trabalho de monitorizaÇÃo do muro de suporte...
Post on 23-Jan-2019
214 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia
TRABALHO DE MONITORIZAÇÃO DO MURO DE
SUPORTE DO
JARDIM BOTÂNICO DE LISBOA
Realizado por
CARLOS ANTUNES Engenheiro Geógrafo
Prof. Auxiliar do DEGGE/FCUL Engenheiro Sénior da Ordem dos Engenheiros
Julho 2011
1
Preâmbulo
Em meados de 2007 surgiu, por intermédio dos Professores António Ribeiro e Fernando Barriga, uma
preocupação sobre a possível instabilidade do muro de suporte do Jardim Botânico da U.L., junto ao
Observatório Astronómico. A deformação do muro, com uma altura de cerca de 10 metros, apresentando
uma lomba na parte superior e acompanhada pelo arqueamento do coroamento do muro, está na origem de
tal preocupação. Tendo o muro sido sujeito a uma intervenção de reforço e ancoragem há cerca de 20
anos, e tendo sido demolidas as antigas oficinas do O.A., as quais ofereciam alguma resistência e suporte,
a manifesta preocupação mostrava-se ser pertinente.
Face à necessidade de uma monitorização da estrutura, com vista à adequada avaliação dos potenciais
riscos, e face às dificuldades do J.B. em suportar os elevados custos na contratação de especialistas
profissionais, foi surgiu a ideia de se recorrer a especialistas académicos da FCUL para executar um estudo
prévio da avaliação da estabilidade da estrutura. Nesse sentido, foram contactados para o efeito os
docentes de Engenharia Geográfica, especialistas em Geodesia, onde se enquadra a área de monitorização
de estruturas por métodos geodésicos. Com recurso a adequado equipamento de observação disponível e
a métodos de processamento e análise de dados desenvolvidos na FCUL, um grupo de dois docentes, com
o auxílio de alunos estagiários, tornou possível levar a cabo tal tarefa de tão grande responsabilidade, a um
custo muito reduzido.
Para a concretização do trabalho de monitorização, o grupo de E.G. contou com um instrumento de
medição (ângulos e distâncias) de elevada precisão, a estação topográfico-geodésica LEICA TCA2003
gentilmente cedida pelos Serviços de Geodesia do Instituto Geográfico Português ao abrigo de um
Protocolo de Cooperação, e de um Nível digital de precisão da FCUL. Ao nível do material necessário, foi
acrescentada apenas a aquisição, por parte do J.B., de um conjunto de 10 mini-prismas recto-reflectores,
que constituem os alvos de pontaria das medições, distribuídos pelo muro e devidamente colocados, de
forma a permitirem a determinação dos eventuais deslocamentos sofridos pela estrutura.
Os trabalhos iniciaram-se em Outubro de 2007, com a montagem da rede de monitorização geodésica
(Figura 1 dos Anexos), constituída pela monumentação de 4 pontos de referência e observação (onde é
estacionado o instrumento de medição), e os 10 alvos reflectores devidamente fixados nos espigões de
escoramento do muro. A localização destes pontos (vértices da rede) foi estudada previamente, de forma a,
juntamente com o equipamento utilizado, garantir a elevada precisão de 1 mm a 95% de confiança nos
deslocamentos transversais (sentido da deformação) detectados. Neste sentido, qualquer diferença de
posição encontrada entre duas campanhas de observação consecutivas (com intervalos de um mês)
superiores a 1 mm é considerada um deslocamento de deformação com uma confiança de 95%.
Após a calibração do equipamento e duas campanhas prévias de observação para avaliar a qualidade dos
dados, iniciou-se o processo de monitorização com a campanha “Zero” (de referência) em meados de
Novembro de 2007, exactamente antes do início das primeiras chuvas, factor que mais contribui para a
deformação da estrutura, devido à pressão que resulta da extensão horizontal da argila, material dominante
do terreno.
2
A época de observação de referência estabelece uma posição de referência dos pontos-alvo (pontos de
monitorização do muro) em relação à qual serão determinadas diferenças ou desvios nas épocas de
observação subsequente. Esta diferença de posição dos pontos entre uma dada época de observação e a
época de referência dita o deslocamento acumulado de deformação. Para que seja considerado
deslocamento efectivo, o movimento detectado tem de ser superior a 1 mm, margem de erro a 95% de
confiança. Este tipo de medição diz-se planimétrico, porque mede apenas deslocamentos horizontais ou
planos, e destes o mais importante é o deslocamento transversal ao muro, ou deformante.
Paralelamente a esta monitorização horizontal, embora iniciada mais tarde, é também feita uma
monitorização vertical com nivelamento geométrico na zona de influência sobre o patamar superior, em
marcas cravadas no coroamento do muro, sobre o lancil do passeio e no terreno a cerca de 4 m do muro.
Dado que o terreno é constituído por argila, espera-se um comportamento de expansão-contracção sob
influência da variação sazonal de humidade no solo. Daí que eram esperado movimentos de expansão
horizontal em épocas de chuvas intensivas, no Outono e Inverno, e algum movimento de contracção nas
épocas secas, na Primavera e Verão.
A primeira fase de observação, iniciada em Novembro de 2007, comportou observações mensais, tendo
terminado em Setembro de 2008. No segundo ano de observação foram feitas campanhas com um período
de 3 meses, até Setembro de 2009. Passou-se depois um período sem observações, após o qual se voltou
a observar com uma campanha em Junho deste ano de 2011.
Resultados da Monitorização
A primeira fase de observação da deformação transversal (Figura 5 dos Anexos) do muro denota uma
expansão com uma taxa média de 7,8 mm/ano (com uma incerteza de 1,9 mm/ano para a parte superior do
muro e 0,9 mm/ano para a parte inferior).
A segunda fase, com observações de 3 em 3 meses, que decorreu de Novembro de 2008 a Setembro de
2009, a expansão mostra uma tendência para a estabilidade (Figura 5 dos Anexos), tendo apenas evoluído
com um valor médio de 5 mm no período de cerca de um ano.
A última observação, ocorrida em Junho de 2011, mostra valores de expansão acumulada idênticos a
Setembro de 2009 (Figura 7 dos Anexos), indicando uma estabilização. Independentemente da hipotética
variação sazonal de expansão-recuperação que possa ter ocorrido neste período em que não houve
observação, a conclusão é que não houve evolução da expansão que terá ocorrido até Setembro de 2009.
De resto, este resultado pode ser entendido como uma tendência para a estabilização (coerente), face ao
que já se estava a verificar em 2009.
O nivelamento geométrico feito na parte superior, para verificar possíveis abatimentos do terreno e do muro,
indicam apenas um ligeiro abatimento na zona do terreno, a cerca de 4 metros do muro (Figura 8 dos
Anexos).
Contudo, estes processos são periódicos e irregulares, o que significa que o que se observou
anteriormente, poder-se-á novamente repetir, pelo que é aconselhável uma continuidade na monitorização
da deformação do muro de suporte do Jardim Botânico.
4
Figura 1 – a) Planta Topográfica do Jardim Botânico com localização da rede de monitorização; b) Rede de monitorização do muro com orientação própria no sistema de coordenadas local adoptado (pontos‐alvo do muro no topo da figura).
LOCALIZAÇÃO DA REDE DE MONITORIZAÇÃO DO MURO
REDE DE MONITORIZAÇÃO
5
Figura 2 – a) Rede de monitorização do muro; b) corte da perspectiva do muro e estações; c) alçado do muro rebatido sobre o terreno, com a distribuição dos pontos‐alvo no muro.
6
Figura 3 – Algumas fotos da rede de monitorização, da localização dos pontos e do ambiente de trabalho.
7
Figura 4 – Representação no plano topográfico dos vectores de deformação dos pontos‐alvo (topo de cada figura) de cada campanha, com respectiva região de incerteza (elipses de erro) a 95% de confiança.
C05 - 14/Abr/08
Elipses de Erro a 95% de Confiança (mm)
MONITORIZAÇÃO DO MURO SE SUPORTE - JARDIM BOTÂNICO
0 5 10 15 20
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
0 5 10 15 20
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 5 10 15 20
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
C02 - 8/Jan/08 C03 - 8/Fev/08
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
0 5 10 15
-10
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
C04 - 6/Mar/08
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
0 5 10 15 20-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
C06 - 8/Mai/0811 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
0 5 10 15
0
5
10
15
20
25
30
35
40
C07 - 9/Jun/08
Época de Referência: 16 de Novembro de 2007 (antes das primeiras chuvas)
8
Figura 4 – (continuação)
0 5 10 15
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
C08 - 10/Jul/08
0 5 10 15 20
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
C09 - 8/Ago/08
0 5 10 15 20
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
C09 - 17/Set/08
0 5 10 15 20
-10
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
C11 - 20/Nov/08
C12- 20/Fev/0911 12 13 14 1521 2532 33 34
12
200
100
0 10 20
-20
-10
0
10
20
30
40
C13 - 15/Mai/09
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
0 5 10 15 20
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 10 20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
C14 - 24/Set/09
COMPONENTE TRANSVERSAL DO DESLOCAMENTO
9
Figura 5 – Gráfico da componente transversal de deformação do muro, para as fiadas superior e inferiores dos pontos‐alvo localizados ao longo do muro.
FIADA SUPERIOR (1)y = -0,0000192x + 0,7568093
R2 = 0,7363751
-0,020
-0,016
-0,012
-0,008
-0,004
0,000
0,004
Nov-07 Dec-07 Dec-07 Jan-08 Feb-08 Mar-08 Apr-08 May-08 Jun-08 Jul-08 Aug-08 Sep-08 Oct-08 Nov-08 Dec-08 Jan-09 Feb-09 Mar-09 Apr-09 May-09 Jun-09 Jul-09 Aug-09 Sep-09 Oct-09 Nov-09 Dec-09
11
12
13
14
15
Med_1
FIADA INFERIOR (2,3) y = -0,0000203x + 0,7975258
R2 = 0,8541666
-0,020
-0,016
-0,012
-0,008
-0,004
0,000
0,004
Nov-07 Dec-07 Dec-07 Jan-08 Feb-08 Mar-08 Apr-08 May-08 Jun-08 Jul-08 Aug-08 Sep-08 Oct-08 Nov-08 Dec-08 Jan-09 Feb-09 Mar-09 Apr-09 May-09 Jun-09 Jul-09 Aug-09 Sep-09 Oct-09 Nov-09 Dec-09
21
32
33
34
Figura 6 – Representação dos vectores de deformação das 3 últimas campanhas, incluindo a de 2011.
C13 - 15/Mai/09
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
0 5 10 15 20
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
10
Figura 7 – Gráfico da componente transversal de deformação do muro já incluindo a última campanha de Junho de 2011.
11
Figura 8 – Gráficos da monitorização de nivelamento geométrico (componente de assentamento) da parte superior do Jardim, sobre o muro, executado em três perfis transversais, com início no muro (coroa) e fim no terreno, a cerca de 4 metros do muro.
1
ESTUDO DE OPTIMIZAÇÃO DE UMA REDE DE MONITORIZAÇÃO DE ESTRUTURAS BASEADO NA OBSERVAÇÃO DO MURO DE
SUPORTE DO JARDIM BOTÂNICO DA U.L.
Carlos ANTUNES1 e João CALVÃO 1 1 LATTEX, IDL, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Resumo: O recurso às redes topométricas ou geodésicas de precisão para a monitorização de estruturas é muito comum e cada vez mais utilizado. Contudo, as condições de operacionalidade, intervisibilidade e estabilidade de referências, que por vezes se encontram no terreno, nem sempre garantem a situação ideal de aplicabilidade destas redes com qualidade e rigor. A rede implantada no Jardim Botânico da Universidade de Lisboa pelo Grupo de Engenharia Geográfica da FCUL é um bom exemplo destas más condições de observação. Por essa razão, para além de servir como laboratório de aulas práticas, esta rede está a ser alvo de um estudo de optimização matemática, com vista a obtenção de melhores resultados na aplicação deste tipo de redes locais muito condicionadas. A ausência de pontos de referência estáveis, a dinâmica do solo de argila sobre um declive topográfico considerável e a forte vegetação, por vezes de espécies protegidas, são os factores que constituíram o grande desafio deste trabalho de monitorização. Os resultados já obtidos para um período de um ano, com observações mensais, permitem já tirar conclusões, com razoável confiança, sobre a instabilidade do muro de suporte. São apresentados os resultados de um ano de observações, a abordagem de cálculo até agora adoptada, bem como, os desenvolvimentos futuros com vista à optimização do modelo de ajustamento da rede.
Palavras-chave: monitorização de estruturas / redes topométricas de precisão / concepção e optimização de redes geodésicas / ajustamento constrangido.
1. INTRODUÇÃO Em meados de 2007 surgiu a preocupação sobre a possível instabilidade do muro de suporte do Jardim Botânico da U.L. (JB), junto ao Observatório Astronómico (OA), e o risco que daí poderia resultar. O muro, com uma altura de cerca de 10 metros, apresenta uma deformação na forma de lomba na sua parte superior, acompanhada pelo arqueamento do coroamento do muro. O muro foi já sujeito a uma intervenção de reforço e escoramento há cerca de 20 anos e recentemente foram demolidas as antigas oficinas do OA, as quais ofereciam alguma resistência e suporte.
Face à necessidade de uma monitorização da estrutura, com vista à adequada avaliação dos potenciais riscos, e face às dificuldades do JB em suportar os elevados custos financeiros na contratação de especialistas profissionais, surgiu a ideia de se recorrer a especialistas académicos da FCUL para executar um estudo prévio da avaliação da estabilidade da estrutura. Nesse sentido, foram contactados para o efeito os docentes de Engenharia Geográfica da FCUL. Com recurso a adequado equipamento de observação disponível e a métodos de processamento e análise de dados desenvolvidos na FCUL foi possível executar esta tarefa de tão grande responsabilidade, a um custo directo consideravelmente reduzido.
2
Para a concretização do trabalho de monitorização, o grupo de EG contou com um instrumento de medição de elevada precisão, a estação topo-geodésica LEICA TCA2003, gentilmente emprestada pelos Serviços de Geodesia do Instituto Geográfico Português ao abrigo de um Protocolo de Cooperação, e de um Nível digital de precisão (Zeiss DiNi) da FCUL. Um conjunto de 10 mini-prismas recto-reflectores, distribuídos pelo muro e devidamente fixados, foi a única aquisição custeada pela instituição.
Os trabalhos iniciaram -se em Outubro de 2007, com a montagem da rede de monitorização, constituída pela materialização de 4 pontos de referência e observação e os 10 alvos reflectores fixados nos espigões de escoramento do muro efectuado há 20 anos. A localização destes pontos foi estudada previamente, de forma a, juntamente com o equipamento utilizado, garantir a precisão de 1 mm a 95% de confiança nos deslocamentos transversais detectados (sentido da deformação).
