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Coor. Ped.
C. Q.
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Sandra
Os livros de Língua Portuguesa da coleção InterAtiva estão organizados em quatro unidades temáticas, contendo textos que
sugerem discussões e leituras sobre diversos temas da atualidade, proporcionando uma aprendizagem participativa.
Apresentam o estudo da língua em seus diferentes gêneros textuais, integrando o estudo gramatical à interpretação e produção de textos. Aborda, também, os vários domínios sociais de comunicação, os aspectos tipológicos e os gêneros orais e escritos mais frequentes. Possibilita o aprendizado e a compreensão das relações semânticas, pragmáticas e discursivas.
Tais livros são dirigidos às pessoas que fazem da língua materna um meio para a interação, visando à formação de cidadãos protagonistas de ações sociais, em um processo de educação integral.
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66LÍNGUA PORTUGUESA
PORTUGUESA
LÍNGUAEliane Hosokawa Imayuki
LIVRO DO PROFESSOR
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Editor
Coord. Ped.
Dep. Arte
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C. Qualidade
6LÍNGUAPORTUGUESA
Eliane Hosokawa Imayuki
Casa Publicadora BrasileiraTatuí, SP
LIVRO DO PROFESSOR
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Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor e da Editora.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Imayuki, Eliane Hosokawa
Língua portuguesa, 6o ano / Eliane HosokawaImayuki. – Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2015. – (Coleção interativa)
Suplementado pelo manual do professor e peloalmanaque de textos.
ISBN 978-85-345-2185-7 (aluno)ISBN 978-85-345-2186-4 (professor) 1. História (Ensino fundamental) 2. Português
(Ensino fundamental) I. Título. II. Série.
15-04114 CDD-372.6
Índices para catálogo sistemático:1. Português : Ensino fundamental 372.6
Eliane Hosokawa Imayuki
• Graduada em Letras pela USP – São Paulo – SP• Especialista em Língua Portuguesa pela USS – Vassouras – RJ• Mestre em Filologia e Língua Portuguesa pela USP –
São Paulo – SP• Doutoranda em Filologia e Língua Portuguesa pela USP –
São Paulo – SP
AUTORA |Direitos de publicação reservados àCasa Publicadora BrasileiraRodovia SP 127 – km 106Caixa Postal 34 – 18270-970 – Tatuí, SPTel.: (15) 3205-8800 – Fax: (15) 3205-8900Ligação Gratuita: 0800-112710E-mail: sac.didaticos@cpb.com.br
Gerência de DidáticosAlexander DutraCoordenação PedagógicaCarmen Souza e Lucienne Dornelles
Coordenação EditorialAdriana TeixeiraEditoraçãoCristhiane S. C. OliveiraRevisãoCecília Ortolan e Priscila Rostirolla
Projeto Gráfi co e CapaEnio Scheff el Jr., Fernando Lima e Sandra Ferreira BarbosaImagens da CapaFotoliaProgramação VisualSandra Ferreira Barbosa
Consultoria PedagógicaFlávio Henrique Menezes da Silva Rita de Cássia Lima Ramos Silvia Naara da Silva Pinto
IMPRESSO NO BRASIL/Printed in Brazil1a edição – 1a impressão2015
1a edição – 1a impressão2015
Tipologia: Cronos Pro Light, 13/17 – 15066/29475 (A) – 15067/29484 (P)
Conheça nossa linha completa de materiais didáticos – da Educação Infantil ao Ensino Médio – e de literatura infantojuvenil.
Acesse: www.cpbeducacional.com.brLigue: 0800-112710
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SUMÁRIO
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UNIDADE 1Biografia e diário ........................ 6
Capítulo 1 – Foi assim: Um dia... ........... 8
Leitura 1 – “Um dia de caça” (Nuria Castellano) . . . . 9
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . . 10
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Tipos de linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Leitura 2 – “Campo Belo”
(Rinaldo Santos Teixeira) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . . 26
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Classes de palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Capítulo 2 – Registrar é preciso ........... 36
Leitura 1 – “Diário de papiro secreto e perdido de
Tutancâmon” (Michael Cox) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . . 40
O humor na construção dos sentidos . . . . . . . 42
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Substantivos e adjetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Leitura 2 – “Já comeu o seu arroz hoje?”
