSPECTIVA DO ALFABETIZAR LETRANDO ........................................... 163
O TRABALHO COM O GÊNERO ENTREVISTA: PERSPECTIVAS DA
REALIDADE DE UMA ESCOLA PÚBLICA ............................................................ 164
O TRABALHO DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA E A CONSTRUÇÃO
DE IDENTIDADE PROFISSIONAL AO LONGO DE QUINZE ANOS DE
CARREIRA .................................................................................................................. 165
O TRABALHO PEDAGÓGICO COM A LITERATURA NO PROCESSO DE
ALFABETIZAÇÃO ..................................................................................................... 166
O TRATAMENTO DADO À MULTIMODALIDADE EM PLANOS DE AULAS:
SINALIZAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DOCENTE ............................................... 167
O TRATAMENTO DADO À PRODUÇÃO DE TEXTOS POR LIVROS DIDÁTICOS
DE LÍNGUA PORTUGUESA DESTINADOS A ALUNOS DE ENSINO MÉDIO .. 168
O USO DAS RODAS DE LEITURA COMO INCENTIVO AO ENSINO DA
PRÁTICA DE LEITURA ............................................................................................. 169
O USO DE ESTRUTURAS PASSIVAS EM ESPANHOL POR ALUNOS
BRASILEIROS ............................................................................................................ 170
O USO DO FACEBOOK PARA O TRABALHO COM AS RELAÇÕES DE
GÊNEROS E SEXUALIDADES: POTENCIALIDADES PARA A AMPLIAÇÃO DOS
MULTILETRAMENTOS NA FORMAÇÃO DOCENTE .......................................... 171
O USO DO VIDEOCAST COMO UMA POSSÍVEL FERRAMENTA PARA O
DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE ............................................................... 172
ORALIDADE NA ESCOLA: O GÊNERO ENTREVISTA EM UM LIVRO
DIDÁTICO DE 8ºANO DO ENSINO FUNDAMENTAL .......................................... 173
OS CONCEITOS DE GÊNERO CONSTRUÍDOS NOS PCN E OS TESTES DE
REPRESENTATIVIDADE COMO PROPOSTAS DE LETRAMENTO ................... 174
OS CURSOS DE PEDAGOGIA E A FORMAÇÃO DAS (OS) PROFESSORAS (ES)
PARA A PRÁTICA DOCENTE NA CRECHE: REALIDADE E DESAFIOS .......... 175
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
OS LIVROS DIDÁTICOS E OS ESTUDOS DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NAS
AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA ....................................................................... 176
OS MULTILETRAMENTOS E OS TEXTOS MULTIMODAIS: UM NOVO
DESAFIO PARA O ENSINO DE LEITURA NA SALA DE AULA ......................... 177
OS MULTILETRAMENTOS EM SALA DE AULA: POTENCIALIDADES DO
GÊNERO TIRAS DE HUMOR ................................................................................... 178
OS PROCESSOS DE MANIPULAÇÃO DO ACONTECIMENTO NO DISCURSO
JORNALÍSTICO .......................................................................................................... 179
PEDAGOGIA DE PROJETOS DE APRENDIZAGEM E A EXPERIÊNCIA DO
JOVEM: POSSIBILIDADES DE COMPREENSÃO DO ENSINO DA LINGUA
PORTUGUESA EM TEMPOS DE CONVERGÊNCIAS E TECNOLOGIAS .......... 181
PESQUISAS EM EDUCAÇÃO SOBRE FORMAÇÃO DE PROFESSORES ........... 182
PODER E ASSIMETRIAS EM UMA SALA DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA MULTICULTURAL ....................................................................... 183
POESIA DE BLECAUTE: UM GÊNERO DO DISCURSO NA SALA DE AULA DE
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA .............................................................. 184
POLÍTICAS E LETRAMENTOS NA ÁFRICA DO SUL: UMA ANÁLISE DO
MATERIA L DIDÁTICO DE LÍNGUA MATERNA ADICIONAL ........................... 185
POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS PARA ALUNOS COM ALTAS
HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO: AVANÇOS E PERSPECTIVAS ............. 186
POSSÍVEIS CAMINHOS PARA CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO EM
EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES ........................ 188
PRÁTICA DE ORALIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ........... 189
PRÁTICAS DE LEITURA E DE ESCRITA: O DESAFIO DO LETRAMENTO ..... 190
PRÁTICAS DE LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................... 191
PRÁTICAS DE ORALIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL:
CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DAS ATIVIDADES DE ESCUTA .................. 192
PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES NA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E
PESSOAL DE JOVENS ALUNOS ............................................................................. 193
PROBLEMATIZAÇÕES DOS USOS DA TEORIA DE JEAN PIAGET NA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES ............................................................................. 194
PROCESSOS REFERENCIAIS NOMINAIS NO GÊNERO CARTA DO LEITOR:
ESTRATÉGIAS PARA FORMAÇÃO DE LEITORES CRÍTICOS .......................... 195
PROMOVENDO AS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA NOS ANOS FINAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................. 196
QUESTÕES DE LETRAMENTO A PARTIR DO GÊNERO NOTÍCIA ................... 197
REFLETINDO SOBRE A EMERGÊNCIA DOS OLHARES .................................... 198
14
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
Reflexão sobre a prática docente de línguas adicionais sob a perspectiva da pedagogia
de multiletramentos ...................................................................................................... 199
REFLEXÕES SOBRE AS AÇÕES FORMATIVAS DO INSTITUTO DE
APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA- CAP-UERJ .................. 200
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A PRODUÇÃO DE DESENHOS COMO
ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO ........ 201
RELATOS DE EXPERIÊNCIA EM FORMAÇÃO CONTINUADA: REFLEXÕES
SOBRE A PRÁTICA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL DE
JUIZ DE FORA ............................................................................................................ 202
RELATOS DE FORMAÇÃO DOCENTE: CALL PARA ENSINO DE LÍNGUA
INGLESA ..................................................................................................................... 203
REVISTA “CIÊNCIA NA PONTA DA LÍNGUA”: UMA EXPERIÊNCIA COM
LETRAMENTO CIENTÍFICO NO ENSINO FUNDAMENTAL .............................. 204
RODA DE VERSOS: PRETEXTOS PARA BRINCAR, COMPARTILHAR E
ENCANTAR ................................................................................................................ 205
SALA DE AULA: CAMPO DO JOGO LITERÁRIO ................................................. 206
SEQUÊNCIA DIDÁTICA EM SALA DE AULA: OS IMPACTOS DO PACTO NO
TRABALHO INTERDISCIPLINAR. .......................................................................... 207
SIMULAÇÃO DE UM SPEED DATING COMO TÉCNICA DE CONVERSAÇÃO
EM TURMAS DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA ..................... 208
TECENDO SABERES E CONSTRUINDO ENTENDIMENTOS SOBRE PRÁTICAS
DE LEITURA À LUZ DA PRÁTICA EXPLORATÓRIA ......................................... 209
TEORIA E PRÁTICA: O USO DAS ABSTRAÇÕES TEÓRICAS NO ENSINO DE
LÍNGUA INGLESA ..................................................................................................... 210
TEXTOS MULTIMODAIS DO FACEBOOK NA CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS
EM SALA DE AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA: UM PENSAR
EXPLORATÓRIO ....................................................................................................... 211
TIRAS CÔMICAS E CHARGES: LETRAMENTO MULTIMODAL NA
PERSPECTIVA DOS GÊNEROS TEXTUAIS ........................................................... 212
TRAJETÓRIAS FORMATIVAS DOCENTES: ALGUNS ELEMENTOS DE
ANÁLISE ..................................................................................................................... 213
UMA ANÁLISE DAS PRÁTICAIS REAIS DE LEITURA E ESCRITA EM UMA
PERSPECTIVA DO DISCENTE ................................................................................. 214
UMA ANÁLISE LINGUÍSTICO-DISCURSIVA DO GÊNERO MEME(S) ............. 215
UMA EXPERIÊNCIA COM O GÊNERO TEXTUAL PROPAGANDA NO
SEGUNDO SEGMENTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ................. 216
UMA PESQUISA COMO ENSAIO: EXERCITANDO UMA DOCÊNCIA ............. 217
UMA PROPOSTA DE (RE)LEITURA POÉTICA COM AUXÍLIO DO QR CODE 218
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA COM GÊNEROS TEXTUAIS
ARGUMENTATIVOS PARA O 3º ANO DO ENSINO MÉDIO ............................... 219
UMA PROPOSTA INTERVENTIVA DE AMPLIAÇÃO DE REPERTÓRIO:
PERSONAGENS PLANOS E ESFÉRICOS EM OBRAS DE MACHADO DE ASSIS
E LIMA BARRETO ..................................................................................................... 220
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A ARGUMENTAÇÃO SOBRE TEMAS SOCIOCIENTÍFICOS NO ENSINO DE
CIÊNCIAS E DE MATEMÁTICA: UM ESTUDO NOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Vania Fernandes E Silva
vaniafernandesesilva@hotmail.com
Colégio de Aplicação João XXIII/UFJF
O presente trabalho surgiu do contexto social do Município de Juiz de Fora/MG onde o
assunto da epidemia de Dengue tornou-se uma questão sociocientífica necessária de ser
debatida e trabalhada pelas escolas. Buscando contribuir para a sistematização do
conhecimento acerca da argumentação sobre temas sociocientíficos no Ensino de
Ciências e de Matemática, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o objetivo deste
trabalho foi analisar o processo de argumentação dos alunos do 5º ano, durante um
debate sobre suas percepções relativas ao aumento da Dengue neste Município, em
2016. Para o presente trabalho interdisciplinar foram realizadas diversas atividades que
visavam dar sustentação aos argumentos a serem utilizados pelos estudantes. Na
realização do debate, os 26 alunos do 5º ano B, discutiram a seguinte questão: “Como
vocês percebem o crescimento da Dengue em Juiz de Fora?” A duração do debate foi
em torno de 40 minutos, que foi filmado e transcrito para posterior análise dos dados. A
base teórica utilizada para essa análise foi a estrutura estabelecida por Toulmin (2001),
na qual o argumento envolve a forma lógica em que se articulam pressupostos e
hipóteses no estabelecimento de conclusões. Baseados nesta estrutura, os argumentos se
compõem a partir de uma afirmação inicial ligada a uma conclusão por meios de
garantias (justificativas) que se apoiam em qualificadores, fundamentos e refutadores
que podem confirmar ou limitar a sua validade. Assim, a argumentação é a
oportunidade de fazer uso de uma linguagem científica, que permite ao educando
considerar alternativas, interpretar textos e avaliar se são viáveis ou não as alegações do
ponto de vista de conhecimentos teóricos, os quais são indispensáveis na construção do
conhecimento científico (DRIVER, NEWTON & OSBORNE, 2000).
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A AUTO – HETEROECOFORMAÇÃO TECNOLÓGICA DO PROFESSOR DE
INGLÊS NAS REDES PÚBLICAS DE ENSINO ESTADUAL E MUNICIPAL DE
SÃO PAULO
Carla Cíntia Luz
carlacintia.luz@gmail.com
PUC-SP/GPeAHFC/CNPQ
O objetivo principal desta pesquisa foi descrever e refletir sobre a auto–
heteroecoformação tecnológica de professores de inglês das redes públicas estadual e
municipal de São Paulo. Respaldados em Freire (2009; 2011), que destaca a auto-
heteroecoformação tecnológica de professores, com base na teoria tripolar apresentada
por Pineau (1988 apud FREIRE, 2009), Freire e Leffa (2013) hifenizam o termo e
afirmam que os processos formativos não se classificam em etapas isoladas (seus
construtos são complexos e não se dividem em momentos estanques). Verificaram-se
algumas características que se referem à formação tecnológica oferecida nos cursos de
licenciatura em Letras, e a importância da Educação a Distância (EAD) como apoio à
formação. Embasada em Valente (1999) e Freire (2015), abordei a importância do
computador e das TIC nos processos formativos (EAD) que apoiam a formação
tecnológica do professor de inglês. Metodologicamente, adotei o estudo de caso
(STAKE, 1999; YIN, 2002; VAN LIER, 2005), partindo da aplicação de um
questionário inicial que teve como objetivo compreender os caminhos de uma formação
docente generalizada e a formação tecnológica docente. Esse instrumento foi
preenchido por três professoras que lecionam inglês nas redes estadual e municipal do
estado de São Paulo. Também coletei, descrevi e interpretei, narrativas detalhadas sobre
a trajetória profissional das professoras de inglês participantes dessa pesquisa, que
trouxeram relatos sobre sua formação tecnológica docente. O resultado dessa pesquisa
destacou a importância de uma mudança no currículo dos cursos de licenciatura em
Letras e o papel que a EAD pode exercer em benefício dos processos auto–
heteroecoformativos na formação tecnológica do professor de inglês. As narrativas
descreveram uma formação tecnológica insuficiente, ou mesmo inexistente oferecida
nos cursos de licenciatura em Letras, além da ausência de formação tecnológica em
serviço e a deficiência no que diz respeito à disponibilidade de equipamentos
tecnológicos para uso profissional.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A BRINQUEDOTECA E SUAS POTENCIALIDADES NO PROCESSO DE
FORMAÇÃO DOCENTE
Géssica Pereira Monteiro Rangel
gessica.gigi@gmail.com
Bárbara Viana Villaça
babivillaca@gmail.com
Universidade Estadual do Norte Fluminense
A presente pesquisa abordou as potencialidades da brinquedoteca como espaço
facilitador de um ensino lúdico no período de formação do professor, tendo em vista,
que o futuro docente precisa adquirir competências que o permita entender a
importância da brincadeira e do lúdico no desenvolvimento e aprendizagem dos seus
alunos. Para a realização dessa proposta, baseamos nossa metodologia nas leituras de
VYGOSTSKY (1991), HUIZINGA (1993), MACEDO (2008), GIMENES E
TEIXEIRA (2011) e de acordo com o Referencial Curricular Nacional para Educação
Infantil (1998) juntamente com a pesquisa-ação no laboratório lúdico/pedagógico da
brinquedoteca, com alunos do primeiro ano do Normal Médio, do Colégio Estadual
João Pessoa localizado no município de Campos dos Goytacazes- RJ. Nesse contexto,
foram propostos estudos teóricos com temáticas relevantes para a formação e a futura
atuação docente, seguido de oficinas criativas, unificando teoria e prática. Após o
término das oficinas, foram realizadas entrevistas, a fim de verificar os efeitos que as
vivências no espaço da brinquedoteca promoveram para cada aluno envolvido. Nesse
trabalho constatou-se que os encontros realizados no laboratório lúdico/pedagógico da
brinquedoteca contribuíram significativamente com a formação lúdica dos alunos
envolvidos. A partir dos resultados obtidos, constatou-se que o espaço da
brinquedoteca foi um promovedor de oportunidades para a formação docente, onde
teoria e prática se encontravam em um só espaço com o propósito de estimular a
formação de profissionais da educação infantil mais críticos e criativos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A COCONSTRUÇÃO DE SENTIDOS E A IMAGINAÇÃO EM PRÁTICAS DE
LEITURA ANCORADAS NOS GÊNEROS TEXTUAIS: ANÁLISE DE UMA
PROPOSTA PARA O 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Aline Salucci Nunes
alinesalucci@yahoo.com.br
UERJ - FFP
Carolina Scali Abritta
carolabritta30@gmail.com
UERJ - FFP
O presente trabalho apresenta a análise sociointeracional de uma atividade de leitura,
desenvolvida em uma turma do quarto ano do ensino fundamental, em uma escola
pública da rede municipal de Itaboraí, no ano de 2015. Com base em uma perspectiva
pragmática de linguagem e, a partir de reflexões acerca das teorias de letramentos
(KLEIMAN, 2012 [1995], 2007; STREET, 2014 [1995]), gêneros textuais
(MARCUSCHI, 2008; BHATIA, 2001 [1997]; BAKHTIN, 2011; SCHNEUWLY e
DOLZ, 2011 [2004]), e da contribuição da Análise da Conversa Etnometodológica
(GARCEZ, 2006; 2008), buscou-se investigar, a partir da análise da fala-em-interação,
como o processo de coconstrução de sentidos sobre um texto próprio do gênero
jornalístico pode despertar a imaginação e ampliar o trabalho com o texto escrito. Os
resultados demonstram que uma proposta de aula, inspirada na arte de brincar com o
texto, conseguiu um engajamento maior das crianças; não reduziu a prática de leitura a
exercícios de “copiar e colar”, e permitiu a coprodução de significados, orientando a
imaginação e coproduzindo aprendizagens.
Palavras-chave: Fala-em-interação; coconstrução de sentidos; imaginação; gêneros
textuais.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PROFESSOR DE
LÍNGUA INGLESA POR MEIO DO DISCURSO EM CONTEXTO ONLINE
Valkíria Bento Luiz
valkiria.bento@eniac.edu.br
Centro Universitário ENIAC
O presente trabalho apresenta os resultados parciais da pesquisa de mestrado que
objetiva analisar o discurso do professor de inglês, como ele vê sua profissão e se
reconhece como profissional, de um curso de formação em ambiente online. O estudo
está atrelado às metafunções da linguagem: o significado como representação
(metafunção ideacional) e significado como troca (metafunção interpessoal) e identifica
os processos mais frequentes a partir das escolhas léxico-gramaticais dentro de um
contexto situacional. O trabalho fundamenta-se na Linguística de Corpus (SARDINHA,
2004) com auxílio do programa WordSmith Tools (SCOTT, 2011) para a coleta e
análise de dados linguísticos e na Linguística Sistêmico-Funcional (LSF)
(HALLIDAY, 1994), (HALLIDAY & MATTHIESSEN, 2004), que busca estudar as
funções sociais da língua em uso, no qual as escolhas feitas pelos usuários de uma
determinada língua não ocorrem por acaso, mas de acordo com os contextos de cultura e
de situação; apoiada na Teoria da Avaliatividade (MARTIN & WHITE, 2005) e na
Análise do Discurso (FAIRCLOUGH, 2001). O Corpus de análise constitui-se de 270
interações produzidas em 7 fóruns pelos participantes do curso de aperfeiçoamento para
professores de inglês: Teachers’ Links, oferecido pela PUCSP. Os resultados
preliminares apontam para os processos materiais seguidos dos relacionais que
representam as experiências profissionais dos professores, suas reflexões sobre as
práticas e os aspectos interpessoais que revelam os recursos do sistema de modalidade
que mostram as atitudes dos professores e o seu comprometimento perante as
discussões propostas nos fóruns. Espera-se que este estudo contribua para propostas de
mudanças nas práticas de ensino de Língua Inglesa a partir da reflexão que o professor é
um sujeito social, carregado de fragmentos identitários que influenciam diretamente na
sua prática docente.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A CONSTRUÇÃO DE SABERES DOCENTES DE PROFESSORAS DOS ANOS
INICIAIS: QUAL O LUGAR DA EXPERIÊNCIA?
Deniele Pereira Batista
deniele.batista@ufjf.edu.br
Colégio de Aplicação João XXIII/UFJF e Universidade Católica de Petrópolis
O foco desta pesquisa, ainda em andamento, está direcionado para as experiências de
professoras dos anos iniciais do ensino fundamental em suas práticas pedagógicas;
experiências que tenham contribuído com o processo de construção dos seus saberes
docentes. Pressupostos teóricos de Dewey, Larrosa e Dubet fornecem apoio para o
movimento compreensivo que busca analisar os acontecimentos sob a ótica de uma
formação na/pela experiência. Os procedimentos de coleta, análise e interpretação de
dados aproximam-se dos princípios da entrevista compreensiva (KAUFMANN, 2013).
No período de junho/2015 a abril/2016 foram realizadas treze entrevistas individuais,
todas com professoras da rede pública de ensino. O estudo aponta, parcialmente, para
alguns resultados, dentre os quais destaco aqueles relacionados a elementos
constituintes da profissionalidade docente das professoras entrevistadas: 1)
determinados momentos da carreira deixam entrever o empreendimento de ações (o agir
sobre a experiência) e as consequências dessas ações, sofridas e pensadas por elas,
trazendo à tona o sujeito da experiência (DEWEY, 1959); 2) no processo de formação
docente as professoras tendem a valorizar os espaços de criação, espaços onde o “fazer
experiência” e o “narrar experiência” sejam as molas propulsoras; 3) a prática
pedagógica é vista como instância profícua para a construção de saberes docentes pelo
potencial de ensejar experiências de valor formativo, ainda que as escolas em que
atuam/atuaram as professoras venham se configurando como instâncias que tendem a
enfraquecê-las; 4) estamos diante de profissionais que fazem experiências e que, a
despeito dessa capacidade, sentem necessidade de problematizá-las e comunicá-las, pois
na medida em que a experiência passa pelos olhos dos outros, torna-se mais subjetiva e
também mais social (DUBET, 1994); 5) quando o foco é posto nas relações que são
estabelecidas entre as professoras e seus pares no interior das escolas, percebe-se que
elas vivenciam a era da pobreza da experiência (LARROSA, 2014).
Palavras-chave: Experiência. Prática. Saberes docentes.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A CONSTRUÇÃO TEXTUAL EM REDE: REFERENCIAÇÃO E MEME(S)
Rita De Cássia Martins Dos Santos
ritacasmar@hotmail.com
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – (UERJ/Capes)
Mestrado Profissional em Letras – PROFLETRAS
Tendo a referenciação como um processo de construção de sentido e de constituição da
atividade discursiva, este trabalho, apoiado na perspectiva sociocognitiva-interacional,
propõe analisar o gênero digital “meme”, amplamente utilizado em redes sociais
virtuais, e propor atividades didáticas (intervenções) com o objetivo de constatar como
se constrói os referentes nesse tipo de texto. A pesquisa, em andamento, se baseia nos
fundamentos da Linguística Textual (KOCH, 2015, CAVALCANTE, 2014), e constitui
a referenciação como um processo de construção de sentido. Tem-se, ainda, como
suporte teórico, a concepção bakhtiana no estudo dos gêneros, considerando estes como
relativamente estáveis e, por isso, reconhecidos pelos usuários de uma determinada
língua. Aliado a esses conceitos, é necessário considerar o estudo da linguagem
multimodal (KRESS; LEEUWEN, 2001) presente nos gêneros digitais,
contextualizando seu meio de circulação e seu objetivo comunicativo. Essa investigação
vem sendo desenvolvida com alunos de Ensino Fundamental (oitavo ano), a partir da
produção de sequências didáticas, que visam problematizar e conscientizar sobre o uso
dos referentes e suas possíveis recategorizações, refletindo sobre as possíveis mudanças
decorrentes dos critérios de sentido a partir do indivíduo e do suporte em que o gênero
meme aparece. Nos resultados iniciais, constata-se o contato desses alunos com os
ambientes virtuais em que o meme costuma circular, além do não reconhecimento do
caráter textual quando produzido sem linguagem verbal. Dessa forma, o conceito de
texto e a constituição da leitura como uma prática social estão sendo construídos para
que as propostas sejam realizadas com base nos preceitos teóricos norteadores deste
trabalho.
Palavras-chave: referenciação; gênero digital; meme.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A CORREÇÃO REFLEXIVA DE TESTES ESCRITOS COMO UM SUPORTE
PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM
Tufi Neder Neto
tufi@dch.ufla.br
Universidade Federal de Lavras
Este projeto foi realizado em uma turma de Língua Inglesa, do curso de Letras da
UFLA, no ano de 2016. Seu foco foi o desenvolvimento da Aprendizagem
Autorregulada (AAR), definida como “o processo autodirecionado por meio do qual os
aprendizes transformam suas habilidades mentais em habilidades relacionadas às tarefas
acadêmicas” (Zimmerman, 2009:1). Segundo a autora, a AAR pode ajudar os alunos a
se tornarem mais autônomos em seu progresso cognitivo. Neste trabalho, nós
destacamos a importância de ações anteriores e posteriores à aplicação de testes
escritos, cujo enfoque residiu na conscientização dos alunos sobre aspectos variados
inerentes à sua aprendizagem, por exemplo, o gerenciamento do tempo, a seleção e uso
de estratégias ou a análise de erros em testes escritos. Para capturar as impressões dos
alunos, usamos uma Ficha de Correção Reflexiva, a qual foi aplicada durante a correção
dos testes escritos. A reflexão proporcionada pela ficha constituiu-se em uma
oportunidade para os alunos pensarem sobre sua preparação para os testes e sobre as
causas das dificuldades que encontraram nos erros que cometeram em suas questões.
Scharle & Szabó (2000) propõem que os educandos sejam estimulados a exteriorizar
seus processos cognitivos ao nível da consciência para que possam fazer descobertas
sobre seu modo de pensar. Supõe-se que essa exteriorização possa desencadear um
processo lento de análise e reconsideração de atitudes, visando a melhoria da
aprendizagem. A conscientização dos alunos ficou evidente nos registros que
produziram. Isso nos mostra que a AAR pode ser uma ferramenta valiosa para a
aprendizagem. Esses registros também se tornam uma fonte de informação acerca de
processos mentais dos alunos que podem ajudar professores, instituições de ensino e
autores de material didático a leva-los em consideração para elaborar novas formas de
contribuir para a melhoria da aprendizagem.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A DIVERSIDADE CULTURAL E O ENSINO DA LÍNGUA
Aira Suzana Ribeiro Martins
airamartins@uol.com.br
CPII- SELEPROT/ LITESCOLA
De acordo com dados do Ministério da Educação, 50% dos estudantes brasileiros
chegam ao final do Ensino Médio com sérios problemas de leitura e escrita. A escola,
com pouca habilidade para lidar com essas dificuldades, alega que a causa desse quadro
é patológica. Desse modo, cerca de 30% dos estudantes que concluem a Educação
Básica são diagnosticados como portadores de alguma deficiência. É urgente, portanto,
que a escola considere a enorme diversidade que encontra em seus bancos, como as
diferenças socioeconômicas, culturais, regionais e linguísticas. Não se pode ignorar o
conhecimento trazido pelo aluno quando inicia sua formação na instituição escolar, quer
seja oriundo de um meio culto, quer seja oriundo das classes populares. Todo esse
conhecimento deve ser valorizado, com vistas à promoção de uma troca de saberes, que
vai contribuir para o enriquecimento do repertório de todos. Acreditamos que um
trabalho efetivo com o texto contribua para a melhoria da escrita e da compreensão
leitora e, ainda, desenvolva no indivíduo o respeito às diversas manifestações artísticas e
a sensibilidade para a apreciação do belo. Inspirados nessas reflexões, realizamos um
projeto de leitura e produção textual, o qual pretendemos apresentar neste texto, a partir
da leitura do livro “Histórias de Alexandre” (2000), de Graciliano Ramos. As atividades
foram desenvolvidas no ano de 2016, com alunos do sexto ano do Colégio Pedro II,
situado no Rio de Janeiro. Temos como referência as obras de autores como Cosson
(2014), Colomer (2003, 2009) e Petit (2008, 2009, 2013), entre outros.
Palavras-Chave: Ensino de leitura. Produção textual. Cultura brasileira
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A ESCRITA INFANTIL COMO ESPAÇO DE MANIFESTAÇÃO INDIVIDUAL
Lana Rose Correa Lima Martins
lanarclm@gmail.com
Prefeitura Municipal de Juiz de Fora
Suzana Lima Vargas
suzana_lima@uol.com.br
Universidade Federal de Juiz de Fora
A produção de textos na escola, embora uma tarefa ainda pouco explorada na fase
inicial da alfabetização por muitos docentes constitui-se de suma importância para o
desenvolvimento da oralidade e escrita da criança (KOCH E ELIAS, 2014). Nesse
sentido, oferecer oportunidades para o exercício dessa habilidade é promover o
aprendizado da língua, levando em consideração seus usos reais na vida social. Quando
o trabalho com a produção de textos no ambiente escolar é significativo, possibilita ao
aprendiz, além da apropriação do sistema, a expressão de ideias e sentimentos
reveladores de saberes, que nem sempre são demonstrados no dia a dia
(JOLIBERT,1994). Nesse relato, apresento um recorte da minha prática como
professora alfabetizadora compartilhando a experiência com o trabalho de produção de
texto, numa sala de primeiro ano de uma escola municipal de Juiz de Fora. Para tanto,
serão retomadas as interlocuções construídas no grupo Alfabetize, da Faculdade de
Educação da UFJF e os estudos de formação continuada do PNAIC (Programa Nacional
de Alfabetização na Idade Certa) (BRASIL, 2013- 2014), os quais foram relevantes
para que a transposição didática se efetuasse em sala de aula. Levar nossas crianças a
produzirem textos é uma tarefa possível, às vezes, árdua, pois requer planejamento,
sistematização e avaliação. Ao longo do caminho é preciso observar, intervir, mediar,
considerar os avanços, mesmo que pareçam pequenos aos olhos de observadores menos
atentos. Nessa tarefa de aprender e ensinar, para ambos os lados envolvidos, o processo
pode ser tão compensador quanto o produto finalizado.
Palavras-chave: Alfabetização, produção de texto, formação continuada.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A EXPECTATIVA DOS PAIS QUANTO À ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Ludmylla Karinne Trigueiro Meireles
meireleslkt@gmail.com
Faculdade de Educação UFRJ/ Programa de Pós Graduação UFRJ/ LEDUC
Trabalho como professora de Educação Infantil em uma instituição privada, localizada
na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, com crianças de cinco anos de idade e percebo
a preocupação dos responsáveis com a alfabetização, levando expectativas quanto ao
trabalho escolar e tentando discutir metodologias próprias a este período, considerada
pelos professores muitas vezes como precoce. Neste trabalho, discuto o tema da
alfabetização como responsabilidade curricular da escola desde a Educação Infantil e a
construção de possibilidades para este processo fluir, respeitando o tempo de
aprendizagem e a necessidade da criança. Durante o período fevereiro de 2016 a março
de 2017, estive com as crianças, participando de suas experiências na escola, bem como
de reuniões de pais, de supervisões pedagógicas do grupo de suas professoras e do
centro de estudos. Levantei posicionamentos da equipe pedagógica desta instituição, em
relação às perspectivas dos responsáveis quanto à leitura e escrita infantil. Os relatos
dos profissionais sobre o processo de evolução de leitura e escrita das crianças e suas
hipóteses, são justapostos aos comentários sobre a avaliação dos responsáveis, às
angústias expressas em relação às etapas do processo e o tempo de aprendizagem da
criança. A análise incide sobre tais aspectos, em relação à questão principal da
alfabetização e leituras sobre as concepções de linguagem escrita de Vigotski (2008) e
ainda as de Ferreiro (2001) permitiram compreender a metodologia proposta pela escola
e o trabalho do professor, em consonância com tempo de maturação da criança, para que
a aprendizagem se concretize.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A EXPERIÊNCIA DO USO DO JOGO CARA A CARA COM PERSONAGENS
FOLCLÓRICOS
Aparecida Letícia Oliveira Mota
cidamota1987@gmail.com
Mestrado Profissional em Práticas da Educação Básica - Colégio Pedro II
As brincadeiras populares fazem parte da infância, bem como as narrativas orais, que
são transmitidas de geração em geração. Essas narrativas, carregadas de fatos
sobrenaturais e mistérios, sempre trazem a reação de encantamento nas crianças, que, ao
ouvi-las, têm sua imaginação estimulada. Como sabemos, com o avanço da tecnologia,
o encantamento e as surpresas geradas a partir do conhecimento das lendas e das
brincadeiras regionais têm se perdido. A influência dos meios de comunicação e a
facilidade de acesso à internet são alguns dos fatores que têm contribuído para que as
crianças prefiram os jogos eletrônicos às leituras. Partindo dessa realidade, pretendeu-
se, com esta pesquisa, realizar uma intervenção nas aulas de Educação Física, utilizando
a contação de lendas brasileiras como conteúdo pertencente à cultura. Com isso,
almejou-se ampliar o espaço da narrativa na escola, além de possibilitar a vivência de
um jogo associado às narrativas. Esta pesquisa, de natureza qualitativa, foi realizada
com alunos de uma turma do terceiro ano do Ensino Fundamental, de uma escola
municipal da Zona Oeste do Rio de Janeiro, no primeiro semestre do ano de 2017. O
objetivo foi demonstrar como o uso da narrativa e a apropriação de um jogo infantil
podem contribuir para a efetivação de um currículo multicultural que proporcione a
reflexão, autonomia, conhecimento e valorização da pluralidade, bem como o
desenvolvimento da oralidade. Para que esse objetivo fosse alcançado, foram adotados
os pressupostos teóricos de Moreira e Candau (2003), acerca do multiculturalismo na
escola, e Neira (2008) para embasar a Educação Física como cultura corporal. A
experiência realizada demonstrou o interesse dos alunos frente à intervenção, pois eles
encontraram, a partir da contação de histórias e da adaptação do jogo Cara a Cara, uma
possibilidade de avaliar seus conhecimentos acerca do folclore brasileiro, bem como o
aprimoramento da construção da linguagem.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA NA SALA DE AULA A PARTIR DA LEITURA
DE CONTOS DE TERROR DE EDGAR ALLAN POE
Júlia Maria Cerqueira Soares
julia.cerqueira@yahoo.com.br
Érika Kelmer Mathias
erika.kelmer@terra.com.br
Universidade Federal De Juiz De Fora
Nos últimos quinze anos, têm-se defendido que os professores de literatura busquem
vencer a usual noção conteudística da disciplina, pautada principalmente em falar sobre
a literatura, em prol de se focar em práticas de leitura do texto literário, em que o
aspecto central desse tipo de texto, a saber, o estético, seja privilegiado.
Nesse sentido, elaboramos uma proposta interventiva em uma turma de 9º ano, do
Ensino Fundamental, de uma escola pública estadual no município de Juiz de Fora –
MG –, que tem como objetivo principal elaborar estratégias de leituras que se
diferenciem das cotidianamente usadas nas aulas de Literatura. Para tal, trabalharemos,
especificamente, com o gênero “conto de terror”, por este já estar nos conteúdos
programáticos das séries finais do Ensino Fundamental II e por despertar grande
interesse dos jovens nesta faixa etária.
Para tanto, escolhemos como autor literário o escritor Edgar Allan Poe e estruturamos
nossa proposta em cinco etapas: aplicação de um questionário para conhecer a relação
dos alunos com a Literatura; introdução dos alunos no universo literário de Edgar Allan
Poe; ampliação de repertório literário com esse autor; elaboração de um jogo narrativo
baseado nos contos lidos, inspirado nos jogos de RPG (Roleplaying Game), no qual os
jogadores constroem narrativas colaborativamente; e, por fim, aplicação de um novo
questionário para avaliarmos o impacto desta experiência estética para os alunos.
Elegemos como metodologia a pesquisa-ação e como aparato teórico os seguintes
conceitos e autores: letramento literário (PAULINO e COSSON), leitura compartilhada
(COLOMER), círculos de leitura (COSSON), mediação de leitura (PETIT), repertório e
espaços vazios (ISER), polissistema literário (EVAN-ZOHAR) e leitura em suspense
(MATHIAS).
Palavras-chave: Ensino de literatura. Letramento literário. Leitura compartilhada.
Experiência estética. Edgar Allan Poe.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A FORMAÇÃO CONTINUADA DE REDE E EM REDE: UMA ARTICULAÇÃO
NECESSÁRIA PARA MELHORIAS NO ENSINO
LUCIANA CASTRO
lu_casttro@yahoo.com.br
Doutoranda /UFJF
Este trabalho objetiva discutir a articulação entre a formação continuada docente em
rede e de rede no âmbito do processo formativo dos professores alfabetizadores. Em um
contexto nacional marcado por persistentes índices de fracasso na aprendizagem das
crianças quanto a aquisição e uso do material escrito, percebe-se dentre as políticas
educacionais implementadas, um significativo investimento na formação dos
professores que atuam com os discentes no processo inicial de alfabetização. Na
realidade recente, em consonância com a política educacional brasileira em alfabetizar
as crianças até o final do terceiro ano do ensino fundamental, importante dar
visibilidade a formação pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Trata-se
do maior programa de formação no âmbito brasileiro. Configura-se como uma formação
em rede que opera fundamentalmente pelas universidades a partir da articulação do
Ministério da Educação e municípios pactuados. De acordo com um levantamento
bibliográfico realizado como parte do mapeamento feito para um estudo sobre o
contexto da formação docente no Brasil, ficou evidente que embora a defesa pela
institucionalização das universidades frente à formação continuada seja recorrente na
comunidade acadêmica, paira uma tensão
referente aos outros efeitos possíveis, sobretudo, decorrentes do desafio veemente no
processo formativo em articular teoria e prática. A pesquisa bibliográfica indicou que
tendo em vista ampliar as possibilidades de práticas pedagógicas capazes de viabilizar
melhorias na escolarização, é preciso que o conjunto de profissionais que atuam no
contexto escolar tenham a oportunidade de construírem e reconstruírem conhecimentos
a partir de uma prática profissional colaborativa, o que denota uma necessária
articulação entre a formação em rede e a formação de rede. A discussão será respaldada
no diálogo com pesquisadores como António Nóvoa, Bernadete Angelina Gatti, Elba de
Sá Barreto, Marli Eliza Damalzo Afonso André, Iria Brzezinsk, Maria Helena G. Dias-
Da- Silva. Renata Portela Rinald, Flávia Medeiros Sarti e Magda B. Soares.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A IDENTIDADE DO FORMADOR DE PROFESSORES ALFABETIZADORES:
UM PROCESSO EM CONSTITUIÇÃO
Fernanda De Araújo Frambach
nanda.s.a@hotmail.com
Universidade Federal do Rio de Janeiro
A ênfase na formação docente nas políticas educacionais é uma realidade no Brasil.
Com a intenção de atingir um número cada vez maior de profissionais, uma estratégia
recorrente é a organização de programas de formação “em cascata”, nos quais alguns
professores selecionados atuam como formadores de outros docentes. A seleção destes
profissionais é realizada das mais diversas formas, apesar das orientações que
geralmente as políticas encaminham. Neste sentido, podemos indagar: como este
profissional se constitui como formador de outros professores? A fim de refletir sobre
esta questão, o objetivo deste trabalho foi realizar algumas análises da formação docente
no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), investigando a estrutura
“em rede” desta proposta. O caminho metodológico escolhido foi a análise discursiva
(BAKHTIN, 2011) dos documentos que regulamentam o programa, articulada com as
vozes (ANDRADE, 2004) de professores que assumiram o papel de orientadores de
estudos, os quais revelam suas vivências nos diversos cenários formativos e os
investimentos nos níveis pessoal e profissional. Tal perspectiva esteve fundamentada
em autores como Nóvoa (1992), Tardif (2006), Andrade (2003, 2010), Prado e Soligo
(2007) e outros que enfatizam a necessidade de conhecer e compreender os saberes e as
práticas docentes a partir dos discursos dos próprios professores, concebendo-os como
sujeitos produtores de conhecimento. Os resultados apontam que a participação dos
orientadores no PNAIC, cujas motivações, formas de inserção e atuação foram distintas,
tem refratado em suas identidades. Esta conclusão instiga-nos a refletir a respeito da
formação do formador, apontando para o reconhecimento da complexidade da tarefa
deste e para a necessidade de análise crítica das políticas de formação.
Palavras-chaves: Formação docente; formadores de professores; discursos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA FORMAÇÃO CIDADÃ NO ENSINO
FUNDAMENTAL II
Flaviane Gonçalves Corrêa
flavianegcorrea@gmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
Este trabalho tem como objetivo apresentar reflexões oriundas do Estágio
Supervisionado II de Língua Portuguesa realizado em uma Escola Estadual da cidade de
Juiz de Fora – MG, no oitavo ano do Ensino Fundamental, no ano de 2016. Com base
nas observações das aulas ministradas pela professora responsável pela turma,
percebemos a necessidade de trabalhar a leitura de forma crítica com os alunos, a fim de
que eles pudessem passar de um estágio de leitura superficial para um estágio em que
eles se posicionassem como leitores críticos. Desse modo, buscamos, através da nossa
intervenção didática, trabalhar com diferentes gêneros textuais, tratando de uma
temática relevante para a formação cidadã dos alunos: a busca pelo corpo perfeito.
Tivemos como ponto de partida um gênero textual comum na Antiguidade Clássica, um
mito do poeta Ovídio, a partir do qual começamos a tratar de uma questão bem atual: a
vaidade excessiva. Esse primeiro gênero permitiu que os alunos percebessem que a
temática escolhida para essas aulas sempre foi discutida, reforçando que os textos
clássicos, como o do poeta Ovídio, possuem o efeito de imortalidade e permanência,
pois são vistos como referenciais identitários atemporais, consagrados a maiores
patrimônios imateriais da nossa cultura (FORTES; MIOTTI, 2014). Com base em
autores como Kleiman (2013) e Koch (2014), refletimos sobre o conceito de leitura e
pensamos em maneiras de levá-la para a sala de aula, de modo que os estudantes se
vissem envolvidos desde o início com um mito, passando ainda por gêneros como
reportagem, artigo de opinião, tirinha etc. Dessa forma, nos baseamos em um tema
relevante à formação dos alunos, buscando que eles se colocassem como agentes no
processo de significação da leitura.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE NAS PRÁTICAS DE LETRAMENTO DE
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Marcia Cristina Mendes De Freitas
marciacmfm@gmail.com
SME- RJ/MPPEB - CPII
Neste artigo, pretendemos apresentar resultados de uma pesquisa em andamento. Temos
também a intenção de discutir a importância da oralidade nas práticas de leitura e
letramento para o desenvolvimento da língua oral dos alunos com deficiência
intelectual. Nossas informações foram obtidas a partir de uma roda de conversa com os
responsáveis pelos alunos que frequentam a Sala de Recurso Multifuncional de uma
escola pública de Ensino Fundamental do município do Rio de Janeiro. O objetivo do
encontro foi a obtenção de informações sobre experiências e preferências de leituras dos
alunos e das respectivas famílias. Após o levantamento de informações será analisada a
importância dada à leitura na vida dos alunos e de suas respectivas famílias. Faremos
também uma reflexão sobre o modo como as práticas de leitura e contação de histórias
interferem no desenvolvimento da língua na modalidade oral. Como sabemos, a questão
da oralidade e não só da escrita deve ser valorizada e trabalhada nas práticas de
letramento. Segundo Cosson (2016), nosso corpo é feito de palavras que exercitamos no
cotidiano. Quanto mais usamos a língua, maior se torna nosso mundo. É dever,
entretanto, que a escola se comprometa com o letramento desses estudantes, respeitando
os saberes construídos por sua comunidade e por seu grupo familiar. Gomes e Moraes
(2013) nos convidam a refletir sobre a participação do aluno que cria histórias, constrói
conhecimento, reproduz narrativas ouvidas ou lidas. Mais uma vez, a escola torna-se um
importante espaço que garante a língua viva e falada. É um espaço rico, onde sujeitos
interagem e produzem cultura. Acrescentamos que nossas considerações acerca das
práticas de oralidade em sala de aula se devem, em grande parte, às leituras de autores
como Dolz e Schneuwly (2004), Ramos (1999) e Belintane (2013).
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A INFLUÊNCIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NAS PRODUÇÕES
ESCRITAS DA LÍNGUA PORTUGUESA DE ALUNOS SURDOS DO 9º ANO
DO ENSINO FUNDAMENTAL II DA CIDADE DE MACAÉ/RJ: RELATOS DE
EXPERIÊNCIAS
Cristiane Regina Silva Dantas
crisdopc@yahoo.com.br
Eliana Crispim França Luquetti
elinafff@gmail.com
Universidade Estadual do Norte Fluminense- UENF
O presente trabalho advém da observação de produções textuais escritas, realizadas
durante as aulas de Redação por alunos surdos do 9º ano do Ensino Fundamental 2, da
Rede Pública da cidade de Macaé/RJ, no primeiro bimestre do ano escolar de 2017. No
Brasil, temos como política nacional educacional o Bilinguismo para surdos,
sancionado pela lei Nº 13.005/2014, o qual prevê a oferta de educação bilíngue, tendo a
LIBRAS como primeira língua e a língua portuguesa na modalidade escrita como
segunda língua. A LIBRAS é a língua natural da pessoa surda. Surdos usuários desta
língua expressam conceitos, externam pensamentos e opiniões através da mesma.Os
discentes surdos deverão aprender a língua portuguesa na modalidade escrita, como
segunda língua. No entanto, espera-se que os mesmos já tenham passado pelo processo
de aquisição de primeira língua, a de sinais, e, para o aprendizado de segunda língua,
deverá ser usado de acordo com Quadros (2008) técnicas de ensino que partem do
pressuposto dos surdos já terem adquirido habilidades interativas e cognitivas diante das
experiências visuais proporcionadas pela LIBRAS.Os alunos surdos pertencentes a esta
pesquisa estudam em turma de inclusão, sendo expostos às duas línguas temáticas deste
trabalho. Durante as aulas de Redação, foi solicitado aos alunos discorrerem sobre
alguns temas específicos em seus textos, os quais deveriam produzir de acordo com a
estrutura da língua portuguesa o que lhes foi solicitado. No entanto, grande parte do
material escrito produzido seguiu a estruturada falada da LIBRAS, a exemplo de
ausências de alguns processos de concordância tais como o uso de preposições e verbos
no infinitivo, sem estar conjugados. De acordo com Quadros (2004), os surdos ao serem
expostos a processos gramaticais da língua portuguesa, atualizarão essa nova
morfologia e essas novas estruturas vão sendo representadas mentalmente de modo a
efetivar a aquisição de sua segunda língua.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A INTERAÇÃO FICTIVA E A SALA DE AULA
Leila Cruz Magalhães
leilinhamagalhaes@yahoo.com.br
Luiz Fernando Matos Rocha
luiz.rocha@ufjf.edu.br
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
O presente trabalho tem o objetivo de discutir os resultados preliminares da pesquisa de
mestrado em Linguística, “A interação fictiva e a sala de aula”, que pretende mapear os
diversos exemplares fictivos presentes no discurso docente e suas funções dentro dos
eventos de fala da sala de aula. Como quadro teórico, adotamos a premissa da
Linguística Cognitiva, que considera a existência de uma relação estreita entre língua e
os outros planos cognitivos. Como principal autora, elegemos Pascual (2006a, 2006b,
2014) estudiosa da área da Cognição e responsável pela criação do termo “Interação
fictiva”. A linguista afirma que o fenômeno da interação fictiva está presente em nossa
organização mental e linguística e, teria se originado a partir do frame de conversação,
isto é, os exemplares fictivos estariam relacionados ao formato das interações verbais,
como se o locutor estivesse forjando um diálogo em seu turno de fala. Dentre os
exemplos mais canônicos, temos as perguntas retóricas que, não têm o objetivo das
perguntas factivas, pois não há a necessidade de uma resposta. Acerca da metodologia,
utilizamos o corpus de sala de aula elaborado por Cadilhe(2013), que realizou sua
pesquisa de doutorado acerca do papel da interação no processo de ensino-
aprendizagem na educação médica. Neste sentido, ao longo do desenvolvimento de
nossa pesquisa estamos realizando a leitura e as oitivas deste corpus, e como resultados
preliminares, observamos a presença de exemplares fictivos, tais como as perguntas
retóricas, comandos fictivos,etc. Esses elementos no levaram às seguintes questões: qual
a relação do fenômeno com a sala de aula? Ele seria mesmo uma estratégia essencial ao
âmbito educacional? Quais eventos estariam relacionados à interação fictiva? Instrução?
Chamada de atenção? Desse modo, pretendemos realizar análises mais profundas acerca
do objeto, para que possamos responder a essas questões e aos possíveis novos
questionamentos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A INTERDISCIPLINARIDADE COM TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO
LITERÁRIOS
Aline Cristina Cruz E Lima
alineccruz@yahoo.com.br
UERJ
Natália Cristina Cruz De Souza
naticruzsz@gmail.com
UFJF
Nosso objetivo é apresentar uma experiência de aula interdisciplinar, realizada em
fevereiro de 2017, na cidade de Santos Dumont, Minas Gerais, tendo como público
alunos do terceiro ano de uma escola pública. A escolha se justificou pela dificuldade de
leitura e escrita que ainda vinham apresentando, especialmente quando da produção de
textos argumentativos. Nosso objetivo foi demonstrar que, seguindo as orientações dos
Parâmetros Curriculares (1998,2000, 2002) a atividade interdisciplinar é possível de ser
realizada, além de requerida como forma de superar a fragmentação dos conteúdos das
diferentes disciplinas que compõem o currículo escolar, bem como abandonar a leitura
superficial e mecanizada que, muitas vezes, se realiza nas escolas em geral e que não
proporciona ao aluno condições de desenvolvimento comunicativo. Os textos a
escolhidos foram: um fragmento do poema Navio Negreiro, de Castro Alves e uma
musica do rapper Emicida, Boa Esperança. Com o título Do navio negreiro à cozinha:
a saga dos negros no Brasil, a aula teve por objetivo estabelecer o diálogo entre
diferentes disciplinas, comprovando a possibilidade de se compreender um texto sob
diferentes aspectos que se complementam, o que torna a leitura mais significativa, pois,
conforme Fazenda (2014, p. 39), o diálogo é “condição sine qua non para o exercício
efetivo da interdisciplinaridade”, que foi o caminho escolhido para as práticas de leitura
realizadas, desfazendo a compartimentação das diferentes áreas do saber. O intuito foi o
de promover interação maior entre os professores que aderiram ao projeto e os alunos,
através de uma proposta de atividade para ser desenvolvida durante a aula. A atividade
tratou de questões sociais presentes tanto no poema do século XIX como no rap do
século XXI. Destaca-se aqui o propósito do trabalho conjunto a fim de contribuir para a
formação da cidadania e a consciência da realidade em que o aluno está inserido.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A LEITURA DE ALGUNS CLÁSSICOS ATRAVÉS DE JOGOS
MATERIAIS/VIRTUAIS ELABORADOS EM SALA COM OS ALUNOS DO
ENSINO MÉDIO
Renato Cassim Nunes
renato.nunes12@hotmail.com
Terezinha Cristina Martins
tina.tins@bol.com.br
Escolas Públicas Estaduais e Municipais
Partindo do pressuposto de que os alunos alfabetizados já são leitores; do fato aventado
por ORLANDI (1996, p. 39) de que o aluno lê dentro e fora da escola; e da experiência
empírica em sala de aula onde o alunado aparenta não gosta de ler os clássicos de nossa
literatura, seja por dificuldades em compreender o registro linguístico das obras ou pelo
número de páginas que as mesmas possuem; elaboramos, numa parceria entre uma
professora de matemática e técnica de biblioteca com um professor de língua
portuguesa, um trabalho interdisciplinar, envolvendo as seguintes disciplinas: artes -
língua portuguesa - literatura - matemática, com alunos dos 2º e 3º anos de uma escola
pública estadual da região metropolitana de Belo Horizonte no ano de 2013 sobre ler os
clássicos através de jogos de leitura. Para isso, consideramos a proposta piagetiana
adotada por MACEDO (2000, p. 33) sobre usar uma metodologia de ensino na qual o
aluno é tido como um sujeito pensante capaz de aprender qualquer matéria ou conteúdo
desde que o mesmo seja remetido a algo conhecido. Assim, construímos três jogos de
leitura, o primeiro foi um bingo de palavras com o livro A Moreninha de Joaquim
Manuel de Macedo, o segundo foi um jogo de trilha com o livro O Cortiço de Aluísio
Azevedo e o terceiro foi correições de palavras com o livro Macunaíma de Mário de
Andrade. Tais atividades resultaram em discussões/reflexões sobre as obras citadas e no
despertamento do interesse pela leitura por parte de alguns alunos.