2. CONCEPÇÃO E MATERIALIZAÇÃO DA REDE DE OBSERVAÇÃO
O objectivo principal da monitorização topométrica do muro de suporte é a determinação da deformação transversal, visível a olho nu, e o eventual abatimento do coroamento por consequência do abaulamento do muro. Dado a elevada inclinação das visadas de observação, como consequência da elevada altura do muro e do curto afastamento dos pontos de apoio (Figura 1a), bem como, a dificuldade na colocação de prismas adequados a este tipo de visada (não redireccionáveis), optou-se apenas por uma rede de monitorização planimétrica para o estudo da deformação transversal e por nivelamento geométrico de precisão sobre o coroamento do muro e respectivo terreno adjacente para o estudo do eventual abatimento da estrutura.
A intensa arborização e vegetação típica do JB formam as condições difíceis na concepção de uma rede robusta e fiável, pela impossibilidade de se definirem livremente visadas com perfeita intervisibilidade. Adicionalmente, não existe no local qualquer tipo de afloramento rochoso ou estrutura capaz de suportar de forma perfeitamente estável a materialização, por centragem forçada ou outra, de pontos de referência. Assim, a solução encontrada foi a figura de um quadrilátero de apoio (Figura 1b) com dois pontos de referência na base, materializados com rosca chumbada em estruturas rochosas não solidárias com o terreno, e dois pontos intermédios, materializados com espigões cimentados no solo. Estes 4 pontos são os únicos de estacionamento e observação. A partir de 2 pontos intermédios são então observados os 10 pontos-alvo fixados no muro com visadas cruzadas com convergência entre os 30º e os 40º na direcção transversal ao muro.
Figura 1- a) Secção transversal do muro (esquerda); b) localização da rede de monitorização do muro de suporte
(à direita a negrito) junto ao Observatório Astronómico no Jardim Botânico da U.L.
A definição do sistema de referência local (coordenadas planimétricas (x,y)) e sua orientação foi concebida de forma a que a componente do eixo OY ficasse orientada na direcção da deformação, a direcção perpendicular ao muro. Desta forma os deslocamento estimados entre épocas de observação, expressos na componente Y, correspondem exactamente, em valor absoluto, à deformação transversal do muro. A localização da sua origem foi definida sobre o ponto de referência R01 à época de referência, de modo a posicionar toda a rede no primeiro
3
quadrante do sistema de coordenadas. Este ponto de referência R01, materializado com uma rosca de centragem chumbada num bloco rochoso, seria à partida a referência mais estável (fixa) em relação à qual seriam estimados os deslocamentos dos restantes pontos da rede. Tal não se veio a verificar, devido a uma grande instabilidade do monumento de suporte causada pelo eventual deslizamento do terreno argiloso e forçado por um acentuado declive, pelo que a fixação desta referência foi então abandonada. Contudo, a marca desempenha um papel fundamental na geometria e robustez da rede.
A componente de deslocamento vertical é apenas observada através de nivelamento geométrico na zona de influência do patamar superior, em marcas cravadas no coroamento do muro, sobre o lancil do passeio e no terreno a cerca de 4 m do muro. Tirando partido de uma marca de nivelamento existente na escadaria do OA, a observação de nivelamento é realizada com visadas simples, num único estacionamento, e com abertura e fecho do nivelamento na marca de Observatório.
3. CAMPANHAS DE OBSERVAÇÃO Após a calibração do equipamento (estação TCA2003) e duas campanhas prévias de observação para avaliar a qualidade dos dados, iniciou-se o processo de monitorização com a campanha “Zero” (de referência) em meados de Novembro, exactamente antes do início das primeiras chuvas da estação de inverno, factor que mais contribui para a deformação da estrutura, devido à pressão que resulta da expansão horizontal da argila.
A época de observação de referência estabelece a posição de referência dos pontos-alvo em relação à qual serão determinadas diferenças ou desvios nas épocas subsequentes de observação. Esta diferença de posição dos pontos entre uma dada época de observação e a época de referência dita o deslocamento acumulado da deformação. Para que seja considerado deslocamento efectivo, a diferença numérica estimada das coordenadas tem de ser superior a 1 mm, margem de erro a 95% de confiança. O deslocamento transversal do muro, ou deformante, é a componente de deslocamento horizontal mais importante e sobre a qual a rede garante maior rigor de posicionamento, dada a sua geometria (facto tido em consideração na concepção da rede).
Paralelamente a esta monitorização horizontal, embora iniciada mais tarde, é também feita uma monitorização vertical com nivelamento geométrico na zona de influência sobre o patamar superior. No primeiro ano de observação foram efectuadas 13 campanhas de observação planimétrica, uma por mês, e 6 campanhas de nivelamento geométrico. Estas em menor número por se ter verificado uma estabilidade na componente vertical.
4. MODELO MATEMÁTICO O conjunto de observações colhidas neste tipo de redes é formado por distâncias inclinadas, medidas angulares azimutais e medidas angulares zenitais. Sendo o modelo definido no espaço bidimensional (rede planimétrica) as distâncias zenitais servirão apenas para a redução das distâncias lineares inclinadas a distâncias horizontais. Pelo que, o sistema de equações se resume, essencialmente, a um conjunto de equações de distância e um conjunto de equações de direcção azimutal.
A opção que recaiu sobre a escolha de equações de direcção azimutal deve-se, de entre várias razões, ao facto de estas simplificarem a respectiva matriz peso, reduzindo-a a uma matriz diagonal, e de simplificarem em parte o cálculo matricial na resolução do sistema pelo Método de Mínimos Quadrados (MMQ). Contudo, apresenta um inconveniente, facilmente ultrapassável, o de adicionar um conjunto de parâmetros inúteis, os rumos de orientação dos giros azimutais.
4.1. Modelo funcional Fazendo uso de um programa de ajustamento de redes já desenvolvido na FCUL, que segue o modelo de ajustamento constrangido pelo método paramétrico ou de variação dos parâmetros, o modelo funcional é
4
definido então pelo sistema de equações linearizadas de distâncias e direcções azimutais. Dado não se tratar de um ajustamento com constrangimento mínimo, houve a necessidade de se fixar um ponto de referência (cuja escolha varia de época para época) e acrescentar 2 rumos de orientação da rede. O sistema de equações lineares é então representado pelas equações genéricas de direcção azimutal, distância e rumo, definidas respectivamente em (1).
dz
0ev
0E0obse0v0
ev
0ve
v0ev
0ve
e0ev
0ev
e0ev
0ev RRdAzdRdY
DsenR
dXD
RdY
DsenR
dXD
Rν+−+=−+−+− )(
coscos
D0evobsv
0vev
0vee
0vee
0ev
DDdYRdXsenRdYRdXsenR ν+−=+−−− coscos
R0evobsv0
ev
0ve
v0ev
0ve
e0ev
0ev
e0ev
0ev RRdY
DsenR
dXD
RdY
DsenR
dXD
Rν+−=+−+−
coscos
(1)
A utilização das equações de direcção azimutal, em detrimento das equações de ângulos azimutais, obriga ao uso de uma técnica de eliminação de parâmetros inúteis, por exemplo, a regra de Schreïber, para suprimir o rumo de orientação de cada giro azimutal, cuja aplicação nesse caso, implica a adição de uma equação soma por cada giro observado ou considerado. A aplicação desta regra prende-se essencialmente com a simplificação, ou redução, dos grandes sistemas de equações gerados por grandes redes geodésicas nacionais ou regionais. Embora não sendo esse o caso desta rede, é essa a estratégia adoptada pelo programa usado.
Esta regra traz o inconveniente de transformar o sistema de equações num sistema truncado equivalente, cujos elementos matriciais não correspondem aos elementos do sistema original. Tal facto obriga, no final, à recuperação desses elementos, nomeadamente, aos resíduos verdadeiros e à matriz de configuração de primeira ordem (matriz dos coeficientes) para o cálculo, por exemplo, dos números de redundância e de absorção local utilizados no estudo de fiabilidade e robustez da rede (Casaca, 2001).
4.2. Modelo estocástico Na definição do modelo estocástico, há essencialmente a preocupação de definir correctamente o conjunto de pesos a atribuir às observações, em função das respectivas precisões definidas a priori. Os pesos são factores que constituem os elementos de uma matriz puramente diagonal, por se tratar de um sistema de equações não correlacionadas. O modelo de pesos adoptado é dado pela relação de constante proporcionalidade definida entre o peso e a variância de cada observação:
20
2nn
222
211 ppp σσσσ =⋅==⋅=⋅ L (2)
A simplicidade deste modelo resulta, não só do facto das observações serem independentes, mas também porque ao considerarem -se as direcções de igual precisão e, por convenção, de peso unitário, obtém-se a igualdade entre a variância de referência (σ02 – variância de unidade de peso) e a variância das direcções azimutais. Ao considerar-se o peso unitário para as direcções azimutais resulta facilmente, a partir da relação (2), a expressão para o cálculo do peso das distâncias:
2dist
2dir
2dist
20
distpσσ
σσ == (3)
Com base nos valores de precisão instrumental indicados pelo fornecedor, iniciou-se o cálculo com os valores a priori de 0.5’’ de precisão angular e 1 mm + 1 ppm de precisão das distâncias. Após testes de análise de variância a posteriori verificou-se que a incerteza acumulada na medição angular é de 0.9’’ e de 1.5 mm para as distâncias. Estes foram então os valores a priori usados no cálculo da matriz ao longo das várias campanhas de observação, com ligeiros ajustes de forma a resultar positivo o teste de hipóteses da análise de variâncias, após a optimização da matriz peso.
5
4.3. Optimização do modelo de ajustamento As várias fases de concepção, observação e cálculo da rede de monitorização deste tipo de estruturas comportam diferentes tipos de optimização matemática. Baseado em alguma literatura disponível, da qual se destaca (Schmitt, 1985), podem-se assumir 4 ordens de problemas de optimização de redes geodésicas. Tem -se, o problema de Ordem Zero, optimização do datum (referencial); o problema de Primeira Ordem, optimização da configuração geométrica; o problema de Segunda Ordem, optimização dos pesos das observações; e, o problema de Terceira Ordem, optimização de melhoria da configuração.
Logo no início, ao nível da concepção, a definição da configuração geométrica é uma aplicação do problema de optimização de 1ª Ordem e deve garantir simultaneamente uma geometria com fiabilidade, permitindo a fácil detecção de observações erradas, e com robustez, garantindo que as observações exactas não sejam afectadas pelas observações erradas. Este tipo de optimização faz-se com o recurso à análise dos números de redundância local (valores mais próximos de 1) e os números de absorção local (valores mais próximos de zero) (Casaca, 2001; Caspary, 1988).
Durante o processo de cálculo e ajustamento, são aplicados os problemas de 2ª Ordem e de Ordem “Zero” Inicia-se com a escolha do melhor conjunto de observações, rejeitando as observações erradas através da análise de resíduos, e optimizam-se os pesos das observações. Finaliza-se com a optimização do datum através da escolha adequada de pontos a fixar ou de pontos de referência (não fixos) e da orientação da rede, em função do resultado das coordenadas e das suas variâncias. Neste último caso a escolha tem recaído pela fixação de um ponto, de entre os 2 pontos mais estáveis da rede cujas condições do terreno reduzem a expansão horizontal do solo. Dado que esta não é a melhor metodologia de optimização, nesse sentido, está a ser feito um trabalho de melhoria do programa de cálculo, com o objectivo de permitir um ajustamento de constrangimento mínimo, i.e., com pontos de referência e de variância mínima em vez de se fixar um ponto.
5. RESULTADOS OBTIDOS NO PRIMEIRO ANO DE OBSERVAÇÃO
5.1. Planimetria – componente transversal No primeiro período de observação, iniciado em Novembro de 2007, foram feitas observações mensais terminadas ao fim de um ano para avaliar o comportamento de deformação sazonal ao longo desse período. Resultou uma taxa média estimada de expansão transversal do muro, a qual servirá para fazer uma análise prévia do risco, juntamente com os resultados dos períodos de observação posteriores.
0 5 10 15 20
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
C09 - 8/Ago/08
0 5 10 15 20
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
11 12 13 14 1521 2532 33 34
1
2
200
100
C10 - 17/Set/08
0 5 10 15 2 0
-10
- 5
0
5
1 0
1 5
2 0
2 5
3 0
3 5
4 0
1 1 1 2 13 14 152 1 2 532 33 34
1
2
200
100
C11 - 20/Nov/08
1 mm 1 mm
1 mm
Figura 2 - Deslocamentos acumulados nas três últimas épocas de observação em 2008, relativamente à época
“zero”, e respectivas elipses de incerteza a 95% de confiança.
6
Os resultados são conclusivos, o muro apresenta um deslocamento transversal médio acumulado de 10 mm ± 1 mm, com uma taxa média de 7,8 mm/ano ± 0,14 mm/ano. Apesar de se verificar, em termos gerais, alguma uniformidade de tendência nos deslocamentos, a parte superior do muro, mais superficial ao nível do terreno, apresentou uma recuperação da expansão após o período chuvoso. Esta recuperação, apenas na parte superior do muro, poder-se-á dever à contracção da argila mais superficial, em princípio, mais exposta às variações sazonais da humidade no solo, factor que mais influencia o seu comportamento de expansão/contracção.
5.2. Nivelamento – componente vertical Das 6 épocas de observação de nivelamento geométrico os resultados mostram a inexistência de qualquer assentamento do coroamento e lancil, embora no terreno é perceptível uma variação, sem qualquer tendência, na ordem de 1 mm, com uma incerteza padrão de 0,5 mm. Um valor perfeitamente aceitável ao nível a expansão/contracção vertical da argila. Contudo, há que encontrar, do ponto de vista da Geologia e Engenharia Estrutural, uma explicação que enquadre este comportamento face à evidente deformação transversal do muro.
6. CONCLUSÕES
Relativamente à conclusão sobre a estabilidade do muro, apesar da confiança dos resultados preliminares, será necessário esperar pelas campanhas de observação subsequente para concluir sobre o risco associado.
No que diz respeito à metodologia de cálculo de ajustamento, dada a instabilidade e dinâmica dos pontos de referência e observação, a qual dificulta a definição e fixação de um datum que seja o mais inercial possível, que não acompanhe os movimentos relativos dos pontos de referência, é extremamente importante que se venha a introduzir, no futuro imediato, a capacidade de se efectuarem ajustamentos de constrangimento mínimo (sem pontos fixos). Essa metodologia de ajustamento permitirá uma melhor solução para o problema de ordem “Zero”, ou seja, uma solução de optimização do datum mais adequada e realista.
Agradecimentos Agradecemos ao Instituto Geográfico Português pelo empréstimo da estação total Leica TCA2003 que tornou possível a realização deste trabalho de monitorização.
