texto 4 estresse

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EstresseThalita Soares Agati

Relato de uma situação de Estresse

O estresse é necessário?

• Em nossos ancestrais, assim como em outros animais superiores, o estresse foi destinado à sobrevivência diante dos perigos concretos e próprios da luta pela vida. Era o caso, por exemplo, das ameaças de animais ferozes, das guerras tribais, das catástrofes do tempo, da busca pelo alimento, da luta pelo espaço geográfico, etc. No ser humano moderno, persistiu em nossa biologia a capacidade de reagirmos ansiosamente diante das ameaças.

O estresse é necessário?• Hoje em dia, tememos a competitividade e a segurança

sociais, a competência profissional, a sobrevivência econômica, as perspectivas futuras e mais uma infinidade de ameaças abstratas e reais. Enfim, tudo isso passou a representar a mesma ameaça que as antigas questões de pura sobrevivência, as quais ameaçavam nossos ancestrais. Se na antiguidade tais ameaças eram concretas e a pessoa tinha noção exata do objeto a combater (fugir ou atacar), localizável no tempo e no espaço, hoje em dia esse objeto de perigo vive dentro de nós. As ameaças são abstratas, mas nem por isso menos agressivas; elas vivem, dormem e acordam conosco.

O estresse é necessário?• Se, em épocas primitivas o coração palpitava, a respiração

ofegava e a pele transpirava diante de um animal feroz a nos atacar, se ficávamos estressados diante da invasão de uma tribo inimiga, hoje em dia nosso coração bate mais forte diante do desemprego, dos preços altos, das dificuldades para educação dos filhos, das perspectivas de um futuro sombrio, dos muitos compromissos econômicos cotidianos e assim por diante. Como se vê, hoje o estresse é contínuo e crônico. Se a adrenalina antes aumentava só de vez em quando, hoje ela está aumentada quase diariamente.

• Estresse para a sobrevivência x Estresse existencial!!!

Sinais• sensação de desgaste constante• alteração de sono (dormir demais ou pouco)• tensão muscular• formigamento (na face ou nas mãos, por exemplo)• problemas de pele• hipertensão• mudança de apetite• alterações de humor• perda de interesse pelas coisas• problemas de atenção, concentração e memória• ansiedade• depressão

Potencial estressante de algumas situações, sendo 100 o maior possível

• morte do cônjuge - 100• divórcio - 73• prisão - 63• morte de um parente querido - 63• casamento - 50• demissão do trabalho - 47• aposentadoria - 45• reconciliação conjugal - 45• gravidez - 40• grandes conquistas pessoais - 28• problemas com o chefe - 23• férias – 13*Fonte: The Social Readjustment Rating Scale, dos psiquiatras Thomas H. Holmes e Richard H. Rahe, ambos da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

Atitudes para evitar ou amenizar o estresse

• dormir direito• cuidar da saúde• alimentar-se de forma saudável• fazer atividades físicas• proporcionar-se momentos de prazer• refletir sobre a maneira de lidar com as situações e buscar

mudanças• identificar os estressores• aumentar a resistência pessoal a ele• quando for possível, eliminá-lo

Definições• Estado emocional negativo em resposta a eventos que

sobrecarregam as habilidades de gerenciá-los.

• Como estímulo: situação ou evento ameaçador.

• Como resposta: comportamento, emoção ou pensamento em contato com o evento ameaçador.

• Como processo: perceber e responder a eventos julgados como desafiadores.

Modelo Transacional ou Relacional

• Richard Lazarus (década de 70).

• Estresse como um processo.

• Estresse é desencadeado sempre que os estressores

excedem os recursos pessoais e sociais que o indivíduo

é capaz de mobilizar como forma de enfrentamento.

• A resposta ao estresse é dinâmica. Envolve interações

e ajustes constantes, chamados transações.

Avaliação cognitiva

• Avaliação Primária: em contato com o evento.

Classifica-o como irrelevante, benigno-positivo ou

ameaçador.

• Avaliação Secundária: avalia se os recursos são

adequados para enfrentar a situação.