(Daniela Chindler) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . . 51
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Pronomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Ortografi a e acentuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
1. Conhecendo as nacionalidades . . . . . . . . . . . . . . . 57
2. Uso de mas e mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
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UNIDADE 2Poema e cordel ......................... 62
Capítulo 3 – Viver é conviver ............... 64
Leitura 1 – “Para uma fi lha amada”
(Mônica Raouf El Bayeh) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . . 66
A forma da emoção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Linguagem poética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Leitura 2 – “Os pobres” (Olavo Bilac) . . . . . . . . . . . . . . 77
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . . 78
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Verbos I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Capítulo 4 – Cante lá que eu canto cá ... 90
Leitura 1 – “A criança na escola” (Ivanildo Vila Nova
e Raimundo Caetano) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . . 92
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
A linguagem do cordel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Leitura 2 – “Provérbios populares em cordel”
(Izaias Gomes de Assis) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . . 98
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Verbos II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Ortografi a e acentuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
Monossílaba tônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
UNIDADE 3Conto e causo .......................... 116
Capítulo 5 – Amar é preciso ............... 118
Leitura 1 – “A princesa que amava o pai como a
comida ama o sal” (Maria Helena Alvim) . . . . . . . . . . 119
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . 121
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
1. Verbos III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
2. Advérbios I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
Leitura 2 – “O presente” (Edla van Steen) . . . . . . . . . 134
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . 136
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139
Advérbios II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139
Capítulo 6 – Contar e inventar a vida ... 141
Leitura 1 – “O doutor e o analfabeto”
(Walcyr Monteiro) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . 143
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
1. Variedade linguística I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
2. Construção do enredo no conto popular . . . 148
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Leitura 2 – “Lagoa das piaparas” (Rolando Boldrin) . . 150
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . 151
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
1. Variedade linguística II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
2. Advérbios III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
Ortografi a e acentuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
1. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
2. Uso de onde e aonde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
UNIDADE 4Notícia e anúncio de campanha ... 168
Capítulo 7 – É preciso saber escolher ... 170
Leitura 1 – “90% dos brasileiros comem frutas e
legumes abaixo do recomendado” (Rogério Ferro) . . 172
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . 174
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
1. Verbos e números em textos
informativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
2. Numerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178
Leitura 2 – “Roupas que poluem o oceano” (Adital) . . 185
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . 186
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188
Artigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188
Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194
Capítulo 8 – A ordem é economizar ..... 196
Leitura 1 – “Projeto permite doação de valor do
prato ao combate à fome” (Fabio Wright) . . . . . . . . . 197
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . 198
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201
Leitura 2 – “Projeto Satisfeito” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
Construção dos sentidos do texto . . . . . . . . . . . . . 204
Discurso expositivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207
Funcionamento da língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208
Termos relacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208
Ortografi a e acentuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214
1. Uso de meio e meia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214
2. Abreviação, abreviatura e sigla . . . . . . . . . . . . . . . 215
3. Parênteses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218
4. Aspas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220
Apêndice gramatical ......................... 223
Atividade em grupo
Atividade em dupla
Atividade oral
Atividade de gravação/filmagem
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NESTA UNIDADE:
ü Relato biográfi co, diário pessoal e de viagemü Linguagem, interação, língua e falaü O humor na construção dos sentidos ü Classes de palavras: substantivo, pronome
e adjetivoü Uso de mas e maisü Adjetivo pátrio
Montagem de Lívia Haydée sobre imagens de: Felipeteo | Wikipédia – © JackF, Ivanov, adisa, Joshua Resnick, donyanedomam, Tinatin, Shariff Che’Lah, emaria, Cristal Oscuro, Serg Zastavkin, Alekss, small1, Glassseeker, homydesign, Mybona | Fotolia
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8
1 FOI ASSIM: UM DIA...
Preparo para a leitura
Neste capítulo você lerá dois textos que contam parte da história da vida de duas pessoas, distantes no tempo e no espaço, com hábitos e desejos próprios de cada época. As histórias se assemelham porque, quando as lemos, te-mos a impressão de que as pessoas falam diretamente a nós. Estudaremos esse modo de contar histórias para depois produzirmos a nossa.