Palavras-chave: Ato de ler. Clássicos da literatura. Jogos de Leitura. Análise do
Discurso
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A LEITURA E ESCRITA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO: ALGUMAS
SIGNIFICAÇÕES
Fernanda De Fátima Cassimiro Alcântara
fernandafca.silva@gmail.com
(PMJ; Anhanguera-Joinville)
Dalve Oliveira Batista Santos
dalve@uft.edu.br
(UFT/PUC-SP)
O presente artigo apresenta uma discussão reflexiva, a partir de
uma abordagem qualitativa, acerca do valor da leitura e da escrita na vida dos
indivíduos no processo de alfabetização. Trata-se, portanto, de uma sensibilização,
frente aos altos índices de analfabetismo funcional, e sobre a necessidade dos
professores reconhecerem que o processo de aquisição de leitura e
escrita envolve práticas metodológicas significativas e embasadas numa perspectiva
interacionista. Tais práticas permitem o desenvolvimento de competências nos
educandos que os levam a compreensão de mundo e da palavra (FREIRE, 1989) durante
a alfabetização, e a construção de múltiplos sentidos diante das informações
disponibilizadas. Dessa forma, a pesquisa se torna relevante por possibilitar uma
reflexão acerca do processo de aquisição da leitura e da escrita numa perspectiva
dialógica e responsiva, promovendo um agir linguageiro efetivo. Nesse ínterim, para
atender ao objetivo proposto, buscou-se embasamento em teóricos e pesquisadores que
têm a temática aqui discutida como foco, sendo eles: Soares
(2009); Solé (1998); Kleiman (2004; 2013). Destarte, por meio do estudo, compreende-
se que tal articulação no processo de leitura e escrita, potencializa a sociedade, pois,
acreditam - se que a leitura e a escrita são instrumentos de transformação social, elos de
cidadania para construção de uma sociedade mais justa.
Palavras chave: Processo de alfabetização; Leitura; escrita.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A LEITURA NA PERSPECTIVA DA MULTIMODALIDADE:
POTENCIALIDADES PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR PROFICIENTE
Túlio Lourençoni Maranha
tuliolou1@hotmail.com
Graduando em Letras Português/Inglês
Universidade Federal de Lavras
As práticas de leitura de textos vêm mudando com o passar do tempo e o
desenvolvimento tecnológico tem sido um grande responsável por essas mudanças.
Várias discussões já circunscrevem essa temática, uma vez que a leitura na
contemporaneidade demanda novas abordagens, já que os gêneros discursivos que
circulam socialmente apresentam configurações mais diversificadas. Os textos se
compõem não apenas por elementos alfabéticos, mas também de imagens, cores,
formato de letras, movimentos, sons, links hipertextuais etc. Essas configurações são
denominadas de multimodalidade/multissemioses. Nesse sentido, a comunicação
proposta busca discutir a temática da leitura em uma abordagem
multimodal/multissemiótica. Para tal, serão socializados os resultados de uma pesquisa
teórica, pautada na teorização desenvolvida por Kress e Van Leuween (2006), no
contexto da Teoria da Multimodalidade e da Gramática do Design Visual (GDV). O
objetivo está diretamente ligado com a necessidade de se revisitar a leitura e a
interpretação do texto na perspectiva da multimodalidade. Para complementar o estudo
teórico, será apresentada uma análise de um vídeo que aborda questões relacionadas à
construção da beleza para uma aceitação social, buscando exemplificar como os
recursos que constituem o vídeo podem se constituir como importantes elementos
potencializadores de sentidos e de orientação para a compreensão/interpretação do
texto. A partir do trabalho realizado, constatou-se que uma proposta de leitura, a partir
da perspectiva teórico-metodológica da Multimodalidade/ GDV representa uma
estratégia para a formação de leitores críticos e proficientes.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A LITERATURA COMO UMA DAS ESTRATÉGIAS NOS PROCESSOS DE
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: EXPERIÊNCIAS DE PROFESSORAS
ALFABETIZADORAS DO PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA
IDADE CERTA
Suelen Maria De Paiva Mendes Teixeira
suelen.mteix@gmail.com
Graduada em Pedagogia pela Faculdade Metodista Granbery
A presente pesquisa ressalta o uso da literatura como contribuinte para os processos de
alfabetização e letramento das crianças do bloco pedagógico. Busca-se investigar se o
programa de formação de professores, oferecido pelo Governo Federal, está
favorecendo e aperfeiçoando as práticas dos professores em sala de aula, bem como de
que maneira os livros literários, distribuídos através do PNAIC, contribuem para os
processos de alfabetização e letramento. Refletimos sobre a importância da literatura na
vida de uma criança e a sua escolarização. A metodologia utilizada é de cunho
bibliográfico e pesquisa de campo, de base qualitativa, amparada em autores como
Soares (2003, 2012), Marcuschi (2008), Cosson (2014) dentre outros, e entrevistas com
Orientadoras de Estudos e Professoras Alfabetizadoras, participantes do Pacto Nacional
pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Através dos textos teóricos e das
entrevistas, percebemos que a literatura é uma essencial ferramenta para a alfabetização,
possibilitando ao aluno o acesso a diferentes gêneros textuais. Além disso, ela é uma
facilitadora das práticas de letramento, visto que o PNAIC, através dos cadernos de
formação, orienta que o processo de alfabetização deva se dar a partir de textos reais de
comunicação. Conjuntamente, auxilia no desenvolvimento da oralidade, leitura e
escrita, de forma lúdica. A partir dos relatos, pudemos constatar que ao disponibilizar a
literatura, é de suma importância que o professor saiba o que fazer com ela. Torna-se
necessária, de fato, a formação do professor, para que ele desfrute, com propriedade de
conhecimento, tudo o que um acervo literário possa vir a oferecer para o trabalho
docente e para o letramento das crianças.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A MALA MALUCA DA VOVÓ ZENILDA: APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA SOB A PERSPECTIVA DOS DIREITOS DE
APRENDIZAGEM
Ellen de Paula Moreira Abreu
Graduada em Pedagogia - UFJF
ellenmoreiraabreu@yahoo.com.br
Kalinka Aparecida Fófano dos Santos
Professora pós-graduada - UFJF
kalinka.fofano@hotmail.com
ALFABETIZE/UFJF – EM Santos Dumont/PJF
Pretende-se apresentar neste relato o projeto didático em andamento intitulado “A Mala
Maluca da Vovó Zenilda: aprendizagem significativa sob a perspectiva dos direitos de
aprendizagem”, elaborado em parceria com a coordenadora pedagógica e 02 professoras
de uma escola municipal de Juiz Fora – MG. Segundo Brandão, Selva e Coutinho
(2006), “[...] projeto didático é o conjunto de atividades que trabalham com
conhecimentos específicos, construídos a partir de um eixo de trabalho que se
organizam ao redor de um problema para resolver um produto final que se quer obter.”
(p.57,v.1). Fundamentando-se nesta concepção, na primeira reunião pedagógica do ano
de 2017, discutimos algumas ações: resolver o problema do recreio ocioso, propondo
brinquedos e brincadeiras para que as crianças pudessem compartilhar momentos
agradáveis; e a escolha do livro de literatura que utilizaríamos para sistematizar os
direitos de aprendizagem do Sistema de Escrita Alfabética (SEA), relatados nos
cadernos do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Ao pensarmos
na ludicidade como instrumento facilitador no processo de alfabetização e letramento,
Jean Piaget (1987) diz que a atividade lúdica é um princípio fundamental para o
desenvolvimento das atividades intelectuais da criança sendo por isso, indispensável à
sua prática educativa. Portanto, foi escrito por uma das professoras a estória que dá
nome ao título do projeto “A Mala Maluca da Vovó Zenilda” com o objetivo de resgatar
os brinquedos e as brincadeiras, trabalhar rimas e aliterações no âmbito da consciência
fonológica e como produto final, a confecção do livro com as ilustrações feitas pelos
alunos. Espera-se que este projeto didático contribua para que os educadores repensem
sua prática docente, contemplando a ludicidade como elemento importante no processo
de alfabetização e letramento das crianças.
Palavras chave: Alfabetização; Ludicidade; Direitos de Aprendizagem
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A PALAVRA CONTA, O DISCURSO DESVELA: ESCRITA E
COMPARTILHAMENTO-PUBLICIZAÇÃO DE SABERES DOCENTES
Elizabeth Orofino Lucio
Universidade Federal do Pará
Instituto de Educação Científica e Matemática/IEMCI
orofinolucio@ufpa.br
Este artigo tem como objetivo apresentar reflexões advindas da tese intitulada A palavra
conta, o discurso desvela: saberes docentes na formação continuada de professores de
leitura e escrita. Situando-se entre estudos do campo da Educação e da Filosofia
Linguístico-Discursiva, este estudo toma como foco os tempos-espaços da formação
realizada pelo LEDUC que assume uma perspectiva discursiva bakhtiniana, inter-
relacionando as estratégias didáticas formadoras e os processos de produção de saberes
a partir das interações sócio-discursivas entre professores da Educação Básica e
professores universitários, buscando compreender ainda seus elos com as políticas
contemporâneas de educação. Desse modo, defendo que a dissimetria e a flutuação das
posições discursivas estejam no centro das preocupações da formação continuada
docente, em que cada integrante é concebido como autor da formação.
Metodologicamente, descrevo a arquitetônica (BAKHTIN,2003,2010) em que integro,
numa perspectiva dialógica, os discursos da política contemporânea de educação na
esfera da formação de professores de leitura e escrita e os discursos orais e escritos
potencializados na formação. Por meio de um discurso ético-estético-político, construo
uma contra-palavra em relação ao viés na formação docente. Desenvolvo a proposição
para a formação continuada dos docentes de leitura e escrita, organizada na categoria:
estratégias didáticas e dialógicas de escrita docente e discente enquanto experiência e
autoria. A análise de alguns eventos de pesquisa permite concluir que: os discursos de
ambos os sujeitos, carregados de diferentes intencionalidades, refletem e refratam
posições teóricas, experiências e expectativas diversas acerca dos processos de ensino e
aprendizagem dos alunos de camadas populares; teoreticismo e praticismo ainda se
configuram em alguns discursos docentes como forças duais. Defendo uma formação
que legitime e reconheça saberes e experiências e que corrobore o compartilhamento-
publicização das produções docentes, consolidando “palavras próprias”, “formas
linguísticas” e “projeto de dizer” dos docentes da Educação Básica.
Palavras-chave: Políticas Educacionais, Formação Continuada Docente; Perspectiva
Bakhtiniana; Estratégias Didáticas; Dissimetria e Formação.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A POÉTICA ORAL NA SALA DE AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA
O LETRAMENTO LITERÁRIO
Quezia Souza Carneiro
queo.carneiro@gmail.com
Alana de Oliveira Freitas El Fahl
alana_freitas@yahoo.com.br>
Universidade Estadual de Feira de Santana
Essa prática docente foi desenvolvida no Colégio Estadual Professora Maria José de
Lima Silveira, uma instituição pública de ensino situada no distrito de Maria Quitéria –
zona rural do município de Feira de Santana – Bahia, no mês de outubro de 2016 com
uma turma do 9º ano do Ensino Fundamental II. Nesse espaço escolar, é visível a
carência das habilidades de leitura, por isso busquei utilizar textos de tradição oral –
letras de músicas de um grupo musical chamado Quixabeira de Lagoa da Camisa -
quase sempre negligenciados pela escola formal, com o objetivo de promover melhorias
na competência leitora dos estudantes, valorizando as suas manifestações culturais. A
fim de se alcançar tais objetivos, foram propostas algumas atividades pedagógicas,
organizadas em uma sequência didática a qual envolvia leituras letras de músicas da
Quixabeira, as quais são textos de tradição oral; pesquisa sobre o grupo da Quixabeira e
as biografias dos componentes desse grupo; interpretação das letras de músicas baseada
nos conhecimentos prévios dos estudantes e nas histórias de vida dos compositores das
canções; e, por fim, montagem do museu da Quixabeira. Esse trabalho demonstrou-se
bastante proveitoso, tanto por promover melhoria no letramento literário, a partir da
leitura crítica desses textos poéticos, quanto por resgatar o sentimento de pertencimento
desses sujeitos nessas comunidades rurais e negras nas quais estão inseridos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A PONTUAÇÃO COMO EFEITO DE SENTIDO
Jaqueline Araújo Da Silva
Jakearaujo28@gmail.com
Orientador Prof. Dr. Marco Antonio Villarta-Neder
Universidade Federal de Lavras
O presente trabalho tem como intuito fazer um estudo sistematizado sobre o ensino de
pontuação na sala de aula, com enfoque nas possibilidades de efeito de sentido que ela
possibilita tanto na escrita quanto na leitura. Para isso, o assunto será abordado partindo
de um viés histórico para compreensão do desenvolvimento da pontuação ao longo dos
anos, em seguida será realizado um estudo sobre o ensino, sua importância e a
construção de sentidos a partir dele, dando especial atenção ao último tópico. O objetivo
é demonstrar que a pontuação é um aspecto relevante da língua que necessita ser
discutido, além de mostrar que o modo de pontuar vai além de regras pré-estabelecidas,
visto que o ensino da pontuação não é algo estático e sofre variações de acordo com os
gêneros em que eles aparecem, de acordo com o estilo do autor, assim como também a
recepção que o leitor tem das produções textuais. Para além disso, demonstrar que é
possível desenvolver um olhar reflexivo nos sujeitos aprendizes através das
possibilidades de sentidos que o estilo de pontuar possibilita, indo além de regras
pontuais, visto que todo processo de enunciação é o produto da interação de dois
indivíduos socialmente organizados (Bakhtin, 2006, p.114). O presente trabalho
pretende discutir, a partir do referencial teórico-epistemológico do Círculo de Bakhtin
as relações exotopicas e a caracterização do lugar da enunciação, além de buscar fonte
em outros teóricos como ROCHA (1998), ASSIS (2011) e SILVA (2015).
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A POSTURA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR ALFABETIZADOR E AS
ORIENTAÇÕES DOS DOCUMENTOS OFICIAIS: O QUE SUSTENTA UMA
PRÁTICA?
Iduméa De Souza Fernandes Ramos
idumea46@gmail.com
Universidade Federal De Lavras
Ilsa Do Carmo Vieira Goulart
ilsa.goulart@ded.ufla.br
Universidade Federal De Lavras
O processo de alfabetização que ocorre na escola nem sempre obtém o sucesso
esperado, ocasionando frustração, defasagem e dificuldades na leitura, interpretação e
escrita. Os alunos saem das séries iniciais para os anos finais do ensino fundamental
com as habilidades da leitura e escrita não consolidadas, prejudicando a continuidade
com êxito do processo de ensino-aprendizagem. O desafio que se impõe é alfabetizar
letrando, como dimensões distintas, porém interligadas no desenvolvimento das
competências de ler e escrever. Nesse contexto se estrutura a presente pesquisa que tem
por objetivo conhecer a postura pedagógica do professor alfabetizador, o trabalho
docente em sala de aula, metodologias, concepções e ideologias que sustentam sua
prática, observando a proximidade ou distanciamento dos documentos oficiais de
formação, por meio da pesquisa qualitativa, propriamente na realização de uma
entrevista semiestruturada. A entrevista, que fundamentará a pesquisa, ocorrerá por
amostragem na Escola M.”Bárbara Heliodora”, Heliodora, M.G., com professores
alfabetizadores cuja formação e tempo de docência na alfabetização diferem, tornando-
os sujeitos com identidades únicas e singulares. Respaldará a pesquisa um referencial
teórico constituído por documentos oficiais para formação de professores (PNAIC e “A
criança de 6 anos, a linguagem escrita em turmas de nove anos”) e nos estudos teóricos
de Soares (1998), para a compreensão do processo de alfabetização e letramento, Freire
(1996, 2017); Tardif (2014), Nóvoa (2013), Gatti (2013); Perrenoud (1999, 2001), entre
outros, para analisar as questões relacionadas a educação emancipadora, o trabalho e
saberes docentes que permeiam sua práxis pedagógica. A pesquisa, ainda em
andamento, possibilitará analisar e compreender o trabalho e formação docente e,
possivelmente, os meandros que conduzem a resultados tão díspares na consolidação
das habilidades básicas de alfabetização e letramento.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A PRÁTICA DE ENSINO DURANTE A GRADUAÇÃO: EXPERIÊNCIAS QUE
CONTRIBUÍRAM PARA QUE EU ME RECONHECESSE COMO UMA
PROFESSORA DE INGLÊS
Simôni Cristina Arcanjo
simoni.arcanjo@gmail.com
Universidade Federal de Viçosa
Durante a formação do professor de língua estrangeira (LE), sabemos que é essencial o
contato do docente em formação com o trabalho o qual desempenhará (CELANI, 2004;
PIMENTA, 2002). No entanto, os cursos de Licenciatura em Letras ainda passam por
uma carência em seu currículo no que diz respeito ao oferecimento de disciplinas de
caráter mais prático. Essas disciplinas teriam o objetivo de dar um maior suporte e
preparação ao professor em pré-serviço. Porém o que vemos é esse período de prática
para o licenciando, na graduação, ocorre brevemente, geralmente em poucas disciplinas,
como é o caso do estágio, por exemplo. Com base nisso, uma das alternativas e
possibilidades é a participação em projetos voltados ao ensino que as universidades
oferecem. Partindo desse ponto, neste trabalho objetivo abordar dois diferentes tipos de
experiências contribuíram para que eu me reconhecesse como professora de língua
inglesa (LI). Ambas as experiências ocorreram a partir de projetos de ensino de uma
universidade federal, localizada na região da zona da mata mineira. Tais relatos
formaram-se a partir do contato que tive com o ensino de LI no contexto público de
ensino regular, a partir do PIBID (Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência) e em um curso de ensino de línguas da instituição anteriormente mencionada.
A primeira experiência ocorreu no período de 2012 a 2014 e a segunda se deu de 2014 a
2015. Como resultado, essas oportunidades me ofereceram um momento de reflexão e
familiarização com a área a qual escolhi seguir, onde pude iniciar um processo de
reflexão sobre e na minha ação enquanto professora de inglês.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A PRODUÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS SOBRE LETRAMENTO
DIGITAL NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM MINAS GERAIS
Patrícia Peixoto Carneiro Viegas
Patypcr@hotmail.com
Ilsa Do Carmo Vieira Goulart
Ilsa.vieira@uol.com.br
Universidade Federal De Lavras - Ufla
Trata-se de uma pesquisa que tem por objetivo realizar um levantamento e identificar as
tendências das pesquisas sobre o tema letramento digital na formação de professores,
nas teses e dissertações, do Estado de Minas Gerais, no período de 2000 a 2016. Para
isso, opta-se por uma pesquisa qualitativa, numa perspectiva metodológica Estado da
Arte, realizando uma classificação das produções acadêmicas. Até o momento
inventariou-se os documentos registrados em programas de pós-graduação strito sensu
do referido Estado brasileiro, em que foram encontrados 40 trabalhos, a partir de cada
programa de pós-graduação registrado na plataforma Sucupira e 20 trabalhos com os
descritores "Technological Literacy"AND"Teacher Training" na plataforma Eric, dos
últimos 10 anos, sendo apenas 2 do Brasil. Será um trabalho que utilizará como
referencial teórico os seguintes autores: Letramento Digital – Coscarelli; Ribeiro
(2014), Kleiman; Matencio (2005), Lévy (1999), Rojo (2013), Street (2014); Formação
de Professores – Coscarelli; Ribeiro (2014), Perrenoud (2000), Tardif (2002), André
(2007), Barton; Hamilton (2012), Freire (2014). A partir desse estudo qualitativo, de
abordagem descritiva e analítica, far-se-á uma análise de conteúdo para entender como
as pesquisas sobre os temas tem se posicionado, e também uma análise quantitativa dos
dados observados. Diante disso, espera-se compreender qual contexto temático em que
as pesquisas acadêmicas se encontram em relação ao letramento digital na formação de
professores, possibilitando novos “problemas” para serem explorados.
Palavras-Chave: Letramento tecnológico – Formação de professores – Estado da Arte
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA E SEU ENSINO NOS MATERIAIS
DIDÁTICOS UTILIZADOS NO ESTADO DE SÃO PAULO
Tatiane Portela Vinhal
tativinhal@gmail.com
Renata Junqueira De Souza
recellij@gmail.com
Unesp – Campus Presidente Prudente/SP
Este estudo pretende refletir sobre o ensino da escrita a partir da análise de propostas de
produção textual presentes nos materiais didáticos utilizados no Estado de São Paulo, no
ano de 2011, nas 4ª e 5ª séries, atualmente 5º e 6º anos, tendo com critério: as
expectativas em relação ao ensino da escrita dispostas nos Parâmetros Curriculares
Nacionais de Língua Portuguesa. Para tanto, foram resgatadas as mudanças que
ocorreram no ensino do país a partir dos anos 1980, e que repercutiram na educação no
que tange à política e às concepções que começaram a permear as práticas escolares. No
âmbito político, encontram-se a Lei de Diretrizes e Bases, de 1996, e os Parâmetros
Curriculares Nacionais, de 1997. Já na esfera educacional, destaca-se o
sociointeracionismo, que apesar de ser anterior a essa época, torna-se uma abordagem
recorrente, principalmente na disciplina de Língua Portuguesa. Ao adotar essa
concepção teórica, o texto passa a desempenhar um papel crucial, uma vez que nele se
constitui a interação dos sujeitos que o realizam para determinado fim, e a escrita é uma
de suas manifestações. Por essa razão, fazem-se como principais referências teóricas
desta pesquisa: BAKHTIN (2010, 2011) e GERALDI (1993; 1997; 2006), entre outras.
Assim, este trabalho de abordagem qualitativa organiza-se em quatro eixos: a pesquisa
bibliográfica; a análise documental; o estudo de caso, já que verificamos a utilização
desses materiais em duas instituições públicas de ensino de Presidente Prudente/SP; e a
entrevista com professores e alunos das turmas investigadas. Ao final, pôde-se concluir
que a propostas de produção textual dos materiais didáticos em questão, mesmo estando
presentes alguns critérios das expectativas de escrita dos PCNLP, não promovem a
função social do texto, aquele que o aluno usará no seu dia a dia.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A PRONÚNCIA NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: UMA ANÁLISE DE
LIVROS DIDÁTICOS E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA DOCENTE
Michelle Rie Hashimoto
mihashimoto@yahoo.com
UFLA (Universidade Federal de Lavras)
O presente trabalho teve por objetivo verificar o tratamento que livros didáticos de
Inglês como língua adicional (LA) dão aos aspectos fonéticos e fonológicos da língua e
propor sugestões de abordagens didáticas para o ensino de pronúncia. Foram levados
em consideração alguns conceitos importantes em se tratando do ensino de pronúncia,
notadamente a interferência da língua materna (LM), fenômeno que ocorre quando
aprendizes tendem a reproduzir seus aspectos quando adquirem uma LA, como
postulam Zimmer, Silveira e Alves (2009). Com base nos passos propostos por Bauer &
Alves (2011), buscou-se levantar, inicialmente, quantos dos exercícios das unidades
iniciais de duas séries de livros didáticos internacionais eram direcionados ao ensino de
pronúncia e em que nível do discurso eles se encontravam, segmental ou
suprassegmental. Buscou-se analisar também se estimulavam o uso da pronúncia em
situações de comunicação autêntica com base em Celce-Murcia et al (2010). Além
disso, foi feita a análise de três documentos oficiais a fim de se verificar o tratamento
que eles atribuem ao ensino de pronúncia nas salas de aula. Os resultados demonstraram
que as duas séries de livros analisadas apresentaram um número relevante de exercícios
destinados ao ensino de pronúncia, tanto no nível segmental quanto também no
suprassegmental; porém, por se tratar de séries de livros internacionais, eles não
consideraram as possíveis dificuldades encontradas por aprendizes brasileiros. Diante
dessas considerações, o trabalho se volta para a importância de uma boa formação do
professor de Inglês como LA no que tange seus aspectos fonéticos e fonológicos, assim
como a inserção de avanços da literatura especializada em livros didáticos para que
possam abranger as necessidades dos aprendizes brasileiros na área.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A PSICOMOTRICIDADE E A IMPORTANCIA DAS ATIVIDADES
INTERDISCIPLINARES LUDICOS-PEDAGÓGICAS COM FOCO NA
ALFABETIZAÇÃO DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL DE SÃO JOÃO
DA BARRA
Amaro Sebastiao de Souza Quintino
amarotiao@yahoo.com.br
Jackeline Barcelos Corrêa
jack.barcelos1@hotmail.com
Universidade Estadual Do Norte Fluminense
O presente trabalho pretende refletir, sobre a importância do uso de atividades que
envolvem a psicomotricidade e as atividades lúdicas interativas, e analisar como elas
são relevantes para que se tenha um bom desenvolvimento e uma aprendizagem eficaz
na educação Infantil, influenciando diretamente na alfabetização. Pretende-se abordar o
desenvolvimento da psicomotricidade como fator de influência direta na prontidão para
a alfabetização, de forma que a mediação eficaz dos docentes proporciona resultados
satisfatórios em um ambiente escolar. O objetivo desta pesquisa visa discorrer a respeito
dessas atividades interativas e apresentar sua influência na aprendizagem no que diz
respeito á alfabetização. Para isto será apresentada a ciência do movimento aplicada à
evolução infantil, trazendo o questionamento sobre a dificuldade que muitos professores
encontram em trabalhar atividades no cotidiano e discutir qual a importância da
psicomotricidade para a formação integral da criança na Educação Infantil. Como
metodologia de pesquisa foi realizada uma ampla revisão bibliográfica com o tema em
questão, bem como uma pesquisa de campo com os docentes da Unidade escolar X em
São João da Barra. Com os resultados demonstrou-se clara relação existente entre
aprendizagem e psicomotricidade, que acontece principalmente por intermédio das
habilidades consideradas básicas ao processo de alfabetização. Sendo assim, evidencia-
se o importante papel dos professores da Educação Infantil como facilitadores da
aprendizagem da criança fazendo uso da psicomotricidade como ferramenta auxiliadora
na educação infantil.
Palavras-chave: psicomotricidade, alfabetização, práticas interativas.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A REGIÃO DO NORTE FLUMINENSE E A ALFABETIZAÇÃO CULTURAL
NA FORMAÇÃO CONTINUADA
Jackeline Barcelos Corrêa
jack.barcelos1@hotmail.com
Amaro Sebastiao de Souza Quintino
amarotiao@yahoo.com.br
Universidade Estadual Do Norte Fluminense
A Universidade é um espaço de ensino, pesquisa, extensão e formação, por esse motivo
esse trabalho tem por objetivo ressaltar as reminicências da cultura do norte fluminense
e com ela buscar a alfabetização cultural dos professores em formação. A pesquisa foi
realizada em 2015, junto á à turma do 1º período do Curso de 1ª Licenciatura do
PARFOR da Universidade Estadual do Norte Fluminense, RJ. Nela constatamos que a
maioria dos professores desconhece a cultura regional. A pesquisa se justifica na sua
função é tanto a geração de conhecimentos, como a formação de recursos humanos e a
transferência de conhecimento multicultural para a sociedade. Ela tem um papel
fundamental para o desenvolvimento do norte e noroeste fluminense. A metodologia
que nos amparou foram os estudos teóricos Cosson, (2006); Fiorin, (1998); Lajolo,
(2001), entre outros. Sendo assim, muito poderíamos falar ainda sobre esse universo de
manifestações culturais do norte fluminense, seja na música, na literatura, nas
comemorações festivas e/ou nos hábitos e costumes tradicionais do povo, ressaltando a
Cavalhada de Santo Amaro, a procissão do fogaréu, dos jongos, os doces tradicionais
entre outros. Nos dias atuais, é possível inserir o sujeito na sociedade agregando
valores, só é possível a partir de uma alfabetização cultural, de uma educação literária
eficaz só é possível a partir de uma alfabetização cultural, de uma educação literária
eficaz para que os alunos em formação se tornem mais seguros no exercício de suas
práticas pedagógicas.
Palavras-chave: alfabetização cultural, linguagens em trânsito, formação de professores.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A RELAÇÃO ENTRE CRENÇAS E MOTIVAÇÕES NA CONSTRUÇÃO
IDENTITÁRIA DE INGLÊS DE ALUNOS DE ENSINO MÉDIO DE UMA
ESCOLA PARTICULAR
Bruna Martins De Oliveira
bruna.oliveira@ifsudestemg.edu.br
Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais - Campus Rio Pomba
Barcelos (2011) afirma que os lugares possíveis de se aprender inglês povoam o
imaginário, o senso comum, o discurso e as práticas sociais no cenário brasileiro.
Estudos como os de (Paiva, 2003; Coelho, 2005 Barcelos, 2008; Cox & Assis-Peterson,
2008; Retorta, 2008) vem investigando as crenças comuns que vigoram em nossa
sociedade a respeito da aprendizagem de inglês em escolas regulares. Entretanto, os
estudos mencionados anteriormente não investigaram a relação entre crenças,
motivações e identidades de alunos de escolas particulares para aprenderem a língua
inglesa. Este estudo relata resultados de uma pesquisa que procurou compreender o
universo dos alunos de uma turma de ensino médio de inglês, por meio da análise de
suas crenças e motivações durante os primeiros anos no ensino médio. O objetivo geral
do estudo foi analisar como as crenças e as motivações de alunos do ensino médio
podem influenciar sua aprendizagem, fazendo relação entre as crenças e motivações
para aprendizagem de inglês e suas identidades de usuários de inglês O referencial
teórico baseou-se nos estudos de crenças (BARCELOS, 2011; PITKÃNEN-HUHTA &
NIKULA, 2014) motivação (DÖRNYEI, 2009; DÖRNYEI & KUBANYIOVA, 2014;
FALOUT, 2013;) comunidades imaginadas (MURPHEY & JIN & LI-CHIN, 2005;
OLIVEIRA & PAIVA, 2011;) identidades (MASTRELLA-DE-ANDRADE, 2013;
NORTON, 2013). Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram dois
questionários, uma narrativa escrita, uma narrativa visual e entrevista. Os resultados
sugeriram que os alunos querem pertencer as comunidades imaginadas de falantes
nativos, dos países que falam a língua inglesa, e da comunidade de falante da língua
através das mídias. As escolhas das comunidades imaginadas dos alunos, os fatores
motivacionais e as crenças para aprender a língua inglesa podem influenciar na
construção das identidades, ao conseguirem identificar as situações em que se imaginam
usando a língua inglesa no futuro.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A (TRANS/DE) FORMAÇÃO DOCENTE E COTIDIANO ESCOLAR: O PNAIC
E AS PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO COMO
CONSTRUTORAS DE UMA ESCOLA MAIS JUSTA E IGUALITÁRIA
Andressa Farias Vidal
andressa.vidal@gmail.com
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
A formação de professores foi estudada nesta pesquisa a partir da sua influência no
trabalho realizado pelos docentes no cotidiano escolar. Constituiu-se por ocasião da
atuação da autora como formadora e supervisora na proposta de formação continuada do
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Realizou-se no período de
2013 a 2016, nos municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá e em 16 cidades
da região serrana do Estado do Rio de Janeiro, que compõem o polo administrativo de
formação de Nova Friburgo. Como metodologia de pesquisa foram adotados os
seguintes procedimentos: levantamento bibliográfico, comum a todos os anos, análise
documental da legislação vigente, e pesquisa participante com acompanhamento do
trabalho docente. Por meio de uma perspectiva dialógica (BAKHTIN, 2014) e de
construção da cidadania, buscou-se oferecer, ao longo das formações, atividades que
visassem o empoderamento docente, a partir da escuta sensível, da autoria docente e da
voz docente, mediante a troca de relatos de experiências e da escrita docente, as quais
tinham como referências Andrade (2003, 2004, 2010), Esteban e Zacur (2003), Nóvoa
(1988, 1992), Tardif (2006), Prado e Soligo (2007), entre outros. Os resultados apontam
para relatos dos docentes sobre as (trans/de)formações de suas ações pedagógicas,
ocorridas por meio de diferentes sistematizações das metodologias de ensino-
aprendizagem, que passaram a voltar-se para o desenvolvimento de práticas
democráticas e participativas, levando os alunos a se interessarem mais pelas aulas, e
em alguns casos, incidindo na redução do número de reprovação e evasão. As
conclusões alcançadas revelam ainda o maior envolvimento dos docentes e discentes
nas atividades, inclusive atuando como autores de diversas iniciativas concretas, tais
como a criação do conselho estudantil, nas quais observamos serem propiciadoras da
melhoria do aprendizado e do interesse dos alunos pela escola, além de contribuir para a
formação da consciência cidadã.
Palavras-chaves: Formação Docente; Práticas Docentes; Práticas democráticas.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
A VIVÊNCIA DA ESCRITA NA CARTA DE LEITOR: POSSIBILIDADE DE
PRÁTICA SOCIAL PELA LINGUAGEM
Flávia Elisa Vargas Chamon
flaviachamon@yahoo.com.br
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
Os alunos apresentam grande resistência para o ato de escrever durante as aulas e
comumente justificam tal recusa afirmando que não o sabem fazê-lo e que não
entendem por que devem fazê-lo, uma vez que não atribuem sentido à escrita, ou seja,
não conseguem compreender qual é o objetivo de escrever na escola. Nesse sentido, o
trabalho apresenta os dados parciais de uma pesquisa qualitativa em educação que está
sendo desenvolvida com alunos do 7º ano da rede pública municipal de Contagem -MG,
cujo foco recai sobre a produção do gênero discursivo carta de leitor. O principal
objetivo deste trabalho é propiciar aos alunos o desenvolvimento da habilidade de
opinar, por escrito, utilizando o gênero carta de leitor para expressar seu ponto de vista
sobre matérias jornalísticas. Tomando-se como referencial teórico autores como
Antunes (2003), Alves Filho (2011), Bakhtin (1992), Bortoni-Ricardo (2008), Bueno
(2011), Dionísio (2006), Dolz & Schnewly (2004), Geraldi (1995, 2004), Leal (2008),
Rojo (2012), Travaglia (2009), entre outros, foi aplicado um questionário inicial para o
levantamento de hábitos de leitura e dificuldades na produção de texto. Diversas
oficinas contemplando leitura, análise linguística e produção de textos da esfera
jornalística estão sendo desenvolvidas para gerar dados e acompanhar o
desenvolvimento das habilidades de opinar por escrito. Dessa forma, serão apresentados
os dados coletados no questionário inicial, as etapas do projeto de ensino e os resultados
alcançados com relação à realização das atividades de leitura, análise linguística e
produção de textos. O desenvolvimento das oficinas propostas assinala avanços
significativos na produção de textos visto que os alunos demonstram ter uma melhor
compreensão da língua em funcionamento.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ABORDAGENS INTERSEMIÓTICAS E ENSINO DE LITERATURA E
LÍNGUA PORTUGUESA PARA GRADUANDOS SURDOS
Danielle Cristina Mendes Pereira
danielle@letras.ufrj.br
UFRJ
Valéria Campos Muniz
valcammuniz@gmail.com
INES
A comunicação apresentará o relato de experiência docente desenvolvida no segundo
semestre de 2016 e no primeiro semestre de 2017, em turmas com alunos surdos de
cursos de graduação, respectivamente, de Letras-Libras, na Universidade Federal do Rio
de Janeiro, e de Pedagogia Bilíngue, no Instituto Nacional de Educação de Surdos.
Apresentaremos reflexões e práticas vivenciadas em aulas de Literatura e de Língua
Portuguesa como L2 para surdos, desenvolvidas em abordagens intersemióticas, que
relacionaram textos em língua portuguesa e em libras a textos imagéticos e
multimodais, a fim de desenvolver estratégias de leitura situadas na percepção de que os
letramentos são múltiplos e se movem “para além dos processos analíticos e cognitivos
da linguagem escrita e falada” (JEWITT, 2008, 246, tradução nossa). Buscou-se
promover estratégias de letramento visual junto aos graduandos, com o escopo de
compreender a inserção imagética no ensino de surdos fora de uma dimensão ingênua,
que a usa como instrumento de ratificação do texto visual. Para tanto, as aulas foram
orientadas para a verticalização dos processos de leitura intersemiótica dos surdos, em
uma metodologia que promovia uma leitura comparada das imagens de semioses
diferentes, e que levava o aluno a compreender a pluralidade de interações possíveis
entre o texto visual e o escrito, em relações que também poderiam ser complementares
ou opostas. O arcabouço teórico do trabalho situa-se nas propostas dos Novos Estudos
de Letramento (STREET, 2013) e nos estudos de multimodalidade (KRESS, 2003;
JEWITT, 2008).
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
AÇÕES FORMATIVAS (INSTITUCIONAIS) PARA A DOCÊNCIA NO ENSINO
SUPERIOR NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS
Judilma Aline Oliveira Silva
judilma@gmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
Adriana Rocha Bruno
arbruno@gmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
O presente texto trata das atividades investigativas de uma pesquisa de doutorado que
está em desenvolvimento no PPGE da UFJF. Foi iniciada em 2016 e tem como
objetivos "mapear as ações institucionais voltadas para a formação dos docentes,
desenvolvidas pelas IES públicas federais no Brasil, identificar as dimensões
pedagógicas para as docências voltadas aos cursos de graduação e de que forma a
cultura digital está incorporada a estes processos formativos". São apresentados alguns
dados das 36 IES participantes de um universo de 53 sobre as ações formativas voltadas
para os docentes que atuam no Ensino Superior e de que forma eles se apresentam numa
interface com a cultura digital. Percebe-se que os processos formativos para/com o ES
ainda são embrionários, mas que em função disto tratar-se de um campo fértil para o
investimento em ações formativas e também em pesquisas. A base teórica está
fundamentada nos estudos de Masetto; Zabalza, Nóvoa, Pimenta & Anastasiou e tem
como opção metodológica a multirreferencialidade preconizada por Ardoino. E como
perspectiva futura pretende-se selecionar alguns dos programas apresentados pelas IES
para um aprofundamento sobre as ações realizadas.
Palavras-chave: Docentes no Ensino Superior; formação continuada; cultura digital.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
AÇÕES PEDAGÓGICAS NO CONTEXTO ESCOLAR E FORMAÇÃO
DOCENTE: EXPERIÊNCIAS NO TREINAMENTO PROFISSIONAL
Daiane Ferreira De Freitas Silva
daianesilva2012@yahoo.com.br
Universidade Federal de Juiz de Fora/ Colégio de Aplicação João XXIII
O texto que compartilho neste IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino, situa-
se no campo da formação docente e das ações pedagógicas, apresentando o Treinamento
Profissional realizado no CAp. João XXIII/UFJF no ano de 2016 como importante
ferramenta de formação docente, constituindo-se em elo entre teoria e prática.
Considera-se, portanto, a importância da teoria adquirida na graduação aliada às ações
pedagógicas da sala de aula, confirmando como necessária essa relação ao
desenvolvimento profissional. Os documentos oficiais afirmam a importância de
possibilitar aos futuros docentes a imersão gradativa em atividades voltadas a seu futuro
trabalho no ambiente escolar. Essa compreensão de formação de professores, que alia
teoria e prática em ambiente real de atuação, leva a outra forma de ensinar e aprender,
de aprender a ensinar preparando os futuros professores para as múltiplas realidades
com as quais virão a se deparar. Compartilho neste artigo questões sobre aprendizagens
e experiências adquiridas como bolsista de Treinamento Profissional em uma turma de
1º ano do ensino fundamental atuando no projeto “O primeiro ano no C. A. João XXIII:
Observação e Interação”, onde tive a oportunidade de participar ativamente do
desenvolvimento dos alunos em seu processo de alfabetização, bem como acompanhar
as ações da professora de Linguagem (Língua Portuguesa) percebendo e analisando
como se dá a relação entre professores e alunos, ensino e aprendizagem, teoria e prática.
Esta participação ativa e orientada, somada aos estudo na Licenciatura e no grupo de
pesquisa, tem influenciado de forma positiva em minha formação para a docência, para
o trabalho escolar, para as possíveis ações que venha a exercer como professora,
pedagoga e pesquisadora. Neste trabalho tenho como objetivo partilhar e obter contra
palavras sobre os sentidos e significados atribuídos ao ensino na fase da alfabetização e
sobre as trocas profícuas que ocorrem ao longo da participação neste projeto. Tendo
sido este espaço construído e organizado de modo a relacionar o que aprendemos na
teoria estudada na Universidade com a prática da sala de aula, possibilitando assim a
construção de novos conhecimentos, aprendizagens, experiências, entre outros.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ADOLESCENTES, DESENVOLVIMENTO HUMANO E CIBERCULTURA: AS
VIVÊNCIAS DOS JOVENS EM FORMAÇÃO E O AMBIENTE
COMUNICACIONAL CONTEMPORÂNEO
Sebastião Gomes De Almeida Júnior
tito-jnr@hotmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
Pesquisa piloto com adolescentes em fase de escolarização, na qual que são abordadas
questões relativas às tecnologias digitais em interface com o desenvolvimento humano,
tendo como fundamentação teórica os estudos de cibercultura e a abordagem histórico-
cultural. A investigação apresentada pelo presente trabalho é parte da pesquisa de
doutorado em curso com ênfase nas tecnologias digitais e tem como objetivo conhecer
suas práticas na cibercultura e se fundamenta no conceito de vivência (perejivanie), de
Vigotski. No estudo, buscou-se compreender de que modo os adolescentes
potencializam seu desenvolvimento na apropriação de instrumentos e signos culturais,
mediados pelos dispositivos tecnológicos da cibercultura. A pesquisa se articula com
autores que abordam as redes sociotécnicas na atualidade com ênfase nos jovens e sua
inserção no contexto da cultura digital. No como instrumento para o desenvolvimento
investigativo dessa etapa foram propostos a criação de “mapas vivenciais” com
adolescentes. Os encontros ocorreram mediante entrevistas semi-estruturadas, seguindo
uma perspectiva dialógica, onde os participantes revelam as suas vivências na cultura
digital envolvendo seus espaços-tempos cotidianos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
AFETIVIDADE NA FORMAÇÃO CONTINUADA DO(A) PROFESSOR(A)
ALFABETIZADOR(A): UM ESTUDO PILOTO
Luciane Manera Magalhães
lucianemanera@gmail.com
Milena Guerra Scarato Lopes
milenaguerrasl@gmail.com
ALFABETIZE/FACED
Universidade Federal de Juiz de Fora
Alfabetizar todas as crianças até os oito anos de idade é a meta do Governo Federal
(BRASIL, 2012). Mas como alcançar esse objetivo junto a inúmeros profissionais que
se encontram solitários na trajetória de ensinar a ler e escrever a crianças com poucas
experiências de letramento? A temática da afetividade na alfabetização tem sido
estudada por diferentes pesquisadores com o foco na relação professor(a)/aluno(a)
(COLOMBO, 2008; LEITE, 2008; SANTOS e MELO, 2011; DIAS, 2012). Nesse
estudo piloto, apresentamos nossas reflexões sobre a afetividade na formação
continuada (PNAIC/UFJF e ALFABETIZE) de uma professora alfabetizadora como
desencadeadora de mudanças em sua rotina escolar e em relação aos seus alunos do 2º
ano do ensino fundamental, de uma escola pública de um município mineiro.
Desacreditados, os alunos passaram a ser concebidos como aqueles que têm dificuldade
de aprendizagem, ou algum tipo de problema pelo fato de estarem na escola há quase
dois anos e não terem ainda se alfabetizado. Diante desse cenário, decidimos realizar
uma pesquisa piloto, de cunho qualitativo, cujo objetivo era o de intervir junto à
professora e à turma de forma a ajudá-la a reavaliar sua prática e postura em relação às
crianças, renovando seu entusiasmo pela profissão e propiciando um novo olhar em
relação a seus alunos. Os dados foram gerados por meio de entrevistas, observação
participante e análise de documentos. As intervenções aconteceram semanalmente
durante três meses de aula e foram enriquecidas por conversas informais apoiadas no
processo reflexivo (SMYTH, 1994). Os resultados obtidos até o momento apontam para
a mudança de postura da professora em relação aos alunos, os quais voltam a ser
acreditados por ela. O prazer em ensinar e aprender retorna ao cenário de sua sala de
aula. Os processos interacionais modificam-se e o rendimento da turma é observado no
progresso de seu aprendizado.
Palavras-Chave: Alfabetização, afetividade, formação continuada de professores.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ALFABETIZANDO INTERDISCIPLINARMENTE COM O PIBID
Maria De Lourdes Da Silva Toledo
toledo–mls@hotmail.com
Cláudia Avellar Freitas
claux2601@hotmail.com
UFJF
Somos professoras e trabalhamos em um projeto do PIBID/UFJF que envolve escolas
de ensino fundamental, dentre elas a E.E. Duarte de Abreu, na qual uma das autoras
leciona nos anos iniciais. Durante o ano de 2015 nos foi posto o desafio de alfabetizar
crianças de seis anos a partir, tanto das aulas de língua portuguesa, quanto das de
ciências, uma experiência marcante. A participação dos bolsistas PIBID neste processo
foi fundamental para o êxito, pois a escola não possui nenhuma área verde, demandando
criatividade e disposição para realizar nossas experiências sobre os seres vivos,
conteúdo do primeiro ano. Para ensinarmos as características dos seres vivos e os
diferenciarmos dos não vivos, fizemos um bingo com o nome dos seres e as crianças
iam marcando a palavra conforme o som da sílaba inicial e a classificação do ser. Essa
prática possibilitou o desenvolvimento da consciência fonológica nas crianças (Ferreiro,
E). Realizamos uma experiência com bonecos feitos com meias cheias de terra nas quais
plantamos alpiste e as crianças desenvolveram a oralidade, ao relatar o desenvolvimento
dos “cabelos” dos bonecos, perguntavam sobre as diferenças entre eles e comparavam
os cortes que faziam nas folhas de alpiste. A pedido da Superintendência Regional de
Educação, desenvolvemos projeto sobre o Rio Paraibuna, que fica nas proximidades da
escola. Houve uma dramatização da história do rio, realizada por um dos bolsistas, que
buscou conscientizar os estudantes sobre a poluição, seguida de uma visita às margens
dele, na qual as crianças viram uma manada de capivaras e a partir da palavra capivara
escreveram muitas outras. A interdisciplinaridade tornou a alfabetização significativa,
atraente e prazerosa. O resultado final foi de que 70% das crianças alcançaram o nível
alfabético (Ferreiro, E).
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ALFABETIZAR BRINCANDO NÃO É BRINCADEIRA
Daniela Dos Santos Lima
danielasanlima@gmail.com
Mestranda do Curso de Pós-Graduação - Mestrado Profissional em Educação e
Diversidade – MPED
Denise Dias De Carvalho Sousa
dediscar@yahoo.com.br Profª. Dra. do Mestrado Profissional em Educação e Diversidade – MPED, da
Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Nesta proposta de comunicação, pretendemos apresentar as conclusões iniciais do
projeto de pesquisa É hora de brincar! As brincadeiras como potencializadoras na
apropriação do letramento das crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental, o
qual está sendo desenvolvido no Mestrado Profissional em Educação e Diversidade da
Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Esse estudo científico trata da importância
das brincadeiras na alfabetização, com ênfase no lúdico, e pretende discorrer sobre seu
papel na vida da criança e suas contribuições no processo de aquisição/apropriação do
letramento das crianças nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Entendemos que as
brincadeiras são elementos de grande relevância na infância com vistas à formação de
uma pessoa e sua projeção na sociedade. Para tanto, os fundamentos teóricos levam em
consideração os estudos de Luckesi (2005), Sousa Rosa, Brainer & Cavalcante (2012),
Batista (2012) e Kshimoto (2014), ao discorrer sobre as brincadeiras e ludicidade; e
Soares (2014;2016), Rojo (2009) e Marciel e Lúcio (2009), ao versar sobre
alfabetização e letramento. Em relação à metodologia, trata-se de uma pesquisa do tipo
qualitativo, pautada nos pressupostos da pesquisa-ação. O trabalho está organizado em
três partes distintas, a saber: a primeira refere-se à introdução, na qual apresentamos o
projeto de origem e a justificativa para investigar o tema, ressaltando sua relevância
acadêmica e social; em seguida, fazemos uma breve abordagem sobre o conceito de
alfabetização e letramento, seus encadeamentos e distinções; e, por último,
estabelecemos um diálogo sobre as relações entre o lúdico e as brincadeiras no
desenvolvimento cognitivo das crianças em processo de alfabetização. Acreditamos que
essa pesquisa possibilita repensar a importância das brincadeiras no espaço de sala de
aula de alfabetização, como forma de rever ações educativas mais significativas que
levem em consideração a prática do letramento, numa perspectiva lúdica.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
AMPLIAÇÃO DO REPERTÓRIO DE LEITURA DE NARRATIVA POLICIAL
ATRAVÉS DE CONTOS DE AGATHA CHRISTIE
Andréa De Matos Cardoso
andreamcard@msn.com
Érika Kelmer Mathias
erika.kelmer@terra.com.br
Quando se trabalham as habilidades de linguagem como sustentação, refutação e
negociação de posicionamento, os gêneros comumentemente contemplados são texto de
opinião, diálogo argumentativo, resenha crítica dentre outros.
Ao trabalhar com alunos do 9º ano, percebo uma grande dificuldade na ordenação do
pensamento em atividades de escrita. Muitos não conseguem produzir,
satisfatoriamente, uma sequência lógica, sentindo-se desanimados nessas práticas.
Também percebo que as narrativas de suspense investigativo, como as policiais
(vivenciadas, em geral, em filmes e séries, como, por exemplo, Dexter e 24 horas), lhes
agradam bastante.
Assim, formulamos a seguinte hipótese investigativa: tendo em vista que uma das
principais características de narrativas policiais é a sustentação do raciocínio lógico-
racional, um trabalho sistematizado de leitura desse gênero narrativo implicaria
alteração na escrita desses alunos de textos em que essa estrutura fosse requerida?
Nossa pesquisa se centra na elaboração de uma proposta interventiva para uma turma de
9o ano do Ensino Fundamental de uma escola pública no município de Volta Redonda
(RJ). Para tal, concebemos uma intervenção estruturada em 4 etapas: avaliação do nível
de escrita dos alunos; introdução do universo das narrativas investigativas; ampliação
do repertório desse gênero e reavaliação do nível de escrita dos alunos. Elegemos como
autor literário a escritora Agatha Christie e apoiamo-nos nas teorias do Letramento
(SOARES e ROJO), do Letramento Literário (PAULINO e COSSON), em teorias da
Leitura (KLEIMAN), teorias sistêmicas da literatura (SCHMIDT e ZOHAR) e na teoria
do Efeito Estético (ISER). Temos como metodologia a pesquisação.
Para esta comunicação, apresentaremos o instrumento por nós elaborado para avaliação
do nível de escrita da turma (já aplicado) e a primeira etapa interventiva (em fase de
estruturação e seleção dos contos).
Palavras-Chave: Letramento Literário. Ampliação de Repertório. Agatha Christie.
Narrativa Policial.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ANÁLISE DE MATERIAL DIDÁTICO VOLTADO A CONTEXTOS
TECNOLÓGICOS PRODUZIDO POR PROFESSORES EM FORMAÇÃO
Patrícia Da Silva Campelo Costa Barcellos
patrícia.campelo@ufrgs.br
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Mariana Backes Nunes
marianabackesnunes@gmail.com
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Este trabalho pretende analisar materiais didáticos voltados a contextos de tecnologia
digital produzidos por professores em pré-serviço. Tais materiais didáticos foram
produzidos em uma disciplina semipresencial voltada a reflexões sobre o ensino de
língua e literatura estrangeira mediado por tecnologia. Ao decorrer do curso, os alunos,
futuros professores de língua estrangeira, foram expostos a textos teóricos sobre a área
(BUTLER-PASCOE; WIBURG, 2003), além de explorarem diversas ferramentas
online que poderiam ser úteis em uma aula de língua estrangeira. Os alunos, então,
foram instigados, ao final do curso, a produzirem as suas próprias unidades didáticas,
tendo em mente um contexto de aula em que as novas tecnologias estão presentes, ou
seja, deveriam construir tarefas mediadas pelas diferentes ferramentas apresentadas na
disciplina, explorando, assim, novos letramentos (LANKSHEAR; KNOBEL, 2006).