Referências Casaca, J. (2001). O método da variação de coordenadas na observação geodésica de barragens. Ed. LNEC,
Série ICT, ITB 21. Caspary, W.F. (1988). Concepts of network deformation analysis. Ed. Rüeger, J.M., 2nd Impression, Monograph
11, School of Surveying, University of New South Wales, Kensington, Australia. Schmitt, G. (1985). Review of networks designs: criteria, risk functions, design ordering. In Grafarend, E.W. and
Sansò, F. (Eds.): Optimization and design geodetic networks. Berlin, Edinburgh, New York, Tokyo, 1985, p. 6-10.
Contactos
Carlos ANTUNES cmantunes@fc.ul.pt LATTEX, IDL, Faculdade de Ciências da U.L. http://www.lattex.fc.ul.pt Portugal
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
JARDIM BOTÂNICO
Muro de Suporte junto ao Observatório
Astronómico
Nota Técnica nº 1 Fevereiro de 2009
1 – INTRODUÇÃO
O Jardim Botânico de Lisboa fica situado numa encosta virada a NE, estendendo-se
entre as traseiras do edifício da antiga Faculdade de Ciências de Lisboa, na Rua da
Escola Politécnica e o Parque Mayer.
Para a implantação do Observatório Astronómico, houve necessidade de construir
um muro de suporte com cerca de 40 m de comprimento e 10 m de altura (Fig. 1).
Este muro, com cerca de uma centena de anos de idade, foi há cerca de 20 anos
alvo de uma reparação, uma vez que mostrava indícios de instabilidade.
1
Figura 1 – localização do muro
Assim, foram executadas ancoragens, em duas linhas, desconhecendo-se qual o
seu comprimento e tensão.
Não foi possível obter o projecto de contenção.
Verificando-se há cerca de um ano novos indícios de movimento do muro, com
aparecimento de fissuração vertical no extremo Norte e arqueamento da parede,
foram instalados pelo Departamento de Engenharia Geográfica da FCUL, alvos
topográficos e procedeu à sua leitura em 3D, utilizando métodos geodésicos.
A dificuldade de visibilidade, dada a presença de arvoredo intenso, bem como a falta
de apoio em pontos inequivocamente instáveis, levou a que a interpretação dos
resultados das leituras deixasse algumas dúvidas, pelo que foi proposto pela CÊGÊ
um plano de monitorização adicional, referindo-se a presente nota técnica à
descrição do plano implementado.
2
2 – PLANO DE MONITORIZAÇÃO
Visando detectar movimentos horizontais internos do maciço no intradorso do muro,
foi proposta a instalação de 3 inclinómetros com 15 metros de comprimento,
procurando-se assim que a sua zona de selagem ficasse a cerca de 4-5 metros
abaixo da cota de fundação do muro.
Complementando, propôs-se a instalação de 2 bases para “tiltmeter” no topo do
muro, visando detectar a possível inclinação do muro, isto é, deslocamentos
horizontais superficiais.
3 – TRABALHOS REALIZADOS E RESULTADOS OBTIDOS
Os trabalhos de campo estiveram a cargo da GEOPLANO, que fez deslocar para o
campo uma equipa de dois operadores e um geólogo, com sonda rotativa, tendo
procedido à execução de três sondagens de furação, sendo a primeira a ser
executada (S2) com recuperação de amostra desde a superfície e as restantes (S1 e
S3) apenas com recuperação após entrada no maciço “in situ”.
A furação foi acompanhada da realização de ensaios de penetração (SPT).
Para além das três sondagens previstas, foi executada uma quarta sondagem, junto
a S3, que aos 11 m de profundidade detectou um muro de alvenaria que se
prolongou até à profundidade de 22,50 m.
Em anexo apresenta-se a planta com a localização das sondagens (Inclinómetros) e
dos locais de instalação dos “tiltmeters”, bem como os diagramas das sondagens e
fotografias das caixas das amostras, fornecidas pela GEOPLANO e da sua autoria.
3
A análise dos resultados mostra a existência de um aterro constituído por solos
areno-argilosos com SPT entre 6 e 10 pancadas, o que evidencia o seu baixo grau
de compactação, e que atingiu uma profundidade de 11 a 16 metros, sendo mais
espesso em S1, isto é, do lado da Rua da Escola Politécnica.
Subjacente ocorrem as formações miocénicas, litologicamente constituídas por
argilas acastanhadas a esverdeadas, com nódulos carbonatados esbranquiçados.
Os ensaios SPT realizados mostram que esta formação se apresenta na sondagem
S2 rija (SPT 9 a 12) até aos 19 metros, passando depois a muito rija (SPT 26 a 30),
só atingindo a nega aos 24 m de profundidade.
Na sondagem S1 a formação argilosa de base apresenta-se logo muito rija
imediatamente sob os aterros, mas admite-se que os valores de SPT venham
majorados pela presença dos nódulos carbonatados.
4 – CONDIÇÕES GEOTÉCNICAS
Desconhecendo-se a cota de fundação do muro, verifica-se assim que deverá estar
fundado em aterro ou argilas do Miocénico, em terrenos onde se estimam as
seguintes características de resistência e deformabilidade:
• Coesão ................................................ c = 150 KPa
• Ângulo de atrito ................................... Ø = 10º
• Módulo de deformabilidade ................. E = 5 a 15 MPa
De acordo com a E217 do LNEC e nas condições de fundação aí expressas, a
tensão de segurança à ruptura admissível para estes terrenos é de 100 a 150 kN/m2
à cota de fundação do muro.
4
5 – RESULTADOS DA MONITORIZAÇÃO
Como se disse no ponto 2, foram instalados 3 inclinómetros, designados na planta
em anexo como S1, S2 e S3 e dois “tiltmeters”, designados como T1 e T2.
A localização dos “tiltmeters” foi bastante dificultada pelas condições de acesso ao
local, o que originou uma instalação que se admite esteja deficiente. A continuidade
das leituras poderá levar a uma nova instalação.
As leituras são efectuadas, quer no caso dos inclinómetros quer dos “tiltmeters”,
considerando a direcção A+ como a direcção para “fora” do muro e a direcção B+ a
da Rua da Escola Politécnica.
Na planta apresentada em anexo vão indicadas as localizações dos equipamentos,
bem como as direcções das leituras.
5.1 – Resultados dos inclinómetros
Em anexo figuram os gráficos das leituras efectuadas, correspondendo a cada
inclinómetro um gráfico de deslocamentos acumulados (acumulado) e um gráfico de
deslocamentos em cada ponto de leitura (incremental).
As leituras são efectuadas com espaçamento de 1 metro.
A análise dos gráficos, que abrange a zeragem e três leituras referentes a Novembro
e Dezembro de 2008 e Fevereiro de 2009, mostra que os deslocamentos verificados
são inferiores a 1 mm, inserindo-se assim dentro do erro de leitura do aparelho.
5
5.2 – Resultados dos “tiltmeters”
Foram instaladas duas bases de leitura para “tiltmeter” nos locais assinalados em
planta, no topo do muro, tendo-se medido a altura de 9,33 m desde a base do muro
até ao local de leitura.
A dificuldade de acesso, a má qualidade da alvenaria do muro e a sua inclinação,
resultou numa instalação que não nos fornece garantias, apresentando-se logo à
partida os “pratos de leitura” inclinados e deficientemente apoiados.
O aparelho de medida utilizado mede variações de inclinação e a partir daí, tendo
em conta a altura do muro, é calculado o deslocamento horizontal na zona de
instalação.
Os resultados obtidos indicam valores angulares para T1 e T2 respectivamente de
0,1º e 0,19º para B-, a que correspondem deslocamentos em mm de 17 e 31.
Estes valores, em especial para o caso de T2, parecem-nos exagerados e seria de
esperar ter correspondência nas leituras dos inclinómetros, o que não acontece.
Assim, iremos proceder a uma recolocação dos pratos de leitura dos “tiltmeters” e
proceder a nova zeragem.
6 – CONCLUSÕES
Os resultados obtidos quer com as sondagens de prospecção e ensaios geotécnicos
executadas, quer com a monitorização efectuada, permite concluir:
• O muro de suporte está fundado em terrenos ou solos argilosos miocénicos,
com qualidade geotécnica fraca a razoável e com elevada deformabilidade.
6
• Os aterros que existem no intradorso do muro são solos argilosos, calhaus
calcários e restos de construção.
• As leituras dos inclinómetros não mostram movimentos significativos do
aterro, no intradorso do muro.
• As leituras dos “tiltmeters” mostram um movimento no sentido da parte livre
do muro (A+) e para o lado da Avenida da Liberdade (B-), que no entanto
haverá que confirmar, face às dúvidas quanto à instalação das bases de
leitura.
Algés, Fevereiro de 2009
A.S.Costa Pereira João C.Pereira
(Geólogo de Engenharia, M.Sc.) (Geólogo)
7
Planta de localização
B+
A+
Direcções medidas:
(inclinómetros e tiltmeters)
T1 – Tiltmeter 1
T2 – Tiltmeter 2
S1 – Sondagem/Inclinómetro 1
S2 – Sondagem/Inclinómetro 2
S3 – Sondagem/Inclinómetro 3
PROFUNDIDADE
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
SIM
BOLOGIA
DESCRIÇÃO LITOLÓGICANIVEL ÁGUA
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Sondador: Gestor Projecto:
Observações:
UNIDADE
Data de início:
Projecto
0
Coordenadas: P: Cota:
Critério de paragem:
ENSAIO SPT
Local:
PANCADAS
1 de 3
Data de conclusão:
Equipamento:
Inclinação:
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
COTA
LITOESTRATIGRÁFICA
30 60 PENETRAÇÃO (cm)
AMOSTRAGEM
Estrada Nacional 116 - Lote 10 - Casais da Serra 2662-305 Milharado Portugal Tel: 219750069 Fax: 219750264 E-mail: info@geoplanoaherne.com Web: www.geoplanoaherne.com
% RECUPERAÇÃO
% RQD
ALTERAÇÃO (W)
FRACTURAÇÃO
0 10050
Instalação de Inclinómetros Jardim Botânico
REC(%
)
RQD (%)
RS_01
Pag.
DiâmetrosRevestimento
Furação Sondagem
Comprimento:
2ª e 3ª fase
1ªfase / N
MÉTODO
Tipo de furação:
M:datum 73
BS 5930:1999
INCLINÓMETRO
Aterro argilo-arenosoacastanhado, comfragmentos de alvenaria e seixo de naturezadiversa em menorabundância para abase, onde seapresenta maisargiloso.
S1
07.11.2008
Claúdio Carvalho Ana Bonacho
* De acordo com a Carta Geológica do Concelho de Lisboa, folha 4, à escala 1:10 000
4365
2 NSPT>30
Lisboa
08.11.2008
Apaford 30D
90º
101mm
113 mm
22,5 m
Destrutivo/Rotação com carotagem
PROFUNDIDADE
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
SIM
BOLOGIA
DESCRIÇÃO LITOLÓGICANIVEL ÁGUA
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
Sondador: Gestor Projecto:
Observações:
UNIDADE
Data de início:
Projecto
0
Coordenadas: P: Cota:
Critério de paragem:
ENSAIO SPT
Local:
PANCADAS
2 de 3
Data de conclusão:
Equipamento:
Inclinação:
-10
-11
-12
-13
-14
-15
-16
-17
-18
-19
COTA
LITOESTRATIGRÁFICA
30 60 PENETRAÇÃO (cm)
AMOSTRAGEM
Estrada Nacional 116 - Lote 10 - Casais da Serra 2662-305 Milharado Portugal Tel: 219750069 Fax: 219750264 E-mail: info@geoplanoaherne.com Web: www.geoplanoaherne.com
% RECUPERAÇÃO
% RQD
ALTERAÇÃO (W)
FRACTURAÇÃO
0 10050
Instalação de Inclinómetros Jardim Botânico
REC(%
)
RQD (%)
RS_01
Pag.
DiâmetrosRevestimento
Furação Sondagem
Comprimento:
2ª e 3ª fase
1ªfase / N
MÉTODO
Tipo de furação:
M:datum 73
BS 5930:1999
INCLINÓMETRO
Aterro argilo-arenosoacastanhado, comfragmentos de alvenaria e seixo de naturezadiversa em menorabundância para abase, onde seapresenta maisargiloso.
Argila castanha-esverdeada, compassagens cinzentas elaivos avemelhados,tornando-se maisescura para a base.Apresenta fragmentos e nódulos carbonatadosesbranquiçados,essencialmente entreos 18,0 e os 21,0m deprofundidade, aos21,0m ocorre um blococalcário (15 cm).
S1
07.11.2008
Claúdio Carvalho Ana Bonacho
* De acordo com a Carta Geológica do Concelho de Lisboa, folha 4, à escala 1:10 000
4365
3
6
3
12
4
12
6
24
8
27
8
25
2 NSPT>30
Lisboa
08.11.2008
Apaford 30D
90º
45
45
45
45
45
45
100
101mm
113 mm
22,5 m
(3+3)
(5+7)
(5+7)
(11+13)
(12+15)
(11+14)
Destrutivo/Rotação com carotagem
PROFUNDIDADE
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
SIM
BOLOGIA
DESCRIÇÃO LITOLÓGICANIVEL ÁGUA
20
21
22
Sondador: Gestor Projecto:
Observações:
UNIDADE
Data de início:
Projecto
0
Coordenadas: P: Cota:
Critério de paragem:
ENSAIO SPT
Local:
PANCADAS
3 de 3
Data de conclusão:
Equipamento:
Inclinação:
-20
-21
-22
COTA
LITOESTRATIGRÁFICA
30 60 PENETRAÇÃO (cm)
AMOSTRAGEM
Estrada Nacional 116 - Lote 10 - Casais da Serra 2662-305 Milharado Portugal Tel: 219750069 Fax: 219750264 E-mail: info@geoplanoaherne.com Web: www.geoplanoaherne.com
% RECUPERAÇÃO
% RQD
ALTERAÇÃO (W)
FRACTURAÇÃO
0 10050
Instalação de Inclinómetros Jardim Botânico
REC(%
)
RQD (%)
RS_01
Pag.
DiâmetrosRevestimento
Furação Sondagem
Comprimento:
2ª e 3ª fase
1ªfase / N
MÉTODO
Tipo de furação:
M:datum 73
BS 5930:1999
INCLINÓMETRO
Argila castanha-esverdeada, compassagens cinzentas elaivos avemelhados,tornando-se maisescura para a base.Apresenta fragmentos e nódulos carbonatadosesbranquiçados,essencialmente entreos 18,0 e os 21,0m deprofundidade, aos21,0m ocorre um blococalcário (15 cm).