1 Observe atentamente as imagens.Qual alternativa a seguir melhor explica o motivo pelo qual essas imagens representam capas de livros?
a) Há uma ilustração de uma pes-soa e o nome dela.
b) Há indicação de título, autor(es), coleção e editora.
c) Há imagens coloridas que re-presentam o personagem prin-cipal da história.
d) As imagens não são capas de livros, e sim fôlderes de divulga-ção das obras.
2 É possível prever que o conteúdo do livro será
a) o mistério em torno de um tesouro nunca encontrado.b) a vida e a morte de um personagem ilustre da Antiguidade.c) o terror que alguns arqueólogos sentem nas escavações de tumbas egípcias.
3 O texto que leremos a seguir foi selecionado da obra Chamo-me Tutankamon (imagem acima, à esquerda). Consulte as informações ao final da página seguinte e descubra
a) o nome do autor e do ilustrador da obra.b) a formação profissional de cada um.
4 Pelo título da obra, a que conclusão você chega quanto ao modo como a história será contada?
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Veja sugestões e respostas desta seção nas “Orientações ao Professor”, p. 16.
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Um dia de caça
1 À medida que ia crescendo, as minhas obrigações eram maiores. Mas sobrava sempre tempo para os meus passatempos. Uma das minhas atividades preferidas era a caça ao arco. O deserto que rodeia o Egito está cheio de animais perigosos. Há leões e touros selvagens capazes de derrubar o melhor cavaleiro. Contudo, nas zonas onde há pastos, habitam animais fantásticos. Um dos mais velozes é a avestruz. Para poder apanhá-la, temos de ser tão rápidos como o vento. Lembro-me de uma caçada muito especial para mim. Nesse dia saí muito cedo do palácio com um dos meus cães. Como tinha de ser muito rápido, entrei num dos meus carros ligeiros, puxado por dois cavalos, fortes como touros. Acompanhavam-me alguns dos meus criados, para levarem os animais que caçasse. Toda a gente nos olhava enquanto passávamos, e não era de estranhar. Eu ia vestido com os meus ornamentos e na tes-ta levava a cobra real. Os meus cavalos traziam plumas altas na cabeça. Os seus corpos também exibiam as me-lhores peças de gala.
2 Quando entramos na planície, ouvimos o som das avestruzes. Embora tenhamos tentado não fazer baru-lho, o meu cão desatou a ladrar. Alertadas pela nossa presença, as aves começaram a correr. No entanto, eu já tinha começado a disparar as minhas flechas e atin-gi um dos animais. Outra avestruz continuou a cor-rer, mas o meu cão saiu disparado como uma seta. O rasto de sangue permitiu-me segui-lo. Os cavalos trotavam rapidamente e, num minuto, alcancei o grande animal. Retesei o arco e fiu! Lancei a seta que o derrubou. Duas presas numa única expedição de caça! Os meus criados recolheram as duas avestru-zes e dirigiram-se para o palácio.
3 Eu seguia-os num passo tranquilo, imaginando como contaria a caçada a Ankhesenamon. E então tive uma ideia brilhante: mandaria os artistas fabri-carem-me um leque com as penas brancas e castanhas das avestruzes. E, nas duas faces do leque de ouro, desenhariam esta caçada. Assim, cada vez que me abanasse com ele, toda a gente poderia ver as penas dos ani-mais que caçara. A partir de então, esse le-que passou a ser um dos objetos a que mais me apeguei.
CASTELLANO, Nuria. Chamo-me Tutankamon. Ilustração Sebastià Serra. Lisboa: Didactica Editora, 2011. p. 30 e 33.
Gênero textual:Relato biográficoLe
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Nuria Castellano é egiptóloga e arqueó-
loga, doutora em História Antiga. Participa de
missões de escavação desde 1999. É uma das
três egiptólogas que assessorou cientificamente
a exposição Tutankhamon: la tumba y sus tesoros,
montada na Espanha, em 2009 e 2011.
Sebastià Serra é um ilustrador espanhol, nascido em Bar-
celona em 1966. Especializado em desenhos e in-
fográficos, trabalha para diversos programas de
televisão e videoprodutoras da Espanha. Ilustra li-
vros, páginas da web e publicações para o Museu
da Ciência de Barcelona, dentre outros trabalhos.