Desta maneira, seguimos duas metodologias distintas de análise dessas unidades
didáticas. Primeiramente, foi realizada uma análise das unidades considerando suas
características tecnológicas. Para isso, utilizamos a conceptualização de Araújo (2013)
sobre objetos de aprendizagem e suas principais características. Após esse primeiro
estudo, foi realizada uma segunda análise dessas unidades didáticas considerando as
diferentes estratégias de aprendizagem de linguagem (OXFORD, 2003) que as tarefas
ali presentes poderiam suscitar. Espera-se que com essa pesquisa os professores em
formação, alunos dessa disciplina, tenham identificado o leque de possibilidades que o
encontro entre as ferramentas digitais e os objetivos pedagógicos fornece ao cotidiano
escolar e que possam assim tornar-se produtores autônomos de produtos pedagógicos
eficazes em suas práticas futuras.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ANÁLISE DE RELATOS SOBRE O TRABALHO DOCENTE NA EJA
REVELAM A NECESSIDADE DE UMA MUDANÇA CURRICULAR
Luciana Martins Arruda
lucianamartinsarruda@gmail.com
Professora de Letras da FASM)
Aline Procópio De Paula Couto
ninne_marquinhos@yahoo.com.br
Acadêmica do 3º ano de Letras da FASM)
O trabalho na Educação de Jovens e Adultos (EJA) requer do professor o
desenvolvimento de uma metodologia de ensino diferenciada, pois ele precisa estar
preparado para discutir temas e conteúdos condizentes com a idade e o perfil dos
alunos, contribuindo para a formação deles como cidadãos. Por essa razão, esta
comunicação tem como objetivo analisar alguns relatos produzidos por professores da
EJA, para identificar quais são as dificuldades enfrentadas por eles com relação ao
processo ensino-aprendizagem e quais as estratégias utilizadas para tentar amenizá-las.
Cabe destacar que ela é fruto de uma pesquisa de Iniciação Científica desenvolvida e
premiada na Faculdade Santa Marcelina de Muriaé (FASM), em 2016, intitulada “A
relevância da inclusão de uma disciplina voltada para a EJA nos cursos de Graduação
em Licenciatura”. Para essas análises, utilizamos as contribuições teórico-
metodológicas oferecidas pela Linguística, em especial as de Charaudeau (2009) com
relação ao Modo de Organização do Discurso Narrativo, e da Pedagogia, em especial as
Soares (2015) e Freire (1967, 1996), sobre o processo de alfabetização e letramento e de
Lucindo (2013) e Silva (2010), sobre a EJA. De um modo geral, os resultados
mostraram que ora os professores sofrem como vítimas do sistema porque não foram
preparados no seu curso de graduação para lecionar na EJA e ora, mesmo sofrendo
como vítimas da formação recebida, eles agem como benfeitores buscando métodos
para tentar amenizar as dificuldades enfrentadas pelos alunos e a falta de materiais
didáticos específicos para esta modalidade de ensino. Em suma, entende-se ser este um
momento oportuno para se suscitar reflexões como esta, tendo em vista a Resolução nº
2 de 1º de julho de 2015, do CNE/MEC, segundo a qual: “os cursos de graduação em
Licenciaturas voltarão ao período de 4 anos, sofrendo reformulações em suas grades
curriculares”.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ANÁLISE LINGUÍSTICA
ADJUNTOS ADVERBIAIS
Jacqueline Aparecida dos Santos Guedes
jacquelineasguedes@gmail.com
Natália de Oliveira Gomes
nataliaolivegomes@gmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
Em busca de uma escola apropriada para o século 21, que vise dar protagonismo aos
alunos, os estudantes de licenciaturas buscam cada vez mais atender às orientações dos
documentos oficiais, os quais norteiam um ensino mais voltado para o cotidiano dos
alunos e para sua formação cidadã. Dessa forma, após analisar um livro didático de
língua portuguesa altamente usado nas escolas da rede pública de Juiz de Fora,
observamos que este não atendia aos parâmetros estipulados pelos documentos
nacionais destinados à educação, como os Parâmetros Curriculares Nacionais, pois
contém em suas unidades textos desconexos, explicações vazias e sem contextualização.
Para então sanar essa precariedade, durante a participação em uma Oficina de Análise
Linguística ofertada pela faculdade de Letras, UFJF, e leitura de autores como Koch e
Mendonça, nos propusemos a elaborar uma atividade complementar a uma das unidades
cujo tema a ser trabalho seja os Adjuntos Adverbiais de lugar, intensidade e tempo.
Além disso, seguindo as diretrizes dos PCN, introduzimos nessa análise linguística um
tema transversal voltado para a pluralidade cultural, mais especificamente a africana.
Nos debruçamos nesse trabalho sobre um episódio do desenho "Super Choque" o qual
acontece na África e, também, no poema Canção do Africano. Um ponto a ser
destacado é que essa atividade foi elaborada e apresentada em sala de aula, mas ainda
não foi aplicada em aulas de Português nas escolas da cidade.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
APRENDER A LER E TORNAR-SE LEITOR CRÍTICO: PRÁTICAS
SOCIOCULTURAIS DE LEITURA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Vanessa Teixeira Ribeiro
cavalcantvtribeiro14@gmail.com
Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro/Faculdade De Formação De Professsores
(UERJ/FFP)
O foco desta pesquisa é o reconhecimento do caráter plural das práticas socioculturais
de leitura na EJA, em busca da valorização das práticas letradas vivenciadas dentro e
fora do espaço escolar pelos estudantes. Sendo assim, a ideia de leitura se amplia dentro
de uma concepção sociointeracionista da linguagem, pois contempla o sujeito e sua
subjetividade. A escolha pela EJA se dá em virtude da experiência de dez anos
adquirida no trabalho com essa modalidade, no município de Maricá, região
metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Após a aplicação de questionários, em uma
turma multisseriada do Ensino Fundamental, os quais exploravam as experiências deste
público com as práticas socioculturais de leitura, percebemos nas respostas analisadas
um distanciamento entre as práticas letradas desenvolvidas pela escola e as realizadas
pelos alunos na vida cotidiana. Identificamos que a leitura é percebida por eles como
uma experiência desvinculada da sua realidade, mesmo que a utilizem cotidianamente.
Por esse motivo, projetamos um estudo exploratório das práticas socioculturais de
leitura dos alunos da EJA, recorrendo ao campo da Linguística Aplicada (MOITA
LOPES, 1996) e aos novos estudos do Letramento (GEE, 2008; STREET, 2014), a fim
de repensar as práticas de leitura dentro de um modelo ideológico, em que os estudantes
reconheçam a validade de suas práticas e assumam um posicionamento crítico na
construção de sentidos de diferentes gêneros textuais.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
AS BELEZAS DO RIO AOS OLHOS ENCANTADOS DE UMA CRIANÇA
Profª Denise Barreto De Resende
dbresendeprofa@hotmail.com
Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda
O projeto apresentado foi realizado, inicialmente, em uma turma de 3º ano no ano de
2015 tendo um desdobramento com a mesma turma no ano de 2016.
Em homenagem aos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, cada aluno retratou em tela
as belezas do Rio, que contemplaram não só os pontos turísticos, mas também
lembranças e desejos representados pelos seus mais belos sonhos e visões de uma
cidade cheia de encantos.
No ano de 2016 retomamos o Projeto a partir de uma proposta de atividade da
professora regente de sala de leitura que evidenciou as questões referentes a poesia, isto
é, a poesia como tudo aquilo que comove, que sensibiliza e desperta sentimentos. Com
isto em mente, a proposta foi transformar as poesias em poemas, isto é, tendo como
base os quadros pintados, os alunos criaram poemas. Mas criança pode escrever
poemas? Carvalho (2012) nos responde: “Criança pode escrever poesia, sim. Depois de
ouvir e ler os poetas, muitas crianças arriscam seus primeiros versos. E se escreverem, a
gente “publica”: põe no mural ou no varal de poesias. ”
A última etapa proposta foi a dramatização dos poemas. Eles ficaram livres para criar,
recitando, usando música, gestos e ritmo.
O olhar que como professora pude ter é descrito por Smolka (2008), que afirma que
dentro da escola a criança “precisa ocupar o espaço como protagonista, interlocutora,
como alguém que fala e assume o seu dizer” e que o espaço da sala de aula pode ser
transformado “ em lugar e momento de encontro e articulação das histórias e dos
sentidos de cada um, e de todos”.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
AS CARACTERÍSTICAS DA LÍNGUA FALADA COMO ESTRATÉGIA DE
PERSUASÃO NO E-MAIL MARKETING DA MARCA QUEM DISSE,
BERENICE?
Camila Helena Da Silva Mendes
camilamendes_91@yahoo.com.br
FASM – Faculdade Santa Marcelina
Considerada um grande gênero da atualidade, a publicidade oferta serviços e produtos
em vários suportes comunicacionais, utilizando ferramentas e estratégias persuasivas
para atingir o público alvo, sempre com a intenção de aproximar cada vez mais
enunciador e enunciatário. Com o advento da internet e o avanço das tecnologias, a
troca de informações tem ocorrido com mais frequência e rapidez. Consequentemente, o
mercado muda, e a publicidade precisa adequar-se a ele: para que as exigências dos
consumidores sejam atendidas, é necessário inovar tanto no suporte quanto na
linguagem da mensagem. Diante do exposto, muitas empresas começaram a divulgar
seus produtos e serviços através da internet, explorando outros gêneros, e a vendê-los
on-line. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo identificar e analisar as
características da língua falada nos e-mails marketing da marca de cosméticos quem
disse, berenice?. A pesquisa apoia-se, principalmente, nos estudos dos gêneros textuais
(MARCUSCHI (2002, 2008) e BAKTHIN (2000)), na linguagem publicitária
(SANDMANN (2014) e CARVALHO (2009)), no marketing (KOTLER, 2009) e nas
características da língua falada (FÁVERO, 2012). Salienta-se, também, a importância
de trabalhar este tipo de texto em sala de aula, pois, ao mesmo tempo, os alunos terão
contato com mais de um gênero textual e com as marcas de oralidade, possibilitando a
melhor compreensão de que as línguas falada e escrita não são estanques, mas ambas
fazem parte de um continuum tipológico dos gêneros textuais que permite o trabalho
concomitante das duas modalidades.
Palavras chave: fala; escrita; oralidade; e-mail marketing.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
AS ORIENTAÇÕES DIDÁTICO-METODOLÓGICAS VOLTADAS PARA A
FORMAÇÃO LEITORA DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL NA
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA DA REDE
MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA
Fernanda Francisco Domingos
nanda-francisco@hotmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
Este trabalho objetiva discutir e analisar quais são as orientações didático-
metodológicas presentes na Proposta Curricular de Língua Portuguesa da Rede
Municipal de Ensino de Juiz de Fora relacionadas à prática de leitura. Trata-se de uma
pesquisa documental e bibliográfica, que busca compreender como as capacidades de
linguagem devem ser desenvolvidas tendo como objetivo a formação leitora dos alunos
(CAFIERO, 2005; KOCH e ELIAS, 2014) através de uma perspectiva
sociointeracionista (BRONCKART, 2015) de construção e ampliação do conhecimento
adquirido pelos alunos do ensino fundamental I e II das escolas municipais. A pesquisa
revela que as orientações presentes na Proposta Curricular estão muito atreladas à
leitura como uma atividade social e interativa, a partir das experiências com os gêneros
textuais.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ATO ÉTICO E ATO ESTÉTICO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UMA
PEDAGOGIA DO OLHAR POR MEIO DO CINEMA BRASILEIRO
CONTEMPORÂNEO
Marina Alvarenga Botelho
inabotelho@gmail.com
Marco Antonio Villarta-Neder
villarta.marco@dch.ufla.br
Universidade Federal de Lavras – UFLA/LEDISC
Este trabalho pretende relatar uma trajetória de reflexão iniciada na realização de uma
pesquisa de mestrado que dialogou com os estudos e as discussões do LEDISC/UFLA –
NÚCLEO DE ESTUDOS – LEITURA E ESCRITA EM CONTEXTOS
DISCURSIVOS E SEMIOLÓGICOS DIVERSOS. Essa pesquisa tomou emprestado de
Rubem Alves o termo “pedagogia do olhar”. Buscou-se o ensinar a ver para pensar a
relação entre cinema e educação: aprender a olhar o cinema, assim como aprendemos a
ler, retirando do filme mais do que seu tema, olhando também para seus elementos
formais, estilísticos e estéticos. Para isso, optou-se por refletir como essa mediação pode
ser feita com o cinema brasileiro, aqui entendido a partir de algumas relações de
alteridade com o cinema clássico industrial norte-americano (mais comercial). Entende-
se, portanto, cinema brasileiro contemporâneo como um conjunto de filmes produzidos
atualmente no Brasil (e também em coproduções internacionais) a partir de uma
orientação de produto artístico. Além disso, são filmes que ousam, unindo forma e tema
como potencial estético e político, tanto para se pensar o próprio fazer fílmico, quanto
em relação ao seu impacto sociocultural. Para este trabalho pretende-se utilizar os
conceitos bakhtinianos de ato ético e ato estético. Para Bakhtin, a unidade da
responsabilidade do sujeito pressupõe uma relação não imiscível e indissociável entre
arte (ato estético) e vida (ato ético). Pretende-se discutir como essa indissociabilidade
tem implicações na formação de professores. Do lugar teórico-epistemológico-
axiológico do Círculo de Bakhtin, a metodologia consiste em uma análise qualitativa,
descritiva-interpretativa: os analistas se assumem como sujeitos, igualmente produtores
de sentidos e implicados eticamente no ato próprio da análise. Os resultados tem sido a
realização de eventos e de produção acadêmica que refletem (sobre) essa conjunção
indissociável do ato estético e do ato ético na leitura audiovisual e de que maneiras isso
implica na formação de professores de Letras.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
AVALIAÇÃO DE PRODUÇÕES ESCRITAS DE ALUNOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL POR GRADUANDAS DE PEDAGOGIA
Suzana Lima Vargas
suzana_lima@uol.com.br
UFJF
Heloana Cardoso Retondar
hcretondar@gmail.com
UERJ
Investigamos as estratégias interventivas adotadas por graduandas de Pedagogia da
UFJF, durante a avaliação das produções textuais elaboradas por alunos do quinto ano
do ensino fundamental, atendidos no Laboratório de Alfabetização da FACED/UFJF.
Os dados da pesquisa foram obtidos no ano de 2016, durante as atividades propostas nas
disciplinas de Fundamentos teórico-metodológicos de Português I e II, quando
discutimos os processos de produção textual. Observamos que a grande maioria das
correções foi efetuada no corpo dos textos e são de ordem microestrutural (domínio da
frase e da palavra). As correções por bilhete alcançaram percentuais mínimos, mas se
configuraram como enunciados voltados para estabelecer a dialogia entre avaliador e
aluno, com critérios mais precisos de análise da língua e conhecimento mais consistente
sobre as condições de produção discursiva do texto escrito. Concluímos que é preciso
promover a prática de avaliação de textos escritos com maior frequência durante a
graduação em Pedagogia para que esses futuros professores de português deixem de
supervalorizar o “como se diz” e se tornem observadores atentos de “quem diz”, “para
quem se diz”, “o que se diz” e “em que situação se diz”. (GERALDI,1991). Isso
significa que a avaliação da produção escrita pode deixar de ser compreendida apenas
como a higienização de problemas da superfície textual, e a devida atenção seja dada às
interações entre avaliador e aluno, nas dimensões textual e discursiva requeridas na
produção de sentidos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
AVALIAÇÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA NO CONTEXTO DO PACTO
NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA EM MATO
GROSSO
Ângela Rita Christofolo De Mello
ritamello5@yahoo.com.br
Albina Pereira De Pinho Silva.
albina@unemat.gov.br
A pesquisa foi realizada com o objetivo de analisar as avaliações de Língua Portuguesa
inseridas no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle do Ministério da
Educação (SIMEC) que alimentou o Sistema de Monitoramento do Curso de Formação
voltado aos Orientadores de Estudo vinculados ao Pacto Nacional pela Alfabetização na
Idade Certa (SISPACTO), pelos professores que atuavam no ciclo da alfabetização de
Mato Grosso, no início e no final de 2014. As avaliações analisadas se referem aos onze
direitos de aprendizagem de Língua Portuguesa e nos foram concedidas pela
coordenação geral do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) de
Mato Grosso em abril de 2015. Essas foram sistematizadas em quadros e demonstram
como os alfabetizandos se encontravam no início e no final de 2014, em relação a cada
um dos direitos de aprendizagem. A análise ancorou-se na abordagem qualitativa
(Marconi & Lakatos 2002 – André 1995) e investigou se houve um avanço na
apropriação do conhecimento dos alfabetizandos e uma correlação entre os direitos de
aprendizagem. As informações inseridas no Sistema, analisadas e fundamentadas em
Cruz e Albuquerque (2012), Rojo (1998, 2000 e 2003), Fernandes e Freitas (2007),
Moreira e Candau (2007), dentre outros pesquisadores do tema em questão, indicam um
processo evolutivo coerente em relação aos direitos de aprendizagem, como também
uma correlação entre um e outro direito. Mesmo assim, denotam que considerável
número de crianças matriculadas no Ciclo da Alfabetização pode estar concluindo essa
importante etapa escolar sem a devida apropriação do SEA. É preocupante a quantidade
de crianças que, por não terem dominado esse sistema, apresentam dificuldades na
leitura e na interpretação de textos de diferentes gêneros. Assim, as fragilidades do
processo de alfabetização foram apontadas e ajustes necessários para a superação
dessas, foram indicados. Palavras-chave: Alfabetização. Avaliação. Mato Grosso.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
BLOGS EDUCACIONAIS E FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES
Úrsula Cunha Anecleto
ursula.cunha@hotmail.com
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Janaína De Oliveira Silva Martins
janna_nana@hotmail.com
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Este relato tem por objetivo refletir sobre a importância da escrita de blogs educacionais
na formação inicial de professores do curso de licenciatura em Letras / Língua
Portuguesa. Apresenta como ponto de partida uma experiência de ensino com esse
gênero emergente, no componente Estágio Supervisionado, com a turma de 7º semestre,
da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), campus XIV (Conceição do Coité), em
2016.1. A atividade, realizada durante dois meses, consistiu na elaboração de dois blogs
educacionais, intitulados “Compartilhando Saberes” e “Trocando Ideias”, nos quais
foram postados relatos sobre a prática pedagógica em sala de aula, reflexões sobre o
componente Estágio e atividades elaboradas pelos próprios estagiários e utilizadas
durante a regência de classe. Os blogs, como esferas públicas, oportunizaram, também,
visibilidade ao discurso desses graduandos, contribuindo, assim, para a construção e
reconstrução de suas identidades enquanto futuros docentes de Língua Portuguesa.
Nesse sentido, os blogs, por representarem um espaço de trabalho online, ampliaram as
possibilidades de aprendizagens de forma colaborativa, colaboraram com autoavaliação
do percurso formativo e pedagógico do graduando, além de propiciar o
desenvolvimento pessoal e profissional do futuro professor. Teoricamente, a prática
pedagógica ancorou-se nos estudos sobre blogs (KOMESU, 2005; RECUERO, 2002);
esfera pública (HABERMAS, 1984) e formação de professores (TARDIF, 2002;
PERRENOUD, 2003; PIMENTA, 2002; SCHÖN, 1995). A partir dessa prática docente,
concluiu-se que a utilização dos blogs educacionais foi muito importante na
socialização de experiências de estágio desses alunos, pois potencializou a formação do
professor que reflete sobre sua práxis cotidiana, compreendendo suas condições
educacionais e sociais, encontrando caminhos para desenvolver saberes próprios da
docência.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
BRINCADEIRAS DAQUI PRA LÁ: AS DIVERSAS LINGUAGENS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Miriam Nogueira Duque Villar
miriamduquev@hotmail.com
Prefeitura de Juiz de fora
Nilcéa Beatriz Jenevain Braga
nilceabeatriz@gmail.com
Prefeitura de Juiz de fora
O presente relato tem o objetivo de mostrar como foi desenvolvido o Projeto
“BRINCADEIRAS DAQUI PRÁ LÁ” na Escola Municipal Professor Carlos Alberto
Marques no ano de 2016 com um grupo de crianças de quatro e cinco anos de idade.
No ano de 2015, esse mesmo grupo de crianças tiveram a oportunidade de conhecer
diversas brincadeiras africanas. Um dia, quando conversávamos na nossa roda, uma
criança se manifestou: - Já que agora sabemos as brincadeiras das crianças africanas,
que tal mostrarmos para elas as brincadeiras das crianças brasileiras?
Decidimos então construir um livro e enviá-lo a um país do continente africano, com o
título “BRINCAR DE SONHAR, SONHAR DE BRINCAR”. Para ensinar as
brincadeiras, fizemos vídeos com a participação das crianças e registramos a escrita das
músicas, as formas de brincar, além de desenhar as brincadeiras utilizando vários
materiais.
O desafio proposto era trabalhar com as diferentes linguagens de forma significativa
com as crianças. Baseada em uma perspectiva histórico cultural, o nosso objetivo foi de
favorecer as aprendizagens, valorizando a criança como sujeito que se pronuncia sobre
o mundo no qual está inserida a partir de diferentes linguagens - plástica,
musical,gestual, pictórica- fazendo uso desses meios simbólicos para se pôr em
interação com o outro.
Para Vigotski (1991), abordar a escrita como linguagem significa reconhecê-la como
ponte entre mim e o outro, como atividade simbólica a partir da qual minha ação sobre o
outro produz mudanças nesse outro e em mim mesmo. Nesse sentido, para se constituir
por meio da experiência de cultura e, portanto com prática humanizadora, é necessário
que a criança possa atribuir sentido à leitura e à escrita
O trabalho foi desenvolvido através da pedagogia de projetos. Cabendo ressaltar, que
trabalhos realizados com projetos, propõem atividades voltadas para uma perspectiva
lúdica do conhecimento, considerando as crianças como co-autoras do seu processo de
aprendizagem, tirando-as do lugar de passividade que a escola as têm colocado para um
papel ativo e participativo.
Palavras-chave: Educação infantil; registro; linguagem; brincadeiras.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
"BRINCAR JUNTO, INTERAGIR COM OS BEBÊS": REFLEXOS DA
FORMAÇÃO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Michelle Duarte Rios Cardoso
michelledrcardoso@gmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
O presente texto é um recorte da dissertação de mestrado intitulada "E os bebês na
creche...brincam? O brincar dos bebês em interação com as professoras" Um dos
elementos do trabalho discorre sobre a importância da relação teoria/prática ao se
trabalhar com bebês na creche, isso porque ao pensarmos nos bebês, no ambiente da
Educação Infantil, é preciso atentar para seus interesses específicos, reconhecendo-os
como sujeitos em formação, capazes de construírem novos significados, a partir de
interações estabelecidas com outros, no coletivo da creche. Ao refletirmos nas
possibilidades do brincar entre/com os bebês, é preciso concretizar práticas que
proporcionem a eles a possibilidade de interagir com o outro e com o mundo ao seu
redor, tornando possível a participação ativa em seu processo de formação. Dessa
maneira, a partir das interações entre professoras e bebês, é possível estabelecer, dentro
da instituição de Educação Infantil, uma relação de aprendizagem/desenvolvimento
pautada na troca de experiências e significados partilhados. Como aporte metodológico,
escolhi a Pesquisa Crítica de Colaboração (PCCol), que prioriza momentos de
discussão, em que pesquisador e sujeito se unem para adequar e/ou ampliar uma
determinada prática/realidade, por meio da construção de novos significados. O
referencial teórico, que deu sustentação à pesquisa foi a Teoria Sócio-Histórico-
Cultural, dialogando em especial com Vygotsky, Wallon e Pino. No que tange aos
reflexos da formação das professoras participantes da pesquisa na prática do brincar
com os bebês, pude perceber que essa fez toda a diferença no modo de agir dessas
profissionais, que construíram sua prática pedagógica a partir de teorias priorizam o
brincar como linguagem, como fundamental ao desenvolvimento humano. Assim, o
brincar, a partir da interação com as professoras, se tornou o eixo central do
planejamento pedagógico dessas professoras, e atividade altamente significativa para a
vida dos bebês, para novas descobertas e aprendizagem.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
CIRANDA LITERÁRIA: A FORMAÇÃO DE PEQUENOS LEITORES
Ariane Rodrigues Gomes Leite Godoy
ariane-csc@hotmail.com
SEE/MG
Mariana Fonseca
marianafbcunha@yahoo.com.br
SEE/MG
O presente trabalho é um recorte de uma experiência, que ainda está acontecendo, de
duas professoras alfabetizadoras do 2º ano do Ensino Fundamental de uma escola de
Juiz de Fora, da rede estadual de Minas Gerais, no ano de 2017. Partindo das
concepções de que a leitura é um ato social, é um processo de interação entre dois
sujeitos, o leitor e o autor, através do texto (KLEIMAN, 2011); e de uma educação que
busca permitir que a criança seja vista não mais como aquela que não fala, que é um ser
inacabado, acreditamos na necessidade do resgate da narrativa pela voz das crianças.
(CARVALHO; SIQUEIRA, 2013). Esse relato de experiência aborda a interação das
crianças com livros de literatura infantil, a partir da proposta de uma “Ciranda literária”,
em que são enviados para casa do estudante livros de determinados gêneros textuais,
para que o mesmo leia com sua família e escolha um para registrar a experiência e
confeccionar, junto com os familiares, fantoches ou dedoches com materiais
descartáveis para contar a história aos amigos da sala. Acreditamos, assim como
Carvalho e Siqueira (2013), na “literatura como mediadora de uma educação infantil
cidadã”, assim, essa proposta, é mais uma forma que permite à criança o acesso a
riqueza do mundo ficcional e a torna sujeito de sua própria história. Acreditando
também no potencial que a família tem na formação desses pequenos leitores, uma vez
que são elas as primeiras mediadoras entre as crianças e os bens culturais, buscamos
envolvê-los nessa experiência.
Palavras-chaves: leitura literária; escola pública; pequenos leitores.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
CLUBE DA LEITURA: UM NOVO OLHAR SOBRE OS LIVROS INFANTIS
Vanessa De Souza Rosado Drago
vanessadrago33@gmail.com
Aira Suzana Ribeiro Martins
airasuzana.ribeiromartins@gmail.com
Colégio Pedro II
Considerando a importância da leitura, da escrita e da oralidade nos anos iniciais do
Ensino Fundamental I, este trabalho apresenta um relato de experiência sobre um
projeto intitulado “Clube da Leitura”, desenvolvido no ano de 2016 no Colégio Pedro II
– Campus Engenho Novo I, nas turmas de 2º ano. De acordo com Simões (2006), a
habilidade para ler e entender, é inútil sem o desejo de ler, condição capaz de mover o
leitor a desencadear os processos que o levarão à compreensão. Pensando dessa forma, a
atividade de escolha dos livros para a leitura semanal em casa, não era apenas uma
formalidade de uma rotina escolar. Percebeu-se o envolvimento por parte dos alunos
pela proposta que lhes foi apresentada, além da parceria escola-família. Da interação
leitor e autor nascem os textos, da necessidade de comunicar-se surge a habilidade de
redigir e de contar histórias. Desse modo, o trabalho com a oralidade é importante para
o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita. Nesse projeto desenvolvido, as
crianças com idade entre 7 e 9 anos utilizaram diversas estratégias para apresentarem os
livros lidos, mostrando-se sujeitos ativos e leitores participantes, demonstrando
percepção e compreensão do texto de acordo com suas vivências.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
COLETÂNEA DE TEXTO E POSICIONAMENTO AUTORAL: INDÍCIOS DE
LEITURA EM PRODUÇÕES TEXTUAIS ARGUMENTATIVAS
Isadora Rocha
isadorarocha97@gmail.com
UFES/GEBAKH
A partir de 1998, com os Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs, o ensino de
língua portuguesa passou a ser guiado por uma concepção de linguagem baseada nos
estudos do Círculo de Bakhtin sobre os Gêneros do Discurso (BAKHTIN, 2003). Com
isso, exames e materiais didáticos foram reformulados, o que proporcionou maior
enfâse em uma produção de textos mais contextualizada, tendo em vista a noção de
"enunciado concreto" dos estudos bakhtinianos. No entanto, nos últimos XX anos, com
a institucionalização do Enem, o foco das "redações" se voltou, novamente, para o texto
dissertativo-argumentativo, retraindo, portanto, o ensino a uma concepção tipológica de
texto. Com isso, cursinhos e escolas passaram a fornecer aos alunos modelos prontos
para a construção de um texto idealizado, o que faz com que nessas produções, em
geral, ocorra a valorização da forma e a homogeneização dos discursos dos
enunciadores. A Prova de Redação oferece aos produtores um ou mais textos
motivadores para servir de base sobre o tema para a argumentação, a “coletânea de
texto”. Tendo em vista o contexto em que essas produções se inserem, a pesquisa
investigou como se dá o processo de leitura dos autores mediante da coletânea fornecida
pelo Enem e se elas de fato contribuem para o processo argumentativo ou dificultam
uma argumentação mais dialógica e ideológica conforme as discussões propostas pelo
Círculo de Bakhtin e seus estudiosos. Para a realização desta pesquisa foram recolhidas
produções de estudantes das redes pública e privada da Grande Vitória. O corpus foi
analisado de forma indiciária conforme proposto por Ginzburg (1986), além da
utilização das considerações do Círculo de Bakhtin e seus comentadores
contemporâneos. A partir das reflexões do trabalho, observamos que a escrita desses
estudantes se dá de forma mecanizada e o processo de leitura é restrito à coletânea,
faltando criticidade nos discursos (re)produzidos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
COMO ANDA O PACTO? MOVIMENTOS PARA ALFABETIZAR
LETRANDO NUMA PERSPECTIVA FREIRIANA
Maikson Damasceno Fonseca Machado
maiksonuneb@hotmail.com
Universidade do Estado da Bahia
Ana Lúcia Gomes Da Silva
analucias12@gmail.com
Universidade do Estado da Bahia
O presente artigo intenciona analisar e descrever a concepção dos professores
alfabetizadores sobre os processos de alfabetização e letramento apresentado pelo
programa Pacto Nacional na Idade Certa – PNAIC, modo a refletir coletivamente suas
implicações no espaço da sala de aula. Contrapondo a visão desses professores,
postulamos a nossa opção por alfabetizar letrando a partir do legado de Freire que ao
longo da sua obra (1980; 1987; 1989; 1990; 1999; 2000; 2001; 2011) irá nos apresentar
requisitos básicos para que os educadores estruturem e encaminhem a sua práxis junto
aos aprendentes em busca de construir processos que possibilite o conhecer/aprender a
realidade dos sujeitos da educação objetivando significar essa realidade/propiciar a
ampliação do repertório de leitura bem como do universo vocabular, a fim de
intervir/mudar a própria realidade pesquisada. Metodologicamente este é um estudo de
caráter qualitativo (GIL, 2008), (auto) biográfico, centrado na subjetividade das
histórias de vida, da memória e que entende a narrativa como elemento que traduz as
experiências individuais e coletivas, passivo de interpretações, análises e reflexões
(SOUZA; SOARES, 2008). Optamos pela entrevista narrativa como dispositivo
de pesquisa. A entrevista foi realizada com cinco professoras alfabetizadoras que
lecionam no segundo e terceiro ano do primeiro ciclo de alfabetização, locadas no
Colégio Municipal Hildécio Antônio Meireles, localizado no município de Cairu-BA.
Elegemos a análise de conteúdo para analisar os dados a fim de interpretar e
reinterpretar o que foi dito, buscando a construção dos sentidos e da realidade em
questão (BARDIN, 2016; MORAIS, 1999). As primeiras impressões do estudo aponta
que a proposta de alfabetização e letramento apresentada pelo PNAIC foi percebido
como uma grata surpresa, considerando que havia professoras que desconheciam o
conceito de letramento e que não dominava a psicogênese da língua escrita e pouco
sabia sobre as fases de apropriação do sistema de escrita e leitura. Com resultados
parciais há indícios que as professoras vêm redimensionando as suas práticas
alfabetizadoras a fim de que as mesmas ganhem novas significâncias e estejam
vinculadas as práticas sociais em que os processos de leitura e escrita nascem, se
fortalecem e estruturam-se.
Palavras - Chave: Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa; Alfabetização e
Letramento; Freire.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
COMPARTILHANDO UMA PRÁTICA DOCENTE: O PRIMEIRO CONTATO
COM A SALA DE AULA
Andressa Barcellos Correia Da Silva
dessa_barcellos@hotmail.com
Camila Araujo Nonato
milanonato@hotmail.com
Alunas de Letras na Universidade Federal de Juiz de Fora
Nosso trabalho tem como objetivo apresentar um breve relato de nossa experiência de
estágio, realizada no ano de 2016 em uma escola estadual do município de Juiz de Fora,
tendo como base as discussões abordadas na disciplina “Reflexões sobre a atuação no
Espaço Escolar de Língua Portuguesa I”. Essa experiência de prática docente foi o
nosso primeiro contato com a sala de aula e com a profissão que escolhemos seguir, na
qual materializamos o que aprendemos ao longo do curso de Letras, principalmente na
Faculdade de Educação. Em nossa experiência, aplicamos o trabalho incisivo com o
gênero textual, através de uma sequência didática, com base nos moldes propostos por
Joaquim Dolz, Michèle Noverraz e Bernard Schneuwly (2004). Nessa sequência
didática trabalhamos a leitura, a produção escrita e a análise linguística. Porém, como os
alunos já se mostravam interessados pela leitura, planejamos que o projeto final dessa
sequência seria um texto escrito por eles, com isso, optamos por focar no ensino da
escrita e atrelamos a ela a análise linguística. Escolhemos um ensino através do gênero,
pois como confirma os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa de
1998 (PCN – LP), todo texto que produzimos é materializado em gêneros textuais.
Buscamos propor um trabalho diferenciado, com o intuito do ensino-aprendizagem do
gênero conto, assim como de questões linguísticas relevantes para a faixa etária dos
estudantes (7º ano) e de compreensão textual, já que os alunos apresentaram dificuldade
de inferência e de interpretação. Nossa experiência mostrou que podemos mudar de
forma gradual a forma com que o ensino é realizado no Brasil, tornando-o mais atraente
e didático para o estudante, com o objetivo de inserir o aluno em práticas de letramento,
que englobam um mundo que não só aquele da sala de aula.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
COMPETÊNCIA COMUNICATIVA E O TRABALHO COM O TEXTO
ARGUMENTATIVO NO ENSINO FUNDAMENTAL
Mariana Vieira Domingues
marianavdomingues@yahoo.com.br
UERJ
Na minha prática docente no ensino fundamental, verifico que a maioria dos estudantes
demonstra ter problemas com leitura, interpretação e produção de textos, especialmente
o texto de tipo argumentativo, que exige um desenvolvimento da capacidade de
formular teses, defender pontos de vista e selecionar informações que embasem seus
argumentos. Essas observações geraram a criação de um projeto que venho
desenvolvendo em sala (2016/2017), voltado para o aperfeiçoamento da competência
comunicativa (COSTE, 2002) dos meus alunos, no que tange à aprendizagem e ao
desenvolvimento da leitura e da escrita argumentativa. O projeto faz parte da minha
formação docente no Mestrado Profissional em Letras e o objetivo geral é aperfeiçoar a
competência comunicativa de alunos do ensino fundamental do nono ano, em relação à
produção de textos de tipo argumentativo. Os alunos são de uma turma de nono ano, de
uma escola de rede pública municipal, onde leciono. Para aprofundar a competência
comunicativa nos baseamos em COSTE (2002) e VIGNER (2002). Segundo Coste
(2002), a Competência Comunicativa diz respeito ao conhecimento prático das
regras psicológicas, culturais e sociais que comandam o processo de socialização
verbal. A metodologia adotada é a pesquisa-ação porque pretende intervenção
participativa no ambiente escolar analisado a fim de modificá-lo. Essa intervenção
ocorrerá por meio de oficinas de leitura de variados gêneros textuais e produção de
textos de tipo argumentativo. Vemos a escrita de textos como processo e por esse
motivo, a oficina começa parecendo ser uma oficina de leitura, mas na verdade já é o
primeiro passo do redigir. As atividades possibilitam que os alunos tenham uma prática
reflexiva e motivadora do processo de escrever, aprimorando os componentes da
competência comunicativa e buscando reconhecerem-se como autores do seu texto.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
CONSTRUINDO ENTENDIMENTOS SOBRE A GRAMÁTICA: EM BUSCA DE
UM ENSINO SIGNIFICATIVO
Patrícia Graeff
pgraeff@gmail.com
Secretaria do Estado de Educação
Apoiada na abordagem ético-inclusiva da Prática Exploratória (ALLWRIGHT e
HANKS, 2009), apresento um recorte da minha pesquisa, a qual configura um processo
de reflexão e de construção de entendimentos sobre o ensino significativo da língua
portuguesa com uma turma de segundo ano do ensino médio de uma escola pública
estadual do Rio de Janeiro. Os objetivos que guiaram o meu olhar para esse trabalho
tiveram como fundamento a busca de entendimentos sobre o lugar da gramática em
minha sala de aula. Nesse sentido, propus-me a trabalhar a língua portuguesa a partir da
perspectiva interacional e da abordagem socioconstrutivista da aprendizagem
(TRAVAGLIA, 2009; VYGOTSKY, 1991) assim como elaborar atividades
pedagógicas exploratórias de língua portuguesa com vistas a um ensino significativo da
língua (ALLWRIGHT,2005). Considerando o fato de que a língua é apreendida na
interação (BAKHTIN,[1979] 2015), proponho, a coconstrução de conhecimentos que
contemple o uso real e social da língua, ou seja, é a partir do texto, seja ele escrito ou
oral, que surge a linguagem como objeto de reflexão (GERALDI, 2013). Dessa forma, o
meu trabalho com a gramática delineia-se a partir da análise dos enunciados que
compõem os gêneros discursivos e não a partir de orações (BAKHTIN, [1979] 2015). A
partir da reflexão desse trabalho de pesquisa, entendi que a gramática precisa possuir o
seu lugar na minha sala de aula, no entanto, de maneira ressignificada. Faz-se necessário
trabalhar textos com os aprendizes que propiciem refletir sobre o momento sócio-
histórico que se está vivenciando. Desse modo, essa pesquisa apresenta atividades
gramaticais que colaboram para uma reflexão sobre os efeitos de sentido das escolhas
discursivas, uma vez que isso possibilita um aprofundamento da leitura, de maneira a
não contribuir para um ensino da língua vazio e alienante.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
CONTRIBUIÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS DA LINGUÍSTICA
APLICADA PARA A AQUISIÇÃO DA ESCRITA
Victória Ramos Régis Maciel
victoria.maciel@letras.ufla.br
Hellen Teixeira Silva
hellen.silva@letras.ufla.br
UFLA (Universidade Federal de Lavras)
A presente comunicação tem por objetivo inventariar as contribuições teórico-
metodológicas da Linguística Aplicada (L.A.) para a análise do processo de aquisição
da escrita. Para a consecução do objetivo proposto, este trabalho contemplou o estudo
de três temas: a) Linguística Aplicada; b) Linguística Aplicada ao ensino de língua
materna e) Linguística aplicada à aquisição da escrita. Para tal, foram utilizados os
seguintes teóricos: Moita Lopes (2006), Kleiman (2007), Rojo (2007), Moreira (2013),
Bosco (1999), Ferreira (2008), entre outros. Para complementar o estudo, foram
selecionadas três produções escritas de crianças em fase de alfabetização. A análise das
produções eleitas buscou levantar as potencialidades da Linguística Aplicada para o
trabalho com a escrita em sala de aula. Como resultado, constatou-se que a L. A.,
considerando-se as várias pesquisas realizadas por pesquisadores brasileiros, pode
emprestar contribuições para o trabalho com a produção de textos escritos na escola,
uma vez que poderá iluminar a prática docente, seja na dimensão de uma formação
teórica, seja na dimensão metodológica, o que pode influenciar no redimensionamento
de concepções, de atividades didáticas e de seus posicionamentos como intérprete do
texto dos alunos. Em decorrência disso, o aluno poderá ampliar as suas habilidades de
escrita, considerando a diversidade de gêneros discursivos e de usos da linguagem.
Assim, o processo de aquisição da escrita, embasado nos pressupostos da L.A. poderá
reduzir bloqueios e inseguranças inerentes à ação de escrever.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
CRONOTOPO E EXOTOPIA NO SERIADO THE FOLLOWING: LEITURAS
DE LIMITES ENTRE REALIDADE E FICÇÃO
Guilherme Augusto de Figueiredo Carneiro
guilherme.carneiro@letras.ufla.br
UFLA/LEDISC
O presente trabalho pretende analisar, a partir dos conceitos Bakhtinianos de exotopia e
cronotopo, as relações de espaço tempo que existem na representação na “realidade” de
uma história fictícia dentro de outra história fictícia ao decorrer do enredo do seriado
norte-americano The Following. O protagonista é um professor universitário assassino,
o qual possui uma relação peculiar com os contos de Edgar Allan Poe e sua forma de
observar a morte. Tal professor, ainda que preso, tem seus alunos como seus seguidores.
Esses alunos assassinam e fazem diversos tipos de crueldade com determinadas pessoas,
mudando completamente a vida delas, em busca apenas de trazer uma história de horror
fictícia, escrita pelo professor que busca inspiração nos contos de horror de Allan Poe,
para a realidade. Considerando tais fatores, propõe-se mostrar como a ficção e a
realidade se misturam dentro de um seriado que consequentemente é fictício, a partir da
exotopia, pensando no acabamento do sujeito em torno de um todo na dimensão
temporal e de cronotopo, nos levando a pensar nas personagens envolvidas em uma
história fictícia, trazidas à “realidade” dentro de um enredo de um seriado de ficção. A
metodologia utilizada consiste numa análise descritivo-analítica, na qual o analista se
assume como sujeito, também produtor de sentidos e epistemológica e axiologicamente
comprometido na relação com sua análise.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
DA IDEALIZAÇÃO À OBJETIVIDADE: UMA ABORDAGEM DA ESTÉTICA
REALISTA NO ENSINO MÉDIO
Margareth Andrade Morais
margareth.morais@ifrj.edu.br
Rafael Guimarães Nogueira
rafael.nogueira@ifrj.edu.br
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
(campus Rio de Janeiro)
A partir de um relato sobre o projeto “Cinema e Literatura: diálogos possíveis”,
desenvolvido, em 2016, no IFRJ (campus Rio de Janeiro), o objetivo desta comunicação
é demonstrar como a comparação entre obras literárias e cinematográficas pode se
constituir um meio profícuo para fomentar e (re)significar o ensino de Literatura. A
partir da multiplicidade da arte cinematográfica, as atividades desse projeto de iniciação
científica fundamentam-se na análise e na comparação de obras cinematográficas e
literárias. Desse modo, em debates junto à comunidade acadêmica, objetiva-se ampliar o
acesso a tais produções e demonstrar semelhanças ou divergências entre recursos
linguístico-literários e cinematográficos. Nesta comunicação, destacam-se duas
apresentações do projeto: a exploração temática do filme Relatos Selvagens, de Damián
Szifron, e a análise comparativa entre o romance Dom Casmurro, de Machado de Assis,
e a minissérie Capitu, dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Em uma abordagem
interdisciplinar, o debate acerca do filme focalizou sua relação temática com a estética
literária Realista/Naturalista. Composto por seis histórias independentes com um ponto
em comum – a temática do descontrole –, o filme argentino, assim como as narrativas
da 2ª metade do século XIX, desvela “as mazelas da vida pública e os contrastes da vida
íntima” (cf. BOSI, 2006), mostrando como os humanos, se levados a situações
extremas, podem se comportar de forma animalesca. Na análise contrastiva das obras
Dom Casmurro e Capitu, privilegiou-se a construção do narrador e dos personagens, a
partir de conceitos como intertextualidade (cf. KOCH, 2002), dialogismo (cf. FIORIN,
2005) e multiperspectivismo narrativo (cf. MELO E SOUZA, 2006). Portanto, por meio
desta comunicação, espera-se contribuir para a emergência de práticas docentes que
ampliem o senso crítico e a sensibilidade estética referente ao discurso cinematográfico
e literário.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
DESAFIOS PARA CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS VIRTUAIS
PARA CEGOS E SURDOS
Alan Mariano Da Silva
alanmariano96@gmail.com
Hevellin Ferreira Aguiar E Ferraz
hevellin.ferraz@gmail.com
Universidade Federal de Viçosa
Conforme as instituições de ensino se tornam mais inclusivas, aumentam os desafios na
geração e apresentação de conteúdos acessíveis a pessoas com deficiência. As novas
tecnologias para inclusão surgiram com o intuito de sanar esse problema, oferecendo
recursos e serviços que contribuem para possibilitar o multiletramento envolvendo a
acessibilidade de pessoas surdas e cegas no ensino superior. O objetivo deste trabalho é
descobrir quais os principais desafios encontrados pelos docentes na geração de
conteúdos acessíveis e como novas plataformas podem ser projetadas para potencializar
a transmissão de conhecimento entre docente e discente, uma vez que a não aplicação,
ou utilização inadequada, dos recursos oferecidos por essas novas tecnologias se
configura como uma barreira para que o conteúdo ministrado seja aproveitado por todos
os alunos. Nesse contexto, é imprescindível pensar em plataformas de multiletramento,
uma vez que é perceptível a utilização pelo professor na sala de aula de recurso
tecnológico de apresentações multimídias, preenchendo-o frequentemente apenas com
textos, subutilizando o grande potencial da tecnologia. O material utilizado para ensino
não deve se apoiar totalmente em um único tipo recurso (textos, áudios, imagens,
vídeos), tendo em vista as diferentes características de cada aluno. Levando em
consideração todos esses fatores, já estão sendo desenvolvidas plataformas de uso fácil
que não exijam do professor conhecimento prévio das normas para criação de conteúdo
online acessível para cegos e surdos.
Palavras-chave: Acessibilidade, tecnologia, ensino superior.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
DESENVOLVENDO A ORALIDADE POR MEIO DA LITERATURA
Sara Helena Da Costa Freitas
sarafreitasufjf@yahoo.com
Josina Augusta Tavares Teixeira
josinatavares@hotmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
A experiência a ser relatada ocorreu em 2016 no Colégio de Aplicação João XXIII em
uma turma composta por 20 alunos do 1º ano do ensino fundamental I. Foi desenvolvida
durante 3 meses, semanalmente, em 2 aulas de Linguagem tendo como duração, cada
aula, 45 minutos, nas quintas e sextas- feiras. A atividade foi desenvolvida com diversos
livros literários e teve como o disparador o livro literário “A princesa Rosa-choque”.
Para a realização da atividade eram usados um dos três espaços disponíveis pela escola:
parque, anfiteatro e sala de aula e escolhido por meio de uma votação. A primeira parte
da atividade é a leitura do livro feita pela professora sem contar o final da história.
Logo, fazíamos duas formas de leitura: primeira, os alunos que já dominavam a leitura
da escrita da história formavam duplas com alunos que ainda não liam para lerem a
história juntos em um tom de voz um pouco mais elevado, descobrindo assim o final tão
esperado e; segunda, a leitura individual e silenciosa. Após a leitura era trabalhado com
os alunos a encenação da história. Para encenação eram formados vários grupos, até que
todos houvessem participado. Nessa atividade era destacada o desenvolvimento da
autonomia para mudar as falas e improvisar os fatos; tom de voz e postura adequados de
acordo com o desenrolar da história, fazendo assim o uso da forma sarcástica,
enfadonha, aterrorizante, etc. e, um espaço para expressar suas opiniões, gozos e
insatisfações. Para embasarmos nossa atividade nos apoiamos nos pressupostos teóricos
de Teixeira (2014), Machado (2011) Vigotsky (1984), Cosson (2011) e Juracy Saraiva
(2011). Ao final da experiência, deixamos claro que não existe uma receita para o
trabalho com oralidade, no entanto, essa atividade pode possibilitar ao professor
cumprir o seu papel de formar cidadãos competentes na fala e na escrita.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
DIÁLOGOS SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES LEITORES A
PARTIR DE UMA VIVÊNCIA DE LEITURA LITERÁRIA
Márcia Mariana Santos De Oliveira
mmariana-oliveira@bol.com.br
Ana Maria Moraes Scheffer
anamscheffer@oi.com.br
Universidade Federal de Juiz de Fora
Promover uma vivência de leitura literária aos professores foi o objetivo da oficina de
leitura que realizamos em uma escola da rede municipal de ensino de Juiz de Fora, no
mês de março de 2017. Essa oficina foi planejada no âmbito do projeto de extensão
“Leituras e Leitores”, desenvolvido pelo grupo de pesquisa Linguagem, Infâncias e
Educação – LINFE –, da Faculdade de Educação da UFJF. O intuito desse projeto é
apoiar as escolas públicas em um dos seus principais desafios: a formação de leitores.
Alicerçadas pelos estudos desenvolvidos por Vigotski, acreditamos que é preciso
proporcionar vivências de leitura aos professores, para que estes possam mediar a
relação de seus alunos com a leitura. Diante disso, realizamos a oficina durante a
reunião pedagógica da equipe docente, a partir do livro literário “Um Apólogo” de
Machado de Assis utilizando a estratégia de leitura teatralizada. Foi preparado um
espaço acolhedor na biblioteca no qual estavam presentes alguns artefatos que remetiam
à história do livro, na tentativa de sensibilizar os professores e possibilitar que suas
memórias pessoais fossem acionadas. O texto escolhido apresenta um diálogo entre uma
agulha e um novelo de linha em que é discutido sobre a importância do trabalho que
cada um realiza na costura de um vestido. Durante a leitura, os mediadores refizeram o
mesmo diálogo proposto pela história, provocando no leitor sensações múltiplas e o
encantamento pela narrativa. Na sequência, iniciamos uma conversa com os professores
a fim de saber quais foram os sentidos produzidos por eles para aquela vivência, o que
suscitou reflexões sobre o trabalho coletivo realizado na escola e a formação do leitor
literário.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
DICIONÁRIO DE LIBRAS: INSTRUMENTO TECNOLÓGICO PARA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES E ACESSIBILIDADE
Sheila Silva De Farias Xisto
sheilaxisto7@gmail.com
Universidade Federal de Viçosa
O dicionário de Libras (Língua Brasileira de Sinais), proposto pela Universidade
Federal de Viçosa (UFV), tem por objetivos: (i) auxiliar a disciplina de Libras, ofertada
obrigatoriamente para os cursos de formação de professores e facultativamente para os
demais cursos da instituição; (ii)constituir um acervo de sinais para áreas de
conhecimento específicas e (iii) contribuir para a comunicação dos estudantes surdos e
ouvintes dessa e de outras instituições. Reconhece-se que este projeto tem fundamental
importância para a instituição e para a comunidade surda, considerando as limitações
encontradas por professores e estudantes na elaboração de aulas e material didático
adequado em Libras. Para elaboração desse recurso tecnológico, serão investigados
dicionários e glossários de outras instituições com o intuito de conhecer os sinais, o
layout, a organização das palavras e a partir desses dados, obter um dicionário que
atenda aos objetivos propostos. Neste sentido, a pesquisa é de cunho qualitativo,
qualificada como pesquisa-ação, constituída pelas seguintes etapas: revisão
bibliográfica; pesquisa documental; análise dos dados e catalogação dos materiais
didáticos encontrados; e, por fim, a ação de elaboração dos produtos tecnológicos
didáticos. Denominado Projeto Inovar Mais, a pesquisa, na qual está envolvida uma
equipe interdisciplinar de estudantes, técnicos e professores da UFV, está em
andamento e tem previsão de término o mês de julho de 2017.