S1
07.11.2008
Claúdio Carvalho Ana Bonacho
* De acordo com a Carta Geológica do Concelho de Lisboa, folha 4, à escala 1:10 000
4365
13
30
9
30
2 NSPT>30
Lisboa
08.11.2008
Apaford 30D
90º
42
43
73
100
101mm
113 mm
22,5 m
(17+13)
(14+16)
Destrutivo/Rotação com carotagem
PROFUNDIDADE
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
SIM
BOLOGIA
DESCRIÇÃO LITOLÓGICANIVEL ÁGUA
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Sondador: Gestor Projecto:
Observações:
UNIDADE
Data de início:
Projecto
0
Coordenadas: P: Cota:
Critério de paragem:
ENSAIO SPT
Local:
PANCADAS
1 de 3
Data de conclusão:
Equipamento:
Inclinação:
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
COTA
LITOESTRATIGRÁFICA
30 60 PENETRAÇÃO (cm)
AMOSTRAGEM
Estrada Nacional 116 - Lote 10 - Casais da Serra 2662-305 Milharado Portugal Tel: 219750069 Fax: 219750264 E-mail: info@geoplanoaherne.com Web: www.geoplanoaherne.com
% RECUPERAÇÃO
% RQD
ALTERAÇÃO (W)
FRACTURAÇÃO
0 10050
Instalação de Inclinómetros Jardim Botânico
REC(%
)
RQD (%)
RS_01
Pag.
DiâmetrosRevestimento
Furação Sondagem
Comprimento:
2ª e 3ª fase
1ªfase / N
MÉTODO
Tipo de furação:
M:datum 73
BS 5930:1999
INCLINÓMETRO
Aterro argilo-arenosoacastanhado, comfragmentos de seixo de natureza diversa.
S3
31.10.2008
Claúdio Carvalho Ana Bonacho
* De acordo com a Carta Geológica do Concelho de Lisboa, folha 4, à escala 1:10 000
4365
2 NSPT>30
Lisboa
03.11.2008
Apaford 30D
90º
76 mm
84 mm
24,0 m
Destrutivo/Rotação com carotagem
Entre os 9,0 e os 10,5m perda de água da furação.
PROFUNDIDADE
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
SIM
BOLOGIA
DESCRIÇÃO LITOLÓGICANIVEL ÁGUA
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
Sondador: Gestor Projecto:
Observações:
UNIDADE
Data de início:
Projecto
0
Coordenadas: P: Cota:
Critério de paragem:
ENSAIO SPT
Local:
PANCADAS
2 de 3
Data de conclusão:
Equipamento:
Inclinação:
-10
-11
-12
-13
-14
-15
-16
-17
-18
-19
COTA
LITOESTRATIGRÁFICA
30 60 PENETRAÇÃO (cm)
AMOSTRAGEM
Estrada Nacional 116 - Lote 10 - Casais da Serra 2662-305 Milharado Portugal Tel: 219750069 Fax: 219750264 E-mail: info@geoplanoaherne.com Web: www.geoplanoaherne.com
% RECUPERAÇÃO
% RQD
ALTERAÇÃO (W)
FRACTURAÇÃO
0 10050
Instalação de Inclinómetros Jardim Botânico
REC(%
)
RQD (%)
RS_01
Pag.
DiâmetrosRevestimento
Furação Sondagem
Comprimento:
2ª e 3ª fase
1ªfase / N
MÉTODO
Tipo de furação:
M:datum 73
BS 5930:1999
INCLINÓMETRO
Aterro argilo-arenosoacastanhado, comfragmentos de seixo denatureza diversa.
Argamassa levementealterada a muitoalterada comfragmentos de calcários de dimensõesdecimétricas.Esbranquiçado a bejecom veiosavermelhados.
S3
31.10.2008
Claúdio Carvalho Ana Bonacho
* De acordo com a Carta Geológica do Concelho de Lisboa, folha 4, à escala 1:10 000
4365
2 NSPT>30
Lisboa
03.11.2008
Apaford 30D
90º
59
68
59
91
92
76 mm
84 mm
24,0 m
Destrutivo/Rotação com carotagem
Entre os 9,0 e os 10,5m perda de água da furação.
PROFUNDIDADE
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
SIM
BOLOGIA
DESCRIÇÃO LITOLÓGICANIVEL ÁGUA
20
21
22
23
24
Sondador: Gestor Projecto:
Observações:
UNIDADE
Data de início:
Projecto
0
Coordenadas: P: Cota:
Critério de paragem:
ENSAIO SPT
Local:
PANCADAS
3 de 3
Data de conclusão:
Equipamento:
Inclinação:
-20
-21
-22
-23
-24
COTA
LITOESTRATIGRÁFICA
30 60 PENETRAÇÃO (cm)
AMOSTRAGEM
Estrada Nacional 116 - Lote 10 - Casais da Serra 2662-305 Milharado Portugal Tel: 219750069 Fax: 219750264 E-mail: info@geoplanoaherne.com Web: www.geoplanoaherne.com
% RECUPERAÇÃO
% RQD
ALTERAÇÃO (W)
FRACTURAÇÃO
0 10050
Instalação de Inclinómetros Jardim Botânico
REC(%
)
RQD (%)
RS_01
Pag.
DiâmetrosRevestimento
Furação Sondagem
Comprimento:
2ª e 3ª fase
1ªfase / N
MÉTODO
Tipo de furação:
M:datum 73
BS 5930:1999
INCLINÓMETRO
Argamassa levementealterada a muitoalterada comfragmentos de calcários de dimensõesdecimétricas.Esbranquiçado a bejecom veiosavermelhados.
Calcário greso-margoso de grão fino,apresenta-se alterado a friável, de coresbranquiçado a bejecom laivos alaranjados
S3
31.10.2008
Claúdio Carvalho Ana Bonacho
* De acordo com a Carta Geológica do Concelho de Lisboa, folha 4, à escala 1:10 000
4365
6
31
34
2 NSPT>30
Lisboa
03.11.2008
Apaford 30D
90º
32
5
83
100
75
76 mm
84 mm
24,0 m
(20+11)
Destrutivo/Rotação com carotagem
Entre os 9,0 e os 10,5m perda de água da furação.
PROFUNDIDADE
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
SIM
BOLOGIA
DESCRIÇÃO LITOLÓGICANIVEL ÁGUA
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Sondador: Gestor Projecto:
Observações:
UNIDADE
Data de início:
Projecto
0
Coordenadas: P: Cota:
Critério de paragem:
ENSAIO SPT
Local:
PANCADAS
1 de 3
Data de conclusão:
Equipamento:
Inclinação:
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
COTA
LITOESTRATIGRÁFICA
30 60 PENETRAÇÃO (cm)
AMOSTRAGEM
Estrada Nacional 116 - Lote 10 - Casais da Serra 2662-305 Milharado Portugal Tel: 219750069 Fax: 219750264 E-mail: info@geoplanoaherne.com Web: www.geoplanoaherne.com
% RECUPERAÇÃO
% RQD
ALTERAÇÃO (W)
FRACTURAÇÃO
0 10050
Instalação de Inclinómetros Jardim Botânico
REC(%
)
RQD (%)
RS_01
Pag.
DiâmetrosRevestimento
Furação Sondagem
Comprimento:
2ª e 3ª fase
1ªfase / N
MÉTODO
Tipo de furação:
M:datum 73
BS 5930:1999
INCLINÓMETRO
Aterro argilo-arenosoacastanhado, comfragmentos de alvenaria e seixo de naturezadiversa, em menorabundância para abase. (SPT 7,5m s/recuperação deamostra).
S2
29.10.2008
Claúdio Carvalho Ana Bonacho
* De acordo com a Carta Geológica do Concelho de Lisboa, folha 4, à escala 1:10 000
4365
5
14
5
10
3
7
3
8
2
6
2
6
1 NSPT>60
Lisboa
30.10.2008
Apaford 30D
90º
45
45
45
45
45
45
10
23
13
25
0
0
32
76mm
84mm
24,0m
(8+6)
(5+5)
(3+4)
(4+4)
(3+3)
(3+3)
Rotação c/ carotagem
Entre 6,0 e 7,5m perda da água de furação.
PROFUNDIDADE
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
SIM
BOLOGIA
DESCRIÇÃO LITOLÓGICANIVEL ÁGUA
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
Sondador: Gestor Projecto:
Observações:
UNIDADE
Data de início:
Projecto
0
Coordenadas: P: Cota:
Critério de paragem:
ENSAIO SPT
Local:
PANCADAS
2 de 3
Data de conclusão:
Equipamento:
Inclinação:
-10
-11
-12
-13
-14
-15
-16
-17
-18
-19
COTA
LITOESTRATIGRÁFICA
30 60 PENETRAÇÃO (cm)
AMOSTRAGEM
Estrada Nacional 116 - Lote 10 - Casais da Serra 2662-305 Milharado Portugal Tel: 219750069 Fax: 219750264 E-mail: info@geoplanoaherne.com Web: www.geoplanoaherne.com
% RECUPERAÇÃO
% RQD
ALTERAÇÃO (W)
FRACTURAÇÃO
0 10050
Instalação de Inclinómetros Jardim Botânico
REC(%
)
RQD (%)
RS_01
Pag.
DiâmetrosRevestimento
Furação Sondagem
Comprimento:
2ª e 3ª fase
1ªfase / N
MÉTODO
Tipo de furação:
M:datum 73
BS 5930:1999
INCLINÓMETRO
Aterro argilo-arenosoacastanhado, comfragmentos de alvenaria e seixo de naturezadiversa, em menorabundância para abase.
Agila castanha aesverdeada com laivosalaranjados, Apresentanodulos carbonatadosdispersos.
S2
29.10.2008
Claúdio Carvalho Ana Bonacho
* De acordo com a Carta Geológica do Concelho de Lisboa, folha 4, à escala 1:10 000
4365
3
9
3
9
3
9
4
11
6
19
5
12
10
26
1 NSPT>60
Lisboa
30.10.2008
Apaford 30D
90º
45
45
45
45
45
45
45
18
65
66
75
51
43
76mm
84mm
24,0m
(4+5)
(4+5)
(4+5)
(5+6)
(7+12)
(5+7)
(11+15)
Rotação c/ carotagem
Entre 6,0 e 7,5m perda da água de furação.
PROFUNDIDADE
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
SIM
BOLOGIA
DESCRIÇÃO LITOLÓGICANIVEL ÁGUA
20
21
22
23
24
Sondador: Gestor Projecto:
Observações:
UNIDADE
Data de início:
Projecto
0
Coordenadas: P: Cota:
Critério de paragem:
ENSAIO SPT
Local:
PANCADAS
3 de 3
Data de conclusão:
Equipamento:
Inclinação:
-20
-21
-22
-23
-24
COTA
LITOESTRATIGRÁFICA
30 60 PENETRAÇÃO (cm)
AMOSTRAGEM
Estrada Nacional 116 - Lote 10 - Casais da Serra 2662-305 Milharado Portugal Tel: 219750069 Fax: 219750264 E-mail: info@geoplanoaherne.com Web: www.geoplanoaherne.com
% RECUPERAÇÃO
% RQD
ALTERAÇÃO (W)
FRACTURAÇÃO
0 10050
Instalação de Inclinómetros Jardim Botânico
REC(%
)
RQD (%)
RS_01
Pag.
DiâmetrosRevestimento
Furação Sondagem
Comprimento:
2ª e 3ª fase
1ªfase / N
MÉTODO
Tipo de furação:
M:datum 73
BS 5930:1999
INCLINÓMETRO
Agila castanha aesverdeada com laivosalaranjados, Apresentanodulos carbonatadosdispersos.
S2
29.10.2008
Claúdio Carvalho Ana Bonacho
* De acordo com a Carta Geológica do Concelho de Lisboa, folha 4, à escala 1:10 000
4365
11
35
10
28
60
1 NSPT>60
Lisboa
30.10.2008
Apaford 30D
90º
45
45
7
69
40
94
76mm
84mm
24,0m
(15+20)
(11+17)
Rotação c/ carotagem
Entre 6,0 e 7,5m perda da água de furação.