• Reavaliação Cognitiva: percepção de sucesso ou falha.

Aqui, pode-se modificar a classificação do evento.

Modelo TransacionalEstressor potencial (som de buzina de carro)

Avaliação primária (Estou em perigo? Por que estão buzinando pra mim?)

Irrelevante: o motorista está buzinando pra outra pessoaBenigno positivo: é um amigo dizendo apenas “olá”

Ameaçador: o motorista na faixa ao lado está avisando que o meu carro está saindo da faixa

Avaliação secundária: O que posso fazer a respeito? Será que vou conseguir sair disso a tempo de evitar um acidente?

Respostas de enfrentamento comportamentais e cognitivas (ajustar a maneira de dirigir para retornar à faixa correta)

Reavaliação cognitiva (Como estou indo? A situação está sob controle?)

Exemplo de um experimento de Lazarus e cols. (1972)

• Apresentação de filme repulsivo para 3 grupos.- Grupo 1: com instruções – “apenas representação feita para

aumentar a segurança no trabalho”.- Grupo 2: com instruções – “era real e necessário para aumentar a

segurança no trabalho”.- Grupo 3: sem instruções.

• Resultados: Ambas explicações funcionaram para diminuir o estresse, já que permitiam a avaliação como sendo um evento menos ameaçador.

• Conclusão: a ameaça não é própria do evento, mas da avaliação feita a seu respeito.

Implicações do Modelo Transacional

1. Qualquer evento pode ser avaliado.

2. As avaliações são susceptíveis a outros eventos como alterações de humor, estado motivacional, saúde, etc.

3. A resposta de estresse que ocorre no corpo é a mesma, sendo o evento real ou apenas imaginado.

Medidas para o estresse• Medidas fisiológicas: através do polígrafo.• Medidas de desempenho: sob pressão podem ocorrer

duas respostas – alto ou baixo desempenho. A perspectiva de equipe (social) pode ficar perturbada sob estresse.

1) Testes de desempenho2) Escalas

Limitações: Estar sob avaliação pode ser considerado evento estressor para alguns indivíduos.

Estresse “bom”e Estresse “ruim”?

• "Bom" estresse e melhor desempenho: em situações de competição, o estresse pode trazer melhor desempenho. Distress (desagradável) X Eustress (benéfico) – Hans Selye.

Hipótese do nível adequado de excitação ou hipótese do “U” invertido

- Pouca excitação: níveis abaixo do esperado; despreparo;

- Ponto adequado de excitação: desempenho máximo do indivíduo;

- Aumento dos níveis de excitação: sufoco, cansaço, declínio no desempenho.

A Fisiologia do Estresse

Fontes de Estresse

• Eventos importantes da vida.

• Problemas cotidianos.

• Estressores ambientais.- Ruído- Lotação- Desastres naturais

Fontes de Estresse

• Estresse relacionado ao trabalho- Sobrecarga de trabalho- Sobrecarga de papéis- Esgotamento- Falta de controle sobre o trabalho- Outras fontes de estresse relacionado com o

trabalho

Curva e Fases do Estresse(Modelo Quadrifásico do Estresse)

Psi. Marilda Emmanuel Novaes Lipp

Curva e Fases do Estresse

• Alerta: o organismo se prepara para a reação de luta ou fuga, que é essencial para a preservação da vida. Os sintomas presentes nesta fase se referem ao preparo do corpo e da mente para a preservação da própria vida.

• Resistência: se inicia quando o organismo tenta uma adaptação devido à sua tendência a procurar a homeostase interna. Sensação de desgaste e cansaço.

Curva e Fases do Estresse• Alarme ou Quase Exaustão: as defesas do organismo

começam a ceder. Oscilação entre momentos de bem estar e tranquilidade e momentos de desconforto, cansaço e ansiedade. Algumas doenças começam a aparecer.

• Exaustão: com os recursos esgotados, há uma quebra total da resistência e alguns sintomas que aparecem são semelhantes aos da fase de alarme, embora em maior magnitude. Podem ocorrer exaustão psicológica (depressão) e exaustão física. Embora seja uma fase grave, não é irreversível.

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