Palavras-chave: Libras; dicionário; recurso tecnológico.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
DO STAND-UP AO TEXTO ESCOLAR: MEDIAÇÃO DIDÁTICA DE BASE
COLABORATIVA PARA O ESTUDO DE TÓPICOS DE LÍNGUA
PORTUGUESA NA EJA
Rennan Furtado
rennan@ufrrj.br
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Bolsista Capes/ProfLetras
Este trabalho tem por objetivo desenvolver uma mediação didática, de base
colaborativa, para estudo de tópicos de língua portuguesa, como o uso do objeto direto
anafórico (ODA), a partir do gênero discursivo stand-up comedy, em turmas do
segmento Educação de Jovens e Adultos (EJA). Busca-se incentivar a participação dos
alunos inseridos nos cursos da EJA da rede pública do estado do Rio de Janeiro (NEJA),
partindo-se da hipótese de que o uso do referido gênero os estimularia a desenvolver
atividades de leitura, produção textual e reflexão sobre usos linguísticos, neste caso com
foco no estudo e uso do ODA. Para tanto, esta pesquisa baseou-se na Teoria
Colaborativa de Aprendizagem (BEHRENS, 2013), que possibilitou a organicidade da
mediação para promovermos um ensino participativo em que a interação entre aluno e
professor constitui a base do trabalho. Além disso, buscamos, em teorias linguísticas,
pressupostos para fundamentação da proposta. A saber: a teoria da Referenciação
(KOCH E ELIAS, 2012; CAVALCANTE, 2004) e a dos Contínuos de variação
linguística (BORTONI-RICARDO, 2004, 2005), com ênfase no contínuo oralidade-
letramento. A primeira permitiu o entendimento das relações anafóricas, sobretudo a do
ODA, em um texto; a segunda possibilitou o reconhecimento de que as realizações
linguísticas, as variáveis, como as dessa categoria, situam-se em uma linha contínua e
não em lados opostos. Procedemos ainda à associação desse contínuo com o contínuo
dos gêneros discursivos proposto por Marcuschi (2001). Este trabalho buscou, ainda,
atingir objetivos específicos da disciplina de Língua Portuguesa, como ensinar
estratégias de referenciação em formas acusativas, além de outros mais gerais, como
promover o debate, a coletividade, o compartilhamento de ideias e o respeito mútuo
entre professor e alunos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
DOCENTES EM FORMAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES PARA PENSAR A
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
Jacqueline Martins da Silva
jacqueflower@hotmail.com
UERJ
O presente trabalho é um recorte de uma pesquisa de mestrado já concluída e que teve
como propósito investigar trajetórias e experiências de formação de professoras do
município de Niterói – RJ. Objetivamos apresentar uma breve discussão sobre formação
continuada de professores como experiência dialógica permanente, como processo
tecido e entremeado de forma longitudinal, nas múltiplas trajetórias da vida e da carreira
docente. A escolha metodológica é a dimensão discursiva da linguagem, a partir de
entrevistas individuais e análise do discurso, ancorada na teoria bakhtiniana. Sabe-se
que devido a um significativo crescimento em modalidades diversas de formação de
professores que se denominam “educação continuada”, torna-se difícil pensar em um
conceito único referente à formação continuada. Portanto, ter um olhar atento para o
modo como os termos têm sido pensados e propagados pode nos ajudar na construção
do entendimento da formação como processo que se constitui e permanece ao longo do
percurso de cada um, como tessituras sem meio ou fim. Na contramão de concepções e
políticas de formação que tentam passar uma borracha nas nossas inúmeras histórias e
zerar trajetórias e práticas que, de alguma maneira, ajudaram a construir a história do
país e da educação, pois são produções de sujeitos que fazem a história e se constituem
nela, propomos trazer à cena a possibilidade de concebermos a formação continuada de
professores como aquela que se dá cotidianamente, nos múltiplos espaçostempos,
relacionando-se com o crescimento pessoal e profissional. No tocante aos programas de
formação continuada de professores que podem ser ofertados na esfera federativa, cabe
questionar em que medida tais formações dialogam e, consequentemente, contribuem
com os processos formativos dos professores. Discutir sobre esta temática pelo viés do
devir, da continuidade e como experiência dialógica não se finda neste texto, mas põe-
se como linha que pode ser tecida e destecida à medida que outros discursos
acrescentem-se as que aqui foram explicitadas.
Palavras-chave: Formação continuada de professores. Experiência dialógica. Professor
reflexivo
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
DOS LETRAMENTOS AOS MULTILETRAMENTOS: UMA EVOLUÇÃO
NATURAL DAS SOCIEDADES HUMANAS
Letícia Campos Silva
lelety21@hotmail.com
Sandra Mara Pereira Martins
sandrapgia@gmail.com
É fato que escola e sociedade sempre mantiveram, há séculos, um estreitamento direto
quanto às suas relações de dependência. Contudo, tem-se verificado cada vez mais o
quanto o letramento escolar ainda sobrepuja outros modos de letrar disponíveis nas
sociedades como um todo. Em vista disso, neste artigo, buscamos apresentar uma
reflexão quanto à abordagem que envolve as teorias dos multiletramentos na formação
inicial dos profissionais da educação, a fim de refletir sobre como os novos letramentos
podem ser contemplados nos espaços escolares. Para isso, nesta pesquisa assumimos
como objetivos, dentre outros, verificar as teorias que sustentam a discussão sobre os
multiletramentos (ROJO, 2012) e a necessidade de abordagem desse tema nas séries
iniciais da escolarização básica; também procuramos identificar os aspectos que giram
em torno da pedagogia dos multiletramentos e investigar se cursos de formação de
Pedagogos de 5 universidades federais do estado de Minas Gerais contemplam, em sua
grade curricular e em suas ementas, referências à abordagem quanto a esse tema. Para
tal, realizamos, junto ao Grupo de Estudo Multiletramentos e Ensino, da Faculdade
Metodista Granbery, uma pesquisa fundamentada em análise de documentos
disponibilizados pelas instituições federais de Minas. A promoção de cursos de
licenciatura em educação pautados em um ensino que efetivamente contribua para a
formação crítica, reflexiva e cidadã de profissionais que atuarão em instituições
educacionais (ORLANDO E FERREIRA, 2013) torna-se essencial para a construção de
uma sociedade pautada em novas tecnologias. Com os dados colhidos preliminarmente,
foi-nos possível verificar que ainda há muito que se avançar quanto às propostas de
formação de profissionais da educação que atuarão nas séries iniciais da Educação
Básica, principalmente no que se refere ao perfil das novas gerações de alunos
conectados à internet por meio de suas ferramentas de acesso. Assim, favorecer o
desenvolvimento de temas que abordem os multiletramentos e suas práticas na escola é
essencial para transformar as sociedades do papel em sociedades conectadas a novas
realidades de letramento.
Palavras-chave: Multiletramentos. Ensino e aprendizagem. Formação de professores.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
EDUCAÇÃO SOCIAL E LETRAMENTO
Luciana Aparecida De Paula Silva
claralu1323@gmail.com
Elaine Aparecida De Oliveira Assunção
elaine22k@yahoo.com.br
Universidade Federal De Minas Gerais
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta de projeto de
letramento desenvolvida com os alunos do oitavo ano do Ensino Fundamental II da
Escola Mauro Faccio Gonçalves da rede estadual de ensino da cidade de Sete Lagoas,
situada no Bairro Jardim Primavera II – MG, durante o ano de 2016.
Metodologicamente o projeto se baseia na concepção sócio-histórica de letramento
proposta por Ângela Kleiman que tem como um dos princípios a leitura e escrita como
práticas para agir socialmente. Após acompanhar duas turmas por mais de dois anos,
desde o 6º ano, a professora de língua portuguesa estabeleceu uma relação interpessoal
muito boa com seus alunos. Assim, eles ganharam a confiança de relatar vivências
pessoais durante debates ou discussões promovidas pela professora. No ano de 2016 a
professora observou o despertar de muitos deles para o namoro, sempre que a temática
surgia o interesse era muito grande e alguns relatavam alguns problemas vividos, entre
eles a descoberta do namoro pelos pais de duas meninas com estudantes do 8º ano.
Assim que tomaram conhecimento, os pais estiveram na escola e exigiram o fim do
namoro. Esse fato desencadeou indignação dos alunos, assim a professora de língua
portuguesa abriu espaço para discussão do problema durante sua aula. Devido ao fato
dos alunos demonstrarem o interesse em conhecer a opinião da professora e de outros
sobre o assunto e buscarem a compreensão disso, a professora propôs que produzissem
uma pesquisa de opinião. Assim, surgiu a proposta de um projeto de letramento, já que
se tratava de uma questão real e de interesse dos alunos possivelmente solucionada pelo
uso da escrita. Dessa forma, este projeto buscou contemplar atividades que ampliassem
o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita dos alunos associada a uma
situação real concebendo, dessa forma, a linguagem como fator social.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ENSINO DE LITERATURA E INTERDISCIPLINARIDADE: CONTOS DE
CLARICE LISPECTOR EM DIÁLOGO COM AS ARTES PLÁSTICAS E A
CANÇÃO
Fernanda Vivacqua
fernandavivacquaa@gmail.com
Luana Sofiati
luanafsofiati@hotmail.com
Faculdade de Letras – Universidade Federal de Juiz de Fora
A presente comunicação apresenta o relato de experiência construído a partir do Estágio
Supervisionado em Língua Portuguesa, realizado em uma turma do primeiro ano do
Ensino Médio, em escola privada do município de Juiz de Fora (MG). O relato se
debruçou sobre o ensino de literatura a partir de uma abordagem interdisciplinar,
motivado pelo trabalho com contos da escritora Clarice Lispector (LISPECTOR, 1998)
e o diálogo destes com outras obras de arte atravessadas pelas temáticas do “ser mulher”
e da maternidade. Assim, após a leitura e a compreensão dos contos, a apresentação e a
discussão sobre outras obras de arte com a mesma temática – artes plásticas e uma
canção – subsidiaram não só a discussão das temáticas, mas também como essas
aparecem em diferentes manifestações estéticas ao longo do tempo. Para tanto, buscou-
se as contribuições teóricas de COSSON (2010) e ROJO (2006; 2012), além de
documentos oficiais do Ministério da Educação sobre a questão (BRASIL, 1997;
BRASIL, 2006). Durante as aulas ministradas e a escrita do relato, aqui resumido, pode-
se confrontar os limites e as dificuldades de uma prática interdisciplinar em aulas de
literatura, mas também explorar as suas possibilidades, tendo em vista uma formação de
leitores críticos em consonância com uma educação para a experiência estética e da
subjetividade humana, tal como para a cidadania.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ENSINO DE PLE PARA SURDO BRASILEIRO
Marina De Paulo Nascimento
maridepaulo@gmail.com
Universidade Federal de Viçosa
O ensino e aprendizagem de qualquer língua, quer materna ou estrangeira, naturalmente,
enfrenta diferentes desafios (COSTA, 2017);(LEFFA, 2008). Por esse ângulo, cabe a
indagação do como acontece esse processo no que toca determinados membros da
comunidade surda. Uma vez que se identificam como brasileiros, mas cuja primeira
língua é a Libras, tornando, consequentemente, o português, um meio alternativo de
comunicação (SALLES et al., 2004). No presente relato, descrevemos uma experiência
ímpar no ensino (e aprendizagem) de um surdo, cuja primeira língua é a Língua de
Sinais Brasileira, durante o segundo semestre de 2017, no contexto de um curso
preparatório para o Exame Celpe-Bras, avaliação oficial de proficiência em língua
portuguesa do Brasil para “estrangeiros”, que, no ano passado, contou com a
participação de um examinando brasileiro surdo. Descrevemos as transformações pelas
quais as aulas, que ocorreram no curso de Extensão em Português como Língua
Estrangeira, na Universidade Federal de Viçosa, passaram, tendo em vista que se em um
primeiro momento, eram planejadas levando em consideração apenas falantes
estrangeiros ouvintes, bem como o material de edições antigas, disponibilizado no
acervo Celpe-Bras, em um segundo, precisaram passar por diversas modificações para
que o desenvolvimento necessário de um grupo que, além da participação de um
brasileiro, contou com estudantes colombianos, panamenhos e peruanos, fosse
construído por todos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ESCRITA DOCENTE: POSSIBILIDADES DE FORMAÇÃO
Rosangela Padilha Thomaz Dos Santos
rosinhapts@uol.com.br
UFRJ
A sociedade contemporânea com suas inúmeras exigências, rápidas transformações,
desenvolvimento tecnológico e diversas demandas socioculturais, parece cada vez mais
necessitar da figura do professor como protagonista e mediador do processo de ensino e
aprendizagem. Para tanto, se faz necessário o investimento em políticas de formação,
inclusive continuada, que visem o aprofundamento teórico e prático para a profissão,
além de promover a valorização da voz docente. O objetivo deste trabalho, originado da
pesquisa de doutorado em andamento ”As narrativas escritas como possibilidades de
formação continuada de professores alfabetizadores” é suscitar reflexões acerca do
papel da escrita como caminho de formação. Sendo assim, para adentrarmos nessa
temática nos aproximamos de um referencial teórico básico como nossos interlocutores
para o alicerce de nossas reflexões, dentre outros, destacamos Andrade, (2003, 2010,
2011, 2014) que discute e defende a escrita na formação de professores, assim como o
lugar da voz docente na formação; Bakhtin (2009, 2013) e ANDRADE (2010, 2011,
2014), que nos ajudam a pensar a formação por meio da perspectiva discursiva, partindo
dos conceitos de alteridade, dialogismo e polifonia. Além disso, procuramos trazer as
vozes do campo empírico por meio da análise de textos escritos por duas professoras
alfabetizadoras sujeitos da referida pesquisa. Concluímos com esse estudo que a escrita
docente será um caminho profícuo, a depender da escolha que fazemos em relação à
concepção de formação. Pela via da linguagem em sua perspectiva discursiva, podemos
observar deslocamentos que permitem aos professores alcançarem um nível de reflexão
por meio de suas escritas que levam à autonomia profissional e consequentemente
alteram o seu fazer pedagógico.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ESTRATÉGIAS SOCIAIS UTILIZADAS DENTRO E FORA DA SALA DE
AULA
Flávia Luciana Campos Dutra Andrade
flavia.dutra@ifsudestemg.edu.br
IF Sudeste MG, campus Rio Pomba
Este artigo é fruto de uma pesquisa desenvolvida no Programa de Mestrado Profissional
em Educação da Universidade Federal de Lavras (UFLA), na área de Linguística
Aplicada (2014-2016). Nessa pesquisa, a professora-pesquisadora gerou os dados ao
narrar suas aulas de inglês, as quais foram ministradas para um curso técnico em
zootecnia integrado ao ensino médio durante o primeiro semestre de 2015, a fim de
fomentar a autonomia dos discentes e refletir sobre sua própria formação docente.
Portanto, essa pesquisa é um estudo de caso de abordagem qualitativa e procedimento
documental. Neste artigo, o objetivo é selecionar alguns excertos desses diários que
apontam o uso das estratégias sociais utilizadas pela professora-pesquisadora e pelos
estudantes e analisá-los à luz da teoria sociointeracionista (PAIVA, 2005; ROMERO,
1998; VYGOTSKY, 2007) e das estratégias de aprendizagem (MAGNO E SILVA,
2006, 2008; OXFORD, 1990, 2003; PAIVA, 1988, 2005; VILAÇA, 2010, 2011; 2013;
WILLIAMS; BURDEN, 1997), com o propósito de verificar se houve êxito no processo
de ensino-aprendizagem da língua inglesa. Com base nas teorias apresentadas, os
resultados narrados no corpus de análise sugerem que o objetivo foi alcançado, já que a
utilização das estratégias sociais possibilitou aos estudantes um maior contato com a
língua adicional, tanto dentro quanto fora da sala de aula.
Palavras-chave: Ensino de língua inglesa. Estratégias de ensino-aprendizagem.
Linguística aplicada. Práticas de ensino. Sociointeracionismo.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
“EU ACHO QUE FIQUE LOUCO TAMBÉM LENDO”: UMA EXPERIÊNCIA
DE LEITURA INTERATIVA COM JOVENS DO ENSINO MÉDIO
Pilar Silveira Mattos
Orientadores: Anderson Ferrari e Tânia G. Magalhães
Este trabalho tem como objetivo apresentar parte de um trabalho monográfico elaborado
como requisito para a obtenção do título de especialista em Educação no Ensino
Fundamental do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Juiz de Fora, o
Colégio João XXIII. A pesquisa investigou os desafios e potencialidades que estão
postos na relação entre ensino de língua materna, na perspectiva dos letramentos e dos
gêneros textuais, e o campo da identidade, à luz dos Estudos Culturais. Para tanto, foi
realizada uma intervenção em uma turma do segundo ano da referida escola, com o
objetivo de discutir e gerar reflexões nos alunos por meio da leitura interativa (KOCH,
2006). Foram trabalhados dois textos extraídos do livro “Tudo que eu queria te dizer”
(2008), da autora Martha Medeiros. Pretendemos analisar, portanto, através da análise
das falas dos alunos e da professora, as potencialidades e desafios que a atividades
trouxeram, uma vez que elegemos duas cartas diferentes nos aspectos estruturais,
discursivos e temáticos. Diante dos dados, dentre outras conclusões, pudemos observar
que a interação na leitura, como defende Koch (2006), acontece quando há uma
aproximação entre autor-texto-leitor. A não identificação diante de um tema, que foge à
realidade dos alunos, além da escassez de reflexões mais elaboradas, foram destacados
como pontos principais em nossa análise. Por fim, ressaltamos a importância de
trabalhos que fomentem a prática da leitura na perspectiva dos gêneros textuais, uma
vez que é a partir desse tipo de concepção de ensino que ampliamos os letramentos dos
alunos, concebendo o texto como unidade básica no ensino de língua materna.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
FORMAÇÃO CONTINUADA EM SERVIÇO E O PROGRAMA GESTAR: UM
ESTUDO SOBRE A PRÁTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUA
PORTUGUESA
Tânia Maria Nunes Nascimento
tm_nnascimento@hotmail.com
UEFS
Este trabalho é parte da dissertação “Formação continuada em serviço e o programa
gestar: um estudo sobre a prática de professores de língua portuguesa” e teve como
objetivo investigar a prática docente assumida pelos professores com formação em
Língua Portuguesa, com atenção para o desenvolvimento de atividades em sala de aula,
e interesse mais específico em conhecer de que modo esses professores com formação
no Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar-Gestar se apropriam do conhecimento
adquirido para realizar a Transposição Didática. A pesquisa se alinha com os aportes
teóricos da Linguística Aplicada e recorre a teoria da concepção de língua de Bakhtin
(2012), especificamente a relação entre sujeito e linguagem como um fenômeno social,
histórico e dinâmico, e recorre, ainda, à teoria da Transposição Didática seguindo o
pressuposto de Chevallard (1991). A investigação se enquadra nos princípios da
pesquisa qualitativa de cunho interpretativista. Com base nessa fundamentação foram
analisados conteúdo de entrevistas individuais e dados coletados durante observações de
aulas de língua portuguesa de quatro professoras selecionadas conforme os critérios do
estudo e que concordaram em participar. Em decorrência de nossa análise constatamos
que a formação do Gestar imprime baixo alcance na mudança das práticas de sala de
aula no ensino de língua portuguesa, embora exerça alta influência na formação do
professor e na compreensão a respeito das concepções de linguagem e de ensino que
devem orientar o exercício profissional. Os resultados nos levam a refletir a necessidade
de fortalecimento e aprofundamento das discussões a respeito da transposição do saber
acadêmico em saber escolar.
Palavras-chave: Formação Continuada. Linguagem. Transposição Didática
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
FORMAÇÃO DE PROFESSORES: EM PAUTA DESENVOLVIMENTO
MORAL E A CONSTRUÇÃO DE VALORES
Mônika Marja Silveira Consentino
m.marja92@hotmail.com
Sandrelena Da Silva Monteiro
sandrelenasilva@yahoo.com.br
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) - MG
No ano de 2016, foi iniciada esta pesquisa que teve como abordagem metodológica a
denominada “Estado da Arte”, que se caracteriza por seu caráter bibliográfico. A
pesquisa teve como objetivo quantizar e analisar o uso da teoria de Jean Piaget nos
periódicos da área de humanas publicados no site da SCIELO, e nos trabalhos
apresentados nos GTs (Grupos de Trabalhos) da ANPEd (Associação Nacional de Pós-
Graduação e Pesquisa em Educação), no período de 2006 a 2015. Foram encontrados 30
artigos em 15 GTs da ANPEd e 64 artigos em 25 periódicos disponíveis na SCIELO,
que utilizaram a teoria de Jean Piaget como referência teórica. Dentre os diversos temas
que tiveram Piaget como interlocutor, o mais recorrente foi o que trata do
desenvolvimento moral e construção de valores por crianças e adolescentes. Ao abordar
este tema, a escola constituiu-se em espaço privilegiado de pesquisa e problematização.
Questões como colaboração e cooperação, autorrespeito, solidariedade, afetividade,
virtude, simpatia, empatia, educação moral, acabavam por apontar para a necessidade de
abordagem dos mesmos nas escolas. A presença recorrente desta temática nos textos
analisados, nos convida a pensar sobre a necessidade atual de compreensão da mesma e
de como tem sido trabalhada nas escolas, e ainda, nos cursos de formação de
professores. Indagamos: A questão do desenvolvimento moral e construção de valores
em crianças e adolescentes tem sido abordada nos cursos de formação de professores?
Se o é, a partir de que referencial teórico é feita?
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO
ALFABETIZADOR
Rita De Cássia Barros De Freitas Araujo
Emailritafreitasaraujo@gmail.com
Universidade Federal de juiz de Fora/Universidade Católica de Petrópolis
O presente trabalho aborda, em linhas gerais, a pesquisa de doutorado que está sendo
realizada sob orientação de Menga Lüdke, na Universidade Católica de Petrópolis. A
referida pesquisa tem como temática central a formação de alfabetizadores
(profissionais responsáveis pelo trabalho com a aprendizagem inicial da língua escrita) e
encontra-se em fase de conclusão. Nosso objetivo geral foi compreender como
alfabetizadores, que apresentam um trabalho efetivo, aprenderam a fazer o que fazem
tão bem. Para tanto, lapidamos a seguinte questão: “de que forma(s) alfabetizadores
bem sucedidos aprenderam a alfabetizar de modo efetivo, garantindo que, se não todos,
a maioria de seus alunos tivessem êxito no processo de aprendizagem inicial da língua
escrita?”. O trabalho de campo pautou-se nos constructos da “Entrevista
Compreensiva” de Kaufmann (2013), a partir de abordagem qualitativa de cunho
histórico-cultural. O diálogo com 18 alfabetizadoras efetivas e quatro pesquisadoras
experientes foi norteado por uma grade de entrevistas flexíveis semiestruturadas. Para
análise dos achados construímos cinco núcleos de significação: Motivadores do
processo evolutivo de constituição da identidade docente; Processos de formação
docente formal e desenvolvimento profissional; A atuação docente e a construção de
saberes; A despeito das dificuldades: motivação e desenvolvimento permanente e
Caminhos possíveis para a formação. Nossas discussões têm sido ancoradas em
constructos teóricos de autores como Soares, Frade, Lüdke, André, Gatti, Nóvoa,
Tardif, Paulo Freire, entre outros. As análises até então empreendidas apontam para à
formação multifacetada e transdisciplinar destes profissionais, que, motivados por
diferentes atividades e relações sociais, alcançam a autonomia em seu processo de
formação, empenhando-se assim ativamente em seu desenvolvimento profissional
permanente. As considerações iniciais possibilitam pensar a importância de uma
formação inicial sólida, com conhecimentos específicos relativos ao processo inicial de
aprendizagem da língua escrita e que leve em conta a simetria-invertida em direção à
motivação dos futuros docentes.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES E O PROCESSO
ARGUMENTATIVO
Marília Berberick
mariliaberberick@yahoo.com.br
Universidade Federal de Juiz de Fora
O presente trabalho tem por objetivo apresentar a pesquisa de mestrado desenvolvida no
interior da Linha de Pesquisa Linguagem, Conhecimento e Formação de Professores do
Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora –
PPGE/UFJF, que teve como foco o estudo sobre o papel da argumentação na formação
inicial de professores do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Juiz de Fora. O
estudo investigou como ocorre a argumentação, na disciplina de Fundamentos Teórico-
Metodológicos em Educação Infantil I, entre aluno-professor-aluno, e se esse
movimento possibilita uma formação crítica do futuro professor. Tal pesquisa está
embasada pelas contribuições de autores da teoria sócio-histórico-cultural: Bakhtin
(1995) e Vygotsky (2008). Com enfoque na perspectiva sócio-histórico-cultural e
fundamentada sob o viés da Pesquisa Crítica de Colaboração – PCCol (MAGALHÃES,
2004), esta pesquisa, devido às trocas geradas nos diálogos entre os participantes, dá
ênfase à transformação pela ação. A análise procura responder se esse movimento
argumentativo possibilita uma formação crítico-reflexiva do futuro professor. A
investigação foi realizada a partir do acompanhamento das aulas da disciplina de
Fundamentos Teórico-Metodológicos em Educação Infantil I, durante o segundo
semestre de 2014, em uma turma do 2º período do curso de Pedagogia da Universidade
Federal de Juiz de Fora, por uma sessão reflexiva com os alunos e uma entrevista
dialógica com a professora da disciplina. A discussão dos dados da pesquisa está
pautada nas categorias argumentativas, com base em Perelman e Olbrechts-Tyteca
(2005), Liberali (2008, 2009) e Schapper (2010), com o levantamento dos tipos de
argumentos, operadores argumentativos e dêiticos. No trabalho foram analisados nove
excertos que possibilitaram dissertar que as reflexões tecidas no interior do coletivo, são
intrínsecas ao processo de formação de professores e que, no processo colaborativo, os
envolvidos têm a oportunidade de se revisitarem.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
FORMANDO LEITORES E FORMANDO-SE COMO LEITORAS:
NARRATIVAS E PRÁTICAS DE PROFESSORAS DO MUNICÍPIO DE
AMARGOSA/BA
Nanci Rodrigues Orrico
nanciorrico@ufrb.edu.br
UFRB
Elizeu Clementino De Souza
esclementino@uol.com.br
UNEB
O presente artigo tem como objetivo apresentar resultados de entrada vinculada à
pesquisa “Multisseriação e trabalho docente: diferenças, cotidiano escolar e ritos de
passagem” (FAPESB/CNPq), cujo foco de investigação esteve centrado nos percursos
de formação leitora e atuação de professoras de escolas rurais. Entrelaçando temáticas
como leitura, formação de professores e ruralidades, o texto apóia-se teoricamente em
autores como Bakthin (2003), Souza (2012), Rios (2011), Kleimann (2007), Soares
(2005), Freire (2005), Cordeiro (2006), Colomer (2007) e outros. O artigo propõe, a
partir das narrativas de vida e de leitura, uma reflexão sobre os percursos formativos e a
atuação docente de quatro professoras de classes multisseriadas que atuam no município
de Amargosa/Bahia, no entendimento de como estas profissionais se formam como
leitoras e como formam leitores. O estudo foi pautado nos princípios epistemológicos da
pesquisa qualitativa, ancorando-se metodologicamente nos pressupostos da abordagem
(auto)biográfica, com ênfase nas narrativas docentes. Como dispositivos de pesquisa,
foram utilizadas entrevistas narrativas e observação de experiências pedagógicas com a
leitura no contexto das escolas rurais. A análise foi realizada na perspectiva
interpretativa-compreensiva, a partir de princípios da hermenêutica (RICOUER, 1976) e
das contribuições de Schütze (2010). Como conclusões ratificam-se a relevância da
escuta dos docentes e das suas histórias de vida e de leitura para que as universidades
repensem os currículos de formação nos cursos de licenciatura e o quanto é importante a
valorização das estratégias de leitura e enfrentamento diário que os professores de
escolas rurais constroem em suas classes diante dos desafios relacionados ao ato de ler.
Reconhece-se, ainda, que a leitura de si promoveu, nas professoras colaboradoras,
(auto)conhecimento e ressignificação das suas concepções e práticas, implicando-as no
repensar dos seus percursos como docentes e leitoras.
Palavras-chave: Percursos de leitura; Formação de professores e de leitores; Pesquisa
(auto)biográfica; Ruralidades.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
FÓRUNS ONLINE NA PÓS-GRADUAÇÃO: ESPAÇO DE LETRAMENTO
ACADÊMICO
Vera Lúcia Lopes Cristovão
veraluciacristovao@gmail.com
UEL
Nesse relato de prática docente, descrevo e comento o uso da plataforma moodle em
uma disciplina do Programa de Pós-Graduação em que atuo. Considerando os
pressupostos de letramento acadêmico, descrevo brevemente a participação em um
ambiente virtual de aprendizagem, as atividades na plataforma moodle e o processo de
engajamento vivenciado. O estudo foi realizado com 29 alunos de uma disciplina de um
PPG de uma universidade pública do estado do Paraná. O estudo foi realizado COM 29
alunos de uma disciplina de um PPG de uma universidade pública do estado do Paraná.
A disciplina tinha como conteúdo programático: i) Conceitos de gêneros; ii) Gêneros e
ensino de línguas; iii) Abordagens de ensino com base em gêneros; iv) Gênero e
educação (inicial e continuada) de professores de línguas; e v) Questões teóricas e
práticas relacionadas aos estudos de gêneros. A metodologia do curso incluía a
participação em um ambiente virtual de aprendizagem (neste caso, a plataforma
moodle), na qual os pós-graduandos realizaram as seguintes ações: compartilharam uma
memória de aula com a sistematização do conteúdo tratado; postaram uma questão
provocadora (na temática do conteúdo programático de cada semana) para ser discutida
no período entre uma aula e outra; participaram dos fóruns online por meio de
comentário(s) e/ou outras formas de postagens. Essas ações foram negociadas quando
da apresentação do programa e aprovadas como instrumentos de avaliação da disciplina.
Para cada instrumento havia critérios de avaliação seguidos de seus descritores. Além
desses instrumentos, os pós-graduandos foram responsáveis pela apresentação de um
seminário sobre um dos textos da bibliografia obrigatória referente ao conteúdo
programático e pela produção um artigo científico (em duplas) para compor uma
coletânea na área de estudos de gêneros.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
FUGIR DO MARASMO E CONQUISTAR O MUNDO: A LITERATURA COMO
INSTRUMENTO DE LIBERTAÇÃO EM A MAIOR FLOR DO MUNDO, DE
JOSÉ SARAMAGO
Francyane Canesche De Freitas
francyanefreitas@gmail.com
Universidade Federal de Viçosa
Francis Paulina Lopes Da Silva
francis.pls54@gmail.com
Universidade Federal de Viçosa
Este trabalho adentra no mundo lúdico da literatura infantil a fim, não só de conhecer
uma parcela do trabalho do renomado prêmio Nobel, José Saramago, mas também de
mostrar a presença de uma concepção de literatura como instrumento de libertação do
Homem que o acompanha ao longo de sua carreira. A escrita saramaguiana não
considera a criança como ser menor e fomenta, através da arte literária, mais
especificamente do conto A maior flor do mundo, uma reflexão sobre a realidade, sobre
a escrita e, também, sobre si mesmo, construindo sua identidade a partir da alteridade.
Com base nestas proposições, buscamos discutir a importância de se considerar a leitura
como uma atitude que sempre tenta ir além da coisa escrita, uma verdadeira fuga do
marasmo para conquistar o mundo. E, consequentemente, procuramos analisar o modo
como Saramago se vale da construção textual para incentivar o leitor a percorrer seus
próprios caminhos, atravessar o desconhecido e tornar-se herói da sua própria história.
Assim, entendemos que, na obra corpus deste trabalho, o escritor português continua,
no âmbito da literatura infantil, com seu projeto literário que visa levantar
questionamentos sobre o mundo que nos cerca, conduzindo o público mirim ao
entendimento de que eles são capazes de muito mais do que os adultos pensam sobre
eles. Para tal desenvolvimento nos valemos de Lajolo (1993), Cosson (2007), Candido
(1999), Freire (1989) e Sartre (2004) como autores principais.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
GÊNERO ORAL EM SALA DE AULA: ENTREVISTA
Heloisa Da Costa Miranda
heloisamiranda2014@gmail.com
Mestre PROFLETRAS/UFRJ
Os estudos iniciais sobre oralidade e escrita pautaram-se por destacar as diferenças entre
as duas modalidades, colocando-as sempre em campos opostos. No entanto, essa
realidade segue outros rumos e a tendência atual é concebê-las na perspectiva de um
continuo de relações. Nesse sentido, buscamos, por meio de uma abordagem
sociointeracionista, elaborar um conjunto de atividades que abarque questões associadas
à forma e à função do gênero entrevista, mediante contribuições teóricas no campo dos
gêneros textuais (MARCUSCHI, 2008), assim como alguns aspectos relacionados às
características da oralidade (DOLZ; SCHNEUWLY, 2004) e sua relação com a escrita,
a partir de atividades de retextualização (MARCUSCHI, 2010[2001]). As atividades
foram aplicadas em quatro turmas de Peja (Programa de Educação de Jovens e Adultos)
II, correspondentes ao Ensino Fundamental II, em uma escola do Município do Rio de
Janeiro, em 2016. Procuramos destacar as características do gênero entrevista,
estabelecendo uma relação entre a sua forma e função, utilizando os áudios da
entrevista. Enfatizamos alguns aspectos da oralidade que contribuem para construção de
sentido do texto. Assim como, a articulação entre texto falado e texto escrito em
contexto oral e escrito das entrevistas, utilizando atividades de retextualização. Nossos
objetivos, portanto, são: ampliar e divulgar as discussões sobre a oralidade e sua relação
com a escrita, por meio do gênero textual oral entrevista, incentivando docentes a
trabalhar com o gênero textual oral em sala de aula; contribuir para que o conhecimento
científico sobre os temas abordados possam ser disseminados e aplicados nas práticas
de ensino.
Palavras-chave: oralidade, escrita, gênero textual oral, entrevista, ensino.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
HELENA NO PAÍS DAS VERDADES: A FORMAÇÃO DO LEITOR CRÍTICO
EM MINHA VIDA DE MENINA, DE HELENA MORLEY
Daniela França Chagas Batista Valente
danielafs49@gmail.com
UFV
À luz dos estudos na área de ensino de literatura, este trabalho se dedica a refletir sobre
a obra Minha vida de Menina, de Helena Morley, publicado em 1940. Considerando
suas possibilidades de leitura, o presente trabalho tem o intuito de propor uma
abordagem da obra em sala de aula que evidencie as questões de classe, raça e gênero,
presentes no livro. Para a construção deste trabalho, evidenciaremos as formulações de
teóricos, como Paulo Freire, Rita Schmidt, Roland Barthes e Phillip Lejeune que
problematizaram a questão de classe e gênero. Pretende-se, deste modo, pensar nova
abordagem da literatura, que possibilite que o aluno contribua com as suas experiências
de mundo na construção do conhecimento, articulando estas experiências com a obra
apresentada, refletindo sobre a sociedade em que vive. O diário de Helena apresenta
questões que ainda estão presentes na realidade dos alunos, como o racismo, o
machismo, as diferenças de classe, possibilitando um diálogo profícuo da literatura com
questões sociais. Além disso, este trabalho torna-se mais necessário, pois possibilitará
ao professor a construção de uma nova concepção do processo de leitura que reconhece
uma variedade de sujeitos com diferentes práticas culturais no âmbito escolar e
pretende, a partir disso, trabalhar a literatura como representação dessa diversidade e
como instrumento de mudança da realidade.
Palavras-Chave: Helena Morley; Literatura e Ensino; Diário.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
INFOGRAFIA COMO ESTRATÉGIA PARA ENSINO DE LEITURA E
ESCRITA DE TEXTOS MULTIMODAIS
Cláudia Ribeiro Rodrigues
claudiarprof@yahoo.com.br
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
A multimodalidade está cada vez mais presente nos textos que circulam socialmente
graças às novas tecnologias que ampliaram as ferramentas de leitura e escrita. Isso exige
dos usuários da língua habilidades de leitura e de escrita cada vez mais complexas e as
escolas não podem se eximir de sua responsabilidade nesse processo. Nesse sentido, o
trabalho apresenta os dados parciais de uma pesquisa qualitativa em educação que está
sendo desenvolvida com alunos do 9º ano da rede pública de Divinópolis -MG, cujo
foco recai sobre leitura e produção de textos multimodais. O principal objetivo é
desenvolver habilidades fundamentais de leitura e escrita de textos multimodais por
meio de um trabalho sistematizado com o gênero infográfico. Com base nos
pressupostos teórico-metodológicos do interacionismo sociodiscursivo de Antunes
(2003), Bakhtin (992), Brasil, Ministério Da Educação (1998), Bronckart (1999), Dolz;
Schneuwly (2004), Geraldi (1997), Marcuschi (2001), CBC/Secretaria De Estado De
Educação De Minas Gerais (2007), Ribeiro (2012, 2015, 2016), Rojo (200, 2012), foi
aplicado um questionário aos alunos, para se obter, dentre outros pontos, dados sobre a
concepção que eles têm de texto, leitura e escrita e está em andamento um conjunto de
atividades sobre leitura e produção de infográficos para gerar dados e acompanhar o
desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita de textos multimodais. Assim,
serão apresentadas as fases do projeto de ensino e os resultados alcançados com relação
à aplicação do questionário e a realização das atividades de leitura e compreensão de
infográficos. O desenvolvimento das atividades propostas demonstra avanços
significativos na leitura de textos multimodais uma vez que os alunos demonstram ter
uma melhor compreensão dos mesmos após desenvolvimento do projeto.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA: PLATAFORMA DE ACESSIBILIDADE PARA
ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR
Isabela Martins Miranda
isabelamartinsmiranda@gmail.com
Pedro De Almeida Sacramento
pedro.sacramento@gmail.com
Universidade Federal de Viçosa
É notório o crescente ingresso de pessoas com deficiência nas instituições de ensino
superior na última década devido aos projetos de acessibilidade desenvolvidos e
ampliação dos direitos das pessoas com deficiência. Porém, ainda são muitas as
dificuldades inseridas no cotidiano universitário desses estudantes, após a admissão.
Dentre os muitos obstáculos enfrentados está a adequação das aulas e do material
didático para possibilitar o acesso aos conteúdos de forma efetiva a esses discentes. Isso
acontece porque muitos professores não priorizam ou não possuem conhecimentos
necessários para a adequação da sua didática e do material para atender a todos
presentes em sala de aula. Isso é um problema intrínseco e é, em parte, consequência da
formação desses professores. Neste contexto de inserção de alunos deficientes no ensino
superior, no ano de 2017, a equipe do projeto de pesquisa intitulado “Inovar Mais”,
composto por estudantes, técnicos de informática e professores de áreas
interdisciplinares de uma Instituição de Ensino Superior da Zona da Mata Mineira,
idealizaram um programa denominado EBook. O EBook é um software, em formato de
plataforma, que permitirá qualquer professor ou aluno construir com facilidade um
material com diferentes formatos de apresentação de conteúdo. Nesse software está
prevista a integração entre texto, áudio, vídeo e aplicativos. Sendo assim, para ser
acessível a um aluno de baixa visão por exemplo, por exemplo, deverá conter letras e
imagens maiores; já para um aluno cego, o áudio guia da aula dará suporte ao
entendimento do conteúdo. Em relação ao atendimento dos alunos surdos, a adição de
imagens e a versão em LIBRAS -Língua Brasileira de Sinais - serão elaboradas para a
melhor compreensão dos conhecimentos ministrados pelas diferentes disciplinas. O
projeto ainda não está na fase prática, apenas no campo teórico, pretende-se ainda
construir uma base de referências bibliográficas e edificação do quadro metodológico. A
Instituição já possui uma plataforma de Ensino à Distância, onde o professor
disponibiliza para seus alunos os materiais vistos em sala de aula e também arquivos
extras. A proposta é que essa plataforma disponibilize, a partir desse novo aplicativo,
material acessível, dinâmico e de qualidade para TODOS os estudantes da instituição.
Palavras-chave: Acessibilidade, tecnologia, Ensino Superior.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
INTERCULTURALIDADE E TRANSVERSALIDADE TEMÁTICA NO ENSINO
DE LÍNGUA ESPANHOLA: PROPOSTAS DIDÁTICAS
Raquel Fellet Lawall
raquelflawall@gmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
O presente trabalho tem como tema retratar o ensino de língua espanhola sob a
perspectiva da interculturalidade e do trabalho com gêneros discursivos (orais e
escritos), no contexto da educação básica. Nosso objetivo é analisar as produções de
unidades didáticas organizadas a partir de gêneros discursivos, para o ensino de
espanhol no terceiro ano do Ensino Médio, com o tema "violência contra a mulher",
realizadas por alunos de espanhol VI do curso de Letras da Universidade Federal de Juiz
de Fora e verificar se estão consonância com os ideais de ensino intercultural,
interdisciplinar e transversal, defendidos pelos documentos educacionais norteadores
brasileiros (PCN, 1998, PCN+, 2002, OCEM, 2006). Buscamos contribuir, através dos
exemplos, para o diálogo em relação à importância de se ensinar línguas estrangeiras na
educação básica através de propostas temáticas que se pautem em diferentes gêneros
discursivos e objetivem o contato entre culturas, principalmente entre a(s) brasileira(s) e
a(s) hispano-falante(s). Utilizamos como pressupostos teóricos analíticos: (i) a noção de
interculturalidade (AGUILERA REIJA et al, 2009; MENDES, 2007, 2011, 2012),
concebida como interação dialógica entre culturas, como forma de construção de
identidade; (ii) a concepção de gêneros discursivos defendida por MARCUSCHI (2006)
e (iii) a ideia de letramento crítico de Cassany (2006), conceitos discutidos na disciplina
de espanhol VI e que deveriam guiar a produção das unidades didáticas. A análise da
produção dos alunos revelou a sensibilização dos discentes em relação aos conceitos
supracitados.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
INVESTIGAÇÃO DE PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES NA
ALFABETIZAÇÃO: OLHARARES PARA UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA E
UM PROJETO DO PNAIC
ANALINA ALVES DE OLIVEIRA Müller
analina.alves@hotmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora - PPGE
Este trabalho apresenta um recorte de uma pesquisa de mestrado em desenvolvimento
cujo objetivo é investigar práticas interdisciplinares no processo de alfabetização a
partir da análise de propostas didáticas dos cadernos de formação do Pacto Nacional
Pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), ano 2015. Como referencial teórico,
pautamo-nos nos pressupostos teóricos do Interacionismo Sociodiscursivo
(BRONCKART, 2006 2009; SCHNEUWLY e DOLZ, 2004) quanto ao ensino da
língua através dos gêneros. Aliado a isso, baseamo-nos numa concepção de letramentos
e alfabetização a partir das contribuições de Street (1984, 1995) e Soares (2003, 2004,
2016). Nessas perspectivas, a formação que promova um verdadeiro desenvolvimento
humano deve potencializar o ensino da leitura e da escrita nos anos iniciais de modo que
os discentes participem de práticas de letramento por meio de diversos gêneros textuais
em diferentes situações discursivas. Sendo assim, a integração dos saberes dos diversos
componentes curriculares no ciclo de alfabetização contribui para a elaboração de
práticas pedagógicas relevantes com a linguagem que, segundo nossos pressupostos, é
um dos principais fatores do desenvolvimento humano. Através de uma pesquisa
documental, investigamos uma sequência didática e um projeto didático do caderno 3
do PNAIC, denominado “Interdisciplinaridade no ciclo de alfabetização”, referente ao
ano de 2015. Os dados revelam que as propostas didáticas relacionam a interação social
pelos gêneros aos diferentes componentes curriculares, propiciando situações de uso da
língua em contextos autênticos; por outro lado, observamos também poucas produções
textuais individuais, bem como ausência de circulação de algumas produções,
minimizando um elemento essencial na aprendizagem: a interação pela linguagem. Tais
dados revelam que são necessárias adaptações dos materiais com vistas a um ensino
mais profícuo da linguagem no ciclo de alfabetização.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
JOGANDO COM O POLICIAL: UMA PROPOSTA DE AMPLIAÇÃO DO
REPERTÓRIO DO JOVEM LEITOR
Pablo Itaboray De Carvalho
pabloitaboray79@gmail.com
Elza De Sá Nogueira
elzanogueira74@yahoo.com.br
UFJF
Esta proposta de intervenção, concebida no âmbito do Profletras-UFJF, será realizada
numa turma de 9º ano de uma escola pública federal de Juiz de Fora, utilizando a
metodologia da pesquisa-ação, e busca testar uma estratégia de ampliação do repertório
literário dos alunos: a criação de uma comunidade de leitores da narrativa policial em
sala de aula através de adaptações desse gênero para jogo de tabuleiro (Scotland Yard) e
série televisiva (Sherlock). Após aplicação e análise de questionários, chegamos ao
diagnóstico de que a maioria dos alunos lê apenas os livros exigidos pela escola, não
tornando a literatura parte de suas vidas, ao contrário do jogo e do audiovisual,
espontaneamente buscados por eles. Assim, levantamos a hipótese de que utilizar esses
recursos na construção de uma comunidade de leitores proporcionará uma apropriação
prazerosa de parte do repertório pretendido, preparando-os para a fruição estética do
texto literário. A leitura compartilhada de um romance e cinco contos de Sir Arthur
Conan Doyle será a metodologia usada para a apropriação de novas estratégias
narrativas, cumprindo a etapa restante da ampliação de repertório. A avaliação desta
ampliação será através da elaboração coletiva de um jogo de tabuleiro adaptando os
contos lidos em sala de aula, e através da participação dos alunos na simulação da
investigação de um crime (ARG – jogo narrativo que combina realidade e ficção), o que
também proporcionará a oportunidade de exercerem a autoria literária e vivenciarem a
narrativa policial desde dentro. O projeto foi elaborado com base nestes conceitos:
letramento literário (Cosson e Paulino); repertório (Iser); polissistema literário (Even-
Zohar); adaptação (Hutcheon); comunidade de leitores (Chartier); jogo (Huizinga);
narrativa policial (Todorov); e leitura compartilhada (Colomer).
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
LEITURA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: UMA ANÁLISE DOS TEXTOS SOBRE
SOMBRA E LUZ EM LIVROS DIDÁTICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Adriana Aparecida Da Silva
adrianaaparecida.silva@ufjf.edu.br
Universidade Federal de Juiz de Fora
Em trabalhos anteriores, abordamos os fenômenos de luz e sombra a partir de
Sequências de Ensino Investigativas (SEI), adotando as práticas experimentais como
recurso didático na etapa de descrição das soluções, visando introduzir conceitos iniciais
de Óptica Geométrica. As atividades foram desenvolvidas em uma turma de 5º ano do
Ensino Fundamental de uma escola pública de Juiz de Fora/MG e observamos que não
ocorreram modificações conceituais significativas por parte dos(as) estudantes em
algumas das propriedades físicas desses fenômenos. A partir desse cenário, realizamos
um estudo sobre o mesmo tema em textos integrantes de uma coleção de livros
didáticos, visando introduzi-los como recurso para a ampliação da aprendizagem.
Baseando-nos em trabalhos que tratam da relação leitura-Educação em Ciências e em
estudos da análise de discurso de linha francesa, buscamos compreender como a leitura
é apresentada nos quatorze textos identificados sobre a temática luz e sombra e nas
atividades propostas a partir desses textos. As atividades decorrentes desses textos
apresentam como objetivos, quase que exclusivamente, a extração e a assimilação de
informações pelos estudantes, promovendo um modo de leitura parafrástica, buscando o
dizer do autor, a apreensão de um sentido prévio, com o silenciamento dos(as)
estudantes. Evidenciam, assim, uma visão de leitura onde a linguagem é transparente,
com sentidos materializados no próprio texto. Um único texto dentre os analisados tem
uma atividade que estimula a leitura polissêmica, com o incentivo à imaginação
individual, à curiosidade. Compreendemos que a ampliação de interpretações, com a
possibilidade de polissemia e de intertextualidade, passa a depender, então, das formas
propostas pelo(a) professor(a) para o funcionamento dos textos nas aulas de Ciências,
de sua própria história de leitura e sua formação como sujeito(a) leitor(a).
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
LEITURA, LETRAMENTOS E ESCOLA: CONCEPÇÕES E ESTRATÉGIAS
BÁSICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE LEITORA
Míriam Fernanda Costa
miriamfernandajf@yahoo.com.br
Faculdade Metodista Granbery
O presente trabalho apresenta considerações parciais de uma pesquisa de pós-graduação
em andamento que expõe reflexões acerca de concepções e estratégias relacionadas ao
ensino de leitura. Tal estudo se justifica, porque a sociedade contemporânea tem
apresentado para a escola o grande desafio de cultivar e contribuir efetivamente para
formação de leitores autônomos, além de favorecer que os alunos tenham acesso aos
mais diversificados letramentos. Nessa perspectiva, não basta apenas se apropriar da
técnica da decodificação como modelo único de leitura, mas torna-se fundamental
produzir sentido e usar os diversos textos presentes no cotidiano a fim de participar dos
desafios políticos, econômicos, sociais que circulam o cidadão do século XXI. Em vista
disso, objetiva-se, investigar as concepções de leitura que estão presentes na escola,
assim como analisar as estratégias de leitura tratadas nos ambientes escolares e refletir
sobre os níveis de letramentos que são promovidos nas salas de aula. Para tanto, foi
realizada uma pesquisa de revisão bibliográfica com base em alguns autores, como
Soares (2004); Kleiman (1995); Solé (2008); Cafiero (2005), entre outros. Também foi
empregada uma pesquisa de campo com professoras dos anos inicias da rede municipal
de Juiz de Fora, a fim de verificar os processos metodológicos a respeito do ensino da
leitura na Educação Básica. O que se pode observar até o momento é que as concepções
de leitura que os professores abarcam são essenciais para fomentar o nível de letramento
dos alunos. Observa-se também que a escola tem buscado um novo conceito no que se
refere ao ensino de leitura, pois ela tem compreendido o sentido que a leitura assume
nas práticas sociais reais dos sujeitos, por isso, vem procurando adequar seus métodos e
estratégias para atender as práticas sociais e proporcionar aos alunos saber fazer uso da
leitura nos diversos contextos em que for exigida.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
LETRAMENTO DIGITAL E INFORMACIONAL DE ESTUDANTES DO
ENSINO MÉDIO NO USO DO TELEFONE CELULAR
Fabíola Anita Romêro Gomes
fabiolaanita@yahoo.com.br
Profa. Dra. Andréa Soares Santos
and-santos@uol.com.br
CEFET/MG
Este estudo visou refletir sobre o uso do telefone celular voltado para a aprendizagem
escolar. Buscamos investigar os níveis de letramento digital e informacional dos
estudantes de uma escola pública de ensino médio em Belo Horizonte, considerando
principalmente o comportamento e a visão desses jovens contemporâneos sobre a
utilização pedagógica do celular. Escolhemos como sustentação teórica, em sua maioria,
estudos nas áreas de Linguística, Linguística Aplicada e Educação, ao abordarmos o
letramento e alfabetização, agências, eventos e práticas de letramento e letramento
digital. Nosso estudo também se fundamentou nas áreas de Ciência da Informação e
Biblioteconomia, ao discutirmos sobre o letramento informacional. Contamos ainda
com o olhar antropológico de Paula Sibilia (2012), para analisar as relações/atritos entre
os jovens, seus dispositivos móveis e a escola. Os dados foram analisados
qualitativamente. Os registros foram coletados em três etapas, tendo como instrumentos
de pesquisa: 1) questionário aberto; 2) questionário fechado; 3) desenvolvimento de
tarefas por um grupo de estudantes relacionadas à pesquisa e elaboração de uma
videopoesia utilizando o telefone celular. As análises foram conduzidas à luz das teorias
e de uma matriz de letramento digital e informacional, produzida por nós. Os principais
resultados alcançados indicaram que os estudantes possuem altos índices de letramento
digital no uso do telefone celular. No entanto, em relação ao letramento informacional,
ainda precisam desenvolver as competências relacionadas à busca, seleção e uso de
informação. Constatamos também que apesar de os estudantes levarem e utilizarem seus
telefones celulares em sala de aula, bem como para tarefas escolares, respondendo
serem favoráveis à utilização pedagógica de seus dispositivos, a escola não tem
influenciado significativamente o desenvolvimento do letramento digital e
informacional desses jovens.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
LETRAMENTO LITERÁRIO: CONCEPÇÕES ACERCA DA FORMAÇÃO DO
LEITOR
Cleide De Araújo Campos
e-maildacleide@ig.com.br
Universidade Federal De Ouro Preto-Ufop
O presente trabalho é um recorte de uma pesquisa de mestrado em andamento na
Universidade Federal de Ouro Preto-UFOP, intitulada “Letramento literário e
bibliotecas escolares municipais de Ouro Preto – MG”. Este estudo se insere na linha de
Pesquisa Práticas Educativas, Metodologias de Ensino e Tecnologias de Educação, e
tem por objetivo identificar, por meio de entrevistas com a comunidade escolar, usos
das bibliotecas escolares em promoção do letramento literário dos alunos do Ensino
Fundamental da Rede Municipal de Ouro Preto. Delineamos outros objetivos a serem
alcançados para o êxito da pesquisa, como: a) Compreender como as (os) professoras
(os) têm cumprido seus papéis de mediadoras(es) de leitura literária na promoção do
letramento literário; b) Conhecer o uso da biblioteca escolar no que tange à formação do
leitor literário, por meio de depoimentos dos sujeitos entrevistados; c) Analisar as
práticas culturais que envolvem leituras acontecidas no ambiente da biblioteca escolar.