Inclinómetro 1
(acumulado)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10 24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev2009
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio AcumuladoDirecção A
Acumulado (mm)
Desvio AcumuladoDirecção B
Acumulado (mm)
Inclinómetro 1
(incremental)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-2 -1 0 1 2
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-2 -1 0 1 2 24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-2 -1 0 1 2
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-2 -1 0 1 2
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev2009
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio IncrementalDirecção A
Incremental (mm)
Desvio IncrementalDirecção B
Incremental (mm)
Inclinómetro 2
(acumulado)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev2009
base do muro
aterro
Terreno natural
base do muro
aterro
Terreno natural
Desvio AcumuladoDirecção A
Acumulado (mm)
Desvio AcumuladoDirecção B
Acumulado (mm)
Inclinómetro 2
(incremental)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-2 -1 0 1 2
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-2 -1 0 1 2
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-2 -1 0 1 2
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-2 -1 0 1 2
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev2009
base do muro
aterro
Terreno natural
base do muro
aterro
Terreno natural
Desvio IncrementalDirecção A
Incremental (mm)
Desvio IncrementalDirecção B
Incremental (mm)
Inclinómetro 3
(acumulado)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev2009
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio AcumuladoDirecção A
Acumulado (mm)
Desvio AcumuladoDirecção B
Acumulado (mm)
Inclinómetro 3
(incremental)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-2 -1 0 1 2
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-2 -1 0 1 2
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-2 -1 0 1 2
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-2 -1 0 1 2
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev2009
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio IncrementalDirecção A
Incremental (mm)
Desvio IncrementalDirecção B
Incremental (mm)
Tiltmeter 1 (deslocamento em mm)
TM1Evolução do Deslocamento
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
-20,0 -18,0 -16,0 -14,0 -12,0 -10,0 -8,0 -6,0 -4,0 -2,0 0,0 2,0 4,0
B (mm)
A (mm)
TM1
-20,0
-15,0
-10,0
-5,0
0,0
5,0
14-N
ov-0
817
-Nov
-08
20-N
ov-0
823
-Nov
-08
26-N
ov-0
829
-Nov
-08
2-D
ez-0
8
5-D
ez-0
88-
Dez
-08
11-D
ez-0
8
14-D
ez-0
817
-Dez
-08
20-D
ez-0
823
-Dez
-08
26-D
ez-0
8
29-D
ez-0
81-
Jan-
094-
Jan-
09
7-Ja
n-09
10-J
an-0
9
13-J
an-0
916
-Jan
-09
19-J
an-0
9
22-J
an-0
925
-Jan
-09
28-J
an-0
9
31-J
an-0
93-
Fev
-09
6-F
ev-0
99-
Fev
-09
12-F
ev-0
9
15-F
ev-0
918
-Fev
-09
21-F
ev-0
9
24-F
ev-0
9
Des
loca
men
to (m
m)
Direcção A (mm) Direcção B (mm)
Tiltmeter 1 (deslocamento em graus)
TM1
-0,06
-0,04
-0,02
0,00
0,02
0,04
0,06
-0,50 -0,30 -0,10 0,10 0,30 0,50
B (º)
A (º)
TM1
-0,15
-0,10
-0,05
0,00
0,05
0,10
0,15
14
-No
v-0
81
7-N
ov-
08
20
-No
v-0
82
3-N
ov-
08
26
-No
v-0
82
9-N
ov-
08
2-D
ez-
08
5-D
ez-
08
8-D
ez-
08
11
-De
z-0
81
4-D
ez-
08
17
-De
z-0
82
0-D
ez-
08
23
-De
z-0
82
6-D
ez-
08
29
-De
z-0
81
-Ja
n-0
94
-Ja
n-0
97
-Ja
n-0
91
0-J
an
-09
13
-Ja
n-0
91
6-J
an
-09
19
-Ja
n-0
92
2-J
an
-09
25
-Ja
n-0
92
8-J
an
-09
31
-Ja
n-0
93
-Fe
v-0
96
-Fe
v-0
99
-Fe
v-0
91
2-F
ev-
09
15
-Fe
v-0
91
8-F
ev-
09
21
-Fe
v-0
92
4-F
ev-
09D
eslo
cam
ento
acu
mul
ado
(º)
Direcção A (mm) Direcção B (mm)
Tiltmeter 2 (deslocamento em mm)
TM2Evolução do Deslocamento
-20,0
-15,0
-10,0
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
-35,0 -30,0 -25,0 -20,0 -15,0 -10,0 -5,0 0,0
B (mm)
A (mm)
TM2
-40,0
-30,0
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
14-N
ov-0
817
-Nov
-08
20-N
ov-0
823
-Nov
-08
26-N
ov-0
829
-Nov
-08
2-D
ez-0
85-
Dez
-08
8-D
ez-0
811
-Dez
-08
14-D
ez-0
817
-Dez
-08
20-D
ez-0
823
-Dez
-08
26-D
ez-0
829
-Dez
-08
1-Ja
n-09
4-Ja
n-09
7-Ja
n-09
10-J
an-0
9
13-J
an-0
916
-Jan
-09
19-J
an-0
922
-Jan
-09
25-J
an-0
928
-Jan
-09
31-J
an-0
93-
Fev
-09
6-F
ev-0
99-
Fev
-09
12-F
ev-0
915
-Fev
-09
18-F
ev-0
921
-Fev
-09
24-F
ev-0
9
Des
loca
men
to (m
m)
Direcção A (mm) Direcção B (mm)
Tiltmeter 2 (deslocamento em graus)
TM2
-0,30
-0,25
-0,20
-0,15
-0,10
-0,05
0,00
0,05
0,10
0,15
14-N
ov-0
817
-Nov
-08
20-N
ov-0
823
-Nov
-08
26-N
ov-0
829
-Nov
-08
2-D
ez-0
85-
Dez
-08
8-D
ez-0
811
-Dez
-08
14-D
ez-0
817
-Dez
-08
20-D
ez-0
823
-Dez
-08
26-D
ez-0
829
-Dez
-08
1-Ja
n-09
4-Ja
n-09
7-Ja
n-09
10-J
an-0
913
-Jan
-09
16-J
an-0
919
-Jan
-09
22-J
an-0
925
-Jan
-09
28-J
an-0
931
-Jan
-09
3-F
ev-0
96-
Fev
-09
9-F
ev-0
912
-Fev
-09
15-F
ev-0
918
-Fev
-09
21-F
ev-0
924
-Fev
-09
Des
loca
men
to a
cum
ulad
o (º
)
Direcção A (º) Direcção B (º)
TM2
-0,10
-0,08
-0,06
-0,04
-0,02
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
-0,20 -0,15 -0,10 -0,05 0,00 0,05 0,10
B (º)
A (º)
Museu Mineralógico e Geológico Rua da Escola Politécnica, 58 1250-102 Lisboa, Portugal www.mnhn.ul.pt
Tel.: Geral +351-21-392-1836; Direcção +351-21-392-1848; Fax 21-390-5850; e-mail smineralogia@fc.ul.pt Contribuinte nº 501535977
Nota acerca da geologia e geotecnia da zona de
implantação dos Museus da Politécnica
Junta-se um esboço geológico da área dos Museus da Politécnica. As formações miocénicas (Formação dos Prazeres) aflorantes são compostas predominantemente por argilas, margas e calcários. Sob as formações miocénicas encontram-se rochas vulcânicas (basaltos e rochas piroclásticas basálticas) do Complexo Vulcânico de Lisboa e calcários cretácicos (Formação da Bica). A cota da parte frontal do Complexo da Politécnica é de 77 metros; a título informativo cite-se que a cota da estação do Rossio, início do túnel do Rossio, é de 26 metros. As formações encontram-se com atitudes sub-horizontais, provavelmente afectadas por algumas falhas. A espessura da Formação dos Prazeres (predominantemente argilas, margas, calcários miocénicos) deve nesta zona ser superior a 15 metros. Por baixo encontram-se os basaltos do Complexo Vulcânico de Lisboa. Para se ter uma ideia mais precisa da espessura das argilas miocénicas será de consultar as sondagens realizadas na Zona, mas a espessura global das formações representadas (incluindo a formação da Bica, que constitui o substrato dos basaltos) é muito substancial. A presença de formações predominantemente argilosas sobreconsolidadas em toda a zona subjacente ao Picadeiro, edifício principal e antiga cantina não apresenta problemas geológicos particulares, à partida, para a construção de caves, que poderão ter vários níveis. Nesta zona não se prevêem problemas hidrogeológicos derivados da instalação de caves e/ou estacionamentos. No entanto, na fase de estudo será necessário proceder à avaliação dos potenciais impactes, em particular na fase de construção, nos níveis mais superficiais. A estas condições geológicas será necessário adicionar as condicionantes relacionadas com escavações sob edifícios antigos, que exigirão cuidados especiais. Quanto às zonas próximas de taludes, poderão colocar-se problemas adicionais relacionados com intervenções de construção civil. O MNHN, com a colaboração do GeoFCUL, conseguiu que o prof. Carlos Antunes e a sua equipa, especialistas em engenharia geográfica da FCUL, realizassem uma operação de monitorização da estabilidade do desnível vertical entre a parte superior do Jardim Botânico (Classe) e a sua parte inferior (Arboreto). Os resultados já existentes, obtidos ao longo de quatro meses, mostram que há alguma movimentação do talude (da ordem de 1mm por mês). Falta saber o que acontecerá durante o Verão, se os movimentos invertem, adquirindo carácter sazonal, ou se continuam no mesmo sentido. Subsiste a hipótese de que uma intervenção
Museu Mineralógico e Geológico Rua da Escola Politécnica, 58 1250-102 Lisboa, Portugal www.mnhn.ul.pt
Tel.: Geral +351-21-392-1836; Direcção +351-21-392-1848; Fax 21-390-5850; e-mail smineralogia@fc.ul.pt Contribuinte nº 501535977
de vulto venha a ser necessária, por motivos de segurança. Se assim for, poderá encarar-se a hipótese de utilizar o subsolo do terreiro em frente ao Observatório Astronómico para uma construção subterrânea, que poderia simultaneamente resolver a questão da estabilidade do talude. Esta hipótese poderá ser extremamente gravosa para o Jardim, devido ao impacto causado pelas obras, pelo que apenas deverá ser considerada em caso de absoluta necessidade pelas já referidas razões de segurança. Idênticos problemas poderão equacionar-se, presumivelmente a maior escala, face a intervenções no talude entre o Jardim Botânico e o Parque Mayer. A correcta avaliação que quaisquer trabalhos a realizar neste domínio, ou nas suas proximidades, exigirá estudos geotécnicos de pormenor, cuja natureza dependerá dos trabalhos pretendidos. Qualquer projecto de arquitectura, nesta área, só poderá ser considerado após validação por estudos geotécnicos adequados. MNHN, 18 de Abril, 2008 Fernando J.A.S. Barriga Isabel Moitinho de Almeida António Ribeiro Anexo: carta geológica da zona com legenda e o traçado aproximado do Túnel do Rossio (linha a branco).
Alu
vião
For
maç
ão a
reol
as d
e E
stef
ânia
(A
quita
nian
o -
Mio
céni
co)
For
maç
ão a
rgila
s do
s P
raze
res
(Aqu
itani
ano
- M
iocé
nico
)
Com
plex
o V
ulcâ
nico
de
Lisb
oa: R
ocha
s pi
rocl
ástic
as (
Cre
táci
co S
uper
ior)
Com
plex
o V
ulcâ
nico
de
Lisb
oa (
Cre
táci
co S
uper
ior)
For
maç
ão d
e B
ica
(Cen
oman
iano
- C
retá
cico
Sup
erio
r)
Mineralogia e Geologia Rua da Escola Politécnica, 58 1250-102 Lisboa, Portugal www.mnhn.ul.pt
Tel.: Geral +351-21-392-1836; Direcção +351-21-392-1848; Fax 21-390-5850; e-mail smineralogia@fc.ul.pt Contribuinte nº 501535977
Monitorização do Muro de Suporte do Jardim Botânico do MNHN (2007-2011)
Ainda em 2007, o prof. António Ribeiro, apoiado pelo signatário, mostrou que o aspecto do muro de sustentação da parte superior (Classe) do Jardim Botânico, junto ao Observatório Astronómico, sugeria a necessidade de monitorizar a eventual deformação e condições de segurança oferecidas pelo muro. Mobilizaram-se competências, dentro e fora da Universidade, e realizaram-se estudos, da autoria de alguns dos mais credenciados especialistas em geotecnia e geodesia, respectivamente. Os trabalhos iniciaram-se com os estudos de geodesia conduzidos pelo prof. Carlos Antunes e sua equipa (relatório anexo). Filtradas as incertezas, apareceu como inescapável uma movimentação do muro da ordem de 7,8 mm/ano ± 1,9 mm/ano, de Novembro de 2007 a Novembro de 2008. A partir desta data observa-se uma tendência para a estabilidade, com observações de 3 em 3 meses até Setembro de 2009, confirmada por uma medição recente (Junho de 2011). Pedimos também, em 2008, a opinião de especialistas em geotecnia, no sentido de se avançar ou não para uma intervenção de reforço do muro. Com a colaboração da prof. Isabel Moitinho de Almeida, e com estudos de terreno realizados pelas empresas Geoplano (sondagens) e CêGê (inclinómetros e respectivas leituras e interpretações), concluiu-se que, nos cerca de dez metros de desnível correspondentes ao muro, não foram detectadas movimentações significativas, pelo que a situação do muro é considerada estável (ver relatório anexo da CêGê). Estas conclusões confirmam as observações reportadas pela equipa de geodesia, a partir de Novembro de 2008. Atendendo ao exposto, os especialistas consideram não existirem presentemente razões para obras de reforço do muro, mas recomendam que a monitorização continue, agora de seis em seis meses, durante pelo menos mais um ano, findo o qual se deverá efectuar uma reavaliação da situação. O MNHN e a Universidade de Lisboa agradecem, sincera e penhoradamente, as várias intervenções reportadas, valiosíssimas e desinteressadas. MNHN, 8 de Julho, 2011
Fernando J.A.S. Barriga Ex-Director do MNHN Prof. Cat. Fac. Ciências Univ. Lisboa (GeoFCUL)
Mineralogia e Geologia Rua da Escola Politécnica, 58 1250-102 Lisboa, Portugal www.mnhn.ul.pt
Tel.: Geral +351-21-392-1836; Direcção +351-21-392-1848; Fax 21-390-5850; e-mail smineralogia@fc.ul.pt Contribuinte nº 501535977
1
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE
DE LISBOA
JARDIM BOTÂNICO
Muro de Suporte junto ao Observatório
Astronómico
Nota Técnica nº 4
Novembro de 2010
1 – INTRODUÇÃO
Na sequência do acompanhamento que tem vindo a ser efectuado ao Muro de
suporte junto ao Observatório Astronómico, foi efectuada uma leitura de toda a
instrumentação instalada a 9 de Novembro de 2010.
A presente Nota Técnica, reporta os resultados obtidos, bem como as conclusões
quanto a possíveis movimentos do muro em análise.
2
2 – RESULTADOS DA MONITORIZAÇÃO
Encontram-se instalados 3 inclinómetros, designados na planta em anexo como S1,
S2 e S3 e dois “tiltmeters”, designados como T1 e T2.
A localização dos “tiltmeters”, como foi referido aquando da instalação, foi bastante
dificultada pelas condições de acesso ao local, o que originou uma instalação que se
admite esteja deficiente, pelo que os resultados obtidos terão de ser encarados com
alguma reserva. Uma tentativa posterior para reinstalar estes equipamentos revelou-
se infrutífera, dadas as perigosas condições locais, com os meios disponíveis.
As leituras são efectuadas, quer no caso dos inclinómetros quer dos “tiltmeters”,
considerando a direcção A+ como a direcção para “fora” do muro e a direcção B+ a
da Rua da Escola Politécnica.
Na planta apresentada em anexo vão indicadas as localizações dos equipamentos,
bem como as direcções das leituras.
2.1 – Resultados dos inclinómetros
Em anexo figuram os gráficos das leituras efectuadas, correspondendo a cada
inclinómetro um gráfico de deslocamentos acumulados (acumulado) e um gráfico de
deslocamentos em cada ponto de leitura (incremental).
As leituras são efectuadas com espaçamento de 1 metro.
A análise dos gráficos mostra que os deslocamentos acumulados verificados são
inferiores a 5 mm, sendo mais significativos no Inc2 e Inc3.
De notar um movimento entre os 16,0 e os 20,0 m de profundidade no inclinómetro
2, segundo a direcção B-. Tal movimento, por se encontrar já dentro do terreno
natural, será devido a uma deficiência na leitura ou a algum rearranjo da calha
inclinométrica, não devendo ser entendido como um real movimento do terreno
envolvente (uma posterior leitura confirmará essa suspeita).
3
No inclinometro 3, entre os 4,0 e os 6,0 m de profundidade, dentro da zona de
aterro, é possível verificar um ligeiro movimento segundo a direcção A+ de cerca de
2 a 3 mm, dada a sua pequena magnitude não se considera esta anomalia
significativa.
A análise dos gráficos incrementais mostra que os movimentos se localizam
essencialmente na zona mais profunda e são inferiores a 1 mm, portanto dentro do
erro admissível para o aparelho o que leva a concluir pela não existência de
movimentos significativos.
2.2 – Resultados dos “tiltmeters”
Foram instaladas duas bases de leitura para “tiltmeter” nos locais assinalados em
planta, no topo do muro, tendo-se medido a altura de 9,33 m desde a base do muro
até ao local de leitura.
A dificuldade de acesso, a má qualidade da alvenaria do muro e a sua inclinação,
resultou numa instalação que não nos fornece garantias, apresentando-se logo à
partida os “pratos de leitura” inclinados e deficientemente apoiados.
O aparelho de medida utilizado mede variações de inclinação a partir do ponto inicial
da instalação.
Os resultados obtidos para os valores angulares, para T1 e T2, tal como em leituras
anteriores mostraram variações de valores algo elevados, mais expressivos no caso
de TM2, mantendo-se no caso de TM1 mais próximos do valor inicial de zeragem.
