trabalho de direito de familia
Post on 09-Dec-2015
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Capítulo III
DOS IMPEDIMENTOS
Art. 1.521. Não podem casar:
I – os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II – os afins em linha reta;
III – o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV – os irmãos, unilaterais o bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V – o adotado com o filho adotante
VI- as pessoas casadas;
VII – o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
Dos impedimentos matrimoniais
Para que o casamento seja válido e regular, alguns requisitos precisam ser observados. Eivado
O Código Civil, em sua parte especial, em seu livro IV, Título I, Capítulos III e IV elenca requisitos para que o casamento possa acontecer, sendo válido, legítimo, regular e possa, de tal forma, produzir efeitos.
Podemos concluir, pela leitura do Código que o objetivo do legislador foi de obstar uniões que atinjam a prole, a ordem moral ou pública, por simbolizarem um prejuízo ao direito dos noivos ou aos de terceiros e em todo o círculo social.
Segundo Maria Helena Diniz, o impedimento matrimonial “é a ausência de requisitos para o casamento. Impede, portanto, a realização de casamento válido”.
Sendo assim, se no matrimônio contraído estiverem presentes algum dos impedimentos elencados pelo Código Civil, tal união será eivada de nulidade, de tal forma que o impedimento será juridicamente ilegítimo.
Os impedimentos trazidos pelo Código Civil de 2002 são os chamados de “impedimentos dirimentes públicos ou absolutos”, pois envolvem matérias relacionadas à instituição familiar e à estabilidade social, podendo ser suscitado por qualquer interessado e pelo MP, representando este os interesses sociais como um todo.
Impedimento matrimonial por crime
CC/02, art. 1.521, VII
A partir do impedimentum criminis, não pode se casar o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
Tal impedimento tem fundamentação de ordem moral, pois, tal crime praticado contra um dos cônjuges, deveria causar repulsa no cônjuge sobrevivente, criando uma incompatibilidade cabal e plena em relação a pessoa que cometeu o delito. O legislador espera que sendo que o criminoso destruiu, em teoria, o lar e a família do cônjuge, este deva sentir aversão de plano em relação àquele.
É de suma importância ressaltar que tal impedimento apenas diz respeito ao homicídio doloso, pois em sua forma culposa, não há intenção de matar o próximo. A norma ainda postula que o facínora tenha sido condenado pelo crime de homicídio ou pela sua tentativa; entretanto, se houve absolvição ou prescrição do crime, subsequentemente teve sua punibilidade extinta, não configurando, desta forma, o impedimento matrimonial por crime.
Não obstante, graça, perdão ou anistia não tem a capacidade de fazer desaparecer esse impedimento.
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