Este recorte pretende responder à seguinte pergunta: Como as professoras concebem e
desenvolvem a proposta de leitura literária e o uso das bibliotecas nas três escolas
selecionadas para a pesquisa? O embasamento teórico-metodológico da pesquisa está
alicerçado em trabalhos como os de Soares (1998), Paulino (2001), Cosson (2016),
Souza (2009) e Corrêa (2017), dentre outros. Elegemos como instrumentos de coleta de
dados para o desenvolvimento deste estudo entrevistas semiestruturadas, planos de
ensino e o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, com o intuito de fazer uma
análise e interpretação das concepções e práticas de leituras e o uso da biblioteca escolar
em prol da formação do leitor literário. Os dados apontam para usos ainda muito
restritos das bibliotecas escolares em algumas escolas, enquanto outras já possuem um
trabalho mais sistemático e constante.
Palavras-chave: Letramento. Letramento Literário. Biblioteca Escolar.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
LETRAMENTO MULTIMODAL E HABILIDADES DE LEITURA NO ENSINO
MEDIO
Mauriceia Silva De Paula Vieira
mauriceiavieira@hotmail.com
Universidade Federal de Lavras
Na contemporaneidade, as diferentes tecnologias e a globalização redimensionaram
concepções de leitura e de letramento(s), a partir da expressiva circulação, seja por meio
da mídia impressa ou da on line, de gêneros textuais que congregam em sua constituição
diversos recursos multimodais. Trata-se, como proposto por Kress (2010) e Kress e Van
Leeuwen (2001; 2006) de uma “guinada para o visual”. Assim, esses gêneros
apresentam mudanças no formato, no estilo, no suporte, na combinação dos recursos
semióticos e possibilitam modos de leitura distintos daqueles circunscritos ao modelo de
leitor centrado no papel. Demandam, ainda, o desenvolvimento de habilidades leitoras
relacionadas à compreensão desses diferentes modos semióticos e do potencial
discursivo de cada um. É nesse viés em que a presente proposta se insere e propõe (i)
discutir a leitura em um contexto de múltiplas linguagens, (ii) analisar o desempenho de
alunos do ensino médio, em habilidades leitoras relacionadas ao letramento multimodal
e (iii) refletir sobre as potencialidades de gêneros multimodais para o ensino da leitura e
desenvolvimento da proficiência leitora. O quadro teórico advém dos estudos de
Coscarelli (2012), Araújo (2011), Kress (2010), Kress e Van Leeuwen (2001; 2006),
Jewitt (ano) e Santaella (2003; 2007). A metodologia seguiu parâmetros de análise
quanti-qualitativa e o corpus foi composto por questões de compreensão leitora,
aplicadas no Processo de Avaliação Seriada (PAS/UFLA) a alunos do ensino médio. Os
resultados indiciam a premência de um trabalho sistematizado que contemple a
apropriação de habilidades de leituras concernentes ao letramento multimodal.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
LETRAMENTO NO ENSINO MÉDIO: HABILIDADES LEITORAS EM
PROCESSOS SELETIVOS DE AVALIAÇÃO SERIADA
Claudia Alves Pereira Braga
cap@dips.ufla.br
Universidade Federal de Lavras
Este trabalho discute sobre letramento e habilidades de leitura no ensino médio, por
meio das provas do Processo Seletivo de Avaliação Seriada (PAS). Entende-se que “a
leitura é parte da interação verbal escrita, enquanto implica a participação cooperativa
do leitor na interpretação e na reconstrução do sentido e das intenções pretendidos pelo
autor” (ANTUNES, 2003, p.66). Nesse processo seletivo, o candidato é avaliado
em três etapas consecutivas, ao final de cada ano do Ensino Médio (EM), e concorre até
a 40% das vagas dos cursos de graduação presenciais da Universidade Federal de
Lavras, ofertadas para o 1º semestre letivo. O PAS desempenha um papel social
relevante, uma vez que estabelece um diálogo com as escolas de Educação Básica com
vistas à melhoria no processo de ensino-aprendizagem. Neste sentido, os objetivos deste
trabalho são: (i) compreender o conceito de leitura na contemporaneidade; e (ii) analisar
o desempenho de alunos do Ensino Médio no processo seriado em relação às
habilidades de leitura. Para a construção do trabalho foi realizada uma pesquisa
bibliográfica a partir de autores como Coscarelli (2012), Antunes (2003), Koch; Elias
(2006), Solé (1998). Os dados analisados fazem parte de um corpus de pesquisa
referente ao processo seletivo de avaliação seriada PAS 2016, em que participaram
13.257 alunos do ensino médio. Na análise, privilegiou-se uma abordagem quali-
quantitativa. Os resultados apontam que os alunos demonstraram proficiência nas
habilidades de perceber o objetivo do texto, compreender partes do texto e produzir
inferência. Além disso, permitem concluir que as habilidades de compreensão de
expressões do texto e estabelecimento de coesão referencial demandam um trabalho
mais sistematizado nas escolas. A relevância da pesquisa justifica-se por mapear as
habilidades leitoras de alunos do EM e em contribuir para a melhoria do trabalho nas
escolas participantes, por meio de discussões e divulgação de resultados.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
LETRAMENTOS E DIREITOS HUMANOS: PENSANDO GÊNEROS E
SEXUALIDADES NA SALA DE AULA
Alexandre José Cadilhe
alexandre.cadilhe@ufjf.edu.br
Universidade Federal de Juiz de Fora
Nesta comunicação, tenho como objetivo apresentar os pressupostos dos projetos de
pesquisa e extensão por mim desenvolvidos (CADILHE, 2017) que possuem como
propósito a reflexão sobre gêneros e sexualidades em aulas de Língua Portuguesa no
Ensino Médio. Para isso, são contextualizados, por um lado, os estudos de Letramento
como prática social (cf. KLEIMAN, 2007; STREET, 2014), cujas propostas, dentre
outras, apostam na construção conjunta do significado de textos em interação social
(MOITA LOPES, 2013; FABRICIO, 2014), bem como nas práticas orais da sala de aula
como modo de produzir educação em Direitos Humanos (BENTES, 2014). Por outro
lado, também se discutem os estudos denominados queer que, no âmbito da Educação,
se propõem a colocar em pauta currículos que subvertam ordens heteronormativas e
heterossexistas nas práticas escolares, de modo a promover uma formação cidadã
sensível às diferenças culturais (LOURO, 2008; MISKOLCI, 2013). De modo a
consubstanciar essa proposta, são analisados textos do gênero discursivo tira produzidos
pela cartunista Laerte, no âmbito da sua potencialidade de, ao inserir-se em projetos e
práticas de letramento, problematizar a heteronormatividade e os sexismos presentes nas
sociedades contemporâneas. Como encaminhamentos, proponho a implantação de
projetos de letramento acompanhados da análise da interação social (GARCEZ, 2008),
como mecanismo para construção uma inteligibilidade acerca de diferentes
posicionamentos epistêmicos e culturais que podem emergir numa sala de aula de
língua ao final da educação básica.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
LETRAMENTOS: EXPERIÊNCIA DE MÚLTIPLAS PERSPECTIVAS DE
LETURA NA CONSTRUÇÃO DE DIFERENÇAS DE GÊNERO
Carlos Eduardo Ferreira Da Silva
duardo.19@gmail.com
Mestrando do Programa Profletras da FFP/UERJ
Entendendo que as desigualdades nas relações de gênero são historicamente construídas
e que a linguagem é um dos meios principais para a reconstrução, realizei uma proposta
de leitura com o seguinte tema: “Lugar de mulher é onde ela quiser”, baseada no
letramento crítico (MORGAN, 1997) e nos multiletramentos (COPE; KALANTZIS,
2012). Essa experiência pedagógica foi vivida com os alunos da turma 2007 do 2º ano
do Ensino Médio, da CIEP 148 Professor Carlos Elio Vogas da Silva, em março de
2017, após a percepção de um problema real vivido entre os alunos: postagens
machistas em redes sociais que desencadeavam agressões verbais entre os rapazes e as
moças da turma. Fica claro que as novas tecnologias de informação e mídia dão
visibilidade à diferença a partir de texto em que os modos de significar tem se tornado
cada vez mais multimodal. Com o objetivo de proporcionar condições de aprendizagem
democráticas, plurais e colaborativas para esses estudantes, de modo que estes desafiem
concepções e valores usuais, elaborei a proposta dividindo-a em etapas, seguindo a
metodologia da pesquisa-ação. Num primeiro momento analisamos um texto da revista
eletrônica HBR Brasil, em que foram levantadas hipóteses de interpretação. Num
segundo momento, debatemos sobre a webtira “Quadrinhos Ácidos”, de Pedro Leite,
com o título: “A mulher segundo às propagandas”, publicada no facebook. A partir
disso, os alunos realizaram pesquisas sobre as condições da mulher na sociedade. Eles
leram diversos textos, buscando perceber as diferenças e as estruturas de poder
estabelecidas. Por último, os alunos decidiram pela formulação de painéis informativos,
com o objetivo de alertar os colegas da escola sobre a desigualdade na relação de
gêneros. Os alunos demonstraram grande interesse, agência, além de desenvolverem
trabalho colaborativo, em que problematizaram suas próprias leituras, contribuindo para
o desenvolvimento do olhar para as situações em sua plena complexidade.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
LETRAMENTOS MÚLTIPLOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:
TRABALHANDO COM O GÊNERO TEXTUAL CURRICULUM VITAE
Fernanda Baldutti
fernandabaldutti@uol.com.br
Prefeitura de Juiz de Fora
Este relato de prática docente tem como objetivo central descrever como se desenvolveu
um projeto com alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), em uma escola pública
da rede municipal de ensino de Juiz de Fora – MG, no ano de 2016. Os principais
objetivos do projeto foram: apresentar o gênero textual curriculum vitae (Cf. DOLZ, J.
SCHNEWLY, B, 2004); utilizar o referido gênero como prática social de inclusão,
tendo em vista o perfil dos alunos da EJA e ampliar a capacidade de letramento dos
alunos, nos níveis da leitura, da escrita e digital, contribuindo também para a ampliação
do letramento digital “forte” (Cf. VALENTE, 2000/2001) desses alunos. O projeto
contou com a participação de uma professora de língua portuguesa e com a professora
mediadora do laboratório de informática da escola. E os alunos envolvidos no projeto
eram alunos da fase final da EJA (FASE VII). Considera-se de fundamental relevância o
desenvolvimento de projetos como esses, nesta modalidade de ensino, pelo fato de os
mesmos estarem em consonância com os Eixos Temáticos do Currículo da EJA, por
contribuírem de forma significativa para o desenvolvimento de letramentos múltiplos
dos alunos e também por constituírem uma relevante prática social de inclusão.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
LETRAMENTOS, REDES SOCIAIS E DISCURSO DE ÓDIO
Maria Ângela Da Costa Silva
maryancostas@yahoo.com.br
Bolsista de iniciação científica / UFJF
Ana Carolina Gustavo Tavares
Caroltavares.96@gmail.com
Bolsista de iniciação científica /UFJF
Um dos maiores desafios para a escola hoje é lidar com o grau e o conteúdo das
interações de seus alunos nas redes sociais. Nelas, há gêneros textuais específicos e
regras de interação próprias. Um dos pontos mais preocupantes dessa interação é a
proliferação dos discursos de ódio. Em nossa pesquisa de iniciação científica visamos
discutir tal universo a partir da teoria dos Polissistemas (Even-Zohar, 2010). Nosso
quadro metodológico fundamenta-se em uma pesquisa qualitativa exploratória. A coleta
de dados foi feita on-line por meio das redes sociais e apresentou como resultados a
caracterização dos exemplos encontrados em variedades de discurso de ódio que são: 1-
a normalização do ódio identificado pela presença de discurso de ódio em fontes
aparentemente neutras, como citações de personalidades como o deputado Jair
Bolsonaro, ou o presidente dos Estados Unidos Donald Trump; 2- Sondbites que se
evidencia na repetição acrítica de frases de grupos de ódio, como por exemplo “sou
apartidário” , “não tenho político de estimação”, “bandido bom é bandido morto”,
“geração mimimi”; 3- Eliminação da zona de interferência ou seja, estratégias para
dividir grupos de forma que rotulações são usadas como argumento intensificador para
que aja uma segregação dos grupos, como por exemplo, os rótulos de “feminazi”,
“petralha”, “esquerdopata”, “mortadelas”, “coxinha”, “vitimista”; 4- A pessoa do outro
ou o grupo do outro é visto como ameaça: orgulho hétero, orgulho cristão, macho alfa;
5- Falsas equivalências onde o grupo minoritário quer se exaltar e acaba gerando mais
ódio.
Concluímos ser um assunto extremamente atual e relevante frente aos desafios
educacionais de formação de cidadãos inseridos no meio digital e conscientes de sua
atuação no mundo virtual e no mundo real e de suas consequências.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
LITERATURA E TECNOLOGIA NA SALA DE AULA: UM DIÁLOGO
MEDIADO PELO PROFESSOR NA FORMAÇÃO DO LEITOR DE TEXTOS
LITERÁRIOS
Estela Da Silva Leonardo
estela.s.leonardo@gmail.com
Elisa Cristina Lopes
ec.lopes@ufv.br
Universidade Federal de Viçosa
Este trabalho versa sobre o ensino de Literatura na perspectiva da formação do leitor de
textos literários relacionando a prática da leitura com o contexto digital e as tecnologias
como instrumentos pedagógicos. Para embasamento teórico, selecionamos autores da
Educação e Literatura e Ensino, e também aqueles que discutem a utilização de
tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem. A fim de tratar da relação
entre leitura, literatura e escola, adotamos principalmente as concepções teóricas de
Zilberman (1999, 2004, 2008), Lajolo (1982, 1998, 2001, 2005) e Yunes (1984, 1995,
2002, 2004). Já para tratar da influência das tecnologias no comportamento dos jovens e
como estas podem ser utilizadas no processo de ensino-aprendizagem, baseamo-nos nos
pressupostos teóricos de Moran (2013), Lévy (2009, 2011), Allan (2015) e Kenski
(2007, 2008). Como metodologia, realizamos uma pesquisa qualitativa, a partir de
entrevistas semiestruturadas realizadas com seis professores de Língua Portuguesa e
Literatura da rede pública e da rede particular da cidade de Viçosa (MG) e dez
estudantes de licenciatura em Letras da Universidade Federal de Viçosa (MG). A
participação dos entrevistados norteou o planejamento dos roteiros didáticos
empregando recursos tecnológicos para o ensino de Literatura. Concluímos que, na
educação, os dois lados – professor e aluno – ainda estão em um caminho de transição e
desenvolvimento com impasses e desafios, no que diz respeito ao ensino de Literatura
sob a perspectiva da formação do leitor e da relação entre esse ensino e o das novas
ferramentas digitais e tecnológicas. Desse modo, é preciso fortalecer o uso das
tecnologias nas práticas pedagógicas para garantir o amplo acesso à Literatura e formar
alunos/leitores mais envolvidos com a arte. Nesse sentido, a pesquisa demonstrou que o
professor, em constante crescimento profissional, é o balizador da qualidade do ensino
da Literatura, seja no uso da tecnologia, seja na prática social de leitura.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
LIVRO DIDÁTICO NO ENSINO MÉDIO: PROMOVENDO PRÁTICAS
MULTILETRADAS ENTRE O PAPEL E O DIGITAL
Neidson Dionísio Freitas De Santana
dionisio.freitas@hotmail.com
Obdália Santana Ferraz Silva
bedaferraz@hotmail.com
Universidade do Estado da Bahia
O contexto da cultura digital nos impõe desafios no que diz respeito às mudanças nas
formas de ensinar e de aprender. O livro didático, como produto de consumo, no
mercado editorial, se insere nesse contexto, pois, torna-se, muitas vezes, o único recurso
de leitura oferecido aos alunos da educação básica pública. Enquanto tecnologia
impressa, mesmo em meio às contemporâneas tecnologias digitais, continua tendo altos
investimentos por parte do Governo Federal, porém, continua subutilizado como
recurso pedagógico, nas aulas de Língua Portuguesa. Portanto, pesquisas relacionadas à
reflexão sobre o uso do livro didático, de modo que se contemplem as competências
exigidas do sujeito, hoje, tão mergulhado no mundo das leituras e escritas digitais,
possibilitadas pelas hipermídias, podem trazer contribuições significativas ao fazer
pedagógico dos docentes. Pois, sabemos que há um descompasso entre a realidade
apresentada pela cibercultura e a realidade de ensino de linguagem. Desse modo, este
estudo tem como objetivo compreender como o professor de Língua Portuguesa poderá
promover os multiletramentos em sala de aula, a partir do uso do livro didático
impresso. A questão que impulsiona este estudo: como o livro didático pode contribuir
com os processos de multiletramento dos alunos do Ensino Médio, sendo este o
principal recurso usado como suporte ao processo de ensino-aprendizagem de
linguagem? Esta pesquisa situa-se no âmbito das pesquisas qualitativas, colaborativas,
cuja investigação aproxima a produção de saberes e a formação contínua de professores.
Em andamento, permitiu-nos compreender, até o momento, que o livro didático, mesmo
em tempos de tecnologias digitais que oferecem suportes variados de leitura e de escrita,
ele não perdeu sua hegemonia; continua sendo o material de que o professor muito
depende para preparar suas aulas. Precisa ser, portanto, tomado como possibilidade de
transgressão do ato de ler e escrever, como recurso para a promoção de
multiletramentos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
MAPEAMENTO LOCAL DOS MATERIAIS DIDÁTICOS E COMPETÊNCIAS
PEDAGÓGICAS VOLTADAS PARA INCLUSÃO: O CASO DA UFV
Carolina Macedo Lopes
macedoc73@gmail.com
Camila Aparecida Carneiro Fernandes
camilafloresfernandes@gmail.com
Universidade Federal de Viçosa
Esta pesquisa tem por objetivo mapear tecnologias e metodologias de ensino acessíveis
a deficientes visuais (ou cegos) e surdos (ou deficientes auditivos) desenvolvidas dentro
da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Realizou-se um mapeamento por rede de
pessoas (BARNES 1987) e, a partir disso, desenvolveu-se um trabalho de campo dentro
da instituição. A equipe realizou entrevistas semiestruturadas com docentes que
desenvolveram trabalhos ligados à temática da inclusão. O material encontrado foi
catalogado, seja ele tecnológico ou não. A partir da análise dos relatos dos profissionais
contactados, concluiu-se que há uma disparidade na existência de materiais e de
competências didáticas para os respectivos públicos: foi constatada uma quantidade
mais ampla de recursos para os alunos surdos, enquanto o contrário se verifica para
alunos cegos. A pesquisa indica que é necessário um maior investimento por parte da
instituição para atender às demandas do público cego/com baixa visão.
Palavras-chave: inclusão; surdez; cegueira; materiais didáticos acessíveis.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
“MEMÓRIAS”: UM TRABALHO DE AUTOCONHECIMENTO A PARTIR
DAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS (EJA)
Fábio Citrole Conegundes
f.citrole@yahoo.com.br
PIBID-CAPES /UFJF
Carolina Garcia De Carvalho Silva
carolinagcs@hotmail.com.br
(PIBID-CAPES/UFJF/PJF)
Tendo em vista o cenário caótico da educação brasileira (professores desmotivados,
alunos desinteressados e ensino descontextualizado), em pleno século XXI, torna-se
necessária a tentativa de implementação de novas práticas pedagógicas, capazes de
ofertar a escola o exercício produtivo de sua real função, isto é, o desenvolvimento
pleno da aprendizagem. Logo, apresenta-se, neste trabalho, uma sequência didática
(Dolz; Schneuwly,2008) sobre o tema “Memórias” aplicada em uma das turmas da
Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Escola Municipal Dante Jaime Brochado, em
Juiz de Fora, MG, no ano de 2016, sob orientação do subprojeto Letras/Português do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Centrada na
concepção interacionista de ensino de Língua Portuguesa (Travaglia,1995), a qual é
abordada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Língua Portuguesa, a
sequência de atividades em questão foi elaborada a partir da dificuldade dos alunos em
alocarem para a sala de aula os múltiplos conhecimentos vividos fora dos muros da
escola e perceberem, por meio do uso da língua materna, a possibilidade de cada
indivíduo conhecer melhor a si próprio e ao outro, enquanto elementos situados em um
dado tempo e espaço. Para tanto, como metodologia de trabalho, desenvolveu-se, em
sala de aula, práticas sociais de leitura (Kleiman,2006) e, em especial, de oralidade
(Antunes,2004), de modo que os discentes, com a intervenção da professora regente e
dos pibidianos, após lerem diferentes textos escritos por ex-participantes da Olimpíada
Brasileira de Língua Portuguesa, puderam, através da fala, relatar suas experiências de
vida, ou melhor, suas memórias, atuando como autores de suas próprias histórias. Como
resultado, a sequência didática implementada não só possibilitou aos alunos se
reconhecerem enquanto sujeitos históricos e sociais, como também despertou o
interesse da turma para os conteúdos de Língua Portuguesa, visto que ficou nítido o
emprego da língua em situações concretas de uso.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
METODOLOGIA ATIVA NO ENSINO DE LINGUISTICA: EXOTOPIA E
CONSTITUIÇÃO DOS SUJEITOS ALUNOS INGRESSANTES DE LETRAS
Saulo Gilvan Francisco
saulolaurindo@outlook.com
Universidade Federal de Lavras – LEDISC /UFLA – PIBIC/CNPq
A proposta deste trabalho visa fazer uma análise das atividades realizadas em sala de
aula pelo grupo GEMELLI (Grupo de Estudos em Metodologias Ativas para o Ensino
de Linguagens e Linguística) no primeiro período do Curso de Letras da Universidade
Federal de Lavras, tendo como foco principal e teórico o conceito de exotopia de
Bakhtin, que significa desdobramento de olhares a partir de um lugar exterior. Esse
lugar exterior permite, segundo Bakhtin, que se veja do sujeito algo que o próprio
sujeito nunca pode ver. Essa atitude comporta um olhar comprometido e ético. A
atividade das metodologias ativas que será aqui analisada nos leva à reflexão sobre
como o ato de se vivenciar a língua(gem) dentro da unidade do acontecimento. Sendo
assim, a universidade deve estar sempre atenta às práticas de ensino e não tratar a língua
como algo sem vida e os textos como um conjunto de regras a serem aprendidas. Para
que o aprendizado de leitura realmente ocorra é preciso criar condições para que o uso
da linguagem satisfaça as necessidades pessoais que estão associadas a ações do
cotidiano, à transmissão e busca de informação ao exercício de reflexão. Mas por outro
lado, devem ser trabalhados também os textos que favorecem a reflexão crítica e
imaginativa do aluno, o exercício de formas de pensamento mais elaboradas e abstratas
os mais vitais para a plena participação numa sociedade letrada. A metodologia deste
trabalho consiste em uma análise qualitativa, de caráter descritivo-analítico-
interpretativa, sendo que o analista se assume, também, como sujeito produtor de
sentidos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
MULTILETRAMENTOS E EDUCAÇÃO: A FANFICTION COMO
FACILITADORA DO LETRAMENTO ESCOLAR
LUCAS MARIANO DE JESUS
marianolucas2010@gmail.com
CEFET-MG
ANA ELISA RIBEIRO
anadigitalpro@gmail.com
-CEFET-MG
Esta comunicação tem como propósito apresentar a pesquisa em andamento intitulada
“Multiletramentos e Educação: a fanfiction como facilitadora do letramento escolar”,
vinculada ao Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagens (POSLING) do
CEFET-MG. O objetivo da pesquisa é compreender as motivações que levam os jovens
a desenvolverem a escrita de fanfictions. Com base nisso, pretende-se elaborar
propostas pedagógicas e reflexões para que professores e profissionais que atuam na
educação básica possam aperfeiçoar suas práticas pedagógicas à luz dos novos
letramentos, levando-se em conta o ambiente virtual, e assim empreender a pedagogia
dos multiletramentos no ambiente escolar. As fanfictions são textos escritos e
publicados por fãs, de forma colaborativa, em ambientes digitais. Em suas composições,
esses textos integram tipos diferentes de linguagens, que resultam em efeitos de sentido
variados, de acordo com a intenção do fã. Os pressupostos teórico-metodológicos que
norteiam esta pesquisa estão amparados em autores, como Jenkis (1992), Vargas
(2005), Lankshear e Knobel (2007), Rojo (2012) entre outros que versam sobre os
novos letramentos, os multiletramentos, o letramento escolar e a escrita de fanfictions.
Para o levantamento de dados de análise será empreendida uma investigação qualitativa
por meio do método de entrevistas focalizadas, seguindo os pressupostos de Gil (2008).
No que diz respeito às propostas pedagógicas, após as análises, pretende-se formular
uma sequência didática (Dolz; Schneuwly, 2004), na tentativa de contemplar os
multiletramentos no âmbito escolar. Embora o trabalho de pesquisa ainda esteja em
andamento, acredita-se que propostas que envolvam as práticas de leitura e escrita
realizadas pelos jovens na sociedade podem auxiliar no trabalho do professor, dentro da
sala de aula, e assim contribuir para a diminuição dos hiatos existentes entre a escola e a
sociedade.
Palavras-chave: Multiletramentos. Leitura e escrita. Fanfiction. Ensino
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
MULTILETRAMENTOS E PROFESSORES EM FORMAÇÃO: UM OLHAR
CRÍTICO PARA O LETRAMENTO DIGITAL
Luís Carlos De Oliveira
luisjfmg@gmail.com
Alessandra Costa
Alessandracostajf02@gmail.com
O impacto das novas tecnologias no universo educacional corresponde, hoje, à urgente
busca por outros modos de ensinar e de aprender, haja vista que a rapidez comunicativa
exige seleção crítica de informações e tomada de decisões sempre imediatas. Nesse
ritmo, o acesso às ferramentas tecnológicas disponíveis assinala que não cabe mais à
escola e ao educador perpetuar somente práticas pedagógicas arraigadas a modelos
tradicionais de ensino de língua, baseados exclusivamente na apropriação da escrita e no
desvendamento da leitura por meio de códigos linguísticos. É preciso ir além, como
apontam Dudeney, Hockly e Pegrum (2016, p.17) ao afirmarem que “Estamos
preparando estudantes para um futuro cujos contornos são, na melhor das perspectivas,
nebulosos [...] Não sabemos quais novos problemas sociais e políticos emergirão.
Mesmo assim, estamos começando a desenvolver um retrato mais claro das
competências necessárias para eles poderem participar de economias e sociedades pós-
industriais digitalmente interconectadas”. Nesse contexto, o presente trabalho procura
sinalizar a importância que as discussões em torno dos letramentos digitais
(DUDENEY, HOCKLY e PEGRUM, 2016) e críticos (JANKS, 2016) assumem no
presente; objetiva-se também assinalar como a teoria dos multiletramentos (ROJO,
2012) aponta novas formas de promoção do ensino de língua, especialmente quando
relacionadas ao processo de formação inicial de professores alfabetizadores. A partir de
uma investigação preliminar, que buscou verificar em ementas de disciplinas correlatas
à Metodologia de Ensino de Português, dos cursos de Pedagogia de cinco Universidades
Federais brasileiras, indícios de discussões centradas nos multiletramentos e nos
letramentos digitais, observamos que nenhuma dessas propostas explicita claramente tal
abordagem, consideradas essenciais contemporaneamente para a promoção da
competência comunicativa (BRASIL, 1997) e linguística de nossos alunos. Assim,
acreditamos ser necessária uma revisão dessas propostas para nos adequarmos às
gerações que nasceram com e pós a internet.
Palavras-chave: Letramentos crítico e digital. Multiletramentos. Formação de
professores.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
MULTILETRAMENTOS NO ENSINO DE INGLÊS PARA JOVENS: UMA
QUEBRA DE PARADIGMAS NA SALA DE AULA DE LÍNGUA
ESTRANGEIRA
Maíra Lima Ferreira
mairalimaf@hotmail.com
Prefeitura Municipal de Angra dos Reis
É cada vez mais difícil encontrar um jovem que não possua seu celular sempre ao
alcance da mão. Muitas vezes dentro de sala de aula, disputando a atenção com o
professor. Muitas escolas proíbem o uso do aparelho alegando a distração causada por
eles. Porém há educadores que enxergam o aparelho como uma ferramenta capaz de
aliar todos os benefícios da tecnologia móvel ao aprendizado contínuo do aluno dentro e
fora da sala de aula. Coadunados ao que entendem Chartier (2009) sobre novas
tecnologias aplicadas ao ensino e Silva (2012) acerca do letramento crítico e o
multiletramento, o objetivo desta pesquisa foi o de investigar a aplicação de atividades
pedagógicas, durante o período de agosto a dezembro de 2016, envolvendo o uso do
telefone celular na sala de aula de língua inglesa de uma turma de 9º ano de uma escola
pública do município de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Discute-se o uso das novas
tecnologias como estratégia inovadora para o ensino buscando soluções que contribuam
para o desenvolvimento da aprendizagem de língua inglesa. Neste relato serão descritas:
as atividades criadas, o processo de implementação e a reação dos estudantes às tarefas
propostas. O advento da tecnologia traz à tona questionamentos quanto à postura do
profissional da educação diante do seu compromisso frente a seus aprendizes e da
sociedade a qual ele pertence, onde não basta conhecer, mas necessita-se diversificar a
forma de trabalho e as propostas pedagógicas, que hoje têm ligação direta com o
processo tecnológico emergente.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
MULTILETRAMENTOS NO ENSINO PÚBLICO: DESAFIOS E
POSSIBILIDADES
Marli Regina Da Silva
msilvajf1973@gmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
Vanessa Ferreira Vieira
vafvjf@yahoo.com.br
Universidade Federal de Juiz de Fora
Este trabalho tem o objetivo de refletir, a partir da observação das práticas de ensino de
Língua Portuguesa em cinco escolas públicas da cidade de Juiz de Fora (MG) no ano de
2015, sobre a inserção da pedagogia dos multiletramentos no contexto escolar,
analisando os fatores favoráveis e desfavoráveis ao desenvolvimento dessa abordagem
em sala de aula. Para embasar as discussões, descrevem-se, inicialmente, as condições
físicas das escolas. Em seguida, apresentam-se as definições e considerações acerca dos
multiletramentos. Como fundamentação teórica, foram utilizadas as pesquisas de Rojo,
Moura, Dionísio e os Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa do
Ministério da Educação. Por fim, refletindo mais especificamente sobre as metodologias
de ensino adotadas pelos professores, apresentam-se propostas de intervenção à luz da
fundamentação teórica adotada, destacando-se quais foram as experiências positivas no
que tange à implementação do tema em sala de aula.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
MÚLTIPLAS LEITURAS NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA
EXPERIÊNCIA COM O LETRAMENTO CRÍTICO
Izabelle Cristina Siqueira Veira Abboud
izabelle.vieira@yahoo.com.br
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - (UERJ/capes)
Mestrado Profissional em Letras - PROFLETRAS
A realidade educacional contemporânea, profundamente marcada pelas transformações
sociais, pelo avanço da tecnologia e pela diversidade tem requerido o exercício de
práticas pedagógicas dialógicas e inclusivas. Considerando o exercício de ensino-
aprendizagem de leitura em um contexto de uma Escola Pública Municipal de Itaboraí-
R.J., com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e os resultados insatisfatórios
observados, iniciamos uma pesquisa-ação, com vistas a investigar e mudar essa
realidade. Ancorados na perspectiva do Letramento Crítico e nas contribuições de Cope
e Kalantzis (2012), Janks (2010) dentre outros teóricos, objetivamos alcançar a
compreensão mais rigorosa da realidade sociocultural desse público, os letramentos
valorizados e silenciados neste ambiente escolar e estimular o desenvolvimento de
algumas estratégias situadas em múltiplas leituras. Alguns ciclos já desenvolvidos e a
interpretação dos eventos de letramento realizados apontam que tal perspectiva favorece
a ampliação da relação dos sujeitos com os textos, seus contextos e com o seu processo
de ensino-aprendizagem, por estimular a abertura de novos horizontes, a negociação de
sentidos e a capacidade de agência dos alunos. Espera-se que ao final desse projeto
consigamos incorporar à prática cotidiana os saberes construídos e essa nova postura
educacional, transformando positivamente a relação de ensino-aprendizagem da leitura
em sala de aula e a participação efetiva desse grupo de concluintes em também diversos
e múltiplos eventos de letramento.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
NARRATIVAS DA DOR: ENTRE O SILÊNCIO E A REPRESENTAÇÃO
Roberta Cristina De Oliveira Saçço
robertasacco@bol.com.br
Universidade Federal de Juiz de Fora
Esta pesquisa tem como objeto de estudo a representação literária do trauma. Nosso
objetivo é mostrar que através do recurso da ficção a literatura devolve às vítimas e às
famílias de desaparecidos a dignidade outrora retirada pela repressão durante o regime
militar que assolou o país por 21 anos. Exploram-se, neste trabalho, a relação entre
ficção e testemunhos orais. A obra de ficção que norteou este estudo foi “K. Relato de
uma busca” (2014) de Bernardo Kuscinski, além de depoimentos de sobreviventes da
ditadura militar brasileira. Em termos comparativos, nosso objetivo é mostrar como a
literatura elabora imagens da violência contra o corpo e contra o psiquismo e como as
vítimas elaboram os traumas dessa época. O embasamento teórico que norteia essa
investigação compreende uma série de trabalhos que ocupam-se das relações entre
testemunhos e trauma. Como forma de validação dessa hipótese baseamos nossa análise
nos estudos de Franz Fanon, Márcio Seligmann-Silva e Maria Rita Kehl.
Concomitantemente, analisamos o testemunho de mulheres que prestaram depoimento
para a Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora. O intuito é resgatar vozes
silenciadas na militância feminina juiz-forana e compreender como esse período foi
pensado pelas mulheres da cidade que resistiram ao regime. Nesse cenário, a literatura
surge como a possibilidade de representação do evento traumático. Na análise do texto
literário ainda é viva a ferida aberta na memória da nação brasileira. O papel da
literatura é justamente esse, retomar o passado sob um olhar diferenciado, numa
tentativa de transformar dor e sofrimento em arte e não deixar que a história caia no
esquecimento. Através de um compromisso ético, a literatura devolve aos sobreviventes
e aos desaparecidos o direito à memória e à justiça se configurando numa importante
ferramenta no combate à cultura do esquecimento que reinou por anos na sociedade
brasileira.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
NETIQUETA: REFLEXÕES SOBRE O COMPORTAMENTO E O USO DA
LÍNGUA
Caroline Souza Ferreira
carol-ferreira@outlook.com
Thais Fernandes Sampaio
thais.fernandes@ufjf.edu.br
UFJF – PROFLETRAS
GERAL-E
Este relato visa a apresentar uma sequência de atividades sobre regras de convivência na
internet (Netiqueta), realizada no ano de 2016, no oitavo ano do ensino fundamental da
Escola Municipal Murilo Mendes (JF). Tal experiência correspondeu à primeira etapa
da pesquisa-ação O uso do blog na aula de Português: em busca do empoderamento
discente e teve como objetivos: i) promover a reflexão sobre a convivência no ambiente
virtual, ii) elaborar regras, coletivamente, para garantir uma interação segura e
respeitosa nesse ambiente e iii) refletir sobre os recursos linguísticos utilizados na
produção de textos do tipo injuntivo. Considerando as discussões sobre a inserção das
tecnologias digitais na educação (LÈVY,1999 e MARCUSCHI; XAVIER 2004, entre
outros), os discentes realizaram atividades de pesquisa e reflexão acerca da Netiqueta.
Para tanto, foram utilizados vídeos, sites, além da abordagem do conhecimento de
mundo dos alunos. No que tange ao trabalho com o texto e a análise linguística
(GERALDI, 2013, entre outros), as atividades propostas objetivaram a elaboração
coletiva de regras para serem seguidas pelos alunos nas suas interações virtuais. Nesse
contexto, foram feitas reflexões sobre o uso dos verbos nos textos injuntivos, sobre o
paralelismo sintático, dentre outros aspectos linguísticos, cuja abordagem foi necessária
para a produção e revisão do texto coletivo. Ressaltamos que as atividades foram
fundamentais para o desenvolvimento das outras etapas do projeto, pois garantiram uma
interação respeitosa entre os alunos no ambiente virtual, além de ter aberto espaço para
outro debate, igualmente importante: a convivência na sala de aula e na escola.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
NOMES E SOBRENOMES: POSSIBILIDADES NOS PRIMEIROS PASSOS DA
ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS
Patrícia Ferreira Duarte
pduarteufjf@gmail.com
Colégio de Aplicação João XXIII
Carolina Alves Mata Gasparete
carol_gasparete@hotmail.com
Colégio de Aplicação João XXIII
Entendendo a singularidade dos nomes próprios por conterem uma carga identitária,
cultural e psicológica dos sujeitos como aponta Ferreiro (1993) e Teberosky (1993),
construímos um caminho metodológico que visasse não só a alfabetização, mas também
o letramento. A partir do nome e do sobrenome das crianças exploramos diferentes
gêneros textuais, bem como a escrita dos mesmos e dos nomes de seus familiares. A
presente experiência ocorreu com turmas de 1º ano do Colégio de Aplicação João
XXIII, em março do ano de 2017. No primeiro momento as crianças apresentaram a
história de seus nomes (fruto de uma pesquisa realizada em casa com os familiares),
identificaram as letras iniciais e contaram a quantidade de letras neles presentes. Já no
segundo e terceiro momentos trabalhamos a intertextualidade entre a história
“Guilherme Araújo Augusto Fernandes” escrita por Mem Fox e a música “ Gente tem
sobrenome” da autoria de Toquinho. O tipo de trabalho desenvolvido na instituição
permitiu-nos também no quarto momento o movimento da interdisciplinaridade,
traçando possibilidades também para o desenvolvimento de conteúdos pertinentes à
História como diferentes fases da vida e do crescimento, além da construção da
contextualização dos sobrenomes com a produção de árvores genealógicas. As crianças
conseguiram familiarizar-se com a escrita de seus nomes observando com mais atenção
as diferentes letras que os compõe, e perceberem a diferença entre nomes próprios e
comuns. E ao final do processo também reconheceram seus sobrenomes por
compreenderem a origem e a relevância dos mesmos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
NOVAS TECNOLOGIAS - NOVOS LETRAMENTOS: UMA EXPERIÊNCIA
COM O GÊNERO FANFICTION NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Cristiane Melo Alves
cristianema.rj@gmail.com
Mestranda do Programa ProfLetras da UERJ
Com o objetivo de trazer à relevância o impacto das novas ferramentas digitais e dos
multiletramentos no ensino de produção de texto na Educação de Jovens e Adultos que
proponho apresentar uma série de experiências de leitura e escrita com o gênero digital
fanfiction vividas pelos alunos da VII fase da EJA do CIEP Municipalizado Dr. Amílcar
Pereira da Silva do Município de Quissamã no Estado do Rio de Janeiro no de 2016.
Esta experiência resultou com publicação das produções em fanzines artesanais e no
ISSUU. Justifica-se a importância deste tema pelo fato de as formas de comunicação
terem evoluído e ganhado espaço dentro das salas de aula. Ao aliar as novas ferramentas
digitais ao dia a dia de maneira democrática dentro do ambiente escolar, procurou-se
favorecer o processo de ensino aprendizagem. De acordo com Roxane Rojo “Trabalhar
com multiletramentos pode ou não envolver (normalmente envolverá) o uso de novas
tecnologias de comunicação e de informação (“novos letramentos”), mas caracteriza-se
como um trabalho que parte das culturas de referência do alunado (popular, local, de
massa) e de gêneros, mídias e linguagens por eles conhecidos, para buscar um enfoque
crítico, pluralista, ético e democrático” (...). (ROJO, p.8, 2012). A realização desta
prática foi dividida em várias etapas – desde a explicação do gênero, as práticas de
leitura e escrita, a confecção dos fanzines e a publicação. O projeto culminou com uma
oficina sobre fanzines e palestras tendo o envolvimento ao final de todos os alunos da
modalidade. Observamos com as práticas em sala de aula que houve interação e que, a
leitura e a escrita foram valorizadas, visto que os alunos apresentaram motivação para as
atividades propostas, principalmente por terem acontecido em ambientes diferenciados e
com ferramentas tecnológicas diversas.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
NOVOS MODOS DE AVALIAR EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Azusssa Matsuoka
azussam@yahoo.com.br
Prefeitura Municipal de Juiz de Fora
O presente relato busca compartilhar as experiências resultantes da adoção da prática da
avaliação oral nas aulas de língua estrangeira em uma escola pública municipal de Juiz de
Fora. Embora seja muito comum em cursos livres de idiomas, a viabilização dessa prática
em aulas curriculares na escolas pública não foi um processo simples. Além do grande
número alunos nas salas de aula, enfrentamos o desafio de estabelecer os critérios que
seriam adotados para a avaliação. Para Jussara Hoffman mudanças essenciais em avaliação
dizem respeito à finalidade dos procedimentos avaliativos e não apenas à mudança de tais
procedimentos em si. Ou seja, a autora advoga a favor de uma avaliação a serviço da ação
que tem como objetivo a observação permanente das manifestações de aprendizagem a fim
de proceder ações educativas que otimizem os percurso individuais. Desse modo, não
apenas como um novo procedimento avaliativo, a nossa concepção de prova oral buscou
oportunizar o engajamento discursivo na língua estrangeira e permitir atenções mais
individualizada aos alunos avaliados. Desde a implantação do programa PIBID-
Inglês/UFJF em nossa escola, as aulas de Língua Inglesa são fundamentadas na
metodologia CLIL (Content and Language Integrated Learning). Esse método tem como
foco o ensino de conteúdos diversos através de uma segunda língua. O aprendizado do
idioma se dá através ensino de conteúdos de diversas áreas – matemática, ciências,
geografia, dentre outro, sem foco na gramática. O aprofundamento em conteúdos de outras
disciplinas, torna o ensino de inglês se torna mais significativo pois promove o ensino
contextualizado e interdisciplinar. Assim, a avaliação oral proposta seguiu essa mesma
dinâmica, sendo realizada acerca dos assuntos de conteúdos diversos tratados durante as
aulas de inglês.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O ANÚNCIO PUBLICITÁRIO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA:
DESENVOLVIMENTO DO LETRTAMENTO MULTIMODAL
Paula Silva Abreu
paula.silvaabreu@hotmail.com
Universidade Federal de Lavras - UFLA
Os anúncios publicitários estão presentes na sociedade atual para convencer, persuadir
ou provocar as pessoas a comprarem produtos e aderirem a serviços ou marcas. Os
avanços tecnológicos têm permitido que esse gênero textual sofra modificações em sua
estrutura e forma de veiculação. Além de anúncios impressos e de outdoors, vemos
peças publicitárias em forma de vídeos na televisão e internet. Esses vídeos são
compostos por diferentes modalidades de linguagem como as imagens estáticas ou em
movimento, os sons e as músicas, as legendas e falas orais, os textos escritos, os
gráficos e números, etc. Para produzir sentido na leitura desses anúncios, o interlocutor
precisa dominar habilidades de leitura relacionadas aos textos multimodais. Nessa
perspectiva, os objetivos deste trabalho são de (i) discutir a multimodalidade no gênero
anúncio publicitário e (ii) refletir sobre as potencialidades desse gênero em sala de aula,
para que os alunos desenvolvam essas habilidades necessárias aos multiletramentos.
Para a realização do trabalho, foi elaborado um quadro teórico a partir de autores como
Vieira e Silvestre (2015), Dell’Isola (2001), Koch e Elias (2006), Sandmann (2000),
entre outros que discorrem sobre a multimodalidade, a leitura e o gênero anúncio. Em
um segundo momento, foi feita a análise de alguns vídeos da assinatura de TV Sky e do
Banco Itaú. Tais análises permitiram compreender que a multimodalidade configura-se
como constitutiva nesse gênero e que os recursos semióticos e multimodais presentes
nos anúncios são ricos e podem ser explorados pelos professores para garantir aos
alunos uma formação crítica, reflexiva e a ampliação das habilidades de leitura
relacionadas aos multiletramentos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O CASAMENTO DA PRINCESA: UMA AVENTURA ESTÉTICA E
HUMANIZADORA
Maiara Ferreira De Souza
maiaraf.souza@gmail.com
Marcela Brasil Galvão
marcela_galvao27@hotmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
O presente relato tem como objetivo narrar a oficina de leitura “O casamento da
princesa” e refletir sobre a criação de tempos e espaços para a leitura literária na
Educação Infantil (PAULINO, 2007; BARBOSA, 2006; ZILBERMAN, 2003). Essa
oficina foi se constituindo a partir do contato com as crianças e das discussões entre
professores e pesquisadores do projeto de extensão Tempos e espaços de leitura, o qual
se desenvolve no âmbito do grupo LINFE - da Faculdade de Educação da Universidade
Federal de Juiz de Fora – UFJF. Sentindo a necessidade de desconstruir a imagem de
princesa que era atrelada a concepção europeia, desenvolvemos a oficina, a partir do
conto africano “O casamento da princesa” escrito por Celso Sisto. O livro narra a
disputa entre dois pretendentes, chuva e fogo, pela princesa Abena. A oficina foi
dividida e dois momentos: o primeiro consistiu em fazer a apresentação geográfica da
África a partir de mapa e globo terrestre; apresentação de fotos africanas que
expressavam a cultura, paisagem, pinturas, dentre outros; confecção do colar
referenciando a cultura das tribos africanas pelas próprias crianças; o segundo momento
consistiu na realização da pintura da pele para a comemoração do casamento e na
contação da história. A oficina foi realizada no segundo semestre de 2015, com a turma
do 2º período da Educação Infantil na Escola Municipal Fernão Dias Paes, em Juiz de
Fora - MG.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O ENEM COMO REFERÊNCIA DE CURRÍCULO PARA A EDUCAÇÃO
BÁSICA – A PROVA DE REDAÇÃO COMO UM INSTRUMENTO DE
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Iara Lopes Da Silva
iaraclaude@hotmail.com
UFG (Universidade Federal de Goiás)
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística
É tendência das práticas educacionais a preocupação com a construção de saberes a
partir de um olhar transversal e interdisciplinar, pois os Parâmetros Curriculares
Nacionais apontam nessa direção e as provas do Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM) têm exigido dos participantes saberes integrados. Assim, este trabalho analisa
o Exame Nacional do Ensino Médio enquanto referência nacional para o
aperfeiçoamento curricular do Ensino Médio brasileiro. Buscou-se reconhecer a
necessidade de um ensino que contemple a formação integral com saberes transversais e
interdisciplinares através da análise discursiva das competências comuns a todas as
áreas de conhecimento da avaliação do ENEM e também mais especificamente das
competências que são avaliadas na prova de redação. Como materialidade discursiva é
apresentada a Matriz de Referência do ENEM e do Guia do Participante – A Redação
no ENEM, publicados pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira). A análise parte primeiramente de um breve histórico do
ENEM, tramitando para a observação das competências avaliadas comuns a todas as
áreas do conhecimento e depois se reporta às competências avaliadas na prova de
redação. A observação dos discursos que regem as competências avaliadas na prova do
ENEM, especialmente na avaliação de redação, que exige a produção de texto do
gênero dissertativo-argumentativo, é analisada segundo as teorias de Bakhtin e
Fairclough. Isso permite perceber a avaliação como um discurso de referência
curricular, pois a prova escrita requer capacidade de leitura crítica, percepção de
contextos de diversas ordens e tomada de posições responsáveis diante dos problemas
apresentados. Trata-se de uma avalição que visa conduzir a uma transformação social,
de modo que o participante precisa assumir postura responsiva diante dos
enunciados/problemas por meio da criação de proposta de intervenção, o que corrobora
a necessidade de um ensino que contemple a formação integral.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NA ESCOLA PÚBLICA NOS DISCURSOS
DOS PROFESSORES
Renata Helena Pin Pucci
renata_pucci@hotmail.com
Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP)
O presente trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa de doutoramento, a qual teve
como sujeitos professores de inglês que atuam na escola pública. O objetivo da pesquisa
consistiu em analisar, nos discursos desses professores, os sentidos elaborados acerca do
ensino do idioma nesse espaço. O apoio teórico-metodológico foi fundamentado em
contribuições teóricas de M.M. Bakhtin, que permitiu a problematização da linguagem
social, dialógica e ideológica na constituição discursiva do sujeito e também em
princípios relativos à linguagem, semiótica e ao desenvolvimento das funções psíquicas
humanas de L.S. Vigotski. Nesse aporte, temos que no meio tenso das relações sociais,
em contextos históricos e culturais determinados, onde compartilham-se significações e
sentidos são produzidos, o sujeito se elabora discursivamente. Os dados foram
construídos a partir da realização de entrevistas com sete professoras de inglês que
atuam em escolas públicas estaduais de uma cidade no interior de São Paulo. Das
análises realizadas, depreendeu-se que as professoras perpetuam alguns discursos
estabilizados relativos ao ensino da língua inglesa na escola pública, os quais encontram
ecos no âmbito social e trazem marcas do contexto sócio-histórico contemporâneo. Foi
observado nos discursos das docentes acerca do domínio da língua inglesa valorações
distintas, que são enviesadas pelas relações de classe, de modo que a língua inglesa que
promove o ingresso do aluno no mundo globalizado, com todos os benefícios agregados
a essa inserção, apresenta valor distinto quando se refere aos seus alunos das classes
populares e às justificativas para o ensino do idioma na escola pública. Ademais,
observou-se que diante de condições adversas de trabalho e da dificuldade em
reconhecerem e tornarem reconhecido seu objeto de ensino como um conhecimento
escolar formativo e relevante para a emancipação dos alunos, as docentes apoiam-se nos
discursos dos documentos oficiais na apreciação e valoração de sua prática, nos quais
buscam identificação.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA NO CONTEXTO DAS NOVAS
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (NTIC’S): UMA
ANÁLISE DOS DISCURSOS DOCENTES PROPOSTOS NOS BLOGS
EDUCATIVOS
EDMILSON FRANCISCO
ferriceli@hotmail.com
Universidade Federal de Lavras – UFLA
Diante da realidade tecnológica, o professor de língua portuguesa nem sempre se sente
em condições de promover o ensino da língua como um sistema em contínuo processo
de evolução, daí a necessidade de se pensar em uma prática como condição de exercício
de cidadania em uma sociedade onde a informação se multiplica rapidamente. Nesta
perspectiva, em que medida a prática de ensino da língua portuguesa, hoje, tem se
conformado à realidade e ao cenário atual de uso das novas tecnologias de informação e
comunicação? Para responder à questão, traçamos como objetivo analisar os discursos e
propostas dos professores quanto ao ensino da língua, sua adequação ao ambiente
virtual e às novidades que o progresso tecnológico traz. Como caminho utilizaremos os
seguintes procedimentos metodológicos: aplicação de questionário para verificar se os
professores utilizam: a) blogs ou outros canais virtuais em busca de conteúdo e de
formação profissional e, b) ferramentas tecnológicas e como as utilizam nas aulas;
levantamento de blogs sobre língua portuguesa, análise dos discursos dos criadores dos
blogs e do tipo de linguagem utilizada no ambiente virtual para o ensino da língua. O
estudo terá suas bases teóricas em Mikhail Bakhtin, no que se refere à utilização da
língua e linguagem no jogo da comunicação linguística numa abordagem enunciativa
discursiva e em Pierre Lévy no que tange às mudanças significativas no modo de ler e
escrever com o advento das novas tecnologias de informação e comunicação.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O ENSINO DAS CLASSES DE PALAVRAS NO EF II SOB O VIÉS DA
ANÁLISE LINGUÍSTICA: ESTUDO REFLEXIVO DO SUBSTANTIVO E DO
ADJETIVO A PARTIR DO GÊNERO CONTO
Denise Pereira Rebello Viglioni
viglionijr@gmail.com.br
Orientadora: Prof.ªDr.ª Natália Sathler Sigiliano
Universidade Federal de Juiz de Fora/
Mestrado Profissional Profletras
O desenvolvimento deste projeto considera o ensino do português nas escolas
brasileiras, o trabalho com a gramática normativa, que tem apresentado variações de
perspectivas, e a atuação dos professores, divididos entre ensinar ou não gramática,
como ensinar e para que ensinar. Ao refletir sobre essas questões, propõem-se
alternativas de associar a gramática às práticas discursivas sociais. Tendo como locus
investigativo turmas de 6º ano da Escola Municipal Cosette de Alencar em Juiz de Fora
e a sala de aula de Língua Portuguesa, este projeto, em desenvolvimento no ano letivo
de 2017, associa o ensino de classes de palavras, especificamente o substantivo e o
adjetivo, ao gênero textual conto, através da leitura de contos das Mil e Uma Noites. A
proposta é contextualizar a gramática e explorar a capacidade de escuta, leitura e
produção textual do aluno, apropriando-se de práticas de análise linguística com ênfase
na reflexão sobre os usos do substantivo e do adjetivo na estrutura da narrativa. O
projeto terá dois produtos finais, que explorarão a escrita e a oralidade: conto parodiado
escrito e contação dos contos produzidos. Espera-se que o aluno desenvolva habilidades
para participação eficiente e consciente nas práticas sociais de linguagem. Adota-se,
nesta pesquisa, a perspectiva de análise linguística com Mendonça (2006) e Bezerra e
Reinaldo (2013), de análise do ensino de classes de palavras em Pinilla (2007) e da
abordagem de gêneros textuais com Schneuwly & Dolz (2004).