Mais uma vez, e tal como aconteceu na última campanha de leituras, em Dezembro
de 2009, no tiltmeter designado por TM1 as variações registadas, tanto na direcção
A como na direcção B, são mínimas, situando-se entre os –0,1 e os 0,1 graus. ´
No caso do tiltmeter designado por TM2 as variações oscilam pouco na direcção A
(mantendo-se próximo do valor de zeragem), e mais na direcção B, ainda que
4
também com valores pouco significativos (entre valores da ordem dos –0,15 a 0,0
graus).
3 – CONCLUSÕES
Os resultados obtidos permitem concluir:
• Tal como já referido na Nota Técnica anterior, o muro de suporte está
fundado em terrenos ou solos argilosos miocénicos, com qualidade
geotécnica fraca a razoável e com elevada deformabilidade.
• As leituras dos inclinómetros não mostram movimentos significativos do
aterro, no intradorso do muro, integrando-se as variações de leituras
detectadas dentro do erro do aparelho.
• As leituras dos “tiltmeters”, com as reservas que se conhecem, mostram
variações inferiores a 0,1 graus em ambos os aparelhos instalados. Os
valores de variação obtidos mostram que se mantém a inclinação, variando
apenas algumas décimas de grau, e portanto o muro estará estabilizado.
Conclui-se assim não existir evolução na inclinação do muro, nem dos terrenos do
intradorso relativamente ao observado na última campanha de leituras realizada,
datadas de Dezembro de 2009, pelo que se considera a situação estável.
Algés, Novembro de 2010
A.S.Costa Pereira João C.Pereira
(Geólogo de Engenharia, M.Sc.)
6
Planta de localização
T1 – Tiltmeter 1
T2 – Tiltmeter 2
S1 – Sondagem/Inclinómetro 1
S2 – Sondagem/Inclinómetro 2
S3 – Sondagem/Inclinómetro 3
A+
B+
Direcções medidas:
(inclinómetros e tiltmeters)
8
Inclinómetro 1
(acumulado)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10 24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 nov2008
18 nov2008
2 dez2008
17 fev2009
23 mar2009
16 abr2009
7 jul2009
30 dez2009
9 nov2010
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio Acumulado
Direcção A
Acumulado (mm)
Desvio Acumulado
Direcção B
Acumulado (mm)
9
Inclinómetro 1
(incremental)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10 24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 nov2008
18 nov2008
2 dez2008
17 fev2009
23 mar2009
16 abr2009
7 jul2009
30 dez2009
9 nov2010
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio Incremental
Direcção A
Incremental (mm)
Desvio Incremental
Direcção B
Incremental (mm)
10
Inclinómetro 2
(acumulado)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 nov2008
18 nov2008
2 dez2008
17 fev2009
23 mar2009
16 abr2009
7 jul2009
30 dez2009
9 nov2010
base do muro
aterro
Terreno natural
base do muro
aterro
Terreno natural
Desvio Acumulado
Direcção A
Acumulado (mm)
Desvio Acumulado
Direcção B
Acumulado (mm)
11
Inclinómetro 2
(incremental)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 nov2008
18 nov2008
2 dez2008
17 fev2009
23 mar2009
16 abr2009
7 jul2009
30 dez2009
9 nov2010
base do muro
aterro
Terreno natural
base do muro
aterro
Terreno natural
Desvio Incremental
Direcção A
Incremental (mm)
Desvio Incremental
Direcção B
Incremental (mm)
12
Inclinómetro 3
(acumulado)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 nov2008
18 nov2008
2 dez2008
17 fev2009
23 mar2009
16 abr2009
7 jul2009
30 dez2009
9 nov2010
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio Acumulado
Direcção A
Acumulado (mm)
Desvio Acumulado
Direcção B
Acumulado (mm)
13
Inclinómetro 3
(incremental)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 nov2008
18 nov2008
2 dez2008
17 fev2009
23 mar2009
16 abr2009
7 jul2009
30 dez2009
9 nov2010
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio Incremental
Direcção A
Incremental (mm)
Desvio Incremental
Direcção B
Incremental (mm)
15
Tiltmeter 1
(deslocamento em graus)
TM1 - variação do deslocamento
-0,5
-0,3
-0,1
0,1
0,3
0,5
14-N
ov-0
8
22-F
ev-0
9
2-J
un-0
9
10-S
et-
09
19-D
ez-0
9
29-M
ar-
10
7-J
ul-10
15-O
ut-
10
23-J
an-1
1
3-M
ai-11
(º g
rau
s)
Direcção A (mm) Direcção B (mm)
TM1
-0,2
-0,1
0,0
0,1
0,2
-0,2 -0,1 0,0 0,1 0,2
B (º)
A (º)
16
Tiltmeter 2
(deslocamento em graus)
TM2 - variação do deslocamento
-0,5
-0,3
-0,1
0,1
0,3
0,5
14-N
ov-0
8
22-F
ev-0
9
2-J
un-0
9
10-S
et-
09
19-D
ez-0
9
29-M
ar-
10
7-J
ul-10
15-O
ut-
10
23-J
an-1
1
(º g
rau
s)
Direcção A (º) Direcção B (º)
TM2
-0,5
-0,3
-0,1
0,1
0,3
0,5
-0,5 -0,3 -0,1 0,1 0,3 0,5
B (º)
A (º)
1
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE
DE LISBOA
JARDIM BOTÂNICO
Muro de Suporte junto ao Observatório
Astronómico
Nota Técnica nº 5
Janeiro de 2011
1 – INTRODUÇÃO
Na sequência do acompanhamento que tem vindo a ser efectuado ao Muro de
suporte junto ao Observatório Astronómico, foi efectuada uma leitura de toda a
instrumentação instalada a 24 de Janeiro de 2011.
A presente Nota Técnica, reporta os resultados obtidos, bem como as conclusões
quanto a possíveis movimentos do muro em análise.
2
2 – RESULTADOS DA MONITORIZAÇÃO
Encontram-se instalados 3 inclinómetros, designados na planta em anexo como S1,
S2 e S3 e dois “tiltmeters”, designados como T1 e T2.
A localização dos “tiltmeters”, como foi referido aquando da instalação, foi bastante
dificultada pelas condições de acesso ao local, o que originou uma instalação que se
admite esteja deficiente, pelo que os resultados obtidos terão de ser encarados com
alguma reserva. Uma tentativa posterior para reinstalar estes equipamentos revelou-
se infrutífera, dadas as perigosas condições locais, com os meios disponíveis.
As leituras são efectuadas, quer no caso dos inclinómetros quer dos “tiltmeters”,
considerando a direcção A+ como a direcção para “fora” do muro e a direcção B+ a
da Rua da Escola Politécnica.
Na planta apresentada em anexo vão indicadas as localizações dos equipamentos,
bem como as direcções das leituras.
2.1 – Resultados dos inclinómetros
Em anexo figuram os gráficos das leituras efectuadas, correspondendo a cada
inclinómetro um gráfico de deslocamentos acumulados (acumulado) e um gráfico de
deslocamentos em cada ponto de leitura (incremental).
As leituras são efectuadas com espaçamento de 1 metro.
A análise dos gráficos mostra que os deslocamentos acumulados verificados são
inferiores a 5 mm, não tendo sido detectados movimentos significativos na zona em
análise.
O movimento verificado entre os 16,0 e os 20,0 m de profundidade no inclinómetro
2, segundo a direcção B-, foi confirmado na presente campanha mas não revelou
qualquer acréscimo. Assim, tal movimento, por se encontrar já dentro do terreno
3
natural, terá sido devido a um rearranjo da calha inclinométrica, não devendo ser
entendido como um real movimento do terreno envolvente.
No inclinometro 3, o ligeiro movimento detectado entre os 4,0 e os 6,0 m de
profundidade, segundo a direcção A+, não sofreu nenhum acréscimo na presente
campanha de leituras, considerando-se o inclinómetro em causa estabilizado .
A análise dos gráficos incrementais mostra que os movimentos são inferiores a 1
mm, situando-se portanto dentro do erro admissível para o aparelho, o que leva a
concluir pela não existência de movimentos significativos na zona em análise.
2.2 – Resultados dos “tiltmeters”
Foram instaladas duas bases de leitura para “tiltmeter” nos locais assinalados em
planta, no topo do muro, tendo-se medido a altura de 9,33 m desde a base do muro
até ao local de leitura.
A dificuldade de acesso, a má qualidade da alvenaria do muro e a sua inclinação,
resultou numa instalação que não nos fornece garantias, apresentando-se logo à
partida os “pratos de leitura” inclinados e deficientemente apoiados.
O aparelho de medida utilizado mede variações de inclinação a partir do ponto inicial
da instalação.
Os resultados obtidos para os valores angulares, para T1 e T2, tal como em leituras
anteriores mostraram algumas variações de valores, mais expressivos no caso de
TM2, mantendo-se no caso de TM1 mais próximos do valor inicial de zeragem.
Mais uma vez, e tal como aconteceu na última campanha de leituras, em Novembro
de 2010, as variações registadas em ambos os tiltmeters, tanto na direcção A como
na direcção B, são mínimas, situando-se entre os –0,1 e os 0,1 graus. ´
Como tal considera-se não ter ocorrido qualquer movimento angular significativo na
zona em estudo.
4
3 – CONCLUSÕES
Os resultados obtidos permitem concluir:
• Tal como já referido anteriormente, o muro de suporte está fundado em
terrenos ou solos argilosos miocénicos, com qualidade geotécnica fraca a
razoável e com elevada deformabilidade.
• As leituras dos inclinómetros não mostram movimentos significativos do
aterro, no intradorso do muro, integrando-se as variações de leituras
detectadas dentro do erro do aparelho.
• As leituras dos “tiltmeters”, com as reservas que se conhecem, mostram
variações inferiores a 0,1 graus em ambos os aparelhos instalados. Os
valores de variação obtidos mostram que se mantém a inclinação, variando
apenas algumas décimas de grau, e portanto o muro estará estabilizado.
Conclui-se assim não existir evolução na inclinação do muro, nem dos terrenos do
intradorso relativamente ao observado na última campanha de leituras realizada,
datadas de Novembro de 2010, pelo que se considera a situação estável.
Algés, Fevereiro de 2011
A.S.Costa Pereira João C.Pereira
(Geólogo de Engenharia, M.Sc.)
6
Planta de localização
T1 – Tiltmeter 1
T2 – Tiltmeter 2
S1 – Sondagem/Inclinómetro 1
S2 – Sondagem/Inclinómetro 2
S3 – Sondagem/Inclinómetro 3
A+
B+
Direcções medidas:
(inclinómetros e tiltmeters)
8
Inclinómetro 1
(acumulado)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10 24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 nov2008
18 nov2008
2 dez2008
17 fev2009
23 mar2009
16 abr2009
7 jul2009
30 dez2009
9 nov2010
24 jan2011
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio Acumulado
Direcção A
Acumulado (mm)
Desvio Acumulado
Direcção B
Acumulado (mm)
9
Inclinómetro 1
(incremental)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10 24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 nov2008
18 nov2008
2 dez2008
17 fev2009
23 mar2009
16 abr2009
7 jul2009
30 dez2009
9 nov2010
24 jan2011
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio Incremental
Direcção A
Incremental (mm)
Desvio Incremental
Direcção B
Incremental (mm)
10
Inclinómetro 2
(acumulado)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 nov2008
18 nov2008
2 dez2008
17 fev2009
23 mar2009
16 abr2009
7 jul2009
30 dez2009
9 nov2010
24 jan2011base do muro
aterro
Terreno natural
base do muro
aterro
Terreno natural
Desvio Acumulado
Direcção A
Acumulado (mm)
Desvio Acumulado
Direcção B
Acumulado (mm)
11
Inclinómetro 2
(incremental)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 nov2008
18 nov2008
2 dez2008
17 fev2009
23 mar2009
16 abr2009
7 jul2009
30 dez2009
9 nov2010
24 jan2011base do muro
aterro
Terreno natural
base do muro
aterro
Terreno natural
Desvio Incremental
Direcção A
Incremental (mm)
Desvio Incremental
Direcção B
Incremental (mm)
12
Inclinómetro 3
(acumulado)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 nov2008
18 nov2008
2 dez2008
17 fev2009
23 mar2009
16 abr2009
7 jul2009
30 dez2009
9 nov2010
24 jan2011
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio Acumulado
Direcção A
Acumulado (mm)
Desvio Acumulado
Direcção B
Acumulado (mm)
13
Inclinómetro 3
(incremental)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 nov2008
18 nov2008
2 dez2008
17 fev2009
23 mar2009
16 abr2009
7 jul2009
30 dez2009
9 nov2010
24 jan2011
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio Incremental
Direcção A
Incremental (mm)
Desvio Incremental
Direcção B
Incremental (mm)
15
Tiltmeter 1
(deslocamento em graus)
TM1 - variação do deslocamento
-0,5
-0,3
-0,1
0,1
0,3
0,5
14-N
ov-0
8
22-F
ev-0
9
2-J
un-0
9
10-S
et-
09
19-D
ez-0
9
29-M
ar-
10
7-J
ul-10
15-O
ut-
10
23-J
an-1
1
3-M
ai-11
(º g
rau
s)
Direcção A (mm) Direcção B (mm)
TM1
-0,2
-0,1
0,0
0,1
0,2
-0,2 -0,1 0,0 0,1 0,2
B (º)
A (º)
16
Tiltmeter 2
(deslocamento em graus)
TM2 - variação do deslocamento
-0,5
-0,3
-0,1
0,1
0,3
0,5
14-N
ov-0
8
22-F
ev-0
9
2-J
un-0
9
10-S
et-
09
19-D
ez-0
9
29-M
ar-
10
7-J
ul-10
15-O
ut-
10
23-J
an-1
1
(º g
rau
s)
Direcção A (º) Direcção B (º)
TM2
-0,5
-0,3
-0,1
0,1
0,3
0,5
-0,5 -0,3 -0,1 0,1 0,3 0,5
B (º)
A (º)
1
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE
DE LISBOA
JARDIM BOTÂNICO
Muro de Suporte junto ao Observatório
Astronómico
Nota Técnica nº 6
Julho de 2011
1 – INTRODUÇÃO
Na sequência do acompanhamento que tem vindo a ser efectuado ao Muro de
suporte junto ao Observatório Astronómico, foi efectuada uma leitura da
instrumentação instalada a 4 de Julho de 2011.
A presente Nota Técnica, reporta os resultados obtidos, bem como as conclusões
quanto a possíveis movimentos do muro em análise.
2
2 – RESULTADOS DA MONITORIZAÇÃO
Encontram-se instalados 3 inclinómetros, designados na planta em anexo como S1,
S2 e S3 e dois “tiltmeters”, designados como T1 e T2.