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10
Tutancâmon foi um faraó do Antigo Egito que fale-ceu ainda na adolescência. Assumiu o trono aos 12 anos, aproximadamente, restaurando os antigos cultos aos deuses e os privilégios do clero. Morreu em 1324 a.C., aos 19 anos, sem deixar herdeiros. Por ter falecido ainda jovem, o seu túmulo não foi tão luxuoso quanto o de outros faraós, mas é o que mais fascina a imaginação moderna por ter sido uma das raras sepulturas reais encontradas quase intactas. Ao ser aberta, em novem-bro de 1922, ela ainda continha peças de ouro, tecidos, mobília, armas e textos sagrados que revelaram muito sobre o Egito de 3.400 anos atrás.
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Túmulo de Tutancâmon.
Construção dos sentidos do texto
1 Observe atentamente as cenas retratadas.
O que se passa nelas?
Elas retratam uma cena de caça. Apesar de estarem em ângulos diferentes, são representações da mesma
cena. Nas três imagens, a fi gura humana é um faraó em uma carruagem puxada por uma dupla de animais
adornados, acompanhados por um cão em posição de movimento, provavelmente perseguindo o alvo,
avestruzes.
2 Dê um único título às cenas. Justifi que-o.
Resposta pessoal. Sugestões: “Faraó vai à caça”; “Egípcio caçando avestruz”; “Faraó e seu cão durante uma
caçada”; “Carruagem real em caçada pelas terras egípcias”; “Faraó em missão real”, etc. Distingue-se, na cena,
uma autoridade egípcia em uma carruagem adornada. Está em ação. Faz movimento de ataque com arco e
fl echa e aponta seu alvo. É acompanhada por seu cão.
As três ilustrações são reproduções, respectivamente: de cena reproduzida em papiro, de cabo de leque egípcio e da ilustração encontrada no livro para ilustrar o texto principal.
O efeito produzido é de uma autobiografi a, como se o próprio faraó contasse suas aventuras.
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3 A autora contou a história da vida de Tutancâmon de um modo muito curioso. Os fatos são relatados a partir do ponto de vista de quem?
a) De um dos criados do faraó. b) Do próprio faraó Tutancâmon. c) De alguém que está fora dos acontecimentos.
4 Marque a(s) alternativa(s) que apresenta(m) palavras que confi rmam que o texto foi escrito em primeira pessoa (eu).
a) Nesse dia saí muito cedo do palácio [...].b) Lembro-me de uma caçada muito especial para mim.c) Uma das minhas atividades preferidas era a caça ao arco.d) Os seus corpos também exibiam as melhores peças de gala.e) Há leões e touros selvagens capazes de derrubar o melhor cavaleiro.
Comparação é o paralelo feito entre duas palavras diferentes, mas que apresentam uma característica comum. Por exemplo, no trecho [...] puxado por dois cavalos, fortes como touros (1o§), cavalo é diferente de touro, mas entre eles há um traço em comum (nesse caso, a força).
A estrutura comparativa apresenta os seguintes elementos:
Dois cavalos fortes como touros.1o elemento característica em
comum (força) elemento de comparação
2o elemento
5 Transcreva outros dois trechos do texto em que se observa a comparação. Identifi que cada parte da estrutura comparativa.
Para poder apanhá-la, [nós] temos de ser tão rápidos como o vento.
nós + rápidos + como + o vento
Outra avestruz continuou a correr, mas o meu cão saiu disparado
como uma seta.
o meu cão + disparado + como + uma seta
6 Qual é o objetivo do autor no 2o parágrafo?
Apresentar as condições da caçada e descrever o auge dela.
7 Em O rasto de sangue permitiu-me segui-lo, a quem se refere os termos me e lo?
O termo me se refere a quem narra a cena, o faraó; o termo lo, por sua vez, refere-se
ao cão.
1o elemento característica em comum (rapidez)
elemento de comparação
2o elemento
1o elemento característica em comum (rapidez)
elemento de comparação
2o elemento
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O texto que lemos é um relato criado por uma egiptóloga, que escreveu essa biografi a a partir de fontes históricas e de mui-ta imaginação. É um epi-sódio que teria vivido o faraó Tutancâmon.
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Máscara mortuária do faraó Tutancâmon.
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