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O ENSINO DE LIBRAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR: QUAIS
PERSPECTIVAS?
Emmanuelle Félix Dos Santos
emmanuellefelix@ufrb.edu.br (UFRB)
Wilson Pereira De Jesus
wpereira@uefs.br (UEFS)
Nos meados da década de 90 se inicia no Brasil uma nova política educacional, a
inclusiva, ampliando significativamente o acesso de alunos com necessidades
educacionais especiais (NEE) às escolas comuns. A inserção desses alunos, em especial
dos surdos, ocasiona mudanças nas práticas e nas estruturas educacionais, assim como
na formação do professor, o que requer implantação de políticas educacionais. Essa
abertura social, política e educacional proporciona aos surdos e sua língua uma
visibilidade e, concomitantemente ao reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais
(Libras) como língua, a Lei nº. 10.436/02, a institui como componente curricular nas
licenciaturas. Posteriormente, o Decreto que regulamenta esta lei estipula prazos e
percentuais para que as universidades possam implantar o componente curricular
Libras, obrigatoriamente, nas licenciaturas. Em obediência a esta determinação, a
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), passa a ofertá-lo em 2009. Cientes
do compromisso dessa instituição com a formação de professores, o presente trabalho
estabelece como objetivo analisar as perspectivas e contribuições que a organização do
componente curricular Libras na UEFS oferece na formação do professor. Para tanto,
nos baseamos nos escritos de Tardif (2012 [1991]), Soares (1999), Lacerda (2013) e
outros. Como orientação metodológica, utilizamos o estudo de caso que, alinhada à
técnica de análise de conteúdo, buscou articular a organização da Libras nos
documentos normativos da UEFS. Isso nos possibilitou perceber que, na organização do
componente curricular Libras, na UEFS, ainda há uma incógnita sobre seus reais
objetivos, apesar de ela cumprir sim uma função formativa. Destarte, consideramos que
ele cumpre um papel importante na formação do futuro professor e que as lacunas
existentes nesta formação advêm da sua constituição legal, que apresenta sentidos
dúbios acerca de sua finalidade e, principalmente, da própria formação docente, que
ainda é marcada por reflexos da lógica disciplinar.
Palavras-chave: Libras; Ensino; Formação Docente.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O ENSINO DE SEMÂNTICA A PARTIR DOS GÊNEROS TEXTUAIS – UMA
PROPOSTA DE ABORDAGEM
Carolina Alves Fonseca
Universidade Federal de Juiz de Fora
carolalvesxd@hotmail.com
Este artigo - vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua linha Linguística e ensino de línguas – visa apresentar os
resultados preliminares de uma tese em andamento cujo intuito é confrontar as práticas
de ensino de semântica propostas nos livros didáticos com os parâmetros direcionadores
nacionais, no sentido de observar qual(is) concepção(ões) relativas ao campo da
significação estão presentes neles. Ademais, busca-se propor um material didático de
ensino de semântica inserida aos gêneros textuais. Para tanto, baseamo-nos nas teorias
propostas por Bronckart (1999), que evidencia o interacionismo sociodiscursivo; bem
como por Dolz & Schneuwly (2004) e Marcuschi (2003), os quais acreditam em uma
proposta de ensino-aprendizagem organizada através gêneros textuais, atribuindo à
linguagem e à interação a instrumentalização na construção do conhecimento e na
formação do cidadão. Nosso viés semântico é desenvolvido na perspectiva da
Linguística Cognitiva (LAKOFF, 1987; FAUCONNIER e TURNER, 2002;
FILLMORE, 1982), a qual fundamenta nossa abordagem e compreensão dos processos
de formação de sentido presentes na linguagem. Nas análises parciais, vem ganhando
relevo a elaboração de uma sequência de atividades acerca das metáforas e metonímias
– nos moldes da Teoria da Metáfora e da Metonímia Conceptuais, postulada por Lakoff
e Johnson (2002) - em textos que circulam na esfera jornalística. Nessa primeira etapa
de elaboração do material, as atividades objetivam trabalhar com os discentes a
metonímia como um recurso discursivo que atinge diferentes resultados a depender do
gênero textual. Isso significa que, em uma notícia policial, a metonímia “Instituição pela
pessoa” funciona como uma estratégia de escrita diferente do que se empregada em uma
reportagem. Como estamos diante de um problema prático, elegemos a pesquisa-ação
como o cerne de nossa metodologia, a fim de tentarmos construir estratégias que nos
possibilite alcançar novas práticas e, assim, chegarmos a possíveis soluções.
Palavras-chave: Ensino de semântica; Metáfora; Metonímia; Gêneros textuais;
Interacionismo Sociodiscursivo.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O ESTADO DA ARTE DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO: DISSERTAÇÕES E TESES SOBRE SUJEITOS COM BAIXA
VISÃO E CEGOS NO BRASIL ENTRE 2006-2016
Maria Nazaré Carvalho Cunha de Souza
mariaccunhas@gmail.com
Sara Gonçalves Barbosa
sarabarbosa88@gmail.com
Universidade Federal de Viçosa
A mudança de postura e do olhar sobre a deficiência é necessária e fundamental no
modo organizacional democrático, e o presente trabalho propõe-se a mencionar os
aspectos relativos à inclusão educacional de pessoas com baixa visão e cegas a partir do
uso das Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC.
O presente trabalho, de caráter bibliográfico, realizou o mapeamento pelo Banco de
Teses da Capes de dissertações e Teses dos anos de 2006-2016, no território nacional,
que contenha as seguintes palavras chaves: Tecnologia de Informação e Comunicação e
Baixa Visão; Tecnologia de Informação e Comunicação e Cego.
A pesquisa teve como objetivo analisar documentos, no sentido de mapear as
características em comum encontradas nas produções. Nesse sentido, a partir da análise
de dados foi possível verificar as lacunas existentes dos referenciais analisados, quais
projetos já foram desenvolvidos, além da evolução e tendência dessas pesquisas.
A partir dessas perspectivas estão sendo analisados trabalhos nessa área,
disponibilizados pelas Capes, e a partir das interpretações dos mesmos, estão sendo
construídas categorias de análise os temas mais focalizados, como foram abordados, a
importância da formação do professor nesse processo, quais TIC foram trabalhadas, que
metodologias foram empregadas, a visão social da pesquisa, se os referências teóricos
estavam de acordo com as ideias abordadas, as possibilidade de generalização, enfim, as
contribuições da publicação em âmbito geral da educação inclusiva.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O ESTADO DA ARTE DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO: DISSERTAÇÕES E TESES SOBRE SUJEITOS SURDOS NO
BRASIL ENTRE 2006-2016
Cristiane Lopes Rocha de Oliveira
cristiane.oliveira@ufv.br
Yasmin Carolini Lana Albao
yasmiinlana@gmail.com
Universidade Federal de Viçosa
A preocupação com a inclusão dos Surdos é algo muito recente e o processo
educacional ainda necessita de muito trabalho e adequação a fim de permitir uma
inclusão social real a essas pessoas.
Uma educação inclusiva é aquela que prioriza a participação de todos a partir de um
viés igualitário, considerando qualquer que sejam as origens e barreiras para o processo
de aprendizagem. Na educação de Surdos, são também considerados entraves para esse
processo o acesso linguístico e os aspectos educacionais, cognitivos e culturais
envolvidos.
As Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC vem se constituindo de forma
positiva como ferramenta de apoio na inclusão educacional, seja como estratégia de
ensino, seja como meio de acesso aos conhecimentos de forma facilitada.
Esse projeto, de caráter bibliográfico, volta-se para o Estado da Arte que envolvam
sujeitos Surdos, a partir do uso das TIC. Essa pesquisa teve como objetivo realizar uma
análise de produções, no intuito de gerar subsídios, na identificação de contribuições e
defasagens a partir dos documentos investigados.
A partir dessa perspectiva, o mapeamento ocorreu pelo Banco de Teses da Capes de
dissertações e teses dos anos de 2006-2016, no território nacional, que contenha as
seguintes palavras chaves: Tecnologia de Informação e Comunicação e Surdo.
A partir dessas perspectivas estão sendo analisados trabalhos nessa área,
disponibilizados pelas Capes, e a partir das interpretações dos mesmos estão sendo
construídas categorias de análise dos temas mais focalizados, como foram abordados, a
importância da formação do professor nesse processo, as TIC que foram mais
trabalhadas, que metodologias foram empregadas, a visão social da pesquisa, se os
referências teóricos estavam de acordo com as ideias abordadas, as possibilidade de
generalização, enfim, as contribuições das publicações em âmbito geral da educação
inclusiva.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O ESTUDO DE INGLÊS NA EJA: ADEQUAÇÃO AO PERFIL DE JOVENS E
ADULTOS?
Dalcylene Dutra Lazarini
dalcylenedutralazarini@gmail.com
Professora e coordenadora de Letras da FASM
Joana Castro Teixeira Machado
joanacastromachado@hotmail.com
Acadêmica do 3º de Letras da FASM)
A nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases) nº. 9394/96, artigos 37 e 38, determina que a
Educação de Jovens e Adultos (EJA) seja adequada às demandas sociais, por considerá-
los dignos de assistência, nesse sentido, lecionar na EJA exige um olhar diferenciado e
uma postura dinâmica com relação ao processo ensino-aprendizagem. Com o intuito de
aprofundar essa discussão, propomos um estudo que enfoque a Língua Inglesa como
uma disciplina que precisa se tornar mais relevante para o perfil dos alunos dessa
modalidade de ensino, o que se verifica no cotidiano escolar é uma certa aversão a essa
língua estrangeira. Como contornar essa situação? Que atividades poderão ser
desenvolvidas para adequar o Inglês às demandas sociais? Esses questionamentos fazem
parte do projeto de Iniciação Científica, intitulado “Um retrato do ensino de Inglês na
EJA: o que dizem os alunos das escolas públicas de Muriaé”, em desenvolvimento no
ano de 2017 na Faculdade Santa Marcelina. Nessa cidade, com o apoio da
Superintendência Regional de Ensino de Muriaé (23ª. SRM), selecionamos três, que
oferecem a EJA para aplicar um questionário semiestruturado a ser respondido pelos
alunos de maneira individual e conjunta, com o objetivo de se verificar como o ensino
de Inglês é recebido pelos discentes. Ao investigar como isso tem ocorrido, daremos
voz aos alunos para verificar qual é o grau de importância atribuído à língua estrangeira.
Como fundamentação teórica, serão utilizados os seguintes autores: Marcuschi (2001),
Freire (1996), Luciano (2013), Silva (2015), Soares (2008) e Oliveira (2013). A
pesquisa possibilitará uma reflexão sobre a experiência/expectativa dos alunos em
relação ao estudo de Inglês na escola e sua utilidade/empregabilidade na sua vida
pessoal e profissional. Oportunizando assim, oferecer subsídios teóricos e práticos, para
mudar a prática escolar e tornar a língua estrangeira mais atrativa para esses alunos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
GÊNERO EXPOSIÇÃO ORAL: O DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE NA
SALA DE AULA
Aida Do Amaral Antunes Teixeira
amaral.aida@yahoo.com.br
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Neste relato discuto uma experiência didática visando ao ensino do gênero textual
Exposição Oral, realizada em uma turma de 5º ano do ensino fundamental de uma
escola pública localizada na zona rural do município de Extrema – MG. Assumimos a
concepção sócio histórica de linguagem desenvolvida por Bakhtin (2000), que atribui à
linguagem e à interação o papel de instrumentos essenciais na construção do
conhecimento e na formação dos indivíduos. Além disso, apoiamo-nos em Jolibert
(1994), que defende a ideia de que é vivendo em um meio sobre o qual se pode agir,
discutir, decidir, realizar e avaliar com os demais é que se criam situações favoráveis
para a aprendizagem. Quanto a isso, destacamos os estudos de Dolz e Schneuwly (2004)
que afirmam ser uma das funções da escola a de proporcionar aos alunos condições para
ultrapassarem as formas de produção oral cotidianas. A escolha do gênero se relacionou
às seguintes demandas: explorar as especificidades da produção e compreensão de
gêneros orais em sala de aula, tornando-as objeto de ensino-aprendizagem; articular as
práticas de leitura e análise linguística ao desenvolvimento da oralidade; e estruturar a
aprendizagem dos conteúdos. A intervenção didática envolveu estudo e planejamento
das informações a serem transmitidas/descritas/explicadas, escolha de estratégias
linguísticas para assegurar a oralização, a inteligibilidade e a coesão temática, o uso de
exemplificações, perguntas e sínteses e a definição dos recursos da Exposição Oral. A
promoção de condições adequadas à aprendizagem contribuiu para que os alunos
compreendessem as especificidades do gênero quanto ao seu comportamento,
planejamento, organização e transmissão do conhecimento para os demais colegas da
turma. Os resultados positivos alcançados apontaram a importância da sistematização
do ensino de gêneros orais e revelaram o envolvimento dos alunos com as atividades
propostas, enriquecendo seu repertório linguístico-discursivo e adquirindo uma
competência comunicativa mais ampla e diversificada. (BORTONI-RICARDO, 2004).
Palavras-chave: escola pública; ensino de língua portuguesa; gênero exposição oral.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O GÊNERO TEXTUAL RELATÓRIO CIENTÍFICO: AS PRÁTICAS
ESCOLARES E A CONSTRUÇÃO DE UM DISPOSITIVO DIDÁTICO
Ariane Alhadas Cordeiro
alhadas.ariane@gmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora – PPGE (UFJF)
O presente trabalho apresenta um recorte dos resultados de uma pesquisa de mestrado
que tem como objetivo o estudo da circulação do gênero textual relatório científico com
vista à elaboração de um modelo didático de gênero (MDG) para uma turma de uma
escola da rede pública de Minas Gerais, a partir da análise de diversos modelos de
relatórios que circulam na escola nos eventos, nos manuais didáticos e nas tarefas
solicitadas pelos professores. Fundamentamos nos pressupostos teóricos do
Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) que concebe a linguagem como uma atividade
social, discursiva e interativa (BRONCKART, 2009, 2006a). Além disso, ancoramos na
perspectiva dos letramentos múltiplos, principalmente nas obras de Street (1984, 2014),
Rojo (2009, 2010, 2012, 2015), bem como dos estudos de letramento científico, Martins
(2010) e Mota-Roth (2009). Tais estudos são convergentes em evidenciar a
multiplicidade de práticas sociais com a escrita relativas e determinadas pelo contexto e
pelos sujeitos neles envolvidos. Para realizar nosso trabalho, a metodologia utilizada foi
o estudo exploratório, por ser uma proposta de investigação que articula o estudo
bibliográfico de um tema genérico, no caso a circulação do gênero relatório científico,
com base em análise dos modelos reais de relatórios científicos, observações e
entrevistas. Em uma das etapas, analisamos as práticas escolares envolvendo os
relatórios que circulam nos livros didáticos de Ciências e Língua Portuguesa adotados
na escola e os relatórios escritos pelos alunos. Analisamos, portanto, 18 textos e
percebemos que os alunos apresentaram dificuldades quanto à estrutura global do
gênero, à situação de produção e aos mecanismos de textualização. Para isso,
construímos um dispositivo didático com base na produção enfocando os
conhecimentos adquiridos pelos alunos na escrita prévia do gênero textual relatório
científico. Assim, acreditamos identificar as reais dificuldades dos alunos e ampliar os
conhecimentos científicos da turma.
Palavras-chave: Gêneros textuais. Relatório científico. Modelização didática de gêneros.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O LABORATÓRIO DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL COMO
FERRAMENTA PARA O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: LETRAMENTO E
TECNOLOGIAS DIGITAIS
José Ribamar Lopes Batista Júnior
ribasninja16@gmail.com
Diego Vieira da Rocha
diego.rcha010507@gmail.com
Colégio Técnico de Floriano/UFPI/CNPq
Ao iniciar as atividades em 2009, no Colégio Técnico de Floriano/UFPI, percebemos a
necessidade de aliar o conhecimento acadêmico ao conhecimento prático e profissional,
preparando esses jovens para a atuação em sociedade. Nesse contexto, em 2011, surgiu
o Laboratório de Leitura e Produção Textual (LPT) como alternativa às aulas
padronizadas com conteúdos fragmentados. Assim, os projetos de letramento, com foco
no desenvolvimento das habilidades letradas orais e escritas, foram desenhados com
base na proposta de letramento de Barton (2007) e Barton e Hamilton (1998). Neste
trabalho, apresentamos os projetos desenvolvidos, no Laboratório, de 2013 a 2016:
“Pipoca Cultural”, “Leitura em Cena”, “Quer Que Eu Desenhe?”, “Polêmicas em
Debate”, “Ação Legal”, “Cais Cultural”, “Radiotec” e “Oficinas LPT”. Como proposta
comum aos projetos, agregamos o uso das tecnologias digitais, especialmente as redes
sociais. Esses novos usos da leitura e da escrita – letramentos, formam um campo vasto
de investigação, principalmente, quando associado às questões educacionais. Os
resultados apontam para o incremento da aprendizagem e do desenvolvimento da
autonomia argumentativa e de atuação social. Desta forma, percebemos a produtividade
de se promover nas aulas de Língua Portuguesa os usos sociais da leitura e da escrita,
bem como das tecnologias digitais que fazem parte da vida cotidiana dos alunos.
Igualmente, os resultados também demonstram a melhoria no desempenho dos
discentes, sua maior proficiência em português na modalidade padrão de forma prática e
crítica.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O LETRAMENTO CRÍTICO NO TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS:
UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE INFOGRÁFICOS
Danielle Guerra
CEFET-MG
Marden Silva
CEFET-MG
Esta pesquisa investigou as práticas adotadas por uma professora de inglês do Ensino
Médio do CEFET-MG, em relação ao uso de teorias de multiletramentos (KALANTZIS
e COPE, 2012) em sua prática pedagógica. Buscou-se identificar as possibilidades que
surgiram para o ensino crítico de línguas estrangeiras por meio do trabalho com gêneros
textuais. Com base nas teorias sobre letramento crítico (Mc LAUGHLIN e DeVOOG,
2004), sobre gêneros textuais (MEURER, 2004) e sobre o ensino de LE (BRASIL,
2006), adotou-se uma atividade de análise e produção de infográficos. A metodologia,
de cunho qualitativo, contou com diários reflexivos da docente e questionários
respondidos pelos alunos como instrumentos de geração de dados. A análise mostrou
que o trabalho com o letramento crítico via gêneros é possível, visto que a produção
sinalizou certo desenvolvimento do senso crítico nos alunos.
Palavras-chave: gêneros textuais; letramento crítico; ensino de LE
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O LÚDICO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CONTRIBUIÇÕES DA
BRINQUEDOTECA NA CAPACITAÇÃO DOCENTE
Luciana Da Silva Almeida
Lucy.salmeida@gmail.com
João Batista Da Silva Santos
joaosanto.92@gmail.com
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Programa de Pós-Graduação em Cognição e Linguagem
A presente pesquisa objetiva esboçar um quadro das contribuições da dinamização do
espaço de uma brinquedoteca na formação de professores do curso normal médio. O
trabalho apresentou como proposta revitalizar a brinquedoteca do Colégio Estadual João
Pessoa, possibilitando a utilização desse espaço como local promotor de experiências
enriquecedoras para a formação docente. Participou do projeto uma turma de primeiro
ano do Curso de Normal Médio de Formação de professores da referida instituição, bem
como uma turma de oitavo período da Licenciatura em Pedagogia da UENF, ambos
situados no município de Campos dos Goytacazes, RJ. Aqui nos propusemos a pensar a
brinquedoteca como um laboratório lúdico/pedagógico imprescindível na formação
docente. Para a realização desse estudo, utilizamos a metodologia qualitativa e de
intervenção, realizando entrevistas, planejando e oferecendo oficinas que pudessem
subsidiar a formação desses futuros professores. Valemo-nos de alguns teóricos, como
Cunha (2001), Kishimoto (2010), Azevedo (2004), Teixeira e Martins (2012), dentre
outros. A partir dessa pesquisa, constatamos que a brinquedoteca se constitui como um
local ideal para que haja a vinculação de conceitos teóricos/metodológicos com a prática
e o fazer docente. Além disso, permitiu-nos discutir e repensar não somente a formação
docente, mas também a futura atuação pedagógica e principalmente a importância da
ludicidade na formação da criança e na prática do professor.
Palavras-Chave: Brinquedoteca, Formação de Professores, Laboratório
Lúdico/Pedagógico.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O PAPEL DA ESTRUTURA DE COMPLEMENTAÇÃO NO
DESENVOLVIMENTO DE UMA TEORIA DA MENTE: UM ESTUDO
EXPERIMENTAL EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Flávio Souza Rodrigues
flaviorodrigues_jf@hotmail.com
UFJF
Luciana Teixeira
teixeira.lu@gmail.com
UFJF
Neste trabalho, verificam-se as características morfossintáticas de sentenças simples e
complexas da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a influência dessas estruturas no
desempenho de crianças e jovens surdos na execução de tarefas de Crença Falsa de 1ª
ordem e, consequentemente, no desenvolvimento da Teoria da Mente (ToM). A
hipótese que norteia este estudo é a de que o domínio da sintaxe de complementação é
condição necessária, mas não suficiente, para o desenvolvimento das funções mentais
superiores, as quais necessitam da língua como mediadora nesse processo. Assume-se
uma concepção inatista de aquisição da linguagem (CHOMSKY, 1965, 1981, 1995),
aliada a uma perspectiva psicolinguística de aquisição, baseada nas hipóteses de
bootstrapping sintático (GLEITMAN, 1990) e semântico (PINKER, 1987; 1989).
Apresentam-se resultados de uma atividade experimental conduzida em Libras com 16
participantes surdos brasileiros, com aquisição tardia de sua L1, divididos em dois
grupos, considerando-se o tempo de exposição à língua. Os resultados indicam um
efeito principal da variável “tipo de estrutura da sentença” (com ou sem encaixamento
estrutural), ocorrendo um número maior de respostas corretas às perguntas da tarefa de
Crença Falsa com construções completivas (com o verbo epistêmico acreditar) no
grupo com maior tempo de exposição à Libras. Considera-se, portanto, que o
conhecimento linguístico afeta significativamente esse tipo de raciocínio e,
consequentemente, o desenvolvimento da ToM. Tais resultados são compatíveis com a
proposta de Quadros e Cruz (2011) de que, quanto mais cedo e maior for o acesso dos
surdos à língua de sinais, melhor será o seu desenvolvimento linguístico-cognitivo.
Palavras-chave: Teoria da Mente, interface, linguagem, Libras, aquisição.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O PAPEL DA PONTUAÇÃO NA ESCRITA DOS ALUNOS DA EJA
Cláudia Aparecida Ferreira Ferraz
claudiaferraz.ita@gmail.com
Natália Satler Sigiliano
natalia.sigiliano@ufjf.edu.br
Universidade Federal de Juiz de Fora
Esta comunicação tem como objetivo apresentar um relato de experiência de uma
pesquisa-ação em andamento no ano de 2017, aplicada a uma turma de 8º ano do EFII
de Educação de Jovens e Adultos, na Escola Municipal Pedro Furtado, do município de
Itamarati de Minas. A ineficiência do ensino de regras gramaticais, as quais têm
frequentemente sido desvinculadas de seu uso efetivo nos textos, tem sido verificada
nos materiais de EJA. Ademais, as temáticas abordadas pelos materiais são, por vezes,
distantes da realidade de grande parte dos alunos. Nesse contexto, este trabalho tem
como objetivo apresentar uma nova proposta interventiva em sala de aula, cuja
finalidade é de aproximar o estudo gramatical - mais especificamente da pontuação - do
estudo textual à realidade do aluno, com base na abordagem da Análise Linguística (cf.
Mendonça, 2006; Antunes, 2003 e 2014). Por meio disso, o estudante será capaz de
perceber a importância e o papel da pontuação nos mais diversos gêneros do cotidiano.
Assim, empregando os preceitos da sequência didática (Dolz, Noverraz e
Schneuwly,(2011 [2004]), os alunos serão conduzidos a observar diversos gêneros do
cotidiano e a realização da pontuação nesses gêneros e produzirão textos de vários
gêneros jornalísticos a fim de que, ao final do projeto, seja elaborado um jornal para ser
distribuído na comunidade. Toda a sequência se pauta na reflexão linguística,
epilinguística e metalinguística, a fim de se alcançar a sistematização e a construção dos
sentidos do texto, observando-se a importância da pontuação para tal.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O PAPEL DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO ENSINO DE LÍNGUA
PORTUGUESA: A IMPORTÂNCIA DA ELABORAÇÃO DE SEQUÊNCIAS
DIDÁTICAS NO TRANSPORTE DA TEORIA PARA A PRÁTICA DA SALA DE
AULA
Anna Carolina Ferreira Carrara Rodrigues
annacarolinacarrara@yahoo.com.br
Universidade do Estado de Minas Gerais
UEMG - Unidade Carangola
Este trabalho, resultado do projeto intitulado “O Papel da Variação Linguística no
Ensino de Língua Portuguesa” (CARRARA, 2016) desenvolvido com alunos do
Curso de Letras da UEMG, tem como temática discutir como a abordagem das
variações linguísticas (diafásica, diastrática e diatópica) em sala de aula afeta a
aprendizagem da Língua Portuguesa pelos alunos do Ensino Fundamental II. Os
objetivos delineados pelo projeto (i) discutir a variação diastrática a partir de tirinhas
do Chico Bento e verificar sua relevância no debate em torno do preconceito
linguístico; (ii) identificar as marcas indexais típicas da fala masculina e feminina no
gênero blog; culminam no item (iii) elaborar sequências didáticas para aplicação no 6º
e 8º anos do Ensino Fundamental II que propusessem um trabalho contextualizado
com a variação linguística a partir da seleção de textos e construção de atividades com
foco em interpretação e análise/apreensão de recursos linguísticos. Para a elaboração
das sequências didáticas utilizou-se da noção metodológica oriunda da Linguística de
Corpus e foram montados dois corpora: o primeiro contendo 33 tirinhas do
personagem Chico Bento e o segundo, 30 textos colhidos de 6 blogs distintos. O
aporte teórico do trabalho prioriza as noções de preconceito linguístico (BAGNO,
2003, 2007, 2009), análise e compreensão de gêneros textuais (MARCUSCHI, 2008;
DIONÍSIO, MACHADO, BEZERRA, 2010) e os caminhos que emergem do trabalho
com gêneros para o ensino de estruturas linguísticas (NEVES, 2013). Além desse
referencial teórico básico, conceitos em torno da elaboração de sequências didáticas
(DOLZ, NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004) e o que preconizam os PCN de Língua
Portuguesa sobre a temática também foram abordados. Desse modo, o trabalho
contribuiu para que o aluno desenvolvesse olhares distintos a respeito do fenômeno da
variação linguística, além de compreender o gênero trabalhado quanto à sua função
social, situação de produção e aspectos linguísticos que o compõe.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O PAPEL QUE OCUPA A LEITURA MEDIADA DE TEXTOS DIDÁTICOS DE
CIÊNCIAS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDAS EM SALA
DE AULA
Célio Da Silveira Júnior
celio@fae.ufmg.br
Faculdade de Educação da UFMG
A leitura é recurso fundamental para o ensino-aprendizagem de Ciências e requer a
mediação docente intencionalmente planejada. Em geral, textos didáticos de Ciências
(TDC) são difíceis de serem compreendidos pelas múltiplas linguagens que utiliza e alta
densidade conceitual. Esse cenário aponta para a necessária reflexão sobre as
possibilidades de uso e transformação dos TDC em sala de aula, discutindo o papel
ocupado por eles e como as suas atividades de leitura têm sido propostas. Mas, faltam
pesquisas sobre essa questão. Justifica-se assim a nossa pesquisa em desenvolvimento,
esperando que as lições tiradas tragam implicações para a formação dos sujeitos
participantes. O objetivo geral é pesquisar o lugar ocupado pela mediação da leitura de
TDC nas práticas pedagógicas desenvolvidas em salas de aula da Educação Básica. É
uma investigação de natureza narrativa e condizente com os referenciais da perspectiva
histórico-cultural do desenvolvimento humano. Para os trabalhos de campo, estão
sendo envolvidos os sujeitos em formação dos cursos com os quais tenho contato em
minha atuação docente na UFMG: licenciandos e mestrandos. Estou me valendo das
narrativas escritas por esses sujeitos sobre a realidade vivenciada por eles nas escolas
em que atuam, especialmente como professores ou estagiários. Como um dos produtos
da pesquisa, espera-se o desenvolvimento de materiais didáticos que contribuam para a
formação e atuação docentes em Ciências dos sujeitos envolvidos no enfrentamento da
problemática discutida. Os primeiros resultados obtidos confirmam a hipótese inicial de
trabalho: a de que a prática de mediação docente da leitura de TDC apresenta papel de
menor status frente às demais práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula,
apesar de sua importância. Para a reversão desse quadro, reforça-se a importância das
contribuições que as pesquisas sobre essa temática podem trazer para a formação de
docentes que atuam ou atuarão com Ciências na Educação Básica.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O PIBID PEDAGOGIA DA UENF: ESTÍMULO À AUTORIA PELA ESCRITA
SOLIDÁRIA
Rysian Lohse Monteiro
rysian_lohse@hotmail.com
Eliana Crispim França Luquetti(Orientadora)
elinafff@gmail.com
Universidade Estadual Do Norte Fluminense Darcy Ribeiro(UENF)
O presente trabalho pretende abordar o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (PIBID) como política pública de formação inicial docente, a partir da
descrição do processo de estímulo à autoria do projeto PIBID Escrita Solidária no curso
de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy
Ribeiro (UENF). Partindo da concepção de que o domínio das práticas de escrita é
essencial para futuros professores, o projeto Escrita Solidaria promove aos vinte e
quatro alunos bolsistas a interação e estimulo. A metodologia utilizada é a documental e
bibliográfica na medida em que recorre aos questionários, arquivos de registros de
vídeos e de relatórios do PIBID Pedagogia e os interpreta conforme os conceitos
utilizados pela pedagogia da autoria. Realizou-se também uma revisão bibliográfica
sobre a autoria escrita entre professores, utilizando alguns autores como Kramer (1999),
Pécora (1992), Freire (1996) e Bohn (2003), problematizando a recusa em relação à
escrita autoral. Como resultado do processo descrito pode-se afirmar que a autoria tem
um impacto positivo na formação inicial dos estudantes de pedagogia de forma crítica e
criativa, incentivando o uso integrado de múltiplas linguagens, o respeito à pluralidade e
à construção coletiva, reconhecendo alunos e professores como sujeitos ativos da
aprendizagem.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O PNAIC EM OURO PRETO: A VOZ DAS PROFESSORAS
ALFABETIZADORAS
Regina Aparecida Correa
reginacorreasol@hotmail.com
Hércules Tolêdo Corrêa
herculest@uol.com.br e herculest@cead.ufop.br
Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP
O presente trabalho teve como objetivo geral analisar concepções acerca dos processos
de alfabetização e letramento de cinco professoras alfabetizadoras do município de
Ouro Preto – MG, que participaram da formação continuada no âmbito do Pacto
Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC, em 2013. Esta pesquisa, de
abordagem qualitativa, utilizou como instrumentos de coleta de dados documentos
públicos, questionários e entrevistas. Participaram da pesquisa quatro das cinco
orientadoras de estudos do município de Ouro Preto e cinco professoras participantes do
PNAIC. Os dados coletados foram analisados com base, especialmente, nos seguintes
autores: Albuquerque e Morais (2006), Ferreira e Leal (2006), Ferreiro e Teberosky
(1986), Morais (2012), e Soares (2004, 2011, 2012, 2014, 2015, 2016). A análise dos
dados aponta que a terceira unidade dos cadernos de formação, relacionada ao sistema
de escrita alfabética e à consciência fonológica, foi a que marcou com mais intensidade
as professoras alfabetizadoras, de modo especial, porque possibilitou a compreensão
teórica de alguns conceitos que as professoras já desenvolviam na prática, como a
consciência fonológica. Com relação ao letramento, embora seis das oito unidades do
curso apresentassem um ou mais objetivos relacionados à alfabetização na perspectiva
do letramento, verificamos, por meio do depoimento das professoras, algumas
dificuldades em conceituar letramento ou mesmo de citar atividades relacionadas a ele.
Assim, concluímos que, embora haja tentativas de alfabetizar no contexto de letramento,
é possível perceber certa dificuldade relativa a isso e a priorização de uma das facetas
do processo de ensino e aprendizagem da leitura e escrita: a alfabetização.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O PROCESSO DE INSERÇÃO DE VOZES NO GÊNERO MONOGRAFIA À
LUZ DO INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO
Laura Silveira Botelho
laurabot@hotmail.com
Universidade Federal de Goiás
O presente trabalho apresenta resultados parciais da pesquisa de doutoramento
“Letramentos acadêmicos e a escrita do gênero monografia: um estudo de cunho
etnográfico”. Neste recorte, objetivamos discutir o processo de inserção de vozes
(PEREIRA e LEITÃO, 2015; BAKHTIN, 2010) na escrita do gênero monografia, na
seção de revisão de literatura. Para tanto, mobilizamos os pressupostos do grupo
conhecido como Novos Estudos de Letramentos (STREET, 2014) e sua vertente teórica,
Letramentos Acadêmicos (LILLIS e SCOTT, 2008; LEA, 2006, STREET e LEA,
2010). Também utilizamos os pressupostos teórico-metodológicos desenvolvidos por
Bronckart (1999), à luz do Interacionismo Sociodiscursivo. O modelo de análise
proposto por esse autor serviu para ancorar o estudo de cinco monografias escritas em
um curso de Pedagogia de uma instituição particular de ensino superior. Os resultados
parciais indicam que os alunos que desenvolveram suas monografias com resultado de
pesquisa de campo conseguiram se apropriar melhor do processo de inserção de vozes
do que aqueles que fizeram apenas revisão bibliográfica. Dessa forma, acreditamos que
as possíveis dificuldades de escrita de tal gênero podem não estar apenas na superfície
textual, mas sim no desenvolvimento (ou não) dos letramentos acadêmicos dos alunos e
de sua apropriação dos processos de escritas típicos dessa esfera discursiva.
Palavras-chave: Vozes. Gênero monografia. Letramentos acadêmicos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O PROCESSO REVERBERATIVO DA VOZ DO ALUNO NA FORMAÇÃO
CONTINUADA DO PROFESSOR ALFABETIZADOR
Letícia Santos Da Cruz
leticiaeduc@yahoo.com.br
UFRJ
Ludmila Thomé De Andrade
lud@litura.com.br
UFRJ
O texto traz reflexões tecidas a partir do olhar sobre o professor alfabetizador que cada
vez mais é convocado a estar habilitado e a lidar com diversos conhecimentos. A
pesquisa analisou monografias elaboradas por professoras alfabetizadoras, alunas do
curso CESPEB - ALFABETIZAÇÂO (Curso de Especialização Saberes e Práticas da
Educação Básica – Ênfase Alfabetização) oferecido respectivamente em 2008-2/2009 e
2010/2011-1 pela UFRJ. Adotou como metodologias integradamente a Análise
Documental e a Análise do Discurso, a fim de pensar as monografias como documentos
não neutros, assim como refletiu o interesse em compreender como as enunciações
presentes na escrita das alunas professoras traziam as marcas de suas formações,
memórias e práticas em sala de aula. Teve como objetivo pensar a escrita docente como
um caminho de pesquisa e de formação que possibilita o professor repensar suas
práticas, levando-o a se perceber como autor e sujeito histórico em sua trajetória
profissional. Analisa a prática do professor tomando-a como constituída por vários
saberes, reconhecendo assim seu inacabamento (BAKHTIN, 2003), tendo a criança
como centro organizador do trabalho pedagógico e sujeito do trabalho intelectual para o
aprendizado (CHARLOT, 2012). A alfabetização é apresentada não somente como
sistematização de um código mas, tanto como um processo de inserção no mundo da
linguagem escrita (GONTIJO, 2008), e também enquanto processo de interação
(GERALDI, 1997). A conclusão a que chegamos após análise dos materiais docentes é
a de que a prática docente é a resposta ao tensionamento dos saberes docentes no
contexto cotidiano e como o olhar sobre a criança tem importância na constituição do
discurso do professor sobre a própria prática.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O QUE É INTERDISCIPLINARIDADE? EM BUSCA DE UMA DIDÁTICA
INTERDISCIPLINAR NAS ESCOLAS BRASILEIRAS ATUAIS
Ana Carolina Vieira De Brito
carolbritolima@gmail.com
Jéssica Oliveira Farias
jessinhaof@gmail.com
MPPEB- CPII
O presente trabalho visa apresentar os resultados de uma pesquisa sobre os principais
desafios da educação atual acerca da interdisciplinaridade, trazendo também como
relato de experiência uma atividade interdisciplinar realizada em uma turma de
Educação Infantil segmento Maternal I pertencente a uma Creche Municipal localizada
em Anchieta, bairro do município do Rio de Janeiro no ano de 2016. Constatamos
através de uma pesquisa qualitativa que as maiores dificuldades encontradas atualmente
dentro das escolas são: a falta de motivação por parte dos alunos, a dificuldade que os
mesmos possuem em entender o sentido do que se aprende e a ausência de relação dos
conteúdos com a vida e o mundo. A proposta de uma abordagem educacional
interdisciplinar não pretende solucionar todos os problemas presentes dentro das salas
de aula, porém, consideramos fundamental a reflexão constante do processo de
aprendizagem, o diálogo e a troca de saberes entre diferentes áreas de conhecimento
para um melhor entendimento crítico de si próprio, do outro e do mundo em que
vivemos. Com o intuito de compreendermos o conceito de interdisciplinaridade e suas
contribuições para uma prática docente que busque conectar saberes e romper com o
modelo de educação fragmentado que vivenciamos hoje na escola, utilizaremos os
estudos de Japiassú (1976), Fazenda (2008), Santos (2007) entre outros. Em seguida,
discorreremos brevemente sobre os possíveis avanços que a BNCC - Base Nacional
Curricular Comum (2015/2016), como instrumento de orientação pedagógica, busca
trazer para a interação entre diferentes conhecimentos nas relações de ensino.
Abordaremos também a importância da prática reflexiva sobre o fazer docente cotidiano
para intervenções produtivas. E, por fim, proporemos uma atividade interdisciplinar
através do gênero textual receita que procura articular ações, diálogos e trabalho
cooperativo no âmbito escolar a saberes como raciocínio lógico, ciências sociais, artes e
outros.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
REFLEXÕES SOBRE O MEU PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA LÍNGUA
ADICIONAL NO INTERCÂMBIO
LUANA CRISTINA DE OLIVEIRA SANTOS
luanna-oliveira@hotmail.com
Universidade Federal de Lavras
Este artigo científico tem por objetivo tratar de conceitos sobre identidade, cultura e
especialmente do processo de aprendizagem de língua adicional com base na minha
experiência de intercâmbio feita na Colômbia, onde aprendi a língua espanhola. O ponto
de partida foi a narrativa autobiográfica enfocando o período de intercâmbio. A teoria
que fundamentou as interpretações apoiam-se nas perspectivas teóricas de identidade de
Hall (2006), Romero (2008), Galindo (2004), Schmidt (2014), de cultura conforme,
destacado por Tílio (2007), Santos (1996), Kraviski e Bergmann (2006) e aprendizagem
de línguas adicionais conforme sugerido por Romero (2011), Oliveira (2006), Moraes
(2010), Teixeira e Alomba Ribeiro (2012). Esta pesquisa possibilitou identificar
estratégias para o aprendizado de uma língua adicional em espaço natural, tais como:
fazer perguntas, o uso da repetição, a busca de conversação, a leitura, dentre outros. As
principais dificuldades foram: a pronúncia, a conjugação dos verbos, palavras com V e
B, e a rapidez de fala. Para superar usei a repetição, a leitura, a prática da escrita, e
acima de tudo a interação. As alterações identitárias me ficaram claras, pois se
evidenciam em minha visão de mundo, minha atitude mais social e desinibida, maior
interesse por outras e diferentes culturas, além de aprendizagem em ser auto-suficiente.
O contato com a cultura, a interação com as pessoas, a exposição e a força de vontade
frente a diversas situações novas fizeram toda a diferença. Portanto, este trabalho
ressalta a importância dessa experiência internacional mediante a visão social e ao o
ensino- aprendizagem de línguas.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O “RODÍZIO DE LIVROS” COMO INCENTIVO A FORMAÇÃO DE
LEITORES NA PERSPECTIVA DO ALFABETIZAR LETRANDO
Renata Silva Cruz
renatas_cruz@yahoo.com.brl
Escola Estadual Santa Rita de Cássia – SEE/MG
Cilene Do Carmo Gregório
ccgregório@yahoo.com.br
Escola Estadual Santa Rita de Cássia – SEE/MG
Este relato pretende abordar e discutir o trabalho de formação de leitores nos anos
iniciais e como a literatura infantil pode ser articulada à proposta de gêneros textuais,
promovendo leitores e produtores de textos na perspectiva do alfabetizar letrando. O
Projeto “Rodízio de livros” inseriu a leitura no cotidiano das crianças e a literatura
passou a fazer parte das atividades de sala e de casa, dos alunos do ciclo de
alfabetização da Escola Estadual Santa Rita de Cássia, em Viçosa/MG. Esta proposta
consiste na troca de livros de literatura infantil, selecionados previamente pelo
professor. Este revezamento de livros faz com que os alunos leiam as mesmas obras e
troquem informações sobre a experiência da leitura. Os alunos são convidados a
apresentarem o livro através de atividades que utilizem a diversidade de gêneros
textuais como, propagandas, bilhetes, diálogos etc. Para alcançar os objetivos, o
trabalho é organizado em etapas: motivação, leitura, articulação da literatura infantil
com o processo interdisciplinar de alfabetização. No entanto, não é uma proposta
isolada do planejamento, pois o incentivo à leitura também é realizado na sala de aula
pela leitura deleite e projetos literários. Esta abordagem pretende fomentar a reflexão
sobre alfabetização e letramento, considerando que a multiplicidade e a diversidade de
gêneros textuais, que circulam no ambiente escolar, podem contribuir para o
desenvolvimento de habilidades, de compreensão, interpretação e construção de
sentidos (SOARES, 2010). Autores como Saraiva (2001), Colomer ( 2007),
Souza&Feba (2011) e Smolka (2012) ressaltam a importância da leitura literária na
alfabetização, considerando que a literatura infantil é uma forma essencialmente lúdica
de linguagem escrita, sendo um elemento mediador do processo de aquisição da grafia,
em que a criança tem contato com o código de forma prazerosa. O trabalho foi realizado
em 2016 com uma turma do 3° ano do ensino fundamental.
Palavras-chave: leitura, alfabetização, gêneros textuais,
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O TRABALHO COM O GÊNERO ENTREVISTA: PERSPECTIVAS DA
REALIDADE DE UMA ESCOLA PÚBLICA
Dedilene Alves De Jesus
dedilene@yahoo.com.br
Prefeitura Municipal de Matias Barbosa
Partindo-se do pressuposto de que “é através dos gêneros que as práticas de linguagem
encarnam-se nas atividades dos aprendizes” (SCHNEUWLY E DOLZ, 1999, p. 6) e da
noção de que o conceito de multiletramentos abarca a multiculturalidade e a
multimodalidade (ROJO E MOURA, 2012), foi realizada uma sequência didática
baseada no gênero entrevista para o 6º ano de escolaridade da Escola Municipal Lucy de
Castro Cabral, município de Matias Barbosa, em novembro de 2016 . Tal sequência
apresentou as seguintes etapas: apresentação do gênero entrevista > identificação das
características do gênero > proposta de entrevista > planejamento do roteiro da
entrevista > realização da entrevista > apresentação da entrevista em sala e comentários.
Essa sequência estava vinculada a um projeto maior de leitura, no qual os alunos
realizaram a apresentação de um teatro em forma de talk-show. Inicialmente, foi
trabalhada com os alunos uma unidade do livro didático contendo o gênero entrevista,
com respectiva interpretação e identificação das características do gênero. Aos alunos
foi feita a proposta para a realização de uma entrevista filmada, ressaltando os aspectos
de preparação da mesma. Os alunos foram divididos em duplas e trios para o
preenchimento de uma ficha com informações prévias sobre a entrevista e a montagem
do roteiro. Para a escolha dos entrevistados, os alunos foram incentivados a buscarem
pessoas que exercessem um papel relevante na comunidade. Na produção da entrevista,
os alunos fizeram a gravação via celular. As entrevistas foram apresentadas em sala de
aula, com estímulo a comentários acerca do assunto tratado e das experiências
vivenciadas pelos grupos. Tal atividade permitiu que os alunos pudessem, em suas
práticas de linguagem, aperfeiçoar suas habilidades de escrita, leitura e oralidade, além
do manuseio com suportes textuais diferenciados para atendimento ao gênero.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O TRABALHO DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA E A
CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE PROFISSIONAL AO LONGO DE QUINZE
ANOS DE CARREIRA
Louise Cervo Spencer
loucspencer@gmail.com
Universidade Federal de Santa Maria
Partimos do princípio de que o professor de Língua Portuguesa se encontra em um
estágio de perda da identidade, pois há um desmembramento do seu objeto de estudo e
de trabalho. Para tanto, nosso objetivo nesta pesquisa é apresentar como se dá a
construção de identidade de um professor com mais de quinze anos de carreira, que se
depara com essa divisão e se vê em meio a certezas e incertezas quanto a sua prática.
Para chegarmos nesse fim, realizamos entrevistas semiestruturadas (2002 e 2017) com
um professor da área das linguagens, procurando entender este profissional em seu dia a
dia escolar. A concepção de linguagem que sustenta este estudo e orienta os
procedimentos metodológicos é baseada na perspectiva interacionista. Em consonância
com essa concepção, tem como base teórico-metodológica o Interacionismo
Sociodiscursivo. A escolha por esta teoria se deve à importância dada por ela ao estudo
do papel da prática da linguagem em situações de trabalho, neste caso, o trabalho
docente. O ISD e seus conceitos fundamentais são aqui referidos a partir dos trabalhos
desenvolvidos pelo grupo LAF da Universidade de Genève, orientado por Jean-Paul
Bronckart, e pelo grupo ALTER da PUC-SP. Ao encontro das pesquisas já realizadas
por estes grupos com o intuito de compreender a atividade educacional e suas
representações, esta pesquisa também prioriza as relações entre o trabalho docente e a
linguagem. Como nossa pesquisa ainda está em curso, adiantamos como resultados
preliminares que, a partir da análise das entrevistas, o participante compreende que o
objeto de trabalho do professor de língua deve partir do uso da linguagem, tendo em
vista tanto a estrutura gramatical quanto os princípios dos gêneros de texto, não sendo
vistos como excludentes. Este posicionamento, portanto, demonstra um interesse na
busca por atualização e reflexão constantes em sua prática docente ao longo dos anos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O TRABALHO PEDAGÓGICO COM A LITERATURA NO PROCESSO DE
ALFABETIZAÇÃO
Daniela De Carvalho Pena - Ufop
danielacpena87@gmail.com
Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP
Nesta comunicação, apresentamos um levantamento de trabalhos acadêmicos
(dissertações de mestrado e teses de doutorado) que tratam da temática “Letramento
literário e alfabetização”, que servirá como ponto de partida para realização de uma
posterior pesquisa de campo. A pesquisa tem como objetivo fazer reflexões sobre a
prática pedagógica no que se refere ao trabalho com a literatura para crianças, levando
em consideração a sua importância para o desenvolvimento do imaginário, da
criatividade e do prazer e hábito da leitura. A pesquisa objetiva também identificar e
analisar as práticas pedagógicas dos docentes relativas ao trabalho com a literatura em
turmas em processo de alfabetização, bem como analisar os critérios que orientam os
professores para a seleção dos livros a serem trabalhados, quais estratégias e formas de
mediação utilizam e identificar os desafios referentes ao trabalho com a literatura no
contexto escolar. A fundamentação teórica da pesquisa são estudos que discutem e
apontam caminhos para o ensino da leitura literária e sua importância para o processo de
alfabetização, tais como PAULINO (2004), COSSON (2004), SOARES (2003), entre
outros. A pesquisa de campo deverá ser realizada por meio de observação de práticas
docentes e entrevistas. O campo de investigação para desenvolver a presente pesquisa
será constituído por uma escola pública municipal de Ouro Preto, tendo como sujeitos
professores atuantes em turmas em processo de alfabetização. Esse estudo poderá
contribuir para repensar o ensino de literatura nos anos iniciais do processo de
alfabetização.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O TRATAMENTO DADO À MULTIMODALIDADE EM PLANOS DE AULAS:
SINALIZAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DOCENTE
Helena Maria Ferreira
helenaferreira@dch.ufla.br
Isabella Bacha Ferreira
bachafisabella@hotmail.com
Universidade Federal de Lavras
A comunicação proposta elege como objeto de discussão as propostas de ensino de
leitura de textos multimodais. Nesse sentido, busca-se analisar o tratamento dado à
multimodalidade em planos de aulas disponibilizados no Portal do Professor - espaço
em ambiente virtual com recursos educacionais voltados para professores da Educação
Básica. Esta pesquisa parte de uma perspectiva teórica que considera que a
disseminação das tecnologias e as alterações ocorridas nas práticas de linguagem
originaram novas demandas de leitura, evocando, assim, um redimensionamento de
metodologias de ensino. Desse modo, esta pesquisa se pauta nos fundamentos da Teoria
da Multimodalidade (KRESS; VAN LEUWENN, 2006) e nos estudos sobre os
multiletramentos (ROJO, 2009) e sobre os gêneros textuais/discursivos (DOLZ;
SCHNEUWLY, 2004). Para a análise, foram selecionados 10 (dez) planos de aulas, a
partir de indicadores previamente determinados, tais como gênero textual multimodal,
exploração de recursos não verbais, etc. Apesar de o Portal do Professor ser considerado
uma iniciativa adequada para o compartilhamento de conteúdos, materiais ou recursos
que viabilizam o desenvolvimento de práticas pedagógicas na escola, a análise
empreendida constata: a) escassez de propostas que contemplam a leitura de textos
multimodais; b) falta de uma sequência de atividades que permita diagnosticar e
consolidar habilidades relacionadas à compreensão dos elementos semióticos que
participam da constituição do gênero e da construção dos sentidos. Nesse sentido,
observa-se que as interações sociais, mediadas pelas tecnologias, impõem a
consideração dos diferentes recursos semióticos, o que implica romper com uma
tradição escolar (e cultural) que, notadamente, atribui maior valoração ao texto verbal.