Em virtude da tampa do inclinómetro 1 se encontrar “encravada” não foi possível
efectuar a leitura do referido inclinómetro a 4 de Julho, pelo que se efectuará uma
nova deslocação ao local, ainda esta semana.
A localização dos “tiltmeters”, como foi referido aquando da instalação, foi bastante
dificultada pelas condições de acesso ao local, o que originou uma instalação que se
admite esteja deficiente, pelo que os resultados obtidos terão de ser encarados com
alguma reserva. Uma tentativa posterior para reinstalar estes equipamentos revelou-
se infrutífera, dadas as perigosas condições locais, com os meios disponíveis.
As leituras são efectuadas, quer no caso dos inclinómetros quer dos “tiltmeters”,
considerando a direcção A+ como a direcção para “fora” do muro e a direcção B+ a
da Rua da Escola Politécnica.
Na planta apresentada em anexo vão indicadas as localizações dos equipamentos,
bem como as direcções das leituras.
2.1 – Resultados dos inclinómetros
Em anexo figuram os gráficos das leituras efectuadas, correspondendo a cada
inclinómetro um gráfico de deslocamentos acumulados (acumulado) e um gráfico de
deslocamentos em cada ponto de leitura (incremental).
As leituras são efectuadas com espaçamento de 1 metro.
A análise dos gráficos mostra que os deslocamentos acumulados verificados são
inferiores a 5 mm, não tendo sido detectados movimentos significativos na zona em
análise.
3
O movimento verificado em profundidade no inclinómetro 2 (em anos anteriores),
segundo a direcção B-, foi confirmado na presente campanha mas não revelou
nenhum acréscimo significativo.
No inclinometro 3, os ligeiros movimentos detectados até aos 6,0 m de profundidade
em anos anteriores, segundo a direcção A+, não sofreram acréscimos significativos.
A análise dos gráficos incrementais mostra que os movimentos são inferiores a 1
mm, situando-se portanto dentro do erro admissível para o aparelho, o que leva a
concluir pela não existência de movimentos significativos na zona em análise.
2.2 – Resultados dos “tiltmeters”
Foram instaladas duas bases de leitura para “tiltmeter” nos locais assinalados em
planta, no topo do muro, tendo-se medido a altura de 9,33 m desde a base do muro
até ao local de leitura.
A dificuldade de acesso, a má qualidade da alvenaria do muro e a sua inclinação,
resultou numa instalação que não nos fornece garantias, apresentando-se logo à
partida os “pratos de leitura” inclinados e deficientemente apoiados.
O aparelho de medida utilizado mede variações de inclinação a partir do ponto inicial
da instalação.
Os resultados obtidos para os valores angulares, para T1 e T2, tal como em leituras
anteriores mostraram ligeiras variações de valores, mais expressivos no caso de
TM2, segundo a direcção A com cerca de -0,2 graus (que no entanto sofre um
movimento no sentido do tardoz do muro)
Os valores do TM1 continuam a manter-se próximos do valor inicial de zeragem.
Mais uma vez, e tal como aconteceu na última campanha de leituras, em Janeiro de
2011, as variações registadas em ambos os tiltmeters, tanto na direcção A como na
direcção B, encontram-se dentro dos valores de erro do aparelho, registando-se
4
apenas no TM2 um movimento de –0,2 graus segundo a direcção A, no sentido do
tardoz do muro, que por isso se torna pouco relevante.
Como tal considera-se não ter ocorrido qualquer movimento angular significativo na
zona em estudo.
3 – CONCLUSÕES
Os resultados obtidos permitem concluir:
• O muro de suporte está fundado em terrenos ou solos argilosos miocénicos,
com qualidade geotécnica fraca a razoável e com elevada deformabilidade.
• As leituras dos inclinómetros não mostram movimentos significativos do
aterro, no intradorso do muro, integrando-se as variações de leituras
detectadas dentro do erro do aparelho.
• As leituras dos “tiltmeters”, com as reservas que se conhecem, mostram
variações nulas no TM1 e de cerca de -0,2 graus no TM2 (apenas na direcção
A e no sentido do tardoz do muro em estudo). Os valores de variação obtidos
mostram que se mantém a inclinação, variando apenas algumas décimas de
grau, e portanto o muro estará estabilizado.
Conclui-se assim não existir evolução na inclinação do muro, nem dos terrenos do
intradorso relativamente ao observado na última campanha de leituras realizada,
datadas de Janeiro de 2011, pelo que se considera a situação estável.
Algés, Julho de 2011
Pedro Olivença João C.Pereira
6
Planta de localização
T1 – Tiltmeter 1
T2 – Tiltmeter 2
S1 – Sondagem/Inclinómetro 1
S2 – Sondagem/Inclinómetro 2
S3 – Sondagem/Inclinómetro 3
A+
B+
Direcções medidas:
(inclinómetros e tiltmeters)
Jardim Botânico – Inclinometro 2
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 Nov 2008
18 Nov 2008
2 Dez 2008
17 Fev 2009
23 Mar 2009
16 Abr 2009
7 Jul 2009
30 Dez 2009
9 Nov 2010
24 Jan 2011
4 Jul 2011
base do muro
aterro
Terreno natural
base do muro
aterro
Terreno natural
Deslocamento Acumulado
Direcção A
Acumulado (mm)
Deslocamento Acumulado
Direcção B
Acumulado (mm)
Ref. Cota m
Jardim Botânico – Inclinometro 2
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 Nov 2008
18 Nov 2008
2 Dez 2008
17 Fev 2009
23 Mar 2009
16 Abr 2009
7 Jul 2009
30 Dez 2009
9 Nov 2010
24 Jan 2011
4 Jul 2011
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Deslocamento Incremental
Direcção A
Incremental (mm)
Deslocamento Incremental
Direcção B
Incremental (mm)
Ref. Cota m
Jardim Botânico – Inclinometro 1
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 Nov 2008
18 Nov 2008
2 Dez 2008
17 Fev 2009
23 Mar 2009
16 Abr 2009
7 Jul 2009
30 Dez 2009
9 Nov 2010
24 Jan 2011
5 Jul 2011
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Deslocamento Acumulado
Direcção A
Acumulado (mm)
Deslocamento Acumulado
Direcção B
Acumulado (mm)
Jardim Botânico – Inclinometro 1
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10-5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10-5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 510
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 510
LEGENDA
Inicial 14 Nov 2008
18 Nov 2008
2 Dez 2008
17 Fev 2009
23 Mar 2009
16 Abr 2009
7 Jul 2009
30 Dez 2009
9 Nov 2010
24 Jan 2011
5 Jul 2011
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Deslocamento Incremental
Direcção A
Incremental (mm)
Deslocamento Incremental
Direcção B
Incremental (mm)
Jardim Botânico – Inclinometro 3
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10-5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10-5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 510
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 510
LEGENDA
Inicial 14 Nov 2008
18 Nov 2008
2 Dez 2008
17 Fev 2009
23 Mar 2009
16 Abr 2009
7 Jul 2009
30 Dez 2009
9 Nov 2010
24 Jan 2011
4 Jul 2011
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Deslocamento Acumulado
Direcção A
Acumulado (mm)
Deslocamento Acumulado
Direcção B
Acumulado (mm)
Ref. Cota m
Jardim Botânico – Inclinometro 3
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.
(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDA
Inicial 14 Nov 2008
18 Nov 2008
2 Dez 2008
17 Fev 2009
23 Mar 2009
16 Abr 2009
7 Jul 2009
30 Dez 2009
9 Nov 2010
24 Jan 2011
4 Jul 2011
base do muro
aterro
Terreno natural
base do muro
aterro
Terreno natural
Deslocamento Incremental
Direcção A
Incremental (mm)
Deslocamento Incremental
Direcção B
Incremental (mm)
Ref. Cota m
OBSERVAÇÕES:
Jardim Botânico de Lisboa - Muros da Politécnica
TILTMETERS
A+
B+
TM1 - variação do deslocamento
-0,5
-0,3
-0,1
0,1
0,3
0,5
14-N
ov-0
8
2-J
un-0
9
19-D
ez-0
9
7-J
ul-
10
23-J
an-1
1
11-A
go-1
1
(º g
rau
s)
Direcção A (mm) Direcção B (mm)
TM1
-0,2
-0,1
0,0
0,1
0,2
-0,2 -0,2 -0,1 -0,1 0,0 0,1 0,1 0,2 0,2
B (º)
A (º)
CêGê
MOD_CÊGÊ_033.01
OBSERVAÇÕES:
Jardim Botânico de Lisboa - Muros da Politécnica
TILTMETERS
A+
B+
TM2 - variação do deslocamento
-0,5
-0,3
-0,1
0,1
0,3
0,5
14-N
ov-0
8
2-J
un-0
9
19-D
ez-0
9
7-J
ul-
10
23-J
an-1
1
11-A
go-1
1
(º g
rau
s)
Direcção A (mm) Direcção TM2!$S$14B (º)
TM2
-0,5
-0,3
-0,1
0,1
0,3
0,5
-0,5 -0,3 -0,1 0,1 0,3 0,5
B (º)
A (º)
CêGê
MOD_CÊGÊ_033.01
1
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADEDE LISBOA
JARDIM BOTÂNICO
Muro de Suporte junto ao ObservatórioAstronómico
Nota Técnica nº 2Julho de 2009
1 – INTRODUÇÃO
Na sequência da instalação do equipamento de monitorização geotécnica, reportado
em Nota Técnica anterior datada de Fevereiro de 2009, procedeu-se a 3 campanhas
de leituras efectuadas em 23 de Março, 16 de Abril e 7 de Julho, de acordo com o
programa inicialmente previsto.
A presente Nota Técnica, reporta os resultados obtidos, bem como as conclusões
quanto ao movimento do muro em análise.
2
2 – RESULTADOS DA MONITORIZAÇÃO
Encontram-se instalados 3 inclinómetros, designados na planta em anexo como S1,
S2 e S3 e dois “tiltmeters”, designados como T1 e T2.
A localização dos “tiltmeters”, como foi referido quando da instalação, foi bastante
dificultada pelas condições de acesso ao local, o que originou uma instalação que se
admite esteja deficiente, pelo que os resultados obtidos terão de ser encarados com
alguma reserva. Uma tentativa posterior para reinstalar estes equipamentos revelou-
se infrutífera, dadas as perigosas condições locais, com os meios disponíveis.
As leituras são efectuadas, quer no caso dos inclinómetros quer dos “tiltmeters”,
considerando a direcção A+ como a direcção para “fora” do muro e a direcção B+ a
da Rua da Escola Politécnica.
Na planta apresentada em anexo vão indicadas as localizações dos equipamentos,
bem como as direcções das leituras.
2.1 – Resultados dos inclinómetros
Em anexo figuram os gráficos das leituras efectuadas, correspondendo a cada
inclinómetro um gráfico de deslocamentos acumulados (acumulado) e um gráfico de
deslocamentos em cada ponto de leitura (incremental).
As leituras são efectuadas com espaçamento de 1 metro.
A análise dos gráficos mostra que os deslocamentos acumuladas verificados são
inferiores a 5 mm, sendo mais significativos no Inc2, no entanto com comportamento
aleatório em B.
3
Quer o Inc2, quer o Inc3 mostram deslocamentos em A+ (fora do muro), no entanto
pouco significativos. O Inc1 mostra um deslocamento em B-.
A análise dos gráficos incrementais mostra que os movimentos se localizam
essencialmente na zona mais profunda, abaixo dos 20 metros e são inferiores a 1
mm, portanto dentro do erro admissível para o aparelho o que leva a concluir pela
não existência de movimentos significativos.
2.2 – Resultados dos “tiltmeters”
Foram instaladas duas bases de leitura para “tiltmeter” nos locais assinalados em
planta, no topo do muro, tendo-se medido a altura de 9,33 m desde a base do muro
até ao local de leitura.
A dificuldade de acesso, a má qualidade da alvenaria do muro e a sua inclinação,
resultou numa instalação que não nos fornece garantias, apresentando-se logo à
partida os “pratos de leitura” inclinados e deficientemente apoiados.
O aparelho de medida utilizado mede variações de inclinação e a partir daí, tendo
em conta a altura do muro, é calculado o deslocamento horizontal na zona de
instalação.
Os resultados obtidos para os valores angulares, para T1 e T2, que em leituras
anteriores mostraram valores que chegaram a ser elevados no caso de T2, no caso
de T1 “regressaram” ao valor original, o mesmo acontecendo em T2 para a direcção
A, tendo estabilizado na direcção B
Como já se referiu na Nota técnica anterior, estes valores, em especial para o caso
de T2, parecem-nos exagerados, e a serem verdade, seria de esperar ter
correspondência nas leituras dos inclinómetros, o que não acontece.
4
3 – CONCLUSÕES
Os resultados obtidos permitem concluir:
· O muro de suporte está fundado em terrenos ou solos argilosos miocénicos,
com qualidade geotécnica fraca a razoável e com elevada deformabilidade.
· As leituras dos inclinómetros não mostram movimentos significativos do
aterro, no intradorso do muro, integrando-se as variações de leituras
detectadas dentro do erro do aparelho.
· As leituras dos “tiltmeters”, com as reservas que se conhecem, mostram um
regresso à zeragem, no caso de T1 e deslocamentos pouco significativos,
enquanto que em T2, a aleatoriedade das leituras em A e a estabilização em
B, mostra que se mantém a inclinação e portanto o muro estará estabilizado.
Conclui-se assim não existir evolução na inclinação do muro, nem dos terrenos do
intradorso, pelo que se considera a situação estável.