Por fim, evidencia-se a relevância das discussões sobre o planejamento de aulas como
estratégia para uma formação docente reflexiva, uma vez que possibilita não somente
sinalizações para a implementação de metodologias, mas também uma articulação entre
teoria e prática.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O TRATAMENTO DADO À PRODUÇÃO DE TEXTOS POR LIVROS
DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA DESTINADOS A ALUNOS DE
ENSINO MÉDIO
Lara Nascimento Scherrer
lanascherrer@gmail.com
Universidade Federal de Lavras
A presente comunicação aborda a temática do ensino da produção de textos escritos em
ambiente escolar. Nesse sentido, busca-se analisar a proposta de produção de textos
escritos disponibilizada por livros didáticos de língua portuguesa de ensino médio. Para
a consecução do objetivo proposto, foi realizada uma pesquisa teórica, embasada em
Antunes (2003), Geraldi (1996), Guedes (2014), Ruiz (2010), Serafini (1995), Castaldo
(2009), com vistas a caracterizar o processo de produção de textos em sala de aula,
considerando aspectos históricos e metodológicos. Além disso, foi realizada uma
análise das abordagens dadas por uma coleção de 3 (três) livros didáticos, destinados a
alunos de Ensino Médio. Para tal, foram selecionados alguns indicadores: a) gênero
textual/discursivo (texto-base e texto a ser produzido); b) caracterizadores da situação
de produção (gênero a ser produzido, público-alvo, forma organizacional, estilo de
linguagem, conteúdo temático, função social); c) etapas da produção (planejamento,
execução e revisão/reescrita). A partir do trabalho realizado, constatou-se que a
produção de textos na escola tem sido objeto de constante reflexão, evidenciando
avanços substanciais no estudo da questão, uma vez que abordagens discursivas têm
sido privilegiadas em detrimento de abordagens tradicionais. Por meio da análise,
observou-se a existência de uma preocupação com a questão dos gêneros
textuais/discursivos, no entanto, há, ainda, uma carência no que diz respeito aos
procedimentos de revisão/reescrita. Desse modo, considera-se que a temática em
questão assume relevância, pois o material didático se constitui como uma referência
para o direcionamento de uma prática pedagógica e essa prática deve estar articulada
aos avanços das pesquisas teóricas.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O USO DAS RODAS DE LEITURA COMO INCENTIVO AO ENSINO DA
PRÁTICA DE LEITURA
Elisângela Helena de Souza Peçanha Costa
elisangelahsouza@gmail.com
professora da FASM - Letras
Marinalva Aparecida Dos Santos
nalva.asts@gmail.com
Acadêmica do 3º ano de Letras da FASM
O ensino de leitura nas escolas tem suscitado inúmeras discussões entre os
pesquisadores brasileiros. Criar e desenvolver o hábito da leitura representa um desafio
a ser vencido para muitos professores, tendo em vista que grande parte dos alunos só
tem contato com uma “leitura de fragmentos” e não da obra literária em si, isto é, só
leem os textos presentes no livro didático. Além disso, a leitura mostra-se bastante
prejudicada no meio acadêmico porque poucas escolas possuem uma biblioteca de boa
qualidade. Diante da situação apresentada, esta pesquisa tem como objetivo principal
incentivar a prática da leitura entre os adolescentes da rede pública de Muriaé-MG,
principalmente por meio da utilização de contos e crônicas de escritores renomados e da
realização de rodas de leitura. Para isso, selecionamos uma turma do ensino
fundamental II, de uma escola estadual como projeto-piloto. Cabe destacar que ela é um
desdobramento de duas pesquisas em andamento na Faculdade Santa Marcelina
(FASM-Muriaé), um projeto de extensão sobre contação de histórias e um Projeto de
Iniciação Científica, intitulado “A leitura, na fase II, do ensino fundamental: projeções
para uma cartilha”. Para atingir o objetivo proposto, utilizamos como fundamentação
teórica as contribuições de Cosson (2014), Tarocco (1999) e Zilberman (1993). Até o
momento, os resultados têm nos mostrado que a maioria dos alunos não tem consciência
da importância da leitura para a sua formação como cidadão. Soma-se a isto, o
despreparo dos professores com relação às estratégias de leitura e a falta de
conhecimento literário. Finalizada esta pesquisa, pretendemos elaborar uma cartilha
contendo instruções sobre o hábito da leitura, para ser distribuída em Muriaé.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O USO DE ESTRUTURAS PASSIVAS EM ESPANHOL POR ALUNOS
BRASILEIROS
Laís Lagreca De Carvalho
laislagreca@gmail.com
Raquel Fellet Lawall
raquelflawall@gmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
Este trabalho investiga as preferências de uso de estruturas passivas em espanhol (L2)
na interlíngua avançada (Selinker, 1972) de falantes nativos de Português Brasileiro
(PB) como L1. Segundo os estudos de Duarte (1990, apud FANJUL & GONZALEZ,
2014), ainda que o português brasileiro (PB) e o espanhol compartilhem todas as
possibilidades de construções passivas, a preferência por determinada construção é
diferente em cada uma das línguas, uma vez que o PB apresenta maior incidência de uso
da passiva perifrástica, enquanto o espanhol prefere a passiva pronominal (pasiva
refleja) com o pronome "se". Com base em observações de produções escritas
realizadas em sala de aula, foi possível perceber que alguns aprendizes de espanhol
falantes de PB tendem a transferir para a língua estrangeira o padrão de uso da estrutura
passiva mais recorrente na L1. Nesse contexto, nosso objetivo é verificar o padrão de
respostas de um grupo de aprendizes avançados de espanhol (L2) falantes de PB (L1)
em relação ao uso das passivas (pronominal ou perifrástica) através de uma tarefa de
produção escrita de completar frases. Buscamos responder se há transferência da L1
sobre a L2 em estágios avançados de interlíngua, apoiados na Hipótese da Transferência
Total e Acesso Total (Schwartz and Sprouse, 1996). Nossa hipótese é de que o resultado
deste teste demonstrará a interferência da L1 sobre a L2, de modo que a construção
passiva preferida no PB seja transferida para o espanhol. Caso tal fato ocorra,
apontaremos a necessidade de se pensar formas de explicitação da diferença de uso
dessas línguas com relação à construção passiva.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O USO DO FACEBOOK PARA O TRABALHO COM AS RELAÇÕES DE
GÊNEROS E SEXUALIDADES: POTENCIALIDADES PARA A AMPLIAÇÃO
DOS MULTILETRAMENTOS NA FORMAÇÃO DOCENTE
Jaciluz Dias
jaciluz.fonseca@prgdp.ufla.br
Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Em meio a tantos (com)textos próprios da era digital, o Facebook pode ser concebido
como uma ferramenta para a efetivação de várias práticas educativas. Nesse sentido,
elegemos como questão de pesquisa: Quais são as potencialidades dessa ferramenta para
a discussão das relações de gêneros e sexualidades na formação docente? Este artigo
tem como objetivo analisar essa questão, a partir de dados coletados em um curso
realizado por meio do Facebook. A formação docente, inicial ou continuada, ainda é
carente nas discussões que envolvem gêneros e sexualidades (SILVA, 2015). Ainda
mais quando é feita uma problematização da subjetivação (FOUCAULT, 2014) a partir
da ótica pós-estruturalista (LOURO, 2012), associada à habilidade de multiletramentos
(ROJO, 2015), aplicada em uma nova ferramenta como uma rede social (COUTO
JUNIOR, 2013). A organização de um curso de extensão, para licenciandas(os) de uma
universidade do sul de Minas Gerais, é uma tentativa de analisar e compreender
percursos formativos das licenciaturas. Intitulado Corpo, saúde, sexualidades, o curso
teve duração de 40h, formato híbrido (BACICH; TANZI NETO; TREVISANI, 2015),
contou com 70 pessoas inscritas e utilizou-se de diferentes recursos (vídeos, imagens,
textos etc.), para intervir no entendimento das relações entre os cuidados com a saúde,
as sexualidades e o corpo na sociedade; discutir sobre as vozes enunciativas presentes
nas campanhas: quem fala, com quem fala, como fala, com qual intenção fala etc.;
problematizar questões ligadas a masculinidades e feminilidades; e aprofundar as
discussões sobre relações de gênero e sexualidades existentes nos cursos de licenciatura
em relação à abordagem desse tema. A partir dessa proposta, chega-se, então, ao
resultado de que o Facebook pode ser considerado uma ferramenta potencializadora de
conhecimentos, constituindo-se como um material didático que conjuga o
aperfeiçoamento de habilidades conceituais e de análises metodológicas à ampliação de
saberes relacionados aos multiletramentos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
O USO DO VIDEOCAST COMO UMA POSSÍVEL FERRAMENTA PARA O
DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE
Geizielle Nathália França Athouguia
geizielle.athouguia@gmail.com
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
A linguagem oral ainda não recebe a impôrtância necessária para que os alunos possam,
de modo significativo, desenvolver sua competência oral em contextos não-cotidianos.
O presente trabalho apresenta uma abordagem teórica e explanação de resultados
prévios acerca do desenvolvimento da oralidade de alunos do sétimo ano do Ensino
Fundamental de uma escola municipal de Belo Horizonte, através da tecnologia da
informação: videocasts. Essa é uma tecnologia que além de interessante e interativa,
pode vir a oferecer uma rica possibilidade de trabalho com a oralidade. Apresentamos
um breve histórico do panorama do ensino da modalidade oral nas escolas e nos
pautamos na importância e necessidade do Letramento Digital que é tratado no
paradigma da “Pedagogia do Multiletramentos” da autora Roxane Rojo. Para sua
realização, são apresentadas concepções de autores como: Antunes (2003), Bakhtin
(1992), Bortoni-Ricardo (2008), Dolz&Schnewly (2004), Geraldi (1995, 2004), Rojo
(2012), Travaglia (2009), entre outros. Autores esses que fundamentam esta proposta de
estudo visando uma reflexão mais clara e precisa no que se refere o processo de uso da
língua em diferentes contextos sociais e a prática pedagógica no processo de aquisição
dos multiletramentos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
ORALIDADE NA ESCOLA: O GÊNERO ENTREVISTA EM UM LIVRO
DIDÁTICO DE 8ºANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Tânia Guedes Magalhães
tania.magalhaes95@gmail.com
Thalita De Almeida Bessa
thalitabessa@yahoo.com.br
Universidade Federal de Juiz de Fora
As diversas pesquisas na área de ensino de Língua Portuguesa têm revelado avanços no
que diz respeito ao trabalho com a oralidade; todavia, ainda há certa desvalorização na
escola quando tais atividades são comparadas à escrita. Por isso, este trabalho pretende
contribuir com o campo de pesquisas que abordam a oralidade no ensino, utilizando,
para tanto, embasamento teórico do campo do estudo dos gêneros textuais, bem como
perspectivas que abordam as relações oralidade e letramento e sua transposição para a
sala de aula (DOLZ e SCHNEUWLY, 2004; MARCUSCHI, 1997, 2001; LEAL E
GOIS, 2012). Abordamos, como recorte, a análise do gênero entrevista em um manual
didático para o 8º ano. A escolha desse gênero ocorreu uma vez que ele apresenta um
lugar intermediário nos livros didáticos em relação a outros gêneros orais
(MAGALHÃES, SILVA e OLIVEIRA, 2012; SANTOS e CRUZ, 2012; CRUZ, 2012;
MACIEL e SANTOS, 2016; TUPPER, 2011). Partindo de uma pesquisa documental, os
dados revelam que a) o livro apresenta uma concepção baseada no ensino de gêneros
textuais; b) a obra apresenta textos atuais, relacionados à realidade dos alunos; c) a
proposta final envolve atividades de escuta e análise, bem como circulação social do
gênero produzido, em uma revista produzida na escola. Entretanto, é válido ressaltar
que ainda estão presentes exercícios metalinguísticos de gramática normativa, bem
como exercícios artificializados com o gênero, em que os alunos devem produzir um
texto “fictício”, num movimento contrário ao que defendem as teorias nas quais nos
baseamos, em que as produções dos alunos devem ser reais e de efetiva circulação
social.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
OS CONCEITOS DE GÊNERO CONSTRUÍDOS NOS PCN E OS TESTES DE
REPRESENTATIVIDADE COMO PROPOSTAS DE LETRAMENTO
Álisson Pereira De Assis (Bolsista Pibic-Af)
alissonpersis@hotmail.com
Carolina Alves Magaldi (Professora Adjunta / Ufjf)
carolina.a.magaldi@gmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
No presente trabalho buscamos apresentar os resultados parciais obtidos em uma
pesquisa de iniciação científica (PIBIC- Ações Afirmativas), na qual analisamos os
conceitos de gênero e sexualidade desde suas concepções binárias (Trans-Cis / Hétero-
Homossexualidade) até o aumento de categorias representadas nas redes sociais e as
noções atuais dos estudos queer. Para tal análise, nos baseamos na bibliografia da
estudiosa Guacira Lopes Louro (1997) e nos documentos oficiais do governo, com
particular ênfase nos PCN. Ademais, pesquisamos os testes de representatividade de
gênero, tais como o Teste Bechdel e o Teste Tauriel, os quais fornecem propostas
didáticas para identificar a construção de estereótipos de gênero em narrativas
ficcionais. Em nossa pesquisa exploramos as possibilidades de os testes de
representatividade serem uma ferramenta valiosa para uma proposta interdisciplinar e
intercultural de letramento. Ao analisamos as produções cinematográficas, percebemos
que essas narrativas, ainda, apresentam delimitações ao retratar os diferentes gêneros,
principalmente o feminino, tendendo as representações estereotipadas. O objetivo desse
trabalho, além de apresentar as questões supracitadas, é problematizar a maneira como
os PCN trazem os conceitos de gênero e sexualidade. O documento em questão se
preocupa em tratar das relações entre os gêneros, mas traz uma divisão dicotômica entre
comportamentos de meninos e de meninas. Propomos, em nossa análise, que a
ampliação e o aprofundamento desses temas podem ser feitos por meio dos testes de
representatividade, os quais fornecem parâmetros para identificar que gêneros são
construções narrativas e sociais, ampliando horizontes de pensamento crítico sobre a
temática.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
OS CURSOS DE PEDAGOGIA E A FORMAÇÃO DAS (OS) PROFESSORAS
(ES) PARA A PRÁTICA DOCENTE NA CRECHE: REALIDADE E DESAFIOS
Juliana Lima Da Silva
julianalima.silva@yahoo.com.br
Patricia Maria Reis Cestaro
patriciamrcestaro@gmail.com
Programa de Pós-Graduação em Educação / UFJF
Este texto traz como destaque um breve fragmento daquilo que vem sendo discutido em
duas pesquisas, de mestrado e doutorado, desenvolvidas no Programa de Pós-Graduação
em Educação da UFJF. Ambos os estudos tem por objetivo compreender como a
formação inicial de professores, especificamente o curso de Pedagogia, tem
contemplado a prática docente na creche com bebês e crianças de 0 a 3 anos, em suas
disciplinas e discussões. A partir da pesquisa bibliográfica de produções de autores
como Tardif, Gatti e Saviani é possível compreender o contexto e os desafios da
formação de professores em âmbito geral e no Brasil. Kramer, Azevedo e Kiehn, dentre
outros, levam-nos a compreender que por muito tempo a Educação Infantil (EI),
principalmente a creche passou despercebida pelos cursos de formação de professores.
Após o reconhecimento legal deste segmento como a primeira etapa da educação básica,
algumas discussões começam a surgir, porém com enfoque na pré-escola. E a creche?
Na LDB 9.294/96 e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia
(2006) afirma- se que o professor de bebês e crianças pequenas deve ter sua formação
em nível superior e o curso de Pedagogia deve ser o lócus desta formação. Neste
sentido, algumas mudanças estão acontecendo. A creche timidamente vem ocupando o
espaço que é seu por direito, mas isso ainda não é suficiente. É imprescindível que
todos, principalmente os cursos de Pedagogia, reconheçam a EI como a primeira etapa
da educação básica e a creche como parte integrante desta, buscando valorizar e
qualificar seus profissionais a partir de conhecimentos referentes ao cotidiano e
especificidades da prática docente de 0 a 3.
Palavras-chave: Formação Inicial de Professores; Pedagogia; Creche
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
OS LIVROS DIDÁTICOS E OS ESTUDOS DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NAS
AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Erick Augusto Cabral
Este artigo, trata do enfoque dado pelos documentos oficiais ao ensino de variação
linguística, como também faz um levantamento da descrição de livros didáticos no que
diz respeito ao objeto direto anafórico no Ensino Fundamental, verificando até que
ponto as orientações oficiais encontram eco nessas obras. Dessa forma, serão
apresentados três livros didáticos selecionados pelas redes municipais de Duque de
Caxias e de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de janeiro através do PNLD (Plano nacional
do Livro Didático), descrevendo o tratamento dado por esses livros à variação
linguística em sala de aula. Analisamos três coleções de livros didáticos (6º a 9º anos)
do Ensino Fundamental no tocante ao trabalho com o objeto direto anafórico de
terceira pessoa: as coleções “Tecendo Linguagens”, de Oliveira et al.; “Jornadas.port.”,
de Delmanto e Carvalho e “Português: Linguagens”, de Cereja e Magalhães. Dessa
forma, verificamos até que ponto essas obras contemplam as orientações dos
documentos oficiais no que diz respeito à variação linguística em suas descrições sobre
os fatos da língua, em especial o objeto direto anafórico de terceira pessoa. Percebemos
que as coleções analisadas estão longe de contemplar o que propõem os documentos
oficiais sobre a abordagem da variação linguística no tocante à descrição do objeto
direto anafórico de terceira pessoa, visto que ainda expõem o assunto numa perspectiva
tradicional, não abordando outras variantes na representação dessa variável linguística
no PB, conforme apontam os estudos de Duarte (1989), de Freire (2000, 2005, 2011), de
Averbug (2000) e de Silva (2014).
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
OS MULTILETRAMENTOS E OS TEXTOS MULTIMODAIS: UM NOVO
DESAFIO PARA O ENSINO DE LEITURA NA SALA DE AULA
Joana Henrique Rinco
joana-rinco@hotmail.com
Tairine Francisquini Da Silva
tairine_francisquinijf@yahoo.com.br
Faculdade Metodista Granbery
A presente pesquisa procura apontar como o ensino da leitura se faz vigente dentro do
ambiente escolar, enfatizando o uso da diversidade de gêneros textuais (BRASIL, 1997)
e a aplicação de estratégias e de novas metodologias para o ensino/aprendizagem da
leitura. Para isso, é fundamental discutir o que são os letramentos e os multiletramentos
a fim de compreender o uso das novas tecnologias digitais como ferramentas
pedagógicas no tratamento dos gêneros textuais multimodais no espaço da sala de aula.
Assim, será possível verificar qual é o olhar do professor alfabetizador diante dessa
nova realidade que surge fora e dentro da escola, principalmente ao longo das aulas de
língua portuguesa. Em vista disso, enfatizaremos a transição tecnológica que a
sociedade contemporânea vivencia e como ela tem sido inserida no âmbito escolar. Por
essa razão, espera-se que o trabalho com textos multimodais tenha o propósito de tornar
as aulas mais motivadoras e interessantes para os alunos. Para verificar tais
pressupostos, metodologicamente, realizamos uma pesquisa de revisão teórica amparada
em autores como Koch (2006), Kleiman (2005), Solé (2012), Rojo (2013), Fachinetto
(2005) dentre outros, além de uma pesquisa de campo, fundamentada em uma entrevista
semiestruturada com uma professora do segundo ano do Ensino Fundamental, a fim de
observar como os processos de leitura, tendo em vista a abordagem dos textos
multimodais, são compreendidos pela profissional em uma turma de alfabetização.
Depois de feita toda análise, percebemos que a professora entrevistada utiliza-se de
meios tecnológicos como complemento de suas aulas, além de fazer o uso de textos
multimodais, no que concerne a teoria dos multiletramentos, para o desenvolvimento e
aprimoramento da competência leitora de seus alunos.
Palavras-chave: Leitura. Letramentos e multiletramentos. Gêneros textuais multimodais.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
OS MULTILETRAMENTOS EM SALA DE AULA: POTENCIALIDADES DO
GÊNERO TIRAS DE HUMOR
Francieli Aparecida Dias
francielidias.heliodora@yahoo.com.br
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Percebe-se, cada vez mais, na contemporaneidade, a emergência de discussões
concernentes às novas tecnologias sendo apropriadas no espaço escolar. Nesse contexto,
o processo de ensino e aprendizagem tem sido reconfigurado. Tendo em vista as
inúmeras práticas sociais de leitura e escrita e a importância de considerá-las no âmbito
escolar, o presente trabalho tem por objetivo empreender um estudo sobre a ampliação
dos multiletramentos na escola, por meio do gênero textual tira de humor. Para a
consecução do objetivo proposto, foi realizada, em um primeiro momento, uma
pesquisa de cunho teórico pautada em autores que versam sobre os gêneros textuais,
como Marcuschi (2005) e Xavier (2009), em autores como Rojo (2009; 2012) e
Pinheiro (2015) que discutem questões relacionadas aos (multi)letramentos e à
multimodalidade/multissemiose que caracterizam muitos dos textos que circulam na
atualidade, ademais buscou-se caracterizar o gênero eleito para a presente pesquisa, por
meio das considerações de autores como Mendonça (2005) e Silva (2008). Em um
segundo momento, foi desenvolvida uma análise de tiras de humor, com base no estudo
teórico empreendido e na Gramática do Design Visual (Kress e Van Leeuwen, 2006),
que explora não só textos em sua forma verbal, mas também textos imagéticos. Por
meio da pesquisa empreendida, foi possível perceber as possíveis contribuições do
gênero tira de humor em sala de aula para discussões de temáticas importantes e,
consequentemente, para a ampliação dos multiletramentos, uma vez que não só
habilidades linguísticas, mas também discursivas podem ser desenvolvidas por meio da
leitura e compreensão de textos multimodais/multissemióticos.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
OS PROCESSOS DE MANIPULAÇÃO DO ACONTECIMENTO NO DISCURSO
JORNALÍSTICO
Jenifer Jully Vilela De Oliveira
jenifervilela@letras.ufla.br
Márcio Rogério De Oliveira Cano
marciocano@dch.ufla.br
Universidade Federal de Lavras
O presente trabalho encontra-se no eixo das discussões acerca do discurso midiático,
especialmente o jornalístico, desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa Leitura e Produção
dos Discursos (UFLA-CNPq). Com a crescente polarização ideológica que ocupa a
sociedade nos últimos anos, as mídias têm se reorganizado no sentido assumir o seu
espaço de manipulação do acontecimento em função dos posicionamentos que ocupam,
nesse sentido buscamos estudar as formas como tais manipulações se constituem como
estratégias linguístico-discursivas em temas polêmicos. Para tanto, constituímos um
corpus a partir de uma reportagem publicada na revista Isto É, de 07/10/2016, A falência
do ensino público. Justificamos este trabalho, embasados na teoria de Charaudeau,
2007, que afirma que “Nenhuma informação pode pretender, por definição, à
transparência, à neutralidade ou a factualidade. Sendo um ato de transação, depende do
tipo de alvo que o informador escolhe e da coincidência deste com o tipo de receptor
que interpretará a informação dada. Toda informação depende do tratamento que lhe é
imposto neste quadro de transação” e em Marcondes Filho, 1989, que defende que a
notícia para se tornar mercadoria deve envolver o leitor e para isso, é necessário tornar a
notícia mais atraente, acessível, emocionante, chocante, portanto, ela deve ser vendável
e rentável, por fim utilizamos as categorias de manipulação da grande imprensa
organizados por Perseu Abramo, 2003. Discutir sobre as manipulações de notícias na
atualidade é de suma importância para que possamos nos tornar leitores mais críticos.
180
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
PALAVRA E IMAGEM ENTRELAÇADAS EM CONTO DE ESCOLA: A RENOVAÇÃO DE UM
CONTRATO DE COMUNICAÇÃO LITERÁRIO
Margareth Silva de Mattos
margarethuffmattos@gmail.com
COLUNI/Universidade Federal Fluminense (UFF)
Este trabalho tem o objetivo de analisar como os efeitos patêmicos – efeitos
desencadeadores da emoção – intensificam-se por meio da relação entre a palavra e a
imagem, no contrato de comunicação literário monolocutivo de Conto de escola,
renovado na edição de 2002 da Cosac Naify. O conto machadiano, cuja temática
relaciona-se com uma questão eminentemente ética, a corrupção moral, veio a público
pela primeira vez em 1884, no periódico Gazeta de Notícias. Sua primeira edição em
livro data de 1896, na antologia Várias histórias. A edição renovada apresenta-o como
um texto híbrido verbo-visual, que tem como autor-escritor Machado de Assis e como
autor-ilustrador Nelson Cruz. A análise do processo de renovação desse contrato de
comunicação literário fundamenta-se na teoria Semiolinguística de Análise do Discurso
(CHARAUDEAU, 2009; 2007a; 2007b); na Semiótica visual (SANTAELLA, 2009); e
no estudo dos processos simbólicos de construção discursiva (FIORIN, 2014). Sua
renovação implica alterações substanciais em seu dispositivo de encenação narrativa,
especialmente as relacionadas aos parceiros do processo de produção e interpretação da
troca comunicativa (autores e leitores, seres de existência psicossocial) e aos
protagonistas do processo de interpretação (leitores inscritos no texto híbrido verbo-
visual), todos diretamente implicados no processo de intensificação dos efeitos de
sentido possíveis.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
PEDAGOGIA DE PROJETOS DE APRENDIZAGEM E A EXPERIÊNCIA DO
JOVEM: POSSIBILIDADES DE COMPREENSÃO DO ENSINO DA LINGUA
PORTUGUESA EM TEMPOS DE CONVERGÊNCIAS E TECNOLOGIAS
Ana Lucia Werneck Veiga
analucia126@hotmail.com
Lucia Helena Schuchter
luciahschuchter@yahoo.com.br
Universidade Federal de Juiz de Fora/
Programa de pós-graduação em Educação/ bolsistas CAPES e FAPEMIG
O presente texto traz um recorte de pesquisa de Doutorado em andamento cujo objetivo
geral é verificar como os jovens ressignificam a proposta de uma escola em processo de
transformação de suas práticas pedagógicas com a busca pela efetivação de alguns
valores, quais sejam: a responsabilidade, a solidariedade, o respeito, a afetividade e a
honestidade. Apresenta-se neste recorte como uma escola no interior de São Paulo/
Cotia proporciona o ensino da língua portuguesa aos seus educandos, mais
especificamente através da experiência de um jovem de 13 anos do Núcleo de
Desenvolvimento (Núcleo de Projeto). Busca-se fomentar a reflexão acerca do ensino
da língua portuguesa por meio da pedagogia de projetos de aprendizagem através de
roteiros de pesquisa preparados pelos educadores a partir dos interesses dos jovens e o
uso concomitante de uma Plataforma Virtual de Aprendizagem em que os educandos,
educadores e pais podem ter acesso online aos projetos de pesquisa dos educandos.
Como embasamento teórico-metodológico recorre-se a Paulus (2013) acerca de outros
modos de relações sociais, à concepção de linguagem, experiência e narrativa de
Connelly e Clandinin (1995), Greene (1995), Larrosa (1995, 2006, 2010, 2015) além do
debate acerca das práticas de leitura e escrita trazidas pelas tecnologias da informação e
comunicação segundo Marcuschi (2005), Coscarelli (2007) e Ramal (2002). Os
resultados desse recorte de pesquisa levam a compreender e debater o lugar da produção
do conhecimento e a progressiva diluição das fronteiras entre sociedade e escola,
considerando esta relação um continuum, um dentro/fora que marca as experiências de
jovens e crianças já acostumados com a convergência de tempos e espaços múltiplos,
linguagem constituída pelas novas tecnologias e redes abertas de internet
(SANTAELLA, 2007, SERRES, 2013, LATOUR, 1994, BRUNO, 2016).Palavras-
chave: ensino de LP, letramentos, tecnologias
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
PESQUISAS EM EDUCAÇÃO SOBRE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Priscila De Andrade Barroso Peixoto
cilabarroso@yahoo.com.br
Eliana Crispim França Luquetti (Orientadora)
elinafff@gmail.com
Universidade Estadual do Norte Fluminense
O presente trabalho tem por objetivo realizar um estudo sobre os processos percorridos
nas pesquisas em Educação sobre formação docente. Com base nas pesquisas que
tratam da temática, analisamos de forma específica as contribuições nos avanços dos
estudos sobre formação de professores e a possibilidade de organização do tema
enquanto campo de estudos. Buscamos analisar de que forma as ações do Governo vem
tratando a questão da formação de professores em sua legislação, planos e metas,
levando em conta a necessidade de se pensar na formação oferecida a esses
profissionais. Além da perspectiva da legislação brasileira, percebemos o notável
interesse de pesquisadores pelo tema da formação docente. Observamos que as
informações fornecidas pelos mapeamentos da produção científica sobre a formação de
professores cresceram e têm contribuído com a pesquisa educacional, tornando-se
fundamental no que diz respeito ao acompanhamento do processo de constituição do
percurso constitutivo da formação de professores como campo de estudos autônomo.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
PODER E ASSIMETRIAS EM UMA SALA DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA MULTICULTURAL
Daniel Augusto De Oliveira
danieloliveiro@yahoo.com.br
Denise Barros Weiss
dbweiss@uol.com.br
Universidade Federal de Juiz de Fora
Na atividade de conversação de sala de aula de língua estrangeira, há jogos interacionais
que exibem a institucionalidade do encontro e que envolvem uma estrutura de poder na
orientação e na execução da atividade. Objetivamos, nesta pesquisa, estudar como
alunos se engajam em uma tarefa de prática oral de uma sala de aula de uma disciplina
de Português para estrangeiros, em uma Universidade pública brasileira, à medida em
que se orientam ao objetivo específico desse encontro institucional. Para tal, utilizamos
a Sociolinguística Interacional e a Análise da Conversa como ferramentas
metodológicas. Recorremos ao conceito de face (GOFFMAN, 1980), Enquadre
(BATESON, 2002; GOFFMAN, 1974; TANNEN; WALLAT, 2002) e de papel
(GOFFMAN, 1974; SARANGI, 2010). Além disso, exploramos as ideias acerca da
interação institucional, sobretudo a partir dos escritos de Heritage (1997) e Arminen
(2005). Ademais, como dimensão da institucionalidade de encontros, apresenta-se a
noção de assimetrias (LINELL; LUCKMAN, 1991) e assimetrias institucionais
(HERITAGE, 1997) e investiga-se em que medida ocorrem suas reduções. Para a
compreensão desse sistema de relações em uma sala de aula como uma estrutura
dinâmica, analisa-se o conceito de poder, discutido por Foucault (1972). Na análise dos
registros em áudio, transcritos segundo o modelo Jefferson, tal como apresentado em
Loder (2008), observa-se que, na execução da atividade proposta pela docente, os
alunos exercem funções que são típicas do papel do professor, sendo que essas funções
envolvem trabalho de face. Ainda que os alunos as desempenhem, os resultados
sugerem que as ações dos discentes não depõem contra a institucionalidade da
interação, mas a favor de um ambiente de aprendizagem de línguas no qual os alunos
esboçam agência e protagonismo.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
POESIA DE BLECAUTE: UM GÊNERO DO DISCURSO NA SALA DE AULA
DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
Joana De São Pedro
joana.pedro@ifsp.edu.br
IFSP – campus - Salto - SP
A experiência de sala de aula a ser relatada concretizou-se com turmas de Língua
Portuguesa e Literatura de primeiro e segundo anos de ensino médio integrado em
Informática e primeiro ano do ensino médio integrado em Automação do IFSP, campus
de Salto –SP no ano de 2017. A partir do contato dos primeiros anos com a crônica
“Fotografia” de Luis Fernando Veríssimo e da leitura do conto “Tangerine girl” de
Rachel de Queiroz pelo segundo ano, os próprios alunos produziram um novo gênero do
discurso, a saber, uma poesia de blecaute. A técnica de poesia de blecaute foi
popularizada pelo escritor e artista americano Austin Kleon (KLEON, 2010) a partir do
ano de 2005. Consiste em, a partir dos textos lidos, criar um poema ou verso
completamente novo por meio do apagamento das palavras dispensadas e destaque das
selecionadas para a poesia. A partir da visão bakhtiniana de gêneros do discurso
(BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1929/2014), consideramos a poesia de blecaute como um
gênero que traz a hibridação de linguagens verbais e visuais e torna-se uma
oportunidade para que os participantes expressem suas próprias visões de mundo,
ressignificando o que leram. A produção é envolvente para os alunos, contribuindo para
que sejam mais autônomos em seus processos de aprendizagem, bem como para o
desenvolvimento de sua agência criativa no que diz respeito à escrita em interlocução
com a arte que elaboram em cima do texto original.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
POLÍTICAS E LETRAMENTOS NA ÁFRICA DO SUL: UMA ANÁLISE DO
MATERIA L DIDÁTICO DE LÍNGUA MATERNA ADICIONAL
Caroline Vieira Rodrigues
vrodrigues.ca@gmail.com
Paola Natacha Bogusz
paola.bogusz@unicesumar.edu.br
Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR
Em um país com onze línguas oficiais, apresentar políticas para seu ensino se torna um
grande desafio. Street ([1995] 2014) presume que nem a teoria nem a prática podem se
divorciar das raízes ideológicas dos letramentos, partindo desse pressuposto,
objetivamos com este estudo analisar as políticas linguísticas presentes nos documentos
de base para ensino de línguas na África do Sul, e práticas de letramento propostas a
partir de tais políticas, a fim de compreender como os letramentos contribuem para a
formação e atuação dos sujeitos em uma sociedade multicultural. Este trabalho está
alicerçado em aportes teóricos e epistemológicos como KLEIMAN (1995); MARTIN-
JONES (2000); MASTRELLA (2010); STREET (1984, [1995] 2014);
RAJAGOPALAN (2003), entre outros. A partir da análise de seis dos trinta e três
documentos oficiais para o ensino de línguas na África do Sul e dos materiais didáticos
para ensino de inglês e africâner na segunda série do ensino fundamental, investigamos
as políticas para ensino dos dois idiomas nos documentos de língua materna, língua
adicional 1 e adicional 2, além da maneira como as práticas de letramento visam
contribuir para a construção identitárias dos sujeitos que atuantes em uma sociedade
multilíngue. Os resultados ajudam a compreender como se assemelham/diferem os
conceitos de língua materna e adicional na África do Sul, e as concepções que regem
sua aprendizagem em um país onde “a língua materna é o multilinguismo”
(Rajagopalan, 2003, p.27).
Palavras-chave: Letramentos; Multilinguismo; Políticas Linguísticas
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS PARA ALUNOS COM ALTAS
HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO: AVANÇOS E PERSPECTIVAS
Aline Rinco Dutra Salgado
alinerinco2@gmail.com
Cristina Maria Carvalho Delou
cristinadelou@id.uff.br
Universidade Federal Fluminense
O presente estudo faz parte de uma pesquisa realizada no Curso de Mestrado
Profissional em Diversidade e Inclusão (CMPDI), da Universidade Federal Fluminense.
Teve por objetivo contextualizar os aspectos que envolvem a implantação de Políticas
Públicas Educacionais com vistas a promover estratégias voltadas para o processo de
identificação, o Atendimento Educacional Especializado (AEE), o enriquecimento
escolar, a suplementação de ensino e a aceleração de estudos para alunos com altas
habilidades ou superdotação, bem como a formação continuada para os profissionais
que atuam nessa área. Tal percurso se configurou por meio de metodologia qualitativa,
exploratória, utilizando-se de estudos bibliográficos, tendo como ponto de partida as
concepções estabelecidas pelo Ministério da Educação e por estudiosos da Educação
Especial numa perspectiva científica. Os dados apontaram que embora haja legislação
que garanta direitos a esse público-alvo da Educação Especial, a execução de políticas
públicas está longe de promover a inclusão e o desenvolvimento das potencialidades
desse alunado. Espera-se que seja o ponto de partida para promover o desenvolvimento
de ações que garantam o cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (1996), alterada pela Lei Nº 13.234, de 29 de dezembro de 2015, “para dispor
sobre a identificação, o cadastramento e o atendimento, na educação básica e na
educação superior, de alunos com altas habilidades ou superdotação”.
Palavras-chave: Altas Habilidades ou Superdotação. Educação Inclusiva. Política
pública
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
POSSIBILIDADES DO CONTEMPORÂNEO: EDUCAÇÃO ABERTA E OS DESDOBRAMETOS MOOC, REA E POMAR
Ana Carolina Guedes Mattos
carollsmattos@hotmail.com
Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais
Adriana Rocha Bruno
arbruno@gmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
Movimentos por uma educação aberta, livre e colaborativa passaram a integrar os
debates educacionais e algumas ações já são socializadas, viabilizadas por espaços
interativos online. Este campo potente abriga as discussões propostas neste artigo fruto
de uma das investigações realizadas pelo Grupo de Pesquisa Aprendizagem em Rede –
GRUPAR – Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), notadamente com a pesquisa
“Formação docente no ensino superior em tempos de cibercultura: multiplicidade,
coaprendizagem e educação online”, financiada pela FAPEMIG, iniciada em 2013 e
finalizada em 2015. A partir destes estudos, que incluiu também análises acerca dos
conceitos de Educação Aberta e seus desdobramentos, a saber: REA (recursos
educacionais abertos), MOOC (Massive Open Online Courses) e POMAR (Percursos
online múltiplos, abertos e rizomáticos) por meio da pesquisa de Mattos (2015)
defendida no programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE-UFJF). Os estudos de
Gilles Deleuze e Felix Guattari sobre multiplicidade, devir, plano de imanência e rizoma
são abordados como potencializadores para a compreensão da educação contemporânea
e dos achados/categorias da pesquisa. Os dados revelaram a escassez de produções
sobre MOOC, pontos problemáticos no que tange a estes cursos e algumas
possibilidades dos espaços de aprendizagem online aliados aos conceitos de Educação
Aberta e REA, como o POMAR. Diante do cenário educacional e das pesquisas
realizadas emergiu a questão: Como produzir ambientes de aprendizagem que integrem
a Educação de abertura e os REA, de modo a promover adultos críticos e que
constituam redes rizomáticas? A partir deste momento canalizamos nossas forças para
criar ambientes para o desenvolvimento de Percursos formativos abertos, o que foi
denominado de POMAR.
Palavras-chave: Educação Aberta, MOOC, REA, POMAR.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
POSSÍVEIS CAMINHOS PARA CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO EM
EVENTOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
Carolina Assis Dias Vianna
carol_assis_dias@yahoo.com.br
Paula Baracat De Grande
paulabaracatdegrande@gmail.com
Unicamp/UEL
Além da formação continuada de professores que ocorre no contexto de cursos oficiais,
promovidos por órgãos públicos e universidades, há iniciativas desenvolvidas no
cotidiano escolar, as quais acreditamos que também podem gerar importantes dados e
contribuir para a reflexão sobre a educação básica (SANTOS E ORGE, 2010), ainda
que ocorram de forma pulverizada em eventos diversos de que o professor participa,
especialmente em seu local de trabalho. Com base em nossas pesquisas de doutorado, já
concluídas, propomos uma breve análise de dois desses contextos: reuniões de trabalho
pedagógico coletivo e encontros de assessoria pedagógica de editora. Assim, temos
como objetivo mostrar duas vias possíveis para a formação continuada de professores:
uma em que há a constituição de um grupo fortalecido entre pares por professoras de
uma rede de ensino e outra em que ocorre uma seleção de conceitos teóricos focados em
práticas pedagógicas, sob demanda dos próprios professores. Pretendemos identificar
discursos que se mostram mais significativos para o professor, a fim de auxiliar na
construção de cursos de formação que também se mostrem mais relevantes aos
docentes. Para tanto, pautadas em uma perspectiva dialógica da linguagem
(VOLOSHINOV, 2006) e na perspectiva sociocultural e etnográfica dos Estudos de
Letramento (HEATH, 1982; STREET, 1983; KLEIMAN, 1995), buscamos
compreender os eventos de letramento formativos de maneira situada, considerando a
esfera de atividade humana (BAKHTIN, 1997) do trabalho docente e sua relação com
esferas a ela relacionadas para analisar a configuração interacional e discursiva dos
eventos e a forma como estes são compreendidos pelos próprios participantes. Os
resultados mostram que, quando os professores são agentes de sua própria formação em
grupos identitariamente fortalecidos, ou quando conceitos teóricos são pontualmente
mobilizados para refletir sobre práticas de sala de aula, os eventos tendem a se mostrar
mais efetivos para a formação docente no local de trabalho.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
PRÁTICA DE ORALIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Jairo Moratório Do Carmo
jairomoratori@gmail.com
Thais Fernandes Sampaio
thais.fernandes@ufjf.edu.br
Universidade Federal de Juiz de Fora
A prática ora apresentada ocorreu em 2016 e desenvolveu-se no âmbito do ProfLetras.
Vinculados à linha de pesquisa Teorias da Linguagem e Ensino, estabelecemos diálogo
entre o conhecimento construído na área da Linguística e a prática docente de
professores de Língua Portuguesa. Aplicada na Fase VIII da EJA de uma escola pública
de Juiz de Fora, a experiência é o recorte de uma intervenção pedagógica desenvolvida
a partir de práticas de linguagem ancoradas no gênero textual relato de experiência
vivida. A seleção aborda a oralidade, por ser a modalidade da língua mais negligenciada
pela escola. Considerando discussões sobre o estudo global do texto (ANTUNES, 2010;
KOCK e ELIAS, 2014; entre outros) e a análise linguística (MENDONÇA, 2006;
BEZERRA e REINALDO, 2013; ANTUNES, 2014; entre outros), objetiva provocar o
alargamento da compreensão do que sejam as práticas de memória, estimulando o aluno
a falar e valorizar sua história pessoal. Além disso, pretende considerar o contexto de
produção, circulação e recepção dos relatos escritos e orais em sua compreensão e a
relação entre gênero, suporte, variedade linguística e estilística e objetivo comunicativo
da interação dos relatos. Foi usado como repositório de textos o Museu da Pessoa –
museu virtual e colaborativo, que conta com coleções temáticas de relatos em vídeos e
textos escritos. Em termos metodológicos, desenvolvemos um trabalho de pesquisa-
ação (TRIPP, 2005; ENGEL, 2000), que permite ao professor-pesquisador desenvolver
estratégias para compreender melhor a sua prática e intervir nessa prática, com o intuito
de aprimorá-la. Os resultados apontam para maior protagonismo dos alunos na
investigação de seus próprios discursos. A pesquisa culmina na produção de vídeo e
textos para incorporação ao acervo do Museu da Pessoa, como forma de valorização da
história dos alunos como conhecimento a ser compartilhado.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
PRÁTICAS DE LEITURA E DE ESCRITA: O DESAFIO DO LETRAMENTO
Paola Cordeiro Fernandes
paolacfernandes@uol.com.br
Secretaria Municipal de Educação de Sapucaia
Em diferentes épocas e diferentes grupos sociais, as práticas de leitura e de escrita
também se apresentam de diferentes modos e em diferentes suportes, exigindo, assim,
diferentes perspectivas, especialmente na relação ensino aprendizagem. O estudo aqui
apresentado teve como uma das questões de partida, refletir quais as características e
concepções de letramento subjacentes à concepção de processo ensino-aprendizagem de
uma determinada escola. Refletir sobre o papel e o lugar da linguagem na cultura atual
requer compreender seus valores, representações, concepções, enfim, as diferentes
dimensões do letramento, em suas múltiplas relações com a sociedade. Sem uma
perspectiva de articulação entre diferentes concepções e enfoques dos processos de
aquisição, desenvolvimento e usos da linguagem verbal (oral e escrita), ou seja, dos
processos de alfabetização e letramento, a escola atribui um sentido instrumental para o
ensino e aprendizagem da leitura e da escrita, privilegiando o domínio da técnica em
detrimento das práticas e usos sociais. Como um estudo de caso do tipo etnográfico,
torna-se relevante repensar o cotidiano escolar e a prática pedagógica, já que parte da
prática e à prática retorna, ressignificando-a teoricamente – o que torna possível
reconstruir a teia de relações que se formam no processo de ensino e aprendizagem
dentro e fora do espaço escolar. Na escola pesquisada, observamos uma perspectiva
tradicional mecanizada do processo de ensino e aprendizagem, baseada numa
fundamentação comportamentalista e descontextualizada. Dada esta realidade da prática
pedagógica, destacamos, ainda, uma perspectiva redutora do papel da linguagem no
processo de ensino e aprendizagem. A leitura, colocada como castigo, e a escrita,
vinculada a esforço manual da caligrafia, fazem com que os alunos compreendam essas
atividades como sacrifício e obrigação, relacionando-as ao desprazer e promovendo
atitudes de rejeição.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
PRÁTICAS DE LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Josieli Almeida De Oliveira Leite
josielioliveira_jf@hotmail.com
(UFJF)
Este trabalho visa abordar as práticas de letramentos presentes no contexto de uma
turma de educação infantil tendo em vista que as crianças nessa etapa de escolarização
ainda não dominam convencionalmente a leitura e a escrita. Esses resultados compõem
a pesquisa de mestrado intitulada “Gêneros discursivos na educação infantil: diálogos
possíveis”, que está fundamentada na psicologia histórico-cultural de Vigotski e na
filosofia da linguagem de Bakhtin. Para fomentar as discussões aqui apresentadas trago
os conceitos de letramento autônomo e letramento ideológico de Street (2010), além das
contribuições de Kleiman (1995), Soares (2010) e Rojo (2009) sobre os letramentos. A
pesquisa do tipo etnográfico foi o direcionamento metodológico utilizado nessa
pesquisa e os dados foram produzidos a partir da inserção em campo e da observação
participativa em uma escola municipal de Juiz de Fora. Os achados revelam que o
modelo ideológico de letramento dialoga mais com a perspectiva de práticas de
letramento na educação infantil, pois essas práticas são consideradas em suas
pluralidades. Nessa perspectiva, vê-se que as crianças, junto com seus pares,
ressignificam as culturas nas quais estão inseridas e, às suas maneiras, envolvem-se em
eventos e práticas de letramento.
Palavras-chaves: Letramento ideológico. Letramento autônomo. Educação Infantil.
Letramentos.
192
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
PRÁTICAS DE ORALIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL:
CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DAS ATIVIDADES DE ESCUTA
Vanessa Titonelli Alvim
titonelli.vanessa@yahoo.com.br
Tânia Guedes Magalhães (orientadora)- UFJF
As pesquisas de diversos autores da área da linguagem que se dedicam ao estudo da
oralidade mostram que essa temática é recente na escola básica e ainda pouco
compreendida pelos docentes. Estudos que se debruçam sobre as relações entre
oralidade e escrita estão em cena dede a década de 60. Em sua aplicação escolar
utilizamos alguns teóricos como (MARCUSCHI, 1996; SHENEUWLY e DOLZ, 2004;
LEAL E GOIS, 2012), bem como documentos oficiais (PCN 1997, 1998; OCEM, 2006)
reafirmam a necessidade de se trabalhar com a modalidade oral em sala de aula
enfocando, principalmente os gêneros orais e a reflexão sobre a linguagem. Dessa
forma, esse estudo tem como objetivo apresentar o resultado do desenvolvimento de um
projeto de letramento, por meio de uma pesquisa-ação, no qual buscamos realizar
atividades voltadas para a análise linguística do texto oral (MENDONÇA, 2006),
tomando como objeto de estudo as atividades de escuta. Com base em uma pesquisa
teórica vimos que a escuta tem vários objetivos, a saber: 1) Compreensão do texto oral;
2) análise do texto oral, envolvendo questões linguísticas; prosódicas, gestuais e
contextuais; 3) compreensão das formas de comportamento nas tomadas de notas; 4)
obtenção de modelos de gêneros orais para futuras produções; 5) tomadas de notas; 6)
retextualização e análise de relação oral-escrito a partir das transcrições. Portanto,
iremos exemplificar esses objetivos através as atividades desenvolvidas ao longo do
projeto: “Ideias para salvarmos o planeta”.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES NA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E
PESSOAL DE JOVENS ALUNOS
Cristiane Elvira De Assis Oliveira
cristiane.oliveira@ifsudestemg.edu.br
Pedagoga do IF SUDESTE MG Campus Juiz de Fora
Profissionais do Instituto Federal do SUDESTE de MG Campus Juiz de Fora, das áreas
de Administração, Pedagogia e Psicologia, tiveram a iniciativa de desenvolver um
projeto de orientação profissional e pessoal, o IFarol, voltado aos estudantes dos
Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio. O objetivo desse projeto foi oportunizar
aos jovens participantes ferramentas para desenvolver aspectos organizacionais e
metodológicos em suas escolhas, à luz das contribuições de Levenfus e Bandeira
(2009), segundo os quais as escolhas conscientes se desenvolvem a partir de um
profundo trabalho de autoconhecimento, sendo definidas pelos interesses, capacidades e
valores individuais, que são socialmente construídos. Como metodologia utilizou-se a
pesquisa-ação (THIOLLENT, 1992) que faz uma intervenção no problema, buscando
seu equacionamento, acompanhando e avaliando as ações emergidas e desenvolvidas. O
projeto foi estruturado a partir de quatro temáticas: autoconhecimento, pesquisa das
profissões, planejamento e organização, desafios da juventude. Com encontros
semanais, os estudantes foram convidados a construir um projeto pessoal e profissional
(SAMPAIO, 2012; WUNDERLICH; SITA, 2013). A partir da reflexão sobre a vida,
valores, realidade do mercado educacional, de trabalho e atuações profissionais. Foram
utilizadas técnicas e ferramentas como dinâmicas de grupo, filmes, instrumentos
psicopedagógicos, jogos didáticos e registros de atividades. Os resultados alcançados
foram: estudantes mais conscientes de suas potencialidades, talentos, habilidades e
dificuldades, com maior equilíbrio emocional num período marcado por instabilidade,
dúvidas e angústias, mais responsáveis pelas escolhas (SAMPAIO, 2012); jovens
incentivados a planejar com assertividade seus projetos de vida, considerando sonhos,
oportunidades e desafios (SAMPAIO, 2012). Conclui-se que este projeto contribuiu
com a reflexão das possibilidades de escolhas dos estudantes, oportunizando a estes
uma formação voltada para o conhecimento de si; auxiliou a pensar o curso que estão
fazendo, oferecendo condições na decisão de continuarem na área de formação ou não,
permitindo uma escolha mais consciente da área de interesse.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
PROBLEMATIZAÇÕES DOS USOS DA TEORIA DE JEAN PIAGET NA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Gabriella S. Ebeling
gabisebeling@hotmail.com
Júlia M. C. Pereira
juliamcorr@gmail.coml
Universidade Federal de Juiz de Fora
Considerando a importância das contribuições da teoria de Jean Piaget nos cursos de
formação de professores, a presente pesquisa teve como objetivo analisar os usos da
teoria do referido autor em trabalhos na área da Educação. A metodologia escolhida
para a realização da pesquisa foi a denominada “Estado da Arte”, cuja característica é o
mapeamento bibliográfico. Fez-se um levantamento na plataforma online da ANPEd,
buscando por artigos que fizessem menção a Piaget, publicados num intervalo de 10
anos (2006 a 2015), em diferentes Grupos de Trabalho (GTs). Foram encontrados 30
artigos, os quais utilizam suas teorias sob diferentes perspectivas. Os resultados obtidos
levaram à construção de um quadro de categorias de análise, contemplando 5 perfis:
artigos que contém obras de Piaget nas referências bibliográficas, porém ausentes no
corpo do texto; artigos que citam o autor mas não os seus conceitos; artigos que citam
seus conceitos mas não os desenvolvem; artigos que fazem uso de suas teorias de forma
detalhada como parte importante do texto; artigos que utilizam suas teorias como
principal referencial teórico. Dentre os trabalhos analisados, foram registrados apenas
10 em que os conceitos piagetianos apresentados foram tratados com maior
aprofundamento. Este cenário nos leva a problematizar a presença da teoria de Piaget na
formação docente, uma vez que 2/3 dos artigos analisados não trouxeram aos leitores
uma abordagem mais consistente da mesma. Tal questionamento encontra justificativa
no fato de que esses artigos, por apresentarem resultados de pesquisas relacionadas a
educação, podem ser utilizados na formação de professores.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
PROCESSOS REFERENCIAIS NOMINAIS NO GÊNERO CARTA DO
LEITOR: ESTRATÉGIAS PARA FORMAÇÃO DE LEITORES CRÍTICOS
Cristiane Barbalho Da Silva Gaio De Sá
crisbgaio@hotmail.com
UFRJ/ SME
Este trabalho tem como objetivo principal apresentar um recorte dos resultados obtidos
na aplicação de atividades que visaram ao trabalho com o processo de referenciação, nas
aulas de Língua Portuguesa em três turmas do 9º ano de uma escola municipal do Rio
de Janeiro, articulado ao ensino do gênero textual carta do leitor; e compartilhar a
experiência dessa aplicação. Essa experiência ocorreu no primeiro semestre de 2016,
sendo aplicada no decorrer de cinco semanas, com 5 tempos de aula cada uma, servindo
como base para a dissertação do mestrado profissionalizante (Profletras/UFRJ). Nos
processos referenciais, vinculados aos pressupostos teóricos de Mondada e Dubois
(2003), Koch e Elias (2007), Cavalcante (2013), Santos (2014), dentre outros
pesquisadores, destacou-se nessas atividades o papel recategorizador que as anáforas
diretas, por meio de formas nominais, realizam na retomada de seus referentes, a fim de
despertar no aluno um ensino crítico e consciente do uso da língua. A importância do
tema decorre da necessidade de despertar no aluno a observação do valor argumentativo
de alguns mecanismos referenciais que podem revelar julgamentos, valores e opiniões
dos enunciadores. Assim, conforme preveem os PCN, objetivou-se articular um ensino
de Língua Portuguesa que envolva leitura, análise linguística e produção de texto, tendo
a língua como um produto histórico, social, pragmático e interacional, de acordo com o
estudo de gêneros proposto por Koch (2002), Dolz e Schneuwly (2004), Koch e Elias
(2007), Marcuschi (2010), dentre outros. Dessa forma, contribuindo para a formação de
leitores críticos em sua língua materna.
Palavras-chave: Referenciação; gênero textual; carta do leitor; ensino.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
PROMOVENDO AS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA NOS ANOS FINAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL
Clarice De Matos Oliveira
claricematos2013@hotmail.com
PIBID-CAPES /UFJF
Carolina Garcia De Carvalho Silva
carolinagcs@hotmail.com.br
PIBID-CAPES/UFJF/PJF
O presente relato tem como objetivo descrever experiências exitosas do PIBID no
ensino de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental de uma escola pública da rede
municipal de Juiz de Fora. A partir de uma concepção de ensino de língua voltada para
as práticas sociais de letramento, assumimos uma postura teórico-metodológica de
ensino interacionista de linguagem (KLEIMAN, 1992; 1995; 2007; SOARES, 2001,
KOCH, 2006; TRAVAGLIA, 2000; MARCUSCHI, 2003; SCHNEUWLY e DOLZ,
2004; ROJO e MOURA, 2012). No ano de 2015, elaboramos duas sequências didáticas
relacionadas ao projeto “Leituras Temáticas”. Desenvolvemos nosso trabalho abarcando
dois temas centrais: o uso excessivo do celular e o narcisismo na era digital. O primeiro
tema foi escolhido em virtude de um debate ocorrido entre os alunos e os professores
sobre o uso do celular durante as aulas. Como consequência, gerou-se a discussão do
uso excessivo das redes sociais, levando-nos à necessidade de trabalhar o segundo tema:
a grande exposição, principalmente dos jovens, de sua vida pessoal nessas redes. Para
abordarmos os temas, selecionamos uma série de textos, de diversos gêneros, para
leitura, análise e discussão. Além da reflexão sobre os temas, houve também a análise
linguística necessária à leitura e posterior produção de textos dos alunos. Nesse sentido,
nosso objetivo era o de que os discentes pudessem usar a Língua Portuguesa em
situações baseadas em práticas de uso, e não em ambientes descontextualizados. Tal
competência, como é definida nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua
Portuguesa (PCNs), remete à capacidade de produção de discursos, tanto escritos quanto
orais. Portanto, buscou-se, em todas as atividades, fazer com que o aluno fosse
protagonista do processo de aprendizagem, construindo o seu próprio conhecimento,
por meio da interação não somente com o professor e os bolsistas, mas também com os
colegas.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
QUESTÕES DE LETRAMENTO A PARTIR DO GÊNERO NOTÍCIA
Simone Miranda Fernanes Alvarenga
miranda-alvarenga@bol.com.br
Profa no Estado de MG
Mauricéia Silva De Paula Vieira
mauricéia@dch.ufla.br, Profa Dra DCH/UFLA
Esse trabalho discute o tema letramento na interface com os conhecimentos linguísticos,
a partir do gênero notícia. De modo mais específico, analisa-se a recorrência da
estrutura do sintagma nominal (SN) no gênero notícia. Partiu-se do pressuposto de que
o SN como mecanismo linguístico, constitui-se como estratégia argumentativa e
persuasiva na construção do gênero notícia. Tradicionalmente, considera-se que a
notícia, por ser um texto informativo, possui como função apenas a de registrar os fatos
ocorridos. Considerando-se que a argumentatividade insere-se na linguagem, algumas
pesquisas demonstram que as expressões nominais referenciais desempenham várias
funções cognitivo-discursivas de grande relevância na construção do sentido
(KOCH&TRAVAGLIA,2006).Complementando o exposto, Soares, (2004) postula que
os eventos de letramento se originam de situações em que a língua é parte integrante da
natureza e da interação entre os participantes nos processos comunicativos. Assim, nas
práticas cotidianas, os aprendizes interagem com o gênero notícia em diversos suportes,
o que favorece as práticas de letramento. Entretanto, considera-se necessário um
trabalho mais sistematizado para que o aprendiz compreenda a relevância das
estratégias linguístico discursivas empregadas como recurso de textualização. O corpus
dessa pesquisa foi constituído por textos do gênero notícia, retirados da revista: Istoé,
seção A Semana. Após as análises foi possível perceber que, nas notícias selecionadas, a
escolha léxica dos referentes e dos modificadores que constituem o SN configura-se
como mecanismos linguísticos que contribuem para persuadir o leitor. Sendo assim, a
relevância do trabalho justifica-se pela necessidade de um trabalho reflexivo sobre os
conhecimentos linguísticos, a fim de que o aprendiz possa utilizar tais conhecimentos
para desenvolver o letramento.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
REFLETINDO SOBRE A EMERGÊNCIA DOS OLHARES
Angela Simone De Mattos Esteves
duangelacaio@hotmail.com
Mestranda CMPDI –UFF
Este trabalho foi realizado no Centro Educacional de Niterói em 2016 e teve o propósito
e permitir uma reflexão sobre a riqueza do espaço escolar em que Bennett (2009) afirma
poder ter consequências diretas sobre a aceitação dos alunos que têm necessidades
particulares. Os objetivos desse trabalho foram estabelecer as relações entre os sentidos
do corpo humano e as diferentes percepções de mundo; refletir sobre o processo de
desnaturalização do senso comum e registrar esse processo. Segundo Bourdieu (1989),
existem coisas que se tornaram tão comuns que ninguém lhes presta atenção. Os
participantes foram alunos com idade entre 14 e 15 anos em uma turma de 9º ano do
Ensino Fundamental II em aulas de Língua Portuguesa. Nessas aulas, eles assistiram aos
filmes: “A prova” (1991) de Jocelyn Moorhouse e “Janela da alma” (2001) de João
Jardim e Walter Carvalho, conversaram e discutiram sobre seus respectivos enredos.
Após essas aulas, foi dado início a parte prática em que os alunos fotografaram com os
olhos vendados. Em seguida eles fizeram áudio descrições dos lugares fotografados;
registros a partir das lembranças das descrições; compartilhamento e busca das
correlações entre as fotografias, os textos e os seus respectivos autores; registros
descritivos a partir da análise da imagem e por último, escreveram uma narrativa
envolvendo a cena registrada. O registro, a análise e a recriação dessa cena foram
elaborados com o intuito de se compreender o porquê da existência da cena, a razão de
ter sido considerada como algo que fugia ao senso comum. Concluímos mediante as
possíveis exigências dos alunos que têm necessidades particulares no que concerne o
processo de aprendizagem, que se precisa de uma revisão seja do educador/educando à
própria consciência para que possa refletir sobre seus próprios hábitos diante de
situações que envolvam pessoas que têm necessidades particulares.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
Reflexão sobre a prática docente de línguas adicionais sob a perspectiva da
pedagogia de multiletramentos
Renata De Souza Gomes
renata_souza_gomes@yahoo.com.br
CEFET-RJ, campus Itaguaí
Desde a formação do grupo de Nova Londres, muito se tem discutido sobre os
multiletramentos e suas diretrizes pedagógicas. Nesse texto, almejo apresentar sob
forma de diário-reflexivo (LIBERALI, 1999) a minha prática de sala de aula de ensino
de língua inglesa como língua adicional sob a perspectiva dos multiletramentos em dois
contextos diferentes do CEFET-RJ: no ensino técnico em mecânica integrado ao médio,
no campus Itaguaí e nas aulas do curso de pós-graduação em línguas adicionais, no
campus Maracanã no ano de 2017. No primeiro nível de ensino mencionado, serão
observados o currículo proposto e a implementação das atividades pensadas para alunos
do terceiro ano. Tais atividades almejam contemplar as noções de gênero textuais
(emergentes e diversos), agência, autonomia, e o uso de novas tecnologias aplicadas ao
ensino de língua inglesa (MILLER ,2012;PAIVA 2010; ROJO 2013). Ao passo que na
sala de aula da pós-graduação serão observados como professores de línguas adicionais
em formação continuada compreendem e trabalham sob a perspectiva dos
multiletramentos em seus diferentes contextos de trabalho e de que forma essa
pedagogia contribui para suas práticas de sala de aula. Como metodologia, farei uma
comparação discursiva entre o texto do meu diário reflexivo enquanto professora de
dois níveis distintos de ensino dentro de uma mesma instituição e a análise do discurso
de trechos do diário reflexivo dos alunos da pós-graduação. Objetiva-se estudar os
desafios da implementação da pedagogia de multiletramentos para ensino de línguas
em contextos diversos de ensino.
200
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
REFLEXÕES SOBRE AS AÇÕES FORMATIVAS DO INSTITUTO DE
APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA- CAP-UERJ
Ana Lucia Gomes De Souza
analucia.eja@gmail.com
CAp-UERJ
Liliane Neves
lilianenevesmoura@gmail.com
CAp- UERJ
Considerando as recentes discussões acerca das diretrizes curriculares nacionais para a
formação inicial e continuada em nível superior para as licenciaturas e formação
pedagógica, buscamos neste trabalho trazer reflexões sobre a ação formativa do Instituto
de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira, CAp- UERJ. Fundado em 1957
como campo de estágio e experimentação metodológica, verificamos ao longo destas
cinco décadas a sua expansão nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Sua
transformação em Instituto nos anos 2000 reafirmou sua importância na formação
inicial e continuada de professores. Neste sentido, o CAp-UERJ se constitui como uma
escola de educação básica ao mesmo tempo em que se apresenta como um espaço de
formação docente, viabilizando a ampliação de atividades aos seus estudantes, além de
desenvolver pesquisa acadêmica fomentando a interação entre os seus professores
pesquisadores e estudantes. Nosso foco aqui recai sobre a ação do Departamento de
Ensino Fundamental- DEF, que corresponde ao trabalho realizado no Núcleo Comum
dos primeiros anos do ensino fundamental, bem como as experiências extensivas
formativas realizadas por sua equipe de docentes. Para a fundamentação teórica deste
trabalho, propomos um diálogo com autores que trabalham com o campo da formação
continuada, como: Antônio Nóvoa (2009), Bernadete Gatti (2009), Maurice Tardiff
(2000) e Mikhail Bakhtin (2011), e desta forma provocarmos uma reflexão sobre a
missão formativa da universidade pública.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A PRODUÇÃO DE DESENHOS COMO
ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
José Leandro Peters
Doutorando em História pela UFJF, professor de História na Prefeitura de Juiz de Fora.
joseleandropeters@yahoo.com.br
Rafaela Andrade Savino De Oliveira
Mestre em Educação pela UFJF, Técnico em assuntos educacionais na UFJF
rafasavino74@yahoo.com.br
Entendemos que a linguagem tem um papel central no desenvolvimento escolar do
aluno devendo ser trabalhada em suas variadas formas em todas as disciplinas escolares.
Este trabalho é fruto da tentativa de incluirmos práticas de letramentos nas diferentes
áreas de conhecimento. Propomos analisar trabalhos produzidos por alunos dos 6º e 7º
anos do ensino fundamental ao longo dos anos de 2015 e 2016 em uma escola
municipal de Juiz de Fora. Muitos desses alunos tinham grande dificuldade na leitura e
escrita de textos, mas conseguiram expressar uma percepção da realidade vivida e do
conteúdo trabalhado por meio da produção de imagens. Parte considerável desses
trabalhos intercala a temática estudada com a realidade vivida, nos levando a concluir
que os alunos se apropriam do conhecimento estudado para interpretar a realidade em
que vivem. Baseamos o trabalho nas definições de letramento de Magda Soares (2012) e
Street (2014). Soares afirma que existem duas dimensões de letramentos: a individual,
na qual, o letramento é concebido como um atributo pessoal, e a social, na qual, os
letramentos representam um fenômeno cultural que envolve práticas sociais
relacionadas à leitura e a escrita. Essas práticas são de suma importância para o
processo de construção dos conhecimentos escolares, visando à formação de um
cidadão crítico e transformador da sociedade. No presente trabalho iremos nos ater à
produção de desenhos como meios de expressão do conhecimento histórico adquirido.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
RELATOS DE EXPERIÊNCIA EM FORMAÇÃO CONTINUADA:
REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA
Maria Olinda Venancio
olindavenancio@gmail.com
Queila Adriana De Alcântara
adrianaqueila@gmail.com
Secretaria Municipal de Educação- JF
O relato de prática apresenta a oficina "Escrita de textos: Relatos de Experiência" que
foi ministrada como curso de formação continuada, oferecido pela Secretaria de
Educação de Juiz de Fora, aos profissionais da Rede Municipal, nos anos de 2015 e
2016. Dentre o referencial teórico empregado nas oficinas, destacam-se o material da
Olimpíada de Língua Portuguesa, os autores Dolz e Schneuwly(2004), Nóvoa(1992),
Heidegger(2011) e Tardif(2002). O objetivo foi oportunizar aos profissionais que
tivessem interesse e necessidade, a chance de não só entenderem a estrutura do gênero
textual, mas também proporcionar a reflexão sobre a própria prática. A concepção que
sustentou a oficina foi a de professor autor. Dentro dessa concepção, o professor
formado numa dimensão discursiva e, consequentemente, pela via da alteridade, torna-
se leitor de sua própria prática, uma vez que durante o processo de formação, recebe
escutas e devolutivas de sua própria produção. Esta formação permitiu resgatar a base
reflexiva da atuação profissional e ajudou os participantes a entenderem a forma como
realmente abordam as situações da prática. Participaram profissionais de várias áreas e
setores da escola. A oficina foi ministrada em dez encontros com módulos de três horas.
As experiências vividas e registradas sobre as práticas servirão, certamente, como
exemplos para outros professores. Dessa oficina resultou o projeto de publicação de
uma obra que contemplará uma coletânea de relatos dos profissionais que fizeram o
curso, além de outros capítulos sobre a formação continuada. A interação entre os
participantes, o registro dos encontros e das estratégias estabelecidas para as reflexões e
escrita dos relatos foram determinantes para a proposta de construção da obra.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
RELATOS DE FORMAÇÃO DOCENTE: CALL PARA ENSINO DE LÍNGUA
INGLESA
Patricia Vasconcelos Almeida
patricialmeida@dch.ufla.br
Universidade Federal de Lavras
O contexto deste relato de experiência é uma disciplina de um curso de graduação em
Letras (Português/Inglês), em uma universidade federal no sul de Minas Gerais. A
disciplina “Aprendizagem de língua inglesa assistida pelo computador” tem como
objetivo capacitar os alunos, futuros professores, para o ensino de língua inglesa
mediado pelas tecnologias digitais, como base nos preceitos de Computer-Assisted
Language Learning - CALL (Stockwell 2012) e formação de professores (Vieira-
Abrahão, 2010). Ao longo da referida disciplina, em 2015, textos teóricos sobre CALL
e formação de professores foram estudados e discutidos para fornecer embasamento
necessário à realização do trabalho final. Este consistia na ministração de uma atividade
de quinze minutos, na qual os alunos teriam que ensinar língua inglesa por meio dos
recursos tecnológicos (computador conectado à internet) em um laboratório de
informática. Durante a atividade esperava-se que os alunos conseguissem ministrar a
atividade fazendo uso apenas do computador conectado à internet. Porém a maioria
deles apenas fez a transposição de atividades do meio presencial para o recurso
tecnológico, não explorando assim, toda a potencialidade de uma ferramenta conectada
a rede, assim como demandam estudos relacionado ao CALL. Focando para o processo
de formação, discussões online, via Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), foram
estabelecidas após cada atividade, com o intuito de discutir a luz das teorias de
formação de professor a viabilidade, vantagens e desvantagens do uso do computador
como ferramenta didática, objetivando assim, promover uma formação crítico-reflexiva
dos alunos que vivenciaram esta experiência.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
REVISTA “CIÊNCIA NA PONTA DA LÍNGUA”: UMA EXPERIÊNCIA COM
LETRAMENTO CIENTÍFICO NO ENSINO FUNDAMENTAL
Barbara Delgado Azevedo
barbaradelgadoa@hotmail.com
Gisele De Oliveira Barbosa
giseleoliveirab@hotmail.com
Maria Carolina Botelho Domingues
carolina.botelho@hotmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF
O objetivo do trabalho é relatar a experiência de elaboração da revista “Ciência na ponta
da língua”, com alunos do 9º ano de uma escola da rede municipal de Juiz de Fora –
MG, durante o ano de 2016 no âmbito do projeto “Letramento cientifico e gêneros
textuais” (UFJF). Nossa proposta de trabalho resultou na construção de um projeto de
letramento que enfoca a leitura e a escrita do discurso científico na esfera escolar. Para
embasar nossa experiência, apoiamo-nos no trabalho com gêneros textuais
(BRONCKART, 1999, 2006), em aspectos do letramento científico (SANTOS, 2007;
MOTTA-ROTH, 2011), bem como na perspectiva de ensino de línguas pelo viés do
Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 2010; DOLZ, SCHNEUWLY, 2004),
que nos apresentam uma concepção de linguagem como interação, fator essencial de
desenvolvimento humano. Nessa perspectiva, o projeto permitiu que os alunos
desenvolvessem capacidades de linguagem, interagindo pelos textos científicos nos
diversos ambientes sociais (escola, feira de ciências, horto florestal). A elaboração de
uma revista na qual se priorizou os textos da esfera científica proporcionou aos alunos a
experiência de refletir sobre a construção e circulação dos textos científicos, ampliar
suas capacidades de linguagem, bem como inserir-se em práticas de letramento
científico. Além disso, o projeto de construção da revista proporcionou aos educandos
não só a experiência de leitura e escrita, mas a oportunidade de os discentes perceberem
a escrita como um processo, que necessita de elaboração, reescrita e revisão, e que visa
a um propósito concreto, com leitores reais, como também uma atitude mais reflexiva
perante o desenvolvimento científico e seu impacto na sociedade.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
RODA DE VERSOS: PRETEXTOS PARA BRINCAR, COMPARTILHAR E
ENCANTAR
Maria Rosana do Rêgo e Silva
Mestranda em Educação – PPGE/UFJF
m.rosanarego@hotmail.com
Ana Rosa Costa Picanço Moreira
Doutora em Educação – UFJF
anarosamaio@uol.com.br
Este trabalho pretende compartilhar as experiências com gêneros da tradição oral,
especialmente as quadrinhas populares de duas turmas da Educação Infantil, uma do 1º
período e outra do 2º período, de uma escola municipal de Juiz de Fora – MG, que
ocorreram durante o segundo semestre de 2015. O enfoque do trabalho se deteve no
caráter oral e na dimensão lúdica dos textos, promovendo momentos de fruição,
encantamento, brincadeiras interação cultural, confirmando a vocação primeira dos
gêneros da tradição oral. Ao longo do semestre, as crianças tiveram diferentes
oportunidades de recitar as quadrinhas populares por meio de brincadeiras de roda, roda
de versos, sarau e utilizando sussuradores. Os sussuradores foram instrumentos
importantes para que as crianças pudessem compartilhar com os colegas, a equipe
escolar e os familiares os versos mais significativos para elas. As reflexões sobre
linguagem estão embasadas especialmente nos estudos de Vigotski e no trabalho com os
textos da tradição oral abordados por Araujo. A experiência foi bastante significativa,
visto que as crianças das duas turmas se envolveram em todas as atividades propostas.
Algumas delas apresentaram quadrinhas novas, ensinadas pelos familiares. No que diz
respeito ao desenvolvimento da oralidade, é possível dizer que houve um avanço
considerável, especialmente para as crianças mais tímidas, que procuraram aprender
uma quadrinha para recitar nos momentos de brincadeira. Os aspectos sonoros da
linguagem como ritmo e rimas não passaram despercebidos pelas crianças. Acreditamos
que tal experiência poderá contribuir para a reflexão fonológica, importante para a
aquisição do código linguístico.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
SALA DE AULA: CAMPO DO JOGO LITERÁRIO
Luciana Genevan Da Silva Dias Ferreira
luciana.genevan@sga.pucminas.br
Pontifícia Universidade Católica De Minas Gerais
No ano de 2010, em uma escola da rede pública estadual de ensino, em Juiz de
Fora/MG, em um contexto formal de ensino-aprendizagem, desde os primeiros
encontros em sala de aula, atuando como professora da área de linguagens e códigos, ao
ministrar aulas de português, literatura e redação, para turmas de Educação de Jovens e
Adultos (EJA) que cursavam o Ensino Médio, verifiquei resistência por parte dos
discentes no trabalho com a leitura, principalmente com a leitura do texto literário.
Paradoxalmente, após as primeiras aulas, comecei a perceber que, apesar de muitos não
se sentiam à vontade para realizar leituras em voz alta, gostavam de ouvir as histórias,
principalmente, as literárias. Diante dessa constatação, experimentei/ensaiei um trabalho
em sala de aula, primeiro com autobiografias e biografias, depois com contos literários,
utilizando como principal metodologia a condução feita por mim, professora, por meio
do “ler com”, da leitura conjunta com os alunos. Desse modo, pude verificar como se
efetivou o processo de construção de sentidos por parte do aluno/leitor e, a partir dos
resultados observados, verifiquei que o ensino de literatura constitui-se, sobretudo, por
meio do próprio texto literário. A prática foi realizada no Ensino Médio com duas
turmas de EJA, na Escola Estadual Delfim Moreira. As fontes teóricas nas quais o
trabalho se alicerça pautam-se na relação autor-texto-leitor, com ênfase para o contato
do leitor com o texto literário, procurando compreender como o leitor age para produzir
sentido sobre o texto que lê. Assim, os teóricos da recepção respaldaram o trabalho,
destaque dado à abordagem de Wolfgang Iser acerca do texto como um campo de jogo
em que o leitor é chamado a adentrar e participar.
Palavras-chave: Ensino de Literatura. Leitura. Leitor. Estética da Recepção.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
SEQUÊNCIA DIDÁTICA EM SALA DE AULA: OS IMPACTOS DO PACTO
NO TRABALHO INTERDISCIPLINAR.
Graziele Ramos Da Conceição Cácio
graziele_rc@hotmail.com
E.E. Santa Rita de Cássia
Neste relato apresento uma das experiências de se trabalhar interdisciplinarmente em
sala de aula, no ciclo de alfabetização na Escola Estadual Santa Rita de Cássia-Viçosa-
MG no ano de 2015. O trabalho foi realizado com uma turma do segundo ano do ensino
fundamental I, foi executada uma sequência didática no ensino de ciências, abordando
as descobertas do corpo humano de forma lúdica e prazerosa, concomitantemente às
disciplinas de língua portuguesa, matemática, história e geografia, esta foi distribuída
em quatro etapas: apresentação, exploração, reflexão e apropriação. Os trabalhos foram
pensados e elaborados a partir das perspectivas do programa de formação continuada
para professores da Rede Estadual de Ensino o Pacto Nacional pela Alfabetização na
Idade Certa – PNAIC 2015, e da minha prática pedagógica enquanto alfabetizadora. A
reflexão, a partir desses parâmetros formativos, foi importante para a reformulação e
aplicação de planos interdisciplinares contextualizados as novas propostas didático-
pedagógicas. Os estudos do Caderno 3 do PNAIC e de autores como
PIASSI&ARAUJO(2012),RUSSO(2012), e nas discussões nos encontros, sobre os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), proporcionaram momentos de autorreflexão
sobre o ato de alfabetizar. Mas a maior consideração sobre o ato de ensinar/aprender na
alfabetização, é que o professor durante este processo consiga que o aluno entenda mais
que conceitos, interprete o mundo de forma contextualizada, onde os saberes científicos
e ou sociais sejam capazes de ajudá-los a mudar sua realidade de forma crítica, não
minimizando a alfabetização aos atos de saber ler e escrever. Apesar da discussão sobre
o tema não ser recente e já constar nos PCNs, o PNAIC evidenciou, de forma mais
enfática e instigante a abordagem interdisciplinar na sala de aula, impactando
positivamente sobre a minha prática pedagógica nos anos inicias da alfabetização.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
SIMULAÇÃO DE UM SPEED DATING COMO TÉCNICA DE CONVERSAÇÃO
EM TURMAS DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA
Flávia Rodrigues De Souza
acasadaflavia@gmail.com
Idalena Oliveira Chaves
idalena@ufv.br
UFV – Universidade Federal de Viçosa
À luz da abordagem comunicativa (Almeida Filho, 2011), a simulação de situações
cotidianas em sala de aula como incentivo à conversação é essencial na prática de
ensino de Português como Língua Estrangeira (PLE), especialmente em turmas
multiculturais ou com diferentes níveis de proficiência. Neste trabalho, objetivou-se
relatar uma prática de conversação inspirada em eventos para encontros rápidos,
conhecidos em outros países como speed dating, e aplicada em dois semestres letivos
(2016-2 e 2017-1), em turmas regulares de alunos intercambistas da Universidade
Federal de Viçosa (UFV), como forma de praticar aspectos da língua trabalhados nas
aulas teóricas, como cumprimentos, profissões, masculino/feminino, rotina, cultura
brasileira, entre outros. As turmas eram compostas de no máximo 20 estudantes de
graduação, de variados cursos, advindos de diferentes países, e em diferentes níveis de
proficiência em português. Foram confeccionados cartões com perfis de brasileiros
comuns, contendo dados como nome, profissão, renda e preferências (hobby, comidas,
música). Os cartões foram apresentados, de cabeça para baixo, para que cada aluno
escolhesse, às cegas, o seu personagem. As carteiras foram organizadas em duas fileiras,
de modo que cada aluno pudesse ficar frente-a-frente com seu par. A troca de pares foi
feita a cada três minutos para que cada aluno pudesse conhecer o máximo de
personagens e escolher o seu “par perfeito”. Ao fim da atividade, os alunos foram
convidados a, voluntariamente, descreverem os personagens por quem mais se
interessaram. A forma aleatória de escolha de personagens permitiu maior interação
entre os estudantes e tornou a atividade divertida, provavelmente por permitir a cada um
explorar o imaginário e atuar, assumindo o seu personagem.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
TECENDO SABERES E CONSTRUINDO ENTENDIMENTOS SOBRE
PRÁTICAS DE LEITURA À LUZ DA PRÁTICA EXPLORATÓRIA
Andréia Mello Rangel
profandreiamello@gmail.com
Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro
Apoiada nos princípios balizadores da Prática Exploratória (ALLWRIGHT, 2009),
apresento um recorte da minha pesquisa, na qual busquei, ao construir um movimento
de aprendizagem colaborativa com os meus alunos, trabalhar para entender as práticas
de leitura dos aprendizes, os quais constituíram uma turma do nono ano do ensino
fundamental de uma escola pública estadual do Rio de Janeiro. Nesse estudo, os dados
foram gerados a partir de um processo de ensino e aprendizagem que considerou as
múltiplas epistemes coexistentes dentro do ambiente escolar, de modo que não apenas
os conhecimentos hegemônicos, legitimados pelos currículos escolares, tivessem espaço
dentro da sala de aula. Esse estudo se alinha à teoria postulada por Vygotsky (2003), na
medida em que destaca a importância da interação dos sujeitos no processo de ensino-
aprendizagem. Na busca de envolver os aprendizes na ação do “trabalhar para
entender”, formulei, com o auxílio dos meus alunos, atividades inspiradas na
abordagem para o ensino, a pesquisa e a reflexão da Prática Exploratória. Essas
atividades se constituíram como APPE – Atividades Pedagógicas com Potencial
Exploratório (ALLWRIGHT, 2005). Dessa forma, contemplaram tudo o que envolveu o
processo educacional nessa pesquisa: a escola, minha condição de professora, os meus
alunos e nossas vivências, de modo que não somente o trabalho com a língua
(TRAVAGLIA, 2009) e com os gêneros discursivos (BAKHTIN, 2011) fosse
contemplado. Nessa pesquisa, ao entender o currículo escolar como um espaço em que
haja a tessitura dos saberes dos agentes da aprendizagem, percebe-se aprendizes e
professora como produtores de conhecimento e como agentes do ensinar e do aprender.
Assim, essa pesquisa se configura como uma possibilidade de reflexão sobre uma
política de trabalho não apenas para a leitura, mas com as práticas de leitura de
aprendizes e professora.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
TEORIA E PRÁTICA: O USO DAS ABSTRAÇÕES TEÓRICAS NO ENSINO
DE LÍNGUA INGLESA
Laryssa Sena Palmeira
laryssa.sena.palmeira@gmail.com
Universidade Federal de Juiz de Fora
O presente trabalho tem o intuito de relatar uma experiência ainda em curso no
município de Juiz de Fora, realizada com três turmas particulares de inglês: uma turma
com três alunos, com a qual realiza-se um encontro semanal de três horas e outras duas
turmas, com quatro e oito alunos, ambas com um encontro semanal de duas horas.
Enquanto graduanda em Letras, com ênfase em linguística, utilizei os conhecimentos
adquiridos acerca da teoria gerativa (CHOMSKY,1994) no ensino de inglês destas
turmas, quanto às habilidades de leitura, escrita, fala, conversação e compreensão
auditiva, tendo como foco a pronúncia. Dispondo do livro American English File 1
como suporte de conteúdo didático, desenvolvi uma aplicação prática de conceitos
linguísticos como as noções de “princípios e parâmetros” e “regência e ligação”, no que
tange (i) a fonética e a fonologia (FIORIN, 2003), como a utilização do IPA (Alfabeto
Fonético Internacional) a fim de fomentar produções significativas no desempenho da
oralidade e (ii) da morfossintaxe (MIOTO; FIGUEIREDO-SILVA; LOPES, 2004),
como classe gramatical das palavras e sua função sintática, no intuito de promover
competência de leitura e de escrita. Este relato busca dialogar com a linguística aplicada
ao ensino de língua estrangeira, a fim de comparar as convergências e as divergências
entre teoria linguística e sala de aula, além de intentar uma aprendizagem de língua
inglesa expressiva.
Palavras chave: ensino de inglês, linguística aplicada, pronúncia do inglês, leitura e
escrita do inglês.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
TEXTOS MULTIMODAIS DO FACEBOOK NA CONSTRUÇÃO DE
SENTIDOS EM SALA DE AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA: UM PENSAR
EXPLORATÓRIO
Márcia Regina Lacerda Da Silveira
marcialacerda82@gmail.com
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ (FFP)
O presente trabalho explicita, a partir da pesquisa que está sendo realizada, a minha
vontade como professora e mestranda do PROFLETRAS de entender como
determinados textos multimodais veiculados no Facebook são interpretados por alunos
do Ensino Fundamental e como as produções textuais dos próprios alunos, nesse
ambiente digital, são construídas, enfatizando o caráter interacionista e colaborativo
dessa rede social. A pesquisa coaduna-se, portanto, com a visão dialógica e de interação
de Bakhtin (1997), considerando as orientações expostas nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (BRASIL,1998) sobre o estudo de gêneros em sala de aula. O interesse por
esse tema surgiu ao observar que a maioria dos meus alunos lê muitos posts veiculados
no Facebook e que alguns textos tipicamente digitais não são muito comuns nas aulas
de língua portuguesa. Textos como memes e gifs, multimodais por definição, revelam
humor, crítica ou características sociais e fazem parte da vida de inúmeras pessoas
conectadas à internet nos dias de hoje. Entendo, pois, que uma reflexão sobre o
conteúdo desses textos nas práticas da sala de aula seja necessária. A partir do
entendimento sobre a construção de sentidos revelada por esses textos, pretendo: 1)
observar se o conteúdo veiculado por textos digitais do Facebook gera reflexões e
inferências por parte dos alunos e 2) proporcionar aos alunos um ambiente favorável à
reflexão e ao debate de ideias. Para tanto, a abordagem para o encaminhamento da
pesquisa tem sido a Prática Exploratória (ALLWRIGHT E HANKS, 2009) ao
considerar como ponto essencial a qualidade de vida em sala de aula.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
TIRAS CÔMICAS E CHARGES: LETRAMENTO MULTIMODAL NA
PERSPECTIVA DOS GÊNEROS TEXTUAIS
Jeniffer Aparecida Pereira Da Silva
jeniffermaps@gmail.com
Universidade Federal de Lavras
O advento das novas tecnologias influenciou não só a produção de diversos gêneros
textuais, mas também a relação entre texto verbal e outros recursos semióticos.
Conceitos como letramento e multimodalidade foram redimensionados, colocando na
pauta dos estudos sobre os gêneros textuais a perspectiva do letramento multimodal.
Nesse viés, o objetivo deste trabalho é analisar a ampliação do conceito de letramento e
compreender como o letramento multimodal pode impactar as questões de leitura e
escrita na atualidade. Para isso, foram selecionadas, em suportes de ampla circulação
nacional, tiras cômicas e charges, que apresentam, além da articulação entre diversas
linguagens, o humor como característica principal. Ramos (2009) argumenta que por
serem veiculadas em jornais e revistas, tanto as tiras cômicas quanto as charges
ganharam espaço em avaliações sistêmicas que envolvem habilidades leitoras e
influenciam as práticas de letramento no âmbito escolar. Assim, esses gêneros
multimodais apresentam abrangentes potencialidades tanto de pesquisa quanto de
produção de material didático. O quadro teórico abrange autores como Kress (2006),
Soares (2001), Dionísio (2005), Jewitt (2005), Ramos (2009), Catto (2013) entre outros.
A metodologia do trabalho foi desenvolvida a partir de uma pesquisa teórica e de
análises de cunho qualitativo. A pesquisa justificou-se pela necessidade de abordar a
multimodalidade nas atuais práticas de leitura e escrita na sociedade. Justificou-se,
ainda, pela importância dos textos multimodais no âmbito escolar e no contexto social
da vida das pessoas. Os resultados parciais revelam a importância da ampliação dos
estudos sobre os gêneros textuais no âmbito escolar, bem como na formação de novas
propostas de ensino com vistas a ampliar o letramento multimodal dos aprendizes.
Palavras-Chave: multimodalidade, gênero textual, tiras cômicas, humor, letramento.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
TRAJETÓRIAS FORMATIVAS DOCENTES: ALGUNS ELEMENTOS DE
ANÁLISE
Carla Patrícia Quintanilha Corrêa
carlapqcorrea@hotmail.com
ISEPAM/UFJF
O presente trabalho objetiva indicar a possível relação entre a trajetória formativa do
professor formador e a concepção de docência que será por ele mobilizada na formação
de novos professores. Para isso, o texto se fundamenta nas contribuições de alguns
autores, tais como Isaia e Bolzan (2007), Langhi e Nardi (2012), Calderano (2014),
Gatti (2014), Marcelo (2009), dentre outros, que investigam a importância da trajetória
formativa do professor no desempenho das atividades docentes e suas concepções de
docência. Pensando em professores que atuam nos cursos de licenciatura, tal discussão
se mostra ainda mais urgente, na medida em que são formadores de professores que
atuarão na educação básica. Nesse caso, se o próprio formador apresenta lacunas
formativas em sua trajetória, isso pode indicar dificuldades na preparação de novos
professores. Tais dificuldades estariam associadas à concepção de docência que foi
sendo construída pelo formador ao longo da sua trajetória, com potencialidade de
influenciar sua atuação junto aos licenciandos. Parece haver consenso entre os autores
citados de que a trajetória formativa deve ser concebida como um continuum e não
como dois momentos estanques (formação inicial dissociada da formação continuada).
Além disso, as experiências pregressas à formação inicial também são relevantes na
constituição da docência e precisam ser valorizadas na formação de professores. Da
mesma forma, os saberes acumulados ao longo da carreira são importantes mesmo após
a aposentadoria do professor e necessitam de atenção. Assim, a reflexão proposta é
parte integrante de uma pesquisa em andamento e espera reunir alguns elementos de
análise sobre a temática proposta, indicando a relevância das pesquisas sobre a
formação de professores na contemporaneidade.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
UMA ANÁLISE DAS PRÁTICAIS REAIS DE LEITURA E ESCRITA EM UMA
PERSPECTIVA DO DISCENTE
Fernanda Abreu Gualhano
fernandagualhano@hotmail.com
Adrieli Bonjour Laviola Da Silva
adrielilaviola@gmail.com
Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG
A pesquisa intenta-se em averiguar se a premissa de que “jovens não tem hábito e gosto
em ler e de escrever” é verídica, como também, avaliar as técnicas de ensino de leitura e
escrita no âmbito escolar, com o intuito de verificar se tal prática tem sido eficaz na
inserção dos alunos no desempenho do letramento. Para a composição dos dados foi
realizada uma abordagem quantitativa e qualitativa, mediante a aplicação de
questionário. Esse foi realizado com o 3º ano do Ensino Médio público, da cidade de
Carangola – MG. Assim, obtemos informações sobre a vida socioeconômica de cada
um; as práticas de leitura e escrita dentro e fora do setor escolar; e, por fim, a didática
escolhida e exposta nas aulas pelo professor sob a ótica do aluno. A escolha dessa
abordagem foi com a finalidade de compreender a visão do aluno sobre o que esses
expõem acerca do tema; dos obstáculos e aprazimentos e da consequência da escolha
metodológica do professor. Em síntese, o resultado socioeconômico dessa pesquisa
mostra que em duas turmas, a maioria dos alunos moram em zona rural; as profissões
das responsáveis, na maior parte, foram domésticas e donas de casa; e nas três turmas,
os responsáveis, em geral, possuem o nível de escolaridade até o Ensino Fundamental.
Em seguida, o resultado do que foi objetivado nessa pesquisa foi válido, visto que
relatamos duas turmas com uma relação boa, em contrapartida, uma não tem essa
relação agradável para com as aulas de Língua Portuguesa. Além do mais, tivemos três
opiniões e reações distintas acerca da experiência desses com a leitura e escrita no
âmbito social, em que cada turma opinou distintamente, sendo, as opções utilizadas:
boa, mediana, ruim. Assente-se nas concepções tratadas, principalmente, por Koch e
Elias (2006); Marcuschi (2008) e Magda Soares (1999, 2002).
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
UMA ANÁLISE LINGUÍSTICO-DISCURSIVA DO GÊNERO MEME(S)
João Miller Da Silva
millersilvanep@hotmail.com
Universidade Federal de Lavras
As novas tecnologias da informação intensificaram, no contexto social, a circulação de
textos que combinam imagens estáticas ou em movimento, sons, palavras, cores,
diagramações e entre outros – os denominados textos multimodais/multissemióticos.
Esses textos conquistam o cotidiano dos internautas, leitores e escritores, e exigem uma
habilidade de leitura e escrita conforme as semioses utilizadas. Nesse sentido, o presente
trabalho tem por objetivo compilar estudos que versam sobre o gênero meme(s) - uma
manifestação cultural que tem recebido destaque nos últimos tempos na internet. Os
memes são compreendidos como enunciados, pois possuem um vínculo com a realidade
social e apresentam conteúdos com finalidade comunicativa explícita. Para a realização
da pesquisa proposta empreendeu-se um estudo teórico acerca dos gêneros
textuais/discursivos, mais precisamente, sobre o gênero meme. Para tal, foram
estudados os autores Cavalcante (2012), Rojo (2012), Marcuschi (2012), Bakhtin
(2003), Dionísio (2011), entre outros autores, Recuero (2007), Lisboa (2015), Sousa
(2015), entre outros. Além disso, foram analisados 5 (cinco) memes. Essa análise
contemplou aspectos voltados para questões ligadas à multissemiose, às relações
dialógicas, à organização temática, às taxonomias etc. A partir da pesquisa
empreendida, foi possível constatar que o gênero meme(s) apresenta uma multiplicidade
de configurações, emanando diferentes propostas de interpretações, dependendo do
contexto social em que circula. Além disso, o gênero apresenta uma composição
peculiar, constituída por recursos semióticos que colaboram no processo de produção
dos sentidos. Assim, o contexto de produção, a mensagem verbal e os elementos
imagéticos se articulam, permitindo ao leitor a identificação do objetivo comunicativo
subjacente ao texto (entretenimento, crítica política, interação entre amigos, manutenção
de contato, etc). Desse modo, o estudo do gênero meme se configura como uma
importante estratégia para a formação de leitores críticos e proficientes.
Palavras-Chave: Gêneros textuais/discursivos. Leitura. Gênero meme(s)
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
UMA EXPERIÊNCIA COM O GÊNERO TEXTUAL PROPAGANDA NO
SEGUNDO SEGMENTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Rita De Cássia Eutrópio Mendonça Bezerra
rmbezerra@uea.edu.br
Centro de Estudos Superiores de Tefé/UEA/AM
O presente relato de experiência tem como objetivo apresentar os resultados de uma das
atividades desenvolvidas no Projeto de Extensão “Os Gêneros Textuais como objeto de
ensino no processo ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa nos anos finais do
Ensino Fundamental”, financiado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Esse projeto foi desenvolvido no Centro de Estudos Superiores de Tefé/AM e teve
como objetivo oportunizar aos professores de Língua Portuguesa dos Anos Finais do
Ensino Fundamental momentos de reflexão acerca dos fundamentos teóricos e
metodológicos que embasam as práticas de linguagem na perspectiva do letramento. A
experiência aqui relatada ocorreu no segundo semestre de 2016 com duas turmas do
segundo segmento da Educação de Jovens e Adultos de uma escola pública situada no
município de Tefé/AM e teve como participantes a professora das turmas e três
acadêmicas de Letras. Assim, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento das
competências e habilidades para a leitura e produção textual desenvolvemos o projeto
“A linguagem e o gênero textual propaganda” cujo objetivo foi oportunizar aos
discentes os conhecimentos dos diferentes usos da linguagem desse gênero textual, bem
como suas estratégias comunicativas. Os referenciais teóricos adotados foram:
Albuquerque (2006), Antunes (2009), Marcuschi (2008), PCN (1988), dentre outros.
Para o desenvolvimento das atividades utilizamos a sequência didática, conforme
proposta por Dolz & Schneuwly (2014), através das seguintes etapas: exposição do
projeto para as turmas, apresentação dos conceitos de tipologias textuais e gêneros
textuais, identificação das características da propaganda, leitura e interpretação de
diferentes modelos de propaganda, elaboração da primeira produção, orientações para a
reescrita, segunda produção, apresentação das propagandas. Na avaliação das atividades
desenvolvidas os alunos evidenciaram a importância do trabalho com gêneros textuais
reais que fazem parte do seu cotidiano, pois através da experiência foi possível
vivenciar uma aprendizagem significativa.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
UMA PESQUISA COMO ENSAIO: EXERCITANDO UMA DOCÊNCIA
Leiliane Aparecida Gonçalves Paixão
leilianepaixao2014@gmail.com
Mestranda em Educação
Programa de Pós-Graduação em Educação
PPGE/FACED
Universidade Federal de Juiz de Fora/UFJF
O relato que segue destaca a pesquisa intitulada Formação de professores que ensinam
matemática: produção do conhecimento matemático através do dispositivo-oficina e
seus efeitos no ensino e na aprendizagem da matemática na escola
(CAPES/FAPEMIG-Processo: APQ-03416-12). A pesquisa foi ofertada para
professores/as que ensinam matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental e foi
realizada no Núcleo de Educação em Ciência, Matemática e Tecnologia (NEC) da
Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF. O
NEC foi um importante ambiente, pois nos possibilitou ter um espaço interdisciplinar e
dinâmico de formação, pesquisa e interação entre os envolvidos na pesquisa. Utilizamos
também o espaço de uma escola municipal de Juiz de Fora, parceira do projeto. A
pesquisa teve seu início no ano de 2013 e seguiu até 2016 na qual atuei como bolsista de
iniciação científica durante todo o projeto. Durante o andamento da pesquisa,
caminhamos com alguns autores como Ana Paula Roos, Sílvio Gallo, Gilles Deleuze,
Gelsa Knijnik, Maria Anastácio, Ponte, Brocado e Oliveira, Marcelo Borba e Penteado,
Ivete Baraldi, Sônia Clareto e Sá, Margareth Rotondo, Michel Foucault, Virginia
Kastrup, dentre outros. Os estudos contribuíram para propiciar discussões e
prepararmos atividades para o curso de extensão a ser realizado com os professores e as
professoras da escola.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
UMA PROPOSTA DE (RE)LEITURA POÉTICA COM AUXÍLIO DO QR CODE
Wesley Henrique Avemédio Filgueiras
wesleyavemedio@gmail.com
Pós-graduando em Mídias na Educação (UFJF)
Este trabalho se propõe a refletir o uso do QR Code como ferramenta educativa,
oferecendo ao aluno um processo de (re)leitura poética diferenciado, despertando-lhe
curiosidade em analisar poesias com ajuda do celular. O projeto foi desenvolvido com
turmas do nono ano do ensino fundamental da Escola Estadual Nyrce Villa Verde de
Magalhães, ao longo do primeiro trimestre de 2017.
Antes do desenvolvimento de tais atividades, o professor, com uso de data-show,
apresentou a história e as principais características do QR Code. Tais códigos são
capazes de armazenar dados e redirecionar o utilizador para conteúdos específicos,
permitindo o acesso a infinitos gêneros orais e escritos.
Os alunos foram divididos em cinco equipes. Por meio de um sorteio, cada grupo ficou
responsável por um cartão que fornecia “pistas” para encontrar o primeiro código, por
exemplo, no cartão havia “O código está debaixo da caixa de giz do seu professor.”
Após encontrá-lo, o discente posicionava a câmera sobre o código e era encaminhado ao
site do professor para a visualização do poema, do questionário e uma série de outros
materiais (pintura, música, releitura, etc.). Além disso, os alunos foram convidados a
fazer uma releitura do poema oferecido.
Após recomendações de uso do recurso, os alunos entraram no site http://br.qr-code-
generator.com/ e colocaram as respostas do questionário juntamente com a releitura do
poema na área reservada para textos, criando um código que, posteriormente, foi
inserido em um documento do Word. Ao término da atividade, os discentes entregaram
o trabalho impresso ao professor.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA COM GÊNEROS TEXTUAIS
ARGUMENTATIVOS PARA O 3º ANO DO ENSINO MÉDIO
Andressa Christine Oliveira Da Silva
andressa_cods@yahoo.com.br
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Nívia De Oliveira Paiva
nivia95@yahoo.com.br
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Neste trabalho, objetivamos relatar uma experiência docente que ocorreu no estágio
supervisionado da licenciatura em Letras-Português. Este estágio foi realizado no
Colégio de Aplicação João XXIII, da Universidade Federal de Juiz de Fora, no ano de
2016, em uma turma do 3º ano do Ensino Médio. Os referenciais teóricos que
embasaram este trabalho foram os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do Ensino
Médio (BRASIL, 2006); Dolz, Noverraz e Schneuwly (2010) e Mendonça (2006). A
proposta de intervenção de estágio foi organizada em uma sequência de 8 aulas de 50
minutos. Desta sequência, pretendemos relatar as duas aulas que foram ministradas e o
planejamento das outras seis aulas. Nas aulas 1 e 2, trabalhamos com a leitura de
charges e de um artigo de opinião sobre redes sociais. Fizemos também uma discussão
oral e um exercício escrito de compreensão de texto. Na aula 3, trabalharíamos com o
uso de vírgulas no interior de orações em charges, tirinhas e imagens. O objetivo seria
discutir a função da vírgula, a importância de usá-la em certos contextos e como a falta
dela causa problemas de interpretação. Na aula 4, identificaríamos no texto da aula 2 a
função da vírgula em algumas sentenças e faríamos alguns exercícios de consolidação.
Na aula 5, apresentaríamos postagens de redes sociais e faríamos uma discussão sobre
situações semelhantes vistas nas redes sociais dos alunos. Depois, levantaríamos alguns
questionamentos sobre a escrita nas redes sociais, e proporíamos a reescrita das
postagens. Na aula 6, faríamos a correção oral da reescrita e uma proposta de redação
sobre “Vantagens e desvantagens do internetês”, com base na leitura e discussão sobre
dois textos desse tema. Na aula 7, os alunos produziriam o texto dissertativo-
argumentativo. Na aula 8, entregaríamos as redações corrigidas dos alunos, e iríamos
rever e trabalhar com as dificuldades mais recorrentes.
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Caderno de Resumos do IV Colóquio de Letramentos, Linguagem e Ensino
UMA PROPOSTA INTERVENTIVA DE AMPLIAÇÃO DE REPERTÓRIO:
PERSONAGENS PLANOS E ESFÉRICOS EM OBRAS DE MACHADO DE
ASSIS E LIMA BARRETO
Rosane Queiroga Eliotério (Mestranda)
queirogarosane@gmail.com
Marco Aurélio De Sousa Mendes (Orientador)
mestremendes@ig.com.br
UFJF
O sistema educacional brasileiro passou por uma grande transformação no final do
século XX, incluindo, naturalmente, as escolas de Ensino Fundamental. Os índices
insatisfatórios de alfabetização preocupavam autoridades e estudiosos da área de
linguagem. Pesquisas referentes à aquisição da língua materna e ao processamento da
alfabetização começaram a ganhar notoriedade no meio acadêmico. A tais estudos
agregou-se o termo letramento, que passou a ser objeto de análise de diversos
pesquisadores. Tendo como foco o ensino de literatura, conceitos como letramento
literário, escolarização da literatura e ampliação de repertório passam a ser
fundamentais para que textos dessa modalidade tornem-se mais difundidos e apreciados
em nossas salas de aula, pois como aponta Antonio Candido em O direito à literatura
(2004), esta é uma necessidade universal, um direito e também fator de humanização.
Sabe-se que ao ensino de literatura não se destina o espaço que este merece em nossas
escolas. Além disso, muitos alunos se sentem incapazes de compreender textos mais
complexos e, por conseguinte, veem-se desestimulados a leituras mais densas. Partindo
dessa realidade e da necessidade de modificá-la é que fazemos a proposta de uma
experiência interventiva em uma turma de Nono Ano do Ensino Fundamental da Escola
Municipal Quilombo dos Palmares, de Juiz de Fora, no ano de 2017. Tem-se o objetivo
de incrementar o letramento literário através da ampliação de repertório. Para atingir tal
meta escolhemos uma proposta de trabalho que consiste na apresentação de personagens
planos e esféricos aos alunos. Para tanto, faremos a leitura de obras de dois autores que
fazem parte do cânone brasileiro: Machado de Assis e Lima Barreto. Do primeiro serão
estudados os contos Mariana e Pai contra mãe e, do segundo, o romance Clara dos
Anjos. Devido ao fato de o projeto se encontrar em fase inicial, pretende-se apresentar
para esta comunicação as linhas principais de nossa proposta interventiva, dando ênfase
ao aspecto da Leitura Compartilhada.
Palavras-chave: letramento literário, ampliação de repertório, personagens.
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