Algés, Julho de 2009
A.S.Costa Pereira João C.Pereira
(Geólogo de Engenharia, M.Sc.) (Geólogo)
6
Planta de localização
T1 – Tiltmeter 1
T2 – Tiltmeter 2
S1 – Sondagem/Inclinómetro 1
S2 – Sondagem/Inclinómetro 2
S3 – Sondagem/Inclinómetro 3 A+
B+
Direcções medidas:
(inclinómetros e tiltmeters)
8
Inclinómetro 1
(acumulado)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10 24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev200923 mar200916 abr20097 jul2009
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio AcumuladoDirecção A
Acumulado (mm)
Desvio AcumuladoDirecção B
Acumulado (mm)
9
Inclinómetro 1
(incremental)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10 24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev200923 mar200916 abr20097 jul2009
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio IncrementalDirecção A
Incremental (mm)
Desvio IncrementalDirecção B
Incremental (mm)
10
Inclinómetro 2
(acumulado)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev200923 mar200916 abr20097 jul2009
base do muro
aterro
Terreno natural
base do muro
aterro
Terreno natural
Desvio AcumuladoDirecção A
Acumulado (mm)
Desvio AcumuladoDirecção B
Acumulado (mm)
11
Inclinómetro 2
(incremental)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev200923 mar200916 abr20097 jul2009
base do muro
aterro
Terreno natural
base do muro
aterro
Terreno natural
Desvio IncrementalDirecção A
Incremental (mm)
Desvio IncrementalDirecção B
Incremental (mm)
12
Inclinómetro 3
(acumulado)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev200923 mar200916 abr20097 jul2009
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio AcumuladoDirecção A
Acumulado (mm)
Desvio AcumuladoDirecção B
Acumulado (mm)
13
Inclinómetro 3
(incremental)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Prof.(m)
-10 -5 0 5 10
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev200923 mar200916 abr20097 jul2009
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio IncrementalDirecção A
Incremental (mm)
Desvio IncrementalDirecção B
Incremental (mm)
15
Tiltmeter 1
(deslocamento em mm)
TM1Evolução do Deslocamento
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
-20,0 -18,0 -16,0 -14,0 -12,0 -10,0 -8,0 -6,0 -4,0 -2,0 0,0 2,0 4,0
B (mm)
A (mm)
TM1
-20,0
-15,0
-10,0
-5,0
0,0
5,0
14-N
ov-0
817
-Nov
-08
20-N
ov-0
823
-Nov
-08
26-N
ov-0
829
-Nov
-08
2-D
ez-0
8
5-D
ez-0
88-
Dez
-08
11-D
ez-0
8
14-D
ez-0
817
-Dez
-08
20-D
ez-0
823
-Dez
-08
26-D
ez-0
8
29-D
ez-0
81-
Jan-
094-
Jan-
09
7-Ja
n-09
10-J
an-0
9
13-J
an-0
916
-Jan
-09
19-J
an-0
9
22-J
an-0
925
-Jan
-09
28-J
an-0
9
31-J
an-0
93-
Fev
-09
6-F
ev-0
99-
Fev
-09
12-F
ev-0
9
15-F
ev-0
918
-Fev
-09
21-F
ev-0
9
24-F
ev-0
9
Des
loca
men
to (m
m)
Direcção A (mm) Direcção B (mm)
16
Tiltmeter 1
(deslocamento em graus)
TM1
-0,06
-0,04
-0,02
0,00
0,02
0,04
0,06
-0,50 -0,30 -0,10 0,10 0,30 0,50
B (º)
A (º)
TM1
-0,15
-0,10
-0,05
0,00
0,05
0,10
0,151
4-N
ov-
08
17
-No
v-0
82
0-N
ov-
08
23
-No
v-0
82
6-N
ov-
08
29
-No
v-0
82
-De
z-0
85
-De
z-0
88
-De
z-0
81
1-D
ez-
08
14
-De
z-0
81
7-D
ez-
08
20
-De
z-0
82
3-D
ez-
08
26
-De
z-0
82
9-D
ez-
08
1-J
an
-09
4-J
an
-09
7-J
an
-09
10
-Ja
n-0
91
3-J
an
-09
16
-Ja
n-0
91
9-J
an
-09
22
-Ja
n-0
92
5-J
an
-09
28
-Ja
n-0
93
1-J
an
-09
3-F
ev-
09
6-F
ev-
09
9-F
ev-
09
12
-Fe
v-0
91
5-F
ev-
09
18
-Fe
v-0
92
1-F
ev-
09
24
-Fe
v-0
9Des
loca
men
to a
cum
ulad
o (º
)
Direcção A (mm) Direcção B (mm)
17
Tiltmeter 2
(deslocamento em mm)
TM2Evolução do Deslocamento
-20,0
-15,0
-10,0
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
-35,0 -30,0 -25,0 -20,0 -15,0 -10,0 -5,0 0,0
B (mm)
A (mm)
TM2
-40,0
-30,0
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
14-N
ov-0
817
-Nov
-08
20-N
ov-0
823
-Nov
-08
26-N
ov-0
829
-Nov
-08
2-D
ez-0
85-
Dez
-08
8-D
ez-0
811
-Dez
-08
14-D
ez-0
817
-Dez
-08
20-D
ez-0
823
-Dez
-08
26-D
ez-0
829
-Dez
-08
1-Ja
n-09
4-Ja
n-09
7-Ja
n-09
10-J
an-0
9
13-J
an-0
916
-Jan
-09
19-J
an-0
922
-Jan
-09
25-J
an-0
928
-Jan
-09
31-J
an-0
93-
Fev
-09
6-F
ev-0
99-
Fev
-09
12-F
ev-0
915
-Fev
-09
18-F
ev-0
921
-Fev
-09
24-F
ev-0
9
Des
loca
men
to (m
m)
Direcção A (mm) Direcção B (mm)
18
Tiltmeter 2
(deslocamento em graus)
TM2
-0,30
-0,25
-0,20
-0,15
-0,10
-0,05
0,00
0,05
0,10
0,15
14-N
ov-0
817
-Nov
-08
20-N
ov-0
823
-Nov
-08
26-N
ov-0
829
-Nov
-08
2-D
ez-0
85-
Dez
-08
8-D
ez-0
811
-Dez
-08
14-D
ez-0
817
-Dez
-08
20-D
ez-0
823
-Dez
-08
26-D
ez-0
829
-Dez
-08
1-Ja
n-09
4-Ja
n-09
7-Ja
n-09
10-J
an-0
913
-Jan
-09
16-J
an-0
919
-Jan
-09
22-J
an-0
925
-Jan
-09
28-J
an-0
931
-Jan
-09
3-F
ev-0
96-
Fev
-09
9-F
ev-0
912
-Fev
-09
15-F
ev-0
918
-Fev
-09
21-F
ev-0
924
-Fev
-09
Des
loca
men
to a
cum
ulad
o (º
)
Direcção A (º) Direcção B (º)
TM2
-0,10
-0,08
-0,06
-0,04
-0,02
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
-0,20 -0,15 -0,10 -0,05 0,00 0,05 0,10
B (º)
A (º)
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
JARDIM BOTÂNICO
Muro de Suporte junto ao Observatório
Astronómico
Nota Técnica nº 3 Dezembro de 2009
1 – INTRODUÇÃO
Na sequência da instalação do equipamento de monitorização geotécnica, reportado
em Nota Técnica anterior datada de Fevereiro de 2009, procedeu-se a 3 campanhas
de leituras efectuadas em 23 de Março, 16 de Abril e 7 de Julho de 2009, de acordo
com o programa inicialmente previsto.
No final do ano de 2009, a 30 de Dezembro, procedeu-se a uma nova campanha de
leituras de toda a instrumentação instalada.
A presente Nota Técnica, reporta os resultados obtidos, bem como as conclusões
quanto a possíveis movimentos do muro em análise.
1
2 – RESULTADOS DA MONITORIZAÇÃO
Encontram-se instalados 3 inclinómetros, designados na planta em anexo como S1,
S2 e S3 e dois “tiltmeters”, designados como T1 e T2.
A localização dos “tiltmeters”, como foi referido quando da instalação, foi bastante
dificultada pelas condições de acesso ao local, o que originou uma instalação que se
admite esteja deficiente, pelo que os resultados obtidos terão de ser encarados com
alguma reserva. Uma tentativa posterior para reinstalar estes equipamentos revelou-
se infrutífera, dadas as perigosas condições locais, com os meios disponíveis.
As leituras são efectuadas, quer no caso dos inclinómetros quer dos “tiltmeters”,
considerando a direcção A+ como a direcção para “fora” do muro e a direcção B+ a
da Rua da Escola Politécnica.
Na planta apresentada em anexo vão indicadas as localizações dos equipamentos,
bem como as direcções das leituras.
2.1 – Resultados dos inclinómetros
Em anexo figuram os gráficos das leituras efectuadas, correspondendo a cada
inclinómetro um gráfico de deslocamentos acumulados (acumulado) e um gráfico de
deslocamentos em cada ponto de leitura (incremental).
As leituras são efectuadas com espaçamento de 1 metro.
A análise dos gráficos mostra que os deslocamentos acumulados verificados são
inferiores a 5 mm, sendo mais significativos no Inc2 e Inc3, no entanto com
comportamento aleatório em B no caso do primeiro, e com valores inferiores 2/3mm
no caso do segundo.
2
O Inc1 mostra deslocamentos apenas em A+, no entanto pouco significativos, com
valores da ordem dos 1/2 mm.
A análise dos gráficos incrementais mostra que os movimentos se localizam
essencialmente na zona mais profunda e são inferiores a 1 mm, portanto dentro do
erro admissível para o aparelho o que leva a concluir pela não existência de
movimentos significativos.
2.2 – Resultados dos “tiltmeters”
Foram instaladas duas bases de leitura para “tiltmeter” nos locais assinalados em
planta, no topo do muro, tendo-se medido a altura de 9,33 m desde a base do muro
até ao local de leitura.
A dificuldade de acesso, a má qualidade da alvenaria do muro e a sua inclinação,
resultou numa instalação que não nos fornece garantias, apresentando-se logo à
partida os “pratos de leitura” inclinados e deficientemente apoiados.
O aparelho de medida utilizado mede variações de inclinação a partir do ponto inicial
da instalação.
Os resultados obtidos para os valores angulares, para T1 e T2, tal como em leituras
anteriores mostraram variações de valores algo elevados, mais expressivos no caso
de TM2, mantendo-se no caso de TM1 mais próximos do valor inicial de zeragem.
Em TM1 as variações registadas, tanto na direcção A como na direcção B, são
mínimas, situando-se entre os –0,1 e os 0,1 graus. No caso do TM2 as variações
oscilam pouco na direcção A (mantendo-se próximo do valor de zeragem), e mais na
direcção B (entre valores da ordem dos –0,3 a 0,0 graus).
Como já se referiu na Nota técnica anterior, estes valores, em especial para o caso
de TM2, parecem-nos exagerados, e a serem verdade, seria de esperar ter
correspondência nas leituras dos inclinómetros, o que não acontece.
3
3 – CONCLUSÕES
Os resultados obtidos permitem concluir:
• O muro de suporte está fundado em terrenos ou solos argilosos miocénicos,
com qualidade geotécnica fraca a razoável e com elevada deformabilidade.
• As leituras dos inclinómetros não mostram movimentos significativos do
aterro, no intradorso do muro, integrando-se as variações de leituras
detectadas dentro do erro do aparelho.
• As leituras dos “tiltmeters”, com as reservas que se conhecem, mostram
variações inferiores a 0,1 graus, no caso de T1, enquanto que em T2, as
leituras em A mostram variações inferiores a 0,1 graus, e em B variações
entre os –0,3 e os 0,0 graus. Os valores de variação obtidos mostram que se
mantém a inclinação, variando apenas algumas décimas de grau, e portanto o
muro estará estabilizado.
Conclui-se assim não existir evolução na inclinação do muro, nem dos terrenos do
intradorso relativamente ao observado na última campanha de leituras realizada,
datadas de Julho de 2009, pelo que se considera a situação estável.
Algés, Janeiro de 2010
A.S.Costa Pereira João C.Pereira
(Geólogo de Engenharia, M.Sc.)
4
Planta de localização
B+
A+
Direcções medidas:
(inclinómetros e tiltmeters)
T1 – Tiltmeter 1
T2 – Tiltmeter 2
S1 – Sondagem/Inclinómetro 1
S2 – Sondagem/Inclinómetro 2
S3 – Sondagem/Inclinómetro 3
6
Inclinómetro 1
(acumulado)
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Elev.(m)
-10 -5 0 5 10
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
-10 -5 0 5 10
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Elev.(m)
-10 -5 0 5 10
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev200923 mar200916 abr20097 jul200930 dez2009
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio AcumuladoDirecção A
Acumulado (mm)
Desvio AcumuladoDirecção B
Acumulado (mm)
8
Inclinómetro 1
(incremental)
9
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Elev.(m)
-10 -5 0 5 10
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
-10 -5 0 5 10
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Elev.(m)
-10 -5 0 5 10
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev200923 mar200916 abr20097 jul200930 dez2009
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio IncrementalDirecção A
Incremental (mm)
Desvio IncrementalDirecção B
Incremental (mm)
Inclinómetro 2
(acumulado)
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Elev.(m)
-10 -5 0 5 10
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
-10 -5 0 5 10
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Elev.(m)
-10 -5 0 5 10
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev200923 mar200916 abr20097 jul200930 dez2009
base do muro
aterro
Terreno natural
base do muro
aterro
Terreno natural
Desvio AcumuladoDirecção A
Acumulado (mm)
Desvio AcumuladoDirecção B
Acumulado (mm)
10
Inclinómetro 2
(incremental)
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Elev.(m)
-10 -5 0 5 10
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
-10 -5 0 5 10
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Elev.(m)
-10 -5 0 5 10
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev200923 mar200916 abr20097 jul200930 dez2009
base do muro
aterro
Terreno natural
base do muro
aterro
Terreno natural
Desvio IncrementalDirecção A
Incremental (mm)
Desvio IncrementalDirecção B
Incremental (mm)
11
Inclinómetro 3
(acumulado)
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Elev.(m)
-10 -5 0 5 10
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
-10 -5 0 5 10
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Elev.(m)
-10 -5 0 5 10
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev200923 mar200916 abr20097 jul200930 dez2009
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio AcumuladoDirecção A
Acumulado (mm)
Desvio AcumuladoDirecção B
Acumulado (mm)
12
Inclinómetro 3
(incremental)
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Elev.(m)
-10 -5 0 5 10
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
-10 -5 0 5 10
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Elev.(m)
-10 -5 0 5 10
-24
-22
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
-10 -5 0 5 10
LEGENDAInicial 14 nov2008
18 nov20082 dez200817 fev200923 mar200916 abr20097 jul200930 dez2009
Terreno natural
aterro
Base do muro
Terreno natural
aterro
Base do muro
Desvio IncrementalDirecção A
Incremental (mm)
Desvio IncrementalDirecção B
Incremental (mm)
13
Tiltmeter 1 (deslocamento em graus)
TM1 - variação do deslocamento
-0,5
-0,3
-0,1
0,1
0,3
0,5
14
-No
v-0
8
3-J
an
-09
22
-Fe
v-0
9
13
-Ab
r-0
9
2-J
un
-09
22
-Ju
l-
10
-Se
t-0
9
30
-Ou
t-0
9
19
-De
z-0
9
7-F
ev-
10
(º g
rau
09
s
Direcção A (mm) Direcção B (mm)
TM1
-0,2
-0,1
0,0
0,1
0,2
-0,2 -0,1 0,0 0,1 0,2
B (º)
A (º)
15
Tiltmeter 2 (deslocamento em graus)
TM2 - variação do deslocamento
-0,5
-0,3
-0,1
0,1
0,3
0,5
14-N
ov-0
8
3-Ja
n-09
22-F
ev-0
9
13-A
br-0
9
2-Ju
n-09
22-J
ul-0
9
10-S
et-0
9
30-O
ut-0
9
19-D
ez-0
9
7-F
ev-1
0
(º g
raus
Direcção A (º) Direcção B (º)
TM2
-0,5
-0,3
-0,1
0,1
0,3
0,5
-0,5 -0,3 -0,1 0,1 0,3 0,5
B (º)
A (º)
16
top related